Enciclopédia de Joel 2:17-17

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jl 2: 17

Versão Versículo
ARA Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o pórtico e o altar, e orem: Poupa o teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele. Por que hão de dizer entre os povos: Onde está o seu Deus?
ARC Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele; porque diriam entre os povos: Onde está o seu Deus?
TB Chorem os sacerdotes, ministros de Jeová, entre o vestíbulo e o altar, e digam: Poupa o teu povo, Jeová, e não entregues a tua herança ao opróbrio, de sorte que as nações o dominem. Por que razão dizem entre os povos: Onde está o Deus deles?
HSB בֵּ֤ין הָאוּלָם֙ וְלַמִּזְבֵּ֔חַ יִבְכּוּ֙ הַכֹּ֣הֲנִ֔ים מְשָׁרְתֵ֖י יְהוָ֑ה וְֽיֹאמְר֞וּ ח֧וּסָה יְהוָ֣ה עַל־ עַמֶּ֗ךָ וְאַל־ תִּתֵּ֨ן נַחֲלָתְךָ֤ לְחֶרְפָּה֙ לִמְשָׁל־ בָּ֣ם גּוֹיִ֔ם לָ֚מָּה יֹאמְר֣וּ בָֽעַמִּ֔ים אַיֵּ֖ה אֱלֹהֵיהֶֽם׃
BKJ Chorem os sacerdotes, ministros do SENHOR, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa teu povo, ó SENHOR, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que os gentios o governem; por que diriam entre os povos: Onde está o seu Deus?
LTT Chorem os sacerdotes, serviçais do SENHOR, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a Teu povo, ó SENHOR, e não entregues a Tua herança ao opróbrio, para que os gentios a dominem; por que diriam entre os povos: Onde está o Deus deles?
BJ2 Entre o pórtico e o altar[v] chorem, os sacerdotes, ministros de Iahweh e digam: "Iahweh, tem piedade do teu povo! Não entregues ao opróbrio a tua herança, para que as nações zombem deles! Porque dirão entre os povos: Onde está o seu Deus?"
VULG Inter vestibulum et altare plorabunt sacerdotes, ministri Domini, et dicent : Parce, Domine, parce populo tuo ; et ne des hæreditatem tuam in opprobrium, ut dominentur eis nationes. Quare dicunt in populis : Ubi est Deus eorum ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Joel 2:17

Êxodo 32:11 Porém Moisés suplicou ao Senhor, seu Deus, e disse: Ó Senhor, por que se acende o teu furor contra o teu povo, que tu tiraste da terra do Egito com grande força e com forte mão?
Êxodo 34:9 e disse: Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, vá agora o Senhor no meio de nós; porque este é povo obstinado; porém perdoa a nossa iniquidade e o nosso pecado e toma-nos pela tua herança.
Números 14:14 E o dirão aos moradores desta terra, que ouviram que tu, ó Senhor, estás no meio deste povo, que face a face, ó Senhor, lhes apareces, que tua nuvem está sobre eles e que vais adiante deles numa coluna de nuvem de dia e numa coluna de fogo de noite.
Deuteronômio 9:16 E olhei, e eis que havíeis pecado contra o Senhor, vosso Deus; vós tínheis feito um bezerro de fundição; cedo vos desviastes do caminho que o Senhor vos ordenara.
Deuteronômio 28:37 E serás por pasmo, por ditado e por fábula entre todos os povos a que o Senhor te levará.
Deuteronômio 32:27 se eu não receara a ira do inimigo, para que os seus adversários o não estranhem e para que não digam: A nossa mão está alta; o Senhor não fez tudo isso.
I Reis 6:3 E o pórtico diante do templo da casa era de vinte côvados de comprimento, segundo a largura da casa, e de dez côvados de largura, diante da casa.
I Reis 9:7 então, destruirei Israel da terra que lhes dei; e a esta casa, que santifiquei a meu nome, lançarei longe da minha presença, e Israel será por ditado e motejo, entre todos os povos.
II Crônicas 7:20 então, os arrancarei da minha terra que lhes dei, e lançarei da minha presença esta casa que consagrei ao meu nome, e farei com que seja por provérbio e mote entre todas as gentes.
II Crônicas 8:12 Então, Salomão ofereceu holocaustos ao Senhor, sobre o altar do Senhor, que tinha edificado diante do pórtico;
Neemias 9:36 Eis que hoje somos servos; e até na terra que deste a nossos pais, para comerem o seu fruto e o seu bem, eis que somos servos nela.
Salmos 42:3 As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, porquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?
Salmos 42:10 Como com ferida mortal em meus ossos, me afrontam os meus adversários, quando todo o dia me dizem: Onde está o teu Deus?
Salmos 44:10 Tu nos fazes retirar-nos do inimigo, e aqueles que nos odeiam nos tomam como saque.
Salmos 74:10 Até quando, ó Deus, nos afrontará o adversário? Blasfemará o inimigo o teu nome para sempre?
Salmos 74:18 Lembra-te disto: que o inimigo afrontou ao Senhor, e que um povo louco blasfemou o teu nome.
Salmos 79:4 Estamos feitos o opróbrio dos nossos vizinhos, o escárnio e a zombaria dos que estão à roda de nós.
Salmos 79:10 Por que diriam os gentios: Onde está o seu Deus? Torne-se manifesta entre as nações, à nossa vista, a vingança do sangue derramado dos teus servos.
Salmos 89:41 Todos os que passam pelo caminho o despojam; tornou-se ele o opróbrio dos seus vizinhos.
Salmos 89:51 com o qual, Senhor, os teus inimigos têm difamado, com o qual têm difamado as pisadas do teu ungido.
Salmos 115:2 Por que dirão as nações: Onde está o seu Deus?
Isaías 37:20 Agora, pois, ó Senhor, nosso Deus, livra-nos das suas mãos, para que todos os reinos da terra conheçam que só tu és o Senhor.
Isaías 63:17 Por que, ó Senhor, nos fazes desviar dos teus caminhos? Por que endureces o nosso coração, para que te não temamos? Faz voltar, por amor dos teus servos, as tribos da tua herança.
Isaías 64:9 Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniquidade; eis, olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo.
Ezequiel 8:16 E levou-me para o átrio interior da Casa do Senhor, e eis que estavam à entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor e com o rosto para o oriente; e eles adoravam o sol, virados para o oriente.
Ezequiel 20:9 O que fiz, porém, foi por amor do meu nome, para que não fosse profanado diante dos olhos das nações, no meio das quais eles estavam, a cujos olhos eu me dei a conhecer a eles, para os tirar da terra do Egito.
Ezequiel 36:4 portanto, ouvi, ó montes de Israel, a palavra do Senhor Jeová: Assim diz o Senhor Jeová aos montes e aos outeiros, às correntes e aos vales, aos lugares assolados e solitários e às cidades desamparadas, que se tornaram rapina e escárnio para o resto das nações que estão ao redor delas.
Daniel 9:18 Inclina, ó Deus meu, os teus ouvidos e ouve; abre os teus olhos e olha para a nossa desolação e para a cidade que é chamada pelo teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias.
Oséias 14:2 Tomai convosco palavras e convertei-vos ao Senhor; dizei-lhe: Expulsa toda a iniquidade e recebe o bem; e daremos como bezerros os sacrifícios dos nossos lábios.
Joel 1:9 Foi cortada a oferta de manjar e a libação da Casa do Senhor; os sacerdotes, servos do Senhor, estão entristecidos.
Joel 1:13 Cingi-vos e lamentai-vos, sacerdotes; gemei, ministros do altar; entrai e passai, vestidos de panos de saco, durante a noite, ministros do meu Deus; porque a oferta de manjares e a libação cortadas foram da Casa de vosso Deus.
Amós 7:2 E aconteceu que, como eles tivessem comido completamente a erva da terra, eu disse: Senhor Jeová, perdoa; como se levantará agora Jacó? Pois ele é pequeno.
Amós 7:5 Então, eu disse: Senhor Jeová, cessa agora; como se levantará Jacó? Pois ele é pequeno.
Miquéias 7:10 E a minha inimiga verá isso, e cobri-la-á a confusão, a ela que me diz: Onde está o Senhor, teu Deus? Os meus olhos a verão sendo pisada como a lama das ruas.
Malaquias 1:9 Agora, pois, suplicai o favor de Deus, e ele terá piedade de nós; isto veio da vossa mão; aceitará ele a vossa pessoa? ? diz o Senhor dos Exércitos.
Mateus 23:35 para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar.
Mateus 27:43 confiou em Deus; livre-o agora, se o ama; porque disse: Sou Filho de Deus.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Joel Capítulo 2 do versículo 1 até o 32
D. O DIA DE JEOVÁ, Jl 2:1-11

Robinson acredita que Joel deve ter autenticado o termo o dia do SENHOR (1).12 Por ser uma frase escatológica, a encontramos na profecia do Antigo Testamento em seus mais primitivos tempos (cf. Is 2:12; Am 5:18). "A idéia de um grande Dia de Julgamento brota tão perfeitamente de sua mão, que seus sucessores a adotaram e sequer lhe acres-centaram um toque. Foi a visitação da praga de gafanhotos que, primeiramente, sugeriu a idéia à mente de Joel.""

A passagem até o versículo 18 destaca repetidamente o arrependimento em face do grande e terrível dia do julgamento de Jeová (1-11). A esta tônica se junta um otimismo relativo à misericórdia e compaixão do Senhor, caso o povo se volte de todo o coração (12).
A instrução dos sacerdotes foi: Tocai a buzina (shophar) em Sião e clamai em alta voz no monte da minha santidade (1). Sião é chamada "santo monte" (1, ARA; SI 2.6), porque ali o Senhor está no seu santuário, o Santo dos Santos. O toque da trom-beta seria retransmitido a outras cidades até que todos os moradores da terra tre-messem (ARA; ECA; NVI; cf. BV; NTLH) por causa do dia do SENHOR que está perto.

O dia de trevas e de tristeza (2) é alusão aos gafanhotos que escureceram a terra. Esses insetos são comparados a um povo grande e poderoso que a nação não tinha conhecido nem ia conhecer pelos anos adiante, de geração em geração.

A descrição continua sob a metáfora do fogo (3), cujos efeitos descritos podem ser atribuídos facilmente aos gafanhotos. O contraste da passagem da praga pinta o jardim do Éden, antes; e um desolado deserto, depois. Nada é poupado.

Joel diz que o seu parecer é como o parecer de cavalos (4). A cabeça do gafanhoto tem forte semelhança com a cabeça de um cavalo.14 No versículo 5, o barulho das asas destes insetos é como o estrondo de carros. Eles também são comparados a um fogo voraz e crepitante, o qual, alimentado pelo vento, devora a pragana ("restolho", ARA; NVI; ECA; "galhos secos", NTLH), e a um povo poderoso, ordenado para o combate. Não admira que as pessoas tivessem ficado com medo e que todos os rostos fossem como a tisnadura da panela (6; "todos os rostos empalidecem", ARA; ECA; cf. BV; NTLH; NVI)."

Nos versículos 7:10, a profecia compara a multidão de gafanhotos a um exército altamente treinado, que infesta os muros de Jerusalém, que não se desvia nem sai de formação (7). Ninguém apertará a seu irmão (8) é melhor: "não empurram uns aos outros" (ARA), porque cada um segue o seu caminho. Não são detidos por espada ou outro armamento. W T. Thompson descreve as vãs tentativas em controlar a praga de gafanhotos no Líbano, em 1845: "Cavamos trincheiras, acendemos fogueiras, batemos e queimamos até a morte 'montões e montões' de gafanhotos, mas os esforços foram to-talmente inúteis. Ondas sobre ondas rolavam pela encosta das montanhas, e derrama-vam-se em cima de pedras, muros, paredes, fossos e cercas vivas; os de trás cobriam e passavam por cima das massas mortas".'

Os gafanhotos corriam como cavalos pelos muros (9). Subiam às casas e se esguei-ravam pelas janelas como ladrões. Nada lhes detinha o avanço ou os controlava. A descrição de Joel: Diante dele tremerá a terra (10), foi confirmada na invasão de 1915, quando o exército de gafanhotos era, por vezes, tão denso que parecia que a terra se movia. O vôo dos gafanhotos escureceu o sol e a lua e fizeram as estrelas se esconder da visão do homem.

E o SENHOR levanta a sua voz (11). Somente tal demonstração de poder, confor-me descrevem os versículos 4:10, seria condizente com o dia do Senhor. O versículo 11 é parafraseado graficamente: "O Senhor comanda esse exército com um grito. Este é o seu poderoso exército e todos obedecem as suas ordens. O dia do julgamento do Senhor é uma coisa espantosa, terrível. Quem pode agüentar tudo isso?" (BV).

A proclamação de Joel de "o dia do Senhor" sugere a seguinte exposição, de acordo com a descrição do julgamento vindouro:

1) O dia do Senhor será um dia de escuridão, Jl 2:2-2) O dia do Senhor será um dia de desolação, 2.3;

3) O dia do Senhor será um dia de execução da Palavra de Deus, Jl 2:11.

SEÇÃO II

O CLAMOR DE JOEL AO ARREPENDIMENTO

Joel 2. 12- 19

  1. A SÚPLICA AO ARREPENDIMENTO, Joel 2:12-14

O capítulo 2:12-19 é uma chamada ao arrependimento nacional. Os filhos de Israel podem evitar o julgamento se sinceramente voltarem a Deus com arrependimento e choro.

O anúncio do dia do Senhor (11) tinha de produzir arrependimento em face do julga-mento ameaçador.

A nação deveria voltar-se de todo o coração. Todos os elementos do verdadeiro arrependimento estão presentes: jejuns, choro e pranto. Imediatamente, o profeta equilibra as evidências externas com as palavras do versículo 13: Rasgai o vosso cora-ção, e não as vossas vestes. A exigência primária de Deus é sempre "um coração que-brantado e contrito" (S1 51.17). Diante de tal atitude, o Senhor responde sempre em amor: Porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência e se arrepende do mal (13; "Ele sofre para arrepender-se do mal").

Quem sabe (14) talvez signifique que Deus se arrependerá do seu julgamento. Ter mais confiança na mudança da atitude do Senhor teria sido ofensivo à soberania divina. Uma bênção na forma de oferta de manjar e libação seria sinal de que Deus restabe-lecera a terra, a fim de tornar as ofertas possíveis. A restauração também seria sinal de concerto renovado.

  1. A EXTENSÃO DO ARREPENDIMENTO, 2:15-17

No versículo 15, verificamos de novo a chamada a um dia de proibição ("uma assembléia solene", ARA). No versículo 1, a buzina ("trombeta", ARA) dá um aviso; aqui, representa uma convocação ao arrependimento. Note que a buzina está em um contexto semelhante a Joel 1.13,14 e que Joel 2.15b é similar a 1.14a. Uma lista por idade dos grupos envolvidos põe em relevo a chamada de âmbito nacional ao arrependimento: os anciãos (16), os filhinhos e os que mamam; e até o noivo e a noiva são chamados do quarto nupcial. Ninguém é isento por idade ou posição, fato que indica a culpa de toda a nação. Todos são expostos a julgamento diante do Senhor.

No versículo 17, encontramos a fonte de uma notória figura de intercessão. Os sa-cerdotes, na função de mediadores, devem chorar entre o alpendre e o altar. Eles têm de ficar entre o alpendre ("pórtico", ARA; NVI) do templo e o altar do holocausto (o altar de bronze, 2 Cr 4.1, ARA; ver o diagrama B), e suplicar ao Senhor a favor do povo. Consistente com o contexto, Joel fala no versículo 17 de dominação estrangeira, mas do medo de chacota em conseqüência da calamidade nacional. A frase para que as nações façam escárnio dele é traduzida por "não faça de tua herança [...] um provérbio entre as nações" (VBB). O medo não era só por causa de Israel, mas que as nações pagãs expressassem dúvida sobre a existência ou o poder de Jeová com palavras escarnecedoras: Onde está o seu Deus?

Joel é explícito ao exigir arrependimento como condição de restauração:

1) A condi-ção: A nação tinha de voltar de todo o coração, Joel 2.12,13;
2) A resposta: A graça, a misericór-dia e a bondade de Deus, Joel 2.13;
3) A conclusão: A restauração da relação do concerto, 2.14.

C. A PROMESSA DE MISERICÓRDIA, Joel 2.18,19

Em resposta à oração dos sacerdotes a favor da nação, o Senhor faz promessas para o presente e o futuro. A destruição dos gafanhotos dará previsão segura de trigo, mosto ("vinho novo", ECA; NVI) e óleo (19), porque o Senhor tem zelo da sua terra (18) e compadeceu-se do seu povo. Ao insulto registrado no versículo 17: "Onde está o seu Deus?", o Senhor responde no versículo 19: E vos não entregarei mais ao opróbrio entre as nações.

SEÇÃO III

A ESPERANÇA DE BÊNÇÃOS FUTURAS

Joel 2:20-32

  1. A DESTRUIÇÃO DE "AQUELE QUE É DO NORTE", 2.20

Este versículo não acha interpretação consistente entre os estudiosos da Bíblia. Diz-se respeito somente aos gafanhotos; a expressão aquele que é do Norte refere-se aos gafanhotos que vêm do norte (cf. NTLH), como ocorreu na praga de 1915. Keil argumen-ta que aquele que é do Norte (a palavra "exército" é acréscimo dos tradutores ao texto, cf. BV; ARA; ECA) não fornece argumento decisivo a favor de uma interpretação alegóri-ca. Este ponto de vista é apoiado por várias autoridades contemporâneas.'

Na opinião de certos intérpretes, aquele que é do Norte é um exército humano, visto que os inimigos históricos de Israel vêem do norte. Archer e Ellicott2 reputam que aquele que é do Norte deve ser alusão às hordas assírias que foram os últimos a destruir Israel (Jr 1:13 fala do exército caldeu que se espalha para o sul proveniente do lado do norte, cf. NTLH). Ellicott raciocina que a adição da sílaba patronímica à palavra hebraica indica um "nativo do Norte". Assim, ele acredita que, sob a imagem da destrui-ção dos gafanhotos, o profeta aponta a libertação dos invasores do Norte' (cf. NVI).

Em todo caso, a bênção da libertação é prometida à terra (21), aos animais (22) e ao povo (23).

  1. A RESTAURAÇÃO DAS BÊNÇÃOS ESPIRITUAIS E TERRENAS, Joel 2:21-27

O texto profético exorta a terra (21) a não temer, mas a se alegrar, porque o SE-NHOR fez grandes coisas. Esta promessa é seguida por outras exortações aos ani-mais do campo (22) e aos filhos de Sião (23), que serão abençoados com a chuva, a temporã e a serôdia, no primeiro mês.' Em conseqüência disso, os animais terão pastos verdejantes e em abundância; as árvores frutíferas e as figueiras, devoradas pe-los gafanhotos, terão a bênção de dar frutos (fruto e força).

Os versículos 24:27 prosseguem e falam sobre a promessa das bênçãos restaura-doras de Deus. A seca passou, as chuvas vieram em profusão. Tudo que fora perdido pela praga de gafanhotos será devolvido multiplicadamente aos filhos de Sião. A es-cassez será substituída por abundância, inclusive de trigo, mosto ("vinho novo", ECA; NVI) e óleo (24).

O versículo 25 destaca as mesmas quatro fases do gafanhoto mencionadas em 1.4 (ver comentários ali), embora não na mesma ordem (cf. BV; NVI). E como verificamos no versículo 11, a profecia diz que o bando de gafanhotos é o grande exército do Senhor, usado por Deus para julgar a nação. A promessa de restauração sugere que a praga continuou por vários anos. Mas agora as bênçãos do Senhor são dadas em resposta às orações penitenciais e o meu povo não será envergonhado para sempre (27; "o meu povo jamais será envergonhado [de novo]", ARA; cf. NTLH; NVI). Keil acrescenta a ex-pressão de duração — "por toda a eternidade" —, porque Jeová, o único Deus verdadeiro, está no meio de Israel e procedeu com o seu povo maravilhosamente (26).

C. A VINDA DO ESPÍRITO SANTO, Joel 2:28-32

Vemos que as maiores bênçãos colocadas diante do povo de Deus são:

1) O derra-mamento do Espírito de Deus sobre toda a carne;

2) O julgamento das nações; e

3) A glorificação do povo de Deus. Estas características não são mantidas estritamente em separado, mas, mesmo assim, são indicadas com clareza e relacionadas de perto umas com as outras.

Os estudantes do Novo Testamento reconhecem com facilidade os versículos 28:32 por ser a promessa gloriosa citada por Pedro no Dia de Pentecostes, quando este a iden-tificou por "é o que foi dito pelo profeta Joel" (Atos 2:16-21).5

E há de ser que, depois (um dia, no futuro), derramarei o meu Espírito sobre toda a carne (28). Se o Senhor deu a chuva temporã e a serôdia na forma de bênçãos materiais, também estava pronto para derramar (Is 32:5; Ez 39:29) bênçãos espirituais no dom do seu Espírito. Sob este aspecto, Pedro se refere ao comentário de Joel.

Se o primeiro grande ensino em Joel é o arrependimento diante das adversidades, o segundo é o derramamento do Espírito sobre toda a carne. A promessa é uma amplifica-ção de Números 11:29 e seu cumprimento, como já dissemos, ocorreu no Dia de Pentecos-tes narrado em Atos 2. A promessa em si é proeminentemente escatológica, embora objetivava "consolar o povo nos dias do profeta. Robinson declara que a promessa "é semelhante à mensagem de Jeremias de 'um concerto novo' (Jr 31:31-34). Ainda que não haja predição do Messias no livro de Joel, como bem observou Horton, o estudo deste livro deve nos levar a Cristo e ao batismo no Espírito Santo. Joel começa a construir a ponte para o Reino da Graça".6

Após a promessa do Espírito para toda a carne, a profecia descreve os fenômenos pertinentes ao grande evento que Pedro, mais tarde, identificou com o Dia de Pente-costes. Em Números 12:6, sonhos e visões são as duas formas de revelação profética.

Esta alusão em Joel significa que os filhos, as filhas, os velhos e os jovens receberão o Espírito de Deus com os dons divinos.

A promessa é estendida aos servos e servas (29; escravos e escravas). O evangelho deveria quebrar as correntes da escravidão, conclusão que os intérpretes judeus (a LXX e os fariseus) não conseguiram aceitar.'

A promessa do Espírito é o ponto culminante da profecia de Joel:

1) A promessa é universal, 28,29;

2) É uma promessa de um novo concerto, 32;

3) É uma promessa aos que crêem, 32.

O grande e terrível dia do SENHOR (31; cf. Ml 4:5) está estreitamente associado com a promessa do Espírito. Os fenômenos mencionados no versículo 31 são descrições figurativas do julgamento no Antigo e Novo Testamento (Is 13:10; Mac 13.24; Ap 6:12).

Pedro e Paulo (Rm 10:13) citam Joel quando aplicam o princípio da salvação pela fé aos homens de todas as gerações: E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo (32). Há o chamado ao Senhor em face do julgamento e a promessa de libertação para os que se arrependem. A última frase do versículo 32 indica que os restantes, os que verdadeiramente crerem, serão salvos. Mesmo nos dias de Joel, a resposta humana em fé torna-se o complemento da eleição divina. Deus elege para a libertação aqueles que invocam o nome do Senhor.'


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Joel Capítulo 2 versículo 17
Entre o pórtico e o altar:
Isto é, entre a fachada do edifício do templo (conforme 1Rs 6:3) e o altar de bronze situado no átrio, onde se ofereciam os sacrifícios (2Cr 4:1,2Cr 4:9). Conforme Ez 8:16; Mt 23:35; Lc 11:51.Jl 2:17 Onde está o seu Deus?: Ver Sl 42:3,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Joel Capítulo 2 do versículo 1 até o 32
*

2.1-17 Joel adverte “todos os habitantes da terra” (v. 1) a preparar-se para um ataque iminente do exército do Senhor. Uma atitude de contrição do povo pode trazer a compaixão e a bênção de Deus (v. 14).

* 2.1 a trombeta. O chifre de carneiro (hebraico shophar) era usado na guerra e para avisar do perigo. Todos tremiam ao som da trombeta avisando a vinda do dia do Senhor (Am 3:6; Sf 1:14-16).

Sião... meu santo monte. Jerusalém.

* 2.2 dia de escuridade e densas trevas. Este quadro intenso da vinda do Senhor (conforme Sf 1:15; Am 5:18, 20) corresponde às descrições de aparecimentos do Senhor no passado (Dt 4:11; 5:22, 23; Sl 97:2).

povo grande e poderoso. Metáforas complexas de um exército e uma invasão de gafanhotos se combinam para representar o juízo e a devastação que irá ocorrer (1.6, nota).

* 2.3 deserto assolado. Os invasores arrasam a terra. O vívido contraste entre “o Jardim do Éden” e este deserto (Gn 13:10; Is 51:3; 13 26:28-19'>Ez 28:13-19; 31:8, 9, 16-18; 36:35) ressalta o horror desta inescapável invasão.

*

2:5 Novamente o exército do juízo é descrito figuradamente como uma invasão de gafanhotos (1.6, nota; conforme Ap 9:1-11).

* 2.7-9 O exército é disciplinado, cruel, e bem sucedido. A “cidade” (v. 9) é finalmente invadida (conforme a praga egípcia dos gafanhotos em Êx 10:6).

* 2.10 terra... estrelas. Esses juízos divinos são acompanhados de terremotos e quebra da ordem natural. Toda a criação é perturbada (v. 31; Jr 4:23-26; Ez 32:7, 8; Na 1.5; Hb 3:6, 10).

* 2.11 seu exército. Esse implacável exército pertence ao Senhor. Ele ordena e suas forças obedecem. O dia do Senhor é grande (2.31; Sf 1:14), tremendo (Ml 4:5), e insuportável (Ml 3:2, Na 1.6).

*

2.12 Convertei-vos a mim. O Senhor convida seu povo a escapar voltando-se a ele com todo o seu coração.

jejuns... choro... pranto. Os sinais visíveis de arrependimento (Ed 10:1-6; Et 4:3; Jn 3:5-9).

* 2.13 não as vossas vestes. Ver “Legalismo” em Mt 23:4.

misericordioso... grande em benignidade. O chamado de retorno ao Senhor é baseado na própria revelação dramática do Senhor acerca do seu caráter a Moisés em Êx 34:6, 7, uma descrição freqüentemente repetida por todo o Antigo Testamento (ex., Nm 14:18; Sl 86:15; 103:8; 145:8; Ne 9:17; Jn 4:2).

* 2.14 Quem sabe se não se voltará, e se arrependerá. A soberania de Deus e sua liberdade em perdoar podem ser vistos nos vs. 13, 14 (conforme Êx 33:19; 2Sm 12:22; Lm 3:29; Jn 3:9; Sf 2:3). Ver nota em Gn 6:6.

* 2.15, 16 Outras instruções para retornar ao Senhor incluem um jejum e uma assembléia (v. 15), um ajuntamento e consagração de todo o povo, incluindo os velhos, as crianças, os bebês, e até mesmo aqueles que estão prestes a se casar (v. 16). A qualidade staccato da poesia hebraica nestes versículos enfatiza a urgência da situação.

*

2:17 Instruções específicas também são prescritas aos sacerdotes que devem chorar e oferecer orações de intercessão.

entre o pórtico e o altar. Este era o local usual no templo para a oração sacerdotal (1 Rs. 8.22; Ez 8:16).

tua herança. O lamento sacerdotal apela ao sentimento de posse e orgulho do Senhor para com o povo da sua aliança (Dt 9:26, 29; Sl 44:11-14; 74:2; 79:10; 115:2; Mq 7:10).

* 2.18-3.21 O Senhor, o Deus da aliança, promete renovar a terra e seu povo, quando ele responder com arrependimento às tribulações de 1:2-2.17. A renovação redentiva do povo de Deus levará algum dia à devastação final dos inimigos de Sião, e à sua exaltação final.

* 2.18-27 O arrependimento trará fertilidade à terra.

* 2.18 Então. Uma mudança de sujeito, modo, e tempo acontece neste ponto quando o Senhor promete a restauração.

*

2:19 As orações do povo de Deus serão respondidas.

* 2.20 exército que vem do Norte. Alguns intérpretes entendem isto como sendo uma referência aos gafanhotos do capítulo 1. Mais provável é a interpretação de que ele se refira a um grande e poderoso exército que se torna o instrumento de juízo do Senhor. Diversamente da maioria das invasões de gafanhotos (que vinham do leste ou do sul), invasões militares estrangeiras geralmente vinham do norte. Conforme as referências ao inimigo do norte em Jr 1:14, 15; 4:6; 6:1, 22; Ez 38:6, 15; 39:2.

* 2.21-24 Até mesmo a terra e os animais selvagens são exortados a não temer, e eles são exortados a se alegrarem e regozijarem com o povo de Sião na abundância agrícola do Senhor.

* 2:25 Ver nota em 1.4.

*

2:26 A abundância devia conduzir ao louvor (cf. Dt 8:10; Os 13:5, 6).

* 2:27 A restauração conduz a uma nova percepção de que o Senhor está em Israel, de que ele é o Deus da aliança e de que não há outro.

* 2.28-32 Joel profetiza acerca do derramamento sem precedentes do Espírito de Deus que irá ocorrer antes da vinda do dia do Senhor.

* 2.28, 29 Moisés havia orado anteriormente para que Israel como um todo fosse uma nação de profetas (Nm 11:29), e Joel também profetizou isto como parte do glorioso futuro de Israel. Pedro proclamou que a visão começou a encontrar seu cumprimento no Pentecoste com a vinda do Espírito Santo (At 2:16-21), que dá poder aos crentes para testemunhar de Jesus Cristo (At 1:8). Ao introduzir esta profecia com “nos últimos dias” (At 2:17), Pedro a vincula com outras profecias com respeito ao futuro messiânico de Israel e desta forma mostra que o Pentecoste inaugura a nova era prometida (conforme 1Pe 1:10-12).

*

2.28 depois. Joel divulga promessas mais distantes.

derramarei. Embora a palavra aqui se refira primariamente ao verter de líquidos (Gn 9:6; Êx 4:9), ela também é usada com relação ao Espírito Santo (Ez 39:29; Zc 12:10) que é concedido a todo o que crê sem distinção de sexo, idade ou posição social (1Co 12:13).

profetizarão... sonharão... terão visões. Ver Nm 12:6; Jr 31:31-34; Ez 36:26-29.

* 2.30, 31 A extensão universal dos eventos que anunciam “o grande e temível dia do Senhor” é aqui enfatizada. Ver também Is 13:10; Ez 32:7, 8; Am 8:9; Sf 1:14-17.

*

2.32 invocar o nome do SENHOR. Uma referência à adoração ao Senhor (Gn 12:8; Sl 105:1). A salvação somente pode ser encontrada no retorno à verdadeira e exclusiva adoração à Deus.

sobreviventes. Estes são aqueles chamados pelo Senhor que responderam com fé.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Joel Capítulo 2 do versículo 1 até o 32
2.1ss Joel ainda estava descrevendo os efeitos devastadores da praga de lagostas (veja-se 2.25). A crise era grave. Entretanto, Joel deu a entender que a praga de lagostas era sozinho a precursora de uma crise muito major se o povo não se voltava de seus pecados.

2:3 O horta do Éden foi o primeiro lar do Adão e Eva (Gn 2:8). Aqui se diz que a terra agora é um éden comparada com a terra depois da destruição.

2.12, 13 Deus disse ao povo que se voltasse para O enquanto ainda havia tempo. O tempo corria e a destruição logo lhes viria em cima. O tempo também corre para nós. devido a que não sabemos quando nossa vida chegará a seu fim, devemos nos voltar para Senhor agora enquanto podemos. Não permita que nada lhe impeça de voltar-se para Deus.

2:13 Muitas vezes a gente se rasgava as roupas em demonstração de profundo remorso. Entretanto, Deus não queria uma demonstração exterior de penitência a não ser um arrependimento interno (1Sm 16:7; Mt 23:1-36). Assegure-se de que sua atitude para Deus seja correta e não só no externo.

2:18 Aqui a profecia do Joel troca dramaticamente, e passa de profetizar castigo de Deus a anunciar derramamento do perdão e bênção de Deus. Isto aconteceria sozinho se o povo procurava viver da maneira que Deus queria que o fizesse, renunciando a seus pecados. Onde há arrependimento há esperança. Esta seção do livro alimenta essa esperança. Sem esta esperança a profecia do Joel solo nos traria desespero. Esta promessa de perdão deveu ter animado ao povo a arrepender-se.

2:20 Joel predisse a invasão do norte por parte dos exércitos inimigos de Assíria e Babilônia, simbolizados pelas lagostas.

2:21 Joel contrasta o temor ao castigo de Deus (2,1) com o gozo da intervenção de Deus (2.21). O pecado conduzirá castigo no Dia do Senhor, e só o perdão de Deus brindará regozijo. A menos que você se arrependa, seu pecado trará como resultado o castigo. Permita que Deus intervenha em sua vida e se poderá regozijar nesse dia, já que não terá nada que temer. Antes, houve fome, pragas e chorosas; logo, haverá festa, colheita e canções de louvor. Quando Deus governe, a restauração é completa. Enquanto isso, devemos recordar que deus promete prosperidade a todos seus seguidores. Quando Deus pessoa, O restaura essa relação quebrantada, mas não nos garante a riqueza individual.

Deus promete suprir toda necessidade aos que ama, perdoa, restaura nossa relação com O e cuida mediante a comunidade de crentes.

2:26, 27 Se os judeus alguma vez mais experimentariam um desastre como a praga de lagostas, como se pode explicar o cativeiro em Babilônia, a escravidão dos judeus pelos gregos e romanos, e sua perseguição sob o governo do Hitler? É importante não tirar este texto fora do contexto. Este é parte da seção de "bênção" da profecia do Joel. Solo se o povo se arrependia verdadeiramente evitaria o desastre como o que Joel descreveu. As bênções de Deus se prometem sozinho aos que sincera e fielmente o seguem. Deus sim promete que depois do dia final de castigo, seu povo nunca mais experimentará esta classe de desastre (Zc 14:9-11. Apocalipse 21).

2.28-32 Pedro citou esta passagem no dia do Pentecostés (At 2:16-21); o derramamento do Espírito predito pelo Joel ocorreu no Pentecostés. Ezequiel também falou de um derramamento do Espírito (Ez 39:28-29) o qual, alguns pensam que virá depois de que Cristo retorne. O Espírito de Deus está agora ao alcance de todos os que clamam ao Senhor (Ez 2:32).

2:30 Estes prodígios poderiam ser sinais da segunda vinda.

2:31, 32 O castigo e a misericórdia vão da mão. Joel havia dito que se o povo se arrependia, o Senhor o salvaria do julgamento (2.12-14). No meio do julgamento e a catástrofe, portanto, alguns seriam salvos. A intenção de Deus não é destruir a não ser restaurar. Entretanto, devemos aceitar sua salvação ou certamente pereceremos junto com os que não se arrependeram.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Joel Capítulo 2 do versículo 1 até o 32
6. Por que secou Pastos (2: 1-3)

1 Tocai a trombeta em Sião, e soar um alarme no meu santo monte; deixe que todos os habitantes da terra, porque o dia do Senhor vem, já está perto; 2 dia de trevas e escuridão, dia de nuvens e densas trevas, como a alva espalhada sobre os montes;um povo grande e forte; lá tem não sido sempre semelhantes, nem haverá mais depois deles, até mesmo para os anos de muitas gerações. 3 um fogo consome diante deles; e atrás dele uma chama abrasa: a terra é como o jardim do Éden, antes deles, e atrás dele um desolado deserto; sim, e ninguém lhe escapou-los.

Mais uma vez o profeta adverte que não está chegando um dia ainda pior do que isso, através do qual eles estão passando: deixar todos os habitantes da terra tremer . Como nenhum está escapando este deserto desolado, então ninguém vai escapar naquele dia do Senhor todo-julgar.

7. Por tudo devora Locusts (2: 4-11)

4 A aparência deles é como a de cavalos; e como cavaleiros, assim correm. 5 Como o estrondo de carros sobre os cumes dos montes vão eles saltando, como o ruído da chama de fogo que consome a pragana, como um povo forte em ordem de batalha. 6 Em seu presença os povos estão angustiados; todos os rostos são encerados pálido. 7 Correm como valentes; eles escalar o muro como homens de guerra; e marcham cada um nos seus caminhos, e eles não quebrar suas fileiras. 8 nem o um impulso outro;marcham cada um pelo seu caminho; e abrem caminho por entre as armas, e não quebrar o seu curso . 9 Pulam sobre a cidade; eles correm sobre o muro; eles sobem nas casas; entram pelas janelas como o ladrão. 10 O quaketh terra diante deles; estremecer os céus; o sol ea lua escurecem, e as estrelas retiram o seu resplendor. 11 E o Senhor faz soar a sua voz diante do seu exército; para seu acampamento é muito grande; para ele poderoso é, executando a sua palavra; para o dia do Senhor é grande e mui terrível; e quem o poderá suportar?

(Ver comentários a respeito 1: 2-4 .)

B. DESOLATION HALTED através do arrependimento (2: 12-17)

1. Transformando individualmente com o aluguel Corações (2: 12-14)

12 Todavia ainda agora diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração, e isso com jejuns, e com choro, e com pranto; 11 e rasgar seu coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso e compassivo, tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal. 14 Quem sabe se não se voltará e se arrependerá, e deixar após si uma bênção, em oferta de refeição e um drinque oferecendo ao Senhor vosso Deus?

Quando os homens virar (vv. Jl 2:12 , Jl 2:13) ou se arrepender, Deus também e se arrependerá . Quando os homens, com o coração contrito, abandonar o pecado para Deus, Deus muda de julgamento de misericórdia (conforme Ob 4:11 ). Quando o homem se recusa a virar, Deus está empenhado em pronunciar sobre ele.

O arrependimento é um termo aplicado nas Escrituras, tanto para os homens e com Deus. Ele tem muitas facetas.

Alguns levá-la para indicar uma mudança de coração ou alienação, outros uma mudança de mente ou pensamento ..., outros uma mudança de objetivo ou propósito, e outros uma mudança de vida ou de conduta.

Duas das facetas do arrependimento aparecer nesta passagem. A primeira é representada pela Hebrew shuv ou virar, e que significa transformar, retorno, virar. Este é bastante próximo da palavra grega do Novo Testamento, o significado primário do qual é transformar reviravolta no pensamento de um, mudar de idéia. A segunda é representada pela Hebrew nacham , traduzido aqui se arrepender . Esta palavra originalmente significava "para desenhar uma respiração profunda", ou por causa de alívio ou por causa de tristeza. Isso significa ter compaixão, a piedade, a se arrepender.

É rapidamente evidente que as palavras de arrependimento tem uma aplicação diferente quando usado de homens do que quando usado por Deus. Vire não pode referir-se a uma mudança de coração ou alienação, de objetivo ou propósito, de vida ou padrão de conduta, quando utilizado de Deus . Pode envolver tudo isso para o homem. Mas para Deus, isso significa que desde que o homem mudou sua atitude para com Ele, Deus pode agora mudar seus pensamentos, suas decisões, suas ações imediatas em relação ao homem. Para o homem não pode haver tristeza e pesar sobre o pecado. Para Deus, não há tristeza sobre Suas ações destinadas para com o homem, mas sim um sentimento de compaixão e piedade, um alívio que o curso de ação agora pode ser alterada.

Joel estava ligando para o arrependimento mais profundo por parte de seu povo, em busca de arrependimento de Deus. Ele queria que eles se arrependem como indivíduos, não ritualisticamente en masse , mas, pessoalmente, em espírito, abandonando o pecado e de todo o coração contrito. Era para ser com todo o teu coração, com jejuns ..., ...com choro, ...com o luto . Foi para envolver mais do que o rasgo das roupas ou peças de vestuário, o dramático, mas muitas vezes superficial e até mesmo hipócrita maneira os israelitas tinham de expressar tristeza. Deve envolver o rasgar do coração (conforme Mt 3:8)

15 Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembléia solene; 16 reunir o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, reuni os filhinhos e os que mamam; saia o noivo saiu do seu quarto, e a noiva do seu aposento. 17 Que os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre chorar eo altar, e digam: Poupa a teu povo, ó Senhor, e não entregues tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele: Por que diriam entre os povos: Onde está o seu Deus?

A preocupação de Joel para genuíno arrependimento pessoal não descartou a sua chamada paralelo para arrependimento coletivo. Ele queria que eles se arrependem como uma nação, montagem de humildade, de bebês para recém-casados ​​em idade nem mesmo velhos estavam isentos (conforme Dt 24:5. ; . Sl 79:10 ).

III. Bênçãos para Judá (Os 2:18)

1. Porque Ele é compassivo, Prayer-Eletrônica (2: 18-20)

18 Em seguida, era Jeová zeloso da sua terra, e se compadeceu do seu Pv 19:1 E o Senhor respondeu, e disse ao seu povo: Eis que vos envio o trigo, eo mosto, eo azeite, e deles sereis fartos; e eu não entregarei mais ao opróbrio entre as nações; 20 mas eu removerei para longe de vós o norte exército , e lançarei para uma terra seca e deserta, a sua frente para o mar oriental, ea sua retaguarda para o mar ocidental; e seu fedor subirá, e seu mau cheiro subirá, porque ele tem feito grandes coisas.

É interessante notar que o tempo verbal do versículo 18 na ASV, RSV, e traduções judaicas modernas é passado, em vez de futuro, pois é na KJV. A língua hebraica não tem aspectos bem definidos pretéritos e futuros, mas sim perfeitos e imperfeitos. Mesmo que um evento é futuro, se é absolutamente certo que vai ter lugar, está escrito como se a ação já foram concluídas ou perfeito. As promessas de Deus são apenas isso certo. Joel estava tão certo de Deus piedade por seu povo como se já tivesse ocorrido. E sendo certo da preocupação de Deus, ele revela que o Senhor voltará a enviar as bênçãos materiais necessários de grãos, vinho e óleo . Ele vai mesmo lutar batalhas de Judá contra aqueles que os detêm indefesas-gafanhotos e os homens também.

2. Porque Ele é Beneficente (2: 21-27)

21 Não temas, ó terra, ser feliz e se alegrar; para O Senhor fez grandes coisas. 22 Não temas, ó animais do campo; porque os pastos do deserto já primavera, porque a árvore dá o seu fruto, a figueira ea vinha fazer a sua força. 23 Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, e regozijai-vos no Senhor vosso Deus; porque ele vos dá o ex-chuva em apenas medida, e ele faz descer para você a chuva, a chuva temporã e serôdia, no primeiro mês . 24 E as eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão com mosto e de azeite. 25 E eu vos restituirei os anos que comeu o gafanhoto, o cancro-sem-fim, e a lagarta, eo palmer-sem-fim, o meu grande exército que enviei contra vós. 26 E comereis em abundância, e ficará satisfeito, e louvarão o nome do Senhor teu Deus, que se houver procedeu para convosco maravilhosamente; eo meu povo nunca mais será envergonhado. 27 E sabereis que eu estou no meio de Israel, e que eu sou o Senhor vosso Deus, e não há outro; eo meu povo nunca mais será envergonhado.

O Senhor fez grandes coisas em resposta ao arrependimento de Judá e em expressão de Sua grande misericórdia. O julgamento é agora transformado em bênção e prosperidade. A terra é abençoada com chuva temporã e serôdia, com frutificação, restauração e prosperidade nacional, com o conhecimento de que o Senhor está no meio deles.

3. Porque Ele é promissor (2: 28-32)

28 E ela deve vir a passar, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; 29 e também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito. 30 E mostrarei prodígios no os céus e na terra:. sangue e fogo, e colunas de fumaça 31 O sol se converterá em trevas, ea lua em sangue, antes do grande e terrível dia do Senhor vem. 32 E hão de acontecer, que todo aquele que invocar o nome do Senhor será libertada; pois no monte Sião e em Jerusalém estarão os que escaparem, como disse o Senhor, e entre os sobreviventes aqueles que o Senhor vos chama.

Aqui é a grande promessa de Pentecostes para todos os povos. Jeová é o Deus-Espírito conferir. Dois grandes promessas constituem a essência do presente número. Estes são bestowments distintamente espirituais, em contraste com os antigos bênçãos materiais. Depois ... Eu derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; e ... todo aquele que invocar o nome do Senhor será entregue . A incipiência do cumprimento Pentecostal desta profecia é visto na palavra depois . Isto depois estendida para o Dia de Pentecostes e além. Pedro no Pentecostes assim declarado (At 2:16 ). É possível que Moisés viu este grande dia de mesmo uma maior distância no tempo (N1. At 11:29 ). O Espírito é a de ser "derramado" sobre toda a carne, todas as idades, todas as classes, ambos os sexos. O objetivo é forth-dizer o evangelho, a ter visões de presságio divino, e sonhar sonhos de significado espiritual (vv. Jl 2:28-29 ). Estamos naquele dia glorioso agora.

É evidente a partir da descrição de hoje do "Espírito derramou-out" que há duas fases: (. Vv (1) a fase de bênção 28-29 ), e (2) a fase cataclísmico (vv. Jl 2:30-31 ), quando maravilhas de sangue, fogo e fumaça aparecer na terra e no céu, o sol deve ser escurecido, a lua se tornar sangrenta, pouco antes de o ingresso de o grande e terrível dia do Senhor (v. Jl 2:31 ). A primeira fase ocorreu e está ocorrendo; a segunda fase terá certamente como seguir. No meio de ambas as fases, Jeová promete libertação de todos os que o invocam.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Joel Capítulo 2 do versículo 1 até o 32
  • Tríbulação (2:1-11)
  • Joel toca as trombetas de alarme para avisar o povo de que o exército destruidor de gafanhotos está a ca-minho. Os gafanhotos assemelham- se a cavaleiros minúsculos, além de já terem provado em muitas ocasiões sua capacidade de comer tudo que encontram em seu caminho. O versí-culo 10 sugere um enxame tão gran-de a ponto de encobrir o sol e a lua.

  • Humilhação (2:12-17)
  • Joel toca a trombeta pela segun-da vez, dessa vez para chamar a congregação ao jejum, à oração e à confissão dos pecados. Isso não é para ser um mero rasgar de rou-pas exterior, mas, antes, um rasgar do coração. Em 1:13, Joel chamou apenas os sacerdotes à oração; em 2:16, ele convoca todos a jejuar. Sem dúvida, ele lembra-os da pro-messa 2Cr 7:14.

  • Restauração (2:18-27)
  • Tivemos o soar da trombeta e a as-sembléia; agora, temos a resposta do Senhor. O que a fé de Joel conseguiu —"Então o Senhor [...] respondeu" (NTLH). Deus promete afastar o exér-cito de gafanhotos e restaurar as pas-tagens. Na verdade, ele lhes dá "co-lheita tão abundante" que são mais que recompensados pelos anos des-truídos pelos gafanhotos (2:25). Ele não faz isso porque eles merecem, mas para que eles e as nações pagãs saibam que ele é o Senhor (v. 27).

    II. O dia do Senhor profetizado (2:28—3:21)

    Joel vai em frente e fala de outro "dia do Senhor", um tempo de jul-gamento futuro que terminará em bênção para os judeus.

    A. O Espírito derrama-se antes desse dia (2:28—3:21)

    No dia de Pentecostes (At 2:16-44), Pedro citou essa passagem do rela-to de Joel. Assim, leia com atenção a citação. No entanto, observe que Pedro não fala que a profecia de Joel foi cumprida. Antes, ele diz: "Mas o que ocorre é o que foi dito por in-termédio do profeta Joel". Em outras palavras, esse é o mesmo Espírito Santo do qual Joel falou. A profecia completa de Joel, com suas demons-trações de prodígios incríveis, não se cumprirá antes dos últimos dias. Por mais que forcemos nossa imagi-nação, não há como ver o cumpri-mento literal da profecia de Joel no Pentecostes. Não, o que aconteceu no Pentecostes foi o início da bên-ção do Senhor sobre Israel. Se a nação tivesse recebido a Cristo, em vez de prender os apóstolos e matar Estêvão, os prometidos "tempos ani-madores" vi riam com o retorno de Cristo e o estabelecimento do reino dele (At 3:19-44). Joel conta-nos que durante os últimos dias da história de Israel, no período da tribulação, o Espírito de Deus operará de forma poderosa na salvação dos judeus e dos gentios e haverá prodígios e si-nais poderosos nos céus. Apocalipse registra esses prodígios.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Joel Capítulo 2 do versículo 1 até o 32
    2.1 Trombeta. Heb shophar, da raiz shãphar, "ser agradável", "brilhante"; era uma trombeta comprida de som doce e agradável, diferente do qeren (que é uma palavra que significa "chifre", o qual, normalmente, serve para se fabricar trombetas). As trombetas de prata batida mencionadas em Nu 10:2 têm outro nome hebraico: haçôçerâh, e existia outro tipo para o jubileu, chamado yôbhel, Lv 25:11n. Terra. No Dia do Senhor as demais nações serão julgadas bem como Israel.

    2.2 Povo. Heb 'am, uma coletividade, um povo, um homem comum, uma nação, aplicável neste caso às locustas, e aos .invasores que prenunciavam. Em 1.6 a palavra "povo" traduz goy, que quer dizer "nação", "nação estrangeira" e, portanto, "gentio", mas em Pv 30:25 aplica-se à raça, família ou gênero das formigas e dos arganazes.

    2:7-9 Correr sobre os muros também é uma possibilidade para invasores humanos, já que os muros orientais eram largos como estradas (Ne 12:31-16).

    2.10 Treme a terra. Em Ap 8:12, João descreve o mesmo evento; dá-nos alguns pormenores, e João fala-nos dos outros.

    2.11 Seu exército. Primariamente, refere-se às locustas que obedecem ao plano divino; profeticamente é a hoste do Senhor a executar Seu julgamento sobre o mundo rebelde. Comp. a cena paralela descrita em Ap 19:0.

    2.19 Cereal... vinho... óleo. Estas palavras representam a totalidade do sustento alimentício: os amidos, as vitaminas e a proteína, os produtos mais típicos da terra, produzindo a comida, a bebida e o combustível (o óleo que também serve como ungüento).

    2.20 O exército que vem do Norte. A maior parte dos invasores de Israel vieram, e virão, do Norte, (conforme Ez 38:6, 15). Mar oriental. O mar Morto (conforme Ez 47:18). Mar ocidental. O Mediterrâneo (conforme Dt 11:24). Os gafanhotos que invadem a Palestina são freqüentemente levados pelos ventos fortes; este versículo descreve a maneira das invasões de gafanhotos, mas as direções se referem a movimentos humanos.

    2.21 Terra. Heb 'a dhãmâh, o solo vermelho, do qual foi feito o homem, heb ãdãm, que é o nome do primeiro homem, Adão. Trata-se aqui do solo fértil invadido pelos gafanhotos, já que a palavra "terra" no sentido de país nação ou território é 'ereç, em heb.

    2.23 A chuva temporal e a serôdia. Havia sempre duas estações chuvosas na Palestina, a primeira em outubro, que preparava a terra para o cultivo, e a segunda em abril, que dava às plantas a força necessária para produzir frutos que amadurecem com o sol do verão. O contexto nos dá a entender que Deus já havia interrompido esta seqüência, mas que a restauraria na época da volta dos israelitas à sua terra. Veja Lv 26:4; Dt 11:14, Dt 11:17; 1Rs 8:35.

    2.28 Depois. A expressão heb 'aharê-khen, refere-se a época messiânica, e é equivalente a "nos últimos dias", conforme se interpreta emAt 2:17. Refere-se à vinda de Jesus Cristo (conforme 1.15n).

    2.32 Todo aquele que invocar o nomeio Senhor será salvo. A plenitude do significado desta expressão vê-se no NT, onde se lê que qualquer pessoa que crê no Senhor Jesus Cristo já tem a salvação eterna (Rm 10:13; Jo 3:16). Os sobreviventes. O verdadeiro remanescente de Israel; durante toda a história deste povo tem havido aqueles que permaneceram fiéis ao Senhor no meio da incredulidade nacional. Veja a promessa maravilhosa de sobreviventes que se voltarão para a seu Messias, Jesus Cristo (Rm 11:26).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Joel Capítulo 2 do versículo 1 até o 32

    2) A ameaça do juízo apocalíptico (2:1-27)
    a) O dia do Senhor vai trazer destruição (2:1-11)

    Para Joel, a praga dos gafanhotos é um sinal do juízo que está por vir. Para ele e para outros profetas, o “dia do Senhor” (yôm Yahweh) sempre está à mão. Esse “dia”, descrito em Is 2:12-23, é um dia em que Deus vai destruir tudo que se exaltou contra ele. Esperava-se que as promessas da aliança de Deus se cumpririam no dia da sua vinda, que ele cuidaria “Como pastor [...] do seu rebanho” (Is 40:11) e que o “trabalho que [...] foi imposto” a Jerusalém cessaria (Is 40:2). Ao mesmo tempo, haveria uma espantosa erradicação do mal. Visto que Israel era culpado de pecado e indiferença à justiça, a vinda do Senhor traria juízo, em vez de bênçãos (cf. Jl 5:21-30; ó.lss).

    v. 1. Com a praga dos gafanhotos em mente, o juízo de Deus sobre a nação é descrito com nuanças apocalípticas. A trombeta é o shõfãr, o chifre de carneiro usado para chamar o povo para a batalha (Jz 6:34ss), para a adoração (Sl 150:3), para anunciar um evento importante (1Rs 1:34) ou a presença de Deus (Ex 19:16). A trombeta é usada aqui para dar o alarme no monte Sião. Todos os habitantes deveriam tremer ao perceber que o julgamento de Deus estava próximo. Por inferência da recente e vívida impressão do céu escurecido por enxames de gafanhotos, o profeta descreve o “dia do Senhor” que é dia de trevas e de escuridão, e o invasor, um grande e poderoso exército, semelhante ao qual nunca antes se viu nem jamais se verá nas gerações futuras (v. 2). Eles cobrem as montanhas como a luz da aurora e são conduzidos pelo próprio Senhor (conforme v. 11). O seu ataque é devastador. Como fogo devorador, varrem a terra, que é como o jardim do Eden diante deles e, atrás deles, como um deserto arrasado (v. 3).

    Nos v. 4-11, o juízo associado com o dia do Senhor é retratado em metáforas mais distintamente militares, v. 4. E normal se dizer que o rosto de um gafanhoto é semelhante ao de um cavalo, e a velocidade poderia também ser comparada à de um cavalo, v. 5. A cor do gafanhoto adulto, com um matiz bronzeado nas suas asas, reflete a luz do sol em formas semelhantes a chamas. Sendo mais objetivo, o autor relata que o ataque das hordas de criaturas aos talos dos cereais de fato pode assemelhar-se ao fogo crepitante movendo-se rapidamente sobre a terra. v. 6. A reação do povo a esse tipo de ataque é pura angústia. Nada se pode fazer para diminuir a velocidade do ataque. A organização é estupenda, v. 7. escalam muralhas como soldados e com disciplina militar marcham em linha, sem desviar-se do curso. Pela simples força do seu número, eles vencem as armas de defesa que cercam a cidade e se movem rapidamente para ocupá-la, casa após casa (v. 9). Em termos terrenos, o seu triunfo é completo. No entanto, o profeta descreve adiante em linguagem apocalíptica o resultado das forças desordeiras sobre os elementos da natureza, v. 10. Diante deles a terra treme, os céus estreme-cem\ usando termos comumente usados acerca do dia do juízo, o sol e a lua escurecem (conforme Is 13:9; Ez 32:7; Os 2:31; Os 3:15; Mc 13:24). No terror da escuridão, O Senhor levanta a sua voz (v. 11), dando ordens à frente do seu grande exército. A frase na NEB: “inumeráveis são os que lhe obedecem” é melhor do que o texto da NVI: Como são poderosos os que obedecem à sua ordem (v. 11). Tendo concluído a descrição do terror do juízo, o profeta exclama: Como é grande o dia do Senhor! Como será terrível. A luz da devastação causada pelos gafanhotos e da devastação da ameaça de uma condenação muito maior, ele acrescenta, com um suspiro quase audível: Quem poderá suportá-lo?

    b) O chamado ao arrependimento (2:12-14)
    A primeira parte da profecia (1:1-20) descreveu os efeitos dos gafanhotos sobre a terra e sobre o culto com o apelo à reação adequada do pranto, do lamento e do clamor a Deus. A segunda parte (2:1-21) concentra-se no desastre como o reflexo (ou de fato o início) do juízo iminente do dia do Senhor, destacando os efeitos sobre o povo em Sl.

    v. 12. A cena muda: voltem-se para mim de todo 0 coração, diz o Senhor. Agora, porém ressalta que, embora o juízo já tenha começado, não é tarde demais para se interromper a mão de Deus: jejum (v. verbete “Jejum” no NB D), lamento e pranto são expressões exteriores do verdadeiro arrependimento que é a volta para o Senhor, v. 13. Rasgar as roupas era a expressão comum de tristeza, mas essa demonstração exterior é inadequada. Em vez disso, é preciso rasgar 0 coração. No pensamento semítico, o coração representa o centro do homem com todos os seus atributos físicos, intelectuais e emocionais (v. verbete “Coração” no NBD). Rasgar o coração representa uma mudança radical de pensamento, a adoção de uma nova forma de enxergar tudo na vida. Os velhos padrões precisam ser destruídos, substituídos por novas atitudes adequadas para aqueles por meio de quem Deus se torna conhecido ao mundo (Watts, Joel etc., p. 27,28). O convite para voltar ao Senhor é repetido, dessa vez seguido de razões pelas quais o povo deveria responder. Deus é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor (conforme Jo 4:2; Jc 1:19). v. 14a. Mesmo que tenha determinado julgar o mal entre o seu povo, se este simplesmente mudar os seus obstinados maus caminhos, ele também vai mudar a sua vontade e se “arrepender” do juízo planejado. O caráter de Deus retratado aqui é idêntico ao declarado pelo próprio Senhor no Sinai (Ex 34:6-9). Como dão testemunho as ofertas e festas (Os 1:9,Os 1:13) à validade contínua do relacionamento de aliança entre Deus e Israel (Ex 23:14-19), assim o Deus bondoso e amoroso que se revelou a Moisés vai perdoar repetidamente “a maldade, a rebelião e o pecado” (Ex 34:7) quando dele se aproximar um povo verdadeiramente arrependido. Desafiados por essa possibilidade, os habitantes de Nínive foram preparados para testar Deus (Jo 3:6-43), mas Jonas se rebelou (Jo 4:1-43). Por falta de temor a Deus, ele não entendeu que a promessa de Deus no Sinai poderia ser cumprida até mesmo em Nínive. Ele havia confrontado o mal durante tanto tempo que se esqueceu que

    Deus não era somente santo e puro, mas também misericordioso e estava disposto a perdoar se o povo se afastasse do mal. Joel, poi outro lado, estava preparado para reivindicai a promessa da aliança e estendê-la como corda salva-vidas ao povo dos seus dias.
    v. 14b. No lugar do castigo anunciado, c Senhor vai deixar uma bênção, indicada poi ofertas de cereal e ofertas derramadas para t Senhor, 0 seu Deus. Os efeitos da praga de gafanhotos serão removidos, e a terra será sarada. Haverá alimento novamente para que os sacerdotes possam usar nas ofertas diárias,

    c) O clamor pelo livramento (2:15-17j v. 15,16a. No entanto, o cumprimente da promessa depende totalmente do arrependimento do povo. Mais uma vez, a ordem é dada: Toquem a trombeta em Sião. Em vez de dar um alarme (2.1), a trombeta agora tem c objetivo de convocar uma assembléia sagrada, decretar um jejum santo, reunir o povo, expressões semelhantes às usadas em 1.14.

    v. 16b. A assembléia sagrada deve incluii todo o povo, começando com os anciãos e incluindo não somente as crianças, mas até ai que mamam no peito. Até os recém-casados devem deixar a sua preocupação um com o outro e se unirem à assembléia em jejum. Assim como todos estão incluídos no castigo do mal todos, de igual forma, precisam se unir nc arrependimento público da nação. O paralelismo é marcante, tanto entre os primeiros versículos da profecia (Os 1:2,Os 1:3) e essa narrativa, quanto entre os v. 15 e 16 (v. verbete “Poesia” no NBD).

    v. 17. os sacerdotes são identificados comc os que ministram perante 0 Senhor (conforme 1,13) e representam a nação diante do Senhor. Estai entre 0 pórtico do templo e o altar significa estar em frente do “Lugar Santíssimo”, diante da própria presença de Deus. Ali eles choram, implorando ao Senhor: Poupa o teu povo, Senhor. Enquanto o arrependimento é a atitude do povo, os sacerdotes apelam ac Senhor com base no fato de que destruir Israel faria da herança do Senhor objeto de zombaria e de chacota entre as nações. Não é fácil precisar o significado de chacota (mãshãl) aqui. No entanto, o seu uso em Dt 28:36-5 é útil. Moisés não somente adverte Israel de que uma conseqüência da desobediência é que o povo vai se tornar um “objeto [...] de riso {mãshãl) para todas as nações...” (v. 37), mas também adverte-o acerca de outra conseqüência — gafanhotos destruirão a colheita (v. 38,42)! A pergunta colocada na boca das nações Onde está o Deus deles? serve como comentário adicional ao significado de chacota. A pergunta pressupõe uma resposta negativa

    —    o Deus da aliança é ineficiente, ou abandonou o seu povo, ou, o que é pior, ele não existe. Com esse apelo, os sacerdotes deixam a causa. Joel observou os horrores do “dia do Senhor” e então perguntou: Quem poderá suportá-lo? (v. 11). O povo foi instado a se arrepender e se lançar à misericórdia de um Deus que prometeu ser misericordioso, v. 17. A pergunta retórica final não é tanto um insulto a Deus quanto um reconhecimento de que Israel foi escolhido por Deus

    —    é por meio dele que Deus quer se tornar conhecido diante das nações. Com esse conhecimento, a pergunta não é tanto “Será que Deus vai nos abandonar?”, mas “Como poderíamos não nos arrepender?”
    d) A promessa da restauração (2:18-27)
    O sucesso dos apelos de Joel pode ser medido pela resposta divina, v. 18. Em primeiro lugar, o Senhor vai mostrar zelo por sua terra. Esse zelo (“ciúme”) é de quem foi privado de algo que por direito lhe pertence e está sob compulsão de reivindicar sua devolução (conforme 1.6: “minha terra”; também Ex 20:4-6). Ter piedade do seu povo é mais bem traduzido por “ele foi tomado de compaixão por seu povo” (NEB). Essa compaixão, uma reação ao arrependimento, move Deus a reverter os danos causados pelos gafanhotos. v. 19. O trigo, vinho novo e azeite que foram destruídos (v.
    - 10b) logo serão repostos. Israel não será mais um objeto de zombaria para as nações, uma resposta ao apelo dos sacerdotes no v. 17.

    v. 20. Em segundo lugar, o invasor que vem do norte que saqueou a terra vai ser expulso. Tanto Jeremias (4.6,7) quanto Eze-quiel (38.15ss) haviam advertido acerca da destruição que viria do norte. Quando a justiça já não prevalece no povo de Deus, o juízo em forma de um exército invasor esmaga esse povo, “para que as nações me conheçam quando eu me mostrar santo por meio de você diante dos olhos delas” (Ez 38:16). Joel enxerga os gafanhotos na função do invasor do norte que vem para julgar um povo não arrependido. De acordo com Ezequiel, depois Deus destrói o invasor em virtude do seu próprio mal (Ez 38:18ss). Assim, após o arrependimento da nação, o invasor do norte é afastado, empurrado para uma tetra seca e estéril. A divisão dos gafanhotos em dois grupos, lançados respectivamente nos mares do oeste e do leste, lembra o destino dos gafanhotos que desceram na terra do Egito antes de o faraó libertar os israelitas. Após o pedido de Moisés, “o Senhor fez soprar com muito mais força o vento ocidental, e este envolveu os gafanhotos e os lançou no mar Vermelho. Não restou um gafanhoto sequer em toda a extensão do Egito” (Êx 10:19). Os restos em apodrecimento produzem um mau cheiro proporcional ao dano causado pelo invasor.

    Numa inversão do lamento Dt 1:15-5, Joel exulta num hino profético de louvor (v. Allen, p. 90ss). v. 21. Não tenha medo, ó terra; regozije-se e alegre-se é a resposta adequada ao Senhor que tem feito coisas grandiosas! Os atos heróicos de Deus são revestidos ironicamente da mesma linguagem das coisas grandiosas ou “atos orgulhosos” (NEB) do invasor. Não somente a terra deve se alegrar com o livramento, mas também os animais do campo devem entrar na celebração festiva, pois as suas pastagens estão ficando verdes e as árvores e a figueira e a videira estão novamente produzindo frutos (v. 22). Finalmente, o povo de Sido, a comunidade reunida, deve se alegrar no Senhor, o seu Deus (v. 23). Como nos tempos passados, Deus providenciou a dádiva da chuva. As chuvas de outono são necessárias para o preparo adequado do solo para o plantio. As chuvas de primavera são necessárias para o amadurecimento da safra para a colheita. A chuva é interpretada como um sinal visível da justificação da nação e da restauração ao lugar da bênção de Deus.

    O termo chuvas de outono (mõreh) pode também significar “professor”. Em conjunto com Dn 10:12, em que a palavra é associada de forma semelhante a uma palavra que significa “justiça”, ele é entendido como parte da base bíblica para o “mestre da justiça” da comunidade dos essênios (F. F. Bruce, Second Thoughts on the Dead Sea Scrolls, 2. ed., 1961, p. 94).

    O resultado da remoção da praga e da restauração da umidade do solo é que o espectro tenebroso da fome é eliminado, v. 24. Atos eiras ficarão cheias de trigo; os tonéis transbordarão de vinho novo e de azeite, e, como inversão dos eventos Dt 1:4, haverá compensação pelas colheitas perdidas em virtude da destruição causada pelos gafanhotos, o meu gpan-de exército que enviei contra vocês (v. 5).

    Os v. 25,26 esboçam o resultado tríplice para o povo de Deus. Em primeiro lugar, terão novamente o suficiente para comer (até ficarem satisfeitos). Em segundo lugar, a adoração será retomada, e eles louvarão o nome do Senhor, o seu Deus. Em terceiro lugar, o escárnio das nações Onde está o Deus deles? (2.17) terá resposta: Nunca mais o meu povo será humilhado (v. 26). Conforme Rm 10:10-45. A dúvida gerada pela devastação da terra será substituída pelo conhecimento experiencial de que eu estou no meio de Israel. Eu sou o Senhor, o seu Deus, e não há nenhum outro (v. 27).

    Como no Sinai (Ex 20:2), também aqui a singularidade do relacionamento de aliança de Deus com Israel é confirmada.

    Por meio do livramento da nação do desastre, o povo será declarado publicamente como meu povo por aquele que reivindica a lealdade não dividida deles. A luz do “dia do Senhor” ainda por vir, essa confirmação é particularmente importante. O mal será julgado em todo lugar em que for encontrado, mas o povo da aliança de Deus será poupado da destruição da qual se lembra tão bem, para nunca mais ser humilhado. A referência é principalmente à recente invasão de gafanhotos e ao espetáculo que isso proporcionou às nações vizinhas. No entanto, pode ser também uma alusão à destruição de Jerusalém e ao exílio do seu povo em 587 a.C. (Watts, p. 37), um evento terrível ainda bem vivo na memória da nação.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Joel Capítulo 2 do versículo 1 até o 17

    Joel 2

    B. A Praga como Precursora do Dia do Juízo. Jl 2:1-17.

    O profeta visualiza uma praga ainda mais terrível que está por vir. Em termos altamente poéticos ele descreve os enxames de gafanhotos como se fossem um exército hostil, vindo como o exército do Senhor para julgamento (Jl 2:1-11). Mas a porta da misericórdia, ele diz, ainda está entreaberta! Se o povo se voltar para o seu Deus com coração contrito, a calamidade pode ser evitada (Jl 2:12-14). O profeta convoca toda a comunidade para uma reunião de oração e jejum na casa do Senhor (Jl 2:15-17).


    1) Um Quadro Vivo do Juízo Vindouro. Jl 2:1-11.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Joel Capítulo 2 do versículo 12 até o 17
    d) O apelo ao povo (Os 2:12-29; mas aqui há três importantes diferenças. No capítulo primeiro o apelo foi lançado exclusivamente a um sacerdócio negligente; aqui, entretanto, todos são convocados-homens, mulheres, crianças, e até mesmo noivos e noivas recentemente casados, os quais, em circunstâncias ordinárias, estavam isentos, por um ano, de todo dever público (Dt 24:5). Se necessário fosse, o jovem casal deveria levantar-se da festa de casamento; a palavra tálamo (16; em heb. chuppah) é antes "dossel" ou "pavilhão" e indubitavelmente se refere à tenda nupcial especial que, até mesmo em tempos modernos, é erigida para a cerimônia do casamento. Uma segunda diferença é que aqui não são chamados a responder por suas iniqüidades, como no capítulo primeiro, mas antes, para esperar pela misericórdia de Deus. A buzina (15), não é, como em Os 2:1, uma advertência sobre a aproximação de perigo, mas antes, uma convocação para reunião religiosa. A grande razão aqui oferecida para esse "dia nacional de oração" era para que as nações não façam escárnio dele (isto é, do povo) (17). Joel ansiava para que a destruição da nação santa de Deus não viesse a provocar os pagãos (note-se que aqui ele identifica os gafanhotos com os pagãos) a dizerem que o Deus de Israel ou não era Deus de modo algum ou que Ele não queria ou não pode guardá-los. Essa calúnia Joel não podia tolerar facilmente. Era falsa aos fatos, à experiência e à aliança.

    Dicionário

    Alpendre

    substantivo masculino Pequeno telhado saliente acima de uma porta, de uma janela, para abrigar do sol, da chuva, ou para servir de ornato; telheiro.
    Pátio coberto; varanda coberta.
    Construção rústica, coberta; galpão.
    Balcão coberto que circunda total ou parcialmente certas casas.
    Etimologia (origem da palavra alpendre). Forma derivada de pender.

    alpendrada, telheiro, pórtico, adro, átrio, vestíbulo. – Segundo Bruns.: “alpendre e alpendrada (ou alpendrado) têm por fundo o próprio edifício; o telheiro está contra o edifício ou isolado... Denominamos alpendre o adro coberto que há diante da porta de algumas ermidas e conventos; alpendrada o alpendre sobre que abrem as janelas de alguns chalets. Hoje alpendre diz-se quase exclusivamente daquela parte de um pátio que está coberta por telhado. Ao alpendre, como o entende Roquete21, dá-se o nome de anteportaria; e à alpendrada, inda que impropriamente, chama-se galeria”. – Pórtico é “portal de grande edifício, como templo, palácio, e que compreende certo espaço coberto, cuja abóbada é quase sempre sustentada de colunas e que serve de entrada”. – Adro (do latim atrium, que também nos dá átrio) é “o espaço que fica à frente do pórtico, e pode ser aberto, ou não”: diz-se mais particularmente do que se vê à entrada dos templos de alta construção. – Aplica-se o vocábulo átrio ao “pátio que nos grandes edifícios leva da entrada até à escadaria.” – Vestíbulo é “o espaço que vai da rua até à porta que dá no interior, em casas nobres, ou em geral, nos grandes edifícios”.

    Alpendre Uma cobertura apoiada em grandes colunas (Mt 26:71), RA).

    Cobertura saliente duma só água em geral à entrada de um prédio

    Altar

    substantivo masculino Antigamente, mesa para os sacrifícios: ergueu um altar aos deuses.
    Mesa onde é celebrada a missa.
    Espécie de mesa destinada aos sacrifícios em qualquer religião.
    Figurado A religião, a Igreja: o trono e o altar (o poder monárquico e a Igreja ou religião).
    Amor fortíssimo, adoração: aquela mãe tinha um altar no coração do filho.
    Objeto santo, venerável, digno de sacrifícios: o altar da pátria.
    [Astronomia] Constelação austral.
    Sacrifício do altar, a missa.
    Ministro do altar, padre da religião cristã.
    Conduzir ao altar uma pessoa, desposá-la.

    Vem da palavra latina ‘altus’, echamava-se assim por ser coisa construída em elevação, empregando-se para sacrifícios e outros oferecimentos. A significação mais usual da palavra hebraica e grega é ‘lugar de matança’. Duas outras palavras em hebraico (Ez 43:15), e uma em grego (At 17:23), traduzem-se pelo termo ‘altar’, mas pouca luz derramam sobre a significação da palavra. Depois da primeira referência (Gn 8:20), estão relacionados os altares com os patriarcas e com Moisés (Gn 12:7-22.9, 35.1,1 – Êx 17:15-24.4). As primeiras instruções com respeito ao levantamento de um altar, em conexão com a Lei, acham-se em Êx 20:24-25. Devia ser de terra, ou de pedra tosca, e sem degraus. Havia dois altares em relação com o tabernáculo, um no pátio exterior, e outro no Santo Lugar. o primeiro chamava-se altar de bronze, ou do holocausto, e ficava em frente do tabernáculo. Era de forma côncava, feito de madeira de acácia, quadrado, sendo o seu comprimento e a sua largura de sete côvados, e a altura de três côvados – estava coberto de metal, e provido de argolas e varais para o fim de ser transportado nas jornadas do povo israelita pelo deserto. Em cada um dos seus quatro cantos havia uma saliência, a que se dava o nome de ponta. Não havia degrau, mas uma borda em redor para conveniência dos sacerdotes, enquanto estavam realizando o seu trabalho. Pois que os sacrifícios eram oferecidos neste altar, a sua situação à entrada do tabernáculo era para o povo de israel uma significativa lição de que não havia possível aproximação de Deus a não ser por meio do sacrifício (Êx 27:1-8 – 38.1). o altar do incenso ficava no Santo Lugar, mesmo em frente do véu, que estava diante do Santo dos Santos. Era quadrado, sendo o seu comprimento e largura de um côvado, com dois côvados de altura: feito de madeira de acácia, e forrado de ouro puro, tinha pontas em cada canto, e duas argolas de ouro aos dois lados. Ainda que este altar estava colocado no Santo Lugar, tinha ele tal relação com o significado espiritual do Santo dos Santos, que se podia dizer que era pertence deste lugar (Hb 9:3-4). Sobre ele se queimava o incenso de manhã e de tarde, como símbolo da constante adoração do povo (Êx 30:1-10 – 40.5 – 1 Ra 6.22 – Sl 141:2). No templo de Salomão o altar de bronze era muito maior do que o do tabernáculo (1 Rs 8.64), e um novo altar do incenso foi também edificado (1 Rs 7.48). o tabernáculo era o santuário central em que Deus podia ser adorado, segundo a maneira divinamente estabelecida – foi proibido a israel ter mais do que um santuário. Mas havia ambigüidade acerca da palavra ‘santuário’, pois empregava-se este termo tanto para casa, como para altar. A casa ou ‘santuário central’ tinha os seus dois altares, mas não estava cada altar em relação com uma casa. Em toda a parte eram permitidos altares, desde o tempo de Moisés em diante (Êx 20:24-26), mas somente um santuário (Êx 25:8). o requisito necessário, quanto ao levantamento de altares, era que eles não deviam ter ligação alguma com os altares gentílicos ou os lugares altos (Dt 16:21). Pluralidade de altares era coisa consentida, mas não de casas (Êx 20:24-26). A única ocasião em que houve mais de uma casa foi durante as confusões e complicações do tempo de Davi, existindo então dois santuários com dois altares de bronze, um em Gibeom e o outro em Jerusalém (1 Rs 3.2,4,16). Quando o reino se dividiu, estabeleceu Jeroboão os seus próprios santuários em Dã e Betel, a fim de evitar que o povo se dirigisse a Jerusalém, e fosse por isso afastado da submissão ao seu rei. os outros usos do altar eram, ou para memória de algum fato (Js 2L10), ou para servir de asilo em caso de perigo (1 Rs 1,50) – mas isto era excepcional, não destruindo a idéia geral do altar como lugar de sacrifício. No Novo Testamento o emprego do termo altar é muito raro. Em Mt 5:23, a referência é ao altar judaico dos holocaustos. Em 1 Co 9.13 10:18, o altar pagão e a Mesa do Senhor são postos em relação e em contraste.

    Altar Mesa feita de madeira, terra ou pedras, sobre a qual se ofereciam os SACRIFÍCIOS (Ex 27:1); 20.24; (Dt 27:5). Os altares de madeira eram revestidos de algum metal e tinham pontas (chifres) nos quatro cantos (Lv 4:25). Fugitivos ficavam em segurança quando c orriam e se agarravam a essas pontas (1Rs 2:28). Havia também o altar do INCENSO, que ficava no SANTO LUGAR (Ex 30:1-10).

    Altar O lugar diante do qual se apresentavam as oferendas a Deus. Jesus considerava-o digno de respeito (Mt 5:23ss.; 23,18-20) e exigia, por isso, a prévia reconciliação daqueles que se acercavam dele.

    Chorar

    verbo intransitivo Derramar lágrimas; soluçar.
    verbo transitivo Afligir-se, sentir remorsos ou arrependimento, lamentar a perda de, prantear.
    [Brasil] Nos jogos carteados, ir descobrindo as cartas vagarosamente a fim de verificar o seu valor.

    prantear, carpir, lamentar, gemer, lagrimar, soluçar. – “Ao derramar, ou verter lágrimas chama-se chorar” – diz Roq. – do castelhano llorar, do latim fleo. É termo genérico, pois não só indica as lágrimas que provêm de dor e aflição, como as que por alguma circunstância se destilam das glândulas lacrimais. O fumo, os ácidos, etc. fazem chorar os olhos. Chora-se de alegria não menos que de tristeza. Choram também as videiras e os ramos quando se cortam. – Quando às lágrimas se juntam vozes queixosas, com lamentos – e talvez soluços, pranteia-se. O pranto é mais forte e intenso que o choro, porque neste derramam-se lágrimas com lamentos e soluços. – Lamentar é queixar-se com pranto e mostras de dor; e também exprime canto lúgubre em que se chora alguma grande calamidade. Jeremias lamentou poeticamente 37 Por isso mesmo é que é preciso admitir que choque não é simplesmente encontro, como se diz no artigo. Pode haver encontro sem haver choque, pois esta palavra dá ideia do abalo que o encontro produz. 268 Rocha Pombo as desgraças da ingrata Jerusalém, e a esta espécie de poema elegíaco se deu com razão o nome de lamentações. – Costumavam os antigos arrancar, ou pelo menos desgrenhar os cabelos, e desfigurar as faces, na ocasião de luto, e para exprimir esta ação de profunda dor, usavam do verbo carpir, e carpir-se, o qual, por extensão, veio a significar quase o mesmo que lamentar. Do uso de carpir-se sobre os defuntos se faz menção na Crônica de d. João 1. Havia antigamente mulheres a quem se pagava para carpir-se sobre defuntos, e acompanhar os enterros, fazendo mostras de dor e aflição, e a que se chamava carpideiras. Refere-se, pois, este vocábulo especialmente às ações que demonstram dor e mágoa. De todas estas palavras, a mais poética, e que em lugar das outras muitas vezes se emprega, é o verbo chorar, de que o nosso poeta fez mui frequente uso, como estão dizendo os seguintes lugares: Os altos promontorios o choraram; E dos rios as aguas saudosas, Os semeados campos alagaram Com lagrimas correndo piedosas. (Lus. III,
    84) As filhas do Mondego a morte escura Longo tempo chorando memoraram; E por memoria eterna, em fonte pura As lagrimas choradas transformaram. (Ibid. III,
    135) Choraram-te, Thomé, o Gange e o Indo; Chorou-te toda a terra que pisaste; Mais te choram as almas que vestindo Se iam da santa Fé que lhe ensinaste. (Ib. X,
    118) – Gemer é “dar sinal de grande dor, exprimir aflição, por meio de voz inarticulada e lamentosa”. Os grandes prantos são sempre acompanhados de gemidos. – Lagrimar é “verter lágrimas”. Julgam muitos que não passe este verbo de simples variante de lagrimejar (ou lacrimejar); mas, na acepção em que é preciso tomá-lo neste grupo, é de uma força e intensidade que o tornam indispensável na língua, para significar “verter lágrimas como por efeito de imensa dor, gemendo e pranteando”. É com este sentido que empregou Dante o seu lagrimare num daqueles versos que pôs na boca de Ugolino: Ma se le mie parole esser, den seme, Che frutti infamia al traditor, ch’io [rodo, Parlare e lagrimar’ vedrai insieme. (Inf. XXXIII,
    3) Ora, traduzir este lagrimare pelo nosso chorar não seria menos do que diminuir deploravelmente aquela grande figura. – Soluçar é “prantear e gemer com aflição, como se a alma abalada clamasse em desespero para fora”. Por isso dizemos figuradamente que – o mar soluça e não – pranteia, nem – chora; pois há como que aflição monstruosa no embate das ondas contra a praia.

    Deus

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Entregar

    verbo transitivo direto e bitransitivo Passar para as mãos de alguém; dar algo a alguém; dar: entregar correspondência; entregar cartões para os funcionários.
    Passar algo para alguém mediante pagamento; vender: entregar um bem por dinheiro.
    Devolver algo que não lhe pertencia; restituir: entregar as canetas para os donos; entregar aos filhos seus presentes.
    Denunciar um crime; denunciar: entregar os bandidos para os policiais.
    Dar para que alguém proteja, cuide; cuidar: entregou o filho à mãe.
    verbo pronominal Dedicar por inteiro: entregou-se ao sofrimento.
    Não seguir adiante com; desistir, render: o combatente entregou-se ao adversário.
    Dedicar-se a outra pessoa emotiva ou sexualmente: entregou-se à namorada.
    Etimologia (origem da palavra entregar). Do latim integrare.

    Escárnio

    substantivo masculino Dito ou comportamento que zoa alguém ou alguma coisa, com o intuito de causar risos; zombaria.
    Comportamento que demonstra desdém por algo ou alguém; menosprezo: tinha escárnio em relação aos próprios eleitores.
    O que pode ser alvo desse comportamento; desdém: não aguentou seu escárnio e preferiu se separar.
    Etimologia (origem da palavra escárnio). De origem questionável.

    A palavra escárnio vem do verbo escarnir, ou escarnecer, que tem origem no germânico skernjan, que significa gozar, humilhar ou fazer pouco de alguém.

    Zombaria; desprezo

    Escárnio Caçoada (Sl 79:4; Hc 11:36).

    Herança

    Herança
    1) Propriedades ou bens recebidos de um antepassado após a sua morte (1Rs 21:3)

    2) Figuradamente, a terra de Canaã, dada por Deus ao seu povo (1Rs 8:36); o próprio Javé (Sl 16:5); o reino de Deus com todas as suas bênçãos presentes e futuras (He 9:15); (Rm 8:17); (1Pe 1:)

    A lei mosaica, que dizia respeito à sucessão das terras, não era de forma alguma complicada. A propriedade do pai era igualmente repartida entre os filhos, à exceção do mais velho que tinha uma dobrada porção (Dt 21:17). Quando não havia filhos, mas somente neste caso, as filhas partilhavam na herança, imposta a condição de que haviam de casar com homens da sua própria tribo (Nm 36:6 e seg.). Não havendo filhos nem filhas, ia a propriedade do morto para o seu irmão, e na falta deste para o tio paterno, e finalmente para o parente mais próximo. Uma interessante feição da lei mosaica acerca da herança era a disposição de que, se uma mulher enviuvasse, e não tivesse filhos, o parente mais próximo do seu falecido marido tinha o direito de casar com ela – se ele não quisesse recebê-la por mulher, então tinha o mesmo direito o que estivesse mais próximo em parentesco (Rt 3:12-13 – 4). Neste caso era obrigado o novo marido pelo ‘direito da herança’ a remir a propriedade da sua mulher, quando esta tivesse deixado de a possuir (Jr 32:7). Deve ser lembrado que todas as leis relativas à propriedade da terra foram estabelecidas com o fim de evitar que saíssem esses bens da posse da família (Dt. 21.15 a 17). As leis referentes ao ano do jubileu deviam ter o mesmo objetivo, isto é, o de rigorosamente fixar as propriedades rurais numa certa linha de herdeiros. Desta maneira a sucessão na posse era um fato de direito, e não de escolha. os filhos, na verdade, tinham o direito de reclamar a sua herança antes da morte do pai, contanto que estivessem todos de acordo. isto era assim com respeito aos bens pessoais, de que o proprietário podia dispor como quisesse. A este costume se refere a parábola do filho pródigo (Lc 15).

    substantivo feminino Bem, direito ou obrigação transmitidos por disposição testamentária ou por via de sucessão.
    Legado, patrimônio.
    Figurado Condição, sorte, situação que se recebe dos pais.
    Genét. Conjunto de caracteres hereditários transmitidos pelos genes; hereditariedade.
    Herança jacente, aquela que fica sob a guarda, conservação e administração de um curador, por não haver herdeiros conhecidos.
    Herança vacante, a que se devolve ao Estado se, praticadas todas as diligências legais, não aparecerem herdeiros.

    Ministros

    masc. pl. de ministro

    mi·nis·tro
    nome masculino

    1. Servidor, servo.

    2. Ministrante.

    3. Executador.

    4. Pastor protestante.

    5. Personagem a quem o chefe do Estado confia a administração de um dos ramos da causa pública.

    6. Representante de uma nação em corte estrangeira.


    ministro sem pasta
    [Política] Membro do Conselho de Ministros quando não tem a seu cargo algum dos ministérios.


    Ver também dúvida linguística: pronúncia de ridículo, de ministro e de vizinho.

    Nações

    nação | s. f. | s. f. pl.
    Será que queria dizer nações?

    na·ção
    nome feminino

    1. Conjunto de indivíduos habituados aos mesmos usos, costumes e língua.

    2. Estado que se governa por leis próprias.

    3. Casta, raça.

    4. Naturalidade, pátria.


    nações
    nome feminino plural

    5. Religião Gentio, pagão (em relação aos israelitas).


    direito das nações
    Direito internacional.


    Nações Designação geral dos povos não-israelitas (Ex 34:24; Lc 24:47). “Nação”, no singular, é usado também para Israel (Gn 12:2; Ex 19:6).

    Nações Ver Gentios.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    O

    substantivo masculino Décima quinta letra que compõe o alfabeto português e sua quarta vogal.
    apositivo Que, numa série, está após o elemento designado pela letra "n": fileira O.
    Gramática Como artigo, refere-se aos nomes masculinos, acompanhando-os: o carro; o caderno.
    Gramática Restringe a referência de um substantivo ao ser, ou coisa, percebido no contexto, situação ou texto: o juiz começará o julgamento.
    pronome demonstrativo Faz com que qualquer palavra ou expressão se torne um substantivo: o nascer do dia.
    Gramática Usa-se como sinônimo de: isso, aquilo, quando se referir a um substantivo não determinado: falou o que não devia e foi embora.
    pronome pessoal De mesmo sentido que "a ele": insultou-o, mas pediu desculpas.
    [Símbolo] Representação do Oxigênio (elemento químico), simbolizado por O.
    Forma abreviada de Oeste (ponto cardeal situado no lado em que o sol se põe), simbolizado por O.
    Etimologia (origem da palavra o). Do pronome arcaico, lo; pelo latim illu.m.

    Opróbrio

    substantivo masculino Vergonha pública; desonra que acorre publicamente.
    Comportamento ou palavra que humilha, avilta.
    O que causa humilhação; que humilha, degrada, desdenha.
    Estado do que demonstra excesso de baixeza, torpeza; degradação.
    Ausência de consideração; desprezo, desonra.
    Etimologia (origem da palavra opróbrio). Do latim opprobrium.ii.

    Desonra; abjeção extrema; grande vergonha

    Opróbrio
    1) Estado de profundo rebaixamento, desonra e vergonha (19:5); (Is 30:5)

    2) Insulto (Sl 69:20), RA).

    Poupa

    Esta ave era, também, das que a lei de Moisés proibia que se comessem (Lv 11:19 e Dt 14:18). A poupa, de bico comprido e delgado, alimenta-se dos insetos que encontra nos monturos e nas terras alagadiças, freqüentando, também, os vales no deserto e os sítios pantanosos junto das cidades. Possui uma alta crista – e na sua listrada plumagem salientam-se as penas de cor branca. os seus movimentos são mais grotescos do que belos. A poupa é quase tão grande como um tordo.

    substantivo feminino Pequeno tufo de penas que adorna a cabeça de certas aves.
    Zoologia Ave da ordem dos tenuirrostros, do tamanho de um melro, que tem um tufo de penas na cabeça.

    Poupa Ave da família dos CORVOS (Lv 11:19).

    Povo

    substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
    Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
    Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
    Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
    Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
    Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
    Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
    Público, considerado em seu conjunto.
    Quantidade excessiva de gente; multidão.
    [Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
    substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
    Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
    Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

    Povos

    povo | s. m. | s. m. pl.

    po·vo |ô| |ô|
    (latim populus, -i)
    nome masculino

    1. Conjunto dos habitantes de uma nação ou de uma localidade. = POPULAÇÃO

    2. Pequena povoação.

    3. Lugarejo.

    4. Aglomeração de pessoas. = GENTE

    5. Figurado Grande número, quantidade.

    6. História Estrato da população que não pertencia nem ao clero, nem à nobreza. = PLEBE


    povos
    nome masculino plural

    7. As nações.


    povo miúdo
    Classe inferior da sociedade. = ARRAIA-MIÚDA, PLEBE

    Plural: povos |ó|.

    Sacerdotes

    masc. pl. de sacerdote

    sa·cer·do·te
    (latim sacerdos, -otis)
    nome masculino

    1. Religião Pessoa que fazia sacrifícios às divindades.

    2. Religião Pessoa que ministra os sacramentos de uma igreja. = PADRE

    3. Figurado O que exerce profissão muito honrosa e elevada.


    sumo sacerdote
    Religião Pessoa que está no topo da hierarquia de uma igreja.

    Feminino: sacerdotisa.

    Veja Levitas.


    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    º

    ò | contr.
    ó | interj.
    ó | s. m.
    o | art. def. m. sing. | pron. pess. | pron. dem.
    o | s. m. | adj. 2 g. | símb.
    ô | s. m.

    ò
    (a + o)
    contracção
    contração

    [Arcaico] Contracção da preposição a com o artigo ou pronome o.

    Confrontar: ó e oh.

    ó 1
    (latim o)
    interjeição

    Palavra usada para chamar ou invocar.

    Confrontar: oh e ò.

    Ver também dúvida linguística: oh/ó.

    ó 2
    nome masculino

    Nome da letra o ou O.

    Confrontar: ò.

    o |u| |u| 2
    (latim ille, illa, illud, aquele)
    artigo definido masculino singular

    1. Quando junto de um nome que determina.

    pronome pessoal

    2. Esse homem.

    3. Essa coisa.

    pronome demonstrativo

    4. Aquilo.

    Confrontar: ó.

    Ver também dúvida linguística: pronome "o" depois de ditongo nasal.

    o |ó| |ó| 1
    (latim o)
    nome masculino

    1. Décima quarta letra do alfabeto da língua portuguesa (ou décima quinta, se incluídos o K, W e Y). [É aberto como em avó, fechado como em avô, átono ou mudo como em mudo, e tem o valor de u em o [artigo], etc.]

    2. [Por extensão] Círculo, anel, elo, redondo.

    3. Quando em forma de expoente de um número, designa que esse número é ordinal, ou significa grau ou graus.

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    4. Décimo quarto, numa série indicada por letras (ou décimo quinto, se incluídos o K, W e Y).

    símbolo

    5. Símbolo de oeste.

    6. [Química] Símbolo químico do oxigénio. (Com maiúscula.)

    Plural: ós ou oo.

    ô
    (latim o)
    nome masculino

    [Brasil] Palavra usada para chamar ou invocar. = Ó

    Confrontar: o.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Joel 2: 17 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Chorem os sacerdotes, serviçais do SENHOR, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a Teu povo, ó SENHOR, e não entregues a Tua herança ao opróbrio, para que os gentios a dominem; por que diriam entre os povos: Onde está o Deus deles?
    Joel 2: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    835 a.C.
    H1058
    bâkâh
    בָּכָה
    chorar, lamentar, prantear, derramar lágrimas
    (and wept)
    Verbo
    H1471
    gôwy
    גֹּוי
    nação, povo
    (of the Gentiles)
    Substantivo
    H197
    ʼûwlâm
    אוּלָם
    pórtico
    (And the porch)
    Substantivo
    H2347
    chûwç
    חוּס
    tribulação
    (tribulation)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo
    H2781
    cherpâh
    חֶרְפָּה
    reprovar, desdenhar
    (my reproach)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H346
    ʼayêh
    אַיֵּה
    Onde
    (Where)
    Pronome interrogativo
    H3548
    kôhên
    כֹּהֵן
    sacerdote, oficiante principal ou governante principal
    ([was] priest)
    Substantivo
    H408
    ʼal
    אַל
    não
    (not)
    Advérbio
    H4100
    mâh
    מָה
    o que / aquilo
    (what)
    Pronome
    H4196
    mizbêach
    מִזְבֵּחַ
    um altar
    (an altar)
    Substantivo
    H430
    ʼĕlôhîym
    אֱלֹהִים
    Deus
    (God)
    Substantivo
    H4910
    mâshal
    מָשַׁל
    governar, ter domínio, reinar
    (and to rule)
    Verbo
    H5159
    nachălâh
    נַחֲלָה
    possessão, propriedade, herança, quinhão
    (or inheritance)
    Substantivo
    H5414
    nâthan
    נָתַן
    E definir
    (And set)
    Verbo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H5971
    ʻam
    עַם
    as pessoas
    (the people)
    Substantivo
    H8334
    shârath
    שָׁרַת
    ()
    H996
    bêyn
    בֵּין
    e entre
    (and between)
    Prepostos


    בָּכָה


    (H1058)
    bâkâh (baw-kaw')

    01058 בכה bakah

    uma raiz primitiva; DITAT - 243; v

    1. chorar, lamentar, prantear, derramar lágrimas
      1. (Qal)
        1. prantear (em sofrimento, humilhação, ou alegria)
        2. chorar amargamente (com ac. cognato)
        3. chorar por (abraçar e chorar)
        4. lamentar
      2. (Piel) particípio
        1. lamentar
        2. prantear

    גֹּוי


    (H1471)
    gôwy (go'-ee)

    01471 גוי gowy raramente (forma contrata) גי goy

    aparentemente procedente da mesma raiz que 1465; DITAT - 326e n m

    1. nação, povo
      1. nação, povo
        1. noralmente referindo-se a não judeus
        2. referindo-se aos descendentes de Abraão
        3. referindo-se a Israel
      2. referindo-se a um enxame de gafanhotos, outros animais (fig.) n pr m
      3. Goim? = “nações”

    אוּלָם


    (H197)
    ʼûwlâm (oo-lawm')

    0197 אולם ’uwlam ou (forma contrata) אלם ’ulam

    procedente de 481(no sentido de amarrar); DITAT - 45c; n m

    1. pórtico
      1. no templo de Salomão
      2. no palácio de Salomão
      3. no templo da visão de Ezequiel

    חוּס


    (H2347)
    chûwç (khoos)

    02347 חוס chuwc

    uma raiz primitiva; DITAT - 626; v

    1. (Qal) ter piedade, ter compaixão, poupar, olhar com compaixão

    חֶרְפָּה


    (H2781)
    cherpâh (kher-paw')

    02781 חרפה cherpah

    procedente de 2778; DITAT - 749a; n f

    1. reprovar, desdenhar
      1. escarnecer, desdenhar (o inimigo)
      2. reprovar (condição de vergonha, desgraça)
      3. uma reprovação (um objeto)

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    אַיֵּה


    (H346)
    ʼayêh (ah-yay')

    0346 איה ’ayeh

    forma alongada procedente de 335; DITAT - 75a; inter adv

    1. onde?
      1. referindo-se a pessoas, coisas
      2. retórico

    כֹּהֵן


    (H3548)
    kôhên (ko-hane')

    03548 כהן kohen

    particípio ativo de 3547; DITAT - 959a; n m

    1. sacerdote, oficiante principal ou governante principal
      1. rei-sacerdote (Melquisedeque, Messias)
      2. sacerdotes pagãos
      3. sacerdotes de Javé
      4. sacerdotes levíticos
      5. sacerdotes aadoquitas
      6. sacerdotes araônicos
      7. o sumo sacerdote

    אַל


    (H408)
    ʼal (al)

    0408 אל ’al

    uma partícula negativa [ligada a 3808]; DITAT - 90; adv neg

    1. não, nem, nem mesmo, nada (como desejo ou preferência)
      1. não!, por favor não! (com um verbo)
      2. não deixe acontecer (com um verbo subentendido)
      3. não (com substantivo)
      4. nada (como substantivo)

    מָה


    (H4100)
    mâh (maw)

    04100 מה mah ou מה mah ou ם ma ou ם ma também מה meh

    uma partícula primitiva, grego 2982 λαμα; DITAT - 1149 pron interr

    1. o que, como, de que tipo
      1. (interrogativa)
        1. o que?
        2. de que tipo
        3. que? (retórico)
        4. qualquer um, tudo que, que
      2. (advérbio)
        1. como, como assim
        2. por que
        3. como! (exclamação)
      3. (com prep)
        1. em que?, pelo que?, com que?, de que maneira?
        2. por causa de que?
        3. semelhante a que?
          1. quanto?, quantos?, com qual freqüência?
          2. por quanto tempo?
        4. por qual razão?, por que?, para qual propósito?
        5. até quando?, quanto tempo?, sobre que?, por que? pron indef
    2. nada, o que, aquilo que

    מִזְבֵּחַ


    (H4196)
    mizbêach (miz-bay'-akh)

    04196 מזבח mizbeach

    procedente de 2076; DITAT - 525b; n m

    1. altar

    אֱלֹהִים


    (H430)
    ʼĕlôhîym (el-o-heem')

    0430 אלהים ’elohiym

    plural de 433; DITAT - 93c; n m p

    1. (plural)
      1. governantes, juízes
      2. seres divinos
      3. anjos
      4. deuses
    2. (plural intensivo - sentido singular)
      1. deus, deusa
      2. divino
      3. obras ou possessões especiais de Deus
      4. o (verdadeiro) Deus
      5. Deus

    מָשַׁל


    (H4910)
    mâshal (maw-shal')

    04910 משל mashal

    uma raiz primitiva; DITAT - 1259; v

    1. governar, ter domínio, reinar
      1. (Qal) governar, ter domínio
      2. (Hifil)
        1. levar a governar
        2. exercer domínio

    נַחֲלָה


    (H5159)
    nachălâh (nakh-al-aw')

    05159 נחלה nachalah

    procedente de 5157 (no seu sentido comum); DITAT - 1342a; n f

    1. possessão, propriedade, herança, quinhão
      1. propriedade
      2. porção, parte
      3. herança, porção

    נָתַן


    (H5414)
    nâthan (naw-than')

    05414 נתן nathan

    uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

    1. dar, pôr, estabelecer
      1. (Qal)
        1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
        2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
        3. fazer, constituir
      2. (Nifal)
        1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
        2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
      3. (Hofal)
        1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
        2. ser colocado sobre

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    עַם


    (H5971)
    ʻam (am)

    05971 עם ̀am

    procedente de 6004; DITAT - 1640a,1640e; n m

    1. nação, povo
      1. povo, nação
      2. pessoas, membros de um povo, compatriotas, patrícios
    2. parente, familiar

    שָׁרַת


    (H8334)
    shârath (shaw-rath')

    08334 שרת sharath

    uma raiz primitiva; DITAT - 2472; v.

    1. (Piel) ministrar, servir, estar a serviço de

    בֵּין


    (H996)
    bêyn (bane)

    0996 בין beyn

    (algumas vezes no pl. masc. ou fem.) de fato, a forma construta de um outro substantivo não utilizada procedente de 995; DITAT - 239a; subst m (sempre usado como prep)

    1. entre, entre vários, no meio de (com outras preps), dentre