Enciclopédia de Gálatas 4:9-9

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gl 4: 9

Versão Versículo
ARA mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos?
ARC Mas agora, conhecendo a Deus, ou antes, sendo conhecidos de Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?
TB mas, agora, conhecendo a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando outra vez aos rudimentos fracos e pobres, aos quais vos quereis ainda, de novo, escravizar?
BGB νῦν δὲ γνόντες θεόν, μᾶλλον δὲ γνωσθέντες ὑπὸ θεοῦ, πῶς ἐπιστρέφετε πάλιν ἐπὶ τὰ ἀσθενῆ καὶ πτωχὰ στοιχεῖα, οἷς πάλιν ἄνωθεν ⸀δουλεύειν θέλετε;
BKJ Agora, porém, depois de conhecerdes a Deus, ou melhor, sendo conhecidos por Deus, como é que tornais aos elementos fracos e miseráveis, aos quais desejais novamente estar em escravidão?
LTT Agora, porém, (depois de) havendo vós conhecido a Deus (ou, muito mais, havendo vós sido conhecidos sob Deus), como voltais, outra vez, (a vos apoiar) sobre esses fracos e miseravelmente- pobres primeiros- e- mais- fundamentais- princípios, aos quais, de novo, servir- como- escravos quereis?
BJ2 Mas agora, conhecendo a Deus, ou melhor, sendo conhecidos[f] por Deus, como é possível voltardes novamente a estes fracos e miseráveis elementos aos quais vos quereis escravizar outra vez?
VULG Nunc autem cum cognoveritis Deum, immo cogniti sitis a Deo : quomodo convertimini iterum ad infirma et egena elementa, quibus denuo servire vultis ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gálatas 4:9

Êxodo 33:17 Então, disse o Senhor a Moisés: Farei também isto, que tens dito; porquanto achaste graça aos meus olhos; e te conheço por nome.
I Reis 8:43 Ouve tu nos céus, assento da tua habitação, e faze conforme tudo o que o estrangeiro a ti clamar, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, para te temerem como o teu povo de Israel e para saberem que o teu nome é invocado sobre esta casa que tenho edificado.
I Crônicas 28:9 E tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai e serve-o com um coração perfeito e com uma alma voluntária; porque esquadrinha o Senhor todos os corações e entende todas as imaginações dos pensamentos; se o buscares, será achado de ti; porém, se o deixares, rejeitar-te-á para sempre.
Salmos 1:6 Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá.
Salmos 9:10 E em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, Senhor, nunca desamparaste os que te buscam.
Provérbios 2:5 então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus.
Jeremias 31:34 E não ensinará alguém mais a seu próximo, nem alguém, a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior, diz o Senhor; porque perdoarei a sua maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.
Habacuque 2:14 Porque a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar.
Mateus 11:27 Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
João 10:14 Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
João 10:27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;
João 17:3 E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
Romanos 8:3 Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne,
Romanos 8:29 Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
I Coríntios 8:3 Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele.
I Coríntios 13:12 Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido.
I Coríntios 15:34 Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa.
II Coríntios 4:6 Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.
Gálatas 3:3 Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?
Efésios 1:17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação,
Colossenses 2:20 Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo,
II Timóteo 2:19 Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.
Hebreus 7:18 Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade
Hebreus 10:38 Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.
II Pedro 2:20 Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro.
I João 2:3 E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos.
I João 5:20 E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gálatas Capítulo 4 do versículo 1 até o 31
b) Exaltados de escravos para filhos (4:1-7). Estes gálatas, sobre quem Paulo tinha acabado de dizer que eram filhos e herdeiros de Deus, precisavam ser lembrados do que acontecera em suas vidas. Como pano de fundo, Paulo alude a um costume bem conheci-do concernente a menores de idade: Digo, pois, que, todo o tempo em que o herdei-ro é menino, em nada difere do servo ("escravo", AEC, BJ, NTLH, NVI, RA), ainda que seja senhor de tudo. Mas está debaixo de tutores e curadores até ao tempo determinado pelo pai (1,2). O "menor de idade"' (NVI) era colocado sob a supervisão de "guardiões"' (BAB; cf. NVI) e "administradores"' (BAB, NVI) até o tempo previa-mente estabelecido pelo pai. Em tal condição, o menino, mesmo que fosse herdeiro legítimo, não tinha mais liberdade que o escravo, embora fosse senhor de tudo, ou seja, fosse legalmente o dono da casa.

Esta ilustração indica a escravidão dos judeus debaixo da lei. O propósito primário era mostrar aos gálatas em que posição eles exatamente estavam — assim também nós, quando éramos meninos (3). Como comentado acima (3.26), as observações de Paulo tornaram-se notadamente pessoais aos gálatas. Embora aqui e no versículo 5 ele volte ao pronome mais impessoal nós, ele ainda está falando especificamente com seus convertidos na Galácia. O uso de identificação empática talvez servisse para enfatizar ou amenizar o golpe que viria. Eles também tinham sido "menores de idade". Mas, por serem gentios, não tinham estado debaixo da lei, mas tinham sido reduzidos à servi-dão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo (3).

Desde os tempos dos pais apostólicos tem-se discutido' o significado da expressão paulina os rudimentos (stoicheia) do mundo. Levando em conta sua associação com a lei aqui em Gálatas" e a maneira na qual é usada nas outras únicas ocorrências no Novo Testamento,' torna-se claro que esta expressão se relaciona de alguma maneira com o pecado entre os gentios, da mesma forma que a lei se relaciona com o pecado entre os judeus. Muitos dos não judeus buscavam a salvação por regras, regulamentos, jejuns, festas e dias santos. Estes bem poderiam ser os rudimentos do mundo que escraviza-vam os gálatas (cf. Cl 2:8-20), do mesmo modo que os judeus estavam em escravidão ao pecado pela fraqueza da lei.

Nos versículos 4:5, Paulo oferece uma descrição mais detalhada da memorável vinda de Cristo e da vinda da fé (cf. 3.19,23,25). Este evento ocorreu na plenitude dos tempos (4), querendo dizer no "tempo determinado pelo pai" (2). O mundo estava em estado de extraordinária prontidão para esta vinda. Quando as condições estavam ade-quadamente certas, Cristo veio. Esta é a fé da igreja concernente à sua vinda (cf. At 1:7-1 Ts 5.1). Deus enviou seu Filho (4). Esta é uma etapa do milagre da encarnação — o Filho divino e preexistente foi "dado" ou enviado.' A outra etapa da encarnação é que este Filho, como bebê, nasceu de mulher. Jesus entrou no mundo pelo processo natural do nascimento. Como criança em casa judaica, ele nasceu sob a lei.

Cristo veio para remir os que estavam debaixo da lei (5; ver comentários em 3.13). O propósito da redenção de Cristo foi basicamente positivo. Os gálatas foram liber-tos da escravidão para receberem a adoção de filhos. O conceito de o homem ser filho de Deus não é exclusivo de Paulo (cf. 1 Jo 3:2), mas o recebimento dessa relação por adoção acha-se somente em seus escritos.' A ilustração da adoção ressalta o fato de que o convertido recebe bênçãos que ele não tivera o privilégio de desfrutar em sua posição anterior. Sempre em segundo plano no pensamento de Paulo está o fato de que os gálatas estiveram fora do concerto, mas agora, pela fé, são os verdadeiros herdeiros de Abraão. Esta ilustração é consistente com as ilustrações de "nascer" (cf. Jo 3:3-9; 1 Pe 1,23) e "ser vivificado" (cf. Ef 2:5). Todas descrevem a nova relação que o crente tem com Deus.

A vinda de Cristo era fato objetivo e histórico. Aconteceu para que os que estavam em escravidão pudessem ser livres e receber a filiação. Esta provisão, porém, deve ser personalizada na experiência pessoal do crente quando ele exercita a fé em Jesus Cristo. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho (6; cf. Rm 8:14-17). A presença do Espírito de Deus no crente é a evidência de que ele é realmente filho de Deus. No coração do crente, o Espírito do Filho de Deus clama: Aba," Pai. Este é o choro filial, de um filho amoroso, em reconhecimento de um Pai amoroso. Este é o único uso de kardia ("coração") em Gálatas. É um termo empregado extensivamente no Novo Testamento para representar a vida interior do homem, e é a arena da atividade divina.

O elemento de testemunha pessoal do coração do crente pelo Espírito de Deus, tão competentemente enfatizado pelos Wesleys, é parte vital da experiência cristã. A salvação é pela fé, mas essa fé tem sua resposta." É maravilhosa e gloriosamente pessoal, Deus acomodando em cada alma a manifestação de si mesmo que resulta no clamor: Aba, Pai.

Assim que já não és mais servo ("escravo", AEC, BJ, NVI, RA), mas filho (7). O contraste é completo — entre um escravo em escravidão e um filho que é herdeiro de Deus por Cristo (7; cf. Rm 8:14-17). O escravo recebe ordens, é subserviente e tem a obrigação de obedecer. O filho recebe do pai todos os tesouros que lhe foram providenci-ados. Aqui, Paulo fala especificamente da herança de Abraão. O propósito expresso deste argumento é provar aos gálatas que eles receberiam as bênçãos prometidas à semente de Abraão, se buscassem o método da fé e não se voltassem ao método da lei.

c) Apostasia da filiação para a escravidão (4:8-11). Após lembrar-lhes a relação que tinham com Deus na qualidade de filhos, Paulo se aprontou para levantar a questão importantíssima, referindo-se de novo ao estado em que viviam antes da conversão -quando não conhecíeis a Deus (8). Claro que naquele tempo eles não sabiam absolu-tamente nada da existência do verdadeiro Deus, sem falar em conhecê-lo experiencialmente. Neste estado de ignorância, eles serviam aos que por natureza não são deuses (8). Os judeus, povo monoteísta, recusavam-se a reconhecer a existên-cia de outro deus senão Jeová. Reconheciam, porém, espíritos e poderes em certo nível subdivino. Paulo está declarando que os antigos ídolos pagãos dos gentios, pretendendo ser deuses, eram impostores. O fato importante é que os gálatas os tinham servido como se fossem verdadeiros deuses. Esta devoção religiosa só lhes trouxe escravidão.

Mas agora, conhecendo a Deus (9) indica que o estado em que se encontravam está em nítido contraste com o estado anterior à conversão. O desconhecimento anterior fora substituído por um conhecimento" experimental e pessoal do verdadeiro Deus. Para enfatizar que tal conhecimento era dependente de Deus e não deles, Paulo acrescenta: Ou, antes, sendo conhecidos de Deus (9).

Agora o apóstolo podia fazer a pergunta que ardia em seu coração: Como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? (9). O uso do tempo presente' indica que eles estavam no processo de retorno. O grito do coração de Paulo era: "Como podeis vós fazer isto?" Eles conheciam a escravidão que outrora fora a sina que tiveram. No lugar disso, eles encontraram a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Apesar das entusiásticas promessas dos judaizantes, submeter-se outra vez à lei era voltar aos rudimentos escravizadores (cf. 4.3), que eram fracos e pobres." Paulo achava incrível que pudessem desejar isso."

A parte específica da lei para a qual os gálatas estavam voltando era a observância de dias, e meses, e tempos, e anos (10). Estas eram marcações pertinentes às festas judaicas e dias de jejum. A probabilidade é que os judaizantes tinham iniciado o ataque por este lado e os gálatas já estavam cumprindo estas prescrições.' Tais atividades seri-am bastante semelhantes aos "rudimentos do mundo" sob os quais eles previamente tinham estado em escravidão (cf. Gl 4:3-9; Cl 2:20-23), sendo, desse modo, um ponto de atração especial.

Talvez os gálatas não percebessem para onde levava este caminho, mas o apóstolo percebia. Ele declara: Receio de vós (11), que é mais bem traduzido por "receio por vós"

(AEC; cf. BV). Este é o verdadeiro coração de pastor, quando vê o rebanho descendo por um caminho perigoso. Ele teme pela segurança das ovelhas e o resultado do desvio. Mas há também outro elemento no medo de Paulo: Receio... que haja eu trabalhado em vão para convosco (11). Ele fora à Galácia a alto custo pessoal e trabalhara lá incondi-cionalmente. Agora ele teme que todo o trabalho fora em vão, como realmente seria se eles voltassem ao judaísmo.

2. Pedido Pessoal (4:12-20)

Afastando-se de sua linha de argumentação por um momento, Paulo faz um pedido aos convertidos gálatas. Ele pede que adotem uma atitude como a dele em relação à lei cerimonial judaica. O apóstolo lembra-lhes as circunstâncias sob as quais ele lhes apre-sentou o evangelho e o afeto com que foi recebido, embora estivesse em um estado doen-tio repulsivo e aflitivo. Chama a atenção à motivação do interesse dos seus oponentes em comparação com as suas "contrações de parto" por eles. Seu único desejo era que ele pudesse estar pessoalmente com eles, de forma a abrandar o tom do seu pedido.
Chamando os gálatas afetuosamente de irmãos (12), ele pede: Rogo-vos. O verbo é traduzido mais literalmente por "imploro-lhes" (CH). O apóstolo não estava mais argu-mentando; estava implorando. Seu pedido pessoal era: Que sejais como eu, porque também eu sou como vós (12). Esta é referência específica ao modo em que ele enten-dia a lei. Ele, judeu de nascimento, escolhera o método da fé. Eles, tendo aceitado a fé cristã uma vez, agora estavam prontos para recusá-la a favor do método da lei, que ele rejeitara.' Por isso, suplicá que eles sejam o que ele era."

Não resta dúvida de que o significado da observação ambígua: Nenhum mal me fizestes (12), era perfeitamente claro para os gálatas, mas foge ao entendimento do leitor moderno. Phillips a interpreta assim: "Não há nada pessoal contra vocês" (CH).

a) Lembranças da recepção entre os gálatas (4:13-16). O pensamento de ter traba-lhado possivelmente em vão entre os gálatas fez o apóstolo relembrar o modo em que fora recepcionado por eles: E vós sabeis que primeiro vos anunciei o evangelho estando em fraqueza da carne (13). Esta é alusão ao fato de que a pregação de Paulo a eles foi ocasionada por sua doença. Ele foi lá ou permaneceu lá porque estava doente. A palavra primeiro' assinala que esta visita foi seu contato inicial com eles.

O que tornava isto tão importante ao pedido de Paulo foi o modo com que os gálatas reagiram a esta situação incomum: E não rejeitastes, nem desprezastes isso que era uma tentação na minha carne" (14). A enfermidade era tão repulsiva que consti-tuía uma severa "provação" (NVI) para eles." A tentação era tratá-lo com menosprezo e desdém. Ao invés disso, eles o receberam como um anjo de Deus, como Jesus Cris-to mesmo (14). A recepção fora acolhedora. Em vez de desprezá-lo, eles o receberam (lhe deram as boas-vindas) como um anjo" de Deus.

Lembrando esse acolhimento bom e cordial, Paulo teria razão em perguntar: Qual é, logo, a vossa bem-aventurança? (15; "Que aconteceu com a alegria de vocês?", NVI; cf. BAB, BJ). Onde está a disposição de espírito na qual eles tinham (lit.) "se abençoado"? A pergunta é retórica e dá a entender que a alegria acabara. Os gálatas receberam a ele e sua mensagem com alegria tão genuína, que Paulo poderia dar testemunho de que, se possível fora, eles arrancariam os olhos e os dariam para ele (15). É freqüente presumir por esta declaração que a doença de Paulo (cf.
13) era um problema ocular.' Contudo, é alta a possibilidade de que esta seja mera ilustra-ção vívida da disposição dos gálatas em fazer por ele tudo que fosse humanamente possível.' Paulo estava descrevendo a total abnegação dos gálatas na boa vontade em ajudá-lo.

Em vista disso, ele pergunta: Fiz-me, acaso, vosso inimigo, dizendo a verdade? (16). Outrora considerado o amado anjo de Deus, por quem eles sacrificariam até os próprios olhos, agora ele é um inimigo que, literalmente, os odeia. Não percamos de vista que esta é a opinião que os gálatas tinham de Paulo e não expressa os sentimentos do apóstolo. Ele sugere que eles tinham esta atitude, porque ele lhes dissera a verdade. Ele não fizera nada senão pregar o verdadeiro evangelho para eles — a verdade testada no cadinho de sua própria experiência.

b) Nem todo zelo religioso é de Deus (4:17-20). Em contraste com sua veracidade franca, Paulo percebe que os judaizantes têm zelo por vós ("fazem tanto esforço para agradá-los", NVI), mas não como convém (17). Os oponentes de Paulo estavam mesmo "profundamente preocupados" com os gálatas, mas não para o bem deles (cf. "mas a intenção deles não é boa", NTLH; cf. BAB, CH). Esse interesse estava ligado a outra razão: Querem excluir-vos (17). O texto não mostra de que os judaizantes buscavam excluir os gálatas, mas estamos certos em inferir que eles não queriam que esses conver-tidos permanecessem sob a influência de Paulo. O propósito era para que vós tenhais zelo por eles (zelo "em favor deles", RA). Os oponentes de Paulo empenhavam-se em separar de Paulo os gálatas convertidos e ligá-los a eles (cf. BJ, CH).

O apóstolo reconhece que é bom ser zeloso, mas sempre do bem e não somente quando ele estava presente com eles (18). Este é um versículo difícil de interpretar, mas considerando as declarações anteriores deduzimos que Paulo está dizendo que é bom os gálatas terem alguém que se preocupe com eles. Note esta paráfrase: "É uma coisa muito boa quando há pessoas atenciosas com vocês, movidas por boas intenções e de coração sincero, especialmente se não tiverem fazendo isso justamente quando eu me encontro entre vocês!" (18, BV; cf. CH).

Nos versículos 19:20, Paulo expressa a profundidade de sua preocupação pelos gálatas, em contraste com a preocupação superficial de seus oponentes. Trata-os afetuosamente por: Meus filhinhos (19). Esta é expressão paulina bem conhecida." O apóstolo compara seu profundo interesse por eles a uma mulher em trabalho de parto — por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja forma-do em vós (19). A linguagem revela vividamente como era grande sua preocupação. A figura faz soar sentimentos entranháveis no coração de toda mãe. Só um amor sublime assim proporciona tal envolvimento. O termo formado (morphoo) é particu-larmente revelador; expande a figura de "Cristo em vós" (Cl 1:27) ao embrião recém-formado no útero." A palavra-chave é de novo. Esta era a segunda vez que Paulo passava por esta agonia de paternidade espiritual. A expressão indica a extensão da apostasia dos gálatas.

Esta súplica pessoal se encerra com um desejo: Eu bem quisera, agora, estar presente convosco e mudar a minha voz (20). Quando é que a presença da pessoa amada e preocupada é mais apreciada do que no parto? Este anelo revolvia o coração do apóstolo. Palavras escritas podem ser frias e até enganosas. Ele queria assegurar‑lhes de seu interesse cheio de amor. Nada melhor que sua presença cumpriria esse desejo, mas claro que isso era impossível. No anseio de Paulo havia também o elemento de incerteza: Porque estou perplexo a vosso respeito (20). Esta dúvida era a intranqüilidade de estar pasmo e confuso. Temos esta paráfrase: "Francamente, eu não sei o que fazer" (BV; cf. BJ, CH). Como pôde esta situação acontecer com seus amados gálatas?

3. Liberdade versus Escravidão (4:21-5,1)

Voltando ao seu argumento básico, o apóstolo usa uma alegoria ilustrativa baseada na história dos dois filhos de Abraão e suas respectivas mães. Ismael, nascido de uma escrava (Agar), segundo a carne, foi expulso por ter perseguido seu irmão. Isaque, nasci-do de uma mulher livre (Sara), pela promessa, tornou-se o herdeiro de tudo. Estas duas mães são simbólicas dos dois concertos. O velho concerto, que começou no monte Sinai e agora se centraliza em Jerusalém, está (como Agar) em escravidão com seus filhos. O novo concerto, proveniente da Jerusalém de cima, é (como Sara) a mãe dos filhos da promessa, que são livres. Até Isaías se alegrou e cantou sobre este novo dia (Is 54:1). Paulo exorta os convertidos gálatas a ficar firmes na liberdade à qual Cristo os libertou, não permitindo serem oprimidos outra vez com o jugo da escravidão.

a) Os dois concertos (4:21-26). De maneira abrupta — sem dúvida para ser enfático —, Paulo pergunta: Dizei-me vós, os que quereis estar debaixo da lei: não ouvis vós a lei? (21). A palavra quereis sugere que Paulo estava dividido pela dúvida e incer-teza (cf. 20), oscilando entre a esperança e o quase desespero por eles. É impossível determinar até que ponto eles aceitaram a lei. Aqui, Paulo pensa no pior — que eles realmente queriam o método da lei. O apóstolo exige" que os gálatas ouçam o que a lei tem a dizer. Com isso, insinua que os judaizantes não lhes falaram tudo o que deviam saber. Agora ele vai ilustrar seu argumento servindo-se do registro da lei.

Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre (22). O conhecido episódio dos dois filhos de Abraão, Ismael e Isaque (cf. Gn 16:21), é de importância primária, porque a proposta central dos judaizantes estava relacionada com os gálatas serem a descendência e herdeiros de Abraão. Paulo diz: "Vamos examinar o registro!" Há uma diferença vital entre os dois moços: Ismael era o filho de uma escra-va," e Isaque era o filho de uma livre.

Paulo viu uma significação espiritual nessa diferença: O que era da escrava nas-ceu segundo a carne, mas o que era da livre, por promessa (23). Ismael nasceu por concepção física," mas Isaque era o filho da promessa. Embora seu nascimento tenha sido de modo natural, a idade avançada de Abraão e Sara (mais a esterilidade vitalícia de Sara) tornou Isaque o filho do milagre prometido por Deus e recebido pela fé (cf. Hb 11:11-12).

Quando Paulo examina estes fatos da história judaica, conclui que são uma alego-ria (24). Não é que ele esteja sugerindo que este é o significado original da Escritura. Trata-se de um significado espiritual legítimo que pode ser usado para ilustrar o argu-mento que ele estava apresentando."

Fazer argumentações alegóricas era bastante comum nessa época." Como mencio-nado acima (3.16,20), Paulo usou métodos rabínicos em virtude do seu desejo de enfren-tar seus oponentes no nível deles e por ter sido esta sua formação educacional. Dois pontos devem estar perfeitamente claros. O esboço das aplicações espirituais de maneira nenhuma insinua que Paulo duvidasse da verdade histórica do episódio, como é comum ocorrer hoje quando se nega a veracidade de um fato.' Além disso, esta alegoria é mes-mo uma ilustração já amplamente usada em defesa de um argumento apresentado. Ti-nha, então, uma função confirmatória.

Primeiramente, Paulo observa que estes são os dois concertos. (24). Nesta passa-gem, a flexão do verbo ser é mais bem entendida por "representam" ou "querem dizer".

"As duas mulheres representam as duas alianças" (NTLH; cf. CH). Agar, que gerou seu filho na escravidão, é comparada ao velho concerto do monte Sinai, cujo resultado só poderia ser escravidão.' Este é o contraste básico que Paulo quer fazer — entre a liber-dade da fé e a escravidão da lei (obras).

A partir do versículo 25, o apóstolo passa a fazer a aplicação da alegoria com mais detalhes. Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia. Há certas dúvidas quanto ao texto grego correto." Pelo visto, Paulo está dizendo que, na alegoria, Agar representa o monte Sinai na Arábia. Agar e o monte Sinai correspondem à Jerusalém que agora existe significa que estes dois simbolizam o sistema legal judaico dos dias de Paulo, cujo centro estava em Jerusalém. Ele conclui que Jerusalém está em escravidão à lei, com seus filhos, os judeus, da mesma maneira que estavam Agar e seu filho.

Em contrapartida, a Jerusalém que é de cima é livre, a qual é mãe de todos nós (26). A mãe de todos nós que somos livres — que vivemos pela fé — é a Jerusa-lém... de cima. A comunidade judaica (que vive pela lei) é filha da Jerusalém na Pales-tina, mas a comunidade cristã (que vive pela fé) é filha da Jerusalém eterna. Paulo pensa em termos do crente que vive hoje a vida celestial.'

  • A ação de graças pelo método da fé (4.27,28). Paulo retrata a alegria e canção de Isaías concernentes ao dia do cumprimento: Porque está escrito: Alegra-te, estéril, que não dás à luz, esforça-te e clama, tu que não estás de parto; porque os filhos da solitária são mais do que os da que tem marido (27). Neste versículo (Is 54:1), o profeta prevê o dia em que a mulher estéril e solitária (no cativeiro babilônico) terá muitos mais filhos do que a mulher que tem marido (Judá antes do exílio). Esta visão gloriosa (cf. Is 52:7-12) nunca se cumpriu nos tempos do Antigo Testamento. Paulo entende que seu significado cumpre-se nos filhos espirituais que nascem na era cristã.
  • É o que ele declara especificamente no versículo 28: Mas nós ("vós"),' irmãos, so-mos filhos da promessa, como Isaque. Neste ponto, Paulo retorna à alegoria. Estes gálatas, exatamente como Isaque, não nasceram meramente pelo modo natural, mas eram realmente os filhos da promessa.

  • O conflito inerente entre a carne e a fé (4:29-31). No versículo 29, o apóstolo desta-ca outro ponto de aplicação: Mas, como, então, aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que o era segundo o Espírito, assim é também, agora. A refe-rência histórica pode ser ao conflito entre os dois filhos,' ou à notória inimizade entre suas descendências. Com esta observação, Paulo mostra que mesmo em seus dias os que nasciam segundo a carne (ver comentários em 4,23) perseguiam os que nasciam se-gundo o Espírito.' Ele não dá os detalhes da perseguição (cf. 3.4; 1 Ts 2.15,16).
  • Voltando à alegoria, o apóstolo pergunta: Que diz a Escritura? (30). Embora a pergunta esteja no contexto da alegoria, este não é o uso típico que Paulo faz das Escri-turas (cf. 4.27). Indica, porém, que Paulo aceitava totalmente a autoridade bíblica. Seus inimigos procuravam desacreditá-lo neste ponto.

    A Bíblia, especialmente o Novo Testamento, é a mensagem de Deus para o homem -reconhecidamente recebida através de canal humano. Ela deve ser compreendida pri-meiramente no contexto da situação histórica específica que tornou pública sua existên-cia. Questões como por quê, quando e a quem cada parte específica foi escrita são indispensáveis. Mas o leitor tem de fazer mais que isso para a Bíblia cumprir o propósito de Deus. Ele deve buscar a aplicação da mensagem. Este é precisamente o milagre da Bí-blia. Sua mensagem tem uma aplicação e cumprimento para o leitor que a torna única. A mensagem que dessa forma chega aos homens tem hoje o poder da autoridade divina; trata-se da mensagem de Deus para eles. Não pode ser rejeitada, ignorada ou modifica-da sem perda eterna para quem a tratar assim.

    Prosseguindo com a alegoria, Paulo observa que a Escritura disse: Lança fora a es-crava e seu filho (30). O apóstolo indica a inevitável conclusão de que a expulsão de Agar e Ismael, como representantes dos que vivem debaixo da lei, ressalta a rejeição de todos os filhos de Abraão segundo a carne.' Esta alegoria não é um quadro perfeito do antilegalismo de Paulo. Sua conclusão não está baseada somente numa alegoria; o apóstolo examinara meticulosamente o problema de todos os lados (cf. 3:10-24). Existe um motivo para a ação drástica descrita aqui: Porque, de modo algum, o filho da escrava herdará com o filho da livre (30). Não pode haver divisão de herança. Paulo está fazendo uma ilustração dramática do conflito irreconciliável entre a salvação pelas obras e a salvação pela fé. Os que são os verdadeiros filhos — pela fé — são os'herdeiros de tudo (cf. Gl 3:25-4.11).

    Paulo conclui a alegoria declarando de forma concisa o ponto principal: De manei-ra que, irmãos, somos') filhos não da escrava, mas da livre (31). Ele estivera contrastando o método da fé e o método da lei. Sua conclusão é que não somos filhos da lei (escravos), mas somos filhos da fé (livres). A alegoria é uma ilustração confirmatória da verdade que, por argumentação, ele já provara convincentemente.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Gálatas Capítulo 4 versículo 9
    Rudimentos fracos e pobres:
    Ver Gl 4:3,

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gálatas Capítulo 4 do versículo 1 até o 30
    4.1-7 Paulo já comparou a lei a um carcereiro (3,23) e a um aio (3.24, nota). Agora ele compara o papel preparatório da lei ao dos tutores ou guardiões de um menor de idade. O pleno direito de quem cresceu é o reconhecimento legal como filho e o recebimento da herança.

    4.3 sujeitos aos rudimentos. A expressão grega refere-se aos elementos básicos de que se compõe o mundo; no pensamento da Antigüidade, esses eram terra, vento, água e fogo. Algumas vezes esses elementos eram venerados como divindades que governam o universo. Paulo pode ter em mente aqui o calendário sagrado da lei, cujas estações eram determinadas pelos corpos celestiais (conforme Cl 2:8, 20-22). O legalismo subjugou a vida ao controle das estruturas do mundo.

    4.4 plenitude do tempo. O tempo estabelecido pelo Pai (v. 2), “os fins dos séculos” (1Co 10:11), em que as promessas de Deus são realizadas.

    Deus enviou seu Filho. Seu Filho eterno, enviado para nascer de uma mulher.

    sob a lei. Ainda que sem pecado (2Co 5:21), Cristo nasceu sob a lei, não somente com a obrigação de cumprir a lei mas identificando-se com pecadores, os quais estão debaixo da maldição da lei. Sua morte libertou-nos dessa maldição (3.10-14).

    4.5 para resgatar. O conceito de redenção vem da instituição da escravidão. Tanto no mundo grego-romano como no judeu, um escravo podia comprar sua liberdade (ou alguém poderia comprá-la para ele) pagando o preço da redenção aos seus proprietários. O preço da nossa redenção foi pago pelo Pai no sangue de seu Filho (1Pe 1:17,18) e pelo Filho ao dar a sua vida como resgate por muitos (Mt 20:28).

    os que estavam sob a lei. Não somente judeus, circuncidados sob a lei de Moisés, mas também gentios, porque tanto um como outro estão sob a maldição da lei (3.13,14).

    a adoção de filhos. Paulo esteve falando do povo de Deus sob a lei como filhos (Êx 4:23; Is 1:2). Agora ele descreve a única maneira pela qual os filhos podem tornar-se membros adultos da família, não mais menores de idade. Deus sela a nossa adoção dando-nos o Espírito de seu Filho (Rm 8:9-17). Ver a nota teológica “Adoção”, índice.

    4.6 Aba. Termo aramaico que significa "Pai" e que foi empregado por Jesus (Mc 14:6). Era natural que Jesus, Filho de Deus em um sentido único do termo, usasse essa palavra. Agora, o Espírito coloca a mesma palavra nos lábios de homens e mulheres adotados em Cristo.

    4.9 conhecidos por Deus. O conhecimento que tinham de Deus não era o resultado de sua própria investigação mas da obra soberana daquele que abriu o entendimento deles. Ver “O Verdadeiro Conhecimento de Deus” em Jr 9:24.

    voltando, outra vez. Surpreendentemente, Paulo liga a escravidão do legalismo cerimonial com a escravidão da superstição pagã. Admitir a circuncisão como necessária para a salvação é voltar-se da liberdade da graça para a escravidão do mundo com os seus tempos e épocas (v. 10, Cl 2:8,20-22), sejam tais tempos judaicos ou gentílicos.

    rudimentos fracos. Antes de sua conversão, os gálatas estavam sujeitos aos “elementos” do mundo pagão: seus falsos deuses, sua astrologia e os rituais que guardavam segundo as estações do ano (v. 3, nota).

    4.10 Paulo pode estar referindo-se à observância de festivais judaicos. Os agitadores judeus na Galácia não exigiam somente a circuncisão para a salvação mas, provavelmente, também a adoção de toda a lei, incluindo a lei sobre os alimentos e os festivais religiosos.

    4.12 Sede qual eu sou; pois também eu sou como vós. Para levar o evangelho aos gálatas gentios, Paulo teve de ultrapassar as restrições legais da lei mosaica que proibia a interação entre os judeus e gentios (1Co 9:19-23). Paulo tornou-se “como” os gálatas quanto à liberdade em relação à lei e agora encoraja-os a serem “como” ele é quanto à liberdade da escravidão legalista.

    Em nada me ofendestes. O quadro positivo que Paulo faz do seu relacionamento anterior com os cristãos da Galácia (mais desenvolvido nos vs. 13-16) contém um apelo implícito para que as boas relações prossigam. Está evidente em toda essa seção o profundo interesse de Paulo para com os gálatas.

    4.13 por causa de uma enfermidade física. Não se sabe de que enfermidade Paulo sofria. Alguns sugerem um problema de visão (v. 15; 6.11), mas malária e epilepsia também já foram sugeridas. Pode haver ou não relação com o que Paulo chamou de “espinho da carne” (2Co 12:7). Ao que parece, a enfermidade de Paulo fez com que ele permanecesse mais tempo na Galácia, onde não faltaram oportunidades de ministério.

    4.17 zelo. Ver 6.12. O zelo deles pode ter surgido do desejo de evitar a perseguição, movida talvez por nacionalistas judeus que não eram cristãos, os quais viram no caráter inclusivista do movimento cristão uma ameaça à sua causa.

    4.19,20 Um testemunho emocionante do profundo sentimento que Paulo nutria para com os que havia conduzido à fé em Cristo. A ira de Paulo nessa carta (1.6, 9; 3.1; 5,12) não só reflete a seriedade que atribuía à tarefa de preservar a verdade do evangelho, como também, o amor por seus “filhos” em Cristo.

    4.22 dois filhos. Ismael, o filho mais velho, nascera de Hagar (Gn 16); Isaque, o filho mais novo, de Sara (Gn 21:1-6). Hagar era escrava de Sara.

    4:23 Ismael, o filho de Abraão e Hagar, nasceu depois que Abraão e Sara já haviam perdido as esperanças de terem o filho prometido por Deus. Sara deu à luz a Isaque por um milagre, muito tempo depois de terem passado os seus anos férteis. Deus mostrou que nenhuma das suas promessas fica sem cumprimento (Gn 18:14; Lc 1:37).

    4.24 alegóricas. Foram acontecimentos históricos com um significado mais profundo.

    4.25 monte Sinai. O lugar onde Deus estabeleceu sua aliança com Israel (Êx 19:34).

    corresponde à Jerusalém. Quer nos dias de Paulo como em nossos, a maioria dos judeus permanece, como qualquer descrente, na escravidão ao pecado e sob a maldição que a aliança do Sinai pronuncia sobre quantos desobedecem suas exigências.

    4.26 Jerusalém lá de cima. Jerusalém era a cidade onde Deus estabelecera o seu nome, o lugar de sua habitação no meio do seu povo (Sl 78:68,69). A plenitude da habitação de Deus conosco realizou-se em Cristo, o verdadeiro templo (Jo 2:19). A Jerusalém verdadeira está nos céus, onde ele está (Hb 12:22; Ap 21:2).

    4.30 da livre. Não pertencemos ao pecado como escravos nem estamos debaixo da maldição da lei (Rm 6:1-7.6).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gálatas Capítulo 4 do versículo 1 até o 25
    4.1-3 Os judeus se sentiam orgulhosos de chamar-se filhos do Abraão. Paulo mencionou ao Abraão como um bom exemplo de alguém salvo por fé. Para recalcar a fé, Paulo não diz que as leis de Deus sejam menos importantes (4.13), mas é impossível ser salvos simplesmente pelas obedecer. se desejar mais informação a respeito do Abraão, veja-se seu perfil em Gênese 18.

    4:4 Este versículo significa que se uma pessoa pudesse ganhar o favor de Deus sendo boa, a concessão deste presente não seria voluntária, a não ser obrigatória. A autoconfianza neste sentido é vã: tudo o que podemos fazer é nos cobrir com a misericórdia e a graça de Deus.

    4:5 Quando algumas pessoas se inteiram de que Deus nos salva mediante a fé, começam a inquietar-se. "Tenho suficiente fé?", perguntam-se. "É minha fé suficientemente sólida para me salvar?" Estão confundidas. Jesucristo é o que nos salva, não nossos sentimentos nem nossas obras. Por fraco que seja nossa fé, O é suficiente para nos salvar. Jesus nos oferece a salvação gratuitamente porque nos ama, não porque a tenhamos ganho mediante uma fé poderosa. Qual é então o papel da fé? Fé é acreditar e confiar no Jesucristo e aceitar o dom maravilhoso da salvação.

    4.6-8 O que fazemos com a culpa? O rei Davi cometeu pecados terríveis: adultério, homicídio, mentiras, e mesmo assim experimentou o gozo do perdão. Nós também podemos experimentá-lo quando: (1) deixamos de negar nossa culpabilidade e reconhecemos que pecamos, (2) reconhecemos nossa culpa ante Deus e pedimos seu perdão, e (3) desprezamos a culpa e acreditam que Deus nos perdoou. Isto pode ser difícil, sobre tudo quando o pecado jogou raízes e se enraizou por anos, quando é muito sério ou quando envolve a outro. Devemos recordar que Jesus quer e está disposto a perdoar todos os pecados. Se tomarmos em conta o alto preço que O pagou na cruz, é arrogância pensar que algum pecado nosso seja muito grande para que O perdoe. Embora nossa fé seja débil, nossa consciência seja sensível e as lembranças nos atormentem, a Palavra de Deus declara que pecado confessado é pecado perdoado (1Jo 1:9).

    4:10 A circuncisão era um sinal externo de que os judeus eram o povo escolhido de Deus. A circuncisão de todos os meninos judeus marcava sua separação das nações que adoravam a todo tipo de deuses. Era uma cerimônia muito importante. Deus benzeu e ordenou esta cerimônia ao Abraão (Gn 17:9-14).

    4.10-12 Os ritos não contribuíram com recompensa alguma ao Abraão, Deus lhe benzeu antes de implementá-la cerimônia da circuncisão. Abraão achou o favor de Deus pela fé somente, antes de ser circuncidado. Gn 12:1-4 nos relata que Deus chamou o Abraão aos setenta e cinco anos de idade; a cerimônia da circuncisão começou quando tinha noventa e nove (Gn 17:1-14). As cerimônias e rituais servem de aviso de nossa fé e instruem aos novos e jovens crentes. Não devêssemos pensar que nos concedem algum mérito especial diante de Deus. São sinais externos de uma mudança interna de coração e atitude. O centro de nossa fé deve ser Cristo e sua obra salvadora, não nossas obras.

    4:16 Paulo explica que Abraão agradou a Deus só pela fé, quando nem sequer tinha ouvido dos rituais que seriam tão importantes para o povo judeu. Nossa salvação é sozinho por fé. Não é por amar a Deus nem fazer boas obras. Não é por fé mais amor, nem tampouco por fé mais as boas obras. Somos salvos só mediante a fé em Cristo, confiados em que O nos perdoa todos nossos pecados. se desejar mais informação a respeito do Abraão, veja-se seu perfil em Gênese 17.

    4:17 A promessa (ou pacto) que Deus deu ao Abraão afirmava que seria pai de muitas nações (Gn 17:2-4) e que todo mundo receberia bênção através dele (Gn 12:3). Esta promessa se cumpriu no Jesucristo. Jesus era da descendência do Abraão e na verdade o mundo inteiro recebeu bênção mediante O.

    4:21 Abraão nunca duvidou de que Deus cumpriria sua promessa. Sua vida esteve marcada com enganos, pecados e enguiços assim como com sabedoria e bondade, mas sempre confiou em Deus. Sua vida é um exemplo de fé em ação. Se tivesse posto os olhos em seus recursos para subjugar Canaán e fundar uma nação, tivesse cansado no desespero. Mas pôs seus olhos em Deus, obedeceu-lhe e esperou a que O cumprisse sua palavra.

    4:25 Quando acreditam, ocorre uma mudança. Damos a Cristo nossos pecados e O nos dá justiça e perdão (veja-se 2Co 5:21). Não há nada que possamos fazer para ganhá-lo. Solo através de Cristo recebemos a justiça de Deus. Que oferta mais incrível para nós! Muitos ainda não tomam em conta e seguem "desfrutando" de seu pecado.


    Matthew Henry - Comentários de Gálatas Capítulo 4 do versículo 1 até o 31
    4.3-7 "Os rudimentos do mundo" são a etapa elementar da prática da religião, tanto no feijão como na pagã. Paulo usa a ilustração da escravidão para mostrar que antes de que Cristo viesse e morrera por nossos pecados, a gente vivia escravos da lei. Pensando que podiam salvar-se por meio dela, escravizavam-se ao tentar guardá-la e falhar em seu cumprimento. Mas os que uma vez fomos escravos, agora somos filhos de Deus e temos uma relação íntima com O. Graças a Cristo, não há razão para lhe ter medo a Deus. Podemos nos aproximar confidencialmente a sua presença, sabendo que nos receberá como membros de sua família.

    4:4 "Quando veio o cumprimento do tempo", Deus enviou ao Jesus à terra para morrer por nossos pecados. Por séculos os judeus se perguntavam quando viria o Messías, mas o tempo de Deus foi perfeito. Algumas vezes poderemos nos perguntar se Deus responderá amostras orações. Entretanto, nunca devemos deixar de confiar no ou se desesperar. A seu tempo responderá. Está você esperando o tempo de Deus? Confie em seu julgamento e verdade já que O tem para você a melhor das intenções.

    4.4, 5 Jesus nasceu de uma mulher, foi um ser humano. Nasceu como um judeu, estava sujeito à lei de Deus, e a cumpriu em plenitude. Desta maneira Jesus foi o sacrifício perfeito, porque apesar de que foi totalmente humano, nunca pecou. Sua morte comprou liberdade para os que fomos escravos do pecado e que pudéssemos ser adotados como membros da família de Deus.

    4.5-7 Sob a lei romana, um filho adotivo desfrutava de todos os direitos legais relacionados com as propriedades de seu pai, inclusive se anteriormente foi um escravo. Não era um filho de segunda classe, era igual a qualquer outro filho, biológico ou adotivo, na família de seu pai. Abba é uma palavra aramaica que significa pai. Jesus empregou este termo para referir-se ao Pai em Mc 14:36. Como filhos adotados de Deus, temos os mesmos direitos do Jesus para com os recursos de Deus; de maneira que podemos reclamar o que há provido para nós: nossa identidade total como seus filhos (veja-se Rm 8:15-17).

    4:13, 14 A enfermidade do Paulo era uma prova que ele agüentava enquanto visitava as Iglesias na Galacia. O mundo é com freqüência insensível à dor e à miséria humana. Paulo elogiou aos gálatas por não havê-lo rechaçado, apesar de que sua condição era uma prova para eles (não explica o que é o que tinha). Este tipo de cuidado é o que Jesus teve em mente quando nos chamou para lhe servir entre os desamparados, os que têm fome, enfermidade e os que estão na prisão como se fossem Jesus mesmo (Mt 25:34-40). Ignora você aos que enfrentam dor e dificuldades ou busca cuidar deles como se fora Jesus mesmo?

    4:15 perdeu você seu gozo? Paulo temia que os gálatas tivessem perdido o gozo de sua salvação por causa do legalismo. O legalismo anula o gozo porque: (1) faz que a gente se sinta culpado antes que amada; (2) produz aborrecimento a gente mesmo antes que humildade; (3) enfatiza lucros antes que relações; (4) assinala o grande do fracasso antes que mostrar a distância percorrida por meio do que Cristo fez por nós. Se se sentir culpado e inquieto, revise seu enfoque. Está vivendo pela fé em Cristo ou tráfico de cumprir as demandas e expectativas de outros?

    4:16 Paulo não ganhou popularidade quando arreganhou aos gálatas por haver-se afastado de sua primeira fé em Cristo. A natureza humana não trocou muito, nós ainda nos incomodamos quando nos repreende. Não margine a quem o desafia. Pode haver muito de verdade no que diz. Receba toda palavra com humildade e medite cuidadosamente nela. Se descobrir que precisa trocar uma atitude ou ação, dê os passos que convenham para fazê-lo.

    4:17 Estes falsos professores reclamavam ser autoridades religiosas, peritos em judaísmo e cristianismo. Apelando aos desejos dos crentes para fazer o que é correto, persuadiram-nos a seguir. Paulo diz, entretanto, que estavam equivocados e que suas intenções eram egoístas. Os falsos professores, com freqüência, são respeitáveis e persuasivos. Essa é a razão pela que tudo os ensinos precisam ser analisadas à luz da Bíblia.

    4:19 Paulo guiou a muitas pessoas a Cristo e as ajudou maturar espiritualmente. Possivelmente uma razão de seu êxito como pai espiritual foi o interesse profundo que sentiu por seus filhos espirituais; comparou sua dor pela infidelidade deles à dor do parto. Devêssemos ter o mesmo interesse por aqueles para quem sou pais espirituais. Quando você guia pessoas a Cristo, recorde estar a seu lado para as ajudar em seu crescimento.

    4.21ss A gente se salva por sua fé em Cristo, não pelo que faça. Paulo faz um contraste entre aqueles que são escravos da lei (representada pelo Agar, a mulher pulseira) e aqueles que são livres da lei (representados pela Sara, a mulher livre). Agar abusou da Sara (Gn 16:4) atitude que se assemelhou à perseguição dos cristãos judeus pelos judaizantes, que insistiam no cumprimento da lei a fim de ser salvos. Ao final Sara triunfou porque Deus cumpriu sua promessa de lhe dar um filho, assim como aqueles que adoram a Cristo em fé, também triunfarão.

    4:24 Paulo explicou que o que aconteceu com a Sara e Agar é uma alegoria ou um quadro da relação entre Deus e a humanidade. Paulo usou uma classe de argumento que era comum nesses dias e que talvez foi usado por seus oponentes contra ele mesmo.

    TRÊS DISTORÇÕES DO CRISTIANISMO

    Quase do início, houve forças que atuaram dentro do cristianismo e que puderam havê-lo destruído ou desviado. Destas, três originaram muitos problemas e se vieram manifestando em diversas formas ainda até o dia de hoje. As três aberrações se opõem ao verdadeiro cristianismo.

    Cristianismo judaizante

    Cristãos som judeus que reconheceram ao Jesus como El Salvador prometido. Entretanto, tudo gentil que deseje chegar a ser cristão, primeiro deve ser um judeu.

    Tendo um alto respeito pelas Escrituras e sua eleição dos judeus como seu povo, não queriam ver que os mandatos de Deus se quebrantassem ou menosprezassem.

    Tende a adicionar tradições humanas e normas à Lei de Deus. Também sustrae das Escrituras a preocupação clara de Deus por todas as nações.

    Aprecia você a eleição de Deus de um povo único por meio do qual O oferece perdão e vida eterna a todos?

    Cristianismo legalista

    Cristãos são aqueles que vivem de acordo a uma lista larga de "não". O favor de Deus ganha com boa conduta.

    Reconheciam que a mudança real originado Por Deus devesse motivar mudanças na conduta.

    Tende a converter o amor de Deus em algo que ganha em lugar de aceitá-lo como dom. Poderia reduzir o cristianismo a um conjunto de regra impossíveis e transformar as boas novas em más.

    Já que a mudança é tão importante, pode ver deus e desejar mudanças em você diferentes aos que quisesse para outros?

    Cristianismo sem lei

    Os cristãos vivem por cima da lei. Não necessitam normas. A Palavra de Deus não é tão importante como nosso sentido pessoal da direção de Deus.

    Reconheciam que o perdão de Deus não pode estar apoiado em nossa habilidade para viver de acordo a suas normas perfeitas. Deve ser aceito por fé como um presente feito possível pela morte de Cristo na cruz.

    Esquece que os cristãos são ainda humanos e falham quando procuram viver só apoiando-se no que "sentem" que Deus quer.

    Adverte a necessidade de reconhecimento pelos mandamentos expressos de Deus à medida que procura viver em agradecimento por sua grande salvação?

    Cristianismo verdadeiro

    Cristãos são os que acreditam interna e externamente que a morte do Jesus permitiu que Deus lhes conceda perdão e vida eterna como um dom. aceitaram esse dom pela fé como um presente, e procuram viver em gratidão obediente pelo que Deus tem feito por eles.

    Cristianismo é tanto privado como público, acreditado no coração e confessado com a boca. Nossa relação com Deus e com o poder que O provê resulta em obediência. Tendo recebido o dom do perdão e a vida eterna, somos desafiados diariamente a viver com sua ajuda.

    Evita os perigos mencionados.

    Como descreveriam seu cristianismo os que estão perto de você? Pensam eles que Deus os aceitará por sua forma de viver, ou sabem que você vive porque Deus o aceitou em Cristo?


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gálatas Capítulo 4 do versículo 1 até o 31
    3. Preparatória Disciplina de Herdeiros (4: 1-3 ) . O ponto é pressionado ainda mais sobre a função da lei em relação à filiação e herança. Os filhos e herdeiros não são feitas como pelos tutores e curadores sob cujos cuidados de que viver e crescer, embora eles estão sujeitos a eles por um tempo. É depois que as crianças nascem que os tutores e curadores servir a sua função até o dia determinado pelo pai. Então, nós não nascem da lei, mas pela fé e promessa. Então, a lei veio para nos disciplinar e preparar-nos para a plenitude implícita nesse início de vida. A relação final, no entanto, não é com o guardião, mas com o pai. Somos filhos de Deus, não escravos, embora por uma vez que estão sujeitos aos elementos do mundo. Mas a disciplina é preparatória para uma maior plenitude.

    4. A adoção de Herdeiros (4: 4-7 ) . Quando o tempo estava maduro, Deus enviou o seu Filho . A palavra para a enviou é forte, com o sentido de "enviado do Si mesmo como seu representante." Ele assume claramente a pré-existência do Filho e declara Sua missão. Cristo veio para ser sob a lei (tanto de Moisés e de outra forma), a fim de que pudesse redimir -nos da escravidão do estado de preparação e nos dá a adoção de filhos . Mais uma vez, a adoção não se refere aqui a um início de vida ou de relacionamento.Paulo deixou claro que já estavam por Sua promessa. Mas a adoção é, literalmente, "filho-colocação." É colocar na toga de masculinidade e entrar na plenitude da herança. Em Cristo somos conscientemente e de forma eficaz herdeiros de Deus. E, porque sois filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho em nossos corações, que clama: Aba, Pai . No Filho e no Espírito é plenitude de relacionamento e vida abundante. Somos servos não mais longas (através de lei) , mas filhos e herdeiros através de Deus .

    E. A NECESSIDADE DE FIDELIDADE (4: 8-20)

    8 Todavia, nesse momento, não conhecer a Deus, vós, estávamos reduzidos à servidão aos que por natureza não são deuses: 9 , mas agora que já vos conheceis a Deus, ou melhor, sendo conhecidos por Deus, como voltar novamente para os fracos e rudimentos pobres, que vós desejo de estar em cativeiro mais uma vez? 10 Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. 11 eu tenho medo de você, que de algum modo eu me honraram trabalho em cima de você em vão.

    12 Rogo-vos, irmãos, tornar-se, como eu sou , porque eu também me tornei como vós . Ye fez nada de errado me: 13 mas sabeis que por causa de uma enfermidade da carne vos anunciei o evangelho a você pela primeira vez: 14 e que era uma tentação para você na minha carne, não desprezou, nem rejeitado; mas vós me recebestes como um anjo de Deus, mesmo como a Cristo Jesus. 15 Onde está, então, aquela vossa satisfação? . porque eu dou testemunho de que, se possível, teríeis arrancado os olhos e tem dado a mim 16 Assim, pois, sou eu vosso inimigo, dizendo a verdade? 17 Eles têm zelo procurá-lo em nenhuma boa maneira; ou melhor, que eles desejam para fechá-lo para fora, para que vos procurá-los. 18 Mas é bom ser zeloso procurado em um bom assunto em todos os momentos, e não só quando estou presente convosco. 19 Meus filhinhos, por quem eu estou novamente em trabalho de parto, até que Cristo seja formado em você- 20 , mas eu bem quisera estar presente convosco agora, e mudar o meu tom; porque estou perplexo sobre você.

    Mas, embora os altos privilégios do evangelho não são por obras da lei, nem podem eles ser dado como certo. Sendo pela fé, eles exigem fidelidade. Pois a fé que não funciona por meio da obediência há fé em tudo. É presunção.

    1. O perigo é Deviation (4: 8-11 ) . Houve um tempo em que a ignorância pode ter sido, pelo menos, uma desculpa parcial para viver sob o jugo de rituais e regulamentos que agora parecem vazias e elementar. Mas qualquer que seja o valor real ou suposta, pode ter sido uma vez em qualquer legalismo judaico e ritualismo ou as idéias e práticas não-judeus, a situação é diferente agora. Uma vez que a luz raiou, um pode ir só para a frente ou ele perde tudo. O que antes parecia tão valioso se torna fracos e pobres .Mesmo a tradição judaica não é suficiente. Tradições fossilizados nunca pode tomar o lugar da vida vibrante. Se a pessoa não ir para a frente, em plena obediência a Deus, o desvio não é um evangelho alternativa, mas longe do evangelho para a servidão, a derrota, e apostasia. Que bom que ele faz a "minuciosamente, escrupulosamente observar" as festas religiosas, rituais e cerimônias especiais? Um de muito zelo nestes externos demasiado frequentemente denuncia uma falta de fé madura e justamente colocado. Paulo diz: "Os sintomas me assustam. Tenho medo de todo o meu trabalho em seu nome está perdido. Você não estaria tão preocupado com os brinquedos de infância, se você fosse realmente os filhos e herdeiros que você deveria ser. "O perigo de desvio é apostasia.

    2. Recurso de Amizade (4: 12-16 ) . Paulo faz um forte apelo sobre a base do relacionamento que já existe entre ele e os Gálatas. Consciente da liberdade da glória do evangelho que trouxe vida e paz para si mesmo, que ele deseja o mesmo para os Gálatas.Eles tinham sido uma vez fora as vantagens judeus para a salvação. Paulo tinha se tornado como eles, confiando em nada, mas a graça que é também para os gentios. Agora os gentios assumiram sofisticação judaica e falsa segurança. A peça se encaixa mal e nunca vai fechar para fora da tempestade. Paulo diz: "Volte e se juntar a mim. Eu aceitei a única forma real de salvação. "

    "Não é do seu tratamento de mim que eu reclamar", diz Paulo. Ele lembra aos gálatas que sua primeira pregação para eles foi inesperado e em circunstâncias adversas. Teve saúde permitida, ele teria sido em outro lugar. Mas doença grave detiveram. A repulsa natural da doença e da superstição de que os doentes estão sob a desfavor dos deuses parece indicar que ele não poderia ter uma audiência entre eles. Mas ele pregou o evangelho para eles, eles venceram a tentação de não acreditar, e eles o receberam como um anjo de Deus, como Jesus Cristo mesmo . Tal amor notável foi mostrado para Paulo que eles teriam arrancado os próprios olhos, e os entreguei a ele. Qual é então que aconteceu a este relacionamento maravilhoso? De onde vem esta sensação de estranheza e irritação que se torna uma animosidade? O que os fez inimigos? Será que é porque a verdade já não lhes agrada? Paulo só lhes disse a verdade. Ele mal pode suportar a perda de sua amizade e cooperação no evangelho. Mas um preço que não pode pagar para evitar a perda. Ele não deve afastar-se da verdade.

    3. Recurso de Qualidade de Metas (Gl 4:17 , 18 ) . Paulo contrasta a antiga troca de afeto entre os Gálatas e ele mesmo com suas atuais relações com os falsos mestres. Uma vez Paulo segurou o primeiro lugar em sua afeição. Agora, os falsos mestres estão fazendo um jogo forte para seus afetos, mas seus motivos não são boas. Eles não estão trazendo a notícia de salvar o evangelho. Em vez disso, eles estão tentando fechar as Gálatas para fora de Paulo e do evangelho. Eles têm zelo perseguir os Gálatas não para libertá-los, mas para dominá-los. Eles não estão realmente interessados ​​em Gálatas-somente em sua própria capacidade de dominá-los. Paulo diz em efeito: "Não é que eu invejo você a sua atenção na medida em que ele é sincero. Eu me amo e ter-se regozijado em nosso afeto mútuo. Eu só desejo que a nossa relação ainda estavam mútuo. Eu ainda gostaria de compartilhar Cristo, esperança e céu com você, se você só aceitaria a mim ea minha mensagem novamente. "

    4. Recurso de amor e preocupação (Gl 4:19 , 20 ) . Enquanto Paulo está enfatizando o pessoal e emocional, ele aproveita a ocasião para expressar a intensidade e pureza de sua preocupação com os Gálatas. Apenas um número pode expressar a importância desesperada de Paulo de sua decisão. Paulo é como uma mãe em dores de parto. Não há alívio até que haja uma nova vida ou tragédia. Ele carregou-los uma vez em Cristo. Agora ele está novamente em trabalho de parto e não pode deixá-los ir até eles tomam a forma de Cristo (como o embrião se torna a criança e cresce a suportar a semelhança familiar). Com essa angústia da alma, Paulo anseia para estar com eles, a fim de exercer o último bit possível de influência para a sua restauração e realização. Assim termina o apelo apaixonado. O argumento é retomada em um nível mais teológico e exegético com uma aplicação prática forte.

    F. dois pactos CONTRASTADOS (4: 21-31)

    21 Diga-me, os que quereis estar debaixo da lei, não ouvis a lei? 22 Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava, e outro da livre. 23 Todavia o filho da escrava Nasce segundo a carne; mas o filho pela mulher livre é carregado através de promessa. 24 O que se entende por alegoria: pois essas mulheres são dois pactos; . um do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar 25 Ora, esta Agar é o monte Sinai na Arábia e corresponde à Jerusalém que agora é:. pois é escrava com seus filhos 26 Mas a Jerusalém que é de cima é livre , que é nossa Mt 27:1 Porque está escrito,

    Alegra-te, estéril, que não dás à luz;

    -Te e clama, tu que não de parto:

    Porque mais são os filhos da desolada, do que dela que tem o marido.

    28 Mas nós, irmãos, como Isaque, sois filhos da promessa. 29 Mas, como naquele tempo o que nasceu segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim é também agora. 30 Todavia o que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque o filho da escrava herdará com o filho da livre. 31 Portanto, irmãos, não somos filhos da escrava, mas da livre.

    Para resumir o argumento e para levar a questão, Paulo diz, com efeito: "Você que desejam estar sob a lei, deixe-me ler-lhe uma lição com a lei. Ela vai mostrar os elementos de escolha que estão diante de você. Deus deu uma lição desta muitos séculos atrás, em dois filhos de Abraão, nas duas mães, e nas circunstâncias inerentes. Este pedaço de história com a sua mensagem alegórica deve resolver a questão para você. "

    1. Carne e Promise contrastado (4: 21-23 ) . Você que querem estar debaixo da lei deve ou têm uma visão errada da lei ou graves equívocos sobre a alternativa. Isto é o que a Escritura diz. Abraão teve dois filhos (além dos posteriores, nos quais não estão interessados ​​no momento). Um nasceu no curso natural dos acontecimentos com nada, mas a atividade humana e os processos da natureza envolvidos para explicar o nascimento. É verdade que compromissos perigosos estavam envolvidos em relação ao casamento monogâmico, e que os princípios espirituais e sociais sofridos. Mas, do ponto de vista biológico, Ismael foi um resultado perfeitamente normal de escolha e da ação humana. E isso é tudo o que ele era. Seu nascimento não foi prometido, milagrosamente habilitado, ou talvez até mesmo divinamente aprovado. Foi feito no nível-after humano a carne. A decisão foi tomada por Abraão e Sara e obedientemente realizado pela escrava Hagar. Isto é uma abordagem para a vida. O resultado é bem conhecido.

    O outro filho nasceu por intervenção divina direta. Seu nascimento foi humanamente impossível, embora divinamente prometido. Sara tinha sido estéril toda a sua vida e agora também tinha ultrapassado a idade e as circunstâncias em que poderia ser naturalmente possível maternidade. Mesmo Abraão, além de um toque vivificador, parece ter passado esperança antes da concepção de Isaque. Deixar o processo exclusivamente para o ser humano e não haveria Isaque segundo a carne. Ele deve vir por intervenção divina ou não em todos. Mas se ele vier, ele vai nascer da mulher livre, Sara. A única esperança está na promessa de Deus. Mas essa é uma esperança segura.

    Estas diferenças, é claro, constituem um paralelo perfeito para o que Paulo tem dito sobre a lei e fé. Pode-se buscar a salvação sob a lei. Se assim for, ele não deve esperar mais do que o ser humano pode produzir. Não haverá fracasso, frustração e derrota.Aquilo que é de carne não podem subir acima de sua fonte. O filho da escrava terão de se ajustar à escravidão. Mas o que o ser humano não pode fazer, a graça pode. A promessa (Cristo) é recebida pela fé. Com Ele é vida e liberdade.

    2. Relação de Direito para Bondage (Gl 4:24 , 25 ) . A analogia é ainda explicada e ampliada. O que se entende por alegoria significa "que são tratados ou interpretadas como uma alegoria." A interpretação é feita em termos de fontes-as mulheres que são mães. Elas são como as duas alianças: a do Monte Sinai, com o seu direito ea justiça, e outro na cidade de cima e Cristo. Ambos têm filhos, mas os filhos de Hagar nunca chegar a liberdade e herança. Eles nascem à escravidão , que é sua mãe. Eles não subir acima de sua fonte.

    Agora, esta é uma imagem do Sinai terrena que é Saudita, interpretado em um nível puramente humano e legalista. Divorciar a lei da fé e da promessa, e nada é deixado mas escravidão sem esperança e frustração. Ou olhar novamente para a cidade terrena de Jerusalém e o mesmo é verdadeiro. Bondage é o padrão moral. Então, encadernado em pecado, os cidadãos perderam outras liberdades, mesmo política. As obras da carne, os esforços humanos sem ajuda, até mesmo em resposta a tão aperfeiçoar um instrumento como a lei de Deus, mas ainda são escravidão e do pecado.

    3. Relação da Fé to Freedom (Gl 4:26 ) . Por outro lado, a promessa de Deus não se esgota em qualquer cidade, não terrena até Jerusalém. A verdadeira cidade de Deus não está presa. É o ideal perfeito para que os filhos da promessa estão se movendo. E a razão pela qual eles podem se mover em direção a ela é que eles já estão experimentando o suficiente do poder ea graça daquela cidade para torná-los tanto vivo e livre. A vida que temos pela fé no Deus que prometeu é a vida da cidade celestial. Ela é nossa mãe.A nossa cidadania está lá. A liberdade é um milagre neste mundo de pecado. Mas aqueles que nascem a partir de cima desfrutar deste milagre. A liberdade é pela fé.

    4. Relação da Fé de Fecundidade (Gl 4:27 , 28 ) . Isso, de acordo com Paulo, é o que Isaías cantou sobre (Is 54:1) e estava de luto em sua viuvez. Mas ela será restaurada para favorecer e será o alegre mãe de uma grande e próspera pessoas. Às vezes parecia que a promessa havia sido esquecido e que o caminho da fé havia sido abandonado. Na interpretação espiritual da história, mesmo Israel parecia quase em um eclipse total. E quando o fez buscar a Deus, ela também frequentemente procurado pelas obras da lei e negligenciada fé na promessa. Mas isto não é o fim. Como a liberdade é do lado da fé, assim é fecundidade. A colheita espiritual deve ter a dinâmica espiritual. Isso é Deus, a promessa, Jesus Cristo, pela fé.

    Nós somos os filhos da promessa. Esta não é uma questão racial para Israel. É uma questão espiritual. Se seguirmos a fé de Abraão e receber a promessa, tudo isso é nosso.

    5. Triumph of the Free Over the Bond (4: 29-31 ) . Isso não significa que não haverá oposição. Como Ismael reagir a Isaque e à nomeação, que ele recebeu? Ele insultou. Aqueles que nascem e vivem só segundo a carne não apreciam adequadamente aqueles que são segundo o Espírito. Caso contrário, eles iriam se juntar a eles. Mas eles pegar vislumbres da vida espiritual dos outros para torná-los desconfortáveis ​​se não miserável. Não estar disposto a levantar-se, eles buscam a igualdade, tentando prejudicar ou rebaixar aqueles que os irritam. Assim foi com Ismael. Assim é também agora .

    Mas o que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho . Bondage não tem lugar na família de Deus. Tanto a mãe amarrado e obrigado o filho são excluídos. Ambos Sinai e os legalistas. Tanto a Jerusalém terrena e seus filhos. Tanto a lei como dirigida apenas ao que o esforço humano pode fazer para a salvação e de todos aqueles que buscam a salvação através de obras humanos sem ajuda. Nenhum deles vai estragar a herança da graça. Agora nós, os cristãos-que têm a promessa pela fé- não somos filhos da escrava, mas da livre . Assim termina o grande discurso sobre a supremacia do evangelho. E aqui é apresentado para nova apreciação, o grande propósito de Deus para o Seu pessoas- liberdade .


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Gálatas Capítulo 4 do versículo 1 até o 31
    Paulo apresenta mais três argumen-tos para provar que a salvação é pela graça, não pela Lei.

    1. Argumento dispensacional (4:1 -11)

    Ninguém que leia a Bíblia com aten-ção pode admitir que, nas diferentes épocas, Deus lida de forma distinta com os diferentes povos. Referimo- nos à verdade da Palavra relaciona-da ao desígnio de Deus, de todas as eras, para os judeus, para os gentios e para a igreja (1Co 10:32), quando falamos de "verdade dispensacio-nal". Nessa seção, Paulo explica que o período da Lei foi dispensacional, uma forma especial de Deus lidar com Israel para atingir um propósito especial. Deus nunca deu a Lei mo-saica para os gentios. E totalmente antibíblico impor regulamentos ju-daicos aos gentios (ou mesmo aos judeus de hoje).

    Deus, por intermédio de Abraão, fez promessas maravilhosas aos ju-deus, pois eles eram herdeiros. To-davia, passaram-se muitos séculos até que recebessem essas promes-sas. Paulo continua a comparação entre a situação dos judeus e a tu- telagem das crianças romanas e gregas. Ele argumenta que a criança não é diferente de um escravo, mes-mo que seja herdeira de uma fortu-na, até atingir a idade legal que lhe permite entrar na posse da herança. Os judeus também estavam em sua "infância espiritual" no período que estiveram sujeitos à Lei. Antes de po-der tomar posse total de sua heran-ça, os judeus tinham de aprender os "rudimentos religiosos", represen-tados pelas regras e pelos rituais da Lei. Esse legalismo é a escravidão ao sistema mosaico ("os rudimen-tos do mundo" — veja Cl 2:8,Cl 2:20). Todavia, essa dispensação da Lei cumpriu seu curso ao preparar o caminho para Cristo. Ele nasceu na hora certa, da forma certa (de uma mulher — um nascimento virginal) e pelo propósito certo — libertar-nos. Cristo foi feito sob a Lei, obedeceu a ela e cumpriu-a em sua vida e em sua morte. A morte na cruz livrou os judeus da prisão legalista e abriu caminho para o cumprimento das promessas feitas a Abraão.

    Israel teria alcançado a maturi-dade se tivesse aceitado o Messias, quando Pedro o apresentou à nação no Pentecostes (e também ao longo de At 2—7). E os gentios receberíam as bênçãos por intermédio de Israel, e as promessas abraâmicas seriam cumpridas. Contudo, Deus, em sua graça, disponibilizou, em uma base individual, as bênçãos tanto para os judeus como para os gentios, apesar de a nação, em conjunto, ter rejeitado a Cristo. Os gentios foram salvos por meio da queda de Israel, não de sua ascensão (leia Rm 11:1-45). Ago-ra, o judeu individual recebia sua adoção — seu "lugar de filho" ma-duro, crescido na família de Deus. Já não há mais crianças pequenas sob a orientação de tutores; os crentes são filhos, não servos, e, em Cristo, des-frutam plenamente de sua herança.

    Agora, Paulo aplica seu argu-mento: "Mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos? Podemos pa-rafraseá-lo da seguinte forma: "Por que vocês querem voltar à escravi-dão, à segunda infância? Deixem os "rudimentos" e desfrutem a herança plena que têm em Cristo!".

    1. Argumento emocional (4:12-18)

    "Irmãos, assim vos suplico!" Esse é o apelo do servo espiritual amoro-so, do pai preocupado que chama a atenção de seus filhos espirituais. Paulo escreve: "Sede qual eu sou; pois também eu sou como vós". Ele os lembra de que foi a eles pela primeira vez por causa de um mal físico e que o trataram como a um anjo. Agora, o tratavam como a um inimigo, só porque lhes dizia a ver-dade. "Os que vos obsequiam ["os que fazem tanto esforço para agra-dá-los", NVI] não o fazem sincera-mente, mas querem afastar-vos de mim, para que o vosso zelo seja em favor deles" (v. 17). (Veja 6:12-14.»

    1. Argumento alegórico (4:19-31)

    Uma alegoria é um evento ou uma história que tem um sentido velado. Paulo usa a história dos dois filhos de Abraão (Gn 16 e
    21) para mostrar que a nova aliança da graça substi-tuiu a antiga aliança da Lei. Podemos retratar o contraste desta forma:

    A antiga aliança da Lei

    1. Simbolizada por Hagar, a escrava
    2. Ismael, o filho da carne
    3. Representa Jerusalém na época de Paulo, ainda em escravidão es-piritual (e política)

    A nova aliança da graça 1. Simbolizada por Sara, uma mu-lher livre

    2.lsaque, o filho nascido de forma miraculosa conforme a promessa de Deus

    1. Representa a livre e gloriosa Jeru-salém celestial

    Nós, os cristãos, como Isaque (v. 23), somos filhos da promessa e, portanto, filhos da liberdade (v. 31). Muito antes do nascimento de Ismael, Deus prometera um filho a Abraão. Ismael "foi acrescentado" (como a Lei, 3:
    19) e era filho da car-ne, o filho da escrava. O plano final de Deus para Israel nunca foi a an-tiga aliança da Lei. Ela foi acrescentada, como Ismael, e trouxe escravi-dão e dor. Deus ordenou que Abraão expulsasse Hagar e Ismael! A Lei e a graça, a fé e as obras, a promessa e os mandamentos não podem vi-ver na mesma casa. Na Galácia, os judaizantes queriam trazer Hagar e Ismael de volta para a família!

    Paulo refere-se a Is 54:1 e aplica-o à igreja. Os judeus têm de esperar muitos anos para que se cumpra a promessa que Deus fez a Abraão, da mesma forma que a esté-ril Sara teve de esperar muitos anos para ter seu filho. Isaías descreve a alegria de Jerusalém depois do re-torno do exílio. Paulo percebe um sentido mais profundo: alegria na igreja, apesar da perseguição e do sofrimento dela.

    Hoje, corremos o mesmo risco que Paulo viu na Galácia. A car-ne ama "estímulos religiosos", an-seia por eles e sente-se gratificada quando guarda algumas leis reli-giosas. Temos de ter cuidado para não trazer Ismael e Hagar de volta à família, embora não haja nada de errado com as tradições da igreja fundamentadas na Bíblia e as quais exaltam a Cristo. Não podemos misturar Lei e graça. Possa Deus ajudar-nos a nos manter firmes em sua graça pura.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gálatas Capítulo 4 do versículo 1 até o 31
    4.3 Rudimentos do mundo. Possivelmente terá a idéia de "espíritos elementares" que, na cosmogonia pagã, controlavam os tempos e estações (conforme 8-10 e Cl 2:8, Cl 2:20).

    4.4 Plenitude do tempo. Cristo apareceu num tempo determinado por Deus que é o ponto central de toda a história. Enviou. Afirma a Sua preexistência. Mulher. É um eco do nascimento virginal de Cristo. Sob a lei. Cristo se submeteu à lei judaica para resgatar-nos do seu poder (5).

    4.6 Enviou. É a mesma palavra que descreve o ato de mandar o Filho no v. 4. Do mesmo Pai, vêm o Filho e o Espírito. Unidos com Cristo pela fé, recebemos o "Espírito do Filho" que garante nossa filiação.

    4.8 Deuses... não o são. Não quer dizer que não tinham existência, mas que eram demônios (conforme 1Co 10:20).

    4.9 Conhecidos por Deus (conforme 1Co 8:3; 2Tm 2:19). Indica mais do que uma referência à iniciativa divina; é o reconhecimento da parte de Deus que somos Seus filhos (conforme Mc 1:11; Mt 7:23; Jo 10:15).

    4.14 Enfermidade... tentação. O v. 13 dá a entender que Paulo foi pregar aos gálatas, em parte, por causa de uma enfermidade que possivelmente seria a malária que abundava em Perge no litoral da Ásia Menor (At 13:14), mas não no interior mais alto. Porém, alguns vêem nas palavras "tentação", "desprezo", uma possível alusão à epilepsia (conforme 2Co 12:7).

    4.19 De novo... dores de parto. Estes novos mestres almejavam as afeições dos gálatas sem direito a elas; enquanto o próprio apóstolo tinha a relação de mãe com seus próprios filhos. Filhos (gr teknia). É uma palavra tanto de brandura e doçura como também de censura. Está ligada ao contexto do embrião tornando-se em criança descrevendo a maneira que o crescimento espiritual produz a forma de Cristo no crente.

    4:21-31 Uma alegoria (24) significa mais do que uma ilustração. Como um tipo, refere-se às verdades espirituais escondidas nos acontecimentos e personagens históricos. A velha aliança da lei e a circuncisão não passam de escravidão (tipificada por Agar e Ismael); enquanto a nova aliança da promessa (tipificada por Sara e Isaque) liberta e garante a herança da nova Jerusalém, isto é, o Céu, onde Cristo já reina em poder.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gálatas Capítulo 4 do versículo 1 até o 31
    4:1-7. Nessa seção, a história do evangelho é recapitulada em termos de uma simples experiência da alma, e assim os olhos dos gálatas são desviados (em preparo para o apelo que segue) da disputa doutrinária para a sua plenitude em Cristo. Podemos preferir enxergar a experiência do indivíduo nessa descrição; ou (com Calvino) a experiência genérica sob a antiga aliança e sob a nova aliança. Ambas são aplicações válidas.
    O v. 3 apresenta uma dificuldade (os princípios elementares do mundo). A tradução da RSV, “os espíritos elementares do Universo”, introduz uma nuança relativa aos colos-senses que é estranha à atmosfera de Gálatas. O argumento até então permaneceu inteiramente no contexto judaico e do AT, e é assustador pressupor que Paulo esteja igualando esses “princípios” com os poderes demoníacos das estrelas que na época eram proeminentes na superstição popular, e são sugeridos pela tradução da RSV. O mesmo problema surge no v. 9. É possível que a expressão seja propositadamente ambígua, sinalizando para a escravidão de um rito materialista judeu, para superstições da época e também para a sobrevivência obstinada da religião da Anatólia, que escravizava de forma depravada os instintos mais elementares da vida, e isso os gálatas conheciam muito bem. Em contraste com isso, veja a graça de Deus ém Cristo! — nascido de mulher (mus que contraste com a religião depravada da deusa-mãe), nascido debaixo da Lei (mas aquele que veio para nos libertar da escravidão da lei). Aqui o Filho de Deus vem para se colocar onde nós estamos, para que ele possa suportar a nossa maldição e nos tirar dela e nos elevar à adoção de filhos.

    [Observações:
    1) v. 4. enviou (exapesteilen): “enviar a partir de (de dentro de)”. Exatamente a mesma palavra é usada no v. 6 acerca do Espírito.


    2)    v. 5. adoção de filhos: v.comentário Dt 3:15).]

    v. 12-20. O segundo apelo é pessoal e nos apresenta uma janela para o coração amoroso do apóstolo e sua identificação intensa com os que ele buscava alcançar (conforme 1Co 9:19-46).

    O livro de Atos não menciona a doença que teria resultado na primeira visita de Paulo à Galácia (v. 13-15); o v. 15 poderia sugerir uma enfermidade dos olhos, mas isso não passa de mera especulação, e não é um significado necessário do versículo. Por que esse incidente deveria ter impressionado tanto os gálatas? Será que Paulo rumou para a colonia romana de Antioquia para buscar ajuda médica para o seu problema? E tentador dar asas à especulação. Houve um dos companheiros posteriores de Paulo cujo conhecimento desse distrito era tão profundo que poderia sugerir uma familiaridade de residente nativo da região, e esse companheiro era Lucas, “o médico amado” (Cl 4:14) (v. Ramsay, Historical Gommentary on the Galatians, p. 205-6, 209, 215ss, BearingofRecentDiscovery on the Trustworthiness of the NT, cap. 3). Foi Lucas que pôde dar um relato tão detalhado da primeira visita de Paulo a Antioquia da Pi-sídia (At
    13) e que se uniu ao grupo de Paulo na segunda viagem missionária em Trôade, não muito tempo depois de ele mesmo ter passado por esse distrito (v. o “nós” implícito em At 16:6-11). O sujeito oculto do autor de Atos seria, então, uma explicação suficiente para a ausência da referência à enfermidade nessa narrativa. Mas a imaginação é um guia inútil; além disso, a tradição deixa claro que Lucas era cidadão de Antioquia da Síria, e Ramsay tinha ainda outra teoria.

    Os v. 17,18 são obscuros, mas sugerem que os judaizantes haviam usado tanto lisonjas quanto ameaças de excomunhão nas suas discussões com os judaizantes (mas v. F. F. Bruce: “eles simplesmente querem cortar vocês de qualquer contato comigo...”).
    Os versículos finais do parágrafo são notáveis por causa da expressão até que Cristo seja formado em vocês, intensificando ainda mais o sentimento da união do Cristo ressur-reto com os seus que já destacamos na carta. Que indicação extraordinária ela nos dá também acerca do envolvimento pessoal de Paulo com as lutas espirituais dos seus convertidos!

    [Observações:
    1) v. 13. pela primeira vez: o gr. poderia sugerir que tinha havido duas visitas aos gálatas (v. At 14:21). Isso não é essencial no uso do koinê (v. o texto da NEB e as notas de rodapé).


    2) v. 14. Lit. “a sua aflição [de vocês] na minha carne”.]
    v. 21-31. O terceiro apelo é feito em forma de alegoria. Esse tipo de argumento não combina com a mente moderna, mas Paulo está combatendo o método de debate que foi usado contra ele por seus oponentes no campo deles. Para que ninguém se sinta tentado muito facilmente a escorregar para esse tipo de eisegese, é bom observar que o apóstolo faz uso da alegoria somente em relação à doutrina que ele já estabeleceu por meio de cuidadosa exegese\ “Imaginação e ingenuidade são substitutos insatisfatórios da autoridade apostólica” (Hogg e Vine, p. 220).

    O trecho contém dois pontos importantes, além dos seus ensinamentos óbvios. Em primeiro lugar, a citação aparentemente incidental de Is 54:1 (v. 27) é mais um sinal da influência exercida sobre a formação da compreensão de Paulo do evangelho por parte da segunda parte dessa profecia. Esse tipo de citação com freqüência é mais significativo na identificação dessa influência do que a citação de um “texto de prova” evidente.

    Em segundo lugar, essa alegoria assinala uma transição no pensamento da carta. Até aqui, o contraste foi entre a lei por um lado e a fé e a promessa por outro. A carta passa agora a tratar do contraste que havia sido indicado em 3.2,3, entre a carne e o Espírito.
    Lightfoot observou que a aplicação confiante das Escrituras por Paulo no v. 30 é um tributo extraordinário à sua percepção profética; naquela época, não havia certeza alguma, aos olhos humanos, de que o antigo sistema judaico seria lançado fora da sua herança.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Gálatas Capítulo 4 do versículo 8 até o 11


    5) Um Apelo a que Não Retornem à Escravidão. Gl 4:8-11.

    O apóstolo retrocede novamente para mais uma vez falar, de maneira direta, sobre os gálatas e sua situação, no que se refere ao legalismo e à liberdade cristã.


    Moody - Comentários de Gálatas Capítulo 4 do versículo 9 até o 10

    9,10. Eles O conheciam agora porque Ele os conhecera, conforme comprovado pela primeira oferta da graça que lhes foi oferecida. É incrível que gente com tal história retornasse outra vez aos rudimentos fracos e pobres (em contraste com o Evangelho), dando grande importância a dias especiais. Ao que parece os judaizantes colocaram em destaque primeiramente o aspecto mais agradável da obediência à Lei (os gálatas estavam guardando esses dias quando Paulo escreveu), por ser menos difícil e menos ofensivo que a circuncisão, a qual os gaiatas ainda não tinham aceito inteiramente (cons. Gl 5:2).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gálatas Capítulo 4 do versículo 8 até o 11
    e) A loucura de pôr-se novamente em escravidão (Gl 4:8-48; 2Co 8:9; Jc 2:5). Guardais (10); "vós observais minuciosa e escrupulosamente", esforçando-vos para nada omitir. Várias ordenanças judaicas são mencionadas: dias, isto é, sábados, jejuns, festividades; meses, isto é, luas novas (cfr. 2Rs 4:23); tempos (ou estações), isto é, festas anuais, tais como a Páscoa, o Pentecoste, etc.; anos, isto é, os anos sabáticos. Nenhuma base pode ser encontrada aqui para a idéia que a lei sabática foi abrogada por Cristo. O que Paulo condena neste passo é a observância escrupulosa do sábado judaico, com todas as suas estreitezas farisaicas, bem como a escrupulosa observância de outros dias judaicos sagrados, como meios de salvação. Receio de vós (11); melhor ainda, "receio por vós". Em vão (11); a mesma palavra que em Gl 3:4.

    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Gálatas Capítulo 4 do versículo 1 até o 31

    10. Filhos de Deus (Gálatas 4:1-11)

    Agora eu digo, enquanto o herdeiro é menino, ele não difere em nada de um escravo, embora ele é dono de tudo, mas ele está debaixo de tutores e gestores até a data estabelecida pelo pai. Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo das coisas elementares do mundo. Mas quando a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, a fim de que pudesse resgatar os que estavam sob a lei a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho em nossos corações, que clama: "Abba, Pai!" Assim que já não és escravo, mas filho; e, se és filho, então também herdeiro por Deus.
    No entanto, nesse momento, quando você não conhece a Deus, eram escravos para aqueles que por natureza não são deuses. Mas agora que você chegou a conhecer a Deus, ou melhor, sendo conhecidos por Deus, como é que você voltar novamente para os fracos e inúteis coisas elementares, para o qual você deseja ser escravizados tudo de novo? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Temo por você, que talvez eu tenha trabalhado em cima de você em vão. (4: 1-11)

    Continuando o seu argumento básico que a salvação não é adquirida por mérito ou obras do homem, mas unicamente pela graça soberana de Deus trabalhando através de fé do homem, Paulo desenvolve a analogia de uma criança se tornar um adulto (ver 3: 23-26). Ele compara a posição e os privilégios de uma criança aos de um servo, com as figuras de vida da criança e servo representando sob a lei e as figuras de adulto e filho que representam a vida em Cristo.

    A analogia continua a contrastar homem antes da salvação, quando, seja judeu ou gentio, ele está sob lei e homem de Deus depois da salvação, quando ele está em Cristo. As verdades centrais de 4: 1-11 são de que a vida sob a lei é destinado por Deus para ser a preparação para a filiação divina e que a confiança em Sua graça traz realização dessa filiação.

    Preparação para Filiação: Nos termos da Lei

    Agora eu digo, enquanto o herdeiro é menino, ele não difere em nada de um escravo, embora ele é dono de tudo, mas ele está debaixo de tutores e gestores até a data estabelecida pelo pai. Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo das coisas elementares do mundo. (4: 1-3)

    No mundo antigo, a divisão entre a infância ea idade adulta era muito mais definitivo do que é na maioria das sociedades de hoje. Apesar de antigos costumes variados, havia geralmente uma determinada idade, quando a criança, especialmente um menino, seria oficialmente vêm de idade e assumir os privilégios e responsabilidades da vida adulta. Como mencionado no capítulo anterior, a cerimônia de Roman marcação que a mudança no status foi chamado virilis toga , ea cerimônia judaica era (e ainda é) chamado bar mitzvah.

    Até a idade de doze anos, um menino judeu estava sob o controle direto e absoluto de seu pai. Mas, o bar mitzvah, observada no primeiro sábado após o seu décimo segundo aniversário, o pai do menino orava: "Bendito sejas ó Deus, que tirou de mim a responsabilidade desse menino", e o menino iria Oração ", ó meu Deus e Deus de meu pai, neste dia solene e sagrado que marca a minha passagem da adolescência para a idade adulta, eu humildemente levanto os meus olhos a Ti e declarar com sinceridade e da verdade que, doravante, vou observar os teus mandamentos e comprometem-se a arcar com a responsabilidade de minhas ações em direção a Ti ".
    Na Grécia antiga um rapaz estava sob o controle de seu pai, até aproximAdãoente a idade de dezoito anos. Naquele tempo um festival chamado de apatouria seria realizada no qual o menino foi declaradoephebos , um tipo de cadete, com responsabilidades especiais para o seu clã ou cidade-estado por um período de dois anos. Durante a cerimônia de vinda-de-idade, longo cabelo do menino seria cortado e oferecido ao deus Apolo.

    Na cerimônia de Roman meninos levaria seus brinquedos e em uma cerimônia semelhantes meninas levaria suas bonecas e oferecê-los em um sacrifício aos deuses como um símbolo de colocar a infância para trás. Foi para esse costume que Paulo alude em seu comentário: "Quando me tornei homem, desisti das coisas próprias de menino" (1Co 13:11).

    A ilustração de uma criança ( nepios , infantis, um sem compreender, ou um menor), vinda de idade foi, portanto, de fácil compreensão pelos judeus e gentios, a quem Paulo escreveu. Eles estavam bem cientes de que , enquanto o herdeiro era uma criança, ele estava em condições que se não diferem em nada de as de um escravo . Como filho e herdeiro dos bens e direitos de todos os de seu pai, um menino foi o potencial e legítimo dono de tudo o que pertencia a seu pai. Mas, como William Hendricksen aponta, ele era apenas um herdeiro de jure , não um herdeiro de facto ; ele era o herdeiro por direito legal, mas não herdeiro de fato.

    Enquanto uma criança , ele estava debaixo de tutores e gestores até a data estabelecida pelo pai. Famílias seria atribuir certos escravos capazes e confiáveis ​​para atuar como tutores (um termo geral para uma pessoa que cuida de meninos menores de idade) e gestores (casa stewards) mais a criança até que ele foi cultivado. Junto com seu tutor ( paidagōgos , ver a discussão de 3: 24-25), esses escravos da família teriam carga praticamente completo de educação, formação e bem-estar da criança. A criança era subserviente a eles e não podia fazer nada sem a sua permissão e ir a lugar nenhum sem a sua companhia. Para todos os efeitos práticos, a criança se não diferem em nada de um escravo com quem ele estava sendo treinado. Assim como um escravo tinha mestres, então ele teve mestres.

    Mas, no dia fixado pelo pai , o estado da criança mudou radicalmente. Ele já não era simplesmente um herdeiro de jure , mas tornou-se um herdeiro de facto . Ele não era mais uma criança ou como um escravo , mas um adulto e um cidadão responsável.

    De forma semelhante, assim também nós, quando éramos sob a lei como incrédulos crianças, foram presos em cativeiro . Para um descrente não há salvação e cumprimento da promessa dada a todo o mundo através de Abraão potencial (Gn 12:3). Como os crentes de todas as épocas, eles finalmente receberá a plenitude da promessa. Mas durante suas vidas eles também viviam como herdeiros de jure , não herdeiros de facto .

    Quando Deus enviou o Seu Filho, Ele forneceu a garantia de que os crentes e todos os outros se tornariam co-herdeiros com o Filho . Aqueles que nos termos da lei não são melhores que os escravos (4:
    1) irá receber plena e completa adoção de filhos.

    plenitude do tempo refere-se à conclusão do período de preparação no calendário soberana de Deus de redenção. Quando a lei não cumpriu plenamente o seu propósito de mostrar um a sua pecaminosidade e incapacidade de viver de acordo com o padrão perfeito de Deus de justiça, Deus marcou o início de uma nova era de redenção. Quando Ele enviou Seu Filho, Ele forneceu a justiça para o homem que o homem não poderia prover para si mesmo.

    Quando Jesus nasceu, estava tudo certo para a vinda do Messias. Primeiro de tudo, era o momento certo religiosamente. Durante o cativeiro babilônico, Israel uma vez por todas, abandonando a idolatria em que ela tinha tantas vezes caído. Apesar de seus muitos outros pecados e fracassos, incluindo a rejeição nacional de seu próprio Messias, nenhum número significativo de judeus jamais voltou-se à idolatria.
    Também durante o exílio, os judeus desenvolveram sinagogas, que usaram como locais de culto, como escolas, e como tribunais. Além disso, eles finalmente tiveram o preenchido Antigo Testamento, montado por Ezra e outros depois do retorno da Babilônia. Essas características facilitou a proclamação do evangelho do Messias entre o povo de Israel.
    Em segundo lugar, era o momento certo culturalmente. Os cristãos que se propagam o evangelho durante os primeiros séculos tinha uma linguagem comum com aqueles a quem eles testemunharam e com quem eles adoravam. Alexandre, o Grande, tinha completamente estabelecida cultura e da língua grega todo o mundo conhecido, e estes continuaram a sua influência dominadora muito tempo depois de Roma conseguiu Grécia como governante do mundo.
    Em terceiro lugar, era o momento certo politicamente. Roma havia instituído a Pax Romana (que a paz romana), que previa a estabilidade econômica e política. Os apóstolos e outros pregadores início e professores poderiam viajar livremente e em segurança por todo o império e poderia fazê-lo sobre o magnífico sistema de estradas construídas pelos romanos.

    Cada um desses fatores foi, de alguma forma única a chave para a propagação do evangelho. O tempo de Deus foi perfeito.
    Quando propício de Deus chegou a hora, Ele enviou Seu Filho . Filho não se refere à essência divina de Jesus. Ele não era, por natureza, eternamente subordinado a Deus , o Pai, mas era igual a ele, mas ele voluntariamente se submeteu ao Pai durante sua encarnação, como um filho obediente faz para um pai terreno. Parece que Jesus não tinha sido eternamente sujeito ao Pai, mas estava sujeita apenas durante o tempo da Sua humanidade. Paulo faz esse fato claro quando ele se refere à kenosis (esvaziamento): "Embora Ele, subsistindo em forma de Deus, [Ele] não considerou a igualdade com Deus uma coisa que deve ser aproveitada, mas esvaziou-se a tomar a forma de um elo— servo, tornando-se em semelhança de homens "(Fil. 2: 6-7). Jesus é eternamente "o resplendor da glória [de Deus] e a representação exata de sua natureza, e sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder" (He 1:3; 2Sm 7:142Sm 7:14), indicando que na eternidade passado que, embora houvesse sempre três pessoas da Trindade, ainda não existiam os papéis de pai e filho. Essas designações aparentemente surgiu apenas na encarnação. No anúncio do nascimento de Jesus a Maria, o anjo Gabriel declarou: "Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo; ... a prole santo será chamado Filho de Deus "(Lc 1:32; grifo do autor). Filho era um nome novo, nunca antes aplicado para a segunda pessoa da Trindade, exceto profeticamente, como no Sl 2:7 como referindo-se ao caso de Sua encarnação. João escreveu: "No princípio era o Verbo, eo Verbo estava com Deus, eo Verbo era Deus" (Jo 1:1) Será que ele assumir o papel e função do Filho .

    Nascido de uma mulher não se destina a ser uma declaração exclusiva enfatizando a ausência de um homem, e, portanto, não tanto se refere ao nascimento virginal de Jesus, importante como a grande verdade é que, segundo a humanidade completa. Ele era plenamente homem, nascido de uma mulher , como todos os outros homens, mas Ele era totalmente Deus. Caso contrário, ele não poderia ter sido Salvador do mundo. Ele teve que ser completamente Deus para que Seu sacrifício para ter o infinito valor necessário para expiar o pecado da humanidade. Ele também teve de ser totalmente homem, a fim de representar a humanidade e tomar a penalidade do pecado sobre Si em favor do homem. Foi o homem quem pecou, ​​que estava sob a maldição, e que foi condenado a prestar a sua desistência vida a Deus.Jesus, portanto, não poderia ter substituído pelo homem pecador na cruz se Ele não tivesse tomado sobre Si "semelhante aos homens" (Fm 1:2).

    Como qualquer outro homem, Jesus foi nascido sob a lei . Como qualquer outro judeu Ele estava sob obrigação de obedecer e ser julgado por conformidade a escrita de Deus Lei no Antigo Testamento; mas ao contrário de qualquer outro judeu Ele satisfez as exigências da referida lei, vivendo em perfeita obediência a ela. E porque Ele viveu em perfeita obediência, Ele foi capaz de resgatar todos os outros homens que estavam sob a lei , mas não obediente a ela, desde que tinha fé salvadora nEle.

    Como explicado no capítulo 7 (sob Gl 3:13), resgatar é de exagorazō , o que significa, literalmente, para resgatar ou comprar de volta e foi usado de escravos cuja liberdade foi comprado. Através de pagamento do preço exigido, os escravos foram resgatados e tornou-se homens livres, e, mais do que isso, eles receberam a adoção de filhos (conforme Rm 8:15, Rm 8:23; 9:. Rm 9:4; Ef 1:5, 7-8). Mas quando os crentes experiência circunstâncias difíceis ou deixar de viver em obediência a Deus, é fácil para eles duvidam de sua posição exaltada como Seus filhos.

    Um dos ministérios do Espírito para os filhos de Deus é capacitá-los com toda a confiança para clamar a Ele, "Abba, Pai!" O Espírito oferece ministério subjetiva que confirma a verdade objetiva da Escritura. Declarando que mesma mensagem aos crentes em Roma, Paulo escreveu: "Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, a temer novamente, mas você recebeu uma espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: 'Abba, Pai!' O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus "(Rom. 8: 14-16).

    Como mencionado no capítulo anterior, Abba é um diminutivo da palavra aramaica para pai. Era um termo carinhoso usado por crianças de seus pais e pode ser traduzida como "papai" ou "papa". O SantoEspírito nos coloca em uma relação pessoal e íntima com nosso celestial Pai , a quem podemos abordar a qualquer momento e em qualquer circunstância, sabendo que Ele sempre nos ouve e amorosamente cuida de nós, porque somos verdadeiramente Seus.

    "Nele, você também", escreveu Paulo aos Efésios ", depois de ouvir a mensagem da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados nEle com o Espírito Santo da promessa, que é dado como um penhor da nossa herança, tendo em vista a redenção da possessão de Deus, para o louvor da sua glória "(13 49:1-14'>Ef. 1: 13-14). O fato de que um crente tem um relacionamento íntimo com Deus e com confiança pode clamar a Ele como Pai , é linda e magnífica prova de filiação. Aqueles que têm o estatuto de filiação divina por meio do Filho também tem a essência ea garantia de que por meio do Espírito , que os chama à comunhão íntima com o Pai celestial.

    Sua consumação

    Assim que já não és escravo, mas filho; e, se és filho, então também herdeiro por Deus. (4: 7)

    A consumação da filiação divina é dada na promessa da herança conjunta com Cristo. O resultado final do nosso relacionamento é herança de propriedade do Pai. No reino espiritual, uma pessoa que crê em Jesus Cristo não é mais sob a lei, já não seu escravo . Porque ele está agora no Filho, ele é o próprio filho; e, se és filho, então também herdeiro por Deus. Assim como foi em antigas leis de adoção, por isso, é na família de Deus, a filiação significa heirship.

    Porque os crentes são filhos de Deus, eles são "herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo" (Rm 8:17). O que uma verdade incompreensível: que, dando-nos a Jesus Cristo na fé, Deus nos dá tudo o Seu Filho possui!

    A sua obrigação

    No entanto, nesse momento, quando você não conhece a Deus, eram escravos para aqueles que por natureza não são deuses. Mas agora que você chegou a conhecer a Deus, ou melhor, sendo conhecidos por Deus, como é que você voltar novamente para os fracos e inúteis coisas elementares, para o qual você deseja ser escravizados tudo de novo? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Temo por você, que talvez eu tenha trabalhado em cima de você em vão. (4: 8-11)

    O dom da graça da filiação é livre, mas traz obrigação grave. Grande bênção carrega grande responsabilidade (Lc 12:48). Mas a grande responsabilidade do crente não é para as características cerimoniais e rituais da lei, a partir do qual a salvação o liberta. É essa verdade que os crentes da Galácia tinha esquecido sob a influência sedutora dos judaizantes.

    Paulo lembra os crentes do tempo, quando eles não conhecem a Deus e eram escravos para aqueles que por natureza não são deuses. Antes que eles vieram a Cristo a sua religião era a de obras, e eles eram escravos de vários deuses feitos pelo homem que estavam na verdade, não há deuses em tudo. A não resgatados são escravos não só à lei, mas também para os ídolos.

    Vários anos atrás, eu visitei um grande templo budista. Dezenas de homens e mulheres, e até mesmo algumas crianças, foram curvar-se diante de uma imagem de pedra gigante de Buda, recitando orações prescritas, passando por vários encantamentos, e fazer oferendas de incenso e comida. Meu coração se partiu por causa de sua escuridão espiritual e desesperança. Eu queria gritar: "Por que você está fazendo tudo isso? Você não sabe que a imagem é apenas um pedaço de pedra esculpida por homens? Não há nenhum deus aqui. Buda não pode ajudá-lo. Ele mesmo é morto há muito tempo-fisicamente e espiritualmente e vai permanecer eternamente morto. Se você continuar a confiar nele, você também vai morrer e permanecer para sempre morto ". Há muitos falsos deuses homens depositam sua confiança, mas ninguém pode salvar.

    Enquanto as pessoas estavam lamentável por causa da sua ignorância de Deus, elas também foram condenados por causa de sua rebeldia contra Deus. "O que se sabe sobre Deus é evidente entre eles", diz Paulo de tais pessoas; "Porque Deus tornou evidente para eles. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis, o seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo percebidos por meio do que tem sido feito, de modo que eles fiquem inescusáveis. Pois, embora tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, mas eles tornaram-se fúteis em suas especulações, eo seu coração insensato se obscureceu ... Pois eles mudaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em lugar do Criador "(Rom. 1: 19-21, Rm 1:25).

    Mas agora que você chegou a conhecer a Deus, ou melhor, sendo conhecidos por Deus, Paulo pergunta em confusão, como é que você voltar novamente para os fracos e inúteis coisas elementares a que você uma vez deu a sua devoção? Por que você deseja ser escravizados tudo de novo? Agora que vocês são filhos, ele pede aos Gálatas vacilantes, por que você quer voltar para a escravidão? Agora que você está adultos gratuitas através da fé em Cristo, por que você quiser reverter para a sua servidão infância sob a lei?

    Entre os fracos e inúteis coisas elementares para que alguns dos Gálatas estavam retornando era a observância ritualística de . dias, meses e estações e anos Durante o seu ministério na Galácia, Paulo, sem dúvida, deu aos crentes o mesmo aviso que ele deu à igreja de Colossos: " Que ninguém agir como seu juiz em relação a alimentos ou bebida, ou em relação a um festival ou uma lua nova ou um sábado dia-coisas que são uma mera sombra do que está por vir, mas a substância pertence a Cristo "(Col. 2: 16-17). "Se já morremos com Cristo para os princípios elementares do mundo", continua ele, "porque, como se você estivesse vivendo no mundo, você submeter-se a decretos, tais como, 'Não manuseie, não gosto, não toque! ' (Que todos se referem a coisas destinadas a perecer com o uso) —em conformidade com os mandamentos e ensinamentos de homens? Estas são questões que têm, com certeza, a aparência de sabedoria, em self-made religião e auto-humilhação e tratamento severo do corpo, mas não são de nenhum valor contra indulgência carnal "(vv. 20-23).

    Em seu comentário A Mensagem de Gálatas , João Stott menciona o maravilhoso conta de João Newton, autor do hino amado "Amazing Graça". Newton era filho único e perdeu sua mãe quando ele tinha sete anos. Com a idade de onze anos ele foi para o mar como um marinheiro e se envolveu no comércio desumano escravo Africano. Logo endurecido pelo seu entorno mal, ele superou seus companheiros em imoralidade, a vulgaridade, e blasfêmia. Mas quando ele tinha vinte e três anos, seu navio foi pego por uma tempestade severa, e quando ele começou a temer por sua vida ele clamou a Deus por misericórdia e foi maravilhosamente salvos. Não querendo nunca esquecer as profundezas do pecado do qual ele havia sido resgatado pela graça de Deus, Newton posteriormente inscritas as palavras de Dt 15:15 acima do seu manto: "E te lembrarás de que foste escravo na terra do Egito, e o Senhor teu Deus te resgatou. "

    Ao contrário de João Newton, os cristãos da Galácia não lembrar o que eram uma vez gosta, e Paulo foi indescritivelmente decepcionado com sua imaturidade e falta de discernimento. Ele não era capaz de entender como eles poderiam tão rapidamente esquecer sua antiga escravidão na incredulidade e tão facilmente entregar sua nova liberdade e bênçãos em Cristo. Temo por você, lamentou ele, que talvez eu tenha trabalhado em cima de você em vão.

    Como é triste para um servo tão fiel do Senhor a acreditar que tudo o, serviço sacrificial risco de vida que ele tinha dado em nome do povo da Galácia era inútil. Toda a viagem, doença, solidão, lutas, até mesmo o apedrejamento, ele recebeu em Listra que o deixou para morrer, foi para nada se reverteu para sua antiga escravidão.
    Não admira que este é uma epístola tão apaixonada. O pensamento de todos que ser esforço vazio obrigou Paulo a escrever como ele fez.



    11. Até que Cristo seja formado em vós ( Gálatas 4:12-20 )

    Peço-vos, irmãos, se tornar como eu sou, pois eu também tornaram-se como você é. Você me fez nada de errado; mas você sabe que foi por causa de uma doença física que eu pregava o evangelho, a vós pela primeira vez; eo que era um teste para você na minha condição física você não desprezar ou detestar, mas você me recebestes como um anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus. Onde, então, é que o senso de bênção que você teve? Para vos dou testemunho de que, se possível, você teria arrancado os olhos e tem dado a mim. Tenho, portanto, tornar-se seu inimigo, dizendo a verdade? Eles procuram avidamente você, não louvável, mas que pretendem fechá-lo para fora, a fim de que você pode procurá-los. Mas é bom sempre ser procurado avidamente de uma maneira louvável, e não só quando estou presente convosco. Meus filhos, por quem sofro novamente em trabalho de parto, até que Cristo seja formado em vós, mas eu bem quisera estar presente convosco agora e mudar o meu tom, porque estou perplexo sobre você. ( 4: 12-20 )

    Até este ponto na carta, a abordagem de Paulo tem sido conflituosa e impessoal. Ele foi escrito como um estudioso ou debatedor, empacotamento de todos os argumentos possíveis e ilustração para obter a sua mensagem. Ele tomou a postura de um advogado determinado em juízo ou um teólogo aprendido em sala de aula, dando uma apresentação desapaixonada e irrefutável. Ele referiu-se ao Antigo Testamento para ensinar aos gálatas a verdade básica do evangelho que ele lhes ensinara muitas vezes antes: a salvação é pela graça de Deus, que perdoa lawbreaking pecado do homem e tornando-se efetiva através da fé do homem sozinho. Ele usou tanto a sua própria experiência e na de Gálatas para reforçar seu ensino. Mas para a maior parte, ele soou distante, parecendo estar mais preocupado com princípios que pessoas.
    Mas a abordagem do apóstolo muda drasticamente no versículo 12 do capítulo 4 . Sua raiva contra os judaizantes desaparece, e ele se move do puramente doutrinária ao mais pessoal. De fato, os versículos 12:20 são as palavras mais fortes de afeto pessoal Paulo usa em qualquer de suas cartas. Ele não faz tanto pregar ou ensinar como simplesmente derramar seu coração em exortação pessoal. Ele diz que, na verdade, "eu me preocupo com você mais do que eu posso dizer. Eu te amo muito, assim como você me amava muito. Por favor, escutem o que estou dizendo, porque é tão vital essencial."

    Fonte de Paulo de Gentilza foi o próprio Cristo, como pode ser visto em seu apelo aos Coríntios imaturos e teimosos, que tentaram continuamente sua paciência: "Eu, Paulo, eu exorto-vos pela mansidão e benignidade de Cristo" ( . 2Co 10:1. ). Não importa o quão sério a doutrina que ele pode ter que defender ou como corruptora a imoralidade que ele pode ter que expor, ele não ousa perder a sua sensibilidade e compaixão.

    No curso de sua efusão íntima aos Gálatas em 4: 12-20 , Paulo primeiros apelos para eles, então se lembra com carinho sua aceitação amorosa dele, alerta-los sobre os motivos ocultos dos judaizantes, e, finalmente, diz-lhes de seu desejo de estar com eles novamente em pessoa.

    O recurso a elas

    Peço-vos, irmãos, se tornar como eu sou, pois eu também tornaram-se como você é. ( 4:12 a)

    O apelo de Paulo a seus irmãos em Cristo era para eles reconhecer e viver de acordo com a liberdade espiritual todos os crentes têm na graça de Deus. Essa é a verdade central da epístola, uma verdade que ele já havia pregado e ensinado aos Gálatas, mas um dos judaizantes os tinha seduzido para duvidar e abandono.

    Peço-lhe, ... se tornar como eu sou, ele implorou, livre de tentar ganhar a salvação pela guarda da lei e livre de ter que viver de acordo com seus símbolos exteriores, cerimônias, rituais e restrições. "Eu morri para a lei, para que eu pudesse viver para Deus", ele já tinha escrito ( 02:19 ). Agora, ele implorou-los a confessar mais uma vez que a morte para a lei como uma forma de santificação, que a morte, também eles, tinha experimentado quando eles confiavam em Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Enquanto todos os crentes são chamados a viver em obediência a padrões morais de Deus que nunca mudam (tal vida é a evidência da salvação, tal como indicado na Ef. 2: 6-10 ), eles não podem mais viver pela lei do que eles poderiam ter sido salvos por ela. "Foi para a liberdade que Cristo nos libertou; Permanecei, pois, firmes e não estar sujeito novo, a jugo de escravidão" ( 5: 1 ).

    Por enquanto Paulo não apresenta mais argumentos, mas sim dá uma exortação sincero. "Você sabe como eu sempre vivi desde que recebeu Cristo", disse ele, com efeito, "e como eu vivia, enquanto eu ministrava entre vocês. Essa é a maneira que eu quero que você viva bem."
    A razão para o apelo de Paulo também é pessoal: . porque eu também tornaram-se como você é Quando ele veio a Cristo que ele tinha arrancado todos os fragmentos do legalismo, no qual ele havia sido enredado com mais força do que talvez alguns outros judeus de sua época (ver Phil. 3: 4-6 ). Embora ele agora voluntariamente tornou-se como um judeu quando entre os judeus e como os gentios, quando entre os gentios, tornando-se "todas as coisas para todos os homens, para que [ele poderia] por todos os meios chegar a salvar alguns" ( 1 Cor. 9: 20-22 ), Paulo nunca representou a si mesmo nem o pensamento de si mesmo como qualquer coisa, mas um pecador redimido por Jesus Cristo, em quem "não há judeu nem grego, escravo nem ... homem livre, homem nem mulher ..." ( Gl 3:28 ). Após o conselho dos anciãos da igreja de Jerusalém, Paulo concordou em uma ocasião para patrocinar quatro homens na tomada de um determinado voto judaico no Templo, a fim de manter-se de ofender desnecessariamente judeus incrédulos ( Atos 21:23-26 ). Mas ele fez isso como um ato de sua liberdade como um cristão, não sob a compulsão da lei.

    Os crentes judeus na Galácia sabia muito bem que Paulo tinha abandonado sua antiga subserviência, não só para as tradições rabínicas, mas mesmo com a lei cerimonial de Moisés (cf. At 21:21 ). Muitos desses crentes, como o próprio Paulo, tinha pago um preço caro quando se converteram do Judaísmo a Cristo, ser condenado ao ostracismo de suas famílias e sinagogas e tratado como se estivesse morto. No entanto, eles agora estavam sendo intimidados pelos judaizantes a voltar à sua antiga servidão sob a lei. "Eu apresentei a liberdade", Paulo estava dizendo; "Não voltar à escravidão."

    Sua memória deles

    Você me fez nada de errado; mas você sabe que foi por causa de uma doença física que eu pregava o evangelho, a vós pela primeira vez; eo que era um teste para você na minha condição física você não desprezar ou detestar, mas você me recebestes como um anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus. Onde, então, é que o senso de bênção que você teve?Para vos dou testemunho de que, se possível, você teria arrancado os olhos e tem dado a mim. Tenho, portanto, tornar-se seu inimigo, dizendo a verdade? ( 04:12 b-16)

    A divisão verso aqui é lamentável em que 12 b obviamente pertence com o versículo 13 . Paulo faz uma mudança abrupta em vez de ênfase, lembrando os gálatas de quão rica e profunda a sua relação pessoal com ele tinha sido uma vez. Eles não só tinha feito a ele nada de errado , mas tinha abertamente e carinhosamente o recebeu quando estava em circunstâncias pessoais extremamente adversas. "Como, então," ele estava se perguntando, "você poderia me rejeitar agora, depois de ser tão aceitando de mim, então?"

    Quando Paulo foi pela primeira vez para a Galácia, muitos judeus se voltou contra ele quando perceberam que sua mensagem era tanto para os gentios como judeus ( At 13:45 , At 13:50 ; At 14:19 ). Mas Deus o usou na salvação de muitos convertidos lá, judeus e gentios ( 13 43:14-1 ), e aqueles que aceitaram a sua mensagem também aceitou-o, apesar de uma grave aflição física que ele tinha na época. Era, de fato, por causa de uma doença física que Paulo havia pregado o evangelho a eles pela primeira vez .

    Em sua primeira viagem missionária de Paulo, aparentemente, quer ficou seriamente doente enquanto na Galácia, ou então fui lá para se recuperar. Alguns sugerem que ele contraiu malária durante uma viagem através das regiões baixas e pantanosas da Panfília e decidiu ir para dentro da área maior e mais saudável da Galácia e ministro lá por um tempo, até que ele foi melhor (ver 13 13:44-13:14'>Atos 13:13-14 ). Embora a malária pode ser terrivelmente dolorosa e debilitante, esses efeitos não são contínuas. Se Paulo tinha essa doença, ele teria ainda sido capaz de fazer alguma pregação e ensino entre os ataques de febre e dor. Esta explicação é plausível.

    Seja qual for a doença , ele foi um ensaio para o Gálatas, porque sua condição física era tal que a resposta normal a que era repulsa. Mas os crentes ali não desprezar ou detestá aflição de Paulo, repulsivo como era. O termo grego para trás desprezo significa para contar como nada ou sem valor, e o termo atrás detestam literalmente significa "cuspir", que foi feito muitas vezes como um ato de desprezo. Paulo foi tratado nem como sem valor nem com desprezo.

    Nos tempos antigos, sem o benefício de bons medicamentos, ataduras estéreis, e outros tais cuidados moderna, as doenças eram muitas vezes desfigurante e seu cheiro nauseante. Para a maioria dos antigos, incluindo judeus, aflição física foi considerada uma forma de julgamento divino. Os discípulos de Jesus perguntou-lhe sobre o mendigo cego em Jerusalém, "Mestre, quem pecou, ​​este ou seus pais, para que nascesse cego?" ( Jo 9:2 ; 8: 1-6 ; 13 18:11-20'>11: 13-20 ) e que os nativos de Malta feitas a respeito de Paulo ser mordido por uma víbora mortal ( Atos 28:3-4 ).

    O fato de que a aflição de Paulo não era uma barreira para a sua credibilidade tanto para os judeus ou gentios da Galácia foi totalmente inesperado. O apóstolo estava espantado que eles ainda receberamdele como um anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus. Eles não questionou o que ele disse ou a maneira como ele olhou. Eles não tinham nenhuma dúvida de que ele era o mensageiro de Deus e do representante apostólico do Senhor Jesus e foram agradecido além da medida para a bênção da vida espiritual que tinham recebido por causa do seu ministério. Depois de sua segunda mensagem em Antioquia da Pisídia, os gentios não "começou regozijo e glorificavam a palavra do Senhor" ( At 13:48 ).

    Do ponto de vista humano, passando de Paulo a Galácia parecia puramente circunstancial, exigiu por uma doença trágica. No entanto, sua recepção por aqueles que acreditavam que o evangelho que ele pregou foi além de qualquer coisa que ele poderia ter antecipado. Durante a primeira viagem para a Galácia, a perseguição tinha sido grave, e até mesmo Paulo tinha sido apedrejado e deixado para morrer por aqueles hostil ao evangelho ( At 14:19 ). Mas, como ele mais tarde voltou a Antioquia com Barnabé, pode-se imaginar como ele deve ter se maravilhou com o amor muito contrastante e bondade que ele havia recebido de crentes.

    Mas agora ele perguntou-lhes: Onde está, então nesse sentido da bênção que você teve? Para vos dou testemunho de que, se possível, você teria arrancado os olhos e tem dado a mim. Makarismos (benção ) também pode ser traduzida como "felicidade" ou "satisfação" e implica um sentimento de alegria, satisfação e contentamento.

    "Desde o início que estava satisfeito e feliz comigo e com a mensagem da graça eu pregava," Paulo estava dizendo. "O que fez você perder essa satisfação? Por que você virou contra mim e contra o evangelho da graça?" Ele atualizado suas memórias que, uma vez que o amava tanto que você teria arrancado os olhos e lhes deu para mim.

    Paulo pode simplesmente ter sido usando uma figura comum de expressão, o que sugere que os Gálatas teria desistido sua própria visão, o mais precioso e insubstituível dos sentidos físicos, se fazendo que poderia tê-lo ajudado. Se, como alguns intérpretes especular, aflição física de Paulo era uma forma de doença ocular, ele pode aqui ter sido referindo-se a disposição dos gálatas ter literalmente trocado os seus olhos para a sua, tinha uma tal transplante foi possível naqueles dias.

    Doença ocular era comum nos tempos antigos, como ainda é na maioria dos países subdesenvolvidos hoje. Se Paulo teve uma aflição olho que poderia ter sido uma condição de longa data, talvez o "espinho na carne" que era "um mensageiro de Satanás" o Senhor lhe permitiu suportar como um lembrete de humildade da Sua graça suficiente ( 2 Cor. 12: 7-9 ). Porque às vezes a malária ataca o nervo óptico, causando perda de reconhecimento de cores, atrofia, e até mesmo cegueira, sua aflição, enquanto na Galácia pode ter afetado a forma como ele viu, bem como a maneira como ele olhou. A possibilidade de má visão é corroborada pela seção de fechamento da própria epístola aos gálatas, que começa assim: "Vede com que grandes letras Estou escrevendo para você com a minha própria mão" ( 06:11 ). Paulo geralmente ditada suas cartas a um amanuense, um tipo de taquígrafo (ver Rm 16:22. ), mas muitas vezes adicionado um pós-escrito ou saudação pessoal em sua própria mão ( 1Co 16:21. ; Cl 4:18 ; 2 Tessalonicenses . 03:17 ). Se ele tivesse visão limitada, ele provavelmente teria usado maiores do que as letras normais, a fim de ver o que ele estava escrevendo.

    Seja qual for a natureza específica da doença de Paulo, seu principal ponto aqui é clara: os gálatas tinha amado com um amor que teria obrigado-os a fazer qualquer sacrifício em seu nome.
    Depois de apenas alguns anos, porém, a situação havia mudado radicalmente. Agora Paulo perguntou em confusão, já que eu, portanto, tornar-se seu inimigo, dizendo a verdade?

    Os crentes da Galácia que tinham sucumbido à heresia judaizante eram culpados de deserção espiritual. Nada magoa o coração de um pastor fiel, professor, que trabalha com jovens, ou missionário tanto quanto ver alguém que ele levou ao Senhor afastar-se da fé. Quanto mais se tal deserção lamentar o próprio Senhor?

    Ao enfrentar a deserção espiritual de Judá, Isaías pediu em nome de Deus: "O que mais havia para fazer à minha vinha, que eu não tenha feito" ( Is 5:4 ). Deus continuamente deu tudo que poderia dar ao Seu povo escolhido, Israel, incluindo o seu próprio Filho encarnado. Eles se chamavam pelo nome de Deus, mas eles se recusaram a obedecer a Sua vontade ou vir a Ele com fé para ter seus pecados perdoados.

    "Quando Israel era um jovem que eu o amava", Deus disse através do profeta Oséias. "E do Egito chamei o meu filho Quanto mais eles chamava, tanto mais se afastavam dos mesmos;.. Mantiveram sacrificando aos Baal e queimando incenso aos ídolos Ainda sou eu quem ensinou Efraim a andar, eu levei-as na minha . braços, mas não sabia que eu os curava I levou-os com cordas humanas, com laços de amor "( Os 11:1-4. ). Deus tinha, por assim dizer, deu à luz a Israel, ensinou-a a caminhar, enfaixado suas feridas, tomadas em seus braços para confortá-la, e alimentou-a apenas para tê-la virar-lhe as costas e seguir seu próprio caminho. "O que vou fazer com você, ó Efraim? O que vou fazer com você, ó Judá?" Deus perguntou, consternada "Para a sua lealdade é como a nuvem da manhã, e como o orvalho que vai embora cedo" ( 6: 4 ).

    No entanto, em toda a rebeldia de Israel, oferta graciosa de Deus de perdão manteve-se como um farol para chamá-la de volta a Ele. "Volta, ó Israel, o Senhor, teu Deus, para você ter tropeçado por causa de sua iniqüidade. Tome palavras com você e voltar para o Senhor. Diga-Lhe: 'Tira toda a iniqüidade, e recebe o bem'" ( Hos. 14: 1-2 ).

    Paulo admoesta os crentes não "entristecer o Espírito Santo de Deus, por quem [eles estão] selados para o dia da redenção" ( Ef 4:30 ). O Pai, o Filho eo Espírito Santo experiência tanto sofrimento quando aqueles que foram chamados para a liberdade de defeito salvação graciosa. Assim como existe uma grande alegria no céu quando um pecador mesmo se volta para o Senhor ( Lc 15:7. ). Seu verdadeiro desejo e objetivo foi fechada ... fora os gálatas da graça de Deus e ganhar o reconhecimento e aceitação de si mesmos (implícita na frase que você pode procurá-los ). Sua verdadeira motivação foi "fazer uma boa exibição na carne" ( 6:12 ).

    Mas é bom sempre ser procurado avidamente de uma maneira louvável, Paulo passou a explicar. Ele mesmo havia procurado avidamente -los quando ele pregou o evangelho na Galácia. Mas foi de uma maneira louvável, por amor a Cristo e um desejo profundo para a sua salvação. E tal preocupação entusiasmado era apropriado não só quando Paulo estava presente com eles. Ele não estava com ciúmes dos judaizantes. Ele não se opor a eles, a fim de preservar sua própria popularidade ou a liderança, mas para proteger o bem-estar espiritual dos gálatas. Alguns anos mais tarde, ele escreveu da prisão ", Às vezes, para ter certeza, estão pregando a Cristo até por inveja e contenda, ... [proclamar] Cristo por ambição egoísta, e não de motivos puros, pensando em me causar sofrimento em minha prisão .? O que, então Só que, em todos os sentidos, ou por pretexto ou de verdade, Cristo seja anunciado, e neste eu me regozijo, sim, e me alegre "( 01:15 Phil. , 17-18 ).

    Paulo advertiu contra os judaizantes não porque eles se opuseram a ele e feriu-o pessoalmente, mas porque eles se opuseram à gloriosa salvar evangelho de Jesus Cristo,.

    Seu desejo por elas

    Meus filhos, por quem sofro novamente em trabalho de parto, até que Cristo seja formado em vós, mas eu bem quisera estar presente convosco agora e mudar o meu tom, porque estou perplexo sobre você. ( 4: 19-20 )

    Falando como uma mãe, Paulo agora abordou os crentes gálatas como meus filhos, com quem estou eu de novo em trabalho de parto, até que Cristo seja formado em vós . Ele não estava discutindo como um advogado perante um júri cético, mas suplicando como um pai a um filho rebelde.

    Crianças é de Teknion , um diminutivo que foi usado no sentido figurado como um termo de afeto especial. Literalmente, ela se refere a uma criança pequena, e, portanto, pode ser traduzido aqui como "filhinhos", como na Rei Tiago 5ersion. À luz da figura de Paulo de parto, ambas as idéias são adequadas. Os crentes da Galácia foram extremamente caro a Paulo, mas estavam agindo como crianças que se recusaram a nascer.

    Compaixão de Paulo sempre foi evidente. Por exemplo, para a igreja de Tessalônica, ele escreveu: "Nós provou ser brandos entre vós, como uma mãe que amamenta se preocupa com ternura para seus próprios filhos. Tendo assim um carinho Apaixonado por você, nós estávamos bem o prazer de transmitir não só o que você evangelho de Deus, mas também a nossa própria vida, porque vocês se tornaram muito querido por nós "( I Tessalonicenses 2:7-8. ).

    Com a Gálatas no entanto, depois de ter amamentado-los espiritualmente em sua nova vida em Cristo, tornou-se novamente em trabalho de parto com eles. "Isso é anormal e não natural", ele sugere."Você já experimentou o novo nascimento, mas agora você está agindo como se você precisa nascer espiritualmente tudo de novo. Você me faz sentir como uma mãe que tem que entregar o bebê mesmo duas vezes."

    Mas, por mais anormal e trágico sua condição espiritual, Paulo não abandonaria até que Cristo foi formado em -los. O verbo ( morfo ) carrega a idéia de forma essencial em vez de forma exterior, e, portanto, refere-se ao caráter de Cristo. Semelhança de Cristo é o objetivo da vida do crente. "Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele", ele exortou a igreja de Colossos ( Cl 2:6 ). Deus predestinou crentes "para serem conformes à imagem de seu Filho" ( Rm 8:29 ). "Todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados na mesma imagem de glória em glória, assim como pelo Senhor, o Espírito" ( 2Co 3:18 ). O Pai enviou o seu Filho ao mundo, não só para morrer que os homens sejam salvos, mas também para viver como o exemplo divino para aqueles que são salvos.

    Grande desejo de Paulo era a lidar mais diretamente com essas questões que exigiriam dele estar presente com os Gálatas em pessoa e para ser capaz de mudar seu tom com eles. Ele mal sabia o que mais a dizer ou como dizê-lo, porque ele estava tão perplexo com eles. Este verbo ( aporeomai ) significa ver-se azul. Ele não conseguia entender como eles poderiam ter sido ensinado o evangelho tão bem, acredita-tão genuinamente, e depois parecia ter abandonado tão depressa (cf. 1: 6 ).

    Todos os trabalhadores Cristão experimenta momentos em que ele chega ao impasse e encontra seus próprios recursos estão completamente esgotados. Depois de dizer e fazer tudo o que sabe para dizer e fazer, aqueles que ele está tentando ajudar, às vezes incrédulos, por vezes, crentes-permanecem completamente fora do alcance e até mesmo se voltar contra ele.

    Como João R. W Stott comentou em seu A Mensagem de Gálatas, "A Igreja precisa de pessoas que, ao ouvir seu pastor, para ouvir a mensagem de Cristo, e pastores que, ao trabalhar entre as pessoas, olhar para a imagem da Cristo "([Londres: Inter-Varsity, 1968], p.119).

    12. Dois Pactos ( Gálatas 4:21-5: 1 )

    Diga-me, que querem estar debaixo da lei, não ouvis a lei? Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. Mas o filho da escrava nasceu segundo a carne, e o filho da mulher livre, por promessa. Este é alegoricamente falando; para essas mulheres são dois pactos, um processo de Monte Sinai tendo as crianças que estão a ser escravos; ela é Hagar. Ora, esta Agar é o monte Sinai na Arábia e corresponde à Jerusalém atual, pois é escrava com seus filhos. Mas a Jerusalém de cima é livre; ela é nossa mãe.Pois está escrito: "Alegra-te, mulher estéril que não dá; rejubila e gritar, que não estão em trabalho de parto;. Porque mais são os filhos da desolada, do que de quem tem um marido"E você irmãos, como Isaque, sois filhos da promessa. Mas, como naquele tempo o que nasceu segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim é também agora. Mas o que diz a Escritura? "Lança fora a escrava e seu filho, porque o filho da escrava não será herdeiro com o filho da mulher livre." Portanto, irmãos, não somos filhos de uma escrava, mas da livre.
    Foi para a liberdade que Cristo nos libertou; Permanecei, pois, firmes e não estar sujeito novo, a jugo de escravidão. ( 
    4: 21-5: 1 )

    Neste texto Paulo continua a contrastar graça e lei, fé e obras. Sob a orientação do Espírito Santo, ele emprega uma história do Antigo Testamento como uma analogia, o que não serve tanto como um argumento como uma ilustração.
    Os tradutores, tanto da Rei Tiago 5ersion ea New American Padrão Bible escolheram simplesmente transliterar ao invés de traduzir o termo allēgoreō ( alegoricamente , 24 v. ). Isto levou a dificuldade em lidar com a passagem, porque geralmente uma alegoria ou é uma história de fantasia ou ficção carregando um significado oculto ou uma história real na qual o significado aparente não tem sentido.

    Mas, obviamente, o registro de Abraão, Sara e Hagar é ao mesmo tempo histórica e significativa. Reconhecendo isso, os New International Version tradutores tentaram auxiliar o entendimento do que Paulo destina, evitando o termo alegórico e renderização "Estas coisas podem ser tomadas no sentido figurado." Mas que também pode ter a implicação de algo que não é literal. O melhor é identificar isso, relato histórico literal como simplesmente análogo ao e ilustrativo da verdade espiritual que Paulo elucida com ele. O dicionário define como analogia "uma semelhança parcial entre recursos como de duas coisas em que a comparação pode ser feita." Paulo se limita a comparar as semelhanças entre a história de Abraão e da verdade espiritual que ele está ensinando, e esta interpretação é consistente com o significado de allēgoreō .

    Paulo não explicar por que, após os fortes argumentos irrefutáveis ​​e que ele já usou, ele escolheu alegoria como um meio de mais persuasão.
    Alegoria, como tal, é um meio tênues e perigosas de interpretação. Porque alegoria não precisa ser baseada em fatos, é limitado apenas pela imaginação de um intérprete e é facilmente influenciado por suas predisposições pessoais. É freqüentemente leva a conclusões tendenciosas e muitas vezes bizarros.
    Os rabinos antigos usados ​​regularmente uma abordagem alegórica para interpretar as Escrituras, muitas vezes alegando descobrir surpreendentes, escondidos, e extremamente fantasiosas "verdades" que supostamente estão por trás o sentido comum das palavras de um texto. Numerologia foi especialmente popular e foi feito mais fácil e tentador pelo fato de que os números hebraicos são representados por certas letras hebraicas, e às vezes eles só podem ser distinguidas pelo contexto. Porque cada palavra tinha uma série aritmética correspondente, esses números eram frequentemente interpretado como revelar certas verdades esotéricas sobre a pessoa, lugar ou evento a palavra representada. Além disso, a repetição foi frequentemente interpretado alegoricamente. Por exemplo, "Abraão, Abraão" foi reivindicado por alguns rabinos para dizer que ele estava destinado a uma vida após a morte celestial.
    Durante os últimos séculos antes de Cristo, os estudiosos judeus em Alexandria desenvolveram um sistema de alegoria bíblica que fortemente influenciado não só o judaísmo, mas também o catolicismo romano até a época da Reforma Protestante. Por exemplo, o rio Eufrates, foi visto como o outflowing de boas maneiras. A jornada de Abraão de Ur para a Terra Prometida retratado um filósofo estóico que deixou seus entendimentos sensuais e veio a seus sentidos espirituais. As duas moedas dadas pelo bom samaritano para o estalajadeiro simbolizado batismo e da Ceia do Senhor. Papa Gregório Magno afirmou que sete filhos de Jó representados os doze apóstolos, seus amigos representado hereges, seu 7.000 ovelhas representado povo fiel de Deus, e seus 3.000 camelos representado gentios depravados!
    A alegoria é uma caixa de Pandora que ignora o significado literal e histórica da Escritura e abre interpretação bíblica para cada extremo. Por causa da finitude e caída do homem, leva inevitavelmente a arbitrariedade, o absurdo, e futilidade.
    O Espírito Santo dirigiu Paulo usar analogia, nesta ocasião, a fim de mostrar os judaizantes que o plano de redenção de Deus sempre foi pela graça. A lei em si tanto ensina e ilustra que a salvação nunca foi através da lei.

    O termo lei frequentemente referida a todo o Antigo Testamento (ver, por exemplo, Rm 3:19 ), mas aqui ele se refere particularmente ao Pentateuco, os cinco livros de Moisés. O ponto de Paulo faz fazendo uma analogia da escrita de Moisés é que a lei não pode ser um meio de salvação, mas em vez disso é o caminho da escravidão espiritual e moral.

    Como uma introdução à analogia, Paulo sugere que os judaizantes, e os cristãos judeus que tinham sido enganados por eles, olhe atentamente para a própria lei assim o altamente elogiado. Diga-me, ele pergunta, que querem estar debaixo da lei, fazer você não ouvir a lei? "Já que você insiste em viver sob a lei, "ele estava dizendo," você está disposto a ouvir o que a lei realmente diz? "

    Jesus usou uma abordagem semelhante com os líderes judeus em várias ocasiões. No Sermão da Montanha, depois de declarar inequivocamente que Ele não veio para abolir a lei de Deus, Ele, no entanto, advertiu que as práticas legalistas dos escribas e fariseus nunca iria qualificar uma pessoa para a entrada no reino dos céus ( Mat. 05:17 —20 ). O ponto central do sermão era mostrar que nenhuma pessoa é capaz em seu próprio poder para cumprir as santas exigências da lei, o primeiro dos quais é um coração justo e perfeito ( 5: 6 , 8 , 48 ; cf. Matt. 22: 36-38 ). Quando os chefes dos sacerdotes e os escribas repreendeu Jesus para não desmentir o título Filho de Davi atribuídas a ele pela multidão Domingo de Ramos, que incluía muitos filhos, Ele lembrou aos líderes religiosos de um conhecido provérbio de suas próprias Escrituras Sagradas, sobre as quais eles alegou ser as autoridades supremos. "Nunca lestes:" Ele perguntou com ironia: "Da boca de crianças e bebês de enfermagem Tu tens louvor preparado para ti mesmo? '" ( Mateus 21:9-16. ; cf. Sl 8:2 ).

    Primeira lembrança histórica de Paulo sobre Abraão era que ele tinha dois filhos . Os filhos eram distintos em uma série de maneiras, em primeiro lugar em ter mães diferentes, um que era uma escrava e outro que era um mulher livre . O primeiro filho foi Ismael, cuja mãe era Hagar, uma escrava egípcia de Sara, mulher de Abraão. O segundo filho foi Isaque, cuja mãe era Sara.

    Ao longo da analogia, todas as distinções entre os dois filhos são baseadas no fato de que eles tinham duas mães diferentes, e não sobre o fato de que eles tinham um pai comum, Abraão. A herança da linha através de uma mãe é perdição e da escravidão, e do património da linha através da outra mãe é a salvação e da liberdade.
    Segundo lembrete histórico de Paulo era que o filho da escrava nasceu segundo a carne, e o filho da mulher livre, por promessa.

    Muitos anos depois de Deus em primeiro lugar prometeu a Abraão um filho, Sara ainda não tinha concebido. Quando ele tinha 86 e ela 76, Abraão temia que, de acordo com o costume da época, seu principal servo, Eliezer de Damasco, seria seu único herdeiro. Ele clamou a Deus em desespero, e do Senhor reafirmou sua promessa original, dizendo: "Este homem não será o teu herdeiro; mas aquele que sairá de seu próprio corpo, ele será o teu herdeiro" ( Gn 15:1 —4 ). Mas quando, depois de vários anos, Sara ainda não tinha concebido, ela induzida Abraão ser pai de uma criança por sua escrava, Hagar.

    O nascimento desse filho, cujo nome era Ismael, foi , segundo a carne , não porque era físico, mas porque o esquema para a sua concepção, criado por Sara e realizado por Abraão, foi motivada por desejos puramente egoístas e cumprida por puramente humana significa.

    O nascimento de Isaque, no entanto, o filho da mulher livre Sara, foi através da promessa. Sua concepção era sobrenatural, não no sentido de que ele foi concebido diretamente pelo Espírito Santo, como Jesus era, mas que o Espírito Santo milagrosamente habilitado Abraão e Sara para produzir uma criança depois que ela foi muito além da idade normal de gravidez e tinha sido estéril toda a sua vida. "A própria Sara recebeu a capacidade de conceber, mesmo para além do bom tempo da vida" ( He 11:11 ). Quando Isaque nasceu, seu pai foi de 100 e sua mãe era 90 ( Gn 17:17 ; Gn 21:5 anos atrás, produzindo um conflito contínuo entre dois povos que ambos seguem sua linhagem de Abraão.

    Monte Sinai, na Arábia, Paulo continua a explicar, corresponde à Jerusalém atual . Ambos Monte Sinai e Jerusalém são comumente associados com os judeus, não os árabes, mas o maior destaque em toda a epístola aos gálatas é que outras distinções superficiais históricas, geográficas, raciais, sociais e todos entre os homens não têm nenhum significado espiritual (ver 03:28 ). De fato, no nível espiritual, a própria identidade como judeus, gentios, árabe, ou o que quer, não faz diferença. O que os membros incrédulos desses grupos têm em comum é infinitamente mais importante, e condenável, do que qualquer de suas diferenças. Espiritualmente, eles são tudo perdido, porque eles são todos os descendentes espirituais de Hagar e Ismael, escravos religiosos que vivem pelo poder fútil e por causa de sua carne lutando e nunca alcançar.

    Paulo refere-se ao primeiro Jerusalém como presente , mostrando que ele tem em mente o terreno, cidade histórica com esse nome. Assim como Deus escolheu Monte Sinai como a localização geográfica para dar a Antiga Aliança de Moisés, Ele escolheu Jerusalém como a localização geográfica onde a Antiga Aliança seria mantida, propagada, e exemplificou. Nesta ilustração ambos os locais representam a Antiga Aliança da lei e obras e da escravidão que produzem.

    É óbvio que a cidade santa foi também o local para a consumação da Nova Aliança na morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo, mas porque o povo rejeitou que Novo Testamento em sangue, o presente Jerusalém, como Monte Sinai, na Arábia, é onde Hagar ainda figurativamente vive em escravidão com seus incrédulos crianças -chapas, justo, que rejeita Cristo, os judeus-ignorando graça. Com exceção de relativamente poucos crentes, os habitantes judeus geográfica Jerusalém nos dias de Paulo eram verdadeiramente em cativeiro profunda ao legalismo condenatório. E os judaizantes na Galácia estavam tentando subverter crentes judeus de volta para que bondage para o ritual, cerimônia, auto-esforço, e todas as outras obras da carne que constituem a desesperada escravidão dos espirituais filhos de Hagar.

    Os descendentes espirituais de Sara através de Isaque, por outro lado, vivem em Jerusalém de cima e são livres , porque ela é a nossa mãe , se estamos entre aqueles que vivem pela fé na promessa graciosa de Deus, dada a Abraão e cumpriu em Jesus Cristo .

    O cristão "pátria está nos céus," Jerusalém de cima ", de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" ( Fm 1:3 ).

    Um dia, o celeste Jerusalém descerá à terra ( Ap 21:22 ); mas ele já existe, ainda mais seguramente e eternamente do que o presente, Jerusalém terrena. "Nascer de novo" ( Jo 3:3 ). Paulo escreveu aos romanos: "Ele não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne, mas ele é um judeu que é no interior,. E circuncisão, a que é do coração, pelo Espírito , não pela letra, e seu louvor não provém dos homens, mas de Deus "( Rm 2:28-29. ).

    Se dentro do judaísmo ou do cristianismo, legalistas sempre foram perseguidores. Aqueles que confiam em Deus sempre foram perseguidos por aqueles que confiam em si mesmos. Os verdadeiros crentes sempre foram mais maltratados e oprimidos pelos religiosos do que por ateus. É o falso sistema religioso de Ap 17:6 ), assim também os seus descendentes incrédulos, aqueles que vivem pelas obras da carne, ser expulso da casa de Deus (cf. Mt 7:22. —23 ; Mt 25:41 ).Ninguém fora do pacto da graça receberá nada de Deus.

    Em terceiro lugar, embora os crentes são irmãos em Jesus Cristo e, portanto, não filhos de uma escrava, mas da mulher livre , eles são, no entanto, a obrigação de viver fielmente para o seu Senhor. Foi para a liberdade que Cristo nos libertou , Paulo diz. Portanto, mantenha de pé firme e não estar sujeito outra vez ao jugo da escravidão da lei e sua impotência.

    À luz do que Paulo tem vindo a dizer toda a carta, ele também aqui implica uma inquietante pergunta: "Por que, então, fazer alguns de vocês querem voltar a ser como Ismael, que era um escravo, um pária, e separado de Deus ? " Não fazia sentido.

    "Graças a Deus", Paulo exclamou para a igreja romana ", que, embora tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que foram cometidos, e tendo sido libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. Estou falando em termos humanos por causa da fraqueza da vossa carne. Pois assim como apresentastes os vossos membros para servirem à impureza e à ilegalidade, resultando na ilegalidade, assim apresentai agora os vossos membros como servos da justiça, resultando em santificação "( Rom. 6: 17-19 ).

    Paulo diz enfaticamente que o propósito declarado de Deus para a redenção foi para a liberdade do crente. Cristo nos libertou da "culpa-estabelecer e amortecimento de poder da lei" por meio de Sua morte e ressurreição. Voltando para a jugo de escravidão é um absurdo. No entanto, os crentes da Galácia estavam sendo enganados pelos judaizantes considerar fazendo exatamente isso.

    Os descendentes espirituais de Sara e Isaque deve viver como eles viveram, pela fé. "Pela fé, até a própria Sara recebeu a capacidade de conceber, mesmo para além do bom tempo de vida, uma vez que ela considerou fiel aquele que lhe havia prometido" ( He 11:11 ), e "pela fé Isaque abençoou Jacó e Esaú, acerca de coisas para vir "( v. 20 ).

    Mantenha firme é o positivo, e não estar sujeito novamente (lit., "não fazer sujeitai-vos") é o alerta negativo para os crentes a perseverar em liberdade. Como um animal solto de puxar um arado, não devemos procurar ser ligado novamente.

    No nível pessoal e humano, Gálatas 4:21-5: 1 continua a contrastar o caminho dos judaizantes e da maneira de Paulo. Mas no nível infinitamente mais importante da doutrina, é uma série prolongada de contrastes entre o caminho da lei e do caminho da graça, a forma de obras e o caminho da fé, o caminho do homem e do caminho de Deus. Seguindo esse mesmo padrão, nós também explicita ou implicitamente ver os contrastes de Hagar / Sara, Ishmael / Isaque, filhos de Satanás / filhos de Deus, os mandamentos / promessa, ira / misericórdia, bondage / liberdade, Antiga Aliança / Nova Aliança, Sinai / Sião, presente Jerusalém / Jerusalém acima, carnal / espiritual, rejeição / herança, e perdição / salvação. Ao longo desta carta, e na verdade em toda a Escritura, tais contrastes refletir e demonstrar o contraste de todos os tempos: o caminho de Satanás e do caminho de Deus. Mas no plano final e imutável de Deus, Satanás e seu caminho será destruído, e só o caminho de Deus permanecerá, para sempre e sempre. Vacilando entre os dois é inaceitável.



    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Gálatas Capítulo 4 do versículo 1 até o 31

    Gálatas 4

    Os dias da infância — Gl 4:1-7

    No mundo da antigüidade o processo de desenvolvimento era muito mais definido que na atualidade.

    1. No mundo judeu, quando um menino fazia doze anos, no seguinte sábado o pai o levava à sinagoga, onde se convertia em filho da Lei. Nessa ocasião o pai pronunciava sobre o filho uma bênção: "Bendito sejas, ó Deus, que me tiraste a responsabilidade sobre este filho." O menino recitava uma oração em que dizia: "Meu deus e Deus de meus pais!, neste dia solene e sagrado que assinala meu passo da infância à vida adulta, levanto humildemente meus olhos em torno de ti e declaro com sinceridade e fidelidade que de agora em diante observarei teus mandamentos e assumirei a responsabilidade de minhas ações perante ti." Na vida do jovem existia uma clara linha divisória. Quase da noite para o dia o menino se transformava em homem.
    2. Na Grécia o menino estava sob o cuidado paterno dos sete até os dezoito anos. Era então quando se fazia um efebos que pode traduzir-se cadete, e por dois anos ficava sob a direção do Estado. Os atenienses estavam divididos em dez fratriai ou clãs. Antes de que o moço se fizesse efebos era recebido no clã num festival chamado Apatouria. Numa cerimônia lhe cortavam os longos cabelos para oferecer-lhe aos deuses. Também neste caso, o crescimento era um processo bem definido.
    3. Sob a lei romana não estava estabelecida definitivamente a idade em que um menino se fazia maior, mas sempre tênia lugar entre os 14 e os 17 anos. Num festival sagrado da família chamado Liberalia se tirava a toga praetexta, que era uma toga com uma estreita banda púrpura no arena inferior, e se revestia da toga virillis que era a toga lisa própria dos adultos. Então era conduzido por seus amigos e familiares ao fórum para ser introduzido formalmente na vida pública. Tratava-se essencialmente de uma cerimônia religiosa. E mais uma vez havia um dia bem definido em que o moço se fazia maior. Existia entre os romanos o costume de que esse dia o menino ou a menina ofereciam sua bola ou sua boneca, respectivamente, a Apolo para mostrar que tinham deixado de lado as coisas de menino. Quando um menino era infante podia ser realmente proprietário de uma vasta fazenda mas não podia tomar decisões legais; não tinha o domínio de sua própria vida; tudo era feito e dirigido por ele, portanto na prática não possuía maior liberdade que um escravo. Mas quando se tornava adulto começava a dispor plenamente de sua herdade e a desfrutar da liberdade dos adultos.

    Assim, pois, sustenta Paulo, a lei dominava num mundo que estava na infância. Mas a lei só era um conhecimento elementar. Para descrevê— lo Paulo usa a palavra stoiqueia. Um stoiqueion significava originalmente uma fileira de coisas, por exemplo, uma fila de soldados. Mas chegou a significar o ABC; e logo, todo ensino ou conhecimento elementar. Ainda devemos advertir a existência de outro significado que alguns vêem aqui. Também pode referir-se aos elementos dos que se compõe o mundo e em particular aos astros.

    Agora, o mundo antigo estava obcecado pela crença na astrologia. Se a gente nascia sob um determinado astro, seu destino — assim pensavam eles — estava fixado e predeterminado. Os homens viviam sob a tirania dos astros e desejavam conhecer seu secreto. Alguns investigadores pensam que aqui Paulo diz que numa época os Gálatas viviam obcecados, espantados e tiranizados por sua crença na influência funesta dos astros. Mas todo o contexto parece exigir que stoiqueia se tome necessariamente no sentido de conhecimento elementar e rudimentar. Desta maneira Paulo diz que quando os Gálatas — e em realidade todos os homens — eram meros meninos impotentes, estavam sob a tirania da lei; logo, quando tudo esteve disposto, veio Cristo para libertar o homem desta tirania. De modo que agora já não são escravos da lei; converteram-se em filhos e partícipes diretos de sua herança. A infância que estava sob a lei fica no passado; chegou a liberdade do homem cabal.

    A prova de que somos filhos é dada pelo clamor instintivo do coração. Na necessidade mais profunda o homem eleva seu olhar e exclama: "Pai!" a Deus. Paulo usa a dupla frase: "Abba!, Pai!" Abba é a palavra aramaica para pai. Deve ter estado com freqüência nos lábios de Jesus e era um som tão sagrado que se conservou em sua língua original. Este clamor instintivo do coração do homem é para Paulo obra do Espírito Santo. E se nossos corações clamam assim, sabemos que somos filhos e que toda a herança da graça é nossa. Para Paulo o homem que governava sua vida submetendo-se à escravidão da Lei era ainda um menino; aquele que aprendia o caminho da graça chegava a ser um homem amadurecido, cabal, na fé cristã.

    PROGRESSO E RETROCESSO

    Gálatas 4:8-11

    Nesta seção Paulo baseia ainda seu pensamento na concepção de que a Lei é um estágio elementar da religião e de que o homem amadurecido é aquele que vive da graça. A Lei estava muito bem para uma época antiga em que não existia nada melhor. Mas agora os Gálatas tinham chegado ao conhecimento de Deus e de sua graça. Logo Paulo se corrige — o homem não pode conhecer a Deus por seu próprio esforço; Deus é quem por sua graça se revela ao homem. Nós jamais podemos buscar a Deus se Ele não nos encontrar primeiro. De modo que agora lhes pergunta: "Estão retrocedendo para um estágio que já faz muito devia ter ficado superado? Pensam progredir retrocedendo"
    Às coisas elementares, a religião baseada na Lei, Paulo as chama rudimentos fracos e pobres.

    1. A Lei é fraca porque é impotente. Pode definir o pecado, pode assinalar ao homem que peca e fazê-lo sentenciado de pecado; mas não pode lhe oferecer o perdão do pecado passado nem a força para superá-lo no futuro. A fraqueza básica e inata da Lei está em que pode diagnosticar a enfermidade mas não curá-la.
    2. A Lei é um pobre rudimento em comparação com o esplendor da graça. Por sua própria natureza a Lei pode agir numa só situação. Para cada nova situação o homem necessita uma nova Lei; mas a maravilha da graça está em que é poikilos: variada, multicolor. Quer dizer, que não há nenhuma situação possível na vida que não possa ser iluminada pela graça. A Lei, por assim dizer, vai tropeçando de crise em crise; a graça é suficiente para todas as coisas.

    Uma das características da Lei judia era a observância especial de dias e estações. Nesta passagem os dias são os sábados de cada semana; os meses são as Luas novas consideradas como ocasiões especiais; os tempos são as grandes festas anuais como Páscoa, Pentecostes e a festa dos Tabernáculos; os anos são os anos sabáticos, cada sétimo ano, que revestiam um caráter muito particular. O fracasso de uma religião que depende de dias e estações especiais está em que quase inevitavelmente divide os dias em sagrados e profanos, dias que pertencem a Deus e dias em que o homem pode fazer o que achar melhor. E o outro passo quase igualmente inevitável está em que quando a pessoa observou meticulosamente os dias especiais se inclina a pensar que cumpriu sua obrigação com Deus.

    Ainda que esta era a religião legalista estava muito longe de ser a religião profética. É declarado que: "O antigo povo de Israel não tinha em seu idioma uma palavra que correspondesse a 'religião' tal como se usa usualmente hoje. A vida em sua totalidade era considerada como proveniente de Deus e sujeita à sua Lei e governo. Não podia existir na mentalidade judia uma parte da vida separada com o rótulo de 'religião'. Jesus Cristo não disse: 'vim para que tenham religião', mas sim 'vim para que tenham vida e a tenham em abundância'."

    Fazer da religião uma questão de dias, meses y tempos é transformá-la em algo totalmente externo. Para o verdadeiro cristão cada dia é um dia de Deus. Paulo abrigava o temor de que homens que uma vez tinham conhecido o esplendor da graça recaíssem novamente no legalismo; que homens que uma vez tinham vivido na presença de Deus o reduziram a dias especiais.

    A ATRAÇÃO DO AMOR

    Gálatas 4:12-20

    Paulo faz aqui um chamado pessoal, não teológico, porque não usa um argumento do intelecto mas sim formula um chamado ao coração. Lembra-lhes que por causa deles ele mesmo se fez gentio. Tinha abandonado o caminho e os privilégios de seu povo; tinha cortado com as tradições nas quais tinha sido criado; converteu-se no que eles eram. E agora lhes roga que não tratem de fazer-se judeus, mas sim sejam como ele.

    Aqui temos uma referência ao espinho na carne de Paulo. Quando pela primeira vez os Gálatas o tinham conhecido, estava doente. Discutiremos mais a fundo o tema do espinho quando chegarmos à passagem clássica 2Co 12:7. Sustentou-se que se tratava da perseguição sofrida; das tentações da carne das quais diz não ter podido nunca suprimir; de sua aparência física que os coríntios consideravam desprezível (2Co 10:10). A tradição mais antiga sustenta que o espinho eram violentas dores de cabeça que o deixavam prostrado. Da mesma passagem surgem duas indicações. Os Gálatas lhe teriam dado seus próprios olhos se isto tivesse sido possível. Sugeriu-se que os olhos de Paulo poderiam lhe haver incomodado sempre devido ao fato de que o ofuscamento da glória no caminho a Damasco teria sido tão grande, que em diante só pôde ver confusa e dificultosamente. As palavras não me revelastes desprezo nem desgosto significam literalmente não me cuspistes.

    Agora, no mundo antigo existia o costume de cuspir quando alguém se encontrava com um epilético, a fim de rechaçar a influência do mau espírito que se pensava residia no doente; sugeriu-se, pois, que Paulo pôde ter sido epilético.

    Vejamos se podemos descobrir quando Paulo chegou em Galácia, e se for possível deduzir por que foi. É bem possível que 13 13:44-13:14'>Atos 13:13-14 descreva a chegada de Paulo a Galácia. Esta passagem apresenta um problema. Paulo, Barnabé e Marcos tinham chegado de Chipre ao continente. Foram a Perge de Panfília onde Marcos os abandonou. Daqui seguiram diretamente a Antioquia da Pisídia na província de Galácia. Por que Paulo não pregou em Panfília? Tratava-se de um distrito muito povoado. Por que escolheu ir a Antioquia da Pisídia? O caminho que conduzia ali sobre a meseta central era um dos mais difíceis e perigosos do mundo. Provavelmente por esta razão foi que Marcos os abandonou voltando para sua casa. Por que esta fuga inoportuna de Panfília? A razão bem poderia ser a seguinte: Panfília e a zona plana costeira eram lugares onde a malária fazia estragos. É mais que provável que Paulo tenha contraído a malária, e seu único remédio fosse buscar as zonas altas da Galácia, e portanto, quando se apresentou entre os Gálatas estaria doente. Agora, essa malária é intermitente e vai acompanhada por terríveis dores de cabeça que os que os experimentaram comparam a "um ferro em brasa que atravessa a fronte" ou ao aparelho do dentista que furasse a têmpora. Bem poderia ser que este sofrimento terrível, incurável e que deixava prostrado, fosse o espinho na carne que torturava a Paulo quando chegou pela primeira vez a Galácia.

    O apóstolo faz alusão àqueles que cortejavam diligentemente os Gálatas; refere-se aos que tentavam persuadi-los que adotarem as práticas judias. Adulavam-nos com o único propósito de que aceitassem as barreiras da Lei. Se podiam persuadir os Gálatas a adotarem as práticas judias, estes teriam que solicitar humildemente que lhes fosse permitido circuncidar-se e os deixassem entrar para o povo judeu. Adulavam os Gálatas, mas com o único propósito de dominá-los, reduzindo-os à sujeição a eles e à Lei.
    Finalmente Paulo usa uma metáfora muito gráfica. Levar os Gálatas a Cristo havia custado uma dor semelhante às dores de parto de uma mãe; e agora tinha que passar outra vez por tudo isso. Cristo está neles como em embrião. Ele tem que fazê-los nascer em Cristo.
    Ninguém pode deixar de ver o profundo afeto das últimas palavras. meus filhinhos — os diminutivos em latim e em grego expressam sempre um profundo afeto. João usa com freqüência esta expressão; mas Paulo não a tem em nenhum outro lugar; aqui seu coração se transborda. Advertimos que não repreende com palavras amargas, mas sim sussurra com ternura por seus filhos desviados.

    Diz-se do Florence Allshorn, a famosa missionária e professora, que se tinha motivos para repreender a alguém de seus estudantes o para com, por dizê-lo assim, como se o estivesse estreitando entre seus braços. O acento do amor penetra onde o tom da irritação jamais abre caminho.

    UMA HISTÓRIA ANTIGA E UM SIGNIFICADO NOVO

    Gálatas 4:21—5: 1

    Quando interpretamos uma passagem como esta sempre devemos lembrar que para o judeu devoto e estudioso, e especialmente para os rabinos, a Escritura tinha mais de um sentido, e pode-se dizer com verdade total que o sentido literal com freqüência era considerado o menos importante. Para os rabinos judeus toda passagem da Escritura possuía quatro significados.

    1. Peshat: o significado simples e literal.
    2. Remaz: o significado sugerido.
    3. Derush: o significado implícito, que se deduzia por meio da

    investigação.

    1. Sod: o sentido alegórico.

    As primeiras letras destas quatro palavras — P R D S — são as consoantes da palavra paraíso (paradisus), e quando alguém conseguia penetrar estes quatro significados diferentes alcançava a glória do paraíso. Agora, deve-se notar que a meta suprema e cúspide de todos os significados era o alegórico. Por isso acontecia com freqüência que os rabinos tomavam uma simples parte do relato histórico do Antigo Testamento e viam no mesmo sentidos ocultos, que freqüentemente nos parecem fantásticos, mas que eram muito convincentes para o povo de seus dias. Paulo era um experiente rabino, e aqui procede da mesma maneira. Toma o relato que se refere a Abraão, Sara, Agar, Ismael e Isaque (Gn 16:1, Gn 21:1) que no Antigo Testamento se apresenta como uma narração continuada, e faz dele uma alegoria para ilustrar seu argumento.

    As linhas gerais do relato são as seguintes — Abraão e Sara eram de idade provecta e não tinham tido filhos. Sara recorreu ao que qualquer esposa teria feito naquela época patriarcal: fez com que Abraão tivesse relações sexuais com sua jovem escrava, Agar, para ver se podia ter um filho dela. Agar teve um filho chamado Ismael. Enquanto isso Deus se fez presente e prometeu a Sara um filho. Isto era tão difícil de crer que lhes pareceu simplesmente impossível, tanto a Abraão como a Sara. Mas no devido tempo nasceu Isaque. Isto significa que enquanto Ismael tinha nascido por impulso natural e humano da carne 1saque nasceu pela promessa de Deus. Sara era uma mulher livre enquanto Agar era escrava. A princípio Agar se sentiu inclinada a gabar-se sobre a Sara, porque a esterilidade constituía uma afronta dolorosa para a mulher. A atmosfera estava recarregada de tensões. Mais tarde Sara chegou a surpreender a Ismael "zombando" de Isaque — isto para Paulo significa perseguição — e insistiu em que Agar fosse despedida, porque o filho da escrava não podia participar da herança com o filho da livre. Posteriormente a Arábia era considerada como o país dos escravos, onde continuavam habitando os descendentes de Agar.

    Paulo recorre a este simples relato antigo e o alegoriza. Agar representa a antiga aliança da Lei, feita no monte Sinai, que de fato está na Arábia, o país dos descendentes de Agar. Agar mesma era escrava e todos os seus filhos tinham nascido na escravidão. Esta aliança cuja base era a Lei torna os homens seus escravos. O filho de Agar tinha nascido pelo mero impulso da natureza humana; e o legalismo é o melhor que o homem pode fazer de seu parte. Por outro lado Sara representa a nova aliança em Jesus Cristo, a nova maneira de tratar os homens de Deus, não mediante a Lei mas sim mediante a graça. Seu filho tinha nascido livre e todos os seus descendentes devem ser livres. Além disso não tinha nascido pelo impulso humano, mas pela promessa de Deus. No relato antigo o filho da escrava perseguia o filho da livre; isto se repete na maneira como os judeus perseguiam os cristãos; os filhos da Lei aos filhos da graça e da promessa. Mas no final, no relato antigo, o filho da escrava é despedido e não tem mais parte na herança; assim também os que são legalistas enfim serão despedidos para longe de Deus e não poderão participar da herança da graça.

    Por estranho que isto pareça, encerra um fato importante. O homem que faz da Lei o princípio de sua vida está na posição de um escravo que durante toda sua vida tenta dar satisfação a seu amo, a Lei. Enquanto que o homem que faz da graça o princípio de sua vida tem feito do amor o fator dominante. É um homem livre porque, como disse um grande santo, o princípio cristão é: "Ama a Deus e faça o que quiser." E será o poder deste amor e não a compulsão da Lei o que nos justifica: o amor sempre é mais poderoso que a Lei.


    Dicionário

    Agora

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    Antes

    antes adv. 1. Em tempo anterior. 2. Em lugar anterior. 3. De preferência. 4. Em realidade, realmente. adj. Contado de então para trás (di-Zse de tempo): Dois anos antes.

    Como

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Fracos

    masc. pl. de fraco

    fra·co
    adjectivo
    adjetivo

    1. Que não é forte.

    2. Que tem menos força que a regular.

    3. Que não tem as condições necessárias de robustez.

    4. Débil; sem vigor; debilitado, combalido.

    5. Que tem pouca consistência ou pouca solidez; frágil; quebradiço.

    6. Sem forças (para atacar ou defender-se).

    7. Brando, frouxo; insignificante.

    8. Que tem pouco volume.

    9. Pusilânime; falto de energia; cobarde.

    10. Que vai diminuindo ou esmorecendo; que tem pouco alcance.

    11. Mau; reles.

    12. Ineficaz.

    nome masculino

    13. O que há menos forte ou resistente.

    14. Tendência, balda, propensão.

    15. Vício predominante.

    16. Paixão.

    17. No voltarete, parceiro que compra as cartas em último lugar.


    moeda fraca
    A que tem maior valor nominal que intrínseco.

    o lado fraco
    O defeito habitual, a balda.


    Novo

    adjetivo Que existe há pouco tempo; que apareceu recentemente.
    Jovem; que é moço; de pouca idade.
    Que está na parte inicial de um processo, de um ciclo, de um desenvolvimento.
    Não muito usado: o vestido ainda estava novo.
    Sem uso; que se comprou há pouco tempo: televisor novo.
    Estranho; pouco divulgado; que não é famoso ou conhecido: território novo.
    Desconhecido; nunca antes conhecido: teoria nova.
    Original; que expressa originalidade: nova culinária mediterrânea.
    Novato; desprovido de experiência; que expressa imaturidade: diretor novo.
    Verde; cujo desenvolvimento foi interrompido: fruto novo.
    substantivo masculino Atual; o que pode ser considerado recente: não se abriu para o novo.
    substantivo masculino plural As pessoas de pouca idade: os novos não se preocupam com a velhice.
    Os artistas (escritores e poetas) que expressam a atualidade em suas obras.
    Gramática Superlativo Abs. Sint. novíssimo.
    Etimologia (origem da palavra novo). Do latim novus.a.um.

    adjetivo Que existe há pouco tempo; que apareceu recentemente.
    Jovem; que é moço; de pouca idade.
    Que está na parte inicial de um processo, de um ciclo, de um desenvolvimento.
    Não muito usado: o vestido ainda estava novo.
    Sem uso; que se comprou há pouco tempo: televisor novo.
    Estranho; pouco divulgado; que não é famoso ou conhecido: território novo.
    Desconhecido; nunca antes conhecido: teoria nova.
    Original; que expressa originalidade: nova culinária mediterrânea.
    Novato; desprovido de experiência; que expressa imaturidade: diretor novo.
    Verde; cujo desenvolvimento foi interrompido: fruto novo.
    substantivo masculino Atual; o que pode ser considerado recente: não se abriu para o novo.
    substantivo masculino plural As pessoas de pouca idade: os novos não se preocupam com a velhice.
    Os artistas (escritores e poetas) que expressam a atualidade em suas obras.
    Gramática Superlativo Abs. Sint. novíssimo.
    Etimologia (origem da palavra novo). Do latim novus.a.um.

    recente. – Novo é aquilo “que não tinha ainda acontecido, ou não tinha sido inventado, ou de que não havia notícia; e também o que não tem tido uso, ou que tem sido mui pouco usado. Recente exprime precisamente o que sucedeu há pouco tempo; o que ainda está flagrante, ou sucedeu de fresco. Uma lei é nova, quando se promulga pela primeira vez; um invento é novo, quando dantes não era conhecido, ou não havia notícia dele; um vestido é novo, quando ainda não teve uso, ou só muito pouco uso tem tido. A lei é recente, quando foi promulgada há pouco tempo. O invento é recente, quando há pouco tempo que começou a ter voga, ou a ser conhecido do público. O vestido é recente, quando está feito de fresco. Novo parece que se refere à substância (por assim dizer) da coisa, do fato, ou do sujeito; e recente, à sua data. A revolução francesa oferece-nos muitos exemplos recentes, dos terríveis efeitos das paixões humanas, quando são violentamente agitadas pelas comoções públicas; mas nenhum destes exemplos é novo na história das nações. A doutrina do magnetismo animal é recente na Europa; mas muitos dos fenômenos, em que ela se funda, nada têm de novos”.

    Pobres

    masc. e fem. pl. de pobre

    po·bre
    (latim pauper, -eris)
    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    1. Que aparenta ou revela pobreza (ex.: ambiente pobre). = HUMILDELUXUOSO, RICO

    2. Que é mal dotado, pouco favorecido.

    3. Que tem pouca quantidade (ex.: dieta pobre em gorduras).RICO

    4. Que produz pouco (ex.: solos pobres).RICO

    5. Figurado Que revela pouca qualidade (ex.: graficamente, o filme é muito pobre).RICO

    adjectivo de dois géneros e nome de dois géneros
    adjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

    6. Que ou quem não tem ou tem pouco do que é considerado necessário, vital. = NECESSITADO

    7. Que ou quem tem poucos bens ou pouco dinheiro.RICO

    8. Que ou quem desperta compaixão, pena (ex.: pobres crianças; nem sei como é que aquela pobre aguenta a situação). = COITADO, INFELIZ

    nome de dois géneros

    9. Pessoa que pede esmola (ex.: ainda há muitos pobres na rua). = MENDIGO, PEDINTE


    pobre de espírito
    Simplório, ingénuo, tolo.

    Superlativo: paupérrimo ou pobríssimo.

    Pobres Embora de diferentes necessidades, era considerável o número de pobres na Palestina do tempo de Jesus.

    Em primeiro lugar os diaristas, que ganhavam cerca de um denário por dia (Mt 20:2.9; Tb 5:15), incluindo-se as refeições (B. M, 7,1).

    Em segundo lugar, estavam os que viviam do auxílio alheio e compreendiam: os escribas (Ec 38:24; 39,11; P. A. 4,5; 1,13; Yoma 35b bar; Mt 10:8-10; Mc 6:8; Lc 8:1-3; 9,3; 1Co 9:14); os rabinos como Shamai (Shab 31a), Hilel (Yoma 35b bar), Yojanan ben Zakkay (Sanh 41a; Sifré Dt 34:7; Gen R 100:11 sobre 50:14), R. Eleazar bem Sadoc (Tos. Besa 3:8), Abbá Shaul ben Batnit (Tos. Besa 3:8; Besa 29a bar) e Paulo (At 18:3).

    É possível que essa precariedade econômica explique, pelo menos em parte, que houvesse fariseus que aceitavam subornos (Guerra Jud., I, 29,2) e que os evangelhos às vezes os acusem de avareza (Lc 16:14) e ladroagem (Mc 12:40; Lc 20:47). Na base da pobreza, estavam os mendigos, que não eram poucos. Os doentes — como os enfermos de lepra — que mendigavam nas cidades ou nas suas imediações eram consideravelmente numerosos (Pes 85b; San 98a).

    Alguns milagres de Jesus aconteceram em lugares típicos de mendicância (Mt 21:14; Jo 9:1.8; 8,58-59; 5,2-3). Sem dúvida, muitas vezes tratava-se de espertalhões fingindo invalidez para obterem esmola (Pea 8:9; Ket 67b-
    - 68a) ou que viviam aproveitando-se das bodas e das circuncisões (Sem 12; Tos Meg 4:15).

    Jesus teve seguidores desta parte da população. Tendo-se em conta que o sacrifício de purificação de sua mãe era o dos pobres (Lc 2:24; Lv 12:8), sabe-se que Jesus procedia de uma família pobre, não tinha recursos (Mt 8:20; Lc 9:58), não levava dinheiro consigo (Mt 17:24-27; Mc 12:13-17; Mt 22:15-22; Lc 20:24) e vivia de ajuda (Lc 8:1-3). É importante observar que nem Jesus nem seus seguidores valorizaram a pobreza material, mas sim uma cosmovisão que indicava sua pertença à categoria escatológica dos “anawin”, os pobres espirituais ou pobres humildes que esperavam a libertação proveniente de Deus e unicamente de Deus. Certamente Jesus e seus discípulos desfrutaram de um grande poder de atração sobre os indigentes; não bastava, porém, ser pobre para associar-se a eles e tampouco parece que essa indigência fosse uma recomendação especial. Integrar-se ao número dos seguidores de Jesus dependia da conversão, de uma decisão vital, seguida de uma mudança profunda de vida, não relacionada ao “status” social.

    O círculo dos mais próximos a Jesus possuía uma bolsa comum (Jo 13:29); disso não se deduz, porém, uma idéia de pobreza, pois esses fundos eram empregados não só para cobrir os gastos como também destinados a dar esmolas aos pobres. A “pobreza” preconizada por Jesus não se identificava, portanto, com a miséria e sim com uma simplicidade de vida e uma humildade de espírito que não questionava as posses de cada um, mas alimentava a solidariedade e a ajuda aos demais, colocando toda sua fé na intervenção de Deus. Os discípulos não eram pobres no sentido material, mas no de “humildade”: tratava-se mais da pobreza espiritual do que da econômica e social. Essa idéia contava com profundas raízes na teologia judaica. Nesse sentido, encontramos referências em Is 61:1: os de coração abatido, que buscam a Deus (Sl 22:27; 69,33 etc.), cujo direito é violado (Am 2:7), mas a quem Deus escuta (Sl 10:17), ensina o caminho (Sl 25:9), salva (Sl 76:10) etc. Tudo isso faz que os “anawim” louvem a Deus (Sl 22:27), alegrem-se nele (Is 29:19; Sl 34:3; 69,33) e recebam seus dons (Sl 22:27; 37,11) etc.

    Os “anawim” não são, pois, os pobres simplesmente, mas os pobres de Deus (Sf 2:3ss.). (Ver nesse sentido: R. Martin-Achard, “Yahwé et les ânawim:” ThZ 21, 1965, pp. 349-357.) A Bíblia dos LXX assume tanto essa interpretação que pobre é traduzido não somente como “ptojós” e “pénes”, mas também por “tapeinós” (humilde) e “prays” (manso) e seus derivados. Realmente, a palavra “anaw” no Antigo Testamento tem um significado ambivalente. Enquanto em alguns casos só se refere ao necessitado (Is 29:19; 61,1; Am 2:7 etc.), em outros equivale a “humilde” (Nu 12:3; Sl 25:9; 34,3; 37,11; 69,32 etc.). O mesmo pode dizer-se de “ebion” (Jr 20:13) e de “dal” (Sf 3:12), cujo significado pode ser tanto necessitado como humilde.

    Dentro desse quadro de referências, os “pobresanawim” não são senão todos os que esperam a libertação de Deus porque sabem que não podem esperá-la de mais ninguém. A eles, especialmente, é anunciado o evangelho (Mt 11:5; Lc 4:18).

    E. Jenni e C. Westermann, “3Aebyon” e “Dal” em Diccionario Teológico manual del Antiguo Testamento, Madri 1978, I, e Idem, “`Nh” em Ibidem, II; W. E. Vine, “Poor” em Expository Dictionary of Old and New Testament Words, Old Tappan 1981; C. Vidal Manzanares, “Pobres” em Diccionario de las Tres Religiones, Madri 1993; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Rudimentos

    Rudimentos
    1) Os primeiros ensinamentos ou as primeiras lições (RC: (He 5:12); 6.1).

    2) Espíritos de anjos ou de demônios, que as pessoas acreditavam que controlavam o mundo (Gal 4:3,8-9); (Cl 2:8-20);
    v. NTLH). Outros entendem que “rudimentos” quer dizer a LEI 2.

    Servir

    verbo transitivo direto e intransitivo Prestar serviços; cumprir determinados deveres e funções: servir a pátria; passou a vida a servir.
    Ter utilidade; dar auxílio; auxiliar, ajudar: servir um colega; dedicou sua vida à caridade, viveu de servir.
    verbo bitransitivo Pôr na mesa: servir a sopa; servir o jantar aos filhos.
    verbo transitivo direto Causar uma sensação prazerosa; satisfazer: servir as paixões.
    Oferecer algo; dar: servir uísque e salgadinhos.
    Prover com o necessário; abastecer: bomba que serve o reservatório.
    Vender algo; fornecer: esta casa serve os melhores produtos.
    verbo transitivo indireto Ocupar o lugar de; desempenhar as funções de; substituir: servir de pai aos desamparados.
    verbo intransitivo Ser útil; convir, importar: em tal momento o saber serve muito.
    Ter serventia, utilidade: estas coisas não servem mais para nada.
    [Esporte] Lançar a bola no início de um jogo de tênis.
    verbo pronominal Fazer uso de; usar: servir-se do compasso.
    Tomar uma porção (comida ou bebida): servir-se do bom e do melhor.
    Tirar vantagens de; aproveitar-se: servir-se dos ingênuos.
    Etimologia (origem da palavra servir). Do latim servire.

    Servir, no sentido cristão, é esquecer de si mesmo e devotar-se amorosamente ao auxílio do próximo, sem objetivar qualquer recompensa, nem mesmo o simples reconhecimento daqueles a quem se haja beneficiado.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola dos primeiros lugares

    Serve e passa, esquecendo o mal e a treva, / Porque o dom de servir / É a força luminosa que te eleva / Às bênçãos do porvir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Servir é criar simpatia, fraternidade e luz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


    Servir Os discípulos de Jesus podem servir somente a Deus, já que qualquer outro serviço faria com que deixassem o Senhor (Mt 6:24; Jo 15:20). Quanto a Jesus, sua situação, sem dúvida, não é a desumana do escravo, mas a do amigo (Jo 15:15) e do filho (Jo 8:33-36). Esse relacionamento especial com Deus deve conduzi-los a servir uns aos outros (Mt 20:27; 25,44; Jo 13:1-19), imitando Jesus, o Servo de YHVH (Mc 10:44-45).

    Tornar

    verbo pronominal , transitivo direto predicativo e bitransitivo Alterar, modificar ou passar a possuir uma nova condição, estado: ele se tornou médico; a mãe tornou a filha escritora.
    Retornar ao local de onde se estava; regressar: ele tornou a chegar; os tripulantes tornaram-se para o avião.
    verbo bitransitivo Retornar algo a alguém; devolver: tornou o cão ao dono.
    Fazer a tradução de um idioma para outro: tornou o texto inglês em português.
    Guiar novamente; reconduzir: o guarda tornou o motorista à igreja.
    verbo transitivo indireto Voltar, regressar a um estado anterior: preferia tornar à minha juventude.
    Analisar novamente; falar sobre o mesmo assunto outra vez: o médico tornou ao tratamento.
    verbo intransitivo Expressar-se ou transmitir novamente: a felicidade nunca mais tornou.
    Dar como resposta; responder: -- Não vou à festa, tornou a namorada.
    verbo pronominal Pedir ajuda; apelar: sozinho, não tinha a quem se tornar.
    Etimologia (origem da palavra tornar). Do latim tornare.

    tornar
    v. 1. tr. ind., Intr. e pron. Vir de novo onde esteve; voltar, regressar. 2. tr. dir. Devolver, restituir. 3. tr. dir. e pron. Converter(-se), fazer(-se). 4. tr. dir. e pron. Mudar(-se), transformar(-se). 5. tr. dir. Traduzir, trasladar, verter. 6. Intr. Replicar, responder. 7. tr. dir. Unido a um infinitivo com a preposição a, exerce a função de verbo auxiliar e denota a continuação ou repetição da ação: Várias vezes dobrou e tornou a erguer-se. T. à vaca fria: voltar à vaca-fria.

    Vez

    substantivo masculino Dado momento; certa ocasião, circunstância ou período de tempo: uma vez ele apareceu na loja e fez um escândalo enorme.
    Turno; momento que pertence a alguém ou a essa pessoa está reservado: espere a sua vez!
    Ocasião; tendência para que algo se realize; em que há oportunidade: deste vez irei à festa!
    Acontecimento recorrente; ocorrência de situações semelhantes ou iguais: ele se demitiu uma vez; já fui àquele restaurante muitas vezes.
    Parcela; usado para multiplicar ou comparar: vou pagar isso em três vezes; três vezes dois são seis.
    locução adverbial Às vezes ou por vezes: só vou lá de vez em quando.
    De uma vez por todas. Definitivamente: ele foi embora de uma vez por todas.
    De vez em quando ou de quando em vez. Quase sempre: vou ao trabalho de vez em quando.
    De vez. De modo final: acabei de vez com meu casamento!
    Desta vez. Agora; neste momento: desta vez vai ser diferente.
    locução prepositiva Em vez de, em lugar de.
    Era uma vez. Em outro tempo: era uma vez um rei que.
    Uma vez na vida e outra na morte. Muito raramente: tenho dinheiro uma vez na vida e outra na morte.
    Etimologia (origem da palavra vez). Do latim vice.

    vez (ê), s. f. 1. Unidade ou repetição de um fato: Uma vez. Cinco vezes. 2. Tempo, ocasião, momento oportuno para agir: Falar na sua vez. 3. Ensejo, oportunidade. 4. Dose, pequena porção, quinhão.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gálatas 4: 9 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Agora, porém, (depois de) havendo vós conhecido a Deus (ou, muito mais, havendo vós sido conhecidos sob Deus), como voltais, outra vez, (a vos apoiar) sobre esses fracos e miseravelmente- pobres primeiros- e- mais- fundamentais- princípios, aos quais, de novo, servir- como- escravos quereis?
    Gálatas 4: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    54 d.C.
    G1097
    ginṓskō
    γινώσκω
    gastando adv de negação
    (not)
    Substantivo
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1398
    douleúō
    δουλεύω
    ser escravo, servir, prestar serviço
    (to serve)
    Verbo - presente infinitivo ativo
    G1909
    epí
    ἐπί
    sobre, em cima de, em, perto de, perante
    (at [the time])
    Preposição
    G1994
    epistréphō
    ἐπιστρέφω
    eles, lhes
    (them)
    Pronome
    G2309
    thélō
    θέλω
    querer, ter em mente, pretender
    (willing)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3123
    mâllon
    μᾶλλον
    mais, a um grau maior, melhor
    (much)
    Advérbio
    G3568
    nŷn
    νῦν
    um benjamita mencionado somente no título do Sl 7.1
    (of Cush)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3825
    pálin
    πάλιν
    Seu coração
    (his heart)
    Substantivo
    G4434
    ptōchós
    πτωχός
    reduzido à pobreza, mendicância; que pede esmola
    (poor)
    Adjetivo - nominativo Masculino no Masculino no Plurak
    G4459
    pōs
    πῶς
    dente, dente grande
    (the great teeth)
    Substantivo
    G4747
    stoicheîon
    στοιχεῖον
    qualquer primeira coisa, do qual os outros que pertencem a uma série ou composto
    (basic principles)
    Substantivo - neutro acusativo plural
    G509
    ánōthen
    ἄνωθεν
    de cima, de um lugar mais alto
    (top)
    Advérbio
    G5259
    hypó
    ὑπό
    por / através / até
    (by)
    Preposição
    G772
    asthenḗs
    ἀσθενής
    a Terra
    (the earth)
    Substantivo


    γινώσκω


    (G1097)
    ginṓskō (ghin-oce'-ko)

    1097 γινωσκω ginosko

    forma prolongada de um verbo primário; TDNT - 1:689,119; v

    1. chegar a saber, vir a conhecer, obter conhecimento de, perceber, sentir
      1. tornar-se conhecido
    2. conhecer, entender, perceber, ter conhecimento de
      1. entender
      2. saber
    3. expressão idiomática judaica para relação sexual entre homem e mulher
    4. tornar-se conhecido de, conhecer

    Sinônimos ver verbete 5825


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    δουλεύω


    (G1398)
    douleúō (dool-yoo'-o)

    1398 δουλευω douleuo

    de 1401; TDNT - 2:261,182; v

    1. ser escravo, servir, prestar serviço
      1. de uma nação em sujeição a outros países
    2. metáf. obedecer, submeter-se a
      1. num bom sentido, ser obediente
      2. num mau sentido, daqueles que tornam-se escravos de um poder maléfico, sujeitar-se a, entregar-se a

    ἐπί


    (G1909)
    epí (ep-ee')

    1909 επι epi

    uma raíz; prep

    sobre, em cima de, em, perto de, perante

    de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

    para, acima, sobre, em, através de, contra


    ἐπιστρέφω


    (G1994)
    epistréphō (ep-ee-stref'-o)

    1994 επιστρεφω epistrepho

    de 1909 e 4762; TDNT - 7:722,1093; v

    1. transitivamente
      1. retornar para
        1. para o louvor do verdadeiro Deus
      2. fazer retornar, voltar
        1. ao amor e obediência a Deus
        2. ao amor pelas crianças
        3. ao amor à sabedoria e retidão
    2. intransitivamente
      1. voltar-se para si mesmo
      2. virar-se, volver-se, dar volta
      3. retornar, voltar

    θέλω


    (G2309)
    thélō (thel'-o)

    2309 θελω thelo ou εθελω ethelo

    em tempos certos θελεω theleo thel-eh’-o e εθελεω etheleo eth-el-eh’-o que são normalmente absoletos aparentemente reforçada pela forma alternativa de 138; TDNT - 3:44,318; v

    1. querer, ter em mente, pretender
      1. estar resolvido ou determinado, propor-se
      2. desejar, ter vontade de
      3. gostar
        1. gostar de fazer algo, gostar muito de fazer
      4. ter prazer em, ter satisfação

    Sinônimos ver verbete 5915


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μᾶλλον


    (G3123)
    mâllon (mal'-lon)

    3123 μαλλον mallon

    neutro do comparativo do mesmo que 3122; adv comparativo

    1. mais, a um grau maior, melhor
      1. muito mais (longe, disparado)
      2. melhor, mais prontamente
      3. mais prontamente

    νῦν


    (G3568)
    nŷn (noon)

    3568 νυν nun

    partícula primária de tempo presente; TDNT - 4:1106,658; adv

    1. neste tempo, o presente, agora

    Sinônimos ver verbete 5815



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    πάλιν


    (G3825)
    pálin (pal'-in)

    3825 παλιν palin

    provavelmente do mesmo que 3823 (da idéia de repetição oscilatória); adv

    1. de novo, outra vez
      1. renovação ou repetição da ação
      2. outra vez, de novo

        outra vez, i.e., mais uma vez, em adição

        por vez, por outro lado


    πτωχός


    (G4434)
    ptōchós (pto-khos')

    4434 πτωχος ptochos

    de πτωσσω ptosso (rastejar, semelhante a 4422 e o substituto de 4098); TDNT - 6:885,969; adj

    1. reduzido à pobreza, mendicância; que pede esmola
    2. destituído de riqueza, influência, posição, honra
      1. humilde, aflito, destituído de virtudes cristãs e riquezas eternas
      2. desamparado, impotente para realizar um objetivo
      3. pobre, indigente
    3. necessitado em todos os sentidos
      1. com respeito ao seu espírito
        1. destituído da riqueza do aprendizado e da cultura intelectual que as escolas proporcionam (pessoas desta classe mais prontamente se entregam ao ensino de Cristo e mostram-se prontos para apropriar-se do tesouro celeste)

    Sinônimos ver verbete 5870


    πῶς


    (G4459)
    pōs (poce)

    4459 πως pos

    advérbio da raiz de 4226, partícula interrogativa de modo; partícula

    1. como, de que maneira

    στοιχεῖον


    (G4747)
    stoicheîon (stoy-khi'-on)

    4747 στοιχειον stoicheion

    de um suposto derivado da raiz de 4748; TDNT - 7:670,1087; n n

    1. qualquer primeira coisa, do qual os outros que pertencem a uma série ou composto inteiro se originam, elemento, primeiro principal
      1. as letras do alfabeto como elementos da fala; não, no entanto, os caracteres escritos, mas os sons falados
      2. os elementos dos quais todos os outros vieram, a causa material do universo
      3. os corpos celestes, seja como componentes dos céus ou porque supunha-se residir neles (como outros pensavam) os elementos da humanidade, vida e destino do homem
      4. os elementos, rudimentos, princípios fundamentais e primários de uma arte, ciência ou disciplina
        1. i.e., da matemática, geometria de Euclides

    ἄνωθεν


    (G509)
    ánōthen (an'-o-then)

    509 ανωθεν anothen

    de 507; TDNT - 1:378,63; adv

    1. de cima, de um lugar mais alto
      1. de coisas que vem do céu ou de Deus
    2. do primeiro, do início
    3. de novo, mais uma vez

    ὑπό


    (G5259)
    hypó (hoop-o')

    5259 υπο hupo

    preposição primária; prep

    1. por, sob

    ἀσθενής


    (G772)
    asthenḗs (as-then-ace')

    772 ασθενης asthenes

    de 1 (como partícula negativa) e a raiz de 4599; TDNT - 1:490,83; adj

    1. fraco, frágil, delicado