Enciclopédia de Romanos 14:17-17

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

rm 14: 17

Versão Versículo
ARA Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
ARC Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
TB Pois o reino de Deus não é comer, nem beber, mas justiça, paz e gozo no Espírito Santo;
BGB οὐ γάρ ἐστιν ἡ βασιλεία τοῦ θεοῦ βρῶσις καὶ πόσις, ἀλλὰ δικαιοσύνη καὶ εἰρήνη καὶ χαρὰ ἐν πνεύματι ἁγίῳ·
BKJ Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
LTT Porque não é o reinar de Deus comida nem bebida, mas é justiça, e paz, e alegria em o Espírito Santo.
BJ2 porquanto o Reino de Deus não consiste em comida e bebida, mas é justiça, paz e alegria no Espírito Santo.
VULG Non est enim regnum Dei esca et potus : sed justitia, et pax, et gaudium in Spiritu Sancto :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Romanos 14:17

Isaías 45:24 De mim se dirá: Deveras no Senhor há justiça e força; até ele virão, mas serão envergonhados todos os que se irritarem contra ele.
Isaías 55:12 Porque, com alegria, saireis e, em paz, sereis guiados; os montes e os outeiros exclamarão de prazer perante a vossa face, e todas as árvores do campo baterão palmas.
Isaías 61:3 a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado.
Jeremias 23:5 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra.
Daniel 2:44 Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre.
Daniel 9:24 Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos.
Mateus 3:2 e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.
Mateus 6:33 Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.
Lucas 14:15 E, ouvindo isso um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe: Bem-aventurado o que comer pão no Reino de Deus!
Lucas 17:20 E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o Reino de Deus, respondeu-lhes e disse: O Reino de Deus não vem com aparência exterior.
João 3:3 Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
João 3:5 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
João 16:33 Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
Atos 9:31 Assim, pois, as igrejas em toda a Judeia, e Galileia, e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo.
Atos 13:52 E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.
Romanos 5:1 Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo;
Romanos 8:6 Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
Romanos 8:15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
Romanos 15:13 Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo.
I Coríntios 1:30 Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção;
I Coríntios 4:20 Porque o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em virtude.
I Coríntios 6:9 Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus?
I Coríntios 8:8 Ora, o manjar não nos faz agradáveis a Deus, porque, se comemos, nada temos de mais, e, se não comemos, nada nos falta.
II Coríntios 5:21 Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.
Gálatas 5:22 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Filipenses 2:1 Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões,
Filipenses 3:3 Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne.
Filipenses 3:9 e seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus, pela fé;
Filipenses 4:4 Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos.
Filipenses 4:7 E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
Colossenses 1:11 corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória, em toda a paciência e longanimidade, com gozo,
Colossenses 2:16 Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados,
I Tessalonicenses 1:6 E vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo,
I Tessalonicenses 2:12 para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória.
Hebreus 13:9 Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, porque bom é que o coração se fortifique com graça e não com manjares, que de nada aproveitaram aos que a eles se entregaram.
I Pedro 1:8 ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso,
II Pedro 1:1 Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo:

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Romanos Capítulo 14 do versículo 1 até o 23
D. O AMOR CRISTÃO E AS DIFERENÇAS DE OPINIÃO, Rm 14:1-15.13

O parágrafo final da seção anterior parece concluir a seção ética da Epístola. Knox observa que, embora diferente em forma e conteúdo, esta passagem é idêntica, em fun-ção, à exortação que conclui o Sermão da Montanha, tanto em Mateus 7:24-29 quanto em Lucas 6:46-49. Portanto, temos em Rm 14:1-15.13 algo como um pós-escrito relacionado à ética de Paulo."

É costumeiro encarar este apelo pela unidade entre a diversidade de opiniões religi-osas como sendo dirigido a uma situação específica que existia na igreja romana, mas os esforços para identificar a seita ou o grupo que criou este problema não tiveram sucesso.

A princípio, o homem que está enfermo na
1) parece ser um judeu convertido que ainda não se libertou dos escrúpulos da lei Mosaica. Mas o fato de ele ser um vegeta-riano, (2) um homem que não come carne nem bebe vinho (21), aponta para os essênios, que ficaram conhecidos por serem vegetarianos e abstêmios. Mas também é possível que o irmão enfermo seja um gentio recentemente convertido da idolatria, que se recusa a comer carne porque aquela que ele consegue comprar nos mercados foi previamente consagrada às divindades pagãs. Paulo dedica três capítulos da primeira Epístola aos Coríntios a este problema 1Co 8:10).

Estas exortações, portanto, não podem ser motivadas por alguma informação que Paulo tivesse sobre alguma situação especial na igreja romana. Ao contrário, como todo o resto da seção ética, elas podem ser instruções gerais motivadas por problemas com que Paulo teve que lidar em outros lugares. Knox destaca que em Corinto, onde o apóstolo estava na época em que escreveu a Epístola aos Romanos," ele tinha visto a unidade e a harmonia da igreja serem ameaçadas por duas forças: as diversidades de dons e as diferenças de opiniões religiosas. Ele nos lembra que Romanos 12:3-8 corresponde a I Coríntios 12:14, onde Paulo lidou com o primeiro destes problemas, ao passo que Romanos 12:9-21 pode ser comparado a I Coríntios 13. Além disso, esta seção traz uma notável semelhança com I Coríntios 8:10. "Assim, descobrimos que duas das maiores fontes da desordem em Corinto são consideradas na discussão ex-pressa na Epístola aos Romanos, e são consideradas em relação a uma discussão do amor que traz muitas semelhanças com o tratamento daquele mesmo tema, naquela mesma conexão, na carta aos Coríntios"." Knox opina que a inferência que devemos extrair é a de que Paulo trata destes temas na Epístola aos Romanos por causa das dificuldades que ele teve em Corinto, e não por causa de algum conhecimento específi-co que ele possa ter tido sobre a igreja em Roma.

Esta inferência encontra apoio adicional no fato de que o tratamento destes temas é mais geral na Epístola aos Romanos do que nas Epístolas aos Coríntios. Em I Coríntios fica claro que o assunto em relação aos dons espirituais é específico sobre o falar em línguas, ao passo que o texto em Romanos 12:3-8 apresenta uma discussão mais genera-lizada sobre os dons. E com respeito aos fracos, embora na primeira carta aos Coríntios a preocupação de Paulo seja basicamente com aqueles que têm escrúpulos em comer a carne oferecida aos ídolos, a referência na Epístola aos Romanos, como já vimos, é mais geral e difusa."

1. O forte e o fraco (Rm 14:1-12)

Paulo começa com uma ordem abrupta: Quanto ao que está enfermo na fé (ton de asthenounta te piste), recebei-o (1). "Aquele que é fraco na fé, é aquele que não entende que a salvação é pela fé do princípio até o fim, e que aquela fé é garanti-da pela sua própria perfeição e intensidade, não por tímidos escrúpulos de consciên-cia"." Apesar disso, os romanos deveriam receber (proslambanesthe) este crente te-meroso em uma completa comunhão cristã. O verbo é freqüentemente usado a res-peito da graciosa aceitação dos homens por parte de Deus: se Deus recebe este ho-mem hesitante, nós devemos fazer o mesmo. Godet destaca que o emprego que Paulo faz da partícula asthenounta, em lugar do adjetivo que significa fraco (asthene) indi-ca alguém que é momentaneamente fraco, mas que pode tornar-se forte.' Dentro da igreja ele pode chegar a uma compreensão mais adequada do evangelho, e assim passar a desfrutar a "completa certeza da fé" (cf. Hb 10:19-23).

O irmão enfermo deve ser recebido, mas não em contendas sobre dúvidas (me eis diakriseis dialogismon). A frase em grego quer dizer "não fazer julgamentos sobre os seus pensamentos"." Ele não pode ser interpelado sobre as suas opiniões; as discussões só iriam fixar mais essas opiniões na mente desta pessoa. Ele deve crescer e ultrapassar as suas idéias limitadas, e, enquanto isto, não deve ser criticado nem censurado, mas sim amado (cf. 1 Tes 5.14).

O apóstolo prossegue descrevendo as duas classes às quais ele está se referindo. Um crê (pisteuei, tem fé) que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legu-mes (2; lachana esthiei, "come somente legumes", RSV). Sanday e Headlam entendem que Paulo está escrevendo de maneira geral. "Por um lado, ele toma o homem de fé espiritualmente forte, que compreendeu o pleno significado do cristianismo, e, por outro, aquele que é, como seria normalmente admitido, excessivamente escrupuloso, e, portan-to, adequado como um exemplo de qualquer tipo de escrúpulos que possa existir em relação à comida"."

Então Paulo atribui palavras adequadas a cada grupo. O que come não despreze que não come; e o que não come não julgue o que come; porque Deus o rece-beu por seu (3). O homem que tem conhecimento é propenso a desprezar o seu irmão escrupuloso, ao passo que a tentação do homem excessivamente consciente é a de julgar homem que não acompanha os seus escrúpulos. Paulo recorda, a este último homem, que Deus recebeu o seu irmão. Por meio de Cristo, Deus Pai o admitiu à sua graça sem lhe impor regras minuciosas e exatas. O irmão, portanto, não deve ser criticado nem censurado por práticas negligentes que Deus não exigiu.

A força da censura que se segue mostra que Paulo, com todo o seu amor e a sua consideração pelos fracos, estava alerta para a sempre presente tendência que a pessoa muito consciente tem de passar dos escrúpulos a respeito da sua própria conduta ao farisaísmo sem amor em relação à conduta dos demais. Quem és tu que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai (4). "Quem é você para constituir-se como um juiz ou senhor de um irmão? Você não sabe que ele responde a Deus, e não a você?" (Cf. 1 Co 4:3-5). Mas ele estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar (cf. Fp 1:6). "Não tenha uma visão tão sombria sobre as chances de salva-ção do seu irmão. A graça de Deus é suficiente para firmá-lo". Paulo está ciente dos perigos da sofisticação espiritual (veja 1 Co 8:1-3; 10.12), mas "ele está confiante de que a liberdade cristã, por meio da graça e do poder de Cristo, experimentará um sucesso moral triunfante".77

O apóstolo agora passa para outro problema essencialmente da mesma natureza — a observância religiosa dos dias. Um faz diferença entre dia e dia (5). Este é um ho-mem que insiste em guardar o sábado judeu, ou talvez os dias de banquete e jejum do judaísmo. Na Epístola aos Gaiatas, Paulo expressou preocupação por estes convertidos que tinham caído em tal legalismo: "Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós que haja eu trabalhado em vão para convosco" (Rm 4:10-11). Como os gálatas tinham começado na liberdade da plena fé cristã (Rm 1:6-3:1-3), Paulo considerava o erro deles uma queda da graça (Rm 5:4). Nesta carta aos romanos, ele simplesmente considera os princípios em que se baseiam tais práticas.

No entanto, aqui há outro homem que julga iguais todos os dias. Isto não quer dizer que um outro trate cada dia como secular, mas pode querer dizer que ele considera todos os dias como sendo sagrados, como dedicados ao serviço a Deus. Na Epístola aos Hebreus, lemos: "Resta ainda um repouso para o povo de Deus. Porque aquele que en-trou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas. Procure-mos, pois, entrar naquele repouso" (4:8-11). Para o cristão que entrar "naquele repouso", todos os dias serão um sábado para Deus. Esta certamente era a atitude de Paulo.

Que solução o apóstolo propõe? Simplesmente esta: Cada um esteja inteiramente seguro em seu próprio ânimo. Ou seja, que cada um decida com base no seu relaci-onamento pessoal com o Senhor. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. O que come para o Senhor come, porque dá graças a Deus (6). O homem escru-puloso que observa o sábado judeu (e/ou qualquer outro dia de banquete ou de jejum no calendário judaico) o faz porque acredita que é isto o que o Senhor exige; aquele que não observa estes dias, não os considera porque ele está convencido de que a morte de Cristo na Cruz cancelou "a lei dos mandamentos contida nos costumes", incluindo a observância do sábado mosaico (Ef 2:11-22; Cl 2:13-17).' Mas tais assuntos ainda são escrúpulos da consciência privada, e cada cristão deve decidir por si mesmo qual é a vontade de Deus para a sua vida em tais assuntos. Por isso, O que come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come para o Senhor não come e dá graças a Deus.

Paulo continua detalhando esta verdade da responsabilidade do crente para com o Senhor: Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Se-nhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi para isto que morreu Cristo e tornou a viver; para ser Senhor tanto dos mortos como dos vivos (7-9). Com base no contexto, é evidente que, quando o apóstolo diz nenhum de nós vive para si, ele não quer dizer (como freqüentemente se supõe) que as nossas ações afetam os nossos companheiros; Ele quer dizer que nós vivemos em relação a Cristo. Tanto a nossa vida quanto a nossa morte são para o Senhor — nada na vida nem na morte nos pode separar dele (cf. Rm 8:35-39), pois pela sua morte e ressurreição Ele se tornou Senhor tanto dos mortos como dos vivos.

Agora Paulo aplica o argumento especificamente às questões que ele está discutin-do. Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo (10; cf. 2 Co 5.10). Somos responsáveis perante Cristo: vamos comparecer diante dele; portanto não existe lugar para julgamentos sem caridade ou uma exclusividade de justiça própria entre os cristãos. O apóstolo apóia esta advertência sobre o caráter universal do julga-mento de Deus ao citar Isaías 45:23. Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus Portanto, concluímos que é a Deus, e não aos homens, que cada um de nós deve prestar contas. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus Observe com que facilidade Paulo passa de Senhor a Deus. O Pai e o Filho esta-vam tão unidos na sua mente que eles são freqüentemente intercambiados. "Deus, ou Cristo, ou Deus através de Cristo, irá julgar o mundo. A nossa vida está em Deus, ou em Cristo, ou com Cristo em Deus. A união do homem com Deus depende da união íntima entre o Pai e o Filho".'

2. Caminhando em Amor (Rm 14:13-23)

A idéia do parágrafo anterior é retomada e resumida: Assim que não nos julgue-mos mais uns aos outros (13). Nem o forte nem o fraco estão em posição de adotar uma atitude superior, de juiz. Todos os sentimentos de crítica e de censura devem ser extirpa-dos. Então Paulo enfatiza ainda mais, usando a palavra julgar em um jogo de palavras: antes, seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo (skandalon) ao irmão. Sanday e Headlam pensam que Paulo derivou a palavra skandalon e toda a idéia contida nesta frase das palavras do nosso Senhor registradas em Mateus 18:6-7 (cf. 1 Co 8:9-13).

É evidente que o apóstolo agora se dirige ao forte. Falando como um homem de conhecimento, ele diz: Eu sei e estou certo, no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda (14). Isto pode querer dizer que Paulo conhecia o ensino de Jesus sobre o assunto (veja Mac 7:14-23). Uma comparação cuidadosa dos ensinos éticos nas suas Epís-tolas revela que o apóstolo estava intimamente familiarizado com os preceitos do nosso Senhor. A expressão no Senhor Jesus (en kyrio lesou), entretanto, pode significar "no Senhor Jesus" (NASB, RSV) no sentido de "como um cristão" (NEB). A afirmação de que nenhuma coisa é de si mesma imunda não deve ser arrancada do seu contexto aqui; Paulo está falando da comida (cf. Atos 10:13-15). Mas ainda é possível encontrar muitas pessoas que considerem imunda alguma espécie de comida; se ela fosse comer isso, se sentiria suja, não porque a comida propriamente dita seja imunda, ou ofensiva a Deus, mas porque o seu ato é uma ofensa contra a sua consciência (cf. v. 23). Para esta pessoa, é imunda; por comer com dúvidas, ela não pode dar graças a Deus (v. 6).

Tendo em mente este último ponto, entendemos a afirmação seguinte de Paulo. Mas (gar, pois), se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas confor-me o amor (15). Como pode este irmão estar triste? Por um lado, a sua consciência excessivamente sensível irá se ferir ao ver que você faz o que ele (embora errado) consi-dera pecaminoso. Mas o verdadeiro dano acontece quando ele é incentivado pelo seu exemplo a fazer o que ele acredita que Deus o proíbe de fazer. Aquele que come com um peso na consciência é um indeciso que está condenado pelas suas dúvidas. Portanto, Paulo adverte: Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. "E, pela tua ciência, perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. Ora, pecando assim contra os irmãos e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo" 1Co 8:11-12). Entristecer ou ofender um irmão, portanto, irá fazer com que ele caia no pecado e talvez venha a perecer sem Cristo.

Os versículos 1:15 mostram "a atitude do cristão em relação ao seu irmão".

1) aceitar as diferenças de opinião, 1-6;

2) evitar a censura, 7-11;

3) evitar ofender, 12-15 (Ralph E arle).
A verdade do versículo 15 é expressa de maneira mais geral no versículo seguinte: Não seja, pois, blasfemado o vosso bem (16). A expressão o vosso bem (hymon ton agathon) é relativamente indefinida, mas em vista do contexto só pode querer dizer "a sua liberdade cristã", "a liberdade de consciência que foi conquistada por Cristo, mas que irá inevitavelmente ganhar um mau nome se for exercida de uma maneira conside-ravelmente sem amor"."

Insistir na nossa liberdade sem considerar os escrúpulos de consciência dos de-mais não somente é falhar no amor cristão, mas também interpretar erroneamente a natureza da experiência cristã. Porque o Reino de Deus não é comida nem bebi-da (brosis kai posis, NASB), mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (17).

"A fé não é a 'fé para comer todas as coisas' (v. 2) ; o privilégio cristão não é o privilégio de ser capaz de comer e beber o que se gosta"." Em vez disso, a fé é aquela relação com Deus que traz "o fruto do Espírito" (cf. Gl 5:22-23). De maneira geral, nas cartas de Paulo a justiça e a paz descrevem uma relação objetiva com Deus, mas aqui a alegria certamente é subjetiva e provavelmente determina o sentido das outras duas palavras. Justiça, portanto, é uma ação justa, e paz é um estado de mente tranqüilo que nasce de uma relação de paz com Deus.

No Espírito Santo os crentes antecipam as bênçãos do futuro reino de Deus (cf. Rm 8:11-23). Para Paulo, o reino de Deus (diferente do atual reino de Cristo) é a herança futura do povo de Deus (cf. 1 Co 6:9-10; 15.50; G15.21; Ef 5:5-1 Tes 2.12; 2 Tes 1,5) ; mas no Espírito Santo as suas bênçãos podem ser desfrutadas aqui e agora.' É esta alegria no Espírito Santo que deveríamos procurar, e não os prazeres de comer e beber.

O versículo 17 nos mostra "O Significado da Verdadeira Religião". Não é um assunto externo — não é comida nem bebida, mas é

1) Justiça, interior e exterior;

2) paz, "com Deus" e "de Deus";

3) alegria, "o eco da vida de Deus dentro de nós" (Ralph Earle).

A próxima sentença vem imediatamente. Porque quem nisto (en touto, nisto; "no princípio implicado por estas virtudes") ' serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens (18). Ou seja, o homem é agradável a Deus se servir a Cristo sendo justo, conciliatório e caridoso em relação aos demais, não insistindo de forma egoísta na sua liberdade cristã (cf. 1 Co 9:1-23). Este homem diz, juntamente com Paulo: "Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos" 1Co 9:19).

Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros (19). "A regra prática implicada aqui é a de que, quando alguma coisa é moralmente indiferente para mim, antes de agir com esta convicção, eu devo perguntar como tal ação irá afetar a paz da igreja e o crescimento cristão dos demais".85 Isto determina o sentido da sentença seguinte. Não destruas por causa da comida a obra de Deus (20), isto é, não o indivíduo cristão (como no versículo 15), mas a igreja como o templo de Deus (cf. 1 Co 3:15-16).

Agora Paulo retorna a um ponto no seu argumento: É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo (cf. v. 14). As duas afirmações são verdadeiras, mas o apóstolo, de repente, passa a dar um conselho específico ao forte: Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece (21).86 O significado é: "Eu preferiria viver como um essênio a fazer alguma coisa que ofendesse o meu irmão".' Isto é disciplinar a minha vida por meio do agape cristão.

Tens tu fé? (no sentido dos versículos 1:6) Tem-na em ti mesmo diante de Deus (22). "A verdadeira fé é uma relação invisível entre o homem e Deus, uma confiança tão completa em Deus, que o homem que a tem sabe que nenhum escrúpulo religioso pode alterar a confiança do seu relacionamento com Deus"." Mas no momento em que tal fé começa a desfilar como uma exibição egoísta de liberdade, ela deixa de ser fé. O apóstolo claramente sanciona a posição do irmão forte, como ele já fez com muito tato neste capí-tulo. "Mas é o homem que está certo da sua liberdade nestas coisas em Cristo, assim como é o homem que tem uma riqueza real ou um aprendizado real, que não faz uma exibição ofensiva"." Isto leva à próxima afirmação: Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Um homem pode "permitir-se" uma indulgência que a sua própria consciência poderá vir a condenar posteriormente. Por esta razão, o crente "forte" deve "tomar cuidado para não cair" 1Co 10:12; cf. Gl 6:1).

Mas (de) aquele que tem dúvidas, se come, está condenado (katakekritai), porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado (23). A condenação que vem para o cristão que age contra os seus escrúpulos não é puramente subjetiva: "Não se trata apenas da sua própria consciência se pronunciar claramente contra ele depois do ato, mas que tal ato leva à condenação de Deus... tudo o que um cristão faz que não pode justificá-lo com base no seu relacionamento com Cristo é pecado... tudo o que um homem não pode fazer, lembrando-se de que pertence a Cristo – tudo o que ele não pode fazer com o tribunal (v. 10), a Cruz (v. 15), e todos os limites e as inspirações presentes na sua mente – é pecado"."

À luz da posição de Paulo (que o identifica com o irmão mais forte, veja Rm 15:1) não devemos concluir que um cristão deva sempre estar escravizado a tais escrúpulos, como temos considerado. A consciência cristã deve se "tornar verdadeira" através da mente de Cristo. Estudar os Evangelhos é se dar conta do fato de que para Jesus os maiores assun-tos da fé e da vida estão na posição oposta de assuntos como tabus de dieta (Mac 7:18-23) ou até mesmo a observância meticulosa do sábado (Mt 12:1-13). Para o nosso Senhor, os "principais temas da lei" têm a ver com o que Deus exige quanto à "justiça, misericórdia e fé" (Mt 23:23). O crente que é "enfermo na fé" deve compreender que a sua salvação é completamente pela graça, por meio da fé (como Paulo argumentou por toda esta Epísto-la). Portanto, ela não depende de uma observância escrupulosa de todos os detalhes da lei. "A exigência justa da lei" é que um homem expresse em todos os seus relacionamen-tos pessoais e sociais o espírito do agape cristão (cf. Rm 13:8-11). A palavra que este homem deve ouvir é a do profeta Miquéias: "Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humil-demente com o teu Deus?" (Mq 6:8) Mas até que estas palavras estejam claramente entendidas, ele deve ser fiel à luz limitada que recebeu.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Romanos Capítulo 14 versículo 17
1Co 8:8; Gl 5:22.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Romanos Capítulo 14 do versículo 1 até o 23
*

14:1

Acolhei ao que é débil na fé. A atitude básica do crente para com um colega cristão deve ser a atitude da boa acolhida e da aceitação, com base na atitude de Deus para conosco, em Cristo (v. 3; 15.7). Deve haver caridade para com os "débeis", cuja consciência continua presa a escrúpulos dos quais o evangelho, normalmente, nos liberta (v. 2).

não, porém, para discutir opiniões. Nesta instância, questões de alimentos, bebidas e observância religiosa de dias. Se Paulo não considerava insolúveis essas controvérsias, ele considerava a unidade da comunhão na igreja como mais importante do que resolvê-las (conforme 12.5,10,16). As questões aqui em vista não faziam parte do evangelho, mas da força ou fraqueza relativas da fé do indivíduo no evangelho. Sempre que princípios essenciais do evangelho estavam em jogo, a reação de Paulo era muito diferente (p.ex., Gl 1:6,7; 3.1-5; Fp 3:2,18,19).

* 14:2

mas o débil come legumes. Um regime vegetariano não era requerido pelo Antigo Testamento, embora apareça ali (p.ex., Dn 1:12).

* 14:3

não despreze... não julgue. A tendência daqueles que compreendem melhor o evangelho consiste em mostrarem-se impacientes com as inibições dos "débeis" à escravidão do legalismo. A tentação dos "débeis" é condenar os "fortes" por um comportamento que parece ser uma licença sem lei. Essas reações equivocadas deveriam ceder diante da luz da graciosa aceitação, da parte de Deus, tanto dos "débeis" quanto dos "fortes". Ademais, um irmão na fé é servo de Deus, e não nosso, e responderá a ele, e não diante de nós. Devemos compreender que as questões nessas disputas possíveis não envolvem questões realmente morais, mas são moralmente indiferentes.

* 14:5

Um faz diferença entre dia e dia. Um padrão de dias santos, que era uma característica do ano judaico, sendo provável que Paulo se referisse aqui a esses dias santos, e não ao sábado. Se o sábado estivesse em vista seria mais natural dizer: "Um considera o sábado acima dos outros dias".

Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente. Ver 4.21.

* 14:6-7

Um apelo àquilo que era compartilhado por ambos os grupos (v. 3), a saber, o desejo de honrar o mesmo Senhor. O fato que pessoas de ambos os grupos pertencem a Cristo põe em perspectiva pequenas diferenças. Ver "O Reino de Deus", em Lc 17:20.

* 14.9-12

Somente Cristo é o Senhor (v. 8) e o Juiz de seu povo (ver "O Julgamento Final", em Mt 25:41). O custo em torno desse privilégio de Cristo foi imenso, e desmascara quão impróprio é que os crentes julguem ou desprezem aos irmãos. Devemos prestar conta de nossas próprias vidas ao Senhor como aqueles que estão sendo julgados, e não como aqueles que julgam.

* 14.13—15.4

Enquanto a própria consciência de Paulo havia sido liberada pelo ensino de Cristo (v. 14; conforme Mc 7:18,19), ele reconhecia que nem todos os crentes tinham chegado a desfrutar dessa libertação. A consideração por tais crentes ("andar segundo o amor", v. 15) significa evitar um comportamento que poderia entristecê-los ou pressioná-los. Duas injunções específicas, quanto a essa questão, seguem-se nos vs. 15 e 16.

* 14:15

Por causa da tua comida, não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu. No contexto da fé judaica, "destruir" significa cortar da comunidade da aliança (Dt 28:21,45,48,51,61,63). Encorajar um comportamento que a consciência do crente débil proíbe é encorajá-los a agirem contra as suas consciências, um ato sério e perigoso.

* 14.16-18

Os crentes fortes são exortados a pesar quão importante é exercitar a sua liberdade cristã em face de duas considerações: (a) o uso dessa liberdade pode trazer divisão e descrédito sobre a igreja; (b) o reino de Deus (e, portanto, a nossa liberdade) não é uma questão de alimentos e bebidas, mas das bênçãos da graça (5.1,2). Visto que a liberdade não consiste nessas coisas, não podemos perdê-la se nos refrearmos delas.

* 14:18

aprovado pelos homens. Ver o v. 16. Enquanto Deus é o nosso único Juiz (v. 12), o impacto de nossos atos sobre outras pessoas desempenha um papel vital na comunhão e no evangelismo.

* 14.19-21

A responsabilidade do crente é agora declarada de modo positivo: evitar a destruição de outros crentes é complementado pela promoção da "paz" e das coisas que "edificam" (v. 19). Quanto aos "fortes" (15.1), isso inclui tanto manter comunhão com os "débeis" como também encorajá-los a compreender a liberdade de que eles gozam em Cristo. Quando esses alvos estão em mira, a liberdade de comer e beber tornar-se-á subserviente para eles; e o bem-estar de um irmão tomará precedência sobre o aprazimento de carne ou vinho.

* 14:22-23

Paulo também exorta os crentes "fortes" (15,1) a desfrutarem do fato de sua liberdade de consciência na presença de Deus (apesar de se restringirem do uso público dessas coisas). Ver "A Consciência e a Lei", em 1Sm 24:7.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Romanos Capítulo 14 do versículo 1 até o 23
C. CHRISTIAN LIBERDADE E DIFERENÇAS (Rm 14:15 ), da liberdade e do amor (13 15:2'>14: 13 15:2 ), e o exemplo de Cristo (15: 3 -13 ).

1. Unidade na Diversidade (14: 1-12 ) . A resposta para a diversidade não está em compromisso. É no amor. A Igreja é forte o suficiente para permitir que muitos elementos da diversidade se apenas as pessoas estão unidos com firmeza suficiente em uma fé que atua pelo amor. Ele que é fraco na fé, acolhei-vos; ainda não para decisão de escrúpulos (ou "não com o objectivo de passar sentença sobre suas dúvidas"). A Igreja não é tanto um display arranjado de espécimes perfeitos, pois é uma casa de fé em que o fraco se torna forte e tudo suportar cargas uns dos outros sob o cuidado providente de um chefe digno.

A coisa mais chocante para alguns é a identidade do fraco irmão. Ele não é o único que está oscilando em sua devoção para os detalhes das interpretações tradicionais da lei. Pelo contrário, é a pessoa escrupulosa que é fraco na fé. Sua própria direito a um lugar na 1greja era suficientemente em dúvida a necessidade de defesa. Sua fraqueza reside no fato de que ele não "entender que a salvação é pela fé do primeiro ao último, e que a fé é garantida por sua própria inteireza e intensidade, não por um escrúpulo timorous de consciência." Ele que é fraco é expressa por um particípio em grego, indicando que a fraqueza é um vacilante em um dado momento e em um caso especial. Algo pode ser feito sobre isso. Portanto, uma palavra forte é usado da recepção- "receber para si mesmo como se precioso." Os cristãos fracos devem ser feitas forte, não para ser exposto à destruição. É claro que pode-se notar que estes são na fé. Apóstata judaísmo e alguns outros judaizantes realizado o seu interesse pelas obras da lei e seus escrúpulos ao ponto de substituir obras para a fé. Paulo deixou claro que estes perderam a salvação e se perdem por causa da incredulidade. Ele não está dizendo para os receber.

Verso 2 ilustra a tolerância mútua que deve existir entre os cristãos de diferentes origens e pontos de vista. Um homem tem fé forte o suficiente para não ser incomodado por pensamentos supersticiosos sobre as divindades pagãs, a quem o açougueiro tinha consagrado a carne antes que ele nunca chegou ao mercado. Para ele, a divindade era um mito e não poderia danificar a carne. Sua forte fé lhe permitiu comer alimentos nutritivos como um dom de Deus e para ser grato. Mas o que é fraco acha que o dano é feito a ele por seus pensamentos e medos sempre que ele come carne do mercado supersticiosas. Para evitar esta perda espiritual que ele renuncia o benefício de carne em sua dieta. Ele come legumes (torna-se um vegetariano), uma vez que ele não está em condições de abate sua própria carne. Ambos agir com convicção e sinceridade. Mas seus atos são diferentes. Qual será a sua atitude para com o outro?

. Deixem eles recebem um ao outro não Aquele que come aviltado [tratar com desprezo, como se estúpido ou prejudicado] o que não come; e não permitas que o que não come julgar (criticar de uma forma de censura) o que come. O fato crucial é queDeus o acolheu. Não sejamos mais exclusivo do que Deus. Para tomar qualquer outra atitude é a de "brincar de Deus". É prerrogativa de Deus para julgar os seus servos. Use de autoridade sobre as consciências dos outros é um grande mal. Obrigação ética é essencialmente entre o indivíduo e Deus. A coisa principal é estar diante de Deus. E, no caso do vegetariano consciencioso como com o comedor de carne igualmente consciente, ele será feito para ficar; pois o Senhor tem poder para fazê-lo ficar (v. Rm 14:4 ).

A segunda ilustração é dada da mesma verdade antes da exortação (v. Rm 14:5 ). Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Mais uma vez o assunto é levantado acima debate. Vamos examinar cada um a sua própria premissa. Que cada um procure a Escritura, pray, observar e pensar. Que cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente e fazer o que ele sente ser a vontade de Deus. Ele, que celebra dias especiais faz isso como um ato de devoção. Aquele que não celebrar dias especiais, se ele é igualmente dedicado, considera todos os 365 dias do ano sagrado de Deus. Certamente ele não leva menos graça e não é menos satisfatória para Deus, se todos os dias são estimados por amor a Ele e não apenas ocasiões especiais. Algumas questões não podem ser resolvidas com base no consenso humano. Eles devem ser tratados como questões de consciência, a alma que testemunha a si mesmo de que se está agindo no melhor conhecimento que ele tem depois de todos os esforços foram feitos para apurar a verdade. Insistir em uniformidade em muitos pontos é exigir um recuo da vida cristã consciente. É claro que toda essa discussão diz respeito a assuntos sobre os quais Deus não falou claramente em Sua Palavra. Nenhuma dessas questões podem ser conscientemente levantadas sobre as questões morais fundamentais que foram esclarecidas no Decálogo, o Sermão da Montanha, ou de qualquer outra declaração clara da Escritura. Quando Deus falou não há outro lado legítimo para a questão.

As questões éticas são basicamente religiosa para os cristãos. São testes de devoção mais de concursos em análise aguda. Homens de ambos os lados das questões discutíveis passar no teste e cumprir o significado religioso real da ética (vv. Rm 14:6-9 ). Aquele que faz caso do dia, atenta para isso ao Senhor: e quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus (v. Rm 14:6 ). Mais fundamental do que a regularidade de uma de conclusões em matéria de não-essenciais é a atitude em relação a Deus. É toda a vida, incluindo o assunto em questão, dedicada a Deus, feito para Sua glória, e com um espírito de gratidão? Se for assim, ter a certeza de o sorriso daquele que olha para o coração. A privacidade e individualidade de consciência não é licença para pecar ou ser mundano. É a liberdade de servir a Deus com reverência e temor.

A qualidade religioso da ética cristã leva, assim, para o conceito fundamental que dá sentido a todo o ensino cristão. É o fato de que Jesus é o Senhor. Nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Nós não pertencemos a nós mesmos. Nós pertencemos a Ele. Esta é a coisa que nos une: o fato de que somos companheiros servos de Cristo, uniformidades não forçados de opinião ou ação. O objetivo de boas ações não é glorificar a auto ou até mesmo para dar auto-satisfação. É para agradar ao Senhor.Porque, se vivemos, vivemos para o Senhor; ou se morremos nós morremos para o Senhor: se vivemos, portanto, ou morramos, somos do Senhor (v. Rm 14:8 ). Este senhorio pode até ser dito ser o propósito da expiação de Cristo. Os benefícios projetados para os homens podem encontrar a sua realização somente em Seu perfeito domínio sobre nós. Porque foi para isto mesmo que Cristo morreu e vive novamente, para que pudesse ser Senhor tanto de mortos como de vivos (v. Rm 14:9 ).

Se há um só Senhor, então há um só juiz. Então, por que julgas teu irmãos ? Pior ainda, por que tu aviltado (menosprezar ou desprezar) , teu irmão ? Ele e vocês dois, e todos nós, comparecerão perante o tribunal de Deus (v. Rm 14:10 ). Nós não fomos convidados a sentar no banco e emitir veredictos. Convicções cristãs estão a viver por-não julgar os outros por. Não pode haver de facto, mais do que certeza de que todos devem comparecer diante de Deus e deve louvar a ele. A Escritura diz so- Está escrito. Deus jurou que é assim, como eu vivo, diz o Senhor. Vai ser universal. Para mim se dobrará todo joelho, e toda língua louvará a Deus. Isso não indica uma salvação universal ou mesmo uma confissão universal "de" Cristo como Senhor e Salvador. Nesse caso, o verbo levaria a accusative. Mas ele faz denotar um reconhecimento das prerrogativas de Deus e uma atribuição (no entanto relutante) de louvor e gratidão a Deus. A certeza sólida que sustenta a unidade que existe em toda a diversidade cristã é o fato de que todos são responsáveis ​​perante o mesmo juiz. Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus (v. Rm 14:12 ).

2. Liberdade e Amor (13 15:2'>14: 13 15:2 ) . Em vez de críticas destrutivas, o cristão deve consideração amorosa ao seu irmão em todas as áreas da vida. Isso pode tendem a limitar sua liberdade. Se assim for, o cristão deve valorizar o bem-estar de seu irmão acima de seu próprio conforto e conveniência, e, certamente, acima de sua própria importância.

O homem tem a capacidade de discernir e um certo prazer no exercício desse poder. Deve esse talento não é utilizado? Não. Basta mudar a direção e motivo para fazê-lo corresponder ao amor. Torná-lo um instrumento de reflexão para os outros. Portanto não nos julguemos mais uns aos mais: mas julgai vós esta vez, que nenhum homem colocou uma pedra de tropeço no caminho de seu irmão, ou uma ocasião de queda (v. Rm 14:13 ). Este é, naturalmente, dirigida ao irmão mais liberal. Quanto mais escrupuloso não pode viver mais livre do que suas convicções sem pecado. Mas a pessoa menos escrupulosa só priva-se de um privilégio se ele vive de forma mais rigorosa do que ele acredita que necessário. Aqui, novamente, o "mais forte" deve suportar o peso do ajuste quando a diversidade é grande demais para ser tolerado, sem prejuízo para os irmãos "mais fracos".

A profunda visão apoia a liberdade do cristão. Coisas em si não pode ser mau ou bom, limpo ou sujo em um sentido moral. Eles são amoral. O valor moral cresce fora de pessoas e está devidamente atribuída a atitudes humanas, escolhas e atos. O mal não está na matéria como Deus a criou. É no uso indevido dispostos do que Deus criou. O mal vem do coração do homem. As coisas são apenas os instrumentos-ferramentas usadas para o bem ou mal. Este fato que fundamenta a liberdade cristã Paulo sabia com grande convicção e lutaria por ele (v. Rm 14:14 ).

Mas Paulo igualmente bem sabia outra verdade. O irmão mais fraco vale mais do que toda a carne no mercado. E para prejudicá-lo é violar amor. Se a nossa liberdade mina sua confiança e faz com que ele cair, nós nos encontramos trabalhando com objetivos contrários Cristo. Cristo morreu por ele. Não devemos destruí-lo. É melhor comer vegetais até somos chamados casa do que para colocar o desejo físico acima de um irmão bem-estar (v. Rm 14:15 ). Não vamos então a sua boa (o que a liberdade cristã permite que você com uma boa consciência) ser mal falado (cair em má reputação que irá destruir tudo o que você está trabalhando para-v. Rm 14:16 ). Thoughtfulness aos outros é a primeira limitação do livre exercício da consciência cristã.

Deve ser feita uma distinção importante. O reino de Deus é de suprema importância. Mas todos os assuntos que são debatidos acerca da conduta no reino não são igualmente importantes. O reino de Deus é muito mais do que comer e beber (v. Rm 14:17 ). Estas são apenas as atividades e áreas em que se expresse a sua mordomia cristã da vida. Por trás dessas coisas encontram-se as realidades que lhes dão significado. O reino de Deus tem a ver com a relação com o Rei. Como já foi visto em toda a epístola, isso reflete-se mais profundamente nas qualidades intensamente pessoais de justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Aquele cuja vida centros em Deus e na imagem de Deus não vai perder muito, uma fatia de carne, se comer legumes irá proteger seus irmãos. Também não se deve ver seu irmão comer um pedaço de presunto perturbar a calma da alma do cristão mais fraco. Que tragédia que as pequenas coisas tornam-se tais pontos de discórdia e destruir o próprio reino que nós procuramos construir! Como Denney diz: "Pode-se servir a Cristo quer comer ou abster-se, mas ninguém pode servir a Ele cujas exposições conduta indiferença para com a justiça, paz e alegria no Espírito Santo ". Porque o que aqui [neste último princípio] serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens (v. Rm 14:18 ). Aqui a religião ea ética se encontram. Deus e homem aprovar os fundamentos, embora os homens parecem nunca chegar a acordo sobre todos os aspectos.

Aqui, novamente, a carga principal recai sobre o forte. O brother "fraco" está vinculado a seus dados e não pode conceder o ponto sem danos à sua consciência. Em seguida, a todos os que têm a força ea liberdade, a advertência é especialmente dirigida,Sigamos depois as coisas que servem para a paz, e as coisas com que possamos edificar um ao outro (v. Rm 14:19 ). Há um forte apoio para o indicativo, "seguimos", que é encontrado em muitos manuscritos. Nesse caso, poderia ser parafraseada: "Nosso objetivo é a paz ea edificação mútua." Isto irá fornecer uma atmosfera para fortalecer os fracos. Em seguida, a fibra moral e espiritual da sociedade será baseada não em esforços humanos, mas na fé em Cristo vivo. No longo prazo, isso irá produzir uma ética muito mais elevado do que o legalismo ea não deve ser derrubado.

A regra do versículo 15 é refletido em 20 e 21 com variações. Liberdade cristã deve ser exercido com uma preocupação amorosa pelos outros e na devida consideração a influência seus atos terão sobre os outros. Para derrubar pelo amor de carne a obra de Deus seria uma negação do senhorio de Cristo e uma violência contra um irmão mais fraco. Para ter certeza, não havia nada de errado com a carne, mas é mau para violar a própria consciência e comer com ofence. Assim, o princípio da influência cristã limita a liberdade cristã: É bom não comer carne, nem beber vinho, nem a fazer qualquer coisa em que teu irmão tropece (v. Rm 14:21 ).

O capítulo termina com uma insistência na integridade. O apelo é para todos. Não sinta pena de si mesmo, se você não encontrar a oportunidade de expressar toda a sua liberdade duramente conquistada. E não invejo quem tem menos escrúpulos. Mas a fé que tens, tem-te a ti mesmo perante Deus. Afinal, a religião é essencialmente uma relação entre o homem e Deus. Nossa primeira obrigação é para agradá-Lo. Feliz é aquele que tem uma consciência limpa diante de Deus- não julga a si mesmo naquilo que ele agrado (v. Rm 14:22 ). Sob nenhuma circunstância se atrevem uma rendição uma boa consciência. Não viole a você mesmo, e abster-se de qualquer ato que incentive um irmão para violar sua. Para aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque ele não come de fé; e tudo o que não é de fé é pecado (v. Rm 14:23 ). Seja qual for a qualidade inerente de sua opinião, nenhum homem pode inocentemente fazer o que ele acredita ser errado. Para tratar a consciência assim destruiria a capacidade muito humano através do qual Deus dirige os crentes. "Para tirar uma liberdade, não de ser clara convicção de que o mesmo seja autorizado por uma de aceitação em Cristo pela fé, mas pela negligência de consciência" é agir não de fé. Este é o pecado. E o pecado traz mais do que um sentimento de culpa. Ela expõe a condenação do próprio Deus.

O tema do capítulo 14 é executado através do segundo versículo do capítulo 15 em sua elucidação de princípios e ao versículo 13 , na sua ilustração e implementação da vida e poder de Cristo.

A seção sobre liberdade e amor termina com uma breve análise do princípio da utilidade, o que também torna-se a introdução do exemplo de amor abnegado de Cristo. A força não é para orgulho ou para a auto-indulgência. É para o serviço. Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos (v. Rm 14:1 ). Paulo aulas-se com a forte e aceita a responsabilidade-the deveria , o imperativo categórico, o moralmente obrigatório obrigação para arcar com o ônus de quaisquer limitações impostas por este amor à liberdade do forte.

Em vez de agradar a si mesmo, cada um, fortes e fracos da mesma forma, é concentrar-se em agradar ao seu próximo-on "acomodar-se às opiniões, desejos, interesses dos outros." Em um sentido sem ressalvas essa meta seria impossível e inconsistente com fidelidade a Cristo. Mas no sentido limitado, é a expressão adequada de amor e gentileza. Nós somos para agradar o vizinho para que o que é bom para edificação (v. Rm 14:2 ). Não é capricho do vizinho ou fantasia que deve ser servido, mas seu final, ele pode ser "construída" em sua vida cristã e do caráter que-vantagem.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Romanos Capítulo 14 do versículo 1 até o 23
Os cristãos são chamados a se separar deste mundo (Jo 15:18 e 17:14); no entanto, ainda têm res-ponsabilidades perante o Estado. O cidadão cristão deve ser o melhor cidadão. Sem dúvida, o crente in-dividual deve usar seus privilégios de cidadão, dados por Deus, a fim de certificar-se de que se elejam os melhores líderes e sejam decreta-das e cumpridas com justiça as me-lhores leis, embora a igreja, como um todo, não deva se envolver em partidos políticos. Estamos aptos a exercer o ministério espiritual em governos pagãos e a ver o que o Espírito pode fazer por intermédio de crentes dedicados, quando ve-mos os exemplos de líderes devo-tos como José, Daniel e Ester. Nes-se capítulo, Paulo apresenta quatro motivos para a obediência ao go-verno humano.

  • Por causa do castigo (13 1:4)
  • Os governantes, mesmo que não sejam cristãos, são as "autoridades superiores" (v. 1). Agradecemos a Deus o fato de o evangelho alcan-çar alguns funcionários do governo como Erasto, tesoureiro da cidade (Rm 16:23) e alguns funcionários de Nero (Fp 4:22). Todavia, devemos reconhecer que mesmo um funcio-nário público não-salvo é ministro de Deus. Temos de respeitar o cargo concedido pelo Senhor, mesmo que não respeitemos a pessoa.

    Os governantes aterrorizam as más pessoas, não as boas, portanto quem leva uma vida cristã sólida não tem o que temer. (Devemos se-guir o princípio de At 5:29 quando o governo opõe-se abertamente a Cristo.) Lembre-se que Deus, após o dilúvio (veja Gn 8:20—9:7), or-denou o governo humano e, até mesmo, a pena capital. O governo, não a igreja, deve segurar a espada. Apenas três organizações terrenas foram instituídas por Deus: a família (Gn 2), a igreja (At 2:0) do Espírito em sua consciência, e a condena-ção deste quando desobedece ao Senhor. Algumas pessoas têm cons-ciência ruim e não confiável. O cris-tão obediente tem uma consciência boa (1Tm 1:5). A desobediência constante e a recusa do testemunho do Espírito corrompem (Tt 1:15), cauterizam (1Tm 4:2) e, por fim, re-jeitam a consciência (1Tm 1:19).

    Paulo adverte-nos acerca de pagarmos os tributos, os impostos (sobre bens materiais) e demonstrar-mos o respeito devido a todos os di-rigentes. Veja 1Pe 2:17ss.

  • Por causa do amor (13 8:10)
  • Paulo aumenta o círculo e inclui também nosso próximo, além dos funcionários do governo. Tenha em mente que a definição de próximo, do Novo Testamento, não diz res-peito à proximidade geográfica ou física. EmLc 10:29, o intérprete da Lei pergunta: "Quem é o meu próximo?". Na parábola do bom samaritano (Lc 10:30-42), Jesus mu-dou a pergunta para: "Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem?". Portanto, a pergunta não é: "Quem é meu próximo?", mas: "Para quem posso ser o próximo para a glória de Cristo?". Essa é uma questão de amor, não de lei — e, aqui, Paulo lida com o amor.

    Ao mesmo tempo que o crente vive sob a lei da terra, também vive, como cidadão do céu, sob uma lei muito mais alta: a lei do amor. Na verdade, o amor cumpre a Lei, pois o amor do coração capacita-nos a obedecer às exigências da Lei. O marido não trabalha o dia inteiro porque a lei determina que sustente sua família, mas porque ama a fa-mília. Não há assassinato, desones-tidade, roubo e outros tipos de ego- ísmos onde há amor.
    Repare que Paulo não diz nada a respeito do sábado. Na verdade, a lei sabática faz parte do código cerimonial judaico e não se aplica aos gentios ou à igreja. As epístolas repetem nove dos dez mandamen-tos que os cristãos devem obedecer, menos o do sábado.

    Muitas vezes, temos dificuldade em amar as pessoas que rejeitam o evangelho e ridicularizam nosso teste-munho cristão, porém esse amor vem do Espírito (Rm 5:5) e alcança-os. "O amor jamais acaba" (1Co 13:8). Ga-nhamos mais pessoas pelo amor que pelos argumentos. O cristão que ca-minha em amor é um cidadão melhor e uma testemunha melhor.

  • Por causa do Salvador (13:11 -14)
  • Nesses versículos, alcançamos o motivo maior: do medo à consciên-cia, e ao amor, e à devoção a Cristo. "Nossa salvação" está mais próxima no sentido de que, hoje, a vinda de Cristo para a igreja está mais pró-xima do que jamais esteve. Paulo refere-se à bênção completa que re-ceberemos com a vinda de Cristo — mesmo o novo corpo e a nova casa — com o termo "salvação".

    O cristão pertence à luz, não às trevas. Ele deve permanecer estimula-do e alerta como os que viram a luz do evangelho (2Co 4:05ss.)

    Aqui, Paulo enumera uma sé-rie de pecados, os quais não de-vem nem ser pronunciados pelos santos. Veja que, com freqüência, as orgias e as "bebedices" andam juntas e acabam em discussão e divisão. Muitos lares foram desfei-tos por causa da bebida! O versí-culo 14 apresenta a dupla respon-sabilidade do cristão: no sentido positivo, nos "revestirmos do Se-nhor Jesus Cristo", isto é, fazer de Cristo nossa vida diária; e no sen-tido negativo, "nada dispor para a carne", isto é, evitar com determi-nação toda tentação que nos leve a pecar. O cristão não pode "pla-nejar pecar". Vance Havner disse que Davi, quando deixou o campo de batalha e retornou a Jerusalém, "fazia arranjos para pecar". Temos obrigação de levar uma vida só-bria, espiritual e pura em vista do breve retorno de Cristo.

    Os últimos dias serão de trans-gressão da lei (veja 2Tm 3:0). Os cristãos dedicados terão di-ficuldade crescente em manter seu testemunho. Os governos se oporão mais ao evangelho e a Cristo, até que, por fim, o homem da iniqüi- dade reunirá o mundo em grande sistema satânico a fim de opor-se à verdade. Para saber o que Deus espera de nós nos últimos dias, leia II Timóteo 3:12-4:5.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Romanos Capítulo 14 do versículo 1 até o 23
    14.1 Paulo era um cristão emancipado tanto do legalismo como da lei. Ele tanto se adaptou com a prática dos crentes judeus, quando em companhia deles; como se adaptou às maneiras gentias quando vivendo entre eles. Mas nem todos compreendiam esta maneira de pensar por falta de instrução ou debilidade de fé. Mesmo assim, todos devem ser acolhidos com amor e carinho, não para debates sobre comida ou observância de dias especiais.
    14.4 O servo alheio (conforme Mt 7:1; Lc 6:37; 1Co 4:0, Mt 5:9-40, Mt 5:12).

    14.21 Ou se ofender. Esta expressão é omitida nos melhores manuscritos. Parece ter sido incluída no texto depois de aparecer na margem como uma explicação da palavra "tropeçar".

    14.22 A fé que tens. Tem o sentido de uma firme e inteligente convicção sobre a inocência de sua prática ou ação. Por outro lado, tudo que for feito na dúvida e sem convicção é pecado (v. 23).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Romanos Capítulo 14 do versículo 1 até o 23

    4) A harmonia na comunidade e convicções pessoais (14.1—15.13)

    Paulo se volta da exortação moral geral para os conselhos acerca de como tratar situações específicas que surgem da diversidade humana. Em nenhum lugar, a sua percepção criteriosa dos problemas de relacionamentos pessoais é mais explanada do que aqui. Cada indivíduo traz consigo um conjunto de convicções formadas de experiências passadas e da influência de outras personalidades sobre a sua. Ele está inclinado a considerar sacrossantas as suas opiniões e formular princípios com base nelas. O desejo de autojusti-ficação pode impeli-lo a olhar com desdém para aqueles que não se encaixam nos seus pontos de vista e a descartá-los como irracionais ou intoleráveis. Até mesmo um grupo de indivíduos com pano de fundo e interesses similares é passível de ser dividido por esse tipo de reação. O perigo está constantemente à espreita na igreja; aí a base da união não é semelhança de interesses nem atração mútua, mas a reação individual à oferta de salvação feita por Deus a pessoas de todos os tipos (1.14). Diferenças insignificantes podem logo ser ampliadas para grandes questões em tais circunstâncias. Para evitar que uma situação dessas se desenvolva, o apóstolo dá conselhos aqui tanto aos críticos quanto aos criticados. Ele parece não ter em mente problemas que assolavam as igrejas romanas, mas parece escrever de outras experiências de problemas em outras comunidades, com o propósito de avisar os romanos sobre os perigos que podem aparecer. Em primeiro lugar, quando um cristão acha que outro está em falta em relação a uma prática não tratada claramente pelas tradições morais passadas à igreja pelos apóstolos (Lv 4.1ss), ele precisa reprimir o seu impulso de interferir e tem de ser tolerante (14:1-12). Em segundo lugar, quando outros acham que um cristão está em falta, o desejo deste deve ser não prejudicá-los; ele deveria estar disposto a fazer concessões, em vez de ser a causa do problema na igreja (14.13—15.6). Em terceiro lugar, Paulo apresenta mais incentivos à unidade (15:7-13).

    v. 1-12. O cristão individual é responsável diante do Senhor somente. Em Corinto, de onde Paulo estava escrevendo, ele teve de tratar a questão de comer carne, e é a essa situação que ele mais provavelmente se refere para ilustrar o seu ensino. Leia ICo 8— 11 acerca do pano de fundo desse problema e de uma discussão mais ampla. O problema surgiu do fato de que o sacrifício de animais no mundo helenístico estava ligado intimamente ao ritualismo religioso, como era no judaísmo (conforme Lv 17). Existia a possibilidade de que um pedaço de carne comprado no mercado tivesse sido consagrado aos deuses pagãos. Alguns cristãos com consciência mais sensível preferiam ser vegetarianos; outros pesavam bem todos os lados da questão e concluíam que não havia nada errado em comer carne. O próprio Paulo concordava completamente com as conclusões do segundo grupo (conforme Cl 2:20ss; aí Paulo não está condenando o direito de um indivíduo seguir a sua consciência, mas a tentativa de constranger um grupo de cristãos a se adequar a ele). Mas o seu coração se dirigiu aos outros com compreensão e compaixão. A mistura de judeus e gentios na mesma igreja apresentava mais um problema. Era um que o apóstolo já tinha encontrado na Galácia (Gl 4:10), mas na forma muito mais aguda de tentar garantir o direito humano à salvação. O judeu-cristão ou o prosélito tinham cultivado o hábito de considerar sagrados alguns dias, como o sábado semanal e o Dia da Expiação anual. Isso estava tão gravado na sua mente que não observá-los seria errado.

    Por outro lado, um ex-pagão poderia desenvolver uma argumentação totalmente convincente para provar que essas práticas já não eram necessárias (conforme Cl 2:16ss).

    Em todas as diferenças de opinião, a reação natural é tentar fazer com que todos pensem como nós — com a própria opinião da pessoa! Paulo condena essa atitude e estabelece orientações para o cristão que pensa que o outro está errado. No homem de consciência sensível demais, o pano de fundo e a constituição psicológica foram combinados para produzir uma reação de aversão ao comportamento que outros cristãos consideram irrepreensível. Um homem desses certamente é fraco e não compreendeu ainda todas as implicações da sua fé. Mas Paulo percebe sabiamente que qualquer tentativa forçada de “educá-lo” resultaria em desastre. Por isso, ele não dá o passo lógico de ordenar a conformidade. Em vez disso, aconselha: deixe o outro homem em paz. O princípio que ele cita é o da responsabilidade pessoal de cada cristão diante do seu Senhor e Mestre. Ele é de Deus, pois Deus o aceitou para comunhão consigo; e assim outros devem aceitá-lo também, e não lhe virar as costas.

    Ele é o servo de Cristo (conforme v. 9) e responsável diante de Cristo. Criticar o irmão por causa de uma diferença de opinião não é nada menos do que usurpar a autoridade soberana de Cristo sobre um irmão cristão; ou seja, o irmão de consciência menos sensível não deve “desprezar” o irmão de consciência sensível demais, e o de consciência sensível demais não deve “julgar” o de consciência menos sensível (conforme v. 10). A comunhão cristã entre irmãos não confere a ninguém o direito de mandar na vida de outra pessoa; somente Cristo pode — e vai — exercer esse direito. Precisamos resistir à tentação de criticar outra pessoa. Em vez disso, cada um deve reexaminar os seus próprios pontos de vista, para ver se estão fundamentados em conveniência egoísta ou benefícios próprios, e, no exercício do discernimento espiritual, precisa chegar à conclusão mais instruída e responsável a que ele consiga chegar, psicologicamente falando. Não importa a conclusão a que chegue, precisa consagrá-la, como também as suas conseqüências, ao Senhor, pois toda a vida deve ser dedicada a ele como um “sacrifício vivo” (12.1). Tudo o que o cristão fizer, precisa ser seu ato pessoal de adoração a Cristo e de gratidão a Deus. Paulo diz em 1Co 6:19: “vocês não são de si mesmos”. A doutrina segundo a qual o Cristo ressurreto é Senhor e Juiz de todos (At 17:31) encontra uma aplicação aqui. Cristo confronta o cristão em cada encruzilhada, na vida e também na morte; o cristão é dele para sempre. Por isso, a tarefa do cristão não é encontrar falhas no comportamento do seu próximo com relação a uma diferença de opinião — esse julgamento inconscientemente tem o efeito de considerar o seu próprio comportamento digno de elogios —, mas deixar o veredicto para Deus, que vai julgar todos os homens no seu “tribunal” (Moffatt) e receber ele mesmo todo o louvor. Conforme 2Co 5:10, em que o tribunal é de Cristo. Paulo diz em 2.16 que Deus julga por meio de Cristo ou delega o julgamento a ele. Paulo alterna facilmente entre Deus e Cristo: há diversos exemplos só nessa passagem. Na citação livre da LXX de Is 45:23, o apóstolo pode bem estar interpretando Senhor com referência a Cristo (conforme Fp 2:10; compare viver com voltou a viver no v. 9 e o contraste entre SenhorDeus no v. 6).

    14.13—15.6. Paulo muda de lado, e agora não aconselha os críticos, mas os criticados. Antes, ele estava se dirigindo tanto aos “fortes” quanto aos “fracos”, mas agora destaca a pessoa de consciência menos sensível em quem o cristão de consciência mais sensível encontra falhas. Dois pontos são ressaltados: (a) a santidade da consciência e (b) a responsabilidade de não impedir o progresso de outro cristão. O ponto de vista considerado pelo apóstolo como “cristão” (NEB) é o da pessoa de consciência menos sensível, de acordo com a linha de ensino do próprio Jesus em Mc 7:14ss, mas ele consegue perceber o problema que o outro lado tem e estimula à compaixão pelos outros. Se os de consciência sensível demais estão errados do ponto de vista objetivo e absoluto, estão subjetivamente certos — e isso é mais importante do que os “fortes” acham. Os “fracos” têm um incômodo na consciência a respeito de tudo que acontece, e a obrigação da pessoa é sempre obedecer à sua consciência, mesmo que outros a considerem um escrúpulo sobre uma ninharia. A no v. 23 é subjetiva: uma “convicção” (NEB) forte acerca do que é certo e é a vontade de Deus para a pessoa. A pessoa tem de respeitar as suas próprias convicções; agir contra uma consciência pesada resulta em pecar contra Deus. “Se estiver em dúvida, não faça” não é somente um princípio sábio a ser seguido, mas um princípio vital em questões de consciência. C. H. Dodd compara de forma útil as palavras atribuídas ao nosso Senhor em um manuscrito de Lc 6:4: “No mesmo dia, vendo alguém trabalhando no sábado, ele lhe disse: ‘Homem, se sabes o que estás fazendo, bem-aventurado és; mas, se não sabes, amaldiçoado és e transgressor da lei’”.

    O segundo ponto que o “forte” deve levar em consideração quando está inclinado a se ressentir e ignorar as críticas do “fraco” está relacionado às con-seqüências do seu comportamento iluminado. O amor é mais importante do que o conhecimento. Se o “forte” não se importa com a sensibilidade do “fraco”, mas o confronta abertamente, qual será o resultado? Será que o “fraco” se entristece, fica devastado, por exemplo, pelo fato de ser levado a agir contra a sua consciência? Será ele marginalizado e levado à recaída como resultado do exemplo do “forte” naquilo que para ele é pecado? Se for esse o caso, a perda geral é muito grande, muito maior do que o lucro. Isso não pode levar à divisão e desarmonia na igreja. Paulo encoraja a pessoa a pensar nos resultados de longo prazo do persistir de forma irrefletida no que é bom para ela. Em certas ocasiões (C. K. Barrett ressalta que comer e beber são infinitivos no aoristo referindo-se a ocasiões particulares), uma atitude vegetariana, ou até de abstinência total ou parcial de alguma coisa que alguém pessoalmente considere desnecessária, é melhor do que causar um retrocesso espiritual de alguém na comunidade. Essa insensibilidade está longe do espírito do amor sacrificial de Cristo. “Os que se encontram ao pé da cruz descobrem que são irmãos espirituais de sangue e precisam agir como tais” (A. M. Hunter). E uma questão de prioridades: as coisas de valor no Reino de Deus são as espirituais, e os “fortes” exaltam de forma incorreta o comer e o beber se comem e bebem para o detrimento espiritual de alguns dos seus irmãos cristãos e, consequentemente, para o detrimento da comunidade como um todo. Paulo está muito provavelmente aludindo mais uma vez (cf. 12.14 e comentário) ao Sermão do Monte (Mt 6.31ss).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Romanos Capítulo 14 do versículo 17 até o 19

    17-19. Observe que o reino de Deus é uma realidade presente. Está definido como vida cristã: honestidade na conduta, paz ou harmonia, e alegria. Esta é a esfera do Espírito Santo (cons. Rm 8:9) que dá energia ao crente para ser agradável a Deus e aprovado pelos homens. Em lugar de entrarem em conflito, Paulo insiste com os crentes a buscarem aquilo que proporciona a paz e a edificação dos outros crentes.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Romanos Capítulo 14 do versículo 1 até o 23
    e) Os fortes e os fracos (Rm 14:1-45). Duas das questões muito debatidas, em torno das quais havia opiniões diferentes no tempo de Paulo, eram a guarda do dia de descanso e o comer carne. Provavelmente a igreja de Roma recusava aceitar como membros aqueles que mantinham opiniões excêntricas. Paulo, então, se esforçou por inculcar uma atitude mais branda, no sentido de que os tais fossem recebidos, na condição de confessarem os pontos essenciais da fé cristã, para depois serem instruídos no Senhor. Muitos tinham escrúpulos em torno daqueles assuntos, e o apóstolo então procurou evitar cisma na igreja, bem como aconselhar tolerância sob a lei do amor.

    1. O IRMÃO MAIS FRACO NÃO DEVE SER DESPREZADO (Rm 14:1-45) -Paulo, primeiro que tudo, salienta o ponto de cada pessoa ter suas próprias convicções. Por elas regulará seu comportamento, com honestidade intelectual e moral, e deixará que o seu próximo faça o mesmo. Cada um vive não na presença dos seus companheiros, senão diante do Senhor, em cujo tribunal todos compareceremos. Débil na fé (1) implica falta de equilíbrio em discernir o essencial e o não-essencial da fé salvadora e santificadora. Paulo, com autoridade apostólica, manda receber tais irmãos fracos na companhia cristã, porém não para discutir opiniões (1); isto é, sem entrar em críticas ou não para condenar os escrúpulos deles. Preconceitos de somenos importância não são fundamento bastante para que a alguém se neguem os privilégios dos sacramentos. Então passa a notar os dois problemas em lide, o comer carne (3-4) e os dias santos (5). Há, provavelmente, o caso do ex-judeu que ainda é favorável à carne cerimonialmente pura, diferindo do ex-pagão que entende poder comer de qualquer carne, se quiser. Não está claro se se trata de abstinência de carne, só por ser carne, ou se entrava em consideração o estar ela manchada por ter sido consagrada a ídolos (1Co 10:25). É provável que o preconceito girasse em torno de ambas as hipóteses. Em qualquer caso quem comia não devia criticar quem não comia. Diante de Deus somente, e não de seus companheiros, o que come está em pé ou cai (4) a saber, é absolvido ou condenado, ou, se tomado o caso subjetivamente, fica moralmente firme em sua liberdade, ou se torna imoral na licença. Todavia, Paulo acrescenta que o livre não estará em perigo, porque o Senhor pode preservá-lo, tendo-o já acolhido (3). A outra questão há de se resolver no mesmo espírito de liberdade e tolerância. Uma pessoa defende a santidade de certos dias; outra considera iguais todos os dias. Cada qual deve acertar o modo de encarar tais assuntos para o Senhor (6). Este motivo de culto torna justa a observância ou a não-observância. Paulo firma-se neste princípio normativo da inspiração do culto e o desenvolve nos vers. 7-12. O Domínio de Cristo é supremo e abrange tudo, a vida, a morte e o juízo. Quando os cristãos se lembram de que todos darão contas de si mesmos a Deus (12), outros assuntos adquirem sua exata perspectiva.

    >Rm 14:13

    2. A CONSCIÊNCIA DO IRMÃO MAIS FRACO DEVE SER RESPEITADA (Rm 14:13-45) -Do seu sábio conselho aos cristãos romanos, para que não se julguem uns aos outros, o apóstolo passa a sugerir que a liberdade de crítica, eles podiam empregá-la melhor voltando-a contra si mesmos. Nunca deviam pôr tropeço no caminho dos irmãos mais débeis, ostentando sua própria liberdade na questão de comidas e bebidas. Tal liberdade, na presença daqueles cuja consciência desaprovava aquela atitude, podia tornar-se um obstáculo ou uma ocasião de queda (13), isto é, um laço na senda do progresso moral. Iniciativa tomada contra a luz da consciência, por pobre que seja essa luz, é fracasso moral. Quando o apóstolo declara estar persuadido de que nenhuma carne é de si mesma impura (14), está-se referindo apenas a coisas comestíveis proibidas pela lei cerimonial, ou por algum costume. Alguns pensam diferentemente, e para eles, quanto para todos, a sua opinião é que deve servir de norma. O motivo do afastamento dessa norma, para se atentar na opinião de um irmão débil, é o princípio dominante do amor, que Paulo já expôs (Rm 12:9-45), e ao qual ele agora acrescenta o fato de que tal irmão é amado pelo Senhor, participante dos benefícios de Sua morte expiatória (15). Não faças perecer (15). Paulo emprega esta frase impressiva para descrever o que resulta afinal quando um irmão fraco é levado a proceder contra sua própria consciência. Permitir alguém que o seu bem (16), isto é, sua liberdade danifique ou faça perecer os outros desse modo, seria levar o evangelho a ser vituperado. No que diz respeito ao reino de Deus, o amor é mais importante de que questões de comida e bebida. Sua expressão em justiça, paz e gozo é o que mais importa. O apóstolo evidentemente combate aqui os conceitos materialistas dos judeus concernentes ao reino messiânico. Não destruas (20); verbo diferente do que foi usado no vers. 15. É o oposto de edificar (19). O princípio de abstinência total de tudo quanto escandaliza é recomendado como norma cristã de viver a vida de justiça-pela-fé, a fim de que um irmão não seja tentado, não tanto para a degradação carnal, quanto para a ruína moral e espiritual pelo sufocamento da consciência. Em certas circunstâncias, nossa fé pode ter de se expressar não abertamente, senão secretamente em nossa comunhão com Deus. Homem feliz é o de consciência clara. Mas o que procede contra sua consciência condena-se a si mesmo. O fator de todo importante é a fé. Mudar alguém o seu procedimento neste particular sem crer que está certo é, de fato, um pecado (23).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Romanos Capítulo 14 do versículo 1 até o 23

    55. A unidade dos cristãos fortes e fracos — parte 1: Receba um outro com compreensão ( Romanos 14:1-12 )

    Agora aceitar aquele que é fraco na fé, mas não com a Proposito de julgar em suas opiniões. Um homem tem fé que ele pode comer todas as coisas, mas aquele que é fraco, come só legumes. Não deixe o que come conta com desprezo aquele que não come, e não seja aquele que não come julgar o que come, porque Deus o acolheu. Quem és tu que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; e ficar ele vai, porque o Senhor é capaz de fazê-lo ficar. Um homem considera um dia acima, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, observa-o para o Senhor, e ele que come, faz isso para o Senhor, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si mesmo; Porque, se vivemos, vivemos para o Senhor, ou se morremos, morremos para o Senhor; portanto, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto mesmo que Cristo morreu e tornou a viver, para que pudesse ser Senhor tanto de mortos como de vivos. Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que você considera seu irmão com desprezo? Para nós todos estar diante do tribunal de Deus. Pois está escrito: "Por minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua dará louvores a Deus." Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. ( 14: 1-12 )

    Um dos principais temas do Novo Testamento é a do poder do pecado para destruir a saúde espiritual e moral da Igreja, bem como dos indivíduos que cometem os pecados. As epístolas estão cheias de comandos e injunções sobre a necessidade de erradicar continuamente pecado na igreja. Esse é o propósito de ambos disciplina eclesiástica e auto-disciplina. Celebração regular da Ceia do Senhor não só nos ajuda a lembrar o sacrifício de Jesus em nosso nome, mas é um tempo para cada cristão a "examinar a si mesmo" ( 1Co 11:28 ), para fazer um balanço de sua vida e de confessar, renunciar, e pedir perdão por seus pecados.

    Jesus ordenou: "Se teu irmão pecar, vai, e repreende-o em privado;. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão, mas se ele não ouvi-lo, pegue um ou dois com você, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda fato pode ser confirmado e se ele se recusar a ouvi-los, dize-o à igreja;. e se ele se recusar a ouvir também a igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano "( Mateus 18:15-17. ).

    Paulo deu um conselho semelhante à igreja de Corinto sobre a auto-disciplina: "Limpe o fermento velho [do pecado], que você pode ser uma nova massa, assim como você é, de fato, sem fermento Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado.. Vamos, portanto, celebrar a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade "( 1 Cor. 5: 7-8 ). Em sua segunda carta a que igreja ele suplicou: "Portanto, tendo estas promessas, caríssimos, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus" ( 2Co 7:1 ). É a preocupação que ele expressou em Sua oração sacerdotal ao Pai em nome daqueles que pertencem a Ele pela fé ", que todos sejam um, como Tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles Também pode ser em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste "( João 17:20-21 ).

    O perigo especial para a unidade que Paulo aborda em Romanos 14:1-15: 13 é o conflito que surge facilmente entre aqueles a quem ele se refere como crentes fortes e fracos, aqueles que são maduros na fé e aqueles que são imaturos, aqueles que entender e desfrutar a liberdade em Cristo e aqueles que ainda se sentem ou algemado ou ameaçado por certos tabus e práticas religiosas e culturais que estavam profundamente arraigadas partes de suas vidas antes de vir para Cristo.

    Na igreja primitiva, muitos judeus que vieram para a fé em Cristo não poderia trazer-se a descartar as leis cerimoniais e práticas em que tinham sido mergulhada desde a primeira infância, especialmente os ritos e proibições o próprio Senhor havia instituído sob a Antiga Aliança. Eles ainda se sentiu compelido, por exemplo, para dar cumprimento à Mosaic leis dietéticas, para observar estritamente o sábado, e até mesmo para oferecer sacrifícios no Templo, porque eles foram dadas pelo Deus verdadeiro.
    Por outro lado, muitos gentios convertidos tinham sido tão fortemente impregnada de rituais e costumes pagãos de deuses falsos, e eles sentiram repulsa por qualquer coisa remotamente relacionados com tais males. Muitos gentios, por exemplo, não poderia trazer-se a comer carne que tinha sido oferecido a uma divindade pagã e depois foi vendido no mercado.
    Outros crentes, tanto judeus e gentios, compreendido e exercido a sua liberdade em Cristo. Crentes judeus maduras perceberam que, sob a Nova Aliança em Cristo, as exigências cerimoniais da lei mosaica já não eram válidas. Maduras gentios crentes entenderam que a idolatria era um mal espiritual e não teve efeito sobre qualquer coisa física, como a carne, que pode ter sido usada no culto idólatra.
    Aqueles que ainda estavam fortemente influenciada, favorável ou desfavoravelmente, por suas antigas crenças e práticas religiosas eram fracos na fé, porque eles não entendiam a sua liberdade em Cristo.
    Certa vez, encontrei um fazendeiro de Amish na Pensilvânia, que era um recém-convertido a Cristo. Contrariamente à tradição Amish de não utilizar aparelhos modernos e veículos a motor, este homem era dono de uma rádio, que ele secretamente ouviu, e um automóvel, que ele mantinha escondida no celeiro maior parte do tempo e raramente levou durante o dia. Ele sabia que em sua mente que o uso dessas coisas não era pecaminoso ou não-bíblica, mas ele ainda tinha dificuldade em expressar essa liberdade abertamente, especialmente diante de seus amigos e vizinhos Amish.
    Por outro lado, aqueles que são fortes são frequentemente confrontados com a tentação de empurrar a sua liberdade em Cristo para os limites, para viver na borda externa de decoro moral, para ver até onde eles podem ir sem, na verdade, cometendo um pecado. Aqueles que são fracos são tentados no sentido oposto. Eles têm tanto medo de cometer algum delito religioso que se cercam de restrições auto-impostas.
    O crente libertado é tentado a olhar para o seu irmão legalista por ser demasiado rígida e restrita a ser de alguma utilidade para o Senhor. O legalista, por outro lado, é tentado a pensar em seu irmão liberada como sendo demasiado de roda livre e indisciplinado para servir a Cristo de forma eficaz. Esta é a raiz da desunião.

    No presente passagem ( Rom. 14: 1-12 ), o apóstolo fala de dois tipos de crentes e ambas atitudes, mas seu primeiro conselho é dirigido aos crentes fortes, pela simples razão de que eles são mais fortes na fé.Dos dois grupos, eles são os mais bem equipados tanto para entender e ser compreensivo. Ele, portanto, lhes diz: Aceite aquele que é fraco na fé.

    Proslambanō ( aceitar ) é um verbo composto, o prefixo pros sendo uma preposição que intensifica o verbo básico, tornando-se um comando. Em outras palavras, Paulo não era simplesmente sugerindo, mas comandando, que os crentes fortes aceitar os crentes fracos.

    No Novo Testamento, proslambanō é sempre utilizado no meio voz grega, o que lhe dá a conotação de aceitação pessoal e dispostos de outra pessoa. Este significado é claramente visto em At 28:2 , ênfase acrescentada; cf . Tt 1:4. ). O Senhor observou que a oposição ("pedras de tropeço") do mundo contra o povo de Deus é inevitável e deve ser esperada. Mas naquela ocasião, Jesus estava falando em grande parte, se não totalmente, de e para "os discípulos" ( v. 1 ), provavelmente só os Doze (ver Marcos 9:30-50 ; Lucas 9:43-48 ). No versículo 14 Ele chama seus ouvintes filhos "de vosso Pai que está nos céus." Nos versículos seguintes ( 15-17 ), Ele claramente está falando sobre a disciplina na igreja, dando instruções para lidar com um "irmão", isto é, um irmão, que peca. O Senhor está falando, portanto, para e sobre os cristãos genuínos quando Ele diz nos versos seguintes,

    Se a sua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta-a e lança-o de ti; é melhor para você entrar na vida aleijado ou coxo, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno. E se o seu olho o fizer tropeçar, arranca-o e lança-o de ti. É melhor para você entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no inferno de fogo. Veja que você não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo, que os seus anjos no céu eis incessantemente a face de meu Pai que está nos céus. ( Mateus 18:8-10. )

    Esta obviedade hiperbólica era para dizer que o pecado deve ser tratados com severidade, no caso de um incrédulo que enfrentou o inferno. Mas o princípio ainda se aplica a um crente que foi entregue do inferno. O pecado é grave e exige quaisquer medidas necessárias para impedir.

    Paulo advertiu as igrejas da Galácia, que tinham experimentado problemas consideráveis ​​de judaizantes legalistas ", fostes chamados à liberdade, irmãos, só não vire sua liberdade em uma oportunidade para a carne, mas através do amor servir um ao outro Para toda a Lei é. cumpre numa só palavra, no comunicado, "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Mas se você morder e devorar um ao outro, cuidar para que você não ser consumido por uns aos outros "( 13 48:5-15'>Gl 5:13-15. ).

    O apóstolo lembrou aos anciãos de Éfeso: "Em tudo o que eu lhe mostrei que, trabalhando duro dessa maneira você deve ajudar os fracos e lembre-se das palavras do Senhor Jesus, que Ele mesmo disse:" Há mais felicidade em dar do que receber '"( At 20:35 ). Para amadurecer os crentes nas igrejas da Galácia que ele deu uma advertência e uma cautela. A advertência foi: "Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós que sois espirituais [forte], corrigi o tal [fraco] num espírito de mansidão." A cautela foi, "cada um [olhar] para si mesmo, para que você também tentado" ( Gl 6:1. ).

    Qualquer que seja espiritual força que temos, temos em e do Senhor. E quando nos tornamos orgulhosos e auto-satisfeito, o Senhor vê o ajuste para retirar alguns dos Sua força e bênção, a fim de lembrar-nos de quão fraco cada crente é em si mesmo.

    O apóstolo exortou a igreja de Tessalônica, de um lado a "admoestar os insubmissos", isto é, para advertir os crentes que pensam que são fortes e que continuamente tomar a sua liberdade para os seus limites, não para servir e agradar ao Senhor, mas para servir e agradar a si mesmos. No mesmo versículo, ele então exorta aqueles que são verdadeiramente forte para "encorajar os desanimados, ajudar os fracos, sejam pacientes com todos os homens" ( 1Ts 5:14 ), ou seja, para usar sua liberdade para servir ao Senhor, servindo Seus pessoas que estão em necessidade especial de ajuda.

    A maturidade espiritual é um contínuo de crescimento que se destina a progredir até que o Senhor nos leva a estar com Ele. Em sua primeira carta, João elogia os crentes em vários níveis de maturidade espiritual, referindo-se a eles como pais, jovens e crianças. Ele lembra de todos eles que a sua força espiritual vem de seu Deus e sabendo da Sua Palavra habitando neles ( 13 62:2-14'>I João 2:13-14 ).

    É importante notar que o uso intercambiável de títulos e nomes de Deus nesta passagem apresentar um dos ensinamentos mais claros da divindade de Cristo. No versículo 3 Paulo fala de Deus, no versículo 4do Senhor, no versículo 6 , tanto o Senhor (três vezes) e Deus (duas vezes), no versículo 8 do Senhor (três vezes), e no versículo 9 nove especificamente de Cristo como Senhor.

    Em Romanos 14:2-12 , Paulo dá quatro razões pelas quais todos os crentes (ambos fortes e fracos) devem receber todos os outros crentes. Devem receber um ao outro porque Deus recebe-los ( vv. 2-3 ), porque o Senhor sustém cada crente ( v. 4 ), porque o Senhor é soberano de cada crente ( vv. 5-9 ), e porque só o Senhor julgará cada crente ( vv. 10-12 ).

    Deus os receba

    Um homem tem fé que ele pode comer todas as coisas, mas aquele que é fraco, come só legumes. Não deixe o que come conta com desprezo aquele que não come, e não seja aquele que não come julgar o que come, porque Deus o acolheu. ( 14: 1-3 )

    A primeira razão todos os crentes devem receber todos os outros crentes é que Deus recebe-los.
    único homem que tem fé que ele pode comer todas as coisas , obviamente, refere-se ao mais forte Cristão, mais maduro, que aprecia e exerce a sua liberdade em Cristo. O primeiro exemplo de liberdade é o do direito do cristão para comer todas as coisas.

    O evangelho da Nova Aliança em Jesus Cristo não inclui restrições cerimoniais ou alimentares Mosaic ou de outra forma. Em sua primeira carta a Timóteo, o apóstolo escreve: "O Espírito diz expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, ea doutrinas de demônios, por meio da hipocrisia de mentirosos cauterizada a sua própria consciência como com um ferro em brasa, os homens que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos compartilhada por aqueles que crêem e conhecem a verdade "( 1 Tim. 4: 1-3 ).

    Vários anos depois, ele começou o seu ministério apostólico, Pedro ainda estava com medo de comer animais que foram declarados impuro sob a lei do Velho Testamento. Levou três declarações repetidas pelo Senhor em uma visão de convencer Pedro de que "O que Deus purificou não mais consideram profana" ( Atos 10:15-16 ). O maior ensinamento da visão era que Pedro "não deve chamar qualquer homem [isto é, gentios] profano ou impuro" ( v. 28 ).

    Como observado anteriormente, alguns crentes gentios, como alguns judeus, estavam preocupados com o consumo de certos alimentos, mas por razões diferentes. Por causa da idolatria e imoralidade relacionadas às suas antigas religiões, eles não poderiam trazer-se a comer carne ou qualquer outro alimento que tinha sido usado como oferenda a uma divindade pagã. Como Pedro, eles ainda estavam espiritualmente fraca em relação a essas coisas. Consequentemente, alguns judeus e gentios cristãos iria comer apenas vegetais, tomando nenhuma chance de comer carne que consideravam ser contaminado pelos ídolos.

    Embora Paulo menciona apenas comer em versos 2:3 e 6 , os seus comentários em versos 17 e 21 sugerem que alguns crentes tinham preocupações semelhantes sobre a bebida. Se assim for, a referência provavelmente aplicado principalmente para os gentios que haviam participado ou estavam familiarizados com festas pagãs, como os bacanais romanos, que foram caracterizadas por orgias sexuais e embriaguez.

    No versículo 3 Paulo dá uma liminar de casal. O primeiro é o forte, a quem ele diz: Não deixe o que come conta com desprezo ele [o fraco] que não come. Exoutheneō ( conta com desprezo ) é um termo forte que carrega a idéia de olhar em alguém como totalmente sem valor, como sendo nada ou menos que nada. Ele não pode ser conotada simplesmente não gostam ou desrespeito, mas completo desprezo e aversão. Muitos judeus daquela época considerada todos os gentios com desprezo, e muitos gregos e romanos tinham a relação semelhante para aqueles que se referiam como bárbaros.

    Parece improvável que muitos cristãos genuínos na igreja primitiva, em Roma ou em qualquer outro local, olhou para baixo em alguns outros crentes com desprezo em seu sentido mais extremo. Mas é preciso apenas um extremista de danificar uma congregação inteira. Ao longo dos séculos, as igrejas têm sido atormentado por aqueles que orgulhosamente se consideram espiritualmente superior.

    Próxima liminar de Paulo é para os fracos e não deixe-o que não come julgar o que come. Como conta com desprezo, o termo juiz traduz um verbo forte grego ( Krino ), que tem o significado básico de separar e isolar. Em um sentido legal que se referia a encontrar o acusado culpado de um crime.

    Neste versículo, conta com desprezo e juiz são essencialmente sinônimas. Em ambos os casos, um tipo de pessoa despreza o outro, e ambos estão errados. O membro forte contemptibly considera o membro fraco para ser legalista e hipócrita, e os fracos juízes membros do membro forte para ser irresponsável no melhor e no pior dos casos perdulários.

    Embora a frase Deus o acolheu diretamente segue o que come (forte), o contexto deixa claro que a aceitação divina se aplica tanto para os fortes e os fracos, para aquele que come livremente e aquele que não o faz. O ponto de Paulo é que, se o próprio Deus não faz uma questão de tais coisas, que direito tem um de seus filhos tem que fazê-lo? Se os fortes e os fracos têm igual aceitação por e comunhão com o Senhor, é arrogância pecaminosa para esses dois tipos de crentes, a não aceitar o outro.

    O Senhor sustém Cada Crente

    Quem és tu que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; e ficar ele vai, porque o Senhor é capaz de fazê-lo ficar. ( 14: 4 )

    A segunda razão, cada cristão deve aceitar todos os outros cristãos é que o Senhor sustém a todos. Um crente que é "forte" sobre assuntos que não são doutrinal ou moral, e que não são nem ordenei, nem proibidos na Escritura, é tanto na necessidade de força de Deus como aquele que é "fraco". Somos todos fraco no sentido de que tudo que é bom e justo que possuímos é um dom de Deus, nunca o produto de nossa própria sabedoria ou esforços.

    Mas a influência restante da carne, muitas vezes tenta crentes liberadas para pensar legalistas são tão rígidas e hipócrita que eles sacrificam não só muita alegria pessoal, mas também limitar a sua utilidade para o Senhor. Por outro lado, a mesma influência carnal tenta legalistas a acreditar que os crentes são libertados egocêntrico e loose-estar e, portanto, não pode servir ao Senhor de forma eficaz.
    Estar bem ciente dessas tendências, Paulo confronta dois grupos, com a pergunta retórica picadas, quem é você para julgar o servo alheio? Que direito algum de vós, maduro ou imaturo, bem ensinado ou mal ensinado, já que julgas o servo de outro, especialmente um companheiro servo de Jesus Cristo? A avaliação pessoal do crente de outros crentes faz nem um pouco afecta a sua posição perante o Senhor.

    Talvez referindo-se críticos na igreja em Corinto, Paulo escreveu: "Para mim, é uma coisa muito pequena que eu deveria ser examinado por você, ou por qualquer tribunal humano, na verdade, eu nem sequer examinar a mim mesmo Porque eu sou consciente. de nada contra mim mesmo, mas eu não sou por este absolvido; mas aquele que examina me é o Senhor, pois, não ir em julgar antes do tempo, mas espere até que o Senhor venha o qual também trará à luz as coisas ocultas. a escuridão e divulgar os motivos dos corações dos homens; e, em seguida, o louvor de cada homem virá a ele de Deus "( 1 Cor 4: 3-5. ).

    É para o seu próprio mestre, isto é, Jesus Cristo, para que cada crente está em pé ou cai. E quanto à matéria de tradição religiosa e preferências estão em causa, cada crente, fortes e fracos, vai passar o julgamento divino, porque o Senhor não leva essas coisas em consideração. Esteja ele vai, Paulo diz de cada crente, porque o Senhor é capaz, e, obviamente, dispostos, para o firmar.

    No início da carta, Paulo fez uma pergunta retórica similar. "Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?" Ele pergunta. "Deus é o único que justifica;?, Que é aquele que condena Cristo Jesus é Aquele que morreu, sim, em vez que foi criado, que está à direita de Deus, e também intercede por nós" ( Rm 8:33. —34 ). "Pois estou convencido", continua ele alguns versos mais tarde ", que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criado coisa, deve ser capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor "( vv. 38-39 ).

    O próprio Jesus assegura aqueles que pertencem a Ele: "Dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão" ( João 10:27-28 ). A bênção de encerramento breve epístola de Jude reflete essa promessa, lembrando os crentes de "àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para fazê-lo estar na presença de Sua glória irrepreensível com grande alegria" ( Jd 1:24 ). Paulo proclamou sua confiança "de que Aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus "( Fp 1:6 , Sl 91:11 ). Verdadeiramente, o Senhor sustém os Seus.

    O Senhor é soberano para cada fiel

    Um homem considera um dia acima, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, observa-o para o Senhor, e ele que come, faz isso para o Senhor, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si mesmo; Porque, se vivemos, vivemos para o Senhor, ou se morremos, morremos para o Senhor; portanto, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor.Porque foi para isto mesmo que Cristo morreu e tornou a viver, para que pudesse ser Senhor tanto de mortos como de vivos. ( 14: 5-9 )

    A terceira razão, cada cristão deve aceitar todos os outros cristãos é que o Senhor Jesus Cristo é soberano de cada crente. Seja forte ou fraco, um crente sincero sente-se livre ou não é livre para fazer certas coisas para fora do mesmo motivo: para agradar ao Senhor. Nenhum dos dois é mais ou menos espiritual ou fiéis por causa de suas convicções sobre práticas tais como os discutidos acima. Ser "forte" neste sentido não é sinônimo de ser espiritual, e sendo "fraco" não é sinônimo de ser carnal. O problema na igreja de Roma, como em muitas igrejas, desde aquele dia, foi que alguns crentes de ambas as persuasões pensou-se mais espiritual e os outros a ser mais carnal. Todo o propósito de Paulo nestes versos, e no contexto mais amplo Dt 14:15 ). Ele não quer aconselhar o abandono ou o seguimento de tais costumes, mas lembrou seus leitores de sua insignificância. Aqueles eram "coisas que são uma mera sombra do que está por vir, mas a substância pertence a Cristo" ( Cl 2:17 ).

    As palavras do Apóstolo das igrejas da Galácia a esse respeito era muito mais dura, porque alguns crentes estavam retornando aos costumes e rituais de que tinham uma vez se consideravam liberado. "Como é que é", ele perguntou: "que você voltar novamente para os fracos e inúteis coisas elementares, para o qual você deseja ser escravizados tudo de novo Você observa dias, meses e estações e anos?" ( Gal. 4: 9 —10 ).

    "Portanto resta ainda um repouso sabático para o povo de Deus", os gentios, assim como os judeus, o escritor de Hebreus nos assegura ( He 4:9 ). Falando de si mesmo, ele continua: "Portanto, se a comida fizer tropeçar a meu irmão, nunca mais comerei carne, novamente, que eu não poderia fazer meu irmão tropeçar" ( 1Co 8:13 ).

    De pé diante do Sinédrio, conselho supremo judaica em Jerusalém, Paulo declarou: "Irmãos, eu vivi minha vida com um perfeitamente boa consciência diante de Deus até este dia" ( At 23:1 ; cf. 1Co 7:23 ) que Ele mesmo pagou com seu próprio sangue para a nossa redenção ( Ef 1:7 ).

    Nós somos do Senhor , no sentido mais pleno possível, e para isto mesmo que Cristo morreu e tornou a viver, Paulo declara de forma inequívoca, para que Ele pudesse ser Senhor tanto de mortos como de vivos. Para negar o senhorio de Jesus Cristo na vida de qualquer crente é para subverter o pleno trabalho, poder e propósito de Sua crucificação e ressurreição.

    Parece inconcebível que os crentes genuínos que amar e servir ao Senhor e são bem ensinadas em Sua Palavra pode manter, como fazem alguns, que é possível para uma pessoa para receber Jesus Cristo como Salvador, mas não como Senhor. Ele morreu não apenas para nos salvar, mas para nós próprios, não só para nos libertar do pecado, mas para nos escravizar a Si mesmo. Embora a igreja primitiva totalmente apreciado e elogiado Cristo como Salvador para a Sua, sua confissão mais antiga e mais comum era: "Jesus é o Senhor."
    "Graças a Deus que, embora tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que foram cometidos", Paulo já exultou com e declarou nesta carta, "e tendo sido libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça ... Mas agora, libertados do pecado e escravizado a Deus, você derivar seu benefício, resultando em santificação, e por fim a vida eterna "( Rom. 6: 17-18 , Rm 6:22 , grifo do autor) .

    Só quando ele retorna Cristo será universalmente reconhecido como soberano Senhor, momento em que "toda língua [vontade] confesse que Jesus Cristo é o Senhor" ( Fm 1:2 ; Ap 19:16 ). Mas ele não vai se tornar Senhor naquele momento. Ele já é "o bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores" ( 1Tm 6:15 ), e Seu povo reconhecê-lo como tal.

    Só o Senhor julgará Cada Crente

    Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que você considera seu irmão com desprezo? Para nós todos estar diante do tribunal de Deus. Pois está escrito: "Por minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua dará louvores a Deus." Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. ( 14: 10-12 )

    A quarta razão Paulo dá para cada cristão de aceitar todos os outros cristãos é que só o Senhor julgará cada crente. Se cada crente pertence ao Senhor sozinho, e se "Cristo morreu e tornou a viver, para que pudesse ser Senhor tanto de mortos como de vivos" ( vv. 8-9 ), Paulo pergunta: por que você (os fracos, ver v. 3 b ) julgas teu irmão? Ou tu, também, por que você (o forte, ver v. 3 a ) considerar seu irmão com desprezo?

    É uma coisa terrível para os homens "brincar de Deus", como muitas vezes é formulada. É particularmente imperdoável para o povo de Deus para insinuar que presunção julgando e desprezando o outro.
    O trabalho dos cristãos é para servir ao Senhor, para não usurpar Sua senhoria por hipocritamente julgando companheiros crentes. Nossa preocupação, em vez disso, deve ser para ser julgado nos pelo Senhor, porque havemos de comparecer perante o tribunal de Deus.

    Quando nós, juntamente com todos os outros crentes, diante do Senhor em Seu trono de julgamento, seu divino Bema ", obra de cada um se tornará evidente, para o dia vai mostrá-lo, porque é para ser revelado a fogo, e o fogo em si vai testar a qualidade do trabalho de cada homem Se a obra de alguém que ele construiu sobre ela permanece, ele deve receber uma recompensa Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo;.. mas ele mesmo será salvo, todavia, como através do fogo "( 13 46:3-15'>1 Cor. 3: 13-15 ).

    Como citado anteriormente, o apóstolo disse de si mesmo,

    Que um homem nos consideram dessa maneira, como servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. Neste caso, além disso, se requer dos administradores que um ser encontrado fiel. Mas, para mim, é uma coisa muito pequena que eu deveria ser examinado por você, ou por qualquer tribunal humano; na verdade, eu nem sequer me examinar. Pois eu sou consciente de nada contra mim mesmo, mas eu não sou por este absolvido; mas quem me julga é o Senhor. Portanto, não ir em julgar antes do tempo, mas espere até que o Senhor venha o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações dos homens; e, em seguida, o louvor de cada homem virá para ele a partir de Deus. ( 1 Cor. 4: 1-5 )

    Reforçando seu argumento para o julgamento do crente com uma citação de Is 45:23 , Paulo lembra aos seus leitores que está escrito: "Por minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará a mim, e toda língua confessará a Deus" ( cf. Fl 2: 10-11. ).

    Nossa responsabilidade é não julgar, a desprezar, para criticar, ou de qualquer forma de menosprezar os nossos irmãos e irmãs em Cristo. Não vamos ser chamados pelo Senhor para dar conta dos pecados e defeitos dos outros, mas cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.

    56. A unidade dos cristãos fortes e fracos — parte 2: Confie um no outro sem ofender ( 13 45:14-23'>Romanos 14:13-23 )

    Portanto não nos julguemos mais uns aos outros, mas sim determinar isso-não colocar um obstáculo ou uma pedra de tropeço no caminho de um irmão. Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus que nada é impuro em si mesmo; mas para aquele que pensa que qualquer coisa para ser imundo, para ele, é imundo. Porque, se por causa da comida seu irmão está machucado, você não está mais andando de acordo com amor. Não destrua com tua comida aquele por quem Cristo morreu. Portanto, não deixe que o que é para você uma coisa boa ser falado de como o mal; para o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Pois aquele que, desta forma serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens. Então vamos buscar as coisas que servem para a paz e para a edificação de um outro. Não acabe com a obra de Deus por causa da comida. Na verdade tudo é limpo, mas eles são mal para o homem que come e dá ofensa. É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece. A fé que tens, tem como sua própria convicção diante de Deus. Feliz é aquele que não se condena naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque não come de fé; e tudo o que não é de fé é pecado. ( 14: 13-23 )

    Em Sua Nova Aliança, nosso Senhor Jesus Cristo concedeu liberdade maravilhosa para aqueles que pertencem a Ele pela fé. Mais importante ainda, estamos livres do castigo do pecado, da morte espiritual e condenação eterna. Mas os cristãos também estão livres dos gravames da lei cerimonial e restrições alimentares da Antiga Aliança. Para além do pecado, estamos completamente livres para desfrutar de todas as boas dádivas que Deus tão graciosamente concedido àqueles que confiam em Seu Filho amado, Jesus Cristo.
    Mas, embora nos é permitido desfrutar essa liberdade, nós não somos ordenados a fazê-lo. Não somos obrigados a exercer toda a liberdade que temos em Cristo. Na verdade, o maior nosso amor e maturidade espiritual, as menos importantes essas liberdades será para nós e quanto mais dispostos estaremos a abrir mão deles por uma questão de melhor servir ao Senhor e os outros, especialmente outros crentes. Mais especialmente, a nossa preocupação deve ser para outros cristãos a quem Paulo descreve como fracos, aqueles que ainda estão acorrentados, de alguma forma pelas exigências externas e restrições sob as quais eles viveram anteriormente. A questão para os fortes, maduros cristã não é se deve ou não ele possui liberdade, mas como ele deve exercer ou renunciar a essa liberdade com base em como isso afetará os outros.
    Mas, como Paulo enfatiza todo 14: 15/01: 13 e, como foi discutido no capítulo anterior , toda a responsabilidade não recaia sobre o irmão mais forte. Crentes fortes e fracos têm uma responsabilidade mútua de amor e comunhão uns com os outros e de não julgar as convicções do outro no que diz respeito a questões que o Novo Testamento não ordena nem condena.

    A maioria das igrejas incluem dedicados, crentes fiéis cujas consciências não lhes permitem participar ou aprovar certas práticas. Quando os crentes mais fortes, por amor a esses irmãos e irmãs no Senhor, voluntariamente restringir suas próprias vidas para estar em conformidade com as normas mais rigorosas dos crentes mais fracos, eles constroem relações mais próximas entre si e a igreja como um todo está fortalecida e unificada. E nesse ambiente de amor, os crentes mais fracos são ajudados a se tornar mais forte.
    Nossa liberdade cristã é vertical, diante do Senhor. Mas o exercício dessa liberdade é horizontal, porque ele é visto por e afeta os outros. Para entender corretamente e usar a nossa liberdade em Cristo traz grande satisfação. Mas que a satisfação é multiplicado quando entregar voluntariamente o exercício de uma liberdade para o bem dos outros crentes. Mais importante, ele agrada muito o nosso Senhor e promove a harmonia em sua igreja.

    O Novo Testamento coloca restrições consideráveis ​​sobre o uso de nossa liberdade em Cristo. Não é, por exemplo, para ser usado auto-enganosamente para justificar um mal ou excesso na nossa vida. "Aja como homens livres", Pedro declara, "e não usem a liberdade como uma cobertura para o mal, mas usá-lo como bondslaves de Deus" ( 1Pe 2:16 ).

    Nem o Senhor nos conceda a liberdade para fazer com que a auto-destruição ou auto-escravidão. O que Paulo disse de si mesmo deve ser verdade de cada crente. "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas" ( 1Co 6:12 ). Mais tarde, na mesma epístola, ele acrescentou: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam" ( 10:23 ). Um hábito ou prática que pode não ser pecado em si pode facilmente tornar-se pecaminoso por ganhar o controle sobre e ferindo a pessoa que se dedica a isso. O que começou como um exercício de legítima liberdade pode se transformar em uma forma de escravidão e de auto-destruição. Exercício Careless e egoísta de uma liberdade dada por Deus muitas vezes resulta em perda de liberdade, tornando-se no nosso "dominado", como disse Paulo, pela própria coisa que estamos usando-a livremente perigo o próprio apóstolo estava determinado a evitar. Em vez de servir e honrar Aquele que dá-lo, a liberdade que é descuidAdãoente usado pode prejudicar o trabalho de Deus, desonrar o Seu nome, e causar estragos entre o Seu povo.

    Liberdade cristã não é para trazer espiritual auto-retardo, como o seu uso indevido invariavelmente faz. Muito mais do que qualquer outra época da história, o nosso é assediada com uma matriz aparentemente ilimitada de coisas que podem consumir nosso tempo, energia e finanças. Muitas dessas coisas são flagrantemente imoral e ímpios. Mas mesmo as coisas inerentemente inocentes são tão difundida e acessível que facilmente pode minar a nossa devoção ao Senhor e ao seu povo, retardar o nosso crescimento espiritual, e reduzir a nossa utilidade espiritual.

    Supremo propósito de Paulo era "fazer todas as coisas para o bem do evangelho" ( 1Co 9:23 ). Para ilustrar sua busca por esse propósito, ele usou a figura dos jogos ístmicos, que foram realizadas em Corinto e, portanto, bem conhecidos para os leitores de Paulo. Esses jogos foram um dos dois famosos festivais atléticos gregos, sendo o outro os Jogos Olímpicos. "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos correm, mas um só leva o prêmio?" Paulo pergunta. Portanto, "Correi de tal maneira que você pode ganhar. E todo aquele que luta, exerce domínio próprio em todas as coisas. Eles, então, fazê-lo para alcançar uma coroa corruptível, mas nós uma incorruptível. Por isso eu corro de tal forma , como não sem meta; eu caixa de tal forma, não como batendo no ar, mas eu esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, eventualmente, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser desqualificado "( 1 Cor. 9: 24-27 ).

    Paulo usou sua liberdade cristã, e todos os outros dons e bênçãos que possuía, para um único propósito: para alcançar a justiça ", que é pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus com base na fé, para que eu possa conhecê-Lo, eo poder da sua ressurreição, ea comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com Sua morte; a fim de que eu possa alcançar a ressurreição dentre os mortos "( Fm 1:3. ).

    Em 13 45:14-23'>Romanos 14:13-23 Paulo continua seu ensinamento sobre a liberdade cristã e da obrigação mútua de crentes fortes e fracos para aceitar uns aos outros em Cristo sem julgar ou ofender. Nestes onze versículos, o apóstolo menciona uma série de princípios, cada dada de forma negativa, ou servir de orientação para todos os cristãos. Os princípios estão intimamente relacionados e, por vezes, se sobrepõem, mas eles parecem cair em seis categorias gerais: A nossa liberdade nunca deve causar um irmão a tropeçar ( v. 13 , para lamentar) ( vv 14-15. um , ou para ser devastada () 15 v. b ); e ele nunca deve perder o nosso testemunho de Cristo ( vv. 16-19 ), derrubar a Sua obra ( vv. 20-21 ), ou ser denunciado ou ostentado ( vv. 22-23 ).

    Não leve seu irmão a tropeçar

    Portanto não nos julguemos mais uns aos outros, mas sim determinar isso-não colocar um obstáculo ou uma pedra de tropeço no caminho de um irmão. ( 14:13 )

    Portanto remete para versículos 10:12 , em que Paulo lembra a seus leitores que só Deus é qualificado e tem a autoridade para julgar as mentes e os corações de seu povo, que serão todos em pé diante de Seu trono de julgamento ( v. 10 ) e dar conta de si mesmos a Ele ( v 12. ; cf. 2Co 5:10 ). O julgamento é prerrogativa exclusiva de Deus.

    Por conseguinte, temos de não julgar uns aos outros (cf. Mt 7:1-5. ). É a atitude de desamor de superioridade desprezo pelos crentes fortes e a atitude igualmente sem amor da justiça própria por crentes fracos ( v. 3 ), pelo qual eles julgar uns aos outros. A partir do dia de Paulo à nossa, esses julgamentos ilícitos têm sido as principais causas de desrespeito , desarmonia, e desunião na igreja.

    Tal como consta do texto da Bíblia New American Padrão (usado aqui), Paulo usa o mesmo verbo grego ( Krino ) com duas conotações diferentes no versículo 13 . Na primeira frase, não vamos julgar uns aos outros , o verbo carrega a idéia de condenação, como faz em versos 3:4 , e 10 . Mas na seguinte frase, o mesmo verbo é traduzido determinar, que refere-se a tomar uma decisão. Essas duas conotações também são encontrados na palavra Inglês juiz. "Ser crítico" carrega a idéia negativa de denúncia, ao passo que "usando o bom senso" refere-se a tomar uma decisão cuidadosa, sem conotação negativa.

    Brincadeira de Paulo em palavras exige que nunca devemos julgar de crentes mas deve utilizar o nosso melhor julgamento para ajudá-los. Em relação ao segundo significado, devemos determinar ... para não colocar um obstáculo ou uma pedra de tropeço no caminho de um irmão. Ele dá a mesma advertência em sua primeira carta a Corinto, dizendo: "Tome cuidado para que esta vossa liberdade [ a forte] de alguma forma tornar-se uma pedra de tropeço para os fracos "( 1Co 8:9 ). Essa limpeza divina encaminhados diretamente para a multidão de animais Pedro foi ordenado a comer que eram impuros segundo a lei mosaica ( vv. 12-13 ). Indiretamente, e de forma ainda mais importante, que se referia a aceitação plena e imparcial dos gentios crentes de Deus para a igreja ( 28 vv. , 34 ).

    Jesus declarou que "não há nada fora do homem que, entrando nele, possa contaminá-lo" ( Mc 7:15 ). Paulo assegurou Timoteo que "Deus criou [todos os alimentos] para ser compartilhado em gratidão por aqueles que crêem e conhecem a verdade para tudo que Deus criou é bom, e nada deve ser rejeitado, se for recebido com gratidão;. Para ele é santificado por meio da palavra de Deus e pela oração "( 1 Tim. 4: 3-5 ). Ele informou que Tito "para o puro, todas as coisas são puras" ( Tt 1:15 ).

    O cristão é forte, portanto, inteiramente certo em sua convicção de que ele tem a liberdade de desfrutar de tudo que o Senhor não declaram ser pecaminoso. O fraco Cristão, por outro lado, é errado em seu entendimento sobre algumas dessas coisas. Mas ele não está errado no sentido de ser herético ou imoral. Ele está errado, no sentido de não ter a compreensão completa e madura, o que faz com que sua consciência de ser desnecessariamente sensível. Por essa razão, a ele que pensa tudo para ser imundo, para ele, é imundo em sua mente.

    Em relação ao mesmo problema, Paulo deu a seguinte explicação para a igreja em Corinto:

    Portanto, ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que não existe tal coisa como um ídolo no mundo, e que não há outro Deus senão um só. Pois mesmo que há que se chamem deuses, quer no céu ou na terra, como há muitos deuses e muitos senhores, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós existimos através Dele. No entanto, nem todos os homens têm esse conhecimento; mas alguns, estar acostumado com o ídolo, até agora, comer a comida como se fosse sacrificado a um ídolo; e sua consciência, sendo fraca, fica contaminada. ( 1 Cor. 8: 4-7 )

    É provável que cada cristão tem um ponto fraco de alguma sorte em sua consciência. O próprio Paulo, provavelmente, teve um ou mais. Ele não pretendem ser livre de cada deficiência espiritual, mas ele testemunhou perante o governador romano que ele fez o seu "melhor para manter sempre consciência pura diante de Deus e diante dos homens" ( At 24:16 ).

    Por várias razões, há certas coisas que sabemos que não são pecaminosas, mas que não se sentem confortáveis ​​em fazer ou até mesmo estar perto. E enquanto nós sentimos desconforto sobre qualquer coisa, devemos evitar fazê-lo, mesmo que ele não iria causar ofensa a outros crentes. Se nós nos consideramos qualquer coisa para ser imundo, então para nós é imunda. E se continuar a infringir a nossa consciência, que a consciência vai se tornar cada vez mais insensível até que seja "cauterizada ...como com um ferro em brasa" ( 1 Tim . 4: 2 ). Em seguida, ele já não é tão sensível quanto ele precisa ser para proteger-nos do pecado.

    Mas grande ênfase de Paulo nesta passagem é sobre a forma como as nossas palavras e ações afetam o bem-estar espiritual dos cristãos. Portanto, se por causa da comida, ou qualquer outra questão, o nossoirmão está machucado, nós já não andas segundo o amor.

    É ferido traduz lup , que tem o significado básico de causar dor, angústia ou tristeza. Ele é usado por João para descrever a reação de Pedro quando Jesus perguntou: "lhe terceira vez: Simão, filho de João, tu me amas? '" E "Entristeceu-se Pedro" ( Jo 21:17 ). Ele ainda é usado do Espírito Santo, que se entristece quando pecamos ( Ef 4:30 ).

    É lamentável quando os cristãos são prejudicados pelos incrédulos. Mas é trágico quando os cristãos ferir um irmão Cristão, especialmente sobre assuntos que não são inerentemente errado. Um cristão fraco pode ser ferido ou angustiado de ver outro cristão dizer ou fazer algo que ele considera pecaminoso. A dor é mais profunda, se o crente agressor é admirado e respeitado por um mais fraco. Um cristão fraco também pode ser ferido quando, por palavras ou por exemplo, ele é levado por um irmão mais forte para ir contra as convicções de sua própria consciência. Essa é de longe a maior ofensa. Sendo chateado com o que outro cristão não pode certamente machucar, mas isso dói não é quase tão grave e prejudicial quanto a mágoa de consciência de um crente sobre o que ele mesmo fez. Ele sofre sentimentos de culpa, e perde muito de sua paz de espírito, sua alegria, seu testemunho, e talvez até mesmo a sua certeza da salvação. Um cristão cujo uso da sua liberdade descuidada faz com que tal mágoacom outros crentes é não andar de acordo com amor.

    Após a cautela citados acima I Coríntios 8 , Paulo continua a dizer que um crente forte que faz com que um irmão mais fraco tropeçar, indo contra a sua consciência não é só falta de amor, mas comete o pecado contra o irmão e contra o próprio Senhor. "Comida não nos há de recomendar a Deus; não somos nem o pior, se não comermos, nem melhores se comermos Mas tome cuidado,.", Ele adverte, "para que esta vossa liberdade de alguma forma tornar-se uma pedra de tropeço para os fracos . Porque, se alguém te vê, que têm conhecimento, jantando em templo de ídolo, não sua consciência, se ele é fraco, ser reforçado para comerem coisas sacrificadas aos ídolos? Para através de seu conhecimento que ele que é fraco está arruinada, o irmão de quem Cristo morreu E assim, por pecar contra os irmãos e ferindo-lhes a consciência quando fraca, pecais contra Cristo. "( 1 Cor. 8: 8-12 ).

    Paulo não é, claro, falando de "arruinado", no sentido da condenação, porque é isso que os crentes são eternamente salvos de. Ele está falando da perda de tais coisas como os já mencionados-paz de espírito, alegria, testemunho e certeza da salvação. A melhor salvaguarda contra a afligir a consciência de outro crente é determinar a fazer o oposto do que a pessoa insensível e sem amor faz: a andar sempre de acordo com amor.

    Não Devastate seu irmão

    Não destrua com tua comida aquele por quem Cristo morreu. ( 14:15 b)

    Um terceiro princípio para a criação, em vez de prejudicar os crentes mais fracos não é a devastar-los espiritualmente. Como mencionado no início deste capítulo, os seis princípios ou diretrizes em versos 13:23 sobrepõem e não são completamente distintos ou separáveis. Enquanto esta terceira advertência é muito parecido com o segundo, é consideravelmente mais forte.

    Apollumi ( destruir ) refere-se a proferir devastação. Mas, como o estudioso grego observou WE Vine, explica: "A ideia não é extinção, mas ruína, perda, não de ser, mas de bem-estar" ( Um Dicionário Expositivo de Palavras do Novo Testamento [Westwood, NJ: Revel, 1940]). O termo é muitas vezes usada no Novo Testamento para indicar a condenação eterna (ver, por exemplo, Mt 10:28. ; Lc 13:3 ; Rm 2:12. ), que se aplica aos incrédulos. Mas mesmo com esse significado da palavra não pode ser conotada extinção, como aniquilacionistas reclamar, mas de calamidade em vez espiritual que vai continuar para sempre.

    Para destruir ... aquele por quem Cristo morreu, não é para causar sua condenação, mas a devastar a sério seu crescimento espiritual. Quando Jesus disse: "Não é da vontade de vosso Pai que está nos céus, que um destes pequeninos perecer [ apollumi ] "( Mt 18:14 ), o contexto deixa claro que "estes pequeninos" são crentes. Eles têm sido "convertam e se tornem como crianças" ( v. 3 ) e "acreditar em mim" ( v. 6 ). Jesus não estava preocupado com a perda da salvação, mas sobre a sua perda de bem-estar espiritual, que, embora não seja uma perda eterna, é uma lesão que o Senhor considera ser extremamente grave. Mesmo para "desprezar um daqueles pequeninos" ( v. 10 ) por quem Cristo morreu é uma grande ofensa a Deus.

    Também é importante notar que a frase por quem Cristo morreu é aqui utilizado para descrever os crentes. Isto é comumente chamado expiação limitada, ou redenção particular, a idéia de que Cristo sacrificou Sua vida na cruz só em nome dos eleitos que vêm a fé.

    Certamente a expiação em seu sentido último e pleno é limitada aos eleitos, mas o Novo Testamento está repleto de declarações de que o sacrifício de Cristo foi suficiente para cobrir o pecado de cada ser humano. Nos seguintes cotações, itálico foram adicionados para dar ênfase de que a verdade. João Batista proclamou Jesus como "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! " ( Jo 1:29 ). Jesus disse de si mesmo ", que todo aquele que crê pode Nele [o Filho do homem] tenha a vida eterna ", e que" Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que crê n'Ele não pereça, mas tenha a a vida eterna "( João 3:15-16 ). "Eu sou o pão vivo que desceu do céu", disse Jesus; e "se alguém comer deste pão, viverá para sempre; eo pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne "(Jo 6:51 ).

    Paulo já deixou claro em Romanos que " Quem quer que invocar o nome do Senhor será salvo "( 10:13 ). Em outro lugar, ele diz com igual unambiguity, que "o amor de Cristo nos constrange, tendo concluído este, se um morreu por todos, logo todos morreram "( 2Co 5:14 ), "Deus, nosso Salvador, ... deseja que todos os homens para serem salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual se deu em resgate por todos, o testemunho dado na hora certa " ( 1 Tim. 2: 3-6 ), e que "temos posto a nossa esperança no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis "( 1Tm 4:10. ).

    Pedro advertiu contra "entre vós falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição "( 2Pe 2:1 ), e que "nós vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho para ser o Salvador do mundo "( 4:14 ).

    A provisão de Deus de uma expiação sem limite é prefigurado no Antigo Testamento. Quando o sumo sacerdote, uma vez por ano, fez um sacrifício no Dia da Expiação, o Yom Kippur, ele o fez em nome de "todos os povos da montagem", isto é, todos os israelitas ( Lv 16:33 ). O escopo do sacrifício era ilimitada em sua suficiência, mas limitada na sua aplicação. Este acto não limpar os pecados, mesmo de crentes judeus, mas prefigurada futura oferta de expiação de Deus pelo Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, que se sacrificou pelos pecados de todo o mundo e aplicá-la aos eleitos.

    Não perca a sua Testemunha

    Portanto, não deixe que o que é para você uma coisa boa ser falado de como o mal; para o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Pois aquele que, desta forma serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens. Então vamos buscar as coisas que servem para a paz e para a edificação de um outro. ( 14: 16-19)

    Uma quarta Proposito para construir ao invés de ferir os crentes mais fracos é para evitar perder o nosso testemunho diante do resto do mundo.
    É possível assim abusar da nossa liberdade em Cristo em relação a outros crentes que criamos conflitos dentro da igreja que dar a causa mundo para criticar e condenar aqueles que afirmam deter o amor fraternal em tão alta estima. Por isso, Paulo diz, não deixar que o que é para você uma coisa boa ser falado de como o mal.

    Embora ele traz muita bênção e prazer para aqueles que entendem e exercê-lo corretamente, a liberdade cristã não é simplesmente não para o nosso próprio benefício e, certamente, para o nosso abuso egoísta. É um dom da graça de Deus e um maravilhosamente coisa boa. Mas como todos os outros bênção divina, pode ser mal utilizado de maneiras que estão fora de, e muitas vezes contrária, os propósitos de Deus. Esta coisa boa de liberdade deve ser usado com cuidado, com amorosa solicitude por nossos irmãos mais fracos e com uma preocupação com seu testemunho ao mundo incrédulo. Ele não deve fazer com que esses irmãos a tropeçar, ser triste, ou prejudicado de forma alguma; e ele nunca deve dar ao mundo assistindo uma desculpa para que ele ser falado de como o mal.

    Conforme relatado em Atos 15 , o Concílio de Jerusalém denunciou com veemência a insistência dos judaizantes que "É necessário circuncidar [crentes gentios], e encaminhá-los para observar a Lei de Moisés" ( v. 5 ). Mas também foi decidido que deve ser tomado cuidado para não ofender as consciências ou de crentes judeus ou gentios que estavam fracos. Conseqüentemente, o grupo enviou uma carta às igrejas aconselhando "que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação, se vos guardardes livre de tais coisas, você vai fazer bem" ( At 15:29 ).Fornication aparentemente era um problema moral em muitas das igrejas e foi proibido porque é flagrante pecado. Mas os outros três proibições tinha a ver com a lei religiosa e cerimônia, tanto judeus e pagãos.

    Como mencionado anteriormente, muitos crentes gentios não poderia trazer-se a comer carne que tinha sido usado em um ritual pagão. Paulo cuidadosamente tratadas com esse problema em sua primeira carta a Corinto, que, como se poderia imaginar, incluía muitos gentios convertidos que continuou a ter contato social com os gentios incrédulos, bem como com outros crentes. Por isso, o apóstolo aconselhou-os:

    Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam. Ninguém busque o seu próprio bem, mas o de seu vizinho. Coma tudo o que é vendido no mercado de carne, sem fazer perguntas por causa da consciência; porque a terra é do Senhor, e tudo o que ele contém. Se um dos incrédulos convida você, e você quiser ir, comer qualquer coisa que se coloca diante de você, sem fazer perguntas por causa da consciência. Mas, se alguém deveria dizer a você: "Esta é a carne sacrificada aos ídolos", não comê-lo, para o bem de quem te informado, e por causa da consciência; Eu não significa que sua própria consciência, mas o outro o do homem; por que é minha liberdade julgada pela consciência de outrem? Se eu com gratidão participo, por que sou caluniado, relativa a esse por que dou graças? Se, então, você comer ou beber ou façais outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus. Dê sem ofensa nem a judeus ou gregos ou para a igreja de Deus. ( 1 Cor. 10: 23-32 )

    A situação era a seguinte: Um forte e um cristão fraco, por vezes, iria para o jantar na casa de um gentio descrente. Quando o anfitrião serviu a refeição, ele pode mencionar que a carne tinha sido usado em um sacrifício pagão. O crente fraco seria imediatamente perturbado e dizer ao outro crente que ele não poderia, em sã consciência comer essa carne. Por amor a seu irmão mais fraco, o cristão forte iria se juntar ao recusar-se a comer a carne, a compreensão de que é melhor para ofender um descrente do que um irmão. Embora esse ato incomum e altruísta de amor possa ofender temporariamente o anfitrião descrente, ele também pode ser usado pelo Espírito para mostrar a profundidade do amor cristão e atraí-lo para o evangelho.

    Dupla mensagem de Paulo era, com efeito, "Não peço desculpas por ou renunciar a sua liberdade em Cristo, e não deixe que a sua própria consciência ser incomodado. Aproveite sua liberdade com alegria e gratidão, porque é um dom precioso de Deus . Mas, por outro lado, estar disposto a qualquer momento para desistir do exercício da sua liberdade se ele pode causar dano espiritual de um crente ou tornar-se uma ofensa desnecessária a um incrédulo. Antes de a igreja e perante o mundo, é muito mais importante para demonstrar o nosso amor do que a nossa liberdade. " Ele disse à igreja de Corinto: "Porque ainda que eu esteja livre de todos, eu me fiz escravo de todos, para que eu possa ganhar o mais" ( 1Co 9:19 ).

    Muitos cristãos judeus, por causa das restrições de Mosaic ao qual haviam sido levantadas, não poderia trazer-se a comer carne que ainda continha sangue nem podiam comer carne de um animal que havia sido morto por estrangulamento. Quando um judeu crente fraco encontrou-se em uma refeição onde essa carne estava sendo servido, todo o crente mais forte que estava presente deve, por amor a seu irmão, também se recusam a comer.
    Tal exercício cuidadoso da liberdade cristã é vital para a unidade da Igreja e para o testemunho da igreja antes e para o mundo incrédulo. Abandonando a liberdade é uma pequena concessão para fazer para o bem de ambos os crentes e potenciais crentes, para o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.

    Quando esses três atributos caracterizar indivíduos cristãos e da igreja local em que eles adoram e através dos quais eles servem, a obra de Cristo é avançado e abençoado no Espírito Santo.

    A justiça em nossa vida diária deve ser sempre mais precioso para nós do que o exercício das nossas liberdades. Mesmo que essas liberdades são dadas por Deus, devemos buscar continuamente a ser "cheios do fruto de justiça, que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus" ( Fp 1:11 ) e para sempre estar vestindo "o couraça da justiça "( Ef 6:14 ).

    Paz na-igreja amorosa, relacionamento tranquilo de crentes que estão mais interessados ​​em servir aos outros do que em agradar a si mesmos, também é mais importante do que as liberdades individuais e é um poderoso testemunho para o mundo incrédulo. É um fruto do Espírito ( Gl 5:22 ). O povo de Deus é chamado para "ser dedicado a um ao outro em amor fraternal, dar preferência a um outro em honra; não ficar para trás em diligência, fervorosos no espírito, servindo ao Senhor; alegrai-vos na esperança, perseverantes na tribulação, dedicado à oração, contribuindo às necessidades dos santos, praticando a hospitalidade "( Rm 12:10-13. ; cf. Jc 3:17 ). Essas são as marcas de uma verdadeira paz.

    Assim como a paz, a alegria dos crentes é um produto da justiça. É ao mesmo tempo um mistério e uma forte atração para o mundo e é muitas vezes usado pelo Espírito Santo para chamar homens e mulheres para Cristo. Também como a paz, a alegria é um fruto do Espírito. Mesmo no meio de dificuldades e perseguições, somos capazes de ter, e deve sempre procurar, "a alegria do Espírito Santo" ( 1Ts 1:6 ).

    O próprio Paulo exemplificou os princípios altruístas Ele recomenda nesta passagem. Ele reconheceu, por exemplo, o seu direito de ter uma esposa e a ser pago para o seu ministério ( 1 Cor. 9: 5-6 ). No entanto, "nós não usamos deste direito", explicou ele, "mas nós suportar todas as coisas, para que possamos causar nenhum obstáculo ao evangelho de Cristo" ( v. 12 ).

    Então, Paulo continua, vamos buscar as coisas que servem para a paz e para a edificação de um outro. A humildade, o amor altruísta, e compaixão para com as necessidades dos outros estão entre as coisas que servem para a paz. No discurso de encerramento de sua segunda carta a Corinto, Paulo disse: "Finalmente, irmãos, regozijai-vos, ser completo, ser consolada, mesma mentalidade, viver em paz; e o Deus do amor e da paz estará convosco" ( . 2Co 13:11 ). Uma parte indispensável do testemunho fiel é "ser diligente para preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz" ( Ef 4:3 ). Portanto, não é apenas um delito grave contra um irmão mais fraco para fazê-lo tropeçar, mas uma ofensa grave contra os propósitos de Deus.

    Gostaríamos de considerar-se um crime terrível para alguém desfigurar um quadro de Rembrandt, para quebrar uma escultura de Michelangelo, ou para esmagar um violino Stradivarius. Como infinitamente pior é para derrubar uma obra de Deus, um homem "por quem Cristo morreu" ( Rm 14:15 ).

    "Ao pecar contra os irmãos e ferindo-lhes a consciência quando fraca, pecais contra Cristo", Paulo escreveu que ele castigou os crentes imaturos e auto-indulgente em Corinto. "Por isso, se a comida fizer tropeçar a meu irmão", disse de si mesmo: "Eu nunca vou voltar a comer carne, que eu não poderia fazer meu irmão tropeçar" ( 1 Cor. 8: 12-13 ).

    O apóstolo nos lembra mais uma vez que ele não está falando sobre coisas pecaminosas e impuros, mas com as liberdades discricionários que são bons presentes de Deus. Todas essas coisas de fato são limpos e bons em si mesmos (cf. vv. 14 , 16 ). O perigo é que, quando eles são exercidas de forma egoísta e descuidada pelos cristãos fortes, essas mesmas bênçãos pode tornar-se mal para o homem que come e dá ofensa.

    Portanto, é bom não comer carne, nem beber vinho, que são, em si bom, ou de fazer qualquer coisa mais que é bom em si mesmo, por que teu irmão tropece, porque tal tropeço dificulta o trabalho de Deus em e através de que crente . Deus está se esforçando para construir esse crente up ( Ef. 4: 11-15 ), enquanto estamos rasgando-o para baixo. Isso é impensável!

    Como observado anteriormente, Paulo não está proibindo toda consumo de bebidas alcoólicas, que nem o velho nem Novo Testamento proíbe. Deve também notar-se que o vinho comum bebido por judeus da dia foi altamente diluída com água e tinha um baixo teor de álcool. Mas, se Paulo considerado o consumo de vinho a ser pecaminoso em si mesmo, não faria sentido para usá-lo como uma ilustração de práticas discricionárias, nonsinful. (Para uma discussão mais detalhada sobre este assunto, consulte o autor Efésios nesta série comentário , pp. 229-44).

    As preocupações temáticas que fazem qualquer coisa em tudo em que teu irmão tropece. O prazer de comer alimentos ofensivo ou bebida, ou o prazer de fazer qualquer outra coisa nossa liberdade nos permite fazer, é absolutamente trivial comparado com o bem-estar espiritual de um irmão ou irmã em Cristo. É pior do que trivial. Torna-se, na verdade, pecadora, se temos razão para acreditar que pode fazer com que um dos pequeninos por quem Cristo morreu a tropeçar.

    Não denunciam ou Flaunt sua liberdade

    A fé que tens, tem como sua própria convicção diante de Deus. Feliz é aquele que não se condena naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque não come de fé; e tudo o que não é de fé é pecado. ( 14: 22-23 )

    A sexta e última razão para o exercício da nossa liberdade com grande cuidado é que pode prejudicar até mesmo nós mesmos quando não vêem a nossa liberdade a partir da perspectiva de Deus. Nós perder a perspectiva de que divino quando denunciamos ou menosprezar as coisas boas que Ele nos deu, ou quando, no outro extremo, temos lovelessly ostentam nossa liberdade sem se preocupar com a forma como afetam os outros.

    O versículo 22 , obviamente, é direcionado para o cristão forte, aquele que entende e aprecia a sua liberdade. O conselho de Paulo para ele é simples e direta: A fé que tens, tem como sua própria convicção diante de Deus. Feliz é aquele que não se condena naquilo que aprova. Quando, por sincera  e uma correta compreensão da Escritura, temos uma convicção diante de Deus que um costume, uma prática, ou uma atividade vale a pena e bom, que não se atrevem a denunciá-la como pecaminoso. Também não devemos permitir que a nossa consciência para condenar -nos para exercê-lo, com estipulação repetido de Paulo de que temos o prazer de abrir mão de que a liberdade por causa de um irmão ou irmã em Cristo.

    O versículo 23 , assim como, obviamente, é direcionado para o fraco cristão, aquele cuja consciência ainda é ofendido por certas transições religiosas de sua antiga vida. E o conselho do apóstolo com ele é tão simples e direta: aquele que duvida é condenado se comer, porque não come de fé; e tudo o que não é de fé é pecado. A estipulação correspondente é que, assim como o crente forte comete pecado, fazendo com que um irmão fraco para ir contra sua própria consciência, os fracos irmão pecar, é condenado, quando, ao contrário das convicções de seu própria fé, ele sucumbe ao que a sua consciência condena.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Romanos Capítulo 14 do versículo 1 até o 23

    Romanos 14

    Respeito pelos escrúpulos — Rm 14:1 Tolerância com as opiniões alheias — Rm 14:2-4

    Aqui surge um dos pontos definidos em debate na 1greja de Roma. Havia aqueles que não observavam nenhuma regra com respeito a comidas e a tabus e comiam qualquer coisa; os que conscientemente se abstinham de comer carne, que só comiam vegetais.

    Existiam no mundo antigo muitas seitas e religiões que observavam as mais estritas leis alimentares. Os próprios judeus as possuíam. Levítico 11 dá uma lista dos animais que se pode comer e dos que não se podem. Uma das seitas judias mais estritas eram os essênios. Eles em suas comunidades, realizavam comidas comunais para as quais se banhavam e usavam objetos especiais. As comidas eram especialmente preparadas por sacerdotes, e, a menos que essas comidas estivessem assim preparadas não as comiam.

    No mundo pagão, os pitagóricos tinham suas próprias leis distintivas sobre comidas. Pitágoras ensinava que a alma de um homem era uma deidade caída que tinha ficado confinada em um corpo como em uma tumba. Cria na reencarnação através da qual a alma podia habitar num homem, num animal, ou numa planta, numa cadeia interminável de seres. A libertação dessa cadeia, achava-se mediante a absoluta pureza e a disciplina; e esta disciplina incluía o silêncio, o estudo, a autocontemplação e a abstenção de toda carne. É correto afirmar que em quase todas as congregações cristãs, achavam-se alguns que observavam leis especiais sobre mantimentos.
    Aqui aparece novamente o mesmo problema. Dentro da Igreja havia um partido estrito, estreito, e um partido mais amplo e liberal. Paulo expõe sem equívocos o perigo que poderia apresentar-se. Quase com certeza, o partido liberal desprezaria os escrúpulos do partido estrito, e, mais certamente, o partido estreito emitiria juízos censurando o que cria ser uma lassidão do partido liberal. Esta é uma situação tão real e arriscada na 1greja de nossos dias, como o era nos tempos de Paulo.
    Para encarar este problema, Paulo estabelece um grande princípio. Ninguém tem direito a criticar o servo de outro. O servo responde só a seu amo. Agora, todos os homens são servos de Deus. Não temos direito de criticá-los, achar falhas neles, e muito menos, condená-los. Esse direito só pertence a Deus. Não é por nosso juízo que um homem se eleva ou cai; é pelo juízo de Deus. E, continua, Paulo, se um homem vive honestamente segundo seus princípios, tal como o entende, Deus pode capacitá-lo para manter-se firme.
    Há na 1greja quantidade de congregações que se dividiram em duas porque os que sustentam opiniões mais amplas e liberais, são rudemente desdenhosos com aqueles que consideram conservadores retrógrados e puritanos, enquanto os mais estritos, são críticos e condenatórios em suas apreciações para com aqueles que se crêem com direito de fazer coisas que eles consideram más. Não corresponde a nós criticar e condenar uns aos outros.

    "Rogo-lhes pelas vísceras de Cristo", disse Cromwell aos rígidos escoceses de seus dias, "que pensem que é possível que estejam equivocados."

    Devemos eliminar da comunidade da Igreja tanto a censura como o menosprezo. Devemos deixar a Deus o juízo de outros, e buscar só simpatias e entendimentos.

    DIFERENTES CAMINHOS PARA UMA MESMA META

    Romanos 14:5-6

    Aqui Paulo introduz outro tema em que os partidos liberal e estrito podem diferir. Os mais rígidos dão grande importância à observância do dia especial. Esta era, por certo, uma característica dos judeus. Mais de uma vez, Paulo teve que preocupar-se com pessoas que faziam um fetiche do dia especial. Aos Gálatas escreveu: “Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco” (Gálatas 4:10-11). Escreve também aos colossenses: “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo” (Col. 2:16-17).

    Os judeus tinham feito uma tirania do sábado, rodeando-o de um matagal de regras e regulamentos e proibições. Não era que Paulo queria eliminar o dia do Senhor — longe disso; mas temia uma atitude que de fato fazia consistir o cristianismo na observância de um determinado dia. O cristianismo é muito mais que a observância do dia do Senhor.
    Quando a famosa missionária Maria Slessor, passou três solitários anos em meio da selva, freqüentemente os dias se mesclavam, já que não tinha calendário. Uma vez a acharam realizando os cultos na segunda— feira, e, outra vez, acharam-na um domingo martelando no telhado, convencida de que era segunda-feira. Ninguém pode argumentar que os serviços de Maria Slessor foram menos válidos porque foram realizados numa segunda-feira; ou que ela houvesse de algum modo quebrantado os mandamentos porque estivesse trabalhando num domingo.

    Paulo nunca teria negado que o dia do Senhor é um dia precioso e que, com efeito, na prática, é o dia que deve ser ofertado a Deus, mas teria insistido igualmente em que, nem sequer o dia do Senhor deve converter-se numa tirania, e muito menos transformar-se em um fetiche; não é o dia que devemos adorar, mas Àquele que é Senhor de todos os dias.
    Ainda assim, a despeito de tudo isso, Paulo roga que reine a simpatia entre os irmãos mais liberais e os mais estreitos. Seu ponto de vista é que, não importa quão diferentes sejam as práticas, suas metas são as mesmas. Em suas diferentes atitudes para com os dias, ambos crêem servir a Deus; quando se sentarem a comer, um come carne e o outro não, mas ambos dão graças a Deus. Faremos bem em lembrar isto. Se tento chegar desde Glasgow a Londres, há muitas rotas que posso usar. Não estou constrangido a escolher uma em particular. Posso, com efeito, chegar ali sem usar meia milha que use outro homem. Paulo advoga por que a meta comum nos una, e que não permitamos que as diferentes práticas nos dividam.
    Mas Paulo insiste numa coisa. Qualquer que seja o curso que alguém escolha, deve fazê-lo com plena convicção. Suas ações devem ser ditadas, não pelo costume, muito menos pela superstição, mas sim pela convicção. Não devemos fazer coisas simplesmente porque outros as fazem, e simplesmente porque seja "o que se faz". Não devemos fazê— las porque, no íntimo de nosso coração, estamos governados por um sistema de tabus semi supersticiosos. Devemos fazê-las por ter meditado e ter alcançado a convicção de que ao menos para nós, são o que corresponde fazer.

    E Paulo poderia ter agregado a isto algo mais — que ninguém pode fazer de sua própria prática a norma universal para todos os outros. Esta é, com efeito, uma das calamidades da Igreja; estamos tão inclinados a pensar que nossa maneira de adorar, nossa prática, são a única maneira de adorar e a única prática.

    T. R. Glover em algum lado cita uma declaração de Cambridge: "Qualquer coisa que sua mão encontre para fazer faça-a com todas suas forças, mas lembra que algum pensa diferente." Faríamos bem em lembrar que, em muitos assuntos, é um dever ter nossas próprias convicções, mas que igualmente é um dever permitir a outros que tenham as suas, sem considerá-los como pecadores e párias.

    A IMPOSSIBILIDADE DO ISOLAMENTO

    Romanos 14:7-9

    Aqui Paulo estabelece a grande verdade de que é impossível viver uma vida de isolamento. Não existe neste mundo tal coisa como um indivíduo completamente isolado. Isto é, com efeito, duplamente certo. "O homem", diz M'Neile Dixon, "tem uma relação com os deuses e uma relação com os mortais." Nenhum homem pode desentender-se com seus semelhantes nem de Deus.
    O homem não pode desligar-se de seus semelhantes em três sentidos.

    1. Não pode isolar-se do passado. Ninguém se tem feito totalmente a si mesmo. "Sou uma parte", dizia Ulisses, "de tudo o que encontrei." O homem é um receptor de tradições, de descendência de uma herança. É um amálgama de tudo o que seus antepassados dele fizeram. É certo que ele mesmo contribui a tal amálgama; mas não parte de zero. Para bem ou para mal, vem da base de tudo o que o passado lhe legou. Uma nuvem invisível de testemunhas, não só o rodeia, mas também habita nele. Um homem não pode dissociar-se do tronco de que emerge e da rocha da que foi desprendido.
    2. Tampouco pode isolar-se do presente. Vivemos em uma civilização que diariamente está estreitando mais e mais os vínculos entre os homens. Ninguém pode fazer nada, que só o afete a ele mesmo.

    Tem o terrível poder de fazer a outros felizes ou tristes por meio de sua conduta; tem o poder ainda mais terrível de fazer bem ou mal a outros com sua conduta. De todo homem surge uma influência que torna mais fácil para outros tomar o bom caminho ou o caminho mau. Os atos de todo homem têm conseqüências que afetam mais ou menos de perto a outros homens. O homem está preso no feixe da vida, e dele não pode escapar.

    1. Não pode isolar-se do futuro. Assim como recebe a vida, o homem a transmite. Entrega a seus filhos uma herança de vida física e de caráter espiritual. O homem não é uma unidade auto-suficiente e individual, é só um elo de uma cadeia.

    Alguém conta de um jovem que vivia despreocupadamente e que começou a estudar biologia. Através do microscópio, observava algumas dessas coisas vivas que se pode observar vivendo, morrendo e gerando a outras num momento. Ele se levantou do microscópio. "Agora o vejo", disse. "Eu sou um elo da cadeia e já não serei mais um elo fraco."

    É nossa terrível responsabilidade que deixemos algo de nós mesmos no mundo ao deixar em outros algo de nós mesmos. O pecado seria muito menos terrível se afetasse só ao que o comete. O terrível de todo pecado é que começa uma nova corrente de maldade no mundo.

    Mas, menos ainda pode alguém desprender-se de Jesus Cristo.

    1. Nesta vida, Jesus Cristo é para sempre uma presença viva. Não precisamos falar de viver como se Cristo nos visse; Cristo nos vê. Toda vida se vive diante de seus olhos. O homem não pode escapar do Cristo ressuscitado e sempre vivo, mais do que pode escapar de sua própria sombra. Não há lugar onde possa deixar para trás a Cristo, e não pode fazer nada sem ser visto.
    2. Nem sequer a morte rompe essa presença. Neste mundo vivemos na presença invisível de Cristo; no próximo o veremos em sua presencia real e viva. A morte não é o abismo que termina na extinção; é a porta que leva a Cristo.

    Nenhum ser humano pode seguir uma política de isolamento. Está unido ao resto dos homens e ligado a Cristo por laços que nem o tempo nem a eternidade podem romper. Não pode viver para si, nem morrer para si.

    OS HOMENS SOB JUÍZO

    Romanos 14:10-12

    Há uma razão fundamental, básica por que não temos direito de julgar a outros; e essa razão é que nós mesmos estamos sob o juízo. É a própria essência da humanidade que nós não sejamos os juízes, mas os julgados. Para provar isto, Paulo cita Is 45:23. Este era um pensamento com aquele que todo judeu estaria de acordo. Há uma declaração rabínica: "Não deixe que sua imaginação te faça crer que a tumba é um refúgio; por mandato foste feito, por mandato nasceste, por mandato vives, por mandato morres e por mandato deves agir e reconhecer o Rei dos reis, o Santo, bendito seja." A única pessoa que tem direito a julgar alguém é Deus e, menos que ninguém, o homem, que deverá confrontar no tribunal o juízo de Deus, tem direito alguém de julgar a um semelhante que também estará perante esse tribunal.

    Justamente antes disto Paulo tinha estado refletindo sobre a impossibilidade de uma vida isolada. Mas há uma situação em que o homem está isolado, e é quando o homem deve comparecer perante o trono do juízo de Deus.
    Nos antigos tempos da república romana, na esquina do Fórum mais afastada do Capitólio, estava o tribunal, o assento da justiça, onde o pretor urbano se sentava a administrar justiça. Nos tempos de Paulo, a justiça requeria mais de um assento; de modo que também nas grandes basílicas, nos grandes pórticos de colunas ao redor do Fórum, os magistrados sentavam-se para administrar justiça. O romano conhecia muito bem o espetáculo que oferecia um homem, de pé em frente do assento da justiça. Isto é o que acontece a todo homem; e é um juízo que cada qual deve confrontar sozinho.

    Às vezes, neste mundo, pode usar-se méritos de outra pessoa. Muitas vezes um jovem se salvou de alguma pena ou condenação, por consideração de seus pais; muitas vezes um marido foi perdoado por consideração a sua esposa ou seu filho; mas no juízo perante Deus, o homem comparece sozinho. Às vezes, quando morre algum grande, o ataúde, no serviço fúnebre, está na frente da congregação que chora por ele sobre ele jazem suas togas acadêmicas, ou as insígnias de suas dignidades oficiais; mas não pode levá-las consigo. Nus viemos ao mundo, e nus o abandonamos. Comparecemos perante Deus na terrível solidão de nossa alma; a Deus não podemos levar nada mais que o eu e o caráter que estivemos construindo na vida.
    Mas não é esta ainda toda a verdade. Não estamos sozinhos perante o tribunal de Deus, porque a nosso lado está Jesus Cristo. Não precisamos ir despojados de tudo; podemos ir revestidos com os méritos que lhe pertencem.
    Collin Brooks, o famoso escritor e jornalista, escreve em um de seus livros: "Deus pode ser mais bondoso do que pensamos. Se não puder dizer: 'Bem, servo bom e fiel!', pode ser que enfim exclame: 'Não se preocupe, servo mau e infiel; não me desagrada totalmente'."

    Esta foi uma curiosa maneira de declarar sua fé; mas não é só isso. Não é que Deus simplesmente não se desgoste, é que, pecadores como somos, ama-nos pela graça de Jesus Cristo nosso Senhor. Verdade é que, devemos confrontar o juízo perante Deus sozinhos, na nudez de nossas almas; mas se tivermos vivido com Cristo na vida, estaremos a seu lado na morte, e, diante de Deus, ele será nosso advogado defensor.

    O HOMEM E A CONSCIÊNCIA DE SEU PRÓXIMO

    13 45:14-16'>Romanos 14:13-16

    Os estóicos estavam acostumados a ensinar que existem muitas coisas que eles chamavam adiafora, isto é, indiferentes. Essas coisas, em si mesmos, eram completamente neutras, não eram nem boas nem más. Tudo depende — diziam — do cabo por onde alguém tome. Esta é uma profunda verdade. Um quadro para um estudante de arte pode ser uma obra de arte; para outra pessoa pode parecer um desenho obsceno. Uma discussão, para um grupo de pessoas, pode ser uma experiência interessante, estimulante da mente; para outros, a mesma discussão pode parecer uma sucessão de heresias, e inclusive blasfêmias. Uma atividade, uma diversão, um prazer ou um passatempo, pode parecer para alguns algo genuinamente inofensivo e para outros uma coisa proibida. Mais ainda, há prazeres que não são perigosos para alguns, mas para outros podem significar a ruína. As coisas em si, não são nem limpas nem sujas; seu caráter está determinado pela pessoa que a vê ou a faz.

    Paulo chega a esta conclusão aqui. Há certas coisas a fazer que a pessoa forte na fé pode não ver dano algum; mas se as vê serem feitas por uma pessoa com uma posição mais escrupulosa e estreita, sua consciência será comovida ou ferida; e se tal pessoa fosse persuadida a fazê-las, sua consciência se veria ultrajada e violada.
    Podemos tomar um exemplo muito simples. Um homem poderá genuinamente não ver nenhum mal no fato de jogar algum jogo ao ar livre no domingo, e pode estar certo, mas a consciência de outro homem, pode ser escandalizada por uma coisa assim, e, se o persuadisse a tomar parte nele, todo o tempo estaria acompanhado do furtivo e perseguidor sentimento de estar fazendo algo mau.
    Há muitos prazeres e passatempos que alguém pode estar genuína e sinceramente convencido por princípio de que são inteiramente legítimos, mas a pessoa mais escrupulosa e estreita os verá como pecados, e, se fosse persuadida a tomar parte neles, não poderia livrar-se do sentimento de estar participando de um pouco proibido.
    O conselho de Paulo é muito claro. É um dever cristão pensar em tudo, não como nos afeta, mas também como afeta a outros. Agora, notemos que Paulo não diz que devamos sempre deixar que nossa conduta seja dominada e ditada pelas opiniões, ou até os preconceitos de outros; há questões que são essencialmente questões de princípios, e nelas a pessoa deve escolher seu próprio caminho. Mas há muitas coisas que são neutras ou indiferentes; há muitas coisas que não são em si mesmos nem boas nem más; há muitíssimas coisas que são realmente prazeres e passatempos, hábitos e costumes, que a pessoa não precisa fazer, a menos que queira. Não são partes essenciais da vida e da conduta; pertencem ao que poderíamos chamar extras da vida, e, é a convicção de Paulo, que em tais coisas, não temos o direito de ofender a um irmão mais escrupuloso. Não temos direito de afligir e ultrajar sua consciência pelo ato de nós mesmos fazê-las ou persuadindo a essa pessoa que as faça.

    A vida deve ser guiada pelo princípio do amor; se fizermos isto, nosso guia na vida será pensar, não tanto em nossos supostos direitos a fazer o que quisermos, como em nossas responsabilidades para com os outros. Não temos direito a afligir a consciência de outro nas coisas que realmente não importam. A liberdade cristã nunca deve ser usada como uma desculpa para atropelar os sentimentos genuínos de outros. Nenhum prazer é tão importante que justifique o ofender e angustiar e até causar a ruína de outros.
    Agostinho costumava a dizer que toda a ética cristã, podia incluir-se no dito "Ame a Deus e faça o que quiser." Em certo sentido é verdade, mas o cristianismo não consiste só em amar a Deus, consiste também em amar o próximo como a nós mesmos.

