Enciclopédia de Hebreus 2:17-17

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

hb 2: 17

Versão Versículo
ARA Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo.
ARC Pelo que convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.
TB Por onde importava que, em tudo, fosse ele feito semelhante a seus irmãos, para que viesse a ser um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas referentes a Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo.
BGB ὅθεν ὤφειλεν κατὰ πάντα τοῖς ἀδελφοῖς ὁμοιωθῆναι, ἵνα ἐλεήμων γένηται καὶ πιστὸς ἀρχιερεὺς τὰ πρὸς τὸν θεόν, εἰς τὸ ἱλάσκεσθαι τὰς ἁμαρτίας τοῦ λαοῦ·
BKJ Por isso, em todas as coisas, convinha-lhe que fosse feito semelhante aos irmãos, para que fosse um sumo sacerdote misericordioso e fiel em todas as coisas que pertencessem a Deus, para operar a reconciliação por causa dos pecados do povo.
LTT Por causa disso Lhe era necessário, em todas as coisas, aos Seus irmãos ser tornado semelhante, a fim de misericordioso ser e fiel sumo sacerdote naquelas coisas relativas a Deus, para fazer propiciação ① pelos pecados do povo.
BJ2 Convinha, por isso, que em tudo se tornasse semelhante aos irmãos, para ser, em relação a Deus, um sumo sacerdote misericordioso e fiel, para expiar assim os pecados do povo.
VULG Unde debuit per omnia fratribus similari, ut misericors fieret, et fidelis pontifex ad Deum, ut repropitiaret delicta populi.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 2:17

Levítico 6:30 Porém nenhuma oferta pela expiação de pecado, cujo sangue se traz à tenda da congregação, para expiar no santuário, se comerá; no fogo será queimada.
Levítico 8:15 e o degolou; e Moisés tomou o sangue, e pôs dele com o seu dedo sobre as pontas do altar em redor, e expiou o altar; depois, derramou o resto do sangue à base do altar e o santificou, para fazer expiação por ele.
II Crônicas 29:24 E os sacerdotes os mataram e, com o seu sangue, fizeram expiação do pecado sobre o altar, para reconciliar a todo o Israel, porque o rei tinha ordenado que se fizesse aquele holocausto e sacrifício pelo pecado por todo o Israel.
Isaías 11:5 E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins.
Ezequiel 45:15 E um cordeiro do rebanho, de cada duzentos, da mais regada terra de Israel, para oferta de manjares, e para holocausto, e para sacrifício pacífico; para que façam expiação por eles, diz o Senhor Jeová.
Ezequiel 45:17 E estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as ofertas de manjares, e as libações, nas festas, e nas luas novas, e nos sábados, e em todas as solenidades da casa de Israel; ele fará a expiação pelo pecado, e a oferta de manjares, e o holocausto, e os sacrifícios pacíficos, para fazer expiação pela casa de Israel.
Ezequiel 45:20 Assim também farás no sétimo dia do mês, por causa dos que erram e por causa dos símplices; assim, expiareis a casa.
Daniel 9:24 Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos.
Romanos 5:10 Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
Romanos 15:17 De sorte que tenho glória em Jesus Cristo nas coisas que pertencem a Deus.
II Coríntios 5:18 E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,
Efésios 2:16 e, pela cruz, reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.
Filipenses 2:7 Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
Colossenses 1:21 A vós também, que noutro tempo éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora, contudo, vos reconciliou
Hebreus 2:11 Porque, assim o que santifica como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos,
Hebreus 2:14 E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo,
Hebreus 3:2 sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi Moisés em toda a sua casa.
Hebreus 3:5 E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar;
Hebreus 4:14 Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
Hebreus 7:26 Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus,
Hebreus 7:28 Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

nota 1Jo 2:2, diferenciando expiação, propiciação, propiciatório.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Hebreus Capítulo 2 do versículo 1 até o 18

c) Portanto, uma salvação superior (2:1-4). A verdadeira preocupação da epístola ago-ra está clara: visto que o Salvador é mais do que um anjo — o Filho — é duplamente imperativo atentar, com mais diligência, para as coisas que já temos ouvido (1). Podemos até estar desatentos à conversa de um vizinho, mas certamente prestaríamos muita atenção se estivéssemos diante de um importante governante. Assim, se valoriza-mos a nossa alma, somos constrangidos a atentar cuidadosamente para o evangelho que enaltece a majestade e importância da Pessoa que apresenta. O tempo presente do verbo atentar sugere a necessidade de cuidado continuado e vigilante. Caso contrário, estamos correndo o risco de passar despercebidos por essas verdades do evangelho. Para que, em tempo algum, nos desviemos delas. A figura é de um barqueiro descuidado e preguiçoso correndo o risco de passar pelo porto seguro e ser levado pela correnteza. A frase em tempo algum é melhor traduzida por "jamais" (NVI) ou "de maneira alguma" (NT Ampli-ficado). Há muitas maneiras de os cristãos correrem o risco de ser levados pela correnteza.

A exortação está baseada em uma lógica simples: se a palavra dos anjos era firme (2; com autoridade e unida) e colocava seus destinatários debaixo de uma punição justa (apropriada) pela desobediência, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? (3)." Desprezar a lei mediada pelos anjos era uma coisa grave, mas desprezar (por negligência) a salvação mediada pelo Filho, que foi entregue aos homens
por meio de acontecimentos e evidências comprovados, era muito mais grave ainda. Estas evidências eram tão válidas quanto aquelas que confirmavam a entrega da lei no monte Sinai (cf. 12:18-29). Esta salvação, começando a ser anunciada pelo Senhor (3), foi depois, confirmada pelos apóstolos e outros discípulos; e seu testemunho foi apoiado pelo testemunho do próprio Deus, por sinais, e milagres, e várias maravi-lhas, e dons do Espírito Santo — "e com vários poderes e distribuições do Espírito Santo" (Mueller) — por sua vontade (4).

Os versículos 1:4 podem servir como texto-base para uma pregação. Este texto pode ser aplicado aos não-salvos, mas sua relevância primária é para os cristãos e sua aplica-ção é poderosa. Acompanhe o desenvolvimento abaixo.
"A Grandeza da Salvação". Tão grande (3) sugere a magnitude inexprimível (cf. 2 Co 1.10; Ap 1:18). Sua grandeza é vista:

1) No Senhor que a deu (v.
- 3b) — sua pessoa, seu poder e sua paixão.

2) Nos acontecimentos sobrenaturais que lhe serviram de berço (v. 4).
3) Na gravidade excessiva do perigo do qual ela nos liberta — do pecado com sua culpa, poder, contaminação e punição eterna (7.27).

No "Perigo da Negligência" vemos que:

1) Os cristãos estão em perigo de negligenci-ar esta tão grande salvação
a) porque ela ainda é, em grande parte, invisível e espiritual,

b) por causa das influências perversas do mundo ao nosso redor, c) por causa da tendên-cia incrédula da mente carnal dentro do homem.

2) Os cristãos estão correndo o risco de negligenciar a salvação ao
a) ignorar os recursos da graça, b) falhar em compartilhar o evangelho, c) negligenciar em obter a completa salvação do pecado interior.

"A Impossibilidade do Escape" sugere:

1) O perigo de atrofia espiritual que a negli-gência traz.

2) A ira divina em conseqüência da negligência (veja contexto; também Hb 6:4-6; 10:23-31; 12:12-29).

B. MENOS DO QUE UM ANJO — UM HOMEM, 2:5-18

1. O Destino do Homem (2:5-8)

Começando com o versículo 5, observamos uma transição na exposição acerca da pessoa e propósito de Jesus, com uma ênfase agora não na sua filiação herdada, mas no significado e propósito da encarnação. Jesus não deve ser identificado com os anjos ou como um anjo. Ele deve ser identificado com os homens.

a) O mundo futuro (2.5). A cláusula de que falamos claramente liga a "grande salvação" (v.
3) e a presença de Jesus "à destra" do Pai com a futura "habitação terrena" (Mueller). Ela também sugere um escopo atemporal do tema e da abordagem de toda a epístola. O evangelho de Jesus Cristo não é apenas relevante para a era presente, mas é a chave para as eras vindouras, incluindo os novos céus e a nova terra. Este mundo-terra purificado e emancipado, que é o alvo de toda a história, Deus não sujeitou aos anjos.

  1. O seu Governante apontado (2:6-8b). A citação de Salmos 8:4-6 revela o lugar do homem no plano de Deus. Fisicamente, em relação ao universo, ele é insignificante; então, por que Deus deveria se lembrar dele? (v. 6). Tanto em posição quanto em poder ele é inferior aos anjos, mas somente temporariamente (o gr. do versículo 7 indica "por um breve tempo" — Mueller). Apesar de sua pequenez física e sua posição inferior, Deus o coroou de glória e de honra (7) e todas as coisas lhe sujeitou debaixo dos pés (8a)." A extensão do domínio predestinado do homem abrange tudo: nada deixou que lhe não esteja sujeito (8b). A comissão do homem de sujeitar e governar esta terra como representante de Deus foi concomitante com a criação (Gn 1:26-29). Sua tentativa de conquistar a ordem da natureza, conseqüentemente, não desagrada a Deus, porque faz parte da sua atribuição inicial. Mas essa atribuição era tanto espiritual quanto material, e, portanto, ir em busca do material em detrimento, ou mesmo rejei-ção, ao espiritual, é pecado. Além disso, de acordo com muitos teólogos, a atribuição do homem era conquistar o reino de Satanás. O homem foi criado para neutralizar o Dia-bo, diz Oswald Chambers.' Fica claro em Hebreus que a comissão do homem era, e é, de magnitude cósmica e eterna.
  2. Sua impotência atual (2.8c). Mas o domínio do homem fracassou até aqui, porque ainda não vemos que todas as coisas lhe estejam sujeitas. Algumas coisas o ho-mem tem dominado muito bem, mas no reino espiritual ele tem falhado tristemente. Seu fracasso não foi em decorrência da imaturidade ou tempo insuficiente, mas devido a uma catástrofe interferente. Os que foram projetados para ser dominadores de Satanás se tornaram seus cativos.

2. Cumprido em Jesus (2.8c-9)

Há uma nota tranqüilizadora de esperança na frase ainda não. A tarefa não foi cancelada; ela ainda será cumprida. Mas não por meio dos recursos do primeiro Adão, porque estes estão falidos. Podemos não ver o homem como conquistador agora, mas vemos [...] Jesus (9), o segundo Adão, por meio de quem uma raça redimida terá não somente uma segunda chance mas um sucesso completo.' Esta declaração tão clara é o primeiro uso do nome Jesus. Até este ponto a referência, embora inequívoca, tinha sido encoberta; agora toda alusão indireta é deixada de lado e o nome sacro anunciado. Pilatos colocou uma coroa de espinhos e um manto de púrpura em Jesus, e disse: "Eis aqui o homem" (Jo 19:5). Mas nem Pilatos nem a multidão realmente o viram. Eles olhavam com olhos que não podiam ver. Agora o autor de Hebreus dirige o olhar deles para Jesus de uma maneira similar e com um intenso desejo de que vejam com uma visão mais clara do que Pilatos ou os judeus em Jerusalém.

O que Pilatos proclamou sem compreender, esta epístola grifa com ênfase: Eis aqui o Homem! Aquele que era co-igual com o Pai antes da criação do mundo, fora feito um pouco menor (por um breve período) do que os anjos. A honra que o ho-mem perdeu cumpre-se abundantemente neste Homem, porque Ele é agora coroado de glória e de honra, à destra do Pai, diante dos anjos e nos corações dos seus discí-pulos. Mas a coroação foi por causa (dia com acusativo) da paixão da morte.'

A morte vergonhosa de Jesus tornou-se um embaraço para os Hebreus; mas eles precisam entender que este ato foi, na verdade, a glória dele e a esperança deles. Sua morte não foi um erro trágico, mas originada na graça de Deus, em sua determinação compassiva de prover redenção. Seus benefícios são por todos ("para cada indivíduo" — NT Ampl.). Isto certamente exclui uma expiação limitada ou qualquer sistema que busca separar o mérito da sua morte em graça comum e graça salvadora; por todos implica uma igualdade universal. Além disso, para que não se faça nenhuma tentativa de desva-lorizar a experiência da morte do nosso Senhor ao interpretar erroneamente a palavra provasse, deve-se salientar que esta mesma palavra é usada em Mateus 16:18, Marcos 9:1, Lucas 9:27 e João 8:52, em que a força plena da morte humana, inteiramente expe-rimentada, é inferida. Dods diz: "...de fato experimentando a amargura da morte".' No entanto, embora a morte seja real, ela não é um substituto legal exato, em que se obtém a redenção absoluta de todos os homens; sua morte foi por ("em favor de", hyper com ablativo), i.e., Ele morreu para tornar possível a salvação de todos, ou seja, um substitutivo em um sentido ético em vez de legal.

3. O Propósito da Encarnação (2:10-18)

A nítida declaração do propósito de Deus é dada no versículo 9, mas agora o autor expande sua tese. A explanação é dupla e é encontrada na repetição de hina ("para que") no texto grego, traduzido da seguinte forma:
a) para que, pela morte, aniquilasse Satanás e libertasse seus subordinados (14) e b) para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote (17). Mas o autor primeiro estabelece a argumentação a favor da encarnação como uma base necessária para o cumprimento destes dois objetivos.

a) O tipo de Salvador necessário (2:10-14a). A tarefa é trazer muitos filhos à glória (10), i.e., à plena semelhança de Cristo e à plena consumação da redenção deles no céu. Mas para que isto pudesse ocorrer, o Príncipe da salvação deles precisava ser aper-feiçoado, pelas aflições. Isto não se refere ao aperfeiçoamento da santidade pessoal do nosso Senhor, mas às suas qualificações como Príncipe e primeiro da fila (cf. 12.2, em que a mesma palavra é traduzida por "autor"). Ele é tanto Salvador quanto Exemplo. Ele vai adiante de nós, não somente mostrando o caminho para a glória, mas limpando e construindo o caminho. Obviamente ao fazê-lo Ele precisa passar pela severidade e por privações. Em sua própria pessoa Ele precisa enfrentar o inimigo e conquistá-lo. Somen-te assim pode ser feito um caminho seguro para aqueles que seguem. Este não é um Príncipe que lidera da retaguarda e permite que seus homens lutem e morram. Ele é Alguém que vai adiante e luta e morre ele mesmo, para que seus seguidores possam viver e estar assegurados da vitória. Esta imposição de sofrimento não é cruel ou irraci-onal, indigno de um grande Deus; em vez disso, convinha que aquele, para quem são todas as coisas e mediante quem tudo existe (10), fizesse assim. O plano da salva-ção é para a glória do próprio Deus, cuja sabedoria e graça eterna o planejou.

O termo aflições (no plural) sugere que o Calvário não se refere apenas ao único ato da crucificação mas às muitas formas de sofrimento que pertencem ao homem como ho-mem, e às inúmeras aflições que nosso Senhor conheceu desde a manjedoura até a cruz.

Sua realeza conosco é dupla:
a) Somos santificados por Ele e, desta forma, feitos à sua semelhança, e conduzidos a uma unidade e comunhão maravilhosa baseadas na semelhança moral. b) Porque, assim o que santifica como os que são santificados, são todos de um (11) ; i.e., eles têm um Pai. Jesus, o Deus-homem, pela encarnação, agora compartilha com o homem a paternidade de Deus como Criador; ao santificar seus próprios discípulos, Ele compartilha com eles a santidade do Pai. Uma semelhança fami-liar é, por meio disso, estabelecida. Esta semelhança com Deus por intermédio da santificação é o significado mais profundo da filiação no NT. Por causa desta semelhança familiar estabelecida
a) pela sua própria participação na natureza humana e b) pelo seu partilhar da natureza santa, Ele não se envergonha de lhes chamar irmãos!'

Para provar esta afirmação, o autor cita Salmos 22:22 e retira duas breves frases de Isaías 8:17-18.20 Então segue a conclusão: Visto que os "filhos" e os "irmãos" participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas (14). A palavra participam (perfeito de koinoneo, "ter em comum") é clara e forte, significando que os irmãos são participantes mútuos e companheiros no sofrimento de sua situação huma-na; seria, portanto, inconcebível para o seu Príncipe ser uma criatura sobre-humana e distante, desligada da estrutura humana e não envolvido na agonia da vida.

b) O propósito da sua morte (2.14b,15). O Logos tornou-se homem para que pudesse morrer; Ele morreu para que pudesse aniquilar o que tinha o império da morte, isto é, o diabo (14). Foi por meio da sua morte (dia com o genitivo) que Jesus foi habilitado a destruir o Diabo. Sua morte não foi casual, mas indispensável e dinâmica As duas perguntas surgem ao mesmo tempo.

(1) Em que sentido Satanás detinha o império da morte? Hebreus deixa claro que a morte de Jesus não tinha que ver somente com o homem e seu pecado mas com Satanás e seu poder. Satanás não era para ser visto como um símbolo mitológico do mal, mas como uma pessoa com poder e autoridade, cujo reino das trevas competitivo estava pro-fundamente envolvido no caos primitivo, na situação desagradável do homem, e, portan-to, no propósito da encarnação e crucificação.'

É difícil determinar até que ponto Satanás detinha poder sobre a morte. Isso deve ter incluído a morte do homem (v. 15) e está claro que este poder tem um final terrível e inescapável à parte da morte conquistadora de Cristo. A identificação cuidadosa des-ta pessoa como diabolos, o Acusador, pode sugerir que, como promotor, ele tinha o direito legal de exigir a morte como castigo pelo pecado do homem. Devemos lembrar que Deus e Satanás são governantes oponentes na luta pela vida e morte, e que o pecado do homem deu a Satanás uma vantagem real. Esta vantagem pode ter sido uma exigência para que o castigo pelo pecado divinamente ameaçador fosse exigido por completo. Mas exigi-lo por completo seria um fracasso ignominioso com a raça humana; ao passo que falhar em exigir o castigo da morte por completo seria uma rendição da integridade santa de Deus em virtude de uma palavra quebrada 1Co 15:56). O pecado do homem colocava seu Criador numa situação embaraçosa e dava a Satanás uma base legal para pressionar o direito do fracasso, ou em relação ao homem ou em relação à integridade de Deus. Satanás não percebe uma terceira alternativa, mas exulta porque qualquer uma das duas situações embaraçosas vai trazer desonra para Deus diante dos anjos e demônios.

Outros vêem o poder da morte de Satanás não como o poder de um promotor que acredita que defende uma causa imbatível, mas como o poder legal de um executor; i.e., Satanás obteve de maneira legal o direito de matar. Eric Sauer vê a queda de Satanás como a origem da morte e a explicação da introdução da morte na ordem natural do mundo, muito antes da criação do homem. Neste ponto de vista, o pecado do homem trouxe a raça humana para debaixo do poder da morte de Satanás. Guerras, fome e pragas poderiam estar entre os artifícios de Satanás para destruir.

(2) Em que sentido o Acusador foi "destruído" por meio da morte de Jesus? A palavra vem de katargeo, "anular, libertar". Satanás não foi aniquilado, mas seu poder foi que-brado e cancelado legalmente, de uma maneira completa e final (aoristo do subjuntivo). Havia uma terceira alternativa para esta situação embaraçosa que Satanás não conse-guiu prever. A encarnação seduziu Satanás a derrotar-se com a sua própria arma. Ao matar Jesus, ele perdeu seus direitos legais, porque matou Aquele que não havia pecado! E por meio da ressurreição, o poder da morte foi terminantemente quebrado. Se Adão deu a Satanás a vantagem na batalha cósmica, Cristo desfez esta vantagem, e a vanta-gem voltou de uma vez por todas para Deus. Se Adão vendeu a raça humana como escra-va a Satanás, Cristo a comprou. Reconhecidamente, isto tem que ver com a teoria da redenção, descartada há muito tempo pela Igreja como fantasiosa e primitiva. Mas algu-mas dessas idéias aparecem de maneira inequívoca nesta passagem das Escrituras — e em diversos textos em todo o NT.

Mas no versículo 15 encontramos a segunda metade da cláusula hina (com medo da morte). Cristo morreu não só para que o Diabo fosse destruído, mas para que livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão. Gramaticalmente, estes dois propósitos estão coordenados, mas na experiência humana o medo da morte do homem deve ser relacionado com o império da morte de Satanás; portanto, a destruição do poder de Satanás seria em si mesmo o motivo — ou pelo menos um motivo parcial — para a libertação das vítimas de Satanás. É uma libertação comple-ta da servidão que era resultado do seu vitalício medo da morte. Este é um tipo de escravidão deplorável, um terrível medo de morrer, que algema toda a raça humana. A servidão é quebrada pela libertação do medo. Os crentes em Jesus sabem que a morte foi conquistada pela própria morte e ressurreição de Cristo. Por isto,
a) "o aguilhão da morte", que é o "pecado" 1Co 15:56), foi removido pela expiação; portanto, a base da acusação de Satanás foi cancelada (Ap 12:10-11), e o julgamento após a morte não preci-sa ser temido. b) A ressurreição de Cristo garante a ressurreição dos crentes em Cristo; conseqüentemente, uma esperança confiante e alegre desaloja o presságio tenebroso do domínio de Satanás. Portanto, eles não precisam mais viver com medo de Satanás. c) O poder da morte foi tirado de Satanás para que não pudesse matá-los antes da sua hora. Hoje, os crentes em Cristo vivem na certeza de que suas vidas estão nas mãos de Deus.

c) Um sacerdócio pleno (2. 16-18). A Encarnação foi necessária, não só para que Jesus fosse aperfeiçoado pelo sofrimento e morte como Salvador, mas para que tam-bém fosse aperfeiçoado como Sumo Sacerdote. Como Salvador, Ele liberta do poder de Satanás; como Sumo Sacerdote, ele liberta da justa condenação de Deus. Os mesmos passos na argumentação usada nos versículos 9:15 são agora retomados, mas de forma resumida. Primeiro, sua humanidade é reafirmada, desta vez especificamente como israelita. Ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão (16). Se Ele tivesse sido um anjo não poderia ter realizado o tipo de ministério sacerdotal des-crito em Hebreus. A humanidade universal sozinha também não teria sido suficiente; Ele precisava ser hebreu. Jesus era alguém da sua própria raça. Pelo que (17), i.e., por essa razão, era apropriado que fosse semelhante aos irmãos em todas as coisas. Teria sido incongruente para Ele ter descido do céu como o Leão da tribo de Judá, em pleno esplendor messiânico, como alguns judeus imaginavam. Este tipo de pessoa es-taria afastado demais dos israelitas e seus pecados e necessidades para poder ajudá-los de forma sacerdotal. Somente alguém semelhante a eles, que compartilhasse ple-namente dos seus sofrimentos, poderia tornar-se um misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus.

Há dois aspectos do ministério sacerdotal de Cristo: o divino e o humano, o propiciatório e o pastoral.

  1. O propiciatório (2.17c). Uma das tarefas principais do sumo sacerdote é propi-ciar o santo Deus ao lidar honesta e adequadamente com o problema do pecado. Ne-nhuma adoração que ignora o pecado é aceitável. A mancha da alta traição deve ser removida antes que a comunhão e a fraternidade possam ser estabelecidas entre o Soberano e seus subordinados. Este é o ofício do Mediador — representar Deus diante do traidor que está voltando e o traidor diante de Deus, e executar as condições de perdão especificadas pelo Soberano. Este certamente era um conceito familiar para os Hebreus, embora continue sendo um conceito de difícil compreensão para as mentes ocidentais. Este Mediador entre Deus e o homem é Jesus. Seu primeiro ofício como um Sacerdote misericordioso e fiel é expiar os pecados do povo. A palavra expiar ("re-conciliação" na KJV), hilaskesthai, neste caso significa satisfazer pessoalmente as exi-gências justas em favor de outra pessoa. Deus é propiciado (satisfeito) por esta expia-ção; portanto uma reconciliação pode estar baseada nela. Não é uma expiação das pes-soas mas dos pecados das pessoas. É, portanto, uma anulação ou perdão dos pecados, e os pecadores são conseqüentemente libertos da culpa e da condenação. Esta é uma referência clara à função justificadora do sacerdote e não ao ministério de santificação. O povo forma o grupo de adoradores, não os descrentes ou os impenitentes; pecados são todas as violações, conhecidas ou desconhecidas.
  2. O pastoral (2.18). A conjunção coordenativa Porque (gar) volta ao aspecto da semelhança do nosso Senhor com os seus irmãos (v. 17). Pois Ele não é apenas apto como Sumo Sacerdote para expiar pecados, mas para socorrer aos que são tentados, pois Ele mesmo padeceu, sendo tentado. O autor continua vindicando o plano divino que requer um Messias sofredor. Jesus sofreu, como homem, todas as vicissitudes da vida. Ele não só sofreu a terrível experiência da morte, mas também a luta de um ser moral. Ele enfrentou a tentação e suas lutas ferozes bem como os contratempos da vida e a dor da morte. Ele lutou na arena moral da humanidade. E suas batalhas não foram falsas. Ele não estava lutando com um pugilista contratado para treinar. Sendo tentado, pa-deceu. E isto fazia parte do seu aperfeiçoamento como Príncipe e Sacerdote — porque como poderia um Sacerdote realmente compartilhar dos sentimentos do seres humanos se não tivesse passado pelas mesmas coisas que eles passaram? Mas visto que entende por ter passado pela experiência, Ele pode socorrer — i.e., ajudar aqueles que clamam por socorro (cf. Hb 13:6; também Mt 15:25; Mc 9:22-24; Atos 16:9-21.28; 2 Co 6.2; Ap 12:16).

Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Hebreus Capítulo 2 versículo 17
Cristo é apresentado como sumo sacerdote que cumpre fielmente o seu serviço sacerdotal e obtém, por meio do sacrifício de si mesmo, o perdão dos pecados (conforme He 1:3). É um tema de destaque e característico de Hb. Conforme Hb 4:14-5.10; He 6:20-18.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Hebreus Capítulo 2 do versículo 1 até o 18
*

2:1 Comparece exortações semelhantes em 3:12-14; 4.1,11; 6.11,12; 10:22-25; 12:1-13; e especialmente 12:25-29, mais uma lembrança do Sinai.

* 2:2-3 O argumento é do menor para o maior. Se o que os anjos disseram foi "firme", então o que vem de um que é superior aos anjos deve ser muito mais firme. A palavra grega para "firme" é terminologia forense, assim como "testemunho" no v. 4.

* 2:2

falada por meio de anjos. A missão dos anjos na outorga da lei é sugerido em Dt 33:2 (onde o termo hebraico traduzido como "santos" é lit., "os santos" e se refere aos anjos) e tornou-se um elemento comum das descrições judaicas e cristãs do Sinai (At 7:53; Gl 3:19).

justo castigo. Ilustrado em 10.28,29 (conforme 6.6). Transgressores da aliança do Senhor foram eliminados da comunidade pactual pela morte.

* 2.3 salvação. Mencionada pela primeira vez em 1.14, esta salvação inclui a herança do mundo vindouro (v. 5; 11.16), a entrada na glória como os filhos adotados por Deus (v. 10), a purificação dos pecados (1.3; 2.11,17), a libertação do medo da morte (vs. 14,15) e o privilégio de aproximar-se a Deus (4.16; 10,22) a fim de oferecer-lhe um culto aceitável (12.28; 13 15:16).

que a ouviram. Os apóstolos foram testemunhas daquilo que Jesus disse e fez em seu ministério, morte, ressurreição (At 1:21-22; 10:39-41; 1Pe 5:1; 2Pe 1:15). O escritor e seus leitores ouviram o evangelho através deles (Introdução: Autor).

*

2.4 sinais, prodígios e vários milagres. Estes termos são usados no Novo Testamento para descrever os milagres especiais que Deus usou para demonstrar a autoridade do Salvador (At 2:22), bem como para atestar os ministérios dos apóstolos e de Estêvão (At 6:8-14.3; Rm 15:19; 2Co 12:12).

* 2.5-9 O autor usa o contraste entre os anjos e os seres humanos no v. 5, para mostrar como o Filho, quando ele assumiu uma plena e completa humanidade (vs.14,17), restaura a dignidade do homem para o lugar que Deus lhe designou na criação.

* 2.6 alguém, em certo lugar, deu... testemunho. Esta indefinição quanto às referências bíblicas é característica do autor de Hebreus, que enfatiza a autoria divina das Escrituras em vez dos autores humanos (p.ex., 1.5,7,8; 2.12; 3.7; 4.3; 5.5,6). Esse modo de citar uma bem conhecida referência confirmadora do Antigo Testamento acerca do homem na criação é uma prova da formação judaica dos leitores.

* 2.8 ainda não vemos. Sl 8 descreve o glorioso status do homem como cabeça de toda a criação. Porém, é evidente que o homem está longe de desfrutar de tal posição, por isso, alguma explicação se torna necessária.

*

2.9 vemos... Jesus. Jesus tem a coroa de glória e honra. Agora, precisa ser demonstrado que ele a recebeu como homem, para assim cumprir as palavras citadas do Salmo.

por um pouco... feito menor. Ver referência lateral. A expressão pode referir-se ou a status ou ao tempo (isto é, "por um pouco" Lc 22:58; At 5:34). Se se refere ao tempo, ela indica o caráter temporário da humilhação de Jesus.

provasse a morte por todo homem. Aqui, "todo homem" deve ser entendido à luz do contexto e dos resultados da morte de Jesus, explicado em outra parte de Hebreus. Ela se refere aos "muitos filhos" que Deus conduz à glória (v. 10), os quais Jesus chama "irmãos" (v. 11). Aqueles pelos quais Jesus experimentou a morte, foram feitos santos e perfeitos, uma vez para sempre, por sua morte (10.10,14), suas consciências foram purificadas daqueles atos que conduzem à morte (9.14), por isso, são libertados do medo da morte (2.14,15). Por contraste, existem aqueles (mesmo dentro das igrejas cristãs) que não confiam no Filho, antes o expõem ao ridículo (6.6). Para estes, "já não resta sacrifício pelos pecados, pelo contrário, certa expectação horrível de juízo" (10.26,27). Assim, aqui, "todo homem" inclui todos aqueles (e somente aqueles) que perseveram na confiança em Jesus (3.6,14).

* 2.10-18 Para que os filhos adotados por Deus alcancem a prometida glória do Sl 8, o Filho unigênito tinha de sofrer a morte em favor deles, destruindo o seu inimigo, libertando-os da escravidão, e expiando os seus pecados. No plano eterno de Deus, laços de irmandade unem os redimidos ao "Autor da salvação deles" (vs.10,11).

* 2.10 Autor. O termo grego pode ser traduzido "Capitão" ou "Príncipe" (12.2; At 3:15-5.31). Jesus foi o primeiro a passar pelo caminho do sofrimento, e como o nosso Capitão, nos conduz à glória que ele mesmo alcançou.

aperfeiçoasse. Ver nota em 5.9.

* 2.11 o que santifica. Ver "Expiação" em Rm 3:25.

todos vêm de um só. Ou, "têm a mesma origem", isto é, Deus. Uma outra interpretação é, "são de uma só natureza", isto é, a natureza humana.

não se envergonha. À luz da glória do Filho, como projetada no cap.1, poderíamos esperar que ele recuasse diante de uma identificação com os falíveis seres humanos; contudo, ele está disposto a nos chamar irmãos e irmãs. Tal relacionamento familiar é essencial a seu ministério compassivo e sacerdotal (v. 17; 5.1; 7.5).

*

2:12 Introduzido aqui basicamente por causa das palavras "meus irmãos". Sl 22:22 é o ponto de transição do Salmo que descreve a passagem do Ungido de sofrimento para libertação. O contexto das palavras citadas corresponde com seu uso em Hebreus.

* 2.13 Eu porei nele a minha confiança. Esta confissão de fé aparece em 2Sm 22:3; Is 8:17; 12:2 — em cada uma, um servo de Deus expressa confiança na presença de perigo. Para o Filho — o "Autor e Consumador da fé" (12,2) — colocar estas palavras em seus próprios lábios representa a sua condescendência, quanto à sua natureza humana, em viver pela fé, tal como nós fazemos.

eu e os filhos que Deus me deu. Como Isaías e seus filhos foram sinais da fidelidade de Deus à geração deles (Is 8:18), assim o Filho que é maior que os profetas (1.1,2; 3:3-6) tem também o seu círculo de "filhos" dados a ele pelo Pai (Jo 17:6).

* 2.14-18 Cristo é apresentado, primeiro como o nosso Redentor e Guerreiro que derrota o nosso opressor e nos liberta; depois, como misericordioso e fiel sumo sacerdote que nos auxilia em nossas tribulações.

* 2.14 carne e sangue. Esta é uma maneira idiomática para dizer "humano". A mesma frase grega encontra-se em Mt 16:17; 1Co 15:50; Gl 1:16; Ef 6:12; enfatizando, talvez, as limitações da condição humana.

igualmente, participou. Isto é, a mesma humanidade, enfatizando o caráter completo da encarnação do Filho. A fim de que Cristo pudesse vencer a morte e o diabo, suportando o juízo de Deus sobre pecadores, foi necessário que ele participasse da natureza de "carne e sangue" deles.

aquele que tem o poder da morte. Havendo tentado a humanidade para pecar, o diabo passa a agir como um acusador (Ap 12:10), exigindo que um justo castigo seja aplicado; e o "salário do pecado é a morte" (Rm 6:23; conforme 1Co 15:56). O poder do diabo para matar é destruído somente quando o nosso pecado tem sido castigado — na morte de Cristo. Com isto, as suas acusações não têm mais base (Cl 2:14,15).

*

2:16 Este versículo retoma o contraste do v. 5. O contexto é Is 41:8-14, onde Israel é chamado "descendente de Abraão", a quem o Senhor "toma" e a quem promete "ajudar" (Is 41:13; conforme Hb 2:18), por isso, não precisa de "temer" (Is 41:10; Hb 2:15; conforme 13:5,6). Sobre Abraão e seus descendentes, ver 6:15-17; 11.9; Rm 4:11-18; 9:7,8; Gl 3:29.

socorre. Outra tradução é "tomar sobre si" ou "lançar mão sobre", como "participar", da natureza humana (ver referência lateral) na encarnação. De qualquer forma, a questão é esta: a natureza da encarnação apresentada no v. 14, determina a classe das criaturas que Deus pretende salvar. Ele tinha em vista seres humanos, e para salvá-los, o eterno Verbo teve de encarnar-se como um ser humano: "E o Verbo se fez carne" (Jo 1:14).

* 2.17 se tornasse semelhante aos irmãos. Somente aquele que tinha sido tentado de todas as maneiras possíveis, como nós, podia ser o misericordioso sumo sacerdote (4.15; 5.2). Somente aquele que tinha reagido a cada tentação com obediência perfeita podia ser fiel sumo sacerdote, sem pecado (4.15; 7,26) e digno de oferecer a si mesmo como sacrifício imaculado (9.14).

misericordioso e fiel sumo sacerdote. É uma lembrança do juízo pronunciado sobre a casa de Eli, da família de Arão, e a vinda de um fiel sumo sacerdote que ministraria para sempre (1Sm 2:35). A fidelidade e misericórdia de Cristo (5,2) são explicadas no que se segue.

fazer propiciação pelos. O termo indica que ele carregou sobre si a ira e maldição que estava sobre "o povo" que pecou (Rm 3:25,26). Ver "Cristo — O Mediador" em 1Tm 2:5.

*

2.18 que ele mesmo sofreu. Ver "A Humanidade de Jesus" em 2Jo 7.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Hebreus Capítulo 2 do versículo 1 até o 26
2:1 Como pode um esforçar-se na graça? Graça significa favor imerecido. Assim como somos salvos por graça (Ef 2:8-9), devemos viver por graça (Cl 2:6). Isto significa confiar por completo em Cristo e seu poder, e não tratar de viver em Cristo só em nossas próprias forças. Receba e utilize o poder de Cristo. O lhe dará a fortaleza para fazer sua obra.

2:2 Se a igreja seguisse com firmeza este conselho, expandiria-se geométricamente na medida que crentes bem ensinados ensinem e comissionem a outros os que, a sua vez, farão o mesmo com outros. Os discípulos precisam ser equipados para transmitir sua fé. O trabalho não parecerá mas sim até que novos crentes sejam capazes de fazer discípulos de outros (veja-se Ef 4:12-13).

2.3-7 Ao pregar e ensinar, Timoteo enfrentaria sofrimento, mas resistiria. Paulo usou a comparação de soldados, atletas e agricultores, todos os quais devem disciplinar-se a si mesmos e estar dispostos a sacrificar-se para obter quão resultados querem. Como os soldados, devemos renunciar à segurança mundana e nos submeter a uma disciplina rigorosa. Como os atletas, devemos treinar duro e nos submeter às regras. Como os agricultores, devemos trabalhar arduamente e saber esperar. Mantemo-nos firmes a pesar do sofrimento porque pensamos na vitória, a visão do triunfo e a esperança da colheita. Veremos que o sofrimento vale a pena quando alcançarmos a meta de glorificar a Deus, ganhar pessoas para Cristo e viver eternamente com O.

2:7 Paulo disse ao Timoteo que refletisse em suas palavras e que Deus lhe daria a visão. Deus fala através da Bíblia, sua Palavra, mas nós precisamos estar abertos e receptivos ao. Quando você leia a Bíblia, lhe peça a Deus que lhe mostre suas verdades eternas e a forma das aplicar a sua vida. Considere logo o que tem lido e medite nisso. Deus lhe dará entendimento.

2:8 No Efeso, os falsos professores eram um verdadeiro problema (veja-se At 20:29-30; 1Tm 1:3-11). No coração de um ensino falso se acha uma visão incorreta de Cristo. Nos tempos do Timoteo muitos afirmavam que Cristo era divino mas não humano, Deus mas não homem. Em nossos dias com freqüência escutamos dizer que Jesus era humano mas não divino, homem mas não Deus. Um ou outro ponto de vista destrói as boas novas de que Jesucristo levou nossos pecados sobre si mesmo e nos reconciliou com Deus. Neste versículo, Paulo estabelece com firmeza que Jesus é completamente homem ("linhagem do Davi") e totalmente Deus ("ressuscitado dos mortos"). Esta é uma doutrina importante para todo cristão. Para mais sobre este conceito chave veja-a nota de Fp 2:5-7.

2:9 Paulo esteve preso e encadeado pelo evangelho que pregava. A verdade a respeito do Jesus não é mais popular em nossos dias que foi nos dias do Paulo, mas segue alcançando corações receptivos. Quando Paulo disse que Jesus era Deus, enfureceu a quão judeus o tinham condenado por blasfêmia; mas muitos judeus chegaram a ser seguidores de Cristo (1Co 1:24). Enfureceu a quão romanos adoravam ao imperador como se fora Deus, mas ainda alguns da casa do César se voltaram para o Jesus (Fp 4:22). Quando Paulo disse que Jesus era humano, enfureceu a quão gregos pensavam que a divindade chegava a manchar-se se tinha algum contato com a humanidade, entretanto muitos gregos aceitaram a fé (At 11:20-21). A verdade de que Jesus é uma pessoa com duas naturezas unidas nunca foi entendida facilmente mas cada dia há mais pessoas que a aceitam. Apesar da oposição, continue proclamando-a. Alguns escutarão e acreditarão.

2:10 Está Paulo contradizendo a graça quando diz "obtenham a salvação"? A salvação não é algo que se possa ganhar, como Paulo ensinou em Ef 2:8-9. Paulo se está refiriendo a ser fiéis até o fim, não a uma forma de ganhar a salvação.

2.11-13 Possivelmente este seja um dos hinos cristãos primitivos. Deus é fiel com seus filhos e embora devamos sofrer grandes dificuldades aqui, promete-nos que algum dia viveremos eternamente com O. O que significa isto? Significa que os crentes viverão no reino de Cristo e que participaremos da administração do mesmo. Esta verdade confortou ao Paulo enquanto passava pelo sofrimento e a morte. Está você enfrentando provas? Não se além de Deus. O lhe promete um futuro maravilhoso junto Ao. Para maiores detalhes em relação vivendo eternamente com Deus, veja-se Mt 16:24-27; Mt 19:28-30; Lc 22:28-30; Rm 5:17; Rm 6:8; Rm 8:10-11, Rm 8:17; 1Co 15:42-58; Cl 3:3-4; 1Ts 4:13-18; Ap 3:21; 21:1-22.21.

2.14-16 Paulo precatória ao Timoteo a recordar a quão crentes não discutam sobre detalhes sem importância ou que tenham discussões néscias ("profanas e vões palavras") porque tais argumentos são confusos, inúteis e além nocivos. Os falsos professores amavam as dissensões e divisões por suas sutilezas sem sentido e por seus detalhes sem importância (veja-se 1Tm 6:3-5). Para dirigir a palavra de verdade corretamente, devemos estudar o que a Bíblia diz e logo poderemos entendê-la.

2:15 devido a que Deus examinará a classe de operários que tenhamos sido, edifiquemos nossas vidas sobre sua Palavra e edifiquemos a mesma sobre nossas vidas, porque só ela nos diz como devemos viver para O e lhe servir. Quão crentes ignoram a Bíblia certamente serão envergonhados no julgamento. Um estudo constante e diligente da Palavra de Deus é vital, ou de outro modo seremos adormecidos em negligência para Deus e em nosso verdadeiro propósito para viver.

2:16 Em áreas importantes do ensino cristão, devemos dirigir nossos desacordos com supremo cuidado. Mas quando discutimos por comprido tempo sobre palavras e teorias que não são centrais na fé cristã e na vida, quão único fazemos é provocar irritação e ferir sentimentos. Ainda se tais "vões palavrórios" conduzem a uma resolução, obtêm muito pouco em favor do Reino. Aprender e discutir não são maus em si mesmos, a menos que mantenham aos crentes constantemente expostos a doutrinas falsas ou trivialidades que não ajudam. Não permita que nada o afaste de seu trabalho e serviço a Deus.

2:17, 18 Ao Himeneo também lhe menciona em 1Tm 1:20. Paulo o tinha "entregue a Satanás" porque seus falsos ensinos em relação à ressurreição estava afetando a fé de alguns.

2:18 Os falsos professores negavam a ressurreição do corpo. Acreditavam que quando uma pessoa chegava a ser cristã renascia espiritualmente e que esta era a única ressurreição que teria lugar. Para eles, a ressurreição era simbólica e espiritual, não física. Entretanto, Paulo ensinou com claridade que os crentes ressuscitariam depois de ter morrido e que seus corpos, assim como suas almas, viveriam eternamente com Cristo (1Co 15:35ss, 2Co 5:1-10; 1Ts 4:15-18). Não podemos acomodar as doutrinas das Escrituras para que se adaptem a nossas opiniões. Se o fizermos, estamo-nos pondo por cima de Deus. Em lugar disso, nossas crenças devem ser consistentes com a Palavra de Deus.

2:19 Os falsos professores seguem semeando mentiras. Alguns distorcem a verdade, outros a diluem, e outros simplesmente a eliminam dizendo que a verdade de Deus já não se aplica mais. Mas não importa quantos sigam essas mentiras, a sólida verdade de Deus nunca troca, nunca vacila e nunca se debilita. Quando seguimos a verdade de Deus, O nunca nos abandonará.

2.20, 21 Aqui Paulo insiste ante o Timoteo para que seja a classe de pessoa que Cristo possa usar para seus mais nobres propósitos. Não se de acordo com menos que com o melhor de Deus. Deixe que Deus o use como um instrumento de sua vontade.

2:22 Às vezes escapar é considerado uma covardia. Mas as pessoas soube sabem que freqüentemente afastar-se fisicamente da tentação é o ato de valentia maior. Ao Timoteo lhe advertiu que fugisse de qualquer coisa que produzira maus pensamentos (1Tm 6:11). Tem tentações recorrentes difíceis de resistir? Fuja de qualquer situação que estimule seus desejos de pecar. Saber quando afastar-se é tão importante na batalha espiritual como saber quando e como brigar (veja-se também 1Tm 6:11).

2.23-26 Como professor, Timoteo ajudava a aqueles que estavam confundidos a respeito da verdade. A advertência do Paulo ao Timoteo, e a todos os que ensinam a verdade de Deus é ser amável e gentil, paciente e cortês ao explicar a verdade. O bom ensino nunca provoca lutas ou argumentos néscios. Seja que você ensine na Escola Dominical, guie um estudo bíblico ou pregue na igreja, recorde escutar as perguntas que lhe exponham e as trate em forma respeitosa, evitando discussões sem sentido. Se o fizer assim, a gente que lhe opõe estará melhor disposta para ouvir o que você tenha que dizer e talvez troquem sua atitude.


Matthew Henry - Comentários de Hebreus Capítulo 2 do versículo 1 até o 18
2.1-3 O autor chamou a seus leitores a emprestar atenção à verdade que tinham escutado para que não se desviem para falsos ensinos. Escutar não é fácil. Tem que ver com nossa mente, nosso corpo e nossos sentidos. Escutar a Cristo não só inclui ouvir, mas também responder em obediência (veja-se Jc 1:22-25). Devemos escutar com atenção e estar dispostos a obedecer a Cristo.

2:2, 3 "Porque se a palavra dita pelos anjos" se refere ao ensino daqueles anjos, como mensageiros de Deus, que tinham trazido a lei do Moisés (veja-se Gl 3:19). Um tema dominante em Hebreus é que Cristo é imensamente muito maior que todos os outros meios propostos para chegar a Deus. A fé que antes tinham era boa, diz- o autor a seus leitores judeus, mas deve ficá-la fé em Cristo. Assim como Cristo é superior aos anjos, sua mensagem é muito mais importante que o deles. Nenhum escapará do castigo de Deus se permanecer indiferente à salvação oferecida por Cristo.

2:3 As testemunhas presenciais do ministério do Jesus lhes tinham irradiado seus ensinos aos leitores deste livro. Estes leitores eram crentes de uma segunda geração que não tinham visto cristo na carne. Eles são como nós; não vimos a Cristo em pessoa. Apoiamos nossa crença no Jesucristo tomando em conta os relatos das testemunhas presenciais tal como aparecem na Bíblia. Veja-se Jo 20:29 para a promessa que dá Jesus a quem cria sem nunca havê-lo visto.

2:4 "Atestando Deus junto com eles" continua o pensamento de 2.3. Os que tinham ouvido falar com o Jesus e transmitiram logo sua Palavra, também confirmaram a veracidade de seu prédica mediante "as maravilhas, prodígios e sinais" que lhe seguiram. No livro de Feitos, os milagres e os dons do Espírito autenticaram o evangelho em qualquer lugar que se pregou (vejam-se At 9:31-42; At 14:1-20). Paulo explica os dons espirituais em Romanos 12:1 Corintios 12:14 e Efesios 4, e esclarece que o propósito dos dons espirituais é edificar a igreja, fazendo-a sólida e perfeita. Quando vemos os dons do Espírito em uma pessoa ou em uma congregação, sabemos que sem lugar a dúvidas Deus está presente. Ao receber seus dons, devemos reconhecê-lo e lhe dar obrigado por eles.

2.8, 9 Deus pôs ao Jesucristo a cargo de tudo e O se revelou a nós. Ainda não o vemos reinar em toda a terra, mas o podemos imaginar em sua glória celestial. Quando se achar confuso presentemente e ansioso sobre o futuro, recorde a verdadeira posição e autoridade do Jesucristo. O é Senhor de todos, e um dia governará a terra assim como agora o faz no céu. Esta verdade lhe dará estabilidade a suas decisões cada dia.

2.9, 10 A graça de Deus para nós conduziu a Cristo à morte. Jesucristo não veio ao mundo para ganhar popularidade nem poder político, a não ser para sofrer e morrer de modo que pudéssemos ter vida eterna. Para nós é difícil nos identificar com a atitude de um Cristo servo. No que estamos mais interessados: no poder ou na obediência, em dominar ou em servir, em dar ou em receber?

2:10 Como podia Jesucristo ser aperfeiçoado pelas aflições? As aflições do Jesus o converteram em um líder perfeito, um pioneiro de nossa salvação (vejam-nas notas em 5.8 e 5.9). Jesucristo não tinha que sofrer por sua própria salvação, porque era Deus em forma de homem. Sua perfeita obediência (que o guiou pelo caminho do sofrimento) demonstrou que era o perfeito sacrifício para nós. Através das aflições, Jesus terminou a obra necessária para nossa própria salvação. Nosso sofrimento pode fazer de nós servos de Deus mais sensíveis. As pessoas que sofreram a dor estão em condição de atuar com piedade por outros que sofrem. Se você sofreu, lhe pergunte a Deus de que maneira sua experiência pode ajudar a outros.

2.11-13 Os que fomos apartados para o serviço de Deus, limpos e santificados pelo Jesucristo agora temos o mesmo Pai que O tem, de modo que nos tem feito seus irmãos. Vários salmos anunciam a Cristo e sua obra. Aqui o autor cita uma parte do Salmo 22, um salmo messiânico. Porque Deus adotou a todos os crentes como seus filhos, Jesucristo os chama irmãos.

2:14, 15 Jesucristo tinha que ser humano ("carne e sangue") para que pudesse morrer e ressuscitar a fim de destruir o poder do diabo sobre a morte (Rm 6:5-11). Solo então Cristo poderia liberar a quem tinha um constante temor pela morte a fim de que vivessem para O. Quando somos de Deus, não temos por que temer à morte, porque sabemos que essa é a única porta de entrada à vida eterna (1 Corintios 15).

2.14, 15 A morte e ressurreição de Cristo nos libera do temor à morte porque esta foi derrotada. Toda pessoa morrerá; mas a morte não é o destino final, a não ser a porta de entrada a uma nova vida. Todos os que temem que a morte devem ter a oportunidade de conhecer a esperança que nos brinda a vitória de Cristo. Como pode anunciar essa verdade aos que estão perto de você?

2:16, 17 No Antigo Testamento o supremo sacerdote era o mediador entre Deus e seu povo. Sua tarefa consistia em oferecer com regularidade sacrifícios de animais, segundo a lei, e interceder diante de Deus pelos pecados do povo. Jesucristo é agora nosso Supremo Sacerdote. O vinho à terra como ser humano; portanto, entende nossas debilidades e nos estende sua misericórdia. O pagou uma vez e para sempre o castigo de nossos pecados por seu sacrifício na cruz (expiação), e se pode confiar em que O restabeleça nossas quebrantadas relações com Deus. Estamos livres da dominação do pecado do momento em que entregamos por completo a Cristo, confiando plenamente no que tem feito por nós (veja-a nota em 4.14 para mais a respeito do Jesucristo como nosso grande Supremo Sacerdote).

2:18 Saber que Cristo sofreu a dor e se enfrentou à tentação ajuda a nos enfrentar a nossas próprias provas. Jesucristo entende nossas lutas porque O as sofreu como ser humano. Podemos confiar em que Cristo nos ajudará a sair vitoriosos dos sofrimentos e da tentação. Quando se em frente às provas, vá a Cristo em busca de fortaleza e paciência. O compreende suas necessidades e pode lhe ajudar (veja-se 4.14


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Hebreus Capítulo 2 do versículo 1 até o 18
III. Interlúdio: PRIMEIRA EXORTAÇÃO E AVISO: Cuidado com derivação (He 2:1. ).

Forte admoestação do Apóstolo para esses cristãos de Éfeso letárgicos é uma ação positiva, progressista, e proposital cinco vezes expressa nas palavras desperta, levanta-te, anda, compreender , e ser cheio do Espírito Santo . A admoestação como teria sido apropriado para os cristãos hebreus na época desta epístola.

A fabricante de colchões conhecida alegou ter despendido 11 anos em pesquisa científica cuidadosa sobre os estágios e os efeitos do sono físico no cérebro e do corpo humano. Os resultados pretendidos desta pesquisa foram os seguintes:

Em SLEEP STAGE 1, o sonolento fase, seu corpo e mente começaram a relaxar. Respostas nervosas estão gradualmente sintonizado fora de seu cérebro. SLEEP STAGE 2 vê aumento de relaxamento. Sentidos tornam-se mais aliviado. A temperatura da pele é menor. Você atingiu o sono leve. SLEEP STAGE 3 revela tensão muscular menos, reduzir a pressão arterial. Este é moderadamente sono profundo. ... SLEEP ETAPA 4 vê a ação do cérebro, no mínimo, os batimentos cardíacos mais lentos [às vezes para de 20 a 30 batimentos por minuto], o aplicador de frio. Este é o sono mais precioso de sono profundo all-profundo. [Aqui pode-se acrescentar que este é o estágio do sono do qual é mais difícil despertar uma pessoa].

Não é difícil ver a correspondência entre estes estágios do sono físico e a descida progressiva da alma para o estupor de inconsciência espiritual, através do relaxamento da vigilância espiritual. Estabelecer aqui o perigo para os cristãos hebreus, e aqui reside o perigo para os cristãos em cada geração.

2. O perigo do castigo divino: toda transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição (He 2:2 ). Muito pelo contrário disposição caracteriza criaturas de luz. Para eles, a noite ea escuridão segurar medos assombrando de incertezas e perigos à espreita. À deriva a partir da luz de Deus revelado em Cristo significa que a alma vai entrar nos reinos de trevas espirituais fora de presença e cuidado amoroso de Deus, com todas as tragédias atendente, misérias, horrores e futilidade de que "trevas exteriores" (Mt 8:12 ), onde Deus não é, e onde a alma sofre a agonia insuportável de solidão absoluta.

As consequências da saída da luz da verdade em Cristo não precisam de ser considerados como a imposição directa ou arbitrário de decisões divinas sobre as almas dos homens propositadamente pecaminosas. Essa partida carrega sua retribuição-o próprio castigo do reino da impiedade, onde todos os valores estão ausentes, e onde a alma perdida flutua nua sozinho no espaço vazio. Isso é o que significa ser perdido espiritualmente (conforme Mt 27:46. ; Ap 9:1 ; Ap 17:8 ).

3. O Peril of Consequences inevitável: como escaparemos se negligenciarmos tão grande salvação? (2: 3-4 ) "Como escaparemos nós [retribuição adequada] se descuidarmos e recusar-se a prestar atenção a uma tão grande salvação [como agora é oferecido a nós, deixando-o à deriva por nós para sempre]? "(ANT). Esta é "a pergunta irrespondível", diz FB Meyer.

Por milhares de anos, de Moisés a Malaquias, os servos de Deus havia previsto e apontou para a vinda do Messias, que era proporcionar a salvação a todos os homens por Sua morte expiatória na cruz (conforme Is 53:1 ; Jo 14:6 ); (4) que conquistou a vitória final e completa sobre o pecado, Satanás, e até mesmo a morte (Ap 1:18 ; conforme ANT); (5) que forneceu esperança universal para a humanidade; e (6), é único meio de salvar o homem de Deus.Assim, o facto do homem de se apropriar ou de reter pela fé e devoção das disposições do presente grande salvação ... deixaria aberta a ele nenhuma maneira de escapar do conseqüente futilidade da existência sem Deus, nem nesta vida ou na próxima. Vale ressaltar que tal inescapableness está baseado em negligência, ao invés de em rebelião aberta ou imoralidade. Observações Davidson:

Ele colocou diante deles o que a grande salvação foi a que foram destinados (He 2:3 ). Nenhum homem que tenha ouvido falar direta e pessoalmente a mensagem de Deus por meio de Cristo jamais poderá escapar das conseqüências solenes de rejeitar ou mesmo negligenciar que a comunicação divina ao seu ser mais íntimo. Os leitores desta epístola foram os herdeiros espirituais de quem tinha sido assim iluminados por Deus.

Em segundo lugar , a sua responsabilidade moral foi aprofundada pelo fato de que, além de comunicação pessoal do Senhor da verdade divina, tiveram a confirmação de que a verdade humana por aqueles de sua própria geração que tinha conhecido pessoalmente e ouviu Cristo. "Foi confirmado a nós e provou ser verdadeiro e genuíno por aqueles que pessoalmente ouvido [falar Ele] "(v. He 2:3-B , ANT).

Lucas fala daqueles que tinham sido "testemunhas [de Cristo] e ministros da ... a palavra" (Lc 1:2 ). Isso é especialmente evidente nas palavras de Lucas, "depois que ele tinha dado mandamento, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera" (At 1:2 ), ou uma nação de pessoas que se distinguem pela sua língua (conforme Ap 5:9 ). Tal admiração elevada e antecipação em manifestações de Deus são sempre produtiva de um clima intelectual e emocional propício para a recepção favorável do evangelho, como também para a função desinibida da fé. Eles também contribuir eficazmente para a convicção e conversão dos perdidos (At 2:43 , At 2:47 ; At 8:5 ).

Competências múltiplas , ou "várias manifestações miraculosas" (ANT), sugerem a multiplicidade e variedade de manifestações do poder de Deus que o acompanham e que confirmem o anúncio do Evangelho (conforme 1Ts 1:5 ). Para os doentes ou mutilados Ele pode revelar Seu poder na eficácia (cura At 3:1 ). Ou de vez em quando Deus revela Seu poder sobre a natureza, como na acalmar da tempestade na Galiléia. Em todo e qualquer evento manifestações miraculosas de Deus são sempre motivado e dirigido por causas moralmente dignas e fins. Cada milagre suposta, bíblica ou extra-bíblica, é validado pelo seu valor moral. Sem tal pena não e não pode qualificar-se como verdadeiramente milagroso. Também não é o exercício de Deus de poder milagroso nos reinos puramente humanas ou naturais sempre uma violação ou contradição da ordem natural, ou das chamadas leis naturais. O Deus do cristianismo é o criador, sustentador e diretor providencial da ordem natural, como também do reino de personalidades. As chamadas leis naturais (descrição do homem de funções naturais) são apenas forma ordinária de Deus de governar o universo. O sobrenatural é milagrosa ou forma extraordinária de Deus de governar Sua criação. Ambas as leis naturais e as intervenções sobrenaturais são obras de Deus, e quem é o homem a dizer de que maneira Deus deve trabalhar? Nenhum dos dois pode ser uma contradição do outro, já que ambos são feitos de Deus.

A idade científica do século XX herdou um grau muito maior de influência mecanicista deísta do século XVIII, XVII e do que muitos pensam ou estão dispostos a admitir. Não há nenhuma prova científica, filosófica ou religiosa que o universo é um próprio funcionamento da máquina independente de um todo-sábio e todo-poderoso Deus. Também não pode ser produzido de suporte válido para a suposição comum de que os milagres cessaram com o fim da era apostólica. Deus permanece o mesmo governador super-natural e providencial inalterada do seu universo que Ele sempre foi. As únicas limitações impostas a Deus em suas relações com os homens são Suas limitações auto-impostas e as limitações impostas pela fé do homem, ou a falta de fé.

A singularidade do Cristianismo, conforme estabelecido nesta passagem, podem ser resumidos da seguinte forma: (1) o cristianismo é o único que teve origem com o próprio Senhor. É sem incertezas, uma vez que é a própria revelação do próprio Deus em seu Filho Cristo. A este respeito, o cristianismo está sozinho e inigualável entre as religiões do mundo. (2) O cristianismo é único na sua comunicação com os homens. Os leitores cristãos hebreus tinham recebido de homens que tinham ouvido o Senhor Jesus Cristo pessoalmente. O melhor e mais confiável informante é sempre a pessoa que tenha sido testemunha de primeira mão de que a que ele testemunha. Uma das qualificações para o apostolado inicial era de que o candidato ou o requerente deve ter visto e ouvido pessoalmente Cristo enquanto Ele estava na carne na Terra (ver At 1:21 , At 1:22 ). Um conhecimento pessoal de Cristo é sempre um requisito essencial para uma comunicação eficaz de Sua saviorship para os outros. Isto é evidenciado pela comunicação pessoal do próprio Deus na mensagem falada por sinais, prodígios, as competências múltiplas , e dons do Espírito Santo . Paulo declarou-se "não me envergonho do evangelho [de Cristo], pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê" (Rm 1:16. ). Nisto consiste o cristianismo superior a todas as religiões humanistas. Muitas religiões não-cristãs e filosofias humanas, desde os gregos até o presente, o homem ofereceu exaltado ideais éticos. No entanto, todos eles têm demonstrado a sua inadequação para a salvação do homem em sua incapacidade de fornecer a energia que possibilita a realização dos ideais. Cristianismo é "Deus ... em Cristo reconciliando consigo o mundo a si mesmo" (2Co 5:19. ; conforme Cl 1:27 ; At 26:18 ). Os milagres morais do cristianismo são a sua validação final como a verdadeira revelação de Deus para a salvação do homem (conforme 2Co 5:17 ).

É importante notar que todas as considerações anteriores deve ser visto e ponderado à luz dos limites divinamente impostas indicados pelas palavras de acordo com sua própria vontade . Vontade onisciente de Deus dirige todas as suas atividades em relação ao homem, como também o Seu governo da ordem natural.

Tudo o que precede acrescenta-se a uma obrigação que incumbe moral solene sobre os indiferentes e vacilantes cristãos hebreus para nos atentar com mais diligência para as coisas que ouvimos, para que não ... a gente se afastar deles (v. He 2:1 ). Também não existe uma obrigação moral mais leve que repousa sobre os cristãos materialistically ocupados e espiritualmente letárgicos nesta idade à vontade em-Zion.

IV. CRISTO superior aos anjos (continuação) (He 2:5 -o superioridade do Filho de anjos. No entanto, o seu tratamento aqui caracteriza-se por uma nova abordagem. Não foi Cristo, o Filho de Deus, que era superior aos anjos. Aqui, é Jesus o Filho do homem que é superior aos anjos. Não foi Cristo, o Filho em Sua divindade. Aqui, é Jesus o Filho em Sua humanidade. Superioridade Cristo Jesus para anjos em autoridade, humilhação, exaltação, e em Seu sumo sacerdócio Grande atualmente envolve o interesse do autor.

R. Cristo superior aos anjos em posição de autoridade (2: 5-8)

5 Porque não foi aos anjos que Deus sujeitou o mundo futuro, de que falamos. 6 Mas em certo lugar testificou, dizendo:

Que é o homem, para que te lembres dele?

Ou o filho do homem, para que o visites?

7 Tu o fizeste um pouco menor que os anjos;

Tu coroaste de glória e de honra,

E te constituí-lo sobre as obras das tuas mãos;

8 Tu que colocar todas as coisas debaixo dos seus pés.

Porque naquilo que ele sujeitou todas as coisas a ele, nada deixou que não lhe fosse sujeito. Mas agora ainda não vemos todas as coisas sujeitas a ele.

Porque não foi aos anjos que Deus sujeitou o mundo futuro, de que falamos . Pode atingir o leitor como estranho que este assunto deve ser introduzida de forma negativa. No entanto, o propósito do autor justifica seu método. Inicialmente, pode parecer que ele está interessado principalmente em posição exaltada do homem de domínio sobre a ordem natural criada para que Deus lhe tinha atribuído. Este ponto de vista tem levado alguns analistas a ver nos versículos 5:8 a representação do homem como superior aos anjos. No entanto, uma análise mais cuidadosa revela que o autor está principalmente preocupado com a salvação do homem na vida presente e futuro, ao invés de sua posição de domínio sobre a ordem natural para o presente. O autor declara que é do mundo vindouro, de que falamos , não do tempo presente ou ordem natural.

Michelsen observações relativas a frase, o mundo por vir:

... "O mundo que está prestes a ser" deve ser a futura extensão do que já temos. Nossas preocupações salvação não só a nossa vida espiritual interna, mas também todos os aspectos da esfera política e social da existência do mundo exterior de vida, natureza,. Todo o reino da existência do homem é ser submissas não anjos, mas para o próprio homem (conforme Sl 8:4. ).

Todo o argumento de versos He 2:5-8 parece indicar claramente que Deus originalmente criou o homem, e por um tempo limitado o colocou em uma posição ligeiramente inferior à ordem angelical (v. He 2:7-A ). Ele, então, designou o homem para a posição de soberania sobre a ordem natural do universo (v. He 2:7 ). No entanto, o homem ultrapassou as fronteiras de seus reinos e direitos divinamente delegados, transgrediu sobre os direitos do seu Criador, cedeu às tentações do Inimigo, e perdeu a dada por Deus domínio, como também favor e comunhão de Deus e, consequentemente, foi degradada por Satanás para a posição de um irremediavelmente deprimido moral e espiritual fez-escravo um prisioneiro em sua própria casa. Os reinos que o homem se renderam ao inimigo quando ele desobedeceu a Deus tornou-se a prisão em que sua alma cativa foi encarcerado (conforme 2Tm 2:26. ; Ef 4:8 ). Eles foram "reduzidos à servidão debaixo dos rudimentos [espíritos elementais] do mundo" (Gl 4:3 ).

Em sua condição de homem destronado e escravizados ficou impotente para recuperar a imortalidade, para não falar da recuperação do seu domínio perdido nesta vida. Portanto, a sua esperança para o presente e para o mundo que virá foi totalmente arruinada. O homem estava em escravidão perpétua a Satanás através da herança da natureza pecaminosa. Ele, como um escravo do captor de sua alma, não tinha meios para se redimir. Cada nova geração herdou a situação de seus antepassados. A menos que um salvador de fora e acima dos reinos usurpados deve vir em socorro do homem, ele deve permanecer para sempre sem esperança. O homem deve ter um redentor, aquele que poderia salvar e garantir-lhe para sempre, mesmo em o mundo para vir .

A inadequação total e consequente incapacidade de anjos para salvar o homem da sua situação perdida, e restituí-lo a seu cargo designado por Deus original e plano, é claro, no versículo 5 . Os anjos não são homens. Eles não têm participação comum da humanidade do homem. Eles não se tornou o pecado (a oferta pelo pecado em um estado encarnado) para o homem pecador diante de Deus. Eles não são redentores. Eles não são os governantes que têm domínio. Eles são apenas servidores.

Assim, tornou-se necessário for One maiores que os anjos para tornar-se homem, e, ao mesmo tempo mantendo a Sua divindade, a fim de redimir o homem, libertá-lo do poder de Satanás e restaurá-lo, juntamente com os seus reinos perdidos, para a posição de soberania originalmente atribuído ele por Deus. Parece ser este o que João the Revelator tinha em mente quando ele disse: "Àquele que nos ama e sempre tem uma vez [para todos] solto e nos libertou dos nossos pecados por Seu próprio sangue [ Sl 89:27 ], e nos formou em um reino [a corrida real] "( Ap 1:5-A , ANT). Essa conquista redentora total, conforme expresso por João na passagem anterior, pode ser resumido em três palavras: ou seja, o amor, a liberdade , e vida (vida nova em Cristo).

Redimido e restaurado, o homem ocupa uma posição superior à dos anjos. Cristo Redentor e restaurador é necessariamente maior do que o homem. Assim, uma vez que Cristo somente, e não anjos, poderia salvar e homem seguro para eternidade do mundo para vir -Ele está estabelecida em sua posição de autoridade como superior aos anjos. O argumento de que segue o versículo 9 reforça esta conclusão.

B. CRISTO superior aos anjos com humilhação e exaltação (2: 9-16)

9 vemos, porém, aquele que foi feito um pouco menor do que os anjos, até mesmo Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem . 10 Porque convinha aquele, para quem são todas as coisas, e por meio de quem são todas as coisas, em trazendo muitos filhos à glória, para tornar o autor da salvação deles por meio de sofrimentos. 11 Pois tanto o que santifica, como os que são santificados, vêm todos de um só: para que causa ele não se envergonha de lhes chamar irmãos, 12 dizendo:

Anunciarei o teu nome a meus irmãos,

No meio da congregação cantarei teu louvor.

13 E mais uma vez, vou colocar minha confiança nele. . E outra vez: Eis que eu e os filhos que Deus me Dt 14:1 Desde então, os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas; que por sua morte, reduzir a nada o que tinha o poder da morte, isto é, o diabo; 15 e livrasse todos aqueles que, com medo da morte, estavam toda a vida sujeitos à escravidão. 16 Porque, na verdade não a anjos se queixa ele dar ajudar, mas é ele quem dá ajuda à descendência de Abraão.

Mas eis que, aquele que foi feito um pouco menor do que os anjos, Jesus, por causa da paixão da morte , ou, "que ... Ele pode experimentar a morte para cada pessoa" (v. He 2:9 , ANT).

A seção anterior fechou em verso He 2:8 com a inadequação humanista do homem e sua conseqüente incapacidade de atingir a propósito e plano de Deus para sua existência. A presente secção abre com o anúncio, vemos, porém ... Jesus . Jesus é sempre e em toda parte a única esperança do homem pecador, e a resposta para o seu problema cada.

A declaração do salmista, como citado pelo autor da epístola hebraico, que Deus fez o homem um pouco menor que os anjos não implica que o homem era inferior aos anjos na qualidade de ser. Ele refere-se, em vez disso, a nomeação divina do homem em que a sua humanidade foi submetido a tentação, evidenciando, assim, que o homem é um ser ético com potencialidades para um bem maior do que os anjos, ou mal maior, dependendo de suas escolhas morais no teste. Anjos não são seres éticos com o poder de escolha moral (neste momento, pelo menos), e, consequentemente, não podiam ser submetidos à tentação. Assim estatuto temporário do homem abaixo dos anjos era posicional, não essencial, e trazia consigo incomparavelmente maior potencial para o avanço moral, pessoal e posicional do que estava aberto a anjos. Tal parece ser claramente o significado dos versos He 2:7) posicionalmente , mas não essencialmente , para que pudesse encontrar, em sua humanidade, o mesmo teste moral e ao mesmo Tentador moral que o homem havia encontrado (ver Mt 4:1 ; He 2:18 ; He 4:15 ). No entanto, quando o homem falhou no teste, Cristo conseguiu. O que o homem perdido em sua falha, Cristo recuperou em sua vitória. A vitória de Cristo em seu primeiro teste no Monte da Tentação fortalecido e preparado-o pelos seus encontros posteriores com a tentação e tentador. Inferioridade de Cristo temporária posicional, ou humilhação, colocou o Deus-homem em uma posição em que foi possível para ele a sofrer em sua humanidade com o homem, em nome do homem, e em lugar do homem. Assim, Ele foi capaz de provar a morte de cada homem (v. He 2:9 ). Tendo homem redimido, Ele restaurou provisoriamente toda a criação ao seu legítimo proprietário, e foi, consequentemente, fez o legítimo soberano do universo (conforme Jo 17:1 ; Mt 28:18 ).

Na Sua vitória redentora de Cristo não levou os reinos naturais restaurados de domínio do homem, mas Ele assumiu em Si a humanidade caída do homem e redimiu do pecado. Assim resgatadas, domínio 'mans é restaurado provisoriamente em Cristo. O homem é agora victor em e através de Cristo. Este parece ser o significado das palavras, Pois tanto o que santifica, como os que são santificados, vêm todos de um só; por esta causa ele não se envergonha de lhes chamar irmãos (v. He 2:11 ). Estas palavras são verdadeiras de Jesus, pois sua natureza é idêntica com a de Deus, e também é verdade dos cristãos, porque eles foram criados por Deus, e, em seguida, fez "participantes da natureza divina" através da obra redentora de Cristo (2Pe 1:4 ; Ez 4:34 ; Ez 6:26 ; Sl 46:10. ). A soberania absoluta de Deus o coloca em uma posição onde ele pode dar ao luxo de permitir ao homem a liberdade de escolha moral, sem que haja comprometimento de sua posição como governante do universo. No entanto, com essa liberdade dada ao homem vai a responsabilidade moral para a sua utilização. O homem pode se recusam a obedecer ou mesmo reconhecer a soberania de Deus, mas ao fazê-lo, ele se retira o cuidado e disposições da graça de Deus. Ele pode criar um reino independente neste mundo, mas seu reino humanista está destinada ao fracasso.Apenas em co-operação com Deus é o homem, em última instância a garantia de sucesso em qualquer coisa.

Em seu ato de redenção da humanidade caída, Cristo prevista a limpeza prático da natureza corrompida do homem a partir da queda de santificação, através da identificação do homem com Cristo em Sua obra redentora. Isso é mais do que santificação posicional. É de limpeza pessoal. Uma versão desta passagem faz este fato amplamente claro. "Pois tanto o que santifica de tomada de homens santos e os que são santificados todos têm uma [pai]. Por esta razão, ele não se envergonha de lhes chamar irmãos "(ANT).

Em seu sofrimento humano Cristo foi aperfeiçoado em obediência à vontade do Pai por nós. O significado real aqui parece ser que Cristo foi perfeito em preparação para a Sua grande obra da redenção humana, tendo cumprido os requisitos do Pai para que a redenção, para que Ele (Cristo), de boa vontade subscrito (conforme Jo 4:34 ). O aperfeiçoamento de Cristo Jesus por meio do sofrimento (v. He 2:10) não implica qualquer imperfeição Nele. Refere-se, antes, à incompletude da sua experiência humana, o que exigiu a conclusão de sua qualificação como do homem Grande Sumo Sacerdote. Na Sua vitória na cruz Ele venceu a redenção do homem e, portanto, tornou possível para a propositura de muitos filhos à glória (v. He 2:10 ). Em outras palavras, Cristo providenciou salvação universal para a humanidade através de sua morte e ressurreição (conforme Jo 3:16 ). Um recente escritor comenta,

É evidente, portanto, que aquele que leva muitos filhos à glória faz isso, santificando-los, e que o único caminho para a glória dos filhos de Deus é através da santificação. ... O 'santificado' são aqueles que receberam a expiação, que em sua plenitude inclui o perdão dos pecados, a impartation da nova vida na regeneração; a purificação do coração e da presença interior do Espírito Santo, em inteira santificação; e na ressurreição dos justos, a glorificação do Seu povo consigo mesmo.

Nas realizações vitoriosas de Sua humilhação, em que foi feito menor que os anjos, por um pouco de tempo, Cristo tornou-se incomparavelmente superior aos anjos. Estes são os mistérios da redenção ", que ... os anjos desejam atentar" (1Pe 1:12 ), mas em que eles não podem ter parte ativa, uma vez que são criaturas sobre-humanas. Superioridade de Cristo aos anjos a este respeito consiste no fato de que Ele se fez homem e, assim, provisoriamente redimido e restaurado o homem do seu estado de perdição e domínio à dignidade da filiação e da segurança do Pai.

As principais realizações de Cristo em Sua humilhação, conforme estabelecido nesta passagem, pode ser dado o seguinte resumo: (1) Ele conquistou a vitória final e completa sobre o inimigo, Satanás, nas tentações supremos a que ele foi submetido (vv . 9 , 10). (2) Na cruz Ele redimiu a natureza humana caída do homem que Ele havia assumido na Encarnação (vv. He 2:14 , He 2:15 ). (3) Ele forneceu a reconciliação com Deus para as almas de todos os homens (vv. He 2:10 , He 2:13 ). (4) Ele forneceu para a purificação de poluída pelo pecado natureza do homem através da eficácia de limpeza de Seu sangue, e preservação espiritual e moral através da identificação com o vitorioso Salvador (vv. He 2:11 , He 2:12 ). (5) Ele restaurou provisoriamente a ordem natural criada para o domínio do homem redimido e restaurado (Rm 8:19 ). (6) Ele quebrou o poder da morte sobre os homens redimidos (vv. He 2:14 ). (7) Ele demonstrou a supremacia de seu poder e de suas realizações mais de anjos, como também sobre todo o universo (vv. He 2:9 , He 2:10 ).

C. CRISTO superior aos anjos em seu serviço sacerdotal HIGH (2: 17-18)

17 Pelo que convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus irmãos, para que ele possa se ​​tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, para expiar os pecados do Pv 18:1 Porque naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados.

À luz da evidência proporcionada pelos argumentos da secção anterior, "é evidente que era essencial que ele fosse feito semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, a fim de que pudesse se tornar um misericordioso (simpático) e fiel sumo sacerdote as coisas relacionadas a Deus, para fazer expiação e propiciação pelos pecados do povo "(ANT). O que precisa ser acrescentado a este somatório clara da preparação necessária para grande escritório alta sacerdotal de Cristo e função?

Cristo mesmo sofreu, tendo sido tentado (v. He 2:18 ). "Porque não temos um sumo sacerdote ... ... que em tudo foi tentado como nós, mas sem pecado "( He 4:15 ). O momento supremo da tentação de Cristo foi experimentado na Cruz, e é expressa no grito da Quarta Word, ("Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?" Marcos 15:34b ). Foi nesse instante que Cristo enfrentou última questão do pecado. Este grito de Sua Cruz expressou o que Campbell Morgan chamou de "a maior explicação da expiação que o mundo já teve", e, em seguida, ele acrescenta: ". Para além desta questão que não me atrevo a ir"

Quarta Palavra de Cristo da Cruz indica até o ponto crucial do problema existencial que é muito em voga na Europa Ocidental e na América, nos tempos modernos, mas especialmente como expresso na sua forma ateísta pelo pensador existencial francês, Jean Paulo Sartre.

Em breve, Sartre afirma a autonomia absoluta do homem. Para ele, o reconhecimento da existência de Deus iria colocar um limite na autonomia absoluta do homem. Portanto, ele corajosamente nega a existência de Deus. Em seguida, Sartre argumenta que o subsídio da existência de outras pessoas no universo também iria colocar um limite sobre a autonomia do homem individual. Por isso, ele nega a existência de todos os outros indivíduos no universo fora de si. Mais uma vez, a reconhecer a existência da matéria-objetos fora de si mesmo, o seu próprio corpo-limitaria sua autonomia absoluta (Sartre chama importa a náusea da existência), e, portanto, ele nega imediatamente a existência de toda a matéria. Finalmente, para reconhecer a auto-consciência exigiria uma espécie de dualismo, uma vez que a pessoa teria que ficar de fora de si mesmo (por assim dizer) para reconhecer o próprio eu. Isso também, ele argumenta, seria impor uma limitação sobre a sua autonomia absoluta. Portanto, ele conclui que ele deve negar até mesmo a existência de seu próprio eu. O resultado final deste raciocínio negativo em sua "fuga da realidade" é nulidade , ou o nada absoluto. Sartre e todos os outros existencialistas ateus, incluindo os budistas zen com seu conceito quase idêntica de Nirvana , em negar a Deus e toda a realidade, exceto o negador que está negando e, portanto, não pode ser negado, encontram-se, em última análise e totalmente espíritos sozinho-nus flutuam sem rumo o vácuo de um sentido anulado universo. Tal estado é terrivelmente insuportável. Portanto, a única esperança de escapar existe na tentativa de auto-aniquilação. Este seria um alívio bem-vindo, de fato a partir de um estado tão assombrosa, não fosse o fato de que é totalmente impossível de alcançar.

O estado da existência individual imaginado pelos existencialistas ateus, como Sartre, parece ser o que as Escrituras querem dizer com a designação de toda a consciência desapareceu "uma alma perdida."; Todos os marcos ter desaparecido; toda a realidade, e, portanto, todo o sentido, é totalmente desaparecido. A alma perdida não tem senso de localização ou direção, porque não há nada para se relacionar-se. A Bíblia descreve esse estado como "o abismo" (Ap 9:1 , Ap 9:17 ; Ap 17:8 ). Isso é o que significa ser perdido espiritualmente. Esta é a última questão do pecado. Isto é o que cada alma acabará por experimentar sem o Salvador, Cristo. Esta experiência de solidão absoluta em um universo aparentemente vazia e sem sentido é o teste supremo da fé do homem.Não existe maior tentação sempre vem para o homem do que a tentação deste momento de solidão absoluta.

Cristo, em Sua humanidade na Cruz, que enfrentou a tentação final da crise existencial, e, em seguida, no momento da exclusiva autoconsciência insuportável clamou: "Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?" Todos os outros suportes conscientes tinha sido varrido para longe Dele neste momento de crise. Então, para o instante, ele perdeu a consciência da presença de apoio da realidade do Pai. Será que isso significa que, neste instante, ou antes, Cristo deu a sua divindade e enfrentou aquele terrível momento a sós na humanidade pura? Esse teria sido impossível. Ele, então, ter sido como qualquer outro homem na mesma circunstância sem Deus. Se tal fosse o caso, ele não poderia ter feito diferente de não passar nessa prova suprema de Sua humilhação.

A resposta a este problema teológico mais importante parece ser resolvido assim: em sua encarnação, Cristo na cruz tão completamente se identificou com a humanidade perdida por uma experiência empática proposital que, para o instante da última questão do pecado Ele ficou absolutamente conscientemente sozinho, em lugar do homem perdido, em um universo sem sentido. Assim, Ele empatia, mas não essencialmente, estava completamente sozinha no instante da sua prova suprema. Neste sentido Cristo "tem sido em todos os pontos tentado como nós, mas sem pecado ", ou sem ceder à tentação e, portanto, o pecado. Por meio de Sua vitória nesta prova suprema da fé, Cristo qualificado para se tornar homem grande sumo sacerdote, e como Ele é chamado aqui pela primeira vez pelo autor de Hebreus.

O que este título, Grande Sumo Sacerdote, significa em referência a Cristo serão considerados no capítulo 3 . Aqui basta notar que os anjos nunca eram humanos. Consequentemente, eles nunca poderiam experimentar as tentações da humanidade, como fez Cristo na humilhação da sua encarnação. Portanto, nenhum anjo poderia qualificar-se para tornar-se homem misericordioso e fiel Sumo Sacerdote, e, assim, apoiar os que são tentados. Somente Cristo, através de Sua tentação em sua encarnação, poderia se qualificar para este alto cargo. Assim, Cristo, na posição e serviço de Sua alta Sacerdócio Grande, é superior aos anjos em suas posições e serviço de ministrações.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Hebreus Capítulo 2 do versículo 1 até o 18
Esse capítulo prossegue com o ar-gumento de que Cristo é superior aos anjos. O autor interrompe o ar-gumento para fazer uma exortação, a primeira das cinco registradas no relato (veja o esboço de Hebreus).

I. Uma exortação (2:1-4)

Com certeza, a Palavra falada pelo Filho de Deus é firme, tendo em vis-ta que a falada pelos anjos também o é! Se, na época do Antigo Testa-mento, o Senhor lidou com aqueles que desobedeceram à sua Palavra, sem dúvida, nos últimos dias, fará o mesmo com os que ignorarem ou rejeitarem a sua Palavra transmitida por seu Filho!

Aqui, o perigo é tornar-se negli-gente; a melhor tradução para o ver-sículo 1 é: "... para que, em tempo algum, nos desviemos delas" (ARC). Note que o versículo 3 diz: "Como escaparemos nós [os crentes], se ne-gligenciarmos...", e não: "Como os pecadores escaparão se negligen-ciarem". A deterioração espiritual inicia-se quando o cristão começa a negligenciar essa grande salvação. A admoestação em 10:19-25 mostra que esses judeus negligenciaram a oração e a congregação com o povo de Deus. Veja 1Tm 4:14.

O sentido literal da palavra "desobediência" é "relutância em ouvir". Os santos que não ouvem e não atentam para a Palavra do Se-nhor são desobedientes e não esca-parão das mãos disciplinadoras de Deus. Afinal de contas, ele confir-mou sua Palavra por meio de "si-nais, prodígios e vários milagres" (v. 4; e veja At 2:22,At 2:43); não se pode tratar a Palavra de forma leviana! Na verdade, em Mt 22:5, traduziu- se negligenciar por "não se impor-taram...".

  1. Uma explicação (2:5-18)

O argumento do capítulo 1 de que Jesus é melhor que os anjos levan-tou uma nova dificuldade a resol-ver: Como Jesus poderia ser melhor se tinha corpo humano? Os anjos não são melhores que ele por não terem um corpo para limitá-los? A explicação de por que Jesus tomou sobre si um corpo de carne respon-de a essas questões.

  1. Para ser o último Adão (vv. 5-13)

Deus, em nenhuma passagem da Bí-blia, promete aos anjos que gover-nariam no mundo por vir. O Senhor deu a Adão o governo sobre todas as coisas da terra (Gn 1:26-31). O escritor citaSl 8:4-19, que re-pete a bênção de Deus de Gênesis. O Senhor fez o homem um pouco menor que os anjos, ou, a citação literal do salmo, "por um pouco, menor do que Deus". A passagem sugere que Adão e Eva estavam em um período de experiência. Eles não foram criados para permanecer menores que Deus e, no fim, teriam compartilhado, de uma forma ma-ravilhosa, a glória de Deus, se não tivessem pecado. Satanás apressou- se em oferecer-lhes glória antes do tempo, pois sabia que seriam me-nores que Deus apenas "por um pouco" tempo. O pecado entrou na humanidade e tirou de Adão o domínio da terra. Ele deixou de ser rei e tornou-se escravo. Por isso, o versículo 8 afirma: "Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele [homem] sujeitas".

O que vemos? "Vemos [...] Jesus!" Ele é o último Adão e, por meio de sua morte e ressurreição, anulou todo o dano causado pela desobediência de Adão. Cristo foi menor que os anjos por pouco tem-po, apenas até as profundezas do Calvário (Fp 2:1-50). Satanás aproveitou-se des-se "poder da morte" para controlar as criaturas do Senhor; todavia, Cris-to, com sua morte na cruz, destruiu esse poder e livrou os que estavam sujeitos à escravidão pelo pavor da morte. Cristo tinha de ter um corpo humano a fim de poder morrer e, as-sim, derrotar Satanás. Veja também 1Jo 3:8. No versículo 16, o autor deixa claro que Cristo não tomou sobre si a natureza dos anjos, mas a da descendência de Abraão. Em outras palavras, ele não se tornou anjo, mas homem, um judeu. Ele não morreu pelos anjos, mas pelos homens. Os homens e as mulheres caídos podem ser salvos, mas os an-jos caídos não.

  1. Para se tornar um sacerdote misericordioso (vv :17-18)

Esse é o terceiro motivo por que Je-sus tomou sobre si o corpo humano. Deus sabia que seus filhos precisa-vam de um sacerdote misericordio-so para ajudá-los em sua fraqueza. Ele permitiu que seu Filho sofresse e equipou-o, por meio desse sofrimen-to, para seu ministério de sacerdócio (v. 10). Cristo, como Deus-homem, sofreu como preparação para satisfa-zer nossas necessidades, porém ele não precisava se aperfeiçoar, já que é Deus. Ele se fez carne em Belém (Jo 1:14); e, durante sua vida terrena, "se torn[ou] semelhante aos irmãos" e se "fez pecado" na cruz (2Co 5:21). Agora, ele é o Sumo Sacerdote fiel e misericordioso, e nós podemos de-pender dele! Ele nos socorre quan-do procuramos sua ajuda. O verbo "socorrer" significa "correr quando é chamado" e era usado para médicos. Cristo corre para nos ajudar quando o chamamos!

Essa seção completa o argu-mento a respeito da superioridade de Cristo em relação aos anjos. O autor mostra que ele era superior em sua pessoa, em sua obra e no nome que o Pai lhe deu, o qual está "acima de todo nome". A conclu-são é óbvia: já que Cristo é supe-rior, devemos prestar atenção à Pa-lavra dele e obedecer a ela. Temos de tomar cuidado para não negli-genciá-la.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Hebreus Capítulo 2 do versículo 1 até o 18
2.1 Desviemos. Lit. "sermos levados pela correnteza".

2.2 A supremacia de Cristo sobre os anjos destaca a superioridade da segunda aliança sobre a primeira ministrada por anjos no Sinai.
2.3 Negligenciarmos. Os hebreus, destinatários desta epístola, estavam deixando a comunhão da igreja e dos cultos (10.25). Foi-nos depois confirmada. Em contraste com Paulo, o autor de Hebreus não reivindica alguma revelação: direta de Cristo (conforme GI 1:15-17e Lc 1:2).

2.4 Distribuições. Conforme aos dons do Espírito (1Co 12:11; Gl 3:5).

2.5 Mundo (gr oikoumenen, "a sociedade organizada dos homens"). Baseando-se em Dt

32.8 (LXX), o autor nota que ainda que a administração deste mundo foi conferida a anjos, não foi assim corri a Nova Sociedade. O mundo novo será governado por Cristo, junto com Seus seguidores (2Tm 2:12).

2:6-8 O homem. A passagem citada (Sl 8:4-19) tem Adão em vista. A ele Deus deu soberania sobre tudo (Gn 1:26ss). Filho de homem. No primeiro século, sob a influência de Ez 7:13 ss e do livro apocalíptico de Enoque este título provavelmente denotava o Messias. No NT este termo é usado. exclusivamente por Jesus, referindo-Se a Si mesmo (81 vezes). Exceções: At 7:56; Ap 1:13 onde falta o artigo, "um filho de homem".

2.8 Ainda não. A soberania que Adão devia ter exercido, progressivamente, (com e por meio dos seus descendentes) não se realizou. Ele mesmo foi conquistado pelo diabo e a morte em castigo do pecado(14).

2.9 Aquele. Jesus, pela Sua encarnação, Se tornou homem, o último Adão (1Co 15:45), para poder padecer a morte substitutiva por todos.

2.10 Cristo é o Autor (lit. "iniciador") e condutor dos filhos de Adão à glória que Deus tencionou para a humanidade. Autor (gr archegõn) também em At 3:15, At 3:5.31; He 12:2. Aperfeiçoasse. Só por meio da Sua paixão é que Cristo pode Se tornar nosso perfeito Salvador (18).

2.11 Santifica. A salvação (3) consiste na separação de homens da natureza adâmica para Deus. De um só. Cristo e os filhos de Deus surgem do mesmo estoque, que é Deus.

2.12 Congregação (gr ekklesia). Só "irmãos" de Cristo, participantes (14) de Sua natureza pelo Espírito, são membros da Igreja.

2.13.14 Junto com o termo "irmãos" (11,
12) "filhos" destaca a solidariedade de Jesus com os salvos. No Seu nascimento, Ele compartilhou nossa "carne e sangue". Na Sua morte, Ele levou nosso castigo. Destruísse. A cruz de Cristo marcou a derrota do diabo e suas pretensões (1Jo 3:8). • N. Hom. O Redentor vinculou-Se aos Seus irmãos por:
1) parentesco;
2) substância ("carne e sangue");
3) experiência (18).

2.15 Pavor. O temor da morte escraviza os homens.

2.16 Socorre. Aos anjos caídos (demônios) não é concedida, a graça salvadora de Deus. Não foram enganados como Adão. Descendência de Abraão. São todos os que se entregam a Deus pela fé (Gl 3:7).

2.17 Propiciação. Significa "cobrir", "apagar"; Trata-se de pecados absolvidos e-comunhão restaurada com Deus.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Hebreus Capítulo 2 do versículo 1 até o 18
II. O PROGRAMA DE DEUS PARA A SALVAÇÃO (2:1-18)

1) Advertência e exortação (2:1-4)
Antes de desenvolver o tema da salvação, o autor se sente impelido a parar e fazer uma advertência com base nas implicações da sua teologia exegética. Isso está em harmonia com o seu método de intercalar exortações com teologia. Essas “digressões” não devem ser consideradas um desvio que o autor faz do seu propósito principal. Antes, ele está desvelando o seu propósito principal por meio delas (conforme 13.22).
A advertência aqui pode ser a chave para a compreensão da dificuldade enfrentada por aqueles que em primeira instância receberam a carta de Hebreus. Aparentemente é uma advertência contra a negligência e a indiferença à nova revelação, contra a falha em apreciá-la e um estímulo para aproveitar todos os seus benefícios, além de ser uma advertência contra a possibilidade de nos desviarmos (v. 1). A solução do problema é o exercício moral: é preciso que prestemos maior atenção ao que temos ouvido (v. 1), o que sugere responsabilidade pessoal na aplicação da mente à nova revelação de maneira tão extraordinária a ponto de obedecer a ela completamente.

O motivo dessa exortação deve ser encontrado na natureza dessa nova revelação. A mensagem anterior foi transmitida por anjos (v. 2), e cada pecado de ação e omissão 0transgressão e desobediência) foi adequadamente castigado. Mas a nova mensagem de salvação foi anunciada pelo Senhor (v. 3), que se mostrou incomparavelmente superior aos anjos. Sua mensagem, portanto, é igualmente superior àquela mediada por eles, e a negligência dela tanto mais culpável. Nunca foi afirmado explicitamente no AT que a lei foi transmitida por anjos, somente sugerido (cf. Dt 33:2, LXX, e Sl 68:17, LXX), não obstante era um axioma do judaísmo (v. Josefo, Ant.

15,5,3) e uma crença da Igreja (conforme At 7:53 e G1 3.19).
Visto que a nova revelação trazida pelo Filho foi-nos confirmada pelos que a ouviram (v. 3), temos a certeza de uma tradição fiel em que podemos ter total confiança. A expressão “foi-nos confirmada” traduz o grego bebaioõ com o significado de “tornar firme”, “estabelecer”, “confirmar”. Goodspeed assim expressa mais claramente a idéia contida aqui, quando traduz: “foi garantida”. Aqui também está a pista de que o autor se considerava um dos que receberam sua “tradição autêntica” de segunda mão daqueles que tinham realmente ouvido o Salvador.

O v. 4 serve a dois propósitos: (a) mostrar o lugar e propósito dos milagres, isto é, estabelecer a autenticidade da mensagem do NT (Deus “acrescentou o seu testemunho” em milagre para mostrar que ela contava com sanção divina) e (b) “para ressaltar a tremenda autoridade das ‘coisas que foram ouvidas’ ” (F. D. V. Narborough, The Epistle to the Hebrews, 1930, p. 86). Essa mensagem não foi somente falada pelo Senhor, mas visivelmente aprovada por Deus e por dons carismáticos do Espírito Santo. Pai, Filho e Espírito Santo assim cooperaram para produzir essa revelação de salvação. Desviar-se dela ou tratá-la com indiferença é a maior das tolices.


2) O resumo da salvação (2:5-18)

A primeira seção (v. 5-9), que esboça a necessidade da salvação e os meios pelos quais ela é atingida, se torna mais inteligível se é conectada Ct 1:14. Anjos são enviados para servir aqueles que hão de herdar a salvação

(1.14); Não foi a anjos que ele sujeitou o mundo que há de vir (2.5). Nessas palavras, o autor está dizendo que apesar do que pode ter sido uma política de ação temporária [Observação: acreditava-se que tanto os anjos (Dt 32:8, LXX; Ez 10:13; Ez 12:1) como as estrelas e os planetas (lEnoque 60:15-21; 18:13-16; Jubileus 2,2) governavam as pessoas], não era o propósito de Deus dar aos anjos soberania sobre seu “sistema moral, organizado” (gr. oikumenè, Westcott, Comm., p. 42). Essa soberania, ele reservou somente para o homem, como mostra tão claramente o uso de SI 8 (observe a forma casual em que ele introduz sua citação, lit. “alguém testemunhou em algum lugar”, sugerindo que para o autor de Flebreus a ferramenta é insignificante; na verdade, foi Deus quem falou): Tu [...] o coroaste (o homem, o filho do homem) de glória e de honra; tudo sujeitaste debaixo dos seus pés (v. 7b,8). Isto então é o ideal divino (conforme Gn 1:26

28): o homem deve governar; o filho do homem que foi feito somente “por um pouco [...] menor do que Deus” (Sl 8:5, ARA) foi destinado a ser soberano, e nada deve existir que não esteja debaixo dos seus pés (v. 8). E nesse ponto, no entanto, que a necessidade de salvação se torna completamente clara, pois não vemos que todas as coisas estão sujeitas ao homem (v. 8b). O alvo de Deus para o homem não está sendo atingido.

Contudo, os propósitos divinos não podem ser frustrados. O v. 9 revela que Deus proveu o meio para a salvação. Ele encontrou um caminho de trazer o homem de volta ao seu lugar de soberania: Jesus, aquele que por um pouco foi feito menor do que os anjos, é agora coroado de honra e de glória. [Observação: Aqui pela primeira vez temos a menção do nome “Jesus”. E uma designação favorita, usada 13 vezes pelo autor de Hebreus em sua carta.]

No presente argumento do autor, a expressão “feito menor do que os anjos”, significa, provavelmente, pouco mais do que o Eterno se tornou humano, pois se deve perceber que essa expressão foi tomada por empréstimo de SI 8 (citado anteriormente), e é o único que diz alguma coisa acerca da natureza do homem. Por isso, quando o autor de Hebreus afirma que Jesus foi feito menor do que os anjos, ele está simplesmente dizendo, por meio da fraseologia bíblica, que o Filho de Deus se tornou encarnado como homem, que ele assumiu a posição de homem. Mas essa é uma declaração tremendamente importante, mesmo assim, pois no seu pensamento foi somente nesse ato de auto-identificação com a raça humana que pela graça de Deus ele foi capacitado para que experimentasse a morte (v. 9).

A idéia prevalecente da “solidariedade corporativa” estava, sem dúvida, na mente do autor quando ele formulou a declaração anterior: os redimidos juntos com o Redentor “constituem uma unidade, e essa unidade é concebida em termos de substância: eles e ele pertencem a um corpo [...]. O que acontece com o Redentor, ou aconteceu enquanto ele permaneceu em forma humana na terra, acontece com todo o seu corpo, i.e., não somente a ele, mas a todos que pertencem a esse corpo. Assim, se ele sofreu a morte, o mesmo é verdadeiro acerca deles (2Co 5:14). Se ele foi ressuscitado dentre os mortos, o mesmo se aplica a eles (1Co 15:20-46)” (cf. Rm 5:12,Rm 5:18,Rm 5:19; 1Co 15:45,1Co 15:46; R. Bultmann, Theology oftheNew Testament, 1951, v. 1, p. 299).

Com base nisso, fica claro agora que, quando o autor prossegue e diz que Jesus foi coroado de honra e de glória (v. 9), ele entende que esse evento foi muito mais amplo do que a exaltação da personalidade singular de Jesus. Pois, se é verdade que Jesus foi exaltado ao posto de soberania, também é verdade que aqueles que estão unidos com ele em um corpo da mesma forma compartilham dessa exaltação. Assim é que a salvação é completada, pois o que o homem não tinha sido capaz de atingir, ou seja, o seu destino divinamente apontado de ser soberano, Jesus atingiu, e o homem por meio dele também.

Mais duas coisas devem ser mencionadas: Em primeiro lugar, pouco importa se a expressão grega brachy ti é traduzida para mostrar graus, i.e., “um pouco menor que os anjos” (NVI), ou para mostrar tempo, i.e., “por um pouco” (ARA, para o que há apoio geral hoje), pois não acrescenta nada ao argumento principal do autor. Ele parece ter incluído isso principalmente porque era parte de uma citação de que precisava para mostrar que Cristo se tornou o que o homem era. Em segundo lugar, vale a pena chamar atenção especial para o fato de que para o autor a exaltação (incluindo também a do homem) ocorreu somente por causa do sofrimento e da morte de Jesus. Nada se diz do seu ensino como meio de salvação humana. Isso, sem dúvida, está em harmonia com a ênfase do autor no sacerdócio de Cristo e no seu auto-sacrifício pelo qual a expiação foi feita (conforme 9.14).

Esta próxima seção (v. 10-18) reitera o grande conceito da identificação divina com o humano e busca oferecer razões de esse método de salvação ter sido usado por Deus.
A primeira razão é sugerida sem a prova costumeira das Escrituras, isto é, que esse método particular, que necessariamente envolveu o aperfeiçoamento do Salvador mediante o sofrimento (e morte), era conveniente para aquele por causa de quem e por meio de quem tudo existe (v. 10). E não somente é fato que esse método está em perfeita harmonia com a natureza de Deus, mas essa descrição dele como a causa final e eficiente de todas as coisas revela mais duas verdades essenciais concernentes à salvação: (a) que o sofrimento do Redentor não foi acidental, mas estava em concordância com o plano geral da providência divina (Spicq, Comm., v. 1, ad loc.), e (b) que o próprio Deus é o grande iniciador desse processo redentor; é aquele que pôs em movimento todas as coisas que determinou levar muitos filhos à glória (essa sendo a frase-chave, denotando a essência da salvação, conforme v. 7b e
- 9b) ao aperfeiçoar o Salvador por meio do sofrimento. O verbo “aperfeiçoar” (gr. teleiouri) significa “concluir um processo”, e com seu uso o autor mostrou que Jesus se tornou perfeitamente qualificado a ser o pioneiro da salvação do homem por meio do processo do sofrimento humano.

No v. 11, é ressaltada novamente a auto-identificação do Filho com aqueles que ele veio redimir, sua completude e sua razão de ser: tanto o que santifica quanto os que são santificados provêm de um só, i.e., estão inex-tricavelmente ligados. Assim, visto que o sofrimento e a morte fazem parte de forma tão significativa da humanidade, era impossível que fosse diferente com o Filho que tinha de forma graciosa assumido para si essa mesma humanidade. Ao fazer uso do verbo “santificar”, o autor não está comentando sobre o caráter moral dos que são santificados, pois é primeiramente um termo técnico que significa simplesmente “separar”. Foi usado com freqüência para se referir a Israel (conforme Ex 19:14) que, por meio de sua santificação, foi separado como povo especial de Deus. Agora os que foram redimidos pela morte de Cristo recebem a mesma designação usada para o antigo Israel — um fato que pode significar que o autor entende que os cristãos são o novo povo de Deus.

Agora o autor se volta às Escrituras para buscar suas provas (v. 12,13). A identificação do Filho com a humanidade não foi uma reflexão tardia de Deus. Ele a tinha anunciado por meio da voz profética do salmista e do vidente: Proclamarei o teu nome a meus irmãos e: Nele porei a minha confiança, e finalmente: Aqui estou eu com os filhos que Deus me deu. Quão completa era essa identificação então? A resposta das Escrituras dada a essa pergunta é que ela era tão completa quanto a que existe entre irmãos, ou a que existe entre pai e filho. Era tão completa quanto a “comunhão de natureza” a podia tornar. A primeira dessas citações do AT vem do Sl 22:0). Assim era fácil para o autor aplicar mais uma parte do mesmo salmo a ele aqui. As últimas duas citações são de Is 8:17,Is 8:18 (LXX), e suas palavras originariamente davam expressão à fé pessoal do profeta em Deus e à sua convicção de que ele e seus filhos simbolizavam o remanescente fiel de Israel. Quando aplicadas a Cristo, elas revelam que, ao assumir a humanidade para si, exigiu-se dele viver dentro dessas limitações na completa dependência de Deus (conforme o comentário Dt 12:2), e que ele e seus “filhos” constituem a nova comunidade do povo fiel de Deus.

A salvação pela identificação não estava somente em harmonia com a natureza de Deus, mas também era necessária (v. 14-18). Pois, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue (a ordem no gr., no entanto, é “sangue e carne”), vale dizer que, visto que eles são humanos, o Filho também exatamente da mesma maneira (gr. paraplêsiõs, “de forma absolutamente idêntica”) tinha de compartilhar dessa condição humana (v. 14) se ele queria chegar ao verdadeiro problema deles — a morte. [Observação: Os dois verbos usados nesse versículo {são e participou) representam dois verbos diferentes no grego, o primeiro “marca a natureza comum compartilhada entre os homens enquanto a raça durar”; o segundo “expressa o fato singular da encarnação como aceitação voluntária da humanidade” (Westcott, Comm., p. 53).] Ao se tornar humano, o Filho Eterno se tornou suscetível à morte. Mas o grande paradoxo é que por meio da morte ele destruiu (lit. “tornou sem poder”) o Diabo que tem o poder da morte (cf. Sabedoria 2,24) e libertou de uma vez por todas aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte (v. 14,15). O autor não deixa claro aqui como exatamente a morte de Cristo destruiu o poder do Diabo e libertou os homens do medo em que ele os escravizava, mas faz isso mais tarde. Então ele mostra que a morte de Cristo foi de tal natureza que libertou os homens da culpa dos seus pecados e sua consciência do pavor das suas conseqüências (conforme 9.14; 10.22).

O v. 16 é um resumo. Mostra que essa salvação é voltada para os homens, e não para os anjos. O termo ajuda traduz o verbo grego epilambanesthai, que significa “pegar” ou “tomar”. A idéia é que Deus com muita graça tomou os descendentes de Abraão, isto é, todos os que como Abraão têm fé em Deus (conforme G1

3.29), para conduzi-los da morte para a glória (conforme Jr 31:32 [38.22, LXX]; Is 41:8,Is 41:9, LXX). Ele não fez isso para os anjos.

O método que Deus preparou para realizar essa salvação é o sacerdotal, pois foi como sumo sacerdote misericordioso que Cristo deveria fazer propiciação pelos pecados do povo (v.17). “Fazer propiciação” traduz o verbo grego hilaskesthai, que também tem a idéia de “satisfazer”, “apaziguar”. Aqui, no entanto, com “pecados” como seu objeto (conforme o gr.), muito provavelmente significa “apagar”, “remover”, e não “apaziguar”. Mas, e o autor retoma a um conceito muito destacado, o Filho pode ser eficiente como sacerdote somente por meio da identificação com aqueles a quem deve representar. Por isso, era necessário que ele se tomasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos (v. 17).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 5 até o 18

II. Os Argumentos Principais São Apresentados e Explicados. 1:5 - 10:18.

A. Cristo "Maior que"; O Argumento da Superioridade. 1:5 - 7:28.

O pensamento introduzido em He 1:4 estende-se agora através de uma sede de sete citações do V.T. Destas, cinco provam a superioridade de Cristo.


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 2 do versículo 16 até o 18

16-18. Aqui está a primeira menção do assunto que ocupa o lugar central no argumento da epístola – o ministério de Cristo como sumo sacerdote. Nesse ofício a humanidade de Jesus está novamente à vista, mas aqui só se deu uma pista quanto ao significado completo de Cristo como sumo sacerdote. Por enquanto Ele ministra e socorre os homens tomando-os pela mão. Isto Ele pode fazer como o Irmão mais velho e como o capitão de sua salvação. Duas palavras indicam a qualidade auxiliadora da função do sumo sacerdócio. São misericordioso (eleemon) e fiel (pistos). Para com os homens Cristo é misericordioso e para com Deus Ele é fiel. Na verdade, a misericórdia e a verdade encontraram-se nEle. Sua fidelidade percebe-se em Sua firmeza na tentação, a qual foi parte do Seu sofrimento. Agora Ele é capaz de vir ajudar todos os que são tentados porque Ele passou pelos mesmos testes e emergiu vitorioso, e como Homem Ele conhece nossas necessidades. Propiciação pelos nossos pecados. Veja I Jo 2:2; Jo 4:10; Rm 3:25; e CGT, pág. 55.


Dúvidas

Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
Dúvidas - Comentários de Hebreus Capítulo 2 versículo 17
He 2:17-18 - Cristo poderia ter pecado?


PROBLEMA:
O escritor de Hebreus diz, a respeito de Cristo, que "convinha que, em todas as coisas, [ele] se tornasse semelhante aos irmãos... Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados (He 2:17-18). Isso quer dizer que Cristo poderia ter pecado?

SOLUÇÃO: Alguns argumentam que Cristo não poderia ter pecado. Acreditam que o nosso Senhor foi tentado como nós somos tentados, e que Ele pode "compadecer-se das nossas fraquezas" (He 4:15), mas que era incapaz de pecar.

Na defesa dessa posição argumentam, em primeiro lugar, que por ele ser Deus, e por Deus não poder pecar (He 6:17; Jc 1:13), Cristo também não poderia pecar. Segundo, já que Cristo não possuía a natureza humana decaída, como acontece conosco, não tinha propensão alguma para o pecado. Finalmente, observam que a sua tentação era apenas proveniente de fora de si mesmo, e nunca de seu interior. Daí, Cristo podia ser tentado sem ter a real possibilidade de pecar.

Outros estudiosos acreditam que Cristo poderia pecar (já que ele tinha livre-arbítrio), mas que mesmo assim não pecou. Em poucas palavras, o pecado lhe era possível, mas não aconteceu na vida de Jesus. Negar essa possibilidade "dizem" seria negar sua plena humanidade, sua habilidade de "compadecer-se das nossas fraquezas"(He 4:15), e isso ainda transformaria as tentações de Jesus numa charada. Observam que, mesmo sendo verdade que Jesus, como Deus, não podia pecar, não obstante ele podia ter pecado como homem (mas não pecou).

Como Jesus tinha duas naturezas, uma divina e outra humana, deve-se distinguir o que ele poderia fazer em cada natureza. Por exemplo, Como Deus, ele não poderia cansar-se, ter fome nem sono, mas como homem sentiu tudo isso. A sua natureza divina não podia morrer, mas como homem ele morreu. De igual modo, argumentam que, como Deus, Cristo não poderia pecar, mas como homem poderia.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Hebreus Capítulo 2 do versículo 5 até o 18
IV. ENCARNAÇÃO, SOFRIMENTO E MORTE DO FILHO DE DEUS He 2:5-58; He 11:13-58; He 13:14).

>Hb 2:9

Por outro lado, deve-se perceber na Pessoa de Jesus uma presente realização do destino do homem. Ele, sendo verdadeiro homem, à semelhança dos homens, começou tendo sido feito (por um pouco) menor que os anjos (9). Mas agora foi coroado de glória e de honra (9). Desse modo, vê-se que o Sl 8:0).

Igualmente, em relação ao propósito tencionado de Deus para com os homens, é possível percebermos por que o Filho de Deus foi humilhado até a forma de servo. Pois, sendo homem, Ele foi coroado de glória e de honra somente porque padeceu a morte (9). Por maravilhosa manifestação da graça de Deus, Ele se tornou homem a fim de, em beneficio da humanidade como um todo (isto é, por todo homem), Ele assim pudesse entrar na morte. Realmente, era supremamente conveniente (10), e um ato digno do próprio Deus, que é a causa final e a finalidade final de todas as cousas, que, a fim de conduzir homens pecaminosos à verdadeira glória da humanidade, que haviam perdido irremediavelmente, Deus provesse para os homens um Salvador dessa qualidade. Ao entrar em Sua própria glória por meio de sofrimento Ele abriu o caminho através do qual os "muitos" (cfr. Is 53:12; Mc 10:45) pode agora ser levados a compartilhar da mesma glória humana na qualidade de filhos de Deus e co-herdeiros juntamente com Cristo (cfr. Rm 3:23; Rm 5:2; Rm 8:29-45). O sofrimento da morte experimentado por Jesus, por conseguinte, foi inteiramente necessário para qualificá-lO a funcionar como Salvador dos homens. Autor (10); lit., "líder". Essa palavra é novamente traduzida como Autor em He 12:2.

A obra de nosso Senhor resultou no fato dEle tornar-se o Cabeça de um grupo ou comunidade salva, isto é, aqueles a quem Deus deu a Jesus Cristo, através e por causa do que Ele realizou (cfr. Jo 17:2, Jo 17:6, Jo 17:26). As citações baseadas no Antigo Testamento, em confirmação a esse ponto, são notáveis. A primeira (12) é tirada de Sl 22:0; mas a Septuaginta de Is 8:17-23 sugere que esta passagem é a fonte de ambas as citações. É um lugar, no Antigo Testamento, onde claramente emerge o pensamento de um remanescente crente ou "igreja".

>Hb 2:14

Esses filhos eleitos (14) no propósito divino, na qualidade de homens eram participantes "de carne e sangue" e, na qualidade de pecadores, estavam sujeitos à escravidão e ao temor, sujeitados debaixo do diabo e do poder da morte (14-15). Não havia esperança de uma comunidade redimida vir a levantar-se para usufruir do destino que Deus tencionou para o homem, a não ser que essa prisão, efetuada pelo diabo e pelas "portas do inferno" viesse a ser rompida (ver Mt 16:18; Mc 3:26-41; 1Co 15:17-46). E esse rompimento se verificou quando o Filho de Deus se encarnou e entrou na morte, não como vítima indefesa, mas como o grande Vitorioso. (Cfr. Ap 1:18; Rm 14:9).

>Hb 2:16

Essa salvação foi preparada para os homens, e não para os anjos (16). Cristo veio redimir a descendência de Abraão, isto é, os homens de fé (cfr. Gl 3:7, Gl 3:9, Gl 3:29). Note-se que a palavra "socorre" não se refere ao fato dEle ter-se tornado homem, e, sim, à Sua obra de socorro e redenção. Cfr. Jr 31:32, onde a Septuaginta tem a mesma palavra grega que descreve um gracioso "agarrar" a fim de arrebatar alguém do estado de escravidão. Cristo pôde (17-18) socorrê-los plenamente desse modo, somente se entrasse de modo completo, na qualidade de homem autêntico, em sua experiência ou provação humana. O que necessitavam era de alguém que pudesse corrigir suas relações com Deus (17) e ajudá-los a triunfar sobre as continuas tentações da vida (18). Portanto, na qualidade de "Autor da salvação deles" (10), o Filho de Deus se tornou um Sumo Sacerdote que foi fiel no desencargo de Sua obra de propiciação pelos pecados do povo inteiro de Deus, e misericordioso, isto é, compassivo ou pronto para simpatizar com os tentados e para socorrê-los, em vista de Sua experiência pessoal das tentações humanas. Eis porque, portanto, Ele palmilhou a vereda da encarnação, sujeitando-se ao sofrimento e à morte.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Hebreus Capítulo 2 do versículo 1 até o 18

4. A Tragédia por negligenciar a Salvação (Hebreus 2:1-4)

Por esta razão, temos de prestar muito mais atenção ao que temos ouvido, para que não nos desviemos delas. Pois se a palavra falada pelos anjos permaneceu inalterável, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa recompensa, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? Depois foi no primeiro dito pelo Senhor, foi-nos confirmada pelos que a ouviram, dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais e maravilhas e por vários milagres e dons do Espírito Santo, de acordo com sua própria vontade. (2: 1-4)

O inferno é, sem dúvida, cheio de pessoas que nunca foram ativamente oposta à Jesus Cristo, mas que simplesmente negligenciadas o evangelho. Essas pessoas estão em vista nestes quatro versos. Eles sabem a verdade e até mesmo acreditar na verdade, no sentido de que eles reconhecem sua veracidade, o seu acerto. Eles estão bem conscientes da boa nova da salvação, desde em Jesus Cristo, mas não estão dispostos a entregar suas vidas a Ele. Então eles deriva passado o chamado de Deus para a condenação eterna. Essa tragédia faz com que esses versos extremamente importante e urgente.

Ensinar Direito Exige Response

No meio de seu tratado sobre os anjos, o escritor interrompe um convite. Ele aplica diretamente aos leitores o que ele tem a dizer acerca de Cristo que Cristo é superior a tudo ea todos, que Ele é o único exaltado, que só Ele pode purgar o pecado, que Ele é Deus, que Ele é o Criador, e que Ele é digno de adoração. Ele dá um convite pessoal para seus leitores e ouvintes de responder ao que eles aprenderam. Pode-se dizer que a doutrina aqui invade convite.
Um professor eficaz deve fazer muito mais do que simplesmente apresentar fatos bíblicos. Ele também deve advertir, exortar, convida. No momento em que o escritor de Hebreus chega a 2: 1 ele está apaixonado. Ele se preocupa com a salvação de seus ouvintes. Ele não está satisfeito apenas com o que estabelece a doutrina e, em seguida, vai a caminho. Ele anseia por seus leitores a responder positivamente ao que ele diz. Ele não só quer Cristo para ser visto e exaltado, mas também para ser aceito. Um professor pode conhecer um monte de verdade, mas se ele não tem interesse compassivo para como as pessoas reagem a esta verdade, ele não é um professor digno. A Palavra de Deus exige resposta, e um professor fiel da Palavra ensina para a resposta.

O apóstolo Paulo foi assim. Grande teólogo que ele era, com um aperto magistral de filosofia e lógica, ele ainda estava apaixonado. Em Romanos 9:1-3 (após oito capítulos poderosas que explicam o evangelho), Paulo, entra em uma explosão de preocupação: "Eu estou dizendo a verdade em Cristo, não minto, a minha consciência me dar testemunho no Espírito Santo, que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Por que eu poderia desejar que eu anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne ".

Paulo tinha uma obsessão santo que todas as pessoas, especialmente os seus parentes judeus, vir a Cristo. "Irmãos, o desejo do meu coração ea minha súplica a Deus por eles é para sua salvação" (Rm 10:1).

Apesar da rejeição de seu próprio povo, sua dureza de coração, e sua história de perseguir os mensageiros de Deus, Jesus, no entanto, sofria por sua salvação. "Ó Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e não estavam dispostos" (Mt 23:37). Ele tinha uma preocupação compassiva que Seus ouvintes responder. Ensino Fiel sempre exige uma resposta.

Em He 13:22 toda a carta é referido como uma "palavra de exortação". É, portanto, requer uma resposta. Assim como o coração do escritor é aquecido por seu tratado sobre a superioridade de Cristo aos anjos, ele insere um convite para se mover. Como todos os bons convites, que inclui tanto exortação e aviso-o que fazer e o que acontece se você não fazê-lo.

Os versos de Hebreus 2 de abertura contêm a primeira das cinco principais advertências intercaladas ao longo do livro, muitas vezes, como aqui, no meio de um discurso em uma das superioridades de Cristo. É como se o escritor só poderia ir tão longe sem parar para fazer um apelo: "Agora, o que você vai fazer sobre isso" Podemos saber toda a verdade que há para saber sobre Jesus Cristo e ainda ir para o inferno se nós nunca torná-Lo nosso próprio-by sendo feita a Sua própria.

Aviso ao Intelectualmente Convencido

Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? Depois foi no primeiro dito pelo Senhor, foi-nos confirmada pelos que a ouviram. (2: 3)

Para quem está a advertência dirigida? Não pode ser para os cristãos. Eles nunca podem estar em perigo de negligenciar a salvação -no sentido de não recebê-lo uma vez que estas já têm. Eles podem negligenciar o crescimento e discipulado, mas eles não podem negligenciar a salvação. Também não pode ser o aviso para aqueles que nunca ouviram o evangelho, porque eles não podem negligenciar o que eles nem sequer sabem que existe. O aviso deve ser dirigido aos não-cristãos, especificamente os judeus, que são intelectualmente convencido do evangelho, mas que não conseguem recebê-la por si mesmos.

Mas se o aviso é para os incrédulos, por que o escritor fala de "nós" e "nós"? Será que ele incluem-se entre os intelectualmente convencido, mas não confirmada? É o autor dizendo que ele mesmo não é cristão? Não. O "nós" é os EUA de nacionalidade ou de todos aqueles que já ouviram falar a verdade. A vontade do autor a identificar-se com os seus leitores não significa que ele está na mesma condição espiritual como elas são. Ele parece simplesmente estar dizendo: "Todos nós, que ouviram o evangelho deveria aceitá-lo."
Temos todas as pessoas atendidas que dizem: "Sim, eu acredito que Cristo é o Salvador e que eu preciso dele, mas eu não estou pronto para assumir esse compromisso ainda." Talvez o seu marido, sua esposa, seu irmão, ou um bom amigo é assim. Eles vêm à igreja e ouvir, ouvir e ouvir a Palavra de Deus. Eles sabem que é verdade e eles sabem que precisam disso, mas eles não estão dispostos a comprometer-se e aceitar pessoalmente Jesus Cristo. Eles têm todos os fatos, mas não vai fazer um compromisso. Eles são como o homem que acredita que um barco vai segurá-lo, mas que não vai chegar a ele.
Acreditamos que este aviso é para aqueles que ouviram o evangelho, conhecer os factos sobre Jesus Cristo, sabemos que Ele morreu por eles, para que Ele deseja perdoar seus pecados, para que Ele possa dar-lhes uma nova vida, mas não estão dispostos a confessar como Senhor e Salvador. Isso certamente é a categoria mais trágico de pessoas em existência.
Eu nunca vou esquecer a senhora que veio ao meu escritório um dia, me informou que ela era uma prostituta, e disse: "Eu preciso de ajuda, eu estou desesperado." Depois de apresentar as reivindicações de Cristo a ela, eu disse: "Você gostaria de confessar Jesus Cristo como seu Senhor?" "Sim", ela respondeu: "Eu tive-o." Ela estava no fundo e sabia disso. Então ela fez uma oração e, aparentemente, convidou Cristo em sua vida. Eu disse: "Agora, eu quero que você faça alguma coisa. Você tem o seu pequeno livro com você que tem os nomes de todos os seus contatos?" Quando ela respondeu que ela fez, eu sugeri, "Vamos dar um fósforo e queimá-lo agora." Vista surpreendido, ela respondeu: "O que você quer dizer?" "Só o que eu disse", eu expliquei. "Se você realmente se encontrou com Jesus Cristo como seu Senhor, se você realmente aceite o Seu perdão e vão viver para Ele, vamos queimar esse livro e comemorar seu novo nascimento agora e só louvar ao Senhor." "Mas vale a pena um monte de dinheiro, um monte de dinheiro", ela se opôs. Eu disse: "Estou certo de que ele é." Colocar o livro de volta na bolsa e me olhando nos olhos, ela disse: "Eu não quero queimar meu livro. Eu acho que eu realmente não quero Jesus, não é?" E ela deixou.
Quando ela contou o custo, ela percebeu que não estava pronto. Eu não sei o que aconteceu com aquela menina querida. Meu coração dói por ela e muitas vezes eu penso sobre ela. Eu sei que ela sabia que os fatos do evangelho e acredita-los; mas ela não estava disposto a fazer o sacrifício, apesar de que ela se recusou a desistir não valia nada e que ela poderia ter tido em Jesus Cristo era tudo.
Existem muitas dessas pessoas. Eles sabem a verdade, eles estão à beira de a decisão certa, mas eles nunca fazê-lo. Eles só deriva. E eles são os únicos a quem esta passagem de Hebreus está falando. O objectivo destas quatro versos é dar essas pessoas um empurrão poderoso em direção a Jesus Cristo.
A mensagem, evidentemente, não se restringe a crentes judeus. É para quem está à beira de decisão por Cristo, mas que, por causa da vontade própria, o pecado, o medo da perseguição de sua família e amigos, ou qualquer motivo, diz outro sem a Cristo e continua a negligenciar Ele.Um homem é um tolo, um tolo além tolos, uma tragédia eterna, quando ele deixa de decidir por Jesus Cristo.

Três razões para receber a Cristo

Estamos atendendo três grandes razões para receber a salvação: o caráter de Cristo, a certeza de um julgamento, e para a confirmação de Deus.

O caráter de Cristo

Por esta razão, temos de prestar muito mais atenção ao que temos ouvido, para que não nos desviemos delas. (2: 1)

Mas o que, você pode perguntar o que essa afirmação tem a ver com o caráter de Cristo? Por isso é equivalente a "portanto". A primeira razão que devemos prestar atenção é dada no capítulo 1. É Jesus Cristo. Ele é chamado o filho e herdeiro de todas as coisas e ao Criador do mundo (1: 2). Ele é o resplendor da glória de Deus, a representação exata da natureza divina, o sustentador do universo, o purificador do pecado, e Aquele que está sentado à direita da Majestade nas alturas (v. 3). Ele é adorado e servido pelos anjos (vv. 4-7). Ele é ungido acima de todos os outros, o Senhor da criação, o imutável, eterna de Deus (vv. 8-12).

Isto é o que é Cristo. Quem poderia rejeitá-lo? Que tipo de pessoa poderia rejeitar esse tipo de Cristo, o Cristo que veio ao mundo como Deus encarnado, morreu na cruz para perdoar os nossos pecados, pagamos a nossa pena, mostrou-nos o amor divino, e se oferece para nos apresentar a Deus e dar-nos bênção e alegria além da imaginação?
Jesus era a voz de Deus. Jesus era Deus no mundo, e rejeitá-lo é rejeitar a Deus. Para rejeitar a Deus é rejeitar a razão da nossa existência. Por causa da magnificência da Pessoa de Cristo, um homem é um tolo para rejeitar a salvação que Ele oferece. Eu não entendo como uma pessoa pode saber quem é Cristo, admitir que o evangelho é verdadeiro, e ainda não comprometer a sua vida a Ele. O que é um mistério e incompreensível tragédia!
Um olhar sobre algumas das palavras gregas em 2: 1 vai ajudar na compreensão de todos os quatro versos de abertura. As duas palavras-chave são prosechō ("dar atenção") e pararheō ("deixar escapar"). Com o seu modificador, prosechō é traduzido prestar muito mais atenção para e é enfático. Em outras palavras, com base no que Chirst é, devemos dar muita atenção ao que temos ouvido sobre Ele. Não podemos ouvir essas coisas e deixá-los basta deslizar através de nossas mentes. A palavra pararheō traduz aqui como afastar-se e pode ter vários significados. Ele pode ser usado de algo passado fluir ou deslizar, a partir de um anel de deslize para fora de um dedo. Ele pode ser usado em algo escorregar e ficar preso em um lugar difícil. Ele é usado de alguma coisa que descuidAdãoente foi permitido escapar.

Mas ambas estas palavras também têm conotações náuticas. Prosechō significa para atracar um navio, para amarrá-lo para cima. Pararheō pode ser usado de um navio que tenha sido autorizado a deriva passado o porto porque um marinheiro esqueceu de assistir à terceira classe ou corretamente traçar o vento, marés e correntes.

Com esses significados em mente, o versículo poderia ser traduzido: "Por isso, temos de o mais ansiosamente proteger nossas vidas para as coisas que foram ensinadas, para que o navio da deriva vida passada o porto da salvação e se perder para sempre." A ilustração é tanto gráfico e apropriado. A maioria das pessoas não vão de cabeça e intencionalmente no inferno. Passam para ele. A maioria das pessoas não deliberAdãoente, em um momento, virar as costas para Deus ou amaldiçoá-Lo. A maioria das pessoas apenas lentamente, quase imperceptivelmente driblar o porto da salvação para a destruição eterna.
Um escritor, baseando-se Shakespeare, colocar desta forma: "Há uma maré nos assuntos dos homens que, considerados em sua vazante, conduz à vitória;. Negligenciado, às margens do tempo está coberta de destroços" Como verdadeiro. A imagem não é de um marinheiro ignorante, ou um marinheiro desenfreAdãoente rebelde, mas de um marinheiro descuidado. É melhor tomar ainda mais cuidado, portanto, para que, de forma não intencional e inesperAdãoente, que um dia nos encontramos tendo sempre derivou passado o porto da salvação.
Devemos ter a certeza de entender que não é o evangelho que desliza, como o Rei Tiago parece implicar. Esse não é o significado. As traduções gregas e mais modernos deixar claro que se trata de homens desatentos que deslizam. A Palavra nunca deriva de nós. O perigo é a nossa deriva dele. O porto da salvação é absolutamente segura. É Jesus Cristo, que nunca se move, nunca muda, e está sempre disponível para qualquer um que quer a protecção e segurança de Sua justiça.

No momento em que a carta aos Hebreus foi escrita, inúmeros judeus tinham ouvido o evangelho, muitos diretamente de um apóstolo. Muitos, sem dúvida, foram favoravelmente impressionado com a mensagem, mesmo intrigado por ele. Ouviram-lo e, talvez, ponderou ele. Mas a maioria não aceitá-lo. A advertência de Jesus em Lc 9:44: "Que estas palavras em seus ouvidos", pode aplicar-se a todo o evangelho. Ele deve começar dentro de nós e fazer uma mudança em nossas vidas. Não é suficiente apenas para ouvi-lo. Isso é só o começo, como nos lembra em Provérbios: "Meu filho, atenta para as minhas palavras; inclina o teu ouvido às minhas Não deixá-los aparte da tua vista; mantê-los no meio do seu coração Porque eles.. são vida para os que as acham, e saúde para todo o seu corpo inteiro "(4: 20-22). Quando você ouve a Palavra de Deus, torná-lo seu. Não deriva passado, pois essa é a coisa mais perigosa que você pode fazer.

Não se pode deixar de se perguntar quantos milhares de pessoas no inferno estavam perto de salvação, como muitos milhares foram perto de ser amarrado e ancorado em segurança, apenas para se afastar para sempre por sua incapacidade de receber o que eles ouviram e, em muitos casos, realmente acreditava. Deriva é tão calmo, tão fácil, mas tão condenável. Tudo que você precisa fazer para ir para o inferno é não fazer nada. É extremamente difícil de entender como é que alguém que tenha visto o caráter de Jesus Cristo jamais poderá rejeitá-Lo. Como um cristão que vive todos os dias com Jesus Cristo e experimenta-lo em minha vida, é o maior mistério para mim que as pessoas não se apresse a Ele e tudo o que Ele tem para eles.
E assim, o ouvinte é convidado a responder por causa do caráter do incomparável Jesus Cristo.
Muitas vezes penso de uma história que eu li sobre o explorador Inglês, William Edward Parry, que assumiu uma equipe para o Oceano Ártico. Eles queriam ir mais ao norte para continuar seus chartings, então eles calcularam a sua localização pelas estrelas e começaram uma marcha norte muito difícil e traiçoeiro. Eles caminharam hora após hora, e, finalmente, totalmente exausto, eles pararam. Tomando o rumo novamente das estrelas, eles descobriram que eles eram mais ao sul do que tinham sido quando começaram. Eles estavam andando em um bloco de gelo que estava indo para o sul mais rápido do que eles estavam caminhando para o norte. Eu me pergunto quantas pessoas pensam que suas boas ações, seus méritos, e sua religiosidade estão tomando-os passo a passo para Deus, quando na verdade eles estão afastando-se dele mais rápido do que eles supostamente estão caminhando em sua direção. Essa é a tragédia do mesmo. Eles acordar um dia para encontrar, como a equipe de Parry, que todo o tempo eles foram se movendo na direção errada.
Uma pessoa nunca deve estar satisfeito com os sentimentos religiosos, com a vinda para a igreja, com o ser casada com um cônjuge cristão, ou com as atividades da igreja. Ele estará à deriva em um inferno a menos que ele tenha feito um compromisso pessoal com o Senhor e Salvador, Jesus Cristo.

A certeza de um julgamento

A segunda razão importante para aceitar a Cristo é a certeza de um julgamento para aqueles que não o fazem. Os versículos 2:3 nos falam da inevitabilidade de tal punição:

Pois se a palavra falada pelos anjos permaneceu inalterável, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa recompensa, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? Depois foi no primeiro dito pelo Senhor, foi-nos confirmada pelos que a ouviram. (2: 2-3)

O grego aqui para se assume uma condição cumprida, não uma possibilidade. O significado no contexto é que a palavra falada pelos anjos absoluta e inabalável. A frase poderia ser traduzida, "Porque, em vista do fato de que a palavra falada pelos anjos ..."
Porque é que a lei do Antigo Testamento, especialmente os Dez Mandamentos, tão conectado com os anjos? Por que o escritor enfatizar que os anjos mediada da Antiga Aliança? Ele faz isso porque os anjos foram instrumentais em trazer os Dez Mandamentos, como resulta de várias passagens.

Sl 68:17 nos dá uma pista: "Os carros de Deus são miríades, milhares de milhares, o Senhor está no meio deles, como em Sinai, em santidade." No Sinai, onde Moisés foi dada a lei, o Senhor foi acompanhada por uma multidão de anjos. O próprio Moisés relata que "O Senhor veio do Sinai, e ocorreu-los de Seir; Ele brilhou do Monte Paran, e Ele veio do meio de dez mil santos, à sua mão direita há piscando relâmpago para eles era" (Deut . 33: 2). Nós acreditamos que isso indica que os anjos estavam envolvidos em trazer a lei.

At 7:38 menciona especificamente que pelo menos um anjo estava com Moisés no Sinai: "Este é aquele que esteve na congregação no deserto, junto com o anjo que lhe falava no monte Sinai, e que foi com nossos pais. " Alguns versos depois nos é dito de "a lei por ordenação dos anjos" (v. 53).

Tanto o Antigo eo Novo Testamento nos diz que os anjos estavam no Sinai e foram instrumentais em trazer a lei. E se você quebrou essa lei, que quebrou o direito de você. Não houve out. Se uma pessoa cometeu adultério, adoravam deuses falsos, ou blasfemaram de Deus, ele foi apedrejado. A lei era inviolável; punição por quebrar era certo e determinado. Como nosso texto diz, toda transgressão e desobediência recebeu a justa recompensa . A lei que pune a cada pecado. E que a punição foi justa.

Duas palavras são usadas aqui para o pecado: a transgressão ( parábase ) e desobediência ( parakoē ). Transgressão significa para o passo do outro lado da linha, como um ato de vontade. É um pecado evidente de-comissão de fazer intencionalmente algo que sabemos ser errado.Desobediência, no entanto, carrega a idéia de audiência imperfeito, mas não como a de um homem surdo, que não pode ajudar não ouvir. Desobediência deliberAdãoente fecha os ouvidos para os comandos, avisos e convites de Deus. É um pecado de negligência, de omissão-fazendo nada, quando deveríamos fazer alguma coisa. Um deles é pecado ativa, a outra é passiva, mas ambos são teimosos e ambos são graves.

Olhe para Levítico 24:14-16.

Traga aquele que amaldiçoou fora do arraial, e que todos os que o ouviram porão as mãos sobre a cabeça; em seguida, deixar toda a congregação o apedrejará. E falarás aos filhos de Israel, dizendo: "Se alguém amaldiçoar o seu Deus, então ele ouvirá seu pecado Além disso, aquele que blasfemar o nome do Senhor, certamente será morto;. Toda a congregação certamente pedra ele. O estrangeiro, bem como o nativo, que blasfemar o nome, deverá ser condenado à morte. "
Isso parece grave, mas Deus queria ter certeza de que todos os falsos profetas e blasfemadores foram tratadas imediatamente, a fim de manter a pureza espiritual e moral do seu povo.

Agora olhe para Números 15:30-36.

"Mas a pessoa que fizer alguma coisa desafiadoramente, quer seja natural ou um alienígena, que se está blasfemando o Senhor;. E essa pessoa será extirpada do seu povo Porque ele tem desprezado a palavra do Senhor, e quebrado o seu mandamento , essa pessoa será completamente cortada, sua culpa será sobre ele ". Agora, enquanto os filhos de Israel no deserto, acharam um homem apanhando lenha no dia de sábado. E os que o acharam apanhando lenha trouxeram-no a Moisés ea Arão, e toda a congregação; e colocá-lo sob custódia porque não estava declarado o que deve ser feito para ele. Então o Senhor disse a Moisés: "O homem, certamente será morto; toda a congregação o apedrejará fora do acampamento."

Você pergunta: "Ponha a morte para pegar lenha no sábado?" Sim, porque ele deliberAdãoente desafiou a lei de Deus (conforme Jc 2:10).

A lei inviolável que Deus estabeleceu era forte. Em Jd 1:5.)

O princípio é o seguinte: quanto mais você sabe, quanto maior for a punição por não cumprir o que você sabe. Tiro e Sidon foram terrivelmente culpados de incredulidade e desobediência, e por toda a Escritura Sodoma e Gomorra tipificam impiedade bruta e imoralidade. Mas nenhum destes eram tão culpados como Cafarnaum ou Betsaida ou Corazim, porque estes três não só tinha a luz do Antigo Testamento, mas a própria luz do Messias de Deus.
Marcos registra um ensinamento similar de nosso Senhor: "Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes compridas, e como respeitosas saudações nas praças, dos primeiros assentos nas sinagogas, e os lugares de honra nos banquetes, que devoram as viúvas ' casas, e por causa do aparecimento oferecer longas orações; estes receberão maior condenação "(12: 38-40).

O inferno é um lugar muito real. No Novo Testamento ele é chamado de um lugar de fogo eterno (Mt 25:41.), Onde o verme não morre eo fogo não se apaga (Marcos 9:43-44). Ele é chamado de um lago de fogo que arde com enxofre (Ap 19:20), um poço sem fundo ou abismo (Ap 9:11; Ap 11:7), e as trevas preto (Jd 1:13). O Senhor está falando sobre o julgamento, e Sua questão é simples: quanto maior a luz, maior a responsabilidade.

Esta verdade é dado tão claramente quanto possível no livro que estamos estudando agora. "Qualquer um que tenha anulado a Lei de Moisés, morre sem misericórdia .... Como castigo mais severo que você acha que ele será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com o qual foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? " (Heb. 10: 28-29). A pessoa que conhece e entende e crê no Evangelho, mas se afasta dele, vai experimentar a mais severa punição que existe. Então certeza de um julgamento deve ser uma motivação poderosa para aceitar a Cristo.

A confirmação de Deus

Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? Depois foi no primeiro dito pelo Senhor, foi-nos confirmada pelos que a ouviram, dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais e maravilhas e por vários milagres e dons do Espírito Santo, de acordo com sua própria vontade. (2: 3-4)

A terceira razão importante para aceitar a Cristo é a confirmação de Deus. O evangelho foi dada pela primeira vez por Cristo e foi então confirmado pelos apóstolos que tinha ouvido em pessoa. Ainda mais importante, no entanto, foi confirmado pelo próprio Deus testemunho.

Quando Jesus pregou o evangelho, Ele também fez algumas coisas que o fizeram ainda mais crível. Ele disse: "Ainda que você não acredita em mim, crede nas obras, para que possais saber e compreender que o Pai está em mim e eu no Pai" (Jo 10:38). Quando Ele afirmou ser Deus e, em seguida, fez coisas que só Deus podia fazer, Ele confirmou a Sua divindade e, consequentemente, a verdade da Sua mensagem. No dia de Pentecostes, Pedro lembrou aos seus ouvintes que "Jesus, o Nazareno [era] um homem aprovado por Deus com milagres, prodígios e sinais" (At 2:22).

Deus deu sinais que confirmam semelhantes através dos apóstolos, os primeiros pregadores do evangelho depois de o próprio Cristo. Muitos de seus ouvintes, sem dúvida, disse: "Por que devemos acreditar neles? Que prova temos de que a sua mensagem é de Deus? Sempre houve uma grande quantidade de falsos mestres ao redor. Como podemos saber que se trata de verdade?" Então Deus deu seu testemunho apóstolos, dando-lhes a capacidade de fazer as mesmas coisas que Jesus tinha feito-sinais, prodígios e milagres. E eles, de fato, fazer milagres espantosos. Eles ressuscitou os mortos e curou muitas doenças e aflições, e através dessas obras maravilhosas que Deus confirmou seu ministério. Para discutir com um apóstolo sobre o evangelho, portanto, foi para discutir com Deus. Sua pregação e ensino era verdade divina, fundamentada por obras miraculosas.
Como se esta confirmação não bastasse, Deus também deu aos apóstolos especiais dons do Espírito Santo, de acordo com sua própria vontade. De acordo com sua própria vontade parece ser inserido aqui, em parte, para nos impedir de ficar confuso sobre a origem de certos dons espirituais (conforme 1 Cor. 0:11, 18, ​​28).

Dr. Earl Radmacher, presidente do Seminário Batista Conservador Ocidental, uma vez me disse da sua receber um panfleto no correio que deu os passos necessários para obter o Espírito Santo. Primeiro você fosse dizer duas frases: "Louvado seja o Senhor" e "Hallelujah", três vezes mais rápido do que o normal por um período de dez minutos. Se você fez isso por muito tempo você iria cair em uma língua estranha e, em seguida, receber o Espírito Santo. Isso é tão ridículo que é uma blasfêmia. Os dons do Espírito são de acordo com sua própria vontade, não os nossos esforços.

O ponto principal no final do versículo 4 é que os dons dos apóstolos do Espírito Santo foram confirmação adicional por Deus de sua mensagem e ministério. Os dons mencionados em He 2:4 representativamente ilustrar os dons espirituais nonmiraculous que não se limitaram aos apóstolos.

Em At 14:3). . Como um apóstolo que ele tinha o dom de fazer estes milagres. Em outra carta, ele diz: "Os sinais de um verdadeiro apóstolo foram realizados entre vós com toda a perseverança, por sinais, prodígios e milagres" (2Co 12:12). Estas obras especiais, portanto, pertencia exclusivamente para a era apostólica. Eles não eram para durar indefinidamente, e eles não são para hoje.

Quais foram esses dons especificamente? Eu acredito que houve quatro cura, milagres, línguas e interpretação de línguas. Estes presentes todos cessou com a era apostólica. Eles não têm necessidade de existir hoje, porque não existe essa necessidade de confirmar o evangelho.

Mesmo nos tempos do Novo Testamento essas confirmações foram dadas somente para o benefício dos incrédulos. "Assim, as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os incrédulos" (1Co 14:22). Quando a Palavra escrita de Deus foi concluída, as outras confirmações cessou. Se alguém vem hoje e diz: "Assim diz o Senhor", como você sabe que ele é genuíno? Você verifica o que ele diz contra a Escritura. Benjamin Warfield, o grande estudioso da Bíblia, disse: "Estes dons milagrosos foram parte das credenciais dos apóstolos como os agentes de autoridade de Deus na fundação da igreja. Sua função confirmou, assim, eles distintamente na igreja apostólica, e eles necessariamente faleceu com que. "

Assim, os três grandes razões pelas quais um homem não deve negligenciar o evangelho da salvação são: o caráter de Cristo, a certeza de um julgamento, e para a confirmação de Deus. Deus atestou a este evangelho com sinais, maravilhas, milagres e dons espirituais especiais; Mas agora ele atesta que no milagre e autoridade de Sua Palavra escrita.
Que não seja dito de você que você negligenciou Jesus Cristo. A história nos diz que a falta de disparar um foguete no momento preciso da noite causou a queda de Antuérpia, e libertação da Holanda foi adiada por vinte anos. Apenas três horas negligência custar Napoleão na batalha de Waterloo. Negligência da salvação de Cristo vai custar-lhe a bênção eterna, alegria eterna, e vai lhe trazer juízo condenatório e castigo eterno. Não deriva passado graça de Deus.

5. Recuperação do destino Perdido dos homem ( Hebreus 2:5-9 )

Para Ele não sujeitos a anjos do mundo vindouro, sobre o qual estamos falando. Mas uma testemunhou algum lugar, dizendo: "Que é o homem, para que te lembrares dele, eo filho do homem, para que Tu és preocupado com ele Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos;? Tu coroaste de glória e honra, e puseste sobre as obras das tuas mãos; Tu tens todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés ". Para a submeter todas as coisas para ele, nada deixou que não lhe fosse sujeito. Mas agora nós ainda não vemos todas as coisas sujeitas a ele. Mas nós vemos que tem sido feito por um pouco menor que os anjos, a saber, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos. ( 2: 5-9 )

Depois de seu apelo urgente em 2: 1-4 para os homens não a salvação negligência, o escritor retorna brevemente para sua discussão sobre anjos-como uma introdução ao seu ensinamento sobre o destino do homem. Primeiro, ele apresenta uma outra verdade surpreendente sobre posição ou cargo em relação a Cristo dos anjos: . Por Ele não sujeitos a anjos do mundo por vir, a respeito da qual estamos falando só Deus será Soberano do mundo vindouro, outra indicação da sua superioridade aos anjos. Se os anjos estão ao lado abaixo de Deus, e Jesus é superior aos anjos, Jesus é, obviamente, Deus.

Além de continuar a discussão sobre a superioridade de Cristo acima dos anjos, esta passagem lida com o destino do homem. O homem de hoje está perdida, totalmente perdido. Ao perder seu relacionamento correto com Deus, ele também perdeu o sentido da sua existência. Estes versículos nos ensinam o que o destino pretendido do homem é, como e por que foi perdido, e como ele pode ser recuperado no Salvador exaltado.

O destino do homem revelada por Deus

Primeiro, vemos o destino do homem revelada por Deus. Pois Ele não sujeitos a anjos do mundo vindouro, sobre o qual estamos falando. Deus nunca teve a intenção de dar anjos governar o mundo por vir. Em vez disso, os anjos são para ministrar àqueles que serão herdeiros da salvação ( 1:14 ). No mundo vindouro, anjos estarão servos, e não governantes.

Assunto traduz o grego hupotassō , principalmente um termo que se refere aos soldados que arranjam em ordem sob um comandante. Ele também chegou a ser usado para qualquer sistema de administração. Deus não vai virar a administração do mundo para vir a anjos. Este será o grande e glorioso mundo, o mundo da perfeição. Quem reina nesse mundo será glorioso, de fato. Mas não vai ser anjos. Sua superioridade presente sobre os homens é temporário.

A palavra grega traduzida mundo no versículo 5 não é o termo geral kosmos , que significa "sistema", ou Aion , que significa "as idades." A palavra usada aqui é muito específico; é oikoumene , "a terra habitada". Haverá, portanto, uma terra habitada por vir. Amilenistas sustentam que não há futuro reino terreno. Mas este versículo diz claramente que essa terra é para vir. Ele não pode estar se referindo a este presente da terra, porque ele vai ser mudado significativamente ( Zacarias 14:9-11. ). Muitos sinais, de facto, parecem indicar que a alteração está próximo.

Não deve, portanto, ser um outro mundo vindouro. O que é isso? É o grande reino milenar. A própria terra será diferente e todos os seus habitantes será diferente. Os animais serão diferentes, e algumas das pessoas será diferente-redimido e glorificado (cf. Is 11:3-5. ). Mas o ponto que está sendo feito no versículo 5 é simplesmente que este novo mundo não será governado por anjos.

Para obter toda a questão em perspectiva, no entanto, devemos entender que o mundo presente, o nosso presente terra habitada, é governado por anjos. O anjo caído chefe é Satanás, que também é o príncipe deste mundo ( Jo 12:31 ; Jo 14:30 ). Sabemos, também, a partir de Efésios que este mundo está sob uma tremenda influência demoníaca. Demônios são anjos caídos e eles são chamados governantes, as competências, as forças mundo de trevas, e as forças espirituais do mal ( Ef 6:12 ). Não só Satanás e seus anjos caídos têm alguma regra neste mundo, mas até mesmo os santos anjos têm agora uma espécie de soberania. Daniel 10 conta a história de Michael e outro combate santo anjo contra anjos caídos poderosos que estavam influenciando os governantes da Pérsia e da Grécia . A regra desta terra, portanto, está agora nas mãos de ambos os anjos caídos e santos. Escusado será dizer que este governo "conjunta" envolve conflito extremo.

O homem, no entanto, foi criado como o rei da terra, e no destino final de Deus para ele, o homem que um dia será o soberano que o seu Criador projetou ele seja. Por isso, não faz sentido argumentar que Cristo não pode ser melhor do que os anjos, porque Ele se tornou um homem, pois o homem é menor que os anjos apenas por pouco tempo . Ele um dia vai voltar a ser acima deles e vai, de fato, até mesmo julgar os anjos que caíram ( 1Co 6:3 )

Vejamos Hebreus 2:6-8 parte por parte. Que é o homem ... ou o filho do homem? Alguns levam o filho do homem como uma referência a Cristo, mas eu acho que é simplesmente um paralelo com o homem . "Filho do homem" é muitas vezes usado no Antigo Testamento para significar a humanidade. Várias vezes, por exemplo, Ezequiel é chamado de "o filho do homem", indicando apenas que ele era um ser humano, uma parte da humanidade.

A palavra em questão em grego tem a ver com olhar para alguém com vista a beneficiar dele. É muito mais do que simplesmente um desejo ou desejo de bem-estar da pessoa. Trata-se de cuidar ativa. A palavra é usada duas vezes em Lucas 1 para descrever visitando o seu povo de Deus Israel para redimi-los ( vv. 68 , 78 ). O texto do rei Tiago de He 2:6 ). Na época da criação, anjos eram perfeitos; homem era apenas inocente. Mesmo em sua inocência, o homem tinha a opção de pecado. Ainda mais importante, anjos nunca foram sujeitos a morte como homem era. As primeiras palavras de Deus a Adão no jardim do Éden foram: "A partir de qualquer árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás "( Gênesis 2:16-17 ).

Na próxima nova terra, as coisas vão ser muito diferente. Em seguida, "os santos do Altíssimo receberão o reino e possuirão o reino para sempre, para todas as idades para vir .... Então a soberania, o domínio, ea grandeza de todos os reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecem "( Dn 7:18. , Dn 7:27 ). Homens remidos não só vai herdar um reino perfeito, mas um reino eterno, em que, nem os anjos, vai governar. Ap 3:21 diz que os crentes vai sentar-se com Cristo em seu trono e governar com Ele. Ef 1:20 diz que Ele reinará sobre os principados e potestades, isto é, os anjos. Portanto, se Cristo reina sobre anjos no reino e nós sentar no seu trono com Ele, nós, também, reinará sobre anjos. Só por pouco temposão os homens mais baixos do que os anjos . Toda a terra será redimido e homem será coroado em Cristo. Essa é a promessa para o futuro.

Agora observe o segundo semestre de He 2:7 ). A dor do parto e a sujeição de uma esposa para seu marido são resultados diretos da Queda. Para Adão Deus disse: "Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore que te ordenei, dizendo: Não comerás dela '; maldita é a terra por tua causa; em fadigas comerás dela todos os dias da tua vida Ambos os espinhos e abrolhos, deve crescer para você;. e comerás a erva do campo, com o suor do teu rosto comerás o pão, até que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e em pó te tornarás "( 3: 17-19 ). Em seguida, o homem foi posto para fora do jardim. "Então o Senhor Deus disse:" Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecendo o bem eo mal, e agora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva para sempre ' —Portanto o Senhor Deus o enviou para fora do jardim do Éden, para cultivar a terra, de que fora tomado "( 3: 22-23 ). Quando Adão pecou, ​​a terra foi corrompido e ele imediatamente perdeu seu reino e sua coroa.

Porque toda a humanidade caiu em Adão, porque ele perdeu seu reino e sua coroa, não agora ver a terra sujeita ao homem. A terra originalmente estava sujeita ao homem, e que forneceu todas as suas necessidades sem que tenha de fazer qualquer coisa. Ele só tinha que aceitar e aproveitar a terra, como o fornecido por ele. Em seguida, tentado por Satanás, o homem pecou, ​​e seu tentador usurpou a coroa. Aí você vê a mudança na cadeia de comando. O homem caiu no fundo, e a terra, sob o maligno, agora governa o homem. Se você prestar muita atenção à ecologia, você sabe que nós não governar este mundo; que nos governa. Com toda a nossa tecnologia moderna, temos que lutar constantemente contra a terra para a nossa sobrevivência.

O que mais aconteceu com Adão depois que ele pecou? Primeiro, houve o assassinato dentro de sua própria família. Em seguida, houve a poligamia. Nos próximos capítulos de Gênesis, lemos sobre a morte. No momento em que chegamos ao capítulo 6, Deus está enviando um dilúvio para destruir toda a humanidade, mas uma família. Homem de fato havia perdido sua coroa. O príncipe da terra, do sistema do mundo, agora é Satanás. "O mundo inteiro jaz no poder do maligno" ( 1Jo 5:19 ). Ele governa a terra maldita, que por sua vez governa o homem pecador. Quando o homem perdeu sua coroa, ele também perdeu o domínio de si mesmo, bem como da terra. Ele estava totalmente pecaminosa e tornou-se um escravo do pecado.

Não só isso, mas o reino animal era agora subserviente ao homem somente por medo, já não por afeição. Grande parte do reino animal não era mais capaz de ser domada em tudo. O terreno originalmente produzido boas coisas naturalmente e em abundância para que o homem tem para a tomada. Agora ele produz espinhos, ervas daninhas e outras coisas prejudiciais naturalmente e em abundância. O que quer que as coisas boas homem agora recebe da terra vêm apenas pelo esforço cansativo. Extremos de calor e frio, plantas venenosas e répteis, terremotos, furacões, inundações, furacões, doenças, guerras, tudo isso foram lançados sobre o homem depois da queda. Praticamente tudo o que Deus tinha dado para o bem e bênção do homem tornou-se seu inimigo, eo homem vem lutando uma batalha perdida desde então. Por milênios, ele mesmo foi morrendo. Agora ele está descobrindo que a Terra está morrendo com ele.

Por incrível que pareça, a própria terra conhece a sua condição. "Para o desejo ansioso da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus Pois a criação está sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou." ( Rom. 8: 19-20 ) . Deus submetido a terra para essa maldição, a fim de que o homem pode ter problemas continuamente. O homem tinha que saber que Deus estava ciente de seu pecado, e ele teve que sofrer as consequências, em parte, lutando contra a própria terra que foi projetado para ser seu servo. Mas quando o novo reino começa ", também a mesma criatura será libertada da escravidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e sofre as dores de parto, até ao presente "( vv. 21-22 ). A terra, consciente de sua maldição que veio com a queda de Adão, está gemendo para o dia em que os filhos de Deus se manifestam no reino, para a terra sabe que, também, será libertada da corrupção.

Enquanto isso, o homem está sujeito à terra. Ele planta, mas ele não tem certeza de quem vai colher. Ele constrói cidades e casas e barragens e monumentos, mas todos eles estão sujeitos à destruição por raios ou terremotos ou inundações ou incêndios ou erosão ou simplesmente envelhecimento. O homem vive em perigo a cada hora. Apenas no auge da realização profissional, seu cérebro pode desenvolver um tumor, e ele se torna um imbecil. Apenas à beira da fama atlético, ele pode ser ferido e tornar-se um paralítico desamparado. Ele luta contra si mesmo, ele luta contra o seu próximo, e ele luta contra seu terra. Todos os dias lemos e ouvimos da angústia das nações, da impossibilidade de acordo entre estadistas em um mundo que definha na política e social conflito, para não mencionar as dificuldades econômicas, riscos para a saúde, e as ameaças militares. Nós ouvir o gemido de dor de animais irracionais e até mesmo ver a luta de árvores e culturas contra doenças e insetos. Nossos muitos departamentos de hospitais, médicos, medicamentos, pesticidas, companhias de seguros, bombeiros e policiais, casas-todos funeral dar testemunho da terra amaldiçoada.

Não admira que a criação geme. Mas Deus não quis que fosse dessa maneira; e continuará desta forma apenas por pouco tempo, no tempo de Deus. Algum dia, no mundo por vir, quando o reino vem, os hospitais serão fechadas, os médicos vão estar fora do negócio, bem como a natureza voraz de animais silvestres (e dos seres humanos) será alterado. As culturas e as árvores não serão mais infestadas. O jogo da política será longo e guerras cessarão. Homem-se redimiu-Man reinar. "E eles suas espadas em arados e suas lanças em foices uma nação não levantará a espada contra outra nação, e nunca mais eles vão aprender a guerra." ( Is 2:4 ). No reino eles vão, de fato, e reina sobre os anjos.

O destino do homem recuperado por Cristo

Mas nós vemos que tem sido feito por um pouco menor que os anjos, a saber, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos. ( He 2:9 ). A cruz conquistou a maldição. O reino será restaurado e do homem será dada a coroa novamente.

Mas como isso pode acontecer? Se todos nós somos pecadores, como podemos nos tornar sem pecado? O único pagamento pelo pecado é a morte. "Porque o salário do pecado é a morte" ( Rm 6:23 ). O único homem maneira jamais pode ser um rei novamente é ter a maldição removido. A única maneira que a maldição pode ser removida é a aplicação da pena a ser pago. Se o homem está a ser restaurado para reinar como um rei, ele deve morrer e ressuscitar um novo homem com qualidades soberanos.

Mas nós ainda perguntar: "Como?" Sabemos que, mesmo sem a revelação de Deus, que não podíamos fazer isso nós mesmos. Paulo explica. Falando de Cristo, ele escreve:

Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com Ele, que o corpo do pecado seja desfeito, que não deve mais ser escravos do pecado; para aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele, sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, para nunca mais morrer de novo é; a morte já não tem domínio sobre ele. Para a morte que Ele morreu, Ele morreu para o pecado uma vez por todas; mas a vida que Ele vive, Ele vive para Deus. Mesmo assim vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus. ( Rom. 6: 5-11 )

I morreu anos atrás. Estou perfeitamente saudável agora, mas eu morri há muito tempo. I morreu a morte que Paulo descreve em Gálatas: "Já estou crucificado com Cristo" ( 2:20 ). No momento em que eu coloquei minha fé em Jesus Cristo, naquele momento eu estava identificado com Cristo. Eu morri com Ele na cruz. Por John Macarthur a maldição é removido. Eu sou agora um rei. Eu não herdaram meu domínio ainda, mas a coroa foi restaurada. E para cada um de vocês que conhece e ama Jesus Cristo, no momento em que o receberam, você estava identificado com Ele. Você foram crucificados com Ele e fomos sepultados com Ele, e Ele te levantou para uma nova vida. É a vida com a maldição removido.

Em Cristo somos reis. Nós não temos o nosso reino ainda, mas é certo que será o nosso. Para os santos do Altíssimo é o reino. Nossos corpos velhos vão cair algum dia, mas não vamos morrer. Nossos corpos vão morrer, mas mesmo eles um dia serão ressuscitados em uma forma nova e eterna. Nós vamos ser imediatamente liberado para entrar na presença de Jesus. Ou, se ele vier de novo antes que isso aconteça para nós, Ele vai nos levar com Ele para o reino.
Para realizar esta grande obra em nosso nome, Jesus tinha de se tornar um homem. Ele mesmo teve que ser feito por um tempo menor que os anjos . Para recuperar o domínio do homem Ele tinha que provar a morte para o homem. Se um homem morre pelo seu próprio pecado, ele está condenado para sempre para o inferno. Mas Cristo veio para morrer por nós, porque na Sua morte Ele poderia conquistar a morte.

E cantavam um cântico novo, dizendo: "Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos; porque foste morto, e compra fizeste por Deus para com os teus homens de sangue de toda tribo, língua, povo e nação e mil. fez-lhes a ser um reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a terra ". ( Apocalipse 5:9-10 )

Como você e eu nos identificamos com Jesus Cristo na Sua morte, como nós recebê-Lo como Salvador, a maldição é removida, e tornamo-nos co-herdeiros com Ele no reino eterno.
Obviamente, se nós estamos indo para reinar na terra como reis, não terá de ser um reino.

E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e fez justiça a eles. E vi as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e por causa da palavra de Deus, e aqueles que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas mãos ; e eles vieram à vida e reinaram com Cristo durante mil anos. ( Ap 20:4 )

Os animais serão alterados:

E o lobo habitará com o cordeiro, eo leopardo se deitará com o cabrito, o bezerro, o leão novo eo animal cevado viverão juntos; e um menino vai levá-los .... E a criança de peito vai jogar pelo buraco da cobra, ea criança desmamada colocará a mão na cova do basilisco. Eles não vão ferir ou destruir em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar. ( Is 2:2-4. ; Is 11:6. )

Cristo provou a morte por você e por mim. Ele fez isso para recuperar o nosso destino perdido. Se você foi tateando, tentando descobrir por que você existe, eu espero que você saiba o motivo agora. Não há nenhuma razão para que sejamos escravos. Não há nenhuma razão para que sejamos pobres. Só há razão para sermos reis.
Os homens hoje ainda perguntam: "O que é o homem?" O idólatra e animista diz: "O homem é inferior a aves e animais, até mesmo para os répteis, pedras e paus." E ele se curva e adora a cobra. O materialista diz: "O homem é, obviamente, maior do que qualquer um dos outros animais, mas ele ainda é apenas o produto do acaso, o resultado da seleção natural da evolução." A maioria das pessoas acreditam que tais idéias queridos ou igualmente tão tola. Mas Deus diz: "O homem foi criado para ser o rei da terra. Só por um pouco de tempo ele tem sido feito menor que os anjos". Algum dia ele vai sentar-se no trono de Jesus Cristo e reinarão com Ele em Seu reino.
Espero que você vai estar lá reinando com Cristo.

6. Nosso Perfeito Salvador (Hebreus 2:9-18)

Mas nós vemos que tem sido feito por um pouco menor que os anjos, a saber, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos. Pois era adequada para ele, para quem são todas as coisas, e por meio de quem são todas as coisas, em trazendo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse o autor da salvação deles por meio de sofrimentos. Pois tanto o que santifica como os que são santificados, são todos de um só; razão pela qual ele não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo: "Eu vou proclamar o teu nome a meus irmãos, no meio da congregação cantarei Teu louvor." E mais uma vez, "Eu vou colocar minha confiança nele." E, novamente, "Eis que eu e os filhos que Deus me deu."Desde então, os filhos participam da carne e do sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte pode tornar impotente aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos aqueles que, com medo da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. Porque em verdade Ele não dá ajuda aos anjos, mas Ele dá ajuda para o descendente de Abraão. Por isso, Ele teve que ser feito semelhante a seus irmãos em todas as coisas, para que pudesse se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, para expiar os pecados do povo. Por já que ele mesmo foi tentado em que Ele sofreu, Ele é capaz de vir em auxílio daqueles que são tentados. (2: 9-18)

Um artigo de jornal, há alguns anos, saudou a chegada do "Filho de Deus" para o mundo. Este salvador proclamada, chamado filho de Deus por seus seguidores, era um guru de treze anos de idade. Ele tomou o seu lugar em uma longa linha de pretensos messias, teria de ser filhos de Deus, os supostos salvadores de um tipo ou outro. Ele entrou para as fileiras de homens como Simão, o Mago, que morreu ao permitir-se ser enterrado para que ele pudesse subir novamente, como fez Jesus ( Encyclopedia Britannica .) — até salvadores modernas, como Hitler e Pai Divino. Algumas delas eram mais influente e mais lembrado do que outros, mas todos falharam completamente para viver de acordo com as suas reivindicações. E ninguém jamais poderia expiar o pecado.

Ao estudarmos estes versos, que continuam a mostrar Cristo maiores que os anjos, encontramo-nos atraídos para as perfeições de nosso Salvador. E eu oro para que aqueles que não receberam Jesus Cristo pode ser irresistivelmente atraído a Ele como Ele é visto em Sua grande beleza.

Há somente um Salvador real, apenas um Salvador perfeito. Ele é Jesus Cristo. "E não há salvação em nenhum outro, pois não há outro nome debaixo do céu que foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos" (At 4:12). Como é que nós sabemos que Jesus Cristo é, de fato, o Salvador perfeito e só? Por que devemos acreditar nisso? O que o qualifica? A resposta é dada lindamente e completamente em Hebreus 2:9-18.

Nascido para morrer

Mas nós vemos que tem sido feito por um pouco menor que os anjos, a saber, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos. (2: 9)

Os judeus não podiam compreender a idéia de que Deus se fez homem. Ainda menos eles poderiam entender como, o homem que se tornou, ele poderia morrer. Como poderia o ungido de Deus, o Messias, ser vítima de morte? Consequentemente, onde quer que o evangelho foi pregado aos judeus, como em Atos 17, foi necessário explicar por que Cristo teve que sofrer e morrer (vv. 2-3). A cruz era um obstáculo sério para eles. Judeus convertidos ainda teve dificuldade com esta questão. Como Jesus poderia ser maior do que os anjos se os anjos nunca morrer? Como ele podia ser um Salvador se ele próprio fosse morto? Estes foram dúvidas persistentes.

Cristo foi feito por um pouco menor que os anjos , de modo que ele poderia se tornar um homem. Ele se tornou um homem para que pudesse morrer. Ele veio para morrer por causa de sua morte, e somente a Sua morte, poderia realizar a salvação do homem. Aquelas pequenas mãos formado pelo Espírito Santo no seio de Maria foram feitas para levar dois grandes unhas. Esses pequenos pés foram feitos para subir um morro e ser pregado em uma cruz. Isso sagrada cabeça foi feita para usar uma coroa de espinhos, e que o corpo concurso envolto em panos foi feito para ser perfurado por uma lança. Para isso Cristo veio à Terra. Sua morte foi a coisa mais distante de um acidente. E, apesar do mal maligno que o crucificaram, Sua morte foi a coisa mais distante de uma tragédia. Era o plano final de Deus para seu filho e seu último dom para a humanidade.

Deus criou o homem à inocência e lhe deu o domínio sobre a terra. O homem pecou e imediatamente perdeu o seu domínio. Jesus Cristo veio para morrer para remover a maldição para que o homem pudesse recuperar o domínio; assim, sua morte foi o mais proposital em toda a história. Ele veio para restaurar a coroa para o homem. Mas a coroa não pôde ser restaurado até que a maldição foi removido. Se Ele era remover a maldição sobre o homem Ele tinha que tomar o lugar do homem, tornando-se um homem a si mesmo. E, embora, para este fim, Ele tornou-se menor que os anjos, Ele conseguiu o que nenhum anjo jamais poderia ter realizado.
Havia, na verdade, cinco realizações em um presente. Através de Sua morte, Jesus Cristo se tornou nosso Substituto, nossa salvação Autor, o nosso Santificador, nosso Satan-Conquerer, e nossa Simpatizante-o perfeito Salvador.

Nosso Substituto

Morreu que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos. Ele morreu em seu lugar e em meu lugar; Ele se tornou nosso Substituto. Nenhuma verdade é mais básico ao evangelho. Aqui está a primeira e principal razão para a encarnação: Aquele que está acima dos anjos se tornando um pouco menor que os anjos para que pudesse sofrer a morte em nome de todos. Deixe-me repetir brevemente o simples profundidade do evangelho.

Ezequiel advertiu que "a alma que pecar, essa morrerá" (Ez 18:4.). Pecado traz a morte, inevitável e sem exceção. Da esquerda para os seus próprios recursos, portanto, o homem não tem perspectiva, mas a morte. Mas Deus tem uma outra perspectiva-a Substitute para receber o castigo do homem sobre si mesmo, para morrer em lugar do homem. Essa foi a Sua criação em enviar a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Cristo se humilhou, veio à Terra, e morreu em nosso lugar. No entanto, esta é a doutrina que a teologia liberal sempre encontrou a mais repugnante. Seu auto-suficiente centralização do homem não vai permitir que um substituto. A morte de Jesus pode ser um exemplo bonito e inspirador de morrer por uma causa, do verdadeiro mártir; mas ninguém, ele insiste, pode tomar o nosso lugar. Nas Escrituras, no entanto, não há evangelho, não uma boa notícia, para além da morte substitutiva de Jesus Cristo. Além de Sua morte, não temos como escapar da morte. He 2:9). Jesus Cristo na Sua morte determinou a morrer como um substituto para todos. E é somente pela morte de degustação Filho como um homem para o homem que estamos livres da morte. Historicamente, os reis tiveram alguém saborear sua comida para protegê-los de possíveis intoxicações. A taça de veneno que pertencia a nós foi drenado até a última gota de Jesus Cristo. Ele substituiu sua própria morte para o nosso e lançou-nos a viver com Deus.

O motivo de sua humilhação

Que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos. O que mudou-se Jesus Cristo, para sofrer por nós? Foi sem graça, bondade. O que nós não merecemos (salvação) que recebemos, e que nós merecemos (morte) não recebemos. Essa é a graça. E o que pede a graça? Amor.Amor-Amor-ilimitada solicitado trabalho gracioso de Cristo em nosso favor. Exclusivamente com base em seu próprio amor Jesus morreu. Não principalmente pelas mãos dos homens, ou por obra de Satanás, mas pelo plano determinado e presciência de Deus, Ele morreu pelos nossos pecados. "Ninguém tomou [Minha vida] longe de mim, mas eu a dou por mim mesmo" (Jo 10:18). Amor do Filho que era um com o amor do Pai. "Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas que Ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados" (1Jo 4:10).

O resultado de sua Humilhação

O resultado da humilhação de Cristo foi a sua exaltação. Depois que Ele realizou a obra da Sua morte substitutiva, Ele foi coroado de glória e honra, exaltado à mão direita do Pai. Lá Ele senta em um trono do qual Ele reina e reinará para sempre. Ele não se glorificou a si mesmo."Ninguém tira a honra de si mesmo, mas o recebe quando é chamado por Deus, assim como Aaron estava. Assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, de modo a tornar-se um sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei "(Heb. 5: 4-5). Ele foi assentado "muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro" (Ef 1:21), e em Seu nome cada joelho no céu, a terra, e debaixo da terra será um arco dia (Fm 1:2 e 5:31 do termo, usado em ambas as vezes de Cristo, é traduzida como "Príncipe". Ele sempre se refere a alguém que envolve outras pessoas em seu esforço. Por exemplo, ele é usado de um homem que começa e dirige uma família, na qual os outros são nascidos ou casados. Ele é usado de um homem que funda uma cidade, na qual outros vêm para viver. Era de uso de um pioneiro que abriu caminho para outros seguirem. Os archegos nunca pararam nas dando ordens traseiras. Ele estava sempre na frente, conduzindo e dando o exemplo. Como o supremo archegos , Cristo não resiste às ordens traseiros dar. Ele está sempre diante de nós, tão perfeito Líder e perfeito exemplo.

Ele viveu para nós o padrão de perfeita obediência. ". Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se a todos aqueles que Lhe obedecem fonte de salvação eterna" (Heb. 5: 8-9). Por Sua própria obediência Ele estabeleceu o padrão perfeito para nós. Ele também definir-nos o padrão para o sofrimento. "Para você ter sido convocada para este fim, uma vez que também Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo para que você siga seus passos" (1Pe 2:21).

Para a maioria das pessoas, a vida torna-se mais ansioso e terrível no ponto de morte. Esse é o ponto além do qual não podemos ir uma única etapa por nós mesmos. Mas o autor de nossa salvação nos promete que "porque eu vivo, vós também vivereis" (Jo 14:19). Última pergunta do mundo é: "Alguém morte nunca traiu?" — Ao qual a Bíblia responde: ". Sim, Jesus Cristo" A segunda pergunta mais importante é: "Se ele fez, que Ele deixar o caminho aberto para mim?" — Ao qual a Bíblia também responde, "Sim". Ele fez deixar o caminho aberto. Tudo o que temos a fazer é colocar nossa mão na sua mão e ele vai nos levar de um lado da morte para o outro. Quando aceitamos como nosso Salvador, podemos dizer com o apóstolo Paulo: "Ó morte, onde está tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão?" (1Co 15:55).

Como o grande pioneiro da redenção, Ele abriu o caminho através da morte e ressurreição. Ele disse: "Eu sou a ressurreição ea vida; quem crê em mim viverá ainda que morra, e todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá" (João 11:25-26). Deus fez com que Cristo por mais um pouco menor que os anjos, de modo que ele pudesse vir até nós, ser nossos archegos -Nossa Pioneer espiritual e Example-e trazer-nos ao Pai.

O nosso Santificador

Pois tanto o que santifica como os que são santificados, são todos de um só; razão pela qual ele não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo: "Eu vou proclamar o teu nome a meus irmãos, no meio da congregação cantarei Teu louvor." E mais uma vez, "Eu vou colocar minha confiança nele." E, novamente, "Eis que eu e os filhos que Deus me deu." (2: 11-13)

Além de se tornar nosso Substituto e Autor da salvação, Ele se tornou nosso Santificador, Aquele que nos faz santos. A partir de nossa própria perspectiva e experiência, é claro, é difícil pensar em nós mesmos como santo. O pecado é muito com a gente. No pensamento e na prática estamos longe de santo. Mas na nova natureza, somos perfeitamente santo. Diante de Deus, aqueles que estão em seu Filho são santos. Nós não podemos agir santo, mas somos santos, exatamente como uma criança que muitas vezes não age como o pai ou agradar seu pai ainda é criança de seu pai. Somos santos no sentido de que diante de Deus a justiça de Cristo tem sido aplicado e imputado em nosso favor. "Nós temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas" (He 10:10). Nós fomos santificados, por meio de Seu sacrifício, e tornaram-se os que são santificados .

Cristo removeu a possibilidade de pecaminosidade posicional. "Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados" (He 10:14). Estamos, portanto, tão pura posicionalmente como Deus é puro, como justo posicionalmente como Cristo é justo, e temos o direito de ser chamado de irmão de Jesus Cristo, porque nós agora compartilhar na Sua justiça. Tais são a maravilha e bondade da graça de Deus. "Ele fez Aquele que não conheceu pecado, o pecado por nós, para que nos tornássemos justiça de Deus em Cristo" (2Co 5:21).

O Santificador e os santificados agora têm um Pai , e do Santificador não se envergonha de chamar os santificados Seus irmãos. O que uma verdade esmagadora! Como humilhante ter o Filho de Deus nos chamar irmãos e não ter vergonha disso. Conquistando o pecado através da Sua morte, Ele quebrou o domínio do pecado sobre nós e colocou a Sua justiça eterna em nós. Nós somos "co-herdeiros de Cristo" (Rm 8:17), porque a Sua santidade é agora a nossa santidade. Sua justiça, não só nos torna santos, mas nos faz Seus irmãos. Esta é a única maneira que uma pessoa pode se tornar um irmão de Cristo, e, portanto, um filho de Deus. Nós não nascemos na família divina, apenas renascer para ele.

A experiência prática da vida de um cristão, é claro, inclui o pecado; mas a realidade de posicionamento de sua nova natureza é a santidade. "Nele [que] foram feitas completa" (Cl 2:10), posicionalmente e na natureza perfeita. A Proposito básica, primordial de nossas vidas agora é tornar-se na prática o que estamos nessa nova perfeição e posição. Agora que somos irmãos de Cristo, filhos de Deus, devemos viver como ele.

Você pode imaginar o fato de Deus ser feliz de ser chamado o Deus de vocês? No entanto, Ele é, não por causa de quem você é em si mesmo, mas por causa de quem você é em Cristo. O escritor de Hebreus diz de crentes mais tarde na carta, ". Mas como ela é, desejam uma pátria melhor, isto é a celestial Por isso, Deus não se envergonha de ser chamado seu Deus, porque Ele preparou uma cidade para eles" (He 11:16). Quando percebemos que Jesus não se envergonha de nos chamar de irmãos e que Deus não é vergonha de dizer: "Eu sou o seu Deus", que deve emocionar nossos corações. E deve fazer-nos ainda mais consciente de que é na justiça de Jesus Cristo, que estamos e não em nossa própria, que na melhor das hipóteses é "como trapo da imundícia" (Is 64:6). Brotherhood com Jesus significa que possuímos a Sua justiça e que andamos por fé, como fez.

Nossa Satan-Conqueror

Desde então, os filhos participam da carne e do sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte pode tornar impotente aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos aqueles que, com medo da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. (2: 14-15)

Compartilhar é do grego Koinonia que significa ter comunhão, a comunhão, ou parceria. Trata-se de ter algo em comum com os outros. Todos os seres humanos têm a carne eo sangue . Neste somos todos iguais. É a nossa natureza comum. Mas partilharam é de uma palavra, muito diferente metechō , que tem a ver com a tomada de posse de algo que não é, naturalmente, a própria espécie. Nós, por natureza, são carne e sangue; Cristo não era. No entanto, Ele voluntariamente tomou conta de algo que não pertencem naturalmente a Ele. Ele acrescentou a Si nossa natureza, a fim de que pudesse morrer em nosso lugar, e para que possamos ter de segurar a natureza divina, que não pertencem a nós (conforme 2Pe 1:4). A ressurreição de Jesus Cristo oferece o crente com a vida eterna. É a única coisa que poderia ter feito isso. A morte é o poder do domínio de Satanás, e quando Jesus quebrou o poder de Satanás Ele também quebrou seu domínio.

E livrasse todos aqueles que, com medo da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. (2:15)

A única coisa que assusta as pessoas mais do que qualquer outra coisa é a morte. É um medo horrível, o rei dos terrores. Mas quando recebemos Jesus Cristo, a morte não detém mais medo. Temos sido libertado da escravidão do medo da morte, e, em vez disso, na verdade, olhar para a frente. Dizemos com Paulo: "Porque para mim o viver é Cristo, e morrer é lucro" (Fm 1:21) e "Ó morte, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão?" (1Co 15:55). A morte já não tem qualquer receio, pois simplesmente nos libera na presença do nosso Senhor.Por quê? Porque nós colocamos nossas mãos para as mãos do vencedor da morte, e Ele vai nos levar a um lado da sepultura e sai pelo outro. Ele nunca poderia ter feito isso se ele não tivesse se tornado um pouco menor que os anjos .

Nossa Simpatizante

Porque em verdade Ele não dá ajuda aos anjos, mas Ele dá ajuda para o descendente de Abraão. Por isso, Ele teve que ser feito semelhante a seus irmãos em todas as coisas, para que pudesse se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, para expiar os pecados do povo. Por já que ele mesmo foi tentado em que Ele sofreu, Ele é capaz de vir em auxílio daqueles que são tentados. (2: 16-18)

Cristo não veio para redimir os anjos, mas homens. Então, Ele tomou sobre Si a forma de os descendentes de Abraão e tornou-se um judeu. "Que estranho de Deus para escolher os judeus", alguém brincou. Gostaríamos de saber por que ele escolheu-los e não alguma outra raça ou nação sobre quem mostrar Seu favor especial. Mas se ele tivesse escolhido algum outro grupo, gostaríamos de pedir a mesma pergunta sobre eles. Ele simplesmente escolheu-los em Sua soberana vontade por amor. "O Senhor não tomou prazer em vós nem vos escolheu porque você era mais numerosos do que qualquer um dos povos, pois você era o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava e manteve o juramento que fez aos seus antepassados "(Deut. 7: 7-8).

Mais uma vez o escritor responde à pergunta: "Se Jesus é Deus, por que Ele se tornou um homem?" Ele veio para substituir os homens, para reconciliar os homens com Deus, para prepará-los para a presença de Deus e para destruir a morte. Mas, além disso ele também veio para ajudar o reconciliou quando são tentados. Ele queria sentir tudo o que sentimos para que Ele pudesse ser misericordioso e compreensão, assim como um fiel, sumo sacerdote . Ele veio não só para nos salvar, mas a simpatizar com a gente.

Em suas cartas a Timóteo, Paulo deu palavras de conselho e encorajamento a seu jovem amigo a respeito de muitas coisas, sua saúde, seus críticos, seu bem-estar moral e espiritual. Mas tudo do seu conselho talvez pudesse ser resumida nestas palavras na segunda carta: "Lembre-se de Jesus Cristo, ressuscitado dentre os mortos, descendente de Davi" (2Tm 2:8). Ele se tornou nosso Simpatizante, misericordioso e fiel sumo sacerdote . Ele estava com fome, Ele estava com sede, Ele foi vencida pelo cansaço, ele dormia, Ele foi ensinado, ele cresceu, ele amava, foi surpreendido, Ele estava feliz, Ele estava com raiva, ele estava indignado, ele era sarcástico, se indignou , Ele estava preocupado, ele foi superado por eventos futuros, exerceu fé, Ele leu as Escrituras, Ele orou, Ele suspirou em seu coração quando viu outro homem na doença, e Ele chorou quando Seu coração doía.

Jesus sentiu tudo o que sempre vai sentir-e muito mais. Por exemplo, Ele sentiu a tentação de um grau que não poderíamos experimentar. A maioria de nós nunca se sabe o grau completo da tentação resistível, simplesmente porque geralmente sucumbem muito antes de que grau for atingido. Mas desde que Jesus nunca pecou, ​​Ele tomou a medida plena de todas as tentações que vieram a Ele. E Ele foi vitorioso em todas as provas.
Por que Ele passar por isso? Ele fez isso para que pudesse se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel que poderia compadecer das nossas fraquezas e quem poderia vir em auxílio daqueles que são tentados. O nosso não é um Deus cósmico, poderoso e santo, mas indiferente. Ele sabe onde nós ferimos, onde somos fracos, e onde somos tentados. Ele é o Deus que podemos ir, não só para a salvação, mas por simpatia.

Este é o nosso Salvador. O Salvador perfeito. Nosso Substituto, nossa salvação Autor, o nosso Santificador, nosso Satan-Conqueror, e nossa Simpatizante. O que um Salvador Ele é. Não há nenhum outro.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Hebreus Capítulo 2 do versículo 1 até o 18

Hebreus 2

A salvação que não se deve negligenciar — He 2:1-4 O homem recupera seu destino perdido - He 2:5-9 O sofrimento essencial - He 2:10-18

A SALVAÇÃO QUE NÃO SE DEVE NEGLIGENCIAR

Hebreus 2:1-4

O autor argumenta aqui em forma progressiva do menor ao maior. Tem em sua mente duas revelações. Uma foi a da Lei que veio por meio dos anjos, quer dizer, os dez mandamentos. Qualquer infração desta Lei

ou desobediência era seguida por um castigo estrito e justo. A outra revelação era a que veio através de Jesus Cristo, o Filho. Esta é infinitamente maior que a revelação da verdade divina trazida pelos

anjos; portanto toda transgressão ou negação da mesma deve ser seguida necessariamente de um castigo maior e mais terrível. Se não se pode ignorar a revelação que veio pelos anjos muito menos pode-se

negligenciar a que veio por meio do Filho.

É bem possível que no primeiro versículo nos faça uma descrição mais gráfica que a que reproduz a tradução. As duas palavras chaves são prosequein e pararrein. Na presente Versão prosequein se traduziu por atender; este és um de seus significados mais comuns. Pararrein tem vários significados. Aplica-se a algo que se desliza ou escorre, por exemplo, a um anel que deslizou do dedo, a uma partícula de alimento que ao ser ingerida se desviou por uma via equivocada, a um tema que se introduziu sub-repticiamente na conversação, a algum fato que escapou da mente, a algo que simplesmente decaiu ou se perdeu. Habitualmente se usa para algo que descuidada ou inconscientemente se deixou escapar ou perder. Neste sentido interpretamos as duas palavras. Mas, além disso, ambas têm um significado náutico. Prosequein pode significar amarrar um barco, e pararrein pode indicar que uma nave se afasta do porto à deriva porque os marinheiros negligenciaram as precauções adaptadas para rebater os efeitos do vento, da corrente ou da maré. Assim, pois, o primeiro versículo poderia traduzir-se: "Portanto, devemos tentar com esforço ancorar nossas vidas nas coisas que nos foram ensinadas para que a nave de nossa vida não vá à deriva, afaste-se do porto e naufrague."

Há aqui uma imagem muito vívida — a de um barco que corre em direção do desastre porque o piloto dorme enquanto as nefastas correntes

o arrastam longe do porto a um naufrágio seguro. Para a maioria de nós a ameaça da vida não consiste tanto em que afundemos num desastre mas em sermos arrastados ao pecado. São poucos os que deliberadamente e

de improviso dão as costas a Deus, mas são muitos os que diariamente se afastam cada vez mais dEle. Não são muitos os que num momento determinado cometem algum pecado tremendo, mas são muitos os que

passo a passo e quase insensivelmente se envolvem em alguma situação e despertam de repente para se darem conta que arruinaram sua vida e destroçaram o coração de alguém. Faríamos bem em estar continuamente

alerta contra o risco de deixar que nossas vidas partam à deriva.

O autor da Carta caracteriza os pecados penados pela Lei em dois grupos: chama-os transgressão e desobediência. Ao primeiro termo corresponde parabasis que literalmente significa transpassar uma linha. Há uma linha traçada tanto pelo conhecimento como pela consciência, transpassar a qual constitui o pecado. Ao segundo termo corresponde parakoe. O termo é interessante. Começa significando uma audição imperfeita como por exemplo a de algum surdo; logo aplica-se também à audição descuidada, quer dizer, a que por negligência ou falta de atenção interpreta mal ou deixa de ouvir o que se disse; e termina significando falta de vontade para ouvir e portanto desobediência à voz de Deus. Consiste em fechar deliberadamente os ouvidos aos mandamentos, advertências, conselhos e convites de Deus.

O autor da carta termina seu parágrafo estabelecendo três formas em que a revelação cristã é única.

  1. É única em sua origem. Provém diretamente das palavras do próprio Jesus; foi enunciada primeiro pelo Senhor. Isto significa que não consiste em especulações ou conjeturas a respeito de Deus. É a voz do

próprio Deus que vem a nós em Jesus Cristo.

  1. É única em sua transmissão. Chegou às pessoas a quem o autor de Hebreus escreve, por meio daqueles que a tinham ouvido diretamente

de lábios de Jesus. Sempre será verdade que a única forma de transmitir Cristo aos outros será conhecendo-o "em primeira mão". Nunca poderemos ensinar o que não sabemos e só podemos transmitir Cristo a outros quando o conhecemos por nós mesmos.

  1. É único em sua efetividade. Esta derivou em sinais, maravilhas e múltiplos atos de poder.

Em certa ocasião alguém felicitou a Thomas Chalmers depois de

um de seus grandes sermões. "Sim", repôs, "mas que resultados obtive?" Como estava acostumado a dizer Denney, o objeto último do cristianismo é transformar homens maus em bons; e a prova da realidade do mesmo continua sendo sua capacidade de transformar as vidas dos

homens. Os milagres morais da fé cristã são ainda claramente visíveis para todos.

O HOMEM RECUPERA SEU DESTINO PERDIDO

Hebreus 2:5-9

Este não é, por certo, uma passagem fácil; mas uma vez que compreendemos seu significado adquire uma importância tremenda. O

autor começa com uma citação do salmo 8:46. Agora, se queremos entender corretamente esta passagem devemos ter muito em conta que o salmo 8 refere-se inteiramente ao homem. É o salmo que canta a glória

que Deus concedeu ao homem. Não há nele referência alguma ao Messias ou a Jesus. Refere-se exclusivamente ao homem. Há neste salmo uma expressão que dificulta a tarefa de entendê-lo. É a frase o filho do homem. Estamos tão acostumados a aplicá-la a Jesus que temos

propensão a referi-la sempre a Ele. Mas em hebraico filho de homem significa simplesmente homem. Basta que nos remetamos ao livro do profeta Ezequiel para fazer esta comprovação. Repetidamente —mais de

oitenta vezes Deus dirige-se a Ezequiel como filho de homem: “Filho do homem, volve o rosto contra Jerusalém” (Ez 21:2); “Filho do homem, profetiza e dize...” (Ez 30:2). O significado normal de

filho de homem em hebraico não é outro senão de homem. No salmo aqui chamado as duas frases paralelas “Que é o homem, que dele te lembres?” e “Ou o filho do homem, que o visites?” são duas maneiras diferentes de

dizer uma mesma coisa.

O salmo é um grande canto lírico a respeito da glória do homem segundo o desígnio de Deus. De fato é uma ampliação da grande

promessa de Deus na criação quando Deus disse ao homem: “Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gn 1:28). De fato, a glória do homem é ainda maior que a conhecida expressão: “Contudo, pouco menor o fizeste do

que os anjos” (Sl 8:5, RC). Esta é uma tradução correta da versão

grega dos Salmos mas que não reproduz fielmente o original hebraico onde diz-se que o homem foi feito menor que os Elohim; e Elohim é a palavra comum hebraica para Deus. O que o salmista escreveu efetivamente foi, como na RA, “por um pouco, menor do que Deus”; ou na B.J., “pouco menos do que um deus". Desta maneira o salmo canta a glória do homem feito algo inferior ao divino e a quem Deus destinou a dominar sobre tudo o que há no mundo.

Mas o autor de Hebreus continua. De fato a situação com a que nos enfrentamos é muito diferente. O homem devia possuir domínio sobre

todas as coisas mas não o tem. É uma criatura frustrada por suas circunstâncias, derrotada por suas tentações, cercada por suas fraquezas.

Aquele que devia ser livre está aprisionado; aquele que devia ser rei é escravo. Como disse G. K. Chesterton: "uma coisa é certa: o homem não é o que deveria ter sido".

Mas então o autor vai ainda mais além. A esta situação veio Jesus. Ele sofreu e morreu, e porque sofreu e morreu entrou na glória. E esse sofrimento, morte e glória são em favor do homem, porque Jesus Cristo

morreu para que o homem fosse o que devia ser. Morreu para liberá-lo de sua frustração, sua escravidão, seu aprisionamento e sua fraqueza e para lhe conceder o domínio que devia possuir. Morreu para recriar o

homem de maneira que chegasse a ser aquilo para o que originariamente tinha sido criado.

Desta maneira nesta passagem encontramos três idéias básicas.

  1. Deus criou o homem só um pouco inferior a si mesmo para que tivesse o domínio sobre todas as coisas.
  2. Pelo pecado o homem se sumiu na frustração e na derrota em vez de exercer domínio e possessão.
  3. Neste estado de frustração e derrota se introduziu Jesus Cristo para que por sua vida, morte e glória o homem pudesse ser aquilo para o qual foi criado.

Para expressá-lo de outra maneira, o autor de Hebreus nos mostra nesta passagem três coisas.

  1. O ideal do que o homem deveria ser semelhante a Deus e dono do universo.
  2. O estado atual do homem a frustração em vez do domínio; o fracasso em vez da glória. O homem que foi criado para reinar se

converteu em escravo.

  1. E, por último, como o homem atual pode ser transformado no homem ideal. A mudança foi operado por Cristo. O autor de Hebreus vê em Jesus Cristo o único que por seu sofrimento e glória pode fazer com

que o homem seja o que está destinado a ser, e sem Ele nunca poderia ser.

O SOFRIMENTO ESSENCIAL

Hebreus 2:10-18

Aqui usa-se um dos grandes títulos de Jesus: o autor (arquegos) da

salvação. O mesmo termo aplica-se a Jesus At 3:15; At 5:31; He 12:2. O significado mais simples desta palavra é cabeça ou chefe. Assim Zeus era a cabeça dos deuses e um general é chefe de seu exército. Pode significar fundador ou originador. Neste sentido usa-se acerca do fundador de uma cidade, de uma família, de uma escola filosófica. Também se emprega como fonte ou origem. Um bom governante, neste caso o arquegos da paz e o mau governante, o arquegos da confusão. Há uma idéia básica que ressoa em todas as acepções do vocábulo. Um arquegos é aquele que começa algo para que os outros possam ter acesso a isso. Por exemplo, inicia uma família para que outros possam nascer em seu seio; funda uma cidade para que outros possam habitá-la algum dia; inaugura uma escola filosófica para que outros possam segui-lo na verdade e na paz que descobriu por si mesmo. O arquegos é autor de bênçãos ou de desgraças para outros; é aquele que abre o rastro para que outros a sigam.

Alguém empregou a seguinte analogia: Suponhamos que um barco se acha encalhado e a única maneira de resgatá-la à tripulação é que

alguém nade rumo à costa com uma corda, a fim de que uma vez assegurada esta, outros possam segui-lo. Aquele que nadou primeiro seria o arquegos da salvação dos demais. Esta é a imagem que Hebreus nos sugere ao dizer que Jesus é o arquegos de nossa salvação. Jesus é o pioneiro que nos abriu o caminho para Deus que devemos seguir.

Como pôde Jesus chegar a ser isto? Nossas versões dizem que Deus o aperfeiçoou por aflições. Aperfeiçoar traduz o verbo teleioun, que vem do adjetivo teleios, que se traduz geralmente por perfeito. Mas no Novo

Testamento a palavra teleios tem um significado particular. Nada tem a ver com a perfeição abstrata, metafísica ou filosófica. Aplica-se por exemplo a um animal sem mancha e adequado para o sacrifício; a um

estudioso que deixa os níveis elementares e chega à maturidade; a um animal ou um ser humano completamente desenvolvido; a um cristão que já não está nas fronteiras da Igreja, mas sim recebeu o batismo. O

significado fundamental de teleios no Novo Testamento indica sempre que a coisa ou a pessoa que se descrevem cumprem completamente o propósito ou o plano para aquele que foram destinados. No sentido de

novo Testamento uma pessoa é teleios quando cumpre em forma plena o propósito que Deus lhe atribuiu e para o qual veio ao mundo. Portanto o verbo teleios não significa tanto aperfeiçoar como fazer inteiramente

adequado e capaz para a tarefa a que alguém está destinado. Assim, pois, o que o autor de Hebreus diz é que por meio do sofrimento Jesus foi capacitado inteiramente para a tarefa de ser o autor de nossa salvação. Seus sofrimentos o tornaram capaz de abrir a outros o caminho da

salvação.

E por que é isto assim?

  1. Por meio de seus sofrimentos se identificou realmente com os homens. O autor de Hebreus cita três textos do Antigo Testamento como profecia dessa identidade com os homens: Sl 22:22; Isaías 8:17-18. Se Jesus tivesse vindo ao mundo numa forma que excluísse todo sofrimento teria sido absolutamente diferente dos homens e, portanto,

nunca poderia ter sido seu Salvador. Como disse Jeremy Taylor: "Quando Deus salvou os homens o fez por meio de um homem." De fato esta mesma identificação com os homens é a própria essência da idéia cristã de Deus. O básico na idéia grega de Deus era a separação, enquanto que na concepção cristã é a identidade. Por meio de seus sofrimentos Jesus Cristo se identificou com os homens.

  1. Mediante essa identidade Jesus Cristo simpatiza com o homem; literalmente sente com ele. É quase impossível compreender a tristeza e a

dor de outro sem ter passado por tudo isso. Alguém que não tem rastros de nervos não pode conceber a tortura da nervosismo. Um homem que se encontra em perfeitas condições físicas não entende a lassidão do que

facilmente se cansa ou o sofrimento do que nunca está livre de dor. Freqüentemente acontece que uma pessoa inteligente e que aprende com rapidez não é capaz de entender por que os outros são lerdos e aprendem

com dificuldade. Quem nunca teve pesares não pode entender a dor de uma pessoa visitada pela desgraça. Alguém que nunca amou não pode entender nem o estalo de tal nem a dolorosa solidão do coração que ama.

Antes de poder simpatizar com alguém devemos passar pelas mesmas coisas pelas quais passou essa pessoa — e isto é precisamente o que Jesus fez.

  1. E devido a esta simpatia Jesus pode ajudar efetivamente. Ele conhece nossas necessidades; padeceu nossas tristezas; enfrentou nossas tentações. E por esta razão sabe com exatidão que ajuda necessitamos e pode nos dar. A verdade suprema de Jesus é que devido ao que

suportou na própria carne pode ajudar aos que passam pelas mesmas circunstâncias.


Dicionário

Convir

verbo transitivo indireto Ser conveniente, útil, proveitoso; servir: o emprego me convém.
Ficar bem; ser adequado; condizer com: a curiosidade não convém aos homens.
verbo transitivo indireto e intransitivo Demonstrar concordância ou entrar num acordo com; concordar, acordar: os alunos convieram em estudar; convenho que estejas certo.
Ter importância, utilidade: suas críticas não convêm à empresa; como convém, ninguém disse nada.
Etimologia (origem da palavra convir). Do latim convenire.

importar, relevar, cumprir. – Com muita concisão, e de modo muito preciso, diz Lacerda destes verbos: “O que traz vantagem a alguém, ou a alguma coisa, convém. O que é útil, ou de proveito, importa. O que muito importa, porque é de grande utilidade, releva. Cumpre o em que interessa a obrigação ou dever”. E S. Luiz oferece os seguintes exemplos: “Convém ao homem público mostrar sisudez e gravidade em todas as suas ações: trajar com simplicidade e modéstia; não entrar nos jogos e divertimentos da mocidade, posto que lícitos sejam e honestos, etc. Importa ao homem de negócio ter em bom arranjo as suas contas; ao mercador, e ao traficante não gastar mais do que permitem os seus lucros. Releva ao pai de família trazer bem administrados os seus bens, bem governada a sua casa, etc. Cumpre a todo homem ser justo, honesto, humano, virtuoso; cumpre ao prelado, ao pastor, ao mestre dar bom exemplo às pessoas que lhe estão sujeitas; cumpre ao cidadão respeitar e observar as leis, etc.”

Convir
1) Ser conveniente, útil, decente (Mt 3:15)

2) Concordar (Ne 10:29).

Deus

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Expiar

Remir (a culpa), cumprindo pena; pagar.

verbo transitivo direto e pronominal Reparar um erro, uma falta; pagar um crime; remir ou remir-se: expiou arduamente por seu erro; vive expiando-se por seus erros.
verbo transitivo direto Pagar as consequências de; receber punição por: expia, na rua, as amarguras de seu vício.
Não confundir com: espiar.
Etimologia (origem da palavra expiar). Do latim expiare.

Fiel

adjetivo Que guarda fidelidade, que cumpre seus contratos; leal: fiel a suas promessas.
Que não trai a pessoa com quem se relaciona: cônjuge fiel.
Que possui fé, que acredita em algo ou em alguém.
Religião Que acredita nos preceitos de uma religião: fiel católico.
Que demonstra constância; constante, perseverante: amigo fiel.
Feito ou dito com exatidão, perfeição; exato: história fiel.
Que é idêntico a; conforme: cópia fiel.
Em que se pode confiar; seguro: guia fiel.
substantivo masculino e feminino Pessoa que professa os preceitos de uma religião.
Empregado que se sujeita sem reclamar; fâmulo.
substantivo masculino Antigo Ajudante de tesoureiro.
expressão Fiel da balança. Haste, fio, ponteiro que marca o perfeito equilíbrio da balança.
Etimologia (origem da palavra fiel). Do latim fidele, "que guarda fidelidade".

Fiel No ensinamento de Jesus, aquele que se mantém firme na fé (Mt 24:45; 25,21; Lc 12:42-46; 16,10-12). Sem essa perseverança, é impossível a salvação (Mt 24:13).

Fossar

verbo transitivo Revolver a terra com a tromba.
Figurado Meter o nariz em negócios alheios; bisbilhotar.

Irmãos

-

Misericordioso

adjetivo Algo ou alguém que demonstra misericórdia; que é compassivo, bondoso: misericordioso para seus semelhantes.
substantivo masculino Indivíduo que possui a capacidade de perdoar ofensas e pecados; clemente ou indulgente.
plural [Metafônico] Pronuncia-se: /misericordiósos/.
Etimologia (origem da palavra misericordioso). Misericórdi
(a): + oso.

[...] misericordiosos – os que perdoam e desculpam as ofensas recebidas e, sem guardar quaisquer ressentimentos, se mostram sempre dispostos a ajudar e a servir aqueles mesmos que os magoaram ou feriram –, pois, a seu turno, obterão misericórdia...
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A progressividade da revelação divina 2


Povo

substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
Público, considerado em seu conjunto.
Quantidade excessiva de gente; multidão.
[Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

Sacerdote

substantivo masculino Ministro que oferecia vítimas à divindade e cuidava dos assuntos religiosos.
Aquele que ministra os sacramentos da Igreja; padre.
Figurado Aquele que tem profissão honrosa ou missão nobre: os sacerdotes do magistério.

substantivo masculino Ministro que oferecia vítimas à divindade e cuidava dos assuntos religiosos.
Aquele que ministra os sacramentos da Igreja; padre.
Figurado Aquele que tem profissão honrosa ou missão nobre: os sacerdotes do magistério.

[...] sacerdotes são os ungidos do Senhor; a fim de, por bom caminho, conduzir os inúmeros cegos que tropeçam nas paixões e caem nos vícios. [...] Esta é a missão dos que se chamam ministros de Deus! [...]
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] o verdadeiro sacerdote é o pai de todos os desgraçados. [...]
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

[...] Sacerdote é todo aquele que chora com o órfão, que assiste a desolada viúva, que partilha do desespero materno ante um berço vazio; é todo aquele que chora com o preso a sua liberdade, que busca, enfim, todos os meios de melhorar a sorte dos infelizes. Sacerdote é também todo aquele que, por suas faltas anteriores, tem que vir à Terra para viver completamente só, sem tomar parte nos gozos terrenos, e, dotado de claro entendimento, se consagra à difusão da luz, vivendo embora entre sombras, não entre as brumas do erro e as trevas do pecado, entenda-se, mas entre as sombras da própria solidão.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

[...] Sacerdotes, com ou sem indumento próprio, são todos aqueles que propagam e pregam o bem, a caridade e o amor.
Referencia: IMBASSAHY, Carlos• Religião: refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em Espiritismo• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - Def•


Sacerdote No AT, descendente de ARÃO separado para servir como oficiante no culto realizado primeiro no TABERNÁCULO e depois no TEMPLO. O sacerdote era MEDIADOR entre Deus e o povo, oferecendo SACRIFÍCIOS e orando em seu favor (Êx 28—29; Lv 21:1Cr 24). Antes de Arão já havia sacerdotes (Hc 7:1-3). No NT, todos os cristãos são sacerdotes (Ap 1:6; 5.10;
v. SACERDÓCIO).

Semelhante

[...] Nossos companheiros não são maus e sim Espíritos incompletos nas virtu des divinas, à maneira de nós outros. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8


Ser

verbo predicativo Possuir identidade, particularidade ou capacidade inerente: Antônia é filha de José; esta planta é uma samambaia; a Terra é um planeta do sistema solar.
Colocar-se numa condição ou circunstância determinada: um dia serei feliz.
Gramática Usado na expressão de tempo e de lugar: são três horas; era em Paris.
verbo intransitivo Pertencer ao conjunto dos entes concretos ou das instituições ideais e abstratas que fazem parte do universo: as lembranças nos trazem tudo que foi, mas o destino nos mostrará tudo o que será.
Existir; fazer parte de uma existência real: éramos os únicos revolucionários.
verbo predicativo e intransitivo Possuir ou preencher um lugar: onde será sua casa? Aqui foi uma igreja.
Demonstrar-se como situação: a festa será no mês que vem; em que lugar foi isso?
Existir: era uma vez um rei muito mau.
Ser com. Dizer respeito a: isso é com o chefe.
verbo predicativo e auxiliar Une o predicativo ao sujeito: a neve é branca.
Gramática Forma a voz passiva de outros verbos: era amado pelos discípulos.
Gramática Substitui o verbo e, às vezes, parte do predicado da oração anterior; numa oração condicional iniciada por "se" ou temporal iniciada por "quando" para evitar repetição: se ele faz caridade é porque isso lhe traz vantagens políticas.
Gramática Combinado à partícula "que" realça o sujeito da oração: eu é que atuo.
Gramática Seguido pelo verbo no pretérito perfeito composto: o ano é acabado.
substantivo masculino Pessoa; sujeito da espécie humana.
Criatura; o que é real; ente que vive realmente ou de modo imaginário.
A sensação ou percepção de si próprio.
A ação de ser; a existência.
Etimologia (origem da palavra ser). Do latim sedẽo.es.sẽdi.sessum.sedẽre.

O ser é uno mesmo quando no corpo ou fora dele. No corpo, ocorre a perfeita integração dos elementos que o constituem, e, à medida que se liberta dos envoltórios materiais, prossegue na sua unidade com os vestígios da vivência impregnados nos tecidos muito sutis do perispírito que o transmitem à essência espiritual.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

[...] o ser é fruto dos seus atos passados, para agir com as ferramentas da própria elaboração, na marcha ascendente e libertadora.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

[...] cada ser é um universo em miniatura, expansível pelo pensamento e pelo sentimento e que possui como atributo a eternidade.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 8

[...] o ser é o artífice da sua própria desgraça ou felicidade, do seu rebaixamento ou elevação. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo


Sumo

substantivo masculino Suco feito de diversas formas.
Líquido que se extrai de frutas: sumo de laranja.
Etimologia (origem da palavra sumo). Do grego zomós.
adjetivo De extrema importância; proeminente, supremo: sumo sacerdote.
Fora do comum; extraordinário.
O ponto mais alto de; cume.
substantivo masculino Figurado Momento mais importante de; ápice.
Etimologia (origem da palavra sumo). Do latim summus.

substantivo masculino Suco feito de diversas formas.
Líquido que se extrai de frutas: sumo de laranja.
Etimologia (origem da palavra sumo). Do grego zomós.
adjetivo De extrema importância; proeminente, supremo: sumo sacerdote.
Fora do comum; extraordinário.
O ponto mais alto de; cume.
substantivo masculino Figurado Momento mais importante de; ápice.
Etimologia (origem da palavra sumo). Do latim summus.

-

-

Sumo Grande (RA: (Sl 119:138); (Is 36:4).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Hebreus 2: 17 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Por issoG3606 ὅθενG3606 mesmo, convinhaG3784 ὀφείλωG3784 G5707 que, emG2596 κατάG2596 todas as coisasG3956 πᾶςG3956, se tornasse semelhanteG3666 ὁμοιόωG3666 G5683 aos irmãosG80 ἀδελφόςG80, paraG2443 ἵναG2443 serG1096 γίνομαιG1096 G5638 misericordiosoG1655 ἐλεήμωνG1655 eG2532 καίG2532 fielG4103 πιστόςG4103 sumo sacerdoteG749 ἀρχιερεύςG749 nas coisas referentesG4314 πρόςG4314 a DeusG2316 θεόςG2316 e paraG1519 εἰςG1519 fazer propiciaçãoG2433 ἱλάσκομαιG2433 G5745 pelos pecadosG266 ἀμαρτίαG266 do povoG2992 λαόςG2992.
Hebreus 2: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

68 d.C.
G1096
gínomai
γίνομαι
o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
(Belteshazzar)
Substantivo
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G1655
eleḗmōn
ἐλεήμων
()
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G2433
hiláskomai
ἱλάσκομαι
entregar-se, sujeitar-se, conciliar consigo mesmo
(be merciful)
Verbo - Imperativo aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - 2ª pessoa do singular
G2443
hína
ἵνα
para que
(that)
Conjunção
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2596
katá
κατά
treinar, dedicar, inaugurar
(do dedicated)
Verbo
G266
hamartía
ἁμαρτία
pecados
(sins)
Substantivo - Feminino no Plural genitivo
G2992
laós
λαός
(Piel) cumprir o casamento conforme o levirato, cumprir a função de cunhado
(and marry)
Verbo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3606
hóthen
ὅθεν
Porque
(because)
Substantivo
G3666
homoióō
ὁμοιόω
ser feito como
(be like)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Passivo - 2ª pessoa do plural
G3784
opheílō
ὀφείλω
(Piel) praticar feitiçaria ou bruxaria, usar feitiçaria
(and the sorcerers)
Verbo
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G4103
pistós
πιστός
tumulto, confusão, perturbação, confusão, destruição, problema, incômodo,
(destruction them)
Substantivo
G4314
prós
πρός
pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
(of Mezahab)
Substantivo
G749
archiereús
ἀρχιερεύς
(CLBL) (Peal) ser longo, alcançar, encontrar adj v
(do meet)
Verbo
G80
adelphós
ἀδελφός
O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
(small dust)
Substantivo


γίνομαι


(G1096)
gínomai (ghin'-om-ahee)

1096 γινομαι ginomai

prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

  1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
  2. tornar-se, i.e. acontecer
    1. de eventos
  3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
    1. de homens que se apresentam em público
  4. ser feito, ocorrer
    1. de milagres, acontecer, realizar-se
  5. tornar-se, ser feito

εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

ἐλεήμων


(G1655)
eleḗmōn (el-eh-ay'-mone)

1655 ελεημων eleemon

de 1653; TDNT - 2:485,222; adj

  1. misericordioso

θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

ἱλάσκομαι


(G2433)
hiláskomai (hil-as'-kom-ahee)

2433 ιλασκομαι hilaskomai

voz média do mesmo que 2436; TDNT - 3:301,362; v

  1. entregar-se, sujeitar-se, conciliar consigo mesmo
    1. tornar-se propício, ser apazigüado ou tranqüilizado
    2. ser propício, ser gracioso, ser misericordioso

      expiar, fazer propiciação por


ἵνα


(G2443)
hína (hin'-ah)

2443 ινα hina

provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

  1. que, a fim de que, para que

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κατά


(G2596)
katá (kat-ah')

2596 κατα kata

partícula primária; prep

abaixo de, por toda parte

de acordo com, com respeito a, ao longo de


ἁμαρτία


(G266)
hamartía (ham-ar-tee'-ah)

266 αμαρτια hamartia

de 264; TDNT - 1:267,44; n f

  1. equivalente a 264
    1. não ter parte em
    2. errar o alvo
    3. errar, estar errado
    4. errar ou desviar-se do caminho de retidão e honra, fazer ou andar no erro
    5. desviar-se da lei de Deus, violar a lei de Deus, pecado
  2. aquilo que é errado, pecado, uma ofença, uma violação da lei divina em pensamento ou em ação
  3. coletivamente, o conjunto de pecados cometidos seja por uma única pessoa ou várias

Sinônimos ver verbete 5879


λαός


(G2992)
laós (lah-os')

2992 λαος laos

aparentemente, palavra primária; TDNT - 4:29,499; n m

povo, grupo de pessoas, tribo, nação, todos aqueles que são da mesma origem e língua

de uma grande parte da população reunida em algum lugar

Sinônimos ver verbete 5832 e 5927



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅθεν


(G3606)
hóthen (hoth'-en)

3606 οθεν hothen

de 3739 com o enclítico diretivo de fonte; adv

  1. do qual, de onde
    1. do lugar do qual
    2. da fonte da qual algo é conhecido, do qual, por meio do qual
    3. da causa pelo qual, por qual razão, por esse motivo, por qual causa

ὁμοιόω


(G3666)
homoióō (hom-oy-o'-o)

3666 ομοιοω homoioo

de 3664; TDNT - 5:188,684; v

  1. ser feito como
  2. assemelhar, comparar
    1. ilustrar por comparação

ὀφείλω


(G3784)
opheílō (of-i'-lo)

3784 οφειλω opheilo ou (em tempos determinados) sua forma prolongada οφειλεω opheileo

provavelmente da raiz de 3786 (da idéia de incremento); TDNT - 5:559,746; v

  1. dever
    1. dever dinheiro, estar em débito com
      1. aquilo que é devido, dívida
  2. metáf. a boa vontade devida

Sinônimos ver verbete 5940


πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


πιστός


(G4103)
pistós (pis-tos')

4103 πιστος pistos

de 3982; TDNT - 6:174,849; adj

  1. verdadeiro, fiel
    1. de pessoas que mostram-se fiéis na transação de negócios, na execução de comandos, ou no desempenho de obrigações oficiais
    2. algúem que manteve a fé com a qual se comprometeu, digno de confiança
    3. aquilo que em que se pode confiar
  2. persuadido facilmente
    1. que crê, que confia
    2. no NT, alguém que confia nas promessas de Deus
      1. alguém que está convencido de que Jesus ressuscitou dos mortos
      2. alguém que se convenceu de que Jesus é o Messias e autor da salvação

πρός


(G4314)
prós (pros)

4314 προς pros

forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

em benefício de

em, perto, por

para, em direção a, com, com respeito a


ἀρχιερεύς


(G749)
archiereús (ar-khee-er-yuce')

749 αρχιερευς archiereus

de 746 e 2409; TDNT - 3:265,349; n m

  1. sumo-sacerdote. Ele era honrado acima de todos com título de sacerdote, chefe dos sacerdotes. Era lícito para ele realizar os deveres comuns do sacerdócio; mas seu principal dever era, uma vez por ano no dia da expiação, entrar no Santo dos Santos (dever do qual os outros sacerdotes estavam excluídos) e oferecer sacrifícios por seus próprios pecados e pelos pecados do povo, e presidir sobre o Sinédrio, ou Concílio Supremo, quando convocado para deliberações. De acordo com a lei mosaica, ninguém podia aspirar ao sumo sacerdócio a menos que fosse da tribo de Arão e descendente de uma família de sumos sacerdotes; e aquele a quem o ofício era conferido, ocupava este cargo até a morte. Mas a partir de Antíoco Epifanes, quando os reis Selêucidas e mais tarde os príncipes herodianos e os romanos arrogaram para si mesmos o poder de nomear os sumos sacerdotes, o ofício não mais permanecia fixo na família pontifical nem era conferido a alguém por toda a vida; mas tornou-se venal, e podia ser transferido de um para outro de acordo com a vontade dos governos civis e militares. Isto explica por que vinte e oito pessoas ocuparam a dignidade pontifical durante os cento e sete anos que separam Herodes, o grande e a destruição da cidade santa.
  2. Os sumo-sacerdotes. Inclui-se nesta categoria, além daquele que detinham o ofício sumosacerdotal, tanto aqueles que foram previamente depostos, e mesmo depostos, continuavam exercendo um grande poder no estado, quanto os membros das famílias

    das quais procediam os sumo-sacerdotes, dado que tinham grande influência am assuntos públicos.

  3. Usado em referência a Cristo. Ao sofrer uma morte sangrenta, ele ofereceu a si mesmo como sacrifício expiatório para Deus, e entrou no santuário celeste onde continuamente intercede em nosso favor.

ἀδελφός


(G80)
adelphós (ad-el-fos')

80 αδελφος adelphos

de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

TDNT 1:144,22; n m

  1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
  2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
  3. qualquer companheiro ou homem
  4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
  5. um associado no emprego ou escritório
  6. irmãos em Cristo
    1. seus irmãos pelo sangue
    2. todos os homens
    3. apóstolos
    4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial