Enciclopédia de João 2:13-13
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Mapas Históricos
- CIDADES DO MUNDO BÍBLICO
- O MINISTÉRIO DE JESUS: PRIMEIRO ANO
- ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO
- JERUSALÉM NO TEMPO DO NOVO TESTAMENTO
- As condições climáticas de Canaã
- A Agricultura de Canaã
- GEOLOGIA DA PALESTINA
- HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA
- O CLIMA NA PALESTINA
- Apêndices
- Livros
- Locais
- Comentários Bíblicos
- Beacon
- Champlin
- Genebra
- Matthew Henry
- Wesley
- Wiersbe
- Russell Shedd
- NVI F. F. Bruce
- Moody
- Francis Davidson
- John Gill
- John MacArthur
- Barclay
- Notas de Estudos jw.org
- Dicionário
- Strongs
Perícope
jo 2: 13
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém. |
ARC | E estava próxima a páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. |
TB | Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. |
BGB | Καὶ ἐγγὺς ἦν τὸ πάσχα τῶν Ἰουδαίων, καὶ ἀνέβη εἰς Ἱεροσόλυμα ὁ Ἰησοῦς. |
HD | Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu para Jerusalém. |
BKJ | E, estando próxima a páscoa dos judeus, Jesus subiu para Jerusalém. |
LTT | |
BJ2 | Estando próxima a Páscoa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém. |
VULG |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 2:13
Referências Cruzadas
Êxodo 12:6 | e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. |
Números 28:16 | Porém, no primeiro mês, aos catorze dias do mês, é a Páscoa do Senhor. |
Deuteronômio 16:1 | Guarda o mês de abibe e celebra a Páscoa ao Senhor, teu Deus; porque, no mês de abibe, o Senhor, teu Deus, te tirou do Egito, de noite. |
Deuteronômio 16:16 | Três vezes no ano, todo varão entre ti aparecerá perante o Senhor, teu Deus, no lugar que escolher, na Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e na Festa dos Tabernáculos; porém não aparecerá vazio perante o Senhor; |
Lucas 2:41 | Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, à Festa da Páscoa. |
João 2:23 | E, estando ele em Jerusalém pela Páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome. |
João 5:1 | Depois disso, havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. |
João 6:4 | E a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. |
João 11:55 | E estava próxima a Páscoa dos judeus, e muitos daquela região subiram a Jerusalém antes da Páscoa, para se purificarem. |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
CIDADES DO MUNDO BÍBLICO
FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃOVárias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:
(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.
O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.
A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.
Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:
- escritores clássicos (e.g., Heródoto, Eusébio, Ptolomeu, Estrabão, Josefo, Plínio);
- itinerários percorridos por cristãos da Antiguidade (e.g., Etéria, o Peregrino de Bordéus, Teodósio, Antônio Mártir, Beda, o Venerável, Willibald):
- geógrafos árabes (e.g., Istakhri, Idrisi, Abulfeda, Ibn Battuta);
- escritos de autoria de cruzados e pós-cruzados (e.g., Saewulf, Daniel, o Abade, Frettelus, Pedro Diácono, Burchard de Monte Sião, Marino Sanuto, Rabi Benjamin
de Tudela, Rabi Eshtori Haparhi, Ludolph von Suchem, Felix Fabri); - pioneiros ou geógrafos desde o início da Idade Moderna (e.g., Quaresmio, van Kootwijck, Seetzen, Burchardt, Robinson, Reland, Niebuhr, Thomsen, Ritter, Conder, Abel, Musil, Dalman, Albright, Glueck, Aharoni, Rainey) Contudo, a análise literária deve ser acompanhada da análise topográfica. Qualquer dado documental disponível tem de ser correlacionado a lugares já conhecidos de uma determinada área e avaliado numa comparação com a gama de outros tells do terreno ao redor - tells que podem ser igualmente candidatos a uma identificação com o lugar bíblico. Quando a identificação de um lugar é proposta, o tamanho e a natureza do local têm de cumprir as exigências de identificação: qual é seu tamanho? Que vestígios arqueológicos são encontrados ali (e.g., muralhas, construções monumentais, detalhes arqueológicos próprios)? Quais e quantos outros sítios são encontrados em sua vizinhança? Além disso, as ruínas desse lugar têm de datar do(s) período (s) exigido(s) pela identificação.
De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.
O MINISTÉRIO DE JESUS: PRIMEIRO ANO
Um indivíduo um tanto incomum que se vestia com roupas de pelo de camelo e coma gafanhotos e mel silvestre apareceu no deserto da Judeia, uma região praticamente desprovida de vegetação entre Jerusalém e o mar Morto, e começou a pregar: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mt
OS QUATRO EVANGELHOS
Dependemos inteiramente dos quatro Evangelhos para um registro detalhado da vida e ministério de Jesus. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas são visivelmente semelhantes. O. Evangelho de Mateus contém 91% do Evangelho de Marcos, enquanto o de Lucas contém 53% de Marcos: o uso de fontes comuns, tanto orais quanto escritas, costuma ser postulado como motivo para essas semelhanças. O Evangelho de João apresenta a vida de Jesus de um ponto de vista diferente, enfatizando os ensinamentos de Jesus. De acordo com os Evangelhos, Mateus e loão foram apóstolos de Jesus que passaram três anos com ele. Acredita-se que joão Marcos trabalhou com Pedro. Lucas, um médico e companheiro de viagens do apóstolo Paulo, não foi testemunha ocular do ministério de Jesus, mas compilou o seu relato a partir de informações de outras testemunhas oculares.
OUTRAS CONSIDERAÇÕES CRONOLÓGICAS
Apesar dos quatro Evangelhos tratarem do ministério de Jesus em detalhes, seu conteúdo é organizado de forma temática, e não de acordo com uma cronologia rígida. Neste Atlas procuramos colocar os acontecimentos da vida de Jesus numa sequência cronológica. Se outros que estudaram as mesmas evidências chegaram a conclusões diferentes, estas devem ser igualmente respeitadas, sendo necessário, porém, levar em consideração alguns indicadores cronológicos. O Evangelho de João registra três Páscoas, incluindo aquela em que Jesus morreu. Assim, o ministério de Cristo se estendeu por pelo menos dois anos, apesar do consenso acadêmico favorecer um período de três anos. Na primeira Páscoa, os judeus comentam que o templo de Herodes estava em construção há 46 anos. Uma vez. que Herodes "se pôs a construir" o templo em Jerusalém em 19 a.C., há quem considere que o ministério de Jesus se iniciou em 25 d.C., quatro anos antes da data calculada de acordo com o Evangelho de Lucas, como mencionamos anteriormente. Argumenta-se, portanto, que os 46 anos mencionados não incluem o tempo gasto para juntar os materiais necessários antes do início da construção.
JESUS É TENTADO POR SATANÁS
Conforme o relato dos Evangelhos, depois de seu batismo Jesus foi conduzido pelo Espírito para o deserto e tentado por Satanás. Numa das tentações, Jesus foi transportado a Jerusalém e tentado a se lançar do ponto mais alto do templo, talvez uma referência à extremidade sudeste do templo, da qual havia uma queda de cerca de 130 m até o fundo do vale do Cedrom. Em outra tentação, Jesus foi levado ao alto de um monte de onde Satanás lhe mostrou todos os reinos da terra e seu esplendor.
O PRIMEIRO MILAGRE DE JESUS
Jesus e sua mãe, Maria, foram convidados para um casamento em Caná da Galileia. Quando o vinho acabou, Maria pediu a ajuda de Jesus e ele realizou seu primeiro milagre, transformando em vinho a água que havia em seis talhas grandes de pedra usadas para as lavagens de purificação, num total de cerca de 600 litros. O mestre do banquete ficou justificadamente impressionado com a qualidade do vinho. Juntos, os quatro Evangelhos registram uns 35 milagres de Jesus.
JESUS PURIFICA O TEMPLO
Jesus foi a Jerusalém na época da Páscoa. Caso se adote a data de 30 d.C., nesse ano a Páscoa foi comemorada em 7 de abril. Irado com os comerciantes de bois, ovelhas e pombos e com os cambistas no pátio do templo, Jesus fez um chicote com cordas e os expulsou do local. "Não façais da casa de meu Pai casa de negócio" Jo
NICODEMOS E A MULHER SAMARITANA
Não é de surpreender que a medida tomada por Jesus no templo tenha suscitado a indignação das autoridades religiosas judaicas. Ainda assim, Nicodemos, um membro do concílio dirigente dos judeus, procurou Jesus durante a noite. A resposta de Jesus a ele é um resumo breve do plano de Deus para salvar a humanidade: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (jo
JESUS VOLTA À GALILEIA
De volta à Galileia, Jesus encontrou um oficial do rei cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. O Evangelho de João 4.43 45 relata como foi necessária apenas uma palavra de Jesus para restaurar a saúde do filho. Ao voltar a Nazaré, a cidade de sua infância, Jesus leu um trecho do profeta Isaías na sinagoga:
"O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor."
Lucas
Quando Jesus afirmou que estas palavras das Escrituras estavam se cumprindo naquele momento, o povo da sinagoga se enfureceu e o expulsou da cidade.
JESUS CHAMA OS PRIMEIROS DISCÍPULOS
Jesus se dirigiu a Cafarnaum, junto ao lago da Galileia, no qual, hoje em dia, há dezoito espécies de peixe, dez delas comercialmente expressivas. Ali, chamou dois pares de irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André; e Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Os quatro eram pescadores, mas Jesus lhes disse para deixarem suas redes e segui-lo. Esse encontro talvez não tenha corrido Dor acaso como os evangelistas dão a entender. Provavelmente loo e. sem duvida. André, haviam sido discipulados de João Batista e encontrado com Jesus depois de seu batismo, quando André Lhe apresentou seu irmão, Pedro. Ademais, Tiago e João talvez fossem primos de Jesus caso, conforme proposto por alguns, sui mãe, Salomé, fosse irmã de Maria, mãe de Jesus.
JESUS NA GALILEIA
Marcos e Lucas descrevem como Jesus confrontou um homem possuído de um espírito mundo na sinagoga em Cafarnaum. As ruínas da sinagoga em Cafarnaum são datas do século IV d.C., mas debaixo delas, pode-se ver paredes parcialmente preservadas de basalto negro provavelmente construídas no seculo I. Essa pode ter sido a sinagoga que um centurião havia dado de presente à cidade e que foi visitada por Jesus. 10 Kim seguida, Jesus percorreu Galileia ensinando nas sinagogas, pregando as boa novas do reino de Deus e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Muitos outros enfermos toram levados até ele e grandes multidões acompanhavam. Algumas dessas pessoas vinham de regiões mais distantes, fora da Galileia, de Jerusalém e dalém do Jordão. Numa ocasião quando uma grande multidão se reuniu a beira do lago, Jesus ensinou o povo sentado num barco Em seguida, seguindo às instruções de Jesus, os discípulos levaram o barco a uma parte mai funda do lago e, lançando suas redes, pegaram tantos peixes que as redes começaram a romper.
Em 1985, houve uma seca em Israel e a água do lago da Galileia chegou a um nível incomumente baixo, revelando o casco de um barco antigo com 8.2 m de comprimento e 2,35 de largura, próximo de Magdala. Uma panela e uma lamparina encontradas no barco sugerem uma data do seculo I. confirmada por um teste de carbono 14 numa amostra da madeira do barco. Não ha como provar nenhuma ligação entre esse barco e qualquer pessoa dos Evangelhos, mas e quase certo que c barco e do período correspondente ao dos Evangelhos ou de um período bastante próximo Não é de surpreender que jornalistas tenham chamado a descoberta de "barco de Jesus"
JESUS ESCOLHE OS APÓSTOLOS
Em Cafarnaum, Jesus chamou Mateus, também conhecido como Levi, para ser seu discípulo Mateus era um coletor de impostos para o governo romano. Sua profissão era desprezada por muitos judeus, pois era considerada uma forma de colaboração com os conquistadores pagãos e vários coletores abusavam de seu cargo e defraudavam o povo. Numa ocasião, Jesus subiu em um monte e chamou doze de seus discípulos mais próximos, homens que receberam a designação de "apóstolos" (um termo que significa "os enviados") e, durante os dois anos seguintes, foram treinados e preparados por Jesus. Vários deles se tornaram líderes importantes da igreja primitiva.
O primeiro ano do ministério de Jesus Os números se referem, em ordem cronológica, aos acontecimentos do primeiro ano do ministério de Jesus.
1) Jesus deixa a casa de sua infância em Nazaré.
2) E batizado por João Batista em Betânia, do lado leste do rio Jordão.
3) É tentado no deserto. Satanás o desafia a atirar-se do alto do templo, em Jerusalém.
4) Transforma água em vinho numa festa de casamento em Caná da Galileia.
5) Visita Jerusalém e purifica o templo.
6) Conversa com uma mulher samaritana em Sicar.
7) Encontra um oficial em Caná e cura o filho dele que estava enfermo em Cafarnaum.
8) É expulso da sinagoga de sua própria cidade, Nazaré.
9) Vai a Cafarnaum, chama seus discípulos e ensina nos arredores dessa cidade, onde realiza muitos milagres.
Referências
João 2.13
João 6:4
João 13:1
Lucas
ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO
UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃOUma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.
No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.
DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:
- Abraão, vindo de Berseba (Gn
22: ), avistou o monte Moria (com quase toda certeza nas vizinhancas de Jerusalém) no terceiro dia de sua viagem, e os dois lugares estão separados por cerca de 80 quilômetros.4 - Vindos de Afeque, Davi e seus homens chegaram em Ziclague no terceiro dia (1Sm
30: ) e, aqui de novo, os dois lugares estão separados por apenas pouco mais de 80 quilômetros.1 - Cades-Barneia (Ain Qadeis) ficava a 11 dias de viagem do Horebe (no iebel Musa ou perto dele) pela estrada que passava pelo monte Seir (Dt
1: ), e cerca de 305 quilômetros separam os dois lugares.2 - Uma marcha de Jerusalém para a capital de Moabe (Ouir-Haresete), pelo "caminho de Edom" durava sete dias. e a distância aproximada envolvida nessa rota era de cerca de 185 quilômetros (2Rs
3: ).5-10 - A Bíblia conta que a caravana de judeus liderada por Esdras partiu da fronteira babilônica (quer tenha sido de Hit, quer de Awana) no dia 12 do primeiro mês (Ed
8: ) e chegou em Jerusalém no dia primeiro do quinto mês (Ed31 7: ), o que significa que a jornada levou pouco mais de três meses e meio. Tendo em vista a rota provável percorrida por Esdras e seus compatriotas (8.22,31 - 0 caminho mais curto e mais perigoso adiante de Tadmor, eles viajaram cerca de 1.440 quilômetros em pouco mais de 100 dias, mas o tamanho e a composição de sua caravana podem ter impedido médias diárias maiores.9
Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At
A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.
A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.
A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.
VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At
JERUSALÉM NO TEMPO DO NOVO TESTAMENTO
JERUSALÉM E SEUS ARREDORESJerusalém fica no alto da cadeia de montes que forma a espinha dorsal da Judeia, cerca de 750 m acima do Mediterrâneo e 1.150 m acima do mar Morto. É protegida pelo vale do Cedrom a leste e pelo vale de Hinom ao sul e a leste. Para os judeus, a cidade de Jerusalém é o umbigo da terra, situada no meio dos povos, com as nações ao seu redor.! Uma vez que é completamente cercada de montes, quem deseja chegar a Jerusalém tinha de subir? Apesar da cidade ficar próxima de uma rota que, passando pelo centro da Palestina, se estendia de Hebrom, no sul, até Samaria, ao norte, essa via só era usada para o comércio interno. Outra via se estendia de leste a oeste, saindo de Emaús, passando por Jerusalém e chegando até Jericó. Como a parábola do bom samaritano contada por Jesus deixa claro, além de outros perigos, os viajantes corriam o risco de serem assaltados. Os recursos naturais da região ao redor de Jerusalém eram limitados. Havia pedras em abundância, mas nenhum metal, e a argila era de qualidade inferior. Lá e couro eram produzidos graças à criação de ovelhas e gado, mas a maior parte dos cereais de Jerusalém tinha de ser trazida de fora. A cidade possuía apenas uma fonte importante de água, a fonte de Siloé, na parte sul. A água tinha de ser coletada em cisternas ou trazida de lugares mais distantes por aquedutos. Um desses aquedutos, com cerca de 80 km de extensão, foi construído por Pôncio Pilatos, o governador romano da Judeia, que usou recursos do templo, provocando uma revolta popular. Uma vez que a maioria dos produtos agrícolas vinha de fora, o custo de vida em Jerusalém era alto. Animais domésticos e vinho eram mais caros na cidade do que no campo e as frutas custavam seis vezes mais em Jerusalém.
UM CENTRO RELIGIOSO
O elemento principal da cidade de Jerusalém no primeiro século era o templo do Senhor, reconstruído por Herodes, o Grande, de 19 a.C em diante. Somas consideráveis de dinheiro eram injetadas na economia da cidade, especialmente durante as principais festas religiosas, a saber, Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos, quando Jerusalém ficava abarrotada de peregrinos. Além de trazerem ofertas para o templo e manterem o comércio de souvenires, os peregrinos enchiam as hospedarias, dormiam em tendas armadas fora da cidade ou se hospedavam em vilarejos vizinhos. Muitos judeus se mudavam para Jerusalém a fim de ficarem perto do templo e serem sepultados nas imediações da cidade santa Além disso, um imposto de duas dramas para o templo era cobrado anualmente de todos os judeus. Quando as obras do templo finalmente foram concluídas em c. 63 d.C., mais de dezoito mil operários ficaram desempregados.
As autoridades do templo usaram essa mão de obra para pavimentar Jerusalém com pedras brancas. Acredita-se que Jerusalém também tinha cerca de quatrocentas sinagogas, junto às quais funcionavam escolas para o estudo da lei. Uma inscrição de origem incerta sobre um chefe de sinagoga chamado Teódoto foi descoberta em 1913 na extremidade sul da colina de Ofel. Teódoto construiu não apenas uma sinagoga, mas também uma hospedaria para visitantes estrangeiros.
PALÁCIOS
Os governantes hasmoneus haviam construído um palácio chamado de Acra ou cidadela a região a oeste do templo. Mas Herodes, o Grande, construiu um palácio novo na Cidade Alta, na extremidade oeste da cidade, onde hoje fica a Porta de Jafa. Continha salões de banquete grandiosos e vários quartos de hóspedes. O muro externo tinha 14 m de altura, com três torres chamadas Hippicus, Fasael e Mariamne, os nomes, respectivamente, do amigo, do irmão e da (outrora favorita) esposa de Herodes. As torres tinham, respectivamente, 39, 31 e 22 m de altura. Parte da torre de Fasael ainda pode ser vista nos dias de hoje, incorporada na atual "Torre de Davi"
A FORTALEZA ANTÔNIA
Na extremidade noroeste, Herodes construiu uma fortaleza chamada Antônia em homenagem ao general romano Marco Antônio. A fortaleza possuía três torres imensas com 23 m de altura e outra com 30 m de altura. Uma coorte, isto é, uma unidade de infantaria romana com seiscentos homens, guardava o templo e podia intervir rapidamente caso ocorresse algum tumulto (como em At
OUTRAS CONSTRUÇÕES EM JERUSALÉM
Na Cidade Baixa, Herodes mandou construiu um teatro e um hipódromo. O tanque de Siloé, onde Jesus curou um cego de nascença, ficava no sopé do monte sobre o qual estava edificada a cidade de Davi. Os Evangelhos também mencionam o tanque de Betesda, um local cercado por cinco colunatas cobertas. Crendo que, de tempos em tempos, um anjo agitava as águas e realizava um milagre, muitos enfermos se reuniam ali à espera da oportunidade de serem curados. Jesus curou um homem paralítico havia 38 anos.° Os dois tanques descobertos no terreno da igreja de Sta. Ana, ao norte da área do templo, parecem ser o local mais plausível. Ao norte do segundo muro e, portanto, fora da cidade antiga, fica a Igreja do Santo Sepulcro, um possível local do túmulo vazio de Jesus.
Herodes Agripa I (41-44 d.C.) começou a construir mais um muro ao norte da cidade, cercando essa área. Com mais de 3 km de extensão e 5,25 m de espessura, o muro foi concluído em 66 d.C.
TÚMULOS
No vale do Cedrom foram preservados vários túmulos datados do período anterior à destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. O assim chamado "Túmulo de Absalão", adornado com colunas jônicas e dóricas, tinha uma cobertura em forma cônica. Um monumento relacionado ao assim chamado "Túmulo de Zacarias" tinha uma torre de pedra quadrada com uma pirâmide no alto. Entre 46 e 55 d.C., a rainha Helena de Adiabene, originária da Assíria (norte do Iraque) e convertida ao judaísmo, erigiu um mausoléu cerca de 600 m ao norte de Jerusalém. Com uma escadaria cerimonial e três torres cônicas, esse túmulo, conhecido hoje como "Túmulo dos Reis", era o mais sofisticado de Jerusalém. Jesus talvez estivesse se referindo a monumentos como esses ao condenar os mestres da lei e fariseus por edificarem sepulcros para os profetas e adornarem os túmulos dos justos. Túmulos mais simples eram escavados na encosta de colinas ao redor da cidade, e muitos destes foram descobertos nos tempos modernos.
FORA DA CIDADE
A leste da cidade ficava o monte das Oliveiras, cujo nome indica que essas árvores eram abundantes na região em comparação com a terra ao redor. Na parte mais baixa defronte a Jerusalém, atravessando o vale do Cedrom, ficava o jardim do Getsêmani, onde Jesus foi preso. Getsêmani significa "prensa de azeite". E possível que azeitonas trazidas da Peréia, do outro lado do rio Jordão, também fossem prensadas nesse local, pois era necessária uma grande quantidade de azeite para manter acesas as lâmpadas do templo. Na encosta leste do monte das Oliveiras ficava a vila de Betânia onde moravam Maria, Marta e Lázaro, e onde Jesus ficou na semana antes de sua morte. De acordo com os Evangelhos, a ascensão de Jesus ao céu ocorreu perto desse local.
A HISTÓRIA POSTERIOR DE JERUSALÉM
Jerusalém foi destruída pelos romanos em 70 d.C. e ficou em ruínas até a revolta de Bar Kochba em 132 d.C. Em 135 d.C., foi destruída novamente durante a repressão dessa revolta e reconstruída como uma cidade romana chamada Aelia Capitolina, da qual os judeus foram banidos. Depois que Constantino publicou seu édito de tolerância ao cristianismo em 313 d.C., os cristãos começaram a realizar peregrinações à cidade para visitar os lugares da paixão, ressurreição e ascensão de Cristo. Helena, mãe de Constantino, iniciou a construção da igreja do Santo Sepulcro em 326 .C. Em 637 d.C., a cidade foi tomada pelos árabes, sendo recuperada pelos cruzados que a controlaram entre 1099 e 1244. Os muros vistos hoje ao redor da Cidade Antiga são obra do sultão turco Suleiman, o Magnífico, em 1542.
Jerusalém no período do Novo Testamento
Jerusalém tornou-se um canteiro de obras durante o começo do século I d.C.. Herodes Agripa I (41-44 d.C.) construiu um terceiro muro no norte da cidade.
Referências
João 19.13
João 9.7
João 5:2-9
Lucas
As condições climáticas de Canaã
CHUVANo tempo de Moisés e Josué, como nos dias de hoje, a chuva era de suma importância para o clima de Canaã "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente e, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas" (Dt
Os ventos prevalecentes vindos do mar Mediterrâneo que trazem consigo umidade são forçados a subir quando se deparam com os montes da região oeste e perdem essa umidade na forma de chuva. Passada essa barreira natural, os índices pluviométricos caem drasticamente e, alguns quilômetros depois, a terra se transforma em deserto. Esse fenômeno é exemplificado de forma clara pela comparação entre os índices pluviométricos anuais da cidade moderna de Jerusalém (cerca de 600 mm) com os de Jericó, apenas 20 km de distância (cerca de 160 mm).
O índice pluviométrico anual de Jerusalém é quase o mesmo de Londres, mas em Jerusalém concentra-se em cerca de cinquenta dias de chuva por ano, enquanto em Londres se distribui ao longo de mais ou menos trezentos dias. Em geral, esse índice aumenta em direção ao norte; assim, nos montes ao norte da Galileia a chuva pode chegar a 1.000 mm por ano. Por outro lado, nas regiões sul e leste da Palestina fica abaixo de 300 mm, condições nas quais a agricultura geralmente se torna impraticável.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A terra de Canaã descrita no Antigo Testamento parece mais fértil do que hoje. A pastagem excessiva, especialmente por rebanhos caprinos, provocou a erosão e perda de fertilidade do solo. Sem dúvida, a terra está mais desmatada devido ao uso de madeira para a construção e combustível e à devastação provocada por inúmeras guerras e cercos.' No entanto, não há nenhuma evidência de que os índices pluviométricos atuais apresentem diferenças consideráveis em relação as dos tempos bíblicos. A erosão das encostas dos montes simplesmente aumentou o escoamento de água e, portanto, as tornou menos férteis.
O CALENDÁRIO DE CANAÃ
Normalmente, não ocorrem chuvas entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de outubro. Da segunda quinzena de junho à primeira quinzena de setembro, a vegetação seca sob o calor abafado do verão. A temperatura mais alta registrada na região foi de 51° C no extremo sul do mar Morto. As primeiras chuvas que normalmente começam a metade de outubro, mas podem atrasar até janeiro, amolecem o solo, permitindo o início da aragem. As principais culturas - o trigo e a cevada - eram semeadas nessa época. A chuva continua a cair periodicamente ao longo de todo o inverno, culminando com as chuvas serôdias em abril ou início de maio, que fazem os grãos dos cereais incharem pouco antes da colheita. A cevada era menos valorizada do que o trigo, mas tinha a vantagem de crescer em solos mais pobres e ser colhida mais cedo. A colheita da cevada Coincidia com a festa da Páscoa, no final de março ou em abril e a do trigo com a festa de Pentecoste, sete semanas depois. Uvas, azeitonas, figos e outras frutas eram colhidos no outono. O inverno pode ser frio e úmido, chegando a nevar. Uma quantidade considerável de neve cai sobre Jerusalém mais ou menos a cada quinze anos. A neve é mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Por exemplo, um homem chamado Benaia entrou numa cova e matou um leão "no tempo da neve". Numa ocorrência extraordinária, uma chuva de granizo matou mais cananeus do que os israelitas com suas espadas. A chuva no nono mês (dezembro) causou grande aflição ao povo assentado na praça em Jerusalém.° No mesmo mês, o rei Jeoaquim estava assentado em sua casa de inverno diante de um braseiro aceso.• Era necessário usar o fogo para se aquecer até o início de abril, como se pode ver claramente no relato da negação de Pedro. Um problema associado à estação das chuvas, especialmente na região costeira e junto ao lago da Galileia, era o míldio, que na tradução portuguesa por vezes é chamado de "ferrugem". O termo se refere ao mofo em roupas e casas, um mal que devia ser erradicado, e também a uma doença que afetava as plantações.
SECAS
Em algumas ocasiões, o ciclo de chuvas era interrompido e a terra sofria grandes secas. A mais conhecida ocorreu no tempo de Elias e, sem dúvida, teve efeitos devastadores, como a grave escassez de alimentos.° Esse tipo de ocorrência havia sido predito pelo autor de Deuteronômio. A desobediência ao Senhor traria sua maldição sobre a terra: "Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o Senhor te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído" (Dt
A Agricultura de Canaã
A VEGETAÇÃO NATURALA. Palestina apresenta diversos tipos de clima desde o alpino até o tropical e o desértico. Em decorrência disso, possui uma vegetação extremamente variada, sendo que foram registradas 2.780 espécies de plantas. Mais de vinte espécies de árvores são mencionadas na Bíblia, desde as palmeiras da região tropical de Jericó até os cedros e florestas de coníferas do Líbano. Nem todas as árvores podem ser identificadas com precisão botânica; alguns termos talvez abrangessem várias espécies diferentes. Por exemplo, o termo hebraico usado para maçá também pode incluir o damasco.' As alfarrobeiras, de cujos frutos o filho pródigo comeu, são conhecidas apenas na bacia do Mediterrâneo. Nem todas as árvores mencionadas na Bíblia eram encontradas em Canaã. O olíbano (o termo hebraico é traduzido na Bíblia como "incenso") e a mirra do sul da Arábia e o cedro do Líbano são exemplos típicos, mas o sândalo, talvez uma espécie de junípero, também era importado do Líbano." Outras árvores provenientes de terras distantes foram introduzidas em Canaã, como no caso da amoreira - a amoreira-branca é originária da China e a amoreira-preta, do Irá. Nos meses de primavera, os campos ficam cobertos de flores, os "lírios do campo" "aos quais Jesus se referiu no sermão do monte (Mt
O REINO ANIMAL
A Palestina abriga 113 espécies de mamíferos, 348 espécies de aves e 68 espécies de peixes. Possui 4.700 espécies de insetos, dos quais cerca de dois mil são besouros e mil são borboletas No Antigo Testamento, chama a atenção a grande variedade de animais, aves e insetos com a qual os habitantes de Canaã tinham contato. Davi matou um leão e um urso, dois animais que, para alívio da população atual, não são mais encontrados na região. Outros animais, como os bugios, eram importados de terras distantes." Um grande número de aves "mundas" não podia ser consumido como alimento. Mas quem, em sã consciência, comeria um abutre? Algumas dessas aves "imundas" talvez fossem migratórias, não tendo Canaã como seu hábitat. Os padres de migração dessas aves talvez não fossem compreendidos, mas certamente eram conhecidos. Alguns insetos voadores eram "limpos" e, portanto, podiam ser consumidos. João Batista parece ter aprendido a apreciar o sabor de "gafanhotos e mel silvestre" (Mic 1.6).
CULTURAS
O trigo e a cevada eram usados para fazer pão. Também se cultivavam lentilhas e feijões. Ervas como a hortelã, o endro e o cominho, das quais os fariseus separavam os dízimos zelosamente, eram usados para temperar alimentos de sabor mais suave. Os espias enviados por Moisés a Canaã voltaram trazendo um cacho de uvas enorme, e também romãs e figos. As uvas eram transformadas em vinho "que alegra o coração do homem" (SI 104,15) e em "bolos de passas" (Os
A CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Canaã era considerada uma "terra que mana leite e mel" (Ex
Uma descrição de Canaã
"Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas áquas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, o refúgio dos arganazes. SALMO 104:10-18
GEOLOGIA DA PALESTINA
GEOLOGIAPelas formações rochosas que afloram basicamente na área que fica ao sul do mar Morto, no leste do Sinai, nos muros da Arabá e nos cânions escavados pelos rios da Transjordânia e também a partir de rochas encontradas nos modernos trabalhos de perfuração, é possível reconstruir, em linhas gerais, a história geológica da terra. Esses indícios sugerem a existência de extensa atividade, de enormes proporções e complexidade, demais complicada para permitir um exame completo aqui. Apesar disso, como a narrativa da maneira como Deus preparou essa terra para seu povo está intimamente ligada à criação de montes e vales (Dt
- Lançaste os fundamentos da terra, para que ela não fosse abalada em tempo algum.
- Do abismo a cobriste, como uma veste; as águas ficaram acima das montanhas.
- Fugiram sob tua repreensão;
- à voz do teu trovão, puseram-se em fuga.
- As montanhas elevaram-se, e os vales desceram, até o lugar que lhes determinaste.
- Estabeleceste limites para que não os ultrapassassem e voltassem a cobrir a terra.
- (SI 104:5-9)
Toda essa região fica ao longo da borda fragmentada de uma antiga massa de terra sobre a qual repousam, hoje, a Arábia e o nordeste da África. Sucessivas camadas de formações de arenito foram depositadas em cima de uma plataforma de rochas ígneas (vulcânicas), que sofreram transformações - granito, pórfiro, diorito e outras tais. Ao que parece, as áreas no sul e no leste dessa terra foram expostas a essa deposição por períodos mais longos e mais frequentes. Na Transjordânia, as formações de arenito medem uns mil metros, ao passo que, no norte e na Cisjordânia, elas são bem mais finas. Mais tarde, durante aquilo que os geólogos chamam de "grande transgressão cretácea", toda a região foi gradual e repetidamente submersa na água de um oceano, do qual o atual mar Mediterrâneo é apenas resquício. Na verdade, " grande transgressão" foi uma série de transgressões recorrentes, provocadas por lentos movimentos na superfície da terra. Esse evento levou à sedimentação de muitas variedades de formação calcária. Um dos resultados disso, na Cisjordânia, foi a exposição da maior parte das rochas atualmente, incluindo os depósitos cenomaniano, turoniano, senoniano e eoceno.
Como regra geral, depósitos cenomanianos são os mais duros, porque contêm as concentrações mais elevadas de sílica e de cálcio. Por isso, são mais resistentes à erosão (e, desse modo, permanecem nas elevações mais altas), mas se desfazem em solos erosivos de qualidade superior (e.g., terra-roxa). São mais impermeáveis, o que os torna um componente básico de fontes e cisternas e são mais úteis em construções. Ao contrário, os depósitos senonianos são os mais macios e, por isso, sofrem erosão comparativamente rápida. Desfazem-se em solos de constituição química mais pobre e são encontrados em elevacões mais baixas e mais planas. Formações eocenas são mais calcárias e misturadas com camadas escuras e duras de pederneira, às vezes entremeadas com uma camada bem fina de quartzo de sílica quase pura. No entanto, nos lugares onde eles contêm um elevado teor de cálcio, como acontece na Sefelá, calcários eocenos se desintegram e formam solos aluvianos marrons. Em teoria, o aluvião marrom é menos rico do que a terra-roxa, porém favorece uma gama maior de plantações e árvores, é mais fácil de arar, é menos afetado por encharcamento e, assim, tem depósitos mais profundos e com textura mais acentuada.
Em resumo, de formações cenomanianas (e também turonianas) surgem montanhas, às vezes elevadas e escarpadas, atraentes para pedreiros e para pessoas que querem morar em cidades mais seguras. Formações eocenas podem sofrer erosão de modo a formar planícies férteis, tornando-as desejáveis a agricultores e a vinhateiros, e depósitos senonianos se desfazem em vales planos, que os viajantes apreciam. Uma comparação entre os mapas mostra o grande número de estreitas valas senonianas que serviram de estradas no Levante (e.g., do oeste do lago Hula para o mar da Galileia; a subida de Bete-Horom; os desfiladeiros do Jocneão, Megido e Taanaque no monte Carmelo; o fosso que separa a Sefelá da cadeia central; e o valo diagonal de Siquém para Bete-Sea). O último ato do grande drama cretáceo incluiu a criação de um grande lago, denominado Lisan. Ele inundou, no vale do Jordão, uma área cuja altitude é inferior a 198 metros abaixo do nível do mar - a área que vai da extremidade norte do mar da Galileia até um ponto mais ou menos 40 quilômetros ao sul do atual mar Morto. Formado durante um período pluvial em que havia precipitação extremamente pesada e demorada, esse lago salobro foi responsável por depositar até 150 metros de estratos sedimentares encontrados no terreno coberto por ele.
Durante a mesma época, cursos d'água também escavaram, na Transjordânia, desfiladeiros profundos e espetaculares. À medida que as chuvas foram gradualmente diminuindo e a evaporação fez baixar o nível do lago Lisan, pouco a pouco foram sendo expostas nele milhares de camadas de marga, todas elas bem finas e carregadas de sal. Misturados ora com gesso ora com calcita negra, esses estratos finos como papel são hoje em dia a característica predominante do rifte do sul e da parte norte da Arabá. Esse período pluvial também depositou uma grande quantidade de xisto na planície Costeira e criou as dunas de Kurkar, que se alinham com a costa mediterrânea. Depósitos mais recentes incluem camadas de aluvião arenoso (resultante da erosão pela água) e de loesse (da erosão pelo vento), características comuns da planície Costeira nos dias atuais.
HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA
HIDROLOGIANão é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm
- pastores (1Sm
17: Rs 22.17; SI 23.1; IS40-1 13: .11: Ir 31.10: Ez20-40 34: : Am2 3: : Zc12 10: : Jo2 10: : Hb11 13: Pe 5.4):20-1 - ovelhas/cordeiros/bodes (Ex
12: ; Is3-5 7: Sm 8.17; 16.19; 2Sm24-1 7: ; Ne8 3: ; SI 44. 11: Is1 13: : Ir 506: 7c 137. M+ 12.11; 25.32,33; Jo14 1: ; 21.15,16; At29-36 8: ; Ap32 5: .22):12-21 - lobos (Is
11: .25; Mt6-65 7: ): e15 - rebanhos (Jz
5: Sm 17.34; Jó 24.2; Ct16-1 4: ; Is1 40: ; Jr11 6: .23; Ez3-51 34: ; Sf2.14; 1Pe12 5: ).2
Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:
- poços (Gn
21: :18-22; Jr19-26 6: :6-26);• cisternas (2Cr7-4 26: ; Is10 36: );16 - nascentes (Jr
9: ; Zc1 13: ):1 - fontes (Gn
16: ; Jz7 7: ; Pv1 5: ); água como instrumento de comunicação de uma verdade espiritual (Is15-16 12: ; Ap3-4 22: ); e17 - água como símbolo de bênção (Nm
24: ; Is6-7 41: ; 44.3,5), alegria (Is 35), deleite (SI 1:1-3) e até mesmo perfeição escatológica (Is17-20 43: ; Jr19-21 31: ; Ez10-14 47: ; Zc1-12 8: .8; Ap12-14 22: ). Em contrapartida, a ausência de água logo resultava numa terra árida e ressequida (SI 63.1; 143.6). As imagens geradas eram especialmente eloquentes: rios que ficaram secos (Ez1-2 30: ; Na 1.4);12 - água envenenada (Jr
23: );15 - nuvens sem água (Pv
25: ; Jd 12);14 - fontes que se tornaram pó (SI 107.33);
- fontes ressecadas (Os
13: );15 - nascentes secas (Jr
51: );36 - nascentes poluídas (Pv
25: );26 - cisternas vazias (Gn
37: ; cp. 1Sm24 13: ; Jr6 41: );9 - cisternas rompidas (Ir 2.13).
Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).
O CLIMA NA PALESTINA
CLIMAÀ semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm
1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.
A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex
15) e "vento sul" (Lc
ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt
(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.
O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed
Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.
Apêndices
Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus
DATA |
LUGAR |
ACONTECIMENTO |
MATEUS |
MARCOS |
LUCAS |
JOÃO |
---|---|---|---|---|---|---|
29 d.C., c. outubro |
Rio Jordão, talvez em Betânia do outro lado do Jordão, ou perto dela |
Jesus é batizado e ungido; Jeová o reconhece como seu Filho e lhe dá sua aprovação |
||||
Deserto da Judeia |
É tentado pelo Diabo |
|||||
Betânia do outro lado do Jordão |
João Batista identifica Jesus como o Cordeiro de Deus; os primeiros discípulos se juntam a Jesus |
Jo |
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Caná da Galileia; Cafarnaum |
Primeiro milagre, água transformada em vinho; visita Cafarnaum |
|||||
30 d.C., Páscoa |
Jerusalém |
Purifica o templo |
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Conversa com Nicodemos |
||||||
Judeia; Enom |
Vai à zona rural da Judeia, seus discípulos batizam; João dá seu último testemunho sobre Jesus |
|||||
Tiberíades; Judeia |
João é preso; Jesus viaja para a Galileia |
Mt |
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Sicar, em Samaria |
Ensina samaritanos no caminho para a Galileia |
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.
Locais
JERUSALÉM
Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.783, Longitude:35.217)Nome Atual: Jerusalém
Nome Grego: Ἱεροσόλυμα
Atualmente: Israel
Jerusalém – 760 metros de altitude (Bronze Antigo) Invasões: cercada por Senequaribe em 710 a.C.; dominada pelo Faraó Neco em 610, foi destruída por Nabucodonosor em 587. Depois do Cativeiro na Babilônia, seguido pela restauração do templo e da cidade, Jerusalém foi capturada por Ptolomeu Soter em 320 a.C., e em 170 suas muralhas foram arrasadas por Antíoco Epifânio. Em 63 a.C. foi tomada por Pompeu, e finalmente no ano 70 de nossa era foi totalmente destruída pelos romanos.
Localizada em um planalto nas montanhas da Judeia entre o Mar Mediterrâneo e o mar Morto, é uma das cidades mais antigas do mundo. De acordo com a tradição bíblica, o rei Davi conquistou a cidade dos jebuseus e estabeleceu-a como a capital do Reino Unido de Israel, enquanto seu filho, o rei Salomão, encomendou a construção do Primeiro Templo.
![Mapa Bíblico de JERUSALÉM Mapa Bíblico de JERUSALÉM](/uploads/map/6244b8b0826b76244b8b0826ba.png)
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
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OS SINAIS
João
A partir de Jo 2, uma série de milagres ou sinais está registrada. Estes sinais são dados com um propósito específico, mencionado no tema do Evangelho: para que o leitor creia "que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus" (20.31).
Uma vez que esta parte do Evangelho de João compreende praticamente a metade de todo o seu conteúdo (caps. 2-12), é importante observar algumas de suas caracterís-ticas gerais. É nitidamente claro que o autor organizou o seu material em torno dos milagres e das obras de Jesus, começando com a transformação da água em vinho e terminando com a ressurreição de Lázaro. Contudo, o episódio da purificação do Templo — embora registrado anteriormente no relato de João (Jo
A associação de alguns dos sinais com as festas nacionais dos judeus é proposital, e é um padrão que se repete freqüentemente (Jo
Outra característica geral do registro dos sinais de João é que, proporcionalmente, o relato do próprio evento é bastante breve quando comparado com o comentário, discurso, diálogo ou debate que a ele se segue. Na verdade, o diálogo é uma característica proemi nente nesta seção (caps. 3,4). Os elementos de debate (6:22-65; 8:12-59) e drama (9:1-41) são usados para intensificar o significado e a importância dos sinais e milagres.
Será bom que o leitor desta seção do Evangelho tenha em mente que existe o tema constante do contraste entre os antigos costumes da lei e os novos, ou seja, a fé em Jesus Cristo. Os antigos são normalmente simbolizados pela água — por exemplo, "seis talhas" (2,6) ; "nascer da água" (3,5) ; "Jacó... nos deu o poço" (4,12) ; "em Jerusalém há... um tanque" (5,2) ; "Vai, lava-te no tanque de Siloé" (9.7). O novo caminho estava em evidên-cia em cada situação, pois a vinda de Jesus sempre representava realização e perfeição — por exemplo, "tu guardaste até agora o bom vinho" (2,10) ; "nascer... do Espírito" (3,5) ; "a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a viela eterna" (4,14) ; "Logo, aquele homem ficou são" (5,9) ; "[Ele] foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo" (9.7).
A partir da narrativa da cura do homem enfermo, no capítulo 5, os sinais se trans-formam em ocasiões para debate sobre o significado e o propósito da lei, e a relação de Jesus com ela. Normalmente, são as leis do sábado que estão em discussão. Além disso, este conflito sobre a cura do homem enfermo assinala o início da hostilidade dos judeus, que cresce e finalmente culmina na cruz.
A. O VINHO Novo, 2:1-12
Jesus principiou assim os seus sinais (2.11), frase que só é observada no quarto Evangelho, é uma introdução adequada para tudo o que vem a seguir.
Nenhum outro milagre contém tanta profecia; nenhum outro, portanto, poderia ter iniciado tão apropriadamente todo o futuro trabalho do Filho de Deus. Pois este trabalho poderia ser caracterizado do princípio ao fim como um enobrecer do comum e uma trans-formação do inferior; uma transformação da água da vida em vinho do céu.'
E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia (1). A época deste acontecimento tem um duplo significado. O primeiro, puramente cronológico, rela-ciona este acontecimento com a conversa com Natanael. A tradução literal seria "depois do dia seguinte" ou "dois dias depois". A promessa feita a Natanael de que ele veria o céu aberto não poderia demorar a ser cumprida. Foi neste terceiro dia que Jesus... mani-festou a sua glória, e os seus discípulos creram nele (11).
O milagre aconteceu em Caná, pouco mais de catorze quilômetros ao norte da cidade de Nazaré (ver mapa 1).2 A designação Caná da Galiléia provavelmente é feita para distinguir este lugar de outra Caná, próxima de Tiro, ou possivelmente para assinalar a mudança de lugar dos acontecimentos, da Peréia para a Galiléia.
Fizeram-se umas bodas. Embora este fosse um acontecimento histórico, as bodas são uma metáfora freqüentemente usada nos ensinos de Jesus sobre a natureza do Rei-no que há de vir. O Reino é comparado a um casamento real (Mt
E estava ali a mãe de Jesus. E foram também convidados Jesus e os seus discípulos para as bodas (1-2). A mãe de Jesus não é mencionada pelo nome neste Evangelho. E um fato interessante, se nos lembrarmos de que o discípulo João também não é mencionado pelo nome. A presença dela no casamento parece ter sido anterior à chegada de Jesus e os discípulos. Este fato, além da sua posterior observação a Jesus sobre a falta de vinho, indica que ela tinha algum relacionamento com a família. Por outro lado, explica por que Jesus e os seus discípulos foram convidados.
E, faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho (3). A primeira frase pode ser traduzida literalmente do seguinte modo: "E quando o vinho tinha acabado". Isto seria uma catástrofe social para as famílias dos noivos. Há um provérbio judai-co que diz: "Sem vinho não há alegria", e isto seria particularmente verdadeiro em uma ocasião festiva como um casamento. Pelo fato de as celebrações dos casamentos durarem um período de sete dias, este problema só complicava ainda mais a situação, que já era embaraçosa.
A informação que Maria traz a Jesus — Não têm vinho — corrobora a tradução literal, "quando o vinho tinha acabado". A pergunta é: Por que ela disse isto a Jesus? Seria uma sugestão sutil de que deveriam ir embora? Será que ela disse isto em voz alta para que outras pessoas pudessem ouvir e começassem a preparar-se para partir, a fim de evitar constrangimentos para os noivos? Ou imaginava que Jesus, seu Filho, que ela conhecia tão bem, teria uma solução para o problema? De qualquer maneira, aqui está uma lição muito prática. Aprenda a contar a Ele qualquer necessidade, mesmo que a necessidade pareça ser terrena demais.
Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a mi-nha hora (4). A resposta de Jesus a sua mãe não é, de modo algum, brusca ou indelicada. A palavra mulher, usada como neste tempo, era "perfeitamente respeitosa e até mesmo íntima".'
Que tenho eu contigo? Novamente, estas palavras, como aparecem na versão KJV em inglês, parecem ser um pouco bruscas, até mesmo ásperas. Mas não é o caso.
Uma tradução literal seria "O que isto tem a ver com você e comigo?" ou "O que há de comum entre o meu ponto de vista e o seu?" Jesus estava perguntando a sua mãe se ela realmente entendia a sua natureza, a sua missão e o seu sacrifício final.
Isto fica ainda mais evidente pela explicação que Ele acrescentou: ainda não é chegada a minha hora. O que Jesus queria dizer? Duas idéias ficam claras quando examinamos as outras ocasiões em que esta expressão aparece. Em primeiro lugar, é óbvio que nenhum homem pode alterar o plano e o objetivo da redenção de Deus (Jo
Sua mãe disse aos empregados: Fazei tudo quanto ele vos disser (5). O que quer que se possa conjeturar sobre a compreensão de Maria da natureza e da missão de Jesus, uma coisa é certa: Ele é digno de confiança e de obediência.
E estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam duas ou três metretas. Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima (6-7). Estas talhas eram grandes jarros de pedra com capacidade entre 68 e 102 litros cada uma. Todos os convidados deveriam lavar os pés quando entrassem. Não é coincidência que João mencione este procedimento relacionado-o com as purificações dos judeus. Esses recipientes representam o costume da lei, o legalismo, que é exibido da seguinte maneira: 1. Inadequado para as verdadeiras necessidades do homem (Não têm vinho, 2,3) ; 2. Limitado em comparação com a completa abrangência da abundante alegria no evangelho, simbolizada pelo vinho em grande quantidade (cf; Jo
Disse-lhes Jesus: Tirai agora e levai ao mestre-sala. E levaram. E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que O sabiam os empregados que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo. E disse-lhe: Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então, o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho (8-10). A presença do Senhor da vida, que dá a verdadeira alegria, transformou toda a cena. Os recursos antes inadequados e insuficientes para suprir as necessidades do homem (3) agora se tornaram abundantes. Os recursos que tinham sido limitados e que representa-ram uma ameaça à verdadeira alegria do homem agora jorravam em rica profusão. Os recursos que eram menos do que o melhor, o inferior, agora são o melhor de Deus para homem: Tu guardaste até agora o bom vinho. Na melhor hipótese, a lei era "a sombra dos bens futuros" (Hb
É evidente que o "Desapontamento do homem faz parte do desígnio de Deus". 1. A insuficiência do homem é satisfeita pela suficiência e adequação divina (3,7,10). 2. A tristeza se transforma em alegria (3,10). 3. Os parcos recursos do homem são suplanta-dos pelo que Deus tem de melhor (10).
Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele (11). O propósito inicial do sinal ou milagre foi imediatamente cumprido. Era um propósito duplo. Jesus... manifestou a sua glória. A respeito disto, Lightfoot comenta:
...qualquer ato do Senhor, o Verbo que se fez carne, é necessariamente uma manifes-tação da sua glória; mas... uma revelação completa dessa glória somente se faz com a finalização da sua obra, sobre a cruz. Portanto, nos nossos pensamentos sobre a obra do Senhor, a sua vida e a sua morte não podem ser separadas.'
A manifestação da glória de Jesus produziu os resultados desejados: e os seus dis-cípulos creram nele. Aqui está o clímax de uma seqüência típica do Evangelho de João — um sinal, a glória evidente, a fé (cf. 20.31). Este relato da reação dos discípulos pode-ria ser perfeitamente traduzido da seguinte forma: "E os seus discípulos depositaram nele a sua fé". Aqui, o discipulado se transforma em fé pessoal, uma fé que é dinâmica, uma fé que é "a absoluta transferência da confiança de uma pessoa para outra".6
Sob o título "O primeiro milagre em Caná", Alexander Maclaren observa: 1. A reve-lação do poder criativo do nosso Senhor (8-10) ; 2. O objetivo do nosso Senhor de consa-grar toda a vida familiar (1-2) ; 3. O nosso Senhor como aquele que transforma a água da alegria terrena no vinho das bênçãos celestiais (6-8) ; 4. A glória do nosso Senhor suprin-do as deficiências dos recursos terrenos (3).
Depois disso, desceu a Cafarnaum, ele, e sua mãe, e seus irmãos, e seus discípulos, e ficaram ali não muitos dias (12). Esta observação de transição parece simplesmente uma observação geográfica. Deixando Caná da Galiléia, aqueles que tinham sido convidados para o casamento viajaram a Cafarnaum (ver mapa 1), à costa norte do mar da Galiléia, onde permaneceram somente durante alguns dias.
B. O Novo TEMPLO, 2:13-22
- estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém (13). O que irá acontecer a seguir é cuidadosamente descrito, dando-nos informações importan-tes sobre o tempo e o lugar. O início e o final do ministério público de Jesus estão relaci-onados à Páscoa dos judeus em Jerusalém. É evidente que uma parte do plano de João é mostrar Jesus, o Cristo, como o completo e perfeito cumprimento da lei, o Melhor, o ponto mais alto do judaísmo. Portanto, é apropriado que este acontecimento público inaugural do ministério de Jesus seja associado com a Páscoa, a maior festa dos judeus, e que isto ocorra em Jerusalém, a única e verdadeira Sião para todos os filhos de Israel.
1. A Purificação do Antigo (2:14-17)
- [Ele] achou no templo os que vendiam bois, e ovelhas, e pombos, e os cambiadores assentados. E, tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo, bem como os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derribou as mesas, e disse aos que vendiam pombos: Tirai da-qui estes e não façais da casa de meu Pai casa de vendas (14-16). A casa de Deus se tornara corrupta. O que deveria ser santificado, consagrado somente para uso sagra-do, havia sido profanado. Foi isto o que Jesus encontrou ao entrar no lugar sagrado na Cidade Santa. A lei, com todas as suas garantias contra a profanação do sagrado e do santo, não fora capaz de lidar com os homens maus e egoístas. Assim, aqui estavam eles, mercadores e cambistas, com o seu comércio — moedas romanas e siclos de Tiro para o pagamento do imposto anual para o tesouro do Templo. Este imposto era individual, cobrado de todos os judeus adultos do sexo masculino.
- que Jesus fez está totalmente de acordo com a sua natureza e o seu caráter. Al-guns pensam que tudo o que pode ser dito acerca dele é: "Jesus é gentil, meigo e doce". É verdade que Ele é amoroso e perdoa. Ele descreve a si mesmo como sendo "manso e humilde de coração" (Mt
11: ). Mas existe algo além disso, e neste episódio podemos ver outro aspecto da sua natureza. Ele não lida delicadamente com o mal. Ele é a Luz que resplandece nas trevas (Jo29 1: ). Ele enviou um recado a Herodes: "Ide e dizei àquela raposa" (Lc5 13: ). Os fariseus não achavam suas palavras suaves, nem agradáveis eram as suas designações: "sois... sepulcros caiados" (Mt32 23: ) ; "Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?" (Mt27 23: ) ; "Condutores cegos!" (Mt33 23: ). Então, aqui, os homens maus se confrontaram com Jesus, a Fonte da luz, do que é corre-to, do bem e da integridade. Ele, tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo. A palavra traduzida como "lançou" é uma palavra forte que transmite a seguinte mensagem: "Ele os jogou para fora do Templo". Esta cena foi descrita como "uma cena selvagem, com pessoas encolhidas agarrando-se desesperadamente às suas mesas, sendo jogadas de um lado para o outro; ou correndo atrás das suas moedas espa-lhadas, rolando de um lado para o outro; ou encolhendo-se para escapar dos açoites que não tinham piedade, até que o lugar sagrado estivesse purificado":24
E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorará (17). A citação das Escrituras é de Salmos
2. O Sinal do Novo (2:18-22)
Responderam, pois, os judeus e disseram-lhe: Que sinal nos mostras para fazeres isso? (18). Embora seja usada aqui a palavra genérica "judeus", a pergunta evidentemente veio do grupo do sumo sacerdote, os saduceus, que controlavam as finanças do Templo.' A pergunta era mais do que o pedido de um sinal; ela colocava em dúvida a autoridade de Jesus para fazer o que Ele acabara de fazer no Templo (cf. Mt 23; Mac 11.28; Lc
A resposta de Jesus a sua pergunta foi simples, embora a linguagem tivesse um duplo sentido. Derribai este templo, e em três dias o levantarei (19). A palavra usada para templo no relato da purificação é hieron (2.14), que corresponde a "todo o recinto fechado, com os pátios e pórticos [ver o quadro A], que nunca é usado metaforica-mente", ao passo que naos (2,19) é "o edifício sagrado propriamente dito, usado logo adiante significando o corpo de Cristo (v. 21) e dos cristãos que formam o seu corpo espiritual" (cf. 1 Co 3:16-17; 6.19; 2 Co 6.16).9 Fica evidente, a partir da resposta dos judeus (20), que eles pensaram que Jesus falava do Templo restaurado, do edifício pro-priamente dito. Mas Ele estava falando do templo (naos) do seu corpo (21).
Além disso, o que Jesus disse aqui (19) foi usado como um elemento de acusação contra Ele pelas falsas testemunhas no seu julgamento. Uma disse: "Nós ouvimos-lhe dizer: Eu derribarei este templo, construído por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, não feito por mãos de homens" (Mc
Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos, foi edificado este tem-plo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo (20‑21). Em outras palavras: "Foram necessários quarenta e seis anos para construir este templo"; esta expressão reflete o verdadeiro estado de coisas. A construção do Templo de Herodes teve início em 19-20 a.C., e na época deste acontecimento ainda não estava terminada. No entanto, tinham sido necessários quarenta e seis anos para deixá-lo na sua condição em que estava. Três dias obviamente se refere ao período entre a crucificação e a ressurreição, embora de nenhuma maneira isto tivesse ficado evidente para os judeus que ouviam, nem mesmo para os discípulos, até depois da ressurreição de Jesus, conforme João deixa claro. Quando, pois, ressuscitou dos mortos, os seus discípu-los lembraram-se de que lhes dissera isso; e creram na Escritura e na palavra que Jesus tinha dito (22). À luz de Atos
C. UMA NOVA VISÃO DO HOMEM, Jo
Os três últimos versículos do capítulo 2 são, ao mesmo tempo, uma transição e uma introdução. Eles são uma transição no sentido de que, embora Jesus estivesse lidando até aqui com grupos de pessoas (no casamento e no Templo), Ele agora dedica a sua atenção e as suas palavras aos indivíduos e às suas necessidades básicas. E são uma introdução porque abre-se a porta para o diálogo, um estilo novo e importante no evangelho.
E, estando ele em Jerusalém pela Páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome (23). E evidente que, na Páscoa, Jesus fez muitos sinais que atraíram o povo. João não nos diz quais foram esses milagres (cf. 20.30). Mas a reação demonstrou uma fé aquém do esperado. Na verdade, alguns julgam que se tratava de uma fé falsa.' Não há dúvida de que a fé baseada somente em sinais é menos do que Jesus exige, e não há indicação de que essa fé resulte na vida (cf. Jo
Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia, e não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem (24-25). Muitas das traduções mais recentes dizem que Jesus "não se confiava a eles". A reserva com a qual Jesus protegeu a sua auto-revelação fica evidente aqui, em termos dos milagres e dos sinais que Ele realizou. Como Ele disse à sua mãe (2.4), a sua "hora" — a cruz, a revelação completa — ainda não era chegada. Ele sabia que quando se entregasse completamente aos homens, a cruz seria inevitável devido ao coração iníquo deles. Quando Deus deu o melhor de Si, a encarnação, Satanás e os ho-mens maus deram o seu pior — a cruz.
O conhecimento divino de Jesus sobre os homens é um fato admirável. João queria que os seus leitores soubessem que, quando um homem é confrontado por Jesus de Nazaré, suas necessidades mais profundas e os seus mais terríveis pecados são expostos. Nicodemos não conseguiu esconder que a sua alma estava morta. A mulher samaritana não encontrou esconderijo para a vergonha do seu passado pecaminoso. O homem no tanque não pôde evitar a revelação do seu próprio desamparo. Ele bem sabia o que havia no homem (25). Em nossa época de humanismo, o homem é ensinado durante todo o tempo que é responsável somente perante si mesmo e perante os seus semelhan-tes. Embora isto pareça correto, é somente uma meia-verdade. A outra metade é que o homem é responsável perante Deus, e qualquer pecado é, antes de mais nada, um pecado contra Deus (Sl
Champlin
Genebra
2.1-11
O primeiro sinal de Jesus: transformou a água em vinho em Caná. Este milagre significa a transformação da velha ordem (simbolizada pelos jarros de pedra para água, usados no cerimonial de purificação v. 6) na nova ordem (o vinho que simboliza a vida eterna no reino de Deus) através de Jesus Cristo (conforme 2Co
* 2.3 vinho. Este é o termo normal empregado no Novo Testamento para a bebida fermentada. Paulo o usa quando diz: "não vos embriagueis com vinho" (Ef
* 2:4
Mulher. Este é um modo respeitoso de dirigir-se a uma mulher, naquela cultura, e é como Jesus normalmente se dirige às mulheres (4.21; 8.10).
que tenho eu contigo. Jesus atende ao pedido de Maria, não por ser ela sua mãe, mas o faz como parte de sua obra Messiânica. Isto indica que o papel especial de Maria, como mãe de Jesus, não lhe dá autoridade para intervir na carreira de Cristo — este é um forte argumento contra fazer-se oração a Maria.
a minha hora. Usualmente, a "hora" de Jesus refere-se ao tempo do seu sofrimento e morte (12.27). Aqui Jesus está afirmando que ele, e não Maria, deve determinar a agenda de seu ministério terreno.
* 2:11
manifestou a sua glória. O tema da glória de Cristo já tinha sido introduzido (1.14, nota). No Antigo Testamento Deus manifestou sua glória em vários eventos miraculosos, e o comentário de João indica que ele quer que seus leitores reconheçam a deidade de Jesus.
e os seus discípulos creram nele. Ver também v. 23 e 20.31, onde se revela o propósito de João ao escrever este livro.
* 2.12-23
Jesus é a expressão final e plena daquilo que era apenas uma sombra no Antigo Testamento (Hb
Mateus, Marcos e Lucas registram a purificação do templo como tendo ocorrido na semana da crucificação de Jesus. A despeito de algumas semelhanças, essas purificações serão melhor vistas como incidentes diferentes (Mc
* 2:12
seus irmãos. Ver Mt
* 2:15
azorrague de cordas. Jesus cumpre a profecia de Ml
* 2:20
quarenta e seis anos. A frase, em si mesma, não indica se o templo estava acabado ou se ainda estava em construção após estes anos de construção. O historiador judeu do primeiro século, Josefo (Antigüidades, 15.380), diz que a construção começou no décimo oitavo ano de Herodes, o Grande (cerca de 19 a.C.) e não acabou até o reinado de Herodes Agripa (em 63 d.C.), o que indica que ela estava em andamento no tempo de Jesus.
e tu, em três dias, o levantarás. Os judeus (e os discípulos, v. 22) entenderam mal a ambígua afirmação de Jesus. Uma tal má compreensão inicial é comum no Evangelho de João (p.ex., 3.4; 6.52). Os que recebem Jesus (1,12) são levados à plena compreensão, mas aqueles que o rejeitam permanecem no nível da completa má compreensão (1.5).
* 2:22
lembraram-se os seus discípulos. Durante a instrução final dada a seus discípulos, antes de sua prisão, Jesus prometeu que aquilo que lhes havia ensinado seria trazido à lembrança deles pelo Espírito Santo (14.25,26). A capacidade para prever eventos, de outro modo não conhecíveis, é evidência da autoridade divina. Isto aplica-se às profecias do Antigo Testamento e às predições feitas por Jesus, especialmente a respeito de sua ressurreição.
* 2:23
creram no seu nome. Nos tempos bíblicos o "nome" sumariava o caráter, a atividade e o lugar de uma pessoa no propósito de Deus. A fé daqueles que são mencionados aqui permaneceu superficial, porque eles chegaram a ela somente por causa dos sinais que viram (ver Introdução: Dificuldades de Interpretação). Por essa razão "Jesus não se confiava a eles" (v. 24).
* 2.24-25
Embora Jesus não exercesse a divina onisciência, nos dias da sua carne (11.34; Mc
Matthew Henry
Wesley
Casamentos judaicos eram casos prolongados, correndo por uma semana inteira e, às vezes duas semanas. O noivo trouxe sua noiva para sua casa em uma procissão, e houve jogos, dança e canto, banquetes e beber muito vinho. Canções em adoração mútua foram cantadas pela noiva e do noivo, ritos simbólicos foram realizados; mas não parece que tenha havido qualquer pronunciamento formal da União, tal como a conhecemos hoje por um ministro. Todos os amigos e vizinhos, bem como os familiares, foram convidados.
Nós não sabemos por que Jesus, Maria, sua mãe, provavelmente, seus irmãos (v. Jo
O fracasso da oferta de vinho, que foi um embaraço para o anfitrião e um insulto para os convidados, proporcionou a oportunidade para o primeiro milagre de Cristo, que João interpretado como um sinal de seu Evangelho de testemunha. Significativamente, Maria foi o primeiro a notar a falta de bebida e o primeiro a sugerir que algo deveria ser feito imediatamente para remediar a situação. Sua observação casual aparente, Eles não têm vinho , foi levado por Jesus para significar que ela esperava que ele fizesse alguma coisa. Como como uma mulher! Como como uma mãe! É claro que era o que ela queria dizer. Sua respon- Mulher, que tenho eu contigo? -não foi uma repreensão ou uma expressão de desrespeito. "O endereço é o do respeito cortês, mesmo de ternura."
Este é um dos poucos relances que obtemos de Maria, a Virgem Mãe, no Novo Testamento. Ela tem sido quase que totalmente ofuscado por seu Filho, a não ser na 1greja Católica Romana. FW Robertson sugeriu que a veneração a Maria, a ponto de culto surgiu porque as virtudes cristãs enumerados por Jesus-mansidão, pureza, e assim por diante-são virtudes femininas, ao passo que as virtudes do Antigo Testamento eram masculinos: coragem, sabedoria, força. Seja como for, ele serve como um lembrete de que a Igreja Protestante deve reconhecer Maria como o maior exemplo da maternidade de ser encontrado na vida ou na literatura. Vamos dizer com toda a devida reverência que a divindade de Cristo, por si só não explica totalmente por que Jesus era o tipo de homem do Novo Testamento imagens que ele seja. Ele também era humano, nasce um bebê, criado uma criança, e trouxe a masculinidade pelos mesmos processos gerais pelos quais todos os homens tomam seus lugares na vida. Ele tinha uma mãe que amava e se importava com ele, que lhe ensinou e corrigiu-o, pois foi-lhe dado por Deus para ajudar a moldar sua vida como ele "crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens" (Lc
A sugestão de uma reação humana da parte de Jesus, assume um novo significado que nós próxima observá-lo, ainda com sua mãe, indo para Cafarnaum-on-the-Lake para alguns dias de descanso, seus irmãos se juntando a eles (se eles já não estivesse com ele). Jesus ainda não tinha saído do círculo familiar. A pequena empresa pode ter deixado Cana seguindo o casamento e voltou para casa em Nazaré (Matt. 4-13 ), depois que a família inteira (José provavelmente ter morrido) fui para uma última viagem juntos, uma espécie de despedida reunindo no véspera de Jesus 'de sair de casa permanentemente. Cafarnaum era cerca de quinze ou vinte km a nordeste de Nazaré, no Mar da Galiléia quase devido leste de Cana. A empresa passou para baixo -de terras altas até a praia da Galiléia.
