Novo Testamento

II Timóteo 4:11

Capítulo Completo Perícope Completa

Λουκᾶς ἐστιν μόνος μετ’ ἐμοῦ. Μᾶρκον ἀναλαβὼν ἄγε μετὰ σεαυτοῦ, ἔστιν γάρ μοι εὔχρηστος εἰς διακονίαν,

Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Luke ΛουκᾶςG3065 is ἐστινG1510 alone μόνοςG3441 with μετ’G3326 me ἐμοῦG1473 Mark ΜᾶρκονG3138 having taken ἀναλαβὼνG353 bring [him] ἄγεG71 with μετὰG3326 you σεαυτοῦG4572 he is ἔστινG1510 indeed γάρG1063 to me μοιG1473 useful εὔχρηστοςG2173 for εἰςG1519 [the] ministry διακονίανG1248

Interlinear com inglês (Fonte: Bible.hub)

SomenteG3441 μόνοςG3441 LucasG3065 ΛουκᾶςG3065 estáG2076 ἐστίG2076 G5748 comigoG3326 μετάG3326 G1700 ἐμοῦG1700. TomaG353 ἀναλαμβάνωG353 G5631 contigoG3326 μετάG3326 G4572 σεαυτοῦG4572 MarcosG3138 ΜάρκοςG3138 eG2532 καίG2532 traze-oG71 ἄγωG71 G5720, poisG1063 γάρG1063 meG3427 μοίG3427 éG2076 ἐστίG2076 G5748 útilG2173 εὔχρηστοςG2173 paraG1519 εἰςG1519 o ministérioG1248 διακονίαG1248.

(ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear (Fonte insegura)

Versões

Nesta seção, você pode conferir as nuances e particularidades de diversas versões sobre a perícope II Timóteo 4:11 para a tradução (ARAi) - 1993 - Almeida Revisada e Atualizada
Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério.
(ARA) - 1993 - Almeida Revisada e Atualizada

Só Lucas está comigo. Toma Marcos, e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.
(ARC) - 1969 - Almeida Revisada e Corrigida

Só Lucas está comigo. Toma contigo a Marcos e traze-o, porque me é útil para o ministério.
(TB) - Tradução Brasileira

Λουκᾶς ἐστιν μόνος μετ’ ἐμοῦ. Μᾶρκον ἀναλαβὼν ἄγε μετὰ σεαυτοῦ, ἔστιν γάρ μοι εὔχρηστος εἰς διακονίαν,
(BGB) - Bíblia Grega Bereana

Só Lucas está comigo. Toma Marcos e traze-o contigo, porque ele me é proveitoso no ministério.
(BKJ) - Bíblia King James - Fiel 1611

Só Lucas está comigo. A (João) Marcos, (quando) havendo tu tomado, traze-o contigo, porque ele me é útil para a (minha) ação- de- servir.
(LTT) Bíblia Literal do Texto Tradicional

Somente Lucas[d] está comigo. Toma contigo a Marcos,[e] e traze-o, pois me é útil no ministério.
(BJ2) - 2002 - Bíblia de Jerusalém

Lucas est mecum solus. Marcum assume, et adduc tecum : est enim mihi utilis in ministerium.
(VULG) - Vulgata Latina


Notas de rodapé da Bíblia (BJ2) - 2002 - Bíblia de Jerusalém

II Timóteo 4 : 11

Somente Lucas[d] está comigo. Toma contigo a Marcos,[e] e traze-o, pois me é útil no ministério.


[e]
Marcos, o evangelista (At 12:12+). A divergência que amara o opôs a Paulo (At 15:37-39) parece esquecida.

G3065
Loukas
Λουκᾶς
(Luke)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G1510
estin
ἐστιν
(is)
Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G3441
monos
μόνος
(alone)
Adjetivo - Masculino no Singular nominativo
G3326
met’
μετ’
(with)
Preposição
G1473
emou
ἐμοῦ
(me)
Pronome pessoal / possessivo - 1ª pessoa genitiva singular
G3138
Markon
Μᾶρκον
(Mark)
Substantivo - acusativo masculino singular
G353
analabōn
ἀναλαβὼν
(having taken)
Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
G71
age
ἄγε
(bring [him])
Verbo - presente imperativo ativo - 2ª pessoa do singular
G3326
meta
μετὰ
(with)
Preposição
G4572
seautou
σεαυτοῦ
(you)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 2ª pessoa do singular
G1510
estin
ἔστιν
(he is)
Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G1063
gar
γάρ
(indeed)
Conjunção
G1473
moi
μοι
(to me)
Pronome pessoal / possessivo - dativo 1ª pessoa do singular
G2173
euchrēstos
εὔχρηστος
(useful)
Adjetivo - Masculino no Singular nominativo
G1519
eis
εἰς
(for)
Preposição
G1248
diakonian
διακονίαν
([the] ministry)
Substantivo - feminino acusativo singular

Strongs

O objetivo da Concordância de Strong é oferecer um índice de referência bíblico palavra por palavra, permitindo que o leitor possa localizar todas as ocorrências de um determinado termo na Bíblia. Desta forma, Strong oferece um modo de verificação de tradução independente e disponibiliza um recurso extra para uma melhor compreensão do texto.
Autor: James Strong


γάρ
(G1063)
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gár (gar)

1063 γαρ gar

partícula primária; conj

  1. porque, pois, visto que, então

διακονία
(G1248)
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diakonía (dee-ak-on-ee'-ah)

1248 διακονια diakonia

de 1249; TDNT - 2:87,152; n f

  1. serviço, ministério, esp. daqueles que executam os pedidos de outros
  2. daqueles que pelo pedido de Deus proclamam e promovem religião entre os homens
    1. do ofício de Moisés
    2. do ofício dos apóstolos e sua administração
    3. do ofício dos profetas, evangelistas, anciãos, etc.
  3. serviço daqueles que brindam aos outros os ofícios da afeição cristã esp. aqueles que ajudam a atender necessidades, seja pelo recolhimento ou pela distribuição de caridades
  4. ofício do diácono na igreja
  5. serviço daqueles que preparam e ofertam alimento

ἐγώ
(G1473)
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egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

εἰμί
(G1510)
Ver mais
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

εἰς
(G1519)
Ver mais
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

εὔχρηστος
(G2173)
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eúchrēstos (yoo'-khrays-tos)

2173 ευχρηστος euchrestos

de 2095 e 5543; adj

  1. fácil de fazer uso de, útil

Λουκᾶς
(G3065)
Ver mais
Loukâs (loo-kas')

3065 λυκας Loukas

contraído do Latin Lucanus; n pr m

Lucas = “que dá luz”

  1. cristão gentil, companheiro de Paulo na pregação do evangelho e em suas muitas viagens; era médico. Também escreveu Lucas e Atos, no NT

Μάρκος
(G3138)
Ver mais
Márkos (mar'-kos)

3138 Μαρκος Markos

de origem latim; n pr m Marcos = “defesa”

  1. um evangelista, autor do Evangelho de Marcos. Marcos era seu sobrenome latino, seu nome judaico era João. Era primo de Barnabé e companheiro de Paulo em algumas de suas viagens missionárias

μετά
(G3326)
Ver mais
metá (met-ah')

3326 μετα meta

preposição primária (com freqüencia usada adverbialmente); TDNT - 7:766,1102; prep

  1. com, depois, atrás

μόνος
(G3441)
Ver mais
mónos (mon'-os)

3441 μονος monos

provavelmente de 3306; adj

  1. sozinho (sem companhia), desamparado, destituído de ajuda, sozinho, único, somente

ἀναλαμβάνω
(G353)
Ver mais
analambánō (an-al-am-ban'-o)

353 αναλαμβανω analambano

de 303 e 2983; TDNT - 4:7,495; v

  1. levantar
  2. erguer (um coisa a fim de levar ou usá-la)

σεαυτοῦ
(G4572)
Ver mais
seautoû (seh-ow-too')

4572 σεαυτου seautou

caso genitivo de 4571 e 846; pron

  1. te, ti mesmo

ἄγω
(G71)
Ver mais
ágō (ag'-o)

71 αγω ago

uma palavra primária; v

  1. guiar, conduzir
    1. conduzir segurando com as mãos, levando deste modo ao destino final: de um animal
    2. seguir acompanhando até um lugar
    3. comandar com a personalidade de alguém, nomear alguém como um ajudante
    4. conduzir, trazer
    5. levar para a corte de justiça, magistrado, etc.
  2. guiar, conduzir
    1. conduzir, guiar, dirigir
    2. guiar através, conduzir para algo
    3. mover, impelir: pela força e influência da mente
  3. passar um dia, guardar ou celebrar uma festa, etc.
  4. ir, partir

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Referências em Livro Espírita


Saulo Cesar Ribeiro da Silva

2tm 4:11
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Marcos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva
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2tm 4:11
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva
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2tm 4:11
Paulo e Estêvão

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva
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Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências para II Timóteo 4:11 em Outras Obras.

Comentários

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores






Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante






Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)






Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano






Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista






Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.






NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia






Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista






Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson






John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora






Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia







Referências Cruzadas

É sistema de referências cruzadas fornecidas na margem das Bíblias que ajuda o leitor a descobrir o significado de qualquer comparando com outras passagens da Bíblia.

Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Timóteo 4:11

Oséias 14:4 Eu sararei a sua perversão, eu voluntariamente os amarei; porque a minha ira se apartou deles.
Mateus 19:30 Porém muitos primeiros serão derradeiros, e muitos derradeiros serão primeiros.
Mateus 20:16 Assim, os derradeiros serão primeiros, e os primeiros, derradeiros, porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.
Lucas 13:30 E eis que derradeiros há que serão os primeiros; e primeiros há que serão os derradeiros.
Atos 12:12 E, considerando ele nisso, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam.
Atos 12:25 E Barnabé e Saulo, havendo terminado aquele serviço, voltaram de Jerusalém, levando também consigo a João, que tinha por sobrenome Marcos.
Atos 15:39 E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre.
Atos 16:10 E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.
Colossenses 4:10 Aristarco, que está preso comigo, vos saúda, e Marcos, o sobrinho de Barnabé, acerca do qual já recebestes mandamentos; se ele for ter convosco, recebei-o;
Colossenses 4:14 Saúda-vos Lucas, o médico amado, e Demas.
II Timóteo 1:15 Bem sabes isto: que os que estão na Ásia todos se apartaram de mim; entre os quais foram Fígelo e Hermógenes.
I Pedro 5:13 A vossa coeleita em Babilônia vos saúda, e meu filho Marcos.

Dicionários

Trata-se da junção de diversos dicionários para melhor conseguir definir os termos do versículo.

Ação

substantivo feminino Resultado do fato de agir; tudo aquilo que se faz: fez uma boa ação.
Manifestação de uma força agente: a ação do remédio; a ação das leis sobre a sociedade.
Sequência dos acontecimentos numa narrativa: ação acelerada.
Comportamento ou modo como alguém se comporta: ação desonesta.
Influência ou efeito que algo ou alguém exerce sobre outra coisa ou pessoa: ação do tempo.
Acontecimento ou o que acontece: o bandido fugiu do local da ação.
[Jurídico] Meio legal para obter um direito em juízo: intentar uma ação.
Economia Parcela de capital que se toma de uma sociedade, título que representa os direitos de um associado: comprar, vender ações.
[Filosofia] Ato encarado do ponto de vista de seu valor moral: a deliberação precede necessariamente a ação.
interjeição Comando dito pelo diretor para anunciar o início da gravação de uma cena: ação!
expressão Ação de graças. Ato de piedade ou devoção com que se agradecem benefícios recebidos; agradecimento, reconhecimento.
Ação entre amigos. Rifa; sorteio de algo para fins beneficentes.
Etimologia (origem da palavra ação). Do latim actio.onis.

Fonte: Dicionário Comum

[...] A ação inteligente do homem é um contrapeso que Deus dispôs para restabelecer o equilíbrio entre as forças da Natureza e é ainda isso o que o distingue dos animais, porque ele obra com conhecimento de causa. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 693

[...] a ação edificante é geratriz da mecânica do progresso e da felicidade dos povos. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

As ações humanas são resultantes do pensamento. Pensar em desacordo com o que se faz é um contra-senso. Nossas experiências exteriores passam antes por nossa mente.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 44

A boa ação é sempre aquela que visa ao bem de outrem e de quantos lhe cercam o esforço na vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 185

Ação é voz que fala à razão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O argumento

Fonte: Dicionário da FEB

ato, fato. – Segundo Lac., ação é “um vocábulo abstrato; ato é um vocábulo concreto. A ação é o exercício de uma potência; ato é o resultado da ação dessa mesma potência. A potência, quando emprega a sua energia, está em ação e produz o ato”. – Fato designa “ato de certa importância, consumado e reconhecido”. Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 67

Fonte: Dicionário de Sinônimos

demanda, litígio, processo, pleito, questão, querela. – Escreve Roq.: “Com muita razão diz um autor que a demanda dá origem e princípio ao litígio, e que este se trata e se desenvolve no processo. Ao ato de pedir ou requerer em direito se chama demandar. À controvérsia judicial que se suscita quando o demandado não consente no que o demandante requer se chama com razão litígio. Os feitos que correm em juízo, os autos judiciais e termos que se fazem por escrito em qualquer litígio se chamam processo. Note-se, porém, que no uso ordinário a palavra demanda não significa só o ato de intentar o litígio, mas ainda a ação proposta e disputada contenciosamente em juízo – o que vale o mesmo que litígio judicial ou pleito. Os que neste caso usam a palavra processo cometem um galicismo, porque o que nós chamamos processo é em francês procédure, e avoir un procès quer dizer em português – ter uma demanda. Pleito é palavra castelhana, e neste caso diz o mesmo que litígio judicial”. – Ação é termo genérico ainda neste sentido: é o “próprio ato de requerer ou demandar em juízo, o uso do direito de pleitear perante um tribunal”. – Questão designa “toda espécie de dúvida em que ficam duas ou mais pessoas e que deve ser dirimida em juízo, ou perante uma autoridade superior”. – Querela é equivalente quase a ação, sendo este apenas mais lato: é “a denúncia ou queixa que se dá contra alguém para reparação de agravo ou ofensa”. Fora da acepção jurídica, querela se emprega para designar questões e dissídios de pequena monta.

Fonte: Dicionário de Sinônimos

combate, batalha, peleja, pugna, lide, luta, prélio, duelo, desafio, rixa, briga, pendência, contenda, pleito, litígio, conflito, recontro, refrega, campanha, guerra. – Ação é o mais genérico do grupo: seriam raríssimos os casos em que não pudesse substituir a qualquer dos outros. Ação aqui é “o exercício da atividade hostil entre duas ou mais forças em conflito”. – Combate – diz Bruns. – “é o encontro de ordinário imprevisto, de troços de exércitos inimigos que travam luta entre si. Além dessa acepção, aplica-se o termo combate para designar qualquer luta em que a vida está exposta: o combate dos Horácios e Coriáceos terminou em combate entre dois homens”. – Batalha é combate de vastas proporções; é peleja formal e de resultados decisivos quase sempre, ou pelo menos de grande importância. – Peleja designa a luta encarniçada e corpo a corpo. Dois inimigos separados por um rio ou por outro qualquer acidente, combatem- -se, lutam, mas não pelejam. – Pugna significa propriamente “luta a punho, sem armas”. – Duelo é “a luta entre duas (ou mesmo mais) pessoas, luta convencionada, regulada e solene, por questões de pundonor”. – Desafio é “o ato de provocar outra pessoa para duelo”. – Lide e luta tomamse ordinariamente quase como sinônimos perfeitos; convém, no entanto, não esquecer que lide (ou lida)vem de lis... litis “pleito, processo, questão judiciária”; e só por extensão se aplica no sentido de luta. Lide será, aliás, uma luta caracterizada pela elevação dos motivos. Dizemos – “as lutas políticas” –; mas é muito mais próprio dizer – “as lides acadêmicas”. “As lides do jornalismo” – diz uma coisa; “as lutas da imprensa ou do jornalismo” – diz outra. Em – “lutas da imprensa” há a sugestão de que os trabalhos do jornalista amargaram no embate das intrigas e das perfídias; em – “lides da imprensa” sugere-se o afã nobilíssimo com que se trata das altas questões, com que se empenham devotamentos pelas grandes ideias de que se presume que trata sempre um jornalista cônscio da sua missão. – No latim prœlium figura como radical o verbo eo... ire, que significa, entre outras coisas, “marchar contra, atacar”; e pode assim apanhar-se no português prélio a significação de “luta em que os lutadores se adiantem, se apressam a investir um contra o outro”. – Briga e rixa são termos vulgares que significam “disputa escandalosa, pequenina, por motivos fúteis, e sem graves consequências”; diferençando- -se em que a rixa pode ficar só na disputa de palavras ou degenerar em briga. – Litígio, aqui, é a fase, ou “o estado de conflito em que se põem duas ou mais pessoas, ou mesmo duas ou mais nações que não puderam chegar a acordo em relação a algum reclamo ou intento”. – Pleito é quase o mesmo que litígio: pode, como este, significar também questão judicial propriamente; mas sugere melhor a ideia da correção dos que pleiteiam, discutindo sem má-fé, só defendendo a sua causa, e esperando pela sentença (placitum) ou pelo desenlace favorável. Pleito, portanto, exprime “nobre questão em que alguém se empenha confiante na justiça”. – Contenda e pendência aproximam-se bastante: ambos sugerem mais ideia de controvérsia e discussão que de luta material: se bem que se não lhes recuse esta última acepção. Mas a contenda parece uma gradação da pendência. Esta é o “litígio ou a questão em que se empenham duas ou mais partes trocando razões e argumentos, ou medindo forças e destrezas com capricho, mas sem leviandades”; contenda é “a fase a que pode chegar a pendência tornando-se mais viva, mais apaixonada, intensa, violenta”. – Conflito é “o encontro hostil, o choque, a oposição ativa em que se põem duas ou mais pessoas ou coisas”. Pode dar-se entre 68 Rocha Pombo nações, entre poderes públicos, entre indivíduos, entre interesses, desejos, pretensões, entre animais, entre seres inanimados. É forma geral e extensa que pode abranger quase todos os casos em que figurem as outras do grupo. – Recontro é “combate ligeiro, casual, indeciso entre inimigos”. – Refrega é “recontro violento, furioso como tormenta, produzindo debandada, e deixando também indecisa a luta”. – Campanha exprime “todas as batalhas, combates, e todas as vicissitudes de uma guerra, ou de certa fase de uma guerra”; devendo notar-se que o primeiro termo só se aplica para designar a guerra terrestre.

Fonte: Dicionário de Sinônimos

E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Fonte: Dicionário Comum

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Fonte: Dicionário Comum

João

Nome Hebraico - Significado: Graça divina.

Fonte: Dicionário Comum

Graça ou favor de Deus. – Aparece, também,em outros lugares com a forma de Joanã. Um parente do sumo sacerdote Anás. Juntamente com Anás e Caifás ele fez inquirições a respeito do ensino dos apóstolos Pedro e João e da cura do coxo (At 4:6). E nada mais se sabe dele. – João Marcos, o evangelista – filho de Maria, e primo (não sobrinho) de Barnabé. Apenas cinco vezes é este evangelista mencionado com o nome de João (At 12:12-25 e 13 5:13-15.37). Nas outras passagens é o nome Marcos que prevalece. (*veja Marcos.) – João Batista, o Precursor. A vinda de João foi profetizada por isaías (40.3), e por Malaquias (4.5 – *veja Mt 11:14), sendo o seu nascimento anunciado aos seus idosos pais por ‘um anjo do Senhor’ (Lc 1:5-23). Seu pai Zacarias era sacerdote, e sua mãe isabel ‘era das filhas de Arão’. A vinda desta criança foi também predita à Virgem Maria, na Anunciação (Lc 1:36). o nascimento de João (Lc 1:57) trouxe novamente, após a circuncisão, a fala a Zacarias, que a tinha perdido, quando o anjo lhe fez saber que havia de ter um filho (Lc 1:20-64). Quanto à infância de João Batista apenas se sabe que ele ‘Crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até ao dia em que havia de manifestar-se a israel’ (Lc 1:80). E assim, embora tivesse sido consagrado antes do seu nascimento à missão de pregar e ensinar (Lc 1:13-15), ele só deu início à sua obra quando chegou à idade viril, depois de ter passado vários anos isolado, vivendo uma vida de abnegação. A maneira como João Batista apareceu pregando chamou a atenção de toda a gente. o seu vestido era feito de pelos de camelo, e andava cingido de um cinto de couro, sendo a alimentação do notável pregador o que encontrava no deserto gafanhotos e mel silvestre (Lv 11:22Sl 81:16Mt 3:4). o ministério de João começou ‘no deserto da Judéia’ (Mt 3:1Mc 1:4Lc 3:3Jo 1:6-28). Ele pregava o arrependimento e a vinda do reino dos céus, e todo o país parecia ser movido pela sua palavra, pois vinham ter com ele as multidões para receberem o batismo (Mt 3:5 e Mc 1. S). Em termos enérgicos censurou a falsa vida religiosa dos fariseus e saduceus que se aproximavam dele (Mt 3:7), avisando, também, outras classes da sociedade (Lc 3:7-14) – e chamava a atenção dos ouvintes para Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (Lc 3:15-17Jo 1:29-31), a quem batizou (Mt 3:13-17). o povo quis saber se João era o Cristo prometido (Lc 3:15) – mas ele categoricamente asseverou que não era (Jo 1:20). A importância do ministério de João acha-se claramente indicada nas referências de Jesus Cristo e dos apóstolos ao caráter e obra notável do pregador. Depois de responder aos mensageiros de João (Mt 11:2-6Lc 7:19-23), falou Jesus às multidões sobre o caráter e missão do Batista, declarando: ‘Entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista’ (Mt 11:7-11Lc 7:24-28). Mais tarde foi por Jesus, de um modo preciso, identificado com o prometido Elias (Mt 17:10-13Mc 9:11-13) – e também o batismo de João foi assunto de que Jesus Se serviu para discutir com ‘os principais sacerdotes e os anciãos do povo’, colocando-os em dificuldades (Mt 21:23-27) – e, pelo fato de estes judeus rejeitarem o apelo de João, fez-lhes sentir o Salvador a sua responsabilidade (Mt 21:32). o batismo de João foi lembrado por Jesus depois da Sua ressurreição (At 1:5) – a ele se referiu também Pedro (At 1:22 – 10.37 – 11.16), e o apóstolo Paulo (At 13:24-25). Apolo conhecia somente o ‘batismo de João’ (At 18:25), e maior conhecimento não havia em certos discípulos de Éfeso (At 19:1-4). Com respeito ao ‘batismo de João’, *veja Batismo. o ministério corajoso de João parece ter alarmado Herodes, o tetrarca da Galiléia, que, segundo conta Josefo (Ant. Xiii, 5.2), o considerava como demagogo e pessoa perigosa. Como João o tivesse censurado por ter casado com Herodias, mulher de seu irmão Filipe, que ainda estava vivo, lançou Herodes o seu censurador numa prisão. (*veja Herodias.) o medo da indignação popular (Mt 14:5) parece tê-lo impedido de matar João Batista – mas a filha de Herodias, baseando-se numa inconsiderada promessa de Herodes, obteve a morte de João (Mt 14:3-12). – o Apóstolo. João, irmão de Tiago, era filho de Zebedeu (Mt 4:21), e de Salomé, sendo esta, provavelmente, irmã da mãe de Jesus (cp. Mt 27:56 com Mc 15:40Jo 19:25). Sendo assim, era João primo de Jesus, e por isso foi muito natural que o Salvador entregasse a Sua mãe aos cuidados de João, quando estava na cruz (Jo 19:25-27). João era, como seu pai, pescador de Betsaida, na Galiléia, trabalhando no lago de Genesaré (Mt 4:18-21). A família parece ter vivido em boas circunstâncias, visto como seu pai Zebedeu tinha jornaleiros (Mc 1:20) – a sua mãe era uma das piedosas mulheres, que desde a Galiléia acompanharam Jesus e o serviam com os seus bens (Mt 27:56) – o próprio evangelista era conhecido do sumo sacerdote (Jo 18:15), e tinha casa sua (Jo 19:27). Acha-se identificado com aquele discípulo de João Batista, que não é nomeado, e que com André seguiu a Jesus (Jo 1:35-40). A chamada de João e de seu irmão Tiago está, em termos precisos, narrada em Mt 4:21-22 e em Mc 1:19-20. Foi ele um dos doze apóstolos (Mt 10:2, e ref.). A ele e seu irmão deu Jesus o nome de Boanerges (Mc 3:17). Na sua juventude parece ter sido homem apaixonado, de temperamento impulsivo, dando ocasião a que Jesus o censurasse uma vez por ter proibido certo indivíduo de operar milagres (Mc 9:38-39), outra vez por ter desejado que viesse do céu castigo sobre os inóspitos samaritanos (Lc 9:51-56), e também pela sua pessoal ambição (Mc 10:35-40). Todavia, era ele chamado o discípulo, ‘a quem Jesus amava’ (Jo 21:20), e a quem, juntamente com Tiago e Pedro, deu Jesus Cristo o privilégio de presenciarem tantos e maravilhosos acontecimentos do Seu ministério. João pôde observar a cura da sogra de Pedro (Mc 1:29), a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5:37 e Lc 8:51), a pesca miraculosa (Lc 5:10), a transfiguração (Mt 17:1 e refs.), e a agonia no horto de Getsêmani (Mt 26:37, e refs.). É certo que João, como os outros discípulos, abandonou o Divino Mestre, quand

Fonte: Dicionário Bíblico

Felizmente, temos considerável informação acerca do discípulo chamado João. Marcos diz-nos que ele era irmão de Tiago, filho de Zebedeu (Mc 1:19). Diz também que Tiago e João trabalhavam com “os empregados” de seu pai (Mc 1:20).
Alguns eruditos especulam que a mãe de João era Salomé, que assistiu a crucificação de Jesus (Mc 15:40). Se Salomé era irmã da mãe de Jesus, como sugere o Evangelho de João (Jo 19:25), João pode ter sido primo de Jesus.
Jesus encontrou a João e a seu irmão Tiago consertando as redes junto ao mar da Galiléia. Ordenou-lhes que se fizessem ao largo e lançassem as redes. arrastaram um enorme quantidade de peixes – milagre que os convenceram do poder de Jesus. “E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram” (Lc 5:11) Simão Pedro foi com eles.
João parece ter sido um jovem impulsivo. Logo depois que ele e Tiago entraram para o círculo íntimo dos discípulos de Jesus, o Mestre os apelidou de “filhos do trovão” (Mc 3:17). Os discípulos pareciam relegar João a um lugar secundário em seu grupo. Todos os Evangelhos mencionavam a João depois de seu irmão Tiago; na maioria das vezes, parece, Tiago era o porta-voz dos dois irmãos. Paulo menciona a João entre os apóstolos em Jerusalém, mas o faz colocando o seu nome no fim da lista (Gl 2:9).
Muitas vezes João deixou transparecer suas emoções nas conversas com Jesus. Certa ocasião ele ficou transtornado porque alguém mais estava servindo em nome de Jesus. “E nós lho proibimos”, disse ele a Jesus, “porque não seguia conosco” (Mc 9:38). Jesus replicou: “Não lho proibais… pois quem não é contra a nós, é por nós” (Mc 9:39-40). Noutra ocasião, ambiciosos, Tiago e João sugeriram que lhes fosse permitido assentar-se à esquerda e à direita de Jesus na sua glória. Esta idéia os indispôs com os outros discípulos (Mc 10:35-41).
Mas a ousadia de João foi-lhe vantajosa na hora da morte e da ressurreição de Jesus. Jo 18:15 diz que João era ” conhecido do sumo sacerdote”. Isto o tornaria facilmente vulnerável à prisão quando os aguardas do sumo sacerdote prenderam a Jesus. Não obstante, João foi o único apóstolo que se atreveu a permanecer ao pé da cruz, e Jesus entregou-lhe sua mãe aos seus cuidados (Jo 19:26-27). Ao ouvirem os discípulos que o corpo de Jesus já não estava no túmulo, João correu na frente dos outros e chegou primeiro ao sepulcro. Contudo, ele deixou que Pedro entrasse antes dele na câmara de sepultamento (Jo 20:1-4,8).
Se João escreveu, deveras, o quarto Evangelhos, as cartas de João e o Apocalipse, ele escreveu mais texto do NT do que qualquer dos demais apóstolos. Não temos motivo para duvidar de que esses livros não são de sua autoria.
Diz a tradição que ele cuidou da mãe de Jesus enquanto pastoreou a congregação em Éfeso, e que ela morreu ali. Preso, foi levado a Roma e exilado na 1lha de Patmos. Acredita-se que ele viveu até avançada idade, e seu corpo foi devolvido a Éfeso para sepultamento

Fonte: Dicionário Bíblico

1. Veja João, o apóstolo.


2. Veja João Batista.


3. Pai de Simão Pedro e de André (chamado de Jonas em algumas traduções: Mt 16:17). Era um pescador que vivia na região da Galiléia. É interessante notar que as três ocasiões registradas nos evangelhos em que Jesus chamou Pedro pelo nome completo, “Simão filho de João (ou Jonas)”, foram momentos que marcaram pontos cruciais na vida desse apóstolo. Na primeira ocasião, André apresentou seu irmão Simão ao “Messias”, Jesus. Cristo olhou para Simão e anunciou profeticamente: “Tu és Simão, filho de João. Tu serás chamado Cefas [que quer dizer Pedro]” (Jo 1:42). Daquele momento em diante, Simão Pedro passou a seguir a Cristo. Na segunda ocasião em que o nome inteiro dele foi usado, ele havia acabado de responder uma pergunta de Jesus, dizendo: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16:16). O significado desta identificação de Jesus como o Cristo era tão grande que Jesus disse: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, pois não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus” (Mt 16:17). A última ocasião foi depois da ressurreição, quando Cristo testou o amor de Pedro por Ele e o comissionou com as palavras: “Simão, filho de João... Apascenta os meus cordeiros” (Jo 21:15-17).


4. João, um parente do sumo sacerdote Anás; é mencionado apenas em Atos 6. Era um dos anciãos e líderes diante dos quais os apóstolos Pedro e João foram levados para serem interrogados. A pregação deles começava a aborrecer profundamente os líderes e por isso tentaram silenciá-los. Os apóstolos disseram que eram obrigados a obedecer a Deus e não aos homens (v. 19). Finalmente, sentindo o peso da opinião pública, os anciãos decidiram libertar os dois. P.D.G.

Fonte: Quem é quem na Bíblia?

João
1) O Batista: V. JOÃO BATISTA.
2) Pai do apóstolo Pedro (Jo 1:42); 21:15-17, RA; RC, Jonas).

3) O evangelista e apóstolo: V. JOÃO, APÓSTOLO.
4) João Marcos: V. MARCOS, JOÃO.

Fonte: Dicionário da Bíblia de Almeida

João A) Evangelho de João

1. Autoria e datação. O primeiro que relacionou o Quarto Evangelho a João, o filho de Zebedeu, parece ter sido Irineu (Adv. Haer, 3,1,1), citado por Eusébio (HE 5:8,4), o qual menciona Policarpo como fonte de sua opinião. Sem dúvida, o testamento reveste-se de certa importância, mas não deixa de apresentar inconvenientes. Assim, é estranho que outra literatura relacionada com Éfeso (a Epístola de Inácio aos Efésios, por exemplo) omita a suposta relação entre o apóstolo João e esta cidade. Também é possível que Irineu tenha-se confundido quanto à notícia que recebeu de Policarpo, já que destaca que Papias foi ouvinte de João e companheiro de Policarpo (Adv. Haer, 5,33,4). No entanto, conforme o testemunho de Eusébio (HE 3:93,33), Papias foi, na realidade, ouvinte de João, o presbítero — que ainda vivia nos tempos de Papias (HE 3.39,4) — e não do apóstolo. Fica, pois, a possibilidade de que esse João foi o mesmo ao qual Policarpo se referiu.

Outras referências a uma autoria de João, o apóstolo, em fontes cristãs são muito tardias ou lendárias para serem questionadas, seja o caso de Clemente de Alexandria, transmitido por Eusébio (HE 6:14,17) ou o do Cânon de Muratori (c. 180-200). É certo que a tradição existia em meados do séc. II, mas não parece de todo concludente. Quanto à evidência interna, o evangelho reúne referências que podemos dividir nas relativas à redação e nas relacionadas com o discípulo amado (13 23:19-26-27; 20,1-10 e 21:7 e 20-4; possivelmente 18:15-16; 19,34-37 e talvez 1:35-36).

As notícias recolhidas em 21:20 e 21:24 poderiam identificar o redator inicial com o discípulo amado ou talvez com a fonte principal das tradições recolhidas nele, porém, uma vez mais, fica obscuro se esta é uma referência a João, o apóstolo.

Em nenhum momento o evangelho distingue o discípulo amado por nome nem tampouco o apóstolo João. E se na Última Ceia só estiveram presentes os Doze, obviamente o discípulo amado teria de ser um deles; tal dado, contudo, ainda não é seguro. Apesar de tudo, não se pode negar, de maneira dogmática, a possibilidade de o discípulo amado ser João, o apóstolo, e até mesmo existem alguns argumentos que favorecem essa possibilidade. Pode-se resumi-los da seguinte maneira:

1. A descrição do ministério galileu tem uma enorme importância em João, a ponto de a própria palavra “Galiléia” aparecer mais vezes neste evangelho do que nos outros (ver especialmente: 7,1-9).

2. Cafarnaum recebe uma ênfase muito especial (2,12; 4,12; 6,15), em contraste com o que os outros evangelhos designam o lugar de origem de Jesus (Mt 13:54; Lc 4:16). A própria sinagoga de Cafarnaum é mencionada mais vezes neste do que nos outros evangelhos.

3. O evangelho de João refere-se também ao ministério de Jesus na Samaria (c.4), o que é natural, levando-se em conta a relação de João, o de Zebedeu, com a evangelização judeu-cristã da Samaria (At 8:14-17).

4. João fazia parte do grupo de três (Pedro, Tiago e João) mais íntimo de Jesus. É, pois, um tanto estranho que um discípulo tão próximo a Jesus, como o discípulo amado — e não se tratando de João —, não apareça sequer mencionado em outras fontes.

5. As descrições da Jerusalém anterior ao ano 70 d.C. encaixam-se com o que sabemos da permanência de João nessa cidade, depois de Pentecostes. De fato, os dados fornecidos por At 1:13; 8,25 e por Paulo (Gl 2:1-10) indicam que João estava na cidade antes do ano 50 d.C.

6. João é um dos dirigentes judeu-cristãos que teve contato com a diáspora, assim como Pedro e Tiago (Jc 1:1; 1Pe 1:1; Jo 7:35 1Co 9:5), o que se enquadraria com algumas das notícias contidas em fontes cristãs posteriores e em relação ao autor do Quarto Evangelho.

7. O evangelho de João procede de uma testemunha que se apresenta como ocular.

8. O vocabulário e o estilo do Quarto Evangelho destacam uma pessoa cuja primeira língua era o aramaico e que escrevia em grego correto, porém cheio de aramaísmo.

9. O pano de fundo social de João, o de Zebedeu, encaixa-se perfeitamente com o que se esperaria de um “conhecido do Sumo Sacerdote” (Jo 18:15). De fato, a mãe de João era uma das mulheres que serviam Jesus “com seus bens” (Lc 8:3), como a mulher de Cuza, administrador das finanças de Herodes. Igualmente sabemos que contava com assalariados a seu cargo (Mc 1:20). Talvez alguns membros da aristocracia sacerdotal o vissem com menosprezo por ser um leigo (At 4:13), mas o personagem estava longe de ser medíocre, a julgar pela maneira tão rápida pela qual se tornou um dos primeiros dirigentes da comunidade hierosolimita, logo depois de Pedro (Gl 2:9; At 1:13; 3,1; 8,14 etc.).

Não sendo, pois, João, o de Zebedeu, o autor do evangelho (e pensamos que a evidência a favor dessa possibilidade não é pequena), teríamos de ligá-lo com algum discípulo mais próximo a Jesus (como os mencionados em At 1:21ss., por exemplo) e que contava com uma considerável importância dentro das comunidades judeu-cristãs da Palestina.

Em relação à datação do quarto evangelho, não se duvida porque o consenso tem sido quase unânime nas últimas décadas. Geralmente, os críticos conservadores datavam a obra em torno do final do séc. I ou início do séc. II, enquanto os radicais — como Baur — situavam-na por volta de 170 d.C. Um dos argumentos utilizados como justificativa dessa postura era ler em Jo 5:43 uma referência à rebelião de Bar Kojba. O fator determinante para refutar essa datação tão tardia foi o descobrimento, no Egito, do p 52, pertencente à última década do século I ou à primeira do século II, onde está escrito um fragmento de João. Isso situa a data da relação, no máximo, em torno de 90-100 d.C. Contudo, existem, em juízo de vários estudiosos, razões consideráveis para datar o evangelho em um período anterior. No ponto de partida dessa revisão da data, devem estar os estudos de C. H. Dodd sobre este evangelho. Este autor seguiu a corrente que data a obra entre 90 e 100, atribuindo-a a um autor estabelecido em Éfeso; reconheceu, sem dúvida, que o contexto do evangelho se refere a condições “presentes na Judéia antes do ano 70 d.C., e não mais tarde nem em outro lugar”. De fato, a obra é descrita como “dificilmente inteligível” fora de um contexto puramente judeu anterior à destruição do Templo e até mesmo à rebelião de 66 d.C.

Apesar dessas conclusões, C. H. Dodd sustentou a opinião em voga, alegando que Jo 4:53 era uma referência à missão pagã e que o testemunho de João recordava a situação em Éfeso em At 18:24-19:7. Ambas as teses são de difícil defesa para sustentar uma data tardia, já que a missão entre os pagãos foi anterior a 66 d.C., e At 18:19 narram acontecimentos também anteriores a 66 d.C.

O certo é que atualmente se reconhece a existência de razões muito sólidas para defender uma datação da redação do evangelho anterior a 70 d.C. São elas:

1. A cristologia muito primitiva (ver Mensagem).

2. O pano de fundo que, como já advertiu Dodd, só se encaixa no mundo judeu-palestino anterior a 70 d.C.

3. A existência de medidas de pressão contra os cristãos antes do ano 70 d.C.: as referências contidas em Lc 4:29; At 7:58 e 13:50 mostram que não é necessário mencionar Jo 9:34ss.; 16,2 para episódios posteriores à destruição do Templo.

4. A ausência de referências aos pagãos.

5. A importância dos saduceus no evangelho.

6. A ausência de referências à destruição do templo.

7. A anterioridade ao ano 70 d.C. dos detalhes topográficos rigorosamente exatos.

2. Estrutura e Mensagem. O propósito do evangelho de João é claramente determinado em 20:31: levar a todos os povos a fé em Jesus como messias e Filho de Deus, a fim de que, por essa fé, obtenham a vida. O evangelho está dividido em duas partes principais, precedidas por um prólogo (1,1-18) e seguidas por um epílogo (c. 21).

A primeira parte (1,19-12,50) ou o “Livro dos Sinais”, segundo C. H. Dodd, apresenta uma seleção dos milagres — sinais ou signos — de Jesus.

A segunda parte (13 1:20-31), também denominada “Livro da Paixão” (Dodd) ou da Glória (Brown), inicia-se com a Última Ceia e narra a paixão, morte e ressurreição de Jesus.

Três são os aspectos especialmente centrais na mensagem de João.

Em primeiro lugar, a revelação de Deus através de seu Filho Jesus (1,18). Evidentemente, a cristologia desse evangelho é muito primitiva e assim Jesus aparece como “profeta e rei” (6,14ss.); “profeta e messias” (7,40-42); “profeta” (4,19; 9,17); “messias” (4,25); “Filho do homem” (5,27) e “Mestre da parte de Deus” (3,2). Sem súvida, do mesmo modo que Q, onde Jesus se refere a si mesmo como a Sabedoria, neste evangelho enfatiza-se que o Filho é, pela filiação, igual a Deus (Jo 5:18) e Deus (1,1; 20,28). De fato, o Logos joanino de Jo 1:1 não é senão a tradução grega do termo aramaico Memrá, uma circunlocução para referir-se a YHVH no Targum.

É o próprio Deus que se aproxima, revela e salva em Jesus, já que este é o “Eu sou” que apareceu a Moisés (Ex 3:14; Jo 8:24; 8,48-58). Isso se evidencia, por exemplo, nas prerrogativas do Filho em julgar (5,22,27,30; 8,16.26; 9,39; 12,47-48), ressuscitar os mortos (5,21,25-26.28-29; 6,27; 35,39-40,50-51.54-58; 10,28; 11,25-26) e trabalhar no sábado (5,9-18; 7,21-23).

O segundo aspecto essencial da mensagem joanina é que em Jesus não somente vemos Deus revelado, mas também encontramos a salvação. Todo aquele que crê em Jesus alcança a vida eterna (3,16), tem a salvação e passa da morte à vida (5,24). E a fé é uma condição tão essencial que os sinais pretendem, fundamentalmente, levar as pessoas a uma fé que as salve. De fato, crer em Jesus é a única “obra” que se espera que o ser humano realize para obter a salvação (Jo 6:29). Aceitar ou não Jesus como Filho de Deus, como “Eu sou”, como messias, tem efeitos contudentes e imediatos. A resposta positiva — uma experiência que Jesus denomina “novo nascimento” (3,1ss.) — conduz à vida eterna (3,15) e a ser convertido em filho de Deus (1,12); a negativa leva à condenação (3,19) e ao castigo divino (3,36).

Partindo-se dessas posturas existenciais, dessa separação entre incrédulos e fiéis, pode-se entender o terceiro aspecto essencial da mensagem joanina: a criação de uma nova comunidade espiritual em torno de Jesus e sob a direção do Espírito Santo, o Consolador. Só se pode chegar a Deus por um caminho, o único: Jesus (14,6). Só se pode dar frutos unido à videira verdadeira: Jesus (Jo 15:1ss.). Todos os que assim se unem a Jesus serão perseguidos por um mundo hostil (15,18ss.), todavia serão também objeto da ação do Espírito Santo (16,5ss.), viverão em uma alegria que humanamente não se pode entender (16,17ss.) e vencerão o mundo como Jesus (16,25ss.). Neles também se manifestará um amor semelhante ao de Jesus (Jo 13:34-35), o Filho que voltará, no final dos tempos, para recolher os seus e levá-los à casa de seu Pai (Jo 14:1ss.). É lógico que essa cosmovisão se expresse nesse conjunto de oposições que não são exclusivas de João, mas que são tão explícitas nesse evangelho: lu-Ztrevas, mundo-discípulos, Cristo-Satanás etc. O ser humano vê-se dividido diante de sua realidade — a de que vive nas trevas — e a possibilidade de obter a vida eterna pela fé em Jesus (5,24). O que aceita a segunda opção não se baseia em especulações nem em uma fé cega, porém em fatos que aconteceram na história e dos quais existiram testemunhas oculares (19,35ss.; 21,24). Ao crer em Jesus, descobre-se nele — que na Ressurreição demonstrou a veracidade de suas pretensões — seu Senhor e seu Deus (Jo 20:28) e obtém-se, já nesta vida, a vida eterna (20,31), integrando-se numa comunidade assistida pelo Espírito Santo e que espera a segunda vinda de seu Salvador (Jo 14:1ss.; 21,22ss.).

C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R. E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols., Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A. T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; R. Bultmann, The Gospel of John, Filadélfia 1971; C. K. Barrett, The Gospel, according to St. John, Filadélfia, 1978; R. Schnackenburg, The Gospel According to St. John, 3 vols., Nova York 1980-1982; f. f. Bruce, The Gospel of John, Grand Rapids 1983; G. R. Beasley-Murray, John, Waco 1987; J. Guillet, Jesucristo em el Evangelio de Juan, Estella 51990; A. Juabert, El Evangelio según san Juan, Estella 121995.

B - João, o Apóstolo

Pescador, filho de Zebedeu, foi um dos primeiros a ser chamado por Jesus e, por este, constituído apóstolo. Junto com seu irmão Tiago e com Pedro, formava o grupo mais íntimo de discípulos e é sempre mencionado no ínicio das listas apostólicas, junto a Tiago, Pedro e André. Com o seu irmão Tiago, recebeu o apelido de Boanerges, o filho do trovão (Mc 3). Desempenhou um papel de enorme transcendência na 1greja judeu-cristã de Jerusalém (At 1:8; Gl 2:9). É possível que, no final de sua vida, tenha desenvolvido um ministério missionário na Ásia Menor.

Tradicionalmente é identificado como João, o Evangelista, autor do quarto evangelho, e como o autor do Apocalipse.

C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R. E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols., Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A.T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...

C - João, o Apóstolo

Tradicionalmente (desde o séc. II), tem-se identificado o autor do Quarto Evangelho com o filho de Zebedeu: João. Embora um bom número de autores modernos recusem essa hipótese, razões têm sido reconsideradas — R. A. T. Robinson, por exemplo — para possibilitar esse ponto de vista. O autor do quarto evangelho conhece mais intimamente o ministério da Galiléia e até nos dá informações sobre ele que não conhecemos através de outros evangelhos. A situação abastada dos filhos de Zebedeu — cujo pai contava com vários assalariados — permite crer que era “conhecido” do Sumo Sacerdote. Além disso, descreve com impressionante rigor a Jerusalém anterior a 70 d.C., o que é lógico em uma pessoa que foi, segundo Paulo, uma das colunas da comunidade judeu-cristã daquela cidade (Gl 2:9). A tudo isso, acrescenta-se o testemunho unânime dos autores cristãos posteriores que atribuem essa autoria a João. Em todo caso, e seja qual for a identidade do quarto evangelista, o certo é que recolhe uma tradição sobre a vida de Jesus muito antiga, fidedigna e independente da sinótica. É bem possível que sua redação seja anterior a 70 d.C., embora alguns autores prefiram situá-la por volta de 90 d.C. O autor do quarto evangelho é o mesmo que o das três epístolas de João, que constam no Novo Testamento, constituindo a primeira um guia interpretativo do evangelho para evitar que este seja lido em clave gnóstica.

C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R. E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols. Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A. T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; R. Bultmann, The Gospel of John, Filadélfia 1971; C. K. Barrett, The Gospel according to St. John, Filadélfia 1978; R. Schnackenburg, El evangelio según san Juan, 3 vols., Barcelona 1980:1982; f. f. Bruce, The Gospel of John, Grand Rapids 1983; G. R. Beasley-Murray, John, Waco 1987; J. Guillet, Jesucristo en el Evangelio de Juan, Estella 51990; A. Juabert, El Evangelio según san Juan, Estella 121995.

D - João, o Teólogo

Conforme alguns estudiosos, é o autor do Apocalipse e cujo túmulo estava em Éfeso. Por ser um personagem distinto de João, o evangelista (seja ou não este o filho de Zebedeu), é possível que tenha emigrado para a Ásia Menor, ao eclodir a revolta de 66-73 d.C. contra Roma. Sua obra é, portanto, anterior a 70 d.C. e constitui uma valiosa fonte para estudo da teologia judeu-cristã da época.

K. Stendhal, The Scrolls...; C. Vidal Manzanares, De Pentecostés...; C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R.E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols., Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A. T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; f. f. Ramos, Evangelio según San Juan, Estella 1989.

Fonte: Dicionário de Jesus e Evangelhos

Lucas

Lucas Talvez diminutivo do nome latino Lucano (Lucanus). Médico de origem pagã que acompanhou Paulo, conforme sugerem as passagens na 1a pessoa do plural do Livro dos Atos (At 16:10-17; 20,5-15; 21,1-18; 27,1-28,16) e as próprias referências paulinas (Cl 4:14; 2Tm 4:11; Fm 24).

Tradicionalmente, atribui-se a ele a redação do terceiro evangelho — que leva o seu nome — e do Livro dos Atos.

A- Evangelho de Lucas

1. Autoria e datação. Esse evangelho forma um díptico com o Livro dos At. Atualmente, existe unanimidade quase total para se aceitar a opinião de que ambas as obras pertencem ao mesmo autor e que, evidentemente, Lucas foi escrito com anterioridade, conforme indicam os primeiros versículos do Livro dos Atos.

Desde os finais do séc. I (I Clemente 13 2:48-4) atribui-se o evangelho — e, logicamente, Atos — a um certo Lucas, que é mencionado já no Novo Testamento (Cl 4:14; Fm 24; 2Tm 4:11). A língua e o estilo do evangelho, em si, não permitem rejeitar ou aceitar essa tradição, de maneira indiscutível. O britânico Hobart tentou demonstrar que no vocabulário do evangelho apareciam traços dos conhecimentos médicos do autor, como se percebe em 4:38; 5,18.31; 7,10; 13 11:22-14 etc. Esses termos, porém, podem ser encontrados em autores de certa formação cultural como Josefo ou Plutarco. Por outro lado, o especial interesse do terceiro evangelho pelos pagãos encaixar-se-ia com a suposta origem pagã do médico Lucas.

Embora, como salientou O. Cullmann, “não temos razão forte para negar que o autor pagãocristão seja o mesmo Lucas, o companheiro de Paulo”, tampouco existem razões para afirmá-lo com dogmatismo.

Quanto à datação, a maioria dos autores sustenta hoje uma data pouco anterior à da redação dos Atos, a qual se costuma fixar entre 80 e 90 d.C. Evidentemente, a datação que atribuímos a Atos repercutirá na que atribuímos a Lucas. Em relação àquele, N. Perrin aponta o ano de 85, com uma margem de cinco anos anteriores ou posteriores; E. Lohse indica 90 d.C.; P. Vielhauer, uma data próxima a 90 e O. Cullmann defende uma entre 80 e 90. O “terminus ad quem” da data de redação da obra é fácil de ser fixado porque o primeiro testemunho externo que temos dela encontra-se na Epistula Apostolorum, datada da primeira metade do séc II. Quanto ao “terminus ad quo”, tem sido objeto de maior controvérsia. Para alguns autores, seria 95 d.C., baseando-se na idéia de que At 5:36ss. depende de Josefo (Ant XX, 97ss.). Mas essa dependência destacada por E. Schürer é muito discutida e, hoje em dia, geralmente abandonada. Tampouco são de maior utilidade as teorias que partem da não-utilização das cartas de Paulo, ainda mais se levarmos em conta que é comum essas formulações chegarem a conclusões diametralmente opostas. A opinião de que não existia uma coleção das cartas de Paulo (mediante o que o livro teria sido escrito no século I, possivelmente em data muito tardia) opõe-se à de que o autor ignorou conscientemente as cartas, o que dataria a obra entre 115 e 130 d.C. No entanto, a aceitação da segunda tese suporia uma tendência do autor a subestimar as cartas paulinas em favor de um elogio ao apóstolo, o que — conforme destacou P. Vielhauer — é improvável e, contrariamente, torna mais verossímil a primeira tese.

Não devem ser menosprezados os argumentos que apontam a possibilidade de que tanto Lucas como Atos foram escritos antes do ano 70 d.C. Atos termina com a chegada de Paulo a Roma. Não aparecem menções de seu processo nem da perseguição de Nero, nem muito menos de seu martírio. A isso se acrescente o fato de que o poder romano foi tratado com apreço (mas não com adulação) nos Atos, e a atmosfera que se respira na obra não pressagia nenhuma perseguição futura nem mesmo o que se vivera na mesma umas décadas antes. Como afirma B. Reicke, “a única explicação razoável para o abrupto final dos Atos é aceitar que Lucas nada sabia dos acontecimentos posteriores ao ano 62, quando escreveu seus dois livros”.

Em segundo lugar, embora Tiago, o irmão do Senhor, fosse martirizado no ano 62 por seus compatriotas judeus, o fato não está registrado nos Atos. Sabe-se que Lucas dá considerável importância a Tiago (At
15) e que não omite as referências negativas à classe sacerdotal e religiosa judaica, tal como se deduz de relatos como o da morte de Estêvão, a execução do outro Tiago, a perseguição a Pedro ou as dificuldades ocasionadas a Paulo por seus antigos correligionários. O silêncio de Atos quanto ao martírio de Tiago é, pois, algo que só pode ser explicado, de maneira lógica, se aceitarmos que Lucas escreveu antes de acontecer o mencionado fato, isto é, antes de 62 d.C.

Em terceiro lugar, os Atos não mencionam absolutamente a destruição de Jerusalém e do Segundo Templo. Esse acontecimento serviu para confirmar boa parte das opiniões sustentadas pela Igreja primitiva e, efetivamente, foi empregado repetidas vezes por autores cristãos em suas controvérsias com judeus. Exatamente por isso, é muito difícil admitir que Lucas omitira o fato, ainda mais se levamos em conta que Lucas costumava mencionar o cumprimento das profecias cristãs (At 11:28). Portanto, se Atos foi escrito antes de 62 d.C. e os argumentos em favor dessa tese são bastante consideráveis, ainda mais antiga deve ser a data de redação do evangelho de Lucas. A única objeção aparentemente importante para opôr-se a essa opinião é que, supostamente, a descrição da destruição do Templo em Lc 21 deve ter sido escrita posteriormente ao fato, sendo assim um “vaticinium ex eventu”. Essa afirmação é, contudo, escassamente sólida pelas seguintes razões:

1. Os antecedentes judeus veterotestamentários em relação à destruição do Templo (Ez 40:48; Jeremias etc.).

2. A coincidência com prognósticos contemporâneos no judaísmo anterior a 70 d.C. (por exemplo: Jesus, filho de Ananias, em Guerra VI, 300-309).

3. A simplicidade das descrições nos sinóticos, que deveriam ser mais prolixas, se fossem escritas após a destruição de Jerusalém.

4. A origem terminológica das descrições no Antigo Testamento.

5. A acusação formulada contra Jesus em relação à destruição do Templo (Mc 14:55ss.).

6. As referências em Q — escritas antes de 70 d.C. — a uma destruição do Templo. De tudo que se afirmou, dedu-Zse que não há razões de solidez que obriguem a datar Lucas em 70 d.C. e que, o mais possível, é ele ter escrito antes de 62 d.C. De fato, já no seu tempo, C. H. Dodd (“The Fall of Jerusalem and the Abomination of Desolation” em Journal of Roman Studies, 37, 1947, pp. 47-54) salientou que o relato dos sinóticos não partia da destruição realizada por Tito, mas da invasão de Nabucodonosor em 586 a.C.; também afirmou que “não existe um só traço da predição que não possa ser documentado diretamente a partir do Antigo Testamento”. Antes, C. C. Torrey (Documents of the Primitive Church, 1941, pp. 20ss.) indicara também a influência de Zc 14:2 e outras passagens do relato lucano sobre a futura destruição do Templo. Igualmente, N. Geldenhuys (The Gospel of Luke, Londres 1977, pp. 531ss.) destacou a possibilidade de Lucas utilizar uma versão anteriormente escrita do Apocalipse sinótico, que recebeu especial atualidade com a intenção — no ano 40 d.C. — de se colocar uma estátua imperial no Templo e da qual haveria ecos em 2Ts 2.

Concluindo, podemos destacar que, embora a maioria coloque a datação de Lucas e Atos entre 80 e 90, existem argumentos fundamentalmente históricos que obrigam a questionar esse ponto de vista e a formular seriamente a possibilidade de a obra ter sido escrita em um período anterior ao ano 62, quando aconteceu a morte de Tiago, autêntico “terminus ad quem” da obra. Semelhante é o ponto de vista defendido nos últimos anos por bom número de autores tanto em relação ao evangelho de Lucas (alguns, como D. Flusser ou R. L. Lindsay, consideram até que foi o primeiro a ser redigido) como também ao conjunto dos sinóticos.

2. Estrutura e mensagem. O evangelho de Lucas pode ser dividido em cinco partes específicas:

1. A introdução e os relatos da concepção e nascimento de João Batista e de Jesus (1,1-2,52);

2. A missão de João Batista e a preparação para o ministério de Jesus (3,1-4,13);

3. O ministério galileu de Jesus (4,14-9,50);

4. A viagem a Jerusalém e o ministério na Peréia (9,51-19,44);

5. A entrada em Jerusalém e a paixão, morte e ressurreição de Jesus (19,45-24,53). Cristologicamente, Lucas identifica Jesus com o messias — Servo de YHVH de Isaías 42:53 (Lc 9:20ss.), o redentor de Israel (24,21), o Filho do homem (5,24; 22,69), o Senhor (20,41-44; 21,27; 22,69) — um dos títulos mais usados por este evangelho em relação com Jesus: aquele que salva (2,11; 1,70-75; 2,30-32); o Filho de Davi (1,27.32.69; 2,4.11; 18,38-39); o Rei (18,38); o Mestre (7,40; 8,49; 9,38; 10,25; 11,45; 12,13 18:18-19,39; 20,21.28.39; 21,7; 22,11) e, de maneira muito especial, o Filho de Deus (1,35; 2,49; 3,21; 3,38; 4,3.9.41; 9,35; 10,21-22) que se relaciona com o Pai, de uma forma que não admite paralelo com ninguém mais, o que implica sua divindade. Nesse sentido, são de especial interesse a identificação entre Jesus e a Hipóstase divina da Sabedoria (7,35; 11,49-51) assim como a aplicação a Jesus de passagens que originalmente se referem a YHVH no Antigo Testamento (Is 40:3 com Lc 3:3-4).

É precisamente Jesus — que se apresenta com essas prerrogativas — que traz o Reino (4,18.43; 7,22; 8,1; 9,6; 10,11), determinando assim um marco sem comparação na história da humanidade. Com seu ministério, deu início a um novo tempo (17,20-21), em que as forças demoníacas serão derrotadas um dia (10,18-20) e em que se questiona radicalmente a religiosidade sem misericórdia (11,43-46); o monopólio de Deus por uma classe religiosa (11,52); a obediência a normas externas sem pureza de coração (11,37-39a); a negligência do essencial na Lei de Deus (11,42) e a perseguição dos que se opõem a essa forma de vida (11,43-54).

O mundo não se divide em bons e maus como queria crer o fariseu da parábola (18,9-14). Pelo contrário, todos os seres humanos estão perdidos e necessitam do perdão gratuito do Pai para salvar-se e da ação salvadora de Jesus, que vem buscá-los (5,31-32; parábolas do capítulo 15). Para poder receber essa salvação, basta reconhecer humildemente a situação de extravio espiritual (18,9-14) e converter-se (13,1ss.). O fundamento para esse novo pacto entre Deus e a humanidade, para essa Nova Aliança, não é outra senão a morte expiatória de Jesus na cruz (24,25-27; 22,19-20). A transcendência de ambas as situações — a perdição do ser humano e a iniciativa redentora de Deus — explica a importância de tomar uma decisão e de tomá-la já (14,15ss.), porque aqueles que não optarem por ouvir a mensagem só podem esperar a condenação eterna (10,15; 12,5). Nada pode ser apresentado como desculpa para evitar a conversão, porque sem ela todos perecerão (13,1ss.). O próprio povo de Israel — impenitente em sua maioria — teria de reconhecer a causa de sua recusa em escutar Jesus e os profetas (11,49-51), a destruição do Templo (13 34:35) e da cidade santa (21,1ss.).

A perspectiva para os que decidem converter-se em seguidores de Jesus é bem diferente. A partir desse momento, sua vida é movida pela presença do Espírito Santo (11,13 12:11-12), sob os cuidados da Providência Divina (12,22ss.) e no amor ao próximo (10,25ss.; 6,27). Com essa atitude, demonstram que já se iniciou o período da história que se encerrará com o retorno de Jesus (21,34ss.), com o juízo de Israel (22,28-30), com o prêmio dos discípulos (6,23; 10,20; 12,33) e com o castigo dos incrédulos (10,13 15:12-4-6; 17,22ss.). Essa é, na totalidade, a mensagem que Jesus pregou. Não se trata de uma especulação filosófica ou de um relato simbólico, mas de uma verdade histórica que pode ser provada por testemunhas que ainda viviam quando se redigiu o evangelho que Lucas enviou a Teófilo (1,1-4) e, por ele, às gerações vindouras.

f. Bovon, Das Evangelium nach Lukas, Zurique 1989; f. Danker, Jesus and the New Age, Filadélfia 1988; E. E. Ellis, The Gospel of Luke, Grand Rapids 1974; C. f. Evans, Saint Luke, Filadélfia 1990; I. H. Marshall, Commentary on Luke, Grand Rapids 1978; R. L. Lindsay, A Hebrew Translation of the Gospel of Mark, Jerusalém 1969; Idem, A New Approach to the Synoptic Gospels, Jerusalém 1971; H. Schürmann, Das Lukasevangelium, Friburgo 1969; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; J. Wenham, Redating Matthew, Mark and Luke, Downers Grove 1992; B. H. Young, Jesus and His Jewish Parables, Nova York 1989; J. B. Orchard, “Thessalonians and the Synoptic Gospels” em Bb, 19, 1938, pp. 19-42 (data Mateus entre 40 e 50, pois Mt 23:32-25:46 parece ser conhecido por Paulo); Idem, Why Three Synoptic Gospels, 1975 (data Lucas e Marcos nos inícios dos anos 60 d.C.); B. Reicke, o. c., p. 227 (situa também os três sinóticos antes do ano 60); J. A. T. Robinson, Redating the New Testament, Filadélfia 1976, pp. 86ss.; A. George, El Evangelio según san Lucas, Estella131; m. Laconi, San Lucas y su iglesia, Estella 1987; L. f. García Viana, Evangelio según San Lucas, Estella 1988.

Fonte: Dicionário de Jesus e Evangelhos

Lucas foi o companheiro de Paulo, e segundo a quase unânime crença da antiga igreja, escreveu o evangelho que é designado pelo seu nome, e também os At. Ele é mencionado somente três vezes pelo seu nome no N.T. (Cl 4:14 – 2 Tm 4.11 – Fm 24). Pouco se sabe a respeito da sua vida. Têm alguns julgado que ele foi do número dos setenta discípulos, mandados por Jesus a evangelizar (Lc 10:1) – outros pensam que foi um daqueles gregos que desejavam vê-lo (Jo 12:20) – e também considerando que Lucas é uma abreviação de Lucanos, já têm querido identificá-lo com Lúcio de Cirene (At 13:1). Dois dos Pais da igreja dizem que era sírio, natural de Antioquia. Na verdade não parece ter sido de nascimento judaico (Cl 4:11). Era médico (Cl 4:14). Ele não foi testemunha ocular dos acontecimentos que narra no Evangelho (Lc 1:2), embora isso não exclua a possibilidade de ter estado com os que seguiam a Jesus Cristo. Todavia, muito se pode inferir do emprego do pronome da primeira pessoa na linguagem dos Atos. Parece que Lucas se ajuntou a Paulo em Trôade (At 16:10), e foi com ele até à Macedônia – depois viajou com o mesmo Apóstolo até Filipos, onde tinha relações, ficando provavelmente ali por certo tempo (At 17:1). Uns sete anos mais tarde, quando Paulo, dirigindo-se a Jerusalém, visitou Filipos, Lucas juntou-se novamente com ele (At 20:5). Se Lucas era aquele ‘irmão’, de que se fala em 2 Co 8.18, o intervalo devia ter sido preenchido com o ativo ministério. Lucas acompanhou Paulo a Jerusalém (At 21:18) e com ele fez viagem para Roma (At 21:1). E nesta cidade esteve com o Apóstolo durante a sua primeira prisão (Cl 4:14 – Fm
24) – e achava-se aí também durante o segundo encarceramento, precisamente pouco antes da morte de Paulo (2 Tm 4.11). Uma tradição cristã apresenta como pregando o Evangelho no sul da Europa, encontrando na Grécia a morte de um mártir. (*veja Lucas – o Evangelho segundo.)

Fonte: Dicionário Bíblico

Lucas Médico e companheiro de Paulo (Cl 4:14); (2Tm 4:11); (Fm 24:1). É o autor do EVANGELHO DE LUCAS e de Atos.

Fonte: Dicionário da Bíblia de Almeida

Lucas, que talvez seja um apelido carinhoso para o nome Lúcio, foi um dos líderes da Igreja primitiva e acompanhou Paulo em várias viagens missionárias (note o pronome “nós” em Atos 16:10-17; tos 20:5-21:18; 27:1 a 28:16). Ambos eram amigos, e o apoio de Lucas foi um encorajamento para o apóstolo. Tradicionalmente, Lucas é considerado o “médico amado” (Cl 4:14), e algumas faculdades católicas de medicina o homenageiam nas comemorações do dia de São Lucas.

Existem, entretanto, apenas três referências específicas a Lucas no Novo Testamento. Ao escrever para Filemom, Paulo claramente o mencionou, junto com Marcos, Aristarco e Demas, como “meus cooperadores” (Fm 24). De acordo com II Timóteo, o apóstolo mencionou com uma atitude de apreciação a presença de Lucas, quando disse: “Só Lucas está comigo” (2Tm 4:11). Desde que seu nome é mencionado numa passagem de Colossenses depois de todos os obreiros judeus, geralmente se conclui que era gentio (Cl 4:10-14).

O Prólogo Antimarcionita declarava que Lucas era nativo de Antioquia da Síria, que jamais se casou e morreu em Boeotia (um distrito da Grécia antiga), com 84 anos de idade. Alguns reforçam esta hipótese, ao mencionar suas referências detalhadas sobre Antioquia em Atos 6:5; tos 11:19-27; tos 13:1; tos 14:26; tos 15:22-35. Qualquer que seja o caso, Lucas era um discípulo dedicado e demonstrou grande interesse pela formação e pelo desenvolvimento da Igreja.

Embora pouco se saiba sobre o passado de Lucas, descobre-se muitas coisas sobre seus interesses e preocupações quando se lê os dois livros do NT de sua autoria — o Evangelho de Lucas e o livro de Atos. Os dois juntos constituem cerca de 27% do Novo Testamento. Certamente a perspectiva de Lucas sobre a vida de Cristo e a origem do cristianismo é extremamente importante para a boa compreensão da mensagem do NT. Destacamos nove aspectos dessa perspectiva.

Lucas, o historiador

Deve-se prestar uma atenção especial ao prefácio do evangelho de Lucas (Lc 1:1-4). Ele, ao seguir as convenções dos historiadores gregos de sua época, resume seu método histórico:
(1). reconhece que outras pessoas tentaram estabelecer a origem histórica do cristianismo antes dele;
(2). reconhece o valor do uso das evidências proporcionadas pelas testemunhas oculares originais e pelos ministros da Palavra;
(3). acredita que existia a necessidade de uma “descrição ordenada” das origens do cristianismo, as quais ele podia providenciar;
(4). declara que investigara todas as coisas cuidadosamente desde o princípio;
(5). menciona Teófilo como o destinatário de sua obra (cf. At 1:1); e
(6). apresenta seu material para que seus leitores (Teófilo e outras pessoas interessadas) tivessem “plena certeza” das coisas nas quais foram ensinados.

Em outras palavras, Lucas tencionava apresentar um relato das origens históricas do cristianismo que tivesse um elevado grau de credibilidade (note seu uso do termo grego tekmeria, que significa “provas infalíveis”, em At 1:3). Desta maneira, deu cuidadosa atenção à confiabilidade histórica e é considerado o historiador por excelência do Novo Testamento. Deixou claro que o cristianismo deve ser compreendido contra o pano de fundo tanto da história judaica como romana (Lc 2:1; Lc 3:1-2; At 10:1; At 11:19; At 26:26).

Lucas, o artista literário

Felizmente, a preocupação de Lucas quanto ao método histórico, sadio e preciso não foi satisfeita à custa de um bom estilo literário. Em seu evangelho, fez vívidas descrições de Zacarias, Maria, Isabel, Ana, Herodes Antipas, o centurião romano presente na cena da crucificação e o lamento das mulheres de Jerusalém. Semelhantemente, em Atos, há relatos comoventes de Ananias e Safira, Estêvão, Filipe, o eunuco etíope, Êutico, Lídia, Barnabé, Elimas, Pedro e Paulo. Lucas usou com vantagem seu talento para fazer uma descrição convincente em ambos os livros.

Essa maneira leve de apresentação não estava limitada apenas à narrativa histórica. Era evidente também nas parábolas contadas por Jesus. A maioria das narrativas mais conhecidas chegaram a nós por meio de Lucas: “o rico insensato” (Lc 12:16-21), “a figueira estéril” (13 6:9), “a grande ceia” (14:16-24), “o mordomo infiel” (16:1-9) e “os servos inúteis” (17:1-10). Alguns exemplos encontrados exclusivamente em Lucas são inesquecíveis, como as parábolas do “bom samaritano” e do “filho pródigo” (10:25-37; 15:11-32). Lucas era um poderoso comunicador e seus relatos de acontecimentos arrepiantes, livramentos no meio da noite, intervenções sobrenaturais e memoráveis fugas da prisão tornam a leitura cativante. Usa uma variedade de materiais, como registros históricos, tradições orais, parábolas, pregações de antigos cristãos e lembranças de testemunhas oculares para compartilhar sua mensagem sobre Cristo e o surgimento da comunidade cristã. Fez isto de maneira tão atraente que seu evangelho é considerado por alguns eruditos como “o mais belo livro do mundo”.

Lucas e o uso do louvor e dos cânticos espirituais

Intimamente relacionado com o talento artístico de Lucas está o uso que fazia dos hinos. Em seus escritos, registrou as origens da hinologia na 1greja primitiva. Seu relato da natividade é particularmente rico, pois nos dá a “canção de Maria” (Magnificat, Lc 1:46-55), a “canção de Zacarias” (Benedictus, Lc 1:68-79), a “canção das hostes angelicais” (Gloria in Excelsis, Lc 2:14) e a “canção de Simeão” (Nunc Dimittis, Lc 2:28-32).

O louvor a Deus era claramente importante para Lucas e é um aspecto proeminente tanto no seu evangelho com em Atos (Lc 2:13-30; Lc 18:43; Lc 24:53; At 2:47; At 3:8-9). O “glória a Deus” cantado pelos anjos foi repetido pelos discípulos na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém: “Toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto” (Lc 19:37). Semelhantemente, em Atos, Lucas notou que, depois da cura miraculosa do mendigo coxo, “todos glorificavam a Deus pelo que acontecera” (At 4:21). Um dos exemplos mais notáveis de louvor ocorreu quando Paulo e Silas oravam e cantavam hinos tarde da noite, na prisão em Filipos (At 16:25).

A ênfase de Lucas na alegria

Este tema já fora sugerido nas canções que marcam a história da natividade. O anjo que anunciou o nascimento de João Batista disse que ele seria motivo de “prazer e alegria” para seus pais e muitas pessoas se alegrariam no seu nascimento (Lc 1:14). Da mesma maneira, o anjo que anunciou o nascimento de Jesus disse: “Eu vos trago novas de grande alegria, que o será para todo o povo” (Lc 2:10). O advento de Cristo como Salvador e Senhor foi associado à alegria.

Este tema repete-se por todo o seu evangelho e no livro de Atos (Lc 8:13; Lc 10:17-21; Lc 24:41-52; At 13:52; At 15:3). É impressionante como freqüentemente ele usa o verbo “alegrar-se” (chairo), para descrever a diferença que Jesus fazia na vida de seus seguidores (Lc 6:23; Lc 10:20; Lc 13:17; Lc 15:5-32; Lc 19:6). Lucas acreditava que a fé cristã tencionava trazer não somente o perdão dos pecados, mas também a alegria e o regozijo à vida diária. A condição necessária para alcançar isto era o arrependimento — uma tristeza genuína pelo pecado e uma volta honesta para Deus, em busca do perdão e purificação (Lc 13:3-5; At 2:38; At 3:19; At 17:30). Portanto, não é de surpreender que Lucas citasse as palavras de Jesus na conclusão da parábola da ovelha perdida: “Digo-vos que do mesmo jeito haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lc 15:7; cf. v.10; 10:17-20).

Em Atos, a recepção do Evangelho de Cristo também era acompanhada pela alegria. Isto ficou evidente quando Filipe proclamou a Jesus e teve uma resposta favorável em Samaria: “Havia grande alegria naquela cidade” (At 8:8). Da mesma maneira, o eunuco etíope, depois de sua conversão e seu batismo, “jubiloso, continuou o seu caminho” (At 8:39). Outro exemplo tocante é o carcereiro de Filipos, cuja conversão trouxe uma nova vida: “E na sua crença em Deus alegrou-se com toda a sua casa” (At 16:34). A alegria dessa nova vida em Cristo capacita os crentes a enfrentar as experiências difíceis de maneira vitoriosa. Assim, quando os apóstolos foram severamente repreendidos e receberam ordem para não falar mais no nome de Jesus, “retiraram-se da presença do Sinédrio regozijando-se, porque tinham sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus” (At 5:41). Uma fé ousada e alegre não poderia ser silenciada por meio de ameaças e intimidações.

A ênfase de Lucas na oração

Lucas é chamado de “o evangelista da oração”. Embora todos os evangelhos revelem Jesus como um homem de oração e afirmem a função que ela exerce, Lucas demonstra com maior ênfase a importância da oração na vida de Cristo e na 1greja cristã. Isso fica claro tanto no rico vocabulário empregado para a oração (utiliza pelo menos nove termos diferentes) como pelo grande número de incidentes que envolvem as súplicas registradas em seu evangelho e no livro de Atos.

No evangelho de Lucas, Jesus orou em cada decisão importante e em todo momento decisivo de sua vida. Orou no batismo (Lc 3:21), antes de escolher os discípulos (6:12), em Cesaréia de Filipe (9:18), no monte da Transfiguração (9:28,29), no jardim do Getsêmani (22:39-46) e na cruz (23:34,46). Lucas apresenta o ensino de Jesus sobre oração na “Oração-Modelo” (Lc 11:1-4; cf. Mt 6:9-13) e também inclui várias parábolas sobre o assunto (Lc 11:5-8; Lc 18:1-14). Jesus foi transfigurado, enquanto orava (Lc 9:29), e Lucas ensinou aos discípulos cristãos que a oração faria uma grande diferença também em suas vidas. Esta dimensão fica clara em seu relato sobre o jardim Getsêmani, onde menciona a admoestação de Jesus aos discípulos para que orassem; a oração é colocada como o meio divinamente estabelecido para escapar de “cair em tentação” (Lc 22:40-46).

Lucas mantém seu interesse pela oração, no livro de Atos, onde encontramos muitos elementos da súplica, inclusive adoração (27:35; 28:15), confissão de pecado (19:18), petição (9:11,13 16:10-31; 22:
10) e intercessão (7:60; 12:5; 27:23-25; 28:8).

De fato, Atos contém cerca de 25 exemplos específicos de oração. O nascimento da Igreja foi resposta da oração (Lc 24:49; At 1:4-5; At 2:1-13). A escolha de Matias, como substituto de Judas 1scariotes, foi feita depois de intensa oração (At 1:12-26). Os novos crentes “perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações” (2:42; cf. 1:14). Portanto, a oração tinha parte ativa na vida da Igreja (14:23; 20:36; 21:5). Quando surgiram os tempos difíceis, eram enfrentados com oração unida, freqüentemente seguida por demonstrações convincentes do poder de Deus (4:24-31; 6:1-7; 16:25-34). Lucas era enfático em insistir sobre a importância da oração no ministério de Jesus e na comunidade cristã. Em sua visão, Deus usava a súplica fiel de seu povo para estabelecer seu reino na Terra.

O interesse de Lucas pelo Espírito Santo

O Espírito Santo ocupa uma posição proeminente nos escritos de Lucas. Em seu evangelho, Ele tem parte ativa na concepção de Cristo (Lc 1:35), durante todo seu ministério e no período após sua ressurreição, quando prometeu aos discípulos que receberiam o Espírito para executar o serviço com poder (Lc 24:49; At 1:8). Jesus foi revestido com o Espírito (Lc 3:22), testado pelo Espírito (4:1), ungido pelo Espírito (4:14,18) e ensinou aos discípulos sobre sua importância (Lc 11:13; cf. Mt 7:11). Semelhantemente, vários outros personagens no evangelho de Lucas foram recipientes do Espírito Santo, inclusive João Batista (Lc 1:15), Maria (1:35), Isabel (1:41), Zacarias (1:
67) e Simeão (2:25-27). Jesus não somente se alegrou no Espírito, mas também instruiu seus discípulos sobre a ajuda do Espírito em situações de crise (Lc 10:21; Lc 12:12). Embora fosse possível receber perdão por palavras proferidas contra o Filho do homem, “ao que blasfemar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado”(Lc 12:10; cf. Mt 12:31).

Muito mais é dito sobre o Espírito Santo no livro de Atos, onde seu poder é enfatizado (At 2:1-4; At 4:31) e sua personalidade é reconhecida (5:3,9,32; 15:28), bem como sua direção (10:19; 11:12; 13 2:4-16:6-7). Em Atos, uma grande ênfase é dada ao testemunho externo do Espírito Santo. Os sinais e maravilhas operados pelos apóstolos e seus cooperadores eram uma expressão desse testemunho. Pedro e João, no poder do Espírito Santo, curaram o coxo (At 3:1-10; At 4:22; cf. 5:12), e obras maravilhosas foram realizadas por Estêvão (6:8), Filipe (8:6,7,13), Pedro (9:33-42) e Paulo (19:11,12). Outra forma desse testemunho inspirado pelo Espírito era a ousadia da pregação apostólica. O Espírito tomou aqueles que anteriormente foram fracos e sem poder e deu-lhes “ousadia” para falar corajosamente sobre Jesus. Isso foi verdade com relação a Pedro e João (At 2:29;4:9-13), Estêvão (6:10), Filipe (8:30-35), Barnabé e Paulo (13 46:14-3) e os apóstolos em geral (4:33; cf. vv. 29s). Lucas enfatizou a importância do Espírito Santo no seu evangelho e no livro de Atos de uma maneira inquestionável.

A convicção universal de Lucas

Lucas tinha uma forte convicção de que a mensagem do cristianismo não deveria limitar-se apenas a um povo ou a uma região. Isso o levou a enfatizar a natureza universal do Evangelho de Cristo. Ele acreditava que era uma mensagem para as pessoas de todas as raças. Expressou essa convicção em seus dois livros.

No seu evangelho, Lucas teve o cuidado de incluir a vida de Cristo no contexto mais amplo do império (Lc 2:1-3; Lc 3:1-2). Viu a salvação divinamente preparada como algo que Deus providenciara “perante a face de todos os povos”, inclusive os gentios (Lc 2:31-32). Embora outros evangelistas também citassem Isaías, somente Lucas incluiu as palavras: “E toda a humanidade verá a salvação de Deus” (Lc 3:4-6; cf. Is 40:3-5; Mc 1:2-3; Mt 3:3). Outras indicações dessa perspectiva mais ampla incluem o samaritano agradecido (Lc 17:15-16), a condenação da parcialidade e do preconceito (9:50), a posição contrária à discriminação étnica (10:33-37) e o destaque na resposta pessoal, em vez do privilégio nacional (13 28:30). Lucas referiu-se favoravelmente à fé do centurião romano e ao comentário notável de Jesus: “Digo-vos que nem ainda em Israel achei tanta fé” (Lc 7:9; Mt 8:10).

O mesmo interesse universal, por todas as pessoas, é encontrado em Atos. Jesus visualizara um ministério mundial (At 1:8). Quando o Espírito foi derramado no dia de Pentecostes, os convertidos naturalmente levariam a mensagem do cristianismo para seus países de origem (cf. 2:5). O curso dos eventos registrados em Atos indica a expansão gradual do Evangelho às regiões dos gentios. A perseguição que se levantou contra a Igreja após a morte de Estêvão serviu para dispersar os crentes por toda Judéia e Samaria (At 8:1). Filipe levou a mensagem do Evangelho para Samaria (vv. 48); o eunuco a levou para a Etiópia (vv. 26-39).

A conversão de Saulo é contada três vezes em Atos, para enfatizar a importância de seu papel na disseminação do Evangelho. Deus disse ao cético Ananias: “Este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome perante os gentios, os reis e os filhos de Israel” (At 9:15; cf. 22:21; cf. 26:17). O caminho do cristianismo está aberto para todos: “Todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome” (At 10:43; cf. 4:12). Assim, Paulo pôde dizer ao carcereiro filipense: “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16:31). A Igreja espalhou-se rapidamente para Antioquia, Chipre, Ásia Menor, Macedônia, Acaia e Itália, e alcançou desde a capital religiosa dos judeus (Jerusalém) até a capital política dos gentios (Roma). O Evangelho destinava-se a todas as pessoas, e Lucas tinha prazer em apresentá-lo como uma mensagem para todos os povos, independentemente de raça ou língua.

Fonte: Quem é quem na Bíblia?

Nome Latim - Significado: Natural de Lucânia, terra da luz.

Fonte: Dicionário Comum

Marcos

Nome Latim - Significado: Deus da guerra.

Fonte: Dicionário Comum

(Jr 31:21.) Eram, no oriente, sinais feitos com pedras para mostrar o carreiro ao viajante. A mesma palavra se usa (2 Rs 23.17 – Ez 39:5) a propósito de certas pedras que servem para indicar um cadáver ou qualquer osso humano. (*veja Caminho, Jornada.)

Fonte: Dicionário Bíblico

Marcos JOÃO MARCOS

Filho de MARIA 5, e primo de Barnabé (Cl 4:10, RA; RC, sobrinho). Acompanhou Paulo e Barnabé até Antioquia (At 12:25) e, depois, na sua primeira viagem missionária, até Perge (13 5:13'>At 13:5-13). Por causa dele Paulo e Barnabé se separaram (At 15:36-41). Mais tarde, porém, Marcos foi cooperador de Paulo (Cl 4:10; Fm 24; 2Tm 4:11) e trabalhou com Pedro (1Pe 5:13). Segundo a tradição, Marcos fundou a igreja em Alexandria.

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EVANGELHO DE MARCOS

Segundo livro do NT, considerado o mais antigo dos Evangelhos. Marcos (V. MARCOS, JOÃO) destaca principalmente a atividade constante e a autoridade de Jesus. Jesus vai de um lugar para outro, anunciando a vinda do REINO DE DEUS, ensinando multidões, fazendo milagres e curando doentes. Para ajudá-lo, ele escolhe 12 homens, os apóstolos. Estes o acompanham por toda parte, aprendem que por meio do evangelho todas as pessoas podem fazer parte do Reino de Deus. Depois os apóstolos saem para anunciar essa mensagem de salvação e para curar pessoas. Em tudo isso Jesus age com autoridade, que lhe vem de Deus. Ele é o FILHO DO HOMEM, que Deus escolheu e enviou para ser o Salvador (10.45). Portanto, ele tem autoridade para expulsar demônios, curar doentes e perdoar pecados. Este Evangelho começa com o batismo de Jesus (1.9-11) e termina com a sua ressurreição (16.1-8). O trecho final (16.9-20) não faz parte do texto original grego.

Fonte: Dicionário da Bíblia de Almeida

Marcos Também João Marcos. Judeu-cristão, primo de Barnabé e filho de uma mulher em cuja casa se reunia a Igreja hierosolimita. Tradicionalmente, atribui-se a ele a redação do evangelho que leva seu nome. Participou do início da Igreja antioquena e acompanhou Paulo, junto com seu primo Barnabé, em sua primeira viagem missionária. O fato de decidir abandonar seus acompanhantes em Perge levá-lo-ia a uma ruptura temporal com Paulo. Em 1Pe 5:13 aparece como companheiro do apóstolo Paulo, que coincide com informações extrabíblicas (Papias etc.) e o convertem em companheiro e intérprete do apóstolo no mundo romano. Essas circunstâncias enquadram-se também com a visão peculiar do segundo evangelho, expressamente redigido para os romanos, com claras reminiscências de uma testemunha ocular (Pedro?) e dotado de uma estrutura breve e simples, adequado para a obra missionária. Uma tradição tardia liga Marcos com o episcopado de Alexandria, mas, nesse caso, encontramo-nos ante uma notícia muito menos segura do que as já assinaladas.

A - Evangelho de Marcos

1. Autoria e datação. O evangelho de Marcos — que, muito possivelmente, reúne a pregação petrina — é um evangelho dirigido fundamentalmente aos gentios e, quase com toda a segurança, forjado em um meio pagão. Tradicionalmente, tem sido identificado com Roma (o que combinaria com a missão petrina) (Eusébio, HE 2:15; 6,14,16) ou, secundariamente, com Alexandria, em harmonia com uma tradição que situa Marcos nessa cidade (João Crisóstomo, Hom. Mt 1:3).

É bem possível que o autor possa ser identificado com João Marcos. Quanto à sua datação, costuma-se admitir, quase que unicamente, que foi escrito antes do ano 70 d.C. e pouco antes ou pouco depois da perseguição de Nero, embora alguns autores o considerem ainda mais antigo. As mesmas fontes antigas manifestam essa duplicidade de opiniões. Para Eusébio (HE 6:14.5-7), Marcos teria escrito seu evangelho por volta de 64-65. Clemente de Alexandria, ao contrário, fixou-o em uma data cujo termo “a quo” seria o ano de 45. Mais duvidosa é a afirmação de que Marcos é o primeiro escrito entre os quatro que o Novo Testamento contém.

Certamente é o mais breve, mas não é menos verdade que, por exemplo, os mesmos episódios em Marcos e em Mateus apresentem-se mais elaborados no primeiro do que no segundo.

2. Estrutura e mensagem. A estrutura de Marcos é muito simples. Após um breve prólogo (1,1-15), que tem início com a pregação de João Batista, Marcos descreve o ministério galileu de Jesus (1,6-8,26) e, como sua consumação, a paixão, morte e ressurreição de Jesus (8,27-16,8).

Mesmo que Marcos não pretenda fazer teologia, mas narrar uma história, é inegável que em sua obra estão presentes motivos teológicos bem definidos. O primeiro deles é o anúncio do Reino ao qual Marcos faz quinze referências em contraposição às cinqüenta de Mateus e às quarenta de Lucas. Esse Reino já se encontra presente e pode ser recebido quando se tem o coração puro e simples de uma criança (10,14-15 ). Sem dúvida, sua manifestação total será futura (10,23- 25; 14,25; 14,3-20.26-29,30-32), relacionada com o Filho do homem — o próprio Jesus — (8,38; 13 26:32-14,62). Exatamente por isso, os discípulos devem vigiar diligentemente (13 33:37).

Nessa situação dupla de presente e futuro, de “já” e ainda “não”, reside precisamente o mistério do Reino ao qual fazem referências as parábolas (4,3-20; 26-29,30-32). A vitória sobre os demônios (1,21-27), a cura dos enfermos (2,1-12), o relacionamento direto com os pecadores (2,13-17), a alimentação dos famintos (6,34-44) e, evidentemente, o chamado dos Doze são sinais do Reino.

O segundo aspecto central da teologia de Marcos é sua visão de Jesus. Este é o messias — que se vê como Servo de Is 42:1; 53, 1ss.; 61,1ss. — e assim o reconhecem seus discípulos (8,29), confirmado pela experiência da Transfiguração (9,2-9) e entendido através de acontecimentos como a entrada de Jerusalém (11,1-11) nos moldes messiânicos de Zc 9:9. Prudente no uso do título para evitar que este fosse mal interpretado por seus ouvintes, Jesus reconhecerá também sua messianidade durante seu processo (14,61-62) e assim constará no título de sua condenação (15,6-20.26). Jesus é o messias, mas não um guerreiro. Ele é o que veio para servir e dar a sua vida em resgate por todos como Filho do homem (Mc 10:45). Jesus emprega esse segundo título como referência a si mesmo tanto para ressaltar seu poder para perdoar pecados (2,10), como sua autoridade de Senhor do sábado (2,28) e, naturalmente, em relação à sua visão do messias sofredor (8,31; 9,9.12.31; 10,33.45; 14,21.41). Embora este seja o título preferido por Jesus para referir-se a si mesmo, Marcos enfatiza especialmente o de Filho de Deus, com o qual até mesmo inicia seu evangelho (1,1). Assim é reconhecido pelo Pai no batismo, conferindo-lhe um significado messiânico (comp.com Sl 2:7). O título “Filho de Deus” transcende o de simples messianismo. As referências em Mc 1:23-27; 3,11; 5,7; 9,7 supõem uma relação com Deus que supera o simplesmente humano, e isso é o que se deduz da própria afirmação de Jesus contida em 14:62. Atribuiu a si mesmo um lugar à direita de Deus, e a sua função julgadora incorre no que seus juízes consideram uma evidente blasfêmia (14,63-64). Certamente a relação de Jesus com seu Pai é radicalmente distinta da de qualquer outro ser (1,11; 9,7; 12,6; 13 32:14-36) e transcende a simples humanidade.

Finalmente, e como acontece nos relatos dos outros evangelhos, Marcos também formula ao homem a necessidade de responder à chegada do Reino em Jesus. Na realidade, só existe uma resposta possível: a conversão (1,16), porque o tempo já chegou. Será um tempo marcado pela morte expiatória do Filho do homem (10,45) e a espera da consumação do Reino anunciado na Ceia do Senhor (14,25). Agora já é possível entrar no Reino todo aquele que se aproxime com a fé de uma criança (10,14-15). Para quem crê e é batizado existe salvação, mas a condenação é o destino de quem não o aceita (Mc 16:15-16). Essa decisão — obrigatoriamente presente — não é senão a antecipação, no hoje, da separação que o Filho do homem fará no final dos tempos (13 33:37).

V. Taylor, The Gospel of Mark, Nova York 1966 (há edição em espanhol na Cristiandad, Madri 1980, Evangelio según san Marcos); H. Anderson, The Gospel of Mark, 1981; E. Best, Mark: The Gospel as Story, Filadélfia 1983; L. Hurtado, Mark, Peabody 1983; m. Hengel, Studies in the Gospel of Mark, Minneapolis 1985; D. Lührmann, Das Markusevangelium, Tubinga 1987; R. A. Guelich, Mark 1-8: 26, Waco 1989; J. D. Kingsbury, Conflict in Mark, Minneapolis 1989; J. Delorme, El Evangelio según san Marcos, Estella 131995; P. Grelot, Los Evangelios, Estella5 1993; J. m. Gonzáles-Ruiz, Evangelio según Marcos, Estella 1988; Xabier Pikaza, Para vivir el Evangelio. Lectura de Marcos, Estella 1995.

Fonte: Dicionário de Jesus e Evangelhos

Ministério

Algumas vezes, palavras de significado geral passam a ter um significado mais restrito, como a palavra ministério que significava originalmente o "ofício de alguém, aquilo que uma pessoa devia fazer"; com o tempo, há uma restrição de significado e a palavra ministério, em religião, passa a indicar somente o "ofício de um sacerdote" ou o "lugar dos ministros".

Fonte: Dicionário Etimológico

substantivo masculino Função de ministro.
Tempo durante o qual essa função é exercida.
Conjunto de ministros num governo.
Local onde têm sede os serviços de um ministro: ir ao Ministério da Educação.
Função, cargo que alguém exerce (diz-se principalmente do sacerdócio): atender aos deveres do seu ministério.
Ministério público, magistratura estabelecida junto a cada tribunal e relativa à execução das leis em nome da sociedade.

Fonte: Dicionário Comum

Ministério
1) Desempenho de um serviço (At 7:53, RA).


2) Exercício de um serviço religioso especial, como o dos levitas, sacerdotes, profetas e apóstolos (1Cr 6:32; 24.3; Zc 7:7; At 1:25).


3) Atividade desenvolvida por Jesus até a sua ascensão (Lc 3:23, RA).


4) Cargo ou ofício de MINISTRO 4, (2Co 6:3; 2Tm 4:5).

Fonte: Dicionário da Bíblia de Almeida

O ministério de Jesus não é serviço de crítica, de desengano, de negação. É trabalho incessante e renovador, para a vida mais alta em todos os setores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

M
Referencia:

Fonte: Dicionário da FEB

Quando

quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.

Fonte: Dicionário Comum

advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
Em qual época: quando partiram?
advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.

Fonte: Dicionário Comum

Servir

verbo transitivo direto e intransitivo Prestar serviços; cumprir determinados deveres e funções: servir a pátria; passou a vida a servir.
Ter utilidade; dar auxílio; auxiliar, ajudar: servir um colega; dedicou sua vida à caridade, viveu de servir.
verbo bitransitivo Pôr na mesa: servir a sopa; servir o jantar aos filhos.
verbo transitivo direto Causar uma sensação prazerosa; satisfazer: servir as paixões.
Oferecer algo; dar: servir uísque e salgadinhos.
Prover com o necessário; abastecer: bomba que serve o reservatório.
Vender algo; fornecer: esta casa serve os melhores produtos.
verbo transitivo indireto Ocupar o lugar de; desempenhar as funções de; substituir: servir de pai aos desamparados.
verbo intransitivo Ser útil; convir, importar: em tal momento o saber serve muito.
Ter serventia, utilidade: estas coisas não servem mais para nada.
[Esporte] Lançar a bola no início de um jogo de tênis.
verbo pronominal Fazer uso de; usar: servir-se do compasso.
Tomar uma porção (comida ou bebida): servir-se do bom e do melhor.
Tirar vantagens de; aproveitar-se: servir-se dos ingênuos.
Etimologia (origem da palavra servir). Do latim servire.

Fonte: Dicionário Comum

Servir, no sentido cristão, é esquecer de si mesmo e devotar-se amorosamente ao auxílio do próximo, sem objetivar qualquer recompensa, nem mesmo o simples reconhecimento daqueles a quem se haja beneficiado.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola dos primeiros lugares

Serve e passa, esquecendo o mal e a treva, / Porque o dom de servir / É a força luminosa que te eleva / Às bênçãos do porvir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Servir é criar simpatia, fraternidade e luz.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Fonte: Dicionário da FEB

Servir Os discípulos de Jesus podem servir somente a Deus, já que qualquer outro serviço faria com que deixassem o Senhor (Mt 6:24; Jo 15:20). Quanto a Jesus, sua situação, sem dúvida, não é a desumana do escravo, mas a do amigo (Jo 15:15) e do filho (Jo 8:33-36). Esse relacionamento especial com Deus deve conduzi-los a servir uns aos outros (Mt 20:27; 25,44; Jo 13:1-19), imitando Jesus, o Servo de YHVH (Mc 10:44-45).

Fonte: Dicionário de Jesus e Evangelhos

Somente

advérbio Nada mais que: os produtos são entregues somente aos donos.
Exclusivamente, só: somente o prefeito foi favorável às demissões.
Apenas: falava somente português.
Etimologia (origem da palavra somente). Do latim feminino de solus - sola + mente.

Fonte: Dicionário Comum

somente adv. Unicamente, apenas, só.

Fonte: Dicionário Comum

Rei do Egito (2Rs 17:4).

Fonte: Dicionário da Bíblia de Almeida

Rei egípcio, de descendência etiópica, cujo nome por extenso era Sabaku, pertencendo à vigésima-quinta dinastia. oséias, que desejou livrar-se do jugo da Assíria, procurou para esse fim o auxilio e a aliança de Sô (2 Rs 17.4). A conseqüência desta aliança foi desastrosa, pois oséias foi feito prisioneiro pelos assírios que haviam invadido o reino de israel, tomando Samaria e levando as dez tribos para o cativeiro. Muitos, contudo, pensam que Sô era apenas um vice-rei no Delta. (*veja oséias, israel e Samaria.)

Fonte: Dicionário Bíblico

Oséias, o último monarca do reino do Norte, tentara escapar da opressão dos assírios, ao recusar-se a pagar os pesados tributos exigidos e ao enviar mensageiros para buscar a ajuda de Sô, faraó do Egito (2Rs 17:4). Essa atitude fez com que Salmaneser, rei da Assíria, mandasse prender Oséias e ordenasse a invasão de Israel. Não se sabe ao certo quem era exatamente esse faraó egípcio. Alguns eruditos sugerem que se tratava de Shabako, que governou o Egito por volta de 716 a.C., mas isso o colocaria numa época muito posterior à dos eventos narrados, desde que Oséias foi rei no período entre 732 a 722 a.C. Sô também é identificado por alguns estudiosos com Osorcom IV, de Tanis (nome da cidade mencionada na Bíblia como Zoã). Essa sugestão é apoiada pela mensagem de Isaías contra o Egito, na qual o profeta destacou que aquela nação não servia para nada e mencionou especificamente “os príncipes de Zoã” (Is 19:11-15). Outras sugestões ainda são apresentadas. P.D.G.

Fonte: Quem é quem na Bíblia?

substantivo masculino Senhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco.
Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada.
Não confundir com: .
Etimologia (origem da palavra ). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.

Fonte: Dicionário Comum

substantivo masculino Senhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco.
Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada.
Não confundir com: .
Etimologia (origem da palavra ). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.

Fonte: Dicionário Comum

Toma

toma | s. f. | interj.
3ª pess. sing. pres. ind. de tomar
2ª pess. sing. imp. de tomar

to·ma |ó| |ó|
(derivação regressiva de tomar)
nome feminino

1. A acção de tomar; tomada.

2. A palavra que anuncia o acto de dar.

3. [Informal] Porção que se toma de uma vez.

interjeição

4. [Informal] Indica satisfação, geralmente em relação a uma derrota ou a um revés de alguém (ex.: toma, foi bem feito o que lhe aconteceu).


to·mar -
(origem duvidosa)
verbo intransitivo

1. Dirigir-se, encaminhar-se.

verbo transitivo

2. Pegar em.

3. Segurar, agarrar.

4. Conquistar.

5. Confiscar.

6. Comprar, ficar com.

7. Tirar, arrematar, roubar.

8. Lançar a mão de, servir-se de, utilizar.

9. Acometer, invadir, assaltar.

10. Adoptar.

11. Ocupar.

12. Atingir, alcançar.

13. Fazer perder.

14. Atacar.

15. Observar.

16. Surpreender.

17. Aceitar.

18. Comer, beber.

19. Usar, gastar.

20. Aspirar.

21. Alugar.

22. Entrar em.

23. Contrair.

24. Ter em conta de.

25. Receber.

26. Prover-se de.

27. Assumir, dar mostras de, apresentar em si.

28. Encarregar-se de.

29. Escolher, preferir.

30. Interpretar.

31. Considerar.

32. Atalhar, tolher.

33. Ser assaltado por.

verbo pronominal

34. Agastar-se, ofender-se.

35. Ser assaltado, ser invadido.

36. Deixar-se dominar ou persuadir.

verbo intransitivo e pronominal

37. [Regionalismo] Ingerir bebida alcoólica em excesso (ex.: o sujeito não parece bem, eu acho que ele tomou; tomar-se de rum). = EMBEBEDAR-SE, EMBRIAGAR-SE

Fonte: Dicionário Comum

Tomado

tomado adj. 1. Conquistado. 2. Dominado. 3. Agarrado, apreendido. S. .M pl. 1. Refegos nos vestidos das mulheres. 2. Pontos com que se consertam as roupas.

Fonte: Dicionário Comum

Tomã

toma | s. f. | interj.
3ª pess. sing. pres. ind. de tomar
2ª pess. sing. imp. de tomar

to·ma |ó| |ó|
(derivação regressiva de tomar)
nome feminino

1. A acção de tomar; tomada.

2. A palavra que anuncia o acto de dar.

3. [Informal] Porção que se toma de uma vez.

interjeição

4. [Informal] Indica satisfação, geralmente em relação a uma derrota ou a um revés de alguém (ex.: toma, foi bem feito o que lhe aconteceu).


to·mar -
(origem duvidosa)
verbo intransitivo

1. Dirigir-se, encaminhar-se.

verbo transitivo

2. Pegar em.

3. Segurar, agarrar.

4. Conquistar.

5. Confiscar.

6. Comprar, ficar com.

7. Tirar, arrematar, roubar.

8. Lançar a mão de, servir-se de, utilizar.

9. Acometer, invadir, assaltar.

10. Adoptar.

11. Ocupar.

12. Atingir, alcançar.

13. Fazer perder.

14. Atacar.

15. Observar.

16. Surpreender.

17. Aceitar.

18. Comer, beber.

19. Usar, gastar.

20. Aspirar.

21. Alugar.

22. Entrar em.

23. Contrair.

24. Ter em conta de.

25. Receber.

26. Prover-se de.

27. Assumir, dar mostras de, apresentar em si.

28. Encarregar-se de.

29. Escolher, preferir.

30. Interpretar.

31. Considerar.

32. Atalhar, tolher.

33. Ser assaltado por.

verbo pronominal

34. Agastar-se, ofender-se.

35. Ser assaltado, ser invadido.

36. Deixar-se dominar ou persuadir.

verbo intransitivo e pronominal

37. [Regionalismo] Ingerir bebida alcoólica em excesso (ex.: o sujeito não parece bem, eu acho que ele tomou; tomar-se de rum). = EMBEBEDAR-SE, EMBRIAGAR-SE

Fonte: Dicionário Comum

Útil

adjetivo Que tem uso, préstimo ou serventia; que satisfaz uma necessidade: o automóvel é útil.
Diz-se do dia da semana em que se precisa trabalhar: dia útil.
Tempo de duração de alguma coisa: vida útil do aparelho.
Reservado a alguma atividade proveitosa: tempo útil.
Que atinge o resultado esperado; que acarreta vantagens: negócio útil.
[Jurídico] Diz-se do prazo imposto pela lei ou pela justiça.
substantivo masculino O que é proveitoso; aquilo que é necessário ou vantajoso.
Etimologia (origem da palavra útil). Do latim utilis.e.

Fonte: Dicionário Comum

proveitoso, conveniente, vantajoso, profícuo; utilidade, proveito, conveniência, vantagem, proficuidade. – Útil dizemos daquilo que presta para alguma coisa, que tem, na ocasião, nas circunstâncias, ou nas condições em que está, algum préstimo. – Proveitoso é o que oferece ou traz proveito. Entre proveito e utilidade há uma distinção que se deve considerar essencial. Basta ver que há utilidades que não são proveitosas (desde que não se tirem delas os proveitos que se calcula ou deseja); mas não se concebe proveito algum que não seja útil. O que é útil provém da qualidade, ou da simples propriedade boa ou favorável (utilidade) de alguma coisa; o que é proveitoso provém da vantagem, do fruto, do benefício que se tirou (proveito) de alguma coisa. – Proveito encerra, pois, ideia de lucro; utilidade, ideia de serventia. – Conveniente significa “que convém; que combina com o que queremos; que importa não deixar de fazer, porque pode induzir a um bem, ou dar uma vantagem, interesse, etc.” – Conveniência é a qualidade do que é conveniente. Pode, portanto, haver utilidade, e até proveito, que não nos seja conveniente no momento (que não nos convenha na ocasião); mas as nossas conveniências (isto é – as coisas que nos são convenientes) sempre nos são úteis, mesmo que, afinal, verifiquemos que não nos trazem real proveito. – Vantajoso propriamente só devíamos dizer daquilo que nos promete ou oferece lucros ou proveitos maiores que os proveitos de uma outra coisa; pois a vantagem consiste na superioridade, na maior conveniência, serventia, importância, etc., da coisa vantajosa. – É profícuo aquilo que não se faz sem vantagem, sem proveito. – Proficuidade é só a qualidade de ser profícuo; isto é, não pode ser tomada (como acontece em relação aos outros substantivos do grupo) pela própria coisa profícua. Tenho, vejo nisto utilidade, ou utilidades, proveitos, conveniências, vantagens (não – vejo, ou tenho proficuidades).

Fonte: Dicionário de Sinônimos