Enciclopédia de II Pedro 2:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2pe 2: 4

Versão Versículo
ARA Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo;
ARC Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo;
TB Pois, se Deus não poupou a anjos, quando pecaram, mas lançou-os no inferno e os entregou aos abismos de escuridão, para serem reservados para o juízo;
BGB Εἰ γὰρ ὁ θεὸς ἀγγέλων ἁμαρτησάντων οὐκ ἐφείσατο, ἀλλὰ ⸀σειραῖς ζόφου ταρταρώσας παρέδωκεν εἰς κρίσιν τηρουμένους,
BKJ Porque, se Deus não poupou aos anjos que pecaram, mas os lançou no inferno, e os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o julgamento;
LTT Porque, uma vez ① que Deus aos anjos havendo pecado não poupou, mas para correntes (de prisão) 1656 da escuridão os havendo arremessado- para- baixo- para- encarceramento- dentro do- inferno- Tártaro 1657 os entregou, para o Julgamento tendo eles sido reservados;
BJ2 Com efeito, se Deus não poupou os anjos que pecaram, mas lançou-os nos abismos tenebrosos do Tártaro, onde estão guardados à espera do Julgamento,
VULG sic fac mecum ut ædificem domum nomini Domini Dei mei, ut consecrem eam ad adolendum incensum coram illo, et fumiganda aromata, et ad propositionem panum sempiternam, et ad holocautomata mane, et vespere, sabbatis quoque, et neomeniis, et solemnitatibus Domini Dei nostri in sempiternum, quæ mandata sunt Israëli.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Pedro 2:4

Deuteronômio 29:20 O Senhor não lhe quererá perdoar; mas, então, fumegará a ira do Senhor e o seu zelo sobre o tal homem, e toda maldição escrita neste livro jazerá sobre ele; e o Senhor apagará o seu nome de debaixo do céu.
Jó 4:18 Eis que nos seus servos não confia e nos seus anjos encontra loucura;
Jó 21:30 Que o mau é preservado para o dia da destruição e arrebatado no dia do furor?
Salmos 78:50 Abriu caminho à sua ira; não poupou a alma deles à morte, nem a vida deles à pestilência.
Isaías 14:12 Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!
Ezequiel 5:11 Portanto, tão certo como eu vivo, diz o Senhor Jeová, pois que profanaste o meu santuário com todas as tuas coisas detestáveis e com todas as tuas abominações, também eu te diminuirei, e o meu olho te não perdoará, nem também terei piedade.
Ezequiel 7:4 E não te poupará o meu olho, nem terei piedade de ti, mas porei sobre ti os teus caminhos, e as tuas abominações estarão no meio de ti; e sabereis que eu sou o Senhor.
Ezequiel 7:9 E não te poupará o meu olho, nem terei piedade; conforme os teus caminhos, assim carregarei sobre ti, e as tuas abominações estarão no meio de ti; e sabereis que eu, o Senhor, castigo.
Mateus 8:29 E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?
Mateus 25:41 Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
Marcos 5:7 E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes.
Lucas 8:31 E rogavam-lhe que os não mandasse para o abismo.
Lucas 10:18 E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu.
João 8:44 Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.
Romanos 8:32 Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?
Romanos 11:21 Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que te não poupe a ti também.
II Pedro 2:5 e não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios;
II Pedro 2:9 Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos e reservar os injustos para o Dia de Juízo, para serem castigados,
II Pedro 2:11 enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor.
I João 3:8 Quem pratica o pecado é do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.
Judas 1:6 e aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande Dia;
Judas 1:13 ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações, estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas.
Apocalipse 12:7 E houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão; e batalhavam o dragão e os seus anjos,
Apocalipse 20:1 E vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão.
Apocalipse 20:10 E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 1656

2Pe 2:4 Mss Alexandrinos/ TC/ bíblias moderninhas adulteram "CORRENTES {4577 seira, na forma σειραῖς, dativo- plural- feminino} da escuridão", enfraquecendo para "ABISMOS [i.é cavernas, segundo Thayer] {σειροῖς, dativo- plural- masculino} tenebrosos".


 1657

2Pe 2:4 "OS HAVENDO ARREMESSADO- PARA- BAIXO- PARA- ENCARCERAMENTO- DENTRO DO- iNFERNO- TÁRTARO": esta é exatamente uma palavra, do verbo {5020 tartarow no aoristo- ativo- particípio}, usada somente aqui em todo o NT, significando "arremessar para baixo, para encarceramento dento do mais profundo abismo", e proveniente do substantivo "TARTAROS" ("o mais profundo calabouço do inferno, conhecido como o Abismo"). Talvez o Tártaro seja um subcompartimento do inferno, talvez seja um outro local fora do inferno, mas sem dúvidas é um LOCAL, local real de terrível sofrimento. É o inferno em particular e exclusivo para onde serão lançados todos os demônios, mas nele já estando, "adiantadamente", somente a subclasse daqueles demônios aqui referidos [cremos que são os "filhos de Deus" de Gn 6:2-4, que são a subclasse dos demônios que tiveram relações sexuais com mulheres, acrescidos dos demônios que foram expulsos por Cristo e Seus 83 apóstolos e discípulos].
Talvez devêssemos ter traduzido como "os havendo arremessado- para- baixo- para- encarceramento- dentro do- TÁRTARO", diferenciando Tártaro tanto do inferno (Hades no contexto de não salvos) como do Lago de Fogo (Geena).
Ao final da Tribulação, todos os outros demônios serão lançados no Tártaro (mas o Diabo será lançado no Abismo Sem Fundo). Ao final do Milênio, todas estas classes de anjos caídos (juntamente com o inferno e com todos os homens não salvos de todos os tempos, que estavam no inferno e receberão corpos indestrutíveis) serão lançados no terribilíssimo e definitivo Lago de Fogo.
- Não havendo diferença de tratamento entre o chefe dos demônios e seus subalternos, tudo indica que:
      A) o "ABISMO (- SEM- FUNDO)" {12 abussos} (Ap 20:1,Ap 20:3, diferente de "poço (de entrada) do abismo (- sem- fundo)" de Ap 9:1,Ap 9:2) é o mesmo Tártaro, e que será ao final da Tribulação que todos demônios serão nele lançados (juntamente com Satanás);
      B) será ao final do Milênio que Satanás será lançado do Tártaro (ou seja, do Abismo (- Sem- Fundo), compartimento do inferno só para ele e os demônios) para o Lago de Fogo v. 10. Naturalmente, todos os seus súditos e colegas de Tártaro, os demônios, receberão igual condenação. Ali sofrerão terrível, consciente, inescapável, e eternamente Ap 20:10-14 e 2Pe 2:4 sobre inferno x Lago de Fogo x Tártaro. (Hades x Geenna x Tartarow).


 ①

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Pedro Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
SEÇÃO III

GRAÇA E CONHECIMENTO EM RISCO EM VIRTUDE
DOS FALSOS MESTRES

II Pedro 2:1-22

A. OS FALSOS MESTRES PRENUNCIADOS 2:1-3

Tendo mostrado o uso errado da "profecia da Escritura" (1.20), Pedro prossegue na sua exposição do perigo dos falsos profetas. Semelhantemente aos falsos (pseudo) profetas dos tempos do Antigo Testamento (Dt 13:1-5; Is 28:7; Jr 6:13-14; Ez 13:9-10; Mq 3:11), essas pessoas introduzirão (na 1greja) encobertamente (de modo secreto, semelhantemente a um traidor no acampamento) heresias de perdição — isto é, "here-sias marcadas para a destruição".28 Por meio dessas heresias, os falsos doutores estão "negando o próprio senhor que os comprou, trazendo destruição sobre suas cabeças" (NEB).

Vincent nota que a palavra heresias no grego significa uma escolha. Assim, "uma heresia é, estritamente, a escolha de uma opinião contrária àquela geralmente acolhida; por essa razão, transferida ao corpo daqueles que professam suas opiniões e, portanto, formam uma seita" .29A natureza desses movimentos sectários é propagar ensinamentos heréticos, levar, como ave de rapina, membros de congregações existentes e criar divi-sões, causando grande estrago na obra de Cristo no mundo quando "convertem em disso-lução a graça de Deus" (Jd 4). Não é de admirar, então, que o ensinamento herético tem sido um instrumento primordial de Satanás para lançar sementes de discórdia e sufocar o progresso da evangelização mundial (Mt 13:24-30). Também não é de admirar que os apóstolos denunciaram a heresia de forma veemente, porque o ensinamento herético é geralmente o inimigo traiçoeiro da santidade e da justiça! Essa heresia é perigosa porque a santificação do espírito humano ocorre pela crença na verdade divina (2 Ts 2.13). Portanto, crer numa mentira, embora inocentemente propagada, é atrair sobre si possí-vel condenação (2 Ts 2:9-12). A forte afinidade entre heresia e moralidade depravada, de acordo com esse capítulo, ilustra o estímulo recíproco que um dá ao outro — ambas agindo como causa e efeito. O critério para detectar a heresia no ensinamento cristão é reconhecer se ela nega o senhorio de Jesus Cristo. Esse ensinamento pode ser uma rejei-ção deliberada ou involuntária da verdade revelada, aceitando posições contraditórias em seu lugar.

O fato de que muitos seguirão as suas dissoluções (2; "práticas libertinas", ARA) é evidência de que o coração do homem, à parte da graça divina, é muito propenso à corrupção e ao erro. Por causa dessas pessoas enganadas, será blasfemado o caminho da verdade. O perigo está sempre presente por causa do esforço desses falsos mestres de fazerem negócio, aproveitando-se do povo de Deus com palavras fingidas (falsas). A avareza (3; obsessão insaciável) dos líderes heréticos tem sido interpretada por al-guns como o desejo por ganhos financeiros e por outros aspectos como a ânsia em ganhar seguidores. Em ambos os casos, a motivação é egocêntrica em vez de "cristocêntrica". Pedro adverte tanto a líderes quanto a seguidores que sobre tais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição (destruição) não dormita. A NVI traduz esse texto da seguinte maneira: "Há muito tempo a sua condenação paira sobre eles, e a sua destruição não tarda".

B. OS FALSOS MESTRES DESTINADOS AO CASTIGO, 2:4-10A

O fim dos falsos mestres, em termos de "julgamento" e "perdição" (v. 3), é uma decla-ração em forma profética, mas ela é tão certa quanto a história. Pedro cita quatro exem-plos, três de castigo e um de preservação, para reforçar seu argumento das coisas que estão por vir. Se Deus não perdoou aos anjos que pecaram (4) ; se não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé (5) ; se condenou à subversão as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza (6) ; e se livrou o justo Ló (7), então sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos e reservar os injustos para o Dia de Juízo, para serem castigados (9). A forma de julgamento pode ser lançar no inferno (tartarosas, somente aqui no NT) " e entregar às cadeias da escuridão ("abismos tene-brosos", RSV), como no caso dos anjos caídos; ou por meio do dilúvio, como ocorreu no mundo dos dias de Noé; ou reduzir cidades [...] a cinza, como Sodoma e Gomorra. Fica claro que o julgamento de pessoas pecaminosas é certo. A essa lista Pedro acrescenta os falsos mestres e suas vítimas, que, se não se arrependerem (3.9), também perecerão no juízo (v. 3). Essa classe de pessoas é descrita como "os que seguem os desejos impuros da carne e desprezam a autoridade" (v. 10, NVI).

O julgamento de Deus não é apenas certo e severo, mas também seletivo. Alguns anjos não caíram; Noé e sua família imediata foram salvos; Ló foi salvo de Sodoma. Assim, o Senhor sabe quem deve ser condenado e quem deve ser liberto e Ele sabe como guardar cada um para o seu destino eterno Phillips traduz o versículo 7 da seguinte forma: "Lembrem-se, Ló era um homem bom que sofria agonias espirituais dia após dia por causa das maldades que via e ouvia".

C. OS FALSOS MESTRES CARACTERIZADOS 2:10B-16

  • Audácia (2.10b,
    11)
  • Pedro revela que os falsos mestres se caracterizam por serem atrevidos (10; excessi-vos em presunção) e obstinados (possuídos de uma atitude de amor próprio e auto-sufici-ente), que não estremecem ao blasfemar das autoridades ("as glórias do mundo invisí-vel", Phillips). Em contraste, os anjos, que se sobressaem em força e poder (11), não pronunciam contra eles (anjos maus) juízo blasfemo diante do Senhor (cf. Jd 9).

  • Animalidade (2:12-14)
  • A razão da audácia dos falsos mestres é encontrada na sua animalidade. Eles são como animais irracionais (12), que nascem para ser capturados e destruídos como animais de rapina. Sua brutalidade é evidenciada no fato de blasfemarem do que não entendem (assuntos dos quais são ignorantes). Eles posam como peritos espirituais quando, na realidade, são ignorantes quanto às coisas de Deus. Ai deles, porque perece-rão na sua corrupção. Ao destruírem, eles certamente serão destruídos; ao serem in-justos, eles receberão o salário da iniqüidade (v. 13). Mas Pedro ainda não terminou. A animalidade deles é percebida no fato de terem prazer nos deleites cotidianos. Esses cristãos professos são nódoas [...] e máculas para a comunidade cristã. A última parte do versículo 13 tem sido interpretada da seguinte maneira: "...os enganam, vivendo em pecado repugnante por um lado, enquanto pelo outro juntam-se a vocês em suas festas fraternais, como se fossem homens sinceros" (Bíblia Viva). Visto que seus olhos são cheios de adultério (14), eles não conseguem ver uma mulher sem ter pensamentos lascivos. Na verdade, eles estão tão profundamente emaranhados que não cessam de pecar (são incapazes de parar de pecar), porque, por meio da avareza, exercitaram o coração com desejos maldosos. Não é de admirar, então, que são filhos de maldição ("estão debaixo de maldição", Phillips). Eles estão debaixo da maldição de Deus agora e são herdeiros da condenação no mundo vindouro.

  • Avareza (2.15,16)
  • Além da audácia e animalidade deles, Pedro acrescenta um terceiro pecado — a avareza. Deixando o caminho direito (15), amaram o prêmio da injustiça; "bus-cando o lucro caíram no erro de Balaão" (Jd 11, NVI). A comparação dos falsos mestres com Balaão é indicativa dos seus motivos (cf. Nm 22:23). Balaão sinceramente deseja-va o dinheiro que Balaque teria dado a ele para amaldiçoar Israel. Ele só não amaldiçoou porque teve a repreensão da sua transgressão (pelo) mudo jumento (16). Esses falsos mestres, no entanto, não tiveram esse obstáculo externo e, pela falta de remorso, estavam prontos a aceitar "o salário da injustiça" (NVI).

    D. OS FALSOS MESTRES E SUAS VITIMAS, 2:17-22

    Dizer que os falsos mestres são como fontes sem água ou nuvens levadas pela força do vento, para aqueles a quem está reservado "o destino da escuridão das tre-vas" (v. 17),' é falar do seu vazio desapontador. Esses mestres falam coisas mui arrogantes de vaidades e engodam com as concupiscências da carne (18) com a promessa de liberdade, embora eles mesmos sejam servos da corrupção (19). Isso mostra o seu engodo depravador. Tanto para o mestre quanto para o seguidor Pedro tem uma palavra de advertência séria. No caso daqueles que escaparam das contami-nações do pecado, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo e fo-rem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro (20). Para conhecer o caminho da justiça precisamos conhe-cer o caminho da responsabilidade. Assim, no caso daquele que conheceu a alegria da salvação, mas se desvia do santo mandamento (21), é como pecar contra luz mais intensa e, conseqüentemente, estar sujeito a mais castigo do que experimentaria se "não tivesse conhecido o caminho da justiça" (NVI). Ir da conversão para o desvio é como um cão que voltou ao seu próprio vômito (cf. Pv 26:11) ou como a porca lavada, ao espojadouro de lama (22). Esse é o fim daqueles que se afastam de Cris-to persistentemente, depois de tê-lo conhecido.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de II Pedro Capítulo 2 versículo 4
    Ver Jd 1:6,

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de II Pedro Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
    *

    2.1 heresias. O termo grego referia-se, em certa época, a grupos ou seitas num sentido neutro (conforme "seita", At 24:5). Foi usado por Paulo para referir-se a grupos que provocam divisões (1Co 11:19; Gl 5:20), e veio a denotar ensinos específicos de tais grupos. Aqui provavelmente se tem em mente ensinos acerca da conduta cristã — conduta que colocava os mestres sob julgamento (v. 3; 3.7).

    renegarem o Soberano Senhor que os resgatou. Pedro não está dizendo que cristãos podem perder a salvação (Jo 10:28,29; Rm 8:28-30), mas está descrevendo os falsos mestres em termos da própria profissão de fé específica destes (vs. 20 e 21). Ao ensinarem e praticarem imoralidade, eles desprezam o senhorio de Cristo e provam que sua profissão de fé é falsa (1Jo 2:3,4,19).

    Embora a frase "o Soberano Senhor que os resgatou" é tomada por alguns no sentido que a morte vicária (substitutiva) de Cristo aplica-se a todos, e não somente aos eleitos (ver "Redenção Definida" em Jo 10:15), a preocupação de Pedro aqui é destacar a responsabilidade dos falsos mestres, e não desenvolver uma teoria da expiação. Com a sua argumentação de serem redimidos por Cristo, “suas práticas libertinas" (v. 2) provocam desonra especial a Cristo e seu sacrifício pelo pecado.

    * 2.2 práticas libertinas. Indulgência sensual incorrigível e afoita, especialmente na imoralidade sexual ("dissoluções", 1Pe 4:3).

    infamado. Comportamento imoral daqueles que dizem ser cristãos dá ao cristianismo má fama entre descrentes. Cristãos são muitas vezes exortados ao comportamento exemplar, a fim de que a causa do evangelho não seja prejudicada (1Tm 6:1; Tt 2:5,9,10).

    * 2.3 por avareza. Ver 2Co 9:14,15; 12:17,18; 1Tm 6:5; 1Pe 5:2 e nota.

    * 2.4 anjos quando pecaram. O significado dessa frase é discutido. Muitos vêem aqui uma alusão ao pecado dos "filhos de Deus" de Gn 6:1-4 (conforme Jd 6). No texto em questão, Pedro pode estar se valendo, para fins ilustrativos, do texto da narrativa de Gn 6 no livro apócrifo de 1 Enoque (Jd 14, nota). Enquanto "filhos de Deus" pode referir-se a anjos (p.ex., 1:6; 2:1), esta interpretação não está livre de dificuldades (Gn 6:2, nota). Outros especulam que "anjos quando pecaram" são os anjos malignos que pecaram antes da queda da humanidade como está em Gn 3. Seja como for, o ponto é que se Deus julgou anjos malignos, então certamente também julgará pessoas ímpias.

    precipitando-os no inferno. O verbo significa "lançar no Tártaro". Na mitologia grega, Tártaro era o lugar de punição dos espíritos de pessoas falecidas. Assim como Paulo pôde citar para seus propósitos particulares um versículo apropriado de um escritor pagão (conforme At 17:28; Tt 1:12), assim também Pedro usa aqui uma figura homérica para afirmar a idéia dum lugar especial de aprisionamento até o juízo final.

    *

    2.5 pregador da justiça. Essa descrição de Noé é única na Escritura, mas é bem conhecida na tradição judaica. Refere-se ou a exortações que não foram registradas no Antigo Testamento ou ao estilo de vida de Noé que condenava o pecado e recomendava vida justa aos seus contemporâneos.

    * 2.7 justo Ló. Uma descrição surpreendente, considerando-se o retrato de Ló em Gênesis (Gn 19). A justiça de Ló pode ter sido deduzida (por Pedro ou tradição extra-bíblica) da intercessão de Abraão pelos justos de Sodoma e a subseqüente libertação de Ló.

    * 2.9 o Senhor. A implicação dos três exemplos nos vs. 4-8 é clara: Deus certamente julgará os maus e libertará os justos.

    reservar, sob castigo. Alguns comentaristas e a maioria das traduções inglesas encontram aqui uma referência à punição preliminar que antecede ao juízo final. Esta é a leitura mais natural do grego, embora alguns comentaristas, inclusive Calvino, entendem que se trata duma referência à punição futura no dia do juízo (“reservar, sob castigo, os injustos para o dia de juízo”). Por causa da preocupação de Pedro nesta passagem de apontar para a certeza do juízo final, a última interpretação parece ser mais apropriada do que a primeira.

    * 2.10 difamar autoridades superiores. Lit. “blasfemando glórias”, provavelmente uma referência a anjos. A afirmação no v. 11 “ao passo que anjos... não proferem contra elas juízo infamante” (conforme Jd 10,11), indica que se tem em mente anjos malignos. Quando advertidos do perigo de cair no poder de forças espirituais do mal (conforme 1Co 5:5; 1Tm 1:20), os falsos mestres aparentemente zombaram do poder do diabo e seus demônios. Inclusive hoje, uma atitude petulante em realção a satanás e seu poder pode representar perigo espiritual.

    *

    2:13

    suas próprias mistificações, enquanto banqueteiam junto convosco. Os falsos mestres não estavam promovendo amor nas suas festas (Jd 12), mas mentiras nocivas. Pedro usa a palavra grega para “decepções” que tem um som semelhante para “amor”, no grego.

    * 2.14 olhos cheios de adultério. Lit. “olhos cheios duma mulher adúltera”, um retrato vivo de sua sensualidade insaciável (v. 2, nota).

    engodando almas inconstantes. O termo traduzido por “engodando” reaparece no v. 18 com a mesma tradução ("seduz" em Tg 1:14). Em contraste com os crentes “confirmados” de 1.12, falta aos “inconstantes” um firme fundamento na fé cristã. Portanto, são presa fácil para as seduções (engodo) dos falsos mestres.

    exercitado na avareza. Uma metáfora atlética, lit. “tendo um coração exercitado (ou treinado) em avareza”. Seu propósito, pelo menos em parte, de fazer discípulos era obter deles lucros financeiros (vs. 3,15).

    * 2.15 caminho de Balaão. A tradição exegética judaica tornou Balaão proverbial por causa de sua avareza. Por isso, os falsos mestres com seu desejo de lucro são comparados a ele (Jd 11). De acordo com Nm 31:16, Balaão também era culpado por levar outros a pecar.

    * 2.16 mudo animal. Pedro possivelmente pretende fazer um contraste irônico com o v. 12. Enquanto os falsos mestres se assemelhavam a “brutos irracionais” como escravos da avareza, seu protótipo Balaão foi repreendido por uma besta.

    *

    2.17 fonte sem água. Assim como água sustenta vida física assim verdadeiro ensino espiritual nutre a vida espiritual (Pv 13:14; 13 43:4-15'>Jo 4:13-15) — uma imagem viva numa cultura onde água era um recurso muito valorizado. Semelhante à fonte seca que somente decepciona o sedento (Jr 14:3), os falsos mestres apenas enganam e desapontam.

    névoas impelidas por temporal. Semelhante à nuvens de neblina que não trazem chuva refrescante (Jd 12), o falso ensino é incapaz de fornecer sustento espiritual.

    * 2.18 engodam... aqueles que estavam prestes a fugir. Recém convertidos ou pessoas que ainda não estão bem fundamentas na fé caem como presas dos falsos mestres (v. 14 e nota).

    * 2.19 prometendo-lhes liberdade. Os falsos mestres podem ter usado a declaração de Paulo, que o cristão não está debaixo da lei, como base de seu ensino errado que o cristão está livre da restrição da lei moral de Deus (conforme Rm 6:15; 1Co 9:21; Gl 5:18).

    escravos da corrupção. Aqui fica evidente uma profunda ironia do pecado: a busca de liberdade de Deus conduz somente à escravidão do pecado e de si mesmo. Verdadeira liberdade do pecado envolve feliz “escravidão” a Deus (conforme Rm 6:18).

    * 2.20-22 Provavelmente são visados os falsos mestres e não “aqueles que estavam prestes a fugir” (v. 18). Aparentemente estes falsos mestres confessavam ser cristãos, mas seu retorno à sua antiga maneira pecaminosa de viver mostrou que seu conhecimento de Cristo e seu caminho da justiça era apenas superficial (v. 1, nota).

    *

    2.21 melhor... nunca tivessem conhecido o caminho da justiça. Rejeição deliberada da verdade aumenta a responsabilidade da pessoa perante Deus (Lc 12:47,48). A frase “conhecido o caminho da justiça” refere-se a um conhecimento intelectual do ensino ético e modo de vida, característicos dos cristãos (note a frase “santo mandamento”). Sua conversão foi ilusória. Em outros lugares, a Escritura ensina que aqueles que de fato são regenerados perseverarão na fé (Jo 10:26-30; conforme 1Jo 2:19).

    *

    2.22 O cão... A porca. Em contraste à visão moderna de cães como “os melhores amigos do homem”, os antigos judeus os desprezavam (Êx 22:31; Pv 26:11; Ap 22:15). Evitavam-se porcos porque eram considerados impuros (Lv 11:7; Is 65:4). O argumento de Pedro consiste que a simples profissão religiosa ou mesmo a mudança externa não transforma o coração de uma pessoa. A apostasia dos falsos mestres revela sua verdadeira natureza.



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de II Pedro Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
    2:1 Jesus havia dito a seus discípulos que viriam falsos professores (Mt 24:11; Mc 13:22-23). Pedro tinha escutado essas palavras, e agora via como se cumpria a advertência. Assim como os falsos profetas haviam contradito aos verdadeiros profetas no Antigo Testamento (vejam-se por exemplo, Jr 23:16-40; Jr 28:1-17), dizendo o que a gente queria ouvir, de igual maneira os falsos professores tergiversavam os ensinos de Cristo e as palavras dos apóstolos. Esses professores menosprezavam o significado da vida, morte e ressurreição do Jesucristo. Alguns afirmavam que Jesucristo não podia ter sido Deus; outros manifestavam que não podia ter sido verdadeiro homem. Permitiam e inclusive estimulavam a que se cometesse todo tipo de atos imorais e errôneos, sobre tudo pecados sexuais. Devemos nos cuidar dos falsos professores de hoje. Deve avaliar-se qualquer livro, série de toca-fitas ou mensagem por televisão à luz da Palavra de Deus. Cuide do significado especial ou a interpretação que diminui a Cristo e sua obra.

    2:3 Os professores deveram ser pagos pelos que recebiam seus ensinos, mas estes falsos professores tentavam ganhar mais dinheiro ao tergiversar a verdade e ao dizer o que às pessoas gostava de ouvir. Estavam mais interessados em enriquecer-se que em ensinar a verdade. Pedro e Paulo condenaram a cobiça e mentira destes professores (veja-se 1Tm 6:5). Quando você envia dinheiro para qualquer causa avalie com supremo cuidado. O professor ou pregador, serve a Deus sem lugar a dúvidas ou fomenta seus próprios interesses? O dinheiro se usará para fomentar um ministério válido ou simplesmente financiará futuras promoções?

    2.4-6 Se Deus não perdoou aos anjos nem às pessoas que viveram antes do dilúvio, nem aos cidadãos da Sodoma e Gomorra, tampouco perdoaria a esses falsos professores. Alguns tentarão nos fazer acreditar que Deus salvará a todos porque O é amor. Mas é néscio pensar que O anulará o julgamento final. Estes três exemplos devem ser uma advertência clara de que Deus julga ao pecado e que não escaparão do julgamento quão pecadores não se arrependam.

    2.7-9 Ao igual a Deus resgatou ao Lot da Sodoma, pode nos resgatar das tentações de um mundo malvado. Lot não estava livre de pecado, mas pôs sua confiança em Deus e foi protegido quando se destruiu Sodoma. Para maior informação sobre o Lot, veja-se Gênese 14. Deus também julgará a quem provoca a tentação e as provas; não devemos nos preocupar nunca de que não se faça justiça.

    2.10-12 Talvez as "potestades superiores" se refira aos anjos, a toda a glória do mundo invisível ou, mais provável, a anjos cansados. Uma passagem parecida se acha em Jd 1:8-10 Em qualquer lugar que estão, os falsos professores se burlam das verdades espirituais que não conseguiram compreender, tomam o poder de Satanás de maneira superficial e pensam que têm a capacidade de julgar o mau. Muitos em nossa época menosprezam o sobrenatural. Negam a realidade do mundo espiritual e afirmam que só deve aceitá-lo que pode ver-se e sentir-se. Assim como os falsos professores da época do Pedro, no dia final serão considerados néscios todos os que tenham obrado mau. Não considere à ligeira a Satanás e seus poderes sobrenaturais nem seja arrogante quanto a sua derrota. Apesar de que será destruído totalmente, ele está empenhado em obter que os cristãos se voltem satisfeitos de si mesmos e ineficientes.

    2:13, 14 "Comem com vocês" pôde ter sido uma referência a parte da celebração do Ceia do Senhor. Era uma comida completa, a que terminava com a eucaristia. Os falsos professores, embora viviam abertamente em forma pecaminosa, participavam dos mantimentos com todos outros na igreja. Em um dos atos maiores de hipocrisia, assistiam à festa sagrada destinada a fomentar amor e unidade entre os crentes, enquanto que ao mesmo tempo fofocavam e denegriam a todos os que não estavam de acordo com suas opiniões. Como lhes dissesse Paulo aos corintios: "De maneira que qualquer que comer este pão ou beber esta taça do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor" (1Co 11:27). Essas pessoas eram culpados não só devido a seus falsos ensinos e prazeres pecaminosos, mas sim também eram culpados de apartar a outros do Jesucristo, o Filho de Deus.

    2:15 Balaam foi contratado por um rei pagão para amaldiçoar ao Israel. Fez o que Deus lhe disse por um tempo (Números 22:24), mas logo seus motivos perversos e seus desejos de obter dinheiro puderam mais (Nu 25:1-3; Nu 31:16). Assim como os falsos professores da época do Pedro, Balaam usou a religião para sua vantagem pessoal, um pecado que Deus não toma à ligeira.

    2:19 Uma pessoa é pulseira daquilo que a domina. Muitos acreditam que liberdade é fazer tudo o que alguém quer. Mas ninguém é sempre totalmente livre nesse sentido. Se nos negarmos a seguir a Deus, seguiremos nossos próprios desejos pecaminosos e chegaremos a ser escravos dos caprichos de nosso corpo. Se submetermos nossa vida a Cristo, O nos liberará da escravidão do que o corpo deseja. Cristo nos libera para que lhe sirvamos, o que deve resultar em última instância para nosso bem.

    2.20-22 Pedro se refere a uma pessoa que conheceu cristo e soube como ser salva, e que possivelmente recebeu a influência positiva de outros crentes, mas logo rechaçou a verdade e se voltou para pecado. Sua situação é pior que antes porque rechaçou o único caminho para apartar do pecado, o único caminho de salvação. Assim como o homem que se afunda em areias movediças e que se nega a agarrar-se pela soga que lhe lançou, a pessoa que se separa de Cristo põe a um lado sua única saída (veja-a nota de Lc 11:24-26).


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de II Pedro Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
    II. OS FALSOS PROFETAS E seu ensino (2Pe 2:1)

    1 Mas houve também falsos profetas entre o povo, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. 2 E muitos seguirão as suas lascivo obras; ., em virtude dos quais o caminho da verdade será blasfemado Dt 3:1 E na avareza, com palavras fingidas, farão de você: cuja sentença já de lingereth velho não, ea sua destruição não dormita.

    1. Os professores falsos descrito (2Pe 2:1 e ss ).

    Tendo terminado a exposição sobre a verdadeira profecia (1: 19-21 ), o autor lembra a seus leitores que os falsos profetas não eram novos. Os falsos profetas apareceram em toda a história do Antigo Testamento (1Rs 22:12 ; Jr 6:13. ; Jr 14:14 ; Jr 28:9 ).

    Cristo também alertou sobre os falsos profetas, dizendo: "Muitos falsos profetas se levantarão e enganarão a muitos" (Mt 24:11. ; conforme Mt 7:15. ; Mt 24:24 ). Paulo disse a Timóteo que ele iria encontrar aqueles que "tendo comichão nos ouvidos, vai amontoarão para si doutores segundo as suas concupiscências; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, pervertem às fábulas "( 2Tm 4:3 ; conforme 2Tm 3:1. ). Outra característica de todos os falsos mestres em ambos os tempos do Velho e do Novo Testamento era a sua tendência de dizer às pessoas o que eles queriam ouvir, em vez da verdade. Do falso profeta Barclay observa: "Seu objetivo é popularidade e sua pedra de toque é aplausos."

    Pedro concisa descreveu os falsos mestres a quem seus leitores iria encontrar: (1) Ele vai operar em segredo . Por causa deles será uma quinta operação coluna, vai ser difícil lidar com eles. Isso mostra a necessidade da Igreja de se preocupar com a sã doutrina e ter discernimento espiritual. (2) O ensino será composto de heresias destruidoras . Embora os professores não operaria em oposição para fora, para a Igreja, que fariam de forma insidiosa e sutilmente corromper a Igreja por dentro. A Igreja tem sido sempre em maior perigo do engano e da decadência de dentro do que de ataque e derrota de fora. (3) A marca do seu falso ensino seria sua falsa cristologia: negando até o Senhor que os resgatou . Estes homens afirmavam ser cristãos. "O 'negação' parece ter consistido em uma visão inadequada da pessoa e obra de Cristo, e sua relação com o problema do pecado humano." (4) Eles trarão sobre si mesmos repentina destruição . A destruição desses líderes é certo, mas parte da tragédia é que os outros serão atraídos para acompanhá-los até a sua destruição: E muitos seguirão as suas dissoluções .

    2. O falso ensino Delineado (2: 2-3)

    Pedro então delineado o trabalho dos errorists. (1) Eles ensinam falsamente, porque os seus motivos não são puros. Eles eram governados por coveteousness . (2) Seus métodos são indignas para eles com palavras fingidas, farão de você . (JB Phillips traduzpalavras fingidas como "argumentos falsos".) Se o erro é apresentado para o que é, não pode ser facilmente vendido. Mas quando apresentados como fábulas artificialmente (2Pe 1:16 ), muitos são facilmente enganados. (3) O resultado desse tipo de ensino seria duplo: a imoralidade dentro da Igreja com muitos seguinte as suas dissoluções ; e uma má reputação fora da Igreja, para o caminho da verdade será blasfemado . (4) Em última análise, o julgamento de Deus descerá sobre eles: a condenação dos quais já a partir de lingereth velho não, ea sua destruição não dormita .

    Um dos resultados da Gnosticismo intelectual é que muitas vezes leva a antinomianism. Gnosticismo reivindica um conhecimento superior e superior. Mas quando esse conhecimento inclui um defeito ou um falso cristologia ou teologia, o resultado prático é muitas vezes desastroso. Professor McNab assinalou: "O termo 'heresia' no Novo Testamento, implica não só opinião errônea, mas que acompanha falsos padrões de conduta." McNab também deu uma boa definição de antinomianism: "a doutrina que, sob a dispensação do evangelho a lei moral é não vinculativo já que a fé é suficiente para a salvação. "

    B. O destino do ímpio ea libertação dos justos (2: 4-10)

    4 Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas lançou-os no inferno, e os entregou aos abismos da escuridão, ficando reservados para o juízo; 5 se não poupou ao mundo antigo, embora preservasse a Noé, com mais sete pessoas, um pregador da justiça, quando trouxe um dilúvio sobre o mundo dos ímpios; 6 e transformando as cidades de Sodoma e Gomorra em cinzas condenou-as à destruição, havendo-as posto para exemplo aos que vivessem impiamente; 7 e entregue ao justo Ló, atribulado pela vida dissoluta daqueles perversos 8 (porque este justo, habitando entre eles, por ver e ouvir, afligia sua alma justa dia a dia com as suas maldades): 9 o Senhor sabe livrar os piedosos da tentação, e para manter os injustos sob castigo, até o dia do juízo;10 , mas especialmente aqueles que, seguindo a carne, a concupiscência da corrupção, e rejeitam a dominação.

    1. Os anjos que pecaram (2Pe 2:4 começa uma frase longa condicional que termina no versículo 10 . Na passagem pensamento básico de Pedro é que Deus sempre punido pecadores e preservou os justos. Isto é verdade para o caráter de Deus e, portanto, pode ser invocado.História fornece exemplos, e os anjos pecaminosos são os primeiros a ser citado.

    Barclay chama isso de "uma passagem estranha e difícil; mas o significado é claro ... Mesmo os anjos ... não podia se rebelar contra Deus e escapar das conseqüências de sua rebelião "Alguns expositores acho que o pecado dos anjos foi descrita em.. Gn 6:2 e Jo 8:44 também deve ser considerado por quem quer entender o pecado dos anjos.

    Alguns acreditavam que tanto II Pedro e Judas tem alusões ao Livro de Enoque que tem referências mais extensas para o pecado dos anjos. Os falsos mestres podem ter sido usando o Livro de Enoque em justificativa para seu ensino e de estar solto. Mas Pedro deixou claro que, mesmo que fossem anjos, não seria escapar da condenação e julgamento de Deus.

    Quanto ao destino dos anjos, Pedro disse: Deus ... os lançado no inferno . a palavra para o inferno é Tártaro em grego. Este é o único lugar que ocorre no Novo Testamento. Strachan diz: "A palavra também ocorre em Enoque xx. 2 , onde inferno é o lugar de punição para os judeus apóstatas, e Tártaro para os anjos caídos. "Tártaro na mitologia grega era a palavra para as profundezas do inferno. Deus também os entregou aos abismos da escuridão . A KJV tem "cadeias", em vez de poços . A diferença na palavra original é apenas uma letra: seirais , "cadeias"; ou seirois , "poços", ou "celeiros subterrâneos." O melhor MSS (Aleph ABC) tem seirois , ou "poços", que coincide com a idéia do Tártaro sendo o mais baixo inferno. Lá os anjos estão reservados para o juízo .

    2. O mundo de Noé (2Pe 2:5 ). Segundo Pedro e Judas "se assemelham muito nas ilustrações que têm em comum, mas São Pedro faz um duplo uso deles." Além de ensinar certeza julgamento de Deus sobre os malfeitores, Pedro disse da libertação dos justos de Deus no meio de suas gerações mal.

    Noé foi um grande contraste com o mundo em que vivia. Essa geração foi tão degenerados que Deus não poupou ao mundo antigo . Essa catástrofe foi uma lição dramática que "os homens não poderia pecar com impunidade, e que o incorrigivelmente perverso deve perecer."

    Mas Deus preservasse a Noé ... pregador da justiça . Deus cuida para os justos, não importa quão poucos que sejam, e Ele vai entregá-los. Gênesis não se referem a Noé como um pregador, mas ele foi chamado de "um homem justo e perfeito em suas gerações: Noé andou com Deus" (Gn 6:9)

    Sodoma e Gomorra fornecer o terceiro exemplo de punição dos ímpios de Deus; o segundo de livramento dos justos de Deus: Virando as cidades de Sodoma e Gomorra em cinzas condenou-los ... e livrou o justo Ló . Plummer disse: "" justo "é um termo relativo ... e temos de olhar para Lot, tanto em comparação com a moralidade defeituoso da idade e também com a licenciosidade das pessoas com quem ele está aqui contrastado."

    Barclay tem uma bela exposição sobre o resgate de Lot. Entre outras observações, ele afirma que: "há momentos em que um homem só pode salvar a sua alma, quebrando limpo longe de seu trabalho e seu ambiente e sua situação atual e começando tudo de novo." Lot fez a ruptura e foi salvo; sua esposa não conseguiu fazê-lo e se perdeu.

    4. A aplicação destes princípios (2: 9-10a)

    O Senhor conhece , etc., é a parte principal da sentença a que as várias cláusulas condicionais começando no versículo 4 têm sido importantes. A mensagem desta parte (vv. 9-10a) é muito importante para a interpretação da passagem inteira (vv. 2Pe 2:4-10 ). A ênfase é diferente de Judas, que escreveu principalmente para alertar seus leitores contra a heresia e "a batalhar pela fé" (v. 2Pe 2:3 ). De Pedro "palavras são projetados para confortar e encorajar os crentes nos dias mais sombrios da heresia e falso ensino e julgamento iminente", bem como para alertar contra os falsos mestres.

    Pelas ilustrações que ele deu, Pedro tem mostrado que o Senhor sabe livrar os piedosos da tentação . Mesmo que um Noé ou a Lot ficar sozinho, Deus não está desatento a eles. Eles serão finalmente entregues embora sua libertação pode exigir uma enchente ou incêndio, uma arca ou um anjo.

    Mas com igual consideração e autoridade, Pedro condenou os errorists dizendo que o Senhor vai manter os injustos sob castigo, até o dia do julgamento . No Novo Testamento, o dia do julgamento está associado com a segunda vinda de Cristo. A frase sob punição vem de um particípio presente enfatizando a "continuidade de punição." Os ímpios já estão sofrendo com seus pecados, mas "a plena medida de sua punição será infligida a seguir."

    Pode parecer que os injustos têm perfeita liberdade para fazer tudo o que escolher, mas Pedro diz que eles são mantidos pelo Senhor sob as penas, até o dia do julgamento , a sua acusação final. O versículo 9 lembra um dos Sl 1:6)

    Como se as acusações anteriores não foram suficientes, Pedro compara os falsos mestres a Balaão, dizendo: deixando o caminho direito, desviaram-se, tendo seguido o caminho de Balaão ... que amou o aluguer de mal-fazer .

    A história de Balaão é registrada em Números 22:25 . Balak (que era o rei de Moab), temendo Israel, enviou mensageiros a Balaão pedindo-lhe para amaldiçoar Israel, para o qual Balak estava disposto a recompensar generosamente Balaão. Balaão ser um avarento queria cooperar, mas Deus não permitiria que ele (N1. 22: 12-13 ). Mais tarde, ele concordou, contra o conselho de Deus, para uma reunião com Balak. No caminho a jumenta de Balaão viu o que o profeta míope não vê (N1. Nu 22:25 ). Mas, em vez de proferir maldições, ele falou bênção sobre Israel para consternação de Balak (N1. Nu 23:11 ), para a qual Balaão respondeu em tom de desculpa: "Eu não terei cuidado de falar o que o Senhor puser na minha boca" (N1. Nu 23:12 )?

    Embora Balaão nunca fez maldição Israel, parece que ele sugeriu confraternização entre Moab e Israel através do qual Israel foi conduzido ao pecado grave (N1. 25: 1-2 ). Três vezes o nome de Balaão aparece no Novo Testamento, mas não é uma vez ele se referiu como um profeta de honra. Segundo Pedro e Judas relatar seu amor ao dinheiro, e na crítica da igreja em Pérgamo do Espírito, João escreveu: "Tu tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel" (Ap 2:14 ). Balaão era o tipo do profeta falsa e enganosa. E quem anda errado e que ama o aluguer de mal-fazer está condenado.

    D. más influências dos professores falsos (2: 17-22)

    17 Estes são fontes sem água, névoas levadas por uma tempestade; . para quem tem sido reservado o negrume das trevas 18 Porque, falando inchaço palavras de vaidade, eles aliciar nos desejos da carne, por lascívia, aqueles que estão escapando aos que vivem no erro; 19 prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são servos da corrupção; porque de quem um homem é vencido, do mesmo é que ele também trouxe para a escravidão. 20 Porque, se, depois de terem escapado das corrupções do mundo pelo pleno conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, ficam de novo envolvidos nelas e vencidos, o último estado é tornar-se pior que o primeiro. 21 Porque melhor lhes fora não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado. 22 Aconteceu até los de acordo com o verdadeiro provérbio, o cão ao seu vômito, ea porca lavada volta a revolver-se no lamaçal.

    1. As falsas promessas (2: 17-19)

    A aridez espiritual das promessas dos falsos mestres é a ênfase trágico desta passagem. Os homens e as suas doutrinas são como fontes sem água e névoas levadas por uma tempestade . A atratividade de falsas promessas atraído muitos longe da verdade;mas tais promessas são finalmente encontrado para ser tão vazio como fontes sem água e névoas impulsionado pela tempestade. Além disso, o destino desses homens é uma contemplação triste: para quem o negrume das trevas foram reservados . A passagem paralela em Jd 1:12 parece ser uma ampliação deste verso; e à idéia da punição expressa acima, Jude acrescenta as palavras para sempre .

    O versículo 18 continua a descrição de suas promessas de grandes inchaço palavras de vaidade E Plumptre disse "que não têm qualquer realidade correspondente.": ". Não havia nenhuma substância abaixo seu show de conhecimento transcendental" Este verso dá uma nova justificação da descrição no versículo 17 .

    Especificamente, os falsos mestres prometeu uma liberdade que Pedro disse que foi um engano, por prometendo-lhes liberdade ... eles mesmos eram escravos , ou literalmente, escravos de corrupção . Eles haviam prometido a liberdade de pensamento e de vida que aboliu padrões espirituais e restrições morais, mas, no final, resultou em uma escravização do qual não poderia se livrar. Para um homem é vencido , ou escravizados, por tudo o que se torna seu mestre. Cristo havia dito anteriormente: "Todo aquele que comete pecado é escravo do pecado" (Jo 8:34 ).

    2. Sua Revolting Apostasia (2: 20-22)

    Ensino semelhante sobre a apostasia é encontrada nas palavras de Cristo em Mt 12:43 e em He 6:4 ; He 10:26 . Tem havido muita discussão sobre se os falsos mestres ou seus convertidos são destinadas nesta passagem. Parece que os conectivos, Pois se , suficientemente relacionar as seguintes palavras para as anteriores para indicar que os próprios professores são destinadas. No entanto, a verdade proclamada se aplica igualmente aos professores ou convertidos. Esta passagem é também um dos mais fortes no Novo Testamento sobre a possibilidade real de cair da graça. Se não fosse possível, toda a passagem não teria sentido.

    Eles foram descritos como tendo uma vez escapado das corrupções do mundo pelo pleno conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo . A palavra para o conhecimento é epignosis , a mesma palavra forte para "pleno conhecimento" utilizada em 2Pe 1:2 ,2Pe 1:8 . Plumptre disse sobre o uso deste termo aqui: "Eles tinham uma vez no sentido mais amplo da expressão« conhecidos Cristo como seu Senhor e Salvador. "Além disso, a forma verbal de ter conhecido no versículo 21 é da mesma raiz, significando a forma mais completa de conhecimento. É dessas pessoas, que têm, assim, experimentalmente conhecidos Cristo, que o Apóstolo Pedro adverte de apostasia e de seus terríveis resultados.

    Pedro conclui a seção com um provérbio dizendo do canino e predileção swinish para imundície. Isto seria especialmente repelir aos cristãos judeus e igualmente entendida por gentios. A primeira parte do provérbio é uma adaptação de Pv 26:11 , que se aplicava a "um tolo que reitera a sua estultícia", mas a origem da segunda metade não é bíblico. Bennett disse: "Estas verdades são suficientes para justificar o uso das ilustrações; eles não podem ser pressionado ainda mais sem ir além do que estava na mente do autor e, assim, criar dificuldades irrelevantes. "


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de II Pedro Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
    Esse capítulo é complexo e devemos compará-lo com Judas, em que são usadas algumas dessas frases. O pe-rigo das falsas doutrinas é tão grande que o Espírito usou Pedro e Judas para alertar-nos; portanto, fazemos bem em levar a sério a advertência.

    Por favor, tenha em mente que o falso mestre não é a pessoa que ensina uma doutrina falsa por igno-rância. Em At 18:24-44, Apoio en-sinou de forma errada a mensagem e o batismo de João, mas ele não era um falso mestre. Nos séculos passa-dos, muitos grandes líderes da igreja abraçaram interpretações de assun-tos de menor importância que talvez acreditemos que não sejam bíblicas; no entanto, não podemos chamá-los de falsos mestres. Os falsos mestres são cristãos confessos que conhecem a verdade; todavia, ensinam delibe- radamente mentiras com o intuito de promover a si mesmos e de obter ga-nhos financeiros de seus seguidores (2:3,14). Eles vivem em pecado para agradar a si mesmos (2:10,13 14:18- 19). Eles lançam mão de recursos en-ganosos (2:1,3) e torcem a Pálavra de Deus para que se torne conveniente às suas fantasias.

    I. A condenação deles (2:1-9)

    Pedro abre essa seção com a decla-ração de que estão prestes a surgir falsos mestres que, no fim, serão condenados por Deus. O versícu-lo 1 resume a forma de atuar dos falsos mestres: (1) eles surgem como membros da igreja; (2) trabalham secretamente, sob uma cobertura de hipocrisia em que fingem ser o que não são; (3) apresentam suas dou-trinas falsas ao lado das verdadeiras e, depois, substituem a verdade pela mentira; (4) a vida deles nega o que ensinam. Em outras palavras, a "he-resia" não é apenas a doutrina falsa; é a vida falsa fundamentada nela. O Senhor descreve-os como "lobos em pele de cordeiro" (Mt 7:15; e veja 2Co 4:1-47; 2Co 11:13). Infelizmente, a doutrina falsa será mais popular que o "caminho da verdade" (v. 2), po-rém Jesus disse que o fermento da doutrina falsa leveda toda a massa (Mt 13:33). As pessoas escolhem se-guir os falsos mestres porque exal-tam a si mesmas, em vez de a Cris-to, e muitas amam adorar pessoas populares e de sucesso. Além disso, o caminho falso facilita o viver em pecado e, ao mesmo tempo, o fingir ter uma vida religiosa.

    Em 2:3, a expressão "palavras fictícias" significa "palavras inven-tadas, fabricadas, falsas". A palavra grega é p/astos, da qual se origina a nossa "plástico". Esses falsos mes-tres partem das palavras da Bíblia, dadas pelo Espírito (1Co 2:9-46) e introduzem suas próprias palavras a fim de que se ajustem a suas dou-trinas. Eles pegam palavras bíblicas familiares e inventam um novo significado para elas. Eles usam o vocabulário bíblico, porém sem o sentido espiritual dele. O que conta não é o que mestre diz, mas o que ele pretende.

    Pedro cita três exemplos do An-tigo Testamento para provar que es-ses falsos mestres seriam destruídos: os anjos que pecaram e estão presos no tártaro, o inferno; o mundo pré- diluviano e as cidades de Sodoma e Gomorra. Em cada um desses casos, as pessoas envolvidas tinham uma religião exterior, mas não a verda-deira fé que dá poder à vida (2Tm 3:5). Haverá uma grande quantida-de de "religião" no mundo antes do retorno de Cristo, mas sem a verda-deira fé nele. Pedro também men-ciona que Deus liberta seus santos verdadeiros como fez com Noé e sua família e com Ló. Noé é o sím-bolo do crente judeu que será pre-servado na tribulação; Ló representa os santos da igreja que serão arre-batados antes de se iniciar a des-truição. Aparentemente, esses falsos mestres são bem-sucedidos e estão protegidos; contudo, um dia, Deus os destruirá.

    II. O caráter deles (2:10-16)

    A. Arrogância (vv. 10-11)

    Eles desprezam todo tipo de domí-nio ou de autoridade. Deus estabe-leceu os domínios deste mundo — o governo humano, a autoridade fa-miliar, a liderança na igreja e assim por diante. Todavia, os falsos mes-tres querem fazer as coisas do jeito deles e rejeitam a ordem de Deus. Nem mesmo os anjos desprezam as autoridades instituídas pelo Senhor; vejaJd 1:8-65. E, em 1Pe 2:25, ele compara o cristão com a ovelha, não com cão e porco. O cristão recebeu a nova natureza (2Pe 1:4) e libertou-se da contaminação do mundo. Não se preocupe, a ovelha é um animal limpo e não come vômito nem se revolve no lamaçal.

    Pedro descreve o falso cristão, aquele que apenas lava a contami-nação exterior (isso é reforma "reli-giosa"), porém nunca recebe uma nova natureza em seu interior. Po-demos dar banho em um cão ou em um porco, mas isso não muda a na-tureza básica do animal. Essas pes-soas sabem o caminho da justiça e conhecem a obra de Cristo, todavia não o receberam no coração. Lava-ram a contaminação exterior, mas a interior continua lá. Esses "professos, mas não possuidores" parecem ex-perimentar a salvação, mas, no de-vido tempo, retornam à vida que se ajusta à natureza deles. Os cães vol-tam para o vômito, e os porcos, para o lamaçal. Veja Pv 26:11.

    Vivemos em uma época de fal-sos mestres. Podemos detectá-los pela exaltação de si mesmos, em vez da exaltação de Cristo; como também os reconhecemos pela fala falsa e pelas "palavras jactanciosas"; pela ênfase em ganhar dinheiro; pe-las grandes alegações de que po-dem mudar as pessoas e pela vida secreta de luxúria e de pecado. Por ora, não podemos impedi-los, a não ser pelo ensino sincero da Palavra, mas, um dia, Deus os exporá e os julgará.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de II Pedro Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
    2.1 Segundo 2Tm 4:1 e Mt 24:24; o aumento dás falsos mestres e a gravidade de suas heresias marcarão os últimos dias antes da vinda de Cristo. O tempo presente nos vv. 1419 indica que já no primeiro século se manifestaram.

    2.4 Inferno (gr tartaroõ). É o termo clássico para indicar o lugar de castigo eterno, mas aqui indica a esfera intermediária onde os anjos caídos aguardam o julgamento final (cf. Lc 16:23-42; Ap 20:11-66)

    • N. Hom. 2:4-10 O governo moral do universo. Podemos confiar em nosso imutável Deus. Seus julgamentos no passado, na justa punição dos pecadores e na salvação dos justos, são afirmados na Bíblia toda. Exemplos oferecidos para aviso e consolação:
    1) A queda dos anjos que, juntamente com Satanás; rebelaram-se contra Deus.
    2) O dilúvio do qual Noé, arauto da justiça, foi preservado.
    3) Sodoma e Gomorra foram destruída (lit. "cobertas com cinzas", indicação de catástrofe vulcânica), enquanto Ló foi salvo.
    2:10-11 Autoridades superiores (lit. "as glórias). São os poderes invisíveis. Elas. Conforme Jd 1:8, onde o diabo e anjos são especificados.

    2.13 Recebendo injustiça. Um jogo de palavras no original com o sentido de, "Sendo defraudados do salário da fraude...". Pedro emprega uma metáfora comercial para afirmar que a imoralidade não vale a pena. Banqueteiam... Conforme Jd 1:04n.

    2.19 Liberdade. É confundida com libertinagem. É, na realidade, escravidão (cf.Jo 8:34; Rm 6:6, Rm 6:16).

    2.20 Estado pior. Conforme o ensino de Cristo em Mt 12:43-40; Lc 11:24-42. Somente a vida efetivamente ocupada pelo Espírito Santo produzindo Seu fruto, garante um fim melhor (conforme Gl 15:16-25).

    2.21 Conhecer a verdade sem prosseguir nela é pior do que não conhecê-la, isso também está de acordo com o ensino de Cristo (f
    2.22 Porca Lavada. Se for uma alusão ao batismo, é notável que tal ordenança não consiga mudar a natureza; ela, continua porca, se não houver uma regeneração (2Co 5:17).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de II Pedro Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
    IV. ADVERTÊNCIA ACERCA DE FALSOS MESTRES (2:1-22)
    Esse capítulo, especialmente os primeiros 18 versículos, é muito semelhante ao cerne da carta de Judas (v. Introdução). Os pontos de destaque nessa semelhança são a acusação contra os falsos mestres e sua descrição; a referência à rebeldia de Israel; a menção dos anjos caídos, Sodoma e Gomorra e Ba-laão. Parece muito provável que um dos dois autores se valeu da carta do outro, quando diante do mesmo problema, o do perigo de mestres falsos e depravados aparecendo nas igrejas. Evidentemente, a heresia em questão era de natureza muito semelhante; nos v. 2,10-22, Pedro nos dá uma descrição dos falsos mestres.
    v. 1. Pedro indica que a história está se repetindo; os falsos profetas são um perigo permanente para o povo de Deus. Com povo, ele quer dizer o antigo Israel; conforme Dt 13:1-5. Ele faz novo eco da predição do Senhor Jesus Cristo registrada em Mt 24:4,Mt 24:5,Mt 24:23,Mt 24:24 (e cf. 2m 3:1-9), o que pode explicar o tempo futuro aqui; o tempo presente no v. 13 torna claro que os hereges já estavam ativos. Por outro lado, o tempo futuro aqui pode sugerir que as tendências presentes certamente ocorrem e vão continuar, ou pode fazer a advertência de que os hereges que já estão ativos em outros lugares em breve vão fazer contato com os leitores. Independentemente da profissão de fé que os falsos mestres fizerem, na verdade estão negando o Soberano que os resgatou-,; suas ações negam a obra dele, junto com seu senhorio e direito de posse. E infelizmente precisa ser dito que esses homens não serão totalmente mal-sucedidos (v. 2). v. 3. Um dos seus métodos é agora exposto: as histórias que inventaram estão em forte contraste com as verdades do evangelho, que aparentemente eles descreviam perversamente como “fábulas engenhosamente inventadas” (a julgar Pv 1:16).

    v. 4-9. Assim como Judas (v. 5-7), Pedro usa três exemplos bem conhecidos do castigo que Deus executou sobre homens maus e presunçosos. Em primeiro lugar, ele traz à lembrança anjos que pecaram, provavelmente uma alusão a Gn 6:2 (v.comentário de Jd 1:6. Pedro concorda plenamente com Judas no castigo dos ímpios e dos sem lei, mas ele mostra mais uma preocupação, não mencionada por Judas: destaca a bondade de Deus ao resgatar os seus. Enquanto o mundo antigo perecia, Deus preservou Noé\ enquanto Sodoma e Gomorra eram condenadas e reduzidas a cinzas, ele livrou Ló, homem justo (que não é mencionado por Judas).

    v. 9. A moral dos versículos anteriores é destacada. Não está claro se nesse versículo Pedro quer dizer o castigo nesta vida ou no estado intermediário (conforme Lc 16:19-42); mas a segunda opção é mais provável, visto que Pedro menciona o dia do juízo, e não “o dia da morte deles” ou expressão semelhante.

    v. 10-22. Nesse trecho, o autor volta a considerar os falsos mestres e faz uma descrição deles. Duas das suas características, em particular, estão ligadas a exemplos do AT que ele acaba de trazer à memória; eles são lascivos e arrogantes. Eles desprezam a autoridade em geral, e Pedro agora avança para o mesmo pensamento.

    v. 11. Por contraste, seres angelicais não usam linguagem arrogante contra aqueles seres. Isso, no contexto, só pode ser uma referência aos hereges; mas esse versículo condensa Jd 1:9; Nu 31:8). Mas os hereges, sem um vislumbre do futuro, por ora se deleitam na bebedeira em plena luz do dia — descaradamente transformando as refeições de comunhão cristã em descomedidas festas de bebedeira. A palavra prazeres é a tradução do grego apatais (lit. “lascívias” ou “engodos”) e, provavelmente, é um jogo de palavras por parte de Pedro lembrando a menção que Judas faz de agapais, “festas de amor” (conforme Jd 1:12. Esses homens não têm nenhum valor, nenhum alvo e nenhum futuro.

    v. 18. Pior de tudo, eles não estão contentes com seus próprios desejos libertinos da came\ têm prazer em seduzir novos convertidos para um comportamento semelhante. A imoralidade sexual reinava em grande parte do mundo no tempo de Pedro, e com fre-qüência eram necessários tempo considerável e muita paciência para inculcar a ética cristã nos novatos na fé. A esses cristãos novos e instáveis, os mestres hereges se dedicavam de forma diligente, com palavras de vaidosa arrogância e com ilusórias promessas de liberdade (v. 19).

    v. 19. Esse versículo lembra as palavras de Paulo em Rm 6:16 e G1 5.1,13; a compreensão do que realmente significa a liberdade cristã é vital.

    v. 20-22. O v. 20 lembra Mt 12:43ss. É discutível se a seção final desse capítulo se refere aos próprios falsos mestres ou aos que foram seduzidos por eles. A primeira opção parece preferível; se for isso, o trecho indica que os hereges tinham sido cristãos ortodoxos no início. A advertência severa implícita nesses versículos é então semelhante a diversos trechos em Hebreus (especialmente

    6:4-8; 10:26-31). v. 22. Pedro conclui a sua acusação com a observação de que os homens ímpios “exemplificam a verdade do provérbio” (Mayor) do cão (conforme Pv 26:11) e da porca (um provérbio que pode ser encontrado na antiga história de Ahikar, 8.18).


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de II Pedro Capítulo 2 versículo 4
    2Pe 2:4 - Os anjos caídos estão amarrados ou acham-se livres para tentar os homens?


    PROBLEMA:
    Pedro afirma nessa passagem que Deus, havendo lançado os anjos caídos "no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo" (SBTB; conforme Jd 1:6; Mt 17:14-17; Ap 16:14).

    SOLUÇÃO: Há duas explicações básicas para essa aparente contradição. Primeiro, é possível que Pedro esteja falando do destino oficial e derradeiro dos anjos caídos (dos demônios), não de sua situação real e atual. Isto é, embora eles já estejam sentenciados por Deus a uma condenação eterna, ainda não começaram realmente a cumprir a sua pena. Não obstante, eles sabem que o seu dia está chegando (Mt 8:29; Ap 12:12).

    Segundo, essas passagens podem estar falando de duas classes diferentes de anjos caídos, alguns já em cadeias (2Pe 2:4) e os demais ainda livres. Alguns crêem que Pedro esteja se referindo aos "filhos de Deus" (anjos) mencionados em Gênesis 6, que provocaram o casamento com mulheres um pouco antes do dilúvio, uma vez que logo no versículo seguinte há uma referência a Noé (v. 5). Nesse caso, isso pode explicar por que esses anjos em particular estão já em cadeias (para não repetirem o que fizeram), em situação oposta à dos outros demônios que estão em liberdade.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de II Pedro Capítulo 2 do versículo 4 até o 9
    b) A certeza do juízo (2Pe 2:4-61 se interprete neste sentido. Há contudo freqüentes alusões no livro de Enoque a tal queda, e descrições de sua natureza. Pode ser que tais alusões se derivem de uma interpretação da passagem do Gênesis, segundo a qual "os filhos de Deus" são anjos. Plummer sugere que os falsos mestres podiam ter feito uso desse livro de Enoque na doutrinação perversa que empreendiam, e que Pedro introduz aqui a referência como uma espécie de argumentum ad hominem contra eles. Então Judas, reconhecendo a alusão, perfilhou-a e esclareceu-a ainda mais. Precipitou-os no inferno; gr. tartarosas. "Tártaro" era o nome dado ao mais profundo abismo do mundo inferior, e era considerado como muito mais abaixo do Hades, apesar de algumas vezes o termo ter sido usado como sinônimo dele. Entregou-os às cadeias da escuridão (4). Certas autoridades oscilam de opinião entre esta tradução e a da ARA, "abismos de trevas"; isto é, sobre os termos gregos seirais e seirois. Provavelmente o termo "abismos" condiz mais com a idéia de Tártaro, que vem imediatamente antes. Em qualquer caso o sentido é óbvio. Reservando-os para juízo. No livro apocalíptico de Enoque 6-19, vem uma narrativa acerca dos anjos caídos e a relação dele, Enoque, para com tais anjos. As trevas foram-lhe mostradas e lá ele viu "os prisioneiros (os anjos) pendurados, reservados para o juízo eterno, e o aguardando".

    >2Pe 2:5

    2. O DILÚVIO (2Pe 2:5) -Noé chama-se aí pregador da justiça. No Gênesis declara-se explicitamente que "Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus" (Gn 6:9). Noé a oitava pessoa. É idiotismo grego equivalente a "Noé e mais sete pessoas" (veja-se a ARA).

    >2Pe 2:6

    3. A SUBVERSÃO DE SODOMA E GOMORRA (2Pe 2:6-61) -Note-se o paralelismo com Lc 17:26-42; veja-se Jd 7. Nenhuma referência Judas faz ao livramento de Ló. É significativo o que Pedro diz deste. Tão justo era que sua alma se afligia diariamente com a vida dissoluta dos insubordinados que o cercavam (7). O vers. 9 é a apódose, ou segunda parte da sentença condicional, da qual os vers. 4-8 são a prótase, ou primeira parte. A sentença portanto é: "Ora, se Deus não poupou anjos... e não poupou o mundo antigo, mas preservou a Noé... e reduziu a cinzas as cidades de Sodoma e Gomorra... e livrou o justo Ló... (então) o Senhor sabe livrar da provação os piedosos. Ele também sabe "reservar, sob castigo, os injustos" agora; não é apenas referência a castigo em alguma era futura. O verbo está na voz passiva, lit. "sendo castigados". Para o dia de juízo; cfr. a expressão vétero-testamentária "dia de Jeová", o tempo em que Deus Se manifesta para vindicar a justiça. No Novo Testamento a expressão está associada à segunda vinda de Cristo para julgar o mundo. "Os ímpios já sofrem as conseqüências do seu pecado, mas a justa medida do seu castigo ser-lhes-á infligida logo mais" (Cent. Bible).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de II Pedro Capítulo 2 do versículo 1 até o 22

    5. Um Retrato dos Falsos mestres ( II Pedro 2:1-3a )

    Mas falsos profetas houve também entre o povo, assim como também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão sua sensualidade, e por causa deles o caminho da verdade será blasfemado; e em sua ganância eles farão de vós negócio com palavras fingidas; ( 2: 1-3 um)

    Não há nada mais ofensiva a Deus do que a distorção da Sua Palavra (cf. Ap 22:18-19 ). Para falsificar os fatos sobre quem é Deus e que Ele disse, mesmo promovendo mentiras de Satanás, como se fossem de Deus verdade é a forma mais vil da hipocrisia. Com a eternidade em jogo, é difícil acreditar que alguém iria intencionalmente enganar outras pessoas, ensinando-lhes algo que é espiritualmente catastrófico. No entanto, tal arrogância atroz é exatamente o que caracteriza os pseudo-ministérios dos falsos mestres.

    Como o pai da mentira ( Jo 8:44 ), Satanás está constantemente usando engano e falsa doutrina para atacar os falsos mestres-empregando igreja para se infiltrar o verdadeiro rebanho. Alegando ensinar a verdade, estes fornecedores de erro demoníaca disfarçar-se como anjos de luz (cf. 2Co 11:14 ), a tentativa de insinuar-se na dobra despercebido. Como resultado, ao longo da história redentora, Deus tem repetidamente alertado os fiéis a estar em alerta contra tais homens (e mulheres).

    Deuteronômio 13 , por exemplo, contém um aviso antecipado de Moisés contra os falsos profetas. Ele prescreve uma punição severa para esses homens, juntamente com todos aqueles que endossam sua falsidade:

    Se um profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio, e o sinal ou a maravilha se torna realidade, sobre o qual ele falou-lhe, dizendo: "Vamos após outros deuses (a quem você não tem conhecido) e vamos atendê-los ", você não deve ouvir as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porque o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se você ama o Senhor, teu Deus, com todo o seu coração e com toda a tua alma. Você deve seguir o Senhor, teu Deus, e temem; e você deve manter seus mandamentos, ouvir a Sua voz, servi-Lo, e se agarram a ele. Mas aquele profeta ou sonhador de sonhos deve ser condenado à morte, porque ele aconselhou rebelião contra o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão, para seduzi-lo a partir do modo como o Senhor, teu Deus, te ordenou a andar. Então, você deve limpar o mal do meio de ti. ( 13 1:5-13:5'>Dt 13:1-5. ; cf. 18: 20-22 )

    Esta mesma sobriedade é ecoado no Novo Testamento por Cristo e os apóstolos, que cuidadosamente alertar os crentes sobre os falsos mestres e suas decepções ( Mt 24:11. ; Lc 6:26 ; 13 47:11-15'>213 47:11-15'> Cor. 11: 13-15 ). À luz dessa ameaça satânica, os escritores do Novo Testamento enfatizam a importância de estar armado com a verdade (cf. Ef. 6: 14-17 ), para fins de discernimento ( I Tessalonicenses 5:20-22. ). Para eles, a pureza doutrinária foi uma prioridade muito alta ( 1Jo 4:1 ). De fato, os apóstolos reservar a sua mais dura crítica para aqueles que distorcem a verdade (cf. Gl 1:9. ; Mic 3: 5-7. ; Mt 7:15-20. ; 1 Tm 6: 3-5. ; 2 Tm 3: 1-9. ; 1 João 4:1-3 ; 2 João 7:11 ). Ironicamente, muitos na igreja de hoje fazem exatamente o oposto, tolerar qualquer professor que afirma ser cristão, independentemente do conteúdo de seu ensino. Tal aceitação insensata, em nome do amor e da unidade, tem tragicamente produziu uma descuidada indiferença à verdade. Como resultado, alguns cristãos visualizar absolutos bíblicos como um constrangimento, preferindo abraçar falsos mestres apesar do protesto clara da Bíblia ( Jer. 28: 15-17 ; Jr 29:21 , Jr 29:32 ; 13 6:44-13:12'>Atos 13:6-12 ; 1 Tim. 1: 18-20 ; 3 João 9:11 ).

    Para ter certeza, os ataques de Satanás são muitas vezes externo, através da propagação de falsas religiões e cultos. Mas ele também usa táticas internas, procurando destruir o povo de Deus a partir de dentro. Por isso, seus servos, como lobos em pele de cordeiro ( Mt 7:15 ), fazer o seu melhor para infectar o rebanho com a doutrina de demônios ( 1Tm 4:1 ; . Jer 5: 30-31 ; 13 24:6-15'>6: 13-15 ; 23: 14-16 , Jr 23:21 ,25-27 ; 28: 1-17 ; . 13 1:26-13:7'>Ez 13:1-7 , 13 15:26-13:19'>15-19 ). Que Israel do Antigo Testamento está em vista aqui é evidenciado tanto pela terminologia de Pedro (cf. Mt 2:4 ; At 7:17 ; At 13:17 ; At 26:17 , At 26:23 , onde usos semelhantes de pessoas claramente referem-se ao povo judeu) e suas ilustrações do Antigo Testamento (Noé- 2: 5 ; Sodoma e Gomorrah- 2: 6 ; muito- 2: 7 ; e Balaam- 02:15 ).

    Mesmo durante o ministério de Jesus, falsos profetas ainda eram um problema sério para o povo judeu ( Mt 7:15-20. ). Aliás, todo o establishment religioso era corrupto, com os fariseus fornecendo o exemplo por excelência da religião falsa. Aqui está indiciamento desses pretendentes espirituais de Cristo:

    Mas o Senhor lhe disse: "Agora você fariseus limpar o exterior do copo e do prato; mas dentro de você, você está cheio de rapina e maldade. Você néscios, Aquele que fez o exterior não fez também o interior? Mas dar o que está dentro de caridade, e, em seguida, todas as coisas são limpas para você. Mas ai de vós, fariseus! Para você pagar o dízimo da hortelã, da arruda e todo o tipo de jardim de ervas, e ainda ignorar a justiça eo amor de Deus; mas estas são as coisas que você deve ter feito sem omitir aquelas. Ai de vós, fariseus! Por que você ama os primeiros assentos nas sinagogas e as respeitosas saudações nas praças. Ai de vós! Pois vocês são como túmulos escondidos, e as pessoas que sobre elas andam não tem consciência disso. "Um dos advogados disse-lhe em resposta:" Mestre, quando você diz isso, você nos insultam também. "Mas Ele disse:" Ai a vocês, advogados, bem! Para você pesa os homens com fardos difíceis de suportar, enquanto vós mesmos nem sequer tocar os encargos com um de seus dedos. Ai de vós! Para você construir os túmulos dos profetas, e foi vossos pais que os mataram. Assim sois testemunhas e aprovar as obras de vossos pais; porque foram eles que os mataram, e você construir suas tumbas. Por esta razão, também a sabedoria de Deus disse: 'Eu lhes mandarei profetas e apóstolos, e alguns deles eles vão matar e alguns também vos perseguirão, de modo que o sangue de todos os profetas, derramado desde a fundação do mundo, só pode ser imputada esta geração, desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar ea casa de Deus; sim, eu vos digo, será cobrada contra esta geração. "Ai de vós, doutores da lei! Para você ter tirado a chave da ciência; vós mesmos não entram, e impedistes aos que entravam "(. Lucas 11:39-52 ; cf. Lc 12:1. ; Marcos 12:38-40 )

    Assim como ele sabia falsos profetas haviam assaltado Israel, Pedro entendido que haverá também falsos mestres entre a igreja. Anos antes, Jesus havia predito que nos últimos dias a igreja teria de suportar uma variedade de falsos mestres: "Vede que ninguém vos engane.Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo ', e enganarão a muitos "( Mateus 24:4-5. ; cf. . vv 11 , 24 ).

    Na mesma linha, Paulo alertou Timóteo:

    Prega a palavra .... Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas querendo ter comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências, e desviarão os ouvidos da verdade e voltando às fábulas. ( 2 Tim 4: 2-4. ; cf. At 15:24 ;20: 29-30 ; Rom. 16: 17-18 ; Gl 1:6-9. ; 1 Tm 4: 1-3. ; 2 Tm . 3: 1-9 ; Jd 1:4 , o seu uso para descrever o destino de Judas em Jo 17:12 , a sua aplicação a desgraça 'infiéis em Rm 9:22 , o seu uso para descrever o julgamento do homem do pecado em 2Ts 2:3 ; cf. At 5:17 ; At 15:5 ; 1Co 11:191Co 11:19 ), aqui ele se refere a o pior tipo de desvio e do engano-aprendizagem que afirma ser bíblica, mas na verdade é exatamente o oposto.

     Os falsos mestres nem sempre se opor abertamente o evangelho. Alguns afirmam acreditar, ter a verdadeira interpretação do mesmo; mas na verdade eles deturpam-lo, ou oferecer, uma mensagem inadequada rasa que não pode salvar. Porque o seu ensino é tão letal quanto sutil, as opiniões auto-intitulados de falsos mestres podem danem-se as almas dos inocentes, professos crentes (cf. 13 20:40-13:22'>Mt 13:20-22. , 13 36:40-13:42'>36-42 , 13 47:40-13:50'>47-50 ). A não ser que se arrependam, acredito que a verdade, e voltar-se para Cristo, quem trabalha com as doutrinas heréticas será eternamente perdidos.

    Sua Sacrilégio

    e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. ( 2: 1 c)

    A conjunção ainda ressalta a magnitude impensável de arrogância, um orgulho dos falsos mestres que se evidenciado por negar o Mestre. Negar é um forte termo que significa "para recusar", "a não estar disposto", ou "a firmeza dizer não." O mesmo verbo aparece em He 11:24 para descrever a recusa de Moisés para ser chamado filho da filha de Faraó. Aqui nesta passagem, Pedro usou o particípio presente tenso ( arnoumenoi ) a identificar um padrão habitual de recusa, indicando que os falsos mestres caracteristicamente rejeitar a autoridade divina (cf. Jd 1:8 ; Tt 2:9 ) refere-se ao mestre de uma casa ou propriedade, que tem plena autoridade sobre todos os servos. Aqui e nos outros cinco ocorrências ( Lc 2:29 ; At 4:24 ; . 2Tm 2:212Tm 2:21 ; Jd 1:4 ) se refere diretamente a Cristo ou Deus.

    Assim, para Pedro, o sacrilégio supremo de falsos mestres é que eles negam o senhorio soberano de Jesus Cristo. Com certeza, eles podem não exteriormente negar divindade, expiação, a ressurreição de Cristo, ou segunda vinda. Mas internamente, eles obstinAdãoente se recusar a submeter as suas vidas para o Seu governo soberano ( Pv 19:3. ). Como resultado, seus estilos de vida imorais e rebeldes, inevitavelmente, dá-los.

    A frase que os resgatou se encaixa perfeitamente a analogia de Pedro. Ele está aludindo ao mestre de uma casa que iria comprar escravos e colocá-los no comando de várias tarefas domésticas. Porque eles estavam agora considerado um bem pessoal do mestre, deviam a sua fidelidade completa para ele. Enquanto falsos mestres afirmam que elas são parte da família de Cristo, eles negam essas profissões através de suas ações, que recusa a se tornar servos sob a sua autoridade. Comprou ( agorazo ) significa "comprar" ou "para redimir fora do mercado", e em Neste contexto, é paralelo ao Deuteronômio 32:5-6 (cf. Sof 1: 4-6. ). Os falsos mestres da época de Pedro alegou Cristo como seu Redentor, mas eles se recusaram a aceitar o Seu senhorio soberano, revelando assim o seu verdadeiro caráter como inimigos não regenerados da verdade bíblica.

    Muitos tomam esta declaração o Senhor que os resgatou no sentido de que Cristo realmente adquiriu redenção na íntegra para todas as pessoas, mesmo para os falsos mestres. É comum pensar que Cristo morreu para pagar integralmente a pena pelos pecados de todos, se eles nunca acreditar ou não. A noção popular é que Deus ama a todos, quer todos salvos, assim também Cristo morreu por todos.

    Isso significa que sua morte foi um sacrifício ou expiação potencial que se torna uma expiação real quando um pecador se arrepende e crê no Evangelho. Evangelismo, de acordo com este ponto de vista, é convencer os pecadores para receber o que já foi feito para eles. Todos podem acreditar e ser salvos se eles quiserem, já que ninguém é excluído na expiação.
    Este ponto de vista, se levada à sua conclusão lógica, tem o inferno cheio de pessoas cuja salvação foi comprada por Cristo na cruz. Portanto, o lago de fogo é preenchido com aquelas pessoas condenadas cujo pecado Cristo expiado pelas tendo sua punição sob a ira de Deus.
    Céu será preenchida por pessoas que tiveram a mesma expiação provida por eles, mas eles estão lá porque eles receberam. Cristo, nessa visão, morreu na cruz para os condenados no inferno o mesmo que Ele fez para os remidos no céu. A única diferença entre o destino do redimidos e que dos condenados é a escolha do pecador.

    Essa perspectiva diz que o Senhor Jesus Cristo morreu para tornar possível a salvação, não real. Ele não absolutamente comprar a salvação para ninguém. Ele só removeu um obstáculo para todos, o que apenas torna potencial salvação. O pecador em última análise, determina a natureza da expiação e sua aplicação pelo que ele faz. De acordo com esta perspectiva, quando Jesus clamou: "Está consumado", ele realmente deve ser processado ", Afirma-se."
    Naturalmente, as dificuldades e falácias decorrentes desta visão haste do mal-entendido de duas muito importantes ensinamentos bíblicos de interpretação anteriores: a doutrina da incapacidade absoluta (muitas vezes chamado de depravação total) e da doutrina da própria expiação.

    Corretamente entendida, a doutrina da incapacidade absoluta diz que todas as pessoas são mortos em nossos delitos e pecados ( Ef 2:1 ), fazendo apenas o mal de corações terminal fraudulentos (cf. Jr 17:9. ), cego pelo amor do pecado, ainda mais cego por Satanás ( 2Co 4:4 ). Então, como é o pecador vai fazer a escolha certa para ativar a expiação em seu nome?

    Claramente, a salvação é unicamente de Deus (cf. Sl 3:8 ; 1Co 1:301Co 1:30 ). A salvação vem ao pecador de Deus, pela Sua vontade e poder. Desde que é verdade, e com base na doutrina da eleição soberana ( I Pedro 1:1-3 ; 2Pe 1:32Pe 1:3. ; 9: 14-22 ; Ef 1:3 ), Deus determinou a extensão da expiação.

    Para quem Cristo morreu? Ele morreu por todos os que crêem, porque eles foram escolhidos, chamado, justificado, e concedido o arrependimento e fé pelo Pai. A expiação é limitada àqueles que acreditam, que são os eleitos de Deus. Qualquer crente que não acreditam na salvação universal sabe expiação de Cristo é limitada (cf. Mt 7:13. ; Mt 8:12 ; Mt 10:28 ; Mt 22:13 ; Mt 25:46 ; Mc 9:43 , Mc 9:49 ; João 3:17 —18 ; Jo 8:24 ; 2 Tessalonicenses 1: 7-9. ). Qualquer um que rejeita a noção de que toda a raça humana será salva acredita necessariamente em uma expiação-limitada quer pelo pecador que é soberano, ou por Deus que é soberano limitado.

    Deve-se esquecer a idéia de uma expiação ilimitada. Se ele afirma que os pecadores têm o poder de limitar a sua aplicação, em seguida, a expiação por sua natureza é limitado em poder e eficácia real. Com esse entendimento, é menos do que uma expiação real e é, de fato, meramente potencial e restringida pelas vontades dos seres humanos caídos. Mas, na verdade, só Deus pode estabelecer limites da Expiação, que se estendem a todo o pecador acreditando, sem distinção.
    Os adeptos para a exibição ilimitada deve afirmar que Cristo realmente expiou ninguém em particular, mas potencialmente para todos, sem exceção. O que quer que Ele fez na cruz não foi um pagamento total e completa para o pecado, porque os pecadores por quem Ele morreu ainda estão condenados. O inferno está cheio de pessoas cujos pecados foram pagos por Cristo-pecado pago, ainda punidos para sempre.

    É claro que esse tipo de pensamento é totalmente inaceitável. Deus limita a expiação para os eleitos, para quem não era um potencial, mas uma satisfação real e real para o pecado. Deus proveu o sacrifício em Seu Filho, que na verdade pagou pelos pecados de todos os que jamais acreditaria, os escolhidos por Ele para a salvação (cf. Mt 1:21. ; Jo 10:11 , 27-28 ; Ef 5.: 25-26 ).

    Charles Spurgeon, uma vez deu uma perspectiva vincAdãoente preciso e convincente sobre o argumento sobre a extensão da expiação:
    Muitas vezes somos informados de que nós limitamos a expiação de Cristo, porque dizemos que Cristo não fez uma satisfação para todos os homens, ou todos os homens seriam salvos. Agora, a resposta a isto é, que, por outro lado, os nossos adversários limitá-lo; nós não. Os arminianos dizem, Cristo morreu por todos os homens. Pergunte a eles o que eles querem dizer com isso. Cristo morreu, a fim de assegurar a salvação de todos os homens? Eles dizem: "Não, certamente não." Pedimos-lhes a próxima pergunta-Cristo morreu de forma a assegurar a salvação de qualquer homem em particular? Eles respondem: "Não" Eles são obrigados a admitir isso, se eles são consistentes. Eles dizem: "Não, Cristo morreu para que qualquer homem pode ser salvo se" —e, em seguida, seguir certas condições de salvação. Agora, quem é que limita a morte de Cristo? Por que, você. Você diz que Cristo não morreu de forma infalível para garantir a salvação de ninguém. Nós imploro seu perdão, quando você diz que limitamos a morte de Cristo; dizemos: "Não, meu caro senhor, é você que fazê-lo." Nós dizemos que Cristo morreu para que ele infalivelmente garantiu a salvação de uma multidão que ninguém pode contar, que através da morte de Cristo, não só pode ser salvo, mas são salvos e não pode de maneira alguma correr o risco de ser qualquer coisa, mas salvo. Você está convidado para a sua expiação; você pode mantê-lo. Nós nunca vamos renunciar a nossos para o bem dela. (Citado por JI Packer, "ensaio introdutório," em João Owen, A Morte da Morte na Morte de Cristo [np, nd; reimpressão, São Paulo: Banner da Verdade, 1959], 14)

    Escritor contemporâneo Davi Clotfelter acrescenta estas observações:

    Do ponto de vista calvinista, é Arminianismo que apresenta impossibilidades lógicas. Arminianismo nos diz que Jesus morreu por multidões que nunca serão armazenados, incluindo milhões de pessoas que nunca tanto como ouvi falar dele. Ela nos diz que no caso de aqueles que estão perdidos, a morte de Jesus, representada na Escritura como o acto pelo qual tomou sobre Si o castigo que deveria ter sido o nosso ( Is 53:5 ). Swift ( tachinos ) significa "rápido" ou "iminente", e destruição ( apoleia ) refere-se à perdição ou condenação eterna no inferno (cf. Mt 7:13. ; Jo 17:12 ; 2Ts 2:32Ts 2:3 ; 2 Tessalonicenses 1: 7-10. ) espera falsos mestres e todos os que seguem seu caminho sem arrependimento.

    Seu Sucesso

    E muitos seguirão ( 2: 2 a)

    A Bíblia é clara que muitas mais pessoas seguem o caminho largo que leva à destruição do que aderir ao caminho estreito que conduz à vida ( 13 40:7-14'>Mateus 7:13-14. ; cf. 24: 10-12 ). Em parte, o crédito é devido a falsos mestres para a popularidade do "caminho largo", como eles inaugurar as pessoas para o caminho largo e incentivá-los a não olhar para trás. Sua mensagem de independência, liberdade pessoal e auto-exaltação é inerentemente atraente para os corações humanos caídos, que preferem servir-se do que submeter-se a Cristo.

    No Sermão da Montanha, Jesus declarou: "Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu vai entrar" ( Mt 7:21 ). Superficiais, reclamações insinceros ser seguidores de Cristo são sem sentido; apenas aqueles que se submetem totalmente ao Seu senhorio e obedecer a Sua irá demonstrar que eles realmente pertencem a Ele (cf. João 15:14-16 ; Tiago 1:22-25 ; 1 João 2:3-6 ; 5: 1-5 ) .

    Sua Sensualidade

    sua sensualidade ( 2: 2 b)

    Sensualidade é uma palavra forte referindo-se a imoralidade sexual habitual e irrestrita conduta, debochado. Ao usar a forma plural do substantivo ( aselgeiais ), Pedro enfatiza que a lascívia sexual dos falsos mestres vieram de várias formas e extremos. Porque eles tinham rejeitado o senhorio de Cristo, suas vidas foram caracterizados por indulgência e da ilegalidade irrestrita (cf. Mt 23:28. ; 2Ts 2:72Ts 2:7 )

    Pedro certamente concordou com a avaliação de Jude dos falsos mestres, como é visto mais adiante neste capítulo de sua epístola ( 2: 7 , 10 , 13-14 , 18-19 , 22 ). Como ele repetidamente apresentado o comportamento pecaminoso, Pedro deixou claro que não mitigado sensualidade é uma marca distintiva das notas contrafeitas espirituais. Um professor pode reivindicar ser o porta-voz de Deus, mas se a sua vida é caracterizada pela corrupção, cobiça e imoralidade, isso prova que ele é, na verdade, uma fraude.

    Sua Stigma

    e por causa deles o caminho da verdade será blasfemado; ( 2: 2 c)

    O caminho da verdade se refere a doutrina correta ea proclamação precisa do evangelho ( At 9:2 ; At 22:4 , At 24:22 ; cf. Mt 7:14. ; Jo 14:6 ; 18: 25-26 ). Mas por causa de falsos mestres, e os destroços espiritual eles deixam para trás, a mensagem bíblica tem sido muitas vezes censurou aos olhos do mundo. Como Lenski escreveu:

    O verdadeiro cristianismo é blasfemado, insultado, amaldiçoado, condenado por pessoas de fora, que vêem os cristãos professos correndo para todos os tipos de excessos. "Se isso é o cristianismo", eles dirão: "amaldiçoá-lo!" Quando muitos seguem tais excessos, os forasteiros são incapazes de distinguir e assim por blasfemar todo o "caminho". Esses falsos expoentes parecem verdadeiros produtos da maneira de eles. (RCH Lenski, a interpretação das Epístolas de São Pedro, São João e São Judas [reimpressão, Minneapolis: Augsburg, 1966], 307)

    Por sua ensino enganoso e comportamento imoral, falsos mestres têm difamado (literalmente "blasfemado", "caluniado", ou "difamado") o evangelho. Naturalmente, o seu modo de operação é consistente com a missão de Satanás. Por um lado, ele procura minar a igreja do interior, através da introdução de heresias enganosas e falsas doutrinas. Por outro lado, ele procura para manchar a reputação da igreja do lado de fora, por periodicamente desmascarar falsos mestres diante de um mundo assistindo. Quando os incrédulos associar a conduta dos falsos mestres, com a prática da verdadeira igreja, o nome de Cristo é, inevitavelmente, difamado.

    Para contrariar estas, os esforços incansáveis ​​satânicas, a igreja deve ser doutrinariamente puro, e os cristãos devem viver o tipo de vida justa que fazem o poder transformador de Cristo crível. Com isto em mente, o apóstolo Paulo exortou aos filipenses: "Mostrai-vos a ser irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus acima de qualquer suspeita, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual aparecem como astros no mundo" ( Fm 1:2 ; Ef 2:10. ; Ef 5:8. ; Tt 2:5 , Tt 2:14 ; 1 Pedro 2: 9-12 ).

    Sua motivação Sustentar

    e em sua ganância eles farão de vós negócio com palavras fingidas; ( 2: 3 a)

    Falso professores não são, em última análise motivada por uma fascinação com a falsa doutrina, rebeldia, ou até mesmo uma queda por imoralidade sexual. Para ter certeza, eles participam ativamente em cada uma dessas atividades. Mas as pessoas podem fazer todos esses pecados sem ser professor. Em vez disso, a principal motivação de condução falsos mestres é um amor desenfreado de dinheiro. O prazo para a ganância ( pleonexia ) denota um desejo descontrolado, cobiçoso de dinheiro e riqueza. Mais adiante neste capítulo descreve Pedro falsos mestres como "tendo um coração exercitado na ganância" ( v. 14 ). Eles anseiam tanto dinheiro quanto possível (cf. 1 Tim. 6: 3-5 , 1Tm 6:10 ) e são especialistas em fraudar as pessoas na igreja de sua riqueza. Esta é uma acusação padrão bíblico e caracterização de charlatões religiosos (ver Jr 6:13. ; Jr 8:10 ; 1Tm 6:31Tm 6:3 , 9-11 ; Tt 1:7 ; 1 Pedro 5: 1-3 ; Jd 1:11 ).

    Para atingir seus objetivos materialistas, falsos mestres vão explorar as pessoas com falsas palavras. Exploit ( emporeuomai ) significa "o tráfego em" ou "para perceber o ganho de." Tais homens querem ficar rico com o povo a quem eles "ministro". Embora eles pretendem servir aos outros, eles só estão interessados ​​em servir a si mesmos, usando palavras falsas para enriquecer seus próprios bolsos.

    Curiosamente, a palavra Inglês plástico é derivado do termo falsos ( plastos ). De acordo com as suas raízes etimológicas, plástico originalmente tinha a conotação de algo não completamente autêntico. Afinal, artigos de plástico, muitas vezes parecem que são fabricados a partir de uma outra substância, como madeira, metal, porcelana, e assim por diante. Assim plástico à primeira vista "engana" os consumidores. De forma semelhante, os falsos professores lidam na doutrina falsa. Sua teologia não é realmente baseado na verdade bíblica, mas apenas moldado por falsos raciocínios apareça genuína (cf. Cl 2:8. ).

    O objetivo de Satanás, então, é enganar o maior número possível de pessoas, dentro e fora da igreja, por meio de falsos mestres. Em contraste, o objetivo de Deus é identificar e expor esses hipócritas. Através de aviso do Pedro, o Espírito Santo torna claro que os falsos mestres estão em toda parte e tem sido desde os primórdios da história da redenção. Em resposta, os crentes precisam estar atentos e exigentes, levando a sério a exortação apostólica de Paulo aos anciãos de Éfeso:

    Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue. Eu sei que depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês, que não pouparão o rebanho; E que, dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, esteja em estado de alerta, lembrando que dia e noite por um período de três anos, não cessei de admoestar cada um com lágrimas. E agora eu encomendo a Deus e à palavra da sua graça, a qual é poderosa para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados. ( Atos 20:28-32 )





    6. O Julgamento Divino dos Falsos Mestres (II Pedro 2:3b-10a)

    o seu julgamento de há muito tempo não é ocioso, ea sua destruição não dorme. Porque, se Deus não poupou os anjos que pecaram, mas lançou-os no inferno, e os entregou aos abismos da escuridão, reservando para o juízo; e não poupou ao mundo antigo, embora preservasse a Noé, pregador da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios; e se Ele condenou as cidades de Sodoma e Gomorra, a destruição, reduzindo-as a cinzas, havendo-as posto para exemplo aos que vivessem vidas ímpios após essa data; e se livrou ao justo Ló, oprimidos pela conduta sensual de homens sem escrúpulos (para com o que viu e ouviu que o homem justo, habitando entre eles, senti sua alma justa atormentados dia após dia por suas maldades), então o Senhor conhece como resgatar os piedosos da tentação, e para manter os injustos sob castigo para o dia do juízo, e, especialmente, aqueles que se entregam a carne em seus desejos corruptos e desprezam a autoridade. (2: 3b-10a)

    Deus é a verdade.

    Uma e outra vez, a Escritura reitera esse fato ainda indispensável simples (Sl 25:10; Sl 31:5; Sl 86:15; Sl 108:4). O profeta Isaías concorda: "Aquele que é abençoado na terra serão abençoados pelo Deus da verdade; e aquele que jurar na terra, jurará pelo Deus da verdade "(Is 65:16). E o Senhor Jesus Cristo, como Deus em carne humana, proclama: "Eu sou o caminho, a verdade ea vida" (Jo 14:6; conforme Rm 3:1; Tt 1:2).

    Assim, quando Deus fala, Ele sempre fala a verdade. Isto significa que a Sua Palavra infalível é perfeitamente sem erros e completamente confiável. Simplificando, a Bíblia como seu Autor-é verdade (Sl 12:6, Sl 119:160; conforme Ne 8:1; Sl 119:1:. Sl 119:42, Sl 119:130; Mt 22:29. ; Jo 17:17; At 18:28; At 20:32; Rm 1:2; Rm 16:26; Ef 5:26; 2 Tim. 3: 15-17; He 4:12;.. Jc 1:18; 2 Pedro 1: 19-21). À luz disto, não é de estranhar que Deus quer que Seus servos para anunciar e explicar Sua Palavra de forma verdadeira:; —accurately e completamente, sem nenhum desvio ou manipulação ((2Co 4:2 2Tm 2:152Tm 2:15.). conforme Dt 4:2; Ap 22:19).. Para fazer qualquer coisa menos é deturpar tanto o significado pretendido e do caráter inerente do próprio Deus.

    Em contraste, Satanás é o archliar e pai da mentira (Jo 8:44; conforme Gn 3:1; 2Co 11:142Co 11:14; 2Ts 2:92Ts 2:9; conforme Isaías 24:21-23.). Afinal, Deus é soberano sobre o Maligno e seus asseclas (conforme 1:12, 1:2: 6; Lc 8:31; Lc 22:31). E, como o Deus da verdade, o Senhor se opõe a todos os enganadores que encontram-se de Satanás (conforme Prov 6: 16-19; 19:. Pv 19:5, Pv 19:9; Mt 4:1-11.), Prometendo, em última análise puni-los para sempre (cf . Ap 21:8).

    Na verdade, a Bíblia deixa claro que Deus odeia tudo mentira (Pv 6:16, Pv 6:17;. Pv 12:22), especialmente mentiras sobre ele e à Sua Palavra. Jc 3:1). Quando incrédulos falsos mestres propagar mentiras e heresias espirituais, eles estão aumentando simultaneamente a gravidade da sua punição futura. Enquanto se destruindo eles enganar os outros, também a razão pela qual Deus tem sempre respondido ao falso ensino tão agudamente.

    Portanto, assim diz o Senhor Deus: "Porque tendes falado vaidade e visto uma mentira, por isso eis que eu sou contra você", diz o Senhor Deus. Assim, a minha mão será contra os profetas que vêem vaidade e que encontram-se proferem adivinhações. Eles não terão lugar no conselho de meu povo, nem serão anotadas no registro da casa de Israel, nem entrarão na terra de Israel, para que saibais que eu sou o Senhor Deus. "(Ez . 13 8:9; conforme 13 23:9-17'>Is 9:13-17; 28: 14-17.; Jer 14: 14-15; 13 24:23-15'>23: 13-15.)

    Como Pedro continua sua descrição dos falsos mestres, ele ressalta quão sério Deus é sobre a verdade, e também como hostil Ele é para com aqueles que distorcem. O apóstolo já deu seus leitores um retrato geral dos falsos mestres (vv. 1-3 um ). Mais adiante neste capítulo, ele vai ampliar esse retrato, adicionando descrições detalhadas e imagens vívidas palavra. Mas, primeiro, nesta seção (vv. 3 b -10 um ), ele elabora sobre a "repentina destruição" (v. 1), ou certo e iminente julgamento, que Deus trará em enganadores espirituais. Tal julgamento, garantido para acontecer a cada professor falso impenitente, se desdobra em três vertentes: a promessa de julgamento, o precedente para o julgamento, e o padrão de julgamento.

    A promessa de Julgamento

    o seu julgamento de há muito tempo não é ocioso, ea sua destruição não dorme. (2: 3b)

    Embora os falsos mestres não vai enfrentar seu eterno julgamento até a morte, sua sentença foi decretada por Deus de há muito tempo. (A frase de há muito tempo traduz uma palavra, ekpalai, que significa simplesmente "a partir de um longo período de tempo".) Ao longo da história, a partir da primeiro pronunciamento do juízo sobre a serpente no jardim (13 1:3-15'>Gn 3:13-15), Deus condenou todos aqueles que distorcem a verdade divina (conforme Is 8:19-21; Is 28:15; Jr 9:1; Sofonias 3:1-8; Ap 21:8). A expressão não é ocioso fortalece a dura realidade do castigo divino; Sentença de Deus contra todos os professores deitado está acumulando ativamente ira até que cada perece no inferno. (Veja a discussão sobre a frase de Jd 1:4; 25:. 14-30; Lc 12:48; 16: 1-8; 19: 12-27; 1Co 4:21Co 4:2, um terço dos anjos se juntaram a revolta celeste de Lúcifer, arrogantemente se opôs a Deus, e foram expulsos do céu (conforme Is 14:1).

    Mas Pedro provavelmente não está se referindo aqui aos anjos que originalmente caiu, uma vez que eles não foram imediatamente presos no inferno , nem confinado permanentemente aos abismos da escuridão para aguardar o seu julgamento final. Na verdade, eles são os demônios que agora estão soltos no mundo, garantindo fins profanos de Satanás. O apóstolo Paulo identificou-os, quando escreveu: "Porque a nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra os principados, contra as potestades, contra as forças deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" (Efésios . 06:12; conforme 2: 1-2; 1Pe 5:8; Apocalipse 20:1-3.) E, eventualmente, lançados no lago de fogo (Ap 20:10 ).

    Lançá-los no inferno é, na verdade, a tradução de uma única palavra, tartarōsas. O verbo, usado somente aqui no Novo Testamento, é derivado do Tártaro, que na mitologia grega identificou um abismo subterrâneo que foi ainda menor do que Hades (inferno). Tártaro veio referir a morada dos espíritos mais perversos, onde os piores rebeldes e criminosos receberam o castigo divino mais severa. Assim como Jesus usou o termo Geena (o nome para depósito de lixo de Jerusalém, onde o fogo queimou continuamente) para ilustrar os tormentos inextinguíveis de angústia eterna (Mt 5:22, 29-30; Mt 10:28; Mt 18:9 , Mt 23:33; Mc 9:43, Mc 9:45, Mc 9:47; Lc 12:5). daí a tradução Rei Tiago). Se a prestação é covas ou "cadeias", a idéia é a mesma: refere-se à perda de liberdade em um lugar de confinamento, um destino demônios temiam (conforme Mt 8:29;. Lc 8:31). Aqueles que foram enviados para lá foram reservados para o juízo, como prisioneiros culpados aguardando a sentença final e execução no último dia (conforme Ap 20:10).

    Mas duas questões importantes ainda surgem do texto: Para que os anjos caídos que esta ação se refere? E o que eles fizeram para merecer tal prisão grave? O que Pedro não expandir, Jude faz:

    E os anjos que não guardaram o seu próprio domínio, mas abandonaram seu próprio domicílio, ele tem guardado em laços eternos na escuridão para o juízo do grande dia, assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, uma vez que, da mesma forma como estes desejos em imoralidade e seguiu a carne, são postas como exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno. (Judas 6:7)

    Esses demônios "não guardaram o seu próprio domínio," o que significa que eles se mudaram para fora da sua própria esfera de existência e comportamento— ". Seu próprio domicílio" Jd 1:6 na qual certos fallen anjos possuía homens mortais e, em seguida, coabitaram com as mulheres. A transgressão flagrante desses demônios era uma violação clara dos limites que Deus havia estabelecido para eles. Jd 1:7; Lv 20:13; Rm 1:1 Note-se que Pedro também se referiu a esses mesmos demônios em sua primeira epístola-1Pe 3:1).

    Deus, no entanto, preservou Noé, que era justo, um verdadeiro adorador de Deus imerso em uma sociedade perversa e corrupta. Resistir ao mal sufocante em torno dele, Noé andou com Deus, juntamente com sua esposa, seus filhos e suas esposas, que constituíram os sete pessoasa quem o Senhor preservados da destruição na arca. Mais de um século antes do dilúvio veio realmente, Deus revelou a Noé Seu plano para enviar julgamento:

    Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor. Estes são os registros de as gerações de Noé. Noé era um homem justo e perfeito em seu tempo; Noé andava com Deus. Noé se tornou pai de três filhos: Sem, Cam e Jafé. Agora, a terra estava corrompida à vista de Deus, ea terra estava cheia de violência. Deus olhou para a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra. Então Deus disse a Noé: "O fim de toda carne é chegado perante mim; porque a terra está cheia de violência por causa deles; . e eis que eu estou a ponto de destruí-los com a terra "(Gênesis 6:8-13)

    Embora a construção da arca, Noé também trabalhou como um pregador da justiça, as pessoas de morte iminente e retribuição divina e chamando-os a se arrepender de aviso. Anos antes, Enoque tinha pregado uma mensagem semelhante:

    Foi também sobre esses homens que Enoque, na sétima geração de Adão, profetizou, dizendo: "Eis que veio o Senhor com milhares de seus santos, para executar juízo sobre todos e convencer a todos os ímpios de todas as ímpios obras que fizeram de modo ímpio, e de todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele "(Judas 14:15, ver o comentário sobre esta passagem no capítulo 13 deste volume).

    Flood traduz kataklusmos, a partir do qual o Inglês cataclismo deriva. O relato de Gênesis, junto com a evidência geológica atual, indica que o Dilúvio foi verdadeiramente catastrófico em todos os sentidos (conforme Gen. 7: 10-24). Por causa do pecado do homem, Deus destruiu todas as pessoas e todos os animais da terra (exceto aqueles na arca), cobrindo todo o planeta com água-mesmo os picos das montanhas mais altas (Gn 7:19-20). (Para uma análise bíblica e científica detalhada do dilúvio, ver João C. Whitcomb, Jr., e Henry M. Morris, O Genesis Flood[Grand Rapids: Baker, 1961]; para uma defesa concisa da doutrina bíblica de um em todo o mundo inundação, ver Morris, Ciência e da Bíblia, rev ed... [Chicago: Moody, 1986], cap 3 ". Ciência e do Dilúvio")

    Ungodly (conforme 2: 6; 3: 7; Jd 1:4, Jd 1:18), a partir do grego asebeia, é o de uma palavra caracterização da humanidade, um antigo termo que se refere a uma completa falta de reverência, adoração, ou medo de Deus (conforme Mt 24:11, Mt 24:24; 1 João 4:1-3.; 2Jo 1:72Jo 1:7; Gn 14:8 era uma pequena escala paralelo ao dilúvio mundial (que ocorreu cerca de 450 anos antes). Como Noé e sua família, Lot e suas filhas eram os únicos habitantes para escapar. Todos os outros cidadãos de Sodoma e Gomorra foram destruídos, desta vez por incineração e asfixia, em vez de se afogar. Gênesis 19:24-25 resume a conta assim:

    Então o Senhor fez chover sobre Sodoma e Gomorra enxofre e fogo, da parte do Senhor do céu e destruiu essas cidades, e todo o vale, e todos os habitantes das cidades, e que cresceu no chão.
    A palavra traduzida destruição ( KATASTROPHE, dos quais o Inglês palavra catástrofe é uma transliteração) indica completa derrubada e ruína total. A devastação foi tão completa que reduziu as cidades a nada mais do que cinzas. (A frase reduzindo a cinza é descrita por uma palavra nos original- tephrōsas -um particípio aoristo de um verbo de raiz que também pode ser traduzida como "coberto de cinzas ".) Na verdade, o julgamento de Deus foi tão completa que as ruínas permanecem desconhecidos, e localização precisa das cidades ainda é desconhecida. É possível, mas não fundamentadas, que eles foram enterrados sob o que é agora mineral denso água na porção sul do Mar Morto. Que essa destruição refere-se a mais do que a morte física é claro no texto paralelo em Jd 1:7). Mais de vinte vezes nas Escrituras estas cidades são usadas como um exemplo para aqueles que vivem vidas ímpias posteriormente (ver Mt 10:14, Mt 10:15; Mt 11:23, Mt 11:24; Lc. 17: 28-32). Deus usou eles e seu holocausto para enviar um aviso inconfundível para as futuras gerações de pecadores, ou seja rebeldes, que as pessoas depravadas não pode perseguir a impiedade e também escapar de Deus de vingança e julgamento eterna (conforme 3:. 7, 10; Mt 25:41; Rom . 1:18; 2: 5, 8; Ef 5:6; 2 Tessalonicenses 1:.. 2Ts 1:8; Heb. 10: 26-27; Ap 6:17).

    Antes de sua destruição, Deus revelou a maldade de Sodoma e Gomorra a Abraão (Gn 18:20-21; conforme Gn 13:13). Em resposta, o patriarca expressou sua sincera preocupação para quaisquer pessoas justas que ainda pode ser que ali vivem. Ele implorou ao Senhor retirará Seu julgamento por causa deles (Gn 18:23-33). O Senhor estava disposto a poupar a cidade se somente dez habitantes justos poderia ser encontrado. Mas quando mesmo que mínimo não pôde ser cumprido, o Senhor destruiu o povo perverso.

    Como no exemplo anterior do Dilúvio, Pedro confortado seus leitores, lembrando-os de quem escapou da punição. Durante o dilúvio, Deus graciosamente preservado Noé e sua família. Neste caso, durante a demolição de Sodoma e Gomorra, Deus resgatou o justo Ló, junto com suas duas filhas.

    Aqueles que estão familiarizados com o relato de Gênesis pode se perguntar por Lot é designado como justo pelo menos três vezes nos versículos 7:8. Afinal, quando ele aparece pela primeira vez nas Escrituras, Lot é descrito como implicitamente superficial, egoísta e mundano (13 5:1-13:13'>Gen. 13 5:13). Durante os eventos de Gênesis 19, ele mostrou fraqueza moral inequívoca e incrivelmente julgamento pobre quando, no lugar dos anjos que visitam, ele ofereceu suas filhas aos sodomitas cobiçar (vv. 6-8). Mais tarde, ele hesitou quando os anjos insistiram com ele para deixar a cidade imediatamente (vv. 15-22). Mesmo depois que ele escapou da ira de Deus, que ele mostrou comportamento chocante pecaminosa, incluindo embriaguez e incesto (vv. 30-35).

    Há, no entanto, razões para designar Lot como justo (ou seja, um crente). Por exemplo, como seu tio Abraão (Gn 15:6 para um exemplo de desobediência de Abraão), mas eles foram justos no sentido forense. Deus imputou a Sua própria justiça para eles, porque eles eram verdadeiros crentes (conforme Sl. 24: 3-5.; Fp 3:9). E, embora ele era inicialmente hesitante para deixar a cidade, ele finalmente obedeceu a ordem de Deus e até mesmo advertiu seus filhos-de-lei sobre a desgraça iminente (19:14). Além disso, quando ele finalmente saiu, ele obedientemente recusou-se a olhar para trás (conforme 19:17).

    Pedro, então, está apontando que Ló era justo em coração, como resulta do fato de que ele estava oprimido pelo comportamento sensual de homens sem escrúpulos. Sua aversão pelo pecado dos que o cercavam era um indicador seguro de que ele era um crente (conforme Sl 97:10; 119:. Sl 119:7, 67-69, Sl 119:77, Sl 119:101, Sl 119:106, Sl 119:121, Sl 119:123; Pv 8:13; Rm 12:9; 1 Tessalonicenses 4:.. 13 52:4-18'>13-18; 5: 1-5).

    Para Pedro, então, o padrão de julgamento divino é clara. Primeiro, há o conforto no fato de que o Senhor sabe livrar os piedosos da tentação. Deus sabe como salvar aqueles que pertencem a Ele; portanto, eles não têm absolutamente nada a temer (Sl 27:1; Pv 1:33; Jo 14:27; 2Tm 1:72Tm 1:7.). Neste contexto, a palavra proferida tentação ( peirasmos, que geralmente transmite o conceito de teste) conota a idéia de um ataque com a intenção de destruir. (Ver Mc 8:11; Lc 4:12; At 20:19; Ap 3:10 e para outros casos em que peirasmos é usado da mesma maneira.) Os crentes, então, são chamados a confiar na sabedoria infinita e soberano poder de seu protetor divino (conforme Rm 8:28., 38-39).

    Deus não só sabe como salvar Seus filhos, mas como para manter os injustos sob castigo para o dia do juízo. Ele está segurando-os para o dia do juízo final, continuando a sua punição no mesmo período. Os ímpios são como prisioneiros na cadeia que aguardam sentença final e transferência para o seu destino final. Enquanto esperam, eles continuam a acumular mais culpa (conforme Rom. 2: 3-6). Eles, então, enfrentar julgamento no Grande Trono Branco, o tribunal futuro onde Deus condena todos os ímpios de todas as idades para o inferno eterno, o lago de fogo (Ap 20:11-15; conforme Mt 11:22, Mt 11:24. ; Mt 12:36; Jo 12:48; At 17:31).

    O Senhor especialmente como alvo aqueles que se entregam a carne em seus desejos corruptos e desprezam a autoridade. Assim, Pedro traz a discussão círculo completo, novamente contando duas características principais dos falsos professores. Tal como os contemporâneos perversos de Noé e Ló, falsos mestres são escravos do pecado. O grego indica que suas vidas são caracterizadas por uma contínua Eles são desonestos, desrespeitoso, e desagrada a Deus-ativamente perseguindo suas fantasias sexuais (como mencionado anteriormente em 2 "indo atrás de carne em contaminando luxúria.": 2; conforme Jd 1:6) e ansiosamente desfilando suas blasfêmias irreverentes (conforme 2: 1.) Corrupta traduz miasmou, que significa ". poluição" O Inglês palavra miasma, significando desagradável e prejudicial, é derivado deste prazo. Autoridade ( kuriotēs ) significa "senhorio" (conforme Ef 1:21;. Cl 1:16; Jd 1:8). O precedente histórico não deixa margem para dúvidas. Tal como no passado, Deus vai finalmente destruir qualquer um que se opõem a ele, inclusive os falsos mestres e seus seguidores. Ao mesmo tempo, porém, ele vai salvar os crentes de um fim tão aterrorizante. Esta passagem ecoa assim as palavras de Paulo aos Tessalonicenses:

    Devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos, como é justo, porque a vossa fé é muito ampliado, eo amor de cada um de vocês para com o outro cresce cada vez maior; portanto, nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por sua perseverança e fé em meio a todas as perseguições e aflições que suportais. Esta é uma indicação clara do justo juízo de Deus, para que você será considerado digno do reino de Deus, para que de fato você está sofrendo. Pois, afinal, é apenas justo para Deus retribuir com tribulação aos que vos atribulam, e dar alívio a vocês, que estão aflitos e para nós também, quando o Senhor Jesus será revelado do céu com seus anjos poderosos, em chama de fogo, lidando a retribuição àqueles que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes irão pagar a pena de destruição eterna, longe da presença do Senhor e da glória do seu poder, quando Ele vier para ser glorificado nos seus santos nesse dia, e para ser admirado em todos os que creram, para o nosso se acreditava testemunho a vocês. (2Ts 1:1) —leading seus rebanhos no caminho da verdade (119 Ps: 105.). Como o Bom Pastor Ele mesmo, eles ficam de guarda, mesmo quando os inimigos espirituais ameaçam (Atos 20:28-32; conforme 13 43:10-14'>João 10:13-14). Covardia não é uma consideração para eles; nem é compromisso. Afinal, eles têm recebido uma missão divina, a "pastorear o rebanho de Deus [a] o Supremo Pastor se manifestar" (1Pe 5:2).

    Porque eles amam a verdade e cuidados genuinamente para a saúde de suas congregações, pastores genuínos são sempre desconfiado de falso ensino. Eles reconhecem a natureza mortal de mentira-espirituais fabricações de Satanás projetados para enganar, dividir, e, finalmente, destruir o povo de Deus. É por isso que os pastores fiéis proclamar a verdade e denunciar o erro com tanta tenacidade. Eles percebem a eternidade está em jogo.
    Ao longo destas linhas, o puritano João Owen escreveu:
    Cabe a eles [os pastores] para preservar a verdade ou doutrina do evangelho recebido e professou na igreja, e para defendê-lo contra toda a oposição. Este é um fim diretor do ministério .... E a pecaminosa negligência deste dever é o que era a causa da maioria das heresias perniciosas e erros que infestaram e arruinou a igreja. Aqueles cujo dever era preservar a doutrina do evangelho inteiro na profissão pública de que ela tem, muitos deles que falou coisas perversas, para atraírem os discípulos após si ". Bispos, presbíteros, professores públicos, têm sido os líderes em heresias. Portanto este dever, especialmente neste momento, quando as verdades fundamentais do evangelho estão em todos os lados impugnadas, de todos os tipos de adversários, é de uma forma especial para ser atendido até. ( Trabalho, ed. William Goold [Johnstone e Hunter: Edimburgo, 1850-1853], XVI:. 81f Citado em JI Packer, A Quest for Piedade [Wheaton, Ill .: Crossway, 1990], 64)

    Em outras palavras, os líderes da igreja piedosos assumir uma postura agressiva contra falsos mestres e suas doutrinas. Eles não podem abraçar ou tolerar erro no nome do amor, nem podem simplesmente ignorá-lo. Em vez disso, eles são chamados para "refutar os que o contradizem" (Tt 1:9), respondendo a falsos mestres com fúria retórica. De fato, muitos anos antes, Jesus havia lhe cobrado especificamente para alimentar o povo de Deus (João 21:15-17). Agora, em escrevendo sua segunda epístola, Pedro reservou as palavras mais fortes de repreensão divina para aqueles que iria substituir o veneno espiritual para o leite puro da Palavra (conforme 1Pe 2:2), o orgulho tem sido a principal característica dos inimigos de Deus (conforme 1Tm 3:6; Et 3:1; Dn 4:30, 22-23; Atos 12:21-23). Eles estão determinados a ter o seu próprio caminho a qualquer custo, ser teimoso e obstinado ( authadeis ), um termo que denota um conceito auto-satisfação e obstinação.

    Para ilustrar a extensão da sua presunção inabalável, Pedro observa que esses falsos mestres não tremem quando eles insultam majestades Angelicalais. Insultam ( blasphēmeō ), da qual a palavra Inglês blaspheme é uma transliteração, significa "calúnia" ou "para falar de ânimo leve ou profana das coisas sagradas" (conforme 2Rs 19:4; Sl 74:18; 1 Tm . 1:20; Ap 16:10-11). E majestades angélicas , neste contexto, refere-se aos demônios (conforme Jd 1:8). Embora esses falsos mestres eram meros mortais, que eram, por natureza, "menor que os anjos" (Sl 8:5; Sl 8:5). Assim, continua a haver uma quantidade de transcendente dignidade para demônios, mesmo que eles estão caído. O apóstolo Paulo implícita isso quando ele se referiu a demônios como principados, poderes e governantes (conforme 2 Cor. 10: 3-5) —delineating pelo menos três níveis de majestade e autoridade dentro do reino demoníaco. Embora eles são certamente subserviente a Deus, anjos caídos (sob a liderança de Satanás) exercem grande influência e poder neste mundo (Jo 12:31; conforme Ef 2:2). No entanto, os falsos mestres da época de Pedro simplesmente zombou demônios sem medo, presumindo que eles (como homens caídos) eram de algum modo maior do que anjos caídos.

    Deve-se reconhecer que muitos falsos profetas modernos nos setores radicais do movimento carismático fazer fortuna supostamente vinculativa e flippantly condenando demônios, como se tivessem o poder real sobre elas. Eles são realmente falsos exorcistas como os "filhos de uma Ceva" (13 44:19-16'>Atos 19:13-16) e uma descrição se encaixam perfeitamente de Pedro. Pagãos desenvolver esquemas elaborados para apaziguar seus deuses demoníacos. No entanto, os professores e pregadores pseudo-cristã impetuosa declarar sua autoridade sobre as forças do inferno.

    Em contraste, mesmo justas anjos que são maiores em força e poder, não trazer um julgamento injúria contra eles (as majestades angélicas do v. 10) diante do Senhor. Como não há modificador, o termo anjos refere-se aos santos que estão certamente maiores em força e poder do que homens ou demônios caídos. Mas, mesmo a partir de sua posição exaltada, santos anjos não desrespeitar os seus homólogos caídos como os falsos mestres fazem. Por exemplo, o preeminently poderoso Michael ", quando ele disputou com o diabo e argumentou sobre o corpo de Moisés, não se atreveu a pronunciar contra ele juízo de maldição, mas disse:" O Senhor te repreenda! "(Jd 1:9 no capítulo 12 deste volume.)

    As blasfêmias imprudentes de Deus e dos anjos por falsos mestres demonstrar que eles são como animais irracionais (conforme Jd 1:10). Porque eles operam por instinto, os animais não são racionais; assim, eles não fazem contribuições intelectuais para a sociedade. De facto, para a maioria deles, o seu papel primordial no sistema ecológico é para ser capturadas e mortas, proporcionando deste modo a carne até para outros membros da cadeia alimentar.

    Pretendentes Espiritual, desonestamente apresentando-se como verdadeiros professores, exibem uma ignorância animalesca, injuriando onde eles não têm conhecimento. Eles ridicularizam a verdade divina e autoridade celestial, incluindo coisas que eles não entendem. Como animais, eles não fazem qualquer contribuição positiva e seria realmente melhor servir os outros por ser morto. Por isso, o final do versículo 12 prevê que eles vão ... ser destruído; eles não vão escapar da ira futuro de Deus. Quando o fogo de Deus consome todo o mundo e todas as suas criaturas (3: 7, 12), os falsos professores vão também ser finalmente dizimado . na destruição dessas criaturas Jude acrescenta que instintivos programas malignos falsos professores que elas sejam destruídas (v. 10). Como os inimigos de Deus, tendo intencionalmente distorcido a mensagem de Sua Palavra, todos eles vão enfrentar a punição eterna no lago de fogo (Apocalipse 20:9-15).

    De fato, o lago de fogo é o lugar onde os falsos mestres para sempre aguentar a fúria da ira de Deus, sofrendo errado, como os salários de fazer errado. ( Sofrimento errado não é a melhor tradução, uma vez que pode ser mal entendido que é errado para Deus julgá-los. O grego é adikoumenoi, um presente de meio ou forma verbal passiva melhor entendida no sentido "de ser danificado", "ser prejudicado", ou "a ser ferido" [conforme Ap 2:11].) Em que maneira como eles resumem a lei de semear e colher: "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará "(Gl 6:7.). Aqueles que se dedicam a falsa doutrina, exibindo uma abordagem presunçoso para as coisas espirituais, será eternamente ser punido por suas transgressões (conforme Jer 8: 1-2; Jr 14:15; Jr 29:32.).

    Suas práticas

    Eles contam-se um prazer para deleitar-se durante o dia. Eles são manchas e imperfeições, deleitando-se em seus enganos, como eles festejar com você, com os olhos cheios de adultério que nunca deixam de pecado, seduzindo as almas inconstantes, tendo um coração exercitado na ganância, filhos malditos; (2: 13b-14)

    Como regra geral, os pecadores tendem a envolver-se em libertinagem à noite: "Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam ficar bêbado na noite" (1Ts 5:7;. 2Tm 3:132Tm 3:13;. Jude 16-19; conforme Jr 23:26;. 2Co 11:132Co 11:13;.. 2Ts 2:102Ts 2:10), para ter cuidado com os falsos mestres que possam querer infiltrar-los (Mt 7:15; conforme Atos 20:28-31; 1Co 16:131Co 16:13), e para transformar tais homens de distância (II João 9:11)..

    No versículo 14, Pedro muda o foco do comportamento público dos falsos professores aos seus pensamentos e ações privadas. Tendo os olhos cheios de adultério indica que estas fraudes espirituais já não possuía qualquer auto-controle moral; eles não podiam sequer olhar para uma mulher sem ver ela como um objeto potencial de seu adultério ou fornicação (conforme Mt 5:28). Simplificando, seu desejo era insuportável e insaciável-uma forma terrível de lascívia que estava cheia de desejo pecaminoso.

    No entanto, mesmo como predadores ameaçadores, falsos mestres ainda ganhou uma sequência dentro da igreja. Como agentes de Satanás, eles eram almas instáveis ​​atraentes -preying sobre o fraco espiritualmente (conforme Jc 1:6) —a espiritualmente imaturo, sem discernimento, ou descrente. Pedro sabia que a única defesa segura contra suas táticas era uma forte base na Palavra de Deus (1Pe 2:1; 1Jo 2:131Jo 2:13).

    Além de favores sexuais, os falsos mestres da época de Pedro também tiveram interesse em acumular riqueza. A frase tendo um coração exercitado na ganância indica que sua imoralidade foi sempre acompanhada pela avareza. Treinado ( gumnazō ), a partir do qual a palavra Inglês ginásio é derivada, é um termo atlético que significa "exercício", ou "disciplina". Como um verbo, apresenta uma descrição perturbadora dos falsos mestres. William Barclay explica:

    A imagem é uma terrível. A palavra que é usada para treinada é a palavra que é usada para um atleta, exercitar e treinar-se para os jogos. Essas pessoas têm realmente treinados e equipados e ensinado suas mentes e corações para se concentrar em nada, mas o desejo proibido. Eles deliberAdãoente lutou com a consciência depois de terem destruído; eles deliberAdãoente lutou com Deus até que eles tenham jogado Deus da vida; eles deliberAdãoente lutou com seus sentimentos mais sutis até terem estrangulado-los; eles deliberAdãoente treinaram-se para se concentrar nas coisas proibidas. Suas vidas têm sido uma batalha terrível para destruir a virtude e treinar-se nas técnicas de pecado. ( As Cartas de Tiago e Pedro, rev ed.. [Filadélfia: Westminster, 1976], 392-93; itálico no original)

    Sem dúvida, Pedro entendeu que suas ações não foram acidentais. Seus crimes eram crimes de premeditação, não lapsos momentâneos de julgamento. Como mandantes do pecado, os falsos mestres tinham planejado os ataques e determinou o seu coração para as extremidades sensuais e materialistas.
    Com desgosto compreensível, o apóstolo responde com uma denominação sem corte, mas adequado, as crianças amaldiçoadas. Como mentirosos e hipócritas, os falsos mestres sintetizou aqueles a quem Deus amaldiçoou para o inferno. A frase de Pedro é um hebraísmo expressar a idéia de que as pessoas são "filhos" do que quer que influências mais dominam suas vidas (conforme Gl 3:10, Gl 3:13; Ef. 2: 1-3; 1Pe 1:141Pe 1:14.). Como servos de Satanás e escravos do pecado, eles foram justamente denunciado como filhos de maldição do inferno.

    Seu prémio

    deixando o caminho direito, eles desviaram-se, tendo seguido o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça; mas ele recebeu uma repreensão pela sua própria transgressão, por um mudo jumento, falando com uma voz de um homem, impediu a loucura do profeta. (2: 15-16)

    O dicionário define prémio como um incentivo para fazer alguma coisa, ou um motivador para realizar uma tarefa. No caso dos falsos mestres, Pedro revelou que a sua principal incentivo era e é o ganho pessoal. Simplificando, o seu prémio foi realmente um preço tag-eles foram motivados por dinheiro, como já foi observado nos versículos 3:14. A fim de ilustrar melhor o seu ponto, Pedro comparação falsos mestres para o falso profeta do Antigo Testamento Balaão (Num. 22-24; conforme Jd 1:11; 8:19; Sl 18:30; 25:.. Sl 25:9; Sl 119:14; Pv 8:20, Pv 8:22; conforme At 13:10).Forsaking descreve uma rebelião direta, deliberada contra a Escritura. Ao rejeitar a Palavra de Deus, os falsos mestres da época de Pedro se recusou a andar em obediência, optando por se afaste, apesar das conseqüências eternas (conforme Jd 1:13). Balak viu os israelitas como uma ameaça militar e esperava para derrotá-los com a ajuda de Balaão. Tendo ganhou uma reputação como um profeta de aluguel, Balaão era de uma cidade às margens do rio Eufrates, onde estudiosos encontraram evidências de um culto de profetas, cujas atividades se assemelhava práticas de Balaão.

    No primeiro semestre de Números 22, Balaão parece ser um profeta fiel (vv. 7-21). No entanto, mesmo nesta passagem, táticas tenda de Balaão implica que ele esperava para negociar um pagamento mais elevado de Balak antes de executar seu serviço profético (v. 13). É claro que, no final, Balaão não amaldiçoar Israel, mas sim a abençoou. No entanto, ele foi mais do que dispostos a aceitar as riquezas de Balaque (18 vv, 40;. 24:13), porque ele amou o prêmio da injustiça (conforme 11:18 Prov.). Se Deus não tivesse intervindo em favor de Israel, Balaão teria deliberAdãoente pecou em proveito próprio de material (conforme Deut. 23: 4-5).

    Embora Balaão alegou a falar apenas as palavras de Deus, o Senhor sabia que ele queria amaldiçoar Israel em troca de dinheiro. Por causa de sua ganância, Balaão recebeu uma repreensão pela sua própria transgressão. Enquanto ele estava montando em seu burro mudo, o Senhor milagrosamente causado o animal para falar (Num. 22: 22-35) e a loucura do profeta foi contido. O termo traduzido loucura ( paraphronia ) significa literalmente "ao lado de nossa própria mente." Em outras palavras, Balaão era tão ganancioso que ele estava "fora de si". Seu amor ao dinheiro o levara a agir irracionalmente (conforme 2Co 11:23 ).

    Além de sua ganância, Balaão também foi motivada por imoralidade sexual. Quando sua tentativa de amaldiçoar Israel falhou, o profeta tentou arruinar os hebreus através da corrupção moral. Ele usou sua influência para promover relacionamentos que Deus tinha estritamente proibidas (Ex 34:12-16; Dt. 7: 1-4; Josh. 23: 11-13.; Ed 9:12; conforme Ex 23:32). —ou seja, os casamentos entre os israelitas e seus vizinhos pagãos, os moabitas e midianitas (Nm 25; 31: 9-20.). Em Nu 31:16, Moisés identifica Balaão como principal influência corruptora: "Eis que [as mulheres pagãs] fez com que os filhos de Israel, por conselho de Balaão, pecar contra o Senhor no caso de Peor" (conforme Nm . 25: 1-3). Balaão incentivou os israelitas a praticar a idolatria, a imoralidade, e os casamentos mistos, em uma segunda tentativa de destruí-los, desta vez por assimilá-los na sociedade cananéia pagã. Apostasia do profeta não só agrediu a santidade de Deus, mas também ameaçou a própria existência do seu povo escolhido. Embora Balaão sabia que era melhor, ele permitiu que os impulsos carnais para orientar suas escolhas. E, como resultado, ele sofreu a penalidade final da morte (Nu 31:1; conforme Pv 13:15).

    Suas profecias

    Estes são fontes sem água e névoas levadas por uma tempestade, para quem a escuridão negra foi reservados. Para falar palavras arrogantes de vaidade que seduzir por desejos carnais, pela sensualidade, aqueles que mal escapar os que vivem no erro, prometendo-lhes liberdade, enquanto eles mesmos são escravos da corrupção; pelo que um homem é vencido, por isso ele é escravizado. (2: 17-19)

    Três características principais que sempre caracterizou o estilo ministério dos falsos mestres. Primeiro, eles são autoritários (Jr 5:31), invariavelmente governando suas igrejas de forma dominadora (conforme III João 9:10), e fortemente denunciando qualquer que questionam sua autoridade. Para piorar a situação, eles quase sempre carecem de treinamento formal ou ordenação respeitável, operando acima de qualquer responsabilidade bíblica ou teológica legítimo.

    Em segundo lugar, os falsos mestres ministro de uma forma centrada no homem (Jr 23:16, Jr 23:26; Ez 13:2; 2 Tim. 4: 3-4). Como resultado, eles pregam suas próprias visões (Lm 2:14; Ez 13:9). Da saúde, riqueza, prosperidade e paz falsa (Jr 6:14 ; Ez 13:10, Ez 13:16); 23:17.. O verdadeiro professor enfatiza a santidade de Deus, pecaminosidade do homem, ea condição desesperada que resulta. Mas falsos mestres preferem as mensagens de seus próprios enganos preparar-xaroposo que apelar para os apetites carnais dos seus ouvintes.

    Em terceiro lugar, eles tratam as históricas doutrinas, baseadas em Escritura da igreja com desprezo (conforme Jr 6:16). Em vez de proclamar a ortodoxia bíblica, eles promovem suas próprias novidades auto-intitulados, métodos e doutrinas. Eles propositAdãoente distanciar-se do passado, arrogantemente endossar alguma abordagem novos e desnecessários para o ministério, e muitas vezes alegando revelação privada de Deus em sua defesa.

    Para ter certeza, todos esses três características combinavam com os falsos mestres da época de Pedro. Mas o apóstolo não se deixe enganar pelo seu glamour ou seus truques. Sabia-los para que eles realmente foram- fontes sem água e névoas levadas por uma tempestade (conforme Jd 1:12).

    Assim, como miragens no deserto de areia quente, Pedro descreve os falsos mestres como aqueles que prometem o que não entregar. Eles são fontes sem água, oferecendo a nada espiritualmente sedento mais de falsas esperanças de alívio. Eles também são névoas levadas por uma tempestade. Na região do Mediterrâneo oriental, brisa do mar trazer periodicamente em névoa e nevoeiro que parecem sinalizar chuva. Mas às vezes a umidade atmosférica permanece por pouco tempo e não produz chuvas significativas. O terreno fica seca e árida; os moradores estão desiludidos. Como aquelas névoas, falsos mestres são sem substância e não oferecem refresco de mudança de vida (conforme Jd 1:12;. Mt 25:41) e as trevas (Mt 8:12;. Mt 22:13) coexistir.

    Apesar do fato de que eles não têm nenhuma substância espiritual a oferecer, falsos mestres invariavelmente afirmam grande sabedoria e conhecimentos falando palavras arrogantes de vaidade. Através de sua verbosidade flamboyant e altissonante retórica, eles enganar seus seguidores em acreditar que eles possuem profunda erudição teológica , profunda visão espiritual, e até mesmo revelações diretas de Deus. Com essas "verdades" que deslumbrar suas vítimas (Jude chamado tais homens "estrelas errantes", v. 13), ao passo que, na realidade, eles não dizem nada que é verdadeiramente divina e, como um meteoro, desaparecer na escuridão (conforme Jd 1:13; 6: 3-5.; 2 Tm. 2: 14-18; Tt 3:9; 4: 3-4).

    Os indivíduos que seguem falsos mestres são aqueles que mal escapar os que vivem no erro. Em outras palavras, eles são homens e mulheres que através da resolução moral estão tentando melhorar a si mesmos. Eles incluem pessoas que lutam com os relacionamentos quebrados, lutar com emocional "necessidades sentidas" e problemas espirituais, e deseja desesperAdãoente alívio da culpa, ansiedade e stress. Eles estão insatisfeitos com o estilo de vida de quem vive no erro -o massa média de unregenerate humanidade e procurar alguma maneira melhor para se viver (conforme Mc 10:17-22) ou alguma forma de experiência religiosa (conforme Atos 8:18-24). Mas isso não significa que eles são verdadeiramente redimidos. De fato, em sua insatisfação, solidão e tentativas de auto-melhoramento, eles são altamente vulneráveis ​​aos aproveitamentos sedutoras de falsos mestres.

    Ao apelar para essas pessoas, os falsos mestres prometer liberdade e vitória, enquanto eles mesmos são escravos da corrupção. As garantias vazias incluem a libertação, propósito, prosperidade, paz e felicidade. No entanto, eles ainda não possuem as próprias bênçãos. Na verdade, eles são escravos de sua luxúria, para por o que um homem é vencido, por isso ele é escravizado. Eles estão tão completamente dominado e controlado por sua natureza pecaminosa (Jo 8:34; Rm 6:16) que o seu ensino é nula de qualquer poder divino. Embora eles oferecem liberdade, eles são escravos do pecado, totalmente incapaz de dar a verdadeira liberdade espiritual, pois rejeitam a Jesus Cristo, o único que pode realmente libertar a alma (João 8:31-32, Jo 8:36; Rm 8:2; conforme Jc 1:25).

    Sua perversão

    Porque, se, depois de terem escapado das corrupções do mundo pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, ficam de novo envolvidos nelas e são superados, o último estado tornou-se pior para eles do que o primeiro. Por que seria melhor para eles não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, a afastar-se do santo mandamento entregue a eles. Aconteceu-los de acordo com o verdadeiro provérbio: "O cão voltou ao seu próprio vômito", e, (2: 20-22) "A porca, após a lavagem, retorna a revolver-se no lamaçal."

    Para ter certeza, os falsos mestres da época de Pedro eram exteriormente pessoas religiosas. Eles tinham professado fé em Jesus Cristo e, provavelmente, convenceu o povo que eles sabiam muito mais sobre ele do que eles realmente fez. Caso contrário, não teria sido capaz de se infiltrar na igreja de forma eficaz.
    Na prossecução religião, especificamente o cristianismo, eles em um sentido escapado das corrupções do mundo. Contaminações, ou "poluição", é miasma, uma palavra transliterado em Inglês que transmite o mesmo significado que ele faz em grego: "a exalação vaporosa anteriormente acreditado para causar a doença ... uma influência ou atmosfera que tende a esgotar ou corrompido." O sistema debochado do mundo produz, por assim dizer, os vapores venenosos, males infecciosos, e poluições morais em todas as formas imagináveis. A humanidade não salvos são fortemente contaminado pela imoralidade do mundo e vaidade, e alguns, como aqueles que se tornam falsos mestres, procuram escapar dela. Eles fazem isso pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, encontrando abrigo provisório na igreja. Tal conhecimento é uma consciência exata sobre Cristo, mas não é um conhecimento salvífico de Deus (Mt 7:1; 10: 26-29). Assim, os seus esforços, em última instância resultar em nada mais do que a reforma moral temporária e superficial por meio da religião, a religião do cristianismo nominal, desprovido de fé genuína e arrependimento.

    É evidente que os falsos mestres não estão realmente em Cristo, porque ficam de novo envolvidos em corrupções do mundo e são superados. Eles não são os "vencedores" o apóstolo João escreveu em sua primeira epístola (I João 5:4-5) ou o livro do Apocalipse (2: 7, 11, 17, 26; 3: 5, 12, 21). Como não há salvação real para eles, sem graça recebida para vencer o poder do pecado:, andar pelo Espírito Santo (Ef 1:7), e perseverar na fé (conforme Fm 1:2). —eles afundar de volta para a poluição do mundo e completamente rejeitar o evangelho da salvação Este último estado é muito pior para eles do que . o primeiro Afinal, aqueles que entendem a verdade e ainda virar vai enfrentar muito maior julgamento do que aqueles que nunca ouviram falar (conforme Mt 10:14-15; 11: 22-24., Mc 6:11; Lucas 12:47-48).

    Em vista disso, seria melhor para eles não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, a afastar-se do santo mandamento entregue a eles (conforme Mt 26:24). O caminho da justiça é a fé cristã (veja a discussão Dt 2:2; Dt 6:1, Dt 6:25; Js 22:5; Sl 19:8; Pv 6:23; Mt 15:3; Rm 16:26; 1Jo 2:71Jo 2:7; conforme Mt 13:1)

    (Para comentários sobre as passagens de Hebreus, ver John Macarthur, hebreus, MacArthur New Testament Commentary. [Chicago: Moody, 1983], 142— 49, 276-80)

    Professores apóstatas, como Pedro descreve-los, realmente desenvolver de dentro da igreja onde, parcialmente exumados do muck da maldade da sociedade, eles ouvem a verdade, mas em última análise, rejeitá-la. Como Judas 1scariotes, eles se reproduzem em estreita proximidade com Jesus Cristo e Sua Palavra-se-cloaking na justiça fingida de hipocrisia. Em última análise, eles usam a igreja apenas para seus próprios fins egoístas, como parasitas espirituais, buscando sedutoramente para arrastar o maior número possível descendo com eles, para a satisfação diabólica das hostes de Satanás (conforme 1 Tim. 4: 1-2) .

    Em um retrato definitivo de sua natureza desprezível, Pedro descreveu os falsos mestres usando imagens gráficas do reino animal. Sua primeira analogia do que aconteceu com eles é de acordo com o provérbio verdadeiro, Pv 26:11"O cão voltou ao seu próprio vômito." O segundo provavelmente é emprestado de um antigo ditado secular, "A porca, após a lavagem, retorna ao chafurdando na lama ". Nos tempos bíblicos, os cães e suína foram os dois animais desprezíveis (conforme 30:1; Sl 22:16; Mt 7:6). Os cães, por exemplo, raramente eram mantidos como animais domésticos, porque eram geralmente meia-selvagens mestiços, muitas vezes sujo, doente, e perigoso (conforme 1Rs 14:11; 1Rs 21:19, 23-24;. Is 56:11; Ap 22:15). Eles viviam no lixo e se recusam, e foram mesmo dispostos a comer o seupróprio vômito. Não é de estranhar, então, que os judeus cães com desprezo e nojo tratada. Swine semelhante representado sujeira, sendo o último em impureza aos judeus (conforme Lucas 15:15-16). Este foi principalmente porque a lei mosaica declarou-impuro (Lev. 11: 7.; Dt 14:8). A comparação de Pedro, então, é inconfundível: Os falsos mestres são o epítome da impureza espiritual e obscenidade.

    Cristianismo Contemporâneo, infelizmente, contém muitas pessoas como as que Pedro descreve nesta passagem. Eles têm buscado aperfeiçoamento pessoal e reforma moral em suas missões para a experiência espiritual e religiosa. Muitos deles tornaram-se professores, pregadores e profetas auto-intitulados dentro da igreja professa. Tragicamente, como cães ou porcos imundos sujos, eles eventualmente retornar aos seus antigos estilos de vida que rejeita o único que realmente pode reformá-los. Aqueles que se tornam líderes espirituais são, na realidade, falsos mestres, motivados por seus próprios desejos egoístas e desejos sensuais. Tendo em vista seu caráter terrível e influência condenatório, a advertência de Pedro é clara: Fique longe de falsos mestres e expô-los! Os crentes devem ouvir os verdadeiros apóstolos e profetas, e não os falsos (3: 1-2).


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de II Pedro Capítulo 2 do versículo 1 até o 22

    II Pedro 2

    Os falsos profetas — 2Pe 2:1

    Os pecados dos falsos profetas e seu fim — 2Pe 2:1 (cont.) A obra da falsidade — 2Pe 2:2-3

    Nesta curta passagem vemos quatro coisas com relação aos falsos mestres e a seus ensinos.

    1. Vemos a causa da falso ensino. A causa é a avareza. A palavra grega neste caso é pleonexia; pleon significa mais e exia vem do verbo echein que significa ter. Pleonexia é, pois, o desejo de possuir mais. Mas

    este vocábulo foi adquirindo um matiz determinado. Nem sempre o desejo de possuir mais é pecado; há muitos casos nos quais isto é um desejo absolutamente honorável, como quando se trata de possuir mais

    virtude, ou mais conhecimento ou maior idoneidade. Mas pleonexia chegou a significar o anseia de possuir aquilo que o homem não tem direito a desejar nem de possuir, e muito menos de tomar para si. Em tal forma chegou a significar a cobiça do dinheiro e outros bens

    materiais; desejos luxuriosos quanto a outra pessoa; mesquinha ambição de honras, prestígio e poder pessoais. O falso ensino se origina na insalubre ambição de possuir algo que a gente não tem direito de possuir.

    Procede do desejo nada menos que de ter o lugar de Cristo, porque seu propósito é substituir a verdade de Jesus Cristo pondo em seu lugar as idéias pessoais. O falso mestre é culpado nada menos que de usurpar o

    lugar de Cristo.

    1. Também vemos o método da falso ensino. Seu sistema consiste no uso de argumentos astutamente elaborados. A falsidade é resistida

    facilmente quando a adverte como tal, mas quando é astutamente disfarçada como verdade é quando se volta uma perigosa ameaça. Há somente uma prova. O ensino de todo mestre deve ser julgada pelas

    palavras e a presença do próprio Jesus Cristo. Se for feito isso, sua falsidade ficará plenamente revelada.

    1. Vemos o efeito da falso ensino. Este efeito é duplo. Alenta a tomar o caminho da descarada imoralidade. A palavra grega é aqui

    aselgeia e, como já vimos, descreve a atitude da pessoa que perdeu a

    vergonha. Trata-se do que já passou a etapa em que tentava ocultar o pecado próprio porque tinha vergonha do mesmo. Agora faz o que quer e o faz quando, como e onde quer fazê-lo; não se preocupa com o juízo de Deus nem com o juízo dos homens; não concede valor algum à sua própria reputação. Temos que lembrar o que havia no pano de fundo do ensino destes falsos mestres. Estavam pervertendo a graça de Deus e convertendo-a numa justificação para o pecado. Diziam a outros que a graça era infinita e que, portanto, estavam livres para pecar na forma em que queriam fazê-lo pelo fato de que a graça outorgaria o perdão. Apresentavam a graça de Deus de tal maneira que faziam de

    «Um uma razão para pecar.

    Mas este ensino falso tinha evidentemente um segundo efeito: desprestigiava o cristianismo. Se o cristianismo produzia gente que agia nessa forma, tais pessoas não poderiam, obviamente, ser úteis nem aos cristãos nem à Igreja. Naqueles longínquos dias, tanto como hoje mesmo, cada cristão era — e é — uma boa ou uma má publicidade para a Igreja. Paulo acusava os judeus de ter desprestigiado o nome de Deus (Rm 2:24). Nas Cartas pastorais as mulheres jovens são exortadas a se comportarem com tal modéstia e castidade que jamais possam desprestigiar à Igreja (Tt 2:5). Tudo ensino que produza uma classe de vida que afaste a outros do cristianismo em vez de atraí-los a Ele, é um falso ensino e é obra dos inimigos de Cristo.

    1. Vemos também o fim último deste falso ensino: a destruição. A sentença foi pronunciada sobre os falsos profetas faz já muito tempo; o

    Antigo Testamento dá a conhecer sua condenação (13 1:5-13:5'>Deut.13 1:5-13:5'> 13 1:5-13:5'>13 1:5). Poderia parecer que tal sentença se tivesse voltado inócua ou se debilitou, mas ainda está em vigor e chegará o dia em que os falsos

    mestres terão que pagar o terrível preço de sua falsidade. Ninguém que conduza outro por maus caminhos poderá escapar de sua própria condenação.

    O DESTINO DOS ÍMPIOS E O RESGATE DOS JUSTOS

    2 Pedro 2:4-11

    Temos aqui uma passagem que combina um indiscutível poder e, ao mesmo tempo, uma também indubitável escuridão. Sua ardente

    intensidade retórica resplandece até o dia de hoje, mas está expressa mediante alusões que seriam muito familiares e de aterradores efeitos para aqueles que as ouvia pela primeira vez mas que para nós hoje se

    tornaram sem sentido e obscuras. Aqui o apóstolo cita três notórios exemplos de pecado e de sua destruição. Em dois destes casos mostra como, quando o pecado foi resistido, os justos foram resgatados e

    protegidos pela misericórdia e a graça. Vejamos estes exemplos um após outro.

    1. O pecado dos anjos

    Examinaremos o pano de fundo deste tema tanto no pensamento como na lenda judeus. Mas antes é necessário que consideremos separadamente duas palavras. Pedro diz que Deus condenou os anjos pecadores às mais profundas regiões do inferno. Literalmente em grego expressa que Deus condenou os anjos ao Tartarus; o verbo correspondente é tartaroun. O Tartarus não é de modo nenhum um conceito judeu, mas sim grego. Na mitologia grega o Tartarus é o inferno mais baixo; está tão abaixo em relação ao Hades como o está a Terra em relação ao Céu. Em especial era o sítio ao qual tinham sido lançados os titãs e os gigantes que se tinham rebelado contra Zeus, o pai dos deuses e dos homens. Tartarus era, assim, o inferno mais baixo e terrível no qual aqueles que se haviam amotinado contra o poder divino eram mantidos em eterno castigo.

    A segunda palavra que devemos considerar é aquela que se refere às prisões de escuridão. Aqui há uma dúvida. Trata-se de duas palavras

    gregas, ambas pouco freqüentes, que aparecem confusas nesta passagem.

    Uma delas é siros ou seiros. Siros originalmente significava uma grande vasilha de barro para guardar grão. Posteriormente chegou a significar uma espaçosa cova subterrânea onde se armazenavam os cereais, servindo assim como celeiros. Esta palavra siros chegou até nós através da língua provençal na forma do vocábulo "silo" usado para descrever essa espécie de torres onde são guardadas os grãos. Mais tarde ainda chegou a significar as fossas cavadas para apanhar lobos ou animais selvagens. Se, pois, aceitamos que esta é a palavra que Pedro usa, e conforme aos melhores manuscritos o é, significará que os anjos ímpios foram lançados em grandes fossas subterrâneas e ali mantidos em escuridão e castigo. Isto se adapta perfeitamente à idéia de um Tartarus debaixo dos mais profundos lugares do Hades.

    Mas há uma palavra muito semelhante — seira — que significa

    cadeia. Esta é a palavra traduzida por prisões de escuridão (v. 2Pe 2:4,

    Authorized Version), e é a mesma que Judas utiliza quando fala das prisões eternas com referência aos anjos ímpios (v. 2Pe 2:6). Esta palavra usada por Judas é desmoi, equivalente a cadeias ou correntes. Os manuscritos gregos de Segunda Pedro variam entre seiroi, poços, covas, e seirai, cadeias. Mas os melhores manuscritos têm seiroi, covas; portanto podemos aceitar seiros como correto (RA, "abismos de trevas"; TB, “abismos de escuridão”; BJ, "abismos tenebrosos").

    A história da queda dos anjos está profundamente arraigada no pensamento judeu e experimentou consideráveis modificações no curso do tempo. A narração original nós a encontramos em Gênesis 6:1-5. Ali,

    tal como ocorre freqüentemente no Antigo Testamento, os anjos são chamados filhos de Deus. Em Jó, os filhos de Deus fossem apresentar se perante o Senhor e Satanás chega entre eles (1:6; 2:1; 38:7). O

    salmista fala dos filhos do Poderoso (89:6). Estes anjos vieram à Terra e seduziram as mulheres mortais. O resultado desta união luxuriosa foi uma raça de gigantes através dos quais chegou a maldade à Terra.

    Evidentemente trata-se de uma antiqüíssima história que pertence à infância do gênero humano.

    Este relato foi amplamente desenvolvido no livro de Enoque e deste é que Pedro toma suas alusões, pelo fato de que em sua época era um livro que todos conheciam. Em Enoque os anjos são chamados "vigilantes". O cabeça de sua rebelião era Semjaza ou Azazel. A instigação deste descenderam sobre o Monte Hermom em dias do Jarede, pai de Enoque. Tomaram para si mulheres mortais e as instruíram na magia e nas artes que lhes conferiam poderes especiais. Engendraram uma raça de gigantes e os gigantes, por sua vez, engendraram os nefilim, gigantes que habitavam na terra de Canaã e daqueles que o povo estava aterrorizado (Nu 13:33). Esses gigantes se tornaram canibais e foram culpados de toda classe de luxúria e crimes, em especial de uma insolente arrogância frente a Deus e aos homens.

    A literatura apócrifa faz profusa referência a estes gigantes e a seu orgulho. O livro de Sabedoria (Nu 14:6) relata-nos de que maneira

    pereceram estes gigantes. Eclesiástico (Nu 16:7) diz-nos como os antigos gigantes perderam seu poderio devido a sua insensatez. Não possuíam sabedoria e pereceram em sua estultícia (Baruque Nu 3:26-28). “Quando Deus destruiu as cidades da Planície, então se lembrou de Abraão, e tirou a Ló do meio da destruição, quando

    subverteu as cidades em que Ló habitara” (Gn 19:29, TB). Novamente temos aqui a história da destruição do pecado e do resgate dos justos. Mais uma vez, como no caso de Noé, podemos ver em Ló as

    características do homem justo.

    1. Ló vivia cercado de maldade e a constante visão dessa situação afligia e torturava sua alma. Moffatt nos lembra um pensamento de Newman: "Nossa maior segurança contra o pecado consiste em que nos

    causa repugnância."

    Há nisto algo muito significativo. Freqüentemente sucede que quando surgem os males, a pessoa a princípio se escandaliza e se

    preocupa, mas logo, à medida que passa o tempo, começa a acostumar-se e termina aceitando-os como coisa comum. Há muitas situações pelas quais teríamos que nos escandalizar e nos horrorizar. Em nosso próprio

    dia temos os problemas da prostituição e a promiscuidade, o alcoolismo, a febre dos jogos de azar, a debilitação dos laços do casamento, a

    violência e o crime em geral, as mortes devidas a acidentes de trânsito, as moradias ruinosas e insalubres, etc. E em muitos casos o mais trágico é que estas horríveis calamidades deixaram que nos comover realmente. Aceitamo-las como parte de um estado normal de coisas. Pode ser que as consideremos como algo lamentável e desgraçado, mas não nos comovem no sentido literal do termo. Pelo bem do mundo e pelo bem de nossas próprias almas devemos manter viva uma sensibilidade que se horrorize diante do pecado e suas conseqüências.

    1. Ló vivia cercado de maldade mas, mesmo assim, pôde manter— se puro no meio dela. No meio da pecaminosidade da Sodoma permaneceu fiel e obediente a Deus. Se o homem aceitar a graça e a presença de Deus e as tem em conta, encontrará nelas um anti-séptico e uma proteção contra a infecção do pecado. Ninguém tem por que ser necessariamente vítima e escravo do ambiente em que lhe cabe viver.
      1. Quando o pior chegou ao extremo, Ló quis romper com aquela atmosfera que o envolvia. Pelo contrário, precisamente por não estar preparada para tal rompimento, sua esposa pereceu.

    Há um estranho versículo neste relato. Diz-se que quando Ló deteve-se em sua marcha ao sair da cidade, os mensageiros angélicos

    tomaram-no pela mão (Gn 19:16). Há ocasiões em que a influência do Céu trata até de forçar nosso passo para que saiamos de uma situação ou um ambiente ímpios. Pode ocorrer que uma pessoa se veja frente à

    alternativa de ter que escolher entre a estabilidade e a segurança por um lado, e a ruptura com o passado e um novo começo pelo outro; e há ocasiões em que uma pessoa pode salvar sua alma unicamente por uma

    terminante ruptura com sua ocupação, com seu ambiente e com toda sua presente situação, começando tudo de novo. Assim foi como Ló encontrou sua salvação; enquanto que, precisamente por não ter procedido assim, sua mulher perdeu a salvação.

    O QUADRO DO HOMEM ÍMPIO

    2 Pedro 2:4-11 (continuação)

    Os versículos 9:11 desta passagem apresentam um quadro do homem ímpio. Com uns poucos traços, rápidos e vívidos, Pedro pinta as

    mais destacadas características do homem que com toda propriedade pode ser chamado mau.

    1. É o homem dominado pelo desejo. Sua vida está dominada pelos

    corruptores desejos carnais. O tal é culpado de dois pecados.

    1. Toda pessoa tem dois aspectos em sua natureza. Tem uma natureza física: instintos, paixões e impulsos que compartilha com a

    criação animal. Estes instintos são bons se forem mantidos em seu devido lugar. São necessários para a preservação da vida individual e para a sobrevivência da raça humana, mas devem ser mantidos em seu devido lugar. A palavra temperamento literalmente significa mescla. A figura no

    pano de fundo desta palavra é que a natureza humana é uma mescla que combina uma grande variedade de ingredientes. Sabe-se que o poder e a eficácia de qualquer mescla depende de que cada componente esteja em

    sua devida proporção. Sempre que haja excesso ou falta no caso de qualquer dos ingredientes, a mescla não é o que deveria ser. O ser humano tem uma natureza física e também uma natureza espiritual. A

    autêntica dignidade depende de uma correta proporção de ambas. O homem dominado pelos desejos carnais permitiu que sua natureza animal usurpe um lugar que não lhe corresponde; permitiu que se altere a

    proporção dos ingredientes; errou a fórmula da autêntica masculinidade. Primeiro, pois, o homem dominado pelos desejos é aquele que perdeu a noção das corretas proporções da fórmula divina para a natureza

    humana.

    1. Mas há uma razão para esta perda de equilíbrio, e esta razão não é outra que o egoísmo. A raiz do mal é que essa vida está dominada pela carnalidade, está baseada na suposição de que nada há tão importante

    como a gratificação dos próprios desejos e a expressão dos próprios

    sentimentos. Deixou que ter todo respeito ou preocupação por outros. Erigiu-se a si mesmo como centro da cena. O egoísmo e a cobiça andam de mãos dadas. O homem ímpio é aquele que permitiu que um aspecto de sua natureza tenha um lugar maior que aquele que deveria ter, e procedeu assim porque é essencialmente egoísta e não tem consideração alguma por outros.

    1. É um audaz. A

      palavra

      grega

      aqui é

      tolmetes que vem do verbo

      tolman,

      o

      qual

      significa

      atrever-se.

      duas

      classes

      de

    atrevimento. Há o atrevimento, a ousadia que é uma nobre atitude, que mostra coragem, arrojo. E está também o atrevimento perverso, a ousadia de fazer o que a pessoa não tem direito algum de fazer. Como

    diz um dos personagens de Shakespeare: "Atrevo-me a fazer tudo o que corresponde a um homem. Quem ousa fazer mais, não o é." Há certas coisas que a gente não tem direito de atrever-se a fazer. Fazê-lo seria

    desafiar a consciência e a Lei de Deus. O homem mau é aquele que ousa desafiar a vontade de Deus que conhece.

    1. É contumaz (RA., "arrogantes"). Aqui o vocábulo grego é

    authades, termo que deriva de duas palavras: automóveis, próprio, por si mesmo e hadon, agradar, usados para referir-se à pessoa que não pensa mas em agradar-se a si mesma. Nesta atitude há sempre um elemento de obstinação. Se um homem for authades, nem a lógica, nem o sentido comum, nem as apelações que se lhe façam, nem o sentido de decência impedirão que realize aquilo que já decidiu fazer.

    Diz

    R.

    C.

    Trench:

    "Ao

    manter

    suas

    próprias

    opiniões obstinadamente

    e

    ao

    afirmar

    seus

    próprios

    direitos

    se

    torna

    desconsiderado com os direitos, as opiniões e os interesses dos demais." A pessoa que é authades é obstinada, arrogante e até brutalmente

    decidida a fazer sua própria vontade. O homem ímpio é aquele que não aprecia nem o conselho humano nem a direção divina.

    1. É

      o

      homem

      que

      menospreza

      os

      anjos

      ("as

      potestades

    superiores"). Já vimos como isto se remonta a lendas e tradições hebréias que resultam pouco claras para nós. Entretanto, há aqui um amplo

    significado. O homem ímpio é aquele que se empenha em viver num só mundo. Para ele não existe o mundo invisível, carece de toda importância; as influências celestiais não têm efeito algum sobre ele e nunca ouve as vozes do mais além. É do mundo terrestre. Esqueceu que existe um Céu; é cego e surdo às visões e aos chamados do Céu que irrompem através de sua vida.

    ENGANAR-SE A SI MESMO E ENGANAR A OUTROS

    2 Pedro 2:12-14

    Aqui Pedro inicia uma extensa passagem de enérgica denúncia,

    onde resplandece a ardente chama da indignação moral.

    Os ímpios são como animais irracionais; são escravos de instintos que compartilham com as bestas. Mas os animais nasceram para ser capturadas e mortas — diz o apóstolo — pois não têm outro fim ou

    destino. Há algo autodestrutivo nos prazeres da carne. Fazer de tais prazeres o máximo ideal da existência é uma atitude suicida. Tal prazer é corruptor e leva em si mesmo a semente da degradação e da destruição.

    O propósito de quem se entrega a tais atos carnais é o prazer, mas o trágico é que no final perde até o próprio deleite que estava buscando. O que Pedro ensina aqui é de valor permanente: se alguém se entrega a

    estes prazeres carnais e faz deles sua única alegria, finalmente arruína sua saúde física tanto como seu caráter espiritual e mental e, nesta forma, nem sequer poderá desfrutar desses prazeres. Para dizê-lo simples e

    cruamente: o glutão destrói finalmente seu apetite; o ébrio arruína sua saúde; o sensual destrói seu corpo; o indolente arruína seu caráter e destrói sua paz mental; por algum tempo pode ser que desfrute dessas

    coisas mas, finalmente, arruína sua saúde, destrói sua mente e seu caráter e começa a experimentar o inferno quando ainda se encontra sobre a Terra.

    Tais pessoas consideram como prazer a libertinagem, as orgias e as

    reuniões de amigos à vista de todos. São manchas na família cristã, são

    como defeitos no animal que ia ser devotado a Deus em sacrifício. Mais uma vez devemos assinalar que Pedro está proclamando não só uma verdade religiosa, mas também que se está expressando com o mais sadio senso comum. A experiência demonstra que os prazeres carnais, os festins, os excessos no beber, os prazeres da libertinagem pagam muito baixos dividendos. Perdem em si mesmos seu atrativo de maneira que, à medida que o tempo passa, é cada vez mais difícil satisfazê-los pois exigem cada vez mais. O luxo deve converter-se em maior luxo; o vinho tem que correr mais abundantemente; é preciso fazer tudo para que a sedução seja mais intensa. E assim a capacidade física do homem para desfrutar de tais prazeres vai declinando. Literalmente se entregou a uma vida que não tem futuro e a um prazer que finaliza em dor.

    E assim continua Pedro. A frase no versículo 14 (TB) traduzida “Eles têm os olhos cheios de adultério”, no grego é muito mais vigorosa,

    literalmente significa: "Têm os olhos cheios de uma adúltera." Muito provavelmente, como foi sugerido, isto signifique que em cada mulher vêem uma possível adúltera. Consideram a toda mulher com olho

    calculador e luxurioso, perguntando-se se pode ser persuadida e como pode gratificar seu cobiça. "A mão e o olho são os agentes do pecado", diziam os mestres judeus. Como o assinalou Jesus, tais pessoas olham

    para cobiçar (Mt 5:28), chegaram a tais extremos que já não podem olhar sem sentir apetências carnais.

    Tal como Pedro apresenta estas atitudes vê-se que há nelas um horrível e deliberado propósito. Essa classe de gente padece uma

    desenfreada ambição por coisas que não têm direito algum de possuir. Nas traduções faz falta toda a frase para expressar o que diz a palavra grega pleonexia. Pleonexia significa o desejo de possuir mais daquelas

    coisas que a gente não tem sequer direito de desejar, e menos de possuir. É um quadro horrível. No original a palavra traduzida habituado é a mesma que se usa para descrever o atleta que está treinado para

    participar nas competições. Esta gente em realidade treinou, capacitou e ensinou sua mente e seu coração para concentrar-se com exclusividade

    nos desejos proibidos. Deliberadamente lutaram contra a consciência até destruí-la; deliberadamente lutaram "contra Deus até expulsar o de suas vidas; deliberadamente pelejaram contra seus melhores e mais nobres desejos até eliminá-los; deliberadamente se prepararam para dedicar-se às coisas proibidas. Suas vidas foram uma horrorosa batalha para destruir a virtude e para capacitar-se nas técnicas do pecado.

    Resta

    nesta

    passagem

    ainda

    outra

    acusação.

    seria

    muito lamentável que essa gente se enganasse somente a si mesma, mas o

    pior é que também enganam a outros. Apanham almas que não estão firmemente estabelecidas na fé. A palavra traduzida seduzem é deleazein, que significa caçar com uma isca. O homem torna-se realmente mau

    quando se dedica a fazer com que outros sejam tão maus quanto ele. Toda pessoa terá que assumir a responsabilidade de seus próprios pecados, mas agregar a isto ainda a responsabilidade pelo pecado de

    outros é a carga intolerável.

    O CAMINHO ERRADO

    2 Pedro 2:15-16

    Pedro assemelha o homem ímpio de seu tempo ao profeta Balaão. Segundo a mentalidade popular e as lendas judias, Balaão tinha chegado

    a simbolizar todo o falso e pernicioso que pode haver num profeta. O relato correspondente o achamos em Números 22 aos 26. Balaque, rei do Moabe, estava alarmado pelo constante e ao que parecia irresistível

    avanço dos israelitas. Num intento de deter este avanço mandou buscar Balaão para que amaldiçoasse os israelitas em seu nome. Por isso lhe ofereceu uma vultosa recompensa. Durante todo um dia Balaão negou-se

    a amaldiçoar os israelitas, mas a narração deixa muito claro que o ambicioso coração de Balaão ansiava obter a estupenda recompensa de Balaque, ainda que tinha temor de recebê-la. Ao segundo requerimento do rei, Balaão foi o suficientemente imprudente para aceitar a entrevista

    com aquele. Foi durante essa viagem quando a jumenta deteve-se em seu

    caminho, porque viu o anjo do Senhor parado na senda, e repreendeu a Balaão.

    Como já dissemos, Balaão não sucumbiu nesta ocasião diante do suborno

    do

    rei

    moabita.

    Mas

    se

    alguém

    desejou

    alguma

    vez

    desesperadamente receber essa classe de dádivas, esse foi precisamente Balaão. Depois deste relato segue em Números 25 outro que refere como os israelitas foram seduzidos a adorarem a Baal e a entrarem em relações sexuais com as mulheres moabitas. Ainda que este capítulo de Números

    não o diga expressamente, os judeus criam que Balaão estava por trás desta manobra de sedução e que era responsável por desencaminhar os filhos de Israel. E quando os israelitas entraram em possessão da terra

    “também Balaão, filho de Beor, mataram à espada” (Nu 31:8). Em vista de tudo isto, Balaão foi embora, tornando-se cada vez mais no tipo e exemplo do falso profeta. Balaão tinha duas características que

    reapareciam nos homens ímpios do tempo de Pedro.

    1. Balaão era ambicioso. À medida que se desenvolve o relato vemos como os dedos de Balaão tremem de ansiedade por conseguir o

    ouro de Balaque e como lhe brilham de cobiça os olhos. Claro que o obteve mas o mau desejo de tomá-lo esteve presente. Os ímpios do tempo de Pedro eram ambiciosos, estavam dispostos a obter tudo o que

    pudessem conseguir, estavam dispostos a explorar sua condição de membros da Igreja para obter ímpios benefícios.

    1. Balaão ensinou Israel a pecar.

      Mais que por alguma outra característica, Balaão passou à

      história

      como o

      homem que ensinou

    Israel a pecar. Tirou o povo do caminho reto e o pôs no caminho tortuoso. Os ímpios contemporâneos do apóstolo Pedro estavam seduzindo os seguidores de Cristo, tirando-os do caminho esboçado por

    ele e levando-os a quebrantarem os votos de lealdade com que se haviam comprometido com seu Senhor.

    Aquele que cobiça lucros e induz a outros a seguir o mau caminho,

    está condenado para sempre.

    OS PERIGOS DA REINCIDÊNCIA

    2 Pedro 2:17-22

    Pedro ainda segue aqui fazendo trovejar sua implacável denúncia contra os ímpios.

    Eles lisonjeiam somente para enganar. São como poços sem água, como nuvens empurradas pelo vento. Pensemos num viajante ao qual no deserto é-lhe assegurado que um pouco mais adiante encontrará um

    manancial onde poderá apagar sua sede mas logo, ao chegar a esse local, encontra-o seco. Pensemos no agricultor que roga por chuva para sua ressecada sementeira, e que vê como passam sobre ele aquelas nuvens

    que prometiam água. Como o expressa Bigg: "Um mestre sem conhecimentos é como um poço sem água." Estes homens eram como os pastores de Milton cujas "famintas ovelhas buscam alimento mas não são alimentadas". Estes homens prometiam um Evangelho mas finalmente

    não tinham nada que oferecer às almas sedentas.

    Seu ensino era uma combinação de arrogância e futilidade. A liberdade cristã tem sempre um perigo em si. Paulo lembra aos seus que

    certamente foram chamados à liberdade, mas os adverte que não devem usar essa liberdade como ocasião para a carne (Gl 5:13). Pedro adverte seus leitores que ainda que sejam verdadeiramente livres não

    devem por isso usar essa liberdade como uma cobertura de malícia (1Pe 2:161Pe 2:16). Estes falsos mestres ofereciam liberdade, mas tratava-se de liberdade para pecar tanto como a pessoa quisesse. Apelavam não aos

    sentimentos nobres, mas sim aos desejos carnais; não ao melhor, mas sim ao pior da natureza humana. Pedro revela claramente por que eles procediam assim. Afirma que eles mesmos eram escravos de suas

    próprias concupiscências. Disse Sêneca: "Ser escravo de si mesmo é a mais onerosa de todas as servidões"..

    Persius dirigiu-se assim aos carnais libertinos de seu tempo: "Têm um amo que cresce dentro desse vosso doente peito". Estes mestres

    ofereciam liberdade não obstante ser eles mesmos escravos, e a liberdade

    que ofereciam era a de tornar-se escravos da corrupção. Sua mensagem era arrogante, porque contradizia a mensagem de Cristo e da Igreja. Sua mensagem era, além disso, fútil, porque qualquer que a seguisse se encontraria finalmente sendo escravo. Atrás disto está a heresia fundamental que faz com que a graça se converta em desculpa e justificação para o pecado, em lugar de ser estímulo e apelação aos impulsos nobres.

    Se eles tinham conhecido o verdadeiro caminho de Cristo e tinham recaído depois, seu caso era ainda pior. Eram como o homem com

    espírito imundo cujo último estado resultou pior que o primeiro (Mt 12:45; Lc 11:26). Se alguém nunca conheceu o caminho reto, não

    pode ser condenado por não segui-lo. Se nunca ouviu a verdade, se nunca ouviu a mensagem de Cristo, não pode ser condenado por não aceitá-lo e obedecê-lo. Mas se o conheceu e, deliberadamente, toma o

    caminho oposto, peca contra a luz; conheceu o melhor e escolheu o pior; pecou em que pese ter pleno conhecimento do que está fazendo. E se isto assim, teria sido melhor que nunca tivesse conhecido a verdade porque

    este conhecimento lhe serve de condenação. Ninguém deveria esquecer a responsabilidade que lhe impõe o conhecimento.

    E o apóstolo conclui esta parte expressando seu desprezo. Estes

    ímpios são como cães que voltam ao seu próprio vômito (Pv 26:11); ou como a porca que uma vez lavada volta a lançar-se na lama. Estes homens viram a Cristo mas estão tão degradados moralmente por sua própria vontade que preferem antes arrastar-se nas profundidades do pecado que subir às cúpulas da virtude. Há aqui uma tremenda advertência: A pessoa pode chegar a ter os tentáculos do pecado tão bem dispostos em torno de si que a virtude perde toda sua beleza.


    Dicionário

    Anjos

    masc. pl. de anjo

    an·jo
    (latim angelus, -i)
    nome masculino

    1. Ser espiritual que se supõe habitar no céu.

    2. Figurado Criancinha.

    3. Pessoa de muita bondade.

    4. Figura que representa um anjo.

    5. Criança enfeitada que vai nas procissões.

    6. Mulher formosa.


    anjo custódio
    Religião Anjo que se supõe atribuído por Deus a cada pessoa para a proteger e para a encaminhar para o bem. = ANJO-DA-GUARDA

    anjo da paz
    Pessoa que trata de reconciliar desavindos.


    Ver também dúvida linguística: feminino de anjo.

    Existem aproximadamente 292 referências a “anjos” nas Escrituras, ou seja, 114 no Antigo e 178 no Novo Testamento. Esse número registra mais de 60 referências ao “anjo do Senhor”, mas não inclui as relacionadas aos dois anjos chamados pelo nome na Bíblia, Gabriel (Dn 8:16; Dn 9:21; Lc 1:19-26) e Miguel (Dn 10:13-21; Dn 12:1; Jd 9; Ap 12:7). Existem também mais de 60 referências aos querubins, seres celestiais que são citados freqüentemente em conexão com a entronização simbólica de Deus no Tabernáculo e no Templo (Ex 25:18-20; Ex 37:7-9; 1Rs 6:23-25; Rs 8:6-7; 2Cr 3:7-14; Ez 10:1-20; Hb 9:5).

    Os anjos no Antigo Testamento

    A palavra usada no Antigo Testamento, para designar anjo, significa simplesmente “mensageiro”. Normalmente, constituía-se em um agente de Deus, para cumprir algum propósito divino relacionado com a humanidade. Exemplo: dois anjos foram a Sodoma alertar Ló e sua família sobre a iminente destruição da cidade, como punição do Senhor por sua depravação (Gn 19:1-12-15).


    Os anjos trazem direção, ajuda ou encorajamento
    Em outras ocasiões, um anjo atuou na direção de uma pessoa, para o fiel cumprimento da vontade de Deus. Exemplo: o servo de Abraão foi enviado à Mesopotâmia, a fim de encontrar uma esposa para Isaque entre seus parentes, depois que Abraão lhe disse que o Senhor “enviaria seu anjo” adiante dele, para que o ajudasse a alcançar seu propósito (Gn 24:8-40).

    Às vezes os anjos apareciam, no Antigo Testamento, para encorajar o povo de Deus. Assim, o patriarca Jacó, depois que saiu de Berseba, teve um sonho em Betel, no qual viu uma escada “posta na terra, cujo topo chegava ao céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela” (Gn 28:12). Por meio dessa experiência, o Senhor falou com Jacó e tornou a prometer-lhe que seria o seu Deus, cuidaria dele e, depois, o traria à Terra Prometida (Gn 28:13-15).

    Essa proteção divina é vista pelo salmista como extensiva a todos os que genuinamente colocam a confiança no Deus vivo: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra” (Sl 34:7; cf. 91:11-12).

    Uma das referências mais interessantes aos anjos foi quando Moisés enviou mensageiros ao rei de Edom. Ao registrar as dificuldades enfrentadas durante o cativeiro egípcio, o legislador comentou: “Mas quando clamamos ao Senhor, ele ouviu a nossa voz, enviou um anjo, e nos tirou do Egito” (Nm 20:16). Infelizmente, a lembrança da ajuda divina no passado não foi suficiente e a passagem pelo território edomita foi negada (Nm 20:18-20).


    Os anjos como executores do juízo de Deus
    Houve ocasiões em que os anjos tiveram um papel preponderante no propósito divino (Gn 19:12-2Sm 24:16-17). Uma ilustração contundente de um anjo no exercício do juízo divino é encontrada em I Crônicas 21:15: “E Deus mandou um anjo para destruir a Jerusalém”. Nesse caso, felizmente, a aniquilação da cidade foi evitada: “Então o Senhor deu ordem ao anjo, que tornou a meter a sua espada na bainha” (1Cr 21:27). A justiça de Deus foi temperada com a misericórdia divina. Por outro lado, houve ocasiões quando a teimosa oposição ao Senhor foi confrontada com a implacável fúria divina, como nas pragas que caíram sobre o Egito. “Atirou para o meio deles, quais mensageiros de males, o ardor da sua ira, furor, indignação e angústia” (Sl 78:49).

    Um dos casos mais dramáticos de retaliação divina ocorreu na derrota de Senaqueribe, em 701 a.C., em resposta à oração do rei Ezequias: “E o Senhor enviou um anjo que destruiu a todos os homens valentes, os chefes e os oficiais no arraial do rei da Assíria” (2Cr 32:21s.; cf. 2Rs 19:35; Is 37:36). A mesma ação que produziu juízo contra os inimigos de Deus trouxe livramento ao seu povo.


    Anjos interlocutores
    Eles aparecem com freqüência no livro de Zacarias, onde um anjo interlocutor é citado várias vezes (Zc 1:14-18,19; 2:3;4:1-5; 5:5-10; 6:4-5; cf. Ed 2:44-48; Ed 5:31-55). Assim lemos, quando o anjo do Senhor levantou a questão sobre até quando a misericórdia divina seria negada a Jerusalém: “Respondeu o Senhor ao anjo que falava comigo, palavras boas, palavras consoladoras” (Zc 1:13). O anjo então transmitiu ao profeta a mensagem dada por Deus (Zc 1:14-17). Esse papel do mensageiro do Senhor de comunicar a revelação divina ao profeta traz luz sobre o Apocalipse, onde um papel similar é dado a um anjo interlocutor (Ap 1:1-2; Ap 22:6).


    Os anjos e o louvor a Deus
    Um dos mais bonitos papéis desempenhados pelos anjos no Antigo Testamento é o louvor. O salmista exortou: “Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, que obedeceis à sua voz. Bendizei ao Senhor, todos os seus exércitos celestiais, vós, ministros seus, que executais a sua vontade” (Sl 103:20-21). Semelhantemente, o Salmo 148 convoca os anjos a louvar ao Senhor junto com todos os seres criados: “Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos celestiais” (v. 2). Quando Deus criou a Terra, todos os anjos (conforme trazem algumas versões) rejubilaram (38:7). Da mesma maneira, os serafins — criaturas celestiais que são citadas somente na visão de Isaías — ofereciam louvor e adoração, por sua inefável santidade: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Is 6:2-4). O próprio nome desses seres (“aqueles que queimam”) indica sua pureza como servos de Deus. Nesse texto, uma grande ênfase é colocada sobre a santidade do Senhor e a importância do louvor por parte dos anjos que o servem.

    Os anjos no período intertestamentário

    Os anjos foram particularmente proeminentes na literatura judaica no período entre os dois testamentos (2 Esdras 6:3; Tobias 6:5; 1 Macabeus 7:41; 2 Macabeus 11:6). Alguns anjos, segundo os livros apócrifos, eram conhecidos pelo nome (Uriel, em 2 Esdras 5:20 e Rafael, em Tobias 5:
    4) e, a partir daí, desenvolveram-se elaboradas angelologias. Tobias, por exemplo, falou sobre “sete santos anjos que apresentam as orações dos santos e entram na presença da glória do Santo”. O livro apócrifo “Os Segredos de Enoque”, que apresenta um forte interesse pelos anjos, menciona quatro deles pelo nome, os quais são líderes e desempenham funções específicas no plano divino (1 Enoque 40:9-10). No entanto, este ensino sobre os anjos é restrito e saturado do elemento especulativo, o qual tornou-se tão dominante no período intertestamentário.

    Os anjos no Novo Testamento

    No Novo Testamento, a palavra grega angelos significa “mensageiro” (usada com referência a João Batista, Mc 1:2-4) ou um “anjo”. Os anjos são mencionados muitas vezes nos Evangelhos, Atos, Hebreus e Apocalipse e ocasionalmente nos outros livros.
    Os anjos e os nascimentos de João e de Jesus
    O elemento do louvor certamente marcou presença no NT. Em Lucas, o nascimento de Jesus é anunciado por uma “multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, paz na terra entre os homens...” (Lc 2:13-14). Assim, também no NT os anjos participam do louvor e da adoração ao Senhor, da mesma maneira que faziam no AT. O louvor a Deus era uma de suas atividades primárias (Ap 5:11-12).

    Vários outros aspectos da história do nascimento de Jesus são dignos de nota. Primeiro, o anjo do Senhor teve um papel preponderante no anúncio dos nascimentos tanto de João Batista como de Jesus, ao aparecer a José (Mt 1:20-24; Mt 2:13), a Zacarias (Lc 1:11-20) e aos pastores (Lc 2:9-12). Segundo, o anjo Gabriel fez o anúncio para Zacarias e Maria (Lc 1:19-26). Lucas destacou também a participação de Gabriel na escolha do nome de Jesus (2:21; cf. 1:26-38).


    Os anjos e a tentação de Jesus
    Durante a tentação, o Salmo 91:11-12 foi citado pelo diabo, para tentar Jesus e fazê-lo colocar a fidelidade de Deus à prova (Mt 4:5-7; Lc 4:9-12). Cristo recusou-se a aceitar a sugestão demoníaca e é interessante que Marcos destacou o ministério dos anjos em seu relato da tentação (Mc 1:13). Da mesma maneira, no final de seu registro sobre este assunto, Mateus declarou: “Então o diabo o deixou, e chegaram os anjos e o serviram” (Mt 4:11). A promessa divina do Salmo 91 foi assim cumprida, mas no tempo e na maneira de Deus (cf. Lc 22:43).


    Os anjos e o tema do testemunho
    Os anjos são citados várias vezes em conexão com a vida cristã. O testemunho de Cristo era importante, pois era visto contra o pano de fundo da eternidade: “Qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos” (Lc 9:26). O testemunho cristão tem um significado solene, com relação à nossa situação final na presença de Deus e dos anjos: “Digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus. Mas quem me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus” (Lc 12:8-9; cf. Mt 10:32-33; Ap 3:5). Em adição, Lucas destacou também a alegria trazida pelo arrependimento sincero: “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15:10).


    Os anjos e o dia do Senhor
    Mateus destacou o papel dos anjos no dia do Senhor. Na Parábola do Joio, por exemplo, Jesus disse aos discípulos: “A ceifa é o fim do mundo, e os ceifeiros são os anjos. . . Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa pecado e todos os que cometem iniqüidade” (Mt 13:39). Semelhantemente, na Parábola da Rede, os anjos participam no julgamento final: “Virão os anjos e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha de fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 13:49-50). Em Mateus 16:27, os anjos são vistos como agentes de Deus, os quais terão um papel significativo no processo judicial: “Pois o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com seus anjos, e então recompensará a cada um segundo as suas obras”. No final dos tempos, Deus “enviará os seus anjos, com grande clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (Mt 24:31).


    Os anjos em cenas de morte e ressurreição
    Os anjos são mencionados na intrigante passagem sobre o homem rico e Lázaro, onde “morreu o mendigo e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão”; por outro lado, “morreu também o rico e foi sepultado” (Lc 16:22). O destino eterno dos dois foi muito diferente e mostrou um forte contraste com o contexto de suas vidas na Terra!

    Anjos apareceram no túmulo vazio, logo depois da ressurreição de Jesus Cristo (Mt 28:2-5; Lc 24:23; Jo 20:12). Mateus escreveu que um “anjo do Senhor” rolou a pedra que fechava o túmulo, e citou sua impressionante aparência e a reação aterrorizada dos guardas (Mt 28:2-3). Ele também registrou as instruções do anjo para as mulheres (Mt 28:5-7; cf. Mc 16:5-7; Lc 24:4-7). De acordo com o evangelho de João, Maria Madalena encontrou “dois anjos vestidos de branco” e depois o próprio Cristo ressurrecto (Jo 20:11-18; cf. At 1:10-11).


    Os anjos em outras referências nos evangelhos
    Mateus chamou a atenção para o papel dos anjos guardiões, que protegem o povo de Deus (Mt 18:10; cf. Sl 34:7; Sl 91:11; At 12:11). Incluiu também o ensino de Jesus sobre o casamento no estado futuro: “Na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; serão como os anjos de Deus no céu” (Mt 22:30; cf. Lc 20:36). Finalmente, há o sombrio repúdio dos que estarão ao lado esquerdo do Rei, na passagem sobre os bodes e as ovelhas: “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25:41). A partir desta passagem, fica claro que alguns dos anjos pecaram e uniram-se ao maligno e consequentemente também receberão o castigo eterno (cf. Is 14:12-17; Ez 28:12-19; 2Pe 2:4; Jd 6).

    Em seu evangelho, João registrou o comentário de Jesus para Natanael: “Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem” (Jo 1:51). Essa passagem lembra o sonho que Jacó teve em Betel (Gn 28:10-17), onde os anjos faziam algo similar. Aqui, a ideia é que Cristo, como o Filho de Deus, será o elo de ligação entre o céu e a terra.


    Os anjos no livro de Atos
    Lucas fez muitas referências aos anjos em Atos. “O anjo do Senhor” abriu as portas das prisões para os apóstolos em várias ocasiões (At 5:19; At 12:7-11). Mais tarde, “o anjo do Senhor” encorajou Paulo no meio de uma tempestade no mar, com uma mensagem de conforto e a certeza do livramento (At 27:23-24). Por outro lado, “o anjo do Senhor” trouxe juízo contra um inimigo do povo de Deus (o rei Herodes) como no AT: “No mesmo instante o anjo do Senhor feriu-o, porque não deu glória a Deus, e, comido de bichos, expirou” (At 12:23). Deus guiava seu povo e usava seus anjos, embora os saduceus racionalistas negassem a existência deles (At 23:8).


    Os anjos nas cartas de Paulo
    Paulo tinha menos a dizer sobre anjos do que se poderia esperar, embora reconhecesse que a luta do cristão era contra “principados e potestades” (Ef 6:12; cf. 2:2; Jo12:31; 14:30). Estava convencido de que nem os anjos e nem qualquer outro poder criado separariam os verdadeiros cristãos do amor de Deus em Cristo (Rm 8:38-39).

    Paulo mencionou os anjos caídos, e lembrou aos crentes pecaminosos de Corinto que “os santos” julgariam os anjos (1Co 6:3). Também admitiu que “o próprio Satanás se transforma em anjo de luz” (2Co 11:14). Esse comentário afirma ser necessário estarmos em constante vigilância, para resistirmos a tais ataques enganadores. Embora os anjos tenham desempenhado um papel importante no tocante à colocação da lei divina em atividade (Gl 3:19), certamente não deveriam ser adorados Cl 2:18). Na verdade, ao escrever aos gálatas, Paulo diz que “ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos anunciamos, seja anátema” (Gl 1:8). Ele reconhecia com gratidão a bondade inicial dos gálatas, pois “me recebestes como a um anjo de Deus” (Gl 4:14). Ao escrever aos tessalonicenses, Paulo declarou solenemente que os oponentes do cristianismo, os quais perseguiam os crentes, seriam punidos, “quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo...” (2Ts 1:7-8). Deus ainda estava no controle de sua criação.

    Duas passagens em I Timóteo devem ser observadas. Na primeira, os anjos são mencionados num antigo hino muito bonito (1Tm 3:16). Na segunda, uma séria advertência é feita ao jovem líder cristão, não só na presença de Deus e de Cristo, mas também diante “dos anjos eleitos” (1Tm 5:21), em contraste com Satanás e os outros anjos caídos.


    Os anjos no livro de Hebreus
    Os anjos são citados muitas vezes na carta aos Hebreus (Hb 2:16; Hb 12:22; Hb 13:2), mas são considerados inferiores a Cristo (Hb 1:5-14). São cuidadosamente definidos no primeiro capítulo como “espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação” (Hb 1:14). São introduzidos numa passagem que adverte os discípulos a atentar para a grande salvação oferecida em Cristo (Hb 2:1-2). Anjos inumeráveis fazem parte da Jerusalém celestial e isso é mencionado como um incentivo a mais, para que os destinatários não recaíssem no Judaísmo (Hb 12:22-24; cf. Mt 26:53).


    Os anjos em I Pedro, II Pedro e Judas
    O plano divino da salvação é tão maravilhoso que desperta a curiosidade dos anjos (1Pe 1:12). A ascensão de Cristo ao Céu, entre outras coisas, significou que anjos, autoridades e potestades foram colocados em submissão a Ele (1Pe 3:22). Referências sombrias à condenação dos anjos caídos em II Pedro e Judas são feitas nas passagens que apontam solenemente os erros dos falsos mestres e sua absoluta destruição (2Pe 2:4; Jd 6). Em II Pedro 2:11, um forte contraste é feito entre os anjos bons e os maus.


    Os anjos no livro de Apocalipse
    Em Apocalipse, as cartas são endereçadas “ao anjo” das sete igrejas (Ap 2:12-18;3:1-14). Em cada um dos casos, a referência é feita aos pastores das igrejas, os quais eram os mensageiros de Deus para o seu povo, numa época de crise iminente. Por outro lado, existem também muitas citações aos anjos como seres sobrenaturais, por todo o livro (Ap 5:2-11;7:1-11; 8:3-8; 14:6-10; 19:17; 20:1).

    A limitação do espaço nos restringe a quatro observações: primeira, os anjos aqui, como em outros lugares na Bíblia, são descritos como executores do juízo de Deus sobre a Terra (Ap 9:15; Ap 16:3-12); segunda, o papel do anjo interlocutor, observado em Zacarias, também é encontrado em Apocalipse (Ap 1:1-2; Ap 10:7-9; Ap 22:6); terceira, é observada uma divisão entre os anjos bons e os maus. “E houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam” (Ap 12:7). Nesta batalha, o lado divino saiu vitorioso: o diabo “foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele” (Ap 12:9); quarta, os anjos verdadeiros adoram a Deus e reúnem-se no louvor a Cristo ao redor do trono divino (Ap 5:11-12).

    Sumário

    A Bíblia tem muito a dizer sobre os anjos. Eles foram criados e não devem ser adorados ou louvados. Pelo contrário, são servos sobrenaturais de Deus, que participam dos seus propósitos, tanto de juízo como de salvação. São agentes e mensageiros do Senhor, trabalhando em favor dos seus filhos e protegendo-os. Os anjos participam da adoração a Deus e cumprem a sua vontade na Terra. Alguns, entretanto, se rebelaram contra o Senhor e aliaram-se a Satanás. Estes serão julgados junto com o diabo. A.A.T.


    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Entregar

    verbo transitivo direto e bitransitivo Passar para as mãos de alguém; dar algo a alguém; dar: entregar correspondência; entregar cartões para os funcionários.
    Passar algo para alguém mediante pagamento; vender: entregar um bem por dinheiro.
    Devolver algo que não lhe pertencia; restituir: entregar as canetas para os donos; entregar aos filhos seus presentes.
    Denunciar um crime; denunciar: entregar os bandidos para os policiais.
    Dar para que alguém proteja, cuide; cuidar: entregou o filho à mãe.
    verbo pronominal Dedicar por inteiro: entregou-se ao sofrimento.
    Não seguir adiante com; desistir, render: o combatente entregou-se ao adversário.
    Dedicar-se a outra pessoa emotiva ou sexualmente: entregou-se à namorada.
    Etimologia (origem da palavra entregar). Do latim integrare.

    Escuridão

    substantivo feminino Característica ou particularidade do que é escuro; qualidade daquilo ou do que não possui luz: a escuridão daquele quarto era assustadora.
    Que está ou se encontra completamente escuro; escureza: a escuridão dos caminhos intransitáveis.
    Figurado Que possui ou expressa um excesso de tristeza; melancolia: sofria com a escuridão de seu coração.
    Figurado Desprovido de clareza; sem limpidez: a escuridão da mente.
    Figurado Falta de conhecimento; ignorância.
    Etimologia (origem da palavra escuridão). Escuro + i + dão.

    Inferno

    Inferno Ver Hades, Geena 1mortalidade, Alma,

    Céu, Espírito, Inferno.


    substantivo masculino Lugar destinado ao suplício dos condenados às penas eternas: os tormentos do inferno.
    Figurado Lugar onde se tem de sofrer muito.
    Lugar de desordem e de confusão: esta casa é um inferno.
    substantivo masculino plural Mitologia Os 1nfernos, morada das almas depois da morte.

    Inferno Lugar e estado de castigo em que os perdidos estão eternamente separados de Deus (Mt 18:8-9; 25.46; Lc 16:19-31; 2Pe 2:4; Ap 20:14). “Inferno”, no NT, traduz as palavras hades (uma vez) e geena (v. HINOM).

    [...] O inferno reduz-se à figura simbólica dos maiores sofrimentos cujo termo é desconhecido. [...] O Cristo serviu-se da palavra inferno, a única usada, como termo genérico, para designar as penas futuras, sem distinção. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5, it• 9 e 10

    [...] Inferno se pode traduzir por uma vida de provações, extremamente dolorosa, com a incerteza de haver outra melhor [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1014

    [...] o verdadeiro inferno é um estado de consciência em que esta se acha como que de todo anulada, não permitindo se aprecie o mais ligeiro resquício de bem.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 7

    O dogma do inferno – de uma região horrível de dores, sem esperança, sem termo, síntese de todas as dores, de todas as agonias, de todas as angústias, de todos os suplícios que possam conceber o coração mais desumano, a mais requintada crueldade, é, como o dogma do diabo, uma grande blasfêmia e a negação de Deus, em sua bondade, sua misericórdia, em sua justiça, em sua sabedoria, e, pode-se acrescentar, em sua imensidade, pois que não se concebe a presença da divina substância na tenebrosa região do crime eterno e do desespero sem-fim. [...]
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos

    [...] A desarmonia entre a razão e a consciência, efeito sempre das nossas tendências sensuais, é o inferno. [...]
    Referencia: AQUINO• O inferno, ou, A barqueira do Júcar: novela mediúnica• Dirigido por José Maria Fernandez Colavida• Trad• de Guillon Ribeiro• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15

    [...] [é] (tal qual o céu) como um estado de consciência.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 24

    [...] não é outra coisa senão o remorso e a ausência do amor. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2

    O inferno [...] é construção nossa e vive conosco, enquanto perseverarmos no desrespeito ao Código Divino do Amor. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 2, cap• 3

    O inferno é a nossa consciência; é o remorso que nos acompanha sempre, depois que cometemos um crime, e enquanto o não resgatarmos.
    Referencia: IMBASSAHY, Carlos• À margem do Espiritismo: refutação à crítica feita à parte filosófica do Espiritismo• Prefácio de Guillon Ribeiro• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O inferno não existe

    [...] Um inferno racional pode constituir freio, por ser possível acreditar-se nele; mas um inferno que revolta a consciência já não é um inferno, porque nele ninguém mais crê. Nem mesmo os bons cristãos se acham persuadidos da realidade de semelhante inferno, razão pela qual se lhes permite que sejam tolerantes, visto não ser fácil viver em paz com gente tida por condenada.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 16a efusão

    [...] estado consciencial. Na concepção teológica, é um lugar onde as almas sofrem eternamente; na 1 I concepção espírita, é um estado d’alma, transitório, efêmero.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 50

    [...] Por inferno [Jesus] designava, veladamente, as penas que os Espíritos culpados sofrem, primeiro, na erraticidade e, depois, reencarnando na Terra ou em mundos inferiores, de provações e expiação. [...] é a consciência do culpado e o lugar, qualquer que este seja, onde expia suas faltas.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    A geena, o inferno, é a imensidade onde, quando errante, o Espírito culpado passa pelos sofrimentos ou torturas morais apropriados e proporcionados às faltas que haja cometido. Aquele termo abrange também, na sua significação, as terras primitivas e todos os mundos inferiores, de prova e expiação, onde, pela encarnação ou reencarnação, se vêem lançados os Espíritos culpados, e onde o corpo que os reveste por si só também é para eles uma geena, como o são, na erraticidade, aqueles sofrimentos ou torturas morais.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O inferno, como já vimos, é a consciência do culpado e o lugar onde ele sofre a expiação de seus crimes, qualquer que seja esse lugar. Onde quer que o Espírito se ache presa de contínuas torturas, quer encarnado, quer desencarnado, é o seu inferno, termo de que Jesus usava alegoricamente.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] o inferno exterior, que nada mais é que o reflexo de nós mesmos, quando, pelo relaxamento e pela crueldade, nos entregamos à prática de ações deprimentes, que nos constrangem à temporária segregação nos resultados deploráveis de nossos próprios erros.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Ante o centenário

    [...] nas zonas infernais propriamente ditas, apenas residem aquelas mentes que, conhecendo as responsabilidades morais que lhes competiam, delas se ausentaram, deliberadamente, com o louco propósito de ludibriarem o próprio Deus. O inferno [...] pode ser [...] definido como vasto campo de desequilíbrio, estabelecido pela maldade calculada, nascido da cegueira voluntária e da perversidade completa. Aí vivem domiciliados, às vezes por séculos, Espíritos que se bestializaram, fixos que se acham na crueldade e no egocentrismo. Constituindo, porém, larga província vibratória, em conexão com a Humanidade terrestre, de vez que todos os padecimentos infernais são criação dela mesma, estes lugares tristes funcionam como crivos necessários para todos os Espíritos que escorregam nas deserções de ordem geral, menosprezando as responsabilidades que o Senhor lhes outorga. Dessa forma, todas as almas já investidas no conhecimento da verdade e da justiça e por isso mesmo responsáveis pela edificação do bem, e que, na Terra, resvalam nesse ou naquele delito, desatentas para com o dever nobilitante que o mundo lhes assinala, depois da morte do corpo estagiam nestes sítios por dias, meses ou anos, reconsiderando as suas atitudes, antes I da reencarnação que lhes compete abraçar, para o reajustamento tão breve quanto possível. [...] o inferno, como região de sofrimento e desarmonia, é perfeitamente cabível, representando um estabelecimento justo de filtragem do Espírito, a caminho da Vida Superior. Todos os lugares infernais surgem, vivem e desaparecem com a aprovação do Senhor, que tolera semelhantes criações das almas humanas, como um pai que suporta as chagas adquiridas pelos seus filhos e que se vale delas para ajudá-los a valorizar a saúde. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

    [...] a rigor, existe para controlar o trabalho regenerativo na Terra. [...] [...] O inferno para a alma que o erigiu em si mesma é aquilo que a forja constitui para o metal: ali ele se apura e se molda convenientemente...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3

    O inferno, a rigor, é obra nossa, genuinamente nossa, mas imaginemo-lo, assim, à maneira de uma construção indigna e calamitosa, no terreno da vida, que é criação de Deus. Tendo abusado de nossa razão e conhecimento para gerar semelhante monstro, no Espaço Divino, compete-nos a obrigação de destruí-lo para edificar o Paraíso no lugar que ele ocupa indebitamente. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    [...] O inferno é uma criação de almas desequilibradas que se ajuntam, assim como o charco é uma coleção de núcleos lodacentos, que se congregam uns aos outros. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    [...] o inferno é a rede de pensamentos torturados, em que nos deixamos prender, com todos aqueles que nos comungam os problemas ou as aflições de baixo nível.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38

    [...] o inferno tem o tamanho da rebeldia de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu e inferno

    [...] é o remorso, na consciência culpada, cujo sofrimento cessa com a necessária e justa reparação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Espíritas diante da morte

    O inferno, por isto mesmo, é um problema de direção espiritual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] é construção mental em nós mesmos. O estacionamento, após esforço destrutivo, estabelece clima propício aos fantasmas de toda sorte, fantasmas que torturam a mente que os gerou, levando-a a pesadelos cruéis. Cavamos poços abismais de padecimentos torturantes, pela intensidade do remorso de nossas misérias íntimas; arquitetamos penitenciárias sombrias com a negação voluntária, ante os benefícios da Providência. Desertos calcinantes de ódio e malquerença estendem-se aos nossos pés, seguindo-se a jornadas vazias de tristeza e desconsolo supremo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Obreiros da vida eterna• Pelo Espírito André Luiz• 31a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 8

    Além-túmulo, no entanto, o estabelecimento depurativo como que reúne em si os órgãos de repressão e de cura, porquanto as consciências empedernidas aí se congregam às consciências enfermas, I I na comunhão dolorosa, mas necessária, em que o mal é defrontado pelo próprio mal, a fim de que, em se examinando nos semelhantes, esmoreça por si na faina destruidora em que se desmanda. É assim que as Inteligências ainda perversas se transformam em instrumentos reeducativos daquelas que começam a despertar, pela dor do arrependimento, para a imprescindível restauração. O inferno, dessa maneira, no clima espiritual das várias nações do globo, pode ser tido na conta de imenso cárcere-hospital, em que a diagnose terrestre encontrará realmente todas as doenças catalogadas na patologia comum, inclusive outras muitas, desconhecidas do homem, não propriamente oriundas ou sustentadas pela fauna microbiana do ambiente carnal, mas nascidas de profundas disfunções do corpo espiritual e, muitas vezes, nutridas pelas formas-pensamentos em torturado desequilíbrio, classificáveis por larvas mentais, de extremo poder corrosivo e alucinatório, não obstante a fugaz duração com que se articulam, quando não obedecem às idéias infelizes, longamente recapituladas no tempo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 19


    Juízo

    substantivo masculino Ação de julgar; faculdade intelectual de julgar, entender, avaliar, comparar e tirar conclusões; julgamento.
    Apreciação acerca de algo ou alguém; opinião.
    Qualidade de quem age responsável e conscientemente; prudência.
    [Popular] Capacidade de agir racionalmente; razão: perder o juízo.
    [Jurídico] Tribunal em que questões judiciais são deliberadas ou analisadas: o divórcio está em juízo.
    [Jurídico] Reunião das ações realizadas pelos juízes no exercício de suas funções.
    Etimologia (origem da palavra juízo). Do latim judicium.ii.

    Juízo
    1) Ato de Deus baseado em sua JUSTIÇA, pelo qual ele condena ou absolve as pessoas (Sl 97:2)

    2) Sentença dada por Deus (Jr 48:47). 3 A palavra de Deus, suas leis e suas promessas (Sl 119:39).

    4) Na expressão “juízo final” ou outras semelhantes, o tempo em que Deus, ou o MESSIAS, julgará todas as pessoas, condenando os maus e salvando os JUSTOS (Sl 1:5); (Mt 10:15); (At 24:25).

    5) Julgamento feito de acordo com a vontade de Deus, no dia-a-dia e nos tribunais (Sl 72:1); (Pv 21:3).

    6) O próprio tribunal (Sl 112:5). 7)

    Lançado

    adjetivo Que se lançou; arremessado ou atirado com força: bola lançada no gol.
    Que acabou de ser inserido no mercado: o celular será lançado amanhã.
    Arremeçado com a ajuda de um macanismo específico; atirado: foguete lançado no espaço.
    Que se anotou num documento ou livro próprio; registrado: notas lançadas.
    substantivo masculino Conteúdo do vômito; o que se vomitou; vômito.
    Etimologia (origem da palavra lançado). Particípio de lançar.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Pecar

    verbo transitivo indireto e intransitivo Não cumprir uma regra religiosa; cometer um pecado: receberam a penitência porque pecaram contra as leis da Igreja; os fiéis pecaram.
    Por Extensão Cometer um erro; falhar em alguma forma: pecava contra a ética; em matéria de literatura, peca em excesso.
    verbo transitivo indireto Incidir; estar sujeito a; ser reincidente em: peca sempre da mesma forma.
    Condenar; ser passível de críticas; ser alvo de condenação: peca pelos excessos.
    Etimologia (origem da palavra pecar). Do latim pecare.
    verbo intransitivo Tornar-se estúpido; não se desenvolver ou definhar.
    Etimologia (origem da palavra pecar). De origem questionável.

    Perdoar

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Oferecer perdão a: perdoou a filha; sempre perdoa às dívidas; seu pai perdoava facilmente.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Não cobrar uma dívida; relevar os erros de alguém; desculpar: perdoei os débitos; perdoei a dívida do cliente.
    verbo transitivo direto Não gastar; guardar dinheiro; poupar: não perdoou sua herança para criar os filhos.
    Etimologia (origem da palavra perdoar). Do latim perdonare.

    Do Latim perdonare.
    Conceder perdão a; absolver de culpa, ofensa ou dívida; remir; desculpar; poupar.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    II Pedro 2: 4 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Porque, uma vez ① que Deus aos anjos havendo pecado não poupou, mas para correntes (de prisão) 1656 da escuridão os havendo arremessado- para- baixo- para- encarceramento- dentro do- inferno- Tártaro 1657 os entregou, para o Julgamento tendo eles sido reservados;
    II Pedro 2: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    67 d.C.
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1487
    ei
    εἰ
    se
    (If)
    Conjunção
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G2217
    zóphos
    ζόφος
    trevas, escuridão
    (to gloom)
    Substantivo - masculino dativo singular
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G264
    hamartánō
    ἁμαρτάνω
    não ter parte em
    (sins)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Active - 3ª pessoa do singular
    G2920
    krísis
    κρίσις
    julgamento
    (judgment)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G32
    ángelos
    ἄγγελος
    anjo / mensageiro
    (angel)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3860
    paradídōmi
    παραδίδωμι
    entregar nas mãos (de outro)
    (had been arrested)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G4577
    seirá
    σειρά
    ()
    G5020
    tartaróō
    ταρταρόω
    Nabucodonosor
    (Nebuchadnezzar)
    Substantivo
    G5083
    tēréō
    τηρέω
    נדן
    (your gifts)
    Substantivo
    G5339
    pheídomai
    φείδομαι
    poupar
    (sparing)
    Verbo - particípio no presente médio ou passivo - masculino nominativo plural


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    εἰ


    (G1487)
    ei (i)

    1487 ει ei

    partícula primária de condicionalidade; conj

    1. se

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ζόφος


    (G2217)
    zóphos (dzof'-os)

    2217 ζοφος zophos

    semelhante a raiz de 3509; n m

    1. trevas, escuridão
      1. usado para a escuridão do mundo inferior

    Sinônimos ver verbete 5926


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    ἁμαρτάνω


    (G264)
    hamartánō (ham-ar-tan'-o)

    264 αμαρτανω hamartano

    talvez de 1 (como partícula negativa) e a raiz de 3313; TDNT - 1:267,44; v

    1. não ter parte em
    2. errar o alvo
    3. errar, estar errado
    4. errar ou desviar-se do caminho da retidão e honra, fazer ou andar no erro
    5. desviar-se da lei de Deus, violar a lei de Deus, pecado

    κρίσις


    (G2920)
    krísis (kree'-sis)

    2920 κρισις krisis

    talvez uma palavra primitiva; TDNT - 3:941,469; n f

    1. separação, divisão, repartição
      1. julgamento, debate
    2. seleção
    3. julgamento
      1. opinião ou decisião no tocante a algo
        1. esp. concernente à justiça e injustiça, certo ou errado
      2. sentença de condenação, julgamento condenatório, condenação e punição
    4. o colégio dos juízes (um tribunal de sete homens nas várias cidades da Palestina; distinto do Sinédrio, que tinha sua sede em Jerusalém)
    5. direito, justiça

    ἄγγελος


    (G32)
    ángelos (ang'-el-os)

    32 αγγελος aggelos

    de aggello [provavelmente derivado de 71, cf 34] (trazer notícias); TDNT 1:74,12; n m

    1. um mensageiro, embaixador, alguém que é enviado, um anjo, um mensageiro de Deus


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    παραδίδωμι


    (G3860)
    paradídōmi (par-ad-id'-o-mee)

    3860 παραδιδωμι paradidomi

    de 3844 e 1325; TDNT - 2:169,166; v

    1. entregar nas mãos (de outro)
    2. tranferir para a (própria) esfera de poder ou uso
      1. entregar a alguém algo para guardar, usar, cuidar, lidar
      2. entregar alguém à custódia, para ser julgado, condenado, punido, açoitado, atormentado, entregue à morte
      3. entregar por traição
        1. fazer com que alguém seja levado por traição
        2. entregar alguém para ser ensinado, moldado
    3. confiar, recomendar
    4. proferir verbalmente
      1. comandos, ritos
      2. proferir pela narração, relatar
    5. permitir
      1. quando produza fruto, isto é, quando sua maturidade permitir
      2. entregar-se, apresentar-se

    σειρά


    (G4577)
    seirá (si-rah')

    4577 σειρα seira

    provavelmente de 4951 através de seu congênere (prender, semelhante a 138); n f

    arame, corda

    cadeia


    ταρταρόω


    (G5020)
    tartaróō (tar-tar-o'-o)

    5020 ταρταροω tartaroo

    de Tártaro (o abismo mais profundo do inferno); v

    nome da região subterrânea, sombria e escura, considerada pelos antigos gregos como a habitação dos ímpios mortos, onde sofrem punição pelas suas más obras; corresponde ao “Geena” dos judeus

    lançar ao Tártaro, manter cativo no Tártaro


    τηρέω


    (G5083)
    tēréō (tay-reh'-o)

    5083 τηρεω tereo

    de teros (relógio, talvez semelhante a 2334); TDNT - 8:140,1174; v

    1. atender cuidadosamente a, tomar conta de
      1. guardar
      2. metáf. manter, alguém no estado no qual ele esta
      3. observar
      4. reservar: experimentar algo

    Sinônimos ver verbete 5874


    φείδομαι


    (G5339)
    pheídomai (fi'-dom-ahee)

    5339 φειδομαι pheidomai

    de afinidade incerta; v

    poupar

    abster-se