Enciclopédia de Atos 12:23-23

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 12: 23

Versão Versículo
ARA No mesmo instante, um anjo do Senhor o feriu, por ele não haver dado glória a Deus; e, comido de vermes, expirou.
ARC E no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus, e, comido de bichos, expirou.
TB No mesmo instante, um anjo do Senhor o feriu, por ele não haver dado glória a Deus; e, comido de vermes, expirou.
BGB παραχρῆμα δὲ ἐπάταξεν αὐτὸν ἄγγελος κυρίου ἀνθ’ ὧν οὐκ ἔδωκεν ⸀τὴν δόξαν τῷ θεῷ, καὶ γενόμενος σκωληκόβρωτος ἐξέψυξεν.
HD Imediatamente, um anjo do Senhor o feriu , por não haver dado a glória a Deus; e, sendo comido por vermes, expirou.
BKJ E imediatamente, o anjo do Senhor feriu-o, porque ele não deu glória a Deus; e ele foi comido pelos vermes, e rendeu o espírito.
LTT E, no mesmo instante, o feriu um anjo de o Senhor (porque ele não deu a glória a Deus) e, havendo ele sido comido de vermes, expirou.
BJ2 No mesmo instante, porém, feriu-o o Anjo do Senhor, pelo motivo de não haver dado glória a Deus. Assim, roído de vermes,[v] expirou.
VULG Confestim autem percussit eum angelus Domini, eo quod non dedisset honorem Deo : et consumptus a vermibus, expiravit.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 12:23

Êxodo 9:17 Tu ainda te levantas contra o meu povo, para não os deixar ir?
Êxodo 10:3 Assim, foram Moisés e Arão a Faraó e disseram-lhe: Assim diz o Senhor, o Deus dos hebreus: Até quando recusas humilhar-te diante de mim? Deixa ir o meu povo, para que me sirva.
Êxodo 12:12 E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor.
Êxodo 12:23 Porque o Senhor passará para ferir aos egípcios, porém, quando vir o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, o Senhor passará aquela porta e não deixará ao destruidor entrar em vossas casas para vos ferir.
Êxodo 12:29 E aconteceu, à meia-noite, que o Senhor feriu todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até ao primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais.
I Samuel 25:38 E aconteceu que, passados quase dez dias, feriu o Senhor a Nabal, e este morreu.
II Samuel 24:16 Estendendo, pois, o Anjo a sua mão sobre Jerusalém, para a destruir, o Senhor se arrependeu daquele mal; e disse ao Anjo que fazia a destruição entre o povo: Basta, agora retira a tua mão. E o Anjo do Senhor estava junto à eira de Araúna, o jebuseu.
II Reis 19:35 Sucedeu, pois, que naquela mesma noite, saiu o anjo do Senhor e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles; e, levantando-se pela manhã cedo, eis que todos eram corpos mortos.
I Crônicas 21:14 Mandou, pois, o Senhor a peste a Israel; e caíram de Israel setenta mil homens.
II Crônicas 21:18 E, depois de tudo isso, o Senhor o feriu nas suas entranhas com uma enfermidade incurável.
II Crônicas 32:21 Então, o Senhor enviou um anjo que destruiu todos os varões valentes, e os príncipes, e os chefes no arraial do rei da Assíria; e este tornou com vergonha de rosto à sua terra; e, entrando na casa de seu deus, os mesmos que descenderam dele o mataram ali à espada.
Jó 7:5 A minha carne se tem vestido de bichos e de torrões de pó; a minha pele está gretada e se fez abominável.
Jó 19:26 E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus.
Salmos 115:1 Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade.
Isaías 14:11 Já foi derribada no inferno a tua soberba, com o som dos teus alaúdes; os bichinhos, debaixo de ti, se estenderão, e os bichos te cobrirão.
Isaías 37:23 A quem afrontaste e de quem blasfemaste? E contra quem alçaste a voz e ergueste os olhos ao alto? Contra o Santo de Israel!
Isaías 51:8 Porque a traça os roerá como a uma veste, e o bicho os comerá como à lã; mas a minha justiça durará para sempre, e a minha salvação, de geração em geração.
Isaías 66:24 E sairão e verão os corpos mortos dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e serão um horror para toda a carne.
Ezequiel 28:2 Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor Jeová: Visto como se eleva o teu coração, e dizes: Eu sou Deus e sobre a cadeira de Deus me assento no meio dos mares (sendo tu homem e não Deus); e estimas o teu coração como se fora o coração de Deus,
Ezequiel 28:9 Dirás ainda diante daquele que te matar: Eu sou Deus? Mas tu és homem e não Deus na mão do que te traspassa.
Daniel 4:30 falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder e para glória da minha magnificência?
Daniel 5:18 Ó rei! Deus, o Altíssimo, deu a Nabucodonosor, teu pai, o reino, e a grandeza, e a glória, e a magnificência.
Marcos 9:43 E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga,
Lucas 12:47 E o servo que soube a vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites.
Atos 10:25 E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo e, prostrando-se a seus pés, o adorou.
Atos 14:14 Ouvindo, porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes e saltaram para o meio da multidão, clamando
II Tessalonicenses 2:4 o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 12 : 23
feriu
Lit. “bater, espancar; ferir, machucar”.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

HERODES, O GRANDE

40-4 a.C.
HERODES PASSA A SER REI
Dos últimos governantes da Judeia, o maior foi, sem dúvida, Herodes, o Grande, que não era judeu. Seu pai, Antipater, era idumeu, descendente dos edomitas do Antigo Testamento e sua mãe, Cipros, era árabe nabateia. Em 47 a.C,, os romano: nomearam Antipater governador da judeia. Ele, por sua vez, nomeou o filho, Herodes, prefeito Galiléia. Em 40 a.C., o Senado romano conferiu a Herodes o título de "rei dos judeus", mas para obter o poder correspondente ao título ele teve de lutar durante três anos contra o governante hasmoneu Antígono e sitar Jerusalém. Ao longo de todo o seu governo, Herodes foi um amigo e aliado leal de Roma.

MESTRE DE INTRIGAS
Herodes tomou Mariamne, neta do sacerdote exilado Hircano Il, como uma de sua dez esposas e, desse modo, procurou legitimar seu governo aos olhos dos judeus. Em 29 a.C., mandou assassinar Mariamne e iniciou uma erradicação sistemática da família hasmonéia. Em 7 a.C., ordenou que até seus dois filhos com Mariamne, Alexandre Aristobulo fossem mortos. Alguns dias antes de sua morte em 4 a.C., Herodes ordenou a execução de outro filho, Anupater. Referindo-se à proibição da lei judaica de comer carne de porco, o imperador romano Augusto comentou em tom de gracejo que era mais seguro ser um porco de Herodes do que ser seu filho!! Outras vítimas de Herodes foram o sumo sacerdote Aristóbulo III, afogado por ordem do rei na piscina em Jericó em 36 a.C.e o sumo sacerdote reempossado Hircano II, em 30 a.C. O GRANDE CONSTRUTOR O maior projeto de Herodes foi, sem dúvida, a reconstrução do templo de Jerusalém do qual trataremos em detalhes mais adiante. Desse templo, resta apenas o Muro das Lamentaçõe (muro ocidental), mas uma análise de vários outros projetos de Herodes mostra como sua construções eram grandiosas Na cidade chamada Torre de Estrato, no Mediterrâneo, Herodes construiu um porto com 36 m de profundidade, protegido por um quebra-mar de 60 m de largura. O maior porte artificial do Mediterrâneo recebeu o nome de Cesaréia, em homenagem a imperador romano. Blocos maciços com até 13,5 m de comprimento toram usados para fazer os oura-mares um canal foi criado especialmente para remover a areia do porto Esse local com uma área de 66 hectares conhecido hoje como Qisaya, possuía depósitos enormes, aquedutos, um hipódromo, um teatro e um anfiteatro, sendo que este último ainda não havia sido escavado quando da publicação desta obra. Herodes realizou várias obras em Samaria, antiga capital de Israel, o reino do norte. A cidade construída por ele na região recebeu o nome de Sebaste (Augusta) em homenagem ao imperador romano. O local, ainda conhecido como Sebaste nos dias de hoje, possuía uma área de 64 hectares, com uma rua ladeada de colunas, um hipódromo e um teatro.
Em Hebrom, o rei construiu um monumento colossal aos patriarcas (Haram el-Khalil), cercado por um muro alto e ornamentado de forma simples, porém imponente com pilastras alternadas com rebaixamentos. A maior pedra dessa construção mede 7,5 m por 1,4 m.
Em Massada, um monte escarpado com vista para o mar Morto, construiu uma grande fortaleza, cercada com muros de 6 m de altura, 3,5 m de largura e 38 torres, cada uma com pelo menos 21 m de altura. Na extremidade norte, a única parte desse local que fica à sombra durante a maior parte do dia, Herodes mandou construiu um palácio de três andares, suspenso sobre um desfiladeiro.
Em Jericó, construiu um palácio de inverno com jardins ornamentais e duas fortalezas nas imediações: uma em Tell el-Akabe, com vista para o Wadi Qelt, e outra chamada Ciprus, em homenagem à sua mãe, com vista para a cidade. Outras fortalezas construídas por Herodes foram Hircânia (Khirbet Mird), 13 km a sudeste de Jerusalém, próxima ao mar Morto, e Maqueronte (el-Mekawer), uma construção espetacular do outro lado do mar Morto, na atual Jordânia.
De acordo com Josefo, João Batista foi decapitado na fortaleza de Maqueronte.
Por fim, convém mencionar o Herodium, atual Jebel Fureidis, uma fortaleza circular no alto de uma colina artificial que fica 11 km ao sul de Jerusalém. Ela demarca o local de uma batalha travada em 40 a.C, na qual Herodes rechaçou um ataque violento de opositores judeus. A fortaleza era cercada por dois muros concêntricos e para chegar até la era preciso subir duzentos degraus. Herodes foi sepultado no Herodium, mas o paradeiro de seus restos mortais ainda é um mistério.

HERODES, O PAGÃO
Sempre desejoso de obter o favor dos romanos, Herodes construiu templos para Roma e Augusto em Cesaréia e Sebaste. Restaurou o templo de Apolo Pítio em Rodes, consagrou aos deuses duas estátuas na Acrópole em Atenas e aceitou a presidência honorária dos Jogos Olímpicos em Olímpia, na Grécia. Graças às suas origens iduméias e ao fato de simpatizar com práticas pagãs e ter erradicado os hasmoneus, Herodes nunca obteve popularidade mais ampla entre os judeus.

A MORTE DE HERODES
Depois de uma enfermidade longa e dolorosa, talvez sífilis, Herodes morreu em Jericó em 4 de março de 4 a.C. Seu corpo foi levado em procissão por 40 km até o Herodium, local que ele havia preparado para seu sepultamento. O reino foi dividido entre os três filhos restantes: a Judeia e a Samaria ficaram com Arquelau; a Galileia e a região da Peréia, do outro lado do Jordão, ficaram com Herodes Antipas (também chamado de Herodes o Tetrarca) e os territórios do nordeste ficaram com Filipe.' Salomé, que era irmã de Herodes, também recebeu dois territórios menores.

Referências

Mateus 14:3-12

Marcos 6:17-29

Mateus 2:22

Lucas 3:1

O Herodium (Jebel Fureidis), local onde Herodes, o Grande, foi sepultado.
O Herodium (Jebel Fureidis), local onde Herodes, o Grande, foi sepultado.
territórios governados por Herodes, o Grande Depois da morte de Herodes, seu reino foi dividido entre seus filhos. Dois territórios pequenos foram deixados para sua irmã, Salomé.
territórios governados por Herodes, o Grande Depois da morte de Herodes, seu reino foi dividido entre seus filhos. Dois territórios pequenos foram deixados para sua irmã, Salomé.
Moeda de Herodes, o Grande.
Moeda de Herodes, o Grande.
Em Cesaréia, Herodes construiu o maior porto artificial do mar Mediterrâneo. Uma parte dessa obra pode ser vista ainda nos dias de hoje.
Em Cesaréia, Herodes construiu o maior porto artificial do mar Mediterrâneo. Uma parte dessa obra pode ser vista ainda nos dias de hoje.

HERODES, O GRANDE, RECONSTRÓI O TEMPLO

19-4 a.C.
AS MOTIVAÇÕES DE HERODES
Na esperança de conquistar o favor dos judeus, Herodes anunciou que reconstruiria o templo do Senhor em Jerusalém, construído por Zorobabel entre 520 e 516 a.C. Esse anúncio foi feito no décimo oitavo ano do seu reinado.' Caso se calcule o tempo do reinado de Herodes a partir do momento em que ele tomou posse de Jerusalém, em 37 a.C., a data desse anúncio é 19 a.C. A declaração não foi bem recebida por todos, pois alguns temiam que ele destruiria o templo antigo e não construiria outro em seu lugar. Para tranquilizar a população, Herodes publicou todos os planos para a construção antes de começar a demolir o templo antigo. Usaria a mesma pedra branca empregada por Salomão no primeiro templo. As pedras foram transportadas até o local em mil carroções. O trabalho foi dificultado pela necessidade de continuar com os cultos e sacrifícios e pela norma segunda a qual somente sacerdotes podiam entrar no templo. Herodes contratou dez mil operários especializados e mandou treinar mil sacerdotes para trabalhar com pedras de modo que pudessem construir o edifício sagrado. Os sacerdotes treinados construíram a parte interna do novo templo em dezoito meses, mas as obras ainda estavam em andamento no tempo de Jesus, daí o comentário dos judeus "Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário" (João 2.20). Os pátios foram concluídos em 63 d.C. Sete anos depois, o templo foi destruído pelos romanos.

O COMPLEXO DO TEMPLO
O templo e suas construções anexas formavam um retângulo irregular. O muro oriental tinha 470 m de extensão, enquanto o muro ocidental se estendia por 485 m. O muro do norte media 315 m. e o do sul, 280 m. Essa enorme área, cinco vezes maior do que a da Acrópole em Atenas, e representada hoje pela grande plataforma retangular de Haram esh-Sharif, era rodeada por uma grande muralha externa. Os catorze segmentos inferiores do lado ocidental ainda podem ser vistos nos dias de hoje e formam o assim chamado Muro das Lamentações.
O comprimento de seus blocos varia de 1,25 m a 3 m e cada bloco pesa, no mínimo, 2 toneladas. Túneis subterrâneos revelaram pedras com até 12 m de comprimento, 3 m de altura e 4 m de espessura, com um peso estimado de 400 toneladas. Não é de admirar que, segundo o registro bíblico, um dos discípulos de Jesus tenha exclamado para ele: "Mestre! Que pedras, que construções! (Mc 13:16).
Do lado ocidental encontram-se os restos de dois viadutos, chamados de arcos de Wilson e Robinson. Na extremidade sudeste ficava o "pináculo do templo". De acordo com os Evangelhos, Jesus foi tentado a atirar-se do pináculo, o que representaria uma queda de 130 m até o fundo do vale do Cedrom.? Eusébio, o historiador da igreja antiga, relata que Tiago, o irmão de Jesus, foi morto ao ser atirado desse local abaixo. Havia uma canalização subterrânea que despejava o sangue dos sacrifícios no vale do Cedrom. Parte dela ainda pode ser vista no muro do sul.

PORTAS E COLUNATAS
Nove portas revestidas de ouro conduziam ao interior do complexo. Do lado oriental, ficava a Porta Dourada ou Porta de Susã, pela qual se supõe que Jesus realizou sua entrada triunfal em Jerusalém. Dentro do pátio havia um pórtico de colunas coríntias. Cada coluna desse pórtico media 11,5 m de altura e havia sido cortada de um bloco maciço de mármore branco. Essa colunata se estendia pelos quatro lados, por cerca de 1.200 m. Do lado oriental, era chamada de "Pórtico de Salomão". Do lado sul, havia um pórtico triplo, constituído de 162 colunas, que era chamado de Pórtico Real. Nesse local estavam instalados os cambistas e aqueles que vendiam animas para os sacrifícios. Dali foram expulsos por Jesus em duas ocasiões durante seu ministério. As colunas ladeavam o Pátio dos Gentios que ocupava uma área de aproximadamente 14 hectares, quase duas vezes maior que o pátio do templo de Zorobabel.

INSCRIÇÕES DO TEMPLO
Uma inscrição curta em hebraico: "À casa do toque das trombetas" encontrada na extremidade sudoeste indica que as trombetas eram tocadas nesse local para anunciar o início e o final do sábado. Uma balaustrada de pedra com 1,3 m de altura marcava o final do Pátio dos Gentios. Somente judeus podiam passar daquele ponto e entrar no templo. Em 1871, foi encontrada uma inscrição proibindo indivíduos que não fossem judeus de entrar nos pátios internos. A inscrição, hoje no Museu Arqueológico de Istambul, diz: "Nenhum estrangeiro deve ir além da balaustrada e do muro ao redor do lugar santo; quem for pego responderá por si mesmo, pois a pena é é a morte". Parte de uma cópia dessa inscrição, com letras pintadas em vermelho para maior destaque, foi encontrada em 1936.

OS PÁTIOS 1NTERNOS
O primeiro pátio interno era o Pátio das Mulheres, no qual se entrava passando por uma porta de bronze, provavelmente a Porta Formosa mencionada em Atos 3:2. Oito dias depois de seu nascimento, Jesus foi apresentado no Pátio das Mulheres.* Numa das laterais desse pátio ficavam treze recipientes em forma de trombeta onde eram colocadas as ofertas em dinheiro. Somente os homens judeus podiam entrar no pátio seguinte, o Pátio de Israel, que dava para o Pátio dos Sacerdotes. Neste, diante do santuário, ficava o altar dos sacrifícios ao qual se tinha acesso por uma rampa. Acreditava-se que era o local onde Abraão havia começado a cumprir a ordem divina de sacrificar seu filho Isaque e onde Davi havia construído um altar ao Senhor na eira do jebuseu Araúna." Esse lugar faz parte, hoje, da mesquita do Domo da Rocha.

O SANTUÁRIO
Doze degraus conduziam ao santuário propriamente dito, uma estrutura com 45 m de altura e paredes brancas e espessas revestidas com placas de ouro. O telhado também era coberto de ouro e possuía hastes pontiagudas de ouro espalhadas em sua superfície para espantar os pássaros. Como no templo de Salomão, a primeira câmara era um pórtico. Portas gigantescas com incrustações de metais preciosos davam para o Lugar Santo. Acima das portas havia uma grande escultura de uma vinha de ouro com cachos do tamanho de uma pessoa, simbolizando o triunfo de Israel. O santuário era ladeado por três andares de depósitos. No Lugar Santo ficavam a mesa com os pães da proposição, o menorá (candelabro de sete hastes) e o altar de incenso. Uma cortina grossa que foi rasgada ao meio quando Jesus morreu separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo (o Santo dos Santos) onde o sacerdote entrava uma vez por ano no dia da expiação. O Lugar Santíssimo não abrigava mais a arca da aliança, que talvez tenha sido destruída quando Nabucodonosor saqueou Jerusalém em 586 a.C.Como o general romano Pompeu pôde verificar, o Lugar Santíssimo estava vazio.

 

Referências

Mateus 4:5

Lucas 4:9

Lucas 2:21-38

Marcos 12:41-42

Lucas 21:1-2

Gênesis 22:2-13

II Samuel 24:18-25

Mateus 27:51

Marcos 15:38

Lucas 23:45

Inscrição em grego proíbe a entrada de gentios nos pátios internos do Templo em Jerusalém.
Inscrição em grego proíbe a entrada de gentios nos pátios internos do Templo em Jerusalém.
Reconstituição do templo de Herodes
Reconstituição do templo de Herodes
Templo construído por Heródes
Templo construído por Heródes

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Israel nos dias de Jesus

Informações no mapa

Sídon

ABILENE

Damasco

Sarefá

Mte. Hermom

FENÍCIA

Tiro

Cesareia de Filipe

ITUREIA

TRACONITES

Ptolemaida (Aco)

GALILEIA

Corazim

Betsaida

Cafarnaum

Caná

Magadã

Mar da Galileia

Gergesa

Rafana

Séforis

Tiberíades

Hipos

Diom

Nazaré

GADARA

Abila

Dor

Naim

Gadara

DECÁPOLIS

Cesareia

Citópolis (Bete-Seã)

Betânia do outro lado do Jordão ?

Pela

SAMARIA

Enom

Salim

Sebaste (Samaria)

Gerasa

Sicar

Mte. Gerizim

Poço de Jacó

Antipátride (Afeque)

PEREIA

Jope

Planície de Sarom

Arimateia

Lida (Lode)

Efraim

Rio Jordão

Filadélfia (Rabá)

Jâmnia (Jabné)

Ramá

Jericó

Emaús

Jerusalém

Betfagé

Asdode, Azoto

Belém

Betânia

Qumran

Asquelom (Ascalom)

JUDEIA

Herodium

Gaza

Hebrom

Deserto da Judeia

Mar Salgado (Mar Morto)

Macaeros

IDUMEIA

Massada

Berseba

NABATEIA

ARÁBIA

Informações no mapa

Região governada por Herodes Arquelau, depois pelo governador romano Pôncio Pilatos

Região governada por Herodes Antipas

Região governada por Filipe

Cidades de Decápolis


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
F. TESTEMUNHAS PERSEGUIDAS, Atos 12:1-25

1. Pedro É Aprisionado (12:1-5)

Sem dúvida, Pedro é o personagem central dos primeiros doze capítulos do livro de Atos, assim como Paulo o é nos capítulos 13:28. Foi Pedro quem realizou a escolha do décimo segundo apóstolo para ocupar o lugar de Judas 1scariotes (Atos
1) ; pregou no Dia de Pentecostes, quando três mil pessoas se converteram (Atos
2) ; curou o coxo e fez outro sermão (Atos
3) ; dirigiu-se ao Sinédrio (Atos
4) ; desmascarou Ananias e Safira, e agiu como um advogado de defesa perante o Sinédrio (Atos 5). Então, Estêvão tornou-se o personagem central (Atos 6;7), seguido por Filipe (Atos 8). Depois da conversão de Saulo, Pedro novamente vem para o primeiro plano, desta vez em Lida e Jope (Atos 9). A seguir, vem a história da pregação de Pedro aos gentios na casa de Cornélio (Atos
10) e a sua justificativa daquela ação (Atos 11). Finalmente, temos o relato da prisão e da libertação de Pedro (Atos 12). Durante os primeiros quinze anos da história da Igreja (30 a 45 d.C.), Pedro foi a figura dominante. Durante os vinte anos seguintes (45-65 d.C.), Paulo foi o grande líder da evangelização no Império Romano.

A perseguição à Igreja teve início quase que imediatamente depois de Pentecostes. Pedro tinha curado um homem coxo junto à Porta Formosa do Templo, e uma grande multidão tinha testemunhado os resultados. Quando aquele que tinha operado o milagre aproveitou a multidão reunida para pregar a respeito de Jesus, os sacerdotes do Templo o levaram preso (Atos 4). Libertado, em breve ele foi aprisionado novamente, com outros apóstolos (Atos 5). Estêvão foi a próxima vítima, só que desta vez houve uma morte (Atos 7). Este martírio deu início a uma onda violenta de perseguições aos crentes de Jerusa-lém (cap. 8). Saulo tentou levar a sua perseguição à igreja que estava em outros lugares, mas ele mesmo se tornou um prisioneiro do Senhor na estrada para Damasco. Agora, Herodes começa o trabalho sangrento de liquidar os líderes da igreja (Atos 12).

Ele é chamado o rei Herodes (1). Este era Herodes Agripa I. Ele só é mencionado (no NT) neste capítulo. Era neto de Herodes, o Grande, e sobrinho de Herodes Antipas, aquele que matou João Batista.

Com a morte de Herodes, o Grande, em 4 a.C., seu filho Antipas tornou-se tetrarca da Galiléia e Peréia, governando até 39 d.C. Outro filho, Arquelau, tornou-se etnarca da Judéia (incluindo Samaria e Iduméia), mas foi chamado de volta a Roma em 6 d.C. e deposto. Durante um período de 35 anos, a Judéia foi governada por sete diferentes procuradores (governadores romanos), dos quais o mais conhecido foi Pôncio Pilatos (26-36 d.C.).
Finalmente, por apenas três anos (41-44 d.C.), toda a Palestina foi governada por Herodes Agripa I; o país assim estava unido pela primeira vez desde a morte de Herodes, o Grande, em 4 a.C. Agripa estava decidido a permanecer nas boas graças dos seus súditos judeus — um fato que levou à perseguição dos cristãos. Sobre ele, Josefo diz: "Ele adora-va viver permanentemente em Jerusalém, e era cuidadoso na observância das leis do seu país. Portanto, ele se conservava puro e nenhum dia se passava sem que oferecesse os seus sacrifícios"."

A expressão Por aquele mesmo tempo (1) refere-se aos últimos acontecimentos descritos no capítulo 11. Herodes Agripa empenhou-se para maltratar — lit., "afligir"' — alguns membros da igreja. A primeira coisa que ele fez foi executar Tiago, irmão de João (2). Estes dois filhos de Zebedeu tinham pedido os lugares de maior honra, ao lado de Jesus. A resposta do Messias foi: "Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu hei de beber e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado?... Na verdade bebereis o meu cálice [sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado]" (Mt 20:22-23). Agora esta profecia, no que diz respeito a Tiago, estava cumprida. Os sofri-mentos de João provavelmente se estenderam por um período de alguns anos. Não há suporte histórico suficiente para a lenda de que João tenha sido martirizado ao mesmo tempo que Tiago. Alexander comenta: "E notável que, até onde sabemos, um desses inseparáveis irmãos tenha sido o primeiro dos apóstolos a morrer, e o outro, o último".' Embora nada tenha sido dito no livro de Atos sobre qualquer atividade de Tiago, o fato de que ele foi o primeiro dos doze apóstolos a ser martirizado sugere que ele era reconhecido como um destacado líder da igreja. Homens neutros e passivos não são perseguidos. Sem dúvida, o fato de Jesus ter escolhido este homem como um membro de seu círculo mais íntimo, composto por três discípulos — que participaram com o Mestre dos episódios da ressurreição da filha de Jairo, do monte da transfiguração e do jardim do Getsêmani — fizeram com que ele fosse considerado em alta estima pelos primeiros crentes em Jerusalém.

Quando Herodes Agripa viu que a execução de Tiago agradara aos judeus, conti-nuou, mandando prender também a Pedro (3). Ele pode ter sabido do papel predo-minante que este apóstolo desempenhou nos anos anteriores do novo movimento. Executá-lo seria desfechar um forte golpe contra a Igreja de Jesus Cristo.

Assim, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados (4) — dezesseis homens. Os romanos dividiam a noite em quatro turnos de vigília de três horas cada. Para cada um desses turnos, um grupo de quatro homens encarregava-se do prisioneiro. A mesma coisa acontecia durante o dia. A freqüente troca da guarda tinha a finalidade de garantir que ninguém dormisse em serviço.

O rei planejava tirar Pedro da prisão para executá-lo publicamente depois da Pás-coa. Esta tradução é um estranho anacronismo. A expressão grega é to pascha. Alexander observa: "Não existe uma razão por que não pudesse ser traduzida, aqui, como em todas as outras passagens onde aparece, como o seu equivalente exato, Páscoa (significando a Páscoa dos judeus) "."

Uma vez que, no seu sentido restrito, os sete dias da Festa dos Pães Asmos seguiam o dia da Páscoa (Êx 12:3-19), alguns criticaram o relato por dizer: E eram os dias dos asmos (3) e mais tarde afirmar que Herodes planejava apresentar Pedro para a execução pública "depois da Páscoa" (4). A solução simples para o problema está no fato de que as duas expressões — "pães asmos" e "páscoa" — eram aplicadas livremente a todo o período de oito dias. O fato de ambas serem usadas alternadamente nesta época é plenamente confirmado por Josefo." Lucas identifica as duas no seu Evangelho (Lc 22:1) e é comple-tamente razoável supor que ele também o faça aqui. Assim, a passagem significaria que, durante o período geral dos pães asmos, Herodes prendeu Pedro e encerrou-o na prisão, com a intenção de apresentá-lo justamente no final da festa, quando a grande multidão da Páscoa aclamaria Herodes pelo seu zelo pela Lei, ao executar um líder "herege".

Assim Pedro... era guardado na prisão (5) ; mas a igreja fazia contínua -uma única palavra que significa "fervorosa" (ASV) — oração por ele a Deus.

2. Pedro É Libertado (Atos 12:6-11)

Finalmente, no dia seguinte, Herodes ia fazê-lo comparecer (6) — lit., "apresentar diante". Mas nesta mesma noite — exatamente na "última hora" — Deus interveio em resposta às orações.

Estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão. Isto indica como ficavam posicionados os quatro soldados de cada "quaterno" (4). Dois deles ficavam acorrentados ao prisioneiro, um de cada lado. Os outros dois ficavam no posto de sentinelas. Lake e Cadbury comentam: "O costume de atar um prisioneiro a um soldado é mencionado por Sêneca"." Pedro tinha escapado da prisão uma vez, quando os principais dos sacerdotes o aprisionaram (5,19) e Herodes Agripa não queria correr o mesmo risco desta vez.

De repente, algo mudou a situação. Eis que sobreveio o anjo — ou "um anjo" -do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão (7). O anjo tocou o lado de Pedro e lhe disse que se levantasse depressa. Quando ele o fez, caíram-lhe das mãos as cadeias.

Como a palavra grega angelos significa "mensageiro", alguns argumentaram que foi um mensageiro humano que libertou Pedro. Mas todo o teor da narrativa é contrário a esta interpretação. A expressão anjo do Senhor é exatamente a mesma de Lucas 2:9, onde o significado é claramente o de um visitante celestial (cf. Atos 5:19-8.26). Além disso, a afirmação de que uma luz resplandeceu na prisão tem correspondência em Lucas 2:9 -"Um anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor". Em terceiro lugar, um mensageiro humano não poderia tê-lo libertado das correntes que o prendiam a um guarda de cada lado.

Pedro recebeu a ordem de vestir-se imediatamente e atar as suas sandálias (8). Deus não faz por nós o que podemos fazer por nós mesmos. Em seguida, o anjo disse ao prisioneiro libertado para colocar nas costas a sua capa (manto exterior) e segui-lo. Pedro obedeceu, ainda confuso. Ele pensou que estivesse tendo uma visão (9). Não parecia ser possível que isto pudesse ser verdade.

Eles passaram a primeira e a segunda guarda (10) — provavelmente as duas sentinelas que estavam de vigia, além dos dois a quem Pedro estava acorrentado. Final-mente, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade, ou seja, a porta externa da prisão. Ela se lhes abriu por si mesma — uma palavra em grego, automate; ou seja, automaticamente. A mesma palavra aparece (no NT) somente em Mac 4.28.

Percorreram uma rua sugere que a prisão estava situada dentro da cidade, e que eles seguiram por uma rua depois de uma intersecção. Neste ponto, já estariam a uma distância segura da prisão. Talvez Pedro estivesse preso na Torre de Antônia, ao norte da área do Templo (ver o mapa 2). Quando já estavam longe da prisão, o anjo se apartou deles. A sua maravilhosa intervenção já não era mais necessária. Pedro agora podia continuar sozinho. É fanatismo esperar que Deus faça por nós o que nós mesmos pode-mos fazer.

Pedro, tornando a si (11) significa, lit., "voltando a si". Ele tinha estado de alguma maneira fora de si, em êxtase. Agora, estava plenamente consciente do local onde estava. Ele reconheceu que foi o Senhor que, por meio do seu anjo, o tinha libertado da mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava. Os líderes judeus sem dúvida ti-nham suposto que a sua morte era certa.

3. O Relato de Pedro (Atos 12:12-17)

E, considerando ele nisso (12) é uma única palavra em grego, synidon (encontra-da somente aqui e em 14.6), que significa "ver a visão completa...compreender, enten-der".92 Aqui, ela indica o momento em que ele "tinha pensado sobre todas as circunstân-cias e decidido qual seria a melhor coisa a fazer"." Tendo tomado a sua decisão, ele foi até a casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos. João era um nome judeu comum; Marcos, um nome romano (cf. Marco Aurélio). Esta é a primeira das quatro vezes em que Marcos é mencionado pelo nome no livro de Atos; é provável que ele tenha sido o jovem que fugiu do jardim do Getsêmani (Mac 14:51-52).

Na casa da mãe de João Marcos, muitos estavam reunidos e oravam. A implicação é que o pai de Marcos já tivesse morrido, mas que a sua mãe possuía uma casa suficiente-mente grande para servir como lugar de reunião para uma congregação cristã em Jeru-salém. Também é perfeitamente possível que o grande cenáculo desta casa (um amplo piso superior para convidados) tenha sido o local onde a última Ceia foi celebrada, e onde aconteceu o Pentecostes.

Batendo Pedro à porta do pátio (13) — a porta exterior que dava para a rua -uma menina chamada Rode — "Rosa" em grego" — saiu a escutar, i.e., ela deveria perguntar quem era e ter certeza de que era um amigo antes de abrir a porta àquela hora da noite. Sem dúvida, os cristãos de Jerusalém tinham ficado cautelosos durante a época em que Saulo estava "entrando pelas casas" para prender os seguidores de Jesus (8.3). Agora que Herodes Agripa iniciara outro período de perseguição, eles deveriam ficar precavidos novamente.

Quando Pedro respondeu, Rode reconheceu a sua voz (14). Ela ficou tão contente que de alegria não abriu a porta, mas, correndo para dentro, anunciou que o próprio Pedro estava à porta. A reação dos discípulos que estavam orando foi: Estás fora de ti (15) — perdeste a razão. Quando ela insistiu que Pedro realmente estava ali, eles disse-ram: É o seu anjo. Lumby Observa: "A crença judaica era a de que cada homem tinha um anjo da guarda que lhe era designado"." Alguns pensam que o próprio Senhor Jesus parecia refletir esta opinião (Mt 18:10). Gloag também afirma: "Esta noção, de que cada indivíduo tem o seu anjo da guarda, foi fortemente sustentada pelos primeiros patriar-cas"." Ele prossegue, no entanto, afirmando que "a palavra do nosso Salvador pode ter sido interpretada como referindo-se aos anjos em geral, e não que um anjo da guarda em especial esteja ligado a cada indivíduo"."

Enquanto isso, Pedro perseverava em bater (16). Quando as pessoas que esta-vam no interior finalmente abriram a porta e viram que era realmente ele, se espanta-ram. Onde estava a sua fé? Certamente parece que elas não esperavam que o Senhor atendesse às suas orações. Mas os cristãos do século XXI algumas vezes ficam igualmen-te surpresos quando os seus pedidos são concedidos.

Pedro acenou com a mão àquelas pessoas que estavam tão animadas — e talvez perigosamente barulhentas — para que se calassem (17). Esta é uma única pala-vra no texto grego, sigan, que significa "fazer silêncio". O tempo era precioso. Pedro contou — lit., "expôs" o assunto — como o Senhor o libertara da prisão. Ele concluiu com esta frase: Anunciai — uma única palavra, "contar" — isto a Tiago e aos irmãos. Este Tiago não era o filho de Zebedeu, que tinha sido morto recentemente (2). Evidentemente, era aquele que Paulo identifica como "Tiago, o irmão do Senhor" (Gl 1:19). Este é o Tiago que agiu como moderador no Concílio de Jerusalém (Atos 15:13--21) e que era evidentemente considerado o principal pastor da igreja de Jerusalém (cf. Atos 21:18). Esta passagem parece deixar esta posição implícita. Não fica claro se irmãos se refere aos líderes da igreja ou simplesmente a outros membros da igreja, não presentes na casa de Maria. Parece óbvio que tanto o "pastor como o povo" deve-riam ser informados da libertação de Pedro.

Então Pedro, saindo, partiu para outro lugar. Não se sabe aonde ele foi. Quaisquer sugestões seriam uma completa especulação. Mas era completamente necessário que o prisioneiro libertado fosse se esconder. Tudo o que sabemos é que ele aparentemente deixou a cidade.

  • Os Guardas da Prisão São Executados (Atos 12:18-19)
  • Sendo já dia (trad. literal), houve não pouco alvoroço — "agitação" ou "turbu-lência" — entre os soldados sobre o que seria feito de Pedro (18). Havia motivos para que estes guardas estivessem preocupados, como mostra o versículo seguinte.

    Herodes procurou Pedro e o não achou (19). Conseqüentemente, fez inquirição — o verbo indica uma investigação judicial (cf. 4,9) — aos guardas — que o estavam vigiando — e mandou-os justiçar. Tudo isto é uma única palavra em grego, e significa literalmente "ser levado", ou seja, "ser encaminhado à execução". Lake e Cadbury escre-vem: "De acordo com o Código de Justiniano, que sem dúvida representa os costumes romanos, um guarda que permitisse que um prisioneiro escapasse estaria sujeito à mes-ma penalidade que o prisioneiro teria cumprido"."

    Então Herodes — talvez desgostoso e preocupado —, partindo da Judéia para Cesaréia, ficou ali. Esta cidade era a sede do governo romano na Palestina.

  • O Perseguidor É Punido (12:20-23)
  • Herodes estava irritado (20) — uma palavra forte e rara que significa "ter uma discussão acalorada"" — com o povo de Tiro e Sidom, as duas principais cidades da antiga Fenícia (o Líbano moderno, ver o mapa 1). Josefo nos conta como Herodes Agripa construiu belos edifícios em Berytus99 ou Beirute (a atual capital do Líbano). Esta cida-de fica poucos quilômetros ao norte de Tiro e Sidom. Pode ser que a supremacia comer-cial das duas cidades estivesse em perigo pelo favor que Herodes estava mostrando à nova cidade.

    Tiro e Sidom vieram de comum acordo — em uma missão comum. Tendo assegu-rado a ajuda amistosa de Blasto, que era o camarista do rei — aquele que estava encarregado dos seus aposentos íntimos, e, conseqüentemente, muito íntimo de Herodes — pediam paz, i.e., o fim das disputas. A razão para a sua preocupação era porque o seu país se abastecia do país do rei. Isto pode ter dois significados. O primei-ro, que a Fenícia — um país estreito e montanhoso — era literalmente alimentada pelos grãos e pelas frutas da Galiléia. Em segundo lugar, Tiro e Sidom dependiam do comércio do território de Herodes para ajudar a manter a sua rota e navegação co-mercial em um elevado patamar. Por essa razão, se Beirute se tornasse uma cidade próspera, eles sofreriam.

    Num dia designado (21) é identificado por Josefo como um dia indicado para uma festa em que seriam feitos os votos pela segurança do imperador romano, e no qual Herodes Agripa "exibia espetáculos em honra a César".1" Ele vestia as vestes reais. Josefo é mais explícito, dizendo: "Ele vestiu um manto todo feito de prata, e de uma textura verdadeiramente deslumbrante, e chegou cedo ao teatro naquela manhã; quando a pra-ta da sua roupa se iluminou pelo reflexo dos raios do sol, brilhou de uma maneira surpre-endente, e era tão resplandecente que espalhava o horror àqueles que olhassem fixa-mente para ele".1"

    Assim vestido, Herodes Agripa estava assentado no tribunal e lhes dirigiu a pala-vra. Dominado pela sua aparência e pelas suas palavras, e ansioso por cair nas suas boas graças, o povo gritava: Voz de Deus, e não de homem! (22). Josefo confirma plenamen-te, dizendo: "E os seus aduladores gritavam... que ele era um deus, e acrescentavam 'seja misericordioso para conosco; pois embora o tenhamos reverenciado, até hoje, somente como um homem, de agora em diante o faremos como a alguém que é superior à natureza mortal"?' Este historiador judeu da época acrescenta que o rei "nem os repreendeu nem rejeitou esta bajulação herege".1'

    Herodes tinha assassinado Tiago e pretendido matar Pedro. A retribuição divina para isto, e a aceitação da adoração blasfema decretaram a sua morte. No mesmo instante, feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus; e, comido de bichos, expirou (23). Uma vez mais, Josefo está de acordo. Ele diz: "Uma dor aguda surgiu no seu ventre e começou de uma maneira muito violenta"?" Adicional-mente, ele registra que Herodes continuou sofrendo dores durante cinco dias, até que finalmente morreu."'

    6. O Progresso da Pregação (Atos 12:24-25)

    Apesar de todos os esforços de Satanás para impedir o trabalho da Igreja, a Palavra de Deus crescia e se multiplicava (24). Este é o terceiro progresso deste tipo registrado no livro de Atos (cf. Atos 6:7-9.31). Apesar da oposição, o trabalho progredia.

    Quando terminaram o seu ministério, Barnabé e Saulo voltaram de Jerusalém (25). Os dois manuscritos gregos mais antigos 5aticano e Sinai-tico, trazem a expressão "para Jerusalém", mas isto parece não fazer sentido. Os dois homens tinham ido a Jeru-salém levando o alívio para a fome (Atos 11:29-30). Seria de esperar que eles agora estivessem retornando a Antioquia. Além disso, a casa de João Marcos estava em Jerusalém. Seria natural que ele acompanhasse os homens mais velhos a Antioquia. No início do capítulo seguinte, encontramos estes três homens em Antioquia. Assim, apesar das dificuldades textuais, parece melhor aceitar de Jerusalém como a leitura correta.'" A expressão "para Jerusalém" pode ser um engano de algum escriba.'


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
    *

    12.3 agradável aos judeus... prendendo também a Pedro. O propósito soberano de Deus foi cumprido na vida de seus igualmente dedicados servos: neste tempo, Tiago morreu à espada, enquanto Pedro foi liberto da prisão.

    E eram os dias dos pães asmos. Com tantos judeus zelosos visitando a cidade para a festa, era um momento oportuno para fazer a prisão.

    * 12.7 um anjo do Senhor... uma luz iluminou. Um anjo era uma garantia da presença de Deus, e a luz provavelmente lembraria Pedro da glória do Senhor no Antigo Testamento (9.3; Êx 3:2; 13:22; 40:34)

    * 12.10 portão de ferro que dava para a cidade. A Torre de Antônia tinha uma entrada para os átrios do templo, ao sul, assim como outras entradas para a cidade.

    * 12.15,16 Os discípulos oravam fervorosamente a Deus (conforme 4.23,24) para proteger e livrar Pedro, mas então não conseguiram crer que o Senhor havia feito o que eles tinham pedido.

    *

    12.15 seu anjo. Eles pensaram que era o guardião angélico pessoal dele (Mt 18:10; Hb 1:14). O conceito popular era que tal guardião poderia assumir a aparência da pessoa humana protegida.

    * 12.19 justiçadas. De acordo com a lei romana, se um prisioneiro escapava, o guarda era passível de ser punido como o prisioneiro teria sido (conforme 16.27,28).

    * 12.23 não haver dado glória a Deus. Em seu orgulho, ele aceitou para si próprio o louvor que pertence a Deus.

    comido de vermes. O historiador judeu Josefo (Antigüidades 19.334-350) registra que Herodes Agripa I sofreu dores no coração junto com dor em seu abdome e morreu depois de cinco dias. Herodes morreu em 44 d.C., o quarto ano de Cláudio César.

    *

    12.25 Barnabé e Saulo, cumprida a sua missão. Esta era a missão de trazer a oferta de Antioquia para aliviar a fome de Jerusalém (11.27-30).

    João... Marcos. Possivelmente o jovem que fugiu na noite da prisão de Jesus (Mc 14:51,52). Marcos, o escritor do segundo Evangelho (conforme 1Pe 5:13), acompanhou Paulo e Barnabé a Antioquia, e foi com eles na primeira viagem missionária (13,4) até a Perge da Panfília (13.13).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
    12:1 Este rei foi Herodes Agripa I, filho do Aristóbulo e neto do Herodes o Grande. Sua irmã foi Herodías, a responsável pela morte do João o Batista (veja-se Mc 6:17-28). Herodes Agripa I era em parte judeu. Os romanos o escolheram para que governasse grande parte da Palestina, incluindo os territórios da Galilea, Perea, Judea e Samaria. ficou contra os cristãos a fim de agradar aos líderes judeus, os que se opunham a eles, esperando que isto afiançasse sua posição. Agripa I morreu de repente em 44 D.C. (veja-se 12:20-23). Sua morte também a recorda o historiador Josefo.

    12:2 Jacóo e João foram dois dos doze discípulos originais que seguiram ao Jesus. Pediram ao Jesus que em seu reino os reconhecesse em forma especial (Mc 10:35-40). Jesus lhes disse que o reconhecimento em seu Reino freqüentemente significava sofrimento para a pessoa (beber da mesma taça; Mc 10:38-39). Jacóo e João sofreram realmente, Herodes executou ao Jacóo e João mais tarde foi ao exílio (veja-se Ap 1:9).

    12.2-12 por que Deus permitiu que Jacóo morrera e salvou milagrosamente ao Pedro? A vida está cheia de perguntas difíceis como esta. por que um menino tem impedimentos físicos enquanto outro é atleticamente dotado? por que a gente morre antes de usar seu potencial? Estas são perguntas que possivelmente não possamos responder nesta vida porque não vemos tudo o que Deus vê. O decidiu permitir o mal neste mundo por um tempo, mas confiemos em sua direção porque prometeu que um dia destruirá todo o mal. Enquanto isso, sabemos que Deus vai ajudar nos a usar o sofrimento de uma maneira que nos fortalezca e lhe glorifique. se desejar mais informação a respeito desta pergunta, vejam-nas notas a 1:1ss; 2:10; 3:23-26.

    12:3 Durante a Festa dos Pães sem Levedura, a festa de uma semana que seguia à Páscoa, prenderam o Pedro. Este foi um movimento estratégico porque havia mais judeus na cidade que o usual e Herodes podia impressionar a mais pessoas.

    12:5 O plano do Herodes era executar ao Pedro, mas os crentes oraram pela segurança do Pedro. A oração fervorosa da igreja influiu significativamente no êxito destes acontecimentos. A oração troca atitudes e sucessos. De maneira que ore freqüentemente e faça-o com confiança.

    12:7 Deus enviou a um anjo para que resgatasse ao Pedro. Os anjos são mensageiros de Deus. São seres divinos criados com poderes sobrenaturais e algumas vezes tomam aparência humana de maneira que possam lhe falar às pessoas. Os anjos não devem adorar-se porque não são divinos. Ao igual a nós, são servos de Deus.

    12:12 João Marcos escreveu o Evangelho do Marcos. A casa de sua mamãe era o bastante ampla para acomodar a muitos crentes. E uma habitação superior nesta casa possivelmente foi a que usou Jesus na Ultima Jantar com seus discípulos (Lc 22:8ss).

    12.13-15 Deus respondeu as orações do pequeno grupo de crentes enquanto ainda oravam. Mas quando a resposta chegou à porta, não acreditaram. Nós devemos ser gente de fé e acreditar que Deus responde as orações dos que procuram sua vontade. Quando você ora, cria que vai receber uma resposta, e quando a resposta venha, não se surpreenda, seja agradecido.

    HERODES AGRIPA I

    Para bem ou para mau, as famílias exercem uma influência duradoura e poderosa sobre os filhos. Os rasgos e qualidades acontecem com a próxima geração e freqüentemente os enganos e pecados dos pais se repetem nos filhos. Na Bíblia se mencionam quatro gerações da família do Herodes. Cada líder deixou sua marca malévola: Herodes o Grande matou aos meninos em Presépio; Herodes Antipas tomou parte no julgamento do Jesus e fez executar ao João o Batista; Herodes Agripa I assassinou ao apóstolo Jacóo e Herodes Agripa II foi um dos juizes do Paulo.

    Herodes Agripa I se relacionava muito bem com seus antepassados judeus. devido a que tinha uma avó judia de sangue real (Mariamne), a gente o aceitava a contra gosto. Em sua juventude, esteve temporalmente na prisão por ordem do imperador Tiberio, mas agora contava com a confiança de Roma e se levava bem com os imperadores Calígula e Claudio.

    Com o movimento cristão se criou uma oportunidade inesperada para que Herodes ganhasse um novo favor com os judeus. Na igreja se começaram a aceitar grande número de gentis. Muitos judeus toleravam este novo movimento como uma seita dentro do judaísmo, mas seu rápido crescimento os alarmou. A perseguição dos cristãos se avivou e nem sequer os apóstolos se livraram. Mataram ao Jacóo e encarceraram ao Pedro. Mas logo, Herodes cometeu um engano fatal. Durante uma visita a Cesarea, a gente o chamou deus e ele aceitou sua adoração. Imediatamente, Herodes teve que batalhar com uma dolorosa enfermidade e morreu no lapso de uma semana.

    Como seu avô, tio e filho, depois dele, Herodes Agripa I esteve perto da verdade, mas a perdeu. devido a que a religião era importante solo como um aspecto da política, não teve reverência nem escrúpulo para aceitar o louvor que solo a Deus corresponde. Seu engano é um dos mais comuns. No momento em que nos orgulhamos de nossas habilidades e nossos lucros, sem reconhecer que são um presente de Deus, repetimos o pecado do Herodes.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Negociador e administrador capaz

    -- As arrumou para manter boas relações com os judeus de sua região e com Roma

    Debilidades e enganos:

    -- Dispôs a morte do apóstolo Jacóo

    -- Encarcerou ao Pedro com planos de executá-lo

    -- Permitiu que a gente lhe rendesse adoração como a Deus

    Lições de sua vida:

    -- A sentença dos que optam estar contra Deus é o fracasso final

    -- Há um grande perigo em aceitar o louvor que solo a Deus pertence

    -- As características familiares podem influir nos filhos para bem ou para mau

    Dados gerais:

    -- Onde: Jerusalém

    -- Ocupação: Os romanos o nomearam rei dos judeus

    -- Familiares: Avô: Herodes o Grande. Pai: Aristóbulo. Tio: Herodes Antipas. Irmã: Herodías. Esposa: Cipros. Filho: Herodes Agripa II. Filhas: Berenice, Mariamne, Drusila

    -- Contemporâneos: Os imperadores Tiberio, Calígula e Claudio. Jacóo, Pedro, os apóstolos

    Versículo chave:

    "Ao momento um anjo do Senhor lhe feriu, por quanto não deu a glória a Deus; e expirou comido de vermes" (At 12:23).

    A história do Herodes Agripa se narra em At 12:1-23.

    Os enganos são professores eficazes. Suas conseqüências têm como virtude fazer que as lições sejam dolorosamente claras. Mas os que aprendem de seus enganos são candidatos a desenvolver a sabedoria. João Marcos foi um bom aprendiz que solo necessitou um pouco de tempo e estímulo.

    Marcos desejava fazer as coisas bem, mas tinha dificuldade em perseverar na tarefa. Em seu Evangelho, Marcos menciona a um jovem (talvez refiriéndose a ele mesmo) que apavorado fugiu nu quando prenderam o Jesus. Esta tendência a fugir reaparece mais tarde quando Paulo e Bernabé o levaram como ajudante em sua primeira viagem missionária. Em sua segunda parada, Marcos os deixou e retornou a Jerusalém. Esta foi uma decisão que Paulo não aceitou com facilidade. Na preparação da segunda viagem dois anos mais tarde, Bernabé voltou a sugerir que Marcos fora com eles como companheiro de viagem, mas Paulo o rechaçou de plano. Como resultado, a equipe se dividiu. Bernabé tomou ao Marcos com ele e Paulo escolheu ao Silas. Bernabé foi paciente com o Marcos e o jovem devolveu seu investimento. Paulo e Marcos mais tarde se uniram e o ancião apóstolo deveu ser um amigo muito próximo do jovem discípulo.

    Marcos foi um companheiro valioso para três líderes cristãos: Bernabé, Paulo e Pedro. O material do Evangelho do Marcos parece vir em sua maioria do Pedro. O papel do Marcos como um servidor ajudante lhe permitiu ser um observador. Uma e outra vez escutou ao Pedro narrar suas experiências dos anos passados junto ao Jesus e foi o primeiro em escrever a vida do Jesus.

    Bernabé jogou um papel importante na vida do Marcos. Esteve junto ao jovem apesar de seus enguiços, estimulando-o com muita paciência. Marcos nos desafia a aprender dos enganos e a apreciar a paciência de outros. Há um Bernabé em sua vida ao que precisa agradecer seu estímulo?

    Pontos fortes e lucros:

    -- Escreveu o Evangelho do Marcos

    -- O e sua mãe permitiram que usassem seu lar como um dos principais lugares de reunião dos cristãos em Jerusalém

    -- Persistiu apesar de seus enganos de juventude

    -- Ajudou e acompanhou em suas viagens a três dos maiores missionários

    Debilidades e enganos:

    -- Possivelmente foi o jovem anônimo descrito no Evangelho do Marcos que fugiu aterrorizado quando prenderam o Jesus

    -- Abandonou ao Paulo e ao Bernabé por razões desconhecidas durante sua primeira viagem missionária

    Lições de sua vida:

    -- A maturidade pessoal quase sempre se deve a uma combinação de tempo e enganos

    -- Os enganos pelo general não são tão importantes como o que aprendemos deles

    -- A vida eficaz não se mede principalmente pelo que obtemos, mas sim pelo que superamos para obtê-lo

    -- O estímulo pode trocar a vida de uma pessoa

    Dados gerais:

    -- Onde: Jerusalém

    -- Ocupações: Missionário em preparação, escritor de um Evangelho, companheiro de viagem

    -- Familiares: Mãe: María. Tio: Bernabé

    -- Contemporâneos: Paulo, Pedro, Timoteo, Lucas, Silas

    Versículo chave:

    "Só Lucas está comigo. Toma ao Marcos e lhe traga contigo, porque me é útil para o ministério" (Paulo ao escrever 2Tm 4:11).

    A história do João Marcos se narra em Feitos 12:23-13.13 15:36-39. Também se fala dele em Cl 4:10; 2Tm 4:11; Fm 1:24; 1Pe 5:13.

    12:17 Este Jacóo era irmão do Jesus, que chegou a ser líder na igreja de Jerusalém (15.13; Gl 1:19). O Jacóo que mataram (Gl 12:2) era o irmão do João, um dos doze discípulos originais.

    12:19 Sob a lei romana, se os guardas permitiam a fuga de um prisioneiro, submetiam-nos ao mesmo castigo do prisioneiro. A estes dezesseis guardas os sentenciaram a morte.

    12:19 Os judeus consideravam Jerusalém como seu capital, mas os romanos escolheram a Cesarea como seu centro de operações na Palestina. É aqui onde viveu Herodes Agripa I.

    12:20 As cidades costeiras de Tiro e Sidón eram independentes e se autogobernaban, mas economicamente dependiam da Judea (para sua localização veja o mapa na introdução a Feitos). Não sabemos por que Herodes discutiu com eles, mas agora delegados dessas cidades tratavam de apaziguá-lo através de seus servidores pessoais.

    12:23 Herodes teve uma morte horrível, com intensa dor; literalmente o comeram vivo, de dentro para fora, por vermes. O orgulho é um pecado muito sério e, neste caso, Deus decidiu castigá-lo imediatamente. Deus não sempre julga assim tudo pecado, mas julgará a todos (Hb_9:27). Aceite hoje o oferecimento de perdão de Cristo. Ninguém tem que esperar.

    12:25 João Marcos era sobrinho do Bernabé (Cl 4:10). María sua mãe, freqüentemente recebia em seu lar aos apóstolos (Cl 12:12), de modo que João Marcos possivelmente estava em contato com a maioria dos grandes homens e ensinos da igreja primitiva. Posteriormente se une ao Paulo e Bernabé em sua primeira viagem missionária, mas por razões desconhecidas, abandonou-os no meio da viagem. João Marcos recebeu críticas por abandonar a missão (Cl 15:37-39), mas escreveu o Evangelho do Marcos e mais tarde Paulo o reclamou como ajuda vital no crescimento da igreja primitiva (2Tm 4:11).


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
    XIV. DA PRIMEIRA IGREJA SECULAR PERSEGUIÇÃO (At 12:1)

    1 E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos para afligir alguns da igreja. 2 E ele matou Tiago, irmão de João com a espada. 3 E quando viu que isso agradava aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E aqueles eram os dias dos pães ázimos. 4 E quando ele o tinha levado, ele colocou-o na prisão, entregando-o a quatro grupos de quatro soldados para guardá-lo; pretendendo depois da Páscoa para apresentá-lo ao povo.

    A partir da prosperidade da obra Gentile em Antioquia (At 11:19 ), Lucas retorna no capítulo 12 para a igreja de Jerusalém, onde, pela terceira vez o lado cruel de perseguição organizada tinha caído sobre os discípulos. A primeira perseguição foi pelos saduceus e os príncipes dos sacerdotes (At 4:1 ); o segundo foi incitada pelos helenistas (At 6:9 ), embora executados pelo conselho judaico (At 7:1 ), e acompanhados pelos fariseus e helenistas com Saul como seu principal representante, até sua conversão (At 8:1 , At 9:29 ). Esta terceira perseguição veio pela mão de Herodes, o rei , embora, sem dúvida, foi incitado pelos anti-cristãos judeus. O próximo grande perseguição Christian estava por vir do governo oficial romano. Que esta perseguição ocorreu por volta da hora do alívio da fome Jerusalém (At 11:29 , At 11:30 ; At 12:1 ).

    Após a morte de Herodes Roma voltou o governo da Judéia a uma sucessão de sete procuradores, até a destruição de Jerusalém e do fim da vida nacional judaico na AD 70. Estes procuradores posteriores foram Fadus, AD 44-48; Alexander, AD 48; Cumano,AD 48-52; Felix, AD 52-60; Festus, AD 60-62; Albinus, AD 62-64; e Florus, AD 64-66. Depois de recusar a nomeá-lo rei da Judéia, AD 44, Cláudio fez, em AD 48, dar o filho de vinte e um anos de idade, de Herodes Agripa, o pequeno reino de Chalcis no Líbano. Em AD50 trocou isso por antigo reino de Filipe, e mais tarde Nero deu-lhe regiões da Galiléia e Julias em Perea. Sua capital era Cesaréia de Filipe e, embora ele manteve uma residência em Jerusalém, ele não tinha autoridade na Judéia. Foi esta Agripa II que ouviu a defesa de Paulo em Cesaréia (At 25:13 Matt.) -não Tiago, o menor, filho de Alfeu, foi a primeira vítima a cair. Os judeus, Clarke observa, tinha quatro métodos de execução: ou seja, apedrejamento, queima, decapitação com a espada, e estrangulamento . Crucificação foi adotado mais tarde, provavelmente a partir dos romanos. Decapitação com a espada era a punição (de acordo com o Talmud) para aquele que chamou o povo para um culto estranho. Isso provavelmente explica o veredicto contra Tiago e, portanto, indica que algo de sua influência. Ele teve a honra de ser o primeiro apóstolo a ser martirizados por Cristo. Não mais se sabe sobre o incidente. Herodes, evidentemente, procurou acabar com o novo movimento, eliminando Tiago e Pedro, a quem ele pensava ser os líderes do anel. Portanto, depois de decapitar Tiago e observando que melhorou sua posição com os judeus, como um governante estrangeiro, ele passou a prender e aprisionar firmemente Pedro, colocando-o sob uma guarda especial de dezesseis soldados, com a intenção de executá-lo publicamente depois da páscoa judaica.

    B. a libertação de Pedro (12: 5-11)

    Por que Deus permitiu que Tiago a ser executado enquanto Ele milagrosamente salvo Pedro do mesmo destino não se sabe ao certo. Esse martírio heróico de um apóstolo deveria ter fortalecido a fé da Igreja, bem como convenceu o descrente do valor real da Way Christian, parece mais provável. Possivelmente Tiago foi o melhor exemplo de Cristo de devoção, até a morte. Os filhos hebreus não reivindicou a imunidade da fornalha ardente, mas eles não declaram a sua devoção indiviso a Deus, até a morte, se necessário (Ez 3:16 ). Davi também não invocar imunidade de "vale da sombra da morte", mas ele alegou presença reconfortante de Jeová em que vale (Sl 23:4 ). De qualquer forma, por razões mais conhecidas a Deus, Ele permitiu que Tiago a ser martirizado e poupou Pedro para mais serviço.

    1. A oração da Igreja (At 12:5 )? Possivelmente necessária essa vantagem do inimigo para expulsá-los de volta a fervorosa e incessante oração para a libertação de Pedro da prisão e execução iminente. Que estes discípulos conheciam o poder da oração é evidente a partir de libertações anteriores de Pedro dos projetos assassinos do Sinédrio (At 4:1:. Sl 127:2b ). Talvez tenha sido a partir dessa experiência que Pedro escreveu mais tarde: "O Senhor sabe livrar [de resgate: Weymouth] os piedosos da tentação" (2Pe 2:9)

    7 E eis que um anjo do Senhor apareceu-lhe, e uma luz resplandeceu na prisão; e, tocando no lado de Pedro, o despertaram, dizendo: Levanta-te depressa. Então, as cadeias caíram-lhe das Mc 8:1 E o anjo disse-lhe: Cinge-te e calça as tuas sandálias. E assim o fez. E disse-lhe: Lança a tua capa, e segue-me. 9 E, saindo dali, seguiram; e ele não sabia que era real o que estava sendo feito pelo anjo, mas pensei que era uma visão. 10 E quando eles terem passado a primeira ea segunda sentinela, chegaram à porta de ferro, que dá para a cidade; qual se lhes abriu por si mesma; e eles foram para fora, e passaram uma rua; e logo o anjo se apartou dele.

    E eis que um anjo do Senhor apareceu-lhe . À medida que a hora para a execução se aproximava ea vitória parecia certa para os judeus que haviam instigado a prisão de Pedro e de execução previsto, e os discípulos, vendo nenhuma esperança de fuga de Pedro fora de Deus, foi então que o anjo do Senhor apareceu e as coisas começaram para acontecer. A glória da presença de Deus iluminou a célula de tinta preta em que Pedro foi preso. O anjo feriu levemente Pedro, despertando-o sem tanto como perturbar os guardas, tomando-o pela mão e levantou-o a seus pés, como as cadeias que o ligavam aos soldados caíram como silenciosamente para o chão como uma pena para uma almofada (v. At 12:7 ). O anjo, então, pediu a Pedro, em uma linguagem silenciosa, para cingir-se e segui-lo (v. At 12:8 ). Todo o procedimento parecia Pedro para ser bom demais para ser verdade, e ele pensou que fosse apenas uma ilusão ou sonho (v. At 12:9 ). Eles passaram a primeira e segunda guardas, mesmo sem despertar as suspeitas de que uma grande cadeia-break estava em andamento e, em seguida, vieram para o grande portão de ferro de fora da prisão, que, como um porta-olho elétrico, abriu automaticamente à medida que se aproximava. A partir daqui eles passaram para a rua aberta, onde o anjo deixou Pedro um homem livre. O que uma libertação milagrosa e glorioso! Quem, senão Deus poderia ter executado isso? Como totalmente são fúteis os esforços do homem para enganar a Deus!

    4. As considerações de Pedro (At 12:11 , 12a)

    11 E Pedro, tornando a si, disse ele. Agora eu sei de uma verdade, que o Senhor enviou o seu anjo, e me livrou da mão de Herodes e de toda a expectativa do povo dos judeus. 12 E quando ele tinha considerado a coisa , ele veio para o casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos;

    Os acontecimentos de sua libertação tinha sido tão rápida que levou Pedro um tempo para se orientar enquanto ele estava lá sozinho na rua escura de um homem livre.

    As circunstâncias da libertação de Pedro da prisão pode ser resumida da seguinte forma: ele estava consciente de que ele tinha a sua liberdade; ele ficou sozinho na rua; ele percebeu que ele deve ir para algum lugar; e pensou na possibilidade de o abrigo amigável da casa de Maria, onde os confortos da vida e gentis amigos iriam recebê-lo. Talvez ele tomou em muito mais do que o anterior como ele considerou a coisa . Quanto mais vemos muitas vezes depois de algum grande livramento do que fomos capazes de ver antes do livramento veio. Movimentos de emergência de Deus são muito rápidas para os homens, quer para seguir ou compreender plenamente pela reflexão.

    C. A diligência da Igreja (At 12:12 ). Sua casa espaçosa prevista a assembléia da igreja para o culto (v.At 12:12 , At 1:13) que sua casa foi a cena da Última Ceia e da localização do derrame Pentecostal.

    1. A preocupação da Igreja (At 12:12 -KJV).

    Surpresa 2. A Igreja (12: 13-15)

    13 E quando ele bateu à porta do portão, uma empregada veio atender, chamada Rode. 14 E, conhecendo a voz de Pedro, ela não abriu a porta para a alegria, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro estava à porta. 15 E disseram-lhe: Estás louca.Mas ela afirmava que assim era. E eles disseram: É o seu anjo.

    E eles disseram: É o seu anjo . Opinião comum entre os judeus considerou que os anjos da guarda geralmente previstas servos de Deus. No entanto, apenas duas vezes no Novo Testamento são os anjos da guarda pessoal especiais mencionados: a saber, neste caso e em Mt 4:11 . A crença popular permitiu que de vez em quando um anjo da guarda pode assumir sua aparência física e representá-lo. Esse parece ter sido o primeiro pensamento dos discípulos sobre a aparência de Pedro na casa de Maria. Na verdade, a moça estava convencido de que Pedro estava presente, mas os discípulos do primeiro julgado la louca e depois concluiu que o que ela viu foi o anjo de Pedro. Como humano foram esses primeiros discípulos a temer a acreditar que Deus havia respondido suas orações!

    3. Recompensa da Igreja (00:16 , 17)

    16 Mas Pedro perseverava em bater e, quando abriram, viram-no, e ficaram surpresos. 17 Mas ele, acenando-lhes com a mão para segurar a sua paz, anunciou-lhes como o Senhor o tirara da prisão. E ele disse: Anunciai isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo, partiu para outro lugar.

    Com espanto viu Pedro (v. At 12:16)

    18 Ora, assim que amanheceu, não houve grande alvoroço entre os soldados sobre o que foi feito de Pedro. 19 E, quando Herodes o procurou-o, e não o encontrou, ele examinou os guardas e ordenou que elas devem ser colocadas a morte. E desceu da Judéia para Cesaréia, e passaram lá.

    20 Agora, ele estava muito irritado contra os de Tiro e de Sidom; e eles vieram com um acordo com ele, e tendo feito Blastus camareiro do rei seu amigo, pediam paz, porquanto o seu país se abastecia do país do Ap 21:1 E sobre um dia conjunto Herodes, vestido de trajes reais, e sentou-se no trono, e fez uma oração para eles. 22 E o povo gritou, dizendo : A voz de um deus, e não de um homem. 23 E imediatamente um anjo do Senhor o feriu, porque não deu glória a Deus; e, comido de vermes, e entregou o espírito.

    24 Mas a palavra de Deus crescia e se multiplicava.

    25 E Barnabé e Saulo voltaram de Jerusalém, havendo eles cumprido seu ministério, levando consigo João, que tinha por sobrenome Marcos.

    Mais uma vez Deus outwitted Satanás e removeu o enredo cuidadosamente projetado para derrotar e destruir a igreja. Pedro conseguiu fugir. Só mais uma vez que ele está mencionado em Atos, que no capítulo 15 , onde cerca de seis anos mais tarde, ele estava presente no conselho da igreja geral realizada em Jerusalém, em AD 49 ou 50.

    Os guardas foram incapazes de dar uma explicação satisfatória da fuga do preso especial, e, conseqüentemente, sofreu execução. Herodes sofreu uma morte horrível, como o julgamento divino, em Cesaréia consequente sobre a sua assunção de uma prerrogativa divina.

    Na sequência destes acontecimentos a palavra de Deus crescia e se multiplicava (v. At 12:24 ). A prosperidade e progresso da igreja tem a certeza quando ela descobre suas vitórias através da fé em sua cabeça glorificado, Cristo. (Para saber o significado de v. At 12:25 , ver nota exegética por Ralph Earle em Carter e Earle, A Commentary Evangélica , "At", pp. 171, 172.)


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
    Esse capítulo apresenta uma das últi-mas ocasiões em que Pedro ministra entre os crentes primitivos. No capí-tulo 13, Paulo assume o cenário, e, apenas no capítulo 15, encontramos Pedro de novo, quando ele dá seu testemunho (em apoio a Paulo). O capítulo 12 apresenta muitos pode-res distintos em operação.

  • O poder de Satanás (12:1-4)
  • Como seus antepassados, Herodes Agripa, neto de Herodes, o Grande, era um assassino. Os Herodes eram edomitas, descendentes de Esaú. Em um sentido, vemos Esaú perseguin-do Jacó de novo, pois "Tiago" é ape-nas outra forma do nome Jacó! Essa perseguição retrata o tempo de tri- bulação que os judeus sofrerão nos últimos dias. LeiaMt 20:20-40 de novo a fim de relembrar a pro-messa de um batismo de sofrimento para Tiago e João. Tiago foi o primei-ro apóstolo morto, e João, embora tenha vivido muitos anos, passou por grande sofrimento (Ap 1:9). Je-sus dissera que os apóstolos sofre- riam perseguição, da mesma forma que sofrerão todos os que procuram obedecer à Palavra de Deus.

    E interessante observar que os apóstolos não substituem Tiago como fizeram com Judas (cap. 1). Isso acontece porque os apóstolos não se assentariam "em doze tro-nos", já que a promessa do reino fora rejeitada pela nação (Mt 19:28). Essa é outra indicação de que fora revelado um novo plano. Há uma lição prática aqui: Satanás, quando quis impedir a obra da igreja, per-seguiu Tiago e Pedro. Ele persegue os melhores cristãos e tenta impe-dir o trabalho deles. Somos o tipo de cristão que Satanás quer atacar? É importante o fato de Pedro ser sol-to e de Tiago morrer. Deus tem um propósito específico para cada um dos seus.

  • O poder da oração (12:5-19)
  • Herodes prometeu matar Pedro após a cerimônia da Páscoa, que durava oito dias, para agradar aos judeus. Por segurança, ele designou quatro escoltas com quatro guardas cada para vigiar Pedro. Dois guar-das ficavam dentro da cela, um de cada lado de Pedro, e os outros dois, na porta da cela. "Mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele" (v. 5). Como essas palavras trazem emoção ao crente! Os cristãos, quando Sata-nás faz o seu pior, podem se voltar a Deus em oração com a certeza de que ele responderá.

    Como Pedro podia ter tanta paz sabendo que tinha apenas poucas horas de vida? A promessa de Cristo, em Jo 21:18-43, deu-lhe forças, e, sem dúvida, a oração da igreja ajudou-o. Pedro sabia que morreria velho e na cruz, não pela espada (como Tiago, v. 2). A fé na Palavra de Deus deu-lhe paz. Nós, se crermos nas promessas de Cristo, sentiremos a mesma paz em meio à provação.

    O anjo libertou Pedro, mas ob-serve que ele não faz pelo apósto-lo o que este podia fazer por con-ta própria. O anjo libertou-o das cadeias e conduziu-o para fora da prisão, no entanto disse a Pedro que ele mesmo calçasse suas sandálias, vestisse suas roupas e o seguisse. O anjo deixou-o decidir por si mesmo o que fazer quando estava seguro e fora da prisão. Quando obedecemos e fazemos tudo que está ao nosso alcance, podemos esperar que Deus faça o impossível.
    Não devemos nunca subes-timar o poder de uma igreja que ora. Os crentes oraram de forma incessante (v. 5), decisiva e corajo-sa. Deus honrou as orações deles e trouxe glória para si mesmo, apesar da descrença deles quando Pedro apareceu. Rode, a serva, respon-deu pela fé quando ouviu baterem à porta, pois, pelo que ela sabia, po-dia ser um esquadrão de soldados de Herodes que viera prendê-los!

    O versículo 17 refere-se a Tia-go, irmão de Cristo, o qual parece que se tornou o chefe dos anciãos da assembléia de Jerusalém (veja cap. 15). Não o confunda com o filho de Alfeu ou com o Tiago morto por Herodes. Veja também At 21:18 e Gl 1:19 ; Gl 2:9 . A partida de Pedro permanece um mistério: ele foi "para outro lugar" (v. 17), e não sabemos para onde foi. Ele sai de cena (embora, claro, continue sua pregação) para dar espaço a Paulo e sua mensagem sobre a igreja.

  • 0 poder da ira de Deus (12:20-23)
  • Desde a época de Salomão, as cida-des litorâneas de Tiro, Sidom e Ga- liléia já se relacionavam (1Rs 5:0 e II Tessalonicenses 2:3-8.

  • O poder da mão de Deus (12:24-25)
  • Que contraste! "A palavra do Se-nhor crescia e se multiplicava", enquanto o grande Herodes era comido pelos vermes. A Palavra de Deus derrota Satanás e traz vitó-

    ria, quer este ataque seja homicida (como ao matar Tiago), quer como leão (como nos vv. 20-23). Tiago morreu, todavia a obra de Deus se-guiu em frente, pois vemos o retor-no a Antioquia de Paulo, Barnabé e Marcos, o ajudante deles, após seu ministério aos santos pobres de Jerusalém (veja 1 1:27-30). Marcos era de uma família devota, pois os crentes reuniam-se na casa da mãe dele para orar (12:12). Ele era pri-mo de Barnabé (Cl 4:10) e, depois, foi motivo de uma disputa entre o primo e Paulo. Ele escreveu o evan-gelho de Marcos e, no fim, conse-guiu a aprovação de Paulo (2Tm 4:11), embora, em anos anteriores, tenha faltado a Paulo (13:13).

    Que as altas vozes dos líderes mundanos de Satanás jamais nos amedrontem. Logo chegará o dia deles. A Palavra de Deus não falha nunca, e temos a responsabilidade de pregá-la e de ensiná-la até o re-torno de Cristo.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
    12.1 Herodes. Agripa I neto de Herodes o Grande (conforme Mt 2:0, Mc 10:39).

    12.3 Pedro. Era o líder mais destacado da Igreja. Pães asmos. Esta festa dos judeus começava com a Páscoa e durava oito dias.

    12.4 Quatro escoltas. Uma para cada vigília durante a noite.

    • N. Hom. 12.5 Os Poderes do Universo:
    1) Do diabo - usando Herodes como seu instrumento real mais limitado;
    2) De Deus - infalível quando todo recurso humano falha;
    3) Da oração - quando unida (5,
    12) ardente e definida. Incessante (gr ektenõs) "ardentemente". Usada em 1Pe 1:22 e 4.8 para descrever amor intenso.

    12.7 Luz. A glória celestial iluminou a prisão (conforme Lc 2:9).

    12.10 A narrativa sugere que Pedro foi Encarcerado na Torre de Antônia onde Paulo também foi detido (21:34-23.30)
    12.12 A casa de Maria. Provavelmente a local do cenáculo onde se realizou a última Ceia. João... Marcos. Autor do segundo evangelho, primo de Barnabé (Cl 4:10) o qual era parente de Maria, mãe de Marcos. Congregadas e oravam. Reuniões espontâneas de oração que duravam a noite inteira não eram raras (conforme 20:7-12). É notável que os líderes da Igreja estavam ausentes (17).

    12.15 Seu anjo. No conceito popular judaico havia um anjo guardião de cada indivíduo (cf. Mt 18:10; He 1:14).

    12.17 Tiago. Meio irmão de Jesus, líder principal da Igreja. Outro lugar. Quer dizer outra cidade (talvez, Antioquia, conforme Gl 2:11). Pedro não foi para Roma até o ano 55 d.C. (conforme Gl 2.1ss; At 15.2ss).

    12.22 Um deus. Era comum nesses tempos atribuir divindade a um rei e especialmente a um Imperador romano.

    12.23 Anjo... feriu. Josefo (Antigüidades 19.9,2) acrescenta mais detalhes. Herodes morreu no ano 44. Glória a Deus. Deus, zeloso pela glória que a Ele pertence, pune o homem vaidoso.

    12.24 O terceiro relatório sobre o progresso da Igreja (6.7; 11.31).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
    VIII. O ATAQUE DE HERODES A IGREJA (12:1-25)

    1) Herodes, os apóstolos e a igreja (12:1-17)
    Herodes Agripa I. Esse monarca era filho de Aristóbulo, fruto do casamento de Herodes, o Grande, com Mariamne, princesa dos hasmoneus. Era esperto, encantador, ambicioso e inescrupuloso. Era incondicionalmente leal a Roma, tendo sido ajudado tanto por Calígula quanto por Cláudio a adquirir grande autoridade na Palestina, mas sabia da importância de obter a simpatia dos líderes judeus a fim de consolidar um reinado praticamente limítrofe com o de Herodes, o Grande, o qual governou de 41 a 44 d.C. Perseguir os adeptos da seita do Nazareno era uma forma fácil de agradar os judeus, e ele percebeu a importância de eliminar os líderes (v. 1,2).

    O Senhor e seus servos (v. 1-5). Por que o Senhor permitiu que Tiago fosse decapitado ao passo que interveio de forma miraculosa para libertar Pedro? A resposta está no próprio mistério, pois não temos condições de investigar as razões que determinam a duração de vida dos servos de Deus na terra, mas podemos estar certos de que Deus foi glorificado tanto no martírio de Tiago — o primeiro mártir entre os cristãos — quanto no livramento de Pedro (conforme Mt 20:20-40).

    A igreja que orava (v. 5,12). Muitas observações imprudentes têm sido feitas acerca da igreja que orou e ficou surpresa com a resposta. Essa igreja era uma comunidade de mártires em potencial, capacitados nos caminhos do Senhor, e certos de que qualquer um deles poderia glorificar o seu Deus, quer pela vida quer pela morte (conforme Fp 1:19

    24). Como pessoas reais e humanas, ficaram surpresas com a maneira em que Pedro foi liberto — nós não teríamos ficado? —, mas a igreja de Jerusalém é um modelo de oração e de fé constante em um nível sublime.

    O livramento (v. 6-11). Agripa queria ter certeza de que o seu importante prisioneiro não escaparia (v. 6)! Pedro havia negado o seu Senhor naquela mesma época do ano, mas dessa vez ele estava dormindo profundamente na noite que parecia a última dele na terra (conforme 1Pe 5:7). Deus tinha o seu plano para Pedro, a necessidade era urgente, e nenhum homem poderia fazer coisa alguma com relação a esse problema, o que explica a intervenção angelical. Todas as frases e circunstâncias indicam um mensageiro celestial que limitou a sua ajuda àquilo que Pedro não poderia fazer por si só (v. 7,8,10). Assim que o apóstolo foi solto, ele teve de “voltar a si” e pensar por si (v. 11).

    Pedro e a comunidade cristã (v. 12-17). Pedro supôs que os crentes estariam reunidos em oração na casa de Maria e, assim, se apresentou lá. A história de ele bater à porta de fora, da surpresa e confusão de Rode, com a reação dos crentes, se destaca claramente no estilo vívido de Lucas. A razoabilidade psicológica de cada ponto nos convence da sua veracidade — uma invenção no estilo da martirologia posterior teria sido muito diferente! A suposição dos discípulos de que era o anjo dele tem de ser lida em conjunto com Mt 18:10. “O anjo é concebido aqui como a contraparte espiritual do homem, capaz de assumir a sua aparência e de ser confundido com ele” (F. F. Bruce). A boa notícia deveria ser dada a Tiago e aos irmãos, o que indica que Tiago, o irmão do nosso Senhor, estava em Jerusalém na época, mas nenhum outro dos apóstolos. O termo irmãos incluiria os anciãos da igreja (v. 17; conforme 15.4,22). Pedro saiu e foi para outro lugar — provavelmente um dos muitos esconderijos acessíveis na região montanhosa da Judéia. Os locais de encontros regulares da igreja seriam os primeiros a serem atacados quando Fíerodes colocasse em ação os seus destacamentos de busca. Não houve desafio, e não se fez nenhuma suposição de que livramentos miraculosos seriam repetidos.


    2) O fim de Herodes Agripa I (12:18-25)
    E evidente para todos o contraste dramático entre o livramento do apóstolo por intermédio de um anjo e o fim de um monarca orgulhoso e perseguidor, ferido por um anjo no momento em que era aclamado como um deus. Josefo fala de uma festa em honra ao imperador em Cesaréia, enquanto Lucas registra o final de uma crise entre Herodes e a Fenícia, mas essa informação é complementar, e não contraditória. Precisamos lembrar que Herodes professava ser israelita e, como monoteísta, reivindicando estar sentado no trono de Davi, não poderia aceitar o conceito do rei-deus tão comum no Oriente. A adulação do povo: E voz de Deus, e não de homem (v.


    22) foi o clímax de uma vida de ambição torturante mudada em sentença de morte pelo Deus a quem desafiou. O sonho de Herodes foi frustrado para sempre. Entretanto, a palavra de Deus continuava a crescer e a espalhar-se (v. 24).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 25

    III. Expansão da Igreja na Palestina Através da Pregação e Dispersão. 6:1 - 12:25.

    Até este ponto, os apóstolos não deram nenhuma evidência de ter o propósito de levar o Evangelho a todo o mundo, mas permaneceram em Jerusalém dando o seu testemunho aos judeus. Agora Lucas conta o começo da expansão da igreja através da Judéia e Sanaria. Essa expansão não foi realizada por causa da visão e propósito da igreja mas por ato providencial de Deus, dispersando os crentes. Para explicar esta perseguição, Lucas primeiro conta como Estêvão colocou-se em posição de destaque como um dos sete.


    Moody - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25

    Atos 12

    H. Perseguição por Herodes Agripa I. At 12:1-25.

    Lucas interrompe o fluxo de sua narrativa para registrar um .acontecimento que sucedeu alguns anos antes. Considerando que Herodes morreu em 44 A.D., a missão por ocasião da fome deve ter ocorrido cerca de 46 A.D. A comunidade de Jerusalém já tinha encontrado a oposição dos líderes religiosos judeus logo no começo, mas os cristãos eram populares entre o povo. Violenta perseguição levantouse contra Estêvão e a ala helenista sob a liderança de Saulo. Agora pela primeira vez, Lucas registra a perseguição feita pelas autoridades governamentais da Palestina. Não veio dos líderes romanos mas de um rei judeu.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 24
    e) Herodes Agripa e a Igreja (At 12:1-24)

    Nova onda de perseguição arrebentou sobre a igreja de Jerusalém e desta vez os apóstolos, longe de ficarem imunes, foram os principais objetos do ataque. Herodes Agripa I, neto de Herodes, o Grande, recebera do seu amigo o Imperador Calígula (37-41) vasta doação em território, na Palestina e próximo a ela, juntamente com o título de rei; e Cláudio (41-54) acrescentou a esse território as regiões da Judéia e Samaria. Durante seu curto reinado sobre a Judéia (41-44), Herodes, a despeito de suas faltas, mostrou-se patrocinador diligente da fé judaica, e manteve relações amistosas com os líderes religiosos do povo. Dizem que certa ocasião, quando lia a lei na festa dos tabernáculos, as lágrimas lhe vieram aos olhos ao ler Dt 17:15 ("estabelecerás, com efeito, sobre ti como rei aquele que o Senhor teu Deus escolher; homem estranho, que não seja de entre os teus irmãos, não estabelecerás sobre ti"), porque se lembrou da origem edomita da sua família; mas a populaça exclamou: "Não te aflijas; tu és nosso irmão!".

    A história da execução de Tiago, filho de Zebedeu, e da prisão de Pedro, por ele ordenadas, é bastante conhecida. As palavras "vendo ser isto agradável aos judeus" são significativas pelas razões já sugeridas. A idéia de haver João sofrido martírio por essa época, como Tiago, tem fundamentos muito frágeis, apesar do vigor com que alguns críticos do Novo Testamento a defendem. A fuga de Pedro, da prisão, e sua inesperada visita à casa de Maria, onde os crentes oravam por ele, são narradas magistralmente. Para onde ele foi, ao voltar de lá (At 12:17), é incerto; não há fundamento razoável para a tradição que diz haver-se encaminhado a Roma, por esse tempo. Suas palavras "Anunciai isto a Tiago e aos irmãos" sugerem que por essa época Tiago, irmão do Senhor, havia conquistado uma posição de destaque na igreja de Jerusalém. Logo depois disso, Herodes morreu em circunstâncias dramáticas e impressionantes, fato narrado tanto por Lucas como por Josefo. Os dois historiadores diferem em pormenores, porém concordam nas partes essenciais do fato. Quanto às diferenças podemos citar o historiador alemão Eduard Meyer: "Nas linhas gerais, na data, e na idéia geral, ambas as narrativas estão em pleno acordo. Nos pormenores, muito interessantes, que de nenhum modo devem ser havidos como "tendenciosos" ou atribuídos à tradição popular, a narrativa de Lucas oferece uma garantia de que pelo menos é tão segura quanto a de Josefo.

    >At 12:3

    Eram os dias dos pães asmos (3). Os dias dos pães asmos começavam na véspera da páscoa, dia 14 de Nisã, e duravam até o dia 21 desse mês (cfr. At 20:6). O dia 14 de Nisã naquele ano (44 A. D.) caiu no dia 1 de maio-atraso este fora do comum, devido à intercalação de um segundo mês de Adar naquele ano, Dt 19:0); esse é o sentido aqui. Eis, porém, que sobreveio um anjo do Senhor (7); cfr. o vers. 19. Provavelmente o fato mais notável, dos nossos tempos, comparável à soltura de Pedro foi a libertação misteriosa do Sadhu Sundar Singh, de um poço onde fora metido por uma autoridade tibetana (contado por Streeter e Appasamy, The Sadhu, págs. 30 e segs.). Contudo "Pedro pensava fosse tudo uma visão", até que se viu seguro e salvo. O Sadhu pensava que era um homem quem o socorria, quando este desapareceu" (L. E. Browne). Depois de terem passado a primeira e a segunda sentinela, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade (10). Evidentemente havia que passar por três portões e três sentinelas (permitiram-no passar a primeira e a segunda, pensando presumivelmente tratar-se de um servente; mas não era de se esperar que um servente passasse além da sentinela exterior à noite, tornando-se necessário tomar outra direção" (Ramsay). Assim sendo, o portão que dava para a cidade abriu-se automaticamente; como, não se diz. Mas em toda essa descrição transpira o depoimento de uma testemunha ocular, inclusive a adição "ocidental" -"e desceram os sete degraus" - inserta depois das palavras tendo saído. Provavelmente Pedro fora preso na Torre Antônia, na área noroeste do templo. Foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos (12). Parece que esta casa serviu de lugar de reunião a um grupo de cristãos de Jerusalém; há uma sugestão interessante de ter sido a casa onde se realizou a última Ceia. O grupo a que se associa o nome de Tiago 1rmão do Senhor, parece que se reuniu em outro lugar (17). Saiu a escutar (13); melhor, "para responder à porta" (gr. hypakouo). É o seu anjo (15); isto é, seu anjo de guarda ou a reprodução do seu espírito, capaz de assumir suas feições e de ser tomado por engano como a própria pessoa. O conceito iraniano fravachi assemelha-se a este. Cfr. também a referência aos anjos das crianças, que contemplam a face de Deus (Mt 18:10). Fazendo-lhes sinal com a mão para que se calassem (17); outra prova de testemunho de vista. Retirou-se para outro lugar (17). Pode significar simplesmente que se escondeu. Não disse a ninguém, na ocasião, para onde ia, e Lucas, anos depois, não pôde descobrir que lugar fora esse.

    >At 12:19

    Ordenou que fossem justiçadas (19), presumivelmente foram executadas. É provável que Herodes suspeitasse de se haverem conluiado para livrar Pedro. Sua terna se abastecia do pais do rei (20). O litoral fenício dependia da Galiléia em matéria de gêneros alimentícios, como nos dias de Hirão e Salomão (1Rs 5:9 e segs.). Em dia designado (21). Diz Josefo que foi numa festa em honra do Imperador Cláudio (Ant. 19.8.2), possivelmente em seu aniversário natalício, dia 1 de agosto. Pode muito bem ter ensejado a reconciliação pública de Herodes Agripa e seus vizinhos fenícios. Vestido de trajo real (21). "Ostentava um manto todo tecido de prata, de maneira maravilhosa" (Josefo). O povo (22); gr. demos; isto é, a populaça de Cesaréia. É voz de um deus, e não de homem (22). Segundo Josefo, os bajuladores, dirigindo-se-lhe como a um deus, diziam: "Sê gracioso para conosco: até aqui te reverenciamos como homem, mas doravante reconhecemos-te como superior a um mortal". O anjo do Senhor o feriu (23). Veja-se no Velho Testamento esta expressão, em 2Rs 19:35. Por ele não haver dado glória a Deus (23). Aceitou honras divinas dos seus aduladores, ao invés de atribuí-las a Deus. Comido de bichos (23). Um colega médico dá o seguinte diagnóstico dessa doença: quisto hidático. Expirou (23); cinco dias depois, com a idade de cinqüenta e quatro anos. Morre o perseguidor; a causa que ele perseguiu sobrevive com vigor cada vez maior (24).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25

    25. A loucura de luta contra Deus ( Atos 12:1-25 )

    E por aquele mesmo tempo o rei Herodes lançou mão alguns que pertenciam à igreja, a fim de maltratá-los. E ele tinha Tiago, irmão de João condenado à morte com uma espada. E quando viu que isso agradara aos judeus, continuou, para prender também a Pedro. Agora foi durante os dias dos pães ázimos. E quando ele se havia apoderado dele, ele colocou-o na prisão, entregando-o a quatro esquadrões de soldados para guardá-lo, pretendendo depois da Páscoa para trazê-lo para fora diante do povo. Então, Pedro foi mantido na prisão, mas a oração por ele estava sendo feita com fervor pela igreja para Deus. E na mesma noite, quando Herodes estava para apresentá-lo para a frente, estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias; e guardas em frente da porta estavam vigiando a prisão. E eis que um anjo do Senhor apareceu de repente, e uma luz brilhou na célula; e ele bateu no lado de Pedro e despertou-o, dizendo: "Levanta-te depressa." Então, as cadeias caíram-lhe das mãos. E o anjo disse-lhe: "Cinge-se e calce as sandálias". E assim o fez. E ele disse-lhe: "Envolva seu manto em torno de você e siga-me." E ele saiu e continuou a seguir, e ele não sabia que o que estava sendo feito pelo anjo era real, mas pensei que ele estava tendo uma visão. E quando eles passaram a primeira e segunda guardas, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade, que abriu para eles, por si só; e eles saíram e foram ao longo de uma rua; e logo o anjo se apartou dele. E quando Pedro voltou a si, ele disse: "Agora eu sei com certeza que o Senhor enviou o seu anjo, e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava." E quando ele percebeu isso, ele foi para a casa de Maria, mãe de João, que também foi chamado Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam. E quando ele bateu à porta do portão, um servo-menina chamada Rode saiu a escutar. E quando ela reconheceu a voz de Pedro, por causa da alegria não abriu a porta, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro estava em frente ao portão. E eles disseram-lhe: "Você está fora de sua mente!" Mas ela continuou insistindo que ele era assim. E eles diziam: "É o seu anjo." Mas Pedro continuava a bater; e, quando abriram a porta, viram-no e ficaram maravilhados. Mas acenando-lhes com a mão para que se calassem, descreveu-lhes como o Senhor o levou para fora da prisão. E ele disse: "Denunciar estas coisas a Tiago e aos irmãos." E ele saiu e foi para outro lugar. Agora, quando amanheceu, houve grande perturbação entre os soldados sobre o que poderia ter feito de Pedro. E, quando Herodes tinha procurado por ele e não tinha encontrado, ele examinou os guardas e ordenou que eles sejam levados à execução. E desceu da Judéia para Cesaréia e foi passar um tempo lá. Agora, ele estava muito irritado com os de Tiro e de Sidom; e com um acordo que veio a ele, e tendo conquistado Blastus camareiro do rei, pediam paz, porquanto o seu país se abastecia do país do rei. E em um dia marcado, Herodes, tendo colocado em sua trajes reais, sentou-se na tribuna e começou a entregar um endereço para eles. E o povo continuava gritando: "A voz de um deus e não de um homem!" No mesmo instante o anjo do Senhor o feriu, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou. Mas a palavra do Senhor continuou a crescer e se multiplicar. E Barnabé e Saulo voltaram de Jerusalém, havendo eles cumprido sua missão, levando junto com eles João, que também foi chamado Marcos. ( 12: 1-25 )

    Em todo o universo, raivas guerra em todas as frentes. Deus, os santos anjos, e eleger homens batalhar contra Satanás, suas hostes demoníacas, e os homens caídos. Embora o resultado da guerra nunca esteve em dúvida, as batalhas não são menos reais.

    A guerra começou no nível Angelicalal quando Lúcifer, o mais alto de todos os seres criados, rebelou-se contra o seu Criador. Lúcifer, mais comumente conhecido como Satanás ("adversário"), foi lançado do céu, levando consigo um terço dos anjos ( Ap 12:4 ). Embora os homens pecadores, muitas vezes granizo aqueles que lutam contra Deus como sábios, na realidade, eles são tolos. A verdadeira sabedoria reside em estar ao lado de Deus.

    A história está repleta de destroços das vidas quebradas daqueles tolo o suficiente para lutar contra Deus. O filósofo alemão do século XIX Friedrich Nietzsche desprezava o cristianismo como a religião dos fracos. Lutando Deus finalmente o empurrou para a beira, e ele passou os últimos anos de sua vida louca.
    Romancista Sinclair Lewis, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura 1930, também pensei que ele poderia lutar Deus. Seu romance Elmer Gantry zombou cristianismo. Seu protagonista era um evangelista que também era um alcoólatra e um fornicador incessante. A luta de Lewis contra Deus lhe custou a sobriedade, e ele morreu um alcoólatra inveterado em uma clínica perto de Roma.

    Outro autor Nobel-Prêmio, Ernest Hemingway, considerava-se a prova de que se pode combater com êxito Deus vivo. Ele se gabava de lutar em revoluções, caindo mulheres, e levando uma vida de pecado, sem consequências aparentes. Seus pecados eventualmente encontrou-o, no entanto, e ele colocou uma espingarda na cabeça e se matou. Deus Combate lhe custou a vida.

    Nos tempos bíblicos, assim como em nossa própria, havia aqueles que tentou em vão para a batalha Deus. Muitos deles eram reis ou outros governantes, cujo poder terreno imenso enganou-los a pensar que poderia se opor com sucesso céu. Na realidade, eles e os seus reinos "são como uma gota de um balde, e são considerados como um grão de pó na balança; eis que ele levanta as ilhas como poeira fina Todas as nações são como nada diante dele, eles são. considerada por ele como menos do que nada e sem sentido "( Is 40:15 , Is 40:17 ).

    Um dos primeiros na longa lista de líderes que lutaram Deus foi o faraó que governou o Egito na época do Êxodo. Lutando Deus lhe custou muito caro e seu povo como pragas horríveis, culminando com a morte de todos os homens egípcio primogênito, atacou a sua terra. Ainda Faraó lutou diante, até que o seu exército se afogou no mar Vermelho. O rei cananeu de parte de Arad na guerra contra Deus resultou na destruição de seu povo e suas cidades ( 21 Num: 1-3. ). Siom dos amorreus ( Num. 21: 21-31 ) e Og de Basã ( Num. 21: 33-35 ) sofreu um destino semelhante. Balac, rei de Moab, era inteligente o suficiente para evitar um ataque frontal direto. Em vez disso, ele usou esse profeta de aluguel Balaão, em uma tentativa para amaldiçoar Israel ( Nm 22:24. ). A estratégia da Balak saiu pela culatra, no entanto, como Deus interveio e teve Balaão abençoar Israel em seu lugar. O rei de Ai lutou Deus e foi enforcado por seus problemas ( Js 8:29 ). Os trinta e um reis cananeus listados em Js 12:74sofreram derrotas semelhantes. Senaqueribe, líder orgulhoso do exército assírio temido e poderoso, viu que o exército dizimado na batalha contra Deus ( 2Rs 19:35 ). Logo depois, ele mesmo foi morto, assassinado por dois de seus próprios filhos ( Is 37:38 ).

    Infelizmente, mesmo muitos líderes do próprio povo de Deus lutou com ele. Cada um dos reis de Israel, e muitos daqueles de Judá, se opôs a Deus. O resultado foi a destruição do reino do norte pela Assíria eo reino do sul pela Babilônia. Deus não tolera a rebelião, mesmo entre as fileiras de seu próprio povo.
    Na era do Novo Testamento uma família de governantes destaca-se na batalha contra Deus, os Herodes. O patriarca da família era conhecido em toda a modéstia como Herodes, o Grande. Ele governou a Judéia entre 47 B . C . 37 B . C . Então, tendo sido apelidado de "rei dos judeus" por Antony, Octavius, e do Senado Romano, ele governou toda a Palestina de 37 B . C . até sua morte logo após o nascimento de Cristo ( Mt 2:15 ).

    Herodes, o Grande, era um governante particularmente sanguinário. Ele executou uma de suas esposas, Mariamne, sua mãe, e três de seus filhos (o último cinco dias antes de sua própria morte). Pouco antes de sua morte, ele atraiu líderes judeus proeminentes a Jericó, onde ele aprisionou-los. Conhecer as pessoas não choram sua morte, ele ordenou que esses líderes ser executado depois que ele morreu. Dessa forma, ele raciocinou, não seria pelo menos luto acontecendo no momento da sua morte. Felizmente, seu esquema louco, não foi executada. Mais bárbaro de todos foi o abate de Herodes de todas as crianças do sexo masculino jovens inocentes perto de Belém ( Mt 2:16 ). Ele procurou em vão por este ato cruel para matar o verdadeiro rei dos judeus, que estava em segurança no Egito com seus pais.

    Herodes, o rei deste capítulo foi Herodes Agripa I, que reinou de UM . D . 37 para UM . D . 44. Ele era neto de Herodes, o Grande, que havia assassinado seu pai, Aristóbulo. O apóstolo Paulo, um dia, ser julgado antes de seu filho, Herodes Agripa II. Apesar de ter sido criado e educado em Roma, Agripa eu estava sempre em terreno movediço com os romanos. Ele correu inúmeras dívidas em Roma, em seguida, fugiu para a Palestina, deixando os credores irritados atrás dele. Comentários imprudentes que ele fez voltamos para o imperador romano Tibério, que prontamente o prenderam. Libertado da prisão após a morte de Tibério, foi feito a régua do norte da Palestina ( Lc 3:1 ). Como seu Senhor havia predito, bebeu do mesmo copo como fez Jesus ( Mt 20:23 ). Ele foi o primeiro apóstolo a morrer (Judas além do), e é o único cuja morte é registrada no Novo Testamento.

    Estratagema de Agripa foi um sucesso retumbante. Quando ele viu que prisão e execução de Tiago agradava aos judeus, ele decidiu ir com tudo. Ele argumentou que a prisão e execução de Pedro, o líder reconhecido dos cristãos, para sempre valorize-o a seus súditos judeus. Por isso, durante os dias dos pães ázimos, a festa semanal seguinte Páscoa, Agripa começou a prender Pedro (pela terceira vez, cf.4: 3 ; 05:18 ). Ele astuciosamente escolheu a época da Páscoa, quando Jerusalém seria repleta de peregrinos judeus devotos. Isso garantiria sua cobertura máxima ato.

    Tendo apreendido Pedro, Agripa colocá-lo na prisão, entregando-o a quatro esquadrões de soldados, com a intenção depois da Páscoa para trazê-lo para fora diante do povo. Agripa sabia que durante a própria Páscoa as pessoas estariam ocupados. Ele, portanto, a intenção de esperar até depois da Páscoa para trazê-lo para fora diante do povo. Ele teria seu julgamento público vistoso de Pedro após a ocupação do feriado acabou, mas antes das multidões deixaram Jerusalém.

    Enquanto isso, Pedro permaneceu na prisão, de forma segura guardada por quatro esquadrões de soldados, provavelmente porque alguém se lembrou que a última vez que ele escapou ( 05:19 ). Esses esquadrões, que consiste de quatro soldados cada, rodado o relógio em Pedro. Em um determinado momento, duas estavam na cela com ele, acorrentado a ele, e mais dois estavam estacionados em frente a porta da cela ( v. 6 ). Pedro foi definitivamente na ala de segurança máxima da prisão de Agripa.

    Como tantos outros antes dele, Agripa era aprender da maneira mais difícil a loucura de lutar Deus. Ele teria sido prudente acatar o aviso do Gamaliel ao Sinédrio para não ser "encontrado lutando contra Deus" ( At 5:39 ). Tal curso de ação imprudente é perigoso, se não fatal e terrível eternamente, porque Deus luta para trás. Em Jr 21:5 ).

    Três razões para não lutar contra Deus se destacam em Atos 12 : o poder de Deus não pode ser contestada, Sua punição não pode ser evitado, e Seus propósitos não pode ser frustrado.

    Poder de Deus não pode ser contestada

    Então, Pedro foi mantido na prisão, mas a oração por ele estava sendo feita com fervor pela igreja para Deus. E na mesma noite, quando Herodes estava para apresentá-lo para a frente, estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias; e guardas em frente da porta estavam vigiando a prisão. E eis que um anjo do Senhor apareceu de repente, e uma luz brilhou na célula; e ele bateu no lado de Pedro e despertou-o, dizendo: "Levanta-te depressa." Então, as cadeias caíram-lhe das mãos. E o anjo disse-lhe: "Cinge-se e calce as sandálias". E assim o fez. E ele disse-lhe: "Envolva seu manto em torno de você e siga-me." E ele saiu e continuou a seguir, e ele não sabia que o que estava sendo feito pelo anjo era real, mas pensei que ele estava tendo uma visão. E quando eles passaram a primeira e segunda guardas, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade, que abriu para eles, por si só; e eles saíram e foram ao longo de uma rua; e logo o anjo se apartou dele. E quando Pedro voltou a si, ele disse: "Agora eu sei com certeza que o Senhor enviou o seu anjo, e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava." E quando ele percebeu isso, ele foi para a casa de Maria, mãe de João, que também foi chamado Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam. E quando ele bateu à porta do portão, um servo-menina chamada Rode saiu a escutar. E quando ela reconheceu a voz de Pedro, por causa da alegria não abriu a porta, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro estava em frente ao portão. E eles disseram-lhe: "Você está fora de sua mente!" Mas ela continuou insistindo que ele era assim. E eles diziam: "É o seu anjo." Mas Pedro continuava a bater; e, quando abriram a porta, viram-no e ficaram maravilhados. Mas acenando-lhes com a mão para que se calassem, descreveu-lhes como o Senhor o levou para fora da prisão. E ele disse: "Denunciar estas coisas a Tiago e aos irmãos." E ele saiu e foi para outro lugar. Agora, quando amanheceu, houve grande perturbação entre os soldados sobre o que poderia ter feito de Pedro. E, quando Herodes tinha procurado por ele e não tinha encontrado, ele examinou os guardas e ordenou que eles sejam levados à execução. E desceu da Judéia para Cesaréia e foi passar um tempo lá. ( 12: 5-19 )

    Enquanto Pedro era mantido na prisão, a igreja respondeu como sempre faziam quando enfrenta perseguição: oração por ele estava sendo feita com fervor pela igreja para Deus (cf. 4: 23-31 ). Eles sabiam que só Deus tem o poder para libertar Pedro. O advérbio ektenōs ( fervorosamente ) está relacionada com ektenēs , um termo médico que descreve o alongamento de um músculo para os seus limites.Ektenōs é usado em Lc 22:44 para descrever a oração de nosso Senhor no Getsêmani, quando "estar em agonia Ele estava orando fervorosamente e seu suor tornou-se como gotas de sangue, que caíam na terra ". A igreja serviu o esforço máximo que eles eram capazes de em suas orações para Pedro. Eles sabiam a verdade Tiago foi mais tarde para expressar, de que "a oração eficaz de um justo pode realizar muito" ( Jc 5:16 ). O ektenēs grupo palavra descreve três elementos essenciais da vida cristã: amor ( 1Pe 4:8 ). Desde que ele ainda não era um homem velho, ele não tinha nada a temer. Além disso, cada vez que ele tinha sido preso antes, ele tinha sido liberado.Deus tinha um histórico perfeito. Tudo isso permitiu Pedro para aconselhar os crentes para lançar "toda a sua ansiedade sobre Ele, porque Ele tem cuidado de vós" ( 1Pe 5:7 ). Herodes aprendeu a mesma verdade que tinha o Sinédrio antes dele (cf. At 5:1 ). A partir de Atos 15 aprendemos que ele era o chefe da igreja de Jerusalém neste momento. Tendo feito isso, Pedro prudentemente saiu e foi para outro lugar. Ele não quer colocar todos os seus irmãos na fé em perigo, e ele sabia que Agripa logo estaria procurando por ele. Lucas não nos diz onde ele foi. A sugestão de quem quer identificá-lo como o primeiro papa, que foi a Roma, nesta fase inicial, não é provável, especialmente desde Atos 15 encontra-lo de volta em Jerusalém após a morte de Agripa.

    Independentemente de onde ele foi, Pedro desaparece da cena, tanto quanto o registro de Atos está em causa. Além de sua breve aparição no concílio de Jerusalém ( Atos 15 ), esta é a última que vemos de Pedro. De agora em diante, a história gira em torno de Paulo e seu ministério.

    Repentina, misterioso desaparecimento de Pedro a partir de uma célula guardada em segurança causou um alvoroço entre a força de guarda. Quando o próximo dia chegou, Lucas nos informa, não houve pequena perturbação entre os soldados sobre o que poderia ter feito de Pedro. Eles freneticamente converteu a prisão de cabeça para baixo procurando por ele, já que sabia muito bem o que o destino aguardado um soldado que perdeu um prisioneiro (cf. 16:27 ; 27:42 ).

    Eles não conseguiram encontrar Pedro, no entanto, e, eventualmente, foram obrigados a informar que a Herodes. Seus piores temores se concretizaram, por Herodes, tendo procurado Pedro, sem sucesso, voltou sua fúria sobre os guardas infelizes. Ele examinou os guardas e ordenou que eles sejam levados à execução. Herodes era um homem desconfiado, e os guardas poderiam ter oferecido nenhuma explicação razoável para a fuga de Pedro.

    Após martialing tribunal e executar os guardas ofensivos, Herodes num acesso de raiva desceram da Judéia para Cesaréia e foi passar um tempo lá. Seu plano tinha explodido em seu rosto, e ele precisava de um período de férias para se recompor. Infelizmente para ele, que ele ainda não aprendeu que não podia lutar contra Deus. Esse erro, que custou-lhe Pedro e seu prestígio com os judeus, foi logo para lhe custou a vida.

    Punição de Deus não pode ser evitada

    Agora, ele estava muito irritado com os de Tiro e de Sidom; e com um acordo que veio a ele, e tendo conquistado Blastus camareiro do rei, pediam paz, porquanto o seu país se abastecia do país do rei. E em um dia marcado, Herodes, tendo colocado em sua trajes reais, sentou-se na tribuna e começou a entregar um endereço para eles. E o povo continuava gritando: "A voz de um deus e não de um homem!" No mesmo instante o anjo do Senhor o feriu, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou. ( 12: 20-23 )

    Vários meses se passaram desde a fuga de Pedro, quando, por razões desconhecidas para nós, Herodes ficou muito irritado com os de Tiro e Sidon. Eles estavam fora da jurisdição de Herodes, mas desde tempos do Antigo Testamento seu país tinha sido alimentado pela região governada por Herodes (cf. 1Rs 5:11 ; Ed 3:7. ).

    Percebendo o perigo de ter Herodes irado com eles, com um acordo que veio a ele, e tendo conquistado Blastus camareiro do rei, pediam paz. bloqueio econômico de Herodes foi minando-los, e eles precisavam para fazer a paz com ele rapidamente. Eles persuadiram (possivelmente com dinheiro) camareiro Blastus do rei para agir como um intermediário.

    Herodes concordou com os termos, mas para demonstrar ainda mais seu talento, ele submeteu os embaixadores das duas cidades para um espetáculo. Em um dia marcado (de acordo com o historiador judeu Flávio Josefo a ocasião foi um banquete em honra do padroeiro de Herodes, o imperador romano Claudius ), Herodes, tendo colocado em sua trajes reais, sentou-se na tribuna e começou a entregar um endereço para eles. Eles se conheceram no anfiteatro construído pelo avô de Agripa, Herodes, o Grande. Josephus descreve a cena: "[Herodes] colocar uma roupa feita inteiramente de prata, e de uma contextura realmente maravilhoso, e foi para o teatro no início da manhã, altura em que a prata do seu manto sendo iluminada pela reflexão fresco de os raios do sol sobre ela, brilhou de uma maneira surpreendente "( Antiquities XIX, vii, 2).

    Oprimido por seu esplendor (ou, mais provavelmente, buscando a bajular ele), as pessoas continuavam gritando: "A voz de um deus e não de um homem!" Josefo assinala que Herodes "fez nem repreendê-los, nem rejeitar a sua bajulação impious "( Antiquities XIX, vii, 2 ).

    A resposta de Deus foi rápida. Imediatamente, um anjo do Senhor o feriu, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou. Dr. Comentários Jean Sloat Morton,

    A frase "comido de vermes", em grego é skolakobrotos . A raiz da palavra skolax significa "uma estrutura de cabeça específica de uma tênia." Desde que a palavra scolex (plural escólices ) é aplicada à cabeça de tênias, a morte de Herodes era quase certamente devido à ruptura de um cisto formado por uma tênia. Existem vários tipos de vermes, mas uma das mais comuns encontrados em países de Ovelhas em crescimento é a fita de cão, Echinococcus granulosus. As infecções mais pesadas vieram de áreas onde Ovelhas e bovinos são levantadas. Ovelhas e bovinos servem como hospedeiros intermediários do parasita. O cão come a carne infectada, então o homem recebe os ovos do cão, geralmente por contaminação fecal de cabelo.

    A doença é caracterizada pela formação de cistos, em geral no lobo direito do fígado; estes podem estender-se para baixo para dentro da cavidade abdominal. A ruptura de um cisto pode liberar tal como muitos como dois milhões de escólices. Os vermes em desenvolvimento dentro dos cistos são chamados escólices, porque a região anterior constitui a maior parte do desenvolvimento nesta fase. Quando as rupturas de quisto, a entrada de detritos celulares juntamente com os escólices podem causar morte súbita.
    A utilização da palavra scolex não se limita a esta referência sobre Herodes; o termo também aparece em Mc 9:44 . A tradução literal da frase em Mc 9:44 leria ", onde sua scolex não morre." Esse uso é muito interessante porque a tênia se mantém propagação. Cada secção do sem-fim é uma unidade auto-contida que tem ambas as partes macho e fêmea. A parte posterior amadurece e faz centenas de ovos de vermes. A palavra scolex neste texto retrata uma descrição biológica de permanência que exige o texto para a comparação. ( Ciência na Bíblia [Chicago: Moody, 1978], 261-62)

    Segundo Josefo, Herodes persistiu durante cinco dias, com dores terríveis. No meio de toda sua pompa e majestade, ele sofreu uma morte ignominiosa e vergonhoso. Assim terminou o reinado e da vida do homem que se atreveu a tocar dois dos apóstolos de Deus. Seu crime para o qual ele foi executado ( A . D .
    44) foi a de que ele não deu glória a Deus, o próprio crime para o qual todos os não regenerados que rejeitam a Deus serão condenados ( Romanos 1:18-23. ).

    Propósitos de Deus não podem ser frustrados

    Mas a palavra do Senhor continuou a crescer e se multiplicar. E Barnabé e Saulo voltaram de Jerusalém, havendo eles cumprido sua missão, levando junto com eles João, que também foi chamado Marcos. ( 12: 24-25 )

    Novamente Lucas nos mantém no caminho certo com o crescimento da igreja, relatando que, apesar da oposição furiosa dos homens, a palavra do Senhor continuou a crescer e se multiplicar. Eles não mais poderiam impedir a sua propagação do rei Canuto poderia parar a maré de entrar em .

    Depois de afirmar o fato de que os propósitos de Deus não podem ser frustrados, Lucas cita como exemplo Barnabé e Saulo, que voltaram de Jerusalém, havendo eles cumprido sua missão. Eles haviam completado a sua missão de trazer o alívio da fome à igreja de Jerusalém ( 11:30 ). Essa missão teve lugar depois da morte de Herodes. Ele morreu, mas a igreja perseguiu sobreviveu.

    Lucas observa que João, que também foi chamado Marcos, acompanhou-os. De Cl 4:10 aprendemos que ele era primo de Barnabé. Como ele os acompanhou em sua missão de ajuda a Jerusalém, para que ele pudesse acompanhá-los em sua primeira viagem missionária ( 13: 5 ). Sua deserção durante essa jornada ( 13:13 ) acabaria por levar a um racha entre Paulo e Barnabé ( 15: 36-40 ).

    Os versículos 24:25 marcar uma importante transição em Atos. Eles introduzem novamente o apóstolo Paulo, com cujo ministério o resto do livro será a principal responsável.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25

    Atos 12

    Prisão e resgate — At 12:1-11

    Agora estalou sobre a Igreja, e em especial sobre seus dirigentes, uma nova onda de perseguições. Atrás dela estava a influência do rei Herodes.

    Consideremos brevemente as diversas ramificações da família dos Herodes quanto à sua relação com o Novo Testamento. O primeiro Herodes que aparece nele é Herodes o Grande. Reinou de cerca do ano 41 a.C. até 1 a.C. É o Herodes de Mateus 2, que ostentava o poder quando nasceu Jesus, que recebeu os Magos do Oriente e que ordenou a massacre de meninos. casou-se dez vezes. Desta família, aqueles membros que aparecem no Novo Testamento são os seguintes:

  • Herodes Filipe I, primeiro marido de Herodias, responsável pela morte de João Batista. É mencionado com o nome de Filipe em Mt 14:3; Mc 6:17; Lc 3:19. Não tinha nenhuma acusação oficial. Era o pai do Salomé.
  • Herodes Antipas, que reinou sobre a Galiléia e Peréia. Foi o segundo marido de Herodías e esteve de acordo com a morte de João Batista. Também é o Herodes a quem Pilatos envia a Jesus para que o julgue (Lucas 23: 7ss).
  • Arquelau, que reinou sobre Judéia, Samaria e Iduméia. Era um mau governante e foi deposto. É mencionado em Mt 2:22.
  • Herodes Filipe II, que reinou sobre Ituréia e Traconites. Foi o fundador de Cesaréia de Filipos que recebeu este nome devido a ele. No Novo Testamento é chamado Filipe e é mencionado em Lc 3:1).
  • Desta história de família podemos ver que Herodes Agripa era um descendente direto dos macabeus por parte de sua mãe Mariana. Tinha sido educado em Roma, mas cultivava assiduamente os bons costumes do povo judeu observando meticulosamente a Lei e suas tradições. Por esta razão era apreciado pelo povo; e, sem lugar a dúvidas, para obter mais favores entre os judeus ortodoxos decidiu atacar à Igreja cristã e a seus líderes. Vemos portanto que Santiago foi vítima dos planos de Herodes para ganhar a avaliação popular, e que o encarceramento de Pedro foi devido aos mesmos planos. Sua conduta na detenção de Pedro demonstra seu desejo de apaziguar os judeus. A Páscoa se festejava no dia 14 de Nisã; durante esse dia e os sete seguintes não se devia usar levedura; era chamava a semana dos pães asmos. Durante ela não se podia julgar nem executar a ninguém e essa é a razão pela qual Herodes decidiu adiar a execução de Pedro até que terminasse a semana. A grande tragédia desta onda de perseguições é que não se deve aos princípios de ninguém, por equivocados que estivessem; deve-se simplesmente ao desejo do Herodes de ganhar o apoio popular do povo.

    A ALEGRIA DA REINTEGRAÇÃO

    Atos 12:12-19

    Tomaram-se grandes precauções para que Pedro não escapasse. Era vigiado por quatro grupos de quatro soldados cada um. Havia quatro grupos devido a que tanto o dia como a noite estavam divididos em quatro vigílias de três horas de duração cada uma; cada grupo vigiava três horas por turno.
    Normalmente se encadeava a mão direita dos prisioneiros à esquerda de seu guarda; mas Pedro tinha ambas as mãos encadeadas a um guarda de cada lado, enquanto os outros dois vigiavam a porta. Não se podia ter tomado mais precauções. Quando Pedro escapou, os soldados foram executados porque a lei estabelecia que se um criminoso escapava, seu guarda devia sofrer o mesmo castigo que teria sofrido o prisioneiro.
    Não devemos ver necessariamente um milagre nesta história. Bem pode ser o relato de um emocionante resgate e fuga. Mas embora fosse assim, ainda seria narrado da mesma maneira porque, de qualquer maneira que tenha acontecido, a mão de Deus esteve claramente presente.

    Quando Pedro escapou dirigiu-se diretamente à casa de Maria, a mãe de João Marcos. Por isso nos inteiramos de que a sede da Igreja cristã estava ali. Sugeriu-se que nessa mesma casa se celebrou a Última Ceia e que continuou sendo o lugar de reunião dos discípulos em Jerusalém. Bem podemos considerar o que estavam fazendo os cristãos nessa casa. Estavam orando. Frente às dificuldades e sem ninguém mais a quem recorrer, acudiam a Deus.

    Nesta passagem se menciona pela primeira vez o homem que era o verdadeiro chefe da Igreja cristã em Jerusalém. Pedro lhes diz para irem dar a notícia a Tiago. Este homem era irmão de nosso Senhor. No Oriente era natural e se aceitava que o irmão continuasse com a tarefa do mais velho que foi assassinado; mas pelos Evangelhos sabemos que os irmãos de Jesus não criam nEle (Jo 7:5) e que em realidade criam que estava louco (Mc 3:21). Enquanto Jesus viveu, Tiago não o apoiou. Mas sabemos que o Cristo ressuscitado apareceu especialmente a Tiago (1Co 15:7).

    Há um Evangelho muito antigo chamado o Evangelho aos Hebreus que nos relata que depois da morte de Jesus, Tiago fez uma promessa dizendo que não comeria nem beberia até que visse Jesus novamente. Bem pode ser que o que a vida de Jesus não pôde fazer, o obterá sua morte, e que quando Tiago viu seu irmão morto descobriu quem era realmente e dedicou toda sua vida a servi-lo. A mudança que se produziu nele pode ser outro grande exemplo do poder da cruz para mudar a vida dos homens.

    UM FINAL TERRÍVEL

    Atos 12:20-25

    Aqui nos encontramos com o terrível final que, com uma sorte de justiça poética caiu sobre Herodes. Havia nesse então certa questão entre ele e os habitantes de Tiro e Sidom. Para estes povos se tratava de um assunto sério. Suas terras estavam ao norte da Palestina. Herodes podia criar-lhes dificuldades de duas maneiras. Se desviava o comércio da Palestina de seus portos seus ganhos se veriam seriamente danificados. E o que era pior, Tiro e Sidom dependiam para obter mantimentos da Palestina e se fosse suspenso esse abastecimento sua situação seria muito séria sem dúvida alguma. Estes povos conseguiram subornar a Blasto, o mordomo do rei, e lhes concedeu uma audiência pública. Temos que recordar a popularidade de Herodes. Josefo, o historiador judeu, descreve que, no segundo dia do festival, entrou em anfiteatro vestido com uma túnica de fiação de prata. O Sol cintilava sobre a prata e o povo gritava que tinha chegado um deus. Nesse momento caiu sobre ele uma terrível e repentina enfermidade da qual nunca se recuperou. O orgulho de um homem tinha terminado com a ira de Deus.

    Os versículos 24:25 nos fazem voltar a Atos 11:27-30. Paulo e Barnabé tinham completado seu serviço de misericórdia para com a Igreja de Jerusalém e voltaram à Antioquia, levando consigo a João Marcos.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Atos Capítulo 12 versículo 23
    anjo de Jeová: Veja a nota de estudo em At 5:19 e o Apêndice C3 (introdução e At 12:23).


    Dicionário

    Anjo

    substantivo masculino Religião Ser puramente espiritual que, segundo algumas religiões, transmite mensagens espirituais às pessoas na Terra, especialmente aquelas enviadas por Deus.
    [Artes] Modo de representação desse ser através da arte.
    Figurado Criança muito tranquila, calma, serena.
    Figurado Pessoa dotada de uma qualidade eminente, que se destaca em relação aos demais por suas boas características.
    Etimologia (origem da palavra anjo). A palavra anjo deriva do grego "ággelos"; pelo latim tardio "angelus, i", com o sentido de "mensageiro de Deus".

    Mensageiro. Anjos, na qualidade de assistentes de Deus, mensageiros da Sua vontade, é doutrina que corre por toda a Bíblia. l. A sua natureza. Pouco se acha dito sobre isto. os anjos geralmente aparecem na figura de homens (Gn 18 – At 1:10), e algumas vezes revestidos de glória (Dn 10:5-6 e Lc 24:4). os serafins de isaías (6.2), e os querubins de Ezequiel (1.6), têm asas: assim também Gabriel (Dn 9:21), e o anjo do Apocalipse (14.6). Em Hb 1:14 são eles espíritos ministradores (cp.com Mc 12:25). 2. As suas funções. Primitivamente eram mensageiros de Deus para em Seu nome dirigir os homens, guiá-los, guardá-los, fortalecê-los, avisá-los, censurá-los e puni-los. *veja as narrações de Gn 18:19-22,28,32 – Jz 2:6-13 – 2 Sm 24.16,17 – 2 Rs 19.35: e cp.com Sl 34:7-35.5,6 e 91.11. Nas mais antigas referências o anjo do Senhor não se acha bem distinto do próprio SENHoR. É Ele quem fala (Gn 22:16Êx 3:2-16Jz 13:18-22). Há, também, a idéia de uma grande multidão de anjos (Gn 28:12 – 32.2), que num pensamento posterior são representados como o exército de Deus, a Sua corte e conselho (Sl 103:20-21 – 89.7 – is 6:2-5, etc. – cp.com Lc 2:13Mt 26:53Lc 12:8-9Hb 12:22Ap 5:11, etc.). Eles são guardas, não só de indivíduos mas de nações (Êx 23:20Dn 10:13-20): cada igreja cristã tem o seu ‘anjo’, representando a presença divina e o poder de Deus na igreja – é ele garantia divina da vitalidade e eficácia da igreja (*veja Ap 2:1-8). Uma expressão de Jesus Cristo parece apoiar a crença de que cada pessoa tem no céu o seu anjo da guarda, e de que o cuidado das crianças está a cargo dos mais elevados seres entre os ministros de Deus (Mt 18:10 – cp.com Lc 1:19). Em conformidade com tudo isto é que os anjos servem a Jesus (Mc 1:13Lc 22:43), manifestam interesse pelo decoro nas reuniões da igreja 1Co 11:10), e pela salvação dos homens (Lc 16:10 – 1 Pe 1,12) – tiveram parte na grandiosa revelação do Sinai (At
    v. 53 – Gl 3:19Hb 2:2), e executarão o Juízo final (Mt 13:41). São de diferente ordem. Dois são especialmente mencionados: Miguel, um dos principais príncipes angélicos (Dn 10:13), ‘o arcanjo’ (Jd 9), e Gabriel (Dn 8:16Lc 1:19). Nos livros apócrifos outros nomes aparecem, especialmente Rafael e Uriel. Há, também, referências a estes seres celestiais em Ef 1:21Cl 1:16 – 2.16 – e na epístola aos Colossenses condena-se de modo especial a idéia de interpô-los entre Deus e o homem, tirando assim a Jesus a honra de único Mediador, que lhe pertence (Cl 1:14-20, 2.18, etc.). Algumas passagens (Jd 6 – 2 Pe 2,4) referem-se misteriosamente a anjos caídos – e em Ap 12:9 Satanás tem o seu exército de anjos.

    Anjo Mensageiro de Deus (1Rs 19:5-7). Os anjos são espíritos que servem a Deus e ajudam os salvos (Hc 1:14). Foram criados santos, mas alguns se revoltaram contra Deus (Jd 6; 2Pe 2:4). Em algumas passagens bíblicas Deus e o Anjo do SENHOR (de Javé) são a mesma pessoa (Gn 16:7-13; 22:11-18; Ex 3:2-22; Jz 6:11-24). V. TEOFANIA.

    Anjo Palavra derivada do grego “ággelos” (mensageiro), que na Septuaginta traduz o hebreu “malaj”. Com essa missão de mensageiros divinos é que aparecem principalmente nos evangelhos (Mt 11:10; Mc 1:2; Lc 7:24-27; 9,52). Somente em situações excepcionais são mencionados por um nome (Lc 1:19.26). Estão relacionados à missão de Jesus (Mt 4:11; Mc 1:13; Lc 22:43; Jo 1:51) e à sua parusia (Mt 13:39.41.49; 16,27; 24,31; 25,31). Presentes na corte celestial (Lc 12:8ss.; 16,22), alegram-se com a conversão dos pecadores (Lc 15:10) e cuidam das crianças (Mt 18:10). Seu estado de vida permite compreender qual será a condição futura dos que se salvam (Mt 22:30; Mc 12:25; Lc 20:36). Os evangelhos indicam também a existência do Diabo, um anjo decaído ao qual seguiram outros anjos, como um ser pessoal e real que governa os reinos deste mundo (Lc 4:5-7) e o mundo em geral. Jesus deu a seus discípulos a autoridade para derrotá-lo (Lc 10:19-20) e, no fim dos tempos, tanto ele como seus sequazes serão vencidos (Mt 25:41) e confinados no fogo eterno.

    A. Cohen, o. c.; f. J. Murphy, The Religious...; ERE IV, pp. 578, 584, 594-601; C. Vidal Manzanares, Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...


    Bichos

    masc. pl. de bicho

    bi·cho
    (latim vulgar bestius, de bestia, besta, animal)
    nome masculino

    1. Designação dada a diversos animais.

    2. Cavalo ou touro.

    3. Criatura insignificante.

    4. Pessoa pouco sociável.

    5. Ser imaginário usado para meter medo às crianças. = OGRE, PAPÃO

    6. [Portugal, Informal] Estudante do ensino secundário, entre os estudantes universitários de Coimbra.

    7. [Brasil, Informal] Estudante do primeiro ano de um curso superior. = CALOIRO

    8. [Brasil] Jogo semelhante à lotaria em que as apostas recaem em animais que representam grupos de números. = JOGO DO BICHO

    9. [Brasil, Informal] Designação dada a coisa ou pessoa de que se fala (ex.: o bicho vem aí, delegado).

    10. [Brasil, Informal] Forma de tratamento usada como incitamento ou como simples vocativo (ex.: o dinheiro sumiu, bicho).


    bicho de cozinha
    [Informal, Depreciativo] Criado da cozinha.

    de criar bicho
    Intenso e violento (ex.: pancada de criar bicho).

    matar o bicho
    Beber aguardente em jejum.

    [Portugal] Tomar o pequeno-almoço ou quebrar o jejum.

    matar o bicho do ouvido a alguém
    Irritar com ditos e sugestões. = AZOINAR

    virar bicho
    [Brasil] Tornar-se furioso. = ENFURECER-SE


    Comido

    adjetivo Que se comeu; que foi ingerido: alimento comido.
    Figurado Que foi completamente engolido: plantação comida de pragas.
    Figurado Que foi alvo de roubo; enganado, logrado: saí comido do acordo.
    Figurado Que se dissipou por completo: dinheiro comido pelo jogo!
    Figurado Que se eliminou ou suprimiu; cortado: verbas comidas pela corrupção.
    Figurado Que se estragou ou foi destruído; corroído: vestido comido por traças.
    Figurado Que se apossou das peças do adversário: peças comidas.
    Figurado Que se omitiu ou foi escondido, proposital ou distraidamente.
    Etimologia (origem da palavra comido). Particípio de comer, do latim comedere.

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Déu

    substantivo masculino Usa-se na locução andar de em: andar à procura de alguma coisa, de casa em casa, de porta em porta.

    Expirar

    verbo transitivo direto Lançar o ar que se encontra nos pulmões; soltar o ar pelas vias respiratórias.
    Emitir, espalhar ou exalar: certas rosas expiram um perfume agradável.
    Figurado Fazer uma revelação; demonstrar: expirava descontentamento.
    Figurado Manifestar ou exprimir: sua aparência expirava raiva.
    verbo intransitivo Deixar de existir; morrer.
    Figurado Alcançar o término de; terminar: a validade expirou.
    Figurado Deixar de possuir força e vigor; deixar de se ouvir; extinguir-se: depois da tragédia, expiram os sonhos.
    Etimologia (origem da palavra expirar). Do latim expirare, "soprar, exalar".

    Expirar Morrer (34:15); (Mc 15:37).

    Ferir

    Ferir
    1) Produzir ferimento (Gn 3:15)

    2) Dar pancada em (Nu 20:11). 3 Matar (Nu 21:24).

    4) Atacar (Js 10:4).

    5) Castigar (Isa 19:)

    verbo transitivo Golpear; fazer chaga ou ferimento em.
    Machucar: a sandália nova está ferindo o pezinho da menina.
    Atritar algo para fazer chispa: ferir a pedra do isqueiro.
    Figurado Magoar, ofender: ferir a sensibilidade do amigo.
    Causar impressão desagradável: palavras que ferem os ouvidos.
    Contrariar: ferir as conveniências; ferir os interesses de alguém.
    verbo pronominal Golpear-se, cortar-se, machucar-se: ferir-se nos espinhos da roseira.
    Figurado Magoar-se, ofender-se: ele se feriu com a injustiça do chefe.

    Glória

    substantivo feminino Honra, fama que se alcança pelas virtudes, talentos, boas ações e por características excepcionais.
    Religião Beatitude celeste; bem-aventurança, céu: a glória do reino de Deus.
    Louvor que se oferece a; homenagem, exaltação: glória a Deus.
    Excesso de grandeza; beleza, magnificência: o prêmio foi dedicado aos homens de honra e glória.
    Algo ou alguém muito conhecido, que é razão de orgulho, de louvor: ele foi a glória do time.
    [Artes] Auréola, halo, resplendor que simboliza a santidade na pintura, escultura ou decoração.
    Etimologia (origem da palavra glória). Do latim gloria.ae.

    Qualidade essencial do caráter de Deus (Sl. 63.2); sua glória é o sue valor, a sua dignidade. Tudo o que há nele comprova ser ele digno de receber louvor, honra e respeito. No NT, Jesus é revelado como o Senhor da glória (1Co 2:8). Na Bíblia, glória está muitas vezes associada a brilho ou esplendor (Lc 2:9).

    honra, celebridade, fama, renome, nomeada, reputação, crédito, conceito, lustre, distinção. – Destas duas palavras diz magistralmente Roq.: “A glória é, como disse Cícero, uma brilhante e mui extensa fama que o homem adquire por ter feito muitos e grandes serviços, ou aos particulares, ou à sua pátria, ou a todo o gênero humano. Honra, como aqui entendemos, é a demonstração exterior com que se venera a alguém por seu mérito e ações heroicas; no mesmo sentido em que disse Camões: O fraudulento gosto que se atiça. C’ uma aura popular, que honra se chama. (Lus., IV,
    95) Pela glória empreende o homem voluntariamente as coisas mais dificultosas; a esperança de alcançá-la o impele a arrostar os maiores perigos. Pela honra se empreendem 68 Isto parece demais: generosidade assim excederia à própria caridade cristã. O que está no uso corrente é que generoso é antônimo de somítico ou mesquinho, avarento, sovina: generosidade é a nobre qualidade de ser franco em distribuir com os outros os bens que estão a nosso alcance. O homem generoso não faz questão de ninharias; remunera largamente os que lhe prestam algum serviço; atende aos que precisam de sua solicitude, fortuna ou valimento; põe-se ao lado dos pequenos, ampara os desvalidos. 414 Rocha Pombo coisas não menos dificultosas, nem menos arriscadas; quão diferente é, no entanto, o objeto em cada uma destas paixões! A primeira é nobre e desinteressada, e obra para o bem público; a segunda é cobiçosa e egoísta, só por si e para si obra. Aquela é a glória verdadeira que faz os heróis; esta é a vã glória, ou glória falsa que instiga os ambiciosos; sua verdadeira pintura foi traçada por mão de mestre nesta estância dos Lusíadas: Dura inquietação d’alma e da vida, Fonte de desamparos e adulterios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de imperios; Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vituperios; Chamam-te fama e gloria soberana, Nomes com que se o povo necio engana! (Lus., IV,
    96) A honra pomposa e triunfal, que recebeu em Goa d. João de Castro depois da heroica defesa de Diu, deixaria mui obscurecida sua glória se ele não nos legara, no momento tremendo de ir dar contas ao Criador, aquelas memoráveis palavras, que são a medida de seu desinteresse e o exemplo de verdadeira glória nunca depois imitado: “Não terei, senhores, pejo de vos dizer que ao Viso-Rei da Índia faltam nesta doença as comodidades, que acha nos hospitais o mais pobre soldado. Vim a servir, não vim a comerciar ao Oriente; a vós mesmos quis empenhar os ossos de meu filho, e empenhei os cabelos da barba, porque para vos assegurar, não tinha outras tapeçarias nem baixelas. Hoje não houve nesta casa dinheiro com que se me comprasse uma galinha; porque, nas armadas que fiz, primeiro comiam os soldados os salários do Governador que os soldos de seu Rei; e não é de espantar que esteja pobre um pai de tantos filhos”. (Vida de d. João de Castro, 1. IV.) Considerada a palavra honra como representando a boa opinião e fama adquirida pelo mérito e virtude, diferença-se ainda da glória em que ela obriga ao homem a fazer sem repugnância e de bom grado tudo quanto pode exigir o mais imperioso dever. Podemos ser indiferentes à glória, porém de modo nenhum à honra. O desejo de adquirir glória arrasta muitas vezes o soldado até à temeridade; a honra o contém não poucas nos limites de sua obrigação. Pode a glória mal-entendida aconselhar empresas loucas e danosas; a honra, sempre refletida, não conhece outra estrada senão a do dever e da virtude. – Celebridade é “a fama que tem já a sanção do tempo; a fama ruidosa e universal”; podendo, como a simples fama, ser tomada a boa ou má parte: tanto se diz – a celebridade de um poeta, como – a celebridade de um bandido. – Fama é “a reputação em que alguém é tido geralmente”. Inclui ideia de atualidade, e pode ser também boa ou má, mesmo quando empregada sem restritivo. Advogado de fama (= de nomeada, de bom nome). Não lhe invejo a fama (= má fama, fama equívoca). – Renome é “a boa fama, a grande reputação que se conquistou por ações ou virtudes”; é a qualidade de “ser notável, de ter o nome repetido geralmente e com acatamento”. – Nomeada é “fama ligeira, que dura pouco, e nem sai de um pequeno círculo”. Tanta nomeada para acabar tão triste... Fugaz nomeada... – Reputação é menos que fama, é mais que nomeada; é “a conta em que alguém é tido no meio em que vive. Pode ser boa ou má, falsa ou duvidosa”. – Crédito é como se disséssemos “a qualidade que dá ideia do valor, do bom nome de alguém”. Diminui-se o crédito de F.; mas decerto que não se macula, nem se nega propriamente o crédito de uma pessoa. – Conceito é “a opinião que se forma de alguém”, podendo igualmente ser bom ou mau. – Lustre e distinção confundem-se: mas o primeiro dá melhor a ideia da evi- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 415 dência brilhante em que fica a pessoa que se destacou do comum pela perícia, pela correção, pelo heroísmo.

    É que a glória maior de um Espírito é a perfeita identificação com o Pai Eterno, no cumprimento superior de Sua Divina 5ontade, na auto-entrega total pelo bem do próximo, na selagem final, com o próprio sangue, com as próprias lágrimas, com a própria vida, de uma exemplificação irretocável de amor soberano e incondicional, de trabalho sublime, de ensino levado às últimas conseqüências, em favor de todos.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Glória Maior

    Tudo passa na Terra e a nossa glória, / Na alegria ou na dor, / É refletir na luta transitória / A sublime vontade do Senhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8


    Glória
    1) Honra ou louvor dado a coisas (1Sm 4:21-22), a pessoas (Lc 2:32) ou a Deus (Sl 29:1); (Lc 2:14)

    2) A majestade e o brilho que acompanham a revelação da presença e do poder de Deus (Sl 19:1); (Is 6:3); (Mt 16:27); (Jo 1:14); (Rm 3:23). 3 O estado do novo corpo ressuscitado, espiritual e imortal, em que os salvos serão transformados e o lugar onde eles viverão (1Co 15:42-54); (Fhp 3)

    Glória No judaísmo, uma das hipóstases de Deus (Ex 16:10; 33,20; Lc 9:31-34). Para João, ela se encarnou em Jesus (Jo 1:14), o que confirma a afirmação de que este é Deus (Jo 1:1;20,28).

    Instante

    instante adj. .M e f. 1. Que está iminente. 2. Em que há empenho. 3. Afincado, pertinaz, veemente. 4. Inadiável, urgente. S. .M 1. Espaço de um segundo. 2. Espaço pequeníssimo de tempo. 3. Momento muito breve.

    momento. – Segundo S. Luiz – “momento exprime um brevíssimo espaço de tempo”. – Instante é um espaço de tempo ainda mais breve; ou antes (se assim podemos dizer) um ponto, um primeiro elemento da duração. “O instante (diz Heit. Pint. – Dial. da Just., c. I) se há com o tempo da maneira que se há o ponto com a linha, porque tão indivisível é um como o outro; e pois o ponto não é linha, logo nem o instante é tempo”. Além disso, momento parece que admite uma significação mais ampla, tomando-se às vezes pelo tempo em geral, ou pela conjunção das coisas: como quando dizemos que para o bom-sucesso de um negócio importa muito aproveitar o momento favorável. – Instante, porém, sempre se toma na sua significação restrita, pela mais pequena e indivisível duração do tempo. Finalmente, momento também se usa em sentido figurado pelo valor, peso, e importância de um negócio. – Instante somente se emprega no sentido literal.

    Mesmo

    adjetivo Exprime semelhança, identidade, paridade: eles têm o mesmo gosto.
    O próprio, não outro (colocado imediatamente depois de substantivo ou pronome pessoal): Ricardo mesmo me abriu a porta; uma poesia de Fernando Pessoa, ele mesmo.
    Utilizado de modo reflexivo; nominalmente: na maioria das vezes analisava, criticava-se a si mesmo.
    Que possui a mesma origem: nasceram na mesma região.
    Imediatamente referido: começou a trabalhar em 2000, e nesse mesmo ano foi expulso de casa.
    substantivo masculino Que ocorre da mesma forma; a mesma coisa e/ou pessoa: naquele lugar sempre acontece o mesmo; ela nunca vai mudar, vai sempre ser a mesma.
    conjunção Apesar de; embora: mesmo sendo pobre, nunca desistiu de sonhar.
    advérbio De modo exato; exatamente, justamente: pusemos o livro mesmo aqui.
    De maneira segura; em que há certeza: sem sombra de dúvida: os pastores tiveram mesmo a visão de Nossa Senhora!
    Ainda, até: chegaram mesmo a negar-me o cumprimento.
    locução conjuntiva Mesmo que, ainda que, conquanto: sairei, mesmo que não queiram.
    locução adverbial Na mesma, sem mudança de situação apesar da ocorrência de fato novo: sua explicação me deixou na mesma.
    Etimologia (origem da palavra mesmo). Do latim metipsimus.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    παραχρῆμα ἄγγελος κύριος αὐτός πατάσσω ἀντί ὅς οὐ δίδωμι δόξα θεός καί γίνομαι σκωληκόβρωτος ἐκψύχω
    Atos 12: 23 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E imediatamente, o anjo do Senhor feriu-o, porque ele não deu glória a Deus; e ele foi comido pelos vermes, e rendeu o espírito.
    Atos 12: 23 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    44 d.C.
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1325
    dídōmi
    δίδωμι
    bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
    (baths)
    Substantivo
    G1391
    dóxa
    δόξα
    uma cidade levítica de Benjamim, atual ’El-Jib’, que se localiza a 8 quilômentros (ou 5
    (of Gibeon)
    Substantivo
    G1634
    ekpsýchō
    ἐκψύχω
    osso, força, descoberto?, pessoa?
    (strong)
    Substantivo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2962
    kýrios
    κύριος
    antes
    (before)
    Prepostos
    G32
    ángelos
    ἄγγελος
    anjo / mensageiro
    (angel)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3916
    parachrēma
    παραχρῆμα
    À noite
    (by night)
    Substantivo
    G3960
    patássō
    πατάσσω
    usar a língua, caluniar
    (slanders)
    Verbo
    G4662
    skōlēkóbrōtos
    σκωληκόβρωτος
    chamada, nomeação, lugar designado
    (of the registration)
    Substantivo
    G473
    antí
    ἀντί
    completamente contra, oposto a, antes
    (in place of)
    Preposição
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    δίδωμι


    (G1325)
    dídōmi (did'-o-mee)

    1325 διδωμι didomi

    forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

    1. dar
    2. dar algo a alguém
      1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
        1. dar um presente
      2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
      3. suprir, fornecer as coisas necessárias
      4. dar, entregar
        1. estender, oferecer, apresentar
        2. de um escrito
        3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
          1. algo para ser administrado
          2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
      5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
      6. fornecer, doar
    3. dar
      1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
        1. dar, distribuir com abundância
      2. designar para um ofício
      3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
      4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
        1. como um objeto do seu cuidado salvador
        2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
        3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
        4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
    4. conceder ou permitir a alguém
      1. comissionar

    Sinônimos ver verbete 5836


    δόξα


    (G1391)
    dóxa (dox'-ah)

    1391 δοξα doxa

    da raíz de 1380; TDNT - 2:233,178; n f

    1. opinião, julgamento, ponto de vista
    2. opinião, estimativa, seja boa ou ruim, a respeito de alguém
      1. no NT sempre opinião positiva a respeito de alguém, que resulta em louvor, honra, e glória
    3. esplendor, brilho
      1. da lua, sol, estrelas
      2. magnificência, excelência, preeminência, dignidade, graça
      3. majestade
        1. algo que pertence a Deus
        2. a majestade real que pertence a Ele como supremo governador, majestade no sentido da perfeição absoluta da divindade
        3. algo que pertence a Cristo
          1. a majestade real do Messias
          2. o interior absolutamente perfeito ou a excelência pessoal de Cristo; a majestade
        4. dos anjos
          1. como transparece na sua aparência brilhante exterior
    4. a mais gloriosa condição, estado de exaltação
      1. da mesma condição de Deus Pai no céu, para a qual Cristo foi elevado depois de ter concluído sua obra na terra
      2. a condição de gloriosa bem-aventurança à qual os cristãos verdadeiros entrarão depois do retorno do seu Salvador do céu

    ἐκψύχω


    (G1634)
    ekpsýchō (ek-psoo'-kho)

    1634 εκψυχω ekpsucho

    de 1537 e 5594; v

    1. expirar, dar o último suspiro

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κύριος


    (G2962)
    kýrios (koo'-ree-os)

    2962 κυριος kurios

    de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

    1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
      1. o que possue e dispõe de algo
        1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
        2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
      2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
      3. título dado: a Deus, ao Messias

    Sinônimos ver verbete 5830


    ἄγγελος


    (G32)
    ángelos (ang'-el-os)

    32 αγγελος aggelos

    de aggello [provavelmente derivado de 71, cf 34] (trazer notícias); TDNT 1:74,12; n m

    1. um mensageiro, embaixador, alguém que é enviado, um anjo, um mensageiro de Deus


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    παραχρῆμα


    (G3916)
    parachrēma (par-akh-ray'-mah)

    3916 παραχρημα parachrema

    de 3844 e 5536 (no seu sentido original); adv

    1. imediatamente, em seguida, instantaneamente

    πατάσσω


    (G3960)
    patássō (pat-as'-so)

    3960 πατασσω patasso

    provavelmente prolongação de 3817; TDNT - 5:939,804; v

    bater suavemente: como uma parte ou um membro do corpo

    cortar, golpear: com a espada, afligir, visitar com males, etc., como com uma doença mortal

    golpear, ferir, matar, assassinar


    σκωληκόβρωτος


    (G4662)
    skōlēkóbrōtos (sko-lay-kob'-ro-tos)

    4662 σκωληκοβρωτος skolekobrotos

    de 4663 e um derivado de 977; TDNT - 7:456,1054; adj

    1. comido por vermes

    ἀντί


    (G473)
    antí (an-tee')

    473 αντι anti

    uma partícula primária; TDNT - 1:372,61; prep

    1. completamente contra, oposto a, antes
    2. por, em vez de, em lugar de (alguma coisa)
      1. em lugar de
      2. por
      3. por isso, porque
      4. portanto, por esta razão

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo