Enciclopédia de Colossenses 2:19-19

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

cl 2: 19

Versão Versículo
ARA e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem-vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus.
ARC E não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus.
TB e não retendo a cabeça, de quem todo o corpo, suprido e unido por meio das juntas e ligamentos, cresce com o crescimento de Deus.
BGB καὶ οὐ κρατῶν τὴν κεφαλήν, ἐξ οὗ πᾶν τὸ σῶμα διὰ τῶν ἁφῶν καὶ συνδέσμων ἐπιχορηγούμενον καὶ συμβιβαζόμενον αὔξει τὴν αὔξησιν τοῦ θεοῦ.
BKJ E não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, tendo alimento ministrado, e unido pelas juntas e ligaduras, cresce em aumento de Deus.
LTT E não se ligando à Cabeça (Cristo), proveniente- de- dentro- da Qual todo o corpo (através das juntas e ligaduras sendo ele nutrido e sendo juntamente- unido) cresce com o crescimento procedente- de Deus.
BJ2 ignorando a Cabeça,[i] pela qual todo o Corpo, alimentado e coeso pelas juntas e ligamentos, realiza o seu crescimento em Deus.
VULG et non tenens caput, ex quo totum corpus per nexus, et conjunctiones subministratum, et constructum crescit in augmentum Dei.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Colossenses 2:19

Jó 19:9 Da minha honra me despojou; e tirou-me a coroa da minha cabeça.
Salmos 139:15 Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.
João 15:4 Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.
João 17:21 para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
Atos 4:32 E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.
Romanos 11:17 E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira,
Romanos 12:4 Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,
I Coríntios 1:10 Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer.
I Coríntios 3:6 Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.
I Coríntios 10:16 Porventura, o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo?
I Coríntios 12:12 Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.
Gálatas 1:6 Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho,
Gálatas 5:2 Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará.
Efésios 1:22 E sujeitou todas as coisas a seus pés e, sobre todas as coisas, o constituiu como cabeça da igreja,
Efésios 4:3 procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz:
Efésios 4:15 Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,
Efésios 5:29 Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;
Filipenses 1:27 Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, para que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho.
Filipenses 2:2 completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.
Colossenses 1:10 para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus;
Colossenses 1:18 E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência,
Colossenses 2:2 para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus ? Cristo,
Colossenses 2:6 Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele,
I Tessalonicenses 3:12 E o Senhor vos aumente e faça crescer em amor uns para com os outros e para com todos, como também nós para convosco;
I Tessalonicenses 4:10 porque também já assim o fazeis para com todos os irmãos que estão por toda a Macedônia. Exortamo-vos, porém, a que ainda nisto continueis a progredir cada vez mais,
II Tessalonicenses 1:3 Sempre devemos, irmãos, dar graças a Deus por vós, como é de razão, porque a vossa fé cresce muitíssimo, e o amor de cada um de vós aumenta de uns para com os outros,
I Timóteo 2:4 que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade.
I Pedro 3:8 E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis,
II Pedro 3:18 antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém!

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Colossenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
SEÇÃO III

O COMBATE

Colossenses 2:1-23

Paulo pôs a base para confrontar a heresia recentemente surgida na igreja colossense. Declarou sua confiança na experiência cristã dos crentes colossenses (1:1-8). Expôs o coração e o tema de suas orações por eles (1:9-14). Apresentou os elementos precisamen-te essenciais da revelação do mistério de Cristo (1:15-20). E mostrou seu próprio envolvimento inevitável no confronto com estes inimigos de Cristo, por causa do compro-misso que assumiu com Cristo e da subseqüente comissão que recebeu. Chegou a hora de os pontos de controvérsia serem acareados. A luz se opõe às trevas, a liberdade se opõe à escravidão, a moralidade se opõe ao vazio ritual.

Na seção da carta agora sob análise a concepção paulina e a concepção pagã são mantidas em contínuo contraste. A luta se centraliza em duas áreas — doutrina e práti-ca. De entremeios estão as repetidas advertências para que os crentes não sejam seduzi-dos e, assim, fiquem privados de sua herança em Cristo. É conveniente que Paulo esteja preocupado, pois todos os benefícios da graça de Deus para com os colossenses estão em perigo, por causa dos esquemas ardilosos de Satanás.

A. DOUTRINA 2:1-15

1. A Encarnação (2:1-7)

a) A doutrina concebida (2:1-3). A luta na qual Paulo se acha envolvido diz respeito àqueles a quem ele conhece em Colossos e Laodicéia,' cidade vizinha (ver Mapa 1), e àqueles a quem ele não conhece (1). Com as palavras quero que saibais quão, Paulo os ressegura do seu profundo amor e preocupação (Rm 1:13). Ausente por força maior (2.5; 4.10), ele tem de se contentar com esta comunicação por intermédio de companheiros de trabalho fidedignos.'

Paulo está em grande combate pelas almas dos colossenses e por todos os que não viram sua face ao longo destes séculos. É possível que a ilustração tenha sido retirada das competições atléticas ou da ação militar. O combate deve ter sido travado primeira-mente no recôndito do seu coração na presença do Senhor. Agora é apresentado publica-mente por meio desta carta. A força e incentivo de Paulo para a luta não eram meramen-te humanos. Ele fora abastecido com a força divina (1.29; 2 Co 5,14) ; unido com o seu Senhor numa "grande luta" (RA; cf. BJ).

Os crentes devem entender plenamente as questões e as conseqüências. Os méto-dos da luta e os frutos da vida revelam quem é digno de confiança: os falsos mestres ou Paulo e seus companheiros. Satanás atrai pela satisfação carnal mediante tentações diversas (4,23), ao passo que Cristo atrai pela justiça ética mediante a aceitação da verdade do evangelho.
A luta gira em torno de doutrinas principais: a encarnação e a expiação. Estas são cruciais, pois delas depende o destino da redenção e salvação do homem.

A experiência confirma a fé na doutrina da encarnação de Deus em Jesus Cristo. Paulo se empenha pelo fortalecimento dos crentes no amor cristão. Consolados (2) significa "fortalecidos" (NVI) e não somente "confortados". A palavra grega é deriva-da de parakaleo, "chamar para o lado de",3 daí, "advogado", "defensor". Nos capítulos 14:16 do Evangelho de João, a palavra é usada para descrever o ministério do Espírito Santo. O fortalecimento vem da unidade: estejam unidos (cf. Ef 4:16). O "amor" (ACF, AEC, BAB, BJ, BV, CH, NTLH, NVI, RA; caridade) é o princípio pelo qual a conduta ética é determinada e realizada (G1 5.14). É o laço ético (3.14). Os seus corações não limita a extensão da solicitude de Paulo àqueles que não o viram, mas inclui a todos.

O fortalecimento em amor conduz ao fim desejado: o conhecimento do mistério de Deus — Cristo (2), que é o significado da palavra grega eis (para). Enriquecidos é igual a "estando convictos" ou "tendo insight",4 condição que dá plenitude e inteligên-cia na íntegra e ocasiona o conhecimento do mistério. Em vez de conhecimento, outras traduções têm "compreensão" (NTLH; cf. RA).5 O amor cristão é o laço ético que conduz à convicção da verdade da encarnação de Deus em Cristo Jesus. Em seguida, vem o passo da fé (conhecimento) que torna o fato real.' Em outras palavras: "Este enriquecimento proveniente da convicção é alcançado vivendo no amor de Deus" (Ef 3:17-19).' Repare nesta tradução do versículo 2: "Para que o coração deles se encha de cora-gem, seja unido em amor e alcance toda a riqueza que vem da plena segurança da com-preensão, resultando em verdadeiro conhecimento do mistério de Deus, a saber, o pró-prio Cristo" (NASB).

O mistério de Deus, como indicado acima, é o próprio Cristo. Depois da palavra Deus, alguns manuscritos trazem a frase "e do Pai"' (cf. ACF). Se a frase for retida, a doutrina da encarnação é amplificada. A ênfase recai sobre Cristo como o Filho de Deus. Se for omitida, o mistério ainda diz respeito à pessoa de Jesus Cristo, conforme reve-lam os versículos 3:9 e a passagem de Cl 1:15-19.

Em quem (3), ou seja, em Jesus Cristo, estão escondidos todos os atributos da deidade. É este o mistério. Escondidos significa "contidos, que aguardam ser revela-dos no tempo certo"' (2 Co 4.3,4). Todos (sem exceção) os tesouros (divinos) da sabe-doria e da ciência têm sua origem em Cristo. Ele é o caminho para o perdão, a santificação, a sabedoria, Deus. Não há outra fonte de poder ou conhecimento fora de Cristo. Os métodos gnósticos de alcançar conhecimento sem ele e por mera especulação humana são todos falsos. O versículo 3 é reprimenda pungente contra as declarações dos falsos mestres. O verdadeiro conhecimento do modo de salvação encontra-se so-mente na compreensão de Cristo como a mais plena revelação de Deus, como se fosse o próprio Deus Pai. Qualquer coisa menos que isso Paulo chama de "vãs sutilezas" (8). "Cristo é tudo" (3.11). O argumento de Paulo é que a persistência no amor cristão fortalece a percepção deste mistério.' Ele mostra o caminho para o conhecimento da doutrina do Deus encarnado, que é Jesus Cristo (Gl 4:4-7; 1 Tm 3.16). Nele está arma-zenada toda ciência, servindo-lhe de fonte, e toda sabedoria, que é o meio de aplicar essa ciência (Rm 11:33-1 Co 1.30).

O fato há pouco declarado dá significado à doutrina da expiação, que ele declarará mais adiante (2.8ss.).

b) A doutrina recebida (Cl 2:4-7). Doutrina é mais que um conceito a ser entendido; é a fonte de um novo estilo de vida. Porque isso é verdadeiro, a vida cristã está em perigo.

  1. Vida cristã ameaçada (2.4). O Maligno é potente. Os crentes colossenses estão em perigo de serem enganados (lit., "atraídos"; cf. CH) a fazer um erro de cálculo. Se não pelo pecando, então pela falsa religião, a vida cristã seria destruída.' As palavras para que "não" (4; cf. BAB, NTLH) servem de alerta de que o pecado, embora um inimigo terrível, não precisa nos dominar. E digo isto se refere ao que acabou de ser escrito. Paulo redeclara sua grande preocupação por eles e pela fé deles na revelação há pouco declarada 1Co 2:4ss.). Palavras persuasivas ("argumentos capciosos", BJ; cf. NTLH, NVI, RA) indica os métodos dos falsos mestres, em contraste com não o método de persuasão e demonstração racional de Paulo. Hoje, como então, não deve-mos permitir que a verdade da encarnação se perca em meio aos argumentos prolixos de raciocínios humanos.
  2. Vida cristã sustentada (2.5). Paulo está ali para ajudar. A frase em espírito, estou convosco revela que a presença espiritual do apóstolo era muito real para eles (Fp 1:7-1 Ts 2.17), embora ele fosse forçado a estar ausente, por ser prisioneiro de Roma (4.10). Ordem e firmeza, diz Moule, são termos militares ou metáforas.' Observe estas traduções: "Eu me alegro em ver a vossa formação disciplinada" (NEB) ; "vossa boa disci-plina" (NASB). A palavra grega stereoma (firmeza, "fidelidade") significa "a coisa sólida que constituía a base da igreja deles"' (lit., "a firme fundação").' A firme fundação dos colossenses é a fé em Cristo, a que eles exerceram no momento em que entrarem na graça salvadora. Este tema é repetido e ampliado no próximo versículo.
  3. Fé cristã efetivada (6,7). O verbo grego traduzido por recebestes (6) está no tempo aoristo, denotando um ato decisivo e definitivo. É Jesus Cristo que é recebido, e não só a mensagem sobre ele. Senhor "faz vir à memória o nome pessoal 'Jeová' do Antigo Testamento",' e aqui aplica-se a Jesus. O artigo definido o é usado para eliminar todos os rivais (Act 2:36; Ef 3:11) ; identifica a quem eles receberam. Assim também andai significa "assim vivei". O que eles começaram numa decisão em momento de cri-se, agora eles devem vivenciar na conduta diária. Eles têm de viver nele, em união com Cristo, numa atmosfera nova e celeste. Em vez de viver de acordo com meras normas e regulamentos, agora eles têm de viver de acordo com Cristo. Questões sobre sábados, festas e regras perdem a importância diante de Cristo, como se dá com a sombra diante do sol. Quando temos verdadeiramente a mente e o espírito de Cristo, o resultado tem de ser a verdadeira ética (Cl 1:10-3.7ss.; Cl 4:5). O significado e propósito da encarnação se cum-prem quando os crentes se unem a Cristo pela fé. Como diz Moule: "O evangelho cristão é essencialmente um relato histórico do que aconteceu no passado; mas também essenci-almente, significa incorporação agora na Pessoa que ainda vive e de quem o relato fala — o Cristo contemporâneo".'

Arraigados e edificados (7) são duas metáforas distintas — uma de uma árvore, a outra de uma casa. Arraigados está no tempo passado; é um fato completo. Edificados está no tempo presente, dando a entender um processo contínuo de construção e desen-volvimento. A árvore corretamente plantada (arraigados, ou "enraizados", BAB, NTLH, NVI) dá frutos, retirando nutrientes do solo natural da alma — Jesus Cristo. Como ilustrado pela segunda imagem (edificados, ou "sobreedificados", ACF; cf. NTLH), o ato que lança o crente no caminho santo tem de ser elaborado, construído pedra sobre pedra como um edifício, na vida diária. Na fé significa o corpo de doutrinas cristãs; mais espe-cificamente, a doutrina a qual Paulo expusera (2,3). Esta verdade é a fundação na qual eles devem ser confirmados ("firmados", NVI).

Assim como fostes ensinados (7) é outra indicação da confiança que Paulo coloca-va no pastor dos crentes colossenses, Epafras (1.7). De acordo com a gramática grega, crescendo modifica a vida em Cristo e a ação de graças. Paulo tinha o hábito de enfatizar a gratidão, e isso porque nossas bênçãos são todas da graça. A ação de graças é o fruto de uma vida próspera em Cristo.

2. A Expiação (2:8-15)

Bem ao lado do mistério da entrada de Cristo no mundo temos o mistério da sua partida e o que significa para o mundo dos homens. Nestas duas doutrinas, a encarnação e a expiação, estão reveladas o mistério de Deus em Cristo. A verdade aqui diz respeito a quem é Cristo e o que ele fez.

O surgimento de Cristo na história por meio do nascimento virginal (Is 7:10ss.; Mt 1:18-20,23; Lc 1:26ss.) não tem significado ou propósito se não existir a expiação feita por ele (Rm 3:24-25; 6:6-10). Toda afirmação que diz que Cristo é nosso Salvador e Redentor é invalidada se a manifestação de Deus em Jesus não for recebida. É nestes dois pontos que o evangelho recebe os maiores ataques. Isso é tão verdadeiro hoje quanto era na situação colossense. Mas a Bíblia declara estas duas doutrinas de modo claro e ousado.

a) A base da doutrina (2:8-10). Tende cuidado (8) são palavras que proclamam cautela. Analisemos, pois, estas verdades.

(1) O aviso (8). Faça presa significa, provavelmente, "seqüestre", e não "saqueie", "prive" ou "roube".' Moule sugere: "vos arrebate o corpo e a alma".18Eis de novo a exorta-ção sobre a possibilidade de apostasia (1.21). O texto mostra que o crente é pessoalmente responsável, é participante de seu próprio engano. Filosofias, quando é sabedoria humana que se opõe à revelação, nos afastam de Cristo. Este é o único versículo bíblico onde ocorre a palavra grega philosophia.19 Vãs sutilezas é "especulação ilusória" (NEB; cf. "argumentos sem valor", NTLH). O que Paulo está a ponto de dizer não se alcança por mera reflexão profunda, filosofia sublime ou aprendizagem exaustiva, mas por revelação simples (Gl 1:12). O apóstolo não é contra a sabedoria e o conhecimento em si, mas contra a arrogância humana enquanto fonte dessas coisas. É extremamente comum que as pessoas queiram "um Cristo de acordo com o sistema de pensamento, e não um siste-ma de pensamento de acordo com o Cristo santificado"?'

Paulo mostra duas armadilhas:
a) a tradição dos homens, ou a mera sabedoria humana, que sempre é inferior à revelação divina (1 Pe 1,18) ; e
b) os rudimentos do mundo (stoicheia), os poderes demoníacos ou os espíritos elementares. Percy afirma que são "noções" ou, mais provavelmente, "seres", partes constituintes de uma série, contrá-rios ao cristianismo e suficientemente pessoais para manter as pessoas em sujeição.' Tratam-se de poderes influentes, mas não são supremos. No fim, todos eles serão sujei-tos a Cristo. Estes "deuses" não são absolutamente deuses (Gl 4:8-9). A verdadeira ado-ração se contrapõe às tradições humanas que culminam em cerimonialismo, rituais, for-mas, sinais e dias especiais. Semelhante adoração atribui valor somente a Deus. "O cristianismo que prima excessivamente por formas e cerimônias é um retrocesso e queda fenomenais."' É o substituto humano de uma religião santa e mortífera ao pecado. Pelo fato de tal prática religiosa estar de acordo com os homens, não é segundo Cristo.'

(2) Cristo é Deus (9,10). Temos aqui uma reiteração da doutrina da encarnação. O antecedente para nele é "Cristo" (8), em quem habita ou "está presente" (NTLH; tempo presente; agora) todos os elementos essenciais da deidade. Toda a plenitude da divin-dade (theotetos) não significa apenas as características da deidade, mas a própria natu-reza de Deus (Cl 1:19-2.3).24 Esta é a única ocorrência de theotetos no Novo Testamento.' Toda não admite falta. Corporalmente significa "em carne humana", "realmente"; não tipicamente ou figurativamente, mas "substancialmente ou pessoalmente, pela mais ri-gorosa união, como a alma mora no corpo; de forma que Deus e homem são um Cristo"." Só nos resta admirar e cantar a maravilha de todas essas coisas! Que infalibilidade arrogante é declarar Cristo falível! O docetismo dizia que Cristo só parecia homem. O gnosticismo enfatizava que a deidade se distribuía a muitos seres, entre os quais Cristo era um.' Mas Paulo está dizendo que Jesus Cristo é Deus em carne. No Filho estão os atributos da deidade. A deidade realmente mora inteiramente em Cristo. O verdadeiro "conhecimento" (gnosis) é Cristo; não há revelação mais completa nem mais inclusiva de Deus que Cristo. Para Paulo, Cristo não é apenas um integrante de uma ordem de seres superiores aos homens, mas inferiores a Deus, como diziam os mestres do gnosticismo. Jesus Cristo é "[Deus] que se manifestou em carne" (1 Tm 3.16).

O resultado do ensino de Paulo é a salvação dos homens: E estais perfeitos nele (10; ou "e fostes cheios dele"). Temos estas opções tradutórias: "E nele fostes levados à plenitude da vida" (RSV; cf. BJ) ; "e, por estarem nele, [...] vocês receberam a plenitude" (NVI). Tudo que é necessário à salvação vem por Jesus Cristo. Não há necessidade de mais ninguém 1Co 1:30). Nele mostra como essa vida é dada; é pela união com Cristo, pela fé nele e em seu modo de salvação.

Nas palavras a cabeça (10), vemos a preeminência de Cristo exaltada para fortale-cer o ensino da suficiência de Cristo como nosso Salvador (1.18). Sua supremacia se estende sobre a igreja, que voluntariamente o serve, e sobre todas as forças que se lhe opõem (Fp 2:10-11). Principado e potestade podem ser traduzidos por "poder" (NVI) e "autoridade" (BJ, NVI; cf. NTLH). Quando temos Cristo, não reconhecemos nenhuma outra autoridade no mundo espiritual.

b) Os benefícios da doutrina (2:11-13). Duas ilustrações e uma declaração objetiva manifestam os benefícios da expiação.

(1) As ilustrações (11,12). Duas metáforas ilustram a salvação pela expiação: a, cir-cuncisão (11) e o batismo (12). No qual tem Cristo (8) por seu antecedente e significa união com ele. Aqui, circuncidados se refere a um ato espiritual rememorativo ao rito físico da fé judaica. É senão símbolo do ato real: o despojo do corpo da carne. "Esta é uma purificação interior, que para Paulo era a verdadeira circuncisão"' (Dt 10:16-30.6). É ilustração de nossa purificação moral pela circuncisão (morte) de Cristo (cf. Is 53:8). A ilustração dá a entender claramente que a experiência é um ato conclusivo e não um processo longo. Não feita por mão, quer dizer, é realizada espiritualmente (cf. BV). Certos manuscritos" têm as palavras "dos pecados" na frase despojo do corpo "dos pecados" da carne (ACF; cf. CH) ; a inclusão ou omissão dessas palavras não mudam o significado essencial do versículo.

É enganoso entender que o corpo da carne (11) seja o corpo humano," como suge-rem certos expositores." Barclay também não tem razão quando afirma: "Por carne, Paulo quis dizer a parte da natureza humana que dá uma cabeça de ponte para o peca-do"." Paulo está dizendo que o corpo da carne é algo contrário à natureza humana, algo que pode ser despojado (3.8,9). Paulo está falando em termos morais e espirituais. Carson resvala ainda mais quando declara que despojar o corpo da carne é repudiá-lo." Muitos escravos do pecado repudiam a velha vida, mas nunca podem despojá-la.

Pelo visto, o corpo da carne (11) não é alguma parte do "nosso corpo de humilha-ção", que, de acordo com as Escrituras, não pode ser aperfeiçoado até a ressurreição 1Co 15:53-54; Fp 3:21 [RA]). É um mal, visto como uma totalidade (corpo), completa-mente distinto do corpo humano e estranho a ele. O princípio dominante desse corpo, a carne, opera no homem em situação oposta e em vontade contrária à "lei do Espírito de vida" (Rm 8:2-7; Ef 2:16). Esse mal contamina o espírito como também o corpo do homem. Não devemos confundir o corpo da carne com o espírito essencial ou o corpo humano. Ele pode ser despojado agora (nesta vida), descartado pela circuncisão (morte) de Cristo em nosso favor. Circuncisão é uma ilustração da graça de nossa santificação. "Na circuncisão espiritual, por Cristo, toda a natureza carnal corrupta é descartada como uma peça de roupa que é tirada e posta de lado.' Está claro que o que é despoja-do nesta experiência em um ato definitivo e conclusivo deve ser rejeitado em atos diá-rios de renúncia (Cl 3:5-8,9).

Paulo vê a salvação pela expiação de Cristo sob a ilustração da circuncisão como uma mudança moral no coração e na vida do homem através da adoção de um novo princípio de conduta: a "lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus", no lugar da "lei do pecado e da morte" (Rm 8:2), ou do espírito de "inimizade contra Deus" (Rm 8:7). Temos aqui o ensino da graça imputada e concedida.

A expressão circuncisão de Cristo (11) proporciona interpretações diversas:
a) A morte de Cristo, quando ele tirou o pecado dos homens (o ato da expiação) ;
b) a morte de Cristo, quando ele despojou o seu próprio corpo físico;
c) a própria circun-cisão de Cristo quando ele era criança. Das três opções, a primeira é a mais signifi-cativa (Cl 1:13-21,22; 2.15).

Sepultados com ele no batismo (12) é outra ilustração do que significa ser li-berto da velha vida de pecado e entrar na nova vida de salvação. É símbolo da morte e ressurreição. Este versículo é paralelo ao anterior. No batismo morremos simbolica-mente para a velha vida, fomos enterrados e ressuscitamos com Cristo para a nova vida. Pela fé no é tradução correta. Poder fala da força e "operação" (RSV) de Deus. A fé do homem é inspirada pelo poder que havia para ressuscitar Cristo dos mortos. Os poderes de Satanás revelaram-se insuficientes para manter Cristo cativo, e o mes-mo acontece com relação a nós.

(2) A declaração objetiva (13). As palavras e, quando vós nos levam de volta ao trecho de Cl 1:21ss. e destacam a comprovação pessoal dos próprios crentes colossenses acerca da suficiência de Cristo. Se eles permitirem que o amor (a ética cristã) opere, eles sempre terão mais entendimento (2,2) sobre a certeza de salvação (1.27). Mortos nos pecados descreve a condição natural do homem em relação a Deus — moralmente morto, mas fisicamente vivo. A incircuncisão da vossa carne é outro modo de des-crever a condição depravada. Pelo visto, Paulo não está falando da circuncisão feita fisicamente, mas da fé em Cristo que é o meio de despojar a velha vida e começar a nova vida. É uma transformação da morte concernente a Deus para a nova vida em Cristo. Vos vivificou juntamente com ele mostra que a união com Cristo é o meio da nova vida. Se a "cabeça" está viva, o "corpo" também está. Estar unido com Cristo é vida. Se a incircuncisão se refere ao ato feito fisicamente, então Paulo está declaran-do o que ele já disse (Act 15; Rm 2:25-28,29; Gl 5:6-11; 6.15). Esse tipo de circuncisão mostra-se desnecessário e inútil para a salvação. A evidência da graça salvadora é sermos vivificados, levados para a nova vida de justiça ética, pelo fato de nos terem sido perdoadas as ofensas ("pecados", BV, CH; "transgressões", NVI; "delitos", AEC, RA; "faltas", BV). Uma condição segue logicamente a outra, como o calor vem com o sol, embora sejam coincidentes. A vivificação fala de nossa santificação começada, da mes-ma forma que o perdão fala de nossa justificação. Todas as ofensas mostra que o perdão é total. Cristo é Salvador suficiente (3.11).

c) O campo de batalha da doutrina (2.14,15). O campo de batalha da expiação é a cruz do Calvário. As acusações contra o homem foram, pregadas com Cristo na rude cruz. A cédula... nas suas ordenanças ("escrito de dívida", AEC, RA; "título de dívi-da", BJ; "dívida", NTLH; "acusações confirmadas", BV) é um contrato assinado, um reco-nhecimento de dívida feito com Deus e assinado (ou aceito) pela humanidade.' Todos os homens responsáveis admitem o fato do pecado, e concordam com a justiça da pena de morte por causa disso. A acusação é contra nós. A cédula é a lei e a consciência. A obrigação legal nos é contrária. Agora Paulo declara o modo no qual Deus retirará a pena de morte. Havendo riscado significa que a acusação foi "lambuzada" como se dá quando se aplica cera.' "Outro modo de dizer é que, considerando que Cristo morreu e que fomos mortos com ele pelo batismo 'na sua morte', então o título de dívida não é mais válido; nossa morte (com Cristo) nos liberta da obrigação.73' Cristo é a propiciação por nossa dívida (Rm 3:24-25). O verbo grego traduzido por cravando-a está no tempo aoristo, significando um trabalho acabado. Aqui e em João 20:25 estão as únicas referências aos cravos na crucificação.' Poderíamos levantar a questão sobre quem perdoa ou crava as acusações, o Pai ou Cristo. As duas Pessoas são usadas intercambiavelmente como sujei-tos das ações tomadas; isso nos leva a concluir que o Pai e o Filho estão envolvidos na obra do Calvário.

O perdão é o resultado glorioso do conflito terrível, cuja descrição é tão expres-siva. O verbo grego traduzido por despojando (15) está na voz média. O significa-do disso é que Cristo se despiu de todos os principados e potestades. Na morte, ele se submeteu a eles para então triunfar sobre eles. Ele confronta estas forças demoníacas e mostra que estão em oposição total a ele. Ao se submeter à cruz, ele os expôs publicamente. Ele revela em público a verdadeira natureza desses se-res. Todos temos livre acesso ao texto narrativo de como eles se opuseram a Cristo e o mataram (Is 53).

E nosso Senhor deles triunfou (15), conduzindo-os como um general vitorioso conduz seus prisioneiros em procissão de vitória.' A cruz é o campo de batalha cósmi-co, onde Cristo derrotou sozinho todos os poderes do inferno (Ef 2:15-16), desmasca-rando-os, mostrando o que realmente são — inimigos de Deus e de todo o bem. Estes poderes religiosos e pagãos pensavam que estavam acabando com Cristo para sem-pre. Mas o que realmente aconteceu foi que Cristo os tirou do caminho. Pela res-surreição, ele fugiu e mostrou que era superior a eles. Então, pergunta Paulo, por que ficarmos presos a estes poderes mundanos, sermos julgados por autoridades de menor importância e permanecermos enganados por inimigos comprovados de Cris-to? O apóstolo exorta que todos circuncidem a inimizade do coração para renderem-se a Deus somente (Rm 12:1-2).

Há dúvidas relativas às palavras finais do versículo 15. É em si mesmo ou nela que a vitória foi ganha? Se a significação correta for em si mesmo, então Deus triunfou em Cristo. Se as palavras gregas significam nela, então Paulo está se referindo à cruz' (cf. AEC, BV, NTLH, NVI, RA).

Sua morte é nossa morte, simbolizada pelo batismo nas águas. Sua circuncisão (ser "cortado", Is 53:8) é nossa circuncisão. Cristo é pessoalmente responsável por nossa re denção. Ele conquistou todas as forças adversárias no Calvário e na sepultura. Foi esta a batalha cósmica decisiva entre Deus e todas as forças satânicas.

Cristo, em tua cruz há glória,

Dominando o caos maior; Toda a luz da sacra história

Se concentra ao seu redor."

B. DEVER, 2:16-23

O combate de Paulo com os falsos mestres colossenses tem a ver com doutrina, mas este combate é levado para o âmbito da conduta humana. Como disse alguém, para Pau-lo, "a doutrina é a semente do dever". Sua preocupação com o dever envolve duas áreas principais: rituais e regulamentos.

1. Rituais (2:16-19)

  1. Questões de calendário (2.16,17). Portanto refere-se ao que acabou de ser apre-sentado e leva à conclusão: Ninguém vos julgue ("dê seu parecer sobre vós"). Todas as outras religiões envolvem atos e práticas de reconciliação inferiores e inúteis: pelo co-mer, ou pelo beber (alimentos), dias de festa (festividades anuais), lua nova (obser-vância mensal), sábados (observância semanal) (Nm 28:9).42 Embora não haja no origi-nal grego o artigo definido os antes de sábados, seu uso esclarece o significado. Paulo estava resistindo aos judaizantes que insistiam na observância legalista do sábado.' Estas eram questões nas quais os inimigos de Cristo tiveram sucesso em crucificá-lo (Rm 14:1ss.; 1 Tm 4.3; Tt 1:14; Hb 9:10ss.; 13 9:10).

Que são sombras (17) é explicado no versículo 18 e posto em contraste no versículo 19. O termo sombras caracteriza os sistemas ritualistas do judaísmo. As sombras são indicativas da realidade, Cristo. No Antigo Testamento, viam-se apenas as sombras. No Novo Testamento, o corpo (soma, "substância"), que é Cristo, está presente. Mas mes-mo hoje temos aqueles que seriam "escravos de sombras": tipos, formas e rituais. A base da exortação de Paulo aqui é a obra de Cristo; questões de calendário não têm valor como meio de salvação (Rm 14:17). Sua função mostra o sacrifício de Cristo. Que tolice chamar as sombras de realidade!

  1. Questões intermediárias (Cl 2:18-19). O versículo 18 é difícil de traduzir. Temos de "fazer nossa escolha de emendas conjeturais ambíguas, ou fazer o melhor que pudermos com o texto"." Ninguém vos domine é igual a "ninguém vos prive" (AEC; ver RC em nota de rodapé). Moule diz: "Ninguém vos declare desqualificados"' (cf. BV), e assim prive o crente do seu legítimo prêmio ou recompensa. Paulo está dizendo: "Não permitais que o ato ritualista aja como árbitro em vós" (cf. RA). Com pretexto de humildade significa auto-humilhação (23).' Wahl diz que é, literalmente, "deleitando-se em humil-dade" (cf. NVI), como os escribas (Mc 12:38).' Tal atitude não é proveniente da graça, mas trata-se de realização humana. Levando em conta o versículo 23, esta mortificação é esforço puramente humano para "debilitar a natureza material do homem [...] e abrir caminho para a visão celestial e o pleno conhecimento místico".' Neste caso, a salvação é uma ascensão humana por meio de estágios em vez de ser um passo de fé em Cristo pelo que ele fez por nós. Aqui, a humildade é um defeito; em 3.12, é uma virtude. É o motivo que faz a diferença.

Culto dos anjos (18; angelolatria) chama novamente a atenção à futilidade de im-plorar aos seres intermediários para chegar ao trono de Deus. Essas implorações envol-vem auto-humilhação e tortura auto-imposta. Mas mesmo assim, é "falsa humildade" (NTLH). Estas práticas presumem que os intermediários são necessários para seme-lhantes privilégios sublimes. Paulo está tentando mostrar que há acesso imediato a Deus.

Metendo-se em coisas que não viu é traduzido por "baseando-se em visões" (AEC, RA; cf. BJ, BV, NTLH). A palavra não deve ser omitida com base em evidências nas textos gregos originais.' Pelo visto, a frase pode ser entendida com ou sem o advérbio de negação. O significado é, possivelmente, tomar posição em coisas que não viu ou perce-beu (i.e., em mera suposição), ou tomar posição em visões ou experiências místicas de coisas que se mostram contrárias a Cristo, conforme estão reveladas nas Escrituras. A. D. Nock traduz a frase assim: "sempre investigando"." O verdadeiro cristão não tem de ver ou saber de tudo; ele anda por fé quando não vê (2 Co 5.7). O ritualista preocupa-se principalmente (e no final das contas) apenas com o que vê.

Estando debalde inchado (18) deve ser unido com a falsa "humildade" do versículo 23. Carnal compreensão é, realmente, "mente carnal" (AEC, BJ, NVI, RA; Rm 8:5-8,13; GI 3.3). Significa a perspectiva materialista e sensual, na qual os valores estão somente nas aparências exteriores. Considerando que é Deus que qualifica (1.12), ne-nhum poder de menor importância desqualifica o crente da sua recompensa legítima, insistindo ter acesso ao trono de Deus por qualquer outra agência. Cristo é suficiente.

E não ligado (19) deve ser "e não mantendo firmemente".5' "Quem não mantém Cristo supremamente acima de todos os outros, não mantém nada."" À cabeça rememora 1.18. Este é, então, o resultado final daqueles que privam o crente de sua recompensa; terão o corpo separado da cabeça. As juntas são os pontos de união entre os membros do corpo; ligaduras são os ligamentos, nervos e tecidos pelos quais esta mesma união é mantida e nutrida. Dificilmente provido é referência aos ministros e funcionários da igreja.' Trata-se de ilustração da relação de Cristo com a igreja e dos membros da igreja uns com os outros. Organizado significa "firmemente unido" (cf. Cl 2:2-3.14; Ef 4:4-6). Em aumento de Deus não é, literalmente, aumento de Deus, mas proveniente de Deus, "o crescimento que procede de Deus" (RA; cf. AEC, NVI; cf. tb. Cl 1:10-2.7).

As "vãs sutilezas" (8) primam por mediadores, asceticismo e autopunição — coisas que podem ser "vistas" (18, viu) e são temporais — em troca do que é não-visto e eterno. Mas temos de andar pela fé e não por vista; temos acesso imediato a Deus pela fé (Rm 5:1; Hb 11:1).

2. Regulamentos (2:20-23)

Pois não ocorre nos manuscritos mais antigos,' mas a transição propõe sua valida-de. Em sentido espiritual, mortos com Cristo significa morte para o mundo do mal. Não levanta dúvidas sobre a experiência cristã dos colossenses. Paulo quer que esses crentes ponham em prática cotidiana o que experimentaram quando conheceram Cristo, morreram com ele (12) e ressuscitaram para uma nova vida nele (13). Os cristãos devem ser ensinados; têm de aprender, aprimorar e crescer. A direção da nova vida é dada num momento, mas o modo da nova vida é um processo implementado dia a dia. Os crentes têm de estar mortos aos rudimentos (stoicheia, os poderes adversários espirituais me-nos importantes) e às suas demandas, que são temporais e externas (22). Deixar-se car-regar de ordenanças (20; escravidão passiva; cf. AEC, BJ, CH, NVI, RA) é viver no mundo dos sentimentos e do tempo e não no mundo que é "de cima" (3.1). Estas orde-nanças têm origem na sabedoria terrena e inferior. Tratam-se de doutrinas produzi-das por homens e não são de Deus. Quem pôs sua confiança em Cristo não confia em regulamentos propostos por poderes inferiores. O versículo 21 deve ser traduzido com ênfase ascendente. Não assim: Não toques, não proves, não manuseies, mas assim: "Não manuseies, nem proves, nem [mesmo] toques' (cf. BJ, BV, RA). Nas ordenanças, as coisas que podem ser tocadas e manuseadas são temporais; elas perecem ao serem usadas, como ocorre com o urânio na produção de energia nuclear. Tais ordens são impo-tentes para auxiliar a verdadeira justiça. O que pode auxiliá-la? A união do crente com Cristo. Não alcançamos a moralidade fazendo negações ou cumprindo regulamentos, mas estando unidos com Cristo. Somente ele é o padrão e a inspiração para a conduta ética. É pela renúncia de regras humanas que são contrárias ao amor de Cristo que alcançamos a mais sublime ética. A fundação disso acha-se em nosso amor por Cristo, em virtude do que ele fez no Calvário. Aquele que renuncia as regras a favor de Cristo nada perde em termos de ética. Não há licença para o erro quando aceitamos uma inspiração suprema para nossas escolhas morais (3.12ss.; Rm 6:1).

Certos expositores declaram que o versículo 23 é "desesperadamente ambíguo",' mas esta é afirmação exagerada. Devoção voluntária (ethelothreskia) transmite a idéia de afetação. O versículo mostra que este sistema com seus trabalhos, mediadores e tor-tura auto-imposta dá a falsa aparência de humildade" (cf. AEC, NTLH, RA). Este mé-todo parece negar a carne pecaminosa, mas na realidade deixa mais intensa a influên-cia do princípio da carne e torna ineficaz o forte incentivo moral que advém de morrer com Cristo. Phillips traduz assim o versículo: "Sei que esses regulamentos aparentam sabedoria com seus esforços piedosos auto-inspirados, com sua prática de auto-humilha-ção e com a negligência deliberada do corpo. Na prática, porém, eles não têm nenhum valor, mas apenas afagam a carne" (CH).

Goodspeed resume esta seção, declarando que Paulo refuta o erro gnóstico:

Eles afirmavam que podíamos alcançar um estágio mais sublime da experiên-cia cristã pela adoração de certos seres angelicais e pela comunhão com eles do que pela mera fé em Cristo. Eles reconheciam o valor da comunhão com Cristo, mas apenas como fase elementar nesta iniciação mística, a qual diziam ter. Segundo declaravam, era somente pela comunhão com estes seres ou princípios que subiría-mos a uma experiência da plenitude divina para alcançar o mais alto desenvolvi-mento religioso. [...] Esse movimento ameaçava [...] degradar Jesus de sua verda-deira posição, colocando-o numa posição subordinada, como a dos seres imaginários das especulações colossenses.58

Todas as falsas religiões e todas as falsas interpretações do cristianismo colocam Cristo nesta posição inferior em seus programas esquemáticos. Mas, para Paulo, Cristo é supremo: "Cristo é tudo em todos" (3.11).

Esta seção que começa com: "Se [...] estais mortos com Cristo" (2.20), tem seu correlativo em 3.1: "Se já ressuscitastes com Cristo". Tendo concluído a parte polêmica da carta, Paulo expõe com mais clareza o resultado natural de uma concepção e experi-ência correta da graça divina, qual seja, a santidade ética. Ele declara categoricamente que só a graça de Deus e não a força da vontade humana pode deter a prática da satisfa-ção da carne. Agora ele passa a desenvolver esta verdade.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Colossenses Capítulo 2 versículo 19
Ver Ef 4:16, Em Ef, a imagem literária do corpo, que é a Igreja, destaca a conexão dos membros entre si; aqui, se sublinha a conexão deles com Cristo, a cabeça.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Colossenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
*

2.1 laodicenses. Ver Introdução: Data e Motivo. Embora Paulo também não tivesse visitado essa igreja, esperava que esta carta fosse lida lá (4.16).

* 2:6-7 Um bom exemplo do vocabulário pastoral de Paulo, no qual o "deve" da vida cristã fundamenta-se sobre o “é” do ter recebido o dom da vida em Cristo. Embora Paulo algumas vezes descreva as boas novas de Jesus Cristo como uma tradição que pode ser recebida, ele não emprega o termo “tradição” para costume humano ou opinião histórica mas para a “entrega” de uma mensagem divina da parte de Deus (1Co 11:2; 2Ts 3:6). Como o progresso dos colossenses se dará com base no que já chegaram a conhecer de Cristo, sua obediência a partir de agora estará baseada em gratidão (3,17) e não em frustrada e penosa culpa (3.1, nota).

* 2.8 os rudimentos do mundo. Ver Introdução: Dificuldades de Interpretação.

* 2.9, 10 Uma notável refutação dos falsos mestres que encorajam a submissão aos “rudimentos” (v. 8) como um meio de vencer temores de não ser aceitável perante Deus. Conforme esboçado nos versículos seguintes, a “plenitude” de Deus que os falsos mestres presumem oferecer reside em Cristo e é obtida somente por meio dele (1.19, 20). Ver “Jesus Cristo, Deus e Homem” em Jo 1:14.

*

2.11 circuncisão. Imagina-se com freqüência que Paulo menciona aqui a circuncisão porque os falsos mestres em Colossos a estivessem recomendando, como estavam os da Galácia. Entretanto, nessa carta não há argumento algum dirigido contra a circuncisão, como há em Gálatas. É melhor supormos que Paulo introduz o tema para mostrar que parte do que os falsos mestres prometiam aos colossenses — poder sobre a carne (v. 23) — já era deles em seu relacionamento com Cristo.

Como rito de iniciação da antiga aliança, a circuncisão significara a remoção do pecado, mudança de coração e inclusão na família da fé (Dt 10:16; 30:6; Jr 4:4; 9:25, 26; Ez 44:7, 9). Dramaticamente, Paulo diz que no batismo dos gentios em Cristo e em seu corpo, os mesmos já tinham sido circuncidados. Batismo é “a circuncisão de Cristo” e significa o lavar que remove o pecado, a renovação pessoal pelo Espírito de Deus e a participação como membro no corpo de Cristo (conforme v. 13; At 2:38; Rm 6:4; 1Co 12:13; Tt 3:5; 1Pe 3:21). A passagem ressalta de forma especial a unidade da aliança da graça em ambas as eras, a do Antigo e a do Novo Testamento: não se espera dos crentes gentios que sigam a forma da antiga aliança de identificação com Deus e seu povo (At 15). Mas sua fé em Cristo fez deles, independentemente disso, tão filhos de Abraão como se fossem judeus étnicos crentes (Rm 2:28, 29; Gl 3:26-29; Fl 3.3). O batismo não é idêntico à circuncisão mas lhe corresponde em essência (Rm 4:11) e a substituiu como sinal da aliança.

* 2.13 perdoando todos os nossos delitos. É mais característico de Paulo falar de justificação do que de perdão e de pecado no singular do que de pecados no plural (Rm 5:12-21). Seu propósito aqui pode ser enfatizar que Deus não só venceu o pecado como um poder em geral, mas que ele também eliminou a culpa proveniente de atos particulares. Ver “Regeneração: O Novo Nascimento” em Jo 3:3.

* 2.14 cancelado o escrito. A lei é comparada a um certificado de dívida escrito de próprio punho pelo devedor. Jesus nasceu “sob a lei", sujeito às suas exigências e maldições (Gl 4:4). Na cruz, tornou-se “pecado por nós” (2Co 5:21) e sofreu a maldição da lei contra a injustiça (Gl 3:13). Na execução da sentença de morte sobre Jesus enquanto ele esteve pregado no madeiro, Paulo vê o cancelamento da sanção de morte que havia contra transgressores da lei. O crente não está mais sujeito à ameaça da condenação da lei.

* 2.15 publicamente os expôs. A imagem é a de um general romano vencedor desfilando com seus inimigos vencidos e humilhados seguindo o seu carro. Uma luta cósmica invisível ocorreu na cruz e o príncipe deste século foi “expulso” (Jo 12:31), “atirado para a terra” (Ap 12:9) e “preso” (Ap 20:2; ver também Mt 12:29; Lc 10:18). Através da morte de Jesus pelos pecadores, foi tirado de Satanás o poder que tinha de intimidar e controlar as pessoas através da ameaça de morte e de eterna separação de Deus (Ez 18; Rm 5:12; 6:23; Hb 2:14,15). A luta com Satanás e suas legiões não verá desfecho até o retorno do Senhor em glória (2Co 4:4; Ef 6:10-18; 1Pe 5:8) mas o poder do diabo foi vencido. Como cantava Lutero, “sua ruína é certa”. Destruída a base de suas constantes acusações, as forças hostis de Satanás perderam sua superioridade para sempre. Ver “Demônios” em Dt 32:17.

*

2:16-17 Em Colosso, haviam mantido a observância do sábado e das festas com o propósito de aplacar os poderes sobrenaturais ou anjos que, segundo acreditavam, guiavam o curso das estrelas, regulavam o calendário e determinavam o destino humano. Essa, diz Paulo, é uma forma de escravidão da qual Cristo veio para libertar os homens e as mulheres.

* 2.18 culto dos anjos. Pode se entender como uma referência a práticas encontradas entre alguns místicos judeus, cujo objetivo era tomar parte na adoração dos anjos perante o trono de Deus e chegar à oração extática por meio de asceticismo e estrita observância da Torá. Nesse caso, “culto dos anjos” significaria “adoração junto com os anjos". Essa linha de interpretação pressupõe que os falsos mestres de fato praticavam um judaísmo mais ou menos ortodoxo e queriam adorar a Deus. Mas a idéia que transparece em Colossenses é de que a igreja estava sendo tentada a adorar não a Deus mas a espíritos intermediários entre Deus e os seres humanos (Introdução: Dificuldades de Interpretação).

* 2:19 Buscar o favor das criaturas angélicas é deixar de honrar a Cristo pelo que ele é como a plenitude da divindade (v. 9;1.19); e, em segundo lugar, não usufrurir da totalidade da redenção que foi conquistada através de sua morte e ressurreição (vs. 10-15; 1:20-22).

cabeça... corpo. Esta linguagem recorda 1.18 e antecipa o modo como Paulo desenvolve a idéia da vida cristã sob o senhorio de Cristo no contexto da filiação à Igreja em 3.1—4.6.

* 2.20 rudimentos. Ver Introdução: Dificuldades de Interpretação; nota teológica “Cristãos no Mundo”, índice.

*

2.23 culto de si mesmo. Deus aceita o culto prestado de acordo com sua vontade revelada na Escritura, não exercícios religiosos realizados segundo os ditames do arrogante capricho humano (Mt 15:9). A idéia de que Deus deve ser adorado somente da maneira que ele mesmo instituiu tem tido uma profunda influência nas igrejas reformadas.

não têm valor algum. O grego deste versículo é muito difícil. Aparentemente não é dito apenas que as disciplinas ascéticas a que Paulo se opõe são sem valor mas que são efetivamente nocivas, estimulando seu próprio tipo de “indulgência da carne”. Precisamente isso os reformadores — preeminentemente Lutero — denunciaram em sua crítica aos rituais extra-bíblicos que haviam surgido na igreja medieval.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Colossenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
2:1 Laodicea se achava a poucos quilômetros ao noroeste do Colosas. Como a igreja do Colosas, a da Laodicea talvez foi fundada por um dos convertidos do Paulo enquanto este último esteve no Efeso (At 19:10). A cidade era um rico centro comercial, mas mais tarde o apóstolo João criticaria aos crentes por seu tibieza quanto a sua consagração a Cristo (Ap 3:14-22). O fato de que Paulo quisesse que esta carta passasse à igreja na Laodicea (Ap 4:16) indica que a falsa doutrina tinha chegado até ali. Paulo desejava que as Iglesias fossem unidas por laços de amor para enfrentar-se a esta heresia e para que se animassem uns aos outros a permanecer fiéis ao plano de salvação de Deus em Cristo. Nosso Iglesias deveriam ser comunidades unidas que animem, consagradas a cumprir a obra de Cristo.

2.4ss O problema que Paulo combatia na igreja do Colosas era similar ao gnosticismo (conhecimento, em grego). Esta heresia (um ensino contrário à doutrina cristã), atacava ao cristianismo em várias formas: (1) Insistia em que o importante conhecimento secreto estava escondido para a maioria dos crentes; Paulo, em troca, manifestava que Cristo nos provê todo o conhecimento que necessitamos. (2) Ensinava que o corpo era maligno; Paulo declarava que Deus mesmo se fez carne, ou seja, encarnou-se em Cristo Jesus. (3) Diziam que Cristo só parecia ser humano, mas que não o era; Paulo insistia em que Jesus é completamente humano e divino.

O gnosticismo se estabeleceu no segundo século. Até nos dias do Paulo, estas idéias foram atrativas para muitos e a exposição de tais ensinos podia seduzir a uma igreja que não conheciam bem a doutrina de Cristo. Ensinos similares ainda são um problema. O antídoto para as idéias heréticas é um conhecimento consciencioso da Palavra de Deus mediante o estudo pessoal e o ensino são da Bíblia.

2:6, 7 Aceitar a Cristo como Senhor de sua vida é o começo da vida com Cristo. Mas deve continuar seguindo a suas líderes para arraigar-se, edificar-se e fortalecer-se em sua fé. Cristo deseja guiá-lo e ajudá-lo cada dia em seus problemas. Você pode viver para Cristo ao: (1) dedicar sua vida e submeter-se a sua vontade (Rm 12:1-2); (2) procurar aprender do, de sua vida e de seus ensinos (Rm 3:16); e (3) reconhecer o poder do Espírito Santo em você (At 1:8; Gl 5:22).

2:7 Paulo usa a ilustração de estar arraigados a Cristo. Assim como as novelo recebem nutrição do chão através de suas raízes, recebemos fortaleza de Cristo. quanto mais dependam nossas vidas do, menos serão as possibilidades de que sejamos enganados por aqueles que falsamente clamam ter respostas para a vida. Se Cristo for nossa fortaleza, seremos livres das regulações humanas.

2:8 Paulo escreve contra qualquer filosofia de vida apoiada sozinho em idéias humanas. O mesmo era um filósofo dotado, portanto não condenava a filosofia. Condenava os ensinos que dão maior crédito à humanidade, não a Cristo, como a resposta para os problemas da vida, ao grau que se convertam em uma falsa religião. Há muitas propostas do homem para enfrentar os problemas que não tomam em conta a Deus. Para resistir a heresia você deve usar sua mente, fixar seus olhos em Cristo e estudar a Bíblia.

2:9 Uma vez mais Paulo enfatiza a deidade de Cristo. "No habita corporalmente toda a plenitude da Deidade" significa que a totalidade de Deus estava no corpo humano do Jesucristo. Quando temos a Cristo temos tudo o que necessitamos para nos salvar e viver corretamente. Veja-a nota a 1.15, 16 para mais informação a respeito da natureza divina de Cristo.

2:10 Quando conhecemos o Jesucristo, não precisamos procurar deus por meio de outras religiões, cultos ou filosofias não bíblicas como o estavam fazendo os do Colosas. Cristo só tem as respostas para o verdadeiro significado da vida, porque O é vida. É a única fonte de conhecimento e poder para a vida cristã. Os crentes não necessitam nenhum agregado ao que Cristo já há provido para nossa salvação. Estamos completos no.

2:11 Os judeus varões eram circuncidados em sinal de seu pacto com Deus (Gn 17:9-14). Com a morte de Cristo, a circuncisão já não era necessária. Nossa entrega a Deus está escrita em nossos corações, não no corpo. Cristo nos fez livres dos maus desejos através de uma operação espiritual, não uma operação física. Deus tira nossa velha natureza e nos dá uma nova.

2:11, 12 Nesta passagem a circuncisão está relacionada com o batismo, portanto, alguns o vêem no Novo Testamento como um sinal do pacto, identificando à pessoa com o pacto da comunidade. O batismo é um paralelo com a morte, sepultura e ressurreição de Cristo, e também uma biografia da morte e sepultura de nossa velha maneira de viver em pecado seguida pela ressurreição a uma nova vida em Cristo. Recordar nossa vida passada e pecaminosa como morta e sepultada com Cristo nos dá uma motivação poderosa para resistir ao pecado. Ao rechaçar a perversa vida passada, podemos conscientemente escolher tratá-la como morta. Logo seguimos desfrutando de nossa maravilhosa vida com o Jesus (vejam-se Gl 3:27 e Cl 3:1-4).

2.13-15 antes de acreditar em Cristo, nossa natureza era má. Desobedecíamos, rebelávamo-nos e ignorávamos a Deus (não podíamos amá-lo com todo o coração. O cristão, não obstante, tem uma nova natureza. Deus crucificou a antiga natureza rebelde (Rm 6:6) e a substitui com uma nova natureza amorosa (Rm 3:9-10). O pagamento do pecado se cumpriu com Cristo na cruz. Deus nos declara não culpados e não precisamos viver sob o poder do pecado. Deus não nos tira do mundo para nos converter em robôs, ainda nos seguiremos sentindo pecadores e algumas vezes pecaremos. A diferença radica em que antes de que fôssemos salvos fomos escravos de nossa natureza pecaminosa, mas agora somos livres de viver para Cristo (veja-se Gl 2:20).

2:14 A ata dos decretos que foi cancelada tratava da demanda das leis do Antigo Testamento. A Lei imposta demandava o pagamento de nossos pecados. Embora nenhum podia ser salvo por guardar meramente esses decretos, a verdade moral e os princípios do Antigo Testamento ainda hoje nos ensinam e guiam.

2:14 Podemos desfrutar de nossa vida em Cristo porque unimos ao em sua morte e sua ressurreição. Nossos maus desejos, nossa escravidão ao pecado e nosso amor pelo pecado morreram com O. Unidos com Cristo em sua ressurreição, podemos desfrutar de companheirismo inquebrável com Deus e liberdade do pecado. Nossa dívida pelo pecado foi paga completamente, nossos pecados foram postos a um lado e esquecidos Por Deus; e podemos ser limpos e novos. Para ampliar o relacionado com a diferença entre a nova vida em Cristo e a velha natureza pecaminosa, vejam-se Ef 4:23-24 e Cl 3:3-15.

2:15 Os quais são estes principados e potestades? feito-se várias sugestões, como são: (1) poderes demoníacos, (2) os deuses das nações poderosas, (3) anjos (muito bem conceituado pelos professores heréticos), ou (4) os governantes de Roma. Estes principados e potestades possivelmente não sejam as forças demoníacas de 2.10. assemelha-se mais aos anjos mediadores da lei (Gl 3:19). Os falsos professores do Colosas incentivaram a adoração aos anjos. Mas em sua morte, Cristo ultrapassou a autoridade e posição de qualquer anjo. Assim, antes que nos assustar ou adorá-los, devemos vê-los como governantes depostos. Paulo não quis faltar o respeito aos anjos, mas demonstrou que não são comparáveis com o Jesucristo. Alguns estudiosos pensam que estes poderes se referem a Roma. Por sua ressurreição, Cristo tirou o poder a um império mundial que pareceu poder vencê-lo temporalmente.

2:16 "Em comida ou em bebida" provavelmente se refira à dieta das leis judias. Os festivais mencionados são festas judias santas que se celebravam cada ano, mês (lua nova) e semana (o dia de repouso). Estes rituais diferenciavam aos judeus de seus vizinhos pagãos. Falhar em sua observância poderia ser notado com facilidade por aqueles que seguiam a pista do que os outros faziam. Mas não deveríamos nos deixar julgar pelas opiniões de outros porque Cristo nos tem feito livres.

2.16, 17 Paulo admoesta aos cristãos no Colosas a não permitir que outros os critiquem por sua dieta ou cerimônias religiosas. Em vez de enfatizar em sua observância, devessem enfocar sua atenção em Cristo sozinho. Nossa adoração, tradições e cerimônias nos podem ajudar a nos aproximar de Deus, mas nunca devemos criticar a aqueles cristãos cujas cerimônias e tradições difiram das nossas. É mais importante adorar a Cristo que a forma em que se faz. Não permita que ninguém o julgue. Você é responsável ante Deus.

2:17 O propósito das leis do Antigo Testamento e as festividades era simplesmente assinalar a Cristo. Paulo as chama "sombra do que tem que vir": Cristo mesmo. Uma vez que Cristo veio, as sombras se dissiparam. Se tivermos a Cristo, possuímos o que precisamos conhecer e agradamos a Deus.

2:18 Os falsos professores estavam orgulhosos de sua humildade! Esta falsa humildade centrou a atenção e louvor para eles mesmos antes que a Deus. A humildade verdadeira é nos ver nós mesmos tal como em realidade somos da perspectiva de Deus e atuar segundo ela. A gente de hoje pratica a falsa humildade quando fala em forma negativa de si mesmo, procurando que outros pensem que são espirituais. A falsa humildade é egocêntrica, a verdadeira humildade tem a Deus como centro.

2:18 Os falsos professores proclamavam que Deus estava muito longe e que poderiam aproximar-se só através de vários níveis de anjos. Ensinavam que o povo tinha que adorar aos anjos progressivamente até alcançar a Deus. Isto não é bíblico, a Bíblia ensina que os anjos são servos de Deus e está proibido adorá-los (Ex 20:3-4; Ap 22:8-9). Na medida que você cresça em sua fé cristã, permita que a Palavra de Deus seja seu guia, não a opinião da gente.

2:18 A expressão "memore carnal" significa que eles tinham uma religião feita pelo homem. Os falsos professores tratavam de marginar ao corpo manifestando que era maligno mas seu desejo por ganhar a atenção de outros mostrava que estavam obcecados por este.

2:19 O problema fundamental com os falsos professores radicava em que não estavam relacionados com Cristo, a cabeça do corpo dos crentes. Se o tivessem estado, não teriam ensinado doutrinas falsas ou vivido em forma imoral. Qualquer pessoa que ensina a respeito de Cristo sem haver-se relacionado com O pela fé, não é confiável.

2:20 Os "rudimentos do mundo" são as crenças dos pagãos. Veja-se 2.8 para mais informação sobre o ponto de vista do Paulo dos filósofos não cristãos.

2:20; 3:1 Como morremos com Cristo e como ressuscitamos com O? Quando uma pessoa se converte em cristã, recebe vida nova por meio do poder do Espírito Santo. Vejam-nas notas a 2.11, 12 e 2:13-15 para ampliar a informação.

2.20-23 A gente deveria ver uma diferença entre a forma em que vivem os cristãos e os incrédulos. Entretanto, não devêssemos esperar uma maturidade foto instantânea nos cristãos novos. O crescimento espiritual é um processo de por vida. Embora tenhamos uma nova natureza, não chegamos a adquirir automaticamente todos as atitudes e pensamentos bons quando devemos ser novas criaturas em Cristo. Mas se nos mantemos atentos a Deus, trocaremos todo o tempo. Ao pensar no ano passado, que mudanças positivas notou em si mesmo relacionados com seus pensamentos e atitudes? As mudanças podem ser lentos, mas sua vida trocará significativamente se confiar em Deus para que o troque.

2.20-23 Não podemos nos aproximar de Deus por seguir normas e rituais ou por praticar uma religião. Paulo não diz que todas as normas são más (veja-a nota a Gl 2:15-16). Mas não obteremos salvação por guardar leis ou normas. As boas novas dizem que Deus procurou o homem e nós respondemos. As religiões feitas pelo homem enfatizam o esforço humano. O cristianismo destaca a obra de Cristo. Os crentes devem pôr a um lado seus desejos pecaminosos, mas isto é o produto de nossa vida nova em Cristo, não sua causa. A salvação não depende de nossa auto-disciplina ou a observância de normas, mas sim do poder da morte e a ressurreição de

2:22, 23 Podemos nos proteger de qualquer grupo religioso criado pelo homem, nos expondo as seguintes pergunta: (1) Destaca normas humanas e proibições antes que a graça de Deus? (2) Respira um espírito crítico a respeito de outros ou exercitam disciplina com discrição e amabilidade? (3) Enfatiza fórmulas, conhecimento secreto ou visões especiais mais que a Palavra de Deus? (4) Exalta a justiça própria, dando honra aos que guardam as regras, antes que a Cristo? (5) Menospreza a Igreja universal, ao declarar que é um grupo especial? (6) Insígnia a humilhação da carne ou do corpo como um meio para obter um crescimento espiritual antes que enfocar o desenvolvimento total da pessoa? (7) Menospreza a família em lugar de tê-la em alta estima, como o faz a Bíblia?

2:23 Para os colosenses, a disciplina exigida pelos falsos professores parecia boa, e o legalismo ainda atrai a muitas pessoas hoje. Seguir uma larga lista de normas religiosas requer uma firme auto-disciplina e pode fazer que uma pessoa aparente ser moral, mas as normas religiosas não podem trocar o coração da pessoa. Solo o Espírito Santo o pode fazer.

SALVACION POR FÉ

Meta

Agradar a Deus com nossas boas obras

Confiar em Cristo e logo viver para lhe agradar

Médios

Prática, serviço diligente, disciplina e obediência, em espera da recompensa

Confesse, submeta-se e sujeite-se ao controle de Cristo

Poder

Esforço bom e sincero por meio da auto-determinação

O Espírito Santo em nos ajuda a fazer boas obras para o reino de Cristo

Controle

Auto motivação; autocontrol

Cristo em mim; eu em Cristo

Resultados

Culpa crônica, apatia, depressão, fracassos, desejo constante de aprovação

Gozo, gratidão, amor, direção, serviço, perdão

A salvação por fé parece muito fácil para muita gente. Pensarão que precisam fazer algo de sua parte para salvar-se. Sua religião deve ser um auto esforço que conduz já seja ao desalento ou ao orgulho e por último à morte eterna. O caminho simples de Cristo é a única via que conduz à vida eterna.

DE MORTE A VIDA

A Bíblia usa muitas ilustrações para nos ensinar o que acontece quando decidimos permitir que Jesus seja o Senhor de nossas vidas. A seguir achará algumas das figuras mais vívidas:

1. devido a que Cristo morreu por nós, fomos crucificados com O.

cf11\ul Rm 6:2-13; 7.4-6; cf11\ul 2Co 5:14; cf11\ul Gl 2:20; 5:24; 6:14; cf11\ul Cl 2:20; 3.3-5; cf11\ul 1Pe 2:24

2. Nossa velha e rebelde natureza morreu com Cristo.

cf11\ul Rm 6:6; 7.4-6; cf11\ul Cl 3:9, 10

3. A ressurreição de Cristo nos garante uma nova vida agora e uma vida eterna com O depois.

cf11\ul Rm 6:4, 11; cf11\ul Cl 2:12, 13; 3:1, 3

Este processo é representado no batismo (Cl 2:12), apoiado em nossa fé em Cristo: (1) A velha natureza pecaminosa morre (crucificado); (2) Estamos preparados para receber uma nova vida (sepultado); (3) Cristo nos dá nova vida (ressuscitado).


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Colossenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
F. as necessidades de Colossenses (2: 1-7)

1 Por que eu gostaria que você soubesse como eu me esforço muito para você, e para eles em Laodicéia, e por quantos não viram o meu rosto em carne; 2 que os seus corações sejam animados, estando unidos em amor, e a todas as riquezas da plenitude da inteligência, para que possam conhecer o mistério de Deus, mesmo Cristo, 3 no qual estão todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento oculto. 4 Digo isto, para que ninguém vos engane com presuasiveness de expressão . 5 Porque ainda que eu esteja ausente quanto ao corpo, contudo estou convosco no espírito, joying e vendo a vossa ordem ea firmeza da vossa fé em Cristo.

6 Portanto, assim como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim também nele andai, 7 arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando em ação de graças.

1. A necessidade de estabelecer em Grace (2: 1-3)

Paulo está ansioso para que eles saibam a profundidade e sinceridade de sua preocupação para eles. Seu humor aqui é semelhante ao que, quando ele se dirigiu aos Romanos a respeito de sua preocupação para os judeus (Rm 9:1 ; Rm 10:1 onde o Apóstolo exorta-os a verdadeiros cristãos são como plantas tenras "andar no Espírito."; eles precisam ser enraizado, estabelecido, e tornar-se vigoroso. Para isso, eles são estimulados constantemente para levar a Cristo como seu exemplo, como eles já tomaram-no como o objeto de sua fé.

II. Advertência contra pseudo-ciência (Cl 2:8)

8 Olhai que não haverá qualquer um que faz da estragar de você através de sua filosofia e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo: 9 para nele habita toda a plenitude da Divindade corporal,10 e nele fostes feito pleno, que é a cabeça de todo o principado, e poder;

Paulo agora retorna ao tema de aviso de que ele havia expressado no versículo 4 . Desta vez, ele elabora o perigo em maior detalhe. O perigo é soletrado para fora em quatro termos descritivos: ". Filosofia, vãs sutilezas, a tradição do homem, os rudimentos do mundo" A palavra "para fazer despojo" é um significado pitoresca prazo para sequestrar ou raptar corporal. O suposto seqüestrador é aquele que desfila seu conhecimento. Antiga Atenas do dia de Sócrates foi visitado por sofistas, homens que professavam mais sabedoria do que realmente possuía. Aqui, Paulo tem em mente professores sofisticados que professam o cristianismo, mas tentam transformá-lo em um culto filosófica ao invés de uma forma de fé e retidão.

Pela tradição do homem (v. Cl 2:8) Paulo está se referindo à doutrina moral que não desce direto dos círculos apostólicos, mas sim de outros professores que professam ensinar algo melhor. Esta tradição é equiparado com os rudimentos do mundo . Esses rudimentos (stoicheia ), a parte componente da série, portanto, os "elementos". O mesmo termo aparece em Gl 4:3 , onde aparentemente designa os costumes pagãos e ensinamentos para que os Gálatas estavam no cativeiro antes da sua conversão a Cristo. O Gálatas aparentemente tinha dois perigos; um era o de judaizantes e da ameaça de uma reversão para o judaísmo, o outro foi a inclusão do paganismo em sua profissão cristã. Alguns comentaristas pensam stoicheia é uma referência para os anjos, outros a astrologia. As pessoas que estão em Colossos foram expostos a três influências: a influência dos evangelistas do Novo Testamento, dizendo-lhes de Cristo, a influência judaica, ea influência do paganismo. O perigo aos Colossenses foi a de que eles teriam uma religião eclética, em vez de o cristianismo puro. Paulo procura desviar-los desse ecletismo bastante fascinante para Cristo. As pessoas aparentemente são monoteístas firmes e agora Paulo quer assegurar-lhes que é em Cristo que toda a plenitude de Deus habita.

O versículo 9 é, provavelmente, o versículo chave desta carta, ea palavra chave é plenitude (Pleroma ). Essa plenitude está em Deus e em Cristo. A mesma plenitude está disponível para o crente, mas somente através de Cristo (conforme Cl 1:24 ; Cl 2:2)

1. Em Death (Cl 2:12)

Paulo quer que o problema a ser resolvido na sombra da cruz. Contra a reivindicação dos judaizantes que os crentes em Cristo precisam ser circuncidados como os judeus, Paulo diz que eles não precisam este circuncisão física, uma vez que eles já têm uma circuncisão espiritual quando aceitam Cristo. Aqui Paulo tem em mente passagens em Deuteronômio e dos profetas que se refere à circuncisão do coração.

O ponto é que esses crentes sempre foram incorporados à Igreja de Cristo, como membros de pleno direito; daí a circuncisão da carne não é essencial. Após ter eliminado o rito judaico distintivo de iniciação Paulo passa para o rito de iniciação cristã, o sacramento do batismo (v. Cl 2:12 ). Como fez em escrevendo aos Romanos e aos Efésios, Paulo compara o batismo para ser sepultado com Cristo. O modo de batismo mais apropriado para essa analogia é a imersão. O batismo representa, portanto, um repúdio do mundo, uma renúncia de Satanás e tudo que diz respeito ao mal. Ela representa uma morte da vida velha.

b. Na vida (Cl 2:13)

Mas, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, e uma pessoa batizada a partir da água, assim o crente sobe para uma vida ressuscitada. O essencial na morte e ressurreição é o perdão dos pecados (conforme Ef 2:1 ).

c. Compartilhamos triunfo sobre a morte de Cristo (Cl 2:14 , 15)

Novamente olhando para a cruz, Paulo descreve seu significado na linguagem semelhante ao Ef 2:14 , Ef 2:15 . Essencialmente, a morte de Cristo na cruz anula a sentença de morte veiculada na lei contra os malfeitores. Os benefícios desta morte são, portanto, disponível para todos os que crêem em Cristo. Por este ato de fé que escapar de uma pena de morte imposta pela lei. Paulo fala dele como um triunfo sobre os principados e potestades (archas e exousias ). A identidade destas entidades demoníacas não específica é feita. Essencialmente, é o diabo e seus anjos. Eles são vistos como espíritos hostis a Deus, a bondade, e verdade. Este é trazido para fora claramente no Manual de Disciplina encontrado entre os Manuscritos do Mar Morto. Os essênios de Qumran foram convidados a alinhar-se com Deus e para repudiar os espíritos das trevas. O mesmo dualismo se reflete também em tais escritos cristãos como a Didaqué ea Epístola aos Barnabas escrito quase um século depois de Colossenses. Em linguagem pictórica Paulo fala do triunfo de Cristo como tendo sido pregado na cruz para fazer propaganda de sua vitória para o mundo, como sinal de Pilatos anunciado a morte de Jesus.

2. Aviso contra o legalismo (Cl 2:16 , 17)

A natureza do risco é explicitado especificamente aqui e toma a forma de legalismo. Os pagãos celebravam determinadas festas sagradas. Os judeus da mesma forma tiveram seus dias santos. Alguns dias foram dias de jejum, outros dias dias de festa. Foi considerado como de extrema importância que o dia ser observado corretamente; daí a importância de calendários precisos. O Colossenses com a sua nova fé seria naturalmente acham difícil relacionar-se com as práticas pagãs ao seu redor. Paulo chama para uma proclamação de emancipação. Ele insiste que eles não se tornem escravizados por aqueles que os acusam de negligência com referência a esses rituais. Paulo não condenar o atacado ordenanças, mas ele se desvaloriza-los, contrastando-os com Cristo e com a verdade. O contraste entre sombra e substância. Por essa analogia descritivo Paulo deixa claro que esses decretos são sombras em que eles não têm nenhuma realidade para além da substância eles refletem. Então, novamente Paulo chama a atenção para longe da escravidão para a cerimônia de liberdade em Cristo.

3. Aviso contra o gnosticismo (Cl 2:18 , 19)

É extremamente difícil de identificar a natureza desta perigo. Aqui, Paulo protesta contra a falsa humildade provavelmente sustentada por ascetismo. O termo humildade é um termo para o jej1.

A advertência contra a adoração de anjos reflete a importância exagerada dada aos anjos durante o período intertestamental, especialmente nos escritos apocalípticos. É bastante provável que a hierarquia dos seres intermediários proeminentes no sistema gnóstico de Valentino, está aqui casado com a doutrina hebraica de anjos como espíritos ministradores. Assim como um ídolo é adorado como representando divindade, de modo que os anjos eram adorados porque eles são os mensageiros do Altíssimo. Mais tarde, os mártires eram adorados como santos eram em geral. O participante em tais ações começaram a adquirir um orgulho espiritual. Ele se considerava uma pessoa de piedade extraordinária. A idéia parece ser que a religião mais, melhor. Paulo está pedindo-lhes para avaliar a religião. Eles não precisam de mais do mesmo, eles precisam de uma melhor qualidade.

Assim como a adoração de ídolos impeditivo do culto do verdadeiro Deus, por isso a preocupação com a astrologia, ritual, ea filosofia podem desviar a mente e a fidelidade de Cristo. Mais uma vez o apóstolo ressalta o fato de que Cristo é o único representante de Deus e que, se tivermos Cristo temos tudo que é necessário, ao passo que sem Cristo não temos nada essencial. A relação da Igreja a Cristo, Paulo continua a dizer, é análoga à do corpo à cabeça. Como cada parte do corpo está diretamente conectada ao cérebro, de modo que todo verdadeiro cristão está diretamente relacionado com Cristo. A Igreja, Paulo enfatiza, não é tanto uma organização, pois é um organismo. A relação da Igreja com Cristo é muito análogo ao do corpo à cabeça.

4. emancipa da Morte (2: 20-23)

Paulo reverte novamente para a analogia de sepultamento e ressurreição. Ele está tentando ajudá-los a pensar através da implicação de seu compromisso com Cristo. Isso significa, ele explicita, uma separação dos rudimentos do mundo , ou a partir dos "elementos do universo" (stoicheiōn ). Aqui ele fala de tabus contra degustação e tocantes, práticas que, segundo ele, têm apenas origem humana e única autoridade humana. A partir desta bondage tolo Cristo entregou-los. Parece haver aqui novamente ecoa de uma combinação de legalismo judaico e ascetismo grego. Ele diz que o único valor possível de tais práticas é disciplinar o corpo e para melhorar a auto-estima.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Colossenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
Nesse capítulo, Paulo vai ao cerne do problema e denuncia os falsos mestres. Ele assegura com clareza a suficiência de Cristo para todas as necessidades. Ele faz três advertên-cias, tão necessárias hoje como na época dele.

  1. Cuidado com as vãs filosofias (2:1-10)

Paulo estava muito oprimido, en-frentava luta espiritual de oração contra Satanás que tentava desviar os crentes. Ele sabia como derrotar Satanás — com oração e com a Pala-vra de Deus (Ef 6:17-49). Ele ansiava por ver os santos unidos em Cristo para que usufruíssem das bênçãos maravilhosas que tinham nele. Em Cristo, temos "todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento" (v. 3), mesmo que os falsos mestres tenham filosofias fascinantes. Não vale a pena levar em consideração nenhuma filosofia feita pelo homem que não tenha espaço para Cristo. Por que nos rebaixarmos ao seguir doutrinas feitas pelo homem, se so-mos ricos em Cristo? Deixe que os líderes religiosos desenvolvam suas "doutrinas secretas"; temos toda sa-bedoria escondida em Cristo, pois estamos "ocultos juntamente com Cristo, em Deus" (3:3).

As filosofias do homem são atraentes. Eles dão um show de sa-bedoria e de inteligência, e, muitas vezes, os cristãos jovens são "enga-nados" pelos "raciocínios falazes" (v. 4). É triste quando jovens cristãos vão para escolas seculares e são ví-timas das filosofias feitas pelo ho-mem que negam Jesus Cristo e a Bí-blia. O apóstolo adverte: "Cuidado que ninguém vos venha a enredar" (destruí-lo; v. 8). Como o crente der-rota essas filosofias?

  1. Ande em Cristo (v. 6)

Você é salvo pela fé, portanto ande pela fé. Como é salvo pela Palavra, ande de acordo com ela. Como é salvo pela obra do Espírito, ande nele. A continuação da vida cris-tã é como seu início — pela fé em Deus.

  1. Cresça em Cristo (v. 7)

Tenha raízes que se aprofundem na riqueza da Palavra. Tenha um firme fundamento, assentado sobre Jesus Cristo. Como é importante aprender a Palavra do Senhor! Se o crente não estiver firmado em Cristo, funda-mentado na Palavra e edificado na verdade da Bíblia, ele cai nas arma-dilhas das filosofias religiosas.

  1. Faça de Cristo o teste (v. 8)

Teste todo sistema religioso altis- sonante com a pergunta: "Cristo tem a supremacia nesse sistema?". Quase todos os sistemas religiosos de hoje dão um lugar de destaque para ele, mas apenas o verdadeiro cristianismo bíblico dá a suprema-cia a ele.

  1. Aproxime-se da plenitude dele (vv. 9-10)

Perceba que não há substituto para Cristo e que nele temos tudo de que precisamos. Em geral, os crentes sentem falta de alguma coisa que Jesus Cristo não pode suprir quan-do mergulham na vida mundana ou se deixam apanhar pelos sistemas feitos pelo homem. "Recebemos a plenitude" nele! Temos uma posi-ção maravilhosa em Cristo!

  1. Cuidado com o legalismo religioso (2:11-17)

Os falsos mestres fizeram uma mis-celânea e tanto, misturaram mis-ticismo oriental com as filosofias gregas e com o legalismo judeu. Mas a carne ama ser religiosa, con-tanto que a religião não tenha uma cruz para crucificá-la. Os crentes colossenses estavam envolvidos no legalismo judeu — nos rituais, nas dietas, nos dias santos e assim por diante. Paulo clama: "Ninguém, pois, vos julgue por causa de co-mida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo" (vv. 16,17). Esses cristãos se volta-ram da plenitude de Cristo para o conhecimento superficial ("rudi-mentos"; 2:8,20) do mundo, como a criança que admira a foto do pai, mas ignora a presença dele.

Na cruz, Cristo realizou tudo de que precisamos. O versículo 11 não se refere à circuncisão física dele em criança (Lc 2:21), mas à sua morte na cruz. Da mesma for-ma que o batismo de Cristo com água simbolizava seu batismo de sofrimento na cruz (Lc 12:50), tam-bém sua circuncisão na infância antecipava seu "despojamento do corpo" quando, no Calvário, ele tomou sobre si os pecados. Paulo afirma: "Nele, também fostes cir- cuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circunci-são de Cristo". Ele lhes pergunta por que querem substituir Cristo por Moisés. Por que fazer um cor-te físico na carne, em vez de uma operação espiritual no coração? E afirma que a circuncisão remove um pedaço de carne, mas nossa identificação com Cristo retira toda a natureza carnal.

Tudo isso se torna verdade por meio de nossa união com Cristo, quando o Espírito nos batiza no cor-po dele. Morremos e ressuscitamos com ele. Agora, as leis da antiga aliança foram postas de lado, Sata-nás foi totalmente derrotado (v. 15), portanto usufrua a liberdade que você tem em Cristo. Paulo incita: "Ninguém, pois, vos julgue" (v. 16).

  1. Cuidado com as disciplinas criadas pelo homem (2:18-23)

Como a carne ama o legal ismo: je-jum, regras alimentares, disciplina corporal! As pessoas sentem-se "espi-rituais" com suas regras de observân- cias religiosas especiais. "Ninguém se faça árbitro contra vós outros" (julgá- lo; v. 18). Cuidado com a humildade aparente, a imitação que tenta imitar a humildade espiritual genuína. Não há nada de errado em exercitar a disci-plina no Espírito de Deus para a glória do Senhor, mas isso se torna pecado quando é feito na carne para a exal-tação de nós mesmos. Nem por um minuto cremos que o fato de o crente desistir de certos hábitos e prazeres o torne automaticamente espiritual, embora acreditemos de coração que os crentes não devem abusar de sua liberdade e tornar-se pedra de tropeço (1Co 8:9-46).

Nosso relacionamento com Cris-to é uma união viva — ele é o cabe-ça, nós somos os membros do corpo. O corpo funciona com alimento, não com leis. Quem pode ordenar ao es-tômago: "Comece a digerir! Pare de doer!"? Quanta insensatez! Contu-do, as pessoas pensam que tornam a vida cristã, a pessoal, e a igreja, o conjunto, espirituais por meio de re-gras e disciplinas carnais. Nós cremos em padrões ("Não ameis o mundo"), porém rejeitamos a noção de que a obediência exterior a padrões traz ne-cessariamente espiritualidade interior.

Estamos mortos para os elementos do mundo, estamos vivos em Cristo, e ele é tudo de que precisamos. Paulo afirma com clareza que a obediência às regras religiosas feitas pelo homem (vv. 21 -23) não controlam nem derro-tam a carne, embora algumas pesso-as tenham a impressão de que essas práticas sejam espirituais. Sim, essas regras nos tocam, além de também parecer que nos ajudam a desenvol-ver a piedade e uma espiritualidade superior, mas, no que diz respeito a Deus, são inúteis.

Esse é o tema central de Colos-senses: Jesus Cristo é tudo de que o crente precisa. Os sistemas e as regras feitos pelo homem parecem muito espirituais, mas são meros princípios mundanos (rudimentos, v. 20). Eles são o "jardim da infância" do viver; precisamos nos formar no grau mais alto do cristianismo. A car-ne não pode controlar, nem melhorar e, tampouco, aperfeiçoar a si mesma por mais atraentes que as disciplinas (asceticismos) feitas pelo homem possam parecer. Gl 3:3 pergun-ta: "Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, ago-ra, vos aperfeiçoando na carne?".

Nossa união com Cristo é uma união viva. A vida não pode ser con-trolada pelas leis do homem, mas apenas pelos princípios que Deus estabeleceu para o corpo. Apenas outra vida pode controlar a vida, e temos a vida dele em nós.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Colossenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
2.1 Grande luta (gr agõna), descreve a vida de oração do apóstolo.

2.3 Tesouros... ocultos. Os gnósticos se orgulhavam nas doutrinas secretas reservadas aos iniciados. Não, diz Paulo, "Toda verdadeira sabedoria está oculta em Cristo e por isso acessível a todos (conforme 1.28).

• N. Hom. 2-6,7 Figuras de progresso e firmeza:
1) A vereda - trilhada por fé (vv. 5, 7; cf. Gl 3:2, Gl 3:3);
2) A árvore - arraigada em Cristo (v. 7; conforme Jo 15:1-43);
3) O edifício - fundado nele (1Co 3:10-46) e construído em volta dEle, a Pedra angular (v. 7; 1Pe 2:4-60).

2.8 Filosofia, não legítima, mas o tipo de raciocínio humano que não faz caso da revelação de Deus e seduz por sutileza. Sua fonte - tradição humana (v. 22; conforme Mc 7:3, Mc 7:5, Mc 7:8), seu conteúdo - noções rudes ou elementos (gr stoicheia, conforme 20; Cl 4:3, Cl 4:9; He 5:12) do mundo.

2.10 O cabeça. Aquilo que Cristo é para a Igreja em amor (1.18), Ele é em primazia e autoridade sobre toda criatura no universo.

2.11,12 Circuncidados. A perfeição (v. 10) concedida pela circuncisão espiritual (cf.Dt 10:16; Dt 30:6; Jr 4:4) que Cristo experimentou e fornece, vem através da Sua morte, sepultamento e ressurreição. Tudo isto é simbolizado pelo batismo (conforme Rm 6:1-45) e apropriado pela fé (v. 12). O batismo toma o lugar da circuncisão na nova aliança.

2.13 Variados sentidos de "morte" em Colossenses:
1) Morte literal (de Cristo) (v. 11; cf. Fp 2:8);
2) Morte em pecado (v. 13; conforme Ef 2:1);
3) Morte e sepultamento junto com Cristo no ano 30 d.C. (v. 12, 2Co 5:14);
4) Morte da vida velha marcada exteriormente pelo batismo (v. 20; 3.9; 1Pe 2:24);
5) Morte por esforço e fé no presente (3.5; Rm 6:11).

2.14 O escrito é o contrato de obrigação de guardar a lei junto com a penalidade pronunciada contra aqueles em falta (conforme Gl 3:13).

2.15 "O paradoxo da cruz está posto na mais forte luz - triunfo em desamparo e glória em vergonha" (Lightfoot). Em despojar o corpo (v. 11), Cristo triunfou sobre todo inimigo. 2:16-19 A liberdade do cristão é condicionada pela sua relação a Cristo como Cabeça controlador e ao Corpo (i.e., a Igreja) como membro (v. 19; conforme Rm 12:3-45; 1Co 12:12-46). Não se submeter a Cristo garante a introdução de erro e pecado na fraternidade.

2.20 Como a morte com Cristo corta o vínculo do pecado (Rm 6), igualmente, tira o laço de serviço com as potestades que Cristo conquistou.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Colossenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
2:1-7. O apóstolo, que em Mileto instou os anciãos efésios a cuidar da igreja, mostra o seu próprio cuidado profundo por esses convertidos que não conhecia pessoalmente. O erro causa divisão, mas o objetivo de Paulo em oração é o encorajamento e a harmonia deles, pois o amor fraternal é uma condição indispensável para o desenvolvimento espiritual (conforme Ef 3:18,Ef 3:19; Ef 4:16). Dessa forma, eles podem ser conduzidos à riqueza da compreensão plena da sabedoria divina, um conhecimento mais amplo do mistério revelado de Deus, até do próprio Cristo, em quem a sabedoria divina está contida. Este é o propósito da sua carta: que eles sejam protegidos de ser desviados por argumentos plausíveis. Até mesmo ao escrever para estranhos, Paulo consegue se sentir espiritualmente presente com eles, alegrando-se com a solidez da sua fé centrada em Cristo, uma associação mais feliz do que quando teve de tratar a questão da disciplina de um irmão faltoso na igreja de Corinto (1Co 5:0) enquanto o segundo talvez faça eco de um termo gnóstico denotando a barreira entre os domínios superior e inferior (assim F. F. Bruce citando H. Chadwick). Este ocorre também na LXX com o significado de “firmamento”.

v. 7. na fé-, Lightfoot prefere “por meio da sua fé”, nesse caso significando “confiança”, e não “convicções”.

III. SALVAGUARDAS CONTRA O ERRO (2.8—3.4)

1) A plenitude de Cristo (2:8-10)
Aqui em linguagem vívida e ilustrativa Paulo os adverte a não permitirem que ninguém os seduza e conduza como cativos por meio de filosofias ilusórias e fantasiosas (vãs e enganosas). O apóstolo claramente condena a filosofia falsa, embora certamente também teria condenado qualquer ensino que se fundamentasse na razão humana, inadequada como fonte de verdades espirituais. A sua mensagem não era “de origem humana” (G1

1.11), mas a deles dependia de tradições humanas que eram o seu padrão no lugar de Cristo. Ela estava de acordo com os espíritos elementares do Universo, e não de acordo com Cristo, e isso era fatal para essa filosofia, pois nele, em Cristo, reside toda a plenitude da divindade e, como tal, ele precisa ser a fonte do significado e da verdade. Em Cristo, eles possuíam essa plenitude, uma correção evidente do ensino falso que inclui degraus de iniciação ou a necessidade de rituais ou poderes de mediação para que se possa compartilhar desse plérõma. Cristo é a cabeça, não somente o soberano, mas a fonte de todo o poder e autoridade, não somente precedendo outros poderes (1.17), mas triunfando sobre eles (2.15), e isso deve anular toda exigência de sujeição a eles.

v. 8. princípios elementares deste mundo-, a palavra stoichea significava originariamente coisas em uma série, e.g., o alfabeto, e, portanto, os rudimentos do conhecimento (e.g., o á-bê-cê) e é assim usada em He 5:12. Depois passou a significar “os elementos do mundo” na LXX e em 2Pe 3:10, e finalmente, no sincretismo helenístico, “espíritos cósmicos”. Ocorre aqui, 2.20, e em G14.3,9. Com base numa referência a dias e estações (G1

4.10), parece possível que tenham conduzido a vida religiosa deles por meio da observação das estrelas, às quais associavam certos poderes angelicais, daí a interpretação aceita anteriormente, mas C. F. D. Moule prefere “ensinos elementares”, como está no significado posterior, exceto essas possíveis referências do NT. Se interpretarmos G1 4 como significando simplesmente dias sagrados judaicos, então uma recaída a ensinos elementares faz sentido. V. mais detalhes em Hendriksen, p. 135-7, que aceita o ponto de vista de Moule.
v. 9. habita corporalmente-. Lightfoot parece ter apoio gramatical para interpretar “corporalmente” como referência à encarnação, e o tempo presente de “habita” não apresenta necessariamente nenhuma dificuldade à sua aplicação também ao corpo glorificado de Cristo (Fp 3:21). Outras interpretações incluem “corporativamente”, em vez de “cor-poralmente” ou “na totalidade”, a incorporação completa em contraste com a suposta distribuição entre os intermediários (C. H. Dodd e F. F. Bruce), ou “na realidade” em oposição à sombra (Arndt-Gingrich). Talvez a intenção seja o duplo sentido. Mas v. Lightfoot, p. 182, Moule, p. 92-4, Hendriksen, p. 112.


2) A circuncisão espiritual (2.11,12)

O tema do restante do capítulo é o da realidade contrastada com a sombra. Para o judeu, a circuncisão era o sinal exterior da união, o estabelecimento da aliança, embora Paulo (Rm 2:28,Rm 2:29) esteja em harmonia com o AT quando ressalta que a verdadeira circuncisão é a interior, a do coração. Assim, na morte de Cristo, a sua verdadeira “circuncisão” (como também era um “batismo”, Mc 10:38,Rm 2:15). Cristo tomou essa escrita de dívidas e a cancelou, pregando-a na cruz como um desafio aos principados e poderes que ele havia derrotado e conduzido em vitória, assim evitando que usassem essa escrita de dívidas cancelada para intimidar a sua consciência.

v. 13. Deus os vivificou-, a regeneração é uma nova vida moral e espiritual agora e que continua após a morte, portanto é presente e futura.

v. 14. pregando-, não há nenhuma evidência do costume mencionado com fre-qüência nesse contexto de se cancelar títulos de dívidas ao furá-los com um prego. Visto que não há nenhuma mudança evidente de sujeito de “Deus” para “Cristo”, entende-se que Deus estava agindo em Cristo. O verbo apekdysamenos poderia significar “despiu-se de” poderes hostis que o atacaram (assim os pais gregos e Lightfoot), ou “despiu” o seu corpo na cruz (assim os pais latinos e alguns autores atuais), ou simplesmente despojando ou “frustrando”, e a voz média sugere o seu interesse nessa ação, o que parece mais adequado para o contexto.


4)    A liberdade cristã (2:16-19)
Aqui Paulo fornece brevemente algumas indicações das crenças e práticas dos falsos mestres. Primeiro ele discute a questão de alimentos e festividades religiosas e nega a necessidade do asceticismo. A lei levítica, de fato, proibia alguns alimentos, mas não bebidas, e a observância de determinadas épocas era obrigatória. Mas Cristo, por meio de sua morte, anulou essas exigências legais, e olhar para elas significa preferir a sombra à essência que é o próprio Cristo. A carta aos Hebreus é, na verdade, um comentário detalhado deste versículo (v. 17). A segunda advertência é dirigida contra a adoração de anjos, poderes mediadores, o que significa que se prestava respeito ao inferior, em vez de à cabeça. Os cristãos não devem ser condenados por não observarem regras e rituais por aqueles que insistem na sujeição a anjos com base nas suas supostas visões, às quais dedicam consideração elevada demais. Apesar de toda a sua exibição oficial de humildade, uma humildade em que a pessoa tem prazer não é nada mais do que orgulho excessivo que brota de uma natureza não espiritual. Ao agirem assim, não aderem à cabeça que é Cristo, e assim promovem desintegração, em vez de unidade (conforme Ef 4:16). Nessa verdadeira unidade, há crescimento divino, à medida que cada um faz a sua parte em amor.

v. 18. ninguém [...] os impeça (gr. katabrabeuetõ)-. “impedir”, provavelmente, deveria ser traduzido por “condenar” ou “decidir contra”. A negação (VA) precisa ser omitida como na NVI. embateuõn: conta detalhadamente [suas visões], A formulação “toma sua posição acerca de”, como na RSV, embora questionada por C. F. D. Moule, de fato parece admissível (conforme F. F. Bruce citando sir William Ramsay).


5) Nossa morte com Cristo (2:20-23)

Se de fato esses colossenses estão mortos com Cristo, suas vidas já não devem ser condicionadas por interesses neste mundo, restritos por aquilo que afinal existe somente na “categoria do que é perecível” (Lightfoot). Aqui a proibição religiosa atingiu o seu clímax: esses crentes receberam a instrução de não manusear, experimentar nem mesmo tocar certas coisas, mas isso são regras de origem humana, do tipo mais adequado para o desenvolvimento de crianças do que para a conduta de homens livres. Superficialmente, isso pode parecer ter a forma de sabedoria na sua humildade aparente, embora tradições humanas possam significar que o coração está distante de Deus (Is 29:13). Aliás, esse asce-ticismo, longe de ser de algum valor, serve somente para entregar-se à carne, a antiga natureza não-regenerada.

v. 23. Nesse versículo difícil, logos tem sido interpretado como “exibição” ou aparência de sabedoria, pros como “contra”, i.e., agir contra ou combater os desejos da carne.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Colossenses Capítulo 2 do versículo 18 até o 19

18,19. A descrição reflete uma competição atlética na qual o competidor é desqualificado ou impedido de receber o prêmio (cons. 1Co 9:24; Fp 3:14; 2Tm 4:7). Os falsos mestres ou
1) impediam os colossenses em sua carreira cristã, ou
2) os intimidavam, declarando-os desqualificados se não seguissem a orientação prescrita. Humildade, a qual em Cl 3:12 é uma virtude, foi aqui condenada por causa do objeto para o qual essa atitude submissa e atividade foi dirigida. Adoração dos anjos (ton aggelon). Seja qual for a função mediadora que os anjos tiveram na velha dispensação (cons. Gl 3:19), agora está obstada pela habitação de Cristo. Para Paulo, os anjos ainda podiam ter alguma função ministerial (1Co 11:10; cons. Mt 18:10; He 1:14; 2Pe 2:11; Jd 1:8), mas a doutrina herética parecia ter ido além da reverência do V.T. e dos judeus para com os anjos – mais além até do que as extravagantes especulações rabínicas – dedicando-se a um culto que, tal como a devoção hodierna dos católicos romanos à Virgem Maria, deslocavam a centralidade de Cristo. Ernst Percy (Die hobleme der Kolosser und Epheserbdefe, pág. 168, 169), destacando a identidade virtual do culto dos anjos com humildade (cons. Cl 2:23), vê Paulo a dizer: "Suas práticas legalistas chegam até à adoração de anjos". Mas algo mais do que isto estava envolvido (cons. Bruce).

A base do erro é a mente egoísta ou carnal (veja coment. sobre Cl 2:15) que passa o tempo elucidando visões que teve. (Uma cláusula difícil. Veja Bruce, Moule.) Tal mente deixa de se apegar a Cristo, a Cabeça, da qual o corpo, isto é, a Igreja, se nutre para crescimento verdadeiro e piedoso. Em contraste com o uso anterior, cabeça aqui reflete não tanto autoridade quanto origem ou fonte da saúde e vida da Igreja.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Colossenses Capítulo 2 do versículo 4 até o 23
VI. ADVERTÊNCIA É REFUTAÇÃO DO FALSO ENSINAMENTO Cl 2:4-51 e Ef 1:21).

>Cl 2:11

O rito da circuncisão como administrada em Israel representa o que nos aconteceu (11). A circuncisão física era um corte da carne; a circuncisão espiritual é da mesma sorte uma operação pela qual é cortada toda a natureza carnal, descrita aqui como "o despojamento do corpo da carne" (Cfr. Rm 6:6).

A transição da idéia da circuncisão espiritual para aquela do batismo é uma coisa natural. Aqui temos outro quadro da experiência do crente. A figura usada é aquela da imersão. Houve um sepultamento do crente com cristo e uma ressurreição para novidade de vida. (Cfr. Rm 6:4). Não se deve supor que o apóstolo considera que o simples ato do batismo faz isto, ex opere operato. É "mediante a fé no poder de Deus" (12) que o rito ganha significação e eficácia. Mortos nos pecados e na incircuncisão da vossa carne (13). Estamos a concluir desta declaração que Paulo apresenta a incircuncisão como símbolo da perversidade natural? O teor geral do seu ensino se opõe a esta opinião. Parece que a figura é usada apenas para ressaltar o contraste entre o estado anterior deles e a posição atual em Cristo. É como se dissesse: "Estáveis moral e espiritualmente mortos e nem tínheis o sinal racial para vos dar esperança. Mas agora...". O perdão (13) é a grande bênção inicial que nos é outorgada em Cristo. Paulo introduz no vers. 14 duas figuras para descrever o que Deus tem feito com o pecado e a culpa. Primeiro, Ele cancelou o escrito de dívidas (14). A lei é aqui contemplada como débito do homem pelo que ele é responsável. É contra nós porque permanece como testemunho da nossa falência, mas Deus, em Cristo, cancelou o título da dívida. Segundo, Ele fez ainda mais. Ele a tomou e a jogou fora (14). Lightfoot parafraseia "a lei de... ordenanças foi cravada na cruz, rasgada com o corpo de Cristo, e destruída com a sua morte". A sugestão de que se refere ao cancelamento de uma dívida por ser cravada num lugar público não é convincente. Não há nenhuma evidência de tal costume.

>Cl 2:15

No vers. 15 há uma súbita mudança de figura. Um fato surge com nitidez. Cristo despojou principados e potestades. A metáfora é militar. Ele combateu poderes invisíveis, despojou-os de suas armas e os exibiu à maneira do triunfo romano. (Cfr. Ef 4:8, onde este pensamento se relaciona com a ascensão do Nosso Senhor). Por esta razão não há poderes a que devamos temer. Não estamos mais submetidos à escravidão, seja da lei ou de poderes angélicos.

Esta afirmação prossegue para o importante aspecto da crítica de Paulo à heresia. Os colossenses são advertidos contra o perigo de confundir a sombra e a substância. Os mestres heréticos queriam que observassem as práticas e ritos ascéticos, que seriam de nenhum proveito para o homem que está em Cristo.

>Cl 2:16

Pelo comer ou pelo beber (16). Embora a Lei levítica silenciasse sobre o assunto da bebida, esta regra ascética tinha provavelmente uma íntima relação com o Judaísmo, particularmente quando associada como aqui, com a observância de dias santos, luas novas, dias de sábado, e as cerimônias anuais, mensais e semanais do Judaísmo (cfr. Gl 4:10). A objeção a estas práticas é que elas são, antecipadamente, uma sombra das coisas futuras (17; cfr. He 10:1). Em cada caso "a realidade, o antítipo, é encontrado na dispensação cristã" (Lightfoot). O corpo (17), isto é, "a substância". O vers. 18 é notoriamente difícil de interpretação. Em 1912, Sir William Ramsay descobriu uma inscrição em Klaros contendo a palavra aqui traduzida por "metendo-se" (ARC). Nesta inscrição o mesmo verbo é usado de um neófito que, depois de completar o seu curso de iniciado, ingressa num movimento. Isto sugere que neste verso o apóstolo usa a grandiosa linguagem destes cultos misteriosos num tom de desdém. Coisas que não viu (ARC). A negativa deve ser omitida. A frase então se refere às visões executadas diante do adorador. Compare a ARA. Tais pessoas não se firmam em Cristo que, como Cabeça do corpo, lhes dá unidade e vitalidade (19). Delas vem a tendência, portanto, para desintegração. Note a implicação nesta figura de uma relação direta entre cada crente e o próprio Cristo, sem uso de intermediários.

>Cl 2:20

Pois se estais mortos (20). Os que morreram com Cristo para as coisas do mundo, não devem experimentar uma nova escravidão à tradição humana. As proibições propostas pelos hereges (21) mostram que ainda estão sobre o domínio da matéria. O vers. 23 participa da dificuldade do vers. 18. Suspeita-se uma corrupção do texto original. Aparência de sabedoria: sugere que as práticas não tinham base doutrinal sã. A paráfrase de Lightfoot dá provavelmente a significação tão exatamente quanto possível: "Todas estas coisas têm ares de sabedoria; reconheço isto. Há uma ostentação oficiosa de devoção religiosa, uma afetada aparência de humildade; há uma severa disciplina ascética que maltrata o corpo; porém, não há nada de valor real para deter a indulgência da carne".


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Colossenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 23

7. O amor de Paulo pela Igreja ( Colossenses 2:1-7 )

Porque eu quero que você saiba como é grande a luta que eu tenho em seu nome, e para aqueles que estão em Laodicéia, e para todos aqueles que não tenham visto pessoalmente o meu rosto, que os seus corações sejam consolados, tendo sido unidos em amor, e realização de toda a riqueza que vem da plenitude da inteligência, resultando em um verdadeiro conhecimento do mistério de Deus, isto é, o próprio Cristo, no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Digo isso para que ninguém vos engane com o argumento persuasivo. Pois, embora eu esteja ausente no corpo, no entanto, eu estou com vocês em espírito, regozijando-se para ver a sua boa disciplina e a estabilidade da sua fé em Cristo. Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, tendo sido firmemente arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando com gratidão. ( 2: 1-7 )

Se alguém lhe perguntasse para sugerir as qualidades mais importantes que um ministro pode possuir, você pode argumentar para a inteligência, a educação, a capacidade de liderança, ousadia, santidade, ou falar capacidade. Apesar de todos os que são componentes essenciais, talvez o ingrediente mais necessário na vida de qualquer ministro de Jesus Cristo é o amor para a igreja. Ninguém pode realmente servir a Deus na igreja, sem que a motivação.

Jesus amou a igreja, tanto que Ele deu a vida por ele. Paulo cobrados os anciãos de Éfeso a "pastorear a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue" ( At 20:28 ). Em Ef 5:25 , ele disse que os maridos devem amar suas esposas "como também Cristo amou a igreja ea si mesmo se entregou por ela."

Paulo também tinha um profundo amor pela Igreja e deu a sua vida no serviço a ele. Ele frequentemente expressa o seu amor em suas epístolas. Para o Corinthians, ele escreveu: "Você é a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens" ( 2Co 3:2. ); "Eu vou muito boa vontade gastarei e ser despendido para as vossas almas" ( 2 Cor. 0:15 ). Ele disse aos filipenses: "Eu tenho você no meu coração" ( Fp 1:7 : "Este mandamento dele temos, que aquele que ama a Deus, ame também a seu irmão." Foi o seu amor por Cristo e Sua igreja que permitiu Paulo para aguentar o sofrimento físico, ele passou por (cf. 2 Cor. 11: 23-27 ). Ele também lhe permitiu suportar "a pressão diária ... de preocupação para todas as igrejas" ( 2Co 11:28 ). Por causa do que o amor que ele poderia aguentar deserções, falsos mestres, e abuso de pessoal. Na verdade, ele poderia "suportar todas as coisas para o bem daqueles que são escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus e com ele a glória eterna" ( 2Tm 2:10 ).

O amor de Paulo para a igreja o levou a escrever esta carta para as igrejas do Vale do Lico (cf. 4: 15-16 ). Ele queria que eles soubessem da grande luta que ele tinha em seu nome e sua igreja irmã em Laodicéia, mesmo que eles não tinham estado todos pessoalmente visto o rosto dele. O amor de Paulo não foi seletivo; ele amava toda a igreja, não apenas aqueles conhecido pessoalmente por ou perto dele.Esse tipo de amor altruísta deve caracterizar cada líder espiritual. Struggle traduz Agon , da qual nós temos a nossa palavra Inglês agonia. É uma forma diferente da mesma palavra que ele usou em 01:29para falar de sua luta no ministério. O profundo amor de Paulo, mesmo para aqueles que nunca tinham se encontrado reflete seu amor por Cristo, Cabeça da Igreja.

Assim como os pais amorosos têm metas para os seus filhos, de modo que Paulo tinha metas para a igreja. Ele enumera cinco deles para o qual ele havia lutado. Ele desejou aos Colossenses que ser forte de coração, unidos no amor, estabeleceu-se em entendimento, andando em Cristo, e transbordando de gratidão.

Forte no Coração

que os seus corações sejam consolados, ( 2: 2 a)

O significado básico de parakaleo ( encorajado ) é "chamar ao lado." Como uma pessoa pode ser chamado para o lado para muitas Propositos, a palavra tem uma ampla gama de significados. Eles incluem a suplicar, apelar para, chame, conforto, exortar ou incentivar. No presente contexto, no entanto, poderia ser traduzido como "fortalecer" porque os Colossenses foram assolada por falsos mestres e precisava de reforço ao invés de conforto.

Comentador William Barclay cita um exemplo de parakaleo do grego clássico, que se assemelha a sua utilização aqui.

Houve um regimento grega que tinha perdido o coração e estava completamente desanimado. O general enviou um líder para falar com ele para essa Proposito que a coragem renasceu e um corpo de homens desanimados tornou-se apto novamente para a ação heróica. Isso é o que [ parakaleo ] significa aqui. É a oração de Paulo de que a Igreja possa ser preenchido com essa coragem que pode lidar com qualquer situação. ( As Cartas aos Filipenses, Colossenses e Tessalonicenses [Louisville, Ky .: Westminster, 1975], p. 129)

Quando Paulo expressou seu desejo de que seus corações ser reforçado, ele não estava se referindo apenas às suas emoções. Os escritores bíblicos associados as emoções com o que a Rei Tiago 5ersion picturesquely chama de "entranhas" (cf. Sl 22:14. ; Canção do Ct 5:4. ; 1Jo 3:171Jo 3:17 ). Fizeram-no porque fortes emoções produzem reações físicas na parte inferior do abdômen. Ainda hoje alguém que está ansioso sente o que são chamados de borboletas no estômago. O conceito abstrato de emoções foi visto em termos de efeitos físicos concretos que produziram.

Quando usado em sentido figurado na Bíblia, a palavra coração é geralmente mais geral e refere-se genericamente à pessoa interior, o centro da vida. É muitas vezes equivale especificamente para a mente.Em Ap 2:23 o Senhor descreve a si mesmo como "aquele que sonda as mentes e os corações, e ... vai dar a cada um de vós segundo as suas obras." O coração aqui é um sinônimo para a mente.Usando o termo coração como o termo geral para a faculdade de pensar, Jr 17:9. ; Mt 24:48. ).

As emoções responder ao que se passa no coração, para que a mente percebe. A maneira de controlar as emoções, então, é através da mente. Quando a mente está cheia de verdade bíblica, as emoções responder corretamente. Por essa razão, a Bíblia aconselha a "zelar seu coração com toda a diligência, porque dele procedem as fontes da vida" ( Pv 4:23 ). Escritura também diz para "direcionar o seu coração no caminho" ( Pv 23:19 ). Os crentes devem orientar seus corações, para que possam seguir o caminho de agradar a Deus. Para isso precisamos de sua ajuda. "Examina-me, Senhor, e prova-me; testar a minha mente e meu coração" ( Sl 26:2. ). O que enche o coração, inevitavelmente emitir no comportamento. "Porque a boca fala do que está cheio o coração O homem bom, do seu bom tesouro tira o bem, eo homem mau do seu mau tesouro tira o mal." ( Mateus 12:34-35. ).

Qual é o meio de uma mente forte? Ef 3:16 diz: "Que Ele vos conceda, de acordo com as riquezas da sua glória, para ser fortalecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior." O Espírito fortalece os corações daqueles que se entregam suas vidas para o Seu controle. Um dos Seus nomes é Helper (cf. Jo 14:16 , Jo 14:26 ; Jo 15:26 ; Jo 16:7 ). Como ele viveu a sua vida no poder do Espírito, ele experimentou a força. Eventualmente, ele poderia dizer: "Somos atribulados por todos os lados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos" ( 2 Cor 4: 8-9. ). Ele poderia suportar tudo isso porque ele era forte no coração.

Embora o Espírito é o fortalecedor divina, Ele também usa instrumentos humanos. Jesus disse a Pedro: "Uma vez que você, uma vez convertido, confirma os teus irmãos" ( Lc 22:32 ). "Judas e Silas, também sendo eles mesmos profetas, incentivado e fortalecido os irmãos com muitas palavras" ( At 15:32 ). Paulo enviou Timóteo para os tessalonicenses para fortalecer a sua fé ( 1Ts 3:2 registra seu "viajando pela Síria e Cilícia, fortalecendo as igrejas" (cf. Atos 14:21-22 ; At 18:23 ). Deus usa homens dotados de ensinar e fortalecer a Igreja (cf. Ef. 4: 11-14 ).

Corações fortes resultar em um poderoso vida cristã. Quando os crentes são fortalecidos pelo Espírito, Cristo habite em seus corações, eles serão arraigados e alicerçados em amor, eles vão conhecer o amor de Cristo e ser cheios de toda a plenitude de Deus ( Ef. 3: 16-19 ). Então Cristo, através deles, vai fazer "muito mais abundantemente além de tudo [podem] pedimos ou pensamos" ( Ef 3:20 ).

Unido in Amor

tendo sido unidos em amor, ( 2: 2 b)

Ardente amor é o equilíbrio necessário para uma mente forte. O cristianismo não é entusiasmo irracional, mas também não é sem vida ortodoxia intelectual. Paulo afirma eloquentemente a centralidade do amor em 13 1:46-13:3'>I Coríntios 13:1-3 :

Se eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, eu me tornei um gongo ruidoso ou como o címbalo que retine. E se eu tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada serei. E se eu der todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitaria.

Sumbibazō ( unidos ) significa unir, ou reunir. Este particípio aoristo explica o verbo principal ( pode ser encorajado ), definindo ainda mais o coração fortalecido como um cheio de amor. Refere-se emEf 4:16 e Cl 2:19 às várias partes que se unem para formar o corpo humano. Crentes compartilhar uma vida em comum com o amor como sua base. Todos os crentes possuem a mesma vida eterna, todos vêm a Cristo, da mesma forma, e todos foram colocados dentro do Corpo de Cristo pelo mesmo Espírito (cf. 1 Cor. 12: 11-13 ). A unidade da Igreja não é organizacional, mas orgânica. Os crentes são "todos um em Cristo Jesus" ( Gl 3:28. ; cf. Rm 10:12 ).

Certamente esta oração de Jesus foi respondida na unidade do Corpo:

Eu não peço em nome de [meus discípulos] sozinho, mas também por aqueles que crêem em mim, por intermédio da sua palavra; que todos sejam um; até mesmo como Tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que também eles sejam um em nós; que o mundo creia que tu me enviaste. E a glória que Tu me deste eu tenho dado a eles; que eles sejam um, como nós somos um; Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste a eles, assim como Tu Me ama. ( João 17:20-23 )

O falecido Francis Schaeffer chamou a unidade da Igreja "na final de desculpas" para o mundo assistindo ( O Marcos da O Cristão [Downers Grove, Ill .: InterVarsity, 1970], 15 p.). Ele passou a escrever,

Em João 13 o ponto é que, se um indivíduo cristão não mostrar o amor para com os outros verdadeiros cristãos, o mundo tem o direito de julgar que ele não é um cristão. Aqui [em Jo 17:21 ] Jesus está dizendo outra coisa que é muito mais corte, muito mais profunda: Não podemos esperar que o mundo creia que o Pai enviou seu Filho, para que declarações de Jesus são verdadeiras, e que o cristianismo é verdadeiro, a menos que o mundo vê alguma realidade da unidade de verdadeiros cristãos.

 
Agora que é assustador. Não deveríamos sentir alguma emoção neste momento? ( O Marcos da O Cristão , 15 p.)

Que os cristãos exibem sua unidade na prática era constante preocupação de Paulo. Ele escreveu aos Coríntios briguento ", Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que todos concordam, e não haja divisões entre vocês, mas você ser feita completa na mesma mente e na mesma juízo "( 1Co 1:10 ). Mais uma vez, no final de sua segunda carta a eles, ordenou-lhes que "ser like-minded, viver em paz" ( 2Co 13:11 ). Ele advertiu os filipenses a "comportar-vos de modo digno do evangelho de Cristo, de modo que se eu vir vê-lo ou permanecer ausente, ouça dizer que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos para a fé do evangelho "( Fp 1:27. ) e para "completem a minha alegria por ser da mesma mente, mantendo o mesmo amor, unidos em espírito, com a intenção de um propósito" ( Fp 2:2 ).

Esse tipo de amor humilde, prático "é o perfeito vínculo de unidade" ( Cl 3:14 ). O amor está sempre ligada com humildade, porque somente pessoas humildes podem amar. Após instando os filipenses a buscar a unidade na Fp 2:2 ). Mas desde que a maioria dos cristãos não terão a oportunidade de morrer por outros, João dá um teste mais prático do amor: "Quem tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe fechar o seu coração contra ele, como é que o amor de Deus permanecer ? nele Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade "( I João 3:17-18 ).

Amar alguém não é definida por ter sentimentos calorosos em relação a eles, mas pela satisfação das suas necessidades. A última vez que você fez um sacrifício para que alguém foi a última vez que você amava ele ou ela. O amor é a primeira ação, em seguida, siga as emoções. Assim, o coração fortalecido é um coração que aprendeu a amar.

Estabeleceu-se em Understanding

e realização de toda a riqueza que vem da plenitude da inteligência, resultando em um verdadeiro conhecimento do mistério de Deus, isto é, o próprio Cristo, no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Digo isso para que ninguém vos engane com o argumento persuasivo. Pois, embora eu esteja ausente no corpo, no entanto, eu estou com vocês em espírito, regozijando-se para ver a sua boa disciplina e a estabilidade da sua fé em Cristo. ( 2: 2 de c-5)

Paulo deseja que os Colossenses também experimentar toda a riqueza que vem da plena certeza. Sem essa garantia, os crentes não podem desfrutar de todas as bênçãos que são deles em Cristo. Por exemplo, ninguém pode olhar para a frente com esperança para as bênçãos do céu que duvida se ele está indo para lá. Por essa razão, Pedro diz: "Seja muito mais diligente para ter certeza sobre sua vocação e eleição" ( 2Pe 1:10 ). Como?

Aplicando toda a diligência, no seu abastecimento de fé excelência moral, e em sua excelência moral, o conhecimento; e no seu conhecimento, auto-controle, e em sua auto-controle, a perseverança, e em sua perseverança, a piedade; e em sua piedade, bondade fraternal, e em sua fraternidade, o amor. Porque, se essas qualidades são suas e estão aumentando, eles torná-lo nem inútil, nem infrutíferos no verdadeiro conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. ( 2 Pe 1: 5-8. )

Sunesis ( entendimento ) refere-se a aplicar os princípios bíblicos para a vida cotidiana. Ela é propriedade exclusiva dos cristãos, porque "o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura, e ele não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" ( 1Co 2:14 ) . Porque "os que são segundo a carne cogitam das coisas da carne" ( Rm 8:5. ).

Quando o crente experimenta a verdade espiritual vivendo-a, torna-se verdadeiramente entendido e leva a certeza da sua salvação. O Novo Testamento, então, conclui que o conhecimento da verdade e agindo sobre ele leva à plenitude da inteligência. As pessoas costumam manifestar-me dúvidas sobre a sua salvação, mesmo que não tenham livros lidos sobre a garantia. Seu principal problema não é a falta de conhecimento, mas uma falha de aplicar as verdades que eles conhecem. Verdade que encontra fundamento sólido em um coração forte e funciona no próprio amor de irmãos na fé resulta em profunda convicção. Essa é a base para a garantia.

À luz da heresia que assola-los, Paulo salienta a necessidade de compreensão Colossenses "para incluir um verdadeiro conhecimento do mistério de Deus, isto é, o próprio Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. No coração desse entendimento , eles precisam ter uma firme convicção sobre divindade e suficiência de Cristo. Em Cristo , o Deus oculto se manifestou para a humanidade. Nesse sentido, ele é o mistério de Deus. Primeiro Timóteo 3:16 registra o que pode ser um hino do primeiro século:

E pela confissão comum grande 
é o mistério da piedade:

Ele, que foi revelado na carne,
Foi justificado no Espírito,
Contemplado por anjos,
Proclamado entre as nações,
Crido no mundo,
Recebido na glória.
Todas essas frases referem-se a Cristo. Na igreja primitiva, como em nossos dias, foi de vital importância para ter uma idéia sobre a divindade de Cristo. Nenhuma pessoa pode ser um cristão em tudo sem este verdadeiro conhecimento de Jesus Cristo como o Deus encarnado. No entanto, muitos cristãos que afirmam a divindade de Cristo vivem como se Ele não fosse Aquele em quem toda a suficiência espiritual reside.
Mas Jesus é Aquele em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Ele sozinho é suficiente. Invisível é de apokruphos, da qual nós temos a nossa palavra Inglês apócrifos. Ele foi usado pelos hereges para se referir aos escritos que contenham seu conhecimento secreto. Mas lá não está escondido conhecimento espiritual necessária para a salvação e santificação fora de Cristo. Os tesouros da sabedoria e do conhecimento em Cristo, no entanto, estão escondidos de todos, mas os cristãos.
Porque Cristo é suficiente, não há necessidade de os escritos de qualquer culto, filosofia ou psicologia para complementar a Bíblia. Ele é a fonte de todo o verdadeiro conhecimento espiritual. Esse conhecimento também é crucial para a garantia, porque as dúvidas sobre a suficiência de Cristo trazer dúvidas sobre a sua capacidade de fazer o que prometeu.
Paulo expressa o motivo de sua preocupação com a conhecer a Cristo no versículo 4 : Eu digo isso para que ninguém vos engane com o argumento persuasivo. Lightfoot parafraseia o pensamento de Paulo da seguinte forma: "Eu gostaria de avisá-lo contra qualquer um que vos querem enganar pelo argumento capcioso e retórica persuasiva "( Epístolas de São Paulo aos Colossenses e aos Filemon[1879; reimpressão, Grand Rapids: Zondervan, 1959], p 175.). O ataque básico de todos os sistemas de falsas ao longo da história tem sido a de negar nem a divindade de Cristo, a sua suficiência para salvar e santificar, ou ambos. Qualquer grupo ou pessoa que faz isso é culpado de ensino "doutrinas de demônios" ( 1Tm 4:1 ; . Fp 1:13 ). Taxis refere-se a uma linha de soldados elaborados para a batalha, enquanto stereōma refere-se a solidez de uma formação de soldados. Tomados em conjunto, expressam a alegria de Paulo que, individual e colectivamente os Colossenses estavam de pé firme contra os ataques de falso ensino. Sua meta para eles é que eles continuam se estabeleceram em seu presente verdadeira compreensão, e não ceder a duvidar de tais ataques.

Andar em Cristo

Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, tendo sido firmemente arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes instruídos, ( 2: 6-7a)

Por isso constrói a exortação conclusiva sobre o que Paulo disse em versos 2:5 . O Colossenses receberam a Cristo Jesus, o Senhor, eles se instalaram convicções sobre a Sua divindade e suficiência, e continuam firmes contra os ataques dos falsos mestres, assim que deve continuar a andar nele. O familiar prazo caminhada refere-se a conduta diária. Neste contexto, significa principalmente a continuar acreditando que a verdade sobre Cristo, não permitindo a sua cristologia a vacilar.

Em termos mais amplos, no entanto, caminhando em Cristo significa estar em união com Ele. Isso significa que para manter um estilo de vida modelado após a Sua. "Aquele que diz que permanece nele", o apóstolo João escreve: "deve-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou" ( 1Jo 2:6 ), os crentes "crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" ( 2Pe 3:18 ). E eles virão "à medida da estatura que pertence à plenitude de Cristo" ( Ef 4:13 ).

Sendo firmemente enraizados em Cristo e em crescimento no resultado de ele em crentes sendo estabelecido em sua fé. A voz passiva do particípio bebaioumenoi ( estabelecida ) indica que é Deus quem vai estabelecer os crentes. Tendo uma base sólida para tal fé baseado em caminhadas em Cristo é imperativo para uma vida cristã saudável (cf. Rm 16:25. ; 2 Tessalonicenses 2: 16-17. ; 1Pe 5:101Pe 5:10. ; Jd 1:24 ). Um coração grato por tudo o que Deus nos deu em Cristo irá fortalecer ainda mais o nosso domínio sobre a verdade.

Praise completa o círculo em que as bênçãos que fluem para nós de Deus voltar a Ele na forma de nosso louvor e adoração. Ao tomar na verdade da Palavra, os crentes ter uma mente forte. Por viver essas verdades, eles recebem plena certeza de que Cristo é quem Ele afirmava ser. A certeza de que, eles podem se apropriar das riquezas que são seu legado para os crentes, e andai nele. Enquanto andam Nele, eles vão crescer em Deus e se estabeleceu em sua fé. Como resultado, eles vão dar louvor a Deus.

8. Filosofia ou Cristo? ( Colossenses 2:8-10 )

Veja por que ninguém vos faça presa por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo. Porque nele toda a plenitude da Divindade habita em forma corpórea, e nele você tem sido feita completa, e Ele é a cabeça de todo governo e autoridade; ( 2: 8-10 )

Desde os primórdios da história registrada, o homem tem ponderou as questões da realidade última. Ele procurou uma explicação para o universo ao seu redor e o sentido de sua própria existência. As perguntas "Quem sou eu?", "Por que estou aqui?" E "Para onde vou?" são universais na espécie humana. Filosofias do mundo ineptly tentar responder a essas perguntas.
A palavra filosofia vem de duas palavras gregas, phileo ", para amar", e sophia , "sabedoria". A filosofia é o amor ea busca da sabedoria. Porque todo mundo tem uma visão de mundo, em certo sentido, toda a gente é um filósofo. Ao longo da história houve também aqueles que se especializou na disciplina acadêmica da filosofia. O pensador grego Thales, um contemporâneo do profeta Jeremias, é geralmente considerado como o primeiro filósofo no último sentido. Desde o seu tempo aos nossos dias, tem havido milhares de filósofos, cada um com sua própria explicação do universo.

Lembro-me de fazer um curso universitário em filosofia européia. A maioria dos filósofos que estudaram ou negou a existência de Deus ou realizou uma visão anti-bíblica Dele, como deísmo ou panteísmo.Foi uma experiência frustrante, estudando as reflexões de homens não regenerados desesperAdãoente tentando determinar a verdade última à parte de Deus. Mas, como Francis Schaeffer em nossa própria geração enfatizou, o homem não pode começar com ele e chegar a realidade última (cf. O Deus que está lá , Escape from Reason , e Ele está lá e Ele Não Está Calado ). O apóstolo Paulo concordou com a avaliação. Ele escreveu em 1Co 2:9 ). Ao eliminar Deus e Sua revelação da imagem, a filosofia moderna mergulhou homem no abismo da escuridão ignorante e desespero sem esperança.

A cidade de Colossos também teve seus filósofos. A igreja não enfrentou o perigo de ser infiltrada por falso ensino, como fazemos em nossos dias. A igreja tem toda a sua história lutou para manter a sua pureza doutrinária. Que os Colossenses fazê-lo era grande a preocupação de Paulo, e 2: 8-23 torna-se, assim, o coração da epístola. Neste, a seção polêmico de Colossenses, ele ataca os falsos mestres na cabeça.

A heresia específica ameaçando a Colossenses é desconhecida, em que Paulo não nomeá-lo. Podemos, no entanto, reconstruir alguns dos seus princípios de 2: 8-23 . Ele continha elementos da filosofia ( 2: 8-15 ), o legalismo ( 2: 16-17 ), o misticismo ( 2: 18-19 ), e ascetismo ( 2: 20-23 ). Porque essas crenças foram compartilhadas pela seita judaica do primeiro século, conhecido como os essênios, observamos na introdução, é possível que eles (ou um grupo segurando crenças similares) foram as que ameaçam os crentes de Colossos. Essa heresia também tinha componentes que foram as primeiras formas de gnosticismo, a crença de que havia uma espécie de conhecimento transcendente além doutrina cristã conhecida apenas para os iniciados de elite que tinha ascendido a esse nível. Mais contundentes, porém, foi o ensinamento de que Jesus não era nem Deus, nem a fonte de toda a verdade. Esse foi o ataque frontal à Sua divindade e suficiência.

Em 2: 1-7 , Paulo exorta os colossenses a manter sua fidelidade a tanto a divindade e suficiência completa de Jesus Cristo. Ele lembra-los de que, em contraste com as reivindicações dos falsos mestres, em Cristo "estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento" ( 2: 3 ). Essa declaração é uma profunda somatório da suficiência do Senhor Jesus. Esse ensinamento positivo é contrabalançado com um tratamento negativo em 2: 8-23 , onde Paulo diz-lhes o que evitar. Ao fazê-lo, ele refuta totalmente as reivindicações dos errorists de Colossos. Contra a sua pretensão de um conhecimento secreto, superior, ele já assinalou que não há conhecimento oculto à parte de Cristo ( 2: 3 ). Contra o seu ensino de que uma série de seres menores emana de Deus, Paulo enfatiza que "toda a plenitude da Divindade habita" em Cristo ( 2: 9 ). Eles adoravam essas emanações, que Paulo descreve em 2:15 como seres demoníacos, a quem Cristo já conquistados. Ele fala contra a falsidade de cerimonial, ritualística legalismo e misticismo em 2: 16-19 . Finalmente, em 2: 20-23 Paulo rejeita seu ascetismo, uma vez que é "de nenhum valor contra a indulgência carnal" ( 02:23 ).

Paulo dá aqui um modelo para lidar com a heresia. Ele não amargamente denunciar a heresia pelo nome. Na verdade, ele nem sequer dar-lhe um nome. Ele também não apresentam uma forma exaustiva o que os hereges acreditava. Ele lida com a heresia, enfatizando aquelas verdades que refutam as suas reclamações e reivindicações semelhantes por todas as outras heresias não importa o que os seus nomes.Comentador Charles R. Erdman escreveu: "Quando ele agora atinge o próprio coração de sua carta, o apóstolo habita de forma tão eloquente sobre a divindade de Cristo e da dignidade e da integridade dos crentes que o leitor é deixado em alguma incerteza quanto ao sistema exata do erro contra o qual a Colossenses estavam a estar sobre a sua guarda "( As epístolas de Paulo aos Colossenses e Filemom[Filadélfia: Westminster, 1956], p 73).. Qualquer sistema de falsa entrará em colapso em face da verdade.

Em 2: 8-10 , Paulo começa a atacar o primeiro elemento da heresia de Colossos: falsa filosofia. Por meio de um aviso, ele contrasta a deficiência de filosofia com a suficiência de Cristo.

A deficiência de Filosofia

Veja por que ninguém vos faça presa por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo. ( 2: 8 a)

Paulo está preocupado que aqueles que foram transferidos do domínio de Satanás para o reino de Cristo não se tornar escravizados novamente. Ele expressou preocupação semelhante em Gl 5:1 : "Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores." Em Mt 16:6 ). Aos filipenses ele escreveu: "Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da falsa circuncisão" ( Fp 3:2 ) que os membros assalto rebanho em um esforço para raptá-las.

Paulo descreve o meio dos falsos mestres usaria para raptar a Colossenses como filosofias e vãs sutilezas. Philosophia ( filosofia ) aparece somente aqui no Novo Testamento. Como já mencionado, que significa "amar a sabedoria." Ele é usado aqui em um sentido muito mais amplo do que a disciplina acadêmica, uma vez que "a filosofia não é redutível às especulações judaico-gnóstico sobre o qual Paulo advertiu os cristãos de Colossos" (Marcos M. Hanna, perguntas cruciais na apologética [Grand Rapids: Baker, 1981], p. 11). Historiador Adolf Schlatter observou que "tudo o que tinha a ver com as teorias a respeito de Deus e do mundo e do sentido da vida humana foi chamado de" filosofia ", nesse momento, não só nas escolas pagãs, mas também nas escolas judaicas das cidades gregas" ( A Igreja no Período Novo Testamento [reimpressão, São Paulo: SPCK de 1955], pp 150-54.).

O historiador judeu do primeiro século Josephus escreveu: "Há três seitas filosóficas entre os judeus. Os seguidores do primeiro dos quais estão os fariseus, da segunda os saduceus, ea terceira seita que finge ser uma disciplina mais severa são chamados essênios "( Guerras Judaicas 2.8.2). Assim, o termo filosofia era suficientemente ampla para abranger seitas religiosas. O uso do artigo definido comphilosophia mostra que Paulo estava se referindo aqui às crenças específicas dos errorists de Colossos. O mais provável é que eles usaram para se referir ao transcendente maior conhecimento, que supostamente tinha alcançado através da experiência mística.

Paulo passa a descrever essa filosofia como vão engano. Lightfoot escreveu: "A ausência de ambos preposição e artigo na cláusula segunda mostra que Kenes apatēs [vãs sutilezas] descreve e qualifica philosophia "( Epístolas de São Paulo aos Colossenses e aos Filemon [1879; reimpressão, Grand Rapids: Zondervan, 1959], p 178).. Ele traduziu a frase: "Por meio de sua filosofia, que é um engano vazio" (p. 178). Embora os falsos mestres em Colossos considerada sua opinião, a epítome da sabedoria, Paulo descarta por sua decepção vazio.

Apatēs ( engano ) significa "um engano, fraude ou truque." A filosofia dos falsos mestres colossenses não era o que parecia ser. Parecia bom e seduziu as mentes daqueles enganadas por ele, mas era uma ilusão insípida. Não existe um valor de tal filosofia humana especulativa, não importa quão profundamente e profundamente religioso que parece.

Comentador Herbert Carson soa um aviso apropriado:
Com Paulo ele seria sem dúvida verdade dizer que a filosofia, no sentido simples de um amor ao conhecimento e um desejo pela verdade, seria bastante compatível com a sua posição. Mas a filosofia no sentido desenvolvido com sua ênfase na primazia da razão humana que ele seria, obviamente, totalmente contrário .... Assim, enquanto o cristão pode ver um certo valor negativo na filosofia especulativa, ele vai estar constantemente em guarda para que ele não vêm para estudar a revelação, e não como um crente, mas como um humanista. Isso não significa que ele deve vir com uma fé irracional cego. Mas isso não significa que, em vez de trazer pressupostos filosóficos que irá colorir o estudo das Escrituras e assim prejudicar a sua interpretação, ele vem como uma consciência da finitude de seu intelecto, e consciente de que a sua mente também é afetada por sua natureza pecaminosa. Assim, ele está disposto a ser ensinado pelo Espírito Santo, e reconhece que ela é a Palavra de Deus, em vez de sua própria razão, que é o árbitro final da verdade. ( As epístolas de Paulo aos Colossenses e Filemom [Grand Rapids: Eerdmans, 1976]., p 62)

Paulo, então, dá duas fontes para tais especulações vão. A tradição dos homens é a primeira. A tradição é paradosis , aquele que é dado a partir de um para outro. Só porque as pessoas acreditaram algo e entregou-o ao longo dos anos não significa que seja verdade. Tradição geralmente serve apenas para perpetuar erro.

Um estudo da história da filosofia serve para ilustrar esse ponto. A maioria dos filósofos têm construído sobre a obra de filósofos anteriores, seja para aperfeiçoar o seu sistema, ou refutá-la. Francis Schaeffer comentou: "Um homem se desenhar um círculo e dizer: 'Você pode viver dentro deste círculo." O próximo homem iria atravessá-la para fora e seria desenhar um círculo diferente. O próximo homem viesse e, cruzando o círculo anterior, desenhe seu próprio infinitum-ad "( O Deus que está lá [Downers Grove, Ill .: InterVarsity, 1973], p. 17).

Do primeiro século judaísmo é mais um exemplo dos efeitos da tradição. Os líderes e professores judeus tinham incrustado a Palavra de Deus com tantos costumes, rituais e ensinamentos que eles já não eram capazes de distingui-la das tradições dos homens. Marcos 7 registra um intercâmbio entre os escribas e fariseus e Jesus sobre este assunto . No versículo 5 , eles perguntaram a Jesus: "Por que os teus discípulos não andam segundo a tradição dos anciãos?" Jesus respondeu em versos 8:9 , "Negligenciar o mandamento de Deus, você mantém a tradição dos homens .... Você bem anular o mandamento de Deus, a fim de manter sua tradição."

Os gentios também tinham tradições. Pedro usou a mesma palavra grega de uma forma diferente, quando escreveu aos gentios em 1Pe 1:18 : "Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro da vossa vã maneira de vida herdado [que por tradição recebestes] a partir do seu antepassados ​​". Em nossos dias, um argumento comum para a evolução é a falsa afirmação de que é "o que os cientistas sempre acreditaram." Em todos os exemplos acima, a tradição não era nada mais do que a ignorância ea mentira, transmitida de geração em geração. Foi a tradição dos homens, não a tradição de Deus ( 2Ts 3:6 )

Esta mesma frase também é encontrado em Gl 4:3 ). O pretérito perfeito do particípio peplērōmenoi indica que os resultados de nosso tendo sido preenchidos são eternos.

Como resultado da queda, o homem está em um triste estado de incompletude. Ele é espiritualmente incompleto porque Ele está totalmente fora de comunhão com Deus. Ele é moralmente incompleta porque vive fora da vontade de Deus. Ele é mentalmente incompleta porque ele não sabe verdade suprema.

Na salvação, crentes se tornam "participantes da natureza divina" ( 2Pe 1:4 )

e Nele você também foram circuncidados com a circuncisão não feita por mãos, na remoção do corpo da carne, a circuncisão de Cristo; tendo sido sepultados com ele no batismo, no qual também fostes ressuscitados com Ele através da fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos. E, quando vós estáveis ​​mortos nos vossos delitos e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, nos ter todas as nossas transgressões perdoadas, tendo cancelado o escrito de dívida que consiste em decretos contra nós e que era hostil a nós; e Ele o tirou do caminho, cravando-a na cruz. Quando Ele desarmou os principados e potestades, ele fez uma exibição pública deles, tendo triunfado sobre eles por meio dele. ( 2: 11-15 )

Curas eram um elemento essencial do ministério terreno de nosso Senhor. Eles estabeleceram Suas credenciais messiânicas, mostrou a terna compaixão de Deus, e prenunciou o reino milenar, quando Ele irá banir a doença. Curas de Nosso Senhor também ilustram um princípio importante a respeito da salvação. Quando Jesus curou alguém, Ele fez-los completamente saudável. Em Mt 9:22 , lemos: "Jesus, porém, voltando-se e vendo-a, disse:" Filha, tomar coragem;. a tua fé te salvou " . E, uma vez que a mulher foi feita bem " Mt 15:28 registra a cura da filha de uma mulher cananéia: "Então Jesus respondeu, e disse-lhe:" Ó mulher, sua fé é grande, faça-se para você como você deseja. ' E sua filha foi curada de uma vez. " Quando os servos do centurião voltou para a casa ", eles encontraram o servo de boa saúde" ( Lc 7:10 ). Jesus disse à multidão no templo: "Se um homem recebe a circuncisão no sábado que a lei de Moisés não seja violada, como vos com raiva de mim porque eu fiz um homem todo bem no sábado?" ( Jo 7:23 ). O nosso ministério de cura do Senhor pode ser resumido nas palavras de Mt 15:31 : "A multidão ficou maravilhado quando viram mudos a falar, os aleijados restaurada, ea curta coxos e os cegos a ver; e glorificavam ao Deus de Israel."

Assim como Jesus fez as pessoas completamente bem quando Ele curou fisicamente, por isso também que Ele prover a salvação completa quando Ele cura espiritualmente. Que a salvação não precisa ser complementada por falsa filosofia humana ou psicologia, ritualismo, o misticismo, a auto-negação, ou qualquer outro trabalho humano. Em Cristo, "foram feitas completa" ( Cl 2:10 ; cf. 2Pe 1:32Pe 1:3 ; cf. . Gl 6:15 ).

Tendo declarado a verdade que os cristãos são completos em Cristo em 02:10 , Paulo dá três aspectos dessa integralidade em 2: 11-15 . Em Cristo temos salvação completa, completo perdão e vitória completa.

A salvação completa

e Nele você também foram circuncidados com a circuncisão não feita por mãos, na remoção do corpo da carne, a circuncisão de Cristo; tendo sido sepultados com ele no batismo, no qual também fostes ressuscitados com Ele através da fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos. ( 2: 11-12 )

Como já mencionado, a heresia de Colossos era uma mistura de filosofia pagã com o legalismo judaico. Não surpreendentemente, os falsos mestres de Colossos, como os judaizantes Paulo confrontados na Galácia, estavam ensinando que a circuncisão era necessária para a salvação.

Todo menino judeu foi circuncidado ao oitavo dia após o seu nascimento ( Lev. 12: 2-3 ). Era o sinal de que ele pertencia à nação da aliança ( Gn 17:10-14 ). Ao longo da história de Israel havia duas escolas de pensamento sobre a circuncisão. Alguns sustentavam que a circuncisão era suficiente para salvar, uma vez que acolhe a adesão do país aliança. Este ponto de vista foi errado, já que "eles não são todos os israelitas que são descendentes de Israel" ( Rm 9:6 , Rm 2:28 : "Porque, na verdade a circuncisão é de valor, se você praticar a lei, mas se você é um transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão .... Porque ele não é um judeu que é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne ".

O segundo parecer reconheceram que a circuncisão era apenas a manifestação externa de que o homem nasceu limpeza pecaminoso e necessário. O corte de distância do prepúcio masculino no órgão reprodutor foi uma forma gráfica para demonstrar que o homem precisava de limpeza no nível mais profundo do seu ser. Nenhuma outra parte da anatomia humana, de modo que demonstra a profundidade do pecado, na medida em que é a parte do homem que produz e vida tudo o que ele produz é pecaminosa. Essa é a visão bíblica. Desde o início, a circuncisão foi usada para ilustrar simbolicamente o homem teve necessidade desesperada para a limpeza do coração. Em Dt 10:16 Moisés ordenou ao povo de Israel, dizendo: "Circuncidai, em seguida, o seu coração, e endurecer o seu pescoço não mais."Dt 30:6 que Abraão "recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso." Abraão não foi circuncidado até muitos anos depois ", ele acreditou no Senhor, e [Deus] imputou-lhe isto como justiça" ( Gn 15:6 ). Paulo definiu verdadeira circuncisão em Rm 2:29 : "Ele é um judeu que é no interior, e circuncisão, a que é do coração."

Para os cristãos, o rito da circuncisão física é desnecessária porque já foram circuncidados com a circuncisão não feita por mãos. O objeto de a circuncisão de Cristo é a remoção do corpo da carne. Ocorpo da carne refere-se ao pecador, caídos natureza crentes totalmente dominantes humanos antes de salvação. Os cristãos foram purificados de que o domínio pecaminoso e foi dada uma nova natureza criada em justiça, tendo sido circuncidados com a circuncisão não feita por mãos, isto é, não física, mas espiritual. Na salvação, "o nosso homem velho foi crucificado com Ele, que o corpo do pecado seja desfeito, para que não devemos mais ser escravos do pecado" ( Rm 6:6 ).Em nenhum lugar é expressa melhor do que nas palavras de Paulo, quando escreveu: "Nós somos a verdadeira circuncisão, que adoram no Espírito de Deus, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne" ( Fp 3:3 :

O que eu estou fazendo, eu não entendo; pois não estou praticando o que eu gostaria de fazer, mas eu estou fazendo a mesma coisa que eu odeio. Mas, se eu faço a mesma coisa que eu não quero fazer, estou de acordo com a Lei, confessando que ele é bom. Então, agora, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que nada de bom habita em mim, isto é, na minha carne; para o que deseja está presente em mim, mas o de fazer o bem não é. Para o bem que quero, eu não faço; mas eu pratico o muito mal que eu não desejo. Mas se eu estou fazendo a mesma coisa que eu não quero, já não sou o único a fazer isso, mas o pecado que habita em mim. Acho então o princípio de que o mal está em mim, aquele que deseja fazer o bem. Pois eu alegremente concordar com a lei de Deus no homem interior, mas vejo outra lei nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que está em meu membros.

A nova disposição, o que deseja fazer o bem e obedecer a Deus, reside no unredeemed carne-humanidade. Que a carne ainda está sujeita à tentação de "tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos ea soberba da vida" ( 1Jo 2:16 ). Novo auto de Paulo quis obedecer a Deus, mas, segundo ele, "Eu vejo uma lei diferente nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros . " ( Rm 7:23 ). A nova criação é puro e santo. Como crentes aguardamos apenas a redenção do nosso corpo ( Rm 8:23) para torná-los totalmente apto para o céu. (Um tratamento mais completo desta verdade maravilhosa é dado em um dos meus outros comentários desta série, Romanos 1:8 , na seção sobre capítulos 6:8 .)

Quando visto como um rito necessário para a salvação, o batismo é tão supérfluo como a circuncisão. Alguns vêem apoio em 02:12 para a regeneração batismal, mas Paulo dificilmente iria substituir um rito com outro (cf. 13 46:1-17'>1 Cor 1: 13-17. ). Argumentando que a mudança da morte espiritual para a vida espiritual é realizada pelo batismo em água faria Paulo tanto de um ritualista como aqueles que ele estava condenando. O batismo na água não mais em vista é em 2:12 do que a circuncisão física estava em 2:11 . Ambos os versos falam de realidades espirituais.

União Batismo imagens dos crentes com Cristo. Eles foram sepultados com ele no batismo, a união espiritual do crente com Cristo que ocorre na salvação (cf. 1Co 12:13 ). O batismo na água é apenas um retrato do que a realidade. Ele simboliza a identificação do crente com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo (cf. Rm 6:3-4. ).

Tal transformação espiritual só pode ser alcançado por meio da fé no poder de Deus. Trabalho traduz energeia , da qual nós temos a nossa palavra Inglês energia. Refere-se ao poder, a mesma potência ativa de Deus que levantou Jesus dos mortos. Aqueles que acreditam que Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos também serão ressuscitados com Ele. "Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" ( Rm 10:9 : "Lembre-se, que antigamente você, os gentios na carne, que são chamados" incircuncisão "pela chamada" Circuncisão ", que é realizada na carne por mãos— humano lembre-se que você estava naquele tempo separado de Cristo, excluídos da comunidade de Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo ". Os gentios eram, portanto, em um estado muito pior do que os judeus incrédulos, que, pelo menos, eram uma parte da comunidade do pacto que possuía a lei de Deus. Não é de admirar, então, que Paulo descreve-os como "não tendo esperança e sem Deus no mundo" ( Ef 2:12 ).

Felizmente, a história não termina aí. Porque Deus é "rico em misericórdia" ( . Ef 2:4. ). Em Is 1:18 , lemos: "Vinde então, e argüi-me", diz o Senhor: "Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, eles serão como lã. " Isaías diz em Is 55:7 ).

O perdão de Deus é também um tema de destaque no Novo Testamento. Nosso Senhor disse aos discípulos na Última Ceia: "Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado por muitos para remissão dos pecados" ( Mt 26:28 ). Pedro disse que estavam reunidos na casa de Cornélio que "por meio [de Jesus] nome todos os que nele crê recebe o perdão dos pecados" ( At 10:43 ). Em 13 38:44-13:39'>Atos 13:38-39 Paulo disse: "Faça-se-vos saber, irmãos, que por meio dele o perdão dos pecados é proclamada a você, e por ele, todo aquele que crê é libertado de todas as coisas, a partir do qual você não poderia ser libertados por meio da Lei de Moisés. " Aos Efésios Paulo escreveu: "Nele temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça" ( Ef 1:7 o Senhor diz: "Eu serei misericordioso para com suas iniquidades, e não me lembrarei mais dos seus pecados."

Quais são as características do perdão de Deus? Primeiro, ele é gracioso. Não se ganha, mas é um dom gratuito. Rm 3:24 diz que as pessoas são "justificados como um presente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus." Paulo ecoa esse pensamento em Tito 3:4-7 : "Quando a bondade de Deus, nosso Salvador e Seu amor pela humanidade apareceu, Ele nos salvou, e não em virtude de obras de que nós temos feito em justiça, mas segundo a sua misericórdia, pela lavagem da regeneração e renovação pelo Espírito Santo, que ele derramou sobre nós abundantemente através de Jesus Cristo, nosso Salvador, que, sendo justificados pela sua graça, fôssemos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna. "

Em segundo lugar, o perdão de Deus é completo. Perdão, Ef 1:7 ). O apóstolo João afirma categoricamente: "Eu vos escrevo, filhinhos, porque os vossos pecados são perdoados por amor do seu nome" ( 1Jo 2:12 ).

Em terceiro lugar, o perdão de Deus está ansioso. "'Eu tenho prazer na morte do ímpio, diz o Senhor Deus," em vez de que ele se converta dos seus caminhos, e viva?' "( Ez 18:23. ; cf. Ez 33:11 ). "Tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para todos os que te invocam" ( Sl 86:5 Paulo diz que Deus o enviou para os gentios "para lhes abrir os olhos a fim de que se convertam das trevas à luz, e do domínio de Satanás para Deus, a fim de que recebam o perdão dos pecados e herança entre aqueles que foram santificados pela fé em [Jesus] ". O perdão é certo, porque se baseia na promessa de Deus.

Em quinto lugar, o perdão de Deus é inigualável. O profeta Miquéias disse: "Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniqüidade e passa sobre o ato de rebelião do restante da tua herança?" ( Mq 7:18 ).A resposta à sua pergunta é que não há nenhuma. Nenhum dos deuses da religião falsa oferece tal perdão.

Em sexto lugar, o perdão de Deus é motivador. Ef 4:32 nos ordena a "ser gentil com o outro, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou." Deus nos perdoou a dívida enorme, impagável que lhe devia. Como podemos fazer menos do que perdoar os outros as dívidas triviais que nos devem (cf. Mt 18:1 ). Todos os povos (incluindo os gentios, cf. Rm 2:14-15. ) devemos a Deus uma dívida porque violaram Sua lei. O certificado foi hostil a nós, isto é, foi o suficiente para nos condenar ao julgamento e do inferno, porque "Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no livro da lei, para realizá-las" ( Gl 3:10 diz: "Desde então, os filhos participam da carne e do sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, que por sua morte, tornar impotente aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo, e livrasse todos aqueles que, com medo da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida ".

Para adorar tais seres derrotados e humilhados seria o cúmulo da loucura. A cruz é a resposta à insistência dos errorists colossenses adorando seres angélicos. Através do Senhor Jesus e Sua obra na cruz (cf.Ef 1:20-23. ; Ef 3:10 ), Deus cancelou a dívida do crente, derrotar Satanás e seus anjos caídos. É por isso que Paulo pode afirmar em Romanos 8:37-39 . "Em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou Pois estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem coisas presentes, nem coisas por vir, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. " Apesar de ainda lutar contra as forças do mal ( Ef 6:12 ), eles não podem ser vitorioso. Cristo, o Senhor crucificado, ressuscitado de tudo, reina supremo no universo. Para estar unidos com Ele é ser livre do domínio de Satanás.

A morte de Cristo traz transformação, perdão, e vitória. Isso acrescenta-se para completar a salvação com o perdão completo e triunfo. Não admira que Paulo disse: "De maneira nenhuma que eu me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" ( Gl 6:14 ).



10. Intimidação Espiritual ( Colossenses 2:16-23 )

Portanto, que ninguém agir como seu juiz em relação a alimentos ou bebida, ou em relação a um festival ou uma lua nova ou um sábado dia-coisas que são uma mera sombra do que está por vir;mas a substância pertence a Cristo. Que ninguém se manter fraudar você de seu prêmio por deliciando-se com auto-humilhação e da adoração dos anjos, tendo a sua posição sobre as visões que ele viu, inflados sem justa causa pelo seu entendimento carnal, e não retendo a cabeça, de quem o corpo inteiro, sendo fornecido e realizada em conjunto pelas articulações e ligamentos, cresce com um crescimento que vem de Deus. Se já morremos com Cristo para os princípios elementares do mundo, por que, como se você estivesse vivendo no mundo, você submeter-se a decretos, tais como, "Não mexa, não gosto, não toque!" (Que todos se referem a coisas destinadas a perecer com o uso) —em conformidade com os mandamentos e ensinamentos de homens? Estas são questões que têm, com certeza, a aparência de sabedoria, em self-made religião e auto-humilhação e tratamento severo do corpo, mas não são de nenhum valor contra indulgência carnal. ( 2: 16-23 )

 
Hoje, com capacidade de mídia avançada, há um ataque de falso ensino de proporções sem precedentes. Por todos os lados, a suficiência de Jesus Cristo é abertamente ou implicitamente negado. Falsa filosofia tem se infiltrado na igreja sob o disfarce de psicologia, que é muitas vezes visto como um complemento necessário à Palavra de Deus. Muitos se inclinam para o misticismo, alegando a receber visões e revelações extra-bíblicas. Outros são legalistas, o que equivale a santidade em observar uma lista de tabus culturais. Outros ainda exortar a prática do ascetismo, argumentando que a pobreza ou privação física é o caminho para a piedade. Os pastores, anciãos e outros líderes da igreja, que são responsáveis ​​para alertar a igreja contra o falso ensino, muitas vezes são as próprias pessoas que proclamam esses erros.
As igrejas do Vale do Lico também enfrentou o perigo de intimidação espiritual. Os falsos mestres estavam dizendo-lhes que Jesus Cristo não era suficiente, que eles precisavam de algo mais. Essas pessoas acreditavam que estavam a par de um maior nível de conhecimento espiritual e os segredos da iluminação espiritual. Essa maior, a verdade escondida foi além Jesus Cristo e da Palavra. Esses hereges formado um grupo de elite, exclusivo que desdenhava "ignorantes" e "simplistas" cristãos. Eles efetivamente enganou alguns cristãos e desenhou-los longe de confiança em Cristo. O "algo mais" que os falsos mestres oferecido foi um sincretismo da filosofia pagã, legalismo judaico, misticismo e ascetismo. Como observado anteriormente, Paulo escreveu aos Colossenses para refutar que o falso ensino e apresentar a suficiência absoluta de Jesus Cristo para a salvação e santificação. Porque os Colossenses teve Cristo, e Ele é suficiente, eles não precisam de ser intimidado pelos falsos mestres.
Em 2: 8-23 , Paulo monta um ataque frontal contra a heresia de Colossos. Ele já tem lidado com a filosofia ( 2: 8-10 ) e suficiência apresentado de Cristo ( 2: 11-15 ). Ele continua sua refutação da heresia de Colossos por lidar com o legalismo ( 2: 16-17 ), o misticismo ( 2: 18-19 ), e ascetismo ( 2: 20-23 ).


Legalismo
Portanto, que ninguém agir como seu juiz em relação a alimentos ou bebida, ou em relação a um festival ou uma lua nova ou um sábado dia-coisas que são uma mera sombra do que está por vir;mas a substância pertence a Cristo.
 ( 2: 16-17 )

 
O legalismo é a religião da realização humana. Ele argumenta que a espiritualidade se baseia em Cristo mais as obras humanas. Faz conformidade às regras feitas pelo homem a medida de espiritualidade. Os crentes, no entanto, são completos em Cristo, que tem proporcionado completa salvação, perdão e vitória. Portanto, Paulo diz aos Colossenses, que ninguém agir como seu juiz. Não sacrificar sua liberdade em Cristo para um conjunto de regras feitas pelo homem . Na medida em que "Cristo é o fim da lei para justiça de todo aquele que crê" ( Rm 10:4 ). Ele não era desonesto, nem falsa; ele não era impuro nem maligna; e não poucos dos mandamentos divinos que ele havia observado externamente. Não, ele diz: "Tudo isso tenho guardado." Também não era sua a mera bondade esporádica, mas constante e uniforme. Ele tinha realizado estes serviços "desde a sua mocidade." E isso não foi tudo. Professou uma vontade de se familiarizar com todo o seu dever. "O que me falta ainda?" E ainda assim, quando trouxe para o teste, este pobre juventude viu que, com toda a sua moralidade alardeada, não podia negar a si mesmo, tome a sua cruz e seguir a Cristo. ( As distintivas traços de caráter cristão [Phillipsburg, NJ:.. Presby & Ref, nd]., pp 7-8)

Para que os cristãos não se deixe intimidar por tais legalismo foi preocupação constante de Paulo. Ele comandou Tito não prestar atenção a "mitos e mandamentos de homens que se desviam da verdade, judeu", porque "o puro, todas as coisas são puras, mas para aqueles que estão corrompidos e incrédulos nada é puro, mas tanto a sua mente como a sua consciência estão contaminadas "( Tito 1:14-15 ).Romanos 14:15 e I Coríntios 8:10 também discutir a liberdade cristã ea única razão legítima para contê-lo: para proteger um irmão cristão mais fraco ou irmã.

Os falsos mestres estavam dizendo aos Colossenses que não era o suficiente para ter a Cristo; eles também necessário para manter a lei cerimonial judaica. Proibições Os falsos de professores sobre comida ebebida , provavelmente, foram baseadas nas leis dietéticas do Antigo Testamento (cf. Lev. 11 ). Essas leis foram dadas para marcar Israel como povo distinto de Deus e para desencorajá-los a se misturando com as nações vizinhas.

Porque os Colossenses estavam sob a Nova Aliança, as leis dietéticas da Antiga Aliança já não estavam em vigor. Jesus deixou isso bem claro em Marcos 7 :

Depois Ele chamou a multidão para ele novamente, ele começou a dizer-lhes: "Ouça-me, todos vocês, e entender: não há nada fora do homem que, entrando nele, possa contaminá-lo; mas as coisas que sai do homem é o que contamina o homem. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça ". E quando deixando a multidão, Ele tinha entrado na casa, os seus discípulos o interrogaram acerca da parábola. E Ele lhes disse: "Você está tão carente de compreensão também que não compreendeis que tudo o que vai para o homem do lado de fora não pode contaminar,? Porque ele não entra em seu coração, mas em seu estômago, e é eliminado" (Assim Ele declarou puros todos os alimentos.) ( vv. 14-19 )

Paulo lembrou aos Romanos que "o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo" ( Rm 14:17 ). Que as leis dietéticas não está mais em vigor são foi ilustrado pela visão de Pedro ( Atos 10:9-16 ) e formalmente ratificada pelo Concílio de Jerusalém ( Atos 15:28-29 ).

Um festival foi uma das celebrações judaicas anuais, como a Páscoa, Pentecostes, a Festa dos Tabernáculos, ou a Festa das Luzes (cf. Lev. 23 ). Sacrifícios também foram oferecidos na lua nova, ou o primeiro dia do mês ( Num. 28: 11-14 ).

Contrariamente às alegações de alguns hoje, os cristãos não são obrigados a adorar no dia de sábado. Ele, como os outros da Antiga Aliança dias santos Paulo menciona, não é vinculativa sob a Nova Aliança. Há provas convincentes para que na Escritura. Em primeiro lugar, o sábado era o sinal para Israel da Antiga Aliança ( Ex. 31: 16-17 ; Ne 9:14. ; Ez 20:12. ). Porque nós somos agora sob a Nova Aliança ( Heb. 8 ), que não são mais necessários para manter o sinal da Antiga Aliança.

Em segundo lugar, o Novo Testamento em nenhum lugar ordena aos cristãos que observam o sábado.

Em terceiro lugar, em nosso único vislumbre de um culto de adoração da igreja no início do Novo Testamento, encontramos a reunião da igreja, no domingo, o primeiro dia da semana ( At 20:7 ).

Em nono lugar, Paulo ensinou que guardar o sábado era uma questão de liberdade cristã ( Rm 14:5 ). Não há necessidade de os cristãos a observar a Páscoa também, porque "Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado" ( 1Co 5:7 )? Qualquer preocupação contínua com as sombras uma vez que a realidade veio é inútil.

O ponto de Paulo é simples: a verdadeira espiritualidade não consiste apenas de manter regras externas, mas de ter uma relação interior com Jesus Cristo.

Misticismo

Que ninguém se manter fraudar você de seu prêmio por deliciando-se com auto-humilhação e da adoração dos anjos, tendo a sua posição sobre as visões que ele viu, inflados sem justa causa pelo seu entendimento carnal, e não retendo a cabeça, de quem o corpo inteiro, sendo fornecido e realizada em conjunto pelas articulações e ligamentos, cresce com um crescimento que vem de Deus. ( 2: 18-19 )

O misticismo pode ser definida como a busca de uma experiência religiosa mais profunda subjetiva ou superior. É a crença de que a realidade espiritual é percebido além do intelecto humano e os sentidos naturais. Parece de verdade internamente, pesando sentimentos, intuição, e outras sensações internas mais fortemente que os observáveis ​​dados objetivos, externos. Misticismo, em última instância recebe sua autoridade de, uma luz de auto-autenticado auto-realizado subindo de dentro. Esta abordagem irracional e anti-intelectual é a antítese da teologia cristã. Os falsos mestres reivindicou uma união mística com Deus. Paulo exorta os colossenses a não permitir que esses falsos mestres para manter defraudar -los de seu prêmio. Era como se os hereges assumiu o papel de árbitros espirituais e desqualificado Colossenses por não cumprir as suas regras.

Auto-humilhação traduz tapeinophrosunē , que normalmente é traduzida como "humildade". O NASB tradução enfatiza o uso negativo do termo no presente contexto. A humildade dos errorists Colossos era uma falsa humildade. Eles foram deliciando na mesma, ou seja, sua suposta humildade era nada, mas o orgulho feio. Era como que de Uriah Heep, um dos personagens mais desprezíveis da literatura Inglês, que disse: "Eu estou bem ciente que eu sou o 'pessoa umblest indo" (capítulo 16 de Charles Dickens Davi Copperfield ).

Os falsos mestres tinha um problema muito mais grave do que a falsa humildade, no entanto. Eles também se envolveram no culto dos anjos, negando assim a verdade que há "um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" ( 1Tm 2:5 , escreveu: "A doença que São Paulo denuncia, continuou por um longo tempo na Frígia e Pisídia" (citado em Hendriksen, p. 126). O arcanjo Michael era adorado na Ásia Menor tão tarde quanto UM . D . 739. Ele também foi dado o crédito para curas milagrosas.

A Bíblia proíbe estritamente a adoração dos anjos. "Está escrito:" Jesus disse a Satanás: "Você deve adorar o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás" ( Mt 4:10 ).

Os próprios anjos adoram a Deus, como Isaías observou em sua visão:

No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor sentado num trono, elevado e exaltado, com o trem de seu manto enchiam o templo. Seraphim estava em cima dele, cada um com seis asas; com duas cobria o rosto, e com duas cobria os pés e com duas voava. E um chamado para o outro e disse: "Santo, Santo, Santo, é o Senhor dos exércitos, toda a terra está cheia da sua glória." E as bases dos limiares tremeu na voz daquele que chamou, enquanto o templo foi se enchendo de fumaça. ( Is 6:1-4. )

Em Apocalipse 5:11-12 , João escreve: "E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono e dos seres viventes e dos anciãos; eo número deles era miríades de miríades e milhares de milhares, dizendo em alta voz: "Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória."

Quando João tentou adorar um anjo, que foi repreendido por fazê-lo: "Eu caí a seus pés para adorá-lo, ele me disse: 'Não faça isso, eu sou um companheiro servo de vocês e vossos irmãos que possuem o. testemunho de Jesus; adora a Deus '"( Ap 19:10 ; cf. Ap 22:9 , grifo do autor).

Paulo avisa aos Colossenses para não ser intimidado por alegações falsas dos professores. Longe de ser a elite espiritual que eles próprios pensado para ser, eles foram inflados sem causa por suas mentes carnais. Ser culpado de orgulho espiritual bruta, eles eram desprovidos do Espírito Santo. Tendo ido além do ensino de Cristo (cf. 2Jo 1:9 ).Ele é o único de quem todo o corpo, provido e realizada em conjunto pelas articulações e ligamentos, cresce com um crescimento que vem de Deus. O crescimento espiritual vem de união com Cristo.Jesus diz em João 15:4-5 : "Permanecei em mim e eu em ti Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim que eu sou o.. videira, vós sois os ramos; quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto;. pois sem mim, nada podeis fazer "

Há uma tendência na natureza humana para se deslocar de objetividade para a subjetividade-a mudar o foco de Cristo a experiência. Isso sempre intimidado os crentes fracos e ameaçou a igreja.
Hoje este tipo de misticismo é mais comumente visto no movimento carismático, onde a Escritura é um distante segundo lugar em importância às visões e revelações.
Quando tal intimidação veio dos carismáticos místicos do século XVI do dia de Martin Luther, o grande reformador era muito firme com eles, agarrando-se a revelação bíblica e da centralidade e da suficiência de Cristo. Em particular, os seguidores de Tomé Münzer e os anabatistas radicais deu grande destaque ao trabalho e presentes do conhecimento Espírito e mística. O seu clamor, expressando sua experiência suprabiblical, foi "O Espírito, do Espírito!" Lutero respondeu: "Eu não seguirei para onde seu espírito leva." Quando eles receberam o privilégio de uma entrevista com Lutero, que deram o seu clamor "O Espírito, do Espírito!" O grande reformador não ficou impressionado e trovejou: "Eu tapa o seu espírito no focinho."

Nós, como o Colossenses, não devem ser intimidados por aqueles que querem fazer algo diferente de conhecer a Cristo através da Sua Palavra um requisito para a maturidade espiritual. Cristo é todo-suficiente ", vendo que o seu divino poder nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e à piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua própria glória e virtude" ( 2Pe 1:3 ). Muitos dos servos escolhidos de Deus no Antigo Testamento, como Abraão, Jó, e Salomão, foram extremamente rico.

Se já morremos com Cristo para os princípios elementares do mundo, por isso, Paulo pergunta, como se você estivesse vivendo no mundo, você submeter-se a decretos, tais como, "Não mexa, não gosto, não toque " Através de sua união com Cristo, os remidos são libertados das regras feitas pelo homem destinadas a promover a espiritualidade. Para praticar o ascetismo, Paulo escreve, é a adoção de um sistema mundano da religião, com base em princípios elementares.

Como já mencionado, os falsos mestres ensinaram uma forma de dualismo filosófico. Eles praticavam o ascetismo em uma tentativa de libertar o espírito da prisão do corpo.
A visão de que o corpo era mau finalmente encontrou o seu caminho para a igreja. De acordo com a igreja Padre Atanásio, Anthony, o fundador do monaquismo cristão, nunca mudou seu colete ou lavou os pés ( Vida da Anthony , para. 47). Ele foi superado, no entanto, por Simeão (c. 390-459), que passou os últimos 36 anos de sua vida em cima de um pilar de quinze metros. Simeon erroneamente pensou que o caminho para a espiritualidade laical em expor seu corpo aos elementos e retirar-se do mundo. Seus feitos foram emuladas por monges ao longo da história da igreja. Mesmo Martin Luther, antes de descobrir a verdade da justificação pela fé, quase destruiu sua saúde através de ascetismo.

Deus pode chamar alguns a uma vida de abnegação. Muitos missionários, por exemplo, têm por necessidade levavam uma vida ascética. Eles não fazê-lo, no entanto, como uma tentativa de ganhar a espiritualidade.
O ascetismo é inútil na medida em que se concentra a atenção em coisas destinadas a perecer com o uso. "A comida é para o estômago eo estômago para os alimentos;" escreve Paulo aos Coríntios, "mas Deus vai acabar com os dois" ( 1Co 6:13 ). Não há um valor espiritual em manter os mandamentos e ensinamentos de homens.

A razão para a impotência do ascetismo é visto em 2:23 . Embora tenha a aparência de sabedoria, em self-made religião e auto-humilhação e tratamento severo do corpo, que é de nenhum valor contra a indulgência carnal. O ascetismo pode fazer uma pessoa parecer espiritual, por causa de sua ênfase na humildade e pobreza, mas serve apenas para satisfazer a carne. É uma vã tentativa de parecer mais santo do que os outros. Jesus advertiu Seus discípulos contra ele: "Quando vocês jejuarem, não mostrem uma aparência triste como os hipócritas, pois eles negligenciam a sua aparência, a fim de ser jejuando verdade vos digo que eles já receberam sua plena recompensa. . Mas tu, quando jejuardes, unge a tua cabeça, e lava o rosto, para que você não pode ser jejuando, mas a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará "( Matt. 6: 16-18 ).

Comentando sobre a futilidade de ascetismo, o pregador escocês grande do século XIX Alexander McClaren escreveu: "Qualquer ascetismo é muito mais ao gosto dos homens de abandonar self. Eles vão ficar um pouco ganchos em suas costas e fazer o 'poojah balançando" do que dar —se de seus pecados e abandonam as suas vontades. Há apenas uma coisa que vai colocar a coleira no pescoço do animal dentro de nós e que é o poder de Cristo que habita. religião ascética é ateu, para os seus praticantes, essencialmente adorar a si mesmos. Como tal, não estamos a ser intimidado por ele.

A mensagem de Paulo aos Colossenses também é um aviso para nós. Nós não estamos a ser intimidados por falsa filosofia humana, o legalismo, misticismo, ou ascetismo. Essas são, mas "cisternas rotas, que não retêm as águas" ( Jr 2:13 ). Temos de agarrar-se a Cristo, em quem nós "foram feitas completa" ( Cl 2:10 ).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Colossenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 23

Colossenses 2

A luta do amor — Cl 2:1-2). E no Novo Testamento encontramos a imagem de pagãos que não têm a Lei escrita

e a revelação escrita de Deus, como os judeus, mas sim uma lei não escrita em seus corações e uma voz da consciência que lhes fala de dentro (Romanos 2:14-15). Os homens estavam em dívida para com

Deus por causa de seus pecados, e sabiam. Não tinham mais remédio que admitir este fato. Tratava-se de uma acusação contra si mesmos; de uma

lista de acusações que eles mesmos tinham assinado e reconhecido como exata.

  1. Agora vem a segunda palavra importante. Deus anulou ou apagou a lista de acusações. A palavra para apagar é o verbo grego

exaleitein. Entender esta palavra significa compreender a misericórdia maravilhosa de Deus. O material em que se escreviam os antigos documentos no papiro: uma espécie de papel feito da medula de um junco; ou o pergaminho, que era o couro de animais especialmente

tratado. Ambos eram em extremo caros e de maneira nenhuma podiam desperdiçar-se. Agora, a tinta antiga não possuía ácidos. Depositava-se na superfície do papel sem que penetrasse no mesmo como acontece com

a tinta moderna. Algumas vezes para economizar papel um escriba usava um papiro ou um pergaminho sobre aquele que já se escrevera. Neste caso apagava com uma esponja a escritura anterior. Naquela época isto

podia ser feito. A tinta era indelével enquanto não fosse tocada; mas por estar só na superfície do papel a escritura podia ser completamente apagada. É como se Deus, em sua admirável misericórdia, tivesse

anulado o documento de nossos pecados em forma tão completa como se jamais tivesse existido. Isto se levou a cabo de tal maneira que não ficou rastro algum.

  1. Mas Paulo prossegue. Deus tomou esta acusação e a cravou na cruz de Cristo. Dizia-se que no mundo antigo quando uma lei, decreto ou prescrição se cancelavam, era fixada a uma tábua onde era perfurada com um prego. Mas é duvidoso que seja este o caso nesta imagem.

Antes, significa que na cruz de Cristo foi crucificada nossa própria acusação. A acusação foi, por dizê-lo assim, executada. Foi eliminada como se nunca tivesse existido. Tirou-a do caminho de tal maneira que

jamais será vista novamente. Paulo parece ter indagado na atividade humana para achar uma série de imagens que mostrassem quão perfeitamente Deus em sua misericórdia destruiu, proscreveu e eliminou

em Cristo a condenação que nos acusava.

Nesta imagem vê-se a graça. E esta nova era de graça fica sublinhada ademais com outra frase que é, no melhor dos casos, obscura. A condenação, a acusação e a lista de acusações tinham estado baseados nos decretos da Lei. Antes de Cristo, os homens estavam sob a Lei e a quebrantavam, porque ninguém podia observá-la perfeitamente. A acusação adquiria sua força e poder das prescrições e decretos da Lei. Mas agora a Lei está proscrita e chegou a graça. O homem já não é um criminoso que quebrantou a Lei e que está à mercê do juízo de Deus; é um filho que se tinha perdido, que pode voltar para o lar e que está amparado pela graça de Deus.

  1. Até outra vívida imagem cobra expressão na mente de Paulo. Jesus despojou os poderes e autoridades e os fez cativos. Como vimos o

mundo antigo cria em toda classe de categorias e graus de anjos, espíritos elementares e demônios. Muitos desses demônios e espíritos

tratavam de arruinar os homens. Eles eram os responsáveis pelas posses demoníacas e coisas semelhantes. Eram hostis, maliciosos e malignos com respeito aos homens. Jesus os derrotou definitivamente. Despojou-

os. A palavra usada aplica-se ao despojo de armas e armadura de um inimigo derrotado. Jesus quebrantou seu poder uma vez para sempre. Ele os expôs à vergonha pública e os levou cativos em sua carreira triunfal.

A imagem descreve o triunfo de um general romano.

Quando um general romano tinha obtido um triunfo notável podia partir vitoriosamente com seu exército pelas ruas de Roma seguido pelo desventurado cortejo de reis, chefes e povos derrotados e conquistados.

Publicamente eram marcados a fogo como suas vítimas e despojos. Paulo pensa em Jesus como um conquistador triunfal que leva a cabo uma espécie de vitória cósmica; em sua marcha triunfal os poderes do

mal sofreram um golpe definitivo que todos podem contemplar.

Em todas estas imagens Paulo afirma a suficiência total da obra de Cristo. O pecado está perdoado; o mal está vencido. Que mais se requer?

Não há absolutamente nada que o conhecimento gnóstico ou os intermediários gnósticos possam fazer pelos homens. Cristo já fez tudo.

O RETROCESSO

Colossenses 2:16-23

Através de toda esta passagem se entrelaçam e misturam certas idéias gnósticas fundamentais. Paulo admoesta os colossenses a não

adotar certas práticas gnósticas porque agindo desta maneira não progredirão, mas sim, antes, retrocederão na fé. Atrás disto podem-se discernir quatro práticas gnósticas

  1. O ascetismo gnóstico (versículos 16:21). Há uma doutrina que inclui toda uma série de prescrições sobre o que se pode e não se pode comer e beber. Em outras palavras, há um retorno a todas as leis judias dos mantimentos, com suas listas de coisas puras e impuras. Como

vimos, os gnósticos pensavam que toda matéria era essencialmente má. Se a matéria é má, também o corpo é mau. Se o corpo for mau, cabem duas conclusões opostas.

  1. Não interessa o que se faça com o corpo. Dá no mesmo desfrutar e saciar seus apetites ou tratá-lo com desprezo. Sendo mau pode-se usar ou abusar dele sem que haja diferença alguma.
    1. Se o corpo for mau, deve ser vencido, golpeado e reduzido à fome: cada uma de suas necessidades deve ser ignorada e cada impulso encadeado. Isto significa que o gnosticismo podia resultar, quer numa

imoralidade total, quer num ascetismo rígido. Paulo trata aqui com o ascetismo rígido. Diz efetivamente: "Não se relacionem com aqueles que identificam a religião com as leis sobre o que se pode ou não se pode

comer ou beber". O próprio Jesus havia dito que tanto faz o que o homem come ou bebe (Mateus 15:10-20; Marcos 7:14-23). Pedro mesmo tinha aprendido a deixar de falar sobre mantimentos puros e impuros (Atos 10). Paulo usa uma frase quase crua que repete com

palavras diferentes o que Jesus tinha dito. Chama-as: "coisas que todas

se destroem com o uso" (versículo 22). Pensa exatamente o que Jesus pensava quando dizia que o alimento e a bebida se ingeriam, digeriam, eliminavam e eram expelidos (Mt 15:17; Mc 7:19). A comida e a bebida têm tão pouca importância que estão destinadas a decompor-se e deteriorar-se logo que se ingerem. Os gnósticos, pois, queriam transformar a religião em questão de regras e prescrições sobre comidas e bebidas. E ainda existem aqueles que se preocupam mais pelas regras sobre comidas que pela caridade do evangelho.

  1. Tanto os gnósticos como os judeus observavam certos dias (versículo 16): festas anuais, mensais, luas novas e dias de repouso semanais. Confeccionavam listas de dias que pertenciam particularmente a Deus: dias em que deviam fazer-se determinadas coisas e outras não. Identificavam religião com ritual e com a observância do sábado.

A crítica de Paulo a este ascetismo e essa ênfase nos dias é muito clara e lógica. Diz: "Vocês foram libertados e resgatados de toda essa

tirania de regras e prescrições legais. Por que desejam voltar de novo à escravidão? Por que desejam retroceder ao legalismo judeu e abandonar

a liberdade cristã?" O espírito que faz do cristianismo questão de regras e prescrições ainda não morreu.

  1. Os gnósticos tinham visões especiais. No versículo 18 faz-se

referência ao falso mestre que "intromete-se no que não viu". A tradução correta seria "indagando das coisas que viu" (Bíblia de Jerusalém). A versão Hispano-Americana tem uma nota: "Apoiando-se em visões".

O gnóstico se gloriava de visões, revelações especiais e coisas

secretas que não estavam abertas aos olhos do homem ou da mulher comuns. Ninguém negará as visões dos místicos, mas sempre existe um perigo quando o homem começa a pensar que alcançou certo grau de santidade que o faz capaz de ver o que o homem comum — como o chamam — não pode ver. E o perigo está em que os homens verão freqüentemente não o que Deus os envia, mas sim o que eles querem ver.

  1. Havia o culto aos anjos (versículo 18 e 20). Como vimos, os judeus possuíam uma doutrina muito evoluída sobre os anjos e os

gnósticos criam em todo tipo de intermediários. E os adoravam. Para o cristão, pelo contrário, só devia tributar-se culto a Deus e a Jesus Cristo.

Paulo faz quatro críticas a tudo isto.

  1. Diz que toda esta classe de coisas é só uma sombra da verdade; a verdade real está em Cristo (versículo 17). Isto equivale a dizer que a

religião fundada em comer e beber certo tipo de mantimentos e bebidas e em abster-se de outros, a religião fundada na observância do sábado e coisas afins, é só uma sombra da religião verdadeira; a religião

verdadeira é ter comunhão com Cristo.

  1. Diz que há algo assim como uma falsa humildade (vv. Cl 2:18 e 23). Quando falam do culto dos anjos, tanto gnósticos como judeus

argumentam dizendo que Deus é tão grande, sublime e santo que não podemos ter acesso direto a Ele; devemos contentar-nos orando aos anjos sem ir diretamente a Deus. Mas a grande verdade que o

cristianismo prega é precisamente o contrário: o caminho a Deus está

aberto aos homens mais humildes e singelos porque foi aberto por Jesus Cristo e ninguém pode fechá-lo.

  1. Diz que isto pode conduzir a um orgulho pecaminoso (vv. Cl 2:18 e 23). O homem meticuloso na observância de dias especiais, e atento a todas as leis e prescrições sobre a comida, que pratica uma abstinência

ascética, encontra-se no grave perigo de considerar-se particularmente bom e de olhar a outros com desprezo. E é uma verdade básica do cristianismo que ninguém que se considere bom é bom, muito menos aquele que se crê melhor que os outros.

  1. Diz que tudo isso constitui um retrocesso em direção de uma escravidão anticristã em vez de liberdade cristã (versículo
    10) e que de toda maneira não liberta o homem dos apetites carnais. Só o mantém

dominado (versículo 23). A liberdade cristã não provém da repressão dos desejos mediante regra e prescrições, mas sim da morte aos desejos maus e o ressurgimento de desejos bons, porque Cristo está no cristão e o cristão em Cristo.


Dicionário

Aumento

aumento s. .M 1. Ato ou efeito de aumentar; acréscimo. 2. Melhoria de fortuna, de salário. 3. Ópt. Ampliação.

Cabeça

substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
Começo: a cabeça de um capítulo.
Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
Vida: isso custou-lhe a cabeça.
Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
Vontade: seguir sua própria cabeça.
Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
Curvar a cabeça, submeter-se.
De cabeça, de memória.
Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.

substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
Começo: a cabeça de um capítulo.
Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
Vida: isso custou-lhe a cabeça.
Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
Vontade: seguir sua própria cabeça.
Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
Curvar a cabeça, submeter-se.
De cabeça, de memória.
Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.

l. Esta palavra é muitas vezes empregada figuradamente na Sagrada Escritura. Cristo é a cabeça da igreja (Cl 1:18) em virtude de sua eminência e da sua influência, comunicando vida, saúde, força a cada crente. o marido é, também, a cabeça da mulher (Gn 3:16), com respeito à preeminência do sexo (1 Pe 3,7) e à excelência do conhecimento 1Co 14:35). A pedra que os edificadores rejeitaram foi feita a cabeça (a principal pedra) do ângulo (Sl 118:22). 2. Nas visões de Ezequiel os sacerdotes piedosos costumavam cortar rente o cabelo de suas cabeças, mas não com a navalha de barba – e faziam isso como sinal de varonilidade, e com o fim de evitar aqueles costumes do sacerdócio pagão (Ez 44:20). (*veja Cabelo.)

Cabeça A parte superior ou anterior do corpo do ser humano e dos animais. Em sentido figurado, “chefe” (Ef 4:15); 5.23). “Ter a cabeça exaltada” quer dizer “vencer” (Sl 27:6). Rapar a cabeça era sinal de tristeza (1:20) ou de voto (Nu 6:9); (At 18:18). V. IMPOSIÇÃO DE MÃOS e MENEAR.

Corpo

substantivo masculino Constituição ou estrutura física de uma pessoa ou animal, composta por, além de todas suas estruturas e órgãos interiores, cabeça, tronco e membros.
Qualquer substância material, orgânica ou inorgânica: corpo sólido.
Parte material do animal, especialmente do homem, por oposição ao espírito; materialidade.
Pessoa morta; cadáver: autópsia de um corpo.
Parte principal e central de certos objetos: corpo central de um edifício.
Conjunto de pessoas que exercem a mesma profissão: corpo docente.
Tamanho de; estatura, robustez: corpo de atleta.
[Anatomia] Designação de certos órgãos de constituição especial: corpo cavernoso.
[Tipografia] Medida dos caracteres tipográficos, expressa em pontos: livro composto em corpo 7.
[Militar] Conjunto de militares que compõem um quadro, uma arma, um exército: corpo de infantaria.
expressão Corpo da guarda. Local onde estacionam os soldados que formam a guarda, exceto o sentinela.
Corpo de baile. Conjunto de dançarinos em um teatro.
Corpo de Deus. A festa do Santíssimo Sacramento, que se celebra na quinta-feira imediata ao domingo da Trindade.
Corpo diplomático. Conjunto de funcionários que representam os Estados estrangeiros junto a um governo ou a uma organização internacional (analogamente, diz-se corpo consular).
[Popular] Fechar o corpo. Fazer orações e benzeduras para tornar o corpo invulnerável a facadas, tiros, feitiços etc.; ingerir bebida alcoólica para tornar o corpo imune a doenças.
[Brasil] Tirar o corpo fora. Esquivar-se habilmente de algum encargo.
De corpo e alma. Completamente, inteiramente.
locução adverbial Corpo a corpo. Em luta corporal, sem uso de armas: enfrentaram-se corpo a corpo.
Etimologia (origem da palavra corpo). Do latim corpus.

substantivo masculino Constituição ou estrutura física de uma pessoa ou animal, composta por, além de todas suas estruturas e órgãos interiores, cabeça, tronco e membros.
Qualquer substância material, orgânica ou inorgânica: corpo sólido.
Parte material do animal, especialmente do homem, por oposição ao espírito; materialidade.
Pessoa morta; cadáver: autópsia de um corpo.
Parte principal e central de certos objetos: corpo central de um edifício.
Conjunto de pessoas que exercem a mesma profissão: corpo docente.
Tamanho de; estatura, robustez: corpo de atleta.
[Anatomia] Designação de certos órgãos de constituição especial: corpo cavernoso.
[Tipografia] Medida dos caracteres tipográficos, expressa em pontos: livro composto em corpo 7.
[Militar] Conjunto de militares que compõem um quadro, uma arma, um exército: corpo de infantaria.
expressão Corpo da guarda. Local onde estacionam os soldados que formam a guarda, exceto o sentinela.
Corpo de baile. Conjunto de dançarinos em um teatro.
Corpo de Deus. A festa do Santíssimo Sacramento, que se celebra na quinta-feira imediata ao domingo da Trindade.
Corpo diplomático. Conjunto de funcionários que representam os Estados estrangeiros junto a um governo ou a uma organização internacional (analogamente, diz-se corpo consular).
[Popular] Fechar o corpo. Fazer orações e benzeduras para tornar o corpo invulnerável a facadas, tiros, feitiços etc.; ingerir bebida alcoólica para tornar o corpo imune a doenças.
[Brasil] Tirar o corpo fora. Esquivar-se habilmente de algum encargo.
De corpo e alma. Completamente, inteiramente.
locução adverbial Corpo a corpo. Em luta corporal, sem uso de armas: enfrentaram-se corpo a corpo.
Etimologia (origem da palavra corpo). Do latim corpus.

[...] O corpo é o invólucro material que reveste o Espírito temporariamente, para preenchimento da sua missão na Terra e execução do trabalho necessário ao seu adiantamento. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 5

[...] O corpo é apenas instrumento da alma para exercício das suas faculdades nas relações com o mundo material [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8, it• 10

[...] os corpos são a individualização do princípio material. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

[...] é a máquina que o coração põe em movimento. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 156

[...] O corpo não passa de um acessório seu, de um invólucro, uma veste, que ele [o Espírito] deixa, quando usada. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 3

[...] invólucro material que põe o Espírito em relação com o mundo exterior [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

[...] apenas um segundo envoltório mais grosseiro, mais resistente, apropriado aos fenômenos a que tem de prestar-se e do qual o Espírito se despoja por ocasião da morte.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, it• 10

[...] o corpo não é somente o resultado do jogo das forças químicas, mas, sim, o produto de uma força organizadora, persistente, que pode modelar a matéria à sua vontade.
Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Um caso de desmaterialização parcial do corpo dum médium• Trad• de João Lourenço de Souza• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 5

Máquina delicada e complexa é o corpo humano; os tecidos que o formam originam-se de combinações químicas muito instáveis, devido aos seus componentes; e nós não ignoramos que as mesmas leis que regem o mundo inorgânico regem os seres organizados. Assim, sabemos que, num organismo vivo, o trabalho mecânico de um músculo pode traduzir-se em equivalente de calor; que a força despendida não é criada pelo ser, e lhe provém de uma fonte exterior, que o provê de alimentos, inclusive o oxigênio; e que o papel do corpo físico consiste em transformar a energia recebida, albergando-a em combinações instáveis que a emanciparão à menor excitação apropriada, isto é, sob ação volitiva, ou pelo jogo de irritantes especiais dos tecidos, ou de ações reflexas.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

O corpo de um animal superior é organismo complexo, formado por um agregado de células diversamente reunidas no qual as condições vitais de cada elemento são respeitadas, mas cujo funcionamento subordina-se ao conjunto. É como se disséssemos – independência individual, mas obediente à vida total.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] o invólucro corporal é construído mediante as leis invariáveis da fecundação, e a hereditariedade individual dos genitores, transmitida pela força vital, opõe-se ao poder plástico da alma. É ainda por força dessa hereditariedade que uma raça não produz seres doutra raça; que de um cão nasça um coelho, por exemplo, e mesmo, para não irmos mais longe, que uma mulher de [...] raça branca possa gerar um negro, um pele-vermelha, e vice-versa. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] é um todo, cujas partes têm um papel definido, mas subordinadas ao lugar que ocupam no plano geral. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 3

[...] não passa de um vestuário de empréstimo, de uma forma passageira, de um instrumento por meio do qual a alma prossegue neste mundo a sua obra de depuração e progresso. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

[...] O corpo material é apenas o instrumento ao agente desse corpo de essência espiritual [corpo psíquico]. [...]
Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - pt• 2, cap• 1

[...] Nosso corpo é o presente que Deus nos deu para aprendermos enquanto estamos na Terra. Ele é nosso instrumento de trabalho na Terra, por isso devemos cuidar da nossa saúde e segurança física.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] Em o nosso mundo físico, o corpo real, ou duradouro, é um corpo etéreo ou espiritual que, no momento da concepção, entra a cobrir-se de matéria física, cuja vibração é lenta, ou, por outras palavras, se reveste dessa matéria. [...]
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 9

Neste mundo, são duais os nossos corpos: físico um, aquele que vemos e tocamos; etéreo outro, aquele que não podemos perceber com os órgãos físicos. Esses dois corpos se interpenetram, sendo, porém, o etéreo o permanente, o indestrutível [...].
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 14

[...] O corpo físico é apenas a cobertura protetora do corpo etéreo, durante a sua passagem pela vida terrena. [...]
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 14

Esse corpo não é, aliás, uma massa inerte, um autômato; é um organismo vivo. Ora, a organização dum ser, dum homem, dum animal, duma planta, atesta a existência duma força organizadora, dum espírito na Natureza, dum princípio intelectual que rege os átomos e que não é propriedade deles. Se houvesse somente moléculas materiais desprovidas de direção, o mundo não caminharia, um caos qualquer subsistiria indefinidamente, sem leis matemáticas, e a ordem não regularia o Cosmos.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

[...] O nosso corpo não é mais do que uma corrente de moléculas, regido, organizado pela força imaterial que nos anima. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 2, cap• 12

[...] complexo de moléculas materiais que se renovam constantemente.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -

[...] é toda e qualquer quantidade de matéria, limitada, que impressiona os sentidos físicos, expressando-se em volume, peso... Aglutinação de moléculas – orgânicas ou inorgânicas – que modelam formas animadas ou não, ao impulso de princípios vitais, anímicos e espirituais. Estágio físico por onde transita o elemento anímico na longa jornada em que colima a perfeição, na qualidade de espírito puro...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

O corpo humano [...] serve de domicílio temporário ao espírito que, através dele, adquire experiências, aprimora aquisições, repara erros, sublima aspirações. Alto empréstimo divino, é o instrumento da evolução espiritual na Terra, cujas condições próprias para as suas necessidades fazem que a pouco e pouco abandone as construções grosseiras e se sutilize [...] serve também de laboratório de experiências, pelas quais os construtores da vida, há milênios, vêm desenvolvendo possibilidades superiores para culminarem em conjunto ainda mais aprimorado e sadio. Formado por trilhões e trilhões de células de variada constituição, apresenta-se como o mais fantástico equipamento de que o homem tem notícia, graças à perfei ção dos seus múltiplos órgãos e engrenagens [...].
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

[...] Vasilhame sublime, é o corpo humano o depositário das esperanças e o veículo de bênçãos, que não pode ser desconsiderado levianamente.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

O corpo é veículo, portanto, das pro-postas psíquicas, porém, por sua vez,muitas necessidades que dizem respei-to à constituição orgânica refletem-se nocampo mental.[...] o corpo é instrumento da aprendi-zagem do Espírito, que o necessita paraaprimorar as virtudes e também paradesenvolver o Cristo interno, que gover-nará soberano a vida quando superar osimpedimentos colocados pelas paixõesdesgastantes e primitivas. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cor-po e mente

O corpo é sublime instrumento elabo-rado pela Divindade para ensejar odesabrolhar da vida que se encontraadormecida no cerne do ser, necessitan-do dos fatores mesológicos no mundoterrestre, de forma que se converta emsantuário rico de bênçãos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto aosofrimento

[...] Constituído por trilhões de célulasque, por sua vez, são universos minia-turizados [...].[...] Um corpo saudável resulta tambémdo processo respiratório profundo,revitalizador, de nutrição celular.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conquista interna

Abafadouro das lembranças, é também o corpo o veículo pelo qual o espírito se retempera nos embates santificantes, sofrendo-lhe os impositivos restritivos e nele plasmando as peças valiosas para mais plena manifestação.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

[...] é sempre para o espírito devedor [...] sublime refúgio, portador da bênção do olvido momentâneo aos males que praticamos e cuja evocação, se nos viesse à consciência de inopino, nos aniquilaria a esperança da redenção. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

Sobre o corpo físico, o que se pode dizer logo de início é que ele constitui mecanismo extremamente sofisticado, formado de grande número de órgãos, que em geral trabalham em grupo, exercendo funções complementares, visando sempre a atingir objetivos bem determinados. Estes agrupamentos de órgãos são denominados aparelhos ou sistemas que, por sua vez, trabalham harmonicamente, seguindo a diretriz geral de manter e preservar a vida do organismo.
Referencia: GURGEL, Luiz Carlos de M• O passe espírita• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1

O corpo carnal é feito de limo, isto é, compõe-se dos elementos sólidos existentes no planeta que o Espírito tem que habitar provisoriamente. Em se achando gasto, desagrega-se, porque é matéria, e o Espírito se despoja dele, como nós nos desfazemos da roupa que se tornou imprestável. A isso é que chamamos morte. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

[...] o corpo físico é mero ponto de apoio da ação espiritual; simples instrumento grosseiro de que se vale o Espírito para exercer sua atividade física. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

[...] O corpo físico nada é senão um instrumento de trabalho; uma vez abandonado pelo Espírito, é matéria que se decompõe e deixa de oferecer condições para abrigar a alma. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 16

[...] O nosso corpo – além de ser a vestimenta e o instrumento da alma neste plano da Vida, onde somente nos é possível trabalhar mediante a ferramenta pesada dos órgãos e membros de nosso figurino carnal – é templo sagrado e augusto. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• Apenas uma sombra de mulher• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] O corpo é o escafandro, é a veste, é o gibão que tomamos de empréstimo à Vida para realizarmos o nosso giro pelo mundo das formas. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

A bênção de um corpo, ainda que mutilado ou disforme, na Terra [...] é como preciosa oportunidade de aperfeiçoamento espiritual, o maior de todos os dons que o nosso planeta pode oferecer.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 17

[...] o corpo humano é apenas um aparelho delicado, cujas baterias e sistemas condutores de vida são dirigidos pelas forças do perispírito, e este, por sua vez, comandado será pela vontade, isto é, a consciência, a mente.
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Recordações da mediunidade• Obra mediúnica orientada pelo Espírito Adolfo Bezerra de Menezes• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

O corpo carnal, ou corpo material terreno, o único a constituir passageira ilusão, pois é mortal e putrescível, uma vez, que se origina de elementos exclusivamente terrenos. [...]
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap 8

[...] [no corpo] distinguimos duas coisas: a matéria animal (osso, carne, sangue, etc.) e um agente invisível que transmite ao espírito as sensações da carne, e está às ordens daquele.
Referencia: ROCHAS, Albert de• A Levitação• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1980• - Os limites da Física

[...] Tradicionalmente visto pelas religiões instituídas como fonte do pecado, o corpo nos é apresentado pela Doutrina Espírita como precioso instrumento de realizações, por intermédio do qual nos inscrevemos nos cursos especializados que a vida terrena nos oferece, para galgarmos os degraus evolutivos necessários e atingirmos as culminâncias da evolução espiritual. [...]
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Adolescência – tempo de transformações

O corpo é o primeiro empréstimo recebido pelo Espírito trazido à carne.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 34

O corpo físico é apenas envoltório para efeito de trabalho e de escola nos planos da consciência.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Museu de cera

[...] é passageira vestidura de nossa alma que nunca morre. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2

O veículo orgânico para o espírito reencarnado é a máquina preciosa, capaz de ofertar-lhe às mãos de operário da Vida Imperecível o rendimento da evolução.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

O corpo nada mais é que o instrumento passivo da alma, e da sua condição perfeita depende a perfeita exteriorização das faculdades do espírito. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

[...] O corpo de carne é uma oficina em que nossa alma trabalha, tecendo os fios do próprio destino. Estamos chegando de longe, a revivescer dos séculos mortos, como as plantas a renascerem do solo profundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 35

O corpo é um batel cujo timoneiro é o espírito. À maneira que os anos se desdobram, a embarcação cada vez mais entra no mar alto da experiência e o timoneiro adquire, com isto, maior responsabilidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

O corpo físico é máquina viva, constituída pela congregação de miríades de corpúsculos ativos, sob o comando do espírito que manobra com a rede biológica dentro das mesmas normas que seguimos ao utilizar a corrente elétrica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Mentalismo

[...] o corpo físico na crosta planetária representa uma bênção de Nosso Eterno Pai. Constitui primorosa obra da Sabedoria Divina, em cujo aperfeiçoamento incessante temos nós a felicidade de colaborar. [...] [...] O corpo humano não deixa de ser a mais importante moradia para nós outros, quando compelidos à permanência na crosta. Não podemos esquecer que o próprio Divino Mestre classificava-o como templo do Senhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 12

[...] O corpo carnal é também um edifício delicado e complexo. Urge cuidar dos alicerces com serenidade e conhecimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 14

[...] o corpo do homem é uma usina de forças vivas, cujos movimentos se repetem no tocante ao conjunto, mas que nunca se reproduzem na esfera dos detalhes. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 29

[...] O corpo humano é campo de forças vivas. Milhões de indivíduos celulares aí se agitam, à moda dos homens nas colônias e cidades tumultuosas. [...] esse laboratório corporal, transformável e provisório, é o templo onde poderás adquirir a saúde eterna do Espírito. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

No corpo humano, temos na Terra o mais sublime dos santuários e uma das supermaravilhas da Obra Divina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3

O corpo é para o homem santuário real de manifestação, obra-prima do trabalho seletivo de todos os reinos em que a vida planetária se subdivide.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

O corpo de quem sofre é objeto sagrado.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 53

O corpo é a máquina para a viagem do progresso e todo relaxamento corre por conta do maquinista.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 55


Crescendo

crescendo s. .M 1. Mús. Aumento progressivo de sonoridade. 2. Progressão, gradação.

Deus

Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.



i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Juntas

fem. pl. de junto
2ª pess. sing. pres. ind. de juntar
fem. pl. de junta

jun·to
(latim junctus, -a, -um, ligado, atado, contínuo, consecutivo)
adjectivo
adjetivo

1. Que se juntou; que está em contacto físico com (ex.: tinha de ter as mãos juntas para o jogo). = LIGADO, PEGADO, UNIDOAFASTADO, SEPARADO

2. Que se encontra a pouca distância de outro (ex.: as casas do bairro estão juntas). = ADJACENTE, PRÓXIMO, VIZINHOAFASTADO, DISTANTE

3. Que se encontra reunido em par ou em grupo (ex.: eles estão juntos há pouco tempo; os rapazes estavam juntos). = AGRUPADO, UNIDOAFASTADO, SEPARADO

advérbio

4. Estando unido ou ligado a outro. = JUNTAMENTE

5. Perto, ao lado (ex.: a farmácia está junto do supermercado).LONGE


junto com
Acompanhado de ou em conjunto com. = JUNTAMENTE COM

por junto
Por grosso ou atacado; de uma vez; ao mesmo tempo.


jun·tar -
(junto + -ar)
verbo transitivo

1. Colocar em contacto pessoas ou coisas. = REUNIR, UNIRDESUNIR, SEPARAR

2. Aproximar ou deixar muito perto.

3. Acrescentar (algo) a. = ADICIONAR, ADIR

4. Acasalar animais.

5. Coser as peças superiores e laterais do calçado.

6. [Técnica] Alisar com junteira (as extremidades das tábuas que se hão-de sobrepor).

7. [Regionalismo] Recolher do chão. = APANHAR

8. [Brasil] Agarrar ou agredir.

verbo transitivo e intransitivo

9. Acumular economias; fazer pé-de-meia (ex.: juntar dinheiro; estamos a juntar para a entrada da casa). = AMEALHAR, ECONOMIZAR, POUPAR

verbo transitivo e pronominal

10. Reunir ou reunir-se em grande número ou em muita quantidade. = ACUMULAR, AMONTOAR

11. Deixar ou ficarem duas ou mais coisas ligadas ou misturadas. = MESCLAR, MISTURAR

12. Ter ou acontecer simultaneamente ou no mesmo espaço.

verbo pronominal

13. Formar grupo ou sociedade com partilha de interesses, objectivos ou actividades. = ASSOCIAR-SE, LIGAR-SE, UNIR-SE

14. Viver maritalmente, sem contrato de casamento. = AMANCEBAR-SE, AMASIAR-SE, AMIGAR-SE

15. Encontrar-se num mesmo espaço. = REUNIR-SE

16. Vir ao mesmo tempo.


Ver também dúvida linguística: ajuntar / juntar.

jun·ta
(feminino de junto)
nome feminino

1. [Anatomia] Ponto onde se articulam dois ou mais ossos. = ARTICULAÇÃO

2. Costura.

3. Ponto ou superfície em que duas ou mais coisas aderem ou se juntam. = ARTICULAÇÃO, JUNÇÃO, JUNTURA

4. Conjunto de dois animais de carga (ex.: junta de bois). = PAR, PARELHA

5. Ajuntamento, companhia.

6. Conferência de médicos.

7. Comissão, corporação.

8. Reunião dos membros de uma comissão.

9. O mesmo que junta de freguesia.

10. [Carpintaria] Extremidade de tábua lavrada com junteira.

11. Botânica Nome de várias plantas do Brasil.


junta de dilatação
Espaço ou dispositivo entre duas peças ou dois elementos de uma estrutura destinado a absorver as vibrações ou a variação de volume dos materiais com as mudanças de temperatura (ex.: junta de dilatação vertical; juntas de dilatação horizontais).

junta de freguesia
Órgão executivo eleito pelos membros da assembleia de freguesia para a governar. = JUNTA

Local onde funciona esse órgão. = JUNTA

junta médica
Grupo de médicos reunidos para deliberar sobre o estado de saúde de um doente (ex.: o funcionário foi convocado para se apresentar a uma junta médica).


Parelha; par de alguns animais; casal

Ligado

adjetivo Que se conseguiu ligar, unir, prender: corrente ligada ao carro.
Em que há conexão ou corrente elétrica; conectado: fios ligados.
Que mantém uma relação; relacionado: teoria ligada à prática.
[Informal] Extremamente concentrado ou atento: aluno ligado na aula.
[Informal] Que está sob o efeito de entorpecentes; drogado.
Figurado Com relações ou vínculos que deixam alguém preso a algo.
Cuja consistência se tornou homogênea: substância ligada.
substantivo masculino [Música] Modo de reproduzir uma melodia sem interrupções.
Etimologia (origem da palavra ligado). Do latim ligatus.a.um.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Organizado

organizado adj. 1. Constituído de órgãos. 2. Ordenado, disposto com método.

Provido

provido adj. 1. Que tem abundância do que é necessário. 2. Cheio.

Próvido

adjetivo Que providencia; providente.
Que apresenta prudência; precavido.
Etimologia (origem da palavra próvido). Do latim providus.a.um.

Vai

3ª pess. sing. pres. ind. de Ir
2ª pess. sing. imp. de Ir

Ir 2
símbolo

[Química] Símbolo químico do irídio.


ir 1 -
(latim eo, ire)
verbo transitivo , intransitivo e pronominal

1. Passar ou ser levado de um lugar para outro, afastando-se.VIR

verbo transitivo

2. Deslocar-se até um lugar para lá permanecer (ex.: foi para Londres quando tinha 10 anos).VIR

3. Deslocar-se a um local para fazer algo (ex.: amanhã quero ir ao cinema).

4. Andar, caminhar, seguir.

5. Ter certo lugar como destino (ex.: o avião vai para Casablanca).

6. Ser usado com determinado propósito (ex.: o dinheiro do subsídio de férias irá para a revisão do carro).

7. Formar um conjunto harmonioso (ex.: essas cores vão bem uma com a outra). = COMBINAR, DAR

8. Abranger, estender-se (ex.: o parque vai até ao outro lado da cidade).

9. Investir, chocar (ex.: o carro foi contra o poste).

10. [Informal] Tomar parte em. = PARTICIPAR

11. Ter decorrido ou passado (ex.: já lá vão cinco anos desde que a acção foi posta em tribunal).

12. Seguir junto. = ACOMPANHAR

13. Agir de determinada maneira (ex.: ir contra as regras).

14. Escolher determinada profissão ou área de estudos (ex.: ir para engenharia; ir para dentista).

15. Frequentar; ingressar (ex.: o menino já vai à escola). = ANDAR

verbo pronominal

16. Desaparecer, gastar-se (ex.: o salário foi-se; a minha paciência vai-se rápido).

17. Deixar de funcionar (ex.: o telemóvel foi-se). = AVARIAR

verbo intransitivo e pronominal

18. Morrer.

19. Deixar um local (ex.: os alunos já se foram todos). = PARTIRCHEGAR

verbo intransitivo

20. Ser enviado (ex.: a carta já foi).

verbo copulativo

21. Evoluir de determinada maneira (ex.: o trabalho vai bem). = DESENROLAR-SE

22. Dirigir-se para algum lugar em determinado estado ou situação (ex.: os miúdos foram zangados).

verbo auxiliar

23. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, para indicar tempo futuro ou passado (ex.: vou telefonar; onde foste desencantar estas roupas?).

24. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, precedido pela preposição a, ou seguido de um verbo no gerúndio, para indicar duração (ex.: o cão ia a saltar; o tempo vai passando).


ir abaixo
Desmoronar-se (ex.: o prédio foi abaixo com a explosão). = VIR ABAIXO

ir-se abaixo
Ficar sem energia ou sem ânimo.

ir dentro
[Portugal, Informal] Ser preso.

ou vai ou racha
[Informal] Expressão indicativa da determinação de alguém em realizar ou concluir algo, independentemente das dificuldades ou do esforço necessários. = CUSTE O QUE CUSTAR


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Colossenses 2: 19 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E não se ligando à Cabeça (Cristo), proveniente- de- dentro- da Qual todo o corpo (através das juntas e ligaduras sendo ele nutrido e sendo juntamente- unido) cresce com o crescimento procedente- de Deus.
Colossenses 2: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

62 d.C.
G1223
diá
διά
Através dos
(through)
Preposição
G1537
ek
ἐκ
o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
(Gilgal)
Substantivo
G2023
epichorēgéō
ἐπιχορηγέω
a montanha na qual Arão morreu; situada no lado oriental do vale do Arabá, o mais alto
(Hor)
Substantivo
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2776
kephalḗ
κεφαλή
uma montanha habitada por amorreus em Moabe; o lugar de onde Gideão retornou após
(Heres)
Substantivo
G2902
kratéō
κρατέω
espalhar, revestir, cobrir, emplastrar, cobrir com camada, rebocar
(and shall plaster)
Verbo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3739
hós
ὅς
que
(which)
Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
G3756
ou
οὐ
o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
(and Carmi)
Substantivo
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G4822
symbibázō
συμβιβάζω
um sacerdote, filho de Urias, da família de Coz, ativo na reconstrução do muro de
(of Meremoth)
Substantivo
G4886
sýndesmos
σύνδεσμος
untar, ungir, espalhar um líquido
(you anointed)
Verbo
G4983
sōma
σῶμα
o nome original do último rei de Judá antes do cativeiro; também conhecido como
(Mattaniah)
Substantivo
G837
auxánō
αὐξάνω
fazer cresçer, aumentar
(they grow)
Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do plural
G838
aúxēsis
αὔξησις
()
G860
haphḗ
ἁφή
()


διά


(G1223)
diá (dee-ah')

1223 δια dia

preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

  1. através de
    1. de lugar
      1. com
      2. em, para
    2. de tempo
      1. por tudo, do começo ao fim
      2. durante
    3. de meios
      1. atrave/s, pelo
      2. por meio de
  2. por causa de
    1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
      1. por razão de
      2. por causa de
      3. por esta razão
      4. consequentemente, portanto
      5. por este motivo

ἐκ


(G1537)
ek (ek)

1537 εκ ek ou εξ ex

preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

  1. de dentro de, de, por, fora de

ἐπιχορηγέω


(G2023)
epichorēgéō (ep-ee-khor-ayg-eh'-o)

2023 επιχορηγεω epichoregeo

de 1909 e 5524; v

fornecer, suprir, dar

estar suprido, assistido, atendido


θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κεφαλή


(G2776)
kephalḗ (kef-al-ay')

2776 κεφαλη kephale

da palavra primária kapto (no sentido de ligar); TDNT - 3:673,429; n f

  1. cabeça, de seres humanos e freqüentemente de animais. Como a perda da cabeça destrói a vida, esta palavra é usada em frases relacionadas com a pena capital e extrema.
  2. metáf. algo supremo, principal, proeminente
    1. de pessoas, mestre senhor: de um marido em relação à sua esposa
    2. de Cristo: Senhor da Igreja
    3. de coisas: pedra angular

κρατέω


(G2902)
kratéō (krat-eh'-o)

2902 κρατεω krateo

de 2904; TDNT - 3:910,466; v

  1. ter poder, ser poderoso
    1. ser o chefe, ser mestre de, governar
  2. ter a posse de
    1. tornar-se mestre de, obter
    2. segurar
    3. segurar, pegar, apoderar-se
      1. agarrar alguém a fim de mantê-lo sob domínio
  3. segurar
    1. segurar na mão
    2. manter preso, i.e., não se desfazer ou deixar ir
      1. manter cuidadosamente e fielmente
    3. tornar a segurar, reter
      1. da morte que continua a reter alguém
      2. controlar, reter


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅς


(G3739)
hós (hos)

3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

  1. quem, que, o qual

οὐ


(G3756)
ou (oo)

3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

  1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


συμβιβάζω


(G4822)
symbibázō (soom-bib-ad'-zo)

4822 συμβιβαζω sumbibazo

de 4862 e bibazo (forçar, causativo [pela reduplicação] da raiz de 939); TDNT -

7:763,1101; v

  1. levar a coalescer, juntar, agregar
    1. unir ou ligar: em afeição
  2. unir na própria mente
    1. comparar
    2. reunir, concluir, considerar
  3. levar uma pessoa a unir-se comigo numa conclusão, vir ter a mesma opinião, provar, demonstrar
    1. ensinar, instruir, alguém

σύνδεσμος


(G4886)
sýndesmos (soon'-des-mos)

4886 συνδεσμος sundesmos

de 4862 e 1199; TDNT - 7:856,1114; n m

  1. aquilo com o que se amarra, atadura, laço
    1. dos ligamentos pelos quais os membros do corpo humano são unidos

      aquilo que é amarrado junto, pacote


σῶμα


(G4983)
sōma (so'-mah)

4983 σωμα soma

de 4982; TDNT - 7:1024,1140; n n

  1. o corpo tanto de seres humanos como de animais
    1. corpo sem vida ou cadáver
    2. corpo vivo
      1. de animais
  2. conjunto de planetas e de estrelas (corpos celestes)
  3. usado de um (grande ou pequeno) número de homens estreitamente unidos numa sociedade, ou família; corpo social, ético, místico
    1. usado neste sentido no NT para descrever a igreja

      aquilo que projeta uma sombra como distinta da sombra em si


αὐξάνω


(G837)
auxánō (owx-an'-o)

837 αυξανω auxano

uma forma prolongada de um verbo primário; TDNT - 8:517,*; v

  1. fazer cresçer, aumentar
  2. ampliar, tornar grande
  3. cresçer, aumentar
    1. de plantas
    2. de crianças
    3. de uma multidão de pessoas
    4. do crescimento interior do cristão

αὔξησις


(G838)
aúxēsis (owx'-ay-sis)

838 αυξησις auxesis

de 837; n f

  1. progresso, crescimento

ἁφή


(G860)
haphḗ (haf-ay')

860 αφη haphe

de 680; n f

  1. laço, conecção