    O PERIGO DA LIBERDADE CRISTÃ

    Romanos 14:17-20

    Em essência Paulo trata aqui do perigo e abuso da liberdade cristã. Para um judeu, especialmente, a liberdade cristã tinha seus perigos. Toda sua vida, tinha sido regulada por uma multiplicidade de regras e regulamentações. Tais coisas eram impuras e tais coisas eram puras. Tais animais não deviam ser comidos e tais animais podiam ser comidos; tais leis de purificação deviam ser observadas. Quando o judeu chegou ao cristianismo, viu que de repente eram abolidas todas as regras e regulamentações, e o perigo era que interpretasse a liberdade cristã como liberdade para fazer exatamente o que quisesse. Os homens devem lembrar que a liberdade cristã e a caridade cristã devem ir de mãos dadas, devem aferrar-se à verdade de que a liberdade cristã e o amor fraternal e a consideração mútua estão intimamente ligados.
    Paulo lembra a seu povo que o cristianismo, o Reino dos céus, não consiste em comer ou beber o alguém imagina. Consiste em três grandes coisas, todas as quais são essencialmente alheias ao egoísmo.

    Uma é a justiça, e a justiça consiste em dar aos homens e a Deus o que lhes corresponde. Então, o primeiro que devemos oferecer a um semelhante na vida cristã é simpatia e consideração; no momento em que nos transformamos em cristãos, os sentimentos de outros se tornam mais importantes que os nossos próprios; o cristianismo significa colocar primeiro a outros e depois o eu. Não podemos dar a outro o que corresponde e, ao mesmo tempo, fazer o que queremos.

    Logo vem a paz. No Novo Testamento, a paz não significa somente ausência de problemas; a paz não é algo negativo, é intensamente positiva; significa tudo aquilo que tende ao bem supremo do homem. Os próprios judeus freqüentemente pensavam que a paz significava um estado de corretas relações entre homem e homem. Se insistirmos em que a liberdade cristã significa fazer tudo o que queiramos, isto é precisamente um estado de coisas que nunca poderemos alcançar. O cristianismo consiste inteiramente em relações pessoais com os homens e com Deus. A ilimitada liberdade cristã está condicionada pela obrigação cristã de viver em boas relações, em paz, com nossos semelhantes.

    Logo vem a alegria. No cristianismo, a alegria nunca pode ser egoísta. A alegria cristã não consiste em que sejamos felizes, consiste em fazer os outros felizes. Uma mau chamada felicidade que angústia e ofende a outros, não é uma felicidade cristã. Se em sua própria busca da felicidade alguém machuca o coração ou fere a consciência de outro, o fim último de sua busca não será alegria mas tristeza. A alegria cristã não é individualista; é algo interdependente. A liberdade cristã não é liberdade para pisar os sentimentos de outros. O cristão se alegra só quando dá alegria a um semelhante, embora seja à custa de limitações pessoais para ele.

    Quando a pessoa segue este princípio, transforma-se em escravo de Cristo. Eis aqui a verdadeira essência da questão. A liberdade cristã significa que somos livres, para fazer, não o que queremos mas o que Cristo quer. Significa que somos livres, não para fazer algo, mas para nos abster de fazê-lo. Sem Cristo, um homem é escravo de seus hábitos, de seus prazeres, de suas práticas. Não faz realmente o que quer. Faz o que as coisas às quais se mantém sujeito o levam a fazer. Uma vez que o poder de Cristo penetra nele, transforma-se em dono de si mesmo e então, só então, entra em sua vida a plena liberdade. Então somos livres, não para tratar aos homens e para viver como nos dita nossa natureza humana egoísta e tempestuosa, mas sim com a mesma atitude de amor que Jesus mostrou por nós.
    Paulo termina, pois, reafirmando a meta do cristão dentro da congregação.
    (a) Existe a meta da paz; a meta deveria ser que todos os membros da irmandade estivessem em boas relações entre si. Uma Igreja onde há lutas e contendas, onde há disputas e amarguras, onde há divisões e fissuras, perdeu todo direito a chamar-se Igreja. Já não é um fragmento do Reino dos céus, é simplesmente uma sociedade ligada à Terra.

    (b) Logo está a meta da edificação. A descrição da Igreja como um edifício corre ao longo de todo o Novo Testamento. Os membros são pedras dentro do edifício. Tudo aquilo que afrouxa a estrutura da Igreja, está contra Deus; tudo o que a torna mais forte e segura, é de Deus. A tragédia é que, em muitos casos, as pequenas coisas sem importância são as que perturbam a paz da irmandade, questões de leis e procedimentos, de precedentes e prestígios. Uma nova época amanheceria na 1greja se lembrássemos que nossos direitos são muito menos importantes que nossas obrigações, se lembrássemos que, enquanto temos a liberdade cristã, sempre será uma ofensa usá-la como se nos outorgasse o direito de ferir e danificar o coração ou a consciência de outros. A menos que a Igreja seja um conjunto de pessoas que se respeitam mutuamente em amor, não tem direito a chamar-se Igreja.

    RESPEITO PELO IRMÃO MAIS FRACO Romanos 14:21-23

    Mais uma vez voltamos ao tema de que o que é justo para um pode ser a ruína de outro. O conselho de Paulo é muito prático.

    1. Tem conselhos para o homem de sólida fé. Aquele que tem uma fé sólida, sabe que as comidas e bebidas não fazem diferença alguma. Compreendeu o princípio da liberdade cristã. Sendo assim, então, que essa liberdade seja algo entre ele e Deus. Alcançou esse estágio da fé; e Deus sabe bem que o tem feito. Mas essa não é uma razão pela qual ele possa lançar essa liberdade na cara do que ainda não a obteve.

    Muitos insistiram em seu direito de ser livres, e logo tiveram que lamentar o tê-lo feito, quando viram as conseqüências. A pessoa pode chegar à conclusão de que sua liberdade cristã lhe dá perfeito direito a fazer um uso razoável do álcool. E, no que respeita a ele, pode ser um prazer perfeitamente seguro, e não corre perigo alguém. Mas pode ser que um jovem que o admire, observe-o e tome como exemplo. E pode também ser que este jovem seja uma dessas pessoas para quem o álcool é algo fatal, e àquelas que que uma pequena quantidade afeta muito.
    Pode o homem mais velho usar sua liberdade cristã para continuar dando um exemplo que pode ser a ruína do jovem admirador? Ou deve limitar-se, não por si mesmo, mas sim por causa daquele que segue seus passos? Certamente, a limitação consciente por causa de outros, é o mais cristão. Aquele que não a exercita pode encontrar-se com que algo que ele creu genuinamente permissível, trouxe a ruína a algum outro. É certamente melhor limitar-se deliberadamente que ter o remorso de saber que o que alguém considerou um prazer, causou a morte de outra pessoa.
    Várias vezes, em todas as esferas da vida, o cristão se vê confrontado com o fato de que deve examinar as coisas, não só na medida em que o afetam, mas também na medida em que afetam a outros. O homem, em certa medida, é sempre o guardião de seu irmão. É responsável, não só por si mesmo, mas também por todo aquele que esteja em contato com ele.
    "Sua amizade me prejudicou", diz Burns do homem de idade que encontrou em Irvine quando estudava a arte de trabalhar o linho. Queira Deus que ninguém possa dizer isto de nós, por termos usado mal a glória da liberdade cristã!

    1. Paulo tem um conselho para o homem de fé fraco, o homem de consciência escrupulosa. Pode ser que este homem desobedeça ou silencie seus escrúpulos. Pode às vezes fazer algo porque outros o fazem. Pode fazê-lo porque não quer ser a exceção. Pode fazê-lo porque não deseja ser diferente. Pode fazê-lo porque não quer parecer ridículo e impopular. A resposta de Paulo é que, se por qualquer destas razões, um homem desafia a sua consciência, é culpado de pecado. Se a pessoa crer, no fundo de seu coração, que algo é mau, se não puder livrar-se do sentimento certo de que é algo proibido, então, se o fizer, para ele é pecar.

    Uma coisa neutra só se torna boa, quando se faz por fé, com a real e pensada convicção de que é o que corresponde. O único motivo para fazer algo é que aquele que o fizer o considere correto. Quando se faz algo porque é um convencionalismo social, por medo à impopularidade, para agradar os homens, então é mau. Ninguém é guardião da consciência alheia, e a consciência de cada um deve ser, nas coisas indiferentes, o árbitro do que é correto ou errado.


    Dicionário

    Alegria

    substantivo feminino Estado de satisfação extrema; sentimento de contentamento ou de prazer excessivo: a alegria de ser feliz.
    Circunstância ou situação feliz: é uma alegria tê-los em casa.
    Condição de satisfação da pessoa que está contente, alegre.
    Aquilo que causa contentamento ou prazer: seu projeto foi uma grande alegria para ele.
    Ação de se divertir, de se entreter ou de alegrar alguém; divertimento.
    Botânica Designação comum de gergelim (erva).
    Botânica Aspecto comum de certas plantas, da família das amarantáceas, geralmente utilizadas como ornamentais ou para o consumo de suas folhas.
    substantivo feminino plural [Popular] Alegrias. Designação comum atribuída aos testículos de animais.
    Etimologia (origem da palavra alegria). Alegre + ia.

    Do latim alacritas ou alacer, que significa “animado”, “vivaz”, “contente” ou “ânimo leve”.

    ledice, júbilo, exultação, regozijo, contentamento, jovialidade, alacridade, satisfação; alegre, ledo, jubiloso, exultante, contente, jovial, álacre, satisfeito. – Diz Roq. que “o contentamento é uma situação agradável do ânimo, causada, ou pelo bem que se possui, ou pelo gosto que se logra, ou pela satisfação de que se goza. Quando o contentamento se manifesta exteriormente nas ações ou nas palavras, é alegria. Pode, pois, uma pessoa estar contente, sem parecer alegre. Pode fingir-se a alegria, porque é demonstração exterior, e pertence à imaginação; não assim o contentamento, que é afeto interior, e pertence principalmente ao juízo e à reflexão. Diríamos que o contentamento é filosófico; a alegria, poética; aquele supõe igualdade e sossego de ânimo, tranquilidade de consciência; conduz à felicidade, e sempre a acompanha. Ao contrário, a alegria é desigual, buliçosa, e até imoderada, quiçá louca em seus transportes; muitas vezes prescinde da consciência, ou é surda a seus gritos, porque na embriaguez do espírito se deixa arrastar da força do prazer; não é a felicidade, nem a ela conduz, nem a acompanha. O homem alegre nem sempre é feliz; muitos há que sem mostrarem alegria gozam de felicidade. Um fausto sucesso, que interessa a toda uma nação, celebra-se com festas e regozijos, alegra ao público, e produz contentamento no ânimo dos que foram causa dele. Antes que o ardente licor, que dá alegria, fizesse seu efeito no moiro de Moçambique, já ele estava mui contente pelo acolhimento que lhe fazia o Gama, e muito mais pelo regalo com que o tratava, como diz o nosso poeta... – Fixada a diferença entre alegria e contentamento, não será difícil fixá-la entre outros dos vocábulos deste grupo; pois representando todos um estado agradável no espírito do homem, exprime cada um deles seu diferente grau ou circunstâncias”. – Ledice, ou ledica como diziam os antigos, é corrupção da palavra latina lœtitia, e eles a usavam em lugar de alegria: em Camões ainda é frequente o adjetivo ledo em lugar de alegre. Hoje, a palavra ledo é desusada, e só em poesia terá cabimento. Seria para desejar que o uso lhe desse a significação modificada que lhe atribui D. Fr. de S. Luiz, dizendo que é menos viva, mais suave, tranquila e serena que a alegria; mas não lhe achamos autoridade suficiente para a estimar como tal. – O júbilo é mais animado que a alegria, e mostra-se por sons, vozes, gritos de aclamação. A pessoa jubilosa mostra-se alvoroçada de alegria. – Exultação é o último grau da alegria, que, não cabendo no coração, rompe em saltos, danças, etc., segundo a força do verbo exultar, que é saltar de gozo, de alegria. Está exultante a criatura que parece ufana da sua felicidade ou da satisfação que tem. – Regozijo, como está dizendo a palavra, formada da partícula reduplicativa re e gozo, é alegria, ou gozo repetido ou prolongado; e quase sempre se aplica às demonstrações públicas de gosto e alegria, celebradas com festas, bailes, etc., em memória de faustos acontecimentos. – Jovialidade significa “disposição natural para a alegria ruidosa mais inocente, temperamento irrequieto, festivo, quase ufano da vida”. Há velhos joviais; mas a jovialidade só assenta nos moços. – Alacridade é a Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 157 “alegria aberta e serena, discreta e segura”. – Satisfação é “o estado de alma em que ficamos quando alguma coisa vem corresponder aos nossos desejos, aos nossos sentimentos”, etc.

    [...] Alegria é saúde espiritual [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

    Não te mergulhes na ilusória taça / Em que o vinho da carne se avoluma. / A alegria da Terra é cinza e bruma, / Mentirosa visão que brilha e passa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Não arruínes o bom humor de quem segue ao teu lado, porque a alegria é sempre um medicamento de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    [...] a alegria é o nosso dever primordial, no desempenho de todos os deveres que a vida nos assinala.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

    [...] a alegria e a esperança, expressando créditos infinitos de Deus, são os motivos básicos da vida a erguer-se, cada momento, por sinfonia maravilhosa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 66

    Alegria serena, em marcha uniforme, é a norma ideal para atingir-se a meta colimada.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92

    Jesus foi otimista nas suas pregações, ensinando as criaturas a se alegrarem com a vida, reconciliando-se com DEUS através da prática de ações puras e da emissão de pensamentos nobres e renovadores. A alegria é índice de boa saúde espiritual. Quem ama a Deus não se entrega à tristeza, ao desânimo, à desesperança, porque estes três estados d’alma denunciam falta de fé, ausência de confiança nos desígnios do Pai que está nos Céus. O apóstolo Paulo afirmou que “os frutos do Espírito são amor, alegria e paz”. Na verdade, sem amor, sem alegria, sem paz, o Espírito não pode evoluir. [...] A sã alegria não espouca em gargalhadas perturbadoras e escandalosas. É discreta, deixa o coração confortado e o Espírito pode fruir suave tranqüilidade. Embeleza-se com sorrisos bondosos, onde brincam a tolerância e o amor. O Espiritismo, que é o Paracleto, o Consolador prometido por Jesus, é a religião do amor, da caridade, da paz, da justiça, da humildade, e, conseqüentemente, da alegria, porque, onde imperem sentimentos tão delicados, a alegria domina, visto estabelecer-se, aí, a vontade de Deus. [...] Jesus era alegre com dignidade. Possuía a alegria pura e santa que identificava Sua grandeza espiritual. A alegria é um estado que aproxima de Deus as criaturas, quando alicerçada na pureza de pensamento. É alegre, não aquele que gargalha por nonadas, mas o que, naturalmente, traz Deus no coração. Todos nós fomos criados para sermos felizes, embora a felicidade não seja, as mais das vezes, o que supomos. As dores que nos afligem são reflexos do mau emprego que temos feito do nosso livre-arbítrio. A tristeza pode ser conseqüente do vazio dos corações sem amor e sem fé. A alegria vive no íntimo do ser humano que ama o bem, com ele respondendo ao mal. [...]
    Referencia: MENDES, Indalício• Rumos Doutrinários• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Amemos a vida


    Alegria Emoção e estado de satisfação e felicidade (Sl 16:11); (Rm 14:17).

    Bebida

    substantivo feminino Todo líquido que se bebe.
    Bebida alcoólica.
    O hábito de embriagar-se: dado à bebida.
    [Brasil: Nordeste] Depósito natural de águas da chuva onde o gado bebe; bebedouro.

    Comida

    Comida Ver Alimentos.

    Comida Aquilo que é ingerido para sustentar o corpo e mantê-lo vivo. Em geral os judeus serviam duas refeições ao dia. Comiam verduras e frutas (Nu 11:5; Dt 23:24), peixe (Ne 13:16), carne (Lv 11), mel (Pv 24:13), leite, manteiga e queijo (Dt 32:14; 10:10), tudo acompanhado de pão de farinha de trigo, ou de CENTEIO, ou de CEVADA (Ex 29:2; Jo 6:9).

    substantivo feminino Alimento, refeição.
    [Chulismo] Mulher com que se têm, secretamente, relações sexuais.
    substantivo feminino plural Negociata, negócio ilícito.

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    E

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    Espírito

    Veja Espírito Santo.


    Espírito
    1) A parte não-material, racional e inteligente do ser humano (Gn 45:27; Rm 8:16).


    2) A essência da natureza divina (Jo 4:24).


    3) Ser não-material maligno que prejudica as pessoas (Mt 12:45).


    4) Ser não-material bondoso que ajuda as pessoas (Hc 1:14;
    v. ANJO).


    5) Princípio que norteia as pessoas (2Co 4:13; Fp 1:17).


    6) ESPÍRITO SANTO (Gl 3:5).


    Espírito Ver Alma.

    Ao passo que o termo hebraico nephesh – traduzido como alma – denota individualidade ou personalidade, o termo hebraico ruach, encontrado no Antigo Testamento, e que aparece traduzido como espírito, refere-se à energizante centelha de vida que é essencial à existência de um indivíduo. É um termo que representa a energia divina, ou princípio vital, que anima os seres humanos. O ruach do homem abandona o corpo por ocasião da morte (Sl 146:4) e retorna a Deus (Ec 12:7; cf. 34:14).

    O equivalente neotestamentário de ruach é pneuma, ‘espírito’, proveniente de pneo, ‘soprar’ ou ‘respirar’. Tal como ocorre com ruach, pneuma é devolvida ao Senhor por ocasião da morte (Lc 23:46; At 7:59). Não há coisa alguma inerente à palavra pneuma que possa denotar uma entidade capaz de existência consciente separada do corpo.


    substantivo masculino Princípio imaterial, alma.
    Substância incorpórea e inteligente.
    Entidade sobrenatural: os anjos e os demónios.
    Ser imaginário: duendes, gnomos, etc.
    Pessoa dotada de inteligência superior.
    Essência, ideia predominante.
    Sentido, significação.
    Inteligência.
    Humor, graça, engenho: homem de espírito.
    Etimologia (origem da palavra espírito). Do latim spiritus.

    Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11, it• 17

    O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo que o corpo é simples acessório sujeito à destruição. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13, it• 4

    [...] Espíritos que povoam o espaço são seus ministros [de Deus], encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem ao grau de adiantamento que tenham alcançado.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18, it• 3

    [...] Os Espíritos são os que são e nós não podemos alterar a ordem das coisas. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras senão com reservas e jamais com a credulidade infantil. Julgamos, comparamos, tiramos conseqüências de nossas observações e os seus próprios erros constituem ensinamentos para nós, pois não renunciamos ao nosso discernimento.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Os Espíritos podem dividir-se em duas categorias: os que, chegados ao ponto mais elevado da escala, deixaram definitivamente os mundos materiais, e os que, pela lei da reencarnação, ainda pertencem ao turbilhão da Humanidade terrena. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] um Espírito pode ser muito bom, sem ser um apreciador infalível de todas as coisas. Nem todo bom soldado é, necessariamente, um bom general.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    O princípio inteligente do Universo.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 23

    [...] Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

    [...] os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 87

    [...] alma dos que viveram corporalmente, aos quais a morte arrebatou o grosseiro invólucro visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 9

    [...] não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscrito. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 53

    Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 55

    Espírito – No sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Não são seres oriundos de uma criação especial, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    E E EA alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

    [...] a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado Espírito.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 14

    Os Espíritos não são, portanto, entes abstratos, vagos e indefinidos, mas seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se assemelharem aos humanos; donde se segue que se, em dado momento, pudesse ser levantado o véu que no-los esconde, eles formariam uma população, cercando-nos por toda parte.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 16

    Há no homem um princípio inteligente a que se chama alma ou espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

    Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

    [...] Uma mônada – um centro de força e de consciência em um grau superior de desenvolvimento, ou então, uma entidade individual dotada de inteligên cia e de vontade – eis a única definição que poderíamos arriscar-nos a dar da concepção de um Espírito. [...]
    Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Animismo e Espiritismo• Trad• do Dr• C• S• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• 2 v• - v• 2, cap• 4

    [...] é o modelador, o artífice do corpo.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos

    [...] ser livre, dono de vontade própria e que não se submete, como qualquer cobaia inconsciente, aos caprichos e exigências de certos pesquisadores ainda mal qualificados eticamente, embora altamente dotados do ponto de vista cultural e intelectual.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 14

    O Espírito, essência divina, imortal, é o princípio intelectual, imaterial, individualizado, que sobrevive à desagregação da matéria. É dotado de razão, consciência, livre-arbítrio e responsabilidade.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

    [...] causa da consciência, da inteligência e da vontade [...].
    Referencia: BODIER, Paul• A granja do silêncio: documentos póstumos de um doutor em Medicina relativos a um caso de reencarnação• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Apêndice

    [...] um ser individualizado, revestido de uma substância quintessenciada, que, apesar de imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, é passível de, enquanto encarnado, ser afetado pelas enfermidades ou pelos traumatismos orgânicos, mas que, por outro lado, também afeta o indumento (soma) de que se serve durante a existência humana, ocasionando-lhe, com suas emoções, distúrbios funcionais e até mesmo lesões graves, como o atesta a Psiquiatria moderna ao fazer Medicina psicossomática.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - As Leis Divinas

    [...] depositário da vida, dos sentimentos e das responsabilidades que Deus lhe outorgou [...].
    Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] a alma ou o espírito é alguma coisa que pensa, sente e quer [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A alma é imortal• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - pt• 1, cap• 1

    O estudo do Espírito tem de ser feito, portanto, abrangendo os seus dois aspectos: um, ativo, que é o da alma propriamente dita, ou seja, o que em nós sente, pensa, quer e, sem o qual nada existiria; outro, passivo – o do perispírito, inconsciente, almoxarifado espiritual, guardião inalterável de todos os conhecimentos intelectuais, tanto quanto conservador das leis orgânicas que regem o corpo físico.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] O que caracteriza essencialmente o espírito é a consciência, isto é, o eu, mediante o qual ele se distingue do que não está nele, isto é, da matéria. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] é o ser principal, o ser racional e inteligente [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4

    Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro da vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela [a alma] atua no mundo da matéria.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] O espírito não é, pois, nem um anjo glorificado, nem um duende condenado, mas sim a própria pessoa que daqui se foi, conservando a força ou a fraqueza, a sabedoria ou a loucura, que lhe eram peculiares, exatamente como conserva a aparência corpórea que tinha.
    Referencia: DOYLE, Arthur Conan• A nova revelação• Trad• da 6a ed• inglesa por Guillon Ribeiro; traços biográficos do autor por Indalício Mendes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    O Espírito [...] é a causa de todos os fenômenos que se manifestam na existência física, emocional e psíquica. Viajor de incontáveis etapas no carreiro da evolução, armazena informações e experiências que são transferidas para os respectivos equipamentos fisiológicos – em cada reencarnação – produzindo tecidos e mecanismos resistentes ou não a determinados processos degenerativos, por cujo meio repara as condutas que se permitiram na experiência anterior. [...] Da mesma forma que o Espírito é o gerador das doenças, torna-se o criador da saúde, especialmente quando voltado para os compromissos que regem o Cosmo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    O Espírito, através do cérebro e pelo coração, nos respectivos chakras coronário, cerebral e cardíaco, emite as energias – ondas mentais carregadas ou não de amor e de compaixão – que é registrada pelo corpo intermediário e transformada em partículas que são absorvidas pelo corpo, nele produzindo os resultados compatíveis com a qualidade da emissão.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    O Espírito, em si mesmo, esse agente fecundo da vida e seu experimentador, esE E Etabelece, de forma consciente ou não, o que aspira e como consegui-lo, utilizando-se do conhecimento de si mesmo, único processo realmente válido para os resultados felizes.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    O Espírito, igualmente, é também uma energia universal, que foi gerado por Deus como todas as outras existentes, sendo porém dotado de pensamento, sendo um princípio inteligente, enquanto que todos os demais são extáticos, mecânicos, repetindo-se ininterruptamente desde o primeiro movimento até o jamais derradeiro...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Consciência

    Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independentes da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuam na Obra Divina como coopera-dores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino. [...] Indestrutíveis, jamais terão fim, não obstante possuindo princípio, quando a Excelsa Vontade os criou.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 3

    O Espírito é a soma das suas vidas pregressas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 17

    [...] Todos somos a soma das experiências adquiridas numa como noutra condição, em países diferentes e grupos sociais nos quais estagiamos ao longo dos milênios que nos pesam sobre os ombros. [...]
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    [...] O Espírito é tudo aquilo quanto anseia e produz, num somatório de experiências e realizações que lhe constituem a estrutura íntima da evolução.
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    Herdeiro do passado, o espírito é jornaleiro dos caminhos da redenção impostergável.
    Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 8

    O Espírito é o engenheiro da maquinaria fisiopsíquica de que se vai utilizar na jornada humana.
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tendências, aptidões e reminiscências

    [...] O ser real e primitivo é o Espírito [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor

    Porque os Espíritos são as almas dos homens com as suas qualidades e imperfeições [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Calvário de luz

    [...] O Espírito – consciência eterna – traz em si mesmo a recordação indelével das suas encarnações anteriores. [...]
    Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - A doutrina do hindu

    [...] princípio inteligente que pensa, que quer, que discerne o bem do mal e que, por ser indivisível, imperecível se conserva. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

    [...] Só o Espírito constitui a nossa individualidade permanente. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 37a efusão

    [...] é o único detentor de todas as potencialidades e arquivos de sua individualidade espiritual [...].
    Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

    Em verdade, cada espírito é qual complexa usina integrante de vasta rede de outras inúmeras usinas, cujo conjunto se auto-sustenta, como um sistema autônomo, a equilibrar-se no infinito mar da evolução.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] O que vale dizer, ser o Espírito o Élan Vital que se responsabiliza pela onda morfogenética da espécie a que pertence. Entendemos como espírito, ou zona inconsciente, a conjuntura energética que comandaria a arquitetura física através das telas sensíveis dos núcleos celulares. O espírito representaria o campo organizador biológico, encontrando nas estruturas da glândula pineal os seus pontos mais eficientes de manifestações. [...]
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Forças sexuais da alma• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Introd•

    O nosso Espírito será o resultado de um imenso desfile pelos reinos da Natureza, iniciando-se nas experiências mais simples, na escala mineral, adquirindo sensibilidade (irritabilidade celular) no mundo vegetal, desenvolvendo instintos, nas amplas variedades das espécies animais, e a razão, com o despertar da consciência, na família hominal, onde os núcleos instintivos se vão maturando e burilando, de modo a revelar novos potenciais. [...]
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

    [...] A verdadeira etimologia da palavra espírito (spiritus, sopro) representa uma coisa que ocupa espaço, apesar de, pela sua rarefação, tornar-se invisível. Há, porém, ainda uma confusão no emprego dessa palavra, pois que ela é aplicada por diferentes pensadores, não só para exprimir a forma orgânica espiritual com seus elementos constitutivos, como também a sua essência íntima que conhece e pensa, à qual chamamos alma e os franceses espírito.
    Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

    O Espírito, em sua origem, como essência espiritual e princípio de inteligência, se forma da quintessência dos fluidos que no seu conjunto constituem o que chamamos – o todo universal e que as irradiações divinas animam, para lhes dar o ser e compor os germes de toda a criação, da criação de todos os mundos, de todos os reinos da Natureza, de todas as criaturas, assim no estado material, como também no estado fluídico. Tudo se origina desses germes fecundados pela Divindade e progride para a harmonia universal.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] a essência da vida é o espírito [...].
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a mulher

    O Espírito humano é a obra-prima, a suprema criação de Deus.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Equação da felicidade

    [...] Somos almas, usando a vestimenta da carne, em trânsito para uma vida maior. [...] somos um templo vivo em construção, através de cujos altares se E E Eexpressará no Infinito a grandeza divina. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

    Figuradamente, o espírito humano é um pescador dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 21

    Somos uma grande família no Lar do Evangelho e, embora separados nas linhas vibratórias do Espaço, prosseguimos juntos no tempo, buscando a suprema identificação com o Cristo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada espírito é um continente vivo no plano universal.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    [...] o espírito é a obra-prima do Universo, em árduo burilamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Evolução e livre-arbítrio

    [...] Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas positivas, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana. Quanto mais crescemos em conhecimentos e aptidões, amor e autoridade, maior é o âmbito de nossas ligações na esfera geral. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

    [...] Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho de nossas milenárias imperfeições, localizados pela magnanimidade do Senhor na ourivesaria da Terra. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

    [...] gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Nosso “eu”

    Cada Espírito é um mundo vivo com movimento próprio, atendendo às causas que criou para si mesmo, no curso do tempo, gravitando em torno da Lei Eterna que rege a vida cósmica.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tem po, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 12


    Justiça

    Justiça Nos evangelhos, o termo se reveste de vários significados:

    1. A ação salvadora de Deus (Mt 3:15; 21,32), que se manifesta gratuita e imerecidamente (Mt 20ss.).

    2. A justificação que Deus faz do pecador, em virtude da fé em Jesus (Mt

    9,13; Mc 2:17; Lc 5:32).

    3. O comportamento justo de uma pessoa (Mt 6:1ss.), que não deve ter finalidades exibicionistas, que caracteriza os seguidores de Jesus (Mt 6:33) e é fruto do arrependimento. Tal como a praticam certos religiosos — como os escribas e fariseus — é insuficiente para se entrar no Reino dos Céus (Mt 5:20).

    Ela parte realmente não do desejo de se ganhar a salvação pelos próprios méritos, mas da gratuidade porque nós já a recebemos.

    K. Barth, o. c.; J. Driver, Militantes...; C. Vidal Manzanares, De Pentecostés...


    substantivo feminino Particularidade daquilo que se encontra em correspondência (de acordo) com o que é justo; modo de entender e/ou de julgar aquilo que é correto.
    O ato de reconhecer o mérito de (algo ou de alguém): a polícia vai fazer justiça neste caso.
    Reunião dos organismos que compõem o poder judiciário.
    Conjunto de indivíduos que fazem parte da prática da justiça: a justiça precisa buscar melhores condições de trabalho.
    Cada uma das seções responsáveis pela administração da justiça; alçada, foro ou instância: Justiça Eleitoral.
    Etimologia (origem da palavra justiça). Do latim justitia.ae.

    Justiça
    1) Atributo pelo qual, ao tratar com as pessoas, Deus age de acordo com as normas e exigências da perfeição de sua própria natureza (Sl 119:142). Por isso Deus castiga tanto os incrédulos (Dt 33:21); (Sl 96:13) como o seu próprio povo (Sl 50:5-7); (Is 28:17) e, com imparcialidade, socorre os necessitados (Dt 10:17-18); (Sl 72:2)

    2) Ato pelo qual Deus, em sua graça e em conformidade com a sua ALIANÇA, selada com o sofrimento, morte e ressurreição de Cristo, perdoa as pessoas fracas, perdidas e sem justiça própria, aceitando-as através da fé (Rm 3:21-26); (1Co 1:30); (2Co 5:21). 3 Qualidade que leva os cristãos a agirem corretamente, de acordo com os mandamentos de Deus (Mq 6:8); (Rom 6:13,19); Ef

    Cumprimento das exigências de um relacionamento correto com ele, apagando a culpa deles e lhes creditando justiça (Rm 3:21-22), ajudando-os assim a dedicar-se em prol daquilo que ele declara justo (Rm 6:11-13).

    A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais. [...] o critério da verdadeira justiça está em querer cada um para os outros o que para si mesmo quereria e não em querer para si o que quereria para os outros, o que absolutamente não é a mesma coisa. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 875 e 876

    Educado, o sentimento de justiça será o sentimento salvador do indivíduo. Sentimento superior por excelência, no ser humano, ele sobrepuja a todos os outros e, por ser o que se apresenta com maior energia para a ação do indivíduo, é que na justiça procuram apoiar-se todas as injustiças que se cometem.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

    J J [...] é o santo nome e a senha que desde o princípio dos tempos vêm escritos em todos os espaços e até na mais diminuta criação do Altíssimo. [...] é a Lei Suprema da Criação, sem que deixe de ser, do mesmo modo, o amor, formando com a justiça um todo perfeito.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] A justiça é, acima de tudo, amor que corrige e sabedoria que educa.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

    [...] É a força harmônica, uma coordenação funcional, adequada da sociedade.
    Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -

    A verdadeira justiça não é a que pune por punir; é a que castiga para melhorar. Tal a justiça de Deus, que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva. Por o terem compreendido assim, foi que os nossos jurisconsultos chegaram a formular estes magníficos axiomas: É imoral toda pena que exceda a gravidade do delito. – É imoral toda pena que transpira vingança, com exclusão da caridade. – É imoral a pena quando, por sua natureza, não tende a fazer que o culpado se emende.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 17a efusão

    [...] o sentimento de justiça [...] é [...] o pensamento correto refletindo a eqüidade e a misericórdia que fluem de Cima.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 44

    Na definição da Doutrina Espírita, a justiça consiste em respeitar cada um os direitos dos demais. Não somente os direitos consagrados nas legislações humanas, mas todos os direitos natu rais compreendidos no sentido amplo de justiça.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    [...] é fundamento do Universo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 17

    [...] a justiça é sempre a harmonia perfeita.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] a justiça, por mais dura e terrível, é sempre a resposta da Lei às nossas próprias obras [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jornada acima

    A justiça é uma árvore estéril se não pode produzir frutos de amor para a vida eterna.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

    [...] a justiça esclarecida é sempre um credor generoso, que somente reclama pagamento depois de observar o devedor em condições de resgatar os antigos débitos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    Todos nós precisamos da justiça, porque a justiça é a lei, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a iniqüidade é capaz de premiar o banditismo, em nome do poder. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    Justiça Divina [...] a Justiça de Deus [...] é a própria perfeição.
    Referencia: Ó, Fernando do• Almas que voltam• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Epíl•

    [...] A Justiça do Pai é equânime e ninguém fica impune ou marginalizado diante de suas leis, mas, ela é, sobretudo, feita de amor e misericórdia, possibilitando ao faltoso renovadas ensanchas de redenção [...].
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 11


    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Paz

    Paz Estado de tranqüilidade e harmonia que não se limita à ausência de guerra (Lc 14:32), mas que procede, fundamentalmente, da ação do messias de Deus (Lc 1:79; 2,14). Precisamente por essas características, a paz de Jesus é muito diferente da oferecida pelo mundo (Mt 10:34; Jo 14:27). Está alicerçada na ressurreição de Jesus (Jo 20:19-23); Senhor e Deus (Jo 20:28) e, por isso, suporta até mesmo a perseguição (Jo 16:33). É essa paz concreta que os filhos de Deus (Mt 5:9) difundem e anunciam ao mundo (Lc 7:50; 10,5).

    A suprema paz é fruto do esforço despendido para desenvolver a inteligência e alcançar as culminâncias da bondade.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    A suprema paz [...] é um estado de pureza de consciência e, para chegar a esse estado, o caminho é aquele que a Humanidade terrena, devido ao seu atraso espiritual, ainda não se decidiu a trilhar: o caminho do Amor e da Justiça!
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 50

    P [...] a paz não é conquista da inércia, mas sim fruto do equilíbrio entre a fé no Poder Divino e a confiança em nós mesmos, no serviço pela vitória do bem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3

    [...] A paz tem que ser um reflexo de sentimentos generalizados, por efeito de esclarecimento das consciências.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Paz não é indolência do corpo. É saúde e alegria do espírito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 79

    No campo da evolução, a paz é conquista inevitável da criatura.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 10


    Paz Tradução do hebraico “SHALOM”, que não significa apenas ausência de guerra, inimizade e brigas, mas inclui também tranqüilidade, segurança, saúde, prosperidade e bem-estar material e espiritual para todos (Sl 29:11; Jo 20:21).

    O conceito bíblico de paz tem na raiz o significado de “totalidade”, de “inteireza” ou de “perfeição”. Entre as importantes gradações de sentido, temos “realização”, “maturidade”, “saúde”, “integridade”, “harmonia”, “segurança”, “bem-estar” e “prosperidade”. Conota, também a ausência de guerra e de perturbação.

    substantivo feminino Calma; estado de calmaria, de harmonia, de concórdia e de tranquilidade.
    Sossego; em que há silêncio e descanso.
    Falta de problemas ou de violência; relação tranquila entre pessoas.
    [Política] Circunstância em que certos países não estão em guerra ou conflito; anulação das hostilidades entre nações, estabelecida por acordos de amizade.
    [Psicologia] Calma interior; estado de espírito de quem não se perturba.
    Fazer as pazes. Reconciliar-se com quem se tinha brigado.
    Paz armada. Paz sustentada pelo temor que os inimigos têm um do outro.
    Etimologia (origem da palavra paz). Do latim pax.pacis.

    Reino

    substantivo masculino Nação ou Estado governado por príncipe reinante que tem título de rei ou de rainha; monarquia, reinado: o reino da Dinamarca.
    Conjunto das pessoas cujas funções estão subordinadas à aprovação do rei ou da rainha.
    Figurado Domínio, lugar ou campo em que alguém ou alguma coisa é senhor absoluto: esta casa é o reino da desordem.
    Figurado Conjunto do que ou de quem compartilha particularidades essenciais compondo algo único e homogêneo: aquele habita o reino da mentira!
    [Biologia] Divisão que enquadra e agrupa seres, sendo considerada a mais elevada de todas as divisões taxonômicas: os reinos são Animalia, Plantae, Fungi, Monera e Protista .
    [Biologia] Divisão que enquadra seres e coisas por relação de semelhança: reino animal, vegetal, mineral.
    [Regionalismo: Nordeste] Mistura de aguardente.
    expressão Religião Reino de Deus. Expressão evangélica que significa a atualização da realeza eterna de Deus.
    Religião Reino celeste, Reino eterno, Reino dos céus. Paraíso cristão, o céu.
    Etimologia (origem da palavra reino). Do latim regnum.

    Reino O âmbito de soberania de Deus. No Antigo Testamento e na literatura intertestamentária, a idéia do Reino aparece relacionada à intervenção de Deus na história através de seu messias. Essa mesma idéia permaneceu no judaísmo posterior. A crença na vinda do Reino constitui uma das doutrinas básicas do ensinamento de Jesus, que — não poucas vezes — refere-se a esse Reino em suas parábolas. O Reino já se manifestara com a vinda de Jesus e evidenciou-se em seus milagres e expulsões de demônios (Lc 11:20; 10,8-9). Não é deste mundo (Jo 18:36) e, por isso, não segue seu procedimento. A ética do Reino apresentada, por exemplo, no Sermão da Montanha (Mt 5:7) é totalmente diversa de qualquer norma humana e tem sido considerada, com justiça, inaplicável em uma sociedade civil. Se é possível viver, é graças ao amor de Deus e à sua vivência entre pessoas que compartilham essa mesma visão. O início do Reino é pequeno (Mt 13:31-33), contudo, apesar das dificuldades provocadas pelo Diabo e seus sequazes (13 24:30-36'>Mt 13:24-30:36-43), terá um final glorioso na Parusia de Jesus, após um tempo de grande tribulação e da pregação desse mesmo Reino no mundo inteiro (Mt 24:14). Desaparecerá então o domínio do diabo sobre o mundo e acontecerá a ressurreição, a recompensa dos que se salvaram e o castigo eterno dos condenados (13 1:23-24'>Mt 13:1-23:24-43; Mt 25:41-46). É oportuno ressaltar que todos esses aspectos coincidem com idéias sustentadas pelo judaísmo do Segundo Templo. Desde então, toda a humanidade é convidada a entrar no Reino (Mt 13:44-46). O Reino não pode ser confundido com a Igreja — como o demonstraram desenvolvimentos teológicos posteriores —, ainda que nesta se deva viver a vida do Reino.

    G. E. Ladd, El evangelio del reino, Miami 1985; Idem, Theology...; Idem, Crucial questions about the kingdom of God, 1952; J. Grau, Escatología...; J. Bright, The kingdom...; C. H. Dodd, Las parábolas del Reino, Madri 1974; J. Jeremías, Teología..., vol. I; N. Perrin, The Kingdom of God in the teaching of Jesus, Londres 1963; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; Colectivo, Evangelio y Reino de Dios, Estella 1995.


    Reino Território politicamente organizado, governado por um rei ou por uma rainha (1Rs 2:12); 10.1; (2Cr 22:12).

    Santo

    adjetivo Que se refere à divindade; considerado sagrado.
    Relacionado com religião, com ritos sagrados.
    Que recebeu canonização, passando a ser cultuado pelos fiéis.
    Que vive de acordo com as leis de Deus e da Igreja.
    Por Extensão Que é puro em sua essência; perfeito: santo casamento.
    Por Extensão Que demonstra inocência; simples: esse aí é um santo!
    Por Extensão Cuja conduta serve de exemplo e modelo.
    Por Extensão Que não se consegue violar nem corromper: preceito santo.
    Por Extensão Que faz bem; que tem utilidade; eficaz: santo motorista.
    Religião Diz-se dos dias que antecedem do domingo de Páscoa, em que a igreja não permite o trabalho, sendo consagrados ao culto religioso.
    substantivo masculino A imagem da pessoa que foi alvo dessa canonização.
    Quem recebeu canonização e é cultuado pelos fiéis.
    Aquele que vive de acordo com as regras de Deus e da Igreja.
    Pessoa cuja conduta e/ou comportamento servem como exemplo ou modelo.
    Por Extensão Indivíduo que se mostra inocente; ingênuo.
    Religião Designação atribuída aos orixás, entidades, em cultos afro-brasileiros.
    Etimologia (origem da palavra santo). Do latim sanctus.a.um.

    hebraico: sagrado, separado; Latim: inocente, sagrado

    [...] bons Espíritos [...] são seus mensageiros e os executores de sua vontade [de Deus].
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A prece

    O mais santo [é] [...] aquele que descer da própria grandeza, estendendo mãos fraternas aos miseráveis e sofredores, elevando-lhes a alma dilacerada aos planos da alegria e do entendimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Jesus no lar• Pelo Espírito Neio Lúcio• Prefácio de Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24

    Santo – atributo dirigido a determinadas pessoas que aparentemente atenderam, na Terra, à execução do próprio dever.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8


    Santo
    1) Que possui SANTIDADE (Is 6:3-7; Ex 29:29; Lv 11:45; 1Pe 1:16).


    2) Título de Deus que ressalta a sua SANTIDADE 1, (Hc 1:12; Is 5:24, Santo de Israel).


    Santo No Antigo Testamento, considerava-se santo todo aquele que era consagrado ao Senhor (a terra, o sábado, os sacrifícios etc.) e — muito especialmente — Deus é Santo exatamente para contrapor-se a tudo que é pecaminoso (Is 6). O povo de Israel tinha a especial obrigação de ser santo, isto é, consagrado a Deus (Dt 7:6; 14,2; 26,19 etc.). Nos evangelhos, recebem esse atributo os anjos (Mc 8:38), os profetas (Lc 1:70), o Templo (Mt 24:15) e, por antonomásia, Jesus (Mc 1:24; Lc 1:35; Jo 6:69). A chamada para ser santo só pode ser ouvida a partir da perspectiva que Jesus oferece, pois é ele que santifica os homens (Jo 17:17-19).

    C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Romanos 14: 17 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Porque não é o reinar de Deus comida nem bebida, mas é justiça, e paz, e alegria em o Espírito Santo.
    Romanos 14: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    57 d.C.
    G1035
    brōsis
    βρῶσις
    Belém
    (Bethlehem)
    Substantivo
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1343
    dikaiosýnē
    δικαιοσύνη
    justiça
    (righteousness)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1515
    eirḗnē
    εἰρήνη
    Paz
    (peace)
    Substantivo - Feminino no Singular nominativo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G40
    hágios
    ἅγιος
    Abimeleque
    (Abimelech)
    Substantivo
    G4151
    pneûma
    πνεῦμα
    terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    ([the] Spirit)
    Substantivo - neutro genitivo singular
    G4213
    pósis
    πόσις
    um pouco, bagatela, alguns
    (For in a very)
    Substantivo
    G5479
    chará
    χαρά
    alegria
    (joy)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G932
    basileía
    βασιλεία
    um rubenita que demarcou o limite entre Judá e Benjamim com uma pedra
    (of Bohan)
    Substantivo


    βρῶσις


    (G1035)
    brōsis (bro'-sis)

    1035 βρωσις brosis

    da raíz de 977; TDNT - 1:642,111; n f

    1. ato de comer
      1. em sentido amplo: corrosão
    2. aquilo que é comido, alimento, mal estar
      1. da comida da alma: tanto o que refresca a alma, como o que a nutre e sustenta

    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    δικαιοσύνη


    (G1343)
    dikaiosýnē (dik-ah-yos-oo'-nay)

    1343 δικαιοσυνη dikaiosune

    de 1342; TDNT - 2:192,168; n f

    1. num sentido amplo: estado daquele que é como deve ser, justiça, condição aceitável para Deus
      1. doutrina que trata do modo pelo qual o homem pode alcançar um estado aprovado por Deus
      2. integridade; virtude; pureza de vida; justiça; pensamento, sentimento e ação corretos
    2. num sentido restrito, justiça ou virtude que dá a cada um o que lhe é devido

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εἰρήνη


    (G1515)
    eirḗnē (i-ray'-nay)

    1515 ειρηνη eirene

    provavelmente do verbo primário eiro (juntar); TDNT - 2:400,207; n f

    1. estado de tranqüilidade nacional
      1. ausência da devastação e destruição da guerra
    2. paz entre os indivíduos, i.e. harmonia, concórdia
    3. segurança, seguridade, prosperidade, felicidade (pois paz e harmonia fazem e mantêm as coisas seguras e prósperas)
    4. da paz do Messias
      1. o caminho que leva à paz (salvação)
    5. do cristianismo, o estado tranqüilo de uma alma que tem certeza da sua salvação através de Cristo, e por esta razão nada temendo de Deus e contente com porção terrena, de qualquer que seja a classe
    6. o estado de bem-aventurança de homens justos e retos depois da morte

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    ἅγιος


    (G40)
    hágios (hag'-ee-os)

    40 αγιος hagios

    de hagos (uma coisa grande, sublime) [cf 53, 2282]; TDNT 1:88,14; adj

    1. algo muito santo; um santo

    Sinônimos ver verbete 5878


    πνεῦμα


    (G4151)
    pneûma (pnyoo'-mah)

    4151 πνευμα pneuma

    de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

    1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
      1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
      2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
      3. nunca mencionado como um força despersonalizada
    2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
      1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
      2. alma
    3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
      1. espírito que dá vida
      2. alma humana que partiu do corpo
      3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
        1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
        2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
    4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
      1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
    5. um movimento de ar (um sopro suave)
      1. do vento; daí, o vento em si mesmo
      2. respiração pelo nariz ou pela boca

    Sinônimos ver verbete 5923


    πόσις


    (G4213)
    pósis (pos'-is)

    4213 ποσις posis

    do substituto de 4095; TDNT - 6:145,841; n f

    1. bebida, ato de beber

    χαρά


    (G5479)
    chará (khar-ah')

    5479 χαρα chara

    de 5463; TDNT - 9:359,1298; n f

    1. alegria, satisfação
      1. a alegria recebida de você
      2. causa ou ocasião de alegria
        1. de pessoas que são o prazer de alguém

    βασιλεία


    (G932)
    basileía (bas-il-i'-ah)

    932 βασιλεια basileia

    de 935; TDNT - 1:579,97; n f

    1. poder real, realeza, domínio, governo
      1. não confundir com um reino que existe na atualidade. Referência ao direito ou autoridade para governar sobre um reino
      2. do poder real de Jesus como o Messias triunfante
      3. do poder real e da dignidade conferida aos cristãos no reino do Messias
    2. um reino, o território sujeito ao governo de um rei
    3. usado no N.T. para referir-se ao reinado do Messias