Enciclopédia de João 3:14-14
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Mapas Históricos
- Apêndices
- Livros
- Parábolas e Ensinos de Jesus
- Florações Evangélicas
- Estudos Espíritas
- Primícias do Reino
- Sabedoria do Evangelho - Volume 2
- Sabedoria do Evangelho - Volume 3
- Sabedoria do Evangelho - Volume 4
- Comentários Bíblicos
- Beacon
- Champlin
- Genebra
- Matthew Henry
- Wesley
- Wiersbe
- Russell Shedd
- NVI F. F. Bruce
- Moody
- Francis Davidson
- John Gill
- John MacArthur
- Barclay
- Notas de Estudos jw.org
- Dicionário
- Strongs
Perícope
jo 3: 14
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | |
ARC | E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; |
TB | Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, |
BGB | καὶ καθὼς Μωϋσῆς ὕψωσεν τὸν ὄφιν ἐν τῇ ἐρήμῳ, οὕτως ὑψωθῆναι δεῖ τὸν υἱὸν τοῦ ἀνθρώπου, |
HD | E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário ser levantado o filho do homem, |
BKJ | E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; |
LTT | |
BJ2 | Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem, |
VULG | Et sicut Moyses exaltavit serpentem in deserto, ita exaltari oportet Filium hominis : |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 3:14
Referências Cruzadas
Números 21:7 | Pelo que o povo veio a Moisés e disse: Havemos pecado, porquanto temos falado contra o Senhor e contra ti; ora ao Senhor que tire de nós estas serpentes. Então, Moisés orou pelo povo. |
II Reis 18:4 | Este tirou os altos, e quebrou as estátuas, e deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera, porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã. |
Salmos 22:16 | Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou; traspassaram-me as mãos e os pés. |
Mateus 26:54 | |
Lucas 18:31 | E, tomando consigo os doze, disse-lhes: |
Lucas 24:20 | e como os principais dos sacerdotes e os nossos príncipes o entregaram à condenação de morte e o crucificaram. |
Lucas 24:26 | |
Lucas 24:44 | E disse-lhes: |
João 8:28 | Disse-lhes, pois, Jesus: |
João 12:32 | |
Atos 2:23 | a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; |
Atos 4:27 | Porque, verdadeiramente, contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel, |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
O CLIMA NA PALESTINA
CLIMAÀ semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm
1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.
A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex
15) e "vento sul" (Lc
ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt
(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.
O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed
Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.
Apêndices
Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus
DATA |
LUGAR |
ACONTECIMENTO |
MATEUS |
MARCOS |
LUCAS |
JOÃO |
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29 d.C., c. outubro |
Rio Jordão, talvez em Betânia do outro lado do Jordão, ou perto dela |
Jesus é batizado e ungido; Jeová o reconhece como seu Filho e lhe dá sua aprovação |
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Deserto da Judeia |
É tentado pelo Diabo |
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Betânia do outro lado do Jordão |
João Batista identifica Jesus como o Cordeiro de Deus; os primeiros discípulos se juntam a Jesus |
Jo |
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Caná da Galileia; Cafarnaum |
Primeiro milagre, água transformada em vinho; visita Cafarnaum |
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30 d.C., Páscoa |
Jerusalém |
Purifica o templo |
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Conversa com Nicodemos |
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Judeia; Enom |
Vai à zona rural da Judeia, seus discípulos batizam; João dá seu último testemunho sobre Jesus |
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Tiberíades; Judeia |
João é preso; Jesus viaja para a Galileia |
Mt |
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Sicar, em Samaria |
Ensina samaritanos no caminho para a Galileia |
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
Uma das infelicidades ocasionais nas divisões de capítulos da Bíblia é uma aparente ruptura no pensamento onde não deveria haver ruptura. O início do capítulo 3 é um excelente exemplo disto. João escreveu que Jesus "sabia o que havia no homem" (Jo
A palavra para homem tanto em Jo
O cuidado com que se descreve a situação de Nicodemos na vida religiosa judaica não é uma coincidência. Ele era um homem entre os fariseus, um príncipe dos ju-deus. Se algum homem, na ordem antiga, conheceu o significado de Deus e dos seus planos e propósitos para o homem, esse foi Nicodemos — ele era profundamente entra-nhado na tradição monoteísta, além dos ensinos da lei, da história de Israel e das procla-mações dos profetas. Mas em algum lugar, de alguma maneira, ele se perdera no cami-nho, e de alguma maneira exemplificava o que havia acontecido com o judaísmo. Assim, uma vez mais, João estabelece um vívido contraste entre a antiga aliança, com todos os seus mal-entendidos, as suas inadequações e suas falhas, e a nova aliança, que assegura a abundância da vida, que tem o Deus vivo e verdadeiro como a sua Fonte.
Este foi ter de noite com Jesus (2). Há uma grande dose de especulação quanto ao motivo pelo qual Nicodemos veio de noite. Alguns dizem ter sido por medo das opini-ões alheias, especialmente de seus colegas. Há algo a ser dito a este respeito, à luz de outras duas ocasiões nas quais ele aparece neste Evangelho. A sua defesa de Jesus em 7.50 parece ser um pouco impessoal, e foi José de Arimatéia quem iniciou o pedido do corpo de Jesus (Jo
Nicodemos disse: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele (2). Os milagres que Jesus realizara (2,23) indicavam o caminho para Nicodemos e para aqueles que este representava (observe a forma plural sabemos). Por causa desses milagres, eles pensavam que Jesus era um professor especial enviado por Deus. Rabi... és... vindo de Deus. Mas isto não significava que Jesus estava sendo reconhecido como o Messias.'
Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus (3). Com um discernimento claro, Jesus foi direto ao centro do problema de Nicodemos. Era necessário um novo tipo de vida, se alguém quisesse ver a presença de Deus, o seu plano e o seu objetivo para o homem. Westcott diz:
Sem este novo nascimento — esta apresentação a uma conexão vital com uma nova ordem de ser, com a correspondente doação de capacidades — nenhum homem consegue ver — consegue perceber exteriormente — o Reino de Deus. Os nossos poderes naturais não conseguem perceber o que é essencialmente espiritual. É necessária uma nova visão para os assuntos da nova aliança."
Mas essa nova visão é impossível, se a pessoa não tiver a nova vida. Jesus é cuidado-so ao indicar a fonte dessa nova vida. A expressão aquele que não nascer de novo tem, na verdade, um duplo sentido. A palavra traduzida como "de novo" é anothen, que tem vários significados: "de cima", "novamente" e "sob uma nova forma".14 Essa palavra é usada por João com o óbvio significado de "do céu" em Jo
Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? pode, porventura, entrar novamente no ventre de sua mãe e nascer? Respon-deu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus (4-5). As perguntas de Nicodemos refletem mais do que simplesmente uma má interpretação da declaração de Jesus. Ele pode ter entendido perfeitamente bem! Como ele poderia acreditar que um homem sen-do velho seria transformado em uma nova criatura? As perguntas podem refletir os seus próprios sentimentos de estar perdido na noite do pecado e da morte, para onde nem mesmo a mais elevada forma de religião foi capaz de trazer luz e vida. Realmente, é inadequada e falsa a religião que não transforma um homem em alguma coisa nova, sem oferecer-lhe um novo nascimento!
A resposta de Jesus a Nicodemos fortalece de uma vez a sua declaração anterior e resume, em uma frase sugestiva, todo o plano de redenção do homem. Aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus (5). A palavra aqui traduzida como aquele é o pronome indefinido tis, que pode significar "qualquer homem". Aqui se faz uma universalização. O que lemos nesta passagem é verdadeiro para qualquer homem, e não apenas para Nicodemos. Mas, por que a mudança de nas-cer de novo (3) para nascer da água e do Espírito (5) ? Um rápido exame do uso da palavra água nesses contextos (Jo
O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito (6). O gerado sempre é semelhante ao que o gerou. A aliança antiga só pode produzir a vida antiga. A escuridão gera a escuridão. A lei, que é para aqueles que estão sem lei, não pode gerar uma vida boa. Se alguém quer ter vida, a fonte deve ser o Espírito. A preposi-ção usada nesta última frase é muito clara. Uma tradução literal seria "O que é nascido a partir do Espírito é espírito".
Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito (7-8). Aqui o argumento, por analogia, é particularmente potente, porque se baseia em um jogo com a palavra pneuma, que significa tanto "vento" quanto "espírito". O fato do vento ninguém pode negar: o seu comportamento — de onde e para onde — nenhum humano, nem mesmo um professor, conhece em sua totalidade. Existe um elemento de mistério. Então, por que alguém de-veria ser "interrompido" pelo elemento do mistério no novo nascimento? "O grande mis-tério da religião não é a punição, mas o perdão do pecado: não é a permanência natural de caráter, mas a regeneração espiritual".15
Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso? Jesus respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso? (9-10). A declaração três vezes repetida por Jesus sobre o tema "é necessário nascer de novo" (3,5,7), juntamente com o seu exemplo do fenômeno natural do vento, deixou Nicodemos maravilhado e surpreso. Da mesma maneira, Jesus não pareceu comovido pela falta de compreensão espiritual por parte daquele "professor de Israel". O uso do artigo definido com "professor", que aparece no texto grego, não é acidental. Como Nicodemos representava o melhor do juda-ísmo, uma falha neste ponto mostra a morte espiritual, a escuridão e a ignorância que caracterizavam a antiga aliança. Foi a esta aliança, assim como a Nicodemos, que Jesus veio para dar vida, a vida abundante (Jo
Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos, e não aceitais o nosso testemunho. Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais? (11‑12). O uso das formas no plural, como dizemos e aceitais, causa alguns problemas para o exegeta. Sabemos... testificamos, segundo Westcott, esta frase se refere a Jesus e àqueles que Ele reunira a sua volta.' Bernard rejeita esta hipótese com base no fato de que esta conexão entre o testemunho de Jesus e o de seus discípulos não é característica do registro de João. Ele argumenta que este uso da forma nós é editorial.17 De qualquer forma, é instrutivo observar que o nós está em vívido contraste com o vós. Dar testemunho é um paralelo à rejeição do testemunho. Assim, a totalidade do testemunho (ou seja, a Encarnação e aqueles que acreditam) está contrastando com a rejeição do testemunho pelos judeus (cf. Jo
Existem muitos que dividem a experiência do mundo e a espiritual. Coisas terres-tres, para eles, significam a certeza e a realidade. As celestiais significam mistério, o irreal e as superstições. Mas, como Jesus tão claramente indicou para Nicodemos, tudo na vida envolve algum mistério. Até mesmo os cientistas que possuem os maiores conhe-cimentos se intimidam quando enfrentam a questão do significado do universo. Nenhum homem pode viver sem algum tipo de fé em alguém ou em alguma coisa.
Ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu (13). A última parte, que está no céu, não aparece em vários manuscritos antigos. O versículo fala da Encarnação como a única testemunha dotada de autoridade sobre as coisas celestiais (ou seja, as coisas do Espírito). A expressão o que desceu do céu é peculiar a João e se refere claramente à Encarnação (Jo
E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (14-15). Como alguns dentre o povo de Israel falaram "contra Deus e contra Moisés... o Senhor mandou entre o povo serpentes ardentes" (Nm
Todo aquele que crê é uma expressão que se refere ao evangelho universal, ou seja, às Boas Novas para todos os homens. Não existem barreiras de nação, de raça ou de tempo. O sacrifício perfeito foi realizado. O homem deve reagir, deve ter fé. O texto grego usa a preposição eis — que significa "em", "dentro", "para dentro" — com o verbo crer. Uma tradução literal seria "todo aquele que deposita a sua fé nele". A fé é a resposta perfeita do homem ao chamado e à reivindicação de Deus a seu respeito.
Esta é a primeira menção à vida eterna, a dádiva que recebem aqueles que têm fé. Que clímax tão adequado para a conversa entre Jesus e Nicodemos, que tinha vindo da escuridão e da morte para aquele que é a Luz e a Vida! A recompensa é a vida eterna.
As autoridades divergem quanto ao ponto onde termina a conversa entre Jesus e Nicodemos. Uns julgam que o fim está no versículo 13, outros no 15, e ainda há outros indicam o versículo 21. No entanto, a maioria dos estudiosos pensa que no versículo 16 têm início a reflexão e o comentário de João sobre o que Jesus disse.
A partir da história de Nicodemos (Jo
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (16). Esta é a primeira menção ao amor de Deus neste Evangelho. É um tema dominante no livro, embora pouco se fale até o capítulo 13. Deus amou o mundo de tal maneira. Aqui, novamente, está a idéia do alcance universal. O evangelho é para todos os homens. Ne-nhum deles está excluído. Isto descreve por que Deus fez o que fez. Ele amou! A palavra em grego é egapesen. Este é o amor que se move pelos interesses do outro, sem pensar nos próprios interesses. E um amor que deseja arriscar tudo por alguma vantagem para outra pessoa, que não considera nenhum preço muito alto se outra pessoa puder receber algum benefício. O tempo aoristo do verbo indica que o ato de amor de Deus não é limita-do pelo tempo e simultaneamente é único e completo. É o amor absoluto!
Deu o seu Filho unigênito. Embora este ato seja muito mais freqüentemente des-crito pelo verbo "enviar" (e.g., Jo
... Todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. As alterna-tivas estão definidas. Elas são a vida e a morte! A Dádiva de Deus tornou possível que o homem faça a escolha, a resposta da fé. Os verbos perecer e ter estão em tempos dife-rentes no original. O primeiro está em aoristo e significa "de uma vez por todas", expulso para a escuridão exterior. O último está no presente, indicando uma vida eterna presen-te e duradoura.
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mun-do, mas para que o mundo fosse salvo por ele (17). A palavra condenar pode ser traduzida como "julgar", e isto se aplica ao seu uso nos dois versículos seguintes. O propósito da Dádiva de Deus não era levar os homens a um julgamento, mas sim à salvação. Apesar disso, o julgamento é inevitável, e é o próprio homem que o causa, quando se recusa a aceitar a Dádiva mediadora e expiatória de Deus. "O homem é livre para esco-lher o tormento sem Deus ao invés da felicidade em Deus; é como se ele tivesse o direito de ir para o inferno"."
O julgamento e a condenação não vêm para o homem que tem fé, porque quem crê nele não é condenado (18). A tradução literal seria: "Aquele que põe a sua fé nele [i.e., em Jesus Cristo] não está sendo julgado". Quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. Esta afirmação forte por si mesma adquire um novo peso de advertência quando consideramos o tempo dos dois verbos: está condenado e não crê. No grego, ambos estão em tempo passado perfeito, apresentando um estado presente que é o resultado de uma ação passada. Assim, nesta vida, a condenação é um fato porque quem não crê já foi julgado. A condenação é um estado presente porque o que não crê se recusou a crer.
Existe uma "porta aberta para a vida", a vida de Deus para os homens. Ela tem três características: 1. É o presente de Deus que vem de cima (3,16) ; 2. Só vem para aqueles que têm fé (15-16) ; 3. A alternativa para a vida é o julgamento de Deus (18).
Com o versículo 19, o exemplo passa da vida para a luz, e da falta de fé para as trevas. A razão pela qual os homens passam pelo julgamento e pela condenação é: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más (19; cf. Jo
A descrença e a fé têm as suas conseqüências naturais e inevitáveis, que estão cui-dadosamente descritas nos versículos
Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas (20). A seqüência está clara — falta de fé, escu-ridão, atos iníquos. A falta de fé e uma existência ligada à iniqüidade andam de mãos dadas. O homem que afirma que não faz diferença em que ele acredita também está dizendo que as ações não têm valor ou significado moral. Por outro lado, e em vívido contraste, está o homem de fé. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus (21). Observe a seqüência — fé, vida, luz, boas obras. Para ter uma vida santa é necessário ser um homem santificado (cf. Mt
2. O Novo Mestre (Jo
Os três primeiros versículos desta seção assinalam uma transição tanto de lugar quanto de pessoas. Jesus tinha estado em Jerusalém, onde realizou muitos milagres, e então conversou com Nicodemos. Depois disso, foi Jesus com os seus discípulos para a terra da Judéia; e estava ali com eles e batizava (22). A expressão para a terra da Judéia, no Novo Testamento, só ocorre aqui e provavelmente se refere "aos distritos do interior da Judéia... algum lugar próximo aos rios rasos nas proximidades de Jerico" (ver o mapa 1).21
Uma vez que toda esta seção está dedicada a uma explicação ampliada do relaciona-mento entre João Batista e Jesus, os dois ocupam o centro da cena, enquanto os judeus, os discípulos de João e os discípulos de Jesus só aparecem em segundo plano. Ora, João batizava também em Enom, junto a Salim, porque havia ali muitas águas; e vinham ali e eram batizados. Porque ainda João não tinha sido lançado na prisão (23-24). Não se sabe onde ficava este local em que João batizava, e que é menci-onado aqui, mas provavelmente não estava situado no Jordão. Normalmente, julga-se que Salim ficava de "seis a oito quilômetros a leste de Siquém, onde hoje existe uma pequena aldeia com o mesmo nome".22 Duas ou três possíveis localizações de Enom fo-ram sugeridas, mas não há certeza sobre nenhuma delas. Talvez a palavra signifique "abundante em fontes" (cf. "havia ali muitas águas").
A época da conversa que se segue fica clara pela seguinte afirmação: João ainda não tinha sido lançado na prisão (24; cf. Mt
O testemunho que João Batista estava prestes a dar é contrastado com o cenário de uma questão relativa à purificação. Houve, então, uma questão entre os discí-pulos de João e um judeu, acerca da purificação. E foram ter com João e disseram-lhe: Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tu des-te testemunho, ei-lo batizando, e todos vão ter com ele (25-26). O velho procedi-mento da religião ritualista, mas vazia e sem poder, é representado aqui pelos judeus (cf. Jo
A resposta de João aos judeus indica que ele soube imediatamente o que eles real-mente queriam saber. "Qual é a sua opinião sobre este homem que está competindo com você, um Homem a quem você batizou, um Homem que está arrebatando a sua multidão?" A resposta de João teve quatro partes. Na primeira, ele lembrou-lhes que todos os homens estão, em última análise, sujeitos à soberania de Deus. O homem não pode receber coisa alguma, se lhe não for dada do céu (27; cf. 3.3). Na segunda, ele deixou claro o seu verdadeiro relacionamento com o Cristo, lembrando aos seus inquisidores uma afirmação anterior: Eu não sou o Cristo (28; cf. Jo
posteriormente (ver o comentário sobre 4.26), o autor usa as afirmações do tipo "Eu sou" como afirmações diretas da divindade de Jesus. Da mesma maneira, aqui, a forma nega-tiva da frase de João, eu não sou, é uma renúncia clara e firme, mostrando que João não era o Messias. Contudo, ele reconhece e afirma o seu próprio papel como alguém que está relacionado a Cristo: Sou enviado adiante dele (28). Na terceira parte de sua respos-ta, ele usou o exemplo do noivo, da noiva e do amigo. Devido ao noivo ser quem de fato é, existe uma verdadeira alegria e deleite no coração do amigo. O completo cumprimento e a plenitude da alegria pertencem àqueles que reconhecem Jesus como quem Ele real-mente é, e àqueles que encontram em sua voz a fonte de puro prazer. O amigo... alegra-se muito com a voz do esposo. Assim, pois, já essa minha alegria está cumprida (29; cf. Jo
Finalmente, todo o relacionamento é resumido na declaração de auto-anulação de João, feita no verdadeiro espírito de uma vida santificada: É necessário que ele cres-ça e que eu diminua (30).
Alguns estudiosos concordam que o versículo 31 dá início aos comentários do autor sobre aquilo que havia acabado de ocorrer, ao passo que outros argumentam que esta seção (31-36) está fora de lugar e deveria ser colocada imediatamente depois do versículo 21. Lightfoot defende a atual localização desta passagem. Ele declara que ela é "um apêndice adequado para Jo
Ele é, em primeiro lugar, uma Testemunha daquilo que ele viu e ouviu (32). "A mudança do tempo do verbo parece marcar um contraste entre aquilo que pertence à existência (viu, ++raken) e a missão (ouviu, +kousen, e não tinha ouvido) do Filho".' O testemunho, rejeitado por alguns (32), foi recebido por outros (33). Qualquer pessoa que receba o "testemunho o sela, declarando que Deus é verdadeiro" (33, na versão NASB em inglês), "sentindo que aquele cuja Palavra é a verdade é completamente confiável e irá manter as suas promessas, por mais impossíveis que elas pareçam; testemunhando pos-teriormente que as experimentam, e que elas se mostraram verdadeiras na prática, de-claram que Deus realmente expressa os seus planos e cumpre o que diz"."
Aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus (34). Este é a Palavra viva (1.14), trazendo uma completa revelação de Deus (Jo
Finalmente, o autor deixa a alternativa clara ao comparar a fé e a incredulidade com as suas conseqüências inevitáveis: a vida eterna e a ira de Deus. Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece (36). A fé resulta na vida eterna, que é a possessão atual daquele que acredita, pois o verbo tem está no presente (cf. Jo
... Cristo nunca é mais bondoso do que quando os seus olhos — quando Ele olha para nós — se mostram como chamas de fogo e Ele nos fala palavras terríveis; quando Ele não se mostra disposto a ser transigente para conosco, mas exige a obediência instantânea, aqui e agora, sob a pena de nos separarmos dele. Se não nos tivesse amado o suficiente para ser severo conosco, Ele teria perdido a nossa alma. Com temor e humildade precisamos agradecer a Deus, tanto pela sua ira quanto pela sua misericórdia.'
Champlin
Genebra
3.1-21
Este é o primeiro dos muitos discursos para instrução registrados por João. De modo típico, ao ser questionado Jesus responde de maneira a conduzir o debate para uma área mais profunda, freqüentemente por meio de equívocos que são esclarecidos para os que se tornam verdadeiros discípulos. A nova compreensão revela Jesus mais plenamente.
* 3:2
de noite. Isso pode denunciar o temor de ser visto, ou poderia ser um sinal de deferência a Jesus, um mestre que não devia ser incomodado durante o dia. Entendido simbolicamente, Nicodemos era uma pessoa que vivia nas trevas deste mundo, e que agora encontra a luz (8.12 conforme 9.4; 11.10;13.30).
Mestre... da parte de Deus. Nicodemos entende que Deus credencia os seus mensageiros, concedendo-lhes poder para realizar milagres, mas este modo de entender está longe de alcançar a verdadeira identidade de Jesus.
* 3:3
não nascer de novo. Ver referência lateral. A tradução "mas nascer de cima" concorda bem com o debate das coisas "da terra" e "do céu", no v. 12, e com a discussão do subir e descer, no v. 13. Este é o sentido do advérbio grego em outros lugares neste Evangelho (Lc
* 3:5
nascer da água e do Espírito. Alguns entendem que a "água" é a liberação do flúido que acompanha o nascimento físico, mas considerações linguísticas apontam para o entendimento de que "água" e "Espírito" se referem a um único nascimento espiritual. Muitos intérpretes entendem "água " aqui, como água do batismo, mas uma tal referência — antes que o batismo cristão fosse instituído — teria sido sem sentido para Nicodemos. Outros acham que é uma referência ao batismo de João, mas Jesus, em parte alguma, faz do batismo de João uma exigência para a salvação. Provavelmente, a afirmação se refere a passagens do Antigo Testamento nas quais "água" e "espírito" estão ligadas para expressar o derramamento do Espírito de Deus no fim dos tempos (Is
* 3.6-8
Esta passagem dá ênfase à prioridade e à soberania de Deus na obra da redenção, e isto não exclui a realidade da resposta humana através do arrependimento e da fé.
* 3:11
te digo... não aceitais o nosso testemunho. O "te" é singular (e se refere a Nicodemos); o "vós" é plural (e se refere a Nicodemos e àqueles que ele representa).
* 3:13
o Filho do homem. Ver nota em Mt
que está no céu. Poderia ser dito que Cristo, em sua natureza divina, continuava a habitar no céu, mesmo durante a sua vida na terra. O ponto é que ele tem autoridade para falar das coisas celestiais. Posteriormente, no Evangelho, a origem "celestial" de Jesus se torna a principal matéria de disputa (6.41-42).
* 3:14
Moisés. Nm
importa... seja levantado. Aqui está um termo chave neste Evangelho (8.28; 12.32,34), que traz um duplo sentido: o da crucificação e o da exaltação. A morte de Cristo na cruz, sua ressurreição e sua glorificação, juntas revelam a glória de Deus. A palavra "importa" leva-nos a atentar para o soberano propósito de Deus. A crucificação foi a chave do eterno plano de Deus para salvar o seu povo (At
* 3:16
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira. Alguns insistem na idéia de que Deus enviou Jesus com o propósito de conceder salvação a todos, sem exceção, mas somente como uma possibilidade. Contudo, Jesus deixa bem claro que a salvação daqueles que "o Pai lhe dá" — e somente destes — não é uma mera possibilidade, mas certeza absoluta. E "o que vêm a mim" (6.37-40; 10:14-18; 17,19) "de modo nenhum o lançarei fora". A verdade expressa pela palavra "mundo" é que a obra salvífica de Cristo não é limitada a tempo e lugar, porém aplica-se aos eleitos de todas as partes do mundo. Os que não recebem o remédio que Deus providenciou em Cristo, perecerão. Permanece como verdadeiro que aquele que crê não morrerá (não será separado de Deus), mas viverá na presença de Deus para sempre. Ver "Deus é Amor: Bondade e Fidelidade", no Sl
* 3:17
não para que julgasse o mundo. Jesus, em outra parte, diz que o julgamento acompanha a sua vinda ao mundo (9.39). Seu ponto não é que ele não julgará, mas que o tempo do juízo ainda não é chegado. O mundo esteve sempre sob ameaça de juízo, antes que ele viesse, mas, com a sua vinda, a salvação tornou-se uma realidade oferecida a um mundo hostil (Mt
* 3:18
A descrença não é a única base para a condenação, mas constitui o climax da rebelião que resiste mesmo a graciosa oferta divina da salvação em Cristo. Jesus veio a um mundo que já está condenado por causa de sua rejeição da auto-revelação de Deus (Rm
* 3:19
os homens amaram mais as trevas do que a luz. Jesus dá a razão para a sua rejeição por parte do mundo: Ele é a luz que revela se a pessoa é justa ou não.
* 3:21
Quem pratica a verdade aproxima-se da luz. Jesus fala em "praticar" a verdade e isto significa que a verdade é matéria tanto de pensamento quanto de prática. Viver pela verdade contrasta-se com fazer o que é mau (v. 20).
* 3.22-36
Há três seções aqui: Nos vs. 22-24 somos informados de que Jesus e seus discípulos foram para a Judéia, onde João Batista estava; nos vs. 25-30, o Batista afirma uma vez mais que todo o seu papel era o de preparar o caminho para Cristo; os vs. 31-36 parecem ser a continuação das palavras do Batista, ou possívelmente, um comentário do autor do Evangelho.
* 3:24
João ainda não tinha sido encarcerado. Ver Mt
* 3:26
batizando. Ver "Batismo", em Rm
* 3:27
O homem não pode receber. Deus é o Autor de tudo aquilo que recebemos (1Co
* 3:31
Quem vem das alturas. Jesus se distingue de todos os seres humanos, que são da terra (v. 13, nota).
* 3:32
ninguém aceita o seu testemunho. João repete a idéia de 1:10-11, idéia de que nem a sua própria nação nem o mundo em geral estavam prontos para receber a Cristo. A barreira é o pecado e a cegueira que só Deus pode penetrar (v. 3; 1.5).
* 3.33 Quem... aceita o testemunho. O mundo recusou a luz, porém, João, imediatamente, menciona aqueles que estão vindo para a luz, especialmente ele próprio como o primeiro expoente da verdade. A pregação de João é a culminância do Antigo Testamento e o começo do Novo Testamento (1.15; Mt
* 3:34
Deus não dá o Espírito por medida. Estas palavras podiam certamente ser aplicados ao Espírito que dotou de poder o ministério terreno de Jesus (Lc
* 3:35
O Pai ama ao Filho. Ver 5.20.
Matthew Henry
Wesley
Nicodemos tinha chegado a Jesus como um oficial da Igreja para ir ao seu pastor-conselheiro em nossos dias, em busca de orientação espiritual. Isso nos ajuda a entender por que ele veio sozinho de noite. Perguntas por seus colegas sobre tais ações poderia ter tido um efeito adverso, porque ele era um homem maduro, se não de idade, que por costume judaico deve ter nenhuma necessidade de buscar novas dimensões em sua religião, tendo sido mergulhada no judaísmo desde a sua juventude . E "de acordo com a visão rabínica, ao contrário do ensino NT, a moral renovação dos homens pertence apenas para o futuro, a única que pode trazer o novo espírito da promessa, ou o novo coração."
No entanto, o seu coração não estava satisfeito. Nicodemus provou ser a exceção à regra entre os líderes religiosos do seu tempo, e ele pode muito bem servir como um exemplo para aqueles que todos os dias que desprezam a humilhar-se pela admissão de pessoal necessidades, os que parecem pensar que a posição eclesiástica é prova suficiente da graça interior e garantia; que às vezes se tornam grandes demais para ser humilde. Tu és mestre em Israel, e não entendes estas coisas? disse Jesus. A atitude de Nicodemos implícita, "Sim, Senhor, mas devo ter uma resposta." Ele tornou-se conhecido como o "discípulo secreto", e nós sabemos que ele não deixar o cargo religioso para se tornar um companheiro de viagem do Mestre. No entanto, ele era um discípulo. Sua era uma voz levantada em sinal de protesto contra as táticas do fariseus (Jo
Mas o que Jesus quis dizer com a nascer de novo (ou "de cima", que é a tradução mais literal do grego anothen )? O conceito do novo nascimento era uma analogia para a doação ao homem de uma nova vida, que constitui o tema final do Evangelho de João e do ministério de Cristo, o nascimento de pé para a vida nova, da mesma forma que Jesus está a ser dito pão e luz. Estes termos sugerem uma ordem de coisas mais elevadas do que o temporal. Ao referir-se a eles deve-se evitar substituindo o termo para a experiência. Em particular, isto é um perigo no que diz respeito ao novo nascimento. É uma realidade, uma experiência espiritual de realização, mas todas as propriedades do nascimento físico não deve ser atribuída a ele. Para dizer que a renascer um filho de Deus significa sempre ser um, porque é impossível ser por nascer (como no reino natural), é perder completamente a importância do que Jesus está dizendo. Enquanto há, sem dúvida, são semelhanças na experiência do novo nascimento ao nascimento físico (senão Jesus não teria usado o termo), as diferenças entre eles são igualmente evidentes. O que é nascido da carne é carne; e aquele que é nascido do Espírito é espírito (v. Jo
Jesus descreveu a experiência como sendo nascer da água e do Espírito. A bela analogia do novo nascimento não precisa ser oneradas com interpretações forçadas, como ver na água uma referência a um fenômeno do processo físico de nascimento. A água que se refere ao rito do batismo. A conversão foi muito intimamente associado com o batismo naqueles primeiros dias, sendo sinônimo de tempo. Batismo, que era um ritual de purificação, tornou-se associado com a conversão cristã como a evidência de ter aceito o Evangelho. A contraparte moderna pode ser visto no trabalho de missões estrangeiras. Entre algumas das pessoas mais primitivas, é costume colocar convertidos em liberdade condicional. A confissão dos pecados e da aceitação do Evangelho deve ser seguido por um período de testes, e não até que os líderes estão convencidos da sinceridade e autenticidade dos candidatos são eles aceitaram para o batismo cristão. Conversão data do batismo, e eles são, então, levado em membros da igreja.
É estranho que necessidade popular só primitiva a ser feita a certeza de seu compromisso e para produzir "frutos dignos de arrependimento." Será que a nossa civilização moderna se tornar um obstáculo para a evangelização eficaz? Tem respeitabilidade se tornar um substituto para viver piedoso? Tem conversão tão pregada por mesmo os evangélicos mais rigorosas foram feitas muito fácil, até que tudo que se precisa fazer é fazer um assentimento verbal ao Evangelho, a fim de ser anunciado como um outro converso? Dr. E. Stanley Jones falou a este ponto quando disse em um sermão New England: "As pessoas que nascem em Boston são susceptíveis de pensar que eles não precisam de nascer de novo."
O novo nascimento é também pelo Espírito-de cima, de natureza espiritual e procedimento. O novo nascimento é a transmissão da vida de Cristo: a vida eterna através de-a agência do Seu Espírito. Um vem em uma vida que tem novas dimensões e qualidades como diferente de, a vida física natural como espírito é de carne e osso. Jesus disse que esta nova vida é como o vento (do grego pneuma significa tanto vento e espírito), que pode ser experimentado, mas não totalmente explicado, quer na sua origem ou, na sua extremidade final. Se não se pode compreender os mistérios do nascimento físico, ou mesmo o phenomeon comum do vento soprando, ambos os quais ele aceita com base em ter experimentado e observados os seus efeitos, é pedir muito que um homem receber o novo nascimento em igualdade de condições? Este argumento de Jesus é uma boa. No entanto, Ele percebeu que nem todos tinham sido explicou-verbal testemunho deve ter uma fundação. E assim Ele carregou Sua reivindicação por falar a verdade de Deus de volta para sua encarnação. É verdade, nenhum homem tinha ido para o céu para obter esta verdade de Deus; mas Ele, o Divino Logos carne tornar-se, tinha vindo de Deus com esta boa notícia. As palavras que Ele falou, um dia, ser justificados por seu ser levantado em morte na cruz. Sua morte tornaria o novo nascimento uma realidade para todos que acreditaram. Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; que todo aquele que crê pode nele tenha a vida eterna (vv. Jo
Cristo, o Filho encarnado não veio para condenar o mundo dos homens, por causa do pecado do homem já tinha condenado ele. Isso pode ser observado em todos aqueles que não crêem em Cristo. A incredulidade é pecado. Cristo veio para salvar o homem.Sua vinda trouxe luz, e porque os homens optam por continuar na escuridão do pecado, em vez de andar na luz da justiça, sua condenação é aumentada até o ponto de julgamento. Seus próprios corações pecaminosos condená-los; a luz que há em Cristo os julga.Eles permanecem na escuridão, porque eles odeiam a luz que revela o pecado deles, que eles adoram. Mas aqueles que irão para ser honesto consigo mesmo e com Deus vem para a luz. João poderia ter dito que vir para a luz revela o pecado, que é levado pela luz. Ele diz que a luz expulsa a escuridão, a escuridão não poderia colocá-lo para fora. A muito se voltando para Cristo na fé traz um para a luz e, assim, para uma nova vida.
Deus amou ... que deu o seu Filho unigênito está intimamente relacionado com Necessário vos é nascer de novo, falou a Nicodemos. Todas as manifestações da vida resultam desde o nascimento, a perpetuação da vida já existentes. João não fala do nascimento virginal como tal, mas, no presente contexto, é razoável afirmar que ele tinha em mente. Para ele, a Encarnação foi uma realidade abençoada. Ao dar seu Filho, Deus deu a si mesmo para salvar o homem, e João encontra acordo com esta verdade na declaração de Paulo de que "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo a si mesmo" (2Co
João acreditava que o amor de Deus em Cristo foi uma força magnética, especialmente no que é visto na crucificação. Para gregos interessados Jesus disse: "E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos os homens a mim" (00:32 ). Uma analogia para isso pode ser encontrada em grande música e arte. Homens são atraídos para eles e persegui-los com grande paixão e dedicação. Nem todos os homens, no entanto, responder desta maneira, porque nem todos foram "despertados para a arte." Nenhuma forma de arte pode ser criado para apelar às sensibilidades internas de todos os homens, e por isso nem todos podem ser despertados para ele. Há uma história sobre um fazendeiro que passava o tempo aplicadas a sinfonia especular quantas toneladas de feno o salão iria realizar. Mas o Evangelho tem um apelo que corresponde a um, insatisfeito saudade nativa interior para cada homem. Todos os homens são nativamente capaz de aceitar o Evangelho e amar a Cristo. O homem que rejeita Ele é como um homem com gostos musicais pervertida por preconceito ou ignorância deliberada, ou porque ele nunca nutriu seus gostos artísticos, ao invés de como um homem que não teve capacidade de apreciação musical. Além disso, a vontade do homem está envolvido. Ele pode decidir deixar-se exposta ao poder magnético de Cristo, mesmo que ele possa fazê-lo com dúvida. Para os judeus que duvidavam afirmações de Cristo com base na sua falta de treinamento formal Ele disse: "Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo" (Jo
Esta breve seção é composta de uma série de pensamentos do apóstolo João sobre as palavras finais de João Batista, e estes servem como um comentário sobre o testemunho de Batista. Cristo é a partir de cima, onde o novo nascimento é originário. Ele é soberano sobre todas Seu universo criado. O homem, em contraste (incluindo João Batista) é da terra e fala a língua de terra. Homem é preso à terra; ele é carne. Cristo desceu e tomou o corpo de um homem, a fim de revelar o plano de salvação de Deus. Quando o homem está disposto a aceitar o testemunho de Cristo, ele pode ter a certeza da verdade de Deus. O testemunho de Cristo para que Deus estava fazendo, deve ser perpetuada por seus discípulos, a Igreja. Assim como Cristo foi dotado com o Espírito Santo no início do seu ministério, para que Deus dá o Espírito para aqueles que se tornam testemunhas de Cristo. Deus não está poupando no dom do Espírito. É pelo Espírito que os homens são capazes de testemunhar. Talvez haja uma referência oblíqua aqui para João ser cheio do Espírito de João Batista (conforme Lc
Assim como Cristo foi supremo na criação Ele é supremo na redenção. Todas as coisas têm sido postas em Suas mãos do Pai. Remanescente de diálogo de Cristo com Nicodemos, João fechado estas reflexões com a promessa de vida eterna a todos os que crêem em Cristo, de fato, a acreditar é que ele seja. A vida eterna é retido a partir do incrédulo, e da ira de Deus torna-se o seu quinhão.
Wiersbe
- A necessidade de nascer de novo (3:1-51)
- É necessário ver (vivenciar) o reino de Deus (v. 3)
Nicodemos era um homem de mo-ral e religioso, um dos principais mestres dos judeus, contudo não entendia a verdade a respeito do novo nascimento. A mente carnal do pecador não apreende as verda-des espirituais (veja 1Co
Nicodemos confundiu o espi-ritual com o físico (veja v. 4). Ele pensava em termos de nascimento físico, e Cristo falava de nascimento espiritual. Todos nós nascemos em pecado. Nosso "primeiro nascimen-to" nos fez filhos de Adão, e isso significa que somos filhos da ira e da desobediência (Ef
- É necessário entrar no reino de Deus (v. 5)
Jesus não se referia a um reino terre-no e político com o termo "reino de Deus". EmRm
- A natureza do novo nascimento (3:6-13)
- O novo nascimento é um nascimento espiritual (vv. 6-7)
O que nasce da carne (a natureza antiga) é carne e sempre será carne e estará sob a ira do Senhor. O que nasce do Espírito (a nova natureza discutida em 2Pe
Apenas os meios espirituais produzem o novo nascimento. Que meios são esses? O Espírito de Deus Oo 3:6 e 6:
63) e a Pala-vra do Senhor (1Pe
- Ele é um nascimento misterioso (vv. 8-10)
Ninguém pode explicar o vento nem a obra do Espírito. O Espírito e o crente são como o vento. Ni-codemos, instruído na Lei, poderia conhecer a verdade da obra renova-dora do Espírito. Veja Ezequiel 37.
- Ele é um nascimento real (w. 11-13)
Muitas coisas são misteriosas, mas não deixam de ser reais. Jesus asse-gura a Nicodemos que o novo nas-cimento não é uma fantasia, é uma realidade. A pessoa, se apenas crer nas palavras de Cristo e recebê-lo, descobre como é real e maravilhoso o novo nascimento.
- O fundamento para o novo nascimento (3:14-21)
- Cristo teve de morrer (vv. 14-17)
De novo, Cristo reporta Nicodemos ao Antigo Testamento, dessa vez ao relato da serpente de bronze deNu 21:0-l 3. O pecador não ape-nas vive nas trevas, mas também as ama e recusa-se a sair à luz em que seus pecados serão expostos e pode-rão ser perdoados.
- A confusão sobre o novo nascimento (3:22-36)
O versículo 25 declara: "Ora, entre os discípulos de João e um judeu suscitou-se uma contenda com respeito à purificação" (grifos do autor). Esse judeu poderia ser Ni- codemos ainda em busca da ver-dade? Nicodemos, como muitas pessoas de hoje, estava confuso em relação ao batismo e às ceri-mônias religiosas. Talvez ele pen-sasse que "nascer da água" sig-nificasse batismo, ou alguns ritos judaicos de purificação. Observe como João Batista encaminha esse judeu a Cristo. A Bíblia usaria esse momento para dizer que o batis-mo é necessário para a salvação, se esse fosse o caso, mas não o faz. Em vez disso, a ênfase recai sobre o crer (v. 36).
É evidente que Nicodemos saiu das trevas e, no fim, tornou-se um cristão que nasceu de novo. Em João 3, vemos Nicodemos nas tre-vas da confusão; emJo
Russell Shedd
3) "de novo" (Ct
3.4,5 Nicodemos, sendo filho de Abraão, observador meticuloso da lei e na opinião sua, súdito do Reino, não entendeu. Cristo declara que sem a implantação da vida do Espírito não há salvação. Água e do Espírito. Conforme Ez
3.6 Jesus ensina que o homem natural não herdará a vida sobrenatural sem a conversão vinda pelo arrependimento e o Espírito (1.12, 13).
3.7 Importa-vos. O plural, (vos) declara a necessidade de todos.
3.8 Vento (gr pneuma "espírito", "vento"). Tal como o vento atua imprevisível e invisivelmente, mas é percebido em seus efeitos, do mesmo modo o Espírito opera na vida dos filhos de Deus e a controla (Rm
3:9-11 Nicodemos não passa de ser um materialista religioso. Nunca experimentara a união interior com Deus (11). Conforme 1.12, 13.
3.13 A revelação da verdade salvadora não depende do homem subir até às alturas, mas da descida (encarnação) do Filho de Deus 8.23, 28; Fp
3.14 Levantou (gr hupsõsen "elevar", "exaltar"). O Cristo crucificado tem de ser visto pela fé (tipificado na elevação da serpente no deserto). Ao reconhecer a Jesus como substituto sacrificial, o crente recebe a vida celestial dele (conforme 8.28; 12.32).
3.16 O mundo dos homens, alienado e condenado recebe no dom do amor (agape) de Deus a opção da vida eterna. • N. Hom. Salvação,
1) Sua força motriz - o amor;
2) Seu iniciador - Deus;
3) Seu mediador - o Filho unigênito;
4) Seu destinatário - o mundo;
5) Seu beneficiário - todo aquele que crê;
6) Seu galardão - a vida eterna.
3.17 Ainda que o propósito principal da vinda de Cristo ao mundo era trazer a salvação (conforme Ez
3.19 As trevas. Metáfora comum no NT para apontar a vida pecaminosa humana, separada de Deus (1Jo
3.20,21 Quem escolhe a vida sem Deus abafa a convicção de culpa que o pecado traz. Quem se entrega a Cristo aceita de bom grado a revelação de sua própria pecarninosidade. Pela confissão (isto é praticar a verdade) o pecador se aproxima da luz onde alcança a purificação de "todo pecado" (1Jo
3.27 João confirma a verdade que Jesus revelou a Nicodemos. O novo nascimento vem de cima (3n); João foi comissionado por Deus.
3.29 Noivo. Denota os crentes em Cristo (conforme 2Co
3.31 Quem... alturas. Refere-se a Cristo (13). Da terra. João.
3.34 O enviado corresponde ao "Filho unigênito" que Deus "deu" para salvar o mundo (16). Espírito por medida. Veja vv. 5 e 8.
3.35 Confiado.. coisas. Cf. 1 7.2; Mt
3.36 Se mantém rebelde (gr apeithõn). Esta palavra está colocada em oposição a "crê" indicando que fé em Cristo inclui obediência (2.23n).
NVI F. F. Bruce
2) Jesus e Nicodemos (3:1-21)
O elo com o que precedeu esse incidente parece ser que o nosso Senhor agora demonstra aquela compreensão divina dos homens por meio da sua entrevista com Nicodemos. Mas a mensagem que Jesus leva a ele, embora dirigida ao bem pessoal dele, tem aplicação universal. Os comentários do evangelista (v. 16-21), que colocam a obra de Cristo no seu contexto universal, têm o propósito de ser uma continuação desse desafio apresentado ao indivíduo,
v. 1. Havia um fariseu (v. artigo “Pano de fundo religioso do NT” e verbete “Fariseu” em NBD): Os fariseus estavam representados no Sinédrio. Como um todo, eles não eram tão hipócritas como as pessoas pensam, visto que muitos deles preservaram grande parte do que era o melhor do judaísmo a partir do tempo dos macabeus.
v. 2. à noite-. Que isso foi para manter a conversa em segredo, está quase além de qualquer dúvida. Isso é lembrado mais tarde (cf. 19,49) quando Nicodemos embalsama o corpo do Senhor. E suas observações cautelosas no Sinédrio (conforme 7.50ss) são dignas de reflexão. Mestre. Conforme 1.49. sabemos-. Parece referir-se àqueles que tinham visto os “sinais” de Jesus (conforme 2.23). Por isso, Nicodemos representa os judeus que são confrontados pela singularidade inescapável do ministério de Jesus, ensinas da parte de Deus: Nicodemos ao menos crê que a pregação de Jesus é de origem divina, se Deus não estiver com ele-. Embora verdadeira, essa expressão é insuficiente como uma declaração de fé (conforme At
v. 3. Digo-lhe a verdade. Essa fórmula, com freqüência repetida por Jesus (conforme 1.51; 3.5,11; 5.19,24,25; 6.26,32,47,53; 8.34,51,58; 10.1,7; 12.24; 13
v. 7. E necessário que vocês nasçam de novo: A resposta de Jesus, endereçada agora não a uma pessoa mas a muitas, abarca todos os que precisam do novo nascimento, v. 8. 0 vento (gr. pneumá) sopra onde quer. Jesus quer se referir aqui a ambos, ao vento e ao espírito. Assim como o vento é imprevisível, assim no mundo espiritual o homem não pode prever a obra do Espírito. Você o escuta-, Pode ser uma referência tanto ao “barulho” quanto à “voz”, assim levando adiante a analogia, v. 11. nós falamos do que conhecemos'. Nicodemos, embora sendo representante dos estudados e piedosos em Israel, não tinha conseguido compreender o significado da obra de Deus. Jesus agora se identifica {nós) com todos aqueles (não importa se judeus como um todo ou os seus discípulos) que de alguma forma tinham compreendido a ação do Espírito. Eles o haviam visto, isto é, ele lhes tinha sido mediado por experiência pela fé. E o plural (vocês) novamente reflete a generosidade quando falou, por meio de Nicodemos, a todos aqueles judeus que, por qualquer razão, tinham rejeitado o ministério dele.
v. 12. coisas terrenas [...] coisas celestiais'. O primeiro termo (gr. ta epigeia) significa o ensino de Cristo na terra acerca do novo nascimento. As “coisas terrenas” são, portanto, aquelas que de fato se originam em Deus mas têm o seu lugar na terra, algumas vezes compreendidas por meio de analogia humana. As “coisas celestiais” (gr. ta epouranid) não são compreendias por nenhuma analogia terrena. Elas dizem respeito à suprema revelação de Deus em Cristo, e nisso ao mistério do relacionamento do Filho com o Pai. Isso é ampliado no versículo seguinte, v. 13. Ninguém jamais subiu ao céu, a não ser aquele que veio do céw. O Filho do homem (conforme 1,51) é o elo entre o céu e a terra. Por meio da encarnação, são mostradas as coisas celestiais. O que, no entanto, é somente parte da história. Ele ainda está para ser exaltado em poder, embora isso (conforme versículo seguinte) vá ocorrer por meio do sofrimento. (A expressão “que está no céu” [nota textual da NVI], embora omitida por uma série de manuscritos antigos, provavelmente deveria ser deixada no texto. Jesus revelou a vida de Deus, que existe no céu, enquanto estava na terra. O seu lugar de moradia permanente é lá; ele somente “viveu entre nós” (conforme 1.14).) v. 14. Da mesma forma que Moisés levantou a serpente-, Conforme 8.28; 12.32,34. Nessas referências a “levantar”, com a possível exceção de 8.28, duas idéias são conjugadas: Em primeiro lugar, a morte do Senhor na cruz é levantada; mas depois, em João, o Filho do homem retorna ao Pai para ser levantado em exaltação, quando ele vai atrair todas as pessoas para si (conforme versículo seguinte). O levantar é no seu todo uma grande obra dramática; é a obra do Pai quando, desde o momento do levantar na cruz, recebe o Filho de volta para si. v. 15. vida eterna-, Conforme 3.16,36; 4.14,36; 5.24,39; 6.27,40,47,54,68; 10.28; 12.25,50;
17.2,3. Essa vida traz consigo a qualidade da era nova de Deus (conforme Ez
v. 16. Porque Deus tanto amou o mundo-. Passamos agora ao comentário inspirado do autor do evangelho. A obra de Cristo tem a sua origem no amor do Pai; essa é a única “razão” por trás da sua auto-revelação. O amor não é meramente uma ação contínua de Deus. Ele agiu. Em Cristo, ele deu o seu único Filho, a exata imagem de si mesmo. Seu amor é recíproco. Somente aqueles que respondem e recebem o presente de Deus em Cristo podem desfrutá-lo. E, quando o recebem, sua resposta inevitavelmente é a de retribuir com o seu amor a Deus (conforme 14.21,24,25). Isso é novo para os ouvintes judeus. Suas idéias particulares da preferência de Deus por Israel agora abrem caminho para o amor dele revelado por toda a humanidade, o seu Filho Unigê-nito: Conforme 1.18. não pereça (gr. mê apolêtai): Outra palavra característica em João (conforme 6.12,27,39; 10.28; 11.50). Aqui o verbo é usado de forma intransitiva, na voz média, para significar
“estar perdido” ou “sofrer destruição”. Essa é a única alternativa para a vida eterna, pois é separação de Cristo e de Deus. Não há sentido concreto de julgamento ainda (conforme versículo seguinte). Isso segue ipso facto, pois a condenação cai sobre todos os que negam a vida em Cristo (conforme v. 18). v. 17. Deus enviou o seu Filho [...] não para condenar. Conforme 5.27; 9.39ss. O nosso texto traduz de forma sábia o grego krinô por “condenar” (Conforme 12.47,48). v. 19. Cristo, como a verdadeira luz do mundo, mostra aos homens quem eles são na sua essência, v. 21. quem pratica a verdade sabe que não pode haver bondade à parte da Fonte de todo o bem. A fé precisa ser acompanhada de uma nova qualidade de vida que certamente dará crédito a ela (conforme Jc 2:14, Jc 2:17,Jc 2:24).
3) O testemunho final de João Batista (3:22-36)
v. 22. terra da Judéia-, Essas palavras não ocorrem em nenhum outro lugar no NT. v. 23. João também estava batizando-, Pode parecer conflitante com a tradição sinóptica (conforme Mc
v. 29. O amigo que presta serviço ao noivo-, Uma parábola ilustrativa que mostra o lugar central a ser ocupado por Cristo e, mesmo assim, a posição singular que é concedida a João Batista como “amigo do noivo”, como seu amigo íntimo. A “noiva” pode ser uma referência a Israel (conforme Is
Moody
3) O Incidente com Nicodemos. Jo
Contrastando com os muitos em Jerusalém que "creram", mas nos quais Jesus não confiava, Nicodemos avulta como alguém a quem o Senhor abriu o seu coração, alguém que se transformou em um verdadeiro discípulo. Ao mesmo tempo a passagem enfatiza um tema anterior as limitações do judaísmo corrente – mostrando a incapacidade deste líder de compreender a verdade espiritual enunciada por Jesus.
14, 15. Há uma resposta necessária ao imperativo do novo nascimento (cons. Jo
Francis Davidson
Nicodemos, membro do Sinédrio (um dos principais dos judeus 1, ARA) visita Jesus às caladas da noite, possivelmente para não comprometer a sua posição. Contudo, ele reconhece em Jesus um Mestre vindo da parte de Deus (2). Esta expressão enfática o distingue dos demais mestres formados nas escolas de ensino religioso. Nicodemos mostra-se impressionado com os sinais que Jesus faz (2). Então pede ao Senhor que esclareça seu ensino, especialmente em relação ao reino de Deus. Jesus dá-lhe a resposta: se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus (3). A palavra grega anothen traduzida de novo, pode ser traduzida de cima. A resposta de Jesus contém a pura essência do tema do capítulo. Uma mudança radical do coração é imprescindível e essa mudança se descreve em termos de um nascimento vindo do alto. Uma crença baseada em milagres não é adequada, pois deixa o âmago da personalidade humana intátil. Somente a renovação interior permite ao homem sua participação no Reino de Deus. Nicodemos maravilha-se pelo fato de alguém poder experimentar todo o processo de desenvolvimento na vida, e depois renascer (4). Jesus, então, revela a verdadeira natureza do novo nascimento, e apresenta as condições pelas quais se pode alcançá-lo (5-6). Não fala do nascimento físico, porém de um ato criativo de Deus, no homem interior. As condições de entrada no Reino são cumpridas quando alguém se arrepende e é purificado no coração. Da água e do Espírito (5). Parece que o Senhor Jesus se refere aqui primeiro ao batismo de João (água); porém, o resto da Sua declaração adverte-nos contra o perigo de um ritualismo oco, sem a eficácia do Espírito Santo, o Único que pode vivificar o homem interior. Alguns comentaristas vêem aqui uma clara referência ao batismo cristão. Entretanto, não há certeza que esta seja a interpretação correta das palavras do Senhor. De qualquer maneira, este verso não sustenta a regeneração batismal. Por outro lado, mais outros comentaristas recusam ver qualquer alusão ao batismo na palavra água e afirmam que o Senhor estava falando acerca dos efeitos purificadores da Palavra de Deus (cfr. Ef
A interpretação mais provável é que Nosso Senhor Jesus Cristo está fazendo uma alusão à necessidade de arrependimento (representado pelo batismo de João em água) e a necessidade de fé (representada pelo seu próprio batismo no Espírito, o qual traz a fé). O que é nascido da carne, é carne (6). A vida espiritual não se transmite por processo natural, nem se identifica com qualquer existência carnal. Não há tal coisa como um processo evolutivo da carne para o espírito. Não se admire, portanto, que o nascimento espiritual seja a primeira condição necessária para entrada no Reino de Deus (7). O vento sopra (8). A mesma palavra se usa no grego para "Espírito" e "vento". Assim, como a presença do vento é reconhecida pelos seus efeitos, também o Espírito torna-se manifesto pela sua operação. Os movimentos do Espírito são soberanos. A origem e destino da vida do cristão, em quem o Espírito de Deus tem forjado sua obra criativa, são desconhecidos pelo mundo (8).
Nicodemos não entende tal ensino (9). Jesus expressa-se surpreso pela sua ignorância (10). Associando-se com seus discípulos e a totalidade do testemunho profético do passado, Jesus afirma que eles têm visto e conhecido a obra do Espírito e, portanto, são idôneos para dar testemunho da sua atividade (11). Se os judeus rejeitam o seu testemunho concernente às coisas terrestres, ainda que sua origem esteja nos céus (note-se a referência ao novo nascimento), como poderão receber as bênçãos celestiais a respeito da máxima revelação de Seus eternos conselhos? (12). Ninguém subiu ao céu, entretanto, Deus quis que alguém descesse do céu ao mundo (13). Jesus veio do céu, com perfeito conhecimento de Deus, a fim de revelá-Lo aos homens. Que está no céu (13). Esta cláusula, entre parênteses na ARA, é omitida nos mais antigos manuscritos.
Jesus prossegue, então, ensinando a Nicodemos as coisas celestiais (12). Assim como Moisés levantou a serpente no deserto... (14). Jesus ilustra o grandioso tema concernente à vinda do Filho do Homem em carne, por meio de um acontecimento registrado no Velho Testamento (Nu 21:8-4). Quando os israelitas, fatalmente mordidos pelas serpentes, fitaram os olhos na serpente de bronze, logo receberam vida. Do mesmo modo, os homens sujeitos à condenação por causa do pecado poderão receber vida eterna e restauração, olhando para o Senhor levantado entre os céus e a terra. Não resta dúvida que esta é uma referência à morte de Jesus. A divina necessidade da morte foi aceita por Jesus como único meio da redenção do mundo (15). Sua morte foi determinada, não pela vontade humana, mas pelo amor de Deus que deu seu Filho unigênito, como sacrifício pelo mundo, sacrifício este ao alcance de todos na sua universalidade (16-17). O mundo (16) é o palco em que Deus cumpre os seus propósitos de redenção.
É-nos dada nos vers. 16-21 a logia, ou autêntica palavra de Jesus, ou se trata de uma interpretação joanina da missão de Jesus Cristo? Não restam dúvidas de que o evangelista se compenetra profundamente da mente de Jesus e, se estas não são suas próprias palavras, ipsissima verba, certamente contêm a quinta-essência do glorioso Evangelho. Não temos, entretanto, justificativas para concluirmos que estes versos não são as próprias palavras de Cristo, no contexto dado. Crer no nome do ... filho de Deus (18) quer dizer colocar confiança pessoal no Seu ato redentor (18). Aqueles que assim não fazem já estão condenados (18). A verdadeira missão divina é revelada como obra redentora. O Filho do homem veio salvar o mundo, todavia o mundo foi julgado pela sua vinda (17,19). Salvação e julgamento se coadunam na pessoa de Cristo. Então, Nicodemos recebe uma nova interpretação do incidente do Velho Testamento, que ilustra o amor de Deus aos homens, esse amor expresso na morte do Seu Filho. Outrossim, há uma nova ênfase na escatologia realizada: salvação e julgamento são realidades atuais. A luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz (19). Todo aquele que pratica o mal aborrece a luz (20). A incredulidade é fruto de uma disposição má que evita a luz. A fé é a prática da verdade; ela obedece e procura a luz. Ela folga com a perscrutação divina (21). A obra de Cristo discerne o bem do mal. Eis o verdadeiro julgamento (19), (gr. krisis) que Jesus trouxe ao mundo. A vinda de Jesus ao mundo constitui uma crise na história mundial, obrigando os homens, pelos fatos apresentados, ou a virem para a luz, ou a permanecerem nas trevas.
John Gill
Assim como Moisés levantou a Serpente no deserto,... A história mencionada está em Nu 21:8. há, em muitas coisas, um acordo entre esta serpente, e Jesus Cristo: como nesse assunto, era uma serpente de bronze; não foi feita de ouro, nem de prata, mas de bronze, o pior metal, e era uns meios muito improváveis, de si mesmo, curar os 1sraelitas; e poderia ser menosprezado por muitos: isto pode denotar a fraqueza na natureza humana de Cristo, no seu nascimento e ascendência, e lugar de educação; e especialmente na sua crucificação e morte; e o qual, para um olho de sentido carnal e argumento, parecia uns meios muito improváveis de salvar os pecadores;[1] e então era para alguns uma pedra de tropeço, e para outros uma tolice:[2] embora por outro lado, como este é um metal lustroso, poderia ser escolhido para a serpente no deserto, para que brilhasse atraindo os olhos dos 1sraelitas e poderiam ser dirigidos a ela, que estava à maior distância no acampamento; assim pode ser expressivo da glória de Cristo, como o único gerado do Pai, e que é o brilho da glória Dele; e que é grande e atraente, motivo, e induzimento para fazer as almas olharem até ele, e acreditarem nele, Is
“Em quarto lugares é dito, “faça a ti”, &c. Em três outros lugares é explicado, viz. Gên 6:14, e um não é explicado,Nu 21:8, “fazei a ti uma serpente selvagem”, לא פירש, não é explicado.”
E em outros lugares[7] eles dizem:
“E podia a serpente matar, ou tornar vivo? Mas, ao mesmo tempo em que Israel olhava para cima, e serviam com seus corações ao Pai deles que está nos céus, eles eram curados; mas se não, eles eram humilhados.”
De forma que o olhar não era apenas para a serpente de bronze, mas a Deus que está nos céus; sim, para a palavra de Deus, seu Logos essencial, como dizem os targunistas emNu 21:9. O Targum de Jerusalém parafraseia as palavras assim:
“E Moisés fez a serpente de bronze, e colocou em um lugar alto, e quem quer que fosse mordido pelas serpentes, e levantasse sua face, em oração, ao seu Pai que está nos céus, e olhavasse para a serpente de bronze, vivia.”
E Jonathan ben Uzziel parafraseia assim:
“E Moisés fez uma serpente de bronze, e colocou isso em um lugar elevado; e foi para que quando uma serpente mordesse qualquer homem, ele olhava para a serpente de bronze, “e dirigia seu coração”, לשום מימרא דיי, “ao nome da palavra de Deus”, e ele vivia.”
E essa cura eles entendiam não apenas da cura corpórea, mas da cura da alma: porque eles observam:[8]
“Assim que eles diziam, “nós temos pecado”, imediatamente a iniquidade deles era expiada; e eles tinham as boas novas trazidas a eles “da cura das almas”, como está escrito, “faça um seraphim”; e ele não diz uma sepente; e isso é: “e virá a contecer que, quem quer que for mordido, quando ele olhar sobre ela, viverá”, רפואת הנפש, “através da cura da alma”:”
Sim, eles comparam o Messias a uma serpente; porque assim no Targum em Is
“O Messias virá dos filhos dos filhos de Jessé; e suas obras serão entre vós como uma “serpente voadora”.
E quem mais pode ser designado por “outra serpente da vida”[9] e a “santa serpente”,[10] que eles falam em oposição à serpente iniqua que seduziu Eva? E é muito conhecido que, נחש, “a serpente”, e, משיח, o “Messias”, são numericamente o mesmo; uma forma de interpretação, e explicação, frequentemente comum com os Judeus. Agora, assim como essa serpente foi levantada no alto, para que quando cada um fosse mordido pela serpente pudesse olhar para ela e ser curado...
Assim também o filho do homem será erguido;… Sobre a cruz, e morto: a crucificação e morte de Cristo eram necessárias, e deve ser, porque os decretos e propósitos de Deus, pela a qual ele foi ordenado, e pela qual determinou seu conselho que ele fosse entregue, tomado, crucificado, e morto; e por causa de seus próprios empenhos, se colocando de baixo das obrigações no conselho e aliança da paz, de que assim fosse feito; como também, que era algo antitípico e que corresponderia grandemente a ele; e particularmente, que ele pudesse ser o objeto próprio da fé dos pecados feridos, conscientes da própria pecaminosidade deles.
Notas: [1] Cf.Mc
[2] Conforme 1Co
[3] Conforme He 13:8. N do T.
[4] De Agricult. p. 202. & Allegor. l. 3. p. 1101, 1102, 1103, 1104.
[5] C. 16. v. 6.
[6] T. Hieros. Roshhashanah, fol. 59. 1.
[7] Misn. Roshhashanah, c. 3. sect. 3.
[8] Tzeror Hammor, fol. 123. 2.
[9] Zohar em Gen fol. 36. 2.
[10] Tikkune Zohar em Jetzira, p. 134.
John MacArthur
8. O novo nascimento (João
Ora, havia um homem dos fariseus, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus; este homem veio ter com Jesus de noite e disse-lhe: "Rabi, sabemos que Você veio de Deus como um professor, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele." Jesus respondeu, e disse-lhe: «Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." Perguntou-lhe Nicodemos: "Como pode um homem nascer, sendo velho? Ele não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe, e nascer, pode?" Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, eo que é nascido do Espírito é: espírito. Não se surpreender que eu vos disse: 'Você precisa nascer de novo. " O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sei de onde vem e para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito ". Perguntou-lhe Nicodemos: "Como pode ser isso?" Jesus respondeu, e disse-lhe: "Tu és mestre de Israel e não entende essas coisas?" (3: 1-10)
"Todo mundo falando sobre o céu não está indo lá." Esta linha, a partir de um velho espiritual, descreve com precisão muitos na igreja. Exteriormente eles se identificam com Cristo, mas, interiormente, nunca foram verdadeiramente convertido. Porque eles se apegam a uma falsa profissão de fé, eles se enganam em pensar que eles estão no caminho estreito que leva à vida, quando na realidade eles estão no caminho largo que leva à destruição. Para piorar a situação, a sua auto-engano é muitas vezes reforçado por bem intencionados, mas cristãos sem discernimento que, ingenuamente, abraçá-los como verdadeiros crentes. Tal confusão decorre das pseudo-evangelhos aguado que se propagam a partir de demasiadas púlpitos. A graça barata, o ministério orientado para o mercado, emocionalismo, o subjetivismo, e um inclusivismo indiscriminado tudo se infiltrou na igreja, com consequências devastadoras. Como resultado, quase todas as profissões de fé se afirma como verdadeira, mesmo daqueles cujas vidas se manifestar nenhum sinal de verdadeiro fruto (por exemplo, Lucas
O ministério de nosso Senhor oferece um contraste gritante com a confusão evangélico contemporâneo. Cristo não estava interessado nas respostas rasas ou rápidas pseudo-conversões. Ele se recusou a comprometer a verdade ou dar qualquer falsa esperança. Em vez de tornar mais fácil para as pessoas a acreditar, Jesus virou-se mais perspectivas do que ele recebeu. O jovem rico, por exemplo, ansiosamente procurado Jesus e perguntou-lhe com sinceridade: "Mestre, que coisa boa que eu devo fazer para que eu possa alcançar a vida eterna?" (Mt
"Em verdade vos digo que, é difícil para um rico entrar no reino dos céus. Mais uma vez eu digo a você, é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus. "Quando os discípulos ouviram isto, eles foram muito surpreso e disse: "Então, quem pode ser salvo?" E, olhando para eles, Jesus disse-lhes: "Com pessoas isso é impossível, mas a Deus tudo é possível."(Vv. 23-26)
Como resultado da demanda intransigente de Cristo para o compromisso total ", muitos dos seus discípulos se retiraram e não andavam mais com ele" (Jo
Nem todo o que me diz: "Senhor, Senhor ', entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu vai entrar. Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? " E então eu lhes direi: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniquidade." (Mateus
Jesus explicou também que ser Seu discípulo significava morrer para si mesmo, declarando: "Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me" (Lc
Como eles estavam indo ao longo da estrada, alguém lhe disse: "Eu te seguirei aonde quer que vá." E Jesus disse-lhe: "As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça." E ele disse a outro: "Segue-Me." Mas ele disse: "Senhor, permita-me ir primeiro enterrar meu pai." Mas Ele disse-lhe: "Permitir que os mortos sepultem os seus próprios mortos;. Mas como para você, vá em todos os lugares e proclamar o reino de Deus" Outro também disse: "Eu te seguirei, Senhor, mas em primeiro lugar, permita-me dizer adeus para os que estão em casa." Mas Jesus disse-lhe: "Ninguém, depois de colocar a mão no arado e olha para trás é apto para o reino de Deus." (Lucas
Claramente, uma ênfase em abandonar auto e submetendo a Ele permeado abordagem evangelística de Jesus, tanto em seu ministério público e em suas conversas privadas. João
O Inquérito
Ora, havia um homem dos fariseus, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus; este homem veio ter com Jesus de noite e disse-lhe: "Rabi, sabemos que Você veio de Deus como um professor, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele." Jesus respondeu, e disse-lhe: «Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." (3: 1-3)
A colocação da pausa capítulo aqui é lamentável, já que a história da interação de Jesus com Nicodemos é logicamente ligada à seção anterior (2: 23-25). Como observado no capítulo 7 deste volume, João
Nicodemus ("vitória sobre o povo") era um nome grego comum entre os judeus da época de Jesus. Alguns identificaram Nicodemus com um homem rico de que mesmo nome mencionado no Talmud. Mas desde que Nicodemos ainda estava vivo quando Jerusalém foi destruída no ano 70 dC, ele provavelmente teria sido muito jovem para ter sido um membro do Sinédrio, durante o ministério de Jesus quatro décadas antes (conforme 7: 50-51). A implicação do versículo 4, que Nicodemos já era um homem velho, quando ele se encontrou com Jesus argumenta ainda contra essa identificação.
Nicodemos era um membro do partido religioso elite dos fariseus. Seu nome provavelmente deriva de um verbo hebraico que significa "separar"; eles eram os "separados", no sentido de ser zelosos da lei mosaica (e suas próprias tradições orais, que adicionados a ele [conforme Mat. 15: 2-6; Marcos
Com o desaparecimento dos saduceus em 70 dC (depois que o templo foi destruído) e os zelotes, em 135 dC (depois da revolta de Bar Kochba foi esmagada), os fariseus se tornou a força dominante no judaísmo. Na verdade, até o final do século II dC, com a conclusão da Mishná (a compilação escrita da lei oral, rituais e tradições), o ensino do fariseu tornou-se virtualmente sinônimo de judaísmo.
Ironicamente, foi a sua muito zelo pela lei que fez com que os fariseus se tornar ritualizada e externa. Tendo corações inalteradas, eles só iria substituir a verdadeira religião com a mera modificação de comportamento e ritual. Em resposta a sua pseudo-espiritualidade, Jesus apontou scathingly out: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia ea fidelidade; mas estas são as coisas que você deveria ter feito, sem omitir aquelas "(Mt
Ao usar o termo respeitoso Rabi, Nicodemos, embora um membro do Sinédrio e um eminente professor (v. 10), se dirigiu a Jesus como um igual. Ele não compartilha a suspeita e hostilidade que muitos de seus colegas líderes religiosos tinham para com Cristo (conforme 7:15, 47-52). Nicodemos, e outros como ele (conforme o plural, nós sabemos), aceitou que Jesus tinha vindo de Deus como um professor -Apesar Ele não tinha recebido treinamento rabínico adequada (7:15). Como Nicodemos reconheceu, "ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele." Como as pessoas na seção anterior (2:23), que ficou impressionado com e acreditava que o poder inegável manifesta em milagres de Jesus foi divino. Sem dúvida, ele também tinha conhecimento do testemunho de João Batista sobre Cristo.Isso, juntamente com a prova deles, pode ter causado a Nicodemos a se perguntar se Jesus era o Messias.
Mas Jesus não estava interessado em discutir Seus sinais, que resultaram apenas na fé superficial. Em vez disso, ele foi direto para o real problema, a transformação do coração de Nicodemos pelo novo nascimento. Jesus respondeu à pergunta não formulada de Nicodemos (conforme Mt
O reino de Deus em seu aspecto universal refere-se ao governo soberano de Deus sobre toda a Sua criação. Nesse sentido mais amplo do termo, todos são parte do reino de Deus, uma vez que "o Senhor estabeleceu o seu trono nos céus, e seu reino domina sobre tudo" (Sl
Mas Jesus não está se referindo aqui ao reino universal. Em vez disso, Ele está falando especificamente do reino da salvação, o reino espiritual, onde aqueles que nasceram de novo pelo poder divino por meio da fé agora vivem sob a regência de Deus mediada através do Seu Filho. Nicodemos, como o resto de seus companheiros judeus, ansiosamente aguardado que glorioso reino. Infelizmente, eles pensavam que ser descendentes de Abraão, observando a lei, e realizando rituais religiosos externos (designAdãoente a circuncisão) ganharia deles entrada naquela reino. Mas ao pensar isso, ficaram gravemente enganado, como Jesus deixou claro. Não importa o quão religiosamente ativo alguém pode ser, ninguém pode entrar no reino sem experimentar a regeneração pessoal do novo nascimento (conforme Mt
As implicações das palavras de Jesus para Nicodemos foram surpreendentes. Toda a sua vida ele tinha diligentemente observada a lei (conforme Mc
A palavra de Jesus sobre o novo nascimento estilhaça uma vez por todas a cada suposta excelência da realização do homem, todo o mérito dos atos humanos, todas as prerrogativas de parto natural ou estação. O nascimento espiritual é algo que se passa, não é algo que ele produz. À medida que nossos esforços não tinha nada a ver com a nossa concepção natural e nascimento, por isso, de forma análoga, mas em um plano muito maior, a regeneração não é uma obra de nossos. O que um golpe para Nicodemos! Sua sendo um judeu lhe deu nenhuma parte no reino; ele ser um fariseu, estimado mais santo do que outras pessoas, aproveitados ele nada; sua condição de membro do Sinédrio e sua fama como um dos seus escribas foi em vão. Este Rabi da Galiléia calmamente diz que ele ainda não está no reino! Tudo em que ele havia construído suas esperanças em toda uma vida árdua longa aqui afundou em ruína e se tornou um pequeno monte inútil de cinzas. ( A Interpretação dos Evangelho de São João [Reprint; Peabody Mass .: Hendrickson, 1998], 234-35)
A Perspicácia
Perguntou-lhe Nicodemos: "Como pode um homem nascer, sendo velho? Ele não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe, e nascer, pode?" Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, eo que é nascido do Espírito é: espírito. Não se surpreender que eu vos disse: 'Você precisa nascer de novo. " O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sei de onde vem e para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito ". (3: 4-8)
Declaração chocante de Jesus foi muito mais do que Nicodemos tinha esperado. Incrédulo, Nicodemos disse-lhe: "Como pode um homem nascer, sendo velho? Ele não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe, e nascer, pode?" Certamente, este fariseu altamente educado não era tão obtuso como ter mal interpretado as palavras de Jesus em um sentido literal de forma simplista. Ele sabia que nosso Senhor não estava falando sobre ser fisicamente renascer, mas ele respondeu no contexto da analogia do Senhor. Como ele poderia começar tudo de novo, voltar para o começo? Jesus estava dizendo a ele que a entrada para a salvação de Deus não era uma questão de adicionar algo para todos os seus esforços, não cobrindo fora de sua devoção religiosa, mas sim cancelar tudo e começar tudo de novo. Ao mesmo tempo, ele claramente não conseguia entender o significado completo do que isso significava. Suas perguntas transmitir a sua confusão, como ele abertamente admirou-se da impossibilidade de declaração de Cristo. Jesus estava pedindo algo que não era humanamente possível (para nascer de novo); Ele estava fazendo a entrada no reino contingente em algo que não poderia ser obtida através do esforço humano. Mas, se isso fosse verdade, o que significava para o sistema de obras baseadas do Nicodemus? Se o renascimento espiritual, como renascimento físico, era impossível do ponto de vista humano, então onde é que isso deixe este fariseu hipócrita?
Longe de minimizar as exigências do Evangelho, Jesus confrontou Nicodemos com o desafio mais difícil que ele poderia fazer. Não admira que Cristo diria mais tarde aos seus discípulos: "Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus!" (Mc
Mais do que isso, considero tudo como perda, tendo em vista o valor de excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas, e as considero como lixo, para que eu possa ganhar a Cristo, e pode ser achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus, na base da fé.
Jesus respondeu a confusão de Nicodemus, concebendo a verdade Ele introduziu no versículo 3: "Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus." Uma série de interpretações têm sido oferecidos para explicar a frase nascer da água. Alguns vêem dois nascimentos aqui, um natural, e outro espiritual. Os defensores deste ponto de vista interpretar a água como o líquido amniótico que flui desde o ventre um pouco antes do parto. Mas não está claro que os antigos descrito nascimento natural dessa forma. Além disso, a frase não nascer da água e do Espírito é paralelo a frase "nascido de novo" no versículo 3; assim, apenas um nascimento está em vista. Outros vêem na frase nascer da água uma referência ao batismo, quer que o de João Batista, ou o batismo cristão. Mas Nicodemos não teria entendido o batismo cristão (que ainda não existia), nem mal interpretado batismo de João Batista. Nem Jesus abstiveram-se de batizando pessoas (4:
2) se o batismo eram necessárias para a salvação. Outros, ainda, ver a frase como uma referência para as lavagens cerimoniais judaicas, que nascem do Espírito transcende. No entanto, os dois termos não são, em contraste com o outro, mas se combinam para formar um paralelo com a frase "nascido de novo" no versículo 3. (Para um exame cuidadoso das diversas interpretações do nascer da água, ver DA Carson, O Evangelho Segundo para João, O Pillar New Testament Commentary. [Grand Rapids: Eerdmans, 1991], 191-96)
(V. 10). Uma vez que Jesus espera Nicodemus para entender esta verdade, ele deve ter sido algo com o qual ele estava familiarizado Água e Espírito muitas vezes se referem simbolicamente no Antigo Testamento para renovação e purificação espiritual (conforme Nm
Foi certamente esta passagem que Jesus tinha em mente, mostrando a regeneração ser uma verdade Antigo Testamento (conforme Dt
Jesus continuou, enfatizando, ainda, que esta limpeza espiritual é totalmente uma obra de Deus, e não o resultado do esforço humano: "O que é nascido da carne é carne, eo que é nascido do Espírito é espírito." Assim como só a natureza humana pode gerar a natureza humana, assim também só o Espírito Santo pode efetuar a transformação espiritual. O termo carne ( sarx ) aqui se refere apenas à natureza humana (como acontece em 1: 13-14); Neste contexto, ele não tem a conotação moral negativa que freqüentemente faz nos escritos de Paulo (por exemplo, Rom. 8: 1-8, 12-13). Mesmo se um renascimento físico fosse possível, iria produzir só carne. Assim, somente o Espírito pode produzir o nascimento espiritual necessária para a entrada no reino de Deus. A regeneração é inteiramente Sua obra, sem a ajuda de qualquer esforço humano (conforme Rm
Embora as palavras de Jesus foram baseados em revelação do Antigo Testamento, eles correram totalmente contrário a tudo Nicodemos tinha sido ensinado. Por toda a sua vida ele tinha acreditado que a salvação veio através de seu próprio mérito externo. Agora ele achou extremamente difícil pensar o contrário. Ciente de seu espanto, Jesus continuou, "Não se surpreender que eu disse a você:" Você precisa nascer de novo. " O verbo traduzido must é um termo forte; João usou em outro lugar no seu evangelho para se referir à necessidade da crucificação (03:14; 12:34), de João inferioridade do Batista de Cristo (03:30), do método adequado de adorar a Deus (4:
24) , de Jesus que leva o seu ministério (4: 4; 9: 4; 10:16), e da necessidade da ressurreição (20: 9). Era absolutamente necessário para Nicodemus para superar o seu espanto por ser tão errado sobre como um é aceito no reino de Deus e procuram ser nascido de novo se ele estava para entrar. E ele nunca poderia fazê-lo com base em suas próprias obras de justiça.
Então o Senhor ilustrado Seu ponto com um exemplo familiar da natureza: "O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sei de onde vem e para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito ". O vento não pode ser controlada; sopra onde quer. E, embora sua direção geral pode ser conhecido, de onde vem e para onde vai não pode ser determinada com precisão. No entanto, os efeitos do vento pode ser observada. O mesmo é válido para a obra do Espírito. Sua obra soberana de regeneração no coração humano não pode nem ser controlado nem previsto. No entanto, os seus efeitos podem ser vistos nas vidas transformadas daqueles que são nascidos do Espírito.
A acusação
Perguntou-lhe Nicodemos: "Como pode ser isso?" Jesus respondeu, e disse-lhe: "Tu és mestre de Israel e não entende essas coisas?" (3: 9-10)
Embora ele era um professor renomado, Nicodemos provou ser um aluno pobre. Sua pergunta, "Como pode ser isso?" indica que ele tinha feito pouco progresso desde o versículo 4. Apesar de uma maior clarificação de Jesus nos versículos
Por causa de sua posição como o professor de Israel, Nicodemos poderia ter sido esperado para entender as coisas Jesus tinha dito. Sua falta de entendimento foi imperdoável considerando sua exposição ao Antigo Testamento. O uso do artigo definido antes de professor indica que Nicodemos foi um reconhecido, estabelecido professor em Israel. Jesus encontrou-imperdoável que este estudioso proeminente não estava familiarizado com o novo ensino fundamental aliança do Antigo Testamento sobre a única forma de salvação (conforme 2Tm 3:15). Infelizmente, Nicodemus serve como um exemplo claro do efeito anestesiante que externo, religião legalista tem na percepção espiritual, até mesmo ao ponto de obscurecer a revelação de Deus de uma pessoa.
Sua ignorância também exemplificado falência espiritual de Israel (conforme Rom. 10: 2-3). Nas palavras de Paulo, os judeus, deixando de reconhecer "a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria ... não se sujeitaram à justiça de Deus" (Rm
"Em verdade, em verdade vos digo que, falamos do que sabemos e testemunhamos o que vimos, e você não aceitar o nosso testemunho. Se eu te dissesse coisas terrestres, e não credes, como você vai acreditar se eu dizer-lhe coisas celestiais, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu: o Filho do Homem, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que crê será?. Nele tenha a vida eterna. Porque Deus amou o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele Quem nele crê não é julgado;.. mas quem não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus Este é o julgamento, que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Para todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz para que as suas obras sejam manifestas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus "(3: 11-21).
Ao longo dos últimos séculos, a expectativa de vida foram prorrogadas, as condições de vida melhoraram, e do trabalho feito mais seguro e fácil. Temidas doenças que antes eram generalizadas, como a varíola, poliomielite, e várias pragas, têm sido controladas ou eliminadas. Mecanização (pelo menos nos países desenvolvidos) tomou a labuta e perigo de muitos postos de trabalho, e alguns dos mais tarefas trabalhosas agora são realizadas exclusivamente por máquinas. Naturalmente, os problemas não resolvidos ainda permanecem, incluindo a guerra, a pobreza, a certas doenças incuráveis, as preocupações ambientais, e os novos problemas levantados pela própria tecnologia que ajudou a resolver os antigos. Mas a fé da humanidade no progresso continua em grande parte inabalável. Muitos acreditam ardentemente que, dado tempo suficiente, ciência e tecnologia, um dia, superar todos os demais problemas da humanidade.
Mas, embora o homem tem feito grandes progressos na melhoria da suas condições de vida, o seu problema, o mais premente um ao lado do qual todos os outros pálido em comparação-permanece para sempre além de sua capacidade de resolver. É o mesmo problema intransponível que confrontou Adão e Eva após a queda, ou seja, que todas as pessoas, sem exceção (Rm
Desde que a desobediência de Adão mergulhou a raça humana em pecado (Rom. 5: 12-21), Satanás tem incessantemente promovida a mentira de que as pessoas podem vir a Deus em seus próprios termos.Essa mentira, abraçado por todos os que seguem o caminho largo que leva à destruição (Mt
À luz disso, rituais religiosos, as boas obras, e auto-reforma não pode resolver o problema da morte espiritual (Ef. 2: 8-9; 2Tm 1:92Tm 1:9) operada por Deus na regeneração pode dar vida espiritual aos mortos espiritualmente. Essa era a verdade chocante com que Jesus enfrentou o zeloso fariseu Nicodemos (3: 1-10). Embora o ensinamento do Senhor sobre o novo nascimento estava solidamente fundamentada no Antigo Testamento, Nicodemos estava incrédulo. Ele lutou para aceitar que seus esforços eram inúteis religiosos e precisava ser completamente abandonado como um meio para ganhar o reino de Deus.
Porque Nicodemos respondeu na incredulidade, ele aparentemente se afastou de sua conversa com Jesus convertidos. (Ele se tornou um crente depois, no entanto, como foi observado no capítulo 8 deste volume.) Sua resposta inicial tipifica aqueles que rejeitam o evangelho. Descrença Unrepentant é o pecado que, em última análise condena todos os pecadores perdidos (conforme Mt
O Problema da Incredulidade
"Em verdade, em verdade vos digo que, falamos do que sabemos e testemunhamos o que vimos, e você não aceitar o nosso testemunho. Se eu te dissesse coisas terrestres, e não credes, como você vai acreditar se eu dizer-lhe coisas celestiais? " (3: 11-12)
Capítulo 3 começou por contar entrevista noturna de Nicodemos com Jesus. Mas depois de sua pergunta no versículo 9, o renomado fariseu mais nada para a conversa (pelo menos nada que é gravada) adicionado, como o diálogo entre os dois homens se mudou para um discurso de Jesus. Embora Nicodemos duas vezes professou a ignorância do ensinamento de Jesus (3: 4, 9), o seu verdadeiro problema, como mencionado acima, não foi a falta de revelação divina. Ele foi muito educado no Antigo Testamento (3:
10) e tinha acabado de dialogou com o Mestre que foi a fonte da verdade. Nicodemos nãoaceitar a verdade que Jesus testemunhou, porque ele se recusou a acreditar nele. Paulo escreveu: "o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1Co
Em um comunicado introduzida pela declaração solene verdade, em verdade vos digo que (conforme a discussão Dt
O uso que o Senhor do pronome plural você indica que sua repreensão foi além Nicodemus para incluir a nação de Israel, de que Nicodemos era um representante. O povo judeu que não aceita otestemunho de Jesus e Seus verdadeiros seguidores (conforme 01:11); sua incredulidade era o que perpetuou sua ignorância espiritual.
Repreensão pontas de Jesus, "Se eu te dissesse coisas terrestres, e não credes, como crereis, se vos falar das celestiais?" abalada auto-justiça de Nicodemos. Sua profissão superficial da fé em Jesus como um mestre enviado de Deus (v. 2) foi sem sentido, como era seu entendimento mal interpretado da salvação (conforme v. 10). Por causa de sua recusa a acreditar, ele não podia sequer imaginar o terreno verdade do novo nascimento, para não mencionar profundas celestiais realidades como a relação do Pai ao Filho (Jo
Começando no versículo 14, Jesus recorreu a uma ilustração do Antigo Testamento para fazer esse ponto, enfatizando ainda que não havia desculpa para Nicodemos, um perito nas Escrituras, ser ignorante do caminho da salvação. Como um tipo de Sua morte sacrificial na cruz, o Senhor se refere a um incidente registrado em Números
O povo falou contra Deus e contra Moisés: "Por que você nos tirou do Egito para morrermos no deserto? Pois não há comida e sem água, e nós detestamos este alimento miserável." O Senhor enviou serpentes venenosas entre as pessoas e elas morderam o povo, de modo que muitas pessoas de Israel morreu. Assim, o povo veio a Moisés, e disse: "Pecamos, porquanto temos falado contra o Senhor e você; interceder junto ao Senhor, para que Ele possa remover as serpentes de nós." E Moisés intercedeu pelo povo. Então o Senhor disse a Moisés: "Faça uma serpente de bronze, e configurá-lo em um padrão;. E virá sobre, que todo aquele que for mordido, quando ele olha para ela, viverá" E Moisés fez uma serpente de bronze e defini-lo no padrão; E sucedeu que, se uma serpente mordeu qualquer homem, quando ele olhou para a serpente de bronze, vivia.
O evento aconteceu durante quarenta anos de peregrinação no deserto antes de entrar na Terra Prometida de Israel. Como um julgamento sobre incessante das pessoas reclamando, o Senhor enviou serpentes venenosas para infestar seu acampamento. Em desespero, os israelitas pediu a Moisés para interceder em seu nome. E Pedido oração de Moisés foi respondida com uma exibição da graça divina, como Deus usou de misericórdia para o seu povo rebelde. Ele instruiu Moisés a fazer uma réplica de bronze de uma cobra e elevá-la acima do acampamento em um poste. Aqueles que foram mordidos seriam curados se eles, mas olhei para ele, reconhecendo, assim, sua culpa e expressar a fé no perdão de Deus e poder de cura.
O ponto de analogia de Jesus foi que, assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado (crucificado; conforme 8:28; 0:32, 34). O termo must enfatiza que a morte de Cristo era uma parte necessária do plano de salvação (conforme Mt de Deus 16:21; Mc
Este é o primeiro de quinze referências no Evangelho de João para o importante termo vida eterna. Em sua essência, a vida eterna é a participação do crente na vida abençoada, eterna de Cristo (conforme 1:
4) através de sua união com Ele (Rm
Não há palavras na linguagem humana que podem expressar adequAdãoente a magnitude do dom salvífico de Deus para o mundo. Até mesmo o apóstolo Paulo se recusou a tentar, declarando que o dom de ser "indescritível" (2Co
Ele foi ferido por causa das nossas transgressões,
Ele foi moído pelas nossas iniqüidades;
O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele,
E por sua pisaduras fomos sarados.
Todos nós como ovelhas, nos desviamos,
Cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho;
Mas o Senhor fez com que a iniqüidade de nós todos
Para cair sobre ele. (Isaías
Por "enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado e como oferta pelo pecado, [Deus] condenou o pecado na carne" (Rm
Dom da graça da salvação de Deus é livre e só está disponível (Rm
A garantia dada para aqueles que possuem a vida eterna é que eles nunca vão perecer. salvação Genuina nunca pode ser perdido; verdadeiros crentes serão divinamente preservada e fielmente perseverar (Mt
A declaração de Jesus no versículo 17 também repudiou a crença popular de que quando o Messias veio, ele iria julgar as nações e os gentios, mas não os judeus. O profeta Amós já havia advertido contra essa má interpretação tola do Dia do Senhor:
Ai de mim, vocês que estão torcendo para o dia do Senhor,
Com que propósito é que o dia do Senhor esteja com você?
Será trevas e não luz;
Como quando um homem foge de um leão
E um urso encontra-lo,
Ou vai para casa, inclina-se a mão contra a parede
E uma cobra morde.
Não vai o dia do Senhor são trevas em vez da luz,
Mesmo melancolia sem brilho nele? (Amós
O ponto da vinda de Jesus não foi para redimir Israel e condenam os gentios, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. graciosa oferta de salvação de Deus estendida para além Israel a toda a humanidade.Mais uma vez, Nicodemus (e, por extensão, a nação judaica ele representava) deveria saber que, para no pacto abraâmico Deus declarou: "Abençoarei os que te abençoarem, e aquele que te amaldiçoarem amaldiçoarei. E em todos vós as famílias da terra serão abençoados "(Gn
Mas aquele que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. Enquanto a sentença final daqueles que rejeitam a Cristo ainda está no futuro (conforme 5: 28-29), o seu julgamento será meramente consumar o que já começou. Os perdidos são condenados porque não acreditava na (lit., "Acredita em") o nome do unigênito Filho de Deus. A fé salvadora vai além da mera aceitação intelectual para os fatos do evangelho e inclui abnegado confiança e submissão ao Senhor Jesus Cristo (Rm
Aquele que pratica a verdade, no entanto, de bom grado . vem para a luz, para que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus Crentes odiar o pecado e amar a justiça (I João
Embora nenhuma resposta poupança é indicado aqui, Nicodemos evidentemente levou séria advertência de Jesus ao coração, uma vez que as referências posteriores de João para ele implica que ele se tornou um verdadeiro seguidor de Cristo (7: 50-51; 19:39). Mas aqueles que provar "dispostos a vir para [Jesus], para que [eles] tenham vida" (5:
40) enfrentam a certeza do julgamento divino, como o escritor de Hebreus adverte solenemente: "Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? ... Veja por que você não negamos o que está falando. Porque, se não escaparam aqueles quando rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos escaparemos nós, que se afastam daquele que nos adverte do céu .... Porque o nosso Deus é um fogo consumidor "(He 2:3, He 12:29).
10. De João a Jesus (João
Depois destas coisas, Jesus e seus discípulos para a terra da Judéia, e lá ele foi passar um tempo com eles e batizava. João também estava batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas; e as pessoas foram chegando e foram sendo batizado-de João ainda não tinha sido lançado na prisão. Por isso, surgiu uma discussão por parte dos discípulos de João e um judeu acerca da purificação. E foram ter com João e disseram-lhe: "Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tens dado testemunho, eis que está batizando, e todos vão ter com ele." João respondeu e disse: "Um homem não pode receber nada menos que tenha sido dado a ele do céu. Vós mesmos sois testemunhas de que eu disse: 'Eu não sou o Cristo', mas, 'Eu fui enviado na frente dele." Aquele que tem a esposa é o esposo;. Mas o amigo do noivo, que está presente eo ouve, regozija-se muito com a voz do esposo Então, este meu gozo foi feito completo que ele cresça e que eu diminua Ele.. que vem de cima é sobre todos, aquele que vem da terra é da terra e fala da terra Aquele que vem do céu é sobre todos o que tem visto e ouvido, isso testifica;.. e ninguém aceita o seu . testemunho Aquele que recebeu o seu testemunho, o seu selo a isso, que Deus é verdadeiro Pois aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus;. para Ele dá o Espírito sem medida O Pai ama o Filho e entregou todas as coisas. . nas suas mãos Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece ". (3: 22-36)
Durante séculos, os filhos de Israel vivia sob a aliança onerosa Deus fez com seus pais no Monte Sinai. Para além de ser lei absoluta da justiça de Deus, refletindo a Sua própria natureza santa, continha também as marcas originais de sua identidade nacional como povo escolhido de Deus (Dt
Israel também errou ao assumir que a antiga aliança era o meio para a salvação, quando essa nunca foi a intenção de Deus. Seu propósito era confrontar os pecadores com um reflexo de Sua santidade absoluta, a demanda que eles mantenham a lei perfeitamente, e deixá-los de frente para a sua incapacidade para mantê-lo. Isso iria apontá-los a qualquer juízo divino ou a oportunidade de arrepender-se, confiar Sua graça, e receber o perdão Ele ofereceu, desde na nova aliança (Jr
Cerca de 600 anos antes de o Salvador veio, Deus disse ao Seu povo sobre o novo convênio por meio do profeta Jeremias.
"Eis que vêm dias", declara o Senhor, "quando farei uma nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, e não conforme a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, o meu pacto que eles invalidaram, apesar de eu era um marido para eles ", diz o Senhor. "Mas este é o pacto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias", declara o Senhor, "Eu vou colocar a minha lei no seu interior e no seu coração eu vou escrevê-lo; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Eles não vão ensinar novamente, cada um a seu próximo, e cada um a seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor ', porque todos eles me conhecerão, desde o menor até o maior deles ", diz o Senhor ", pois lhes perdoarei a sua maldade, e seus pecados não me lembrarei mais." (Jer. 31: 31-34)
Em prometendo a salvação no novo pacto, Deus indicou que a antiga aliança nunca poderia ser a última esperança. Assim, o autor de Hebreus explica: "Quando ele disse, um novo pacto," Ele fez o primeiro obsoleto. Mas o que está se tornando obsoleto e envelhece, perto está de desaparecer "(He 8:13).
A antiga aliança tinha uma certa glória inerente a ela. Isaías escreveu: "O Senhor estava satisfeito por Sua causa da justiça para fazer a lei grande e glorioso" (Is
Mas, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar o rosto de Moisés, por causa da glória do seu rosto, desaparecendo como era, como é que o Ministério da o Espírito não conseguem ser ainda mais com a glória? Porque, se o ministério da condenação tinha glória, muito mais é que o ministério da justiça abundam em glória. Porque, na verdade o que tinha glória, neste caso, não tem nenhuma glória por causa da glória que supera-lo. Porque, se aquilo que se desvanecia era glorioso, muito mais é o que permanece em glória. (2 Cor. 3: 7-11)
No entanto, como o apóstolo observou nos versículos
As Escrituras deixam claro que a nova aliança não é apenas uma revisão da idade. Pelo contrário, é algo novo e completamente diferente, porque só ela fornece salvação. Não há salvação em outros convênios mencionados no Antigo Testamento (Noé, Abraão, Priestly, de Davi, ou Mosaic). O escritor de Hebreus enfatizou o seu carácter distintivo, descrevendo-o com a palavra grega kainos , que refere-se a algo novo em espécie, não posterior no tempo (He 8:13).
Como uma demonstração única de divina graça salvadora, a superioridade da nova aliança para o velho se manifesta de várias maneiras. Por exemplo, tem um mediador melhor, o Senhor Jesus Cristo (He 8:6; conforme He 10:4]); é interno, não está escrito em tábuas de pedra (2Co
A transição entre o ministério de João Batista à de Jesus Cristo, que é o tema desta seção (30 conforme v.), Simbolizava a transição do velho para o novo pacto. Seu pai, Zacarias, entendeu o significado da vinda do Messias relação com a nova aliança, como ele deixa claro em sua profecia cheio do Espírito Santo, em Lucas
Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo, e profetizou, dizendo:
"Bendito seja o Senhor Deus de Israel,
Porque Ele nos visitou e realizou a redenção para o seu povo,
E levantou-se um chifre de salvação para nós
Na casa de Davi, seu servil
Como falou pela boca dos seus santos profetas, desde de-Velho
A salvação dos nossos inimigos,
E da mão de todos os que nos odeiam;
Para mostrar misericórdia para com nossos pais,
E lembre-se da sua santa aliança,
O juramento que fez a Abraão, nosso pai,
Para conceder-nos que, a ser resgatado da mão de nossos inimigos,
O servíssemos sem temor,
Em santidade e justiça perante ele, todos os nossos dias.
E você, menino, serás chamado profeta do Altíssimo;
Para você irá adiante do Senhor para preparar os seus caminhos;
Para dar ao seu povo conhecimento da salvação
Até o perdão dos seus pecados,
Por causa da misericórdia do nosso Deus,
Com qual o Sunrise do alto nos visitará,
Para brilhar sobre os que jazem nas trevas e na sombra da morte,
Para guiar os nossos passos no caminho da paz ".
Como sacerdote que conhecia a Escritura, Zacharias entendido o Messias estava vindo para cumprir a promessa da nova aliança. Ele estava dizendo que todas as promessas feitas a Davi (v. 69) e Abraão (v. 73) dependia para o seu cumprimento com a chegada do Messias (vv. 77-79). Toda esta profecia é baseada em textos do Antigo Testamento a respeito da linhagem de Davi, Abraão, e novos convênios (60 por exemplo, Isa:. 1-5, 19-21; 61: 1-2, 10; 62: 11-12).
João Batista foi o último profeta sob a antiga aliança (Lc
No plano soberano de Deus, o ministério de João sobreposta a de Jesus. Se não tivesse, não teria havido nenhum precursor para apontar a nação para o Messias (40 Isa:. 3; conforme Ml
A frase , depois destas coisas indica que os eventos registrados nesta seção seguido (após um intervalo não especificada) os eventos descritos em 2: 13
O propósito de Jesus em Jerusalém, deixando era duplo: passar tempo com seus discípulos, e inaugurando sua pregação que levaram ao seu batismo ministério (embora Jesus não batizou pessoalmente, somente os Seus discípulos; conforme 4: 2). Passar tempo traduz uma forma do verbo diatribō , o que implica que um considerável período de tempo decorrido (conforme seu uso em At
Ao mesmo tempo, João também continuou seu batismo ministério em Enom, perto de Salim. Dois locais foram propostos para esse site, um perto de Siquém, na região montanhosa e outro perto de Beth Shean no vale do rio Jordão. Ambos os sites estavam em Samaria, deixando Judéia para Jesus, enquanto João estava ministrando ao norte. Há água abundante em ambos os locais, de acordo tanto com o significado de Aenon (a aramaico transliterado ou palavra hebraica que significa "molas") e a afirmação de que havia muita água lá. Mesmo quando o ministério de Jesus foi ganhando força, grandes multidões de pessoas foram ainda vindo a João e ser batizado.
A nota entre parênteses que João Batista ainda não tinha sido lançado na prisão faz mais do que afirmar o que é auto-evidente; obviamente, João não estava na prisão, ou ele não poderia ter sido abertamente pregando e batizando. O comunicado informa os leitores que este incidente ocorreu entre a tentação de Jesus e a prisão de João, um período de tempo sobre o qual os evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas) são silenciosos. Os Sinópticos começar a seu relato do ministério público de Jesus na Galiléia, depois que João já está na prisão (Mt
Esta passagem pode ser dividido em duas seções: João Batista e o fim da velha idade, seguido por Jesus e o início da nova era.
João Batista e do Fim do Old Age
Por isso, surgiu uma discussão por parte dos discípulos de João e um judeu acerca da purificação. E foram ter com João e disseram-lhe: "Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tens dado testemunho, eis que está batizando, e todos vão ter com ele." João respondeu e disse: "Um homem não pode receber nada menos que tenha sido dado a ele do céu. Vós mesmos sois testemunhas de que eu disse: 'Eu não sou o Cristo', mas, eu fui enviado na frente dele." Aquele que tem a esposa é o esposo;. Mas o amigo do noivo, que está presente eo ouve, regozija-se muito com a voz do esposo Então, este meu gozo foi feito completo que ele cresça e que eu diminua ".. (3: 25-30)
Em algum momento durante os ministérios simultâneas, mas separadas de João e Jesus surgiu uma discussão entre os discípulos de João e um judeu (o singular "judeu" é a leitura preferida, em vez de os plurais "judeus", como na KJV e NVI ) sobre ritual judaico de purificação (conforme 2: 6). Quer ou não o judeu era um seguidor de Jesus não é clara. A reação dos discípulos de João, no entanto, revela que eles sentiram uma questão mais profunda estava em jogo, ou seja, os méritos relativos do ministério de João batismo em comparação com a de Jesus.
A disputa à tona uma questão que tinha sido, sem dúvida, perturbar os discípulos de João por algum tempo. Durante o período de tempo prolongado (conforme a discussão do v. 22, supra) que João ministrado na proximidade de Jesus, os seguidores de João tinha diminuído gradualmente. Incomodado por de seu mestre a diminuir popularidade (conforme 4: 1), que o seu diferendo com o judeu em destaque, os discípulos de João vieram a João e disseram-lhe: "Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tens dado testemunho, Eis que ele está batizando, e todos vão ter com ele. " Aparentemente sem vontade até mesmo para citar Jesus, os discípulos invejosos de João viu Jesus como um concorrente, que foi ganhando popularidade em detrimento de seu mestre (o seu uso exagerado de todos revela a extensão de seu viés) . Por incrível que pareça, eles também perderam o propósito do ministério de João, que era apontar a nação para o Messias (conforme 1:. 19ss).
Ao contrário de seus seguidores excessivamente zelosos, no entanto, João não foi incomodado no mínimo, por seu declínio popularidade. Apesar de sua influência inicial enorme, ele sempre manteve-se focada no propósito do seu ministério que ele tinha, provavelmente, conhecido desde a infância, para dar testemunho de Cristo (conforme 1:27, 30). Agora, como seu ministério começou a desacelerar, o propósito de João não vacilou. Seu humilde resposta deve ter assustado os seus discípulos: "Um homem não pode receber coisa a menos que tenha sido dado a ele do céu." Desta forma, ele afirmou e abraçou seu papel subordinado como o arauto do Messias. Deus tinha soberanamente lhe concedeu o seu ministério (conforme Rm
João Batista ilustrou seu papel subserviente usando a imagem familiar de um casamento (conforme Mateus
Há boas evidências de que, de acordo com a lei da Mesopotâmia antiga o amigo do noivo foi proibido em qualquer circunstância para se casar com a noiva, mesmo que o noivo a rejeitou (Carson, 212; Homer A. Kent Jr. luz na escuridão: Estudos no Evangelho de João [Grand Rapids: Baker, 1974]., 67; JD Douglas, ed, O Dicionário da Bíblia New [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], sv, "amigo do noivo").Isso explica a indignação de Samson quando sua noiva foi dada ao seu companheiro (Jz. 14: 20-15: 3). Se isso ainda fosse o caso na época de João, sua descrição de si mesmo como o amigo do noivo reforçou o fato de que ele não vê a si mesmo e Jesus como rivais. Trazendo o remanescente fiel de Israel (retratado no Antigo Testamento como a noiva do Senhor; conforme Is. 54: 5-6; 62: 4-5; Jr
20) a Cristo foi o ponto culminante do ministério de João como seu precursor.
Ao contrário de seus discípulos ciumentos, João encontrou grande alegria em phasing out para que o ministério de Jesus poderia receber toda a atenção de Israel. Tendo o levou a noiva, o fiel amigo do noivo ... se alegra muito porque ele ouve a voz do esposo que expressa a alegria da noiva. Então, de João alegria foi feito completo , enquanto observava a multidão deixá-lo para Jesus: "Esta é a alegria que João reivindica para si mesmo, a alegria do amigo do noivo, que trata da união, e essa alegria é atingido no de Cristo de boas-vindas para si a pessoas com quem João preparou para ele e dirigido a Ele "(Marcus Dods," João "em W. Robertson Nicoll, ed. Commentary os expositores 'Bíblia [Reprint; Peabody, Mass .: Hendrickson, 2002], 1: 720).
João resumiu sua visão de si mesmo em relação a Jesus no que talvez seja o mais humilde declaração proferida por ninguém nas Escrituras: que ele cresça e que eu diminua. Leon Morris observa: "Ele não é particularmente fácil neste mundo para reunir seguidores sobre uma para um propósito sério. Mas quando eles estão reunidos é infinitamente mais difícil de destacá-las e firmemente insistem que eles vão atrás do outro. É a medida da grandeza de João que ele fez exatamente isso "( O Evangelho Segundo João, O Novo Comentário Internacional sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 242).
Deve fala da necessidade divina. Foi a vontade de Deus por João para dar lugar a Jesus; não havia nenhuma razão para que as multidões se pendurar em torno do arauto uma vez que o rei tinha chegado.Porque ele entendeu isso, João Batista aceitou alegremente o plano de Deus para o seu ministério.
Jesus eo início da Nova Era
"Aquele que vem de cima é sobre todos, aquele que vem da terra é da terra e fala da terra Aquele que vem do céu é sobre todos O que ele tem visto e ouvido, isso testifica;.. E ninguém .. aceita o seu testemunho Aquele que recebeu o seu testemunho, o seu selo a isso, que Deus é verdadeiro Pois aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, pois Ele dá o Espírito sem medida O Pai ama o Filho e entregou. . todas as coisas em sua mão, quem crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece ". (3: 31-36)
Comentaristas discordam sobre se João Batista continua a falar nestes versos, ou se são um comentário editorial pelo apóstolo João (escritores do primeiro século não usar aspas). Mas já que não há nenhuma indicação no texto de uma ruptura no pensamento ou na continuidade, o melhor é ver esses versos como uma continuação do palavras de João Batista para os seus discípulos. Em seu último discurso gravado neste evangelho, João listou cinco razões para seus discípulos (e, por extensão, todo mundo) para aceitar a supremacia absoluta de Jesus Cristo.
Cristo tinha uma origem divina
"Aquele que vem de cima é sobre todos, aquele que vem da terra é da terra e fala da terra. Aquele que vem do céu é sobre todos." (03:31)
O advérbio Anothen ( de cima ) é a mesma palavra traduzida como "nascido de novo" em 3: 3, 7, onde se reflete a origem divina do novo nascimento. Aqui se refere a Cristo como Aquele "que desceu do céu" (3:13; conforme 06:33, 38, 50-51, 58; 08:42; 13
Em contraste, João Batista declarou-se da terra, da terra, e aquele que fala da terra. Ao contrário kosmos ("mundo"), gē ( terra ) não traz implicações morais negativos; ele apenas se refere aqui para limitações humanas. A pregação de João era ousada, poderosa e persuasiva, mas ele era apenas um "homem enviado de Deus" (1: 6). Jesus, ao contrário, era Deus encarnado (1: 1, 14), e Seu testemunho da verdade era infinitamente maior do que de João (conforme 5: 33-36). Por causa da origem celestial de Jesus, Ele teve que aumentar, enquanto João teve de diminuir.
Cristo sabia a verdade em primeira mão
"O que ele tem visto e ouvido, isso testifica; e ninguém aceita o seu testemunho." (03:32)
Na Antiga Aliança: "Deus ... falou há muito tempo para os pais, pelos profetas" (He 1:1., Mc
Tragicamente, João lamentou, apesar de Jesus poderoso, autoritário proclamação da verdade, ninguém aceita o seu testemunho. Ecoando as palavras de Jesus a esse mesmo efeito (03:11; conforme 05:43; 12:37), declaração hiperbólica de João Batista enfatizou que o mundo em geral rejeita Jesus e seus ensinamentos. O apóstolo João observou que a rejeição no prólogo do seu Evangelho: "[Jesus] era a luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina a todo homem, Ele estava no mundo, eo mundo foi feito por ele, eo mundo fez. O conhecem Ele veio para os Seus, e os que estavam os seus não o receberam "(1: 9-11).. "O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus", escreveu Paulo aos Coríntios, "pois lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1Co
Cristo experimentou o poder do Espírito Santo Sem Limite
"Pois aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, pois Ele dá o Espírito sem medida." (03:34)
Os profetas antigos que falavam de Deus foram levados, com poderes, e inspirado pelo Espírito Santo; O próprio João Batista foi "cheio do Espírito Santo, enquanto ainda no ventre de sua mãe" (Lc
Afirmação da autoridade absoluta de Jesus de João demonstrou sua atitude humilde, mesmo que o seu ministério proclamação desvanecido no fundo. Tendo cumprido a sua missão nesta terra, João percebeu que seu trabalho seria logo terminou. Na verdade, não muito tempo depois, ele foi preso e decapitado por Herodes Antipas, governador da Galiléia (Mt
Mas antes que ele desapareceu de cena, João Batista deu um convite e um aviso de que formar um clímax apropriado, não só para este capítulo, mas também para todo o seu ministério. Como Moisés (Dt
A bendita verdade da salvação é que aquele que crê no Filho tem a vida eterna como uma possessão presente, não apenas como uma esperança no futuro. Jesus disse: "Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida" (5:24 ; conforme 1:12; 3: 15-16; 6:47; I João
Mas, por outro lado, a única que não crê no Filho não verá a vida. A justaposição de crença e desobediência é um lembrete de que o Novo Testamento retrata a crença no evangelho como obediência a Deus, um elemento essencial da fé salvadora (cf . At
Desta forma, João Batista declarou claramente a soberania e supremacia de Jesus Cristo, enfatizando que somente Ele é capaz de salvar pecadores das conseqüências de sua desobediência. E o que João proclamada com os lábios, ele exemplificou com a sua vida, promovendo ativamente o ministério de Jesus, mesmo à custa de sua própria. Assim, o peso do testemunho de João ainda pode ser sentida hoje, como um aviso para os incrédulos, que eles devem se arrepender e seguir a Cristo, e como um exemplo para os crentes, que eles devem buscar a glória do Salvador, em vez de seu próprio.
Barclay
O homem que veio de noite — Jo
Em geral vemos a Jesus rodeado de gente comum, mas neste caso o vemos em contato com um membro da aristocracia de Jerusalém. Sabemos algumas coisas a respeito de Nicodemos.
- Nicodemos deve ter sido rico. Ao Jesus morrer, Nicodemos levou para seu corpo, “cem libras de um composto de mirra e aloés” (Jo
19: ), e só um homem rico pôde ter levado isso.39 - Nicodemos era um fariseu. Em mais de um sentido os fariseus eram a melhor gente de todo o país. Nunca havia mais de seis mil fariseus; compunham o que se conhecia com o nome de chaburah, ou irmandade. Entravam nesta irmandade fazendo um juramento diante de três testemunhas no qual prometiam passar toda sua vida observando cada um dos detalhes da Lei dos escribas.
O que significava isto exatamente? Para o judeu a Lei era a coisa mais sagrada do mundo. A Lei eram os primeiros cinco livros do Antigo Testamento. Criam que a Lei era a mais perfeita palavra de Deus. Acrescentar-lhe ou lhe tirar uma só palavra era um pecado mortal. Agora, se a Lei for a mais completa e perfeita palavra de Deus, isso significa que contém tudo o que um homem necessita para levar uma vida boa. Se não o contiver em forma explícita, deve contê-lo de maneira implícita. Se não está expresso em palavras, deve ser possível deduzi-lo.
Agora, a Lei, tal como está consta de grandes, nobres e amplos princípios que o homem deve elaborar por si mesmo. Mas para os judeus posteriores isto não era suficiente. Diziam: "A Lei é completa; contém todo o necessário para levar uma vida boa; de maneira que na Lei deve haver uma regra e uma regulação para governar todo incidente possível em todo momento possível da vida de todo homem possível". De maneira que se dedicaram a extrair dos grandes princípios da Lei um número infinito de normas e regulamentos para governar toda situação concebível da vida. Em outras palavras, mudaram a Lei dos grandes princípios pelo legalismo de leis e regulamentos laterais.
O melhor exemplo do que faziam se vê na Lei do sábado. A própria Bíblia nos diz simplesmente que devemos lembrar do sábado para santificá-lo, e que esse dia não se deve fazer nenhum trabalho, seja pelos homens, seus serventes ou seus animais. Não contentes com isso, os judeus passaram hora após hora e geração após geração definindo o que era o trabalho e fazendo listas do que se pode e não se pode fazer no dia sábado. O Mishnah é a Lei dos escribas codificada. Os escribas eram os que passavam suas vidas elaborando estas regras e regulamentos. Na Mishnah a seção dedicada ao sábado se estende em não menos de vinte e quatro capítulos. O Talmud é o comentário explicativo sobre a Mishnah, e no Talmud de Jerusalém a seção que explica a Lei do sábado ocupa sessenta e quatro colunas e meia; e no Talmud de Babilônia se estende a cento e cinqüenta e seis fólios duplos. E conta-se que um rabino passou dois anos e meio estudando um só dos vinte e quatro capítulos da Mishnah.
Faziam este tipo de coisas: atar um nó no dia de sábado era trabalhar. Mas precisamos definir o que é um nó. "Estes são os nós que tornam culpado o homem que os faz; o nó de quem conduz camelos e o dos marinheiros; e assim como se é culpado por atá-los, também é faltoso ao desatá-los". Por outro lado, os nós que podiam atar-se e desatar-se com uma só mão eram legais. Mais ainda, uma mulher pode fazer um nó em sua blusa e as cintas de seu chapéu, e as de sua faixa, os cordões dos sapatos ou sandálias, os dos couros para o vinho e o azeite".
Agora vejamos o que sucede. Suponhamos que um homem quisesse baixar um balde num poço para tirar água durante o dia sábado. Não podia lhe atar uma corda, porque fazer um nó em uma corda durante o sábado era ilegal; mas podia atá-lo à faixa de uma mulher e baixá-lo, porque um nó em uma faixa era algo legal. Esse era o tipo de coisas que para os escribas e fariseus eram questões de vida ou morte. Isso era religião; para eles isso era servir e agradar a Deus.
Tomemos o caso de alguém que viajava no sábado. Ex
Tomemos o caso de alguém que carrega um pacote. Jeremias
Os escribas eram os que elaboravam estes regulamentos; e os fariseus eram os que dedicavam suas vidas a obedecê-los. É evidente que, por mais errado que pudesse estar um homem, deve ter sido sincero em extremo se estava disposto a prometer obediência a cada uma das milhares de regras. Isso era exatamente o que os fariseus faziam. O nome fariseu significa o separado; e os fariseus eram aqueles que se separaram de toda a vida comum para poder observar cada detalhe da Lei dos escribas.
Nicodemos era fariseu, e se vê claramente quão surpreendente é que um homem que via assim a bondade e se entregou a esse tipo de vida, convencido de que agradava a Deus, tivesse algum desejo de falar com Jesus.
- Nicodemos era um principal entre os judeus. A palavra é archon. Quer dizer o que era membro do Sinédrio. O Sinédrio era um tribunal de setenta membros e era a suprema corte dos judeus. Claro que, sob os romanos, seus poderes eram mais limitados do que tinham sido antes; mas apesar disso, eram extensos. O Sinédrio exercia particularmente a jurisdição religiosa sobre todos os judeus do mundo; e um de seus deveres era o de examinar e julgar a qualquer de quem se suspeitasse que era um falso profeta. Uma vez mais, resulta evidente que é algo surpreendente que Nicodemos se aproximou de Jesus.
- Pode ser que Nicodemos pertencesse a uma das mais distinguidas famílias judaicas. Já no ano 63 A. C, quando romanos e judeus estavam em guerra, Aristóbulo, o chefe judeu, tinha enviado a um certo Nicodemos como embaixador a Pompeu, o imperador romano. Muito tempo depois, nos espantosos últimos dias de Jerusalém, o homem que negociou a rendição do forte, foi um tal Gorion, filho do Nicomedes ou Nicodemos. Pode ser que ambos pertencessem à mesma família de nosso Nicodemos, e que fosse uma das famílias mais distintas de Jerusalém. Se isto for certo, é surpreendente que este aristocrata judeu se aproximasse desse profeta errante que tinha sido o carpinteiro de Nazaré para lhe falar sobre sua alma.
Era de noite quando Nicodemos se aproximou de Jesus. É provável que houvesse duas razões para que ocorresse dessa maneira.
- Pode ter sido uma medida de precaução. Pode ser que Nicodemos sinceramente não tenha querido comprometer-se e comprometer a seus companheiros do Sinédrio aproximando-se de Jesus à luz do dia. Não devemos condená-lo. O surpreendente é que Nicodemos, com seus antecedentes, aproximou-se de Jesus; era imensamente melhor ir de noite que nunca ir. É um milagre da graça que Nicodemos tenha superado seus preconceitos e sua educação e todo seu conceito da vida para aproximar-se de Jesus.
- Mas pode haver outra razão. Os rabinos afirmavam que o melhor momento para estudar a Lei era de noite, quando nada perturbava os homens. Durante o dia Jesus estava rodeado todo o tempo por uma multidão de gente. Pode ser que Nicodemos se aproximou de Jesus de noite porque queria estar completamente a sós com Ele e sem nenhuma interrupção. Pode ter ido de noite porque queria ter a Jesus para si mesmo em forma tal que lhe tivesse sido impossível durante as ocupadas horas do dia.
Nicodemos era um homem confundido, um homem que desfrutava de todas as honras e que, entretanto, notava que algo lhe faltava. Aproximou-se de Jesus para conversar com Ele durante a noite para que, de algum modo, na escuridão da noite, achasse luz.
O HOMEM QUE VEIO DE NOITE
João
Quando João relata as conversações que Jesus mantinha com seus interrogadores, segue certo esquema. Aqui vemos esse esquema com toda clareza. O interrogador diz algo (versículo 2). Jesus responde com uma declaração que é difícil de entender (versículo 3). O interrogador compreende mal a frase (versículo 4). Jesus responde com uma declaração que é ainda mais difícil de compreender (versículo 5). E logo seguem um discurso e uma explicação. João emprega este método ao relatar-nos as conversações que Jesus mantinha com aqueles que iam perguntar-lhe coisas, a fim de que vejamos homens que pensam as coisas e as descobrem por si mesmos e para que nós façamos o mesmo.
Quando Nicodemos se aproximou de Jesus, disse-lhe que ninguém podia evitar sentir-se impressionado pelos sinais e maravilhas que fazia. A resposta de Jesus é que o que importava verdadeiramente não eram os sinais e maravilhas; o que importava era que na vida interior de um homem se produzisse uma mudança tal que só pudesse considerar-se como um novo nascimento.
Quando Jesus disse que um homem deve nascer de novo, Nicodemos o interpretou mal, e essa interpretação errônea surge do fato de que a palavra traduzida por de novo, a palavra grega anothen, tem três significados diferentes. (1) Pode querer dizer desde o começo, por completo, radicalmente. (2) Pode significar de novo, no sentido de pela segunda vez. (3) Pode significar de acima, e, portanto, de Deus. É-nos impossível expressar estes três significados em uma só palavra; e entretanto, os três estão presentes na frase nascer de novo. Nascer de novo significa experimentar uma mudança tão radical que é como um novo nascimento; é como se à alma acontecesse algo que só pode descrever-se como voltar a nascer de novo por completo; e todo esse processo não é um lucro humano, porque provém da graça e o poder de Deus.
Quando lemos o relato e as palavras de Nicodemos, à primeira vista pareceria ter tomado o termo de novo na segunda acepção, e no mais estrito sentido literal. Como pode um homem —disse— voltar a entrar no ventre de sua mãe e nascer pela segunda vez quando já é velho? Mas há algo mais que isso na resposta do Nicodemos. Em seu coração havia um grande desejo insatisfeito. É como se Nicodemos tivesse dito, com um desejo infinito, ansioso: "Você fala de nascer de novo; fala a respeito desta mudança radical, fundamental, que é tão necessário. Eu sei que é necessário: mas em minha experiência é não menos impossível. Não há nada que queria obter mais que isso; mas é o mesmo que você me dissesse, um homem adulto, que entrasse no ventre de minha mãe e nascesse de novo." Não era o caráter desejável desta mudança o que Nicodemos questionava; isso o sabia muito bem; o que questionava era sua possibilidade. Nicodemos se encontra diante do eterno problema: o problema do homem que quer mudar e que não pode efetuar essa mudança por si mesmo.
Esta frase nascer de novo, esta idéia do renascimento, aparece ao longo de todo o Novo Testamento. Pedro fala do Deus que nos fez renascer a uma viva esperança (1Pe
Agora, de nenhum ponto de vista se trata de uma idéia que fosse estranha a quem a escutasse na época do Novo Testamento. Os judeus sabiam tudo sobre o renascimento. Quando um prosélito se incorporava ao judaísmo, quando um homem de outra fé se tornava judeu, uma vez que fosse aceito dentro do judaísmo, mediante a oração, o sacrifício e o batismo, considerava-se que tinha renascido. "Um prosélito que abraça o judaísmo", diziam os rabinos, "é como um menino recém-nascido". A mudança era tão radical que desapareciam todos os pecados que tinha cometido antes de sua recepção, visto que agora era outra pessoa. Até se sustentava, em um nível teórico, que esse homem podia casar-se com sua própria mãe ou irmã porque era uma pessoa completamente nova e todas as relações anteriores ficavam destruídas.
O judeu conhecia a idéia do renascimento. O grego conhecia a idéia do renascimento e a conhecia muito bem. A manifestação religiosa mais autêntica dos gregos nesta época eram as religiões dos mistérios. Todas as religiões dos mistérios se apoiavam no relato de algum deus que sofria, morria e ressuscitava. Este relato era representado como uma peça de teatro da paixão. O iniciado tinha que passar por um longo curso de preparação, instrução, ascetismo e jejum. Logo se representava o drama com música voluptuosa, um ritual maravilhoso, incenso e tudo o que pudesse exercer alguma influência sobre os sentidos. À medida que avançava a representação, o objetivo do adorador era fazer-se um com o deus, identificar-se com ele, de maneira tal que pudesse passar por todos os sofrimentos do deus e pudesse compartilhar sua vitória e sua vida divina. As religiões dos mistérios ofereciam uma união mística com algum deus. Quando se alcançava essa união, o iniciado era, segundo a linguagem dos mistérios um nascido de novo. Os mistérios fechados contavam entre suas crenças fundamentais: "Não pode haver salvação sem regeneração". Apuleyo, que passou pelo rito de iniciação, disse que tinha experimentado uma "morte voluntária", e que assim alcançou seu "nascimento espiritual" e era como se "tivesse renascido".
Muitas das iniciações dos mistérios se celebravam à meia-noite quando o dia morre e volta a nascer. Na Frígia, depois da iniciação, alimentava-se o iniciado com leite como se fosse um menino recém— nascido. O mundo antigo conhecia muito bem o renascimento e a regeneração. Desejava-o e o buscava em todas as partes. A mais famosa das cerimônias dos mistérios era o taurabolium. O candidato ficava em um poço. Sobre a boca do poço ficava uma tampa gradeada. Sobre esta tampa se matava um touro, degolando-o. O sangue caía e o iniciado levantava a cabeça e se banhava no sangue: lavava-se em sangue; e quando saía do poço era um renatus ad aeternum, renascido para toda a eternidade. Quando o cristianismo veio ao mundo com uma mensagem de renascimento, trazia justamente o que todo mundo estava procurando.
O que significa, então, este renascimento para nós? No Novo Testamento, e em especial no quarto Evangelho, há quatro idéias muito relacionadas entre si. Existe a idéia do renascimento; existe a idéia do Reino de Deus, ao qual o homem não pode entrar a menos que tenha renascido; existe a idéia de ser filhos de Deus: e existe a idéia da vida eterna. Esta idéia de renascer não é privativa do pensamento do quarto Evangelho. Em Mateus temos a mesma verdade fundamental expressa em forma mais simples e vivida: “Se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mt
NASCIDO DE NOVO
João
Comecemos com a idéia do Reino de Deus. O que significa o Reino de Deus? A melhor definição nós a encontramos no Pai Nosso. Há duas petições, uma junto à outra:
Venha o teu reino;
Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu.
Agora, é próprio do estilo judeu repetir as coisas duas vezes, e a segunda forma de dizer uma coisa explica, amplia, repete de maneira distinta o que foi dito primeiro. Qualquer versículo dos Salmos nos mostra este costume judaico que se conhece com o nome técnico de paralelismo:
O SENHOR dos exércitos está conosco;
o Deus de Jacó é o nosso refúgio (Sl
Porque eu conheço minhas transgressões,
E o meu pecado está sempre diante de mim (Sl
Ele me faz repousar em pastos verdejantes.
Leva-me para junto das águas de descanso (Sl
Agora apliquemos esse principio a estas duas petições do Pai Nosso; a segunda petição amplia, explica, desenvolve a primeira; logo chegamos à definição: O Reino de Deus é uma sociedade onde a vontade de Deus se cumpre com tanta perfeição na terra como o é no céu. Portanto, estar no Reino dos céus significa levar uma vida em que submetemos tudo, completa e voluntariamente, à vontade de Deus. Significa ter chegado a um ponto em que aceitamos a vontade de Deus total, completa e perfeitamente.
Agora vamos à idéia de ser filhos de Deus. Em um sentido, ser filhos de Deus é um enorme privilégio. Àqueles que crêem lhes dá o poder de se tornarem filhos (Jo
Vejamos agora a idéia da vida eterna. A idéia central que está por trás da vida eterna não é a de duração. É muito evidente que uma vida que durasse para sempre poderia ser tanto um céu como um inferno. A idéia que está por trás da vida eterna é a de uma certa qualidade, um tipo determinado de vida. Que tipo de vida? Só há uma pessoa a quem se pode descrever com justiça com o adjetivo eterno (aionios) e essa única pessoa é Deus. A vida eterna é o tipo de vida que Deus vive; é a vida de Deus. Penetrar na vida eterna significa entrar em posse desse tipo de vida que é a vida de Deus. Significa elevar-se por cima das coisas meramente humanas, temporários, passageiras, fugazes, para essa alegria e essa paz que pertencem unicamente a Deus. E é evidente que um homem só pode alcançar esta comunhão e relação íntima com Deus quando lhe entrega esse amor, essa reverência, essa devoção, essa obediência que o põem verdadeiramente em comunhão com Deus.
De maneira que aqui temos três grandes concepções que estão relacionadas entre si: a concepção da entrada ao Reino de Deus, a concepção do caráter de filhos de Deus e a concepção da vida eterna. E todas dependem e resultam da aceitação e a obediência perfeitas à vontade de Deus. É justamente aqui onde aparece a idéia de renascer. O que une estas três concepções é a idéia do renascimento. É indubitável que, tal como somos e com nossas próprias forças, somos incapazes de oferecer esta obediência perfeita a Deus; só quando a graça de Deus nos invade e toma posse de nós e nos muda é que podemos brindar a Deus a reverência e a devoção que devemos lhe oferecer. Jesus Cristo é quem pode operar a mudança em nós; através dele é como renascemos; quando Ele toma posse de nossos coração e de nossa vida se produz a mudança.
Quando isso acontece nascemos da água e do Espírito. Aqui há dois pensamentos. A água é o símbolo da purificação. Quando Jesus toma posse de nossa vida, quando o amamos com todo o coração, os pecados passados são perdoados e esquecidos. O Espírito é o símbolo do poder. Quando Jesus toma posse de nossa vida não se trata somente de que se esqueça e perdoe o passado; se isso fosse tudo, poderíamos voltar outra vez a arruinar nossa vida; mas entra neste vida um poder novo que nos permite ser o que jamais poderíamos ser por nossos próprios meios, e fazer o que não poderíamos fazer por nós mesmos. A água e o Espírito simbolizam o poder purificador e fortalecedor de Cristo, que poda o passado e nos concede a vitória no futuro.
Por último, João nesta passagem estabelece uma lei fundamental. O que nasce da carne é carne e o que nasce do Espírito é Espírito. O homem por si mesmo é carne, e com seu poder está limitado ao que pode fazer a carne. Por si mesmo não pode sentir-se mais que vencido e frustrado; isso nós sabemos muito bem; é o fato universal da experiência humana. Mas a própria essência do Espírito é o poder e a vida que estão além de todo poder e vida humanos; e quando o Espírito se apodera de nós faz o que só ele pode fazer e a vida vencida da natureza humana se transforma na vida triunfante de Deus.
Voltar a nascer significa mudar de tal maneira que só pode descrever-se como um renascimento e uma recriação. A mudança se produz quando amamos a Cristo e lhe damos entrada em nossos corações. Nesse momento nos perdoa o passado e nos prepara para o futuro. A partir de então podemos aceitar autenticamente a vontade de
Deus. E então nos convertemos em cidadãos do Reino; nos tornamos filhos de Deus; entramos na vida eterna, que é a própria vida de Deus.
O DEVER DE SABER E O DIREITO DE FALAR
Há dois tipos de incompreensão. Existe a incompreensão do homem que não compreende porque ainda não chegou ao nível de conhecimento e experiência em que pode compreender a verdade. E há a incapacidade genuína para entender, incapacidade que é o resultado inevitável da falta de conhecimento. Quando um homem está neste estado é nosso dever lhe explicar as coisas de tal maneira que seja capaz de compreender o conhecimento que lhe oferece. Mas há uma incapacidade para compreender que obedece ao não querer fazê-lo; há uma incapacidade de ver que provém da negativa de ver.
Um homem pode fechar voluntariamente sua mente a alguma verdade que não deseja ver; pode ser resistente a propósito a um ensino que não quer aceitar. Nicodemos pertencia a este tipo de homens. O ensino a respeito de um novo nascimento proveniente de Deus não devia lhe parecer estranho.
Ezequiel, por exemplo, falou muitas vezes sobre o novo coração que deve criar-se no homem. “Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós coração novo e espírito novo; pois, por que morreríeis, ó casa de Israel?” (Ez
Alguém que não deseja renascer, interpretará mal, voluntariamente, o que significa o renascimento. Alguém que não deseja mudar fechará seus olhos, sua mente e seu coração ao poder que pode mudá-lo. Em última instância, o que acontece com a maioria de nós é que, quando
Jesus vem com seu oferecimento de nos mudar e recriar-nos, se fôssemos honestos, responderíamos: "Não, obrigado; estou muito satisfeito comigo mesmo tal qual sou, e não quero que me mudem".
Mas Nicodemos encontrou outra defesa. Disse, em efeito: "Este renascimento ao qual te referes talvez seja possível, mas não posso compreender como acontece, e o que ocorre depois". A resposta de Jesus se explica pelos dois significados da palavra grega pneuma, que se traduz por espírito. Pneuma é a palavra que significa espírito, mas também se emprega para designar o vento. O mesmo acontece com a palavra hebréia ruach; também significa espírito e vento.
De maneira que Jesus disse a Nicodemos: "Você pode ouvir, ver e sentir o vento (pneuma); mas não você sabe de onde vem nem para onde vai; você pode não entender como e por que sopra o vento; mas você pode ver o que ele faz. Você pode não compreender de onde veio um furacão e para onde vai, mas você pode ver a seqüela de campos arrasados e de árvores caídas que deixa para trás. Há muitas coisas sobre o vento que possivelmente você não entenda; mas todos podemos ver o efeito do vento. Da mesma maneira", prosseguiu Jesus, "o Espírito (pneuma) é exatamente igual. Você pode não saber como trabalha o Espírito; mas você pode ver seu efeito nas vidas dos homens". Jesus disse: "Não estamos falando de uma questão acadêmica, teórica. Estamos falando de coisas que conhecemos e que vimos. Podemos apontar um homem após outro que foi recriado, que renasceu pelo poder, pelo efeito e pela obra do Espírito".
O Dr. John Hutton estava acostumado a falar de um operário que tinha sido um ébrio consuetudinário e se converteu. Seus colegas de trabalho fizeram todo o possível por fazê-lo sentir como um tolo. Sem dúvida, diziam-lhe, "você não pode crer em milagres e coisas por estilo. Certamente você não crê, por exemplo, que Jesus converteu a água em vinho". "Não sei", respondeu o homem, "se converteu à água em vinho quando estava na Palestina, mas o que sim sei é que em minha própria casa Ele converteu a cerveja em móveis".
Há neste mundo quantidade de coisas que usamos todos os dias sem saber como funcionam. Muito poucos entre nós sabem como funciona a eletricidade, a rádio ou o televisor; mas nem por isso negamos sua existência. Muitos de nós dirigimos um carro com um mínimo de conhecimentos a respeito do que ocorre debaixo do capô; mas nossa falta de conhecimento não nos impede de usar e gozar dos benefícios que nos proporciona o carro. Podemos não compreender como trabalha o Espírito; mas qualquer um pode comprovar o efeito do Espírito na vida dos homens; e o único argumento incontestável do cristianismo é uma vida cristã. Nenhum homem pode negar uma religião, uma fé e um poder que podem converter homens maus em justos.
De maneira que Jesus disse a Nicodemos: "Procurei simplificar as coisas para você; empreguei imagens humanas singelas, tiradas da vida cotidiana; e você não compreendeu. Como pode você compreender as coisas mais profundas, se até as mais singelas estão fora de seu alcance?"
Aqui há uma advertência para cada um de nós É fácil sentar-se em grupos de discussão, sentar-se em uma biblioteca e ler livros, é fácil discutir a verdade intelectual do cristianismo; mas o essencial é experimentar o poder do cristianismo. E é fatalmente fácil começar pelo extremo equivocado. É tragicamente fácil ver o cristianismo como algo que se deve discutir e não como algo que é necessário experimentar. Sem dúvida é importante ter uma compreensão intelectual dos pontos gerais da verdade cristã; mas é muito mais importante ter uma experiência vital, viva, do poder de Jesus Cristo.
Quando um homem segue um tratamento indicado por um médico, quando tem que operar-se, quando lhe dá algum remédio, não precisa conhecer a anatomia do corpo humano, o efeito científico da anestesia, a forma em que opera a droga em seu corpo para curá-lo. Noventa e nove por cento dos homens aceitam a cura sem ser capazes de dizer como aconteceu. Em um sentido, o cristianismo também é assim. No coração do cristianismo há um mistério, mas não é o mistério da compreensão intelectual; é o mistério da redenção.
Ao ler o quarto Evangelho se apresenta uma dificuldade. É a dificuldade de discernir quando terminam as palavras de Jesus e quando começam as do autor. João pensou nas palavras de Jesus durante tanto tempo que, em forma insensível, passa delas a seus próprios pensamentos sobre essas palavras. É quase certo que as últimas palavras desta passagem pertencem a João. É como se alguém perguntasse: "Tudo isto que Jesus está dizendo pode ser certo ou não; mas que direito tem de dizê-lo? Que garantia temos de que seja certo?" A resposta de João é simples e profunda. "Jesus", diz, "baixou do céu para nos dizer a verdade de Deus. E, quando viveu com os homens e morreu por eles, voltou para sua glória". João sustentava que o direito que Jesus tinha de falar provinha do fato de que conhecia pessoalmente a Deus, que Jesus tinha vindo diretamente do oculto do céu à Terra, que o que dizia aos homens era literalmente a verdade divina. O direito de Jesus de falar vem diretamente do que Jesus foi e é: a mente de Deus encarnada.
O CRISTO LEVANTADO
Aqui João se remonta a uma curiosa história do Antigo Testamento que relatada em Números
De maneira que João tomou essa velha história e a usou como tipo, como profecia e como uma espécie de parábola a respeito de Jesus. Diz: "A serpente foi levantada; os homens a olharam; e seus pensamentos se dirigiram a Deus; e, mediante o poder desse Deus em quem confiavam, foram curados. Assim Cristo deve ser levantar; e quando os homens dirijam seus pensamentos para Ele e creiam nele, eles também encontrarão a vida eterna e a salvação".
Há algo maravilhosamente sugestivo nisto. O verbo levantar ou elevar é hupsoun. O estranho a respeito desta palavra é que é usada em dois sentidos a respeito de Jesus. É usada quando se fala de que foi elevado à cruz. E é usada quando se diz que no momento de sua ascensão ao céu foi elevado à glória. É usada com referência à cruz em Jo
Nesta passagem temos duas expressões cujos significados devemos analisar. Não podemos extrair todo o significado que encerram porque ambas significam mais do que jamais poderemos descobrir; mas devemos tentar compreender ao menos uma parte do que significam.
- A primeira frase é a que fala de crer em Jesus. O que significa essa frase? Quer dizer pelo menos três coisas.
- Significa crer de todo o nosso coração que Deus é como Jesus disse que era. Significa crer que Deus nos ama, crer que se importa conosco, crer que não há nada que Deus deseje mais que nos perdoar, crer que Deus é amor. Para um judeu não resultava fácil crer nisso.
O judeu via Deus fundamentalmente como um Deus que impunha suas leis sobre seu povo e que os castigava se as desobedeciam. O judeu via Deus como o Juiz e o homem como o réu no tribunal de Deus. O judeu via Deus como um ser exigente. Tratava-se de um Deus que exigia sacrifícios e ofertas. Para ter acesso à presença de Deus, o homem devia pagar o preço estipulado por Ele. Era difícil pensar em Deus, não como um juiz que estava esperando impor um castigo, nem como um capataz à espreita, mas sim como um Pai cujo desejo mais íntimo era obter que seus filhos errantes voltassem para seu seio. Custou a vida e morte de Jesus dizer isso aos homens. E não podemos nem sequer começar a ser cristãos se não cremos nisso de todo o coração.
- Jesus disse isso, mas que direito tinha para dizê-lo? Como podemos estar certos de que sabia do que estava falando? Que garantia temos de que essa maravilhosa boa nova é verdade? Soa muito bonito para ser verdade. Que prova temos de que é verdade? Aqui chegamos ao segundo articulo de fé. Devemos acreditar que em Jesus está a mente de Deus, Devemos crer que Jesus conhecia tão bem a Deus, que estava tão perto de Deus, que era até tal ponto um com Deus, que podia nos dizer a verdade absoluta sobre seu Pai. Devemos ter certeza de que Jesus sabia do que estava falando, e que disse a verdade sobre Deus, porque a mente de Deus estava nele.
- Mas a crença tem um terceiro elemento. Cremos que Deus é um Pai amante. Cremos que isto é verdade porque cremos que Jesus não é outro que Aquele a quem unicamente se pode chamar Filho de Deus, e que portanto o que diz a respeito de Deus é verdade. Então intervém este terceiro elemento. Devemos apostar tudo no fato de que o que Jesus diz é verdade. Seja o que disser, devemos fazê-lo; quando ordena algo, devemos obedecer. Quando nos diz que nos entreguemos sem reservas à misericórdia de Deus, devemos fazê-lo. No que se refere à ação, devemos tomar a Jesus ao pé da letra. Até a mais ínfima ação da vida deve ser realizada em obediência indisputável a Jesus. De maneira que a crença consta destes três elementos: crença em que Deus é o pai amoroso, a crença em que Jesus é o Filho de Deus e que portanto diz a verdade a respeito de Deus e da vida, obediência indisputável e sem hesitações a Jesus, uma vida vivida na certeza de que o que Jesus diz é verdade.
- A segunda frase importante é vida eterna. Já vimos que a vida eterna é a vida do próprio Deus. Mas nos perguntemos: se temos a vida eterna, o que é o que temos em nosso poder? Ter a vida eterna muda todas as relações da vida. Todas as relações da vida se vêem envoltas em paz.
- Dá-nos paz com Deus. Já não trememos diante de um rei tirânico nem buscamos nos esconder de um juiz severo. Sentimo-nos cômodos com nosso Pai.
- Dá-nos paz com os homens. Se fomos perdoados, devemos perdoar. Permite-nos ver os homens como Deus os vê. Converte-nos e a todos os homens em uma grande família unida no amor.
- Dá-nos paz com a vida. Se Deus for Pai, está reunindo todas as coisas para o bem. Lessing acostumava dizer que se pudesse formular uma só pergunta à Esfinge, que sabe tudo, seria: "É este um universo amigável?" Quando crêem que Deus é Pai, também crêem que a mão de um pai jamais causará uma lágrima desnecessária a seu filho. Possivelmente não consigamos compreender melhor a vida, mas já não estaremos ressentidos.
- Proporciona-nos paz conosco mesmos. Em última instância, um homem teme mais a si que a qualquer outra coisa. Conhece sua própria debilidade; conhece a força de suas tentações; conhece suas tarefas e as exigências da vida. Mas agora sabe que enfrenta tudo isto junto a Deus. Não é ele quem vive, mas sim é Cristo quem vive nele. Há em sua vida uma paz apoiada na fortaleza.
- Dá-lhe a segurança de que a maior das alegrias da Terra não é mais que um adiantamento da alegria que virá; que a paz mais profunda que existe sobre a Terra não é mais que uma sombra da paz última que virá. Dá-lhe uma esperança, uma meta, um fim, para o qual se dirige. Dá-lhe uma vida de glorioso assombro na Terra e, entretanto, ao mesmo tempo, uma vida em que o melhor ainda está por chegar.
O AMOR DE DEUS
Todos os grandes homens tiveram seus textos favoritos; mas este texto foi denominado "O texto de todos". Aqui está, para todos os corações simples, a própria essência do evangelho.
Este texto nos diz certas coisas muito importantes.
(1) Diz-nos que a origem e a iniciativa de toda salvação se encontram em Deus. Às vezes se apresenta o cristianismo de maneira tal que pareceria que tem que apaziguar a Deus, como se tivéssemos que convencê-lo a perdoar. Em algumas ocasiões os homens falam como se quisessem pintar uma imagem de um Deus severo, iracundo, que não perdoa, legalista; e um Jesus amoroso, gentil, que perdoa tudo. Às vezes alguns apresentam a mensagem cristã de tal maneira que soa como se Jesus tivesse feito algo que mudou a atitude de Deus para com os homens, da condenação ao perdão. Mas este texto nos diz que tudo começou em Deus. Foi Deus quem enviou a seu Filho, e o enviou porque amava os homens. Por trás de todas tas coisas está o amor de Deus.
- Diz-nos que a essência do ser de Deus é o amor. É fácil pensar que Deus olha os homens em sua desobediência e rebeldia e diz: "Vou destroçá-los, humilhá-los, flagelá-los, discipliná-los, castigá-los e os açoitarei até que retornem."
É fácil pensar que Deus procura a submissão dos homens para satisfazer seu desejo de poder, ou seu desejo do que poderiamos chamar um universo completamente submisso. Mas o tremendo deste texto é que mostra a Deus agindo, não para seu próprio benefício, e sim para o nosso. Deus não agiu para satisfazer seu desejo de poder. Não agiu para criar um universo submisso. Ele o fez para satisfazer seu amor. Deus não é como um monarca absoluto que trata cada homem como um súdito ao que se deve reduzir a uma abjeta obediência. Deus é o Pai que não pode sentir-se feliz enquanto seus filhos extraviados não tenham voltado para casa. Deus não submete os homens pela força; suspira por eles e os conquista apaixonando-os.
- Fala-nos da amplitude do amor de Deus. O que Deus amou tanto foi o mundo. Não se tratava de um país nem da gente boa; não eram somente aqueles que o amavam, mas o mundo. Os que não eram amados e os não amáveis; os solitários que não têm a ninguém que os ame; o homem que ama a Deus e o que jamais pensa nele; o homem que descansa no amor de Deus e o homem que zomba dele: todos estão incluídos neste vasto amor inclusivo, o amor de Deus. Como disse Agostinho: "Deus ama cada um de nós como se não houvesse nenhum outro a quem amar".
AMOR E JUÍZO
Aqui nos deparamos com um dos aparentes paradoxos do quarto Evangelho: a paradoxo do amor e o juízo. Acabamos de pensar no amor de Deus, e de repente nos deparamos com o juízo, a condenação e a convicção. João acaba de dizer que foi porque Deus amou tanto o mundo que enviou seu Filho a esse mundo. Mais adiante mostrará a Jesus dizendo: “Eu vim a este mundo para juízo” (Jo
Como podem as duas coisas ser verdade?
É possível oferecer a um homem uma experiência que só consta de amor, e que essa experiência resulte em juízo. É possível oferecer a um homem uma experiência cujo único objetivo é produzir alegria e bem— estar, e entretanto, que essa experiência se torne em juízo e condenação.
Suponhamos que amamos a música séria; suponhamos que nos aproximamos mais a Deus no trovejar de uma grande sinfonia que em qualquer outra circunstância. Suponhamos que temos um amigo que não sabe nada a respeito dessa música. Suponhamos que queremos introduzir este amigo nessa experiência fundamental; queremos compartilhá-la com ele; queremos oferecer-lhe este contato com a beleza invisível que nós experimentamos. Nosso único fim é dar a esse amigo a felicidade de uma experiência nova. Levamo-lo a um concerto onde se executa uma sinfonia; e em pouco tempo começa a mover-se e a olhar a seu redor, dando sinais de uma absoluta falta de interesse e, além disso, de aborrecimento. Esse amigo emitiu um juízo sobre si mesmo; não tem nenhuma musicalidade na alma. A experiência que estava destinada a produzir-lhe uma felicidade nova se converteu em um juízo. Isto sempre acontece quando pomos um homem diante da grandeza.
Podemos levar alguém a ver uma obra de arte; podemos levá-lo a ouvir um príncipe dos pregadores; podemos dar-lhe um livro que é um alimento espiritual; podemos levá-lo a contemplar alguma beleza. Sua reação é um juízo. Se não vê nenhuma beleza e não experimenta nenhuma emoção, sabemos que tem um ponto cego em sua alma.
Conta-se que um empregado estava mostrando uma galeria de arte a um visitante. Nessa galeria havia algumas obras de arte que estavam além de qualquer preço, obras de beleza eterna e de gênio indisputável. No fim da visita, o visitante disse: "Bom, suas velhas pinturas não merecem que eu dê uma opinião muito alta". O empregado respondeu com calma: "Senhor, queria lembrar-lhe que estes quadros já não estão em tela de juízo, mas sim o estão os que os olham". Tudo o que tinha feito a reação do homem era demonstrar sua própria lamentável cegueira.
O mesmo ocorre com Jesus. Se, quando um homem se depara com Jesus, sua alma se eleva como em um torvelinho a essa maravilha e beleza, está no caminho da salvação. Mas se ao defrontar-se com Jesus não vê nada belo, está condenado. Sua reação o condenou. Deus enviou a Jesus com amor. Enviou-o para a salvação desse homem. Mas não é Deus quem condenou a esse homem; ele se condenou a si mesmo.
O homem que reage frente Jesus de maneira hostil, preferiu as trevas à luz. O que resulta terrível em uma pessoa realmente boa é que sempre tem em seu interior algum elemento inconsciente de condenação. Quando nos defrontamos com Jesus nos vemos tal qual somos.
Alcibíades, o gênio malcriado de Atenas, era companheiro do Sócrates, mas de vez em quando costumava reprová-lo: "Sócrates, eu o odeio, porque cada vez que o encontro, faz-me ver o que sou". O homem que embarcou em uma tarefa má não quer que se derrame luz sobre essa tarefa nem sobre si mesmo. Mas o homem que está comprometido em algo honorável não se preocupa nem teme a luz.
Conta-se que uma vez um arquiteto se aproximou de Platão e se ofereceu para construir uma casa, por uma determinada soma de dinheiro, e em nenhuma das habitações seria possível ver. Platão lhe disse: "Eu lhe darei o dobro de dinheiro para que construa uma casa em cujas habitações todos possam ver". Só quem age mal não quer ver-se a si mesmo, nem quer que nenhum outro o veja. Esse tipo de homem odiará inevitavelmente a Jesus Cristo, porque Cristo lhe mostrará o que é, e isso é a última coisa que quer ver. O que ama é a escuridão que oculta, não a luz que revela.
Através de sua reação frente Cristo, o homem se revela. Sua reação ante o Jesus Cristo deixa sua alma ao descoberto. S olhe a Cristo com amor, até com ansiedade, há esperanças, mas se não ver nada formoso em Cristo, condenou-se a si mesmo. Aquele que foi enviado em amor se converteu para ele em juízo.
UM HOMEM SEM INVEJA
Já vimos que parte do propósito do autor do quarto Evangelho era assegurar-se de que João Batista recebesse o seu lugar exato como precursor de Jesus, mas não um lugar que fosse além disso. Havia ainda aqueles que estavam dispostos a chamar João de mestre e senhor; o autor do quarto Evangelho quer mostrar que João ocupava um lugar elevado, mas que o lugar superior estava reservado só para Jesus. E também quer mostrar que o próprio João jamais alimentou nenhuma outra idéia senão a de que Jesus ocupava o lugar supremo. É por isso que o autor do quarto Evangelho nos mostra a superposição do ministério de João e o de Jesus. Os Evangelhos sinóticos são diferentes: Mc
Há algo que é indubitável: esta passagem nos mostra a beleza da humildade de João Batista Era evidente que o povo estava abandonando a João para seguir a Jesus. Os discípulos de João se sentiam preocupados com este fato. Não lhes agradava ver seu mestre sentar-se no último assento e ocupar um segundo lugar. Não lhes agradava ver que ficava abandonado, enquanto as multidões foram ver e ouvir o novo mestre.
Para João teria sido fácil, em resposta a suas queixas, sentir-se ferido, abandonado e injustamente esquecido. Em algumas ocasiões, a compaixão de um amigo pode ser o pior que nos pode acontecer. Pode nos fazer sentir pena de nós mesmos e nos estimular a crer que não nos tratou com justiça. Mas João estava acima disso. Disse três coisas a seus discípulos.
- Disse-lhes que jamais tinha esperado outra coisa. Disse-lhes que, de fato, tinha-lhes assegurado que ele não ocupava a primeira posição mas sim o tinha enviado como um mero arauto, alguém que anuncia, o precursor e preparador do caminho para o maior que havia que vir. A vida seria muito mais fácil se houvesse mais gente disposta a desempenhar o papel secundário e subordinado.
Há tanta gente que procura coisas importantes para fazer... João não era assim. Sabia muito bem que Deus lhe tinha atribuído um lugar secundário e uma tarefa subordinada. Nos evitaríamos muitos ressentimentos e desgostos se nos déssemos conta de que há certas coisas que não são para nós, e se aceitássemos de todo coração, e fizéssemos com todas nossas forças, a tarefa que Deus nos atribuiu.
Fazer uma tarefa secundária para Deus, converte-a em uma grande tarefa. Como o expressou Mrs. Browning: "Todo serviço tem o mesmo valor para Deus". Qualquer trabalho feito para Deus é, necessariamente, um grande trabalho.
- Disse-lhes que ninguém pode receber mais que o que Deus lhe deu. Se o novo mestre estava ganhando mais discípulos e seguidores não era porque os estivesse roubando de João, mas sim porque Deus os estava dando a ele.
Havia um ministro americano chamado Spence; em uma época foi popular e sua Igreja estava sempre cheia, mas à medida que os anos passavam povo gente começou a ir embora. Tinha chegado um novo ministro à Igreja da frente, que atraía multidões. Uma tarde houve uma reunião muito pequena na 1greja do Dr. Spence. O ministro olhou a seu pequeno rebanho. "Onde foram todas as pessoas?" perguntou. Houve um silêncio embaraçoso; depois um de seus auxiliares disse: "Creio que foram à Igreja da frente para ouvir o novo pastor". O Dr. novo ficou em silencio durante um momento; depois sorriu. "Bom", disse, "então creio que devemos segui-los". E desceu do púlpito e conduziu os seus paroquianos à outra Igreja.
Quantas invejas, quantas desgostos, quanto ressentimento poderíamos evitar se nos limitássemos a recordar que o êxito de nosso próximo é dado por Deus, e se aceitássemos o veredicto e a escolha de Deus.
- Por último, João emprega uma imagem muito viva que qualquer judeu podia reconhecer, porque pertencia à tradição do pensamento judaico. Jesus chamou-se a si mesmo o marido e o amigo do marido. Uma das grandes imagens do Antigo Testamento é a representação de Israel como a noiva de Deus, e de Deus como o noivo de Israel. A união entre Deus e Israel era algo tão íntimo que só podia ser comparado a um casamento. Quando Israel seguia a deuses estranhos era como se fosse culpado de infidelidade ao vínculo conjugal (Ex
34: , Dt15 31: ; Sl16 73: ; Is27 54: ). O Novo Testamento retomou esta imagem e se referiu à Igreja como a Esposa de Cristo (2Co5 11: ; Efésios2 5: ). Esta era a imagem que João tinha em mente. Jesus viera de Deus; era o Filho de Deus; Israel era sua esposa legítima, e ele era o marido de Israel.22-32
Mas João exigiu para si mesmo um lugar, o lugar de amigo do marido. O amigo do marido, o shoshben, ocupava um lugar de privilégio em uma festa de bodas judaica. Atuava como vínculo entre a esposa e o marido; organizava as bodas; repartia os convites; presidia na festa de bodas. Unia os maridos. E tinha um dever especial. Tinha a obrigação de cuidar o dormitório conjugal e não permitir a entrada de nenhum amante falso. Só abriria a porta quando ouvisse a voz do marido na escuridão e a reconhecesse. Quando ouvia a voz do marido se sentia contente e o deixava entrar, e ia embora feliz porque tinha cumprido sua tarefa e os amantes estavam juntos. Não invejava sentia inveja da esposa nem do marido. Sabia que sua única tarefa tinha sido a de uni-los. E uma vez que tinha completo a tarefa se retirava voluntariamente e com alegria. A tarefa de João foi a de unir a Jesus e Israel; arranjar o casamento entre Cristo, o marido, e Israel, a esposa. Cumprida a tarefa, sentia-se feliz de desaparecer na escuridão porque tinha feito sua obra. Não foi com inveja que disse que Jesus devia crescer e ele devia minguar; disse-o com alegria. Seria bom que algumas vezes lembrássemos que não devemos atrair às pessoas para nós, mas para Jesus Cristo. Não procuramos a lealdade dos homens para nós, e sim para Ele.
AQUELE QUE VEM DO CÉU
Como já vimos, uma das dificuldades com que nos encontramos no quarto Evangelho é saber distinguir quando falam os protagonistas e quando adiciona João seu próprio comentário. Estes versículos podem ser palavras pronunciadas por João Batista, mas é mais provável que. trate-se do próprio testemunho e comentário de João, o autor do Evangelho.
João começa por afirmar a supremacia de Jesus. Se quisermos uma informação, devemos nos dirigir à pessoa que possui essa informação. Se queremos receber informação a respeito de uma família, só a obteremos de primeira mão se a solicitarmos de um membro dessa família. Se queremos receber informação sobre uma cidade, só a teremos de primeira mão se dirigirmos a alguém que vem dessa cidade. Do mesmo modo, então, se queremos receber informação sobre Deus, só a obteremos do Filho de Deus. E se quisermos informação sobre o céu e a vida que se leva ali, só a obteremos daquele que vem do céu. Quando Jesus fala do céu e das coisas celestiais, diz João, não se trata de uma versão de segunda mão, não é uma informação que provém de uma fonte secundária, nem de um conto ouvido por aí. Diz-nos o que ele mesmo viu e ouviu. Para dizê-lo com a maior simplicidade, porque Jesus é o único que conhece a Deus, é o único que pode nos dizer algo a respeito dele, e o que nos diz é conforme o evangelho.
A dor de João consiste em que há tão poucos que aceitam a mensagem que Jesus trouxe; mas quando um homem o aceita dá testemunho de que crê que a palavra de Deus é verdadeira. No mundo antigo, se um homem queria dar sua aprovação total de um documento, tal como um contrato, um testamento ou uma constituição, punha seu selo no rodapé. O selo era o sinal de que estava de acordo com o conteúdo e era considerado legal, obrigatório e verdadeiro. Do mesmo modo, quando alguém aceita a mensagem de Jesus, afirma, testemunha e concorda que crê que o que Deus diz é verdadeiro.
João continua: podemos crer o que Jesus diz, porque nele Deus derramou o Espírito em toda sua medida, sem regatear nada. Inclusive os judeus diziam que os profetas recebiam de Deus uma certa medida do Espírito. A medida total do Espírito Deus reservava para seu escolhido. Agora, dentro do pensamento hebraico, o Espírito tinha duas funções a cumprir: em primeiro lugar, revelava a verdade de Deus aos homens; e, em segundo lugar, permitia aos homens reconhecer e compreender essa verdade quando a recebiam. De maneira que dizer que o Espírito estava em Jesus era a forma mais completa possível de dizer que conhece e compreende em forma perfeita a verdade de Deus. Para dizê-lo com outras palavras: ouvir a Jesus é ouvir a própria voz de Deus.
Por último, João volta a pôr os homens frente à opção eterna. Essa opção é a vida ou a morte. Esta opção se apresentou ao Israel ao longo de toda a história. Deuteronômio registra as palavras do Moisés: “Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal ... Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” (Deuteronômio
Tem-se dito que toda a vida de um homem se concentra quando chega a uma encruzilhada. Mais uma vez João volta para seu pensamento preferido. O que importa é a reação que o homem tenha frente a Jesus. Se essa reação for o amor e o desejo, esse homem conhecerá a vida. Se for a indiferença e a hostilidade, esse homem conhecerá a morte. Deus lhe ofereceu amor; ao rechaçá-lo, ele se condenou. Não se trata de que Deus tenha feito descer sua ira sobre ele; é que ele atraiu essa ira sobre si.
Notas de Estudos jw.org
Dicionário
Assim
advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.
Como
assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.
Deserto
substantivo masculino Região árida, coberta por um manto de areia, com um índice anual de baixíssima precipitação de água, caracterizada pela escassez de vegetação, dias muito quentes, noites muito frias, e ventos muito fortes.[Biologia] Bioma com essas características, definido pela falta de diversidade de flora e fauna, baixíssimo índice de precipitação de água, calor exagerado, dias quentes e noites frias etc.
Características dos lugares ermos, desabitados, sem pessoas.
Ausência completa de alguma coisa; solidão: minha vida é um deserto de alegria.
adjetivo Que é desabitado: ilha deserta.
Pouco frequentado; vazio: rua deserta.
De caráter solitário; abandonado.
expressão Pregar no deserto. Falar algo para alguém.
Etimologia (origem da palavra deserto). Do latim desertum.
A simples idéia de deserto, significando uma vasta extensão de areia, sem árvores e água, não se deve ligar à palavra, conforme empregada na Bíblia. os israelitas não tinham conhecimento de semelhante deserto, quer nas viagens, quer na sua existência fixa. Nos livros históricos da Bíblia, a palavra ‘deserto’ significa o vale do Jordão, o do mar Morto, e aquela região que fica ao sul do mar Morto. Nestes sítios, nos dias de prosperidade da Palestina, crescia a palmeira, o bálsamo, a cana-de-açúcar, podendo admirar-se ali uma forte e bela vegetação. Nos livros proféticos e poéticos o deserto tem já a significação de território seco pela ação do excessivo calor, ainda que, no livro de Ez
solitário, despovoado, ermo, desabitado. – Dizemos – paragens desertas – para exprimir que estão como abandonadas; e dizemos – paragens ermas – para significar que, além de abandonadas, são paragens sombrias, onde a quietude e o desolamento nos apertam a alma. – Estância solitária é aquela que não é procurada, ou frequentada pelos homens. Pode admitir-se até no meio da cidade uma habitação solitária ou deserta; não – erma, pois que esta palavra sugere ideia de afastamento, desolação. – Despovoado e desabitado dizem propriamente “sem moradores”, sem mais ideia acessória. Quando muito, dizemos que é ou está despovoado o lugar “onde não há povoação”; e desabitado o lugar “que não é habitualmente frequentado”.
ermo, solidão (soidão, soledade), retiro, isolamento (desolamento), recanto, descampado. – Deserto é “o lugar despovoado, sem cultura, como abandonado da ação ou do bulício humano”. – Ermo acrescenta à noção de deserto a ideia de silêncio, tristeza e desolamento. Uma família, uma multidão pode ir viver no deserto; o anacoreta fica no seu ermo. – Solidão é “o lugar afastado do mundo, e onde se pode ficar só, como separado dos outros homens”. – Soidão é forma sincopada de solidão; mas parece acrescentar a esta a ideia de desamparo, do horror que causa o abismo, a solidão temerosa. Entre solidão e soledade há diferença que se não pode esquecer. Antes de tudo, soledade é mais propriamente a qualidade do que está só, do solitário, do que lugar ermo. Tomando-a, no entanto, como lugar ermo, a soledade sugere ideia da tristeza, da pena, da saudade com que se está na solidão. Dizemos, por exemplo – “a soledade da jovem viúva” – (caso em que não se aplicaria solidão, pelo menos nem sempre). – Retiro é “o lugar afastado onde alguém se recolhe e como se refugia do ruído e agitação do mundo”. – Isolamento é o lugar onde se fica separado da coletividade, fora de relações com os outros homens. A mesma diferença que notamos entre solidão e soledade pode assinalar-se entre isolamento e desolamento. No seu isolamento nem sempre se há de alguém sentir desolado (isto é – só, abandonado em sua mágoa); assim como nem sempre no seu desolamento há de estar de todo isolado (isto é – afastado dos outros homens). – Recanto é “o sítio retirado, fora das vistas de todos, longe do movimento geral da estância de que o recanto é uma parte quase oculta e escusa”. – Descampado significa “paragem, mais ou menos extensa, ampla, aberta, despovoada e inculta”. Propriamente só de deserto, solidão e ermo é que pode ser considerado como sinônimo. 350 Rocha Pombo
Deserto Terras extensas e secas, com poucas árvores e pouco capim, onde não mora ninguém. Nessas terras vivem animais ferozes (Jó
Deserto Local pouco habitado, formado por rochas calcáreas e não por areia (Lc
Filho
substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19
[...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1
O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17
[...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39
Os filhos são doces algemas de nossa alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49
Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2
[...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135
[...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38
Filho
1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn
2) Descendente (Ml
4) Membro de um grupo (2Rs
5) Qualidade de uma pessoa (Dt
6) Tratamento carinhoso (1
Homem
Homem1) Qualquer indivíduo pertencente à espécie animal racional (Gn
v. IMAGEM DE DEUS).
2) Os seres humanos; a humanidade (Gn
4) Ser humano na idade adulta (1Co
5) “Velho homem” é a nossa velha natureza humana pecadora (Rm
6) “Homem interior” é o eu mais profundo (Rm
O homem é um pequeno mundo, que tem como diretor o Espírito e como dirigido o corpo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 27
O homem compõe-se de corpo e espírito [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3
H [...] é o filho de suas obras, durante esta vida e depois da morte, nada devendo ao favoritismo: Deus o recompensa pelos esforços e pune pela negligência, isto por tanto tempo quanto nela persistir.
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6
O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, existia unida aos tipos primordiais, às idéias do verdadeiro, do bem e do belo; separa-se deles, encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•
Há no homem três coisas: 1º – o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2º – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3º – o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•
O homem é filho de suas próprias obras; e as diferenças humanas são filhas do uso que cada um faz da sua liberdade.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 18
[...] é uma obra que glorifica seu incompreensível Autor.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2
[...] é, desde o princípio, o Verbo fora de Deus, a sucessão eterna, a mutabilidade sem término.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2
[...] é um ser progressivo e perfectível que sempre girará dentro da instabilidade. [...]
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1
O homem é, essencialmente, um Espírito imortal, que não desaparece, portanto, com a morte orgânica, com o perecimento do corpo físico. [...] O homem é um Espírito, que se utiliza de vários corpos materiais, os corpos físicos, e de um semimaterial, fluídico, o corpo astral ou perispírito, para realizar, em várias etapas, chamadas encarnações, a evolução, a que está sujeito, por sua própria natureza.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2
Sabemos hoje que o homem é um anjo nascente e que séculos correrão sobre séculos antes de finda a empresa de seu apuro.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21
[...] é o homem um ser imortal, evolvendo incessantemente através das gerações de um determinado mundo, e, em seguida, de mundo em mundo, até a perfeição, sem solução de continuidade!
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A progressividade da revelação divina 4
Urge compreendamos que, qualquer que seja a posição em que se achem situados, todos os homens são proletários da evolução e que a diversidade de funções no complexo social é tão indispensável à sua harmonia quanto às variadas finalidades dos órgãos o são ao equilíbrio de nosso organismo.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei de igualdade
Contrariando a Teologia tradicional, a Doutrina Espírita nos ensina (no que, aliás, é apoiada pela Ciência) que o homem surgiu neste mundo, não como H H uma criatura perfeita, que veio a decair depois por obra de Satanás, mas como um ser rude e ignorante, guardando traços fortes de sua passagem pela animalidade. Criado, entretanto, à imagem e semelhança de Deus, possui, latentes, todos os atributos da perfeição, inclusive o Amor, carecendo tão-somente que os desenvolva.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12
[...] cada indivíduo é, espiritualmente, filho de si mesmo, ou melhor, traz, ao nascer, uma bagagem de boas ou más aquisições feitas em outras existências, que lhe constituem o caráter, o modo de ser todo pessoal [...].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 15
Afirma Esquiros que cada um de nós é o autor e por assim dizer o obreiro de seus destinos futuros. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 1
[...] O homem é o universo reduzido. Se cada um pudesse deixar-se narrar, teríamos a mais maravilhosa história do mundo.
Referencia: DELGADO, América• Os funerais da Santa Sé• Pelo Espírito Guerra Junqueiro• Prefácio de Manuel Quintão• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Guerra Junqueiro
O homem possui dois corpos: um de matéria grosseira, que o põe em relação com o mundo físico; outro fluídico, por meio do qual entra em relação com o mundo invisível.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10
[...] O homem é [...] o seu próprio juiz, porque, segundo o uso ou o abuso de sua liberdade, torna-se feliz ou desditoso. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 39
Deus é o Espírito Universal que se exprime e se manifesta na Natureza, da qual o homem é a expressão mais alta.
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9
Todo homem é um espelho particular do Universo e do seu Criador. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -
[...] é a síntese de todas as formas vivas que o precederam, o último elo da longa cadeia de vidas inferiores que se desenrola através dos tempos. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9
[...] a observação dos fatos e a experiência provam que o ser humano não é somente um corpo material dotado de várias propriedades, mas também um ser psíquico, dotado de propriedades diferentes das do organismo animal.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2
Preferimos a definição de Bonald: “O homem é uma inteligência servida por órgãos”. Declaremo-lo: o homem é essencialmente espírito, quer o saiba quer o ignore. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3
[...] Sois constituídos por uma verdadeira multidão de seres grupados e submetidos pela atração plástica da vossa alma pessoal, a qual, do centro do ser, formou o corpo, desde o embrião, e reuniu em torno dele, no respectivo microcosmo, todo um mundo de seres destituídos ainda de consciência da sua individualidade.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 5a narrativa
[...] é mordomo, usufrutuário dos talentos de que se encontra temporariamente investido na condição de H donatário, mas dos quais prestará contas. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17
Os homens são espíritos em provas, como os vês, como os encontras.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20
O homem não deve ser considerado como a máquina para o prazer, mas o ser eterno em contínuo processo de crescimento. O corpo é-lhe instrumento por ele mesmo – o Espírito que o habita – modelado conforme as necessidades que o promovem e libertam. A visão global do ser – Espírito, perispírito e matéria – é a que pode dar sentido à vida humana, facultando o entendimento das leis que a regem.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 16
O grande e superior investimento da Divindade é o homem, na inexorável marcha da ascensão libertadora.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22
[...] o homem é o que pensa, o que faz e deseja.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7
[...] todos somos a soma dos próprios atos, na contabilidade das experiências acumuladas desde priscas eras que não lobrigamos tão cedo conhecer. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1
O homem é, na verdade, a mais alta realização do pensamento divino, na Terra, caminhando para a glória total, mediante as lutas e os sacrifícios do dia-a-dia.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio – solução insolvável
[...] O homem é um projetista de si mesmo com plena liberdade de, assim, autoprojetar-se. [...]
Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2
[...] é o que ele mesmo pode ou quer ser; por isso, o homem é sempre um problema em si mesmo e também encerra em si a solução. [...]
Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2
[...] O homem nasce imperfeito: chega a este mundo trazendo um duplo capital, o de suas faltas anteriores, que lhe cumpre expiar, ou de suas más tendências, que lhe cumpre reprimir; e o das virtudes adquiridas ou de aspirações generosas, que lhe cabe desenvolver. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 21a efusão
Todos os homens são filhos de Deus, todos estão destinados a tornar-se anjos [...].
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 29a efusão
[...] O homem, como dínamo psíquico, a que os complexos celulares se ajustam em obediência às leis que governam a matéria perispiritual, ainda é de compreensão muito difícil.
Referencia: MICHAELUS• Magnetismo Espiritual• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32
[...] o homem é aquilo que pensa. É a força do seu pensamento que modela os seus atos e, por conseguinte, o seu estado de espírito, sua posição evolutiva, e a melhor ou pior situação humana nas vidas que se encadeiam. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 21
[...] o homem é, na essência, um Espírito imortal, cuja experiência e sabedoria se acumulam ao cabo de um rosário imenso de vidas, desde que começam a raiar nele os primeiros clarões da consH H ciência até que alcance os mais elevados graus de conhecimento e moral. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23
[...] Será bom não esquecer que somos essência de Deus [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8
[...] Será necessário que o homem compreenda que, como parcela divina que é, veio ao mundo também para colaborar na obra de aperfeiçoamento do planeta em que vive, e essa colaboração certamente subentenderá auxílio às almas mais frágeis do que a dele, que gravitam ao seu lado nas peripécias da evolução. [...]
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10
[...] somos o resultado das atividades do nosso passado, como hoje plantamos as sementes do nosso futuro.
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3
O homem, regra geral, é um ser milenarmente viciado em atitudes negativas, assimilando, assim, com lamentável freqüência, vibrações tóxicas que o desajustam espiritualmente, da mesma forma que sofre constantes distúrbios digestivos quem não faz uso de alimentação adequada.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Sintonia da atitude
[...] o homem, apesar de sua aparência material, é essencialmente um ser espiritual e, como tal, seu destino não está jungido para sempre à matéria, mas apenas temporariamente.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 37
Cada criatura humana é uma irradiação da Força Divina, independentemente de seu estágio evolutivo. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 7
[...] é um Espírito eterno, continuando sua trajetória após o túmulo e voltando a viver neste mesmo mundo de aprendizado e resgates, onde os papéis individuais podem ser invertidos [...].
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 12
[...] O homem é co-autor dessa entidade misteriosa que é ele mesmo. Nascemos de Deus, fonte inexaurível da vida, e renascemos todos os dias, em nós mesmos, através das transformações por que passamos mediante a influência da auto-educação, cumprindo-se assim aquele célebre imperativo de Jesus: Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2
[...] O homem é obra viva, inteligente e consciente de si própria. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 15
O homem renovado para o bem é a garantia substancial da felicidade humana. [...] O homem, herdeiro do Céu, refletirá sempre a Paternidade Divina, no nível em que se encontra.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Informando o leitor
No mundo assim também é: / O homem, na Humanidade, / É o viajor demandando / As luzes da eternidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O carro
Todos nós somos dínamos viventes, nos mais remotos ângulos da vida, com o infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime. Geramos H raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O homem não é um acidente biológico na Criação. É o herdeiro divino do Pai Compassivo e Todo Sábio que lhe confere no mundo a escola ativa de elevação e aprimoramento para a imortalidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor de si mesmo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] o homem, acima de tudo, é espírito, alma, vibração, e esse espírito, salvo em casos excepcionais, se conserva o mesmo após a morte do corpo, com idênticos defeitos e as mesmas inclinações que o caracterizavam à face do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30
[...] Todos somos, por enquanto, espíritos imperfeitos, nos quadros evolutivos do trabalho que nos compete desenvolver e complementar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4
Cada um de nós é um mundo por si, porque o Criador nos dotou a cada um de características individuais, inconfundíveis.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9
O homem é inquilino da carne, com obrigações naturais de preservação e defesa do patrimônio que temporariamente usufrui.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Saúde
Lembre-se que você mesmo é: o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seusideais,a mais clara demonstração de seusprincípios,o mais alto padrão do ensino superiorque seu espírito abraça,e a mensagem viva das elevadas noçõesque você transmite aos outros.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 29
Expurguemos a mente, apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças, porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12
Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Lugar depois da morte
O homem encarnado na Terra [...] é uma alma eterna usando um corpo perecível, alma que procede de milenários caminhos para a integração com a verdade divina [...]. Somos, todos, atores do drama sublime da evolução universal, através do amor e da dor [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13
Depois da morte física, o que há de mais surpreendente para nós é o reencontro da vida. Aqui [no plano espiritual] aprendemos que o organismo perispirítico que nos condiciona em matéria leve e mais plástica, após o sepulcro, é fruto igualmente do processo evolutivo. Não somos criações milagrosas, destinadas ao H H adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência de milênio a milênio. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3
O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Novo amigo
Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 133
[...] é um anjo decaído, em conseqüência do mau uso que fez de seu livre-arbítrio [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Volta Bocage• Sonetos do Espírito de Manuel Maria de Barbosa du Bocage; com apreciação, comentários e glossário pelo prof• L• C• Porto Carreiro Neto• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
Filhos do Eterno, todos somos cidadãos da eternidade e somente elevamos a nós mesmos, a golpes de esforço e trabalho, na hierarquia das reencarnações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 46
As principais palavras traduzidas por ‘homem’ no A.T. são :
(1). Adam (Gn
(2). ish (Gn
(3). Enosh (Gn
(4). Geber (Êx
(1). Aner (Lc
(2). Anthropos (Mt
substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
Pessoa do sexo masculino.
Esposo, marido, companheiro.
A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.
substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
Pessoa do sexo masculino.
Esposo, marido, companheiro.
A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.
Importar
verbo transitivo direto e intransitivo Trazer algo estrangeiro para o seu país, para o país em que se vive: ele importava perfumes franceses; sua empresa pretendia importar mais.verbo pronominal Ter algo em consideração; dar uma importância excessiva a; considerar: ele se importa com suas contas.
verbo intransitivo Possuir utilidade; ser usado de determinada forma; interessar: importa cumprir as ordens.
verbo transitivo direto e transitivo indireto Obter como efeito ou resultado de; causar: a traição importou a separação; a pobreza importou na tristeza do povo.
verbo transitivo direto Trazer consigo; envolver: a inteligência atrai quando importa um grande conhecimento.
verbo transitivo indireto Alcançar certo valor ou quantia; atingir: as despesas importaram em dez mil reais.
Etimologia (origem da palavra importar). Do latim importare.
Levantado
levantado adj. 1. Que se levantou. 2. Revoltado, sublevado, amotinado. 3. Estróina, doidivanas. 4. Elevado, nobre, sublime.Levantar
verbo transitivo direto e pronominal Pôr ao alto; erguer: levantar uma mesa; levantou-se do sofá.verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Erguer do chão; dar mais altura a; apanhar, hastear: levantar uma casa, uma bandeira; levantou um muro na sala; o carro não se levanta sozinho!
verbo transitivo direto e intransitivo Aumentar a intensidade de; reforçar: levantou a voz; sua voz levantou.
verbo bitransitivo Levar na direção mais alta; elevar: levantar a cabeça para ver melhor.
verbo transitivo direto Expor como uma ideia; sugerir: levantar questões.
Espalhar em várias direções; dispersar: o carro levantou muita poeira.
Incentivar uma rebelião; revoltar: discursos inflamados levantaram o povo.
Reunir em grande quantidade; arrecadar: levantar recursos para a igreja.
Passar a possuir; receber: foi ao banco e levantou vultosa soma.
Dar por findo; encerrar: levantar a sessão.
Elogiar muito algo ou alguém; enaltecer: levantou seus feitos no livro.
Elevar-se nos ares (o avião); voar: levantar voo.
verbo intransitivo Deixar de chover: o tempo levantou.
verbo pronominal Pôr-se de pé; erguer-se; acordar: levanto-me cedo.
Voltar a ter boa saúde: levantei-me depois daquela doença.
Exaltar-se; manifestar-se: a opinião pública facilmente se levanta.
Levantar-se contra alguém; insultar: meu filho se levantou contra mim.
Erguer-se no horizonte: o Sol ainda não se levantou.
verbo transitivo direto predicativo Eleger uma pessoa em detrimento dos demais: Canudos levantou Antônio Conselheiro seu líder.
Etimologia (origem da palavra levantar). Do latim levantare, "erguer".
Moisés
substantivo masculino Espécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa.Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas.
Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.
Salvo das águas. (Êx
Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.
Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).
O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex
Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm
O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt
A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.
A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb
Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex
Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt
A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex
Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt
O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!
Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex
Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num
36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex
3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob
Moisés Levita da casa de Amram (Ex
A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.
O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt
J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...
Seja
seja conj. Usa-se repetidamente, como alternativa, e equivale a ou: Seja um seja outro. Interj. Denota consentimento e significa de acordo!, faça-se!, vá!Serpente
substantivo feminino Réptil da ordem dos ofídios; cobra. (Conhecem-se mais de 2.000 espécies de serpentes, muitas das quais são venenosas como a víbora, a cascavel, a coral, a jararacuçu etc.).Figurado Pessoa pérfida e traiçoeira; víbora: esta mulher é uma serpente.
Coisa má ou que produz males: a serpente do ódio.
A serpente infernal ou maldita, o diabo.
Língua de serpente, pessoa que fala mal dos outros.
Têm sido encontradas umas trinta espécies de serpentes na Palestina, muitas das quais são altamente venenosas. Pela primeira vez é a serpente mencionada em Gn
Serpente
1) Cobra, especialmente a venenosa (Ex
v. ÁSPIDE e DRAGÃO).
2) Figuradamente, Satanás (Ap
Serpente Réptil, símbolo da maldade (Mt
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
δεῖ
(G1163)
terceira pessoa do singular presente ativo de 1210; TDNT - 2:21,140; v
- é necessário, há necessidade de, convém, é correto e próprio
- necessidade encontrada na natureza do caso
- necessidade provocada pelas circunstâncias ou pela conduta de outros em relação a nós
- necessidade com referência ao que é requerido para atingir algum fim
- uma necessidade de lei e mandamento, de dever, justiça
- necessidade estabelecida pelo conselho e decreto de Deus, especialmente por aquele propósito seu que se relaciona com a salvação dos homens pela intervenção de Cristo e que é revelado nas profecias do Antigo Testamento
- relativo ao que Cristo teve que finalmente sofrer, seus sofrimentos, morte, ressurreição, ascensão
ἐν
(G1722)
ἔρημος
(G2048)
afinidade incerta; TDNT - 2:657,255; adjetivo
- solitário, abandonado, desolado, desabitado
- usado para lugares
- deserto, ermo
- lugares desertos, regiões solitárias
- uma região não cultivada, própria para pastagem
- usado para pessoas
- abandonada pelos outros
- privada do cuidado e da proteção de outros, especialmente de amigos, conhecidos, parentes
- privado
- de um rebanho abandonado pelo pastor
- de uma mulher repudiada pelo seu marido, de quem o próprio marido se afasta
καθώς
(G2531)
καί
(G2532)
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
- e, também, até mesmo, realmente, mas
Μωσεύς
(G3475)
de origem hebraica 4872
Moisés = “o que foi tirado”
- legislador do povo judaico e num certo sentido o fundador da religião judaica. Ele escreveu os primeiros cinco livros da Bíblia, comumente mencionados como os livros de Moisés.
ὁ
(G3588)
que inclue o feminino
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
- este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
οὕτω
(G3779)
de 3778; adv
- deste modo, assim, desta maneira
ὄφις
(G3789)
provavelmente de 3700 (da idéia de acuidade de visão); TDNT - 5:566,748; n m
cobra, serpente
entre os antigos, a serpente era um emblema de astúcia e sabedoria. A serpente que enganou Eva era considerada pelos judeus como o Diabo.
ἄνθρωπος
(G444)
de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m
- um ser humano, seja homem ou mulher
- genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
- para distinguir humanos de seres de outra espécie
- de animais e plantas
- de Deus e Cristo
- dos anjos
- com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
- com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
- com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
- com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
- com referência ao sexo, um homem
- de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
- no plural, povo
- associada com outras palavras, ex. homem de negócios
υἱός
(G5207)
aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m
- filho
- raramente usado para filhote de animais
- generalmente usado de descendente humano
- num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
- num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
- os filhos de Israel
- filhos de Abraão
- usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
- aluno
- filho do homem
- termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
- filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
- usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
- filho de Deus
- usado para descrever Adão (Lc 3:38)
- usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
- daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
- no AT, usado dos judeus
- no NT, dos cristãos
- aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
- aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos
ὑψόω
(G5312)
de 5311; TDNT - 8:606,1241; v
- elevar às alturas, exaltar
- metáf.
- elevar ao extremo da opulência e prosperidade
- exaltar, elevar à dignidade, honra e felicidade