Enciclopédia de Mateus 21:10-10

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 21: 10

Versão Versículo
ARA E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, e perguntavam: Quem é este?
ARC E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este?
TB Ao entrar ele em Jerusalém, agitou-se a cidade inteira, perguntando: Quem é este?
BGB καὶ εἰσελθόντος αὐτοῦ εἰς Ἱεροσόλυμα ἐσείσθη πᾶσα ἡ πόλις λέγουσα· Τίς ἐστιν οὗτος;
HD Ao entrar em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este?
BKJ E entrando ele em Jerusalém, toda a cidade estava agitada, dizendo: Quem é este?
LTT E, havendo Ele entrado para Jerusalém, foi feita tremer toda a cidade, dizendo ela: "Quem é Este Varão?"
BJ2 E, entrando em Jerusalém, a cidade inteira agitou-se e dizia: "Quem é este?"
VULG Et cum intrasset Jerosolymam, commota est universa civitas, dicens : Quis est hic ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 21:10

Rute 1:19 Assim, pois, foram-se ambas, até que chegaram a Belém; e sucedeu que, entrando elas em Belém, toda a cidade se comoveu por causa delas, e diziam: Não é esta Noemi?
I Samuel 16:4 Fez, pois, Samuel o que dissera o Senhor e veio a Belém. Então, os anciãos da cidade saíram ao encontro, tremendo, e disseram: De paz é a tua vinda?
Cântico dos Cânticos 3:6 Quem é esta que sobe do deserto, como colunas de fumaça, perfumada de mirra, de incenso e de toda a sorte de pós aromáticos?
Isaías 63:1 Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas? Este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar.
Mateus 2:3 E o rei Herodes, ouvindo isso, perturbou-se, e toda a Jerusalém, com ele.
Lucas 5:21 E os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?
Lucas 7:49 E os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados?
Lucas 9:9 E disse Herodes: A João mandei eu degolar; quem é, pois, este de quem ouço dizer tais coisas? E procurava vê-lo.
Lucas 20:2 e falaram-lhe, dizendo: Dize-nos: com que autoridade fazes essas coisas? Ou quem é que te deu esta autoridade?
João 2:18 Responderam, pois, os judeus e disseram-lhe: Que sinal nos mostras para fazeres isso?
João 12:16 Os seus discípulos, porém, não entenderam isso no princípio; mas, quando Jesus foi glorificado, então, se lembraram de que isso estava escrito dele e que isso lhe fizeram.
Atos 9:5 E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

JERUSALÉM NO TEMPO DO NOVO TESTAMENTO

JERUSALÉM E SEUS ARREDORES
Jerusalém fica no alto da cadeia de montes que forma a espinha dorsal da Judeia, cerca de 750 m acima do Mediterrâneo e 1.150 m acima do mar Morto. É protegida pelo vale do Cedrom a leste e pelo vale de Hinom ao sul e a leste. Para os judeus, a cidade de Jerusalém é o umbigo da terra, situada no meio dos povos, com as nações ao seu redor.! Uma vez que é completamente cercada de montes, quem deseja chegar a Jerusalém tinha de subir? Apesar da cidade ficar próxima de uma rota que, passando pelo centro da Palestina, se estendia de Hebrom, no sul, até Samaria, ao norte, essa via só era usada para o comércio interno. Outra via se estendia de leste a oeste, saindo de Emaús, passando por Jerusalém e chegando até Jericó. Como a parábola do bom samaritano contada por Jesus deixa claro, além de outros perigos, os viajantes corriam o risco de serem assaltados. Os recursos naturais da região ao redor de Jerusalém eram limitados. Havia pedras em abundância, mas nenhum metal, e a argila era de qualidade inferior. Lá e couro eram produzidos graças à criação de ovelhas e gado, mas a maior parte dos cereais de Jerusalém tinha de ser trazida de fora. A cidade possuía apenas uma fonte importante de água, a fonte de Siloé, na parte sul. A água tinha de ser coletada em cisternas ou trazida de lugares mais distantes por aquedutos. Um desses aquedutos, com cerca de 80 km de extensão, foi construído por Pôncio Pilatos, o governador romano da Judeia, que usou recursos do templo, provocando uma revolta popular. Uma vez que a maioria dos produtos agrícolas vinha de fora, o custo de vida em Jerusalém era alto. Animais domésticos e vinho eram mais caros na cidade do que no campo e as frutas custavam seis vezes mais em Jerusalém.

UM CENTRO RELIGIOSO
O elemento principal da cidade de Jerusalém no primeiro século era o templo do Senhor, reconstruído por Herodes, o Grande, de 19 a.C em diante. Somas consideráveis de dinheiro eram injetadas na economia da cidade, especialmente durante as principais festas religiosas, a saber, Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos, quando Jerusalém ficava abarrotada de peregrinos. Além de trazerem ofertas para o templo e manterem o comércio de souvenires, os peregrinos enchiam as hospedarias, dormiam em tendas armadas fora da cidade ou se hospedavam em vilarejos vizinhos. Muitos judeus se mudavam para Jerusalém a fim de ficarem perto do templo e serem sepultados nas imediações da cidade santa Além disso, um imposto de duas dramas para o templo era cobrado anualmente de todos os judeus. Quando as obras do templo finalmente foram concluídas em c. 63 d.C., mais de dezoito mil operários ficaram desempregados.
As autoridades do templo usaram essa mão de obra para pavimentar Jerusalém com pedras brancas. Acredita-se que Jerusalém também tinha cerca de quatrocentas sinagogas, junto às quais funcionavam escolas para o estudo da lei. Uma inscrição de origem incerta sobre um chefe de sinagoga chamado Teódoto foi descoberta em 1913 na extremidade sul da colina de Ofel. Teódoto construiu não apenas uma sinagoga, mas também uma hospedaria para visitantes estrangeiros.

PALÁCIOS
Os governantes hasmoneus haviam construído um palácio chamado de Acra ou cidadela a região a oeste do templo. Mas Herodes, o Grande, construiu um palácio novo na Cidade Alta, na extremidade oeste da cidade, onde hoje fica a Porta de Jafa. Continha salões de banquete grandiosos e vários quartos de hóspedes. O muro externo tinha 14 m de altura, com três torres chamadas Hippicus, Fasael e Mariamne, os nomes, respectivamente, do amigo, do irmão e da (outrora favorita) esposa de Herodes. As torres tinham, respectivamente, 39, 31 e 22 m de altura. Parte da torre de Fasael ainda pode ser vista nos dias de hoje, incorporada na atual "Torre de Davi"

A FORTALEZA ANTÔNIA
Na extremidade noroeste, Herodes construiu uma fortaleza chamada Antônia em homenagem ao general romano Marco Antônio. A fortaleza possuía três torres imensas com 23 m de altura e outra com 30 m de altura. Uma coorte, isto é, uma unidade de infantaria romana com seiscentos homens, guardava o templo e podia intervir rapidamente caso ocorresse algum tumulto (como em At 21:30-32). Os romanos mantinham as vestes do sumo sacerdote nesse local, liberando-as para o uso apenas nos dias de festa. É possível que o pavimento de pedra conhecido como Gabatá, onde Pilatos se assentou para julgar Jesus, fosse o pátio de 2.500 m dessa fortaleza Antônia.

OUTRAS CONSTRUÇÕES EM JERUSALÉM
Na Cidade Baixa, Herodes mandou construiu um teatro e um hipódromo. O tanque de Siloé, onde Jesus curou um cego de nascença, ficava no sopé do monte sobre o qual estava edificada a cidade de Davi. Os Evangelhos também mencionam o tanque de Betesda, um local cercado por cinco colunatas cobertas. Crendo que, de tempos em tempos, um anjo agitava as águas e realizava um milagre, muitos enfermos se reuniam ali à espera da oportunidade de serem curados. Jesus curou um homem paralítico havia 38 anos.° Os dois tanques descobertos no terreno da igreja de Sta. Ana, ao norte da área do templo, parecem ser o local mais plausível. Ao norte do segundo muro e, portanto, fora da cidade antiga, fica a Igreja do Santo Sepulcro, um possível local do túmulo vazio de Jesus.
Herodes Agripa I (41-44 d.C.) começou a construir mais um muro ao norte da cidade, cercando essa área. Com mais de 3 km de extensão e 5,25 m de espessura, o muro foi concluído em 66 d.C.

TÚMULOS
No vale do Cedrom foram preservados vários túmulos datados do período anterior à destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. O assim chamado "Túmulo de Absalão", adornado com colunas jônicas e dóricas, tinha uma cobertura em forma cônica. Um monumento relacionado ao assim chamado "Túmulo de Zacarias" tinha uma torre de pedra quadrada com uma pirâmide no alto. Entre 46 e 55 d.C., a rainha Helena de Adiabene, originária da Assíria (norte do Iraque) e convertida ao judaísmo, erigiu um mausoléu cerca de 600 m ao norte de Jerusalém. Com uma escadaria cerimonial e três torres cônicas, esse túmulo, conhecido hoje como "Túmulo dos Reis", era o mais sofisticado de Jerusalém. Jesus talvez estivesse se referindo a monumentos como esses ao condenar os mestres da lei e fariseus por edificarem sepulcros para os profetas e adornarem os túmulos dos justos. Túmulos mais simples eram escavados na encosta de colinas ao redor da cidade, e muitos destes foram descobertos nos tempos modernos.

FORA DA CIDADE
A leste da cidade ficava o monte das Oliveiras, cujo nome indica que essas árvores eram abundantes na região em comparação com a terra ao redor. Na parte mais baixa defronte a Jerusalém, atravessando o vale do Cedrom, ficava o jardim do Getsêmani, onde Jesus foi preso. Getsêmani significa "prensa de azeite". E possível que azeitonas trazidas da Peréia, do outro lado do rio Jordão, também fossem prensadas nesse local, pois era necessária uma grande quantidade de azeite para manter acesas as lâmpadas do templo. Na encosta leste do monte das Oliveiras ficava a vila de Betânia onde moravam Maria, Marta e Lázaro, e onde Jesus ficou na semana antes de sua morte. De acordo com os Evangelhos, a ascensão de Jesus ao céu ocorreu perto desse local.

A HISTÓRIA POSTERIOR DE JERUSALÉM
Jerusalém foi destruída pelos romanos em 70 d.C. e ficou em ruínas até a revolta de Bar Kochba em 132 d.C. Em 135 d.C., foi destruída novamente durante a repressão dessa revolta e reconstruída como uma cidade romana chamada Aelia Capitolina, da qual os judeus foram banidos. Depois que Constantino publicou seu édito de tolerância ao cristianismo em 313 d.C., os cristãos começaram a realizar peregrinações à cidade para visitar os lugares da paixão, ressurreição e ascensão de Cristo. Helena, mãe de Constantino, iniciou a construção da igreja do Santo Sepulcro em 326 .C. Em 637 d.C., a cidade foi tomada pelos árabes, sendo recuperada pelos cruzados que a controlaram entre 1099 e 1244. Os muros vistos hoje ao redor da Cidade Antiga são obra do sultão turco Suleiman, o Magnífico, em 1542.

Jerusalém no período do Novo Testamento
Jerusalém tornou-se um canteiro de obras durante o começo do século I d.C.. Herodes Agripa I (41-44 d.C.) construiu um terceiro muro no norte da cidade.

 

Referências

Ezequiel 5:5-38.12

Salmos 122:4-125.2

Lucas 10:30

Mateus 17:24

João 19.13

João 9.7

João 5:2-9

Mateus 23:29

Marcos 11:11;

Mateus 21:17:

Lucas 24:50

Jerusalem no período do Novo Testamento
Jerusalem no período do Novo Testamento
Jerusalém nos dias de hoje, vista do monte das Oliveiras O muro de Haram esh-Sharif acompanha o muro do templo de Herodes.
Jerusalém nos dias de hoje, vista do monte das Oliveiras O muro de Haram esh-Sharif acompanha o muro do templo de Herodes.

As condições climáticas de Canaã

CHUVA
No tempo de Moisés e Josué, como nos dias de hoje, a chuva era de suma importância para o clima de Canaã "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente e, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas" (Dt 11:10-11).
Os ventos prevalecentes vindos do mar Mediterrâneo que trazem consigo umidade são forçados a subir quando se deparam com os montes da região oeste e perdem essa umidade na forma de chuva. Passada essa barreira natural, os índices pluviométricos caem drasticamente e, alguns quilômetros depois, a terra se transforma em deserto. Esse fenômeno é exemplificado de forma clara pela comparação entre os índices pluviométricos anuais da cidade moderna de Jerusalém (cerca de 600 mm) com os de Jericó, apenas 20 km de distância (cerca de 160 mm).
O índice pluviométrico anual de Jerusalém é quase o mesmo de Londres, mas em Jerusalém concentra-se em cerca de cinquenta dias de chuva por ano, enquanto em Londres se distribui ao longo de mais ou menos trezentos dias. Em geral, esse índice aumenta em direção ao norte; assim, nos montes ao norte da Galileia a chuva pode chegar a 1.000 mm por ano. Por outro lado, nas regiões sul e leste da Palestina fica abaixo de 300 mm, condições nas quais a agricultura geralmente se torna impraticável.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A terra de Canaã descrita no Antigo Testamento parece mais fértil do que hoje. A pastagem excessiva, especialmente por rebanhos caprinos, provocou a erosão e perda de fertilidade do solo. Sem dúvida, a terra está mais desmatada devido ao uso de madeira para a construção e combustível e à devastação provocada por inúmeras guerras e cercos.' No entanto, não há nenhuma evidência de que os índices pluviométricos atuais apresentem diferenças consideráveis em relação as dos tempos bíblicos. A erosão das encostas dos montes simplesmente aumentou o escoamento de água e, portanto, as tornou menos férteis.

O CALENDÁRIO DE CANAÃ
Normalmente, não ocorrem chuvas entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de outubro. Da segunda quinzena de junho à primeira quinzena de setembro, a vegetação seca sob o calor abafado do verão. A temperatura mais alta registrada na região foi de 51° C no extremo sul do mar Morto. As primeiras chuvas que normalmente começam a metade de outubro, mas podem atrasar até janeiro, amolecem o solo, permitindo o início da aragem. As principais culturas - o trigo e a cevada - eram semeadas nessa época. A chuva continua a cair periodicamente ao longo de todo o inverno, culminando com as chuvas serôdias em abril ou início de maio, que fazem os grãos dos cereais incharem pouco antes da colheita. A cevada era menos valorizada do que o trigo, mas tinha a vantagem de crescer em solos mais pobres e ser colhida mais cedo. A colheita da cevada Coincidia com a festa da Páscoa, no final de março ou em abril e a do trigo com a festa de Pentecoste, sete semanas depois. Uvas, azeitonas, figos e outras frutas eram colhidos no outono. O inverno pode ser frio e úmido, chegando a nevar. Uma quantidade considerável de neve cai sobre Jerusalém mais ou menos a cada quinze anos. A neve é mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Por exemplo, um homem chamado Benaia entrou numa cova e matou um leão "no tempo da neve". Numa ocorrência extraordinária, uma chuva de granizo matou mais cananeus do que os israelitas com suas espadas. A chuva no nono mês (dezembro) causou grande aflição ao povo assentado na praça em Jerusalém.° No mesmo mês, o rei Jeoaquim estava assentado em sua casa de inverno diante de um braseiro aceso.• Era necessário usar o fogo para se aquecer até o início de abril, como se pode ver claramente no relato da negação de Pedro. Um problema associado à estação das chuvas, especialmente na região costeira e junto ao lago da Galileia, era o míldio, que na tradução portuguesa por vezes é chamado de "ferrugem". O termo se refere ao mofo em roupas e casas, um mal que devia ser erradicado, e também a uma doença que afetava as plantações.

SECAS
Em algumas ocasiões, o ciclo de chuvas era interrompido e a terra sofria grandes secas. A mais conhecida ocorreu no tempo de Elias e, sem dúvida, teve efeitos devastadores, como a grave escassez de alimentos.° Esse tipo de ocorrência havia sido predito pelo autor de Deuteronômio. A desobediência ao Senhor traria sua maldição sobre a terra: "Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o Senhor te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído" (Dt 28:23-24).

terra cultivável no vale de Dota
terra cultivável no vale de Dota
chuvas
chuvas
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina

A Agricultura de Canaã

A VEGETAÇÃO NATURAL
A. Palestina apresenta diversos tipos de clima desde o alpino até o tropical e o desértico. Em decorrência disso, possui uma vegetação extremamente variada, sendo que foram registradas 2.780 espécies de plantas. Mais de vinte espécies de árvores são mencionadas na Bíblia, desde as palmeiras da região tropical de Jericó até os cedros e florestas de coníferas do Líbano. Nem todas as árvores podem ser identificadas com precisão botânica; alguns termos talvez abrangessem várias espécies diferentes. Por exemplo, o termo hebraico usado para maçá também pode incluir o damasco.' As alfarrobeiras, de cujos frutos o filho pródigo comeu, são conhecidas apenas na bacia do Mediterrâneo. Nem todas as árvores mencionadas na Bíblia eram encontradas em Canaã. O olíbano (o termo hebraico é traduzido na Bíblia como "incenso") e a mirra do sul da Arábia e o cedro do Líbano são exemplos típicos, mas o sândalo, talvez uma espécie de junípero, também era importado do Líbano." Outras árvores provenientes de terras distantes foram introduzidas em Canaã, como no caso da amoreira - a amoreira-branca é originária da China e a amoreira-preta, do Irá. Nos meses de primavera, os campos ficam cobertos de flores, os "lírios do campo" "aos quais Jesus se referiu no sermão do monte (Mt 6:28).

O REINO ANIMAL
A Palestina abriga 113 espécies de mamíferos, 348 espécies de aves e 68 espécies de peixes. Possui 4.700 espécies de insetos, dos quais cerca de dois mil são besouros e mil são borboletas No Antigo Testamento, chama a atenção a grande variedade de animais, aves e insetos com a qual os habitantes de Canaã tinham contato. Davi matou um leão e um urso, dois animais que, para alívio da população atual, não são mais encontrados na região. Outros animais, como os bugios, eram importados de terras distantes." Um grande número de aves "mundas" não podia ser consumido como alimento. Mas quem, em sã consciência, comeria um abutre? Algumas dessas aves "imundas" talvez fossem migratórias, não tendo Canaã como seu hábitat. Os padres de migração dessas aves talvez não fossem compreendidos, mas certamente eram conhecidos. Alguns insetos voadores eram "limpos" e, portanto, podiam ser consumidos. João Batista parece ter aprendido a apreciar o sabor de "gafanhotos e mel silvestre" (Mic 1.6).

CULTURAS
O trigo e a cevada eram usados para fazer pão. Também se cultivavam lentilhas e feijões. Ervas como a hortelã, o endro e o cominho, das quais os fariseus separavam os dízimos zelosamente, eram usados para temperar alimentos de sabor mais suave. Os espias enviados por Moisés a Canaã voltaram trazendo um cacho de uvas enorme, e também romãs e figos. As uvas eram transformadas em vinho "que alegra o coração do homem" (SI 104,15) e em "bolos de passas" (Os 3:1). Do fruto das oliveiras extraía-se o azeite que, além de ser queimado em lamparinas para iluminar as casas, também era usado para fins alimentícios e medicinais e na unção de reis e sacerdotes. O linho era cultivado para a confecção de roupas. Também havia árvores de amêndoa, pistácia e outras nozes.

A CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Canaã era considerada uma "terra que mana leite e mel" (Ex 3:8) e descrita desse modo cerca de quinze vezes no Antigo Testamento antes dos israelitas entrarem na terra. O leite era proveniente de ovelhas, cabras e também de vacas. Estes animais também forneciam lã, pelos e couro, respectivamente. Sua carne era consumida, mas, no caso da maioria do povo, somente em festas especiais, como a Páscoa, na qual cada família israelita devia sacrificar um cordeiro.! Caso fossem seguidas à risca, as prescrições do sistema sacrifical para toda a comunidade israelita exigiam a oferta anual de mais de duas toneladas de farina, mais de 1.300 l de azeite e vinho, 113 bois, 32 carneiros 1:086 cordeiros e 97 cabritos. O tamanho dos rebanhos e sua necessidade de pastagem adequada limitavam as regiões onde podiam ser criados. O território montanhoso no norte da Galileia era particularmente apropriado. Os touros de Basá, uma região fértil a leste do lago da Galileia, eram conhecidos por sua força. Além de bois e carneiros, o suprimento diário de alimentos para o palácio de Salomão incluía veados, gazelas, corços e aves cevadas.'* Não se sabe ao certo a natureza exata destas últimas; talvez fossem galinhas, conhecidas no Egito desde o século XV a.C.Os camelos, coelhos e porcos eram considerados "imundos" e, portanto, não deviam ser consumidos.

Uma descrição de Canaã
"Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas áquas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, o refúgio dos arganazes. SALMO 104:10-18

ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia

GEOLOGIA DA PALESTINA

GEOLOGIA
Pelas formações rochosas que afloram basicamente na área que fica ao sul do mar Morto, no leste do Sinai, nos muros da Arabá e nos cânions escavados pelos rios da Transjordânia e também a partir de rochas encontradas nos modernos trabalhos de perfuração, é possível reconstruir, em linhas gerais, a história geológica da terra. Esses indícios sugerem a existência de extensa atividade, de enormes proporções e complexidade, demais complicada para permitir um exame completo aqui. Apesar disso, como a narrativa da maneira como Deus preparou essa terra para seu povo está intimamente ligada à criação de montes e vales (Dt 8:7-11.11; SI 65.6; 90.2; cp. Ap 6:14), segue um esboço resumido e simplificado dos processos que, ao que parece, levaram à formação desse cenário.


Toda essa região fica ao longo da borda fragmentada de uma antiga massa de terra sobre a qual repousam, hoje, a Arábia e o nordeste da África. Sucessivas camadas de formações de arenito foram depositadas em cima de uma plataforma de rochas ígneas (vulcânicas), que sofreram transformações - granito, pórfiro, diorito e outras tais. Ao que parece, as áreas no sul e no leste dessa terra foram expostas a essa deposição por períodos mais longos e mais frequentes. Na Transjordânia, as formações de arenito medem uns mil metros, ao passo que, no norte e na Cisjordânia, elas são bem mais finas. Mais tarde, durante aquilo que os geólogos chamam de "grande transgressão cretácea", toda a região foi gradual e repetidamente submersa na água de um oceano, do qual o atual mar Mediterrâneo é apenas resquício. Na verdade, " grande transgressão" foi uma série de transgressões recorrentes, provocadas por lentos movimentos na superfície da terra. Esse evento levou à sedimentação de muitas variedades de formação calcária. Um dos resultados disso, na Cisjordânia, foi a exposição da maior parte das rochas atualmente, incluindo os depósitos cenomaniano, turoniano, senoniano e eoceno.
Como regra geral, depósitos cenomanianos são os mais duros, porque contêm as concentrações mais elevadas de sílica e de cálcio. Por isso, são mais resistentes à erosão (e, desse modo, permanecem nas elevações mais altas), mas se desfazem em solos erosivos de qualidade superior (e.g., terra-roxa). São mais impermeáveis, o que os torna um componente básico de fontes e cisternas e são mais úteis em construções. Ao contrário, os depósitos senonianos são os mais macios e, por isso, sofrem erosão comparativamente rápida. Desfazem-se em solos de constituição química mais pobre e são encontrados em elevacões mais baixas e mais planas. Formações eocenas são mais calcárias e misturadas com camadas escuras e duras de pederneira, às vezes entremeadas com uma camada bem fina de quartzo de sílica quase pura. No entanto, nos lugares onde eles contêm um elevado teor de cálcio, como acontece na Sefelá, calcários eocenos se desintegram e formam solos aluvianos marrons. Em teoria, o aluvião marrom é menos rico do que a terra-roxa, porém favorece uma gama maior de plantações e árvores, é mais fácil de arar, é menos afetado por encharcamento e, assim, tem depósitos mais profundos e com textura mais acentuada.
Em resumo, de formações cenomanianas (e também turonianas) surgem montanhas, às vezes elevadas e escarpadas, atraentes para pedreiros e para pessoas que querem morar em cidades mais seguras. Formações eocenas podem sofrer erosão de modo a formar planícies férteis, tornando-as desejáveis a agricultores e a vinhateiros, e depósitos senonianos se desfazem em vales planos, que os viajantes apreciam. Uma comparação entre os mapas mostra o grande número de estreitas valas senonianas que serviram de estradas no Levante (e.g., do oeste do lago Hula para o mar da Galileia; a subida de Bete-Horom; os desfiladeiros do Jocneão, Megido e Taanaque no monte Carmelo; o fosso que separa a Sefelá da cadeia central; e o valo diagonal de Siquém para Bete-Sea). O último ato do grande drama cretáceo incluiu a criação de um grande lago, denominado Lisan. Ele inundou, no vale do Jordão, uma área cuja altitude é inferior a 198 metros abaixo do nível do mar - a área que vai da extremidade norte do mar da Galileia até um ponto mais ou menos 40 quilômetros ao sul do atual mar Morto. Formado durante um período pluvial em que havia precipitação extremamente pesada e demorada, esse lago salobro foi responsável por depositar até 150 metros de estratos sedimentares encontrados no terreno coberto por ele.
Durante a mesma época, cursos d'água também escavaram, na Transjordânia, desfiladeiros profundos e espetaculares. À medida que as chuvas foram gradualmente diminuindo e a evaporação fez baixar o nível do lago Lisan, pouco a pouco foram sendo expostas nele milhares de camadas de marga, todas elas bem finas e carregadas de sal. Misturados ora com gesso ora com calcita negra, esses estratos finos como papel são hoje em dia a característica predominante do rifte do sul e da parte norte da Arabá. Esse período pluvial também depositou uma grande quantidade de xisto na planície Costeira e criou as dunas de Kurkar, que se alinham com a costa mediterrânea. Depósitos mais recentes incluem camadas de aluvião arenoso (resultante da erosão pela água) e de loesse (da erosão pelo vento), características comuns da planície Costeira nos dias atuais.

A Geologia da Palestina
A Geologia da Palestina

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

CIDADES DO MUNDO BÍBLICO

FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃO
Várias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:


(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.


O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs 5:12) e Tadmor (localizada num oásis luxuriante e fértil no meio do deserto Oriental). Devido à disponibilidade de água doce nesses lugares, aí foram encontrados assentamentos bem anteriores à aurora da história bíblica, e esses dois estão entre alguns dos assentamentos mais antigos ocupados ininterruptamente no mundo bíblico. Outras cidades foram estabelecidas de modo a estarem bem perto de recursos naturais. A localização de Jericó, um dos assentamentos mais velhos da antiga Canaã, é uma excelente ilustração. A Jericó do Antigo Testamento foi construída ao lado de uma fonte excepcionalmente grande, mas também é provável que a cidade tenha sido estabelecida ali porque aquela fonte ficava perto do mar Morto e de seus recursos de betume. O betume era um produto primário de grande valor, com inúmeros usos. Na Antiguidade remota, o mar Morto era uma das poucas fontes conhecidas desse produto, de sorte que o betume dali era recolhido e transportado por todo o Egito e boa parte do Crescente Fértil. Como consequência, uma motivação econômica inicialmente levou à região uma colônia de operários e logo resultou na fundação de uma povoação nas proximidades. De modo análogo, a localização da antiga cidade de Sardes, situada próxima da base do monte Tmolo e junto do ribeiro Pactolo, foi com certeza determinada pela descoberta de ouro naquele lugar, o que criou sua renomada riqueza.
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is 11:10) e um tell de 0,8 quilômetros quadrados que era um dos maiores de Canaã. A localização da cidade foi ditada pela posição e trajeto da Grande Estrada Principal. Durante toda a Antiguidade, Hazor serviu de porta de entrada para a Palestina e pontos mais ao sul, e com frequência textos seculares se referem a ela associando-a ao comércio e ao transporte. Da mesma forma, é muito provável que linhas de comunicação tenham sido o fator determinante na escolha do lugar onde as cidades de Gaza e Rabá/Ama vieram a ser estabelecidas.
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js 11:13; Jr 30:18-49.
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.

A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js 13:4), na planície de Sarom (1Sm 4:1), na Galileia (Js 19:30) e em Gola (1Rs 20:26-30). I Existe Socó ("lugar espinhoso") 45 na Sefelá (1Sm 17:1), em Judá (Is 15:48) e na planície de Sarom (1Rs 4:10). 16 Conforme ilustrado aqui, normalmente a homonímia acontece devido ao fato de os nomes dos lugares serem de sentido genérico: Hazor significa "terreno cercado", Belém significa "celeiro", Migdal significa "torre", Abel significa "campina", Gibeá significa "colina'", Cades significa "santuário cultual", Aim significa "fonte", Mispá significa "torre de vigia", Rimom significa "romã/ romázeira" e Carmelo significa "vinha de Deus". Por isso não é surpresa que, na Bíblia, mais de um lugar seja associado com cada um desses nomes. Saber exatamente quando postular outro caso de homonímia sempre pode ser problemático na criação de um atlas bíblico. Outra dimensão da mesma questão complexa acontece quando um mesmo nome pode ser aplicado alternadamente a uma cidade e a uma província ou território ao redor, como no caso de Samaria (1Rs 16:24, mas 1Rs 13:32), Jezreel (1Rs 18:45-46, mas Js 17:16), Damasco (Gn 14:15, mas Ez 27:18) ou Tiro (1Rs 7:13, mas 2Sm 24:7).
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.


Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is 15:11), embora, na verdade, o local tenha sido designado para a tribo de Da (Is 19:43). Nesse aspecto, a sequência das cidades neste último texto é significativa: Ecrom está situada entre as cidades da Sefelá (Zorá, Estaol, Bete-Semes e Aijalom) e outras situadas nas vizinhanças de Jope, no litoral (Bene-Beraque e Gate-Rimom), o que fortalece a suposição de que se deve procurar Ecrom perto da fronteira ocidental da Sefelá (Js 19:41-42,45). Além do mais, Ecrom era a cidade mais ao norte dentro da área controlada pelos filisteus (Js 13:3) e era fortificada (1Sm 6:17-18). Por fim, Ecrom estava ligada, por uma estrada, diretamente a Bete-Semes e, ao que se presume, separada desta última por uma distância de um dia de viagem ou menos (1Sm 6:12-16). Desse modo, mesmo sem o testemunho posterior de registros neoassírios,149 Ecrom foi procurada na moderna T. Migne, um tell situado onde a planície Filisteia e a Sefelá se encontram, na extremidade do vale de Soreque, no lado oposto a Bete-Semes.
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:


De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.

Principais cidades da Palestina
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Principais cidades da Palestina
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Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
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Principais sítios arqueológicos da Palestina
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Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Últimos dias do ministério de Jesus em Jerusalém (Parte 1)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

33 d.C., 8 de nisã

Betânia

Jesus chega seis dias antes da Páscoa

     

Jo 11:55Jo 12:1

9 de nisã

Betânia

Maria derrama óleo na cabeça e nos pés de Jesus

Mt 26:6-13

Mc 14:3-9

 

Jo 12:2-11

Betânia–Betfagé–Jerusalém

Entra em Jerusalém montado num jumento

Mt 21:1-11, Mt 14:17

Mc 11:1-11

Lc 19:29-44

Jo 12:12-19

10 de nisã

Betânia–Jerusalém

Amaldiçoa figueira; purifica o templo novamente

Mt 21:18-19; Mt 21:12-13

Mc 11:12-17

Lc 19:45-46

 

Jerusalém

Principais sacerdotes e escribas tramam matar Jesus

 

Mc 11:18-19

Lc 19:47-48

 

Jeová fala; Jesus profetiza sua morte; descrença de judeus cumpre profecia de Isaías

     

Jo 12:20-50

11 de nisã

Betânia–Jerusalém

Lição sobre figueira que secou

Mt 21:19-22

Mc 11:20-25

   

Templo em Jerusalém

Sua autoridade é questionada; ilustração dos dois filhos

Mt 21:23-32

Mc 11:27-33

Lc 20:1-8

 

Ilustrações: lavradores assassinos, banquete de casamento

Mt 21:33Mt 22:14

Mc 12:1-12

Lc 20:9-19

 

Responde a perguntas sobre Deus e César, ressurreição, maior mandamento

Mt 22:15-40

Mc 12:13-34

Lc 20:20-40

 

Pergunta se Cristo é filho de Davi

Mt 22:41-46

Mc 12:35-37

Lc 20:41-44

 

Ai dos escribas e fariseus

Mt 23:1-39

Mc 12:38-40

Lc 20:45-47

 

Vê a contribuição da viúva

 

Mc 12:41-44

Lc 21:1-4

 

Monte das Oliveiras

Fala sobre o sinal de sua presença

Mt 24:1-51

Mc 13:1-37

Lc 21:5-38

 

Ilustrações: dez virgens, talentos, ovelhas e cabritos

Mt 25:1-46

     

12 de nisã

Jerusalém

Judeus tramam matá-lo

Mt 26:1-5

Mc 14:1-2

Lc 22:1-2

 

Judas combina a traição

Mt 26:14-16

Mc 14:10-11

Lc 22:3-6

 

13 de nisã (tarde de quinta-feira)

Jerusalém e proximidades

Prepara a última Páscoa

Mt 26:17-19

Mc 14:12-16

Lc 22:7-13

 

14 de nisã

Jerusalém

Celebra a Páscoa com os apóstolos

Mt 26:20-21

Mc 14:17-18

Lc 22:14-18

 

Lava os pés dos apóstolos

     

Jo 13:1-20


A última semana de Jesus na Terra (Parte 1)

8 de nisã (sábado)
PÔR DO SOL (Dias judaicos começam e terminam ao pôr do sol)

Chega a Betânia seis dias antes da Páscoa

João 11:55– jo 12:1

NASCER DO SOLPÔR DO SOL
9 de nisã
PÔR DO SOL

Come com Simão, o leproso

Maria derrama nardo sobre Jesus

Judeus vão ver Jesus e Lázaro

Mateus 26:6-13

Marcos 14:3-9

João 12:2-11

NASCER DO SOL

Entrada triunfal em Jerusalém

Ensina no templo

Mateus 21:1-11, Mateus 14:17

Marcos 11:1-11

Lucas 19:29-44

João 12:12-19

PÔR DO SOL
10 de nisã
PÔR DO SOL

Passa a noite em Betânia

NASCER DO SOL

Vai cedo a Jerusalém

Purifica o templo

Jeová fala desde o céu

Mateus 21:18-19; Mt 21:12-13

Marcos 11:12-19

Lucas 19:45-48

João 12:20-50

PÔR DO SOL
11 de nisã
PÔR DO SOLNASCER DO SOL

Ensina no templo usando ilustrações

Condena os fariseus

Vê contribuição da viúva

No monte das Oliveiras, profetiza a queda de Jerusalém e dá sinal de sua futura presença

Mateus 21:19 Mt 25:46

Marcos 11:20 Mc 13:37

Lucas 20:1 Lc 21:38

PÔR DO SOL

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Wesley Caldeira

mt 21:10
Da Manjedoura A Emaús

Categoria: Livro Espírita
Ref: 11460
Capítulo: 20
Wesley Caldeira
Wesley Caldeira
No domingo, 9 de nisã, Jesus partiu para Jerusalém, distante apenas três quilômetros de Betânia, cerca de uma hora de caminhada.
Antes da Cidade dos Profetas, porém, iam aparecendo figueiras que sombreavam o caminho, formando adiante um pequeno povoado chamado Betfagé — literalmente, “casa dos figos não maduros”, lugar em que os figos não chegavam à etapa do amadurecimento e secavam ainda verdes.
Ao se aproximar de Betfagé, Jesus orientou dois discípulos a entrarem na aldeia e trazerem uma jumenta e um jumentinho. Se alguém questionasse a retirada dos animais, que lhe dissessem que o Senhor precisava deles e logo os mandaria de volta. (MARCOS, 11:3.)
Não há dúvidas de que Jesus preparou uma entrada solene, indicando que vinha cumprir a profecia de ZACARIAS, 9:9 e 10:
Exulta muito, filha de Sião! Grita de alegria, filha de Jerusalém! Eis que o teu rei vem a ti: ele é justo e vitorioso, humilde, montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho da jumenta. Ele eliminará os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém; o arco de guerra será eliminado. Ele anunciará a paz às nações. O seu domínio irá de mar a mar e do rio às extremidades da terra.
Forrado o jumentinho, Jesus o montou, causando comoção nas pessoas que integravam sua caravana, e, quanto mais seguia rumo ao cume do monte, para do outro lado chegar a Jerusalém, crescia o número de pessoas que se incorporavam à manifestação.
Do Monte das Oliveiras, ao sul se via Belém, ao norte se destacavam as montanhas da Samaria. Era chamado monte da perdição, da corrupção ou do escândalo. Nele, Salomão havia levantado altares a deuses pagãos. (2 REIS, 23:13.) No entanto, nele Jesus viveu momentos inesquecíveis, como o discurso sobre a destruição do Templo e a consumação dos tempos, a agonia e também a entrada triunfal.
De acordo com a Bíblia do Peregrino, Mateus e João falam em “grande multidão”, Marcos em “muitos”, enquanto Lucas diz só “multidão”. Muitas pessoas cobriam o caminho com mantos (Mateus), muitos mantos e ramos cortados no campo (Marcos), mantos (Lucas) e ramos de palmeira (João), realizando uma prática costumeira para honrar pessoas ilustres.
O Espírito Emmanuel informou que a chegada de Jesus a Jerusalém foi saudada por grandes manifestações de alegria da parte do povo, que ainda comentava a chamada ressurreição de Lázaro. As janelas foram enfeitadas com “flores para sua passagem triunfal, as crianças espalharam palmas verdes e perfumadas no caminho”. (XAVIER, 2013f, Pt. 1, cap. VIII, p. 105.)
Entre a coroa do Monte das Oliveiras e as portas da magnífica cidade estendida sobre o Monte Sião, abaixo, por todo o vale do Cedron, viam-se centenas de barracas, erguidas para abrigarem os peregrinos, vez que a cidade não comportava entre seus muros o imenso volume de visitantes.
O Templo, símbolo da unidade nacional, única casa de Deus, localizava-se bem em frente ao Monte das Oliveiras. Fachada ampla, 50 metros de altura, mármore claro, escadarias monumentais, suas colunatas separavam os pátios e vestíbulos. Havia tanto ouro em seu interior que causava assombro. O santuário do meio lembrava um monte coberto de neve.
Jerusalém, cidade da paz ou visão da paz, afigurava-se agora bastante mundana, um ambiente de pouca unção, fora e dentro das muralhas. Postos de câmbio para troca de moedas, mercadores de animais para sacrifícios; o cheiro de excrementos humanos e animais misturado ao cheiro de carnes assadas; guardas do Templo, legionários romanos e peregrinos; tudo produzia um quadro febricitante.
A chegada de Jesus levou pessoas a perguntarem:
— “Quem é este?”
Diziam:
— “Este é o profeta Jesus, o de Nazaré da Galileia!” (MATEUS, 21:10 e 11.)
Diante de certas aclamações (uns chamavam-no Filho de Davi, outros rei de Israel), os fariseus se aproximaram e falaram:
— “Mestre, repreende os teus discípulos”.
Jesus respondeu:
— “Eu vos digo, se eles se calarem, as pedras gritarão”. (LUCAS, 19:39 e 40.)
Alguns especialistas consideram a entrada triunfal uma agitação política revolucionária, subversiva, objetivando instigar os compatriotas contra as autoridades públicas. Isso não procede. Jesus não foi um revolucionário político, mas, sim, um pacifista revolucionário. Não era incomum, em tais ocasiões, que os mestres fossem recebidos assim pelos moradores e visitantes de Jerusalém. O jumentinho era visto como montaria real, mas pacífica e humilde. Os relatos evangélicos não insinuam qualquer movimento de libertação militar ou intenção de tomar o poder político, tanto que o fato não foi citado no processo religioso nem no processo civil contra Jesus.
João não conta o que aconteceu a mais naquele domingo.
Marcos narra que Ele entrou “no Templo, em Jerusalém, e, tendo observado tudo, como fosse já tarde, saiu para Betânia com os doze”. (MARCOS, 11:11.)

MATEUS, 21:12, entretanto, relata que no mesmo dia Ele entrou no Templo e, após inspecioná-lo, ao chegar ao pátio dos gentios, pelos quase quinze mil metros quadrados, deparou vendedores de animais para os sacrifícios e cambistas que trocavam outras moedas pelo dinheiro de Tiro, único válido para fazer pagamentos ao Templo, e expulsou todos os que ali vendiam e compravam, derrubando as mesas dos cambistas e suas cadeiras.
— “Minha casa será chamada casa de oração. Vós, porém, fazeis dela um covil de ladrões!” (MATEUS, 21:13.)
Os ritos da Páscoa exigiam enormes quantidades de animais (bois, ovelhas, pombas etc.). As famílias dos sacerdotes eram responsáveis por grande parte da comercialização (tinham monopólio do sal, perfume e pães) e recebiam parte dos lucros dos cambistas.
Luís Alonso Schökel comentou (in BÍBLIA, 2000, p. 97):
O que era o comércio de gado e de moedas no pátio maior do recinto do templo se pode deduzir de testemunhos da época: centenas de milhares de cabeças de gado e de aves, câmbio de moeda de muitos países. Se a operação era necessária, prestava-se a múltiplos abusos tolerados pelas autoridades. Desfigurava o sentido e a função do Templo.
Alguns anos depois, seriam tomadas providências para afastar o comércio de oferendas do recinto do Templo. (DUQUESNE, 2005, p. 204.)
Jesus respeitava o culto e a Lei, visitava o Templo, pagava-lhe o imposto e frequentava as sinagogas, mas subordinando as regras religiosas ao essencial. Ele nunca revelou qualquer preocupação com o Templo, seja quanto a sua administração, seja quanto a sua pureza. A indignação que o impulsionou dizia respeito à corrupção do sentimento religioso, o aviltamento da mensagem religiosa que o plano espiritual, em abundância, derramara sobre Israel, de Abraão a João Batista, bem como à exploração criminosa da rica classe sacerdotal em relação ao povo, vítima de extorsão disfarçada de exigências ritualísticas.

Naquela ocasião, Jesus ainda curou cegos e coxos no Templo, cujas presenças eram proibidas ali pelo segundo livro de SAMUEL, 5:8, como a dizer que, no novo tempo, os templos deveriam transformar-se em abrigos dos desafortunados, lugar de fazer o bem, em vez de palácios estéreis para oferendas inúteis.
Crianças então o saudaram: “Hosana ao Filho de Davi”, o que deixou os principais sacerdotes e escribas agressivos.
Somente depois disso, para Mateus, Ele saiu da cidade, retirando-se para Betânia, onde pernoitou.
LUCAS, 19:44 descreveu que, ao entrar na Cidade Santa, no domingo, Jesus chorou, lamentando o futuro da cidade e de seus habitantes, que seriam cercados por trincheiras e arrasados, não ficando “pedra sobre pedra”.
Ato contínuo, Ele expulsou os vendilhões.
Para MARCOS, 11:12 a 16, só na segunda-feira, depois do episódio da figueira sem fruto nas proximidades de Betfagé, é que houve a expulsão dos comerciantes e cambistas do Templo. O evangelista acrescenta que, além de expulsar os vendilhões, derrubar mesas e cadeiras, Ele não permitiu que ninguém conduzisse qualquer utensílio pelo Templo, conforme mandava a Lei.
JOÃO, 2:13 a 17 situa a passagem da expulsão dos vendilhões no começo do ministério de Jesus, mas sem razão. Tivesse o fato se verificado no início de suas tarefas e Jesus acabaria hostilizado muito precocemente, comprometendo o desenvolvimento de sua missão. Também, a ocorrência da expulsão durante a paixão forma uma cadeia lógica com sua prisão e condenação.
Na segunda-feira, pela manhã, Ele seguiu para Jerusalém, outra vez. Pelo caminho, encontrou a figueira sem frutos. Embora não fosse tempo de figos, Jesus se abeirou da árvore e os procurou, sem êxito. Daí, exclamou em voz alta: “Nunca mais nasça fruto de ti!” Segundo MATEUS, 21:19, no mesmo instante ela secou. Para MARCOS, 11:20, a figueira só foi notada seca no dia seguinte, na terça-feira, quando retornaram novamente a Jerusalém. Mateus adianta o final do episódio, que Marcos deixa em suspenso para o dia seguinte.
O episódio da figueira sem frutos representa uma “parábola encenada”, técnica presente no Antigo Testamento e de que Jesus se utilizou para fixar imprescindível lição para aqueles dias.
Huberto Hohden (2005, p. 139-146) se referiu a essa técnica. Inclusive argumentou que as passagens dos evangelhos sinópticos havidas como instituição da Eucaristia (palavra grega que significa “reconhecimento”) na verdade representam uma “parábola dramatizada”, a “parábola dramatizada do pão e do vinho”:
A explicação que acabamos de dar dos eventos da Santa Ceia em forma de parábola é indubitavelmente exata. Se assim não fosse, se os 12 discípulos de Jesus tivessem sido ordenados sacerdotes e comungado realmente a carne e o sangue de Jesus, seria absolutamente incompreensível, repetimos, o que aconteceu logo depois dessa suposta ordenação sacerdotal e primeira comunhão: traição, suicídio, negação, juramento falso, blasfêmia, fuga covarde dos apóstolos — um caos de paradoxos, um inferno de pecados...
O Espírito Emmanuel esclareceu (XAVIER, 2013c, q. 318):
— A verdadeira eucaristia evangélica não é a do pão e do vinho materiais, como pretende a Igreja de Roma, mas a identificação legítima e total do discípulo com Jesus, de cujo ensino de amor e sabedoria deve haurir a essência profunda, para iluminação dos seus sentimentos e do seu raciocínio, através de todos os caminhos da vida.
Numa pregação de Jesus na sinagoga de Cafarnaum, Ele afirmou (JOÃO, 6:56):
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele”.
Questionado pelos discípulos, Ele explicou (6:63):

“O espírito é que vivifica, a carne para nada serve. As palavras que vos disse são espírito e vida”.
Na Parábola da Figueira, Jesus procura por figos. Os figos são flores, flores inclusas. Simbolizam as qualidades íntimas, morais e espirituais.
Jesus, vendo que a figueira estava cheia de folhas, procura frutos.
Constata muitas exterioridades sem nenhuma interioridade.
Já disseram que a religião do Cristo não é a religião de folhas, mas, sim, de frutos.
A figueira estava submetida ao determinismo da natureza. Não era tempo de figos, por isso não poderia produzir figos. Os seres humanos são dotados de livre-arbítrio, podendo e devendo se esforçar para gerar frutos mesmo em momentos não favoráveis.
Nos dias imediatos, os discípulos viveriam horas penosas, momentos de provas definidoras de rumos. Jesus, ao mesmo tempo, chama-lhes a atenção para a necessidade de frutos, mais do que a aparência da virtude, e os fortalece ensinando que a figueira secou por força da fé:
— “Em verdade vos digo: se tiverdes fé, sem duvidar, fareis não só o que fiz com a figueira, mas até mesmo se disserdes a esta montanha: ‘Ergue-te e lança-te ao mar’, isso acontecerá. E tudo o que pedirdes com fé, em oração, vós o recebereis”. (MATEUS, 21:21 e 22.)
Na segunda-feira, Ele expulsou os vendilhões do Templo, de acordo com MARCOS, 11:15 a 18, e pregou no Templo e debateu com fariseus, segundo MATEUS, 21:12 a 17. À noite, voltou para Betânia.
Na terça-feira, pela manhã, indo novamente para Jerusalém, os apóstolos observam que a figueira secou, conforme relata MARCOS, 11:20. Em Jerusalém, Jesus faz novas pregações, debate com os saduceus e faz o comentário sobre o óbulo da viúva. Ao entardecer, sai do Templo e prediz sua destruição. Na volta para Betânia, para no Monte das Oliveiras, contempla a cidade e pronuncia seu sermão sobre o fim de Jerusalém e o fim dos tempos. (MARCOS, 13.)

Na quarta-feira, Jesus permanece em Betânia.
Para MARCOS, capítulo 14, entre a quarta-feira e a quinta-feira é que se verificou a unção de Maria, com o perfume de nardo.
Quinta-feira, 13 de nisã, 2 de abril, provavelmente à tarde, Ele retorna a Jerusalém. (MARCOS, 14:1).
No poente da sexta-feira se iniciará o Shabat e, com ele, a comemoração da Páscoa, com o banquete do cordeiro.
A ceia daquela quinta-feira não integrava o ritual da Páscoa. Os evangelhos sinópticos confundiram essa ceia com a ceia do cordeiro pascal: MATEUS, 26:17, MARCOS, 14:12 e LUCAS, 17:7 disseram que Jesus fez a última ceia no dia do sacrifício do cordeiro pascal, sexta-feira; no entanto, Ele teria sido julgado e crucificado durante o sábado.
Possivelmente, esse engano originou-se da comemoração da Páscoa em 14 de nisã, pelos primeiros cristãos, que definiram Jesus como o verdadeiro cordeiro pascal.
O Evangelho de João, porém, frisou que Jesus ceou na quinta-feira, sofreu prisão e, pela manhã da sexta-feira, foi levado para o Pretório (fórum), a fim de ser julgado por Pilatos:
“Eles não entraram no Pretório para não se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa” (18:28); “E era a parasceve (sexta-feira) pascal, cerca da hora sexta; e disse (Pilatos) aos judeus: Eis aqui o vosso rei” (19:14); “Então, os judeus, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz [...] rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados” (19:31).
Amélia Rodrigues escreveu que naqueles últimos dias Jesus mais se agigantara, “especialmente a partir do momento em que, montado no jumento, Ele varara a Porta Dourada, entrando na cidade”. Mas as “homenagens com que O receberam muitos que ali aglutinavam pareciam entristecê-LO”. (FRANCO, 1991a, p. 129.)

Em alguns momentos íntimos naquela semana, suas palavras foram tão sublimes que até Judas, não obstante atormentado, não pôde reter o pranto. Em Judas, estavam “duas naturezas em conflito: o homem profundamente infeliz e o espírito necessitado entrechocavam-se naquele instante”. (FRANCO, 1991a, p. 130.)
Renan (2003, p. 359) observou intuitivo:
não há dúvida de que o amor terno que o coração de Jesus dedicava a essa pequena igreja que o rodeava tivesse transbordado naquele momento. Sua alma serena e forte achava-se leve sob o peso das sombrias preocupações que o assediavam. Ele teve uma palavra para cada um de seus amigos. Dois deles, João e Pedro, principalmente, foram alvo de ternas demonstrações de dedicação. João estava deitado no divã, ao lado de Jesus, e sua cabeça repousava sobre o peito do mestre. Ao fim da refeição, o segredo que pesava no coração de Jesus teve que lhe escapar. “Em verdade”, disse ele, “eu vos declaro: um de vós me trairá”. Para os ingênuos, foi um momento de angústia.


Simonetti, Richard

mt 21:10
Setenta Vezes Sete

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Simonetti, Richard
Simonetti, Richard
Mateus, 21:1-11 Marcos, 11:1-11 Lucas, 19:28-44 João, 12:12-
A suposta ressurreição de Lázaro agitava o povo, convencendo a multidão de que|

Jesus era o Messias.


Ele se isolou por algum tempo, provavelmente algumas semanas, em Efraim, pequena localidade, a vinte e cinco quilômetros de Jerusalém.


Retornou na Páscoa.


Aproveitaria o fluxo de peregrinos que compareciam às festividades, para transmitir seus ensinamentos.


Passou por Betânia, onde esteve com amigos e discípulos.


Depois seguiu para a Cidade Santa.


Em Betfagé, lugarejo junto ao Monte das Oliveiras, recomendou a dois discípulos:

—Ide à aldeia que está à vossa frente.


Entrando nela, encontrareis um jumentinho, sobre o qual ninguém montou ainda. Soltai-o e trazei-o a mim. E se alguém vos perguntar: "Por que fazeis isso?", respondereis: "O Senhor precisa dele, mas logo o devolverá Assim foi feito.


Encontrado o animal, deram o recado aos proprietários, que aquiesceram.


Provavelmente já conheciam Jesus e fossem simpatizantes.


Jesus montou o jumentinho e seguiram viagem.


Talvez os próprios discípulos não tenham, em princípio, entendido o significado daquele gesto.


Segundo os costumes judeus, qualquer animal a ser utilizado numa cerimônia solene, de caráter religioso, deveria ser chucro, nunca montado.


Jesus dava aspecto solene à sua entrada na cidade santa, mas de forma muito especial.


Chegava, não como um conquistador, um guerreiro armado, montado num cavalo, mas numa missão de paz, sobre humilde jumento, sem outras armas além do Amor e da Sabedoria.


* * *

Era a derradeira jornada.


Em uma semana, alguns dos acontecimentos mais marcantes do Evangelho se sucederíam.


Culminariam com a crucificação, na sexta-feira, e gloriosa ressurreição no domingo.


Muita gente se aproximava, mesmo porque era grande o fluxo de peregrinos que chegavam para as celebrações.


Ramos eram jogados nas vias de acesso, formando um tapete verde, conforme os costumes da época, para recepção de pessoas ilustres.


E o povo, entusiasmado, acompanhava as proclamações:

—Hosana ao filho de Davi!


—Bendito o que vem em nome do Senhor!


—Hosana no mais alto dos céus!


—Bendito o Reino que vem, do nosso Pai Davi!


—Hosana no mais alto dos céus!


Havia uma empolgação.


Para muitos, a salvação de Israel estava chegando com aquele homem montado num burrico.


Os fariseus, sempre temerosos de represálias romanas, e nada satisfeitos com aquela mobilização popular, reclamaram:

—Mestre, modera teus discípulos.


Jesus respondeu:

—Eu vos asseguro que se eles se calarem, as pedras gritarão.


Não havia como conter o entusiasmo da multidão.


Indignados, esbravejavam os fariseus:

—Nada se consegue.


Todos vão atrás dele.


* * *

Jesus comoveu-se na contemplação de Jerusalém.


Confirmando o que lhe estava reservado, conforme revelara anteriormente, proclamou:

—Ah! Se neste dia também tu conhecesses o que leva à paz! Agora, porém, isso está oculto aos teus olhos.


Pois dias virão sobre ti em que os teus inimigos te cercarão com trincheiras, te rodearão e te apertarão por todos os lados.


E deitarão por terra a ti e a teus fdhos que estão dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste o tempo em que foste visitada.


Lamentavelmente, aqueles vaticínios se confirmaram.


Recusando sua mensagem de mansuétude e paz, o judaísmo dominante acirraria cada vez mais o confronto com Roma, uma causa perdida, diante dos exércitos da invencível senhora do Mundo.


Conforme as previsões de Jesus, Jerusalém seria arrasada quarenta anos depois, pelo general romano Tito, que mais tarde seria imperador.


Não deixaria pedra sobre pedra, destruindo, inclusive, o templo, que nunca mais seria reconstruído.


Os judeus seriam dispersos pelo mundo, desaparecería o Estado judeu que somente seria reinstalado em 1948, quando a ONU criou o Estado de Israel.


Infelizmente, os judeus de hoje conservam o mesmo espírito belicoso de seus ancestrais, em intermináveis disputas com os países vizinhos.


Muitas lágrimas teriam sido evitadas naquela região conturbada, se a mensagem pacificadora do Cristianismo fosse assimilada pelos descendentes de Abraão.


* * *

* *

O cortejo que acompanhava Jesus causava grande agitação na cidade.


Aglomerava-se o povo. Perguntava-se:

—Quem é esse homem?


—E o profeta Jesus, de Nazaré, na Galileia.


O Mestre passou pelo Templo, sempre acompanhado pela multidão.


Maravilhou a todos com seus prodígios, curando enfermos, consolando aflitos, e causando paroxismos de fúria no pessoal do templo.


À noite, retirou-se para Betânia com os discípulos, onde pernoitou.


* * *

Quando analisamos os acontecimentos que se precipitaram, vem a indagação: Se Jesus tinha plena consciência de que estavam tramando sua morte, por que retornou a Jerusalém?


Não seria mais proveitoso que partisse para sua amada Galileia, onde poderia continuar, com segurança e tranquilidade, o abençoado apostolado?


Realmente, o Mestre poderia ter vida longa, longe das maquinações dos senhores do templo.


Mas, se assim fizesse, seu trabalho ficaria incompleto.


O que deu vitalidade ao Cristianismo, e possibilitou ao movimento cristão sobrepor-se às perseguições, foi exatamente o empenho de Jesus em vivenciar seus ensinamentos, dispondo-se, para tanto, ao sacrifício da própria vida.


Sem esse testemunho final, ele teria sido apenas mais um profeta judeu.



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 21:10
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 28
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 7:45-53


45. Voltaram, então, os empregados aos principais sacerdotes e fariseus, e estes lhes perguntaram: "Por que não o trouxestes"?


46. Responderam os empregados: "Nunca homem algum falou como fala esse homem".


47. Retrucaram-lhes os fariseus: "Acaso também fostes enganados?


48. Porventura creu nele alguma das autoridades, ou algum dos fariseus?


49. Mas este povo, que não conhece a lei, é amaldiçoado".


50. Nicodemos, um deles, que antes fora ter com Jesus, perguntou-lhes


51. "Porventura julga nossa lei um homem sem primeiro ouvi-lo e dele saber o que faz"?


52. Eles lhe responderam e disseram: "Acaso tu também és da Galileia? Pesquisa, e vê que da Galileia não se levanta profeta".


53. E cada um foi para sua casa.


JO 8:1


8:1 Mas Jesus foi para o monte das Oliveiras.


Narra-se o que ocorreu nos bastidores do Evangelho. Essa informação só pode ter sido obtida de testemunha que, por pertencer ao grupo, assistiu a cena íntima, passada intra muros. O próprio Nicodemos?


José de Arimateia, que também pertencia ao Sinédrio? Ou aquele "empregado" que era conhecido de João (JO 18:15)?


Os empregados (hypêretás, "servos, adjuntos") voltam de mãos vazias, fazendo um relatório verbal favorável a Jesus. Sobressai do texto a irritação que causou nos sacerdotes "principais" o fracasso da missão que fora confiada a seus empregados de confiança. Evidenciava-se a superioridade da honesta sinceridade dos servos, sobre a covardia dos "grandes" que pretendiam prender o Nazareno, sem imiscuirse pessoalmente no caso, afim de amanhã jurarem inocência, jogando a responsabilidade do ocorrido sobre o povo... Mas os simples são mais capazes de entender, e não possuem malícia: as palavras daquele homem eram sublimes! Ninguém jamais falara como ele! Não era possível prendê-lo...


Não podendo confessar suas intenções excusas, desafogam a irritação com sarcasmo, fazendo crer que se eles, os "chefes", não aceitam, é porque Jesus diz coisas que não servem: eles são a "medida", os" sábios" únicos capazes de julgar... Esse povo - am-ha-harés - é endemoninhado!


E a ironia ferina é vomitada até mesmo contra o companheiro Nicodemos, membro do Grande Conselho (JO 3:2), isto é, do grupo dirigente do Sinédrio e doutor da lei (JO 3:10). Suas palavras foram sensatas e, com ponderação, defendiam as prescrições legais (EX 23:1 e DT 1:11). No entanto, os ânimos exaltados e decepcionados respondem com uma injúria chamando-o de "galileu".


Segue-se ao desprezo uma demonstração de cegueira momentânea, causada pela raiva: "pesquisa (a Escritura) e vê que da Galileia não se levanta profeta", o que é uma inverdade, já que Jonas (2. º Reis,

14:25) era galileu; e o próprio Isaías (Isaías 8:23) estende à Galileia a glória messiânica. E isto sem contar o fato concreto (mas ignorado deles) de que Jesus não nasceu na Galileia, embora seus pais aí residissem; e aí tivesse sido Ele criado.


Nessa desarmonia vibratória, retira-se cada um para sua casa, enquanto Jesus sobe ao Monte das Oliveiras para meditar. Os grandes desníveis evolutivos notam-se até nos pequenos gestos corriqueiros.


O monte das Oliveiras fica perto de Jerusalém, da qual só o separa o Vale do Cedron. Era lugar calmo, solitário e silencioso, arborizado com a planta que simboliza a paz. Sempre que permanecia em Jerusal ém era hábito de Jesus retirar-se para lá à noite (cfr. MT 21:1:24:3:26:30).


O final do capítulo dá-nos conta, apenas, do que se passou "do lado de fora", para ensinar-nos que o procedimento dos homens é o mesmo em todos os tempos, e não devemos desanimar nem preocuparnos.


Não é o discípulo mais que seu Mestre e o que fizeram ao Mestre, farão também a Seus discípulos (cfr. MT 10:24-25).


Os humildes são os primeiros a atingir a compreensão, porque suas mentes estão limpas de vaidade.


Os grandes, dominados e inchados pelo orgulho das posições que ocupam, são como cegos e debaterse nas trevas, mas recusando a luz, mesmo quando a poderiam vislumbrar para recobrar a visão.


Perdem as melhores oportunidades, peados pelo convencimento de conhecer tudo; fecham raivosamente os olhos, trancam-se nos castelos arruinados de sua ignorância presunçosa, e ainda buscam destruir aqueles que lhes querem trazer a luz e aqueles que, deslumbrados pela Beleza, ouvem a doce e amorável voz do Espírito.


Enquanto os pequenos reconhecem por instinto a fala do Mestre e a acatam (cfr. JO 10:3), os autosuficientes só sabem julgar pelas aparências, pelas exterioridades, preocupando-se apenas com filiação, linhagem, riquezas, títulos acadêmicos, sem conseguir penetrar - porque têm a mente obtusa - os arcanos do conhecimento, as ideias imponderáveis, a santidade invisível.


Após a rejeição, voltam à sua materialidade, a "suas casas" de pedra (cfr. vol. 1), pois são pigmeus que não podem olhar o céu acima dos telhados nem expandir-se na amplidão, subindo o Monte da Paz, onde meditam os iluminados pelo Espírito.


mt 21:10
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 31
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 23:37-39


37. "Jerusalém, Jerusalém, a matadora dos profetas e apedrejadora dos que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis ajuntar teus filhos, como uma galinha aconchega seus pintinhos sob suas asas, e não quiseste! 38. Eis que vos é deixada deserta vossa casa.

39. Digo-vos, pois, que desde agora não me vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do senhor".

LC 13:34-35


34. "Jerusalém, Jerusalém, a matadora dos profetas e apedrejadora dos que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis ajuntar teus filhos como uma galinha aconchego seu ninho sob as asas, e não quiseste!

35. Eis que vos é deixada vossa casa. E digo-vos que não me vereis até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor.



O mesmo trecho foi colocado em dois contextos diferentes. Mateus o narra em sequência aos "ais" lançados contra os fariseus. portanto, como tendo sido pronunciado na própria Jerusalém, depois do "domingo de ramos". Lucas o liga ao aviso a respeito das intenções assassinas de Herodes, por conseguinte, como proferido na Peréia. Esta segunda colocação responde muito melhor à crítica interna, além do que, Lucas é mais cuidadoso que Mateus na sequência cronológica.


Outra observação é a forma hebraica, reproduzida nos códices gregos: Ierousalém (ao invés de Ierosólyma, como era dito em grego). Em Mateus esta é a única vez que aparece a forma hebraica, pois nos outros lugares (11 vezes) está a forma grega. Já em Lucas, é mais frequente a forma hebraica que a grega, o que não deixa de ser estranho, sendo Mateus israelita e Lucas grego.


Traduzimos como adjetivos ativos "matadora" e "apedrejadora", os particípios presentes ativos femininos hê apokteínousa e lithobólousa, por falta de correspondência em português dessas formas verbais.


Chamamos a atenção, ainda, para o "lhe" (prós autên) na terceira pessoa, no meio de uma apóstrofe vocativa. Conservamo-lo em português, preferindo pequeno solecismo, a quebrar a beleza do original em sua singela simplicidade, pois a frase nada perde em clareza.


Os hermeneutas vêem no texto uma alusão à perspectiva da morte próxima, mas não aceitam que o final "não me vereis até que digais bendito o que vem em nome do Senhor" (cfr. Salmo 118:26) possa referir-se à "entrada triunfal" em Jerusalém, no domingo antes da paixão. A alegação é que Mateus coloca o episódio depois desse dia (o que não convence, pois sabemos que foi proferida a invectiva antes). Mas há outra razão: o período entre a apóstrofe e a entrada seguinte em Jerusalém (dizem eles)

é muito curto (três meses, no máximo) para justificar uma profecia em forma de ameaça tão solene. A opinião mais generalizada é que o dito se refere a uma vinda triunfal "no final dos tempos". Mas aí teríamos um erro na predição, já que a ida a Jerusalém daí a três meses - e com essa mesma frase cantada pele povo - desmentiria a profecia. Pensamos se refira exatamente a essa "entrada" que estudaremos mais adiante (MT 21:1-11; MC 11:10; LC 19:38).


A imagem da "galinha que aconchega seus pintinhos" (tá nossiá, Mat) ou "seu ninho" (tén nossián, Luc), é bela, delicada, original.


A "casa deserta" parece referir-se às palavras de YHWH a Salomão (1RS 9:7-9), "exterminarei Israel da Terra que lhe dei e expulsarei de minha visão o templo que consagrei a meu nome, e Israel será motejo e riso de todos os povos. E por mais alto que seja este templo, quem quer que passe diante dele assobiará de pasmo e dirá: Por que YHWH fez isto a este templo e a este país? E responderão: Porque abandonaram YHWH, seu elohim, que tirou seus pais do Egito, e ligaram-se a outros elohim, diante deles se prostraram e os adoraram; eis porque YHWH fez vir sobre eles todos esses males". Sabendo, como sabemos, que Jesus é a encarnação de YHWH, compreendemos plenamente tudo o que ocorreu. E a previsão feita refere-se, evidentemente. à destruição de Jerusalém em 70 A. D. e à consequente dispersão dos israelitas por outros países perdendo o domínio da Palestina, só reconquistado recentemente, no final do ciclo, "pois YHWH se compadecerá de Jacob, ainda recolherá Israel e os porá na própria terra deles" (IS 14:1).


A triste frustração dos grandes instrutores e Manifestantes divinos, ao verificar a rebeldia dos homens, é aqui expressa com todo o sentimento de dor. Quantos grandes Iniciados e Adeptos da Fraternidade Branca desçam entre os homens, tantos são sacrificados, perseguidos, assassinados. E isso, não apenas na antiguidade, classificada pelos historiadores atuais como "bárbara", mas, ainda hoje, em plena segunda metade do século XX, por homens e em países que se dizem civilizados no mais alto grau. Por mais que esses Emissários, com delicadeza e amor, tentem "ajuntar os homens", como a galinha faz com seus pintinhos, aconchegando-os sob suas asas, eles se rebelam, não aceitam, vão para uma oposição injusta e incompreensível, e voltam contra Eles sua inferioridade negativa típica do Antissistema. Como evitar que a Lei os venha defender, e sua casa se torne vazia?" Eis que YHWH devasta a Terra e a torna deserta, sua superfície revolta e seu, habitantes dispersos

... A terra será totalmente devastada, inteiramente pilhada... A terra está em desolação, quebrada, o mundo enfraquece e murcha: os chefes transgrediram as leis, violaram as regras, romperam a aliança eterna. Por isso a maldição devora a terra e seus habitantes recebem seu carma; os habitantes da terra são queimados e só pequeno número de homens sobrevive... O pavor, a cova e a rede vão apanhar-te, habitante da terra. Quem correr para escapar ao pavor, cairá na cova; quem sair da cova será pegado na rede, porque as represas do Alto se abrirão e os fundamentos da terra tremerão. A terra é feita em pedaços, a terra estala e se fende, a terra é sacudida, a terra cambaleia como um bêbedo e balança como uma rede de dormir" (IS 24:1, IS 24:3, IS 24:4, IS 24:6, 17,-20).


Nada disso, porém, pode classificar-se como vingança nem "retribuição do mal" por parte desses seres superiores. Trata-se de simples efeito da Lei. Aquele que atira pedras para o Alto, em vertical, as recebe sobre sua cabeça, em virtude da própria lei da gravidade. Assim os povos que sacrificam os avatares, ou mesmo Adeptos e Iniciados, não demoram em receber o choque de retorno, pelo efeito da própria Lei, sem nenhuma interferência dos atingidos que, em muitos casos, pedem ao "Pai que os perdoe, porque não sabem o que fazem" (LC 23. 34). De qualquer forma, porém, isso não evita o resultado da Lei, que é inflexível e age automaticamente como a gravidade, que atrai príncipes e mendigos, santos e criminosos, sem distinção. Assim a LEI que destrói homens, nações e planetas, quando estes jogam suas pedras para o Alto, derrubando, por qualquer meio, os Enviados que vêm salvar o planeta: "A Lei trata igualmente, seja uma nação, seja um homem" (JÓ 34:29).


mt 21:10
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 3
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 21:10-11


10. E entrando ele em Jerusalém, agitou-se toda a cidade, dizendo: "quem é este"?

11. E as turbas diziam: este é o profeta Jesus, o de Nazaré da Galileia.

LC 11:11


11. E foi a Jerusalém, ao templo, e olhando tudo em torno, por já serem as horas avançadas, saiu para Betânia com os doze.

MC 21:14-17


14. E foram a ele cegos e coxos no templo, e curou-os.

15. Vendo os principais sacerdotes e escribas as maravilhas que fez e os meninos que gritavam no templo, dizendo: Hosana ao Filho de David, indignaram-se 16. e disseram-lhe: "ouves o que estes dizem"? Jesus disse-lhes: "sim; nunca lestes que da boca dos pequeninos e bebês conseguirei louvor"?

17. E tendo-os deixado, saiu da cidade para Betânia e aí pernoitou.



Já dentro da cidade, nota-se desusada agitação entre os peregrinos. Muitos já conheciam aquele Rabbi que jamais cursara academias mas que era sábio e falava com autoridade maior que a dos doutores, respondendo a todas as perguntas e embaraçando com suas o sacerdócio organizado, escandalizando o clero, desrespeitando os padres, afrontando as autoridades políticas dos judeus, embora nunca tivesse atacado os romanos dominadores. Muitos dos peregrinos, contudo, nada sabiam dele. Tinham vindo de longe, de outras terras, para a festa da páscoa e não estavam a par do que Se passava na Palestina.


Tudo era novidade ansiosamente perquirida.


Como, porém, o Rabbi da Galileia era o assunto central de todas as conversas, tendo sua cabeça já condenada pelo Sinédrio, vinham aos poucos a saber dos fatos, geralmente ampliados como de hábito.


E quando batiam os olhos naquela figura estranha, mais alta que o comum dos judeus (Jesus media 1,82 m de altura, quando a média dos judeus era entre 1,60 me 1,70 m) perguntavam curiosos "quem era". A informação vinha das turbas, da massa do povo: "é o profeta Jesus, aquele célebre de Nazaré da Galileia" de que tanto se fala.


Entrando no templo onde a afluência dos enfermos (cegos e coxos) era grande - a ocasião era propícia para esmolar, pois os peregrinos sempre gostam de "comprar" a benevolência da Divindade com dádivas a pobres - as curas multiplicavam-se. E, pior de tudo, as crianças, que tinham ouvido na véspera os gritos alegres dos discípulos e do povo, repetiam na balbúrdia própria da infância e na inspiração da inocência: "hosana! Viva o Filho de David"! E isto no templo!


Ora, o clero judeu, como todos os cleros ciosos de suas prerrogativas que julgam divinas, não se conteve

... E como temiam os protestos diretos perante os garotos, que bem podiam voltar-se contra eles em assuadas e zombarias, vão ao responsável, pedindo-lhe que ele mesmo os faça calar.


À pergunta ingênua e tola: "ouves os que eles estão dizendo"? Jesus tranquilo responde; "NAI, isto é, SIM, ouço... E para fazer calar os sacerdotes - não as crianças - joga-lhes em cima a frase do Salmo (8:2). Nada mais tinham que fazer ali: perplexos, mordiam-se os lábios de raiva...


E Jesus, simples e majestoso, sem apressar o passo, dá-lhes as costas e sai, juntamente com Seus discípulos, indo pernoitar em casa de Seus amigos queridos em Betânia.


Observemos que Jesus entra na cidade, dirige-se ao templo e espalha benefícios por onde passa, arrostando o perigo de alma forte. Não provoca ninguém. Mas também não abaixa a cabeça diante dos poderosos que O querem dominar. Humilde e bom diante dos pequenos, dos fracos, dos enfermos, revela-se altivo e com respostas prontas, muitas vezes mordazes e que tonteiam, quando defrontado pelos que se julgam autoridades e estão cheios de empáfia: "Deus resiste aos soberbos, mas é benevolente com os humildes" (1PE 5:5 e Tiago, 4:6) e ainda: "depõe os poderosos de seu trono e exalta os humildes" (LC 1:52).


O exemplo tem que valer para todos os que Lhe seguem os passos. Humildade não é sinônimo de covardia.


Ao contrário: é saber servir a quem merece, mas também saber "dar o troco na mesma moeda" a quem injusta e deslealmente queira prejudicar a obra. Em muitas ocasiões os primeiros cristãos demonstraram que haviam apreendido o espírito da lição e dos exemplos de Jesus e, talvez por estarem Dele mais próximos no tempo, assimilaram-Lhe melhor o ensino. Hoje é que "cristão" passou, em muitos casos, a significar covardia diante dos que "podem matar o corpo, embora não tenham poder de perder a alma" (MT 10:28). Então, olhamos entristecidos as acomodações que se fazem para" salvar a vida" transitória e fugitiva da matéria. Onde estariam as TESTEMUNHAS ("mártires") do Mestre, se Ele tivesse pregado hoje? Prudência, sim. Medo, não. Respeito, sim. Covardia, não. Humildade, sim. Subserviência, não.


Caminhemos altaneiros e firmes, acompanhando os passos do Mestre e se, com isso, tivermos a ventura de sofrer prisões, pancadas e morte, não tenhamos receio: o Espírito é imortal e novamente voltará à matéria, para continuar sua trajetória gloriosa, que nenhuma força e nenhum poder humano são capazes de deter, assim como todo o poderio do judaísmo e do império romano não detiveram o cristianismo.



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

JERUSALÉM

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.783, Longitude:35.217)
Nome Atual: Jerusalém
Nome Grego: Ἱεροσόλυμα
Atualmente: Israel
Jerusalém – 760 metros de altitude (Bronze Antigo) Invasões: cercada por Senequaribe em 710 a.C.; dominada pelo Faraó Neco em 610, foi destruída por Nabucodonosor em 587. Depois do Cativeiro na Babilônia, seguido pela restauração do templo e da cidade, Jerusalém foi capturada por Ptolomeu Soter em 320 a.C., e em 170 suas muralhas foram arrasadas por Antíoco Epifânio. Em 63 a.C. foi tomada por Pompeu, e finalmente no ano 70 de nossa era foi totalmente destruída pelos romanos.

Localizada em um planalto nas montanhas da Judeia entre o Mar Mediterrâneo e o mar Morto, é uma das cidades mais antigas do mundo. De acordo com a tradição bíblica, o rei Davi conquistou a cidade dos jebuseus e estabeleceu-a como a capital do Reino Unido de Israel, enquanto seu filho, o rei Salomão, encomendou a construção do Primeiro Templo.
Mapa Bíblico de JERUSALÉM



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46
B. A CONTROVÉRSIA, Mt 21:1-23.39

1. A Entrada Triunfal (Mt 21:1-11)

Esse evento marcou o início da Semana da Paixão.' Sua importância pode ser vista no fato de ter sido registrado nos quatro Evangelhos (cf. Mac 11:1-10; Lc 19:29-38; Jo 12:12-19). Até então, João tinha pouco material em comum com os Sinóticos, exceto na passagem em que o Senhor alimentou as cinco mil pessoas. Mas os quatro Evangelhos registram os eventos da Semana da Paixão com muito mais detalhes do que qualquer outro período da vida de Cristo.

A Entrada Triunfal aconteceu em um domingo. Depois de curar os dois cegos em Jericó (Mt 20:29-34), Jesus e os seus discípulos, acompanhados pelos peregrinos da Galiléia a caminho da festa da Páscoa, haviam caminhado pela estrada de Jericó em direção a Jerusalém. Isso aconteceu em uma sexta-feira.

Desde o pôr-do-sol da sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado (o sábado judaico) Jesus e os seus discípulos descansaram, talvez na casa de Marta e Maria em Betânia.
No domingo, eles foram para Jerusalém e, no caminho, evidentemente pararam em Betfagé. Essa vila não é mencionada no Antigo Testamento, mas somente em conexão com a Entrada Triunfal no Novo Testamento. O Talmude fala sobre ela como estando próxima a Jerusalém. Dalman diz, com base na literatura rabínica: "Este deve ter sido um distrito situado fora de Jerusalém (um subúrbio, mas não uma unidade independen-te), que começava na fronteira do santuário, isto é, antes do muro oriental de Jerusa-lém".' Isso pode sugerir um território que incluía o vale de Cedrom e a encosta ocidental do monte das Oliveiras.
Jesus enviou dois discípulos — teriam sido Pedro e João? (cf. Mac 14.13 com Lc 22:8) — com as instruções: Ide à aldeia que está defronte de vós, onde encontrariam uma jumenta presa e um jumentinho com ela (2) que deveriam ser levados ao Mestre. Se alguém protestasse, eles deveriam dizer: o Senhor precisa deles (3). É interessante notar que somente aqui e em uma passagem semelhante em Marcos 11:3 Jesus é chama-do de Senhor nos dois primeiros Evangelhos. Lucas, entretanto, emprega esse nome dezesseis vezes.

Como de costume, Mateus cita o cumprimento de uma profecia nesse evento da vida de Cristo. A citação corresponde a Zacarias 9:9 (cf. também Is 62:11) onde está previsto que o Rei-Messias viria humildemente, montado em um jumento (5). Este ato de Jesus mostrou que Ele estava se apresentando oficialmente à nação judaica como o Messias. Josefo registra a crença popular de que o Messias iria aparecer no Monte das Oliveiras.'

Os discípulos cumpriram a sua missão (6). Aparentemente, a procissão triunfal co-meçou perto do Monte das Oliveiras. Os discípulos colocaram as suas roupas sobre o jumento, em lugar da sela, para que o Mestre se sentasse.'

E muitíssima gente — "a maior parte da multidão" (Weymouth, Williams, Goodspeed, RSV) — estendia as suas vestes pelo caminho (8). Isso mostra o entusiasmo quase tumultuoso desses peregrinos da Galiléia, que tinham visto muitos milagres rea-lizados por Jesus. Agora, eles o aclamaram como o seu Messias (9). A linguagem usada aqui — Filho de Davi — é claramente messiânica.' Hosana significa "Salve" ou "Salve, nós pedimos". Aqui ela é provavelmente o mesmo que "Deus salve o Rei!" Hosana é a palavra de abertura do Salmo 118:25: "Um versículo que era cantado nas solenes procis-sões em volta do altar na Festa dos Tabernáculos, e também em outras ocasiões"."

Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou (10). Todos per-guntavam: Quem é este? A resposta da multidão foi: Este é Jesus, o Profeta de Nazaré da Galiléia (11).

Um sermão para o Domingo de Ramos intitulado "A Entrada Triunfal de Jesus" poderia ter o seguinte enfoque:

1) A preparação, 1-5;

2) A procissão, 6-8;

3) O louvor, 9.

2. A Purificação do Templo (21:12-13)

Esse episódio é contado por Mateus imediatamente após a Entrada Triunfal, como se tivesse acontecido no mesmo dia. Marcos 11:15-19 informa os detalhes, observando que a purificação aconteceu em uma segunda-feira. Esse é outro exemplo do hábito de Mateus descrever duas narrativas em conjunto, colocando-se na posição de um observa-dor. Nesse caso, Lucas acompanhou Mateus (Lc 19:45-48).

João registra uma purificação do Templo (Jo 2:13-17) em uma ocasião próxima ao início do ministério de Cristo. Os três Sinóticos (cf. Mac 11:15-19; Lc 19:45-48) descrevem um evento semelhante no início da Semana da Paixão. A maioria dos estudiosos entende que não houve duas purificações. Porém, Alfred Plummer diz: "Não há nada de incrível em duas purificações"." E Salmon escreve: "Estamos à vontade para aceitar o relato de João de que o nosso Senhor fez seu protesto contra a profanação do Templo em uma visita anterior àquela Casa Sagrada, e podemos acreditar que depois de uma ausência de um ano ou mais, ao retornar com um grupo de discípulos da Galiléia, Ele fizesse cumprir as suas exigências com ainda mais rigor".51

A purificação do Templo é descrita de forma vívida. Jesus expulsou todos os que vendiam e compravam no templo (12) — hieron, a "Área do Templo", compreendia cerca de vinte e cinco acres. No Pátio dos Gentios havia um mercado onde ovelhas e bois eram vendidos para os sacrifícios (cf. Jo 2:14). Como a Lei especificava que esses animais deveriam ser "sem mácula" (Êx 12:5) era mais seguro comprá-los no mercado do Templo que era dirigido por parentes do sumo sacerdote. Tudo que fosse comprado ali seria apro-vado. Da mesma forma, seria inconveniente para os peregrinos da Galiléia trazer ani-mais em uma viagem tão longa. Aqueles que eram demasiadamente pobres para ofere-cer uma ovelha tinham permissão de substituí-la por uma pomba (Lv 12:8). Todo o dia era realizada uma animada venda desses animais.

Os cambistas também colhiam seus frutos. Todo judeu adulto tinha que pagar uma taxa anual de meio siclo ao Templo (cf. Mt 17:24). Mas esse pagamento deveria ser feito com a moeda fenícia. Como o dinheiro que os judeus usavam habitualmente era grego ou romano, isso queria dizer que a maioria das pessoas precisava trocar o seu dinheiro. Os sacerdotes tinham permissão de cobrar algo em torno de 15 por cento para fazer essa troca. Edersheim acredita que somente essa taxa poderia alcançar uma soma entre 40.000 a 45.000 dólares por ano,' isto é, uma renda exorbitante naquela época.

Jesus lembrou aos transgressores o que estava escrito nas Escrituras (13) : A minha casa será chamada casa de oração (uma citação de Isaías 56:7). Mas vós a tendes convertido em covil de ladrões (citação de Jeremias 7:11) O texto grego diz "uma ca-verna de salteadores". Essa frase devia ser muito familiar aos judeus do primeiro século.

A condenação feita por Cristo aos comerciantes do mercado do Templo, chamando-os de "ladrões" ou "salteadores" encontra sólido suporte nos escritos rabínicos. Eles falam de "Bazares dos filhos de Anás" — o antigo sumo sacerdote que foi sucedido por cinco dos seus filhos, e cujo genro, Caifás, era o sumo sacerdote nessa época. Edersheim chama atenção para a declaração de que "o Sinédrio, quarenta anos antes da destruição de Jerusalém [isto é, no ano 30 d.C., o ano da Crucificação], transferiu seu local de reunião do Pátio das Pedras Lavradas (no lado sul do Pátio dos Sacerdotes) para os Bazares e, em seguida, para a Cidade"."

Pouco tempo depois, a "indignação popular, três anos antes da destruição de Jerusa-lém, destruiu os Bazares da família de Anás"." A gravidade da situação está refletida nessa declaração: "O Talmude também registra a maldição que um renomado rabino de Jerusalém (Abba Shaul) pronunciou sobre as famílias dos sumo sacerdotes (inclusive a de Anás) que eram 'eles mesmos os sumo sacerdotes, seus filhos os tesoureiros, seus genros tesoureiros auxiliares, enquanto os seus servos batiam no povo com varas".'

A purificação do Templo foi o segundo ato messiânico de Jesus na Semana da Pai-xão. Ela representava uma seqüência apropriada à sua recepção como o "Filho de Davi" na Entrada Triunfal, e era o cumprimento da profecia expressa em Malaquias 3:1-3.

Uma leitura cuidadosa dos quatro relatos sobre a purificação do Templo não dará qualquer suporte à idéia de que Jesus usou de violência física contra as pessoas, ou roubou-as de suas posses. Ele simplesmente fez com que os homens — com seus pertences — se retirassem da área sagrada.

  • O Louvor das Crianças (Mt 21:14-17)
  • Essa seção só é encontrada em Mateus. Depois que Jesus mandou os vis transgressores para fora do Templo, foram ter com ele ao templo cegos e coxos, e curou-os (14). Isso era algo completamente diferente das discussões entre comprado-res e vendedores, pois revelava a profunda preocupação de Deus com o sofrimento dos homens.

    Entretanto, essa mudança não agradou aos principais dos sacerdotes (15). Esse termo incluía, provavelmente, o sumo sacerdote, os antigos sumo sacerdotes, os mem-bros do sexo masculino de suas famílias e talvez os chefes dos vinte e quatro turnos sacerdotais. Quando estes (saduceus) e os escribas (fariseus) ouviram as crianças excla-mar: Hosana ao Filho de Davi, eles se indignaram. Essa é exatamente a mesma palavra que foi traduzida como "ficaram tomados de indignação" ou simplesmente "in-dignaram-se" em Mt 20:24. Em resposta à petulante reclamação deles: Ouves o que estes dizem? (16), Jesus citou uma parte do Salmo 8:2 da Septuaginta (8.3). Quando os líde-res religiosos se recusarem a louvá-lo, as crianças preencheram a lacuna.

    Esta é a primeira passagem nos Evangelhos Sinóticos onde os saduceus são men-cionados fazendo oposição direta a Jesus. Até esse ponto os fariseus eram aqueles com quem Ele havia entrado em conflito. Mas quando Jesus purificou o Templo, Ele atingiu não só o prestígio, como também o bolso dos sacerdotes e, por esta razão, eles nunca o perdoaram. Foram eles que dirigiram o ataque final contra Jesus (cf. 27.1, 12; Mc 14:55-15.10). E. F. Scott diz: "Ele os havia desafiado abertamente, e agora precisavam considerar que medidas haviam de ser tomadas para que o levassem à morte o mais rápido possível"."

    A atitude ciumenta e crítica dos fariseus e saduceus, bem na casa de Deus, sem dúvida entristeceu o Mestre. Ele os deixou (17) e foi para Betânia (a cerca de três quilômetros de distância, veja o mapa) onde passou a noite. Lá, provavelmente na casa de Marta, Maria e Lázaro — Ele encontrou amor e compreensão. Aquela família era um verdadeiro porto para a sua alma tão perturbada naqueles dias cruciais.

  • A Maldição da Figueira (Mt 21:18-22)
  • Esse episódio está registrado em Mateus e Marcos 11:12-14, 20-25). Como indicam essas duas referências, Marcos separa essa história em duas partes: a maldição da fi-gueira na manhã da segunda-feira, e seu definhamento na manhã da terça-feira. Nova-mente, Mateus reúne os dois episódios em uma única narrativa, sem nenhum intervalo cronológico.

    Aconteceu de manhã (18), quando Jesus estava retornando a Jerusalém vindo de Betânia. Sentindo fome — não sabemos porque nada havia comido naquela manhã — Ele viu uma figueira perto do caminho (19) — literalmente "no caminho". Quando se aproximou da árvore, encontrou apenas folhas. Geralmente, os figos estão escondidos sob as folhas, mas não havia nenhuma fruta. Então Jesus amaldiçoou a árvore como sinal do desgosto de Deus perante a hipocrisia.

    Mateus diz: E a figueira secou imediatamente. A palavra grega é bastante forte. Imediatamente neste texto é parachrema, que significa "naquele momento, em segui-da, instantaneamente"." Os discípulos perceberam a mudança na aparência da árvore e exclamaram: Como secou imediatamente a figueira? (20).

    Como isso pode se harmonizar com a clara indicação de Marcos, de que somente vinte e quatro horas mais tarde os discípulos observaram a morte da figueira? Já nota-mos o hábito de Mateus juntar os eventos. Mas ao empregar a palavra "imediatamente" ele introduziu uma questão real. A melhor solução seria considerar secou (19-20) como uma introdução de tempo indeterminado, isto é, "começou a murchar". Apenas um dia depois de Jesus ter pronunciado a maldição da árvore, os discípulos se surpreenderam ao ver que ela havia secado, e podem ter usado a palavra "imediatamente" para descre-ver essa rápida mudança.

    Alguns criticam Jesus por ter destruído a árvore, mas devemos entender que não se tratava de uma propriedade particular, ela estava "no caminho" Além disso, Trench faz uma saudável observação: "O homem é o príncipe da criação e todas as coisas existem para servi-lo; elas preenchem sua subordinação quando o servem – na vida ou na morte – produzindo-lhe frutos, ou advertindo através de uma forma figurada qual seria a mal-dição e o castigo pela infertilidade"." Ele acrescenta: "Cristo não atribuiu uma responsa-bilidade moral à árvore quando a castigou por causa de sua infertilidade, mas Ele real-mente lhe atribuiu a capacidade de representar qualidades morais"." Certamente valia a pena a perda de uma única árvore, que não pertencia a ninguém em particular, a fim de ensinar aos discípulos uma lição que impactaria milhões de pessoas.

    Qual era essa lição? Na verdade havia duas. A primeira era uma vívida advertência contra a hipocrisia – ter as folhas de uma falsa profissão de fé, mas nenhum fruto da graça de Deus. Uma aplicação específica dessa lição era a nação de Israel, cujo povo professava ser filho de Deus, mas que negava essa condição através de sua conduta pecaminosa (cf. Jo 8:33-47).

    A segunda lição está descrita nos versículos 21:22. Jesus declarou solenemente: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes podereis fazer não só o que acabei de fazer como também coisas muito maiores.' Depois, Ele deu uma das mais notáveis promessas da Bíblia relacionada à oração: E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis (22). Essa expressão pode parecer a concessão de uma autoridade incondicional; uma carta branca. Mas existe uma importante condição – crendo. Nin-guém pode realmente acreditar em alguma coisa que seja contra a vontade de Deus. Morison entendeu o sentido dessa passagem, quando escreveu: "O que você realmente desejar – se o seu desejo se fundiu ao desejo de Cristo e de seu Pai – você receberá desde que apresente esse desejo diante do trono da graça".'

    5. Controvérsias com os Líderes Judeus (Mt 21:23-22.
    46)

    a) Com que Autoridade? (Mt 21:23-27). Este episódio foi registrado nos três Evangelhos Sinóticos (cf. Mac 11:27-33; Lc 20:1-8). Quando Jesus chegou ao templo na manhã de terça-feira, Ele foi imediatamente desafiado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo (23). Esse último termo parece ser uma designação generalizada dos membros do Grande Sinédrio de Jerusalém. Eles perguntaram: Com que autoridade fazes isso? E quem te deu tal autoridade? Com a palavra isso eles se referiam à purificação do Templo no dia anterior. Tendo sido tomados de surpresa por ocasião da purificação do Templo, os líderes judeus não haviam recuperado totalmente seu entendi-mento naquele momento. Mas durante a noite haviam evidentemente decidido desafiar o direito de Cristo de fazer o que fez. Portanto, perguntaram: "Quem lhe deu autoridade para perturbar o regime estabelecido no Templo?"

    Muito sabiamente, Cristo respondeu dizendo que, por sua vez, ia lhes fazer uma pergunta. Se respondessem à sua questão, Ele responderia àquela que lhe fizeram

    Sua pergunta os atingiu como a explosão de uma bomba: O batismo de João donde,era? Do céu ou dos homens? (25) O raciocínio daqueles homens não demons-trava nenhuma preocupação ética. Não era uma questão de saber o que estava certo, mas o que era apropriado. Não disseram: "Qual é a verdade?". Mas, "Como esta respos-ta nos afetará?". Os interlocutores se encontraram no meio de um dilema do qual não havia como escapar. Eles não iriam dizer que vinha do céu e também não podiam, com medo do povo, dizer que vinha dos homens. Portanto, mentiram deliberadamente ao responderem: Não sabemos (27). Com toda razão, Jesus se negou a responder a per-gunta deles. Mas a resposta às duas questões é exatamente a mesma: a fonte da auto-ridade era o céu.

    b) A Parábola dos Dois Filhos (Mt 21:28-32). Essa parábola só é encontrada em Mateus. Jesus começou com uma pergunta para atrair a atenção: Mas que vos parece? (28). Uma história sobre dois meninos é sempre interessante. Essa parábola tem, de fato, muitas afinidades com a parábola do filho pródigo (Lc 15:11-32). Ambas começam com as mesmas palavras: Um homem tinha dois filhos. Mas aqui a palavra é literalmente "crianças".

    Ao primeiro, o pai disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha. Ele se recu-sou, mas, depois, arrependendo-se, foi (29). Esse não é o verbo grego mais comum metanoeo (trinta e quatro vezes no NT), mas o menos comum metamelomai (cinco vezes). Os dois sempre foram traduzidos como "arrepender" (na versão KJV em inglês) e parece que foram usados de forma intercambiável. Mas o verbo metamelomai também poderia ser traduzido como "lamentar".

    De imediato, o segundo filho concordou em ir. Mas, na verdade, não obedeceu à ordem do pai. Quando Jesus perguntou qual deles havia feito a vontade do pai, a respos-ta óbvia era: O primeiro (31). Então Jesus fez a seguinte aplicação: Os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus (31). Ele estava repreen-dendo os líderes judeus que se recusaram a acreditar em João Batista, e que não se arrependeram (metamelomai) depois. Proclamavam que estavam obedecendo a Deus, mas não estavam. Eram iguais ao menino que disse eu vou, mas não foi.

    No texto grego de Nestle, Westcott e Hort, a ordem dos dois filhos está invertida (entretanto, a versão RSV mantém a mesma ordem da versão KJV em inglês). Trench acredita que a ordem foi mudada pelo mesmo escriba que pensou que a aplicação era a Jesus (primeiro) e aos gentios (segundo). Ele diz: "Mas a parábola não se aplica princi-palmente aos judeus e aos gentios, mas se refere aos dois corpos dentro do povo judeu"' — os fariseus, de um lado, e os publicanos e as meretrizes, de outro.

    c) A Parábola dos Lavradores Maus (Mt 21:33-46). Da relação das trinta parábolas de Trench, somente três delas são encontradas nos três Evangelhos Sinóticos. As duas an-teriores são a parábola do semeador (Mt 13:3-9) e a parábola do grão de mostarda (13 31:32). Essa é a terceira (cf. Mac 12:1-12; Lc 20:9-19).

    Jesus falou sobre um pai de família (oikodespotes) que plantou uma vinha, algo extremamente comum na Palestina. Ele circundou-a — provavelmente com um muro de pedra — e construiu nela um lagar (33). Esse lagar seria uma depressão contornada com pedras ou argamassa onde o suco das uvas seria pisado. Esses lagares ainda podem ser encontrados hoje na Terra Santa. Para montar guarda na vinha — para ninguém roubar as uvas maduras, ele construiu uma torre — uma plataforma suspensa feita de madeira que, conforme a especificação dos rabinos, deveria ter 4,5 metros de altura e uma base de 1,80 x 1,80 m. Depois, ele alugou a vinha para uns lavradores e viajou para o exterior.

    E, chegando o tempo dos frutos (34) — setembro do quinto ano depois do plantio (Lv 19:23-25) — o proprietário enviou alguns servos para que recebessem a sua parte da colheita. Os lavradores feriram um, mataram outro e apedrejaram um terceiro (35).

    Finalmente, tomado de desespero, o proprietário enviou o seu filho, pensando que eles iriam ter respeito a meu filho (37). Mas eles o mataram, pensando de forma in-sensata que poderiam herdar a sua propriedade (38-39). Entretanto, eles foram destruídos, e a vinha foi transferida para lavradores mais dignos (41).

    Nos versículos 40:41, Jesus deixou que os seus inimigos julgassem os pecados que eles mesmos cometeram, e que pronunciassem a conseqüente sentença. Então Ele reve-lou a verdade contida na parábola, ao citar o Salmo 118:22-23. A pedra que os edificadores rejeitaram (42) — esse verbo significa "rejeitar (depois de examinar), de-clarar inútil"' — havia se tornado a cabeça do ângulo. Essa pedra se refere a uma pedra fundamental, ou à base de um arco.

    Jesus não deixou margem para dúvida em relação ao que Ele queria dizer com essa parábola. Ele disse que o Reino de Deus seria retirado dos líderes judeus e entre-gue a uma outra nação (43, somente em Mateus). Quem caísse sobre esta pedra (Cristo) ficaria despedaçado (cf. Is 8:14-15) e aquele sobre quem ela caísse ficaria re-duzido a pó (44). Parece que a primeira imagem está se referindo a alguém que, tropeçando em Cristo, ficaria "moído" (o significado literal de uma palavra pouco usa-da) como um jarro de água de cerâmica se despedaça ao cair sobre uma pedra. A segun-da imagem é, claramente, de juízo.

    Os príncipes dos sacerdotes e os fariseus não podiam deixar de ver que essa parábola falava deles (45). Eles eram os maus lavradores que representavam os anti-gos líderes da nação, que haviam matado os profetas (servos). Agora, eles mesmos esta-vam prestes a matar o Filho. O Reino seria dado aos gentios. Enfurecidos, eles queriam matar Jesus; mas temiam o povo, que acreditava que Ele era um profeta (46).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46
    *

    21.1-11

    Dos Evangelhos Sinóticos, só Mateus menciona a mãe do jumentinho, provavelmente para dar ênfase ao fato de que o jumento era um animal jovem e ainda não desmamado e, portanto, nunca montado (conforme Mc 11:2) e por causa da citação de Zc 9:9, que profetiza que o rei virá “montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta”. Jesus faz o cumprimento da profecia tornar-se inequívoco.

    A Entrada Triunfal é claramente um ato simbólico. Zc 9:9 era reconhecido pelos judeus como messiânico, e o clamor “Hosana ao Filho de Davi” (v. 9) bem como o estender dos mantos pelo caminho (conforme 2Rs 9:13) indicam que a multidão reconhece a reivindicação de Jesus ser o Messias. Notemos a proclamação de Salomão, por Davi, como seu herdeiro, quando o fez entrar na cidade montado na sua mula (1Rs 1:33, 38, 44).

    * 21:7

    e sobre elas Jesus montou. Jesus montou sobre o jumento (Mc 11:2). Neste caso, “elas” se refere às vestes.

    * 21:9

    Hosana. Uma expressão hebraica que significa “salve, agora”.

    * 21:12-13

    13 43:1-17'>João 1:13-17 fala da purificação do templo como tendo ocorrido no começo do ministério de Jesus e não durante o final da última semana. Muitos estudiosos, tanto liberais como conservadores, sugerem que ou João ou os Sinóticos mudaram a ocasião em função de motivos teológicos ou outras razões. Outros concluem que Jesus expulsou os cambistas do templo em duas ocasiões diferentes (Mc 11:15, nota).

    * 21:13

    covil de salteadores. A frase é de Jr 7:11. Através do profeta o Senhor denuncia a idéia de que o templo físico garantia suas bênçãos, a despeito da iniquidade de Judá. Esta mesma noção supersticiosa prevalecia no tempo de Jesus.

    * 21:16

    A citação que Jesus faz do Sl 8:2, para justificar o louvor das crianças, é espantosa porque o Sl 8 diz que Deus ordenou o culto para si mesmo, dos lábios das crianças. Aí, Jesus, indiretamente, reivindica a prerrogativa de divindade.

    * 21.18-20

    Mateus condensa um incidente que teve lugar em dois dias separados (conforme Mc 11:12-14, 20-26). A ligação destes incidentes com a purificação do templo sugere o iminente castigo de Deus sobre Israel, pela destruição da cidade e do templo (Jr 24:1-8).

    * 21.21-22

    Isto é semelhante a 17.20, porém, aqui a ênfase recai em não duvidar. Ficar livre de dúvidas surge da consciência de que algumas coisas são, verdadeiramente, da vontade de Deus. A verdadeira fé recebe aquilo que pede; a confiança em Deus não é a arrogância presunçosa, mas é submissão à vontade de Deus.

    * 21.33-46

    Esta parábola está baseada em Is 5:1-2 e, possivelmente, também no Sl 80:8-18. O significado é claro: o proprietário da terra é Deus, a vinha é o reino de Deus (v. 43), os servos são os profetas, o filho é Jesus, os lavradores são os judeus que se opõem a Jesus, a morte do filho é a crucificação, e a remoção dos lavradores é a transferência do reino para um novo povo de Deus, que inclui os gentios.

    * 21:42

    Em resposta ao desafio à sua autoridade (v. 23), Jesus cita o Sl 118:22-23, como evidência de que sua autoridade é dada por Deus, ao invés de derivada de instituições humanas.

    * 21:44

    Este dito combina as profecias de Is 8:14 e Dn 2:34, 44. Jesus se proclama o destruidor dos reinos da terra e o fundador do reino de Deus sobre a terra e, ao mesmo tempo, declara que os líderes judeus são, como foi profetizado, os opositores deste reino. A citação que Jesus faz do Sl 118, e a alusão a Is 8:14 e Dn 2, oferecem a base para a “pedra”, ser uma referência a Cristo, que aparece freqüentemente no Novo Testamento (At 4:11; Rm 9:33; 1Pe 2:6-8).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46
    21.2-5 Mateus cita a uma asna e um pollino, enquanto que os outros Evangelhos se referem só ao pollino. Era o mesmo acontecimento, mas Mateus assinala a profecia em Zc 9:9, onde um asno e um pollino são mencionados. Mostra a maneira em que as palavras do profeta se cumpriram por meio das ações do Jesus, provando que era o Messías. A chegada do Jesus a Jerusalém no pollino destaca sua realeza messiânica, como também sua humildade.

    21:8 Este é um dos poucos lugares nos Evangelhos onde a glória do Jesus é reconhecida na terra. Jesus audazmente declara ser Rei e a multidão com júbilo o aclama. Mas essa mesma gente cederia à pressão política e o abandonaria pouco depois. Este acontecimento se celebra No domingo do Ramos. Este dia nos deve recordar que devemos nos guardar de aclamar a Cristo em forma superficial.

    21:12 Esta foi a segunda vez que Jesus limpou o templo (veja-se Jo 2:13-25). Mercados e cambistas tinham seus postos no átrio dos gentis no templo, e o enchiam de mercadoria em lugar de deixá-lo para quão gentis foram adorar a Deus. Os mercados vendiam animais para o sacrifício a preços elevados, aproveitando-se dos que tinham chegado desde muito longe. Os cambistas trocavam a moeda corrente pela do templo, única moeda que os mercados aceitavam. Com freqüência enganavam a quão estrangeiros não sabiam o tipo de câmbio. Não só os mercados e cambistas eram desonestos, mas sim abusavam dos que tinham ido adorar a Deus. Seu comércio na casa de Deus irritava aos que tentavam adorar. Isto, naturalmente, irou ao Jesus. Qualquer prática que interfira com a adoração a Deus devesse proibir-se.

    21:19 por que Jesus amaldiçoou à figueira? Não foi um ato apressado motivado pela ira, a não ser uma parábola encenada. Jesus estava expressando sua irritação contra uma religião sem substância. Assim como a figueira tinha bom aspecto de longe mas ao examinar a de perto não tinha frutos, o templo impressionava a primeira vista mas seus sacrifícios e outras atividades eram vazios porque não se oferecia adoração sincera a Deus (veja-se 21.43). Se você só aparenta ter fé sem acompanhar a de obras, parece-se com a figueira que se secou e morreu porque não deu frutos. A fé genuína inclui o dar frutos para o Reino de Deus. se desejar mais informação sobre a figueira, veja-a nota em Mc 11:13-26.

    21:21 A muitos inquietam as afirmações do Jesus de que se tivermos fé e não duvidamos podemos mover montanhas. Jesus, é obvio, não estava sugiriendo a seus seguidores que usassem a oração como "magia" para mover montanhas a seu desejo. Mas bem estava assinalando com firmeza a falta de fé dos discípulos e nossa. Que classe de montanhas enfrenta você? O mencionou a Deus? Quão firme é sua fé?

    21:22 Isto não garante que podemos conseguir tudo o que queiramos simplesmente por pedir-lhe ao Jesus. Deus não atua como fiador de pedidos que poderiam nos ferir ou que violariam sua própria natureza ou vontade. A declaração do Jesus não é um cheque em branco. Nossa oração deve centrar-se na obra do Reino de Deus. Se acreditarem, nossas petições estarão sujeitas à vontade de Deus, e O se sentirá gostoso das responder.

    21.23-25 No mundo do Jesus, assim como no nosso, a gente procurava o sinal exterior de autoridade: educação, título, posição, conexões. Mas a autoridade do Jesus provinha de sua essência, pelo que era, e não de nenhum adorno exterior ou superficial. Como seguidores de Cristo, Deus nos deu autoridade: podemos falar e atuar confidencialmente em seu nome porque temos sua autorização.

    21.23-27 Os fariseus queriam saber de onde tinha Jesus autoridade. Se dizia que de Deus, acusavam-no de blasfêmia. Se dizia que atuava em sua própria autoridade, a multidão se convenceria de que os fariseus tinham uma autoridade superior. Mas Jesus lhes respondeu com uma pergunta que parecia não ter nada que ver com o assunto, mas que punha de manifesto seus verdadeiros motivos. Eles em realidade não queriam uma resposta a não ser apanhá-lo. Jesus demonstrou que os fariseus usavam a verdade só se esta apoiava seus pontos de vista e causas.

    21:25 se desejar mais informação sobre o João o Batista, veja-se Mateus 3 e o perfil no João 1.

    21.30 O filho que disse que obedeceria e não o fez representa ao Israel nos dias do Jesus. Diziam que queriam fazer a vontade de Deus, mas com freqüência desobedeciam. É perigoso fingir obedecer a Deus quando nossos corações estão longe Do, porque Deus conhece as intenções de nossos corações. Nossas palavras devem estar respaldadas por nossas ações.

    21.33ss Os personagens principais nesta parábola são (1) o dono: Deus, (2) a vinha: Israel, (3) os lavradores: os líderes religiosos judeus, (4) os agentes: os profetas e sacerdotes que permaneceram fiéis a Deus e pregaram ao Israel, (5) o filho: Jesus (21.38), (6) os outros lavradores: os gentis. Jesus estava pondo ao descoberto o complô assassino dos líderes (21.45).

    21:37 Em seu desejo de nos alcançar com seu amor, Deus enviou a seu Filho. Sua vida perfeita, suas palavras de verdade e seu sacrifício de amor foram para nos motivar a que o escutemos e sigamos como Senhor. Se rechaçarmos sua graça, rechaçamos a Deus.

    21:42 Jesus se refere a si mesmo como a pedra rechaçada pelos edificadores. Apesar de ter sido rechaçado por muitas pessoas, seria a cabeça do ângulo de seu novo edifício, a Igreja (vejam-se At 4:11 e 1Pe 2:7).

    21:44 Com esta metáfora o Senhor ensina que uma pedra pode afetar às pessoas em formas diversas, dependendo da maneira em que se relacionem com ela (vejam-se Is 8:14-15; Is 28:16; Dn 2:34, Dn 2:44-45). O ideal é edificar sobre a pedra, mas muitos podem tropeçar com ela. E no julgamento final esmagará aos inimigos de Deus. Cristo, "a cabeça do ângulo", ao final será a "pedra que esmiuçará". O oferece agora misericórdia e perdão, mas diz que depois oferecerá. Não esperemos para decidir!


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46
    L. SUA ÚLTIMA SEMANA (Mt 21:25)

    1. Entrada em Jerusalém (21: 1-11)

    1 E quando eles aproximaram de Jerusalém, e veio a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, 2 dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo achareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela: solta -los e trazê -los . a mim 3 E, se alguém falar qualquer coisa para vós, direis: O Senhor precisa deles; e logo os enviará. 4 Agora, este é vir a passar, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta:

    5 Dizei à filha de Sião:

    Eis que o teu rei vem a ti,

    Meek, e montado sobre um jumento,

    E sobre um jumentinho, filho de jumenta.

    6 E, indo os discípulos, e fazendo como Jesus lhes ordenara, 7 trouxeram a jumenta, e jumentinho, e sobre eles puseram os seus mantos; e ele sentou-se nela. 8 E a maior parte da multidão estendeu os seus mantos pelo caminho; e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho. 9 E as multidões que vieram antes dele, e que se seguiu, clamou, dizendo: Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor; Hosana nas alturas. 10 E, quando chegou em Jerusalém, toda a cidade foi agitada, dizendo: Quem é este? 11 E as multidões respondiam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia.

    O chamado Entrada Triunfal, que ocorre no domingo da Paixão Week, é registrado em todos os quatro Evangelhos, embora um pouco mais brevemente no Evangelho de João. A importância de que não pode ser desperdiçada. Jesus apresentou-se à nação como seu Messias. Os judeus foram dada a sua última oportunidade de aceitá-lo. Em vez disso, eles rejeitaram e condenaram à morte.

    No intervalo entre o último versículo do capítulo anterior e o primeiro verso de um presente, Jesus e seus discípulos, acompanhado por um numeroso grupo de peregrinos galileus em seu caminho para a Páscoa, tinha caminhado até a estrada íngreme e sinuosa de Jericó a Jerusalém. O Evangelho de João sugere que eles chegaram Betânia, duas milhas a leste de Jerusalém, na sexta-feira à tarde (Jo 12:1 . Marcos dá-lhes uma forte conotação messiânica, acrescentando uma referência ao "reino" (Mc 11:10 ). Lucas também identifica aquele que vem (um termo messiânico) como "o Rei" (Lc 19:38 ). Este foi realmente um cortejo triunfal, pelo menos em seu início.

    Somente Mateus relata que, quando Jesus chegou a Jerusalém, toda a cidade foi agitada (v. Mt 21:10 ). Pessoas chorou, Quem é este? Esta pergunta mais importante foi respondida por uma simples declaração de fato, sem interpretação: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia (v. Mt 21:11 ). Evidentemente, as pessoas tinham medo de dizer: "Este é o Messias".

    As multidões que deram Jesus uma recepção tão entusiasmado no Domingo de Ramos foi composta principalmente de peregrinos galileus em seu caminho para a Páscoa. Eles tinham anteriormente queria proclamá-lo como rei (Jo 6:15 ). Agora eles estavam praticamente fazendo isso. Mas os líderes religiosos de Jerusalém desdenhosamente rejeitaram. Ao fazê-lo, eles selaram o destino da cidade.

    b. A limpeza do Templo (21: 12-17)

    12 E Jesus entrou no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; 13 E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós fazer dela um covil de ladrões. 14 E os cegos e os coxos a ele no templo; e ele os curou. 15 Mas quando os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que fazia, e as crianças que choravam no templo e dizendo: Hosana ao Filho de Davi; eles indignaram-se, 16 e disse-lhe: Ouves o que estes estão dizendo? E Jesus disse-lhes, sim:; nunca lestes, Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste o perfeito louvor? 17 E deixando-os, e saíram da cidade para Betânia, e ali.

    Marcos indica que Jesus pesquisou o templo no domingo à tarde e, em seguida, voltou para Betânia para a noite. Foi na segunda-feira que Ele limpou o templo (Mc 11:11 , Mc 11:12 , Mc 11:15 ). De acordo com seu costume, Mateus "telescópios" a Entrada Triunfal e da limpeza do templo em uma narrativa, como se tivessem acontecido no mesmo dia. Uma vez que este hábito dele é clara, não deve haver nenhuma dificuldade nisso.

    A limpeza do templo, um segundo ato messiânico, é descrito em todos os quatro Evangelhos, embora João coloca-lo no início do ministério de Jesus (Jo 2:13 ). Pode ser que João colocá-lo naquele momento para o efeito dramático, ou poderia ter havido duas limpezas. A possibilidade de este último não deve ser descartada muito levemente. Condições no templo certamente poderia ter revertido para o mesmo estado triste dentro de três anos.

    Jesus expulsou os que ali vendiam e compravam no templo -a palavra grega é hieron ", área do templo," não o edifício-e virou as mesas dos cambistas e as cadeiras de os vendedores de pombas . Este mercado foi localizado no Tribunal espaçoso dos gentios, no extremo leste da área do templo (cerca Dt 25:1 . A casa de Deus era para ser uma casa de oração. Mas eles tinham feito um covil de ladrões (v. Mt 21:13 ). A palavra para den literalmente significa "caverna" ou "caverna". Nesse dia ladrões na Palestina comumente viviam em cavernas. Há uma diferença técnica entre ladrões e "ladrões" (NVI), em Inglês, bem como grego. Um ladrão é aquele que leva à força. Um primeiro rabino do século cobrado que os servos do sumo sacerdote bater as pessoas com paus.

    Os principais sacerdotes e escribas e fariseus -Sadducees-se sentiram perturbados ao ouvir as crianças chorando Hosana no templo (v. Mt 21:15 ). Quando eles se queixaram a Jesus, Ele respondeu citando Sl 8:2)

    18 Ora, de manhã, ao voltar à cidade, teve fome. 19 E, vendo uma figueira à beira do caminho, dela se aproximou, e não achou nela senão folhas somente; E disse-lhe: Que não haja fruto de ti doravante para sempre. E imediatamente a figueira secou imediatamente. 20 E os discípulos, vendo isso, temeram, dizendo: Como é que a figueira secou imediatamente afastado? 21 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé, ea dúvida não, e vós não só fazer o que foi feito à figueira, mas mesmo que direis a este monte: Sê tu retomada e lançado no mar, assim será feito. 22 E todas as coisas, qualquer YE pedirdes na oração, crendo, recebereis.

    Este incidente é registrado tanto por Mateus e Marcos, embora, como já observado, os últimos lugares da purificação do templo após ele. Em vez deste evento Lucas inclui, em um ponto anterior (Lc 13:6-9 ), que é encontrada em todos os três Evangelhos sinópticos (adotando lista Dt 30:1 ​​) -O proprietário enviou agentes para obter a sua parte da cultura. Os inquilinos maltratado esses escravos, batendo um, matando o outro, e apedrejamento de um terço (v. Mt 21:35 ). Ele enviou mais escravos e eles foram tratados de maneira semelhante (v. Mt 21:36 ). Finalmente, ele enviou seu filho. Mas os inquilinos conspirou contra ele eo matou (vv. Mt 21:38-39 ). O resultado inevitável foi que os lavradores que eles mesmos ser destruídos, e vinha arrendada a outros (v. Mt 21:41 ).

    Jesus então citou o Sl 118:22 . rejeitados meios "deixam de lado depois de um exame cuidadoso." Chefe de canto significa tanto a pedra angular de um edifício ou a pedra fundamental de um arco.

    Cristo celebrado com uma aplicação definida, duplo. Em linha com sua parábola, Ele declarou que o reino de Deus seria tirado os líderes judeus e será dado a uma outra nação que iria devolver os frutos de justiça. Assim, Ele anunciou a fundação da igreja Gentile. Aplicando a citação de Salmos, Ele disse que quem quer que caiu sobre esta pedra (Cristo) seria quebrado (conforme Is 8:14 ), e quem quer que caiu em cima seria reduzido a pó (conforme Ez 2:34 ). Estes são fortes advertências do julgamento que aguarda aqueles que rejeitam a Jesus Cristo.

    Não é de surpreender que, quando os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, ouvindo estas duas parábolas que eles entenderam que falava deles (v. Mt 21:45 ). O ponto era completamente óbvio. Mas, em vez de se arrepender, eles procuraram prender Jesus.Somente o medo das multidões, que o segurou um profeta de Deus, os impediu de realizar seus desejos.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46
    Mc 10:46-41). Eles clamavam por Jesus, o único que pode abrir os olhos dos homens.

    Eles não foram salvos por causa de seu clamor e oração, mas pela misericórdia do Senhor. A multidão tentou impedi-los de chamar o Senhor, da mesma forma que hoje o mundo tenta impedir os pecadores de irem a Cristo. O toque de Jesus curou-os, e eles provaram a mudança que ocorreu na vida deles ao seguirem-no.

    A rejeição do Rei

    Mateus (21
    27) registra "a rejeição
    do Rei", e é importante que entendamos o escopo desses capítulos.

    Cristo encontra-se com seus inimigos no conflito final que leva à sua crucificação. Podemos esboçar esses capítulos desta maneira:

    l.Três sinais (Mt 21:1-40)

    A apresentação do Rei

    A cegueira espiritual de Israel.

    B. A purificação do templo (w. 12-16)

    A depravação interior de Israel.

    C. A maldição contra a figueira

    (vv. 17-22)

    A esterilidade exterior de Israel.

    II. Três parábolas (Mt 21:23-40)

    A. O tributo de César (vv. 15-22)

    Questão política dos herodianos.

    B. A ressurreição (vv. 23-33)

    Questão doutrinai dos saduceus.

    C. O grande mandamento (w. 34-46)

    Questões legais dos fariseus.

    1. Três discursos (Mt 23:1-40) e aponta para o tempo em que Cristo reinará sobre a terra como Rei.

      1. A maldição contra a figueira (vv. 17-22)

      Mt 24:32-40 e Lc 13:6-42 sugerem que a figueira simboliza Israel. Essa árvore tem folhas, mas não dá frutos, o que retrata a reli-giosidade aparente, porém estéril, sem frutos, de Israel. Lc 13:6-42). No versículo 41, os próprios judeus proferem sua sen-tença, e Deus fez exatamente o que eles disseram: destruiu Jerusalém e deu suas bênçãos aos gentios.

      Cristo cita Sl 118:22-19 e chama a si mesmo de "a pedra que os construtores rejeitaram" (v. 42; veja Is 28:16). Pedro chamou os líderes de Israel de "construtores" (At 4:11), e Rm 9:33 e 1 Pe-Dt 2:4-5 apontam Cristo como "pe-dra de tropeço" para Israel, não obs-tante ele ser a "pedra angular" para a igreja. O pecador que "cai sobre a pedra" em humildade se quebra e é salvo; porém, o rebelde que resiste a Cristo será esmagado pela pedra no julgamento.

      1. A festa de casamento (vv. 1-14)

      O Pai chamou os convidados (Israel) para usufruir das bênçãos por causa de seu Filho. Contudo, a nação des-prezou o convite: provavelmente, o versículo 3 indica o convite dos apóstolos enquanto o Senhor estava na terra; e os versículos 4:6, o con-vite durante os capítulos terrenos de Atos em que se ofereceu mais uma vez a mensagem aos judeus. Israel resiste ao Espírito (At 7:51-44), e isso acarreta julgamento nacional e a ruína de Jerusalém (v. 7). A seguir, o Rei volta-se para os gentios, como acontece em At 10:0). Não transfira essa cena para o céu, pois certamente ninguém entrará lá sem a justiça de Jesus. Esses versículos advertem os falsos mestres de não aceitarem o convite sem receber o Senhor em seu interior.

      Essas três parábolas contam a história espiritual de Israel. Ele foi escolhido por Deus para frutificar (a vinha e a figueira), mas fracas-sou em sua missão. Ele desobede-ceu ao Pai (os dois filhos), cruci-ficou o Filho (parábola da vinha) e resistiu ao Espírito (parábola da festa de casamento). Hoje, Israel foi posto de lado, e as bênçãos de Cristo são dadas à igreja até que se chegue à plenitude dos gentios (Rm 11:25ss).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46
    21.1 Betfagé. Significa "Casa do Figo", conforme Lc 19:29n. Começa aqui o relatório da última semana da vida humana de Jesus.

    21.2 Um jumentinho. A compaixão de Jesus não permitia que o filhote fosse apartado de sua mãe, a jumenta, que passaria a tomar parte da procissão. Não, é aceitável, porém, a sugestão de que Mateus tenha escrito intencionalmente o v. 5, como uma alusão a dois animais.

    21.3 O Senhor. Para os discípulos, era um título divino (9.28n). Depois da confissão de Pedro (16.18), Jesus o empregou como tal.

    21.5 A aplicação da profecia mostra que Jesus foi identificado como o Rei-Messias prometido; o povo compreendeu os acontecimentos dessa maneira,
    21.9 Hosana. Gr hõsanna, que translitera o heb hôshi ' â nã', "salva, por favor", que por fim veio a ser uma simples expressão do júbilo religioso.

    21.10 Em Jerusalém. Naquela tarde, Jesus, olhando ao redor, retirou-se e foi pernoitar em Betânia (Mc 11:11).

    21.12 Na manhã de segunda-feira (Mc 11:12), Jesus continua a obra da moralização do templo, que havia dado inicio ao 'Seu ministério em Jerusalém, três anos antes, (Jo 2:14).

    A profanação passou a invadir novamente o recinto sagrado. Era necessário haver certa transação financeira para se poderem vender sacrifícios e cambiar moedas do templo com os que vinham de longe. Não era, porém, correto ocupar o recinto inteiro com extorsionários que roubavam o dinheiro dos peregrinos. O culto estava tornando-se apenas uma desculpa para o comércio fraudulento: a venda dos animais cultualmente aceitáveis se realizava a preços bastante elevados. As moedas estrangeiras não eram aceitáveis nas umas.(caixa das ofertas), por serem cunhadas com imagens do imperador (que era tido por um deus) ou de várias divindades.
    21:14-17 No templo, muitos foram curados, e os sacerdotes ficaram indignados ao presenciar os milagres que Jesus operava e as aclamações que, recebia até mesmo de crianças. Se os sacerdotes imaginaram que as crianças eram treinadas para isto, foram rebatidos por Jesus, que mostrou ser, o louvor dos pequenos inocentes, o mais puro, pois que Deus os ilumina.

    21.18 Aqui, o incidente da figueira é narrado de uma só vez (conforme Mc 11:12, Mc 11:20). Segundo o Talmude, a figueira costumava produzir figos duas vezes ao ano, sendo a primeira colheita feita em abril. O incidente é uma ilustração dramática:
    1) Da maldição que cai sobre a hipocrisia (a aparência sem resultado, as folhas sem os frutos que, no caso da figueira, viriam antes); e
    2) Do poder da oração da fé. A figueira, aqui, simboliza a Israel, que tem a aparência, a tradição e o estofo religiosos, mas ao rejeitar seu Messias, será amaldiçoada.

    21:23-27 Jesus recusa este tipo de pergunta que não é feita com humildade e fé^mas como em um desafio, pois tinha, já, feito tudo para revelar a presença do Reino de Deus entre os homens. Uma revelação mais dramática não produziria a conversão, mas só a obediência provocada pelo terror. Jesus passa a vencer os sacerdotes com o mesmo tipo de lógica que estes praticavam.
    21.25 A pergunta foi feita a Jesus com o intuito de provocá-lo a declarar que era o próprio Messias (e os sacerdotes poderiam, então, prendê-lO e entregá-lO aos romanos), ou a negar que tivesse autoridade sobrenatural, passando, então, a perder o apoio popular, Jesus, por sua vez, os convocou a fazer uma declaração semelhante, acerca de João Batista, o que não ousaram fazer (27). Não acreditastes nele? João testemunhou claramente acerca de Jesus, declarando que era o Messias (Jo 1:32-43).

    21:28-32 Vem agora a resposta parabólica de Jesus, em contestação à pergunta dos sacerdotes citada no v. 23. A autoridade está com aqueles que realmente procuram e praticam a vontade de Deus, por mais ignorantes e pecaminosos que tenham sido no passado. Não está com aqueles que, apesar de terem sido estabelecidos como autoridades eclesiásticas, rejeitam a mensagem de Deus, o evangelho do Reino.
    21.33 Noutra parábola. Conforme Lc 20:9-42 n. Jesus continua apresentando, por parábola, Seu direito em responder à pergunta dos sacerdotes no v. 23. • N. Hom. "Os maus lavradores” revela:
    1) Acerca de Deus: a) Sua confiança nos homens; b):Sua paciência; c) Seu julgamento;
    2) Acerca dos homens: a) seu privilégio; b) sua liberdade de ação; c) sua responsabilidade, d) seu pecado egoísta;
    3) Acerca de Cristo: a) Seu direito; b) Seu sacrifício consciente o voluntário.

    21.34 Colheita. Simboliza o fruto da fé, virtudes religiosas.
    21.35 Os judeus sempre perseguiam os profetas que fossem requerer da mão deles, um comportamento moral e espiritual perante Deus.
    21.38 Sua herança. Seria loucura que os mordamos de uma vinha pudessem imaginar que, ao assassinar o herdeiro da mesma, pudessem passar a possuí-la. Esta, porém, ainda seria maior loucura, a dos sacerdotes que agiam como se a crucificação do Filho de Deus lhes deixaria a herança de Israel por conta deles.

    21.41 Os judeus que não quisessem, aceitar a verdadeira mensagem de Deus, ficariam sem herança espiritual. (Note a destruição do Templo e Jerusalém em 70 d.C.). A igreja redimida passa a ganhar a herança do povo de Deus.

    21:42-44 Jesus é a pedra fundamental para os que confessam o Seu nome, e edificam suas vidas nele, passando então a fazer parte do edifício de Cristo, pedras vivas da Igreja (conforme 16.18n; At 4:11n); para quem se recusa crer em Cristo, Ele deixa de ser a pedra que alicerça esta vida. Torna-se-lhe pedra de tropeço e condenação no julgamento (Is 8:1415; Lc 20:17n; Rm 9:32; 1Pe 2:8). Mais tarde, Pedro mostrou que Cristo era a sua pedra fundamental para operar milagres, pedra de cuja aceitação depende a salvação de cada um (At 4:11-44).

    21.46 Temeram Tinham medo de um tumulto e da opinião pública.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46
    A entrada em Jerusalém (21:1-9)

    V.comentário de Mc 11:1-41; Lc 19:2840; Jo 12:12-43. Betfagé-. Marcos e Lucas trazem “Betfagé e Betânia”. Visto que Dalman (p. 252ss) mostrou de maneira conclusiva que Betfagé fica mais perto de Jerusalém do que Betânia, parece provável que o jumento foi trazido da segunda localidade. Em vista da sua ligação com o povoado, Jesus provavelmente havia feito preparativos adiantados em segredo (conforme comentário Dt 26:18). v. 5. num jumento [...] jumentinho: “Dois animais somente em Mateus. Provavelmente, ‘Mateus’ ou sua fonte pensaram em dois animais em virtude de Zc 9:9. Nesse versículo poético, o profeta fala em linhas paralelas do animal que o rei iria montar; ambas as linhas se referem ao mesmo animal. Mas a referência dupla parece ter levado à suposição comum de que eram dois animais” (Filson). Esse é um exemplo típico de afirmações modernas acerca do trecho; os fatos estão corretos, as conclusões são por demais duvidosas. Um jumentinho não amansado seria acalmado pela presença de sua mãe. v. 7. sobre eles: Há evidência adequada nos manuscritos a favor da formulação “sobre ele” em harmonia com Lucas (M’Neile, Tasker). Jo 12:16) e estavam agora tentando coagi-lo. Muitos deles já tinham chegado a Jerusalém e estavam saindo ao encontro dele (Jo 12:12,Jo 12:13).

    Jesus no templo (21:10-17)

    V.comentário de Mc 11:15-41; Lc 19:4548; acerca dos v. 10,11, conforme Jo 12:19. Está claro que Mateus coloca a purificação do templo no domingo, e Marcos, na segunda-feira. Lucas é breve demais para que tiremos alguma conclusão. A história da figueira faz mais sentido se aceitarmos a ordem de Marcos. Seremos sábios, portanto, se virmos na ordem de Mateus um dos seus processos intencionais de inversão para ressaltar que o Rei de Israel é Senhor do templo. O retrato mais próximo do que estava acontecendo é imaginar um mercado de gado dentro da catedral mais próxima. O comércio havia sido permitido porque os que vendiam tinham de pagar aos sacerdotes o espaço locado, v. 13. covil de ladrões: As dependências sagradas certamente não tinham influência alguma sobre os princípios comerciais dos mercadores, e um peregrino que não tivesse trazido os seus animais de sacrifícios consigo estava completamente à mercê deles. Destaca-se com freqüência que Jo 2:13-43 deve representar o mesmo incidente, tendo sido deslocado de propósito ou por acidente. No entanto, há diferenças suficientes para considerá-lo um incidente distinto. Se não fosse, pareceria incrível que Mateus e Marcos não tivessem registrado Jo 2:19 como um preparo para 26.61 e Mc 14:58. v. 16. Não estás ouvindo o que estas crianças estão dizendo?-. As autoridades não conseguiram disciplinar e conter a multidão de crianças entusiasmadas com a chegada dos peregrinos e os eventos do dia, mas esperavam que Jesus se separasse delas. Ao sinalizar a sua aprovação com a citação de Sl 8:2, ele implicitamente reivindicou ser o Messias.

    Jesus amaldiçoa a figueira (21:18-22)

    V.comentário de Mc 11:12-41,Mc 11:20-41; Lc 20:18. Jesus não estava simplesmente se esquivando de uma pergunta e, assim, fugindo dos seus inquiridores. Ao confessarem que não eram capazes de julgar a autoridade de João Batista, eles confessaram ser incompetentes, embora representassem o Sinédrio, de julgar as declarações e reivindicações daquele que tinha sido proclamado por João como sendo muito maior do que ele (3.11).

    A parábola dos dois filhos (21:28-32)

    Essa é a primeira de três parábolas que ensinam a indignidade dos líderes religiosos; elas não precisam ser transferidas deles para os judeus em geral. Há duas dificuldades no texto. Há boas evidências para se colocar em primeiro lugar o filho que disse “Sim” e não foi. Isso coloca o representante dos líderes no seu devido lugar, i.e., o primeiro de todos (NEB, Phillips, M’Neile, Schlatter, Nestle, B. & F. B. S. Diglot). Depois, um grupo pequeno mas significativo de manuscritos, que seguem a ordem da NVI, traz “o segundo” no v. 31. Isso é tão absurdo e cínico que provavelmente esteja correto (Schniewind). Podemos imaginar um homem como Caifás dando esse tipo de resposta como quem se nega a ser incomodado por um artesão galileu. Quando as autoridades rejeitaram João Batista, confirmaram uma atitude adotada muito antes. Para os rejeitados e proscritos, o convite de João foi a primeira indicação de que sua rejeição da vontade de Deus poderia ser revertida.

    A parábola dos lavradores maus (21:33-46)

    V.comentário de Mc 12:1-41; Lc 20:919. A resposta cínica à parábola anterior fez Jesus voltar-se para o povo (Lc 20:9), embora os representantes do Sinédrio continuassem ali prestando atenção (v. 45). Montanhas teológicas foram construídas sobre o v. 43. Sem ele, a teoria britânico-israelense perderia uma de suas pedras fundamentais. Ele é também uma das principais escoras do ponto de vista tradicional, seja em forma patrística, seja em forma calvinista, segundo o qual a Igreja é Israel, ou o novo Israel, ou o verdadeiro Israel, ou assumiu as funções de Israel. Se fosse uma declaração significativa do final do papel de Israel, esperaríamos no mínimo que aparecesse nos outros sinópticos. Essas interpretações ignoram o ensino da parábola e equiparam os lavradores, em vez da vinha (Is

    5.7), a Israel; os lavradores são o sumo sacerdócio e os outros líderes religiosos. Aliás, como diz Filson: “O Reino será tomado dos desobedientes líderes judaicos; o fato de rejeitarem os profetas e o Filho os torna sujeitos ao julgamento”. A destruição de Jerusalém significou que toda a casta religiosa governante do judaísmo foi varrida do mapa. Até mesmo o Nasi, o representante reconhecido pelos romanos depois de 70 d.C., vinha da família de Hillel, um humilde homem do povo, mesmo que de origem davídica. Sejam quais forem as verdades dos pontos de vista teológicos mencionados, precisam buscar sua justificativa em outros textos.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 11

    Mt 21:1; Mt 11:19).


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46

    D. Em Jerusalém. 21:1 - 25:46.

    Ao traçar os movimentos de Jesus a caminho de Jerusalém, Mateus omite a viagem de Jericó a Betânia, seis dias antes da Páscoa (Jo 12:1), que foi um dia antes da Entrada Triunfal (Jo 12:12).


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 10 até o 11

    10,11. Quem é este? A aclamação messiânica provocou a pergunta da parte daqueles que talvez não conhecessem Jesus (ele evitou Jerusalém durante a maior parte do seu ministério).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 11
    XXXII. OS ACONTECIMENTOS DA ÚLTIMA SEMANA DO MINISTÉRIOMt 21:1-40; Lc 19:29-42; Jo 12:12-43. Betfagé (1). Uma aldeia perto de Betânia, situada a uns dois quilômetros a leste de Jerusalém, do outro lado do cume do Monte das Oliveiras. O Senhor os há de mister (3). A narrativa dos últimos acontecimentos na vida do Senhor revela que havia em Jerusalém e circunvizinhanças pessoas que reconheciam Jesus como o Senhor. É possível que eles se tornaram discípulos durante o tempo do primeiro ministério em Jerusalém, que João descreve. A citação do vers. 5 é uma combinação de Is 62:11 e Zc 9:9 e adota em geral os LXX. Hosana (9). Palavra hebraica que quer dizer "salve Senhor". Encontra-se em 2Sm 14:4 e Sl 118:25. Deste mesmo Salmo, vers. 26, é tirada a aclamação bendito o que vem em nome do Senhor. Há um contraste notável nos vers. 10 e 11, entre os homens da cidade, que ignoravam a identidade do Senhor, e a multidão que sabia responder à pergunta deles. É muito provável que dentro da multidão houvesse muitos galileus que tinham ido ali para assistir à festa e que já conheciam o Senhor, em conseqüência de suas pregações e ministério de curas no Norte.

    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46

    111. O coroação Humilde de Cristo (Mateus 21:1-11)

    E quando eles se aproximaram de Jerusalém e tinha vindo a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, dizendo-lhes: "Ide à aldeia em frente de você, e logo encontrareis uma jumenta presa lá e um jumentinho com ela ; desatar-los e trazê-los para mim e se alguém diz algo para você, você dirá: 'O Senhor precisa deles ", e imediatamente ele vai enviá-los.". Agora isso aconteceu que o que foi dito pelo profeta poderia ser cumprido, dizendo: "Dizei à filha de Sião: Eis que o teu rei vem a ti, manso e montado em um jumento, em um jumentinho, cria de uma besta de carga. '"E os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta eo jumentinho, e puseram-lhes as suas vestes, em que estava sentado. E a maior parte da multidão estendeu os seus mantos pelo caminho; e outros cortavam ramos de árvores, e espalhá-los na estrada. E as multidões, indo diante dEle, e aqueles que seguiram depois clamavam, dizendo: "Hosana ao Filho de Davi: bendito o que vem em nome do Senhor;! Hosana nas alturas!" E quando Ele entrou em Jerusalém, toda a cidade foi agitada, dizendo: "Quem é este?" E as multidões estavam dizendo: "Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia." (21: 1-11)

    A maioria das pessoas hoje em dia têm pouco conhecimento de primeira mão de uma verdadeira monarquia. Aqueles que detêm o título de rei ou rainha nas sociedades modernas são muitas vezes os governantes apenas no nome que têm pouco ou nenhum poder ou responsabilidade governamental. Uma coroação elaborada é muitas vezes o único aviso que nunca vai ter de qualquer conseqüência. Mas até os tempos modernos a coroação de um monarca envolveu a exibição de grande esplendor e pompa. O rei estaria vestido com as roupas mais caras e jóias e seria conduzido através de seu capital em uma carruagem puxada por cavalos ornamentado senhoriais. A acompanhá-lo seriam seus cortesãos e dignitários estrangeiros, e após isso seria uma grande comitiva de melhores soldados do país. Em muitos países de alta patente líderes religiosos também participar.
    No clímax dos eventos, o rei seria apresentado com um cetro ou estaria em uma pedra sagrada, ou participar de algum outro ritual significa a transferência de poder e autoridade em suas mãos. Músicos que tocam e cantam, e as multidões se quebrar em coros espontâneos de louvor a seu soberano. Cada parte da cerimônia foi projetado para realçar o poder glória majestade e dignidade do rei.
    Na sua coroação em 1838, a rainha Vitória da Inglaterra usava uma coroa incrustada com rubis e safiras gigantes em torno de um diamante de 309 quilates. Seu cetro foi tampado com um diamante ainda maior, cortado do Estrela da África e pesando 516 quilates 1/2.

    Mateus 21:1-11 retrata a coroação mais significativo que o mundo já viu, mas foi uma coroação em contraste marcante com o tipo que acabamos de descrever. Foi uma verdadeira coroação de um verdadeiro rei. Ele foi confirmado como Rei e foi, em certo sentido, inaugurado em Sua realeza. Mas não havia nenhuma pompa, sem esplendor, e uma espécie indescritível de pompa.

    Tradicionalmente, esta coroação foi chamado a entrada triunfal de Jesus. Foi sua última aparição pública antes de sua crucificação e foi um evento extremamente importante no seu ministério divino na Terra, um evento que é freqüentemente dramatizada, mas raramente estudados cuidadosamente ou compreendido por seu verdadeiro significado.

    O final da peregrinação

    E quando eles se aproximaram de Jerusalém e tinha vindo a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, (21: 1a)

    Depois de curar os dois cegos em Jericó e Zaqueu levando a Ele, o Senhor fez sua última viagem a Jerusalém . Assim como Ele se aproximou de Jerusalém , Ele também se aproximou o fim de seus três anos de ministério que tinha sido precedido por trinta anos de obscuridade. Ele estava prestes a alcançar a meta estabelecida final antes ele por seu pai celestial. Como as multidões seguiu junto com Ele para celebrar a Páscoa, mal sabiam eles que estavam acompanhando o Cordeiro pascal Si mesmo.

    Durante um censo realizado cerca de dez anos depois, desta vez, o número de cordeiros sacrificiais abatidos na Páscoa foi determinada como sendo algo como 260.000. Porque um cordeiro foi autorizado a ser oferecido para até dez pessoas, os adoradores em Jerusalém naquela semana poderia ter um número superior a 2.000.000. Não é provável que o número em seguida, teria sido muito maior do que durante esta última Páscoa que Jesus celebrou, indicando que a cidade estava repleta de pessoas.
    Mas antes que ele e os Doze entrou em Jerusalém, pararam na pequena aldeia de Betfagé . Exceto por sua está estreitamente associada ao Monte das Oliveiras e Bethany (ver Mc 11:1), nada mais se sabe sobre a cidade, não havendo outra evidência bíblica, histórica ou arqueológica de sua existência.

    João nos diz que Jesus visitou Maria, Marta e Lázaro de Betânia "Seis dias antes da Páscoa" (João 12:1-3), tornando-se, provavelmente, sábado, o sábado judaico. Como ele enfrentou na semana que vem da dor e da morte, Ele procurou o conforto e companheirismo desses três amigos queridos.

    Mas mesmo nesse curto espaço de tempo de descanso, as estocadas do inferno continuou a afligi-lo. Enquanto Maria ungiu os pés com perfume caro e os enxugou com os seus cabelos, o traidor Judas, que também era um ladrão, fez uma objeção hipócrita que belo ato fingindo preocupação com os pobres. Sem dúvida, com profunda angústia de coração para a incredulidade endurecido de Judas, Jesus repreendeu-o, dizendo: "Deixai-a, a fim de que ela pode mantê-lo para o dia da minha sepultura. Para os pobres que você sempre tem com você, mas você não faz sempre têm Me "(João 12:3-8).

    Provavelmente, no dia seguinte, que teria sido o primeiro dia da semana, ou no domingo um grande número de judeus a Betânia para ver Jesus e também para "ver a Lázaro, a quem ele ressuscitou dentre os mortos" (Jo 12:9), que Jesus veio a Betfagé e preparado para entrar em Jerusalém através do East Gate da cidade. De acordo com esta cronologia da entrada triunfal foi na segunda-feira, em vez de "Domingo de Ramos", como a tradição cristã tem mantido por muito tempo.

    Essa cronologia também elimina o problema do que é muitas vezes referida como "Quarta-feira silenciosa", assim chamada porque os relatos evangélicos teriam nenhum registro de atividades de Jesus na quarta-feira se a entrada triunfal tinha sido no domingo. No que foi, de longe, a semana mais importante do ministério de Jesus tal lacuna é difícil de explicar.

    Suporte adicional para a entrada triunfal de segunda-feira é encontrado na exigência Mosaic que bodes expiatórios para a Páscoa eram para ser selecionado no décimo dia do primeiro mês (originalmente chamado Abib, mas depois do exílio chamado Nisan) e mantido na casa até sacrificados no XIV (Ex. 12: 2-6).

    No ano de Jesus foi crucificado (seja tomado como AD 30 ou 33), o décimo de Nisan foi a segunda-feira da semana da Páscoa. Se Jesus entrou em Jerusalém triunfalmente na segunda-feira, foi recebido nos corações do povo judeu como uma nação tanto quanto a família recebeu o cordeiro sacrificial para a casa. Ao fazê-lo, nosso Senhor teria cumprido o simbolismo da Páscoa mesmo nesse pequeno detalhe, sendo recebido pelo Seu povo no dia dez de Nisan. Continuando que o cumprimento perfeito, Ele então foi crucificado na sexta-feira o décimo quarto de Nisan, como o verdadeiro Cordeiro pascal sacrificado pelos pecados do mundo.

    A exatidão da profecia

    em seguida, Jesus enviou dois discípulos, dizendo-lhes: "Ide à aldeia em frente de você, e logo encontrareis uma jumenta presa lá e um jumentinho com ela;. desatar-los e trazê-los para mim e se alguém diz algo a você, você dirá: 'O Senhor precisa deles ", e imediatamente ele vai enviá-los." Agora isso aconteceu que o que foi dito pelo profeta poderia ser cumprido, dizendo: "Dizei à filha de Sião: Eis que o teu rei vem a ti, manso e montado em um jumento, em um jumentinho, cria de uma besta de carga. '"E os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta eo jumentinho, e puseram-lhes as suas vestes, em que estava sentado. (21: 7-1b)

    A partir deste texto e muitos outros, é claro que Jesus estava sempre no controle dos eventos que afetou sua vida. Ele iniciou sua própria coroação, quando Ele enviou dois discípulos para obter a montagem em que Ele iria entrar em Jerusalém. Desse modo, ele colocou em movimento uma série de eventos climáticos que culminaram no sacrifício gracioso voluntária de si mesmo na cruz que tinha sido divinamente planejada desde a eternidade passada. Do começo ao fim os evangelhos desmentem completamente a tese de muitos intérpretes liberais que Jesus foi levado pelo entusiasmo da multidão e ficou preso em uma teia de intriga trágica religiosa e política que o pegou de surpresa. Ele não era um professor de moral bem-intencionado que foi longe demais na rankling os líderes judeus e foi impotente varridos para uma execução prematura.

    Os dois discípulos disseram para ir para a aldeia em frente a eles, onde eles iriam imediatamente ... encontrareis uma jumenta presa ... e um jumentinho com ela . Embora a vila estava perto dos dois animais, obviamente, estavam fora de vista, ou Jesus teria simplesmente apontou para eles. A mãe de burro foi trazido, sem dúvida, a fim de induzir a sua prole a cooperar. O jovem colt não seria facilmente ter deixado sua mãe e teria sido ainda mais difícil de lidar do que normalmente são burros.

    Apenas em sua onisciência poderia Jesus ter sabido que o burro e seu potro que, naquele momento, ter sido onde estavam, esperando para ser encontrado pelos dois discípulos. Jesus também sabia que os discípulos seriam questionados sobre a tomada de animais. Ele, portanto, instruiu-los ainda mais, "Se alguém disser alguma coisa para você, você dirá: 'O Senhor precisa deles", e imediatamente ele vai enviá-los. "

    Marcos relata que "alguns dos espectadores", que Lucas diz que foram os proprietários, de fato, pediu: "O que você está fazendo, desamarrando o jumentinho? ' E falou-lhes, assim como Jesus lhes tinha dito, e eles lhes deu permissão "(Marcos 11:5-6; Lc 19:33). Porque os proprietários prontamente deu permissão para a utilização dos animais, quando disse que o Senhor havia necessidade deles , parece provável que eles eram crentes em Jesus. Nós também aprender com os outros dois evangelhos que o colt nunca tinha sido montado (Mc 11:2). Foi um gesto de respeito e honra de oferecer tal um animal para alguém, como se dissesse: "Este animal foi reservado especialmente para você.

    Agora isso aconteceu que o que foi dito pelo profeta poderia ser cumprido, Mateus explica. Vida e ministério inteiro de Jesus foram marcados por duas Propositos primordiais, para fazer a vontade do Pai celeste (Mt 26:39, Mt 26:42;. Jo 4:34; Jo 5:30) e para cumprir as profecias do Antigo Testamento sobre a primeira vinda do Messias (Mt 5:17; Lc 13:33; 24: 25-27., At 3:21).

    A filha de Sião refere-se aos moradores de Jerusalém, que foi por vezes referido como Sião , porque Monte Sião é mais alto e mais proeminente colina da cidade. A profecia citada no versículo 5 é a partirdo profeta Zacarias, que 500 anos antes havia previsto que o povo de Jerusalém coroaria o Messias como seu rei como Ele estava vindo para a cidade e que Ele seria gentil , ou humilde, e montado sobre um jumento, em um jumentinho, cria de animal de carga (ver Zc 9:9; conforme Ne 2:6).

    O epítome de Louvor

    E a maior parte da multidão estendeu os seus mantos pelo caminho; e outros cortavam ramos de árvores, e espalhá-los na estrada. E as multidões, indo diante dEle, e aqueles que seguiram depois clamavam, dizendo: "Hosana ao Filho de Davi: bendito o que vem em nome do Senhor;! Hosana nas alturas!" (21: 8-9)

    Como Jesus começou a andar para a cidade na segunda-feira, a maior parte da multidão estendeu os seus mantos pelo road . Era um costume antigo (ver 2Rs 9:13) para os cidadãos a jogar suas roupas na estrada para seu monarca a andar mais, simbolizando o seu respeito por ele e sua submissão à sua autoridade. Era como se dissesse: "Nós colocamo-nos aos seus pés, até mesmo para andar sobre se necessário"

    Enquanto as pessoas estavam colocando suas roupas no caminho de Jesus, outros cortavam ramos de árvores, e espalhá-los na estrada . De João 0:13 aprendemos que os ramos eram de palma árvores , símbolo da salvação e da alegria e retratando a magnífica homenagem que a "grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações e todas as tribos, povos e línguas" um dia vai apresentar "diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e ramos de palmeiras ... em suas mãos" (Ap 7:9). As expectativas de que o Messias traria libertação eram tão grandes que a multidão ficou totalmente apanhado em que, a partir de uma perspectiva humana, era um frenesi de mob histeria. No entanto, completamente de acordo com o plano de Deus, eles inconscientemente cumpriu a profecia assim como Caifás profecia involuntariamente cumprida quando, alguns dias antes, ele havia arrogantemente declarou aos colegas membros do Sinédrio: "Você sabe absolutamente nada, nem você levar em conta que Convém-lhe que um homem morra pelo povo, e que toda a nação não pereça ". Como João passou a explicar, Caifás não disse que "por sua própria iniciativa; mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação" (João 11:49-51).

    Aparentemente a uma só voz, toda a multidão estava gritando, dizendo: "Hosana ao Filho de Davi;! Bendito o que vem em nome do Senhor, Hosana nas alturas!" A palavra hebraica hosana é um apelo exclamatory significa " salvar agora "Mas a multidão naquele dia não estava interessado em Jesus 'salvar suas almas, mas apenas em sua economia de sua nação. Como os Doze, que há muito se perguntou por que se Jesus fosse verdadeiramente o Messias, Ele não tinha usado seus poderes sobrenaturais contra os romanos. Agora, finalmente, eles pensaram, Ele vai manifestar-se como conquistador.Eles estavam prestes a celebrar a Páscoa, que comemora libertação milagrosa do Senhor de Israel da escravidão do Egito. Que melhor ocasião poderia haver para o Ungido do Senhor, o Messias, para fazer a libertação final e final de Seu povo da tirania?

    As pessoas queriam uma conquista, reinando Messias que viria em grande poder militar para se libertar do jugo brutal de Roma e estabelecer um reino de justiça e de justiça, onde o povo escolhido de Deus teria favor especial. Mas Jesus não veio para conquistar Roma, mas para vencer o pecado ea morte. Ele não veio para fazer a guerra com Roma, mas para fazer a paz com Deus para os homens.
    Embora os gritos da multidão foram totalmente adequado e foram, de fato, cumprimento da profecia, o povo não tinha idéia do verdadeiro significado do que eles estavam fazendo, muito menos do que Jesus em breve iria fazer na cruz em seu nome. Eles não compreenderam o Senhor nem a si mesmos. Ele intencionalmente não entrar em Jerusalém com uma comitiva poderoso de soldados que iria lutar por ele até a morte. Ele entrou em vez com uma multidão desorganizado de pessoas comuns, a maioria dos quais, apesar de sua proclamação alto de sua grandeza, em breve iria se voltar contra ele, e nenhum dos quais ficaria com ele.
    A multidão reconheceu Jesus como o Filho de Davi , que era o título messiânico mais comum. Eles estavam clamando por libertação de Messias, implorando, com efeito, "Salva-nos agora grande Messias! Salva-nos agora!" Eles estavam citando um salmo louvor populares do Hallel (13 1:118-1'>Salmos 113:118), em particular o Salmo 118, que também foi um salmo de libertação, às vezes chamado de salmo do conquistador. Mais de uma centena de anos antes, os judeus tinham saudado Jonathan Macabeu com o mesmo salmo depois que ele entregou a Acra da dominação síria.

    A multidão sabia quem era Jesus, mas eles não entenderam ou realmente acredito que eles sabiam. Eles estavam certos em sua crença de que Ele era o Messias, o Filho de Davi , e que tinha vindo em nome do Senhor . Mas eles estavam errados em suas crenças sobre o tipo de Libertador Ele era. Eles sabiam que Ele era um rei, mas eles não entenderam a natureza da Sua realeza ou Seu reino. Eles não perceberam mais do que Pilatos que o reino Ele veio em seguida, para trazer não era deste mundo (Jo 18:36). É por isso que quando ficou claro para eles, alguns dias depois que Jesus não tivesse vindo para livrá-los dos romanos, eles se voltaram contra ele. Quando eles clamavam diante de Pilatos para a libertação de Barrabás em vez de Jesus (Jo 18:40), eles gritaram, com efeito, as palavras de Jesus tinha predito na parábola do nobre: ​​"Não queremos que este reine sobre nós" (Lc 19:14).

    As pessoas queriam Jesus em seus próprios termos, e não vai se curvar a um rei que não era do seu agrado, mesmo que Ele era o Filho de Deus. Eles queriam que Jesus para destruir Roma, mas não os seus pecados secretos ou a sua hipocrisia, religião superficial. Mas Ele não iria entregá-los em seus próprios termos, e não seria entregue à Sua. Ele não era um Messias que veio para oferecer uma panacéia de paz externa no mundo, mas para oferecer o infinitamente maior bênção da paz interior com Deus.
    Muitas pessoas hoje estão abertos a um Jesus que eles acham que vai dar-lhes a riqueza, saúde, sucesso, felicidade, e as outras coisas do mundo que eles querem. Como a multidão na entrada triunfal eles vão alto aclamar Jesus, enquanto eles acreditam Ele irá satisfazer seus desejos egoístas. Mas, como a mesma multidão, poucos dias depois, eles vão rejeitar e denunciar quando Ele não produzirem os resultados esperados. Quando a Sua Palavra confronta-los com o seu pecado e sua necessidade de um Salvador, que amaldiçoá-Lo e virar.
    Os romanos eram opressores ateus e cruéis, e que o Senhor não lhes permitiria sobreviver indefinidamente. Mas eles não eram o maior inimigo de seu povo. Seu maior inimigo era pecado, e de que eles se recusaram a ser entregue. Deus permitiria que o santo templo do Seu povo escolhido para ser destruído muito antes Deixou seus opressores pagãos para ser destruído. Ele, de fato, permitir que esses mesmos pagãos para destruir o Templo sagrado.

    No dia após a Sua entrada triunfal em Jerusalém Jesus "entrou no templo e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E Ele lhes disse: "Está escrito:" A minha casa será chamada casa de oração; "mas você está tornando-se um ladrões" den "(Mt 21:12-13.). Essa purificação do Templo era puramente simbólico e teve pouco efeito duradouro. Os moneychangers mercenários e vendedores de sacrifício eram, sem dúvida, de volta aos negócios do dia seguinte. Mas menos de 40 anos mais tarde, em AD 70, os romanos quiseram destruir totalmente o Templo, após o que, assim como Jesus predisse, nem uma pedra do que foi deixada sobre outra que não foi demolido (Mt 24:2). A primeira vez que Ele veio, Ele veio para oferecer a salvação dos homens. Mas quando Ele voltar, Ele virá para exibir sua soberania. Sua grande e última coroação em que dia é descrita por João:

    E, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro Anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. E cantavam um cântico novo, dizendo: "Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos; porque foste morto, e compra fizeste por Deus para com os teus homens de sangue de toda tribo, língua, povo e nação e mil. Fê-los a ser um reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a terra ". E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono e dos seres viventes e dos anciãos; eo número deles era miríades de miríades e milhares de milhares, dizendo em alta voz: "Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, honra, glória e louvor." E a toda criatura que está no céu e na terra e debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, dizerem: "Àquele que está sentado no trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, honra e glória e poder pelos séculos dos séculos ".E os quatro seres viventes diziam: "Amém". E os anciãos prostraram-se e adoraram. (Apocalipse 5:8-14)

    O Element da Perplexidade

    E quando Ele entrou em Jerusalém, toda a cidade foi agitada, dizendo: "Quem é este?" E as multidões estavam dizendo: "Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia." (21: 10-11)

    Relato de Mateus sobre a entrada de Jesus termina com um elemento de perplexidade. Após as grandes gritos de aclamação tinha um pouco diminuiu e Jesus entrou Jerusalém , os moradores da cidade começaram a perguntar: " Quem é este? " A melhor resposta à multidão de celebrantes poderia dar era: " Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia . " Obviamente, a maioria deles tinha dado pouca atenção ao que eles tinham sido gritando tão veementemente. Mal tinham acabado proclamando Jesus como o Messias, o Filho de Davi, que veio em nome do Senhor. Mas eles não compreenderam o que eles disseram, e quando as emoções de massa diminuiu, eles eram difíceis put a dizer que Jesus realmente era, à excepção de um profeta que veio de Nazaré da Galiléia . Eles já não O chamou o Filho de Davi ou elogiou-o como o grande Libertador. Ele já não era mais do que um profeta .

    As pessoas sabiam, mas eles não acreditaram, e porque eles não acreditam que eles deixaram de saber. Tal como os seus antepassados ​​para quem Isaías pregou, eles ouviram, mas não percebem e serra, mas não entendia, porque seus corações eram insensíveis (Isa. 6: 9-10). Eles ouviram a mensagem de Jesus, eles atestaram Seus milagres, e eles ainda reconheceu a Sua divindade, mas eles rejeitaram Seu como Salvador e Seu senhorio. Eles foram totalmente terrestre, materialista, e auto-satisfeito Eles estavam interessados ​​apenas nos reinos deste mundo, e não o reino dos céus Eles teriam aceitado Jesus como um rei terreno, mas eles não teriam como seu Rei celestial.

    112. A Purificação do Templo pervertido (Mateus 21:12-17)

    E Jesus entrou no templo e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E Ele lhes disse: "Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração.», Mas você está fazendo covil de ladrões " E os cegos e os coxos a Ele no templo, e ele os curou. Mas quando os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que ele tinha feito, e as crianças que clamavam no templo e dizendo: "Hosana ao Filho de Davi", ficaram indignados, e disse-lhe: "Você Você ouve o que estes estão dizendo? " E Jesus lhes disse: "Sim, não lestes," fora da boca de crianças e bebês de enfermagem Tu tens louvor preparado para ti mesmo "? E Ele os deixou e saiu da cidade para Betânia, e ali. (21: 12-17)

    A entrada triunfal na segunda-feira tinha começado fora East Gate de Jerusalém, onde uma multidão seguiu Jesus na cidade e outro grande grupo saiu da cidade para encontrá-lo e, em seguida, abriu o caminho diante dele, espalhando roupas e ramos de palmeiras na estrada como eles fui (vv 8-9; conforme João 12:12-13.). "Ele entrou em Jerusalém e entrou no templo," Marcos nos diz; "E depois de olhar ao redor, ele partiu para Betânia com os doze, pois já era tarde" (Mc 11:11). Na terça-feira de manhã, depois de passar na noite de ontem, em Betânia, Ele voltou para Jerusalém.

    Como mencionado no capítulo anterior, na época da Páscoa na cidade de Jerusalém cresceu para talvez quatro ou cinco vezes o seu tamanho normal por causa dos peregrinos judeus que vieram de todo o mundo conhecido para comemorar esta grande festa. Tradição há muito tempo ditou que a Páscoa pode ser celebrada corretamente somente em Jerusalém. Mas porque a cidade não poderia acomodar o aumento das multidões que vieram para essa ocasião, os líderes religiosos declarou um decreto especial a cada ano que se estendeu temporariamente os limites da cidade para incluir uma área considerável do lado de fora dos muros, incluindo várias pequenas aldeias como Betfagé e de Betânia. Como muitos outros visitantes, Jesus e seus discípulos passaram o dia dentro da cidade murada adequada, mas passou a noite em uma comunidade próxima. Aqueles que não poderia encontrar o aluguer de alojamento e que não tinha amigos que vivem na área, muitas vezes acampados ao ar livre.
    Enquanto eles estavam em Jerusalém, muitos judeus foram para o templo para orar, para oferecer sacrifícios, para realizar rituais de limpeza e purificação ritual, e apresentar ofertas nas grandes recipientes em forma de trompete localizados no átrio das mulheres.

    Mas, como Jesus entrou no templo nessa terça-feira da semana da Páscoa, Ele veio com um propósito único: para dar mais uma demonstração de suas credenciais messiânicas. Para os milhares de celebrantes, aos líderes religiosos, e mais especificamente para os principais sacerdotes e escribas (ver Mt 20:18; Mt 21:15)., Ele ofereceu novamente testemunho claro para a natureza de Sua realeza e do Seu reino.

    Desde as primeiras manifestações dramáticas de Seu poder de operar milagres, a multidão queria levá-lo à força e fazê-Lo rei (Jo 6:15). Sua intenção, é claro, era para ele ser um rei do seu próprio gosto que iria cumprir as suas aspirações de libertação do jugo de Roma. Mas o Senhor sempre se recusou a ser que tipo de rei e realizar esse tipo de libertação. Sua coroação processional em Jerusalém no dia anterior foi marcada pela simplicidade ao invés de pompa e pela humildade em vez de esplendor. Ele não foi acompanhado por personalidades influentes e um exército poderoso, mas por desarmados, ninguéns impotentes. E como Ele havia predito (20: 18-19) e que logo demonstrar, que Ele não veio para reinar, mas para morrer, não para ser coroado, mas para ser crucificado, e não com a Proposito de entregar Israel a partir do poder de Roma, mas de entrega de todos os homens do poder do pecado.

    Mas Jesus já deu uma demonstração de realeza que estava em contraste marcante com seu humilde inauguração no dia anterior

    Ele mostrou que ele estava em uma missão divina

    E Jesus entrou no templo (21: 12a)

    Alguns manuscritos antigos de Mateus conter as palavras "de Deus", depois de o templo , e que a leitura parece ser autêntico. Como RCH Lenski comentou, "O templo de Deus nunca é usada no Novo Testamento como uma frase em qualquer lugar, mas aqui, por isso parece improvável que algum escriba iria colocá-lo. Mas se você entender o que Jesus está prestes a fazer, faz todo o sentido do mundo que [Mateus] teria afirmado que este era o templo de Deus, quando ele está prestes a descrever a impiedade total de suas atividades. " Ainda assim, a frase "de Deus" não acrescenta nada ao ensino básico da passagem, porque o templo em Jerusalém, obviamente, pertencia ao Deus dos judeus. Mas essas duas palavras não servem para ajustar o foco e intensificar a ênfase, destacando o fato de que Jesus estava lidando com o símbolo terreno sagrado da presença de Seu Pai celestial.

    Se Jesus fosse o Messias militar o povo queria, ele teria trazido um exército em Jerusalém e atacou o principal guarnição romana em Fort Antonius. Em vez disso, sozinho e desarmado, ele atacou um grupo de seus compatriotas que foram profanavam o templo . A questão suprema de Jesus não era o exército de Roma, mas o templo de Deus. O Messias não veio como um salvador econômico, político, social ou militar da injustiça e da opressão, mas como um salvador espiritual do pecado e da morte. Na sua segunda vinda Ele vai realmente fazer direito as injustiças e desigualdades que afligem a humanidade. Mas, antes que Ele volte como Rei dos reis e Senhor dos senhores para estabelecer o Seu reino milenar gloriosa e resolver todos os conflitos da humanidade caída, ele primeiro tinha que vir como Salvador para estabelecer Seu reino espiritual dentro aqueles que confiam nEle.

    Jesus começou o seu ministério em uma Páscoa assim como Ele agora terminou em uma Páscoa. Assim como no presente momento, "Encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e os cambistas sentados." E assim como ele estava prestes a fazer de novo, ele tinha feito antes, quando Ele "expulsou todos do templo, com as ovelhas e os bois; e Ele derramou as moedas dos cambistas e derrubou as mesas; e aos que vendiam as pombas Ele disse: 'Tirai daqui estas coisas; parar de fazer casa de meu Pai uma casa de comércio "(João 2:14-16).

    Durante os anos ocultos de sua adolescência e início da vida adulta, e, certamente, durante o seu ministério, Jesus tinha visto tanta injustiça social, a desigualdade econômica muito, muito privação e pobreza e muita opressão e crueldade pelos romanos. Mas sua missão nunca se para aquelas coisas, porque eles não são maiores problemas do homem. Foi o mais grave problema do pecado que Jesus tinha vindo a conquistar. Problema dos homens com Deus é infinitamente maior do que os seus problemas com outros homens. Eles não podem, de fato, resolver os seus problemas com o outro até que seu problema com ele é resolvido através da fé e obediência.
    Foi no templo erguido em seu próprio nome e pelas pessoas que Ele havia escolhido para si que o Senhor foi mais ofendido e negados. Foi, portanto, em sua própria casa que a limpeza começou. Enquanto as coisas estavam erradas com o culto de Israel, as coisas não poderiam estar bem no país. A adoração é sempre o ponto focal. O grande problema com a sociedade não é a injustiça, a desigualdade crime, ou mesmo imoralidade-penetrante e destrutivo como os males poderia ser. O mal da sociedade dos males sempre foi o seu abandono de Deus. E isso é tão verdadeiro hoje como era no antigo Israel que o povo de Deus deve-se ser revivido e renovado antes que eles possam ser Seus instrumentos para mudar o mundo ao seu redor.
    Jesus tinha limpou o templo, três anos antes, mas foi agora provavelmente mais profano e corrompido do que nunca. Por que, então, será que ele novamente deu ao trabalho de fazer esse gesto aparentemente fútil? Ele sabia que seu ato de limpeza seria temporária e não iria mudar os corações dos líderes religiosos. Mas Ele foi obrigado a deixar isso claro testemunho de santidade de Deus e para o juízo de Deus contra a profanação e religião falsa.
    Deus havia enviado repetidamente profetas para alertar seu povo de sua idolatria e outros pecados e de chamá-los de volta a Ele. Às vezes, não haveria a reforma, mas a reforma quase que invariavelmente seria degenerar em ainda pior idolatria do que antes. No entanto, Ele enviou os Seus profetas uma e outra vez para declarar a Sua verdade, Sua santidade, e seu julgamento. O Senhor nunca deixa de declarar sua vontade para o Seu povo, não importa quantas vezes ou quão perversamente eles rejeitam. A verdade revelada que não resulta em arrependimento torna-se a fonte de maior condenação.
    Como Jesus entrou no templo , foi, sem dúvida, repleta de milhares de fiéis judeus, moagem sobre o Tribunal exterior dos gentios, onde todos estavam autorizados a entrar. Talvez os líderes judeus argumentou que, se os gentios podiam estar lá para que pudesse de qualquer outra coisa. Dentro das últimas décadas a área passou a ser usado como um mercado religioso, operado sob os auspícios do sumo sacerdote Anás. Ele era um homem corrupto e vil, que viu o Templo e sua posição exaltada apenas como meio de poder pessoal e de riqueza. As empresas de negócios no Pátio dos Gentios veio a ser conhecido como o "Bazar de Anás," cujos sacerdotes e outros associados chefe supervisionou as franquias do Templo. Merchants iria comprar direitos a uma concessão para a venda de animais para o sacrifício, vinho, azeite, ou de sal, ou para a troca de dinheiro para a moeda e denominações adequada usado em ofertas do Templo. Além das taxas de franquia dos operadores, muitas vezes ser obrigado a pagar uma determinada percentagem dos seus lucros para Annas.

    De acordo com a lei levitical qualquer animal aprovado pelos sacerdotes poderiam ser oferecidos no Templo. Mas os principais sacerdotes a certeza de que os animais não compraram em uma de suas franquias seria julgado inaceitável, dando aos seus concessionários o direito de facto para fornecer todos os animais. De acordo com o historiador judeu-cristão Alfred Edersheim, uma pessoa que muitas vezes tem que pagar tanto quanto dez vezes mais do que um animal normalmente custo. Como se isso não bastasse extorsão, aqueles que precisavam ter moeda estrangeira trocados ou que teve de ter seu dinheiro convertido na quantidade exata para uma oferta foram cobrada uma taxa de vinte e cinco por cento. Jesus foi, portanto, falando literalmente quando Ele chamou o mercado Templo "covil de salteadores" (v. 13).
    Quando Ele foi obrigado a limpar a casa de Seu Pai de sacrilégio, Cristo demonstrou Ele estava em uma missão divina de Seu Pai celestial.

    Ele demonstrou Autoridade Divina

    e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. (21: 12b)

    O templo era o lugar supremo do culto judaico, o sumo sacerdote e príncipes dos sacerdotes eram, portanto, os mais poderosos líderes religiosos em Israel. Dentro dos limites do templo, os guardas do sumo sacerdote tinha um poder extraordinário. Como a lei judaica exigia a morte por qualquer não-judeu que foi mais longe no Templo do que o Pátio dos Gentios, os romanos tinham dado a aprovação para os guardas do Templo, para matar um criminoso no local.

    No entanto, Jesus confrontou o sumo sacerdote, os príncipes dos sacerdotes, os guardas do templo, e os mercadores do templo com a impunidade. Eles estavam prestes a se encontrar com alguém sobre o qual eles não tinham absolutamente nenhum poder. Embora muitos desses homens, mais tarde, ser um instrumento de prisão, julgamento e crucificação de Jesus, eles foram capazes de exercer esse poder apenas pelo subsídio do Pai. Como Pilatos, eles não tinham autoridade sobre Jesus que não tinha "sido dado de cima ..." (Jo 19:11). Como Jesus havia declarado aos fariseus incrédulos numa ocasião anterior, em Jerusalém, somente Ele tinha poder sobre a sua vida. "Por isso, o Pai me ama," Ele disse, "porque eu dou a minha vida para que eu possa levá-la novamente. Ninguém ma tira de mim, mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la "(João 10:17-18).

    Em poucos dias, Jesus iria apresentar-se nas faixas de os líderes religiosos judeus para eles para fazer o que quisessem. Mas nesta ocasião eles não tinham poder para impedi-lo de fazer uma demonstração final de Sua autoridade divina. Sem aviso e sem resistência, Jesus expulsou ambos os comerciantes e seus clientes e derrubou as mesas dos cambistas . Antes que os milhares de fiéis, os comerciantes confusos, e os sacerdotes que passou a estar presente, Jesus fez uma confusão do bazar e declarou a vergonha de quem lucrou com isso. Toda a arena estava em confusão e desordem, com animais correndo solta, pombas voando ao redor, e dinheiro de todos os tipos de rolamento em frente ao pátio. Mas naquela época os comerciantes, cambistas e sacerdotes não fez e não podia levantar uma banda ou até mesmo uma voz contra Ele, mais do que os leões poderiam morder o profeta Daniel.

    Havia também razões humanas por que Jesus não foi rejeitada. Os sacerdotes e outros líderes religiosos estavam com medo do povo judeu, muitos dos quais acabava de proclamar Jesus como o Messias (conforme Lc 19:48). Os comerciantes também tinham medo do povo, a quem tinha enganado e extorsão por tantos anos. Registros históricos revelam que várias décadas depois, as pessoas fizeram de fato motim contra os seus exploradores Templo mercenários. Mas essas razões ficam aquém do totalmente explicar o que aconteceu com aqueles que foram profanar o templo. Eles não estavam simplesmente intimidado, mas foram impotentes e sem fala perante a autoridade deste professor Galileu quem desprezavam e se recusou a reconhecer como o Messias.

    Marcos relata que Jesus estava em tal controle poderoso que Ele não iria mesmo "permitir que ninguém o transporte de mercadorias através do Templo" (Mc 11:16). Porque o Templo estava perto do East Gate, o Pátio dos Gentios foi muitas vezes utilizado como passagem por aqueles que viajam de ou para o lado sudoeste da cidade. Jesus também colocar um fim imediato a esse desprezo pela santidade da casa de Deus. A implicação parece ser que Ele fez as pessoas abandonam o que eles estavam carregando e sair de mãos vazias. Aqui, também, não vemos qualquer indício de resistência ou oposição.Presença dominante de Jesus era tal que disseminou o medo e submissão em cada pessoa existe, independentemente do que eles pensavam dele ou do que ele estava fazendo.

    Jesus veio ao mundo em humilhação, como o Filho de Deus encarnado, mas nesta ocasião, como em vários outros, Ele manifesta ódio força divina contra o pecado, especialmente o pecado que profana o nome de Deus e sullies Sua santidade. Por esta exibição unresistable poderoso do poder Ele fez o Templo simbolicamente limpo. Com a grande confusão de animais, mesas, cadeiras, dinheiro e pessoas assustadas, ele estava longe de ser arrumado; mas foi por um breve tempo limpo de contaminação moral evidente.

    Foi em parte da grande ódio de Martin Luther de indulgências, a suposta compra da graça de Deus para o dinheiro que a Reforma Protestante nasceu. Os crentes de hoje devem clamar como Luther fez por Cristo para limpar a igreja de suas muitas contaminações modernas, incluindo a mercadoria do evangelho. Julgamento ainda deve "começar com a família de Deus" (1Pe 4:17).

    Ele revelou Compromisso com a Sagrada Escritura

    E Ele lhes disse: "Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração.», Mas você está fazendo covil de ladrões " (21:13)

    Como sempre fazia, Jesus vindicado o que estava fazendo, apelando para o Antigo Testamento, aqui citando Is 56:7). Mateus omite essas palavras provavelmente porque ele estava escrevendo principalmente para os judeus. Mas o ponto principal em ambas as contas é que purificação do Templo de Jesus foi consistente com a Palavra de Deus.

    O templo era para ser um lugar de adoração, meditação silenciosa, contemplação, louvor e devoção, um lugar onde o povo de Deus poderia se achegar a Ele em adoração, sacrifício, e as ofertas e poderia buscar a Sua vontade e bênção. Não era para ser um mercado combinação, curral, e banco, onde vendedores ambulantes e charlatães realizado em suas empresas gananciosas, sob o pretexto de servir e adorar ao Senhor.

    Na dedicação do Templo, Salomão orou: "Senhor, meu Deus, ... ouvir o clamor ea oração que o teu servo faz diante de Ti hoje, que os teus olhos estejam abertos sobre esta casa de noite e de dia para o lugar dos quais disseste: "O meu nome estará ali", para ouvir a oração que o teu servo fizer voltado para este lugar e ouvir a súplica do teu servo e do teu povo Israel, quando orarem neste lugar;. ouvir tu nos céus, lugar da tua habitação; ouvir e perdoar "(I Reis 8:28-30).

    Foi para o Tabernáculo, que precedeu o Templo como lugar central de Israel de culto, que Hannah foi quando ela estava sofrendo amargamente sobre sua esterilidade. Em que lugar santo do Senhor graciosamente concedido o seu pedido de um filho, cujo nome era Samuel e que se tornou um dos servos de escolha de Deus (1 Sm. 1: 9-20). Davi declarou: "Uma coisa pedi ao Senhor, que eu procuro: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e meditar no seu templo" (Sl 27:4. Em vez de ser um lugar onde as pessoas fiéis de Deus poderia vir e adoração sem serem molestados e protegido, o templo tornou-se um lugar onde eles foram extorquidos e seus roubadores foram protegidos. Esses ladrões religiosamente conectados encontraram refúgio no templo como highwaymen encontrou refúgio na cova dos ladrões . Mas ao contrário de ladrões normais, seu roubo era pública, e eles roubaram e refugiou-se no mesmo lugar. O santuário de Deus tornou-se um santuário para os ladrões.

    Ele manifestou Compaixão e Poder Divino

    E os cegos e os coxos a Ele no templo, e ele os curou. (21:14)

    Temerosos de Jesus, e incapaz de resistir a ele, os sacerdotes, os comerciantes, cambistas, sacrifício-compradores, e os viajantes que utilizam o pátio dos gentios como um atalho através da cidade, aparentemente tinha tudo disperso. Mas os cegos e os coxos , embora certamente impressionado com Jesus, não tinham medo dele. Mesmo imediatamente após a sua exibição dramática de indignação divina, aquelas almas carentes corretamente percebeu que a fúria do Senhor não era de forma direcionada a eles. Assim como os ímpios e impenitentes pode esperar a ira de Deus, aqueles que humildemente buscar a Sua verdade e Sua ajuda pode esperar Sua compaixão.

    O doente e os aleijados, a maioria dos quais eram necessariamente mendigos, continuamente se reuniram no templo, na esperança de, no mínimo, para o dom de alguns denários e, no máximo, por um milagre de cura. Eles eram desprezados e ignorados pela maioria de seus compatriotas, em grande parte porque eles foram considerados como estando a sofrer como resultado direto dos pecados que eles ou seus pais cometeram (ver Jo 9:2.).

    Os crentes sabem que Jesus Cristo algum dia vai vir a este mundo em juízo devastador, que todo o julgamento foi dado a Ele pelo Pai, e que somente Ele tem as chaves da morte e do inferno. Eles sabem que ele controla o destino de cada alma, e que Ele tem o soberano e apenas o direito de enviar homens e mulheres incrédulas para o inferno para sempre. Mas, como os cegos e os coxos que veio para Jesus no Templo, os cristãos vêm ao Senhor com temor, mas também com perfeita confiança, sabendo que Ele não vai desviá-los ou condená-los. Eles sabem que Ele ama seus filhos e que nunca lhes fazer mal, mas sempre fazer-lhes bem, mesmo quando eles experimentam que o bem através de seu grupo de disciplina (He 12:6). Os sumos sacerdotes e os escribas agora talvez pensou a mesma coisa sobre sua cura. Não somente Ele se opor a eles como os governantes do Templo, mas em seus olhos Ele realmente trabalhou contra Deus por arbitrariamente curar aqueles que pensaram estavam sendo divinamente punidos por seus pecados.

    Como os fariseus, os príncipes dos sacerdotes e os escribas senti tão hipocritamente superior ao homem comum, especialmente para os aflitos e pobres que foram pensados ​​para merecer o seu destino, que testemunhar nenhuma quantidade de sofrimento poderia provocar compaixão neles. E eles eram tão inflexível em sua rejeição de Jesus como o Messias que nenhuma quantidade de provas poderia provocar crença nelas.

    Em vez de reconhecer sua autoridade, Jesus condenou a sua auto-justiça. Em vez de louvar a sua santidade, Ele condenou a sua hipocrisia. Em vez de reconhecer suas obras religiosas como agradável a Deus, Ele os condenou como ofensivo a Deus e sem valor. Por conseguinte, estes homens se recusaram a reconhecer Jesus mesmo como um rabino legítimo, muito menos como o Filho prometido a Davi. O que era perfeitamente claro para a maioria do povo judeu comuns em Jerusalém foi perfeito disparate à elite Templo erudita e de auto-satisfação.
    Eles, portanto, lhe disse: "Você é ouvir o que estes estão dizendo?" Eles disseram que, com efeito, "Você não percebe que essas crianças, como o ontem ralé, estão chamando o Messias? Por que você não detê-los ? Como você pode ficar lá aceitar elogios que pertence somente a Deus? Como você pode tolerar tal blasfêmia? " O verdadeiro problema, é claro, foi a de que eles não podiam tolerar a piedade compassivo de Jesus, porque era uma acusação contundente de sua impiedade sobrecarregados.

    Deixando seus acusadores sei que Ele não era alheio ao que estava acontecendo, Jesus primeiro respondeu simplesmente Sim . Ele estava plenamente consciente do que estava sendo dito, e Ele tinha plena consciência do seu significado e importância. "Mas", ele passou a pedir aos homens instruídos, " você nunca leu, "fora da boca de crianças e bebês de enfermagem Tu tens louvor preparado para ti mesmo"? Assim como fez em diversas ocasiões, Jesus irritou os líderes judeus citando o Antigo Testamento contra eles, a especialistas em Escrituras aceito.

    Jesus estava citando o Sl 8:2).

    Mesmo rejeição de Jesus pelos principais sacerdotes e escribas e Sua aceitação voluntária de que a rejeição demonstrada Sua realeza divina. Deus sabia que o homem mau iria rejeitar o Seu Filho, e foi parte integrante do plano divino de que o Messias seria "desprezado, eo mais rejeitado entre os homens" (Is 53:3).

    Nas palavras simples, mas assombrando Ele os deixou há um volume de verdade. Jesus deixou os sacerdotes e escribas descrentes, porque eles não quiseram vir a Ele. Eles desafiou-o novamente no dia seguinte, perguntando: "Com que autoridade fazes estas coisas, e quem te deu tal autoridade?" Ele respondeu, pedindo-lhes: "O batismo de João era de que fonte, do céu ou dos homens? E começou a raciocinar entre si, dizendo: Se dissermos: "Do céu," Ele nos dirá: "Então por que você não acredita nele?" Mas, se dissermos: "A partir de homens", tememos o povo; porque todos consideram João como profeta. E respondendo Jesus, eles disseram: 'Nós não sabemos. " Ele também disse a eles: 'Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas' "(Mateus 21:23-27.).

    Em vez de atacar Roma, Jesus atacou judaísmo. Em vez de ser um conquistador, Ele era um confrontador. Em vez de promover a revolução, ele pregou a justiça. E, em vez de limpar o inimigo sem, Ele limpou o inimigo interno.
    Este não era o tipo de Messias judaísmo estava procurando, em seguida, ou está procurando. A maioria dos judeus, religiosos ou não religiosos, não têm interesse no Filho de justiça. Aqueles que olham para um Messias em tudo está procurando o mesmo tipo seus antepassados ​​procuraram nos dias de Jesus. Eles ainda estão à procura de um salvador militar, político e econômico que vai mudar o mundo em seu nome, mas que não vai mudá-los.
    Jesus não vai permanecer onde Ele é indesejada. Apesar de todo o homem é responsável perante Deus, Ele obriga-se em ninguém. E, embora a salvação é, antes de tudo pela iniciativa e poder soberano de Deus, nenhuma pessoa é salva a contragosto. Como os principais sacerdotes e escribas descrentes não recebê-Lo, Ele os deixou e saiu da cidade para Betânia, e lá , para ficar com sua queridos amigos Maria, Marta e Lázaro, e os outros discípulos fiéis que esperavam em e O amava.

    113. O Caminho da árvore de figo (Mateus 21:18-22)

    Agora pela manhã, quando ele voltou para a cidade, teve fome. E, vendo uma figueira solitário à beira da estrada, Ele veio a ele, e não encontrei nada sobre ele, exceto apenas folhas;e Ele disse a ela, "Não mais deve haver sempre qualquer fruto de ti." E, uma vez que a figueira secou. E, vendo isso, os discípulos se admiraram, dizendo: "Como é que a figueira secou imediatamente?" E Jesus, respondendo, disse-lhes: «Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidarem, você deve não só fazer o que foi feito à figueira, mas mesmo se você disser a este monte: 'Ser tomadas —se e lança-te no mar ', deve acontecer. E todas as coisas que pedirdes na oração, crendo, recebereis. " (21: 18-22)

    Na segunda-feira da semana da Páscoa Jesus entrou na cidade em um jumentinho burro para uma recepção de Messias e foi aclamado o Filho de Davi, como o povo gritou hosanas e roupas e ramos de palmeiras colocados na estrada antes dele (Matt. 21: 1— 11). Na terça-feira ele voltou para a cidade novamente e limpou o templo dos mercadores de sacrifício e moneychangers (vv. 12-17). Agora na quarta-feira, ele entrou em Jerusalém pela terceira vez desde que chegou-se a partir de Jericho.

    De Marcos ficamos a saber que o encontro com a figueira envolveu dois dias sucessivos. Jesus amaldiçoou a figueira, na manhã Ele entrou em Jerusalém para purificar o Templo, e era no dia seguinte, quarta-feira, que os discípulos notaram que a árvore estava "seca desde as raízes para cima" (Mc 11:14, Mc 11:20). Mateus condensa os dois eventos em uma única conta, o que Ele menciona apenas em relação à quarta-feira.

    À luz de Jesus "apenas ter sido aclamado pela população como grande Messias de Israel e Rei, a sua purificação do Templo e amaldiçoou a figueira eram do significado especial e monumental. A purificação do Templo foi uma denúncia da adoração de Israel, e da maldição da figueira foi uma denúncia de Israel como nação. Em vez de derrubar os inimigos de sua nação como o povo antecipado Ele pode, o recém-aclamado rei denunciou seu próprio povo.

    Era inconcebível para os judeus que o Messias seria condená-los, em vez de entregá-los, para que Ele iria atacar Israel em vez de Roma. É por isso que os elogios da entrada triunfal foram tão curta, transformando em poucos dias para chora pela morte de Jesus. Ele havia demonstrado conclusivamente que ambas as Suas palavras e suas ações tinham testemunhado o tempo todo, que ele não tinha vindo como um Messias político-militar para libertar Israel de Roma e estabelecer um reino terreno. Quando a verdade finalmente amanheceu sobre eles, o que mais Jesus fez se tornou irrelevante para a maioria dos judeus. Eles não tinham nenhum uso para tal Messias e certamente nenhum uso para tal um Rei. Juntando-se os seus líderes em pedir a morte de Jesus, o povo iria declarar em essência, o que Jesus tinha predito na parábola do nobre: ​​"Nós não queremos que este reine sobre nós" (Lc 19:14).

    Maldição da figueira Jesus não era tão poderosamente dramática como a purificação do Templo, mas foi igualmente significativo.

    O Predicament

    Agora pela manhã, quando ele voltou para a cidade, teve fome, e vendo uma figueira solitário à beira da estrada, Ele veio a ele, e não encontrei nada sobre ele, exceto apenas folhas;(21: 18-19a)

    Como observado acima, na manhã refere-se à quarta-feira, um dia depois da purificação do Templo e, dois dias depois da entrada triunfal. Jesus voltou para a cidade de Jerusalém, depois de passar a noite em Betânia, como ele vinha fazendo, sem dúvida, com Maria, Marta e Lázaro (ver Mc 11:11).

    Parece certo que os anfitriões de Jesus teriam preparado café da manhã para o tinha ele queria, mas ele pode ter saído muito cedo para Oração no Monte das Oliveiras, que Ele sempre fazia, e não tinha tempo para voltar a Betânia para comer . Ou pode ter sido a de que ele tinha comido pequeno-almoço muitas horas mais cedo e que a Sua oração intensa e Sua escalar o Monte das Oliveiras reacendeu Sua fome.Em qualquer caso, ele ficou com fome . Embora Ele era o Filho de Deus, em Sua encarnação Jesus tinha todas as necessidades físicas normais características dos seres humanos. Portanto, quando Ele viu uma figueira solitário à beira da estrada, Ele esperava encontrar fruto nela para comer.

    Figueiras eram comuns na Palestina e muito valorizada. Não era incomum para que cresçam a uma altura de 20 pés e igualmente tão ampla, tornando-os uma excelente árvore de sombra. Quando Jesus o chamou para o discipulado, Natanael estava sentado sob uma figueira, provavelmente em seu próprio quintal (Jo 1:48). Antes que os judeus tinham entrado na Terra Prometida, o Senhor descreveu-se a eles como "uma terra de trigo e cevada de vinhas e figueiras e romãs, uma terra de azeite e mel" (Dt 8:8). Um lugar favorito para as pessoas se reúnem estava sob uma figueira.

    Assim como a presença da figueira era um símbolo de bênção e prosperidade para a nação, a sua ausência se tornaria um símbolo de julgamento e privação. Em grande parte por causa das muitas conquistas da Palestina após a rejeição de Cristo, a terra tornou-se ganancioso desnudo e estéril. Alguns invasores usaram as árvores para construir suas máquinas de guerra e outros simplesmente para alimentar suas fogueiras. Quando as árvores madeireiras foram embora, frutas e árvores de sombra foram cortadas. Durante uma ocupação os governantes começaram a tributação de acordo com o número de árvores em um pedaço de propriedade com o resultado previsível que muitos proprietários cortar algumas de suas árvores remanescentes, a fim de reduzir seus impostos.
    Normalmente, uma figueira produzido fruta antes que brotaram folhas. Portanto, quando Jesus encontrou nada sobre ele, exceto folhas , Ele estava desapontado, porque uma árvore com folhas já deveria ter tido frutos. Figueiras deu frutos duas vezes por ano, pela primeira vez no início do verão. Na altitude muito menor e muito mais quente clima de Jericó, algumas plantas e árvores foram produtivas quase o ano todo. Mas, em abril, uma figueira na altitude de Jerusalém seria normalmente não têm ou frutas ou folhas, porque, como Marcos observa, "não era tempo de figos" (Mc 11:13).

    No entanto, se a árvore produziu folhas cedo que deveria ter produzido frutos cedo. Seja por causa da água demais ou muito pouco, o tipo errado de solo, doença ou outro motivo, não foi funcionando como deveria.
    Jesus usou muitos assuntos de pássaros-da-natureza, água, animais, clima, árvores, flores, e outros, para ilustrar seu ensinamento. Nesta ocasião Ele usou uma figueira estéril para ilustrar uma nação espiritualmente estéril. A ilustração era uma parábola visual projetado para retratar a nação espiritualmente degenerado de Israel.

    A Parábola

    e Ele disse a ela, "Não mais deve haver sempre qualquer fruto de ti." E, uma vez que a figueira secou. (21: 19b)

    Porque a figueira era estéril, quando deveria ter tido frutos, Jesus disse-lhe: "Já não deve haver sempre qualquer fruto de ti . " Com essas palavras ele pronunciou desgraça da árvore. Foi sob uma maldição divina (ver Mc 11:21) e seria perpetuamente improdutivo. No relato de Mateus parece que a figueira secou imediatamente. Mas, como já foi observado, embora a árvore pode ter morrido de uma só vez , o murchamento não foi evidente até a manhã seguinte, quando Jesus e os discípulos passaram por ela de novo e viu que "seca desde as raízes para cima" (Mc 11:20).

    A figueira representado morto espiritualmente Israel, suas folhas representado religiosidade externa de Israel, e sua falta de frutas representado aridez espiritual de Israel. Como Paulo mais tarde descreveu seus companheiros judeus, eles tinham "zelo por Deus, mas não de acordo com o conhecimento" (Rm 10:2). Na parábola dos solos, a boa terra é comprovada pelo fato de que ele produz uma cultura, às vezes cem vezes mais, às vezes sessenta e às vezes trinta, mas sempre uma colheita (Mt 13:8).

    Este incidente não foi a primeira vez que Jesus tinha usado uma ilustração de uma figueira estéril. Numa ocasião anterior Ele disse que durante três anos o proprietário de uma determinada figueira não tinha conseguido encontrar frutas sobre ele e, portanto, instruiu sua vinha-keeper para cortá-la para baixo. Mas o guarda-redes defendeu com o proprietário, "deixou-o sozinho, senhor, para este ano também, até que eu cave em derredor, e colocar em fertilizantes, e se der fruto no ano que vem, tudo bem; mas se não, cortá-la" (13 6:42-13:9'>Lc 13:6-9). Presumivelmente, o pedido foi deferido. Aqui, também, a figueira representa esterilidade de Israel, e da vontade do proprietário para esperar a árvore para dar frutos representa a paciência de Deus antes de trazer julgamento. Nosso Senhor não faz nenhuma comparação específica do que três anos para os três anos de seu ministério, mas foi três anos após Jesus apresentou pela primeira vez a Israel como seu Messias que as pessoas declararam sua rejeição final Dele, colocando-o à morte.

    Cerca de quarenta anos mais tarde, a maldição sobre a nação de Israel, ilustrado por maldição de Jesus na figueira, foi cumprida. Naquela época, Deus permitiu que os romanos para saquear Jerusalém e arrasar o Templo, destruindo tanto a nação e sua religião, porque Israel não tinha dado qualquer fruta, uma vez que não tem até hoje.

    Na limpeza do templo, a mensagem do rei foi que a adoração de Israel era inaceitável, e em amaldiçoar a figueira foi que Israel como uma nação foi condenado por sua pecaminosidade e esterilidade espiritual. Essas mensagens da desgraça do povo não toleraria. Eles não aceitaram chamado de João Batista ao arrependimento, em preparação para a vinda do reino ou a sua declaração de que o Messias estava vindo com "A sua pá ... na mão [para] bem claro a sua eira, e [para] recolherá o seu trigo no celeiro [e] queimará a palha em fogo inextinguível "(Mat. 3: 1-12). Nem tinham aceite mesmo chamado de Jesus para o arrependimento ou o Seu mandamento de vir a Deus em contrição humilde e uma verdadeira fome e sede de justiça (4:17; 5: 3-12). Eles estavam agora ainda mais mal disposto a aceitar a Sua palavra de julgamento.

    Quando o Senhor entregou a Israel do Egito, Ele declarou:

    Agora será que, se diligentemente obedecer ao Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, se você obedecer ao Senhor, teu Deus. Bendito serás na cidade e bendito fareis ele no país. Blessed é o fruto do teu ventre eo fruto da tua terra e os filhos de seus animais, o aumento do seu rebanho e os jovens do seu rebanho. Blessed será sua cesta e sua bacia de amassar. Bendito serás quando entrares, e bendito serás quando você sair. (Deut. 28: 1-6)

    Mas o Senhor também declarou,
    Deve acontecer, se você não vai obedecer ao Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos e os seus estatutos com a qual eu cobrar-lhe hoje que todas estas maldições virão sobre ti e te alcançarão. Maldito serás na cidade e maldito serás no país. Maldito sua cesta e sua bacia de amassar. Maldito o fruto do teu ventre eo fruto da tua terra, o aumento do seu rebanho e os jovens do seu rebanho. Maldito serás quando entrares, e maldito serás quando você sair. (Vv. 15-19)

    Por meio de Isaías, o Senhor lembrou Israel que Ele havia alimentado e cuidado para ela como um homem que planta uma vinha no melhor da terra e dá-lhe o melhor de cuidado e proteção. Mas vinha produziu nada, mas fruto imprestável, eo homem declarou que iria remover as suas cercas e muros de proteção, que seja colocado resíduos e tornar-se sufocada pelos espinhos e espinhos. Ele nem mesmo permitir que ele receba chuva. "A vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel", o profeta explica. ". E os homens de Judá Sua encantadora planta Assim ele procurou a justiça, mas eis que o derramamento de sangue, para a justiça, mas eis que um grito de angústia" (Is 5:1-7.). Depois segue-se uma longa série de desgraças, ou maldições, descrevendo as calamidades povo de Deus iria sofrer por causa de sua infidelidade e aridez espiritual (vv. 8-30).

    O povo de Israel ainda hoje estão sob a maldição de Deus, preservada, mas unblessed. Eles são preservados porque Deus ainda vai resgatá-los nos últimos dias por causa de sua promessa, mas eles são unblessed porque eles continuam a rejeitar seu Messias. "Ele veio para os Seus, e aqueles que foram os seus não o receberam" (Jo 1:11). Eles não teriam como Salvador para livrá-los do pecado ou como Senhor para governá-los na justiça.

    Nos tempos modernos, alguns dos judeus do mundo têm se reunido para a terra da Palestina e estabeleceu o estado de Israel. Mas eles ainda não foram regathered redentora, porque isso vai ser o de fazer o Messias quando Ele vier a eles novamente para estabelecer o Seu reino. Eles estão de volta na Terra Prometida, mas eles ainda têm de herdar as bênçãos prometidas por Deus. Eles vivem em contínua agitação, instabilidade e perigo. Eles estão longe de ser o reino de paz do Messias vai trazer, mas são sim um campo de guerra, constantemente sob a ameaça de ataque e invasão. A vida lá foi reduzido praticamente para o básico de sobrevivência e defesa.

    Israel não será destruída, porque Deus a protege. Mas também não é ela que está sendo abençoado, porque ela não vai tê-Lo como seu Deus. Ninguém vem ao Deus Pai, que não vem através de Deus o Filho (Jo 14:6), eles se admiravam, dizendo: "Como é que a figueira secou imediatamente?" A árvore doente pode levar várias semanas ou meses para morrer, e mesmo aquele que tinha sido salgados, seja por acidente ou de maldade, levaria vários dias para morrer. Para a figueirapara murchar durante a noite foi a fazê-lo praticamente de uma só vez .

    Nesse ponto, o Senhor mudou a partir da parábola visual da figueira para outra verdade Ele queria ensinar os discípulos. O princípio ensinado na parábola era que a profissão religiosa, sem a realidade espiritual é uma abominação para Deus e é amaldiçoado. O princípio Jesus estava agora prestes a ensinar relacionado com maravilhado dos discípulos sobre a rapidez com que a figueira secou. Eles sabiam por que se secou, ​​porque ouviram Jesus amaldiçoá-lo; eles simplesmente não conseguia entender como ela poderia murchar tão rápido. O Senhor aproveitou a oportunidade para ensiná-los sobre o poder da fé se juntou ao propósito e vontade de Deus, o que pode fazer muito mais do que murcham instantaneamente uma figueira.
    Em resposta a sua perplexidade, Jesus respondeu, e disse-lhes: «Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidarem, você deve não só fazer o que foi feito à figueira, mas mesmo se você disser a este monte: 'Levante-se e lança-te no mar', deve acontecer. "

    Jesus era obviamente falando figurativamente. Ele nunca usou o seu próprio poder, nem os apóstolos nunca usar os poderes milagrosos que Ele lhes deu, para realizar espetaculares, mas inúteis feitos sobrenaturais. Foi precisamente esse tipo de demonstração grandiosa que Ele se recusou a dar aos escribas e fariseus incrédulos que queriam ver um sinal de Deus (Mt 12:38). Jesus já tinha realizado inúmeros milagres de cura, muitos dos quais eles provavelmente haviam testemunhado. E Ele realizou muitos mais desses milagres que eles poderiam facilmente ter testemunhado. Mas o sinal que eles queriam era em grande escala, aquela em que o fogo teria descido do céu ou o sol estaria ainda como tinha por Josué. O casting literal de uma montanha ... no mar teria sido exatamente o tipo de sinal de que os escribas e fariseus queriam ver, mas nunca foram mostrados.

    A frase "rotor-se de montanhas" era uma metáfora utilizada na literatura judaica de um grande mestre ou líder espiritual. No Talmud babilônico, por exemplo, os grandes rabinos são chamados de "rotores acima das montanhas." Essas pessoas poderiam resolver grandes problemas e, aparentemente, fazer o impossível.
    Essa é a idéia que Jesus tinha em mente. Ele estava dizendo: "Eu quero que você saiba que você tem um poder inimaginável disponível para você através de sua fé em mim. Se você sinceramente acredito, sem dúvida, deve acontecer , e você vai ver grandes poderes de Deus no trabalho. " Na Última Ceia, Jesus disse aos Doze: "Tudo o que pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei." (13 43:14-14'>João 14:13-14). O requisito para o recebimento é pedir em nome de Jesus, isto é, segundo o seu propósito e vontade.

    Jesus não estava falando sobre a fé em fé ou a fé em si mesmo, sendo que ambos idéias tolas e não bíblicas são populares hoje. Ele estava falando sobre a fé no Deus verdadeiro e somente em Deus, e não a fé em seus sonhos, aspirações ou idéias sobre o que ele acha que deve ser. "Pedis e não recebeis," Tiago adverte ", porque pedis mal, para o que você pode gastar em seus prazeres" (Jc 4:3). Fé que move montanhas é altruísta, undoubting e confiança sem reservas em Deus.É crer na verdade de Deus e do poder de Deus, enquanto procuram fazer a vontade de Deus. A medida de tal fé é o desejo sincero e único que, como Jesus disse: "o Pai seja glorificado no Filho."

    A verdadeira fé é confiar na revelação de Deus. Quando um crente procura algo que é consistente com a Palavra e confia no poder de Deus para fornecê-la de Deus, Jesus lhe assegura que sua solicitação será atendida, porque honra Ele e Seu Pai. Quando os mandamentos de Deus são obedecidas Ele honrará que a obediência, e quando qualquer solicitação é feita na fé de acordo com a sua vontade, ele irá fornecer o que se procura. Para fazer o que Deus diz é fazer o que Deus quer e para receber o que Deus promete.

    Quando os discípulos perguntaram a Jesus por que eles não foram capazes de expulsar o demônio de um menino "Ele disse-lhes:" Por causa da pequenez da vossa fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: "Passa daqui para lá", e ele deve deslocar-se; e nada vos será impossível "(Mt 17:20).. Jesus não estava elogiando pequena fé. Foi a pequenez da fé dos discípulos que impediu seu sucesso em expulsar o demônio. Ele os repreendeu por ter pouca fé que ficou pequeno, mas exortou-os a ter fé que, embora comece pequeno, continua a crescer. O ponto da ilustração grão de mostarda não está na sua pequenez, mas em sua crescente de pequenez para a grandeza. Da mesma forma, a força da fé que move montanhas é o seu crescimento a partir de pequenez para a grandeza que Deus abençoa e fornece.

    Montanha-se movendo a fé é ativado por Pedido sincera de Deus . "Todas as coisas que pedirdes na oração, crendo, recebereis ", Jesus explicou. As parábolas do amigo que perguntou a seu vizinho para um favor à meia-noite e da viúva que pediu ao juiz injusto (Lucas 11:5-8; 18: 1-8), tanto ensinar a importância da persistente oração . A oração persistente é a oração que move montanhas, porque é verdadeiramente acreditar oração.

    Quaisquer que sejam nossas mentes finitas podem nos levar a pensar, não há inconsistência entre soberania e mans fé de Deus, porque a Palavra de Deus ensina claramente ambos. Não é responsabilidade do crente para sondar formas inescrutáveis ​​de Deus, mas para seguir obedientemente Seu ensinamento claro. Persistente oração que está acreditando a Palavra de Deus não pode ser incompatível com o funcionamento da própria vontade soberana de Deus, porque em Sua soberana sabedoria e graça Ele comanda essa oração e obriga-se a honrar.

    O crente que quer o que Deus quer que pode pedir a partir de Deus e receber dele. O jovem cristão que realmente quer o que Deus quer para a sua vida terá. A mulher que realmente quer o que Deus quer para a sua família terá. O pastor que realmente quer o que Deus quer para o seu ministério vai tê-lo.

    A vontade de Deus para Seus filhos não, é claro, sempre envolvem coisas que são agradáveis ​​para a carne ou as coisas que se pode naturalmente preferem. Sua vontade para Seus filhos inclui a sua disposição de sacrificar, sofrer e morrer por Ele, se necessário. Para o crente que procura a vontade de Deus, nunca é uma questão de sucesso ou fracasso, de prosperidade ou a pobreza de viver ou morrer, mas simplesmente de ser fiel (ver 1Co 4:2)

    E quando Ele havia entrado no templo, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo veio a ele como Ele estava ensinando, e disse: "Com que autoridade fazes estas coisas, e quem te deu tal autoridade?" E Jesus, respondendo, disse-lhes: "Eu vou te perguntar uma coisa, também, que se você dizer-me, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. O batismo de João era de que fonte, do céu ou dos homens ? " E começou a raciocinar entre si, dizendo: "Se dissermos: Do céu, ele nos dirá para nós, 'Então por que você não acredita nele?"Mas se dissermos: Dos homens, tememos o povo, porque todos eles consideram João para ser um profeta ". E respondendo Jesus, eles disseram: "Nós não sabemos." Ele também disse a eles: "Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas. Mas o que você acha? Um homem tinha dois filhos, e ele veio para o primeiro e disse: 'Filho, vai trabalhar hoje na vinha . ' E, respondendo ele, disse: "Eu vou, senhor", e ele não ir E ele veio para o segundo e disse a mesma coisa Mas ele respondeu e disse: 'Eu não vou. ». Entanto, ele depois se arrependeu e foi . Qual dos dois fez a vontade do pai? " Eles disseram: "O último." Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entrarão no reino de Deus antes de você Pois João veio a vós no caminho da justiça, e você não acreditou nele;. Mas os publicanos e as meretrizes acreditaram nele, e você, vendo isto, nem sequer sentir remorso depois de modo a acreditar nele ". (21: 23-32)

    Autoridade é uma palavra forte, poder e privilégio que denota. Uma pessoa com autoridade exerce controle sobre as vidas eo bem-estar de outras pessoas. A sociedade não pode operar sem ter algumas pessoas em posições de autoridade; a alternativa seria a anarquia e caos. Nos pais de família têm autoridade. Na escola, os professores e os administradores têm autoridade. Na comunidade, o prefeito, conselho municipal, polícia, bombeiros e todos têm esferas de autoridade. E assim também nos corpos maiores de governo.
    O conflito neste encontro entre Jesus e os líderes religiosos foi sobre a questão da autoridade, especificamente a autoridade de Jesus que eles questionado e que temiam ameaçaria suas próprias posições de autoridade

    A confrontação

    E quando Ele havia entrado no templo, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo veio a ele como Ele estava ensinando, e disse: "Com que autoridade fazes estas coisas, e quem te deu tal autoridade?" (21:23)

    Ele ainda era quarta-feira de manhã de semana de Páscoa. Depois de Jesus e os discípulos tinham passado a figueira Ele amaldiçoou o dia antes e achei que era completamente murcho (vv 18-22; conforme Mc 11:20-21.), Ele veio com eles no templo.

    O grupo de sumos sacerdotes e os anciãos podem ter incluído os sumos sacerdotes Anás e Caifás, que serviram simultaneamente por vários anos (Lc 3:2) e escribas (Lc 20:1).Parece certo que aqueles que Ele havia expulsado para fazer casa de Seu Pai um covil de ladrões (Mt 21:13) não havia retornado, e toda a Corte espaçoso dos gentios estava agora disponível para aqueles que vieram para o culto. Muitos deles, provavelmente, tinham seguido Jesus lá quando o viram entrar na cidade naquela manhã.

    Não nos é dito que Jesus estava ensinando nesta ocasião, mas ele era provavelmente reiterar algumas das verdades mais importantes que havia ensinado muitas vezes antes. Podemos ter certeza de que tudo o que Ele disse que estava relacionado com o Seu reino, o sujeito com o qual o Seu ministério começou (Mt 4:17.) E terminou (At 1:3; Lc 20:1).

    A principal questão os líderes judeus tinham-se agora para Jesus era o mesmo que tinha sido, desde o início, " Com que autoridade fazes estas coisas, e quem te deu tal autoridade? " (conforme Jo 2:18). Poressas coisas , eles provavelmente significava tudo o que Jesus estava ensinando e fazendo, mas particularmente tinha em mente Sua abrupta e, a seus olhos, totalmente limpeza presunçoso do Templo no dia anterior. Exceto por seu ato semelhante no início do seu ministério, Ele nunca tinha feito nada que mais claramente, devastada com força, e publicamente o estabelecimento religioso. Enquanto isso estava acontecendo, eles não tinham poder para detê-lo e, aparentemente, eram ainda sem palavras. Mas agora que eles haviam se recuperado do choque inicial, eles foram para a ofensiva e estavam exigindo uma explicação.

    Candidatos rabínicas originalmente havia sido ordenado por um rabino líder quem respeitado e sob cujo ensino é servido um tipo de aprendizagem. E assim como os ensinamentos dos principais rabinos variado muito assim fizeram suas ordenações. Por causa de abusos generalizados, e provavelmente também para centralizar a autoridade rabínica do Sinédrio, ou sumo conselho judaico, assumiu toda a responsabilidade para a ordenação.
    Na sua ordenação um homem foi declarado para ser rabino, mais velha, e juiz, e foi dado correspondente autoridade para ensinar, para expressar sua sabedoria, e de tomar decisões e veredictos em religiosa, assim como muitos assuntos civis. Durante o serviço de vários discursos e leituras foram dadas e hinos cantados. Uma vez ordenado, o homem teve o reconhecimento oficial como professor credenciado de Israel.
    Jesus não tinha tal ordenação e, portanto, não tinha esse reconhecimento. Com que autoridade , então, os líderes pediram, que Ele não apenas ensinar e pregar, mas até mesmo curar os enfermos, expulsar os demônios, e ressuscitar os mortos? Principalmente por que Ele presume a tomar sobre Si-an destreinado, não reconhecido, auto-nomeado rabino-a tarefa de lançar os comerciantes e cambistas do Templo?Embora nem os próprios líderes religiosos, aqueles homens estavam operando seus negócios sob os auspícios das autoridades do Templo . "Quem te deu ... autoridade para jogá-los fora? " essas autoridades perguntou Jesus.

    Apesar de não reconhecer a origem e legitimidade do poder de Jesus, eles nunca questionou que Ele tinha. Que sua autoridade era sem precedentes poderoso era incontestável. Ninguém nunca tinha curado tantas pessoas doentes, lançado fora, como muitos demônios, ou relevo pessoas da morte como Jesus tinha feito. Os milagres eram tão óbvios, numerosos e bem comprovado que os líderes religiosos nunca duvidou que Jesus realizou-los, depois de ter visto muitos deles com seus próprios olhos.

    Esses líderes sabiam que o poder como Jesus exibida tinha que ser de origem sobrenatural, e eles sabiam que Ele alegou que era de Deus, a quem Ele repetidamente chamado Seu Pai celestial. Quando Ele perdoou os pecados de um paralítico, alguns dos escribas presentes ", disse para si: 'Este homem blasfema." Saber o que eles estavam pensando, Jesus os acusou de terem corações maus e começou a curar a paralisia dos mans, a fim de mostrar o Seu críticos que Ele, o Filho do Homem, tinha "sobre a terra autoridade para perdoar pecados" (Mt 9:2-6.). A multidão de pessoas comuns que testemunharam o que ele fez fez a única resposta sensata: "Eles estavam cheios de temor, e glorificavam a Deus, que dera tal autoridade aos homens" (v. 8). Mas os escribas se recusou a aceitar o óbvio. Nenhuma quantidade de evidências poderiam penetrar sua incredulidade confirmada. E como os fariseus em ocasião anterior (Mt 12:24), as autoridades do Templo que agora confrontados Jesus sem dúvida preferia acreditar que o Seu poder veio de Satanás em vez Deus fina.

    Os chefes dos sacerdotes e os anciãos do Templo também sabia como as multidões, muitas vezes reconhecido com espanto, que Jesus ensinou com autoridade com uma clareza, definitividade, e de certeza que foi completamente desprovido de os pronunciamentos e interpretações dos escribas (Mt 7:29;. Mc 1:22). Como em muitos círculos da Igreja liberal hoje uma qualificação chave para a aceitação foi a falta de dogmatismo. Praticamente toda doutrina estava aberto a reinterpretação e revisão, e absolutos foram rejeitadas como presunçoso. A sabedoria humana há muito haviam substituído a revelação divina, e Escritura do Antigo Testamento foi citado principalmente para apoiar suas tradições religiosas humanamente-concebidas. Quando a Escritura em conflito com a tradição, a tradição prevaleceu (Mt 16:6). Seu Pai celestial "deu-lhe autoridade para julgar" (05:
    27) e "autoridade sobre toda a humanidade" para dar a vida eterna a todos aqueles Seu Pai Lhe deu (17: 2). Ele tinha autoridade sobre sua própria vida, "para colocá-lo para baixo", e sobre a sua própria ressurreição, "a tomar [Sua vida] de novo" (10:18).

    Em todas as coisas que ele disse e fez, Jesus nunca procurou a aprovação ou apoio das autoridades judaicas reconhecidas. Ele ignorou completamente o seu sistema para a ordenação de rabinos e aprovar doutrinas. Ele não pediu a aprovação de Seus ensinamentos, Suas curas, ou a sua expulsão de demônios, e certamente não para Seus perdoar os pecados.
    Jesus tinha tanto dunamis (poder) e exousia (autoridade). Dunamis se refere à capacidade e exousia para a direita. Jesus não só tinha grande poder, mas o direito de exercer esse poder, porque tanto o Seu poder e Sua autoridade eram de Seu Pai celestial. "Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida", disse Jesus, "mesmo assim também o Filho dá vida a quem ele quer", e "a luxúria como o Pai tem a vida em si mesmo, assim Ele deu ao Filho também ter a vida em si mesmo "(Jo 5:21, Jo 5:26)." Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou "(6:38;. conforme v 44 , 57; 07:16, 28; 08:18, 54).

    E porque Jesus tinha poder e autoridade do Pai, Ele procurou nenhuma autoridade, acreditação, ordenação, ou credenciais humanas. Ao fazê-lo, Ele opôs-se diretamente contra o sistema religioso judaico e incorridos sua ira implacável. Seus líderes eram chocado e escandalizado que Ele não só não conseguiu consultar o Sinédrio e as autoridades do Templo, mas teve a audácia de condená-los.

    Em pedindo a Jesus para identificar Sua autoridade, os líderes provavelmente esperava que ele iria dizer como Ele tinha muitas vezes antes, que Ele trabalhou sob o poder direto e autoridade de Deus, Seu Pai celestial. Isso lhes daria uma outra oportunidade para acusá-lo de blasfêmia, e, talvez, para ter sucesso em colocá-Lo à morte por ele, já que tinha tentado fazer antes, sem sucesso (Jo 5:18; Jo 10:31).

    O Counter Pergunta

    E Jesus, respondendo, disse-lhes: "Eu vou te perguntar uma coisa, também, que se você dizer-me, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. O batismo de João era de que fonte, do céu ou dos homens ? " E começou a raciocinar entre si, dizendo: "Se dissermos: Do céu, ele nos dirá para nós, 'Então por que você não acredita nele?" Mas se dissermos: Dos homens, tememos o povo, porque todos eles consideram João para ser um profeta "E respondendo Jesus, eles disseram:" Nós não sabemos "Ele também disse a eles:" Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas. " (21: 24-27)

    Jesus respondeu a questão de os príncipes dos sacerdotes e os anciãos com uma consulta de Sua própria. Ele não estava sendo evasivo e não tinha razão de ser, de ter dado a resposta à sua pergunta inúmeras vezes antes. E se eles respondi a sua pergunta agora, Ele responderia deles, dizendo-lhes de novo com que autoridade Ele fez essas coisas .

    Sua pergunta era simples: "? O batismo de João era de que fonte, do céu ou dos homens" Porque João O Baptist começou seu ministério em primeiro lugar, os líderes religiosos o havia rejeitado, mesmo antes de eles começaram a rejeitar Jesus. O batismo de João a que se refere a todo o seu ministério que se caracterizou por sua batizando aqueles que se arrependeram de seus pecados (Mt 3:6).

    Como os príncipes dos sacerdotes e os anciãos rapidamente percebeu, a pergunta de Jesus colocá-los sobre os chifres de um grande dilema. Como eles começou a raciocinar entre si , eles viram que estaria em apuros para qualquer resposta que eles deram. Se eles dizem: "Do céu , "Jesus, então, dizer-lhes:" Então por que você não acredita nele? " Não era simplesmente que eles haviam rejeitado o próprio João, mas que também tinham rejeitado claro testemunho de João sobre Jesus, quem o profeta tinha abertamente aclamado como "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" ea própria "Filho de Deus" (Jo 1:29, Jo 1:34). Para ter aceitado João como profeta do céu teria exigido aceitar Jesus como o Messias; e que eles absolutamente não faria.

    Nenhuma quantidade de depoimento de João ou de provas de Jesus iria levá-los a reconhecê-Lo como o Messias. Eles foram treinados para descontar ou explicar fatos, bem como verdades bíblicas que não estavam de acordo com as suas crenças e padrões religiosos humanamente-concebidas. O homem que nasceu cego a quem Jesus tinha curado disse a seus inquisidores fariseus: "Nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz a sua vontade, Ele ouve Desde o início do tempo que nunca foi ouvido. que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença Se esse homem não fosse de Deus, Ele não podia fazer nada "(João 9:31-33).. Mas os fariseus eram insensível a essas verdades óbvias. Em vez disso, atacou o homem, ressentido de sua presunção em tentar ensinar os professores de Israel (v. 34). Quando incredulidade investiga a verdade espiritual, é predisposto a rejeitá-la.

    Como os líderes religiosos continuaram a discutir a pergunta de Jesus, eles perceberam que se eles responderam de forma oposta eles também estaria em apuros. Se eles disse o ministério de João e mensagem eram de homens , eles iriam perder o pouco de credibilidade que tinham com as pessoas e até mesmo incitar a sua ira, porque a multidão ainda considerou que João era profeta . Eles se acreditava firmemente que João não era um profeta , mas não se atreveu a afirmar que a crença em público. O único recurso, portanto, era a confessar com vergonha, não sabemos .

    Consequentemente Jesus respondeu: " Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas . " Como Jesus bem sabia que tinha Ele lhes dada uma resposta, que só teria usado contra ele. Eles não estavam interessados ​​em aprender a verdade sobre João nem Jesus. O seu único objectivo era induzir Jesus para novamente reclamar messianismo e divindade para que eles teriam motivos para colocá-Lo à morte por blasfêmia (conforme Jo 5:18;. 22:15 Matt).

    Os líderes religiosos persistiram em rejeitar a luz Cristo enviou-los, e Ele, portanto, transformaram. Ele não tinha mais o ensino para os escribas, fariseus, sacerdotes e outros cujo auto-satisfação cegou para a verdade do evangelho e sua própria necessidade. Para eles, não só seria mais alerta e condenação. Em uma longa série de desgraças, Jesus estava prestes a declarar o julgamento contra eles para fazer as suas obras para serem vistos pelos homens, por se recusar a entrar no reino si e para impedir que outros entrem, por ser guias religiosos cegos, por ser justos, mas para fora interiormente mau, para honrar os antigos profetas no nome, mas sendo da mesma mente como seus antepassados ​​que mataram os profetas, e por ser uma raça de víboras destinados ao inferno (Mt 23:5, Mt 23:16, Mt 23:27, Mt 23:30, Mt 23:33 ).

    Quando Ele estava em julgamento diante do sumo sacerdote Caifás, "Jesus ficou em silêncio", recusando-se a dar uma única palavra adicional de testemunho (Mt 26:63). E quando Pilatos perguntou-lhe para responder às acusações dos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, Jesus "não responder a ele em relação a mesmo uma única carga" (27:14).

    Quando uma pessoa se recusa a ouvir a verdade de Deus e receber a Sua graça, Deus pode optar por retirar a Si mesmo. Em face da maldade implacável da humanidade nos dias de Noé, o Senhor declarou: "Meu Espírito não se sempre no homem" (Gn 6:3.), E em relação a rebelde Judá ", virou-se para tornar-se seu inimigo, ele lutou contra eles" (Is . 63:10).

    Mesmo quando Jesus se aproximou de Jerusalém durante a Sua entrada triunfal, Ele chorou sobre a cidade; dizendo: "Se você tivesse conhecido neste dia, mesmo que você, as coisas que servem para a paz! Mas agora eles foram escondidos de seus olhos. Para os dias virão sobre ti os teus inimigos vomitar um banco antes de você, e surround você, e hem você de todos os lados, e vai nivelar-lo para o chão e seus filhos dentro de você, e eles não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo da tua visitação "(Lucas 19:41-44.) E logo depois escoriação grave Jesus 'dos ​​escribas e fariseus, Ele lamentou: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e não estavam dispostos. Eis que a vossa casa está sendo abandonada vos! Pois eu digo que, de agora em diante você não me vereis até que você diga "(Mt 23.: 37-39)" Bendito o que vem em nome do Senhor! ".

    A Caracterização

    Mas o que você acha? Um homem tinha dois filhos, e ele veio para o primeiro e disse: 'Filho, vai trabalhar hoje na vinha.' E, respondendo ele, disse: "Eu vou, senhor"; e ele não ir. E ele veio para o segundo e disse a mesma coisa. Mas ele respondeu e disse: 'Eu não vou "; no entanto, ele depois se arrependeu e foi. Qual dos dois fez a vontade do pai "Eles disseram:" O último "(21: 28-31a)?.

    Neste curto espaço de parábola Jesus caracteriza duas respostas contrastantes ao Evangelho. E mais uma vez ele dá Seus adversários a oportunidade de condenar-se fora de suas próprias bocas.
    Em primeira instância, o filho que foi convidado a trabalhar ... na vinha disse a seu pai : "Eu vou, senhor ", mas ele não ir . A implicação é que ele nunca teve a intenção de ir e mentiu para seu pai para dar a falsa impressão de obediência. O segundo filho no início se recusou a ir, dizendo , "Eu não vou ", mas depois se arrependeu e foi .

    Quando Jesus perguntou aos principais sacerdotes e pelos anciãos, " Qual dos dois fez a vontade do pai ? " eles deram a resposta óbvia: " O último . "

    A lição de Jesus nesta história é que fazer é mais importante do que o mero ditado. É, claro, melhor para uma pessoa a dizer que ele vai fazer a vontade de Deus e, em seguida, fazê-lo. Mas é incomensuravelmente melhor no primeiro recusar a Sua vontade e depois se arrepender e fazer isso do que concordar hipocritamente para fazê-lo, mas não. Neste contexto, a fazer a vontade de Deus se relaciona com a aceitação do evangelho, de receber Jesus como o Messias e como Salvador e Senhor.

    A Connection

    Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entrarão no reino de Deus antes de você Pois João veio a vós no caminho da justiça, e você não acreditou nele;. Mas os publicanos e as meretrizes acreditaram nele, e você, vendo isto, nem sequer sentir remorso depois de modo a acreditar nele "(21: 31b-32)

    Após Seus adversários deu a única resposta possível à sua pergunta, Jesus mostrou-lhes a sua ligação com a parábola. Ele informou que, embora a sua resposta à sua pergunta estava certo, a sua resposta a Ele e Seu ministério estava errado e perverso. Suas próprias palavras os condenou. Eles não correspondem à "última" filho, que fez a vontade do pai, mas, para o primeiro, que não fazê-lo. "Dizem que as coisas, e não fazê-las", disse Jesus em uma ocasião posterior (Mt 23:3).

    "Mas você não acreditou nele , "Jesus disse a eles. Os líderes judeus haviam sido céticos de João desde o início, tendo enviado um grupo de sacerdotes e levitas para interrogá-lo (João 1:19-25). E quando João "viu muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao batismo, disse-lhes:" Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira vindoura Portanto trazer frutos dignos de arrependimento;? E não supõem que você pode dizer a si mesmos: "Temos por pai a Abraão", porque eu digo a você, que Deus é capaz destas pedras suscitar filhos a Abraão "(Mt 3:7-9.).

    Mas os publicanos e as meretrizes acreditaram nele ", disse Jesus. Alguns dos publicanos tinha sido aberto para o evangelho mesmo em sua forma incompleta ministrado por João Batista. Como prova da sua sinceridade, sendo batizado para o arrependimento de seus pecados, eles perguntaram a João: "Mestre, o que devemos fazer?" (Lc 3:12). Embora nenhum exemplo específico é mencionado nos Evangelhos, Jesus deixa claro que entre as multidões que foram batizados por João havia também algumas prostitutas que acreditava nele e que, como os coletores de impostos, confessou seus pecados e foram perdoados (ver Matt. 3: 5-6).

    Concluindo a sua acusação. Jesus disse : "E você, vendo isto, nem sequer sentir remorso depois de modo a acreditar nele . " Eles não acreditavam que a mensagem de João, quando ouviram-lo eles mesmos e nem sequer acreditar nele quando viram as vidas transformadas dos publicanos e as meretrizes que haviam crido. Em outras palavras, eles não seriam condenados, quer pela verdade da mensagem ou seu poder de transformar os pecadores.

    Eles haviam sido expostas a plena luz do profeta de Deus e da ainda maior luz do Filho de Deus, mas eles se recusaram a ser iluminado. Eles tinham ouvido a mensagem do arauto do Rei e da mensagem do próprio Rei, mas não quiseram ouvir ou acreditar. Eles haviam testemunhado o poder de João e do poder de Cristo, mas não quiseram ser movido.

    115. A Sentença de rejeição de Cristo (Mateus 21:33-46)

    "Ouça a outra parábola Havia um proprietário de terras que plantou uma vinha e colocar um muro em torno dele e cavou um lagar nele, e construiu uma toalha;. E arrendou-a aos viticultores, e fui em uma viagem e quando. o tempo da colheita se aproximava, ele enviou seus escravos para os viticultores a receber seus produtos. E os viticultores levou seus escravos e feriram um, mataram outro e apedrejaram o terceiro. Depois, enviou um outro grupo de escravos maior do que o primeiro, e eles fizeram a mesma coisa para eles, mas depois ele enviou-lhes seu filho, dizendo: '. Eles vão respeitar o meu filho. " Mas quando os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: 'Este é o herdeiro;. Venham, vamos matá-lo, e aproveitar a sua herança' E tomando-o, e lançaram-no fora da vinha e mataram-no. Por isso, quando o dono da vinha, que fará àqueles lavradores? " Eles disseram-lhe: "Ele vai trazer esses desgraçados a um fim desgraçado, e vai alugar a vinha a outros lavradores, que pagarão ele o produto nas épocas adequadas." Jesus disse-lhes: "Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, esta tornou-se a pedra angular, o que surgiu da parte do Senhor, e é maravilhoso aos nossos olhos '? Por isso eu digo a você, o reino de Deus vos será tirado de você, e será dado a uma nação que produza o fruto dela E quem cair sobre esta pedra será despedaçado;. mas aquele sobre quem ela cair, ele vai espalhar-lo como poeira ". E quando os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, ouvindo essas parábolas, entenderam que Ele estava falando sobre eles. E quando eles tentaram prendê-lo, mas temeram o povo, porque o considerava um profeta. (21: 33-46)

    Jesus continuou a responder à retaliação hostil pelos hipócritas, príncipes dos sacerdotes e os anciãos ameaçadas, que tinham exigiram que ele lhes dizer com que autoridade Ele carregava em seu ministério e, especialmente, com que autoridade Ele havia levado os comerciantes e cambistas do Templo. Depois de terem se recusou a dizer se o ministério de João Batista era de Deus ou os homens, Jesus indiciou-os por meio da parábola dos dois filhos e explicou que, ao declarar que publicanos e as meretrizes entrariam no reino antes que esses religiosos. Ele, então, ameaçou-os ainda mais com outra parábola , o segundo de uma trilogia de parábolas de julgamento (ver também 22: 1-14), o que ainda mais ilustrada sua rejeição deliberada de Deus.

    A Ilustração

    "Ouça a outra parábola. Havia um proprietário de terras que plantou uma vinha e colocar um muro em torno dele e cavou um lagar nele, e edificou uma torre, e arrendou-a aos viticultores, e foi em uma viagem. E quando o tempo da colheita se aproximava, ele enviou seus escravos para os viticultores a receber produtos. E os viticultores levou seus escravos e feriram um, mataram outro e apedrejaram o terceiro. Depois, enviou um outro grupo de escravos maiores do que o primeiro ; e eles fizeram a mesma coisa para eles, mas depois ele enviou-lhes seu filho, dizendo: '. Eles vão respeitar o meu filho. " Mas quando os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: 'Este é o herdeiro;. Venham, vamos matá-lo, e aproveitar a sua herança' E tomando-o, e lançaram-no fora da vinha e mataram-no (21: 33-39).

    Como sempre no ensino parabólica, Jesus contou uma história simples e compreensível, incluindo muitas vezes um elemento chocante, para explicar uma verdade profunda que era desconhecido ou geralmente mal interpretado. A situação envolvida na parábola do proprietário de terras que plantou uma vinha era comum naquela sociedade agrária e foi fácil para seus ouvintes se identificar. Nos tempos do Novo Testamento, as encostas da Palestina foram cobertos de vinhas de uva, que foram um dos pilares da economia. Não era incomum para um homem rico para comprar um pedaço de terra e desenvolvê-lo para um vinhedo . Ele primeiro colocar uma parede de pedra ou uma sebe de espinhos ao seu redor para protegê-lo a partir de animais selvagens e ladrões. Ele, então, fazer um lagar , por vezes, ter que cortá-lo fora da terra firme. Na vasta bacia superior, raso, as uvas ser espremido, eo suco de correria para baixo através de uma calha em uma bacia inferior. De lá, o suco de uva seria derramado em odres ou vasos de barro para armazenamento. Muitas vezes, o proprietário poderia construir uma torre , que seria usado como um posto de vigia contra saqueadores, como abrigo para os trabalhadores, e como um local de armazenamento de sementes e ferramentas.

    Esses detalhes enfatizou a do proprietário grande cuidado no desenvolvimento da vinha. E quando tudo estava em ordem, ele arrendou-a aos viticultores que ele achava que eram cuidadores de confiança, fazendo um acordo com eles para pagar uma determinada percentagem das receitas a ele como aluguel. O restante pertenceria a eles, como pagamento pelo seu trabalho no cultivo da vinha. Ciente de que seu empreendimento estava em boas mãos, o proprietário fez uma viagem .

    Alguns meses mais tarde, quando se aproximou o tempo da colheita , o proprietário mandou seus escravos para os viticultores a receber o seu percentual acordado de produtos . Mas em vez de pagar o que deviam o proprietário, os viticultores levou sua escravos e calor a um, mataram outro, e apedrejaram um terceiro . Como fez com a história da figueira (21: 18-21; conforme Mc 11:12-14, 20-21), Mateus sob Espírito Santo inspiração, aqui condensado vários episódios em um só. A partir de relato de Marcos, aprendemos que Jesus disse que os três primeiros escravos chegaram separAdãoente, um após outro (Marcos 12:2-5). Os produtores de maus bater , ou açoitado, o primeiro escravo, deixando-o ferido e ensanguentado. O segundo escravo que matou a título definitivo e, em seguida, um terceiro apedrejado . Se o apedrejamento referido o tipo usado em execuções judaicas, que escravo provavelmente foi morto também. Depois disso, o proprietário enviou um outro grupo de escravos maiores do que o primeiro, e eles fizeram a mesma coisa para eles , "batendo alguns e matando outros" (Mc 12:5). Agora, a partir da mesma seção do salmo, Jesus lembrou aos líderes religiosos de a pedra que os construtores rejeitaram que se tornou a pedra angular .

    pedra fundamental foi a parte mais básica e essencial de um edifício, a partir do qual o posicionamento adequado e alinhamento de cada outra parte foi determinada. Se a pedra fundamental foi imperfeitamente cortar ou colocada, a simetria ea estabilidade de todo o prédio teria que ser adversamente afetados. Às vezes, os construtores rejeitaram uma série de pedras antes de a direita foi selecionada. Nesse relato, um tal rejeitado pedra eventualmente se tornou a pedra angular .

    Por muitos séculos 1srael tinha sido a pedra que os impérios construtores do mundo havia rejeitado como insignificante e desprezado, que só possam servir para a exploração e, em seguida, descartar. Mas no plano divino do Senhor, Israel foi escolhido para ser a principal pedra angular na história da redenção do mundo, a nação através do qual a salvação viria.

    Mas a figura tem uma importância ainda maior do que isso. Pedro declarou em Jerusalém antes de os líderes religiosos pouco depois de Pentecostes ", que seja conhecido por todos vocês, e para todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vocês crucificaram, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos ... Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, mas que se tornou a pedra muito canto E não há salvação em nenhum outro;. pois não há outro nome debaixo do céu, que tenha sido dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos "(Atos 4:10-12). A maior pedra de Israel é Jesus Cristo, e os construtores que rejeitaram nele, foram os líderes judeus, representando todo o Israel, e em um sentido mais completo de todo o mundo incrédulo. A pedra ... rejeitado foi o Cristo crucificado, eo restaurado canto chefe pedra é o Cristo ressuscitado.

    Jesus, assim, empatou o salmo messiânico com a parábola, a fim de reforçar o seu ponto. O Filho rejeitado e a pedra rejeitada ambos se referem a Cristo. O versículo do Salmo 118 vai além da parábola para aludir também à ressurreição do Filho, algo que a parábola não poderia cobrir e ainda manter sua naturalidade simples.

    Pedro reiterou a mesma verdade em sua primeira carta:. "Eis que eu assentei em Sião uma pedra de escolha, uma pedra preciosa de esquina, e aquele que nele crê não será desapontado Este valor precioso, então, é para você que acreditam Mas para. aqueles que não acreditam, a pedra que os construtores rejeitaram, esta tornou-se a pedra muito canto, 'e', ​​uma pedra de tropeço e rocha de escândalo ", pois eles tropeçam, porque são desobedientes à palavra, e, para o castigo que eles Foram também nomeados "(1 Ped. 2: 6-8). Paulo declarou aos crentes de Éfeso, "você não está mais estrangeiros e peregrinos, mas sois concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, o próprio Jesus Cristo sendo a pedra angular "(Ef. 2: 19-20).

    Quando eles disseram a Jesus que os viticultores miseráveis ​​seriam levados a um fim terrível (v. 41), os governantes do Templo-se julgados da mesma forma o próprio Davi tinha julgado antes de Nathan.Depois de ouvir a parábola comovente do profeta sobre o homem rico que tomou apenas cordeiro animal de estimação do homem pobre para alimentar um viajante visitar, "a ira de Davi queimado muito contra o homem, e ele disse a Natã:" Vive o Senhor, certamente o homem que tem feito isso merece morrer. E ele deve fazer a restituição para o quádruplo cordeiro, porque fez tal coisa e não teve piedade. "Nathan disse então a Davi: "Tu és o homem! '" (2 Sam 12:5-7.).

    Jesus, de fato, havia dito aos chefes dos sacerdotes e pelos anciãos, "Vocês são os homens! Vocês são os viticultores miseráveis ​​que, por sua própria declaração, merecem um final infeliz para bater e matar os servos do dono da vinha e, em seguida, matar seu filho. Você não percebe que o proprietário é Deus, a vinha é o Seu reino, os servos eram Seus profetas, e eu sou o Seu Filho? Você vós mesmos culpados de condenar à morte não só os profetas, mas até mesmo o próprio Filho de Deus apenas julgados . "

    Com relação ao que matas os profetas, mais tarde no mesmo dia Jesus disse aos líderes judeus incrédulos, em particular os escribas e fariseus: "Você constrói os túmulos dos profetas e adornam os monumentos dos justos, e dizer: 'Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido parceiros com eles para derramar o sangue dos profetas '. Conseqüentemente, você testemunhar contra vós mesmos que sois filhos dos que mataram os profetas Encha-se, em seguida, a medida da culpa de seus pais "(Mateus 23:29-31.)..

    Deus tinha preparado um lugar de grande beleza e bênção e, em seguida, graciosamente, deu a administração do mesmo para o povo de Israel. Era um lugar de promessa, esperança, libertação, salvação e segurança. Mas Israel desviados todas essas bênçãos para si mesma, roubando a Deus a gratidão, honra e glória que Lhe é devido. Ela perseguiram os profetas Ele com amor e paciência enviados para chamá-la ao arrependimento e perdão. A tradição judaica declarou que Isaías havia sido serrados ao meio com uma serra de madeira (conforme He 11:37). De Escritura sabemos que Jeremias foi jogado em um poço de lama, e tradição considerou que ele acabou sendo apedrejado até a morte. Ezequiel foi rejeitada, Elias e Amos tinha que correr por suas vidas, Micah foi esmagado no rosto por aqueles que se recusaram a ouvir sua mensagem (1Rs 22:24), e Zacarias foi realmente assassinado no próprio Templo de Deus (II Crônicas 24. : 20-22; conforme Mt 23:35).. Antigo Testamento história deu testemunho de seus corações assassinos, cuja maldade culminaria na morte do Filho de Deus.

    Através desta parábola e sua explicação Jesus apresentou um de seus mais claras afirmações de divindade. A parábola mesmo alude ao detalhe do seu ser crucificado fora da cidade de Jerusalém (conforme He 13:12), assim como o filho do proprietário da vinha foi lançado fora da vinha antes de ser assassinado.

    Jesus também deixou claro que os líderes judeus que rejeitaram foram indesculpáveis, que, como os viticultores do mal, eles sabiam que Ele era o Filho de Deus, mas recusou-se a aceitar e honrá-lo como tal.Eles queriam vê-lo morto, não porque Ele era mau e ímpio, mas porque Ele ameaçou seu controle mal e ímpio do Templo e de todo o sistema religioso judaico.
    Ao longo da história e ainda hoje muitas pessoas se recusam a receber Jesus Cristo como Salvador e Senhor não por causa da falta de provas, mas porque eles se recusam a acreditar na evidência. Eles não acreditam, simplesmente porque eles não querem acreditar.

    O Aplicativo

    Por isso eu digo a você, o reino de Deus vos será tirado de você, e ele dado a uma nação que produza o fruto dela. E quem cair sobre esta pedra será despedaçado; mas aquele sobre quem ela cair, ele vai espalhar-lo como poeira "(21: 43-44).

    Com essas palavras inequívocas, simples, Jesus removeu o que quer que a incerteza pode ter permanecido na mente dos príncipes dos sacerdotes e os anciãos sobre o que ele estava dizendo a eles. Na primeira metade do versículo 43 e no versículo 44, o Senhor reiterou a julgamento em Israel descrente e seus líderes ímpios; na segunda metade do versículo 43 Ele reiterou sua substituição por crentes gentios.

    Por isso eu digo a você ", declarou o Senhor, sem dúvida, olhando atentamente para os olhos dos seus adversários," o reino de Deus vos será tirado de você . " Em seu lugar o reino iria ser dado a uma nação que produza o fruto dela .

    Quando ele começou a pregar o reino, João Batista exigiu que os fariseus e saduceus que queriam ser batizado primeiro "dar frutos dignos de arrependimento" (Mt 3:8; Cl 1:10). Os líderes religiosos incrédulos não converterem dos seus pecados e arrepender-se, e, portanto, eles não poderiam produzir reino frutas (comportamento verdadeiramente justos). Eles estavam espiritualmente estéril, e por causa disso esterilidade voluntária eles foram amaldiçoados, como a figueira que tinha folhas, mas não há figos (21: 18-19).

    Pela graça mediante a promessa incondicional de Deus, Israel voltará um dia a Deus e dar frutos para o seu reino. "Deus não rejeitou o seu povo, que de antemão conheceu", Paulo afirmou a seus companheiros judeus. E quando "a plenitude dos gentios haja entrado, ... todo o Israel será salvo, como está escrito:" O Libertador virá de Sião, Ele irá remover a impiedade de Jacó "(Rm 11:2. —26).

    Mas, enquanto isso Deus escolheu outro povo para ser o seu próprio testemunho. Ele tinha há muito tempo declarou "Vou chamar aqueles que não eram meu povo, meu povo ', e ela que não era amada,' Amado '. E será que, no lugar onde se dizia-lhes: "Vocês não são meu povo, aí serão chamados filhos do Deus vivo" (Rm. 9: 25-26).

    Ethnos ( nação ) tem o significado básico de "povo" e parece ser melhor traduzido dessa forma neste verso, como em At 8:9).

    "Se alguém não ama o Senhor, seja anátema", declarou Paulo (1Co 16:22). Para colocar essa verdade na língua do texto, deixe essa pessoa ser quebrado em pedaços , esmagados em pó e espalhados como poeira, assim como o próprio Senhor Jesus Cristo tinha avisado. Os inimigos de Deus estão destinados a ser pulverizado em nada. Para tentar destruir Cristo é assegurar a própria destruição. Através de Daniel o Senhor previu a vinda de Cristo máximo em juízo contra os povos incrédulos e as nações do mundo, representada pela estátua magnífica e aparentemente invulnerável de ouro, prata; bronze, ferro e barro. Como a "pedra ... cortada sem mãos", Jesus um dia vai atacar a estátua da humanidade descrente, e "em seguida, o ferro, o barro o bronze, a prata eo ouro [serão] esmagado, tudo ao mesmo tempo e [se tornar] como a palha das eiras de verão; eo vento [levará] los para que nenhum vestígio deles [serão] encontrado "(Dan 2: 32-35.).

    A Reação

    E quando os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, ouvindo essas parábolas, entenderam que Ele estava falando sobre eles. E quando eles tentaram prendê-lo, mas temeram o povo, porque o considerava um profeta. (21: 45-46)

    Não havia dúvida de que estes líderes religiosos malignos, tipificados pelos príncipes dos sacerdotes e os fariseus , foram objeto de denúncia e condenação de Jesus. Além de qualquer dúvida, eles entenderam que ele estava falando sobre eles . Sabiam que eram o filho que falsamente disse a seu pai que ele iria trabalhar no campo, mas depois não ir e que eles eram os miseráveis ​​viticultores que desprezavam o proprietário da vinha e espancaram e mataram os seus servos e, eventualmente, matou seu filho. Sabiam que eram os construtores que tinham rejeitado a pedra que se tornaria a principal pedra da esquina e que, por causa dessa rejeição eles mesmos seria rejeitado por Deus e proibiu a entrada no Seu reino.

    Mas, como sempre, a despeito do que eles entenderam, os líderes judeus levaram nada Jesus disse para o coração. Eles ouviram, mas recusou-se a acatar. Eles sabiam que ele falou de sua impiedade e sua condenação, mas não demorar ainda um momento para considerar se sua acusação contra eles era verdade. Eles não iriam ser convencido, e, portanto, não poderia ser condenado. Eles não iriam se arrepender, e, portanto, não poderia ser perdoado. Eles sabiam a verdade gracioso sobre Jesus, mas não segui-Lo, e eles sabiam a verdade contundentes sobre o seu próprio pecado, mas não se desviará dele.
    Seus únicos pensamentos eram de auto-justificação e vingança, por isso sua reação foi de aproveitar Jesus e colocá-lo à morte, tal como tinham sido tramando desde o início de seu ministério. O obstáculo para isso acontecer foi que eles temiam a multidão, porque já defendeu que Jesus era um profeta . Os líderes tinham desprezo de Deus, mas sem temor a Ele. Eles também tinham desprezo pelamultidão , mas tinha medo de que eles poderiam fazer. Eles não eram Deus agradar-mas para agradar aos homens. Consequentemente, eles realizada fora de prender Jesus até que eles estavam convencidos de que poderia virar o povo contra ele, que, alguns dias depois, eles conseguiram fazer. Finalmente desiludido com o Messias, que não seria o seu tipo de salvador e com o Rei que não seria o seu tipo de senhor, a multidão deu os governantes não mais motivos para temê-los. Quando dada a escolha de libertar Jesus ou Barrabás o rebelde, eles escolheram Barrabás. E quando Pilatos perguntou o que deveria "fazer com Jesus, chamado Cristo", eles gritaram: "Seja crucificado!" (Mateus 27:21-22.).

    Esta passagem incrível retrata a provisão de Deus gracioso para os homens, a paciência com sua incredulidade e rejeição, e do Seu amor no envio mesmo seu único Filho para a sua redenção. Mas também mostra Seu julgamento justo que será executado quando Sua paciência divina tem o seu curso.
    A passagem também retrata a divindade de Jesus como o Filho de Deus, a Sua obediência à vontade de seu pai, sua vontade de vir à Terra e morrer para a redenção do homem, e Sua ressurreição. Mas também mostra a Sua vinda um dia como o instrumento do julgamento divino, para destruir e quebrar em pedaços aqueles que rejeitaram.
    E a passagem retrata a humanidade pecadora, suas grandes bênçãos e privilégios de Deus, a sua oportunidade de receber a verdade dos Seus profetas e vida eterna do Filho. Ela retrata sua responsabilidade e prestação de contas antes de um amoroso, mas apenas Deus, diante de quem eles vão ser resgatadas por causa da fé ou condenados por causa da incredulidade.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46

    Mateus 21

    O começo do último ato do drama — Mat. 21:1-11

    A intenção de Jesus — Mat. 21:1-11 (cont.)

    A afirmação do Rei — Mat. 21:1-11 (cont.)

    A cena no templo — Mat. 21:12-14

    A ira e o amor — Mat. 21:12-14 (cont.)

    A sabedoria dos simples de coração — Mat. 21:15-17 O caminho da figueira — Mat. 21:18-22 Promessa sem cumprir — Mat. 21:18-22 (cont.)

    A dinâmica da oração — Mat. 21:18-22 (cont.)

    A ignorância conveniente — Mat. 21:23-27 O melhor dos filhos maus — Mat. 21:28-32 A vinha do Senhor — Mat. 21:33-46 Privilégio e responsabilidade — Mat. 21:33-46 (cont.)

    O símbolo da pedra — Mat. 21:33-46 (cont.)

    O COMEÇO DO ÚLTIMO ATO DO DRAMA Mateus 21:1-11

    Com esta passagem penetramos no último ato do drama da vida de Jesus; e é, em realidade, um momento trágico. Era a época da Páscoa, e tanto Jerusalém como seus arredores estariam lotados de peregrinos. Trinta anos depois um governador romano fez um censo dos cordeiros que se sacrificaram em Jerusalém e descobriu que a cifra se aproximava do quarto de milhão. Agora, a regulamentação de Páscoa exigia que devia haver um grupo mínimo de dez pessoas para cada cordeiro. Se as cifras forem exatas, significa que durante a Páscoa mais de dois milhões e meio de pessoas se dirigiam a Jerusalém. A lei estabelecia que todo varão adulto que vivesse dentro de um raio de trinta quilômetros de Jerusalém devia assistir a Páscoa. Mas não eram só os judeus da Palestina quem assistia a maior das celebrações nacionais. Acudiam judeus provenientes de todos os rincões do mundo. Jesus não pôde ter escolhido um momento mais dramático; entrou em uma cidade que era um enxame de pessoas, cheias de expectativas religiosas.

    Tampouco se tratava de uma decisão repentina, tomada nesse momento. Era algo que Jesus tinha preparado de antemão. Todo o tom do relato demonstra que estava cumprindo planos que tinha preparado com antecedência. Enviou os discípulos à aldeia para buscar o jumento e seu jumentinho. Mateus só menciona a Betfagé. Mas Marcos menciona também Betânia (Mc 11:1). Sem dúvida a aldeia era Betânia. Jesus já teria conseguido que o jumento e o jumentinho o estivessem esperando, porque sem dúvida teria muitos amigos em Betânia. A frase "O Senhor precisa deles", era a contra-senha mediante a qual o dono sabia que tinha chegado a hora estabelecida por Jesus, certamente, com antecipação.

    Assim, pois, Jesus cavalgou para Jerusalém. O fato que jamais ninguém tivesse montado o jumentinho o fazia particularmente propício para fins sagrados. A "vaca alazã" que se empregava nas cerimônias de purificação devia ser um animal "sobre a qual não se pôs jugo" (Nu 19:2; Dt 21:3); o carro sobre o qual se transportava o arca do Senhor devia ser um vínculo que nunca se usou antes (1Sm 6:7). O caráter sagrado e peculiar do momento ficava sublinhado pelo fato de que ninguém tivesse cavalgado antes sobre o jumentinho.

    A multidão recebeu a Jesus como se fosse um rei. Tenderam seus mantos em seu caminho. Isso foi o que fizeram os amigos de Jeú quando foi proclamado rei (2Rs 9:13). Cortaram e agitaram os ramos de palmeiras. Isso foi o que fizeram quando Simão Macabeu entrou em Jerusalém depois de uma de suas vitórias mais notáveis (1 Macabeus 13:51).

    Deram-lhe as mesmas boas-vindas que a um peregrino porque a saudação "Bendito o que vem em nome do SENHOR" (Sl 118:26) era a saudação que se dava aos peregrinos quando chegavam para a festa.

    Exclamaram "Hosana!" Devemos estar seguros do que significa esta palavra. Hosana significa salve agora! E era o grito de desespero que usava o povo desamparado para dirigir-se a seu rei ou a seu deus. Em realidade, a exclamação do povo é uma espécie de citação do Sl 118:25: “Oh! Salva-nos, SENHOR, nós te pedimos.” A frase “Hosana nas maiores alturas!” deve significar "Que os anjos nas maiores alturas do céu exclamem a Deus, salva-nos agora!"

    Pode ser que a palavra hosana tenha perdido parte de seu significado original, e que, em certo sentido, converteu-se em uma exclamação de boas-vindas, como "Salve!" Mas originariamente é o clamor de um povo para obter sua liberação em momentos difíceis; é o clamor de um povo oprimido a seu salvador e a seu rei.

    A INTENÇÃO DE JESUS

    Mateus 21:1-11 (continuação)

    Podemos, pois, dar por sentado que as atitudes de Jesus nesta passagem estavam planejadas e as levou a cabo com premeditação. Ao agir como o fez seguia um método para despertar as consciências das homens que estava muito relacionado com o método dos profetas. Uma e outra vez na história religiosa de Israel quando um profeta sentia que suas palavras não faziam greta contra uma barreira de indiferença ou incompreensão, expressava sua mensagem por meio de uma ação simbólica que os homens não podiam deixar de ver e compreender.

    Dos numerosos exemplos que o Antigo Testamento oferece podemos escolher dois dos mais conspícuos. Quando ficou manifesto que o reino não toleraria os excessos e extravagâncias de Roboão, e que Jeroboão estava indicado como o poder nascente, o profeta Aías, o silonita escolheu uma forma muito dramática de predizer o futuro. Vestiu-se com uma capa nova, saiu da cidade e se encontrou a sós com Jeroboão, tomou a capa nova e a rompeu em doze pedaços. Deu dez pedaços a Jeroboão e guardou dois. Mediante esta atitude muito gráfica expressou com toda clareza que dez das doze tribos estavam preparando uma rebelião em favor de Jeroboão e que só duas delas permaneceriam leais a Roboão (I Reis 11:29-32). Aqui vemos a mensagem profética pronunciada por meio de uma ação dramática.

    Quando Jeremias se convenceu que Babilônia estava a ponto de conquistar a Palestina a pesar do otimismo do povo, fez correias e canzis e os enviou a Edom, a Moabe, a Amom, a Tiro e ao Sidom, e pôs uma canga de madeira sobre seu próprio pescoço para que todos pudessem vê-lo. Mediante esta atitude dramática deixou sentado em forma muito eloqüente que, segundo sua interpretação, a única coisa que os aguardava era a escravidão (Jeremias 27:1-6). E quando Hananias, o falso profeta com seu otimismo equivocado, quis demonstrar que considerava equivocada a pessimista profecia de Jeremias, tomou a canga de madeira do pescoço de Jeremias e a partiu (Jeremias 28:10-11). Os profetas tinham o costume de transmitir sua mensagem por meio de uma ação dramática quando consideravam que as palavras não eram suficientes. E não há dúvida que isso foi o que Jesus fez ao entrar em Jerusalém.

    Há duas imagens por trás da atitude de Jesus.

    1. A imagem de Zc 9:9 em que o profeta viu o rei entrando em Jerusalém, humilde e cavalgando sobre um jumento e o jumentinho. De maneira que, em primeiro lugar, a atitude de Jesus é uma afirmação messiânica deliberada. Aqui Jesus estava oferecendo-se ao povo em um momento em que Jerusalém estava cheia de judeus de todo o país e de todo o mundo, e se oferecia como o Ungido de Deus. Já veremos o significado que Jesus deu a essa afirmação, mas não há a menor dúvida de que a fez.
    2. Pode ter havido outra intenção na mente de Jesus. Esta intenção não nos é evidente, mas é quase certo que pareceria algo muito claro à mentalidade judaica e, tal como se apresentam os acontecimentos, é bem possível que tenha existido. Um dos maiores desastres da história judaica tinha sido a captura de Jerusalém por parte do Antíoco Epifanes ao redor do ano 175 A. C. Antíoco estava decidido a fazer desaparecer o judaísmo e a implantar a forma de vida e o culto dos gregos na Palestina. Profanou o templo com toda deliberação, oferecendo sangue de porco no altar, fazendo sacrifícios ao Zeus olímpico e até convertendo as câmaras do templo em bordéis públicos. Foi nesse momento quando os macabeus se rebelaram contra ele e por fim recuperaram sua terra natal. Depois de um tempo Jerusalém foi reconquistada, reivindicou-se o templo, foi restaurado, foi purificado e se voltou a oferecer a Deus.

    Em 2 Macabeus 10:7 lemos sobre o júbilo que imperava nesse dia: “Eis por que, trazendo tirsos e ramos vistosos, bem como palmas, entoavam hinos Àquele que de modo tão feliz os conduzira à purificação do seu Lugar.” Esse dia o povo levava palmas e entoava seus salmos; é uma descrição quase exata da atitude da multidão que deu as boas-vindas a Jesus. Pelo menos é possível que Jesus soubesse disso e que tenha entrado em Jerusalém com a intenção de purificar a casa de Deus, tal como o fizera Judas Macabeu duzentos anos antes. De fato, isso foi o que Jesus fez. Pode ser que esteja dizendo, por meio de um símbolo dramático, não só que era o Ungido de Deus, mas que Ele também tinha vindo para purificar a casa de Deus dos abusos que profanavam tanto o templo como seu culto. Acaso não havia dito Malaquias que o Senhor viria de repente a seu templo (Ml 3:1)? E, em sua visão do juízo, não tinha visto Ezequiel que o terrível juízo de Deus começava pelo santuário (Ez 9:6)?

    A AFIRMAÇÃO DO REI

    Mateus 21:1-11 (continuação)

    Para concluir nossa análise deste incidente, vejamos o que nos mostra de Jesus. Mostra-nos três coisas.
    (1) Mostra-nos a coragem de Jesus. Jesus sabia muito bem que entrava em uma cidade hostil. Por mais entusiasta que fosse a multidão, as autoridades o odiavam e tinham jurado eliminá-lo, e elas tinham a última palavra. Qualquer outro homem em sua posição teria considerado que a discrição era o melhor elemento de valor e, se tivesse decidido entrar em Jerusalém, o teria feito amparado pelas trevas da noite, e se teria mantido com toda prudência por ruas apartadas até chegar a um refúgio seguro. Mas Jesus entrou em Jerusalém em uma forma que o situava com toda intenção no próprio centro do cenário, e que para que todos os olhos se voltassem para ele. Cada uma das atitudes dos últimos dias de Jesus transparecem uma espécie de desafio magnífico e sublime. Aqui começa o último ato, com um aberto desafio às autoridades para que fizessem o pior.

    1. Mostra-nos a afirmação de Jesus sobre si mesmo. Mostra-nos sem dúvida alguma sua afirmação de que é o Messias de Deus, o Ungido de Deus; e muito provavelmente nos apresenta a afirmação de que é o purificador do templo e da casa de Deus. Se Jesus tivesse aceito afirmar que era um profeta, é muito possível que nunca teria tido que morrer. Mas ele só se sente satisfeito com o lugar supremo, quer tudo ou nada. Os homens devem reconhecê-lo como rei ou não recebê-lo absolutamente.
    2. Mas também nos mostra o chamado de Jesus. O que pedia não era o reinado do trono, e sim o do coração. Chegou em forma humilde e cavalgando sobre um asno. Devemos nos assegurar de que compreendemos o verdadeiro significado dessa ação. No Ocidente o asno é um animal desprezível, mas no Oriente pode ser um animal nobre. Os reis estavam costumavam cavalgar sobre asnos, mas quando o faziam sempre significava que chegavam em som de paz. O cavalo era sinal de guerra, o asno de paz. De maneira que quando Jesus afirmou que era rei, afirmou que era o rei da paz. Demonstrou que não devia destroçar, e sim amar; não a condenar, e sim ajudar; não com o poder das armas, e sim com a força do amor.

    De maneira que nesta mesma cena vemos a coragem de Jesus, sua afirmação sobre si mesmo e seu amor. Era o último chamado aos homens para que lhe abrissem, não seus palácios, e sim seus corações.

    A CENA NO TEMPLO

    Mateus 21:12-14

    Se a entrada em Jerusalém tinha sido um desafio, aqui vemos outro desafio acrescentado ao anterior. Para ver como se desenvolve esta cena ante nossos olhos devemos visualizar a imagem do templo. No Novo Testamento há duas palavras que se traduzem como templo, e é uma tradução correta, mas há uma diferença clara entre ambas.

    O templo mesmo se chama naos. Era um edifício relativamente pequeno e continha o lugar santo e o santíssimo ao qual só podia entrar o sumo sacerdote, e nada mais que no Dia da Expiação. Mas a naos estava rodeada por um amplo espaço ocupado por pátios sucessivos e ascendentes. Em primeiro lugar estava o Pátio dos gentios onde podia entrar qualquer um e mais à frente do qual não podia ir nenhum gentio sem tornar-se réu de morte. Depois vinha o Pátio das mulheres, ao qual se penetrava pela porta Formosa; qualquer israelita podia entrar ali. Depois desse existia o Pátio dos israelitas ao qual se entrava pela Porta de Nicanor, uma porta grande de bronze de Corinto que necessitava vinte homens para abri-la e fechá-la. Neste pátio eram onde se reunia o povo para o culto. Por último vinha o Pátio dos sacerdotes onde só podiam entrar os sacerdotes. Ali estava o grande altar das oferendas, o altar do incenso, o candelabro de sete braços, a mesa do pão da proposição e a bacia de bronze; e atrás do qual estava a naos. Toda esta superfície, incluindo todos os pátios recebe o nome de templo em nossas traduções; a palavra grega é hieron. É melhor manter a distinção entre as duas palavras, usar a palavra templo para o templo em si, quer dizer, a naos, e designar a toda a superfície os recintos do templo, quer dizer, o hieron.

    O cenário onde transcorre este incidente é o Pátio dos gentios ao qual podia entrar qualquer um. Sempre estava cheio de gente, mas na época da Páscoa, com peregrinos procedentes de todo o mundo, estaria lotado. Em qualquer momento se podiam ver gentios nesse lugar, porque o templo de Jerusalém era famoso no mundo inteiro até o ponto de que até escritores romanos o descreveram como um dos edifícios mais maravilhosos do mundo.

    Neste pátio dos gentios se desenvolviam dois tipos de comércio. Por um lado, havia i câmbio de moedas. Todos os judeus deviam pagar ao templo um imposto do meio siclo e o pagamento devia fazer-se perto da Páscoa. Um mês antes se armavam casinhas em todas as cidades e aldeias onde se podia pagar o imposto, mas depois de uma data determinada, só o podia pagar no próprio templo. E ali era onde o pagava a grande maioria dos peregrinos judeus do resto do mundo. Este imposto era preciso pagá-lo por um certo tipo de moedas, embora para qualquer outro fim todas as moedas eram aceitas na Palestina. Não se podia pagar em lingotes de prata, e sim em dinheiro selado; não se podia pagar com moedas de uma liga de qualidade inferior ou em moedas com defeitos, e sim em moedas de prata de alta qualidade. Podia-se pagar em siclos do santuário, nos meios siclos da Galiléia e, em especial em dinheiro de Tiro que tinha um valor muito alto. A tarefa dos cambistas era trocar o dinheiro que não servia como dinheiro apropriado para o pagamento do imposto.
    Aparentemente, tratava-se de uma tarefa muito necessária. Mas o problema era que estes cambistas cobravam o equivalente de um vigésimo de centavo de dólar por cambiar qualquer tipo de moeda, e se a moeda que recebiam equivalia a mais do meio siclo, cobravam outro vigésimo por entregar o câmbio. Quer dizer que o peregrino não só devia pagar seu meio siclo — que valia ao redor de dois centavos e meio de dólar — e sim outros dois vigésimos de centavo pelo imposto ao câmbio. E tudo isto deve avaliar-se tendo em conta que o salário de um trabalhador era de ao redor de quatro vigésimos de centavo de dólar por dia. Esta tarifa extra se chamava qolbon. Nem tudo ia para os bolsos dos cambistas: uma parte se classificava como oferendas voluntárias; outra parte servia para consertar as estradas; outra parte se destinava a comprar as pranchas de ouro com que se pensava recobrir todo o templo, a naos, e outra parte chegava de algum modo ao tesouro do templo. O procedimento em si não era necessariamente um abuso, mas o problema era que se prestava ao abuso. Prestava-se para a exploração dos peregrinos que chegavam ao templo para adorar a seu Deus, e não há a menor dúvida de que os cambistas tiravam uma grande vantagem de sua função.

    A venda de pombas era algo pior ainda. Para a maior parte das visitas ao templo se necessitava algum tipo de oferenda. As pombas, por exemplo, eram necessárias quando uma mulher ia purificar-se depois de ter dado à luz, ou quando um leproso ia fazer comprovar e certificar sua cura (Lv 12:8; Lv 14:22; 15:14-29). Era muito fácil comprar animais para o sacrifício fora do templo, mas qualquer animal que se oferecesse não devia ter o menor defeito. Havia inspetores oficiais para os animais e com certeza que rechaçariam o animal adquirido fora do templo e indicariam ao fiel que fosse comprá-los nos postos e casinhas do templo. Não haveria nenhum problema se os preços fossem os mesmos dentro e fora do templo, mas um casa de campo de pombas podia custar menos de um centavo de dólar fora do templo e quase um dólar e meio dentro do templo. tratava-se de um abuso muito antigo.

    Havia um rabino chamado Simon Ben Gamaliel a quem se recordava com gratidão porque "fazia com que se vendessem as pombas por moedas de prata e não de ouro." É evidente que atacou o abuso. Além disso, os postos em que se vendiam as vítimas para o sacrifício se chamavam Bazares de Anás, e pertenciam à família do sumo sacerdote Anás. Aqui tampouco se tratava de um abuso em si mesmo. Deve ter havido muitos comerciantes honestos e compreensivos. Mas o abuso surgia com facilidade e rapidez.

    Burkitt pode dizer que "o templo se converteu em um lugar de reunião de patifes", o pior tipo de monopólio comercial e de interesses criados. Sir George Adam Smith pode escrever: "Nessa época todos os sacerdotes devem ter sido comerciantes." Apresentavam-se todas as facilidades para que se desenvolvesse uma exploração desavergonhada e inescrupulosa dos peregrinos pobres e humildes; e essa exploração foi a que provocou a ira de Jesus.

    A IRA E O AMOR

    Mateus 21:12-14 (continuação)

    Para ser justos, há muito poucas passagens no relato evangélico em que devamos fazer um esforço mais consciente e deliberado do que nesta. É muito fácil esgrimir esta passagem para condenar em forma total todo o culto do templo. Devemos esclarecer duas coisas. Havia muitos comerciantes e homens ruins nos pátios do templo, mas também havia muitas pessoas com o coração posto em Deus. Nunca é justo tomar um sistema em sua pior manifestação e julgá-lo mal; como disse Aristóteles faz já muito tempo, os homens e as instituições devem ser julgados em seu melhor aspecto e não no pior. E a outra coisa que devemos dizer é o seguinte: que a pessoa, e a igreja que não tenha pecado atire a primeira pedra. Tampouco todos os comerciantes eram exploradores, e até os que aproveitavam a oportunidade de tirar um benefício fácil não eram todos agiotas.
    Aquele grande estudioso judeu, Israel Abraham, fez um comentário sobre o tratamento muito comum entre os cristãos desta passagem. Em tal comentário fala com dignidade sobre a fé de seu povo e menciona certas coisas que acontecem na atualidade na igreja cristã do Santo Sepulcro em Jerusalém. "Quando Jesus expulsou os cambistas e os vendedores de pombas do templo, fez um serviço ao judaísmo... Mas acaso eles eram os únicos que visitavam o templo? E todos os que compravam ou vendiam pombas eram meros formalistas? No ano passado visitei Jerusalém na Páscoa e ao longo da fachada da Igreja do Santo Sepulcro vi os quiosques dos vendedores de relíquias sagradas, de contas pintadas, cintas com inscrições, velas de cores, crucifixos decorados e garrafas com água do Jordão. Ali estes cristãos tagarelavam, gesticulavam e regateavam, uma multidão de compradores e comerciantes em frente da igreja consagrada à memória de Jesus. E eu pensei: Oxalá viesse Jesus para expulsar a estes falsos servos dEle como expulsou a seus falsos irmãos em Israel há muitos anos." Nestes assuntos, nem sequer a Igreja cristã está livre de culpa.

    Mas este incidente nos mostra certas coisas a respeito de Jesus.

    1. Mostra-nos que uma das manifestações mais furiosas de sua ira se dirigiu contra aqueles que exploravam a seu próximo, e em especial contra quem o fazia em nome da religião. Foi Jeremias quem disse que os homens tinham convertido o templo em um covil de ladrões (Jr 7:11). Jesus não podia ver a exploração das pessoas humildes para tirar algum benefício. Mais de uma vez, a Igreja permaneceu em silêncio em uma situação semelhante. A Igreja tem a obrigação de proteger àqueles que não podem fazê-lo por si mesmos em uma situação econômica altamente competitiva.
    2. Mostra-nos que sua ira se dirige de maneira particular contra aqueles que impedem as pessoas simples de adorar na casa de Deus. Isaías foi quem disse que a casa de Deus era uma casa de oração para todas os povos (Is 56:7). Devemos assinalar que, de fato, o Pátio dos gentios era a única zona do templo onde podiam entrar os gentios. Não devemos pensar que todos eles foram olhar com ânimo de turistas. Alguns, pelo menos, devem ter ido com um desejo profundo em suas almas de adorar e orar para chegar a encontrar a Deus. Mas a oração era impossível nessa barafunda de compra, venda e regateio e público leilão. Aqueles que procuravam a presença de Jesus encontravam o caminho obstaculizado pelo próprio povo da casa de Deus. Deus jamais considerará inocentes os que não permitem que outros adorem a Deus.

    E isso pode acontecer até agora. Um espírito de amargura, de discussão, de luta pode invadir uma igreja e fazer com que a oração seja impossível. Homens e dignitários podem chegar a preocupar-se tanto por seus enganos e acertos, sua dignidade, seu prestígio, suas práticas e procedimentos, que no final ninguém pode adorar a Deus na atmosfera que se cria. Inclusive os ministros de Deus podem chegar a preocupar-se mais por impor seu estilo e seus costumes a uma congregação do que por pregar o evangelho, e o resultado é um serviço com um clima no qual se torna impossível toda verdadeira adoração. A adoração de Deus e as disputas dos homens nunca podem ir junto. Lembremos da ira de Jesus contra aqueles que obstaculizaram a aproximação a Deus da parte de seu próximo.

    1. Resta uma coisa mais. Nossa passagem termina com a imagem de Jesus curando os cegos e coxos no Pátio do templo. Estando ainda ali, Jesus não expulsou a todos. Só aqueles que tinham uma consciência culpada escaparam diante da ira de Jesus. Os que precisavam dEle ficaram. Jesus nunca despede de mãos vazias os necessitados. E notemos um detalhe: a ira de Jesus nunca era exclusivamente negativa, sempre passava a ajudar em forma positiva àqueles que O necessitavam. No homem realmente grande a ira e o amor vão de mãos dadas. Exerce-se a ira contra aqueles que exploram os humildes e obstaculizam a quem procura a Deus; mas manifesta-se amor para com os muito necessitados. A força destrutiva do amor sempre deve ir de mãos dadas com o poder curativo do amor.

    A SABEDORIA DOS SIMPLES DE CORAÇÃO

    Mateus 21:15-17

    Alguns estudiosos encontraram dificuldades nesta passagem. Afirma-se que é pouco provável que tenha havido muitos meninos no pátio do templo e que se estavam ali, a polícia do templo se ocupou deles com rapidez e eficácia se tivessem ousado gritar como a passagem diz que o faziam. Agora, em um momento anterior deste relato Lucas fala de um incidente no qual aparecem os discípulos clamando com gritos alegres a Jesus e onde se diz que as autoridades tratam de fazê-los calar (Lucas 19:39-40). De fato, com freqüência era hábito chamar-se de meninos os discípulos de um rabino. Vemos, por exemplo, que a frase filhinhos aparece nos escritos de João. De maneira que se sugere que Lucas e Mateus relatam a mesma história, em realidade, e que os meninos ou jovens são os discípulos de Jesus.

    Mas essa explicação é desnecessária. O uso que Mateus faz da citação do Sl 8:2 deixa bem claro que está pensando em meninos em sentido literal e, de qualquer modo, nesse dia estavam acontecendo coisas que jamais tinham acontecido antes no pátio do templo. Nem todos os dias os cambistas e comerciantes tinham que sair correndo; tampouco se curava aos cegos e coxos todos os dias. Talvez

    normalmente fosse impossível que os meninos gritassem nessa forma, mas este não era um dia qualquer.

    Quando tomamos esta história tal como está e voltamos a ouvir as vozes claras e frescas dos meninos gritando seu louvor, deparamo-nos com uma grande verdade. Há verdades que só os simples de coração podem ver e que estão escondidas dos sábios, dos instruídos e dos sofisticados. Em mais de uma ocasião o céu está mais perto do menino que do mais sábio dos homens.
    Conta-se que em uma ocasião, o famoso escultor Thorwaldsen modelou uma estátua de Jesus. Querendo saber se sua obra provocaria a reação correta no coração de quem a visse, trouxe um garotinho, fê-lo contemplar a estátua e lhe perguntou: "Quem você crê que é?" O menino a olhou e disse: "É um grande homem." E Thorwaldsen soube que tinha fracassado. De maneira que desfez sua primeira estátua e voltou a começar. Quando terminou voltou a levar a menino, pediu-lhe que a olhasse e lhe fez a mesma pergunta: "Quem você crê que é?" E o menino sorriu e respondeu: “Esse é Jesus, que disse: ‘Deixem que os meninos venham a mim’.” E Thorwaldsen soube que desta vez tinha obtido seu objetivo. Submeteu a estátua ao juízo dos olhos de um menino.
    Tendo sido considerados todos os elementos, não se trata de um mau juízo. George Macdonald disse em uma ocasião que não dava nenhum valor ao suposto cristianismo de um homem em cuja porta ou jardim os meninos temiam jogar. Se um menino pensar que determinada pessoa é boa, o mais provável é que essa pessoa seja boa, e se um menino se afasta de alguém com temor, pode tratar-se de um personagem importante, mas por certo não se parece com Cristo.

    Em algum lugar Barrie desenha a uma mãe que faz dormir a seu pequeno e o contempla quando está quase adormecido com uma pergunta sem formular no olhar e no coração: "Meu filho, agi bem hoje?" A bondade que resiste ao olhar claro do menino e que passa na prova de sua simplicidade, é uma bondade autêntica. É muito natural que os meninos pudessem reconhecer a Jesus quando os eruditos estavam cegos.

    O CAMINHO DA FIGUEIRA

    Mateus 21:18-22

    Há poucos leitores honestos da Bíblia que se atreveriam a negar que esta é possivelmente a passagem mais incômoda e difícil do Novo Testamento. Se for tomada ao pé da letra, sem questioná-la, mostra a Jesus em uma atitude que se choca com toda a idéia que temos sobre Ele. Trata-se, pois, de uma passagem à qual devemos nos aproximar com um desejo autêntico de descobrir a verdade que há por trás e com autêntica coragem para elaborar nossa interpretação.

    Em primeiro lugar, devemos assinalar que Marcos também relata esta história em Marcos 11:12-14, 20-21. Em seguida notamos que há uma diferença fundamental entre as duas versões do relato. Na versão de Mateus a figueira se seca imediatamente: “E a figueira secou imediatamente.” Esse imediatamente significa em seguida. Por outro lado, na versão do Marcos não ocorre nada com a figueira em seguida; só na manhã seguinte, quando voltam a passar pelo mesmo caminho, os discípulos se dão conta de que se secou. Visto que existem estas duas versões do relato, pode-se deduzir que houve algum desenvolvimento e como a versão de Marcos é a mais antiga, deve ser a mais fiel aos fatos.

    A fim de compreender esta história, é necessário entender os hábitos de crescimento das figueiras e a forma em que dão fruto. Na Palestina, a figueira era a árvore favorita. A imagem da Terra Prometida era a de uma “terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e romeiras” (Dt 8:8). Romeiras e figos faziam parte do tesouro que levaram os espiões para demonstrar a fertilidade da terra (Nu 13:23). A imagem de paz e prosperidade que aparece a cada momento no Antigo Testamento é a imagem de uma época na qual cada homem se sentará debaixo de sua própria vinha e sua própria figueira (1Rs 4:25;

    Mq 4:4; Zc 3:10). A imagem da ira de Deus mostra o dia em que Deus queimará e destroçará as figueiras (Sl 105:33: Jr 8:13; Os 2:12).

    A figueira é o símbolo da prosperidade, da fertilidade e da paz. A árvore em si é bonita; o tronco pode alcançar um metro de diâmetro. Alcança uma altura de quatro metros e meio a seis; e os ramos se podem estender em um diâmetro de sete metros e meio a nove. De maneira que se apreciava muito sua sombra. No Chipre, as casas têm suas figueiras na frente da porta; e Tristão, o viajante, conta-nos que mais de uma vez se refugiou debaixo da sua sombra e desfrutou de sua frescura em um dia de calor. É muito comum que as figueiras cresçam num lado dum poço de maneira que no mesmo lugar há água e sombra. Com muita freqüência a sombra da figueira fazia as vezes de habitação particular para a meditação e a oração, e é por isso que Natanael se sentiu surpreso de que Jesus o tivesse visto debaixo da figueira (Jo 1:48).

    Mas o importante para a análise deste incidente é a forma em que a figueira dá seus frutos. A figueira é a única árvore que dá frutos duas vezes ao ano. A primeira colheita se forma sobre a madeira velha. A princípios da temporada os pequenos botões verdes aparecem nos extremos dos ramos. São denominados brotos e algum dia se converterão em figos, mas não podem ser comidos. Pouco a pouco as folhas e as flores vão se abrindo e o que é peculiar desta árvore é que está cheia de fruta, folhas e flores ao mesmo tempo; na Palestina isso acontece no mês de junho. Nenhuma figueira deu jamais frutos no mês de abril, pois é muito cedo. O processo se repete com a figueira nova, e a nova colheita aparece no mês de setembro.

    Neste relato há duas coisas muito estranhas. Em primeiro lugar fala de uma figueira que estava cheia de folhas em abril. Jesus estava em Jerusalém na páscoa; esta festa se celebra em 15 de abril e o incidente que relata o evangelho aconteceu uma semana antes. O segundo elemento também é muito claro: Jesus procurava figos em uma árvore onde não era possível que os houvesse. Marcos percebeu isso, porque diz: "Não era tempo de figos" (Mc 11:13).

    A dificuldade que apresenta esta história não é seu grau de probabilidade, e sim uma dificuldade moral, e se dá em dois sentidos. Em primeiro lugar, apresenta-se a Jesus condenando uma figueira por não fazer algo que não era capaz de fazer. A árvore não podia dar frutos na segunda semana de abril e, não obstante, vemos que Jesus a destrói por não fazer algo que era impossível que fizesse. Em segundo lugar, vemos que Jesus usa seu poder milagroso para seus próprios fins. Isso é justamente o que se negou a fazer definitivamente nas tentações do deserto. Não aceitou converter as pedras em pães para satisfazer sua fome. Jamais usaria seu poder em forma egoísta. A verdade nua é a seguinte: se tivéssemos lido a respeito de qualquer outra pessoa que condena uma figueira por não dar frutos em abril, teríamos dito que se tratava de uma atitude de irada petulância provocada por um desengano pessoal. Em Jesus, isso é inconcebível e incrível. De modo que deve haver uma explicação. Qual é?

    Alguns encontraram a seguinte explicação. Em Lucas achamos a parábola da figueira que não dava fruto. O jardineiro pediu misericórdia duas vezes, e as duas vezes lhe foi concedida; no fim a figueira continuou sem dar frutos e foi destruída (13 6:42-13:9'>Lucas 13:6-9). Ora, o curioso é que Lucas tenha a parábola da figueira estéril e não mencione este incidente da figueira que se secou. Mateus e Marcos registram este, mas não mencionam a parábola da figueira estéril. Tudo pareceria indicar que os evangelistas sentiram que se incluíam uma parte não era necessário incluir a outra. Não resta dúvida de que Lucas conhecia a parte em que se fala da figueira que se secou porque conhecia o evangelho de Marcos e o usou como apoio do dele. Portanto, sugere-se a parábola da figueira seca foi mal compreendida e ela foi transformada em um incidente quando deveria ter ficado como uma parábola. Houve uma confusão na qual se converteu uma história que Jesus contou em uma ação que fez.

    Isto não é de modo algum impossível, mas nos parece que se deve procurar a explicação em outro lado. E agora passaremos a procurá-la.

    PROMESSA SEM CUMPRIR

    Mateus 21:18-22 (continuação)

    Relembremos um costume profético judaico que Jesus conhecia e empregava. Quando estudamos a entrada de Jesus em Jerusalém vimos que os profetas estavam acostumados a recorrer a ações simbólicas. Quando sentiam que algo não seria assimilado, faziam algo dramático para que os homens compreendessem o ensino.

    Agora, suponhamos que há uma ação simbólica desse tipo por trás desta história. Suponhamos que Jesus ia a caminho de Jerusalém. De um lado do caminho viu uma figueira cheia de folhas. Era perfeitamente legítimo que arrancasse os figos, se houvesse. A lei judaica o permitia (Deut. 23:24-25); e Thomson em The Land and the Book nos diz que até na atualidade qualquer pessoa pode fazer uso das figueiras que estão à beira do caminho. Jesus se aproximou da figueira sabendo muito bem que não podia ter figos e que havia algo que andava mal com ela. Podiam ter acontecido duas coisas. A figueira podia ter voltado para seu estado selvagem, como acontece com as rosas. Essas coisas aconteciam. Ou a figueira pode ter tido alguma doença. Uma figueira que estava cheia de folhas nos primeiros dias de abril estava doente. De maneira que Jesus a olhou e disse: "Esta árvore nunca dará frutos, secar-se-á." Eram as palavras de alguém que conhecia a natureza porque tinha vivido com ela. E, de fato, no dia seguinte ficou demonstrado que seu diagnóstico era correto. Agora, se esta foi uma atitude simbólica, seu propósito era ensinar algo. O que era que queria ensinar? Propunha-se ensinar duas coisas ao povo judeu porque o choque frontal entre Jesus e esse povo era iminente.

    (1) Esta atitude simbólica ensinava que a inutilidade atrai o desastre. Essa é a lei da vida. Algo inútil, está no caminho da eliminação. Tanto as coisas como as pessoas só justificam sua existência quando cumprem o objetivo para o qual foram criadas. A figueira era inútil, portanto estava condenada. Ora, o povo de Israel tinha começado a existir por uma só e única razão: para que dele surgisse o Filho de Deus, o Ungido de Deus. Tinha chegado, o povo não o tinha reconhecido, mais ainda, estava a ponto de crucificá-lo. O povo tinha fracassado em sua missão que era dar as boas-vindas ao Filho de Deus, portanto estava condenado. O fato de não cumprir o propósito de Deus conduz ao desastre em forma inevitável. Cada ser humano deste mundo é julgado de acordo a sua utilidade. Mesmo que uma pessoa esteja imóvel na cama, pode ser da maior utilidade por seu paciente exemplo e oração. Ninguém tem por que ser inútil, e o que o é se dirige para o desastre.

    (2) Este incidente ensina que a profissão sem a prática está condenada. A árvore tinha folhas, isso indicava que teria figos, mas não os tinha, sua pretensão era falsa, de maneira que estava condenado. O povo judeu professava fé em Deus — acaso não era o povo escolhido e não era Deus seu Deus? Mas apesar de sua profissão de fé estava em busca do sangue do Filho de Deus, portanto, merecia a condenação.

    A profissão sem a prática não era a maldição só dos judeus. Durante séculos foi a maldição da Igreja. G. T. Bellhouse cita um exemplo surpreendente extraído da autobiografia de Gandhi. Durante a primeira época de sua estada na África do Sul, em Pretoria, Gandhi se interessou no cristianismo. Assistiu vários domingos a uma igreja cristã, mas escreve: "Não me pareceu que a congregação fosse particularmente religiosa, não era uma reunião de gente devota, antes parecia ser um grupo de pessoas frívolas que assistiam a igreja para distrair-se e para cumprir um costume." Portanto, chegou à conclusão de que não havia nada no cristianismo que ele não possuísse e a Igreja cristã perdeu de ganhar Gandhi com conseqüências incalculáveis para a Índia, o Império Britânico e o mundo.
    A profissão sem prática é algo do qual todos nós somos culpados, em maior ou menor grau. Faz um dano incalculável à Igreja cristã e está condenada ao desastre porque produz uma fé que não pode fazer mais que secar-se.

    Podemos crer que Jesus empregou a lição da figueira doente e degenerada para dizer aos judeus, e a nós, que a inutilidade atrai o desastre e que a profissão sem a prática está condenada. Sem dúvida esse é o sentido deste relato porque não podemos imaginar Jesus condenando em sentido literal e físico a uma árvore por não dar frutos em uma estação em que era impossível que os desse.

    A DINÂMICA DA ORAÇÃO

    Mateus 21:18-22 (continuação)

    Esta passagem conclui com algumas palavras de Jesus a respeito da dinâmica da oração. Trata-se de palavras que é imprescindível entender corretamente. Se não forem bem interpretadas, só podem provocar desgosto; se forem bem entendidas, não podem senão comunicar poder.
    Com essas palavras Jesus diz duas coisas. Diz que a oração pode mover montanhas e diz que se pedirmos com fé, receberemos. É evidente que não é preciso tomar estas promessas em sentido físico e literal. Nem Jesus mesmo nem nenhum outro removeu jamais uma montanha física, geográfica, por meio da oração. São inumeráveis as pessoas que oraram com uma fé apaixonada para que aconteça ou não aconteça algo, para que lhes seja concedido algo ou para que alguém não morra, e, no sentido literal do termo, sua oração não recebeu resposta. O que é então o que nos promete Jesus por meio da oração?
    (1) Jesus nos promete que a oração nos dá a capacidade de fazer. A oração nunca é a escapatória fácil, nunca significa passar as coisas a Deus para que Ele as faça por nós. A oração é poder. A oração não significa pedir a Deus que faça algo, e sim lhe pedir que, por meio de seu poder, nos faça capazes de fazê-lo. A oração não significa seguir o caminho fácil, mas sim é a forma de receber o poder para escolher o caminho mais difícil. A oração é o canal através do qual recebemos o poder para enfrentar e tirar as montanhas de dificuldades por nossos próprios meios, com a ajuda de Deus. Se a oração não fosse mais que um método para fazer com que alguém nos faça as coisas, seria alguma coisa muito má para nós porque nos converteria em seres preguiçosos, folgazões e ineficientes. A oração é o meio pelo qual recebemos o poder de fazer as coisas por nós mesmos. Portanto, ninguém pode orar e depois sentar-se e esperar; deve orar e levantar-se e trabalhar. Mas descobrirá que, quando orou e depois se entregou ao trabalho, uma nova dinâmica entra em sua vida e que em realidade para Deus tudo é possível, e que com Ele o impossível se converteu em algo que se pode obter.

    1. A oração é a capacidade de aceitar e, ao aceitar, de transformar. O objetivo da oração não é libertar a alguém de uma determinada situação, e sim dar a capacidade de aceitar a situação e transformá-la. Há dois grandes exemplos no Novo Testamento. Um deles é o exemplo do Paulo. Orou com desespero para que Deus o libertasse do aguilhão que tinha em seu corpo e da dor física que lhe provocava. Não foi libertado da situação, recebeu a capacidade de aceitá-la e nessa mesma situação encontrou a força que se aperfeiçoou em sua fraqueza e a graça suficiente para todas as coisas — e nessa força e nessa graça não só aceitou a situação, mas também a transformou em algo glorioso (II Coríntios 12:1-10). O outro exemplo é o próprio Jesus. No Getsêmani rogou que dEle fosse passado o cálice, que fosse liberado da agonizante situação em que se encontrava. Esse desejo não se pôde satisfazer, mas nessa oração encontrou a capacidade de aceitar a situação e ao aceitá-la a transformou, porque a agonia da cruz o conduziu em forma direta à glória da ressurreição. Sempre devemos lembrar que a oração não nos liberta de uma determinada situação, mas sim a conquista. A oração não é um meio para escapar de uma situação, a não ser um meio para enfrentá-la com valentia.
    2. A oração dá capacidade para suportar. É muito natural e inevitável que, em nossa necessidade e com nosso coração e fraqueza humanos, haja coisas que sentimos que não podemos suportar. Vemos que uma situação se desenvolve em uma determinada forma; vemos que algo trágico aproxima-se de maneira inevitável; vemos que se abate sobre nós uma tarefa que nos exigirá mais do que podemos dar. Em momentos assim, nosso sentimento inevitável é que não podemos suportar algo semelhante. A oração não faz desaparecer a tragédia, não nos dá uma escapatória, nem nos exime da tarefa, mas nos faz capazes de suportar o insuportável, de enfrentar o que nos é impossível, de passar o ponto de ruptura e não fracassar.

    Enquanto consideremos a oração como uma forma de evadir problemas, a única coisa que obteremos será um amargo desengano. Mas quando vemos a oração como o caminho para a conquista e como a dinâmica divina, então começam a acontecer coisas.

    A IGNORÂNCIA CONVENIENTE

    Mateus 21:23-27

    Quando pensamos nas coisas extraordinárias que Jesus esteve fazendo, não nos surpreende as autoridades judaicas lhe perguntarem que direito tinha de fazê-las. Perguntaram-lhe qual era sua autoridade e de onde a tinha recebido. Nesse momento, Jesus não estava disposto a lhes dar a resposta correta: que sua autoridade derivava do fato de que era o Filho de Deus. Se o tivesse feito, teria precipitado os acontecimentos. Havia coisas ainda por fazer e ensinos a repartir. Às vezes requer mais coragem medir o tempo e esperar o momento apropriado, que lançar-se sobre o inimigo e procurar o fim. Para Jesus, tudo devia ser feito no tempo de Deus; e o momento da crise final ainda não tinha chegado.
    De maneira que enfrentou a pergunta das autoridades judias com outra pergunta que os punha em um dilema. Perguntou-lhes se todo o ministério do João vinha do céu ou dos homens, se sua origem era humana ou divina. Aqueles que foram batizar-se no Jordão respondiam a um impulso meramente humano ou a um desafio divino? O dilema das autoridades judaicas era o seguinte. Se diziam que o ministério de João vinha de Deus, não tinham mais remédio que reconhecer que Jesus era o Messias, porque João tinha dado testemunho claro e inegável dessa realidade. Se Deus falava através de João, então não cabia a menor dúvida que Jesus era o Ungido de Deus. Por outro lado, se as autoridades negavam em forma clara que o ministério de João vinha de Deus, teriam que suportar a ira do povo, porque o povo estava convencido de que João era o mensageiro de Deus. Os sumos sacerdotes e anciãos judeus mantiveram silêncio por um momento. E depois deram a mais fraca das respostas. Disseram: "Não sabemos." Se alguma vez os homens se condenaram a si mesmos, foi nessa oportunidade. Deveriam ter sabido, tinham o dever de saber. Parte do dever do Sinédrio, do qual eram membros, era distinguir entre os falsos profetas e os verdadeiros, e nesse momento diziam que eram incapazes de estabelecer a diferença. Seu dilema os levou a uma humilhação vergonhosa.

    Aqui enfrentamos uma advertência muito séria. Há algo que se chama a ignorância deliberada dos covardes. Se um homem consultar a conveniência pessoal, em lugar do princípio, sua primeira pergunta não será: "Qual é a verdade?", e sim: "O que convém dizer? E uma e outra vez sua veneração pela segurança o submeterá no silêncio covarde. Dirá com voz fraca: "Não sei a resposta", quando sabe muito bem, mas teme expressá-la. A verdadeira pergunta não é: "O que convém dizer?" e sim: "O que é o correto?"

    A ignorância deliberada do medo, o silêncio covarde da conveniência, são coisas vergonhosas. Se a pessoa souber a verdade, tem a obrigação de dizê-la, embora caia o céu.

    O MELHOR DOS FILHOS MAUS

    Mateus 21:28-32

    O significado desta parábola é tão claro como a água. Os líderes judeus são os que haviam dito que obedeceriam a Deus e então não o fizeram. Os publicanos e as prostitutas são os que haviam dito que seguiriam seu próprio caminho e logo tomaram o caminho de Deus.

    A chave para se compreender em forma correta esta parábola, é que não elogia a ninguém. Apresenta-nos a imagem de dois grupos humanos muito imperfeitos, nenhum dos quais era melhor que o outro. Nenhum dos dois filhos da parábola era o tipo de filho que alegraria a vida de seu pai. Ambos eram seres muito imperfeitos, mas o que no final obedeceu era mil vezes melhor que o outro. O filho ideal seria aquele que aceita as ordens de seu pai com obediência e respeito e as obedece ao pé da letra, sem questioná-las. Mas nesta parábola há verdades que vão muito além da situação em que foi relatada pela primeira vez.
    Diz-nos que há duas classes de pessoas muito comuns neste mundo. Em primeiro lugar, está a pessoa cujas palavras são muito melhores que suas ações. São capazes de prometer algo, de fazer retumbantes afirmações de piedade e fidelidade, mas sua ação fica muito abaixo de suas palavras. Em segundo lugar estão aqueles cujas ações são muito superiores a suas palavras. Afirmam ser duros, severos e materialistas radicais, mas de algum modo são vistos fazer coisas amáveis e generosas, quase em segredo, como se sentissem vergonha. Afirmam não sentir nenhum interesse pela Igreja e a religião, e entretanto, quando eles são vistos de perto, têm visão mais cristãs que muitos cristãos militantes.
    Todos nós conhecemos este tipo de pessoas, aqueles cuja ação está muito longe da piedade santarrona que expressam suas palavras, e aqueles cuja ação está muito acima das afirmações às vezes cínicas e às vezes quase irreligiosas que fazem. O verdadeiro objetivo da parábola é assinalar que, enquanto se deve preferir mil vezes a segunda classe de pessoas, nenhuma das duas se aproxima nem remotamente da perfeição. O homem bom, em todo o sentido da palavra, é aquele cujas palavras e cuja ação estão de acordo.
    Mais ainda, esta parábola nos ensina que as promessas jamais podem ocupar o lugar da ação e que as palavras altissonantes nunca servem de substituto das ações corretas. O filho que disse que iria e não foi tinha toda a aparência externa da cortesia. Em sua resposta se dirigiu a seu pai com o título de "Senhor", com o maior respeito. Mas a cortesia que nunca vai além das palavras não deixa de ser uma ilusão. A verdadeira cortesia é a obediência, expressa com gentileza e boa vontade. Por outro lado, a parábola nos assinala que qualquer um pode arruinar com muita facilidade algo bom pela maneira como o faz. Pode fazer uma coisa correta com uma falta de bondade e amabilidade que arruína toda a ação.

    Aqui aprendemos que o caminho que o cristão deve seguir é a ação e não a promessa e que o que destaca o cristão é a obediência que se entrega com amabilidade e cortesia.

    A VINHA DO SENHOR

    Mateus 21:33-46

    De modo geral o princípio que se segue ao interpretar uma parábola é que cada parábola tem um só ensino e que se deve captar esse ensino sem sublinhar os detalhes. Em geral, quando se tenta buscar um sentido para cada detalhe cai-se no engano de tomar a parábola como se fosse uma alegoria. Mas no caso desta parábola acontece algo diferente. É uma parábola tão clara e transparente que os detalhes têm significado, e os sumos sacerdotes e fariseus sabiam muito bem o que Jesus lhes queria dizer com ela.

    Cada detalhe do relato se apóia em algo que era muito conhecido por quem o ouvia pela primeira vez. A imagem da nação judia como a vinha de Deus era algo que os profetas empregavam com freqüência. "A vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de Israel" (Is 5:7). A cerca era um cerco cheio de plantas espinhosas cujo objetivo era proteger a plantação dos animais selvagens que podiam destroçar as vinhas e dos ladrões que podiam roubar as uvas. Cada vinha tinha seu lagar. Este constava de dois locais que podiam ser escavados na rocha ou construídos com tijolos. Um era um pouco mais alto que o outro e estava conectado com o mais baixo por meio de um canal. As uvas se pisavam no local superior e o suco corria para o inferior. A torre tinha dois propósitos. Servia como observatório para cuidar para que não entrassem ladrões quando as uvas estavam por maturar, e também se usava para moradia de quem trabalhava na vinha.

    Todas as atitudes do dono da vinha eram muito normais. Na época de Jesus, a Palestina era um lugar convulsionado onde as pessoas podiam permitir-se poucos luxos. De maneira que era muito usual que houvesse senhores que não viviam nas vinhas mas sim arrendavam suas terras e só se interessavam em cobrar o arrendamento a tempo. A renda se podia pagar de três formas. Podia-se pagar com dinheiro, com uma quantidade determinada de frutos, qualquer que fosse a plantação; ou se podia estabelecer um tanto por cento da colheita como pagamento.

    A atitude dos lavradores tampouco era nada fora do comum. Na época de Jesus a Palestina fervia pelo descontentamento econômico. Os trabalhadores estavam desconformes e assumiam uma atitude rebelde e a atitude dos lavradores em tentar eliminar o filho não era algo impossível.

    Como já dissemos, aqueles que ouviam a parábola podiam fazer as identificações necessárias com toda facilidade. Antes de analisá-la em detalhe, estabeleçamos esses elementos. A vinha é o povo de Israel, e o proprietário é Deus. Os lavradores são os líderes religiosos de Israel que estavam a cargo, por assim dizer, do bem-estar da nação, tarefa imposta por Deus. Os mensageiros enviados são os profetas, enviados por Deus e que tantas vezes foram rechaçados e justiçados. O filho que foi no final não é outro senão o próprio Jesus. Assim, em um relato muito real, Jesus manifesta tanto a história como a condenação de Israel.

    PRIVILÉGIO E RESPONSABILIDADE

    Mateus 21:33-46 (continuação)

    Esta parábola tem muito que nos dizer em três aspectos.

    1. Diz muito a respeito de Deus.
    2. Fala-nos da confiança de Deus nos homens. O dono da vinha a confiou aos lavradores. Nem sequer exerceu sobre eles um controle policial. Foi e os deixou responsável pela tarefa. Deus concede aos homens a honra de lhes confiar sua tarefa. Cada tarefa que recebemos é algo que Deus nos manda fazer.
    3. Fala-nos da paciência de Deus. O senhor enviou um mensageiro após outro. Não chegou com uma vingança fulminante ao vexarem e maltratarem o primeiro mensageiro. Deu uma após outra oportunidade aos lavradores para responder a seu chamado. Deus tolera os homens em sua pecaminosidade e não os destrói.
    4. Fala-nos do juízo de Deus. No final, o senhor da vinha a tirou desses lavradores e a deu a outros. O juízo mais severo de Deus se manifesta quando nos tira das mãos a tarefa que queria que fizéssemos. O homem caiu ao nível mais baixo quando se converteu num inútil para Deus.
    5. Tem muito a nos dizer a respeito dos homens.
    6. Fala-nos do privilégio humano. A vinha estava equipada com todo o necessário — a cerca, o lagar, a torre — para aliviar a tarefa dos cultivadores. Isto lhes permitiria cumprir bem a tarefa. Deus não só nos dá uma tarefa para cumprir, também nos dá os meios para levá-la a cabo.
    7. Fala-nos da liberdade humana. O senhor deixou que os lavradores fizessem a tarefa como quisessem. Deus não é um senhor tirânico; é como um comandante sábio que encarrega uma tarefa e confia em que aquele a quem a encarregou a levará a cabo.
    8. Fala-nos da responsabilidade humana. A todos os homens chega o momento do balanço. Devemos responder pela forma em que cumprimos a tarefa que Deus nos confiou.
    9. Fala-nos sobre o caráter intencional do pecado humano. Na parábola, os lavradores praticam uma deliberada política de rebeldia e desobediência contra o senhor. O pecado é a oposição intencional contra Deus. É seguir nosso caminho com deliberação quando sabemos muito bem qual é o caminho de Deus.
    10. Tem muito a nos dizer sobre Jesus.
    11. Fala-nos do direito de Jesus. Esta parábola nos mostra a forma como Jesus se eleva com toda clareza acima da sucessão dos profetas. Quem veio antes dEle eram mensageiros de Deus, ninguém podia lhes negar essa honra, mas eram servos, mas Ele era o Filho. Esta parábola contém uma das afirmações mais claras de Jesus a respeito de seu caráter único e diferente, até dos maiores homens que o tinham precedido.
    12. Fala-nos sobre o sacrifício de Jesus. Esta parábola mostra com toda clareza que Jesus sabia o que tinha pela frente. No relato o filho morreu às mãos de homens perversos. Jesus jamais teve a menor dúvida a respeito do que tinha pela frente. Não morreu porque O obrigaram, encaminhou-se para a morte em forma voluntária e com os olhos bem abertos.

    O SÍMBOLO DA PEDRA

    Mateus 21:33-46 (continuação)

    Esta parábola termina com a imagem da pedra. Aqui nos encontramos com duas imagens.

    (1) A primeira é bem clara. Trata-se da imagem de uma pedra que os edificadores desprezaram e que se converteu na pedra mais importante de todo o edifício. A imagem pertence ao Sl 118:22: “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular.” Em sua origem, o salmista usou esta imagem para representar o povo de Israel. Israel era o povo descartado e rechaçado. Foram servos e escravos de muitas nações; entretanto, a nação que todos rechaçavam era o povo escolhido por Deus. Pode ser que os homens rechacem a Cristo, que tratem de eliminá-lo, mas, entretanto, verão que esse Cristo a quem desprezaram é a pessoa mais importante do mundo. O imperador romano Juliano quis fazer retroceder o relógio. Quis eliminar o cristianismo e voltar a trazer os antigos deuses pagãos. Fracassou em forma total e no final o dramaturgo lhe faz dizer: "Empurrar a Cristo fora do posto supremo não era algo que eu pudesse fazer." O homem, da cruz se converteu em Juiz e Rei do mundo inteiro.

    (2) Mas também temos aqui uma imagem mais difícil: a imagem de uma pedra que esmiúça o homem, se cair sobre ele, e que o quebranta se tropeçar contra ela. Trata-se de uma imagem composta.

    Há três imagens de uma pedra no Antigo Testamento com as quais se constrói esta passagem. A primeira está em 13 23:8-15'>Isaías 8:13-15: “Ao SENHOR dos Exércitos, a ele santificai; seja ele o vosso temor, seja ele o vosso espanto. Ele vos será santuário; mas será pedra de tropeço e rocha de ofensa às duas casas de Israel, laço e armadilha aos moradores de Jerusalém. Muitos dentre eles tropeçarão e cairão, serão quebrantados, enlaçados e presos” A segunda passagem pertence a Is 28:16: “Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular.” A terceira passagem está em Dn 2:34, Dn 2:44, Dn 2:45 onde há uma estranha imagem de uma pedra que não é cortada com mãos e que destroça os inimigos de Deus. A idéia que está por trás de tudo isto é que no Antigo Testamento estão estas imagens de uma pedra e que todas elas se resumem em Jesus Cristo. Jesus é a pedra basal sobre a que se constrói todo o resto e a pedra angular que mantém tudo em seu lugar. Rechaçar seu caminho significa bater a cabeça contra as paredes da lei de Deus. Desafiá-lo significa, em última instância, morrer esmagado. Por mais estranhas que nos sejam estas parábolas, tratava-se de figuras muito conhecidas para qualquer judeu que conhecesse os profetas.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 21 versículo 10
    ficou em alvoroço: Ou: “foi sacudida; ficou agitada”. Mateus usa aqui um verbo grego que, em sentido literal, descreve os efeitos de um terremoto ou de uma tempestade. Neste contexto, o verbo foi usado em sentido figurado para mostrar o impacto da entrada de Jesus sobre os moradores da cidade. (Mt 27:51; Ap 6:13) O substantivo grego relacionado, seismós, é traduzido como “tempestade” ou “terremoto”. — Mt 8:24-24:7; 27:54; 28:2.


    Dicionário

    Alvoroçar

    verbo transitivo Agitar, amotinar, sublevar.
    Inquietar, sobressaltar, assustar.
    Alegrar, entusiasmar.

    Alvoroçar
    1) Agitar; perturbar (Mt 21:10).


    2) AMOTINAR (At 17:5).


    Cidade

    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

    Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37,21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.

    E

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    Jerusalém

    -

    Existia, com o nome de Uruslim, isto é, Cidade de Salim ou Cidade da Paz, uma cidade no mesmo sítio de Jerusalém, antes de terem os israelitas atravessado o rio Jordão ao entrarem na Palestina. inscrições da coleção de Tel el-Amarna mostram que naquele tempo (cerca de 1400 a.C.) era aquela povoação um lugar de alguma importância, cujo governador estava subordinado ao Egito. o nome aparece já com a forma de Jerusalém em Js 10:1. os judeus identificavam-na com Salém, de que Melquisedeque foi rei (Gn 14:18 – *veja também Sl 76. 2). os atuais habitantes, judeus e cristãos, conservam o nome de Yerusalim, embora sob o poder dos romanos fosse conhecida pelo nome de Aelia Capitolina, e seja pelos maometanos chamada El-Kuds, o Santuário, tendo ainda outros títulos, segundo as suas conexões. Quanto à sua situação estava Jerusalém entre as tribos de Judá e Benjamim, distante do Mediterrâneo 51 km, do rio Jordão 30 km, de Hebrom 32 km, e 58 km de Samaria. Acha-se edificada no alto de uma larga crista montanhosa, que atravessa o país de norte a sul, e está sobre duas elevações, que se salientam do platô para o sul, e são acessíveis apenas por estradas dificultosas. Esta proeminência está entre dois desfiladeiros, que tornam a aproximação difícil, a não ser pelo norte, e por isso constitui uma defesa natural. Do lado oriental está o vale de Cedrom, que também é chamado vale de Josafá. Ao sudoeste e pelo sul se vê outro desfiladeiro, o vale de Hinom. Estas duas ravinas unem-se no Poço de Jacó (Bir Eyab), numa profundidade de 200 metros, medida desde a parte superior do platô. A cidade, possuindo tais defesas naturais, as montanhas circunjacentes, e os profundos desfiladeiros, forma, assim, uma compacta fortaleza montanhosa (Sl 87:1 – 122.3 – 125.1,2). Com respeito à história de Jerusalém, começa no A.T.com o aparecimento de Melquisedeque, rei de Salém, que abençoou Abraão (Gn 14:18-20 – *veja Hb 7:1). No cap. 10 de Josué, fala-se de Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, o qual formou uma liga contra o povo de Gibeom, que tinha feito um acordo com Josué e os israelitas invasores. Josué prendeu e mandou executar os cinco reis confederados, incluindo o rei de Jerusalém – mas, embora as cidades pertencentes aos outros quatro fossem atacadas, é certo ter escapado naquela ocasião a cidade de Jerusalém. Ela é nomeada entre ‘as cidades no extremo sul da tribo dos filhos de Judá’ (Js 15:21-63) – e é notada a circunstância de não terem podido os filhos de Judá expulsar. os jebuseus, habitantes daquela cidade, habitando juntamente os invasores com o povo invadido. A sua conquista definitiva está indicada em Jz 1:8. Mais tarde os jebuseus parece que fizeram reviver a sua confiança na fortaleza da sua cidade. Quando Davi, cuja capital era então Hebrom, atacou Jerusalém (2 Sm 5), os habitantes mofaram dele (2 Sm 5.6). A réplica de Davi foi fazer uma fala aos seus homens, que resultou na tomada da ‘fortaleza de Sião’. E então foi a capital transferida para Jerusalém, aproximadamente no ano 1000 a.C., vindo ela a ser ‘a cidade de Davi’. Para aqui trouxe este rei a arca, que saiu da casa de obede-Edom (2 Sm 6.12). Sendo ferido o povo por causa da sua numeração, foi poupada a cidade de Jerusalém (2 Sm 24,16) – e na sua gratidão comprou Davi a eira de Araúna, o jebuseu, e levantou ali um altar (2 Sm 24.25), preparando-se para construir naquele sítio um templo (1 Cr 22.1 a
    4) – mas isso só foi levado a efeito por Salomão (1 Rs 6.1 a 38). Quando o reino se dividiu, ficou sendo Jerusalém a capita! das duas tribos, fiéis a Roboão (1 Rs 14.21). No seu reinado foi tomada por Sisaque, rei do Egito (1 Rs 14,25) – e no tempo do rei Jeorão pelos filisteus e árabes (2 Cr 21.16,17) – e por Joás, rei de israel, quando o seu rei era Amazias (2 Cr 25.23,24). No reinado de Acaz foi atacada pelo rei Rezim, da Síria, e por Peca, rei de israel, mas sem resultado (2 Rs 16.5). Semelhantemente, foi a tentativa de Senaqueribe no reinado de Ezequias (2 Rs 18.19 – 2 Cr 32 – is 36:37). Quando governava Manassés, os seus pecados e os do povo foram a causa da prisão do rei e da sua deportação para Babilônia (2 Cr 33.9 a 11). Josias realizou em Jerusalém uma reforma moral e religiosa (2 Cr 34.3 a 5). Quando, no período de maior decadência, reinava Joaquim, foi a cidade cercada e tomada pelas forças de Nabucodonosor, rei da Babilônia, que deportou para aquele império o rei e o povo, à exceção dos mais pobres dos seus súditos (2 Rs 24.12 a 16). Zedequias foi colocado no trono, mas revoltou-se. Vieram outra vez as tropas de Nabucodonosor, e então Jerusalém suportou um prolongado cerco – mas, por fim, foi tomada, sendo destruído o templo e os melhores edifícios, e derribadas as suas muralhas (2 Rs 25). No tempo de Ciro, como se acha narrado em Esdras, voltou o povo do seu cativeiro, sendo o templo reedificado, e restaurada a Lei. As muralhas foram levantadas por Neemias (Ne 3). Alexandre Magno visitou a cidade, quando o sumo sacerdócio era exercido por Jadua, que é mencionado em Ne 12:11-22. Morto Alexandre, e feita a divisão das suas conquistas, ficou a Judéia nos limites dos dois Estados rivais, o Egito e a Síria. Como efeito dessa situação raras vezes tinham os judeus uma paz duradoura. Ptolomeu Soter tomou a cidade pelo ano 320 a.C., a qual foi fortificada e embelezada no tempo de Simão, o Justo, no ano 300 a.C., mais ou menos (Ecclus. 50). Antíoco, o Grande, conquistou-a em 203 (a.C.) – mas em 199 foi retomada por Scopas, o general alexandrino. Após a derrota dos egípcios, infligida por Antíoco, caiu novamente Jerusalém sob o seu domínio em 19S. Foi depois tomada por Antíoco Epifanes, que profanou o templo, e ergueu um altar pagão no lugar do altar do Senhor (Dn 11:31) – mas no ano 165 foi a cidade reconquistada por Judas Macabeu. Pompeu apoderou-se dela em 65 a.C., e foi saqueada pelos partos no ano 40. Retomou-a Herodes, o Grande, no ano 37 a.C. : foi ele quem restaurou o templo, levantando o edifício que foi visitado por Jesus Cristo. Com respeito ao lugar que ocupava Jerusalém na alma dos hebreus, *veja Sl 122:6 – 137.5,6 – is 62:1-7 – cp.com 1 Rs 8.38 – Dn 6:10 e Mt 5:35. A Jerusalém do N.

    Jerusalém [Lugar de Paz] - Cidade situada a uns 50 km do mar Mediterrâneo e a 22 km do mar Morto, a uma altitude de 765 m. O vale do Cedrom fica a leste dela, e o vale de Hinom, a oeste e ao sul. A leste do vale de Cedrom está o Getsêmani e o monte das Oliveiras. Davi tornou Jerusalém a capital do reino unido (2Sm 5:6-10). Salomão construiu nela o Templo e um palácio. Quando o reino se dividiu, Jerusalém continuou como capital do reino do Sul. Em 587 a.C. a cidade e o Templo foram destruídos por Nabucodonosor (2Rs 25:1-26). Zorobabel, Neemias e Esdras reconstruíram as muralhas e o Templo, que depois foram mais uma vez destruídos. Depois um novo Templo foi construído por Herodes, o Grande. Tito, general romano, destruiu a cidade e o Templo em 70 d.C. O nome primitivo da cidade era JEBUS. Na Bíblia é também chamada de Salém (Gn 14:18), cidade de Davi (1Rs 2:10), Sião (1Rs 8:1), cidade de Deus (Sl 46:4) e cidade do grande Rei (Sl 48:2). V. os mapas JERUSALÉM NO AT e JERUSALÉM NOS TEM

    Jerusalém Tem-se interpretado o nome dessa cidade como “cidade da paz”. Na Bíblia, aparece pela primeira vez como Salém (Gn 14:18), com a qual costuma ser identificada. A cidade foi tomada pelos israelitas que conquistaram Canaã após a saída do Egito, mas não a mantiveram em seu poder. Pelo ano 1000 a.C., Davi tomou-a das mãos dos jebuseus, transformando-a em capital (2Sm 5:6ss.; 1Cr 11:4ss.), pois ocupava um lugar central na geografia do seu reino. Salomão construiu nela o primeiro Templo, convertendo-a em centro religioso e local de peregrinação anual de todos os fiéis para as festas da Páscoa, das Semanas e das Tendas. Em 587-586 a.C., houve o primeiro Jurban ou destruição do Templo pelas tropas de Nabucodonosor. Ao regressarem do exílio em 537 a.C., os judeus empreenderam a reconstrução do Templo sob o incentivo dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias; mas a grande restauração do Templo só aconteceu, realmente, com Herodes e seus sucessores, que o ampliaram e o engrandeceram. Deve-se a Herodes a construção das muralhas e dos palácios-fortalezas Antônia e do Palácio, a ampliação do Templo com a nova esplanada, um teatro, um anfiteatro, um hipódromo e numerosas moradias. O fato de ser o centro da vida religiosa dos judeus levou os romanos a fixarem a residência dos governadores em Cesaréia, dirigindo-se a Jerusalém somente por ocasião de reuniões populares como nas festas.

    No ano 70 d.C., aconteceu o segundo Jurban ou destruição do Templo, desta vez pelas mãos das legiões romanas de Tito. Expulsos de Jerusalém após a rebelião de Bar Kojba (132-135 d.C.), os judeus do mundo inteiro jamais deixaram de esperar o regresso à cidade, de forma que, em meados do séc. XIX, a maioria da população hierosolimita era judia. Após a Guerra da Independência (1948-1949), a cidade foi proclamada capital do Estado de Israel, embora dividida em zonas árabe e judia até 1967.

    Jesus visitou Jerusalém com freqüência. Lucas narra que, aos doze anos, Jesus se perdeu no Templo (Lc 2:41ss.) e várias foram as visitas que ele realizou a essa cidade durante seu ministério público (Lc 13:34ss.; Jo 2:13). A rejeição dos habitantes à sua mensagem fez Jesus chorar por Jerusalém, destinada à destruição junto com o Templo (Lc 13:31-35). Longe de ser um “vaticinium ex eventu”, essa visão aparece em Q e deve ser anterior ao próprio Jesus. Em Jerusalém, Jesus foi preso e crucificado, depois de purificar o Templo.

    O fato de esses episódios terem Jerusalém por cenário e de nela acontecerem algumas aparições do Ressuscitado e igualmente a experiência do Espírito Santo em Pentecostes pesou muito na hora de os apóstolos e a primeira comunidade judeu-cristã fixarem residência (At 1:11).

    J. Jeremías, Jerusalén en tiempos de Jesús, Madri 1985; C. Vidal Manzanares, El Judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; A. Edersheim, Jerusalén...; E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    καί εἰσέρχομαι εἰς Ἱεροσόλυμα πᾶς πόλις σείω λέγω τίς ἐστί οὗτος
    Mateus 21: 10 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E entrando ele em Jerusalém, toda a cidade estava agitada, dizendo: Quem é este?
    Mateus 21: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    2 de Abril de 30. Domino de Ramos
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1525
    eisérchomai
    εἰσέρχομαι
    veio
    (came)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G2414
    Hierosólyma
    Ἱεροσόλυμα
    denota tanto a cidade em si como os seus habitantes
    (Jerusalem)
    Substantivo - neutro acusativo plural
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G4172
    pólis
    πόλις
    medo, reverência, terror
    (and the fear)
    Substantivo
    G4579
    seíō
    σείω
    bater, agitar, fazer tremer
    (was stirred)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G5101
    tís
    τίς
    Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
    (who)
    Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    εἰσέρχομαι


    (G1525)
    eisérchomai (ice-er'-khom-ahee)

    1525 εισερχομαι eiserchomai

    de 1519 e 2064; TDNT - 2:676,257; v

    1. ir para fora ou vir para dentro: entrar
      1. de homens ou animais, quando se dirigem para uma casa ou uma cidade
      2. de Satanás tomando posse do corpo de uma pessoa
      3. de coisas: como comida, que entra na boca de quem come
    2. metáf.
      1. de ingresso em alguma condição, estado das coisas, sociedade, emprego
        1. aparecer, vir à existência, começar a ser
        2. de homens, vir perante o público
        3. vir à vida
      2. de pensamentos que vêm a mente

    Ἱεροσόλυμα


    (G2414)
    Hierosólyma (hee-er-os-ol'-oo-mah)

    2414 Ιεροσολυμα Hierosoluma

    de origem hebraica 3389 ירושלימה, cf 2419; TDNT - 7:292,1028; n pr loc

    Jerusalém = “habita em você paz”

    1. denota tanto a cidade em si como os seus habitantes
    2. “a Jerusalém que agora é”, com suas atuais instituições religiosas, i.e. o sistema mosaico, assim designada a partir de sua localização externa inicial
    3. “Jerusalém que está acima”, que existe no céu, de acordo com a qual se supõe será construída a Jerusalém terrestre
      1. metáf. “a Cidade de Deus fundamentada em Cristo”, hoje se apresenta como igreja, mas depois da volta de Cristo se apresentará como o pleno reino messiânico

        “a Jerusalém celestial”, que é a habitação celestial de Deus, de Cristo, dos anjos, dos santos do Antigo e Novo Testamento e dos cristãos ainda vivos na volta de Cristo

        “a Nova Jerusalém”, uma cidade esplêndida e visível que descerá do céu depois da renovação do mundo, a habitação futura dos santos


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    πόλις


    (G4172)
    pólis (pol'-is)

    4172 πολις polis

    provavelmente do mesmo que 4171, ou talvez de 4183; TDNT - 6:516,906; n f

    1. cidade
      1. cidade nativa de alguém, cidade na qual alguém vive
      2. a Jerusalém celestial
        1. a habitação dos benaventurados no céu
        2. da capital visível no reino celestial, que descerá à terra depois da renovação do mundo pelo fogo
      3. habitantes de uma cidade

    σείω


    (G4579)
    seíō (si'-o)

    4579 σειω seio

    aparentemente, verbo primário; TDNT - 7:196,1014; v

    1. bater, agitar, fazer tremer
      1. de homens, prostrar-se em tremor, tremer de medo
      2. metáf. agitar a mente

    τίς


    (G5101)
    tís (tis)

    5101 τις tis

    τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo