Enciclopédia de Isaías 9:6-6

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

is 9: 6

Versão Versículo
ARA Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;
ARC Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz.
TB Porque a nós nos é nascido um menino, e a nós nos é dado um filho; o governo está sobre os seus ombros, e ele tem por nome Maravilhoso, Conselheiro, Poderoso Deus, Eterno Pai, Príncipe da Paz.
HSB כִּי־ יֶ֣לֶד יֻלַּד־ לָ֗נוּ בֵּ֚ן נִתַּן־ לָ֔נוּ וַתְּהִ֥י הַמִּשְׂרָ֖ה עַל־ שִׁכְמ֑וֹ וַיִּקְרָ֨א שְׁמ֜וֹ פֶּ֠לֶא יוֹעֵץ֙ אֵ֣ל גִּבּ֔וֹר אֲבִיעַ֖ד שַׂר־ שָׁלֽוֹם׃
BKJ Porque para nós um menino é nascido, para nós um filho é dado. E o governo estará sobre seu ombro, e seu nome será chamado Maravilhoso, Conselheiro, O poderoso Deus, O Pai eterno, O Príncipe de Paz.
LTT Porque um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu, e o principado está sobre os Seus ombros, e se chamará o Seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, o Deus Forte, o Pai Eterno, o Príncipe da Paz.
BJ2 para que se multiplique o poder, assegurando o estabelecimento de uma paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, firmando-o, consolidando-o sobre o direito e sobre a justiça. Desde agora e para sempre, o zelo de Iahweh dos Exércitos fará isto.[r]
VULG Parvulus enim natus est nobis, et filius datus est nobis, et factus est principatus super humerum ejus : et vocabitur nomen ejus, Admirabilis, Consiliarius, Deus, Fortis, Pater futuri sæculi, Princeps pacis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 9:6

Deuteronômio 10:17 Pois o Senhor, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas;
Juízes 13:18 E o Anjo do Senhor lhe disse: Por que perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso?
Neemias 9:32 Agora, pois, ó Deus nosso, ó Deus grande, poderoso e terrível, que guardas o concerto e a beneficência, não tenhas em pouca conta toda a aflição que nos alcançou a nós, e aos nossos reis, e aos nossos príncipes, e aos nossos sacerdotes, e aos nossos profetas, e aos nossos pais, e a todo o teu povo, desde os dias dos reis da Assíria até ao dia de hoje.
Salmos 2:6 Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.
Salmos 45:3 Cinge a tua espada à coxa, ó valente, com a tua glória e a tua majestade.
Salmos 45:6 O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade.
Salmos 50:1 O Deus poderoso, o Senhor, falou e chamou a terra desde o nascimento do sol até ao seu ocaso.
Salmos 72:3 Os montes trarão paz ao povo, e os outeiros, justiça.
Salmos 72:7 Nos seus dias florescerá o justo, e abundância de paz haverá enquanto durar a lua.
Salmos 72:17 O seu nome permanecerá eternamente; o seu nome se irá propagando de pais a filhos, enquanto o sol durar; e os homens serão abençoados nele; todas as nações lhe chamarão bem-aventurado.
Salmos 85:10 A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.
Salmos 110:1 Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.
Provérbios 8:23 Desde a eternidade, fui ungida; desde o princípio, antes do começo da terra.
Isaías 7:14 Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.
Isaías 8:18 Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor, como sinais e maravilhas em Israel da parte do Senhor dos Exércitos, que habita no monte de Sião.
Isaías 10:21 Os resíduos se converterão, sim, os resíduos de Jacó, ao Deus forte.
Isaías 11:1 Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará.
Isaías 11:6 E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão, e a nédia ovelha viverão juntos, e um menino pequeno os guiará.
Isaías 22:21 E revesti-lo-ei da tua túnica, e esforçá-lo-ei com o teu talabarte, e entregarei nas suas mãos o teu domínio, e ele será como pai para os moradores de Jerusalém e para a casa de Judá.
Isaías 26:3 Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti.
Isaías 26:12 Senhor, tu nos darás a paz, porque tu és o que fizeste em nós todas as nossas obras.
Isaías 28:29 Até isto procede do Senhor dos Exércitos, porque é maravilhoso em conselho e grande em obra.
Isaías 45:24 De mim se dirá: Deveras no Senhor há justiça e força; até ele virão, mas serão envergonhados todos os que se irritarem contra ele.
Isaías 53:2 Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.
Isaías 53:5 Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.
Isaías 53:10 Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias, e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
Isaías 63:16 Mas tu és nosso Pai, ainda que Abraão nos não conhece, e Israel não nos reconhece. Tu, ó Senhor, és nosso Pai; nosso Redentor desde a antiguidade é o teu nome.
Isaías 66:12 Porque assim diz o Senhor: Eis que estenderei sobre ela a paz, como um rio, e a glória das nações, como um ribeiro que trasborda; então, mamareis, ao colo vos trarão e sobre os joelhos vos afagarão.
Jeremias 23:5 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra.
Jeremias 31:22 Até quando andarás errante, ó filha rebelde? Porque o Senhor criou uma coisa nova na terra: uma mulher cercará um varão.
Daniel 9:24 Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos.
Miquéias 5:4 E ele permanecerá e apascentará o povo na força do Senhor, na excelência do nome do Senhor, seu Deus; e eles permanecerão, porque agora será ele engrandecido até aos fins da terra.
Zacarias 6:12 E fala-lhe, dizendo: Assim fala e diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar e edificará o templo do Senhor.
Zacarias 9:9 Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta.
Mateus 1:23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel. (Emanuel traduzido é: Deus conosco).
Mateus 11:27 Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Mateus 28:18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
Lucas 1:35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.
Lucas 2:11 pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
Lucas 2:14 Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!
Lucas 21:15 porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se vos opuserem.
João 1:1 No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
João 1:14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João 1:16 E todos nós recebemos também da sua plenitude, com graça sobre graça.
João 3:16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
João 14:27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
Atos 10:36 A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos),
Atos 20:28 Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.
Romanos 5:1 Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo;
Romanos 8:32 Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?
Romanos 9:5 dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!
I Coríntios 1:30 Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção;
I Coríntios 15:25 Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés.
II Coríntios 5:19 isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação.
Efésios 1:21 acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro.
Efésios 2:14 Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio,
Colossenses 1:20 e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus.
Colossenses 2:3 em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.
I Timóteo 3:16 E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória.
Tito 2:13 aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo,
Hebreus 1:8 Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.
Hebreus 2:13 E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a mim e aos filhos que Deus me deu.
Hebreus 7:2 a quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça e depois também rei de Salém, que é rei de paz;
Hebreus 13:20 Ora, o Deus de paz, que pelo sangue do concerto eterno tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande Pastor das ovelhas,
I João 4:10 Nisto está 4o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.
I João 5:20 E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
Apocalipse 19:16 E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS CONQUISTAS DE DAVI

1010-970 a.C.
DAVI UNGIDO REI DE JUDÁ
Davi ficou arrasado com a notícia da morte do rei Saul e de seu filho Jônatas no monte Gilboa. Quando um amalequita he contou como havia ajudado o rei Saul a cometer suicídio, Davi ordenou. sua execução. Desse modo, deixou claro que não sentiu nenhuma satisfação com a morte de Saul e que considerou o amalequita responsável pelo assassinato do ungido do Senhor. Em seguida, Davi se dirigiu a Hebrom, onde foi ungido rei de Judá. Ele tinha trinta anos de idade. Em Hebrom, Davi reinou sobre Judá por sete anos e meio.

ISBOSETE É COROADO REI DE ISRAEL
Ao invés de reconhecer Davi, Abner, o comandante do exército de Saul, colocou o único filho sobrevivente de Saul no trono de Israel. (Israel, neste caso, é o território ocupado pelas tribos do norte e por Benjamim. Porém, tendo em vista a vitória dos filisteus, é difícil dizer ao certo quanto desse território estava sob controle israelita.) Em II Samuel, esse filho de Saul é chamado de Isbosete, que significa "homem de vergonha", um nome nada apropriado para um rei. Em 1Crônicas 8.33 aparece seu nome verdadeiro, Esbaal, "homem de Baal", que foi alterado pelos escribas de Samuel. Diz-se que o reinado de Isbosete durou dois anos, durante os quais houve conflitos entre os seus homens e os de Davi. Quando Abner desertou para o lado de Davi, o poder de Isbosete se enfraqueceu e o rei de Israel foi assassinado por dois dos seus oficiais. Mais uma vez, desejoso de se eximir de qualquer cumplicidade, Davi mandou executar os assassinos. As tribos do norte foram a Hebrom e ali ungiram Davi como rei sobre todo o Israel.

DAVI TRATA DA AMEAÇA FILISTÉIA
A existência dos governos rivais de Isbosete e Davi era conveniente aos interesses dos filisteus, ao passo que o poder centralizado em Davi representava uma ameaça mais séria. Assim, um exército filisteu se reuniu no vale de Refaim, perto de Jerusalém, que era ainda um encrave jebuseu e, portanto, sob controle dos cananeus. objetivo era isolar Davi de seus novos aliados do norte em seu ponto mais vulnerável. Davi derrotou os filisteus nesse local não apenas uma, mas duas vezes. Depois da segunda vitória, feriu os filisteus desde Gibeão até Gezer, pondo fim ao seu domínio sobre Israel.

DAVI CONQUISTA JERUSALÉM
O encrave jebuseu chamado posteriormente Jerusalém dividia o território de Davi em duas partes: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Cercada por vales profundos de três lados e provida de boas fontes de água, a cidade contava com um grande potencial defensivo, daí não ter sido conquistada pelos israelitas até então. Tendo em vista sua localização central, também seria uma excelente capital para Davi, aceitável tanto para Israel quanto para Judá.
Davi tomou Jerusalém usando seu exército pessoal, mas o relato bíblico não fornece detalhes.
A referência a um canal subterrâneo sugere que Davi conhecia um túnel secreto, talvez aquele que liga a fonte de Giom, do lado de fora das muralhas, ao interior da cidade.' Davi se mudou para Jerusalém e, como o nome "Cidade de Davi" deixa claro, a cidade passou a ser considerada sua propriedade pessoal.

A ARCA DA ALIANÇA CHEGA EM JERUSALÉM
Depois de capturarem a arca da aliança, os filisteus a haviam levado para as cidades filistéias de Asdode, Gate e Ecrom. Quando a população de Asdode foi afligida com tumores, a arca foi enviada a Bete-Semes, em território israelita, num carro puxado por duas vacas e sem nenhum condutor. De lá, foi transportada para Quiriate- Jcarim. Davi decidiu levar a arca para Jerusalém. Na primeira tentativa, Uzá foi morto quando estendeu a mão para segurar a arca. A segunda tentativa foi bem sucedida e cercada de festividades ao som de harpas, liras, adutes, sistros e cimbalos; Davi dançou com todas as suas forças. Uma tenda foi levantada para receber a arca e foram nomeados sacerdotes para realizar os sacrifícios exigidos pela lei. Assim, Jerusalém se tornou não apenas a capital política do reino de Davi, mas também o seu centro religioso, apesar do Senhor ter revelado por meio do profeta Natâ que não caberia a Davi, mas sim a um de seus filhos, construir um templo permanente para abrigar a arca.

AS GUERRAS DE DAVI
Davi realizou uma série de campanhas militares agressivas contra as nações vizinhas. É difícil determinar a seqüência cronológica exata de suas batalhas, mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável. Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Ama), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. loabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helà (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com Bate-Seba e ordenou que seu marido, o heteu Urias, fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natâ. Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi. Davi derrotou os moabitas, poupando um terço deles e matando os outros dois terços. Davi talvez, mais precisamente, Joabe e Abisai matou dezoito mil edomitas no vale do Sal, na Arabâ, ao sul do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom. Em seguida, o rei de Israel voltou sua atenção para Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el- Arish) até perto do rio Eufrates.

ISRAEL ACUMULA RIQUEZAS
Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toí, o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também Tiro, considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém.

As conquistas de Davi
Depois de subir ao trono, Davi realizou varias campanhas de conquista de território estrangeiro e levou a arca da aliança para Jerusalém, a nova capital do seu reino.
As conquistas de Davi
As conquistas de Davi
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

A mensagem da Bíblia

Adão e Eva no jardim do Éden com uma serpente

Depois de 4026 a.C.

“A serpente” questiona o direito e o modo de Jeová governar. Jeová promete produzir um “descendente”, ou “semente”, que por fim esmagará a serpente, Satanás. (Gênesis 3:1-5, 15, nota) Mas Jeová concede tempo para os humanos governarem a si mesmos sob a influência da serpente.

Abraão ouve a promessa de Deus

1943 a.C.

Jeová revela a Abraão que o “descendente” prometido virá da sua linhagem. — Gênesis 22:18.

o Rei Davi

Depois de 1070 a.C.

Jeová garante ao rei Davi, e mais tarde a seu filho Salomão, que o “descendente” prometido virá da sua linhagem. — 2 Samuel 7:12, 16; 1 Reis 9:3-5; Isaías 9:6, 7.

Jesus depois de seu batismo

29 d.C.

Jeová identifica Jesus como o “descendente” prometido e Herdeiro do trono de Davi. — Gálatas 3:16; Lucas 1:31-33; 3:21, 22.

Jesus morrendo

33 d.C.

A serpente, Satanás, fere o “descendente” prometido ao causar a morte de Jesus. Jeová ressuscita Jesus para a vida no céu e aceita o valor sacrificial de sua vida perfeita, fornecendo a base para o perdão de pecados e para a vida eterna aos descendentes de Adão. — Gênesis 3:15; Atos 2:32-36; 1 Coríntios 15:21-22.

A serpente, Satanás, sendo lançado para a Terra como prometido em Apocalipse

1914 d.C. ou um pouco depois

Jesus lança a serpente, Satanás, do céu para a Terra, restringindo-o à Terra por “pouco tempo”. — Apocalipse 12:7-9, 12.

Jesus governando a Terra de seu trono celestial como prometido em Apocalipse

Futuro

Jesus aprisiona Satanás por mil anos e então o destrói, simbolicamente esmagando a cabeça dele. O propósito original de Jeová para a Terra e a humanidade se cumpre, seu nome é santificado e seu modo de governar é vindicado. — Apocalipse 20:1-3, 10; 21:3, 4.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

is 9:6
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 22:41-46


41. Estando reunidos os fariseus, perguntou-lhes Jesus,

42. dizendo: "Que vos parece a respeito do Cristo? De quem é filho"? Disseramlhe: De David.

43. Disse-lhes: "como então David, em espírito, chamouo Senhor, dizendo:

44. Disse o Senhor à meu Senhor, senta à minha direita, até que ponha teus inimigos sob teus pés?

45. Se, pois, David chama-o Senhor, como é filho dele"?

46. E ninguém pode responderlhe uma palavra, nem ninguém ousou mais interrogálo desde esse dia.

Mc 12:35-37


35. E respondendo, Jesus disse, ao ensinar no templo: "Como dizem os escribas que o Cristo é filho de David?

36. O próprio David falou no espírito, o Santo: Disse o Senhor ao meu Senhor, senta à minha direita, até que ponha teus inimigos sob teus pés.

37. O próprio David di-lo Senhor, donde pois, é filho, dele"? Grande multidão ouvia-o com satisfação.

34b E ninguém ousava mais interrogá-lo.


Lc 20:41-44


41. Disse-lhes: "Como dizem ser o Cristo filho de David?

42. Pois o próprio David, no livro dos Salmos, diz: Disse o Senhor ao meu Senhor, senta à minha direita,

43. até que ponha teus inimigos escabelo de teus pés.

44. David, pois, chama-o Senhor como então é filho dele"?

40. E não ousavam mais perguntarlhe nada.



Depois de ter sido posto à prova, como se tivesse sido "examinado" a respeito de Seus conhecimentos, tendo-Se saído bem de todos os quesitos que Lhe foram propostos, volta-se agora o Mestre e lança uma só pergunta, dirigida ao grupo de fariseus ali na expectativa. E de tal sutileza foi, que nada puderam responder, nem mesmo conseguiram sair do embaraço com um sofisma! Só o silêncio. Emudeceram.


E depois disso, "ninguém ousou mais fazer-lhe perguntas": o Mestre estava muito acima de todos eles, reconheciam-no, e nada adiantava terçar armas de inteligência e de conhecimento. Só poderiam vencê-lo, como queriam, com as armas da violência. E, como todos os involuídos do Antissistema, apelaram para a violência, cuidando destruí-Lo, sem sequer desconfiar que essa mesma violência por eles praticada representava um imperativo histórico, e provocou para Ele a conquista de mais um passo evolutivo e a vitória total sobre a "morte".


Isso ocorre com frequência entre as criaturas do pólo negativo: pensando que destroem, provocam evolução; crendo deter, impulsionam maior velocidade; julgando que derrubam, elevam; pretendendo matar, dão vida mais abundante.


Jesus pede as opiniões deles a respeito do Cristo (no sentido de "messias"). "De quem é filho"? A resposta poderia ter sido dada por qualquer pessoa, qualquer criança israelita: filho de David. A referência é dos protetas: IS 11:1; JR 23:5; JR 30:9; JR 33:15; Ez. 34:23; 37:24; Os. 3:5; Amós, 9:11.


Isaías o diz "saído do tronco de Jessé" (l. c.) ; denomina-o Immanu-ei" ("Deus conosco"); e qualifica-o de "maravilhoso conselheiro, poderoso Deus, eterno pai, príncipe da paz" (IS 9:6), que os LXX traduzem como "Anjo do Grande Conselho". Miquéias (Miquéias 5:2) diz que "as saídas do messias são desde os tempos antigos, desde a eternidade", e Daniel afirma que o Filho do Homem tem origem celestial e se apresenta diante do "Ancião dos Dias" (DN 7:13). Também os apócrifos dizem o mesmo (cfr. 4. º Esdras e Henoch, 37:71).

A exegese bíblica era o "forte" dos fariseus e escribas. Todos os textos eram estudados e perquiridos (embora, na prática, apenas intelectualmente), mas muitos trechos resultavam obscuros, inexplicáveis, incompreendidos. É um desses trechos que Jesus sorteia como ponto de exame, embora sabendo que todos eles "cristalizariam" diante do enunciado da pergunta.


O Salmo (110:1) é citado pelo texto dos LXX: "disse o Senhor ao meu Senhor", pois o texto hebraico massorético está: "disse YHWH ao meu Senhor".


E a pergunta sibilina: se é filho dele, como o chama Senhor?


Os comentaristas das teologias ortodoxas escapam da dificuldade dizendo simplesmente que em Jesus há duas naturezas, a humana, descendente de David, e a divina, como segunda pessoa da Trindade.


Entreviram a realidade, mas não na compreenderam in toto, por faltar-lhes dados concretos de um conhecimento que foi perdido através das gerações, que se voltaram para as exterioridades, perdendo contato com as liçôes-mestras das iniciações antigas.


Provém a confusão da má interpretação dos textos escriturísticos, tomados à letra e moldados segundo teorias prefabricadas, ao invés de serem olhados no sentido em que foram escritos. Daí confundirse causa com efeito, atribuindo ao Cristo o segundo lugar ao invés do terceiro, na expressão da Divindade, esquecendo-se, ao mesmo tempo, a imanência, e só se considerando a transcendência. Daí o conceito distorcido e o privilégio incompreensível, da Divindade imanente só em Jesus, ao passo que em todas as outras criaturas estava imanente o Diabo, de cujas mãos o messias teria vindo arrancar a humanidade...


Essa concepção teológica, basicamente distorcida, foi causa de muitos outros erros consequentes.


Voltando, porém, ao verdadeiro conceito da Trindade considerada em Seus três ASPECTOS (não trê "pessoas" - embora nos primeiros tempos, a palavra "pessoa" em latim e "prósôpon" em grego, significassem realmente "aspectos", "aparências"), e colocando a sequência na ordem certa: (1) Espírito Santo; (2) Palavra Criadora, Som; (3) Cristo (Filho Unigênito), como representação de tudo o que existe espiritual e material (efeito do SOM que é a causa, e resultado da condensação da LUZ e do SOM incriados) - tudo se esclarece e explica com lógica irrespondível, de acordo com a verdade (isto é, com a verdade que pode ser atingida por nós atualmente, da mesma forma que a explicação dada e que criticamos, era a única verdade possível de ser captada pela evolução dos estudiosos daquela época).


Atualmente, pelo contato refeito com as doutrinas iniciáticas antigas (sobretudo através do Espiritismo, da Rosacruz e da Teosofia) torna-se clara e evidente a pergunta de Jesus, que distingue categoricamente o CRISTO, de JESUS (como o fará mais taxativamente ainda no próximo capitulo MT 23:10). Baseado na ignorância dos fariseus e escribas não iniciados, coloca-os diante de uma pergunta que jamais poderiam responder.


Hoje é compreensível o ensino, pois já foi revelado, não obstante possibilite, ainda, duas interpretações:

I - CRISTO CÓSMICO


A LUZ (Espírito-Santo), baixando Sua vibração, produz o SOM (Logos, Verbo, Palavra) que, como PAI, gera as vibrações perceptíveis do CRISTO CÓSMICO (filho realmente UNIGENITO) que dá origem a tudo ("todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada foi feito", JO 1:3) e sustenta tudo, porque está imanente, dentro de tudo: "O Verbo (Pai) se fez (transformou-Se em) carne (matéria) e construiu seu tabernáculo dentro de nós" (JO 1:14).


Esse Cristo Cósmico, portanto, o terceiro aspecto que a Trindade assume, está DENTRO DE TUDO, e nós O denominamos didaticamente, o Cristo INTERNO, a Centelha Divina, o Átomo Monádico, etc.


Em nós outros, a personagem é demais grosseira e O oculta totalmente, sendo Ele como uma lâmpada acesa dentro de um revestimento de barro opaco e rude. Em Jesus, ser humano evoluidíssimo, o revestimento da personagem estava purificado: é como uma cobertura de cristal puríssimo, que deixa ver a lâmpada acesa em seu interior. Por isso, olhando para Jesus, vemos nele O Cristo em todo o Seu esplendor. Essa visão começou a dar-se quando, em profundo ato de humildade, Ele aniquilou a sua personalidade, ao submeter-se ao mergulho diante de João Batista, seu inferior hierárquico. Foi a última renúncia de Jesus, ao seu eu menor personalístico, anulado daí em diante. Por isso, Ele passou a denominar-se, com justiça, JESUS, O CRISTO.


Daí dizermos que os cristãos das religiões ortodoxas não deixam de ter sua razão, quando afirmam que em Jesus havia duas naturezas: a humana (Jesus) e a divina (o Cristo). Só que eles limitam a Jesus esse que lhes parece um "privilégio", quando, ao invés, isso deverá ocorrer com todos os seres.


II - CRISTO-MAYTREA


A segunda interpretação prende-se à Fraternidade Branca - a Hierarquia que se manifesta em Shamballa - e que está, no planeta Terra, como representante da Verdadeira Fraternidade Branca Suprema, existente num planeta da constelação de Sírius, constelação que é o núcleo central da molécula de nosso Universo, molécula denominada pelos cientistas de Galáxia, da qual nosso Sistema Solar é simples átomo.


Anteriormente, o Cristo Cósmico se tornou visível em outro ser humano, cujo nome é Maytréa, e por isso também Ele é denominado Maytréa o Cristo.


No Supremo Conselho da Fraternidade Branca de Shamballa, sob a chefia de Sanat Kumara (que a Bíblia denomina Melquisedek ou o Ancião dos Dias - e em Hebreus (Hebreus 5:6) é dito claramente que Jesus era "sacerdote da Ordern de Melquisedek, e por meio da 5. ª iniciação, na cruz, se tornou sumosacerdote dessa ordem (HB 5:10 e HB 6:20 -) existe uma Hierarquia de Seres que dirigem a evolução do Planeta. Vamos tentar esclarecer, dentro de nossas parcas possibilidades.


O Apocalipse de João, em seu cap. 4. º, descreve a visão que ele teve da sede dessa Fraternidade Branca no mundo espiritual (Shamballa). Aí viu um trono, "no qual estava sentado UM", e ao lado desse trono outros vinte e quatro, onde se achavam outros tantos anciãos de vestes brancas, coroados de ouro: é o que conhecemos como o "Grande Conselho de Shamballa".


Diante do trono havia "sete Tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus", assim representados os chefes dos sete Raios; e ainda em redor do trono "quatro Seres viventes", simbolizando os denominados três Buddhas ("iluminados") mais o Cristo-Maytréa.


Representante dos sete Espíritos de Deus (cfr. cap. 5), e englobando em si a força deles (sete chifres) e o conhecimento deles (sete olhos), um dos sete sacrificou-se, encarnando na Terra com o nome Jesus, e por seu sacrifício de amor foi comparado a um Cordeiro que, ao regressar, recebeu as homenagens de todos e a glorificação merecida.


O "UM", sentado no trono, é, exatamente, o "Ancião dos Dias" ou Melquisedek (Sanat-Kurnara) a Quem Jesus denomina "O Pai", afirmando ser "UM com Ele".


Segundo essa teoria, alguns místicos - embora aceitando como legítima a primeira tese que expusemos - atribuem a classificação de "Cristo" a um lato diferente. Ou seja, durante o ministério de Jesus encarnado no planeta, e a partir do mergulho diante de João Batista, o Cristo-Maytréa uniu-se a Ele, e os dois trabalharam identificados durante aqueles anos. No momento em que Jesus se submetia à quinta iniciação, na Cruz ("morte de Osíris"), é que o Cristo-Maytréa deixou que Ele galgasse sozinho esse degrau de tão grande importância, permanecendo-Lhe ao lado, embora não unificado com Ele.


Em conclusão, pois, dizem esses místicos que o atributo "Cristo" é devido à união com Maytréa, e não pela permeabilização total do Cristo Cósmico em Jesus - ainda que essa permeabilização tenha sido real, mas não perceptível ao ponto de justificar o atributo. A outra união (com Maytréa), sendo mais fácil de perceber-se, é que lhe provocou o título de Cristo.


Hipótese que pode ser aceita, mas que não invalida a outra. A palavra Christós em grego significa precisamente "ungido", ou seja "permeado" pela Força Cristônica divina (como ocorre com Maytréa) e não simplesmente "mediunizado" nem "unificado" a outro ser humano, ainda que esse outro ser esteja, ele mesmo, "permeado" pela Força Cristônica.


Julgamos, pois, - salvo erro de nossa parte, o que é bem possível que a primeira tese é mais válida, sem que afaste a hipótese de que Maytréa o Cristo tenha trabalhado unido a Jesus, o que nos parece perfeitamente lógico e viável.


* * *

Por fora desses que, à época, eram "segredos iniciáticos", os letrados nas Escrituras - título que bem exprime o que eram: intérpretes da letra - não podiam perceber o alcance da pergunta, e calaram. O ponto sorteado para exame era de curso superior, e eles estavam no curso primário: só o silêncio lhes cabia.


Mas a tese ficou posta, para que a humanidade, mais tarde, pudesse basear-se nessas palavras a fim de penetrar o sentido profundo e oculto.


Mas não podemos deixar de salientar o que se diz de David: que falou "em espírito", isto é, mediunizado por um Espírito que era Santo: escreveu divinamente inspirado.


Salientemos, ainda, a diferença importantíssima que existe entre os dois termos: a DIVINDADE ABSOLUTA, Suprema e Impenetrável, e DEUS, termo que se refere a um Espírito-Guia.


Os deuses tinham manifestações várias, de acordo com sua evolução própria, desde o Deus-Máximo da Terra, Melquisedek, o Ancião dos Dias até o Deus Guia-Nacional dos judeus, o "nosso" Deus, YHWH, e os guias individuais de cada criatura.


A hierarquização é segura e rígida, mas todos, por falta de outro termo, são chamados "deuses": os elohim que plasmaram como arquitetos o planeta e presidiram à evolução de todos os seres e do homem, que eles fizeram à sua semelhança; os elohim que dirigiam outras nações, embora alguns bem atrasados ainda, como Moloch, Baal, etc., de espírito sanguinário; os elohim que dirigiam o Egito, a Grécia, a Fenícia, a Babilônia, a Caldeia, a Índia, Roma, as Gálias, etc. etc., todos eram denominado "Deus".


Nem por isso, entretanto, se justifica o crasso erro histórico de classificar esses povos de "politeístas" no sentido moderno dessa palavra, pois embora os "deuses" (Espíritos-Guias) fossem numerosos, a DIVINDADE SUPREMA era urna só para todos (a massa ignara do povo é que não entendia isso, como até hoje).


Eles eram "politeístas", sim, mas no sentido que os antigos emprestavam a esse termo: reconheciam muitos Espíritos Guias (deuses). E o "monoteísmo" mosaico apenas dizia reconhecer UM ÚNICO ESPÍRITO GUIA para todos os israelitas: YHWH, e proibia contato psíquico com outros Espíritos-Guia "estrangeiros" ...


Todos, porém, - pelo menos os espíritos evoluídos - só aceitavam uma Divindade Suprema e Absoluta.


Nasceu a confusão da ignorância que via, nos Espíritos Guias, a Divindade Máxima, coisa corriqueira aos indivíduos profanos, que jamais passaram pelas Escolas iniciáticas, existentes desde o longínquo passado (e diga-se de passagem: que ocorreu até mesmo entre os próprios israelitas e seus sucessores, os católicos, que elevaram o Espírito Guia YHWH à Suprema Divindade, personalizando e dando forma humana ao Absoluto...) .



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Isaías Capítulo 9 do versículo 1 até o 21
  1. O plano de Deus não é trevas no final (Is 9:1). Este é o último versículo (8,23) na Bíblia hebraica, e, assim, parte do capítulo anterior. Isaías toca uma nota de esperança ao voltar seus olhos para o futuro. Embora Zebulom e Naftali (Galiléia alta e baixa) viessem a ser devastados pelo invasor (II Reis 15:29), um tempo de glória estava reservado para o futuro, excedendo qualquer coisa que Israel havia conhecido (cf. a tradução de Moffatt).

Ao caminho do mar era a rota da caravana de antigamente — de Damasco ao Mediterrâneo, da terra além do Jordão através da Galiléia dos gentios.

B. O PRÍNCIPE COM O NOME QUÁDRUPLO, Is 9:2-7

A esperança real de Isaías estava no Deus que é Salvação. Ele expressa, portanto, a convicção de que há uma promessa para um avivamento por meio do nascimento e reino do messiânico Príncipe da Paz. Aqui encontramos um dos mais belos poemas do profe-ta, anunciando a audaciosa visão de uma nação inteira remida onde é estabelecida a paz sob um Rei divino. Este poema pode ter sido transformado em música e cantado pelos seus discípulos.' Aqui ele projeta o grande livramento de Deus na tela do futuro. Ele sugere a nova ordem de salvação que nosso Salvador introduziu na Galiléia.

  1. A Luz da Aurora (Is 9:2)

Quando Isaías agora se refere ao povo, vê a nação reduzida a um mero remanescen-te. Mas quanto mais escura a nuvem, tanto mais claro o arco-íris. A grande luz primeiro brilhou na Galiléia quando Jesus começou seu ministério lá. Sua pessoa e mensagem eram como uma grande aurora sobre viajantes abandonados e fatigados na região da sombra da morte (2 Co 4.6).

  1. A Alegria Crescente (9,3)

É característico da herança judaica e cristã que a "idade áurea" nunca é o passado, mas sempre o futuro. O retrato de Isaías desse futuro é exuberante e cheio de alegria. Alegria na ceifa é um provérbio para um grande deleite. Homens recentemente vitorio-sos na batalha nunca estão mais felizes do que quando repartem os despojos.

  1. Libertação da Opressão (9,4)

O Jugo que pesava sobre ele é uma linguagem simbólica referente à tirania e opressão. A servidão egípcia era prontamente lembrada sempre que os hebreus fica-vam debaixo do jugo de um tirano estrangeiro. Um trabalhador no Oriente Médio hoje procura descanso da vara que lhe feria os ombros. Dois homens carregam cargas pesadas tendo uma canga (vara) nos seus ombros. O cetro do seu opressor açoitava o escravo na sua tarefa sempre que fosse tentado a diminuir o ritmo do seu trabalho. Na descrição de Isaías, tanto a carga como os açoites são abolidos por meio de uma grande libertação, tal como Deus realizou pela "espada do SENHOR e de Gideão" contra os midianitas (Jz 7:20-21).

  1. Da Luta para a Paz (9,5)

Nem toda a armadura é mencionada aqui, mas ela foca na bota do soldado e sua veste exterior. Isaías parece ouvir o ruído confuso das botas e ver as vestes que rolavam no sangue. Sua certeza é que, depois das batalhas, mesmo esses itens serão coletados e queimados. Que vitória fantástica ocorre quando a paz queima como uma tocha debaixo dos implementos de guerra amontoados!

  1. A Criança com uma Natureza Milagrosa (9,6)

Aqui temos a caracterização de Isaías de um menino de nascimento miraculoso, um filho como um presente maravilhoso, porque sobre os seus ombros Ele veste o símbolo da verdadeira autoridade! O uso profético de Isaías do tempo perfeito hebraico (falando de eventos como se já tivessem ocorrido) para expressar essa manifestação do infante Rei anuncia o maior Menino da humanidade. O tão esperado Messias é nascido e é visto crescendo no meio da mesma Galiléia que conheceu uma escuridão tão profunda.

O nome do Menino expressa sua natureza maravilhosa. Da mesma forma que Isaías tinha dado a seus próprios filhos nomes simbólicos, assim ele dá a esse Menino quatro títulos compostos que são ricos em simbolismo divino.

Maravilhoso Conselheiro deveria ser hifenizado.' O quadro, deste modo, é de uma prudência plena e extraordinária, Um Conselheiro Maravilhoso — "um anjo de grande conselho" (LXX). Isso se torna mais significativo quando nos lembramos que a palavra "anjo" significa mensageiro divino. Jesus foi uma Maravilha pessoal. Ele foi alguém Maravilhoso que deu conselhos maravilhosos. Isaías está expressando aqui o atributo divino do Onisciente, mas exprimindo-o em uma forma verdadeiramente hebraica.

Deus Forte sugere o Guerreiro Divino, ou um "Herói Divino". Ele tem valor sobre-humano, não simplesmente porque o Espírito do Deus Todo-poderoso está sobre Ele com unção, mas porque a natureza da deidade essencial habita nele. A palavra hebraica El "sempre significa divino no sentido específico ou absoluto" (Naegelsbach). Aqui encon-tramos o atributo divino da onipotência. Nenhum filho de Davi preenche esse atributo, exceto Jesus de Nazaré (Rm 1:4).

Pai da Eternidade é melhor entendido sob o conceito de "Pai Eterno", ou "Pai perpetuamente". Ele é o Pai cujo atributo temporal é a eternidade e cujo atributo espaci-al é a onipresença ou ubiqüidade, visto que o Deus-Pai está em toda parte em todo o universo. Designar alguém como "o pai de" é uma maneira hebraica e arábica de dizer que ele é propriamente a fonte da coisa designada como seu atributo. Visto que Cristo subsiste como um Sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque, não há ponto no tempo e no espaço onde Ele não esteja presente. Aqui vemos o terceiro atributo, sua onipresença."

Príncipe da Paz é um nome que indica um governo bem-sucedido com prosperida-de abençoada e verdadeira. Paz pertence ao Reino ideal. Mas R. B. Y. Scott está certo em sugerir "Príncipe Beneficente' como um significado mais correto. O termo hebraico shalom indica não somente a ausência de guerra, mas uma condição de bem-estar rica, harmoniosa e positiva. É isso que entendemos acerca do quarto atributo: ilimitado em generosidade criativa.

  1. Administrador de Paz e Governo Justo (9,7)

Um Governante divino como esse experimentará um governo cada vez mais amplo com uma paz interminável. Sob o seu governo haverá uma justiça estável e ordenada. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto. Com juízo e em justiça — i.e. "com justiça e retidão" (NVI).

Em 9:6-7, "Um Filho é Dado" significa:

1) o Conselheiro onisciente;

2) o Libertador onipotente;

3) o Confortador onipresente;

4) o Governante beneficente (G. B. Williamson).

C. O APELO DO ETERNO, Is 9:8-10.4

Temos aqui um poema de quatro estrofes, cada um concluindo com um refrão amea-çador, mas ainda está estendida a sua mão (Is 9:12-17,21; 10,4) — um refrão que pri-meiro aparece em Is 5:25. O poema é dirigido contra o otimismo cego e arrogante do Reino do Norte, tendo Samaria como sua principal cidade.

  1. Estrofe um: Arrogância de Efraim (Is 9:8-12)

Esta estrofe expressa a ira de Deus e o julgamento iminente devido ao orgulho e iniqüidade de Israel. Isaías sugere que o orgulho e a presunção somente apressam a ruína.
Deus enviou unia palavra [...] e ela caiu em Israel (8). Há um paralelismo de contraste aqui, uma expressão idiomática hebraica freqüente. A palavra de Deus é envi-ada ao Reino do Sul, mas ela está focada para o Reino do Norte como o objeto de sua ira e julgamento iminente.
Visto que Efraim representa as dez tribos do norte, a declaração é: E todo este povo saberá, Efraim... (9). Eles perceberão a palavra que Deus enviou e entenderão que ela é dirigida a eles. Com orgulho e arrogância eles se vangloriam que embora os ladrilhos (ou tijolos) das suas construções caíram (10), eles as reconstruirão com "pe-dras lavradas" (NVI) ; e embora os pilares de figueiras bravas dessas construções te-nham sido cortadas, elas serão substituídas por cedros, que são mais caros e firmes. Os tijolos de barro e a armação com madeira da figueira brava são os materiais de constru-ção usados nas cabanas simples dos lavradores no Egito até hoje.' As pedras lavradas e o madeiramento de cedro são materiais de construção de nobres ricos. Assim, Israel arrogantemente ignorou as advertências de invasão. Eles expressaram sua determina-ção de reconstruir em uma escala ainda maior após as devastações assírias.

No entanto, Isaías diz: o SENHOR suscitará contra ele os adversários de Rezim (rei da Síria; 11). E assim, de fato, ocorreu, porque depois que a Síria foi conquistada pelos assírios ela foi obrigada a tomar parte no ataque contra Samaria. Deus controla a Histó-ria. Com os siros pela frente, e os filisteus por detrás (12; veja mapa 1), Israel viu-se cercado e obrigado a empreender uma batalha defensiva em duas frentes. E nem com tudo isto se apartou a sua ira, mas ainda está estendida a sua mão para ferir.

  1. Estrofe dois: Ilusões Fatais (Is 9:13-17)

Isaías relata que os próprios líderes de Israel, que procuram guiar o povo, estão perdidos por causa do seu desprezo para com as disciplinas de Deus: este povo não se voltou para quem o feria (13). Os julgamentos de Deus procuram produzir arrependi-mento e conversão, mas a arrogância não é sinal de nenhum dos dois. A correção despre-zada somente insensibiliza e se transforma em perversidade. Pelo que o SENHOR corta-rá [...] a cabeça e a cauda, o ramo e o junco, em um mesmo dia (14). O versículo 15 explica esses símbolos. A nobreza é representada pelos ramos de palmeira e os homens ordinários pela cauda ou junco. O ponto é: "tanto grandes como pequenos cairão em um dia". O ancião e o varão são a cabeça, mas um falso profeta é desprezível e ordinário — ele é a cauda. O egoísmo desses supostos guias espirituais induz o povo ao desastre. Os que por eles são guiados são devorados (16; "deixam-se induzir ao erro", NVI). Guias falsos são uma contradição básica — escolhidos para liderar, eles apenas desviam as pessoas do caminho certo. Visto que toda a nação está no erro, o Senhor não tem prazer nos seus jovens (17) — a flor da nação — e não tem misericórdia mesmo pelas viúvas e órfãos. Esta nação se tornou perversa em que todos eles são hipócritas e malfazejos, e toda boca profere doidices. A estrofe termina com o mesmo refrão de advertência, como na estrofe um, três e quatro: mas ainda está estendida a sua mão.

  1. Estrofe três: Anarquia Ardente (Is 9:18-21)

No meio da impiedade crescente, uma rivalidade amarga havia se erguido entre Manasses e Efraim (21), as duas tribos descendentes de José, e ambas voltadas contra Judá. A guerra civil coloca um homem contra o seu próximo. O retrato de Isaías é de incredulidade que queima como fogo que devora toda plantação de Israel (18). Por causa da ira do SENHOR dos Exércitos (19) a terra está escurecida. O combustível para o fogo não é nada mais do que as pessoas que brigam, como se cada um comesse a carne do seu próprio braço (20), i.e., destruísse sua própria carne e sangue. A fúria das facções não deixa espaço para piedade entre os homens quando a ganância insaciável toma conta. A inveja tribal serve apenas para devorar a unidade de uma nação.

O pecado traz seu próprio castigo (cf. Is 33:11-12; Hb 6:8; Tg 3:5). Caos e confusão permeiam toda ordem da sociedade quando a anarquia moral prevalece. Filhos dos mes-mos pais em briga cumprem a profecia de que "os inimigos do homem serão os seus familiares" (Mt 10:21-36; Mc 13:12). Sob essas condições a mão de Deus ainda está estendida (21), não com misericórdia, mas com julgamento.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Isaías Capítulo 9 versículo 6
Um filho se nos deu:
Quando o rei de Judá tomava posse do trono, se tornava filho de Deus por adoção (ver 2Sm 7:14; Sl 2:7, Sl 89:26-27 e ligada ao nascimento do Messias. Ver a Introdução aos Salmos.Is 9:6 O governo está sobre os seus ombros:
Provável alusão ao manto real, que era símbolo do poder (conforme Mt 27:28-29; Jo 19:2-3). Outra tradução possível:
foi-lhe concedido o poder de governar.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Isaías Capítulo 9 do versículo 1 até o 21
*

9:1

Zebulom... Naftali. Essas regiões da Galiléia foram as primeiras a sofrer com a invasão assíria de 732 a.C. (2Rs 15:29).

* 9:2

luz. Ver nota em 2.5.

sombra da morte. Os assírios projetaram sua terrível sombra sobre a terra e o povo de Israel (conforme Sl 23:4; 44:19; 107:10). Contudo, havia esperança.

* 9:3

alegria. Deus estava abrindo um novo futuro para os humildes (29.19), onde antes havia apenas melancolia (35.10; 51.3; 61.7). Essa nova alegria encontrou expressão nas metáforas da colheita e da vitória. Contrastar com 5.10 e 8.4.

* 9:4

jugo... vara. Essas são figuras de opressão (10.27; 14.25; 47.6; contrastar com Mt 11:29,30).

no dia dos midianitas. Uma referência à derrota dos midianitas por Gideão (10.26,27; Jz 6:7; 7.22-25).

* 9:5

Os escombros deixados da batalha podiam ser removidos e queimados quando o combate terminasse. Deus levaria a guerra ao seu fim (2.4; Sl 46:9,10; 2Co 10:4).

* 9:6

um menino... um filho. As boas novas foram o nascimento de Jesus Cristo. Os quatro nomes reais expressam suas qualidades divinas e humanas, dando-nos a certeza de que ele é, realmente, o “Emanuel” (7.14).

nos nasceu... se nos deu. Esses verbos correspondem, de forma coerente, à humanidade e à deidade de Jesus, respectivamente.

Maravilhoso, Conselheiro. Visto que os outros títulos consistem, cada um, de duas palavras, provavelmente é melhor combinar essas duas palavras para formarem um único título: “Conselheiro Maravilhoso”.

Deus Forte. Como um guerreiro, Deus protege o seu povo (10.21; Dt 10:17; Jr 32:18).

Pai da Eternidade. O Pai e o Rei cuidam de seus súditos (40.9-11; 65:17-25; Mt 18:12-14; 23.9-12; Rm 8:15-17).

Príncipe da Paz. O seu governo traz a paz (2.4; 11:6-9; Sl 72:7; Zc 9:10; Lc 2:14).

* 9:7

O trono de Davi. Cristo é descendente de Davi (11.1, nota), o qual estabelecerá o reino de Deus em “justiça e retidão” (1.21, nota).

O zelo. Deus garante que sua vontade terá cumprimento (37.32; 42.13; Zc 1:14).

* 9.8—10.4 O Senhor julgará a Israel (o reino do norte), e sua capital, Samaria. O reino do norte algumas vezes também é chamado de Efraim. Judá era o reino do sul, que tinha Jerusalém como sua capital).

* 9:9

soberba e altivez de coração. O motivo deles era preservar e glorificar a si mesmos. Compare o leitor as palavras deles: “tornaremos a edificar... os substituiremos”, no v. 10 (Gn 11:3,4; Is 5:21).

* 9:10

pedras lavradas... cedros. Os moradores pensavam que eles estavam começando a reedificar com os melhores materiais, quando, na realidade, a destruição os aguardava.

* 9:11-12

os adversários de Rezim. Inimigos. Os assírios (7.1, nota; 7.20, nota; 8.7, nota) atacariam do norte, e os filisteus do sul. O Senhor faria surgirem muitos adversários.

não se aparta a sua ira. Esse refrão também se acha em 9.17,21; 10.4 (conforme 31.3). Ver nota em 5.25.

* 9:13

não se voltou. Eles não correspondiam à disciplina divina (Am 4:6,8-11). Eles não dependiam inteiramente do Senhor para buscá-lo com diligência (8.19; 11.10; 31.1; 55.6; 58.2; 65.10).

* 9:14

A cabeça e a cauda. Essas figuras representam a liderança civil e religiosa, conforme é explicado no v. 15 (conforme 3:1-3; 30.10, nota). As mesmas figuras, incluindo “a palma e os juncos”, são usadas acerca da liderança egípcia, em 19.15.

* 9:17

dos seus órfãos e das suas viúvas. Ver nota em 1:16-18. A gravidade da ira de Deus foi vividamente expressa quando foi dito que ele não teria misericórdia dos órfãos.

porque todos eles são ímpios e malfazejos. O pecado é visto em cada pessoa, até mesmo nos órfãos e nas viúvas, e isso corrompe tanto os seus pensamentos como os seus atos (Gn 6:5; 8:21).

* 9:20-21

devora...come. O orgulho, o narcisismo e a cobiça destróem a fibra da sociedade, especialmente os relacionamentos entre as tribos conforme a Aliança. Historicamente, a tribo de Manassés havia lutado contra Efraim (Jz 12:4), e juntas elas lutaram contra Judá durante a guerra com Israel e a Síria.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Isaías Capítulo 9 do versículo 1 até o 21
9:1 Em nosso pessimismo e desespero, tememos que as tristezas e os problemas nunca terminem. Mas nos consola esta certeza: embora Deus não nos tire de nossos problemas, guiará-nos a salvo através deles se o seguirmos com todo o coração.

9.1-7 Este menino que se transformaria em seu libertador é o Messías, Jesus. Mateus cita estes versículos ao descrever o ministério de Cristo (Mt 4:15-16). Os territórios do Zabulón e Neftalí representam a todo o reino do norte. Estes também eram os territórios nos que Jesus cresceu e freqüentemente ministró. Por isso veriam uma "grande luz".

9:2 O apóstolo João se referiu também ao Jesus como a "luz" (Jo 1:9). Jesus se referiu a si mesmo como "a luz do mundo" (Jo 8:12).

9.2-6 Em um momento de escuridão, Deus prometeu enviar uma Luz que brilharia em qualquer pessoa que vivesse na sombra da morte. O é "Admirável, Conselheiro" e "Deus forte". Esta mensagem de esperança se cumpriu com o nascimento de Cristo e o estabelecimento de seu reino eterno. Deveu liberar a todas as pessoas da escravidão do pecado.

9.8-10 O orgulho do Israel lhe levou a pensar que se recuperaria e reconstruiria com suas forças. Apesar de que Deus fez do Israel uma nação e lhe deu uma terra para ocupar, o povo depositou sua confiança em si mesmo e não no. Muito freqüentemente nos vangloriamos de nossos lucros, nos esquecendo que é Deus o que nos deu toda a capacidade que temos. Inclusive nos vangloriamos de nossa posição única como cristãos. A Deus não agrada nenhum tipo de vaidade nem de autoconfianza devido a que rompe nosso contato com O.

9:21 Efraín e Manasés eram tribos do reino do norte, descendentes dos dois filhos do José. Sustentaram uma guerra civil devido a seu egoísmo e maldade (veja-se Jz 12:4).

NOMES DO MESIAS

Isaías utilizou cinco nomes para descrever ao Messías. Estes têm um significado especial para nós.

Admirável: Excepcional, sublime e sem par.

Conselheiro: o de conselhos adequados.

Deus forte: Deus encarnado.

Pai eterno: Não tem limite de tempo; é Deus nosso Pai.

Príncipe de paz: Seu governo é de justiça e paz.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Isaías Capítulo 9 do versículo 1 até o 21
3. O Rei messiânico (9: 2-7)

2 O povo que andava em trevas viu uma grande luz;. os que habitavam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz brilhou 3 Tu multiplicaste a nação, tu aumentou sua alegria se alegrarão perante ti, para a alegria na colheita, como exultam quando se repartem os despojos. 4 Para o jugo da sua carga, eo bordão do seu ombro, o cetro do seu opressor, tu quebraste como no dia de Midiã. 5 Para toda a armadura do homem armado no tumulto, e os vestidos rolou em sangue, serão queimados, servindo de combustível de fogo. 6 para até nós uma criança nasce, para nós um filho se nos deu; eo governo estará sobre os seus ombros; eo seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. 7 Do aumento do seu governo e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi , e no seu reino, para o estabelecer, ea mantê-lo com justiça e com justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos exércitos fará isso.

A mudança para melhor, que tinha sido sugerida em Is 9:1 ).

Isaías compara a alegria do povo para a vinda do Messias para a alegria diante de Deus na colheita, ou como eles dividem o botim de guerra. Ele passa então a dar três razões para a alegria. (1) A opressão é terminada. O jugo, a equipe, e as haste -means de manter as pessoas em sujeição-são todos alteráveis ​​como no dia de Midiã, quando Deus libertou o povo através de Gideão (Jz. 6-7 ). (2) A guerra terminou. Assim, as armas da guerra pode ser queimado como combustível de fogo, e pode servir aos propósitos úteis de aquecer e cozinhar, uma vez que o Príncipe da Paz chegou. (3) Uma criança nasce . Esta é a razão básica para a alegria e para a causa dos outros dois grandes benefícios. Muitas outras crianças haviam nascido, e outros filhos tinham sido dadas, mas esta foi especial, e diferente de todo o resto.

Cerca de um século atrás alguns escritores procuraram identificar a criança com Ezequias, mas isso não está de acordo com a descrição dada aqui, nem com passagens relacionadas. Esta é a mesma criança como foi mencionado em Is 7:14 , mas não o mesmo que o mencionado em Is 8:1 ). Em Is 28:29 o próprio Senhor é descrito como um "conselheiro", e em Mq 4:9 , e as mesmas palavras em forma ligeiramente diferente são aplicadas a Deus em Dt 10:7 .Isto tem de ser salientado, uma vez que alguns dos comentaristas mais antigos, como Gesenius e De Wette tornou equivalente a "forte herói" como se não houvesse nenhuma sugestão do divino na frase. Além disso, Isaías faz uma forte distinção entre 'El (Deus) e'Adão (homem) em Is 31:3. ; Sl 103:13)

8 O Senhor enviou uma palavra a Jacó, e ela caiu em Israel. 9 E todo o povo sabe, até mesmo Efraim e os moradores de Samaria, que em soberba e altivez de coração, 10 Os tijolos caíram, mas nós vai construir com pedras lavradas; os sicômoros são cortadas, mas por cedros em seu lugar. 11 Pelo que o Senhor irá configurar em alta contra ele os adversários de Rezim, e vai agitar os seus inimigos, 12 os sírios antes, e os filisteus por trás; e eles devoram a Israel com a boca aberta. Por tudo isto a sua ira não se apartou, mas sua mão ainda está estendida.

13 No entanto, as pessoas não se voltaram a ele que os feriu, nem buscou o Senhor dos exércitos. 14 Pelo que o Senhor cortou de Israel a cabeça ea cauda, ​​o ramo eo junco, num mesmo dia. 15 O ancião eo homem honrado , ele é a cabeça; eo profeta que ensina mentiras, esse ea cauda. 16 Para os que levam estas pessoas, levá-los a errar; e os que por eles são guiados são destruídos. 17 Pelo que o Senhor não se regozija nos seus jovens, e não se compadece dos seus órfãos e viúvas; porque todos eles são profanos e um malfeitor, e toda boca profere doidices. Por tudo isto a sua ira não se apartou, mas sua mão ainda está estendida.

A simetria e beleza de toda a passagem que se estende desde 9: 8 através de 10: 4 tem sido frequentemente apontado. Este é dividido em quatro seções, cada uma das quais termina com o mesmo refrão: Por tudo isto a sua ira não se apartou, mas sua mão ainda está estendida . Por essa repetição de quatro vezes solene a atenção é atraída para o empilhamento de punição sobre a punição, de modo a enfatizar a profundidade do pecado de Israel. Na primeira seção, o orgulho de Israel é repreendido por uma palavra enviados pelo Senhor, de tal forma que todas as pessoas devem saber que o próprio Senhor está enviando o Seu julgamento sobre esse orgulho. Este orgulho toma a forma de auto-suficiência. Eles declaram que, se Deus destrói algumas coisas que eles construíram, eles vão ser criativo o suficiente para usar outros materiais, de modo que eles não vão ser prejudicados nos seus planos. Mas o Senhor declara que irá reforçar os seus inimigos, os sírios e os filisteus, e devorarão a Israel com a boca aberta . No entanto, tudo isso não causa as pessoas a voltar para Deus em arrependimento por seus pecados e orgulho, assim de Deus raiva não se retirou, mas sua mão ainda está estendida .

Na segunda seção, o Senhor declara que as pessoas estão a ser desviados por seus principais homens, e que Ele irá cortá-los. A punição Ele tinha enviado a eles já deve ter feito com que se arrependem, mas eles não têm procurado o Senhor dos exércitos . O Senhor vai derrubar cabeça ea cauda, ​​o ramo e correr -a expressão proverbial que indica, evidentemente, a todo o povo. O fim deles será repentina e completa. No entanto, os mais velhos, que devem ser os líderes espirituais do povo, e os profetas são ambos escolhidos para menção especial e condenação. Aqueles que deveriam estar levando o povo ao arrependimento estão levando as pessoas ao invés de se rebelar contra Deus. Eles são mais culpados e perverso do que todo o resto por causa de seus lugares de responsabilidade. Líderes iníquos estão levando seguidores cegos para a vala! Por esta razão, o Senhor irá transformá-los em todo a seus inimigos no campo de batalha e vai deixá-los morrer. No entanto, sua mão ainda está estendida, e ainda mais o julgamento está por vir.

2. A punição (9: 18-10: 4)

18 Pois a impiedade lavra como um fogo; que devora espinhos e abrolhos; . sim, acende no emaranhado da floresta, e eles rolam para cima em uma coluna de fumaça 19 Por causa da ira do Senhor dos exércitos é a terra queimada; e as pessoas são como o combustível do fogo: no homem poupa a seu irmão. 20 E se alguém lhe arrebatar na mão direita, e estar com fome; e ele comerá na mão esquerda, e eles não ficará satisfeito; comerão cada um a carne do seu próprio braço: 21 Manassés, Efraim; e Efraim, Manassés; e ambos eles serão contra Judá. Por tudo isto a sua ira não se apartou, mas sua mão ainda está estendida.

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Isaías Capítulo 9 do versículo 1 até o 21
I SAÍ AS 7-12

Ao estudar as profecias do Antigo Testamento, há dois princípios im-portantes a serem levados em consi-deração: (1) os profetas vêem Cristo vindo em humilhação e em glória, mas não vêem o período de tempo entre esses dois eventos — a era da igreja (1Pe 1:10-60); e (2) cada profecia brotava de um contexto histórico preciso, no entanto olhava para além da época em questão, em direção ao futuro. Nesses capítulos, veremos esses princípios. O profeta está lidando com uma crise especí-fica na história de Judá — impedir o ataque de Israel (o Reino do Norte) e da Síria —, e ele diz à nação exa-tamente o que acontecerá. Nessas profecias, Isaías também anuncia a vinda do Messias. Observe as profe-cias que ele faz.

I. Judá será libertado dos inimigos (Is 7:1-23)

A. A situação (vv. 1-2)

A Assíria tornava-se forte e ameaça-va as outras nações, por isso Israel e Síria juntaram forças a fim de prote-ger-se. Queriam quejudá se alinhas-se com elas, no entanto o Reino do Sul não fez isso. Na verdade, Acaz negociava em segredo para que os assírios o protegessem (2Rs 16:1-12). A nação estava temerosa, pois Síria e Israel estavam para atacá-la e pa-recia não haver escapatória.

  1. A promessa (vv. 3-9)

Deus enviou Isaías e seu filho, Um- Resto-Volverá, para encontrar-se com o rei Acaz enquanto inspecio-nava o aqueduto de Jerusalém. Isaí-as transmitiu ao rei a mensagem de esperança e confiança: não tema a Síria e Israel, pois, em 65 anos, elas serão quebradas. A profecia confir-mou-se: em 732, a Assíria derrotou a Síria (Damasco) e, em 721, a Isra-el (Efraim, Samaria), no período de tempo indicado.

  1. O sinal (vv. 10-16)

Acaz agiu de forma muita piedo-sa ao recusar receber um sinal do Senhor. Assim, Deus afastou-se de Acaz e deu o sinal a toda a casa de Davi (v. 13). Esse sinal cumpriu-se, por fim, com o nascimento de Je-sus Cristo (Mt 1:23). Ele nasceu da virgem Maria e foi concebido pelo Espírito Santo (Lc 1:31-42). No ver-sículo 14, substituir a palavra "vir-gem" por "jovem" (BLH) é distorcer as Escrituras. Seu nome era "Ema-nuel", que significa "Deus está co-nosco" (veja 8:8 e 10). Jesus Cristo é Deus em carne humana, todavia sem pecado (Jo 1:14). Ele não é ape-nas um "homem bom" e um ótimo mestre, mas o próprio Filho do Se-nhor. Negar isso é negar a Palavra do Senhor (1Jo 4:1-62).

É possível (mas não obrigatório) que tenha havido algum tipo de cum-primento imediato da profecia como um sinal para o rei e a nação. Isso não quer dizer um nascimento virgi-nal miraculoso, já que apenas Jesus Cristo nasceu dessa forma. Contudo, sugere que uma virgem judia casou-se e, no ano seguinte, deu à luz um fi-lho. Antes que essa criança atingisse a idade judia de responsabilidade legal (12 anos), as nações inimigas, Israel e Síria, seriam derrotadas. Se esse sinal foi dado, como é provável, em 735 a.C., então a promessa seria cumpri-da por volta de 721. Como vimos, a Síria caiu em 732, e Samaria, em 721. E possível que a esposa de Isaías tenha dado à luz uma "criança que serviu como sinal"; Is 8:1-23 apresenta o registro do fato. Isso significaria que a primeira esposa do profeta morreu (a mãe de Um-Resto-Volverá, 7:3), e Isaías casou-se com a segunda esposa logo depois de anunciar essa profecia. Deus graciosamente livrou Judá de seus inimigos, apesar da descrença e do esquema do rei Acaz (ele roubou o templo para subornar a Assíria — 2Cr 28:21,2Cr 28:24-14, Isaías faz uma se-gunda predição da vinda do Mes-sias; vejaMt 4:1 Mt 4:3 Mt 4:6. Isaí-Jl 9:1 menciona as áreas que mais sofreram quando os assírios vie-ram sobre Israel, no entanto seriam elas que veriam a luz do Messias. Nos versículos 3:5, o profeta olha através do tempo, para a época em que Israel se alegraria e em que se livraria do jugo, quando as armas de guerra seriam queimadas como lenha — o tempo em que Jesus Cristo reinaria como o Príncipe da Paz. Veja aqui a humanidade ("um menino nos nasceu") e a deidade de Cristo ("um filho se nos deu"). A seguir, o profeta pula do nasci-mento humilde de Cristo para seu reinado glorioso, quando reinará sobre Jerusalém e haverá paz per-feita.

Em 9:8—10:34, Isaías continua a advertir Israel de seu julgamen-to iminente. Ele também adverte a Assíria de não ficar orgulhosa por causa de suas vitórias, pois é ape-nas uma ferramenta nas mãos do Senhor. Seu dia de derrota também chegará. Podemos ver na Assíria um símbolo do anticristo, que reunirá todas as nações contra Jerusalém na batalha de Armagedom. Da mesma forma como Deus derrotou a Assíria com seus poderes miraculosos, tam-bém derrotará Satanás e seus exérci-tos (Ap 19).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Isaías Capítulo 9 do versículo 1 até o 21
9.1 Zebulom e... Naftali. Estas duas províncias foram as primeiras que Tiglate-Pileser, rei da Assíria, despovoou (2Rs 15:29). Tornará glorioso. A glória que aquelas partes da Palestina receberiam seria a glória da presença do Messias, de Jesus Cristo que passou por aquelas bandas, ao redor do mar da Galiléia, uma boa parte do Seu Ministério.

9.2 Trevas. A presença de Jesus, a luz do mundo, dissipa as trevas.

9.4 Dia dos midianitas. Lembra a vitória de Gideão sobre os midianitas que estavam oprimindo aos israelitas, séculos antes (Jz 7:0; Is 7:14). Maravilho. Este título de Cristo também se menciona em Jz 13:18. Deus Forte. O menino é expressamente Deus, pois a heb 'el só pode significar "Deus". Em outros trechos da Bíblia, a palavra mais comum é "elõhim, o plural de "majestade" que, às vezes, revela a Trindade, o Deus Triúno, mas que também pode ser traduzido em "deuses" quando se refere às divindades pagãs, ou até homens que têm autoridade especial (Sl 82:6; Jo 10:34). Outros títulos de Cristo neste versículo são: Pai do Eternidade. Aquele cuja paternidade do seu povo nunca terá fim. Esta expressão também significa "aquele que é eterno no seu próprio ser e que, assim, pode conceder o dom da Vida eterna aos outros". Príncipe do Paz. Esta Paz não é apenas a ausência da guerra, mas também significa a prosperidade e o bem-estar em vez de necessidades e de tristezas. A Bíblia nos ensina vários outros títulos atribuídos a Cristo, também como: "Deus" (Is 40:9; Jo 20:28); "Todo-Poderoso" (Ap 1:8); "pão da vida" (Jo 6:35); "bom pastor" (Jo 10:14); "Senhor da glória" (1Co 2:8); "Filho de Davi" Mt 9:27), "Senhor dos senhores e rei dos reis" (Ap 17:14); "o Cordeiro" (Ap 13:8).

• N. Hom. Jesus é maravilhoso:
1) Nos seus ensinos, a) para as que O ouviram, Mt 5:2829; Mt 13:54; Mt 22:22; b) para nós nos dias atuais;
2) No seu poder, a) para os que O viram, Mt 7:27; Mc 1:27; Mc 7:37; Lc 5:26; b) para nós hoje;
3) No seu amor, a) comprovado na sua vida, Jo 11:36; Jo 13:1; b) revelado para nós hoje, Ef 3:19.

9.11 Os adversários de Rezim. Os assírios, que destruíram o reino de Rezim, de Damasco, dez anos antes de destruírem Samaria. Isto quer dizer que os israelitas tinham dez anos de prazo para aprender a recorrer a Deus, a fim de não serem vítimas das invasões que tinham visto tão de perto quando da chegada dos assírios em 732 a.C.

9.19 Abrasada. Carbonizada e enegrecida pelos estragos dos invasores.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Isaías Capítulo 9 do versículo 1 até o 21
g) Uma grande luz (9:1-7)
No seu mandamento, Isaías elaborou um retrato apavorante da escuridão e aflição que estavam para cair sobre Judá e também sobre o Reino do Norte. No entanto, essa não poderia ser a sua última palavra; em algum momento posterior do seu ministério, talvez na ocasião do nascimento ou da ascensão de um príncipe real da linhagem de Davi (cf. v. 6), ele deu expressão ao alegre oráculo dos v. 2-7. O tema certamente é que não haverá mais escuridão (independentemente de isso ser ou não a tradução correta do v. 1), nem mesmo para aquelas regiões do Norte arrancadas à força do Reino do Norte pelo assírio Tiglate-Pileser III, em 734—732 a.C. Isaías expressa a esperança em forma de hino e destaca a certeza dela em parte pelo uso de verbos no passado (ou melhor, pelo equivalente hebraico para tempos verbais passados), e em parte pela referência à vontade de Deus (v. 7).

A tradução do v. 1 é notoriamente difícil; v. outras versões e comentários acerca das diversas possibilidades. A referência à Galiléia, com a sua população mesclada, é suficientemente clara; conforme Mt 4:15,Mt 4:16. Deve ter sido difícil imaginar alguma esperança para ela no tempo de Isaías; a fonte de esperança era que a intenção de Deus era que um rei da linhagem de Davi reinasse sobre o Israel restaurado em todas as suas dimensões. (Isso está implícito na referência ao reino de Davi no v. 7.)

Os v. 2-7 não são em Sl aplicados ao destino do Reino do Norte, Israel, mas pregam a mesma esperança para Judá; não há dúvida de que como oráculo falado ele foi dirigido a ouvidos judeus. O primeiro elemento da grande luz predita vai ser a queda do opressor, i.e., a Assíria, que precisa ser derrotado com tanta certeza quanto havia sido Midiã (conforme Jz 6ss). Somente aí poderá haver o desarmamento (v. 5), e só assim a paz poderá reinar.

O v. 6 retrata o Rei vindouro em quatro funções. Os reis contemporâneos de Judá haviam sido aconselhados desastrosamente e tinham se mostrado impotentes na guerra; tinham sido tudo, menos pais para o seu povo, e não tinham alcançado nem paz nem prosperidade. Isaías retrata um rei que não será um fracasso em nenhum desses aspectos. Se um rei alguma vez tivesse cumprido as predições, teríamos de traduzir, com a NEB, por “na-batalha-semelhante-a-Deus”, em vez de Deus Poderoso, e “viveu-vida-longa”, em vez de Pai Eterno\ o hebraico permite esse tipo de variante. Mas, na aplicação a Cristo, a tradução mais natural é evidentemente a mais adequada.

Observe onde está o destaque dado por Isaías: o reino do futuro vai ser caracterizado acima de tudo pela justiça e retidão, em contraste gritante com o Judá do tempo de Isaías (conforme 5,7) e de fato com todo reino humano em certa medida.

h) A queda do Reino do Norte (9.8—
10.4)
Nesse longo poema (marcado por um refrão, 9.12,17,21 e 10.4; v. tb. 5.25), o profeta se volta da esperança gloriosa do futuro para a realidade presente da ira de Deus contra o Reino do Norte. Foi em 722 a.C. que o dia do castigo (10,3) finalmente veio para o Reino do Norte, por meio dos exércitos assírios. Os primeiros inimigos de Israel a serem mencionados não são, no entanto, os assírios, mas os arameus e os filisteus (9.12), e em 9.21 são mencionadas a guerra civil em Israel e as hostilidades com Judá. Ê possível que Isaías esteja recapitulando toda a história do Reino do Norte nesse texto (v. detalhes em Kaiser), mas parece mais simples supor que ele está retratando o caos político crescente da última década da existência do Reino do Norte.

9:9-12. Samaria, longe de ser humilhada pelas depredações causadas por Tiglate-Pi-leser III em 737—732 a.C., com orgulho e arrogância mostra ilusões de grandeza rapidamente dissipadas por inimigos locais. Em 9:13-17, vemos a nação tão privada de líderes (até mesmo profetas mentirosos teriam sido melhores do que a ausência deles, sugere o v. 15!) que todos falam loucuras (v. 17). Toda a terra está condenada; por isso, nem mesmo os órfãos nem as viúvas podem ser salvos, apesar da preocupação geral que Deus tem por eles. A loucura, por sua vez, leva à anarquia total retratada em 9:18-21.


Dúvidas

Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
Dúvidas - Comentários de Isaías Capítulo 9 versículo 6
Is 9:6 - Por que Jesus é chamado de 'Pai da Eternidade", se ele é o Filho de Deus?

PROBLEMA:
A tradicional doutrina da Trindade sustenta que Deus é uma só essência em três Pessoas - o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Entretanto, Is 9:6 chama o Messias de "Pai da Eternidade". Como Jesus pode ser tanto o Pai como o Filho?

SOLUÇÃO: Este versículo não é uma fórmula trinitariana que chama Jesus Cristo de Pai. A primeira parte do versículo 6 faz referência à encarnação de Jesus. A parte que relaciona os nomes pelos quais ele é chamado expressa o relacionamento dele com o seu povo. Ele é para nós o Maravilhoso Conselheiro, o Deus Forte, o Pai da Eternidade, o Príncipe da Paz.

Com este enfoque, vemos que Jesus é aquele que nos dá a vida eterna. Por meio de sua morte, sepultamento e ressurreição, ele trouxe à luz vida e imortalidade. Verdadeiramente ele é o Pai da eternidade para o seu povo. O nome "Pai da Eternidade" quer dizer que, tal como o pai amoroso tudo provisiona a seus filhos, assim também Jesus nos ama e nos provisionou, dando-nos vida eterna.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Isaías Capítulo 9 do versículo 1 até o 7
g) Profecia acerca do nascimento de Cristo e acerca do reino (Is 9:1-7)

Estas palavras constituem o ponto culminante de tudo o que as precede e, nesta visão de um Rei justo e próspero que domina um povo emancipado e liberto de terrível servidão, temos uma realização apropriada e comovente dos quadros precedentes de castigo e queda. No meio do castigo, como Isaías sempre lembra aos seus ouvintes, há a promessa e a certeza de livramento enviado pelo próprio Deus, tanto assim que até as regiões que mais sofreram são as que mais se regozijarão na salvação do Senhor (1-2). Trata-se de uma das passagens mais comoventes das Escrituras. Começando com a chamada ao povo para que se regozije por raiar um novo dia para as nações oprimidas da terra (3-4), o profeta passa a mostrar como isto se realizará. O rei desejado e esperado por todo Israel vem encetar o Seu reino e toda a terra conhecerá o poder do Seu domínio e a inspiração do Seu governo salvador e redentor (6-7). A paz (7) será o traço dominante desse reinado; os adereços e armas de guerra "servirão de pasto ao fogo" (5). Tão grande e poderoso é este rei futuro que um único título de majestade não basta para O descrever, e entre os muitos nomes significativos que Lhe são dados figura o de "Deus Forte" (6). Estas palavras encontram-se no próprio âmago de uma das maiores profecias messiânicas.

Zebulom... Naftali (1), distritos do norte de Israel assolados por Tiglate-Pileser em 734 a.C. É nestas trevas de cataclismo e calamidade que deverá brilhar a luz da salvação do Altíssimo. Os pretéritos perfeitos utilizados neste primeiro versículo são proféticos, isto é, têm um sentido futuro. No dia dos midianitas (4); ver Jz 6:8. Nessa ocasião, os midianitas foram vencidos pelas forças poderosas dos filhos de Israel sob a chefia de Gideão, forças essas que eram a própria manifestação do Senhor Deus. A súbita destruição então infligida aos inimigos do Senhor será típica da destruição daqueles que se opõem à vinda do Príncipe da paz. Porque um menino nos nasceu... (6). É manifestamente impossível relacionar estas palavras de majestosa profecia com qualquer outra pessoa que não seja o próprio Messias, e através dos séculos a Igreja cristã encontrou aqui os atributos iniludíveis do Rei vivo e vitorioso no coração dos homens, o único capaz de libertar e salvar a alma na sua situação desesperada e de conduzir o homem a um novo e melhor caminho de acordo com os mandamentos de Deus. Maravilhoso, Conselheiro (6); estas duas palavras deveriam ser lidas sem vírgula. Deus forte (6); Aquele que havia de vir não era um simples homem: ostentaria o selo autêntico da divindade. Pai da eternidade (6), Aquele Cuja paternidade do Seu povo nunca terá fim. Mas há aqui mais do que isso. Esta expressão significa Aquele que é eterno no Seu próprio ser e que, assim, pode conceder o dom da vida eterna aos outros. Como nesta passagem temos uma alusão Àquele que intervirá na vinda da criança anunciada, é clara e decisiva a referência à incarnação e à união do divino e do humano na pessoa de Cristo. Príncipe da Paz (6). É este o ponto culminante dos títulos dados e o maior de todos os grandes dons que o Filho de Deus traz no homem, "paz com Deus".


Dicionário

Conselheiro

substantivo masculino Pessoa que dá conselhos; quem aconselha, orienta, dá direcionamentos a outrem; aconselhador, guia.
Membro de um conselho, de uma comissão que delibera um assunto.
Pessoa que, com formação e habilitações específicas, dá aconselhamento ou orientação profissional.
História Título de honra dado a certas pessoas na época da Monarquia e do Império, no Brasil.
Aquele que oferece recomendações sobre alguma coisa ou tenta persuadir alguém para que esta pessoa faça algo.
Etimologia (origem da palavra conselheiro). Do latim consiliarus.a.um.

Conselheiro Homem que aconselha (Ed 7:14); (Rm 11:34).

Deus

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


Déu

substantivo masculino Usa-se na locução andar de em: andar à procura de alguma coisa, de casa em casa, de porta em porta.

Eternidade

Eternidade Ver Escatologia.

eternidade s. f. 1. O que não tem princípio nem fi.M 2. Qualidade do que é eterno. 3. Tempo muito longo. 4. Vida eterna, a existência absoluta, sem princípio nem fi.M

Eternidade Tempo sem começo nem fim (Sl 90:2).

[...] a eternidade é essencialmente una, imóvel e permanente, insuscetível de qualquer medida, do ponto de vista da duração [...] para ela não há começo, nem fim.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 13

[...] não comporta começo nem fim [...].
Referencia: FLAMMARION, Camille• O fim do mundo• Trad• de M• Quintão• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Epíl•

A eternidade é a vitória do tempo sobre o próprio tempo [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

[...] Eternidade é o tempo que é: nem passado, nem futuro, insistindo, portanto, na perpétua elaboração do correto, do eticamente perfeito. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 6

[...] A eternidade é a clemência infinita do Pai Celeste, é a paciência sem precipitação, é o eterno encorajamento dado às almas na sua lenta e penosa ascensão para a Luz. A eternidade é a mão compassiva e cheia de mansuetude que fecha durante um breve sono os olhos fatigados do peregrino terrestre, dá-lhe o esquecimento do passado, e, no seu despertar, substitui o corpo gasto e dorido por um corpo novo, para recomeçar a marcha, pondo em seu coração a espe rança, esta lâmpada inextinguível, que ilumina o caminho cheio de obstáculos, por meio do qual ele se eleva aos pés do trono da Perfeição.
Referencia: KRIJANOWSKI, Wera• Sinal da vitória: romance da época romana• Pelo Espírito Conde J• W• Rochester• Trad• de Yolanda de Araújo Costa• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

[...] A única eternidade existente, que se possa citar, é Deus.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

[...] é a substância da vida.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Após inaugurares um túmulo

Eternidade significa aprimoramento contínuo de repetições.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 10


Filho

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

[...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

Os filhos são doces algemas de nossa alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

[...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

[...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


Filho
1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

6) Tratamento carinhoso (1

Forte

adjetivo Que possui força; que é resistente e vigoroso.
Musculoso; cujos músculos são bem desenvolvidos: é um homem forte.
Por Extensão Gordo; de corpo rechonchudo: criança forte.
Figurado Resistente; em que há firmeza e resistência: pernas fortes.
Corajoso; que não demonstra medo diante de situações difíceis: minha mãe é muito forte.
Duro; que não estraga com facilidade: telhado forte.
Entusiasmado; em que há intensidade, calor ou vigor: um abraço forte.
Convincente ou valoroso; de valor reconhecido: opinião forte; gênio forte.
Estável; cujas bases são firmes: Estado forte.
Que tem talento ou vocação para: é forte em ciências.
De cheiro ou sabor intenso: essência forte; condimento forte.
Com alto teor alcoólico: bebida forte.
Financeiramente estável: moeda forte.
Pesado; diz-se do que contém temas adultos: filme forte.
substantivo masculino Fortaleza; construção feita para defender uma cidade, região.
substantivo masculino e feminino Pessoa corajosa: este jogo é para os fortes.
advérbio De maneira intensa e vigorosa; vigorosamente: bateu forte o carro.
Etimologia (origem da palavra forte). Do latim fortis.e.

Forte – é o que sabe esperar no trabalho pacífico.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16


Maravilhoso

adjetivo Que é capaz de provocar admiração: espetáculo maravilhoso.
Que chama atenção pelas qualidades positivas, pela beleza e excelência: uma música maravilhosa; um sujeito maravilhoso.
Que não pode ser explicado racionalmente; que foge da lógica: história maravilhosa.
substantivo masculino O que é alvo de admiração: o maravilhoso não pode ser explicado.
[Literatura] Evento sobrenatural que altera o rumo da ação numa narrativa: o maravilhoso pagão era comum na poesia clássica.
Etimologia (origem da palavra maravilhoso). Maravilha + oso.

Menino

substantivo masculino Criança do sexo masculino.
Tratamento familiar afetuoso dado a pessoas do sexo masculino, ainda que adultas.

Nome

Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18
v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).

Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24Êx 2:22Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.

substantivo masculino Denominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém.
A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria.
Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome.
Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome.
Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade.
Apelido; palavra que caracteriza alguém.
Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo.
Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura.
Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos.
Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.

Pai

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).

Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

[...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16


Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm

Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

Paz

Paz Tradução do hebraico “SHALOM”, que não significa apenas ausência de guerra, inimizade e brigas, mas inclui também tranqüilidade, segurança, saúde, prosperidade e bem-estar material e espiritual para todos (Sl 29:11; Jo 20:21).

Paz Estado de tranqüilidade e harmonia que não se limita à ausência de guerra (Lc 14:32), mas que procede, fundamentalmente, da ação do messias de Deus (Lc 1:79; 2,14). Precisamente por essas características, a paz de Jesus é muito diferente da oferecida pelo mundo (Mt 10:34; Jo 14:27). Está alicerçada na ressurreição de Jesus (Jo 20:19-23); Senhor e Deus (Jo 20:28) e, por isso, suporta até mesmo a perseguição (Jo 16:33). É essa paz concreta que os filhos de Deus (Mt 5:9) difundem e anunciam ao mundo (Lc 7:50; 10,5).

A suprema paz é fruto do esforço despendido para desenvolver a inteligência e alcançar as culminâncias da bondade.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

A suprema paz [...] é um estado de pureza de consciência e, para chegar a esse estado, o caminho é aquele que a Humanidade terrena, devido ao seu atraso espiritual, ainda não se decidiu a trilhar: o caminho do Amor e da Justiça!
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 50

P [...] a paz não é conquista da inércia, mas sim fruto do equilíbrio entre a fé no Poder Divino e a confiança em nós mesmos, no serviço pela vitória do bem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3

[...] A paz tem que ser um reflexo de sentimentos generalizados, por efeito de esclarecimento das consciências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Paz não é indolência do corpo. É saúde e alegria do espírito.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 79

No campo da evolução, a paz é conquista inevitável da criatura.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 10


O conceito bíblico de paz tem na raiz o significado de “totalidade”, de “inteireza” ou de “perfeição”. Entre as importantes gradações de sentido, temos “realização”, “maturidade”, “saúde”, “integridade”, “harmonia”, “segurança”, “bem-estar” e “prosperidade”. Conota, também a ausência de guerra e de perturbação.

substantivo feminino Calma; estado de calmaria, de harmonia, de concórdia e de tranquilidade.
Sossego; em que há silêncio e descanso.
Falta de problemas ou de violência; relação tranquila entre pessoas.
[Política] Circunstância em que certos países não estão em guerra ou conflito; anulação das hostilidades entre nações, estabelecida por acordos de amizade.
[Psicologia] Calma interior; estado de espírito de quem não se perturba.
Fazer as pazes. Reconciliar-se com quem se tinha brigado.
Paz armada. Paz sustentada pelo temor que os inimigos têm um do outro.
Etimologia (origem da palavra paz). Do latim pax.pacis.

Principado

substantivo masculino Dignidade de príncipe.
Território cujo governo pertence a um príncipe ou a uma princesa.
[Teologia] Terceiro coro dos anjos.

Dignidade de príncipe.

Principado
1) Espírito, seja bom ou mau (Fp 1:21; 3.10; Cl 1:16; 2.10).


2) Espírito mau (1Co 15:24, RA; Fp 6:12; Cl 2:15). V. PODER e POTESTADE.


Principe

Esta palavra é usada a respeito do chefe ou pessoa principal da família, ou da tribo, sendo também assim intitulados os primeiros sacerdotes da assembléia ou da sinagoga, e os principais dos filhos de Rúben, de Judá, e de outros (Gn 17:20 – 23.6 – 25.16 – Nm 1:16 – 16.2 – 34.18 e seguintes). É, também, aplicado ao soberano de um país e aos seus principais dignitários (Gn 12:15). Jesus Cristo é o ‘príncipe dos reis da terra’, porque manifesta superioridade em relação a todos, concedendo autoridade segundo acha conveniente (Ap 1:5). Ele é o ‘Príncipe da paz’, porque sob o seu governo há perfeita paz (is 9:6). o ‘príncipe deste mundo’ é o diabo, que se vangloria de ter todos os reinos do mundo à sua disposição (Jo 12:31 – 14.30 – 16.11).

Príncipe

substantivo masculino Aquele que é filho de rei ou de rainha; quem se pode tornar rei.
Indivíduo que faz parte de uma família reinante; alteza.
Soberano ou regente de um principado.
Status de nobreza conferido a algumas pessoas, em alguns países.
Figurado O único em mérito, em habilidade e talento.
Figurado Aquele que está sempre bem alinhado; pessoa gentil.
[Zoologia] Ave da família dos tiranídeos (Pyrocephalus rubinus), podendo chegar até aos 13 cm, sendo o macho possuidor de um dorso escuro e a fêmea tem as partes inferiores esbranquiçadas.
Etimologia (origem da palavra príncipe). Do latim princeps.

substantivo masculino Aquele que é filho de rei ou de rainha; quem se pode tornar rei.
Indivíduo que faz parte de uma família reinante; alteza.
Soberano ou regente de um principado.
Status de nobreza conferido a algumas pessoas, em alguns países.
Figurado O único em mérito, em habilidade e talento.
Figurado Aquele que está sempre bem alinhado; pessoa gentil.
[Zoologia] Ave da família dos tiranídeos (Pyrocephalus rubinus), podendo chegar até aos 13 cm, sendo o macho possuidor de um dorso escuro e a fêmea tem as partes inferiores esbranquiçadas.
Etimologia (origem da palavra príncipe). Do latim princeps.

Príncipe
1) Alto funcionário; autoridade (Gn 12:15)

2) Comandante (Js 5:14). 3 Chefe (Nu 1:16); (Jo 12:31); (Ef 2:2).

4) Filho do rei (2Cr 11:22); 18.25, NTLH).

5) Jesus (Is 9:6); (At 5:31).

Sera

abundância

Será

substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

(Heb. “abundância”). Filha de Aser, a qual, juntamente com seus irmãos, é listada entre os que desceram ao Egito com Jacó (Gn 46:17; Nm 26:46-1Cr 7:30).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Isaías 9: 6 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Porque um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu, e o principado está sobre os Seus ombros, e se chamará o Seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, o Deus Forte, o Pai Eterno, o Príncipe da Paz.
Isaías 9: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

730 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H1368
gibbôwr
גִּבֹּור
forte, valente n m
(mighty men)
Adjetivo
H1961
hâyâh
הָיָה
era
(was)
Verbo
H3205
yâlad
יָלַד
dar à luz, gerar, parir, produzir, estar em trabalho de parto
(you shall bring forth)
Verbo
H3206
yeled
יֶלֶד
criança, filho, menino, descendêbncia, juventude
(a young man)
Substantivo
H3289
yâʻats
יָעַץ
avisar, consultar, dar conselho, aconselhar, tencionar, deliberar, planejar
(I will give you counsel)
Verbo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H410
ʼêl
אֵל
deus, semelhante a deus, poderoso
(unto God)
Substantivo
H4951
misrâh
מִשְׂרָה
arrastar, levar à força
(dragging)
Verbo - particípio presente ativo - nominativo Masculino no Plural
H5414
nâthan
נָתַן
E definir
(And set)
Verbo
H5703
ʻad
עַד
perpetuidade, para sempre, futuro contínuo
(and ever)
Substantivo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H6382
peleʼ
פֶּלֶא
maravilha, prodígio
(wonders)
Substantivo
H7121
qârâʼ
קָרָא
E liguei
(And called)
Verbo
H7926
shᵉkem
שְׁכֶם
ombro, costas
(their shoulders)
Substantivo
H7965
shâlôwm
שָׁלֹום
completo, saúde, bem estar, paz
(in peace)
Substantivo
H8034
shêm
שֵׁם
O nome
(The name)
Substantivo
H8269
sar
שַׂר
Os princípes
(The princes)
Substantivo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

גִּבֹּור


(H1368)
gibbôwr (ghib-bore')

01368 גבור gibbowr ou (forma contrata) גבר gibbor

forma intensiva procedente de 1396; DITAT - 310b adj

  1. forte, valente n m
  2. homem forte, homem corajoso, homem valente

הָיָה


(H1961)
hâyâh (haw-yaw)

01961 היה hayah

uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

  1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
    1. (Qal)
      1. ——
        1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
        2. vir a acontecer, acontecer
      2. vir a existir, tornar-se
        1. erguer-se, aparecer, vir
        2. tornar-se
          1. tornar-se
          2. tornar-se como
          3. ser instituído, ser estabelecido
      3. ser, estar
        1. existir, estar em existência
        2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
        3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
        4. acompanhar, estar com
    2. (Nifal)
      1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
      2. estar pronto, estar concluído, ter ido

יָלַד


(H3205)
yâlad (yaw-lad')

03205 ילד yalad

uma raiz primitiva; DITAT - 867; v

  1. dar à luz, gerar, parir, produzir, estar em trabalho de parto
    1. (Qal)
      1. dar à luz, gerar
        1. referindo-se ao nascimento de criança
        2. referindo-se ao sofrimento (símile)
        3. referindo-se ao perverso (comportamento)
      2. gerar
    2. (Nifal) ser nascido
    3. (Piel)
      1. levar a ou ajudar a dar à luz
      2. ajudar ou atuar como parteira
      3. parteira (particípio)
    4. (Pual) ser nascido
    5. (Hifil)
      1. gerar (uma criança)
      2. dar à luz (fig. - referindo-se ao ímpio gerando a iniqüidade)
    6. (Hofal) dia do nascimento, aniversário (infinitivo)
    7. (Hitpael) declarar o nascimento de alguém (descencência reconhecida)

יֶלֶד


(H3206)
yeled (yeh'-led)

03206 ילד yeled

procedente de 3205; DITAT - 867b; n m

  1. criança, filho, menino, descendêbncia, juventude
    1. criança, filho, menino
    2. criança, crianças
    3. descendentes
    4. juventude
    5. israelitas apostatados (fig.)

יָעַץ


(H3289)
yâʻats (yaw-ats')

03289 יעץ ya ats̀

uma raiz primitiva; DITAT - 887; v

  1. avisar, consultar, dar conselho, aconselhar, tencionar, deliberar, planejar
    1. (Qal)
      1. avisar, aconselhar, dar conselho, consultar
      2. conselheiro (particípio)
    2. (Nifal) fazer uma consulta, trocar conselhos, deliberar, aconselhar
    3. (Hitpael) conspirar

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

אֵל


(H410)
ʼêl (ale)

0410 אל ’el

forma contrata de 352, grego 2241 ηλι e 1664 ελιουδ; DITAT - 93a; n m

  1. deus, semelhante a deus, poderoso
    1. homens poderosos, homens de posição, valentes poderosos
    2. anjos
    3. deus, deus falso, (demônios, imaginações)
    4. Deus, o único Deus verdadeiro, Javé
  2. coisas poderosas na natureza
  3. força, poder

מִשְׂרָה


(H4951)
misrâh (mis-raw')

04951 משרה misrah

procedente de 8280; DITAT - 2288a; n f

  1. soberania, domínio, governo

נָתַן


(H5414)
nâthan (naw-than')

05414 נתן nathan

uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

  1. dar, pôr, estabelecer
    1. (Qal)
      1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
      2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
      3. fazer, constituir
    2. (Nifal)
      1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
      2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
    3. (Hofal)
      1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
      2. ser colocado sobre

עַד


(H5703)
ʻad (ad)

05703 עד ̀ad

procedente de 5710; DITAT - 1565a; n m

  1. perpetuidade, para sempre, futuro contínuo
    1. antigo (referindo-se ao tempo passado)
    2. para sempre (referindo-se ao tempo futuro)
      1. de existência contínua
    3. para sempre (referindo-se à existência de Deus)

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

פֶּלֶא


(H6382)
peleʼ (peh'-leh)

06382 פלא pele’

procedente de 6381; DITAT - 1768a; n. m.

  1. maravilha, prodígio
    1. maravilha (extraordinário, coisa difícil de se compreender)
    2. maravilha (referindo-se aos atos divinos de juízo e de redenção)

קָרָא


(H7121)
qârâʼ (kaw-raw')

07121 קרא qara’

uma raiz primitiva [idêntica a 7122 com a idéia de dirigir-se a uma pessoa ao encontrála]; DITAT - 2063; v.

  1. chamar, clamar, recitar, ler, gritar, proclamar
    1. (Qal)
      1. chamar, gritar, emitir um som alto
      2. chamar, gritar (por socorro), invocar (o nome de Deus)
      3. proclamar
      4. ler em voz alta, ler (para si mesmo), ler
      5. convocar, convidar, requerer, chamar e encarregar, designar, chamar e dotar
      6. chamar, nomear, colocar nome em, chamar por
    2. (Nifal)
      1. chamar-se
      2. ser chamado, ser proclamado, ser lido em voz alta, ser convocado, ser nomeado
    3. (Pual) ser chamado, ser nomeado, ser evocado, ser escolhido

שְׁכֶם


(H7926)
shᵉkem (shek-em')

07926 שכם sh ekem̂

procedente de 7925; DITAT - 2386a; n. m.

  1. ombro, costas
    1. ombro, espádua
    2. costas (em geral)

שָׁלֹום


(H7965)
shâlôwm (shaw-lome')

07965 שלום shalowm ou שׂלם shalom

procedente de 7999, grego 4539 σαλωμη; DITAT - 2401a; n m

  1. completo, saúde, bem estar, paz
    1. totalidade (em número)
    2. segurança, saúde (no corpo)
    3. bem estar, saúde, prosperidade
    4. paz, sossego, tranqüilidade, contentamento
    5. paz, amizade
      1. referindo-se às relações humanas
      2. com Deus especialmente no relacionamento proveniente da aliança
    6. paz (referindo-se a guerra)
    7. paz (como adjetivo)

שֵׁם


(H8034)
shêm (shame)

08034 שם shem

uma palavra primitiva [talvez procedente de 7760 com a idéia de posição definida e conspícua; DITAT - 2405; n m

  1. nome
    1. nome
    2. reputação, fama, glória
    3. o Nome (como designação de Deus)
    4. memorial, monumento

שַׂר


(H8269)
sar (sar)

08269 שר sar

procedente de 8323; DITAT - 2295a; n. m.

  1. príncipe, governante, líder, chefe, comandante, oficial, capitão
    1. comandante, chefe
    2. vassalo, nobre, oficial (sob as ordens do rei)
    3. capitão, general, comandante (militar)
    4. chefe, líder, superintendente (de outras classes de funcionários)
    5. líderes, príncipes (referindo-se a ofícios religiosos)
    6. anciãos (referindo-se aos líderes representativos do povo)
    7. príncipes-mercadores (referindo-se à hierarquia dignidade)
    8. anjo protetor
    9. Soberano dos soberanos (referindo-se a Deus)
    10. diretor