Após isso, Jesus deixou seus parentes e foi com seus discípulos a Jerusalém para a festa da Páscoa. Esta foi uma das três grandes festas judaicas. A festa da Páscoa, ou dos Pães Ázimos, que comemorou a libertação de Israel da escravidão egípcia, foi realizada no momento da colheita da cevada. A Festa de Pentecostes, ou das Primícias, comemorou a entrega da Lei no Monte Sinai e foi realizada no momento da colheita do trigo. Ambos cevada e trigo foram colhidas na primavera ou no início do verão. A terceira festa, a Festa dos Tabernáculos, ou de Ingatherings, foi realizada no momento da colheita final de azeitonas e frutas no outono, em comemoração do início da peregrinação no deserto de Israel. Havia outras festas ou festivais, mas esses três foram estabelecidas antes do Exílio babilônico, e, portanto, eram parte integrante das formas estabelecidas de adoração, e comparecimento era obrigatório dentro de certos limites razoáveis. João conta a história de Jesus comparecer a todas as grandes festas. Dois são mencionados pelo nome: Páscoa (Jo
Foi nessa época que o ministério público de Jesus começou. Sua mãe e irmãos já não estavam com Ele e Ele parecia ter saído de casa para prosseguir a sua missão na vida. Enquanto na festa da Páscoa Ele limpou o templo. Os Evangelhos Sinópticos colocar este evento no fim do ministério de Jesus e vê-lo como uma das razões para o aumento da oposição que levou a sua crucificação. O Evangelho de João coloca-lo no início do ministério e usa isso como um sinal para mostrar que Jesus veio para oferecer a Si mesmo como um sacrifício pelos pecados do homem, dos quais os sacrifícios do Templo eram apenas uma sombra e que em breve passarão. Devido às diferenças de pormenor nas duas contas, Westcott assume que havia duas limpezas distintos, embora nem todos os estudiosos concordam com esta posição.
A razão imediata para este ato é fácil de ver. Jesus foi um bom israelita, criada na tradição de seus antepassados e zeloso para a religião de sua raça. Ele estava acostumado a ver a venda de ovelhas, bois e pombos para o sacrifício no átrio exterior do Templo, a compra de animais para o sacrifício de ser a única maneira que muitas pessoas tiveram de obtê-los. Ele foi despertado para a ação porque não apenas o templo, mas também a adoração do Templo estava sendo contaminado. Os governantes do Templo tinha conquistado o mercado para animais de sacrifício, estavam cobrando preços exorbitantes, e exigindo o pagamento no templo de moeda para que o povo tinha que pagar uma alta taxa de câmbio. Culto tornou-se um grande negócio. Os sacerdotes tinham se tornado os comerciantes, "espoliar" as pessoas, de um lado, enquanto do outro que serviam como mediadores diante de Deus, em nome dos pecados dos fiéis. Jesus sabia que seus próprios pecados estavam entre Deus e aqueles a quem eles ministravam, tornando a sua religião sem efeito. Hipocrisia como este tirou alguns dos mais graves denúncias de Cristo.
Não nos é dito sobre a reação imediata à condução fora dos animais, a remoção das gaiolas de pássaros, o perturbador das mesas de câmbio, eo derramando-se do dinheiro. Quase se pode ver a perseguição frenética após ovelhas e bois ea corrida louca para recuperar o dinheiro. Alguns daqueles que tinham sido enganados pode ter racionalizado que, dadas as circunstâncias, o dinheiro era propriedade pública e passaram a receber de volta o que havia sido tirado deles, com uma boa taxa de juros fique. Os sacerdotes não fez nenhuma resposta imediata, provavelmente estar no bom oficiante Temple no sacrifício enquanto atendentes realizado as suas actividades fora. É-nos dito apenas que alguns judeus perguntaram a Jesus por que autoridade ele tivesse feito o que fez. Isso proporcionou a oportunidade para que Jesus a dar a verdadeira razão e, assim, para anunciar que ele estava lançando agora a obra de sua vida a sério. Destruí este templo , Ele disse, e em três dias eu o levantarei (v. Jo
Cristo foi demonstrando que a sua vinda a crucificação Old passaria, tendo cumprido a sua finalidade, e, em Sua ressurreição daqui a três dias, o New seriam instituídos. Neste um dramático ato de nosso Senhor de todo o âmbito de aplicação do plano de salvação para o mundo de Deus é colocada diante de nós. Que majestade há medo deve ter sido o semblante de Cristo naquele dia! Que autoridade em cada palavra e ação! Mas o que é mais, a questão envolvida como as autoridades eclesiásticas judaicas. Sob as circunstâncias existentes, ninguém poderia ser esperado para entender completamente o que Jesus estava fazendo. Mas eles podiam ter escutado. Após a ressurreição, os discípulos que tinham estado com Jesus no Templo naquele dia se lembrou do que ele tinha dito, e sua fé foi fortalecida.
Para a conta da purificação do Templo João adicionou um breve relato do contato de Cristo com as pessoas em geral. Muitos deles creram nele, mas com reservas, colocando a sua própria interpretação sobre o que Ele disse e fez. Jesus podia ver que sua fé não era genuíno. Mais do que isso, Ele sabia que os homens-Ele compreendeu a natureza humana pecaminosa e como ela realizada sob determinadas circunstâncias. Ele não seria levado por seu show de aceitação e fidelidade. O incidente lembra a parábola do semeador e da semente. Algumas sementes caíram em solo raso, brotaram rapidamente, e tão rapidamente secou sob o calor do sol (Mt
Wiersbe
- Lições dispensacionais (2:1-12)
O
fracasso de Israel
Israel desconhecia seu próprio Messias. Em 1:26, João Batista afir-mou: "No meio de vós, está quem vós não conheceis". Essa festa de casamento é um retrato da nação: o vinho acabou, o suprimento das pessoas tinha acabado, contudo o Messias delas estava lá para ajudá- las. As seis talhas eram usadas para as cerimônias de purificação (veja Mc
Um dia, Cristo trará a alegria de volta a Israel, quando essa nação o receber como seu Rei. Israel se ca-sará de novo com seu Deus (veja Is
- Lições doutrinais
Como o pecador é salvo. Se obser-var as notas introdutórias a João, verá que os sete sinais mostram como o pecador é salvo e os efei-tos disso em sua vida. O primeiro milagre mostra-nos que a salvação acontece por intermédio da Pala-vra de Deus. Atente para os sím-bolos aqui.
- Uma multidão sedenta
Esse não é um retrato do mundo perdido de hoje? As pessoas experi-mentam os prazeres do mundo, mas não encontram satisfação pessoal e, por fim, afastam o que poderia pre-enchê-las. A Bíblia convida o peca-dor sedento a vir a Cristo em busca de salvação e de satisfação Jo
No entanto, Cristo transformou a água em vinho, o que fala de graça e de alegria. O vinho simboliza o Espírito Santo (Ef
- O terceiro dia
Isso prenuncia a ressurreição, já que Cristo ressuscitou dos mortos no ter-ceiro dia. Era o terceiro dia a partir do "dia imediato" (1:43), que vem a ser o quarto dos dias sobre os quais João escreveu no capítulo 1 (dia n2 1 —vv. 19-28; dia n22 —vv. 29-34; dia n2 3 — vv. 35-42; dia n2 4 — vv. 43-51). Talvez João, quando escre-veu a respeito dessa primeira sema-na da "nova criação" (2Co
- O início dos milagres
A salvação é o início dos milagres, pois Deus, depois que a pessoa é salva, realiza um milagre após outro para ela, e os milagres que vivencia- mos glorificam a Cristo.
- Lições práticas
- Como servir a Cristo
Todos os que servem a Cristo de-viam atentar para as palavras de Maria: "Fazei tudo o que ele vos disser" (2:5). Provavelmente, os ser-vos acharam uma loucura encher as talhas de água, no entanto Deus usa as coisas loucas para envergonhar os poderosos (1Co
Os servos sabiam de onde vi-nha o vinho, mas as pessoas impor-tantes da festa não sabiam. A pes-soa aprende os segredos de Cristo quando lhe serve. (Veja Jl
Somos servos e amigos de Cristo (3:29; 15:15), e ele nos conta o que faz. É muito melhor ser um servo de Cristo e participar de seus mi-lagres que sentar à cabeceira no maior banquete.
Devemos usar todas as opor-tunidades para servir a Cristo "quer seja oportuno, quer não" (2Tm 4:2). Na festa de casamento, Jesus trouxe glória para Deus.
Russell Shedd
2-4 Mulher.. contigo. I.e., "que é que nós temos em comum?”. Maria sente o problema social mas Jesus pensa no nível espiritual. Aí está a cruz (minha hora, 7.30; 8.20; 12.23; 17,1) e o sangue que suas próprias veias proverão (o vinho) para quem quiser responder ao convite de se assentar à mesa das bodas do Cordeiro (conforme Lc
2.6 Seis talhos. Vasos em que se guardava água para as lavagens cerimoniais, obrigatórias para judeus religiosos, antes de comer (Mc
2.10 Bom vinho. Se o sinal (milagre) da transformação tiver um significado metafórico, como parece ter, o bom vinho representa a evangelho que dá a salvação pelo sangue de Cristo (conforme Mt
2.11 Sinais. João usa o termo "sinais" para os milagres porque apontam para a morte e ressurreição de Jesus e a salvação vinda por Ele. Sua glória. A missão gloriosa de Cristo se reflete no Seu poder e no significado do milagre (conforme 2.4, 10n; 1.14; 17.4s,22).
2:13-22 Conforme Ml
NVI F. F. Bruce
935) a identificasse com Khirbet Qana. (Conforme tb. J. A. Thompson, The Bible and Archaeology, 1962, p. 359.) E interessante observar que Natanael pertencia a essa região (conforme 21.2). O elo com Natanael parece ser deduzido da expressão No terceiro dia, i.e., depois da entrevista com Jesus anteriormente. A mãe de Jesus estava alr. Ela nunca é citada pelo nome em João, supostamente em virtude do cuidado especial que o discípulo amado tinha por ela (conforme 19.25ss; v. tb. 2.12; 6.42). seus discípulos: Provavelmente significa os Doze, embora nenhum “chamado” seja registrado nesse evangelho, à parte de “Venham e verão” e “Siga-me”, v. 3. Tendo acabado o vinho (gr. hysterêsantos oinou): Há duas glosas posteriores à primeira metade desse versículo, ambas para tentar esclarecer a situação. A mãe de Jesus relatou a questão para ele supostamente sabendo que ele poderia salvar a situação, v. 4. Que temos nós em comum, mulher? (gr. ti emoi kai soi): Essa é a tradução de uma expressão idiomática, tanto no grego clássico quanto no hebraico, significando “Deixe que eu siga o meu próprio curso”. Ninguém tem o direito de se aproximar do Senhor dessa maneira (conforme Mc
Parte dois — O ministério público (2.12—12.50)
I. CRISTO PREGA A SUA MENSAGEM (2.12—4.42)
1) A purificação do templo (2:12-25)
Esse incidente, no lugar onde ocorre em João, levanta a questão da relação entre o quarto evangelho e os Sinópticos (v. Introdução). O evento é colocado perto do fim do ministério nos primeiros três evangelhos (cf. Mc
Deve-se dizer, no entanto, que o ponto de vista antigo de que houve duas purificações tem boa fundamentação. Westcott diz: “Uma comparação das duas narrativas depõe contra a identificação das duas” (The Gospel according to St. John. Greek Text, v. 1, p. 96), e ele apresenta diversas razões que apoiam a sua opinião. O Commentary on the Gospel of St. John, de W. Milligan e W. F. Moulton (1898), antigo, mas ainda valioso, pergunta: “Mas seria tão improvável que tivessem ocorrido duas purificações, separadas por esse intervalo que a narrativa do evangelho pressupõe?” (p. 27), e fornece mais apoio a esse ponto de vista. Entre autores recentes, R. V. G. Tasker defende a opinião de duas purificações (The Gospel according to St. John, TNTC, p. 61).
Qualquer que seja o caso, o que é de extrema importância para João, como observa R. H. Lightfoot, é “representar o juízo ou o discernimento efetuados pela presença e obra do Senhor entre os homens em ação desde o início da sua atividade”. O incidente no templo chama a atenção para esse aspecto da sua obra (p. 112, op. cit.). Que o significado disso é fundamental para João, talvez possa ser confirmado pelo fato de que ele registra que os animais foram expulsos do templo. Em Cristo, o judaísmo dos rituais de sacrifícios é tem um fim. Aqui, observa Barrett, João “começa a desenvolver o tema principal, que em Jesus os propósitos eternos de Deus têm seu cumprimento” (p.
163) (v.comentário do v. 21. Acerca da Páscoa, v. artigo “O pano de fundo religioso do NT”), v. 14. alguns vendendo-. Isto é, com o propósito de serem oferecidos como sacrifícios. Esse era um serviço oferecido especialmente a adoradores que viajavam longas distâncias para Jerusalém. Os que estavam trocando dinheiro estavam sentados nas dependências do templo principalmente por causa do negócio de trocar dinheiro para o pagamento do imposto do templo, que era cobrado de todos os judeus adultos do sexo masculino, inclusive dos da Dispersão. Essa troca era feita como empreendimento comercial e dava lucros, principalmente porque os sumos sacerdotes tinham insistido em que todas essas taxas fossem pagas na moeda de Tiro. v. 15. e expulsou todos do templo-. A formulação desse versículo poderia sugerir que o objeto principal da ira de Jesus eram os que trocavam dinheiro. Mas as ovelhas e os bois foram expulsos com eles. Isso pode nos levar a supor que a comercialização de animais não era de todo censurável, embora isso também possa ter sido exagerado (conforme versículo seguinte), visto que o lugar comum para esse mercado de animais era o monte das Oliveiras, v. 16.... um mercado (conforme Zc
Moody
D. A Primeira Visita a Jerusalém e Judéia. 2:12 - 3:36.
1) A Purificação do Templo. Jo
Francis Davidson
Ao terceiro dia (1); isto é, três dias depois do dia referido em Jo
As talhas cheias tinham a capacidade de mais de 450 litros. Uma mudança processou-se na água. O mestre-sala (8) prova o vinho, e chamando o noivo, comenta, admirado, da boa qualidade do vinho, e declara que o vinho novo é melhor do que o velho.
Este foi o primeiro dos milagres ou sinais que Jesus operou. Note-se de passagem que esta é a evidência mais segura contrária às histórias apócrifas de milagres operados na infância de Jesus. A palavra grega usada aqui é semeion. É distinta de dynamis que pode ser traduzida como "ato de poder", também de ergon, "trabalho". Os milagres do quarto Evangelho são sempre considerados como sinais, mais do que "atos de poder", ou "trabalhos". Os termos são relacionados por causa dos seus valores evidenciais. Jesus assim manifesta sua glória e proclama a nova "era messiânica". Aquele que aparece em carne será o autor de uma nova ordem mundial. E seus discípulos creram nele (11). A crença resultou do milagre; nos Evangelhos sinóticos, é a crença que condiciona o milagre.
Entre as duas narrativas relatando os dois sinais intercala-se a história de uma visita a Cafarnaum (12). Sendo perto do tempo da celebração da páscoa em Jerusalém, Jesus e os doze viajaram da região montanhosa a esta cidade, que fica ao lado norte do Mar da Galiléia. Cafarnaum é geralmente identificada como a moderna Tell Hum. Nesta viagem, Jesus estava acompanhado por sua mãe e seus irmãos e discípulos.
2. A PURIFICAÇÃO DO TEMPLO (Jo
A precisão da narrativa e a exatidão das minúcias indicam uma testemunha ocular. Pela ordem de Jesus, bois e carneiros são expulsos, dinheiro dos cambistas é espalhado no chão, pombos são retirados. Não façais da casa do meu Pai casa de negócio (16). Não podemos deixar de reconhecer os propósitos de Jesus. O ato é messiânico em sentido. "O relato é um comentário sobre Ml
Os judeus exigem um sinal, pois reconhecem a importância do ato. Pedem um visível atestado da sua autoridade (18). Recebem a resposta em linguagem metafórica, que não entendem: Destruí este santuário e em três dias o reconstruirei (19). Eles o matarão, porém Ele reconstruirá o santuário por eles destruído. A dificuldade neste versículo reside no duplo sentido dos verbos "destruir" e "reconstruir". O verbo "destruir" tem o duplo significado de desfazer, como seja na destruição de um edifício e também da dissolução do corpo. O verbo "reconstruir" aplica-se à construção de uma residência, ou de um santuário. Daí a inferência da ressurreição do corpo. Tendo os verbos dois sentidos, há duas possíveis interpretações. Jesus apresenta o sinal da Sua ressurreição como autoridade para purificar o templo. Os judeus supõem que Jesus se refira literalmente ao templo ainda em construção naquele tempo. Esta construção foi iniciada no ano 20 A. C., e terminada em 63 A. D. Decorreram quarenta e seis anos desde o início da obra, dando ao incidente uma data de 26 ou 27 A. D. Os judeus ainda não pensavam do corpo como templo ou santuário.
Estava Jesus pretendendo, simplesmente, o início de uma nova religião espiritual? O significado deste incidente está ligado com sua posição cronológica. Muitos comentaristas aceitam o acontecimento como fora do seu lugar cronológico e o identificam com o incidente verificado nos Evangelhos sinóticos, realizado no clímax do ministério público de Jesus (Mt
3. O NOVO NASCIMENTO (Jo
John Gill
2:13 - E a páscoa dos Judeus,... Aquela festividade que era realizada no décimo quarto dia de Nisã, em comemoração a páscoa do Senhor, e pelas casas dos 1sraelitas, quando ele matou os primogênitos no Egito: e é chamada a páscoa dos Judeus, porque só eles eram obrigados a observarem essa festividade: nem era isto obrigatório aos Gentios; e, além disso, não foi abolido quando João escreveu este Evangelho, embora ainda retido pelos Judeus. E, além disso, João estava agora entre os Gentios, e por este motivo ele escreveu este Evangelho; e então assim distingue esta festividade, da festividade típica da Páscoa Cristã ou de Cristo nossa Páscoa que é sacrificada para nós. Esta era a primeira “páscoa” depois do batismo de Cristo que geralmente é achado ser de um ano antes; embora tanto tempo não possa ser entendido da contagem bíblica; o batismo dele, o seu retorno do ermo para João, os quarenta dias; e a vinda dele para Caná, quatro ou cinco dias mais tarde; e talvez ele tenha ficado sete dias em Caná; porque um casamento era normalmente assim mantido; e a permanência dele em Cafarnaum foi de alguns dias; o que não chegam ao máximo oito ou nove semanas: a segundo páscoa depois desta, é, por alguns, pensado ser a festividade mencionada emJo
E Jesus subiu a Jerusalém;... Não sozinho, mas seus discípulos com ele, o que parece de Jo
[1] Praefat. Echa Rabbati, fol. 40. 4.
[2] Echa Rabbati, fol. 44. 4.
John MacArthur
6. O primeiro milagre de Cristo (João
No terceiro dia houve um casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava ali; e ambos, Jesus e seus discípulos foram convidados para o casamento. Quando o vinho acabou, a mãe de Jesus lhe disse: "Eles não têm vinho." E Jesus disse-lhe: "Mulher, o que isso tem a ver conosco? Minha hora ainda não chegou". Sua mãe disse aos serventes: "Tudo o que ele diz para você, fazê-lo." Ora, havia seis talhas de pedra ali estabelecidas para o costume judaico de purificação, contendo vinte ou trinta litros cada. Jesus disse-lhes: "Encham os potes com água". Então os encheram até a borda. E disse-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe dos garçons." Então eles levaram a ele. Quando o maitre provou a água transformada em vinho, e não sabia de onde veio (mas os servos que tinham tirado a água sabiam), o chamou o noivo e disse-lhe: "Todo homem serve primeiro o vinho bom e, quando as pessoas têm bebido bem, então ele serve o vinho mais pobres; mas tu guardaste o bom vinho até agora ". Este início de Seus sinais Jesus o fez em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele. (2: 1-11)
Desde a queda, pecadores rebeldes procuraram autonomia de Deus, rejeitá-Lo e colocar-se no centro do universo. No coração da maioria dos sistemas humanísticos da crença é a errada, a crença racionalista de que as pessoas, a partir apenas de si, pode-se construir uma visão de mundo adequada. Por conseguinte, se o homem moderno acredita em um deus em tudo, ele é um de sua própria criação; como alguém observou ironicamente, Deus criou o homem à Sua imagem, eo homem voltou a favor. Deus repreendeu tal orgulho, arrogância pecaminosa no Sl
Talvez em nenhum lugar está caído propensão pecaminosa do homem para a criação de Deus à sua imagem ilustrada com maior clareza do que na chamada "busca do Jesus histórico" que dominou a teologia liberal XIX século. Com base em seus pressupostos anti-Sobrenaturalistic, os críticos
Acredita que o verdadeiro Jesus deve ter sido uma pessoa comum com nada de sobrenatural ou divino sobre ele. Sua vida deve se enquadrar em padrões humanos comuns, e ser explicável em categorias puramente humanos. Para essas pessoas, a frase "Jesus histórico" significava claramente um Jesus não sobrenatural. Eles acreditavam ainda que, se os Evangelhos foram examinadas criticamente, essa imagem de Jesus iria surgir a partir deles. (I. Howard Marshall, eu creio no Jesus histórico [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 110-11)
Não é de surpreender que aqueles que começam por assumir o reino sobrenatural não existe acabar com um Jesus puramente humana. (Tal absurdo blasfemo sob o disfarce de bolsa de estudos encontra sua contraparte moderna no "Seminário de Jesus", cujos membros, tal como os seus antecessores do século XIX, também tentam reinventar Jesus para caber sua visão de mundo anti-sobrenatural.) No entanto, apesar do raciocínio falho em que foram baseadas, o século XIX viu um desfile interminável de "vidas" de Jesus, cada interpretação Ele em consonância com o que quer que especial visão de mundo do autor aconteceu a abraçar.
Mas todas as tentativas de explicar Jesus como um mero homem não conseguem explicar os fatos de sua vida, a morte (por que alguém iria querer crucificar o inócuo sábio, politicamente correta inventada pelos críticos racionalista desafia qualquer explicação), e ressurreição. Na Encarnação, Deus entrou no reino natural em um corpo humano. Por isso, é impossível remover os elementos miraculosos da vida de Jesus, como os críticos anti-sobrenaturalista tentaram fazer. O Jesus de Nazaré histórico e do Cristo divino estão inseparavelmente ligados, pois eles são uma ea mesma pessoa. Jesus foi e é o Deus-homem.
Os milagres realizados por Jesus constituem uma das provas mais poderosos e convincentes de sua divindade (3:. 2; conforme Mt
O Scene
No terceiro dia houve um casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava ali; e ambos, Jesus e seus discípulos foram convidados para o casamento. (2: 1-2)
A frase do terceiro dia remete para a chamada de Filipe e Natanael na passagem anterior (1: 43-51). É o último de uma série de indicadores de tempo (conforme 1:29, 35,
43) que sugerem os eventos de João entrevista de João Batista com as autoridades judaicas (1: 19-28) para o casamento em Caná ocorreu dentro do espaço de uma semana.
Cana da Galiléia é, provavelmente, a ser identificado com moderna Khirbet Qana, uma ruína desabitada cerca de nove quilômetros ao norte de Nazaré. Jesus e seus discípulos poderiam ter facilmente alcançado Cana no terceiro dia depois de deixar a vizinhança do rio Jordão. Assim, não há necessidade de especular, como em alguns países, o que indica terceiro dia ao terceiro dia do casamento festa.
Um casamento foi um grande evento social na Palestina do primeiro século, e da celebração pode durar até uma semana. Ao contrário de casamentos modernos, que são tradicionalmente pagos pela família da noiva, o noivo era responsável pelas despesas da festa. O casamento marcou o ponto culminante do período de noivado. Durante esse período, o que muitas vezes durou vários meses, o casal foi considerado legalmente homem e mulher (Mateus
A mãe de Jesus (João nunca se refere a Maria pelo nome em seu evangelho) foi neste casamento particular. Que ela e Jesus atendeu sugere que os parentes de casamento envolvido ou amigos da família.Isso explicaria por que Maria parece ter sido mais do que apenas um convidado, mas aparentemente tinha alguma responsabilidade de ajudar a família do noivo durante a celebração. Por exemplo, ela estava ciente da situação sobre a falta de vinho, e tomou a iniciativa de resolver o grave problema. A terminologia diferente usado em relação a Maria (ela estava lá ) e Jesus e seus discípulos (eles foram convidados ) também sugere que ela tinha algum papel no serviço durante o evento. Desde José não é mencionado (a última vez que ele aparece nos Evangelhos está no relato da viagem a Jerusalém quando Jesus tinha doze anos [Lucas
Como Jesus e os discípulos receberam o convite não é declarado. Alguns sentiram, sem provas, que poderia ter sido proferido por Natanael, que era de Cana (21: 2). O mais provável, no entanto, Jesus foi a Nazaré, e não recebeu o convite. Os discípulos foram, sem dúvida, foi convidado por causa de sua ligação com Jesus, uma vez que apenas Natanael era da vizinhança de Cana.
Ao participar de um casamento e realizar seu primeiro milagre lá, Jesus santificou tanto a instituição do casamento e da própria cerimônia. O casamento é a união sagrada entre um homem e uma mulher em que eles se tornam um aos olhos de Deus. A cerimônia é um elemento essencial dessa união, porque nela o voto casal publicamente para permanecer fiéis um ao outro. Tanto o Antigo Testamento (por exemplo, Gen. 29: 20-23; Jz
O Situation
Quando o vinho acabou, a mãe de Jesus lhe disse: "Eles não têm vinho." E Jesus disse-lhe: "Mulher, o que isso tem a ver conosco? Minha hora ainda não chegou". Sua mãe disse aos serventes: "Tudo o que ele diz para você, fazê-lo." (2: 3-5)
Wine foi a bebida grampo no antigo Oriente Próximo. Devido ao clima quente e à falta de qualquer meio de refrigeração ou de purificação, suco de frutas tendem a fermentar. O resultado foi uma bebida alcoólica com a capacidade de induzir a embriaguez. Para ajudar a evitar o risco de embriaguez, o vinho era comumente diluído com água para um terço a um décimo de sua força. Embora a Bíblia não proíbe beber vinho, e em alguns casos, recomenda-lo (por exemplo, Sl
A resposta de Jesus abrupta e surpreendente, "Mulher, por que é que isso tem a ver conosco" sinalizou uma grande mudança em seu relacionamento. A mulher era uma educada, mas não íntimo, forma de tratamento (conforme 04:21; 19:26 ; 20:13, 15;. Mt
A frase "Minha hora ainda não chegou" refere-se a morte de Jesus e glorificação (7: 6, 8, 30; 08:20; 12:23, 27; 13
"Eis que vêm dias", declara o Senhor ", quando o lavrador vai ultrapassar o ceifeiro e que pisa as uvas ao que lança a semente;. Quando as montanhas vai escorrer vinho doce e todos os outeiros serão dissolvidos Também vou restaurar o cativeiro o meu povo Israel, e eles vão reconstruir as cidades assoladas, e nelas habitarão;. eles vão também plantarão vinhas e beberão o seu vinho, e farão pomares e lhes comerão o fruto " (13
Sem se deixar abater pela repreensão leve (conforme Mat. 15: 22-28), e ciente de que ele não estava dizendo não ao pedido, Maria disse aos serventes: "Tudo o que ele diz para você, fazê-lo." Ela imediatamente virou-se para os servos, antecipando que Ele iria responder. Os funcionários foram diakonois (a partir do qual a palavra Inglês "diáconos" [1Tm
O Fornecimento
Ora, havia seis talhas de pedra ali estabelecidas para o costume judaico de purificação, contendo vinte ou trinta litros cada. Jesus disse-lhes: "Encham os potes com água". Então os encheram até a borda. E disse-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe dos garçons." Então eles levaram a ele. Quando o maitre provou a água transformada em vinho, e não sabia de onde veio (mas os servos que tinham tirado a água sabiam), o chamou o noivo e disse-lhe: "Todo homem serve primeiro o vinho bom e, quando as pessoas têm bebido bem, então ele serve o vinho mais pobres; mas tu guardaste o bom vinho até agora ". (2: 6-10)
As talhas de pedra eram, como João explicou para o benefício de seus leitores gentios, usado para o costume judaico de purificação. lavagens cerimoniais eram parte integrante do judaísmo do primeiro século:
Os fariseus e todos os judeus não comem sem lavar cuidadosamente as mãos, observando-se, assim, as tradições dos anciãos; e quando voltam do mercado, eles não comem sem se purificar; e há muitas outras coisas que receberam para observar, como a lavagem de copos e jarros e panelas de cobre. (Marcos
Os judeus usavam talhas de pedra para segurar a água utilizada para a purificação ritual porque acreditavam que, ao contrário de panelas de barro (Lv
O Significado
Este início de Seus sinais Jesus o fez em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele. (2,11)
O resultado deste início (ou primeiro) de Jesus sinais era duplo. Primeiro, Ele manifesta a Sua glória (cf. 1,14); isto é, Ele colocou a Sua divindade em exposição. Jesus sinais não eram simplesmente exibe poderosos de compaixão, mas foram projetados para revelar quem ele realmente era, uma vez que Deus inequivocamente manifesta no trabalho (conforme 2:23; 3: 2; 4:54; 6: 2, 14; 7 : 31; 09:16; 20:30; At
Seus discípulos, no entanto, creram nele. Depois de ouvir João testemunho de João Batista que Jesus era o Messias (01:34), depois de ouvir as próprias palavras de Jesus (01:
39) e creram nele (1:41), eles agora viu confirmação em primeira mão milagrosa de que a fé. Muitos outros, lendo este evangelho de João, viria a acreditar, como eles fizeram. E esse foi o propósito de João, por escrito, não só a seu relato deste milagre, mas também todo o seu evangelho: "Portanto, muitos outros sinais Jesus também realizadas na presença dos discípulos, que não estão escritos neste livro; mas estes foram escritos para que para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome "(20: 30-31).
7. Jesus Mostra Sua Divindade (João
Depois disso desceu a Cafarnaum, ele, sua mãe e seus irmãos e seus discípulos; e eles se hospedaram há alguns dias. A Páscoa dos judeus estava próxima, e Jesus subiu a Jerusalém. E achou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e os cambistas sentados em suas mesas. E Ele fez um azorrague de cordas e expulsou todos do templo, com as ovelhas e os bois; e Ele derramou as moedas dos cambistas e derrubou as mesas; e para aqueles que vendiam as pombas Ele disse: "Tirai daqui estas coisas; parar de fazer casa de meu Pai um lugar de negócios." Seus discípulos lembraram-se do que está escrito: "O zelo por tua casa me consome." Os judeus disse-lhe então: "Que sinal Você nos mostra como sua autoridade para fazer essas coisas?" Jesus respondeu-lhes: "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei". Os judeus, em seguida, disse: "Demorou 46 anos para construir este templo, e tu o levantarás em três dias?" Mas ele falava do templo do seu corpo. Então, quando ele foi ressuscitado dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que Ele disse isso; e creram na Escritura e na palavra que Jesus tinha dito. Agora, quando Ele estava em Jerusalém na Páscoa, durante a festa, muitos creram no seu nome, observando os sinais que ele estava fazendo. Mas Jesus, de sua parte, não estava confiando-se a eles, pois Ele sabia que todos os homens, e porque Ele não precisava de ninguém para testemunhar a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem. (2: 12-25)
Não há questão mais importante do que: "Quem é Jesus Cristo?" Suas implicações são profundas e seu significado incomparável. Simplesmente posando ele evoca imediatamente uma vasta gama de emoções-de hostilidade para fervorosa adoração. Meramente contemplando não basta-it é uma pergunta que deve ser respondida. E respondê-la de forma incorreta, não importa o que a desculpa, acaba por conduzir a devastação eterna.
Ao longo da história, essa questão tem suscitado muita confusão e debate. Tal era mesmo verdade no tempo de Jesus. Quando Ele perguntou: "Quem dizem que o Filho do Homem?" (Mt
Escritura reafirma abundantemente avaliação de Pedro da verdadeira identidade de Cristo. Ele é chamado de "Deus" (Jo
Apesar da clareza inconfundível das Escrituras, há alguns céticos que negam essas afirmações claras. Em suas opiniões incrédulos, o Cristo da Escritura é uma figura mítica, inventada por seus seguidores. O "real" ou "histórico" Jesus de Nazaré, argumentam eles, era um crítico social, filósofo cínico itinerante, sábio, mas politicamente correto definitivamente não é o Messias, o Filho de Deus, o Deus encarnado em carne humana. Richard N. Longenecker observa que de acordo com o "Seminário de Jesus", por exemplo,
Jesus era um camponês judeu carismático cínico-like, cujo ensino era espirituoso, inteligente e contracultural, mas não escatológico e, certamente, não focado em si mesmo. Todos os retratos de Jesus de natureza messiânica, sacrificial, redentora, ou escatológico nos Evangelhos (e no resto do Novo Testamento) são os produtos da teologia da igreja mais tarde, que cresceram em torno da figura desse professor cínico-like Mediterrâneo e transformou-o em uma figura de culto. ( o Jesus da história eo Cristo da Fé: Algumas reflexões contemporâneas [www.mcmaster.ca/mjtm/2-51.htm])
Para chegar a suas conclusões, esses céticos audaciosamente causa nem a confiabilidade do Novo Testamento ou a honestidade dos discípulos de Jesus. Mas o Novo Testamento é o documento mais bem atestada desde a antiguidade. Há muito mais manuscritos antigos do Novo Testamento na existência hoje do que de qualquer outra escritura antiga, e o intervalo de tempo entre eles e os documentos originais é muito mais curto. Assim, "para ser cético em relação ao texto resultante dos livros do Novo Testamento é a de permitir que todos os da antiguidade clássica a escorregar no esquecimento, para não existem documentos do período antigo são bem atestada bibliograficamente como o Novo Testamento" (João Warwick Montgomery, História eo cristianismo [Downers Grove, Ill .: InterVarsity de 1974], 29).
A visão de que os seguidores de Jesus inventou a história bíblica de Sua vida também está muito aquém de credibilidade. Afinal, o que eles ganham com isso? Os apóstolos suportaram prisão, espancamentos, prisão, exílio, e do martírio; ea igreja primitiva enfrentou a oposição amarga pontuada por explosões de perseguição selvagem. Eusébio, o pai da igreja do século IV, apontou o absurdo de afirmar que os discípulos eram enganadores:
Gostaria de perguntar, então, onde seria o sentido em suspeitar que ouvem [ética de Jesus] ensino, que também eram mestres em tal instrução, inventou seu relato do trabalho de seu Mestre? Como é que é possível pensar que eles eram todos de acordo para mentir? ... Nenhum argumento pode provar que uma tão grande grupo de homens eram indignos de confiança, que abraçou uma vida santa e piedosa, considerados seus próprios negócios como de nenhuma conta .. . escolheram uma vida de pobreza, e levou a todos os homens a partir de uma boca de uma conta consistente de seu Mestre .... Venha, diga-me, se tal empreendimento projetado por esses homens que mantêm juntos? ... De onde veio, entre uma tripulação de tantas, uma harmonia de malandros? De onde vem a sua prova geral e consistente sobre tudo, e seu acordo até a morte? ... Certamente todos tinham visto o fim de seu professor, e a morte a que Ele veio. Por que, então, depois de ver seu fim miserável que eles ficam no seu terreno? Por que eles construir uma teologia sobre Ele, quando Ele estava morto? Será que eles desejam partilhar o seu destino? Ninguém certamente em razão razoável escolheria tal punição com os olhos abertos. ( A Prova do Evangelho, III.5.110, 111.
Crítica devastadora de Eusébio da opinião de que os discípulos eram enganadores continua durante todo o capítulo 5 do livro III.)
A presença de numerosas testemunhas oculares de Jesus 'de vida muitos deles hostil também teria tornado impossível para os seus discípulos para espalhar mentiras sobre ele. Por exemplo, se Ele não tivesse ressuscitado dos mortos como seus seguidores disseram, Seus inimigos poderia simplesmente ter apresentado o seu corpo. Se o tivessem feito, a fé cristã teria imediatamente entrou em colapso (conforme 1Co
Outros pontos de vista, isto blasfemas Jesus era um mentiroso, um lunático, ou um místico-fare há melhor; eles absolutamente não conseguem explicar o Seu caráter nobre como revelado no Novo Testamento. Por exemplo, historiador da igreja Filipe Schaff responde a acusações de que Jesus era um mentiroso (conforme Jo
Como, em nome da lógica, bom senso e experiência, poderia um impostor, isto é um enganador, egoísta, depravado man-ter inventado, e consistentemente mantido a partir do começo ao fim, o caráter mais puro e nobre conhecido na história com a mais de ar perfeito de verdade e realidade? Como ele poderia ter concebido e realizado com sucesso um plano de beneficência sem igual, grandeza moral, e sublimidade, e sacrificou sua própria vida por ele, em face dos preconceitos mais fortes de seu povo e idades? (Citado em Josh McDowell, Evidência que Exige um Veredito, Volume 1 [San Bernardino, Calif .: Aqui está a Vida, 1986], 106)
CS Lewis energicamente rejeita a noção de que Jesus era um louco:
A dificuldade histórica de dar para a vida, provérbios e influência de Jesus qualquer explicação que não é mais difícil do que a explicação cristã, é muito grande. A discrepância entre a profundidade e sanidade e (deixe-me acrescentar) astúcia de seu ensino moral e da megalomania desenfreada que deve estar por trás de seu ensinamento teológico, a menos que Ele é realmente Deus, nunca foi obtido satisfatoriamente over. Daí as hipóteses não-cristãos se sucedem com a fertilidade inquieto de perplexidade. ( Miracles [New York: Macmillan, 1972], 113. itálico no original).
Ele também é um absurdo para ver Jesus como um místico, cuja pretensão de ser Deus não era notável já que todo mundo é Deus. Embora tais afirmações são comuns nas religiões orientais, eles teriam sido totalmente estranho para judaísmo do primeiro século. Longe de acolher Jesus como um guru iluminado, os judeus estavam indignados com a sua afirmação de divindade. Como resultado, eles acusaram de blasfêmia (10:33; conforme 5:
18) e crucificaram para reivindicar igualdade com o único Deus (Mateus
A única opinião que explica adequAdãoente a vida de Jesus perfeito, ensinamento profundo, a morte sacrificial e ressurreição milagrosa é a bíblica de um saber, que Jesus veio como o Deus encarnado.Todos os outros pontos de vista totalmente em colapso sob exame.
O apóstolo João caminhou com Jesus desde o início de seu ministério terreno. Ele viu seus milagres, ouviu seus ensinamentos, e observado sua vida a partir de um ponto de vista íntimo compartilhado apenas por Pedro e Tiago. Assim, ele escreveu seu evangelho para que seus leitores entendessem verdadeira identidade de Jesus como o Filho de Deus em carne humana (20:31).
Nesta passagem, João continua este tema através de três vinhetas que ilustram cada um aspecto da divindade de Cristo. Individualmente, eles mostram sua paixão pela reverência, Seu poder de ressurreição, e sua percepção da realidade. Coletivamente, eles ressaltam a realidade inescrutável de Sua natureza divina.
Paixão de Jesus para Reverence
Depois disso desceu a Cafarnaum, ele, sua mãe e seus irmãos e seus discípulos; e eles se hospedaram há alguns dias. A Páscoa dos judeus estava próxima, e Jesus subiu a Jerusalém. E achou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e os cambistas sentados em suas mesas. E Ele fez um azorrague de cordas e expulsou todos do templo, com as ovelhas e os bois; e Ele derramou as moedas dos cambistas e derrubou as mesas; e para aqueles que vendiam as pombas Ele disse: "Tirai daqui estas coisas; parar de fazer casa de meu Pai um lugar de negócios." Seus discípulos lembraram-se do que está escrito: "O zelo por tua casa me consome." (2: 12-17)
A Festa de Páscoa comemorou a libertação de Israel da escravidão no Egito, quando o Senhor morto, por seu anjo da morte, os primogênitos dos egípcios, mas passou por cima das casas dos israelitas (Ex. 12: 23-27). Foi comemorado anualmente no décimo quarto dia de Nisan (março / abril). Naquele dia, 3:12 — 18:12, os cordeiros foram abatidos e a refeição da Páscoa comido. Em obediência ao Êxodo
Após a sua chegada, Jesus teria encontrado Jerusalém repleta de peregrinos judeus de todo o mundo romano, lá para celebrar este lugar de festas judaicas. Por causa das multidões que vieram, a Páscoa significa um grande negócio para os comerciantes baseados em Jerusalém. No templo complexo, onde haviam se estabeleceu (provavelmente no pátio dos gentios), os vendedores foram vendendo bois, ovelhas e pombas, e que o dinheiro trocadores sentados em suas mesas. Desde que era impraticável para quem viaja de terras distantes para trazer seus próprios animais, os comerciantes venderam-os animais necessários para a preços muito inflacionados-at sacrifícios. Os cambistas também forneceu um serviço necessário. Cada homem judeu 20 anos de idade ou mais tinha que pagar o imposto anual do templo (13
O que começou como um serviço para os adoradores tinha, sob o governo corrupto de os príncipes dos sacerdotes, degenerou em exploração e usura. Religião havia se tornado externo, crasso, e materialista;o templo de Deus tornou-se um "covil de salteadores" (Mt
Enquanto inspecionava os fundamentos sagrados do templo se transformou em um bazar, Jesus estava chocado e indignado. A atmosfera de adoração que convinha ao templo, como o símbolo da presença de Deus, estava completamente ausente. O que deveria ter sido um lugar de reverência e adoração sagrado tornou-se um lugar de comércio abusivo e superfaturamento excessivo. O som de louvor sincero e fervorosas orações haviam sido abafada pelo berrando de bois, o balido das ovelhas, o arrulhar de pombos, e o regateio alto de fornecedores e seus clientes.
Percebendo que a pureza da adoração no templo era uma questão de honra para Deus, Jesus tomou a ação rápida e decisiva. Fazendo um azorrague de cordas (provavelmente daqueles usados para amarrar os animais), Ele levou todos os mercadores do templo, juntamente com o seu ovelhas e bois. Além disso, ele derramou as moedas dos cambistas e derrubou as mesas um feito surpreendente para um homem à luz da resistência que deve ter vindo.
Exibição de força de Jesus teria imediatamente criou um pandemônio no pátio do templo: os vendedores de animais freneticamente perseguindo seus animais, que estavam em execução sem rumo em todas as direções; os cambistas assustados (e, sem dúvida, alguns dos espectadores) lutando desesperAdãoente no chão para pegar suas moedas; aos que vendiam as pombas apressAdãoente removendo suas caixas como Jesus lhes ordenara; as autoridades do templo correndo para ver o que toda a comoção era sobre. No entanto, Jesus não era nem cruel para os animais (aqueles que se opõem ao seu uso moderado de força sobre eles nunca animais agrupados), nem demasiado severa com os homens. Aparentemente, o tumulto foi contido Ele criou o suficiente para não alertar a guarnição romana estacionados em Fort Antonia, que tem vista para os jardins do templo. Romanos Assistindo pode ter encontrado alguma satisfação neste ataque ao sistema do templo e seus líderes, que lhes deram tanta dor.
Ao mesmo tempo, a intensidade de sua justa indignação era inconfundível. Cristo não toleraria qualquer zombaria do espírito da verdadeira adoração. Suas palavras indignadas aos que vendiam pombas: "Tirai daqui estas coisas; parar de fazer casa de meu Pai um lugar de negócios", aplicada a todos os que estavam poluindo o templo e corrompendo a sua Proposito. A referência de Jesus a Deus como seu pai era um lembrete tanto da Sua divindade e Seu caráter messiânico; Ele era o Filho Fiel purgar Seu Pai casa de seu culto impuro (uma ação que prefigura o que Ele vai fazer novamente na Sua segunda vinda [Malaquias
Os detalhes das duas contas também diferem significativamente. Nos sinópticos, Jesus cita o Antigo Testamento como a Sua autoridade (Mt
Assistindo com espanto como o seu Mestre dispersou os mercadores do templo, os seus discípulos lembraram que ele foi escrito no Sl
A popa e santo Cristo, o indignado, poderoso Messias, o Mensageiro da Aliança de quem está escrito: "Ele purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e prata, que eles podem oferecer ao Senhor uma oferta de justiça ", não é agradável para aqueles que querem apenas um Cristo suave e doce. Mas o recorde de João aqui ... retratar [s] o zelo ardente de Jesus, que veio com tal eficácia súbita e tremenda que, antes de este homem desconhecido, que não tinha mais autoridade do que sua própria pessoa e da palavra, esta multidão de comerciantes e cambistas, que pensei que eles estavam totalmente dentro dos seus direitos na condução de seus negócios no pátio do Templo, fugiram desordenAdãoente como um monte de meninos impertinentes. ( A Interpretação dos Evangelho de São João [Reprint; Peabody, Mass .: Hendrickson, 1998], 207)
Como Davi, que escreveu o messiânico Salmo 69, o zelo de Jesus para a adoração pura encontrou expressão em Sua preocupação com a casa de Deus. E também como Davi, Jesus sofreu como resultado, pessoalmente, sentindo a dor, quando seu pai foi desonrada. A segunda metade do Sl
Curiosamente, embora eles desafiaram Seu direito de fazer o que Ele fez, as autoridades judaicas não prender Jesus. Surpreso por sua exposição corajosa de autoridade, eles podem ter se perguntado se Ele fosse um profeta, como João Batista. Sua procura de um sinal, no entanto, era uma tolice; o ato messiânica de, sozinho, a limpeza do templo era em si um sinal claro de que Deus tinha uma mensagem para eles. Em sua incredulidade de coração duro, os líderes judeus pediram repetidamente por esses sinais, mas eles nunca aceitou os que foram dadas. Como João escreveu mais tarde: "Mas, ainda que tinha feito tantos sinais diante deles, mas eles não estavam acreditando nele" (João
Resposta enigmática de Jesus, "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei", confundiu as autoridades judaicas (e, por enquanto, seus próprios discípulos, bem como, v. 22). Como Suas parábolas (conforme 13
As autoridades foram surpreendido com a resposta de Jesus. Sua resposta revela uma mistura de choque e indignação: "Demorou 46 anos para construir este templo, e tu o levantarás em três dias?" Otemplo da época de Jesus não era o templo de Salomão, que os babilônios tinham destruído (Ed
Os judeus ficaram incrédulos; como poderia Jesus possivelmente realizar em três dias de trabalho que já tinha tomado 46 anos e ainda não tinha terminado? Como a conta de seu julgamento, alguns anos depois diante do Sinédrio indica (Mt
Uma geração má e adúltera pede um sinal; e ainda nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas; Pois, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do monstro marinho, assim será também o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra. (Mateus
Ao longo de seu evangelho, João geralmente usa o singular Escrituras para se referir a uma passagem específica (conforme 07:38, 42; 10:35; 13
9) para as profecias do Antigo Testamento sobre a morte e ressurreição de Cristo (conforme Lc
Percepção da Realidade de Jesus
Agora, quando Ele estava em Jerusalém na Páscoa, durante a festa, muitos creram no seu nome, observando os sinais que ele estava fazendo. Mas Jesus, de sua parte, não estava confiando-se a eles, pois Ele sabia que todos os homens, e porque Ele não precisava de ninguém para testemunhar a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem. (2: 23-25)
Estes três versículos servir como uma ponte entre a conta da limpeza do templo e da história de Nicodemos, que segue imediatamente. Embora breve, esta seção tem implicações profundas sobre a natureza da fé salvadora.
Jesus permaneceu em Jerusalém para a Páscoa ea festa dos pães ázimos que imediatamente seguido. Durante esse tempo, ele executou uma série de milagres que não são especificamente registrados nas Escrituras (conforme 20:30; 21:25). Como resultado, muitos creram no seu nome, observando os sinais que ele estava fazendo. Eles pensaram que ele poderia ser um profeta (conforme Mt
Mas essa fé era rasa, superficial e falso. Não era a verdadeira fé salvadora, como peça de João em palavras indica. Acredita no versículo 23 e confiando no versículo 24 ambos vêm do mesmo verbo grego,pisteuo . Embora eles acreditavam em Jesus, Jesus não acreditava neles; Ele não tinha fé em sua fé. Jesus "considerada toda a crença nEle como superficial, que não tem como os seus elementos mais essenciais a consciência da necessidade de perdão e a convicção de que só Ele é o Mediador de que o perdão" (RVG Tasker, O Evangelho Segundo São João, O Tyndale Novo Testamento Comentários [Grand Rapids: Eerdmans, 1975], 65).
Embora muitos afirmam crer, Jesus sabia que o simples consentimento intelectual não prova nada; até mesmo os demônios têm essa fé (Jc 2:19). Como a semente que caiu em terreno pedregoso e espinhoso, aqueles que possuem tal fé ouvir a Palavra e, inicialmente, receber com alegria (Mt
Sem dúvida, a diferença entre a fé espúria e fé salvadora é crucial. É a diferença entre a fé viva e fé morta (Jc 2:17); entre os ímpios, que "para o castigo eterno" e "o justo [que entram] para a vida eterna" (Mt
Jesus não abraçar a falsa fé manifestada por aqueles que testemunharam Seus sinais, porque os conhecia a todos, e , portanto, não precisa de ninguém para testemunhar a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem. Ele conhece o verdadeiro estado de cada coração. Ele viu em Nathanael o coração de um, verdadeiro buscador honesto (01:47); Ele viu nessas pessoas uma fachada de uma mera atração exterior superficial aos Seus sinais espetaculares (conforme 6: 2). Fé salvadora Genuina vai muito além disso. Ela exige compromisso total com Jesus como o Senhor da vida (Mt
Barclay
A nova alegria — Jo
A própria riqueza do quarto Evangelho apresenta um problema àqueles que querem estudá-lo e a quem o expõe. No quarto Evangelho sempre há duas coisas. Há a história superficial, simples, que qualquer pessoa pode compreender e repetir; mas também há um tesouro de significados mais profundos para aquele que tem o desejo de procurar, o olho para ver e a mente para compreender. Em uma passagem como esta há tanto, que precisamos ocupar três partes em estudá-lo. Primeiro o analisaremos com toda simplicidade, para situá-lo em seu contexto e ver como surgiu. Logo analisaremos algumas das coisas que nos diz a respeito de Jesus e sua obra. E por último nos deteremos a analisar a verdade permanente que João quer nos relatar nesta história.
Caná da Galiléia recebe esse nome para diferenciá-la de Caná de Coelo-Síria. Era uma aldeia muito próxima a Nazaré. Jerônimo, que viveu na Palestina, diz que a via desde Nazaré. Em Caná havia uma festa de bodas e a ela assistiu Maria. Toda a história nos diz que Maria ocupava um lugar especial nessa festa. Tinha algo que ver com a organização, visto que se sentiu preocupada quando acabou o vinho; e tinha suficiente autoridade para ordenar aos serventes que fizessem o que Jesus dissesse. Alguns dos Evangelhos posteriores que nunca foram introduzidos no Novo Testamento agregaram certos detalhes a este relato. Um dos Evangelhos cópticos do Egito nos diz que Maria era irmã da mãe do noivo. Há um antigo conjunto de prefácios aos livros do Novo Testamento chamado Prefácios monarquicanos, nos quais se afirma que o noivo era o próprio João, e que sua mãe era Salomé, a irmã de Maria. Não sabemos se estes detalhes são verdadeiros ou não, mas não resta dúvida de que a história está relatada de maneira tão viva que evidentemente é a versão de uma testemunha ocular.
No relato só se menciona Maria, não se fala nada de José. A explicação mais provável é que a esta altura José já tivesse morrido. Pareceria que José morreu muito cedo, e que a razão pela qual Jesus passou dezoito longos anos em Nazaré foi que teve que tomar a incumbência da manutenção de sua mãe e sua família. Só quando seus irmãos e irmãs menores puderam ocupar-se de si mesmos e da casa, Jesus os deixou. Neste relato se menciona somente a Maria porque José tinha morrido.
O cenário do relato é uma festa de bodas em uma aldeia. Na Palestina, um casamento era uma ocasião realmente notável. A lei judaica dizia que as bodas de uma virgem deviam realizar-se em uma quarta-feira. Isto é interessante porque nos dá uma data a partir da qual podemos remontar para atrás; e se esta festa de bodas se realizou numa quarta-feira, o dia que Jesus se encontrou pela primeira vez com André e João e que estes passaram junto com ele, deve ter sido um sábado. Na Palestina os festejos de uma festa de bodas durava mais de um dia. A cerimônia de casamento tinha lugar à tarde, depois de uma festa. Depois da cerimônia o jovem casal era conduzido a seu novo lar. A essa hora já não havia luz e eram conduzidos através das ruas da aldeia à luz das tochas acesas e debaixo de um pálio. Eram levados pelo caminho mais longo possível para que a maior quantidade de gente pudesse lhes desejar boa sorte. Mas na Palestina um casal de recém casados não ia em viagem de lua-de-mel; ficavam em sua casa; e durante uma semana mantinham abertas as portas da casa. Levavam coroas sobre a cabeça e vestiam suas roupas nupciais. Eram tratados como reis; de fato eram chamados de rei e rainha e sua palavra era lei. Em uma vida assinada pela pobreza e o trabalho duro, esta semana de festejos e alegria era uma das ocasiões mais transcendentais da vida.
Jesus participou alegremente em um uma dessas felizes ocasiões. Mas algo andou mal. É muito provável que a chegada de Jesus tenha causado alguns problemas. Foi convidado à festa mas não tinha ido sozinho, mas sim com cinco discípulos. Cinco pessoas a mais na festa podem ter ocasionado complicações: cinco comensais a quem não se esperam ocasionam problemas em qualquer festa, e o vinho acabou.
Em uma festa judaica o vinho era essencial. "Sem vinho", diziam os rabinos, "não há alegria". Não é que as pessoas fossem bêbadas; mas no Oriente o vinho era essencial. De fato, a embriaguez era uma grande desgraça, e bebiam uma mescla composta por duas partes de vinho para cada três partes de água. A falta de provisões teria sido um problema em qualquer momento, visto que no Oriente a hospitalidade é um dever sagrado, mas que faltassem provisões em uma festa de bodas seria uma vergonha terrível para o noivo e a noiva. Sem dúvida nenhuma teria sido uma grave humilhação.
De maneira que Maria se aproximou de Jesus para lhe dizer o que acontecia. A tradução literal da resposta de Jesus fá-la parecer muito rude. Faz-lhe dizer: "O que tenho que ver contigo, mulher?" Mas esta é a tradução das palavras; de maneira nenhuma transmite o tom. A frase, "O que tenho que ver contigo?" era uma frase muito comum. Emitida com irritação e brutalidade expressava um completo desacordo e repreensão, mas quando ela era pronunciada com amabilidade não indicava recriminação, mas sim ela não se compreendeu a intenção do aludido. Quer dizer: "Não se preocupe; não chega a compreender o que acontece; deixa-o em minhas mãos e eu me encarregarei de solucioná-lo a meu modo". Quando Jesus disse isto a Maria o que lhe estava dizendo era que deixasse as coisas em suas mãos, que ele enfrentaria a situação a seu modo.
A palavra mulher (gunai) também provoca confusões. Parece-nos muito abrupta e torpe. Mas é a mesma palavra que Jesus empregou quando se dirigiu a Maria da cruz para deixá-la a cargo de João (Jo
Como quer que seja que Jesus tenha falado, Maria tinha confiança em seu filho. Disse aos serventes que fizessem o que este lhes dissesse. Na porta havia seis grandes talhas para água. A palavra traduzida cântaros ou talhas representa a medida hebraica chamada bato que equivale a trinta e sete litros. Eram muito grandes; podiam conter ao redor de noventa litros cada uma. João escreve o Evangelho para os gregos e por isso explica que essas talhas estavam ali para prover a água para os ritos da purificação dos judeus.
Era preciso água para dois fins. Em primeiro lugar, era necessária para lavar os pés ao entrar na casa. Os caminhos da Palestina eram de terra. As sandálias não eram mais que uma sola atada ao pé com correias. Em um dia seco os pés estavam cobertos de pó e em um dia de chuva se sujavam de barro, e se usava a água para limpá-los. Em segundo lugar, era necessária para lavar as mãos. Os judeus estritos lavavam as mãos antes das refeições e entre um prato e outro. Primeiro se levantava a mão e se jogava água em cima de maneira que corresse até o punho; logo se baixava a mão e se despejava água do punho até a ponta dos dedos. Isto era feito com cada uma das duas mãos; logo se limpava cada palma esfregando-a contra o punho da outra mão. A Lei cerimonial judaica insistia em que isto devia ser feito não só no princípio de uma refeição, mas também entre um prato e outro; e se não se fizesse, as mãos estavam tecnicamente impuras. Para esta lavagem de pés e mãos estavam essas grandes talhas de pedra.
Jesus ordenou que se enchessem as talhas até a boca. João menciona este fato para deixar bem claro que não ficou nada mais que água dentro das talhas. Logo disse que pegassem a água e a levassem a architriclinos, a quem nossas versões chamam o mestre-sala. Em seus banquetes os romanos tinham um mestre de bebidas, chamado arbiter bibendi, que se tomava conta da bebida. Nas bodas judaicas às vezes um dos convidados atuava como uma espécie de mestre de cerimônias. Mas em realidade nosso equivalente do architriclinos é o primeiro garçom. Este era responsável por acomodar os convidados na mesa e do correto desenvolvimento da festa. Quando provou a água que se converteu em vinho se surpreendeu. Chamou o noivo — os pais do noivo eram os responsáveis pela festa — e falou em brincadeira. "A maioria das pessoas", disse, "serve o bom vinho no princípio; e depois, quando os convidados já beberam o bastante, e têm o paladar adormecido e não estão em condições de apreciar com certeza o que estão bebendo, servem o vinho inferior, mas você guardou até agora o melhor vinho".
De maneira que a primeira vez que Jesus deu mostras de sua glória foi no casamento de uma jovem de uma aldeia da Galiléia; e foi ali onde seus discípulos puderam perceber outro sinal surpreendente do que era Jesus.
A NOVA ALEGRIA
João
Este relato está cheio de coisas que lançam luz sobre a personalidade de Jesus. Devemos assinalar três coisas de índole geral a respeito deste fato maravilhoso que Jesus realizou.
- Devemos notar quando aconteceu. Teve lugar em uma festa de bodas. Jesus se sentia muito à vontade em uma festa de bodas. Não era nenhum desmancha-prazeres severo e austero. Gostava de compartilhar a feliz alegria de uma festa de bodas. Há alguns religiosos que comunicam uma espécie de tristeza a qualquer lugar aonde vão. Há alguns que pensam mal com qualquer alegria e felicidade. Para eles a religião é algo próprio da roupa negra, a voz baixa, o rechaço das amizades sociais. Onde quer que vão se abate uma sorte de escuridão. Um dos discípulos da Alice Freeman Palmer disse a respeito de sua professora: "Ela me fazia sentir como se a luz do Sol me banhava". Jesus era assim.
Em seu livro Lições aos meus alunos, C. H. Spurgeon tem alguns conselhos sábios, embora irônicos. "Os tons sepulcrais podem convir a um homem para ser empresário de pompas fúnebres, mas a Lázaro Ele não tira da tumba com gemidos ocos". "Conheço irmãos que são tão sacerdotais dos pés a cabeça, em vestidos, dicção, maneiras, gravata e botas de cano longo que não se vê neles nenhuma pingo de humanidade... Alguns homens parecem ter uma gravata branca atada ao redor de suas almas, sua humanidade está afogada por esse trapo engomado". "Um indivíduo que carece de senso de humor melhor que se dedique a ser agente funerário, e sepultar os mortos, porque jamais conseguirá exercer alguma influência sobre os vivos". "Recomendo a todos os que queiram conquistar almas a expressar alegria; não secura e austeridade, mas sim um espírito feliz e alegre. Caçam-se mais moscas com mel que com vinagre, e levará mais almas ao céu um homem que tem o céu na cara que outro que leva o inferno no olhar". Jesus jamais teve como um delito ser feliz. Por que deve sê-lo para seus seguidores?
- Devemos notar onde sucedeu. Ocorreu em uma casa humilde em uma aldeia da Galiléia. Este milagre foi levado a cabo no ambiente de uma ocasião muito importante e diante de grandes multidões. Foi realizado em um lar. Em seu livro A Portrait of St. Luke (Retrato de São Lucas), A. H. N. Green-Armytage fala de como Lucas gostava de mostrar a Jesus em ambientes de coisas e gente simples e cotidianas. Em uma frase vívida diz que o Evangelho de São Lucas "transformou Deus em algo doméstico"; trouxe Deus para o círculo caseiro e às coisas cotidianas da vida. A atitude de Jesus em Caná da Galiléia demonstra o que pensava de um lar. Como diz o texto "manifestou sua glória" (V.
11) e essa manifestação de glória teve lugar no interior de um lar.
Há um estranho paradoxo na atitude de tanta gente para com o lugar que chamam lar. Estão dispostos a reconhecer que não há um lugar mais apreciado em todo mundo; mas, ao mesmo tempo, teriam que reconhecer que dentro dele exigem o direito de serem muito mais descorteses, muito mais egoístas, muito mais mal educados do que se animariam a ser em companhia de estranhos. Muitos de nós tratamos aqueles que mais amamos em uma forma que não nos animaríamos a tratar a nenhum conhecido. O fato trágico é que com muito freqüência os estranhos vêem nosso lado melhor enquanto que aqueles que vivem conosco vêem o pior. Deveríamos sempre lembrar que foi em um lar humilde que Jesus manifestou sua glória. Para Ele um lar era um lugar onde só correspondia expressar o melhor que tinha.
- Devemos notar por que sucedeu. Já dissemos que no Oriente a hospitalidade sempre foi um dever sagrado. Se esse dia o vinho tivesse faltado teria causado uma vergonha e uma humilhação embaraçosa nessa casa. Jesus manifestou seu poder para evitar a tristeza e a humilhação de uma humilde família galiléia. Atuou movido pela simpatia, pela bondade e pela compreensão para com as pessoas simples. Quase todos podem fazer o correto em uma ocasião transcendental; mas tinha que ser Jesus para assumir uma grande atitude em uma ocasião simples e caseira como esta. Há uma espécie de natural malícia humana que se alegra nas desgraças dos outros, e que se deleita em fazer delas motivo de fofoca. Mas Jesus, o Senhor de toda vida, o Rei da glória, fez uso de seu poder para salvar da humilhação e da vergonha a um casal de jovens aldeãos. É justamente através destes atos de compreensão, de simples bondade, que podemos demonstrar que somos seguidores do Jesus Cristo.
Mais ainda, esta história nos mostra em forma muito bonita a fé de Maria em Jesus. Nela vemos duas coisas a respeito desta fé.
(1) Maria se dirigia a Jesus instintivamente quando algo ia mal. Conhecia seu filho. Jesus foi embora de casa só aos trinta anos; e durante todos esses anos Maria tinha vivido com Ele.
Há uma velha lenda que fala da época em que Jesus era um bebê na casa de Nazaré. Conta que nesses dias, quando as pessoas se sentiam cansadas e preocupadas, incomodadas e irritadas e com calor, costumavam dizer: "Vamos falar com filho de Maria", e iam e olhavam a
Jesus, e seus problemas pareciam desaparecer. Ainda é certo que aqueles que conhecem intimamente a Jesus vão até Ele em forma instintiva quando as coisas andam mal — e Ele nunca os defrauda.
(2) Mesmo que Maria não compreendia o que Jesus ia fazer, mesmo que parecia que Ele havia negado seu pedido, Maria continuou crendo tanto nele que se dirigiu aos serventes e lhes disse que fizessem o que Jesus lhes ordenasse. Maria possuía essa fé que podia confiar até sem entender. Não sabia o que Jesus faria, mas estava completamente segura de que faria o correto. Na vida surgem períodos de escuridão nos quais não vemos o caminho. Na vida aparecem coisas que não compreendemos por que vêm ou o que significam. Feliz o homem que, ao chegar esse momento, continua confiando mesmo que não possa compreender.
Mais ainda, este relato nos diz algo a respeito de Jesus. Em resposta a Maria, disse: “Ainda não é chegada a minha hora.” Ao longo de todo o relato evangélico Jesus fala de sua hora. Em João
Ao longo de toda a sua vida Jesus soube que tinha vindo a este mundo com um propósito definido e para cumprir com uma tarefa determinada. Via sua vida, não em termos de seus desejos, e sim em termos do propósito que Deus lhe tinha reservado. Via sua vida, não contra o pano de fundo cambiante do tempo, e sim contra o pano de fundo fixo da eternidade. Ao longo de toda sua vida se dirigiu com firmeza e segurança para essa hora para a qual sabia que tinha vindo ao mundo.
Não é só Jesus quem veio a este mundo para cumprir o propósito do Deus. Como disse alguém: "Todo homem é um sonho e uma idéia de Deus". E nós também devemos pensar, não em nossos próprios desejos e desejos, a não ser no fim para o qual Deus nos trouxe para seu mundo.
A NOVA ALEGRIA
João
E agora devemos considerar a verdade profunda e permanente que João está tentando nos ensinar ao relatar esta história.
Devemos lembrar que João escreve a partir de um duplo pano de fundo. Era judeu e escrevia para judeus; mas seu grande objetivo era escrever a história de Jesus de maneira tal que também os gregos a compreendessem.
Observemo-la em primeiro lugar do ponto de vista judaico. Sempre devemos lembrar que por sob os relatos singelos de João há um significado mais profundo que só está aberto àqueles que têm olhos para vê-lo. João, em todo seu evangelho, não escreveu um só detalhe sem sentido e desnecessário. Cada coisa significa algo e aponta além de si mesmo. Havia seis talhas de pedra; e diante da ordem de Jesus a água que continham se transformou em vinho. Agora, segundo os judeus, sete é o número absoluto, completo e perfeito; e seis é o número incompleto, inacabado e imperfeito. As seis talhas de pedra representam todas as imperfeições da Lei judaica.
Jesus precisou eliminar as imperfeições da Lei, e substituí-las pelo vinho novo do evangelho de sua graça. Com sua vinda, Jesus transformou a imperfeição da Lei na perfeição da graça. Há algo mais no relato que se liga a isto e do qual devemos tomar nota. Lembremos que em uma história relatada por João cada detalhe está cheio de sentido. Havia seis talhas; em cada uma delas cabiam dois ou três cântaros de água. Jesus transformou a água em vinho. Isso significa que se obtiveram entre doze e dezoito cântaros de vinho. O simples fato de apontar esta circunstância demonstra que João não pretendia que se tomasse seu relato ao pé da letra. O que quis dizer é que quando a graça de Jesus vem aos homens há suficiente e de sobra para todos. Em nenhuma festa de bodas na Terra se poderia beber entre doze e dezoito cântaros de vinho. Nenhuma necessidade da Terra pode esgotar toda a graça de Cristo. Há uma superabundância gloriosa na graça de Cristo. João nos está dizendo que, em Jesus, as imperfeições se transformaram em perfeição, e que a graça se converteu em algo ilimitado, suficiente e mais que suficiente para todas as necessidades.
Observemo-lo agora do ponto de vista grego. Acontece que os gregos tinham histórias como esta em sua tradição. Dionísio era o rei grego do vinho. Pausanias era um grego que escreveu uma descrição de seu país e de suas cerimônias antigas. Em sua descrição da Elis, descreve desta maneira uma antiga cerimônia e crença:
"Próximo ao mercado há um antigo teatro e santuário de Dionísio; a imagem foi feita por Praxiteles. Os helenos não reverenciam a nenhum deus tanto como a Dionísio, e dizem que está presente em seu festival do Thia. O lugar onde celebram a festa chamada do Thia está como a um quilômetro e meio da cidade. Os sacerdotes levam três caldeirões vazios dentro do edifício e os depositam em presença dos cidadãos e de qualquer estrangeiro que esteja vivendo no lugar. Os sacerdotes, e qualquer outro que queira fazê-lo, põem seus selos sobre as portas do edifício. No dia seguinte podem examinar os selos, e ao entrar no edifício encontram os caldeirões cheios de vinho. Eu não estive presente na época das festas, mas os homens mais respeitáveis da Elis, e também os estrangeiros, juraram que os fatos são tal como os narrei".
De maneira que os gregos também tinham histórias deste tipo; e é como se João lhes tivesse dito: "Vocês têm suas histórias e lendas sobre seus deuses. Não são mais que histórias, e vocês sabem que não são verdadeiras. Mas Jesus veio a fazer o que vocês sempre sonharam que seus deuses pudessem fazer. Veio a fazer aquilo que vocês sempre desejaram que fosse verdade."
De maneira que, para os judeus, João dizia: "Jesus veio para transformar a imperfeição da Lei na perfeição da graça". E aos gregos, dizia: "Jesus veio para fazer de verdade o que vocês só sonhavam que os deuses podiam fazer".
Agora podemos ver o que João nos ensina. Cada história que nos conta nos diz, não o que Jesus fez uma vez e não voltou a repetir nunca mais, e sim algo que faz eternamente. João nos relata, não as coisas que
Jesus fez uma vez na Palestina, e sim as coisas que continua fazendo ainda hoje. E o que João quer que vejamos aqui não é que um dia Jesus converteu algumas talhas de água em vinho; quer que vejamos que quando Jesus entra na vida, traz consigo uma nova qualidade que é como se transformasse a água em vinho. Sem Jesus, a vida é monótona, amarga e chata; quando Jesus entra na vida, esta se transforma em algo ágil, dinâmico, emocionante. Sem Jesus a vida resulta pesada e carente de interesse; com Jesus a vida é algo emocionante, maravilhoso e cheio de alegria.
Quando Sir Wilfred Grenfell estava pedindo voluntários para seu trabalho no Lavrador, disse que não podia lhes prometer muito dinheiro, mas podia lhes prometer que se fossem fazer esse trabalho viveriam os melhores anos de sua vida. Isso é o que nos promete Jesus. Lembremos que João escrevia setenta anos depois da crucificação de Jesus. Durante setenta anos tinha valorado, meditado e recordado, até que percebeu significados e matizes que não tinha visto em seu momento. Enquanto João contava esta história recordava o que tinha sido a vida com Jesus; e dizia: "A qualquer lugar que Jesus fosse, quando entrava na vida de alguém, e quando entra agora é como transformar a água em vinho".
Este relato é João que nos diz: "Se quiserem a nova alegria, tornai— vos seguidores de Jesus Cristo, e se produzirá uma mudança em sua vida que será como transformar a água em vinho".
A IRA DE JESUS
Depois das bodas em Caná da Galiléia, Jesus e seus amigos se dirigiram a Cafarnaum para uma visita breve. É estranho que até hoje não se conheça com certeza o lugar exato em que estava situada Cafarnaum. Em geral é identificada com Tel Hum ou Khan Minyeh, que estão sobre na costa norte do mar da Galiléia. Caná está a uns trinta quilômetros destes lugares, e Jesus e seus seguidores desceram, porque
Caná está na parte alta da Galiléia e Cafarnaum está sobre a costa do lago.
Pouco tempo depois Jesus foi observar a festa da Páscoa em Jerusalém. A festa da Páscoa caía em 15 de Nisã, por volta de meados de abril; e, segundo a lei, todo homem judeu que vivesse dentro de um raio de trinta quilômetros de Jerusalém tinha a obrigação de assistir à festa.
Aqui temos algo muito interessante. Vemos que, à primeira vista, João apresenta uma cronologia da vida de Jesus muito diferente da que mostram os outros três evangelhos. Nos outros evangelhos Jesus vai a Jerusalém uma única vez. A festa da Páscoa quando foi crucificado é a única Páscoa que mencionam, e é a única visita a Jerusalém a qual fazem referência com exceção da visita ao templo quando Jesus era menino. Mas no Evangelho de João nos deparamos com o fato de que Jesus faz freqüentes visitas a Jerusalém. João nos fala de não menos de três Páscoas — esta, a de Jo
De fato, nos outros três Evangelhos a parte principal do ministério de Jesus se desenvolve na Galiléia; no Evangelho de João, Jesus está na Galiléia só durante breves períodos (Jo
- Sugeriu-se que Jesus purificou o templo duas vezes, no princípio e no fim de seu ministério. Isto não é muito provável, porque se Jesus levou a cabo esta ação surpreendente uma vez, é muito improvável que tenha tido ocasião de repeti-la. Seu reaparecimento no templo teria dado lugar a que se tomassem as precauções necessárias para fazer impossível sua repetição.
- Sugere-se que João está certo ao situar o evento no começo do ministério de Jesus, e que os outros três evangelistas estão equivocados. Mas o incidente fica muito mais adequado no fim do ministério que no começo. É a sucessão natural da desafiante coragem demonstrada na entrada triunfal e o prelúdio inevitável da crucificação. Se tivermos que escolher entre a localização de João e a dos outros três evangelistas, devemos escolher a data que escolhem os outros três.
- Sugere-se que ao João morrer não deixou completo seu Evangelho, que deixou os diferentes eventos escritos em folhas soltas de papiro que não estavam pegas ou encadernadas em ordem. Dessa maneira, afirma-se, a folha que continha este incidente teria sido posta sobre as outras, e logo foi localizou perto do começo do manuscrito, em lugar de se localizá-la perto do final. Isto é bem possível, mas implica supor que a pessoa que ordenou o Evangelho não conhecia a ordem correta, o que fica difícil de crer visto que devia conhecer menos ainda um dos outros Evangelhos.
- Sempre devemos lembrar uma coisa: que, como alguém disse, João se interessa mais com a verdade que com os fatos. Não se interessa em escrever uma biografia cronológica de Jesus. Seu maior interesse é mostrar a Jesus como o Filho de Deus e como o Messias. É muito provável que estivesse lembrando as grandes profecias e predições sobre a chegada do Messias. “De repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos. Mas quem poderá suportar o dia da sua vinda? E quem poderá subsistir quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do ourives e como a potassa dos lavandeiros. ... purificará os filhos de Levi ... eles trarão ao SENHOR justas ofertas. Então, a oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao SENHOR, como nos dias antigos e como nos primeiros anos” (Malaquias
3: ). João tinha estas tremendas profecias dando voltas em sua cabeça. Não se interessava em dizer aos homens quando Jesus tinha purificado o templo; seu maior interesse radicava em dizer-lhes que tinha purificado o templo, porque tal purificação era o ato do Messias prometido por Deus. É muito possível que João tenha posto este sucesso transcendental no começo de seu relato sobre a vida de Jesus, para deixar claro o fato supremo de que Jesus era o Messias de Deus que tinha vindo a purificar a adoração dos homens e para abrir a porta para Deus. Não é com a data que João se preocupa; a data não interessa; sua preocupação fundamental é mostrar aos homens que os atos de Jesus demonstram que ele é o prometido por1-4
Deus. Do próprio começo João mostra a Jesus agindo como deve agir o Messias de Deus.
A IRA DE JESUS
João
Vejamos agora por que agiu nessa forma. A ira de Jesus é algo aterrador; a imagem de Cristo com o açoite é algo que inspira terror. Devemos ver o que foi o que impulsionou a Jesus a encolerizar-se assim nos pátios do templo.
A Páscoa era a mais importante de todas as festas judias. Já vimos que a Lei estabelecia que todo judeu adulto que vivesse dentro de um raio de trinta e dois quilômetros da cidade de Jerusalém tinha obrigação de assistir à celebração. Mas não eram só os judeus da Palestina que assistiam à festa da Páscoa. Nesta época, os judeus estavam disseminados por todo mundo, mas jamais esqueciam sua fé ancestral e a terra de seus antepassados, e todo judeu, seja onde for que vivesse sonhava e se propunha a passar ao menos uma Páscoa em Jerusalém. Por mais surpreendente que pareça, é muito provável que até dois
Agora, todo judeu de mais de dezenove anos de idade devia pagar um imposto. Era o imposto do templo. Era necessário que todos pagassem esse imposto para que se oferecessem diariamente os sacrifícios e rituais do templo. O imposto era do meio siclo. Quando pensamos em somas de dinheiro devemos lembrar que a diária de um operário naquela época era de duas dracmas (4 gramas de prata). Meio sido equivalia a quatro dracmas (cerca Dt
Agora, os peregrinos chegavam de todas partes do mundo com todo tipo de moedas. De maneira que nos pátios do templo se instalavam cambistas. Se seu trabalho tivesse sido honesto e correto, teriam estado cumprindo com um propósito honesto e necessário. Mas o que de fato faziam era isto: cobravam um ma'ah, uma moeda que valia ao redor de 0,57 gramas de prata, por cada meio siclo que trocavam, e cobravam outro ma'ah por cada meio siclo de mudança que tinham que entregar se lhes dava uma moeda de mais valor. De maneira que se alguém vinha com uma moeda que valia dois siclos, tinha que pagar 0,57 gramas de prata para que a trocassem, e outro tanto para obter sua mudança de três meios siclos. Dito de outra maneira, os cambistas tiravam o equivalente de dois dracmas, ou seja o pagamento de um dia de trabalho.
A fortuna que se obtinha com o imposto do templo e com este método de mudança era algo fantástico. Calculou-se que o templo obtinha 161.300 dólares por ano em conceito de impostos, e que quem trocava as moedas obtinham um benefício anual de 20.200 dólares. Quando Crasso tomou Jerusalém e saqueou o tesouro do templo no ano 54 a.C., tirou o equivalente de 3.400.000 dólares sem estar perto de esgotá-lo. O fato de que os cambistas fizessem algum desconto quando trocavam as moedas dos peregrinos não era mau em si. O Talmud dizia: "É mister que todos tenham meio siclo para pagar sua parte. De maneira que quando vêm à mesa de mudanças para trocar um siclo por dois meios siclos têm a obrigação de permitir alguma ganho a quem o troca".
A palavra que designa este desconto era kollubos. E os cambistas eram chamados kollubistai. Esta palavra kollubos deu origem no nome do personagem de comédia Kollybos em grego e Collybus em latim, que significava algo muito parecido ao Shylock em inglês. O que indignou a Jesus foi que os cambistas roubavam somas exorbitantes dos peregrinos que assistiam à Páscoa, e apenas se podiam permitir o luxo. Era uma injustiça social flagrante e vergonhosa, e o que era pior, era praticada em nome da religião.
Além dos cambistas havia os que vendiam bois, ovelhas e pombas. Com muita freqüência, uma visita ao templo representava um sacrifício. Mais de um peregrino desejaria apresentar uma oferta de ação de graças por uma viagem propícia à Cidade Santa; e a maioria dos atos e eventos da vida contavam com seu sacrifício adequado. Portanto poderia parecer natural e vantajoso comprar as vítimas para o sacrifício nos pátios do templo. Poderia ter sido assim. Mas a Lei dizia que todo animal que se oferecesse em sacrifício devia ser perfeito, sem mancha nem defeito. As autoridades do templo tinham designado inspetores (mumcheh) para examinarem as vítimas que iam ser oferecidas. Era preciso pagar um ma'ah pela inspeção. Se um fiel comprava uma vítima fora do templo, não cabia nenhuma dúvida de que a examinaria e seria rechaçada. Isso tampouco teria sido grave, mas o certo é que um casal de pombas podia custar menos de um dracma fora do templo e até trinta vezes mais dentro do templo. Aqui também se tratava de uma extorsão deslavada à custa dos pobres e modestos peregrinos, os quais eram virtualmente chantageados para que comprassem suas vítimas nos negócios do templo se queriam oferecer seu sacrifício. Mais uma vez era uma flagrante injustiça social agravada pelo fato de que era perpetrada em nome da pureza religiosa.
Isso foi o que inflamou a ira de Jesus. Diz-nos que tomou cordas e fez um chicote. Jerônimo pensa que o só ver Jesus fez desnecessário o açoite. "Como uma luz ardente e cintilante brilhou em seus olhos, e a majestade da divindade iluminou seu rosto". Jesus amava a Deus, e justamente porque amava a Deus, amava a seus filhos, e lhe resultava impossível manter uma atitude passiva quando os pobres peregrinos de Jerusalém eram tratados dessa maneira.
A IRA DE JESUS
João
Vimos que o que motivou diretamente a indignação de Jesus foi a exploração dos peregrinos por parte de homens sem consciência; mas havia coisas muito profundas por trás desta purificação do templo. Vejamos se podemos penetrar nas razões ainda mais profundas pelas quais Jesus tomou esta drástica medida.
Nenhum evangelista dá a mesma versão das palavras de Jesus. Cada um recordou sua própria versão do que havia dito o Senhor. Só se reunirmos todas as versões obteremos uma imagem real do que disse Jesus. Vejamos pois, a forma em que os distintos evangelistas expõem as palavras de Jesus. Mateus apresenta deste modo: “A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores” (Mt
Havia ao menos três razões para que Jesus agisse como agiu, e para que seu coração estivesse cheio de ira.
- Agiu dessa maneira porque estavam tirando o caráter sagrado da casa de Deus. No templo se praticava a adoração sem respeito. O respeito ou a reverência é algo instintivo.
Edward Seago, o artista, relata como levou a dois meninos ciganos a visitar uma catedral na 1nglaterra. Eram meninos muito selvagens em circunstâncias normais. Mas nos diz que do momento que entraram na catedral se mantiveram estranhamente calados e quietos; na viagem de volta estiveram muito solenes, coisa que não era comum neles; e só ao anoitecer voltaram para sua conduta normal. Seus corações sem instrução albergavam uma reverência instintiva.
A adoração sem reverência pode ser algo terrível. Pode ser uma adoração que se formaliza e é levado a cabo de qualquer maneira; e as preces mais dignas da Terra se podem ler como um parágrafo do catálogo de um leilão. Pode ser uma adoração que não se dá conta do caráter sagrado de Deus e que sonha como se, conforme a frase de H. H. Farmer, o adorador fora "um amigo de Deus". Pode ser uma adoração em que o dirigente ou a congregação carecem da preparação necessária. Pode fazer uso da casa de Deus para propósitos e em forma tal que se esqueça por completo a reverência e a verdadeira função da casa de Deus. Nesse pátio do templo de Jerusalém haveria discussões a respeito dos preços, briga por moedas que estavam gastas, o bulício do mercado no pátio da casa de Deus. Essa forma de irreverência em particular pode que não seja muito comum em nossos dias, mas há outras maneiras de oferecer a Deus um culto irreverente.
- Pode ser que Jesus tenha agido assim para demonstrar que todo o aparelho de sacrifício de animais carecia completamente de pertinência. Os profetas tinham estado dizendo-o durante séculos. “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? —diz o SENHOR. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. ... Não continueis a trazer ofertas vãs”. (Isaías
1: ). “Porque nada falei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios” (Jr11-17 7: ). “Estes irão com os seus rebanhos e o seu gado à procura do SENHOR, porém não o acharão” (Os22 5: ). “Amam o sacrifício; por isso, sacrificam, pois gostam de carne e a comem, mas o SENHOR não os aceita” (Os6 8: ). “Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos” (Sl13 51: ).16
Este coro permanente de vozes proféticas falava com os homens a respeito da absoluta inutilidade dos holocaustos e as ofertas de animais que fumegavam em forma contínua no altar de Jerusalém. Pode ser que Jesus tenha agido como o fez para demonstrar que nenhum sacrifício de animal pode justificar o homem perante Deus. Em nossos dias não estamos completamente livres desta tendência. É certo que não oferecemos a Deus sacrifícios de animais. Mas pode ocorrer que identifiquemos o serviço de Deus com a colocação de vitrais, com a obtenção de um órgão mais sonoro, o esbanjamento de dinheiro em pedra, cal e madeira esculpida, enquanto que a adoração autêntica está muito longe de tudo isto. Não é que se tenha que condenar estas coisas. Longe disso. Com muita freqüência, graças a Deus, são a oferta amorosa do coração que ama. Quando são ajudas da devoção verdadeira são atos abençoados por Deus; mas quando são substitutos da devoção verdadeira indignam a Deus.
- Mas há outra razão pela qual Jesus pode ter agido como o fez. Marcos acrescenta algo muito curioso que nenhum outro evangelho inclui: “Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações?” (Mc
11: ).17
O templo estava formado por uma série de pátios que conduziam ao templo propriamente dito e ao Lugar Santo. Primeiro, vinha o Pátio dos Gentios; logo o Pátio das Mulheres; depois o Pátio dos israelitas e em seguida o Pátio dos sacerdotes. Agora, toda esta compra e venda se desenvolvia no Pátio dos Gentios. O Pátio dos Gentios era o único lugar ao que podia ter acesso um gentio. Um gentio podia entrar nele mas além desse pátio o acesso lhe estava proibido.
De maneira que se Deus tinha chamado o coração de um gentio, este podia aproximar-se do Pátio dos Gentios para pensar, meditar, orar e ter um contato com Deus à distância. Para ele o Pátio dos Gentios era o único lugar de oração que conhecia. E aquelas autoridades do templo e mercados judeus estavam transformando esse Pátio dos Gentios em um tumulto e uma barafunda onde ninguém podia orar. O mugido dos bois, o balir das ovelhas, o arrulho das pombas, os gritos dos vendedores ambulantes, o tilintar das moedas, as vozes que cresciam na pechincha;
todas estas coisas se combinavam para converter o Pátio dos Gentios em um lugar onde ninguém podia adorar a Deus. A conduta no pátio do templo afastava o gentio desse vislumbre da presença de Deus.
Pode ser que fosse isso o que Jesus tinha mais presente; talvez Marcos tenha sido o único que conservou essa pequena frase tão carregada de sentido. O mais profundo do coração de Jesus se sentiu comovido porque os homem ansiosos de achar a Deus eram separados de sua presença.
Há algo em nossa vida eclesiástica — orgulho, exclusivismo, frieza, falta de boas-vindas, tendência a tornar a congregação em um clube fechado, arrogância, certa intolerância — que fecha as portas ao estrangeiro que procura a Deus? Lembremos da ira de Jesus contra aqueles que tornavam difícil e até impossível o encontro com Deus ao estrangeiro que o buscava.
O NOVO TEMPLO
Era indubitável que um ato como a purificação do templo provocaria uma reação imediata em quem o observava. Não era o tipo de coisas que podia contemplar-se com absoluta indiferença. Era muito surpreendente.
Aqui nos encontramos com duas reações. Em primeiro lugar, temos a reação dos discípulos. Sua reação consistiu em recordar as palavras do Sl
Em segundo lugar, encontramo-nos com a reação dos judeus. Sua reação foi muito natural. Perguntavam que direito tinha Jesus para agir desse modo e exigiam que desse prova de sua autoridade imediatamente por meio de algum sinal. Suas razões eram as seguinte. Reconheciam a atitude de Jesus como a de alguém que, mediante esse ato, afirmava ser o Messias. Agora, sempre se tinha esperado que quando viesse o Messias confirmaria e garantiria seus direitos fazendo coisas surpreendentes e extraordinárias. De fato, tinham surgido falsos Messias que tinham prometido separar em duas as águas do Jordão ou derrubar os muros da cidade pronunciando uma palavra. A idéia popular do Messias estava relacionada com maravilhas. De maneira que os judeus disseram: "Através deste ato você afirmou publicamente que é o Messias. Agora nos mostre alguma maravilha que dê provas de sua afirmação".
O grande problema desta passagem é a resposta de Jesus. O que Jesus disse realmente? E o que quis dizer em realidade? Sempre se deve lembrar que os últimos versículos desta passagem, 21 e 22, são a interpretação de João, escrita muito tempo depois. Era inevitável que introduzira na passagem idéias que eram o produto de setenta anos de pensar e experimentar a vivência do Cristo ressuscitado. Como disse Irineu há muito tempo: "Nenhuma profecia se entende de modo completo até que se cumpra".
Mas o que foi que Jesus disse originalmente, e o que quis dizer? Não resta dúvida alguma de que Jesus pronunciou palavras muito parecidas com estas, palavras que se podiam tergiversar maliciosamente para convertê-las em uma pretensão destrutiva. Quando se julgou a Jesus, o falso testemunho que se apresentou contra Ele foi: “Este disse: Posso destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três dias” (Mt
Devemos recordar duas coisas e relacioná-las. Em primeiro lugar, Jesus nunca disse que destruiria o templo físico, material, e que logo o reconstruiría. De fato, Jesus esperava o fim do templo. Disse à mulher de Samaria que se aproximava o dia em que os homens adorariam a Deus, não no Monte Gerizim, nem em Jerusalém, mas em espírito e na verdade (Jo
Agora devemos analisar a versão de Marcos do testemunho apresentado contra Jesus. Como acontece muitas vezes, no Evangelho de Marcos encontraremos a pequena frase extra, sugestiva e iluminadora. Tal qual Marcos relata, a acusação contra Jesus dizia assim: “Eu destruirei este santuário edificado por mãos humanas e, em três dias, construirei outro, não por mãos humanas” (Mc
Agora é evidente que o que Jesus quis dizer em realidade foi que com sua vinda tinha posto fim a toda essa forma de adorar a Deus feita e arrumada pelos homens, e tinha posto em seu lugar a adoração espiritual; que tinha posto fim a todo o relacionado com sacrifícios de animais e rituais dos sacerdotes, e que em seu lugar tinha posto uma aproximação direta de nosso espírito ao Espírito de Deus que não necessitava de nenhum templo feito pelos homens nem nenhum ritual de incenso e sacrifícios oferecidos por mãos de homens. A ameaça de Jesus era: "Sua adoração no templo, seu complicado ritual, seus pródigos sacrifícios de animais chegaram a seu fim, porque eu vim". A promessa de Jesus era: "Darei-lhes uma forma de chegar a Deus sem toda esta complicação humana e sem este ritual feito pelos homens. Vim a destruir este templo de Jerusalém e a fazer da redondeza do mundo o templo onde os homens podem aproximar-se e conhecer a presença do Deus vivo".
E os judeus viram tudo isso. Herodes tinha começado a construir esse templo fantástico, no ano 19 A. C.; a construção ficou terminada só no ano 64 d. C. Fazia quarenta e seis anos que o tinham começado; deviam passar outros vinte anos antes que ficasse terminado. E Jesus comoveu os judeus dizendo que toda sua magnificência e todo seu esplendor e todo o dinheiro e o artesanato que se tinha posto sobre esse templo era algo completamente inútil; que ele tinha vindo para mostrar aos homens um caminho para chegar a Deus sem necessidade de nenhum templo.
Isso deve ter sido o que Jesus realmente disse nessa ocasião; mas com o correr dos anos João viu muito mais que isso nas palavras de Jesus. Viu nelas nada menos que uma profecia da Ressurreição; e João não estava errado. E não estava errado por esta razão fundamental: que toda a terra jamais podia converter-se no templo do Deus vivo até que Jesus não se livrasse do corpo e estivesse presente em todas as partes; e até que não fosse verdade que estava com os homens em todas as partes até a consumação dos séculos. É a presença do Cristo vivo e ressuscitado o que transforma o mundo inteiro no templo de Deus. Por isso João diz que quando lembraram estas palavras viram nelas uma promessa da ressurreição. Não o viram nesse momento; não podiam vê-lo; foi sua própria experiência do Cristo vivo o que um dia lhes mostrou a verdadeira profundeza do que Jesus havia dito.
Por último, João diz que “creram na Escritura”. A que Escritura se refere? Trata-se da Escritura que esteve sempre presente na 1greja primitiva: "Nem permitirás que teu santo veja corrupção". Trata-se de uma citação do Sl
Aqui temos uma grande verdade. A verdade de que nosso contato com Deus, nossa entrada à presença de Deus, nossa aproximação a Deus não depende de nada que possam fazer as mãos do homem ou que possa imaginar sua mente. Temos nosso templo interior, a presença do Cristo ressuscitado para sempre conosco por todo mundo, na rua, no lar, no escritório, nas serras, na estrada, na 1greja.
O CONHECEDOR DOS CORAÇÕES DOS HOMENS
João não relata nenhuma maravilha que Jesus tenha feito em Jerusalém durante a época da Páscoa; mas Jesus fez milagres, e houve muitos que, ao ver seus poderes, creram nele. A pergunta que João responde aqui é — se houve muitos que creram em Jesus em Jerusalém, no próprio começo de seu ministério, por que não levantou aí mesmo seu estandarte e proclamou publicamente que era o Messias e se declarou a si mesmo diante de todos? A resposta é que Jesus conhecia muito bem a natureza humana. Sabia muito bem que para muitos Ele não era mais que uma maravilha durante nove dias. Sabia bem que muitos só se sentiam atraídos pelo sensacionalismo das coisas que fazia. Sabia que não havia nenhum que compreendesse o caminho que Ele tinha escolhido. Sabia com muita certeza que havia muitos que o teriam seguido enquanto continuasse produzindo milagres, maravilhas e sinais, mas que se tivesse começado a lhes falar sobre o sacrifício e a negação de si mesmos, se tivesse falado de entrega à vontade de Deus, se tivesse começado a falar sobre uma cruz e a respeito de carregar uma cruz, ficariam olhando-o com os olhos em branco com absoluta incompreensão e o teriam abandonado imediatamente.
A característica sobressalente de Jesus é que não queria seguidores que não soubessem com toda clareza e aceitassem sem hesitações tudo o que implicava o segui-lo. Negava-se a aproveitar um momento de popularidade. Se tivesse crido na multidão de Jerusalém, eles o teriam declarado Messias aí mesmo, e logo teriam esperado que levasse a cabo o tipo de ação material que esperavam do Messias. Mas Jesus era um líder que se negava a pedir aos homens que o aceitassem enquanto não soubessem o que significava essa aceitação. Insistia em que todo homem devia saber o que fazia.
Jesus conhecia a natureza humana. Conhecia a fragilidade, a instabilidade do coração do homem. Sabia que um homem pode deixar— se levar por um momento de emoção e depois retroceder ao descobrir o que significa em realidade a decisão. Sabia que a natureza humana está faminta de sensações. Não queria uma multidão de homens que aclamavam algo que não sabiam o que era, mas um grupo reduzido que sabia o que estava fazendo e que estavam dispostos a seguir até o fim.
Há algo que devemos notar nesta passagem porque teremos ocasião de assinalá-lo uma e outra vez. Quando João fala dos milagres de Jesus ele os chama de sinais. O Novo Testamento emprega três palavras diferentes para referir-se às obras maravilhosas de Deus e de Jesus, e cada uma delas nos diz algo a respeito do que é um milagre em realidade.
- Usa a palavra teras. Teras significa simplesmente uma coisa maravilhosa, surpreendente, esmagadora. É uma palavra que carece de todo significado moral. Uma prova de magia pode ser um teras. Um teras era simplesmente um sucesso surpreendente que deixava as pessoas com a boca aberta. O Novo Testamento nunca usa esta palavra só para referir-se às obras de Deus ou de Jesus.
- Emprega a palavra dunamis. O significado literal de dunamis é poder. É a palavra de onde provém dinamite. Pode ser usada para designar qualquer poder fora do comum e extraordinário. Pode ser usada para falar do poder do crescimento, dos poderes da natureza, do poder de uma droga, do poder do gênio de um homem. Sempre significa um poder efetivo que faz coisas, e que qualquer homem pode reconhecer.
- Usa a palavra semeion, que quer dizer sinal. Esta é a palavra que João prefere. Para ele um milagre não era só um evento surpreendente, não era um mero ato de poder, era um sinal. Quer dizer, que dizia algo aos homens sobre a pessoa que o fazia; revelava algo a respeito de seu caráter; descobria algo de sua natureza; era uma ação graças a qual era possível compreender melhor e em forma mais completa o caráter da pessoa que o levava a cabo. Segundo a opinião de João, a característica suprema dos milagres de Jesus era que diziam aos homens algo a respeito da natureza e do caráter de Deus. Jesus empregava seu poder para curar os doentes, para dar de comer aos famintos, para consolar os que sofriam; e o mero fato de que empregasse seu poder desse modo era a prova de que Deus se preocupava com as tristezas, as necessidades e as dores dos homens. Para João os milagres eram os sinais do amor de Deus.
De maneira que em cada milagre há três coisas. Existe a maravilha que deixa os homens deslumbrados, maravilhados, comovidos. Existe o poder efetivo, que pode conseguir consertar um corpo destroçado, uma mente desorganizada, um coração ferido, um poder que pode fazer coisas. Existe o sinal que nos fala do amor do coração de Deus que faz tais coisas pelos homens.
Notas de Estudos jw.org
55) E, em Jo
Dicionário
Jerusalém
-Jerusalém [Lugar de Paz] - Cidade situada a uns 50 km do mar Mediterrâneo e a 22 km do mar Morto, a uma altitude de 765 m. O vale do Cedrom fica a leste dela, e o vale de Hinom, a oeste e ao sul. A leste do vale de Cedrom está o Getsêmani e o monte das Oliveiras. Davi tornou Jerusalém a capital do reino unido (2Sm
Jerusalém Tem-se interpretado o nome dessa cidade como “cidade da paz”. Na Bíblia, aparece pela primeira vez como Salém (Gn
No ano 70 d.C., aconteceu o segundo Jurban ou destruição do Templo, desta vez pelas mãos das legiões romanas de Tito. Expulsos de Jerusalém após a rebelião de Bar Kojba (132-135 d.C.), os judeus do mundo inteiro jamais deixaram de esperar o regresso à cidade, de forma que, em meados do séc. XIX, a maioria da população hierosolimita era judia. Após a Guerra da Independência (1948-1949), a cidade foi proclamada capital do Estado de Israel, embora dividida em zonas árabe e judia até 1967.
Jesus visitou Jerusalém com freqüência. Lucas narra que, aos doze anos, Jesus se perdeu no Templo (Lc
O fato de esses episódios terem Jerusalém por cenário e de nela acontecerem algumas aparições do Ressuscitado e igualmente a experiência do Espírito Santo em Pentecostes pesou muito na hora de os apóstolos e a primeira comunidade judeu-cristã fixarem residência (At
J. Jeremías, Jerusalén en tiempos de Jesús, Madri 1985; C. Vidal Manzanares, El Judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; A. Edersheim, Jerusalén...; E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.
Existia, com o nome de Uruslim, isto é, Cidade de Salim ou Cidade da Paz, uma cidade no mesmo sítio de Jerusalém, antes de terem os israelitas atravessado o rio Jordão ao entrarem na Palestina. inscrições da coleção de Tel el-Amarna mostram que naquele tempo (cerca de 1400 a.C.) era aquela povoação um lugar de alguma importância, cujo governador estava subordinado ao Egito. o nome aparece já com a forma de Jerusalém em Js
4) – mas isso só foi levado a efeito por Salomão (1 Rs 6.1 a 38). Quando o reino se dividiu, ficou sendo Jerusalém a capita! das duas tribos, fiéis a Roboão (1 Rs 14.21). No seu reinado foi tomada por Sisaque, rei do Egito (1 Rs 14,25) – e no tempo do rei Jeorão pelos filisteus e árabes (2 Cr 21.16,17) – e por Joás, rei de israel, quando o seu rei era Amazias (2 Cr 25.23,24). No reinado de Acaz foi atacada pelo rei Rezim, da Síria, e por Peca, rei de israel, mas sem resultado (2 Rs 16.5). Semelhantemente, foi a tentativa de Senaqueribe no reinado de Ezequias (2 Rs 18.19 – 2 Cr 32 – is
Jesus
interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?Ver também: Jesus.
Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.
Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At
Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18
[...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2
[...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50
[...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625
[...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem
Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•
Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8
Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71
Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24
Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual
Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••
[...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1
Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos
[...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2
J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3
[...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
[...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão
[...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29
Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5
Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4
[...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4
Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente
Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento
Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo
[...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23
Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
[...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10
[...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16
[...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2
[...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1
J [...] é o guia divino: busque-o!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5
[...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13
[...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho
De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos
[...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva
[...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus
[...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus
[...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações
Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus
[...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão
[...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão
Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1
Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4
[...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5
esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4
Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22
Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45
Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11
[...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45
Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•
[...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2
Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5
[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -
[...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -
[...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -
[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -
[...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1
Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1
[...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4
Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
[...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
[...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa
Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal
Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo
[...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19
J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17
[...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal
Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem
Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux
Jesus é a história viva do homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história
[...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino
[...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2
Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8
[...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9
[...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2
[...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•
[Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1
É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18
[...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23
Jesus é também o amor que espera sempre [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6
J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13
[...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30
[...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6
[...] é a única porta de verdadeira libertação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178
[...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32
Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50
Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Jesus é o salário da elevação maior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22
[...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5
[...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1
[...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25
J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110
[...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3
Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86
[...] é a verdade sublime e reveladora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175
Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17
Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36
[...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86
[...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92
Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.
O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt
Exceto um breve relato em Lc
Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt
Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt
O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc
Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc
Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo
Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr
Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc
Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc
No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc
O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co
Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).
2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc
Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.
Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc
3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc
Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt
À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.
R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.
Judeus
Judeus 1. Súdito do reino de Judá formado pelas tribos de Judá e Levi.2. O nascido de pais judeus (especificamente de mãe judia), o que aceita o judaísmo através da conversão (guiur), conforme a Torá escrita e oral. Não é considerado judeu o nascido de matrimônio misto, em que só o pai é judeu.
(latim judaeus, -a, -um)
1. Que ou quem professa a religião judaica. = HEBREU
2. O mesmo que israelita.
3. Relativo à Judeia, região da Palestina.
4. Relativo à tribo ou ao reino de Judá ou a Judá, nome de duas personagens bíblicas.
5. Relativo à religião judaica. = HEBRAICO, HEBREU
6. [Informal, Depreciativo] Muito travesso.
7. [Informal, Depreciativo] Que gosta de fazer judiarias. = PERVERSO
8. [Informal, Depreciativo] Agiota, usurário.
9. [Popular] Enxergão.
10. Ictiologia Peixe pelágico (Auxis rochei) da família dos escombrídeos, de corpo alongado, coloração azulada com bandas escuras no dorso e ventre prateado. = SERRA
11. [Brasil] Feixe de capim com pedras, para a formação de tapumes, em trabalhos de mineração.
judeu errante
Personagem lendária condenada a vagar pelo mundo até ao fim dos tempos.
Indivíduo que viaja com muita
A palavra judeu significava, primitivamente, um membro do reino de Judá (2 Rs 16.6 – 25.25 – Jr
Páscoa
substantivo feminino Festa anual cristã em que se comemora a ressurreição de Jesus Cristo.Por Extensão Participação ou comunhão coletiva que celebra a efetivação dos preceitos da Páscoa: a páscoa dos alunos.
Religião Pessach; festividade judaica que celebra a fuga dos hebreus do Egito.
Religião Na época pré-mosaica, festa em celebração à chegada da primavera, do antigo povo hebreu.
Gramática Na acepção relacionada com a festa cristã, deve-se grafar com a inicial maiúscula: celebração da Páscoa.
Etimologia (origem da palavra páscoa). Do latim pascha.
A palavra Páscoa advém do nome em hebraico Pessach (=passagem), festa judaica que comemora a passagem da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida. A raiz da palavra Pessach, entretanto, remete à passagem do anjo exterminador, enviado por Deus para matar todos os primogênitos do Egito na noite do êxodo. Os eventos da Páscoa cristã (morte e ressureição de cristo) teriam ocorrido durante a celebração de Pessach, já que Cristo, como se sabe, era judeu (e na última ceia estaria dividindo com os apóstulos exatamente o pão ázimo, uma das tradições judaicas). Já os termos "Easter" e "Ostern" (Páscoa em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pessach. Acredita-se que esses termos estejam relacionados com Eostremonat, nome de um antigo mês germânico, formado pelas palavras Eostre (deusa germânica relacionada com a primavera) e Monat (mês, em alemão).
É a festa instituída em lembrança da morte dos primogênitos do Egito e da libertação dos israelitas. o seu nome deriva de uma palavra hebraica, que significa a passagem do anjo exterminador, sendo poupadas as habitações dos israelitas, cujas portas tinham sido aspergidas com o sangue do cordeiro pascal (Êx
30) – por Josias (2 Rs 23.21 a 23 – 2 Cr 35.1,18,19) – depois da volta do cativeiro (Ed
A Páscoa é um símbolo, nada mais que um símbolo. É o selo aposto por Jesus aos ensinamentos que ministrava pela sua palavra. É a confirmação da lei do amor e da união que devem reinar entre os homens. É a suprema lição do Mestre. É o derradeiro e solene apelo por Ele feito à prática da lei do amor e da união e, portanto, à fraternidade uni P versal, meio único de operar-se a regeneração humana, senda da libertação [...].
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3
A Páscoa era a maior festa dos judeus, recomendada por Moisés e celebrada pela primeira vez quando deixaram o Egito. A palavra páscoa significa passagem, ou seja, a passagem dos judeus pelo Mar Vermelho e do anjo que matou os primogênitos do Egito e poupou os hebreus, cujas casas estavam assinaladas com o sangue do cordeiro. Páscoa é, pois, para os judeus, a comemoração da passagem de Israel do cativeiro para a liberdade.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4 – Nota da Ed•
Páscoa Festa em que os israelitas comemoram a libertação dos seus antepassados da escravidão no Egito (Ex
Páscoa A primeira das três festas de peregrinação que os judeus celebravam anualmente. Começava na véspera do dia 15 de Nisã e durava sete dias. Comemorava — e ainda comemora — o êxodo ou saída de Israel da escravidão do Egito, com ritos especiais como a proibição de se consumir pão fermentado no decorrer da festa. Também se celebrava a refeição pascal conhecida como seder pesah. Na sua celebração, está o fundamento da Eucaristia cristã.
Y. Kaufmann, o. c.; L. Deiss, La Cena...; C. Shepherd, Jewish...; J. Barylko, Celebraciones...
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
ἐγγύς
(G1451)
de um verbo primário agcho (apertar ou sufocar; semelhante à raíz de 43); TDNT - 2:330,194; adv
- próximo, de lugar e de posição
- próximo
- aqueles que estão próximos de Deus
- Judeus, em oposição àqueles que estão afastados de Deus e suas bênçãos
- Os Rabinos usavam o termo “vir para perto” como equivalente a “tornar-se um prosélito”
- de tempo
- de momentos iminentes e que virão em breve
εἰμί
(G1510)
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
- ser, exitir, acontecer, estar presente
εἰς
(G1519)
preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep
- em, até, para, dentro, em direção a, entre
Ἱεροσόλυμα
(G2414)
de origem hebraica 3389
Jerusalém = “habita em você paz”
- denota tanto a cidade em si como os seus habitantes
- “a Jerusalém que agora é”, com suas atuais instituições religiosas, i.e. o sistema mosaico, assim designada a partir de sua localização externa inicial
- “Jerusalém que está acima”, que existe no céu, de acordo com a qual se supõe será construída a Jerusalém terrestre
- metáf. “a Cidade de Deus fundamentada em Cristo”, hoje se apresenta como igreja, mas depois da volta de Cristo se apresentará como o pleno reino messiânico
“a Jerusalém celestial”, que é a habitação celestial de Deus, de Cristo, dos anjos, dos santos do Antigo e Novo Testamento e dos cristãos ainda vivos na volta de Cristo
“a Nova Jerusalém”, uma cidade esplêndida e visível que descerá do céu depois da renovação do mundo, a habitação futura dos santos
Ἰησοῦς
(G2424)
de origem hebraica 3091
Jesus = “Jeová é salvação”
Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado
Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo
Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)
Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)
Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)
Ἰουδαῖος
(G2453)
καί
(G2532)
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
- e, também, até mesmo, realmente, mas
ἀναβαίνω
(G305)
ὁ
(G3588)
que inclue o feminino
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
- este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
πάσχα
(G3957)
de origem aramaica, cf 6453
sacrifício pascal (que era comum ser oferecido por causa da libertação do povo do Egito)
cordeiro pascal, i.e., o cordeiro que os israelitas tinham o costume de matar e comer no décimo quarto dia do mês de Nisã (o primeiro mês do ano para eles) em memória do dia no qual seus pais, preparando-se para sair do Egito, foram ordenados por Deus a matar e comer um cordeiro, e aspergir as ombreiras de suas portas com o seu sangue, para que o anjo destruidor, vendo o sangue, passasse por sobre as suas moradas; Cristo crucificado é comparado ao cordeiro pascal imolado
ceia pascal
festa pascal, festa da Páscoa, que se estende do décimo quarto ao vigésimo dia do mês Nisã