Enciclopédia de Atos 23:33-33
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Mapas Históricos
- Livros
- Locais
- Comentários Bíblicos
- Beacon
- Genebra
- Matthew Henry
- Wesley
- Wiersbe
- Russell Shedd
- NVI F. F. Bruce
- Moody
- Francis Davidson
- John MacArthur
- Barclay
- Dicionário
- Strongs
Perícope
at 23: 33
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | os quais, chegando a Cesareia, entregaram a carta ao governador e também lhe apresentaram Paulo. |
ARC | Os quais, logo que chegaram a Cesareia, e entregaram a carta ao presidente, lhe apresentaram Paulo. |
TB | os quais, chegando a Cesareia, entregaram a carta ao governador e apresentaram-lhe também Paulo. |
BGB | οἵτινες εἰσελθόντες εἰς τὴν Καισάρειαν καὶ ἀναδόντες τὴν ἐπιστολὴν τῷ ἡγεμόνι παρέστησαν καὶ τὸν Παῦλον αὐτῷ. |
HD | os quais, chegando em Cesareia e entregando a carta ao governador, também lhe apresentaram Paulo. |
BKJ | os quais, entrando em Cesareia, e entregando a carta ao governador, apresentaram-lhe também a Paulo. |
LTT | Os quais |
BJ2 | Chegando a Cesaréia, os cavaleiros entregaram a carta ao governador e apresentaram-lhe Paulo. |
VULG | Qui cum venissent Cæsaream, et tradidissent epistolam præsidi, statuerunt ante illum et Paulum. |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 23:33
Referências Cruzadas
Atos 8:40 | E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesareia. |
Atos 23:23 | E, chamando dois centuriões, lhes disse: Aprontai para as três horas da noite duzentos soldados, e setenta de cavalo, e duzentos lanceiros para irem até Cesareia; |
Atos 23:26 | Cláudio Lísias a Félix, potentíssimo governador, saúde. |
Atos 28:16 | E, logo que chegamos a Roma, o centurião entregou os presos ao general dos exércitos; mas a Paulo se lhe permitiu morar por sua conta, com o soldado que o guardava. |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
A VIAGEM DE PAULO A ROMA
Ao chegar a Jerusalém, Paulo e seus companheiros se encontraram com Tiago, o irmão de Jesus e líder da igreja da cidade. Tiago se regozijou com o relato de Paulo do seu trabalho entre os gentios, mas o instou a pagar pelas despesas de quatro homens que haviam feito um voto segundo a tradição do judaísmo. De acordo com Tiago, isso mostraria aos judeus como eram infundados os boatos de que Paulo estava instigando os judeus a abandonar a lei. Paulo teve de entrar em contato com os sacerdotes do templo para avisar quando as ofertas pelos quatro homens seriam realizadas. De acordo com o relato de Lucas, alguns judeus da província da Ásia viram Paulo no templo e, incitando a multidão, o prenderam, gritando: "Israelitas, socorro! Este é o homem que por toda parte ensina todos a serem contra o povo, contra a lei e contra este lugar; ainda mais, introduziu até gregos no templo e profanou este recinto sagrado" (At
O ruído da multidão irada que estava tentando matar Paulo levou Cláudio Lísias, o comandante dos soldados romanos da fortaleza Antônia, a tomar uma providência e prender Paulo. O comandante atendeu ao pedido de Paulo para se dirigir à multidão. O apóstolo descreveu em detalhes sua experiência no caminho para Damasco por meio da qual veio a crer em Cristo. Quando a multidão exigiu que Paulo fosse açoitado, o comandante descobriu que o prisioneiro era um cidadão romano. Além do fato dos cidadãos romanos não poderem ser sujeitados a castigos degradantes, Paulo ainda não havia sido considerado culpado. Na tentativa de descobrir quais eram, exatamente, as acusações contra o prisioneiro, o comandante enviou Paulo ao Sinédrio, a suprema corte dos judeus. Ao falar de sua educação como fariseu e sua esperança na ressurreição dos mortos, Paulo gerou uma discussão violenta entre os fariseus e saduceus. O comandante interveio e escoltou Paulo de volta à fortaleza.
CESARÉIA
Quando o comandante ficou sabendo de uma conspiração para matar Paulo, providenciou guardas armados para escoltá- lo no percurso de quase 100 km até Cesaréia, junto ao mar Mediterrâneo, onde se encontrava o governador romano Antônio Félix. O governador manteve Paulo preso durante dois anos na esperança de receber um suborno do apóstolo. Em seguida, Paulo se viu sob a jurisdição de Pórcio Festo, sucessor de Félix. Ao ser perguntado se estava disposto a ser julgado em Jerusalém, Paulo respondeu: "Se, pelo contrário, não são verdadeiras as coisas de que me acusam, ninguém, para lhes ser agradável, pode entregar-me a eles. Apelo para César" (At
Festo conferenciou com seu conselho e resolve atender ao pedido de Paulo. Todo cidadão romano tinha o direito de apresentar sua causa perante o imperador, o mais alto tribunal de apelação. A comprovação da inocência de Paulo teria resultado, então, no reconhecimento oficial do cristianismo. Posteriormente, o apóstolo também teve uma audiência com o rei Herodes Agripa I, o qual comentou com Festo que Paulo poderia ter sido liberto caso não houvesse apelado a César (At
A CAMINHO DE ROMA
Em Atos
Depois de passar Cnido, na extremidade da península de Datca, o navio rumou pata Creta, chegando a "Bons Portos" (atual Kali Limenes) na costa sul da ilha. Não obstante as advertências de Paulo, não permaneceram ali, pois o centurião desejava aportar em Fenice, um local mais apropriado para invernar.
A TEMPESTADE
Pouco depois da partida de Bons Portos, um furacão vindo da direção do monte Ida, em Creta, fez a embarcação passar a ilha de Cauda (atual Gavdos) e levou-a para mar aberto. Um pequeno barco que estava sendo rebocado pelo navio foi içado e colocado dentro da embarcação maior para não ser despedaçado pela força das águas que o jogavam contra o casco do navio.
Cordas foram passadas por baixo do casco para reforçá-lo. Temendo que o navio fosse levado para os bancos de areia de Sirte, junto à costa do Líbano, a tripulação baixou a âncora flutuante e jogou ao mar a carga e os equipamentos do navio. Na décima quarta noite, quando ainda estavam sendo levados de um lado para o outro no mar Adriático, os marinheiros lançaram a sonda e descobriram que estavam perto da terra. (Convém observar que na antiguidade o termo "Adriático" era usado para o mar ao sul da Itália, e não apenas a leste, como hoje). Paulo conseguiu evitar que os marinheiros fugissem do navio, usando o bote salva-vidas. Paulo também instou todos a se alimentar, pois soube por uma revelação de Deus que nenhum dos 276 passageiros morreria. Por fim, naquela mesma noite, o restante da carga foi lançado ao mar para aliviar ainda mais o peso do navio.
Quando clareou o dia, o navio encalhou num banco de areia numa baía. Todos chegaram à praia em segurança, nadando ou usando tábuas do navio como boias. Só então perceberam que estavam em Malta. A baía de São Paulo, no nordeste da ilha ou a baía adjacente chamada Mellicha são os locais mais prováveis do naufrágio.
MALTA
A ilha de Malta, cujo nome significa "refúgio" em fenício, havia sido colonizada pelos fenícios no século VII a.C.e passado às mãos dos romanos em 218 a.C.Lucas registra dois milagres ocorridos na ilha. No primeiro, Paulo não sofreu nenhum mal depois que uma víbora se prendeu à sua mão. No segundo, o apóstolo curou o pai de Públio, o principal oficial da ilha. A designação "homem principal" usada por Lucas aparece numa inscrição grega encontrada na ilha. Os náufragos passaram três meses em Malta antes de serem colocados num navio alexandrino com destino a Siracusa na Sicília, levando consigo provisões em abundância fornecidas pelos habitantes da ilha.
ENFIM, EM ROMA
De Siracusa, Paulo e seus companheiros navegaram para Régio (atual Reggio di Calabria), na 1tália continental, do lado do estreito de Messina, defronte a Sicília. Seguiram viagem por mar, desembarcaram em Putéoli (atual Pozuoli) e rumaram para o norte, em direção a Roma, pela Via Apia, a estrada que se estendia de Brindisi no extremo sul da Itália até a capital do império. Lucas observa que ao longo do caminho, na Praça de Apio e nas Três Vendas, o grupo foi recebido por "irmãos" de Roma que saíram ao seu encontro. Atos termina mostrando Paulo em prisão domiciliar em Roma, numa casa alugada pelo próprio apóstolo, onde recebia todos que iam visitá-lo e onde permaneceu durante dois anos "pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo" (At
Referências:
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.
Locais
CESARÉIA
Atualmente: ISRAELCapital da província romana da Judeia. Cidade portuária
CESAREIA
Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:32.5, Longitude:34.883)Nome Atual: Cesareia
Nome Grego: Καισάρεια
Atualmente: Israel
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
- Paulo Versus o Sumo Sacerdote (Atos
23: ). Como um prisioneiro do governo romano, pondo Paulo os olhos — o verbo (cf. Atos1-5 3: ; 6.15; 10.4; 134-12 9: ) significa "olhando intensamente para" — no conselho (1), i.e., o Sinédrio, dirigiu-se aos seus membros dizendo: Varões irmãos — companheiros judeus, embora não companheiros cristãos. A seguir ele pronunciou a afirmação um pouco espantosa: até ao dia de hoje tenho an-dado diante de Deus com toda a boa consciência.14-9
O verbo andado é politeuomai, que significa literalmente "ser um cidadão, viver como um cidadão".' Finalmente, a palavra veio a ter o sentido mais geral de "viver, comportar-se, levar a vida".375
A declaração da Paulo parece querer dizer que ele sempre tinha sido sincero e cons-ciente, mesmo durante a sua violenta perseguição aos cristãos. Nós temos a afirmação do próprio apóstolo de que ele o fez "ignorantemente, na incredulidade" (1 Tm 1.13). É difícil percebermos quanto o jovem fariseu sentia que era a vontade de Deus que ele extirpasse aquilo que a seu ver era uma perigosa heresia.
No entanto, convém observar que Lenski objeta esta interpretação. Ele afirma que a frase de Paulo está relacionada somente com as acusações feitas contra ele (cf. Atos
Alexander julga que a ênfase do verbo é sobre a cidadania teocrática, e que diante de Deus deve ser traduzida como "para Deus" — "Tenho vivido como um cidadão para Deus". Ele prossegue dizendo: "Se interpretada assim, a frase "diante de nós" não é uma vaga confissão de ter agido conscientemente, antes ou depois da sua conversão, mas uma afirmação corajosa e definitiva de ter agido teocraticamente, ou seja, como um fiel mem-bro de igreja judaica, da qual eles o consideravam um apóstata".' Seguindo a mesma linha de raciocínio, Hervey diz que a frase grega significa "viver em obediência a Deus", e continua dizendo: "Paulo corajosamente afirma a sua submissão constante para com a lei de Deus, como um judeu bom e coerente (Fp
A reação à afirmação de Paulo diante do Sinédrio foi repentina e forte. O sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca
(2). Registros seculares mostram que este Ananias era cruel e sanguinário, completa-mente indigno do seu cargo. Lenski opina que o sumo sacerdote se ressentiu da atitude calma e confiante de Paulo perante o Sinédrio. "Este sujeito, Paulo, deveria ter tremido e lisonjeado, mas, ao invés disso, ousou falar da sua boa consciência e da sua conduta irrepreensível na presença de sua majestade, o sumo sacerdote"."
A reação de Paulo foi enérgica: Deus te ferirá, parede branqueada — "desbota-da" (3). O apóstolo sempre tinha sido criticado por "perder a calma". Mas Lake e Cadbury comentam: "Esta forma de 'maldição preditiva' era considerada correta pelos rabinos com base em Deuteronômio
Os ouvintes ficaram horrorizados e disseram: Injurias o sumo sacerdote de Deus? (4) O fato de que o sumo sacerdote era considerado o representante especial de Deus (cf. Dt
Em um tom mais conciliatório, Paulo respondeu: Não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote (5). Lumby resume muito bem os diversos pontos de vista que foram expressos a respeito desta surpreendente afirmação do apóstolo, dizendo: "Alguns pensam que pode ter sido verdade que Paulo, com a visão deficiente de que ele supostamente sofria, não pudesse distinguir que quem falava com ele era o sumo sacerdote; outros opinam que o sumo sacerdote não estava no seu lugar oficial de presidente da corte; ou que devido à ocasião conturbada e à recente chegada de Paulo a Jerusalém ele não tives-se sabido quem era o sumo sacerdote; ou que ele estivesse falando ironicamente, querendo dizer que os atos deste juiz tinham características tão negativas, que ninguém poderia ter suposto que ele fosse o sumo sacerdote; ou que ele quis dizer, com ouk eidein, que naquele momento não havia pensado no que estava dizendo".382 Lumby acrescenta: "Está em perfeito acordo com o caráter de Paulo acreditar que nem a sua própria deficiência física nem a falta das formalidades usuais, ou a falta de uma insígnia, fizeram com que ele fosse incapaz de distinguir que aquele que deu a ordem era realmente o sumo sacerdote".383 Com esta conclusão concordamos veementemente. Não pode ser inoportuno cha-mar a atenção, neste ponto, à afirmação de Lenski de que esta não era uma reunião regular do Sinédrio, no seu lugar normal de reuniões, mas que o tribuno tinha convocado os membros para que viessem até a fortaleza de Antônia.' Se este foi realmente o caso, é compreensível que o apóstolo não soubesse que era o sumo sacerdote.
Mas quando Paulo percebeu que tinha falado desta maneira com o sumo sacerdote, ele verdadeiramente desculpou-se pelo que tinha feito, ou seja, reconheceu que tinha agido mal, de forma inadvertida. Ele citou Êxodo
c. Os Fariseus Versus os Saduceus (Atos
Alguns questionaram a ética de Paulo ao fazer deste o verdadeiro assunto em ques-tão. Mas Knowling coloca o assunto na sua devida perspectiva, ao escrever: "É possível que os fariseus tivessem atraído a atenção do apóstolo através do seu protesto contra o comportamento de Ananias e da sua aceitação do pedido de desculpas... mas é igualmen-te provável que, no relato aparentemente resumido de Lucas, o apelo aos fariseus não tenha sido feito em um impulso repentino... mas tenha sido baseado em alguma manifes-tação de simpatia pelas suas palavras"." Ele também sugere: "Será que não podemos dizer que, para os fariseus, ele se tornou como um fariseu para salvar alguns, para levá-los a ver a coroa e o cumprimento da esperança na qual ele e eles eram um, na Pessoa de Jesus Cristo, a Ressurreição e a Vida?"' Barnes descreve o apóstolo dirigindo-se parti-cularmente aos fariseus neste ponto: "Irmãos, a doutrina que distingue vocês dos saduceus está em jogo... desta doutrina eu fui advogado... pelo meu zelo em levantar os argumen-tos para defendê-la... — a ressurreição do Messias — eu fui preso e agora me coloco sob a sua proteção"."
Ele obteve o resultado desejado. Os fariseus imediatamente defenderam o caso de Paulo contra os saduceus. Houve dissensão [disputa] entre os fariseus e saduceus (7).
A principal diferença na fé entre os dois grupos está claramente afirmada no versículo 8. Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa. O uso de uma e outra coisa (ambas, no original) para três coisas tem duas possíveis explicações. Anjo e espírito podem ser supostos como uma referência à mesma coisa. Ou a palavra grega para ambas pode ser usada para mais de duas coisas (cf; 19.16). Arndt e Gingrich observam que a palavra amphoteroi algumas vezes significa "tudo, mesmo quando mais de dois elementos estão envolvidos" e traduz esta frase como "reconhecem todas essas coisas"." Moulton e Milligan fornecem evidências dos papiros para este uso.
A diferença afirmada aqui entre a fé dos fariseus e a dos saduceus é abundantemen-te confirmada por Josefo, o historiador judeu do século I. A respeito dos fariseus, ele escreve: "Eles também acreditam que as almas têm um vigor imortal em si mesmas, e que sob a terra haverá recompensas e punições, de acordo com a vida que elas tiveram, se virtuosa ou pecadora; e as últimas serão detidas em uma prisão eterna, mas as primeiras terão o poder de reviver e viver novamente".'Arespeito do que diz Josefo, Schuerer comenta: "O que está representado aqui em um estilo filosófico como a doutrina dos fariseus é meramente a doutrina judaica da retribuição e da ressurreição, já testemu-nhada no livro de Daniel (Dn
Sobre os saduceus, Josefo diz: "Eles também removem a fé na duração imortal da alma e nos castigos e nas recompensas no Hades".3" E ainda: "A doutrina dos saduceus é esta: as almas morrem com os corpos".392
Quanto ao assunto de anjo e espírito, Josefo não é específico. Mas Schuerer observa apropriadamente: "Esta açu
mação do livro de Atos, embora não confirmada por outros testemunhos, é completamente digna de confiança, e está em completo acordo com a imagem que obtemos sobre os dois grupos em outras passagens"." E acrescenta: "Não é necessária qualquer evidência de que neste assunto os fariseus também representavam a posição geral do judaísmo posterior".'
A confusão aumentou rapidamente. O relato diz: E originou-se um grande cla-mor (9) — "protestos em voz alta" — e, levantando-se os escribas da parte dos fariseus, que aparentemente compunham a maioria, contendiam ou "discutiam vee-mentemente", dizendo: Nenhum mal achamos neste homem. A frase não resista-mos a Deus não é encontrada nos primeiros manuscritos, e poderia ser omitida. Uma tradução moderna apresenta o seguinte texto: "Talvez um anjo ou espírito tenha falado com ele" (NEB).
Finalmente a dissensão ("disputa", cf.
7) tornou-se tão violenta que o tribuno (10), ou "comandante" (NASB), temendo pela vida de Paulo, mandou descer a soldadesca — lit., "exército", significando "um destacamento de soldados em serviço"' — para levá-lo de volta à fortaleza. Isto parece sugerir que a reunião do Sinédrio estava acontecendo fora desse edifício.
4. A Vida de Paulo em Perigo (Atos
O tribuno tinha temido que o seu prisioneiro pudesse ser despedaçado pelas duas facções que discutiam no Sinédrio. Mas agora surgia uma ameaça ainda mais séria à vida de Paulo.
a. Conforto (Atos
Para o seu apóstolo perturbado, Jesus disse: Tem ânimo" — "Tenha coragem!, não tenha medo!'" Então foi feita a promessa: Porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma. Isto representava um duplo consolo. Em primeiro lugar, Paulo teve a certeza divina de que não morreria em Jerusalém. Isto deve ter sido um grande conforto, especialmente em vista da infor-mação que ele em breve iria receber, sobre o compro contra a sua vida. Em segundo lugar, ele agora sabia que o seu desejo de visitar Roma (cf. Atos
Este versículo registra como Jesus deu a Paulo: 1. Consolo — Tem ânimo; 2. Elogio — como de mim testificaste em Jerusalém; 3. Confirmação — assim importa que testifiques também em Roma.
Sem dúvida, o apóstolo sentiu-se tentado a pensar que tinha falhado em seu teste-munho em Jerusalém, mesmo depois de ter dado o melhor de si para cooperar com os líderes cristãos judeus ali. Na verdade, enquanto estava atendendo o pedido deles é que ele foi cercado e quase morto. Mas o Senhor afirmou que o seu testemunho não tinha sido em vão. Paulo provavelmente também sentiu que o seu propósito em testemunhar em Roma estava fadado ao fracasso. Agora ele tinha recebido a garantia de que o faria. O Senhor sabia que o seu servo precisava imensamente de um apoio moral, e Ele amorosa-mente o concedeu.
b. A Conspiração (23:12-15). Enquanto o Senhor trabalhava a favor de Paulo, Sata-nás trabalhava contra ele. Mas o Senhor nunca está atrasado. Ele chegou ao homem que estava na prisão antes que se concluísse o plano contra a sua vida. No entanto, na ma-nhã seguinte, mais de quarenta judeus fizeram uma conspiração — (12) lit., "tendo feito uma conspiração" — juraram — lit., "fizeram um pronunciamento solene". Eles solenemente fizeram o seguinte juramento: "Que Deus nos amaldiçoe se nós comermos ou bebermos antes de matarmos Paulo". Isto era um fanatismo religioso desesperado, e a vida de Paulo agora corria um sério perigo.
Os conspiradores foram ter com os principais dos sacerdotes e anciãos (14). Deve-se observar que os escribas (os fariseus), que compunham o Sinédrio juntamente com os principais dos sacerdotes e os anciãos (cf. Mt
Para estes líderes impiedosos, os homens disseram: Conjuramo-nos, sob pena de maldição — literalmente, "com um pronunciamento solene nós fizemos um juramento solene", ou seja, "Nós juramos com completa solenidade". Estes homens então não come-ram nada até morrer? Edersheim mostra como era fácil que os sacerdotes absolvessem um homem de um juramento tão radical, assegurando-lhe que nenhuma punição resul-taria do seu fracasso em cumprir tal juramento".'
Os conspiradores pediram que os principais dos sacerdotes, com o conselho, ro-gassem — "informar, dar a informação"' ao tribuno (15), pedindo-lhe que trouxesse Paulo novamente no dia seguinte perante o Sinédrio, como querendo saber mais alguma coisa de seus negócios. A palavra grega para saber (ou inquirir), diaginoskein, aparece (no NT) somente aqui e em Atos
Os quarenta conspiradores planejavam assassinar Paulo quando o apóstolo estives-se passando pela área do templo, a caminho do lugar onde ocorreria a reunião do Sinédrio. Com adagas afiadas escondidas sob as suas roupas, aquele grupo de homens fanáticos e desesperados poderia ter conseguido realizar o seu intento, apesar da presença de um considerável destacamento de soldados. O fato dos principais dos sacerdotes apoiarem tal conspiração, o que poderia ter até mesmo colocado em perigo a vida do próprio tribuno, mostra quanto eles estavam determinados a livrar-se de Paulo.
- O Quiliarco (tribuno) É Informado (Atos
23: ). Um sobrinho do apóstolo ouviu acerca desta cilada (16) — lit., "emboscada". Normalmente, supõe-se que ele morasse com os seus pais em Jerusalém. Mas é possível que ele fosse um estudante de teologia, como o seu tio tinha sido em outra época, e que a sua casa estivesse em Tarso. Também tem sido dito com alguma freqüência que provavelmente os pais ricos de Paulo o deserdaram quando ele se tornou um cristão. Tudo isto é perfeitamente possível. Mas, neste caso, o sobrinho estava preocupado com a segurança do seu tio.16-22
Não sabemos como ele obteve esta informação. Edersheim sugere que o jovem era um membro da associação dos fariseus ("Chabura") e assim tomou conhecimento do complô.405 O sobrinho entrou na fortaleza — no quartel — e o anunciou a Paulo. Knowling comenta: "Evidentemente, os amigos de Paulo tinham acesso permitido a ele, e entre eles podemos também supor que o próprio Lucas estivesse incluído".' Hackett faz uma observação adicional: "Lísias pode ter sido mais indulgente, porque ele estaria assim compensando o seu erro de ter amarrado um cidadão romano".'
Paulo pediu a um dos centuriões em serviço que levasse o seu sobrinho até o coman-dante (17). Este último levou o jovem para um lado, e perguntou o que ele tinha para lhe dizer (19). Quando ouviu a informação sobre a conspiração jurada (20-21), o quiliarco (tribuno) permitiu que o seu informante saísse com a instrução de não dizer nada a ninguém (22). Dizer é um verbo composto em grego, que significa "divulgar". Contado é o mesmo verbo que é traduzido como "saber" em 15 (ver os comentários) ; em Atos
- Os Centuriões São Convocados (23:23-25). O tribuno percebeu que a situação era verdadeiramente séria. Assim, convocou dois centuriões e ordenou que eles deixassem preparados duzentos soldados de infantaria, setenta de cavalaria e duzentos lanceiros para partirem às nove horas daquela noite para Cesaréia. Naquela época primitiva, sem iluminação de rua, seria seguro partir àquela hora, porque tudo estaria escuro e tranqüilo.
A palavra traduzida como lanceiros não é encontrada em nenhuma outra parte da literatura grega até o século VI. Arndt e Gingrich, no seu léxico mais recente, dizem: "Uma palavra de significado incerto, um termo técnico militar segundo Joannes Lydus... um soldado com arma leve, talvez arqueiro ou atirador de funda".' Knowling entende que esta palavra, dexiolabous "provavelmente deriva de dexios e lambano, agarrar as armas com a mão direita, e assim aqui se refere àqueles que levavam a sua arma leve, uma lança, na mão direita" 409 Schuerer concluiu: "A única coisa de que podemos ter certeza é que este termo designava uma classe especial de soldados com armas leves (atiradores de lanças ou de fundas) ".41° Quem desejar um amplo debate sobre o tema poderá encontrá-lo na obra de Meyer.4" Bruce fornece aquilo que é provavelmente o me-lhor resumo do assunto: "A escolta se compunha de infantaria pesada, cavalaria e tropas com armas leves... todas constituintes do exército romano".412
Os centuriões também deveriam providenciar cavalgaduras (24) — "animais", ou seja, cavalos ou mulas — para Paulo, e provavelmente os soldados imediatamente res-ponsáveis por ele, para que o levassem a salvo ao governador Félix. Tendo dado estas ordens, o tribuno escreveu uma carta ao seu superior (25). Que continha isto — lit., quer dizer "que tinha esta forma" (typon), o que significa "estas palavras" — "não sim-plesmente esta forma ou conteúdo".'
e. O Comunicado ao Governador (Atos
Aparentemente, Félix tinha se tornado o governador da Judéia em 52 d.C. Ele era um governador cruel e mau. O historiador romano Tácito, brincando com o fato de que Félix tinha sido escravo, escreveu sobre ele: "Antônio Félix, permitindo-se todo tipo de barbáries e luxúrias, exercia o poder de um rei com o espírito de um escravo".414
Saúde é chairein (ver o comentário sobre Atos
Como era de esperar, Lísias coloca-se da maneira mais favorável possível em sua carta ao governador. É verdade que ele resgatou Paulo da multidão que estava prestes a linchá-lo (27). Mas ele torce a verdade quando acrescenta: tendo sido informado de que era romano. O relato (Atos
Lísias prossegue dizendo como levou o seu prisioneiro perante o Sinédrio em um esforço para determinar o seu crime (28). Mas logo descobriu que era um assunto relaci-onado à religião judaica, e não à lei romana (29). Quando soube da conspiração contra a vida de Paulo, imediatamente enviou o prisioneiro ao governador, e informou aos seus acusadores que fizessem quaisquer outras reclamações diretamente ao procurador. As-sim, Lísias livrou-se de um problema muito desagradável e protegeu-se da possibilidade de ter problemas com o caso de Paulo.
f A Escolta a Cesaréia (Atos
Existem duas soluções possíveis. Afirma-se que a infantaria, no dia seguinte (32) deixou que a cavalaria levasse o prisioneiro pelo resto do caminho até Cesaréia. Eles tornaram à fortaleza, i.e., ao seu quartel em Jerusalém. Mas não se afirma a que hora do dia isto aconteceu. Poderia ter sido ao meio-dia ou à tarde. Alguns estudiosos ressal-tam de noite significando que a viagem se realizou somente à noite e que pode ter durado duas noites.' O próprio Hackett permitiu que a frase de noite fosse interpretada aplicando-se somente à maior parte da viagem, e acrescentou: "Seria correto falar da viagem, em termos gerais, como tendo se realizada à noite, embora deva ter tomado duas ou três horas do dia seguinte".' Hervey opina que eles poderiam tê-la feito em uma noite, uma vez que chegariam a Gophna (a três horas de marcha, partindo de Jerusa-lém) à meia-noite, e estariam descendo a colina pelo resto do caminho até a planície de Sarom, na qual se localizava Antipátride.'
Quando a escolta de cavalaria chegou a Cesaréia (a 96 quilômetros de Jerusalém), a carta e o prisioneiro foram apresentados ao governador (33). Tendo lido a carta, Félix perguntou de que província era Paulo. Quando soube que era da Cilicia (34), declarou: Ouvir-te-ei quando também aqui vierem os teus acusadores (35). Lake e Cadbury comentam o verbo composto que é traduzido como ouvirei. "Aparentemente era um termo legal para "farei uma audiência", e era assim usado pelos historiadores helênicos, em inscrições e em papiros, e é apropriadamente empregado aqui"."'
Então o governador ordenou que guardassem Paulo — "vigiado" — no pretório de Herodes — que era a sala de julgamento. Este era o palácio construído em Cesaréia por Herodes, o Grande. Quando os Herodes foram sucedidos na Judéia pelos procurado-res romanos, o palácio tornou-se a residência do governador e a sede do governo romano. Paulo foi provavelmente colocado em algum tipo de sala da guarda no praitorion, mas desta vez o apóstolo não foi preso em uma masmorra.
Genebra
23.2 sumo sacerdote, Ananias. Filho de Nebedeu, um homem brutal e violento que governou de 48 a 59 d.C. Este não é o anterior Anás, de Jo
* 23.3 parede branqueada! Os túmulos eram frequentemente branqueados para fazê-los mais visíveis (Mt
contra a lei. De acordo com a lei judaica, Paulo tinha de ser julgado e pronunciado culpado antes de ser punido.
* 23.6 saduceus... fariseus. Estes dois grupos emergiram durante o período entre o Antigo e o Novo Testamento. Eles tinham opiniões políticas e religiosas diferentes. Paulo aproveitou a oportunidade para enfatizar suas diferenças, identificando-se como um fariseu e um crente na ressurreição dos mortos, contra os saduceus que negavam a ressurreição e a existência de anjos e espíritos (Mt
* 23.9 escribas da parte dos fariseus. Estes eram mestres, intérpretes especialistas da lei dos judeus.
*
23.16 o filho da irmã de Paulo. Segundo parece, alguns membros da família de Paulo estavam em Jerusalém.
avisou a Paulo. Os prisioneiros recebiam de parentes e amigos que regularmente os visitavam o seu suprimento necessário.
* 23:23-24 A infantaria e cavalaria com equipamentos pesados entregaram Paulo com segurança a Félix, o procurador da província imperial da Judéia. Os quartéis oficiais da província ficavam em Cesaréia.
* 23.26 governador Félix. Félix tinha sido escravo e, como homem livre, tinha ascendido a uma influente posição no governo romano. Em 52 d.C. o imperador Cláudio enviou-o como governador a Cesaréia. Félix era chamado de “excelentíssimo Félix” (24,2) durante a sua administração de oito anos. O historiador romano Tácito disse que Félix “ocupava a posição de um rei, enquanto tinha a mente de um escravo, saturada com crueldade e lascívia” (História 5.9).
* 23.31 Antipátride. Uma cidade construída por Herodes o Grande em honra de seu pai Antipater, cerca de 48 km a noroeste de Jerusalém.
*
23.35 pretório de Herodes. A residência oficial construída por Herodes o Grande. Tornou-se um pretório romano ou residência oficial e incluía celas para prisioneiros (Jo
Matthew Henry
Wesley
De acordo com At
Declaração de Lucas, e Paulo, fitando os olhos no conselho (v. la), parece claramente projetado para indicar que Paulo examinado de perto o pessoal e atitude deste órgão sullenly hostil e, em seguida, tirou suas conclusões em conformidade. Em At
Grande falácia de Paulo antes de sua conversão era a falácia comum de valores confusos. Ele atribuiu valor intrínseco com a lei, que é possuída somente valor extrínseco ou instrumental. Ele fez a lei "um fim" ao invés de "um meio" para a final, que era Cristo.Assim, para Paulo a lei era final, e, conseqüentemente, era inevitável que isso iria destruir Cristo e Seus ensinamentos, já que Ele pretendia substituir a lei (Mt
Este sumo sacerdote, Ananias, era filho de Nedebaios. Ele tinha conseguido José, filho de Camithos, e ele era o sumo sacerdote XX, a fim de a adesão de Herodes, o Grande, em 40 AC Ele tinha recebido a sua nomeação em AD 47 ou 48 de Herodes de Chalcis (AD 41-48), um irmão de Herodes Agripa I, e segurou-a sobre uma dúzia de anos. Talvez um indivíduo mais infame nunca ocupou o cargo. Ananias foi um insolente membro negrito, violenta-humorado do partido dos saduceus, conhecida pela sua popa e julgamento severo sobre os outros. Josephus descreve sua infâmia. Fez-se extremamente rico sobre o ganho de ilícitos de seu escritório, tomou à força os dízimos que pertenciam aos sacerdotes, deixando, assim, alguns a morrer de fome, abrigado uma ninhada perverso de capangas, e colaborou com o sicários ou Assassins do país. Ele convocou o Sinédrio no ínterim entre o governo de Festus e Albinus e condenado à morte por apedrejamento Tiago, irmão de Jesus e pastor da igreja de Jerusalém, com os outros cristãos, além de inúmeros outros atos perversos, de acordo com Josephus. Como um membro do partido dos saduceus era odiado pelos partidos nacionalistas extremos da Judéia por causa de suas simpatias pró-romanas e política. Uma vez que, cinco anos antes, ele havia sido condenado a Roma para responder por sua conduta por suspeita de envolvimento em um incidente judaico-Samaritan de violência. No entanto, ele foi absolvido e restaurado pelo imperador. Eventualmente, durante a guerra contra Roma, em AD 66, Ananias, com seu irmão Ezequias, foi morto pelos rebeldes em um aqueduto onde eles estavam escondidos.
Foi para este Ananias que Paulo administrado sua repreensão fulminante (v. At
Plumptre observa a propósito:
Todo o enunciado deve ser considerado pela própria confissão de São Paulo como a expressão de uma indignação apressada, lembrou depois de um momento de reflexão; mas as palavras tão faladas eram realmente uma profecia, cumpriu alguns anos depois, com a morte de Ananias pelas mãos do sicários .Paulo conhecia os seus direitos de defesa, tanto pela lei judaica e romana, e até prova em contrário, ele deve ser considerado inocente (conforme Dt
A repreensão de Paulo pelos espectadores (v. At
Pedido de desculpas (v. De Paulo
5) foi por diversas vezes visto pelos intérpretes da Bíblia. As possíveis razões sugeridas pela sua resposta, eu não sabia ... que era o sumo sacerdote (v. At
A estratégia de Paulo em dividir o conselho tem sido atacado por alguns como sendo indigno da ética cristã. No entanto, parece que as palavras de Cristo na parábola do mordomo injusto ", os filhos deste mundo são para sua própria geração mais sábios do que os filhos da luz" (Lc
Os saduceus, por outro lado, embora o partido menor, estavam no aristocrático principal e muito influente. Eles defendiam helenização e cortejada favor Roman. Eles foram mundana em suas perspectivas, aceitou apenas a Torá, rejeitaram a lei oral, e odiava a doutrina da ressurreição ea crença em anjos e espíritos. Plumptre afirma: "Eles foram, de fato, levado por um dos grandes ondas de pensamento que foram, então, que passam sobre o mundo antigo e foram epicuristas e materialistas sem sabê-lo, assim como os fariseus eram ... a contrapartida dos estóicos."
Assim, a identificação de Paulo de si mesmo com o partido dos fariseus, não só o colocou em alinhamento com tudo o que havia de melhor na judaísmo de sua época, mas também dividiu o município. Nem era Paulo ou errado ou desonesto em identificar-se assim, como a seguinte evidência indica. Em primeiro lugar , antes de sua conversão, ele tinha sido um membro consciente do partido (At
O ressurgimento da ortodoxia judaica no conselho agitado bastante o partido liberal materialista dos saduceus, com o resultado que surgiu dissensão tão grave que o conjunto foi dividido (v. At
Mais uma vez frustrado e frustrado com a fuga da vítima cobiçado de sua rede, alguns quarenta judeus em desespero comprometeram-se a um juramento de prurido (v. At
A banda de uns quarenta judeus que tomaram o juramento nem para comer nem beber enquanto não matassem Paulo foram mais provável do sicários ou Assassins (conforme At
Quando estes Assassins apresentou seu plano para os principais sacerdotes e os anciãos do partido dos saduceus, é de salientar que os escribas , que eram em sua maioria fariseus e que defendeu a causa de Paulo no conselho no dia anterior, não são mencionados como tendo sido consultado. Parece ainda que eles estavam propondo para pedir de Lysias uma oportunidade para um veredicto contra Paulo e não simplesmente um inquérito. Assim, afigura-se que eles pretendiam fazer pela violência sutil e cruel o que não podiam esperar fazer por procedimento legal por causa de sua incapacidade de garantir uma maioria no Conselho.
2. O plano para matar Paulo malogrado (23: 16-22) 16 Mas o filho da irmã de Paulo, tendo sabido da cilada, e ele veio e entrou na fortaleza e disse Paulo. 17 E Paulo chamou a si um dos centuriões, disse: Leva este jovem ao comandante; porque tem algo a dizer a ele. 18 Então ele pegou ele, e levou-o para o comandante, e disse: O preso Paulo, chamando-me, e me pediu para trazer este moço, que tem alguma coisa a dizer a te. 19 E o tribuno, tomando-o pela mão, e pondo lhe perguntaram em particular, o que é que tu tens para me dizer? 20 E disse ele: Os judeus combinaram pedir-te para derrubar Paulo amanhã ao conselho , como se queres inquirir com mais precisão algo a seu respeito. 21 Não tu, pois deu-lhes: para lá de emboscada para ele delas mais de quarenta homens, os quais juraram sob pena de maldição, não comer nem beber até eles o morto: e agora eles estão prontos, esperando a tua promessa. 22 Então o comandante deixou o jovem ir, acusando-o, ninguém dissessem que tu significavam essas coisas para mim.A aparência do sobrinho de Paulo proporciona a única referência à família de Paulo nos Atos (conforme Rm
As escaramuças dos dois dias anteriores no Sinédrio, além de informações do plano para matar Paulo, suficientemente convencido de que o comandante da gravidade e os riscos da situação. A partir da guarnição de cerca de mil soldados que ele pediu, através de dois centuriões, que duzentos soldados, cavaleiros setenta e duzentos lanceiros, com animais especiais para Paulo para montar, estar preparado para sair de Jerusalém para Cesaréia por volta das nove horas da noite . Vale ressaltar que esta proporciona a única instância definitiva em Atos, ou em outro lugar no Novo Testamento, onde Paulo já montada uma besta de transporte. Caso contrário, ele andou ou navegou, pelo que sabemos. Assim escoltado com segurança, tanto os interesses do comandante e os de Paulo, o prisioneiro seria salvaguardada. Lysias não poderia ficar tranqüilo com tal conspiração pendente até que ele sabia que Paulo estava em segurança nas mãos do funcionário administrativo e executivo-chefe da colônia, Felix. Se o sicários sabia do plano de Lysias 'para espírito Paulo de Jerusalém, não há nenhuma evidência de que eles ofereceram resistência ou interferência.
4. A Carta sobre a Paulo Escrita (23: 25-30) 25 E escreveu uma carta após este formulário: 26 Cláudio Lísias até o excelentíssimo governador Félix, saudação. 27 Este homem foi preso pelos judeus, e estava prestes a ser morto deles, quando eu vim para eles com os soldados e salvou-o, ao saber que era romano. 28 E, querendo saber a causa por que o acusavam, eu trouxe-o até o seu conselho: 29 . quem eu encontrei para ser acusado sobre questões da sua lei, mas não tem nada estabelecido para o seu cargo digno de morte ou prisão 30 E quando me foi mostrado que haveria um complô contra o homem, eu o mandei para ti imediatamente, cobrando seus acusadores também para falar contra ele diante de ti.Como Lucas sabia o conteúdo da carta Lysias 'para Felix que não é dito. Paulo pode ter tido uma cópia do mesmo, mas parece mais provável que Lucas ouviu ler no tribunal em Cesaréia antes Felix. Esse era o costume, para ler abertamente a acusação contra o arguido.
A prática de epistolar no primeiro século cristão proporcionou o principal meio de comunicação. Era uma época epistolar. Muito se revelado nas poucas frases desta carta preservada para nós. Plumptre observa que o epíteto, mais excelente , é a mesma que a utilizada por Lucas de Teófilo (Lc
A mãe do imperador Cláudio, Antonia, manteve dois irmãos escravos, Antônio Félix e Pallas, que foram feitas mais tarde libertos. Felix tornou-se o companheiro e favorecido ministro de Claudius, e, assim, ele obteve a procuradoria da Judéia, pela graça de Claudius e com a ajuda de Pallas eo sumo sacerdote JoNatan. Bruce pensa que ele possa previamente "ter ocupado um cargo subalterno na Samaria sob Cumano do ANÚNCIO 48. "Assim, parece que ele considerou a favor do imperador, seu irmão de criação, ele imunizados contra imperial responsabilidade por qualquer crime que ele poderia cometer. Ele exercia, nas palavras de Tácito, "o poder de um tirano no temperamento de um escravo." Lust e crueldade caracteriza toda a sua regra. Ele é relatado para ter três vezes casada. Plumptre relata que sua primeira esposa foi Drusilla, a filha de Selena, que era a esposa de Juba, rei da Mauritânia e da filha de Antonius e Cleópatra. Drusilla, a filha de Agripa I e irmã de Agripa II, que havia deixado o marido Azizus, rei de Emesa, foi sua segunda esposa (conforme At
Vale ressaltar que Lysias evita qualquer referência a sua ligação de Paulo e da flagelação pretendido. Nem ele insinuar que ele tinha sido ignorante de cidadania romana de Paulo no início. Ele engenhosamente cores todo o assunto para dar a impressão de que ele havia obedientemente resgatado, de violência da multidão judaica, uma vítima, que ele sabia ser um cidadão romano (v. At
Parece que o primeiro semestre, ou possivelmente de dois terços, dos cerca de viagem de sessenta quilômetros de Jerusalém para Cesaréia foi alcançado em Antipatris antes do amanhecer (v. At
Inquérito do Felix relativa província de Paulo (v. At
Decisão expressa do Felix, eu te ouvirei totalmente ... quando também os teus acusadores vir (v. At
Aparentemente, é neste momento que Paulo assumiu um papel ativo no processo. A partir daí, ele parece ter feito valer os seus direitos de cidadania romana em uma relação de quatro vezes. Primeiro , ele fez isso para escapar flagelação (At
Com a promessa de um julgamento completo e justo sobre a aparência de seus acusadores, Felix ordenou Paulo detido sob guarda no palácio de Herodes. Este foi provavelmente o palácio construído por Herodes, o Grande, e mais tarde convertido em uma residência oficial para o procurador romano da Judéia, embora possa ter servido como uma fortaleza e tiveram uma sala de guarda (conforme Mc
Wiersbe
No dia seguinte, o comandante apresenta Paulo na reunião oficial do conselho judaico. Esse grupo acaba por ser responsável pelo jul-gamento de Pedro e João (4:5ss), dos 12 apóstolos (5:21 ss) e de Estêvão (6:12ss). E também de Cristo.
Paulo, como foi ele mesmo um fariseu ativo, sentiu-se em casa nes-sa reunião. Ele falou imediatamente em defesa própria, afirmando que sua vida pública era irrepreensí-vel e que sua consciência estava limpa. Ananias, o sumo sacerdote, enfureceu-se com essa declaração e ordenou que um dos homens que estava próximo de Paulo ba-tesse em sua boca. Cristo teve um tratamento semelhante (Jo
Paulo sabia quem era o sumo sacerdote? Alguns estudiosos acham que seu problema de visão (Gl
A seguir, Paulo usou uma "tática política" ao tentar dividir o conselho fazendo com que os rígidos fariseus ficassem contra os liberais saduceus. É difícil crer que o grande apóstolo dos gentios, o ministro da graça de Deus, gritaria: "Eu sou fariseu!". Mais tarde, ele chamou sua vida fa- risaica de "refugo" (Fp
Sem dúvida, Jerusalém estava afas-tada de Deus quando, em nome da religião, mais de 40 homens cons-piravam para matar um judeu de-voto! Até os principais sacerdotes e anciãos de Israel faziam parte do complô! No entanto, Deus estava no controle e, apesar da oposição dos homens e de Satanás, levaria seu mensageiro para Roma. O Senhor, graciosamente, distraiu e encora-jou seu servo independentemente de Paulo, ao ir para Jerusalém, estar de acordo com a vontade revelada dele ou não. E que encorajamento esse incidente representa para nós quando tomamos decisões em rela-ção ao nosso ministério!
Não sabemos nada a respei-to da irmã e do sobrinho de Paulo. Não temos nem mesmo certeza se eram crentes. Todavia, eles foram o instrumento de Deus para frustrar a conspiração e afastar Paulo da peri-gosa Jerusalém. Com certeza, deve-mos admirar a honestidade e a inte-gridade desse comandante romano. Ele poderia desprezar a mensagem do rapaz ou escutar as mentiras dos judeus, mas fez seu trabalho com fi-delidade. Os servos de Deus, com frequência, recebem ajuda e prote-ção de descrentes honestos e fiéis. Agora, Paulo, como aconteceu com seu Senhor anos antes, foi entregue nas mãos dos gentios.
O comandante chamava-se Cláu-dio Lísias. Em sua carta a Félix, ele conta como salvou Paulo dos judeus porque o apóstolo era cida-dão romano. Ele acrescentou que a questão dizia respeito à lei judaica, não à romana, e que não achava que Paulo merecesse ser preso ou morto. Todavia, Cláudio enviou-o para ser julgado por Félix a fim de manter Paulo em segurança.
Que cortejo foi aquele! Os 40 judeus deviam estar famintos antes de quebrar seu voto! No entanto, conduziram Paulo em segurança até Cesaréia, onde este enfrentou seus acusadores judeus diante de Félix, o governador.
Agora, vemos por que Deus usou Paulo como seu grande mis-sionário aos gentios. Sua cidadania romana deu-lhe a proteção da lei e da guarda romana e a oportunida-de de testemunhar para os gentios. É maravilhoso como Deus prepara seu servos de antemão, prevendo até o local de nascimento e a cida-dania deles!
É interessante observar que o Senhor apareceu a Paulo a fim de encorajá-lo em diversas ocasiões crí-ticas que ele vivenciou. Nos ataques dos judeus em Corinto, Cristo asse-gurou-lhe que estava com ele e lhe daria muitos convertidos (18:9-11). Cristo assegurou a Paulo que não o abandonaria, quando este estava em um navio a caminho de Roma, e o navio ficou à deriva em uma tempes-tade (27:21-25). Perguntamo-nos se Paulo encontrou grande conforto em Sl
Russell Shedd
23.2,3 Ananias. Sumo sacerdote desde 47 d.C. tornou-se notório pela capacidade e crueldade. Cumpriu-se a denúncia profética de Paulo ao ser assassinado em 66 d.C. pelos sicários por dar seu apoio a Roma. Parede branqueada. Os túmulos foram caiados para evitar contaminação ritual com os mortos (conforme Mt
23.5 Não sabia. Alguns comentaristas acham quase impossível Paulo não ter reconhecido o sumo sacerdote, É bem possível que Paulo esteja falando com ironia: "Não sabia que um homem desse pudesse ser sumo sacerdote". Ou então, Paulo, por sua deficiência visual (At
23.6 Saduceus. O partido dos sacerdotes, desejosos de manter o status quo para evitar a intervenção dos romanos, quer aniquilar Paulo. Paulo aliou-se com os fariseus, cujas doutrinas ofereciam porta aberta para a evangelização em contraste com a dos saduceus.
23.8 Anjo. Não negavam o Anjo do Senhor nem Seu Espírito.
23.9 Os fariseus demonstram a tolerância de Gamaliel (conforme 5.33ss).
23.11 Ao lado. Lit. "em pé acima dele". Note as visões de Paulo que marcaram crises principais (9.4ss; 16.9; 18.9; 23.11). Esta, como aDt
23.12 Sob anátema. O juramento dos 40 é simbólico do anátema assumido pela nação israelita na morte de Jesus (Mt
23.14 Sacerdotes e anciãos. Uma parte do Sinédrio apenas (25.15).
23.16 Gostaríamos de saber mais acerca da família de Paulo. Certamente era influente; o sobrinho talvez fosse membro do Sinédrio, o que lhe deu acesso a esta informação tão importante. Provavelmente a família era contrária a Paulo, de modo que o sobrinho (reconciliado com ele) não seria suspeito.
23.20 Inquirir. O plano projetado foi de abrir de novo o caso no Sinédrio e pedir a Lísias que trouxesse Paulo da torre para o Sinédrio.
23.23 Hora terceira. Vinte e uma horas. Soldados... cavalaria... lanceiros. As três distintas classes de forças que compunham o exército romano. As extraordinárias precauções tomadas pelo tribuno revelam a seriedade com que se encarava a segurança de um preso.
23.24 Animais. Para Paulo e seus companheiros, Lucas e Aristarco (27.1, 2). Governador Félix. Primeiro escravo liberto a chegar a ser governador de uma província romana. Seu irmão Pallas foi emancipado por Cláudio sendo favorito de Agripina, mãe de Nero. Foi nomeado procurador de 52 a 59 d.C. (antes fora prefeito de Samaria), (conforme 24.27). Um homem sem escrúpulo, não foi feliz no seu mandato, muito violento na repressão.
23.25 Carta. Mandar um acusado para um tribunal superior exigia um "elogium" que esclarecia o caso.
23.27 Cláudio Lísias coloca a culpa da situação de Paulo sobre os judeus (conforme Gálio em 18.14, 15). Ele não se importa de modificar levemente os fatos para se pôr em favor com o governador. Ele não soube que Paulo era romano até depois do tumulto (21.38; 22.26).
23.29 Nada, porém, que justificasse morte. Como na apresentação do julgamento de Jesus diante de Pilatos (Lc
23.31 Antipátride. Cerca de 60 km de Jerusalém. O perigo imediato de uma emboscada foi superado e Paulo é conduzido apenas pela cavalaria os 40 km até Cesaréia.
23.35 Pretório. Residência oficial do procurador; neste caso, um palácio construído por Herodes, o Grande.
NVI F. F. Bruce
4) Paulo diante do Sinédrio (23:1-11)
As circunstâncias. A presença de Paulo nessa sessão do Sinédrio concluiu o seu testemunho em Jerusalém. A sua atitude e suas declarações têm sido criticadas, mas precisamos lembrar que teria sido fatal se a sessão convocada por Lísias, para a investigação das acusações contra Paulo, tivesse sido transformada em um julgamento por uma corte investida de autoridade completa sobre os judeus em questões religiosas. A situação era delicada, e a atmosfera, tensa. Paulo deveu a sua vida — sob a providência de Deus — à proteção garantida por Roma a um cidadão que ainda não tinha sido condenado nos seus tribunais. O Sinédrio era a continuação do tribunal culpado do sangue de Cristo, de Estêvão e de outras testemunhas cristãs. Dissensões internas, como também métodos corruptos e violentos, tinham lhe roubado muito do seu prestígio antigo, e logo ceifaria a tremenda ruína que havia semeado. O presidente era o vil Ananias, cujas intrigas ines-crupulosas o mantiveram no poder de 47 a 58 d.C., apesar de muitas acusações contra ele. Foi assassinado por zelotes em 66 d.C. Os métodos de Paulo precisam ser avaliados contra esse pano de fundo, e precisamos lembrar também que o relato de Lucas é necessariamente abreviado. Diferentemente de Pedro e João (4:5-20), Paulo era um rabino reconhecido que “falava a língua” dos seus juízes, estando profundamente familiarizado com os mecanismos e procedimentos do Sinédrio.
Paulo e Ananias (v. 1-5). A sessão, provavelmente, tinha sido aberta da maneira usual, de forma que a declaração de Paulo tenho cumprido meu dever para com Deus com toda a boa consciência (v. 1) seria a frase de abertura da sua defesa. Acerca de sua preocupação em não fazer nada contra a sua consciência, v. 1Co
Ananias violou a lei em essência e na letra quando ordenou aos seus subalternos que batessem na boca de Paulo, e a réplica irada do apóstolo continha algo do seu antigo testemunho profético contra a iniqüidade em posições de destaque. Pode até ser considerada uma predição do fim violento de Ananias (v. 3). O nosso Senhor “não abriu a boca” em circunstâncias semelhantes, mas épocas diferentes requerem diferentes tipos de testemunho dentro do quadro geral da verdade divina. As severas denúncias de Mt
A esperança e a ressurreição (v. 6-9). A declaração de Paulo (v. 6) parece um movimento tático para dividir o conselho e frustrar qualquer tentativa de sentença adversa. Esse movimento justo nesse momento era necessário e legítimo, mas podia Paulo, de boa consciência, declarar naquele estágio: sou fariseu, filho de fariseuP O termo tem um tom desagradável em muitos ouvidos por causa da oposição da seita à pessoa ao e ministério do Mestre, mas, antes de julgar Paulo, precisamos levar em conta os seguintes aspectos: (a) Os fariseus defendiam doutrinas fundamentais, baseadas no AT, que os saduceus rejeitavam veementemente.
O remanescente fiel, que aguardava a esperança de Israel, era constituído totalmente de fariseus na sua doutrina, e não precisou desaprender as verdades bíblicas que possuía, mas somente aplicá-las a Jesus como o Cristo e rejeitar o legalismo. Um saduceu teria de deixar de ser saduceu se quisesse tornar-se cristão; um fariseu, não. (b) A esperança na ressurreição dos mortos não era um sofisma teológico, mas a essência do evangelho. Paulo trouxe à vida em alguns dos seus antigos companheiros algo real que os lembrava de que a sua posse mais preciosa era a esperança messiânica e a doutrina da ressurreição. Isso era a verdadeira herança veterotestamentária, e não o formalismo estéril dos saduceus e dos legalistas (conforme 26.7,23). O efeito foi notável, visto que alguns dos escribas entre os fariseus estavam preparados, ao menos momentaneamente, a defender uma sentença de absolvição e admitir a possibilidade de uma revelação especial dada a Paulo — com referência, supostamente, ao seu encontro com o Cristo ressurreto perto de Damasco (v. 9). Podemos esperar que alguns desses tenham recebido bênçãos no seu coração — os Nicodemos e os Josés de Arimatéia dos seus dias.
A conseqüência (v. 10,11). A disputa entre saduceus e fariseus no conselho foi tão intensa que o pagão Lísias teve de resgatar o seu prisioneiro usando as forças armadas (v. 10). Paulo deve ter se sentido física e espiritualmente esgotado aquela noite, e recebeu um consolo especial do seu Senhor (v. 11). Observe que não há um mínimo sinal de censura, mas: (a) o encorajamento do Senhor de todo o conforto; (b) a ratificação do testemunho em Jerusalém, apesar de toda a turbulência; (c) a confirmação do propósito de que Paulo deveria testemunhar em Roma, com igual fidelidade e eficácia.
5) De Jerusalém para Cesaréia (23:12-35)
Mais um livramento (v. 12-24). Soluções ilegais e violentas de disputas interpartidárias estavam se tornando freqüentes em Jerusalém, à medida que se aproximava a época da “árvore seca” (Lc
16). O enigma é como esse jovem poderia descobrir a conspiração se fosse suspeito de simpatizar com os cristãos, ou por que correria o risco de avisar o seu tio se ele estava associado aos judeus fanáticos. O segredo não é revelado, e Deus organizou as circunstâncias na sua providência. A história dos v. 1622 é detalhada e vívida, revelando a presença e capacidade de observação de Lucas, embora não se identifique. O testemunho do sobrinho confirmou a convicção de Lísias de que a presença de Paulo em Jerusalém seria motivo de constantes distúrbios e que seria difícil proteger a vida desse cidadão romano fora da fortaleza. Ele decidiu, então, transferi-lo para Gesaréia para ser julgado pelo governador Félix. A sua estimativa da coragem e da violência dos judeus é revelada pelo tamanho da escolta até Antipátride: 200 soldados fortemente armados, 200 soldados levemente armados e 70 cavaleiros (v.
23)! A expressão montarias para Paulo sugere a presença de amigos; talvez Lucas fosse um deles (v. 24).
A carta de Lísias (v. 25-30). A forma inteligente em que os eventos referentes ao aprisionamento de Paulo são resumidos — com uma inclinação dos fatos a favor do tribuno (v. 27) — é evidente. A adequação psicológica da comunicação é evidência de que o historiador tinha conhecimento de primeira mão, embora não saibamos como o conseguiu. Lucas tinha um bom olho para documentos relevantes!
Gesaréia (v. 31-35). Gesaréia era a capital da província e devia muito ao planejamento e aos projetos de construção de Herodes, o Grande. Antipátride ficava a 40 quilômetros de Cesaréia e estava além da esfera de ação da multidão fanática de Jerusalém, de forma que os soldados de infantaria retornaram, deixando que a cavalaria escoltasse o prisioneiro até a capital. Félix tomou conhecimento da carta de Lísias e da chegada de Paulo, ordenando sua estada no pretório de Herodes até que os acusadores pudessem vir de Jerusalém. A posição de Paulo como cidadão romano foi respeitada.
Antônio Félix não era um bom exemplo de governador romano; ele devia sua posição à influência de seu irmão Palas, um dos favoritos de Cláudio e um liberto, ligado à mãe do imperador, Antônia. Ele havia lidado de forma dura com bandidos, mas tinha suscitado oposição ampla em virtude de sua violência e prática de corrupção. Tácito observa que ele “exercia o poder de um príncipe com a mentalidade de um escravo”. A sua terceira esposa, Drusila, era filha de Herodes Agripa I.
Moody
32, 33. Agora o perigo imediato de assassinato tinha passado, e os quatrocentos soldados da infantaria mais os archeiros retornaram a Jerusalém, enquanto os setenta cavaleiros acompanharam Paulo a distância que restava até Cesaréia.
Francis Davidson
Tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência (At
John MacArthur
A confrontação
E Paulo, olhando fixamente para o Conselho, disse: "Irmãos, eu vivi minha vida com um perfeitamente boa consciência diante de Deus até o dia de hoje." ( 23: 1 )
Nunca um a ser intimidados ou se afastar um confronto, Paulo ficou por um momento olhando atentamente para o Conselho , antes de começar a falar. Olhando atentamente é de atenizō , que significa "para contemplar", "fixar os olhos no", ou "a olhar." Alguns viram isso como mais uma prova da má visão de Paulo; outros sugerem que ele estava olhando para ver quem podia reconhecer. Mas, mais importante, o olhar de Paulo foi um dos integridade consciente. Ele sabia que era inocente de qualquer delito, e ele tinha total confiança de que Deus estava com ele. Por causa disso, ele não se acovarda ou culpa.
Paulo começou por abordá-los, surpreendentemente, como "irmãos" (o texto grego diz "homens, irmãos"). A maneira usual de se abordar o Sinédrio era "governantes e os anciãos do povo" ( At
Ainda mais desconcertante para o Sinédrio era audaz afirmação de Paulo "Eu vivi minha vida com um perfeitamente boa consciência diante de Deus até o dia de hoje." Como aqueles que o conheciam poderia atestar, de sempre ter sido motivado por um desejo de agradar a Deus (cf . 24:16 ; . Gl
O Conflito
E o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca. Então Paulo disse-lhe: "Deus vai atacar você, parede caiada! E você sentar para me tentar de acordo com a Lei, e em violação da lei de ordem que eu seja ferido?" Mas os transeuntes disse: "Você ultrajar o sumo sacerdote de Deus?" E Paulo disse: "Eu não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; porque está escrito: 'Você não deve falar mal de um governante de seu povo.'" ( 23: 2-5 )
Indignado com afirmação ousada de Paulo de uma boa consciência, o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca. Ananias, filho de Nedebaeus, não deve ser confundido com o ex-sumo sacerdote Anás ( Lc
Enfurecida com violação ultrajante do Ananias da lei judaica, Paulo respondeu: "Deus vai atacar você, você caiada parede!" Ele pode ter se lembrado castigation dos fariseus de Jesus como "sepulcros caiados" ( Mt
Uma vez que Paulo não tinha sequer sido formalmente acusado de um crime, muito menos condenado por um, ele não poderia legalmente ser derrotado. Ele furiosamente repreendido Ananias, pedindo-lhe,"você se sentar para me tentar de acordo com a Lei, e em violação da lei de ordem que eu seja ferido?" Paulo foi mais indignado com o desrespeito da lei do que com a dor infligida pela fundir-se.
Alguns se perguntam como harmonizar linguagem forte de Paulo com sua declaração aos Coríntios que "quando somos injuriados, bendizemos" ( 1Co
A resposta é, obviamente, que Paulo não era Jesus. Jesus era o Filho de Deus sem pecado. Paulo, enquanto que, sem dúvida, o homem mais piedosos que já viveu, ainda era um pecador. Ele descreveu vividamente a sua batalha com o pecado interior em Rm
Sendo o homem humilde que ele era, Paulo imediatamente reconheceu o seu erro, exclamando: "Eu não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; '. Você não deve falar mal de um governante de seu povo", pois está escrito: " Ele ofereceu apenas a desculpa da ignorância para a sua explosão, embora tenha sido provocada por ilegalmente ordenando-lhe que ser golpeado do sumo sacerdote. Ele rapidamente admitiu que ele havia violado proibição expressa de Deus contra caluniar uma régua ( Ex
Os céticos têm encontrado incrível que Paulo não reconheceria o sumo sacerdote. Várias explicações de suas palavras "Eu não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote" têm sido oferecidos. Alguns vêem neles uma outra manifestação de má visão de Paulo, argumentando que ele não podia discernir quem falou. Outros sustentam que Paulo estava com tanta raiva que ele não parou para considerar a quem ele estava falando. Ainda outros acreditam Paulo falou ironicamente; desde Ananias não tinha agido como o sumo sacerdote, como deve Paulo teria reconhecido? Mas o mais simples, a explicação mais simples é levar as palavras de Paulo pelo valor de face. Desde que ele tinha raramente visitou Jerusalém nos últimos anos, ele provavelmente não sabia Ananias pela vista. Que esta não era uma convocação formal do Sinédrio, mas um encontro informal em algum lugar fora Fort Antonia, oferece mais apoio para este ponto de vista. Paulo teria reconhecido o sumo sacerdote que tinha sido vestindo seus altos vestes sacerdotais e sentado em sua sede oficial.
Qualquer que seja a explicação para o seu fracasso em reconhecer o sumo sacerdote, Paulo não oferecê-lo como uma desculpa. Ao admitir o seu erro, Paulo aceitou a responsabilidade por suas palavras. Tal atitude humilde, não defensiva é a marca de um crente espiritual.
A Conquest
Mas percebendo que uma parte era de saduceus e outra de fariseus, Paulo começou a chorar no Conselho: "Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu; estou sendo julgado por causa da esperança e ressurreição dos mortos!" E, como ele disse isto, houve dissensão entre os fariseus e saduceus; e o conjunto foi dividido. Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem todos eles. E levantou-se um grande alvoroço; e alguns dos escribas do partido dos fariseus se levantaram e começaram a discutir acalorAdãoente, dizendo: "Nós não encontrar nada de errado com este homem;? suponha que um espírito ou anjo lhe falou" E como um grande dissensão estava desenvolvendo, o comandante estava com medo Paulo seria despedaçado por eles e ordenou que as tropas de ir para baixo e levá-lo para longe deles pela força, e trazê-lo para o quartel. ( 23: 6-10 )
Confronto de Paulo com o sumo sacerdote o convenceu de que ele não receberia um julgamento justo a partir do Sinédrio. Assim, percebendo que uma parte era de saduceus e outra de fariseus, Paulo começou a chorar no Conselho: "Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu; estou sendo julgado por causa da esperança e ressurreição dos mortos!" Como anteriormente observou, duas principais facções religiosas dominaram o Sinédrio: os saduceus e os . fariseus Essas duas facções eram socialmente, politicamente e teologicamente em desacordo com o outro.
Sendo ele próprio filho de fariseus, Paulo apelou a eles para apoio. Ele gritou: "Estou sendo julgado por causa da esperança e ressurreição dos mortos!" A ressurreição de Jesus Cristo é a verdade central do cristianismo. Paulo afirmou que a questão era sua crença e de D.C que a verdade (cf. 24:21 ). A crença na ressurreição era comumente realizada pelos cristãos e fariseus contra os saduceus.
O apelo de Paulo espalharam em chamas as fumegantes tensões teológicas entre os saduceus e fariseus. Lucas observa que quando ele disse isso houve dissensão entre os fariseus e saduceus; . e o conjunto foi dividido Para o benefício de seus leitores que desconheciam as distinções entre os dois grupos, Lucas resume-los brevemente. Os saduceus, explica ele, dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem todos eles. Os saduceus aceito apenas o Pentateuco como autoritário. Eles rejeitaram qualquer conceito de vida após a morte (cf. Mt
Mais tarde, em II Coríntios, Paulo pôde escrever que ele era cheio de conforto ( 7: 4 ), porque Deus conforta o deprimido ( 7: 6 ).
O Senhor também elogiou Paulo, lembrando-o de ter testemunhado solenemente a Minha causa em Jerusalém. Paulo tinha completado com sucesso a tarefa que o Senhor lhe tinha dado naquela cidade.
Finalmente, o Senhor deu Paulo esperança. Ele prometeu-lhe que a sua vida não terminaria em Jerusalém, mas que ele seria concedido o seu desejo ( Rom. 1: 9-11 ; Rm
47. Proteção Providencial ( Atos
E, quando já era dia, os judeus formaram uma conspiração e amarraram-se sob juramento, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. E havia mais de quarenta os que formaram esta trama. E vieram ter com os principais sacerdotes e os anciãos, e disse: "Nós mesmos temos vinculado sob um juramento solene a nada provarmos até que matemos a Paulo. Agora, portanto, você e ao Conselho notificar o comandante para derrubá-lo para você, como se estivesse indo para determinar o seu caso por uma investigação mais aprofundada, e nós, pela nossa parte estamos prontos para matá-lo antes que ele chegue ao lugar ". Mas o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido de sua emboscada, e ele veio e entrou no quartel e disse Paulo. E Paulo chamou um dos centuriões para ele e disse: "Conduza este moço ao comandante, porque tem alguma coisa que lhe comunicar." Assim, tomando-o e levou-o ao comandante e disse: "O preso Paulo, chamou-me a ele e me pediu para levar este jovem a você uma vez que ele tem algo a lhe dizer." E o comandante tomou-o pela mão e andando de lado, começou a inquiri-lhe em particular: "O que é que você tem que reportar a mim?" E ele disse: "Os judeus concordaram em pedir-lhe para trazer Paulo para baixo amanhã ao Conselho, como se estivessem indo para saber um pouco mais a fundo sobre ele. Portanto, não ouvi-los, por mais de quarenta deles estão mentindo em esperar por ele os quais juraram sob pena de maldição a não comer nem beber até que eles matá-lo, e agora eles estão prontos e esperando a promessa de você ". Por isso, o comandante deixou o jovem ir, instruindo-o, "Não diga a ninguém que você me notificado dessas coisas." E ele o chamou dois dos centuriões, disse: "Levanta duzentos soldados prontos até a terceira hora da noite para avançar para Cesaréia, com setenta cavaleiros e duzentos lanceiros". Eles também foram para fornecer montagens de colocar Paulo on e trazê-lo em segurança ao governador Félix. E ele escreveu uma carta com esta forma:
"Cláudio Lísias, ao excelentíssimo governador Félix, saudações. Quando este homem foi preso pelos judeus e estava prestes a ser morto por eles, deparei-me com eles com as tropas e livrei ao saber que era romano. E querer conhecer a carga para a qual foram acusando-o, eu o trouxe para baixo a seu Conselho, e eu achei que ele fosse acusado sobre questões sobre a sua Lei, mas sob nenhuma acusação digna de morte ou prisão E quando fui informado que não iria. ser uma conspiração contra o homem, eu o mandei para você de uma vez, também instruindo seus acusadores para trazer acusações contra ele antes de você. "
Então os soldados, de acordo com as suas ordens, tomando a Paulo, o levaram de noite a Antipátride. Mas no dia seguinte, deixando aos de cavalo irem com ele, voltaram para o quartel. E quando estes vieram a Cesaréia e entregaram a carta ao governador, eles também apresentaram Paulo para ele. E quando ele tinha lê-lo, ele perguntou de que província ele era; e quando soube que era da Cilícia, disse: "Eu vou dar-lhe uma audiência depois que seus acusadores chegar também", dando ordens para que ele fosse mantido no pretório de Herodes. ( 23: 12-35 )
Essa passagem encontra Paulo em circunstâncias difíceis. Ele foi acusado falsamente, espancados, detidos, presos, e conspiraram contra. No entanto, Deus vai livrá-lo-não por um milagre sobrenatural, mas pela Sua ordenação providencial de circunstâncias.
A situação de Paulo de perto assemelha a de um outro homem de Deus, Davi. Ele, também, foi tratado de forma injusta e conspiraram contra-só para experimentar repetidamente libertação providencial de Deus.
Davi aparece pela primeira vez no registro bíblico em I Samuel 16 , quando ele foi ungido rei em lugar de Saul o desobediente. Muitos anos iria decorrer, no entanto, antes que ele começou a sua regra.Durante grande parte desse tempo Davi era um fora da lei caçado, perseguido pelo rei ciúme doentio que ele havia servido lealmente.
Associação de Davi com Saul começou quando ele foi providencialmente escolhido como músico da corte ( 1 Sam. 16: 14-18 ). Sua harpa hábil trouxe conforto ao rei atormentado. Como resultado, Saul amava Davi muito e fez dele seu escudeiro ( 1Sm
Mas a admiração de Saul para Davi logo se transformou em desconfiança e ciúme quando Davi recebeu aclamação maior do que ele fez ( 1 Sam. 18: 6-9 ). Para o resto de sua vida, Saul procurou, sem sucesso, para matá-lo. Depois de não conseguir matá-lo pessoalmente ( 1 Sam. 18: 10-11 ), Saul rebaixado ele eo baniu do palácio. Ele esperava que Davi iria morrer em batalha contra os filisteus ( 1Sm
Saul então ordenou aos seus servos para matar Davi ( 1Sm
A morte de Saul não terminou problemas de Davi. As tribos do norte o rejeitou como rei em favor do filho Isbosete de Saul ( 2 Sam. 2: 8-9 ). Foram necessários vários anos de guerra civil para Davi para unir a nação inteira sob seu domínio. E mesmo depois de sua ascensão ao trono, ele enfrentou outras dificuldades graves. No traição mais comovente, seu filho Absalão liderou uma revolta contra ele em que seu conselheiro confiável, Aitofel, e seu sobrinho Amasa estavam envolvidos. Mal que revolta foi colocado para baixo do que o outro quebrou out ( 2Sm
Esse salmo expressou confiança de Davi em cuidado de Deus para ele, apesar da opressão agressiva dos homens. Paulo também tinha experimentado recentemente circunstâncias difíceis. Sua tentativa de conciliar os judeus cristãos em Jerusalém ( 21: 20ff .) tinha terminado em um motim e um em que ele quase foi morto. Sua tentativa de se defender diante de uma multidão enfurecida que lhe prenderam no templo também terminou em um motim ( 21: 27ff .). Sua aparição antes da mais alta corte judaica havia terminado em caos. E, apesar de acusado de nenhum crime, Paulo permaneceu sob a custódia dos romanos.
Como ele tinha em tempos passados de desânimo ( 18: 9 ; 22: 17-21 ), o próprio Senhor apareceu a Paulo ( 23:11 ) para consolá-lo, elogiá-lo e dar-lhe esperança. Ele prometeu a Paulo que ele não seria morto em Jerusalém, mas viveria para testemunhar um dia em Roma. O Senhor fortaleceu ainda mais a esperança de Paulo em que a promessa pela providencial entregando-o a partir de um complô para assassiná-lo.
Esta passagem narrativa não contém verdades doutrinárias ou exortações práticas; ela apenas relata um acontecimento na vida de Paulo. No entanto, nenhuma passagem da Escritura poderia ilustrar de forma mais clara a providência de Deus.
A providência de Deus é o Seu controle soberano sobre e ordenação de circunstâncias naturais para realizar a Sua vontade. Ele também é ilustrado claramente no Antigo Testamento, no livro de Ester, onde Deus providencialmente protegidos Seu povo, Israel, de seus inimigos destrutivos. A providência de Deus está por trás dessas passagens familiares e reconfortante como Filipenses
Dramática libertação de Deus, providencial de Paulo se desenrola em três cenas: o enredo formulado, descobriu, e frustrado.
A trama Formulado
E, quando já era dia, os judeus formaram uma conspiração e amarraram-se sob juramento, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. E havia mais de quarenta os que formaram esta trama. E vieram ter com os principais sacerdotes e os anciãos, e disse: "Nós mesmos temos vinculado sob um juramento solene a nada provarmos até que matemos a Paulo. Agora, portanto, você e ao Conselho notificar o comandante para derrubá-lo para você, como se estivesse indo para determinar o seu caso por uma investigação mais aprofundada, e nós, pela nossa parte estamos prontos para matá-lo antes que ele chegue ao lugar ". ( 23: 12-15 )
O dia após o aparecimento de Paulo perante o Sinédrio, alguns judeus, frustrados ao ver Paulo escapar com vida, formulou um plano para assassiná-lo. Eles amarraram-se sob juramento, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. Esse juramento mostrou a seriedade das suas intenções. O texto grego diz: "Eles anatematizou si mesmos" (cf. Gl
A cena é tragicamente que lembra a morte de Jesus. Jesus e Paulo eram judeus, os pregadores do evangelho para o seu povo, e culpado de nenhum crime. No entanto, ambos foram desenhados contra, ambos estavam diante de um Sinédrio confuso, e ambos foram presos em Fort Antonia. Paulo verdadeiramente compartilhada na "comunhão dos seus sofrimentos" ( Fp
Por que os judeus reagem com hostilidade violenta para alguém que não havia cometido nenhum delito contra a lei judaica, que os amava, e que proclamou a eles a salvação através do Messias, Jesus Cristo?Paulo deu a resposta em 2Co
Lucas relata que havia mais de quarenta que formou este enredo. Eles sabiam que não podiam depender dos romanos para executar Paulo, já que não houve crime capital com o qual a acusá-lo. Nem eles ousam arriscar outro discurso de Paulo, temendo que ele poderia influenciar a opinião pública a seu lado. Por isso, eles decidiram tomar o assunto em suas próprias mãos. Mais de quarenta homens eram necessários, porque Paulo seria fortemente guardado por soldados romanos. Que muitos dos conspiradores, sem dúvida, ser morto durante o tumulto fala de seu fanatismo (cf. Jo
O centurião levou o sobrinho de Paulo e levou-o ao comandante e disse: "O preso Paulo (cf. Ef
Barclay
A estratégia de Paulo — At
Na conduta de Paulo perante o Sinédrio encontramos certa audácia temerária; agiu como um homem que estava queimando todas as suas possibilidades e sabia. Até o começo foi um desafio. Irmãos, diz, e com esta palavra fica em pé de igualdade com o tribunal; porque a maneira formal de dirigir-se ao Sinédrio era a seguinte: "Príncipes do povo e anciãos de Israel".
Quando o sumo sacerdote ordenou golpear a Paulo ele mesmo estava transgredindo a Lei. Esta dizia: "Aquele que bate num israelita na bochecha, está golpeando a glória de Deus". "Aquele que bate num homem está batendo no Santo". De modo que Paulo reage chamando-o parede branqueada. Se um israelita tocasse um cadáver incorria em impureza cerimoniosa; portanto era costume branquear as tumbas para que ninguém as tocasse por equívoco.
De modo que Paulo em efeito está chamando o sumo sacerdote tumba branqueada. Em realidade se considerava um crime insultar a um dos príncipes do povo (Ex
E depois Paulo disse algo que sabia que causaria uma comoção no Sinédrio. Neste tribunal havia fariseus e saduceus. Estes tinham crenças opostas. Os fariseus criam nas minúcias da Lei oral; os saduceus só aceitavam a Lei escrita. Os fariseus criam no destino e na predestinação; os saduceus no livre-arbítrio. Os fariseus criam em anjos e espíritos; os saduceus não. E acima de tudo, os fariseus criam na ressurreição dos mortos; e os saduceus não. De modo que Paulo sustenta ser um fariseu e que é julgado por sua esperança da ressurreição dos mortos. O resultado foi que o Sinédrio se dividiu; e durante a violenta e destruidora discussão que prosseguiu, Paulo quase perde a vida. Para salvá-lo o comandante teve que levá-lo novamente aos quartéis. Se Paulo tiver que desaparecer, ele o fará lutando até o fim.
DESCOBRE-SE UMA CONSPIRAÇÃO
Aqui vemos duas coisas. Primeiro, observamos até onde podiam chegar os judeus para eliminar a Paulo. Sob certas circunstâncias os judeus consideravam justificável o assassinato. Se um homem se convertia em um perigo público para a moral e a vida, consideravam que era legítimo eliminá-lo como pudessem. De modo que quarenta homens fizeram uma promessa. Seu voto se chamava querem. Quando um homem se comprometia a ele dizia: "Que Deus me amaldiçoe se fracasso nisto". Estes homens prometeram não comer nem beber e ficar sob a maldição de Deus até assassinarem a Paulo. Mas felizmente este plano foi descoberto graças à ação do sobrinho de Paulo.
Segundo, vemos até onde está disposto a chegar o governo romano para administrar uma justiça imparcial. Paulo era um prisioneiro; era um homem acusado de determinada coisa; mas era um cidadão romano e portanto o comandante mobilizou um pequeno exército para que levassem a Paulo a salvo a Cesaréia, onde seria julgado por Félix. É estranho observar como o ódio histérico e fanático dos judeus — os escolhidos de Deus — contrasta com a justiça fria e imparcial do comandante romano e pagão aos olhos dos judeus.
A CARTA DO CAPITÃO
A sede do governo romano não estava em Jerusalém a não ser em Cesaréia. O Pretório era a residência do governador; e o pretório de Cesaréia era um palácio construído por Herodes, o Grande. De modo que Cláudio Lísias escreveu esta carta, mais uma vez absolutamente justo e completamente imparcial, e partiu a comitiva. De Jerusalém a Cesaréia havia mais de noventa quilômetros; Antipátride estava a uns trinta e oito quilômetros de Cesaréia. Até Antipátride a região era muito perigosa e estava habitada por judeus; mais adiante a região era aberta e plaina, muito pouco apropriada para emboscadas e estava habitada em grande parte por gentios. De modo que em Antipátride o corpo principal das tropas retornou e só ficou a cavalaria como escolta suficiente.
O nome do governador romano perante o qual Paulo devia apresentar-se era Félix, e esse nome se converteu em um apelido. Por cinco anos governou a Judéia e dois anos antes foi destinado a Samaria; faltavam ainda dois anos para deixar o seu posto. Nasceu escravo. Seu irmão, Palas, era favorito de Nero. Por seu influência, Félix veio a ser em primeiro lugar liberto, e depois governador. Era o primeiro escravo na história que tinha chegado a ser governador de uma província romana.
Tácito, o historiador romano, disse a respeito dele: "Exercia os privilégios de um rei com o espírito de um escravo". Casou-se com três princesas sucessivamente. Não se conhece o nome da primeira; a segunda era neta do Antônio e Cleópatra; a terceira era Drusila, a filha de Herodes Agripa I. Era completamente inescrupuloso e capaz de alugar valentões para assassinar a seus partidários mais próximos. Esta era a pessoa que Paulo teria que enfrentar em Cesaréia.
Dicionário
Apresentar
verbo transitivo direto Exibir; colocar à disposição; colocar à mostra: o cinema apresentará o filme mais esperado.Caracterizar-se por uma qualidade específica: apresentou o médico.
verbo pronominal Identificar; mostrar a identidade a: apresentou-se ao delegado.
Apontar ou acontecer: apresentou-se um grande obstáculo.
Expor-se de maneira pública; realizar uma apresentação.
verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Exibir; colocar à frente de; mostrar-se.
verbo transitivo direto e bitransitivo Divulgar; mostrar alguma coisa publicamente.
Fazer conhecer: ele apresentou sua namorada aos pais.
Sujeitar a aprovação: apresentou o produto ao diretor.
Expor; tornar claramente conhecido.
Explicar como argumento; explicitar através de discurso verbal.
verbo transitivo direto e pronominal Exibir-se ressaltando uma característica específica: apresentava uma tristeza no olhar.
Etimologia (origem da palavra apresentar). A + presente + ar.
Carta
substantivo feminino Correspondência, mensagem escrita ou impressa, que se envia a alguém, a uma instituição ou a uma empresa, para comunicar alguma coisa.Por Extensão O conteúdo dessa mensagem, normalmente inserido num envelope selado.
Documento oficial e legal que confere um título ou ofício; diploma.
Relação das refeições disponíveis num restaurante; cardápio.
Representação reduzida de determinada região, país, da superfície da Terra; mapa.
[Jurídico] Documento, certificado de comprovação ou de aquisição de direitos.
[Jurídico] Documento de valor legal transmitido por autoridades políticas, civis, militares.
expressão Carta Branca. Consentimento dado a alguém para que esta pessoa se comporte do modo como desejar (usado no sentido figurado): você tem carta branca para fazer o que quiser da vida!
Carta Magna. Leis que regulam e organizam a vida de uma nação; Constituição.
substantivo feminino plural Conjunto das cartas usadas num jogo; baralho.
Jogos que utilizam o baralho: nunca soube jogar as cartas.
Etimologia (origem da palavra carta). Do latim charta.ae, carta.ae; pelo grego kártes.ou.
substantivo feminino Correspondência, mensagem escrita ou impressa, que se envia a alguém, a uma instituição ou a uma empresa, para comunicar alguma coisa.
Por Extensão O conteúdo dessa mensagem, normalmente inserido num envelope selado.
Documento oficial e legal que confere um título ou ofício; diploma.
Relação das refeições disponíveis num restaurante; cardápio.
Representação reduzida de determinada região, país, da superfície da Terra; mapa.
[Jurídico] Documento, certificado de comprovação ou de aquisição de direitos.
[Jurídico] Documento de valor legal transmitido por autoridades políticas, civis, militares.
expressão Carta Branca. Consentimento dado a alguém para que esta pessoa se comporte do modo como desejar (usado no sentido figurado): você tem carta branca para fazer o que quiser da vida!
Carta Magna. Leis que regulam e organizam a vida de uma nação; Constituição.
substantivo feminino plural Conjunto das cartas usadas num jogo; baralho.
Jogos que utilizam o baralho: nunca soube jogar as cartas.
Etimologia (origem da palavra carta). Do latim charta.ae, carta.ae; pelo grego kártes.ou.
epístola, missiva, bilhete. – Segundo Bruns. – carta é o termo usual com que se designam os escritos que se dirigem a alguém dando-lhe notícias, ou tratando de assuntos que lhe interessam mais ou menos diretamente. – Epístolas dizemos das cartas dos antigos, tratando de graves assuntos, em forma literária e em tom solene, principalmente quando o conteúdo delas interessava a muitos; como, por exemplo, as epístolas de S. Paulo. Familiarmente dá-se hoje o nome de epístola a uma carta muito longa e em estilo pretensioso. – Missiva é a carta considerada com relação à pessoa que a manda; é termo pouco usado. – O bilhete difere da carta: em se ocupar só de um assunto, ou de assunto ligeiro, de pequena importância; em conter poucas palavras e excluir as formas cerimoniosas que encabeçam e concluem as cartas ordinárias. Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 255
Cartá
cidadeCesareia
-Cesaréia
(Não se deve confundir com Cesaréia de Filipe.) Chama-se hoje Kaisarich, cidade situada na costa do mar Mediterrâneo, cerca de trinta e três quilômetros ao sul do monte Carmelo, precisamente acima da linha que separa a Samaria da Galiléia, na estrada principal, que vai de Tiro ao Egito. Foi edificada por Herodes, o Grande, com muita beleza e magnificência, sendo-lhe dado pelo seu fundador o nome de Cesaréia em honra do César de Roma. Era a metrópole romana da Judéia, e foi a residência oficial dos reis herodianos, e de Félix, e de Festo, e de outros procuradores romanos. Foi nesta cidade que Herodes Agripa i, neto de Herodes, o Grande, foi ferido de repugnante enfermidade (AtCesaréia Porto que Herodes, o Grande, construiu em honra a César Augusto na costa do Mediterrâneo, a 40 km de Samaria. Cornélio, o CENTURIÃO, era de lá (At 10). Paulo esteve preso 2 anos ali (At
Cesaréia 1. C. Palestina ou marítima. Local situado a uns 30 km ao sul da atual Haifa. Construída entre 20 e 9 a.C. por Herodes, o Grande, no lugar onde estavam as torres de Estraton, que lhe foram presenteadas por Augusto. Era o porto mais importante da Palestina e servia de residência aos governadores romanos. 2. C. de Filipos. Local próximo às nascentes do Jordão, ao norte da Palestina. Seu nome original Panéias ou Panias foi mudado por Herodes no ano 3 a.C. Nas proximidades dessa cidade Pedro reconheceu Jesus como messias e Filho de Deus (Mc
f. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.
Entregar
verbo transitivo direto e bitransitivo Passar para as mãos de alguém; dar algo a alguém; dar: entregar correspondência; entregar cartões para os funcionários.Passar algo para alguém mediante pagamento; vender: entregar um bem por dinheiro.
Devolver algo que não lhe pertencia; restituir: entregar as canetas para os donos; entregar aos filhos seus presentes.
Denunciar um crime; denunciar: entregar os bandidos para os policiais.
Dar para que alguém proteja, cuide; cuidar: entregou o filho à mãe.
verbo pronominal Dedicar por inteiro: entregou-se ao sofrimento.
Não seguir adiante com; desistir, render: o combatente entregou-se ao adversário.
Dedicar-se a outra pessoa emotiva ou sexualmente: entregou-se à namorada.
Etimologia (origem da palavra entregar). Do latim integrare.
Governador
substantivo masculino Aquele a quem se confia o governo de alguma colônia, região etc.[Brasil] Chefe do poder executivo de cada um dos Estados da Federação.
Diretor ou membro da junta governativa de um grande estabelecimento financeiro público: governador do Fundo Monetário Internacional.
substantivo masculino Aquele a quem se confia o governo de alguma colônia, região etc.
[Brasil] Chefe do poder executivo de cada um dos Estados da Federação.
Diretor ou membro da junta governativa de um grande estabelecimento financeiro público: governador do Fundo Monetário Internacional.
Governador Aquele que governa um país ou uma PROVÍNCIA como representante do rei (Gn
Governador Nos evangelhos e no Livro dos At, o termo designa o funcionário da administração romana encarregado de uma província. Não deve ser confundido com o procônsul — título que especifica os legados (províncias senatoriais), prefeitos ou procuradores como Quirino ou Pilatos (Mt
C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, Los esenios...; C. Saulnier e B. Rolland, Palestina en tiempos de Jesús, Estella 1983; J. Comby e J. P. Lémonon, Roma frente a Jerusalén, Estella 101994.
Paulo
Pequeno. Paulo é o nome romano de Saulo de Tarso, que pela primeira vez se lê em At (13.9), quando ele resistiu a Elimas, o feiticeiro, principiando nessa ocasião o seu trabalho gentílico na corte de Sérgio Paulo. Pode presumir-se que ele já era assim chamado nas suas relações com os gentios – mas depois deste incidente é sempre esse nome que o Apóstolo tem nos Atos e nas suas epístolas. o nascimento e família do futuro apóstolo habilitaram-no a chamar-se a si próprio ‘hebreu de hebreus’. Era de puro sangue judaico, da tribo de Benjamim (Rm16) – e mais tarde na presença de Agripa e de Festo em Cesaréia (At
Introdução e antecedentes
Judeu, fariseu, encontrado pela primeira vez no livro de Atos com seu nome hebraico — Saulo (At
Paulo era tão zeloso da Lei e de sua fé que, em certa época de sua vida, provavelmente no início da adolescência, viajou para Jerusalém, onde foi aluno do mais famoso rabino de sua época. Posteriormente, disse aos líderes judeus: “E nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois” (At
Todos os mestres judaicos exerciam determinada função para sobreviver; por isso, não é de admirar que esse líder religioso altamente educado aprendesse também uma profissão com seu pai. Paulo era fabricante de tendas (At
A vida e as viagens de Paulo
Com a educação que possuía e a profissão de aceitação universal, é bem provável que Paulo já tivesse viajado bastante antes de se tornar cristão. Com certeza era fluente nas línguas grega, hebraica, latina e aramaica. É mencionado pela primeira vez em Atos, como responsável pelas vestes das multidões que apedrejaram Estêvão até à morte por causa da sua fé e seu compromisso com Cristo e o desejo de promover o Evangelho. “Também Saulo consentia na morte dele” (At
Perseguidor dos cristãos. A partir da morte de Estêvão, uma grande perseguição se levantou contra os seguidores de Cristo. As atividades zelosas de Saulo, como judeu, levaram-no a unir-se aos perseguidores. Não precisou ser forçado, mas ofereceu voluntariamente seus serviços aos líderes judaicos de Jerusalém. Sua perseguição foi tão violenta que a Bíblia diz: “Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão” (At
A conversão de Paulo. A caminho de Damasco, uma luz muito forte brilhou do céu ao redor dele, e fez com que ele caísse por terra e ficasse cego. Enquanto isso, uma voz lhe disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Atônito, ele perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A resposta que recebeu deixou-o realmente surpreso e apavorado: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At
Ananias impôs as mãos sobre ele, ocasião em que sua visão foi restaurada. Imediatamente ele recebeu o Espírito Santo e foi batizado. Saulo ainda ficou vários dias na companhia dos cristãos de Damasco, sem dúvida para aprender o máximo que podia sobre Jesus. Entretanto, esse processo de aprendizado não demorou muito tempo: “E logo, nas sinagogas, pregava que Jesus era o Filho de Deus” (v. 20). Seu extraordinário entendimento teológico somado à mudança total de sua perspectiva sobre Cristo, permitiu que confundisse “os judeus que habitavam em Damasco, provando que Jesus era o Cristo” (v. 22). Provavelmente, depois de um tempo considerável como pregador naquela cidade, os judeus decidiram silenciar a mensagem dele, ao planejar assassiná-lo. Ele escapou durante a noite e voltou para Jerusalém, onde descobriu que era difícil unir-se aos demais discípulos de Cristo, pois naturalmente todos tinham medo dele. Barnabé levou-o à presença dos apóstolos, os quais lhe deram sua aprovação. Paulo pregava e discutia abertamente com os judeus, até que novamente sua vida foi ameaçada; os discípulos o levaram para Cesaréia, onde embarcou num navio para Tarso (At
Chamado para os gentios. A rapidez com que Paulo dedicou-se a viajar pelos territórios gentílicos é mais uma indicação de que o Espírito Santo o guiava em direção ao seu chamado, ou seja, o de apóstolo entre os gentios. Ele menciona em suas cartas seu compromisso especial com Deus, para ser um ministro entre os povos (Rm
É muito difícil estabelecer uma cronologia exata da vida de Paulo nessa época, pois Atos e Gálatas dão informações parciais; o ministério entre os gentios, contudo, já estava estabelecido e o papel principal de Paulo foi visto quase imediatamente no trabalho em Antioquia. Ele e Barnabé deixaram a cidade dirigidos pelo Espírito Santo (At
A primeira viagem missionária. As viagens de Paulo são geralmente chamadas de “viagens missionárias”. A primeira, realizada provavelmente entre os anos
Quando voltaram a Antioquia, alguns mestres chegaram da Judéia com o argumento de que a verdadeira salvação dependia da circuncisão. Paulo e Barnabé discutiram acaloradamente com eles sobre a questão. A igreja da Antioquia decidiu então enviar os dois a Jerusalém para se reunir com os outros apóstolos, onde a questão seria tratada.
O Concílio de Jerusalém. Os apóstolos e os líderes cristãos compareceram a tal reunião, que ficou conhecida como o “Concílio de Jerusalém” (At
Desde que Deus “não fez diferença alguma entre eles e nós”, argumentou Pedro (At
Tiago levantou-se, expôs as Escrituras e mostrou como os profetas falaram sobre o tempo em que os gentios se voltariam para Deus. Concordou que os novos convertidos não eram obrigados a circuncidar-se, mas deviam demonstrar seu amor pelos cristãos judeus, ao abster-se da carne sacrificada aos ídolos e da imoralidade sexual (At
A segunda e a terceira viagens missionárias. A segunda viagem durou de 49 a 52 d.C. (At
Em Listra, Paulo foi apresentado a um jovem, convertido ao cristianismo, que se tornou um de seus melhores amigos — Timóteo. Seu pai era grego, porém sua mãe era judia. Os líderes da igreja em Listra insistiram para que Paulo o levasse consigo e “davam bom testemunho dele” (At
A próxima etapa da viagem foi em um território novo. Fizeram uma caminhada por terra até Trôade, onde foram orientados “pelo Espírito de Jesus” para não trabalhar naquela região (At
A obra de evangelização expandiu-se rapidamente durante esta viagem. As igrejas estabelecidas na primeira viagem estavam bem firmes e cresciam cada vez mais em número (At
Em Atenas, Paulo testemunhou pelo menos algumas conversões, quando debateu com alguns dos maiores filósofos da época. De volta a Corinto, ele desenvolveu uma grande amizade com um casal de judeus que também fabricavam tendas e tornaram-se grandes cooperadores na obra de Cristo, ou seja, Áqüila e Priscila (At
Em cada cidade em que pregava, Paulo encontrava severa resistência ao Evangelho. Em Filipos, foi preso junto com Silas por causa do antagonismo da multidão e só foram soltos depois da intervenção sobrenatural de Deus, a qual levou à conversão do carcereiro. Em Tessalônica outros irmãos foram presos porque o apóstolo não foi encontrado, quando o procuraram. Em Corinto, apesar da soltura imediata, Paulo foi atacado pelos judeus e levado diante do tribunal presidido por Gálio (veja Gálio).
Paulo passou algum tempo em Antioquia antes de embarcar para a terceira viagem missionária, realizada no período entre os anos
Ao começar novamente a pregar na sinagoga, Paulo foi expulso e pregou para os gentios na cidade de Éfeso por dois anos (v. 10). Fica claro que muitos milagres acompanharam a proclamação do Evangelho, e uma breve menção disso é feita no
v. 11. Um grande número de pessoas se converteu, quando muitos mágicos e pessoas adeptas da feitiçaria se converteram e entregaram seus livros de magia, os quais foram queimados publicamente. O
v. 20 resume esse período de ministério: “Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente, e prevalecia”.
Foi durante esse período que ocorreu um grande tumulto em Éfeso. A cidade era famosa pelo templo da deusa Ártemis (veja Ártemis e Alexandre). O livro de Atos não relata em detalhes a perseguição que Paulo experimentou ali, mas provavelmente foi considerável (veja Rm
Foi durante essa viagem que Paulo se preocupou em angariar dinheiro para ajudar os crentes mais pobres de Jerusalém. Deu instruções às igrejas para que se unissem a ele nessa campanha, pois observava nisso um sinal de unidade da igreja e especialmente entre os convertidos judeus e gentios (Rm
Paulo navegou para a Macedônia e repetiu seu trajeto anterior por Filipos, Tessalônica e Beréia, a fim de encorajar os crentes. Uma rápida estadia na Grécia, talvez em Atenas, levou a mais perseguições; por isso, ele retornou à Macedônia antes de embarcar e navegar novamente para Trôade, onde continuou a pregar. Num antigo exemplo de reunião e culto no primeiro dia da semana (domingo), lemos que Paulo pregou depois que partiram o pão juntos. Ensinou até tarde da noite, pois partiria no dia seguinte. Devido ao calor da sala lotada e à hora avançada, um jovem chamado Êutico adormeceu sentado numa janela e caiu do terceiro andar, sendo levantado morto. Paulo o restaurou novamente à vida e continuou sua pregação (At
Na manhã seguinte Paulo viajou e passou por várias cidades portuárias no caminho para o sul, inclusive Mileto, onde se encontrou com os líderes da igreja em Éfeso. Ali, falou-lhes sobre os perigos dos falsos ensinos e a necessidade de vigiarem por si mesmos e pelo rebanho. Encomendou-os a Deus e disse-lhes que era compelido pelo Espírito Santo a ir até Jerusalém. A tristeza da despedida é descrita dramaticamente, quando todos se ajoelharam para orar juntos e perceberam que não veriam novamente o amado apóstolo (vv. 36-38). O restante da jornada é descrito rapidamente por Lucas em Atos
Essa terceira jornada contemplou muitas pessoas convertidas e experimentou muito mais oposições e perseguições; mas também foi um tempo de grande encorajamento. Paulo teve oportunidade de conhecer muitos jovens envolvidos no ministério da Palavra de Deus. Entre os que foram mencionados durante essa viagem, estavam pessoas como “Sópatro de Beréia, filho de Pirro; e dos de Tessalônica, Aristarco e Segundo; Gaio de Derbe e Timóteo; e dos da Ásia, Tíquico e Trófimo” (At
A prisão e o julgamento. Assim que Paulo chegou a Jerusalém, a profecia de Ágabo se cumpriu. Os judeus instigaram a oposição e o apóstolo foi preso para sua própria proteção, no meio de um tumulto contra ele que quase levou-o à morte (At
Foi descoberto um complô para matar Paulo e o comandante do destacamento romano, Cláudio Lísias, decidiu transferi-lo para Cesaréia, onde seu caso seria examinado pelo governador Félix. O capítulo 24 de Atos descreve o julgamento do apóstolo diante de Félix, que pareceu interessado no que ouviu de Paulo acerca do “caminho”, mas que, em deferência aos judeus, manteve o apóstolo preso por mais dois anos. Quando Pórcio Festo assumiu o governo da província, os líderes judaicos lhe pediram que cuidasse do caso de Paulo. O novo governador fez menção de entregá-lo aos judeus, mas o apóstolo, sabedor de que não teria um julgamento justo em Jerusalém considerando a palavra do Senhor de que deveria ir a Roma, apelou para ser julgado pelo imperador César. Essa atitude de fato livrou-o totalmente do sistema legal judaico. Logo depois o rei Agripa visitou Cesaréia e Festo pediu-lhe que ouvisse o caso de Paulo. Novamente o apóstolo contou sobre sua conversão e testemunhou do Evangelho de Jesus Cristo. Enquanto Festo pensava que Paulo estivesse louco, Agripa pareceu tocado pelo que o apóstolo dissera, e até mesmo insinuou que por pouco não se tornara cristão (At
Paulo foi então transportado para Roma na condição de prisioneiro, sob a custódia de um centurião chamado Júlio (para mais detalhes, veja Agripa, Festo, Félix e Júlio). Depois de um naufrágio na ilha de Malta, o qual Paulo usou como uma oportunidade para pregar o Evangelho, finalmente o grupo chegou a Roma, onde o apóstolo foi colocado num regime de prisão domiciliar e tinha permissão para receber visitas (At 28). Durante dois anos vivendo nesse sistema (provavelmente por volta de 61—63 d.C.), Paulo continuou “pregando o reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum” (At
A morte de Paulo. Existem poucas indicações sobre o que aconteceu depois desse período de prisão domiciliar em Roma. É claro que Paulo aproveitou a oportunidade da melhor maneira possível para pregar o Evangelho, mas Lucas encerra seu livro neste ponto, ao estabelecer o direito legal para que a Palavra de Deus fosse pregada na capital do império. Existe muita discussão entre os estudiosos sobre o que aconteceu. Desde que as epístolas pastorais (veja abaixo) referem-se a eventos na vida do apóstolo que não são mencionados em Atos, pressupõe-se que Paulo realmente as escreveu. Então, muitos chegam à sublime conclusão de que o apóstolo foi declarado inocente das acusações e colocado em liberdade. Ele próprio dá a entender isso em Filipenses
Os escritos de Paulo
O legado de Paulo para o mundo é enorme. Além do fato de ter levado a verdade do Evangelho a praticamente todo o mundo conhecido daquela época, também escreveu cartas muito significativas, as quais chegaram até nós como parte do cânon do Novo Testamento. Tais documentos são cheios de exposições sobre Jesus, o pecado, a salvação, a vida cristã, o futuro e a natureza da Igreja. Suas cartas não podem ser examinadas detalhadamente aqui e o resumo apresentado a seguir não faz justiça à profundidade dos ensinamentos que cada uma contém, mas talvez aguce o apetite do leitor e o leve a examiná-las mais detidamente. Em muitos aspectos as epístolas paulinas têm proporcionado o perfil para a Igreja através dos séculos. Embora sempre haja alguns críticos que questionem se o apóstolo realmente escreveu todas as epístolas atribuídas a ele, existem 13 escritas por Paulo no Novo Testamento. Por conveniência, vamos dividi-las em três grupos.
As epístolas maiores e mais antigas. Incluem Gálatas, 1 e II Tessalonicenses, 1 e II Coríntios e Romanos. A primeira é a única carta na qual Paulo não tinha quase nada de positivo a dizer aos destinatários. Escreveu devido à sua grande preocupação, pois muitos gálatas já seguiam “outro evangelho”. O apóstolo temia pela salvação deles e pela pureza da doutrina da vida eterna somente pela graça, por meio da fé. Ao que parece, os que argumentavam que o cristão precisava primeiro tornar-se judeu para ser salvo tinham grande sucesso na difusão de suas ideias. Defendiam a necessidade da circuncisão, a guarda da Lei de Moisés e do sábado. Esses ideais iam diretamente contra o ensino de Paulo de que os gentios tornavam-se cristãos e eram “justificados” (declarados não culpados diante de Deus) por meio da fé em Jesus Cristo e ainda continuavam gentios (Gl
As epístolas de 1 e II Tessalonicenses são bem conhecidas pelos ensinos que contêm sobre a segunda vinda de Cristo. De fato, na primeira das duas Paulo gasta um tempo considerável encorajando os cristãos na fé, na vida cristã e no testemunho (1Ts 4). Dá graças a Deus por eles, especialmente pela maneira como aceitaram a pregação no início, “não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que credes” (1Ts
As epístolas aos Coríntios provavelmente foram escritas durante a longa permanência de Paulo na cidade de Éfeso. A primeira carta trata de uma variedade de problemas que a igreja enfrentava. O apóstolo demonstrou preocupação pela maneira como os cristãos se dividiam em facções (1Co
Na época em que Paulo escreveu a segunda carta aos Coríntios, as supostas divisões na igreja estavam cada vez mais patentes. Ele, porém, preocupou-se com o seu próprio relacionamento com a igreja e discutiu sobre isso. É claro que alguns irmãos da comunidade o desrespeitavam, talvez mediante o argumento de que não era mais espiritual do que os líderes locais, os quais Paulo chama de “excelentes apóstolos” (2Co
Nesta carta, Paulo demonstrou como deveria ser a vida do verdadeiro cristão. Ao tomar sua própria vida como exemplo, mostrou que sofreu terríveis perseguições e dificuldades por causa de Cristo (2Co
3) e os encorajou a serem generosos na oferta para os pobres de Jerusalém (2Co 8).
A carta aos Romanos provavelmente foi redigida na década de 50 d.C. É uma epístola escrita a uma igreja que o apóstolo nunca visitara. É cheia de louvores pela fé e pelo compromisso deles com Cristo. Seu tema principal enfatiza que a justificação se opera pela fé em Jesus, tanto para os judeus como para os gentios. Existe alguma discussão sobre o motivo que levou Paulo a escrever esta carta. Alguns dizem que estava consciente das divergências entre os convertidos judeus e gentios na igreja e a necessidade que tinham de uma ajuda pastoral. Outros alegam que a carta formou a base teológica para sua estratégia missionária de levar o Evangelho aos gentios e que o apóstolo esperava o apoio dos cristãos de Roma no seu projeto de viajar à Espanha. Existem outros motivos alegados. A própria carta enfatiza que todas as pessoas, tanto judeus como gentios, têm pecado (Rm
As epístolas da prisão. Essas cartas foram redigidas na prisão. Há alguma discussão sobre se todas foram escritas durante o tempo em que Paulo esteve preso em Roma ou durante um período em que ficou detido em Cesaréia. Se todas são do tempo da prisão na capital do império, elas foram elaboradas entre 62 e 63 d.C. Aqui estão incluídas as cartas aos Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom (para mais detalhes sobre Filemom, veja Filemom e Onésimo).
A carta aos Efésios se inicia com uma das mais gloriosas passagens das Escrituras, pois descreve as grandes bênçãos que os cristãos experimentam por estarem “em Cristo”. Tais promessas foram planejadas por Deus desde antes da criação do mundo. Incluem o perdão dos pecados, a adoção para os que se tornam filhos de Deus, a alegria da glória de Deus e a posse do Espírito Santo como garantia da redenção e da plena herança da vida eterna (Ef 1). A epístola medita sobre essas bênçãos e o maravilhoso amor de Deus por seu povo, amor este que leva à grande demonstração da graça na salvação dos que têm fé em Jesus (Ef 2). A Igreja é o Corpo de Cristo, unida no chamado e no propósito (Ef
Filipenses é uma carta de agradecimento. O apóstolo escreveu para agradecer aos cristãos de Filipos pela recente ajuda financeira que lhe enviaram (especialmente Fl 1 e 4:10-20). Os crentes daquela cidade aparentemente eram mantenedores fiéis do ministério de Paulo, e sua gratidão a Deus pela vida deles brilha por toda a carta. Os comentários pessoais sobre Epafrodito e sua enfermidade refletem o relacionamento pessoal que o apóstolo mantinha com esses irmãos. Paulo advertiu-os com relação aos judaizantes (Fl 3:1-11) e os desafiou a permanecer firmes e continuar a viver vidas “dignas de Cristo”, qualquer que fosse a situação que tivessem de enfrentar (Fl 1:27-30; 2:12-18; 3.12 a 4.1). A passagem teológica mais notável pode ser encontrada em Filipenses
Os cristãos de Colossos provavelmente eram, na maioria, gentios; portanto, foram os primeiros a se converter ao Evangelho por intermédio do ministério de Epafras (Cl
As epístolas pastorais. Essas cartas são 1 e II Timóteo e Tito. São tradicionalmente chamadas de “pastorais” porque incluem instruções para os jovens pastores Timóteo e Tito, na liderança da igreja primitiva. Paulo desafiou esses líderes a estar vigilantes contra o falso ensino que rapidamente surgiria nas igrejas (1Tm
O ensino de Paulo
Apenas alguns dos ensinamentos de Paulo foram mencionados aqui. O que motivou o apóstolo em seu ensino foi sua experiência pessoal na estrada de Damasco. Enquanto refletia sobre o que acontecera ali, chegara à conclusão de que aquela luminosidade o deixara cego a fim de que pudesse contemplar o poder de Deus. Jesus tinha essa glória; portanto, era Senhor, um ponto que enfatiza várias vezes, inclusive ao aplicar a Cristo declarações e ideias atribuídas a Yahweh no Antigo Testamento. O apóstolo reconheceu que, embora fosse judeu, precisava de salvação e perdão do pecado, e tais dádivas só podiam ser encontradas no sacrifício de Cristo, que morrera em seu lugar na cruz. Esta grande mensagem era para todas as pessoas, independentemente de raça ou antecedentes.
Todos pecaram. Esse assentimento da situação difícil do homem serve como base da grande convicção que Paulo tinha de que todas as pessoas precisavam ouvir o Evangelho. Em Romanos
Cristo crucificado. Para o apóstolo, havia apenas uma resposta para essa questão, e ele a encontrara na pessoa de Jesus. Aonde quer que fosse, Paulo proclamava a Cristo. O Filho de Deus era a resposta para a situação de todas as pessoas, não somente para os judeus, mas também os gentios. Todos estão debaixo do julgamento de Deus e precisam de salvação, redenção e perdão. O Senhor, entretanto, jamais ignoraria sua justiça, ou seja, não expressaria amor por meio da supressão da justiça (veja Deus, Jesus). Deus é amor, mas é também justiça. Paulo aprendera que, em Cristo, a justiça perfeita de Deus foi revelada, mas a grande bondade, o amor, a misericórdia e a graça do Senhor também se manifestam em Jesus.
Em Romanos
O argumento de Paulo de que judeus e gentios encontravam a salvação da mesma maneira está baseado no fato de que “há somente um Deus” para todos. Portanto, desde que Ele é justo e não faz distinção, a salvação será pela fé em Jesus Cristo para todo o que crer (Rm
Para o apóstolo, o advento de Cristo cumpriu o propósito de Deus para a salvação: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl
Justificação pela graça por meio da fé. O aceso a essa obra salvadora de Cristo na cruz era, para o apóstolo, inteiramente pela graça de Deus. Se a redenção fosse alcançada por meio da obediência à Lei, seria possível que as pessoas se orgulhassem de ter alcançado a própria salvação; Paulo, porém, tinha plena convicção de que era obra de Deus por seu povo e uma demonstração da sua graça (seu amor e misericórdia imerecidos) em favor do seu povo (Ef
Essa justificação é conquistada à custa da morte de Cristo, e o pagamento da dívida foi confirmado por Deus na ressurreição de seu Filho (Rm
A vida no Espírito. De acordo com os escritos de Paulo, a operação do Espírito Santo permeia cada área da vida cristã e da Igreja. Ele primeiramente se manifesta na proclamação do Evangelho do Cristo crucificado. A pregação do apóstolo levava as pessoas à conversão porque, segundo ele, “a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1Co
Os que exercem a fé são redimidos e justificados e sabem que não são mais condenados por Deus. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm
O Espírito Santo auxilia as pessoas na oração e leva as súplicas dos crentes fracos e falíveis diante do Pai (Rm
Um importante aspecto da operação do Espírito Santo na vida do crente é o de produzir a consciência do pecado, a necessidade do perdão e ajudar o indivíduo a viver em santidade e integridade para a glória de Deus. Esse processo efetuado pelo Espírito leva ao crescimento e é chamado de “santificação”. É papel do Espírito separar o crente da pecaminosidade e operar nele, para que ele produza uma existência cada vez mais semelhante à de Cristo. Em II Tessalonicenses
Quando lemos os escritos de Paulo, observamos que é difícil encontrar uma obra do Espírito que nos deixe tão empolgados do que a que concede ao crente o direito de ser “filho de Deus”. Isso claramente tem que ver com o fato de sermos herdeiros de todas as bênçãos do Senhor, mas também com o relacionamento novo e pessoal com o Pai: “Porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” (Gl
A vida depois da morte. Paulo tinha plena convicção da vida após a morte. Pressupunha que um dia todas as pessoas testemunhariam a volta do Senhor e enfrentariam seu julgamento (Rm
Embora Paulo deixasse claro que preferia estar com o Senhor do que sofrer perseguições por causa da fé, nunca se preocupou com o que viria depois da morte. Pelo contrário, sua absoluta convicção de que um dia, como Cristo, ele ressuscitaria dentre os mortos e herdaria a vida eterna deu-lhe um propósito para a existência. Deus o chamara para proclamar as boas novas de que Jesus morrera no lugar de todo o que cresse nele e ressuscitara dentre os mortos, sendo “as primícias” dos que dormem. A volta de Cristo e a ressurreição dos mortos levarão a uma mudança radical do corpo (1Co
Existe muita discussão sobre o que Paulo imaginava a respeito do tempo da morte e o da ressurreição geral, na vinda de Cristo. Será que o apóstolo acreditava em alguma forma de “sono da alma”, no qual as pessoas entrariam em um tipo de inconsciência, no aguardo da vinda de Cristo? Ou será que acreditava na possibilidade de o espírito humano ir imediatamente à presença do Senhor? Não temos espaço aqui para examinar o ensino de Paulo detalhadamente, mas existem passagens que deixam claro o seu ponto de vista: após a morte, o homem interior (alma e espírito) é imediatamente conduzido à presença do Senhor. Ao falar novamente sobre seu desejo de servir a Deus, ao mesmo tempo em que desejava estar com Ele na eternidade, Paulo disse: “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp
Apesar de todas as suas implicações, para o apóstolo a morte significava “glória eterna”; “estar com o Senhor”; “vida”; “da parte de Deus um edifício, uma casa... eterna, nos céus” (2Co
Conclusões
Certamente Paulo foi o maior mestre da fé cristã depois do próprio Senhor Jesus Cristo. Chamado e dirigido pelo Espírito Santo para proclamar o Evangelho aos gentios, esse grande teólogo expôs as profundidades da fé cristã de uma maneira que se mostra fundamental para a Igreja de Jesus através dos séculos. Seu total compromisso com o Evangelho do Cristo crucificado permanece como um exemplo para todos os crentes de todas as épocas. Seu desejo de preservar a verdade contra todas as heresias ou qualquer coisa que tentasse desfazer o direito à salvação somente pela graça brilha através de todos os seus escritos. Seu profundo zelo pela aplicação da verdade do Evangelho na vida do crente levou-o a escrever páginas sobre como se deve viver o autêntico cristianismo no meio de uma sociedade pagã. Tudo isso só seria alcançado por meio do Espírito Santo, que vive no interior do crente para realizar os propósitos do Pai. Seu profundo amor pelos irmãos na fé e a maneira como sofria e entristecia-se com os pecados e sofrimentos deles são vistos não somente no modo como escreveu sobre os crentes, ou seja, com grande carinho e encorajamento, mas também em suas repetidas referências às orações que fazia por eles.
Sua profunda convicção de que todos pecaram e estão debaixo do julgamento de Deus e sua preocupação para que homens e mulheres ao redor do mundo encontrassem a salvação de que precisavam tão desesperadamente levaram Paulo a responder ao chamado para pregar o Evangelho aos gentios. Para o apóstolo, Cristo era a única resposta.
Ele era o foco e o poder da vida de Paulo e, acima de tudo, aquele que morreu para que ele recebesse o perdão e encontrasse a justificação e a vida eterna no último dia. P.D.G.
Paulo [Pequeno] - Nome romano de SAULO, APÓSTOLO dos GENTIOS, o maior vulto da Igreja primitiva (At
v. os mapas das viagens missioná rias de Paulo: PRIMEIRA VIAGEM DE PAULO, SEGUNDA VIAGEM DE PAULO, TERCEIRA VIAGEM DE PAULO, VIAGEM
Paúlo
substantivo masculino [Portugal] O mesmo que paúl.Cerrado para o gado.
substantivo masculino [Portugal] O mesmo que paúl.
Cerrado para o gado.
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
εἰς
(G1519)
preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep
- em, até, para, dentro, em direção a, entre
εἰσέρχομαι
(G1525)
de 1519 e 2064; TDNT - 2:676,257; v
- ir para fora ou vir para dentro: entrar
- de homens ou animais, quando se dirigem para uma casa ou uma cidade
- de Satanás tomando posse do corpo de uma pessoa
- de coisas: como comida, que entra na boca de quem come
- metáf.
- de ingresso em alguma condição, estado das coisas, sociedade, emprego
- aparecer, vir à existência, começar a ser
- de homens, vir perante o público
- vir à vida
- de pensamentos que vêm a mente
ἐπιστολή
(G1992)
de 1989; TDNT - 7:593,1074; n f
- carta, epístola
ἡγεμών
(G2232)
de 2233; n m
- qualquer líder, guia, governador, prefeito, presidente, chefe, general, comandante, soberano
- um “legatus Caesaris”, um oficial que administra uma província em nome e com a autoridade do imperador romano
- governador de uma província
- procurador, oficial vinculado a um procônsul ou a um proprietário e a cargo do fisco imperial
- em causas relacionadas a estes impostos, ele administrava a justiça. Também nas províncias menores, que eram por assim dizer apêndice das maiores, desempenhava as funções de governador da província. Tal era a relação do procurador da Judéia com o governador da Síria.
- primeiro, líder, chefe
- de uma cidade principal, tal como a capital da região
καί
(G2532)
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
- e, também, até mesmo, realmente, mas
Καισάρεια
(G2542)
de 2541; n pr loc
Cesaréia = “separado”
Cesaréia de Filipe estava situada ao pé do Líbano, próximo às nascentes do Jordão em Gaulanites. Anteriormente chamada de Panéias, foi posteriormente reconstruída por Felipe, o tetrarca, e chamada por ele de Cesaréia, em honra a Tibério César; subseqüentemente chamada Neronias por Agripa II, em honra a Nero.
Cesaréia da Palestina foi construída próximo ao Mediterrâneo por Herodes, o grande, no lugar da Torre de Estrabo, entre Jope e Dora. Foi provida com um porto magnífico e recebeu o nome Cesaréia em honra a Augusto. Foi a residência de procuradores romanos, e a maioria de seus habitantes eram gregos.
ἀναδίδωμι
(G325)
ὁ
(G3588)
que inclue o feminino
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
- este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὅστις
(G3748)
παρίστημι
(G3936)
de 3844 e 2476; TDNT - 5:837,788; v
- colocar ao lado ou próximo a
- deixar à mão
- apresentar
- ofertar
- providenciar
- colocar uma pessoa ou algo à disposição de alguém
- apresentar uma pessoa para outra ver e questionar
- apresentar ou mostrar
- levar a, aproximar
- metáf., i.e, trazer ao próprio círculo de amizade ou íntimidade
- apresentar (mostrar) por argumento, provar
- permanecer, permanecer perto ou junto, estar à mão, estar presente
- estar cerca
- estar ao lado de, espectador
- aparecer
- estar à mão, estar pronto
- estar ao lado para ajudar, socorrer
- estar presente
- ter vindo
- de tempo
Παῦλος
(G3972)
de origem latina; n pr m Paulo = “pequeno ou menor”
Paulo era o mais famoso dos apóstolos e escreveu boa parte do NT, as 14 epístolas paulinas
Paulo era representante ou procônsul de Chipre. É conhecido como homem prudente tanto na administração dos afazeres quanto como governador
αὐτός
(G846)
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
- ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
- ele, ela, isto
- o mesmo