Enciclopédia de Juízes 9:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jz 9: 7

Versão Versículo
ARA Avisado disto, Jotão foi, e se pôs no cimo do monte Gerizim, e em alta voz clamou, e disse-lhes: Ouvi-me, cidadãos de Siquém, e Deus vos ouvirá a vós outros.
ARC E, dizendo-o a Jotão, foi este e pôs-se no cume do monte de Gerizim, e levantou a sua voz, e clamou, e disse-lhes: Ouvi-me a mim, cidadãos de Siquém, e Deus vos ouvirá a vós:
TB Tendo sido avisado disso Jotão, foi e pôs-se de pé no cume do monte Gerizim; e levantando a voz, clamou e disse-lhes: Ouvi-me, cidadãos de Siquém, para que Deus vos ouça a vós.
HSB וַיַּגִּ֣דוּ לְיוֹתָ֗ם וַיֵּ֙לֶךְ֙ וַֽיַּעֲמֹד֙ בְּרֹ֣אשׁ הַר־ גְּרִזִ֔ים וַיִּשָּׂ֥א קוֹל֖וֹ וַיִּקְרָ֑א וַיֹּ֣אמֶר לָהֶ֗ם שִׁמְע֤וּ אֵלַי֙ בַּעֲלֵ֣י שְׁכֶ֔ם וְיִשְׁמַ֥ע אֲלֵיכֶ֖ם אֱלֹהִֽים׃
BKJ E quando contaram a Jotão, ele foi e se pôs de pé no cume do monte Gerizim, e ergueu a sua voz, e gritou, e lhes disse: Atentai-me, vós homens de Siquém, para que Deus possa atentar a vós.
LTT E, quando disseram isto a Jotão, foi este e pôs-se no cume do monte de Gerizim, e levantou a sua voz, e clamou e disse-lhes: Dai-me ouvidos, cidadãos de Siquém, e Deus vos dará ouvidos.
BJ2 Levaram a notícia a Joatão, e ele subiu ao cume do monte Garizim e lhes disse em alta voz; "Homens notáveis de Siquém, ouvi-me, para que Deus vos ouça!
VULG Quod cum nuntiatum esset Joatham, ivit, et stetit in vertice montis Garizim : elevataque voce, clamavit, et dixit : Audite me, viri Sichem ; ita audiat vos Deus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Juízes 9:7

Deuteronômio 11:29 E será que, havendo-te o Senhor, teu Deus, introduzido na terra, a que vais para possuí-la, então, pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim e a maldição sobre o monte Ebal.
Deuteronômio 27:12 Quando houverdes passado o Jordão, estes estarão sobre o monte Gerizim, para abençoarem o povo: Simeão, e Levi, e Judá, e Issacar, e José, e Benjamim.
Josué 8:33 E todo o Israel, com os seus anciãos, e os seus príncipes, e os seus juízes estavam de uma e outra banda da arca, perante os sacerdotes levitas, que levavam a arca do concerto do Senhor, assim estrangeiros como naturais; metade deles em frente do monte Gerizim, e a outra metade em frente do monte Ebal; como Moisés, servo do Senhor, ordenara, para abençoar primeiramente o povo de Israel.
Salmos 18:40 Deste-me também o pescoço dos meus inimigos, para que eu pudesse destruir os que me aborrecem.
Salmos 50:15 E invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.
Provérbios 1:28 Então, a mim clamarão, mas eu não responderei; de madrugada me buscarão, mas não me acharão.
Provérbios 21:13 O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido.
Provérbios 28:9 O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.
Isaías 1:15 Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue.
Isaías 58:6 Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo, e que deixes livres os quebrantados, e que despedaces todo o jugo?
Mateus 18:26 Então, aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
João 4:20 Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
Tiago 2:13 Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

CIDADES DO MUNDO BÍBLICO

FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃO
Várias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:


(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.


O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs 5:12) e Tadmor (localizada num oásis luxuriante e fértil no meio do deserto Oriental). Devido à disponibilidade de água doce nesses lugares, aí foram encontrados assentamentos bem anteriores à aurora da história bíblica, e esses dois estão entre alguns dos assentamentos mais antigos ocupados ininterruptamente no mundo bíblico. Outras cidades foram estabelecidas de modo a estarem bem perto de recursos naturais. A localização de Jericó, um dos assentamentos mais velhos da antiga Canaã, é uma excelente ilustração. A Jericó do Antigo Testamento foi construída ao lado de uma fonte excepcionalmente grande, mas também é provável que a cidade tenha sido estabelecida ali porque aquela fonte ficava perto do mar Morto e de seus recursos de betume. O betume era um produto primário de grande valor, com inúmeros usos. Na Antiguidade remota, o mar Morto era uma das poucas fontes conhecidas desse produto, de sorte que o betume dali era recolhido e transportado por todo o Egito e boa parte do Crescente Fértil. Como consequência, uma motivação econômica inicialmente levou à região uma colônia de operários e logo resultou na fundação de uma povoação nas proximidades. De modo análogo, a localização da antiga cidade de Sardes, situada próxima da base do monte Tmolo e junto do ribeiro Pactolo, foi com certeza determinada pela descoberta de ouro naquele lugar, o que criou sua renomada riqueza.
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is 11:10) e um tell de 0,8 quilômetros quadrados que era um dos maiores de Canaã. A localização da cidade foi ditada pela posição e trajeto da Grande Estrada Principal. Durante toda a Antiguidade, Hazor serviu de porta de entrada para a Palestina e pontos mais ao sul, e com frequência textos seculares se referem a ela associando-a ao comércio e ao transporte. Da mesma forma, é muito provável que linhas de comunicação tenham sido o fator determinante na escolha do lugar onde as cidades de Gaza e Rabá/Ama vieram a ser estabelecidas.
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js 11:13; Jr 30:18-49.
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.

A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js 13:4), na planície de Sarom (1Sm 4:1), na Galileia (Js 19:30) e em Gola (1Rs 20:26-30). I Existe Socó ("lugar espinhoso") 45 na Sefelá (1Sm 17:1), em Judá (Is 15:48) e na planície de Sarom (1Rs 4:10). 16 Conforme ilustrado aqui, normalmente a homonímia acontece devido ao fato de os nomes dos lugares serem de sentido genérico: Hazor significa "terreno cercado", Belém significa "celeiro", Migdal significa "torre", Abel significa "campina", Gibeá significa "colina'", Cades significa "santuário cultual", Aim significa "fonte", Mispá significa "torre de vigia", Rimom significa "romã/ romázeira" e Carmelo significa "vinha de Deus". Por isso não é surpresa que, na Bíblia, mais de um lugar seja associado com cada um desses nomes. Saber exatamente quando postular outro caso de homonímia sempre pode ser problemático na criação de um atlas bíblico. Outra dimensão da mesma questão complexa acontece quando um mesmo nome pode ser aplicado alternadamente a uma cidade e a uma província ou território ao redor, como no caso de Samaria (1Rs 16:24, mas 1Rs 13:32), Jezreel (1Rs 18:45-46, mas Js 17:16), Damasco (Gn 14:15, mas Ez 27:18) ou Tiro (1Rs 7:13, mas 2Sm 24:7).
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.


Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is 15:11), embora, na verdade, o local tenha sido designado para a tribo de Da (Is 19:43). Nesse aspecto, a sequência das cidades neste último texto é significativa: Ecrom está situada entre as cidades da Sefelá (Zorá, Estaol, Bete-Semes e Aijalom) e outras situadas nas vizinhanças de Jope, no litoral (Bene-Beraque e Gate-Rimom), o que fortalece a suposição de que se deve procurar Ecrom perto da fronteira ocidental da Sefelá (Js 19:41-42,45). Além do mais, Ecrom era a cidade mais ao norte dentro da área controlada pelos filisteus (Js 13:3) e era fortificada (1Sm 6:17-18). Por fim, Ecrom estava ligada, por uma estrada, diretamente a Bete-Semes e, ao que se presume, separada desta última por uma distância de um dia de viagem ou menos (1Sm 6:12-16). Desse modo, mesmo sem o testemunho posterior de registros neoassírios,149 Ecrom foi procurada na moderna T. Migne, um tell situado onde a planície Filisteia e a Sefelá se encontram, na extremidade do vale de Soreque, no lado oposto a Bete-Semes.
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:


De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.

Principais cidades da Palestina
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Principais cidades da Palestina
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Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
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Principais sítios arqueológicos da Palestina
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Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

GARIZIM

Atualmente: ISRAEL
Garizim,monte com 881m Josué mandou lançar as bençãos e maldições sobre o povo por ocasião do pacto de Siquém. Na época pós-exílica possuía um santuário que competia com o templo de Jerusalém
Mapa Bíblico de GARIZIM


SIQUÉM

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:32.2, Longitude:35.3)
Atualmente: ISRAEL
Primeiro acampamento israelita dentro dos limites de ISRAEL. José foi a Siquém para ver seus irmãos e os rebanhos. Capital do reino de Israel no reinado de Jeroboão I. Centro da comunidade samaritana no tempo de Alexandre Magno. Cidade citada em Atos 7:16

Deus ordenou que Abraão saísse de Harã e fosse a um lugar onde se tornaria pai de uma grande nação (Gênesis 12:1-2). Então, Abraão, Ló e Sara viajaram para a terra de Canaã e se estabeleceram perto da cidade de Siquém (Gênesis 12:6). Local do tradicional Poço de Jacó, é chamada de Sicar em João 4
Mapa Bíblico de SIQUÉM



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Juízes Capítulo 9 do versículo 1 até o 57
  1. ABIMELEQUE É UNGIDO REI, 9:1-6

O capítulo 9 refere-se a um filho rebelde de um pai digno. Abimeleque foi apresentado anteriormente como filho de Gideão com uma concubina, ou segunda esposa, que estava em Siquém (8.31). Ele agora acha que deve tirar proveito da oferta que fora feita a seu pai e que este recusara (8.22,23), e deveria se tornar rei. Por isso, ele vai a Siquém e visita os parentes de sua mãe. "Perguntem aos cidadãos de Siquém", ele sugeriu, "se é melhor ter setenta governadores ou apenas um. Não seria melhor se eu reinasse sobre vocês, agora que meu pai está morto, em vez de serem governados por meus setenta meio-irmãos? Todos precisam lembrar-se que eu tenho os mesmos ossos e a mesma carne de vocês".

Assim, os familiares de sua mãe repetiram essas palavras perante os ouvidos de todos os cidadãos de Siquém (3), quer tenha sido individualmente ou na presença do povo. A idéia de um rei certamente não era nova na cidade cananéia de Siquém. A suges-tão que os israelitas fizeram a Gideão (8,22) também mostra que a idéia criava raízes entre os hebreus. E o coração deles se inclinou, ou seja, decidiram acreditar em Abimeleque, por causa do elo sangüíneo que havia entre eles.

A campanha de Abimeleque foi financiada por setenta peças de prata tiradas do tesouro do templo de Baal-Berite (cf.comentário de 8.33), um falso deus a quem os israelitas começaram a adorar. Com este dinheiro, o pretendente ao trono arregimentou uns homens ociosos e levianos (4), i.e., pessoas indignas, libertinas, lascivas, impru-dentes e orgulhosas, que o seguiram. O termo hebraico traduzido como seguiram sig-nifica "perambularam como leões ou vaguearam" juntamente com seu líder. O primeiro ato de Abimeleque foi levar seu bando a Ofra e assassinar seus setenta meio-irmãos, com exceção de Jotão, filho menor de Jerubaal (Gideão, cf. 6.32; 7.1), que conseguiu se esconder (5; cf. II Reis 10 ; 11). Jotão significa "O Senhor é justo" e também foi o nome de um rei de Judá (1 Cron 5,17) e de um filho de Jadai (1 Cron 2.47).

Após remover a possível competição, Abimeleque foi então ungido rei por todos os cidadãos de Siquém e de toda Bete-Milo... junto ao carvalho alto que está per-to de Siquém (6). Milo é uma palavra hebraica que significa "uma trincheira" ou "barragem", chamada assim porque estava cercada de montanhas. O termo passou a significar "um castelo" ou "uma fortaleza". Toda Bete-Milo dá o sentido de que estive-ram presentes todos os homens que cuidavam daquela fortaleza em Siquém, um tipo de quartel general. O termo é usado em II Samuel 5:9 como o nome de uma fortificação em Jerusalém nos dias de Davi, reconstruída por Salomão (1 Rs 9,24) e fortalecida por Ezequias (2 Cron 32.5). Junto ao carvalho alto é uma referência a um lugar santifica-do (Gn 35:4; Js 24:26).

C. A FÁBULA DE JOTÃO, 9:7-21

Quando as notícias chegaram a Jotão, ele se pôs no cimo do monte Gerizim (7), ao sul de Siquém, com altura de 868 metros acima do nível do mar Mediterrâneo. Este era o famoso "monte da bênção" (Dt 11:29), oposto ao Ebal, o "monte da maldição", e, mais tarde, tornou-se o local do templo samaritano. Próximo dali estava o poço de Jacó, onde Jesus conversou com a mulher samaritana (Jo 4:20-21). Ao chamar o povo de Siquém para ouvi-lo, a fim de que, com isso, Deus pudesse atendê-los, Jotão contou uma fábula sobre o rei das arvores. 1 As fábulas são raras na Bíblia, enquanto que as parábolas são freqüentes. A parábola ensina por meio de situações ou fatos da vida. As fábulas utili-zam-se do artifício de "fazer de conta" para ilustrar uma questão. As árvores não falam entre si na vida real.

As árvores decidiram ungir uma delas como seu rei. Elas foram primeiramente falar com a oliveira, que se recusou a deixar o seu óleo, que Deus e os homens... prezam (9). O óleo (ou azeite) de oliva era usado para ungir profetas e reis em nome do Senhor. A seguir, foram à figueira (10) e esta se recusou a deixar sua doçura e seu bom fruto (11). Então, a posição foi oferecida à videira, que respondeu: Deixaria eu o meu vi-nho, que agrada a Deus e aos homens, e iria pairar sobre as árvores? (13). Tanto aqui como no v. 9 o termo hebraico traduzido como Deus é plural e, de acordo com o contexto, pode ter o significado de Deus ou "os deuses". É possível que Jotão se referisse ao politeísmo (adoração a muitos deuses) dos habitantes de Siquém que, como fazem todos os politeístas, tinham a tendência de criar seus deuses à imagem de homens.

Por fim — e em desespero — as árvores fizeram seu urgente pedido ao espinheiro (14), um arbusto pequeno, quase sem folhas. A ironia é indisfarçável. A resposta do espi-nheiro foi: "Se vocês são sinceras em me escolher para ser rei, então venham e se refugi-em em minha sombra; mas se não for isso o que querem, que saia de mim fogo que consuma os cedros do Líbano (15). O Líbano era famoso por suas valiosas florestas de cedro. Deve-se destacar que azeite, figo e vinho eram os mais importantes produtos agrícolas da Palestina, enquanto que os arbustos não serviam para nada, a não ser para serem queimados. 2 A fábula também tem aplicações para a vida em grupo de hoje. A política ganhou a péssima reputação que possui grandemente em função da relutância de pessoas capazes — mas ocupadas — de se interessarem pelos assuntos da comunidade ou da nação. Na igreja, muitos são capazes mas não estão dispostos a aceitar cargos de responsabilidade que, em conseqüência, são muitas vezes entregues àqueles que estão dispostos, mas são menos capacitados. Os cristãos podem pagar um alto preço pela indi-ferença à comunidade e aos assuntos eclesiásticos. Às vezes, as palavras de um crítico aplicam-se particularmente à comunidade: "Os santos se assentam em suas torres de marfim enquanto que os pecadores ocupados governam o mundo".

A fábula contada por Jotão não se referiu apenas à indignidade de Abimeleque, mas também à má fé dos habitantes de Siquém em levarem adiante o plano daquele homem. "Agora, ó homens de Siquém, se vocês agiram de boa fé quando ungiram Abimeleque como seu rei e trataram Jerubaal e sua família da maneira como eles mereciam (porque meu pai arriscou sua vida por vocês e os resgatou dos midianitas) — se vocês são honra-dos e sinceros naquilo que fizeram, então alegrem-se com Abimeleque e que ele também se alegre com vocês. Mas se não for isso, que saia fogo de Abimeleque e devore os cida-dãos de Siquém e Bete-Milo e vice-versa!" (16-20). Sempre surgem problemas quando a lealdade à família é colocada acima da justiça e da competência.
Após proferir sua mensagem no mesmo espírito da profecia, Jotão fugiu dali e foi se refugiar em Beer (21). Este nome significa "poço" e sua localização é desconhecida. Beer também era o nome de um poço dos israelitas na fronteira com Moabe (Nm 21:16). Num país tão seco quanto a Palestina, poços e cisternas eram de especial importância e vários lugares receberam seus nomes em função da presença da água que o poço e a cisterna forneciam.

D. OS TRAIÇOEIROS HABITANTES DE SIQUÉM, 9:22-25

Os desdobramentos implícitos na fábula de Jotão logo começaram a surgir. Abimeleque governou sobre uma coalizão não muito unida de israelitas e cananeus du-rante três anos. Enviou Deus um mau espírito entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém (23) que causou tamanha desavença entre os dois a ponto de ambos serem punidos por seus pecados. A questão de Deus ter sido a fonte do espírito maligno é a mesma encontrada mais tarde no episódio do rei Saul (1 Sm 16.14). O termo "mau" é usado no AT no sentido de julgamento, desastre ou ira, conforme foi usado aqui.

Os mesmos homens que elevaram Abimeleque ao poder agora começavam a planejar sua queda. Com freqüência, Deus usa o pecado de um homem como meio de sua própria punição. Os cidadãos de Siquém se houveram aleivosamente contra Abimeleque (23) ; eles foram desleais e começaram a tramar contra sua autoridade e sua vida. A partir dos versículos 30:41 pode-se concluir que Abimeleque estabeleceu seu quartel general em Arumá e nomeou Zebul como seu representante em Siquém.

Os habitantes de Siquém assaltavam todo aquele que passava pelo caminho (25), a fim de saquear caravanas que estavam sob a guarda de Abimeleque, por terem pagado a ele o direito de transitar por seu território. É claro que isso causaria embaraço e problemas políticos para o rei.

  1. O ORGULHOSO GRAL, 9:26-29

A revolta aberta foi provocada pela vinda a Siquém de um homem conhecido como Gaal, filho de Ebede (26) que, juntamente com seus parentes, ganhou a confiança dos homens da cidade. O festival da colheita das uvas, normalmente uma ocasião de festa e alegria, celebrado em Siquém na casa de Baal-Berite (27), proveu o cenário para a sedi-ção aberta — eles amaldiçoaram a Abimeleque em sua ausência.

Gaal foi o porta-voz. "Quem é Abimeleque para que os habitantes de Siquém o sir-vam? Não é ele o filho de Jerubaal [Gideão] e Zebul o seu representante? Sirvam aos descendentes de Hamor, o pai de Siquém; por que obedecer a este estrangeiro? Quem dera que eu fosse o senhor deste lugar! Livrar-me-ia rapidamente de Abimeleque!". Hamor foi o heveu morto por Simeão e Levi porque seu filho Siquém, que deu nome ao lugar, manchara a reputação de Diná (Gn 34:2). Além disso, Gaal desafiou Abimeleque: Multi-plica o teu exército e sai. Ele era um desordeiro por natureza, mas é possível que um tanto de sua coragem naquele momento fosse o resultado de muito vinho.

  1. A MENSAGEM DE ZEBUL, 9:30-33

Quando Zebul, o maioral da cidade de Siquém, ouviu as palavras jactanciosas de Gaal, ficou muito irado e secretamente enviou alguns mensageiros ao seu encontro em Arumá: Eis que Gaal, filho de Ebede, e seus irmãos vieram a Siquém, disse ele, e eis que eles fortificam esta cidade contra ti (31), ou "eles plantam hostilidade con-tra ti nos corações dos habitantes de Siquém". A sugestão de Zebul foi que Abimeleque e seus homens fossem aos campos à noite e esperassem fora dos muros da cidade, a fim de atacá-los numa emboscada ao amanhecer; saindo ele e o povo que tiver com ele contra ti, faze-lhe como alcançar a tua mão (33).

  1. GAAL FOGE DE ABIMELEQUE, 9:34-41

A forte ação de Abimeleque em esmagar a revolta incitada por Gaal e a posterior destruição da cidade foi um julgamento de Deus contra os habitantes de Siquém. O rei usurpador colocou-se com suas tropas e fizeram emboscadas em Siquém através de qua-tro companhias. Na manhã seguinte, quando Gaal se posicionou diante dos portões da cidade, Abimeleque e seus homens levantaram-se de seus esconderijos e começaram a marchar sobre a cidade. Quando Gaal disse a Zebul: Eis que desce gente dos cumes dos montes (36), este lhe replicou: As sombras dos montes vês por homens. Mais uma vez Gaal relatou a aproximação de uma multidão: Eis ali desce gente do meio da terra (heb. navel, tanto "do ponto mais alto" como "do meio de") e uma tropa vem do caminho do carvalho de Meonenim (37; heb. "do caminho do carvalho do adivinho").

Zebul escarnece do arrogante Gaal: "Onde está sua boca com a qual você ultrajou Abimeleque? Estes são aqueles que você desprezou! Saia e lute contra eles". Saiu Gaal à vista dos cidadãos de Siquém (39) e lutou contra Abimeleque. Sua companhia foi vencida e fugiu, depois de sofrerem muitas baixas na cidade. Gaal e seus comparsas foram expelidos da cidade por Zebul. É feita uma citação à residência de Abimeleque em Arumá. Este nome também é escrito como Ruma (2 Rs 23.36). Pode ser a moderna El `Ormah, a pouco mais de 22 quilômetros a sudeste de Siquém.

  1. SIQUÉM É ARRASADA, 9.42,45

No dia seguinte à expulsão de Gaal, os homens foram ao campo, provavelmente para trabalhar como de costume. Abimeleque segue agora a bem-sucedida estratégia de seu pai e divide suas forças em três companhias. Aqueles que estavam debaixo de seu comando bloquearam as entradas da cidade, enquanto que os outros atacaram os traba-lhadores no campo e os mataram. Então, toda a força retornou e atacou a própria cidade, cujos obstinados defensores conseguiram manter até o fim do dia. Abimeleque matou todos os seus habitantes, destruiu os muros e as construções e jogou sal em toda a cida-de, como sinal de desolação e repugnância (Dt 29:23; Jr 17:6).

  1. MORTE NA TORRE DE SIQUÉM, 9:46-49

A Torre de Siquém (46) era uma fortificação aparentemente separada da própria cidade, ligada a esta pelo templo do deus Berite (veja comentário de 8.33). Quando as pessoas na torre de Siquém ouviram as notícias sobre a destruição da cidade, fugiram em busca de refúgio na fortaleza provida pelo templo do ídolo. Abimeleque ouviu sobre isso e levou seus homens ao monte Salmom (48), uma colina cheia de árvores nas proximida-des. Instruiu seus homens a que seguissem seu exemplo; cortou um ramo das árvores, colocou-o em seus ombros e levou até a fortaleza. Quando os ramos estavam empilhados contra os muros, ateou fogo e uns mil homens e mulheres (49) pereceram nas chamas.

  1. O FIM INFAME DE ABIMELEQUE, 9. 50-57

O momento de triunfo de Abimeleque não duraria muito. A rebelião irrompeu em outra parte de seu pequeno reino e ele levou seus homens a Tebes (50) e capturou a cidade. Tebes, atualmente chamada Tubas, a cerca de 19 quilômetros ao norte de Siquém, teve parte no levante de Siquém. Seus habitantes refugiaram-se em uma torre forte (51), uma defesa dentro da cidade. Abimeleque tentou repetir a mesma estratégia usada em Siquém, ou seja, queimar a torre. Durante sua tentativa, ele chegou ao alcance da-queles que defendiam a fortificação a partir do telhado e uma mulher jogou uma mó [heb. "uma pedra de moinhol sobre a cabeça de Abimeleque e fraturou seu crânio. O falso rei teve tempo apenas de pedir ao seu ajudante de armas que o matasse, para não sofrer a desgraça de ter sido morto por uma mulher.

Quando as tropas de Abimeleque viram seu líder morto, interromperam o cerco e foram embora para suas casas. Assim, Deus fez tornar sobre Abimeleque o mal que tinha feito (56), "retribuindo" ou "pagando" seu mal; e todo o mal dos homens de Siquém fez tornar sobre a cabeça deles. Aqueles que porventura escaparam do jul-gamento humano caíram diante do providencial julgamento de Deus. A maldição de Jotão recaiu sobre todos eles. 3


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Juízes Capítulo 9 versículo 7
Gerizim:
Ver Dt 11:29-30,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Juízes Capítulo 9 do versículo 1 até o 57
*

9:1

Abimeleque. Ver 8.31, nota.

* 9:4

Baal-Berite. Ver notas no v. 46; 8.33. O templo de Baal-Berite pagava o salário dos que oprimiam 1srael nos tempos de Abimeleque.

* 9.5 sobre uma pedra. Esses homens, com efeito, foram sacrificados a Baal-Berite (v. 53, nota).

* 9:7

monte Gerizim. O monte da bênção (Dt 27:12) foi usado para uma maldição. Essa inversão ressalta o tema que permeia a história de Abimeleque (8.33– 9.57, nota).

* 9:14

espinheiro. O reinado de Abimeleque, produto da idolatria (v. 4), seria um espinho para Israel (2.3, nota).

* 9:20

saia fogo. A maldição de Jotão é cumprida nos vs. 45-52.

* 9:23

um espírito de aversão. O paralelo histórico com Saul é significante. Tanto Abimeleque quanto Saul receberam um espírito mau para vir contra eles quando começaram a perder os seus respectivos reinos (1 Sm 16.14). Essa é a primeira mênção da ação direta de Deus na história de Abimeleque.

* 9:26

Gaal. Gaal é outro “Abimeleque,” um irmão perdido que reivindica o direito de reinar tendo por base sua ascendência.

* 9:28

Quem é Abimeleque. Note o discurso semelhante no v. 2, também pronunciado em Siquém.

* 9:45

e a semeou de sal. Isso a arruinaria para a agricultura.

* 9:46

El-Berite. Lit. “deus da aliança.” El era o pai dos deuses no panteão cananeu. Esse era possivelmente o mesmo templo que aquele mencionado em 9.4, que fornecia dinheiro a Abimeleque. Agora, ele voltou para destruí-lo.

* 9:48

fazei-o também vós. As palavras de Abimeleque, ao comandar seus homens, assemelham-se àquelas do seu pai (7.17).

* 9:49

e queimaram. Assim foi cumprida a maldição de Jotão (v. 20).

* 9:53

uma pedra superior de moinho. Uma pedra figurou de modo destacado na morte de Abimeleque, assim como figurara no assassinato de todos os seus irmãos (9.5, nota).

* 9:54

Desembainha a tua espada, e mata-me. Assim como Saul (1Sm 31:4), Abimeleque quis manter o seu orgulho até a morte. Esse incidente, assim como a presença de um espírito mau da parte de Deus (9.23 e nota), ressalta uma grande semelhança entre Saul e Abimeleque.

Mulher o matou. Teve que compartilhar com Sísera esta indignidade (4.9).

* 9:56

Assim, Deus fez tornar. Deus não fica muito visível nessa narrativa (9.23, nota). Mas ele levou Abimeleque ao juízo.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Juízes Capítulo 9 do versículo 1 até o 57
9.1-3 Com a morte do Gedeón, Abimelec quis ocupar o lugar de seu pai. (Jerobaal é outro nome do Gedeón; veja-se 6.32.) Para pôr em prática seu plano, foi à cidade do Siquem, a terra natal de sua mãe, para solicitar apoio. Aqui sentiu um parentesco próximo com os residentes. Estes parentes eram cananeos e estariam contentes de unir-se o contra Israel. Siquem era uma cidade importante, um cruzamento nas rotas de comércio e um elo natural entre a planície costeira e o Vale do Jordão. Quem quer que dominasse Siquem teria também domínio sobre o campo.

9.2-5 O rei do Israel devia ser Jeová e não um homem. Mas Abimelec queria usurpar a posição que estava reservada exclusivamente para Deus. Em sua busca egoísta, matou a todos menos um de seu setenta meio irmãos. As pessoas que têm desejos egoístas freqüentemente procuram cumpri-los mediante métodos desumanos. Analise suas ambições para ver se estão centradas em você mesmo ou em Deus. Assegure-se de procurar sempre o cumprimento de seus desejos de uma maneira que Deus passaria.

9:4 A política jogava uma parte importante tanto nas religiões pagãs como na adoração do Baal-berit. Freqüentemente os governos chegavam até o ponto de contratar prostitutas do templo para obter dinheiro adicional. Em muitos casos um sistema religioso era estabelecido e apoiado pelo governo para que assim as oferendas pudessem financiar os projetos da comunidade. A religião se converteu em um negócio de benefícios econômicos. Na religião do Israel, isto estava estritamente proibido. O sistema religioso de Deus estava desenhado para que saísse de uma atitude do coração, não de planos calculados e oportunidades para negociar. Além disso também estava desenhado para servir ao povo e para ajudar a aqueles que estavam em necessidade, não para oprimir ao necessitado. É sua fé genuína e sincera, ou está apoiada na conveniência, a comodidade e a disponibilidade?

9:6 Abimelec foi declarado governador do Israel no Siquem, o sítio de outros sucessos chave na Bíblia. Foi uma das paradas do Abraão antes de chegar ao Canaán (Gn 12:6-7). Quando Jacó viveu aí, dois de seus filhos mataram a todos os homens do Siquem porque o príncipe do reino tinha violado a sua irmã (Gênese 34). Os ossos do José foram enterrados no Siquem (Js 24:32). Israel renovou seu pacto com Deus no Siquem (Josué
24) e o reino do Israel se dividiu nesta mesma cidade (2 Rsseis 12).

9.7-15 Na parábola do Jotam as árvores representavam aos setenta filhos do Gedeón, e a sarça representava ao Abimelec. O ponto do Jotam era este: uma pessoa produtiva estaria muito ocupada fazendo o bem para perder tempo com poderes políticos. Por outro lado, uma pessoa inútil estaria contente de receber a honra, mas destruiria às pessoas a que governava. Abimelec, como uma sarça, não pôde oferecer ao Israel amparo real nem segurança. A parábola do Jotam se fez realidade quando Abimelec destruiu a cidade do Siquem (9.45), queimou a "torre do Siquem" (a cidade de Melo 9:46-49), e finalmente morreu no Tebes (9.53, 54).

9:16 Jotam contou a história das árvores para ajudar ao povo a estabelecer boas prioridades. Não queria que designassem a um líder de pouco caráter. Quando servimos em posições de liderança, devemos examinar nossos motivos. Queremos só o louvor, o prestígio ou o poder? Na parábola, as árvores boas decidiram ser produtivos e proporcionar benefícios às pessoas. Assegure-se de que estas sejam suas prioridades quando aspirar a ser líder.

9.22-24 Abimelec era todo o oposto ao que Deus queria em um juiz, mas passaram três anos antes de que Deus se voltasse contra ele, cumprindo a parábola do Jotam. Ao Jotam, esses três anos deveram lhe haver parecido intermináveis. por que não foi castigado Abimelec mais rapidamente por sua maldade?

Não somos os únicos que nos perguntamos por que o mal parece prevalecer (Jó_10:3; 21:1-18; Jr 12:1; Hc 1:2-4, Hc 1:12-17). Deus promete enfrentar o pecado, mas em seu tempo, não no nosso. Em realidade é boa notícia que Deus não nos castigue imediatamente, porque todos pecamos e merecemos o castigo de Deus. Deus, em sua misericórdia, freqüentemente nos perdoa de um castigo imediato e nos dá tempo para que nos voltemos de nossos pecados e retornemos ao arrependidos. Confiar na justiça de Deus significa que (1) primeiro devemos reconhecer nossos próprios pecados e nos arrepender, e (2) possivelmente devamos enfrentar um tempo difícil de espera para que o malvado seja castigado. Mas no tempo de Deus, tudo mau será destruído.

9:23 Este espírito mau não era só uma atitude de luta, era um demônio. Não era Satanás mesmo, a não ser um dos anjos cansados sob a influência de Satanás. Deus usou este espírito mau para trazer julgamento sobre o Siquem. 1Sm 16:14 registra como julgou Deus ao Saul de maneira similar.

9:45 O ato de pulverizar sal sobre uma cidade conquistada constituía um rito que simbolizava a desolação perpétua da cidade. Não seria reconstruída por cento cinqüenta anos.

9:53 Em tempos de batalha, às vezes pedia às mulheres que se unissem aos homens no muro da cidade e deixassem cair objetos pesados sobre quão soldados estavam abaixo. Uma pedra de moinho seria um objeto ideal para este propósito. Era uma pedra redonda de 45 cm de diâmetro com um fossa no centro. As pedras de moinho se utilizavam para moer o grão e transformá-lo em farinha. O grão se colocava entre duas pedras. A pedra superior se fazia girar, moendo o grão.

A morte do Abimelec foi especialmente humilhante: morreu à mãos de uma mulher, não em combate; e foi morto com uma ferramenta de granja em lugar de uma arma. portanto, Abimelec pediu a seu escudeiro que o atravessasse com sua espada antes de morrer pelo golpe da pedra de moinho.

9:56, 57 Gedeón, o pai do Abimelec, teve êxito nas batalhas militares, mas em ocasiões fracassou em suas lutas pessoais. Gedeón não foi condenado por tomar uma concubina (8.31), mas os problemas familiares que surgiram como resultado dessa relação são óbvios.

Ao final, Abimelec matou a sessenta e nove de seu setenta meio irmãos, rasgou à nação e logo foi assassinado. Aprendemos da vida do Gedeón que não importa quanto bem façamos pelo Reino de Deus, o pecado em nossas vidas seguirá produzindo conseqüências poderosas e perigosas.

9:56, 57 A maldição do Jotam aparece em 9:16-20.

CAÍDA DO ABIMELEC : O filho ilegítimo do Gedeón matou a 69 de seu meio irmãos na Ofra e retornou ao Siquem para que o proclamassem rei. Mas três anos depois, Siquem se rebelou. Desde a Aruma, Abimelec atacou Siquem, Melo ("a torre do Siquem") e Tebes, onde morreu.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Juízes Capítulo 9 do versículo 1 até o 57
2. Abimeleque, rei de Siquém (9: 1-6)

1 E Abimeleque, filho de Jerubaal, foi a Siquém, aos irmãos de sua mãe, e falou com eles, e com toda a família da casa de pai de sua mãe, dizendo: 2 Falai, peço-vos, aos ouvidos de todos os homens de Siquém, Que é melhor para você, que todos os filhos de Jerubaal, que são sessenta e dez pessoas, regra sobre você, ou que uma regra sobre você? lembre-se também de que sou osso vosso e carne. 3 Então os irmãos de sua mãe falaram a respeito dele aos ouvidos de todos os cidadãos de Siquém todas aquelas palavras; eo coração deles se inclinou a seguir Abimeleque; porque diziam: Ele é nosso irmão. 4 E deram-lhe setenta peças de prata, da casa de Baal-Berite, com os quais alugou Abimeleque homens ociosos e levianos, que o seguiram. 5 e foi à casa de seu pai em Ofra, e matou a seus irmãos, os filhos de Jerubaal, sendo setenta homens, sobre uma pedra, mas Jotão, filho menor de Jerubaal, foi deixado; para ele se escondeu. 6 E todos os homens de Siquém, reunindo-se, e toda a casa de Milo, e foram, e constituíram rei a Abimeleque, junto ao carvalho da coluna que havia em Siquém.

Abimeleque era o filho de Gideão por sua concubina que viveu em Siquém, uma das cidades mais antigas em Canaã (Jz 8:31 ). Siquém, localizado na metade de Manassés oeste do Jordão, não era longe da casa de Gideão, Ofra. Aqui, a história dos centros de Abimeleque. Por causa dos acontecimentos retratados na conta, Jacó Myers considera que é um dos mais instrutivo em Juízes. Ele confirma o conceito dado em partes anteriores dos juízes que os cananeus continuaram a viver na terra e que não foi misturam com os israelitas. O siquemitas exemplificado este entrelaçamento. A mãe de Abimeleque ser um Shechemite, ele alegou cidadania Shechemite. Pode muito bem ser que ela era uma cananéia, tornando Abimeleque meia-israelita e meia cananéia.

Se Abimeleque faziam parte cananeus, esta ascendência, explicaria parte sua aspiração para a realeza, já que a idéia de um rei foi definitivamente uma idéia cananeu neste momento. É significativo que este é um dos primeiros exemplos que mostram o desejo do povo por um rei. Centralização indevida de poderes governamentais nunca foi característica da vontade divina revelada ou os ideais de uma verdadeira democracia com base em princípios divinos.

Abimeleque tinha certos fatores a seu favor, quando ele deu a conhecer as suas aspirações para ser rei. Por um lado, ele era conhecido como o filho do libertador, Gideão. Por outro lado, ele estava intimamente relacionado com o siquemitas, que favoreceu a idéia de um rei.

Seu primeiro passo foi apelar para seus parentes em Siquém. Eles responderam favoravelmente a ele, porque ele defendeu a causa de um rei e porque ele era seu parente. Eles até mesmo levou a riqueza do templo de Baal-berith em Siquém e desde Abimeleque com ajuda financeira. Ele usou essa assistência para contratar homens para ir com ele para Ofra para acabar com todos os candidatos rivais dentre os filhos de Israel de Gideão. Depois disso, não havendo rival exceto jovem Jotão que escapou do expurgo, os cidadãos de Siquém Abimeleque rei. Seu reino não se tornou grande. É incluída uma área menor do que o tamanho de West Manassés.

3. fábula de Jotão (9: 7-21)

7 E, dizendo-o a Jotão, foi e ficou no topo do monte Garizim, e levantou a sua voz, e chorou, e disse-lhes: Ouvi-me, ó homens de Siquém, para que Deus possa ouvirei. 8 As árvores saiu em um tempo para ungir um rei sobre eles; e disseram à oliveira: Reina tu sobre nós. 9 Mas a oliveira lhes respondeu: Deixaria eu a minha gordura, com o qual por me honram a Deus e aos homens, para ir balouçar para lá e para cá sobre as árvores? 10 E as árvores disseram à figueira: Vem tu, e reina sobre nós. 11 Mas a figueira lhes disse. Deixaria eu a minha doçura, o meu bom fruto, para ir balouçar para lá e para cá sobre as árvores? 12 E as árvores disseram à videira: Vem tu, e reina sobre nós. 13 E a videira lhes respondeu: Deixaria eu meu vinho, que alegra a Deus e aos homens, para ir balouçar para lá e para cá sobre as árvores? 14 Então todas as árvores disseram ao espinheiro: Vem tu, e reina sobre nós. 15 E disse o espinheiro às árvores: Se de verdade vós me ungi rei sobre vós, vinde e refugiar-se debaixo da minha sombra; e se não, saia fogo do espinheiro, e devore os cedros do Líbano. 16 Agora, pois, se vós o fizestes verdade e sinceridade, por terdes Abimeleque rei, e se vós o fizestes bem com Jerubaal e sua casa e fizeram-lhe de acordo com o merecimento das suas mãos 17 (para o meu pai pelejou por vós, desprezando a própria vida, e vos livrou da mão de Midiã; 18 e vós se levantaram contra a casa de meu pai, o dia de hoje, e matastes a seus filhos, setenta homens, sobre uma pedra; ea Abimeleque, filho da sua serva, fizestes reinar sobre os cidadãos de Siquém, porque é vosso irmão); 19 Se vós, pois tenho lidado verdadeira e retamente com Jerubaal e com a sua casa, alegrai-vos em Abimeleque, e também ele se alegre em vós; 20 mas se não, saia fogo de Abimeleque, e devore os cidadãos de Siquém, e da casa de Milo; e saia fogo dos cidadãos de Siquém, e da casa de Milo, e devore Abimeleque. 21 E Jotão fugiu, e fugiu, e foi para Beer, e ali habitou, por medo de Abimeleque, seu irmão.

Jovem Jotão subiu a uma das alturas pendendo do monte Garizim, que se erguia acima Siquém e proferiu uma fábula que foi ouvido pelos siquemitas que estavam reunidos para a coroação do rei.

De acordo com a fábula de Jotão, as árvores oferecido a realeza de seu reino em primeiro lugar à oliveira, em seguida, para a figueira, depois para a videira e, porque estes se recusaram a oferta, finalmente, para a amora, o menos qualificado.

O ponto óbvio da fábula é desprezo pela realeza. Esta baixa opinião da idéia de um rei pode muito bem refletir uma data próxima da escrita. Além disso, a aplicação do espinheiro a Abimeleque reflete desprezo por Abimeleque. Além comparando Abimeleque ao espinheiro, Jotão deliberadamente refere-se a Abimeleque como o filho de uma concubina escrava. Ele atribuiu à mulher Shechemite "um status inferior a ela um real."

De acordo com a fábula de Jotão, o espinheiro, desde a coroa com orgulho e jactância considerável, prometendo a proteção que ele realmente não podia dar. Gabar-se do espinheiro dá a lição da fábula, ou seja, é um absurdo para outras árvores para buscar refúgio na sombra do espinheiro, quando é incapaz de prever que o refúgio. Da mesma forma, a estimativa de Abimeleque de Jotão foi uma baixa. Ele considerou indigno do ofício real.

Jotão não omitir a apresentação do pedido de sua fábula tão definido quanto possível, mas fê-lo de uma forma não esperada. O ponto principal do aplicativo é que os siquemitas não tinha lidado bem com Jerubaal ... (v. Jz 9:16 ). Jotão declarou que mataram filhos legítimos de Gideão e deu a realeza a um já não merece. Por isso, a maldição de Jotão é, saia fogo de Abimeleque, e devore os cidadãos de Siquém ... e saia fogo dos cidadãos de Siquém ... e devore Abimeleque (v. Jz 9:20 ). O curso dos acontecimentos vi isso acontecer. Abimeleque atearam fogo aos homens de Siquém, enquanto ele, por sua vez foi esmagado por uma pedra de moinho pesado. O efeito das palavras de Jotão fosse incitar sentimentos tão fortes contra ele que ele fugiu com medo de represálias (v. Jz 9:21 ).O indivíduo que se atreve a ir contra as opiniões e desejos das massas ainda vai achar que ele deve assumir a sua incompreensão e ódio.

4. Revolta contra Abimeleque (9: 22-57)

22 E Abimeleque era príncipe três anos sobre Israel. 23 E Deus enviou um espírito mau entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém; e os cidadãos de Siquém se portaram aleivosamente contra Abimeleque: 24 que a violência praticada contra os setenta filhos de Jerubaal, e que seu sangue pode ser colocada sobre Abimeleque, seu irmão, que os matara, e sobre os cidadãos de Siquém, que fortaleceram as mãos dele para matar a seus irmãos. 25 e os homens de set Liers-em-esperar por ele sobre os cumes dos montes Siquém, e eles roubaram tudo o que veio pelo caminho junto a eles, e contou-se a Abimeleque.

26 E Gaal, filho de Ebede, veio com seus irmãos, e passaram a Siquém; e os cidadãos de Siquém depositam sua confiança nele. 27 E saíram para o campo, e reuniu as suas vinhas, pisaram as uvas e fizeram uma festa, e entrou na casa de seu deus, e comeu e bebeu, e amaldiçoaram a Abimeleque. 28 E Gaal, filho de Ebede disse: Quem é Abimeleque, e quem é Siquém, para que o sirvamos? Não é ele o filho de Jerubaal? e Zebul o seu mordomo? Servi antes aos homens de Hamor, pai de Siquém: mas por que devemos servi-lo? 29 E se este povo estivesse sob a minha mão! , eu expulsaria a Abimeleque. E ele disse a Abimeleque, Aumente teu exército, e sai.

30 . E quando Zebul, o governador da cidade, ouviu as palavras de Gaal, filho de Ebede, se em ira 31 E enviou mensageiros a Abimeleque, astuciosamente, dizendo: Eis que Gaal, filho de Ebede, e seus irmãos vieram a Siquém; e eis que restringem a cidade para participar contra ti. 32 Agora, pois, se de noite, tu eo povo que está contigo, e estão à espreita no campo: 33 e será que, pela manhã, assim que o sol é para cima, tu deverás levantar cedo, e correr sobre a cidade; e eis que, quando ele e as pessoas que com ele está saindo contra ti, então tu podes fazer para lhe como te encontrar ocasião.

34 E se levantou Abimeleque, e todo o povo que estava com ele, de noite, e puseram emboscadas a Siquém, em quatro empresas. 35 E Gaal, filho de Ebede, saiu e pôs-se à entrada da porta da cidade: e se levantou Abimeleque e as pessoas que estavam com ele, a partir da emboscada. 36 Quando Gaal viu aquele povo, disse a Zebul: Eis que desce gente dos cumes dos montes. E Zebul disse-lhe: Tu vês as sombras dos montes como se fossem homens. 37 E Gaal falou novamente e disse: Veja, que desce gente do meio da terra, e uma empresa vem pelo caminho do carvalho de Meonenim. 38 Então disse Zebul: Onde está agora a tua boca, com a qual dizias: Quem é Abimeleque, para que o sirvamos? Não é este o povo que fizeste desprezado? sair agora, eu oro, e lutar com eles. 39 E saiu Gaal os cidadãos de Siquém, e pelejou contra Abimeleque. 40 E Abimeleque o perseguiu, e ele fugiu diante dele, e muitos caíram feridos até a entrada do portão.

41 E Abimeleque ficou em Arumá e Zebul expulsou Gaal e seus irmãos, para que não habitassem em Siquém. 42 E aconteceu que, no dia seguinte, que o povo saiu para o campo; disto foi avisado Abimeleque. 43 E tomou o povo, e os dividiu em três companhias, pôs uma emboscada no campo; e ele olhou, e eis que o povo saiu para fora da cidade; e ele se levantou contra eles, e os feriram. 44 E Abimeleque, e os que estavam com ele correram e se puseram à entrada da porta da cidade, e as duas empresas se apoderou de todos os que estavam no campo e os feriu. 45 E Abimeleque pelejou contra a cidade todo aquele dia; e ele tomou a cidade, e matou as pessoas que estavam nela, e ele batia a cidade, e semeou-o com sal.

46 E, quando todos os homens da torre de Siquém souberam, entraram na fortaleza, na casa de El-Berite. 47 E contou-se a Abimeleque que todos os cidadãos da torre de Siquém se haviam congregado. 48 E Abimeleque gat -lo para montar Zalmon, ele e todas as pessoas que estavam com ele; e, tomando um machado na mão, cortou um ramo de árvore, e levou-a para cima, e puseram-na sobre os seus ombros, e ele disse ao povo que estava com ele, que me vistes fazer, apressa-te , e fazer o que eu fiz. 49 E todas as pessoas da mesma forma cada um cortado o seu ramo, seguiram a Abimeleque, e colocá-los à fortaleza, e definir a fortaleza no fogo sobre eles; para que todos os cidadãos da torre de Siquém, morreu também, cerca de mil homens e mulheres.

50 Então Abimeleque foi a Tebes, e sitiou, e tomou. 51 Mas havia uma torre forte dentro da cidade, e se refugiaram todos os homens e mulheres, e todos eles da cidade, e fechou-se em, e gat -los até o telhado da torre. 52 E Abimeleque veio até a torre, e lutou contra ele, e chegou-se a porta da torre, para queimá-lo com fogo. 53 E uma mulher lançou uma mó sobre a cabeça de Abimeleque, e quebrou-lhe o crânio. 54 Então ele chamou depressa o moço, seu escudeiro, e disse-lhe: Arranca a tua espada, e matar-me, que não se diga de mim: uma mulher o matou. E o moço o traspassou e ele morreu. 55 E quando os homens de Israel que Abimeleque já era morto, foram-se cada um ao seu lugar. 56 Assim, Deus pagou sobre Abimeleque o mal que tinha feito a seu pai, em matando seus setenta irmãos; 57 e toda a maldade dos homens de Siquém fez retribuirá sobre as suas cabeças e veio sobre eles a maldição de Jotão, filho de Jerubaal.

Regra de Abimeleque foi por um período de três anos. Julgamento divino sobre ele e os siquemitas foi iniciada pela presença de um espírito maligno entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém (v. Jz 9:23 ). É difícil compreender que Deus enviou um espírito maligno . Essencialmente, ele envolveu uma falta de confiança mútua. Os siquemitas estavam agindo deslealmente; assim Abimeleque foi em busca de vingança. A razão significativa dada foi que a morte dos filhos de Gideão pode ser recompensado (v. Jz 9:24 ).Abimeleque tinha tratado cruelmente com eles. Inevitavelmente, ele deve fazer a colheita da crueldade que tinha semeado. Esta é a lição marcante da história de Abimeleque, e isso reforça a análise do historiador da história de Israel durante o período dos juízes.O padrão cíclico enfatiza a idéia de julgamento e castigo.

A revolta Shechemite parece ter uma medida de ambigüidade em torno dela. Ele tomou a forma de roubar caravanas de mercadores que passam através de Manassés. Se Abimeleque havia prometido uma passagem segura, as emboscadas siquemita dessas caravanas provou sua proteção prometida era inútil. Desta forma, a sua traição destruiu sua tentativa de estabelecer o prestígio de sua realeza. Além disso, este privados Abimeleque de receitas de comerciantes que passam através de seu reino.

Um novo desenvolvimento na história foi o aparecimento em Siquém de Gaal, um líder de uma banda itinerante que tentou tirar proveito das relações tensas entre Abimeleque e os siquemitas. Aparentemente Abimeleque estava residindo na cidade vizinha de Arumá enquanto um subordinado chamado Zebul regido Siquém. Gaal ganhou a amizade do siquemitas e, em seguida, entregou um discurso contra Abimeleque. Seu ponto principal era que Abimeleque já era, pelo menos, meia-israelita. Não é ele o filho de Jerubaal? (v. Jz 9:28 ). Gaal chamados os siquemitas, Servi os homens de Hamor, pai de Siquém (v. Jz 9:28 ). Hamor era o governante cananeu de Siquém, no tempo de Jacó (conforme Gn 33:19 ). A referência de Gaal para Hamor os cananeus implica que muitos dos siquemitas olhou à sua herança cananéia.

Zebul relatados estes desenvolvimentos a Abimeleque, que veio em vigor e encaminhado Gaal. Enquanto isso, Abimeleque deu o siquemitas um golpe devastador. Primeiro, ele destruiu a cidade (v. Jz 9:45 ). Em seguida, ele queimou a torre de Siquém, onde as pessoas tinham procurado refúgio (v. Jz 9:49 ). Então Abimeleque veio a vizinha Tebez, que havia participado da revolta, e preparado para incendiar a torre de Tebez (v. Jz 9:52 ). No momento certo, uma mulher na torre caiu uma pedra de moinho, que esmagou a cabeça de Abimeleque. Ele morreu pela espada de impulso de seu escudeiro para salvá-lo da morte por uma mulher.

A história de Abimeleque fecha com o claramente moral: Deus exigia sobre Abimeleque o mal ... e toda a maldade dos homens de Siquém fez retribuirá sobre suas cabeças (vv. Jz 9:56 , Jz 9:57 ). Vale ressaltar que o próprio elemento que ajudou a Abimeleque ao poder em circunstâncias questionáveis ​​foi o elemento que se revoltaram contra ele e trouxe sua queda. Além disso, deve-se ressaltar que a história de Abimeleque, é a história de colher o que semeia.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Juízes Capítulo 9 do versículo 1 até o 57
9.2 Sou osso vosso e carne vossa. E possível deduzir, destas palavras que a mãe de Abimeleque e sua família fossem cananéias. Explicaria a adoração de Baal-Berite em Siquém, velha cidade cananéia, e a facilidade daquele malandro conseguir a simpatia do povo local, Os restos do templo do Baal de Siquém foram recentemente identificados por arqueólogos.

9.5 À casa de seu pai. Evidentemente, a família de Gideão viveu em modéstia, sem uma guarda armada.

9.6 Bete-Milo. Milo vem de um vocábulo que significa "encher". Originalmente, referia-se a um terrapleno e depois a uma torre ou fortaleza. É bem possível, que fosse a própria Torre de Siquém (46-49). Carvalho memorial. Conforme Js 24:26. Lugar de longa associação sagrada (conforme Gn 35:4), dando à proclamação do reinado de Abimeleque um cunho religioso. A área dos seus domínios era muito limitada, atingindo apenas uma pequena parte do território de Efraim.

9.7 Monte Gerizim. Fica ao sul de Siquém (conforme Dt 11:29; Dt 27:12 e cap. 28). Os samaritanos, mais tarde, consagraram esse monte para seu culto, em oposição ao culto dos judeus em Jerusalém (conforme Jo 4:20, Jo 4:21).

9.8 As árvores. Jotão fez uso de uma alegoria ou fábula, para enfatizar seu protesto contra o tratamento outorgados família de Gideão e para acrescentar uma predição com respeito à maldição que Abimeleque traria sobre Siquém.

9.9 Oliveira. O óleo tirado da azeitona era usado para ungir a reis e sacerdotes, como também ser queimado no santuário. O fruto da videira (13) era, do mesmo modo, empregado religiosa e secularmente.

9.14 Espinheiro. Nada produzia de valor; pela contrário, ameaçava a lavoura, afogando às plantas novas (conforme Mt 13:7).

9.15 Debaixo de minha sombra. Baixa e quase sem madeira ou folhagem, pouquíssima sombra podia oferecer. Do espinheiro fogo. No verão da Palestina, quando faltavam as chuvas durante seis meses, o fogo que pega nos abrolhos os consome velozmente, ameaça as árvores de grande valor, tais como os cedros. Abimeleque, ao invés de proporcionar segurança aos siquemitas, tornava-se motivo de sua destruição.

9.21 Beer. "Poço"; nome muito comum na Palestina. Este é desconhecido.

9.23 A providência de Deus, soberana em toda história humana, está indicada aqui.
9.24 Vingança. Como a ira de Deus Impõe Sua justiça (Rm 1:18), o pecado do assassínio dos inocentes filhos de Gideão não podia deixar de ser punido. A lei de Deus é: "Como Ele fez, assim lhe será feito" (Lv 24:19). Somente por Cristo, que pagou nossa culpa, escapamos à terrível vingança de Deus sobre nossos pecados (Rm 3:23-45).

9.26 Confiaram nele. O mal dos siquemitas era a facilidade com que se deixavam enganar. O único líder que merece toda a confiança é somente o Senhor Jesus Cristo.

9.27 Saíram ao campo. No fim do verão (nosso mês de outubro) se celebrava a grande Festa de Ano Novo entre os cananeus, e a Festa dos Tabernáculos entre os hebreus. Esta última, sob influência dos cananeus, substituiu a Páscoa, como a grande festividade popular, até às reformas realizadas por Ezequias e Josias (2Rs 23:12ss; 2Cr 30:0; 34:2). Gaal se apresenta como defensor da velha religião cananéia.

9.30 Zebul, governador do cidade. Abimeleque não fez de Siquém a sua capital, mas sim da cidade de Arumá (41), maior que a primeira; quem governava a Siquém era Zebul, seu delegado. Zebul, com suas forças armadas, serviu de "quinta coluna” contra os planos de Gaal.

9.36 Desce gente. A astúcia de Zebul é notável. O plano sugerido a Abimeleque (32, 33), suas palavras proferidas para acalmar a suspeita de Gaal e, finalmente, o desafio, "Sai, pois, e peleja contra ele" (38), diante do qual Gaal teria de lutar ou ficar inteiramente humilhado, revelavam a inteligência de Zebul.

9.37 Defronte de nós. Lit. "umbigo da terra". Deve ter sido um ponto destacado e bem conhecido. Carvalho dos Adivinhadores. Refere-se, provavelmente, à árvore, onde adivinhos cananeus ou israelitas apóstatas desenvolveram suas práticas de agouros.

9.42 Saiu o povo. Pressupõe que o assunto ficava encerrado depois da conquista de Gaal e suas forças, mas Abimeleque ainda quis reprimir ao povo de Siquém.

9.45 Semeou de sal. Era prática, na antigüidade, que assegurava a desocupação da área por muito tempo, sendo, por este rito, amaldiçoada e tornada improdutiva. Siquém só veio a ser edificada de novo, durante o reinado de Jeroboão, um século e meio mais tarde.

9.46 Templo de El-Berite. Deve ser o mesmo que a "casa de Baal-Berite" (4). Pode ser também sinônimo, de "Torre de Siquém". Torre, no original, só aparece, fora daqui, em1Sm 13:6. Talvez seja uma cova ou fenda coberta de telhado inflamável. Ao se queimarem as ramadas das árvores sobre a fortaleza (49), pereceram todos os que ali se refugiaram.

9.50 Tebes. Cidade cerca de 15 km ao nordeste de Siquém. Ainda que não encontramos declarada a sua participação na revolta contra Abimeleque, devemos chegar a tal conclusão.

9.51 Torre forte. O centro da defesa nas cidades da antigüidade era uma torre. Ainda que Abimeleque tomara a cidade, o povo todo se abrigara na torre, dentro da cidade. Novamente pensava em se utilizar do fogo para destruir (como fez em Siquém), porém não contou com a habilidade de certa mulher desconhecida, que atirou uma pedra de moinho sobre sua cabeça (conforme 4.21).

9.53 Pedra superior de moinho. Lit. "pedra a cavalgar", com cerca de 6 cm de grossura e 50 cm de diâmetro. Moer era tarefa das mulheres.

9.54 Mata-me. Uma desgraça que a todo custo se devia evitar seria a de morrer por mão de mulher (4.21n).

9.56 Deus. A mão de Deus tornou a maldição de Jotão (conforme v
20) uma realidade. O escritor inspirado não se preocupa com as causas secundárias, sendo que as primárias o finais são controladas por Deus.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Juízes Capítulo 9 do versículo 1 até o 57

2)
O período do “declínio”: de Abimeleque a Sansão (9.1—16.31)

Na parte final da carreira de Gideão, já percebemos claramente as sementes do declínio. Embora colocada no pano de fundo desde Abimeleque até o epílogo (cap. 17— 21), a questão da monarquia, em que o período dos juízes iria finalmente tropeçar, já foi introduzida de forma clara e problemática. A avaliação inicial é negativa, uma perspectiva que exige mudanças mais tarde. O que causa mais danos imediatos é a renovação do sincretismo religioso, dessa vez dentro da família de um dos libertadores. Se o herói cai nessa armadilha (8.27), o que será da massa inconstante? O terceiro fator do declínio é a presença contínua de forças não-israelitas, mas os verdadeiros problemas são internos. Em dias de vitalidade interna, o povo de Deus nunca precisa temer o inimigo externo; essa certamente é a lição dos “períodos de descanso” (Jz 3:7-7). v. 28. Sirvam aos homens de Hamor, o pai de Siquém: essa frase está sozinha como um imperativo no hebraico. Não há evidência a favor da BJ para a sugestão de que a família de Gideão serviu a Hamor. O apelo é para que sirvam à linhagem natural (representada por Gaal) em contraste com o meio-estrangeiro: Por que servir a Abimeleque? v. 29. e lhe diria\ seguindo a LXX. O hebraico “e ele disse” é improvável. Mobilize o seu exército', “junte os seus homens” (NEB) é preferível, v. 31. estão agitando [...] contra', heb. sãrtm é melhor entendido como “atiçando [...] contra” (NTLH). v. 35. estava à porta da cidade', na época da destruição de Siquém (c. 1200—1150 a.C.), somente o portão oriental estava em uso. Gaal devia estar olhando para o lado oposto às montanhas, v. 37. parte central do território'. NEB: “da cordilheira central”; lit. “umbigo”. Conforme BJ: “do Umbigo da Terra”. A AB apóia o monte Gerizim, o monte ao sul da cidade, um proeminente ponto de referência. A encosta do Gerizim hoje é irregular, rochosa e arborizada, fornecendo uma explicação plausível para o ardil da “sombra” de Zebul. companhia [...] carvalho dos Adivinhadores'. dificilmente o carvalho do v. 6, que ficava dentro da cidade. Essa quarta coluna aparentemente tinha cruzado o Gerizim em direção à atual Nablus e estava descendo a passagem vindo do oeste. v. 41. em Arumá: provavelmente Jebel al Urma, uma montanha do outro lado do vale a leste.

v. 42. No dia seguinte, não sabemos se Abimeleque estava ciente da pacificação da cidade empreendida por Zebul, ou se o ataque adicional era puramente punitivo. Com sua resposta mesquinha, Abimeleque perdeu a oportunidade de reconquistar a influência sobre a sua cidade principal, v. 44. avançaram até a porta da cidade, dessa vez, o objetivo do ataque era controlar a entrada da cidade, v. 45. destruiu a cidade-, estudos recentes estabelecem a data “do início à metade do século XII a.C.” (E. F. Campbell e J. F. Ross, BA 26 [1963], p. 17). A cidade não foi reconstruída até os dias de Jeroboão I (lRs

12.25). e espalhou sal sobre ela para produzir infertilidade. Isso possivelmente era um ritual. v. 46. torre de Siquém: “castelo” (NEB). V.comentário anterior, v. 48. monte Zalmom\ opiniões recentes apoiam o monte Ebal (R. J. Tournay, RB 66 [1959], p. 358-68 e AB, p. 181). Tournay contrasta o discurso de Jotão no monte Gerizim (o monte da bênção) com o ato final de Abimeleque no Ebal (o monte da maldição).

v. 50. Tebes\ antigamente se acreditava que era a atual Tubas, mas agora Tell el-Farah, a 10 quilômetros a nordeste de Siquém (LOB, p. 242-3), uma fortaleza cananéia da idade do bronze tardio naquela região, v. 53. uma pedra de moinho', uma pedra enorme levada para o telhado com esse propósito, v. 55. Quando os israelitas viram [...] voltaram para casa\ todo o incidente não deixou organização nem movimento. Gomo muitas vezes acontece na história, a morte de um homem-chave sinaliza a morte de sua causa. Embora chamados de israelitas, o grupo deve ter representado a população mista de cananeus, amorreus e israelitas das colinas do Norte.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Juízes Capítulo 3 do versículo 7 até o 31

B. Os Opressores e os Libertadores de Israel. 3 : 7 - 16: 31.

Depois de uma introdução geral que descreve a vida durante o período dos Juizes, temos uma série de episódios específicos. Em cada exemplo lemos sobre a idolatria de Israel, com seu castigo subseqüente.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Juízes Capítulo 9 do versículo 1 até o 57
Jz 9:4

A casa de Baal-Berite (4). O nome da divindade implica a existência duma confederação aliada à cidade. Descobriu-se há pouco tempo, em Siquém, um santuário dessa época. A casa de Milo (6), isto é, a "casa da fortaleza", talvez a mesma que a torre de Siquém (46). O carvalho ou terebinto era sem dúvida uma árvore sagrada (a do Gn 35:4?) associada a um bloco de pedra (o de Js 24:26?). Não era grande o reino de Abimeleque, pois não ia além do território da tribo ocidental de Manassés. No cume do Monte de Gerizim (7). O monte sagrado dos samaritanos (cfr. Jo 4:20 e segs.) ficava a ocidente da cidade. Foi neste monte, sobre um penhasco que dava para Siquém, que Jotão desabafou com os seus concidadãos. Foram uma vez as árvores a ungir para si um rei (8). Quanto a este gênero de parábolas, veja-se a do rei Joás em 2Rs 14:9. Repare-se que a parábola reflete uma opinião bem mesquinha acerca do valor de ser rei e de reinar. O espinheiro (15), que nada vale, pretende ser rei das árvores, mas, não pode dar-lhes proteção, e também arde com facilidade, o que levaria as outras à ruína. Árvores de maior utilidade não querem aceitar o trono (como fizera Gideão). Seja como for, trata-se duma parábola ou fábula antiquíssima, em forma rítmica, a mostrar o desprezo pela monarquia. Figueira (10). Árvore de fruto que abundava na Palestina. O meu mosto que alegra a Deus e aos homens (13), ou antes "aos deuses e aos homens": deu alegria aos deuses, porque lhes apraz as libações dos homens. Abimeleque, filho da sua serva (18). Jotão serve-se duma palavra que significa "escrava-concubina", como que a inferiorizá-la. Foi-se a Beer, e ali habitou (21). A palavra significa "poço" e, portanto, um nome muito vulgar. Quanto ao local, supõe-se ser El-Bireh entre Siquém e Jerusalém. E a todo aquele que passava pelo caminho junto a eles o assaltavam (25). É que deste modo impediam Abimeleque de receber os impostos dos mercadores que passassem pelo seu território. Gaal, filho de Ebede (26). Este oferece-se como guia aos cidadãos de Siquém contra Abimeleque e o seu governador Zebul. E saíram ao campo (27). Festa das colheitas e das vindimas equivalente à dos Tabernáculos dos israelitas. A circunstância foi aproveitada para cortar relações com Abimeleque. Não é porventura filho de Jerubaal? (28). O significado da segunda parte do versículo, com uma ligeira alteração, assim podia ser interpretado: "Não poderia o filho de Jerubaal e Zebul, seu mordomo, servir os homens de Hamor, pai de Siquém?". Não obstante o massacre relatado em Gn 34:25 e segs., os siquemitas não perderam o contato com Hamor, seu antepassado. O termo Hamor significa "jumento", talvez pelo fato de um desses animais ter sido sacrificado como elemento essencial no tratado de aliança entre os amorreus no século XVIII a.C., tratado esse comparável com o tratado federal de Siquém em nome de Baal-Berite. E enviou astutamente mensageiros a Abimeleque (31). Em vez de "astutamente" deve-se ler "em Arumá", onde parece que vivia Abimeleque, deixando Zebul em Siquém, como governador seu representante, o que possivelmente explica a hostilidade dos habitantes de Siquém contra Abimeleque. Puseram emboscadas a Siquém, com quatro bandos (34). Deste modo, o contingente que atuava na cidade sob as ordens de Zebul constituía uma verdadeira "quinta coluna". Eis ali desce gente (37). Melhor: "Eis que ao longe se divisa grande multidão de homens armados como que saindo do meio da terra, semelhantes a árvores". O "meio da terra" pode equivaler aos cumes dos montes (36), indicando provavelmente a maior elevação da região central de Canaã. O carvalho ou terebinto dos adivinhos (Meonenim) deve ser a árvore sagrada a que se aludiu no vers. 6. E Abimeleque ficou em Arumá (41). Sendo assim, a finalidade de Zebul era só continuar a obra da expulsão da Gaal. Assolou a cidade e a semeou de sal (45). Foi restaurada por Jeroboão I como sua primeira capital depois da dissolução da monarquia (1Rs 12:25).

>Jz 9:46

Os cidadãos da torre de Siquém (46). Era provavelmente a casa de Milo (6). Além de cidade murada, dispunha ainda Siquém duma importante torre de defesa. Em casa do deus Berite (46), ou "na cripta do templo de El-Berite" (4), talvez parte da casa de Milo. El, como título de divindade, encontrava-se largamente espalhado pela Palestina, noutros tempos, como o atestam documentos egípcios e fenícios. Em Siquém, El era invocado como patrono da união federal, depreendendo-se que assim fosse pelos epítetos El-Berite ("Deus da aliança") ou Baal-Berite ("Senhor da aliança"). Monte de Salmom (48). Cfr. Sl 68:14. O nome quer dizer "cheio de sombra", talvez derivado dos bosques que enchiam as suas vertentes.

>Jz 9:50

Então Abimeleque foi-se a Tebes (50). Julga-se ser a moderna Tubas, a cerca Dt 18:0, aludindo-se ao mesmo acontecimento, avisa-se qualquer pessoa a não chegar junto das muralhas duma fortaleza, e fala-se numa "pedra corredora" (em heb. pelah rekhebh). Desembainha a tua espada, e mata-me (54). Compare-se com a atitude tomada por Saul perante os filisteus (1Sm 31:4). Os homens de Israel (55). Os rebeldes eram provavelmente cananeus. Quanto aos israelitas, esses talvez suportassem Abimeleque por causa das suas relações com Gideão. Assim Deus fez tornar sobre Abimeleque o mal que tinha feito a seu pai (56). Como de costume, o autor termina com uma conclusão moral.


Dicionário

Cidadãos

-

Clamar

verbo transitivo direto e transitivo indireto Pedir insistentemente; rogar: os fiéis clamavam graças; clamavam aos santos por milagres.
Fazer exigências urgentes; instar: a multidão clamava por direitos trabalhistas.
verbo transitivo indireto e intransitivo Exclamar em voz alta; bradar: clamou que deixassem de brigar; o povo clamava por justiça.
Reclamar com convicção ou em voz alta; protestar: o réu clamou contra a pena.
Etimologia (origem da palavra clamar). Do latim clamare.

Clamar
1) Gritar (Gn 4:10)

2) Implorar (Sl 130:1). 3 Exigir (Is 59:4).

Cume

substantivo masculino Parte mais elevada, alta de; cimo, topo: o cume da montanha.
Figurado O mais alto grau; que chegou ao auge, apogeu: cume da fama.
Parte superior de; extremidade, topo.
Etimologia (origem da palavra cume). Do latim culmen.inis, "parte de cima".

Cume TOPO (Lc 4:29).

Deus

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Gerizim

Gerizim = Garizaim

Monte de 870 m de altura, situado a uns 3 km ao sul de Siquém. Nele se localizava o templo dos samaritanos, destruído em 128 a.C. por João Hircano. Ainda hoje, o local é considerado sagrado pelos samaritanos e a ele se referiu a samaritana cujo encontro com Jesus é descrito no capítulo 4 do evangelho de João (Jo 4:20).

E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.


Gerizim Monte de Samaria que fica defronte do monte Ebal. No monte Gerizim se recitavam as bênçãos da Lei (Dt 28:1-14), e ali os samaritanos construíram o seu templo (Jo 4:20-21).

Terra estéril. Um monte de 869metros acima do nível do mar, ao sul da entrada do vale de Siquém, defronte de Ebal: foi em Gerizim que foram pronunciadas as bênçãos e maldições, quando os israelitas entravam em Canaã (Dt 11:29 – 27.12 – Js 8:33) – e ali foi dita a parábola de Jotão aos homens de Siquém (Jz 9:7). Neste mesmo monte havia o templo samaritano (Jo 4:20), e ainda hoje lugar de culto. o nome atual é Jebel et-Tor.

Jotão

-

o Senhor é perfeito. 1. o filho mais novo de Gideão, que escapou da mortandade, operada por Abimeleque em ofra. Quando Abimeleque foi coroado rei, proferiu Jotão a famosa parábola das árvores que escolheram um rei, querendo desta forma dar um aviso aos homens de Siquém. Ele fugiu para Beer para salvar a sua vida, e com essa fugida acaba a sua história (Jz 9:5-57). 2. Filho de Azarias, rei de Judá. Jotão governou, como regente, durante vinte e cinco anos, por causa da doença de seu pai, que era leproso, subindo ao trono depois desse período de tempo. Foi rei e homem de retidão, embora não tivesse abolido os lugares altos da idolatria. Como os amonitas não quisessem pagar os tributos, que lhes foram lançados por seu pai, ele os obrigou a isso pela força das armas. o seu reinado foi próspero, mas já no seu fim a paz foi ameaçada pelo rei de Damasco e por Peca. Foi contemporâneo do profeta isaías (2 Rs 15 – 2 Cr 27). 3. Um descendente de Calebe (1 Cr 2.47).

(Heb. “o Senhor é perfeito”).


1. Filho do rei Uzias e sua esposa Jerusa. Tinha 25 anos de idade quando começou a reinar e governou de 740 a 736 a.C. (2Rs 15:33-2Cr 27:1). Seguiu o pai, ao fazer “o que era reto aos olhos do Senhor” (2Rs 15:34); mas, mesmo assim, não erradicou completamente o culto pagão realizado nos “lugares altos”. Talvez achasse que não seria bom politicamente acabar com a adoração pagã, tão popular entre o povo.

“Jotão se tornou poderoso, porque dirigiu os seus caminhos na presença do Senhor seu Deus” (2Cr 27:6); subjugou os amonitas e recebeu altas taxas e tributos deles durante os primeiros anos de seu reinado (v. 5). Governou em Jerusalém por 16 anos. Construiu um “portão superior” no Templo e várias defesas ao redor do reino (2Cr 27:3-4). Lamentavelmente, seu filho Acaz afastou-se do Senhor e seguiu as práticas dos reis de Israel. Assim como abençoara Jotão por sua obediência e fidelidade, da mesma maneira o Senhor castigou Acaz e todo o povo de Judá, por causa de seu pecado (2Cr 28; veja Is 7:1).

Os profetas Isaías, Miquéias e Oséias desenvolveram seus ministérios durante o reinado de Jotão (Is 1:1; Os 1:1; Mq 1:1). Foi ancestral de Jesus, mencionado na genealogia que demonstra sua linhagem real, em Mateus 1:9.


2. Filho de Jodai e descendente de Judá e de Calebe, mencionado em I Crônicas 2:47.


3. Filho mais novo de Jerubaal (Gideão), mencionado em Juízes 9:21. Foi o único que escapou do massacre da família praticado pelos homens de Siquém. Assim que Gideão morreu, os israelitas voltaram à prática da adoração a Baal e recusaram-se a demonstrar qualquer generosidade para com família dele e seus descendentes (Jz 8:34-35). Abimeleque, filho de Gideão com uma concubina, foi para Siquém e conseguiu apoio para si. Com o dinheiro que lhe deram, contratou um grupo de bandidos, os quais sob suas ordens mataram todos os filhos de seu pai. Jotão escapou e subiu ao monte Gerizim, próximo de Siquém, e de lá transmitiu uma parábola para os habitantes da cidade. A narrativa falava sobre várias árvores que queriam ungir um rei sobre elas; as árvores úteis, contudo, recusaram a honra. Finalmente, o espinheiro aceitou. Jotão relacionou Abimeleque com aquele espinheiro, a fim de claramente indicar que no futuro ele se tornaria uma maldição para os habitantes de Siquém. Abimeleque governou aquela cidade por três anos (Jz 9:22); depois, porém, “enviou Deus um espírito mau entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém, os quais procederam aleivo-samente contra Abimeleque, para que a violência praticada contra os setenta filhos de Jerubaal, como também o sangue deles, recaíssem sobre Abimeleque” (vv. 23,24). A parábola de Jotão se cumpriu. P.D.G.


Jotão [Javé É Justo]


1) Filho de Gideão, que condenou os habitantes de Siquém quando estes proclamaram a Abimeleque como seu rei (Jz 9).


2) Décimo primeiro rei de Judá, que reinou de 740 a 736 a.C., depois de seu pai Uzias. Os 16 anos de reinado mencionados em 2Rs 15:33 incluem o tempo em que Jotão foi regente (2Rs 15:5). Em seu tempo viveram os profetas Isaías (Is 1:1), Oséias (Os 1:1) e Miquéias (Mq 1:1).


Levantar

verbo transitivo direto e pronominal Pôr ao alto; erguer: levantar uma mesa; levantou-se do sofá.
verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Erguer do chão; dar mais altura a; apanhar, hastear: levantar uma casa, uma bandeira; levantou um muro na sala; o carro não se levanta sozinho!
verbo transitivo direto e intransitivo Aumentar a intensidade de; reforçar: levantou a voz; sua voz levantou.
verbo bitransitivo Levar na direção mais alta; elevar: levantar a cabeça para ver melhor.
verbo transitivo direto Expor como uma ideia; sugerir: levantar questões.
Espalhar em várias direções; dispersar: o carro levantou muita poeira.
Incentivar uma rebelião; revoltar: discursos inflamados levantaram o povo.
Reunir em grande quantidade; arrecadar: levantar recursos para a igreja.
Passar a possuir; receber: foi ao banco e levantou vultosa soma.
Dar por findo; encerrar: levantar a sessão.
Elogiar muito algo ou alguém; enaltecer: levantou seus feitos no livro.
Elevar-se nos ares (o avião); voar: levantar voo.
verbo intransitivo Deixar de chover: o tempo levantou.
verbo pronominal Pôr-se de pé; erguer-se; acordar: levanto-me cedo.
Voltar a ter boa saúde: levantei-me depois daquela doença.
Exaltar-se; manifestar-se: a opinião pública facilmente se levanta.
Levantar-se contra alguém; insultar: meu filho se levantou contra mim.
Erguer-se no horizonte: o Sol ainda não se levantou.
verbo transitivo direto predicativo Eleger uma pessoa em detrimento dos demais: Canudos levantou Antônio Conselheiro seu líder.
Etimologia (origem da palavra levantar). Do latim levantare, "erguer".

Monte

Monte Grande massa de terra que se eleva acima do terreno que está à sua volta. Os montes mencionados mais vezes nas Escrituras são os seguintes: ABARIM, ARARATE, BASÃ, CALVÁRIO ou Gólgota, CARMELO, EBAL, EFRAIM, GERIZIM, GILBOA, GILEADE, HERMOM, HOR, LÍBANOS, MORIÁ, NEBO, OLIVEIRAS, Perazim (Baal-Perazim), PISGA, SEIR, SIÃO, SINAI ou Horebe, TABOR. Outros montes: Efrom (Js 15:9), Halaque (Js 11:17, RA; RC, Calvo), Jearim (Js 15:10), Sefar (Gn 10:30), Salmom (Jz 9:48), Zemaraim (2Cr 13:4).

=======================

O MONTE

V. MONTE SIÃO (Ez 17:23).


substantivo masculino Relevo de importância muito variável: o monte Evereste eleva-se a 8.848.
substantivo masculino Forma estrutural de uma região, que corresponde à camada dura de um anticlinal.
Serra, cordilheira, montanha.
Terra alta com arvoredos, matos, pastos etc.
Figurado Quantidade de quaisquer coisas em forma de monte.
Grupo, ajuntamento.
Grande volume, grande quantidade.
O bolo ou resultado das entradas de cada parceiro de um jogo.
O total dos bens de uma herança.
Figurado A porção de bens móveis e imóveis que em um inventário cabe em partilha a cada herdeiro; quinhão, lote.
Jogo de azar em que o banqueiro coloca na mesa, tirando-as do baralho, quatro cartas para se apostar numas contra as outras, ganhando os parceiros que apostarem nas que primeiro saírem.
Monte de Vênus, proeminência arredondada na sínfise pubiana da mulher.
Monte de ouro, soma considerável de dinheiro.
Correr montes e vales, andar longamente, sem destino.

Pós

elemento de composição Elemento de composição de palavras (prefixo) que dá a ideia do que é posterior, do que ocorre após, no espaço e no tempo: pós-graduação, após a graduação.
Prefixo que atribui um juízo de valor negativo, desvalorizando o conceito ao qual está ligado: pós-verdade.
Etimologia (origem da palavra pós). Do latim post, depois.

elemento de composição Elemento de composição de palavras (prefixo) que dá a ideia do que é posterior, do que ocorre após, no espaço e no tempo: pós-graduação, após a graduação.
Prefixo que atribui um juízo de valor negativo, desvalorizando o conceito ao qual está ligado: pós-verdade.
Etimologia (origem da palavra pós). Do latim post, depois.

Siquém

ombro. 1. Cidade que ficava no vale entre Ebal e Gerizim, no espinhaço da Palestina, distante 64km de Jerusalém, no caminho para Nazaré (Gn 33:18) – também se chama Siquém (At 7:16). o nome de Neápolis (de onde ae deriva a moderna Nablus) lhe foi dado pelo imperador Vespasiano. Veio Abraão para este vale (Gn 12:6 e seg.) – e foi ali que ele teve a visão, na qual lhe foi prometida a terra em herança. Aqui também ele edificou um altar ao Senhor. Neste lugar comprou Jacó um campo, levantou um altar, e cavou um poço (Gn 33:18-20,34 – 35.4 – Jo 4:6). Por este mesmo sítio andou José procurando seus irmãos, tomando depois a direção de Dotã, para onde eles tinham passado (Gn 37:12 e seg.) – para ali foram levados os ossos de José, vindos do Egito, sendo sepultados na parte do terreno que Jacó tinha comprado (Js 24:32). Quando se tratou da divisão da terra coube Siquém a Efraim, embora estivesse perto de Manassés (Js 17:7). Passou depois para os levitas, fazendo-se dela uma cidade de refúgio (Js 20:7 – 21.21 – 1 Cr 6.67 – 7.28). Siquém foi teatro de uma notável reunião nacional, edificando Josué, nessa ocasião, um altar no monte Ebal que dominava o vale – e ali inscreveu em pedra as palavras da Lei, a qual ele então leu ao povo que estava em grande ajuntamento nas rampas opostas dos montes Ebal e Gerizim (Js 8:30-35). A partir deste tempo foi aquele sítio o ponto das grandes reuniões do povo israelita (Js 24:1-25 – 1 Rs 12. 1 – 2 Cr 10.1). Siquém era a terra natal de Abimeleque, e foi o lugar da sua insurreição, e da parábola de Jotão (Jz 8:31 -9). Abimeleque foi morto com uma pedra arremessada por uma mulher, depois de ele ter arrasado a povoação, e ter mandado cobrir de sal o seu sítio (Jz 9). Foi reedificada por Jeroboão (1 Rs 12.25). Jeremias diz-nos que alguns dos seus habitantes, que iam no seu caminho para Jerusalém, foram mortos por ismael (41.5,7). Foi em certo lugar, afastado cerca de 3km de Siquém, que Jesus esteve conversando com a mulher de Samaria (Jo 4:1-42). os discípulos, talvez, também exercessem aqui o seu ministério (At 8:25). (*veja Jacó (Poço de.) 2. Filho de Hamor, um heveu, sendo a principal autoridade de Siquém, quando Jacó ali chegou (Gn 33:19Js 24:32Jz 9:28). Pelo seu procedimento para com Diná (*veja a palavra) foi Siquém morto pelos irmãos dela, e a sua cidade assolada (Gn 34:2-26). 3. Filho de Gileade (Nm 26:31Js 17:2). 4. Filho de Siquém 3 (1 Cr 7.19).

(Heb. “ombro”).


1. Filho de Hamor, um heveu. Jacó comprou um lote de terra dos filhos de Hamor, onde erigiu um altar ao Senhor (Gn 33:19-20; Js 24:32; Jz 9:28). Tempos mais tarde, Siquém viu a filha de Jacó e Lia, chamada Diná, e apaixonou-se por ela. Ele a agarrou e forçou-a a ter relações sexuais com ele. Mais tarde, pediu ao pai que adquirisse aquela jovem para ser sua esposa (Gn 34:1-4). Quando os filhos de Jacó retornaram dos campos e souberam o que acontecera, ficaram furiosos e planejaram uma vingança (vv. 7,13). Fingiram concordar com o pedido de Siquém, o qual se dispunha a fazer qualquer coisa para casar-se com Diná (v. 11). Os filhos de Jacó exigiram que todos os moradores da cidade do sexo masculino se submetessem ao ritual da circuncisão; todos concordaram (vv. 18,24). “Três dias mais tarde, quando os homens estavam doridos, dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, entraram inesperadamente na cidade, e mataram a todos os homens” (v. 25).

Quando Jacó, já velho, abençoou seus filhos, lembrou desse evento de extrema violência, ira e vingança. Amaldiçoou a atitude dos dois filhos e profetizou que seriam divididos e espalhados em Israel (Gn 49:7). Na Bíblia, a vingança sempre pertence ao Senhor e nunca deve ser levada a cabo dessa maneira, qualquer que seja a circunstância. Os eventos mencionados concernentes a Hamor e Siquém anteciparam os problemas posteriores que os israelitas enfrentariam com os cananeus.


2. Descendente de José através de Manassés; foi fundador do clã dos siquenitas (Nm 26:31; Js 17:2). Provavelmente é o mesmo referido no item 3.


3. Um dos filhos de Semida, da tribo de Manassés, na qual foi líder (1Cr 7:19).

P.D.G.


Siquém [Ombro] -

1) Cidade, hoje chamada de Nablus, situada na SAMARIA 3, entre os montes Gerizim e Ebal, 64 km ao norte de Jerusalém (Gn 12:6); 33:18-20; (Js 24:32); Jz 9; (1Rs 12:25)

2) Heveu que violentou DINÁ (Gn 33:18—34:) 31).

Voz

substantivo feminino [Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe.
Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso.
[Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes.
[Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc.
Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos.
[Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão.
Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação.
Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto.
Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa.
Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado.
Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração.
Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva.
Gramática Expressão verbal; palavra.
[Zoologia] Som próprio de alguns animais.
Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando.
Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.

substantivo feminino [Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe.
Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso.
[Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes.
[Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc.
Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos.
[Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão.
Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação.
Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto.
Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa.
Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado.
Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração.
Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva.
Gramática Expressão verbal; palavra.
[Zoologia] Som próprio de alguns animais.
Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando.
Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.

voz s. f. 1. Produção de sons na laringe dos animais, especialmente na laringe humana, com auxílio do ar emitido pelos pulmões. 2. A faculdade de emitir esses sons. 3. A faculdade de falar. 4. Linguage.M 5. Grito, clamor. 6. Ordem dada em voz alta. 7. Boato, fama. 8. Palavra, dicção, frase. 9. Fon. Som que uma vogal representa na escrita. 10. Mús. Parte vocal de uma peça de música. 11. Mús. Nas fugas para piano e para órgão, cada uma das diferentes alturas em que o tema é desenvolvido. 12. Gra.M Aspecto ou forma com que um verbo indica a ação. 13. Opinião. 14. Sugestão íntima.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Juízes 9: 7 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E, quando disseram isto a Jotão, foi este e pôs-se no cume do monte de Gerizim, e levantou a sua voz, e clamou e disse-lhes: Dai-me ouvidos, cidadãos de Siquém, e Deus vos dará ouvidos.
Juízes 9: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1129 a.C.
H1167
baʻal
בַּעַל
proprietário, marido, senhor
(owned)
Substantivo
H1630
Gᵉrizîym
גְּרִזִים
uma montanha do norte de Israel, em Efraim, próxima a Siquém, da qual foram lidas as
(Gerizim)
Substantivo
H1980
hâlak
הָלַךְ
ir, andar, vir
(goes)
Verbo
H2022
har
הַר
as montanhas
(the mountains)
Substantivo
H3147
Yôwthâm
יֹותָם
filho do rei Uzias, de Judá, com Jerusa; rei de Judá por dezesseis anos e contemporâneo
(notwithstanding yet Jotham)
Substantivo
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H430
ʼĕlôhîym
אֱלֹהִים
Deus
(God)
Substantivo
H5046
nâgad
נָגַד
ser conspícuo, contar, tornar conhecido
(told)
Verbo
H5375
nâsâʼ
נָשָׂא
levantar, erguer, carregar, tomar
(to bear)
Verbo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5975
ʻâmad
עָמַד
ficou
(stood)
Verbo
H6963
qôwl
קֹול
a voz
(the voice)
Substantivo
H7121
qârâʼ
קָרָא
E liguei
(And called)
Verbo
H7218
rôʼsh
רֹאשׁ
cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
(heads)
Substantivo
H7927
Shᵉkem
שְׁכֶם
filho de Hamor, o principal dos heveus em Siquém no época da chegada de Jacó n. pr. l.
(of Sichem)
Substantivo
H8085
shâmaʻ
שָׁמַע
ouvir, escutar, obedecer
(And they heard)
Verbo


בַּעַל


(H1167)
baʻal (bah'-al)

01167 בעל ba al̀

procedente de 1166; DITAT - 262a; n m

  1. proprietário, marido, senhor
    1. proprietário
    2. um marido
    3. cidadãos, habitantes
    4. governantes, senhores
    5. (substantivo de relação usado para caracterizar - ie, mestre dos sonhos)
    6. senhor (usado para deuses estrangeiros)

גְּרִזִים


(H1630)
Gᵉrizîym (gher-ee-zeem')

01630 גרזים G eriziym̂

plural de um substantivo não utilizado procedente de 1629; n pr loc Gerizim = “cortes”

  1. uma montanha do norte de Israel, em Efraim, próxima a Siquém, da qual foram lidas as bênçãos para os israelitas ao entrarem em Canaã; local do templo samaritano construído depois do cativeiro

הָלַךְ


(H1980)
hâlak (haw-lak')

01980 הלך halak

ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

  1. ir, andar, vir
    1. (Qal)
      1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
      2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
    2. (Piel)
      1. andar
      2. andar (fig.)
    3. (Hitpael)
      1. percorrer
      2. andar ao redor
    4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

הַר


(H2022)
har (har)

02022 הר har

uma forma contrata de 2042, grego 717 Αρμαγεδων; DITAT - 517a; n m

  1. outeiro, montanha, território montanhoso, monte

יֹותָם


(H3147)
Yôwthâm (yo-thawm')

03147 יותם Yowtham

procedente de 3068 e 8535, grego 2488 Ιωαθαμ; n pr m

Jotão = “Javé é perfeito”

  1. filho do rei Uzias, de Judá, com Jerusa; rei de Judá por dezesseis anos e contemporâneo de Isaías e do rei Peca, de Israel
  2. filho de Jadai e um descendente de Calebe e Judá
  3. filho mais novo de Gideão que escapou do massacre dos seus irmãos

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

אֱלֹהִים


(H430)
ʼĕlôhîym (el-o-heem')

0430 אלהים ’elohiym

plural de 433; DITAT - 93c; n m p

  1. (plural)
    1. governantes, juízes
    2. seres divinos
    3. anjos
    4. deuses
  2. (plural intensivo - sentido singular)
    1. deus, deusa
    2. divino
    3. obras ou possessões especiais de Deus
    4. o (verdadeiro) Deus
    5. Deus

נָגַד


(H5046)
nâgad (naw-gad')

05046 נגד nagad

uma raiz primitiva; DITAT - 1289; v

  1. ser conspícuo, contar, tornar conhecido
    1. (Hifil) contar, declarar
      1. contar, anunciar, relatar
      2. declarar, tornar conhecido, expôr
      3. informar
      4. publicar, declarar, proclamar
      5. admitir, reconhecer, confessar
        1. mensageiro (particípio)
    2. (Hofal) ser informado, ser anunciado, ser relatado

נָשָׂא


(H5375)
nâsâʼ (naw-saw')

05375 נשא nasa’ ou נסה nacah (Sl 4:6)

uma raiz primitiva; DITAT - 1421; v

  1. levantar, erguer, carregar, tomar
    1. (Qal)
      1. levantar, erguer
      2. levar, carregar, suportar, sustentar, agüentar
      3. tomar, levar embora, carregar embora, perdoar
    2. (Nifal)
      1. ser levantado, ser exaltado
      2. levantar-se, erguer-se
      3. ser levado, ser carregado
      4. ser levado embora, ser carregado, ser arrastado
    3. (Piel)
      1. levantar, exaltar, suportar, ajudar, auxiliar
      2. desejar, anelar (fig.)
      3. carregar, suportar continuamente
      4. tomar, levar embora
    4. (Hitpael) levantar-se, exaltar-se
    5. (Hifil)
      1. fazer carregar (iniqüidade)
      2. fazer trazer, ter trazido

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עָמַד


(H5975)
ʻâmad (aw-mad')

05975 עמד ̀amad

uma raiz primitiva; DITAT - 1637; v

  1. estar de pé, permanecer, resistir, tomar o lugar de alguém
    1. (Qal)
      1. ficar de pé, tomar o lugar de alguém, estar em atitude de permanência, manter-se, tomar posição, apresentar-se, atender, ser ou tornar-se servo de
      2. permanecer parado, parar (de mover ou agir), cessar
      3. demorar, atrasar, permanecer, continuar, morar, resistir, persistir, estar firme
      4. tomar posição, manter a posição de alguém
      5. manter-se de pé, permanecer de pé, ficar de pé, levantar-se, estar ereto, estar de pé
      6. surgir, aparecer, entrar em cena, mostrar-se, erguer-se contra
      7. permanecer com, tomar a posição de alguém, ser designado, tornar-se liso, tornar-se insípido
    2. (Hifil)
      1. posicionar, estabelecer
      2. fazer permanecer firme, manter
      3. levar a ficar de pé, fazer estabelecer-se, erigir
      4. apresentar (alguém) diante (do rei)
      5. designar, ordenar, estabelecer
    3. (Hofal) ser apresentado, ser levado a ficar de pé, ser colocado diante

קֹול


(H6963)
qôwl (kole)

06963 קול qowl ou קל qol

procedente de uma raiz não utilizada significando chamar em voz alta; DITAT - 1998a,2028b; n. m.

  1. voz, som, ruído
    1. voz
    2. som (de instrumento)
  2. leveza, frivolidade

קָרָא


(H7121)
qârâʼ (kaw-raw')

07121 קרא qara’

uma raiz primitiva [idêntica a 7122 com a idéia de dirigir-se a uma pessoa ao encontrála]; DITAT - 2063; v.

  1. chamar, clamar, recitar, ler, gritar, proclamar
    1. (Qal)
      1. chamar, gritar, emitir um som alto
      2. chamar, gritar (por socorro), invocar (o nome de Deus)
      3. proclamar
      4. ler em voz alta, ler (para si mesmo), ler
      5. convocar, convidar, requerer, chamar e encarregar, designar, chamar e dotar
      6. chamar, nomear, colocar nome em, chamar por
    2. (Nifal)
      1. chamar-se
      2. ser chamado, ser proclamado, ser lido em voz alta, ser convocado, ser nomeado
    3. (Pual) ser chamado, ser nomeado, ser evocado, ser escolhido

רֹאשׁ


(H7218)
rôʼsh (roshe)

07218 ראש ro’sh

procedente de uma raiz não utilizada aparentemente significando sacudir; DITAT - 2097; n. m.

  1. cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
    1. cabeça (de homem, de animais)
    2. topo, cume (referindo-se à montanha)
    3. altura (referindo-se às estrelas)
    4. líder, cabeça (referindo-se a homem, cidade, nação, lugar, família, sacerdote)
    5. cabeça, fronte, vanguarda, começo
    6. o principal, selecionado, o melhor
    7. cabeça, divisão de exército, companhia, grupo
    8. soma

שְׁכֶם


(H7927)
Shᵉkem (shek-em')

07927 שכם Sh ekem̂

o mesmo que 7926, grego 4966 συχεμ; DITAT - 2386b Siquém = “costas” ou “ombro” n. pr. m.

  1. filho de Hamor, o principal dos heveus em Siquém no época da chegada de Jacó n. pr. l.
  2. uma cidade em Manassés; localizada em um vale entre o monte Ebal e monte Gerizim,

    54 km (34 milhas) ao norte de Jerusalém e 10,5 km (7 milhas) a sudeste de Samaria


שָׁמַע


(H8085)
shâmaʻ (shaw-mah')

08085 שמע shama ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 2412, 2412a v.

  1. ouvir, escutar, obedecer
    1. (Qal)
      1. ouvir (perceber pelo ouvido)
      2. ouvir a respeito de
      3. ouvir (ter a faculdade da audição)
      4. ouvir com atenção ou interesse, escutar a
      5. compreender (uma língua)
      6. ouvir (referindo-se a casos judiciais)
      7. ouvir, dar atenção
        1. consentir, concordar
        2. atender solicitação
      8. escutar a, conceder a
      9. obedecer, ser obediente
    2. (Nifal)
      1. ser ouvido (referindo-se a voz ou som)
      2. ter ouvido a respeito de
      3. ser considerado, ser obedecido
    3. (Piel) fazer ouvir, chamar para ouvir, convocar
    4. (Hifil)
      1. fazer ouvir, contar, proclamar, emitir um som
      2. soar alto (termo musical)
      3. fazer proclamação, convocar
      4. levar a ser ouvido n. m.
  2. som