Enciclopédia de João 20:21-21

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jo 20: 21

Versão Versículo
ARA Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio.
ARC Disse-lhes pois Jesus outra vez: Paz seja convosco, assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.
TB Jesus, de novo, disse-lhes: Paz seja convosco! Como o Pai me enviou a mim, assim eu vos envio a vós.
BGB εἶπεν οὖν αὐτοῖς ⸂ὁ Ἰησοῦς⸃ πάλιν· Εἰρήνη ὑμῖν· καθὼς ἀπέσταλκέν με ὁ πατήρ, κἀγὼ πέμπω ὑμᾶς.
HD Disse-lhes novamente: Paz convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio.
BKJ Então, disse Jesus novamente: Paz seja convosco; assim como meu Pai me enviou, também eu vos envio.
LTT Disse-lhes, pois, Jesus, novamente: "Paz dou a vós outros. Assim como Me tem enviado o Meu Pai, também Eu vos envio."
BJ2 Ele lhes disse de novo: "A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, também eu vos envio".
VULG Dixit ergo eis iterum : Pax vobis. Sicut misit me Pater, et ego mitto vos.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 20:21

Isaías 63:1 Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas? Este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar.
Mateus 10:16 Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas.
Mateus 10:40 Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.
Mateus 28:18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
Marcos 16:15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Lucas 24:47 e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.
João 3:17 Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
João 13:20 Na verdade, na verdade vos digo que se alguém receber o que eu enviar, me recebe a mim, e quem me recebe a mim recebe aquele que me enviou.
João 14:27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
João 17:18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
João 20:19 Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco!
João 21:15 E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.
Atos 1:8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.
II Timóteo 2:2 E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.
Hebreus 3:1 Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A MORTE DE JESUS E O TÚMULO VAZIO

33 d.C.
JESUS É PRESO
Os quatro evangelistas descrevem em detalhes os acontecimentos que antecederam a morte de Jesus. Na noite de quinta-feira, Jesus e seus discípulos saíram da cidade de Jerusalém, atravessaram o vale do Cedrom e se dirigiram ao bosque de oliveiras conhecido como jardim do Getsêmani. Foi nesse local que uma grande multidão armada com espadas e porretes, enviada pelos principais sacerdotes, prendeu Jesus depois de Judas tê-lo identificado!

JESUS É JULGADO
Jesus foi levado a Anás, o sogro de Caifás, o sumo sacerdote, e, em seguida, ao próprio Caifás e ao Sinédrio, a suprema corte dos judeus. Decidiu-se que Jesus devia receber a pena capital, mas como não tinham autoridade para executar a sentença de morte em casos desse tipo, os líderes judeus enviaram Jesus a Pôncio Pilatos, o governador romano da Judéia de 26 a 36 d.C. Ao ficar sabendo que Jesus era da Galiléia, Pilatos se deu conta que o prisioneiro estava sob a jurisdição de Herodes Antipas e, assim, o enviou a Herodes, que se encontrava em Jerusalém na ocasião. Em 196l, arqueólogos italianos que estavam escavando um teatro construído por Herodes, o Grande, em Cesaréia, ao norte da atual Tel Aviv, encontraram um bloco de pedra calcária reutilizado, medindo 82 por 68 por 20 cm. No bloco, havia uma inscrição em latim, onde se podia ler na segunda linha:
...TIVSPILATVS"
e, na linha seguinte, o seu título:
Prefeito da Judeia. Ficou claro de imediato que a maior parte do nome de Pôncio Pilatos em latim havia sido preservada por acaso.

JESUS É CRUCIFICADO
Em resposta às exigências dos líderes judeus, Pilatos entregou Jesus para ser crucificado. O local escolhido foi o Gólgota ("caveira" em aramaico). Os evangelistas consideram suficiente declarar: "Então, o crucificaram"." Não procuram descrever em detalhes a dor lancinante sofrida pelas vítimas da crucificação. Sem dúvida, seus leitores já haviam visto os condenados serem pregados pelos pulsos e pés a duas traves de madeira. A crucificação, talvez de origem fenícia, era uma forma de execução usada com frequência pelos romanos desde 200 a.C. m 71 a.C., o general romano Marco Lucínio Crasso mandou crucificar seis mil escravos rebeldes ao longo da via Ápia de Cápua até Roma.
Na cruz de Jesus havia uma inscrição em aramaico, latim e grego, informando que ele era o "Rei dos Judeus". De acordo com Mateus 27:37, essa placa foi colocada acima da sua cabeça, dando a entender que a forma tradicional da cruz é, de fato, correta.
Escavações realizadas em 1968 num cemitério antigo em Giv'at ha-Mivtar, ao norte de Jerusalém, revelaram algumas arcas de pedra calcária ou "ossuários" contendo os restos mortais de trinta e cinco indivíduos. Num dos ossuários, inscrito com o nome Yehohanan, havia restos do esqueleto de uma pessoa que morreu provavelmente com vinte e poucos anos de idade, vítima de crucificação no primeiro século d.C. Nos calcanhares de Yehohanan ainda estava cravado um único prego com 18 cm de comprimento. Quem remove Yehohanan da cruz concluiu que era mais fácil cortar os pés com o prego do que arrancar o prego cravado nos pés. Parece que Yehohanan foi pregado na cruz pelo antebraço, e não pela mão. Assim, sugere-se que a palavra normalmente traduzida por "mãos" em Lucas 24:39-40 e João 20.20,25,27 deve ser traduzida por "braços".
"Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca. Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito."
João 19:28-30 Assim, nesta primeira Sexta-Feira Santa - provavelmente 14 de nisã, ou seja, sexta-feira, 3 de abril de 33 d.C. - por volta das 15 horas, no exato momento que os cordeiros pascais estavam sendo imolados, Jesus morreu. No caso de Yehohanan, o osso de sua canela direita foi estilhaçado por um golpe desferido para apressar sua morte. Com referência a Jesus, João registra: "Então, os judeus, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação, pois era grande o dia daquele sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados (...] chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. João 19.316 33-34a

A IMPORTÂNCIA DA MORTE DE JESUS
Os evangelistas registram um período de escuridão durante as últimas três horas que Jesus passou na cruz e descrevem em detalhes vários fenômenos ocorridos imediatamente depois da sua morte. O véu do templo se rasgou de alto a baixo em duas partes, a terra tremeu e as rochas se partiram, túmulos se abriram, e os corpos de muitos santos que haviam morrido foram ressuscitados. Os escritores das epístolas do Novo Testamento focalizam mais a teologia da morte de Jesus, seu lugar no plano preordenado de Deus para tratar do pecado lugar no plano preordenado de Deus para tratar do pecado dos seres humanos e poder restaurá-los a Deus: "Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus" (1Pe 3:18).

JESUS É SEPULTADO
Mateus 27:57-56 relata como, no fim da tarde de sexta-feira, José de Arimatéia obteve permissão de Pilatos para sepultar o corpo de Jesus. José era um dos discípulos ricos de Jesus. Ele possuía um túmulo no qual sepultou o corpo de Jesus. O corpo foi envolvido num pano limpo de linho e uma pedra foi colocada na entrada do túmulo. Mateus enfatiza que os romanos levaram a sério a declaração de Jesus de que ressuscitaria e, portanto, montaram guarda na entrada do túmulo e a selaram.

JESUS RESSUSCITA
No domingo começaram a circular relatos de que o túmulo estava vazio e Jesus estava vivo. Os líderes judeus pagaram aos guardas uma grande soma em dinheiro para dizer que os discípulos tinham vindo durante a note e levado o corpo." Porém, os boatos persistiram e os líderes judeus não conseguiram contê-los, pois para isso seria preciso mostrar o corpo de Jesus. Os discípulos desmoralizados foram transformados. Sete semanas depois da ressurreição de Jesus, Pedro estava proclamando a ressurreição de Cristo ousadamente no dia de Pentecostes: "Ao qual [...] Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela" (At 2:24). Esses relatos se transformaram no cerne da fé dos milhões de cristãos ao longo de quase dois milênios. Nunca foram refutados de forma satisfatória nem receberam uma explicação lógica incontestável. Para alguns, uma inscrição supostamente de Nazaré, a cidade onde Jesus passou sua infância, pode ter sido a resposta de um imperador romano anônimo as acontecimentos subseqüentes à crucificação de Jesus e dita ressurreição. A pedra com 60 por 37,5 cm traz uma tradução do latim para o grego e a forma das letras indica uma data do século I. "Decreto de César. É minha vontade que túmulos e sepulturas [.….] permaneçam intocados para sempre [.…..] O respeito pelos que se encontram sepultados é de suma importância; ninguém deve perturbá-los de nenhum modo. Se alguém o fizer, exijo que seja executado por saquear túmulos" (linhas 1-2,5-6,17-22).
O texto não parece ser um decreto imperial, mas sim, uma resposta oficial a um governador local que havia relatado ao imperador um caso específico de saque em túmulos. Ou esse tipo de crime havia acontecido em escala tão grande que era considerado digno da atenção do imperador, ou o acontecimento do qual o imperador foi informado foi extremamente incomum. A ameaça de aplicação da pena de morte, sem precedentes para esse crime no século I, mostra a gravidade da resposta do imperador.
Memo que a inscrição de Nazaré não tenha nenhuma relação com a morte e dita ressurreição de Jesus, torna muito menos provável a hipótese de que os discípulos removeram o corpo. O que os levaria a correr o risco de serem executados por saquearem um túmulo, num momento em que se encontravam profundamente desalentados com a morte de Jesus? E se os discípulos haviam roubado o corpo, por que as autoridades romanas não os julgaram e aplicaram a pena de morte?

O TÚMULO VAZIO DE JESUS
Sabemos pelo Novo Testamento que tanto o lugar onde Tesus foi crucificado quanto o lugar onde foi sepultado ficavam foram dos muros de Jerusalém, pois a lei judaica não permitia sepultamentos dentro da cidade. Os dois lugares propostos com mais freqüência para o túmulo vazio de lesus ficam ao norte da Terusalém do século I. O local chamado de "túmulo do jardim" só foi identificado no final do século XIX pelo general Charles Gordon. Usando como indicação a designação "lugar da caveira" e observando que duas cavernas num morro próximo pareciam as órbitas dos olhos de uma caveira, ele propôs 'um novo lugar para a crucificação que ficou conhecido como "Calvário de Gordon" O túmulo do iardim fica perto do Calvário de Gordon e fora do muro da Jerusalém moderna. A popularidade desse local se deve, em grande parte, à sua simplicidade serena. Porém, esse não pode ser o local do sepultamento de Jesus, pois não é um túmulo do século I. Na verdade, é bem mais antigo; pode ser datado do século VIII ou VIl a.C. Desde 326 d.C., o local do túmulo de lesus é marcado pela Igreja do Santo Sepulcro. Não há praticamente nenhum vestígio do túmulo original, pois este foi destruído em 1009 .C. pelo califa Hakim, considerado um louco. Porém, uma descrição feita por um peregrino francês chamado Arculf por volta de 680 .C., dando conta de que havia uma bancada que ia de uma extremidade à outra sem divisões, sobre a qual havia espaço suficiente para estender uma pessoa de costas, condiz com a forma dos túmulos mais sofisticados do século I. Um aspecto controverso é a posicão desse local, a saber, se ficava, de fato, fora do segundo muro no norte de Jerusalém. Nenhum vestígio desse segundo muro foi descoberto nessa parte da cidade, mas uma pedreira encontrada 40 m ao sul da Igreja do Santo Sepulcro e várias sepulturas nos arredores da igreja parecem indicar que esse lugar ficava ao norte do segundo muro de Terusalém e, portanto, fora da cidade. É possível, então, que o local seja autêntico.

A última semana da vida de Jesus

Os números referem-se, em ordem cronológica, aos acontecimentos da última semana da vida de jesus.

Referências

Mateus 26:47-50;

Marcos 14:43-46;

Lucas 22:47-54;

João 18:2-12

Mateus 27:33

Marcos 15:22

João 19.17

Marcos 15:24

Lucas 23:33

João 19.18

Mateus 27:51-52

Mateus 28:13

João 19.17

Hebreus 13:12

A última semana da vida de Jesus
A última semana da vida de Jesus
O assim chamado calvário de Gordon, em Jerusalém.
O assim chamado calvário de Gordon, em Jerusalém.
Interior da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém.
Interior da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém.
Bloco de pedra com 82 × 68 × 20 cm. Faz referência a Pôncio Pilatos, Prefeito da Judéia. Proveniente de um teatro em Cesaréia.
Bloco de pedra com 82 × 68 × 20 cm. Faz referência a Pôncio Pilatos, Prefeito da Judéia. Proveniente de um teatro em Cesaréia.
Interior do túmulo do jardim, em Jerusalém.
Interior do túmulo do jardim, em Jerusalém.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Últimos dias do ministério de Jesus em Jerusalém (Parte 2)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

14 de nisã

Jerusalém

Jesus identifica Judas como traidor e o dispensa

Mt 26:21-25

Mc 14:18-21

Lc 22:21-23

Jo 13:21-30

Institui a Ceia do Senhor (1Co 11:23-25)

Mt 26:26-29

Mc 14:22-25

Lc 22:19-20, Lc 24:30

 

Profetiza que Pedro o negaria e que os apóstolos o abandonariam

Mt 26:31-35

Mc 14:27-31

Lc 22:31-38

Jo 13:31-38

Promete ajudador; ilustração da videira; ordena que se amem; última oração com apóstolos

     

Jo 14:1Jo 17:26

Getsêmani

Angustiado no jardim; traído e preso

Mt 26:30, Mt 36:56

Mc 14:26, Mc 32:52

Lc 22:39-53

Jo 18:1-12

Jerusalém

Interrogado por Anás; julgado por Caifás no Sinédrio; Pedro o nega

Mt 26:57Mt 27:1

Mc 14:53Mc 15:1

Lc 22:54-71

Jo 18:13-27

O traidor Judas se enforca (At 1:18-19)

Mt 27:3-10

     

Perante Pilatos, depois perante Herodes e de novo perante Pilatos

Mt 27:2, Mt 11:14

Mc 15:1-5

Lc 23:1-12

Jo 18:28-38

Pilatos quer libertá-lo, mas judeus preferem Barrabás; sentenciado à morte numa estaca

Mt 27:15-30

Mc 15:6-19

Lc 23:13-25

Jo 18:39Jo 19:16

(Sexta-feira, c. 3 h da tarde)

Gólgota

Morre na estaca de tortura

Mt 27:31-56

Mc 15:20-41

Lc 23:26-49

Jo 19:16-30

Jerusalém

Seu corpo é tirado da estaca e sepultado

Mt 27:57-61

Mc 15:42-47

Lc 23:50-56

Jo 19:31-42

15 de nisã

Jerusalém

Sacerdotes e fariseus solicitam que o túmulo seja lacrado e vigiado

Mt 27:62-66

     

16 de nisã

Jerusalém e proximidades; Emaús

Jesus é ressuscitado; aparece cinco vezes aos discípulos

Mt 28:1-15

Mc 16:1-8

Lc 24:1-49

Jo 20:1-25

Após 16 de nisã

Jerusalém; Galileia

Aparece outras vezes aos discípulos (1Co 15:5-7; At 1:3-8); dá instruções; comissão de fazer discípulos

Mt 28:16-20

   

Jo 20:26Jo 21:25

25 de íiar

Monte das Oliveiras, perto de Betânia

Jesus sobe aos céus, 40 dias depois de sua ressurreição (At 1:9-12)

   

Lc 24:50-53

 

A última semana de Jesus na Terra (Parte 2)

12 de nisã
PÔR DO SOL (Dias judaicos começam e terminam ao pôr do sol)NASCER DO SOL

Dia tranquilo com os discípulos

Judas combina a traição

Mateus 26:1-5, Lc 14:16

Marcos 14:1-2, Mc 10, 11

Lucas 22:1-6

PÔR DO SOL
13 de nisã
PÔR DO SOLNASCER DO SOL

Pedro e João preparam a Páscoa

Jesus e os outros apóstolos chegam no final da tarde

Mateus 26:17-19

Marcos 14:12-16

Lucas 22:7-13

PÔR DO SOL
14 de nisã
PÔR DO SOL

Celebra a Páscoa com os apóstolos

Lava os pés dos apóstolos

Dispensa Judas

Estabelece a Ceia do Senhor

Mateus 26:20-35

Marcos 14:17-31

Lucas 22:14-38

João 13:1–17:26

É traído e preso no jardim de Getsêmani

Apóstolos fogem

Julgado pelo Sinédrio na casa de Caifás

Pedro nega Jesus

Mateus 26:36-75

Marcos 14:32-72

Lucas 22:39-65

João 18:1-27

NASCER DO SOL

Perante o Sinédrio pela segunda vez

Levado a Pilatos, depois a Herodes e de novo a Pilatos

Sentenciado à morte e executado em Gólgota

Morre por volta das 3 h da tarde

O corpo é tirado da estaca e sepultado

Mateus 27:1-61

Marcos 15:1-47

Lucas 22:66Lc 23:56

João 18:28– jo 19:42

PÔR DO SOL
15 de nisã (sábado)
PÔR DO SOLNASCER DO SOL

Pilatos autoriza colocar soldados de guarda no túmulo de Jesus

Mateus 27:62-66

PÔR DO SOL
16 de nisã
PÔR DO SOL

Aromas são comprados para sepultamento

Marcos 16:1

NASCER DO SOL

É ressuscitado

Aparece aos discípulos

Mateus 28:1-15

Marcos 16:2-8

Lucas 24:1-49

João 20:1-25

PÔR DO SOL

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

jo 20:21
Caminho, Verdade e Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 53
Página: 121
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Disse-lhes, pois, Jesus, outra vez: Paz seja convosco.” — (Jo 20:21)


Muita gente inquieta, examinando o intercâmbio entre os novos discípulos do Evangelho e os desencarnados, interroga, ansiosamente, pelas possibilidades da colaboração espiritual, junto às atividades humanas.

Por que razão os emissários do invisível não proporcionam descobertas sensacionais ao mundo?

Por que não revelam os processos de cura das moléstias que desafiam a Ciência?

Como não evitam o doloroso choque entre as nações?

Tais investigadores, distanciados das noções de justiça, não compreendem que seria terrível furtar ao homem os elementos de trabalho, resgate e elevação. Aborrecem-se, comumente, com as reiteradas e afetuosas recomendações de paz das comunicações do Além-Túmulo, porque ainda não se harmonizaram com o Cristo.

Vejamos o Mestre com os discípulos, quando voltava a confortá-los, do Plano espiritual. Não lhe observamos na palavra qualquer recado torturante, não estabelece a menor expressão de sensacionalismo, não se adianta em conceitos de revelação supernatural.

Jesus demonstra-lhes a sobrevivência e deseja-lhes paz.

Será isso insuficiente para a alma sincera que procura a integração com a vida mais alta? Não envolverá, em si, grande responsabilidade o fato de reconhecerdes a continuação da existência, além da morte, na certeza de que haverá exame dos compromissos individuais?

Trabalhar e sofrer constituem processos lógicos do aperfeiçoamento e da ascensão. E que atendamos a esses imperativos da Lei, com bastante paz, é o desejo amoroso e puro de Jesus-Cristo.

Esforcemo-nos por entender semelhantes verdades, pois existem numerosos aprendizes aguardando os grandes sinais, como os preguiçosos que respiram à sombra, à espera do fogo-fátuo do menor esforço.



jo 20:21
Vinha de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 165
Página: 345
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” — JESUS (Jo 20:21)


Todo cristão sincero sabe como o Senhor Supremo enviou à Terra o Embaixador Divino.

Fê-lo nascer na manjedoura singela.

Deu-lhe trabalho construtivo na infância.

Conferiu-lhe deveres pesados, na preparação, com prece e jejum no deserto.

Inspirou-lhe vida frugal e simples.

Não lhe permitiu o estacionamento em alegrias artificiais.

Conduziu-o ao serviço ativo no bem de todos.

Inclinou-lhe o coração para os doentes e necessitados.

Enviou-o ao círculo de pecadores contumazes.

Induziu-o a banquetear-se com pessoas consideradas de má vida, para que o seu amor não fosse uma joia de luxo e sim o clima abençoado para a salvação de muitos.

Fê-lo ensinar o bem e praticá-lo entre os paralíticos e cegos, leprosos e loucos, de modo a beneficiá-los.

E, ao término de sua missão sublime, deu-lhe a morte na cruz, entre ladrões, com o abandono dos amigos, sob perseguição e desprezo, para que as criaturas aprendessem o processo de sacrifício pessoal, como garantia de felicidade, a caminho da ressurreição do homem interior na vida eterna.

Foi assim que o Supremo Pai enviou à Terra o Filho Divino e, nesse padrão, podemos entender o que Jesus desejava dizer quando asseverou que expediria mensageiros ao mundo nas mesmas normas.

Assim, pois, o cristão que aspira a movimentar-se entre facilidades terrestres, certamente ainda não acordou para a verdade.



jo 20:21
Livro da Esperança

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 68
Página: 185
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” — JESUS (Jo 20:21)


“Ide, pois, e levai a palavra divina: aos grandes que a desprezarão, aos eruditos que exigirão provas, aos pequenos e simples que a aceitarão; porque principalmente entre os mártires do trabalho, nas privações terrenas, encontrareis fervor e fé. Ide; esses receberão com hinos de gratidão e louvores a Deus, a santa consolação que lhes levareis, e baixarão a fronte, rendendo-lhe graças pelas aflições que a Terra lhes destina.” —


Todos nós, em Doutrina Espírita, desaprovamos qualquer inclinação ao exclusivismo e à intransigência.

Nenhuma religião existe órfã da Providência Divina.

Nenhuma parcela da verdade reponta na Terra, endereçada ao desapreço.

Por outro lado, não ignoramos que a transmissão dos nossos princípios começa na reforma individual.

Chamados, porém, a colaborar na seara da Nova Revelação, é necessário consagrar o melhor de nós mesmos à ideia espírita, de modo a prestigiá-la e desenvolvê-la.

Nada fácil adquirir escritórios e rotativas da grande imprensa, mas todos, sem exceção, dispomos de meios, ainda que modestos, a fim de apoiar essa ou aquela folha doutrinária que a divulgue [a ideia espírita].

Muito difícil senhorear integralmente as atividades de emissora moderna, contudo, ninguém aparece tão desvalido que não possa ofertar pequeno esforço para que ela seja mantida em minutos breves pela onda radiofônica ou pelos canais da televisão.

Nem sempre manejaremos a tribuna coroada pela retórica perfeitamente unida à gramática, no entanto, a humildade é acessível a todos, a fim de que a frase sincera consiga expô-la com franqueza e carinho, edificando a quem ouve.

Muito raramente, lograremos organizar editoras para o lançamento de obras em massa, todavia, nenhum de nós está impedido de oferecer um livro que a contenha [a ideia espírita] para consolo e esclarecimento a quem lê.

Em toda parte, surge o impositivo da ideia espírita: na interpretação religiosa para que a fé não se converta em fanatismo; nos estudos filosóficos, para que a exposição verbal não seja discurso infrutífero; nas realizações científicas, para que a experimentação não se faça loucura; nas empresas da arte, para que o sentimento não se desprimore no vício.

O mundo tem sede de raciocínio, em torno da imortalidade da alma, do intercâmbio espiritual, da reencarnação, da morte física, dos valores mediúnicos, da desobsessão, das incógnitas da mente, dos enigmas da dor e, sobretudo, ao redor das Leis Divinas a funcionarem, exatas, na consciência de cada um. Para que obtenhamos solução a semelhantes problemas, urge saibamos trabalhar pela difusão da ideia espírita, na construção da Era Nova, irradiando-a com todos os recursos lícitos ao nosso alcance, com base no veículo do exemplo.




Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada em janeiro de 1964 pela FEB no Reformador e é também a 222ª lição do 4º volume do  livro “” . Acreditamos sinceramente que a mensagem acima, antes de ter sido publicada no Reformador, foi devidamente revisada pelo autor espiritual e pelo médium.


jo 20:21
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 221
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Disse-lhes, pois, Jesus, outra vez: Paz seja convosco.” — (Jo 20:21)


Muita gente inquieta, examinando o intercâmbio entre os novos discípulos do Evangelho e os desencarnados, interroga, ansiosamente, pelas possibilidades da colaboração espiritual, junto às atividades humanas.

Por que razão os emissários do invisível não proporcionam descobertas sensacionais ao mundo?

Por que não revelam os processos de cura das moléstias que desafiam a Ciência?

Como não evitam o doloroso choque entre as nações?

Tais investigadores, distanciados das noções de justiça, não compreendem que seria terrível furtar ao homem os elementos de trabalho, resgate e elevação. Aborrecem-se, comumente, com as reiteradas e afetuosas recomendações de paz das comunicações do Além-Túmulo, porque ainda não se harmonizaram com o Cristo.

Vejamos o Mestre com os discípulos, quando voltava a confortá-los, do Plano espiritual. Não lhe observamos na palavra qualquer recado torturante, não estabelece a menor expressão de sensacionalismo, não se adianta em conceitos de revelação supernatural.

Jesus demonstra-lhes a sobrevivência e deseja-lhes paz.

Será isso insuficiente para a alma sincera que procura a integração com a vida mais alta? Não envolverá, em si, grande responsabilidade o fato de reconhecerdes a continuação da existência, além da morte, na certeza de que haverá exame dos compromissos individuais?

Trabalhar e sofrer constituem processos lógicos do aperfeiçoamento e da ascensão. E que atendamos a esses imperativos da Lei, com bastante paz, é o desejo amoroso e puro de Jesus-Cristo.

Esforcemo-nos por entender semelhantes verdades, pois existem numerosos aprendizes aguardando os grandes sinais, como os preguiçosos que respiram à sombra, à espera do fogo-fátuo do menor esforço.




Wesley Caldeira

jo 20:21
Da Manjedoura A Emaús

Categoria: Livro Espírita
Ref: 11470
Capítulo: 30
Wesley Caldeira
Wesley Caldeira
Cada evangelho é muito próprio ao apresentar os eventos ocorridos depois que o túmulo de Jesus foi encontrado vazio. Eles concordam que Maria de Magdala foi ao túmulo, no terceiro dia após a crucificação, e o encontrou vazio. Quanto ao resto, discordam em quase tudo.
Quantas foram as aparições? Onde e em que circunstâncias se verificaram?
Elas podem ser aglomeradas em três momentos: as aparições próximas da sepultura; aquelas produzidas em Jerusalém e suas cercanias; e as ocorridas na Galileia.
Mateus e Marcos ordenaram com brevidade as aparições.
No texto mateano, um Espírito elevado — pois “seu aspecto era como o do relâmpago e a sua roupa, alva como a neve” (MATEUS, 28:3) — provocou um abalo sísmico, quando se materializou e removeu a pedra que cerrava o túmulo de Jesus; aterrorizou os guardas e revelou às mulheres que o crucificado não estava mais ali, havia ressuscitado; e exortou-lhes a levarem a boa-nova aos apóstolos, acrescentando que Jesus esperaria por eles na Galileia.
Jesus, então, procura pessoalmente as mulheres (Maria de Magdala e Maria de Cléofas, a irmã de sua mãe) e reforça o convite para que os apóstolos se dirijam à Galileia.

Os discípulos partem para a montanha indicada pelo ressurrecto. No reencontro, em solo galilaico, alguns se prostram diante dele, outros duvidam, e recebem o mandato de cristianização dos povos.
Marcos acrescenta Salomé — mãe de Tiago e João — ao grupo de mulheres que caminhava para o túmulo, e chama a entidade espiritual de jovem, em vez de anjo, destacando a brancura de sua túnica. Situa esse Espírito à direita do interior do túmulo, atribuindo a ele o anúncio da ressurreição e a mensagem de reencontro na Galileia.
A tradição marcana propõe que Jesus apareceu somente a Maria de Magdala, que não foi acreditada.
Após, Jesus manifestou-se aos dois caminheiros de Emaús.
Por fim, em lugar não mencionado, Ele tornou-se visível aos onze apóstolos reunidos, censurou-lhes a incredulidade perante os testemunhos de sua ressurreição, convocou-os à evangelização das massas, outorgando- lhes, para isso, aptidões como a xenoglossia26 e a imunização a venenos, a cura de obsidiados e outras enfermidades.
Verificados esses acontecimentos, Jesus “foi arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus”. (MARCOS, 16:19.)
Lucas ofereceu um relato nas mesmas linhas, porém, mais minucioso e registrando maior número de aparições.
Maria de Magdala, Joana de Cusa e Maria de Cléofas, diante da sepultura violada, entraram no túmulo, perplexas. Dois homens de vestes fulgurantes surgiram: “Por que procurais aquele que vive entre os mortos? Ele não está aqui, ressuscitou”. (LUCAS, 24:5 e 6.)
A narrativa lucana não diz se as entidades espirituais incumbiram as mulheres de transmitir alguma orientação aos apóstolos. Mas registra que elas contaram aos apóstolos o que viram e ouviram.
O episódio de Emaús é detalhadamente historiado no terceiro evangelho [Lucas].

Ignora-se, hoje, a correta localização de Emaús, a 60 estádios de Jerusalém, cerca de 12 quilômetros.
Séculos depois, o episódio era comemorado na cidade de Emaús Nicópolis, a 160 estádios de Jerusalém. No tempo das cruzadas, descobriram-se duas possíveis candidatas a Emaús: El-Qubeibeh e Abu Ghosh, construídas nas margens das estradas do período romano que levavam ao Mar Mediterrâneo.
Cléofas e outro seguidor de Jesus caminhavam tristes em direção a Emaús. Um estranho os abordou na estrada, indagando-lhes sobre o que conversavam. Os caminheiros, lamentosos, apresentaram singelo resumo daqueles três dias, da crucificação do profeta de Nazaré até o desaparecimento de seu corpo. Eles esperavam em Jesus o redentor político de Israel. Com Ele, os dois caminheiros pareciam ter sepultado suas esperanças. (LUCAS, 24: 13 a 24.) O estranho, então, censurou-os:
— “Insensatos e lerdos de coração para crer em tudo o que os profetas anunciaram! Não era preciso que o Cristo sofresse tudo isso e entrasse em sua glória?” (LUCAS, 24:25.)
Em seguida, Ele se pôs a interpretar, desde Moisés, as predições sobre o Messias.
Chegando a Emaús, Cléofas e o amigo rogaram:
— “Permanece conosco, pois cai a tarde e o dia já declina”. (LUCAS, 24:29.)
Apenas quando, à mesa, viram o convidado abençoar o pão e parti-lo é que nele reconheceram Jesus, que se desmaterializou no mesmo instante.
— “Não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras?” (LUCAS, 24:32.)
Jesus apareceu aos apóstolos no momento em que os dois caminheiros retornavam de Emaús e relatavam a visita do Mestre. Ele se identificou, comeu diante de todos, abriu-lhes as mentes para que entendessem as Escrituras. Em vez de partirem para a Galileia, Jesus lhes determinou a permanência em Jerusalém, até serem “revestidos da força do Alto”. (LUCAS, 24:49.)
Em profunda comoção, os discípulos acompanharam Jesus até Betânia, de onde ascendeu aos céus.
Os apóstolos regressaram a Jerusalém com alegria e estiveram no Templo continuamente, em louvor a Deus. O ciclo de aparições de Lucas, como se vê, desenvolve-se apenas em Jerusalém e suas imediações.
A narrativa de João é abrangente. Enfoca, nos primeiros momentos, Maria de Magdala e nenhuma outra mulher. Maria é a verdadeira protagonista daquela manhã. A ex-obsidiada encontrou a sepultura vazia e alertou os apóstolos. Depois que João e Pedro testificaram o desaparecimento do corpo, Maria ficou a sós, e chorava, até que se inclinou para dentro do túmulo e viu dois anjos, um à cabeceira e outro aos pés do lugar onde o corpo estivera.
— “Mulher, por que choras?”
— “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. (JOÃO, 20:13.)
Foi quando ela, voltando-se para fora do jazigo, viu alguém que lhe repetiu a pergunta, sem nele reconhecer Jesus (novamente transfigurado), como aconteceu aos caminheiros de Emaús. Ela supôs no estranho um empregado de José de Arimateia, responsável pelo jardim que adornava o sepulcro familiar:
— “Senhor, se foste tu que o levaste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar!”
— “Maria!”
Ante a inconfundível e dulçorosa inflexão de voz, ela o reconhece e exclama:
— “Rabunni!”
Isto é, Mestre. E se atira aos pés do Cristo, abraçando-os.

— “Não me retenhas, pois ainda não subi ao Pai. Vai, porém, a meus irmãos e dize-lhes: Subo a meu Pai e vosso Pai; a meu Deus e vosso Deus”. (JOÃO, 20: 15 a 17.)
Embora João e Pedro também tivessem visitado o sepulcro, Ele a escolheu.
Disse o Espírito Emmanuel (XAVIER, 2013g, cap. 11, p. 31-32):
Para muita gente, Maria de Magdala era mulher sem qualquer valor pela condição de obsidiada em que se mostrava na vida pública; no entanto, Ele via Deus naquele coração feminino ralado de sofrimento e converteu-a em mensageira da celeste ressurreição.
Ao cair da tarde, naquele domingo, dez apóstolos, temendo represálias dos líderes judeus e do povo, guardavam-se a portas fechadas. Ignora-se a quem pertencia e onde se situava essa residência. Como as mulheres e os apóstolos foram do sepulcro a ela em brevíssimo tempo, sua localização certamente era em Jerusalém. Passados alguns minutos, Jesus apareceu entre eles e disse:
— “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. (JOÃO, 20:21.)
Paulo propôs uma aparição especial a Pedro (1 CORÍNTIOS, 15:5). Essa aparição foi confirmada por Lucas: “O Senhor ressuscitou e apareceu a Simão”. (LUCAS, 24:34.)
João prossegue informando que Ele lhes mostrou as marcas dos cravos nas mãos e o golpe no lado. Num gesto simbólico, soprou sobre eles, esclarecendo:
— “Recebei o Espírito Santo”.
Tomé não estava presente e se recusou a crer nos fatos relatados.
— “Se eu não vir em suas mãos o lugar dos cravos e se não puser meu dedo no lugar dos cravos e minha mão no seu lado, não crerei!”
Com seu espírito crítico, Tomé procurou reduzir a magnitude do fato, porque ele não estava presente.

O Espírito Emmanuel observou (XAVIER, 2013e, cap. 100):
Tomé descontente, reclamando provas, por não haver testemunhado a primeira visita de Jesus, depois da morte, criou um símbolo para todos os aprendizes despreocupados das suas obrigações.
Ocorreu ao discípulo ausente o que acontece a qualquer trabalhador distante do dever que lhe cabe.
[...]
Tomé não estava com os amigos quando o Mestre veio. Em seguida, formulou reclamações, criando o tipo do aprendiz suspeitoso e exigente.
Nos trabalhos espirituais de aperfeiçoamento, a questão é análoga.
Matricula-se o companheiro, na escola de vida superior, entretanto, em vez de consagrar-se ao serviço das lições de cada dia, revela-se apenas mero candidato a vantagens imediatas.
Em geral, nunca se encontra ao lado dos demais servidores, quando Jesus vem; logo após, reclama e desespera.
Oito dias mais tarde, Jesus se materializou mais uma vez.
Conta Amélia Rodrigues que, enquanto os onze apóstolos meditavam na mesma sala com as portas fechadas, “uma aragem perfumada invadiu o recinto e uma claridade diamantina vestiu as sombras que ali pairavam com delicada luz, dentro da qual, esplendente e nobre, Ele surgiu”. (FRANCO, 2000, p. 158.)
Não houve censura, somente compaixão ao se dirigir ao apóstolo incrédulo.
— “Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!”
“Os pulsos dilacerados derramavam sulferina luz, que também jorrava da cabeça antes de espinhos, do peito ferido e dos pés destroçados. O dídimo acercou-se, transfigurado, e O tocou”. (FRANCO, 2000, p. 158.)

— “Tu creste, Tomé, porque me viste; bem-aventurados os que não viram e creram”. (BÍBLIA, 1965, JOÃO, 20:29.)
Era a última bem-aventurança.
JOÃO, 20:30 ainda informa que Jesus ofereceu muitos outros sinais, não mencionados em seu livro. E não somente isso.
“Há, porém, muitas outras coisas que Jesus fez e que, se fossem escritas uma por uma, creio que o mundo não poderia conter os livros que se escreveriam.” (JOÃO, 21:25.)
Lucas, em ATOS DOS APÓSTOLOS, 1:3 informou que Ele apareceu ainda várias vezes, “com muitas provas incontestáveis: durante quarenta dias apareceu-lhes e lhes falou do que concerne ao Reino de Deus”.
Paulo, além de ressalvar uma aparição especial a Pedro, acrescentou outras: “apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez [...] apareceu a Tiago e, depois, a todos os apóstolos”. (1 CORÍNTIOS, 15:6 e 7.)
Daí, é preciso compreender que cada evangelista focalizou, do universo de aparições, aquelas mais expressivas à sua óptica, a seus propósitos e público destinatário. Os quatro escritores canônicos não fizeram história, ou relatos cronológicos, ao relacioná-las; compuseram textos de divulgação, baseados em fatos reais, em arranjos cuja seleção de materiais e ordem respeitou também o toque da inspiração superior. Unidade na diversidade, produzindo harmonia, como num quarteto de vozes.
A última voz, ou o Evangelho de João, é concluído com o relato da aparição de Jesus às margens do lago de Genesaré.
Sete apóstolos estavam presentes: Pedro, Tomé, Natanael, João e Tiago, seu irmão, e dois não especificados.
Pedro quis pescar, e os demais o acompanharam. Nada pescaram, no entanto. Amanhecia, e da praia alguém lhes sugeriu:
— “Lançai a rede à direita do barco e achareis”. (JOÃO, 21:6.)

Eles não reconheceram Jesus, mas atenderam ao estranho, e faltaram forças para puxar a rede, tal a quantidade de peixes apanhada.
Só aí João reconhece Jesus transfigurado. Simão atira-se no lago, em direção à praia, seguido pelos outros apóstolos, no barco. Era o terceiro reencontro coletivo desde sua morte.
Quando chegam à praia, Jesus os aguarda e os convida para comer. Permanecia transfigurado, porque João comenta que ninguém ousava perguntar Quem és tu? — todavia, sabiam tratar-se de Jesus.
A narrativa está repleta de símbolos. Não que Jesus os desejasse; mas é bem provável que tenha sido uma necessidade dos que interferiram no texto, introduzindo e moldando elementos até sua configuração final, no término do século I.
Certos intérpretes presumem, mesmo, que todo o capítulo 21 seja um acréscimo dos discípulos da escola de João; um acréscimo muito próximo ao tempo de João, pois que consta em todos os manuscritos.
Os fatos são apresentados de modo a transmitir as mensagens com que os redatores querem impregnar os acontecimentos, a fim de que aos episódios da aparição se sobrepusessem as ideias teológicas dos narradores.
A vocação e a missão de Pedro, bem como dos apóstolos, são realçadas.
“Simão Pedro lhes disse:
— ‘Vou pescar’.
Eles lhe disseram:
— ‘Vamos nós também contigo’.” (JOÃO, 21:3.)
O apostolado é representado na pesca, enquanto a quantidade de peixes salienta a fecundidade do trabalho apostólico. O número de peixes, 153 (JOÃO, 21:11), por certo não é fruto da contagem dos peixes, mas exercício de gematria — “sistema criptográfico que consiste em atribuir valores numéricos às letras”. Cento e cinquenta e três: o valor somado das letras das palavras hebraicas dggym gdwlym, utilizadas para a menção aos peixes. A rede que não se rompe propõe a coesão, a unidade a ser buscada a fim de propiciar o êxito da tarefa apostólica junto às comunidades cristãs.
Finda a ceia, Jesus volta-se para Pedro (JOÃO, 21:15):
— “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?”
— “Sim, Senhor, tu sabes que te amo.”
— “Apascenta os meus cordeiros.”
Duas outras vezes Pedro foi questionado, para ouvir de Jesus: “apascenta as minhas ovelhas”. (JOÃO, 21:16 e 17.)
Pedro tinha negado Jesus por três vezes, em torno de uma fogueira; novamente, em torno de uma fogueira, ele o reafirma três vezes.
O texto joanino relata que, ante a terceira indagação, Pedro se entristeceu. Natural que Simão visse ali uma alusão às três negações. Ele respondeu:
— “Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que te amo”. (JOÃO, 21:17.)
Aqui Simão evoca, com o tu sabes tudo, os dons de Jesus. Se Jesus sabe tudo, Pedro sente que nada pode ocultar, e é transparente e sincero: tu sabes que te amo — o amor consciente.
À tríplice negação, dá-se a tríplice profissão de amor, como forma de superação do conflito psicológico do apóstolo.
Por isso, São João da Cruz,27 o grande místico, com profunda sabedoria, afirmou: “ao entardecer sereis examinados no amor”.
Luís Alonso Schökel, com beleza, observou:
“Se Mateus propõe a confissão de fé como fator de sua consistência ‘pétrea’, João propõe o amor a Jesus como condição e garantia de sua ação pastoral. Pedro amadureceu no amor”. (BÍBLIA, 2000, JOÃO, 21:15-nota.)
Aquela primavera nunca será esquecida.

As aparições deixaram um legado de fé imperecível, e marcaram o fim da história de Jesus; não, porém, o fim de sua presença na história.
— “E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!” (MATEUS, 28:20.)
26 N.E.: É o uso de uma língua (escrita ou falada) que se não aprendeu e que se não conhece em condições normais. O médium, influenciado por um Espírito, fala uma língua estrangeira que lhe é por inteiro desconhecida. Dicionário de filosofia espírita, J. Palhano Jr., Editora Léon Denis.
27 N.E.: Religioso e escritor espanhol (1542–1591). Aos 25 anos conheceu Santa Teresa e juntos decidiram reformar as ordens carmelitas.

Fénelon disse inspirado:
Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo. Depois da luz viva, voltaram as trevas. Após alternativas de verdade e obscuridade, o mundo novamente se perdia.[...] (KARDEC, 2013c, cap. I, it. 10.)
O homem não havia alcançado o apogeu de sua maturidade ao tempo de Jesus. Logo, a revelação também não havia chegado ao apogeu.
Compreendendo isso, Jesus prometeu:
Se me amais, observai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito de Verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conhecereis, porque habitará convosco, e estará em vós. (BÍBLIA, 1965, JOÃO, 14:15 a 17.)
Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará todas as coisas, e vos recordará tudo o que vos tenho dito. (BÍBLIA, 1965, JOÃO, 14:26.)
A revelação seria futuramente completada.
Durante quase trezentos anos, o Cristianismo primitivo educou corações para a vivência de uma religiosidade superior.
Cerca de um milhão de cristãos foram perseguidos, sendo a grande maioria levada ao martírio.

Contudo, no ano 313 se iniciaria uma etapa nova para a mensagem do Cristo.
Naquela data, o Édito de Milão reconhecia o direito e a liberdade de ser cristão, que Cláudio Domício Nero havia retirado desde o ano de 64, num total de 249 anos de perseguições, às vezes intensificadas, às vezes amenizadas.
Abandonadas as catacumbas, os catecúmenos passaram, aos poucos, da condição de perseguidos a perseguidores, à medida que se enfronhavam nos gabinetes da política humana e ajuntavam riquezas.
Consciências lúcidas do Cristianismo constataram o fenômeno, impotentes.
A corrupção do ideal cristão eclipsava a essência do Evangelho, que foi sempre um chamado à transformação pessoal.
Introduziram-se reformas e hábitos que foram distanciando a mensagem de seu autor. No ano de 320, iniciou-se o uso das velas no culto; em 375, iniciou-se a devoção aos santos. Em 394, a missa foi instituída; em 528, surgiu a extrema-unção. (FRANCO, 1995, p. 89.)
Logo depois, Justiniano I — o imperador do Oriente (527–565), que já havia mandado fechar a escola neoplatônica de Atenas em 529 d.C., herdeira das tradições reencarnacionistas de Platão — conseguiu, em 553, que as teses de Orígenes fossem consideradas heréticas, no V Concílio Ecumênico de Constantinopla II. Orígenes, um dos fundadores da teologia da Igreja, ao lado de outros padres primitivos, defendia a preexistência da alma e sua transmigração, isto é, sua existência em corpos sucessivos.
Philotheus Boehner e Etienne Gilson (2007, p. 49) afirmaram, na História da filosofia cristã:
A controvérsia acerca de Orígenes, sinceramente admirado também por muitos varões de grande santidade, levou à ruptura das relações amistosas entre São Jerônimo e Rufino, e, finalmente, à solene condenação de Orígenes no 5o Concílio Ecumênico de Constantinopla, no ano 553.

No ano 660, Bonifácio III se declarou bispo universal, papa (do grego páppas, “pai”), embora Jesus houvesse recomendado: “A ninguém na Terra chameis ‘Pai’, pois um só é o vosso Pai, o celeste”. (MATEUS, 23:9.) Em 763, surgiu o impositivo da adoração às imagens e relíquias, contrariando o segundo mandamento do Décalogo; em 993, começou a canonização dos santos; em 1070, foi imposta a infalibilidade da Igreja, que culminou na infalibilidade papal em 1870. (FRANCO, 1995, p. 89.)
Ou seja, o mosaísmo fixou o monoteísmo, mas prosseguiu fomentando o ritualismo, e ofereceu a prece como linha de interação entre o homem e Deus.
Com Jesus, o ritualismo é substituído pelas ações enobrecedoras, no culto ao amor. O amor e a prece são revelados como as mais poderosas expressões de comunhão com Deus.
A chegada do Catolicismo restabeleceu o papel do rito, e a Igreja se transformou, no lugar da prece, na intermediária entre o homem e Deus.
Encarcerada nos claustros monásticos, a árvore do Evangelho foi sacrificada e, sem a liberdade e sem o sol da verdade, definhou.
Em 1184, instituiu-se a “Santa Inquisição” e, logo depois, em 1190, a venda das indulgências. (FRANCO, 1995, p. 89.)
Surgem templos resplandecentes na noite medieval.
No começo do século XVI, era inevitável a Reforma, com Martinho Lutero (1483–1546).
A paciência de Lutero com o clero romano saturou quando o papa Júlio II ofereceu indulgências aos europeus, concedendo perdão aos pecados daqueles que mandassem dinheiro para a reconstrução da Catedral de São Pedro, em Roma. Este e outros abusos levaram Lutero a protestar publicamente, fazendo-o à moda da época, afixando suas ideias em local público para provocar o debate. Em 31 de outubro de 1517, amanheceram pregadas na porta da igreja do castelo de Wittenberg as famosas 95 teses.

Posteriormente, os discípulos e seguidores de Lutero se separaram, criando correntes, apresentando interpretações variadas do Evangelho.
A Renascença, então, abriu novo horizonte cultural na Terra.
A Ciência e a Filosofia foram-se libertando lentamente da mordaça e das imposições das religiões dominantes.
O século XVIII inaugurou a Era da Razão,28 preparando, assim, para um século mais tarde, a chegada da Terceira Revelação, o Consolador prometido por Jesus.
A Reforma luterana29 veio ao mundo com a missão especial de exumar a “letra” dos evangelhos, enterrada nos seminários e conventos. Após essa tarefa, cumpria ao Consolador, pela voz do Espiritismo, esclarecer o “espírito” das lições do Cristo.
José Petitinga esclarece que:
O Espiritismo é a Doutrina de Jesus em espírito e verdade, sem fórmulas nem ritos, sem aparências nem representantes, sem ministros. [...] “É a religião da Filosofia, a Filosofia da Ciência e a Ciência da Religião”, conforme predicou Vianna de Carvalho em nossa Casa, com justas razões.” (FRANCO, 2011, cap. 16, p. 271.)
Num momento histórico de avanço do materialismo, de insurreição da ciência e da filosofia contra a religião, a Doutrina Espírita surge como a ciência que pergunta, investigando e confirmando a imortalidade; a filosofia que equaciona os enigmas do comportamento humano; a religião que expressa a necessidade do amor para a união dos homens.
Religiões deformadas pelos dogmas, escravizadas pelos interesses políticos e econômicos, não conseguiam fazer oposição ao alastramento do materialismo.
O Espiritismo surge como união entre a fé e a razão; uma culminância da revelação e uma convergência das revelações.
Moisés revelou o princípio da justiça. Jesus revelou o principado do amor.

O papel do Espiritismo é reviver os ensinamentos do Cristo, convocar as criaturas ao melhoramento pessoal e completar os conhecimentos essenciais ao progresso do Espírito, que alicerçam a ética formulada por Jesus.
“[...] Moisés abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a concluirá [...]” (KARDEC, 2013c, cap. I, it. 9, p. 47.), pois o Espiritismo é uma revelação progressiva em si mesma, dada em circuito aberto, e não fechado, como uma revelação permanente.
A revelação de Jesus, entretanto, ocupa o centro das três revelações. O amor é a síntese da lei divina, é a própria lei em sua expressão máxima. A justiça aplaina os caminhos do amor, e a verdade lhe dá amplitude e grandeza, mas o amor é a maior força de comunhão entre Deus e o homem.
Hoje a coletividade humana se encontra outra vez num período crítico de angústias diante do problema da dor, enclausurada ainda no conflito entre a razão e a animalidade.
As ideias espíritas coordenarão lenta transição para o homem, esclarecendo-o com a verdade e firmando Jesus nas bases do comportamento humano, como modelo e guia.
Jesus, o Cristo, foi crido e venerado. Jesus, o guia e o modelo, além disso, deverá ser compreendido e aplicado.
Seu régio vulto expandiu a majestade do amor, dividindo a história.
Sua voz inundou os campos da razão com a libertadora perspectiva do reino de Deus.
Suas mãos, embaixadoras da paz, estenderam-se para o mais consolador convite já endereçado aos corações:
— “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”. (MATEUS, 11: 28 a 30.)

28 N.E.: Surgiu imediatamente depois do misticismo, da religião e da superstição da Idade Média. A Era da Razão representou uma gênese no modo como o homem via a si próprio, a busca do conhecimento e o universo. Neste período de tempo, os conceitos de conduta e pensamento que o homem anteriormente tinha, agora podiam ser contestados verbalmente e por escrito. Medos como ser proclamado herege ou queimado na fogueira foram descartados. Este foi o início de uma sociedade aberta em que os indivíduos eram livres para buscar a felicidade individual e a liberdade.
29 N.E.: Movimento religioso europeu do séc. XVI inspirado por Martinho Lutero e Jean Calvino, que deu origem às igrejas protestantes que não se sujeitaram às ordens da Igreja Católica de Roma.

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Referências em Outras Obras


Huberto Rohden

jo 20:21
Nosso Mestre

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 192
Huberto Rohden
Páscoa de tarde apareceu Jesus aos discípulos reunidos e restituiu a paz e a alegria às suas almas aflitas e perturbadas. E, para que todos os homens pudessem gozar dessa mesma paz, deu Jesus aos discípulos poderes extraordinários.
Ainda estavam os discípulos comentando os fatos quando se apresentou Jesus no meio deles, e disse-lhes: "A paz seja convosco, sou eu; não temais". Tomados de medo e terror, cuidavam ver um espírito.
Jesus, porém, lhes disse: "Por que esse medo? E por que essa dúvida nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés; sou eu mesmo; apalpai e vede; um espírito não tem carne e osso, como vedes que eu tenho". Com estas palavras mostrou-lhes as mãos e os pés.
Eles, todavia, de tão contentes e admirados, não acabavam ainda de crer. Pelo que lhes perguntou Jesus: "Tendes aqui alguma coisa que se coma?"
Disse-lhes Jesus pela segunda vez: "A paz seja convosco. Assim como meu Pai me enviou, também eu vos envio". Depois destas palavras, soprou sobre eles, dizendo:
"Recebei o Espírito Santo; a quem vós perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, a quem vós os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Lc. 24, 36-43; Jo. 20, 21-23) .

CARLOS TORRES PASTORINO

jo 20:21
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 28
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 20:20-28


20. Então veio a ele a mãe dos filhos de Zebedeu, com os filhos dela, prostrando-se e rogando algo.

21. Ele disse-lhe, pois: "Que queres"? Respondeu-lhe: "Dize que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e outro à tua esquerda em teu reino"

22. Retrucando, Jesus disse: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que estou para beber"? Disseram-lhe: "Podemos"! 23. Disse-lhes: "Sem dúvida bebereis o meu cálice; mas sentar à minha direita ou esquerda, não me compete concedê-lo, mas àquele para quem foi preparado por meu Pai".

24. E ouvindo os dez, indignaram-se contra os dois irmãos.

25. Chamando-os, porém, Jesus disse: "Sabeis que os governadores dos povos os tiranizam e os grandes os dominam.

26. Assim não será convosco; mas quem quiser dentre vós tornar-se grande, será vosso servidor,

27. e quem quiser dentre vós ser o primeiro, será vosso servo,

28. assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio-de-libertação para muitos".

MC 10:35-45


35. E aproximaram-se dele Tiago e João os filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: "Mestre, queremos que, se te pedirmos, nos faças".

36. Ele disse-lhes: "Que quereis que vos faça"?

37. Responderam-lhe eles: "Dá-nos que nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda na tua glória".

38. Mas Jesus disse-lhes: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que eu bebo, ou ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"? 39. Eles retrucaram-lhe: "Podemos"! Então Jesus disse-lhes: "O cálice que eu bebo, bebereis, e sereis mergulhados no mergulho em que sou mergulhado,

40. mas o sentar à minha direita ou esquerda, não me cabe concedê-lo, mas a quem foi dado".

41. E ouvindo isso, os dez começaram a indignarse contra Tiago e João.

42. E chamando-os, disse-lhes Jesus: "Sabeis que os reconhecidos como governadores dos povos os tiranizam e seus grandes os dominam.

43. Não é assim, todavia, convosco: mas o que quiser tornar-se grande dentre vós, será vosso servidor,

44. e o que quiser dentre vós ser o primeiro, será servo de todos.

45. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio de libertação para muitos".



Lucas (Lucas 18:34) salientara que os discípulos "nada haviam entendido e as palavras de Jesus permaneciam ocultas para eles, que não tiveram a gnose do que lhes dizia". Mateus e Marcos trazem, logo depois, a prova concreta da verdade dessa assertiva.


Mateus apresenta o episódio como provocado pela mãe de Tiago e de João, com uma circunlocução típica oriental, que designa a mãe pelos filhos: "veio a mãe dos filhos de Zebedeu com os filhos dela", ao invés do estilo direto: "veio a esposa de Zebedeu com seus filhos". Trata-se de Salomé, como sabemos por Marcos (Marcos 15:40) confrontado com Mateus (Mateus 27:56). Lagrange apresenta num artigo (cfr. "L’Ami du Clergé" de 1931, pág. 844) a hipótese de ser Salomé irmã de Maria mãe de Jesus, portanto sua tia.


Sendo seus primos, o sangue lhe dava o direito de primazia. Em nossa hipótese (vol. 3), demos Salomé como filha de Joana de Cuza, esta sim, irmã de Maria. Então Salomé seria sobrinha de Maria e prima em 1. º grau de Jesus (sua "irmã"), sendo Tiago e João "sobrinhos de Jesus", como filhos de sua "irmã"

Salomé. Então, sendo seus sobrinhos, a razão da consanguinidade continuava valendo. Além disso, Salomé como sua irmã, tinha essa liberdade, e se achava no direito de pedir, pois dera a Jesus seus dois filhos e ainda subvencionava com seu dinheiro as necessidades de Jesus e do Colégio apostólico (cfr. LC 8:3 e MC 15:41).


Como na resposta Jesus se dirige frontalmente aos dois, Marcos suprimiu a intervenção materna: realmente eles estavam de pleno acordo com o pedido, tanto que, a seu lado, aguardavam ansiosos a palavra de Jesus. A interferência materna foi apenas o "pistolão" para algo que eles esperavam obter.


Como pescadores eram humildes; mas elevados à categoria de discípulos e emissários da Boa-Nova, acende-se neles o fogo da ambição, que era justa, segundo eles, pois gozavam da maior intimidade de Jesus, que sempre os distinguia, destacando-os, juntamente com Pedro, dos demais companheiros, nos momentos mais solenes (cfr. Mat, 9:1; 17:1; MC 1:29; MC 5:37; MC 9:12; MC 14:33; LC 8:51). Tinham sido, também, açulados pela promessa de se sentarem todos nos doze "tronos", julgando Israel (MT 19:28), então queriam, como todo ser humano, ocupar os primeiros lugares (MT 23:6 e LC 14:8-10).


A cena é descrita com pormenores. Embora parente de Jesus, Salomé lhe reconhece o valor intrínseco e a grandeza, e prostra-se a Seus pés, permanecendo silenciosa e aguardando que o Mestre lhe dirija a palavra em primeiro lugar: "que queres"?


Em Marcos a resposta é dos dois: "Queremos" (thélomen) o que exprime um pedido categórico, não havendo qualquer dúvida nem hesitação quanto à obtenção daquilo que se pede: não é admitida sequer a hipótese de recusa : "queremos"!


Jesus não os condena, não os expulsa da Escola, não os apresenta à execração pública, não os excomunga; estabelece um diálogo amigável, em que lhes mostra o absurdo espiritual do pedido, valendose do episódio para mais uma lição. Delicadamente, porém, é taxativo na recusa. Sabe dizer um NÃO sem magoar, dando as razões da negativa, explicando o porquê é obrigado a não atender ao pedido: não depende dele. Mas não titubeia nem engana nem deixa no ar uma esperança inane.


Pelas expressões de Jesus, sente-se nas entrelinhas a tristeza de quem percebe não estar sendo entendido: "não sabeis o que pedis" Essa resposta lembra muito aquela frase proferida mais tarde, em outras circunstâncias: "Não sabem o que fazem"! (LC 23:34).


Indaga então diretamente: "podeis beber o cálice que estou para beber ou ser mergulhado no mergulho em que sou mergulhado"? A resposta demonstra toda a presunção dos que não sabem, toda a pretensão dos que que ignoram: "podemos"!


Jesus deve ter sorrido complacente diante dessa mescla de amor e de ambição, de disposição ao sacrif ício como meio de conquistar uma posição de relevo! Bem iguais a nós, esses privilegiados que seguiram Jesus: entusiasmo puro, apesar de nossa incapacidade!


Cálice (em grego potêrion, em hebraico kôs pode exprimir. no Antigo Testamento, por vezes, a alegria (cfr. SL 23:5; SL 116:13; Lament 4:21); mas quase sempre é figura de sofrimento (cfr. SL 75:8; 1s.


51:17,22; EZ 23:31-33).


Baptízein é um verbo que precisa ser bem estudado; as traduções correntes insistem em transliterar a palavra grega, falando em batismo e batizar, que assume novo significado pela evolução semântica, no decorrer dos séculos por influência dos ritos eclesiásticos e da linguagem litúrgica. Batismo tomou um sentido todo especial, atribuído ao Novo Testamento, apesar de ignorado em toda a literatura anterior e contemporânea dos apóstolos. Temos que interpretar o texto segundo a semântica da época, e não pelo sentido que a palavra veio a assumir séculos depois, por influências externas.


Estudemos o vocábulo no mais autorizado e recente dicionário ("A Greek English Lexicon", de Liddell

& Scott, revised by Henry Stuart Jones, Londres, 1966), in verbo (resumindo): "Baptizô, mergulhar, imergir: xíphos eis sphagên, "espada mergulhada na garganta" (Josefo Rell. Jud.


2. 18. 4): snáthion eis tò émbryon "espátula no recém-nascido" Soranus, médico do 2. º séc. A. C. 2. 63); na voz passiva: referindo-se à trepanação Galeno, 10, 447. Ainda: báptison seautòn eis thálassau e báptison Dionyson pros tên thálassan, "mergulhado no mar" (Plutarco 2. 166 a e 914 d); na voz passiva com o sentido de "ser afogado", Epicteto, Gnomologium 47. Baptízô tinà hypnôi, "mergulho algu ém no sono" (Anthologia Graeca, Evenus elegíaco do 5. º séc. A. C.) e hynnôi bebantisméns "mergulhado no sono letárgico" (Archígenes, 2. º séc., apud Aécio 63); baptízô eis anaisthesían kaì hypnon," mergulhado na anestesia e no sono " (Josefo, Ant. JD 10, 9, 4); psychê bebaptisménê lypêi" alma mergulhada na angústia" (Libânio sofista, 4. º séc. A. D., Orationes, 64,115)".


Paulo (Rom, 6:3-4) fala de outra espécie de batismo: "porventura ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, fomos mergulhados em sua morte? Fomos sepultados com ele na morte pelo mergulho, para que, como Cristo despertou dentre os mortos pela substância do Pai, assim nós andemos em vida nova".


Até agora tem sido interpretado este trecho como referente aos sofrimentos físicos de Tiago, decapitado em Jerusalém por Herodes Agripa no ano 44 (cfr. AT 12:2) e de João, que morreu de morte natural, segundo a tradição, mas foi mergulhado numa caldeira de óleo fervente diante da Porta Latina (Tertuliano, De Praescriptione, 36 Patrol. Lat. vol. 2, col, 49) e foi exilado na ilha de Patmos (Jerônimo, Patrol. Lat. vol. 26, col. 143).


As discussões maiores, todavia, se prendem à continuação. Pois Jesus confirma que eles beberão seu cálice e mergulharão no mesmo mergulho, mas NÃO CABE a Ele conceder o lugar à sua direita ou esquerda! Só o Pai! Como? Sendo Jesus DEUS, segundo o credo romano, sendo UM com o Pai, NÃO PODE resolver? Só o Pai; E Ele NÃO SABE? Não tem o poder nem o conhecimento do que se passaria no futuro? Por que confirmaria mais uma vez aqui que o Pai era maior que Ele (JO 14:28)?


Como só o Pai conhecia "o último dia" (MT 24:36). Como só o Pai conhecia "os tempos e os momentos" (AT 1:7). Como resolver essa dificuldade? Como uma "Pessoa" da Trindade poderá não ter conhecimento das coisas? Não são três "pessoas" mas UM SÓ DEUS?


Os comentadores discutem, porque estão certos de que o "lugar à direita e à esquerda" se situa NO CÉU. Knabenbauer escreve: neque Messias in terra versans primas in caelo sedes nunc petentibus quibusque assignare potest, ac si vellet Patris aeterni decretum mutare vel abrogare (Cursus Sacrae Scripturae, Paris, 1894, pág. 281), ou seja: "nem o Messias, estando na Terra, pode dar os primeiros lugares no Céu aos que agora pedem, como se pretendesse mudar ou ab-rogar o decreto do Pai eterno".


Outros seguem a mesma opinião, como Loisy, "Les Évangiles Synoptiques", 1908, tomo 2, página 238; Huby, "Êvangile selon Saint Marc", 1924, pág. 241; Lagrange, "L’Évangile selon Saint Marc", 1929,pág. 280, etc. etc.


Os séculos correram sobre as discussões infindáveis, sem que uma solução tivesse sido dada, até que no dia 5 de junho de 1918, após tão longa perplexidade, o "Santo Ofício" deu uma solução ao caso.


Disse que se tratava do que passaria a chamar-se, por uma "convenção teológica", uma APROPRIAÇÃO, ou seja: "além das operações estritamente trinitárias, todas as obras denominadas ad extra (isto é, "fora de Deus") são comuns às pessoas da Santíssima Trindade; mas a expressão corrente - fiel à iniciativa de Jesus - reserva e apropria a cada uma delas os atos exteriores que tem mais afinidade com suas relações hipostáticas".


Em outras palavras: embora a Trindade seja UM SÓ DEUS, no entanto, ao agir "para fora", ao Pai competem certos atos, outros ao Filho, e outros ao Espírito Santo. Não sabemos, todavia, como será possível a Deus agir "para fora", se Sua infinitude ocupa todo o infinito e mais além!


Os dois irmãos, portanto, pretendem apropriar-se dos dois primeiros lugares, sem pensar em André, que foi o primeiro chamado, nem em Pedro, que recebeu diante de todos as "chaves do reino". Como verificamos, a terrível ambição encontrou terreno propício e tentou levar à ruína a união dos membros do colégio apostólico, e isso ainda na presença física de Jesus! Que não haveria depois da ausência Dele?


Swete anota que os dez se indignaram, mas "pelas costas" dos dois, e não diante deles; e isto porque foi empregada pelo narrador a preposição perí, e não katá, que exprimiria a discussão face a face.


Há aqui outra variante. Nas traduções vulgares diz-se: "não me pertence concedê-lo, mas será dado àqueles para quem está destinado por meu Pai". No entanto, o verbo hetoimózô significa mais rigorosamente" preparar ". Ora, aí encontramos hétoímastai, perfeito passivo, 3. ª pessoa singular; portanto," foi preparado".


Jesus entra com a sublime lição da humildade e do serviço, que, infelizmente, ainda não aprendemos depois de dois mil anos: é a vitória através do serviço prestado aos semelhantes. O exemplo vivo e palpitante é o próprio caso Dele: "Vim" (êlthen) indica missão especial da encarnação (cfr. MC 1:38 e 2:17; e IS 52:13 a 53:12). E essa vinda especial foi para SERVIR (diakonêsai), e não para ser servido (diakonêthênai), fato que foi exaustivamente vivido pelo Mestre diante de Seus discípulos e em relação a eles.


O serviço é para libertação (lytron). Cabe-nos estudar o significado desse vocábulo. "Lytron" é, literalmente" meio-de-libertação", a que também se denomina "resgate". O resgate era a soma de dinheiro dada ao templo, ao juiz ou ao "senhor" para, com ela, libertar o escravo. O termo é empregado vinte vezes na Septuaginta (cfr. Hatche and Redpath, "Concordance to the Septuagint", in verbo) e corresponde a quatro palavras do texto hebraico massorético: a kôfer, seis vezes; a pidion e outros derivados de pâdâh, sete vezes; a ga"al ou ge"ullah, cinco vezes, e a mehhir, uma vez; exprime sempre a compensa ção, em dinheiro, para resgatar um homicídio ou uma ofensa grave, ou o preço pago por um objeto, ou o resgate de um escravo para comprar-lhe a liberdade. E a vigésima vez aparece em Números (Números 3:12) quando o termo lytron exprime a libertação por substituição: os levitas podiam servir de lytron, substituindo os primogênitos de Israel no serviço do Templo.

Temos, portanto, aí, a única vez em que lytron não é dinheiro, mas uma pessoa humana, que substitui outra, para libertá-la de uma obrigação imposta pela lei.


Em vista disso, a igreja romana interpretou a crucificação de Jesus como um resgate de sangue dado por Deus ao Diabo (!?), afim de comprar a liberdade dos homens! Confessemos que deve tratar-se de um deus mesquinho, pequenino, inferior ao "diabo", e de tal modo sujeito a seus caprichos, que foi constrangido a entregar seu próprio filho à morte para, com o derramamento de seu sangue, satisfazerlhe os instintos sanguinários; e o diabo então, ébrio de sangue, abriu a mão e permitiu (!) que Deus pudesse carregar para seu céu algumas das almas que lhe estavam sujeitas... Como foi possível que tantas pessoas inteligentes aceitassem uma teoria tão absurda durante tantos séculos? ... Isso poderia ocorrer com espíritos inferiores em relação a homens encarnados, como ainda hoje vemos em certos" terreiros" de criaturas fanatizadas, e como lemos também em Eusébio (Patrol. Graeca, vol. 21, col. 85) que transcreve uma notícia de Philon de Byblos, segundo o qual os reis fenícios, em caso de calamidade, sacrificavam seus filhos mais queridos para aplacar seu "deus", algum "exu" atrasadíssimo.


Monsenhor Pirot (o. c. vol. 9, pág. 530) diz textualmente: "entregando-se aos sofrimentos e à morte, é que Jesus pagará o resgate de nossa pobre humanidade, e assim a livrará do pecado que a havia escravizado ao demônio"!


Uma palavra ainda a respeito de polloí que, literalmente, significa "’muitos". Pergunta-se: por que resgate" de muitos" e não "de todos"? Alguns aduzem que, em vários pontos do Novo Testamento, o termo grego polloí corresponde ao hebraico rabbim, isto é, "todos" (em grego pántes), como em MT 20:28 e MT 26:28; em MC 14:24; em RM 5:12-19 e em IS 53:11-12).


Sabemos que (MT 1:21) foi dado ao menino o nome de Jesus, que significa "Salvador" porque libertar á "seu povo de seus erros"; e Ele próprio dirá que traz a libertação para os homens (LC 4:18).


Esta lição abrange vários tópicos:

  • a) o exemplo a ser evitado, de aspirar, nem mesmo interior e subconscientemente, aos primeiros postos;

  • b) a necessidade das provas pelas quais devem passar os candidatos à iniciação: "beber o cálice" e "ser mergulhados";

  • c) a decisão, em última instância, cabe ao Pai, que é superior a Jesus (o qual, portanto, não é Deus no sentido absoluto, como pretendem os católicos romanos, ortodoxos e reformados);

  • d) a diferença, mais uma vez sublinhada, entre personagem e individualidade, sendo que esta só evolui através da LEI DO SERVIÇO (5. º plano).


Vejamo-lo em ordem.


I - É próprio da personagem, com seu "eu" vaidoso e ambicioso, querer projetar-se acima dos outros, em emulação de orgulho e egoísmo. São estes os quatro vícios mais difíceis de desarraigar da personagem (cfr. Emmanuel, "Pensamento e Vida", cap. 24), e todos os quatro são produtos do intelecto separatista e antagonista da individualidade.


O pedido de Tiago (Jacó) e de João, utilizando-se do "pistolão" de sua mãe, é típico, e reflete o que se passa com todas as criaturas ainda hoje. Neste ponto, as seitas cristãs que se desligaram recentemente do catolicismo (reformados e espiritistas) fornecem exemplos frisantes.


Entre os primeiros, basta que alguém julgue descobrir nova interpretação de uma palavra da Bíblia, para criar mais uma ramificação, em que ele EVIDENTEMENTE será o primeiro, o "chefe".


O mesmo se dá entre os espiritistas. Pululam "centros" e "tendas" que nascem por impulso vaidoso de elementos que se desligam das sociedades a que pertenciam para fundar o SEU centro ou a SUA tenda: ou foram preteridos dos "primeiros lugares à direita e à esquerda" do ex-chefe; ou se julgam mais capazes de realização que aquele chefe que, segundo eles, não é dinâmico; ou discordam de alguma interpretação da doutrina; ou querem colocar em evidência o SEU "guia", que acham não estar sendo bastante "prestigiado" (quando não é o próprio "guia" (!) que quer aparecer mais, e incita o seu" aparelho" a fundar outro centro PARA Ele!); ou a criatura quer simplesmente colocar-se numa posição de destaque de que não desfrutava (embora jamais confesse essa razão); ou qualquer outro motivo, geralmente fútil e produto da vaidade, do orgulho, do egoísmo e da ambição. Competência? Cultura?


Adiantamento espiritual? Ora, o essencial é conquistar a posição de "chefe"! Há ainda muitos Tiagos e Joões, e também muitas Salomés, que buscam para seus filhos ou companheiros os primeiros lugares, e tanto os atenazam com suas palavras e reclamações, que acabam vencendo. Que se abram os olhos e se examinem as consciências, e os exemplos aparecerão por si mesmos.


Tudo isso é provocado pela ânsia do "eu" personalístico, de destacar-se da multidão anônima; daí as" diretorias" dos centros e associações serem constituídas de uma porção de NOMES, só para satisfazer à vaidade de seus portadores, embora estes nada façam e até, por vezes, atrapalhem os que fazem.


O Antissistema é essencialmente separatista e divisionista, e por isso o dizemos " satânico" (opositor).


II - As "provas" são indispensáveis para que as criaturas sejam aprovadas nos exames. E por isso Jesus salienta a ignorância revelada pelo pedido de quem queria os primeiros postos, sem ter ainda superado a" dificuldades do caminho: "não sabeis o que pedis"!


O cálice que deve beber o candidato é amargo: são as dores físicas, os sofrimentos morais, as angústias provocadas pela aniquilação da personalidade e pela destruição total do "eu" pequeno, que precisa morrer para que a individualidade cresça (cfr. JO 3:30); são as calúnias dos adversários e: , sobretudo, dos companheiros de ideal que o abandonam, com as desculpas mais absurdas, acusandoo de culpas inexistentes, embora possam "parecer" verdadeiras: mas sempre falando pelas costas, sem dar oportunidade ao acusado de defender-se: são os martírios que vêm rijos: as prisões materiais (raramente) mas sobretudo as morais: por laços familiares; as torturas físicas (raras, hoje), mas principalmente as do próprio homem, criadas pelo "eu" personalístico, que o incita a largar tudo e a trocar os sacrifícios por uma vida fácil e tranquila, que lhe é tão simples de obter...


Mas, além disso, há outra prova: o MERGULHO na "morte".


Conforme depreendemos do sentido de baptízô que estudamos, pode o vocábulo significar: mergulhar ou imergir na água; mergulhar uma espada no corpo de alguém; mergulhar uma faca para operar cirurgicamente; mergulhar alguém no sono letárgico, ou mergulhar na morte.


Podemos, pois, interpretar o mergulho a que Jesus se refere como sendo: o mergulho no "coração" para o encontro com o Cristo interno; o mergulho que Ele deu na atmosfera terrena, provindo de mundos muito superiores ao nosso; o mergulho no sono letárgico da "morte", para superação do quinto grau iniciático, do qual deveria regressar à vida, tal como ocorrera havia pouco com Lázaro; ou outro, que talvez ainda desconheçamos. Parece-nos que a referência se fez à iniciação.


Estariam os dois capacitados a realizar esse mergulho e voltar à vida, sem deixar que durante ele se rompesse o "cordão prateado"? Afoitamente responderam eles: "podemos"! Confiavam nas próprias forças. Mas era questão de tempo para preparar-se. João teve tempo, Tiago não... Com efeito, apenas doze anos depois dessa conversa, (em 42 A. D.) Tiago foi decapitado, não conseguindo, pois, evitar o rompimento do "umbigo fluídico". Mas João o conseguiu bem mais tarde, quando pode sair com vida (e Eusébio diz "rejuvenescido") da caldeira de óleo fervente, onde foi literalmente mergulhado.


A esse mergulho, então, parece-nos ter-se referido Jesus: mergulho na morte com regresso à vida, após o "sono letárgico" mais ou menos prolongado, que Ele realizaria pouco mais tarde.


Esse mergulho é essencial para dar ao iniciado o domínio sobre a morte (cfr. "a morte não dominará mais além dele", RM 6:9; "por último, porém, será destruída a morte", 1CO 15:26; "a morte foi absorvida pela vitória; onde está, ó morte, tua vitória? onde está, ó morte, teu estímulo"?, 1CO

15:54-55; "Feliz e santo é o que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes a segunda morte não tem poder, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele durante os mil anos": AP 20:6). De fato, a superação do quinto grau faz a criatura passar ao sexto, que é o sacerdócio (cfr. vol. 4).


Modernamente o sacerdócio é conferido por imposição das mãos, com rituais específicos, após longa preparação. No catolicismo, ainda hoje, percebemos muitos resquícios das iniciações antigas, como podemos verificar (e o experimentamos pessoalmente). Em outras organizações que "se" denominam" ordens iniciáticas", o sacerdócio é apenas um título pro forma, simples paródia para lisonjear a vaidade daqueles de quem os "Chefes" querem, em retribuição, receber também adulações, para se construírem fictício prestígio perante si mesmos.


O sacerdócio REAL só pode ser conferido após o mergulho REAL, efetivo e consciente, plenamente vitorioso, no reino da morte. Transe doloroso e arriscado para quem não esteja à altura: "podeis ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"?


A morte, realizada em seu simulacro, no sono cataléptico era rito insubstituível no Egito, onde se utilizava, por exemplo, a Câmara do Rei, na" pirâmide de Quéops, para o que lá havia (e ainda hoje lá está), o sarcófago vazio, onde se deitavam os candidatos. Modernamente, Paul Brunton narra ter vivido pessoalmente essa experiência (in "Egito Secreto"). Também na Grécia os candidatos passavam por essa prova, sob a proteção de Hades e Proserpina, nos mistérios dionisíacos; assim era realizado em Roma (cfr. Vergílio, Eneida, canto VI e Plotino, Enéadas, sobretudo o canto V); assim se, fazia em todas as escolas antigas, como também, vimo-lo, ocorreu com Lázaro.


Superada essa morte, o vencedor recebia seu novo nome, o hierónymos (ou seja, hierós, "sagrado";


ónymos, "nome"), donde vem o nome "Jerônimo"; esse passava a ser seu nome sacerdotal, o qual, de modo geral, exprimia sua especialidade espiritual, intelectual ou artística; costume que ainda se conserva na igreja romana, sobretudo nas Ordens Monásticas (cfr. vol. 5, nota) (1). O catolicismo prepara para o sacerdócio com cerimônias que lembram e "imitam" a morte, da qual surge o candidato, após a "ordenação", como "homem novo" e muitas vezes com nome diferente.


(1) Veja-se, também, a esse respeito: Ephemerides Archeologicae, 1883, pág. 79; C. I. A., III, 900; Luciano, Lexiphanes, 10; Eunapio, In Maximo, pág. 52; Plutarco, De Sera Numinis Vindicta, 22.


III - Já vimos que Jesus, cônscio de Sua realidade, sempre se colocou em posição subalterna e submissa ao Pai, embora se afirmasse "unido a Ele e UNO com Ele" (JO 10:30, JO 10:38; 14:10, 11, 13;


16:15, etc. etc.) .


Vejamos rapidamente alguns trechos: "esta é a vontade do Pai que me enviou" (JO 6:40), logo vontade superior à Sua, e autoridade superior, pois só o superior pode "enviar" alguém; "falo como o Pai me ensinou" (JO 8:28), portanto, o inferior aprende com o superior, com quem sabe mais que ele; "o Pai me santificou" (JO 10. 36), o mais santo santifica o menos santo; "O Pai que me enviou, me ordenou" (JO 12:49), só um inferior recebe ordens e delegações do superior; "falo como o Pai me disse" (JO 12:50), aprendizado de quem sabe menos com quem sabe mais; "o Pai, em mim, faz ele mesmo as obras" (JO 14:11), logo, a própria força de Jesus provém do Pai, e reconhecidamente não é sua pessoal; "o Pai é maior que eu" (JO 14:28), sem necessidade de esclarecimentos; "como o Pai me ordenou, assim faço" (JO 14:31); "não beberei o cálice que o Pai me deu"? (JO 18:11), qual o inferior que pode dar um sofrimento a um superior? "como o Pai me enviou, assim vos envio" (JO 20:21); e mais: "Quem me julga é meu Pai" (JO 8:54); "meu Pai, que me deu, é maior que tudo" (JO 10:29); "eu sou a videira, meu Pai é o viticultor" (JO 15:1), portanto, o agricultor é superior à planta da qual cuida; "Pai, agradeço-te porque me ouviste" (JO 11:41), jamais um superior ora a um inferior, e se este cumpre uma "ordem" não precisa agradecer-lhe; "Pai, salva-me desta hora" (JO 12:27), um menor não tem autoridade para "salvar" um maior: sempre recorremos a quem está acima de nós; e mais: "Pai, afasta de mim este cálice" (MC 14:36); "Pai, se queres, afasta de mim este cálice" (LC 22:42); "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (LC 23:34), e porque, se fora Deus, não diria: "perdoo-lhes eu"? e o último ato de confiança e de entrega total: "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito" (LC 23:46), etc.


Por tudo isso, vemos que Jesus sempre colocou o Pai acima Dele: "faça-se a tua vontade, e não a minha" (MT 26:42, LC 22:42). Logo, não se acredita nem quer fazer crer que seja o Deus Absoluto, como pretendeu torná-Lo o Concílio de Nicéia (ano 325), contra os "arianos", que eram, na realidade, os verdadeiros cristãos, e dos quais foram assassinados, em uma semana, só em Roma, mais de 30. 000, na perseguição que contra eles se levantou por parte dos "cristãos" romanos, que passaram a denominar-se "católicos".


Natural que, não sendo a autoridade suprema, nem devendo ocorrer as coisas com a simplicidade suposta pelos discípulos, no restrito cenário palestinense, não podia Jesus garantir coisa alguma quanto ao futuro. Daí não poder NINGUÉM garantir "lugares determinados" no fabuloso "céu", como pretenderam os papas católicos ao vender esses lugares a peso de ouro (o que provocou o protesto veemente de Lutero); nem mesmo ter autoridade para afirmar que A ou B são "santos" no "céu", como ainda hoje pretendem com as "canonizações". Julgam-se eles superiores ao próprio Jesus, que humilde e taxativamente asseverou: "não me compete, mas somente ao Pai"! A pretensão vaidosa dos homens não tem limites! ...


IV - A diferença entre a personagem dominadora e tirânica, representada pelo exemplo dos "governadores de povos" e dos "grandes", e a humildade serviçal da individualidade" é mais uma vez salientada.


Aqueles que seguem o Cristo, têm como essencial SERVIR ATRAVÉS DO AMOR e AMAR ATRAVÉS

DO SERVIÇO.


Essa é a realidade profunda que precisa encarnar em nós. Sem isso, nenhuma evolução é possível.


O próprio Jesus desceu à Terra para servir por amor. E esse amor foi levado aos extremos imagináveis, pois além do serviço que prestou à humanidade, "deu sua alma para libertação de muitos".


Esta é uma das lições mais sublimes que recebemos do Mestre.


Quem não liquidou seu personalismo e passou a "servir", em lugar de "ser servido", está fora da Senda.


DAR SUA ALMA, que as edições vulgares traduzem como "dar sua vida", tem sentido especial. O fato de "dar sua vida" (deixar que matem o corpo físico) é muito comum, é corriqueiro, e não apresenta nenhum significado especial, desde o soldado que "dá sua vida" para defender, muitas vezes, a ambição de seus chefes, até a mãe que "dá sua vida" para colocar mundo mais um filho de Deus; desde o fanático que "dá sua vida" para favorecer a um grupo revolucionário, até o cientista que também "dá sua vida" em benefício do progresso da humanidade; desde o mantenedor da ordem pública que "dá sua vida" para defender os cidadãos dos malfeitores, até o nadador, que "dá sua vida" para salvar um quase náufrago; muitas centenas de pessoas, a cada mês, dão suas vidas pelos mais diversos motivos, reais ou imaginários, bons ou maus, filantrópicos ou egoístas, materiais ou espirituais.


Ora, Jesus não deu apenas sua vida, o que seria pouca coisa, pois com o renascimento pode obter-se outro corpo, até bem melhor que o anterior que foi sacrificado.


Jesus deu SUA ALMA, Sua psychê, toda a Sua sensibilidade amorosa, num sacrifício inaudito, trazendoa de planos elevados, onde só encontrava a felicidade, para "mergulhar" na matéria grosseira de um planeta denso e atrasado, imergindo num oceano revolto de paixões agudas e descontroladas, tendo que manter-se ligado aos planos superiores para não sucumbir aos ataques mortíferos que contra Ele eram assacados. Sua aflição pode comparar-se, embora não dê ainda ideia perfeita, a um mergulhador que descesse até águas profundas do oceano, suportando a pressão incomensurável de muitas toneladas em cada centímetro quadrado do corpo. Pressão tão grande que sufoca, peso tão esmagador que oprime. Nem sempre o físico resiste. E quando essa pressão provém do plano astral, atingindo diretamente a psychê, a angústia é muito mais asfixiante, e só um ser excepcional poderá suportá-la sem fraquejar.


Jesus deu Sua psychê para libertação de muitos. Realmente, muitos aproveitaram o caminho que ele abriu. Todos, não. Quantos se extraviaram e se extraviam pelas estradas largas das ilusões, pelos campos abertos do prazer, aventurando-se no oceano amplo de mâyâ, sem sequer desconfiar que estão passeando às tontas, sem direção segura, e que não alcançarão a pleta neste eon; e quantos, também, despencam ladeira abaixo, aos trambolhões, arrastados pelas paixões que os enceguecem, pelos vícios que os ensurdecem, pela indiferença que os paralisa; e vão de roldão estatelar-se no fundo do abismo, devendo aguardar outras oportunidades: nesta, perderam a partida e não conseguiram a liberdade gloriosa dos Filhos de Deus.


Muitos, entretanto, já se libertaram. São os que se esquecem de si mesmos, os que deixam de existir e se transformam em pão, para alimentar a fome da humanidade: a fome física, a fome intelectual, a fome espiritual; e transubstanciam seu sangue em vinho de sabedoria, em vinho de santidade, em vinho de amor, para inebriar as criaturas com o misticismo puro da plenitude crística, pois apresentam a todos, como Mestre, apenas o Cristo de Deus, e desaparecem do cenário: sua personalidade morre, para surgir o Cristo em seu lugar; seu intelecto cala, para erguer-se a voz diáfana do Cristo; suas emoções apagam-se, para que só brilhe o amor do Cristo. E através deles, os homens comem o Pão Vivo descido do céu, que é o Cristo, e bebem o sangue da Nova Aliança, que é o Cristo, e retemperam suas energias e se alçam às culminâncias da perfeição, porque mergulham nas profundezas da humildade e do amor.


Essa é a libertação, que teve como lytron ("meio-de-libertação") a sublime psychê de Jesus. Para isso, Ele deu Sua psychê puríssima e santa; entregando-a à humanidade que O não entendeu... e quis assassiná-Lo, porque Ele falava uma linguagem incompreensível de liberdade, a linguagem da liberdade, a linguagem da paz, a linguagem da sabedoria e do amor.


Deu sua psychê generosa e amoravelmente, para ajudar a libertar os que eram DELE: células de Seu prístino corpo, que Lhe foram dadas pelo Pai, ao Qual Ele pediu que, onde Ele estivesse, estivessem também aqueles que Lhe foram doados (JO 17:24), para que o Todo se completasse, a cabeça e os membros (cfr. 1CO 12:27). A esse respeito já escrevemos (cfr. vol. 1 e vol. 5).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31
SEÇÃO VIII

A RESSURREIÇÃO E AS APARIÇÕES
João 20:1-21.25

A. A EVIDÊNCIA DA RESSURREIÇÃO, Jo 20:1-10

Os séculos cristãos retinem com as palavras: E, no primeiro dia da semana, Ma-ria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro (túmulo, 1; cf. Mac 16:1-2). Assim tem início a narrativa de João sobre a ressurreição. Se o seu relato "da Paixão é a história da queda do egoísmo à apostasia, a sua história da ressurreição é a história da elevação do amor à fé absoluta".' É altamente apropriado que ele comece o seu relato com a experiência de Maria Madalena (Lc 8:2).2 Muito lhe havia sido perdoado, e o seu amor pelo Senhor era tão grande quanto esta história demonstra. O que Maria viu foi de tremenda importância — a primeira evidência visual da ressurreição. "A pedra tinha sido removida" (Weymouth) da abertura do sepulcro.'

Sem demora, Maria voltou-se e correu a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava com a perturbadora notícia: Levaram o Senhor do sepulcro, e4 não sabemos onde o puseram (2). Maria, "o grande exemplo do amor desnorteado",' tinha a prova, mas havia chegado à conclusão errada.

Quando Pedro e o outro discípulo (João) ouviram isto, correram juntos: mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro e chegou primeiro ao se-pulcro (4). Houve muitas conjeturas a respeito do motivo por que João venceu a corrida. A explicação mais plausível é a agilidade. João era o mais jovem dos dois, e estava ape-nas registrando um fato interessante através do seu testemunho ocular.

João foi surpreendido por uma visão impressionante. Quando se inclinou (parakupsas) 6 para olhar o interior, viu no chão os lençóis [panos]; todavia, não entrou (5). A recompensa por haver vencido a corrida era mais que ampla, pois ele vira a segunda evidência da ressurreição, os lençóis. Quando Pedro chegou, mantendo-se fiel à sua natureza impulsiva, imediatamente entrou no sepulcro. No interior, Pedro e João, que o seguiu (8), puderam ver algo mais. Não viram apenas os lençóis, mas também que o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus não estava com os lençóis, mas enrola-do, num lugar à parte (7). Macgregor diz que a palavra "enrolado" significa "torcido como um turbante, como se tivesse sido colocado ao redor da cabeça".7

Qual foi o significado de todas estas coisas? Havia três evidências da ressurreição que eram cumulativamente convincentes. Primeiro, a pedra fora removida da entrada (1). Em segundo lugar, a maneira ordenada com que estavam dispostos os lençóis. Na verdade, se a primeira suspeita de Maria, de que alguém tivesse levado o Senhor (2), tivesse sido correta, não haveria nenhum lençol ali, porque todos teriam sido levados com o corpo. Macgregor observa: "Toda a linguagem parece ter sido cuidadosamente escolhida para sugerir que o corpo físico de Jesus havia se tornado um corpo ressuscita-do e 'glorificado' sem mover os lençóis, que simplesmente ficaram dentro do sepulcro em suas posições originais".' A terceira evidência, não mencionada especificamente, mas evidente em todas as partes, era a ausência do corpo do Senhor — o sepulcro vazio.

Quando João viu essas coisas, ele creu (episteusen, 8). O verbo está no tempo aoristo, que indica um ato decisivo, e não um processo. "Ele não teve a visão do Cristo ressuscita-do, mas a visão dos lençóis abandonados foi suficiente para lhe dar a certeza de que Jesus havia ressuscitado dos mortos" 9 (cf. Jo 16:16; Lc 24:12). Fica evidente, a partir dos versículos 25:27-29, que "creu representa a fé na ressurreição do Senhor".7° De fato, Hoskyns sustenta que "a importância da fé do discípulo amado é o clímax da narrativa"»

A esta altura, João descreve a compreensão muito limitada que ele e Pedro tinham a respeito da ressurreição, mesmo quando confrontados com estas evidências aparen-temente inconfundíveis. Ele escreve: Porque ainda não sabiam a Escritura [S1 16.10], que diz que era necessário que ressuscitasse dos mortos (9). Evidente-mente, eles "não tinham lido o ensino do Antigo Testamento, mesmo com o auxílio dos ensinos do Senhor".12

B. A APARIÇÃO PESSOAL A MARIA MADALENA, Jo 20:11-18

Parece que os dois discípulos deixaram o sepulcro (10) antes que Maria conseguisse voltar ao horto, depois de ter-lhes dado a notícia sobre a pedra (2). Assim, deixada sozinha com sua tristeza e angústia, ela chorava fora, junto ao sepulcro ("soluçando", Moffatt"). Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro (11). Não há menção de que ela tenha visto os lençóis ou o lenço que estava "enrolado, num lugar à parte" (6-7). Ao invés disso, ela viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés (12). Os quatro Evangelhos falam das aparições de anjos no sepulcro: "o anjo" (Mt 28:5) ; "um jovem" (Mc 16:5) ; "dois va-rões" (Lc 24:4; cf. Ap 3:4-5; 4.4). Estes mensageiros vestidos de branco se sentavam "mar-cando o lugar onde o corpo tinha estado, testemunhando o mistério da ressurreição'

Foi feita a seguinte pergunta a Maria: Mulher, por que choras? (13) Ela não se mostrou assustada nem surpresa com a sua aparição, nem com as suas palavras, porque somente uma coisa preocupava a sua mente — o Senhor. Ela tinha uma razão mais do que suficiente para a sua tristeza: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. Ela ainda não percebia a incoerência da sua conclusão. As roupas no sepulcro vazio, que tinham sido evidências suficientes para levar João a uma fé ativa e completa (ele "creu";
8) não tinham chamado a atenção de Maria. É importante lembrar que Deus vem até os homens de várias maneiras, segundo os seus diferentes temperamentos e as suas capacidades distintas para entender e reagir. Neste sentido, o que está representa-do aqui é um Evangelho universal. Cristo é o Senhor ressuscitado para todos os homens.

Como se estivesse indo embora, Maria voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus (14). A pergunta que os anjos fizeram a Maria foi repeti-da por Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? (15) Mas ela não reconheceu Jesus! Ela julgou que era o hortelão. Por que ela não o reconheceu? Barclay sugere dois motivos: "O fato simples e pungente é que ela não podia vê-lo através das suas lágri-mas... ela não conseguia tirar os olhos do sepulcro, e estava de costas para Jesus. Ela insistia em ficar olhando para o lado errado".'

Há comentários sobre três motivos por que Maria não reconheceu Jesus. Em uma forma esquemática, eles fundamentam um sermão baseado em 20:11-18. 1. Maria es-tava procurando um Cristo morto (11-13) ; 2. Não foi Maria Madalena que encontrou Cristo, mas Cristo a encontrou (14-16) ; 3. Embora ela o estivesse procurando com todo o seu ser, Maria não reconheceu Cristo quando ela o viu (14).15 Ele vem de maneiras inesperadas.

O versículo 16 é o registro daquilo que tem sido chamado de "a maior cena de reco-nhecimento da história"." Quando Jesus lhe disse: Maria!, ela o reconheceu imediata-mente. "Aquilo que a palavra de uso comum (mulher) não pôde fazer, a palavra da sim-patia individual fez imediatamente".' Ou, como diz Hoskyns: "O verdadeiro Governador do Paraíso (Jardim) de Deus, aquele que dá a vida, chamou a sua própria ovelha pelo nome, e ela reconheceu a sua voz" (10:3-4).18 Ela reconheceu a sua voz chamando o seu nome. Ela o encarou: Voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer Mestre) (16). Hoskyns argumenta, de acordo com a autoridade de Strack-Billerbeck, "que Raboni, na literatura judaica antiga, é um termo diferente de Rabi. É raramente usado para referir-se aos homens, e nunca para dirigir-se a eles. A palavra é reservada para dirigir-se a Deus". Hoskyns comenta a seguir: "O uso da palavra por Maria aqui, portanto, deve provavelmente ser interpretado como uma declaração de fé, correspondente àquela de Tomé (v. 28) ".19

Embora isto não seja especificamente afirmado por João, parece que Maria, em adoração e com profunda emoção, abraçou os pés de Jesus (cf. Mt 28:9), e em resposta Ele lhe disse: Não me detenhas ("Deixe de me agarrar", Moffatt; "Não me segure agora", Phillips, 17). À luz do versículo 27, quando Tomé foi convidado pelo Senhor ressuscitado a "chegar" a sua mão e colocá-la no seu lado perfurado, este versículo tem deixado leitores e comentaristas igualmente perplexos. O que Jesus disse a Maria foi: porque ainda não subi para meu Pai (17; cf. Jo 16:10; também Jo 7:33-16.5; também Jo 14:12-28; 16.28). Compreensivelmente, Maria não queria deixá-lo ir embora novamen-te. A palavra traduzida como "deter" (haptou) significa "agarrar-se a algo com o desejo de conservar a posse disso" ". Mas este relacionamento íntimo, precioso, do qual ela e os seguidores de Cristo desfrutavam agora, assumiria uma nova forma e um novo sig-nificado. No entanto, ainda não (cf. Jo 2:4-7.6,8,30,39; 8,20) seria consumado, assim como Ele havia dito sobre a promessa do Consolador (Paracleto) que viria (Jo 16:7-8). Com uma aguda visão, Hoskyns afirma:

Ele agora declara a Maria, e por meio dela aos discípulos, que chegou a hora da sua ascensão ao Pai e, portanto, da inauguração da nova ordem. A ordem para que Maria deixasse de detê-lo se refere ao período intermediário entre a ressurreição e a ascensão — e unicamente a esse período. Tão íntimo será o relacionamento com Jesus que, embo-ra Maria precise por enquanto deixar de tocá-lo, por que Ele precisa ascender e ela pre-cisa transmitir a sua mensagem, ainda assim, depois da ascensão, tanto ela quanto os discípulos estarão concretamente unidos com Ele de uma maneira que pode verdadeira-mente ser descrita como "tocando-o", e daí comer do corpo de Cristo e beber do seu san-gue (6:51-58) como a ilustração mais comovente.'

Sem colocar ênfase na Ceia do Senhor, como faz Hoskyns, Macgregor vê esta passa-gem como um ensino de que "as verdadeiras provas da ressurreição e da posse verdadei-ra do Cristo ressuscitado devem... ser interpretadas na experiência espiritual normal de cada crente"."

As próximas palavras de Jesus a Maria foram: Vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus (17). Assim como o relacionamento de Maria com Jesus, daqui por diante, não deveria "ser dependente da percepção dos sentidos"," isto também se aplicava aos discípulos — meus irmãos (adelphous), com quem Ele tinha se unido e identificado na sua encarnação. A sua perfei-ta humanidade se reflete não apenas na expressão meus irmãos, mas também em meu Deus. Strachan comenta: "Jesus é agora a escada que une o céu e a terra (cf. Jo 1:51), participando dos dois mundos (a luz e a escuridão, ou a falta de fé), e capacitando os homens a entrar no mundo superior. A ascensão é a partida final de Jesus da vida huma-na normal dos homens, para ir estar com o Pai. A partir de agora, Ele está em comunhão com a sua igreja por meio do seu alter ego, o Espírito".'

Por ordem de Jesus, Maria Madalena foi ["saiu Maria de Magdala", Moffatt] e anun-ciou aos discípulos que vira o Senhor e que ele lhe dissera isso (18).

C. A APARIÇÃO PESSOAL AOS DEZ, Jo 20:19-23

Era de manhã bem cedo (1) quando Jesus conversou com Maria, "no primeiro dia da semana" — o Dia da Ressurreição. Na tarde daquele dia (19), os discípulos, dez deles (24) estavam reunidos em uma sala, talvez o lugar da Última Ceia (ver o mapa 2). Esta-vam cerradas as portas...com medo dos judeus (19). "Os líderes dos judeus suspei-tavam, sem dúvida, de qualquer reunião dos discípulos de Jesus"." Neste cenário, che-gou Jesus, e pôs-se no meio (19). João não comenta, e nem precisa fazê-lo, como Jesus entrou, estando todas as portas fechadas. Ele apenas observa o fato, como fez no caso dos lençóis arrumados no sepulcro. Deve-se observar, neste ponto, que a pedra removida da entrada do sepulcro deveu-se ao testemunho ocular de Maria e dos discípulos, e não à saída do Senhor ressuscitado.

As palavras de Jesus, ao entrar, foram: Paz seja convosco!, uma saudação hebraica normal. Mas neste contexto (21,26), e à luz da promessa de 14.27, parece ser um lembre-te da "sua paz como um presente de despedida para os seus discípulos".26 Também é um lembrete, como diz Strachan, de que "esta paz não está em conflito com as dificuldades da vida, mas é a paz alcançada através da luta contra um mundo hostil, e da vitória contra este".'

Como testemunhos da intensidade da batalha e da certeza da vitória, Ele lhes mos-trou as mãos e o lado (20).28 Tendo ouvido a saudação de Jesus, e visto as evidências da sua ressurreição, os discípulos se alegraram ("se encheram de alegria", Weymouth).

Nesta aparição aos discípulos, o Senhor não veio somente para lhes dar a garantia da paz (repetida no versículo 21), mas também uma comissão, baseada na autoridade do relacionamento entre Ele e o Pai. Ele disse: Assim como o Pai me enviou [apestalken], também eu vos envio [pempo] a vós (21). A primeira frase "é o tema constante do Cristo de João, quando fala sobre a sua autoridade".' Em que sentido Jesus está, aqui, dando uma comissão aos seus discípulos? É instrutivo observar que os verbos enviou e envio são palavras e tempos diferentes no texto grego. O primeiro verbo, apestalken, está no tempo perfeito e fala da missão de Cristo nos seus aspectos eternos. O segundo, pempo, está no presente, e assim enfatiza a atividade contínua que é designada aos discípulos. Westcott comenta: "Nesta tarefa, o Senhor apresenta a sua própria missão como a missão permanente do Pai; Ele a cumpre através da sua igreja. Os seus discípu-los não recebem uma nova comissão, mas desempenham a dele"."

A tarefa dos discípulos de assumir a obra de Jesus é compatível com a sua garantia de concessão de autoridade para a tarefa, através da vinda do Espírito. Ele assoprou [enephysesen] sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo [pneuma hagion, 22]. Surgem imediatamente as perguntas: Qual é a relação entre esta dádiva do Espírito e o seu derramamento no Pentecostes? As duas ocasiões se referem à mesma vinda do Espírito? Há muitas e diversas respostas para estas perguntas." Hoskyns interpreta esta dádiva do Espírito aos discípulos sob a mesma luz que outras cenas da ressurreição, i.e., como "preparatória para a grande comissão". O derramamento do Espírito no Pente-costes está relacionado com a "missão em público, pelo poder do Espírito que vem do Pai e do Filho, que estão no céu".'Westcott chama esta ocasião (22) de avivamento do Espí-rito (cf. Gn 1:7; Ez 37:9), e o advento do Pentecostes, de "revestimento" no Espírito.

Este derramamento do Espírito (22) não é o mesmo descrito em Atos 2:4. O primei-ro ocorreu enquanto Jesus estava com os seus discípulos, e o último depois da sua ascen-são ao céu. O primeiro foi uma doação aos discípulos, que eram certamente filhos de Deus (Jo 17:9), "um depósito", ao passo que o segundo foi "a sua vinda manifesta e a sua permanência duradoura neles, pelo seu representante, o Paracleto"." O primeiro não foi o cumprimento das promessas de Jesus, a respeito da vinda do Consolador (7.39; 16.7), mas foi uma concessão verdadeira, uma concessão antecipada do Pentecostes.

A comissão dos discípulos — também eu vos envio (21) — também foi acompanha-da pela autoridade específica a respeito do perdão ou não dos pecados. Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes são perdoados; e, àqueles a quem os retiverdes [kratete], lhes são retidos (23; cf. Mt 16:19-18.18). Qual é a natureza desta autoridade, e a quem ela é conferida? Não existe uma indicação de que ela se limitasse apenas aos dez discípulos. Robertson diz: "O que ele comissiona aos discípulos e a nós é o poder e o privilégio de dar a certeza do perdão dos pecados por Deus, pelo anúncio correto dos termos do perdão".34 Strachan diz que estas palavras se aplicam a "qualquer discípulo de Cristo e a todo membro da comunidade cristã que permaneça em íntima comunhão com o seu Senhor, que mantenha a sua consciência pura e esclarecida pelo conhecimento de outras consciências cristãs, e que compartilhe a sua fé e adoração na comunidade"."

Sob o título "A comissão e o dom do Senhor ressuscitado" (19-23), podemos ver: 1. A missão cristã (21) ; 2. A capacitação cristã (22) ; 3. O poder cristão sobre o pecado (23). (Alexander Maclaren)

D. A APARIÇÃO PESSOAL AOS ONZE, Jo 20:24-29

Somente João registra este episódio, que está relacionado com a fé — ou a falta de fé — de Tomé. O seu outro nome, Dídimo, significa "o gêmeo". João parece ter especial interesse neste companheiro (Jo 11:16-14.5), que é apresentado como um homem de tempe-ramento pessimista. Os acontecimentos dos últimos dias pareciam ter confirmado os piores medos de Tomé. Chegou Jesus (19), e por alguma razão desconhecida, Tomé... não estava com os demais discípulos (24). Ele cometeu um grande erro. "Tomé se retirou da companhia cristã. Ele procurou a solidão, ao invés da união"."

Quando Tomé voltou, e ouviu o relato dos dez, Vimos o Senhor (25; cf. 18), a sua atitude normal em relação à vida fechou a porta para a fé. O fato da morte de Jesus era real para ele. Era um fato difícil e indiscutível. Antes de poder acreditar no relato de que Jesus estava vivo, ele teria de ter uma prova que se equiparasse ao fato de uma cruz e de um sepulcro. Assim, definiu o seu próprio critério para uma prova: Se eu não vir o sinal dos cravos [pregos] em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei (lit., "nunca, jamais crerei", 25). Evidentemente, os dez lhe haviam dito que tinham visto os ferimentos dos pregos e da lança, mas Tomé exigiu a experiência pessoal sensorial, tanto da visão, quanto do toque.

A oportunidade chegou oito dias mais tarde — que significam "uma semana" depois. Outra vez (cf.
19) estavam... os seus discípulos dentro ("na sala", NEB), e, desta vez, estava com eles Tomé. Chegou Jesus... e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco! (26) Jesus imediatamente dirigiu as suas palavras a Tomé, repetindo quase literalmente a exigência que Tomé tinha feito diante dos dez discípulos. A seguir, o nosso Senhor acrescentou à exortação: não sejas [ginou, lit., "não se torne"] incrédulo, mas crente [lit., "cheio de fé, 27]. "Ele conhece as palavras que usamos para expressar as nossas dúvidas"." Tomé deve ter ficado chocado por ver que o seu Senhor ressuscitado tinha estado presente (Jo 14:23-28), embora não pudesse ser visto nem por eles, nem pelos demais, naquela ocasião específica (cf. Jo 2:25). Não há nenhuma indicação de que Tomé tenha aplicado os testes que havia exigido. Ao contrário, a fé foi ativada, e Tomé excla-mou: Senhor meu, e Deus meu! (28). "A idéia central com que se iniciou o Evangelho (1,1) ocorre novamente no seu final: para o cristão fiel, Cristo é o próprio Deus" .38 Westcott afirma que "as palavras, sem dúvida, são dirigidas a Cristo e são uma confissão de sua pessoa... as palavras que se seguiram mostraram que o Senhor aceitou a declaração da sua divindade, como uma verdadeira expressão de fé".'

A resposta de Jesus a Tomé indica que existem níveis de fé na vida cristã. Alguns confiam em evidências visíveis, e não conseguem perceber a bênção que vem sobre aque-les que crêem nele por quem Ele é, e não pelo que Ele faz por eles. Aqueles que somente confiam nas evidências visíveis vivem a sua fé cristã em um pequeno mundo de valores espirituais rodeados pelas limitações de ordem temporal. Aqueles que crêem em Cristo por quem Ele é, pela fé expandem os seus horizontes a um vasto mundo de valores espi-rituais onde desfrutam as bênçãos que pertencem àqueles que não viram e creram (29).

  • UM PREFÁCIO POSTERGADO, Jo 20:30-31
  • Embora na 1ntrodução, Seção D, haja um comentário detalhado sobre esta passa-gem, é apropriado dedicar um pouco de atenção a ela aqui. Estes versículos são uma declaração do objetivo da escrita do livro. Nesse sentido, eles têm a mesma função do prefácio de um livro moderno.

    No entanto, existem alguns comentaristas, por exemplo, Hoskyns, que opinam que os muitos outros sinais (30) e estes (31, sinais) se referem somente ao período poste-rior à ressurreição. Outros, por exemplo, Westcott, interpretam estas frases como refe-rindo-se a todo o livro, e assim consideram os versículos 30:31 como a conclusão do escri-to original.

    Também houve a sugestão de que 30-31 estão fora de lugar, e deveriam aparecer depois de Jo 21:23, no lugar de 24-25. Mas não há evidências textuais para tal desloca-mento. Além disso, palavras de estilo similar aparecem em 1 Jo 5:13, indicando assim que este estilo de descrição pode ter sido simplesmente a maneira como João pensava e se expressava.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de João Capítulo 20 versículo 21
    Jo 17:18.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31
    *

    20.1-31

    Os quatro Evangelhos têm o registro de vários aparecimentos depois da ressurreição; junto com At 1:3-8 e 1Co 15:5-8 há o registro de doze aparições: as primeiras seis ocorreram em Jerusalém, quatro na Galiléia, uma no monte das Oliveiras e uma no caminho de Damasco.

    * 20:2

    Simão Pedro... outro discípulo. Pedro e João. Ver nota em 13.23.

    e não sabemos. O plural indica que algumas mulherem estavam ali, como registrado nos outros Evangelhos. Eram as mesmas mulheres que estiveram ao pé da cruz, talvez com exceção de Maria, mãe de Jesus, que não é mencionada.

    onde o puseram. Nem Maria nem os discípulos esperavam a ressurreição, a despeito daquilo que Jesus lhes tinha dito (conforme v.9).

    * 20.5-8

    Ele também viu os lençóis. João deu a primeira olhadela, e viu que só os panos do sepultamento estavam ali. Pedro e João, então, fizeram um exame mais acurado. Os panos do sepultamento estavam em boa ordem (v.7). Se alguém tivesse violado a sepultura e removido o cadáver, os lençóis de linho não estariam tão bem arranjadas e o lenço (ver referência lateral) do mesmo modo não estaria dobrado.

    * 20:9

    não tinham compreendido a Escritura. Mais tarde, como resultado da instrução de Jesus, eles entenderam a ressurreição como um cumprimento necessário das profecias (Lc 24:26,27,44-47; At 2:25-32; 13 35:37). Claramente, os discípulos não esperavam a ressurreição, nem tentaram inventar uma, para encaixar-se na sua própria idéia religiosa. Ver "A Ressurreição de Jesus", em Lc 24:2.

    * 20:12

    dois anjos vestidos de branco. Mt 28:2 registra "um anjo"; Mc 16:5 refere "um jovem"; e Lc 24:4 "dois homens" (chamada "uma visão de anjos", em Lc 24:23). Não há necessariamente contradição, uma vez que os anjos devem ter aparecido em forma humana e um deles pode ter se destacado por ser o que falava. O que Maria viu pode diferir daquilo que as outras mulheres viram, uma vez que ela permaneceu sozinha diante do túmulo, depois que Pedro e João se retiraram.

    * 20:14

    e viu Jesus em pé. Mateus revela que Jesus já tinha aparecido uma vez a um grupo de mulheres, quando iam para Jerusalém, para contar as novas do túmulo vazio (Mt 28:8-10).

    mas não reconheceu que era Jesus. Jesus, com frequência, não era imediatamente reconhecível depois da ressurreição (v.20; 21.4). Em algumas ocasiões, isto pode ter sido devido ao ceticismo ou ao desgosto; em Lucas é às vezes devido a um impedimento sobrenatural (Lc 24:16,31). Além disso, a ressurreição envolve uma mudança na aparência (1Co 15:35-49).

    * 20:16

    Rabôni. A voz de Jesus, chamando Maria, revelou claramente que era ele. "Rabôni" é uma forma extensa de "Rabi", ocorrendo apenas uma outra vez no Novo Testamento (Mc 10:51).

    * 20:17

    Não me detenhas. Não há impropriedade em tocar um corpo ressurreto; no v. 17, Jesus diz a Tomé para tocá-lo (ver também Mt 28:9). Jesus lembra a Maria que ele não tinha simplesmente se recuperado, mas tinha ressuscitado. Ela não precisava abraçar Jesus como um ser terreno que tinha sido curado; pelo contrário, ela devia reconhecê-lo como Aquele cuja ressurreição o distingue como Senhor e Cristo. A espécie de relacionamento que tinha sido desfrutada por seus amigos até agora, não pode continuar nos mesmos moldes. Há uma íntima comunhão, sem dúvida, mas não da mesma forma anterior. Não há razão para supor que Jesus ascendeu ao Pai entre seus encontros com Maria e Tomé. Ver "A Ascensão de Jesus", em Lc 24:51.

    meus irmãos. Os discípulos de Jesus; a mesma linguagem é usada em Mt 28:10.

    meu Pai e vosso Pai... meu Deus e vosso Deus. Jesus distingue com precisão sua filiação única da filiação dos discípulos. O relacionamento de Jesus com a Deidade é diferente da dos humanos redimidos; Ele é o Senhor dos céus (1.18; 3.13,31).

    * 20:19

    os discípulos. Provavelmente inclui mais do que os dez apóstolos (doze menos Judas e Tomé). Em At 1:14, as mulheres, a mãe e os irmãos de Jesus, e, provavelmente, outros (At 1:23) estavam juntos no cenáculo, depois da ascensão de Jesus.

    trancadas as portas da casa. A impressão é a de que Jesus ressurreto passou através das portas da casa (também v.26), e não que elas estivessem sido abertas de algum modo (compare At 12:10). Isto mostra a transformação envolvida no corpo ressurreto (1Co 15:35-49).

    Paz seja convosco. Palavras de todo dia, porém a mais bem vinda saudação, uma vez que eles podiam estar esperando uma repreensão, por terem abandonado Jesus por ocasião de Sua prisão.

    * 20:20

    mostrou as mãos e o lado. As marcas de seus ferimentos indentificariam Jesus, e provariam também que ele não era um fantasma.

    * 20:21

    Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. Esta é uma breve afirmação da comissão que Jesus deu aos seus discípulos. Uma declaração mais completa é encontrada em Mt 28:18-20 e em Lc 24:44-53. Jesus é o supremo exemplo de evangelismo e missão. Ver nota teológica "A Missão da Igreja no Mundo", índice.

    * 20:22

    Recebei o Espírito Santo. O dom é essencial para a realização da tarefa dada aos discípulos. A ocasião é uma prefiguração da plenitude do Espírito, que seria dado à igreja no Pentecoste.

    * 20:23

    Se de alguns perdoardes os pecados. Os apóstolos, como fundadores da igreja e agindo por ela, receberam a autoridade para declarar o juízo de Deus sobre os pecados. Fundamentalmente, a declaração é feita na pregação do Evangelho. Ver "Disciplina Eclesiástica e Excomunhão", em Mt 18:15.

    * 20:28

    Senhor meu e Deus meu. Esta é provavelmente a mais clara e simples confissão da divindade de Cristo encontrada no Novo Testamento. As duas mais elevadas palavras, "Senhor" (usada na tradução grega do Antigo Testamento para o nome divino "Yahweh"), e "Deus" estão juntas e dirigidas a Jesus, em reconhecimento de sua glória. Jesus aceita este culto sem hesitação. Este é um forte contraste com os anjos que foram erradamente cultuados em Ap 19:10; 22:9.

    * 20:29

    Bem-aventurados os que não viram e creram. Conquanto aceitasse a fé demonstrada por Tomé, Jesus abençoa aqueles que virão a crer pelo testemunho dos discípulos (17.20; conforme 1Pe 1:8,9). Esta bênção apresenta a razão para o Evangelho ser escrito (vs. 30,31).

    * 20:30

    muitos outros sinais. Nenhum dos Evangelhos procura dar um registro completo ou estritamente cronológico, tal como ocorre numa biografia moderna (conforme 21.25). Ver "Introdução a Mateus: Dificuldades de Interpretação".

    * 20:31

    Estes... foram registrados para que creiais. Esta expressão afirma o propósito deste Evangelho. Através dos sinais narrados, o leitor virá à fé em Jesus, como mais do que um operador de milagres. Ele é o Cristo, a Palavra encarnada, com o Pai e o Espírito, como Deus Triúno. Através da crença, encontramos vida nele, que é a fonte da vida (6.32-58).



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31
    20:1 Outras mulheres foram à tumba junto com a María Madalena. Os outros Evangelhos dão seus nomes. se desejar mais informação sobre a María Madalena, veja-se seu perfil no capítulo 19.

    20:1 Não se tirou a pedra da entrada da tumba para permitir que Jesus saísse. Pôde fazê-lo com facilidade sem que a movessem. ficou a um lado para que outros entrassem e vissem que Jesus já não estava.

    20.1ss As pessoas que ouvem falar da ressurreição pela primeira vez necessitam tempo para compreender esta maravilhosa história. Como no caso da María e os discípulos, pudessem passar por quatro etapas de fé. (1) Ao princípio podem pensar que tudo é uma fabricação, impossível de acreditar (20.2). (2) Como Pedro, pode que analisem os fatos e mesmo assim permaneçam perplexos quanto ao acontecido (20.6). (3) Solo quando têm um encontro pessoal com o Jesus podem aceitar a realidade da ressurreição (20.16). (4) Logo, ao encomendar-se ao e lhe dedicar suas vidas para lhe servir, começam a compreender toda a realidade de sua presença neles (20.28).

    20:7 A mortalha ficou como se o corpo a tivesse atravessado. O sudário com a forma da cabeça estava enrolado à parte. A pedra do sepulcro estava tirada e se encontrava a uma boa distância dos tecidos que tinham envolto o corpo do Senhor. Não era possível roubar o corpo do Jesus e deixar os tecidos como se estes estivessem ainda envolvendo-o.

    20:9 Como prova maior de que os discípulos não inventaram esta história, vemos que Pedro e João se surpreenderam de que Jesus não estivesse na tumba. Quando João viu os tecidos que pareciam um casulo vazio do qual Jesus emergiu, acreditou que o Senhor tinha ressuscitado. Não foi mas sim até que viram a tumba vazia que recordaram o que as Escrituras e Jesus haviam dito: O morreria, mas também ressuscitaria!

    20:9 A ressurreição do Jesus é a chave da fé cristã. por que? (1) Tal como o disse, levantou-se da morte. portanto, podemos ter a segurança de que cumprirá todo o prometido. (2) A ressurreição corporal do Jesus mostra que o Cristo vivente, não um falso profeta nem um impostor, é o soberano do reino eterno de Deus. (3) Podemos estar seguros de nossa ressurreição porque O ressuscitou. A morte não é o final: há uma vida futura. (4) O poder divino que devolveu à vida ao Jesus está agora ao alcance para dar vida a nossa morte espiritual. (5) A ressurreição é a base do testemunho da Igreja ao mundo.

    20:17 María não queria perder ao Jesus outra vez. Incluso no tinha entendido a ressurreição. Talvez pensou que se tratava de sua Segunda Vinda (14.3). Mas Jesus não tinha querido que a tumba o detivera. Se não tivesse subido aos céus, o Espírito Santo não tivesse vindo. Tanto Jesus como María tinham uma missão importante que cumprir.

    20:18 Ao princípio, María não reconheceu ao Jesus. A dor a deixava cega. Não o reconheceu porque não o esperava. Logo O a chamou por seu nome e imediatamente o reconheceu. Imagine o amor que emanou de seu coração quando ouviu seu Salvador pronunciar seu nome. Jesus está muito perto de você e o chama por seu nome. Pode, como María, lhe responder lhe chamando Professor?

    20:18 María não teve um encontro com o Jesus ressuscitado até que descobriu a tumba vazia. Reagiu com alegria e obediência dando a notícia aos discípulos. Não podemos ter um verdadeiro encontro com Cristo enquanto não descubramos que vive, que sua tumba está vazia. Está tão contente com estas boas novas que o quer dizer a outros?

    20:21 Jesus outra vez se identifica com seu Pai. Declarou a seus discípulos com que autoridade levava a cabo sua obra. Encomendou então a tarefa a seus discípulos para que difundissem as boas novas de salvação ao redor do mundo. Quando Deus lhe encarregue fazer qualquer tarefa, recorde: (1) sua autoridade vem de Deus, e (2) Jesus nos mostrou com palavras e feitos como levar a cabo a tarefa que lhe encomendou. Como o Pai enviou ao Jesus, Jesus envia a seus seguidores... e a você.

    20:22 Isto pode ter sido uma experiência especial dos discípulos com o Espírito Santo, um adiantamento do que todos os crentes experimentariam do Pentecostés (Feitos
    2) e por sempre. Para fazer a obra de Deus necessitamos a direção e o poder do Espírito Santo. Falharemos se tratarmos de fazer o trabalho com nossas forças.

    20:22 O sopro de Deus dá vida. Deus criou ao homem, mas este não teve vida até que O lhe soprou fôlego de vida (Gn 2:7). Aquele primeiro sopro fez que o homem fora diferente a outros seres criados. Aqui, mediante o sopro do Jesus, Deus reparte vida eterna e espiritual. Com esta inspiração veio o poder para fazer a vontade de Deus na terra.

    20:23 Jesus detalha a missão dos discípulos: pregar as boas novas do Jesus de modo que os pecados da gente pudessem perdoar-se. Os discípulos não tinham o poder para perdoar pecados (só Deus pode perdoá-los, mas Jesus lhes deu o privilégio de dizer aos novos crentes que seus pecados foram perdoados por aceitar a mensagem do Jesus (vejam-nas notas a Mt 16:19 e 18.18). Todos os crentes têm este mesmo privilégio. Podemos anunciar o perdão de pecados quando com certeza encontramos o arrependimento e a fé.

    20.24-29 desejou alguma vez ver o Jesus na atualidade, tocá-lo e escutar suas palavras? Há momentos nos que quer estar perto do e seu conselho? Tomam queria a presença física do Jesus, mas o plano de Deus é mais sábio. Ao não o limita um só corpo físico, quer estar com você sempre. Embora O está com você na pessoa do Espírito Santo, também pode lhe falar e achar suas palavras nas páginas da Bíblia. O pode ser tão real para você como foi tomam.

    20.25-28 Jesus não foi duro com Tomam apesar de suas dúvidas. Apesar de seu cepticismo, Tomam seguia sendo fiel aos irmãos na fé e ao Jesus mesmo. Alguns precisam duvidar antes de acreditar. Se a dúvida motivar perguntas e estas provocam respostas e se aceitam as respostas, a dúvida cumpriu um trabalho positivo. Em troca, quando a dúvida se converte em teima e esta se volta crônica, a dúvida danifica a fé. Quando duvidar, não se detenha ali. Deixe que a dúvida aprofunde sua fé à medida que busca a resposta.

    20:27 O corpo ressuscitado do Jesus foi uma classe única de corpo físico. Não era do mesmo tipo de carne e sangue que Lázaro teve quando voltou para a vida. O corpo do Jesus já não estava sujeito às mesmas leis da natureza como o esteve antes de sua morte. Pôde aparecer em uma habitação fechada, apesar de que não era um fantasma nenhuma aparição; puderam-no tocar e pôde comer. A ressurreição do Jesus foi literal e física. Não se tratava de um espírito imaterial.

    20:29 Algumas pessoas pensam que acreditariam no Jesus se vissem um milagre ou um sinal categórico. Mas Jesus diz que são ditosos os que acreditam sem ver. Temos todas as provas que necessitamos nas palavras da Bíblia e no testemunho dos crentes. Uma aparição física não faria ao Jesus mais real do que agora é.

    20.30, 31 Para compreender a vida e missão do Jesus com maior amplitude, tudo o que temos que fazer é estudar os Evangelhos. João nos diz que em seu Evangelho há solo algumas dos muitos sinais que fez Jesus na terra. Mas o que está escrito é tudo o que nos faz falta saber para acreditar que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, por meio do qual recebemos vida eterna.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31
    E. A RESSURREIÇÃO (cap. 20)

    1 Ora, no primeiro dia da semana, Maria Madalena cedo, enquanto ainda estava escuro, ao sepulcro, e viu que a pedra do sepulcro. 2 Correu, pois, e foi ter com Simão Pedro, e ao outro discípulo quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. 3 Saíram então Pedro eo outro discípulo e foram ao túmulo. 4 E Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro; 5 e, abaixando-se, viu somente os panos de linho ali; Ainda que ele não entrou no. 6 , portanto, Simon Pedro vem também, que o seguia, e entrou no sepulcro; e se contempla no chão os lençóis, 7 e que o lenço, que estava sobre a sua cabeça, não estava com os panos, mas enrolado num lugar à parte. 8 Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu. 9 Porque ainda não sabiam a Escritura, que era necessário que ressuscitasse dos mortos. 10 Então os discípulos partiram novamente para sua própria casa.

    11 Maria, porém, estava em pé, sem ao choro túmulo: assim, enquanto ela chorava, ela inclinou-se e olhou para dentro do túmulo; 12 e ela contempla dois anjos vestidos de branco sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde o corpo de Jesus tinha ficado. 13 E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. 14 Quando, tendo dito isto, voltou-se para trás, e está vendo a Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus. 15 Jesus disse-lhe: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, julgando que fosse o jardineiro, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, diz-me onde o puseste, e eu o levarei. 16 Disse-lhe Jesus, Maria. Ela virou as costas, e disse-lhe em hebraico: Raboni; o que quer dizer, Mestre.17 Disse-lhe Jesus, Não me detenhas; porque ainda não subi para o Pai;. mas vai a meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus 18 Maria Madalena vem e fala com os discípulos, eu vi o Senhor; e que ele tinha dito estas coisas a ela.

    19 Quando, pois, a tarde, naquele dia, o primeiro dia da semana, e quando as portas foram fechadas onde os discípulos, com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja a vós. 20 E, havendo dito isto, mostrou-lhes as mãos eo lado.Então os discípulos se alegraram quando viram o Senhor. 21 , portanto, Jesus disse-lhes outra vez: Paz seja convosco;.como o Pai me enviou, assim também eu vos envio 22 E, havendo dito isto, soprou sobre eles , e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo: 23 cujos pecados soever perdoardes, eles são perdoados-lhes; Àqueles a quem perdoardes os pecados vos reter, são retidos.

    24 Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. 25 Os outros discípulos, pois, disse-lhe: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e não meter o dedo no sinal dos cravos, e coloquei minha mão no seu lado, não acreditarei.

    26 Oito dias depois outra vez os seus discípulos estavam reunidos, e Tomé com eles. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: Paz seja . vos 27 Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chegar a tua mão, e colocá-lo no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. 28 Tomé respondeu, e disse-lhe: Meu Senhor e meu Dt 29:1 ). A reunião, nesta ocasião, foi realizada a portas fechadas , por medo dos judeus (v. Jo 20:19 ). Não que os discípulos tinham medo de ser visto em público individualmente, mas eles estavam com medo de que as autoridades judaicas seria suspeito de suas reuniões se descobriu. Eles tinham razão para temer, porque a história da igreja primitiva revela que as perseguições iniciais veio do judeu, não o Roman, as autoridades. Testemunhe as "ameaças e assassinato" de Saulo de Tarso (At 9:1 ), e podemos supor que ele iria incluir o corpo ressuscitado de Jesus. Após fazer a sua aparição, Jesus saudou os participantes do evento com uma saudação habitual, Paz seja convosco (v. Jo 20:19 ), provavelmente um desejo de bem-estar para quem se dirige. Mas, como em tudo o que tocava, Jesus colocou um novo significado para a frase. Sua importância deve ser entendida em relação à Ressurreição. E quando ele tinha dito isto, mostrou-lhes as mãos eo lado (v. Jo 20:20 ), que havia sido perfurado durante a crucificação. Ao contrário do que Docética Gnosticismo, aqui era a prova da realidade da Sua Pessoa e evidência de Sua Ressurreição. Não é de admirar que os discípulos se alegraram quando viram o Senhor . Sob tais circunstâncias, a bênção da paz estava cheio de significado. A segunda vez Jesus disse : Paz seja convosco (v. Jo 20:21 ), desta vez relacionando-a com o Seu enviá-los para o mundo como Seus representantes, seguida de uma nova bênção, Recebei o Espírito Santo . O Pai enviou o Filho, e em obediência do Filho tinha encontrado a paz. Agora, o Filho estava enviando os discípulos, e em obediência eles também encontrar a paz. Mas este tipo de paz não é a paz de quietude ou de inatividade. Pelo contrário, é a paz no meio de intensa atividade e até mesmo conflito com o mundo pecaminoso. É a paz de uma boa consciência, de adequação às exigências da vida, de atividade coordenada, e de dependência de a direção do Espírito Santo. A tarefa dos discípulos seria continuar o trabalho que Jesus tinha começado. Jesus era um filho enquanto eles estavam embaixadores-contudo embaixadores com a autoridade do próprio Jesus. pecados seja de quem for perdoardes, eles são perdoados-lhes; seja de quem for pecados vos reter , são retidos (v. Jo 20:23 ). Esta é uma autoridade que nem os apóstolos, nem a Igreja do Novo Testamento poderia presumir a reivindicação. No entanto, é uma autoridade conferida à Igreja pelo batismo do Espírito Santo, e não é dado à Igreja por si só . A Igreja não tem essa autoridade, porque é a Igreja, mas porque é residida e pelo poder do Espírito Santo. A posse de uma carta Igreja não garante a posse do Espírito Santo. O Espírito deve ser recebido pela Igreja como um conjunto de pessoas dedicadas que optaram por aceitar o desafio de Cristo do discipulado e tenham cumprido as condições para o seu próprio Pentecostes. A autoridade, então, é a autoridade do Espírito e não da Igreja.

    Muitos comentários tomar a posição de que Jesus concedeu o Espírito sobre os discípulos, neste momento, a ocasião ser "para João quase certamente a contrapartida de Pentecostes." Jesus soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo . Este falou sobre a doação de uma nova vida após a forma da criação original (Gn 2:7 ). Foi a ressurreição que o incomodava. Tomé tornou-se tão profundamente marcado um cético que é difícil pensar nele em qualquer outra luz. Mas alguns dos maiores céticos são também os maiores crentes, porque os seus poderes de percepção são mais penetrante do que aqueles do crente média. O pior que se pode dizer de Tomé é que ele era um honesto doubter-que duvidava que só ele poderia garantir mais evidência para o seu entendimento. Se alguém permite que ele tinha sido convencido de que Jesus era o caminho, ea verdade, ea vida , e que as próximas palavras foram ditas diretamente para Tomé- Se vós me conhecêsseis a mim, vós teria conhecido a meu Pai; de agora em diante vós o conheceis, e tê-lo visto (Jo 14:7 ). Jesus não estava sugerindo que Tomé tinha sido infiel antes deste horário; Ele estava incitando-o a responder com fé e não com incredulidade. A resposta de Tomé é um dos grandes cristas de montanhas do Evangelho de João: Meu Senhor e meu Deus . "A disciplina de auto-questionamento, seguido pela revelação de terna compaixão, permitiu Tomé de subir para a vista mais sublime do Senhor dada nos Evangelhos." Essas cinco palavras abrangeu a totalidade de sua fé em Cristo; eles não eram as palavras de um incrédulo crônico, mas aqueles de um crente com uma fé cada vez maior; e eles melhor expressa a fé que o próprio João veio a saber. Na verdade, João pode ser indiretamente reconhecer sua dívida para com Tomé para a fé que ele mesmo realizou.

    Sabendo que poucos, se houver, seria capaz de satisfazer as suas dúvidas na forma que Tomé fez, Jesus respondeu-lhe com uma bem-aventurança que é ao mesmo tempo uma bênção e uma promessa: Bem-aventurados os que não viram e creram (v. Jo 20:29 ).Ele poderia ter dito: Bem-aventurados aqueles que lêem a história de Tomé e, assim, acredito em mim.

    Este é o episódio final do Evangelho de João. Os dois versos que se seguem constituem sua declaração de encerramento. Ele não tinha procurado para escrever uma vida de Jesus, mas tinha escolhido apenas alguns itens como indicações para a finalidade que ele tinha em mente para escrever o Evangelho. Ele havia escrito que os homens podem acreditar que Jesus é o Cristo -mais certamente para seus leitores judeus e que Ele é o Filho de Deus, talvez deseje recorrer especialmente aos leitores gentios. E que, crendo, tenhais vida em seu nome : eterna vida, a vida de cima, o novo nascimento, a vida em Cristo, a vida através da habitação do Espírito Santo. Todos que lêem deve concordar que João fez uma peça convincente de trabalho.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31
    Esse capítulo registra três aparições de Cristo pós-ressurreição. Cada aparição trouxe um resultado dife-rente na vida dos envolvidos.

    1. Maria viu o Senhor (20:1-18)

    Cristo expulsou sete demônios de Maria Madalena (Lc 8:2), e ela o amava com ternura. Maria Madale-na, em sua confusão e desaponta-mento, apressou-se em tirar conclu-sões e pensou que alguém roubara

    1. corpo de Cristo. Ela correu para contar a Pedro e João, que, por sua vez, foram até a sepultura.

    O que fez João passar à fren-te de Pedro (v. 4)? Talvez houves-se uma razão física: João era mais jovem que Pedro. Contudo, tam-bém há uma lição espiritual aqui: Pedro ainda não reafirmara sua devoção a Cristo, e, por isso, sua "energia espiritual" estava baixa. Is 40:31 afirma que os que es-peram no Senhor "correm e não se cansam"; todavia, Pedro correra à frente do Senhor e lhe desobedece-ra. O pecado de Pedro afetou seus pés (Jo 20:4), seus olhos Oo 21:7), seus lábios (ele negou o Senhor) e até a temperatura de seu corpo (Jo

    1. 8:1 8; e veja Lc 24:32).

    O que os homens viram na sepultura? Eles viram os lençóis fú-nebres com a forma do corpo, no entanto o corpo sumira! As vestes fúnebres repousavam como um ca-sulo vazio. O lenço (para o rosto) estava separado do resto. Não era a cena de uma sepultura roubada, pois nenhum ladrão conseguiría ti-rar o corpo das vestes sem rasgá-las nem desarrumar as coisas. Jesus re-tornara à vida em glória e em poder e passara através das vestes fúnebres e da própria sepultura! O versícu-lo 8 relata que os homens acredita-ram na ressurreição por causa das evidências que encontraram. Mais tarde, eles encontram Cristo pesso-almente e crêem também nos tes-temunhos das Escrituras. Assim, em relação aos assuntos espirituais, há três tipos de provas em que se fun-damentar: (1) a evidência que Deus fornece em sua Palavra; (2) a Pala-vra do Senhor; e (3) a experiência pessoal. Como o homem sabe que Cristo é real? Ele pode ver as evi-dências na vida dos outros, ler a Pa-lavra e, se crer em Cristo, vivenciará isso pessoalmente. No versículo 10, observe que eles voltam para casa sem proclamar a mensagem da ressurreição de Cristo. Apenas as simples evidências intelectuais não mudam as pessoas. Precisamos en-contrar Cristo pessoalmente.

    Foi isso que aconteceu com Maria Madalena: ela demorou-se e encontrou Cristo. Muitas vezes, vale a penas esperar! (Veja Pv 8:1 Pv 8:7.)

    Ela viu dois anjos na sepultura, mas estava muito tomada pela dor para deixá-los confortá-la. No versícu-lo 12, a descrição dos anjos lem-bra-nos o propiciatório do Santo dos Santos (Êx 25:17-19); agora, a ressurreição de Cristo é nosso pro-piciatório no céu. Maria Madalena deu as costas aos anjos, pois procu-rava Cristo; ela preferia ter o corpo de Cristo à visão dos anjos! A seguir, ela viu uma pessoa, mas seus olhos estavam cegos, e não reconheceu Cristo. No versículo 15, a palavra "supondo" explica toda a dor que ela sentia. Hoje, muitos cristãos são infelizes porque "supõem" algo que de forma alguma é verdade. Ela reconheceu Jesus quando ele disse seu nome. Ele chama os seus pelo nome (Jo 10:3-43), e eles conhecem sua voz. Veja Is 43:1.

    O versículo 17 sugere que, no início da manhã do domingo de Pás-coa, Cristo ascendeu ao céu a fim de apresentar sua obra terminada ao Pai. Essa ascensão secreta cum-pre o tipo de sacrifício discutido em Levítico 23:1-14, o movimento das "primícias" no dia seguinte ao sá-bado (veja 1Co 15:23). O encon-tro de Maria Madalena com Cristo transformou-a em uma missionária.

    1. Os discípulos vêem o Senhor (20:19-25)

    Essa é a segunda menção ao "pri-meiro dia da semana" (20:1,19). O primeiro dia da semana é o domin-go, não o sábado (o sabá judeu, o sétimo dia da semana). O sábado destina-se ao descanso após o tra-balho e pertence à dispensação da Lei. O domingo é o Dia do Se-nhor, o primeiro dia da semana, e fala de vida e de descanso antes do trabalho. Lembra-nos a graça de Deus. Cristo atravessou a porta fechada em seu corpo glorificado e levou paz aos homens amedron-tados. Observe que ele fala de paz duas vezes (vv. 19,21). A primeira "paz" refere-se à paz com Deus, fundamentada no sacrifício dele na cruz. Por isso, ele mostrou a eles suas mãos e o lado de seu corpo. A segunda trata-se da paz de Deus que vem da presença dele conosco (veja Fp 4:0, em que Deus soprou vida em Adão, e 2 Timó-teo 3:1 6, em que "inspirada" sig-nifica "sopro de Deus". Essa ação foi pessoal e individual e deu-lhes a força e o discernimento espiritu-ais que precisariam para cumprir seu comissionamento. Em Pen- tecostes, a vinda do Espírito foi corporativa e capacitou-os para o serviço e o testemunho. No versí-culo 23, o poder de perdoar pe-cados, dado aos discípulos, não se aplica aos cristãos de hoje, a não ser no sentido de que retemos ou impedimos o pecado à medi-da que apresentamos o evangelho ao pecador. No Novo Testamento, não há nenhum exemplo de per-doar pecado feito por qualquer apóstolo. Pedro (At 10:43) e Paulo (At 13:38) falam sobre a autorida-de de Cristo. Não há dúvida de que os discípulos tinham privilé-gios especiais, mas nós não temos esses direitos hoje.

    1. Tomé viu o Senhor (20:26-31)

    Tomé não estava presente no pri-meiro encontro com o Senhor. Quantas coisas perdemos ao não irmos à congregação local. Obser-ve a afirmação de Tomé: "Se eu não vir [...] de modo algum acreditarei" (v. 25). Chamavam-no Dídimo, que significa "gêmeo". Ele tem muitos pares hoje!

    No Dia do Senhor, o seguin-te após a ressurreição, "passados oito dias", Jesus apareceu quando os discípulos estavam reunidos e dirigiu-se a Tomé. Que amor per- doador demonstrou por ele! Tomé viu o Senhor e esqueceu-se de to-das as suas exigências de prova! O testemunho dele é emocionante: "Senhor meu e Deus meu!". A vi-são das feridas de Cristo ganhou seu coração. Cristo afirma que você e eu temos a mesma garan-tia e bênção, pois estamos entre os que crêem nele, embora não o tenhamos visto.

    Você vê os diferentes resulta-dos dessas três aparições de Cristo à medida que as revê. Com Maria Madalena, a questão era seu amor por Cristo. Ela sentia saudades dele e queria cuidar de seu corpo. Com os discípulos, trata-se da esperança deles. Eles perderam toda a espe-rança e se trancaram em uma sala com medo! Com Tomé, o proble-ma era a fé: ele não acreditaria sem ver as provas. Nossa fé está segura porque Jesus Cristo está vivo hoje. "E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé" (1Co 15:17). Mantemos a esperança viva por causa de sua ressurreição. Primeira aos Corín- tios 15:19 afirma: "Se a nossa es-perança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens".

    Nos versículos 30:31, João afir-ma o objetivo de seu evangelho: os pecadores devem crer e ter vida eterna por intermédio de Cristo. À medida que lemos esse evangelho, encontramos muitas pessoas que creram e ganharam vida eterna: (1) Natanael (1:50); (2) os discípulos (2:11); (3) os samaritanos (4:39); (4) o oficial do rei (4:50); (5) o cego que foi curado (9:38); (6) Marta (11:27); (7) os judeus que viram Lázaro res-suscitar (12:11); e (8) Tomé (20:28). Todos eles deram o mesmo testemu-nho: "Eu creio".


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31
    20.1 Primeiro dia. O domingo ("dia do Senhor” Ap 1:10) substituiu o sábado judeu como dia de adoração ao Senhor porque Cristo ressuscitou nesse dia. Conforme At 20:7; 1Co 16:1,1Co 16:2. 20.7,1Co 16:8 Viu, e creu. Conforme 20.29; 9:36-41. Não existe e real sem fatos e acontecimentos reais.

    0 que convenceu os dois discípulos da realidade da ressurreição foram os lençóis (Lc 24:12; Mc 9:9, Mc 9:31; Mc 10:34; Jo 2:19) • N Hom. Fundamentos da Fé:
    1) A morte (19,34) e a ressurreição (20,8) de Cristo. O filho de Deus (20.31).
    2) Depende de fatos reais e visíveis (19.35; 20.8, 14, 25, 29).
    3) Para crentes que não puderam presenciar os eventos, a fé depende do testemunho verídico (19,35) preservado no Nt e na história (20.29ss).

    20.9 Compreendido a Escritura. Conforme Sl 16:8-19; Sl 2:7; At 2:24-44; At 13:32-44, 1Co 15:4. O Espírito logo mostraria aos discípulas o significado das passagens da Bíblia que predisseram a ressurreição.

    20.16 Maria foi incapaz de reconhecer a Jesus pela mudança de Sua aparência e as lágrimas. Chamada pelo nome (10,3) percebeu que era Jesus.

    20.19 Pôs-se no meio. O corpo glorificado do Cristo ressurreto não foi impedido por portas fechadas (conforme vv. 7, 8n). • N. Hom. Cristo abre as portas trancadas por causa do medo e incredulidade, quando Ele se apresenta:
    1) vivo,
    2) visível,
    3) compartilhando Sua paz, (19, 21).
    4) Sua missão (21b),
    5) junto com o poder e autoridade do Espírito (22b, 23). Cf.

    1 Co 16.9;Ap 3:7.

    20.21 Enviou (gr apostellõ)... Envio (gr pempo). Cristo, o Apóstolo do Pai. (He 3:1) foi comissionado para trazer o dom da salvação pelo sacrifício de Si mesmo (3.17). Seus discípulos são enviados para continuar e levar a termo essa missão no mundo ajuntando os convertidos na 1greja de Cristo. Paz surge da convicção que Cristo está vivo e que Ele pagou toda a divida do pecado (14.27; 16.33).

    20.22 Soprou. Lembra-nos do começo da vida humana em Éden (Gn 2:7). Vida natural e espiritual dependem do sopro (o Espírito) de Deus.

    20.23 Perdoados... retidos. No grego ambas estão no tempo perfeito. O discípulo não pode perdoar ou reter pecados (1Tm 2:5), mas pela revelação profética e pelas Escrituras pode assegurar ao pecador que já foi perdoado ou condenado Por Deus (conforme At 5:4; At 8:23).

    20.24 Dídimo, i.e., gêmeo (11.16). Tomé era homem moderno, cientista e bem consciente da possibilidade de ser enganado por uma visão ou alucinação. Para ele a ressurreição precisava ser confirmada pelos sentidos.

    20.26 Pôs-se no meio. Mesmo depois da ascensão, a presença espiritual de Cristo se espera na reunião dos crentes (1Co 16:22; Ap 1:13; Ap 2:1; Ap 3:20).

    20.27 As marcas da cruz revelam quem Jesus realmente era (8.28).
    20.28,29 Deus meu! Estas palavras vão muito além da mera identificação de Cristo com o Mestre que Tomé seguira anteriormente. A fé de outras gerações partirá não da vista mas do testemunho dos discípulos.

    20.31 A finalidade do evangelho é dupla:
    1) intelectual, i.e., convencer o leitor que Jesus, Homem perfeito, é o Messias que cumpriu as promessas, e esperanças de Israel, e o Filho de Deus que cumpriu o destino da humanidade;
    2) espiritual, compartilhar por essa fé a vida eterna pelo Seu nome.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31
    III. RESSURREIÇÃO E APARIÇÕES (20:1-31)
    v. 1. No primeiro dia da semana, bem cedo [...] Maria Madalena chegou ao túmulo: Cf. 19.25; Lc 23:56. i.e., no domingo de manhã, v. 2. Tiraram o Senhor. As mulheres ficaram com medo, visto que ladrões de corpos podiam estar em ação. A primeira pessoa do plural, em “[nós] sabemos”, lembra a narrativa sinóptica (conforme Mc 16:1-41; Mt 28:1-40; Lc

    24:1-12), em que ficamos sabendo que diversas visitantes mulheres foram ao sepulcro. v. 4. o outro discípulo foi mais rápido que Pedro: Conforme o v. 2; 13 23:19-26; 21.20. Isso é um toque natural, mostrando como é vívida a lembrança do discípulo amado, provavelmente o mais jovem dos dois. v. 6. Simão Pedro [...] entrou no sepulcro: Aquela impulsividade que marcou Simão ao longo dos anos do ministério de Jesus ainda está aí. E o que ele viu (conforme versículo seguinte) parece descrever o que as faixas de sepultamento pareceriam se Jesus tivesse deixado o túmulo sem revolvê-las. v. 8. Depois o outro discípulo [...] viu e creu: A aparência das faixas foi suficiente para ele. Mas ele precisava desse tanto de evidência, pois até então nenhum dos dois homens entendia as Escrituras com relação à ressurreição (conforme Sl 16:10; At 2:2932), que a mesma necessidade divina que determinou a morte de Jesus também determinava sua ressurreição dos mortos, v. 10. Evidentemente a fé no discípulo amado foi suficiente para despertar a fé em Pedro, de forma que ambos deixaram o sepulcro.

    Maria, no entanto, tinha seguido os outros para o sepulcro e agora chegou, esperando do lado de fora e chorando (v. 11). v. 16. Maria\ Ouvir o seu nome foi suficiente para ela saber quem era que estava falando. Era a mesma voz poderosa que tinha levantado essa mulher anteriormente da sua vida possuída por demônios (Lc 8:2). Então, voltando-se para ele, Maria exclamou em aramako: “Rabônil”: Há evidências, especialmente com base na consideração de um possível pano de fundo aramaico do evangelho, que voltando-se aqui significa “reconheceu”; isso tem apoio no Sinaítico Siríaco e é sugerido também por M. Black. (O aramaico é uma língua próxima do hebraico, que usa a mesma escrita; conforme “Linguagem do Antigo Testamento”, NBD.) v. 17. Não me segure-, O “Não me toque” da VA é fraco. A atitude expressa na emoção de Maria seria tal que impediria Jesus, se não de entrar na sua glória, ao menos de transmitir aquela manifestação vital de que tinha falado aos seus discípulos (cf. 14.15ss). Mas Jesus diz: Estou voltando. A aparição de Jesus a Maria agora é para assegurar a ela que ele está voltando para o Pai. João não apresenta a ascensão como um evento físico que aconteceu depois do intervalo de quarenta dias desde a ressurreição, mas como algo que já estava acontecendo. Em João, a morte de Cristo é sua exaltação — seu “ser levantado”. Nunca antes Jesus falou de meus irmãos-, mas, mesmo agora, ele distingue sua filiação da filiação deles ao dizer: meu Deus e Deus de vocês.

    v. 19. medo dos judeus-. Cada uma das aparições pós-ressurreição de Jesus cumpriu um propósito especial. Para Pedro e o discípulo amado, foi a proclamação da vitória; para Maria, foi a satisfação do amor; agora, para o restante dos discípulos, é o acalmar dos medos, v. 20. mostrou-lhes as mãos e o lado: Não tinha havido nenhuma substituição; ele era o mesmo Jesus. Como ele podia passar por portas trancadas é um mistério para nós, embora à luz do que é conhecido acerca da natureza da matéria, esse tipo de fenômeno “desnaturai” de forma alguma é tão inconcebível como já foi no passado, v. 22. Recebam o Espírito Santo: O sopro de Deus é uma metáfora regular nas Escrituras para se referir ao Espírito Santo (conforme Gn 2:7; Ez 37:9,10). A primeira efusão do sopro de Deus fez do homem um ser vivente. Aqui o sopro do Cristo ressurreto transforma os medrosos discípulos em novos homens. Não há razão para supor que o Espírito Santo não tenha sido completamente transmitido nesse momento. Uma comparação com o relato de Lucas (conforme Lc 24:33) sugere que, além dos dez discípulos, havia outras pessoas presentes aqui. O que é descrito mais tarde em Atos (conforme At 2:1-4) foi um derramamento do Espírito compreendido especialmente à luz do ministério internacional dos apóstolos no dia de Pentecoste. Que eles foram vivificados aqui, está além de qualquer dúvida. (Mas v. H. B. Swete, The Holy Spirit in the NT [London, 1909], p. 164-8.) v. 23. Se perdoarem os pecados de alguém: Essas palavras, quando compreendidas corretamente, se referem aos discípulos como o primeiro núcleo da sociedade cheia do Espírito. Seu ministério no evangelho vai ser eficiente. Alguns serão perdoados; outros vão rejeitar sua mensagem e serão endurecidos. Se estamos inclinados a duvidar do poder da Igreja de cumprir tal responsabilidade, é porque sabemos (como sabiam os apóstolos) que o “espírito do mundo” ainda está ativo na vida dos membros. Mas quando a Igreja funciona como o verdadeiro Corpo de Cristo, ela pode fazer pronunciamentos acerca do pecado com a mesma segurança que Jesus quando deu essa ordem, 

    v. 25. Se eu não vir [...] não crerei: Tomé (conforme 11,6) de fato exigiu a evidência básica da ressurreição, i.e., a identidade daquele corpo que ele tinha conhecido antes de Jesus morrer, e com isso a evidência de continuidade. A apresentação daquela evidência aqui é, portanto, fundamental para a natureza cumulativa dos trechos da ressurreição, e Tomé não consegue se conter e clama: Senhor meu e Deus meu! (v. 28). Assim, ao discípulo que de forma mais firme exigiu evidência factual, foi dada a honra de fazer a primeira confissão de fé na plenitude da revelação resumida na ressurreição de Jesus Cristo, v. 29. Felizes os que não viram e creram'. Provavelmente estamos enganados se entendemos essas palavras como censura. Outros podem se considerar felizes (embora não mais felizes) por crerem com menos evidências palpáveis. O Senhor abarcou e aceitou todos os que tinham vindo à fé antes da sua morte sem qualquer dessas evidências convincentes de sua divindade, como também aqueles que depois creriam nele com base na evidência da Palavra escrita e falada. Mas a fé e a confiança de todos serão iguais em posição, v. 31. estes foram escritos para que vocês creiam-, Nossas autoridades textuais divergem entre o tempo aoristo (sugerindo o alvorecer da fé) e o presente (sugerindo persistência na fé). Nem todos os fatos da vida de Jesus estão registrados. Os Evangelhos não são biografias. São Evangelhos, que, como escreve C. H. Dodd, “declaram a glória de Deus ao revelar o que ele fez”. Comentar esta última frase significaria reler ou re-expor o evangelho. Dar fundamento à fé e à posse da vida foi o objetivo do evangelista em todo o livro, que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus: Cristo não é restrito à concepção judaica do Messias, mas deve ser entendido no sentido de o Filho de Deus apresentado nesse evangelho como o que revela o Pai.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 29

    Jo 20:1 inclui a ressurreição além do sofrimento e morte. O teste supremo das proclamações de Jesus de Nazaré estava por acontecer.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31
    b) A ressurreição (Jo 20:1-43; Mc 16:1-41; Lc 24:1-42. As aparições de Jesus ressurreto são concentradas em Jerusalém. O evangelista seleciona algumas cenas que oferecem um palco mais apropriado para essas manifestações. As cenas são episódicas em forma.

    1. O SEPULCRO VAZIO (Jo 20:1-43) -O trabalho de embalsamento é suspenso durante o sábado, de modo que Maria Madalena chega ao sepulcro no primeiro dia da semana, na primeira páscoa cristã, e descobre a pedra removida da entrada. Conclui que o corpo foi retirado dali. É possível que ela tenha sido acompanhada por outras mulheres, e que se afastou delas mais tarde. Apressa-se por dar informações a Pedro e ao discípulo amado, que vêm correndo ao sepulcro. Os pormenores citados na narrativa sugerem as reminiscências de uma testemunha ocular. Quando Pedro entra no sepulcro, encontra os lençóis ainda conservando sua forma, devido aos bálsamos, mas o lenço usado com turbante na cabeça de Cristo deixado como invólucro, cuidadosamente dobrado e posto ao lado. João também entra e compreende que Jesus já ressuscitou. Nenhum ladrão teria deixado os lençóis naquele estado. O prodígio máximo já ocorreu.

    >Jo 20:11

    2. JESUS APARECE A MARIA MADALENA (Jo 20:11-43) -Maria volta ao sepulcro e permanece ali, chorando. Dois anjos se sentam onde o corpo jazia e perguntam-lhe: por que choras? Ela dá suas razões (13). Fala de maneira semelhante a outro que pensa ser o jardineiro. Ouvindo a menção do seu nome, ela reconhece o Senhor (16). Toca os Seus pés, mas o Senhor não permite nenhum outro contato. Não me detenhas (17). O original grego significa "não me toques mais". O Senhor explica a proibição no fato de Ele não ter subido ao Pai. Maria Madalena deve preparar-se para aquele evento e deixar de desejar uma aproximação apenas física com o Mestre. Com isto, Ele a encarrega com a responsabilidade de declarar aos discípulos Sua próxima glorificação, a qual será o penhor da dos Seus discípulos também. Quando Cristo convida aos onze que O toquem (Lc 24:39) o original grego usa outro verbo, que significa "apalpar" mais do que "apegar". O motivo para tocar Cristo nos dois casos é bem diferente.

    >Jo 20:19

    3. APARIÇÃO AOS DISCÍPULOS (Jo 20:19-43) -Os discípulos escondem-se em Jerusalém. O Senhor vem ao seu encontro, traspassando portas fechadas e se apresenta no meio deles, saudando-os com palavras de paz (19). Não era fantasma. Possuía o que Paulo chama de "um corpo glorificado" (1Co 15:44). O relato é contado de tal maneira que o leitor reconhece o acontecimento como cumprimento das promessas de Jesus, feitas nos seus últimos discursos. Ele proporciona a prometida paz (Jo 14:27) e torna realidade o gozo perfeito (Jo 15:11). Envia-os para sua missão mundial e sopra sobre eles o Espírito Santo. O ato antecipa a descida real do Espírito no dia de Pentecostes. Se de alguns perdoardes o pecado... (23). Os comentaristas discordam se esta comissão se aplica somente aos discípulos ou a outros, também. Jesus confere-lhes o poder de perdoar ou de reter os pecados. Em virtude da sua íntima comunhão com Cristo, eles têm autoridade de agir em Seu nome; tornaram-se veículos do perdão divino e agentes ou da remissão, ou da retenção, do pecado. Este poder que lhes foi outorgado consiste em proclamar, com autoridade, o perdão mediante a morte vicária de Cristo. A autoridade de Cristo lhes é concedida pelo Espírito que mora neles. Esta autoridade não se limita aos ministros consagrados da Igreja mas abrange toda a Igreja, que deriva sua autoridade do Espírito que vive nela e dos ensinos do Cabeça da Igreja.

    >Jo 20:24

    4. JESUS APARECE A TOMÉ (Jo 20:24-43) -Jesus aparece outra vez aos seus discípulos e os saúda com Sua paz. Nesta ocasião, Tomé está presente. Este já anunciou que recusa crer na ressurreição sem ver o sinal dos cravos e da lança nas mãos e lado de Jesus. Jesus se manifesta, revelando os sinais da Sua paixão e convida Tomé que ponha o dedo nas Suas mãos e a mão no Seu lado. Desta feita, Tomé confessa com ardor sua fé, fazendo sua nobre declaração: Senhor meu e Deus meu! (28). A expressão não é dirigida ao Pai, como afirmam os unitarianos. Ao contrário, é a confissão de fé na divindade de Cristo, da parte de um cético famoso. A narrativa focaliza esta magnífica confissão e, em prosseguimento, anuncia a fé que nem precisa das evidências tangíveis da paixão. Jesus declara que a evidência registrada pelos sentidos é inadequada para sustentar fé: Bem-aventurados os que não viram e creram (29). O evangelista remata, declarando qual o propósito que inspira a obra (31), a saber, o de trazer o leitor, embora entre aqueles que "não o viram", à fé em Cristo. É vão o estudo deste Evangelho que não leve o leitor à fé na divindade de Cristo e à aceitação da vida eterna.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31

    Poder de Cristo sobre a morte foi manifestado na Sua Ressurreição

    Ora, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi cedo para o túmulo, enquanto ainda estava escuro, e viu a pedra já retirado do túmulo. Então, ela correu e foi ter com Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava, e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram." Então Pedro eo outro discípulo saíram, e eles estavam indo para o túmulo. Os dois foram correndo juntos; mas o outro discípulo correu à frente mais rápido do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro; e, abaixando-se, viu os panos de linho ali; mas ele não ir E assim Simão Pedro também veio, o seguia, e entrou no túmulo.; e viu os panos de linho ali, ea toalha de rosto que tinha sido sobre a sua cabeça, não estava com os panos de linho, mas enrolado num lugar à parte. Então o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, em seguida, também entrou, e viu e creu. Porque ainda não entendiam a Escritura, que era necessário que ressuscitasse dos mortos. Então os discípulos partiram novamente para suas próprias casas. (20: 1-10)

    A manifestação definitiva do poder de Cristo sobre a morte, e, portanto, a prova de sua divindade era a Sua ressurreição. É, também, foi o cumprimento da profecia do Antigo Testamento Falando profeticamente do Messias, Davi escreveu: "Você não vai a minha alma no Seol, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção." (Sl 16:10; conforme Atos 2:25-28; At 13:35).

    O primeiro dia da semana, domingo, para sempre depois de ser os crentes dia reservado para comemorar a ressurreição maravilhosa de seu Senhor (At 20:7), e nessa primeira manhã do dia do Senhor, Maria Madalena chegou cedo ao túmulo. Os recordes Evangelhos Sinópticos várias mulheres que foram ao sepulcro naquela manhã (Mt 28:1; Marcos 16:5-7; Lucas 24:4-7). Ela então voltou sozinho para o túmulo, viu os anjos, e se encontrou com o Senhor ressuscitado (ver a exposição de 20: 11-18, no capítulo 33 do presente volume).

    Apesar de serem inicialmente cético dos relatórios das outras mulheres do túmulo vazio (Lc 24:11) Maria e, eventualmente, Pedro eo outro discípulo (João, que, caracteristicamente, não revelou o nome próprio) foi ... para o túmulo. Os dois começaram fora correndo juntos, mas . o outro discípulo correu mais rápido à frente do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro João parado do lado de fora, e, abaixando-se, viu os panos de linho ali; mas ele não entrou. O medo, ou do desconhecido, ou que algo terrível tinha acontecido com o corpo do Senhor, como Maria temido, o impediu de entrar. Simão Pedro, no entanto, não tinha tais temores. Impetuoso como sempre, ele veio, na sequência de João, e prontamente entrou no túmulo.

    O que ele viu foi surpreendente. Jesus 'corpo estava longe de ser visto, mas os panos de linho em que Ele havia sido enterrado estavam ali. Ao contrário de Lázaro, que precisou de ajuda para sair de seus graves roupas depois de sua ressurreição (11:44), o corpo de Jesus ressurreição glorificado simplesmente passou pelas panos de linho, uma vez que em breve iria passar por uma parede para entrar em uma sala trancada (20:19, 26). Mesmo o facecloth que tinha sido na cabeça, foi não estava com os panos de linho, mas enrolado num lugar à parte. Isso aparentemente menor detalhe mostra que o túmulo foi deixado em um estado ordenado arrumado. Em contraste, os ladrões de túmulos dificilmente teria tido tempo para enrolar a toalha de rosto, e na sua pressa eles teriam dispersado as roupas graves em todo o túmulo. O mais provável, ainda assim, eles não teriam removido-los a todos, uma vez que teria sido mais fácil para transportar o corpo se ele ainda estivesse envolvido. Nem os ladrões provavelmente não deixaram os invólucros, contendo especiarias caros, por trás. A presença das roupas graves também mostra que a história os líderes judeus inventada, que os discípulos roubaram o corpo de Cristo (Mat. 28: 11-15), é falsa. Se tivessem roubado o corpo, por que os discípulos desonrar-lo arrancando as roupas da sepultura e especiarias que cobriam-lo?

    João , em seguida, também entrou no sepulcro, e viu e creu que Jesus tinha realmente ressuscitado. A tumba vazia, as roupas da sepultura não perturbadas, eo facecloth perfeitamente enrolado foram suficientes para João-mesmo que ele e Pedro não entendeu a Escritura, que era necessário que ressuscitasse dos mortos (conforme Sl 16:10). Se Pedro também acreditava neste momento não está claro, no entanto Lc 24:12 pode sugerir que ele não o fez (a frase "maravilhado com o que tinha acontecido" [ NVI ] também poderia ser traduzido, "perguntando o que tinha acontecido"). Seja na crença ou perplexidade, os discípulos partiram novamente para suas próprias casas.

    O palco estava montado para as aparições do Senhor ressuscitado, o que apagará todos os dúvida se a ressurreição tinha acontecido. É a primeira dessas aparições, a Maria Madalena, que a narrativa de João vira-se agora.

    74. O Cristo Ressuscitado (João 20:11-31)

    Maria, porém, estava em pé do lado de fora do túmulo chorando; e assim, enquanto ela chorava, ela inclinou-se e olhou para dentro do túmulo; e viu dois anjos vestidos de branco sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde o corpo de Jesus tinha sido deitado. E eles disseram-lhe: "Mulher, por que choras?" Ela disse-lhes: "Porque levaram o meu Senhor, e eu não sei onde o puseram." Quando ela disse isso, ela se virou e viu Jesus, de pé, e não sabia que era Jesus. Jesus disse-lhe: "Mulher, por que choras? A quem procuras?" Julgando que fosse o jardineiro, ela disse-lhe: "Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei." Jesus lhe disse: "Maria!" Ela virou-se e disse-lhe em hebraico: "Raboni!" (O que significa, Professor). Jesus disse-lhe: "Pare agarrado a mim, pois eu ainda não subi para o Pai; '. Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus", mas vai a meus irmãos e diz-lhes: " Maria Madalena foi, anunciando aos discípulos: "Eu vi o Senhor", e que Ele tinha dito essas coisas para ela. Então, quando já era noite, naquele dia, o primeiro dia da semana, e quando as portas foram fechadas onde os discípulos, com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco . " E, havendo dito isto, mostrou-lhes as duas mãos eo lado. Os discípulos, em seguida, se alegraram por verem o Senhor. Então Jesus disse-lhes de novo: "A paz esteja convosco; assim como o Pai me enviou, eu também vos envio". E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo a quem perdoardes os pecados, ser seus pecados foram perdoados;. Se você reter os pecados, ser-lhes, foram mantidos. " Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Então os outros discípulos estavam dizendo-lhe: "Vimos o Senhor!" Mas ele lhes disse: "Se eu não vir nas suas mãos a marca dos pregos, e não meter o dedo no lugar dos cravos, e coloquei minha mão no seu lado, não acreditarei". Após oito dias Seus discípulos estavam novamente dentro, e Tomé com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco". Depois disse a Tomé: "Põe aqui com o dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão e põe-na no Meu lado;. E não sejas incrédulo, mas crente" Tomé respondeu, e disse-lhe: "Meu Senhor e meu Deus!"Jesus disse-lhe: "Porque me viste, você acredita? Bem-aventurados os que não viram e creram." Portanto, muitos outros sinais de Jesus também realizada na presença dos discípulos, que não estão escritos neste livro; mas estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus; e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. (20: 11-31)

    A ressurreição do Senhor Jesus Cristo era a afirmação divina de Sua expiação realizada na cruz. Quando Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos, ele declarou que foi propiciado pelo sacrifício de Jesus, e tinha o aceitou como pagamento integral pelos pecados de Seu povo, satisfazendo completamente as demandas de sua santa justiça. Jesus era, Paulo escreveu: "entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitou para nossa justificação" (Rm 4:25). A ressurreição também demonstrou que, onde o pecado é expiado, a morte é conquistado e vida eterna é dada.

    É impossível acreditar no Jesus da Bíblia sem acreditar que Ele ressuscitou corporalmente dentre os mortos. Para rejeitar a Sua ressurreição é inventar um outro Jesus, um pseudo-Cristo da imaginação descrente (2Co 11:4.)

    Em outra ocasião,

    Os judeus ... disse-lhe: "Que sinal Você nos mostra como a sua autoridade para fazer essas coisas? [Sua purificação do templo]" Jesus lhes respondeu: "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei . "Os judeus, em seguida, disse: "Demorou 46 anos para construir este templo, e tu o levantarás em três dias?" Mas ele falava do templo do seu corpo. Então, quando ele foi ressuscitado dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que Ele disse isso; e creram na Escritura e na palavra que Jesus tinha dito. (João 2:18-22)

    Portanto, para negar a ressurreição de Cristo é fazer dele um mentiroso.
    Além disso, uma vez que a ressurreição é essencial para o evangelho e salvação cristã, negando que Cristo ressuscitou dos mortos presta qualquer crença professada nEle sem sentido e absurdo. Para o Corinthians, que está sendo seduzida pelas mentiras malditos de-negando ressurreição falsos mestres, Paulo escreveu:

    Se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vã a vossa fé também é vã .... Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou; E, se Cristo não ressuscitou, a vossa fé é inútil; você ainda estais nos vossos pecados. Em seguida, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se a nossa esperança em Cristo só nesta vida, somos de todos os homens os mais dignos de lástima. (1Co 15:14). Seu comandante relatou a Pilatos que Jesus estava morto (Marcos 15:44-45). Obviamente, o centurião teria feito certo desse fato antes de fazer seu relatório ao governador. Além disso, o golpe de lança para o lado de Jesus que trouxe sangue e água mostrou claramente que ele estava morto (veja a discussão sobre 19:34 no capítulo anterior deste volume).

    A teoria do desmaio também não explica como Jesus, enfraquecido pela flagelação brutal ele recebeu e punir os efeitos de ser crucificado, poderia ter sobrevivido por três dias sem comida, água e cuidados médicos. Também não explica como um homem em tal estado de fraqueza poderia ter se libertado das roupas da sepultura em que seu corpo foi envolto (algo Lázaro era incapaz de fazer, Jo 11:44), mudou-se a pesada pedra que selou o túmulo, overpowered o destacamento guarda romana, e andou vários quilômetros de Emaús nos pés unha-perfurada. O mais importante de tudo, a teoria do desmaio não posso explicar como tal indivíduo meio morto, precisando desesperAdãoente de triagem, poderia ter persuadido os discípulos que Ele era o Senhor ressuscitado, vencedor da morte e sepultura. Essa teoria também blasfemar Jesus, fazendo-o em um enganador e uma fraude, que é de rejeitar o testemunho do Pai e da Escritura que Ele viveu uma vida sem pecado (Lc 1:35; Lc 3:22; Jo 8:46; Jo 14:30 ; Jo 15:10; 2Co 5:212Co 5:21;.. He 4:15; He 7:26; 1Pe 2:221Pe 2:22).

    Não menos rebuscado é a teoria da alucinação. Seus defensores argumentam que os seguidores de Jesus, abatidos pela dor e tristeza, queria desesperAdãoente por Ele para ser ressuscitado que eles tinham alucinações de vê-lo vivo. Alucinações são, experiências individuais privados. Jesus, no entanto, apareceu a vários indivíduos e grupos em pelo menos dez ocasiões diferentes, incluindo mais de cinco centenas de pessoas ao mesmo tempo (1Co 15:6). Essa teoria também não consegue explicar por que, em pelo menos três ocasiões as pessoas supostamente ter alucinações de Jesus não o reconheceram (13 42:24-31'>Lucas 24:13-31; Jo 20:15; Jo 21:4), apontam um cardume de peixes (Jo 21:6). E enquanto ela pretende explicar aparições da ressurreição de Cristo, ele não consegue explicar o túmulo vazio eo corpo desaparecido.

    Outra liberal acadêmica, Kirsopp Lake, argumentou que as mulheres erroneamente foram ao túmulo errado (mesmo que dois deles tinham visto Jesus ser enterrado, Mc 15:47). Encontrá-lo vazio, eles erroneamente do princípio de que Jesus tinha ressuscitado dos mortos. Mas isso significa que Pedro e João também deve ter ido ao túmulo errado. E, certamente, José de Arimatéia e Nicodemos, que enterrou Jesus, sabia que o túmulo que tinha colocado seu corpo. Obviamente os líderes judeus também sabia que o túmulo era o caminho certo, uma vez que havia selado e postou uma guarda romana fora dela. Por que alguém não simplesmente ir para o túmulo direita e produzir o corpo de Jesus?

    Ainda outros pseudoscholars argumentam que o túmulo estava vazio porque Jesus nunca foi enterrado nela. Em vez disso, eles postulam, Seu corpo foi descido da cruz e jogados em uma vala criminoso comum. Esta teoria não explica por que os Evangelhos dizem que Jesus foi enterrado no túmulo de José de Arimatéia, e porque a história registra nenhuma outra história do enterro. Nem poderiam os discípulos inventaram a história de que um membro do Sinédrio havia enterrado Jesus, se de fato ele não tinha; José teria prontamente desmentida-lo. E os discípulos, começou a proclamar que Jesus tinha ressuscitado dos mortos, por que quem quer que tivesse descartado Seu corpo simplesmente não recuperá-lo?

    A negação mais antiga da ressurreição de Cristo foi inventada pelas autoridades judaicas. Como Mateus 28:11-15 registros, alegaram que os discípulos roubaram o corpo de Jesus do túmulo. Deve notar-se em primeiro lugar que o seu pedido é uma admissão tácita de que o túmulo estava vazio, e que não sabia onde estava o corpo. William Lane Craig escreve:

    O ponto é que os judeus não respondeu à pregação da ressurreição, apontando para o túmulo de Jesus ou exporem o cadáver, mas se enredaram em uma série sem esperança de absurdos, tentando explicar seu túmulo vazio. O fato de que os inimigos do cristianismo se sentiu obrigado a explicar o túmulo vazio pela hipótese de roubo não só mostra que o túmulo era conhecido (confirmação da história do sepultamento), mas que estava vazia .... O fato de que a polêmica judaica nunca negou que o túmulo de Jesus estava vazio, mas apenas tentou explicá-la é uma evidência convincente de que o túmulo estava vazio, na verdade. ("A historicidade do sepulcro vazio de Jesus," http://www.leaderu.com/offices/billcraig/ docs / tomb2.html; acessado em 11 de outubro de 2007)

    Apesar de sua antiguidade, esta teoria tarifas não melhor do que as outras tentativas de explicar a ressurreição. Em primeiro lugar, uma vez que os discípulos não estavam esperando Cristo para ressuscitar dentre os mortos (Jo 20:9), por que ter falsificado sua ressurreição? Além disso, eles tinham fugido quando Jesus foi preso (Mt 26:56.); seu líder, Pedro, negou-Lo, e eles tinham se escondido por medo das autoridades judaicas (Jo 20:19). Para ter assumido um destacamento guarda romana e cometeu o grave crime de roubar um túmulo teria exigido muito mais coragem do que esta desmoralizada, a dúvida cheia, grupo temível possuía. É difícil ver como os discípulos, se eles roubaram o corpo de Jesus e fabricou a história de Sua ressurreição, beneficiado com isso. Para assumir teriam perseguição voluntariamente suportou e sofreu o martírio (como a maioria deles fez) para o que eles sabiam ser uma mentira é ridículo.

    Se os discípulos não roubar o corpo, então, talvez, alguns argumentam, os romanos, judeus ou ladrões de túmulos desconhecidos fez. Mas os romanos não teria tido qualquer motivo concebível para tirar o corpo de Cristo; Pilatos não teria corria o risco de antagonizar os judeus ao fazê-lo. Nem os judeus tomaram o corpo; a última coisa que queria era alimentar a especulação de que Jesus tinha ressuscitado dos mortos (conforme Mt 27:1), a outras mulheres que estavam no túmulo (Mat. 28: 8-10), a dois discípulos na estrada de Emaús (13 42:24-32'>Lc 24:13-32), a Pedro (Lc 24:34), a dez dos onze apóstolos restantes, Tomé estar ausente (Lucas 24:36-43; João 20:19-25), a todos os onze apóstolos, com presente Tomé (João 20:26-31), a sete dos Apóstolos, na costa do Mar da Galiléia (João 21:1-25), a mais de quinhentos discípulos, provavelmente em uma montanha na Galiléia (1Co 15:7). Além disso, o Cristo ressuscitado mais tarde apareceu a Saulo de Tarso na estrada de Damasco (Atos 9:1-9), e diversas ocasiões subsequentes (At 18:9; At 23:11).

    É importante notar que todas as aparições pós-ressurreição do Senhor fosse para os crentes (exceto Paulo, que ainda não era um crente quando ele lhe apareceu pela primeira vez). Seu método normal de alcançar o perdido não é através de realizar milagres espetaculares, como pessoalmente, aparecendo-lhes, mas através do testemunho da Sua igreja no poder do Espírito Santo (Mat. 28: 19-20; At 1:8).

    Fora de todos aparições pós-ressurreição de Cristo, João selecionados três que dão visão especial para a pessoa de Jesus Cristo: a Maria Madalena, para os dez apóstolos (sem Tomé), e para todos os onze apóstolos (especificamente para Tomé).

    Aparência de Cristo com Maria Madalena

    Maria, porém, estava em pé do lado de fora do túmulo chorando; e assim, enquanto ela chorava, ela inclinou-se e olhou para dentro do túmulo; e viu dois anjos vestidos de branco sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde o corpo de Jesus tinha sido deitado. E eles disseram-lhe: "Mulher, por que choras?" Ela disse-lhes: "Porque levaram o meu Senhor, e eu não sei onde o puseram." Quando ela disse isso, ela se virou e viu Jesus, de pé, e não sabia que era Jesus. Jesus disse-lhe: "Mulher, por que choras? A quem procuras?" Julgando que fosse o jardineiro, ela disse-lhe: "Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei." Jesus lhe disse: "Maria!" Ela virou-se e disse-lhe em hebraico: "Raboni!" (O que significa, Professor). Jesus disse-lhe: "Pare agarrado a mim, pois eu ainda não subi para o Pai; '. Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus", mas vai a meus irmãos e diz-lhes: " Maria Madalena foi, anunciando aos discípulos: "Eu vi o Senhor", e que Ele tinha dito essas coisas para ela. (20: 11-18)

    A aparência do Senhor a Maria, a mulher da aldeia de Magdala, na margem ocidental do Mar da Galiléia, perto de Tiberias, simboliza o Seu amor especial e fidelidade a todos os crentes, não importa quão aparentemente insignificante que possa ser. Maria não era uma figura proeminente nos relatos evangélicos; antes da crucificação, ela apareceu apenas como um nome na lista de mulheres que viajavam com Jesus e os apóstolos (Lc 8:2).

    Depois de Pedro e João esquerda (20:10), Maria retornou e estava do lado de fora do túmulo. Como observado na discussão Dt 20:1), viu dois anjos vestidos de branco sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde o corpo de Jesus estava mentindo. Ela não podia reconhecê-los como anjos, uma vez que tinha assumido a forma humana (Mc 16:5).

    Repetindo a pergunta feita pelos anjos, Jesus disse-lhe: "Mulher, por que choras? seguida, acrescentou: "A quem você está procurando?" Refletindo sua confusão contínuo, ela, supondo ser ele o jardineiro, respondeu-lhe: " Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. " Em sua devoção sincera, Maria simplesmente queria garantir que o corpo de Jesus tinha um bom enterro, mesmo que isso significasse Seu corpo se movendo sozinha.

    Com uma única palavra, Jesus abriu os olhos de Maria. Ele apenas falou o nome dela (conforme 10: 3-4,27), "Maria!" e num piscar de olhos toda a sua dúvida, confusão e tristeza desapareceu. Reconhecendo Jesus naquele momento, ela virou-se e disse-lhe em hebraico: "Raboni!" (O que significa, Professor). Raboni é uma forma reforçada de "Rabi", e foi usado como um título para expressar grande honra e reverência supremo (conforme Mc 10:51). Superados com uma profunda mistura de alegria e alívio, Maria caí a seus pés. Tal como as outras mulheres tinham feito (Mt 28:9; Ef 1:5.). Como resultado, Jesus "não se envergonha de lhes chamar irmãos" (He 2:11), e tornou-se "o primogênito entre muitos irmãos" (Rm 8:29). Refletindo essa nova relação, a mensagem do Senhor aos seus discípulos que se refere o meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.

    Entusiasmada, Maria Madalena foi, anunciando aos discípulos: "Eu vi o Senhor", e que Ele tinha dito essas coisas para ela. Previsivelmente, eles responderam com a mesma dubiedade com que haviam recebido o testemunho das outras mulheres que tiveram estado na tumba. Lucas relata que considerou o relatório como "absurdo" e que "não iria acreditar neles" (24:11).

    Aparência de Cristo para Ten dos Discípulos

    Então, quando já era noite, naquele dia, o primeiro dia da semana, e quando as portas foram fechadas onde os discípulos, com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco . " E, havendo dito isto, mostrou-lhes as duas mãos eo lado. Os discípulos, em seguida, se alegraram por verem o Senhor. Então Jesus disse-lhes de novo: "A paz esteja convosco; assim como o Pai me enviou, eu também vos envio". E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo a quem perdoardes os pecados, ser seus pecados foram perdoados;. Se você reter os pecados, ser-lhes, foram mantidos. " (20: 19-23)

    A cena agora se desloca para a noite em que muito ressurreição domingo (para uma discussão do significado de o primeiro dia da semana, ver a exposição Dt 20:1; conforme Mt 14:26), uma vez que era a Sua obra na cruz que trouxe a paz entre Deus e Seu povo (Rm 5:1.). Para tranquilizá-los de que era realmente Ele, Jesus mostrou-lhes ambas as mãos eo lado. Lucas registra que Ele lhes disse: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho "(Lc 24:39). Reconhecendo-o, por fim, os discípulos, em seguida, se alegraram por verem o Senhor -mas não antes que ele ofereceu uma prova conclusiva de que Ele não era um espírito comendo um pedaço de peixe assado (Lucas 24:41-43).

    Com os discípulos na última convencido de que Ele tinha ressuscitado dos mortos, o Senhor começou a dar-lhes instruções e prometer-lhes capacitação. Em uma pré-visualização da Grande Comissão que lhes daria mais tarde na Galileia (Mat. 28: 19-20), Jesus declarou aos seus discípulos, "como o Pai me enviou, eu também vos envio" (conforme 17:18). Tendo formalmente encomendou os discípulos, Cristo cerimonialmente habilitada -los como uma promessa do poder que eles eram, na verdade, para receber no dia de Pentecostes 40 dias mais tarde (Atos 2:1-4). Significando que a vinda realidade, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo." Este foi um ato puramente simbólico e profético, que lembra as lições objetivas vivas freqüentemente empregadas pelos profetas do Antigo Testamento para ilustrar suas mensagens (conforme 13 1:24-13:9'>Jer 13 1:9; 19: 1-11.; Ez 4:1-4).. Em outras palavras, Cristo não fez por este sopro de ar, na verdade, e, literalmente, dar o Espírito em sua plenitude a eles; ao contrário, Ele declarou em uma figura visível o que lhes aconteceria no dia de Pentecostes.

    Ten do original Doze estavam presentes. Judas já estava morto por sua própria mão traiçoeira (Mt 27:5), com poderes (At 1:8) pelo Espírito Santo. Sob o antigo pacto, o ministério do Espírito Santo para santos individuais não era tão universalmente pessoal e proeminente. Ações de Jesus aqui indicado o derramamento do Espírito Santo que estava prestes a ocorrer, completando a transição entre os dois convênios.

    Os Evangelhos são claros de que até agora "o Espírito não foi ainda dado" (conforme Jo 7:39) significando que a nova era ainda não havia sido inaugurada. É igualmente claro que a nova obra aliança do Espírito Santo não chegou a iniciar até ao Pentecostes. Toda a Escritura afirma a cronologia. O próprio Jesus disse que o Espírito expressamente não seria dada até depois de Sua ascensão (Jo 16:17). Mas "Quando ele subiu às alturas ... Ele deu dons aos homens" (Ef 4:8.). O Espírito foi "derramado sobre nós do alto" (Is 32:15). De fato, no mesmo dia de sua ascensão, Jesus disse aos apóstolos paraesperar para que o Espírito veio sobre eles (At 1:8).

    Quando Jesus soprou sobre eles neste momento, no entanto, era uma ilustração poderosa, rica em significado, porque o Espírito Santo é representado em Ezequiel 37:9-14 como o sopro de Deus. Assim, o gesto foi uma afirmação enfática da divindade de Cristo, fazendo sua própria respiração emblemática do sopro de Deus. Foi também uma reminiscência da maneira como Deus em primeiro lugar "soprou em [Adão] narinas o fôlego da vida" (Gn 2:7). O simples ato de respirar sobre os discípulos era, portanto, um emblema significativo em vários níveis. Desde então, todo o cristão recebeu o Espírito Santo no momento da salvação (Rm 8:9). O que Cristo estava realmente dizendo é que qualquer cristão pode declarar que aqueles que verdadeiramente se arrepender e crer no evangelho terão seus pecados perdoados por Deus. Por outro lado, eles podem advertir que aqueles que rejeitam Jesus Cristo vai morrer em seus pecados (8.24; Hb 10:26-27.).

    Isso não era nova informação aos discípulos, já que o Senhor tinha falado palavras muito semelhantes muito antes em Cesaréia de Filipe: "Eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligardes na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que desligares na terra terá sido desligado nos céus "(Mt 16:19).

    Aqui Jesus falou da autoridade delegada de crentes. Ele disse a Pedro, os Doze, e por extensão a todos os crentes, que tinham a autoridade para declarar que está vinculado no pecado e que está livre do pecado. Ele disse que os crentes têm as "chaves do reino", o reino da salvação, porque eles têm a verdade do evangelho que salva (Rm 1:16; 1 Cor. 1: 18-25.). Os cristãos podem declarar que um pecador é perdoado ou não perdoado com base em como pecador que responde ao evangelho da salvação.

    A autoridade da igreja para dizer a alguém que ele está perdoado ou que ele ainda está em pecado vem diretamente da Palavra de Deus. Em Mateus 18:15-20, o Senhor ensinou a Seus discípulos (e, por extensão, todos os crentes) que se um crente professo se recusa a virar a partir de seu pecado, mesmo depois de ser confrontado privada (vv 15-16.) E publicamente repreendidos (v. 17), então a igreja é ordenado a tratar o indivíduo como um incrédulo. Aqueles dentro da igreja tem tanto a autoridade quanto a obrigação de chamar o irmão pecador de volta ao arrependimento (vv. 18-20), e deixá-lo saber que por causa de sua flagrante desrespeito para com a Palavra de Deus, ele tem se consideram perdidas comunhão com o povo de Deus. A realidade é que ele pode não ser um filho de Deus em tudo (Jo 8:42; Jo 14:15; 2Co 13:52Co 13:5).

    Os crentes têm a autoridade para fazer isso, porque Deus lhes deu a Sua Palavra como o padrão supremo pelo qual julgar. Sua autoridade não vem do nada dentro deles; não se baseia em sua própria justiça pessoal, dons espirituais, ou a posição eclesiástica. Em vez disso, vem a autoridade da Palavra de Deus.
    Aquilo que as Escrituras afirmam, os cristãos podem dogmaticamente e, sem hesitar, afirmar; o que as Escrituras denunciar, os cristãos podem autoridade e assumidamente denunciar. Os crentes não decidir o que é certo ou errado, mas eles são a declarar com ousadia o que Deus claramente revelada em Sua Palavra. Porque as Escrituras apresentam o pecado como uma afronta a Deus, o Seu povo deve ser fiel a enfrentá-lo. Na medida em que o seu julgamento corresponde com as Escrituras, eles podem ter certeza de que se harmoniza com o julgamento de Deus no céu.

    Quando as pessoas rejeitam a mensagem salvífica do Evangelho, negando a pessoa e obra de Jesus Cristo, a igreja tem autoridade divina, baseada na Palavra revelada de Deus, para dizer-lhes que eles vão perecer no inferno se não se arrependerem (13 1:42-13:5'>Lucas 13:1 —5; conforme Jo 3:18; 1Co 16:221Co 16:22).. Por outro lado, quando as pessoas professam a fé em Cristo como seu Salvador e Senhor, a igreja pode-se afirmar que a profissão, se é genuíno, com base-confiança igual em passagens como Rm 10:9;. Ef 5:23), a Palavra de Cristo (Cl 3:16) é a autoridade suprema dentro da igreja. Quando os crentes agir e falar de acordo com a Sua Palavra, eles podem fazê-lo sabendo que Ele está em acordo com eles.

    Aparência de Cristo de Tomé

    Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Então os outros discípulos estavam dizendo-lhe: "Vimos o Senhor!" Mas ele lhes disse: "Se eu não vir nas suas mãos a marca dos pregos, e não meter o dedo no lugar dos cravos, e coloquei minha mão no seu lado, não acreditarei". Após oito dias Seus discípulos estavam novamente dentro, e Tomé com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco". Depois disse a Tomé: "Põe aqui com o dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão e põe-na no Meu lado;. E não sejas incrédulo, mas crente" Tomé respondeu, e disse-lhe: "Meu Senhor e meu Deus!" Jesus disse-lhe: "Porque me viste, você acredita? Bem-aventurados os que não viram e creram." Portanto, muitos outros sinais de Jesus também realizada na presença dos discípulos, que não estão escritos neste livro; mas estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus; e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. (20: 24-31)

    Nem todos os apóstolos estiveram presentes na primeira aparição de Jesus. Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Tomé foi apelidado de Dídimo, ("gêmeo") pela razão óbvia de que ele tinha um irmão gêmeo (que não aparece nas Escrituras). Os Evangelhos Sinópticos mencioná-lo apenas nas listas dos doze apóstolos; os detalhes de seu personagem vem do Evangelho de João.

    Tomé foi o eterno pessimista. Como Bisonho nas Winnie O Pooh histórias, ele era uma pessoa melancólica, com uma habilidade fantástica para encontrar a nuvem escura em cada fresta de esperança.Tomé aparece pela primeira vez no Evangelho de João em conexão com a história da ressurreição de Lázaro. Aghast que Jesus planejava voltar para a vizinhança de Jerusalém, onde os judeus tinham recentemente tentou matá-lo (11: 8), Tomé exclamou fatalista, "Vamos nós também, para que possamos morrer com Ele" (v. 16) . Mas o pessimismo de Tomé não deve ser permitido para obscurecer a sua coragem; embora ele pensou que a situação era desesperadora, ele, no entanto, estava disposto a colocar sua vida em risco para o Senhor. Seu amor por Jesus foi tão forte que ele teria preferido morrer com Ele, em vez de ser separados de Deus.
    Tomé seguinte aparece no cenáculo. Jesus tinha acabado de anunciar sua partida iminente (14: 2-3), e lembrou os discípulos que sabia onde ele estava indo. Desolado que Jesus estava indo embora, Tomé prontamente o contradisse, dizendo desanimado: "Senhor, não sabemos para onde vais, como podemos saber o caminho?" (14: 5), sugerindo tal devoção que ele parecia pensar que seria melhor morrer com o seu Senhor que para tentar encontrá-lo mais tarde. Tal era seu amor por Cristo.
    É muito ruim que Tomé perdeu a aparência do Senhor. Por que ele não existe? Foi devido ao seu ser negativo, pessimista, mesmo melancolia? Será que ele estava em algum lugar de sentir pena de si mesmo, porque o seu pior medo se tornou realidade?
    Tomé pode ter se sentido sozinho, traído, abandonado. Suas esperanças podem ter sido esmagado. O que ele tinha amado tão grandemente tinha ido embora e seu coração estava irremediavelmente rasgada. Ele não pode ter sido em um modo de socialização. Talvez a ser sozinho parecia melhor. Ele não poderia estar em uma multidão, mesmo com seus amigos.
    Mas quando Tomé voltar de onde quer que ele tinha sido, os outros discípulos foram exuberantemente e ansiosamente dizendo-lhe: "Nós vimos o Senhor!" Mas ele não queria nada com ele. Tomé estava certo de que ele nunca iria ver Jesus novamente. Ele se recusou a colocar suas esperanças, apenas para tê-los correu mais uma vez, então ele anunciou com ceticismo, "Se eu não vir nas suas mãos a marca dos pregos, e não meter o dedo no lugar dos cravos, e coloquei minha mão em Seu lado, não acreditarei ". Foi essa observação que lhe rendeu o apelido de "São Tomé". Mas o histórico dos outros dez apóstolos não era melhor; eles também haviam zombado os relatórios iniciais da ressurreição (Marcos 16:10-13; Lucas 24:9-11) e não crer nas Escrituras, que predisseram-lo (20: 9; Lucas 24:25-26). O que fez Tomé diferente não era que sua dúvida foi maior, mas que sua tristeza era maior.

    Tomé logo seria retomado em sua oferta cético. Após oito dias os discípulos estavam novamente dentro, mas desta vez Tomé estava com eles. Mais uma vez, as portas foram fechadas, e uma vez mais que provado ser qualquer impedimento para o Senhor ressuscitado . Como tinha feito oito dias antes, Jesus veio em e ficou no meio deles. Ele imediatamente destacou Tomé. Sempre o simpático Sumo Sacerdote (He 4:15), Jesus delicAdãoente com amor, com compaixão disse a ele, "Reach aqui com o dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão e põe-na no Meu lado; e não ser incrédulo, mas crente. " O Senhor encontrou Tomé no ponto de sua fraqueza e dúvida, sem repreensão porque sabia erro de Tomé foi conectado ao seu profundo amor. Em compaixão paciente, Ele deu Tomé a prova empírica que ele havia exigido.

    Isso foi o suficiente para o que duvida; seu ceticismo melancolia dissolvido para sempre à luz da evidência irrefutável na pessoa de confrontá-lo. Oprimido, ele fez talvez a maior confissão de qualquer dos apóstolos, rivalizando apenas com a confissão de Pedro de Jesus como o Messias (Mt 16:16.), Exclamando: "Meu Senhor e meu Deus!" Significativamente, Jesus não corrigi-lo, mas aceitou a afirmação de Sua divindade de Tomé. De fato, Ele elogiou Tomé por sua fé, dizendo -lhe: "Porque me viste, você acredita?" Mas, olhando em frente para o momento em que a evidência tangível, físico Tomé tinha testemunhado já não estar disponível, o Senhor pronunciou as "abençoado ... que não viram e creram" (conforme 2Co 5:7). Aqueles que nunca vai ver a evidência física de subir, terá um maior grau de Cristo do Espírito Santo para capacitar a fé na ressurreição. Esta é a segunda beatitude neste evangelho (conforme 13:17). Blessed não apenas transmitir uma condição de felicidade, mas também declara o destinatário para ser aceito por Deus.

    Deve-se notar que as palavras do Senhor não indicam qualquer coisa defeituosa sobre a fé de Tomé.
    A fé de Tomé não são depreciados ... ", mas para o fato de que Tomé e os outros apóstolos viram o Cristo encarnado não teria havido nenhuma fé cristã em tudo Conforme 1:18, 50f .; 02:11;. 4:45; 6: 2; 09:37; 14: 7, 9; 19:35 "(. Barrett, p
    573) .... crentes mais tarde vir a fé através da palavra dos crentes anteriores (17:20). Bem-aventurados, então, são aqueles que não podem compartilhar "experiência de visão, mas que, em parte porque eles lêem de Tomé Tomé experiência, vir a partilhar a fé de Tomé. (DA Carson, O Evangelho Segundo João, O Pillar New Testament Commentary (Grand Rapids: Eerdmans, 1991), 660)

    A confissão de Tomé e resposta de Cristo são uma vantagem de montagem no mapa recapitulativo de João de sua meta e objetivo ao escrever seu evangelho: Portanto, muitos outros sinais Jesus também realizadas na presença dos discípulos, que não estão escritos neste livro (conforme 12: 37; 21:25). Aqueles que não tem e não vai ver o Senhor ressuscitado dependerá este evangelho escrito por João (assim como os outros três) para fornecer a palavra a respeito de Cristo, através da qual o Espírito pode dar-lhes a regeneração e fé (Rm 10:17) .

    E há muitos mais milagrosos sinais que Jesus fez para além dos milagres registrados nos capítulos 2:12 (e os outros Evangelhos), incluindo o maior sinal-da Sua ressurreição, mas elas não são necessárias porque o que foi escrito é suficiente. Esta declaração estabelece que este evangelho de João é sobre os sinais miraculosos que apontam para Jesus Cristo como Senhor e-para efeitos João expressa explicitamente na próxima declaração.

    Mas estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus; e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. Como já foi dito, para expandir este versículo só precisa voltar através de todo o evangelho. Esta é a declaração sumária. Para acreditar que Jesus Cristo é Deus encarnado (1: 1,14), o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (1:29), e a ressurreição ea vida (11:
    25) é acreditar que a verdade que quando aceitou fornece perdão dos pecados e da vida eterna (3:16). O propósito de João é claramente evangelística. Mais uma vez, Carson apropriAdãoente unifica o pensamento:

    O propósito de João não é acadêmico. Ele escreve a fim de que homens e mulheres podem acreditar certa verdade proposicional, a verdade de que o Cristo, o Filho de Deus, é Jesus, o Jesus cujo retrato é desenhado neste Evangelho. Mas essa fé não é um fim em si mesmo. Ele é direcionado para o objetivo de, a salvação escatológica pessoal: . para que, crendo, tenhais vida em seu nome . Isso ainda é o propósito deste livro hoje, e no coração da missão cristã (v.21) ( João, 663. itálico no original.)


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31

    João 20

    O amor surpreendido — Jo 20:1-10

    Ninguém amou tanto a Jesus como Maria Madalena. Lucas nos diz que sete demônios saíram dela. Jesus fazia algo por Maria que nenhum outro pôde fazer e Maria jamais o esqueceu. A tradição sempre afirmou que Maria era uma pecadora empedernida a quem Jesus recuperou, perdoou e purificou.
    Henry Kingsley tem um poema muito belo sobre Maria Madalena.

    Madalena na porta de Miguel Atada ao madeiro;
    No espinheiro de José cantava o pássaro,

    'Deixa-a entrar. Deixa-a entrar.'

    'Viu as feridas?', disse Miguel,

    'Conheces teu pecado?'

    'Chegou a tarde, a tarde', cantou o pássaro,

    'Deixa-a entrar. Deixa-a entrar.'

    'Se, vi as feridas,

    E conheço meu pecado.'

    'Conhece-o bem, bem, bem', cantou o pássaro.

    'Deixa-a entrar. Deixa-a entrar.'

    'Não trazes ofertas', disse Miguel,

    'Só trazes pecados.'

    E o pássaro cantou,

    'Arrepende-se, arrepende-se, arrepende-se.'
    'Deixa-a entrar. Deixa-a entrar.'

    Quando cantou até dormir,

    E chegou a noite,

    Veio alguém e abriu a porta de Miguel,

    E entrou Madalena.

    Maria tinha pecado muito e amava muito: a única coisa que podia oferecer era amor.
    Na Palestina era costume visitar a tumba dos seres queridos durante os três dias posteriores a seu enterro. Criam que durante três dias o espírito da pessoa morta dava voltas e esperava perto do sepulcro e que só depois desse tempo ia embora porque o corpo se tornou irreconhecível pela decomposição. Os amigos de Jesus não podiam aproximar-se do sepulcro durante o sábado pois se viajassem nesse dia teriam desobedecido a Lei. O sábado corresponde a nosso sábado de maneira que Maria chegou pela primeira vez ao sepulcro no domingo. Chegou muito cedo. A palavra que se usa para dizer cedo éproi. Esse era o termo técnico para referir-se à última dos quatro vigílias nas quais se dividia a noite: a vigília que ia das três às seis da manhã, Ainda era escuro quando Maria se aproximou do lugar porque não podia tolerar permanecer longe.

    Quando chegou ao sepulcro se sentiu surpreendida e maravilhada. Na antiguidade não se fechavam os sepulcros com portas. Diante da entrada havia uma fenda sobre o solo e se fazia correr uma pedra que fazia as vezes de porta. Por outro lado, Mateus nos diz que as autoridades tinham selado a pedra para assegurar-se de que ninguém a moveria (Mt 27:66). Maria se sentiu esmagada ao ver que alguém tinha movido a pedra. Ela deve ter imaginado duas coisas. Pode ter pensado que os judeus levaram o corpo de Jesus: que, longe de estar satisfeitos havendo-o matado na cruz, estavam infligindo mais profanações a seu cadáver. Também devemos levar em conta que um dos rasgos mais lúgubres do crime na antiguidade era que havia seres indignos que se ocupavam de assaltar sepulcros. Maria pode ter pensado que alguém tinha violado a tumba tirando o corpo de Jesus.

    Tratava-se de uma situação que Maria se sentiu incapaz de enfrentar sozinha. De maneira que voltou para a cidade para buscar a Pedro e João. Maria é o maior exemplo do amor surpreendido. É o exemplo supremo de alguém que continuou amando e crendo apesar de sua incapacidade de compreender. E esses são o amor e a crença que encontram sua glória.

    O GRANDE DESCOBRIMENTO

    João 20:1-10 (continuação)

    Um dos elementos esclarecedores deste relato é que Pedro continuava sendo o líder reconhecido do grupo de apóstolos. Maria se dirigiu a ele. Apesar de sua negação, que já se devia ter difundido por toda parte, Pedro continuava sendo o líder. Estamos acostumados a falar da fraqueza e instabilidade de Pedro mas deve ter havido algo fora do comum em alguém que pôde enfrentar a seus companheiros depois dessa queda desastrosa na covardia. Deve ter tido algo especial esse homem a quem todos estavam dispostos a aceitar como líder inclusive depois de sua ação. A fraqueza de um momento não deve nos impedir de ver a força e a estatura moral de Pedro e o fato de que era um líder nato.
    De maneira que Maria foi buscar a Pedro e João e estes saíram imediatamente em direção ao sepulcro. Foram correndo e João deve ter sido mais jovem que Pedro pois viveu até fins de século, de maneira que ganhou nesta carreira frenética. Quando chegaram ao sepulcro, João olhou para dentro mas não deu mais um passo. Pedro, com sua impulsividade característica, não só olhou mas também entrou. Nesse momento. Pedro agora se sentia esmagado pelo sepulcro vazio. Logo, João começou a imaginar algumas coisas. Se alguém tirou o corpo de Jesus ou se entraram ladrões de sepulcros por que teriam que deixar os tecidos? E imediatamente algo mais lhe chamou a atenção: os tecidos não estavam desordenados: jaziam ainda em suas dobras, esse é o significado das palavras gregas, as roupas do corpo onde ele esteve: o sudário onde esteve a cabeça. O sentido da descrição aponta para o fato de que os tecidos não estavam postos como se alguém os tivesse tirado. Estavam dispostos com as dobras primitivas como se o corpo de Jesus se evaporou e os tivesse deixado ali. Tudo isto penetrou de repente na mente de João: deu-se conta do que tinha acontecido e creu. Não foi o que tinha lido nas Escrituras o que o convenceu de que Jesus tinha ressuscitado: convenceu-se pelo que viu com seus próprios olhos.

    É extraordinário o papel que desempenha o amor neste relato. Foi Maria, que amava tanto a Jesus, quem chegou em primeiro lugar ao sepulcro. João, o discípulo a quem Jesus amava e que amava a Jesus, foi o primeiro em crer na ressurreição. Essa sempre será a grande glória de João. Foi o primeiro em compreender e crer. O amor lhe deu olhos para ler os sinais e uma mente para compreender.
    Aqui temos a grande lei da vida. É certo que em qualquer tipo de trabalho não podemos interpretar por completo a mente de outra pessoa a menos que haja uma corrente de simpatia entre ambos. Ninguém pode falar, ensinar ou escrever com efetividade sobre a vida e a obra de outra pessoa por quem não sente nada. Alguém se dá conta imediatamente quando o diretor de uma orquestra sente simpatia pela obra do compositor cuja música dirige. O amor é o grande intérprete. O amor pode captar a verdade quando o intelecto permanece inseguro. O amor pode entender o sentido de algo sobre o qual a investigação não pode descobrir nada.
    Conta-se que em uma oportunidade um jovem artista levou a Dore um quadro de Jesus que pintor para que o mestre lhe desse sua opinião. Dore demorou para pronunciar-se mas por fim deu seu veredicto em uma só frase: "Você não o ama, do contrário o pintaria melhor".

    Não podemos entender a Jesus ou ajudar a outros a que o compreendam a menos que lhe entreguemos tanto nossos corações como nossas mentes.

    O GRANDE RECONHECIMENTO

    João 20:11-18

    Alguém disse que este relato é a cena de reconhecimento mais sublime de toda a literatura. A Maria pertence a glória de ter sido primeira a ver o Cristo Ressuscitado. Todo o relato está imbuído de sinais do amor de Maria. Tinha voltado ao sepulcro, levou a mensagem a Pedro e João e logo estes a devem ter deixado atrás em sua carreira rumo ao sepulcro. Quando Maria chegou, os outros dois já não deviam estar ali. De maneira que ficou chorando.
    Não há necessidade de buscar razões muito complicadas para entender por que Maria não reconheceu a Jesus. O fato muito singelo e emocionante é que ela não o podia ver através das lágrimas. Toda sua conversação com a pessoa a quem tomou pelo jardineiro manifesta seu amor. “Se tu o tiraste, dize-me onde o puseste”. Jamais mencionou o nome de Jesus; pensava que qualquer um saberia de quem estava falando. Sua mente estava tão ocupada com Jesus que não havia outra pessoa no mundo para ela. “Eu o levarei”. Como poderia fazer isso com seu força de mulher? Onde o ia levar? Nem sequer tinha pensado nestes problemas. Seu único desejo era chorar seu amor sobre o corpo morto de Jesus. Logo que respondeu à pessoa a quem confundiu com o jardineiro deve ter retornado ao sepulcro pois não podia tirar os olhos dele, de maneira que deu as costas a Jesus. Logo chegou a única palavra de Jesus, "Maria!" e sua resposta, "Mestre!" (Raboni não é mais que a forma aramaica de Rabino; não há nenhuma diferença entre as duas palavras).

    De modo que vemos que houve duas razões muito simples e, não obstante, muito profundas, pelas quais Maria não reconheceu a Jesus.

    1. Não o pôde reconhecer pelas lágrimas. Estas lhe cegavam os olhos de maneira tal que não podia ver. Quando perdemos um ser amado, alguém a quem queríamos, sempre há dor em nosso coração e lágrimas em nossos olhos, embora não as derramemos.

    Entretanto, há algo que sempre devemos ter em mente: nesse momento nossa dor é essencialmente egoísta. Pensamos em nossa solidão, nossa dor, nossa perda e desolação. Não podemos chorar por alguém que foi viver com Deus; não podemos chorar por alguém que depois da febre enlouquecedora da vida, dorme em paz. Choramos por nós mesmos. É natural e inevitável. Não obstante, jamais devemos permitir que nossas lágrimas nos ceguem à glória do céu e da vida eterna. Deve haver lágrimas mas através delas devemos vislumbrar a glória.

    1. Não pôde reconhecer a Jesus porque insistia em dirigir seu olhar na direção equivocada. Não podia tirar os olhos do sepulcro e dava as costas a Jesus. Isto também nos acontece com freqüência. Nesses momentos, nossos olhos estão fixos na terra fria do sepulcro. Mas devemos arrancar os olhos dali. Não é ali onde estão nossos seres queridos; aí estão seus corpos cansados mas o corpo não é a pessoa. A verdadeira pessoa está nos lugares celestiais em companhia de Jesus e na glória de Deus.

    Quando nos chega a dor não devemos permitir que as lágrimas ceguem nossos olhos e lhes impeçam de ver a glória. Tampouco devemos atar nossos olhos à tumba e nos esquecer do céu.

    Alan Walker no Everybody's Calvary (O calvário de todos) conta— nos que uma vez oficiou um funeral para gente que só o via como uma formalidade e que careciam tanto de fé como de relações cristãs. "Quando terminou o serviço, um jovem olhou para dentro da tumba e disse, com o coração destroçado, 'Adeus, papai'. Para os que não têm a esperança cristã, esse é o fim. Para nós, pelo contrário, nesse momento é 'Até logo!' e, literalmente significa 'Até que nos voltemos a encontrar'.

    COMPARTILHANDO AS BOAS NOVAS

    João 20:11-18 (continuação)

    Nesta passagem há uma dificuldade muito concreta. Quando termina a cena de reconhecimento pelo menos à primeira vista, Jesus diz a Maria: “Não me toques; porque ainda não subi ao Pai” (Jo 20:17, TB). Uns poucos versículos mais adiante o encontramos convidando a Tomé a tocá-lo (Jo 20:27). Em Lucas lemos que Jesus convida os discípulos aterrados: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24:39). No relato do Mateus lemos que “elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram” (Mt 28:9). Inclusive a forma da afirmação de João é difícil. Faz Jesus dizer: "Não me toques, porque ainda não subi a meu Pai", para dizer que ele o podia tocar depois da ascensão. Não há uma explicação totalmente satisfatória desta frase.

    1. Tem sido dado um sentido espiritual. Foi sustentado que o único contato real com Jesus chega, em realidade, só depois de sua ascensão. Afirma-se que o que importa não é o contato físico de uma mão com a outra mas o contato que chega através da fé com o Senhor ressuscitado e vivo. O que interessa não é que se possa tocar um corpo mas sim um espírito se possa encontrar com outro. Sem dúvida isso é certo e muito valioso mas não parece ser o sentido desta passagem.
    2. Sugere-se que a versão grega é uma tradução errônea do original aramaico. Jesus, é obvio, falaria a aramaico, não o grego e o que nos dá João é uma tradução ao grego das palavras de Jesus. Sugere-se que o que Jesus disse foi: "Não me toques, mas antes de eu subir a meu Pai vai a meus irmãos e lhes diga..." Seria como se Jesus houvesse dito: "Não ocupe tanto tempo em me adorar na alegria de seu novo descobrimento. Vai e dá a boa nova aos outros discípulos." Pode ser que esta seja a explicação. No idioma grego o imperativo é um presente imperativo. O sentido estrito das palavras seria: "Deixa de me tocar". Pode ser que Jesus dissesse a Maria: "Não continue ficando comigo de maneira egoísta, pois dentro de pouco tempo voltarei a meu Pai. Quero me encontrar com meus discípulos tantas vezes quanto possível antes que isso ocorra. Vai dar-lhes a boa nova para não perder nem um momento do tempo que podemos estar juntos." Pode tratar-se de uma ordem a Maria de que solte a Jesus, que não se aferre a Ele sozinha mas sim vá dar as santas notícias a outros. Isso faria sentido e foi o que Maria fez.
    3. Há outra possibilidade. Nos outros três Evangelhos sempre se acentua o medo daqueles que reconheceram repentinamente a Jesus. Em Mt 28:10 as palavras de Jesus são: “Não temais!” Em Lc 24:5 se diz que estavam “possuídas de temor". Em Mc 16:8 o relato termina “porque estavam possuídas de medo" (TB). Tal como aparece no relato de João não se menciona este temor profundo. Agora, às vezes os olhos dos escribas que copiavam os manuscritos cometiam enganos pois não eram fáceis de ler. Alguns especialistas crêem que o que João escreveu originariamente não foi Me Aptou, “Não me toques", mas Me ptou, “Não temas". O verbo ptoein significa tremer de medo. Nesse caso, Jesus haveria dito a Maria: "Não temas; ainda não subi a meu Pai, ainda estou contigo."

    Nenhuma explicação desta frase de Jesus é completamente satisfatória mas possivelmente a segunda seja a mais conveniente das três que consideramos. Seja o que for que tenha ocorri, Jesus enviou Maria e os discípulos com a mensagem de que o que Ele lhes disse tantas vezes estava por acontecer: estava para ir ao seu Pai. E Maria chegou com a notícia: “Vi o Senhor!”

    Nessa mensagem de Maria está contida a própria essência do cristianismo. Um cristão é alguém que pode dizer: "Vi o Senhor." O cristianismo não significa saber coisas sobre Jesus, significa conhecer a Jesus. Não significa discutir sobre Jesus, significa encontrá-lo. Significa a certeza da experiência de que Jesus vive.

    A COMISSÃO DE CRISTO

    João 20:19-23

    O mais provável é que os discípulos continuassem reunindo-se no cenáculo, onde tinham celebrado a Última Ceia. Mas se reuniam com um sentimento semelhante ao terror. Tinham medo; conheciam o rancor amargo dos judeus, tinham planejado a morte de Jesus e os discípulos temiam que o fizessem com eles. De maneira que se reuniam com temor, ouviam com atenção para descobrir um passo na escada ou um golpe na porta pensando que os emissários do Sinédrio pudessem ir prendê-los. Enquanto estavam sentados, Jesus apareceu de repente no meio deles. Pronunciou a saudação comum e cotidiana dos orientais: “Paz seja convosco!” Significa muito mais que: "Desejo que vocês não tenham problemas." Quer dizer: "Que Deus lhes outorgue todo o bem." Logo Jesus deu aos discípulos a ordem que a Igreja jamais deve esquecer.

    1. Disse-lhes que tal como Deus o enviou, Ele os enviava. Isto é o que Westcott denominou "A missão da Igreja." Significa três coisas.
    2. Significa que Jesus Cristo precisa da Igreja. Isto é exatamente o que quis dizer Paulo ao referir-se à Igreja como "o corpo de Cristo" (Ef 1:23; 1Co 12:121Co 12:12). Jesus tinha vindo com uma mensagem para todos os homens: agora voltava ao Pai; não se podia levar essa mensagem aos homens a menos que a Igreja o fizesse. A Igreja devia ser a boca que falasse por Jesus, os pés que levassem suas mensagens, as mãos que fizessem seu trabalho. A mensagem de Cristo foi entregue nas mãos da Igreja. Jesus não podia converter-se em posse e Salvador do mundo a menos que a Igreja levasse seu história a todo o inundo. Portanto, o primeiro sentido desta passagem é que Jesus depende de sua Igreja.
    3. Significa que a Igreja precisa de Jesus. A pessoa a ser enviada precisa de alguém que o envie; precisa de uma mensagem; precisa de uma força e uma autoridade que apóiem sua mensagem; precisa de alguém para a quem dirigir-se quando duvida ou tem dificuldades. A Igreja precisa de Jesus. Sem Ele não há mensagem, não há poder; sem Ele não há a quem dirigir-se quando há problemas, não há ninguém que a ilumine, que dê poder a seu braço e que alente seu coração. De modo que isto significa que a Igreja depende de Jesus.
    4. Entretanto, há algo mais: O fato de enviar a Igreja da de Jesus corre paralelo ao envio de Jesus da parte de Deus. Mas ninguém pode ler a história do Quarto Evangelho sem perceber que a relação entre Jesus e Deus dependia continuamente da obediência, da submissão e do amor perfeitos de Jesus para com Deus. Jesus só podia ser o mensageiro de Deus porque lhe oferecia essa obediência e esse amor perfeitos. Disso se deduz que a Igreja só pode ser a mensageira e o instrumento de Cristo quando o ama e lhe obedece de maneira perfeita. A Igreja jamais ocupar— se em proclamar sua própria mensagem mas a mensagem de Cristo. Jamais deve ocupar-se em seguir sua política elaborada pelos homens; deve ocupar-se em seguir a vontade de Cristo. A Igreja fracassa quando tenta resolver algum problema a partir de sua própria sabedoria e força e não busca a vontade e a guia de Jesus Cristo.
    5. Jesus soprou sobre seus discípulos e lhes deu o Espírito Santo. Não há dúvida de que quando João falava deste modo pensava no antigo relato da criação do homem. O autor daquele passagem diz: “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.” (Gn 2:7).

    Esta foi a mesma imagem que Ezequiel viu ao vislumbrar o vale dos ossos mortos e secos e ouviu que Deus dizia ao vento: “Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam” (Ez 37:9). A vinda do Espírito Santo é como uma nova criação; é como o despertar da morte para a vida. Quando o Espírito Santo vem sobre esta Igreja é despertada e recriada para sua tarefa.

    1. Jesus disse aos discípulos: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes são perdoados; e, àqueles a quem os retiverdes, lhes são retidos.” Trata-se de uma frase que devemos nos esforçar por compreender com cuidado. Há uma coisa segura: ninguém pode perdoar os pecados de outro. Mas há outra coisa que também é certa: o grande privilégio da Igreja é comunicar a mensagem, o anúncio e o fato do perdão de Deus aos homens.

    Agora, suponhamos que alguém nos traz uma mensagem de outra pessoa, nossa aceitação e valorização da mensagem dependerá de quão bem o portador conheça a pessoa que o enviou. Se alguém se oferecer para interpretar o pensamento de um terceiro, sabemos que o valor da interpretação depende de sua intimidade com essa pessoa.
    Os apóstolos tinham o maior direito de levar a mensagem de Jesus aos homens porque eram aqueles que melhor o conheciam. Se sabiam que alguém era realmente penitente, podiam lhe anunciar com absoluta certeza o perdão de Cristo. Do mesmo modo, se sabiam que no coração de uma determinada pessoa não existia o menor sentimento de penitência ou que brincava com o amor e a misericórdia de Deus, podiam lhe dizer que a menos que mudasse seu coração não receberia o perdão. Esta frase não significa que alguma vez se confiou a alguém o perdão dos pecados. Significa que foi confiado o poder de proclamar tal perdão assim como o poder de advertir que esse perdão não está à disposição daqueles que não se arrependem. Esta frase estabelece o dever da Igreja de levar o perdão aos de coração arrependido e de advertir àqueles que não o estão que brincam com a misericórdia de Deus.

    O INCRÉDULO CONVENCIDO

    João 20:24-29

    Para Tomé a cruz não foi nenhuma surpresa; era o que esperava. Quando Jesus propôs ir a Betânia depois de receber a notícia da enfermidade de Lázaro, a reação de Tomé foi: “Vamos também nós para morrermos com ele.” (Jo 11:16). Tomé nunca teve falta de coragem mas era pessimista por natureza. Não se pode duvidar de que Tomé amava a Jesus. Amava-o o suficiente para ir a Jerusalém para morrer com Ele quando os outros discípulos titubearam e sentiram medo. Tinha sucedido o que Tomé previu mas, apesar disso, sentia-se destroçado. Tinha o coração tão pesaroso que não podia encontrar-se com outras pessoas, só queria estar a sós com sua dor.

    O rei Jorge V costumava dizer que um dos lemas de sua vida era: "Se tiver que sofrer, espero ser como um animal bem educado e sofrer a sós."
    Tomé devia enfrentar seu sofrimento e sua dor a sós. De maneira que quando Jesus voltou, Tomé não estava presente e a notícia de que Jesus retornou lhe parecia muito boa para ser verdade. pelo que se negou a crê-la. Sendo belicoso em seu pessimismo, afirmou que jamais creria que Jesus ressuscitou dentre os mortos até que ver e tocar na marca dos pregos em suas mãos e até que pusesse o dedo na ferida que fez a lança em seu lado. (Não se menciona alguma ferida nos pés de Jesus porque na crucificação não se cravavam os pés, simplesmente eram atados à cruz).
    De maneira que passou outra semana e Jesus retornou e desta vez Tomé estava presente. E Jesus conhecia o coração de Tomé. Repetiu suas próprias palavras e o convidou a fazer a prova que tinha proposto. E o coração de Tomé se encheu de amor e devoção; tudo o que atinou a dizer foi: “Senhor meu e Deus meu!” De modo que Jesus lhe disse: "Tomé, você precisou dos olhos físicos para crer, mas virá o dia quando os homens verão com os olhos da fé e crerão."
    Neste relato, aparece com toda clareza a personalidade de Tomé.

    1. Tomé cometeu um engano. Afastou-se da comunidade cristã. Buscou a solidão antes que a união com os outros. E como não estava junto com seus irmãos cristãos perdeu a primeira aparição de Jesus. Perdemos muitas coisas quando nos separamos da comunidade cristã e buscamos estar sozinhos. Podem-nos acontecer certas coisas dentro da comunidade da Igreja de Cristo que não nos podem passar quando estamos sozinhos. Quando experimentamos a dor e a tristeza nos embarga costumamos nos encerrar em nós mesmos e nos negamos a ver outras pessoas. Esse é o momento quando, apesar da dor, deveríamos buscar a companhia das pessoas de Cristo porque ali é onde o encontraremos face a face com maior probabilidade.
    2. Mas Tomé tinha duas grandes virtudes. Negava-se por completo a dizer que cria quando não fosse verdade. Jamais diria que entendia quando não entendia ou que cria quando não cria. Há uma certa honestidade sem rodeios em Tomé. Jamais acalmaria as dúvidas simulando que não existiam. Não era o tipo de homem que repetiria um credo como se fosse um papagaio sem entender o que dizia. Tinha que estar seguro e tinha razão.

    Tennyson escreveu:

    Há mais fé na dúvida honesta,
    Creiam-me, que na metade dos credos.

    Há mais fé verdadeira no homem que insiste em certificar-se que naquele que repete bobamente coisas que jamais pensou e nas quais não crê. Esse é o tipo de dúvida que, no fim das contas, conduz à certeza.

    1. A outra grande virtude de Tomé é que quando esteve seguro continuou até o fim. “Senhor meu e Deus meu!” disse. Não havia meias tintas para ele. Não ventilava suas dúvidas para praticar uma espécie de acrobacia mental. Duvidava a fim de estar seguro e quando o esteve sua entrega à certeza foi total. Se alguém lutar com suas dúvidas até chegar à convicção de que Jesus Cristo é Senhor, chega a uma certeza que nunca alcançará aquele que aceita as coisas sem refletir sobre elas.

    TOMÉ NOS DIAS POSTERIORES

    João 20:24-29 (continuação)

    Não sabemos com certeza o que aconteceu com Tomé nos dias posteriores. Entretanto, há um livro apócrifo chamado Os Atos de Tomé que, conforme afirma, dá-nos a história deste apóstolo. É obvio que não é mais que uma lenda mas pode ser que haja algo de verdade nela. Sem dúvida, Tomé responde às características de sua personalidade. Esta é parte do relato que conta.

    Depois da morte de Jesus os discípulos dividiram o mundo a fim de que cada um fosse a um país para pregar o evangelho. Coube a Tomé a Índia. Esta parte é verdade: a Igreja tomista do sul da Índia se origina em Tomé. A princípio se negou a ir. Dizia que não era o suficientemente forte para fazer essa longa viagem. Disse: "Sou um homem hebreu; como posso ir entre os índios e pregar a verdade?" Jesus lhe apareceu durante a noite e lhe disse: "Não temas Tomé, vai à a Índia e prega a palavra ali pois minha graça está contigo." Mas Tomé continuou não querendo ir pondo dificuldades.. "Envie-me aonde quiser", disse, "mas a outro lugar porque à Índia não irei."
    Agora, aconteceu que chegou a Jerusalém um comerciante da Índia chamado Abbanes. Foi enviado pelo rei Gundaphoros para buscar um perito carpinteiro e levá-lo à Índia. Tomé era carpinteiro. Jesus apareceu a Abbanes no mercado e lhe disse: "Quer comprar um carpinteiro?" Abbanes respondeu, "Sim". Jesus lhe disse: "Tenho um escravo que é carpinteiro e desejo vendê-lo" e apontou aonde estava Tomé. De maneira que ficaram de acordo sobre o preço e Tomé foi vendido. O acordo dizia assim: "Eu, Jesus, filho de José o carpinteiro, dou fé de que vendi a meu escravo, de nome Tomé, a Abbanes, um mercado do Gundaphoros, rei dos índios". Quando foi assinado o acordo, Jesus buscou Tomé e o levou perante Abbanes. Este lhe perguntou: "É este seu amo?" Tomé respondeu, "Por certo que sim". Abbanes disse: "Comprei-te." Tomé não disse nada, porém no dia seguinte se levantou cedo e orou. Depois da oração disse a Jesus: "Irei onde tu queiras, Senhor Jesus; faça-se a tua vontade". É o mesmo Tomé, lento mas seguro, lento para render-se mas uma vez que o faz, sua entrega é total.
    O relato prossegue contando que Gundaphoros ordenou a Tomé que construísse um palácio e este respondeu que era capaz de fazê-lo. O rei lhe deu suficiente dinheiro para comprar os materiais e contratar operários mas Tomé deu tudo aos pobres. Sempre dizia ao rei que o palácio ia muito bem. O rei começou a suspeitar. Por último mandou chamar Tomé: "Você construiu o meu palácio?" perguntou-lhe. Tomé respondeu: "Agora não pode vê-lo mas quando abandonar esta vida o verá". No princípio o rei se sentiu muito zangado e a vida de Tomé corria perigo mas por último também ele foi conquistado para Cristo. E assim foi como Tomé levou o cristianismo à Índia.

    Há algo muito amável e digno de admiração em Tomé. A fé nunca lhe foi fácil; tampouco lhe surgia espontaneamente a obediência. Era um homem que tinha que estar seguro. Tinha que avaliar os custos. Mas uma vez que estava seguro e que tinha avaliado o preço, chegava até o limite da fé e da obediência. Uma fé como a de Tomé é melhor que qualquer afirmação sem sentido e uma obediência como a de Tomé é melhor que uma aceitação fácil que faz qualquer um sem avaliar o custo e que logo não cumpre sua palavra.

    O OBJETIVO DO EVANGELHO

    João 20:30-31

    É evidente que segundo o plano original do evangelho, termina com este versículo. Aqui temos o final natural e o capítulo 21 deve ser visto como um apêndice e agregado depois.
    Nenhum outra passagem dos Evangelhos resume com maior clareza o objetivo de seus autores.

    1. É evidente que os Evangelhos nunca se propuseram nem afirmaram dar uma versão completa da vida de Jesus. Não seguem seus passos dia após dia nem hora após hora. Fazem uma seleção. Não nos dão um relatório exaustivo de tudo o que Jesus disse ou fez mas uma seleção de acontecimentos característicos que nos mostram como era e o tipo de coisas que fazia.
    2. Por outro lado, é evidente que os Evangelhos não têm como objetivo ser biografias de Jesus. São chamados ou convites a receber a Jesus como Salvador, Mestre e Senhor. Seu objetivo não era proporcionar informação mas Vida. Seu propósito era pintar uma imagem tal de Jesus que o leitor se visse obrigado a ver que a pessoa que podia falar, ensinar, agir e curar desse modo não podia ser outro senão o Messias e o Filho de Deus e que, ao crer nEle, encontrasse o segredo da vida verdadeira.

    Quando nos aproximamos dos Evangelhos como se fossem uma história ou uma biografia, aproximamo-nos com um ânimo equivocado. Não devemos lê-los principalmente como historiadores que buscam informação mas sim como homens e mulheres que buscam a Deus.


    Dicionário

    Assim

    advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
    Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
    Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
    Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
    conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
    Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
    locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
    locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
    expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
    Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
    Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
    Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

    Como

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Enviar

    verbo transitivo Fazer partir com uma finalidade: enviar uma criança à escola.
    Fazer chegar a, expedir, remeter, endereçar: enviar uma carta.
    Arremessar, lançar: enviar a bola.

    remeter, mandar, despachar, expedir. – Enviar é “dirigir, pôr a caminho”. – Remeter é “fazer chegar às mãos, à posse daquele a quem se envia”. – Mandar é “enviar alguém para algum fim, ou expedir alguma coisa pelas próprias mãos”. – Despachar é “desimpedir, deixar sair”. – Expedir é “fazer seguir”. – Enviam-se encomendas; enviam-se representantes, ou empregados; enviam-se cumprimentos, ou felicitações, ou saudades, ou pêsames. Remetemos a um amigo o que ele nos pede; a um freguês, a fatura de gêneros de sua ordem. Remetem-se também os presos escoltados. Manda-se uma pessoa cumprimentar os noivos; manda-se um presente ao menino aniversariante. Despachou logo o “próprio” com a solução do negócio. Expedem-se ordens, principalmente; mas também se expedem mercadorias, cartas, veículos, etc.

    Envio

    envio s. .M Ato de enviar.

    Jesus

    interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
    Ver também: Jesus.
    Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.

    Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)

    Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

    [...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

    [...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

    [...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

    [...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

    Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

    Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

    Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

    Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
    Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

    Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

    Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

    [...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

    Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
    Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

    [...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    [...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

    [...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

    Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

    [...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

    Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    [...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

    [...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    J [...] é o guia divino: busque-o!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

    [...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

    [...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

    De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

    [...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

    [...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

    [...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

    [...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

    Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

    [...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

    [...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

    Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
    Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

    Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

    [...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

    esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

    Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

    Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

    Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

    [...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

    Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

    [...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

    Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

    Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

    Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

    [...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

    J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    [...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

    Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

    Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

    Jesus é a história viva do homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

    [...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

    [...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

    Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

    [...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

    [...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

    [...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

    [Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

    [...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

    Jesus é também o amor que espera sempre [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

    J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

    [...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

    [...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] é a única porta de verdadeira libertação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

    [...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

    Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

    Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o salário da elevação maior.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    [...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

    [...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

    [...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

    [...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

    Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

    [...] é a verdade sublime e reveladora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

    Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

    [...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

    [...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92


    Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

    O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

    Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

    Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

    Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

    O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

    Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

    Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

    Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

    Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

    Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

    No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

    O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

    Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

    2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

    Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

    Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

    3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

    Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

    À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

    R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.


    Pai

    Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

    Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

    [...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16


    Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.

    Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    Paz

    substantivo feminino Calma; estado de calmaria, de harmonia, de concórdia e de tranquilidade.
    Sossego; em que há silêncio e descanso.
    Falta de problemas ou de violência; relação tranquila entre pessoas.
    [Política] Circunstância em que certos países não estão em guerra ou conflito; anulação das hostilidades entre nações, estabelecida por acordos de amizade.
    [Psicologia] Calma interior; estado de espírito de quem não se perturba.
    Fazer as pazes. Reconciliar-se com quem se tinha brigado.
    Paz armada. Paz sustentada pelo temor que os inimigos têm um do outro.
    Etimologia (origem da palavra paz). Do latim pax.pacis.

    O conceito bíblico de paz tem na raiz o significado de “totalidade”, de “inteireza” ou de “perfeição”. Entre as importantes gradações de sentido, temos “realização”, “maturidade”, “saúde”, “integridade”, “harmonia”, “segurança”, “bem-estar” e “prosperidade”. Conota, também a ausência de guerra e de perturbação.

    A suprema paz é fruto do esforço despendido para desenvolver a inteligência e alcançar as culminâncias da bondade.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    A suprema paz [...] é um estado de pureza de consciência e, para chegar a esse estado, o caminho é aquele que a Humanidade terrena, devido ao seu atraso espiritual, ainda não se decidiu a trilhar: o caminho do Amor e da Justiça!
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 50

    P [...] a paz não é conquista da inércia, mas sim fruto do equilíbrio entre a fé no Poder Divino e a confiança em nós mesmos, no serviço pela vitória do bem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3

    [...] A paz tem que ser um reflexo de sentimentos generalizados, por efeito de esclarecimento das consciências.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Paz não é indolência do corpo. É saúde e alegria do espírito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 79

    No campo da evolução, a paz é conquista inevitável da criatura.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 10


    Paz Tradução do hebraico “SHALOM”, que não significa apenas ausência de guerra, inimizade e brigas, mas inclui também tranqüilidade, segurança, saúde, prosperidade e bem-estar material e espiritual para todos (Sl 29:11; Jo 20:21).

    Paz Estado de tranqüilidade e harmonia que não se limita à ausência de guerra (Lc 14:32), mas que procede, fundamentalmente, da ação do messias de Deus (Lc 1:79; 2,14). Precisamente por essas características, a paz de Jesus é muito diferente da oferecida pelo mundo (Mt 10:34; Jo 14:27). Está alicerçada na ressurreição de Jesus (Jo 20:19-23); Senhor e Deus (Jo 20:28) e, por isso, suporta até mesmo a perseguição (Jo 16:33). É essa paz concreta que os filhos de Deus (Mt 5:9) difundem e anunciam ao mundo (Lc 7:50; 10,5).

    Seja

    seja conj. Usa-se repetidamente, como alternativa, e equivale a ou: Seja um seja outro. Interj. Denota consentimento e significa de acordo!, faça-se!, vá!

    Vez

    substantivo masculino Dado momento; certa ocasião, circunstância ou período de tempo: uma vez ele apareceu na loja e fez um escândalo enorme.
    Turno; momento que pertence a alguém ou a essa pessoa está reservado: espere a sua vez!
    Ocasião; tendência para que algo se realize; em que há oportunidade: deste vez irei à festa!
    Acontecimento recorrente; ocorrência de situações semelhantes ou iguais: ele se demitiu uma vez; já fui àquele restaurante muitas vezes.
    Parcela; usado para multiplicar ou comparar: vou pagar isso em três vezes; três vezes dois são seis.
    locução adverbial Às vezes ou por vezes: só vou lá de vez em quando.
    De uma vez por todas. Definitivamente: ele foi embora de uma vez por todas.
    De vez em quando ou de quando em vez. Quase sempre: vou ao trabalho de vez em quando.
    De vez. De modo final: acabei de vez com meu casamento!
    Desta vez. Agora; neste momento: desta vez vai ser diferente.
    locução prepositiva Em vez de, em lugar de.
    Era uma vez. Em outro tempo: era uma vez um rei que.
    Uma vez na vida e outra na morte. Muito raramente: tenho dinheiro uma vez na vida e outra na morte.
    Etimologia (origem da palavra vez). Do latim vice.

    vez (ê), s. f. 1. Unidade ou repetição de um fato: Uma vez. Cinco vezes. 2. Tempo, ocasião, momento oportuno para agir: Falar na sua vez. 3. Ensejo, oportunidade. 4. Dose, pequena porção, quinhão.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    ἔπω αὐτός οὖν Ἰησοῦς πάλιν εἰρήνη ὑμῖν καθώς πατήρ μέ ἀποστέλλω καγώ ὑμᾶς πέμπω
    João 20: 21 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Então, disse Jesus novamente: Paz seja convosco; assim como meu Pai me enviou, também eu vos envio.
    João 20: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    9 de Abril de 30
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1515
    eirḗnē
    εἰρήνη
    Paz
    (peace)
    Substantivo - Feminino no Singular nominativo
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2504
    kagṓ
    κἀγώ
    lombos
    (from your loins)
    Substantivo
    G2531
    kathṓs
    καθώς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3767
    oûn
    οὖν
    portanto / por isso
    (therefore)
    Conjunção
    G3825
    pálin
    πάλιν
    Seu coração
    (his heart)
    Substantivo
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G3992
    pémpō
    πέμπω
    enviar
    (having sent)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G649
    apostéllō
    ἀποστέλλω
    ordenar (alguém) ir para um lugar estabelecido
    (having sent forth)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰρήνη


    (G1515)
    eirḗnē (i-ray'-nay)

    1515 ειρηνη eirene

    provavelmente do verbo primário eiro (juntar); TDNT - 2:400,207; n f

    1. estado de tranqüilidade nacional
      1. ausência da devastação e destruição da guerra
    2. paz entre os indivíduos, i.e. harmonia, concórdia
    3. segurança, seguridade, prosperidade, felicidade (pois paz e harmonia fazem e mantêm as coisas seguras e prósperas)
    4. da paz do Messias
      1. o caminho que leva à paz (salvação)
    5. do cristianismo, o estado tranqüilo de uma alma que tem certeza da sua salvação através de Cristo, e por esta razão nada temendo de Deus e contente com porção terrena, de qualquer que seja a classe
    6. o estado de bem-aventurança de homens justos e retos depois da morte

    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    κἀγώ


    (G2504)
    kagṓ (kag-o')

    2504 καγω kago

    ou και εγω também o caso dativo καμοι kamoi, e acusativo καμε kame de 2532 e 1473; conj

    e eu

    eu também, bem como eu, eu da mesma forma, eu do mesmo modo

    1. até eu, até mesmo eu

    καθώς


    (G2531)
    kathṓs (kath-oce')

    2531 καθως kathos

    de 2596 e 5613; adv

    1. de acordo com
      1. justamente como, exatamente como
      2. na proporção que, na medida que

        desde que, visto que, segundo o fato que

        quando, depois que


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὖν


    (G3767)
    oûn (oon)

    3767 ουν oun

    aparentemente, palavra raiz; partícula

    1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

    πάλιν


    (G3825)
    pálin (pal'-in)

    3825 παλιν palin

    provavelmente do mesmo que 3823 (da idéia de repetição oscilatória); adv

    1. de novo, outra vez
      1. renovação ou repetição da ação
      2. outra vez, de novo

        outra vez, i.e., mais uma vez, em adição

        por vez, por outro lado


    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    πέμπω


    (G3992)
    pémpō (pem'-po)

    3992 πεμπω pempo

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 1:398,67; v

    1. enviar
      1. ordenar que algo seja levado a alguém
      2. enviar (empurrar ou inserir) algo para outro

    Sinônimos ver verbete 5813


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἀποστέλλω


    (G649)
    apostéllō (ap-os-tel'-lo)

    649 αποστελλω apostello

    de 575 e 4724; TDNT - 1:398,67; v

    1. ordenar (alguém) ir para um lugar estabelecido
    2. mandar embora, despedir
      1. permitir que alguém parta, para que alcance a liberdade
      2. ordenar a partida de alguém, enviar
      3. expulsar

    Sinônimos ver verbete 5813


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo