Enciclopédia de João 9:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jo 9: 11

Versão Versículo
ARA Respondeu ele: O homem chamado Jesus fez lodo, untou-me os olhos e disse-me: Vai ao tanque de Siloé e lava-te. Então, fui, lavei-me e estou vendo.
ARC Ele respondeu, e disse: O homem, chamado Jesus, fez lodo, e untou-me os olhos, e disse-me: Vai ao tanque de Siloé, e lava-te. Então fui, e lavei-me, e vi.
TB Respondeu ele: Aquele homem chamado Jesus fez lodo, ungiu-me os olhos e disse-me: Vai a Siloé e lava-te; então, fui, lavei-me e fiquei vendo.
BGB ἀπεκρίθη ⸀ἐκεῖνος· ⸂Ὁ ἄνθρωπος ὁ⸃ λεγόμενος Ἰησοῦς πηλὸν ἐποίησεν καὶ ἐπέχρισέν μου τοὺς ὀφθαλμοὺς καὶ εἶπέν μοι ⸀ὅτι Ὕπαγε εἰς ⸀τὸν Σιλωὰμ καὶ νίψαι· ἀπελθὼν ⸀οὖν καὶ νιψάμενος ἀνέβλεψα.
HD Ele respondeu: O homem chamado Jesus fez barro, aplicou em meus olhos e me disse: Vai ao {tanque de} Siloam e lava-te. Assim, depois de partir e me lavar, recobrei a visão.
BKJ Ele respondeu e disse: Um homem chamado Jesus fez lama, e ungiu os meus olhos, e disse-me: Vai ao tanque de Siloé, e lava-te. Tendo ido e me lavado, eu recebi a visão.
LTT Respondeu ele, e disse: "Um Homem, sendo Ele chamado de Jesus, barro- pastoso fez e o espalhou- como- se- fosse- unguento sobre os meus olhos, e me disse: 'Vai para dentro do tanque de Siloé, e lava-te'. E eu, havendo ido e havendo-me lavado, recebi visão."
BJ2 Respondeu: "O homem chamado Jesus fez lama, aplicou-a nos meus olhos e me disse: "Vai a Siloé e lava-te". Fui, lavei-me e recobrei a vista".
VULG Respondit : Ille homo qui dicitur Jesus, lutum fecit : et unxit oculos meos, et dixit mihi : Vade ad natatoria Siloë, et lava. Et abii, et lavi, et video.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 9:11

Jeremias 36:17 E perguntaram a Baruque, dizendo: Declara-nos, agora, como escreveste da sua boca todas estas palavras.
João 9:6 Tendo dito isso, cuspiu na terra, e, com a saliva, fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego.
João 9:27 Respondeu-lhes: Já vo-lo disse e não ouvistes; para que o quereis tornar a ouvir? Quereis vós, porventura, fazer-vos também seus discípulos?


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
João 9 : 11
recobrei
Lit. “levantar os olhos; recobrar a vista, tornar a abrir os olhos”. A preposição “aná”, prefixada ao verbo “ver”, confere-lhe dois sentidos:
1) a direção para onde se está olhando, no caso para o alto;
2) o sentido de repetição ou retorno da ação, no caso voltar a ver, recobrar a vista.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O LIVRAMENTO DE JERUSALÉM

701-681 a.C.
SENAQUERIBE EXIGE A RENDIÇÃO
A princípio, a força-tarefa que estava ameaçando Jerusalém se retirou, juntando-se ao exército principal da Assíria. Isto se deu quando Senaqueribe se deslocou de Laquis para Libna onde, de acordo com o autor de II Reis, o rei assírio ficou sabendo que Tiraca, "rei da Etiópia (Cuxe)", estava saindo para guerrear contra ele.' A Etiópia, também chamada de Cuxe, correspondia à região do Egito ao sul de Assuá e do norte do Sudão, até Cartum. Na época, eram os seus reis que governavam o Egito. Ezequias estava contando com a ajuda dos egípcios, que já haviam enviado um exército, mas este havia sido derrotado na planície filistéia de Elteque,? fato ao qual o comandante de campo se refere em seu discurso do lado de fora dos muros de Jerusalém.° Diante dessa notícia, Senaqueribe enviou a Ezequias uma carta exigindo sua rendição. Ezequias colocou a carta diante do Senhor e Isaías profetizou que Senaqueribe não atacaria Jerusalém: "Pelo que assim diz o SENHOR acerca do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade, nem lançará nela flecha alguma, não virá perante ela com escudo, nem há de levantar tranqueiras contra ela. II Reis 19:32

LIVRAMENTO
A resposta do Senhor é apresentada em detalhes em II Reis 19:35: "Então, naquela mesma noite, saiu o Anjo do Senhor e feriu, no arraial dos assírios, cento e oitenta e cinco mil; e, quando se levantaram os restantes pela manhã, eis que todos estes eram cadáveres" Os autores de Reis 1saías e Crônicas enfatizam que Senaqueribe escapou e voltou para Nínive. De acordo com o historiador grego Heródoto, o rei assírio se dirigiu a Pelusium, na fronteira com o Egito, talvez em perseguição ao exército de Tiraca. Em Pelusium, ratos roeram as aljavas, as cordas dos arcos e as alças dos escudos assírios. Muitos propõem que os ratos transmitiram uma peste que se espalhou pelo acampamento assírio; mas, se foi esse o caso, por que os habitantes de Judá não foram afetados?
Não obstante os detalhes, a tentativa claramente malograda de Senaqueribe de conquistar Jerusalém não pode ser ignorada. O fato de ele ter escolhido retratar a captura de Laquis, uma cidade provincial de Judá, e não Jerusalém, nas paredes de seu palácio em Nínive sugere que algo frustrou sua investida contra a capital do reino do sul. Ademais, a forte convicção do povo no tempo de Jeremias, pouco mais de um século depois, de que Jerusalém seria sempre protegida e jamais cairia" só pode ser explicada se considerarmos a aniquilação do exército de Senaqueribe e a proteção miraculosa de Jerusalém naquela ocasião.

O AQUEDUTO DE SILOÉ
Ezequias pode ter ordenado a construção do aqueduto de Siloé como parte dos preparativos para a invasão por Senaqueribe e um possível cerco a Jerusalém. Com uma extensão de 533 m, o aqueduto tinha a função de canalizar a água da fonte de Giom, do lado de fora do muro oriental de Jerusalém, até o tanque de Siloé, na parte sudeste da cidade. Esse aqueduto ainda existe em Jerusalém. Uma inscrição em hebraico antigo encontrada nesse aqueduto diz como ele foi construído: dois grupos começaram a cavar ao mesmo tempo, um em cada extremidade, e ambos se encontraram no meio. Atualmente, a inscrição faz parte do acervo do Museu Arqueológico de Istambul.

O ASSASSINATO DE SENAQUERIBE
Os autores bíblicos fazem questão de registrar que Senaqueribe sobreviveu à destruição do exército assírio e voltou a Nínive, vindo a talecer vinte anos depois, em 681 a.C. "Sucedeu que, estando ele a adorar na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus filhos, o feriram à espada; e fugiram para a terra de Ararate; e Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar"  (2Rs 19:37). Sugeriu-se que Adrameleque era o filho sobrevivente mais velho de Arad-Ninlil. Arad também pode ser "Arda" e Ninlil, "Mulleshu". O escriba bíblico transpôs as letras re de, no lugar de -melesh, que parece não fazer sentido, colocou -melech ("rei"). Sarezer corresponde ao acádio shar-usur, " proteja o rei"; essa designação era precedida, em geral, pelo nome de um deus que, neste caso, o autor bíblico optou por não incluir. Nenhum filho conhecido de Senaqueribe possuía um nome como esse, mas é possível que os nomes de alguns de seus filhos não tenham sido preservados em registros cuneiformes. O fato dos filhos que assassinaram Senaqueribe não terem ocupado o trono vacante da Assíria pode causar surpresa. Segundo o relato de Esar-Hadom, os dois assassinos se desentenderam, "atirando-se um contra o outro, feito dois cabritos tentando tomar o reino".& A "terra de Ararate" para a qual, de acordo com II Reis 19:37, eles fugiram, é uma região ampla chamada pelos assírios de Urartu, correspondente a grande parte do leste da Turquia.


A inscrição do túnel de Siloé

"[A conclusão] da construção do túnel. E esta foi a história da construção do túnel. Enquanto [os cortadores de pedra passavam] a picareta, cada qual para seu companheiro, e enquanto ainda havia três côvados para cavar, [foi ouvida] a voz de um homem chamando seu companheiro, pois havia uma rachadura de sul a norte na rocha. No dia da construção do túnel os cortadores de pedra se encontraram, cada qual com seu companheiro, machado com machado. As águas fluíram da fonte para a o tanque por 1.200 côvados. E a altura da rocha acima da cabeça dos cortadores de pedra era de 100 côvados"

Estatueta funerária (shabti) de granito mostrando Tiraca (ou Taharka), rei cuxita do Egito, 690-664 a.C, encontrada da pirâmide de Taharka, em Nuri. Quando o escritor de Reis se refere a Tiraca como "rei da Etiópia" (2Reis 19.9)
Estatueta funerária (shabti) de granito mostrando Tiraca (ou Taharka), rei cuxita do Egito, 690-664 a.C, encontrada da pirâmide de Taharka, em Nuri. Quando o escritor de Reis se refere a Tiraca como "rei da Etiópia" (2Reis 19.9)
Acampamento de Senaqueribe diante de Laquis, 701 a.C. Proveniente do palácio de Senaqueribe, Ninive.
Acampamento de Senaqueribe diante de Laquis, 701 a.C. Proveniente do palácio de Senaqueribe, Ninive.
Localização da "terra de Ararate" De acordo com 2Reis 19.37, os assassinos de Senaqueribe fugiram para a "terra de Ararate", uma região conhecida pelos assírios como Urartu, correspondente a grande parte do leste da atual Turquia.
Localização da "terra de Ararate" De acordo com 2Reis 19.37, os assassinos de Senaqueribe fugiram para a "terra de Ararate", uma região conhecida pelos assírios como Urartu, correspondente a grande parte do leste da atual Turquia.
Curso do aqueduto de Ezequias em Jerusalém (túnel de Siloé)
Curso do aqueduto de Ezequias em Jerusalém (túnel de Siloé)
interior do túnel de Siloé em Jerusalém.
interior do túnel de Siloé em Jerusalém.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

jo 9:11
A Gênese

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 15
Página: 324
Allan Kardec
Os fatos relatados no Evangelho e que foram até agora considerados miraculosos pertencem, na sua maioria, à ordem dos fenômenos psíquicos, isto é, os que têm como causa primeira as faculdades e os atributos da alma. Confrontando-os com os que ficaram descritos e explicados no capítulo anterior, reconhecer-se-á sem dificuldade que há entre eles identidade de causa e de efeito. A História registra outros fatos análogos, em todos os tempos e no seio de todos os povos, pela razão de que, desde que há almas encarnadas e desencarnadas, os mesmos efeitos forçosamente se produziram. Pode-se, é verdade, no que se refere a esse ponto, contestar a veracidade da História; mas, hoje, eles se produzem sob os nossos olhos e, por assim dizer, à vontade e por indivíduos que nada têm de excepcionais. Basta o fato da reprodução de um fenômeno, em condições idênticas, para provar que ele é possível e se acha submetido a uma lei, não sendo, portanto, miraculoso.
O princípio dos fenômenos psíquicos repousa, como já vimos, nas propriedades do fluido perispirítico, que constitui o agente magnético; nas manifestações da vida espiritual durante a vida corpórea e depois da morte; e, finalmente, no estado constitutivo dos Espíritos e no papel que eles desempenham como força ativa da Natureza. Conhecidos estes elementos e comprovados os seus efeitos, tem-se, como consequência, de admitir a possibilidade de certos fatos que eram rejeitados enquanto se lhes atribuía uma origem sobrenatural.

Cairbar Schutel

jo 9:11
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 91
Página: -
Cairbar Schutel

“Nesse mesmo dia, dois dentre eles caminhavam para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios, conversando ambos de tudo quanto se tinha passado. E aconteceu que quando eles falavam e conferenciavam a seu respeito, Jesus veio unir-se a eles e caminhava ao lado deles, mas seus olhos estavam como que fechados, a fim de que eles não pudessem reconhecê-lo, Ele lhes disse: Sobre o que conversais e por que estais tristes? “Um deles, chamado Cleofas, tomando a palavra lhe disse: Sois tão estrangeiro em Jerusalém que não sabeis o que se tem passado ali naqueles dias? O quê? lhes disse ele. Eles responderam: Sobre Jesus Nazareno, que foi profeta poderoso diante de Deus e de todo o povo, e de que modo os principais dos sacerdotes e os nossos senadores o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Ora, esperávamos que fosse ele quem resgatasse Israel, e, entretanto, depois de tudo isto, eis já o terceiro dia que estas coisas sucederam. Por outro lado certas mulheres, das que conosco estavam, nos encheram de pasmo, tendo ido de madrugada ao túmulo; e não havendo achado o seu corpo, voltaram, declarando que tinham visto anjos, os quais diziam estar ele vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo, e acharam que era assim como as mulheres haviam dito, mas não o viram.


Então ele lhes disse: ó insensatos e tardios de coração, para crer em tudo quanto os profetas disseram! Não era preciso que o Cristo sofresse todas as coisas e que entrasse assim na sua glória? E começando por Moisés e depois por todos os profetas, ele lhes explicava o que tinham dele dito as Escrituras. E quando estavam perto da aldeia para onde iam, ele deu mostras de que ia mais longe — mas eles o forçaram a parar, dizendo: ficai conosco, porque é tarde e o dia está na sua declinação; e entrou para ficar com eles. “Estando com eles à mesa, tomou o pão, abençoou e, tendo partido, lhes deu.


Ao mesmo tempo se lhes abriram os olhos e eles o reconheceram; mas ele desapareceu diante deles. Então disseram um ao outro: Não é verdade que sentíamos abrasar-se-nos o coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras? “Levantando-se no mesmo instante, voltaram para Jerusalém, e acharam juntos os onze apóstolos e os que com eles estavam reunidos, os quais diziam: É verdade que o senhor ressuscitou e apareceu a Simão? “E os dois contaram também o que lhes havia acontecido em caminho e como reconheceram Jesus no partir do pão. “Enquanto assim conversavam, Jesus apresentou-se no meio deles e lhes disse: A paz esteja convosco; sou eu, não temais. Mas na perturbação e espanto de que se achavam possuídos, eles julgavam ver um Espírito. “E Jesus lhes disse: Por que vos perturbais? E por que se sugerem tantos pensamentos em vossos corações? Olhai para as minhas mãos e para os meus pés e reconhecei que sou eu mesmo; tocai-me, e considerai que um Espírito não tem carne nem osso, como vedes que eu tenho. “Depois de ter dito isso, mostrou-lhes as mãos e os pés. Mas como não acreditavam ainda tão cheios estavam de alegria e admiração, ele lhes perguntou: “Tendes aqui alguma coisa que se coma? Eles lhe apresentaram uma posta de peixe e um favo de mel. Comendo Jesus diante deles tomou o resto, lhes deu e disse-lhes: Eis o que eu vos dizia quando ainda estava convosco; que era necessário que tudo quanto estivesse na Lei de Moisés, nos Profetas, nos Salmos, se realizasse. Ao mesmo tempo lhes abriu o espírito a fim de que entendessem as Escrituras e disse: é assim que está escrito e é assim que era preciso que o Cristo sofresse, e que ressuscitasse dentre os mortos, no terceiro dia, e que em seu nome se pregasse a penitência e a remissão dos pecados em todas as nações, principiando de Jerusalém. Ora vós sois testemunhas destas coisas. E eu vou enviar-vos o dom de meu Pai que vos tem sido prometido; entretanto, demorai na cidade até que sejais revestidos da força lá do Alto. "


(Lucas, XXIV, 13-49.)


Magnífica narrativa! Quem poderá negar-lhe a veracidade e o sucesso que causou aos povos daquele tempo tão estupenda manifestação?


Era passado o sábado gordo, o Sol brilhava no firmamento em caminho do poente; caminhavam dois homens em busca de Emaús, e no caminhariam relembrando as cenas sanguinolentas verificadas no Gólgota;


a morte do inocente, a tirania de Herodes, o servilismo de Pilatos, Anás e Caifás, os sumos sacerdotes; a degradação e a indiferença de uns e a malevolência de outros; a perversão da opinião pública que preferiu Barrabás a Cristo! Caminhavam sob a impressão pungente da morte dolorosa que se dera àquele em que eles viam a redenção de Israel, quando Jesus redivivo lhes aparece, com eles conversa e, censurando a insensatez com que interpretavam as Escrituras, acompanha-os e se lhes mostra, no partir do pão, quando se achavam prontos para a ceia! “Insensatos e tardos de coração" — embora discípulos do Nazareno — não podiam, sem que se lhes abrisse o entendimento, compreender as verdades reveladas pelos profetas ou médiuns, precursores da Boa Nova Cristã.


Mas a crença na Verdade não os havia ainda libertado do erro;


voltaram os dois para Jerusalém, onde se uniram aos onze apóstolos e ao narrarem a aparição do Senhor a Simão, e como o reconheceram ao partir do pão, eis que Jesus no meio deles se apresenta, envolvendo-os nos eflúvios de sua Paz: Pax vobis; ego sum, nolite timere. Paz seja convosco: sou eu, não temais.


Julgando ver um ser impalpável, idêntico aos Espíritos de diversas categorias que, é certo, tinham visto muitas vezes, assustaram-se, mas Jesus, que já tinha subido ao Pai e do Supremo Criador recebera a Palavra, segundo a qual deveria tornar-se não somente visível, mas ainda tangível àqueles que deviam secundar os seus pés, ordena-lhes que o toquem e considerem que “os Espíritos que lhes têm aparecido não são de carne e osso".


Era mesmo difícil aos futuros Apóstolos do Cristianismo acreditarem na materialização de Espíritos, fato que, provavelmente, até aquele momento somente três entre eles haviam observado.


O Amado Filho de Deus não se agasta com a falta de compreensão dos doze e prefere dar-lhes provas convincentes da Verdade anunciada: Tendes aqui alguma coisa que se coma? Eles apresentaram-lhe uma posta de peixe e um favo de mel, e Jesus comeu diante deles.


Destarte ficaram preparados para receber o DOM que lhes fora prometido, ordenando-lhes o Mestre que demorassem na cidade até que fossem revestidos da Força do Alto.


O fogo de Pentecostes ainda não tinha baixado do Céu, mas o cumprimento da profecia de Joel ia ter o seu início.


Os Apóstolos precisavam receber o batismo de fogo do Amor de Deus;


no Cenáculo ia ter lugar a mais importante sessão espírita que a História relembra. Os médiuns de variedades de línguas, de prodígios, de maravilhas iam ser desenvolvidos e os DONS de Curar, da Fé, da Palavra, da Escrita, da Ciência, de Discernir os Espíritos iam ser concedidos aos Discípulos para o exercício de sua elevada missão.



Amélia Rodrigues

jo 9:11
Luz do Mundo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 9
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

— "Se é pecador, não sei. Uma coisa sei: eu era cego e agora vejo. " (João 9:1-41) A frase lhe escorreu dos lábios cantantes modulada nas vibrações dos sorrisos. E era um desafio. Respondendo à ardilosa indagação dos intérpretes da Lei, dos fariseus, superava qualquer astúcia com as soberanas argumentações da Verdade.


Aqueles olhos, até há pouco apagados, agora, transparentes e iluminados, viam. Não se acostumaram sequer ainda com a contemplação da paisagem: os detalhes se perdiam na exuberância de cores e na diversidade das formas. O Astro-Rei irizando com mil matizes, dantes jamais sonhados, fulgurava solto no céu claro, imenso, inimaginável para ele. A alegria de todas as coisas em festa num banquete deslumbrante para aquela visão que sofrera os longos, demorados anos de escuridão...


Tudo em mensagem de encantamento. O homem, o ser humano, no entanto, lhe parecia muito triste naquele concerto de belezas indescritíveis: a folha, a flor, a gramínea verde, o vetusto arvoredo, a túnica marrom-esverdeada-escura dos montes altaneiros ao longe, a alegria da face das crianças e os pesados crepes invisíveis sobre o rosto dos homens.


Sim, fora um nado-cego.


Criado na cegueira do mundo identificava todos os ruídos e as formas que seus dedos ágeis apalpavam, compondo modelos que a mente, no entanto, não podia conceber. A realidade lhe penetrava, exigindo novas conceituações.


Passavam os anos e a sua dor se fixava nas carnes do desespero íntimo, como cravos de ira e mágoa.


A escudela de esmola nas mãos e a voz lamentosa em rogativa.


Aquele caminho entre a piscina do Enviado e o seu lar de pobreza, fizera-o e o refizera quantas vezes! A esperança se apagara de sua vida, anulando quase o sonho de felicidade... e vivia.


* * *

A piscina de Siloé se tornara famosa desde os dias do profeta Isaías, que elogiara as suas águas. Aquelas linfas atravessavam grande distância, em canal rasgado abrupto na rocha viva, desde os tempos de Ezequias.


Há muito, infelizes e enfermos lhe buscavam, esperançosos, c mergulho, guardando esperanças de refazimento.


As águas cantantes se renovavam e as massas de enfermos se multiplicavam.


Aquele outubro estava já ardente e o pó pairava no ar morno do dia sem ventos refrescantes.


As estradas estavam movimentadas, pois que as Festas logo mais começariam em Jerusalém, dadivosas.


Ele deixara as paragens da querida Galileia para, transpondo as fronteiras, atingir a Judeia onde sabia estarem reservadas muitas dores...


Os companheiros seguiam-No animados, desejosos de penetrar-Lhe todas as lições e integralmente o ministério, que, às vezes, lhes parecia complexo demais para suas mentes desacostumadas a incursões mais profundas no raciocínio.


Deslumbravam-se sempre, logicavam raramente. O pão que dos Seus lábios caía na boca dos seus corações se apresentava em algumas circunstâncias azedo, desagradável. Estar com Ele era vibrar de felicidade e sofrer de ansiedades incontroláveis. Ele era capaz de tudo, e o demonstrara vezes sem conta. No entanto, falava também do Pai, e das Suas dores, lutas e a paixão... A que paixão, se referia, não O compreendiam.


Era sábado! A Judeia, à semelhança da Galileia e talvez mais zelosa, era ufana em manter as exigências da forma, da aparência. Guardar o dia de descanso era mais importante do que se guardar das paixões. Invariavelmente, o israelita, ali, era considerado pela maneira como observava o "Dia do Senhor" e, todavia, muitas conveniências podiam modificar o próprio Estatuto que se deveria cumprir à risca.


— "Mestre, quem pecou para que este homem nascesse cego? ele ou seus pais?"

A interrogação dos companheiros se fundamentava.


As enfermidades graves são resgates de crimes que passaram sem punição, não corrigidos, ocultos...


Sabia-se que o homem o é como procedeu em vida anterior e que cada um se faz o construtor do edifício da própria vida. Cada corpo, cada estado de emoção e de espírito, a felicidade ou a desdita são elaborações próprias, senão deste, de um avatar anterior. Logo, a interrogação oportuna.


O Mestre fitou o homem de olhos em trevas e se apiedou.


— "Nem ele, nem seus pais pecaram — elucidou com eloquência o Amigo Divino. — Mas isto se deu para que as obras de Deus nele sejam manifestadas. "

Os homens — crianças espirituais na maioria — desejam a fé que penetra pelos olhos e exigem fatos que não podem entender. O milagre — ou derrogação das leis naturais — os atrai pelo maravilhoso. Raros se aprofundam em descobrir fora da aparência a mecânica da sua execução. Era necessário, portanto, atender a esses homens, ingênuos que facilmente se fazem maus, ignorantes que se podem revelar bons.


Sem débitos, sem culpas, aquele homem, por amor escolhera a provação da cegueira para que o seu Senhor pudesse ser conhecido, revelado, sem modificar as Leis da Justiça.


Há um estranho silêncio entre os que contemplam o cego e fitam o Galileu Sublime.


"Cuspiu sobre o pó" e fez uma singular pomada que aplicou nos olhos fechados do cego, e disse: — "Vai lavar-te no tanque de Siloé. "
* * *

"Lavei-me e comecei a enxergar" — narrou o homem aos que o investigavam, coléricos.


— Conheces esse homem?


— Não.


— Onde se encontra agora?


— Não sei.


— Que te fez Ele?


— Já disse: "Aquele homem, chamado Jesus, fez lodo, ungiu-me os olhos e disse-me: vai a Siloé e lava-te; fui, lavei-me e fiquei vendo. "

— E nasceste cego?


— Sim, todos aqui me conhecem. Uns diziam que era outrem, comigo parecido;


não, sou eu mesmo.


A ira espuma veneno e a astúcia tece a rede das ciladas.


Os pais do ex-cego temeram e, tremendo, mandaram que o interrogassem outra vez.


— Podemos expulsar-te e aos teus da Sinagoga.


— Eu sei.


— Ele é um pecador, pois curou num sábado; não vem de Deus, porque desrespeita as Leis de Deus...


— Não sei, não sei. "Se é um pecador não sei. Uma coisa sei: eu era cego e agora vejo. " —"E" necessário que façamos a obra do que me enviou, enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar. Estando eu no mundo, sou a luz do mundo. "

Aquele homem fora lançado fora.


Testemunhara a verdade. Preferira o abandono à mentira e o desamparo à ilusão.


Era cego e agora via e via corretamente.


— "Crês tu no Filho do Homem?" — Interrogou-lhe Jesus ao reencontrá-lo.


— Quem é ele Senhor, para que eu creia nele?


— "Já o viste, e é ele quem fala contigo. "

— "Creio, Senhor. " (nota 1)


— Teus olhos veem o Esperado. Rejubila-te. Vês e compreendes.


A Natureza parece cantar a música da sua alegria.


O Rabi se alegra, também, e fala: — "Eu vim a este mundo para um juízo, a fim de que os que não veem, vejam; e os que veem se tornem cegos. "

Há duas cegueiras: a dos olhos do corpo e a do espírito.


Ele se dirigiu aos Seus e lhes falou da Sua ligação com o Pai e da cegueira dos que vendo não enxergam porque não distinguem as sombras da luz...


Ainda agora os cegos piores não distinguem.


— Quem pecou? — perguntam.


O espírito andarilho das estradas do Infinito, seguindo na direção do Amanhã, sofrendo em paz e paciência se recupera e ressarce.


Renascer e recomeçar a vida para se libertar.


A luz clareia e penetra, espancando as trevas.


Muitos preferem a ignorância para não carregar a luz da responsabilidade.


Jesus é a luz do mundo.


... Era um cego de nascença e, no entanto, viu.


... Era outubro e junto ao Templo, próximo à piscina de Siloé, à luz do sol ardente, Ele se fez a luz do mundo, desde então, até sempre.


Luz do Mundo!


Nota 1: Uma antiga lenda de Provence, na França, narra que o nado-cego curado seria mais tarde o Santo Restituto.



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

jo 9:11
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 17
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 9:1-41


1. E passando (Jesus) viu um homem cego de nascença.

2. Perguntaram-lhe seus discípulos, dizendo: "Rabbi, quem errou, ele ou seus pais; para que nascesse cego?

3. Respondeu Jesus: "Nem ele errou; nem seus pais, mas para que se manifeste nele a ação de Deus;

4. nós devemos executar as ações de quem me enviou enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode agir;

5. cada vez que eu esteja no mundo, sou a luz do mundo".

6. Dizendo isso, cuspiu no chão e fez lama com o cuspo e ungiu sua lama sobre os olhos (do cego) e disse-lhe:

7. ‘Vai levar-te na piscina de Siloé (que significa Enviado). Ele foi, pois, lavou-se e regressou vendo.

8. Então os vizinhos e os que costumavam vê-lo antes, porque era mendigo, diziam: "Não é esse o que se sentava e mendigava"?

9. Uns dizem: "É ele mesmo"; outros diziam: "Não é, mas é parecido com ele"; ele mesmo dizia: sou eu".

10. Perguntavam-lhe então: ‘Como te foram abertos os olhos’? ..... ..... ..... ...

11. Respondeu ele "O homem chamado Jesus fez lama, ungiu-ma sobre os olhos e disseme: vai a Siloé e lava-te; então fui, lavei-me e vi".

12. Perguntaram-lhe: "Onde está ele"? Respondeu: "Não sei".

13. Levaram o ex-cego aos fariseus.

14. Ora, era Sábado o dia em que Jesus fez lama e lhe abriu os olhos.

15. De novo, então, os fariseus perguntaram-lhe como via. Respondeu-lhes ele: "Ungiume lama sobre meus olhos, lavei-me e vejo".

16. Diziam, pois, alguns dos fariseus: "Este homem não é de Deus, porque não observa o Sábado" . Outros porém diziam: "Como pode um homem errado fazer semelhantes sinais"? E havia divergência entre eles.

17. Disseram, então, ao cego de novo: "Que dizes tu a respeito dele, visto que te abriu os olhos"? Ele respondeu: "Que é profeta".

18. Mas os judeus não acreditam, a respeito dele, que fora cego e via, até que chamaram os pais do que recebera a vista,

19. e os interrogaram dizendo: É este vosso filho, que vós dizeis ter nascido cego? Como, pois, vê agora"?

20. Responderam seus pais e disseram: "Sabemos que este é nosso filho o nasceu cego;

21. ma como agora vê, não sabemos; ou quem lhe abriu as olhos, não Sabemos: interrogaio, já tem idade, ele mesmo falará a seu respeito"

22. Isso disseram seus pais, porque temiam os judeus, porque os judeus já haviam combinado que se alguém confirmasse o Cristo, seria expulso da sinagoga.

23. Por isso disseram seus pais: "Já tem idade, interrogai-o".

24. Chamaram, pois, pela Segunda vez o homem que fora cego e disseram-lhe: "Dá glória a Deus: nós sabemos que esse homem é errado".

25. Ele respondeu: "Se é errado, não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo".

26. Disseram-lhe, pois: "Que te fez? Como te abriu os olhos"?

27. Respondeu-lhes: "Já vo-lo disse e não ouvistes; por que quereis ouvir de novo? Acaso também vós quereis ser seus discípulos"?

28. Injuriaram-no e disseram: "Tu és discípulo dele; nós somos é discípulos de Moisés;

29. sabemos que Deus falou a Moisés, mas este não sabemos donde é".

30. Respondeu o homem e disse-lhes: "Nisto está o admirável, que não saibais donde ele é, e (no entanto) ele me abriu os olhos.

31. Sabemos que Deus não ouve os errados, mas se alguém for reverente (a Deus) fizer a vontade dele, a este ouve.

32. Desde séculos não se ouviu que abrisse os olhos a um cego de nascença.

33. Se esse homem não fosse de Deus, não poderia fazer nada".

34. Replicaram eles e disseram-lhe: "Tu nasceste todo em erros e nos ensinas"? E o lançaram fora.

35. Ouviu Jesus que o lançaram fora e, encontrando-o, disse-lhe: "Crês no Filho do Homem"?

36. Respondeu ele e disse: "Quem é, Senhor, para que eu creia nele"?

37. Disse-lhe Jesus: "Já o viste e é ele quem fala contigo".

38. E ele disse: "Creio, Senhor", e prostrou-se diante dele.

39. E disse Jesus: "Para um arbitramento vim a este mundo, para que os que não vêem, vejam, e os que vêem se tornem cegos".

40. Ouvindo isto, (alguns) dos fariseus que estavam com ele disseram-lhe: "Acaso somos nós também cegos"?

41. Disse-lhes Jesus: "Se fosseis cegos, não teríeis erro; mas agora dizeis: nós vemos; vosso erro permanece".



O discípulo amado soube dispor a ordem de sua narrativa de tal forma que logo após a revelação da teimosia dos "judeus" que NÃO QUERIAM VER, ele apresenta um fato (verdadeiro símbolo, que estudaremos a seguir) demonstrando a razão de ser de os judeus não crerem.


Certos hermeneutas acham que este fato não se seguiu ao tumulto no templo: "é inadmissível que Jesus se tenha mostrado à luz do dia imediatamente após a tentativa de assassinato a que escapara, antes que a efervescência da multidão inimiga se tivesse acalmado" (Pirot, o. c., vol. 10, página 389). É não conhecer a psicologia de um "líder", julgando-o pela craveira comum dos mortais medrosos. Ao contrário, entendemos que as palavras de João salientam precisamente a sequência imediata dos fatos. Jesu "se esconde e sai do templo" e, ao sair da cidade com seus discípulos pela porta de Siloé, "passando, vê o cego de nascença", e faz questão de curá-lo, mesmo sem ser solicitado para dar uma demonstração irrecusável das verdades que havia proclamado. Assim como se dissesse: "Não acreditam em minhas palavras? pois vejam os fatos".


Esse cego - sabemo-lo pelo desenrolar dos acontecimentos - era figura conhecida pela longa permanência naquela "porta de Siloé", pois aí o viam todos diariamente a esmolar e lhe conheciam a história.


Os próprios discípulos galileus, que só raramente iam a Jerusalém, também tinham ciência disso, e aproveitam a oportunidade para provocar uma explicação de teorias, cuja certeza não haviam adquirido.


Nem pensam na cura, que também a eles devia figurar-se "impossível". Mas os doutos explicavam que as enfermidades constituíam o resgate (castigo) de crimes cometido anteriormente. No entanto, as Escrituras manifestavam-se dúbias e confusas em sua interpretação literal.


Em Êxodo (20:5 e 34:7), em Números (Números 14:18) e no Deuteronômio (Deuteronômio 5:9) afirma-se que Deus "visitará a iniquidade dos pais nos filhos sobre os terceiro e quartos", o que era explicado literalmente que os filhos "pagam" pelos pais. Todavia, no próprio Deuteronômio (Deuteronômio 24:16) está escrito: "não se farão morrer os pais pelos filhos nem os filhos pelos pais: cada homem será morto pelos seus erros". Essa mesma teoria da responsabilidade pessoal (Veja citações completos em "La Reencarnación en el Antigua Testamento", de C. Torres Pastorino, pág. 32 - Edições Sabedoria) é citada e reafirmada em Deuteronômio 7:9-3, em Ezequiel (18:1-32 e 33:20), em Job (34-11) nos Salmos (Salmos 28:4), nos Provérbios (12:14 e 29), em Isaías (Isaías 3:11), em Jeremias 31:29-3, nas Lamentações (3:64) e no Eclesiástico (16:15).


A qual das duas opiniões ater-se ? Serão castigados os filhos pelos erros dos pais? Ou o resgate dos erros é pedido exclusivamente ao que errou? Ali estava um caso típico, um cego de nascenças: "Quem errou, para que este nascesse cego: ele mesmo ou seus pais"?


Lógico que na segunda hipótese apresentada, de estar cego por causa dos erros dos pais, a teoria do resgate dos filhos por culpas dos pais seria confirmada. Mas na primeira hipótese de ele mesmo haver errado, se confirmaria a teoria da responsabilidade pessoal, segundo o ensinamento das vidas terrenas múltiplas (reencarnação), já que o homem nascera cego; logo, só poderia ter cometido o erro em vida anterior. A segurança da pergunta é sinal evidente de que os discípulos não colocaram a menor dúvida a respeito da lei comprovada da reencarnação. E o Mestre não os corrige: ao contrário, confirma-lhes a certeza, quando responde: "ele mesmo não errou". Logo, viveu antes, sim mas a cegueira atual não é o resgate de erros seus de vidas anteriores, não é cármica. Mas também não é o resgate de culpa dos pais.


A ideia de que todo e qualquer sofrimento era "castigo" estava generalizada nos povos antigos, e Plantão mesmo cita a comparação órfica de que o corpo "soma" é uma sepultura ou cárcere (sêma) ou isolamento (phrousão) que a alma recebe como punição de seus erros anteriores, após ficar "errando cá e lá no espaço", quando não agiu bem durante a vida (cfr. Filolau, fragm. 15 D, e Plantão, Crátilo, 40 a; Górgias, 493 a; e Fedon, 62 b).


Diante da pergunta dos discípulos, o Mestre explica que não é assim baseando-se num caso concreto, que tem diante de si. A frase citada por João, embora resumida e esquemática, deixa clara a lição para quem já tenha compreendido a mecânica evolutiva. Afirma Jesus que não houve erro, nem dele próprio em vida anterior, nem de seus pais, ou seja, que a cegueira não é cármica, mas simplesmente uma experimentação ou provação (pathós) que serve de acicate para provocar avanço mais rápido daquela criatura, verdadeiro "aguilhão evolutivo".


O ensino é límpido: nasceu assim cego "para que nele se manifestasse a ação (érga) de Deus", ou seja, para que se faça sentir o impulso divino, que o constrange a evoluir. Não se trata, portanto, de resgate cármico, mas de provação, tanto que veremos como o ex-cego reagiu corajosa e ousadamente contra as autoridades, com o destemor próprio da criatura evoluída, que não se submete a mentiras e injustiças.


A interpretação corrente, de que "nasceu cego" só para que Jesus pudesse operar um "milagre", é de inconcebível fragilidade e irracional. Tantos meios haveria de realizar prodígios, que seria absurdo e monstruoso ter que sacrificar durante anos um filho de Deus, na cegueira, só para ser curado sem alarde, como o foi a posteriori, tendo sido posto em dúvida o fato, porque não foi público. Essa suposição de um Deus que não sabe fazer as coisas certas fere a racionalidade equilibrada de quem tenha um pouco de bom-senso. Qual o pai que deixaria um filho preso durante anos num cubículo sem luz, unicamente para que mais tarde viesse outro filho seu e mostrasse à humanidade que tinha a chave para abrir o cubículo e trazê-lo à luz? Por que supor sempre uma Divindade tão inferior as suas próprias criaturas?


Mas prossigamos na análise do texto.


No vers. 4, preferimos: "Nós devemos executar" (aleph, B, D, L, T, W, Z, lambda, psi, papiros 66 e 75, uncial 0124, mss. da siríaca palestiniana, etiópica e copta bohaírica, e Orígenes, Jerônimo, Cirilo de Alexandria e Nonio, a "EU devo executar" (A, C, K, X, delta, theta, pi, psi, fam 1 e 13, vários minúsculos, versões siríacas e latinas). No entanto, é preferível "ME enviou" (os mesmos testemunhos citados testemunhos citados acima, em primeiro lugar, exceto aleph, L e W) a "NOS enviou" (trazido por papiros 66 e 75, aleph, L, W, e os testemunhos da segunda citação). A lição foi manuseada pela dificuldade de concordar o plural "Nós", com o singular "me".


Nesse versículo aprendemos que a ação (érba) divina precisa manifestar-se e realizar-se através dos próprios homens, e isso só pode fazer-se "enquanto é dia", ou seja, quando a luz do Cristo nos possibilita a visão dos acontecimentos; se sobrevierem as trevas das perseguições, e entenebrecimento da Mente, a noite da alma que só vê a matéria, não se pode mais agir (as ações divinas).


O vers. 5 é iniciado com hótan, composto de hóte, "quando" e partícula an, que exprime eventualidade e repetição, devendo, então traduzir-se hótan por "cada vez que" ou "todas as vezes que" (latim: totiens) (Cfr. Liddell and Scott. "Greek-Ellglish Lexicon, 1086, ad verbum). Daí a tradução que demos, divergente das comuns: "cada vez que (todas as vezes, que) eu esteja no mundo, sou a luz do mundo".


Isso faz-nos perceber, irrecusavelmente, que aquela vez, narrada nos Evangelhos, não foi a única vez que Jesus esteve encarnado neste planeta.


Jesus utiliza-se novamente da saliva (cfr. vol. 4), com que faz lama, misturando-a à terra do chão, e com ela bezunta os olhos natimortos do cego: e envia-o a lavar-se na piscina de Siloé.


O nome hebraico tradicional é Siloáh: os massoretas marcaram a pronúncia Seláh; o grego transcreveu Siloám e significa "envio" (de águas). Era aplicado à fonte natural intermitente, única existente dentro da cidade de Jerusalém (cfr. Flávio Josefo, Bell. JD 5, 41; 6, 1; 9, 4 e 12, 2; Tácito, Hist. 5, 12). Daí ser dita "a" fonte. Mas aplicava-se também ao canal, construído por Ezequias (cfr. 2CR. 32:30) que desviou as águas do rio Gihon, cavando subterraneamente na rocha um canal retilíneo de 550 m de extensão por baixo da cidade, até fazê-lo desembocar a oeste de Jerusalém, onde se construíra a "piscina do rei" (EDr. 3:15); mas o nome Siloé também se aplicou a essa piscina balneária (kolybêthra, vol. 3). À época de Jesus, tinha 22 m de norte a sul, 23 m de leste a oeste, e 5. 5 m de profundidade.


Hoje ainda existe, com 15 m por 5 m de largura e igual profundidade, com o nome de birkét Silôân, sendo ainda chamada "Ain Umm ed-Deradj (fonte dos degraus) ou

"Ain Sitti-Mariam (Fonte de Maria).


O nome Siloé estendera-se à porta da cidade e à região, e parece claro que foi nessa porta que Jesus viu o cego mandando-o à piscina, que lhe devia ser bem conhecida e ficava próxima ao local em que se achava. Tratando-se de uma piscina balneária, nada impedia que o cego cumprisse a determinação de Jesus e mergulhasse. "Lava-te", disse Jesus, e não apenas "lava teus olhos". E após mergulhar, verificou com assombro que conquistara a visão.


O regozijo e o espanto fizeram que a nova se espalhasse. Os vizinhos - deve ter corrido para casa a fim de participara boa-nova aos seus - não queriam acreditar no que viam. É ele, não é ele, levantava-se a discussão, tão estranha era a ocorrência. Foram ao cego, amontoados à porta de sua casa: "és tu"? - "Sou eu"! - "É ele"! Diante do fato incontestável, convenceram-se.


Como foi? O cego narra o ocorrido em palavras simples, embora se sinta, na sequência singela, um toque de emoção: lama nos olhos... vai lavar-te... fui... lavei-me... vi! O choque dos vizinhos amigos e parentes foi tão violento pelo inesperado, que agarraram o homem e deliberaram levá-lo aos chefes da religião, aos fariseus todo-poderosos. Nem quiseram esperar pelo dia seguinte. Foram no próprio sábado em que se deu o fenômeno inexplicável e nunca ouvido.


E subiram todos eles em bloco as escadarias do templo, levando de roldão o ex-cego, que não cabia em si de alegria por ver as maravilhas do sol a bailar sobre o outro brilhante e sobre o mármore branco do monumento erguido a YHWH. Queriam levar consigo, também, o herói, o curador, mas onde estaria esse Jesus? A resposta foi desconcertante: "Não sei"!


Os cépticos fariseus duvidaram. Começou o inquérito prudente, iniciado pela pergunta como foi. Nova repetição do beneficiado. Surge, então. a questão do quando, e a resposta de que fora naquele mesmo sábado fez explodir incontroláveis os preconceitos humanos, procurando abafar o maravilhoso do ato: esse homem não é de Deus, pois se o fora, teria respeitado o Sábado, obedecendo aos fariseus e a suas exigências, como, no entender deles, o próprio Deus o fazia. Para os religiosos desse tipo de religiões organizadas Deus não pode sair da linha de conduta que eles traçam: está sujeito a eles, como pequena e dútil marionete que eles manobram à vontade.


Mas entre eles, havia alguns não fanatizados, que chegaram a aventar a hipótese arriscada, de que não seria possível a uma pessoa que errasse fora dos caminhos de Deus, a realização de uma cura espetacular: era um cego de nascença. A discussão afervorou-se entre eles, sob os olhares atônitos do excego.


Resolveram pedir a opinião dele. E ele foi franco e intimorato: é um profeta.


Desconfiaram, então, os julgadores mais severos, que se tratava de uma farsa: naturalmente estava tudo combinado. Ele se dizia cego de nascença e curado, mas não era verdade. Onde estavam seus pais? Estes o reconheceriam, e não teriam coragem de mentir... Talvez saindo do meio da pequena multidão que o acompanhara, apresentaram-se logo. Sim. Aquele era o filho deles não havia dúvida, e realmente nascera cego. Que acontecera, então? Bem, perguntem a ele, tem idade suficiente... Que responda. Acovardaram-se, com medo de serem excomungados. Era comum, àquela época, (como ainda hoje, em muitas corporações religiosas) em três graus: a excomunhão vitalícia (herem) que chegava à confiscação dos bens; a expulsão da sinagoga por trinta dias (niddui) que obrigava ao luto e a deixar crescer barca e cabelos: e a separação por uma semana (nezipha), menos grave.


O texto original grego diz homologêsêi christón, literalmente, "falasse igual ao Cristo", ou "fosse igual ao Cristo", (de homo = igual e logêô = falo); algumas traduções vulgares seguem o códice D, único que dá "confessasse ser ele o Cristo"; outras trazem: "ser Jesus o Cristo". Mas não é isso o que diz o original. Exprime uma ideia de "iniciados", que os profanos não conheciam e por isso não podiam compreender: se alguém falasse ou fosse igual, se igualasse, ou mesmo, em última instância "confirmasse", no sentido de "aceitasse" ou "sintonizasse" com o Cristo.


Passam as autoridades, então, a sugestionar o ex-cego: se a cura foi feita num sábado. indiscutivelmente "esse homem é um errado" (1), está "fora do caminho certo. Mas o benefício não se enreda na armadilha": bom ou mau, não sei: sei que era cego e agora vejo! É o fato que derruba qualquer argumento teórico, filosófico ou teológico.


(1) Evitamos, na tradução, os termos que variaram no semântico, o fim de não dar ideias errôneas e anacrônicas do que foi dito. Assim, hamartía é o "erro" e Pramartolos, o errado, o que perdeu o caminho.


Não dizemos "pecado", nem "pecador", pois estas palavras assumiram o significado específico de "ofensa a Deus", como se a Divindade fosse uma criatura mutável que pudesse ofender-se, zangarse com os homens, e depois, perdoasse, quando estes se arrependessem. No sentido iniciático, hamartolós é o "profano", o "que está ainda no caminho errado".


Tentam, agora, pegá-lo em contradição: "como foi mesmo"? O homem já estava cansado e apela para a ironia: contar outra vez? Já disse como foi. Ou quererão tornar-se seus discípulos? A ironia fere como uma chicotada e faltos de argumentos, recorrem à injúria. Ainda se envaidecem de ser discípulos de Moisés, mas "esse" de onde vem? O carpinteiro não possuía as credenciais, os títulos, a submissão a eles. Valores e fatos de nada adiantavam, sem que tivessem "reconhecido a firma". A ironia continua, com laivos de sarcasmo: "não sabeis donde é, coisa estranha, mas ele me abriu os olhos" ... O descontrole chega ao máximo: "nasceste todo em pecados, e pretendes ensinar-nos"? O que confirma oficialmente a tese de que a doença, sobretudo a de nascença, é resgate cármico; e indiretamente confirma, sem dúvida, o conhecimento da lei da reencarnação por parte do Sinédrio. E acabam expulsando-o do templo. Tratava-se de uma testemunha incômoda cuja presença atestava a impotência deles sobre aquele carpinteiro e os deixava perplexos e sem saída.


O ex-cego demonstrara seu destemor e se comportara varonilmente diante do perigo. Jesus o procura para recorfortá-lo. A alegria da cura fora diminuída pela decepção diante de homens que ele, talvez, esperava, em sua ingenuidade simples, ergueriam hosanas a YHWH pela maravilha que ocorrera em Israel, onde nunca se ouvira dizer que um cego de nascença recuperara a visão". Jesus o procura e o encontra. "Crês no Filho do Homem"? Atônito, ele pergunta: "Quem é ele"? E Jesus, tal como o fizera com a samaritana, se revela a ele.

A expressão "Filho do Homem aparece em pap. 66 e 75, aleph, B, D, W, versões sahídica, achimimiana, faiúmica, boaírica (mss) e siríaca sinaítica; copta; é mais segura que "Filho de Deus", evidente emenda posterior de A, K, L, X, delta, theta, psi, omega, alguns minúsculos e das versões latinas.


Diante do novo iluminado, declara Jesus ter vindo para um arbitramento (krima) a fim de que os cegos vejam e os videntes se tornem cegos. É a afirmação clara de que o fato deve ser interpretado como alegoria ou símbolo.


Alguns fariseus que se achavam presentes quiseram saber imprudentemente (a verdade ofusca e cega) se acaso eles (fariseus) eram cegos. A resposta de Jesus é sábia: se fossem realmente cegos, e nada conhecessem, a respeito da verdade, não haveria erro da parte deles; mas eles mesmos se diziam sábios, competentes, que viam, e nisso consistia a erro que permanecia neles.


A explicação teórica da lição anterior deve ter sido completa, levando a verdadeira LUZ a alguns dos Espíritos de discípulos ali presentes, adiantando-os na senda. Mas talvez em alguns deles tenha havido maior dificuldade de compreensão. Como agir diante do mundo, depois de iluminados? O ideal não seria revelar tudo isso aos chefes religiosos? Que maravilha se as maiores autoridades das religiões conseguissem VER o que ocorria àqueles que recebiam a iluminação interior! Como progrediria a humanidade se os dirigentes da religião oficial comprovassem a Realidade do Espírito! A humanidade poderia rapidamente modificar-se. Eles mesmos abandonariam o egoísmo ambicioso, para viverem a doação de si mesmos aos desamparados. Perceberiam a vaidade e falácia das coisas da terra e subiriam aos píncaros da espiritualidade, seriam "iluminados".


O Mestre ouviu, embaraçado por não querer desiludi-los, a explosão da esperança em seus corações.


E resolveu dar-lhes um exemplo vivo. Nada melhor que um cego de nascença, para servir à alegoria, demonstrando que nem sequer a iluminação física seria reconhecida, quanto mais a espiritual que se oculta no fundo d’alma.


A demonstração prática foi completa, revelando a dificuldade de uma criatura obter a iluminação interior e o Encontro Sublime, se para isso não está preparada evolutivamente.


Procuremos analisar cada linha e cada entrelinha da narrativa de João e do fato que foi realizado bem a propósito, como exemplificação do que é "ser a luz do mundo". Observamos anteriormente (cfr. vol. 3) que o Mestre agia primeiro para explicar depois. Aqui a ordem foi invertida.


O evangelista, bem imbuído do ensino aprendido em sua vivência, soube ocultar em suas palavras, com rara sabedoria, tudo o que foi dito aos discípulos de boca a ouvido, e que não deveria ser divulgado naquele momento da História. Só muito mais tarde poderia ser publicado, quando a humanidade fosse abrindo os olhos de ver, os ouvidos e ouvir e sobretudo o coração de entender.


A lição parece ter sido provocada pelos próprios discípulos, ávidos de conhecimento mais profundo do ensino místico do Cristo.


Já vimos que a primeira parte se refere às causas das doenças. Nem todas constituem resgates cármicos de ações de vidas anteriores: algumas há que são "aguilhão evolutivo". Os termos registrados pelo narrador resumem a lição em algumas linhas, onde só o essencial é dado a lume, para que os profanos não penetrassem o significado total, mais tarde, viria a inspiração para que se revelassem um pouco mais do teor da lição. Mas a palavra érga, "ação", levanta a pista. Estando Deus dentro de todos e de tudo, a ação divina se manifesta de dentro para fora.


No entanto, a este segue-se logo outro ensino de capital importância. Fala o Cristo Interno a Seus discípulos: "Nós devemos executar as ações de Quem Me enviou". A Centelha crística é enviada ou projetada pelo Pai (SOM) e se reveste de forma e veículo físicos para, de dentro, fazer evoluir o Espírito que dela se individou. O processo é conhecido, não precisamos repeti-lo. No homem, a Centelha continua seu trabalho de impulsionar à evolução. Mas o grosso da humanidade não alcançou ainda o contato e a comunicação direta com a Centelha, pois nem sequer atingiu o conhecimento intelectual desse fato. A Seus discípulos, já iluminados, o Cristo afirma que a verdadeira evolução é proveniente dessa ação divina interna, e que ela só pode efetivar-se "enquanto é dia", pois vem a noite quando ninguém pode agir. Parece enigmático o resumo que João faz do ensino.


Mas, sentindo isso, ele apressou-se a acilitar a explicação: "cada vez que eu esteja no mundo, sou a luz da mundo", isto é, todas as vezes que me manifesto no coração da criatura, ilumino-a, tornando-a dia (LUZ) para que ela tenha claro seu caminho.


Segundo o Prof. José Oiticica o termo "mundo", exprime os veículos físicos. Logo conforme escreve ("Os Sete eu sou", 1958, pág. 7), o significado da frase é: "O Cristo encerrado nos veículos físicos da manifestação é a luz desses veículos".


Mas enquanto o Cristo se mantém "adormecido no fundo do barco" (MT 8:24, MC 4:38, LC 8:23) levantam-se as tempestades nas trevas da noite do Espírito e ele não pode agir, não consegue dar os passos evolutivos (ergázesthai = evoluir), porque perde o rumo certo, desvia-se da rota, "erra" (hamartânô) o caminho.


Passa então ao ensino prático, de ação física, reveladora do processo espiritual. Começa mostrando que o Cristo Cósmico lança de Si uma Centelha ("cospe no chão",) a qual se mistura com os elementos materiais (terra), formando um corpo físico (lama) cuja VIDA é a Centelha (cuspo). Estando esta oculta num corpo, enquanto assim se mantiver, a criatura é cega de nascença; mas quando essa criatura receber o impacto no intelecto (olhos) poderá reaver a visão. Para isso, é mister cristificar (o verbo grego usado aqui é epichríô, composto de chríô, ungir, cujo particípio passado é christós) o cérebro (visão). Maravilhosa lição contida numa pequena palavra! Por isso, unge (cristifica) os olhos do cego de nascença (de quem se acha na ignorância completa) e manda-o "lavar-se na piscina de Siloé", ou seja, manda que mergulhe (batismo) nas águas (na interpretação alegórica da doutrina) da Enviado (isto é, do Cristo, o Enviado do Pai).


Haverá lição mais clara e explícita para indicar-nos o caminho certo do Encontro com o Cristo Interno?


O cego é dito "de nascença" porque só nascera como ser humano "de baixo", e jamais conhecera a luz do alto (José de Oiticica, o. c., pág. G). Podemos, também, interpretar como um ensino o cuspir na terra: só através da encarnação, do mergulho da essência crítica na matéria e especialmente depois que se lavou, mergulhando nos ensinos alegóricos (não os literais) do Enviado do Pai, é que o Espírito pode evoluir.


Quando isso ocorre com uma criatura, a modificação é tão radical e profunda, que todos os "vizinhos" (sejam células, órgãos, veículos físicos, ou pessoas externas) chegam a duvidar se trate daquele mesmo que estavam habituado, a ver triste, sorumbático, miserável, a mendigar nas esquinas um pouco de felicidade, como tantos que vemos a correr ansiosos pelas instituições espiritualistas, mendigando luz sem obtê-la, e permanecendo cegos, desorientados, angustiados. Mas, cuidado com os equívocos: muitos há que experimentam arrebatamentos, êxtases, iluminações ou "samádhis" e acreditam que isso constitua a União definitiva. São passos decisivos para alcançá-la, mas ainda não são o final ansiado. Aqui, neste capítulo, trata-se exatamente da obtenção da União por meio da iluminação.


Verificado o resultado, vem o desejo de todos de saber como foi isso conseguido. A resposta do recémiluminado esquematiza o processo com extrema simplicidade: o homem chamado Jesus (a individualidade) fez lama (misturou a Centelha divina com a matéria, plasmou o corpo físico), ungiu-ma sobre os olhos (cristificou-me a capacidade intelectiva) e ordenou-me que me lavasse (mergulhasse) nas águas (na interpretação alegórica da doutrina) de Siloé (do Enviado do Pai, o Cristo Interno); fui (obedeci: faça-se a tua vontade), lavei-me (mergulhei no coração) e vi (encontrei-me com a Centelha divina). A concisão da frase, em sua singeleza, transmite esperançosa mensagem a todos os que lêem o sentido, e não apenas as palavras; a todos os que "sentem", e não apenas vêem as letras impressas.


Contínua o desejo de saber mais; "Onde está ele"? A resposta só podia ser a que foi dada: "Não sei".


Como saber ONDE se encontra o Infinito, ONDE se situa o Eterno, ONDE se aloja o Ilimitado? Impossível dizê-lo, porque impossível sabê-lo: está em todo lugar e em nenhum lugar, já que não se localiza no espaço: é inespacial; está sempre presente, mas sempre ausente, pois não se manifesta no tempo: é eterno e atemporal; é o grande nada; é o Absoluto em que mergulha o relativo que não pode defini-Lo nem percebê-Lo; é invisível aos nossos olhos, insensível a nossos sentidos, pois vibra em outra dimensão, só perceptível à superconsciência do Eu profundo, quando este desperta para a Realidade.


Vem a seguir uma lição para aqueles que encontram na escola da Iniciação, na "Assembleia do Caminho": a exemplificação do que sempre ocorrerá com eles em relação aos profanos. Ao descobrirem um Iniciado verdadeiro (não os que se dizem tais, mas os que realmente o são, e nunca o dizem a quem quer que seja) eles querem forçá-lo a limitar-se numa religião, a restringir-se numa seita, a filiarse a um partido, cerceando sua liberdade sob o jugo dos poderosos da Terra. E de modo geral o círculo escolhido é dos piores e mais farisaicos e anáticos que quererão obrigá-lo ao obedecer a todos os preconceitos e conveniências humanas, por mais ilógicas e absurdas.


O processo utilizado é descrito em pormenores, finalizando com a excomunhão, inevitável para que as organizações religiosas oficiais mantenham sua "autoridade" e supremacia sobre os profanos; a presença de um iluminado entre eles viria ofuscá-los diante do público, obumbrando-lhes a ignorância travestida de sabedoria. Corpo estranho que pertubaria os interesses materiais ardentemente buscados e que jamais são suficientes para aplacar-lhes a ambição.


Mas a criatura iluminada procura demonstrar com fatos, mesmo perante assembleias hostis, a verdade que experimentou, apresentando todos os testemunhos pedidos, embora, firme na sua convicção e na experiência vivida (fui cego e agora vejo) não se deixe abater nem intimidar. Já os profanos amedrontamse com as ameaças; os "judeus" (religiosos ortodoxos) podem excomungá-los.


Observemos que o verbo homologeô significa literalmente "falar igual", donde "ser igual", "ser conforme"," confirmar", "Dele se derivam o nosso "homologar". Vemos nesse verbo o sinônimo mais aproximado do nosso atual verbo "sintonizar", ou seja, vibrar na mesma tônica, expressões que àquela época não podiam ser proferidas, por serem desconhecidas as ondas elétricas e hertzianas(1).


(1) Confessamos que essa interpretação pode causar estranheza a alguns leitores, porque nós mesmos a estranhamos. Mas temos sempre procurado ser sinceros e honestos, escrevendo com toda fidelidade as ideias que chegam, algumas tão inesperadamente (como esta) que chegamos a ficar atônitos. Mas depois de recebê-la ficamos inteiramente de acordo com ela (homologêkamen), sentimo-la, houve perfeita sintonia mental. Assim também a condenação dos profanos virá fatalmente, traduzida em lutas contínuas e perseguições contra todos os que conseguirem SINTONIZAR O CRISTO. Não fosse tão nova e chocante a ideia, inclusive constituindo o termo forte anacronismo, e o teríamos colocado na própria tradução do texto evangélico, porque, a nosso ver, "sintonizar" é o verbo moderno que traduz mais perfeitamente homologéo.


Uma lição que precisa ser bem aproveitada é o final do capítulo.


Inicialmente observemos que houve uma iluminação, resultante da ação crística (atuação da "graça") e do mergulho (atuação do "livre arbítrio"). A visão lhe chegou nova (não houve "recuperação", pois era cego de nascença). Mas o Encontro não havia sido atingido, apesar da "cristificação" que lhe foi proporcionada antes do mergulho. Compreendemos, então, que essa "cristificação" foi o apelo crístico interno da "graça", num primeiro chamamento.


Como, porém, a criatura obedeceu - é o caso de dizer - cegamente, e teve a coragem moral de arrostar as autoridades sem esmorecer (inclusive o próprio intelecto perquiridor) e recebeu com humildade o castigo do mundo que o expulsou do templo externo das personalidades, aí então, e só então, o Cristo se manifesta a ele. Pergunta-lhe se crê, se pretende "ser fiel", ou seja, manter a fidelidade ao Filho do Homem (ou Filho de Deus). E a boa-vontade é total: "Quem é ele para que lhe possa ser fiel"?


O Cristo se revela (tira o véu = apokálypsai) e ele o VÊ em todo o Seu esplendor divino. E aniquilase diante dele ("prostra-se"). Lógico que tudo isso se passa no íntimo da criatura. Expulsa do templo exterior da personagem, houve outro mergulho no templo interno do coração, e aí, de fato, se dá o Encontro Sublime. Coroamento celestial de uma experiência fascinante que arrebata e transforma uma vida.


O Cristo, cada vez que se revela a este mundo - a uma criatura - produz inesquecível efeito. Mas esse efeito possui duas acetas antagônicas: os que não vêem, os que são cegos, tornam-se videntes, ilumi nados pelo Cristo. Mas aqueles que julgam ver, com a fraca luminosidade do intelecto, vaidosa e oca ("a sabedoria do mundo é estultícia diante de Deus", 1. ª Cor. 3:19) esses tornam-se cegos. Em outras palavras, os que são humildes e, ainda que sábios, reconhecem sua ignorância e anseiam pelo Espírito, são iluminados pela luz interior (agem enquanto é dia) e passam a ver tudo pelo prisma da verdadeira Sabedoria. Mas aqueles que só vêem as coisas materiais e por isso se julgam videntes, esses diante do Espírito se tornam cegos, e passam a não perceber mais nada. A explicação dada aos fariseus confirma esse ponto de vista. E por isso "permanecem no erro", isto é, continuam a vaguear por tempos intermináveis nas sendas ilusórias do mundo físico da personagem, presos à roda das encarnações.


jo 9:11
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 21
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 9:1-41


1. E passando (Jesus) viu um homem cego de nascença.

2. Perguntaram-lhe seus discípulos, dizendo: "Rabbi, quem errou, ele ou seus pais, para que nascesse cego?

3. Respondeu Jesus: "Nem ele errou, nem seus pais, mas para que se manifeste nele a ação de Deus;

4. nós devemos executar as ações de quem me enviou enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode agir;

5. cada vez que eu esteja no mundo, sou a luz do mundo".

6. Dizendo isso, cuspiu no chão e fez lama com o cuspo e ungiu sua lama sobre os olhos (do cego e disse-lhe:

7. "Vai levar-te na piscina de Siloé (que significa Enviado). Ele foi, pois, lavou-se e regressou vendo.

8. Então os vizinhos e os que costumavam vê-lo antes, porque era mendigo, diziam: "Não é esse o que se sentava e mendigava"?

9. Uns dizem: "É ele mesmo"; outros diziam: "Não é, mas é parecido com ele"; ele mesmo dizia: sou eu".

10. Perguntavam-lhe então: "Como te foram abertos os olhos"? ..... ...

11. Respondeu ele "O homem chamado Jesus fez lama, ungiu-ma sobre os olhos e disseme: vai a Siloé e lava-te; então fui, lavei-me e vi"

12. Perguntaram-lhe: "Onde está ele"? Respondeu: "Não sei".

13. Levaram o ex-cego aos fariseus.

14. Ora, era sábado o dia em que Jesus fez lama e lhe abriu os olhos.

15. De novo, então, os fariseus perguntaram-lhe como via. Respondeu-lhes ele: "Ungiume lama sobre meus olhos, lavei-me e vejo".

16. Diziam, pois, alguns dos fariseus: "Este homem não é de Deus, porque não observa o Sábado". Outros porém diziam: "Como pode um homem errado fazer semelhantes sinais"? E havia divergência entre eles.

17. Disseram, então, ao cego de novo: "Que dizes tu a respeito dele, visto que te abriu os olhos"? Ele respondeu: "Que é profeta".

18. Mas os judeus não acreditaram, a respeito dele, que fora cego e via, até que chamaram os pais do que recebera a vista,

19. e os interrogaram dizendo: É este vosso filho, que vós dizeis ter nascido cego? Como, pois, vê agora"?

20. Responderam seus pais e disseram: "Sabemos que este é nosso filho o nasceu cego;

21. ma como agora vê, não sabemos; ou quem lhe abriu os olhos, não sabemos: interrogaio, já tem idade, ele mesmo falará a seu respeito".

22. Isso disseram seus pais, porque temiam os judeus, porque os judeus já haviam combinado que se alguém confirmasse o Cristo, seria expulso da sinagoga.

23. Por isso disseram seus pais: "Já tem idade, interrogai-o".

24. Chamaram, pois, pela segunda vez o homem que fora cego e disseram-lhe: "Dá glória a Deus: nós sabemos que esse homem é errado".

25. Ele respondeu: "Se é errado, não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo".

26. Disseram-lhe, pois: "Que te fez? Como te abriu os olhos"?

27. Respondeu-lhes: "Já volo disse e não ouviste; por que quereis ouvir de novo? Acaso também vós quereis ser seus discípulos"?

28. Injuriaram-no e disseram: "Tu és discípulo dele; nós somos é discípulos de Moisés;

29. sabemos que Deus falou a Moisés, mas este não sabemos donde é".

30. Respondeu o homem e disse-lhes: "Nisto está o admirável, que não saibais donde ele é, e (no entanto) ele me abriu os olhos.

31. Sabemos que Deus não ouve os errados, mais se alguém for reverente (a Deus) fizer a vontade dele, a este ouve.

32. Desde séculos não se ouviu que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença,

33. Se esse homem não fosse de Deus, não poderia fazer nada".

34. Replicaram eles e disseram-lhe: "Tu nasceste todo em erros e nos ensinas"? E o lançaram fora.

35. Ouviu Jesus que o lançaram fora e, encontrando-o, disse-lhe: "Crês no Filho do Homem"?

36. Respondeu ele e disse: "Quem é; Senhor, para que eu creia nele"?

37. Disse-lhe Jesus: "Já o viste e é ele quem fala contigo".

38. E ele disse, "Creio, Senhor", e prostrou-se diante dele.

39. E disse Jesus: "Para um arbitramento vim a este mundo, para que os que não vêem, vejam, e os que vêem se tornem cegos".

40. Ouvindo isto, (alguns) dos fariseus que estavam com ele disseram-lhe: "Acaso somos nós também cegos"?

41. Disse-lhes Jesus: "Se fosseis cegos, não teríeis erro: mas agora dizeis: nós vemos; vosso erro permanece".



O discípulo amado soube dispor a ordem de sua narrativa de tal forma que logo após a revelação da teimosia dos "judeus" que NÃO QUERIAM VER, ele apresenta um fato (verdadeiro símbolo, que estudaremos a seguir) demonstrando a razão de ser de os judeus não crerem.


Certos hermeneutas acham que este fato não se seguiu ao tumulto no templo: "é inadmissível que Jesus se tenha mostrado à luz do dia imediatamente após a tentativa de assassinato a que escapara, antes que a efervescência da multidão inimiga se tivesse acalmado" (Pirot, o. c,, vol. 10, página 389). É não conhecer a psicologia de um "líder", julgando-o pela craveira comum dos mortais medrosos. Ao contrário, entendemos que as palavras de João salientam precisamente a sequência imediata dos fatos. Jesu "se esconde e sai do templo" e, ao sair da cidade com seus discípulos pela porta de Siloé, "passando, vê o cego de nascença", e faz questão de curá-lo, mesmo sem ser solicitado, para dar uma demonstração irrecusável das verdades que havia proclamado. Assim como se dissesse: "Não acreditam em minhas palavras? pois vejam os fatos".


Esse cego - sabemo-lo pelo desenrolar dos acontecimentos - era figura conhecida pela longa permanência naquela "porta de Siloé", pois aí o viam todos diariamente a esmolar e lhe conheciam a história.


Os próprios discípulos galileus, que só raramente iam a Jerusalém, também tinham ciência disso, e aproveitam a oportunidade para provocar uma explicação de teorias, cuja certeza não haviam adquirido.


Nem pensam na cura, que também a eles devia figurar-se "impossível". Mas os doutos explicavam que as enfermidades constituíam o resgate (castigo) de crimes cometidos anteriormente. No entanto, as Escrituras manifestavam-se dúbias e confusas em sua interpretação literal.


Em Êxodo (20:5 e 34:7), em Números (Números 14:18) e no Deuteronômio (Deuteronômio 5:9) afirma-se que Deus "visitará a iniquidade dos pais nos filhos sobre os terceiro e quartos", o que era explicado literalmente que os filhos "pagam" pelos pais. Todavia, no próprio Deuteronômio (Deuteronômio 24:16) está escrito: "não se farão morrer os pais pelos filhos nem os filhos pelos pais: cada homem será morto pelos seus erros". Essa mesma teoria da responsabilidade pessoal (1) é citada e reafirmada em Deuteronômio 7:9-3, em Ezequiel (18:1-32 e 33:20), em Job (34-11), nos Salmos (Salmos 28:4), nos Provérbios (12:14 e 29), em Isaías (Isaías 3:11), em Jeremias 31:29-3, nas Lamentações (3:64) e no Eclesiástico (16:15).


(1) Veja citações completas em "La Reencarnación en el Antigua Testamento", de C. Torres Pastorino, pág. 32 (Edições Sabedoria).


A qual das duas opiniões ater-se? Serão castigados os filhos pelos erros dos pais? Ou o resgate dos erros é pedido exclusivamente ao que errou? Ali estava um caso típico, um cego de nascenças: "Quem errou, para que este nascesse cego: ele mesmo ou seus pais"?


Lógico que na segunda hipótese apresentada, de estar cego por causa dos erros dos pais, a teoria do resgate dos filhos por culpas dos pais seria confirmada. Mas na primeira hipótese de ele mesmo haver errado, se confirmaria a teoria da responsabilidade pessoal, segundo o ensinamento das vidas terrenas múltiplas (reencarnação), já que o homem nascera cego; logo, só poderia ter cometido o erro em vida anterior. A segurança da pergunta é sinal evidente de que os discípulos não colocaram a menor dúvida a respeito da lei comprovada da reencarnação. E o Mestre não os corrige: ao contrário, confirma-lhes a certeza, quando responde: "ele mesmo não errou". Logo, viveu antes, sim, mas a cegueira atual não é o resgate de erros seus de vidas anteriores, não é cármica. Mas também não é o resgate de culpas dos pais.


A ideia de que todo e qualquer sofrimento era "castigo" estava generalizada nos povos antigos, e Plantão mesmo cita a comparação órfica de que o corpo "sôma" é uma sepultura ou cárcere (sêma) ou isolamento (phrousão) que a alma recebe como punição de seus erros anteriores, após ficar "errando cá e lá no espaço", quando não agiu tem durante a vida (cfr. Filolau, fragm. 15 D, e Plantão, Crátilo. 40 a; Górgias, 493 a; e Fedon, 62 b).


Diante da pergunta dos discípulos, o Mestre explica que não é assim baseando-se num caso concreto, que tem diante de si. A frase citada por João, embora resumida e esquemática, deixa clara a lição para quem já tenha compreendido a mecânica evolutiva. Afirma Jesus que não houve erro, nem dele próprio em vida anterior, nem de seus pais, ou seja, que a cegueira não é cármica, mas simplesmente uma experimentação ou provação (pathós) que serve de acicate para provocar avanço mais rápido daquela criatura, verdadeiro "aguilhão evolutivo".


O ensino é límpido: nasceu assim cego "para que nele se manifestasse a ação (érga) de Deus", ou seja, para que se faça sentir o impulso divino, que o constrange a evoluir. Não se trata, portanto, de resgate cármico, mas de provação, tanto que veremos como o ex-cego reagiu corajosa e ousadamente contra as autoridades, com o destemor próprio da criatura evoluída, que não se submete a mentiras e injustiças.


A interpretação corrente, de que "nasceu cego" só para que Jesus pudesse operar um "milagre", é de inconcebível fragilidade e irracional. Tantos meios haveria de realizar prodígios, que seria absurdo e monstruoso ter que sacrificar durante anos um filho de Deus, na cegueira, só para ser curado sem alarde, como o foi a posteriori, tendo sido mesmo posto em dúvida o fato, porque não foi público. Essa suposição de um Deus que não sabe fazer as coisas certas fere a racionalidade equilibrada de quem tenha um pouco de bom-senso. Qual o pai que deixaria um filho preso durante anos num cubículo sem luz, unicamente para que mais tarde viesse outro filho seu e mostrasse à humanidade que tinha a chave para abrir o cubículo e trazê-lo à luz? Por que supor sempre uma Divindade tão inferior às suas próprias criaturas?


Mas prossigamos na análise do texto.


No vers. 4. preferimos: "Nós devemos executar" (aleph, B, D, L, T, W, Z, lambda, psi, papiros 66 e 75, uncial 0124, mss. da siríaca palestiniana, etiópica e copta bohaírica. e Orígenes, Jerônimo, Cirilo de Alenxandria e Nonio, a "EU devo executar" (A, C, K, X, delta, theta, pi. psi, fam 1 e 13, vários minúsculos, versões siríacas e latinas). No entanto, é preferível "ME enviou" (os mesmos testemunhos citados acima, em primeiro lugar, exceto aleph, L e W) a "NOS enviou" (trazido por papiros 66 e 75, aleph, L, W, e os testemunhos da segunda citação). A lição foi manuseada pela dificuldade de concordar o plural "Nós", com o singular "me".


Nesse versículo aprendemos que a ação (érba) divina precisa manifestar-se e realizar-se através dos próprios homens, e isso só pode fazer-se "enquanto é dia", ou seja, quando a luz do Cristo nos possibilita a visão dos acontecimentos: se sobrevierem as trevas das perseguições, e entenebrecimento da Mente, a noite da alma que só vê a matéria, não se pode mais agir (as ações divinas).


O vers. 5 é iniciado com hótan, composto de hóte, "quando" e da partícula an, que exprime eventualidade e repetição, devendo, então traduzir-se hótan por "cada vez que" ou "todas as vezes que" (latim: totiens) (Cfr. Liddell and Scott, "Greek-English Lexicon, 1086, ad verbum). Daí a tradução que demos, divergente das comuns: "cada vez que (todas as vezes que) eu esteja no mundo, sou a luz do mundo".


Isso faz-nos perceber, irrecusavelmente, que aquela vez, narrada nos Evangelhos, não foi a única vez que Jesus esteve encarnado neste planeta.


Jesus utiliza-se novamente da saliva (cfr. vol. 4), com que faz lama, misturando-a à terra do chão, e com ela bezunta os olhos nati-mortos do cego; e envia-o a lavar-se na piscina de Siloé.


O nome hetraico tradicional é Siloáh, os massoretas marcaram a pronúncia Seláh; o grego transcreveu Siloám e significa "envio" (de águas). Era aplicado à fonte natural intermitente, única existente dentro da cidade de Jerusalém (cfr. Flávio Josefo, Bel1. JD 5, 41; 6, 1; 9, 4 e 12, 2; Tácito, Hist. 5,12). Daí ser dita "a" fonte. Mas aplicava-se também ao canal, construído por Ezequias (cfr. 2CR. 32:30) que desviou as águas do rio Gihon cavando subterraneamente na rocha um canal retilíneo de 550 m de extensão por baixo da cidade, até fazê-lo desembocar a oeste de Jerusalém, onde se construíra a "piscina do rei" (EDr. 3:15); mas o nome Siloé também se aplicou a essa piscina balneária (kolybêthra, vol. 3). À época de Jesus, tinha 22 m de norte a sul, 23 m de leste a oeste, e 5,5 m de profundidade. Hoje ainda existe, com 15 m por 5 m de largura e igual profundidade, com o nome de birkét Silôân, sendo ainda chamada

"Ain Umm ed-Deradj (fonte dos degraus) ou ‘Ain Sitti-Mariam (Fonte de Maria).


O nome Siloé estendera-se à porta da cidade e à região, e parece claro que foi nessa porta que Jesus viu o cego mandando-o à piscina, que lhe devia ser tem conhecida e ficava próxima ao local em que se achava. Tratando-se de uma piscina balneária, nada impedia que o cego cumprisse a determinação de Jesus e mergulhasse. "Lava-te", disse Jesus, e não apenas "lava teus olhos". E após mergulhar, verificou com assombro que conquistara a visão.


O regozijo e o espanto fizeram que a nova se espalhasse. Os vizinhos - deve ter corrido para casa a fim de participara boa-nova aos seus não queriam acreditar no que viam. É ele, não é ele, levantava-se a discussão, tão estranha era a ocorrência. Foram ao cego, amontoados à porta de sua casa: "és tu"? - "Sou eu"; - "É ele": Diante do fato incontestável, convenceram-se.


Como foi? O cego narra o ocorrido em palavras simples, embora se sinta, na sequência singela, um toque de emoção: lama nos olhos... vai lavar-te... fui... lavei-me... vi! O choque dos vizinhos amigos e parentes foi tão violento pelo inesperado, que agarraram o homem e deliberaram levá-lo aos chefes da religião, aos fariseus todo-poderosos. Nem quiseram esperar pelo dia seguinte. Foram no próprio sábado em que se deu o fenômeno inexplicável e nunca ouvido.


E subiram todos eles em bloco as escadarias do templo, levando de roldão o ex-cego, que não cabia em si de alegria por ver as maravilhas do sol a bailar sobre o outro brilhante e sobre o mármore branco do monumento erguido a YHWH. Queriam levar consigo, também, o herói, o curador, mas onde estaria esse Jesus? A resposta foi desconcertante: "Não sei"!


Os céticos fariseus duvidaram. Começou o inquérito prudente, iniciado pela pergunta como foi. Nova repetição do beneficiado. Surge, então, a questão do quando, e a resposta de que fora naquele mesmo sábado fez explodir incontroláveis os preconceitos humanos, procurando abafar o maravilhoso do ato: esse homem não é de Deus, pois se o fora, teria respeitado o sábado, obedecendo aos fariseus e a suas exigências, como, no entender deles, o próprio Deus o fazia. Para os religiosos desse tipo de religiões organizadas Deus não pode sair da linha de conduta que eles traçam: está sujeito a eles, como pequena e dútil marionete que eles manobram à vontade.


Mas entre eles, havia alguns não fanatizados, que chegaram a aventar a hipótese arriscada, de que não seria possível a uma pessoa que errasse fora dos caminhos de Deus, a realização de uma cura espetacular: era um cego de nascença! A discussão afervorou-se entre eles, sob os olhares atônitos do excego.


Resolveram pedir a opinião dele. E ele foi franco e intimorato: é um profeta.


Desconfiaram, então, os julgadores mais severos, que se tratava de uma farsa: naturalmente estava tudo combinado. Ele se dizia cego de nascença e curado, mas não era verdade. Onde estavam seus pais? Estes o reconheceriam, e não teriam coragem de mentir... Talvez saindo do meio da pequena multidão que o acompanhara, apresentaram-se logo. Sim. Aquele era o filho deles não havia dúvida, e realmente nascera cego. Que acontecera, então? Bem, perguntem a ele tem idade suficiente... Que responda. Acovardaram-se, com medo de serem excomungados. Era comum, àquela época, (como ainda hoje, em muitas corporações religiosas) em três graus: a excomunhão vitalícia (herem) que chegava à confiscação dos bens: a expulsão da sinagoga por trinta dias (niddui) que obrigava ao luto e a deixar crescer barba e cabelos; e a separação por uma semana (nezipha), menos grave.


O texto original grego diz homologêsêi christón, literalmente, "falasse igual ao Cristo", ou "fosse igual ao Cristo", (de homo = igual e logéô = falo); algumas traduções vulgares seguem o códice D, único que dá "confessasse ser ele o Cristo"; outras trazem: "ser Jesus o Cristo". Mas não é isso o que diz o original. Exprime uma ideia de "iniciados": que os profanos não conheciam e por isso não podiam compreender: se alguém falasse ou fosse igual, se igualasse, ou mesmo, em última instância "confirmasse" no sentido de "aceitasse" ou "sintonizasse" com o Cristo.


Passam as autoridades, então, a sugestionar o ex-cego: se a cura foi feita num sábado, indiscutivelmente "esse homem é um errado" (1), está "fora do caminho certo. Mas o benefício não se enreda na armadilha: bom ou mau, não sei: sei que era cego e agora vejo! É o fato que derruba qualquer argumento teórico, filosófico ou teológico.


(1) Evitamos, na tradução, as termos que variaram na semântica, o fim de não dar ideias errôneas e anacrônicas do que foi dito. Assim, hamartía é o erro e Pramartolos, o errado, o que perdeu o caminho. Não dizemos "pecado", nem "pecador", pois estas palavras assumiram o significado específico de "ofensa a Deus", como se a Divindade fosse uma criatura mutável que pudesse ofenderse, zangar-se com os homens, e depois, perdoasse, quando estes se arrependessem. No sentido iniciático, hamartolós é o "profano", o "que está ainda no caminho errado".


Tentam, agora, pegá-lo em contradição: "como foi mesmo"? O homem já estava cansado e apela para a ironia: contar outra vez? Já disse como foi. Ou quererão tornar-se seus discípulos? A ironia fere como uma chicotada e faltos de argumentos, recorrem à injúria. Ainda se envaidecem de ser discípulos de Moisés, mas "esse" de onde vem? O carpinteiro não possuía as credenciais, os títulos, a submissão a eles. Valores e fatos de nada adiantavam, sem que tivessem "reconhecido a firma". A ironia continua, com laivos de sarcasmo: "não sabeis donde é, coisa estranha, mas ele me abriu os olhos" ... O descontrole chega ao máximo: "nasceste todo em pecados, e pretendes ensinar-nos"? O que confirma oficialmente a tese de que a doença, sobretudo a de nascença, é resgate cármico; e indiretamente confirma, sem dúvida, o conhecimento da lei da reencarnação por parte do Sinédrio. E acabam expulsando-o do templo. Tratava-se de uma testemunha incômoda cuja presença atestava a impotência deles sobre aquele carpinteiro e os deixava perplexos e sem saída.


O ex-cego demonstrara seu destemor e se comportara varonilmente diante do perigo. Jesus o procura para recorfortá-lo. A alegria da cura fora diminuída pela decepção diante de homens que ele, talvez, esperava, em sua ingenuidade simples, ergueriam hosanas a YHWH pela maravilha que ocorrera em Israel, onde "nunca se ouvira dizer que um cego de nascença recuperara a visão". Jesus o procura e o encontra. "Crês no Filho do Homem"? Atônito ele pergunta: "Quem é ele"? E Jesus, tal como o fizera com a samaritana, se revela a ele.


A expressão "Filho do Homem aparece em pap. 66 e 75, aleph, B, D, W, versões sahídica, achimimiana, faiúmica, boaírica (mss) e siríaca sinaítica; copta: é mais segura que "Filho de Deus", evidente emenda posterior de A, K, L, X, delta, theta, psi, omega, alguns minúsculos e das versões latinas.


Diante do novo iluminado, declara Jesus ter vindo para um arbitramento (krima) a fim de que os cegos vejam e os videntes se tornem cegos. É a afirmação clara de que o fato deve ser interpretado como alegoria ou símbolo.


Alguns fariseus que se achavam presentes quiseram saber imprudentemente (a verdade ofusca e cega) se acaso eles fariseus eram cegos. A resposta de Jesus é sábia: se fossem realmente cegos, e nada conhecessem, a respeito da verdade, não haveria erro da parte deles; mas eles mesmos se diziam sábios, competentes. que viam, e nisso consistia o erro que permanecia neles.


A explicação teórica da lição anterior deve ter sido completa, levando a verdadeira LUZ a alguns dos Espíritos de discípulos ali presentes, adiantando-os na senda. Mas talvez em alguns deles tenha havido maior dificuldade de compreensão. Como agir diante do mundo, depois de iluminados? O ideal não seria revelar tudo isso aos chefes religiosos? Que maravilha se as maiores autoridades das religiões conseguissem VER o que ocorria àqueles que recebiam a iluminação interior! Como progrediria a humanidade se os dirigentes da religião oficial comprovassem a Realidade do Espírito! A humanidade poderia rapidamente modificar-se. Eles mesmos abandonariam o egoísmo ambicioso, para viverem a doação de si mesmos aos desamparados. Perceberiam a vaidade e falácia das coisas da terra e subiriam aos píncaros da espiritualidade, seriam "iluminados".


O Mestre ouviu, embaraçado por não querer desiludi-los, a explosão da esperança em seus corações.


E resolveu dar-lhes um exemplo vivo. Nada melhor que um cego de nascença, para servir à alegoria, demonstrando que nem sequer a iluminação física seria reconhecida, quanto mais a espiritual que se oculta no fundo d"alma.


A demonstração prática foi completa, revelando a dificuldade de uma criatura obter a iluminação interior e o Encontro Sublime, se para isso não está preparada evolutivamente.


Procuremos analisar cada linha e cada entrelinha da narrativa de João e do fato que foi realizado bem a propósito, como exemplificação do que é "ser a luz do mundo". Observamos anteriormente (cfr. vol. 3) que o Mestre agia primeiro para explicar depois. Aqui a ordem foi invertida.


O evangelista, bem imbuído do ensino aprendido em sua vivência, soube ocultar em suas palavras, com rara sabedoria, tudo o que foi dito aos discípulos de boca a ouvido, e que não deveria ser divulgado naquele momento da História. Só muito mais tarde poderia ser publicado, quando a humanidade fosse abrindo os olhos de ver, os ouvidos e ouvir e sobretudo o coração de entender.


A lição parece ter sido provocada pelos próprios discípulos, ávidos de conhecimento mais profundo do ensino místico do Cristo.


Já vimos que a primeira parte se refere às causas das doenças, Nem todas constituem resgates cármicos de ações de vidas anteriores: algumas há que são "aguilhão evolutivo". Os termos registrados pelo narrador resumem a lição em algumas linhas, onde só o essencial é dado a lume, para que os profanos não penetrassem o significado total, mais tarde, viria a inspiração para que se revelassem um pouco mais do teor da lição. Mas a palavra érga, "ação", levanta a pista. Estando Deus dentro de todos e de tudo, a ação divina se manifesta de dentro para fora.


No entanto, a este segue-se logo outro ensino de capital importância. Fala o Cristo Interno a Seus discípulos: "Nós devemos executar as ações de Quem lhe enviou". A Centelha crística é enviada ou projetada pelo Pai (SOM) e se reveste de forma e veículo físicos para, de dentro, fazer evoluir o Espírito que dela se individuou. O processo é conhecido não precisamos repeti-lo. No homem, a Centelha continua seu trabalho de impulsionar à evolução. Mas o grosso da humanidade não alcançou ainda o contato e a comunicação direta com essa Centelha, pois nem sequer atingiu o conhecimento intelectual desse fato. A Seus discípulos, já iluminados, o Cristo afirma que a verdadeira evolução é proveniente dessa ação divina interna, e que Ela só pode efetivar-se "enquanto é dia", pois vem a noite quando ninguém pode agir. Parece enigmático o resumo que João faz do ensino.


Mas, sentindo isso, ele apressou-se a acilitar a explicação: "cada vez que eu esteja no mundo, sou a luz do mundo", isto é todas as vezes que me manifesto no coração da criatura, ilumino-a, tornando-a dia (LUZ) para que ela tenha claro seu caminho.


Segundo o Prof, José Oiticica, o termo "mundo", exprime os veículos físicos. Logo conforme escreve ("Os Sete eu sou", 1958, pág. 7), o significado da frase é: "O Cristo encerrado nos veículos físicos da manifestação é a luz desses veículos".


Mas enquanto o Cristo se mantém "adormecido no fundo do barco" (MT 8:24, MC 4:38, LC 8:23) levantam-se as tempestades nas trevas da noite do Espírito e ele não pode agir, não consegue dar os passos evolutivos (ergázethai = evoluir) porque perde o rumo certo, desvia-se da rota "erra" (hamartánô) o caminho.


Passa então ao ensino prático, de ação física, reveladora do processo espiritual. Começa mostrando que o Cristo Cósmico lança de Si uma Centelha ("cospe no chão",) a qual se mistura com os elementos materiais (terra), formando um corpo físico (lama) cuja VIDA é a Centelha (cuspo). Estando esta oculta num corpo, enquanto assim se mantiver, a criatura é cega de nascença; mas quando essa criatura receber o impacto no intelecto (olhos) poderá reaver a visão. Para isso, é mister cristificar (o verbo grego usado aqui é epichriô, composto de chriô, ungir, cujo particípio passado é christós) o cérebro (visão). Maravilhosa lição contida numa pequena palavra! Por isso, unge (cristifica) os olhos do cego de nascença (de quem se acha na ignorância completa) e manda-o "lavar-se na piscina de Siloé", ou seja, manda que mergulhe (batismo) nas águas (na interpretação alegórica da doutrina) do Enviado (isto é, do Cristo, o Enviado do Pai).


Haverá lição mais clara e explícita para indicar-nos o caminho certo do Encontro com o Cristo Interno?


O cego é dito "de nascença" porque só nascera como ser humano "de baixo", e jamais conhecera a luz do alto (José de Oiticica, o. c., pág. G). Podemos, também, interpretar como um ensino o cuspir na terra: só através da Encarnação, ao mergulho da essência crítica na matéria e especialmente depois que se lavou, mergulhando nos Ensinos alegóricos (não os literais) do Enviado ao Pai, é que o Espírito pode evoluir.


Quando isso ocorre com uma criatura, a modificação é tão radical e profunda, que todos os "vizinhos" (sejam células, órgão, veículos físicos, ou pessoas externas) chegam a duvidar se trate daquele mesmo que estavam habituados a ver triste, sorumbático, miserável, a mendigar nas esquinas um pouco de felicidade, como tantos que vemos a correr ansiosos pelas instituições espiritualistas, mendigando luz sem obtê-la, e permanecendo cegos, desorientados, angustiados. Mas, cuidado com os equívocos: muitos há que experimentam arrebatamentos, êxtases, iluminações ou "samádhis" e acreditam que isso constitua a União definitiva. São passos decisivos para alcançá-la, mas ainda não são o final ansiado. Aqui, neste capítulo, trata-se exatamente da obtenção da União por meio da iluminação.


Verificado o resultado, vem o desejo de todos de saber como foi isso conseguido. A resposta do recémiluminado esquematiza o processo com extrema simplicidade: o homem chamado Jesus (a individualidade) fez lama (misturou a Centelha divina com a matéria, plasmou o corpo físico), ungiu-ma sobre os olhos (cristificou-me a capacidade intelectiva) e ordenou-me que me lavasse (mergulhasse) nas águas (na interpretação alegórica da doutrina) de Siloé (do Enviado do Pai, o Cristo Interno); fui (obedeci: faça-se a tua vontade), lavei-me (mergulhei no coração) e vi (encontrei-me com a Centelha divina). A concisão da frase, em sua singeleza, transmite esperançosa mensagem a todos os que lêem o sentido, e não apenas as palavras; a todos os que "sentem", e não apenas vêem as letras impressas.


Continua o desejo de saber mais: "Onde está ele"? A resposta só podia ser a que foi dada: "Não sei".


Como saber ONDE se encontra o Infinito, ONDE se situa o Eterno, ONDE se aloja o Ilimitado? Impossível dizê-lo, porque impossível sabê-lo: está em todo lugar e em nenhum lugar, já que não se localiza no espaço: é inespacial; está sempre presente, mas sempre ausente, pois não se manifesta no tempo: é eterno e atemporal; é o grande todo e o grande nada; é o Absoluto em que mergulha o relativo que não pode defini-Lo nem percebê-Lo; é invisível aos nossos olhos, insensível a nossos sentidos, pois vibra em outra dimensão, só perceptível à superconsciência do Eu profundo, quando este desperta para a Realidade.


Vem a seguir uma lição para aqueles que se encontram na escola da Iniciação, na "Assembleia do Caminho": a exemplificação o que sempre ocorrera com eles em relação aos profanos. Ao descobrirem um Iniciado verdadeiro (não os que se dizem tais, mas os que realmente o são, e nunca dizem a quem quer que seja) eles querem forçá-lo a limitar-se numa religião, a restringir-se numa seita, a filiarse a um partido, cerceando sua liberdade sob o jugo dos poderosos da Terra. E de modo geral o círculo escolhido é dos piores e mais farisaicos e anáticos que quererão obrigá-lo ao obedecer a todos os preconceitos e conveniências humanas, por mais ilógicas e absurdas.


O processo utilizado é descrito em pormenores, finalizando com a excomunhão, inevitável para que as organizações religiosas oficiais mantenham sua "autoridade" e supremacia sobre os profanos; a presença de um iluminado entre eles viria ofuscá-los diante do público, obumbrando-lhes a ignorância travestida de sabedoria. Corpo estranho que perturbaria os interesses materiais ardentemente buscados e que jamais são suficientes para aplacar-lhes a ambição.


Mas a criatura iluminada procura demonstrar com fatos, mesmo perante assembleias hostis, a verdade que experimentou, apresentando todos os testemunhos pedidos, embora, firme na sua convicção e na experiência vivida (fui cego e agora vejo) não se deixe abater nem intimidar. Já os profanos amedrontamse com as ameaças; os "judeus" (religiosos ortodoxos) podem excomungá-los.


Observemos que o verbo homologeâ significa literalmente "falar igual", donde "ser igual", "ser conforme"," confirmar". Dele se derivam o nosso "homologar". Vemos nesse verbo o sinônimo mais aproximado do nosso atual verbo "sintonizar", ou seja, vibrar na mesma tônica, expressões que àquela época não podiam ser proferidas, por serem desconhecidas as ondas elétricas e hertzianas (1).


(1) Confessamos que essa interpretação pode causar estranheza a alguns leitores, porque nós mesmos a estranhamos. Mas temos sempre procurado ser sinceros e honestos, escrevendo com toda fidelidade as ideias que chegam, algumas tão inesperadamente (como esta) que chegamos a ficar atônitos.


Mas depois de recebê-la ficamos inteiramente de acordo com ela (homologêkamen), sentimo-la, houve perfeita sintonia mental. Assim também a condenação dos profanos virá fatalmente, traduzida em lutas contínuas e perseguições contra todos os que conseguirem SINTONIZAR O CRISTO.


Não fosse tão nova e chocante a ideia, inclusive constituindo o termo forte anacronismo, e o teríamos colocado na própria tradução do texto evangélico, porque, a nosso ver, "sintonizar" é o verbo moderno que traduz mais perfeitamente homologéo.


Uma lição que precisa ser bem aproveitada é o final do capítulo.


Inicialmente observemos que houve uma iluminação, resultante da ação crística (atuação da "graça") e do mergulho (atuação do "livre arbítrio"). A visão lhe chegou nova (não houve "recuperação", pois era cego de nascença). Mas o Encontro não havia sido atingido, apesar da "cristificação" que lhe foi proporcionada antes do mergulho. Compreendemos, então, que essa "cristificação" foi o apelo crístico interno da "graça", num primeiro chamamento.


Como, porém, a criatura obedeceu - é o caso de dizer - cegamente, e teve a coragem moral de arrostar as autoridades sem esmorecer (inclusive o próprio intelecto perquiridor) e recebeu com humildade o castigo do mundo que o expulsou do templo externo das personalidades, aí então, e só então, o Cristo se manifesta a ele. Pergunta-lhe se crê, se pretende "ser fiel", ou seja, manter a fidelidade ao Filho do Homem (ou Filho de Deus). E a boa-vontade é total: "Quem é ele para que lhe possa ser fiel"?


O Cristo se revela (tira o véu = apokálypsai) e ele o VÊ em todo o Seu esplendor divino. E aniquilase diante dele ("prostra-se"). Lógico que tudo isso se passa no íntimo da criatura. Expulsa do templo exterior da personagem, houve outro mergulho no templo interno do coração, e aí, de fato, se dá o Encontro Sublime. Coroamento celestial de uma experiência fascinante que arrebata e transforma uma vida.


O Cristo, cada vez que se revela a este mundo - a uma criatura produz inesquecível efeito. Mas esse efeito possui duas acêtas antagônicas: os que não vêem, os que são cegos, tornam-se videntes, iluminados pelo Cristo. Mas aqueles que julgam ver, com a fraca luminosidade do intelecto, projetand "sua" cultura vaidosa e oca ("a sabedoria do mundo é estultícia diante de Deus", 1CO 3:19) esses tornam-se cegos. Em outras palavras, os que são humildes e, ainda que sábios, reconhecem sua ignorância e anseiam pelo Espírito, são iluminados pela luz interior (agem enquanto é dia) e passam a ver tudo pelo prisma da verdadeira Sabedoria. Mas aqueles que só vêem as coisas materiais e por isso se julgam videntes, esses diante do Espírito se tornam cegos, e passam a não perceber mais nada. A explicação dada aos fariseus confirma esse ponto de vista. E por isso "permanecem no erro", isto é, continuam a vaguear por tempos intermináveis nas sendas ilusórias do mundo físico da personagem, presos à roda das encarnações.



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

SILOÉ

Atualmente: ISRAEL
Tanque citado em Lucas 13:4
Mapa Bíblico de SILOÉ



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 9 do versículo 1 até o 41
H. A NOVA CONGREGAÇÃO, Jo 9:1-10.42

Jo 9 ; 10 são uma unidade, e é melhor considerá-los juntos. O ato de devolver a visão ao cego de nascença não só ilustra o brilho da Luz nas trevas (1.5), mas também torna-se a oportunidade para o início de uma nova comunidade (9.34). Esta comunidade é composta por aqueles que crêem em Jesus como o Senhor (9.38), e cujo Senhor é o Pastor das ovelhas (10.2).

1. Da Cegueira à Visão (9:1-7)

E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença (1). Alguns assumem que este fato ocorreu imediatamente após a Festa dos Tabernáculos e os acontecimentos registrados no capítulo 8,12° ao passo que outros pensam que é mais provável que ele esteja relacionado com a festa da Dedicação (10.22), que ocorreu algumas semanas mais tarde, no inverno.' Quando se considera o relacionamento íntimo dos capítulo 9 e 10, a última opinião parece ser a mais plausível. De qualquer maneira, este versículo introdutório define o cenário para o que vai acontecer. Os dois personagens principais atraem toda a atenção — um mendigo, cego de nascença, e Jesus, que passava pela estrada.

E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? (2) Isto nos diz que os discípulos estavam presen-tes, embora a pergunta que fizeram seja a sua única participação nos eventos, além de serem expectadores. A pergunta reflete a crença dos judeus da época de que os pecados dos pais são castigados nos filhos (cf. Êx 20:5-34.7; Nm 14:18; Dt 5:9). Ela também sugere o ponto de vista mantido por alguns de que era possível que o homem tivesse pecado "ainda no útero da sua mãe, ou em alguma existência anterior... As duas especu-lações são encontradas na literatura judaica"."2

Jesus respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais (3). Aqui o caso é diferente daquele do homem enfermo, cuja enfermidade estava evidentemente relacionada com o seu próprio pecado (5.14). Este homem e os seus pais eram todos vítimas de uma sociedade pecadora em que o inocente freqüentemente sofre com a culpa. Nesses casos, não existe necessariamente uma conexão entre as enfermidades e as desgraças com o indivíduo e o seu pecado pessoal. Os homens de elevada moral são freqüentemente as vítimas de uma sociedade imoral. A frase: Mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus (3) poderia ser traduzida do seguinte modo: "Mas isto veio a acontecer para que as obras de Deus possam se manifestar nele". Deus não deve ser considerado culpado de causar as desgraças, os pecados e os sofrimentos do homem. Antes, o homem pecador, orgulhoso, em terríveis dificuldades, só pode ser resgatado por Deus, e isto glo-rifica a Deus.

Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo (4-5). Em alguns textos, a primeira frase é: "Nós devemos trabalhar" (NASB), o que indica que Jesus incluía os discípulos e talvez até o homem cego (7) no imperativo divino de fazer as obras de Deus. A frase aquele que me enviou, referindo-se a Deus, que freqüentemente aparece neste Evangelho,' é de particular importância aqui, tendo em vista o significado de Siloé ("enviado", ver o comentário sobre o v. 7).

Existem, aqui, contrastes que representam de forma ilustrativa a luta cósmica en-tre o bem e o mal — trabalhar, não trabalhar; dia, noite; trevas, luz; cegueira, visão; cegueira espiritual, visão espiritual (Jo 9:39-41). A obra de Deus e a obra do homem são para a luz e todos os seus corolários. Os apóstolos "... pelo poder do Espírito e como testemunhas do que eles tinham visto, se tornaram filhos da luz pela iluminação do mundo".1" Era o hábito de Phineas Bresee, independentemente da hora do dia, usar a saudação "Bom dia". Também é bom recordar que "para o crente sempre é dia".1"

A expressão Enquanto estou no mundo (5) pode ser traduzida como "Em qual-quer momento em que Eu estiver no mundo". Esta é a idéia da universalidade da missão de Jesus, e é remanescente da afirmação do prólogo, a respeito da Luz (Jo 1:5-7-9).

Tendo dito isso, cuspiu na terra, e, com a saliva, fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego (6). Durante todo este primeiro episódio, o homem cego não disse absolutamente nada. Jesus, a Luz, está comandando tudo! (cf. Ap 1:13-18). "Aluz só pode brilhar".1"

Foram dadas várias sugestões sobre a razão para o uso da argila e da saliva. Uma delas é que se supunha que o cuspe tivesse poder de cura; assim Jesus usou o meio de que dispunha. Irineu sugere que o primeiro homem foi feito de argila; assim, "aquilo que o Criador — a Palavra — tinha deixado de formar no útero (i.e., os olhos do homem), Ele então forneceu em público".' Outra explicação é que a argila e o cuspe na verdade foram usados para selar os olhos do homem, fornecendo assim a oportunidade para que o homem fosse mandado ao tanque de Siloé. Isto foi feito, em primeiro lugar, para testar a fé e a obediência do homem; em segundo lugar, para dizer a todos que "o verdadeiro Enviado" cumpriu tudo o que fora representado por Siloé. Assim, Jesus lhe disse: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa "o Enviado") (7).

O tanque ficava situado a sudeste de Jerusalém (fora do muro atual; ver o mapa

2) e era alimentado por uma fonte. Um túnel de cerca de 500 m de comprimento os unia. O uso do símbolo da água ocorreu regularmente no Evangelho, sempre repre-sentando a imperfeição e a inadequação do judaísmo, e encontrando a completa per-feição na pessoa de Cristo (cf. Jo 1:33-2:6-7; 3.5; 4.13 5:3-4,7; 7:38-39). "A corrente que saía do coração da rocha era uma imagem de Cristo... portanto, aqui Cristo trabalha através 'do tanque', o 'Enviado', aquele que foi diretamente enviado por Deus, para poder liderar os discípulos e uma vez mais ligar tanto Ele quanto a sua obra às pro-messas dos profetas".'

Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo (7). Assim como Naamã foi lavar-se sob a ordem de Eliseu, este homem também obedeceu e recebeu a visão. Não foi um caso de recuperar alguma coisa que havia sido perdida, porque ele tinha nascido cego. "Tornar-se um cristão não é recuperar... mas sim receber uma iluminação nova e completa".'

E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé.... Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo (7). Neste texto, Norman R. Oke encontra o tema: "A desgraça pode se transfor-mar em graça". 1. O homem que nasceu cego enfrentava problemas que foram herdados (9,1) ; 2. O homem também passava por circunstâncias difíceis (Jo 8:59-9.
2) ; 3. Ele desco-briu que olhos abertos levam a um coração aberto (Jo 9:34-38).

2. Das Trevas para a Luz (9:8-41)

Evidentemente, ao receber a visão, o homem foi a sua casa, onde a próxima cena ocorre. Curado, agora ele se torna o personagem central no drama, enquanto os vizi-nhos, parentes, fariseus, judeus, principais da sinagoga vêm e vão. É somente no final que Jesus e ele se encontram novamente. Durante estas rápidas mudanças de cena, existem duas tendências que são evidentes. Uma é a crescente consciência por parte do homem curado sobre quem é Jesus. A consciência crescente avança do homem (11), para o profeta (17), e para o Senhor (38). A outra tendência é a crescente descrença e o julgamento preconceituoso por parte dos judeus. A descrença, começando no mesmo ponto, no homem (16) move-se chamando Jesus de pecador (24), e finalmente acu-sando-o de estar possuído por um "demônio" (10.20). Quando os homens são confronta-dos por Jesus, alguma coisa inevitavelmente acontece. Eles podem ser melhores ou piores. Eles acreditam, ou se recusam a acreditar. Eles saem para encontrar a luz, ou refugiam-se nas trevas exteriores (13.30). Não existe uma base neutra quando alguém está perante aquele que é a Luz (5).

  1. Ele é um Homem (Jo 9:8-12). Então, os vizinhos e aqueles que dantes tinham visto que era cego diziam: Não é este aquele que estava assentado e mendiga-va? (8) Isto identifica o homem que havia sido cego como um mendigo, e conhecido dos vizinhos. Mas o fato de que ele agora podia ver causou algumas divisões especulativas entre aqueles que o conheciam. Uns diziam: É este. E outros: Parece-se com ele (9). No entanto, não havia dúvida na mente do homem. Embora o mundo que ele conhecia tivesse se modificado rapidamente, ele ainda conhecia a sua própria identidade, e assim fez o registro dizendo diretamente: Sou eu (9). Tendo este fato sido estabelecido plena-mente, os seus vizinhos, com natural curiosidade, perguntaram: Como se te abriram os olhos? (10) Ele imediatamente identificou o seu benfeitor como o homem chamado Jesus (11), e continuou contando os acontecimentos em ordem — argila, olhos ungidos, lavagem em Siloé, visão. Parece que o relato da fabricação do lodo, que constituía uma transgressão à lei do sábado, tornou-se a razão para outras perguntas: Onde está ele? (12), ao que o homem respondeu Não sei (12), e então foi levado aos fariseus (13).
  2. Ele é um Profeta (Jo 9:13-17). Os fariseus perguntavam agora o que os vizinhos ti-nham perguntado antes — como vira (15). A resposta — que era a verdade — era a mesma: lodo, olhos ungidos, lavagem, visão. Quando os fariseus ouviram isto, o seu jul-gamento foi imediato. Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado (16). Mal sabiam eles que estavam julgando o Senhor do sábado! Outros espectadores, que não eram os fariseus, com algum bom raciocínio diziam: Como pode um homem peca-dor fazer tais sinais? E havia dissensão entre eles (16).

A primeira pergunta dos fariseus se relacionava diretamente ao acontecimento. Agora as perguntas se relacionavam com a pessoa de Jesus. Tu que dizes daquele que te abriu os olhos? (17) Não pode haver uma verdadeira separação entre o que Jesus faz e quem Ele é, se alguém desejar verdadeiramente avaliar a sua obra ou a sua pessoa. O homem curado tinha tido um conhecimento experimental da obra de Jesus, e estava se movendo em direção ao verdadeiro entendimento da natureza de Jesus quando respon-deu: É profeta (17).

  1. Ele é Senhor (Jo 9:18-41). Quando confrontado com evidências contrárias aos seus preconceitos, a primeira inclinação das pessoas é questionar as evidências. Assim, Os judeus não creram que ele tivesse sido cego e que agora visse, enquanto não chamaram os pais do que agora via. E perguntaram-lhes, dizendo: É este o vosso filho, que vós dizeis ter nascido cego? Como, pois, vê agora? (18-19). As duas perguntas provocavam respostas muito diferentes. A primeira não podia ser ne-gada pelos pais. Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego. Mas eles lidaram cuidadosamente com a segunda pergunta. Diante da ameaça — os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser ele (Jesus) o Cristo, fosse ex-pulso da sinagoga (22) — eles deram uma resposta cuidadosa: Mas como agora vê não sabemos; ou quem lhe tenha aberto os olhos não sabemos; tem idade; perguntai-lho a ele mesmo, e ele falará por si mesmo (21). Aqueles "que apela-ram para a Quinta Emenda" foram motivados pelo medo da excomunhão, que não era pouca coisa. Ser expulso da sinagoga significava o ostracismo social, econômico e familiar, assim como o anátema dos principais da sinagoga. Mas o homem curado estava sujeito à mesma ameaça e ao mesmo medo, e como os seus pais se esquivaram de assumir a sua responsabilidade, todo o peso da decisão recaiu sobre ele.

Uma vez que os fariseus eram incapazes de abalar as evidências com base no questionamento da identidade do homem, agora se voltaram a ele e disseram: Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador (24). A frase Dá glória a Deus foi usada como "um termo técnico, um apelo à verdade",1" e significa simplesmente "Agora diga a verdade!" Mas o próprio conceito de verdade daqueles homens estava tão deturpado que chamavam aquele que é a Verdade de pecador. A verdade é um caminho, e o homem curado estava naquele caminho. Com grande discernimento e inspiração, ele respondeu: Se é pecador, não sei; uma coisa sei, e é que, havendo eu sido cego, agora vejo (25). Existe alguma coisa que é absolutamente inequívoca sobre a genuína experiência religiosa. E se alguém já teve uma experiência que transforma a cegueira espiritual em visão espiritual, deve-se seguir uma teologia sadia. O cético, ou aquele que duvida, difi-cilmente encontra uma resposta para o testemunho de uma vida transformada.

O questionamento insistente dos fariseus: Que te fez ele? Como te abriu os olhos? (26) produziu um comprometimento e uma zombaria por parte daquela vítima potencial. Phillips traduz este trecho da seguinte forma: "Vocês não estavam ouvindo? Por que querem ouvir tudo outra vez?" Quereis vós, porventura, fazer-vos também seus discípulos? (ou, traduzido literalmente, "Vocês não estão querendo ser seus discípulos também, estão?" 27). A forma da pergunta indica que ele esperava uma resposta negati-va por parte deles. Ele sabia muito bem que eles não iriam se tornar discípulos. No entanto, o uso da palavra também indica que ele mesmo estava determinado a ser um discípulo de Jesus.

Então, o injuriaram e disseram: Discípulo dele sejas tu; nós, porém, somos discípulos de Moisés. Nós bem sabemos que Deus falou a Moisés, mas este não sabemos de onde é (28-29). O verbo traduzido como injuriaram (cf. 1 Pe 2,23) é uma palavra forte que significa "maltratar" ou "abusar". Estes homens estavam discutindo forçosamente pela sua forma de religião, e ao mesmo tempo se afastavam tanto de Jesus quanto do seu novo discípulo. Os discípulos de Moisés é que deveriam saber de onde vinha Jesus. Mas todo o problema estava no fato de que eles nem mesmo eram verdadei-ros seguidores de Moisés (cf. 8.39). A reivindicação que faziam de uma experiência religi-osa válida, em termos de uma origem antiga e autêntica, era falsa.

A rejeição a Jesus por parte dos judeus e a ignorância confessa destes homens em relação à origem do Senhor (29) pareceram, para o novo discípulo, uma posição ilógica à luz daquilo que lhe havia acontecido. Usando um pouco de lógica baseada na experiência, ele atacou a posição deles. Nisto, pois, está a maravilha: que vós não saibais de onde ele é e me abrisse os olhos (30). Começando com o que ele conhecia como um fato (a visão em lugar da cegueira), ele argumentou que tal conse-qüência deveria ter uma causa adequada. Jesus não poderia ser um pecador como eles tinham afirmado (24), porque Deus não ouve a pecadores (31). Esta observa-ção era mais do que casual, ou o resultado de considerações pragmáticas. Ela estava bem fundamentada nos ensinos do Antigo Testamento (veja 27:9-5166.18; Is 1:15-59.2; Mq 3:4; Zc 7:13). Por outro lado, Deus ouve a alguém que é temente a Deus e faz a sua vontade (31). Aliado a isto está o fato do acontecimento sem precedentes — a abertura dos olhos a um cego de nascença (32). Somente Deus, ou alguém que tenha um íntimo relacionamento com Ele, poderia ser a causa adequada daquilo que havia acontecido. Se este não fosse de Deus, nada poderia fazer (33).

Evidentemente isto estava certo. A evidência da sua experiência, a força da sua lógica, e o humor nada sutil nos seus ataques (27) constituíam uma ameaça ao prestígio e à posição dos judeus. Eles precisavam degradá-lo porque não podiam responder nem ao seu testemunho nem à sua lógica. Tu és nascido todo em pecados e nos ensinas a nós? (34) Eles tomaram a sua cegueira de nascença, que eles mesmos tinham questiona-do previamente, como sendo prova segura de que a sua origem era um "completo pecado" (RSV). Assim tentavam desesperadamente desacreditar a veracidade do seu testemu-nho e a validade da sua lógica. Talvez soubessem muito bem que a verdade vence, e isso não podiam tolerar; então expulsaram-no (lit. "o lançaram fora", 34). "Os 'fariseus' expulsaram do rebanho de Deus o homem que o próprio Cristo iluminou".131

Para o homem cego de nascença, isto marcou o começo de um novo relacionamento pessoal, e envolveu uma separação deliberada da antiga vida de escuridão; significou o comprometimento com Jesus como Senhor (38). Também foi "o começo de uma nova So-ciedade, distinta do judaísmo dominante",' exemplificando uma vez mais o contraste entre o antigo e o novo (cf. Jo 1:33-2.10,18,22; 3.5; 4:13 14:5-8-9; 6:49-50). Esta nova socie-dade torna-se o tema do capítulo 10, com a imagem do rebanho, do aprisco e do pastor.

Quando um homem toma deliberadamente uma decisão pelo que ele sabe que é certo, e especialmente quando faz isso sob grave coerção e contra grande oposição, todas as forças da verdade e da justiça estão ao seu lado e vêm ao seu auxilio. Jesus ouviu que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: Crês tu no Filho de Deus? (35) Jesus o encontrou! Oh, que pensamento abençoado! O "caçador" do céu não vai aban-donar a alma honesta e que procura a verdade. A pergunta de Jesus literalmente traduzida seria: "Você está colocando a sua fé no Filho do Homem?" A leitura "Filho do Homem" ou "Filho de Deus" recebe um forte apoio textual, e se encaixa particularmente bem no contexto que vem a seguir, onde o tema dominante é o do julgamento. "Pela primeira vez,

  1. Senhor se oferece como o objeto da fé, e como 'o Filho do Homem' no seu caráter univer-sal em relação à humanidade. Anteriormente, Ele tinha convocado os homens a segui-lo: Ele se revelara e aceitara a humilde homenagem dos crentes: mas agora Ele propõe um teste de comunhão. A sociedade universal se baseia na confissão de uma nova verdade".'

O homem respondeu a pergunta de Jesus com uma outra pergunta: Quem é ele, Senhor, para que nele creia? (36). E Jesus lhe disse: Tu já o tens visto, e é aquele que fala contigo (37). "Jesus se revela como o Cristo. Vê-lo e reconhecê-lo é a visão perfeita e o esclarecimento; é, na verdade, a visão de Deus" (cf. 14.9).1' O clímax de toda a narrativa é a afirmação firme e dinâmica do homem: Creio, Senhor (lit., "estou tendo fé, Senhor"). E o adorou (38). A fé religiosa prática freqüentemente excede o conheci-mento teológico técnico. Aqui o homem aclama Jesus como o Senhor. Ele afirma a sua fé em Jesus pelo que Jesus é, e não simplesmente pelo que Ele fez. O reconhecimento levou à fé, e a fé resultou na adoração. O tempo do verbo (aoristo) adorou indica uma atitude e postura de vida definitivas. Com isso, o homem curado já não é mais mencionado. Mas que aconteceu com ele mostrou o caminho que vai das trevas até aquele que é a Luz, e caminho de uma instituição legalista, morta e sem sentido (o judaísmo) até uma socie-dade e comunhão dos redimidos, onde Cristo é o Pastor (Jo 10). Aqui os estranhos (10,5) e os mercenários (Jo 10:12-13) não encontram lugar.

Uma breve revisão dos versículos 8:41 mostra a progressão da fé do homem curado. Começando pela sua própria experiência, ele respondeu a pergunta: "O que você acha de Cristo?" em três etapas: 1. Ele é um homem (8-12) ; 2. Ele é um profeta (13-17) ; 3. Ele é o Senhor (18-41).

Adicionalmente, o que aconteceu nesse episódio mostrou que o julgamento é o resul-tado inevitável da vinda daquele que é a Luz. E disse-lhe Jesus: Eu vim a este mun-do para juízo, a fim de que os que não vêem vejam e os que vêem sejam cegos (39). Os fariseus suspeitavam que estivessem sob esse julgamento e perguntaram: Tam-bém nós somos cegos? (lit., "Nós não somos cegos também, somos?", 40). A pergunta implicava a esperança de uma resposta negativa. Mas Jesus disse: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos, por isso, o vosso pecado permanece (41). Lightfoot comenta: "Quando o Senhor enuncia a verdade primordial de que o seu evangelho envolve uma discriminação que confunde todos os julgamentos e padrões aceitos pelo mundo, os fariseus, que percebiam que as Palavras dele envolviam o desafio — se eles se colocavam na Luz ou nas trevas — notam, ao fazer a pergunta ao Senhor, que a sua reivindicação de visão, a sua crença de que conseguem enxergar, é, na verdade, a sua própria condenação".135


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de João Capítulo 9 do versículo 1 até o 41
*

9:2

quem pecou. Muitos judeus, como os amigos de Jó, acreditavam que cada má sorte temporal era punição de Deus por algum pecado específico. Com uma doença congênita, a explicação poderia ser que o pecado tivesse sido cometido no útero, ou pelos pais cujo ato pecaminoso vitimasse seu filho. Jesus descarta estas idéias como explicações impróprias (v.3), mas isto não nega que certas provações sejam ordenadas por Deus, para punir ou corrigir certos pecados específicos (p.ex., na vida de Davi, depois de seu adultério e assassinato, 2Sm 12—21). Nem ainda existe aqui uma negação, por parte de Cristo, da doutrina bíblica do pecado original (Rm 5:12-21), que ensina que todo sofrimento é conseqüência de nosso pecado coletivo e da rebelião de Adão. Mas não é sábio nem caridoso julgar que os sofrimentos de outros sejam especificamente punitivos (Mt 7:1). A questão colocada diante de Jesus apresenta um falso dilema. Só duas possibilidades foram dadas como razões para as aflições do homem: seus próprios pecados ou o pecado de seus pais. Jesus oferece uma terceira opção (v.3).

* 9:3

para que se manifestem nele as obras de Deus. Alguns dos nossos sofrimentos, como os de Jó, são para a glória de Deus, pois ou resultam em nosso próprio aperfeiçoamento ou em cura espetacular, como no caso presente. O propósito de Deus nem sempre nos é presentemente conhecido, mas temos a certeza de que seu propósito é bom (Rm 8:28).

* 9:6

cuspiu na terra. Em Mc 8:23-25, Jesus também usou saliva para curar. A saliva não era um agente medicinal, mas ofereceu oportunidade para o homem mostrar sua fé, obedecendo a ordem de Jesus (v.7).

* 9:9

se parece com ele. O milagre foi tão espantoso que os espectadores não podiam acreditar que era o mesmo homem.

* 9:12

Não sei. À medida que a história se desenvolve, o homem curado se move na direção do caminho da fé; aqui ele não sabe onde Jesus está; depois, ele afirma que Jesus é um profeta (v.17); pouco depois, ele levanta dúvidas a respeito da acusação de que Jesus é um pecador (v.25); finalmente, depois que ele encontra Jesus novamente, reconhece que Jesus é o Filho de Deus e o adora (vs.35-38). Estes passos da fé ilustram aquilo que o autor do Evangelho deseja para os seus leitores (20.31).

* 9:16

sábado. Ao invés de agradecerem esta obra sobrenatural da graça de Deus, os fariseus começam a discutir a respeito da observância do Sábado. Sua preocupação girava específicamente em torno de sua interpretação tradicional daquilo que o quarto mandamento exigia. Nenhuma das ações envolvidas (cuspir, aplicar lodo, ir tão longe como a Siloé, lavar o rosto, curar um homem cego) eram proibidas pela lei. Ao invés de questionarem sua própria compreensão da lei, eles rejeitaram Jesus e seu ministério.

* 9.18-23

Uma pergunta aos pais do homem cego confirma a realidade de sua cegueira e da cura.

* 9.24-34

Uma segunda investigação com o homem curado não traz nenhum fato novo à luz, mas a posição dos investigadores é endurecida. Os fariseus chamam a Jesus de "pecador" (v. 24) cuja origem é desconhecida (v. 29) e excomungam o homem cujas respostas só os irritam (vs.27,30). Suas respostas são contundentes: o homem nascido cego tinha sido curado e "Deus não atende a pecadores" (v.31).

* 9.35-38

Neste segundo encontro com Jesus, a fé daquele homem curado avança de uma confiança geral na missão divina de Jesus para uma alegre aceitação dele como o Messias, digno de adoração.

* 3.39-41

Neste epílogo, Jesus traz à luz o impacto de sua vinda: os que falsamente imaginam terem especial intuição nas coisas de Deus, tornam-se cegos oponentes dos caminhos de Deus; e os que parecem menos informados são capazes de ver, quando o Espírito de Deus abre seus olhos e os conduz à fé.

* 9:39

Eu vim a este mundo para juízo. A Primeira Vinda de Cristo não trouxe o Juízo Final (3.17; 12.47), mas ele fez o povo defrontar-se com a obrigação de decidir-se a favor ou contra ele (Mt 12:30; Lc 11:23). Até a Segunda Vinda de Cristo, esta é ainda a época da redenção durante a qual o cego pode ver e os mortos em delitos e pecados podem receber a nova vida (Ef 2:4).

* 9:41

Nós vemos. Aos oponentes faltava a humildade elementar de reconhecerem que eram pecadores.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 9 do versículo 1 até o 41
9.1ss No capítulo 9 vemos quatro reações diferentes ante o Jesus. Os vizinhos revelaram surpresa e cepticismo; os fariseus mostraram incredulidade e prejuízo; os pais acreditaram mas calaram por temor à excomunhão; e o homem sanado demonstrou uma fé constante e crescente.

9.2, 3 Uma crença comum na cultura judia era que a calamidade e o sofrimento eram o resultado de algum grande pecado. Mas Cristo utilizou o sofrimento deste homem para ensinar a respeito da fé e glorificar a Deus. Vivemos em um mundo cansado onde a boa conduta não recebe sempre uma recompensa e a má conduta não recebe sempre um castigo. portanto, os inocentes às vezes sofrem. Se Deus tirasse o sofrimento cada vez que o pedíssemos, seguiríamo-lo por comodidade e conveniência, não por amor e devoção. Sejam quais forem as razões de nosso sofrimento, Jesus tem poder para nos ajudar a lutar com ele. Quando sofrer devido a uma enfermidade, uma tragédia ou uma incapacidade, trate de não perguntar: "por que me aconteceu isto?" nem "No que me equivoquei?" Mas bem peça a Deus que lhe dê fortaleza para a prova e uma perspectiva mais clara do que está acontecendo.

9:7 Ezequías construiu o lago do Siloé. Seus operários abriram um conduto subterrâneo de um manancial que estava fora do muro da cidade para que levasse água ao interior da mesma. Assim a gente podia sempre obter água sem temor ao ataque. Isto resultava especialmente importante em tempos de sítio (vejam-se 2Rs 20:20; 2Cr 32:30).

9.13-17 Enquanto que os fariseus investigavam e discutiam a respeito do Jesus, a gente se sanava e trocava. O cepticismo dos fariseus não se apoiava na falta de evidência, a não ser no ciúmes devido à popularidade do Jesus e sua influência nas pessoas.

9.14-16 O dia de repouso dos judeus, na sábado, era o santo dia de descanso da semana. Os fariseus elaboraram uma larga lista específica de permissões e proibições referentes ao dia de repouso. Trabalhar com lodo e sanar ao homem se consideravam trabalho e portanto estavam proibidos. É possível que Jesus faça o lodo a propósito a fim de enfatizar seu ensino sobre o dia de repouso: É bom ocupar-se das necessidades de outros mesmo que implique trabalhar em um dia de repouso.

9:25 Já o ex-cego tinha escutado as mesmas perguntas muitas vezes. Não sabia como nem por que Jesus o sanou, mas sabia que sua vida trocou milagrosamente e não temia dizer a verdade. Não é necessário que alguém conheça todas as respostas para falar de Cristo a outros. É importante lhes dizer como O trocou nossa vida. Logo confiemos que Deus usará essas palavras para ajudar a outros a acreditar também no.

9.28, 34 A nova fé do homem foi severamente provada por algumas das autoridades. Amaldiçoaram-no e o expulsaram da sinagoga. É possível que chegue perseguição quando a gente segue ao Jesus. Talvez perca amigos; inclusive possivelmente perca a vida. Mas ninguém pode lhe tirar jamais a vida eterna que Jesus lhe dá.

9:38 quanto mais experimentava este homem sua nova vida através de Cristo, mais confiava naquele que o sanou. Não só adquiriu a vista física, mas também a espiritual ao reconhecer ao Jesus primeiro como um profeta (9.17), logo como seu Senhor. Quando você vai a Cristo, começa a ver o de maneira diferente. quanto mais anda com O, melhor compreenderá quem é. Pedro nos diz que cresçamos "na graça e o conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesucristo" (2Pe 3:18). Se deseja saber mais do Jesus, siga andando com O.

9.40, 41 Aos fariseus chocou que Jesus pensasse que eram cegos espirituais. Jesus lhes respondeu que solo a cegueira (obstinação e estupidez) desculpava sua conduta. Aos que foram receptivos e reconheceram que o pecado na verdade os tinha cegos quanto a conhecer a verdade, O lhes deu entendimento e revelação espiritual. Mas rechaçou a quem se voltou condescendentes, arrogantes e cegos.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de João Capítulo 9 do versículo 1 até o 41
T. JESUS ​​E o cego (9: 1-41)

1 E, passando, viu um homem cego de nascença. 2 E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, ​​este ou seus pais, para que nascesse cego? 3 Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais;., mas que as obras de Deus se manifestem nele 4 Temos de trabalhar as obras daquele que me enviou, enquanto é dia;. a noite vem, quando ninguém pode trabalhar 5 Quando Eu estou no mundo, sou a luz do mundo. 6 Quando ele dito isso, cuspiu no chão, e fez lodo com a saliva, ungiu os olhos com o barro, 7 e disse-lhe: Vai, lavar no tanque de Siloé (que é, por interpretação, Enviado). Ele foi embora, pois, e lavou-se e voltou vendo. 8 Então os vizinhos, e aqueles que o viu outrora, que era um mendigo, perguntavam: Não é este o mesmo que se sentava a mendigar? 9 Outros diziam: É ele: outros disse: Não, mas se parece com ele. Ele disse: Eu sou ele . 10 Disseram-lhe, pois Como, então, se te abriram os olhos? 11 Ele respondeu: O homem que se chama Jesus fez lodo, untou-me os olhos e disse-me: Vai ao tanque de Siloé, e lavagem : então eu fui embora e lavou-se e fiquei vendo. 12 E disseram-lhe. Onde ele está? Ele diz: Eu não sei.

13 Eles trazem aos fariseus o que era cego. 14 Ora, era sábado o dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. 15 Mais uma vez, portanto, os fariseus também lhe perguntei como ele recuperou a vista. E ele lhes disse: Pôs-me lodo sobre os olhos, e eu lavei, e eu vejo. 16 Por isso alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem que é um pecador fazer tais sinais? E havia uma divisão entre eles. 17 Dizem, pois, a ao cego: Que dizes tu a respeito dele, visto que te abriu os olhos? E ele disse: Ele é um profeta. 18 Os judeus, portanto, não acreditava que lhe dizem respeito, que tinha sido cego e tinha recebido a vista, enquanto não chamaram os pais dele que tinham recebido a vista, 19 e perguntou-lhes, dizendo: É este o seu filho, que vós dizeis ter nascido cego? Como, pois, vê agora? 20 Seus pais responderam: Sabemos que este é o nosso filho, e que nasceu cego: 21 , mas como agora vê, não sabemos; ou quem lhe abriu os olhos, não sabemos: pergunte a ele; ele é maior de idade; ele falará por si mesmo. 22 Estas coisas disse que seus pais, porque temiam os judeus, porque os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ele ser . Cristo, ele deve ser colocado para fora da sinagoga23 Por isso disse que seu pais, Ele é maior de idade; perguntar a ele. 24 Então chamaram pela segunda vez o homem que tinha sido cego, e disse-lhe. Dá glória a Deus.: Nós sabemos que esse homem é um pecador 25 Ele, portanto, respondeu. Se ele é um pecador, não sei; uma coisa que eu sei, é que, havendo eu sido cego, agora vejo. 26 Disseram-lhe: Que te fez ele? Como te abriu os olhos? 27 Respondeu-lhes ele, eu disse que, mesmo agora, e não ouvistes; que o quereis tornar a ouvir? vós quereis também tornar-se seus discípulos? 28 E o injuriaram, e disse: Tu és seu discípulo; mas nós somos discípulos de Moisés. 29 Sabemos que Deus falou a Moisés:. Mas, quanto a este homem, não sabemos de onde ele é 30 O homem respondeu, e disse-lhes: Por que, aqui, é a maravilha, que vós não conheceis donde ele é, e ainda que ele abriu os olhos. 31 Sabemos que Deus não ouvir os pecadores.: mas, se alguém é temente a Deus, e fazer a sua vontade, a esse ouve 32 Desde o princípio do mundo nunca se ouviu que qualquer alguém abrisse os olhos de um cego de nascença. 33 Se esse homem não fosse de Deus, nada poderia fazer. 34 Responderam, e disseram-lhe: Tu nasceste todo em pecados, e vens nos ensinar? E lançaram-no fora.

35 Jesus ouviu que o tinham expulsado; e encontrá-lo, ele disse: Crês tu no Filho de Deus? 36 Ele respondeu, e disse: E quem é ele, Senhor, para que eu creia nele? 37 Jesus disse-lhe: Tu já o tens visto, e ele é o que fala contigo. 38 E ele disse: Senhor, eu creio. E ele adorou. 39 E Jesus disse: Porque o juízo Eu vim a este mundo, para que os que não vêem vejam; e os que vêem se tornem cegos. 40 Aqueles dos fariseus que estavam com ele, ouvindo isto, e disse-lhe: Também nós somos cegos? 41 Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado: mas como agora dizeis: Nós vemos, permanece o vosso pecado.

Anteriormente, Jesus tinha falado de Si mesmo como a luz do mundo (Jo 8:12 ). Isto tornou-se o assunto da controvérsia com os fariseus que se seguiram, mas João não deu mais detalhes sobre ela. No presente capítulo Jesus a Luz torna-se o tema central, e é ilustrado por conta da cura de um cego. A história da cura por sua vez, torna-se o prefácio dos incidentes e discurso do capítulo 10 . Vários temas atravessam essa história de cura: o problema do sofrimento, herdou resultados do pecado, o milagre da cura, o método empregado por Jesus, o milagre como um sinal de sua identidade, o conflito continuou entre Jesus e os fariseus, o ato de excomunhão do homem curado, a fé do homem, eo julgamento dos fariseus.

A tempestade do capítulo anterior passou-se no frenesi dos inimigos de Jesus colecionar pedras para um ataque, antes que Jesus fez uma saída apressada do templo. Quanto tempo decorrido entre esse incidente ea atual episódio não é conhecida, mas uma calma agora prevalece e os discípulos (provavelmente a doze) estão de volta com o Mestre. Eles não foram mencionados na narrativa de João desde o discurso sobre o Pão da Vida, na Galiléia (Jo 6:71 ). Durante este intervalo de Jesus parecia estar sozinho em seu conflito com os príncipes dos sacerdotes e os fariseus. Isto, naturalmente, significa que Ele estava em Jerusalém; e é aí que a cura do cego ocorreu. O costume refúgio de mendigos foi a área de Temple, onde as chances de receber doações eram boas. Pessoas em um estado de espírito religioso são geralmente boas doadores. Jesus passou por , sem indicação dada de onde ele e seus discípulos estavam indo; talvez Jesus estava à procura de uma oportunidade para proclamar a Sua mensagem, uma vez que Ele dificilmente se sentir livre para entrar no Templo tão pouco tempo depois de serem expulsos. Mais do que isso, os dias em que multidões o seguiam para ouvi-lo falar e de testemunhar Seus milagres acabaram. Seu testemunho foi agora a indivíduos e pequenos grupos. A visão do cego lhe deu mais uma oportunidade de testemunhar a Luz do mundo.

Este homem provavelmente foi conhecido por alguns dos discípulos desde que foi conhecido que ele era 38 anos de idade e que sua cegueira era congênita. Os discípulos perguntaram por que ele nasceu-o cego velho problema do sofrimento humano. O segundo mandamento ensina que os pecados de um pai são visitados sobre seus filhos; isso poderia ser a resposta, ou tinham o homem nascido cego por causa de seu próprio pecado? Para a última ideia quatro soluções foram oferecidas:
1) o homem estava sendo punido pelos pecados Deus sabia que ele iria cometer;
2) a transmigração da alma, ele pode ter pecado em uma existência anterior;
3) a pré-existência da alma a alma do homem havia pecado antes que ele entrou no corpo;
4) foi possível para o feto ter emoções pecaminosas. Jesus rejeitou as razões para a cegueira sugerido pelos discípulos, mas Ele não fez nenhuma tentativa de oferecer o que chamaríamos de uma solução. Em vez disso, Ele disse que havia um propósito na cegueira que estava sendo desenvolvida para a glória de Deus.

Neste caso de cura, nenhuma menção é feita de fé, seja por parte do homem ou dos outros. Em geral, a fé-to-João é concordar com a pessoa ea mensagem de Jesus, ao invés de uma expectativa de que certas coisas vão acontecer, ou de uma condição de receber algo de Deus. Este último se aproxima o ponto de vista dos escritores sinóticos e do apóstolo Paulo. No desempenho desta cura Jesus adaptadas às práticas com que o povo estavam familiarizados-Ele ungiu os olhos do homem com uma solução de saliva e argila. Saliva de um homem deveria conter a essência de seu caráter, e no pensamento popular, que muitas vezes tinham propriedades que lhe permitiram transferir a saúde de uma pessoa para outra cura. A piscina de Siloé, o que significa enviado , provavelmente foi usado para indicar que Jesus foi enviado ao mundo para ser a luz do mundo, e a lavagem tornou-se o teste de fé do homem. Após a lavagem dos olhos ele foi para casa curado. Mais tarde ele foi encontrado no Templo.

A finalidade deste procedimento parece ser claro. Nos milagres descritos por João até o momento não há nenhuma indicação de como eles foram realizados. A água tornou-se apenas vinho; o filho do oficial estava bem quando o pai chegou em casa; o homem coxo na piscina se levantou e caminhou com a simples palavra de Jesus. E os pães e os peixes não foram esgotadas; eles pareciam apenas para expandir quando dividido entre a multidão. Mas, no caso vertente Jesus fez uso de um remédio medicinal com argila comum umedecido com saliva. A lavagem na piscina pode ter sido cerimonial, ou ele pode ter sido feito para a finalidade de remover o barro de uma só vez, a fim de revelar que a cura havia chegado cerca de uma maneira incom1.

Jesus tinha um propósito no processo como Ele fez. Ele quis mostrar que esse milagre de cura ocorreu de acordo com as leis que são conhecidos, embora não seja totalmente compreendido. Milagres de cura não vá contra as leis que Deus estabeleceu para o funcionamento do corpo humano. Este é universalmente reconhecido por aqueles que ensinam a cura divina; ninguém reza, depois de uma amputação, com o coto da perna para crescer em uma perna, porque isso seria contrário às leis que regem o corpo humano como se tornou conhecido. Dr. E. Stanley Jones observou que o milagre da cura é, essencialmente, a aceleração dos processos corporais, através da qual o homem vive. Não nos é dito que tipo de cegueira o homem sofria de-somente para que nascesse cego. Ele provavelmente tinha olhos, e sua cegueira foi o resultado de algum mau funcionamento. Se ele tivesse não tinha olhos, o milagre teria difere radicalmente dos outros descritos no Novo Testamento.

Recentemente, o braço amputado de um menino foi substituído por cirurgia em um hospital de Boston, Massachusetts. Os cirurgiões foram capazes de fazer a sua parte, porque eles sabiam como cooperar com as leis do corpo humano. O elemento milagroso tem sido amplamente reconhecida. Miracle e mistério não são termos sinônimos. "É mais fácil acreditar, quando os meios pode ser percebida; é ainda mais fácil, quando os meios parecem ser apropriado. "O crente cristão vê o sobrenatural no natural-e da Encarnação mostra que o sobrenatural pode ser visto pelo homem dessa maneira.

Jesus realizou o milagre da cura para os olhos do cego, a fim de fazer valer a verdade que Ele era a Luz do mundo. Por esta testemunha acrescentou, por acaso algum veria a luz e acreditar. Ao chamar a atenção para a cegueira do homem, Jesus enfatizou a cegueira espiritual daqueles que o cercam. Ao curar sua cegueira, Jesus mostrou que Ele era capaz de curar a cegueira espiritual. Ao dizer que o homem vá lavar, Jesus procurou gerar fé em seus ouvintes.

Os resultados imediatos da cura não foram em todos os animadores, exceto no caso do homem que tinha sido curado. Ele provou ser um dos mais fortes convertidos para Jesus e Seus ensinamentos até este momento. De ninguém é que foi dito que ele adorou Jesus, com exceção deste homem. Mas a maioria das pessoas que tinham testemunhado o milagre agido de forma diferente. Os amigos e vizinhos do homem no primeiro duvidou de sua identidade quando o encontraram capaz de ver. Em seguida, eles o levaram para os fariseus, provavelmente porque o milagre havia sido realizada no dia de sábado. E assim tem sido sempre com o bem-intencionado, mas as pessoas-a espiritualmente ignorantes ação precipitada e impensada que levar o Evangelho de Cristo em conflitos desnecessários com o mundo.

Após esta cura seguiu-se a investigação mais completa de um incidente desse tipo encontrado nos Evangelhos. Os fariseus questionaram o homem que tinha sido cego. Eles discutiam entre si: porque Jesus curou o homem Ele deve ter sido de Deus; porque Ele fez isso no sábado Ele não poderia ter sido. Eles questionaram os pais do homem, mas não obteve satisfação além da identificação do homem curado como seu filho. Os pais estavam inclinados a seguir o seu filho na sua fé em Jesus, mas temia, porque os fariseus tinham feito algum trabalho de base para a sua perseguição Dele. Qualquer um que confessou o Messias seria excomungado. O próprio homem foi intimidado por nem a proibição nem a lavagem cerebral, através do qual ele foi colocado. Ele não sabia muito sobre o homem que o tinha curado, mas acreditava que Ele seja de Deus, como Moisés tinha sido. Quer quebrar o Sabbath O fez pecador o homem não sabia; Mas, segundo ele, uma coisa que eu sei, é que, havendo eu sido cego, agora vejo (v. Jo 9:25 ). A única resposta dos fariseus era colocá-lo para fora da sinagoga.

Existem diferenças de opinião sobre se esta era a excomunhão real. Não Plummer não penso assim, e nem Westcott, que sugere que os fariseus não estavam autorizados a fazer tal declaração. Se os fariseus eram as ferramentas do sacerdócio Jerusalém no programa de perseguição, como alguns estudiosos pensam, isso poderia ter sido a excomunhão do tipo mais grave. Havia três tipos praticados entre os judeus: um prazo de trinta dias, um período indefinido de tempo, e demissão permanente. Strachan acredita que, no presente caso, foi da "forma mais grave," porque o homem "tinha cometido o pecado hediondo de tentar ensinar a seus professores."

Quando Jesus ouviu falar da defesa nobre que o homem havia feito Dele, ea consequência frequentar, Ele caçado até encontrá-lo. Crês tu no Filho de Deus , perguntou Jesus. E depois de uma breve conversa, ele respondeu com uma das declarações mais fortes de fé dada Jesus até este momento: Senhor, eu creio. E ele adorou-o (vv. Jo 9:35-38 ). Ouvindo Jesus foi uma experiência de julgamento, se o ouvinte era um cego ou um fariseu. Ao fazer resposta a Ele, eram ao mesmo tempo respondendo algo dentro de si. O homem fisicamente cego ou foi curado ou ele continuou em sua cegueira, ele havia enfrentado uma escolha. Os cegos espiritualmente teve a mesma alternativa. Os fariseus professavam visão espiritual, mas porque eles rejeitaram Jesus foram, assim, revelou ser líderes cegos-cego dos cegos. Sua cegueira trazido culpa sobre eles, por causa da incredulidade; enquanto a cegueira do homem trouxe olhos por causa de sua fé. Luz rejeitada se torna trevas; escuridão torna-se luz reconheceu sob o toque de Cristo.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de João Capítulo 9 do versículo 1 até o 41
Esse capítulo apresenta o sexto dos sete milagres especiais registrados no evangelho de João como tes-temunhos da divindade de Cristo (20:30-31). Os três primeiros sinais mostram que a pessoa é salva: pela Palavra (água em vinho), pela fé (cura do filho do oficial do rei) e pela gra-ça (cura do paralítico). Os últimos quatro sinais mostram o efeito da salvação: satisfação (alimentação dos 5 mil), paz (pacificação da tem-pestade), luz (cura do cego) e vida (ressuscitação de Lázaro).

  1. A cura (9:1-7)
  2. O homem tem as características do pecador perdido
  3. Ele era cego (Ef 4:18; Jo 3:3; 2Co 4:3-47). O não-salvo, não obs-tante seja intelectual como Nicode- mos, não pode ver nem entender as coisas espirituais. Veja 1 Corín- tios 2:14-16.
  4. Ele pedia esmola. Na visão de Deus, os não-salvos são pobres, embora possam ser ricos do ponto de vista do mundo. Ele esmola por alguma coisa que satisfaça suas ne-cessidades mais profundas.
  5. Ele estava desamparado. Ele não podia curar a si mesmo, e os ou-tros também não podiam curá-lo.
  6. A cura mostra como Cristo salva o pecador

(!) Ele foi ao homem pela graça. Cristo poderia ter passado por ele sem parar, pois era sábado, e ele deveria descan-sar (v. 14). Jesus faz algo pelo homem, enquanto os discípulos discutem a res-peito da causa de sua cegueira.

  1. Ele estimulou o homem. Um cisco irrita os olhos. Imagine um bolo de barro no olho. Todavia, a sujei-ra nos olhos encorajou-o a lavá-los. Acontece o mesmo com a pregação da Palavra: ela estimula o pecador com a condenação para que queira tomar alguma atitude em relação aos seus pecados. (Veja At 2:37.)
  2. Ele curou o homem com seu poder. O homem provou sua fé em Cristo ao obedecer à Palavra. Eloje, a "religião" quer dar substi-tutos para a salvação aos homens, mas apenas Cristo pode salvar das trevas do pecado e do inferno.
  3. A cura glorifica a Deus. To-das as conversões verdadeiras são apenas para a glória do Senhor. VejaEf 1:6,Ef 1:12,Ef 1:14; Ef 2:8-49). A de-claração dele: "Creio, Senhor", foi o ponto de virada em sua vida.

    A mesma luz que guia uma pessoa pode cegar outra (vv. 39-41). Os fariseus admitem que podem ver e, por isso, são culpados, pois rejei-taram a evidência e não receberam a Cristo. O evangelho provoca rea-ções distintas dos diferentes tipos de coração: o pecador cego recebe a verdade e a vê; a pessoa religiosa que se considera virtuosa rejeita a verdade e torna-se ainda mais cega espiritualmente. É perigoso rejeitar a luz.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 9 do versículo 1 até o 41
9.1 A cura do cego de nascença é o sexto sinal escolhido por João. Expõe o problema básico do pecado e sofrimento (conforme Jó) o pano de fundo do debate sobre a identidade de Jesus. O sinal soluciona um problema de nascença, o que o pecado também é (Sl 51:5). Jesus sendo a luz do mundo (5, conforme 8,12) cumpre a esperança messiânica (Is 35:5). A época continua sendo a Festa dos Tabernáculos.

9.2,3 Quem pecou. Baseados em passagens como Êx 20:5; Jr 31:29s; Ez 18:2 os judeus acharam possível o pecado dos pais passar para os filhos. Jesus nega que a cegueira fosse punição direta dos pais ou da vítima; mas bem era para glorificar a Deus (conforme 11.4). Obras de Deus, além de milagres inclui mudar vidas (6.28s).

9.4,5 Façamos (bons manuscritos têm "eu faça"). Dia.. A vida de Cristo junto com todo "enviado" de Deus se compara a um dia que termina com sua morte (5). Enquanto se espera a Segunda Vinda, só se vê a Luz real pela fé. Luz do mundo. O milagre deste capítulo é como uma parábola que exprime a natureza da iluminação espiritual.

9.7 Siloé... Enviado. Era o tanque na extremidade de um túnel, escavado por Ezequias, que trazia água da Fonte da Virgem; dai, "águas enviadas". Deste tanque as águas cerimoniais foram colhidas (7.37n). Simboliza o fato que Cristo é o enviado de Deus (4). Quem se lava no Seu sangue purificador ganha a iluminação salvadora (13.8ss).

• N. Hom. 9.11 Da Cegueira para a Percepção. O cego confessa:
1) é um homem chamado Jesus;
2) um profeta (17);
3) um adorador de Deus (35). O ponto culminante se vê na adoração (38).
9.14 Sábado. Conforme 5.16n.

9.17 Que dizes tu... No fim, todo homem terá de responder esta pergunta. Profeta. Falta o artigo que 6.14n e 7.40n têm. Moisés, Elias e Eliseu operaram maravilhas, mas os judeus negaram o aparecimento de qualquer profeta até chegar "o Profeta" (Dt 18:18).

9.20,21 Sabemos (gr oidamen. Usado 11 vezes neste cap.). Põe em relevo a falta da parte dos judeus de percepção espiritual neste evangelho (4.22, 32).

9.24 Dá glória a Deus. Há duplo sentido nesta expressão:
1) "agradecer" (Lc 17:15-42);
2) "dizer a verdade" (Js 7:19), como aqui.

9.25 Eu era cego e agora vejo. Espiritualmente mostra distinção absoluta entre as trevas e a luz. Quem vê não precisa de mais provas. Toda discussão e debate não convencem como a experiência.

• N. Hom. 9.28 Endurecimento de Coração.
1) Começa no pré-julgamento de Jesus (16);


2) seque a incredulidade ante os fatos (18);
3) e atribui-lhe pecado (24),
4) então fecham os ouvidos (27) seguido Pv 5:0).

9.35 Filho do Homem. Título messiânico deEz 7:13.

9:39-41 Jesus fala em termos espirituais. Os que não vêem, são os que não têm visão espiritual (salvação) mas têm consciência de sua necessidade. Os que vêem, são os judeus de v. 41.

9.41 Quem sabe que não vê, reconhecendo sua necessidade espiritual, poderá ser curado (conforme 1Jo 1:9). Quem nega seu pecado dizendo que "vê" permanece no pecado (Mc 2:17; Sl 32:3-19).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 9 do versículo 1 até o 41

3) O homem cego de nascença (9:1-41)
Nessa seção, há uma ilustração perfeita do fato de que o que Jesus faz é inseparável do que ele diz. A nota cronológica seguinte ocorre em 10.22. Ali, o trecho segue de perto o cap. 9. Assim, possivelmente as controvérsias no cap. 8 devam ser consideradas resumos das discussões ocorridas entre a festa das cabanas e a da dedicação, v. 2. quem pecou, este homem ou seus pais...?: Eles pressupõem a antiga explicação do sofrimento tão severamente questionada por Jó. Além disso, a sugestão de que o homem pode ter sido culpado ele mesmo parece se fundamentar na especulação judaica com respeito à transmissão de culpa, ou algo parecido trazido do judaísmo rabínico, em que é sugerido, por exemplo, no Midrash Rabbah de Dt 31:14, que uma mulher grávida que peca faz seu filho não nascido também pecar (conforme N. P Williams, Ideas of the Fali and Original Sin, 1927, p. 98). Jesus rejeita qualquer noção de que haja uma conexão causal direta entre a cegueira do homem e algum pecado, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele: A atitude não é ver no sofrimento uma razão para imputar culpa, mas uma ocasião para a revelação da glória de Deus da forma em que é tratada. [Há ainda outra formulação possível por meio da alteração da pontuação: “Não foi que esse homem pecou, nem os seus pais. Mas para que a obra de Deus pudesse ser vista nele, eu preciso fazer a obra daquele que me enviou enquanto é dia”.) 

v. 5. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo: Enquanto Jesus permanecer, fazendo a obra para a qual foi enviado, continua havendo a revelação inequívoca do caráter de Deus. v. 7. Vá lavar-se no tanque de Siloé (atual Silwan): Conforme Is 8:6. Esse tanque fica na extremidade sul do túnel de Ezequias na fonte da Virgem, no extremo sul do vale do Tiropeão. João explica o seu sentido, sem dúvida reconhecendo um significado à luz de Jesus como enviado de Deus. v. 14. Era sábado o dia em que Jesus havia misturado terra com saliva: Aqui está a razão principal por que os fariseus rejeitaram o sinal. As regras da Mishná para a cura e o uso de saliva no sábado eram complicadas; mas Jesus tinha feito barro e, assim, havia trabalhado. Por isso, eles afirmam triunfantemente que ele não é de Deus (v. 16), ao violar abertamente o sábado, v. 17. Ele é um profeta: Não há significado teológico nessa declaração. O homem simplesmente percebeu que Jesus possuía poderes extraordinários. v. 18. Os judeus não acreditaram: Ou toda a história é invenção, dizem eles, ou então o homem confundiu o dia em que recebeu sua vista. Seus pais estão confusos também e, ainda, tinham medo dos judeus (v. 22). Tinham medo de ser excomungados. Isso poderia ocorrer em dois sentidos. O menos severo, que está em mente aqui, incluía separação dos privilégios da sinagoga por um período de até trinta dias, embora a freqüência nas atividades da sinagoga fosse exigida como medida disciplinar. Isso poderia ser executado na prática por qualquer pessoa — até por uma mulher. A forma mais severa incluía açoites e exclusão de todo contato social, exceto na família, embora raramente fosse posta em prática. Nos dias de Jesus, o banimento severo só podia ser executado pelo Sinédrio, mas, na época em que João escreveu, sinagogas locais estavam autorizadas a executar ambas as formas — e o fizeram contra os cristãos. v. 24. Para a glória de Deus: Uma expressão coloquial que significa “fale a verdade” (conforme Js 7:19). Sabemos que esse homem épecador. E aqui que eles pronunciam a sua própria sentença (conforme 3.18). v. 25. Uma coisa sei: Obstinadamente o homem se recusa a ser coagido a abrir mão dos fatos em si. Eles podem saber a teologia deles, mas ele conhece sua cura. No final das contas, qual é mais aceitável? A restauração da vista não resolveu todos os seus problemas, mas sua nova vida é inquestionável. Assim, o exame cruzado a que o submetem não o abala.

v. 27. Acaso vocês [entre todo o povo] também querem ser discípulos dele?: Não, realmente eles não querem, v. 28. Nós somos discípulos de Moisés!: O insulto contra o homem como “discípulo de Jesus” e eles mesmos como os que eram adeptos da lei prefigura a divisão inevitável que ocorreria entre cristãos e judeus na época inicial do NT. v. 33. Se esse homem não fosse de Deus, não poderia fazer coisa alguma: Agora o homem chega ao clímax da sua fé. Jesus, ele crê, deve ser o enviado de Deus. E a rejeição por parte dos fariseus de um sinal tão declarado o surpreende grandemente. v. 34. Você nasceu cheio de pecado: A insinuação deles quanto ao legado moral do homem e sua ira diante da resistência dele levam-nos a expulsá-lo, e em princípio a expulsar o Salvador com ele. v. 35. Você crê no Filho do homem?: [Alguns manuscritos, seguidos por algumas versões, trazem “Filho de Deus” aqui.] Barrett, provavelmente, está certo ao dizer que, até então, a fé que o homem tinha era imperfeita. Talvez a pergunta devesse ser formulada assim: “Você crê no Filho do homem, não crê?”. À luz do cap. 10, podemos ver Jesus, o Pastor, tomando conta (v. 35) de uma ovelha expulsa recentemente do aprisco do legalismo judaico, 

v. 37. Você já o tem visto: O significado fundamental é que o homem, com a vista restaurada, tinha visto o Filho do homem sem perceber quem ele era. Em outros trechos desse evangelho, ver o Filho do homem está reservado para o futuro (conforme Mc 14:62; Is 35:5; Is 42:7,Is 42:18. Aqui há uma alternância entre a visão física e a espiritual. Jesus está mais interessado na segunda, embora o homem recém-curado tenha recebido ambas. Aqueles judeus que haviam rejeitado Jesus tinham se tornado obstinadamente cegos para a verdade (12.40; conforme Is 6:9,

10). Jesus tinha vindo para dar vista espiritual àqueles que sabiam que estavam cegos, mas também para corrigir o defeito daqueles que estavam satisfeitos com a “visão” que já possuíam, para que agora pudessem avançar sobre uma nova base de fé. v. 41. Os fariseus entendem que Jesus está falando de visão espiritual e tomam a sua posição com base no seu conhecimento das Escrituras. Jesus lhes mostra agora que o pecado deles está, não obstante, no fato de possuírem a verdade sem a compreenderem, enquanto a ignorância que vem da cegueira é ensinável. E o fato de insistirem em que conseguem “enxergar” torna o pecado deles proposital.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de João Capítulo 9 do versículo 1 até o 41

Jo 9:1, pois agora Cristo demonstrou que Ele era a luz do mundo, confirmando sua declaração. Está também intimamente ligada com o capítulo seguinte, pois Jo 10:21 indica algo da impressão causada por este milagre.


Moody - Comentários de João Capítulo 9 do versículo 8 até o 12

8-12. Vizinhos e transeuntes ajuntaram-se à volta do homem curado. Aquele que assentado pedindo esmolas – ocupação natural para alguém nas suas condições – parecia agora tão diferente que criou um problema de identificação. Quem era ele? Sua própria afirmação de identidade provocou discussão (v. Jo 9:9). A pergunta seguinte, bastante natural, referiu-se à questão da cura. Resistindo a qualquer tentação de estender a história, o ex-cego repetia fielmente as etapas. A terceira questão foi igualmente inevitável. Quem ungiu seus olhos e lhe deu a ordem de lavá-los? A esta altura nenhuma resposta pode ser dada (cons. Jo 5:13). Este assunto produziria mais luz (vs. 35-38).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 9 do versículo 1 até o 41
b) A cura do cego e a conseqüente controvérsia (Jo 9:1-43) -A narrativa no capítulo 9 segue o discurso do capítulo 8 e descreve uma cura, que caracteriza a nova era messiânica. Jesus vê um homem cego de nascença (1), e os discípulos lhe perguntam: Mestre, quem pecou, este ou seus pais...? (2). Alguns judeus acreditavam que em tais casos a culpa podia ser atribuída a um pecado cometido ou no ventre da mãe, ou nalguma pré-existência. Acreditavam também no sofrimento retribuído aos filhos por causa das ofensas dos pais. Jesus não trata deste aspecto do problema, mas aproveita a ocasião para manifestar a Sua glória (3). Parece que Ele não admite a necessidade duma conexão moral com a condição física. "O problema não é descobrir a origem do sofrimento, mas saber enfrentá-lo" (Expositor’s Greek Testament). O sofrimento se torna assim a oportunidade para ação divina. Jesus reconhece a urgência da situação. Convém que eu faça... (4, ARC) convêm que façamos... (4, ARA). A forma "façamos" pode referir-se ao Pai e ao Filho, ou a Jesus e seus discípulos. A relação de Jesus com o Pai se mantém num âmbito totalmente diferente do que existe entre Ele e os doze (cfr. Jo 5:17). O tempo está curto: enquanto Ele está no mundo (5), é a fonte de luz (cfr. Jo 8:12). Esta verdade se torna patente pela cura que se segue. Cuspiu na terra e, tendo feito ludo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego (6). O elemento de grande significado na cura é a unção dos olhos do cego com a saliva, à qual, juntamente com o lodo, se atribuía poder curativo. Esta maneira de proceder tinha o objetivo de criar fé. Segue-se a ordem de ir ao tanque de Siloé para lavar os olhos (7). O tanque estava situado no Vale de Cedrom, ao suleste de Jerusalém. O nome do tanque significa "Enviado", um dos títulos de Jesus (cfr. Jo 13:16). No contexto da história, o nome pode ser interpretado como referência às águas vivas de Siloé (ver Is 8:6). Alguns pormenores da narrativa sugerem que aqui temos o testemunho pessoal do homem curado. Os vizinhos ficam tão admirados pela cura, que começam a duvidar da identidade do beneficiado (8-9).

>Jo 9:10

Quando o homem dá prova da sua identidade, perguntam-lhe como recebera a vista (10). Ele descreve o método utilizado para efetuar a cura e atribui o sucesso ao homem chamado Jesus (11).

>Jo 9:13

2. OUTRAS DISPUTAS COM OS JUDEUS (Jo 9:13-43) -O uso de lodo para curar no sábado fornece o combustível para a controvérsia acerba que se segue (14). O incidente focaliza um dos pontos mais debatidos entre Jesus e as autoridades religiosas. Para estas, o ato de curar envolvia uma violação da lei (13), necessitando o comparecimento do homem perante o Conselho da Sinagoga local, denominado Bet-din. Alguns dos fariseus asseveram que tal prodígio não podia ter sido operado por alguém não vindo de Deus. Para resolver a discussão entre os vários grupos, chama-se o homem curado, a fim de que ele mesmo faça uma declaração sobre o seu caso. Ele acredita que Jesus é profeta (17). Até este momento, os fariseus crêem na cura, porém agora procuram desfazer sua realidade e chamam os pais para depor. Estes afirmam ser o seu filho aquele que foi curado e testificam que nasceu cego (20). Quanto à cura, declinam de pronunciar-se por medo de serem excomungados pelos fariseus (22), deixando seu filho testemunhar (21,23). Os fariseus já se decidiram sobre a sorte de Jesus e fazem pressão para que o homem se declare errado. Dá glória a Deus (24), isto é, "fala a verdade". Cfr. Js 7:19. O homem insiste categoricamente na genuinidade da cura: uma cousa sei; eu era cego, e agora vejo (25). Prossegue-se o interrogatório, sem que apareça a menor incoerência no depoimento do homem. Este se aborrece de tanta inquirição e, perdendo a paciência, pergunta com sarcasmo se tanto interesse da parte deles significa o desejo de se tornarem discípulos de Jesus (27). Com isto, os fariseus o vilipendiam, acusando-o de ser discípulo de Jesus; quanto a si, são discípulos de Moisés (28). Põem em dúvida tanto a origem como a autoridade de Jesus (29). O homem se admira que os fariseus ignorem a origem daquele cujo poder produz tais prodígios. Ele, notando a óbvia confusão, pergunta-lhes, ousadamente, e em tom irônico, como alguém podia praticar tais milagres sem a ajuda de Deus. Deus atende aos que o adoram, e que fazem a Sua vontade (30,33). A frustrada raiva dos fariseus se expressa em insultos, pois não há resposta aos argumentos apresentados pelo cego de nascença (34).

>Jo 9:35

3. APLICAÇÃO ESPIRITUAL DO SINAL (Jo 9:35-43) -Os fariseus expulsam o homem. A frase, um tanto vaga, não indica sua excomunhão. Jesus o encontra e pergunta-lhe: crês tu no Filho de Deus? (35, ARC). A ARA traduz "Filho do homem", em conformidade com os manuscritos mais antigos. O homem entende a significação do título, sem saber a que se refere (36). Agora Jesus proclama o seu Messiado (37), e o homem logo crê nEle, adorando-O (38). Esse ato de adoração inspira Jesus a comentar a aplicação espiritual do sinal; Eu vim a este mundo, para juízo (39). Apesar da missão de Jesus não ser, especificamente, de juízo (cfr. Jo 3:17-8.15), este é o resultado inevitável da sua vinda (cfr. Jo 5:22). O processo judicial já opera naqueles que não sentem necessidade de Cristo, de tal maneira que permanecem nas trevas de ignorância, enquanto os que aceitam a luz ficam cada vez mais esclarecidos. Alguns dos fariseus que assistiram ao incidente acham incrível que eles mesmos sejam considerados como cegos (40). Jesus replica seu argumento, dizendo que a cegueira de ignorância pode ser perdoada, mas não se perdoa a cega auto-satisfação, a qual os impossibilita de perceber a verdade. Tanto maiores seus privilégios, quanto maior sua condenação.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de João Capítulo 9 do versículo 1 até o 41

33. Jesus abre os olhos do cego (João 9:1-12)

Como Ele passou, Ele viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram: "Mestre, quem pecou, ​​este ou seus pais, para que nascesse cego?" Jesus respondeu: "Não era nem de que este homem pecou, ​​nem seus pais; mas foi para que as obras de Deus se manifestasse nele Temos de trabalhar as obras daquele que me enviou, enquanto é dia;. Noite é vem, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. " Quando Ele tinha dito isto, cuspiu no chão, e fez lodo com a saliva, e aplicada a argila para os olhos, e disse-lhe: "Vai, lava-te no tanque de Siloé" (que é traduzido Enviado). Então ele foi embora e lavou-se e voltou vendo. Por isso, os vizinhos e aqueles que antes o viam como um mendigo, diziam: "Não é este o que costumava sentar-se e implorar?" Outros diziam: "Este é ele", outros ainda estavam dizendo: "Não, mas ele é como ele." Ele continuou dizendo: "Eu sou o único." Então eles estavam dizendo-lhe: "Como, então, foram os olhos abertos?" Ele respondeu: "O homem que se chama Jesus fez lodo, ungiu-me os olhos e disse-me: Vai a Siloé e lavagem '; então eu fui embora e lavou-se e fiquei vendo." Eles disseram-lhe: "Onde ele está?" Ele disse: "Eu não sei." (9: 1-12)

A doença é um efeito universal da queda, como resultado do que o pecado, morte e decadência existem neste mundo imperfeito. Ele aflige todos os seres humanos, lembrando periodicamente a cada um deles que eles "são apenas pó" (Sl 103:14). Não importa o quão cuidadoso ou de saúde consciente pessoas tentam ser, em última análise, a doença é inevitável.

Ao longo da história surtos maciços da doença ter destruído a vida de milhões. No século XIV, a Peste Negra infame (peste bubônica) matou cerca de um terço a metade da população da Europa. No século XIX, o dobro de soldados da Guerra Civil morreram de doenças como foram mortos em combate. E no século XX, a epidemia de gripe de 1918-1919 alegou 30-50000000 vidas, superando o número de pessoas que morreram na Primeira Guerra Mundial. Mesmo hoje, com muitas doenças não mais uma ameaça, o vírus da SIDA continua a matar milhares de pessoas, como os acidentes, câncer e problemas cardíacos. Aqueles que dedicam suas vidas a doenças que pesquisam e tratam são mantidos no maior respeito entre seus pares. E com razão, uma vez que proporcionam defesa da linha de frente da sociedade contra a doença física onipresente.

Apesar de todas as tecnologias sofisticadas que eles utilizam, os profissionais médicos modernos são limitados na quantidade de cura que em última instância pode oferecer. Os avanços científicos dos últimos tempos certamente são impressionantes, mas eles só podem fazê-lo muito em atrasar a morte. Deus, por outro lado, não é de todo limitado em sua capacidade de curar. Como em tudo na vida, Ele é perfeitamente soberano sobre doença e saúde (conforme Dt 32:39). Ele tem o poder de fazer "o que lhe agrada" (Sl 115:3), Ezequias de uma doença terminal (II Reis 20:1-11), os israelitas de picadas de cobras venenosas (Num. 21: 6-9), Sara, Leah, e Rachel de infertilidade (Gen. 21: 1-2; Gn 29:31; Gn 30:22), e do trabalho de um enfermidade debilitante (42:10). Além disso, três indivíduos mortos foram restauradas para a vida: o filho da viúva de Sarepta (I Reis 17:17-24), o filho da mulher sunamita (II Reis 4:18-37), e um homem cujo corpo foi jogado na sepultura de Eliseu (2Rs 13:21).

No Novo Testamento, no livro de Atos também registra exemplos de curas divinas. Através dos apóstolos, e para autenticar-los como mensageiros da verdade de Deus (. Conforme 2Co 12:12), Deus curou os homens coxos, tanto em Jerusalém (At 3:6; Mt 8:16; Mt 9:35; Mt 12:15; 14: 35-36.; Mt 15:30; Lc 7:21; Lc 9:11; Jo 21:25) por várias razões vitais e propósitos:. que cumpriu a profecia messiânica (Mt 8:17), autenticado Seu ministério messiânico (11: 2 —5; conforme João 20:30-31; At 2:22), glorificaram a Deus (Jo 9:3).

Havia pelo menos seis grandes características do ministério de cura de Jesus. Em primeiro lugar, Jesus curou com apenas uma palavra ou touch (Mateus 8:5-13, Mt 8:15; 9:. Mt 9:6, 20-22; 14: 35-36; Mt 20:34; Marcos 5:24-29; 13 10:42-13:13'>Lucas 13:10 —13; João 5:1-9).

Em segundo lugar, Jesus curou instantaneamente (Mt 8:3, Mt 8:15; 9: 6-7., 28-30; Mt 15:28, 30-31; Mt 17:18; Mt 20:34; Marcos 3:1-5; Mc 5:29; 13 10:42-13:13'>Lucas 13:10-13; Lc 17:14; 04:5III João 5:9); ao contrário de algumas das alegadas curas de curandeiros modernos, nenhuma das suas curas eram progressiva ou gradual. Assim, não havia dúvida de que eram verdadeiros milagres, não recuperações naturais ao longo do tempo.

Em terceiro lugar, Jesus curou completamente. Por exemplo, depois que Ele curou Pedro da mãe-de-lei ", ela imediatamente se levantou e esperou sobre eles" (Lc 4:39). Quando Jesus curou um paralítico certo, o homem também "levantou-se e imediatamente pegou o pallet e saiu à vista de todos" (Mc 2:12; conforme Jo 5:9).

Em quarto lugar, Jesus curou a todos que vieram a Ele. Ao contrário de curandeiros falsos contemporâneos, Ele não deixou desapontados, as pessoas não cicatrizadas em seu rastro. Lc 4:40 registra que "enquanto o sol estava se pondo, todos aqueles que tiveram qualquer que estavam doentes com várias doenças lhos traziam; e impondo as mãos sobre cada um deles, curava-los" (conforme 09:11 ).

Em quinto lugar, Jesus curou, doenças e enfermidades não-padecimentos invisíveis, como dor lombar, palpitações cardíacas, dores de cabeça e físicas orgânicos. Ele restaurou e substituído pernas aleijadas (Mt 11:5), os olhos dos cegos (Mt 9:28-30.), E ouvidos surdos (Marcos 7:32-37). Nenhuma enfermidade foi além de seu poder, de modo que Ele curou "todo tipo de doença e todo tipo de enfermidades entre o povo" (Mt 4:23).

Finalmente, ao contrário falsificações modernas, Jesus levantou os mortos (Marcos 5:22-24, 35-43; Lucas 7:11-16; João 11:43-44; conforme Mt 11:5;. Lc 5:17; Lc 11:20; Jo 5:19; At 2:22; At 10:38], e entregue a ele pelo Espírito Santo [Lc 4:14; Mateus 12:22-32]) Não poderia ter sido uma recuperação natural da visão, uma vez que o.. homem era cego de nascença (9:
1) e viu imediatamente (v. 7). Nem poderia ter sido um resultado de tratamento médico, uma vez que a cura para a cegueira foi muito além do conhecimento médico limitado de tempo.

O fluxo da conta cai em quatro elementos: o problema, a propósito, o poder, e a perplexidade.

O Problema

Como Ele passou, Ele viu um homem cego de nascença. (9: 1)

Alguns conectar a frase como Ele passou por com a narrativa anterior, e coloque esta cura imediatamente após Jesus saiu do templo (8:59). A formulação, contudo, é suficientemente geral para que o momento exacto e a localização da cura não pode ser determinada. Uma vez que Jesus enviou o cego para lavar no tanque de Siloé (v. 7), o incidente deve ter ocorrido em Jerusalém. O templo era um local privilegiado para mendigos (conforme Mt 21:14; Atos 3:1-10.), Uma vez que as pessoas que vêm lá para adoração seria mais propensos a dar-lhes esmola. O templo também era um lugar onde grandes multidões se reuniram. Possivelmente, então, o Senhor encontrou este homem ao lado do templo.

A cegueira era uma ocorrência muito comum no mundo antigo (conforme Lv 19:14; Lv 21:18; Dt 27:18; Dt 28:29; 2 Sam 5:... 2Sm 5:6, 2Sm 5:8; 29:15); eo desleixado cegos foram reduzidos à mendicância (conforme Mc 10:46).Como Is 42:7; 11:. Mt 11:5; Mt 12:22; 15: 30-31; 20: 30-34; Mt 21:14; Marcos 8:22-25; Lc 4:18).

O texto não diz como os discípulos sabiam que esse homem tinha sido cego de nascença (v. 2). Presumivelmente, ele era uma figura familiar o suficiente para que seu passado era de conhecimento comum.Ou o cego se pode ter dito a eles. Em ambos os casos, este é o único caso registrado nos evangelhos de Jesus cura alguém que se diz ter tido uma condição congênita.

O Objetivo

E os seus discípulos lhe perguntaram: "Mestre, quem pecou, ​​este ou seus pais, para que nascesse cego?" Jesus respondeu: "Não era nem de que este homem pecou, ​​nem seus pais; mas foi para que as obras de Deus se manifestasse nele Temos de trabalhar as obras daquele que me enviou, enquanto é dia;. Noite é vem, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. " (9: 2-5)

A condição do homem cego criou um dilema teológico nas mentes dos discípulos. A questão que se colocam, "Mestre, quem pecou, ​​este ou seus pais, para que nascesse cego?" assumiu a doutrina judaica popular que o sofrimento físico de qualquer pessoa é o resultado direto do pecado pessoal. Por isso eles viram apenas duas possíveis explicações para a sua condição: ou os pecados de este homemou os de seus pais tinha causado sua cegueira.

Mas o homem, tendo nascido cego, não poderia ter sido responsável por sua condição, a menos que ele, de alguma forma pecou antes de ele nascer. Talvez os discípulos considerou que uma possibilidade, uma vez que a visão de que as crianças podiam pecar, ainda no ventre era generalizada no judaísmo contemporâneo. Além disso, alguns judeus helenistas, influenciado pela filosofia grega, defendeu a preexistência da alma. Por isso, eles acreditavam que as pessoas poderiam ser punidos nesta vida pelos pecados cometidos em uma existência anterior. (A Bíblia, é claro, rejeita tais pontos de vista.) Por outro lado, se os pais do homem foram responsáveis, isso não parece justo que seu filho deve ser punido pelo seu pecado.

Raciocínio dos discípulos, embora não completamente ilógico, foi baseado em uma premissa falsa. Certamente, é verdade que o sofrimento em geral, é em última análise, um resultado do pecado em geral. E também é verdade que uma doença específica às vezes pode ser a consequência directa de um pecado específico. Miriam, por exemplo, foi acometido de lepra para se rebelar contra a autoridade de Moisés (Nu 12:10). Jesus já havia advertido o homem curou na piscina de Betesda: "Eis que já estás curado; não peques mais, para que nada pior acontece com você" (Jo 5:14). O apóstolo Paulo também disse aos coríntios, que estavam participando da Ceia do Senhor indignamente, "há entre vós muitos fracos e doentes, e vários já dormiram" (1Co 11:30).

Tragicamente, também há momentos em que as crianças são obrigadas a sofrer as conseqüências naturais de escolhas pecaminosas de seus pais. Por exemplo, os olhos dos bebês nascidos de mulheres que têm gonorréia pode ser infectado quando passam pelo canal do parto. Se os olhos dos bebês não são tratados medicamente após o nascimento, cegueira podem resultar. A saúde do bebê também pode ser afetado negativamente pelo fumo das mães, beber em excesso ou abuso de substâncias durante a gravidez.

Os discípulos também podem ter sido pensando em certas passagens do Antigo Testamento em que Deus parece prometer punição sobre as crianças para os pecados de seus pais. Em Ex 20:5; Dt 5:9 comandos: "Os pais não devem ser condenados à morte por seus filhos, nem os filhos ser condenado à morte por seus antepassados; todos devem ser condenados à morte por seu próprio pecado" (conforme 2Cr 25:4.). Ez 18:20 acrescenta: "A pessoa que pecar, essa morrerá O filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho;. A justiça do justo será em cima de si mesmo, e o impiedade do ímpio cairá sobre si mesmo ".

As gerações subseqüentes ("para o terceiro e quarto" [Ex 34:7; 16: 1-4) e, finalmente, recebeu uma repreensão de Deus (42:
7) . Em outra ocasião, Jesus ensinou que nem esses galileus quem Pilatos abatidos no templo, nem aqueles que morreram quando a torre de Siloé caiu sobre eles (13 1:42-13:5'>Lucas 13:1-5) sofreram esses efeitos mortais, porque eles eram pecadores, como particularmente vis Sua audiência teve presunçosamente assumido. Em vez disso, o Senhor usou esses dois incidentes para advertir seus ouvintes que todos os pecadores, incluindo eles, a morte rosto, e quando se trata pereceria a menos que eles se arrependeram e confiava nele.

A verdade era que, como Jó (1:2), até a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes, mais uma vez deu-lhes poder para ministrar .

Mas enquanto Jesus ainda estava no mundo, Ele era a Luz do mundo. O Senhor, é claro, não deixou de ser a Luz do mundo, depois de sua morte, uma vez que Ele carregava em seu ministério por meio dos discípulos (Mat. 28 : 18-20). No entanto, aquela Luz brilhou mais clara e brilhantemente durante Seu ministério terreno. O que Jesus disse aos discípulos se aplica a todos os crentes.

Eles são para servir a Deus com um senso de urgência ", fazendo o máximo de [seu] tempo, porque os dias são maus" (Ef 5:16; conforme Col.. 4: 5). O pastor puritano nobre Richard Baxter capturado esse sentido de urgência, quando escreveu: "Eu preguei como nunca deixe de pregar novamente, e como um homem morrendo de vontade de morrer os homens" (citado em IDE Tomé, um puritano de Ouro Tesouro[Edinburgh: Banner da Verdade , 1977], 223).

O Poder

Quando Ele tinha dito isto, cuspiu no chão, e fez lodo com a saliva, e aplicada a argila para os olhos, e disse-lhe: "Vai, lava-te no tanque de Siloé" (que é traduzido Enviado). Então ele foi embora e lavou-se e voltou vendo. (9: 6-7)

Aquele que é a Luz espiritual do mundo também forneceria luz física por este homem que tinha vivido toda a sua vida na escuridão. A cura é, portanto, uma parábola viva, ilustrando o ministério de Jesus como a Luz que brilha em um mundo de escuridão espiritual (conforme 1: 5).
Tendo terminado seu diálogo com os discípulos, o Senhor cuspiu no chão, e fez lodo com a saliva, e aplicada a argila do cego olhos, e disse-lhe: "Vai, lava-te no tanque de Siloé." Jesus tinha anteriormente utilizado Sua saliva na cura de um surdo e mudo (Mc 7:33) e um homem cego (8:23), mas só aqui que Ele fez barro com a saliva. Por que Ele fez isso não é indicado. Alguns dos primeiros padres da Igreja interpretaram as ações de Jesus à luz de Gn 2:7), para garantir um abastecimento contínuo de água. Foi a partir do tanque de Siloé que o sumo sacerdote tirou água durante a Festa dos Tabernáculos (conforme a discussão de 7:37 no capítulo 26 deste volume).

Nota entre parêntesis de João chama a atenção para o significado do nome de Siloé, que translitera uma palavra hebraica que significa enviados.

O nome provavelmente se originou por causa da água enviada para a piscina (via túnel de Ezequias) da fonte de Giom. Mas, como o seu uso na Festa dos Tabernáculos sugere, o nome também simboliza as bênçãos que Deus enviou a Israel. Aqui ela simboliza a bênção final de Deus para a nação: Jesus, o Messias, o Enviado de Deus (5:24, 30, 36-37; 6: 38-39, 44, 57; 07:16, 28-29, 33; 08:16, 18, 26, 29, 42; 11:42; 12: 44-45, 49; 13 20:14-24; 15:21; 16: 5; 17: 8, 18, 21, 23, 25; 20:21;. Mt 10:40; Mc 9:37; Lc 4:18; Lc 9:48; Lc 10:16). Infelizmente, assim como seus antepassados ​​"rejeitou as águas mansas de Siloé [Siloé]" (Is 8:6; Rm 8:7, Jo 6:65).. E assim como o cego foi curado apenas quando ele obedeceu a ordem de Jesus e lavou-se na piscina de Siloé, assim também são pecadores salvos apenas quando humildemente e obedientemente abraçar a verdade do evangelho (Rm 1:5 ; Rm 16:26; He 5:91Ts 2:8).


34. A incredulidade investiga um milagre (13 43:9-34'>João 9:13-34)

Levaram aos fariseus o homem que antigamente era cego. Agora era um sábado no dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. Então os fariseus também foram pedindo-lhe novamente como ele recuperou a vista. E ele disse-lhes: "Ele aplicou argila para os meus olhos, e eu lavei, e eu vejo." Por isso alguns dos fariseus diziam: "Este homem não é de Deus, porque Ele não guarda o sábado." Mas outros diziam: "Como pode um homem que é um pecador fazer tais sinais?" E havia uma divisão entre eles. Então eles disseram ao cego de novo: "O que você diz sobre ele, pois ele abriu os olhos?" E ele disse: "Ele é um profeta". Os judeus não acreditaram nele, que ele tinha sido cego e tinha recebido vista, enquanto não chamaram os pais do muito que havia recebido a vista, e perguntou-lhes, dizendo: "É este o seu filho, que você diz nascesse cego? Então como é que vê agora? " Responderam seus pais e disse: "Sabemos que este é o nosso filho, e que nasceu cego; mas como agora vê, não sabemos; ou quem lhe abriu os olhos, nós não sabemos Pergunte a ele;. Ele é de idade, ele falará por si mesmo. " Seus pais disseram isso porque tinham medo dos judeus; para os judeus já tinham concordado que, se alguém confessasse que Ele é o Cristo, ele estava a ser expulso da sinagoga. Por esta razão, seus pais disseram: "Ele é maior de idade; perguntar a ele." Assim, uma segunda vez, eles chamaram o homem que tinha sido cego, e disse-lhe: "Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador." Ele, então, respondeu: "Se ele é pecador, não sei; uma coisa que eu sei, que eu era cego, agora vejo." Então eles disseram-lhe: "O que ele fez para você? Como te abriu os olhos?" Ele respondeu-lhes: "Eu já te disse e você não deu ouvidos;? Por que você quer ouvir de novo Você não quer tornar-se seus discípulos também, não é" Eles injuriaram e disse: "Você é Seu discípulo, mas nós somos discípulos de Moisés. Nós sabemos que Deus falou a Moisés, mas quanto a este, não sabemos de onde ele é." O homem respondeu, e disse-lhes: "Bem, aqui é uma coisa incrível, que você não sabe de onde ele é, e ainda Ele abriu meus olhos Nós sabemos que Deus não ouve a pecadores;. Mas se alguém é temente a Deus e faz Sua vontade, Ele ouve. Desde o início dos tempos, nunca se ouviu que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença. Se esse homem não fosse de Deus, Ele não podia fazer nada ". Responderam-lhe: "Você nasceu inteiramente em pecados, e que você está nos ensinando?" Então, eles o colocaram para fora. (9: 13-34)

Como o povo escolhido de Deus (Ex 19:5; 7:.. 6-8; Dt 10:15; Dt 26:18; Dt 32:9.) —a promessa terrestre básico da terra (conforme Gn 50:24; Ex 12:25; Dt 6:1; Dt 12:20; 5), e a promessa celestial da salvação através do Messias prometido (Gn 3:15; Gn 49:10; Dt 18:18... ; Dt 9:6; 52: 13 53:12; Jer. 23: 5-6; Mq 5:2; Gl 3:16)..

Tragicamente, Israel ficou de fora em ambas as promessas. Apesar de viverem na Terra Prometida, os israelitas nunca possuiu todo o território que Deus lhes havia prometido. Nem eles foram capazes de permanecer na terra de forma permanente, uma vez que, devido à sua idolatria e pecado, eles foram finalmente conquistada pelos assírios e babilônios, e levaram para o exílio. Apesar de ser um remanescente voltou nos dias de Esdras e Neemias, eles logo caiu sob o domínio dos gregos, sírios e romanos. E apenas algumas décadas (ad 70 e seguintes), depois de rejeitar Jesus, ambos foram massacrados e expulsos de suas terras por uma segunda vez, para não voltar a formar uma nação independente novamente por quase dois mil anos.

A desobediência de Israel, que a impediu de experimentar plenamente todas as bênçãos prometidas por Deus, foi desencadeada pela incredulidade persistente. Essa descrença começou antes mesmo da nação entraram na Terra Prometida. Não muito tempo depois que os israelitas saíram do Egito, Deus ", disse a Moisés:" Quanto tempo isso vai pessoas desprezam-me? E por quanto tempo eles não vão acreditar em mim, apesar de todos os sinais que tenho realizados em seu meio? '"(Nu 14:11). Por causa de sua teimosa falta de fé, Deus impediu toda a geração de adultos israelitas (exceto Calebe e Josué;. Nu 14:30, Nu 14:38; Nu 26:65) de entrar em Canaã. Como o escritor de Hebreus explica: "E a quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão aos que foram desobedientes Assim, vemos que não puderam entrar por causa da incredulidade?" (Hb. 3: 18— 19). Jude acrescentou: "O Senhor, depois de salvar um povo da terra do Egito, posteriormente destruídas aqueles que não crêem" (Jd 1:5, 34-35; Dt 9:23). No Salmo 78, o salmista lamentou a descrença de que a geração de:

 

Em seguida, eles falaram contra Deus;
Eles disseram: "Pode Deus preparar uma mesa no deserto?
Eis que feriu a rocha para que águas jorraram,
E córregos foram transbordando;
Ele pode dar pão também?
Ele irá fornecer carne para o seu povo? "
Por isso, o Senhor ouviu e estava cheio de indignação;
E acendeu um fogo contra Jacó
E raiva também montada contra Israel,
Porque eles não acreditam em Deus
E não confiava na sua salvação. (Vv 19-22; conforme v 32; 106:.. 24)

 

Mesmo Moisés e Arão sucumbiu à tentação e foram impedidos de entrar na Terra Prometida (Nu 20:12).

Infelizmente, as gerações seguintes não conseguiu aprender com a incredulidade de seus ancestrais. Segundo Reis 17:14 explica que o reino do norte (Israel) foi destruído pelos assírios, porque "eles não escutaram, mas endureceram a sua cerviz, como fizeram seus pais, que não acreditavam no Senhor seu Deus." Mais tarde, o reino do sul (Judá), também se afastou do Senhor, na incredulidade e foi levado para o cativeiro por Babilônia. Usando a metáfora de uma oliveira para simbolizar a riqueza das bênçãos da aliança de Deus, Paulo escreveu que os israelitas "foram quebrados por sua incredulidade" (Rm 11:20).

O evangelho de João, que enfatiza a crença em Cristo, também documenta a recusa de Israel a acreditar (Jo 1:11). Eles realmente eram, como o Senhor caracterizada eles, uma "geração incrédula" (Mc 9:19). Jesus disse a Nicodemos: "Se eu lhe disse coisas terrestres, e não credes, como crereis, se vos falar das celestiais?" (3:12), e advertiu: "Aquele que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" (v. 18). Respondendo ao débil, a curiosidade baseada em sinal de um nobre galileu, Jesus repreendeu-o (e outros como ele). "Se não virdes sinais e prodígios," Ele disse, "você simplesmente não vai acreditar" (04:48). O Senhor disse aos líderes religiosos judeus hostis, "Você não tem palavra [de Deus] permanece em vós, para que você não acredita que ele enviou .... Como você pode acreditar, quando você recebe glória uns dos outros e você faz não procurais a glória que vem do Deus único? " (05:38, 44; conforme 07:48). Para o público em Cafarnaum, em busca ansiosamente outra alimentação miraculosa, Jesus disse: "Mas eu disse a você que você viu-me, e ainda não acredito" (06:36). Incredulidade mesmo caracterizada alguns que havia afirmado ser Seus seguidores (v. 64). João registra que "nem mesmo seus irmãos criam nele" (7: 5). No entanto, Jesus continuou a falar a verdade com coragem, enfrentando os adversários com lógica irrefutável e inegável evidência. Desafiando uma multidão hostil em Jerusalém, sem rodeios Ele perguntou: "Se eu falar a verdade, por que você não acredita em mim?" (08:46). E quando os líderes judeus o abordaram no templo e exigiu: "Quanto tempo você irá nos manter em suspense? Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente" (10:24), Jesus respondeu: "Eu disse a você, e você faz não acredito, as obras que eu faço em nome de meu Pai, essas dão testemunho de mim Mas você não credes, porque não sois das minhas ovelhas "(10: 25-26).. A triste realidade é que "embora [Jesus] tinha feito tantos sinais diante [as pessoas], mas eles não estavam acreditando nele" (12:37; conforme 16: 9). Tal como os seus antepassados ​​no deserto, a maioria dos judeus da época de Jesus não conseguiu acreditar. (Note-se, no entanto, que, no futuro, antes do retorno de Cristo à Terra e Seu reino milenar, os rebeldes de Israel será apagada e a nação de Israel vai finalmente chegar a acreditar nele como o Messias. Naquela época , os judeus vão experimentar plenamente todas as bênçãos prometidas por Deus, incluindo a plena posse da Terra Prometida renovado, e da salvação eterna, por sua prometida Salvador [Romanos 11:25-26; conforme Is. 45: 11-17.; Ez 20. : 36-44; Hos 14:1-9; Am 9:1) Eles vão viver com todos os santos para sempre nos novos céus e nova terra mencionados por Isaías (65:17 ; 66:
22) e João (Ap 21:1-22: 5).

Incrível cura de um homem que tinha sido cego desde o nascimento de Jesus não foi o suficiente para amolecer os corações endurecidos dos fariseus. Os versículos 13:34 expor o caráter de sua incredulidade teimoso e gravar o primeiro intervalo evidente entre os seguidores de Jesus e da instituição religiosa judaica. O cego é a primeira pessoa conhecida por ter sido expulso da sinagoga por causa da lealdade a Cristo (conforme 16: 2).
Quatro características de incredulidade deliberada emergir desta passagem: incredulidade é inconsistente, intratável, irracional e insolente.

A incredulidade é inconsistente

Levaram aos fariseus o homem que antigamente era cego. Agora era um sábado no dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. Então os fariseus também foram pedindo-lhe novamente como ele recuperou a vista. E ele disse-lhes: "Ele aplicou argila para os meus olhos, e eu lavei, e eu vejo." Por isso alguns dos fariseus diziam: "Este homem não é de Deus, porque Ele não guarda o sábado." Mas outros diziam: "Como pode um homem que é um pecador fazer tais sinais?" E havia uma divisão entre eles. (9: 13-16)

Incapaz de compreender a cura surpreendente do ex-cego (vv. 8-12), alguns que sabiam sobre ele trouxe -o para os fariseus. Era natural de buscar uma explicação das autoridades religiosas em relação a este sem precedentes (v. 32) incidente. Eles provavelmente não trazê-lo para os fariseus no dia da cura, no entanto, porque ele era um sábado, no dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu o cego olhos. Os fariseus exigentes provavelmente não teriam realizado tal inquérito sobre o sábado.

Além de buscar uma explicação, os que trouxeram o homem aos fariseus pode ter queria ver como seus líderes reagiria a esta flagrante violação das restrições de sábado. Seja ou não este foi um inquérito formal não é clara, embora o fato de que os fariseus colocou o homem para fora da sinagoga (v. 34) sugere que eles se conheceram em alguma capacidade oficial. Talvez o Sinédrio delegado-los para investigar o incidente. Seja qual for a natureza técnica do enclave, que teve um efeito oficial.
Como os que acompanhavam o homem (v. 10), o fariseus também estavam pedindo-lhe novamente como ele recuperou a vista. Ele repetiu tudo o que sabia, o que o Senhor tinha feito, e sua própria ação, afirmando de forma sucinta, Jesus "aplicada argila para meus olhos, e eu lavei, e eu vejo. "

A reação imediata e previsível de alguns dos fariseus, que estavam dizendo: "Este homem Jesus não é de Deus, porque Ele não guarda o sábado ", revela a abordagem tendenciosa que controlava a sua investigação. Em seus olhos, Jesus tinha quebrado o sábado, não porque Ele tinha violado qualquer das sábado regulamentos divinos revelados nas Escrituras, mas porque Ele havia ignorado as restrições e aplicações extra-bíblicas dos rabinos. Por exemplo, o Senhor tinha feito lama de Sua saliva e um pouco de pó, que supostamente violou a proibição de amassar no sábado. Os regulamentos rabínicos também proibiu dando tratamento médico no sábado, a menos que a vida de uma pessoa estava em perigo imediato, o que, obviamente, não foi o caso com o cego. Além disso, alguns rabinos ensinavam que não era permitido para ungir os olhos com a medicina (saliva foi pensado para ter qualidades medicinais) no sábado, apesar de parecer foi dividido sobre esta questão.

Esta não foi a primeira vez que Jesus tinha deliberAdãoente violou as normas tradicionais de sábado. Em Mateus 12:1-8 Ele defendeu Seus discípulos para a colheita de grãos no sábado, em violação da lei rabínica. Em seguida, pouco tempo depois ele curou um homem com uma mão atrofiada no sábado (Matt. 12: 9-13; conforme 13 10:42-13:16'>Lucas 13:10-16; 14: 1-6). Mais cedo no evangelho de João, Jesus curou um homem no tanque de Betesda no sábado, assim enfurecendo as autoridades judaicas que eles procuravam matá-lo (5: 9-18).

Por que Ele deliberAdãoente provocar os líderes violando seus regulamentos de sábado? Em primeiro lugar, porque é exibido Sua autoridade divina como Senhor do sábado (Lc 6:5). Os líderes religiosos orgulhavam-se de manter as minúcias das regras sábado legalistas, enquanto, ao mesmo tempo ignorando questões muito mais importantes, como mostrar misericórdia (conforme Mt 12:11-12., Mc 3:4). Mas outros eram não tão facilmente convencidos. "Como pode um homem que é um pecador fazer tais sinais?" eles se perguntavam, contrariando o raciocínio do primeiro grupo com um silogismo própria: Somente aqueles que são de Deus pode abrir os olhos dos cegos; Jesus abriu os olhos dos cegos; Jesus, portanto, é de Deus. Como resultado , houve uma divisão entre eles, assim como há mais cedo tinha sido entre a multidão (7: 40-43).

A incredulidade é intratável

Então eles disseram ao cego de novo: "O que você diz sobre ele, pois ele abriu os olhos?" E ele disse: "Ele é um profeta". Os judeus não acreditaram nele, que ele tinha sido cego e tinha recebido vista, enquanto não chamaram os pais do muito que havia recebido a vista, e perguntou-lhes, dizendo: "É este o seu filho, que você diz nascesse cego? Então como é que vê agora? " Responderam seus pais e disse: "Sabemos que este é o nosso filho, e que nasceu cego; mas como agora vê, não sabemos; ou quem lhe abriu os olhos, nós não sabemos Pergunte a ele;. Ele é de idade, ele falará por si mesmo. " Seus pais disseram isso porque tinham medo dos judeus; para os judeus já tinham concordado que, se alguém confessasse que Ele é o Cristo, ele estava a ser expulso da sinagoga. Por esta razão, seus pais disseram: "Ele é maior de idade; perguntar a ele." Assim, uma segunda vez, eles chamaram o homem que tinha sido cego, e disse-lhe: "Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador." (9: 17-24)

Que Jesus tinha realizado o milagre foi incontestável; foi literalmente olhando os fariseus no rosto, na pessoa do homem turísticos. ObstinAdãoente dispostos a aceitar as evidências, no entanto, permaneceram deliberAdãoente não convencido da verdade. Eles eram como aqueles a quem Deus se descreveu como "uma geração perversa, filhos em quem não tem fé" (Dt 32:20 NVI ).

Continuando seu interrogatório, os fariseus disseram ao cego: "O que você diz sobre ele, uma vez que (como você diz;. conforme v 18) Ele abriu os olhos? " Que os fariseus arrogante iria pedir a opinião de um mendigo humilde reflete tanto o seu desprezo e escárnio do homem, ou a sua confusão e divisão (v. 16). Resposta corajosa e enfática do homem, "Ele é um profeta" (conforme 04:19; 06:14; 07:
40) mostra que ele compreendeu a realidade que os fariseus espiritualmente cegos recusou Jesus foi enviado por Deus para que veja—. Suas palavras refletem uma crescente compreensão de sua parte quanto à verdadeira identidade do "homem que é chamado de Jesus" (v. 11). Como observa um comentador, "Os olhos do homem estão abrindo mais ampla: ele está começando a ver ainda mais claramente, enquanto os olhos de seus juízes estão se tornando anuviou com cegueira, névoa teológica" (DA Carson, O Evangelho Segundo João, O Pillar Comentário do Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1991], 368). Seu conhecimento de Jesus, no entanto, ainda não estava completa (conforme vv. 35-38).

Apesar das evidências e testemunho claro e inequívoco do homem, os judeus não acreditaram nele, que ele tinha sido cego e tinha recebido vista. Como aqueles no versículo 9, que "estavam dizendo, 'Não, mas ele é como ele", "os judeus (um título João muitas vezes utilizado para designar pessoas hostis a Jesus, especialmente entre a elite religiosa; conforme 2:18, 20; 05:16, 18; 06:41, 52; 7: 1, 15, 35; 08:22, 48, 52, 57-59; 10:24, 31, 33; 19:38; 20:
19) decidiu que talvez este foi apenas um caso de identidade equivocada. Por isso, eles chamaram os pais do muito que havia recebido sua vista. Embora outros podem ser enganado sobre a identidade deste homem, os seus pais iriam saber se este era seu filho.

Quando os pais do homem chegou, os fariseus questionaram eles, evidentemente, com o seu filho (24 v.) não está presente. Eles apresentaram três perguntas relacionadas: É este o seu filho? foi elenascesse cego? Em caso afirmativo, como é que vê agora? Por uma razão que em breve se tornará aparente (v. 22), os pais do homem respondeu com cautela. Eles identificaram-no como seu filho, e afirmou que ele tinha de fato sido cego de nascença. Mas, ainda que o seu filho tinha, sem dúvida, lhes contou sobre seu milagre, eles cuidadosamente evitada a última pergunta, em vez dizendo aos fariseus,"Como é que ele vê agora, que fazemos não sei;. ou quem lhe abriu os olhos, nós não sabemos " Então, em um esforço para evitar mais interrogatórios e represálias, eles sugeriram que os fariseus pedirseu filho para uma explicação, uma vez que ele era de um responsável idade e poderia falar para si mesmo.

Nota entre parêntesis de João dá a razão para a sua hesitação em se envolver na questão. Seus pais, João explicou, disse isso porque eles estavam com medo dos judeus; para os judeus já tinham concordado que, se alguém confessasse que Ele é o Cristo, ele estava a ser expulso da sinagoga. Por esta razão, seus pais disseram: "Ele é maior de idade; perguntar a ele." Ao contrário do que disseram os fariseus, os pais do homem, evidentemente, sabia que Jesus tinha curado seu filho. Eles não sabiam que, não teria havido nenhuma razão para que eles sejam medo de que os judeus possamcolocar -los para fora da sinagoga por causa de Jesus. O termo apsosunagōgas , desconhecidos para escritores seculares, feito para ser excomungado ou colocado sob a proibição e uma maldição, um banimento que significava ser cortado da vida social e religiosa de Israel; portanto, era um castigo terrível (conforme 12:42; 16: 2).

Com o filho positivamente identificados e os fariseus deixados sem desculpa legítima para negar que um verdadeiro milagre havia acontecido, eles ainda não estavam dispostos a acreditar nas afirmações de Jesus. Eles queriam que o homem curado para se juntar a eles em que a descrença, então eles chamaram o homem que tinha sido cego, e disse-lhe: "Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homemJesus . é um pecador " Exigir que ele não dar crédito a Jesus por sua cura, eles insistiram em vez que ele dar crédito a Deus. Sua exortação ao cego, Dá glória a Deus, também pode ser entendida como uma taxa para parar de mentir, dizendo que Jesus curou e dizer a verdade, da mesma forma como a carga de Josué a Acã: "Meu filho, eu te imploro , dar glória ao Senhor, o Deus de Israel, para dar glória a Ele, e me diga agora o que você fez Não esconda isso de mim "(Js 7:19.).. Tal confissão da parte do homem faria igual acordo com a convicção dos líderes que Jesus era um pecador e não a todos autorizados por Deus (conforme Jo 8:52).

A incredulidade é irracional

Ele, então, respondeu: "Se ele é pecador, não sei; uma coisa que eu sei, que eu era cego, agora vejo." Então eles disseram-lhe: "O que ele fez para você? Como te abriu os olhos?" Ele respondeu-lhes: "Eu já te disse e você não deu ouvidos;? Por que você quer ouvir de novo Você não quer tornar-se seus discípulos também, não é" Eles injuriaram e disse: "Você é Seu discípulo, mas nós somos discípulos de Moisés. Nós sabemos que Deus falou a Moisés, mas quanto a este, não sabemos de onde ele é." O homem respondeu, e disse-lhes: "Bem, aqui é uma coisa incrível, que você não sabe de onde ele é, e ainda Ele abriu meus olhos." (9: 25-30)

Sem temer o pronunciamento dos fariseus sobre Jesus, o ex-cego respondeu: "Se Ele é um pecador, eu não sei." Ele deixou que a determinação para os teológicos "especialistas". Mas ele teimosamente agarrado à realidade inegável de sua vista, declarando: "Uma coisa que eu sei, que eu era cego, agora vejo." Ele ignorou seu dilema tendenciosa e declarou a simples verdade: Jesus tinha definitivamente curou.

Parou em suas trilhas pelo testemunho incontestável do homem, e saiu com nenhuma maneira de avançar seu argumento coxo, os fariseus começaram a passar por cima da mesma terra que tinham coberto anteriormente. Eles já tinham feito a pergunta, "O que ele fez para você? Como te abriu os olhos?" , no versículo 15. Talvez eles esperavam que desta vez o homem estaria em contradição com o que ele havia dito anteriormente, ou dizer algo mais que eles poderia usar contra Jesus.

Compreensivelmente exasperado com questionamento repetido dos fariseus e viés óbvio, o homem curado respondeu-lhes: "Eu já te disse e você não deu ouvidos;? por que você quer ouvir de novo"Ele viu nenhum ponto em requentar seu depoimento, uma vez que obviamente não acreditou nele de qualquer maneira. Compreender a sua animosidade contra Jesus, perguntou-lhes sarcasticamente se suas repetidas perguntas sobre Jesus deu a entender que eles queriam ser claro sobre a verdade, de modo a tornar-se seus discípulos.

Sua repreensão ousado e humor cortante atingiu um nervo. Enfurecida com sua insolência, os fariseus explodiu em raiva, injuriaram e disse: "Você é Seu discípulo, mas nós somos discípulos de Moisés."Puxando-se por seus bootstraps hipócritas e reagindo a zombaria do homem, eles se retiraram para o segurança de sua suposta lealdade a Moisés. Se um mendigo ignorante como ele queria seguir um pecador pária como Jesus, que era a sua escolha; eles seguiriam Moisés. Afinal, como eles acalorAdãoente disse a ele, "Deus falou a Moisés, mas quanto a este homem (que não poderia mesmo pôr-se a citar Jesus), não sabemos de onde ele é. " Eles viram Jesus como um demente (veja a discussão sobre 08:48 no capítulo 32 deste volume) e inexperiente (7:
15) blasfemador (19:
7) de uma família insignificante na aldeia desprezada de Nazaré (conforme 01:46).

Tréplica do mendigo foi devastador: ". Bem, aqui é uma coisa incrível, que você não sabe de onde ele é, e ainda Ele abriu meus olhos" Jesus foi capaz de fazer o que só o poder de Deus pode fazer, para curar a cegueira congênita e criar novos olhos, vendo, no entanto, as autoridades religiosas alegou ser totalmente ignorante de sua origem. Tal era a loucura irracional que resultou de sua rejeição obstinada dos fatos. Tem sido assim desde que entre aqueles que sabem a verdade do evangelho e se apegam a seu pecado e incredulidade.

A incredulidade é insolente

"Nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade, Ele ouve Desde o início do tempo que nunca se ouviu que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença Se este homem não fosse.. de Deus, Ele não podia fazer nada. " Responderam-lhe: "Você nasceu inteiramente em pecados, e que você está nos ensinando?"Então, eles o colocaram para fora. (9: 31-34)

Esse mendigo humilde agora passou a dar uma palestra teológica aos soberbos, líderes religiosos insolentes de sua nação. Ele respondeu a silogismo dos fariseus (conforme a discussão do v. 16, supra) com um dos seus próprios. Sua principal premissa era de que Deus não ouve os pecadores (27:9; Is 1:15..), mas se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade, a esse ele ouve (Sl 34:15; Prov. . 15: 8, 29; 1Pe 3:12). Sua premissa menor foi que Deus obviamente ouviu Jesus, pois Ele deu-lhe o poder de fazer algo inédito desde o início do tempo: para abrir . os olhos de um cego de nascença Sua conclusão irrefutável era que "se este homem não fosse de Deus , Ele não podia fazer nada " como este.

Incapaz de responder a irresistível lógica do homem, e indignado que ele me atreveria a palestra-los, os fariseus recorreu ao amontoamento abuso pessoal sobre ele. "Você nasceu inteiramente em pecados,que zombou, e você está nos ensinando? " Com sarcasmo e escárnio, que retaliou com um ataque ad hominem, o que implica que, para ele ter sido cego desde o nascimento ele (ou, possivelmente, seus pais;. conforme v
2) deve ter sido culpado de iniqüidade bruta. Ironicamente, através de suas palavras depreciativas, eles admitiram o fato de que este homem que agora viram, em verdade nascera cego um ponto que já havia negado (v. 18). Em seguida, eles o colocaram para fora da-lhe a excomunhão que seus pais haviam evitado por pouco estendendo-sinagoga.

Como esta passagem ilustra, quando os céticos incrédulos investigar os milagres de Cristo, ou qualquer outro evento sobrenatural registrada na Bíblia, pode haver apenas um resultado. A não ser que o Espírito Santo abre os olhos dos cegos, eles vão negar a veracidade de tais contas não importa o que as evidências. Os fariseus nesta passagem foram apresentados com a prova do poder divino de Jesus vivo.E, no entanto, envolta em incredulidade, eles tentaram tanto para negar o inegável e para refutar o irrefutável. Como um ex-fariseu (o apóstolo Paulo) viria a explicar: "O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1 Cor . 02:14; conforme Jo 6:44).

35. A Visão Espiritual ou cegueira espiritual? (João 9:35-41)

Jesus ouviu que tinham colocá-lo para fora, e encontrá-lo, Ele disse: "Você crê no Filho do Homem?" Ele respondeu: "Quem é ele, Senhor, para que eu creia nele?" Jesus disse-lhe: "Você tem visto, e Ele é o único que está falando com você." E ele disse: "Senhor, eu creio". E ele adoraram. E Jesus disse: "Porque o juízo Eu vim a este mundo, para que os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos." Alguns fariseus que estavam com ele, ouvindo essas coisas e disse-lhe: "Nós não estamos cegos demais, não é?" Jesus disse-lhes: "Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas desde que você dizer: 'Nós vemos, permanece o vosso pecado." (9: 35-41)

Cura milagrosa de Cristo do cego de nascença foi uma exibição impressionante de Seu poder divino, e um evento de mudança de vida para o ex-cego. Mas a visão física não era tudo o que o Senhor estava planejando dar esse mendigo indignos. Jesus ainda estava por fazer algo ainda mais surpreendente, conceder-lhe a visão espiritual.

Ao longo de cegueira Escritura é usado metaforicamente para representar a incapacidade do homem decaído para compreender a verdade divina. Isaías se referiu à "as pessoas cegas, mesmo que eles têm olhos" (Is 43:8). Isaías também retratou os líderes espirituais corruptos de Israel como "vigias [que] são cegos, todos [quem] não sabem nada" (56:10). Séculos mais tarde, Jesus seria semelhante denunciar os fariseus como "guias cegos" e "cegos" (Mt 15:14; 23: 16-17., Mt 23:19, Mt 23:24, Mt 23:26). Tal como os seus líderes, mesmo com as Escrituras o povo da época de Jesus, também faltou compreensão espiritual.

Depois de Sua ressurreição e ascensão, Cristo enviou o apóstolo Paulo aos gentios "para lhes abrir os olhos a fim de que se convertam das trevas à luz" (At 26:18), o que era necessário, porque eles também foram "obscurecidos no entendimento" (Ef 4:18). Em Apocalipse, o Cristo ressuscitado também alertou para a cegueira espiritual, mesmo na igreja. Ele repreendeu a congregação morna de Laodicéia com estas palavras: "Você diz:" Eu sou rico, e tornaram-se ricos, e não preciso de nada ', e você não sabe que você é infeliz e miserável, pobre, cego e nu " (Ap 3:17). Então, nem judeus muito religiosos, nem as nações pagãs, nem aqueles que só são cristãos professos estão isentos desta cegueira.

Como se a cegueira pecaminosa de quem ama "as trevas do que a Luz" (Jo 3:19) não fosse ruim o suficiente ", o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos para que não vejam a luz do o evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus "(2Co 4:4). Por isso, em nova decisão, o Senhor falou às multidões em parábolas

porque enquanto vendo, não vêem, e, ouvindo, não ouvem, nem entendem. Em seu caso, a profecia de Isaías está sendo cumprida, que diz: "Você vai continuar a audiência, mas não vai entender, você vai continuar a ver, mas não vai perceber, porque o coração deste povo tornou-se monótona, com os ouvidos eles quase não ouvir, e eles fecharam os olhos, caso contrário eles iriam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, e entenda com o coração e retorno, e eu os cure. " (13 13:40-13:15'>Mat. 13 13:15; conforme Is 6:9-10; 29: 9-10.; Jo 12:40; Atos 28:26-27; Rm 11:8). Aqueles que persistentemente se recusou a acreditar em Jesus, eventualmente, "não podia acreditar que, por Isaías disse outra vez," Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que eles não vejam com os olhos e entendam com o coração, e se convertam e Eu curá-los '"(João 12:39-40). Paulo escreveu sobre Israel descrente, "Deus lhes deu um espírito de atordoamento, olhos para não ver e ouvidos para ouvir não, até o dia de hoje" (Rm 11:8;. Conforme 4:19; Ec 2:14.);"Escuridão substituto para a luz e da luz trevas" (Is 5:20.); tatear juntamente com nenhum senso de direção (conforme At 17:27), uma vez que aquele que "anda nas trevas não sabe para onde vai" (Jo 12:35; 1Jo 2:111Jo 2:11); "Participar nas obras infrutíferas das trevas" (Ef 5:11.); pertencem ao "domínio das trevas" (Cl 1:13); e não ter comunhão com Deus, que é luz (1Jo 1:6). Em Is 49:6). Jesus aplicou as palavras da profecia de Isaías a si mesmo: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para pregar o evangelho aos pobres enviou-me para proclamar a libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos. "(Lc 4:18). Mateus também citou a profecia de Isaías a respeito do ministério do Messias: "As pessoas que estavam sentados nas trevas viu uma grande luz, e aqueles que estavam sentados na terra da sombra da morte, sobre eles uma luz raiou" (Mt 4:16).. Jesus disse de si mesmo: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8:12), e, "Eu vim como luz para o mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas "(12:46).

Na salvação que Deus "nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" (Cl 1:13). Crentes "eram anteriormente trevas, mas agora ... sois luz no Senhor" (Ef 5:1; conforme 2Co 4:62Co 4:6.), Porque Deus "tem chamado [us] das trevas para a sua maravilhosa luz" (1Pe 2:9 resume total incapacidade do pecador: "Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um só. " "Ninguém pode vir a mim", disse Jesus, "se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia" (Jo 6:44, conforme v 65).. "Você não me escolhestes a mim", Jesus disse aos discípulos: "mas eu vos escolhi" (15:16). Assim como o cego são fisicamente incapazes de restaurar a sua própria visão, assim também os mortos espiritualmente e cego não pode viver ou ver por sua própria vontade ou poder. A salvação depende da iniciativa de Deus, o poder ea graça soberana (conforme 1: 12-13). (Para uma discussão sobre a soberania de Deus na salvação, ver a exposição de 6:37 no capítulo 20 deste volume.)

Depois de encontrá-lo, Jesus perguntou ao ex-cego a questão crucial, "? Você crê no Filho do Homem" Ao usar o pronome pessoal que você , além do verbo, Jesus enfatizou a necessidade do homem para responder; a questão poderia ser traduzido: "Você ... você crê no Filho do Homem?" não apenas como um fazedor de milagres com o poder de Deus, mas como Messias. Desta forma, o homem foi confrontado com a sua necessidade de colocar a sua confiança para o perdão e salvação em Cristo como seu Senhor e Salvador. O título Filho do homem (conforme 1:51; 3:13 6:27-62; 08:
28) é messiânico e retirados de 13 27:7-14'>Daniel 7:13-14, que profetiza a Sua vinda e eterno reino. (Para uma discussão mais aprofundada do título Filho do homem, ver a exposição de 1:51 no capítulo 5 deste volume.)

Visão Espiritual Responde em Fé

Ele respondeu: "Quem é ele, Senhor, para que eu creia nele?" (09:36)

A resposta do homem revelou um coração divinamente preparado para acreditar em Jesus. Ele já o viram como um profeta (v. 17), que tinha sido enviado de Deus (v. 33), e tinha experimentado Seu poder sobrenatural na cura milagrosa. Ainda não totalmente consciente de quem era o Messias, mas convencido de Jesus era um mensageiro de Deus, que sabia, ele confiava nele implicitamente para conduzi-lo para Aquele em quem ele estava a acreditar. Sua confiança ilustra o fato de que embora divinamente iniciado, a salvação é nunca para além de uma resposta de fé. No início do seu ministério público, Jesus declarou que é necessário para os pecadores perdidos "arrependei-vos e crede no evangelho" (Mc 1:15). No prólogo do seu Evangelho João escreveu: "Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" (01:12). O verso mais conhecido no Novo Testamento promete "que aquele que crê em [Jesus] não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3:16; conforme vv 15, 36;. 5:24). "Porque esta é a vontade de meu Pai", disse Jesus, "que todo aquele que vê o Filho, e crê nele tenha a vida eterna, e eu Eu o ressuscitarei no último dia" (6:40). Mais tarde, no mesmo discurso Ele afirmou solenemente: "Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê tem a vida eterna" (6:47). O apóstolo João escreveu seu evangelho "para que [as pessoas] podem acreditar que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo [eles], tenhais vida em seu nome" (20:31). Pedro disse Cornelius e os outros gentios, "Through [de Jesus] nome todos os que nele crê recebe o perdão dos pecados" (At 10:43). Quando o carcereiro de Filipos perguntou a Paulo e Silas: "Senhores, que devo fazer para ser salvo?" Eles disseram, 'Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa "(Atos 16:30-31). Escrevendo aos Romanos, Paulo explicou que o evangelho é "o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Rm 1:16). Mais tarde naquele mesmo epístola, escreveu: "Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo, porque com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação "(Rom. 10: 9-10). Paulo também disse a Timóteo que Jesus Cristo lhe havia usou de misericórdia para que Ele "pudesse demonstrar sua paciência perfeito como um exemplo para aqueles que crêem nEle para a vida eterna" (1Tm 1:16).

At 13:48 resume a interação da soberania divina e da responsabilidade humana na salvação: "Quando os gentios, ouvindo isto, eles começaram a se alegrar e glorificando a palavra do Senhor, e todos quantos haviam sido destinados para a vida eterna." Em outras palavras, Deus soberanamente escolheu aqueles que têm o poder, despertou, e habilitados a responder em fé (conforme Ef. 2: 8-9).

Visão Espiritual Reconhece Cristo

Jesus disse-lhe: "Você tem visto, e Ele é o único que está falando com você." E ele disse: "Senhor, eu creio". (9: 37-38)

Quando a mulher samaritana tinha referido a vinda do Messias ", disse-lhe Jesus: 'Eu que falar com você sou Ele'" (4:26). Aqui, em resposta ao pedido do homem curado porque o Filho do identidade do homem, Jesus disse-lhe: "Você tem visto, e Ele é o único que está falando com você." O Senhor se apresentou como o objeto da fé salvadora, assim como ele já havia feito em Cafarnaum: "Esta é a obra de Deus, que creiais naquele que por ele foi enviado" (06:29). É aquele "que crê no Filho [que] tem a vida eterna" (3:36; conforme vv 15-16, 18; 6:35, 40; 07:38; 08:24; 11:. 25— 26; 12:36, 46; 17:20; 20:31).

Sem hesitação, o homem disse: "Senhor, eu creio." O Espírito de Deus abriu seu coração para a verdade (conforme 3: 5-8)., revelando-lhe a verdadeira identidade de Jesus (conforme Mt 16:16— 17). Ele exemplificou o princípio Jesus enumerou em 7:17: "Se alguém está disposto a fazer a Sua vontade, ele saberá do ensino, se é de Deus ou se eu falo de mim mesmo." Jesus nunca se afasta aqueles que o Pai lhe deu; como Ele mesmo disse: "aquele que vem a mim, certamente não lançarei fora" (06:37).

Visão espiritual resulta na Adoração

E ele adoraram. (09:38)

Como os últimos vestígios de trevas espirituais foram dissipadas, os olhos do coração do homem se abriram, e ele viu claramente quem é Jesus. O resultado inevitável de tal revelação é sempre adoração (Mt 14:33;. Lc 24:45, Lc 24:52;. Fp 2:10). Pregando sobre esta passagem, Charles Spurgeon resumiu a alegria e prazer que o homem deve ter sentido naquele momento:

Então, além disso, ele agiu como um crente: para "ele adorou." Isso prova como a sua fé tinha crescido. Gostaria de pedir a vocês que são o povo de Deus quando estão mais felizes .... Meus momentos mais felizes são quando eu estou adorando a Deus, realmente adorando o Senhor Jesus Cristo .... É a abordagem mais próxima para o que vai ser no céu, onde, dia sem noite, eles oferecem a adoração perpétua, àquele que está assentado no trono, e ao Cordeiro. Por isso, o que é um momento memorável foi por esse homem quando ele adorou Cristo! Agora, se Cristo não era Deus, que o homem era tudo idólatra, um homem-adorador .... Se Cristo não era Deus, não somos cristãos; estamos enganados enganado, somos idólatras, como maus como os gentios, que agora piedade. Ele está fazendo um homem em um Deus, se Cristo não é Deus. Mas, bendito seja o seu santo nome, ele é Deus; e nós sentimos que é o supremo deleite do nosso ser para adorá-lo. Não podemos ocultar a nossa cara com nossas asas, pois não temos nenhum; mas nós fazemos velar-los com seu próprio manto de justiça sempre que se aproximar dele. Não podemos cobrir os pés com as nossas asas, como os anjos fazem; mas nós levamos o seu sangue ea sua justiça, tanto como uma cobertura para os nossos pés, e como as asas com as quais voamos até ele; e embora ainda não temos coroas para lançar em seus queridos pés, ainda, se temos alguma honra, qualquer idoneidade, qualquer graça, qualquer coisa que é agradável, tudo o que é honesto, nós colocamos tudo a seus pés, e grito "Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por tua misericórdia, e por amor de tua verdade." ("A Man Pressionado Cedendo a Cristo", no O Metropolitan Tabernacle Pulpit Vol 46 (Pasadena, no Texas .: Pilgrim Publications, 1977), 46:.. 142 itálico no original.)

Cegueira Espiritual

E Jesus disse: "Porque o juízo Eu vim a este mundo, para que os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos." Alguns fariseus que estavam com ele, ouvindo essas coisas e disse-lhe: "Nós não estamos cegos demais, não é?" Jesus disse-lhes: "Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas desde que você dizer: 'Nós vemos, permanece o vosso pecado." (9: 39-41)

Em contrapartida, quatro características da cegueira espiritual também pode ser reconhecida nessa passagem, ilustrada pelos fariseus nos versos finais do capítulo: ele recebe o julgamento, se recusa a admitir a sua cegueira, rejeita a visão espiritual, e resulta em condenação.

Cegueira espiritual Recebe Acórdão

E Jesus disse: "Porque o juízo Eu vim a este mundo, para que os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos." (09:39)

As palavras de Jesus, "Porque o juízo Eu vim a este mundo", parecer à primeira vista contradizer a verdade de que "Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele" (3 : 17). Eles também parecem se opor à revelação inequívoca Dt 5:22 e 27: "Pois nem mesmo o Pai a ninguém julga, mas deu todo o julgamento ao Filho ... e deu-lhe autoridade para julgar, porque Ele é o Filho do Homem ". Mas longe de ser contraditório, essas duas verdades são complementares; eles são as duas faces de uma mesma realidade. Para rejeitar a paz de Jesus é para receber o castigo; para rejeitar a Sua graça é receber a Sua justiça; para rejeitar a Sua misericórdia é para receber a sua ira; para rejeitar o Seu amor é receber a sua ira; para rejeitar o Seu perdão é receber Seu julgamento. Enquanto Jesus veio para salvar, não para condenar (conforme 12:47; Lc 19:10), aqueles que rejeitam o Seu evangelho condenam a si mesmos, e submeter-se a julgamento (Jo 3:18, Jo 3:36). Visão espiritual só vem para aqueles que reconhecem que eles não vêem, que confessam sua cegueira espiritual e da sua necessidade para a Luz do Mundo. Por outro lado, aqueles que pensam que ver por conta própria sem Cristo se iludem, e continuará a ser cego. Eles não virão à Luz, porque eles amam as trevas e não querem que suas maldades para ser exposto (3: 19).

Esta foi precisamente a questão na sinagoga de Nazaré, onde Jesus ofereceu a salvação do evangelho apenas para aqueles que tinham conhecimento do seu pecado, o penitente espiritualmente pobres, encarcerados, cegos e oprimidos (Lc 4:18). Os ouvintes, como a maioria em Israel, não se vêem como tal e reagiu, tentando assassinar Jesus (Lc 4:29). Sua resposta foi a auto-condenação.

Como observado anteriormente, o perigo enfrentado por aqueles que pensam que vejo é que a sua rejeição e descrença é irreversível, e eles podem tornar-se permanentemente cego. A verdade preocupante é que aqueles que voluntariamente rejeitam a luz da salvação em Cristo, podem encontrar-se fixado em sua condição por Deus (conforme 12:.. 39-40; Is 6:10; 13 13:40-13:15'>Mt 13:13-15; Atos 28:26-27.; Rm 11:8-10). As Escrituras dizem não só que o Faraó endureceu o seu coração contra Deus (Ex 8:15, Ex 8:32; Ex 9:34; 1Sm 6:61Sm 6:6. ; Ex 7:3; Ex 10:1, Ex 10:27; Ex 11:10; Ex 14:4). Alguns dos fariseus que chegou mesmo ponto quando eles rejeitaram a plena luz da revelação de Deus em Cristo e atribuiu o seu divino poder a Satanás (Matt. 12: 24-32).

Cegueira espiritual se recusa a admitir sua condição

Alguns fariseus que estavam com ele, ouvindo essas coisas e disse-lhe: "Nós não estamos cegos demais, não é?" (09:40)

Evidentemente, Jesus não estava sozinho quando ele encontrou o homem cego; alguns dos fariseus ... foram ainda com Ele. Depois de ter ouvido as coisas que Jesus disse no versículo 39, que, indignado , disse-lhe: "Nós não estamos cegos demais, não é?" A forma de sua pergunta no grego espera uma negativa responder. Certamente Jesus não poderia estar sugerindo que eles eram espiritualmente cegoscomo as pessoas comuns que não conheciam a Lei (07:49)? Afinal de contas, eles eram os, especialistas de elite auto-proclamados na Lei e devotos discípulos de Moisés (09:28). Como os líderes religiosos reconhecidos de Israel, eles estavam confiantes de que não falta a percepção espiritual. Mas a realidade era que eles estavam cegos para a verdade espiritual, mesmo que eles não sabiam. E por se recusar a admitir a sua cegueira, eles confirmaram a condição escurecido de seus corações e aumentou seu ódio para o único que poderia salvá-los de Satanás e seu pecado condenável.

Cegueira espiritual Rejeita Visão Espiritual

Jesus disse-lhes: "Se fôsseis cegos, não teríeis pecado"; (9: 41a)

A resposta do Senhor deve ter surpreendido os fariseus, que, sem dúvida, espera uma resposta mais direta à sua pergunta. Mas o ponto de Jesus era que, se os fariseus iria confessar que eles eramespiritualmente cego (admitindo assim a sua necessidade de Cristo, a verdadeira Luz) eles não teríeis pecado, porque ele seria perdoado (Sl 32:5;. Conforme 0:15; Is 5:21). Muitos, por teimosamente recusando-se a admitir a sua cegueira, condenado-se a escuridão para sempre.

Cegueira espiritual resulta em desgraça

"Mas desde que você dizer: 'Nós vemos, permanece o vosso pecado." (09:41)

Desde os fariseus não estavam dispostos a reconhecer a sua cegueira, mas afirmava ver, eles permaneceram culposa e perdoados por todo o seu pecado. Eles não poderiam alegar ignorância ou falta de oportunidade. Em particular, o pecado em vista aqui, e aquele que sempre condena, é o da incredulidade. Pronunciamento de Jesus que os seus restos pecado (conforme Mt 0:32; He 6:1) traz consigo um senso de Proposito. Pode ser que neste momento Ele permanentemente confirmou-los em sua cegueira espiritual intencional, como fez com alguns outros fariseus em 13 40:15-14'>Mateus 15:13-14. Na ocasião, quando Ele foi informado por seus discípulos que alguns fariseus foram ofendidos por suas palavras, Jesus tinha respondeu: "Toda planta que meu Pai celestial não plantou será desarraigado Deixai-os;. Eles são guias cegos. E, se um cego guiar outro cego, ambos cairão num buraco. " Essas três palavras chocantes, "Deixe-os em paz", revelam que Deus às vezes julgar os pecadores impenitentes diretamente por abandoná-los (e mesmo o endurecimento eles) em sua incredulidade (conforme Os 4:17; Rm 1:18, Rm 1:24, Rm 1:26. , Rm 1:28).

Como o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19:16), Jesus Cristo é o determinante do destino humano. Simeão disse profeticamente Dele, "Eis que este é nomeado para queda e elevação de muitos em Israel" (Lc 2:34). O próprio Senhor disse de seu ministério,

Você acha que eu vim para conceder paz à terra? Digo-vos que não, mas antes dissensão; para a partir de agora cinco membros de um agregado familiar será dividida: três contra dois e dois contra três. Eles serão divididos, pai contra filho e filho contra pai, mãe contra a filha ea filha contra a mãe, mãe-de-lei contra a filha-de-lei e filha-de-lei contra a mãe-de-lei. (Lucas 12:51-53)

Aqueles que, como o mendigo cego, reconhecer a sua cegueira espiritual e voltar-se para a Luz "não andará nas trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8:12). Mas aqueles que, como os fariseus, persistem em amar as trevas do que a Luz (3:
19) continuará a vagar sem rumo na escuridão (12:35; 1Jo 2:11), desprovido de qualquer visão espiritual (Mt 6:23). O primeiro grupo é destinado a passar a eternidade na gloriosa luz do céu (Ap 22:5;. Mt 22:13; Mt 25:30).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de João Capítulo 9 do versículo 1 até o 41

João 9

Luz para os olhos cegos — Jo 9:1-5

Este é o único milagre que se relata nos Evangelhos no qual se diz que a vítima sofria desde seu nascimento. Em Atos nos encontramos em duas ocasiões com pessoas que sofriam desde seu nascimento (o coxo da porta Formosa do templo em At 3:2 e o homem impossibilitado de Listra em At 14:8). Mas este é o único homem no relato evangélico que sofria algum mal desde seu nascimento. Deve ter sido um personagem muito conhecido porque os discípulos sabiam muitas coisas sobre sua vida. Quando o viram, aproveitaram a oportunidade para expor a Jesus um problema que sempre tinha preocupado muito os pensadores judeus e que continua sendo um problema até o dia de hoje. Os judeus relacionavam sem hesitações o sofrimento com o pecado. Dirigiam-se com o pressuposto básico de que em qualquer lugar que houvesse sofrimento, existia, de um modo ou de outro, o pecado. De maneira que fizeram sua pergunta a Jesus. "Este homem —disseram — é cego. Sua cegueira se deve a seu próprio pecado ou ao pecado de seus pais?"

Como se podia dever a cegueira a seu próprio pecado se era cego de nascimento? Os teólogos judeus davam duas respostas a essa pergunta.

(1) Alguns sustentavam uma concepção estranha sobre o pecado pré-natal. Criam que o homem podia começar a pecar enquanto ainda estava no ventre de sua mãe. Nas conversações imaginárias entre Antonino e o Rabino Judá, o Patriarca, o primeiro pergunta: "A partir de que momento a má influência domina o homem, da formação do embrião no ventre materno ou do momento do nascimento?" Em primeiro lugar, o Rabino responde: "Da formação do embrião." Antonino objetou este ponto de vista e convenceu a Judá com seus argumentos. Judá reconheceu que se o impulso mau começava com a formação do embrião, o menino chutaria no ventre e abriria caminho para fora. Judá encontrou um texto que apoiava esta posição. Tomou a frase de Gn 4:7: "O pecado está à porta." Interpretou essa frase no sentido de que o pecado esperava o homem à porta do ventre, logo que nascesse. Entretanto, a discussão nos indica que se conhecia a estranha idéia do pecado pré-natal.

(2) Na época de Jesus os judeus criam na preexistência da alma. Em realidade, receberam a noção de Platão e os gregos. Criam que, antes da criação do mundo, todas as almas existiam no Éden ou que estavam no sétimo céu ou em uma câmara especial, esperando o momento de ingressar em um corpo. Os gregos tinham considerado que essas almas eram boas e que ao entrar no corpo se corromperam, mas havia alguns judeus que criam que entre essas almas já havia algumas boas e outras más. O autor do Livro da Sabedoria diz: “Eu era um jovem de boas qualidades, coubera-me, por sorte, uma boa alma” (Sabedoria Jo 8:19, BJ). Na época de Jesus havia alguns judeus que criam que o sofrimento do homem, inclusive se o acompanhava do nascimento, podia provir de algum pecado que tinha cometido antes de nascer. É uma idéia estranha e para nós pode ser quase fantástica, mas no fundo, o que subjaze é a noção de um universo corrompido pelo pecado.

A outra possibilidade era que o sofrimento de um homem era devido ao pecado de seus pais. A idéia de que os filhos herdam as conseqüências do pecado de seus pais está incluída no pensamento do Antigo Testamento. “Eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração” (Ex 20:5; veja-se Ex 34:7: Nu 14:18). Ao falar do homem mau, o salmista diz: “Na lembrança do SENHOR, viva a iniqüidade de seus pais, e não se apague o pecado de sua mãe” (Sl 109:14). Isaías se refere a suas iniqüidades e as “iniqüidades de vossos pais” e continua dizendo: “pelo que eu vos medirei totalmente a paga devida às suas obras antigas” (Is 65:7). Uma das constantes do Antigo Testamento é que o pecado dos pais sempre pesa sobre seus filhos. Há algo que sempre devemos ter em mente: que nenhum homem vive jamais para si mesmo nem morre para si mesmo. Quando um homem peca põe em movimento uma série de conseqüências que não têm fim.

LUZ PARA OS OLHOS CEGOS

João 9:1-5 (continuação)

Quando nos detemos a analisar esta passagem vemos que contém dois grandes princípios eternos.
(1) Jesus não busca continuar ou explicar a relação entre pecado e sofrimento. Diz que o sofrimento deste homem lhe veio para que se desse a possibilidade de pôr de manifesto o que Deus pode fazer. E isto é certo em dois sentidos.

  1. Para João os milagres sempre são um sinal da glória e o poder de Deus. Os outros evangelistas tinham um ponto de vista diferente. Viam os milagres como uma amostra da compaixão de Jesus. Quando Jesus viu a multidão faminta teve compaixão dela porque eram como ovelhas que não tinham pastor (Mc 6:34). Quando o leproso se aproximou com seu pedido desesperado para que o limpasse, Jesus teve misericórdia dele (Mc 1:41). Está acostumado a insistir que neste ponto o Quarto Evangelho é muito distinto de outros. Os outros Evangelhos acentuam a compaixão dos milagres; o Quarto Evangelho insiste em que os milagres são manifestações de poder e glória. Sem dúvida alguma, não existe contradição nisto. Não se trata mais que de duas formas de ver o mesmo acontecimento. E no fundo está a verdade suprema de que a glória de Deus está em sua compaixão e que Deus nunca revela sua glória de maneira tão plena como quando revela sua misericórdia.
  2. Mas há outro sentido no qual o sofrimento deste homem manifesta o que Deus pode fazer. A aflição, a tristeza, a dor, a frustração, a perda sempre permitem que o homem mostre o que Deus pode fazer. Em primeiro lugar, permite à pessoa que sofre mostrar o que Deus pode fazer. Quando os problemas e as tragédias caem sobre alguém que não conhece a Deus, esse homem pode desintegrar-se; mas quando chegam a um homem que vive e marcha junto com Deus, põem de manifesto a fortaleza, a beleza, a força e a nobreza que se encontram dentro do coração do homem quando Deus habita nele.

Conta-se que quando um ancião santo morria em uma agonia de dor, chamou sua família dizendo: "Venham ver como pode morrer um cristão." Quando a vida nos atira um golpe terrível é quando podemos mostrar ao mundo como pode viver um cristão e, se for necessário, como pode morrer. Qualquer tipo de sofrimento é uma oportunidade que nos outorga Deus para demonstrar sua glória em nossa própria vida.
Em segundo lugar, ao ajudar aqueles que sofrem e têm problemas, podemos demonstrar a outros a glória de Deus.
Frank Laubach expressou a idéia sublime de que quando Cristo, que é o Caminho, entra em nós nos convertemos em parte desse caminho. A rota de Deus passa diretamente através de nós. Quando nos entregamos e nos esgotamos ajudando aqueles que têm problemas, dores, sofrimentos, aflições, desesperanças, Deus nos está usando como o caminho através do qual envia sua ajuda aos corações dos homens. Ajudar a outro homem que necessita essa ajuda é manifestar a glória de Deus, porque significa mostrar como é Deus.
Logo Jesus segue dizendo que Ele e seus seguidores devem fazer a obra de Deus enquanto haja tempo. Deus deu aos homens o dia para trabalhar e a noite para descansar. O dia chega a seu fim e o tempo para trabalhar também se termina. Para Jesus, era certo que devia apressar-se com a obra de Deus durante o dia porque a noite da cruz estava muito perto. Mas também se aplica a todos os homens. Recebemos certa quantidade de tempo. Algo que devamos fazer deve cumprir-se dentro desse período.
Na cidade escocesa do Glasgow há um relógio de sol com o seguinte lema: "Pensem no tempo antes que termine." Nunca devemos deixar as coisas para outro momento, porque esse outro momento pode não chegar jamais. O dever iniludível do cristão é empregar o tempo que tem, e ninguém sabe quanto é, no serviço de Deus e de seu próximo. Não existe dor mais aguda que o triste descobrimento de que é muito tarde para fazer algo que poderíamos ter feito.
Mas podemos perder outra oportunidade. Jesus disse: “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.” Quando Jesus disse isso não quis dizer que o tempo de sua vida e sua obra eram limitados; o que quis dizer foi que nossa oportunidade para nos apropriarmos dessa vida, essa luz e essa obra é limitada. A cada homem chega a oportunidade de decidir-se por Cristo, de recebê-lo, de dar sua vida a Cristo, de aceitá-lo como Salvador, Mestre e Senhor. E se não se aproveita essa oportunidade, pode ser que jamais volte a apresentar-se.

Em seu livro The Psychology of Religion, E. D. Starbuck oferece algumas estatísticas muito interessantes sobre a idade que costuma ocorrer a conversão. Pode ocorrer da idade dos sete ou oito anos; aumenta gradualmente à idade de dez ou onze; ocorre com maior freqüência aos dezesseis anos, decresce em forma acelerada aos vinte anos e é muito pouco freqüente depois dos trinta. Deus sempre nos está dizendo: ”Este é o momento." Não se busca que decresça o poder de Jesus ou se apague sua luz; é que se adiarmos a decisão fundamental cada vez nos tornamos menos capazes de tomá-la à medida que passam os anos. Devemos trabalhar, devemos tomar decisões enquanto é de dia e antes de que se acabe e chegue a noite.

O MÉTODO DE UM MILAGRE

João 9:6-12

Há dois milagres nos quais se diz que Jesus usou saliva para curar. O outro é o milagre do surdo e gago (Mc 7:33). Para nós, o emprego de saliva é algo estranho, repulsivo e anti-higiênico. Entretanto, era algo muito comum na antiguidade. cria-se que a saliva, e em particular a de alguma pessoa famosa, possuía certas propriedades curativas.

Tácito nos conta que quando Vespasiano visitou Alexandria se aproximaram dois homens; um tinha os olhos doentes e o outro tinha uma mão afetada e lhe disseram que seu deus lhes tinha aconselhado que o fossem ver. O homem com os olhos doentes queria que Vespasiano "umedecesse seus olhos com saliva"; o homem com a mão doente desejava que "pisoteasse seu emano com a planta do pé". Vespasiano não sentia o menor desejo de fazer algo semelhante. Por fim, convenceram-no que satisfizesse os doentes. "A mão recuperou seu poder imediatamente; o cego voltou a ver. Até o dia de hoje dão testemunho de ambos os atos, quando a falsidade não pode reportar nenhum benefício, aqueles que estiveram presentes" (Tácito, Histórias 4:81).

Plínio, o famoso compilador do que naquela época se chamava informação científica, dedica todo um capítulo ao uso da saliva. Diz que constitui uma defesa insuperável contra o veneno das serpentes; protege contra a epilepsia; as erupções e as manchas de lepra se podem curar mediante a aplicação da saliva de alguém que está em jejum; a oftalmia se cura se se lubrificam os olhos todas as manhãs com a saliva de alguém em jejum; o carcinoma e o torcicolo se curam com saliva. considerava-se que a saliva era muito efetiva para impedir o mal de olho.
Pérsio relata que a tia ou a avó temente aos deuses e que sabe como impedir o mal de olho, levanta o bebê do berço e "com o dedo maior aplica a saliva na frente e os lábios do menino".
O emprego da saliva era muito comum no mundo antigo. Até hoje, se nos queimarmos um dedo nosso primeiro instinto é levá-lo a boca e inclusive na atualidade são muitos os que crêem que se podem curar as verrugas aplicando a saliva de uma pessoa que está em jejum.

O concreto é que Jesus se apropriava das métodos e os costumes de sua época e os usava. Era um médico sábio. Tinha que ganhar confiança do paciente. Não se trata de que Jesus cresse nestas práticas, mas acendia as esperanças do paciente ao fazer o que este supunha que devia fazer um médico. Depois de tudo, até na atualidade, a eficácia de qualquer remédio ou tratamento depende tanto da fé do paciente como do tratamento ou a droga em si mesmos.
Após lubrificar os olhos do homem com saliva, Jesus o mandou lavar-se no lago de Siloé. Este lago era um dos marcos de Jerusalém. Em sua época, foi o resultado de uma das grandes façanhas da engenharia da antiguidade. A provisão de água de Jerusalém sempre tinha sido precária em caso de que se produzir um sítio. Provinha principalmente da Fonte da Virgem ou da vertente Giom, localizada-se no vale de Cedrom. Construiu-se uma escada que conduzia a essa vertente com trinta e três degraus cortados na rocha. dali, em uma cavidade de pedra, a gente tirava a água.

Entretanto, se fosse produzia um sítio, a vertente ficava exposta e podia ser inutilizada por completo com conseqüências que teriam sido desastrosas. Quando Ezequias se deu conta de que Senaqueribe tentava invadir a Palestina se propôs cavar um túnel ou um conduto na rocha que fora da vertente até a cidade (II Crônicas 32:2-8, 2Cr 32:30; Isaías 22:9-11; 2Rs 20:20). O trajeto era composto por rocha maciça. Se os engenheiros tivessem cavado em linha reta teriam tido que cobrir uma distância de 434 metros. Mas o fizeram em ziguezague, já seja porque seguiam uma fissura na rocha ou porque não queriam tocar lugares sagrados: desse modo, o conduto mede 532 metros. Em alguns pontos, o túnel não tem mais de 60 centímetros de largura, mas a altura média é de ao redor de dois metros. Os engenheiros começaram a cavar em ambos os extremos e se encontraram no meio, em uma verdadeira proeza, se for levado em conta as equipes da época.

Em 1880, encontrou-se um tablete em comemoração da terminação do túnel. Descobriram-na por acaso dois meninos que jogavam em um lago. Diz o seguinte:

"A escavação está terminada. Esta é seu historia. Enquanto os operários ainda trabalhavam com seus picos, cada um rumo ao companheiro que tinha na frente, ambos ouviram a voz do outro, quando ainda faltavam três côvados para cavar, porque havia uma fissura na rocha, do lado direito. E no dia que se terminou a escavação, os pedreiros cortavam, cada um com o propósito de encontrar-se com seu companheiro, e correram as águas ao lago, mil e duzentos cotovelos e a altura da rocha em cima das cabeças dos escavadores era de cem cotovelos.”

O lago de Siloé era o lugar onde o túnel proveniente da Fonte da Virgem surgia na cidade. Era um lago ao ar livre de seis metros por nove. Assim foi como recebeu seu nome. Foi chamada Siloé que, conforme se dizia, significava enviado, porque a água que continha foi enviada à cidade através do túnel. De maneira que Jesus mandou este homem lavar-se no lago, que era um dos marcos da cidade. E o homem se lavou e começou a ver.

Uma vez curado, teve algumas dificuldades para convencer as pessoas de que se tratava de uma verdadeira cura. Mas sustentou com vigor o milagre operado por Jesus. Jesus sempre faz coisas que para o não crente são muito bonitas e maravilhosas para ser verdadeiras.

PRECONCEITO E CONVICÇÃO

13 43:9-17'>João 9:13-17

E agora surge o problema iniludível. O dia em que Jesus fazia o lodo e curou o homem era sábado. Sem dúvida alguma, Jesus tinha desobedecido a Lei do sábado, tal como a interpretavam os escribas. De fato, tinha-a desobedecido de três formas diferentes.

  1. Ao fazer lodo tinha incorrido em falta por trabalhar no sábado. O fato de efetuar o trabalho mais ínfimo implicava ser culpado de trabalhar no dia de sábado. Aqui temos algumas das coisas que estavam proibidas pela Lei e que ninguém devia fazer durante esse dia. "Um homem não pode encher um prato com azeite e pô-lo junto ao lampião e pôr um extremo da mecha nele." "Se um homem apagar um lampião no sábado para economizar o azeite ou a mecha, é culpado." "Não se pode sair no sábado com sandálias que tenham pregos." (O peso dos pregos constituía uma carga e levar uma carga significava desobedecer a Lei do sábado.) Ninguém podia cortar as unhas ou arrancar um cabelo da cabeça ou da barba É obvio que, à luz de semelhante Lei, fazer lodo significava trabalhar e quebrar a Lei.
  2. Era proibido curar no sábado. Só se podia dispensar atenção médica se a vida corria sério perigo. E inclusive nesse caso, a ajuda devia ser de tal natureza que impedisse que o doente piorasse mas não devia significar uma melhoria.

Um homem com dor de dente, por exemplo, não podia chupar vinagre com os dentes. Era proibido curar uma perna ou um braço quebrados. Se alguém se deslocar a mão ou o pé não pode entornar-se água fria. A água fria ajudaria a curar a fratura. Como é evidente, o homem que nasceu cego não tinha sua vida em perigo; assim, Jesus tinha desobedecido a Lei do sábado ao curá-lo.

  1. Estabelecia-se com toda clareza, quanto à Lei do sábado e a cura, que: "No que se refere à saliva de alguém em jejum, não é legítimo nem sequer pô-la sobre as pálpebras."

Os escribas e fariseus pretendiam honrar a Deus mediante a observação destas regras e normas ridículas. Para Jesus eram algo ilógico e impróprio. De maneira que, para os escribas e fariseus, Jesus era culpado de desobedecer a Lei do sábado.
Os fariseus são os representantes típicos das pessoas que, em todas as épocas, condenam a qualquer um cuja idéia da religião não coincide com a deles. Os fariseus eram o tipo de gente que crêem que há uma só forma de servir a Deus, e que é a que eles seguem. Alguns opinavam o contrário e afirmaram que ninguém que fosse um pecador podia fazer as coisas que Jesus fazia.

De maneira que levaram o homem a seu presencia e o interrogaram. Quando lhe perguntaram qual era sua opinião sobre Jesus, manifestou-a sem titubear. Disse que Jesus era um profeta. No Antigo Testamento, comprovava-se se alguém era um profeta pelos sinais que podia fazer. Moisés garantiu a faraó que era o autêntico mensageiro de Deus mediante os sinais e as maravilhas que efetuou (Êxodo 4:1-17). Elias demonstrou que era profeta do Deus verdadeiro ao fazer coisas que os profetas de Baal não podiam fazer (I Reis 18). Sem dúvida alguma, o homem pensava nestas coisas quando disse que Jesus era profeta.

Há algo indubitável perto deste homem: fosse o que fosse, era uma pessoa valente. Sabia muito bem o que pensavam os fariseus sobre Jesus. Sabia com certeza que se se apresentasse como discípulo de Jesus o excomungariam sem mais trâmite. Entretanto, pronunciou sua afirmação e assumiu um compromisso. Foi como se tivesse dito: "Estou obrigado a crer nele, estou obrigado a me comprometer por Ele por tudo o que tem feito por mim." Assim se converte em um grande exemplo para nós.

OS FARISEUS DESAFIADOS

João 9:18-34

Em toda a literatura não existe outra descrição de diferentes personalidades mais eloqüentes que esta. Com pinceladas certeiras e reveladoras, João descreve cada uma das pessoas envoltas nesta cena de maneira tal que parecem cobrar vida sob nossos olhos.

  1. Em primeiro lugar, temos o próprio cego. Começa a irritar-se diante da insistência dos fariseus. "Vocês podem dizer o que quiserem perto deste homem", diz. "Eu não sei nada exceto que me permitiu ver."

Há uma realidade muito simples na experiência cristã: mais de uma pessoa não pode expressar com uma linguagem correta do ponto de vista teológico o que crê que é Jesus Cristo, entretanto, pode dar testemunho do que Jesus fez com sua alma. Não se precisa ser um teólogo para experimentar os benefícios de Jesus Cristo. Apesar de o homem não poder entender com seu intelecto, pode sentir com o coração. É melhor amar a Jesus Cristo que amar teorias sobre Ele.

  1. Logo temos os pais do cego. É evidente que não querem colaborar com os fariseus, mas ao mesmo tempo sentem medo. As autoridades da sinagoga judia tinham uma arma muito poderosa: a arma da excomunhão mediante a qual se excluía a qualquer pessoa da congregação do povo de Deus. Podemos ler uma ordenança dos tempos de Esdras que decretava que quem não obedecesse as ordens das autoridades “os seus bens seriam totalmente destruídos, e ele mesmo separado da congregação dos que voltaram do exílio” (Ed 10:8).

Jesus advertiu a seus discípulos que seu nome seria rejeitado como indigno (Lc 6:22). Disse-lhes que os expulsariam das sinagogas (Jo 16:2). Muitos dos governantes de Jerusalém criam sinceramente em Jesus, mas temiam dizê-lo "para não ser expulsos da sinagoga" (Jo 12:42). Havia duas classes de excomunhão. A proibição, o cherem, mediante a qual se expulsava alguém da sinagoga pelo resto de sua vida. Nesse caso era anatematizado em público. Era amaldiçoado perante todo o povo e excluído da presença de Deus e dos homens. Também havia uma sentença de excomunhão temporária que podia durar um mês ou um período determinado. O terror que produzia essa situação era que o judeu considerava que a excomunhão não só o excluía da sinagoga mas também da presença de Deus. Essa é a razão pela qual os pais deste homem responderam que seu filho já tinha idade suficiente para ser uma testemunha legal e responder suas perguntas. Os fariseus sentiam um rancor tão amargo contra Jesus que estavam dispostos a fazer o que em alguns de seus piores momentos têm feito as autoridades eclesiásticas: estavam dispostos a apelar ao procedimento eclesiástico para seus próprios fins.

  1. Temos os fariseus. A princípio, não creram que o homem era cego. Quer dizer que suspeitavam que tinha existido algum entendimento entre este homem e Jesus. Criam que este milagre tinha sido um engano urdido entre Jesus e o homem em questão. Mais ainda, sabiam muito bem que um falso profeta podia fazer milagres falsos em benefício próprio (13 1:5-13:5'>Deuteronômio 13:1-5 adverte contra o falso profeta que produz sinais falsos para conduzir as pessoas a deuses estranhos). De maneira que a primeira atitude dos fariseus foi de suspeita. "Dêem glória a Deus", diziam. "Sabemos que este homem é um pecador." "Dêem a glória a Deus", era uma frase que se usava nos interrogatórios. Seu verdadeiro sentido era o seguinte: "Digam a verdade na presença e em nome de Deus." Quando Josué interrogava Acã sobre o pecado que desencadeou a desgraça sobre Israel, disse-lhe: “Filho meu, dá glória ao SENHOR, Deus de Israel, e a ele rende louvores; e declara-me, agora, o que fizeste; não mo ocultes” (Js 7:19).

Sentiam-se indignados e desarmados porque não podiam rechaçar a afirmação de seu acusado, baseada nas escrituras. A afirmação de que tinha sido cego era a seguinte: "Jesus fez algo muito maravilhoso. O fato de que o fez significa que Deus o ouve. Agora, Deus nunca ouve as preces de um homem mau, portanto Jesus não pode ser mau, deve ser bom." O fato de que Deus não ouvia os rogos do homem mau é um conceito fundamental do Antigo Testamento. Quando Jó se refere ao hipócrita, diz: “Acaso, ouvirá Deus o seu clamor, em lhe sobrevindo a tribulação?” (27:9). O salmista diz: “Se eu atender à iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá” (Sl 66:18). Isaías ouve que Deus diz ao povo pecador: “Quando estendeis as mãos (os judeus oravam com as mãos estiradas e as palmas para cima), escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue” (Is 1:15).

Ao falar do povo desobediente, Ezequiel diz: “Ainda que me gritem aos ouvidos em alta voz, nem assim os ouvirei” (Ez 8:18). Pelo contrário, criam que sempre era ouvida a oração de um homem bom. “Os olhos do SENHOR repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor” (Sl 34:15). “Ele acode à vontade dos que o temem; atende-lhes o clamor e os salva” (Sl 145:19). “O SENHOR está longe dos perversos, mas atende à oração dos justos” (Pv 15:29). O homem que fora cego expressou uma opinião que os fariseus não puderam responder.

Agora, vejamos o que fizeram ao ver-se diante deste argumento. Em primeiro lugar, apelaram à injúria. "Injuriaram-lhe." Logo foram ao insulto. Acusaram o homem de ter nascido em pecado. Quer dizer que o acusaram de um pecado pré-natal. Em terceiro lugar, recorreram à força. Ordenaram-lhe que desaparecesse da vista dos fariseus.

Costumamos ter algumas diferenças com outras pessoas e é normal que aconteça. Mas quando o insulto, a injúria e a ameaça se introduzem nesta discussão deixa de ser tal para converter-se em uma luta rancorosa. Se quando estamos discutindo nos zangamos e fazemos uso de palavras injuriantes e de ameaças tudo o que demonstramos é que nossa posição é muito fraco para expô-la como corresponde.

REVELAÇÃO E CONDENAÇÃO

João 9:35-41

Esta seção começa com duas grandes e preciosas verdades espirituais.

  1. Jesus buscou o homem. Como o expressou Crisóstomo: "Os judeus o expulsaram do templo, o Senhor do templo o achou." Jesus jamais permite que alguém carregue sozinho o seu testemunho. Se o testemunho cristão separar alguém de seu próximo, aproxima-o mais de Jesus Cristo. Quando se expulsa alguém da sociedade por sua fidelidade para com Cristo, essa pessoa se aproxima muito mais de Jesus. Jesus sempre é fiel a quem lhe é fiel.
  2. Este homem recebeu a grande revelação de que Jesus era o Filho de Deus. Eis aqui uma verdade tremenda. A lealdade sempre produz a revelação. Jesus se revela com maior plenitude ao homem que lhe é fiel. O castigo de tal lealdade pode ser a perseguição e o ostracismo da parte dos homens. A recompensa é uma maior aproximação a Cristo e um aumento do conhecimento de quão maravilhoso é.

João conclui este relato com dois de seus conceitos preferidos.

  1. Jesus veio a este mundo para julgar. Cada vez que o homem se defronta com Jesus, emite um juízo sobre si mesmo. Se não ver em Jesus nada que mereça ser desejado, admirado ou amado, condena-se. Se vir nele algo digno de admiração, algo a que deve responder, algo que deve buscar alcançar, está no caminho que o conduzirá a Deus. O homem que é consciente de sua própria cegueira e que deseja ver melhor e conhecer mais, é o homem cujos olhos podem abrir-se e a quem se pode conduzir cada vez mais perto da verdade. Aquele que pensa que sabe tudo, quem não se dá conta de que não pode ver, é o homem realmente cego e que está além de toda esperança e de toda ajuda. Só aquele que percebe sua própria debilidade pode fazer-se forte. Só quem toma consciência de sua própria cegueira pode aprender a ver. Só aquele que vê seu próprio pecado pode ser perdoado.
  2. Quanto maior seja o conhecimento, maior será a condenação de quem não reconhece o bem quando o tem diante de seus olhos. Se os fariseus fossem criados na ignorância, não poderiam ter sido condenados. Sua condenação se fundamentava no fato de que sabiam tanto e afirmavam ver tão bem, e, não obstante, não puderam reconhecer o Filho de Deus quando veio. A lei de que a responsabilidade é a outra cara do privilégio está escrita no livro da vida.

CADA VEZ MAIOR

João 9:1-41

Antes de passar a outro capítulo, conviria que lêssemos este, muito maravilhoso, de principio a fim. Se o fizermos com cuidado e meditação, veremos a mais bela progressão da idéia do homem cego sobre Jesus. Sua idéia de Jesus passa por três etapas, cada uma mais elevada que a anterior.
(1) Começa dizendo que Jesus é um homem. “O homem chamado Jesus fez” me abriu os olhos (versículo 11). Em um princípio, viu Jesus como um homem muito maravilhoso. Qualquer um pode começar por ali. O cego jamais conheceu ninguém que pudesse fazer as coisas que Jesus fazia. E começou considerando que Jesus era um ser supremo entre os homens. Fazemos bem em pensar, às vezes, no caráter maravilhoso de Jesus enquanto homem. Em qualquer galeria dos heróis universais deve haver um lugar para Jesus. Em qualquer antologia sobre as vidas mais bonitas, deverá incluir-se a de Jesus. Em qualquer coleção das partes literárias mais excelsas, devem incluir-se suas parábolas.

Shakespeare faz dizer a Marco Antonio em seu obra Júlio César, ao referir-se a este:

Sua vida foi bela, e os elementos combinaram-se nele de maneira tal que a Natureza poderia erguer-se
e proclamar ao mundo inteiro: "Este era um homem".

Podemos duvidar sobre qualquer outra coisa, mas jamais duvidar de que Jesus foi um homem entre os homens.

  1. Logo passa a chamar Jesus de profeta. Quando lhe perguntaram qual era sua opinião sobre Jesus diante do fato de que lhe tinha dado a vista, respondeu: "É profeta" (versículo 17). Agora, profeta é um homem que traz a mensagem de Deus aos homens. "Porque não fará nada Jeová o Senhor", diz Amos, "sem que revele seu segredo a seus servos os profetas" (Am 3:7). O profeta é um homem que vive perto de Deus. É um homem que penetrou na mente de Deus. Quando lemos a sabedoria das palavras de Jesus, quando ouvimos sua voz pronunciando estas frases imortais, somos levados a dizer: "Este é um profeta." Podemos duvidar de todo o resto, mas há algo que está além de toda dúvida: se os homens seguissem os ensinos de Jesus se solucionariam todos os problemas pessoais, sociais, nacionais, internacionais. Se alguma vez um homem teve o direito de ser chamado profeta, se houve alguém que falou com os homens com a voz de Deus, esse homem é Jesus.
  2. Por último, o cego confiou que Jesus era o Filho de Deus. Chegou a perceber que as categorias humanas não eram adequadas para descrever a Jesus. Viu que Jesus fazia coisas que estavam além da capacidade humana e que sabia coisas que superam a possibilidade de conhecer dos homens.

Em uma oportunidade, Napoleão formava parte de um grupo no qual alguns céticos muito brilhantes discutiam a respeito de Jesus. Terminaram por catalogá-lo como um grande homem, mas nada mais. "Cavaleiros", disse Napoleão, "eu conheço os homens e Jesus era mais que um homem."

Se Jesus Cristo for um homem
E só um homem afirmo
Que de todos os homens, me uno a ele
E a ele me unirei sempre.
Se Jesus Cristo for um deus —
E o único Deus — juro
Que o seguirei pelo céu e o inferno,
A terra, o ar e o mar.

O tremendo sobre Jesus é que quanto mais o conhecemos mais Ele se converte em alguém magnífico. O problema com as relações humanas é que muito freqüentemente quanto mais conhecemos uma pessoa, fazemo-nos mais conscientes de suas debilidades, de suas faltas, de seus fracassos, de suas limitações; mas quanto mais conhecemos Jesus, mais Ele nos maravilha. E será assim, não só agora, mas também na eternidade.


Dicionário

Chamado

chamado adj. 1. Que se chamou. 2. Denominado, apelidado. S. .M Chamada.

Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Então

advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

Homem

substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
Pessoa do sexo masculino.
Esposo, marido, companheiro.
A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.

substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
Pessoa do sexo masculino.
Esposo, marido, companheiro.
A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.

As principais palavras traduzidas por ‘homem’ no A.T. são :
(1). Adam (Gn 1:26, etc.) É, também, um termo coletivo, que se emprega ‘por humanidade’, e que se distingue de Deus.
(2). ish (Gn 2:24, etc.), um indivíduo do sexo masculino.
(3). Enosh (Gn 6:4, etc.), a raça humana, como seres mortais.
(4). Geber (Êx 10:11, etc.), homem na sua robustez. No N.T. as principais palavras são
(1). Aner (Lc 1:27, etc.), homem da idade madura –
(2). Anthropos (Mt 4:4, etc.), homem em oposição a animal.

O homem é um pequeno mundo, que tem como diretor o Espírito e como dirigido o corpo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 27

O homem compõe-se de corpo e espírito [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3

H [...] é o filho de suas obras, durante esta vida e depois da morte, nada devendo ao favoritismo: Deus o recompensa pelos esforços e pune pela negligência, isto por tanto tempo quanto nela persistir.
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6

O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, existia unida aos tipos primordiais, às idéias do verdadeiro, do bem e do belo; separa-se deles, encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

Há no homem três coisas: 1º – o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2º – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3º – o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

O homem é filho de suas próprias obras; e as diferenças humanas são filhas do uso que cada um faz da sua liberdade.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 18

[...] é uma obra que glorifica seu incompreensível Autor.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] é, desde o princípio, o Verbo fora de Deus, a sucessão eterna, a mutabilidade sem término.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] é um ser progressivo e perfectível que sempre girará dentro da instabilidade. [...]
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1

O homem é, essencialmente, um Espírito imortal, que não desaparece, portanto, com a morte orgânica, com o perecimento do corpo físico. [...] O homem é um Espírito, que se utiliza de vários corpos materiais, os corpos físicos, e de um semimaterial, fluídico, o corpo astral ou perispírito, para realizar, em várias etapas, chamadas encarnações, a evolução, a que está sujeito, por sua própria natureza.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2

Sabemos hoje que o homem é um anjo nascente e que séculos correrão sobre séculos antes de finda a empresa de seu apuro.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21

[...] é o homem um ser imortal, evolvendo incessantemente através das gerações de um determinado mundo, e, em seguida, de mundo em mundo, até a perfeição, sem solução de continuidade!
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A progressividade da revelação divina 4

Urge compreendamos que, qualquer que seja a posição em que se achem situados, todos os homens são proletários da evolução e que a diversidade de funções no complexo social é tão indispensável à sua harmonia quanto às variadas finalidades dos órgãos o são ao equilíbrio de nosso organismo.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei de igualdade

Contrariando a Teologia tradicional, a Doutrina Espírita nos ensina (no que, aliás, é apoiada pela Ciência) que o homem surgiu neste mundo, não como H H uma criatura perfeita, que veio a decair depois por obra de Satanás, mas como um ser rude e ignorante, guardando traços fortes de sua passagem pela animalidade. Criado, entretanto, à imagem e semelhança de Deus, possui, latentes, todos os atributos da perfeição, inclusive o Amor, carecendo tão-somente que os desenvolva.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12

[...] cada indivíduo é, espiritualmente, filho de si mesmo, ou melhor, traz, ao nascer, uma bagagem de boas ou más aquisições feitas em outras existências, que lhe constituem o caráter, o modo de ser todo pessoal [...].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 15

Afirma Esquiros que cada um de nós é o autor e por assim dizer o obreiro de seus destinos futuros. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 1

[...] O homem é o universo reduzido. Se cada um pudesse deixar-se narrar, teríamos a mais maravilhosa história do mundo.
Referencia: DELGADO, América• Os funerais da Santa Sé• Pelo Espírito Guerra Junqueiro• Prefácio de Manuel Quintão• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Guerra Junqueiro

O homem possui dois corpos: um de matéria grosseira, que o põe em relação com o mundo físico; outro fluídico, por meio do qual entra em relação com o mundo invisível.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] O homem é [...] o seu próprio juiz, porque, segundo o uso ou o abuso de sua liberdade, torna-se feliz ou desditoso. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 39

Deus é o Espírito Universal que se exprime e se manifesta na Natureza, da qual o homem é a expressão mais alta.
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

Todo homem é um espelho particular do Universo e do seu Criador. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] é a síntese de todas as formas vivas que o precederam, o último elo da longa cadeia de vidas inferiores que se desenrola através dos tempos. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

[...] a observação dos fatos e a experiência provam que o ser humano não é somente um corpo material dotado de várias propriedades, mas também um ser psíquico, dotado de propriedades diferentes das do organismo animal.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

Preferimos a definição de Bonald: “O homem é uma inteligência servida por órgãos”. Declaremo-lo: o homem é essencialmente espírito, quer o saiba quer o ignore. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

[...] Sois constituídos por uma verdadeira multidão de seres grupados e submetidos pela atração plástica da vossa alma pessoal, a qual, do centro do ser, formou o corpo, desde o embrião, e reuniu em torno dele, no respectivo microcosmo, todo um mundo de seres destituídos ainda de consciência da sua individualidade.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 5a narrativa

[...] é mordomo, usufrutuário dos talentos de que se encontra temporariamente investido na condição de H donatário, mas dos quais prestará contas. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17

Os homens são espíritos em provas, como os vês, como os encontras.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

O homem não deve ser considerado como a máquina para o prazer, mas o ser eterno em contínuo processo de crescimento. O corpo é-lhe instrumento por ele mesmo – o Espírito que o habita – modelado conforme as necessidades que o promovem e libertam. A visão global do ser – Espírito, perispírito e matéria – é a que pode dar sentido à vida humana, facultando o entendimento das leis que a regem.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 16

O grande e superior investimento da Divindade é o homem, na inexorável marcha da ascensão libertadora.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22

[...] o homem é o que pensa, o que faz e deseja.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7

[...] todos somos a soma dos próprios atos, na contabilidade das experiências acumuladas desde priscas eras que não lobrigamos tão cedo conhecer. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

O homem é, na verdade, a mais alta realização do pensamento divino, na Terra, caminhando para a glória total, mediante as lutas e os sacrifícios do dia-a-dia.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio – solução insolvável

[...] O homem é um projetista de si mesmo com plena liberdade de, assim, autoprojetar-se. [...]
Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

[...] é o que ele mesmo pode ou quer ser; por isso, o homem é sempre um problema em si mesmo e também encerra em si a solução. [...]
Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

[...] O homem nasce imperfeito: chega a este mundo trazendo um duplo capital, o de suas faltas anteriores, que lhe cumpre expiar, ou de suas más tendências, que lhe cumpre reprimir; e o das virtudes adquiridas ou de aspirações generosas, que lhe cabe desenvolver. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 21a efusão

Todos os homens são filhos de Deus, todos estão destinados a tornar-se anjos [...].
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 29a efusão

[...] O homem, como dínamo psíquico, a que os complexos celulares se ajustam em obediência às leis que governam a matéria perispiritual, ainda é de compreensão muito difícil.
Referencia: MICHAELUS• Magnetismo Espiritual• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

[...] o homem é aquilo que pensa. É a força do seu pensamento que modela os seus atos e, por conseguinte, o seu estado de espírito, sua posição evolutiva, e a melhor ou pior situação humana nas vidas que se encadeiam. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 21

[...] o homem é, na essência, um Espírito imortal, cuja experiência e sabedoria se acumulam ao cabo de um rosário imenso de vidas, desde que começam a raiar nele os primeiros clarões da consH H ciência até que alcance os mais elevados graus de conhecimento e moral. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] Será bom não esquecer que somos essência de Deus [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

[...] Será necessário que o homem compreenda que, como parcela divina que é, veio ao mundo também para colaborar na obra de aperfeiçoamento do planeta em que vive, e essa colaboração certamente subentenderá auxílio às almas mais frágeis do que a dele, que gravitam ao seu lado nas peripécias da evolução. [...]
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

[...] somos o resultado das atividades do nosso passado, como hoje plantamos as sementes do nosso futuro.
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

O homem, regra geral, é um ser milenarmente viciado em atitudes negativas, assimilando, assim, com lamentável freqüência, vibrações tóxicas que o desajustam espiritualmente, da mesma forma que sofre constantes distúrbios digestivos quem não faz uso de alimentação adequada.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Sintonia da atitude

[...] o homem, apesar de sua aparência material, é essencialmente um ser espiritual e, como tal, seu destino não está jungido para sempre à matéria, mas apenas temporariamente.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 37

Cada criatura humana é uma irradiação da Força Divina, independentemente de seu estágio evolutivo. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 7

[...] é um Espírito eterno, continuando sua trajetória após o túmulo e voltando a viver neste mesmo mundo de aprendizado e resgates, onde os papéis individuais podem ser invertidos [...].
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 12

[...] O homem é co-autor dessa entidade misteriosa que é ele mesmo. Nascemos de Deus, fonte inexaurível da vida, e renascemos todos os dias, em nós mesmos, através das transformações por que passamos mediante a influência da auto-educação, cumprindo-se assim aquele célebre imperativo de Jesus: Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

[...] O homem é obra viva, inteligente e consciente de si própria. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 15

O homem renovado para o bem é a garantia substancial da felicidade humana. [...] O homem, herdeiro do Céu, refletirá sempre a Paternidade Divina, no nível em que se encontra.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Informando o leitor

No mundo assim também é: / O homem, na Humanidade, / É o viajor demandando / As luzes da eternidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O carro

Todos nós somos dínamos viventes, nos mais remotos ângulos da vida, com o infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime. Geramos H raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O homem não é um acidente biológico na Criação. É o herdeiro divino do Pai Compassivo e Todo Sábio que lhe confere no mundo a escola ativa de elevação e aprimoramento para a imortalidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor de si mesmo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o homem, acima de tudo, é espírito, alma, vibração, e esse espírito, salvo em casos excepcionais, se conserva o mesmo após a morte do corpo, com idênticos defeitos e as mesmas inclinações que o caracterizavam à face do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30

[...] Todos somos, por enquanto, espíritos imperfeitos, nos quadros evolutivos do trabalho que nos compete desenvolver e complementar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

Cada um de nós é um mundo por si, porque o Criador nos dotou a cada um de características individuais, inconfundíveis.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

O homem é inquilino da carne, com obrigações naturais de preservação e defesa do patrimônio que temporariamente usufrui.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Saúde

Lembre-se que você mesmo é: o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seusideais,a mais clara demonstração de seusprincípios,o mais alto padrão do ensino superiorque seu espírito abraça,e a mensagem viva das elevadas noçõesque você transmite aos outros.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 29

Expurguemos a mente, apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças, porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Lugar depois da morte

O homem encarnado na Terra [...] é uma alma eterna usando um corpo perecível, alma que procede de milenários caminhos para a integração com a verdade divina [...]. Somos, todos, atores do drama sublime da evolução universal, através do amor e da dor [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

Depois da morte física, o que há de mais surpreendente para nós é o reencontro da vida. Aqui [no plano espiritual] aprendemos que o organismo perispirítico que nos condiciona em matéria leve e mais plástica, após o sepulcro, é fruto igualmente do processo evolutivo. Não somos criações milagrosas, destinadas ao H H adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência de milênio a milênio. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Novo amigo

Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 133

[...] é um anjo decaído, em conseqüência do mau uso que fez de seu livre-arbítrio [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Volta Bocage• Sonetos do Espírito de Manuel Maria de Barbosa du Bocage; com apreciação, comentários e glossário pelo prof• L• C• Porto Carreiro Neto• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Filhos do Eterno, todos somos cidadãos da eternidade e somente elevamos a nós mesmos, a golpes de esforço e trabalho, na hierarquia das reencarnações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 46


Homem
1) Qualquer indivíduo pertencente à espécie animal racional (Gn 2:15). O ser humano é composto de corpo e alma. Foi criado à imagem e semelhança de Deus, podendo, por isso, ter comunhão com ele (Gn 1:26);
v. IMAGEM DE DEUS).

2) Os seres humanos; a humanidade (Gn 1:26), hebraico adham; (Ef 6:6). 3 Ser humano do sexo masculino (Pv 30:19).

4) Ser humano na idade adulta (1Co 13:11).

5) “Velho homem” é a nossa velha natureza humana pecadora (Rm 6:6) em contraste com o “novo homem”, que é a natureza espiritual do regenerado (Ef 2:15).

6) “Homem interior” é o eu mais profundo (Rm 7:22) em contraste com o “homem exterior”

Jesus

interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
Ver também: Jesus.
Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.

Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)

Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

[...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

[...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

[...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

[...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

[...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

[...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

[...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

[...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

J [...] é o guia divino: busque-o!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

[...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

[...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

[...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

[...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

[...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

[...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

[...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

[...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

[...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

[...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

[...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

[...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

[...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

Jesus é a história viva do homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

[...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

[...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

[...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

[...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

[...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

[Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

[...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

Jesus é também o amor que espera sempre [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

[...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

[...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

[...] é a única porta de verdadeira libertação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

[...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o salário da elevação maior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

[...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

[...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

[...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

[...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

[...] é a verdade sublime e reveladora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

[...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

[...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92


Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.


Lava

substantivo feminino Matéria em fusão, de origem vulcânica. (Distinguem-se as lavas ácidas, pouco fluidas, que se solidificam rapidamente, e as lavas básicas, fluidas, que se espalham formando vastos lençóis.).

Lavar

verbo transitivo Limpar, banhando em água ou em qualquer líquido: lavar a cara.
Figurado Purificar.
Regar; banhar: terras que o São Francisco lava.
Lavar as mãos, eximir-se das responsabilidades.
Lavar a roupa suja, pôr os podres à mostra: roupa suja se lava em casa.
verbo pronominal Banhar-se para se limpar; purificar-se.

Lodo

Lodo Lama; barro (Is 57:20; Jo 9:6).

substantivo masculino Depósito terroso com mistura de restos de vegetais ou de matérias animais, que se forma no fundo das águas; lama.
Figurado Ignomínia, degradação moral.

Olhos

-

substantivo masculino Orgãos externos da visão: meus olhos enxergaram o pôr do sol.
Figurado Excesso de zelo, de cuidado, de atenção: estou de olhos nisso!
Figurado Aquilo que clarifica; luz, brilho.
locução adverbial A olhos vistos. De modo evidente, claro; evidentemente.
expressão Abrir os olhos de alguém. Dizer a verdade sobre alguma coisa.
Falar com os olhos. Mostrar com o olhar seus sentimentos e pensamentos.
Comer com os olhos. Olhar atenta e interesseiramente; cobiçar.
Custar os olhos da cara. Ser muito caro.
Ser todo olhos. Olhar muito atentamente.
Etimologia (origem da palavra olhos). Plural de olho, do latim oculus.i.

Responder

verbo transitivo direto e transitivo indireto Dar resposta ao que é dito, escrito ou perguntado: respondeu o que lhe ocorreu; respondeu ao professor a questão.
Contestar uma pergunta; replicar: respondeu bem.
verbo intransitivo Questionar em vez de obedecer; resmungar: vá e não responda!
Repetir o som: o cão latiu e os vizinhos responderam.
verbo transitivo indireto Fazer-se sentir por repercussão: a dor do braço me responde na cabeça.
Apresentar razões contra; revidar: responder a uma objeção.
Enviar resposta: responder a uma pessoa, a uma carta.
Oferecer em troca de; retribuir: responder a uma gentileza.
Assumir uma responsabilidade; responsabilizar-se: responde pelo irmão.
Ter uma ação contrária, oposta a; reagir: responder à dor.
Etimologia (origem da palavra responder). Do latim respondere.

responder
v. 1. tr. dir. Dizer ou escrever em resposta. 2. tr. ind. e Intr. Dar resposta. 3. tr. ind. Ser respondão. 4. tr. ind. Aduzir argumentos contra. 5. tr. ind. Pôr em contraposição. 6. Intr. Repetir a voz, o so.M 7. tr. ind. Ficar por fiador de alguém; responsabilizar-se por. 8. tr. ind. Estar em harmonia; ser igual; condizer. 9. tr. ind. Retribuir equivalentemente. 10. tr. ind. Defrontar, opor-se. 11. tr. ind. Estar defronte; opor-se.

Siloé

-

enviado

Siloé [Enviado]


1) Reservatório situado em Jerusalém. Recebe água da fonte de Giom através de um túnel de 530 m (2Rs 20:20; 2Cr 32:2-4,30; Jo 9:7).


2) Torre que fazia parte do sistema de fortificações das muralhas de Jerusalém, perto do tanque de Siloé (Lc 13:4).


Siloé 1. Torre que se levantava em um bairro situado em ambos os lados da torrente do Cedron e próximo à piscina do mesmo nome (Lc 13:4).

2. Piscina mencionada em Jo 9:7, como o lugar onde Jesus realizou o milagre de dar visão a um cego.


Tanque

substantivo masculino Reservatório para líquidos: tanque de gasolina.
Pequeno reservatório de alvenaria, próprio para a lavagem de roupas.
Militar Carro de combate.
[Brasil: NE] Açude.
Etimologia (origem da palavra tanque). Aport. do inglês tank.

hebraico: próximo a Silo, vagueando

Untar

verbo transitivo direto Friccionar com substância untuosa, gordurosa; ungir: untar a máquina com óleo.
Revestir com uma camada de gordura; besuntar: untou a forma do bolo.
verbo pronominal Passar unto, óleo, gordura, no próprio corpo: untou-se de gordura ao fazer o cozido.
Etimologia (origem da palavra untar). Unto, do latim unctus “banha” + ar.

Untar Aplicar óleo ou gordura (Is 21:5).

Vai

3ª pess. sing. pres. ind. de Ir
2ª pess. sing. imp. de Ir

Ir 2
símbolo

[Química] Símbolo químico do irídio.


ir 1 -
(latim eo, ire)
verbo transitivo , intransitivo e pronominal

1. Passar ou ser levado de um lugar para outro, afastando-se.VIR

verbo transitivo

2. Deslocar-se até um lugar para lá permanecer (ex.: foi para Londres quando tinha 10 anos).VIR

3. Deslocar-se a um local para fazer algo (ex.: amanhã quero ir ao cinema).

4. Andar, caminhar, seguir.

5. Ter certo lugar como destino (ex.: o avião vai para Casablanca).

6. Ser usado com determinado propósito (ex.: o dinheiro do subsídio de férias irá para a revisão do carro).

7. Formar um conjunto harmonioso (ex.: essas cores vão bem uma com a outra). = COMBINAR, DAR

8. Abranger, estender-se (ex.: o parque vai até ao outro lado da cidade).

9. Investir, chocar (ex.: o carro foi contra o poste).

10. [Informal] Tomar parte em. = PARTICIPAR

11. Ter decorrido ou passado (ex.: já lá vão cinco anos desde que a acção foi posta em tribunal).

12. Seguir junto. = ACOMPANHAR

13. Agir de determinada maneira (ex.: ir contra as regras).

14. Escolher determinada profissão ou área de estudos (ex.: ir para engenharia; ir para dentista).

15. Frequentar; ingressar (ex.: o menino já vai à escola). = ANDAR

verbo pronominal

16. Desaparecer, gastar-se (ex.: o salário foi-se; a minha paciência vai-se rápido).

17. Deixar de funcionar (ex.: o telemóvel foi-se). = AVARIAR

verbo intransitivo e pronominal

18. Morrer.

19. Deixar um local (ex.: os alunos já se foram todos). = PARTIRCHEGAR

verbo intransitivo

20. Ser enviado (ex.: a carta já foi).

verbo copulativo

21. Evoluir de determinada maneira (ex.: o trabalho vai bem). = DESENROLAR-SE

22. Dirigir-se para algum lugar em determinado estado ou situação (ex.: os miúdos foram zangados).

verbo auxiliar

23. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, para indicar tempo futuro ou passado (ex.: vou telefonar; onde foste desencantar estas roupas?).

24. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, precedido pela preposição a, ou seguido de um verbo no gerúndio, para indicar duração (ex.: o cão ia a saltar; o tempo vai passando).


ir abaixo
Desmoronar-se (ex.: o prédio foi abaixo com a explosão). = VIR ABAIXO

ir-se abaixo
Ficar sem energia ou sem ânimo.

ir dentro
[Portugal, Informal] Ser preso.

ou vai ou racha
[Informal] Expressão indicativa da determinação de alguém em realizar ou concluir algo, independentemente das dificuldades ou do esforço necessários. = CUSTE O QUE CUSTAR


Vi

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de ver

ver |ê| |ê| -
(latim video, -ere)
verbo transitivo

1. Exercer o sentido da vista sobre.

2. Olhar para.

3. Presenciar, assistir a.

4. Avistar; enxergar.

5. Encontrar, achar, reconhecer.

6. Observar, notar, advertir.

7. Reparar, tomar cuidado em.

8. Imaginar, fantasiar.

9. Calcular, supor; ponderar, inferir, deduzir.

10. Prever.

11. Visitar.

12. Escolher.

13. Percorrer.

14. Provar.

15. Conhecer.

verbo pronominal

16. Olhar-se.

17. Encontrar-se.

nome masculino

18. Parecer; juízo; opinião (ex.: no ver dele, isto é inadmissível).

19. O acto de ver.


a meu ver
Na minha opinião.

até mais ver
Fórmula de despedida usada quando se pensa ou espera voltar a ver a
(s): pessoa
(s): a quem é dirigida.
= ATÉ À VISTA, ATÉ MAIS

a ver vamos
Expressão usada para indicar que se espera ou se deve esperar pelo desenrolar dos acontecimentos.

ver-se e desejar-se
Estar muito aflito, muito embaraçado (ex.: o tenista viu-se e desejou-se para ganhar ao adversário).


Ver também a dúvida linguística: ter a ver com / ter a haver.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
ἀποκρίνομαι καί ἔπω ἐκεῖνος ἄνθρωπος λέγω Ἰησοῦς ποιέω πηλός ἐπιχρίω μοῦ ὀφθαλμός καί ἔπω μοί ὑπάγω εἰς κολυμβήθρα Σιλωάμ καί νίπτω δέ ἀπέρχομαι νίπτω ἀναβλέπω
João 9: 11 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Ele respondeu e disse: Um homem chamado Jesus fez lama, e ungiu os meus olhos, e disse-me: Vai ao tanque de Siloé, e lava-te. Tendo ido e me lavado, eu recebi a visão.
João 9: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Dezembro de 29
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G1565
ekeînos
ἐκεῖνος
duro, estéril, ríspido, frio
(solitary)
Adjetivo
G2025
epichríō
ἐπιχρίω
()
G2424
Iēsoûs
Ἰησοῦς
de Jesus
(of Jesus)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3004
légō
λέγω
terra seca, solo seco
(the dry land)
Substantivo
G308
anablépō
ἀναβλέπω
levantar os olhos, olhar para cima
(receive sight)
Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do plural
G3538
níptō
νίπτω
lavar
(wash)
Verbo - Médio imperativo aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) - 2ª pessoa do singular
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G3767
oûn
οὖν
portanto / por isso
(therefore)
Conjunção
G3788
ophthalmós
ὀφθαλμός
sucesso, habilidade, proveito
(and in equity)
Substantivo
G4081
pēlós
πηλός
barro, usado pelo oleiro
(clay)
Substantivo - acusativo masculino singular
G4160
poiéō
ποιέω
fazer
(did)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G444
ánthrōpos
ἄνθρωπος
homem
(man)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G4611
Silōám
Σιλωάμ
feito, obra
(of your deeds)
Substantivo
G5217
hypágō
ὑπάγω
conduzir sob, trazer
(Get you away)
Verbo - presente imperativo ativo - 2ª pessoa do singular
G565
apérchomai
ἀπέρχομαι
declaração, discurso, palavra
(to my speech)
Substantivo
G611
apokrínomai
ἀποκρίνομαι
respondendo
(answering)
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular


ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

ἐκεῖνος


(G1565)
ekeînos (ek-i'-nos)

1565 εκεινος ekeinos

de 1563; pron

  1. ele, ela, isto, etc.

ἐπιχρίω


(G2025)
epichríō (ep-ee-khree'-o)

2025 επιχριω epichrio

de 1909 e 5548; v

  1. untar, ungir

Ἰησοῦς


(G2424)
Iēsoûs (ee-ay-sooce')

2424 Ιησους Iesous

de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

Jesus = “Jeová é salvação”

Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

λέγω


(G3004)
légō (leg'-o)

3004 λεγω lego

palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

  1. dizer, falar
    1. afirmar sobre, manter
    2. ensinar
    3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
    4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
    5. chamar pelo nome, chamar, nomear
    6. gritar, falar de, mencionar

ἀναβλέπω


(G308)
anablépō (an-ab-lep'-o)

308 αναβλεπω anablepo

de 303 e 991; v

  1. levantar os olhos, olhar para cima
  2. recuperar a visão (perdida)

νίπτω


(G3538)
níptō (nip'-to)

3538 νιπτω nipto

limpar (especialmente as mãos ou os pés ou o rosto); TDNT - 4:946,635; v

lavar

lavar-se



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

οὖν


(G3767)
oûn (oon)

3767 ουν oun

aparentemente, palavra raiz; partícula

  1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

ὀφθαλμός


(G3788)
ophthalmós (of-thal-mos')

3788 οφταλμος ophthalmos

de 3700; TDNT - 5:375,706; n m

olho

metáf. olhos da mente, faculdade de conhecer


πηλός


(G4081)
pēlós (pay-los')

4081 πηλος pelos

talvez palavra primária; TDNT - 6:118,838; n m

barro, usado pelo oleiro

lama (barro molhado)


ποιέω


(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)

4160 ποιεω poieo

aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

  1. fazer
    1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
    2. ser os autores de, a causa
    3. tornar pronto, preparar
    4. produzir, dar, brotar
    5. adquirir, prover algo para si mesmo
    6. fazer algo a partir de alguma coisa
    7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
      1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
      2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
    8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
    9. levar alguém a fazer algo
      1. fazer alguém
    10. ser o autor de algo (causar, realizar)
  2. fazer
    1. agir corretamente, fazer bem
      1. efetuar, executar
    2. fazer algo a alguém
      1. fazer a alguém
    3. com designação de tempo: passar, gastar
    4. celebrar, observar
      1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
    5. cumprir: um promessa

Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


ἄνθρωπος


(G444)
ánthrōpos (anth'-ro-pos)

444 ανθρωπος anthropos

de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

  1. um ser humano, seja homem ou mulher
    1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
    2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
      1. de animais e plantas
      2. de Deus e Cristo
      3. dos anjos
    3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
    4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
    5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
    6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
    7. com referência ao sexo, um homem
  2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
  3. no plural, povo
  4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

Σιλωάμ


(G4611)
Silōám (sil-o-am')

4611 σιλωαμ Siloam

de origem hebraica 7975 שלח; n pr loc

Siloé = “enviado”

Tanque de Siloé, uma fonte de água em Jerusalém, também chamado Siloé em Is 8:6

Torre de Siloé: deve ter sido uma torre próxima ou sobre o Tanque de Siloé, que caiu, matando 18 homens. Provavelmente eles estavam se purificando. (Gill)


ὑπάγω


(G5217)
hypágō (hoop-ag'-o)

5217 υπαγω hupago

de 5259 e 71; TDNT - 8:504,1227; v

conduzir sob, trazer

retirar-se, ir embora, partir


ἀπέρχομαι


(G565)
apérchomai (ap-erkh'-om-ahee)

565 απερχομαι aperchomai

de 575 e 2064; TDNT - 2:675,257; v

  1. ir embora, partir
    1. partir a fim de seguir alguém, ir após ele, seguir seu partido, segui-lo como um líder
  2. passar, terminar, abandonar
    1. de deixar maldades e sofrimentos
    2. de coisas boas roubadas de alguém
    3. de um estado transitório das coisas

ἀποκρίνομαι


(G611)
apokrínomai (ap-ok-ree'-nom-ahee)

611 αποκρινομαι apokrinomai

de 575 e krino; TDNT - 3:944,*; v

  1. responder a uma questão proposta
  2. começar a falar numa situação onde algo já aconteceu (dito ou feito) e a cujo acontecimento a fala se refere