Enciclopédia de Gálatas 3:21-21

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gl 3: 21

Versão Versículo
ARA É, porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente de lei.
ARC Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque, se dada fosse uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei.
TB É a Lei, porventura, contra as promessas de Deus? De modo nenhum! Pois, se tivesse sido dada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, teria sido pela Lei.
BGB Ὁ οὖν νόμος κατὰ τῶν ἐπαγγελιῶν τοῦ θεοῦ; μὴ γένοιτο· εἰ γὰρ ἐδόθη νόμος ὁ δυνάμενος ζῳοποιῆσαι, ὄντως ⸂ἐκ νόμου ἂν⸃ ἦν ἡ δικαιοσύνη.
BKJ É então a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum. Se tivesse existido uma lei que pudesse vivificar, em verdade, a justiça teria vindo pela lei.
LTT Logo, é a Lei contra as promessas de Deus? Nunca seja assim! Porque, se foi dada uma lei, a qual estaria podendo vivificar, então verdadeiramente proveniente- de- dentro- da lei tinha sido a justiça.
BJ2 Então a Lei é contra as promessas de Deus? De modo algum! Se tivesse sido dada uma lei capaz de comunicar a vida, então sim, realmente a justiça viria da Lei.
VULG Lex ergo adversus promissa Dei ? Absit. Si enim data esset lex, quæ posset vivificare, vere ex lege esset justitia.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gálatas 3:21

Mateus 5:17 Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.
Romanos 3:4 De maneira nenhuma! Sempre seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso, como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras e venças quando fores julgado.
Romanos 3:6 De maneira nenhuma! Doutro modo, como julgará Deus o mundo?
Romanos 3:20 Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.
Romanos 3:31 anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a lei.
Romanos 7:7 Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.
Romanos 9:31 Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça.
Romanos 10:3 Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus.
Gálatas 2:17 Pois, se nós, que procuramos ser justificados em Cristo, nós mesmos também somos achados pecadores, é, porventura, Cristo ministro do pecado? De maneira nenhuma.
Gálatas 2:19 Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus.
Gálatas 2:21 Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde.
Filipenses 3:6 segundo o zelo, perseguidor da igreja; segundo a justiça que há na lei, irrepreensível.
Hebreus 11:7 Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu, e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gálatas Capítulo 3 do versículo 1 até o 29
SEÇÃO III

ARGUMENTO - PELA FÉ E NÃO PELA LEI

Gálatas 3:1-5.12

A. A EXPERIÊNCIA DOS GÁLATAS 3:1-5

Dizendo que os gálatas não têm juízo, Paulo pergunta quem os enfeitiçou, diante de cujos olhos o Cristo crucificado foi pintado publicamente. Só urna coisa ele quer saber: Eles receberam o Espírito pela obras da lei ou pela audição da fé? Eles presumi-am completar na carne o que começaram no Espírito? Será que o que sofreram não serviu para nada?

Depois de defender sua mensagem pelo estabelecimento de sua autoridade divina, Paulo se dedica à tarefa de refutar as objeções dos seus oponentes. Começa mencionando a experiência de conversão dos gálatas. As palavras: Ó insensatos (anoetoi) 1 gálatas (1), expressam novamente o sentimento de surpresa e indignação de Paulo (cf. 1.6). Eles eram cegos à realidade espiritual. A única explicação plausível é que um mágico lançara um feitiço sobre eles: Quem vos fascinou (ou "enfeitiçou", CH, NTLH, NVI) ?' O que torna sua cegueira espiritual tão surpreendente é o fato de Jesus Cristo ter sido repre-sentado (prographo, "pintado publicamente"; cf. BAB, BJ) perante os olhos deles como pregado na cruz.' Com a clareza da proclamação pública, Paulo expusera diante deles a verdade sobre Jesus. Esta visão do crucificado deveria tê-los salvado do olhar fascinante e mortal dos encantadores, mas não foi o que aconteceu.

Só quisera saber isto de vós (2). Não é fácil responder se sua mensagem
salva-ção pela fé sem as obras da lei — é verdadeira ou não. Tudo que era necessário era saber (lit., "descobrir") uma coisa por experiência própria. Recebestes o Espirito' pelas obras da lei ou pela pregação da fé? (2). Ele pede que olhem em seus corações para lembrar o que lhes acontecera. Quando Paulo lhes levara o evangelho eles tinham rece-bido o Espírito e, obviamente, o conhecido. Agora a pergunta era: Como eles o recebe-ram? As alternativas que Paulo propõe são as principais antíteses da epístola — as obras da lei (simbolizadas pela circuncisão) e a pregação da fé.

Paulo menciona outra vez as ações ininteligentes dos gálatas. Sois vós tão insen-satos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne? (3). A per-gunta do versículo anterior é imediatamente respondida; eles receberam o Espírito San-to pela fé. Os oponentes de Paulo não tiveram sucesso ao argumentar que as obras da lei eram essenciais para o começo da vida cristã. Por isso, apelaram que a circuncisão era essencial para a conclusão da vida cristã. Paulo pergunta se o que começou no Espírito pode ser completado na carne.' Será possível que a nova vida, que começa com o recebi-mento do Espírito de Deus, trabalhando no coração do homem, tenha seu cumprimento através de um rito legalista executado neste corpo? A resposta tem de ser não. Paulo conhecia um caminho melhor para a realização e perfeição do crente.

Este texto apresenta "A Santidade nos Gálatas" sob três aspectos:

1) A crucificação do eu carnal, 2.20;

2) O caminho para a perfeição, 3.2,3;

3) O fruto do Espírito, 5.22,23 (Ralph Earle).

Paulo recorre a outra experiência dos gálatas: Será em vão que tenhais padeci-do tanto? (4). Como seus convertidos, eles devem ter sofrido em conseqüência da inten-sa perseguição que ele padeceu (cf. At 14). Por isso, pergunta se tudo o que sofreram foi em vão. Claro que teria sido, caso eles repudiassem o evangelho que instigara a perse-guição. A expressão de Paulo: Se é que isso também foi em vão (4), reflete certa relutância em aceitar tal conclusão.

A pergunta do versículo 5 é similar à do versículo 2, com certas diferenças importan-tes. Aquele, pois, que vos dá ("fornece") o Espírito e que opera maravilhas entre vós o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé? (5). Os particípios presentes (dá e opera) indicam claramente que Paulo está se referindo à experiência dos gálatas. Com isso, ele admite relutantemente que eles ainda têm, pelo menos por enquanto, a vida espiritual. Qual era a opinião deles sobre o Deus que diariamente lhes dava o Espí-rito e, por esse Espírito, operava diariamente milagres? Estes ministérios são feitos pelas obras da lei ou pela pregação da fé? (5).

B. O EXEMPLO DE ABRAÃO, 3:6-9

A fé de Abraão lhe foi computada como justificação (Gn 15:6). Da mesma forma hoje, os homens da fé são os verdadeiros filhos de Abraão. Esta verdade foi prevista nas Escri-turas quando Deus prometeu abençoar todos os gentios em Abraão (cf. Gn 12:3-18.18).

Os gálatas viram por experiência própria que a salvação era pela fé e não pelas obras da lei. Paulo ratifica que isso também pode ser ilustrado pelo exemplo de Abraão. A natureza da argumentação vigente nos capítulos 3:4 mostra fortemente que o apósto-lo está respondendo ao argumento que seus oponentes tinham feito antes, provavelmen-te baseado em Gênesis 12:17-6 Não há dúvida de que argumentavam que todo aquele que era incircunciso tinha quebrado o concerto e estava cortado do povo de Deus (cf. Gn 17:14). Deste mesmo contexto (Gn 12:17), Paulo chama atenção a um versículo importante que, obviamente, eles ignoraram. Abraão... creu em Deus, e isso lhe foi impu-tado como justiça (6). Esta é citação direta da Septuaginta de Gênesis 15:6. Quando Deus prometeu a Abraão que dele faria uma grande nação (Gn 12:3), com descendentes tão numerosos quanto as estrelas dos céus (Gn 15:5), Abraão "teve fé em"' Deus (Gn 15:6), embora esta promessa fosse uma impossibilidade humana (cf. Rm 4:17-22). Sua fé foi a base do concerto que ele fez com Deus (cf. Gn 15:8-17.2), e esta fé lhe foi imputada' como justiça.' A circuncisão foi adicionada depois como selo do concerto (Gn 17:10-14). A observação importante que Paulo quer fazer é que a base para que Abraão fosse aceito por Deus foi a fé e não a circuncisão.

A partir desta referência do Antigo Testamento, Paulo tira uma surpreendente con-clusão: Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão (7). Os judeus argu-mentavam que a relação privilegiada de ser "filhos' de Abraão"' requeria o selo da cir-cuncisão e, assim, não podia ser reivindicada por quem fosse incircunciso. Paulo rejeitou este pensamento, argumentando que, se a base da aceitação de Abraão com Deus foi sua fé, então os homens da fé são hoje os verdadeiros filhos de Abraão — sem a circunci-são." Temos aqui uma diferença importante. A relação significativa com Abraão não é racial," pela circuncisão externa, mas ética, com base na interior.

Indo mais adiante, Paulo sugere que esta relação de fé entre Abraão e seus "filhos" foi prevista na promessa feita por Deus: Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizen-do: Todas as nações serão benditas em ti (8). Paulo defende que a promessa de Deus a Abraão — todas as nações serão benditas em ti (cf. Gn 12:3-18.
18) — foi feita levando em conta a presciência divina de que um dia justificaria" pela fé os gentios.' Deus estava proclamando estas boas-novas de antemão a Abraão. Em resposta ao argu-mento dos judeus que diziam que as bênçãos de Abraão estavam restritas aos circuncida-dos, Paulo destacou o fato de que os gentios incircuncisos estavam sendo abençoados -estavam sendo justificados pela fé! Conclui, então, que foi com este fato em mente que Deus, pela presciência e planejamento, fez a promessa original a Abraão. Isto fundamen-ta sua argumentação de que os homens da são os verdadeiros filhos de Abraão.

Paulo resume o argumento assim: De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão (9). Esta verdade é a própria inferência' da argumentação dos versículos anteriores. Aqueles que são homens de estão recebendo as bênçãos que Abraão recebeu como homem de fé. Devemos entender o adjetivo crente (pistos) em seu sentido ativo de "cheio de fé" (cf. "homem de fé", CH, NVI) e não em seu significado passivo de "confiável" ou "de confiança". É correta a tradução crente, embora não enfatize sua estreita relação com os que são da fé (cf. "Abraão, que teve fé", BJ).

C. As LIMITAÇÕES DA LEI, 3:10-24

1. A Lei traz Maldição e não Justificação (3:10-14)

As Escrituras destacam a limitação da lei (obras), ensinando que ela só pode trazer maldição. Mais adiante, a Bíblia declara nitidamente que o justo viverá pela fé. Cristo resgatou o homem desta maldição da lei e providenciou o método da fé tendo-se feito maldição ao ser pendurado na cruz.

Indicando as limitações da lei, Paulo prossegue em suas argumentações dizendo que a aceitação do homem a Deus está baseada na fé. Afastando-se dos exemplos específicos de Abraão e dos próprios gálatas, agora ele fala em termos mais gerais de todos aqueles... que são das obras da lei' (10). O foco não está primariamente em cumprir ou guardar a lei, mas naqueles que são produtos da lei. Esta é a essência do legalismo, no qual o caráter surge da obediência aos estatutos da lei sob os quais a pessoa vive."

Os legalistas deste tipo estão sob maldição, porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las (10). Por trás desta conclusão há a premissa subjacente de que ninguém pode guardar toda a lei. A passagem citada (Dt 27:26) é extraída de um resumo excessivamente amplo da lei e enfatiza que não se trata de uma série de regulamentos que podem ser facilmente observados. A lei, em seu sentido mais verdadeiro, atinge to-dos os aspectos da vida, até as atitudes e os motivos. Assim, transgressões não detecta-das são reveladas à medida que o discernimento da pessoa se aprofunda. Por causa dis-to, o resultado inevitável é a condenação e não a justificação.

É essencial perceber que Paulo não aceita isto como a maneira que Deus planejou para lidar com os homens. Aqui, ele está refutando seus oponentes baseando-se na própria tese deles — que os homens são justificados pela lei. Mesmo no que advogam eles ficam condenados. Se o homem teima em se aproximar de Deus com base na lei (obras), a única conseqüência possível tem de ser a maldição e o julgamento de Deus.'
O método da lei não só encontra sua conseqüência lógica na maldição, mas as Escri-turas claramente consideram fé, e não lei, a base de justificação. E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé.

"Justificar" e "fazer justo" são traduções possíveis do mesmo verbo grego. Este ter-mo — "justiça" (dikaiosyne) — é um dos conceitos mais importantes no pensamento paulino. Mas as interpretações são numerosas e extensamente divergentes. Há pouca disputa que às vezes diga respeito — talvez primariamente — ao novo estado do crente, constituindo-se desta forma em termo forense que descreve o veredicto judicial divino de absolvição do pecador (cf., e.g., Rm 3:20-21; 4.3,5,6; 5.1,9,17; Gl 2:16-17,21; 3.6,8,24). Também é usado muitas vezes como termo ético que se relaciona à transformação moral gerada na vida do crente. O erro é insistir em um dos significados excluindo o outro. Em determinado contexto, um conceito predomina, mas o outro ainda existe em segundo plano. Em Romanos e Gálatas, onde lida com a controvérsia sobre a lei, Paulo enfatiza compreensivelmente o significado forense de justiça. Mas é errôneo supor — como mui-tos fazem — que esta nova relação é desprovida de significação moral e ética. O "homem de fé" não é apenas absolvido, mas o poder do pecado é interrompido em sua vida. Pelo visto, o significado ético de justiça está implícito em Romanos 6:13-16,18-20; 8.10, Efésios 6:14 e Filipenses 1:11.

O apóstolo cita Habacuque 2:4 como apoio bíblico para o seu argumento de que os homens são justificados pela fé e não pela lei. A expressão viverá é acrescentada ao conceito básico de o homem ser justo pela fé.' Talvez isso signifique que a justificação em si é a nova vida, desta forma comparando-a com a regeneração; ou, como conseqüência da regeneração, refira-se à obtenção da vida eterna no céu como conseqüência da fé.'

O método da lei e o método da fé são opostos diretos: Ora, a lei não é da fé (12). Os dois métodos não podem ser combinados. Não há dúvida de que os oponentes de Paulo quiseram acrescentar suas exigências legalistas à fé dos convertidos, tentativa que Pau-lo resistiu ferrenhamente. Uma vez mais Paulo cita o Antigo Testamento para apoiar sua insistência na total irreconciliabilidade da fé e da lei (obras) : Mas o homem que fizer estas coisas por elas viverá (12; cf. Lv 18:5). Não há meio termo; o homem vive de um modo ou de outro.

Vemos, também, a antítese absoluta entre a fé e a lei no fato de que Cristo nos resgatou da maldição da lei (13). Se a lei, e sua conseqüente maldição (cf. 10), colocou o homem em escravidão que exigiu a morte de Cristo para prover livramento," ela nunca poderia ser um suplemento à fé, muito menos uma substituta. Este é o argumento de Paulo. Nos próximos versículos (3:25-5.1), ele descreve em várias figuras como Cristo resgatou os homens da escravidão do pecado e lhes dá a liberdade de filiação. Não está claro, porém, em que sentido Cristo foi feito maldição por nós' (13). Lógico que quando Cristo morreu "em favor"' dos pecadores, tomando sobre si as conseqüências dos peca-dos dos homens (cf. 2 Co 5.21), ele veio sob a maldição e condenação de Deus. Ainda mais, isto fala do método da sua morte sacrificai. Quando Cristo foi pendurado na cruz, ele se tornou maldição em favor dos perdidos, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro' (13). Em certo sentido, é um jogo de palavras irônico. Quando Cristo morreu para libertar os homens da maldição da lei, a própria maneira da sua morte o colocou sob a maldição da lei.

Todos os esforços em definir a missão redentora de Cristo em termos que não a obra que ele fez pelo homem não leva a sério esta passagem — e muitas outras semelhantes nos escritos de Paulo (cf. Rm 5:6-11; 2 Co 5.21; Ef 2:15). E expiação de Jesus Cristo foi muito mais que exemplar, foi substitutiva. Ele proveu a salvação para todos os homens.

O propósito maior do ato redentor de Cristo apóia o argumento de Paulo. Ele mor-reu para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios (14). O método da lei só trouxe maldição, mas o método da fé por Jesus Cristo trouxe a bênção de Abraão para todos os homens.

O apóstolo já deixara claro (cf. 3:6-9) que a bênção de Abraão era a justificação pela fé. Outro resultado da redenção de Cristo foi para que, pela fé, nós recebamos a promessa do Espírito (14), ou seja, o Espírito Santo prometido. Este resultado enfatiza nitidamente as duas grandes verdades:

1) Todos os tesouros da vida cristã foram provi-dos pela morte de Cristo na cruz; e

2) os pecadores possuirão esses tesouros somente pela fé. Julgamos que esta é a verdade para a justificação e o dom do Espírito Santo na total santificação. Todas as expressivas heresias que desafiaram a igreja cristã rejeitavam, ignoravam ou minimizavam estes dogmas fundamentais. O resultado, quer no século I ou no atual, é maldição e não salvação.

2. A Lei não pode Anular a Promessa Anterior (3:15-18)

A limitação da lei (obras) também se mostra no fato de que, com o passar de muitos anos, não pode anular o concerto da promessa que Deus ratificou para Abraão e sua descendência.

Para ilustrar que a lei não pode ser imposta ao crente como base para sua relação com Deus, Paulo se volta a um princípio bem-estabelecido nas relações humanas. Ir-mãos, como homem falo (15; ver comentários em 1.11). Seu argumento é que, se este princípio é evidente entre os homens, também deve ser aceito entre os homens e Deus.

Se o testamento de um homem for confirmado, ninguém o anula nem lhe acres-centa alguma coisa (15). A ilustração é clara. Assim que o testamento ("aliança", ACF, RA; "contrato", CH, NTLH) é ratificado, mesmo entre homens, não pode ser anula-do ou ter acréscimos.

Tendo estabelecido este princípio, Paulo faz uma pausa parentética para enfatizar que as promessas' foram feitas a Abraão e à sua posteridade (16; "ao seu descendente", RA; cf. AEC). Ele tinha provado (3:6-9) que a base da relação de Abraão com Deus era a fé. Por isso, o "testamento" (15) que garantiu as bênçãos prometidas foi rati-ficado a Abraão e à sua posteridade nos termos da fé.

O entendimento natural é que a posteridade (gr. "semente", NVI, nota de rodapé) de Abraão seria seus descendentes espirituais pela fé, particularmente levando em conta o argumento anterior (3:6-9) e o próximo (3.28,29). Mas a frase que vem a seguir não é necessária para o argumento; trata-se, obviamente, de uma reflexão tardia. Não diz: E às posteridades, corno falando de muitas, mas como de uma só: E à tua posteridade, que é Cristo (16). Como é comum acontecer com reflexões tardias, a observação gera problemas.' É provável que Paulo esteja meramente enfatizando que todas as bên-çãos de Deus para os homens estão centralizadas em Cristo. O apóstolo repetidamente ensinava que as promessas foram feitas aos homens de fé, os quais eram a semente espiritual de Abraão. Em todo caso, não nos esqueçamos de que Paulo está lidando com legalistas e que, aqui, ele estaria apenas usando seus próprios métodos técnicos e tedio-sos rabínicos para refutá-los.

Voltando ao argumento básico, Paulo aplica o princípio que ele estabelecera: Mas digo isto: que tendo sido o testamento anteriormente confirmado por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não o invalida, de forma a abo-lir a promessa (17). A lei não pode anular o testamento ("aliança", ACF, BAB, NTLH, NVI, RA; "contrato", CH) que Deus previamente ratificara quatrocentos e trinta anos" antes. Fazer isso seria abolir a promessa de Deus feita a Abraão e à sua descendência -idéia inconcebível.

O apóstolo insiste em repetir que não pode haver acordo entre os dois princípios básicos — justificação pelas obras e justificação pela fé (cf. 12). Se a herança') provém da lei, já não provém da promessa (18). Não pode ser os dois — a lei posterior destruiria a promessa anterior. Mas Deus, pela promessa, a deu gratuitamente a Abraão (18). Não havia dúvida na mente de Paulo. A promessa era pela fé e a lei não tinha jurisdição.

3. A Verdadeira Função da Lei (3:19-24)

Levando em conta a depreciação de Paulo, seria compreensível alguém perguntar: Logo, para que é a lei? (19). Se ela só traz maldição e não pode anular a promessa anterior de Deus, qual é a sua importância? Qual é a sua verdadeira função? A respos-ta revela ainda mais as limitações da lei. Foi ordenada por causa das transgres-sões (19; cf. Rm 4:15). A inferioridade da lei, em comparação à fé, mostra-se no fato de que é um acréscimo — não no sentido de acrescentar algo à fé (cf. 15), mas por ter surgido em ponto posterior na história. Entrou na cena humana por causa das (lit., "em consideração às") transgressões. Veremos a plena significação desta vontade nos versículos a seguir.

A lei era temporária, servindo apenas até que viesse a posteridade ("o descen-dente", AEC, RA) a quem a promessa tinha sido feita (19). Como mencionado acima (16), a posteridade (gr. "semente", NVI, nota de rodapé) de Abraão refere-se primaria-mente a Cristo e, por conseguinte, aos que estão em Cristo. Paulo não pôde deixar de destacar outra qualidade inferior da lei. De acordo com a forma de ensinamento rabínico, o apóstolo argumenta apoiando-se na premissa dos oponentes, quando observa que a lei foi posta (lit., "veio através do comando dos"; cf. AEC, BAB) pelos anjos. Também veio na ("pela", AEC, BAB, BJ, CH, NVI, RA) mão de um medianeiro, Moisés, que estava entre Deus e os homens.

Vemos a significação destas observações no versículo que se segue: Ora, o media-neiro não o é de um só, mas Deus é um (20). Segundo notícias, já foram propostas 300 interpretações para explicar este versículo difícil! Pelo que deduzimos, o argumento de Paulo é que um mediador implica em relação indireta ou de segunda mão. A lei foi recebida desta maneira; ao 'passo que a promessa, em comparação, foi recebida diretamente de Deus."

O argumento devastador de Paulo levanta a questão importantíssima: Logo, a lei é contra as promessas de Deus? (21). Lógico que esta é a pergunta que seus oponentes fariam. A resposta é um indignado: De nenhuma sorte (me genoito: "É claro que não!", NTLH; cf. 2.17). E destaca que sua depreciação da lei como método para a justiça origi-na-se do fato de que o homem, por suas obras, não consegue produzir resultados justos. Se dada fosse uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei (21). O método da lei não pode dar vida. Se isso fosse possível, a justiça viria por ela e não pela fé.

Em vez de seu argumento jogar a lei contra as promessas, mostra qual é a verdadei-ra função das obras. A fé e as obras não estão intrinsecamente em conflito, mas quando entendidas de modo correto estão em esferas diferentes. O conflito surge quando a lei é usada para propósito contrário à intenção de Deus. A função que Deus quis para a lei acha-se no versículo 22: Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado (cf. Rm 3:9). A Escritura é referência a uma passagem específica, provavelmente Deuteronômio 27:26. Como o contexto deixa claro, esta é uma escritura relativa à lei. Visto que os homens têm de guardar toda a lei ou ser culpados, a lei encerrou (lit., "trancou"; cf. BAB) tudo debaixo do pecado. Repare nesta elucidação do significado: "Porém a Es-critura declara que o mundo inteiro é prisioneiro em sujeição ao pecado, para que a fé em Jesus Cristo possa ser a base na qual a bênção prometida seja dada, e dada aos que têm essa fé" (22, NEB; cf. NTLH).

Ainda que Paulo visse o homem sob a escravidão do pecado, por causa do mau uso da lei, ele identificava um benefício positivo proveniente desta escravidão: Para que a pro-messa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes (22). A lei, embora tivesse sido mal usada, ainda fornecia ação de posse. O próprio fato de a justiça não ser possível pela lei preparou o homem para a promessa pela fé em Jesus Cristo. A desilusão abriu caminho para a realização. O fracasso em achar salvação pela lei preparou o homem para a esperança dessa salvação em Cristo. Assim a lei cumpriu uma função vital. Nos versículos seguintes, Paulo explica esta função positiva em termos mais expressivos.

Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei (23). Em termos literais, a lei "guardava"' os homens. Alguém poderia perguntar: Guardava de quê? Historicamente, a lei guardava Israel dos terríveis excessos pecaminosos do paga-nismo, o que, indubitavelmente, era uma das principais preocupações dos oponentes de Paulo (cf. Introdução, "Propósito"). Os judeus conscienciosos, confrontados pelas exigên-cias da lei, tinham um conhecimento do pecado. Embora este conhecimento até certo ponto não os impedisse de pecar, contudo os guardava do desregramento pagão. A lei era fonte constante de restrição moral pela culpa e condenação que fornecia.

Estávamos... encerrados'' para aquela fé que se havia de manifestar (23). A lei guardava o homem desta maneira dual: refreando-o dos excessos do paganismo e revelando a fé para que fosse a única verdadeira fonte de salvação.

Paulo descreve esta verdadeira função da lei usando uma figura ilustrativa que era amplamente compreendida na sociedade dos seus dias: De maneira que a lei nos ser-viu de aio, para nos conduzir a Cristo (24). O termo grego paidagogos (aio) significa "guarda" (cf. "guardiã", BAB), "tutor" (CH, NVI) ou "guia" e referia-se ao "homem, na maioria das vezes escravo, cujo dever era levar e trazer da escola um menino ou moço e superintender sua conduta em geral; ele não era um 'professor' (apesar do significado atual do derivado 'pedagogo') "." Paulo está descrevendo como a lei põe o homem sob uma escravidão como a de uma criança menor sob a supervisão de um criado-escravo. Nos próximos versículos, veremos que tal supervisão não é mais necessária ao homem de fé.

A observação importante neste ponto é que a lei, trancando o homem debaixo do pecado e para a fé, exerceu a função temporária de protegê-lo e prepará-lo para a vinda de Cristo. Ao contrário do argumento dos oponentes de Paulo, a lei não tinha função permanente, mas serviu apenas para que, pela fé, fôssemos justificados (24).

D. A FÉ EM CONTRASTE COM A LEI, 3:25-5.1

1. Filhos versus Escravos (3:25-4,11)

Em seguida, Paulo ressalta o fato de que os gálatas já não eram escravos, mas filhos de Deus por Cristo Jesus. Nesta relação, as frustrantes distinções terrenas extinguiram-se e os gálatas eram herdeiros da promessa de Deus a Abraão. Contudo, até o herdeiro em sua infância não era melhor que um escravo, pois estava sob rígida supervisão. Como crianças, eles estiveram outrora escravizados pelos elementos do mundo. Mas Deus, por seu Filho Jesus, resgatou-os da escravidão da lei para que eles recebessem a filiação, fato confirmado no coração dos gálatas pelo clamor do Espírito divino: "Aba, Pai". Como filhos de Deus, eram também herdeiros por meio de Cristo. Sendo assim, Paulo pergunta como eles, que tinham conhecido a Deus dessa maneira, podiam desejar ser escravizados de novo pela observância de "festas" e "jejuns". Esta apostasia levou Paulo a temer que tudo o que ele fizera fora em vão.

a) Filhos de Deus pela fé em Cristo (3:25-29). Dando prosseguimento ao seu argu-mento de que a salvação é pela fé e não pela lei, Paulo descreve o incrível contraste que há entre os dois métodos. Contra a alegação de seus oponentes, ele insiste que estes dois métodos são mutuamente excludentes e não podem complementar ou suplementar um ao outro. Para ilustrar este fato, ele ressalta a dramática diferença entre filhos e escra-vos. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio (25). A atitude de Paulo para com a lei não se devia ao que ele fizera antes que Cristo viesse. O apóstolo rejeitou o método de salvação pelas obras, porque agora já não tinha função própria -fora suplantado. Depois que o método da fé veio através de Cristo,' os homens foram libertos da escravidão da lei.

A verdade gloriosa é que todos vós, cristãos, sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus (26). Aqui, Paulo passa do pronome da primeira pessoa impessoal nós para a segunda pessoa mais específica vós, a fim de aplicar mais diretamente o que ele tem a dizer aos gálatas. É como se ele tivesse dito: "Agora isto se aplica a vós!" Pela fé em Cristo, eles tinham se tornado filhos'' de Deus. Portanto, não deviam se permitir serem colocados debaixo da escravidão da lei, pois agora eles eram filhos e não escravos.

Embora a vinda da fosse um fato objetivo e histórico, ainda devia ser experimen-tada de modo subjetivo e individual. Isto acontecera na vida dos gálatas: Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo (27). Indubitavelmente, isto se refere ao rito iniciatório do batismo nas águas que estes pri-meiros cristãos consideravam como "a entrada formal e visível na vida cristã"." A refe-rência ao batismo devia-se provavelmente à semelhança com a circuncisão. Ambos eram ritos iniciatórios. Os judeus argumentavam que só a circuncisão abriria a porta do favor de Deus. Paulo lembrou aos gálatas que eles tinham sido batizados em Cristo e, por-tanto, tinham se vestido de Cristo. Esta é figura paulina bem conhecida. A metáfora básica é vestir uma roupa nova que, embora peça distinta do homem, torna-se parte genuína dele." A figura descreve a união do crente com Cristo, que é tão íntima e pessoal que ele vive e se move em Cristo e Cristo nele.

Aqui não há alusão ao método do batismo, como verificamos em Romanos 6:3-4.38 As outras referências de Paulo ao rito batismal indicam fortemente que ele estava pensan-do em termos de imersão.' De muito maior significação é a questão da eficácia objetiva que a igreja primitiva associava ao batismo nas águas. O problema de Paulo em Corinto (cf. 1 Co
10) sugere que certas pessoas viam que, em certa medida, o batismo possuía as mesmas qualidades mágicas que havia nas religiões misteriosas gregas. Mesmo não le-vando isso em conta, a extensa relação da salvação com a fé mostra nitidamente que a fé, e não o batismo, era considerada o meio essencial de salvação. O incidente em Filipos espelha o padrão: Crer no Senhor Jesus Cristo e depois ser batizado (At 16:31-33). O batismo nas águas era considerado mais que sinal ou símbolo. Era inconcebível na igreja primitiva que um crente convertido à noite ficasse sem ser batizado — mesmo que fosse até amanhã de manhã (Atos 16:33).

Como é freqüente ocorrer em situações como esta, os extremos destroem a realidade central. O batismo nas águas deve ser exigido como testemunho da fé pessoal em Cristo e, talvez, para o indivíduo tornar-se membro da igreja, se formos seguir o exemplo da igreja primitiva. Insistir, porém, em um método exclusivo ou enfatizar o rito até que se torne "regeneração batismal" é não compreender o espírito do Novo Testamento.

Tendo descrito a unidade que o crente tem com Cristo, Paulo se afasta momentane-amente para considerar as implicações desta unidade. Não só o crente e seu Senhor foram unidos, mas todos os crentes foram unidos como um em Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus (28). Paulo foi feliz na lista que fez das inerradicáveis distinções sexuais, raciais e sociais. Isto mantém cristalinamente claro o fato de que o significado pretendido por Paulo é espiritual. A existência destas distinções terrenas continuará, mas desaparecem como obstáculos à comunhão no corpo de Cristo, e é sobre isso que ele está falando. Esta é a visão inspirada de Paulo da unidade existente em Cristo, porque Deus não faz acepção de pessoas. Não nos esqueçamos de que Paulo está lidando com a questão de posição preferencial com Deus. Na sociedade judaica, os ju-deus, os livres e os homens eram superiores; ao passo que os gentios, os escravos e as mulheres eram inferiores. Estas discriminações também se aplicavam à relação do indi-víduo com Deus. Paulo argumenta que, à vista de Deus, todos são um e iguais quando eles se chegam a Deus com base na fé em Cristo.

Lógico que esta verdade não significa, nestes dias de crescente esclarecimento na área social e racial, que o crente pode se retirar à sua cidadela de unidade espiritual e ignorar suas responsabilidades como membro da sociedade. Temos aqui uma verdade dedutível: As pessoas, que são de valor igual aos olhos de Deus, não devem ser discrimi-nadas por que professam ser seguidoras de Cristo.

Identificamos a implicação culminante da união do crente com Cristo no fato de: Se sois de Cristo, então, sois descendência de Abraão e herdeiros conforme a pro-messa (29). Os judaizantes procuravam arruinar o evangelho paulino afirmando que somente pela lei o indivíduo podia ser filho de Abraão e receber a conseqüente herança. Ao contrário, Paulo argumentara que os gálatas cristãos eram a verdadeira semente de Abraão pela fé e que, portanto, receberiam a promessa (ver comentários em 3.16). Por serem de Cristo, eram, por conseguinte, a descendência ("descendentes", AEC, RA) e herdeiros de Abraão segundo a promessa de Deus a Abraão. Eram filhos, e este fato garantia o prospecto glorioso da herança.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Gálatas Capítulo 3 do versículo 1 até o 28
3.1 exposto. Talvez na pregação de Paulo.

3.2 Espírito. Paulo apela para a experiência que os gálatas mesmo tinham com relação ao Espírito Santo para provar que fazer-se um judeu não é necessário para tornar-se um cristão (At 10:47-11.17; 15.8).

3.3 na carne. Paulo não tem em mente, talvez, apenas a tentativa de guardar a lei sem o Espírito (Rm 7:7-8.17) mas também a tentativa de obter o favor de Deus pelo corte físico da circuncisão (Fp 3:2,3). Em todo caso, Paulo adverte seus leitores contra a tentativa de ganhar a salvação fazendo alguma obra. Salvação vem somente por meio da graça de Deus pela fé em Jesus Cristo (2.16).

3:6 Abraão era o pai do judeus e a pessoa com quem Deus estabeleceu, pela primeira vez, a circuncisão como sinal da aliança (Gn 17:10). Até mesmo esse reverenciado patriarca foi posto em um relacionamento correto com Deus através da fé (Rm 4:11). Paulo reverte a acusação de que menospreza a aliança de Deus com Abraão. Os verdadeiros filhos de Abraão compartilham sua fé, descendam fisicamente dele ou não. A promessa a Abraão é também a promessa de bênção aos gentios, bênção essa que deve ser recebida com fé como a de Abraão.

3:10 O argumento de Paulo é que ninguém é capaz de guardar a lei na sua totalidade, o que fundamenta pela citação de Dt 27:26. Na continuação da passagem de onde Paulo extrai a citação, Deuteronômio apresenta uma lista de maldições que recairão sobre Israel por desobediência. A maioria dos judeus no tempo de Paulo admitia que Israel havia quebrado a lei e havia recebido as maldições preditas (Dt 28:15-30.20).

3:11 Veja nota teológica “Justificação e Mérito”, índice.

3.12 a lei não procede de fé. Paulo fala aqui da lei como exigência de Deus, à parte da promessa da aliança de Deus. Levítico (18,5) apresenta a exigência e prediz o fracasso e a maldição que seguiria (26.14-38). A promessa também é repetida (26.40-45), pois ela não é invalidada (3.15-22).

3.13 maldição em nosso lugar. Uma vez que quebramos a aliança de Deus violando a lei, merecemos receber a maldição da lei e a condenação de Deus. Mas Cristo levou a maldição da lei em nosso lugar, dando-nos paz com Deus (Rm 3:21-26; 4:25; 5.1-8; 2Co 5:21; 13 51:2-15'>Cl 2:13-15; conforme Mc 10:45; Jo 1:29; 1Pe 2:24). Ver “A Expiação” em Rm 3:25.

3.14 a bênção de Abraão. Ver v. 8; Gn 12:3; “Cristo — o Mediador” em 1Tm 2:5. Os gentios que chegaram à fé, cujas vidas são marcadas pela habitação do Espírito, são o cumprimento da promessa de que através de Abraão todas as nações serão abençoadas. O Espírito é a bênção prometida a Abraão.

3.15-18 Deus prometeu bênção salvadora para as nações através de Abraão “e sua semente” — Cristo, que em sua natureza humana descende de Abraão. A promessa da aliança não foi cancelada pela lei mais tarde dada a Moisés. A lei não se opõe às promessas (v. 21) mas as pressupõe. Suas exigências mostram a impossibilidade de se obter a salvação por merecimento e remetem o povo de Deus à fé em Cristo (v. 24).

3.16 descendente. Lit., "semente". Paulo está ciente de que o substantivo “semente” no singular pode ser tanto coletivo como individual (v. 29; Rm 4:18). Ele está afirmando que Cristo é a Semente (o descendente) ao qual, em última instância, se refere a promessa. Ver “A Aliança da Graça de Deus” em Gn 12:1.

3.17 quatrocentos e trinta anos. Em Êx 12:40, os 430 anos referem-se ao tempo que Israel permaneceu no Egito. Na versão do Êxodo no Antigo Testamento grego (a Septuaginta), o tempo de permanência dos patriarcas em Canaã está incluído nos 430 anos. Mas Paulo não se refere à passagem necessariamente conforme a Septuaginta. Para o seu objetivo, é suficiente demonstrar que decorreram séculos até que a lei fosse dada no Sinai (Conforme Gn 15:13; At 7:6).

3.19 por causa das transgressões. Provavelmente para definir pecado especificamente como pecado contra a vontade de Deus, explicitamente formulada e, assim, tornar o pecado tanto pior (Rm 5:13, 20).

descendente. Em Gn 17:19, Deus promete a Abraão um filho, Isaque, e diz que estabelecerá uma aliança com Isaque e seus “descendentes” (um substantivo singular no hebraico que também pode ser traduzido por “semente”). Paulo vê o emprego do substantivo na forma singular como uma referência a Jesus, que restaurou a aliança que estava rompida entre Deus e o seu povo escolhido.

por meio de anjos. Ver Dt 33:2; At 7:53; Hb 2:2.

3.20 mediador. Moisés foi mediador entre Deus e Israel quando Deus estabeleceu a sua aliança com Israel no Monte Sinai (Êx 19:34). A promessa dada a Abraão, entretanto, não precisou de mediador e, em vista disso, é superior à aliança no Sinai.

Deus é um. Ver Dt 6:4. A aliança de Deus com Abraão, uma vez que não teve um mediador, demonstrou a unidade e soberania de Deus mais perfeitamente do que a aliança no Sinai. O cumprimento da aliança de Deus com Abraão pela inclusão dos gentios no povo de Deus também demonstra a unidade de Deus mais claramente do que a aliança do Sinai porque ela mostra a sua soberania sobre toda a criação (Rm 3:29, 30).

3:21 A incapacidade da humanidade em guardar a lei, não a lei como tal, é a origem da ruptura no relacionamento da humanidade com Deus.

contrária às promessas de Deus? Paulo resolutamente rejeita essa conclusão errônea de seu argumento. A lei poderia competir com o evangelho apenas se pudesse conceder vida, libertando os pecadores da condenação que ela mesma impõe. Embora a lei seja boa e aponte o que é agradável a Deus (Lv 18:5; Rm 7:10), não foi capaz de dar vida aos transgressores da lei (2Co 3:6). Os judeus, tendo a lei, foram por ela condenados. A Escritura registra isso muito bem, mostrando que todos são pecadores condenados e indicando a necessidade do Salvador prometido.

3.24 aio. Um “aio” era um escravo responsável pela educação da criança, principalmente para apontar e castigar o mau comportamento. À semelhança de um aio, a lei destacou e puniu o pecado. Outra importante função dos aios era a de separar e proteger a criança da influência de estranhos. A lei exerceu função semelhante separarando Israel dos gentios. Também essa função da lei cerimonial se acabou. Ver “A Lei de Deus” em Êx 20:1.

3.26 sois filhos de Deus. Somos adotados como “filhos” porque estamos unidos ao verdadeiro Filho, Jesus Cristo. O batismo sela essa união com Cristo. É uma união vital: Cristo vive em nós (2.20). É também uma união representativa: Cristo morreu e vive por nós (Rm 6:5-11). Ser revestido de Cristo têm duas implicações: a sua justiça é nossa veste e somos uma nova criação em Cristo (Rm 13:14; Ef 4:24; Cl 3:10).

3.28 todos vós sois um em Cristo Jesus. A parede da separação entre judeu e gentio está removida para os que estão unidos a Cristo: todos em Cristo são a semente de Abraão (Ef 2:14-16; Cl 3:11). De fato, nenhuma das diferenças entre os seres humanos confere vantagens no que se refere à salvação. Paulo não elimina tais distinções, como a diferença entre homem e mulher, mas mostra que elas não conferem status preferencial em termos de nossa união com Cristo. Até o retorno de Cristo, a ordem estabelecida na criação permanece e a ordem na 1greja leva isso em conta (1Co 11:3; 14:34; 1Tm 2:11-14). Ver "A Igreja" em Ef 2:19.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Gálatas Capítulo 3 do versículo 1 até o 31
3.1ss Neste capítulo Paulo afirma todos somos culpados ante Deus. Paulo desmantela a desculpa comum da gente que não quer reconhecer-se pecadora: (1) "Deus não existe" ou "Sigo minha consciência"; 1:18-32; (2) "Não lhe faço mal a ninguém"; 2:1-16; (3) "Sou membro de uma igreja" ou "Sou uma pessoa religiosa"; 2:17-29. Ninguém está isento do julgamento de Deus pelo pecado. Cada pessoa deve aceitar que é pecadora e portanto culpado ante Deus. Solo assim pode compreender-se e aceitar-se esse presente maravilhoso de Deus que é a salvação.

3.1ss Que descrição mais deprimente faz Paulo! Todos, gentis pagãos, gente humanitária ou religiosa, estamos condenados por nossas ações. A Lei, que o Senhor deu para mostrar o caminho à vida, tira a luz nossas obras malignas. Há alguma esperança? Sim, diz Paulo. A Lei nos condena, isto é certo, mas a Lei não é a base de nossa esperança. Deus mesmo o é. O em sua justiça e amor maravilhoso nos brinda vida eterna. Recebemos salvação não através da Lei, a não ser mediante a fé no Jesucristo. Não podemos ganhá-la, mas devemos aceitá-la como um presente de nosso amoroso Pai celestial.

3:2 A nação judia recebeu muitos benefícios. (1) Lhe confiou as leis de Deus ("a palavra de Deus", Exodo 19-20; Dt 4:8). (2) Foi a nação através da qual o Messías veio a terra (Is 11:1-10; Mt 1:1-17). (3) Foi beneficiária dos pactos com Deus mesmo (Gn 17:1-16; Ex 19:3-6). Estes privilégios não a fizeram melhor que as demais (veja-se 3.9). Mas devido a estes, os judeus tiveram sempre uma maior responsabilidade quanto ao cumprimento dos requisitos de Deus.

3.5-8 Alguns possivelmente pensem que o pecado não é preocupe-se porque: (1) Deus está para perdoar; (2) Deus é amor e não castiga; (3) o pecado não é tão mau, ensina-nos lições valiosas, ou (4) devemos nos manter dentro da cultura que nos rodeia. É certo que a graça de Deus é imensa, mas Deus não pode passar por cima o pecado. Os pecadores, sem importar as desculpas que exponham, terão que responder ante Deus por seus pecados.

3.10-12 Paulo faz referência ao Sl 14:1-3. "Não há justo" significa "ninguém é inocente". Cada pessoa é valiosa ante os olhos de Deus porque O criou a sua imagem e nos ama, mas não há um solo justo (ou seja, não há pessoa que se ganhou o estar a bem com Deus). Apesar de ser valiosos, temos cansado em pecado. Mas Deus, através do Jesus seu Filho, redimiu-nos e nos oferece perdão se nos voltarmos para O em fé.

3.10-18 Paulo usa estas referências do Antigo Testamento para mostrar que a humanidade em geral, em sua atual condição pecadora, é inaceitável ante Deus. Há dito alguma vez: "Não sou tão mau. Sou boa pessoa"? Medite estes versículos e veja se se ajustam a você. mentiu alguma vez? feriu os sentimentos de alguém através de suas palavras ou o tom de sua voz? É rude com alguém? enfurece-se com seus mais duros contrários? Em pensamentos, palavra e obra, como qualquer pessoa neste mundo, tem culpa diante de Deus. Devemos recordar o que somos ante O: pecadores afastados. Não negue que é pecador. Mas bem permita que sua grande necessidade o guie a Cristo.

3:19 Qual foi sua reação a última vez que alguém lhe acusou de fazer algo indevido? Negar, discutir e defender-se? A Bíblia nos diz que o mundo permanece com a boca fechada e sob o julgamento de Deus poderoso. Não conta com desculpas nem argumentos. chegou você ao ponto com Deus no que está disposto a deixar de defender-se e esperar a decisão divina? Se não ser assim, detenha-se e reconheça seu pecado diante Do. Se o tiver feito, os seguintes versículos são muito bons notícias para você!

3.20, 31 Nestes versículos vemos dois propósitos na Lei de Deus. Primeiro, mostra-nos onde pecamos. A lei nos ensina que somos pecadores necessitados e devemos acudir ao Jesucristo em busca de misericórdia. Segundo, o código moral revelado na lei nos pode guiar em nossa forma de viver sustentando ante nós as normas morais de Deus. Não ganhamos a salvação cumprindo a Lei (ninguém, exceto Cristo, cumpriu ou pôde cumprir a Lei à perfeição), mas sim agradamos a Deus quando nossas vidas se submetem a sua vontade revelada.

3.21-29 depois destas más novas sobre nossa pecaminosidad e a condenação de Deus, Paulo nos dá boas novas. Há uma maneira de nos declarar inocentes: Cristo nos limpa de pecados se confiarmos no. Confiar significa ter a segurança de que Cristo perdoa nossos pecados, faz-nos justos diante de Deus e nos dá o poder para viver como O quer que o façamos. Esta é a solução de Deus e está ao alcance de todos apesar de nossos antecedentes ou conduta passada.

3:23 Alguns pecados parecem ser muito maiores que outros porque suas conseqüências são maiores. O homicídio, por exemplo, parece-nos que é pior que o ódio, e o adultério ao parecer é pior que a luxúria. Mas isto não significa que nos merecemos a vida eterna porque nossos pecados são de menor envergadura. Qualquer pecado nos converte em pecadores e nos separa de nosso Deus santo. Qualquer pecado, portanto, conduz à morte (porque nos incapacita para viver com Deus) por grande ou pequeno que o pecado pareça. Não minimize os pecados "pequenos" nem valore com excesso os "grandes". Todos nos separam de Deus, mas também todos podem ser perdoados.

3:24 Justificados significa declarados não culpados. Quando na corte o juiz declara inocente ao acusado, eliminam-se todos os cargos da ata. Legalmente, é como se a pessoa jamais tivesse sido acusada. Quando Deus perdoa nossos pecados, limpa nossos antecedentes penais. Desde sua perspectiva é como se nunca tivéssemos pecado.

3:24 Redenção se refere a que Cristo libera aos pecadores da escravidão do pecado. Nos tempos do Antigo Testamento, a uma pessoa com dívidas podiam vendê-la como pulseira. Logo o parente mais próximo podia redimi-la comprando sua liberdade. Cristo comprou nossa liberdade. O preço foi sua vida.

3:25 Cristo é nosso sacrifício expiatório. Em outras palavras, O morreu em nosso lugar por nossos pecados. A irritação de Deus com os pecadores é legítimo. rebelaram-se contra O, separaram-se de seu poder regenerador. Mas Deus declara que a morte de Cristo é o sacrifício designado e apropriado para nossos pecados. Cristo, pois, ocupou nosso lugar, pagou a pena de morte por nossos pecados e satisfez a plenitude as demandas de Deus. Seu sacrifício outorga perdão, remissão e liberdade.

3:25 O que passou com os que viviam antes que Cristo viesse e morrera pelo pecado? Se Deus os condenou, foi injusto? Se os salvou, foi o sacrifício de Cristo desnecessário? Paulo mostra que Deus perdoou todo pecado humano na cruz do Jesus. Os crentes do Antigo Testamento por fé olhavam à futura vinda de Cristo e se salvavam até sem saber o nome do Jesus nem os detalhes de sua vida terrestre. Você já sabe que Deus amou de tal maneira ao mundo que deu a seu próprio Filho (Jo 3:16). pôs sua confiança no?

3:27, 28 A maioria das religiões prescrevem certos deveres que devem cumprir quem deseja que Deus os aceite. O cristianismo é único ao ensinar que as boas obras não nos justificam ante Deus. Não há lucro humano nem progresso no desenvolvimento pessoal que fechamento a brecha que existe entre a perfeição moral de Deus e nossa imperfeita conduta diária. As boas obras são importantes, mas não compram a vida eterna. Somos salvos solo por confiar no que Deus tem feito por nós (veja-se Ef 2:8-10).

3:28 por que Deus nos salva sozinho por fé? (1) A fé elimina o orgulho do esforço humano, porque a fé não é algo que fazemos. (2) A fé exalta o que Deus tem feito, não o que a gente faz. (3) A fé reconhece que não podemos cumprir com a Lei nem medir as normas de Deus, e que necessitamos ajuda. (4) A fé se apóia em nossa relação com Deus, não no que façamos Por Deus.

3:31 Houve alguns maus entendidos entre judeus e gentis cristãos em Roma. Preocupados, alguns cristãos judeus perguntaram ao Paulo: "Desprezará a fé tudo o que o judaísmo defendeu?" "Cancela as Escrituras, põe fim a nossos costumes, declara que Deus já não obra através de nós?" (Esta é em essência a pergunta com que se inicia o capítulo 3.) "Em nenhuma maneira!", diz Paulo. Quando entendemos o caminho de salvação mediante a fé, compreendemos melhor a religião judia. Sabemos por que Deus escolheu ao Abraão, por que deu a Lei Mosaica, por que foi paciente com o Israel durante séculos. A fé não despreza o Antigo Testamento. Mas bem, faz mais compreensível o trato de Deus com os judeus. No capítulo 4, Paulo abundará neste tema. (se desejar mais informação, vejam-se também 5.20, 21; 8.3, 4; 13 9:10; Gl 3:24-29 e 1Tm 1:8).

A AUTO-ESTRADA DA SALVACION

Rm 3:23: Todos pecaram.

Rm 6:23: O pagamento do pecado é morte.

Rm 5:8: Jesucristo morreu pelo pecado.

Rm 10:8-10: Para que nossos pecados sejam perdoados devemos acreditar e confessar que Jesus é o Senhor. A salvação se recebe através do Jesucristo.

CONCEITOS TRANSCENDENTAIS EM ROMANOS

ELECCION Rm 9:10-13

A eleição de Deus de um indivíduo ou grupo para um propósito ou destino específico.

JUSTIFICACION Rm 4:25; Rm 5:18

O ato de Deus pelo que nos declara "sem culpa" de nossos pecados.

PROPICIACION Rm 3:25

A absolvição do castigo de Deus pelo pecado, graças ao sacrifício perfeito do Jesucristo.

REDENCION Rm 3:24; Rm 8:23

Jesucristo pagou o preço e agora somos livres. O pagamento do pecado é morte, Jesus pagou a dívida.

SANTIFICACION Rm 6:22; Rm 15:16

Ser cada vez mais semelhantes a Cristo mediante a obra do Espírito Santo.

GLORIFICACION Rm 8:18-19, Rm 8:30

Estado final do crente que será semelhante a Cristo depois da morte (1Jo 3:2).


Matthew Henry - Comentários de Gálatas Capítulo 3 do versículo 1 até o 29
3:1 Os crentes da Galacia tinham sido fascinados pelos argumentos falsos dos professores, até dar a aparência de que estavam sob a influência de um encanto. A magia era comum nos dias do Paulo (At 8:9-11; At 13:6-7). Os magos empregavam tanto a ilusão como o poder de Satanás para obter seus milagres. A gente se envolvia nos ritos misteriosos dos magos sem tomar em conta sua perigosa origem.

3.2, 3 Os crentes na Galacia, alguns dos quais tinham estado em Jerusalém no Pentecostés e tinham recebido o Espírito Santo ali, sabiam que não receberam o Espírito de Deus por obedecer a lei judia. Paulo enfatizou que assim como começaram a vida cristã no poder do Espírito, de igual maneira cresceriam pelo poder do Espírito. Os gálatas deram um passo atrás quando decidiram cumprir com as leis judias. Devemos nos dar conta que crescemos espiritualmente graças à obra de Deus em nós por seu Espírito, não por seguir normas especiais.

3:5 Os gálatas sabiam que tinham recebido ao Espírito Santo quando acreditaram, não quando obedeceram a lei. Muitas pessoas se sentem inseguras em sua fé, porque a fé só parece muito singela; por isso é que procuram aproximar-se de Deus por meio de regras. Enquanto certas disciplinas (estudo bíblico, oração) e serviço podem nos ajudar a crescer, estas não podem ocupar o lugar do Espírito Santo em nós ou ser um fim em si mesmo. Ao expor estas perguntas, Paulo esperava obter que os gálatas vissem outra vez a Cristo como o fundamento de sua fé.

3:5 O Espírito Santo dá aos cristãos um poder especial para viver para Deus. Alguns cristãos desejam mais que isto. Eles desejam viver em um alto estado emocional de maneira perpétua. O aborrecimento da vida cotidiana parece denotar que algo anda mal espiritualmente. Freqüentemente, uma das obras maiores do Espírito Santo em nós é nos ensinar a persistir, nos manter em fazer o que é correto, embora aparentemente tenha perdido seu interesse ou entusiasmo. Os gálatas rapidamente se voltaram dos ensinos do Paulo às novidades dos professores em sua cidade, necessitavam o dom da perseverança que dá o Espírito Santo. Se a vida cristã lhe parecer anódina, possivelmente esteja necessitando que o Espírito o sacuda. Cada dia a vida oferece um desafio para viver por Cristo.

3.6-9 O argumento principal dos judaizantes era que os gentis tinham que fazer-se judeus para poder ser cristãos. Paulo expôs o fraco deste argumento ao lhes demonstrar que os verdadeiros filhos do Abraão são aqueles que têm fé, não os que guardam a lei. Abraão mesmo foi salvado por fé (Gn 15:6). Os crentes de todos os tempos de toda nação recebem a mesma bênção do Abraão. Esta é uma promessa consoladora, uma grande herança e um fundamento sólido para viver.

3:10 Paulo cita Dt 27:26 para provar que em oposição ao que os judaizantes ensinavam, a lei não pode justificar e salvar, só pode condenar. O quebrantar um só dos mandamentos traz condenação sobre uma pessoa. E como todos quebrantaram os mandamentos, todos estão condenados, e a lei nada pode fazer para trocá-lo (Rm 3:20-24). Mas Cristo tomou a maldição da lei sobre si quando foi pendurado na cruz (Rm 3:13). Fez-o para que não tivéssemos que enfrentar nosso castigo. A única condição é que aceitemos o que fez Cristo na cruz (Cl 1:20-23).

3:11 Procurar ser retos para com Deus ("justificação") por nosso esforço próprio não funciona. As boas intenções tais como "a próxima vez o farei melhor" ou "nunca o voltarei a fazer", usualmente, termina em fracasso. Paulo menciona a declaração do Habacuc (Hc_2:
4) que por confiar em Deus, acreditando em sua provisão em favor de nossos pecados e vivendo cada dia no poder de seu Espírito, podemos romper este ciclo de fracasso.

3:17 Deus mantém sua promessa ao Abraão (Gn 17:7-8), não a aboliu, em que pese a ter acontecido milhares de anos. Salvou ao Abraão por meio de sua fé, e benzeu ao mundo através do Abraão ao enviar ao Messías como um de seus descendentes. As circunstâncias podem trocar, mas Deus permanece constante e não quebranta suas promessas. prometeu perdoar nossos pecados por meio do Jesucristo e podemos estar seguros de que o fará.

3.18, 19 A lei tem duas funções. Em seu lado positivo, revela a natureza e a vontade de Deus e amostra às pessoas como deve viver. No lado negativo, mostra o pecado das pessoas e lhes indica que é impossível agradar a Deus por obediência plena a todas suas leis. A promessa de Deus ao Abraão tem que ver com sua fé, a lei enfoca as ações. O pacto com o Abraão mostra que a fé é o único meio de salvação, a lei mostra como obedecer a Deus em uma resposta maravilhosa. A fé não anula a lei, pelo contrário, quanto mais chegamos a conhecer deus, mais entendemos quão pecadores somos. portanto somos conduzidos a depender só de nossa fé em Cristo para obter nossa salvação.

3:19, 20 Quando Deus deu sua promessa ao Abraão o fez por si mesmo, sem o Moisés ou os anjos como mediadores. Embora não se menciona no Exodo, os judeus acreditavam que os Dez Mandamentos tinham sido jogo de dados ao Moisés pelos anjos (Esteban se refere a isto em seu discurso, veja-se At 7:38, At 7:53). Paulo mostra a superioridade da salvação e crescimento pela fé sobre o tratar de ser salvos por guardar a lei judia. Cristo é o melhor e único caminho dado Por Deus para que nós possamos vir ao (1Tm 2:5).

3.21, 22 Antes que a fé em Cristo nos libertasse, estávamos apanhados em pecado, abatidos por enganos passados e sufocados por desejos pecaminosos. Deus sabia que fomos prisioneiros do pecado e por isso proveu uma via de escapamento: a fé no Jesucristo. Sem Cristo todos estão apanhados nas garras do pecado e só aqueles que depositam sua fé no podem ficar livres. Olhe para O: quê-lo alcançar para lhe dar liberdade.

3.24, 25 "O tutor" é como a supervisão que um tutor dava a um menino. Não necessitamos mais este tipo de supervisor. A lei nos mostra a necessidade de salvação; a graça de Deus nos provê essa salvação. O Antigo Testamento ainda é aplicável. Deus revela, no mesmo, sua natureza, sua vontade para a humanidade, suas leis morais e suas diretrizes para viver. Mas não podemos ser salvos por guardar a lei, devemos confiar em Cristo o Messías.

3:26, 27 Na sociedade romana, um futuro jovem punha a um lado a túnica de sua infância e se vestia com uma nova túnica. Isto representava seu passo à cidadania adulta com todos seus direitos e responsabilidades. Paulo combinou esta concepção cultural com o conceito do batismo. Por fazer-se cristão e ser batizados, os crentes gálatas estavam crescendo espiritualmente e estavam preparados para tomar o privilégio e as responsabilidades de maior maturidade. Paulo diz que eles tinham posto a um lado as vestimentas velhas da lei, e agora estavam vestindo a roupagem nova da retidão em Cristo (vejam-se 2Co 5:21; Ef 4:23-24).

3:28 Alguns varões judeus saudavam o novo dia com a oração: "Senhor, dou-te obrigado que não sou um gentil, um escravo ou uma mulher". O papel da mulher foi realçado pelo cristianismo. A fé em Cristo vai além destas diferenças e faz que os crentes sejam um em Cristo. Assegure-se de que não está impondo restrições que Cristo tirou. Já que os crentes são seus herdeiros, nenhum é mais privilegiado ou superior a outro.

3:28 É nossa inclinação natural nos sentir incômodos quando estamos em meio de pessoas que são diferentes a nós e nos aproximar daqueles com os que temos alguma semelhança. Mas quando permitimos que nossas diferenças nos separem de outros crentes, contradizemos ensinos bíblicos claras. Proponha-se buscar e apreciar a gente que não se assemelha a você nem a seus amigos. Achará que há muitas coisas em comum.

3:29 O pacto original com o Abraão foi projetado para todo mundo, não só para seus descendentes (veja-se Gn 12:3). Todos os crentes formam parte deste pacto e som bentos como filhos do Abraão.

QUE É A LEI?

Parte da Lei judia incluía as leis que se acham no Antigo Testamento. Quando Paulo diz que os que não são judeus (gentis) não estão atados a sortes leis, não diz que as leis do Antigo Testamento não têm valor hoje. O que afirma é que certas leis poderiam não ser aplicadas a nós. No Antigo Testamento existiam três categorias de leis.

Lei cerimoniosa

Esta classe de lei se relaciona especificamente com a adoração judia (veja-se por exemplo, Lv 1:1-13). Seu propósito primário foi assinalar ao futuro, ao Jesucristo. portanto, estas leis já não eram necessárias depois da morte do Jesus e de sua ressurreição. Embora é certo que já não estamos atados pelas leis cerimoniosas, os princípios que as respaldam -adorar e amar a um Deus santo- ainda são aplicáveis. Os cristãos judeus acusavam com freqüência aos cristãos gentis de violar a lei cerimoniosa.

Lei civil

Este tipo de lei dava orientações relacionadas com o jornal viver do Israel (veja-se Dt 24:10-11). Já que a sociedade e a cultura moderna são radicalmente diferentes, algumas destas diretrizes não podem ser cumpridas especificamente. Mas os princípios que se acham detrás destes mandatos devessem guiar nossa conduta. Paulo, em certas ocasiões, pediu aos cristãos de origem gentil que obedecessem algumas destas leis, não por obrigação, a não ser para promover a unidade.

Lei moral

Este gênero de leis devem ser o mandato direto de Deus: por exemplo, os Dez Mandamentos (Ex 20:1-17). Requerem obediência estrita. Revelam a natureza e a vontade de Deus e ainda estão em vigência hoje. Devemos obedecer esta lei moral não para obter salvação, a não ser para viver de tal maneira que agrademos a Deus.

JUDAIZANTES VERSUS Paulo

O que os judaizantes disseram a respeito do Paulo

Que pervertia a verdade.

Que era um traidor à fé judia.

Que comprometeu e rebaixou sua mensagem por causa dos gentis.

Que menosprezava a lei do Moisés.

A defesa do Paulo

Recebeu sua mensagem de Cristo mesmo (Ex 1:11-12).

Paulo era um dos judeus mais dedicados de seu tempo. Entretanto, Deus o transformou por meio de uma revelação das boas novas a respeito do Jesus, no momento de uma das ações mais fanáticas (Ex 1:13-16; At 9:1-30).

Os outros apóstolos declararam que a mensagem pregada pelo Paulo era o evangelho verdadeiro (At 2:1-10).

longe de degradar a lei, Paulo a pôs no lugar que lhe correspondia. Disse que ela mostrava às pessoas onde tinha pecado e que assinalava a Cristo (At 3:19-29).

Enquanto rugia o debate entre os cristãos gentis e os judaizantes, Paulo acreditou necessário escrever às Iglesias na Galacia. Os judaizantes procuravam menosprezar a autoridade do Paulo e queriam fazer acreditar que ensinava um evangelho falso. Em resposta, Paulo defendeu sua autoridade como um apóstolo e a verdade de sua mensagem. O debate sobre as leis judias e os cristãos gentis foi oficialmente resolvido no concílio de Jerusalém (Feitos 15), entretanto, continuou sendo um ponto de disputa posteriormente.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Gálatas Capítulo 3 do versículo 1 até o 29
II. A SUPREMACIA DO EVANGELHO (Gl 3:1)

1 Ó insensatos gálatas! quem vos fascinou você, perante os olhos de Jesus Cristo foi abertamente estabelecido crucificado? 2 Isto só que eu iria aprender com você, recebestes o Espírito pelas obras da lei, ou pela pregação da fé? 3 são vós tão insensatos?tendo começado pelo Espírito, sois agora aperfeiçoados na carne? 4 Será que vós sofrer tantas coisas em vão? se for de fato em vão. 5 Aquele pois que supre a você o Espírito, e que opera milagres entre vós, acaso o faz pelas obras da lei, ou pela pregação da fé?

Antes estabelecendo as razões lógicas porque o evangelho é supremo, Paulo apela mais, pessoalmente, para a linguagem universal da experiência. Em última análise, a maioria das pessoas são motivadas não pelo raciocínio complexo, mas por mais diretamente entendido experiências que se tornaram uma parte de suas vidas. Na verdade, há pouca esperança de mover as pessoas pela lógica em tudo, a menos que ele pode ser bem regada com o que é, de certa forma familiar para a sua experiência e pode ser fortalecido por apelos emocionais e volitivas. Paulo apresenta um elevado grau de sabedoria em começando com experiência e nunca se tornar suficientemente resumo em sua lógica de perder o apoio da personalidade total em reagir à verdade.

1. A salvação pela fé em Cristo (Gl 3:1 ) . Que loucura! Por que alguém abandone o único poder que já fez um começo vital possível e, em seguida, voltar para a perfeição de um princípio que nunca trouxe nada além de fracasso, condenação e degradação!Mas isso é exatamente o que os Gálatas fez quando eles seguiram o evangelho pervertido dos judaizantes. Em Romanos levou Paulo mais tempo para mover esta longe no argumento para a fé. Mas o problema do Gálatas é específico e extrema. Nenhuma conversa mole ou circunlóquios é necessário. Ele grita o aviso: "Você deixou o seu curso e estão à deriva para a perdição!" A única maneira de a consumação (ou perfeição) pode estar em harmonia com o princípio, é se o poder e princípio de início é realizado. A fé é tão essencial momento a momento e dia a dia, pois é na conversão. E assim é o Espírito Santo, que é recebido pela fé. Paulo diz em efeito: "Você nem sempre foram tão estúpido. Lembre-se de seus antigos sofrimentos e perseguições. Você já foram profundamente envolvido na verdade. Você sofreu em vão? Pense sobre isso! "

O argumento é um passo adiante. Se a memória de dias melhores é fraca e sua própria vida infrutífera, que sobre aqueles entre vocês que são fontes de água-viva através do qual o Espírito infunde vida na igreja? Que tipo de pessoas são eles? Será que eles conseguir isso por tal cuidado meticuloso de detalhe legal ou pela fé? De onde vem o seu poder? Para fazer a pergunta é para respondê-la. Somente a graça recebida pela fé vai se reunir no teste prático tanto na vida individual ou a pessoa jurídica da igreja.

B. caso de Abraão (3: 6-14)

6 Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. 7 Saiba, pois, que os que são da fé, esses são filhos de Abraão. 8 E a Escritura, prevendo que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho de antemão a Abraão, dizendo: .: Por ti todas as nações sejam abençoados 9 . Portanto, os que são da fé são abençoados com o crente Abraão 10 Pois todos quantos são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque . Está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê- Lc 11:1 Agora que ninguém é justificado pela lei diante de Deus, é evidente: para, O justo viverá pela fé ; 12 e que a lei não é da fé; mas, aquele que põe em prática viverá por eles. 13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; 14 para que aos gentios viesse a bênção de Abraão em Cristo Jesus; para que recebêssemos a promessa do Espírito mediante a fé.

Muitos exemplos poderiam ser citados do fracasso do legalismo para produzir justiça e para o sucesso da fé. Recentemente, um missionário contou de um culto que foi para uma terra missionária e posou como evangélicos. Mas eles enfatizaram obras e não acreditava em uma transformação vital pela fé. Nacionais exigentes disse: "Estes não são evangélicos. Você pode dizer pela maneira como eles vivem. "Evangelical significa" pregar o evangelho. "E o evangelho tem poder para salvar.

Mas Paulo não usa um exemplo local e fugaz. Ele se vira para Abraão, a figura do mundo, cujos passos todas as principais religiões monoteístas (judaísmo, o islamismo e cristianismo) alegação de seguir. Como ele atingir tal sucesso e liderança fenomenal? A resposta é a mesma que em Romanos, embora a ilustração é aqui tratada mais rapidamente e a aplicação é elaborado em mais detalhe.

1. A salvação a Abraão pela fé (Gl 3:6 , esse tipo de justiça que vem pela fé em Jesus Cristo é, na verdade, para todos os que crêem. O stress é sobre a palavra acreditava . Abraão foi salvo pela fé, e não lei. A lei mosaica ainda não tinha sido dada como ainda.

2. salvação a todos pela Fé (3: 7-9 ) . Depois de apenas um versículo de ilustração, Paulo empurra casa do aplicativo. Seria melhor ser rendido, "Vós bem sabeis, portanto." A declaração Escritura sobre Abraão deixa claro, sem sombra de dúvida de que os que são da fé da mesma são filhos de Abraão . Tal pai, tal filho. Jesus disse a mesma coisa (Jo 8:39 ). "A semelhança na vida e caráter é o verdadeiro teste de filiação." Não é só o exemplo de Abraão a fé salvadora, mas para ele também foi proclamado, antes, a boa notícia de que Deus havia de justificar pela fé os gentios da mesma forma. "Justifica" melhor torna o tempo presente. Impartation desta justiça não é um evento tardio para ser previsto. É propósito eterno de Deus e do plano, sobre o qual Ele age onde quer que haja homens que acreditam. Paulo diz que isso é o que Deus quis dizer com Por ti todas as nações ser abençoado . A bênção que veio a Abraão, então, não veio como uma exceção, mas como um padrão e exemplo. Todos os que são da fé são abençoados com o crente Abraão .

3. A salvação para Nenhum pela Lei (3: 10-12 ) . A experiência daqueles que são das obras da lei é exatamente o oposto da bênção apreciado por Abraão. Eles estão debaixo de maldição, pois está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las (conforme Dt 27:26 ). A aplicação deste Nem é preciso ser apontadas. A carga de cada judeu era a consciência roendo de não guardar toda a lei. A Lei sem a promessa nunca poderia ter sido suportado. Ele teria esmagado em vez de Israel salvo.

Paulo apressa-se a salientar que a Escritura suporta a verdade do fracasso do homem sob a lei. Ele diz que é perfeitamente claro que nenhum homem é justificado pela lei perante Deus . Aqueles que são justos são tão por outro meio. O justo viverá pela fé .Agora, a lei não pode ser dito ser pela fé. Ele apela para obras. Embora ele revela a necessidade de ajuda, como o homem falha, ele não fornecer a resposta. Lei diz apenas de seus preceitos, Aquele que pratica viverá por eles .

4. A salvação para todos através de Cristo (Gl 3:13 , 14 ) . A única resposta é em Cristo. Mas sua resposta é uma surpresa para o judeu. Ele não se primeiro nos ensinar passo a passo até que fomos capazes de cumprir a lei perfeitamente e, em seguida, salve-nos pelo nosso registro novo e perfeito. Ao contrário, Ele atravessou tudo isso por redenção. Ele nos resgatou da maldição da lei , tornando-se maldição por nós . Ele morreu na árvore para nós, cortado do acampamento. A maldição que pertencia a nós tornou-se seu para que a bênção que era Seu poderia tornar-se o nosso. Agora não é só para o judeu que tem o direito e quebrou-lo, mas também para os gentios que não tê-lo no mesmo sentido. A bênção de Abraão não é, em seguida, através da lei, mas em Cristo Jesus. Este é o cumprimento da promessa feita a Abraão. Ele é cumprida no Espírito, outro auto de Jesus. E este é recebido através da fé.

A Escritura explica nunca completamente como a morte de Cristo pode realmente salvar-nos. Ele simplesmente declara o fato. Incomparável amor fez o que a força nunca poderia fazer. Ele trouxe Cristo para baixo em nossa situação redentora. Quando tal santidade sofreu tão livremente, tornou-se comunicativo e abriu as portas fechadas da personalidade humana e derramou na graça transformadora que Deus tinha planejado a partir da idade. Seja qual for de justiça e santidade da cruz satisfeito na natureza de Deus, certamente trouxe vida, transformação e justiça ao homem. O que a lei não podia fazer, Cristo fez.

C. A PRIORIDADE DE PROMESSA (3: 15-22)

15 Irmãos, falo à maneira dos homens: Embora a aliança de um homem, ainda quando se tem sido confirmado, ninguém arrisca-la nula, ou acrescenta doutrina da mesma. 16 Ora, a Abraão, as promessas foram ditas, e à sua descendência. Ele não diz: E a seus descendentes, como falando de muitos; ., mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo 17 Mas digo isto: A aliança confirmou de antemão por Deus, a lei, que veio 430 anos depois, o faz não disannul, de modo a tornar a promessa de . efeito nenhum 18 Porque, se a herança é da lei, não é mais da promessa; mas Deus concedeu a Abraão por promessa. 19 O que, então, é a lei? Foi acrescentada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foiordenada por meio de anjos, pela mão de um mediador. 20 Ora, o mediador não é um mediador de um; mas Deus é 1. 21 , a lei é contra as promessas de Deus? Deus me livre: porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, em verdade a justiça teria sido da Lv 22:1 Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos que acreditar.

Ao exaltar a Abraão e salientando a fé, a ênfase é sobre a promessa como distinta da lei de Moisés. Judaísmo do tempo de Cristo e os apóstolos salientou lei e funciona como meio de salvação. Judaísmo ainda aponta desvio de Paulo da teologia judaica, quando ele ressaltou a justificação pela fé. A impressão é dada pelo judaísmo atual que a lei e as obras são a abordagem original e que a fé sem as obras da lei é uma adição tardia ou corrupção. Paulo afirma que o oposto é verdadeiro. A salvação foi originalmente pela fé. A promessa precedeu a lei por séculos. E a promessa, com o seu método de nunca fé foi alterada ou revogada. É o judaísmo, o cristianismo não, que se desviou da revelação do Antigo Testamento.

1. A permanência do Promise (Gl 3:15 ) . Mesmo se estivéssemos falando apenas de juramento e convênio de um homem, diz Paulo, quando ele é, uma vez confirmada e estabelecida, é permanente, na forma em que foi feita. Os desenvolvimentos futuros não mudá-lo ou, adicionando-lhe ou, tornando-a sem efeito. Nos tempos antigos, quando havia menos governo e menos à execução de lei, muito mais dependência foi colocada sobre juramentos e convênios do que agora. E bons homens ainda detêm uma aliança ou promessa sagrada. Se isso for verdade do homem, quanto mais firme e imutável é a promessa de Deus a Abraão. Como nada pode tomar a partir dele, então nada precisa ser adicionado a ele. O caminho da fé e da promessa é o caminho da salvação.

2. centralidade de Cristo na Promise (Gl 3:16 ) . A promessa feita a Abraão e à sua descendência foi redigida em termos materiais da terra e da herança (Gn 13:15 ; Gn 17:8 ) . Conforme a lei, que veio 430 anos depois da promessa feita a Abraão. Qualquer que seja a sua importância, não poderia alterar a promessa ou tomar o lugar da fé naquele que prometeu. Se a herança deve sempre ser adquirida por lei, ele deixaria de ser, por promessa. Isso seria uma violação e revogação da maneira de lidar com a herança de Deus. Ele nunca permitiria a substituição. Não Paulo, mas o judaísmo estava errado. Salvação nunca tinha sido de outra forma do que pela fé e pela promessa.

Qual seria então a função da lei? Foi puramente complementar, a fim de implementar a promessa. O problema da transgressão ficou entre homem e da promessa. Egocêntrico e iludido como o homem pecador é, ele não poderia mesmo diagnosticar a sua própria situação. A lei era para iluminar e homem castigo a todos, de modo que ele se voltaria para a promessa e estar pronto quando viesse o descendente a quem a promessa tinha sido feita . Isto não é para depreciar a lei. Ele veio de Deus, ordenada por meio de anjos, pela mão de um mediador , ou seja, Moisés. Mas ele sempre teve um maior do que Moisés em mente. Seu propósito era nos conduzir a Cristo (Gl 3:24 ).

4. Incapacidade da Lei para Salvar (Gl 3:20 , 21 ) . Ridderbos diz que 430 interpretações foram dadas ao versículo 20 . A essência do significado, no entanto, não parece que obscura. A lei, que vem através de um mediador, envolve mais partes do que a promessa. Ele introduz uma contingência que pode trazer o fracasso. Se o homem não faz a sua parte, a lei não cumprir sua finalidade. Isto foi claramente observado em ambos os Romanos e Gálatas como Paulo descreve o fracasso da lei para salvar. Mas esta limitação não se aplica a promessa. Deus é um só . Ele fez a promessa diretamente. Foi absoluta. E Ele o realizou. Se o homem quer a salvação, ele não pode dar ao luxo de buscá-la na rota defeituoso de contingência e uma lei quebrada. Ele deve encontrá-lo em uma promessa cumprida.

Isso não quer dizer que a lei é contra a promessa de Deus . Como impensável! Ambos fazem suas contribuições para a mesma finalidade. Mas se a lei tivesse sido uma forma suficiente de salvação, Deus certamente teria tido isso em vez do caminho muitíssimo mais caro da redenção em seu Filho. O problema era que nenhuma lei poderia ser imaginado que poderia tornar vivo , enquanto que é exatamente o poder da promessa, recebida pela fé.

5. salvação pela fé em Jesus Cristo (Gl 3:22 ) . A Escritura é muito clara sobre o assunto. A sanção divina e ameaça contra os transgressores da lei encerrou a todos debaixo do pecado -hopelessly tanto quanto a salvação pela lei está em causa, mas para ser entregue através da promessa pela fé em Jesus Cristo . O neutro plural de todas as coisas é usada naturalmente em que o termo mais abrangente é procurado. Nenhuma exceção é permitido. A fé é o único meio, como a salvação é somente para os crentes.

D. filiação através da fé em Cristo (3: 23-4: 7)

23 Mas, antes que viesse a fé, estávamos guardados em custódia nos termos da lei, encerrados para aquela fé que se havia de revelar. 24 De modo que a lei se tornou nosso aio para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela Fm 1:25 Mas agora que veio a fé, já não estamos debaixo de um tutor. 26 Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus. 27 Porque, assim como muitos de vós que fostes batizados em Cristo fez colocado em Cristo. 28 Não pode ser judeu nem grego, não pode haver nem escravo nem livre, não pode haver masculino e feminino; porque vós todos são um homem em Cristo Jesus. 29 E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa.

1 Mas eu digo que, enquanto o herdeiro é menino, em nada difere de um servo, ainda que seja senhor de tudo; 2 . mas está sob tutores e curadores até o dia determinado pelo pai 3 Assim também nós, quando éramos crianças, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos rudimentos do mundo: 4 mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, 5 para que ele pudesse remir os que estavam sob a lei , a fim de recebermos a adoção de filhos. 6 E, porque sois filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho em nossos corações, que clama: Aba, Pai. 7 Assim que tu não fores mais servo, mas filho; e, se és filho, então também herdeiro por Deus.

Outra figura transmite a eficácia da promessa em contraste com a falta de obras sob a lei. Esta qualidade de ser "vivo" através da fé deve assumir um personagem que expressa o significado da experiência cristã. E tudo o que este personagem é, ele se destaca em contraste com a função e produto de direito. Este tipo de vida é visto em um relacionamento com e semelhança de Deus expressa em termos de filhos e herdeiros.

1. Função Preparatória de Direito (3: 23-25 ​​) . Antes da vinda de Cristo, que foram mantidos em custódia nos termos da lei . A promessa deve ter nos mantido se tivéssemos sido suficientemente atenta. Mas, surdo como estávamos com os valores positivos da promessa, como crianças que tiveram de ser protegidos e disciplinado pelas ameaças de lei para nos preservar até que chegamos ao cumprimento da promessa. A lei realmente se tornou para nós não é tanto o professor como o guardião forte armada (paidagōgos) cuja responsabilidade era para nos trazer em segurança para a escola. Sem ele, nunca teria chegado a Cristo. Mas é Cristo, não a lei, que salva. E agora que estamos na escola, com Cristo, somos diretamente responsáveis ​​a Ele e nos esforçamos apenas para agradá-Lo. A disciplina de nosso relacionamento com Ele substitui e anula a necessidade de o outro guardião forte armada. Nós não precisamos mais a lei em sua antiga função e finalidade. Cristo é tudo que precisamos.

2. Crianças e herdeiros pela fé (3: 26-29 ) . Em vez de suportar uma vida imaturo da escravidão sob a guarda, estamos agora filhos e herdeiros através de Cristo. Antes, como acontece com os escravos, devíamos obediência cega. Agora, como filhos, partilhamos não só a semelhança familiar, mas também a autoridade da família. Como herdeiros, temos uma voz na disposição dos bens e a regra da casa. Nós "pertencem" num sentido rico e completo, pela graça, é claro. Adotando-se uma figura do grego e uso romano, temos demitidos a roupa da infância e ter colocado no vestuário da idade adulta (o Virilis toga ). Este é o rico simbolismo do batismo cristão. Estamos agora revestido de Cristo.

A todos vós do versículo 26 e tantos quanto do verso Gl 3:27 são mais particularmente explicado nos versículos 28:29 . Em Cristo, todas as distinções de superioridade desaparecer. Todos são um nEle. Descent, classificação, ou o sexo não tem nada a ver com o nosso presente privilégio. Nós pertencemos a Cristo pela fé. Essa é a verdadeira marca de descendência de Abraão. Nós somos a sua descendência espiritual e herdeiros conforme a promessa .


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Gálatas Capítulo 3 do versículo 1 até o 29
Os capítulos 3—4 são doutrinais. Neles, Paulo explica a relação en-tre a Lei e a graça. Ele usa muito três palavras: fé (13 vezes), Lei (15 vezes) e promessa (7 vezes). Paulo apresenta seis argumentos, três em cada capítulo, que tentam provar que a salvação acontece pela graça, que recebemos pela fé, indepen-dentemente das obras da Lei.

  1. Argumento pessoal (3:1 -5)

Paulo inicia com a experiência pes-soal com Cristo dos próprios gálatas, pois essa é a melhor evidência de como Deus trabalha. Paulo pregou o Cristo crucificado, não a obediência à Lei, e eles creram na mensagem, e isso mudou a vida deles. Eles rece-beram o Espírito (evidência de sal-vação; Rm 8:9), não por obediência a alguma lei, mas porque ouviram com fé e creram na Palavra de Deus (Ef 1:13-49). Com certeza, o evange-lho que Paulo pregou e mudou a vida dele mesmo e a dos gálatas trazia a mensagem verdadeira. Eles seriam in-sensatos se voltassem à Lei depois de tudo que o Espírito fizera por eles!

Eles tinham sofrido de boa von-tade pela fé. Os ministros das igrejas gálatas, por intermédio dos dons do Espírito, faziam obras maravilhosas que não seriam possíveis de reali-zar por meio da Lei. Tudo na expe-riência pessoal deles apontava para o fato de que a salvação acontece pela graça, não pela Lei.

O versículo 3 apresenta uma verdade muito necessária aos cris-tãos de hoje, pois muitos deles sen-tem que o mesmo Espírito que os salvou não pode guardá-los para que vivam por Cristo nem pode ajudá-los a fazer isso. Eles têm a noção de que se alcança a salvação pela graça resultante da fé, mas que dependem da força deles mesmos para ter uma vida cristã. Esse é um engano enorme! Rm 7:0

Paulo faz a mesma coisa que os ju daizantes: usa Abraão, o "pai dos judeus", como exemplo. Como Abraão foi salvo? Pela fé! E todos os que crê- em em Cristo são filhos de Abraão, o pai dos crentes. Para conhecer esse argumento de forma mais ampla, leiaRm 4:1-45.

  1. Os versículos 8:9 citam Gênesis 12:3

Deus prometeu abençoar os pagãos (gentios) por intermédio de Abraão, o que significa que judeus e gentios são salvos exatamente da mesma maneira. Sem dúvida, o evangelho de Abraão não era o completo evan-gelho da graça de Deus que prega-mos hoje, nem mesmo os apóstolos entenderam totalmente o sentido da morte de Cristo até que lhes fosse explicado. Abraão cria no evange-lho das boas-novas de que o Senhor o abençoaria e o transformaria em uma nação poderosa. Abraão creu nessa promessa, e sua fé foi credita-da como justiça.

  1. O versículo 10

cita Dt 27:26

"Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em to-das as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las."

  1. O versículo 11 cita Hc 2:4

Já vimos esse versículo antes: "O justo viverá pela fé" (Rm 1:17; He 10:38). Deus escreveu três comen-tários a respeito desse versículo de Habacuque de tão magnífico que ele é.

f. O versículo 12 cita Levítico 18:5

Há uma diferença enorme entre "crer" e "fazer"! Ninguém jamais foi salvo por fazer as obras da Lei, porque ninguém consegue obede-cer total mente à Lei.

  1. Os versículos 13:14 citam Dt 21:23

Cristo morreu para anular a mal-dição que a Lei pôs sobre nós. Ele morreu no madeiro (a cruz — 1Pe 2:24) e cumpriu a profecia de Deu-teronômio. Estamos livres para vi-ver em Cristo, porque ele tomou sobre si mesmo nossa maldição. Agora, pela fé, a bênção prometida a Abraão também está disponível para os gentios.

Releia essas seis citações e veja como provam, acima de qualquer dúvida, que mesmo a Lei do Antigo Testamento ensina que a salvação é pela graça que alcançamos por meio da fé.

  1. Argumento lógico (3:15-29)

Claro que todos os argumentos de Paulo são lógicos. No entanto, nessa passagem, Paulo compara a Lei a um contrato; portanto, esses argumentos específicos dependem fundamentalmente de raciocínio.
"Ainda que uma aliança seja mera-mente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga ou lhe acrescenta alguma coisa". Bem, Deus deu a Lei 430 anos após o contrato (aliança) que fez com Abraão. A Lei mosai-ca não pode cancelar a promessa original de Deus a Abraão. O ver-sículo 1 6 indica que a Semente de Abraão, a quem também fez a pro-messa, é Cristo. Não seria lógico a Lei mosaica ser um novo caminho para a salvação, o qual cancela as promessas de Deus a Abraão. Pro-messa e fé andam juntas, mas pro-messa e Lei, não.

Os opositores de Paulo po-deríam argumentar: "Mas por que Deus, mesmo assim, deu a Lei?". Paulo deu três respostas.

  1. A Lei era temporária e aplicava-se eipemis a Israel (vv. 19-20)

Rm 2:14 e At 15:24 deixam claro que Deus nunca deu a Lei para os gentios. A lei moral já fora escrita no coração dos gentios (Rm 2:15). No entanto, os gentios nun-ca receberam a lei cerimonial (nem mesmo a lei sabática). A Lei foi um "acréscimo", mas não substituía as promessas abraâmicas. A Lei foi suplantada pela vinda da Semente (Cristo). Os judaizantes replicariam: "Mas a Lei foi dada com tanta gló-ria! Como você pode dizer que era apenas temporária?". Paulo é rápido em sua resposta: Deus falou pesso-almente com Abraão, mas a Lei foi dada por mediadores angelicais. O Senhor é um — e o cumprimento de sua promessa a Abraão depende apenas dele.

  1. A Lei acusa-nos de pecado> mas não nos salva do pecado (vv. 21-22)

Se houvesse uma lei que salvasse do pecado, Deus pouparia seu Filho e usaria essa lei, em vez da cruz. A Lei não contraria as promessas de Deus, pois ela força o pecador a confiar nas promessas de Deus ao revelar o pecado. A Lei mostra-nos que precisamos de graça, e a graça capacita-nos a agradar a Deus por meio da fé. A Lei põe todos nós sob o pecado, o que quer dizer que to-dos podemos ser salvos pela graça. Nenhum homem podería ser salvo pela graça, se Deus permitisse que um pecador, mesmo que apenas um, fosse salvo pela Lei. Todos de-vem ser salvos da mesma maneira.

  1. A Lei preparou o caminho para Cristo (vv. 23-29)

"Mas, antes que viesse a fé, está-vamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, havería de revelar-se. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo." Como L. E. Maxwell apresenta essa ver-dade: "Fomos empurrados para Cristo"! A Lei foi o tutor ("aio") de Deus durante a infância nacional dos judeus. Os tutores gregos e ro-manos cuidavam e ensinavam as crianças menores até que atingis-sem a maioridade; depois disso, elas tinham de caminhar por con-ta própria. Por assim dizer, a Lei manteve os judeus "na linha" até a vinda de Cristo, e os judeus e os gentios receberem a revelação to-tal do evangelho.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Gálatas Capítulo 3 do versículo 1 até o 29
3.1 Fascinou. Tem a idéia, no original, de encantar pelo olhar e por meio de palavras como um feiticeiro. Exposto. Como num quadro ou cartaz. Deixando de contemplar a Cristo crucificado, foram seduzidos pelo erro.

3:2-6 Estes vv. descrevem o poder do evangelho em contraste com a lei. 1) Receberam o Espírito.
2) O aperfeiçoamento é autêntico.
3) O sofrimento tem um valor real (conforme 2Tm 2:12).j
4) Milagres foram operados.
5) Escrituras garantem a justiça imputada pela fé.

3.6 Imputado. Tem o sentido de calculado. Abraão correspondeu com a exigência da fé e Deus o aceitou nessa base. O argumento, dos judaizantes, baseado em Gn 17, afirmava que as bênçãos divinas foram prometidas a Abraão e aos seus filhos. Para se tornar "semente" de Abraão e ser incluído na sua linhagem, era necessário ser circuncidado. Não!, diz apóstolo. O que importa não é ser filho na carne mas no espírito, pela fé Rm 4:912).

3.10 São das obras. Significa que confiam nas obras da lei. A condenação aplica-se a todos os que estão debaixo da lei que era impossível de ser guardada (conforme At 15:10; Rm 7:0; 22:17, 18), em que as promessas têm o seu cumprimento.

3.17 O princípio da fé é anterior e mais fundamental do que a lei mosaica. A cronologia aqui usada aparece na LXX. Os manuscritos hebraicos limitam os 430 anos ao período em que os israelitas ficaram no Egito (Êx 12:40).

3.19 Viesse o descendente. Refere-se novamente a Cristo (conforme 16n). A lei foi interpolada para que os judeus reconhecessem as transgressões (Rm 3:20). Em contraste com a promessa, a lei foi promulgada por anjos (conforme At 7:38, At 7:53) e Deus ficou à parte. Em Cristo, Deus vem diretamente até ao crente, dando-lhe o Seu Espírito (14).

3.22 Escritura. Aqui abrange os textos citados em prol do argumento de que a lei é secundária, dada para encerrar todos sob o pecado e de que a fé é primária porque concede a vida (21).

3.24 Aio (gr paidagõgos). Era o escravo que conduzia as crianças à escola seguramente e vigiava todas as suas atividades com disciplina severa. A lei conduz o homem a Cristo, porém Ele tira o pecado.

• N. Hom. 3:24-29 Os maravilhosos benefícios da primeira vinda de Cristo (4.4, 5).
1) Somos justificados pela fé;
2) Ficamos livres da lei (25);
3) Tornamo-nos filhos de Deus (26);
4) Somos um em Cristo - as divisões desaparecem, (28);
5) Somos constituídos descendentes espirituais de Abraão;
6) Somos feitos herdeiros da promessa (29; 4.7).
3.27 Batizados. Aponta o sinal exterior de abandono do mundo e da servidão da lei como menor (4,1) e da entrada na família ou Corpo de Cristo. Revestir-se de Cristo significa manifestar-se as suas qualidades (Cl 3:10-51).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Gálatas Capítulo 3 do versículo 1 até o 29
IV. O EVANGELHO É EXPLICADO E EXEMPLIFICADO (SEÇÃO PRINCIPALMENTE DOUTRINÁRIA) (3.1—4.31)
3.1- 5. A prova da sua autoridade e a de sua mensagem está completa, e Paulo se volta para a tarefa positiva de expor o evangelho. A exposição é feita de acordo com os seguintes estágios:
3.1- 5: Um apelo à experiência dos gálatas.
3:6-14: Um apelo às Escrituras.
3:15-24: Os resultados da relação entre a
lei e a promessa.
3:25-29: A realização completa do evangelho.
4.1- 7: Recapitulando com uma história de redenção.
O argumento com base na experiência é simples e eficaz. O evangelho funcionou: os próprios sentidos deles haviam visto suas evidências (daí a expressão “insensatos gálatas” e o “feitiço” do v. 1). O Espírito Santo era uma propriedade óbvia dos novos convertidos, sem os sinais exteriores da lei. E o mesmo argumento que iria vencer o debate iio caso de Pedro após a conversão de Cor-nélio (At 11:17), e que ele iria usar de forma igualmente eficaz em Jerusalém (At 15:8-9). A propósito, poderíamos reconhecer a percepção que esse argumento dá acerca da vida daquelas igrejas e perguntar-nos se ele seria tão eficaz nas nossas igrejas hoje.

Os milagres (v. 5), provavelmente, teriam incluído aquelas evidências sobrenaturais do Espírito que eram comuns na igreja primitiva (v. At 14 em relação às igrejas do sul da Galácia). Contudo, nenhum destaque é dado a essas manifestações em outro lugar dessa carta; antes, a ação do Espírito é vista nas qualidades morais (5:15-24), e a palavra aqui, indubitavelmente, inclui a transformação moral evidente de muitos dos convertidos. Calvino a aplica à “graça da regeneração, que é comum a todos os crentes”.

A dádiva do Espírito é a obra contínua da Cabeça da igreja: o grego sugere liberalidade (v. 5).   
[Observação: v. 1. diante dos nossos olhos [...] Jesus Cristo foi exposto', o sentido é o de colocar em um cartaz exposto em público.]

v. 6-9. Para buscar o seu argumento nas Escrituras, Paulo vai diretamente a um versículo que lhe tinha desvendado um novo significado do AT. Ao seguir a exposição do apóstolo aqui e em Romanos, uma mente concordante pode retratar o AT ardendo e brilhando de forma completamente nova e enviando esses raios em sua direção; não é de admirar que Paulo tenha falado dessa visão como de uma revelação de Deus, ou que ela tenha feito nascer luz semelhante em muitas almas mais tarde.

Mesmo assim, a citação do v. 6 não era desconhecida da exegese judaica. Ela foi extraída de um texto de Gênesis (15,6) em que, de maneira muito interessante, a confiança de Abraão estava em um nível muito baixo (Gn 15:2,3). Num momento desses, Deus tinha visto o movimento da fé na alma de Abraão e a valorizou ainda mais por causa da fraqueza de que nasceu. Na sua fraqueza, Abraão se tornou o “homem-modelo da justificação pela fé” (Reitor D. Brown), herdeiro de uma promessa que incluía todas as nações.

A promessa a Abraão tinha sido tríplice: a promessa de descendentes, de bênção para todas as nações e de terras como herança. No segundo aspecto, ele enxerga a essência do evangelho (v. 8). A bênção continha a promessa de Cristo; mas o seu escopo tornava infundada a tentativa dos judaizantes de limitá-la. O aspecto da semente é usado de forma surpreendente nesse mesmo capítulo, como no trecho paralelo em Rm 4:16-45, e a promessa do Cristo é encontrada ainda mais explicitamente nesse aspecto. Há só uma alusão ao aspecto da terra no v. 18 desse capítulo, mas ele aparece em Rm 4:13. Para Paulo e os seus contemporâneos cristãos, o seu significado só poderia ser espiritual, um ponto tornado explícito pelo autor aos Hebreus (He 11:8-58,He 11:16). A terra era o pano de fundo temporal e material dos poderosos atos da redenção da qual falava toda a promessa: mas, em Rm 4:13, ela se torna o “mundo”, enquanto na visão do Apocalipse se vê “um novo céu e uma nova terra” como uma parte essencial do estado final (Ap 21:1). Pois na redenção do homem está incluída também a redenção do meio em que ele vive (Rm 8:19-45); mesmo enquanto experimenta a redenção, o homem continua homem, não aspirando à divindade, ainda limitado a fronteiras pré-fixadas (conforme At 17:26), e é mantido pela graça gratuita de Deus.

v. 10-14. A seção anterior continha o testemunho positivo das Escrituras em relação à fé; essa seção contém o testemunho negativo em relação à lei. Em primeiro lugar, a lei, com base no seu princípio de retribuição rigorosa, naturalmente não pode abençoar, mas somente amaldiçoar. Em segundo lugar, Habacuque havia falado de viver com base no princípio da fé (Hc 2:4 — o heb. tem o sentido de perseverança e fidelidade, mas o contexto inclui o sentido paulino, conforme Hc 3:17-35), um princípio que claramente excluía o princípio legal da retribuição rigorosa.

Então, por meio de um uso ousado da maldição deuteronomística do homem pendurado (Dt 21:23) — uma maldição muito citada pelos judeus que rejeitavam Cristo —, Paulo retorna novamente ao pensamento Dt 2:20. Aí, a pena capital da lei contra o pecador havia sido executada, mas executada no corpo de Cristo. Aqui é a maldição contra o pecador que é tomada e absorvida na cruz. Lá o pecador, morto para a lei, estava vivo para Deus; aqui, livre da maldição, ele está aberto para a bênção prometida. Essa bênção é identificada com a experiência do Espírito à qual Paulo já recorreu.

[Observação: E interessante observar que Paulo também citou o livro de Habacuque no seu discurso em Antioquia da Pisídia; At 13:41.]

v. 15-18. No estágio seguinte da sua exposição, Paulo volta a tratar da verdadeira relação entre a lei e a promessa. Com um argumento semelhante ao de Rm 4:0,He 9:17). O equivalente moderno mais útil é o sugerido por F. F. Bruce: uma “escritura de propriedade” (os puristas iriam preferir “uma escritura irrevogável”). Ramsay explica essa passagem com uma referência à lei grega segundo a qual somente membros da família podiam herdar posses; para beneficiar um estranho de sangue, era necessário, portanto, adotá-lo na família, e também o ato da adoção em si era irrevogável e se tornava o título de direito à herança.

O v. 16 é um interlúdio, mas contém um pensamento importante. No original, ocorre a palavra “semente” (aqui, na NVI, desttendente), que algumas versões traduzem assim, o que obscurece a força da idéia, pois o termo no original é um substantivo coletivo que teria sido inadequado no plural. O argumento é dirigido não tanto como referência à distinção entre o singular e o plural, como para ressaltar que um substantivo coletivo poderia igualmente ter um significado puramente singular, ou seja, Deus usou propositadamente uma palavra não usada comumente no plural. Assim, a palavra, aparentemente abrangendo a nação toda, tem um sentido mais profundo referindo-se àquela semente única — Cristo. Por trás do versículo, também está o pensamento daquela semente única que foi escolhida entre muitas como a verdadeira semente; Galvino destacou o afunilamento da linha da promessa desde a primeira geração de descendentes de Abraão. Temos aqui, então, mais um indicador da capacidade corporativa de nosso Senhor que estava implícita no seu uso do título “Filho do homem”, e isso está relacionado intimamente com a doutrina da igreja como o corpo de Cristo.

[Observação: v. 17. quatrocentos e trinta anos: com base na LXX de Êx 12:40.]

v. 19-22. O argumento com base na prioridade era especialmente persuasivo para a mente judaica (conforme Jo 1:30), mas suscitou uma questão importante. Qual era então o propósito da Lei? A resposta dada é que o cumprimento da promessa seria perigoso até que o homem aprendesse a sua própria característica de pecador e estivesse pronto, assim, para dar as boas-vindas à semente-Salvador (o descendente-Salvador), em quem somente a promessa está guardada e em quem a humanidade pode encontrar completude e unidade (Cl 2:10), o descendente em quem todos os descendentes seriam um. A expressão por causa das transgressões tem, portanto, o significado de “revelar”, e não de “restringir”, transgressões (v. lTm 1:8-11).

O v. 20 tem causado uma série de interpretações; é provável que o significado seja que a lei, necessitando de um mediador (o que implica a existência de duas partes), não pode ser mais forte do que a parte mais fraca das duas partes, isto é, o homem. A promessa, no entanto, depende de Deus somente e é inviolável.
É possível, no entanto, que Paulo esteja respondendo a uma objeção não conhecida a nós, de forma que se perdeu o significado completo dessas palavras. O v. 21 soa como se fosse parte da argumentação, embora a interpretação dada anteriormente o faça soar como um novo começo na argumentação. A oposição talvez tenha argumentado da seguinte forma: a lei era o resultado de mediação, sugerindo um conflito. Deus era um; uma dá-diva não implica nenhum conflito. O conflito existia, então, entre a promessa, por um lado, e a lei, a justiça de Deus, por outro? Pois então a lei se tornou, evidentemente, triunfante, e o argumento de Paulo com base na prioridade se voltou contra ele.
Seja o que estiver por trás dos v. 20,21, a resposta de Paulo é a mesma. Se a lei tinha triunfado, então a cruz de Cristo teria sido desnecessária: certamente a justiça viria da Lei (v. 21). Como esse, evidentemente, não era o caso, então a lei foi um estágio nos propósitos de Deus, preparatório para a promessa completa por meio da fé em Jesus Cristo (v. 22). (Acerca de Escritura, v. Rm 3:10-45.)

v. 23-29. Assim, Paulo resume de forma triunfante a realização completa do evangelho. A lei era o precursor essencial da fé; agora, em Cristo, a completa liberdade da realização do evangelho está revelada. Aqui está um novo relacionamento com Deus e com os homens, que transforma todos os relacionamentos sociais possíveis.

O v. 27 é importante (e conforme Rm 13:14). O batismo é um “vestir-se” de Cristo, um “revestir-se” de Cristo (a voz média implica um ato consciente e responsável). Fala-se do sinal como que abrangendo a realidade subjacente que ele simboliza (conforme G1 2.20 com Rm 6:3-45). Visto que é um vestir-se de Cristo, é também um tornar-se-um-em-Cristo por parte de todos que compartilham essa experiência. Assim, é um símbolo do milagre por meio do qual o descendente (singular) pode reassumir o seu sentido coletivo. E, se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa.

[Observação: v. 24,25. tutor (paidagõgos): não “mestre”, mas antes “supervisor e educador moral”.]


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Gálatas Capítulo 3 do versículo 19 até o 22


3) O Propósito da Lei – Temporária em Sua Duração e Negativa em Sua Operação. Gl 3:19-22.

O aparente desprezo do apóstolo pela Lei conduz a uma pergunta necessária.


Moody - Comentários de Gálatas Capítulo 3 do versículo 21 até o 22

21,22. A Lei não deve ser considerada como oposta às promessas de Deus, pois ela operou numa esfera diferente. A vida não podia vir através da Lei. Aqueles que desfrutaram de vida espiritual na dispensação da Lei, desfrutaram dela não por causa da Lei, mas por causa da graça de Deus, a qual perdoava os pecados cometidos contra a Lei. Tais passagens do V.T. que prometem vida em relação à guarda dos mandamentos de Deus (por exemplo, Dt 8:1), são devidamente interpretadas como se referindo à vida num sentido temporal, o desfrutar dos favores e das bênçãos de Deus nesta existência terrena. A justiça (uma posição de justiça diante de Deus) não era mais viável nos termos da lei no tempo de Moisés do que no de Paulo. Além disso, a Lei não podia se opor às promessas, uma vez que ela ajuda o cumprimento delas mostrando aos homens a necessidade que têm da graça e mostrando-lhes que devem colocar a sua confiança em Cristo (cons. Gl 3:19).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Gálatas Capítulo 3 do versículo 15 até o 23
c) A verdadeira função da lei (Gl 3:15-48). Se pudesse ser demonstrado que a herança depende da observância da lei, isso anularia e abrogaria a promessa. A concedeu gratuitamente (18). O tempo verbal perfeito indica que os efeitos da promessa são permanentes.

>Gl 3:19

Qual, pois, a razão de ser da lei? (19). Melhor, lit., "Que, então, é a lei?". Sua inferioridade é destacada de três maneiras. Primeira, em lugar de justificar, ela condena; ela foi adicionada a fim de salientar mais claramente a pecaminosidade da natureza humana e aprofundar o senso de pecado no coração humano (cfr. Rm 3:19-45; Rm 5:20). Em segundo lugar, esteve em vigor apenas durante algum tempo. Em terceiro lugar, não veio diretamente da parte de Deus: houve uma dupla interposição, a saber, a dos anjos e a de Moisés. Quanto aos anjos, cfr. At 7:53 e He 2:2. Deus é um (20). Tem sido dito que há mais de 250 interpretações sobre esse dificílimo versículo; mas isso certamente é um exagero. O sentido da primeira cláusula parece suficientemente claro: a própria idéia de um mediador implica em duas partes interessadas. Quanto à segunda cláusula, a interpretação que acompanha esse pensamento, e que parece satisfatória, tem sido apresentada por Lightfoot. Deus tratou com Abraão diretamente, sem mediações. "Diferentemente da lei, a promessa é absoluta e incondicional. Depende exclusivamente do decreto de Deus. Não há duas partes interessadas a se compactuarem. Nada existe que pertença à natureza de estipulação. O doador representa tudo, o recebedor nada representa". De modo nenhum (21); cfr. 2.17 n. A lei nunca teve a intenção de comunicar vida nem de proporcionar a justiça.

>Gl 3:22

A Escritura (22); ver, por exemplo, passagens tais como Dt 27:26, citada em Gl 3:10, e Sl 143:2, citada em Gl 2:16; passagens semelhantes são citadas em Rm 3:10-45. Encerrou tudo (22); "entregou tudo, sem exceção, à custódia do pecado" (Moff.). O mesmo verbo é empregado em Gl 3:23 (encerrados) e em Rm 11:32; também em Lc 5:6, sobre a rede que apanha os peixes. A lei encerrou os homens em sua prisão, assim lhes transmitindo um senso de culpa e do poder do pecado. A fé (23); isto é, a fé referida no vers. 22, a fé que justifica; cfr. vers. 11 e 14. Estávamos sob (23). O tempo verbal imperfeito descreve a atividade incessante da lei como carcereira. O mesmo verbo (em grego, phroureo) é empregado para designar o fato dos crentes serem guardados, em 1Pe 1:5; é também empregado para indicar literalmente a guarda de uma cidade, em 2Co 11:32.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Gálatas Capítulo 3 do versículo 1 até o 29

6. Enfeitiçados: Uma Defesa da Justificação pela Fé de Experiência ( Gálatas 3:1-5 )

Ó gálatas insensatos, quem vos fascinou a vós, perante os olhos de Jesus Cristo foi retratado como crucificado? Esta é a única coisa que eu quero saber de você: você recebeu o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Você é tão tolo? Tendo começado pelo Espírito, que está agora a ser aperfeiçoado pela carne? Você sofreu tantas coisas em vão, se é que foi em vão? Será que Ele, em seguida, que fornece-lhe com o Espírito e opera milagres entre vós, faça-o pelas obras da lei ou pela pregação da fé? ( 3: 1-5 )

Deserção e deserção são desprezíveis, porque envolvem deslealdade e traição. Poucas coisas são mais trágico ou decepcionante do que um cristão que abandona a pureza do evangelho de uma forma falsa de cristianismo que pressupõe a melhorar na obra consumada de Cristo. No entanto, isso é o que muitos crentes nas igrejas da Galácia tinha feito ou estavam em perigo de fazer por causa dos judaizantes.
Ao longo da história da igreja alguns crentes começaram bem, mas depois foram se afastou das verdades que acreditavam primeiro e seguidos. Eles recebem o evangelho da salvação pela graça e viver para o Senhor em fé humilde, mas, em seguida, ser vítima de algum sistema de legalismo e retidão de obras, que promete mais, mas produz muito menos. Alguns caem em formalismo, substituindo cerimônias externas e ritos para a realidade interna de crescimento pessoal no Senhor. Outros caem em sistemas legalistas de fazer e não fazer, com orgulho na esperança de melhorar a sua posição diante de Deus por fazer ou não fazer certas coisas. Outros, ainda, procurar uma bênção-a segundo segredo espiritual para desbloquear alguns plano mais elevado de espiritualidade, uma experiência adicional de receber mais de Deus do que eles imaginam lhes foi concedido na conversão esperando-graça.
Paulo tinha sido usado pelo Senhor para apresentar o evangelho da graça soberana aos Gálatas, primeiro a levar-lhes a verdade de que a salvação é recebida pela fé na obra expiatória de Cristo na cruz, mais nada. Agora, eles foram se afastando do caminho da graça pura e tinha aceitado um substituto inferior e impotente com base nos antigos rituais Mosaic e normas cerimoniais que a Nova Aliança em Cristo tinha feito inválido e que, mesmo sob a Antiga Aliança, não tinha poder para salvar. Os crentes desertores não tinha perdido a sua salvação, mas eles tinham perdido a alegria ea liberdade dela e havia retornado enganado, à incerteza e à escravidão de um legalismo auto-imposto. Eles ainda estavam em Cristo e correto com Deus posicionalmente, mas eles não estavam praticamente vivendo em conformidade com a verdade pela qual haviam sido feitos justos. Eles substituído uma forma de religião que não tinha poder ou alegria para a plenitude da vida em Cristo que antes gozavam. Porque eles deixaram-se enganado, eles também projetada para os incrédulos enganados em torno deles o pensamento de que o cristianismo era uma questão de lei, em vez de fé. Tinham-se roubado da plenitude da bênção de Deus e estavam em perigo de roubar o seu mundo do conhecimento do único caminho da salvação.
Satanás nunca deixa seu esforço para destruir caminho da salvação de Deus, e por causa da maneira de Deus é por Sua graça que trabalha por meio da fé do homem, Satanás é o oposto, o caminho do próprio esforço do homem e do trabalho. A partir do momento da primeira obra-justos oferta de um grão em vez de um sacrifício animal de Caim, homem descrente tem procurado fazer-se bem com Deus por meio de sua própria bondade e mérito.

Quando Paulo veio pela primeira vez para a Galácia, ele ficou maravilhado com a sua recepção gracioso. Ele estava fisicamente afligido, mas "o que era um teste para você na minha condição física", disse ele, "você não desprezar ou detestam, mas você me recebestes como um anjo de Deus, como o próprio Jesus Cristo" ( Gl 4:14 ). Problema básico dos discípulos não era mental, mas espiritual. Porque eles não tinha estudado cuidadosamente a acreditar nos profetas, eles não conseguiram entender que, como o Messias, Jesus não só teve que morrer, mas que Ele seria levantado e retornar ao Seu Pai no céu (cf. v 26. ). Sua compreensão falhou porque a sua fé havia fracassado.

Os gálatas tolamente caído no legalismo Judaistic porque eles tinham parado de acreditar e aplicar as verdades básicas do evangelho Paulo lhes havia ensinado e por que eles foram salvos. Por pecaminosa negligência de seus recursos divinos, eles comprometido o evangelho da graça. Eles seguiram os seus caprichos e impulsos em vez de verdade revelada de Deus, e ao fazê-lo, abandonando a verdade básica do evangelho, que os homens vêm para a salvação e viver a salvação somente pela fé na Pessoa e do poder de Jesus Cristo. A vida cristã não é nem entrou nem morava com base em bons sentimentos ou inclinações atraentes, mas na base da verdade de Deus em Cristo. Os cristãos, que contam com emoções auto-orientados, em vez de mentes orientadas Escritura estão condenados a ser "jogado aqui e ali por ondas e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia enganam fraudulosamente" ( Ef 4:14 ). Quando julgar uma idéia com base em quão bom ele faz sentir ou o quão bom ele soa um pouco do que na base da sua harmonia com a Palavra de Deus, eles estão em sério perigo espiritual.

A maioria dos membros do culto não se envolver, porque eles eram intelectualmente convencido as doutrinas do culto eram verdadeiras, mas porque os seus ensinamentos e práticas eram atraentes. Suas mentes não foram persuadidos; suas emoções foram vitimados.

Paulo pediu aos crentes romanos: "Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, não ... [para] vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual é o vontade de Deus é, o que é bom, agradável e perfeita "( Rom. 12: 1-2 ). Ele exortou os crentes de Éfeso para "ser renovados no espírito da [sua] mente" ( Ef 4:23 ) e Colossenses "revestir-nos do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem do One quem criou ele "( Cl 3:10 ). Fé piedosa e obediência são estabelecidos pela mente, e não pelas emoções. Sendo dito que se pode agradar a Deus por determinado comportamento é muito atraente para o ego, que está sempre à procura de meios de glória, maneiras de dizer a si mesmo e aos outros o quão bom ele é.

O que a vida cristã eficaz fiéis, no entanto, não é simplesmente uma grande aventura emocional cheio de sentimentos e experiências maravilhosas. É antes de tudo a busca humilde de verdade e vontade de Deus e de conformidade com ela. O cristão obediente experimenta alegria e satisfação além da medida, muito superior a dos crentes superficiais que constantemente buscam espirituais "altos". Vida em Cristo não é estéril e sem alegria. Mas a verdadeira alegria, felicidade, satisfação, e todos os outros tais sentimentos são subprodutos de conhecer e obedecer a verdade de Deus.
Os Gálatas foram realmente enfeitiçado pelos judaizantes. Bewitched é de baskainō , que significa charme ou fascinar de forma enganosa, como pela lisonja, falsas promessas, ou poder ocultista, e claramente sugere o uso de sentimento sobre verdade, emoção sobre a compreensão clara da verdade. " Quem fez cócegas em sua fantasia? " Paulo perguntou retoricamente, plenamente consciente da resposta. "Quem poderia ter arrastado-lo longe da base sólida da verdade em que você era uma vez tão bem fundamentada?" Embora enfeitiçado pode levar a idéia de bruxaria, que não é a idéia aqui. Os gálatas não foram vítimas de um feitiço ou encantamento, mas foram enganados alunos dos ensinos que deveria ter reconhecido imediatamente como falso. Eles foram vítimas voluntárias que sucumbiram ao de satisfação da carne retidão de obras dos judaizantes. Eles haviam sido convencidos de que a fé não foi suficiente, de que algo estava faltando, que poderia ser cumprida, retornando para as cerimônias e as exigências da Antiga Aliança. Mas, como William Hendricksen disse em seu comentário Gálatas: "Um Cristo suplementado é um Cristo suplantado."

Própria experiência dos gálatas de salvação deveria ter impedido a sua queda para a falsidade judaizar. Primeiro de tudo, eles tinham experimentado o poderoso, transformação, de mudança da mente verdade do evangelho em Cristo crucificado. Eram pessoas perante os olhos de Jesus Cristo foi retratado como crucificado . Eles viram claramente o significado da cruz. O evangelho tinha chegado a eles com total clareza e poder do sacrifício de Cristo em seu nome, e pela fé haviam crido e recebido.

Publicamente retratado traduz prographo , uma palavra que foi usada de afixação de notas oficiais importantes em um placard no mercado ou outro local público para os cidadãos de ler. Jesus Cristo tinha sido figurativamente sinalizados antes Gálatas pelo próprio Paulo para que todos possam ver claramente. Paulo era um pregador dinâmico, e talvez dramática também. Aqueles que se sentava a seus pés, talvez, quase podia ouvir o toque do martelo, uma vez que introduziram os cravos nas mãos e os pés de Jesus. Eles podem ter sido capaz de visualizar o fluxo de sangue de sua testa perfurada-espinho e lado ferido. Eles estavam convencidos da morte expiatória de Jesus, condenado por seus pecados, e levados pela graça mediante a fé no reino.

A pregação de Paulo de Jesus Cristo e da aceitação dos gálatas dEle pela fé tudo foi feito publicamente . Os crentes houve testemunhas para a salvação de cada um pela fé somente nEle. Mas voltando-se para o legalismo que estavam negando o poder de poupança absoluta de Cristo ea cruz pela qual Ele pagou a pena por seus pecados e comprou sua salvação.

Crucificado traduz um particípio perfeito passivo, indicando que a crucificação era um fato histórico que teve resultados contínuos. João declara que "se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" ( 1Jo 1:9, NVI ). Isso é essencialmente a mensagem do livro de Hebreus, que foi escrito principalmente para os crentes judeus, alguns dos quais, como aqueles na Galácia, estavam em perigo de volta ao judaísmo. "Porque, por um lado," o escritor diz: "há uma anulação de um mandamento anterior por causa da sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou), e, por outro lado, há uma introduzida uma melhor esperança, pela qual nos aproximamos de Deus ... Jesus tornou-se a garantia de uma melhor aliança "( Hb 7:18-19. , He 7:22 ).

Mais tarde, na carta aos gálatas, o apóstolo pede a seus leitores: "Eis que eu, Paulo, vos digo que, se você recebe a circuncisão, Cristo não será de nenhum benefício para você. E eu depor novamente a todo aquele que recebe a circuncisão, que ele está sob obrigação de manter toda a Lei Você foi separado de Cristo, você que está procurando ser justificados pela lei; de ter caído em desgraça "(. Gal 5: 2-4. ). A pessoa que coloca a sua confiança na lei obriga-se a manter toda a lei que é humanamente impossível, e ele também se isola dos benefícios da cruz, pelo qual os pecados são perdoados e obrigação para com a lei é cumprida.

A experiência do crente com o Espírito Santo

Esta é a única coisa que eu quero saber de você: você recebeu o Espírito pelas obras da lei, ou pela pregação da fé? Você é tão tolo? Tendo começado pelo Espírito, que está agora a ser aperfeiçoado pela carne? Você sofreu tantas coisas em vão, se é que foi em vão? ( 3: 2-4 )

Próximo apelo de Paulo era a experiência dos crentes gálatas com o Espírito Santo. "Você não se lembra o que o Espírito realizou em sua vida quando você confiou em Cristo para a salvação? " ele pergunta.Ele restringe o direito foco para o problema quando ele implora: " Esta é a única coisa que eu quero saber de você: quando você recebeu a Cristo, você recebeu o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé Será que quis tem que cumprir alguns requisitos adicionais, passar por uma cerimônia especial, ou executar alguns ritos adicionais? Ou você receber o Espírito , pela graça de Deus, ao mesmo tempo que você recebeu a Cristo como Senhor e Salvador? " A pergunta era retórica e a resposta óbvia: Eles receberam a justiça de Cristo e do Seu Espírito Santo, ao mesmo tempo.

O dom do Espírito Santo é prova mais inequívoca do crente do favor de Deus, a sua maior prova da salvação e da garantia da glória eterna. "O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus" ( Rm 8:16 ). Paulo assegurou aos cristãos de Roma. Por outro lado, "Se alguém não tem o Espírito de Cristo, ele não pertence a Ele" ( v. 9 ). João escreve: "Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele em nós, pois Ele nos deu o Seu Espírito" ( 1Jo 4:13 ; cf. 1Jo 3:24 ).

Por isso, é ridículo de manter, como alguns cristãos fazem, que a presente cheio do Espírito Santo vem através de uma experiência de trabalho ou adicional. Uma pessoa que não tem a plenitude do Espírito Santo não precisa de uma segunda bênção; ele precisa de salvação. A presença interior do Espírito Santo é inseparável do novo nascimento. Em nenhum momento antes da salvação pode uma pessoa ter a habitação Espírito, e em nenhum momento depois da salvação que ele pode não tê-lo. "Tendo também acreditava" em Cristo, Paulo explicou aos Efésios, "você foi selado nele com o Espírito Santo da promessa, que é dada como penhor da nossa herança" ( 13 49:1-14'>Ef 1:13-14. ). "Promessa" é de arrabōn , que originalmente se referia a um pré-pagamento ou dinheiro honestamente dada por uma pessoa com a intenção de fazer uma compra, como uma garantia de que o valor total seria pago. No grego moderno uma forma de a palavra é usada para anel de noivado. O Espírito Santo é a garantia divina do crente que, como parte da igreja de Cristo, a Sua noiva, que ele um dia vai participar da festa de casamento do Cordeiro.

Quando Paulo encontrou alguns discípulos de João Batista em Éfeso, ele procurou determinar a integridade de sua fé, perguntando: "Será que você receber o Espírito Santo quando creram?" Quando eles responderam que não, ele apresentou o evangelho de Jesus Cristo a eles e eles, em seguida, receberam o Espírito ( Atos 19:1-6 ). Em seu discurso perante o Conselho de Jerusalém, Pedro disse: "Irmãos, vós sabeis que, nos primeiros dias, Deus me elegeu dentre vós, para que da minha boca os pagãos ouvissem a palavra do evangelho e cressem. E Deus, que conhece o coração, deu testemunho a eles, dando-lhes o Espírito Santo, assim como ele também fez para nós "( Atos 15:7-8 ). Pedro tinha testemunhado primeira gentios "receber o Espírito Santo quando ele pregou para Cornélio e seus parentes e amigos em Jope. "Enquanto Pedro ainda estava falando estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a mensagem. E todos os judeus convertidos que vieram com Pedro ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo foi derramado sobre os gentios Também "( 10: 44-45 ).

Embora provavelmente não em tão dramática certa forma, todo verdadeiro crente na Galácia haviam recebido o Espírito Santo no momento em que ele recebeu Jesus Cristo como Salvador. "Você não se lembra", perguntou a Paulo, "que você recebeu o Espírito ... pela pregação da fé? Como, então, você pode ser enganado por os judaizantes a pensar que Ele veio para você, ou que virá a acontecer com você, por obras da lei ? "

Como os judaizantes, muitos grupos e movimentos hoje quero apresentar condições ou requisitos especiais que supostamente adicionar bênçãos à obra acabada e perfeita de Cristo, tais como uma maior plenitude do Espírito, falando em línguas, ou uma salvação mais completo. Mas todas essas coisas são formas de retidão de obras, acrescentando coisas que os homens podem fazer o que Cristo já fez e que só ele poderia ter feito.

"Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus", declarou Paulo. . "Porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte para o que a lei não podia fazer, fraco como foi através da carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança de carne pecaminosa e como oferta pelo pecado, condenou o pecado na carne, a fim de que a exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito "( Rom. 8: 1-4 ).

O Espírito Santo não é o objetivo da vida cristã, mas é sua fonte. Ele não é o produto de uma vida fiel, mas é o poder por trás dele. Um maior nível de vida não traz o Espírito Santo; sim submissão ao Espírito Santo, que já habita no crente, inclui um nível de vida mais elevado.
Tendo começado pelo Espírito, "Paulo continua:" você está agora a ser aperfeiçoado pela carne? Como você pode pensar que o seu fraco, imperfeito, ainda pecaminosa carne poderia melhorar o que o divino Espírito de Deus começou em você quando você acreditava primeiro ? " Acumulando as disposições da graça para os esforços da lei é ridícula.

Por uma questão de equilíbrio deve-se notar que Tiago adverte que uma fé que não produz boas obras não é fé salvadora em tudo. "De que adianta, meus irmãos", ele pergunta: "Se um homem diz que tem fé, mas não tem obras? Que a fé pode salvá-lo?" ( Jc 2:14 ). Ou seja, pode que tipo de fé trazer a salvação? Não. "A fé, se não tiver obras, é morta em si mesma por" ( v. 17 ). Quando mais tarde ele diz que "o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé" ( v. 24 ), ele está falando de obras de verificação, não produzindo, a salvação. Obras que são agradáveis ​​a Deus, como visitar "os órfãos e as viúvas nas suas tribulações" e manter "se isento da corrupção do mundo" ( 1:27 ) —dar evidências de que uma profissão de fé em Cristo é genuína.

A validade das boas obras diante de Deus depende cujo poder que eles são feitos na e para cuja glória. Quando são feitos na força do Seu Espírito e para a Sua glória, eles são lindos e aceitável a Ele. Quando são feitos no poder da carne e para o bem de reconhecimento pessoal ou mérito, eles são rejeitados por Ele. O legalismo é separada da verdadeira obediência por atitude. O primeiro é um cheiro podre às narinas de Deus, ao passo que o outro é um cheiro suave.

A oração da fé humilde, buscando a vontade e glória de Deus, é agradável ao Pai, ao passo que uma oração proferida por rote ou para impressionar a Deus ou outras pessoas é um anátema para Ele ( Lucas 18:10-14 ). Ir à ​​igreja para adorar a Deus com sinceridade com os irmãos é agradável a Ele, enquanto indo para o mesmo serviço da igreja e estar com os mesmos companheiros de fé, não é aceitável a Ele, se feito em um hipócrita, egoísta, espírito legalista.

Até mesmo os melhores e mais aceitáveis ​​obras não aumentar nossa posição diante de Deus ou elevar-nos a um estado espiritual mais elevado. Como seria possível ser mais do que um filho de Deus e co-herdeiro com Jesus Cristo, que é o herdeiro de todas as coisas ( Rm 8:17. ; He 1:2 ). E "quando Ele, o Espírito da verdade vier," Jesus explicou em outra ocasião, "Ele vos guiará a toda a verdade, pois Ele não falará por sua própria iniciativa, mas o que Ele ouve, Ele vai falar" ( Jo 16:13 ).

Fornece é de epichorēgeō , o que significa para suprir abundantemente e com grande generosidade. Ele foi usado de patronos das artes que subscreveram produções de peças gregas e de cidadãos patriotas que deram de sua riqueza para ajudar a apoiar o exército ou do governo de seu país. Foi usado também de voto de um noivo para amar e cuidar de sua noiva.

Em Sua generosidade superabundante para Seus filhos, Deus provê -los com o Espírito e que opera milagres entre eles. Milagres traduz dunamis , que se refere basicamente ao poder inerente ou habilidade. Paulo pode ter sido referindo-se a acontecimentos milagrosos Deus fizera entre os crentes da Galácia, ou ele pode ter sido referindo-se ao poder espiritual sobre Satanás, o pecado, o mundo, a carne, e fraqueza humana que o Pai concede a Seus filhos por meio de Seu Espírito . A pregação de Paulo em Corinto era "em demonstração do Espírito e de poder" ( 1Co 2:4 ). Em cada uma dessas passagens dunamis é traduzida como "poder" e refere-se a dádiva divina do Pai para Seus filhos.

O argumento de Paulo é a própria poderosa: Se uma pessoa recebeu a salvação eterna através da confiança em Cristo crucificado, recebeu a plenitude do Espírito Santo, o mesmo momento em que ele acredita, e tem poder dotado de espírito do Pai trabalhando dentro dele, como ele poderia esperar reforçar que dos seus próprios recursos humanos insignificantes por algum esforço meritório?


7.  Abençoados ou amaldiçoados? Uma Defesa da Justificação pela Fé a partir das Escrituras ( Gálatas 3:6-14 )

Mesmo assim Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Portanto, certifique-se de que é os que são da fé são filhos de Abraão. E a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: "Todas as nações serão benditas em ti." Então aqueles que são da fé são abençoados com Abraão, o crente. Pois todos quantos são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: "Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no livro da lei, para realizá-las." Agora que ninguém é justificado pela Lei perante Deus é evidente; para: "O justo viverá pela fé". No entanto, a lei não é da fé; pelo contrário, "Aquele que pratica eles viverá por ela." Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: "Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro" —no fim de que em Cristo Jesus a bênção de Abraão chegasse aos gentios, para que para que recebêssemos a promessa do Espírito mediante a fé. ( 3: 6-14 )

Quando o carcereiro de Filipos perguntou o que ele deve fazer para ser salvo, de forma concisa Paulo respondeu: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo" ( At 16:31 ). A salvação é apropriada pela fé; e que a fé é pessoal, interna e espiritual, não tendo nada a ver com cerimónias, rituais, cerimónias de boas obras, ou externas, de qualquer tipo.

A fé sempre foi a resposta exigida por Deus que traz a salvação ( Ef. 2: 8-9 ). Os santos do Antigo Testamento foram salvos pela fé, assim como os santos do New Abel teve relativamente pouco revelação a respeito de Deus, mas ele acreditou na veracidade do que ele sabia de Deus e foi salvo. Noé também tinha conhecimento limitado sobre Deus, e ele também tinha fé na verdade ele sabia e foi salvo. Moisés teve consideravelmente mais revelação da natureza e da vontade de Deus, e por confiar no que ele sabia de Deus, ele foi salvo. Todos os três foram justificados, considerados justos e fez aceitável a Deus, pela sua fé pessoal nEle. Eles "obteve a aprovação através de sua fé" ( He 11:4 , 23-29 , He 11:39 ).

Depois de ter mostrado os crentes gálatas a partir da sua própria experiência, que foram justificados pela fé e não pelas obras da lei ( Gal. 3: 1-5 ), Paulo agora defende que a doutrina da Escritura.

Os judaizantes, sem dúvida, citado muitas passagens do Antigo Testamento, em apoio dos seus pedidos legalistas. E porque suas interpretações dessas passagens foram baseados em longo aceito e reverenciado tradição rabínica, muitos crentes judeus na Galácia e em outros lugares encontraram as reivindicações persuasivo.

Em Gálatas 3:6-14 , Paulo expõe essas interpretações erradas, mostrando que os judaizantes foram herético em sua doutrina, porque eles estavam enganados em sua compreensão das Escrituras. Sua primeira linha de argumentação do Antigo Testamento é positivo, mostrando que a verdadeira fé bíblica faz, e sua segunda linha de argumentação é negativo, mostrando o que funciona não pode fazer.

Prova positiva a partir do Antigo Testamento

Mesmo assim Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Portanto, certifique-se de que é os que são da fé são filhos de Abraão. E a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: "Todas as nações serão benditas em ti." Então aqueles que são da fé são abençoados com Abraão, o crente. ( 3: 6-9 )

Prova positiva de Paulo de que o Antigo Testamento ensina a salvação pela fé em vez de obras gira em torno de Abraão, pai do povo hebreu e patriarca supremo do judaísmo.

Os judaizantes, sem dúvida, usado Abraão como prova certa de que a circuncisão era necessária para agradar a Deus e tornar-se aceitável a Ele. Após a primeira chamada Abraão para deixar sua pátria de Ur da Caldéia, o Senhor prometeu: "E eu vos farei uma grande nação, e te abençoarei, e fazer o seu nome, e assim que você deve ser uma bênção, e eu vou Abençoarei os que te abençoarem, e aquele que te amaldiçoarem amaldiçoarei E em todas as famílias da terra serão abençoados "(. Gen. 12: 2-3 ). Abraão e seus descendentes foram posteriormente ordenou a ser circuncidado como um sinal da aliança de Deus e uma ilustração constante da necessidade de limpeza espiritual do pecado: "Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e ti ea tua descendência depois de: todo o homem entre vós será circuncidado "( Gn 17:10 ). (O corte longe do prepúcio no órgão procriador masculino significava a necessidade de cortar o pecado do coração pelo pecado que era inerente, passada de uma geração para a outra; (cf. Dt 10:16. ; Jr 4:4 ).

Colocar essas duas contas em conjunto, os judaizantes argumentou, "Não é óbvio que, se o resto do mundo, ou seja, os gentios, devem compartilhar as bênçãos prometidas a Abraão, eles devem primeiro assumir o sinal que marca o povo de Deus , os judeus? Se todas as nações da terra serão benditas em Abraão, eles terão que ser como Abraão e ser circuncidado. "

"Mas isso não quer seguir", Paulo respondeu em vigor. Citando Gn 15:6 ; Gn 17:1 )

Os judaizantes, como a maioria dos outros judeus daquela época, havia se invertido completamente a relação entre circuncisão e salvação. A circuncisão era apenas uma marca, não os meios, de salvação.Deus estabeleceu a circuncisão como um sinal físico para identificar o seu povo e para isolá-los do idólatra, mundo pagão em torno deles durante o tempo da Antiga Aliança. A circuncisão é um ato externo, físico que não tem efeito sobre o trabalho espiritual da justificação. Deus deu o sinal da circuncisão de Abraão longo após Ele já havia declarado que ele seja justo por causa de sua fé.

Ela sempre foi verdade que "ele não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne, mas ele é um judeu que é no interior,. E circuncisão, a que é do coração, pelo Espírito, não pela letra "( Rm 2:28-29. ). A circuncisão física era uma questão de terreno, cerimonial identidade com o povo de Deus, ao passo que a salvação é uma questão de identidade espiritual com Ele; e se o símbolo terrestre não tinha contrapartida espiritual genuíno que era inútil. Mesmo sob a Antiga Aliança, a circuncisão em si realizado nenhum poder espiritual.

Desde a queda, o homem orgulhoso foi naturalmente inclinados a confiar em si mesmo, incluindo a sua capacidade de agradar a Deus por seu próprio caráter e esforços. Os judeus da época de Jesus depositam grande confiança na circuncisão e descendência física de Abraão. Quando Jesus disse a um grupo deles: "Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, ea verdade vos libertará", eles responderam: "Somos descendência de Abraão, e nunca ter sido ainda escravizados a ninguém "( João 8:31-33 ). Sua resposta foi, obviamente, um absurdo do ponto de vista histórico. O povo judeu tinha sido em cativeiro grave muitas vezes ao longo da sua história e estavam naquele tempo sob a regra de ferro de Roma. Ainda mais insensato, no entanto, foi o seu pensamento de que a mera descendência física de Abraão fez aceitável a Deus. Em uma de suas denúncias mais poderosas do judaísmo à falência, Jesus disse: "Eu sei que vocês são descendentes de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós ... Se vocês são filhos de Abraão, fazer as obras . de Abraão Mas como ela é, você está procurando matar-me, um homem que lhe disse a verdade, o que eu ouvi de Deus; isso Abraão não fez ... Você é do seu pai ao diabo, e você quer fazer os desejos de vosso pai "( Jo 8:37 , 39-40 , Jo 8:44 ).

Contando com o nacionalismo cerimonial, judeus legalistas imaginou que eles estavam na herança espiritual, bem como racial de Abraão, enquanto eles estavam realmente na herança espiritual de Caim, que, ao rejeitar o caminho de Deus, não só seguiu o seu próprio caminho, mas também de Satanás. Ponto nessa ocasião Jesus era que, não importa o que a linhagem física uma pessoa pode ter, se ele não tem fé em Deus que ele não é um descendente espiritual de Abraão. Abraão era secundariamente o pai físico do povo judeu. Ele era, antes de tudo o pai espiritual de todos, de qualquer raça ou nacionalidade, que acredita em Deus ( Rm 4:11 ). Tal como aconteceu com Abraão, "a quem não trabalha, mas crê naquele que justifica o ímpio, sua fé lhe é imputada como justiça" ( v. 5 ).

Deve-se notar também que Abraão não é apenas o padrão para a justificação pela fé, mas para uma vida obediente por essa fé.

Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé, ele viveu como um estrangeiro na terra da promessa, como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, co-herdeiros da mesma promessa; pois ele estava olhando para a cidade que tem fundamentos, da qual o arquiteto e construtor é Deus ... Pela fé, Abraão, quando foi provado, ofereceu Isaque; e aquele que recebera as promessas estava oferecendo o seu filho unigênito; era aquele a quem foi dito: "Em Isaque seus descendentes serão chamados." Ele considerou que Deus é capaz de levantar os homens, mesmo dos mortos; a partir do qual ele também recebeu-o de volta como um tipo. ( Heb. 11: 8-10 , 17-19 )

Pela fé Abraão seguiu a Deus para uma terra desconhecida e pela fé que ele estava disposto a dar de volta a Deus o filho que por si só poderia ser o meio de cumprir a promessa divina. Abraão, como todo verdadeiro crente antes e depois dele, entendeu a fé como "a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem" ( v. 1 ). Pela fé Abraão sequer olhou para a frente a Cristo. Jesus disse aos judeus incrédulos em Jerusalém, "Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o e ficou feliz" ( Jo 8:56 ).

Para voltar a enfatizar a importância absoluta de que ele estava dizendo, Paulo acrescentou: Por isso, certifique-se de que é os que são da fé são filhos de Abraão. Ele estava fazendo o mesmo ponto para os judeus crentes na Galácia que Jesus fez para os judeus incrédulos em Jerusalém: Somente os crentes genuínos, aqueles que são da fé , tenha o direito a uma relação espiritual de Abraão , ou a Deus. Judeus sem fé no Senhor Jesus Cristo não são verdadeiros filhos de Abraão , enquanto que os gentios que crêem nele são.

Para que os cristãos pensam que, porque o Seu povo escolhido rejeitaram Ele, o Senhor vai rejeitá-los, Paulo declara de forma inequívoca ", eu digo, então, Deus não rejeitou o seu povo, não é? De maneira nenhuma!" Em seguida, ele repete a declaração, "Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu" ( Rom. 11: 1-2 ). Deus ainda tem planos futuros maravilhosos para os judeus como um povo. Mas em nenhum momento da história, antes ou depois de sua vocação especial dos judeus-se qualquer pessoa seja posto em economia de relacionamento com Deus por quaisquer outros meios que não a fé.

Personificando a Palavra de Deus, o apóstolo continua a dizer, a Escritura, prevendo que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão -que é uma exposição deGn 12:3 ).

No Concílio de Jerusalém, Tiago disse: "Irmãos, ouvi-me. Simeon [Pedro] relatou como primeiramente Deus sobre a tomada de entre os gentios um povo para o seu nome. E com este as palavras dos profetas concordam, assim como porque está escrito: "Depois destas coisas, eu vou voltar, e vou reconstruir o tabernáculo de Davi, que caiu, e eu vou reconstruir suas ruínas, e eu vou restaurá-lo, a fim de que o resto da humanidade pode buscar ao Senhor, e todos os gentios, que se chama pelo meu nome "( 13 44:15-17'>Atos 15:13-17 ; cf. Amós 9:11-12 ).

Quando gentios são salvos, eles são salvos como gentios, assim como os judeus são salvos como judeus. Mas ninguém a partir de qualquer grupo é salva ou não salva devido a identidade racial ou étnica.Aqueles que são salvos são salvos por causa de sua fé, e aqueles que estão perdidos são perdidos por causa da incredulidade deles. A Gentil não tem absolutamente nenhuma vantagem em se tornar um judeu antes de se tornar um cristão. Na verdade, por que esperam a salvação através do rito da circuncisão, uma pessoa, seja judeu ou gentio, anula a graça de Deus e declara, com efeito, que "Cristo morreu desnecessariamente" ( Gl 2:21 ).

Prova negativa do Antigo Testamento

Pois todos quantos são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: "Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no livro da lei, para realizá-las." Agora que ninguém é justificado pela Lei perante Deus é evidente; para: "O justo viverá pela fé". No entanto, a lei não é da fé; pelo contrário, "Aquele que pratica eles viverá por ela." ( 3: 10-12 )

Os judaizantes também defendeu fortemente a necessidade de manter o Mosaic lei , a fim de ser salvo. Mas aqui novamente, simplesmente a sequência de eventos do Antigo Testamento deveria ter mostrado a eles a loucura de que a crença. Abraão não só foi declarado justo cerca de 14 anos antes de ser ordenado para ser circuncidado, mas mais de 500 anos antes de Deus revelou a Sua lei a Moisés no Sinai.Isaque, Jacó, José, e inúmeros outros crentes hebreus viveu e morreu muito antes da lei escrita foi dada por Deus.

Assim como os judaizantes e suas vítimas Galácia deveria ter sabido que a justificação é pela fé e não a circuncisão, eles também devem ter sabido que não é por a Lei . Por isso depois de mostrar o que a fépode fazer, Paulo agora mostra o que funciona não pode fazer. Como nos versos 6:9 , seu argumento é baseado no Antigo Testamento.

Em sua defesa perante o rei Agripa em Cesaréia, Paulo afirma o fundamento bíblico de toda a sua pregação e ensino: "Tendo obtido a ajuda de Deus, ainda até ao dia dando testemunho tanto a pequenos e grandes, afirmando nada, mas o que os profetas e Moisés disseram que era vai ter lugar; que o Cristo devia sofrer, e que, em virtude da sua ressurreição dos mortos, Ele deve ser o primeiro a anunciar a luz a este povo e aos gentios "( Atos 26:22-23 ).

Os rabinos antigos eram tão absolutamente convencido de que a salvação só poderia ser conquistada através de guardar a lei que eles tentaram provar que Deus tinha revelado a Sua lei de alguma forma, mesmo aos patriarcas e outros santos que viveram antes de Moisés e que essas pessoas acharam favor com Ele, porque eles mantiveram Sua lei. Porque eles não poderiam trazer-se a considerar limitar a supremacia da lei, os rabinos procurados em vez de reconstruir a história e o ensino claro da Palavra de Deus.
Mas Paulo vira o jogo on-los novamente. "Você não percebe", diz ele, "que todos quantos são das obras da lei estão debaixo de maldição ? " Essa pergunta teria absolutamente perplexos os judaizantes, que teriam respondido com veemência: "Sabemos que existe tal coisa. Como você pode falar essa loucura?" "Você esqueceu Deuteronômio, o último livro da Lei ? " Paulo pergunta, em vigor; " porque está escrito, "Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no livro da lei, para realizá-las "(ver Dt 27:26 ). A maldição é um julgamento divino que traz a sentença de condenação.

A ênfase do apóstolo na cotação estava na obrigação de cumprir todas as coisas . Em outras palavras, o fato de que aqueles que confiam nas obras da lei estão obrigados a guardar todas as coisas na lei sem exceção, coloca-os inevitavelmente sob uma maldição , porque ninguém tinha a capacidade de cumprir com tudo a lei divina e perfeita de que Deus exige. Paulo confessou sua incapacidade de manter a lei, mesmo como um fariseu devoto. Ele testemunhou que "este mandamento que era para resultar em vida, provou resultar em morte por mim" ( Rm 7:10 ). Mesmo como um crente, ele disse: "Eu me com a minha mente sou escravo da lei de Deus, mas, por outro, com a minha carne à lei do pecado" ( Rm 7:25 ) Se os homens orgulhosamente insistem em viver pela lei que vai amaldiçoá-los, não salvá-los, porque eles não podem viver até ele.

Os judeus legalistas tinham "zelo por Deus, mas não de acordo com o conhecimento. Para não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus. Pois Cristo é o fim da lei para justiça de todo aquele que crê "( Rom. 10: 2-4 ). Consequentemente, eles involuntariamente colocaram-se sob a ira de Deus, em vez de Sua bênção, porque não poderia viver até a Sua lei e eles não iria submeter à Sua graça.

Paulo lembra seus leitores novamente de mais ensino a respeito forma de justificação de Deus: Agora que ninguém é justificado pela Lei perante Deus é evidente; para: "O justo viverá pela fé", citando desta vez de Hc 2:4 ). E Ele já tinha deixado claro que padrão de perfeição de Deus é a virtude interior e perfeição, o comportamento não apenas exteriormente respeitável. Para aqueles que piamente afirmou que eles tinham assassinato nunca cometeu, Ele disse: "Todo aquele que se encolerizar contra seu irmão será réu perante o tribunal; e quem disser a seu irmão: 'Raca," será culpado perante o tribunal supremo; e quem dirá: 'Insensato', será culpado o suficiente para ir para o inferno de fogo "( Mt 5:22 ). E para aqueles que alegaram que nunca havia cometido adultério, Ele disse: "Todo aquele que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela em seu coração" ( v. 28 ).

Se a consulta dos textos em Deuteronômio, Habacuque, ou Levítico, a mensagem é a mesma: a perfeição não permite exceções, nenhuma falha da menor espécie. Para quebrar a lei em um lugar é para quebrar tudo ", para quem quer que guardar toda a lei, mas tropeça em um só ponto, tornou-se culpado de todos" ( Jc 2:10 ). Não admira que o Espírito Santo inspirou Paulo a escrever que "pelas obras da lei nenhuma carne será justificada diante dele" ( 3:20 Rom., KJV ).

Um navio que está ancorado a uma doca por uma corrente é tão seguro quanto o elo mais fraco dessa cadeia. Se uma forte tempestade vem e faz com que até mesmo um link para quebrar, todo o navio rompe. Por isso, é para aqueles que tentam chegar a Deus por sua própria perfeição. Eles serão perdidos e para sempre destruído.

Esperança positivo em Jesus Cristo

Cristo nos resgatou da maldição da Lei fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: "Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro" —no fim de que em Cristo Jesus a bênção de Abraão chegasse aos gentios, para que recebêssemos a promessa do Espírito mediante a fé. ( 3: 13-14 )

Voltando novamente ao positivo, Paulo lembra aos crentes judeus na Galácia do fato de que Cristo nos resgatou da maldição da lei, tendo sido uma maldição por nós .

Redimido é de exagorazō , uma palavra comumente usada de comprar a liberdade de um escravo. Cristo justifica aqueles que crêem nEle por comprá-los de volta de sua escravidão ao pecado. O preço que pagou foi o único alto o suficiente para redimir toda a humanidade, o "precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo" ( 1Pe 1:19 ).

A maldição da lei foi o castigo exigido porque nenhum homem poderia manter-se de violar as suas exigências, mas Cristo tomou essa maldição sobre Si como um substituto para os pecadores e tornou-semaldição por nós em Sua crucificação, pois está escrito ( Dt 21:23. ; cf. At 5:30 ).

Essa verdade foi extremamente difícil para a maioria dos judeus de aceitar, porque eles não podiam imaginar o Messias de ser amaldiçoado por Deus e ter que pendurar em uma árvore. I Coríntios 12: 3sugere que "Jesus é maldito" foi um comum, de inspiração demônio dizendo entre judeus incrédulos daquela época. Para eles, a crucificação de Jesus foi a prova final e absoluta de que Ele não era o Messias prometido.

Mas para aqueles que confiam nEle, as duas palavras para nós tornam-se as duas mais belas palavras em toda a Escritura. Porque Deus enviou o Seu Filho para suportar a penalidade pelo pecado do homem, cada pessoa que coloca a sua confiança no Salvador crucificado teve a maldição suportados por ele.
O sacrifício de Jesus foi total e para todos os homens, a fim de que em Cristo Jesus a bênção de Abraão chegasse aos gentios, para que recebêssemos a promessa do Espírito mediante a fé. Da parte do homem, a maldição é levantada pela  , que Deus, em Sua parte e pela graça, conta como a justiça em nome do crente, e do rio de bênção começa a fluir como a água correndo da graça de Deus engolfa o crente. Jesus Cristo suportou a maldição , Paulo afirma, para trazer a bênção de Abraão ... para os gentios . A salvação foi com o propósito da bênção de Deus ao mundo. Tudo o que Deus desejava para e prometeu a Abraão de salvação e seus benefícios se espalhariam para as nações. A cláusula de Proposito coordenar é acrescentado para que recebêssemos a promessa do Espírito mediante a fé (cf. Atos 1:4-5 ; Ef 1:13. ), que vem como o residente, que habita Pessoa para nos abençoar com o poder.

Tudo isso bênção é por meio da fé. Justificando  envolve renúncia, guardando toda a confiança no próprio mérito e obras. Como os israelitas que tinham perseguir o exército do faraó por trás deles e do Mar Vermelho intransitável na frente deles, o pecador deve reconhecer o seu pecado e sua total incapacidade de salvar a si mesmo. Quando ele vê a justiça de Deus de persegui-lo e julgamento de Deus na frente dele, ele percebe sua impotência em si mesmo e percebe que ele tem para onde se voltar, mas a misericórdia e graça de Deus.

Justificando a fé também envolve dependência e submissão ao Senhor. Quando um pecador vê que ele não tem como escapar e nenhum poder em seus próprios recursos, ele sabe que deve contar com a disposição e poder de Deus. Finalmente, justificando  envolve apropriação, como o pecador recebe com gratidão o dom gratuito de perdão Cristo oferece e se submete à sua autoridade.

Justificando a fé não tem que ser forte fé; ele só tem que ser verdadeira fé. E a verdadeira fé não só traz a salvação para o crente, mas glória para Aquele que salva.

Quando uma pessoa recebe a Cristo como Senhor e Salvador, ele recebe o prometido bênção e o prometido Espírito , que Paulo descreve em Efésios como sendo "Bem-aventurados ...com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" ( 1: 3 ). Esta bênção dá um testemunho de louvor a "glória da Sua graça" ( 1: 6 ). Deus recebe glória, quando Seus atributos estão em exposição, e em nenhum lugar é a Sua graça mais evidente do que o envio de seu único Filho para ser crucificado em favor do homem, o Sem pecado pagar a dívida do pecador. Os crentes são "levantou-se ...com Ele, e sentado ...com Ele nos lugares celestiais, em Cristo Jesus, a fim de que nos séculos vindouros, mostrar a suprema riqueza da sua graça, em bondade para [os] em Cristo Jesus "( 2: 6-7 ).

Homens são resgatados, a fim de expor ser majestoso de Deus antes de toda a criação. Seu propósito supremo é demonstrar Sua graça gloriosa contra o pano de fundo do homem pecado, perdição, e desesperança. O próprio propósito da igreja é "estar na presença de Sua glória irrepreensível com grande alegria" e elogiar "o único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo, nosso Senhor, ... [por Sua] glória, majestade, domínio e autoridade, antes de todos os tempos e agora e para sempre "( Judas 24:25 ).

8. Na Luz da promessa de Deus, Qual o proposito da lei? (Gálatas 3:15-22)

Irmãos, eu falo em termos de relações humanas; mesmo que seja só aliança de um homem, ainda quando tenha sido ratificado, ninguém coloca de lado ou acrescenta condições para isso. Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Ele não diz: "E a seus descendentes", como falando de muitas, mas sim um ", e à tua descendência", isto é, Cristo.O que estou dizendo é o seguinte: a lei que veio 430 anos depois, não invalida um pacto anteriormente ratificado por Deus, de modo a anular a promessa. Porque, se a herança é baseado na lei já não é baseada em uma promessa; mas Deus concedeu a Abraão por meio de uma promessa. Por que a Lei, então? Foi acrescentada por causa das transgressões, tendo sido ordenada por meio de anjos, pela agência de um mediador, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita. Ora, o mediador não é para apenas uma das partes; Considerando que Deus é um só. É a lei, então, ao contrário das promessas de Deus? De maneira nenhuma! Porque, se a lei tivesse sido dado que foi capaz de dar a vida, então a justiça seria de fato ter sido baseada em lei. Mas a Escritura encerrou a todos os homens sob o pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos que crêem.(3: 15-22)

Em 3: 1-14 Paulo prova da Escritura do Antigo Testamento que Abraão foi justificado pela fé e não por lei e que todos os outros crentes, sejam judeus ou gentios, é igualmente salvos somente pela fé, efetivada pela maldição do pecado tomada de Cristo sobre si.
Agora o apóstolo antecipa o argumento provável seus adversários, os judaizantes, provavelmente faria contra o que ele acaba de provar. "Muito bem", eles argumentam. "Mas, admitindo que Abraão e seus descendentes pré-Sinai foram salvos pela fé, é óbvio que, quando Deus deu a lei a Moisés, a base da salvação alterado. A nova aliança foi feita e um novo meio de salvação foi então estabelecida. Depois Moisés, a base da salvação se tornou lei em lugar de fé ou, pelo menos, como um complemento necessário para a fé. A aliança com Moisés anulada e suplantou a aliança com Abraão, uma medida temporária Deus providenciou até que Ele deu a Moisés a aliança mais perfeita e completa de lei. Abraão e outros que viveram antes da lei foram salvos pela fé somente porque eles não têm a lei. Por que mais Deus ter dado a aliança mosaica da lei? "
É que o previsto, o argumento imaginário que Paulo responde em 3: 15-22. O coração de sua resposta é mostrar que a aliança com Abraão foi uma aliança incondicional da promessa confiando unicamente na fidelidade de Deus, ao passo que a aliança com Moisés era um pacto condicional de lei contando com a fidelidade de homem. Para Abraão, Deus disse: "Eu vou." Através de Moisés Ele disse: "Tu". A promessa estabelecem uma religião dependente de Deus. A lei estabeleceu uma religião dependente de homem. Os centros de promessa sobre o plano de Deus, a graça de Deus, a iniciativa de Deus, a soberania de Deus, as bênçãos de Deus. A lei centra-se em dever do homem, o trabalho do homem, a responsabilidade do homem, o comportamento do homem, a obediência do homem. A promessa, sendo fundamentada na graça, exige fé apenas sincero. A lei que está sendo aterrado em obras, exige obediência perfeita.
Em contraste às alianças da promessa e da lei Paulo primeira mostra a superioridade de um e, em seguida, a inferioridade do outro.

A superioridade da Promessa

Irmãos, eu falo em termos de relações humanas; mesmo que seja só aliança de um homem, ainda quando tenha sido ratificado, ninguém coloca de lado ou acrescenta condições para isso. Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Ele não diz: "E a seus descendentes", como falando de muitas, mas sim um ", e à tua descendência", isto é, Cristo.O que estou dizendo é o seguinte: a lei que veio 430 anos depois, não invalida um pacto anteriormente ratificado por Deus, de modo a anular a promessa. Porque, se a herança é baseado na lei, já não com base em uma promessa é; mas Deus concedeu a Abraão por meio de uma promessa. (3: 15-18)

Quatro razões são dadas para afirmar a superioridade do pacto da promessa: a sua confirmação, a sua centralidade em Cristo, sua cronologia, e sua completude.

Sua confirmação

Irmãos, eu falo em termos de relações humanas; mesmo que seja só aliança de um homem, ainda quando tenha sido ratificado, ninguém coloca de lado ou acrescenta condições para isso. (3:15)

Primeiro de tudo, o pacto da promessa foi superior, porque foi confirmado como irrevogável e irretratável. Isto pode ser ilustrado por referência a um pacto humano. Em termos de relações humanas , diz Paulo, mesmo ... aliança de um homem, ... quando tiver sido ratificado, permite ninguém para definir -lo de lado ou adicionar condições para isso.

Mesmo os seres humanos segurar seus convênios para ser inviolável e unamendable. Uma vez ratificada, são irrevogável e irretratável.

Diatheke ( aliança ) é um termo geral para um acordo vinculativo. Ele foi muitas vezes utilizado para se referir a testamentos ou testamentos e, em alguns Escritura passagens a palavra é melhor traduzido com esse significado. A última vontade e testamento expressa os desejos e intenções de uma só festa e pode ou não pode envolver outras partes específicas. A aliança, por outro lado, sempre envolve duas ou mais partes específicas, embora os termos podem ser estipulado e cumprida por apenas um. Na Septuaginta (Antigo Testamento grego traduzido no século III AC ), o termo é usado de forma consistente de alianças de Deus com o seu povo-covenants que só Deus iniciados e estabelecidos e que, por vezes, eram condicionais e às vezes não.

Quando Deus fez a aliança com Abraão, cujo nome era então Abrão, Ele prometeu: "'Eu sou um escudo para você, sua recompensa será muito grande ... Este homem [Eliezer] não será o teu herdeiro; mas aquele que deve saem do seu próprio corpo, ele será o teu herdeiro. " E Ele o levou para fora e disse: "Agora, olhe para o céu, e conta as estrelas, se você é capaz de contá-los. ' E disse-lhe: 'Assim será a tua descendência. " Em seguida, ele acreditava no Senhor;. E Ele imputou-lhe isto como justiça E disse-lhe: "Eu sou o Senhor, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-lhe esta terra, para possuí-la '" (Gn 15:1. Foi, portanto, não se referindo a muitos, mas sim um ", e à tua descendência . "

Tanto o termo grego sperma ( semente ) e o termo hebraico correspondente ( zera' ) são como o Inglês semente na medida em que pode ser singular ou plural. Além da inspiração do Espírito Santo, Paulo não poderia ter estabelecido uma interpretação tão crucial na base da gramática sozinho. Gramática hebraica, como o grego e Inglês, permite, mas não exige, o singular.

Em numerosas passagens do Antigo Testamento, o termo se aplica, obviamente, mas para uma pessoa. Em Gn 4:25 ("descendência") refere-se a Seth sozinho, em Gn 21:13 ("descendente") para Ismael (ver 16:
11) sozinho, em 1Sm 1:11 ("filho") para Samuel sozinho e, em 2Sm 7:12 ("descendente") para Solomon (ver 12:
24) sozinho. Com base apenas de gramática e contexto, o significado da semente em Gn 22:18 poderia ser singular ou plural. Mas na interpretação de Sua própria Palavra através do apóstolo, o Espírito Santo deixa claro que é singular, referindo-se ... a um .

Em uma promessa ainda mais cedo, um uso claramente singular de semente também refere-se a Cristo. Para a serpente no Jardim do Éden, Deus disse: "Porei inimizade entre ti ea mulher, entre a tua descendência ea sua descendência; Ele [singular, referindo-se a" sua semente "] te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar "(Gn 3:15).

O primeiro e único herdeiro de todas as promessas de Deus é Cristo. Cada promessa dada na aliança com Abraão foi cumprida em Jesus Cristo e só Jesus Cristo. Portanto, a única maneira que uma pessoa pode participar das bênçãos prometidas a Abraão é ser um herdeiro do companheiro com Cristo através da fé Nele.
Se antes ou depois de Cristo veio à Terra, a salvação foi sempre fornecidos somente mediante a oferta perfeita de Cristo na cruz. Os crentes que viveram antes da cruz e nunca soube quaisquer detalhes sobre Jesus, no entanto, foram perdoados e correto com Deus pela fé em antecipação do sacrifício de Cristo, enquanto que os crentes que vivem depois da cruz são salvos em olhar para trás para ele. Quando Cristo derramou Seu sangue, que cobria os pecados de ambos os lados da cruz. A Antiga Aliança vai para a cruz; a Nova Aliança vem dele. Na fé um lado apontou para a frente, enquanto que por outro lado, aponta de volta.
Nunca houve nem pode haver sempre salvação à parte da obra consumada de Cristo. A aliança com Abraão foi cumprida na aliança de Jesus Cristo, e, portanto, o pacto da lei, independentemente do seu caráter e propósito, não revogar ou modificar esses dois convênios, o que realmente fundidos em um.

Sua Cronologia

O que estou dizendo é o seguinte: a Lei, que veio 430 anos depois, não invalida um pacto anteriormente ratificado por Deus, de modo a anular a promessa. (3:17)

Em terceiro lugar, a aliança da promessa foi superior ao pacto da lei por causa da cronologia. A Lei, que veio 430 anos depois, não invalida um pacto anteriormente ratificado por Deus . Porque a aliança com Abraão era permanente e inviolável, nenhuma quantidade de tempo poderia anular a promessa.

Os 430 anos refere-se ao tempo decorrido entre a última declaração de Deus da aliança com Abraão e sua doação de a Lei de Moisés. O Senhor repetiu a promessa ao filho de Abraão Isaque (Gn 26:24) e, em seguida, para seu neto Jacó (28:15). A Lei veio 645 anos depois de Abraão, mas 215 anos mais tarde, Deus repetiu o convênio abraâmico a Jacó, exatamente 430 anos antes da aliança mosaica no Sinai.

Mesmo a aliança com Abraão não estabelecer o princípio da salvação pela fé, mas apenas verificada e tipificado-lo. A partir do momento da queda de Adão, a fé tinha sido o único meio de tornar-se o direito do homem com Deus.

Quanto a promessa que Deus deu como parte da aliança com Abraão e que ele mesmo tinha ratificado (o verbo é um particípio passivo perfeito, apontando para a autoridade duradoura da ratificação), a simples passagem do tempo não podia ter qualquer efeito sobre ele tudo, muito menos anular ela.

Sua integralidade

Porque, se a herança é baseado na lei, já não com base em uma promessa é; mas Deus concedeu a Abraão por meio de uma promessa. (3:18)

Em quarto lugar, a aliança da promessa é superior ao pacto da lei, porque é mais completo. O ponto de Paulo é que uma herança ... com base na lei depende do desempenho do homem, enquanto aconcedida ... a Abraão por meio de uma promessa depende do poder de Deus. O prazo concedido traduz o tempo perfeito de charizomai (para dar graciosamente) e aponta para o caráter permanente da herança. Os princípios por trás dos dois tipos de herança são incompatíveis.

Uma é a lei de Deus e as obras do homem e do outro pela graça de Deus e da fé do homem. Não só isso, mas as habilidades para cumprir os convênios são de uma ordem infinitamente diferente. O homemnão pode ter sucesso se perfeitamente manter a lei , e Deus não pode deixar -se perfeitamente manter a promessa . Porque o pacto da promessa está completa, o pacto da lei não pode, de forma a melhorar ou mudá-lo.

Por definição, uma herança não é ganho, mas simplesmente recebido, e trabalhar para o que já está garantida é tola e desnecessária. Tentando ganhar a herança Deus promete através da fé em Seu Filho é muito pior do que tolo. Para adicionar obras da lei para a fé em Deus promessa é "nula a graça de Deus" e para fazer com que Cristo ter "morrido desnecessariamente" (2:21).

A inferioridade da Lei

Por que a Lei, então? Foi acrescentada por causa das transgressões, tendo sido ordenada por meio de anjos, pela agência de um mediador, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita. Ora, o mediador não é para apenas uma das partes; Considerando que Deus é um só. É a lei, então, ao contrário das promessas de Deus? De maneira nenhuma! Porque, se a lei tivesse sido dado que foi capaz de dar a vida, então a justiça seria de fato ter sido baseada em lei. Mas a Escritura encerrou a todos os homens sob o pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos que crêem. (3: 19-22)

Depois de mostrar a superioridade do pacto da promessa, Paulo mostra a inferioridade do pacto da lei-primeiro em conta a sua Proposito, em seguida, no que diz respeito ao seu mediador, e, finalmente, em conta a sua realização.

Seu Propósito

Por que a Lei, então? Foi acrescentada por causa das transgressões, (3: 19a)

À luz do argumento convincente de Paulo até este ponto, a pergunta óbvia seria, por que a lei, então? Se a salvação sempre foi pela fé e nunca pelas obras, e se o pacto da promessa feita a Abraão foi cumprida em Jesus Cristo, o propósito que a Lei tem?

A resposta de Paulo é direta e sóbria: Foi acrescentada por causa das transgressões ( parábase , passando por cima do limite). O objetivo da lei era o de demonstrar ao homem a sua pecaminosidade total, a sua incapacidade de agradar a Deus por suas próprias obras, e sua necessidade de misericórdia e graça. A Lei ... foi adicionada para mostrar a profundidade do homem transgressões contra Deus. Foi dada a levá-lo a culpa desesperada e a consciência de sua necessidade para o Libertador.

Como o apóstolo explica alguns versículos depois, a lei foi um "tutor para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé" (3:24). As exigências impossíveis da lei foram feitos para obrigar os homens a reconhecer a sua violação dos padrões de Deus e buscar Sua graça mediante a fé em Seu Filho. Quando um homem olha para a lei que ele vê que sua vida é mais do que simplesmente errado; é pecado, uma ofensa contra o santo Deus, diante do qual nenhuma pessoa pecaminosa pode estar. A lei mostra homens a sua violação da vontade de Deus, que governa o universo e os responsabiliza pelo seu pecado.
O pacto da lei é longo passado, mas as exigências morais da lei não diminuíram, não tendo nem começou nem terminou com a aliança mosaica. É por isso que a pregação os padrões morais, éticos da lei, ainda hoje, é imperativo na condução de homens a Cristo. A menos que os homens percebem que estão vivendo em violação da lei de Deus e, portanto, ficar sob seu julgamento divino, eles vão ver nenhuma razão para ser salvo. Graça é sem sentido para uma pessoa que não sente nenhuma inadequação ou necessidade de ajuda. Ele não vê propósito em ser salvo se ele não perceber que ele está perdido. Ele não vê necessidade de perdão de Deus se ele não sabe que ele tem ofendido a Deus. Ele não vê necessidade de buscar a misericórdia de Deus, se ele não tem conhecimento que ele está sob a ira de Deus.

O objetivo da lei era, e é, para conduzir os homens para desespero sobre seus pecados e de um desejo de receber a salvação que a graça soberana de Deus oferece àqueles que acreditam. O objetivo da lei era, portanto, não é errado, mas foi inferior. "A lei é santa", diz Paulo, "eo mandamento é santo, justo e bom" (Rm 7:12). Mas a lei simplesmente aponta para o que somente a graça pode produzir.

Seus mediadores

Tendo sido ordenado por meio de anjos, pela agência de um mediador, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita. Ora, o mediador não é para apenas uma das partes; Considerando que Deus é um só. (3: 19b-20)

Em segundo lugar, o pacto da lei foi inferior ao pacto da promessa, porque foi ordenado ( diatassō , uma palavra técnica para a realização de leis) por meio de anjos, pela agência de um mediador. Deus deu a aliança da lei através de dois conjuntos de mediadores, em primeiro lugar por meio de anjos e, em seguida, por eles através de Moisés ao povo.

Deus foi o Autor e Doador do pacto da lei e Ele esteve presente com Moisés no Monte Sinai quando foi dado (Ex. 19: 18-24). Mas de uma forma não totalmente explicado, a lei foi dada por Deus a Moiséspor meio de anjos (conforme At 7:53; He 2:2). Mas Deus deu a aliança com Abraão amigo para amigo (ver Gênesis 12:1-3; 15: 1-7; 18: 1-33). A promessa da salvação pela fé era tão preciosa para o coração de Deus que Ele deu a Abraão em pessoa. Essa é a maneira que Deus quer vir para cada pessoa que vai ter o seu Filho como Senhor e Salvador; a semente de Abraão, que estava por vir e para quem a promessa tinha sido feita.

Moisés era grande e os anjos eram grandes; mas eram apenas mediadores. Paulo advertiu os crentes gálatas não exaltar Moisés ou anjos sobre o próprio Deus como os judaizantes estavam fazendo.

O texto grego de Gl 3:20 é difícil de traduzir e interpretar, mas Paulo parece estar apontando que um mediador (literalmente, aquele que está entre duas partes) é necessário somente quando mais de um partido está envolvido. Deus deu a aliança diretamente a Abraão, sem um mediador , porque Ele era o único envolvido em fazer a aliança. Abraão era um testemunho da aliança e era um beneficiário, mas ele não era uma festa para ele. Abraão não teve parte no estabelecimento ou manter a aliança. Essa responsabilidade era a de Deus sozinho.

O pacto da lei no entanto; não só os mediadores envolvidos (anjos e Moisés), mas obrigações mútuas sobre as duas partes (Deus e Israel). A estipulação de que a aliança foi: "Você andará em todo o caminho que o Senhor, teu Deus, te ordenou, para que vivas" (Dt 5:33). A parte do homem era obedecer e Deus era para dar vida, para salvar. O problema era que o homem não poderia manter a sua parte, e, portanto, Deus não poderia conceder a salvação.

Suas realizações

É a lei, então, ao contrário das promessas de Deus? De maneira nenhuma! Porque, se a lei tivesse sido dado que foi capaz de dar a vida, então a justiça seria de fato ter sido baseada em lei. Mas a Escritura encerrou a todos os homens sob o pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos que crêem. (3: 21-22)

Por fim, o pacto da lei foi inferior ao pacto da promessa por causa de suas realizações.
Mais uma vez antecipando provável resposta de seus leitores, Paulo pergunta retoricamente, a lei é contrária às promessas de Deus? A preposição kata ( ao contrário do ) parece melhor traduzida como "contra" ( NVI ) ou "em oposição a" ( NVI ). Deus deu tanto a promessa quanto a lei e Ele não trabalha contra si mesmo.

Tal como acontece com outros tais questões (ver 2.17; Rm. 6: 1-2; Rm 7:13), Paulo imediatamente dá a si mesmo forte resposta negativa: ! Mas longe esteja A idéia era impensável.

Porque, se a lei tivesse sido dado que foi capaz de dar a vida, então a justiça seria de fato ter sido baseada em lei. Em outras palavras, a Lei foi inferior porque não conseguiu salvar, ele foi não capaz de transmitir a vida . Se ele poderia ter feito isso, ele teria sido contra e contrária às promessas de Deus , porque ele teria fornecido uma forma alternativa e conflitantes da salvação. Ele teria feito a morte de Cristo tragicamente desnecessário (2:21). A graça de Deus, o sacrifício de Cristo, e fé do homem seria supérfluo, ou na melhor das hipóteses, um meio facultativo de salvação.

Mas esse não é o caso, porque a Escritura , através da lei, encerrou a todos os homens sob o pecado . A frase calar traduz sunkleiō , um forte termo que significa a travar de forma segura, para incluir em todos os lados com nenhuma forma de escapar. "Certa vez eu estava vivo, sem lei", disse Paulo; "Mas quando veio o mandamento, o pecado tornou-se vivo, e eu morri" (Rm 7:9). Graça é dada para permitir aqueles que acreditam que dizer, "Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!"(V 25). Propósito salvífico de Deus é o clímax (conforme Lc 19:10; 1Tm 1:151Tm 1:15.).

9. Nos termos da Lei ou de Cristo? (Gálatas 3:23-29)

Mas, antes que viesse a fé, estávamos guardados debaixo da lei ser fechado até a fé, que mais tarde viria a ser revelado. Portanto, a lei se tornou nosso aio, para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. Mas agora que a fé veio, já não estamos debaixo de aio. Para todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus. Para todos vocês que foram batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. Não há judeu nem grego, não há escravo nem homem livre, não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros conforme a promessa. (3: 23-29)

Continuando sua discussão sobre obras da lei, em oposição a fé na promessa, Paulo agora contrasta os efeitos pessoais essas duas abordagens têm sobre as pessoas. Depois de mostrar a relação histórica entre o pacto da promessa feita a Abraão e do pacto de obras por meio de Moisés e depois, mostrando a superioridade redentora do primeiro sobre o segundo (vv. 6-22), ele agora apresenta a aplicação pessoal dos dois convênios. Ao fazer isso, ele descreve o antes eo depois da conversão, o caráter e orientação da vida de uma pessoa antes que ele confia em Deus para a salvação e depois Deus concede-lhe justiça, por causa dessa confiança. Antes da conversão de uma pessoa está sob a lei e sofre a escravidão que a relação traz; após a conversão, ele está em Cristo e gosta da liberdade que o relacionamento traz.

Nos termos da Lei: Bondage

Mas, antes que viesse a fé, estávamos guardados debaixo da lei, fazendo calar a boca para a fé, que mais tarde viria a ser revelado. Portanto, a lei se tornou nosso aio, para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. (3: 23-24)

Depois de usar a terceira pessoa para a maior parte do capítulo (vv. 6-22), Paulo reverte para a primeira pessoa ( nós ). Em usando nós , ele, antes de tudo se identifica com o povo judeu, a quem ambos os convênios foram dadas. Mas, em um sentido mais amplo e mais abrangente que ele também está identificando-se com toda a humanidade, judeus e gentios. Mesmo o Gentil mais pagão que nunca ouviu falar do verdadeiro Deus está sob a obrigação de guardar os seus padrões morais e espirituais e, se ele ignora essas normas, para enfrentar o julgamento de Deus.

Paulo usa duas figuras para representar de Deus lei e seus efeitos sobre os incrédulos, primeiro a de uma prisão e, em seguida, a de um guardião.

O Direito como Prison

Mas, antes que viesse a fé, estávamos guardados debaixo da lei ser fechado até a fé, que mais tarde viria a ser revelado. (3:24)

Antes de salvação reveladora de Deus em Cristo, os homens estavam em uma prisão espiritual. As palavras poderosas de Paulo em outra epístola são um bom lugar para começar a consideração de prisão do homem antes que viesse a fé .

Paulo declarou:

A ira de Deus se revela do céu contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça, porque o que se sabe sobre Deus é evidente dentro deles; pois Deus tornou evidente para eles. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis, o seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo percebidos por meio do que tem sido feito, de modo que eles fiquem inescusáveis. Pois, embora tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; mas eles tornaram-se fúteis em suas especulações, eo seu coração insensato se obscureceu. (Rom. 1: 18-21)

No próximo capítulo da mesma epístola, Paulo explica ainda que "quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente o que a lei, eles, embora não tendo lei, são uma lei para si mesmos, na medida em que mostram o trabalho da Lei escrita em seus corações, a sua consciência testemunho, e os seus pensamentos ora acusando defendê-los "(2: 14-15).

Seja através da lei escrita da Escritura ou a lei dentro de consciência, até que a pessoa reconhece sua pecaminosidade básica e incapacidade de cumprir perfeitamente as exigências da lei de Deus, ele não virá repentantly para buscar a salvação. Até que ele se desespera de si mesmo e seu próprio pecado, ele não virá em humilde fé para ser preenchido com a justiça de Cristo. Uma pessoa que diz que quer a salvação, mas recusa-se a reconhecer e se arrepender de seu pecado engana a si mesmo. A salvação é a libertação do pecado, e uma pessoa não pode querer manter o seu pecado e, ao mesmo tempo, quer ser livre dele. Ele não pode realmente deseja que a nova vida de Cristo da justiça sem renunciar a auto-velha vida de pecado. (Ver Tiago 4:7-10 para uma definição clara dos elementos próprios da fé salvadora.)

O objetivo da lei é revelar e convencer os homens do pecado. "Eu não teria chegado a conhecer o pecado senão pela lei", declarou Paulo; "Porque eu não teria conhecido a cobiça, se a lei não dissera:" Não cobiçarás .'... Certa vez eu estava vivo, sem lei, mas, vindo o mandamento, o pecado tornou-se vivo, e eu morri "( Rm 7:7).

O perdão não significa nada para uma pessoa que é ou não têm consciência que ele tem feito nada de errado ou não está convencido do errado, ele sabe que fez produz quaisquer consequências graves para ele. Graça significa nada para uma pessoa que não sabe que ele é pecador e que tal pecado significa que ele está separado de Deus e condenados. É, portanto, inútil para pregar graça até que as demandas impossíveis da lei e da realidade de culpa diante de Deus são pregados.
No capítulo de alegoria seu clássico abrindo O Peregrino , João Bunyan escreve:

Enquanto eu caminhava pelo deserto deste mundo, eu iluminado em um certo lugar onde havia uma cova, e me previsto no referido lugar para dormir; e, enquanto dormia, eu sonhei um sonho. Eu sonhei, e eis que eu vi um homem vestido com trapos, que está em um determinado lugar, com o rosto de sua própria casa, um livro na mão, e um grande fardo sobre as costas. E olhei, e vi abrir o livro e ler nele; e enquanto lia, ele chorou e tremeu, e, não sendo capaz de conter mais, o partiu com um grito lamentável, dizendo: "O que devo fazer?"
Um pouco mais tarde o homem encontrou Evangelista, que lhe perguntou: "Por isso tu chorar?" Pilgrim respondeu: "Senhor, vejo pelo livro na minha mão que eu estou condenado a morrer, e depois disso a vir a juízo". Evangelista depois apontou o peregrino em direção a uma porta na distância e uma luz para além dele e de um monte. Com o grande fardo nas costas e o livro na mão, Pilgrim começou em direção ao morro, gritando: "Vida! Vida A vida eterna!"
O fardo nas costas de Pilgrim era seu pecado, o livro em sua mão era a Bíblia, e da colina em direção ao qual ele viajou era Calvário. Foi na leitura da Palavra de Deus, que ele aprendeu a lei de Deus condenou-o à morte e do inferno por causa do seu pecado, e foi de que o conhecimento do pecado e do julgamento que levou a cruz de Cristo, em que a pena para o seu pecado foi pago na íntegra e completo perdão oferecido.
Não só do ponto de vista da história da redenção, mas ainda de forma pessoal em todas as vezes, antes que a fé vem, cada pessoa é, no sentido mais profundo, mantidos em custódia nos termos da lei de Deus e o fardo do pecado. Todo ser humano vive de forma contínua como um escravo cativo acorrentado sob o julgamento de lei imutável, universal de Deus, as exigências de que ele deve pagar por morte eterna e do inferno, ou ele vive pela fé como totalmente livre do julgamento (Rm 8:1).

Não só isso, mas ele é calar-se para a fé, que mais tarde viria a ser revelado. Historicamente, os judeus foram presos sob a aliança de lei até que o Messias veio e cumpriu o pacto da promessa e  dada a Abraão. De forma semelhante, mesmo os crentes gentios da Galácia, como crentes gentios de todas as idades, estavam em custódia nos termos da lei escrita em seus corações (Rom. 2: 14-16). Esta custódia, no entanto, não era exatamente a mesma que a dos judeus, que tinham recebido a revelação (conforme Rm 3:2). Novamente, como o judeu, através de pessoal  em Jesus Cristo, eles são perdoados e libertados.

A lei tinha praticamente dominou a vida judaica a partir do tempo de Moisés. E porque suas exigências eram tão impossível, a mentalidade espiritual, judeu consciente que procurou a amar a Deus e servi-Lo estava sobrecarregado com um sentimento de culpa e inadequação. Ele sinceramente queria obedecer toda a lei, mas sabia que não podia.
Mesmo sob o pacto da lei, portanto, a maneira de Deus de  estava sempre aberta (conforme comentários acima, em 3: 6, 11, 17, 18). A lei nunca foi um substituto ou barreira para a fé. De acordo com Moisés, um judeu poderia ser salvo pela fé e considerados justos por Deus, assim como Abraão e muitos outros tinham acreditado e foi salvo. Eles olharam para a frente para o Salvador, como nós olhamos para trás.

Mas, apesar do fato de que eles não poderiam guardar a lei, a maioria dos judeus rejeitaram o caminho da fé. Eles começaram a jogar jogos mentais com eles mesmos, a elaboração de tradições que eles eramcapazes de manter, a fim de convencer-se de que eles poderiam alcançar a justiça diante de Deus.

A primeira coisa que Jesus fez no Sermão da Montanha era minar que falsa segurança. Os fariseus eram o epítome da justiça própria, e Jesus declarou que sua bondade auto-declarado era inútil na qualificação de um pessoa para entrar no reino de Deus (Mt 5:20). "Você acha que você mantenha a lei?" Ele perguntou, com efeito. "Se você já odiava seu irmão, você é um assassino, e se você já olhou para uma mulher com intenção impura, você cometeu adultério" (vv. 22, 28). Eles não podiam se tornar justo por guardar a lei, porque seus corações imperfeitos os impediu de mantê-lo perfeitamente, como Deus requer (v. 48).

"Porque lhes dou testemunho", disse Paulo de judeus hipócritas, "que eles têm zelo por Deus, mas não de acordo com o conhecimento." Sua incredulidade impediu-os de "conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus" (Rom. 10: 2-3).

Desde Caim ofereceu o primeiro sacrifício auto-determinado, os homens têm insistido em ir a Deus e agradá-Lo em suas próprias maneiras. Recusando-se a reconhecer e abandonar o pecado ou a reconhecer a sua falta de esperança na tentativa de salvar-se pelos seus esforços religiosos, eles rejeitam oferta de salvação de Deus através da fé e se recusam a se humilharem. Ao confiar em seu próprio entendimento e os esforços que eles tornam-se progressivamente mais enraizada na miséria espiritual e moral. A graça de poupança tem sido sempre um dom de Deus reservado para aqueles que se humilham, oprimido por sua incapacidade de fazer qualquer coisa em sua humanidade para ganhar a justiça de Deus (conforme Pv 3:34; Jc 4:6; 1Pe 5:51Pe 5:5.). Mas quando o Senhor o confrontou com a maneira graciosa de salvação pela fé, Paulo "considerei perda por causa de Cristo" todas aquelas coisas que ele tinha tão altamente valorizados. "Mais do que isso," ele disse, "Eu considero tudo como perda, tendo em vista o valor de excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, ... e considero como lixo, a fim de que eu possa ganhar a Cristo, e podem ser encontrados Nele, não tendo justiça da minha própria derivada da Lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus com base na fé "(7 vv., 8-9).

A lei, mesmo quando mantido com o melhor da capacidade de uma pessoa, não passa de uma prisão, uma célula do corredor da morte, onde se aguarda a execução eterna.

A Lei de guardiã e Guia

Portanto, a lei se tornou nosso aio, para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. (3:24)

Em segundo lugar, a lei tornou-se um guardião e guia para os judeus e, em um sentido menos únicos e mais geral, para toda a humanidade.

paidagōgos , ( tutor ) não era um professor ou um professor adequado ( NVI ), mas sim um escravo empregado por famílias gregos ou romanos, cujo dever era supervisionar meninos em nome de seus pais. Eles levaram seus jovens para a escola, fez com que eles estudaram as suas lições, e treinou-os em obediência. Eles eram disciplinadores rigorosos, repreendendo e chicotadas como eles sentiram a necessidade. Paulo disse aos crentes de Corinto-que muitas vezes se comportavam gostava de crianças-que mimadas, mesmo se eles estavam a ter inúmeros tutores [ paidagōgous ] em Cristo ", ele seria o seu único" pai por meio do evangelho "(1Co 4:15). Continuando o contraste de paidagōgos e pai, mais tarde ele pergunta: "Irei ter convosco com vara ou com amor e espírito de mansidão?" (v. 21).

O papel dos paidagōgos nunca foi permanente, e foi um grande dia de libertação, quando um rapaz finalmente ganharam a liberdade de seus paidagōgos . Seu objetivo era cuidar da criança só até que ele cresceu até a idade adulta. Nessa altura, a relação foi alterada. Embora os dois possam manter-se próximo e amigável, os paidagōgos , tendo completado sua missão, não tinha mais autoridade ou controle sobre o filho, agora um homem jovem, eo jovem não tinha mais responsabilidade de ser diretamente sob os paidagōgos .

O único propósito da Lei , divinamente designados por Deus paidagōgos , era para levar os homens a Cristo, para que eles possam ser justificadas . Depois que uma pessoa vem a Ele, não há mais necessidade para as cerimônias e rituais externos para atuarem como guias e disciplinadores, porque os novos princípios internos operam através da habitação Cristo, em quem é "escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento" (Cl 2:3). Padrões morais de Deus, no entanto, não mudam, e do Novo Testamento reitera-los, eo poder do Espírito Santo residente no crente permite que a obediência a elas (conforme Ef 2:10).

Como ele se desdobra o resultado de ser corretamente relacionados com Deus mediante a fé em Cristo Jesus , Paulo mostra três aspectos da liberdade de que a relação. Aqueles que acreditam em Deus e, assim, tornar-se um com Ele são filhos de Deus, somos um com todos os outros crentes, e são herdeiros da promessa.

Filhos de Deus

Para todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus. (03:26)

Embora Deus é o Pai de todos os homens (conforme criativamente Atos 17:24-28; 1Co 8:61Co 8:6) e "filhos da ira" (Ef 2:3). Ninguém pertence ao Pai que não pertence ao Filho. "Eu sou o caminho, ea verdade, ea vida", disse Jesus; "Ninguém vem ao Pai, senão por mim" (Jo 14:6).

Um pouco mais tarde, na carta aos gálatas, Paulo diz: (Gl 4:6). Em outras palavras, a primeira coisa que Deus dá ao crente é a Si mesmo na forma de Sua habitação do Espírito Santo.O Espírito, por sua vez, garante-nos que nós pertencemos ao Pai. "Abba" é um diminutivo da palavra aramaica para pai e poderia ser traduzido como "papai" ou "papa". Era um termo caloroso, íntimo carinhoso usado por crianças de seus pais. O Espírito Santo nos leva a uma relação pessoal, íntimo com nosso Pai celestial, a quem podemos abordar a qualquer momento e em qualquer circunstância, sabendo que Ele amorosamente nos ouve e cuida de nós. Porque nós somos todos filhos de Deus , podemos chegar com absoluta confiança diante de seus "trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna" (He 4:16).

Para todos vocês que foram batizados em Cristo , Paulo continua, se revestiram com Cristo. Embora o batismo na água é o ato externo de confissão pública de sua fé em Jesus Cristo, Paulo não está falando aqui de que o batismo. A Bíblia em nenhum lugar ensina a salvação pelo batismo físico, especialmente em Gálatas, onde a mensagem central é a salvação pela fé, além de absolutamente nada. Uma vez que está aqui a ser equacionada com vestido ... com Cristo , a frase batizados em Cristo não pode se referir a qualquer cerimônia de água em todos, mas sim para a identificação espiritual com e imersão em a vida de Cristo . É precisamente a imersão espiritual para a pessoa e obra de Cristo que Paulo explica em sua carta aos Romanos:

Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição. (6: 3-5)
Isso é um grande mistério que a mente humana não consegue entender. Mas, de alguma forma espiritualmente sobrenatural que transcende o tempo eo espaço, a pessoa que coloca sua confiança em Jesus Cristo foi crucificado, sepultado e ressuscitado com seu Salvador, batizados em Cristo . "Aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele" (1Co 6:17), de modo que quando o Pai olha para o crente pecador Ele vê Seu Filho sem pecado. A fé se apropria da união que o batismo simboliza.

Quando Gideon enfrentou as forças avassaladoras da midianitas, os amalequitas, "o Espírito do Senhor veio sobre" ele (Jz 6:34). "Veio sobre" significa literalmente "vestida", indicando que Gideon foi envolto, ou envolvido, com o Espírito Santo como um casaco divino de armadura. Esse é o conceito que Paulo usa aqui. O crente que se identifica com Jesus Cristo através da fé é divinamente vestido ...com Cristo. Essa é uma forma gráfica para descrever como a vida de Cristo, presença e natureza justa envolvem o crente.

Porque os crentes são filhos de Deus e têm o poder ea garantia do Seu Espírito que habita e estão envolvidos na vida de Cristo, eles devem trazer honra de seu nome pela maneira como eles vivem. Estarvestido ... com Cristo , eles devem viver como Cristo, "irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus acima de qualquer suspeita, no meio de uma geração corrompida e perversa, ...como astros no mundo" (Fm 1:2).

A definição mais simples de um cristão é uma pessoa que está vestida ... com Cristo. Os seguidores de Confúcio, Buda, ou Maomé nunca são disse a ser revestidos com aqueles homens cujos nomes eles carregam e cujos ensinamentos que eles seguem. Mas não há tal coisa como um cristão que não está vestida ... com Cristo. Seguindo os ensinamentos de Cristo é importante, mas que não pode salvar uma pessoa ou mantê-lo salvo. Ela só está sendo vestida ... com Cristo que fornece e preserva a salvação. Essa verdade é o coração do cristianismo e é a ênfase de Gálatas 3:26-29.

O que quer que o Senhor Jesus é e tem se torna o crente de. Porque Cristo tem o amor do Pai, assim também os crentes. Porque Cristo tem acesso total ao Pai, assim também os crentes. E porque Cristo tem todos os recursos do Pai, assim também os crentes.

One com outros cristãos

Não há judeu nem grego, não há escravo nem homem livre, não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. (03:28)

Paulo focada nas existentes, distinções bem definidas de sua sociedade, que arrancavam linhas nítidas e estabelecer altos muros de separação entre as pessoas. A essência dessas distinções foi a idéia de que algumas pessoas, ou seja, judeus, homens livres, e os homens, em geral, foram melhores do que, mais valioso do que, mais importante do que os outros. O evangelho destrói todo esse pensamento orgulhoso.A pessoa que se torna um com Cristo, também se torna um com todos os outros crentes. Não há distinções entre aqueles que pertencem a Cristo. Em assuntos espirituais, não deve ser feita nenhuma discriminação— racial, social, sexual ou judeu nem grego, ... escravo nem homem livre, ... homem nem mulher .

Não se trata, é claro, que entre os cristãos não existe tal coisa como judeus, gentios, um escravo, homem livre, homem ou mulher. Existem diferenças raciais, sociais e sexuais óbvias entre as pessoas. Paulo, no entanto, estava falando de diferenças espirituais diferenças em pé diante do Senhor, valor espiritual, privilégio e merecimento. Consequentemente, preconceito de raça, condição social, sexo ou qualquer outra dessas diferenças superficiais e temporários não tem lugar na comunhão da Igreja de Cristo. Todos os crentes, sem exceção, todos são um em Cristo Jesus. Todas as bênçãos espirituais, recursos e promessas são igualmente dado a todos os que crêem para a salvação (conforme Rm 10:12).

Foi só com grande dificuldade que Pedro finalmente aprendeu que não existem distinções raciais em Cristo ", que Deus não é um para mostrar parcialidade" entre judeu ou grego, "mas em cada nação, o homem que teme e faz o que é certo, é bem-vinda a Ele "(At 10:35). Entre os cinco profetas e mestres na igreja de Antioquia era "Simeon, que foi chamado Níger," o que significa preto (At 13:1, Jc 2:9). A unidade do Corpo de Cristo se concentra na vida espiritual comum e privilégio, como Paulo escreveu aos Efésios: ". Ser diligente para preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz Há um só corpo e um só Espírito, como também você foram chamados em uma só esperança da vossa vocação;. um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que está acima de tudo e por todos e em todos, mas para cada um de nós foi dada a graça conforme a medida de Cristo dom "(Ef. 4: 3-7).

Também não existem distinções espirituais de acordo com o sexo. Não há homem nem mulher . Ao reconhecer as fiéis como os iguais espirituais cheia de homens crentes, o cristianismo elevou as mulheres a um status que nunca tinha conhecido antes, no mundo antigo. Em matéria de regra em casa e na igreja Deus estabeleceu a liderança de homens. Mas na dimensão das possessões espirituais e privilégio não há absolutamente nenhuma diferença.

Herdeiros da Promessa

E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros conforme a promessa. (03:29)

O espiritual promessa da salvação eterna e bênção dada a Abraão pertence a todos aqueles que pertencem a Cristo . Eles são todos os herdeiros de acordo com que a promessa , que se cumpre em Cristo. Esta não é uma referência às promessas feitas a Abraão a respeito da terra (Gn 12:1; Gn 17:8), vai herdar as promessas espirituais dadas a Abraão. Nem toda a descendência física de Abraão vai receber as promessas de salvação (Rm. 9: 6-11), mas muitos que não são semente física de Abraão irá recebê-los por chegar a Deus pela fé, como ele fez, tornando-se assim o seu espiritual prole .

Aqueles que são filhos de Deus são "herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo" (Rm 8:17). A herança de Cristo pertence a "todos os que são santificados" (At 20:32), Seus colegas "herdeiros segundo a esperança da vida eterna" (Tt 3:7), a promessa de herdar o próprio Deus. "O Senhor é a porção da minha herança e do meu cálice, exultou Davi (Sl 16:5, Ap 21:7).

João Stott resume lucidamente seus comentários sobre esta passagem com as seguintes palavras: "Não podemos vir a Cristo para ser justificada até que tenhamos sido o primeiro a Moisés para ser condenado Mas uma vez que passaram a Moisés, e reconheceu o nosso pecado, culpa e condenação. , não devemos ficar lá Devemos deixar Moisés envie-nos a Cristo "(. A Mensagem de Gálatas [Londres: Inter-Varsity, 1968], p 102.).




Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Gálatas Capítulo 3 do versículo 1 até o 29

Gálatas 3

O dom da graça — Gl 3:1-9

Aqui Paulo usa outro argumento para mostrar que o que justifica o homem perante Deus é a confiança nele e não nas obras da Lei. Na Igreja primitiva os convertidos quase sempre recebiam o Espírito Santo de uma maneira perfeitamente visível e manifesta. Os primeiros capítulos de Atos mostram que este acontecimento se repetia (conforme Atos 8:14-17; At 10:44). Uma nova infusão de vida e poder, por todos contemplada, afluía a eles. Esta mesma experiência tinha sido vivida pelos Gálatas. Tinha acontecido — diz Paulo em forma irrefutável — não porque tivessem obedecido as prescrições da Lei, da qual nem sequer tinham ouvido então, mas sim porque tinham ouvido a boa notícia do amor de Deus e tinham respondido com um ato de perfeita confiança.

A maneira mais fácil de captar uma idéia é vê-la encarnada numa pessoa. Em certo sentido cada palavra importante deve fazer-se carne. Por isso Paulo, tão fervoroso como esclarecedor, remete-se agora a um homem que era a encarnação da fé. Este homem era Abraão. Deus fez a grande promessa a Abraão de que nele seriam benditas todas as famílias da Terra (Gn 12:3). Sua eleição particular deve-se a que foi do agrado de Deus. No que Abraão agradou a Deus de uma maneira tão particular? Não foi cumprindo as obras da Lei, pois naquela época a Lei não existia, mas sim tomando a Deus pela palavra, confiando inteiramente nEle, abandonando todas as coisas terrenas e entregando-se num grande ato de fé. Agora, a promessa de bênção era para todos tosse descendentes de Abraão. O judeu tinha fé nisto; sustentava que a mera descendência física de Abraão o colocava perante Deus num plano diferente com respeito a outros homens. Paulo mudou todo este raciocínio. Para ser descendente de Abraão não interessa a descendência de carne e sangue; o verdadeiro descendente é o que em qualquer época e geração faz o mesmo ato e a mesma aventura de fé. Por conseguinte, não são os que buscam méritos por meio da Lei os que herdam as promessas feitas a Abraão, mas sim os que em qualquer nação repetem o ato de fé em Deus de Abraão. Os Gálatas tinham começado com um ato de fé. Certamente, argúi Paulo, não têm que agora voltar atrás para voltar a cair no legalismo e perder sua herança.

Esta passagem é particularmente densa em palavras gregas que têm sua história, palavras que levavam consigo uma atmosfera e experiência próprias.
No versículo 1 Paulo fala do olho grande. Os gregos temiam muito o malefício feito por um olho grande. As cartas privadas costumam acabar com sentenças semelhantes a esta: "Acima de tudo rogo para que desfrute de boa saúde ileso do olho grande e sendo próspero " (Milligan, Selections from the Greek Papyri, N° 14). No mesmo versículo diz-se que Jesus Cristo está fixo diante deles sobre a cruz. O termo grego (prografein) era empregado quando se colocava um pôster. Em realidade um pai o usava para dizer que no futuro não seria mais responsável pelas dívidas de seu filho; também se aplicava à colocação do anúncio de uma venda em público leilão.

No versículo 3 Paulo refere-se a que tinham começado sua experiência no Espírito e a acabariam na carne. Os termos aqui usados são os normais em grego para começar e completar um sacrifício. O primeiro (enarguesthai) significa espalhar os grãos de cevada em cima e ao redor da vítima como primeiro ato do sacrifício. O segundo (epiteleisthai) usa-se para o cumprimento pleno do ritual de cada sacrifício. Recorrendo a estas duas palavras Paulo dá a entender que considera toda a vida cristã como um sacrifício a Deus.

O versículo 5 fala de Deus que dá generosamente aos Gálatas. A raiz desta palavra grega é coregia. Na Grécia antiga os dramaturgos de fama como Eurípides e Sófocles apresentavam seus obra por ocasião dos grandes festivais: todos os dramas gregos tinham um coro. Equipar e preparar um coro era muito custoso e os cidadãos que tinham espírito patriótico ofereciam generosamente resolver todos os gastos do coro. Mais adiante, em época de guerras os cidadãos patriotas livremente ofereciam suas contribuições ao Estado. Isto é o que se descreve com o termo coregia. Mais adiante ainda no grego dos papiros a palavra faz-se comum nos contratos matrimoniais para descrever o sustento que por amor, o marido oferecia à sua mulher. O termo sublinha pois a generosidade de Deus, uma generosidade que nasce do amor, e da qual o amor dos cidadãos por sua cidade e do homem por sua mulher são pálidas sugestões.

A MALDIÇAO DA LEI

Gálatas 3:10-14

Novamente a argumentação de Paulo quer levar a seus adversários a um beco sem saída. "Suponhamos", diz, "que vocês decidem seguir o procedimento de tratar de ganhar o favor de Deus ou sua aprovação mediante a aceitação da Lei e sua obediência e que desta maneira tentam entrar em boa relação com Deus, qual é então a conseqüência lógica e inevitável?" Em primeiro termo, o homem que age assim se manterá em pé ou cairá por sua própria decisão; se escolher a Lei tem que viver por meio da Lei. Em segundo termo, é impossível agir desta maneira: ninguém obteve nem obterá jamais a contínua observância, obediência e satisfação da Lei.

Em terceiro lugar, sendo isto assim estão sob maldição porque a mesma Escritura (Dt 27:26) diz que o homem que não observa toda a Lei é maldito. Por este caminho a maldição é o fim lógico e inevitável de tentar justificar-se perante Deus fazendo da Lei o princípio de vida. Mas a Escritura tem outra afirmação: "O justo por sua fé viverá" (Hc 2:4). Desta maneira o único caminho para uma correta relação com Deus e, portanto, o único caminho para conseguir a paz, é o da fé, o da aceitação, o da entrega.

Mas o princípio da Lei e o da fé são totalmente antitéticos; não se pode dirigir a vida por ambos ao mesmo tempo; terá que escolher; e em conseqüência a única escolha lógica é a de abandonar a via do legalismo e aventurar-se pela da fé tomando a Deus pela palavra e confiando em seu amor.

E como podemos saber que tudo isto é assim? O último fiador de sua verdade é Jesus Cristo; e para nos trazer essa verdade morreu na cruz. Agora, a Escritura diz que todo homem que é pendurado num madeiro, é maldito (Dt 21:23); e para nos libertar desta maldição da Lei Jesus mesmo se fez maldição. Desta maneira nos manifestou o amor de Deus.

Até em seus maiores compromissos — e aqui sente o peso dos mesmos — Paulo mantém sempre nítido em sua mente e coração um fato simples mas tremendo: o custo do evangelho cristão. Jamais esquecerá que a paz, a liberdade, a relação de justiça com Deus que possuímos custaram a vida e a morte de Jesus Cristo, porque como teriam chegado os homens a saber alguma vez de que maneira é Deus se Jesus não tivesse morrido para lhes dizer que Deus os ama assim?

A ALIANÇA INALTERÁVEL

Gálatas 3:15-18

Quando lemos uma passagem semelhante a esta e a que vem a seguir devemos lembrar que Paulo era um acostumado rabino, um perito nos métodos escolásticos das academias rabínicas. Podia usar e de fato usava seus métodos de argumentação, conclusivos e convincentes para os judeus, ainda que para nós sejam difíceis de seguir e entender. Paulo quer demonstrar a superioridade do caminho da graça sobre o caminho da Lei. Começa mostrando que o caminho da graça é mais antigo que o da Lei. Quando Abraão teve feito sua aventura de fé recebeu de Deus sua grande promessa. Isto significa que a promessa de Deus foi conseqüente a um ato de fé; a base da aliança entre Deus e Abraão foi a fé. A Lei, pelo contrário, não veio até a época de Moisés, quatrocentos e trinta anos mais tarde.
Mas — continua Paulo — quando uma aliança, um acordo ou um testamento se assentam e ratificam devidamente, já não pode dar-se alguma alteração nem o agregado de cláusulas adicionais ou codicilos; deve permanecer inalterável. Por esta razão a Lei posterior não pode alterar o primitivo caminho de fé. Foi a fé a que justificou a Abraão perante Deus; a Lei não pode mudar este fato. A fé segue sendo ainda o único caminho para que o homem entre em correta relação com Deus.
Os rabinos eram afeiçoados a usar argumentos que dependiam do significado, uso e interpretação de cada palavra. Construíam toda uma teologia sobre uma só palavra. É o que faz Paulo ao tomar uma só palavra da história de Abraão para erigir sobre ela toda uma argumentação.

O apóstolo retrocede à antiga promessa feita a Abraão em Gênesis 17:7-8. Aqui Deus disse a Abraão: “Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência'". Para maior clareza substituamos a palavra descendência por semente que é a que usa Paulo. O argumento de Paulo está em que a palavra semente se usa no singular, e não no plural, e que, portanto, a promessa de Deus não se referia a uma grande massa de povo, mas sim a um indivíduo em particular. E — prossegue o argumento de Paulo — a única pessoa em quem a aliança encontra sua consumação é Jesus Cristo. Portanto, o caminho da paz e da correta relação com Deus é o da fé que Abraão tinha empreendido, o caminho no qual recebeu a promessa de Deus; e isto mesmo devemos repeti-lo voltando o olhar a Jesus Cristo com uma fé perfeita.

Paulo volta sempre de novo ao mesmo ponto. Todo o problema da vida humana está em chegar a uma relação justa com Deus. Enquanto estejamos dominados pelo medo a Deus e Deus seja o estranho implacável, não pode haver paz na vida. Como podemos levar a cabo esta correta relação? Tentando obtê-la mediante uma meticulosa e mortificante obediência à Lei? Mediante a realização sem trégua de obras? Mediante a observância da mais mínima prescrição da Lei?

Por este caminho sempre estaremos em falta, porque a imperfeição do homem jamais pode cumprir satisfatoriamente a perfeição de Deus; a vida é uma permanente frustração; tentamos continuamente subir a uma montanha cujo topo jamais aparece, continuamente sob condenação. Mas se abandonarmos simplesmente esta luta desesperançada e nos entregamos a Deus com nosso pecado, então sua graça nos abre os braços e ficamos em paz com um Deus que já não é juiz, mas sim Pai. Toda a argumentação de Paulo é que isso foi o que aconteceu com Abraão; sobre esta base Deus realizou sua aliança com ele. E nada do que aconteceu depois pôde nem pode mudar essa aliança assim como nada pode alterar um testamento já ratificado e selado.

ENCERRADOS NO PECADO

Gálatas 3:19-22

Estas é um das passagens mais difíceis escritas por Paulo. É tão difícil que existem quase trezentas interpretações diferentes! Comecemos

lembrando que Paulo ainda tenta demonstrar a superioridade do caminho da graça e da fé sobre o da Lei.

Sobre a Lei se destacam três pontos.

  • Para que foi então a Lei? Foi introduzida, como Paulo aponta, por causa das transgressões. A afirmação significa — num pensamento favorito de Paulo — que onde não há Lei tampouco há pecado. Não se pode quebrantar uma lei que não existe. Antes que o homem seja estigmatizado como pecador deve ter conhecido a Lei. Não pode ser condenado por agir mal enquanto desconheça que o que faz é mau. Portanto a função da Lei é a de definir o pecado. A Lei pode definir o pecado e de fato o faz mas é incapaz de remediá-lo. Vê-se ao mesmo tempo a força e a fraqueza da Lei. Seu força está em que define o pecado; sua fraqueza em que nada pode fazer por remediá-lo. É como um médico perito em diagnóstico mas incapaz de remediar o mal que diagnostica.
  • A Lei não foi dada diretamente por Deus. No antigo relato de Ex 20:1; He 2:2). Paulo se vale aqui das idéias rabínicas de sua época. A Lei, pois, está duplamente separada de Deus. Foi dada primeiro aos anjos e logo a um mediador: Moisés. Comparado com a promessa, que foi dada por Deus de uma maneira absolutamente direta, a Lei é de segunda mão porque se recebeu por intermediários.
  • Agora chegamos a esta expressão extraordinariamente difícil: “Ora, o mediador não é de um, mas Deus é um.” Qual é aqui o pensamento de Paulo? Um acordo baseado sobre a lei implica sempre duas pessoas. Há aquele que o dá e aquele que o aceita. O acordo depende da ação dos dois. Se aquele que receber as condições as quebranta, provoca o desmoronamento de todo o acordo. Todo acordo legal depende das duas partes que participam do mesmo. Esta é a posição daqueles que põem sua confiança numa lei estipulada. Quebrantada a lei todo o acordo fica anulado. Mas uma promessa depende só de uma pessoa; faz-se a promessa e ninguém mais pode quebrantá-la ou mudá-la. Agora, o caminho da graça depende inteiramente de Deus: trata-se de sua promessa, de sua graça, de seu amor. Ninguém pode mudar isto. Poderá o homem pecar, desencaminhar-se, mas o amor e a graça de Deus permanecem inalteráveis. Para Paulo a fraqueza da Lei estava em sua dependência de duas pessoas: não somente do legislador mas também de que o homem a guardasse e o homem a tinha quebrantado. A graça, pelo contrário, depende inteiramente de Deus; nada do que o homem faça pode anulá-la. Com toda segurança, e mais além de toda argumentação, é melhor depender da graça de um Deus que não muda que dos esforços condenados ao fracasso de homens impotentes.
  • Logo a Lei está em absoluta contraposição à graça? Se Paulo seguisse a lógica diria "sim", mas de fato responde "não". Afirma que a Escritura encerrou tudo sob o pecado. Seu pensamento se remonta a Dt 27:26 onde diz-se que todo aquele que não age de acordo com as palavras da Lei cai sob maldição. Agora, de fato trata-se de todos porque ninguém jamais observou nem poderá observar perfeitamente a Lei. Qual é, então, a conseqüência da Lei? A Lei tem a simples conseqüência de conduzir a todos a buscar a graça, porque põe em evidência a impotência do homem. Este é um pensamento que Paulo desenvolve no capítulo seguinte. Aqui só o sugere ou insinua. O grande valor da Lei e seu lugar supremo era o de conduzir o homem à graça no mesmo momento em que descobria sua incapacidade para satisfazê-la. Que alguém se esforce para obter uma relação correta com Deus pelo caminho da Lei, e cairá na conta de sua impotência e descobrirá que tudo o que pode fazer é aceitar a maravilha da graça que Jesus Cristo veio a anunciar.
  • O ADVENTO DA FÉ

    Gálatas 3:23-29

    Nesta passagem Paulo ainda está pensando no papel essencial que desempenhava a Lei no plano e na economia divinos. No serviço doméstico no mundo grego existia o chamado paidagogos. Não era o professor. Ordinariamente tratava-se de um escravo velho e de confiança de qualidades relevantes que tinha vivido muitos anos na família. Estava a seu cargo o bem-estar moral do menino. Tinha a obrigação de cuidar para não cair nas tentações ou perigos da vida e que adquirisse as qualidades essenciais do homem. Entre seus deveres existia um particular: levar a menino à escola e trazê-lo diariamente. Nada tinha que ver com o ensino em si; sua obrigação era levá-lo são e salvo à escola para entregá-lo a seu professor. A isto se parecia, dizia Paulo, a função da Lei. A Lei estava para conduzir o homem a Cristo; ela não podia colocá-lo em sua presença mas tinha a capacidade de colocá-lo numa posição da qual o mesmo homem pudesse entrar. A função da Lei era levar a homem a Cristo demonstrando que ele, por si mesmo, era absolutamente incapaz de observar a Lei. Esse mesmo sentido de fracasso e incapacidade o conduzia a Cristo. Mas depois que a pessoa chegava a Cristo já não necessitava mais da Lei, porque já não dependia dela, mas sim da graça.

    "Porque todos quantos fostes batizados em Cristo", diz Paulo, "de Cristo vos revestistes." Aqui podemos notar duas vívidas figuras. O batismo era um costume ritual judaico. Se alguém queria aceitar a fé judaica devia cumprir três requisitos. Devia ser circuncidado, oferecer sacrifícios e ser batizado. A bacia de bronze cerimonial para limpar a contaminação era muito comum nas práticas judaicas (conforme Levítico, capítulos 11:15). Os detalhes do batismo judeu eram os seguintes: o homem que ia ser batizado cortava o cabelo e as unhas e se despia completamente; o banho batismal devia conter 40 seaks, quer dizer quase uns quinhentos litros de água. A água devia tocar todas as partes do corpo. O batizando fazia profissão de sua fé diante de três homens chamados pais do batismo. Enquanto estava ainda na água era-lhe lida parte da Lei, era-lhe dirigido palavras de exortação e se pronunciavam bênçãos em seu favor. Ao sair da água já era membro da fé judia. Entrava na fé judia por meio do batismo; era batizado nessa fé.

    Por meio do batismo cristão o homem entrava em Cristo. Os cristãos primitivos consideravam o batismo como algo que verdadeira e realmente produzia a união com Cristo. É obvio deve-se notar que numa situação de missão, onde os homens provinham diretamente do paganismo, o batismo era em grande parte para adultos e estes necessariamente teriam uma experiência que os meninos não tinham. Agora, com o mesmo realismo com que o convertido judeu se unia à fé judia e era recebido na mesma, o cristão convertido se unia a Cristo entrando no batismo (conforme Rm 6:3 ss.: Cl 2:12). O batismo não era uma mera forma exterior ou cerimônia, era uma união real com Cristo. Paulo continua dizendo que eles se revestiram de Cristo. Possivelmente aqui se faça referência a um costume que com segurança existiu mais tarde. O candidato ao batismo era revestido com vestes totalmente brancas, simbólicas da nova vida a que entrava. No momento em que o iniciado se revestia desta nova vestimenta, revestia-se de Cristo; sua vida estava revestida de Cristo.

    De tudo isto resulta que na 1greja não há diferença alguma entre seus membros; todos chegaram a ser igualmente filhos de Deus. No versículo 28 Paulo diz que ficou anulada toda diferença entre judeu e grego, entre escravo e livre, entre varão e mulher. Aqui encontramos algo que é de sumo interesse. Na forma judia da oração matutina — que Paulo teria usado durante toda sua época pré-cristã — há uma ação de graças em que o judeu agradece a Deus o seguinte: "Você não me fez pagão, escravo ou mulher." Paulo faz uso desta prece dando o sentido contrário. As antigas diferenças ficaram abolidas; em vez da desunião há unidade; em vez da separação há comunhão; todos são um em Cristo.

    Já vimos (versículo
    16) que Paulo interpreta a promessa feita a Abraão como cumprida especialmente em Cristo; e se formos um com Cristo, herdamos também as promessas e este grande privilégio cabe a nós, porém não pela observância legalista da Lei mas por um ato de fé na graça livre e generosa de Deus.

    Há uma só coisa que pode anular as discriminações sempre crescentes, diferenças e separações que se dão entre os homens. Quando todos sejam devedores da graça divina e quando todos estejam em Cristo, então, e somente então, todos serão um. Não é a força do homem, mas sim a força de Deus a única capaz de unir o mundo desunido.


    Dicionário

    Dada

    adjetivo Que se ofereceu; que foi ofertado; gratuito.
    Que se comunica com facilidade; muito sociável; comunicativo: pessoa dada.
    Que tem propensão para; inclinado: dado aos vícios.
    Que realiza por hábito, afeição: dado ao cinema.
    Que se combinou por antecipação; combinado: dada situação.
    pronome indefinido Que é determinado: em um dado momento, todos foram embora.
    Etimologia (origem da palavra dada). Feminino de dado.
    adjetivo Que diz respeito ao movimento dadá (movimento artístico niilista); dadaísta.
    substantivo masculino e feminino Pessoa que faz parte desse movimento.
    Etimologia (origem da palavra dada). Forma derivada de dadaísta.
    substantivo feminino Enfermidade atribuída, pela crendice popular, ao mau-olhado; quebranto.
    [Medicina] Tumor que ataca as mamas de mulheres que amamentam.
    Veterinária. Abesesso no úbere das vacas.
    Antigo Ato ou efeito de dar; dádiva.
    Etimologia (origem da palavra dada). Do latim data; de datus, a, um.

    hebraico: inclinado

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    E

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    Fossar

    verbo transitivo Revolver a terra com a tromba.
    Figurado Meter o nariz em negócios alheios; bisbilhotar.

    Justiça

    Cumprimento das exigências de um relacionamento correto com ele, apagando a culpa deles e lhes creditando justiça (Rm 3:21-22), ajudando-os assim a dedicar-se em prol daquilo que ele declara justo (Rm 6:11-13).

    Justiça
    1) Atributo pelo qual, ao tratar com as pessoas, Deus age de acordo com as normas e exigências da perfeição de sua própria natureza (Sl 119:142). Por isso Deus castiga tanto os incrédulos (Dt 33:21); (Sl 96:13) como o seu próprio povo (Sl 50:5-7); (Is 28:17) e, com imparcialidade, socorre os necessitados (Dt 10:17-18); (Sl 72:2)

    2) Ato pelo qual Deus, em sua graça e em conformidade com a sua ALIANÇA, selada com o sofrimento, morte e ressurreição de Cristo, perdoa as pessoas fracas, perdidas e sem justiça própria, aceitando-as através da fé (Rm 3:21-26); (1Co 1:30); (2Co 5:21). 3 Qualidade que leva os cristãos a agirem corretamente, de acordo com os mandamentos de Deus (Mq 6:8); (Rom 6:13,19); Ef

    Justiça Nos evangelhos, o termo se reveste de vários significados:

    1. A ação salvadora de Deus (Mt 3:15; 21,32), que se manifesta gratuita e imerecidamente (Mt 20ss.).

    2. A justificação que Deus faz do pecador, em virtude da fé em Jesus (Mt

    9,13; Mc 2:17; Lc 5:32).

    3. O comportamento justo de uma pessoa (Mt 6:1ss.), que não deve ter finalidades exibicionistas, que caracteriza os seguidores de Jesus (Mt 6:33) e é fruto do arrependimento. Tal como a praticam certos religiosos — como os escribas e fariseus — é insuficiente para se entrar no Reino dos Céus (Mt 5:20).

    Ela parte realmente não do desejo de se ganhar a salvação pelos próprios méritos, mas da gratuidade porque nós já a recebemos.

    K. Barth, o. c.; J. Driver, Militantes...; C. Vidal Manzanares, De Pentecostés...


    substantivo feminino Particularidade daquilo que se encontra em correspondência (de acordo) com o que é justo; modo de entender e/ou de julgar aquilo que é correto.
    O ato de reconhecer o mérito de (algo ou de alguém): a polícia vai fazer justiça neste caso.
    Reunião dos organismos que compõem o poder judiciário.
    Conjunto de indivíduos que fazem parte da prática da justiça: a justiça precisa buscar melhores condições de trabalho.
    Cada uma das seções responsáveis pela administração da justiça; alçada, foro ou instância: Justiça Eleitoral.
    Etimologia (origem da palavra justiça). Do latim justitia.ae.

    A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais. [...] o critério da verdadeira justiça está em querer cada um para os outros o que para si mesmo quereria e não em querer para si o que quereria para os outros, o que absolutamente não é a mesma coisa. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 875 e 876

    Educado, o sentimento de justiça será o sentimento salvador do indivíduo. Sentimento superior por excelência, no ser humano, ele sobrepuja a todos os outros e, por ser o que se apresenta com maior energia para a ação do indivíduo, é que na justiça procuram apoiar-se todas as injustiças que se cometem.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

    J J [...] é o santo nome e a senha que desde o princípio dos tempos vêm escritos em todos os espaços e até na mais diminuta criação do Altíssimo. [...] é a Lei Suprema da Criação, sem que deixe de ser, do mesmo modo, o amor, formando com a justiça um todo perfeito.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] A justiça é, acima de tudo, amor que corrige e sabedoria que educa.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

    [...] É a força harmônica, uma coordenação funcional, adequada da sociedade.
    Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -

    A verdadeira justiça não é a que pune por punir; é a que castiga para melhorar. Tal a justiça de Deus, que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva. Por o terem compreendido assim, foi que os nossos jurisconsultos chegaram a formular estes magníficos axiomas: É imoral toda pena que exceda a gravidade do delito. – É imoral toda pena que transpira vingança, com exclusão da caridade. – É imoral a pena quando, por sua natureza, não tende a fazer que o culpado se emende.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 17a efusão

    [...] o sentimento de justiça [...] é [...] o pensamento correto refletindo a eqüidade e a misericórdia que fluem de Cima.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 44

    Na definição da Doutrina Espírita, a justiça consiste em respeitar cada um os direitos dos demais. Não somente os direitos consagrados nas legislações humanas, mas todos os direitos natu rais compreendidos no sentido amplo de justiça.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    [...] é fundamento do Universo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 17

    [...] a justiça é sempre a harmonia perfeita.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] a justiça, por mais dura e terrível, é sempre a resposta da Lei às nossas próprias obras [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jornada acima

    A justiça é uma árvore estéril se não pode produzir frutos de amor para a vida eterna.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

    [...] a justiça esclarecida é sempre um credor generoso, que somente reclama pagamento depois de observar o devedor em condições de resgatar os antigos débitos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    Todos nós precisamos da justiça, porque a justiça é a lei, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a iniqüidade é capaz de premiar o banditismo, em nome do poder. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    Justiça Divina [...] a Justiça de Deus [...] é a própria perfeição.
    Referencia: Ó, Fernando do• Almas que voltam• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Epíl•

    [...] A Justiça do Pai é equânime e ninguém fica impune ou marginalizado diante de suas leis, mas, ela é, sobretudo, feita de amor e misericórdia, possibilitando ao faltoso renovadas ensanchas de redenção [...].
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 11


    Lei

    Lei Ver Torá.

    substantivo feminino Regra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei.
    [Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei.
    [Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei.
    [Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos.
    Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez.
    Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor.
    expressão Lei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação.
    Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra.
    Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas.
    Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal.
    Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade.
    Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional.
    Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".

    Lei
    1) Vontade de Deus revelada aos seres humanos em palavras, julgamentos, preceitos, atos, etc. (Ex 16:28); (Sl 119:2)

    2) PENTATEUCO (Lc 24:44). 3 O AT (Jo 10:34); 12.34).

    4) Os DEZ MANDAMENTOS (Ex 20:2-17); (Dt 5:6-21), que são o resumo da vontade de Deus para o ser humano. Cumprindo a lei, os israelitas mostravam sua fé em Deus. Jesus respeitou e cumpriu a lei e mostrou seu significado profundo (Mt 5:17-48). Ele resumiu toda a lei no amor a Deus e ao próximo (Mt 22:37-39). A lei mostra a maldade do ser humano, mas não lhe pode dar a vitória sobre o pecado (Rom 3—7). Assim, o propósito da lei é preparar o caminho para o evangelho (Gal

    [...] a lei é o amor, que há de continuamente crescer, até que vos tenha levado ao trono eterno do Pai. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] A lei é uma força viva que se identifica conosco e vai acompanhando o surto de evolução que ela mesma imprime em nosso espírito. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão

    A lei é a consciência do delito. [...]A lei [...] é um freio para coibir o mal.[...] A lei personifica a justiça [...].
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Três grandes símbolos

    A lei é conjunto eterno / De deveres fraternais: / Os anjos cuidam dos homens, / Os homens dos animais.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Os animais


    A palavra Torah, traduzida por lei, significa propriamente uma direção, que era primitivamente ritual. Usa-se o termo, nas Escrituras, em diversas acepções, segundo o fim e conexão da passagem em que ele ocorre. Por exemplo, algumas vezes designa a revelada vontade de Deus (Sl 1:2 – 19.7 – 119 – is 8:20 – 42.12 Jr 31:33). Também significa a instituição mosaica, como distinta do Evangelho (Mt 11:13 – 12.5 – Jo 1:17At 25:8), e por isso freqüentes vezes se considera a lei de Moisés como sendo a religião dos judeus (Mt 5:17Hb 9:19 – 10.28). outras vezes, num sentido mais restrito, significa as observâncias rituais ou cerimoniais da religião judaica (Ef 2:15Hb 10:1). É neste ponto de vista que o apóstolo S. Paulo afirma que ‘ninguém será justificado diante dele por obras da lei’ (Rm 3:20). A ‘lei gravada nos seus corações’, que Paulo menciona em Rm 2:15, é o juízo do que é mau e do que é justo, e que na consciência de cada homem Deus implantou. (*veja Justificação.) o princípio predominante da lei era a teocracia. o próprio Senhor era considerado como Rei – as leis foram por Ele dadas – o tabernáculo (e depois o templo) era considerado como Sua habitação – ali houve visíveis manifestações da Sua glória – ali revelou a Sua vontade – era ali oferecido o pão todos os sábados – ali recebeu os Seus ministros, e exerceu funções de Soberano. Com Deus tinham relação a paz e a guerra, questões estas determinadas sob todos os governos pela suprema autoridade (Dt 1:41-42Js 10:40Jz 1:1-2 – 1 Rs 12.24). A idolatria era uma traição. Por conseqüência, em relação aos judeus, era Jeová ao mesmo tempo Deus e Rei. (*veja Rei.) A teocracia tinha as suas externas manifestações. Deste modo, o tabernáculo, onde se realizou o culto público desde o Êxodo até ao reinado de Salomão, era não só o templo de Deus, mas também o palácio do Rei invisível. Era a ‘Sua santa habitação’ – era o lugar em que encontrava o Seu povo e com ele tinha comunhão, sendo portanto ‘o tabernáculo da congregação’. (*veja Tabernáculo.) Depois do tabernáculo veio o templo, harmonizando-se a suntuosidade do edifício e os seus serviços com as determinações divinas, e com o aumentado poder da nação.(*veja Templo.) Mas o Senhor, como Rei, não só tinha o Seu palácio, mas também tinha os Seus ministros e funcionários do Estado. Sacerdotes e levitas eram apartados para o Seu serviço. (*veja Sacerdote, Levitas.) Este governo de Deus era reconhecido por meio dos sacrifícios de várias espécies, realizados sob condições cuidadosamente definidas, exprimindo a propiciação, consagração e comunhão. (*veja Sacrifício.) os direitos divinos eram ainda reconhecidos por meio de certas festividades, que na sua variedade eram o sábado de todas as semanas, as três grandes festas anuais, o ano sabático, e além disso o jubileu, tudo isto levado a efeito com os seus fins espirituais e morais (*veja Festa (Dias de) Sabático (ano), Jubileu.) As especificadas determinações promulgadas em nome de Deus alcançavam plenamente a vida individual e nacional, mas não foi tudo decretado de uma só vez e num só lugar. Houve ordenações feitas no Egito (Êx 12:13) – no Sinai (Êx 19:20) – em Parã (Nm 15:1) – e nas planícies de Moabe (Dt 1:5). As enunciações vinham por vezes do tabernáculo (Lv 1:1). Que as prescrições da Lei tinham caído em desuso, pode provar-se não só pela decadência da religião e da moral no tempo dos reis, porém mais particularmente pela descoberta, no 18? ano do rei Josias, do ‘livro da Lei na casa do Senhor’ (2 Rs 22.8), e pelas reformas que se seguiram. (*veja Deuteronômio.) o sumário das ordenações desta Lei formava para toda a nação um código que, embora rigoroso, era salutar (Ne 9:13Ez 20:11Rm 7:12), e além disso agradável a uma mentalidade reta (Sl 119:97-100). As instituições cerimoniais, por exemplo, estavam maravilhosamente adaptadas às necessidades, tanto espirituais como materiais, de um povo nas condições do israelita. Porquanto
    (1). eram, até certo ponto, regulamentos sanitários. E era isto um dos fins daquelas disposições, referentes às várias purificações, à separação dos leprosos, e à distinção de alimentos, etc.
    (2). Serviam para perpetuar entre os israelitas o conhecimento do verdadeiro Deus, para manter a reverência pelas coisas santas, para a manifestação de sentimentos religiosos na vida de todos os dias, e em todas as relações sociais. Dum modo particular eram as festas sagradas fatores de valor para a consecução destes fins.
    (3). Tinham, além disso, o efeito de evitar que os israelitas se tornassem estreitamente relacionados com as nações circunvizinhas (Ef 2:14-17). E assim deviam tantas vezes ter guardado o povo israelita da idolatria e corrupção, que campeavam em todo o mundo: deste modo conservou-se a nação inteiramente distinta dos outros povos, até que veio o tempo em que esta barreira já não era necessária.
    (4). Estas observâncias tinham outros usos na sua simbólica significação. Em conformidade com o estado moral e intelectual do povo que não tinha ainda capacidade para prontamente alcançar as verdades divinas, eram as coisas espirituais representadas por objetos exteriores e visíveis. E assim, as idéias de pureza moral e de santidade divina eram comunicadas e alimentadas pelas repetidas abluções das pessoas e moradas – pela escolha de animais limpos para o sacrifício – pela perfeição sem mácula, que se requeria nas vítimas oferecidas – e pela limitação das funções sacerdotais a uma classe de homens que eram especialmente consagrados a estes deveres, e que se preparavam com repetidas purificações. Além disso, pela morte da vítima expiatória, para a qual o pecador tinha simbolicamente transferido os seus pecados pondo as mãos sobre a cabeça do animal e oferecendo a Deus o sangue que representava a vida, ensinava-se a importante verdade de que o pecado merecia um castigo extremo, que somente podia ser desviado sacrificando-se outro ser em substituição. E desta maneira, por meio de símbolos impressivos, lembravam-se constantemente os piedosos israelitas da justiça e santidade da violada Lei, da sua própria culpa, e de quanto necessitavam da misericórdia divina – e quando eram efe

    substantivo feminino Regra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei.
    [Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei.
    [Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei.
    [Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos.
    Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez.
    Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor.
    expressão Lei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação.
    Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra.
    Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas.
    Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal.
    Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade.
    Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional.
    Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".

    Sorte

    sorte s. f. 1. Fado, destino. 2. Acaso, risco. 3. Quinhão que tocou em partilha. 4. Estado de alguém em relação à riqueza. 5. Bilhete ou outra coisa premiada em loteria. 6. Fig. Desgraça. 7. Lote de tecidos.

    substantivo feminino Força invencível e inexplicável da qual derivam todos os acontecimentos da vida; destino, fado, fatalidade: queixar-se da sorte.
    Circunstância feliz; fortuna, dita, ventura, felicidade: teve a sorte de sair ileso.
    Acaso favorável; coincidência boa: não morreu por sorte.
    Solução de um problema e situação que está condicionada ao acaso.
    Maneira de decidir qualquer coisa por acaso; sorteio: muitos magistrados de Atenas eram escolhidos por sorte.
    Práticas que consistem em palavras, gestos etc., com a intenção de fazer malefícios: a sorte operou de modo fulminante.
    Figurado Condição de desgraça; infelicidade persistente; azar.
    Modo próprio; modo, jeito, maneira.
    Condição da vida, da existência.
    Maneira através da qual alguém alcança algo; termo.
    Qualquer classe, gênero, espécie, qualidade: toda sorte de animais.
    Bilhete ou senha com a declaração do prêmio que se ganhou em jogo de azar; o sorteio em que esse bilhete é atribuído.
    Porção, quinhão que toca por sorteio ou partilha.
    expressão Sorte grande. O maior prêmio da loteria.
    A sorte está lançada. A decisão foi tomada.
    locução conjuntiva De sorte que. De maneira que, de modo que, de tal forma que.
    locução adverbial Desta sorte. Assim, deste modo.
    Etimologia (origem da palavra sorte). Do latim sors, sortis “sorte”.

    Verdade

    substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.
    Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
    Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
    Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
    Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
    [Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
    Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.

    Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628

    [...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux

    O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade

    [...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3

    [...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17

    [...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    [...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    [...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

    [...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

    A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

    Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

    [...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças

    [...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    [...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    A verdade é a essência espiritual da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193

    Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21


    Verdade
    1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).


    2) Fidelidade (Gn 24:27; Sl 25:10).


    3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).


    4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).


    Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).

    Vivificar

    verbo transitivo direto Dar vida a; fazer existir; animar: a energia vivifica o universo.
    Manter o vigor, a vida; estimular: a inteligência vivifica a existência.
    Tornar fértil, produtivo; fertilizar: boas políticas vivificam a economia.
    Tornar a viver; reanimar: vivificar terrenos.
    verbo transitivo direto e pronominal Passar a ter vigor; animar-se: novos professores vivificaram a escola; com as melhorias, a escola se vivificou.
    verbo intransitivo Ser estimulante: a felicidade vivifica.
    Etimologia (origem da palavra vivificar). Do latim vivificare.

    Dar vida; reviver.

    Vivificar
    1) Dar novas forças (Sl 85:6).


    2) Dar vida (2Co 3:6).


    3) Ressuscitar (Rm 4:17).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gálatas 3: 21 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Logo, é a Lei contra as promessas de Deus? Nunca seja assim! Porque, se foi dada uma lei, a qual estaria podendo vivificar, então verdadeiramente proveniente- de- dentro- da lei tinha sido a justiça.
    Gálatas 3: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    54 d.C.
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1325
    dídōmi
    δίδωμι
    bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
    (baths)
    Substantivo
    G1343
    dikaiosýnē
    δικαιοσύνη
    justiça
    (righteousness)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G1410
    dýnamai
    δύναμαι
    sétimo filho de Jacó através de Zilpa, serva de Lia, e irmão legítimo de Aser
    (Gad)
    Substantivo
    G1487
    ei
    εἰ
    se
    (If)
    Conjunção
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G1860
    epangelía
    ἐπαγγελία
    promessa
    (promise)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G2227
    zōopoiéō
    ζωοποιέω
    produzir vida, gerar ou dar à luz a uma nova vida
    (gives life)
    Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2596
    katá
    κατά
    treinar, dedicar, inaugurar
    (do dedicated)
    Verbo
    G302
    án
    ἄν
    um conselheiro de Davi, avô de Bate-Seba (cf 2Sm 11.3; 23.34), que uniu-se a Absalão
    (the for Ahithophel)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3551
    nómos
    νόμος
    lei
    (law)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3689
    óntōs
    ὄντως
    lombos, flanco
    (the flanks)
    Substantivo
    G3767
    oûn
    οὖν
    portanto / por isso
    (therefore)
    Conjunção


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    δίδωμι


    (G1325)
    dídōmi (did'-o-mee)

    1325 διδωμι didomi

    forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

    1. dar
    2. dar algo a alguém
      1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
        1. dar um presente
      2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
      3. suprir, fornecer as coisas necessárias
      4. dar, entregar
        1. estender, oferecer, apresentar
        2. de um escrito
        3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
          1. algo para ser administrado
          2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
      5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
      6. fornecer, doar
    3. dar
      1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
        1. dar, distribuir com abundância
      2. designar para um ofício
      3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
      4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
        1. como um objeto do seu cuidado salvador
        2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
        3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
        4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
    4. conceder ou permitir a alguém
      1. comissionar

    Sinônimos ver verbete 5836


    δικαιοσύνη


    (G1343)
    dikaiosýnē (dik-ah-yos-oo'-nay)

    1343 δικαιοσυνη dikaiosune

    de 1342; TDNT - 2:192,168; n f

    1. num sentido amplo: estado daquele que é como deve ser, justiça, condição aceitável para Deus
      1. doutrina que trata do modo pelo qual o homem pode alcançar um estado aprovado por Deus
      2. integridade; virtude; pureza de vida; justiça; pensamento, sentimento e ação corretos
    2. num sentido restrito, justiça ou virtude que dá a cada um o que lhe é devido

    δύναμαι


    (G1410)
    dýnamai (doo'-nam-ahee)

    1410 δυναμαι dunamai

    de afinidade incerta; TDNT - 2:284,186; v

    1. ser capaz, ter poder quer pela virtude da habilidade e recursos próprios de alguém, ou de um estado de mente, ou através de circunstâncias favoráveis, ou pela permissão de lei ou costume
    2. ser apto para fazer alguma coisa
    3. ser competente, forte e poderoso

    εἰ


    (G1487)
    ei (i)

    1487 ει ei

    partícula primária de condicionalidade; conj

    1. se

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    ἐπαγγελία


    (G1860)
    epangelía (ep-ang-el-ee'-ah)

    1860 επαγγελια epaggelia

    de 1861; TDNT - 2:576,240; n f

    1. proclamação, anúncio
    2. promessa
      1. o ato de prometer, uma promessa dada ou para ser dada
      2. bem ou bênção prometida

    ζωοποιέω


    (G2227)
    zōopoiéō (dzo-op-oy-eh'-o)

    2227 ζωοποιεω zoopoieo

    do mesmo que 2226 e 4160; TDNT - 2:874,290; v

    1. produzir vida, gerar ou dar à luz a uma nova vida
    2. fazer viver, tornar vivo, dar a vida
      1. pelo poder espiritual, despertar e revigorar
      2. restaurar à vida
      3. dar crescimento à vida: neste caso, a vida física
      4. do espírito, vivo no que se refere ao espírito, revestido com novos e maiores poderes de vida

        metáf., de sementes mostrando sinais de vida, i.e. germinação, brotação, crescimento


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    κατά


    (G2596)
    katá (kat-ah')

    2596 κατα kata

    partícula primária; prep

    abaixo de, por toda parte

    de acordo com, com respeito a, ao longo de


    ἄν


    (G302)
    án (an)

    302 αν an

    uma partícula primária; partícula

    1. não tem um equivalente exato em Português

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)

    νόμος


    (G3551)
    nómos (nom'-os)

    3551 νομος nomos

    da palavra primária nemo (parcelar, especialmente comida ou pasto para animais); TDNT - 4:1022,646; n m

    1. qualquer coisa estabelecida, qualquer coisa recebida pelo uso, costume, lei, comando
      1. de qualquer lei
        1. uma lei ou regra que produz um estado aprovado por Deus
          1. pela observância do que é aprovado por Deus
        2. um preceito ou injunção
        3. a regra de ação prescrita pela razão
      2. da lei mosaica, e referindo-se, de acordo ao contexto, ao volume da lei ou ao seu conteúdo
      3. a religião cristã: a lei que exige fé, a instrução moral dada por Cristo, esp. o preceito a respeito do amor
      4. o nome da parte mais importante (o Pentateuco), é usado para a coleção completa dos livros sagrados do AT

    Sinônimos ver verbete 5918



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὄντως


    (G3689)
    óntōs (on'-toce)

    3689 οντως ontos

    dos casos oblíquos de 5607; adv

    verdadeiramente, em realidade, de fato, como oposto para o que é pretendido, fictício, falso, conjetural

    aquilo que é verdadeiro etc., aquilo que é de fato


    οὖν


    (G3767)
    oûn (oon)

    3767 ουν oun

    aparentemente, palavra raiz; partícula

    1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim