Enciclopédia de II Timóteo 1:8-8

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2tm 1: 8

Versão Versículo
ARA Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus,
ARC Portanto não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus,
TB Não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes, sofre comigo pelo evangelho segundo o poder de Deus,
BGB Μὴ οὖν ἐπαισχυνθῇς τὸ μαρτύριον τοῦ κυρίου ἡμῶν μηδὲ ἐμὲ τὸν δέσμιον αὐτοῦ, ἀλλὰ συγκακοπάθησον τῷ εὐαγγελίῳ κατὰ δύναμιν θεοῦ,
BKJ Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes, participa das aflições do evangelho, segundo o poder de Deus;
LTT Portanto, que não te envergonhes do testemunho de ① o nosso Senhor (Jesus), nem de mim o prisioneiro- acorrentado ② dEle. Pelo contrário, participa- tu- juntamente- comigo- das- aflições em- prol- do evangelho (as boas novas), segundo o poder de Deus,
BJ2 Não te envergonhes, pois, de dar testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro; pelo contrário, participa do meu sofrimento pelo evangelho, confiando no poder de Deus,
VULG Noli itaque erubescere testimonium Domini nostri, neque me vinctum ejus : sed collabora Evangelio secundum virtutem Dei :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Timóteo 1:8

Salmos 19:7 A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices.
Salmos 119:46 Também falarei dos teus testemunhos perante os reis e não me envergonharei.
Isaías 8:20 À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.
Isaías 51:7 Ouvi-me, vós que conheceis a justiça, vós, povo, em cujo coração está a minha lei; não temais o opróbrio dos homens, nem vos turbeis pelas suas injúrias.
Marcos 8:38 Porquanto qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos.
Lucas 9:26 Porque qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos.
João 15:27 E vós também testificareis, pois estivestes comigo desde o princípio.
João 19:35 E aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro, e sabe que é verdade o que diz, para que também vós o creiais.
Atos 5:41 Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus.
Romanos 1:16 Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.
Romanos 8:17 E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.
Romanos 8:36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia: fomos reputados como ovelhas para o matadouro.
Romanos 9:33 como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo; e todo aquele que crer nela não será confundido.
Romanos 16:25 Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto,
I Coríntios 1:6 (como foi mesmo o testemunho de Cristo confirmado entre vós).
I Coríntios 4:9 Porque tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens.
II Coríntios 6:7 na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda,
II Coríntios 11:23 São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes.
II Coríntios 12:9 E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
Efésios 3:1 Por esta causa, eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios,
Efésios 3:13 Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, que são a vossa glória.
Efésios 4:1 Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,
Efésios 4:17 E digo isto e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade do seu sentido,
Filipenses 1:7 Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do evangelho.
Filipenses 3:10 para conhecê-lo, e a virtude da sua ressurreição, e a comunicação de suas aflições, sendo feito conforme a sua morte;
Filipenses 4:13 Posso todas as coisas naquele que me fortalece.
Colossenses 1:11 corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória, em toda a paciência e longanimidade, com gozo,
Colossenses 1:24 Regozijo-me, agora, no que padeço por vós e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja;
I Tessalonicenses 3:4 pois, estando ainda convosco, vos predizíamos que havíamos de ser afligidos, como sucedeu, e vós o sabeis.
I Timóteo 2:6 o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.
II Timóteo 1:12 por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho, porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia.
II Timóteo 1:16 O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes me recreou e não se envergonhou das minhas cadeias;
II Timóteo 2:3 Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo.
II Timóteo 2:9 pelo que sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de Deus não está presa.
II Timóteo 2:11 Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos;
II Timóteo 4:5 Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.
II Timóteo 4:17 Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que, por mim, fosse cumprida a pregação e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão.
I Pedro 1:5 que, mediante a fé, estais guardados na virtude de Deus, para a salvação já prestes para se revelar no último tempo,
I Pedro 4:13 mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.
I João 4:14 e vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo.
I João 5:11 E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho.
Judas 1:24 Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória,
Apocalipse 1:2 o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto.
Apocalipse 1:9 Eu, João, que também sou vosso irmão e companheiro na aflição, e no Reino, e na paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo.
Apocalipse 12:11 E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram a sua vida até à morte.
Apocalipse 19:10 E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: Olha, não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

"de": "procedente de" ou "a respeito de".


 ②

Paulo estava acorrentado, no seu 2o. aprisionamento em Roma.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Saulo Cesar Ribeiro da Silva

2tm 1:8
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

Ao chegarmos ao sexto volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso, queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação Espírita Brasileira, particularmente à diretoria da instituição, pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa, e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor e à Ana Clara, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa através da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão Maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o Seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.




Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
SEÇÃO

SAUDAÇÃO

II Timóteo 1:1,2

Notamos diferença marcante quando passamos de I Timóteo para II Timóteo. A situ-ação de Paulo mudou claramente para pior. Ele não é mais um homem livre fazendo planos para o futuro, com a mente repleta de altas expectativas. Agora ele é prisioneiro sem esperança humana. Não há prospecto de absolvição final, senão a resignação à pena de morte inevitável. Contudo, não há diferença no poder de recuperação espiritual do apóstolo, pois seu espírito indomável se eleva acima do que teria sido humor desespera-damente tenebroso. A fé de Paulo está sob a maior prova e mostra-se totalmente adequa-da. Há implicações emocionais que podem ser claramente detectadas, implicações que sua situação trágica não podia deixar de produzir. A carta é uma mensagem de adeus de alguém que sabe que a morte está muito próxima.

A. O ESCRITOR, 1.1

Paulo ainda é um homem engajado numa missão divinamente designada. Seu corpo está em cadeias, e a liberdade de movimento não lhe pertence mais, porém ele ainda é apóstolo de Cristo: Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, segun-do a promessa da vida que está em Cristo Jesus (1). A expressão pela vontade de Deus tem autêntico tom paulino, pois é assim que ele descreve o seu chamado em II Coríntios, Efésios e Colossenses. A frase segundo a promessa da vida que está em Cristo Jesus é digna de nota por duas razões. Paulo sente-se portador de uma mensa-gem vivificadora, cuja significação de modo algum é depreciada pelo fato de seu portador designado estar sob sentença de morte. Temos aqui um paradoxo que só os remidos en-tendem. A mensagem é significativa, porque traz a inconfundível assinatura paulina na expressão que está em Cristo Jesus. O princípio básico do misticismo de Paulo encon-tra-se no conceito "em Cristo", e esta é uma ressonância óbvia desse conceito nas Epísto-las Pastorais. Esforços valorosos têm sido feitos para provar que há um significado total-mente diferente aqui do que a expressão transmite nas outras cartas paulinas, mas foram todos inúteis. De acordo com Kelly, tais teorias não recebem "apoio de uma passa-gem como esta, em que o senso místico 'em união com Cristo' seja completamente ade-quado e as alternativas propostas são forçadas e antinaturais".1

B. O DESTINATÁRIO, 1.2

A Timóteo, meu amado filho: graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai, e da de Cristo Jesus, Senhor nosso (2). A nota de afeto que soa na referência de Paulo meu amado filho é mais forte e mais emocionante que a descrição em I Timóteo 1:2. Isso revela a consideração afetuosa e carinhosa que o apóstolo sentia por seu filho favorito no evangelho. A tríade na bênção paulina graça, misericórdia e paz é repeti-ção exata da primeira carta (1 Tm 1.2). Como destaca M. P. Noyes: "Hoje, as palavras deste versículo são freqüentemente usadas como bênção no encerramento de um culto na igreja ou de uma reunião religiosa".2

SEÇÃO II

TRIBUTO À ANTIGA FÉ DE TIMÓTEO

II Timóteo 1:3-5

A. A PREOCUPAÇÃO PELO BEM-ESTAR DE TIMÓTEO, 1.3,4

Era habitual nas cartas dos tempos antigos colocar, imediatamente depois da sau-dação, expressões de preocupação pelo bem-estar do destinatário. Em geral, Paulo segue esta convenção, embora por alguma razão, dentre as três Epístolas Pastorais só aqui ele o fez: Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com uma consciência pura, porque sem cessar faço memória de ti nas minhas orações, noite e dia (3). O apóstolo está falando de seu histórico até certo ponto totalmente diferente do que escreveu na primeira carta. Lá (1 Tm 1.13), ele diz que outrora era "blasfemo, -e perseguidor, e opressor", ao passo que aqui ele fala em servir ao Deus dos seus antepassados com uma consciência boa. Estas duas atitudes não são mutua-mente excludentes. Na primeira carta, ele estava pensando em sua oposição a Cristo, a quem, até que os seus olhos se abriram, ele considerava impostor. Nesta carta, ele admi-te que houve em sua vida certa continuidade entre judaísmo e cristianismo. Ainda que reconhecesse as fraquezas inerentes ao judaísmo sem o seu cumprimento em Cristo, ele nunca deixou de apreciar os valores permanentes de sua herança. Esta verdade se mos-tra claramente em Romanos 9:3-5 e novamente em Filipenses 3:4-6.

O apóstolo nos dá quase que casualmente um vislumbre da intensidade e continui-dade de sua vida de oração. Timóteo é levado ao trono da graça noite e dia (3). Paulo declara o mesmo fato concernente às suas igrejas e companheiros no evangelho. Como é ampla a solidariedade e como é grande a preocupação de alguém que tinha responsabilidade tão constante! Chegamos a pensar que entre as pressões da vida prisional ele tenha querido dar uma pausa nessa tremenda responsabilidade. Contudo, sua responsabilida-de pela obra de Deus é ainda maior que antes, agora que a voz pregadora fora silenciada.

Vemos claramente o profundo sentimento do apóstolo por Timóteo e a grande soli-dão de sua situação: Desejando muito ver-te... para me encher de gozo (4). Paulo era uma pessoa que tinha saudades de seus amigos e que se sentia confortado e forta-lecido com a solidariedade e entendimento de seus companheiros em Cristo. Encontra-mos essa atitude repetidamente nesta carta; por exemplo, em 4.9: "Procura vir ter comigo depressa"; e em 4.21: "Procura vir antes do inverno". Suas cartas às igrejas também contêm expressões de afeto a indivíduos a quem ele nomeia. Não há palavras que expressem a preciosidade de companheirismo dessa qualidade, o qual só ocorre no contexto da fé cristã.

O apóstolo recorda a aflição de Timóteo na despedida da última vez que se viram: Lembrando-me das tuas lágrimas (4). O texto não diz quando isso ocorreu, mas pode-ria ter sido a ocasião em que Paulo foi encarcerado pela segunda vez e levado para Roma para o aprisionamento final. Ver de novo o jovem Timóteo, como diz esta versão, "torna minha felicidade completa" (NEB; cf. BAB, NVI).

B. A HERANÇA DE TIMÓTEO, 1.5

Neste momento, Paulo lembra a herança de fé de Timóteo: Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti (5). Ao falar da fé não fingida de Timóteo, o apóstolo não está pensando na fé que "é dom de Deus" (Ef 2:8), mas na reação ao amor de Deus em Cristo que fluía espontaneamente do coração de Timóteo. Esta mesma reação caracterizou a atitude da mãe e da avó do jovem. Talvez isso queira dizer que a avó Lóide foi o primeiro membro da família a aceitar Cristo como Salvador e Senhor, e que ela foi instrumento para levar os demais membros a aceitar a fé cristã. Ou, como é mais provável, Paulo está se referindo à atitude de fideli-dade e devoção religiosa que vinham caracterizando a família de Timóteo por, no míni-mo, três gerações, começando no judaísmo e atingindo sua plenitude e desenvolvimento no reconhecimento de Cristo Jesus como Messias e Senhor. No versículo 3, Paulo falou com apreço de um histórico semelhante a este sobre sua própria vida. Paulo e Timóteo tinham crescido entre os judeus da Dispersão que estavam "esperando a consolação de Israel" (Lc 2:25) e a acharam em Jesus.

SEÇÃO III

PAULO ANIMA TIMÓTEO

II Timóteo 1:6-14

A. DESPERTE o DOM DE DEUS QUE EXISTE EM VOCÊ, 1.6,7

Por este motivo, te lembro que despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas mãos (6). Phillips traduz as palavras por este motivo assim: "por causa dessa fé" (CH). Isso dá a entender que é a confiança resoluta de Paulo na realidade da devoção de Timóteo a Cristo que ocasiona a exortação: Despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas mãos. Em I Timóteo 4:14, o apóstolo expressa de forma negativa este mesmo conselho: "Não desprezes o dom que há em ti". Esta é urna necessidade perene no coração de todos os cristãos, sobretudo daqueles que são promovidos à posição de líderes na igreja. Corremos o perigo constante de nosso ardor diminuir e de nossos passos afrouxarem. Precisamos renovar periodica-mente nosso compromisso e reafirmar nossa lealdade; "ponhas em chamas o dom de Deus" (NEB; cf. NVI). Este é o significado básico de despertamento, o qual tem de ocor-rer periodicamente em todos nós.

A alusão à imposição das minhas mãos (6) mostra que Paulo tem em mente as qualificações divinamente dadas a Timóteo para a obra do ministério. Se estas qualifica-ções não foram dadas no culto de ordenação, foram certamente afinadas e postas em evidência nessa experiência.

No versículo 7, Paulo destaca pelo menos uma parte deste dom espiritual: Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de modera-ção (7). Esta tradução é boa: "Pois o espírito que Deus nos deu não é espírito covarde, mas de inspirar força, amor e autodisciplina" (NEB). Não temos justificativa em presu-mir, como fazem alguns, que Timóteo estivera desempenhando o papel de covarde em seu trabalho em Éfeso, pelo que está sendo categoricamente repreendido. Na verdade, Paulo é gentil em sua repreensão, não usando o pronome "te", mas nos, como se se incluísse com Timóteo. A tarefa que Timóteo foi chamado a fazer pode ter exigido quali-dades que não eram inatas a alguém de índole calma, mas que devem ser desenvolvidas para que a obra de Deus prospere. Um espírito de ousadia santa é a ordem do dia; uma força vigorosa, um amor que é de qualidade e origem divinas e um autodomínio que torna o espírito submisso a Deus, o dominador do corpo.

B. SEJA DESTEMIDO EM SEU TRABALHO, 1:8-10

Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu (8). Este sentimento incipiente de vergonha concernente ao testemunho de Cristo pode não fazer parte da experiência de alguém tipicamente extro-vertido. Mas para pessoas naturalmente tímidas, como Timóteo evidentemente era, pode ser penosa prova de lealdade. Paulo exorta a Timóteo a livrar-se disso resolutamente. A propensão a ter vergonha de Paulo, o prisioneiro de Deus, pode advir do fato de que o apóstolo fora inserido no rol dos criminosos e agora sentia o peso cruel da justiça pagã. Além disso, o cristianismo estava vivendo sob condições novas e perigosas. Já não era tolerado como antes, mas era considerado (equivocadamente, claro) como inimigo do estado. Dar testemunho franco e aberto da fé que alguém tivesse em Cristo poderia pôr a vida em risco de quem o desse. Testemunhar destemidamente exigia coragem de deter-minado tipo. Paulo manda Timóteo não recuar: Antes, participa das aflições do evan-gelho, segundo o poder de Deus (8). Esta ordem significa, literalmente, "tomar parte nos maus-tratos de outrem".1 E Paulo lhe garante que ele suportará "com a força que vem de Deus" (NTLH; cf. CH).

Os versículos .9 e 10 fazem um resumo paulino tipicamente do milagre da graça divina que Deus revelou na obra de redenção em Cristo: "Deus" (NTLH) nos salvou e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tem-pos dos séculos (9). Já é um fato realizado que Deus nos salvou. Esta é a posição segura do verdadeiro cristão. A salvação, neste sentido, não é transferida para o futuro distante, mas é a experiência atual do crente. Não obstante, há um propósito crescente na misericórdia de Deus e um crescimento na graça que levam a um enriquecimento contínuo dessa experiência. Deus nos chamou com uma santa vocação. Isto significa mais que uma santidade existente só de nome ou que é meramente imputada ao crente pela santidade suprema de Deus; significa que o crente é liberto dos seus pecados e da culpa e poder que neles há. A vocação de Deus é a uma experiência e vida que acarreta numa consagração completa, da parte do crente, e numa limpeza interior completa, da parte de Deus. Mas Paulo avisa imediatamente que isto não é segundo as nossas obras, pois estas são totalmente indignas. Mas é segundo o próprio propósito e gra-ça de Deus. A iniciativa é de Deus neste assunto. É ele que nos desperta de nossa morte no pecado e nos chama à santidade; e é através de suas intercessões pelo seu Espírito que o aceitamos — aceitação que é possibilitada unicamente por sua graça capacitadora. O milagre da transformação humana é totalmente proveniente de Deus, embora nosso consentimento em total liberdade seja essencial para a sua realização. E tudo isto per-tence aos conselhos e propósitos eternos de Deus, uma misericórdia que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos dos séculos (9; ou "antes do início dos tempos", CH; cf. BV, NTLH).

O versículo 10 revela que a resolução de Deus redimir e salvar os homens do pecado é manifesta, agora, pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo. O plano de salvação de Deus não é uma reflexão tardia ou plano emergencial encontrado pelo Cria-dor depois que outros planos fracassaram. A entrada de Deus na história por meio de Cristo é um cumprimento no tempo certo do grande desígnio de Deus Todo-poderoso concebido na eternidade.

A vinda de Cristo representa- uma invasão no tempo pela eternidade, uma escatologia realizada, como C. H. Dodd2 a concebeu; um desfrute nesta vida atual das "virtudes do século futuro" (Hb 6:5). Paulo afirma, por conseguinte, que Jesus aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo evangelho (8). Esta é afirma-ção surpreendente, e de certo modo estranha na boca de alguém que está a ponto de morrer! (cf. 4:6-9). Em que sentido ousamos crer que Cristo aboliu a morte? Simpson diz que o verbo grego traduzido por aboliu, conforme Paulo o empregou, "significa fazer nugatório, frustrar, anular, desmantelar"? Repare nesta tradução: "Jesus Cristo [...] quebrou o poder da morte" (BV; cf. NTLH, NVI). A própria vitória de nosso Senhor sobre a morte privou-a de qualquer terror que ela tivesse, de cujo fato o testemunho triunfante de Paulo nesta carta é prova clara. Porque Cristo trilhou este caminho an-tes de nós, não precisamos temer em segui-lo. Não só a morte foi abolida, mas a vida e a incorrupção foram trazidas à plena luz e colocadas ao alcance da fé. Temos aqui uma mistura estranha, mas sublime, de dois mundos. A vida diz respeito ao tempo, enquanto que a incorrupção pertence à eternidade; mas, por Cristo, ambas são pos-tas ao nosso alcance aqui e agora.

C. A PRÓPRIA DESIGNAÇÃO DE PAULO, 1.11,12

Temos de admitir que o versículo 11 pertence gramaticalmente ao versículo 10. Con-tudo, no versículo 11 a direção do pensamento de Paulo muda de uma avaliação sublime da obra da graça de Deus para a sua responsabilidade a essa obra: Para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor ("mestre", AEC, BAB, CH, NTLH, NVI, RA) dos gentios (11). Os termos pregador, apóstolo e doutor talvez tivessem diferen-ciações claras na igreja primitiva, mas Paulo não está pensando em tais distinções quan-do cita estes termos no esforço de mostrar a magnitude de sua tarefa como arauto do evangelho de Cristo. Sua confiança na designação divina para esta tarefa nunca vacilou. Em certa passagem ele chega a afirmar que mesmo antes de nascer ele foi escolhido de Deus para este ministério (G11.15). Se o seu sentimento de missão fosse vacilar, segura-mente seria nas circunstâncias atuais: prisioneiro e, quase certo, condenado à morte. Contudo, sua consciência vocacional é tão radiantemente clara nestas circunstâncias quanto em tempos mais propícios.

O apóstolo admite francamente que foi sua lealdade inflexível ao chamado de Deus que lhe ocasionou essas atuais dificuldades: Por cuja causa padeço também isto (12). O verdadeiro segredo de sua fortaleza acha-se na confissão magnífica da certeza que se segue imediatamente: Porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é podero-so para guardar o meu depósito até àquele Dia (12). É digno de nota que neste teste-munho Paulo use em quem e não "no que". O que ele está confessando não é mera assina-tura a uma proposta, mas amor e lealdade a uma Pessoa. Esta é uma característica essen-cial da fé cristã. Não é suficiente termos um credo pessoal relativo a Cristo, por mais importante que isso seja no seu devido lugar. Tem de haver uma comunhão de amor com uma Pessoa — ninguém mais que Jesus — para que nossa fé seja verdadeiramente cristã.

Concernente à certeza de Paulo de que Cristo pode guardar aquilo que lhe foi depo-sitado, encontramos certa ambigüidade no original grego. As palavras o meu depósito são tradução literal do termo grego; e esta é uma palavra que ocorre freqüentemente nas Epístolas Pastorais. Exceto aqui, sempre se refere à mensagem cristã que foi depositada ou entregue a Paulo e Timóteo. Este depósito pode significar "o que lhe confiei" (NVI) ou "aquilo que ele me confiou" (NTLH). Pelo original grego cabem ambos os significados. Considerando que qualquer interpretação é correta, o leitor faz a sua escolha.

Esta incerteza de interpretação, porém, tem solução. É provável que o coração devo-to dos cristãos de todas as eras recebe maior consolo e autoconfiança na tradução mais conhecida: Eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia. Nas crises de nossa experiência da graça de Deus, quando colocamos o futuro desconhecido à disposição da vontade de Deus, nossa alma se consola e se fortalece na certeza do poder mantenedor de Deus. E nos momentos em que a obediência é difícil e o caminho à frente está encoberto em escuridão e incerte-za, encontramos nessa certeza a força para prosseguir sem transigir ou hesitar. O gran-de testemunho de Paulo torna-se um brado de ânimo ao espírito extremamente provado e um dos textos mais queridos e amados do Novo Testamento.

D. A IMPORTÂNCIA DO ENSINO SADIO, 1.13,14

Agora Paulo dedica-se à exortação relativa à integridade da mensagem cristã que Timóteo recebeu: Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e na caridade ("no amor", ACF, AEC, BAB, CH, NTLH) que há em Cristo Jesus (13). Esta é uma passagem que os proponentes de uma data recente destas cartas e da autoria não-paulina se agarram com avidez. Superficialmente, a exortação parece vaga-mente de época posterior, quando fórmulas de credo se tornaram questão de maior im-portância. Mas o apóstolo não está exigindo adesão servil à fórmula de palavras fixas e aceitas, na qual as palavras por si só expressem a fé ortodoxa. Como ressalta Kelly: "Paulo não está dizendo que Timóteo deva reproduzir seu ensino palavra por palavra. [...] O termo grego traduzido por 'modelo' denota o croqui ou projeto básico usado por um artista ou, na literatura, o rascunho rudimentar que forma a base para uma exposição mais ampla".4 Não era a responsabilidade de Timóteo "papaguear" a mensagem do seu mentor apostólico, mas falar a palavra de Deus com plena liberdade, ao mesmo tempo em que cuida para que a autenticidade da mensagem cristã não sofra mudanças.

A mesma observação é feita mais inteiramente no versículo 14: Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós. Moffatt traduz este versículo as-sim: "Mantém intactas as grandes certezas de tua fé, pela ajuda do Espírito Santo que mora em nós". Ao falar assim, o apóstolo reconhece uma das grandes verdades da expe-riência cristã: que o Espírito Santo que habita em nosso coração é o grande Conserva-dor da ortodoxia. Os períodos na vida da igreja em que o Espírito Santo esteve eviden-temente presente em poder sumamente vivificador também foram os períodos em que a verdade foi pregada com pureza e poder. Estas duas realidades são inseparáveis e sem-pre têm de permanecer assim.

SEÇÃO IV

LEALDADE E INFIDELIDADE

II Timóteo 1:15-18

A. Fusos AMIGOS, 1:15

A firme confiança em Deus, da qual o apóstolo tem falado, e a devoção a Cristo e sua igreja, que ele e Timóteo têm em comum, suscita em Paulo recordações dolo-rosas e infelizes de sofrimentos causados por falsos amigos: Bem sabes isto: que os que estão na Ásia todos se apartaram de mim; entre os quais foram Fígelo e Hermógenes. A Ásia mencionada aqui é a província romana da Ásia, cuja capi-tal era Éfeso (ver Mapa 1). É evidente que no tempo de extrema necessidade do apóstolo, provavelmente quando ele foi encarcerado pelas autoridades romanas, muitos de quem ele tinha razões para esperar amizade e assistência contentaram-se covardemente em abandoná-lo ao seu destino. Esse abandono não significa que essas igrejas repudiaram totalmente a autoridade apostólica de Paulo; nem o uso que o apóstolo faz da palavra todos quer dizer que ele não teve nenhum amigo corajoso. Dois homens de quem ele esperava certa medida de ajuda foram Fígelo e Hermógenes, os quais se afastaram dele. Paulo não está reprovando-os, mas in-forma o que já era fato notório. Kelly traduz as palavras iniciais do versículo 15 assim: "Tu deves estar ciente" (cf. RA). Se Timóteo estava bem informado sobre esta falta de coragem dos dois homens nomeados, então provavelmente era assunto de conhecimento geral.

B. UM VERDADEIRO AMIGO, 1:16-18

Nesse contexto, a lealdade e cuidado de Onesíforo se destacam em cores fortes e vívidas, e Paulo lhe expressa gratidão eterna por isso: O Senhor conceda misericór-dia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes me recreou ("reanimou", BAB, CH, NVI; cf. NTLH, RA) e não se envergonhou das minhas cadeias (16). O fato de o apóstolo falar da casa (ou "família", BJ, NTLH) de Onesíforo dá a entender que, quan-do Paulo estava escrevendo esta carta, Onesíforo já havia morrido. Certos intérpretes chegam a ponto de acreditar que ele morreu por agir como amigo de Paulo. Seja como for, a amizade fiel e a fraternidade cristã deste homem reanimaram o apóstolo muitas ve-zes (Moffatt traduz assim: "ele me deu forças").

O versículo 17 elucida até que ponto Onesíforo estava disposto a ir para ajudar Paulo: Antes, vindo ele a Roma, com muito cuidado me procurou e me achou.

Podemos apenas imaginar o que deve ter significado para o apóstolo, que definhava na prisão, ver um rosto conhecido e amigável. Há algo extremamente comovedor quando Paulo declara que Onesíforo com muito cuidado me procurou e me achou (17). P. N. Harrison escreve que "há uma história dramática por trás do registro suscito, mas su-gestivo, que Paulo faz dessa procura em Roma. Temos um vislumbre de alguém de rosto determinado em meio de multidão aglomerada, e seguimos com interesse cada vez maior este estrangeiro proveniente do distante litoral do mar Egeu, enquanto ele se enfia pelo labirinto de ruas desconhecidas, batendo em muitas portas, checando toda pista, avisa-do dos riscos que corre, mas não demovido de sua busca; até que numa prisão obscura uma voz conhecida o cumprimenta, e ele encontra Paulo preso a um soldado romano".' Não admira que Paulo sentisse gratidão tão profunda por esse exemplo de fraternidade cristã!

No versículo 18, o apóstolo expande sua bênção: O Senhor lhe conceda que, na-quele Dia, ache misericórdia diante do Senhor. E, quanto me ajudou em Éfeso, melhor o sabes tu. A expressão naquele Dia refere-se evidentemente ao Dia do Julga-mento.

Este versículo apresenta um problema para muitos intérpretes, porque, na suposi-ção de que Onesíforo tenha morrido antes da escrita da carta, o linguajar do apóstolo parece uma oração pelos mortos. Na verdade, este assunto não merece a quantidade de atenção que recebeu. Como destaca Kelly: "A oração em questão [...] é sumamente geral, equivalendo apenas à recomendação do falecido à misericórdia divina".2 Este problema desaparece completamente se aceitarmos a interpretação de E. K. Simpson de que Onesíforo não estava morto, mas longe da família e provavelmente ainda em Roma, tendo adiado sua volta para casa por ter-se preocupado com o amado apóstolo.'


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 versículo 8
Seu encarcerado:
Isto é, por causa do Senhor. Ver Ef 3:1. Aqui, se alude à prisão de Paulo em Roma (ver 2Tm 1:16-17,).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
* 1.1,2. Saudação inicial, incluindo remetente, destinatários e bênção.

* 1.1 apóstolo de Cristo Jesus. Alguém enviado como representante oficial de Cristo (2Co 1:1, nota).

pela vontade de Deus. Paulo identifica aquele que o comissionou (1Co 1.1,2; 2Co 1:1; Ef 1.1; Cl 1.1).

de conformidade com a promessa da vida que está em Cristo Jesus. O papel do apóstolo é proclamar a vida que está em Cristo (1Tm 1.16, nota).

* 1.2 amado filho. Ver Introdução a I Timóteo: Data e Ocasião; 1Co 4.17

(conforme 1Tm 1.2).

graça... nosso Senhor. Ver nota em 1Tm 1:2.

* 1:3-5. Como na maioria de suas cartas (com exceção de Gálatas, I Timóteo e Tito), após a saudação, Paulo segue com palavras de ação de graças a Deus pelos destinatários da carta. Aqui ele enfoca o seu relacionamento com Timóteo e sua confiança na fé que Timóteo demonstra ter.

* 1.4 Lembrado das tuas lágrimas. Provavelmente Timóteo derramou lágrimas na última vez que Paulo o deixou.

estou ansioso por ver-te. Paulo antecipa seu pedido feito em 4.9, 21.

* 1.5 Lóide... Eunice. Essas mulheres são mencionadas somente aqui no Novo Testamento. Ver Introdução a I Timóteo: Data e Ocasião.

* 1:6-14. Paulo se dirige ao corpo da carta. Ao encorajar Timóteo à ousadia e fidelidade, Paulo discute o evangelho e seu próprio papel na proclamação do mesmo.

* 1.6 reavives o dom de Deus. Essa forte expressão sugere que Timóteo estava sendo menos convincente do que deveria no uso do dom espiritual que Deus lhe havia dado.

imposição das minhas mãos. Ver nota em 1Tm 1.18.

* 1.7 espírito de covardia. Essa forte expressão era necessária por causa da timidez natural de Timóteo e da gravidade de sua situação.

* 1.8 seu encarcerado, que sou eu. Paulo está aprisionado em Roma (2.9; Introdução: Data e Ocasião).

* 1.9 com santa vocação. O alvo da eleição e do chamado de Deus é a santificação do seu povo (Ef 1.4).

não... graça. Essa é uma maravilhosa afirmação que a salvação é pela graça, não por mérito humano (Ef 2.8,9).

conforme a sua própria determinação. O decreto de Deus da redenção está baseado exclusivamente no seu próprio propósito e prazer bondoso. Em outros lugares, esse propósito divino é identificado como misericórdia (Tt 3:5) e amor (Ef 1.4,5).

antes dos tempos eternos. Uma afirmação que o decreto divino da redenção através de Cristo é desde a eternidade (Ef 1.4; Tt 1:2; 1 Pe 1.20; Ap 13.8).

* 1.10 nosso Salvador Cristo Jesus. Cristo é o mediador da aliança da graça (Tt 1:4; 2:13 e 3.6).

o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade. Isto é, através de sua morte e ressurreição (Hb 2.14,15; Ap 1.18).

* 1.11 pregador. Ver 1Tm 2.7.

* 1.12 estou sofrendo. Paulo está na prisão (v. 8; 2.9).

não me envergonho. Tendo exortado a Timóteo a não se envergonhar de falar de Cristo (v. 8), Paulo se apresenta como um modelo de ousadia diante de sofrimentos (2.8-10; 3.10,11).

aquele Dia. Dia do juízo (v. 18; 4.8).

* 1.13 sãs palavras. Esse tema perpassa todas as cartas pastorais (1Tm 1.10, nota).

* 1.14 Guarda o bom depósito. Ver nota em 1Tm 6.20.

* 1:15-18. A preocupação de Paulo que Timóteo permaneça fiel levou-o a mostrar exemplos específicos de infidelidade e fidelidade.

* 1.15 todos. Paulo provavelmente está escrevendo com exagero intencional para certificar-se que seus leitores percebam a extensão da deslealdade.

Ásia. Uma província romana que cruza o mar Egeu desde a Grécia até parte da atual Turquia ocidental. Éfeso, onde Timóteo servia como representante de Paulo, era a cidade principal dessa província.

Figelo e Hermógenes. Não são mencionados em nenhum outro lugar do Novo Testamento. Provavelmente Paulo menciona-os porque contava com o apoio deles.

* 1.16 Onesíforo. Membro da igreja de Éfeso que se distinguiu por sua lealdade a Paulo (v. 18; conforme 4.19).

* 1.17 tendo ele chegado a Roma. Onesíforo pode ter ido a Roma a fim de ajudar Paulo.

* 1.18 naquele Dia. O dia do juízo (v. 12; 4.8).


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
I. INTRODUÇÃO (II Tessalonicenses 1:1-2.)

1 Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo; 2 Graça e paz da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo.

A. A saudação

Paulo novamente associa Silvano e Timóteo com ele mesmo na abordagem da igreja dos tessalonicenses . Mais uma vez, ele enfatiza o fato de que esta igreja está posicionado na parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo . E, como antes, ele reza para que Deus a graça (charis) e paz (eirenes) pode ser a sua porção. É claro que é assumido que Paulo, que escreveu o primeiro, também escreveu a segunda dessas cartas à igreja em Tessalônica. Esta carta foi enviada de Corinto ou vizinhança um pouco mais tarde do que o seu antecessor, provavelmente no final AD 51.

B. os novos problemas

A primeira carta de Paulo não resolver todas as questões da igreja em Tessalônica. Nesta carta, vemos que tanto o bem eo mal são um pouco mais desenvolvido do que na epístola anterior. A igreja cresceu, mas também encontrou novo e maior oposição.Enquanto isso, Paulo encontra-se em perigo pessoal e pede aos irmãos que orem por ele, que a palavra do Senhor seja glorificado ... e para que sejamos livres de homens perversos e maus (3: 1-2 ). Alguns se atreveram a desafiar a sua autoridade como apóstolo, e, portanto, nesta carta, encontramos diretrizes para a disciplina de elementos desordenados dentro da congregação (2Tm 3:6 ). Além disso, o tom desta carta é um pouco mais firme, talvez um pouco mais acentuada do que o primeiro. Esta carta também é mais breve, fato que levou alguns estudiosos a supor que havia agora duas igrejas na cidade, um

Gentile igreja à qual Primeira Tessalonicenses foi enviada, e uma igreja judaica à qual Segunda Tessalonicenses foi abordada. Não há nenhuma evidência real para uma hipótese tão gratuita.

C. ao propósito do escritor

A segunda epístola foi evidentemente escrito para corrigir erros de nascentes que surgiram desde a primeira foi enviado. Há evidências, também, do crescimento da igreja na graça e na fé, apesar de aprofundamento perseguição. Mas o objetivo imediato desta carta é vindicação de Paulo contra as calúnias dos seus inimigos. Além disso, podemos acrescentar que ele é realmente uma extensão de seu objetivo original, ou seja, mais esclarecimentos sobre a grande verdade da volta do Senhor, e as responsabilidades do crente, tendo em vista que o evento se aproxima. Por uma questão de fato, alguns insistiram em que Cristo já havia retornado, e até mesmo cartas supostamente forjado para expor opiniões mudaram de Paulo sobre a segunda vinda. Mas Paulo nunca se atreve a fixar datas ou a nomear tempos e as estações, nem ele, de fato, nunca autorizou ninguém a fazê-lo em seu nome. Aqui ele se abstém de datas, que fixa, e claramente afirma que Cristo ainda não voltou; de fato, ele diz que o retorno de nosso Senhor não ocorrerá até que certos eventos têm vindo a passar.

II. LUZ ADICIONAIS SOBRE RETORNO DO SENHOR (II Tessalonicenses 1:3-12.)

A. gratidão pela fé ea fidelidade (1: 3-6)

3 Estamos obrigados a dar sempre graças a Deus por vós, irmãos, mesmo como é justo, para que a vossa fé cresce muitíssimo eo amor de cada um de vocês todos em direção ao outro transborda; 4 para que nós mesmos nos gloriamos de você nas igrejas de Deus por causa da vossa paciência e fé em todas as perseguições e aflições que suportais; 5 , que é uma prova clara do justo juízo de Deus; a fim de que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual também padeceis; 6 se é que isso é uma coisa justa com Deus para recompensar aflição para eles que afligir você,

O cumprimento apostólica é quase idêntica à da primeira carta. Em ambos os casos, a igreja está environed em Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo . Por esta igreja, Paulo pode vislumbrar nenhum maior legado que o dom de Deus de graça e paz .

A fé crescente da igreja naturalmente alegra o coração do apóstolo, como faz também o seu amor Abundante. A palavra abundam no versículo 3 significa literalmente crescendo além da medida. Ação de Graças é adequada em todos os tempos (conforme Sl 34:1 ). Nosso Senhor previamente avisado aos seus discípulos que "no mundo tereis aflições" (Jo 16:33 ); e em confirmar a fé dos jovens crentes o apóstolo lembrou-lhes que "através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus" (At 14:22 ).

Os sofrimentos do povo de Deus e a prosperidade temporária dos ímpios servir como uma prévia de seu justos julgamentos que virá em breve, em que as perdas e os ganhos serão revertidos, em que os ímpios serão punidos e os justos serão recompensados.

B. JULGAMENTO DE APROXIMAÇÃO (1: 7-9)

7 ea vós, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando a revelação do Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder em chama de fogo, 8 vingança renderização para os que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus: 9 os quais sofrerão punição, até mesmo a destruição eterna da face do Senhor e da glória do seu poder,

No versículo 1 , observamos que vem é descrito como uma revelação (de nosso Senhor apokalupsis ), ou um "lançamento", obviamente, uma referência a esse aspecto da Sua vinda, quando Ele aparece como justo Juiz. Ele será acompanhado por seus anjos poderosos, para julgar os ímpios, aqueles que não conhecem a Deus e não obedecem ao evangelho . Aqui Paulo prevê julgamento divino contra tanto a ignorância dos gentios ea desobediência dos judeus. Ambos permanecem culpados e condenados diante de Deus, absolutamente indesculpável (conforme Rm 3:1 , Rm 3:23 ). Ambas as aulas serão colocados face a face com Ele que é "um fogo consumidor" (Hb. 0:29 ).

Sofrer o castigo (v. 2Tm 1:9) é derivado de um verbo antigo que significava "a pagar uma multa, para receber a justiça direito." Nos clássicos gregos este termo freqüentemente aparece como "pagar a pena." Mas isso não é uma pena ordinária. Paulo declara que esta pena envolve a destruição eterna uma frase que não aparece em outras partes do Novo Testamento, mas é usado nos apócrifos (4 Macc. 10:15 ), onde a destruição eterna do tirano Antíoco Epifânio é anunciada. Ao contrário da opinião corrente em certos setores hoje, a palavra "destruição"

não significa aqui aniquilação, mas, como Paulo passa a mostrar, a separação da face do Senhor e da glória do seu poder, e uma eternidade de miséria, como se abateu sobre Antíoco Epifânio.

A palavra eterna em si significa "idade-long." Vincent afirma que a frase eterna destruição é um lembrete solene da "cessação de funções, em um determinado ponto do tempo, daqueles que não obedecem ao evangelho da presença e glória de Cristo." E Clarke conclui: "Não é a aniquilação , por seu ser continua; e como a destruição é eterno , é uma eterna continuidade e presença de mal considerável , e ausência de todo o bem . "

C. GOLO DA Deus da glória (1: 10-12)

10 quando ele vier para ser glorificado nos seus santos e para ser admirado em todos os que crêem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós) naquele dia. 11 Para que também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação, e cumpra todo desejo de bondade e toda obra de fé, com poder; 12 que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.

A vinda de Cristo assinalará um evento distinto na história da humanidade. A tenso indica claramente um acontecimento no tempo. E Sua vinda como Juiz vai coincidir com o lançamento ou a revelação do versículo 7 . Por um lado, nosso Senhor virá para serglorificado nos seus santos , a glória que há de surpreender e superar até mesmo os redimidos; por outro lado, essa revelação vai trazer apenas julgamento e terror sobre os ímpios. É uma das maravilhas que ultrapassam da graça divina que o nosso glorioso Senhor, na sua vinda, e, em seguida, ao longo dos séculos dos séculos, vai mostrar "a suprema riqueza da sua graça", e revelam a "múltiplas, o multiforme sabedoria de Deus "em e através desse corpo conhecida como a Igreja (conforme Ef 2:6. ; Ef 3:10 ).

Mais uma vez Paulo segue ação de graças com fervorosa oração para a posterior realização do propósito de Deus. Em nenhum momento o Apóstolo assumir que os Tessalonicenses ter chegado em espírito no ponto de ! ne plus ultra Aqui ele faz três pedidos definitivos em seu nome: em primeiro lugar, para que possam ser contabilizados digno de sua vocação como santos; segundo, que eles podem cumprir todo desejo de bondade e toda obra de fé, com poder ; e terceiro, que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós nele . Foi Paulo assombrado pelo medo de que os tessalonicenses pode até ainda provar indigno de sua vocação celestial? Aqui ele obviamente tinha em mente aqueles a quem ele tão fortemente advertiu em sua primeira carta, os desocupados e os intrometidos. De qualquer forma, Paulo implica que a falha não deve ocorrer, e ele emprega oração fervorosa como os meios para garantir sua aceitação diante de Deus. Paulo evidentemente olha além chamada inicial de Deus, como em 1Co 1:26 e Rm 11:29 , para o resultado final dessa chamada, como em Fp 3:14 e Hebreus 3:1 . Ambos os aspectos são aqui implícita no chamado dos irmãos de Deus. Além disso, Paulo ora para que o propósito de Deus em todos os seus múltiplos aspectos e dimensões podem ser realized- cumprir todos os desejos -em a vida desses crentes; e todos com vista para a maior glória de nosso Senhor Jesus .


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
Começamos a entender os proble-mas desse jovem ministro ao ler as duas cartas de Paulo para ele. Timó-teo hesita em encarar os assuntos de forma direta e em tomar decisões em relação a eles de acordo com a Palavra de Deus. Havia "temor" (co-vardia) na vida dele, talvez o tipo de medo que "arma ciladas" (Pv 29:25). Com certeza, ele enfrentava as tentações comuns aos jovens e sentia-se inadequado para a tarefa. Paulo compartilhou cinco verdades magníficas com Timóteo a fim de confortá-lo e ajudá-lo a cumprir sua tarefa.

I. O amigo que ora (1:1-5)

Paulo enfrentava martírio e ainda encontrava tempo para orar por Ti-móteo! Ao compararmos 1 Timó-teo 1:1 2Tm 1:1, vemos que Paulo, ao encarar a morte, pen-sa sobre "promessa da vida que está em Cristo Jesus" — e que promessa maravilhosa! Ele assegura Timóteo de seu amor, de suas orações e das boas recordações que, dia e noite, tem dele.

Ele lembra a Timóteo que ha-via muito a agradecer, apesar dos problemas que enfrenta. Lembra-o de sua herança de devoção e da fé que Deus deu a ele, Timóteo, para a vida diária e para o serviço cristão, e não apenas para sua própria salva-ção. Não sabemos se, nessa época, os entes queridos de Timóteo ainda viviam, mas, se viviam, com certe-za, oravam por ele. E uma bênção ter amigos que oram! E encorajador orar pelos outros e ajudá-los na vida espiritual. Veja1Sm 12:23.

  1. O dom magnífico (1:6-7)

Um dos problemas de Timóteo era a covardia, a timidez em enfrentar os problemas e fazer o trabalho de Deus. Provavelmente, sua juventu-de contribuía para isso (1Tm 4:12). Paulo lembra aTimóteo que este está negligenciando o dom que Deus lhe deu (1Tm 4:14) e que precisa avivá- lo, da mesma forma que se abana a brasa para reavivar o fogo que mor-re. Paulo não sugere que Timóteo possa perder sua salvação, pois isso é impossível, mas que perdia o fer-vor pelo Senhor e o entusiasmo no trabalho de Deus.

No versículo 7, Paulo refere- se ao Espírito Santo. O Espírito não gera temor em nós (veja Rm 8:15), e sim força, amor e moderação (dis-ciplina, autocontrole). Todo cristão precisa ter as três coisas. O Espíri-to Santo é a força da nossa vida (At 1:8; Ef 3:20-49; Fp 4:13). Paulo usa a palavra "poder" em todas as suas cartas, exceto na para Filemom. O Espírito também nos dá amor, pois o amor é fruto dele (Gl 5:22). Nosso amor por Cristo, pela Palavra, pelos outros crentes e pelo perdido deve vir do Espírito (Rm 5:5). O Espírito também nos dá disciplina e mode-ração, e isso possibilita que não se-jamos pegos por nossos sentimentos ou pelas circunstâncias com facili-dade. Temos paz e equilíbrio quan-do o Espírito está no controle, e o temor e a covardia desvanecem-se. Veja At 4:1-44 e atente para o ver-sículo 13.

  1. O chamado santo (1:8-11)

Os efésios sabiam que Timóteo era amigo e colaborador de Paulo, mas, agora, o apóstolo era um prisionei-ro romano! Paulo admoesta: "Não te envergonhes, portanto, do teste-munho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos so-frimentos, a favor do evangelho, se-gundo o poder de Deus". Quando os cristãos sofrem, o fazem com Cristo (Fp 3:10). O mesmo poder que nos salva, nos fortalece para a batalha. Paulo enfatiza que nosso chamado se deve à graça do Senhor, nós não merecemos ser salvos. Não temos o direito de desistir ou de reclamar se Deus permite que soframos depois de nos dar uma salvação tão ma-ravilhosa! Paulo adverte que Deus tem um propósito em mente e que devemos permitir que ele realize seu propósito.

O maravilhoso propósito de Deus no evangelho estava escondi-do em eras passadas, mas foi revela-do agora. No versículo 10, o termo "destruiu" significa "sem efeito, mi-tigado". Deus não eliminou a morte por intermédio da cruz, pois as pes-soas ainda morrem. Ele mitigou-a — abrandou-a — para o crente. Cristo trouxe à luz a vida e a incorrupção (a condição de não morrer nunca). No Antigo Testamento, essas dou-trinas "estavam nas sombras", mas devemos evitar construir uma dou-trina da imortalidade, da morte ou da ressurreição apenas fundamen-tada em passagens do Antigo Tes-tamento. Muitas seitas falsas usam Jó, Eclesiastes e alguns salmos para defender doutrinas estranhas como a da alma adormecida.

  1. O Salvador fiel (1:12-14)

É encorajador saber que Cristo é fiel e capaz de guardar os seus! Paulo não "espera" nem "pensa" que sabe; ele tem convicção e afirma: "Sei em quem tenho crido". O versículo 12 dá margem a duas interpretações, e, talvez, Paulo quisesse abranger as duas. Paulo diz que sabe que pode confiar em Cristo para guardar a ele e a sua alma, mas também diz que sabe que Cristo o capacitará a per-manecer no que ele designou para Paulo. "Estou certo de que ele é po-deroso para guardar o meu depósito até aquele Dia". Cristo designara o evangelho para Paulo (1Tm 1:11), e este sabia que ele o capacitaria para

guardá-lo e mantê-lo (1Tm 6:20; 2Tm 4:7). Reveja 1Tm 1:1-54.

No versículo 13, a palavra "pa-drão" significa "esboço". A igreja tinha um padrão de doutrina sã, e era pecado desviar-se dele. Timóteo devia manter-se firme no esboço bá-sico da doutrina por intermédio do poder do Espírito (v. 14). Os versí-culos 12:14 são paralelos: Cristo, em glória, guarda o que damos a ele, e o Espírito, na terra, ajuda-nos a guardar o que Cristo nos deu!

  1. O exemplo piedoso (1:15-18)

Todos os que estão na Ásia aban-donaram Paulo (veja também 4:16). Os dois homens dos quais cita os nomes deviam ser membros da igreja efésia, e Timóteo devia conhecê-los pessoalmente. Toda-via, houve um, Onesíforo, que per-maneceu fiel ("muitas vezes ele me reanimou", NVI). Provavelmente, esse homem piedoso foi diácono em Éfeso, pois o versículo 18 afir-ma: "E tu sabes, melhor do que eu, quantos serviços me prestou ele em Éfeso" [a palavra "serviços" de-riva do grego diakonos].

Esse homem foi a Roma, procu-rou Paulo e serviu-o sem temor ou vergonha. "Nunca se envergonhou das minhas algemas" (v. 16). Que exemplo para Timóteo seguir e to-dos nós também! Eis um diácono da igreja que mostra mais fervor, amor e coragem que seu pastor!
Observe que Onesíforo estava em Roma (v. 17). Aparentemente, ele já não estava mais lá e, talvez, estivesse voltando para Éfeso. Tal-vez ele tenha levado essa carta para Timóteo. De qualquer forma, no versículo 16, Paulo saúda a família desse diácono. Ensinar, como fazem alguns, que Onesíforo tinha morrido e que as palavras de Paulo, no versí-culo 18, são uma oração pelo morto é distorcer as Escrituras. Sem dúvi-da, Paulo nunca ensinou os crentes a orar pelos mortos e, além disso, não temos nenhuma evidência de que ele tivesse morrido.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
1.1 Promessa da vida. Esta é a qualificação do apóstolo e o fundamento do seu apostolado. Vida... em Cristo. Termos inseparáveis nas cartas do apóstolo Paulo, como em Gl 2:20. A vida começa com Cristo já no presente, conforme v. 10 e 1Tm 4:8.

1.2 Amado. Uma emoção intensificada pela firmeza e pela fidelidade de Timóteo. Conforme Fp 2:20-50) e a herança eterna (At 20:32). Aquele Dia. É o Dia do Senhor, 1.18; 4.8; 2 Ts 1.10.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
I. SAUDAÇÕES (1.1,2)

De acordo com o costume da época e com a maioria das cartas do NT, esta carta começa com o nome do autor, o do destinatário e uma saudação. Com relação a si mesmo, Paulo faz menção do seu apostolado, pois é a base da autoridade que ele exerce. Ele se apressa em acrescentar, no entanto, que esse apostolado é pela vontade de Deus. Não foi ele quem se designou a essa posição, nem foi eleito por outros, tampouco o apostolado era seu por direito hereditário. Além de olhar em retrospectiva para a sua designação para o apostolado, ele também declara que o seu objeto é a promessa da vida que está em Cristo Jesus.

Timóteo é saudado carinhosamente como meu amado filho. Isso vem do fato de que ele foi levado à fé por intermédio de Paulo; além disso, a passagem do tempo forjou um vínculo profundo de amizade entre os dois homens, que foi reforçado ainda pela extensa comunhão na obra de Deus. A saudação que Paulo envia é idêntica a lTm 1.2.

II. ENCORAJAMENTO A TIMÓTEO (1.3-18)


1) Reacender o dom (1:3-7)

Parece possível que a idade e o conhecimento de que a morte não pode mais estar muito longe se combinem para evocar na mente de Paulo idéias do passado, embora a memória, para ele, não seja mera indulgência nostálgica. Torna-se a causa da gratidão e a razão para a oração. Sua própria herança é motivo de gratidão a Deus, e ele encontra um paralelo disso na experiência de Timóteo. Para Paulo, o passado contribuiu com o exemplo dos seus antepassados que serviram a Deus com a consciência limpa-, para Timóteo, o pano de fundo era o de uma mãe piedosa, como também da avó, em cujas vidas brilhava uma fê não fingida. Paulo não despreza a vida religiosa dos seus antepassados. Não tão iluminados quanto ele, mesmo assim foram fiéis à luz que tinham, e essa luz era como os primeiros raios da alvorada anunciando o nascer do sol da justiça que tinha agora iluminado o mundo. Da mesma forma, a que havia em Lóide e Eunke pode inicialmente ter sido judaica, e não cristã, mas tinha evidenciado o fundamento, para elas, como para Timóteo mais tarde, daquilo que torna “sábio para a salvação” (3.15). A oração constante por Timóteo a que o apóstolo se dedica acrescenta fervor enquanto ele lembra das lágrimas que seu colega derramou quando se separaram da última vez. Essas lágrimas refletem, em certa medida, a emoção mais evidente, ou não suprimida, daquele dia. Mas elas também retratam uma personalidade sensível e afetuosa. Um reencontro com Timóteo só traria alegria, e assim Paulo espera e ora por esse encontro noite e dia (conforme 4.9,21).

Mais uma lembrança vem do tempo em que Timóteo foi comissionado para a obra de Deus (v.comentário de lTm 1.18; 4.14). Foi naquela ocasião que Paulo indicou publicamente sua unidade com Timóteo na dedicação deste para o chamado de Deus, ao participar da imposição das [...] mãos. Gomo resposta a esse ato, Deus tinha conferido a Timóteo um dom (charisma), uma capacitação espiritual. “Deus nunca comissiona uma pessoa para uma tarefa sem conferir um dom especial adequado a ela” (Guthrie). Agora ele recebe a exortação de manter viva a chama desse dom. O dom básico foi conferido, mas precisa ser desenvolvido. A indiferença ou o medo poderiam conduzir à chama baixa, e assim ele é lembrado de que Deus não nos deu espírito de covardia. Nessas palavras, Paulo ministra de forma atenciosa a censura mais sutil, suavizada ainda mais pela sua escolha do pronome nos. Ao contrário, ele continua, o espírito é de poder, a força para executar a tarefa designada; de amor, sem o qual todo o serviço é sem valor; e de equilíbrio, um aspecto essencial a todos que querem influenciar outras pessoas para Deus.


2) Compartilhar no sofrimento (1:8-14)
A timidez pode facilmente degenerar para a covardia que se expressa na relutância de testificar ou sofrer a favor do evangelho, ou de ser identificado com o apóstolo encarcerado. A expressão de testemunhar do Senhor destaca o testemunho dado — a mensagem em si. Envergonhar-se da mensagem conduziria ao fracasso no testemunho, mas ele pode contar sempre com o fortalecimento interior por meio do poder de Deus. Nos versículos que seguem, são apresentadas razões por que ninguém nunca precisa se envergonhar desse evangelho (v. 9,10). O próprio Paulo não se envergonhou (v. 11,12), e Timóteo também não precisa (v. 13,14).

v. 9,10. A sua própria experiência do evangelho e do poder de Deus tinha significado salvação (conforme Rm 1:16), uma salvação que tanto os libertou do passado quanto os conduziu a uma nova vida de santidade, pois o seu chamado é de urna santa vocação. Essas são bênçãos que não surgem de esforços próprios, mas do propósito de Deus que está centrado em Cristo Jesus “antes da criação do mundo” (conforme Ef 1:4). Esse propósito de graça, ele afirma, tem sido revelado e, finalmente, cumprido pela manifestação de nosso Salvador, Cristo Jesus. Foi por meio da manifestação (epiphaneia) dele na encarnação que a obra pôde ser realizada e que, de uma vez, tomou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade. Sua morte anulou para o crente o poder e o aguilhão da morte (conforme He 2:14He 2:15; lGo 15.56,57) e vai finalmente anulá-los completamente (lGo 15.26). A ressurreição dele não somente trouxe do domínio da obscuridade a verdade da vida e imortalidade (conforme as idéias um tanto sombrias encontradas no AT acerca desse assunto), mas é em si o fundamento para a admissão nessa vida. A visão exaltada que Paulo tem do evangelho, sua origem, resultados e realizações conferem apoio consistente para o seu apelo: não se envergonhe de testemunhar.

v. 11,12. Ele mesmo não tem se envergonhado desse evangelho. Ele foi apontado pregador dessa mensagem, ou seja, para anunciar, e também apóstolo, para declarar com autoridade, e ainda mestre, para instruir nessas doutrinas a todos (v.comentário de lTm 2.7). Embora isso tivesse significado muito sofrimento, não há ressentimento ou lamento, mas somente confiança alegre naquele que ele passou a conhecer intimamente e em quem veio a confiar, porque [...] estou bem certo, Paulo exclama, de que ele êpoderoso para guardar.... A expressão até aquele dia é uma referência ao dia da avaliação e recompensa (conforme 1Co 3:13). Está dividido o apoio às variantes o que lhe confiei e “o que foi confiado a mim” (RSV). As outras ocorrências de parathékê, em lTm

6.20 (v.comentário) e no v. 14 do presente capítulo, sugerem a segunda como a melhor leitura. Qualquer uma seria legítima; tomadas juntas, representam os dois lados de uma negociação. A verdade e a propagação dela, junto com o dom necessário concedido por Deus, englobam o que Deus havia confiado a Paulo; para que isso seja bem protegido, ele confia tudo a Deus. A exortação de Paulo (v. 8) foi reforçada, antes pelo seu conceito de evangelho, e agora pelo seu próprio exemplo.
v. 13,14. Ao declarar a mensagem, Timóteo deve ter diante de si o ensino de Paulo. Ele não precisa repeti-lo como um papagaio nem imitar de forma servil o seu modo de apresentação, mas, mesmo expressando-o com suas próprias palavras, deve limitar-se à sã doutrina (conforme 4.3; lTm 1.10; 6.3; Tt 1:9Tt 2:1). modelo (hipotypõsis): “esboço em linhas gerais” (J. N. D. Kelly). Isso constitui o “depósito” da verdade, e precisa ser guardado pelo poder do Espírito Santo que habita em nós. Mas os seus inimigos não são só exteriores, pois a falta de fé e amor por parte dele o tornaria vulnerável à acusação de hipocrisia. A verdade que não é transmitida com fé e amor em Cristo Jesus permanece inaceitável.


3) Prestar atenção em exemplos, bons e maus (1:15-18)

Timóteo, além de não se envergonhar de testemunhar do Senhor, também não deve se envergonhar de Paulo por este estar preso. Um espírito de temor com freqüência se manifesta na falta de disposição de se associar com o povo de Deus, embora poucos pudessem ser tão caracterizados como persona non grata como Paulo diante das autoridades dos seus dias. São dados dois exemplos, e o primeiro é dos que falharam nessa questão. As palavras me abandonaram sugerem que a deserção era em relação a Paulo pessoalmente, e seria injusto imaginar uma apostasia em massa. Talvez as dificuldades que o apóstolo estava enfrentando o conduziram a olhar a situação do lado sombrio segundo o qual todos tinham agido assim, e ele parece particularmente desconcertado quanto à presença de Fígelo e Her-mógenes entre eles. Talvez tinha esperado um tratamento melhor por parte deles.

Para contrastar, ele apresenta a lealdade de Onesíforo. Provavelmente Paulo e Timóteo tinham se beneficiado da ministração de Onesíforo em Efeso (v. 18b), mas tinha sido uma coisa ele auxiliá-los lá, e outra totalmente diferente identificar-se com Paulo em Roma. Não tendo ilusão alguma acerca do perigo muito real incluído nisso, mesmo assim agiu com coragem. Parece que foi com dificuldade que finalmente conseguiu achar Paulo (v. 17), mas ele estava determinado a encontrá-lo e, tendo feito isso, mostrou que não tinha vergonha alguma das correntes de Paulo, muitas vezes me reanimou-. E o tributo do apóstolo veterano a esse viajante desconhecido. Misericórdia agora sobre sua família (v. 16), e misericórdia sobre Onesíforo naquele dia (v. 18, conforme v. 12) é a oração de Paulo que expressa seu desejo. As referências à sua casa no v. 16 e em 4.19, e à misericórdia [...] naquele dia levaram alguns estudiosos a conjecturar que Onesíforo estivesse morto na época em que a carta foi escrita, enquanto outros chegaram ao ponto de elaborar sobre esse fundamento frágil argumentos a favor da oração pelos mortos. Mas o fato é que a lembrança dessa corajosa amizade ainda comove Paulo e fornece exatamente o exemplo de que ele precisa para ilustrar o seu apelo a Timóteo.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 6 até o 14
III. NECESSIDADE DE CORAGEM E FIDELIDADE2Tm 1:6-55. Seu encarcerado (8); isto é, por ação do Senhor; cfr. Ef 3:1; Fm 1:9; Ef 2:8-49. Antes dos tempos eternos (9), esta tradução segue o grego bem de perto; cfr. Tt 1:2; Rm 16:25. Destruiu a morte (10); isto é, aboliu-a, nulificou-a como poder dominante sobre os homens; o termo grego, katargein, significa "tornar inoperante". A vida e a imortalidade; a última palavra indica o caráter da primeira isto é, vida completamente isenta de destruição. Tenho crido (12). O tempo verbal perfeito, no grego, é usado aqui para dar a entender uma atitude continua de confiança conseqüente de sua adoção decisiva. Meu depósito (12); visto que a mesma palavra grega claramente se refere, em 2Tm 1:14 (cfr. 1Tm 6:20) ao "depósito" do Evangelho, o depósito confiado às mãos do despenseiro, é mais apropriado o sentido que esta versão acertadamente lhe dá. Porém, a interpretação de outras versões, como "o que lhe entreguei", é igualmente possível. Uma asseveração da parte de Paulo, sobre a expectativa de sua salvação final (cfr. 1Ts 5:23) se adapta ao contexto. Seu emprego dos termos "guardar" e "depósito" talvez tenha sugerido um novo emprego, com um sentido contrastado, em 2Tm 1:14.

John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 18

1. Motivando um filho espiritual (II Timóteo 1:1-5)

Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, segundo a promessa da vida em Cristo Jesus, a Timóteo, meu amado filho: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor.
Agradeço a Deus, a quem sirvo com a consciência limpa a forma como os meus antepassados ​​fizeram, como eu sempre lembro de você em minhas orações, noite e dia, desejando vê-lo, mesmo se bem me lembro suas lágrimas, para que eu possa ser preenchido com alegria. Pois eu sou consciente da fé sincera dentro de você, que primeiro habitou em tua avó Loide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que ele está em você também. (1: 1-5)

Como mencionado na introdução, a instrução primária de Paulo a Timóteo começa com o versículo 6 do capítulo 1. Os cinco primeiros versos são motivacional e constituem um belo e comovente saudação a do apóstolo amado filho na fé. No entanto, mesmo esses comentários muito pessoais refletem princípios não é pertinente apenas para discipulado de Paulo a Timóteo, mas também para os pais cristãos, professores da escola dominical, líderes juvenis, pastores, conselheiros, vizinhos e amigos-para qualquer crente que está ajudando a outra crescer em direção à maturidade em Jesus Cristo e eficácia no ministério.

Estes seis implícita, mas facilmente discernível, princípios de motivação são: autoridade (1: 1- - 2a) (v. 3b), o altruísmo (v. 2b), apreciação (v. 3-A), recurso, afeto (v. 4), e afirmação (v. 5).

Autoridade

Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, segundo a promessa da vida em Cristo Jesus, a Timóteo, meu amado filho: (1: 1-2a)

O primeiro princípio da motivação piedosa e bem sucedido é o da autoridade, como pode ser visto na declaração de abertura por Paulo que ele era um apóstolo de Cristo Jesus. Como explicado na introdução, o apostolado de Paulo já foi bem compreendida por Timoteo. Menciona-se aqui a título de lembrete de que, apesar de seu relacionamento próximo e amoroso, Paulo classificado acima Timóteo em autoridade espiritual, porque ele trouxe a Palavra do Senhor e estava escrevendo nessa qualidade.

A intimidade não impede a autoridade. A relação de amor que os pais têm com seus filhos, não se opõe a sua autoridade sobre seus filhos. A relação pai-filho do amor sem autoridade é condenado a tragédia para toda a família. Não importa o quão cordial pode existir uma relação de trabalho, uma empresa não pode ter sucesso se os funcionários se recusam a reconhecer e se submeter à autoridade do empregador sobre eles.
Embora eles compartilhavam uma amizade profunda, saudação amorosa de Paulo a Timóteo realizado todo o peso do seu apostolado. Apostolos ( apóstolo ) significa uma literalmente que é enviado para fora, "um mensageiro", como às vezes é traduzida (ver, por exemplo, 2Co 8:23;. Fp 2:25). Mas, no Novo Testamento, mais comumente carrega a conotação de embaixador, um representante que carrega com ele a autoridade do que ele representa. Ele é usado nesse sentido do Jesus chamou doze discípulos durante Seu ministério terreno (Lc 6:13; Lc 9:10) e de Paulo, a quem Cristo chamou do céu depois de Sua ascensão (ver Atos 9:3-15; 22: 6 —14; 13 44:26-18'>26: 13-18). O Senhor usou a forma verbal de si mesmo, como "Jesus Cristo, a quem Tu [o Pai] enviaste [ apostello ] "(Jo 17:3) e "tenham em abundância" (10:10). Aqueles que afirmam que a promessa pela fé pode reclamar com Paulo que Cristo " é a nossa vida "(Cl 3:4). Falando de verdadeiros filhos de Deus, sejam judeus ou gentios, Paulo assegurou aos crentes de Filipos: "Nós somos a verdadeira circuncisão, que adoram [ Latreuo ] no Espírito de Deus, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne "(Fp . 3: 3).

Como o apóstolo envelhecimento estava à beira da morte, ele poderia testemunhar que sua consciência não acusar ou condenar. Sua culpa foi perdoado, e sua devoção indiviso. "Após o auto-exame cuidadoso", disse ele, na verdade, "Eu posso dizer com sinceridade que, embora eu não sou perfeito, estou vivendo em santidade diante do Senhor". Ele queria que Timóteo não ter nenhuma dúvida de que ele suportou suas aflições presentes físicos, como ele teve inúmeros outros, por causa de sua fidelidade inabalável ao Senhor, e não como uma consequência do infiel, vida ímpios.

Embora até mesmo o crente mais espiritual não pode conhecer seu próprio coração com certeza ou completo entendimento, não só é possível, mas espera-se que, como Paulo, todos os cristãos têm a consciência limpa. Esta era uma questão vital para Paulo, que muitas vezes refere-se a sua consciência . Ao defender-se contra os ataques que encontram-se que ele experimentou em Corinto, ele respondeu com um apelo ao mais alto tribunal humano, a consciência. Sua defesa foi: "Porque a nossa confiança orgulhoso é esta: o testemunho da nossa consciência, de que em santidade e sinceridade de Deus, não em sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e especialmente para você" (. 2Co 1:12; conforme At 23:1.). Por conseguinte, parece mais provável que ele estava se referindo aos patriarcas, profetas, e outros santos do Antigo Testamento. Também é possível que ele tinha em mente os outros apóstolos e os muitos outros crentes piedosos na igreja primitiva que o precederam na fé.

Apelação

como eu sempre lembro de você em minhas orações, noite e dia, (1: 3b)

Um quarto elemento de motivação era constante apelo de Paulo para o Senhor, em nome de Timóteo. É difícil imaginar a força e incentivo que a intercessão de Paulo deu a seu jovem amigo como ele ministrava em Éfeso e outras partes da Ásia Menor, sem a companhia de Paulo.
O advérbio adialeiptos ( constantemente ) refere-se ao que é incessante, sem interrupção. Podemos ter certeza de que a frase de Paulo Eu sempre lembro de você não era exagero. O apóstolo tinha usado a mesma palavra em exortar os crentes de Tessalônica a "orar sem cessar "(1Ts 5:17, grifo do autor), e ele próprio era acostumado a fazer nem menos. Ele já tinha assegurado os fiéis de suas orações incessantes e preocupação para eles (1: 2-3). Usando a mesma palavra, ele assegurou a igreja em Roma que "Deus, a quem sirvo em meu espírito, no pregação do evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como incessantemente faço menção de vós, nas minhas orações "( Rom. 1: 9-10, ênfase adicionada). Ele deu a garantia semelhante aos crentes de Corinto (1Co 1:4.), Em Colossos (Cl 1:3). Mais tarde, em que evangelho a palavra é usada para os discípulos de João Batista, que se dizia que "muitas vezes rápidos e oferecem orações" (5:33). Foi usado por Paulo de sua "oração a Deus" para a salvação de seus irmãos israelitas (Rm 10:1 ).

À primeira vista, a referência a noite eo dia parece redundante e um tanto inadequado. Parece redundante porque, por definição, constantemente significa em torno do relógio, e inadequado porque é provável que Paulo e seus companheiros de prisão não podia distinguir uma hora a partir de outro naquela masmorra. Mas, sem dúvida, usou a frase noite e dia no caminho muitas vezes é usado hoje, como uma figura de linguagem que expressa a continuidade. Ele simplesmente queria reforçar a sua devoção a Timóteo.

Não há melhor maneira de motivar os outros crentes a considerar a sua prestação de contas a ser fiel e para mover seus corações no serviço de Cristo do que para mantê-los continuamente diante do Senhor em oração e para dizer-lhes isso.

Afeição

saudade de vê-lo, mesmo se bem me lembro suas lágrimas, para que eu possa ser preenchido com alegria. (1: 4)

O quinto princípio para motivar os outros crentes, especialmente aqueles que podem ser discipulado, é amá-los e expressar afeto genuíno para eles. Paulo perdeu muito companheirismo de Timóteo e estava ansioso para ver ele. Longing é de epipotheō , um verbo que denota intenso desejo ou anseio. Mais tarde, na carta que ele reflete o mesmo desejo doendo, implorando a Timóteo: "Faça todo o esforço para vir para mim em breve" (4: 9), e "Quando você vem trazer a capa que deixei em Trôade de Carpo ... [e ] fazer todo esforço para vir antes do inverno "(vv. 13, 21).

Lembro-me de suas lágrimas, o apóstolo diz, talvez referindo-se a seu tempo da última partida, na sequência de uma breve visita a Éfeso algum tempo depois de escrever sua primeira carta a Timóteo e antes que ele foi preso em Nicópolis e feito prisioneiro a Roma. Paulo tinha uma ligação semelhante com os anciãos de Éfeso. Quando saíram para encontrá-lo na praia perto de Mileto ", ele se ajoelhou e orou com todos eles. E eles começaram a chorar alto e abraçou Paulo, e beijou-o repetidamente, de luto, especialmente sobre a palavra que dissera, que eles deve ver seu rosto não mais "(Atos 20:36-38).

Embora, sem dúvida, percebi que ele nunca pôde ver Timoteo novamente, mesmo a perspectiva remota de uma tal reunião preenchido Paulo com alegria. Sabendo profundo amor e desejo do apóstolo vê-lo novamente, certamente cheio Timoteo com alegria, bem e inspirou ainda maior compromisso de seguir em os passos de seu amado professor e amigo.

Afirmação

Pois eu sou consciente da fé sincera dentro de você, que primeiro habitou em tua avó Loide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que ele está em você também. (1: 5)

O último princípio da motivação Paulo alude é o da afirmação. Nos dois versículos anteriores Paulo menciona sua lembrança Timoteo em oração e recordando as suas lágrimas. Agora, novamente ele reflete sobre sua ligação íntima, desta vez sendo consciente da fé sincera dentro de Timoteo.

Anupokritos ( sincero ) é uma palavra composta, composto por um prefixo negativo ligado a hupokritēs , a partir do qual nós temos a palavra Inglês obviamente relacionado hipócrita. de Timóteo  estava completamente genuína, sem hipocrisia, sem pretensão ou engano. Em sua carta anterior a Timóteo, Paulo havia escrito: "O objetivo da instrução é o amor de um coração puro, de uma boa consciência, e um sincero [ anupokritos fé] "(1Tm 1:5, grifo do autor). Tiago usou-o como a qualificação final de "a sabedoria de cima [que] é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem vacilar, sem hipocrisia "(Jc 3:17, ênfase adicionada).

Timóteo teve uma herança de fé sincera no prazo de [ele], que primeiro habitou em [sua] avó Loide, e [sua] mãe Eunice. A referência a Lois e Eunice sugere que Paulo sabia que aquelas mulheres pessoalmente e, talvez, era instrumental, juntamente com Barnabé , a ganhá-los para Cristo durante a sua primeira viagem missionária, que o tinha levado, através da área de casa de Timóteo da Galácia (veja 13 13:44-14:21'>Atos 13:13-14: 21). Eles provavelmente eram crentes judeus, sob o Antiga Aliança que imediatamente recebeu Jesus como o Messias, Salvador e Senhor, quando ouvi pela primeira vez o evangelho dos lábios de Paulo. Até o momento da segunda viagem de Paulo, as mulheres haviam levado seu neto e filho ao Senhor, e ele já havia se tornado "bem falado pelos irmãos que estavam em Listra e Icônio" (At 16:2).

Alguns anos atrás, eu estava envolvido em uma discussão a respeito da escolha de um homem para assumir a liderança de uma organização cristã conhecida. Ao olhar para a lista de clientes potenciais, eu comentei que era interessante que cada um desses homens tinha um pastor piedoso para um pai. O Senhor tem, é claro, levantou muitos líderes fiéis, incluindo Paulo, de famílias ímpios e até mesmo ateus. Mas uma alta porcentagem dos grandes homens ao longo da história da igreja vieram de lares cristãos. O pai de Timóteo era um gentio descrente (At 16:3)

E por esta razão que eu lembrá-lo para acender de novo o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos. Porque Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, amor e disciplina. Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro; mas comigo os meus sofrimentos do evangelho segundo o poder de Deus, que nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade, mas agora foi revelado pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual destruiu a morte, e trouxe vida e imortalidade à luz através do evangelho, para o qual fui constituído pregador, apóstolo e um professor.Por esta razão sofro também estas coisas, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido e estou convencido de que Ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia. Manter o padrão das sãs palavras que você ouviu de mim, na fé e no amor que há em Cristo Jesus. Guarda, por meio do Espírito Santo que habita em nós, o tesouro que foi confiado a você.
Você está ciente do fato de que todos os que estão na Ásia se afastou de mim, entre os quais estão Phygelus e Hermógenes. O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo porque muitas vezes ele me recreou, e não se envergonhou das minhas cadeias; mas quando estava em Roma, ele procurou ansiosamente para mim, e me encontrou-o Senhor lhe conceda encontrar misericórdia do Senhor naquele dia, e você sabe muito bem o que os serviços que prestou em Éfeso. (1: 6-18)

Durante a Rebelião Boxer (1899-1900), extremos nacionalistas chineses fomentou uma campanha de terror contra funcionários de governos estrangeiros, os missionários cristãos, e até mesmo os cristãos chineses. Depois eles cercaram uma certa estação da missão, eles selaram todas as saídas, exceto um. Eles colocaram uma cruz no chão em frente ao portão se abriu e disse que os missionários e estudantes que qualquer um que andou fora e pisado a cruz seria poupado. Segundo relatos, os primeiros sete estudantes que partiram pisoteadas na cruz e foram enviados em seu caminho. A oitava estudante, uma jovem, aproximou-se da cruz, se ajoelhou, rezou para a força, cuidadosamente caminhou ao redor da cruz, e foi imediatamente morto a tiros. Os restantes 92 alunos, reforçada pelo exemplo de coragem da garota, também andou ao redor da cruz para a morte.

A segunda seção do II Timóteo 1:6-18 enfoca os crentes "não ter vergonha de Jesus Cristo. Paulo funda este apelo sobre as motivações para servir a Cristo, ele tem apresentado nos versículos 1:5. Esses seis motivações eram para gerar em Timóteo a atitude generalizada de não ter vergonha do Senhor Jesus Cristo, a atitude subjacente que é indispensável para um ministério eficaz no reino. A expressão positiva de que a atitude é corajoso, testemunha sem remorso para e obediência a Ele, não importa o que o custo ou as conseqüências. É a atitude que se recusa a equivocar-se, vacilar ou comprometer e que não hesita em ser conflituosa quando necessário.

Davi expressa a atitude de testemunho corajoso com estas palavras: ". Tenho proclamado boas-novas de justiça na grande congregação; eis que não vai restringir os meus lábios, ó Senhor, tu sabes que eu não ter escondido tua justiça dentro do meu coração, eu falaram de tua fidelidade ea tua salvação; não escondi tua benignidade ea tua verdade da grande congregação "(Sl 40:9-10.). Ele sempre fala para o Senhor sem restrição ou reserva. Outro salmista declarou: "A minha boca falará da tua justiça e da tua salvação todo o dia, porque eu não sei a soma deles, virei com as grandes obras do Senhor Deus;. Farei menção da tua justiça , Tua alone "(Sl 71:15-16.). Ainda outro salmista declarou: "Eu também falarei dos teus testemunhos perante os reis, e não será confundido" (119 Ps: 46.). Nada pode deter o compromisso daqueles santos para falar de graça e justiça de Deus.

Não importa o quão talentoso, uma pessoa pode ser, ou como bem treinado, biblicamente letrado, astuto, ou articulada, e não importa muita oportunidade ou privilégio que ele pode ter, se ele não tem coragem e compromisso espiritual, ele não vai falar e agir de forma eficaz para o Senhor.
Paulo está chamando para um nível de compromisso que diz: "Eu não me importo com o que o mundo pensa, diz ou faz. Eu sei o que Deus ordenou para me ser e de fazer, e é isso que eu determinar, por Sua poder, de ser e de fazer. O que quer que as conseqüências, eu corajosamente vai ficar para Cristo ". O apóstolo menciona especificamente esse tema três vezes nesta passagem (vv. 8, 12, 16), porque é o coração de sua mensagem para o jovem pastor Timóteo. É um apelo para ele ter, um compromisso inabalável intransigente para proclamar Jesus Cristo, independentemente do perigo ou dificuldade.
Como cristãos, a maioria de nós deve confessar a ter vergonha do Senhor em algum momento ou outro, com medo do que as pessoas possam pensar e de como as suas opiniões podem afetar nossa popularidade na escola, a nossa posição social, ou o nosso sucesso nos negócios.Talvez nós ficamos com medo que eles me pergunto por que o nosso estilo de vida é muitas vezes incompatível com a nossa fé. No entanto, devemos também confessar que os riscos que enfrentamos foram muito menos graves do que as Timoteo enfrentado, que incluiu perseguição física, prisão e possível morte.

O exemplo mais conhecido no Novo Testamento de ter vergonha de Cristo é a negação de Pedro, durante o julgamento de Jesus diante do sumo sacerdote Caifás e ao Sinédrio, o Conselho Judaico. Todos os discípulos fugiram quando Jesus foi preso no Jardim do Getsêmani (Mt 26:56), mas Pedro voltou e seguiu "Ele a uma distância até o pátio do sumo sacerdote" (v. 58). Enquanto espera lá, ele três vezes negou ser discípulo de Jesus ou até mesmo conhecê-Lo (vv. 70-74). Assim que um galo cantou, "Pedro se lembrou da palavra que Jesus tinha dito:" Antes que o galo cante, tu me negará três vezes. " E ele saiu e chorou amargamente "(v. 75).

Esse relato vívido faz negação de Pedro um alvo fácil para qualquer reprovação. Mas, como mencionado acima, cada cristão sabe que ele, também, por vezes, tem sido culpado de negar o Senhor, embora talvez não tão publicamente ou de forma dramática. A verdade incentivando que ganhamos com a experiência de Pedro é que, assim como nós podemos ter vergonha do Senhor, como ele era, também podemos ser perdoados e restaurados pelo Senhor como ele era. Quando, depois da ressurreição, Pedro três vezes afirmada amor por Ele, Jesus três vezes reconheceu que o amor era verdadeiro, embora fraco, e Ele cobrado Pedro com cuidado do seu rebanho, a Igreja (João 21:15-17). Algumas semanas mais tarde, durante a festa de Pentecostes, Pedro destemidamente proclamou diante de uma grande multidão em Jerusalém,

"Homens de Israel, ouçam estas palavras: Jesus, o Nazareno, homem aprovado por Deus com milagres, prodígios e sinais, que Deus realizou através dele no meio de vós, como vós mesmos sabeis-este, entregue pelo predeterminado plano e presciência de Deus, você pregado a uma cruz pelas mãos de homens ímpios e colocá-lo à morte. E Deus O ressuscitou novamente, pondo fim à agonia da morte, uma vez que era impossível para ele, a ser realizada em sua poder. "... E com muitas outras palavras que ele solenemente testemunhou e continuou exortando-os, dizendo:" Salvai-vos desta geração perversa! " Então, os que receberam a sua palavra foram batizados; e adicionaram-se naquele dia cerca de três mil almas. (Atos 2:22-24, 40-41)

Pedro continuou a pregar o evangelho em Jerusalém, sem compromisso e sem medo. Pedro foi levado perante o mesmo Conselho, onde o seu Senhor foi falsamente acusado e fora da qual ele havia negaram. Mas nesta ocasião Pedro era um homem diferente. Quando ele foi ordenado a parar de pregar, ele declarou com João, "se é justo aos olhos de Deus que lhe dê ouvidos a vós do que a Deus, você é o juiz, porque nós não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos" (Atos 4:19-20).

Tal como acontece com Pedro, é somente quando passamos de vergonha e medo de convicção ardente e forte compromisso que nós tornar-se útil no serviço do Senhor.
É possível que Timoteo tinha-se tornado um pouco medroso ou apático em seu ministério. As dificuldades e oposição que ele encontrou em Éfeso, tanto de dentro e fora da igreja ali, pode ter tomado um pedágio em sua coragem. Seu fogo espiritual pode ter arrefecido. Nesta segunda carta a Timóteo, Paulo dá apenas um elogio, dizendo: "Estou consciente da fé sincera dentro de vós" (1: 5). O restante da carta é dedicada à exortação. Embora ele não acusa Timoteo do pecado, ele dá muitas admoestações (ver 1: 8; 1:13 2:1-15, 22; 4: 1-2, 4: 5).

Durante Seu ministério terreno, Jesus deixou claro o custo do discipulado para aqueles que são fiéis e sem vergonha. "Todo aquele, pois, que me confessar diante dos homens," Ele disse: "Eu também o confessarei diante de meu Pai que está nos céus" (Mt 10:32). Ele, então, dá o inverso preocupante dessa promessa: "Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus" (v 33).. No relato de Marcos, Jesus falou a mesma verdade ainda mais pungente: "Porque, quem se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos "(Mc 8:38).

Uma pessoa que se recusa a proclamar abertamente Jesus Cristo como Senhor e Salvador dá provas de que ele não pertence a Cristo, não importa o pedido for feito por ser cristão. O verdadeiro discipulado é caro. Um cristão nominal que não vai mesmo "confessar [Jesus] diante dos homens" certamente não vai pagar o preço que fiel, discipulado contínuo pode incorrer. "Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim não é digno de mim", disse Jesus, "e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz e siga-Me depois é não é digno de mim Quem acha a sua vida, perdê-la, e quem perder a sua vida por minha causa achá-la "(Mat. 10: 37-39).. A marca de um verdadeiro seguidor de Cristo é vontade de colocar sua própria vida em risco. A partir da perspectiva da eternidade, no entanto, que é um pequeno preço. "Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" Jesus perguntou retoricamente: "Porque o que dará o homem em troca da sua alma?" (Marcos 8:36-37).

A palavra Inglês mártir traduz o grego Martur , que significa simplesmente testemunha. Mas porque tantos cristãos primitivos pagos pelo seu testemunho com a própria vida, mártir eventualmente adquirida que significado especial.

O custo do discipulado não começou com os santos do Novo Testamento. Inúmeros santos sob a Antiga Aliança, e mesmo antes da Antiga Aliança, de boa vontade e de bom grado sofreu por causa de sua fé inabalável no Senhor. Consequentemente, "Deus não se envergonha de ser chamado o seu Deus" (He 11:16). Alguns "foram torturados, não aceitando o seu lançamento, a fim de que eles possam obter uma melhor ressurreição;. E outros experimentaram escárnios e açoites, sim, também cadeias e prisões Eles foram apedrejados, serrados ao meio, eles foram tentados, eles foram condenado à morte com a espada; andaram de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montanhas e cavernas e buracos no chão "(11 : 35-38).

Como os santos, o grande reformador João Hus não tinha vergonha do seu Senhor e por isso pagou o preço físico final. Em 1415, quando ele era um pastor, em Praga, esta "estrela da manhã da Reforma", como ele é muitas vezes chamado, foi preso, condenado e sentenciado a queimar na fogueira por pregar o verdadeiro evangelho. Quando as chamas tragado seu corpo, ele citou o Sl 25:2.). Para aqueles que tiveram a bênção imensurável de ouvir o caminho da salvação, de ter "conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo", ainda se recusam a confiar nele ", o último estado tornou-se pior para eles do que o primeiro. Para isso seria melhor para eles não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, a afastar-se do santo mandamento que lhes "(2Pe 2:21).

É característica da pessoa não salva de que se envergonhar de Cristo ", porque a mente posta na carne é inimizade contra Deus, pois não sujeitar-se à lei de Deus, pois não é mesmo capaz de fazê-lo" (Rm . 8: 7; conforme 5:10; Cl 2:21). Portanto, quando um crente se envergonhar de Cristo, ele está agindo como um incrédulo. A vergonha que marca a alma descrente nunca devem marcar um cristão, mas tragicamente às vezes acontece. A vergonha pode ser óbvia e pública ou pode ser sutil e privado, mas o Senhor sempre sabe disso e se entristece.

O escritor de Hebreus nos lembra que "convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e por meio de quem são todas as coisas, em trazendo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse o autor da salvação deles por meio de sofrimentos. Pois tanto o que santifica como aqueles que são santificados, vêm todos de um só, razão pela qual ele não se envergonha de lhes chamar irmãos "(Hb 2:10-11.). Citando o magnífico salmo messiânico 22, ele reforça que a verdade, dizendo: "Eu vou proclamar o teu nome a meus irmãos" (v. 12). O Senhor nos redimiu através do Seu sofrimento, através do qual Ele se tornou "pecado por nós, para que nos tornássemos justiça de Deus em Cristo" (2Co 5:21). Ele "entregou a si mesmo por nossos pecados, para que Ele possa nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de nosso Deus e Pai" (Gl 1:4) chamar, mesmo quando estamos com vergonha de chamá-lo Senhor.

Falando diretamente a Timóteo, e, indiretamente, a todos os crentes, Paulo apresenta oito meio pelo qual um cristão pode proteger contra ter vergonha de Cristo. São eles: renovar o seu dom (1: 6); considerar a sua recursos (v. 7); aceitar o seu sofrimento (v 8a.); lembre-se o seu chamado (vv 8b-10.); realizar o seu dever (vv 11-12a.); confiar em sua segurança (v 12b.); afirmar a sua doutrina (vv 13-14.); e escolher seus associados (vv. 15-18).

Renove o seu Presente

E por esta razão que eu lembrá-lo para acender de novo o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos. (1: 6)

Como já mencionado, parece provável que fervor e devoção de Timoteo tinha arrefecido em algum grau. Primeira admoestação de Paulo, portanto, era para este jovem pastor de renovar seu compromisso divinamente inspirada de proclamar e defender o evangelho e para pastorear fielmente os crentes Deus confiado aos seus cuidados.

Por esta razão, refere-se à "fé sincera dentro" Timoteo elogiado no verso anterior. O produto da fé sincera é fiel serviço, eo coração de serviço fiel está ministrando o nosso presente, sem reservas, pois o Senhor, o dom que Ele distribui "para cada um individualmente como quer" (1Co 12:11). Além de ministrar o nosso presente no serviço do Senhor, nossa vida na terra é inútil. O nosso único objectivo, como cristãos, é obedecer e servir ao Senhor pelo dom com o qual Ele nos abençoou com exclusividade cada um de nós, para que o corpo seja edificado para ser eficaz na evangelização.

Paulo queria lembrar Timoteo de algo que ele já sabia. Anazpureō ( para kindle de novo ) significa literalmente "para manter o fogo vivo", para atiçar as brasas em chamas e não deixá-los morrer. Ele carrega a mesma idéia de constância como faz a declaração do apóstolo: "Eu morro todos os dias" (1Co 15:31). Precisamos continuamente enterrar vontade própria, a fim de permitir que continuamente o Espírito Santo de Cristo para trabalhar a Sua vontade através de nós. Assim como cada crente, como Paulo, precisa acordar todos os dias e enterrar auto, cada crente também precisa de cada dia para continuamente kindle de novo o dom de Deus que recebeu. A expressão negativa do comando é "Não extingais o Espírito" (1Ts 5:19). Sob a orientação do Espírito, e em Seu poder, temos de exercer regularmente o dom que recebemos de Deus, para que não se atrofia por falta de cuidados e desuso.

Presente traduz o carisma , o que denota uma expressão específica do Charis ("graça") e, portanto, carrega a idéia de um dom da graça. Refere-se às categorias gerais de dons espirituais que Paulo explica em Romanos 12 e I Coríntios 12. Deus soberanamente concede essas capacitações sobre os crentes de acordo com sua própria vontade divina, totalmente à parte de qualquer mérito pessoal, qualificação, ou buscando. Por isso, "uma vez que temos dons [ charismata , plural de carisma ] que diferem de acordo com a graça [ charis ] que nos foi dado ", Paulo admoestou os crentes em Roma," deixar que cada exercê-los em conformidade "(Rm 12:6).. Em ambos os casos, os apóstolos estão falando da única dons espirituais de cada crente, o que pode abranger vários dons específicos.

Superdotação divina do crente é inseparável de sua vocação divina. Na salvação, presentes de carência de cada cristão é concedida a ele exclusivamente para equipá-lo para servir a Deus na área ou áreas de ministério específico para o qual ele foi chamado. Os presentes graça são capacitações divinas para o serviço eficaz do Senhor. Superdotação de Timóteo preparou-o não só para pregar e ensinar, mas também para "fazer o trabalho de um evangelista, [de modo a] cumprir o seu ministério" (2Tm 4:5), e "de acordo com as profecias feitas anteriormente acerca de vós" (1Tm 1:18).

Mas admoestação básica de Paulo a Timóteo, e para cada crente, permanece inalterada. Superdotação Divino deve ser continuamente reacendeu, ventilou-se em chamas, a fim de que Cristo possa funcionar plenamente a Sua vontade para nós e através de nós. O próprio fato de que nós temos dons de Deus exige a sua utilização plena e constante. E o fato de que cada crente tem um dom concedido por Deus significa que cada crente tem um ministério divinamente equipada.

Quaisquer que sejam os dons específicos nosso superdotação pode abraçar, eles estão continuamente a ser exercido no poder de Deus para a extensão do seu reino, para a construção de sua igreja, e para a glória do Seu nome. Se um crente tem o dom de profecia, deve ser exercida "de acordo com a medida da fé; se o serviço, seja em ministrar; se é ensinar, em seu ensino; ou que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte , com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria "(Rm 12:6-8.). E em todos os casos, ele não deve ser "ficando para trás em diligência, [mas ser] fervorosos no espírito, servindo ao Senhor" (v. 11).

Embora o presente de Timoteo foi dada a ele por Deus através do Espírito Santo e colocado dentro dele, não poderia tornar-se evidente ou começar a funcionar até que ele foi contratado para ministrar. Em um semelhante, embora não como uma maneira única, cada crente deve genuinamente e sem reservas a dedicar-se ao serviço do Senhor na energia do Espírito antes de sua superdotação pode se tornar verdadeiramente evidente ou eficaz. Quando o desejo do nosso coração é agradar ao Senhor, o Senhor nos guiará por esse desejo em áreas específicas do serviço para o qual Ele nos presenteou. O Senhor não zombar de Seus filhos. Ele amorosamente concede desejos que correspondem aos Seus dons.
Quando começamos a funcionar na área em que Deus nos presenteou, nossa ousadia em seu serviço vai crescer, porque sabemos que estamos a fazer o que Ele nos designou, e equipado para fazer. Nada dá um crente mais coragem e mais proteção de se envergonharem de Cristo do que saber que ele está na vontade do Senhor e está operando seu dom no poder do Espírito Santo.

Considere seus recursos

Porque Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, amor e disciplina. (1: 7)

Um segundo meios para se proteger contra ter vergonha de Cristo é a de considerar os nossos recursos divinos. O verbo grego ( didomi ) atrás não tenha dado está no aoristo indicativo tensa, mostrando passado ativa concluída ação. Deus já nos providenciou os recursos.

O Senhor pode recusar ajuda especial até que tenhamos necessidade especial. Jesus disse aos Doze: "Quando vos entregarem, não ficar ansioso sobre como ou o que você vai falar;. Para ele será dado naquela hora o que haveis de falar Porque não sois vós que falais, mas é o Espírito de vosso Pai é que fala em vós "(Mt 10:19-20.). Mas Deus providenciou tudo o que precisamos para todos os dias de vida e serviço fiel quando no princípio cremos.

A partir de uma perspectiva negativa, podemos ter certeza de que qualquer espírito de timidez que possamos ter não é de Deus. Ambos os testamentos falar de um medo adequado e apropriado de Deus, no sentido de admiração e reverência. Mas deilia é um tímido, covarde, medo vergonhoso que é gerada pelo caráter fraco, egoísta. O Senhor nunca é responsável pela nossa covardia, a nossa falta de confiança, ou nosso ser vergonhoso Dele. O substantivo deilia ( timidez ) é usado somente aqui no Novo Testamento e, ao contrário, o termo mais comum, por medo ( Phobos ), carrega um significado geralmente negativo.

Os recursos que temos do nosso Pai celestial são poder, amor e disciplina. Quando estamos vacilando e apreensivo, podemos ter certeza de que é porque nosso foco é em nós mesmos e nossos próprios recursos humanos, em vez de o Senhor e Seus recursos divinos disponíveis.

Dunamis ( poder ) denota grande força ou energia, e é o termo de que cheguemos a dinâmica e dinamite. Ele também traz a conotação de energia eficaz, produtivo, e não no que é cru e desenfreado. Deus nos dá o Seu poder para que nós para ser eficaz em seu serviço. Paulo não orou para que os crentes em Éfeso pode ser dado poder divino, mas que eles possam estar cientes do poder divino que já possuía. "Rezo para que os olhos do vosso coração seja iluminado", escreveu ele, "para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos, e qual é a superação grandeza do seu poder para nós que cremos. Estes são, de acordo com a operação da força do seu poder, que Ele trouxe em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais "( Ef. 1: 18-20). Através de Cristo, temos o recurso do próprio sobrenatural de Deus poder, o próprio poder Ele costumava levantar Cristo dentre os mortos.

Embora santos do Antigo Testamento não foram habitados pelo Espírito Santo no mesmo grau de plenitude que os crentes do Novo Testamento são (conforme Jo 14:17), eles não têm o recurso do Espírito de Deus fornecendo ajuda divina como eles viveram e serviram. Eles entenderam, como Zacarias declarou a Zorobabel, que sua força não era por humanos "'pode nem ... poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos" (Zc 4:6). É o "amor sincero dos irmãos" pelo qual "fervorosamente se amam de coração" (1Pe 1:22), o "perfeito amor [que] lança fora o medo" (1Jo 4:18). É o amor que afirma, sem reservas ou hesitação: "Se vivemos, vivemos para o Senhor, ou se morremos, morremos para o Senhor, por isso, se vivemos ou morramos, somos do Senhor" (Rm 14:8).

Nossas vidas espirituais são medidos com precisão por nosso amor. Se o nosso primeiro amor é para si mesmo, a nossa vida vai centrar-se na busca de nosso próprio bem-estar, os nossos próprios objetivos, o nosso próprio conforto e sucesso. Não vamos nos sacrificar para os outros ou até mesmo para o Senhor. Mas se ama com o amor que Deus oferece, a nossa vida vai centrar-se em agradá-Lo e em buscar o bem-estar dos outros, especialmente outros cristãos. O amor divino é o primeiro fruto do Espírito, e manifesta-se quando nós "vivemos pelo Espírito [e] ... andar pelo Espírito" (Gl 5:22., Gl 5:25).

Sōphronismos ( disciplina ) tem o significado literal de uma mente seguro e som, mas também carrega a idéia de um adicional, disciplinada e mente devidamente priorizadas auto-controlado. Deus-dada disciplina permite que os crentes a controlar todos os elementos de suas vidas, seja ela positiva ou negativa. Permite-lhes a experiência de sucesso sem se tornar orgulhoso e sofrer falha, sem se tornar amargo e sem esperança. A vida disciplinada é a vida divinamente ordenada, em que a sabedoria divina é aplicada a todas as situações.

Em sua carta à igreja de Roma, Paulo usa a forma verbal do termo, advertindo: "Eu digo a cada um dentre vós que não pense mais alto de si mesmo além do que convém pensar, mas pensar de modo a ter bom senso [ sōphrone ], como Deus repartiu a cada um uma medida de fé "(Rm 12:3).

A grande triunvirato de poder espiritual, amor e disciplina pertencem a cada crente. Estes não são dons naturais. Nós não nascemos com eles, e eles não podem ser aprendidas em sala de aula ou desenvolvido a partir da experiência. Eles não são o resultado de herança ou ambiente ou instrução. Mas todos os crentes possuem essas maravilhosas, dadas por Deus dotes: poder, para ser eficaz em seu serviço; amor, para ter a atitude correta para com Ele e outros; e disciplina, para se concentrar e aplicar cada parte de nossas vidas de acordo com a Sua vontade.

Quando esses dons estão todos presentes, resultados maravilhosos ocorrer. Nenhuma afirmação melhor afirmar essa realidade pode ser encontrada do que na carta de Paulo à igreja de Éfeso, a quem ele disse:
Por esta razão, me ponho de joelhos diante do Pai, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, para que Ele vos conceda, de acordo com as riquezas da sua glória, para ser fortalecidos com poder pelo seu Espírito no interior homem; para que Cristo habite em seu coração por meio da fé; e que você, estando arraigados e alicerçados em amor, pode ser capaz de compreender, com todos os santos, qual seja a largura, comprimento e altura e profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, segundo o poder que opera em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus por todas as gerações para todo o sempre. Amém. (Ef. 3: 14-21; grifo do autor)

Aceite seu sofrimento

Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro; mas comigo os meus sofrimentos pelo evangelho (1: 8-A)

Um terceiro meio para se proteger contra ter vergonha de Cristo está aceitando as consequências de ser fiel. Consequentemente, Paulo aconselhou Timóteo a preparar-se para o engano, a animosidade e rejeição.

Por isso se refere ao dom divino concedido e recursos Paulo acabou mencionado nos dois versículos anteriores. "À luz dessas bênçãos imensuráveis", o apóstolo estava dizendo: "você não tem motivos para se envergonhar do testemunho de nosso Senhor, ou de [Paulo] Seu prisioneiro. Não tenha medo de citar o nome de Cristo ou a ser conhecido como meu amigo e companheiro de ministro ".

No momento esta carta foi escrita, provavelmente em UM . D . 66, ser cristão não só trouxe a crítica quase universal, mas frequentemente a perseguição, a prisão (como Paulo foi, então, experimentar), e até mesmo a morte. Para ser associado com o Senhor, ou com Paulo, seu encarcerado, pode ser caro ao extremo. É interessante e significativo que o apóstolo não se considerava principalmente para ser um prisioneiro de Roma, mas em vez dele, ou seja, do Senhor Jesus Cristo, que tinha o controle soberano de sua vida. Ele poderia dizer: "Eu carrego no meu corpo as marcas-marcas de Jesus" (Gl 6:17).

Mas sendo um prisioneiro não resultou apenas da sua fidelidade a Cristo, mas também resultou na promoção da causa de Cristo. Ele disse à igreja em Éfeso, "Eu, Paulo, [sou] o prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vós, os gentios" (Ef 3:1.).

Paulo não iria pedir a Timóteo para fazer o que ele não faria isso. Junte-se a mim, disse ele, em sofrimento para o evangelho (conforme 2: 3). Junte-se a ... no sofrimento traduz o, composto única palavra grega sunkakopatheō , que aqui é um imperativo ativo. Paulo exortou Timóteo a partilhar o seu próprio maior desejo, o seu propósito supremo na vida: "sei [Cristo], e do poder da sua ressurreição, ea comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com sua morte" (Fp 3:10). .

É importante notar que Paulo está falando sobre o sofrimento por causa do evangelho, não sobre o sofrimento punição por nossos pecados. Devemos dar "nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja desacreditado" (2Co 6:3).Em vez disso, "Que aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus", Pedro passou a dizer, "confiar as suas almas ao fiel Criador, fazendo o que é certo" (v. 19).

Mas quando vivemos uma vida moral divina antes de nossa família, os nossos colegas, nossos colegas de trabalho, ou nossos vizinhos, podemos esperar que a hostilidade de uma forma ou de outra, porque a sua imoralidade e impiedade será mais evidente, por contraste. Quando nos confrontamos com seu pecado e testemunhar a sua necessidade de arrependimento e salvação, vamos ser ressentido.

Mais tarde nesta carta, Paulo ecoa promessa de Jesus de que "no mundo tereis aflições" (Jo 16:33), garantindo a Timóteo que, "de fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (2Tm 3:12). O sofrimento é o custo inevitável de uma vida piedosa.

Mas o sofrimento de Cristo é mais um privilégio do que um sacrifício, mais uma bênção do que um calvário. "Mesmo se eu estou sendo derramado como libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé", ele disse aos crentes de Filipos: "Alegro-me e compartilhar minha alegria com todos vós" (Fp 2:17). Ele podia dizer com honestidade humilde ", em tudo [estamos], nós nos recomendamos como servos de Deus, em grande resistência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas insônia, em fome, na pureza, na ciência, na paciência, na bondade, no Espírito Santo, no amor verdadeiro, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça para a mão direita e à esquerda "(2 Cor. 6: 4-7).

Devemos compartilhar essa atitude altruísta com Paulo e com os apóstolos em Jerusalém, que "seguiram o seu caminho a partir da presença do [judaica] Conselho, regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome" (At 5:41 ).

Lembre-se de sua chamada

de acordo com o poder de Deus, que nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade, mas agora foi revelado pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual destruiu a morte, e trouxe vida e imortalidade à luz através do evangelho, (1: 8b-10)

Um quarto meios para se proteger contra ter vergonha de Cristo é simplesmente para lembrar a nossa santa vocação de nosso Pai Celestial, que, como Paulo acaba de declarar, compartilha Seu poder divino com os Seus filhos.
Estes poucos versos são de um estudo da soteriologia, a doutrina da salvação, em miniatura. O apóstolo não era, é claro, ensinando Timoteo novas verdades, mas simplesmente lembrando-o do cardeal, verdades conhecidas do evangelho, verdades que devem motivar cada crente a fidelidade, para testemunho corajoso e viver para Jesus Cristo.

Lembrando estas verdades e colocando a nossa confiança em Deus, que lhes deu-nos a "andar de modo digno do Senhor, para agradá-Lo em todos os aspectos, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus; reforçada com todo o poder, de acordo com seu poder glorioso, para a consecução de toda firmeza e paciência "(Col. 1: 10-11).

Por causa do poder de Deus, podemos dizer com Paulo: "Posso todas as coisas naquele que me fortalece" (Fp 4:13). Podemos testemunhar com Pedro que "são protegidos pelo poder de Deus mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo" (1Pe 1:5).

De Deus o poder nem sempre se manifesta em nossas vidas de maneiras óbvias. Quando Paulo havia orado três vezes que Deus iria remover uma certa aflição, "um espinho na carne, um mensageiro de Satanás para buffet" dele, Deus respondeu: "A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza" (2 Cor. 12: 7-8). Sem hesitação ou decepção, Paulo respondeu: "De boa vontade, pois, eu gloriarei nas minhas fraquezas, para que o poder de Cristo habite em mim. Por isso, estou bem contente com fraquezas, nas injúrias, nas angústias, nas perseguições, nas dificuldades, pelo amor de Cristo, pois, quando sou fraco, então é que sou forte "(vv 9-10.).

Nosso amoroso Pai celestial é disposto e "capaz de manter [us] de tropeçar, e para fazer [us] ficar na presença de Sua glória irrepreensível com grande alegria" (Jd 1:24).

Deus soberanamente projetado salvação, e Ele soberanamente inicia, sustenta e completa a salvação. Ele nos perdoou, justificou-nos, e nos libertou do pecado e de Satanás, da morte e do inferno. Em todos os sentidos e em todos os tensa-passado, presente e futuro a Deus é o nosso Salvador.

Esse é um tema importante nas cartas pastorais. O Todo-Poderoso é freqüentemente chamado Salvador (1Tm 1:1; 1Tm 4:10; Tt 1:3; Tt 3:4; Tt 1:4; Tt 3:6; 1Tm 4:10; 2 Tm 2:.. 8-10; Tito 2:11-14; 3: 4-7 ).

O Deus que nos salvou também nos chamou com, ou para, uma santa vocação. Paulo não está falando de incrédulos chamado de Deus ao arrependimento e à salvação, mas de Sua eficaz, economizando chamada de crentes, aqueles que foram salvos, para uma vida santa e, finalmente, para a santidade eterna e perfeita (conforme 1Jo 3:2, Jo 6:44; conforme Fm 1:6.)

Deus "nos escolheu nele [Cristo] antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele" (Ef 1:4). Ele nos escolheu e nos amou ", de acordo com o eterno propósito que Ele realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Ef 3:11).

Mas este plano divino de toda a eternidade só agora foi revelado pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual destruiu a morte, e trouxe vida e imortalidade à luz através do evangelho. maioria das vezes no Novo Testamento (ver, por exemplo, 1Tm 6:14; 2Tm 4:12Tm 4:1; Tt 2:13), epiphaneia ( aparecer ) refere-se a segunda vinda de Cristo. Mas aqui, obviamente, refere-se a sua primeira vinda, quando Ele destruiu a morte.

Katargeō ( abolir ) significa literalmente tornar inoperante. Não é que a morte não existe mais ou que os crentes são prometeu fuga dele, a menos que sejam arrebatados. Mas, para os crentes, a morte não é mais uma ameaça, já não um inimigo, não o fim. Citando primeiro de Is 25:8, Paulo exultava: "Quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então virão sobre a palavra que está escrita, 'Morte foi tragada pela morte vitória O, onde está a tua vitória ó morte, onde está o teu aguilhão '"(1 Cor. 15: 54-55).?. "Desde então, os filhos participam da carne e do sangue", o escritor de Hebreus explica: "Ele mesmo [Cristo] do mesmo modo também participou da mesma, que por sua morte, tornar impotente aquele que tinha o poder da morte, isto é, o dMal "(He 2:14).

Mais do que simplesmente abolir a morte, na Sua primeira aparição Cristo trouxe vida e imortalidade à luz através do evangelho. Não foi até o Filho de Deus se encarnou em Jesus Cristo, que Deus escolheu para revelar toda a verdade sobre eterna vida e imortalidade. Trazê-los aos meios de luz tornando-os conhecidos. Essa é a nossa área de especialização. Sabemos que a realidade incomensurável de eterna, a existência imortal. Essa também é a nossa alegria e esperança em Cristo.

Realize Seu Dever

para o qual fui constituído pregador, apóstolo e um professor. Por esta razão sofro também estas coisas, (1: 11-12a)

Para ilustrar os próximos dois meios de se proteger contra ter vergonha de Cristo, Paulo chama de sua própria vida e ministério. O primeiro desses dois meios é perceber o dever de um, sobre o qual Paulo teve o mais forte convicção pessoal. Usando as mesmas palavras (no texto grego) como ele tinha em sua primeira carta (1Tm 2:7). Pelo menos duas vezes, Paulo testemunhou publicamente a esse chamado, em primeiro lugar nos degraus do quartel do exército romano diante de uma grande multidão em Jerusalém (Atos 22:3-21) e, alguns anos depois, diante do governador romano Festus, o rei Agripa e sua esposa Berenice em Cesaréia (Atos 26:2-23).

Saul, como Paulo era conhecido antes de sua conversão, não tinha planos de se tornar um cristão. Quando ele encontrou pela primeira vez Cristo, ele foi o principal perseguidor da Igreja infantil (ver Atos 8:1-9: 2). Nem, após sua conversão, foi seu próprio plano, ou qualquer outro plano humano, para que ele seja um embaixador especial para Jesus Cristo. Na praia perto Mileto, ele lembrou aos anciãos de Éfeso que recebeu seu ministério exclusivamente "do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus" (At 20:24; conforme Cl 1:25 ). Em sua primeira carta à igreja de Corinto, ele afirmou que a verdade, em termos ainda mais fortes. "Porque, se anuncio o evangelho, não tenho nada a gabar-se de", disse ele; "Porque eu sou sob compulsão, porque ai de mim se eu não anunciar o Evangelho" (1Co 9:16.).

Paulo primeiro menciona sua comissão como um pregador, como um proclamador, ou arauto, que oficialmente e publicamente anuncia uma mensagem em nome de um caso governante-in de Paulo, o Senhor Jesus Cristo. Ele também foi contratado como um apóstolo "de Cristo Jesus por vontade de Deus" (2Tm 1:11Tm 1:1). Falando com sarcasmo sobre certos "falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo, [que] se disfarçam como servos da justiça" (vv. 14-15), ele perguntou retoricamente,

Eles são servos de Cristo? (Falo como se insano) eu ainda mais; em muito mais trabalho, muito mais em prisões; em açoites, sem número, muitas vezes em perigo de morte. Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo. Eu estive em deslocações frequentes, em perigos de rios, perigos de salteadores, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos; Estive em trabalho de parto e fadigas, muitas noites sem dormir, em fome e sede, muitas vezes sem comida, frio e nudez. (Vv 23-27; cf.. 6: 4-10)

Ministério fiel no serviço do Senhor é sempre agridoce. Ele traz sofrimento e alegria, decepção e gratidão. É como o pequeno livro que representa julgamento que levou João "fora de mão do anjo, e comi-o, e era na minha boca doce como o mel, e quando eu tinha comido, o meu ventre ficou amargo" (Ap 10:10 ).

Mas, para Paulo, como deveria ser para cada crente, o sofrimento era um pequeno preço a pagar, porque a sua alegria sempre superado seu sofrimento, e sua satisfação sempre superaram as suas decepções. "Para mim, o viver é Cristo", alegrou-se ", e morrer é lucro" (Fm 1:21)."Mesmo se eu estou sendo derramado como libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé", ele testemunhou mais tarde, nessa carta, "Alegro-me e compartilhar minha alegria com todos vós" (2:17). Ele deu testemunho semelhante aos crentes de Colossos, dizendo: "Agora me regozijo nos meus sofrimentos por vós, e na minha carne, que eu faço a minha parte em nome do seu corpo (que é a igreja) em encher o que está faltando na de Cristo aflições "(Cl 1:24). O pior sofrimento que aguentar não é comparável à nossa futura glória (Rm 8:18).

Charles Spurgeon deu uma ilustração vívida da satisfação primordial que vem de altruísta, o serviço dos deuses.
Um homem deve levar um balde de água na cabeça e ser muito cansado com o peso; mas esse mesmo homem quando ele mergulha no mar devem ter mil baldes na cabeça sem perceber o seu peso, porque ele está no elemento e inteiramente o rodeia. Os deveres de santidade são muito cansativo para homens que não estão no elemento de santidade; mas quando uma vez que esses homens são lançados no elemento de graça, então eles suportar dez vezes mais, e não sentem o peso, mas são atualizados, assim, com alegria indizível.

Dever pode trazer a dor mais profunda ou a maior alegria. Dever espiritual insatisfeito traz insatisfação incalculável, pesar e angústia, não importa o quão fácil pode ser infidelidade. Por outro lado, o dever cumprido espiritual traz satisfação e felicidade indizível, qualquer que seja o custo de fidelidade. O cristão que é obediente ao seu dever sob o Senhor pode dizer com Pedro: "Se alguém sofre como cristão, que ele não sentir vergonha, mas em que o nome glorifique a Deus" (1Pe 4:16).

Confie a sua segurança

mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido e estou convencido de que Ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia. (1: 12b)

Resumindo seu depoimento anterior, e novamente usando sua própria experiência, Paulo dá um sexto meios para se proteger contra ter vergonha de Cristo: confiando na segurança espiritual.
Paulo era não se envergonha de seu Senhor, pois, diz ele, eu sei em quem tenho crido. Oida (saber) carrega a idéia de saber com certeza. Ele é usado com freqüência no Novo Testamento de Deus do próprio conhecimento e do homem de conhecer por revelação direta de Deus ou por uma experiência pessoal. No Sermão da Montanha, Jesus usou esse verbo em assegurar seus ouvintes: "Seu Pai sabe do que você precisa, antes de vós lho pedirdes" (Mt 6:8).

Estou convencido, ele testemunha, que Ele [Deus] é capaz [ dunatos , lit., é poderoso o suficiente] para guardar o que lhe foi confiada. Phulassō (para se proteger) foi um termo militar usado de um soldado de guarda, que era responsável com a própria vida para proteger o que foi confiado aos seus cuidados. Ele estava convencido não só por promessas divinas, mas também pela fidelidade constante de Deus, já exibiu a ele em tal medida que ele pudesse testemunhar a partir de encontros pessoais e experiência. Ele perguntou retoricamente,

Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Assim como está escrito: "Por amor de ti somos ser condenado à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro." Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Rom. 8: 35-39)

Paulo confiou sua segurança absoluta em Deus. Ele tinha sido através de anos de incansáveis ​​tentações, provas e testes, oportunidades e dificuldades. Ele tinha visto o poder de Deus no trabalho novo e de novo, tanto nele e em torno dele. Ele tinha visto o Senhor salvar e curar e proteger e orientar e incentivar (conforme 2 Tim. 4: 14-18). Ele havia encontrado pessoalmente Cristo na estrada de Damasco e foi "arrebatado ao paraíso, e ouviu palavras inefáveis, que o homem não é permitido falar .... E por causa da suprema grandeza das revelações, por esta razão, a manter-me de exaltar a mim mesmo, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás para me esbofetear-to me impedir de exaltar a mim mesmo! " (2Co 12:4).

Sua confiança não veio de um credo ou um sistema teológico ou de uma denominação ou uma ordenação. Ele veio apenas a partir de um relacionamento íntimo e ininterrupta com Deus, a quem ele deu a sua vida sem reservas, passando sobre a sua missão divina, sem preocupação com seu próprio bem-estar, a segurança, ou a vida. Sem a menor reserva, todas essas coisas foram confiadas a Ele até aquele dia. Seu único "ambição, seja em casa ou ausente, [era] para ser agradável a Ele" (2Co 5:9.); para o dia vai mostrá-lo, porque é para ser revelado com fogo, e o fogo em si vai testar a qualidade do trabalho de cada homem "(1Co 3:13.), a fim de" que cada um pode ser recompensado por suas obras no corpo, de acordo com o que ele fez, seja bom ou bad "(2Co 5:10).

Como Pedro, Paulo sabia com certeza perfeito que ele foi "protegido pelo poder de Deus através da fé para uma [concluído] salvação preparada para se revelar no último tempo" (1Pe 1:5). Quando a nossa vida pertence a Jesus Cristo, nada neste mundo, nem mesmo todos os demônios do inferno ou o próprio Satanás, pode nos tocar!

Afirme sua Doutrina

Manter o padrão das sãs palavras que você ouviu de mim, na fé e no amor que há em Cristo Jesus. Guarda, por meio do Espírito Santo que habita em nós, o tesouro que foi confiado a você. (1: 13-14)

Um sétimo guarda contra ter vergonha de Cristo está afirmando e sustentando doutrina correta. Embora a nossa confiança final é no próprio Cristo, a Sua verdade também é de grande importância. Ele é, de fato, absolutamente necessário para uma vida fiel, bem como para a segurança da nossa segurança. Se nós pertencemos a Cristo, que será seguro, mas se negligenciarmos a sua verdade, a nossa confiança em que a segurança vai minguar. Muitos cristãos, talvez a maioria, não têm a coragem de suas convicções, simplesmente porque eles não têm convicções claras. Antes de colocar sua vida em risco para o que você acredita, você deve acreditar.

Durante uma entrevista de rádio, alguns anos atrás, eu disse: "O que é particularmente trágico sobre os muitos escândalos que assolam o evAngelicalalismo hoje é o fato de que muitas igrejas, e por isso muitas pessoas que se dizem cristãs, têm pouca preocupação com a verdade bíblica e padrões bíblicos de viver. Em nome do amor, compreensão e paz dentro da Igreja e com a sociedade, quase qualquer teologia é aceita, ou pelo menos não desafiado, não importa o quanto ele pode contradizer a Escritura. "

Grande parte da igreja professa é ateológico, isto é, sem quaisquer convicções teológicas significativas. Como o mundo à sua volta, muitas pessoas que passam pelo nome de Cristo acreditam que para manter e ensinar doutrinas absolutas é ser sem amor, antagônicos, e até mesmo "anticristão". Eles se encaixam descrição de Paulo sobre aqueles nos últimos dias, que "não suportarão a sã doutrina; mas querendo ter comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, e vai voltando às fábulas "(2 Tim. 4: 3-4). Quando você examinar aqueles que hoje ridicularizar doutrina, você descobre que eles são também, como aqueles nos últimos dias que Paulo diz "serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, presunçosos, soberbos, maldizentes, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, irreconciliáveis, caluniadoras, sem auto-controle, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo forma de piedade, embora tenham negado seu poder .... [Eles são] sempre aprendendo e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade "(2 Tim. 3: 2-5, 2Tm 3:7). Sã doutrina leva a uma vida santa, e a ausência dele para estar profano.

Padrão traduz hupotupōsis , que foi usado de esboço de um escritor ou esboço de um artista, que estabeleceu as diretrizes e normas para a obra concluída. O cristão padrão é a Palavra de Deus, que engloba as sãs palavras que você já ouviu falar de mim [Paulo], apóstolo de Jesus Cristo. Nas Escrituras temos própria verdade e padrões de Deus, tudo o que precisamos ou deveria querer ter. É a verdade só divinamente inspirada, divinamente revelado, absoluto, único, perfeito e suficiente. Nele encontra-se todo o necessário para a salvação e para viver a vida salva. Mais tarde nesta carta Paulo recomenda a Timóteo, dizendo: "Desde a infância sabes as sagradas letras, que são capazes de dar-lhe a sabedoria que conduz à salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra "(2 Tm 3: 15-17.).

Coragem no ministério cristão, assim como na vida cristã em geral, não é possível para além de fortes convicções bíblicas. Mas Paulo dá equilíbrio necessário para o seu advogado. Convicções fortes estão a ser realizada e ensinou na fé e no amor que há em Cristo Jesus. Quando defendemos a Palavra de Deus, um espírito sem amor hipócrita, a controvérsia resultante e oposição não são causados ​​inteiramente pela ofensa de a própria verdade, mas também pela maneira ofensiva e não espiritual em que proclamá-la. Estamos a defender a Palavra de Deus na fé,isto é, com a atitude certa de confiança para com Deus; e devemos defendê-la no amor, com a atitude certa de bondade e compaixão para com os incrédulos e para os crentes mal ensinados e imaturos. "Falando a verdade em amor, estamos a crescer em todos os aspectos para ele, que é a cabeça, Cristo" (Ef 4:15). Embora não deve ter uma dúvida ou uma ortodoxia morta, nem deveríamos ter um sem amor, frio e insensível ortodoxia.

O Santo Espírito de habitando em todos os crentes é uma doutrina fundamental do Novo Testamento. Pouco antes de sua crucificação, Jesus prometeu aos discípulos: "Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; que é o Espírito da verdade" (João 14:16-17). Imediatamente antes de Sua ascensão Ele prometeu mais uma vez, "Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até à parte mais remota da terra" (At 1:8; conforme 1Co 6:19).

Portanto, assim como Deus tem poder para guardar o que temos confiado a Ele (v. 12), Ele também dá -nos poder para proteger, por meio do Espírito Santo que habita em nós, o tesouro que Ele tem confiado a nós. Teólogos diria que este descreve ambos os lados da nossa segurança, o poder de Deus e manter a perseverança do Espírito energizado dos santos. No final da carta anterior, Paulo deu uma ordem similar: "Ó Timóteo, guarda o que foi confiado a você", especificamente advertindo-o para evitar a "tagarelice mundana e vazia e os argumentos contraditórias do que é falsamente chamado 'conhecimento'" (1Tm 6:20).

O depósito de nossas vidas com Deus é segura. A questão é: quão seguro é o seu depósito de verdade com a gente? Faculdades cristãs, seminários, pastores e outros líderes da igreja que se desviam da Escritura, desertar para "outro evangelho" e "querendo perverter o evangelho de Cristo" (Gal. 1: 6-7), vai enfrentar um terrível dia do ajuste de contas diante de Deus. A responsabilidade mais solene que qualquer crente tem, especialmente aqueles que o Senhor chamou para serem pregadores e professores, é defender e defender a integridade da Sua Palavra.

Escolha seus associados

Você está ciente do fato de que todos os que estão na Ásia se afastou de mim, entre os quais estão Phygelus e Hermógenes. O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo porque muitas vezes ele me recreou, e não se envergonhou das minhas cadeias; mas quando estava em Roma, ele procurou ansiosamente para mim, e me encontrou-o Senhor lhe conceda encontrar misericórdia do Senhor naquele dia, e você sabe muito bem o que os serviços que prestou em Éfeso. (1: 15-18)

Um oitavo meios para se proteger contra ter vergonha de Cristo é a de escolher cuidadosamente um de associados, um meio que Paulo aqui implica. Nestes quatro versos ele contrasta colegas de trabalho que estavam me envergonho do evangelho com aqueles que não foram.

"Não se engane", advertiu a igreja de Corinto; "As más companhias corrompem os bons costumes" (1Co 15:33). Se associarmos com os cristãos espiritualmente corajosas, a nossa própria coragem será reforçada. Por outro lado, se associar com aqueles que têm vergonha de Cristo e Seu evangelho, que em breve será manchada por essa vergonha.

O primeiro grupo Paulo menciona incluídos todos os que estão na Ásia [que] se afastou dele. Eles tinham vergonha de Paulo, porque eles eram envergonho do evangelho que ele pregou e defendeu, e eles se tornaram ainda mais envergonhado e com medo quando ele foi preso por causa da fé (conforme v. 8). Timoteo estava ciente de [que] verdade, porque ele tinha sido pastoreando alguns anos em Éfeso, uma cidade na província romana da Ásia. Uma vez que Paulo estava preso, muitos dos homens que estavam com ele, incluindo todos os que [estavam] na Ásia, tinham medo de ser considerado culpado por associação. Porque a sua primeira prioridade era a auto-preservação, eles não tinham mais nada a ver com o apóstolo, que não só havia ministrado com eles, mas para eles.

Para ser rejeitada pelo mundo não é agradável, mas a ser abandonado por colegas de trabalho no serviço de Cristo é particularmente doloroso. Para que aqueles que você gastou sua vida alimentando espiritualmente se afastar de você, e às vezes até mesmo contra você, é de partir o coração ao extremo.

Paulo tinha se dado sem reservas a esses homens da Ásia. Como os crentes gálatas, eles eram filhos espirituais de Paulo, com quem ele estaria em "trabalho até que Cristo [foi] formada em" eles (Gl 4:19). Não era de admirar que ele expressou no início desta segunda epístola seu profundo desejo de ver Timoteo, um dos poucos que não tinham o abandonaram (2Tm 1:4).

O segundo grupo Paulo menciona está em contraste gritante com o grupo da Ásia. Paulo terminou a sua repreensão daqueles homens nomeando nomes, e ele começa estO elogio também nomeando um nome. Ele ora, o Senhor conceda misericórdia para [os da] casa de Onesíforo, que, como Phygelus e Hermógenes, eram conhecidos por Timoteo. Porque Paulo pede a Timóteo para cumprimentá-los (4:19), esta família, obviamente, viveu em ou perto de Éfeso.

Onesíforo tinha amizade com Paulo, enquanto ele estava na prisão. Ele muitas vezes refrigerados Paulo e não tinha medo de suas correntes, isto é, do seu ser um prisioneiro. Ele visitou regularmente o apóstolo envelhecimento e ministrou às suas necessidades, sem medo e sem vergonha. Quando esse amigo veio primeiro a Roma, talvez a negócios, ele ansiosamente procurou Paulo até que ele encontrou ele, sugerindo que a pesquisa envolveu um tempo considerável, esforço e possivelmente perigo.

Em profunda gratidão, Paulo novamente ora para que o Senhor [seria] conceder a ele para encontrar a misericórdia do Senhor naquele dia, no mesmo dia do julgamento dos crentes para as obras que ele mencionou no versículo 12 e refere-se novamente em 4: 8. A devoção de Onesíforo para Paulo tinha começado muitos anos antes. Ele provou sua coragem e fidelidade pelos serviços que prestou em Éfeso, quando o apóstolo ministrou lá.

Como Onesíforo, Martin Luther, o instrumento principal de Deus na Reforma, possuía tal coragem piedosamente em grande abundância. Um biógrafo, Roland Bainton, escreve sobre ele: "Lutero tinha o rosto para ir a Jerusalém e que não seria desviaram Ele entraria Worms embora houvesse tantos demônios como telhas nos telhados .... Ele ignorou todos. considerações humanas e atirou-se totalmente a Deus "( Here I Stand: A Vida da Martin Luther [New York: Abingdon, 1950], 181).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 18

II Timóteo 1

A glória e o privilégio de um apóstolo — 2Tm 1:1-7).

Nunca saberemos o que aconteceu exatamente; mas na hora de necessidade de Israel se manifestou esta tremenda epifaneia de Deus.

Quando Judas Macabeu e seu pequeno exército se viram confrontados com o poder de Nicanor, oraram: "Tu, Soberano, enviaste o teu anjo a Ezequias, rei do Judá, que deu morte a uns cento e oitenta e cinco mil

homens do exército de Senaqueribe (ver II Reis 19:35-36); agora também Senhor dos céus, envia um anjo bom diante de nós para infundir o temor e o espanto. Que o poder de teu braço fira os que vieram blasfemando

para atacar o teu povo santo!"

E logo a história prossegue: "Enquanto o povo de Nicanor avançava aos som de trombetas e cantos de guerra, os homens de Judas deram combate ao inimigo entre invocações e preces. Lutando com as mãos, mas orando a Deus em seu coração, abateram não menos de trinta e cinco mil homens, alegrando-se muito pela epifaneia de Deus" (2 Macabeus 15:22-27). Mais uma vez não sabemos o que aconteceu, mas mais uma vez Deus fez uma aparição grande e salvadora para seu povo. De modo que para o judeu a palavra epifaneia denotava a intervenção de Deus para resgatar e salvar.

Para os gregos esta era uma palavra igualmente grandiosa. chamava-se epifaneia à ascensão do imperador a seu trono. Era sua

manifestação. Todo imperador chegava ao trono com grandes esperança; sua chegada era saudada como o amanhecer de um novo e precioso dia, de grandes bênçãos por vir.

O evangelho foi plenamente manifestado com a epifaneia de Jesus; e a mesma palavra mostra que Jesus era a grande intervenção e manifestação salvadora de Deus no mundo; e que a vinda de Jesus foi o

começo de sua ascensão ao trono que finalmente seria o trono do Reino de Deus.

A CONFIANÇA HUMANA E DIVINA

2 Timóteo 1:12-14

Esta passagem utiliza uma palavra grega muito vívida num muito

sugestivo duplo sentido. Paulo fala daquilo que ele confiou a Deus; e insiste com Timóteo a proteger a confiança que Deus depositou nele. Em ambos os casos a palavra em grego é paratheke. Paratheke significa um depósito entregue sob a confiança de alguém. Uma pessoa podia depositar algo com um amigo em que podia confiar; podia depositar algo para que fosse guardado para seus filhos e seus seres queridos; podia depositar suas riquezas num tempero para protegê-las, porque os templos eram os bancos e caixas de segurança do mundo antigo. Em cada caso

algo confiado e depositado era um paratheke. No mundo antigo não havia dever mais sagrado que o de proteger estes depósitos e devolvê-los quando os requeria.

Há uma famosa história grega que relata quão sagrada era esta confiança (Heródoto 6:89; Juvenal, Sátiras, 13 199:208). Os espartanos

eram famosos por sua honra e honestidade estritas. Certo homem de Mileto foi a um tal Glauco de Esparta. Disse que tinha escutado relatórios tão grandiosos da honestidade dos espartanos que desejava

depositar seu dinheiro em poder de Glauco, até que ele ou seus herdeiros o reclamassem novamente. entregavam-se e recebiam certos símbolos, e tarjas para identificar à verdadeira pessoa que reclamasse no momento

de fazê-lo. Passaram os anos; morreu o homem de Mileto; seus filhos foram a Esparta ver Glauco, mostraram as tarjas que os identificavam, e pediram que lhes devolvessem o dinheiro depositado. Mas Glauco disse

que não lembrava jamais ter recebido esse dinheiro. Os filhos de Mileto foram embora tristes; mas Glauco foi ao famoso oráculo do Delfos para ver o que devia fazer, se devia admitir tê-lo recebido ou se, como a lei

grega lhe permitia fazê-lo, jurar que não sabia nada a respeito dele, porque os gregos aceitavam esse tipo de juramento como certo. O oráculo respondeu:

No presente seria melhor, oh Glauco, fazer o que desejas, Jurar para prevalecer, e aproveitar o dinheiro

Jura então — a morte é o destino até daqueles que nunca juraram falsamente.

Não obstante o deus do Juramento tem um filho que não tem nome nem pés nem mãos;

De força poderosa, chega à vingança e some na destruição a todos os que pertencem à raça ou à casa do homem

que cometeu perjúrio.

Mas os homens que mantêm seus juramentos deixam detrás eles uma florescente descendência"

Glauco compreendeu; o oráculo estava dizendo-lhe que se desejava

um lucro momentâneo, devia pagar o depósito; mas tal negocio

inevitavelmente lhe traria perdição eterna. Glauco rogou ao oráculo que perdoasse sua pergunta; mas a resposta foi que ter tentado ao deus era tão mau como ter cometido o fato. Mandou buscar os homens de Mileto e lhes devolveu o dinheiro.

Então Heródoto continua dizendo: "Glauco neste mundo não tem um único descendente; nem se conhece nenhuma família como dele; sua raiz e seus ramos foram tiradas de Esparta. É bom então quando se realizou uma promessa, nem sequer duvidar em pensamento a respeito de seu cumprimento." Para os gregos, algo confiado, um depósito, um paratheke era algo completamente sagrado.

Paulo diz que tem seu depósito em Deus. Quer dizer que confiou tanto sua tarefa como sua vida a Deus. Pareceria que foi cortado na

metade de sua carreira. Terminar como um criminoso numa cárcere de Roma poderia parecer como se fosse desfeito todo o seu trabalho. Mas

Paulo tinha semeado sua semente e pregado seu evangelho, e deixava o resultado nas mãos de Deus. Poderia parecer que este era o fim de Paulo; mas ele tinha confiado sua vida a Deus; e estava seguro de que na vida e

na morte estava salvo.

Por que estava tão seguro? Porque sabia em quem tinha crido. Devemos notar e lembrar sempre que Paulo não diz que sabia o que era

o que cria. A segurança de Paulo não provinha do conhecimento intelectual de um credo ou de uma teologia; provinha do conhecimento pessoal de Deus. Conhecia a Deus pessoalmente; conhecia-o intimamente; sabia como era Deus em amor e em poder; e para Paulo era

incrível e inconcebível que Deus falhasse com ele ou o traísse. Se trabalhamos honestamente, se fizemos o melhor que podíamos fazer, não importa quão magros nos pareçam, podemos tomar essa tarefa e esse

esforço e deixar o resultado e o êxito a Deus. Não importa se vivemos ou morremos, podemos confiar nossa vida a Deus. Com Ele a vida está a salvo neste ou em qualquer outro mundo, porque nada pode nos separar

do amor de Deus em Jesus Cristo nosso Senhor.

A CONFIANÇA HUMANA E DIVINA

2 Timóteo 1:12-14 (continuação)

Mas este assunto da confiança tem outra cara. Há outra paratheke. Paulo insiste com Timóteo a proteger e manter incorrupto o depósito que

Deus lhe confiou. Não só pomos nossa confiança em Deus: Deus também confia em nós. Não está longe do pensamento do Novo Testamento a idéia da dependência divina dos homens. Quando Deus

quer que se faça algo, tem que encontrar o homem que o leve a cabo. Se Deus quiser que se ensine a um menino, que se leve uma mensagem, que se pregue um sermão, que encontre um afastado, que se console uma

pessoa decaída, que se cure a um doente, tem que encontrar algum agente e algum instrumento para realizar sua tarefa.

A confiança que Deus tinha depositado particularmente em Timóteo era a de fiscalizar e edificar a Igreja. Se Timóteo verdadeiramente ia

cumprir essa confiança tinha que fazer determinadas coisas.

  1. Tinha que manter a forma das sãs palavras. Isto quer dizer que devia vigiar a manutenção da crença cristã em toda sua pureza, e que as

idéias falsas, equivocadas e errôneas não entrassem nela; que os grandes princípios da fé se mantivessem incorruptos. Isto não quer dizer que na 1greja cristã não deve haver pensamentos novos, idéias,

desenvolvimentos na doutrina e a fé. Significa sim que há certas grandes verdades cristãs que devem preservar-se intactas. E pode ser que a grande verdade cristã que devia permanecer para sempre estivesse

resumida no credo da Igreja primitiva: "Jesus Cristo é o Senhor" (Fp 2:11). Qualquer teologia que busque tirar Jesus do nicho mais alto ou tirar seu lugar único no plano da redenção e da salvação está

necessariamente equivocada. A Igreja cristã não deve estar nunca reafirmando sua fé, mas sim deve reafirmar a fé em Cristo.

  1. Nunca deve fraquejar na . Aqui a palavra fé esconde dois significados em sua entranha.

  1. Dá a idéia de fidelidade e lealdade. O líder cristão deve ser para sempre fiel e leal a Jesus Cristo. Nunca deve envergonhar-se de demonstrar de quem é e a quem serve. Nunca deve temer estar junto a seu Mestre e Salvador que aceitou a Cruz por ele. A fidelidade é a virtude mais antiga e essencial do mundo.
  2. Mas a fé também encerra a idéia de esperança. O cristão nunca deve perder seu esperança em Deus; nunca deve cair num pessimismo cansado e resignado. Nunca deve se desesperar. No coração de um

cristão não deve haver nem falta de esperança, nem pessimismo, nem desespero, nem por si mesmo nem pelo mundo.

  1. Seu amor não deve fraquejar nunca. Amar os homens é vê-los

como Deus os vê. É negar-se a outra coisa que buscar seu mais alto bem— estar. É enfrentar a amargura com o perdão. É enfrentar o ódio com o amor. É enfrentar a indiferença com a paixão chamejante que não pode ser apagada, nem sufocada, nem obscurecida. O amor cristão busca insistentemente amar os homens como Deus os ama, e amar a outros como Deus nos amou primeiro .

OS MUITOS INFIÉIS E O ÚNICO FIEL

2 Timóteo 1:15-18

Esta é uma passagem em que se combinam a dor e a alegria. No final sucedeu com Paulo o mesmo que sucedeu com Jesus, seu Mestre. Seus amigos o traíram e fugiram. No Novo Testamento Ásia não é o

continente da Ásia, mas sim a província romana de Ásia que abrangia a parte oeste da Ásia Menor. Sua capital era a cidade de Éfeso. Quando Paulo caiu prisioneiro seus amigos o abandonaram. O mais provável é

que o tenham deixado por medo. Os romanos nunca teriam procedido contra Paulo, baseando-se numa acusação puramente religiosa; os judeus deveram ter convencido os romanos de que Paulo era um perigoso alvoroçador e perturbador da paz pública. Não havia dúvida de que

finalmente Paulo seria aprisionado com uma acusação política. Era

perigoso ser amigo de um homem semelhante; e na hora de necessidade os amigos de Ásia abandonaram a Paulo porque temiam por sua própria segurança.

Mas apesar de que outros temessem e desertassem, um homem foi fiel até o fim. Seu nome era Onesíforo, nome que significa proveitoso.

Outros podiam envergonhar-se ou temer reconhecer que conheciam Paulo, mas Onesíforo não.

P. N. Harrison escreveu uma descrição vivida da busca de Paulo

realizada pelo Onesíforo em Roma:

"Parece-nos ver em meio de uma multidão movediça, um rosto decidido, e seguir com agudo interesse a esse estranho das longínquas costas do Egeu, enquanto atravessa o labirinto de ruas desconhecidas, chamando muitas portas, seguindo todas as pistas, advertido dos riscos que corre mas sem afastar-se de sua finalidade; até que em alguma escura casa-prisão uma voz conhecida o saúda, e descobre a Paulo encadeado a um soldado romano. Tendo encontrado o caminho, Onesíforo não se contenta realizando uma só visita, mas sim, fazendo honra a seu nome, demonstra ser incansável em seus serviços. Outros fugiram da ameaça e ignomínia dessas cadeias; mas este visitante considera que o privilégio supremo de sua vida é compartilhar com esse criminoso a recriminação da cruz. Chega a conhecer a série de labirintos (das ruas de Roma) como se fossem sua própria Éfeso".

Não há dúvida que, quando Onesíforo buscou Paulo e foi visitá-lo várias vezes, estava expondo sua vida. Era perigoso perguntar onde se podia encontrar a determinado delinqüente, e era ainda mais perigoso continuar visitando-o; mas isso foi o que Onesíforo fez.

Várias vezes a Bíblia nos confronta face a face com uma pergunta que é muito real para cada um de nós. Várias vezes a Bíblia apresenta e

saca um personagem do cenário da história com uma só frase. Hermógenes e Fígelo: não sabemos nada a respeito deles mais além de

seus nomes e o fato de que traíram a Paulo e o abandonaram. Onesíforo: não sabemos nada dele, exceto que em sua lealdade a Paulo arriscou — ou talvez perdeu a vida. Hermógenes e Fígelo passam à história

marcados como desertores; Onesíforo aparece como um amigo que esteve mais próximo que um irmão. Se nós fôssemos descritos numa só sentença, qual seria? Um veredicto de uma sentença sobre nossas vidas seria o veredicto de traidor ou o de discípulo fiel?

Antes de deixarmos esta passagem devemos notar que num aspecto particular é um centro de polêmica. Cada um ao ler esta passagem deve formar sua própria opinião, mas há muitos que consideram que a implicação desta passagem é que Onesíforo morreu. Paulo ora em primeiro lugar pela família de Onesíforo.

Há muitos que asseguram que esta passagem implica muito definidamente que Onesíforo tinha morrido, e que talvez sua fidelidade a

Paulo foi o que lhe custou a vida. Agora, se Onesíforo morreu, esta passagem mostraria a Paulo orando pelos mortos, pois ora para que Onesíforo encontre misericórdia no último e grande dia. As orações

pelos mortos são um problema muito discutido. Não tentamos discutir o assunto aqui, mas podemos assinalar que para os judeus não eram desconhecidas.

Nos dias das guerras dos macabeus houve uma batalha entre as tropas de Judas Macabeu e o exército de Górgias, o governador de Iduméia. Finalizou com uma vitória de Judas Macabeu. Depois da

batalha os judeus estavam juntando os cadáveres dos que tinham caído no campo de luta. Em cada um deles encontraram "objetos consagrados aos ídolos da Yamnia que a Lei proíbe aos judeus". O que se quer dizer é que os soldados judeus que tinham morrido levavam consigo amuletos

pagãos num intento supersticioso de proteger suas vidas. A história continua dizendo que todos os que foram mortos levavam esse amuleto, e assinala que devido a isso tinham sido mortos. Ao ver isto, Judas e toda

seu povo oraram para que o pecado desses homens "ficasse completamente apagado". Judas então arrecadou dinheiro e fez uma oferenda pelos pecados daqueles que tinham caído porque criam que, ao

haver ressurreição, não era supérfluo "rogar pelos mortos". De modo que a história termina dizendo de Judas Macabeu: "Por isso mandou fazer este sacrifício expiatório em favor dos mortos para que ficassem libertados do pecado" (2 Macabeus 12:39-45).

É evidente que Paulo tinha sido criado com a crença de que as orações pelos mortos não eram algo odioso, mas sim belo. Este é um

tema pelo qual houve muitas vezes longas e amargas disputas; mas podemos e devemos assinalar isto: se amamos a uma pessoa com todo nosso coração, e se a lembrança dessa pessoa não está nunca ausente de nossas mentes e lembrança, então, sem nos importar o que diga o

intelecto de um teólogo, o instinto de nossos corações é lembrar a tal pessoa em nossas orações, já seja que estejam neste mundo ou no outro.


Dicionário

Antes

antes adv. 1. Em tempo anterior. 2. Em lugar anterior. 3. De preferência. 4. Em realidade, realmente. adj. Contado de então para trás (di-Zse de tempo): Dois anos antes.

Deus

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Envergonhar

verbo transitivo Causar vergonha, embaraço ou acanhamento a.
Confundir, humilhar, comprometer.

Evangelho

Evangelho
1) A mensagem de salvação anunciada por Jesus Cristo e pelos apóstolos (Rm 1:15). “Evangelho” em grego quer dizer “boa notícia”.
2) Nome dado a cada um dos quatro primeiros livros do NT: MATEUS, MARCOS, LUCAS e JOÃO. Esses livros apresentam a vida e os ensinos de Jesus Cristo.

substantivo masculino Doutrina de Jesus Cristo: pregar o Evangelho.
Livros que contêm essa doutrina, a vida e história de Cristo, e que fazem parte do Novo Testamento.
Figurado Coisa que merece fé e confiança: sua palavra é um evangelho.
Figurado Conjunto de princípios que servem de base a uma doutrina: o evangelho da democracia.

Podem dividir-se em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o ensino moral. As quatro primeiras têm sido objeto de controvérsias; a última, porém, conservou-se constantemente inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É terreno onde todos os cultos podem reunir-se, estandarte sob o qual podem todos colocar-se, quaisquer que sejam suas crenças, porquanto jamais ele constituiu matéria das disputas religiosas, que sempre e por toda a parte se originaram das questões dogmáticas. [...] Para os homens, em particular, constitui aquele código uma regra de proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública, o princípio básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigorosa justiça. É, finalmente e acima de tudo, o roteiro infalível para a felicidade vindoura, o levantamento de uma ponta do véu que nos oculta a vida futura. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

O Evangelho é a fonte das verdades morais e religiosas, e é fundamento da igreja cristã [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10

[...] manancial de luz e de vida em todas as idades da Humanidade e para todas as humanidades.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] É a fé, o amor e a justiça. [...]
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] divina pedra de toque da Religião e da Moral [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] o mais perfeito código de conduta que se conhece [...].
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 1

No Evangelho de Jesus, encontramos todas as luzes e recursos inestimáveis para resolver os problemas da afeição mal dirigida, das fraquezas do sentimento e da viciação sexual. Se a Ciência cuida do corpo, o Evangelho orienta e ilumina o Espírito.
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

[...] a mensagem do Evangelho, que é luz para os que tateiam nas trevas da ignorância, bálsamo para os corações sofridos e esperança para os tristes, os aflitos e os desgraçados de todos os matizes!
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 10

Evangelho é seta a indicar o caminho.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Esforço

[...] a obra imortal de Jesus Nazareno [...] é ela o código por excelência de toda a moralidade una e perfeita, de toda a liberdade e de toda a solidariedade.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 2

[...] é o livro de Jesus, e é preciso conhecer Jesus mais que ao seu Código para dele se ocupar.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Exórdio

Ora, os Evangelhos são a obra da Bondade, representam um ciclo da evolução planetária, e, como tal, devem ter recebido o influxo e a sanção dos mensageiros do Pai, orientadores da Verdade relativa que cada época comporta.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

O Evangelho é caminho, porque, seguindo-o, não nos perderemos nas sombrias veredas da incompreensão e do ódio, da injustiça e da perversidade, mas perlustraremos, com galhardia e êxito, as luminosas trilhas da evolução e do progresso – da ascensão e da felicidade que se não extingue. O Evangelho é Verdade, porque é eterno. Desafia os séculos e transpõe os milênios. Perde-se no infinito dos tempos. O Evangelho é Vida, porque a alma que se alimenta dele, e nele vive, ganhará a vida eterna. Aquele que crê em Jesus epratica os seus ensinos viverá – mesmoque esteja morto.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8

[...] é o fundamento da ordem e doprogresso.O Evangelho é Amor – na sua mais ele-vada expressão.Amor que unifica e constrói para aEternidade.Amor que assegura a perpetuidade detodos os fenômenos evolutivos.[...] Somente o Evangelho aproximaráos homens, porque ele é Caridade.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 29

O Evangelho, comentado à luz do Es-piritismo, é o mais autêntico roteiro deque podemos dispor, hoje e sempre, paraa equação, pacífica e feliz, dos proble-mas humanos. Com ele, tudo é clarida-de e paz, alegria e trabalho, harmonia eentendimento, luz e progresso. [...]Com ele, a inteligência e a cultura edificampara a vida que não perece, descortinandoos panoramas da perfeição.[...] Com ele, a fortuna constrói o pro-gresso, estimula a prosperidade, esten-de as bênçãos do socorro fraterno àquelesque a velhice pobre e a infância desvali-da colocam à margem da felicidade
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - Conclusão

[...] O Evangelho é a bússola que oscaminheiros prudentes não abandonam[...]
Referencia: MENDES, Indalício• Rumos Doutrinários• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Evangelho – bússola doscaminheiros

[...] é a bússola dos Espíritos, [...] é oparadigma incontroverso da Verdade E E Epara o nosso ciclo de evolução intelectual e moral [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 3

Padrão eterno de inigualável sabedoria, o Evangelho é que há de nortear a Humanidade para seus altos destinos. [...]
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

Os Evangelhos foram e serão sempre o livro do progresso, a fonte da luz e da verdade.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

O Evangelho é também Poesia Divina da Sabedoria e do Amor, a estender-se no mundo em cânticos de fraternidade e serviço.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem a Hernani

O Evangelho é o livro do coração; cura as feridas do sentimento, porque destila o amor de Jesus Cristo: consola o desconforto dos aflitos, porque dele se evola a essência da verdade divina, gradativamente propiciada aos filhos de Deus, para a escalada gloriosa do futuro. Por ele, é certo, aumenta a criatura o seu patrimônio intelectual, com conhecimentos puramente espirituais, porém, a sua finalidade máxima é formar o patrimônio moral da Humanidade.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

O Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo é o código de toda a sabedoria de que se pode revestir a humana criatura, para a vida e para as vidas: mas o sagrado código, obra do Mestre divino, imutável em sua essência, na essência de seus puríssimos ensinamentos, reveste-se do especialíssimo caráter de uma eterna variedade na forma que o acomoda a todas as idades, a todos os progressos da Humanidade. É uma luz que cresce em intensidade, a par e à medida que os olhos da alma humana adquirem maior capacidade para suportá-la.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Assim, a única profilaxia eficaz contra a obsessão é a do Evangelho.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 4, cap• 1

[...] O Evangelho de Jesus é o norteador seguro para que os desavisados não se fiem somente na Ciência sem ética e na Filosofia sem a moral cristã.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 2

[...] é expressão e aplicação das leis universais e imutáveis de Deus. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 14

[...] O Evangelho do Cristo, código supremo para o entendimento da vida, é simbolizado pelo amor ao Criador e à criatura, como caminho para a redenção do Espírito eterno.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 33

O Evangelho de Jesus é o grande repertório de ensinamentos para a busca da sabedoria e da paz. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 36

O Evangelho é o repositório das normas e regras necessárias ao progresso espiritual. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

O Evangelho do Cristo, entendido em espírito, é o código que permite a compreensão dos mecanismos das leis morais da vida, resumidas em uma palavra – Amor.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 33

[...] O maior tratado de psicologia espontânea que podemos conhecer. [...]
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

[...] é um cântico de sublimadas esperanças no caminho das lágrimas da Terra, em marcha, porém, para as glórias sublimes do Infinito.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

[...] O Evangelho do Cristo é o transunto de todas as filosofias que procuram aprimorar o espírito, norteando-lhe a vida e as aspirações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 66

[...] O Evangelho é código de paz e felicidade que precisamos substancializar dentro da própria vida!
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 1

[...] é a construção de um mundo novo pela edificação moral do novo homem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2

[...] É uma luz para a nossa existência neste mundo mesmo, que devemos transformar em Reino de Deus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2

[...] livro mais vivaz e mais formoso do mundo, constituindo a mensagem permanente do Céu, entre as criaturas em trânsito pela Terra, o mapa das abençoadas altitudes espirituais, o guia do caminho, o manual do amor, da coragem e da perene alegria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

O Evangelho é roteiro iluminado do qual Jesus é o centro divino. Nessa Carta de Redenção, rodeando-lhe a figura celeste, existem palavras, lembranças, dádivas e indicações muito amadas dos que lhe foram legítimos colaboradores no mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 171

[...] Código de ouro e luz, em cuja aplicação pura e simples reside a verdadeira redenção da Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

[...] O Evangelho é a luz eterna, em torno da qual nos cabe o dever de estruturar as nossas asas de sabedoria e de amor [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17

Expressão autêntica da biografia e dos atos do Divino Mestre [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 20

Para as horas de amargura, / Para as dívidas da sorte, / o Evangelho é a luz da vida / que esclarece além da morte.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O Evangelho não é um livro simplesmente. É um templo de idéias infinitas – miraculosa escola das almas – estabelecendo a nova Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o Evangelho de Jesus [é o] roteiro das almas em que cada coração deve beber o divino ensinamento para a marcha evolutiva.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O Evangelho é, por isso, viveiro celeste para a criação de consciências sublimadas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Evangelho

O Evangelho é serviço redentor, mas não haverá salvação para a Humanidade sem a salvação do Homem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

[...] fonte real da Medicina preventiva, sustentando as bases do equilíbrio físio-psíquico.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 23

E E EO Evangelho é o roteiro para a ascensão de todos os Espíritos em luta, o aprendizado na Terra para os planos superiores do Ilimitado. De sua aplicação decorre a luz do espírito.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 225

O Evangelho, todavia, é livro divino e, enquanto permanecemos na cegueira da vaidade e da ignorância, não nos expõe seus tesouros sagrados. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 11

[...] o Evangelho de Amor, que é, sem dúvida, o Livro Divino em cujas lições podemos encontrar a libertação de todo o mal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

Ainda e sempre o Evangelho do Senhor / É a mensagem eterna da Verdade, / Senda de paz e de felicidade, / Na luz das luzes do Consolador.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Eterna mensagem

[...] confere paz e liberdade. É o tesouro do mundo. Em sua glória sublime os justos encontrarão a coroa de triunfo; os infortunados, o consolo; os tristes, a fortaleza do bom ânimo; os pecadores, a senda redentora dos resgates misericordiosos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 5

[...] O Evangelho é amor em sua expressão mais sublime. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 5

[...] Seu Evangelho [de Jesus] de perdão e amor é o tesouro divino dos sofredores e deserdados do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 9

[...] a palavra evangelho significa boas notícias.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 1

[...] O Evangelho do Cristo é o Sol que ilumina as tradições e os fatos da Antiga Lei. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 8

O Evangelho é o Livro da Vida, cheio de contos e pontos divinos, trazidos ao mundo pelo Celeste Orientador.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - Pontos e contos

[...] O Evangelho de Nosso Senhor não é livro para os museus, mas roteiro palpitante da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

[...] é mensagem de salvação, nunca de tormento. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

[...] é a revelação pela qual o Cristo nos entregou mais amplo conhecimento de Deus [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Atualidade espírita

[...] celeiro divino do nosso pão deimortalidade.[...] O Evangelho é o Sol da Imortali-dade que o Espiritismo reflete, com sa-bedoria, para a atualidade do mundo
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Brilhe vossa luz

Além disso, é o roteiro do otimismo divino.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 120

[...] não é apenas um conjunto brilhante de ensinamentos sublimes para ser comentado em nossas doutrinações – é código da Sabedoria Celestial, cujos dispositivos não podemos confundir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A luta continua

[...] representa uma glorificada equipe de idéias de amor puro e fé transforma dora, que Jesus trouxe à esfera dos homens, erguendo-os para o Reino Divino.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 20

O Evangelho – o livro-luz da evolução – é o nosso apoio. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 48

Aprendamos com o Evangelho, a fonte inexaurível da Verdade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 62

O Evangelho, assim, não é o livro de um povo apenas, mas o Código de Princípios Morais do Universo, adaptável a todas as pátrias, a todas as comunidades, a todas as raças e a todas as criaturas, porque representa, acima de tudo, a carta de conduta para a ascensão da consciência à imortalidade, na revelação da qual Nosso Senhor Jesus Cristo empregou a mediunidade sublime como agente de luz eterna, exaltando a vida e aniquilando a morte, abolindo o mal e glorificando o bem, a fim de que as leis humanas se purifiquem e se engrandeçam, se santifiquem e se elevem para a integração com as Leis de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 26


Esta palavra, cuja significação é ‘boas novas’, ou ‘boa mensagem’, aplica-se às quatro inspiradas narrações da vida e doutrinas de Jesus Cristo, compreendidas no N.T. (Mateus, Marcos, Lucas, João) – e, também, à revelação da graça de Deus, que Cristo veio pregar, e que se manifesta na Sua vida, morte e ressurreição, significando para os homens salvação e paz. Por diferentes nomes é conhecido o Evangelho: o Evangelho da graça, porque provém do livre amor de Deus (At 20:24) – o Evangelho do Reino, pois que trata do reino da graça e da glória (Mt 4:23) – o Evangelho de Cristo, porque Jesus é o seu autor e assunto (Rm 1:16 – 15,19) – o Evangelho da Paz e salvação, pois que as suas doutrinas promovem o nosso bem-estar presente e conduzem à gloria eterna (Ef 1:13 -6,15) – o glorioso Evangelho, porque nele se expõem as gloriosas perfeições de Deus (2 Co 4,4) – e o Evangelho eterno, visto que foi planejado desde a eternidade, é permanente, e de efeitos eternos (Ap 14:6). *veja cada Evangelho sob o nome de seu autor.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Participar

verbo transitivo indireto Compartilhar; fazer parte de: participou o movimento contra o governo.
Partilhar; possuir parte em: participou dos lucros da empresa.
Unir-se por uma razão, um sentimento, uma opinião etc.: participou da premiação pela vitória no jogo.
Possuir ou expressar características, particularidades comuns: a literatura de Machado de Assis participa do modernismo.
verbo transitivo direto e bitransitivo Comunicar; tornar público e conhecido; passar a saber: participou a nova casa; participaram o casamento aos noivos.
Etimologia (origem da palavra participar). Do latim participare.

Participar
1) Ter parte (1Co 10:17)

2) Tomar parte (2Tm 1:8). 3 Comunicar (1Sm 22:8), RA).

Poder

Poder
1) Força física (Dn 8:6), RA).

2) Domínio (Jz 13:5), RA).

3) Autoridade para agir (Sl 62:11); (Rm 9:22).

4) Força espiritual (Mq 3:8), RA; (At 1:8).

5) Espírito, seja bom ou mau (Ef 1:21); (1Pe 3:22), RA).

6) Espírito mau (1Co 15:24), RA). V. POTESTADE e PRINCIPADO.

Poder Nos evangelhos, encontra-se a afirmativa de que este mundo é campo de batalha entre dois poderes, não humanos, mas espirituais: o de Deus e o de Satanás e seus demônios. Ante essa realidade espiritual, as demais análises são superficiais e fora de foco. Jesus manifesta o poder de Deus nos milagres (Mt 12:22-30; Lc 19:37). É um poder que reside nele e dele sai (Mc 5:30; Lc 4:14), que vence o mal (Mc 3:26ss.; Lc 10:19) e que ele confia a seus discípulos (Mc 16:17).

Quanto ao poder político, os evangelhos consideram-no controlado pelo diabo — que o ofereceu a Jesus (Lc 4:5-8) — e afirmam que esse poder é incompatível com a missão de Jesus. Este o repudiou (Jo 6:15) e claramente declarou que seu Reino não era deste mundo (Jo 18:36-37). Os discípulos não devem copiar os padrões de conduta habituais na atividade política e sim tomar como exemplo a conduta de Jesus como Servo de YHVH (Lc 22:24-30).


verbo transitivo direto e intransitivo Possuir a capacidade ou a oportunidade de: podemos fazer o trabalho; mais pode o tempo que a pressa.
verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter habilidade (física, moral ou intelectual) de; exercer influência sobre: ele pode nadar muitos quilômetros; o diretor pensa que pode.
verbo transitivo direto Ser autorizado para; ter permissão para: os adolescentes não podem beber.
Possuir o necessário para: eles podiam trabalhar.
Estar sujeito a: naquele temporal, o atleta pode se machucar.
Ter possibilidade
(s): para alcançar (alguma coisa); conseguir: com a queda do adversário, o oponente pôde ganhar.

Demonstrar calma e paciência para: ele está sempre agitado, não se pode acalmar nunca?
Possuir excesso de vigor para: eles puderam vencer os obstáculos.
Estar autorizado moralmente para; ter um pretexto ou justificação para: tendo em conta seu excesso de conhecimento, podia conseguir o emprego.
Possuir características necessárias para aguentar (alguma coisa): nunca pôde ver acidentes.
Possuir a chance ou a vontade de: não puderam entrevistar o presidente.
Demonstrar controle acerca de: o professor não pode com os alunos desobedientes.
substantivo masculino Autorização ou capacidade de resolver; autoridade.
Ação de governar um país, uma nação, uma sociedade etc.: poder déspota.
Esse tipo de poder caracterizado por seus efeitos: poder presidencial.
Capacidade de realizar certas coisas; faculdade: nunca teve o poder de fazer amigos.
Superioridade absoluta utilizada com o propósito de chefiar, governar ou administrar, através do uso de influência ou de obediência.
Ação de possuir (alguma coisa); posse.
Atributo ou habilidade de que alguma coisa consiga realizar certo resultado; eficácia: o poder nutritivo do espinafre é excelente.
Característica ou particularidade da pessoa que se demonstra capaz de; perícia: o palestrante tinha o poder de encantar o público.
Excesso de alguma coisa; abundância: um poder de tiros que se alastrou pelo bairro.
Força, energia, vitalidade e potência.
Etimologia (origem da palavra poder). Do latim possum.potes.potùi.posse/potēre.

O poder, na vida, constitui o progresso. O poder é um atributo da sabedoria; a sabedoria a resultante da experiência; a experiência o impulsor de aperfeiçoamento; o aperfeiçoamento o dinamismo do progresso.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15


verbo transitivo direto e intransitivo Possuir a capacidade ou a oportunidade de: podemos fazer o trabalho; mais pode o tempo que a pressa.
verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter habilidade (física, moral ou intelectual) de; exercer influência sobre: ele pode nadar muitos quilômetros; o diretor pensa que pode.
verbo transitivo direto Ser autorizado para; ter permissão para: os adolescentes não podem beber.
Possuir o necessário para: eles podiam trabalhar.
Estar sujeito a: naquele temporal, o atleta pode se machucar.
Ter possibilidade
(s): para alcançar (alguma coisa); conseguir: com a queda do adversário, o oponente pôde ganhar.

Demonstrar calma e paciência para: ele está sempre agitado, não se pode acalmar nunca?
Possuir excesso de vigor para: eles puderam vencer os obstáculos.
Estar autorizado moralmente para; ter um pretexto ou justificação para: tendo em conta seu excesso de conhecimento, podia conseguir o emprego.
Possuir características necessárias para aguentar (alguma coisa): nunca pôde ver acidentes.
Possuir a chance ou a vontade de: não puderam entrevistar o presidente.
Demonstrar controle acerca de: o professor não pode com os alunos desobedientes.
substantivo masculino Autorização ou capacidade de resolver; autoridade.
Ação de governar um país, uma nação, uma sociedade etc.: poder déspota.
Esse tipo de poder caracterizado por seus efeitos: poder presidencial.
Capacidade de realizar certas coisas; faculdade: nunca teve o poder de fazer amigos.
Superioridade absoluta utilizada com o propósito de chefiar, governar ou administrar, através do uso de influência ou de obediência.
Ação de possuir (alguma coisa); posse.
Atributo ou habilidade de que alguma coisa consiga realizar certo resultado; eficácia: o poder nutritivo do espinafre é excelente.
Característica ou particularidade da pessoa que se demonstra capaz de; perícia: o palestrante tinha o poder de encantar o público.
Excesso de alguma coisa; abundância: um poder de tiros que se alastrou pelo bairro.
Força, energia, vitalidade e potência.
Etimologia (origem da palavra poder). Do latim possum.potes.potùi.posse/potēre.

Prisioneiro

substantivo masculino Indivíduo privado da liberdade; preso; cativo; condenado.
Figurado Aquele que não consegue livrar-se de alguma coisa.

prisioneiro adj. Que foi aprisionado. S. .M 1. Indivíduo privado da liberdade. 2. Indivíduo encarcerado; preso.

Segundo

numeral Numa série, indica ou ocupa a posição correspondente ao número dois.
adjetivo De qualidade inferior ou menos importante; secundário: artigos de segunda ordem.
Que apresenta semelhanças de um modelo, tipo ou versão anterior; rival, cópia: atriz se acha a segunda Fernanda Montenegro.
Que pode se repetir posteriormente; novo: segunda chance.
Cuja importância está condicionada a algo ou alguém melhor: é a segunda melhor aluna.
[Música] Que, num canto ou ao reproduzir um instrumento musical, produz sons graves: segunda voz.
substantivo masculino Algo ou alguém que está na segunda posição: não gosto de ser o segundo em minhas competições.
Curto espaço de tempo: já chego num segundo!
[Esporte] Pessoa que presta auxílio ou ajuda o boxeador.
[Geometria] Medida do ângulo plano expressa por 1/60 do minuto, sendo simbolizada por .
[Física] Medida de tempo que, no Sistema Internacional de Unidades, tem a duração de 9.192.631.770 períodos de radiação, sendo simbolizada por s.
Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundum, “que ocupa a posição dois”.
preposição Em conformidade com; de acordo com; conforme: segundo o juiz, o goleiro é realmente culpado.
conjunção Introduz uma oração que expressa subordinação, e conformidade com o que foi expresso pela oração principal: segundo vi, este ano teremos ainda mais problemas climatéricos.
Introduz uma oração que expressa subordinação, indicando proporcionalidade em relação à oração principal; à medida que: segundo o contar dos dias, ia ficando ainda mais inteligente.
Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundum, do verbo segundar.
advérbio De modo a ocupar o segundo lugar.
Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundo.

hebraico: o segundo

(Lat. “segundo”). Junto com Aristarco, Segundo era um cristão da igreja em Tessalônica que se uniu a Paulo em sua última jornada pela Grécia e finalmente de volta a Jerusalém. Ao que parece foi um dos representantes daquela igreja que levou os donativos coletados para os pobres em Jerusalém (At 20:4).


Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Testemunho

substantivo masculino Declaração feita pela testemunha, pela pessoa que estava presente ou viu algum acontecimento ou crime; depoimento.
O que pode ser usado para comprovar a veracidade ou existência de algo; prova.
Registro que se faz com o intuito de fundamentar algo, geralmente uma uma passagem da própria vida: testemunho religioso; comprovação.
Geologia Os restos ou aquilo que resta de antigas superfícies destruídas pelo efeito da erosão.
Ação ou efeito de testemunhar, de manifestar algo por palavras ou gestos.
Etimologia (origem da palavra testemunho). Do latim testimonium.

Testemunho
1) Declaração de uma TESTEMUNHA 1, (Ex 20:16); (Mc 14:55)

2) Declaração; afirmação (Jo 1:19); (At 10:43). 3 Ensinamento divino (Sl 119:22).

Testemunho Ver Apóstolos, Espírito Santo, Evangelho, Mártir.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
II Timóteo 1: 8 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Portanto, que não te envergonhes do testemunho de ① o nosso Senhor (Jesus), nem de mim o prisioneiro- acorrentado ② dEle. Pelo contrário, participa- tu- juntamente- comigo- das- aflições em- prol- do evangelho (as boas novas), segundo o poder de Deus,
II Timóteo 1: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

G1198
désmios
δέσμιος
()
G1411
dýnamis
δύναμις
potência
(power)
Substantivo - Feminino no Singular nominativo
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1870
epaischýnomai
ἐπαισχύνομαι
o caminho
(the way)
Substantivo
G2098
euangélion
εὐαγγέλιον
este, esta, esse, essa, tal pron rel
(whom)
Pronome
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G235
allá
ἀλλά
ir, ir embora, ir de uma parte para outra
(is gone)
Verbo
G2596
katá
κατά
treinar, dedicar, inaugurar
(do dedicated)
Verbo
G2962
kýrios
κύριος
antes
(before)
Prepostos
G3142
martýrion
μαρτύριον
()
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio
G3366
mēdé
μηδέ
preço, valor, preciosidade, honra, esplendor, pompa
(the honor)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3767
oûn
οὖν
portanto / por isso
(therefore)
Conjunção
G4777
synkakopathéō
συγκακοπαθέω
rebelião, revolta
([it be] in rebellion)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


δέσμιος


(G1198)
désmios (des'-mee-os)

1198 δεσμιος desmios

de 1199; TDNT - 2:43,145; adj

  1. amarrado, em grilhões, cativo, prisioneiro

δύναμις


(G1411)
dýnamis (doo'-nam-is)

1411 δυναμις dunamis

de 1410; TDNT - 2:284,186; n f

  1. poder, força, habilidade
    1. poder inerente, poder que reside numa coisa pela virtude de sua natureza, ou que uma pessoa ou coisa mostra e desenvolve
    2. poder para realizar milagres
    3. poder moral e excelência de alma
    4. poder e influência própria dos ricos e afortunados
    5. poder e riquezas que crescem pelos números
    6. poder que consiste em ou basea-se em exércitos, forças, multidões

Sinônimos ver verbete 5820


ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

ἐπαισχύνομαι


(G1870)
epaischýnomai (ep-ahee-skhoo'-nom-ahee)

1870 επαισχυνομαι epaischunomai

de 1909 e 153; TDNT - 1:189,*; v

  1. envergonhar-se

εὐαγγέλιον


(G2098)
euangélion (yoo-ang-ghel'-ee-on)

2098 ευαγγελιον euaggelion

do mesmo que 2097; TDNT - 2:721,267; n n

  1. recompensa por boas notícias
  2. boas novas
    1. as boas novas do reino de Deus que acontecerão em breve, e, subseqüentemente, também de Jesus, o Messias, o fundador deste reino. Depois da morte de Cristo, o termo inclui também a pregação de (sobre) Jesus Cristo que, tendo sofrido a morte na cruz para obter a salvação eterna para os homens no reino de Deus, mas que restaurado à vida e exaltado à direita de Deus no céu, dali voltará em majestade para consumar o reino de Deus
    2. as boas novas da salvação através de Cristo
    3. a proclamação da graça de Deus manifesta e garantida em Cristo
    4. o evangelho
    5. quando a posição messiânica de Jesus ficou demonstrada pelas suas palavras, obras, e morte, a narrativa da pregação, obras, e morte de Jesus Cristo passou a ser chamada de evangelho ou boas novas.

θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

ἀλλά


(G235)
allá (al-lah')

235 αλλα alla

plural neutro de 243; conj

  1. mas
    1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
    2. uma objeção
    3. uma exceção
    4. uma restrição
    5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
    6. introduz uma transição para o assunto principal

κατά


(G2596)
katá (kat-ah')

2596 κατα kata

partícula primária; prep

abaixo de, por toda parte

de acordo com, com respeito a, ao longo de


κύριος


(G2962)
kýrios (koo'-ree-os)

2962 κυριος kurios

de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

  1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
    1. o que possue e dispõe de algo
      1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
      2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
    2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
    3. título dado: a Deus, ao Messias

Sinônimos ver verbete 5830


μαρτύριον


(G3142)
martýrion (mar-too'-ree-on)

3142 μαρτυριον marturion

de um suposto derivado de 3144; TDNT - 4:474,564; n n

  1. testemunho

μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)

μηδέ


(G3366)
mēdé (may-deh')

3366 μηδε mede

de 3361 e 1161; partícula

  1. e não, mas não, nem, não


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὖν


(G3767)
oûn (oon)

3767 ουν oun

aparentemente, palavra raiz; partícula

  1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

συγκακοπαθέω


(G4777)
synkakopathéō (soong-kak-op-ath-eh'-o)

4777 συγκακοπαθεω sugkakopatheo

de 4862 e 2553; TDNT - 5:936,798; v

  1. sofrer momentos difíceis ao lado de alguém

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo