Enciclopédia de Efésios 3:10-10

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ef 3: 10

Versão Versículo
ARA para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais,
ARC Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,
TB para que, agora, a multiforme sabedoria de Deus, por meio da igreja, fosse conhecida aos principados e potestades nas regiões celestes,
BGB ἵνα γνωρισθῇ νῦν ταῖς ἀρχαῖς καὶ ταῖς ἐξουσίαις ἐν τοῖς ἐπουρανίοις διὰ τῆς ἐκκλησίας ἡ πολυποίκιλος σοφία τοῦ θεοῦ,
BKJ para que agora, os principados e potestades nos lugares celestiais possam conhecer, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus,
LTT A fim de que seja dada a conhecer (agora, aos principados e às potestades, nos lugares celestiais, por intermédio da assembleia ①) a multiforme sabedoria de Deus,
BJ2 para dar agora a conhecer[a] aos Principados e às Autoridades nas regiões celestes, por meio da Igreja, a multiforme sabedoria de Deus,
VULG ut innotescat principatibus et potestatibus in cælestibus per Ecclesiam, multiformis sapientia Dei,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Efésios 3:10

Êxodo 25:17 Também farás um propiciatório de ouro puro; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura, de um côvado e meio.
Salmos 103:20 Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua palavra.
Salmos 104:24 Ó Senhor, quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas.
Salmos 148:1 Louvai ao Senhor! Louvai ao Senhor desde os céus, louvai-o nas alturas.
Isaías 6:2 Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés, e com duas voavam.
Ezequiel 3:12 E levantou-me o Espírito, e ouvi por detrás de mim uma voz de grande estrondo, que dizia: Bendita seja a glória do Senhor, desde o seu lugar.
Mateus 11:25 Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos.
Romanos 8:38 Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
Romanos 11:33 Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!
I Coríntios 1:24 Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.
I Coríntios 2:7 mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória;
Efésios 1:3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo,
Efésios 1:8 que Ele tornou abundante para conosco em toda a sabedoria e prudência,
Efésios 1:21 acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro.
Efésios 6:12 porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
Colossenses 1:16 porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele.
I Timóteo 3:16 E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória.
I Pedro 1:12 Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, para as quais coisas os anjos desejam bem atentar.
I Pedro 3:22 o qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências.
Apocalipse 5:9 E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

grupo local biblicamente organizado e reunindo-se (regularmente). Ver nota Mt 16:18.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

ef 3:10
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 11
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:13-20


13. Indo Jesus para as bandas de Cesareia de Filipe, perguntou a seus discípulos: "Quem dizem os homens ser o filho do homem"? 14. Responderam: "Uns dizem João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou um dos profetas".


15. Disse-lhes: "Mas vós, quem dizeis que eu sou"?


16. Respondendo, Simão Pedro disse: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus o vivo",


17. E respondendo, disse-lhe Jesus: "Feliz és tu, Simão Bar-Jonas, porque carne e sangue não to revelaram, mas meu Pai que está nos céus.


18. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre essa pedra construir-me-ei a "ekklêsía"; e as portas do" hades" não prevalecerão contra ela.


19. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e o que ligares na Terra será ligado nos céus, e o que desligares na Terra será desligado nos céus".


20. Então ordenou a seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era o Cristo.


MC 8:27-30


27. E partiu Jesus com seus discípulos para as aldeias de Cesareia de Filipe; e no caminho interrogou seus discípulos, dizendo; "Quem dizem os homens que sou eu"?


28. Responderam eles: "Uns dizem João Batista; outros, Elias; e outros, um dos profetas".


29. E ele lhes disse: "Mas vós, quem dizeis que sou"? Respondendo, Pedro disselhe: "Tu és o Cristo".


LC 9:18-21


18. E aconteceu, ao estar ele sozinho orando, vieram a ele os discípulos; e ele perguntoulhes, dizendo: "Quem dizem as multidões que eu sou"?


19. Responderam eles: "Uns João o Batista; outros que um profeta dos antigos reencarnou".


20. E disse-lhes: "E vós, quem dizeis que sou"? Respondendo, pois, Pedro disse: "O Cristo de Deus".


21. Porém advertindo-os energicamente, ordenou que a ninguém dissessem isso.


Da margem oriental, onde se encontrava a comitiva, Jesus parte com seus discípulos para o norte para as bandas" (Mat. ) ou "para as aldeias" (Mr.) de Cesareia de Filipe.


Essa cidade fica na encosta do Hermon, a 4 ou 5 km de Dan, portanto no limite extremo norte da Palestina.


No 3. º séc. A. C., os gregos aí consagraram a Pâ e às Ninfas uma gruta belíssima, em que nasce uma das fontes do Jordão. Daí o nome de Paneas (ainda hoje o local é denominado Banias pelos árabes) dado à aldeia. No alto do penhasco, Herodes o grande construiu um templo de mármore de alvinitente esplendor em honra de Augusto; e o tetrarca Filipe, no ano 3 ou 2 A. C. aí levantou uma cidade a que denominou Cesareia, para homenagear o mesmo imperador. Logo, porém, a cidade passou a ser conhecida como "Cesareia de Filipe", para distingui-la da outra Cesareia da Palestina, porto de mar criado por Herodes o grande no litoral, na antiga Torre de Straton.


A viagem até lá durava dois dias, beirando-se o lago Merom (ou Houléh); ao chegar aos arredores de Cesareia de Filipe, encontraram o ambiente de extrema beleza e frescor incalculável, que perdura ainda hoje. Verde por toda a parte, a dominar o vale em redor, com o silêncio das solidões a favorecer a medita ção, diante de uma paisagem deslumbrante e serena; ao longe avistavam-se as águas que partiam da gruta a misturar-se, ao sul, com o Nahr el-Hasbani e com o Nahr el-Leddan, para dar origem ao Jordão. Nesse sitio isolado, entre pagãos, não haveria interferências de fariseus, de saduceus, nem de autoridades sinedritas ou herodianas.


Mateus, cujo texto é mais minucioso, relata que Jesus fez a pergunta em viagem, "indo" para lá; Marcos, mais explicitamente declara que a indagação foi feita "a caminho". Lucas, porém, dá outra versão: mostra-nos Jesus a "orar sozinho", naturalmente enlevado com a beleza do sítio. Depois da prece, faz que os discípulos se cheguem a Ele, e então aproveita para sindicar a opinião do povo (a voz geral das massas) e o que pensam Seus próprios discípulos a Seu respeito.


As respostas apresentam-se semelhantes, nos três sinópticos, repetindo-se mais ou menos o que foi dito quando se falou da opinião de Herodes (MT 14:2, MC 6:14-16; LC 9:8-9; ver vol. 3. °). Em resumo:

a) - João, o Batista, crença defendida sobretudo pelo remorso de Herodes, e que devia ter conquistado alguns seguidores;


b) - Elias, baseada a convicção nas palavras bastante claras de Malaquias 3:23-3, que não deixam dúvida a respeito da volta de Elias, a fim de restaurar Israel para a chegada do Messias;


c) - Jeremias, opinião que tinha por base uma alusão do 2. º livro dos Macabeus 2:1-3, onde se afirma que a Arca, o Tabernáculo e o Altar dos Perfumes haviam sido escondidos pessoalmente por Jeremias numa gruta do Monte Nebo, por ocasião do exílio do povo israelita, e por ele mesmo havia sido vedada e selada a entrada na pedra; daí suporem que Jeremias voltaria (reencarnaria) para indicar o local, que só ele conhecia, a fim de reaver os objetos sagrados. E isso encontrava confirma ção numa passagem do 4. º livro de Esdras (Esdras 2:18), onde o profeta escreve textualmente: "Não temas, mãe dos filhos, porque eu te escolhi, - diz o Senhor - e te enviarei como auxílio os meus servos Isaías e Jeremias";


d) - um profeta (Lucas: "um profeta dos antigos que reencarnou), em sentido lato. Como grego, mais familiarizado ainda que os israelitas com a doutrina reencarnacionista, explica Lucas com o verbo anestê o modo como teria surgido (re-surgido, anestê) o profeta.


No entanto, é estranhável que não tenham sido citadas as suspeitas tão sintomáticas, já surgidas a respeito do messianato de Jesus (cfr. MT 12:23), chegando-se mesmo a querer coroá-lo rei (JO 6:14).


Não deixa de admirar o silêncio quanto a essas opiniões, conhecidas pelos próprios discípulos que nolas narram, ainda mais porque, veremos na continuação, eles condividiam esta última convicção, entusiasticamente emitida por Pedro logo após.


O Mestre dirige-se então a eles, para saber-lhes a opinião pessoal: já tinham tido tempo suficiente para formar-se uma convicção íntima. Pedro, temperamental como sempre e ardoroso incontido, responde taxativo:

—"Tu és o Cristo" (Marcos) - "Tu és o Cristo de Deus" (Lucas)


—"Tu és o Cristo, o filho de Deus o vivo" (Mateus).


Cristo, particípio grego que se traduz como o "Ungido", corresponde a "Messias", o escolhido para a missão de levar ao povo israelita a palavra física de YHWH.


Em Marcos e Lucas, acena para aí, vindo logo a recomendação para fiada disso ser divulgado entre o povo.


Em Mateus, porém, prossegue a cena com três versículos que suscitaram acres e largas controvérsias desde épocas remotíssimas, chegando alguns comentaristas até a supor tratar-se de interpolação. Em vista da importância do assunto, daremos especial atenção a eles, apresentando, resumidas, as opiniões dos dois campos que se digladiam.


Os católicos-romanos aceitam esses três versículos como autênticos, vendo neles:

a) - a instituição de uma "igreja", organização com poderes discricionários espirituais, que resolve na Terra com a garantia de ser cegamente obedecida por Deus no "céu";


b) - a instituição do papado, representação máxima e chefia indiscutível e infalível de todos os cristãos, passando esse poder monárquico, por direito hereditário-espiritual, aos bispos de Roma, sucessores legítimos de Pedro, que recebeu pessoalmente de Jesus a investidura real, fato atestado exatamente com esses três versículos.


Essa opinião foi combatida com veemência desde suas tentativas iniciais de implantação, nos primeiros séculos, só se concretizando a partir dos séculos IV e V por força da espada dos imperadores romanos e dos decretos (de que um dos primeiros foi o de Graciano e Valentiniano, que em 369 estabeleceu Dâmaso, bispo de Roma, como juiz soberano de todos os bispos, mas cujo decreto só foi posto em prática, por solicitação do mesmo Dâmaso, em 378). O diácono Ursino foi eleito bispo de Roma na Basílica de São Júlio, ao mesmo tempo em que Dâmaso era eleito para o mesmo cargo na Basílica de São Lourenço. Os partidários deste, com o apoio de Vivêncio, prefeito de Roma, atacaram os sacerdotes que haviam eleito Ursino e que estavam ainda na Basílica e aí mesmo mataram 160 deles; a seguir, tendo-se Ursino refugiado em outras igrejas, foi perseguido violentamente, durando a luta até a vitória total do "bando contrário". Ursino, a seguir, foi exilado pelo imperador, e Dâmaso dominou sozinho o campo conquistado com as armas. Mas toda a cristandade apresentou reações a essa pretens ão romana, bastando citar, como exemplo, uma frase de Jerônimo: "Examinando-se do ponto de vista da autoridade, o universo é maior que Roma (orbis maior est Urbe), e todos os bispos, sejam de Roma ou de Engúbio, de Constantinopla ou de Régio, de Alexandria ou de Tânis, têm a mesma dignidade e o mesmo sacerdócio" (Epistula 146, 1).


Alguns críticos (entre eles Grill e Resch na Alemanha e Monnier e Nicolardot na França, além de outros reformados) julgam que esses três versículos tenham sido interpolados, em virtude do interesse da comunidade de Roma de provar a supremacia de Pedro e portanto do bispado dessa cidade sobre todo o orbe, mas sobretudo para provar que era Pedro, e não Paulo, o chefe da igreja cristã.


Essa questão surgiu quando Marcion, logo nos primeiros anos do 2. º século, revolucionou os meios cristãos romanos com sua teoria de que Paulo foi o único verdadeiro apóstolo de Jesus, e portanto o chefe inconteste da Igreja.


Baseava-se ele nos seguintes textos do próprio Paulo: "Não recebi (o Evangelho) nem o aprendi de homem algum, mas sim mediante a revelação de Jesus Cristo" (GL 1:12); e mais: "Deus... que me separou desde o ventre materno, chamando-me por sua graça para revelar seu Filho em mim, para preg á-lo entre os gentios, imediatamente não consultei carne nem sangue, nem fui a Jerusalém aos que eram apóstolos antes de mim" (GL 15:15-17). E ainda em GL 2:11-13 diz que "resistiu na cara de Pedro, porque era condenado". E na 2. ª Cor. 11:28 afirma: "sobre mim pesa o cuidado de todas as igrejas", após ter dito, com certa ironia, não ser "em nada inferior aos maiores entre os apóstolos" (2. ª Cor. 11:5) acrescentando que "esses homens são falsos apóstolos, trabalhadores dolosos, transformandose em apóstolos de Cristo; não é de admirar, pois o próprio satanás se transforma em anjo de luz"
(2. ª Cor. 11:13-14). Este último trecho, embora se refira a outras criaturas, era aplicado por Marcion (o mesmo do "corpo fluídico" ou "fantasmático") aos verdadeiros apóstolos. Em tudo isso baseava-se Marcion, e mais na tradição de que Paulo fora bispo de Roma, juntamente com Pedro. Realmente as listas fornecidas pelos primeiros escritores, dos bispos de Roma, dizem:

a) - Irineu (bispo entre 180-190): "Quando firmaram e estabeleceram a igreja de Roma, os bemaventurados apóstolos Pedro e Paulo confiaram a administração dela a Lino, de quem Paulo fala na epístola a Timóteo. Sucedeu-lhe depois Anacleto e depois deste Clemente obteve o episcopado, em terceiro lugar depois dos apóstolos, etc. " (Epíst. ad Victorem, 3, 3, 3; cfr. Eusébio, His. Eccles., 5,24,14).


b) - Epifânio (315-403) escreve: "Porque os apóstolos Pedro e Paulo foram, os dois juntos, os primeiros bispos de Roma" (Panarion, 27, 6).


Ora, dizem esses críticos, a frase do vers. 17 "não foi a carne nem o sangue que to revelaram, mas meu Pai que está nos céus", responde, até com as mesmas palavras, a Gálatas 1:12 e Gálatas 1:16.


Para organizar nosso estudo, analisemos frase por frase.


VERS. 18 a - "Também te digo que tu és Pedro e sobre essa pedra construir-me-ei a "ekklêsia") (oi kodomêsô moi tên ekklêsían).


O jogo de palavras corre melhor no aramaico, em que o vocábulo kêphâ (masculino) não varia. Mas no grego (e latim) o masculino Petros (Petrus, Pedro) é uma criação ad hoc, um neologismo, pois esse nome jamais aparece em nenhum documento anterior. Mas como a um homem não caberia o feminin "pedra", foi criado o neologismo. Além de João (João 1:42), Paulo prefere o aramaico Kêphá (latim Cephas) em 1CO 1:12; 1CO 3:22; 1CO 9:5; 1CO 15:5 e GL 2:14.


Quanto ao vocábulo ekklêsía, que foi transliterado em latim ecclésia (passando para o portuguê "igreja"), temos que apurar o sentido: A - etimológico; B - histórico; C - usual; D - seu emprego no Antigo Testamento; e E - no Novo Testamento.


A- Etimologicamente ekklêsía é o verbo Kaléô, "chamar, convocar", com o preverbo ek, designativo de ponto de partida. Tem pois o sentido de "convocação, chamada geral".


B- Historicamente, o termo era usado em Atenas desde o 6. º século A. C. ; ao lado da Boulê ("concílio", em Roma: Senado; em Jerusalém: Sinédrio), ao lado da Boulê que redigia as leis, por ser constituída de homens cultos e aptos a esse mister, havia a ekklêsía (em Roma: Comitium; em Jerusal ém: Synagogê), reunião ou assembleia geral do povo livre, que ratificava ou não as decisões da autoridade. No 5. º séc. A. C., sob Clístenes, a ekklésía chegou a ser soberana; durante todo o apogeu de Atenas, as reuniões eram realizadas no Pnyx, mas aos poucos foi se fixando no Teatro, como local especial. Ao tornar-se "cidade livre" sob a proteção romana, Atenas viu a ekklêsía perder toda autoridade.


C- Na época do início do cristianismo, ekklêsía corresponde a sinagoga: "assembleia regular de pessoas com pensamento homogêneo"; e tanto designava o grupo dos que se reuniam, como o local das reuniões. Em contraposição a ekklésía e synagogê, o grego possuía syllogos, que era um ajuntamento acidental de pessoas de ideias heterogêneas, um agrupamento qualquer. Como sinônimo das duas, havia synáxis, comunidade religiosa, mas que, para os cristãos, só foi atribuída mais tarde (cfr. Orígenes, Patrol. Graeca, vol. 2 col. 2013; Greg. Naz., Patrol Graeca vol. 1 col. 876; e João Crisóst., Patrol. Graeca, vol. 7 col. 22). Como "sinagoga" era termo típico do judaísmo, foi preferido" ecclésia" para caracterizar a reunião dos cristãos.


D- No Antigo Testamento (LXX), a palavra é usada com o sentido de reunião, assembleia, comunidade, congregação, grupo, seja dos israelitas fiéis, seja dos maus, e até dos espíritos dos justos no mundo espiritual (NM 19, 20; 20:4; DT 23:1, DT 23:2, DT 23:3, DT 23:8; Juizes 20:2; 1. º Sam. 17:47; 1RS 8:14, 1RS 8:22; 1CR. 29:1, 20; 2CR. 1:5; 7:8; Neem. 8:17; 13:1; Judit 7:18; 8:21; Salmos 22:22, Salmos 22:25; 26:5; 35:18; 40:10; 89:7; 107:32; 149:1; PV 5:14; Eccli, 3:1; 15:5; 21:20; 24:2; 25:34; 31:11; 33:19; 38:37; 39:14; 44:15; Lam. 1:10; Joel 2:16; 1. º Mac. 2:50;3:13; 4:59; 5:16 e 14:19).


E- No Novo Testamento podemos encontrar a palavra com vários sentidos:

1) uma aglomeração heterogênea do povo: AT 7:38; AT 19:32, AT 19:39, AT 19:41 e HB 12:23.


2) uma assembleia ou comunidade local, de fiéis com ideias homogêneas, uma reunião organizada em sociedade, em que distinguimos:


a) - a comunidade em si, independente de local de reunião: MT 18:17 (2 vezes); AT 11:22; AT 12:5; AT 14:22; AT 15:41 e AT 16:5; l. ª Cor. 4:17; 6:4; 7:17; 11:16, 18,22; 14:4,5,12,19,23,28, 33,34,35; 2. a Cor. 8:18, 19,23,24; 11:8,28; 12:13; Filp. 4:15; 2. a Tess. 1:4; l. ª Tim. 3:5, 15; 5:6; Tiago 5:15; 3. a JO 6; AP 2:23 e AP 22:16.


b) - a comunidade estabelecida num local determinado, uma sociedade local: Antióquia, AT 11:26; AT 13:1; AT 14:27; AT 15:3; Asiáticas, l. ª Cor. 16:19; AP 1:4, AP 1:11, AP 1:20 (2 vezes); 2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, 22; Babilônia, 1PE 5:13; Cencréia, RM 16. 1; Corinto, 1CO 1:2; 2CO 1:1; Êfeso, AT 20:17; AP 2:1; Esmirna, Apoç. 2:8; Filadélfia, AP 3:7; Galácia, 1CO 16. 1; GL 1:2; dos Gentios, RM 16:4; Jerusalém, AT 5:11; AT 8:1, AT 8:3; 12:1; 15:4,22:18:22; Judeia, AT 9:31; 1TS 2:14; GL 1:22; Laodicéia, CL 4:16; AP 3:14; Macedônia, 2CO 8:1; Pérgamo, AP 2:12; Roma, RM 16:16; Sardes, AP 3:1; Tessalônica, 1TS 1:1; 2TS 1:1; Tiatira, AP 2:18.


c) - a comunidade particular ou "centro" que se reúne em casa de família: RM 16:5, RM 16:23; 1CO 16:19; CL 4:15; Film. 2; 3 JO 9, 10.


3) A congregação ou assembleia de todos os que aceitam o Cristo como Enviado do Pai: MT 16:18; AT 20:28; 1CO 10:32; 1CO 12:28; 1CO 15:9; GL 1:13; EF 1:22; EF 3:10, EF 3:21:5:23,24,25,27,29,32; Filp. 3:6; CL 1:18, CL 1:24; HB 2:12 (citação do Salmo 22:22).


Anotemos, ainda, que em Tiago 2:2, a comunidade cristã é classificada de "sinagoga".


Concluímos desse estudo minucioso, que a palavra "igreja" não pode ser, hoje, a tradução do vocábulo ekklêsía; com efeito, esse termo exprime na atualidade.


1) a igreja católica-romana, com sua tríplice divisão bem nítida de a) militante (na Terra) ; b) sofredora (no "Purgatório") e c) triunfante (no "céu");


2) os templos em que se reúnem os fiéis católicos, com suas "imagens" e seu estilo arquitetônico especial.


Ora, na época de Jesus e dos primeiros cristãos, ekklêsía não possuía nenhum desses dois sentidos. O segundo, porque os cristãos ainda não haviam herdado os templos romanos pagãos, nem dispunham de meios financeiros para construí-los. E o primeiro porque só se conheciam, nessa época, as palestras de Jesus nas sinagogas judaicas, nos campos, nas montanhas, a beira-mar, ou então as reuniões informais nas casas de Pedro em Cafarnaum, de Simão o leproso em Betânia, de Levi, de Zaqueu em Jerusalém, e de outros afortunados que lhe deram hospedagem por amizade e admiração.


Após a crucificação de Jesus, Seus discípulos se reuniam nas casas particulares deles e de outros amigos, organizando em cada uma centros ou grupos de oração e de estudo, comunidades, pequenas algumas outras maiores, mas tudo sem pompa, sem rituais: sentados todos em torno da mesa das refeições, ali faziam em comum a ceia amorosa (agápê) com pão, vinho, frutas e mel, "em memória do Cristo e em ação de graças (eucaristia)" enquanto conversavam e trocavam ideias, recebendo os espíritos (profetizando), cada qual trazendo as recordações dos fatos presenciados, dos discursos ouvidos, dos ensinamentos decorados com amor, dos sublimes exemplos legados à posteridade.


Essas comunidades eram visitadas pelos "apóstolos" itinerantes, verdadeiros emissários do amor do Mestre. Presidiam a essas assembleias, "os mais velhos" (presbíteros). E, para manter a "unidade de crença" e evitar desvios, falsificações e personalismos no ensino legado (não havia imprensa!) eram eleitos "inspetores" (epíscopoi) que vigiavam a pureza dos ensinamentos. Essas eleições recaíam sobre criaturas de vida irrepreensível, firmeza de convicções e comprovado conhecimento dos preceitos de Jesus.


Por tudo isso, ressalta claro que não é possível aplicar a essa simplicidade despretensiosa dessas comunidades ou centros de fé, a denominação de "igrejas", palavra que variou totalmente na semântica.


Daí termos mantido, neste trecho do evangelho, a palavra original grega "ekklêsía", já que mesmo sua tradução "assembleia" não dá ideia perfeita e exata do significado da palavra ekklêsía daquela época.


Não encontramos outro termo para usar, embora a farta sinonímia à disposição: associação, comunidade, congregação, agremiação, reunião, instituição, instituto, organização, grei, aprisco (aulê), sinaxe, etc. A dificuldade consiste em dar o sentido de "agrupamento de todos os fiéis a Cristo" numa só palavra.


Fomos tentados a empregar "aprisco", empregado por Jesus mesmo com esse sentido (cfr. JO 10:1 e JO 10:16), mas sentimos que não ficava bem a frase "construirei meu aprisco".


Todavia, quando ekklêsía se refere a uma organização local de país, cidade ou mesmo de casa de fam ília, utilizaremos a palavra "comunidade", como tradução de ekklêsía, porque a correspondência é perfeita.


VERS. 18 b - "As portas do hades (pylai hádou) não prevalecerão contra ela".


O hades (em hebraico sheol) designava o hábitat dos desencarnados comuns, o "astral inferior" ("umbral", na linguagem espirítica) a que os latinos denominavam "lugar baixo": ínferus ou infernus. Digase, porém, que esse infernus (derivado da preposição infra) nada tem que ver com o sentido atual da palavra "inferno". Bastaria citar um exemplo, em Vergílio (En. 6, 106), onde o poeta narra ter Enéias penetrado exatamente as "portas do hades", inferni janua, encontrando aí (astral ou umbral) os romanos desencarnados que aguardavam a reencarnação (Na revista anual SPIRITVS - edição de 1964, n. º 1 -, nas páginas 16 a 19, há minucioso estudo a respeito de sheol ou hades. Edições Sabedoria).


O sentido das palavras citadas por Mateus é que os espíritos desencarnados do astral inferior não terão capacidade nem poder, por mais que se esforcem, para destruir a organização instituída por Cristo.


A metáfora "portas do hades" constitui uma sinédoque, isto é, a representação do todo pela parte.


VERS. 19 a - "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus".


As chaves constituíam o símbolo da autoridade, representando a investidura num cargo de confiança.


Quando Isaías (Isaías 22:22) fala da designação de Eliaquim, filho de Hilquia, para prefeito do palácio, ele diz : "porei sobre seu ombro a chave da casa de David; ele abrirá e ninguém fechará, fechará e ningu ém abrirá". O Apocalipse (Apocalipse 3:7) aplica ao Cristo essa prerrogativa: "isto diz o Santo, o Verdadeiro, o que tem a chave de David, o que abre e ninguém fechará, o que fecha e ninguém abrirá". Em Lucas (11:52) aparece uma alusão do próprio Jesus a essa mesma figura: "ai de vós doutores da lei, porque tirastes as chaves da ciência: vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam".


VERS. 19 b - "O que ligares na Terra será ligado nos céus, e o que desligares na Terra será desligado nos céus".


Após a metáfora das chaves, o que se podia esperar, como complemento, era abrir e fechar (tal como em Isaías, texto que devia ser bem conhecido de Jesus), e nunca "ligar" e desligar", que surgem absolutamente fora de qualquer sequência lógica. Aliás é como esperávamos que as palavras foram colocadas nos lábios de Clemente Romano (bispo entre 100 e 130, em Roma): "Senhor Jesus Cristo, que deste as chaves do reino dos céus ateu emissário Pedro, meu mestre, e disseste: "o que abrires, fica aberto e o que fechares fica fechado" manda que se abram os ouvidos e olhos deste homem" - haper àn anoíxéis énéôitai, kaì haper àn kleíséis, kéklestai - (Martírio de Clemente, 9,1 - obra do 3. º ou 4. º século). Por que aí não teriam sido citadas as palavras que aparecem em Mateus: hò eàn dêséis... éstai dedeménon... kaí hò eàn lêsêis... éstai lelyménon?


Observemos, no entanto, que no local original dessa frase (MT 18:18), a expressão "ligar" e "desligar" se encaixa perfeitamente no contexto: aí se fala no perdão a quem erra, dando autoridade à comunidade para perdoar o culpado (e mantê-lo ligado ao aprisco) ou a solicitar-lhe a retirada (desligando-o da comunidade) no caso de rebeldia. Então, acrescenta: "tudo o que ligardes na Terra, será ligado nos céus, e tudo o que desligardes na Terra, será desligado nos céus". E logo a seguir vem a lição de "perdoar setenta vezes sete". E entendemos: se perdoarmos, nós desligamos de nós o adversário, livramonos dele; se não perdoarmos, nós o manteremos ligado a nós pelos laços do ódio e da vingança. E o que ligarmos ou desligarmos na Terra (como encarnados, "no caminho com ele", cfr. MT 5. 25), será ratificado na vida espiritual.


Daí a nítida impressão de que esse versículo foi realmente transportado, já pronto (apenas colocados os verbos no singular), do capítulo 18 para o 16 (em ambos os capítulos, o número do versículo é o mesmo: 18).


A hipótese de que este versículo (como os dois anteriores) foi interpolado, é baseada no fato de que não figuram em Marcos nem em Lucas, embora se trate claramente do mesmo episódio, e apesar de que esses dois evangelistas escreveram depois de Mateus, por conseguinte, já conheciam a redação desse apóstolo que conviveu com Jesus (Marcos e Lucas não conviveram). Acresce a circunstância de que Marcos ouviu o Evangelho pregado por Pedro (de quem parece que era sobrinho carnal, e a quem acompanhou depois de haver abandonado Paulo após sua primeira viagem apostólica. Marcos não podia ignorar uma passagem tão importante em relação a seu mestre e talvez tio. Desde Eusécio aparece como razão do silêncio de Marcos a humildade de Pedro, que em suas pregações não citava fatos que o engrandecessem. Mas não é admissível que Marcos ignorasse a cena; além disso, ele escreveu seu Evangelho após a desencarnação de Pedro: em que lhe ofenderia a modéstia, se dissesse a verdade total?


Mais ainda: seu Evangelho foi escrito para a comunidade de Roma; como silenciar um trecho de importância tão vital para os cristãos dessa metrópole? Não esqueçamos o testemunho de Papias (2,

15), discípulo pessoal do João o Evangelista, e portanto contemporâneo de Marcos, que escreveu: "Marcos numa coisa só teve cuidado: não omitir nada do que tinha ouvido e não mentir absolutamente" (Eusébio, Hist. Eccles. 3, 39).


E qual teria sido a razão do silêncio de Lucas? E por que motivo todo esse trecho não aparece citado em nenhum outro documento anterior a Marcion (meados do 2. º século) ?


Percorramos os primeiros escritos cristãos, verificando que a primeira citação é feita por Justino, que aparece como tendo vivido exatamente em 150 A. D.


1. DIDACHE (15,1) manda que os cristãos elejam seus inspetores (bispos) e ministros (diáconos). Nenhum aceno a uma hierarquia constituída por Jesus, e nenhuma palavra a respeito dos "mais velhos" (presbíteros).


2. CLEMENTE ROMANO (bispo de Roma no fim do 1. º e início do 2. º século), discípulo pessoal de Pedro e de Paulo (parece até que foi citado em FP 4:3) e terceiro sucessor de ambos no cargo de inspetor da comunidade de Roma. Em sua primeira epístola aos coríntios, quando fala da hierarquia da comunidade, diz que "Cristo vem da parte de Deus e os emissários (apóstolos) da parte de Cristo" (1. ª Clem. 42, 2). Apesar das numerosíssimas citações escriturísticas, Clemente não aproveita aqui a passagem de Mateus que estamos analisando, e que traria excelente apoio a suas palavras.


3. PAPIAS (que viveu entre o 1. º e o 2. º século) também nada tem em seus fragmentos.


4. INÁCIO (bispo entre 70 e 107), em sua Epístola aos Tralianos (3, 1) fala da indispensável hierarquia eclesiástica, mas não cita o trecho que viria a calhar.


5. CARTA A DIOGNETO, aliás comprovadamente a "Apologia de Quadrado dirigida ao Imperador Adriano", portanto do ano de 125/126 (cfr. Eusibio, Hist. Eccles. 4,3), nada fala.


6. EPÍSTOLA DE BARNABÉ (entre os anos 96 e 130), embora apócrifa, nada diz a respeito.


7. POLICARPO (69-155) nada tem em sua Epístola aos Filipenses.


8. O PASTOR, de Hermas, irmão de Pio, bispo de Roma entre 141 e 155, e citado por Paulo (RM 16:14). Em suas visões a igreja ocupa lugar de destaque. Na visão 3. ª, a torre, símbolo da igreja, é construída sobre as águas, mas, diz o Pastor a Hermas: "o fundamento sobre que assenta a torre é a palavra do Nome onipotente e glorioso". Na Parábola 9, 31 lemos que foi dada ordem de "edificar a torre sobre a Rocha e a Porta". E o trecho se estende sem a menor alusão ao texto que comentamos.


#fonte 9. JUSTINO (+ ou - ano 150) cita, pela vez primeira, esse texto (Diálogus, 100, 4) mas com ele só se preocupa em provar a filiação divina do Cristo.


10. IRINEU (bispo entre 180-190), em sua obra cita as mesmas palavras de Justino, deduzindo delas a filiação divina do Cristo (3, 18, 4).


11. ORÍGENES (184-254) é, historicamente, o primeiro que afirma que Pedro é a pedra fundamental da igreja (Hom. 5,4), embora mais tarde diga que Jesus "fundou a igreja sobre os doze apóstolos, representados por Pedro" (In Matt. 12, 10-14). Damos o resumo, porque o trecho é bastante longo.


12. TERTULIANO (160-220) escreve (Scorpiae, 10) que Jesus deu as chaves a Pedro e, por seu interm édio, à igreja (Petro et per eum Ecclesiae): a igreja é a depositária, Pedro é o Símbolo.


13. CIPRIANO (cerca 200-258) afirma (Epíst. 33,1) que Jesus, com essas palavras, estabeleceu a igreja fundamentada nos bispos.


14. HILÁRIO (cerca 310-368) escreve (De Trinit. 3, 36-37) que a igreja está fundamentada na profiss ão de fé na divindade de Cristo (super hanc igitur confessionis petram) e que essa fé tem as chaves do reino dos céus (haec fides Ecclesiae fundamentum est... haec fides regni caelestis habet claves). 15. AMBRÓSIO (337-397) escreve: "Pedro exerceu o primado da profissão de fé e não da honra (prirnaturn confessionis útique, non honóris), o primado da fé, não da hierarquia (primatum fídei, non órdinis)"; e logo a seguir: "é pois a fé que é o fundamento da igreja, porque não é da carne de Pedro, mas de sua fé que foi dito que as portas da morte não prevalecerão contra ela" (De Incarnationis Dorninicae Sacramento, 32 e 34). No entanto, no De Fide, 4, 56 e no De Virginitate, 105 - lemos que Pedro, ao receber esse nome, foi designado pelo Cristo como fundamento da igreja.


16. JOÃO CRISÓSTOMO (c. 345-407) explica que Pedro não deve seu nome a seus milagres, mas à sua profissão de fé (Hom. 2, In Inscriptionem Actorum, 6; Patrol. Graeca vol. 51, col. 86). E na Hom. 54,2 escreve que Cristo declara que construirá sua igreja "sobre essa pedra", e acrescenta" sobre essa profissão de fé".


17. JERÔNIMO (348-420) também apresenta duas opiniões. Ao escrever a Dâmaso (Epist. 15) deseja captar-lhe a proteção e diz que a igreja "está construída sobre a cátedra de Pedro". Mas no Comm. in Matt. (in loco) explica que a "pedra é Cristo" (in petram Christum); cfr. 1CO 10:4 "e essa pedra é Cristo".


18. AGOSTINHO (354-430) escreve: "eu disse alhures. falando de Pedro, que a igreja foi construída sobre ele como sobre uma pedra: ... mas vejo que muitas vezes depois (postea saepíssime) apliquei o super petram ao Cristo, em quem Pedro confirmou sua fé; como se Pedro - assim o chamou "a Pedra" - representasse a igreja construída sobre a Pedra; ... com efeito, não lhe foi dito "tu es Petra", mas "tu es Petrus". É o Cristo que é a Pedra. Simão, por havê-lo confessado como o faz toda a igreja, foi chamado Pedro. O leitor escolha qual dos dois sentidos é mais provável" (Retractationes 1, 21, 1).


Entretanto, Agostinho identifica Pedro com a pedra no Psalmus contra partem Donati, letra S; e na Enarratio in Psalmum 69, 4. Esses são os locais a que se refere nas Retractationes.


Mas no Sermo 76, 1 escreve: "O apóstolo Pedro é o símbolo da igreja única (Ecclesiae unicae typum);


... o Cristo é a pedra, e Pedro é o povo cristão. O Cristo lhe diz: tu és Pedro e sobre a pedra que professaste, sobre essa pedra que reconheceste, dizendo "Tu és o Cristo, o filho de Deus vivo", eu construirei minha igreja; isto é, eu construirei minha igreja sobre mim mesmo que sou o Filho de Deus. É sobre mim que eu te estabelecerei, e não sobre ti que eu me estabelecerei... Sim, Pedro foi estabelecido sobre a Pedra, e não a Pedra sobre Pedro".


Essa mesma doutrina aparece ainda em Sermo 244, 1 (fim): Sermo 270,2: Sermo 295, 1 e 2; Tractatus in Joannem, 50, 12; ibidem, 118,4 ibidem, 124. 5: De Agone Christiano, 32; Enarratio in Psalmum 108, 1.


Aí está o resultado das pesquisas sobre o texto tão discutido. Concluiremos como Agostinho, linhas acima: o leitor escolha a opinião que prefere.


O último versículo é comum aos três, embora com pequenas variantes na forma: Mateus: não dizer que Ele era o Cristo.


Marcos: não falar a respeito Dele.


Lucas: não dizer nada disso a ninguém.


Mas o sentido é o mesmo: qualquer divulgação a respeito do messianato poderia sublevar uma persegui ção das autoridades antes do tempo, impedindo o término da tarefa prevista.


Para a interpretação do sentido mais profundo, nada importam as discussões inócuas e vazias que desenvolvemos acima. Roma, Constantinopla, Jerusalém, Lhassa ou Meca são nomes que só têm expressão para a personagem humana que, em rápidas horas, termina, sob aplausos ou apupos, sua representação cênica no palco do plano físico.


Ao Espírito só interessa o ensino espiritual, revelado pela letra, mas registrado nos Livros Sagrados de qualquer Revelação divina. Se o texto foi interpolado é porque isso foi permitido pela Divindade que, carinhosamente cuida dos pássaros, dos insetos e das ervas do campo. Portanto, se uma interpolação foi permitida - voluntária ou não, com boas ou más intenções razão houve e há para isso, e algum resultado bom deve estar oculto sob esse fato. Não nos cabe discutir: aceitemos o texto tal como chegou até nós e dele extraiamos, pela meditação, o ensinamento que nos traz.


* * *

Embevecido pela beleza da paisagem circunstante, reveladora da Divindade que se manifesta através de tudo, Jesus - a individualidade - recolhe-se em prece. É nessa comunhão com o Todo, nesse mergulho no Cosmos, que surge o diálogo narrado pelos três sinópticos, mas completo apenas em Mateus que, neste passo, atinge as culminâncias da narração espiritual de João.


O trecho que temos aqui relatado é uma espécie de revisão, de exame da situação real dos discípulos por parte de Jesus, ou seja, dos veículos físicos (sobretudo do intelecto) por parte da individualidade.


Se vemos duas indagações na letra, ambas representam, na realidade, uma indagação só em duas etapas. Exprime uma experiência que visa a verificar até onde foi aquela personagem humana (em toda a narrativa, apesar do plural "eles", só aparece clara a figura de Simão Bar-Jonas). Teriam sido bem compreendidas as aulas sobre o Pão da Vida e sobre a Missão do Cristo de Deus? Estaria exata a noção e perfeita a União com a Consciência Cósmica, com o Cristo?


O resultado do exame foi satisfatório.


Analisemo-lo para nosso aprendizado.


Em primeiro lugar vem a pergunta: "Quem dizem os homens que eu sou"? Não se referia o Cristo aos" outros", mas ao próprio Pedro que, ali, simbolizava todos os que atingiram esse grau evolutivo, e que, ao chegar aí, passarão por exame idêntico (esta é uma das provações "iniciáticas"). A resposta de Pedro reflete a verdade: no período ilusório da personalidade nós confundimos o Cristo com manifestações de formas exteriores, e o julgamos ora João Batista, ora Elias, ora Jeremias ou qualquer outro grande vulto. Só percebemos formas e nomes ilusórios. Esse é um período longo e inçado de sonhos e desilusões sucessivas, cheio de altos e baixos, de entusiasmos e desânimos.


O Cristo insiste: "que pensais vós mesmos de mim"? ou seja, "e agora, no estágio atual, que é que você pensa de mim"?


Nesse ponto o Espírito abre-se em alegrias místicas incontroláveis e responde em êxtase: Tu és o Ungido, o Permeado pelo Som (Verbo, Pai) ... Tu és o Cristo Cósmico, o Filho de Deus Vivo, a Centelha da Luz Incriada, Deus verdadeiro proveniente do verdadeiro Deus!


Na realidade, Pedro CONHECEU o Cristo, e os Pais da Igreja primitiva tiveram toda a razão, quando citaram esse texto como prova da divindade do CRISTO, o Filho Unigênito de Deus. O Cristo Cósmico, Terceiro aspecto da Trindade, é realmente Deus em Sua terceira Manifestação, em Seu terceiro Aspecto, e é a Vida que vivificava Jesus, como vivifica a todas as outras coisas criadas. Mas em Sua pureza humana, em Sua humildade, Jesus deixava que a Divindade se expandisse através de Sua personalidade física. E Pedro CONHECEU o Cristo a brilhar iluminando tudo através de Jesus, como a nós compete conhecer a Centelha divina, o Eu Interno Profundo a cintilar através de nossa individualidade que vem penosamente evoluindo através de nossas personalidades transitórias de outras vidas e da atual, em que assumimos as características de uma personagem que está a representar seu papel no palco do mundo.


Simão CONHECEU o Cristo, e seu nome exprime uma das características indispensáveis para isso: "o que ouve" ou" o que obedece".


E como o conhecimento perfeito e total só existe quando se dá completa assimilação e unificação do conhecedor com o conhecido (nas Escrituras, o verbo "conhecer" exprime a união sexual, em que os dois corpos se tornam um só corpo, imagem da unificação da criatura com o Criador), esse conhecimento de Pedro revela sua unificação com o Cristo de Deus, que ele acabava de confessar.


O discípulo foi aprovado pelo Mestre, em cujas palavras transparece a alegria íntima e incontida, no elogio cheio de sonoridades divinas:

—"És feliz. Simão, Filho de Jonas"!


Como vemos, não é o Espírito, mas a personagem humana que recebe a bênção da aprovação. Realmente, só através da personalidade encarnada pode a individualidade eterna atingir as maiores altitudes espirituais. Se não fora assim, se fosse possível evoluir nos planos espirituais fora da matéria, a encarnação seria inútil. E nada há inútil em a natureza. Que o espírito só pode evoluir enquanto reencarnado na matéria - não lhe sendo possível isso enquanto desencarnado no "espaço" -, é doutrina firmada no Espiritismo: Pergunta 175a: "Não se seria mais feliz permanecendo no estado de espírito"?


Resposta: "Não, não: ficar-se-ia estacionário, e o que se quer é progredir para Deus". A Kardec, "O livro dos Espíritos". Então estava certo o elogio: feliz a personagem Simão ("que ouviu e obedeceu"), filho de Jonas, porque conseguiu em sua peregrinação terrena, atingir o ponto almejado, chegar à meta visada.


Mas o Cristo prossegue, esclarecendo que, embora conseguido esse passo decisivo no corpo físico, não foi esse corpo ("carne e sangue") que teve o encontro (cfr. A carne e o sangue não podem possuir o reino dos céus", 1CO 15:50). Foi, sim, o Espírito que se uniu à Centelha Divina, e o Pai que habita no âmago do coração é que revela a Verdade.


E continuam os esclarecimentos, no desenvolvimento de ensinos sublimes, embora em palavras rápidas

—não há prolixidade nem complicações em Deus, mas concisão e simplicidade - revelando-nos a todos as possibilidades ilimitadas que temos: - Eu te digo que tu és Pedro, e sobre essa pedra me edificarei a "ekklêsía".


Atingida a unificação, tornamo-nos conscientemente o Templo do Deus Vivo: nosso corpo é o Tabernáculo do Espirito Santo (cfr. RM 6 : 9, 11; 1CO 3:16, 1CO 3:17; 2CO 6:16: EF 2:22; 2TM 1:14; Tiago,

4:5). Ensina-nos então, o Cristo, que nós passamos a ser a "pedra" (o elemento material mineral no corpo físico) sobre a qual se edificará todo o edifício (templo) de nossa eterna construção espiritual.


Nossa personagem terrena, embora efêmera e transitória, é o fundamento físico da "ekklêsíia" crística, da edificação definitiva eterna (atemporal) e infinita (inespacial) do Eu Verdadeiro e divino.


Nesse ponto evolutivo, nada teremos que temer:

—As portas do hades, ou seja, as potências do astral e os veículos físicos (o externo e o interno) não mais nos atingirão com seus ataques, com suas limitações, com seus obstáculos, com seus "problemas" (no sentido etimológico). A personagem nossa - assim como as personagens alheias - não prevalecerá contra a individualidade, esse templo divino, construído sobre a pedra da fé, da União mística, da unificação com o Cristo, o Filho do Deus Vivo. Sem dúvida os veículos que nos conduzem no planeta e as organizações do pólo negativo tentam demolir o trabalho realizado. Será em vão. Nossos alicerces estão fixados sobre a Pedra, a Rocha eterna. As forças do Antissistema (Pietro Ubaldi Queda e Salvação") só podem alcançar as exterioridades, dos veículos físicos que vibram nos planos inferiores em que elas dominam. Mas o Eu unido a Deus, mergulhado em Deus (D-EU-S) é inatingível, intocável, porque sua frequência vibratória é altíssima: sintonizados com o Cristo, a Torre edificada sobre a Pedra é inabalável em seus alicerces.


E Cristo prossegue:

—"Dar-te-ei as chaves do reino dos céus".


Com essas chaves em nossas mãos, podemos abrir e fechar, entrar e sair, ligar-nos e desligar-nos, quando e quanto quisermos, porque já não é mais nosso eu pequeno personalístico que quer, (cfr. JO 5:30) pensa e age; mas tudo o que de nós parte, embora parecendo proveniente da personagem, provém realmente do Cristo ("já não sou mais eu que vivo, o Cristo é que vive em mim", Gál 2:20).


Com as chaves, podemos abrir as portas do "reino dos céus", isto é, de nosso coração. Podemos entrar e sair, para ligar-nos ao Cristo Cósmico na hora em que nosso ardor amoroso nos impele ao nosso Amado, ou para desligar-nos constrangidos a fim de atender às imprescindíveis e inadiáveis tarefas terrenas que nos competem. Por mais que pareçam ilógicas as palavras "ligar" e "desligar", após a sinédoque das chaves, são essas exatamente as palavras que revelam o segredo do ensinamento: estão perfeitamente encaixadas nesse contexto, embora não façam sentido para o intelecto personalístico que só entende a letra. Mas o Espírito penetra onde o intelecto esbarra (cfr. "o espírito age onde quer", JO 3:8). Com efeito, após o Encontro, o Reconhecimento e a União mística, somos capazes de, mesmo no meio da multidão, abrir com as nossas chaves a porta e penetrar no "reino dos céus" de nosso coração; somos capazes de ligar-nos e conviver sem interrupção com o nosso Amor.


E a frase é verdadeira mesmo em outros sentidos: tudo o que ligarmos ou desligarmos na Terra, através de nossa personalidade (da personagem que animamos) será automaticamente ligado ou desligad "nos céus", ou seja, nos planos do Espírito. Porque Cristo é UM conosco, é Ele que vive em nós, que pensa por nós, que age através de nós, já que nosso eu pequenino foi abolido, aniquilado, absorvido pelo Eu maior e verdadeiro; então todos os nossos pensamentos, nossas palavras, nossas ações terão repercussão no Espírito.


A última recomendação é de capital importância na prática: a ninguém devemos falar de nada disso.


O segredo da realização crística pertence exclusivamente à criatura que se unificou e ao Amado a quem nos unimos. Ainda aqui vale o exemplo da fusão de corpos no Amor: nenhum amante deixa transparecer a ouvidos estranhos os arrebatamentos amorosos usufruídos na intimidade; assim nenhum ser que se uniu ao Cristo deverá falar sobre os êxtases vividos em arroubos de amor, no quarto fechado (cfr. MT 6:6) do coração. Falar "disso" seria profanação, e os profanos não podem penetrar no templo iniciático do Conhecimento.


Isso faz-nos lembrar outra faceta deste ensinamento. Cristo utiliza-se de uma fraseologia tecnicamente especializada na arquitetura (que veremos surgir, mais explícita, posteriormente, quando comentarmos MT 21:42, MC 12:10 e LC 20:17).


Ensina-nos o Cristo que será "edificada" por Ele, sobre a "Pedra", a ekklêsía, isto é, o "Templo".


Ora, sabemos que, desde a mais remota antiguidade, os templos possuem forma arquitetônica especial.


Na fachada aparecem duas figuras geométricas: um triângulo superposto a um quadrilátero, para ensinamento dos profanos.


Profanos é formado de PRO = "diante de", e FANUM = "templo". O termo originou-se do costume da Grécia antiga, em que as cerimônias religiosas exotéricas eram todas realizadas para o grande público, na praça que havia sempre na frente dos templos, diante das fachadas. Os profanos, então, eram aqueles que estavam "diante dos templos", e tinham que aprender certas verdades básicas. Ao aprendê-las, eram então admitidos a penetrar no templo, iniciando sua jornada de espiritualização, e aprendendo conhecimentos esotéricos. Daí serem chamados INICIADOS, isto é, já tinham começado o caminho.


Depois de permanecerem o tempo indispensável nesse curso, eram então submetidos a exames e provas.


Se fossem achados aptos no aprendizado tornavam-se ADEPTOS (isto é: AD + APTUS). A esses é que se refere Jesus naquela frase citada por Lucas "todo aquele que é diplomado é como seu mestre" (LC 6:40; veja vol. 3). Os Adeptos eram os diplomados, em virtude de seu conhecimento teórico e prático da espiritualidade.


O ensino revelado pela fachada é que o HOMEM é constituído, enquanto crucificado na carne, por uma tríade superior, a Individualidade eterna, - que deve dominar e dirigir o quaternário (inferior só porque está por baixo) da personagem encarnada, com seus veículos físicos. Quando o profano chega a compreender isso e a viver na prática esse ensinamento, já está pronto para iniciar sua jornada, penetrando no templo.


No entanto, o interior dos templos (os construídos por arquitetos que conheciam esses segredos). o interior difere totalmente da fachada: tem suas naves em arco romano, cujo ponto chave é a "pedra angular", o Cristo (cfr. MT 21:42,. MC 12:10; LC 20:17,. EF 2:20; 1PE 2:7; e no Antigo: JÓ 38:6; Salmo 118:22: IS 28:16, JR 51:26 e ZC 4:7).


Sabemos todos que o ângulo da pedra angular é que estabelece a "medida áurea" do arco, e portanto de toda a construção do templo. Assim, os que já entram no templo ("quem tem olhos de ver, que veja"!) podem perceber o prosseguimento do ensino: o Cristo Divino é a base da medida de nossa individualidade, e só partindo Dele, com Ele, por Ele e Nele é que podemos edificar o "nosso" Templo eterno.


Infelizmente não cabem aqui as provas matemáticas desses cálculos iniciáticos, já conhecidos por Pit ágoras seis séculos antes de Cristo.


Mas não queremos finalizar sem uma anotação: na Idade Média, justamente na época e no ambiente em que floresciam em maior número os místicos, o arco romano cedeu lugar à ogiva gótica, o "arco sextavado", que indica mais claramente a subida evolutiva. Aqui, também, os cálculos matemáticos nos elucidariam muito. Sem esquecer que, ao lado dos templos, se erguia a torre...


Quantas maravilhas nos ensinam os Evangelhos em sua simplicidade! ...


Corte do PANTEON de Roma, mostrando a arquitetura iniciática, com as medidas áureas
ef 3:10
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 20
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 12:1-12


1. Nesse ínterim, tendo-se reunido dezenas de milhares de pessoas, de tal forma que pisavam uns sobre os outros, começou a dizer a seus discípulos primeiro: "Precatai-vos contra o fermento que é a hipocrisia dos fariseus.

2. Nada existe encoberto que não se descubra, nem oculto que não se conheça.

3. Por isso, tudo o que dissestes nas trevas, será ouvido na luz; e o que falastes ao ouvido, na adega, será proclamado dos terraços.

4. Digo-vos, a vós meus amigos, não temais os que matam o corpo, e depois disso nada mais conseguem fazer.

5. Mostrar-vos-ei a quem temer; temei o que, depois de matar, tem o poder de lançar na geena; sim, digo-vos, temei a esse.

6. Não se vendem cinco passarinhos por dois asses? E nem um deles está esquecido diante de Deus.

7. Mas até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não temais: valeis mais que muitos passarinhos.

8. Digo-vos mais: todo o que me confirmar perante os homens, também o Filho do Homem o confirmará perante os mensageiros de Deus;

9. mas o que me negar diante dos homens, será renegado diante dos mensageiros de Deus.

10. Todo aquele que proferir um ensino contra o Filho de Homem, ser-lhe-á relevado; mas o que blasfemar contra o santo Espírito, não lhe será relevado.

11. Todas as vezes que vos levarem perante as sinagogas, os magistrados e as autoridades, não vos preocupeis como ou com que vos defendereis ou o que falareis;

12. porque o santo Espírito vos ensinará nessa mesma hora o que deveis dizer".



Aqui temos uma série de exortações do Mestre a Seus discípulos, para que não temam os perigos, quando se trata de anunciar a boa-nova do "Reino de Deus" dentro dos homens.


O evangelista fala de dezenas de milhares de pessoas (myria = 10. 000) dizendo literalmente: episynachtheisõn tõn myriádõn toú ochlóu, isto é, "se superajuntavam às dezenas de milhares de povo", a tal ponto que pisavam uns sobre os outros em torno de Jesus para ouvir-Lhe a voz. Os comentaristas julgam isso uma hipérbole. A própria Vulgata traduz multis turbis circumstantibus, "estando em redor muito povo", não obedecendo ao original.


Há uma enumeração de percalços, que são encontrados quando alguém acorda esse assunto vital e decisivo para a espiritualização da humanidade.


1) "O fermento que é a hipocrisia dos fariseus". O fermento que permanece oculto, que ninguém vê, e no entanto tem ação tão forte que "leveda a massa toda" (cfr. MT 13:33; MC 13:21; 1CO 5:6 e GL 5:9). A comparação do fermento com a hipocrisia aparece em outros pontos (cfr. MT 16:6-11, 12; MC 8:15). Não acreditar, portanto, de boa-fé, "abrindo o jogo" nas aparências dos que se dizem ou fingem, mas NÃO SÃO. Muitos exteriorizarão piedade, fé, santidade, mas são apenas "sepulcros caiados". Cuidado com eles!, adverte-nos o Mestre.


2) O segundo princípio vale para essa admoestação que acabou de ser dada e também para o que se segue: tudo o que estiver escondido e oculto virá a luz. Os hipócritas serão vergonhosamente des mascarados ao desvestir-se da matéria, única que lhes permite enganar, pois o "espírito" se encaminhará automaticamente, por densidade, por peso atômico ou por sintonia vibratória, para o local que lhe seja afim.


Doutra parte, todos os segredos iniciáticos ou não, aprendidos de boca a ouvido, serão divulgados a seu tempo. O que foi dito a portas fechadas, será proclamado de cima dos terraços, às multidões. É o que está ocorrendo hoje: tudo está sendo dito. Não mais adiantam sociedades ou fraternidades "secretas": a imprensa divulga todos os segredos. Quem tem ouvidos de ouvir ouve: quem não os tem, nada percebe...


3) Prossegue o terceiro aviso, de que há dois perigos que precisam ser bem distinguidos:

a) os que "matam o corpo", que é coisa sem importância. que qualquer pessoa pode sofrer sem lhe causar transtorno maior, como o próprio Jesus o demonstraria em Sua pessoa, deixando que assassinassem com requintes de crueldade Seu corpo - e com isso até conquistando o amor de toda a humanidade - e depois reaparecendo vivo e glorioso, como vencedor da morte;


b) e o perigo real, que vem "daquele" que tem o poder (exousía) de lançar na "geena". Já vimos que" geena" (vol. 2) é o "vale dos gemidos", ou seja, este planeta, em que "gememos" (cfr. 2. ª Cor. 5:4 e 2PE 1:13-14). Portanto, só devemos temer a volta constante e inevitável às reencarnações compulsórias, que nos fazem sofrer neste "vale de lágrimas", dores morais e físicas indescritíveis e desoladoras. E quem pode lançar-nos nas reencarnações é nosso Eu Profundo. Isso é revelado com especial carinho, de pai a filhos: "eu vou mostrar o que deveis temer". Mas, matar o corpo, crucificálo. Queimá-lo, torturá-lo? Outro melhor será construído!


Depois é dada a razão por que não devemos temer. O Pai, que está EM TUDO e EM TODOS, mesmo nas mínimas coisas, está também DENTRO de cada um. Se cuida dos passarinhos, que cinco deles custam "dois vinténs", como não cuidará muito mais carinhosamente dos homens. "Seus amigos"? É a argumentação a minore ad majus. Se até todas os fios de cabelo de nossa cabeça estão contados (coisa que a criatura humana não consegue fazer), porque o Pai está inclusive dentro de cada um deles, muito mais saberá com antecedência, o que conosco se passa e "o de que necessitamos" (MT 6:8).


4) Segue um ensino de base: só quem confirmar o Cristo perante os homens, será por Ele confirmado perante os mensageiros divinos. Volta aqui o verbo homologein (veja atrás) que já estudamos. A interpretação comum até hoje, de "confessar o Cristo", trouxe no decorrer dos séculos enorme série de criaturas que não temeram confessar o Cristo e por Ele dar a vida, em testemunho de sua crença, tornando-se "mártires" (testemunhas) diante dos verdugos e perseguidores.


5) A advertência seguinte é urna repetição do que foi dito atras (MT 12:32; MC 3:29), embora lá se refira a quem atribua ao adversário uma obra divina, e aqui venha em outro contexto. Mas o sentido é o mesmo. Em nossa evolução estamos caminhando entre dois pólos: o negativo, reino do adversário, a matéria, do qual nos vamos afastando aos poucos: e o positivo, reino de Deus, o Espirito, do qual lentamente nos aproximamos. A quem ensinar contra o Filho do Homem (Jesus ou qualquer outro Manifestante Crístico), lhe será relevado o erro: isso embora possa atrasar-lhe a caminhada, não o faz regredir; mas quem, ao invés de caminhar para o Espírito já puro (livre da matéria, porque o adversário também é Espírito embora revestido de ou transformado em matéria), esse não terá como ser relevado, pois virou as costas ao ponto de chegada e passou a caminhar na direção contrária, mergulhando mais na matéria (Antissistema). Os agravos das personagens constra as personagens não têm gravidade. Mas quando atingem o Espírito, assumem graves características cármicas.


Há uma observação a fazer. Neste trecho (vers. 10 e 12) não aparece pneuma hágion, mas hágion pneuma; isto é, não "Espírito Santo", mas "Santo Espírito". Abaixo, voltaremos ao assunto.


6) A última advertência transforma-se numa garantia de que, quando diante das autoridades, eles não devem preocupar-se com a defesa nem com as respostas "porque o santo Espírito lhes ensinará nessa mesma hora, o que devem dizer". Trata-se de uma inspiração direta, da qual numerosos exemplos guardou a história, bastando-nos recordar, além dos ocorridos com os discípulos daquela época (cfr. AT 4:5-21; AT 7:1-53; 22:1-21; 23:1-7; 24:10-21 e 26:2-29) as respostas indiscutivelmente inspiradas de Joana d"Arc, diante do tribunal de bispos que a condenou à fogueira.


Note-se que em Mateus (Mateus 10:18) e Marcos (Marcos 13:9) fala-se em governadores e reis, termos que Lucas substitui por "magistrados" (archaí), e autoridades" (exousíai) expressões que também aparecem reunidas em Paulo (EF 3:10; CL 1:16 e TT 3:1).


De tudo se deduz que não devem temer os discípulos: a vitória espiritual está de antemão garantida, embora pereça o corpo físico.


PNEUMA HAGION


Trata-se de uma observação de linguística: o emprego do adjetivo hágion, ao lado do substantivo pneuma. Sistematicamente, o substantivo precede: pneuma hágion ("Espírito santo"). No entanto, Lucas, e só Lucas, inverte nove vezes, contra 41 vezes em que segue a construção normal. Qual a razão?


Para controle dos estudiosos, citamos os passos, nos quatro autores dos Evangelhos, dando os diversos textos em que aparece a palavra pneuma com suas diversas construções:

1 - tò pneuma tò hágion = o Espírito o santo.


MT 12:32; MC 3:29; MC 12:36; MC 13:11; LC Ev. 3:22; 10:21; AT 1:16; AT 2:33; AT 5:3, AT 5:32; 7:51:10:44, 47; 11:15; 13:2; 15:8, 28; 19:6; 20:28; 21:4; 28:25.


Em João aparece uma só vez, e assim mesmo em apenas alguns códices tardios, havendo forte suspeição de haver sido acrescentado posteriormente (em14:26).


2 - Pneuma hágion (indefinido, sem artigo) = um espírito santo: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; MC 1:8; LC Ev. 1:15, 41, 67; 2:25; 3:16; 4:1; 11:13: AT 1:2, AT 1:5:2:4; 4:8, 25; 7:55; 8:15, 17, 19; 9:17; 10:38; 11:16, 24; 13:9, 52; 19:2 (2 vezes); JO 20:22.


3 - tò hágion pneuma = o santo Espírito (inversão): MT 28:19, num versículo indiscutivelmente apócrifo; LC Ev. 12:10, 12; AT 1:8:2:38; 4:31; 9:31:10:45; 13:4; 16:6. E em todo o resto do Novo Testamento, só aparece essa inversão uma vez mais, em Paulo (1CO 6:19), onde, assim mesmo, alguns códices trazem a ordem comum.


Para completar o estudo da palavra pneuma nos Evangelhos, mesmo sem acompanhamento do adjetivo hágion, damos mais os seguintes passos.


4 - tò pneuma = o espírito: MT 4:1; MT 10:20; MT 12:18, MT 12:31; MC 1:10, MC 1:12; LC Ev. 2:27; 4:14; AT 2:17, AT 2:18; 6:10; 8:18, 29; 10:19; 11:12, 28; 16:7; 20:22; 21:4; JO 1:32, JO 1:33; 3:6, 8, 34; 6:63; 7:39; 14:17; 15:26; 16:13.


5 - pneuma (indefinido, sem artigo) = um espírito: MT 3:16; MT 12:28; MT 22:43; LC Ev. 1:17; 4:18; AT 6:3:8:39; 23:89; JO 3:5, JO 3:6; 4:23, 24; 6:63; 7:39.


Resumindo:









































































Mat.Marc.Luc.Luc.João
Ev.Ev.Ev.At.Ev.Totais
1. tò pneuma tò hágion1321521
2. pneuma hágion31717129
3. tò hágion pneuma279
4. tò pneuma422111029
5. pneuma324615
totais116155417103

* * *

O evangelista resume, neste trecho, uma série de ensinamentos, de que só escreveu o esquema mas como sempre em linguagem comum, embora deixando claro indícios para os que possuíssem a "chave" poderem descobrir outras interpretações da orientação dada pelo Mestre.


No atual estágio da humanidade, conseguimos descobrir pelo menos três interpretações, senão a primeira a exotérica que vimos acima.


A segunda interpretação que percebemos refere-se às orientações deixadas em particular aos discípulos da Escola Iniciática "Assembleia do Caminho". E, antes de prosseguir, desejamos citar uma frase de Monsenhor Pirot (o. c. vol. 10, pág 158). Ainda que católico, parece inconscientemente concordar com a nossa tese (vol. 4) e escreve: "Seus discípulos teriam podido ser tentados a organizar círculos fechados, só comunicando a alguns apenas a plena iniciação que tinham recebido".


A contradição flagrante do início do trecho demonstra à evidência que algo de oculto existe nas palavras escritas. Com efeito, é dito que "se supercongregavam (epi + syn + ágô) dezenas de milhares de povo ", a ponto de "se pisarem mutuamente, uns por cima dos outros" e, no entanto acrescenta que" falou a seus discípulos" apenas! Como? Difícil de entender, se não lermos nas entrelinhas a realidade, de que modo falou apenas a alguns, no meio de uma multidão.


No âmbito fechado da Escola Iniciática é compreensível. Às instruções que dava o Mestre aos discípulos encarnados, compareciam também os discípulos desencarnados, que se preparavam para reencarnar, a fim de, nos próximos decênios, continuar a obra dos Evangelizadores de então. O que o evangelista notou é que esses espíritos desencarnados compareciam "as dezenas de milhares" (cálculo estimativo, pela aparência, já que é bem difícil aos encarnados, mesmo videntes, contar o número de desencarnados que se apresentam em bloco numa reunião). Sendo desencarnado, eram visto, juntos (syn), uns como que "por cima" dos outros (epi). pisando-se (literalmente katapatéô é "pisar em cima") ou seja, uns espíritos mais no alto outros mais em baixo. Compreendendo assim, fica clara a descrição e verdadeira.


Seguem se as instruções dadas aos iniciados:

1) Precisam. primeiro que tudo (prôton) tomar cuidado com o fermento que é a hipocrisia do tipo dos fariseus, e que, mesmo iniciando-se pequenina, cresce assustadoramente com o decorrer do tempo.


Em outras palavras, eles mesmos devem ser verdadeiros, demonstrando o que são; e não apresentar-se falsamente com um adiantamento espiritual que não possuem ainda. Sinceridade, sem deixar que os faça inchar um convencimento irreal. Honestidade consigo mesmo e com os outros, analisando-se para se não ficarem supondo mais do que são na realidade. Naturalidade, não agindo de um modo quando sós e de outro quando observados.


2) A segunda instrução refere-se aos ensinamentos propriamente ditos. Da mesma forma que não adianta exteriorizar algo que não exista na realidade íntima, porque tudo virá à tona cedo ou tarde, desmascarando o hipócrita, o mentiroso, assim também de nada valerá querer manter secretos

—quando o tempo for chegado - os ensinos iniciáticos que ali estão sendo dados. Haverá gente que se arvorará em "dono" do ensino do Cristo, interpretando-o somente à letra e combaterá, perseguindo abertamente ou por portas travessas, os que buscam revelar a Verdade desses ensinos.


Nada disso terá resultado. A Verdade surgirá por si mesma, tudo o que estiver oculto será revelado, às vezes pelas pessoas menos credenciadas, e todos, com o tempo terão acesso à verdadeira interpretação. O que está dito "na adega" (en tois tamieíois), será apregoado por cima dos tetos; tudo o que foi ensinado nas trevas, será ouvido na luz plena da Imprensa. Preparem-se, pois, porque os que se supõem "donos" do assunto, encarnados ou desencarnados, se levantarão dispostos a destruir as revelações. Não haja susto, nem medo, porque não os atingirão.


3) Sobre isso versa a terceira instrução, esclarecendo perfeitamente que o HOMEM NÃO É SEU CORPO. Por isso, podem os perseguidores da Verdade lançar nas masmorras, torturar, queimar e assassinar nas fogueiras das inquisições os corpos de todos eles: a Verdade permanecerá de pé, íntegra inatingível e indestrutível. "Eles" matam apenas os corpos e nada mais podem fazer, embora se arvorem o poder que eles mesmos se atribuem ridiculamente de condenar ao inferno eterno.


Mas isso é apenas vaidade e convencimento tolos e vazios. São palavras sem fundamento real.


E o Mestre, o Hierofante e Rei, Sumo Sacerdote da "Assembleia do Caminho", assume o tom carinhoso para falar "a seus amigos", e diz que só há um que deve ser temido: aquele que tem o poder real de lançar a criatura na "geena" deste vale de lágrimas, em novas encarnações compulsórias. E o único que possui essa capacidade é o Eu Profundo, o Cristo Interno que, ao verificar que não progredimos como devêramos, nos mergulha de novo neste "vale dos gemidos", em nova encarnação de aprendizado.


Porque tudo o que geralmente chamamos "resgate" é, na realidade, nova tentativa de aprendizado, embora doloroso. O Espirito que erra numa vida, em triste experiência, por sair do rumo, e comete desatinos, voltará mais outra ou outras vezes para repetir a mesma experiência em que fracassou, a ver se aprende a evitá-la e se se resolve a comportar-se corretamente, reiniciando a caminhada no rumo certo. Se alguém comete injustiças ou crueldades que prejudiquem aos outros, voltará na vida seguinte à "geena" para assimilar a lição de experimentar em si mesmo o que fez a outrem. Verá quanto dói em si mesmo o que fez os outros sofrerem. Mas isso não é castigo, nem mesmo, sob certos aspectos é resgate: trata-se de APRENDIZADO, de experiências práticas, único modo de que a Vida dispõe para ensinar: a própria vida. A esse Eu Profundo, Cristo-em-nós, devemos temer. É nosso Mestre - nosso "único Mestre (MT 23:10) - e Mestre severo que nos ensina de fato, cumprindo Sua tarefa à risca, sem aceitar "pistolões". E, para não incorrer em sua justa e inflexível atuação, temos que ouvir-Lhe as intuições, com a certeza absoluta de que Ele está vigilante a cada minuto segundo, plenamente desperto, sem distrações nem enganos, e permanece ativo em cada célula, em cada fio de cabelo.


4) Por que temer, então, os perseguidores das personagens transitórias, que nascem já destinadas a desaparecer, que se materializam somente durante mínima fração de tempo, para logo se desmaterializarem?


Cada fio de cabelo está contado e numerado (êríthmêntai) por esse mesmo Cristo que está em nós, em cada célula, em cada cabelo, em cada passarinho, por menor e mais comum que seja, em cada inseto, em cada micróbio: em tudo. Se a Divindade que está EM TUDO e EM TODOS cuida das coisas minúsculas e sem importância (cinco são vendidos por dois vinténs) como não cuidará de nós, SEUS AMIGOS, já muito mais evoluídos e com o psiquismo desenvolvido, com o Espírito apto a reconhecê-Lo?


5) Depois dessa lição magnífica, passa o evangelista a resumir outro ensino, no qual tornamos a encontrar o mesmo verbo homologéô que interpretamos como "sintonizar". Aqui também cabe esse mesmo sentido. Todo aquele que, em seu curso de iniciação, tiver conseguido sintonizar com o Cristo Interno ("comigo") durante a encarnação terrena ("perante os homens"), esse terá confirmada, quando atingir o grau de liberto das encarnações humanas a sintonia de Filho do Home "entre os Espíritos de Luz", já divinizados, que se tornaram Anjos ou Mensageiros de Deus.


Mas se não conseguiu essa sintoma, negando o Cristo e ligando-se à matéria (Antissistema) "será renegado" pelos Espíritos Puros, e terá que reencarnar: não alcançou a sintoma, a frequência vibratória da libertação definitiva. Em sua volta à carne, continuará o trabalho de aprendizado e treinamento iniciático, até que chegue a esse ápice, que é a meta de todos nós.


6) A instrução seguinte é o resumo do que já foi exposto em Mateus e Marcos, com o mesmo sentido.


Mas Lucas, nesta esquematização, abreviou demais a lição. Felizmente as anotações dos dois outros discípulos nos permitem penetrar bem nitidamente o pensamento do Mestre.


7) A última instrução deste trecho é uma garantia a todos os discípulos que se iniciaram na Escola de Jesus. As perseguições virão. Os interrogatórios serão realizados com incrível abuso de poder e falsidade cruel e ironia sarcástica, por indivíduos que revelam possuir cérebros cristalizados em carapaças de fanatismo. Não importa. O Espírito será iluminado pelo Cristo Interno, e as respostas, embora não aceitas, virão à luz, para exemplo e lição.


* * *

Mas percebemos terceira interpretação: O Cristo Interno, Eu Profundo, dirige-se ao Espírito da própria criatura e à personagem.


Sendo a personagem, de fato, constituída de trilhões de células, cada qual com sua mente, não há exagero nem hipérbole na anotação de Lucas. São mesmo "dezenas de milhares de multidão que se aglomeram, pisando umas sobre as outras". Não obstante, o Cristo se dirige às mais evoluídas, capazes de entendimento por terem o psiquismo totalmente desenvolvido: o intelecto, que é o "parlamento representativo" das mentes de todas as células e órgãos.


Resumamos a série de avisos e instruções dadas em relação aos seis principais planos de consciência da personagem encarnada, através do intelecto, que é onde funciona a "consciência atual". Recomenda que:

1. º - não assuma, no físico as atitudes falsas da hipocrisia farisaica, de piedade inexistente, de sorrisos que disfarçam esgares de raiva;


2. º - quanto às sensações do duplo, não adiantará escondê-las: serão reveladas: e as palavras faladas em segredo serão ouvidas, e as sensações furtadas às escondidas no escuro, virão à luz: tudo o que fazemos, fica registrado no plano astral;


3. º - quanto às emoções do astral, lembre-se de que constitui o astral das células e órgãos um grup "amigo", pois durante milênios acompanham a evolução da criatura. Mas que não se emocione no caso de alguém fazer-lhe perder o físico através da morte, porque não será destruído o astral. Devem temer-se as coisas que coagem a novamente lançá-lo na "geena", no sofrimento das encarnações dolorosas: os vícios, os gozos infrenes, os desejos incontrolados, as ambições desmedidas, a sede de prazeres, os frêmitos de raiva. No entanto, apesar de tudo, o Eu Profundo controla tudo, até os fios de cabelo, e portanto ajudará a recuperação total, não abandonando ninguém;


4. º - o próprio intelecto deve buscar ardorosamente a sintoma com Ele, o Cristo, a fim de que receba a indispensável elevação ao plano mental abstrato, e não permaneça mais preso ao plano astral animalesco.


Mas se não for conseguida a sintonia, porque negou o Cristo Interno, ficará preso à parte inferior da animalidade, e permanecerá renegado diante da Mente, mensageira divina;


5. º - o Espírito individualizado não se importe com os ensinos errados que forem dados contra as criaturas humanas, contra os homens: mas que jamais se rebele nem blasfeme contra o Espírito, já puro e perfeito, porque o que Ele faz, mesmo as dores, está sempre certo;


6. º - a Mente não se amedronte, quando convocada a responder perante autoridades perseguidoras: o Espírito puro do Cristo Interno jamais a abandonará, e na hora do perigo lhe inspirará tudo o que deve transmitir como defesa e resposta às inquirições.


Outras interpretações devem existir, mas não nas alcançamos ainda. O fato, porém, é que essas já são suficientes como normas de vida e de comportamento para todos aqueles que desejam penetrar no caminho e segui-lo até o fim.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21
SEÇÃO V

ORAÇÃO POR CUMPRIMENTO ESPIRITUAL

Efésios 3:1-21

De forma ousada e concisa, o apóstolo declarou a unidade potencial do gênero huma-no através da obra de Deus em Cristo Jesus. Os judeus e os gentios podem se tornar um povo na igreja, o templo de Deus, pelo Espírito Santo. Paulo faz uma oração pelos leito-res para que eles sejam interiormente fortalecidos e desfrutem agora as mais altas pos-sibilidades da nova vida em Cristo. Mas, um pensamento o interrompe: O mistério da chamada dos gentios e o seu ministério para eles (1-13).

Por esta causa (1,14) refere-se obviamente à descrição precedente, que diz que Deus incorporou graciosamente os gentios no plano de redenção. Entre estas duas ex-pressões está o amplo parêntese que fala sobre o mistério do evangelho. Logicamente, esta passagem é uma divagação, mas tem tremendo valor, pois se estende sobre o tema central do propósito da epístola: O propósito de Deus era e é unir todas as coisas em Cristo (1.9,10). Este trecho também apresenta a missão de Paulo no mundo. Foi-lhe confiada a tarefa de levar todos os homens a verem qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou (3.9).

A. A ADMINISTRAÇÃO PAULINA DO MISTÉRIO, 3:1-13

1. A Revelação do Mistério (3:1-6)

De modo direto e sem tom justificativo, Paulo chama atenção para sua situação, como o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios (1; cf. Ef 4:1-2 Tm 1.8; Fm 1:9).

Esta breve observação envolve três quesitos:

1) O artigo o antes de prisioneiro não visa colocar Paulo acima dos outros que também sofrem pelo Senhor. Sua intenção é declarar a classe de homens à qual ele agora pertence.

2) A causa originária por estar preso é Cristo.'

3) A frase por vós, os gentios (lit., no interesse de vós, os gentios) é, possivel-mente, lembrança sutil de que foi a hostilidade dos judeus para com sua missão gentia que lhe causou a prisão (At 21:26). É mais provável que a frase signifique que a vida espiritual dos gentios foi, de certa maneira, beneficiada por ele não estar livre. No versículo 13, ele declara comoventemente que suas tribulações são para a glória deles.

Os versículos 2:6 discorrem longamente sobre a comissão de Paulo aos gentios. Primeiro, ele os lembra da dispensação da graça de Deus que lhe foi dada em favor deles (2). A palavra dispensação (oikonomia) refere-se ao seu ofício ou ao ato de Deus lhe dar o ofício. "Certamente vocês ouviram falar da responsabilidade imposta a mim em favor de vocês pela graça de Deus" (NVI; cf. NTLH). Por vezes, o apostolado é chamado de graça (charis).2 Hodge comenta: "Na avaliação de Paulo, o ofício de mensageiro de Cristo era a manifestação da bondade imerecida de Deus para com ele. O apóstolo sem-pre fala dessa função com gratidão e humildade".' A tônica está no fato de que Deus "dispensou a graça" para Paulo. Talvez as idéias de responsabilidade e graça se combi-nem aqui. Ou, em outras palavras: "Administração e graça são praticamente equivalen-tes".4 Como observa Hodge: "O seu ofício e a graça relacionada à função [...] eram tanto uma oikonomia quanto uma charis" .5Na obra do Senhor, a responsabilidade ministerial com a graça intrínseca significa triunfo para a igreja.

Segundo, o modo da nomeação divina de Paulo foi por revelação (3). Depois das visões gerais expressas em Gaiatas 1.12, o apóstolo afirma que uma divina comunica-ção informou-o da gloriosa verdade da universalidade do evangelho. Da mesma manei-ra que os doze apóstolos possuíam conhecimento do propósito gracioso de Deus que não estava fundamentado em rumores, ele também fora instruído diretamente por Deus (cf. 1 Co 15.8; Gl 1:15-17).

Terceiro, a mensagem que Paulo é comissionado a declarar é o mistério de Cristo (4-6; cf. Cl 4:3; ver comentários em 1.9). Talvez a frase como acima, em pouco, vos escrevi (3) seja referência a alguma carta paulina extinta. Mas, parece mais razoável interpretar que seja alusão a 1.9ss. e 2.19ss. Paulo presume que, por causa da sua afir-mação anterior, seus leitores entenderão que ele está totalmente informado sobre o mis-tério de Cristo, ao passar a esclarecer o assunto para eles. Phillips traduz o versículo 4 assim: "O que acima escrevi em poucas palavras acerca disso esclarecer-lhes-á o conhe-cimento que tenho do mistério de Cristo."

O apóstolo diz que o mistério (paradoxalmente, o segredo revelado), o qual, nou-tros séculos, não foi manifestado aos filhos dos homens, mas agora, tem sido revelado (5). Paulo escreveu essencialmente a mesma verdade em Colossenses 1:26: "O mistério que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as gerações e que, agora, foi manifesto aos seus santos". O que era que estava escondido das gerações anteriores? Com certeza não era a salvação dos gentios, pois há muito texto no Antigo Testamento concernente à redenção deles. Já na promessa feita a Abraão em Gênesis 12:3, estava exposta a intenção divina de salvar (abençoar) todos os homens, judeus e gentios. Falando do Servo Sofredor, Isaías declarou no século VII a.C.: "Também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra" (Is 49:6). Bruce comenta que, "em Romanos 15:9-12, Paulo cita uma série de passagens de todas as três divi-sões do Antigo Testamento (a Lei, os Profetas e os Escritos), nas quais ele encontra pres-ságios do resultado do seu próprio ministério apostólico entre os gentios".' O mistério até aqui desconhecido era que os gentios seriam unidos com os judeus em um corpo para que fosse criado "um novo homem" (2.15), "pela incorporação de crentes judeus e gentios, segundo os mesmos princípios da graça divina, como membros do corpo de Cristo".7Foulkes considera que a palavra como, no versículo 5, é "em tal extensão como" ou "com tal clare-za como" agora.'

O propósito divino, que estava "nos tesouros dos segredos divinos da eternidade": foi revelado para seus santos apóstolos e profetas. (5). Estes homens, separados ou "consagrados" (hagiois) por Deus para receberem e declararem este mistério, eram os doze (cf. 2.20). Mas, de modo peculiar, Paulo sentiu o impacto desta mensagem e, assim, ficou conhecido por "apóstolo dos gentios". De fato, a proclamação deste mistério lhe foi especialmente entregue, conforme declara o texto de Atos 9:15: "Disse-lhe [a Ananias], porém, o Senhor: Vai, porque este [Saulo] é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel". Pelo Espírito lembra as palavras de Jesus registradas em João 14:26-16.13.

O apóstolo resume (6) em três partes "o mistério de Cristo", aplicando três palavras gregas que são muito difíceis de traduzir. Paulo gostava de palavras compostas. Neste versículo, ele usa três com o prefixo grego syn, que significa "junto com": synkleronoma, synsoma e synmetocha. Estas palavras enfatizam o conceito de unidade ou comunidade.' O "segredo revelado" assevera que, em primeiro lugar, os gentios são co-herdeiros com os judeus. Isto equivale dizer, compartilham a mesma herança espiritual. Este legado abrange todos os benefícios do concerto da graça esboçados por Hodge nos seguintes quesitos: "O conhecimento da verdade, todos os privilégios da igreja, a justificação, a adoção e a santificação; a habitação do Espírito e a vida eterna".11Hodge também comen-ta que esta é "uma herança tão grande que só compreendê-la requer a ajuda divina e eleva a alma aos confins dos céus".12

Os gentios são também de um mesmo corpo, "porções constituintes do corpo de Cristo". Este é outro modo de dizer que eles são tão participantes de Cristo quanto os judeus. A palavra synsoma, pela qual Paulo expressa esta idéia, deve ter sido criada por ele, visto que ela não ocorre na literatura grega. Paulo quer transmitir a idéia de que os gentios estão inseridos no corpo de Cristo e, portanto, estão com os judeus nas mesmas condições, chegando até a participar da vida de Cristo.

Por fim, os gentios são participantes da promessa (synmetocha). Outrora, eles eram estranhos aos concertos da promessa (2.12), mas agora "tomam parte, em con-dições iguais aos judeus, da promessa de vida e salvação (cf. 2 Tm 1.1)."" Na opinião de Westcott, esta frase é referência específica ao dom do Espírito Santo (cf. 1.13). Ele vê no fraseado "uma seqüência expressiva" nos três elementos da plena dotação dos gentios. "Eles tinham o direito a tudo que Israel esperava. Eles pertenciam à mesma sociedade divina. Eles desfrutavam o dom pelo qual a nova sociedade se distinguia da anterior.""

A nova relação dos gentios foi realizada em Cristo. Não ocorre pela fé judaica ou tornando-se, em qualquer sentido, "judeus". Os gentios detêm o mesmo lugar com Cristo que os judeus. Como sempre, o evangelho, quando efetivamente pregado sob a unção do Espírito Santo, provoca o nascimento espiritual, quer judeus ou gentios, jovens ou velhos, ricos ou pobres. Ninguém é algo antes de ir a Cristo; todos são exclusivamente de Cristo quando se unem a ele.

Este versículo de amplo escopo apresenta:
1) A natureza das bênçãos prometidas por Deus a todos os homens: co-herdeiros... de um mesmo corpo;
2) A condição pela qual a posse destas bênçãos é realizada: estar em Cristo;
3) O meio pelo qual essa união é efetivada: o evangelho.'

2. O Ministério do Mistério (3:7-13)

Continuando com o tema geral do mistério da graça de Deus, Paulo fala do seu ministério concernente a isto. Do qual quer dizer "deste evangelho" (BJ, CH). Estes versículos expressam quatro aspectos esclarecedores acerca do serviço de Paulo.

a) Chamado por Deus (3.7). O papel de Paulo como ministro (diakonos, servo) não foi por escolha própria, porque ele declara: Fui feito ministro (7). Deus conferiu ao apostolo este ofício de servir — estava de acordo com o dom da graça de Deus. De forma alguma o ex-perseguidor dos crentes merecia tal privilégio. Deus, em sua soberania, imputou ação imerecida impondo a mão sobre Paulo para esta missão aos gentios. O dom de servir Cristo desta maneira fluiu da graça livre de Deus. Além disso, o apostolado para os gentios foi concedido segundo a operação do seu poder. Este ministério teria fracassado, caso não fosse acompanhado pela capacitação divina. Blaikie comenta: "O ofício espiritual sem poder espiritual é desprezível; mas no caso de Paulo havia o poder e o oficio".16 A aptidão natural explica indubitavelmente grande parte da eficácia do após-tolo, mas o que tornou seu ministério verdadeiramente persuasivo e redentor foi o poder de Deus (cf. 1 Co 3.6,7).

b) O ministro e a mensagem (3.8,9). Com o reconhecimento humilde de não ser digno deste dom, por ser o mínimo de todos os santos (cristãos)," Paulo afirma que o propósito do seu ministério é anunciar entre os gentios as riquezas incompre-ensíveis de Cristo. Nos versículos 8:12, ele explica a natureza destas riquezas. Incompreensíveis transmite a idéia de "sem pista, inexplorável, não no sentido de que alguma parte seja inacessível, mas, que o todo é muito vasto para ser mapeado e medido"." A palavra riquezas não transmite quantidade, mas preciosidade. Agora, os gentios estão ouvindo a verdade gloriosa de que o Messias dos judeus também é o Salvador dos gentios." Eles também podem desfrutar as riquezas da compaixão, per-dão, santificação e orientação, proporcionadas pelo Cristo ressurreto para os homens necessitados. No que tange a Cristo, João 1:16 declara: "Dos seus repletos depósitos todos temos recebido graça sobre graça" (NEB).

Outro propósito do ministério de Paulo é de caráter teológico: demonstrar (photisai, lançar luz sobre) a todos qual seja a dispensação do mistério (9). A primeira tarefa do apóstolo é evangelizar os gentios, mas ao mesmo tempo ele deve demonstrar a todos, ou seja, esclarecer a toda a humanidade o modo como a verdade revelada satisfaz as necessidades dos homens. A dispensação (oikonomia) do mistério, de acordo com Westcott, significa "a aplicação apostólica do evangelho aos fatos da experiência"?' Ofe-recemos agora observações adicionais sobre o mistério (4-6). Este mistério não se tratava de um novo tipo de ação por parte de Deus, ou certo desvio de seus planos originais, que lhe foi imposto pelo desenvolvimento da história humana. O mistério estava oculto em Deus, que tudo criou, ou seja, existia no coração e na mente da deidade "desde todas as eras".21A menção ao ato criativo de Deus pode ser mera expressão de reverência ou reafirmação de que "ninguém, exceto o criador, pode ser o redentor".22 A expressão por meio de Jesus Cristo não ocorre nos melhores manuscritos, mas cf. Colossenses 1:16.

c) A função da igreja (3:10-12). Para que significa "a fim de que". Através da igreja, agora formada por judeus e gentios redimidos pelo sangue de Jesus, o serviço de Paulo demonstra "a exibição da sabedoria de Deus diante das inteligências da ordem divina" (10).22 Principados e potestades (archai e exousiai) não podem significar qualquer tipo de governo terreno, porque Paulo diz que eles estão em lugares celestiais. Tam-bém não devem ser os poderes demoníacos, pois, como sugere Salmond, o poder de Deus seria mais apropriado para lidar com eles do que a sabedoria de Deus Salmond conclui: "Os archai e os exousiai só podem significar os anjos bons, e estes nomes de dignidade são adequados, visto que apontam a grandeza da comissão de Paulo, e talvez, também, [...] a glória colocada sobre a ecclesia [igreja]".24

Não há dúvidas de que estes anjos de Deus, que dominam as esferas, têm interesse no esquema da redenção do homem (1 Pe 1.12). Os apóstolos e profetas receberam a verdade relativa aos planos de Deus e a comunicaram para a igreja. A igreja, por sua vez, mediou a verdade para o universo inteiro. Beare comenta: "Os poderosos regentes das esferas vêem a igreja se formando, observam como ela se reúne em uma unidade a partir dos segmentos hostis da humanidade e, assim, conhecem pela primeira vez a multiforme sabedoria de Deus".25 Quando a igreja cumpre sua missão de tornar conhecida a sabe-doria divina, o ministério de Paulo é validado. Multiforme (polypoikilos) ocorre somen-te aqui no Novo Testamento. Significa "matizado, de diferentes cores". Robinson comen-ta que "a metáfora é retirada da beleza complexa de um padrão bordado".' Quem pode sondar a majestade e a diversidade da sabedoria de Deus em redimir o mundo? Em Romanos 11:33, Paulo exclama: "Fico maravilhado diante da insondável riqueza da sa-bedoria e do conhecimento de Deus. Como o homem poderia entender os motivos das ações divinas ou explicar seus métodos de trabalho?" Os planos de Deus são perfeitos em sua conformidade com a santidade divina, e, ao mesmo tempo, são ordenados de acordo com a capacidade humana e as necessidades complicadas da vida humana. O resultado final é a redenção das almas.

Em típico estilo literário paulino, os versículos 11:12 ampliam o pensamento em áreas que não são diretamente germanas à tese central. A revelação da sabedoria multiforme foi segundo o eterno propósito (11, lit., "de acordo com o propósito das eras"; cf. BJ). A intenção fora revelada apenas recentemente, mas sua origem estava na eternidade. A frase que fez em Cristo Jesus pode ser interpretada como "cumpriu em Cristo Jesus". Westcott a traduz assim: "o qual ele realizou em Cristo Jesus."' Retoman-do uma idéia previamente apresentada em 2.18, o apóstolo a reforça no versículo 12. Em nosso Senhor, temos ousadia e acesso (12) a Deus Pai. As palavras ousadia (parresia) e acesso (prosagoge) significam, respectivamente, "liberdade de falar" e "liberdade de aproximar-se".' No grego clássico, parresia significava a liberdade de expressão que era outorgada ao cidadão de um estado democrático. Ao aplicar a palavra aqui, Paulo indica "a liberdade que os cristãos têm em se chegar a Deus diretamente sem intermediários, exceto por Cristo, que em sua pessoa tem a deidade e a humanidade".' Ver comentários em 2.18, quanto a prosagoge. Confiança (pepoithesis) é empregado no Novo Testamento somente por Paulo e só seis vezes nas suas cartas. De acordo com Salmond, denota "o estado mental no qual desfrutamos estas bênçãos",' quais sejam, a ousadia e a liberda-de. Tudo isso pela nossa fé nele.

Os versículos 11:12 apontam três verdades significativas.

1) Nossa porta aberta para Deus sempre esteve em seus planos para os homens, 11;

2) A base de nossa ousadia e acesso é Cristo. É nele que temos esta liberdade. Não podemos ir a Deus por nosso mérito próprio; temos de ir "no mérito infinito de um Salvador infinito", 12;

3) Os requi-sitos indispensáveis da comunhão pessoal com Deus são a liberdade de expressão e a liberdade de acesso, 12.

d) A glória do sofrimento (3.13). As tribulações suportadas pelo apóstolo no cum-primento de sua comissão são em benefício dos leitores (13). Portanto (dio) não se refere aos grandes privilégios de "ousadia" e "acesso" apresentados no versículo 12, mas diz respeito ao pensamento da passagem (7-12), "a dignidade do ofício entregue a Paulo e o significado para eles".31 Talvez os leitores tivessem a impressão de que a prisão e prova-ções de Paulo fosse prognóstico de adversidades para a causa cristã. Tal opinião era contraditória à avaliação que Paulo fazia dos seus sofrimentos. Em Colossenses 1:24, ele escreve sobre sua atitude: "Regozijo-me, agora, no que padeço por vós e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja". Visto que ele não perdeu a coragem, ele não queria que seus leitores desanimassem. Na realidade, ele via um significado profundo nos sofrimentos; eles eram "a glória daqueles por quem ele sofria"." As adversidades expunham a grandeza da verdade que os leitores tinham aceitado e o ministério de quem proclamou essa verdade. Se os leitores compreendessem esta interpretação das tribulações, eles se alegrariam com Paulo e não desfaleceriam.

B. A ORAÇÃO DE PAULO PELO CUMPRIMENTO ESPIRITUAL, 3:14-19

Por esta causa significa o fim da longa digressão que começou em 3.1, onde ocorre expressão semelhante a esta. A causa à qual o apóstolo se refere está no capítulo 2. Esta causa é a extensão da misericórdia divina, e da graça salvadora para os gentios, conce-dendo-lhes privilégios idênticos aos dos judeus por Jesus Cristo. A causa fornece a base para a petição do apóstolo. Ao recordar que os gentios sentiram o gozo da reconciliação da cruz, tiveram a paz proporcionada pela relação de concerto com Deus e foram incorpo-rados à família de Deus, Paulo se sentiu impelido a orar. O pedido de sua intercessão é que estes novos cristãos experimentem em sua totalidade todos os privilégios espirituais concedidos por Deus aos homens.

1. O Endereço da Oração (3.14,15)

A atitude de Paulo na oração é expressa na postura que ele assume: Me ponho de joelhos (14). Para os judeus, a posição habitual de oração era de pé com os braços estendi-dos para o céu (cf. Mt 6:5; Lc 18:11-13). O fato de Paulo ajoelhar-se dá a entender a intensidade e urgência de sua petição. Como comenta Foulkes, prostrar-se "era expressão de profunda emoção ou seriedade, e nesta base temos de entender as palavras de Paulo aqui"."

A oração de Paulo é dirigida ao Pai de nosso Senhor Jesus Cristo (14). Com base em evidências de manuscrito, a frase de nosso Senhor Jesus Cristo deveria ser omi-tida do texto (cf. BAB, BJ, BV, CH, NTLH, NVI, RA). Porém, é tão freqüente Paulo qualificar o nome divino que é justificável aceitar a idéia transmitida pela frase (cf. 1.17). Fazer a súplica ao Pai está de acordo com o plano de Deus para seus filhos. Quan-do nascemos de novo, somos adotados na família de Deus (1.5). Por isso, pelo ministério do Espírito Santo, estamos aptos a chamar Deus de "Aba, Pai" (Rm 8:14-17; Gl 4:6). Beare comenta: "Cabe à natureza de Deus, como Pai, ouvir a oração de seus filhos e atender-lhes os pedidos (Mt 7:11).34 O estilo de Paulo dirigir-se diretamente ao Pai, tal-vez seja resultado da influência da Oração do Senhor na comunidade cristã primitiva.

A descrição que Paulo faz de Deus como o Pai, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome (15), expressa um pensamento que não é adequadamente trans-mitido em nosso idioma. Em grego, patria (família) é derivado de pater (pai). Há a sugestão de que a tradução mais própria de patria seja "paternidade" .35 Assim, versão melhor deste versículo é: "De quem toda a paternidade nos céus e na terra recebe o nome"' (cf. CH; nota de rodapé da NVI). A paternidade de Deus é "a origem da comunhão e unidade em todas as ordens dos seres finitos. [...] Toda a 'família', toda a sociedade que se mantém unida pelos laços da cabeça comum [...] deriva aquilo que lhe dá direito ao título do único Pai".' Martin assevera que "a paternidade de Deus não é mera metáfora retirada das relações humanas. Muito pelo contrário. [...] Vemos na deidade o arquétipo de toda a paternidade, e todas as outras paternidades derivam-se de Deus"." A oração torna-se uma comunhão genuína, quando nos damos conta de que Deus é o Pai no senti-do mais sublime e mais nobre, e Ele é acessível!

2. O Poder do Espírito (3:16-19)

Ao longo desta carta, o apóstolo está preocupado que a leitura seja esclarecedora acerca da obra redentora de Deus na história e no coração dos leitores. Esta oração, junto com a petição registrada em 1:16-23, enfatiza a necessidade de mais esclarecimento. Mas há uma diferença. Na primeira oração, "ele começa com o pensamento de esclareci-mento pessoal que leva a um sentimento intenso da grandeza do poder divino". Nesta oração, ele começa "com o pensamento de fortalecimento pessoal, que resulta em conhe-cimento mais profundo e trabalho mais completo"."

Ser fortalecidos com poder pelo seu Espírito (16) é uma experiência divina-mente dada (cf. Cl 1:11). Deus a concede segundo as riquezas da sua glória, quer dizer, "na proporção e no estilo dos recursos da sua natureza sempre abençoadora".' O verbo grego krataiothenai está no infinitivo aoristo, sugerindo crise ou ação pontual. Pelo visto, Paulo está falando sobre a segunda experiência do cristão, na qual "o Espírito Santo da Promessa, o Deus do Pentecostes, o Espírito de Conselho e Poder" limpa e capacita o coração. Esta não é obra superficial. Ocorre no homem interior, no "verda-deiro e duradouro eu".41 A oração é para que o Espírito Santo toque "a mola-mestre da vida total", fortalecendo-a e vitalizando-a para o serviço a Deus.

Não devemos considerar que a frase para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração (17) seja descrição de outra bênção igualmente sublime. Trata-se de outra explicação da experiência do versículo 16. Beare, seguindo Westcott, conclui que este as-pecto da oração é um segundo objetivo do verbo conceda.' Contudo, a ausência do conetivo "e" apóia a opinião de que o fortalecimento pelo Espírito e a habitação de Cristo no coração não são experiências totalmente diferentes.' É mais que óbvio que desfrutar a pre-sença do Espírito equivale a desfrutar a presença de Cristo. Temos uma vez mais um infinitivo aoristo (katoikesai) para expressar a idéia de habitar. Além de conotar ação decisiva e crítica, a palavra significa residência permanente em oposição à estada tem-porária (paroikein). Moule comenta que a vinda de Cristo é "tão profunda e grandiosa, quanto a constituir uma chegada praticamente nova, e ele permanece onde chega não como convidado, duvidosamente detido, mas como Mestre residente em sua própria casa"» No vosso coração significa no centro da personalidade total. E visto que o domicílio de Cristo é um dom, deve ser recebido pela fé.

Ser fortalecido pelo Espírito e, por conseguinte, ser completamente habitado por Cristo resulta em ser arraigados e fundados em amor (17). Estas metáforas biológicas e arquitetônicas também são empregadas em 2.21 (cf. tb. Cl 2:7: "arraigados e edificados"; e Cl 1:23: "fundados e firmes"). Estes dois particípios estão no tempo perfei-to, indicando relações firmadas. Não se trata absolutamente de uma relação estática, mas é um envolvimento dedicado e crescente com Cristo. Em amor, correlato essencial de fé, deve ser interpretado com os particípios, de forma que o amor é "o solo, no qual a vida é enraizada", e "o caráter de suas fundações"." O amor perfeito no coração ocasiona crescimento e estabilidade. Dale resume o versículo 17 da seguinte forma: "O amor não é um impulso intermitente, nem mesmo uma força constante que luta pela supremacia legítima sobre as paixões mais básicas; sua autoridade é firme; é a lei de sua natureza; é a própria vida da sua vida"."

Esta experiência profunda da vida cheia do Espírito e habitada por Cristo é necessá-ria para compreender, com todos os santos (cristãos), o amor de Cristo (18,19).

Muitas verdades estão envolvidas neste versículo. Em primeiro lugar, a realidade divina não é conhecida somente pela busca intelectual. Poderdes perfeitamente (exischusete) é "poderdes ter a força". O verbo grego compreender (katalabesthai) significa literalmente "agarrar", "prender" ou "apoderar-se". Conforme o uso aqui, sugere a dificuldade de conhecer as coisas profundas de Deus por nossas faculdades meramente humanas. Precisamos do ministério do Espírito. Esta é precisamente a verdade que o apóstolo

afirma em I Coríntios 2:9-10: "Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus".

Em segundo lugar, embora o cristão seja individualmente fortalecido pelo Espírito, ele não deve supor que compreenda sozinho a total extensão da verdade divina. A compreensão vem com todos os santos (18; cf. Cl 1:26). "O que para sempre transcende o conhecimento do indivíduo isolado", o corpo dos santos sabe.' Bruce comenta: "É coisa vã os indivíduos ou grupos cristãos imaginar que podem atingir a plenitude da maturidade espiritual, isolando-se dos outros crentes"."

Em terceiro lugar, as dimensões do amor divino são quatro: largura, compri-mento, altura e profundidade (18). Ao longo dos séculos, os comentaristas procu-ram afixar certa significação especial a cada projeção geométrica do amor." Mas, com toda a probabilidade Paulo estava apenas "tentando expressar com inteireza retórica a magnitude da visão que se abre diante da fé cristã, quando busca compreender os caminhos de Deus"." Eis a maravilha e a glória da vida que "está escondida com Cristo em Deus" (Cl 3:3).

De acordo com o versículo 19, devemos conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento. Como explicar tal declaração? Wesley observa que Paulo se corrige em relação ao nosso conhecimento e afirma que o amor não pode ser totalmente conhecido, ou seja, está fora do âmbito do conhecimento. Por outro lado, outros estudiosos sugerem que o apóstolo percebeu ter entrado em contradição com esta ênfase no conhecimento, pois também teria soado muito gnóstica. Por isso, disse que o amor é maior que o conhe-cimento. Segundo esta interpretação, é apropriada a tradução: "Conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento" (BJ, NVI). Hodge oferece uma solução muito mais satisfatória. Sua sugestão é que é o amor de Cristo por nós que excede nosso conhecimen-to. Visto que é infinito, inerente em um ser infinito, acha-se além de nosso entendimento. Ele escreve: "Este amor de Cristo, embora exceda o poder de nossa compreensão, ainda é questão de conhecimento experiencial. Podemos saber como é excelente, maravilhoso, livre, desinteressado, longânimo e que é infinito".51 E acrescenta que este é o conheci-mento mais sublime e santificador. "Aqueles que assim conhecem o amor de Cristo por eles, se purificam como ele também é puro."'

Atingindo o ponto alto de sua oração, Paulo pede que estes crentes sejam cheios de toda a plenitude de Deus (19). Ele não está pedindo que a vida dos leitores seja divinizada; eles não serão cheios da plenitude da qual Deus está cheio como Ser infinito. O desejo do apóstolo é que eles desfrutem a plenitude da graça que Deus comunica aos homens por seu Filho. Wesley considera que a frase de toda a plenitude de Deus significa "com toda a sua luz, amor, sabedoria, santidade, poder e glória".' O tempo verbal cheios está no aoristo e sugere, de acordo com Martin, que "esta experiência não é vista como algo adquirido aos poucos, mas julga-se que é como uma experiência positi-va do crente".' Talvez Mateus 5:48 seja um paralelo a este versículo: "Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus".

C. DOXOLOGIA, 3.20,21

Na oração, Paulo não pediu coisas pequenas; ele pediu que Deus iluminasse os cris-tãos, os fortalecesse e os enchesse pelo Espírito. Como Dale comenta: "Pelo visto, depois de uma oração como esta, o apóstolo se deteve por um momento e ficou imaginando se não pedira o que estava além de toda a esperança".55 Mas não, percebendo que suas mais altas aspirações não causam tensão nos recursos divinos, Paulo irrompe numa doxologia na qual declara a glória e a magnitude do poder de Deus. O apóstolo proclama com confiança: "O que Deus promete, ele cumpre; o que ele manda, ele capacita"."

O versículo 20 expressa três verdades. Primeira, Deus é poderoso para fazer tudo. Paulo não consegue cogitar a idéia de que Deus seja limitado por algum poder fora de si mesmo. A segunda verdade é: Deus é poderoso para fazer muito mais abun-dantemente além daquilo que pedimos ou pensamos. A extensão do poder de Deus ultrapassa as esperanças e imaginações do coração humano. A expressão muito mais abundantemente (huperekperissou) é de cunhagem paulina e Bruce a denomi-na de superlativo, que significa "superabundantemente" (cf. "muito além, infinitamen-te mais", BJ). A habilidade de Deus cumprir seus propósitos acha-se fora do maior poder humano de compreensão. A terceira verdade é que a frase segundo o poder que em nós opera visa declarar que há uma relação entre o gozo que hoje o crente possui do poder divino na conversão e o poder infinito de Deus, que pode fazer o que apóstolo rogou. Erdman afirma a verdade de modo sucinto: "Este 'poder que em nós opera' é a medida e o meio da capacidade ilimitada de Deus fazer por nós e em nós muito mais do que pedimos ou recebemos".57

Os versículos 16:20 espelham "A Graça Superabundante". Há uma descrição clara da interioridade da santidade.

1) Corroborados... pelo seu Espírito no ho-mem interior, 16;

2) Cristo habita no coração pela fé. Arraigados e fundados em amor. A compreensão das dimensões do amor, 17,18;

3) Cheios de toda a plenitude de Deus. Conhecendo o insuperável amor de Cristo, 19;

4) O poder que em nós opera, 20 (G. B. Williamson).

A esse glória (21) pode ser considerada como uma afirmação: "Nele está a glória", ou como imperativo: "A ele seja a glória". A última forma é mais apropriada. Paulo está dizendo: "Que a glória ou a excelência de Deus seja revelada na igreja e em Cristo Jesus (en Christo Jesou) ". Certas traduções usam a expressão "em Cristo Jesus", ao passo que outras usam por Cristo Jesus. Paulo une Cristo e a igreja. Ambas demons-tram a glória de Deus e ambas lhe dão louvores.

Em todas as gerações, para todo o sempre pode ser traduzido por "de geração em geração eternamente" (NEB). Este acoplamento de sinônimo e repetição é o modo de o apóstolo enfatizar "a eternidade do louvor". "Por todos os tempos" (NTLH) significa "um tempo sobrevindo sobre outro até a mais remota infinidade"," Cristo e o seu povo, a igreja, exibirão a glória de Deus — sua graça abundante da qual a igreja é a recebedora.

Nos versículos 14:21, temos "A Oração pela Plenitude Divina"," oferecida ao Pai universal por todos os filhos 14:15-1) Os objetivos:
a) Ser corroborados com poder, 16;
b) Conhecer o amor de Cristo, 19;
c) Ser cheios de toda a plenitude de Deus, 19;

2) Os meios:
a) O seu Espírito, a habitação de Cristo, 16,17;
b) Pela fé, 17;

3) Os recursos: Segundo as riquezas da sua glória, 16; e segundo o poder que em nós opera, 20.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Efésios Capítulo 3 versículo 10
Principados e potestades:
Ver Ef 1:21-22,Ef 3:10 Nos lugares celestiais:
Ver Ef 1:3,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21
*

3:1 Paulo inicia uma oração para que os seus leitores gentílicos sejam cheios da presença de Cristo e aptos para apreenderem a verdade sobre o amor e poder do seu Redentor (vs. 14-21). Paulo faz uma digressão para explicar a natureza de seu ministério e de sua visão em relação à união dos judeus e gentios em Cristo (vs. 2.13).

prisioneiro. Paulo está sujeito à prisão domiciliar em Roma (At 28:16-30).

* 3.3 conforme escrevi há pouco, resumidamente. Ver 1.9, 10.

* 3.5 como, agora, foi revelado. O silêncio do Antigo Testamento sobre o mistério de Paulo — a união de judeus e gentios na igreja (v. 6) — não foi absoluto mas relativo. Foi previsto pelos profetas ("Bendito seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra de minhas mãos, e Israel, minha herança." Is 19:25). Se a idéia tivesse sido completamente desconhecida no Antigo Testamento, Paulo não poderia ter dito, como disse em Rm 4, que o pacto abraâmico compreendia todos os que fossem da fé que teve Abraão, inclusive os gentios. Paulo disse a Agripa que a sua proclamação de luz para judeus e gentios, indistintamete, não ultrapassava o que havia sido prometido por Moisés e os profetas (At 26:22-23).

* 3.6 que os gentios são co-herdeiros. Embora o Antigo Testamento ofereça vislumbres ocasionais de uma raça humana unificada, é somente à luz do sacrifício de Cristo que o plano de Deus se torna claro: em um único e grandioso ato, Deus removeu a inimizade entre ele mesmo e a humanidade, bem como eliminou as divisões que fraccionavam a humanidade (2.14-18). Paulo já havia refletido sobre o modo extraordinário como Deus incluiu os gentios em seu povo: contra as leis da agricultura, os gentios foram um ramo bravo enxertado em árvore cultivada (Rm 11:11-24).

*

3:8 Observe o desenvolvimento da descrição que Paulo faz de si mesmo, comparando a progressão entre 1Co 15:9; Ef 3:8 e 1Tm 1:15,16.

* 3.10 principados... nos lugares celestiais. Paulo já mencionou “o príncipe da potestade do ar” (2,2) e voltará a falar da batalha que os cristãos travam contra os seus inimigos espirituais no universo (6.10-17). Convém lembrar aqui a recente controvérsia de Paulo com os falsos mestres em Colossos. Em sua carta àquela igreja, havia afirmado que Jesus é Senhor de todas as coisas, inclusive do mundo espiritual, e, ainda, que é somente em Jesus que reconciliam-se os céus e a terra (Cl 1:15-20; 2.8-23). Em conseqüência, o estabelecimento da paz entre judeus e gentios na 1greja é um sinal a todos os poderes no universo. Para o apóstolo, não há divisão mais profunda na raça humana do que a existente entre judeu e gentio. O fato de que podiam estar unidos um ao outro em Cristo demonstra a profunda sabedoria de Deus (Is 55:8,9; 1Co 2:6-10) e prova inclusive aos poderes sobrenaturais que Jesus é Senhor do universo (1.20-23).

* 3.14 me ponho de joelhos. Os judeus normalmente colocavam-se em pé para orar (Mt 6:5; Lc 18:11,13). Ajoelhar-se parece ter sido uma expressão de humildade e urgência (Ed 9:5; Lc 22:41; At 7:59-60). Esse versículo retoma a oração que Paulo havia iniciado no v. 1 (nota).

* 3.15 toda família... no céu. Ou, “cada família”. A literatura judaica intertestamental e rabínica contém referências a famílias de anjos.

*

3.16 homem interior. Essa expressão integra o mais elaborado vocabulário de Paulo sobre a obra do Espírito Santo dentro dos indivíduos (2Co 5:17). Efésios, em grande parte, trata da identidade corporativa dos cristãos (p.ex., 4:3-6,12-16). Mas Cristo habita também nos corações das pessoas. O cristianismo não é uma confissão coletiva à exclusão da experiência individual nem uma piedade particular sem visão corporativa.

* 3.18 a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade. Essas medidas de espaço lembram a metáfora do templo em 2.21. Como as “pedras vivas” (1Pe 2:5) são unidas em amor, a habitação de Deus cresce e é preenchida com o próprio Cristo. Deus usa o amor entre “todos os santos” — judeus e gentios, sem distinção — para construir um todo que é maior do que as respectivas partes. A linguagem espacial exalta o amor de Cristo para com o seu povo — um amor que é inclusivo, inesgotável e auto-sacrificial.

* 3.20 o seu poder que opera em nós. Ver 1:19-23; 2.5,6. A primeira parte da carta culmina com a consideração de Paulo sobre o poder infinito de Deus, que conduz o seu plano gracioso (2,7) e onisciente (v. 10) para a reconciliação da raça humana.

*

3.21 glória. Paulo dá glórias a Deus pelo poder que Deus tem dado à igreja.

na 1greja e em Cristo Jesus. Paulo recorre, nessa carta, a diversas metáforas para descrever o relacionamento mútuo entre a Igreja e Cristo: o corpo e a cabeça (1.22,23), o reconciliado e o reconciliador (2.14-18; 4.3), e a noiva e seu noivo (5.22,33).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21
3:1 Paulo se achava sob arresto domiciliário em Roma por ter pregado a respeito de Cristo. Os líderes religiosos em Jerusalém, sentiam-se ameaçados pelos ensinos de Cristo e não acreditavam que era o Messías. Pressionavam aos romanos para que prendessem o Paulo e o ajuizassem por traição e por originar uma rebelião entre os judeus. Paulo apelou para que seu caso o considerasse o Imperador e estava em espera do julgamento (veja-se At 28:16-31). Apesar de que se achava sob arresto, Paulo mantinha firme sua crença em que Deus tinha o controle de tudo o que lhe acontecesse. Permite você que as circunstâncias o convençam de que Deus perdeu o controle deste mundo? Como Paulo, recorde que não importa o que aconteça, Deus dirige os acontecimentos mundiais.

3:2, 3 "A administração da graça de Deus" significa a mordomia especial ou o compromisso atribuído ao Paulo. A ele lhe encomendou o trabalho especial de pregar as boas novas aos gentis, o grande plano que Deus lhe tinha revelado. "Como antes o tenho escrito brevemente", possivelmente se refira a uma carta prévia, a qual não conservou a igreja, ou poderia referir-se à primeira parte desta carta (sobre tudo 1.9ss; 2.11ss).

3:5, 6 O plano de Deus não se deu a conhecer as gerações anteriores, não porque Deus queria privar a seu povo de algo, mas sim porque revelaria a todos ao seu devido tempo. Deus planejou ter a judeus e gentis formando um corpo, a Igreja. sabia-se no Antigo Testamento que os gentis receberiam salvação (Is 49:6), mas nunca se revelou que todos os gentis e os judeus crentes deveriam ser iguais no corpo de Cristo. Esta igualdade se materializou quando Jesus derrubou a "parede intermédia de separação" e criou "um solo e novo homem" (Is 2:14-15).

3:7 Quando Paulo se converteu em ministro, Deus lhe deu a capacidade de pregar com eficácia o evangelho de Cristo. Não é necessário que você seja um apóstolo nem sequer um evangelista para que Deus lhe dê a oportunidade de dizer a outros o que Cristo é para você. E com a oportunidade, O lhe proverá a habilidade, o valor e o poder. Em qualquer lugar no que se presente a ocasião, esteja preparado diante de Deus. Ao centrar sua atenção na outra pessoa e sua necessidade, Deus lhe comunicará sua atitude solícita e suas palavras serão naturais, amorosas e adequadas.

3:8 Quando Paulo se descreve como "menos que o mais pequeno de todos os Santos", com estas palavras quer expressar que sem a ajuda de Deus, jamais poderá cumprir a obra de Deus. Apesar disto, Deus o escolheu para anunciar o evangelho aos gentis e lhe deu o poder para fazê-lo. Se sentirmos que nosso rol é menor, podemos estar no certo, exceto que esquecemos quão vital Deus pode fazer. Como pode Deus usá-lo? Faça sua parte e cumpra fielmente o papel especial que joga no plano de Deus.

3:9 "A dispensa do mistério" se refere à via do grande plano de Deus de levar a cabo através da igreja e o trabalho do Paulo em demonstrar e ensinar o grande propósito de Deus em Cristo (veja-se 3.2).

3:10 "Principados e potestades nos lugares celestiales" podem ser tanto os anjos testemunhas destes acontecimentos (veja-se 1Pe 1:12), ou possivelmente força hostis opostas a Deus (1Pe 2:2; 1Pe 6:12).

3:12 É um impressionante privilégio nos aproximar de Deus com segurança e acesso com confiança. A maioria nos mostraríamos receosos na presença de um governante poderoso, mas graças a Cristo, podemos entrar diretamente à presença de Deus mediante a oração. Sabemos que nos receberão com os braços abertos porque somos os filhos de Deus através de nossa união com Cristo. Não tema a Deus. lhe fale a respeito de algo. Está esperando lhe ouvir.

3:13 por que as tribulações do Paulo fazem que os efesios se sintam honrados ("as quais são sua glória")? Se Paulo não tivesse pregado o evangelho, não estaria no cárcere, portanto, os efesios não teriam ouvido as boas novas nem tampouco se converteram. Como uma mãe que sofre os dores de parto a fim de trazer uma nova vida ao mundo, Paulo suportou a perseguição a fim de trazer novos crentes a Cristo. Obedecer a Cristo não sempre é fácil. O chama a tomar sua cruz e lhe seguir (Mt 16:24), ou seja, estar dispostos a tolerar a dor ao grau que a mensagem de Deus de salvação chegue a todo mundo. Devemos nos sentir honrados de que outros sofressem e se sacrificassem por nós para que recebêssemos bênção.

3:14, 15 A grande família de Deus inclui a todos os que acreditaram no no passado, os que o têm feito no presente e os que o farão no futuro. Todos somos uma família porque temos a um mesmo Pai. O é a fonte de toda a criação, o dono legítimo de cada coisa. Deus promete seu amor e poder a sua família, a Igreja (3.16-21); se queremos receber suas bênções, é importante que nos mantenhamos em contato com outros crentes no corpo de Cristo. Quem se aíslan da família de Deus e tratam de seguir sozinhos, privam-se do poder de Deus.

3.17-19 O amor de Deus é total, diz Paulo. Chega até os últimos rincões de nossa experiência. A largura do amor de Deus continua através de toda nossa vida e chega a todo mundo. A longitude do amor de Deus nos segue através de nossas vidas. A profundidade do amor de Deus chega ao mais profundo do desalento, o desespero e até a morte. A altura do amor de Deus se eleva à cúpula de nossa aclamação e júbilo. Quando se sentir excluído ou isolado, recorde que nada o separará do amor de Deus. Para outra oração do amor incomensurável de Deus, veja-as palavras do Paulo em Rm 8:38-39.

3:19 "A plenitude de Deus" se expressa completa e somente em Cristo (Cl 2:9-10). Estamos completos por nossa união com Cristo e a capacitação que o Espírito Santo nos deu. Temos por inteiro a Deus a nossa disposição, mas nos devemos apropriar isso pela fé e as orações, cada dia, ao viver para O. A oração do Paulo pelos efesios é também para você. Pode pedir que o Espírito Santo encha ao máximo cada aspecto de sua vida.

3:20, 21 Esta doxología, hino de louvor a Deus, põe fim à primeira parte do Efesios. Na primeira seção, Paulo descreve o papel eterno da Igreja. Na segunda parte (capítulos 4:6), explicará como os membros da Igreja devem viver a fim de obter a unidade que Deus deseja. Como na maioria de suas cartas, Primeiro Paulo estabelece o fundamento doutrinal, logo apresenta aplicações práticas das verdades que detalhou.

NOSSAS VIDAS ANTES E DESPUES DE CRISTO

Antes

Mortos em delitos e pecados

Filhos de ira

Inimigos de Deus

Seguidores da corrente deste mundo

Escravos de Satanás

Depois

Vivos com Cristo

Com a misericórdia de Deus e salvos

diante de Cristo e a verdade

Filhos de Deus

Livres em Cristo para amar, servir e nos sentar com O

Fazíamos a vontade da carne e dos pensamentos

Ressuscitados para glória


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21
C. A IGREJA: DEUS mistério revelado em Cristo (3: 1-13)

No capítulo Ef 1:15 Paulo começou uma oração para seus leitores que eles podem desfrutar a plenitude da sabedoria de Deus e saber que a grandeza do Seu poder exibido na ressurreição de Cristo e vivificação espiritual dos gentios. No capítulo 2 ele expõe a grande verdade da Igreja, como uma nova forma de vida, em Cristo culminando em uma grande unificada, estrutura, espiritual abraçando ambos os crentes judeus e gentios, e dedicado à habitação e adoração a Deus. Agora, o apóstolo se volta para o grande assunto da Igreja como mistério de Deus revelado em Cristo.

1. O Mistério Revelado ao Apóstolo (3: 1-6)

1 Por esta causa eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo Jesus em favor de vós, os gentios, - 2 se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que me foi concedida para convosco; 3 como pela revelação foi deu a conhecer a mim o mistério, como escrevi antes, em poucas palavras, 4 pelo que, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo; 5 o qual em outras gerações não foi manifestado aos filhos dos homens, como, tem agora foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito; 6 a saber , que os gentios são co-herdeiros, e companheiros de membros do corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho,

Ele aparece no versículo 1 que Paulo vai retomar a sua oração para os gentios que ele tinha começado em Ef 1:15 . No entanto, ele abruptamente interrompe e começa sua exposição do grande mistério de Deus na 1greja. Sua oração não seja retomada até o versículo 14 .

Primeiro, Paulo se considera prisioneiro de Cristo para o mistério do evangelho (v. Ef 3:1 ). Paradoxalmente Paulo aqui, como sempre, se considera o prisioneiro de Jesus Cristo e nunca de seus inimigos. Sua fé inabalável na Divina Providência dotou-o com a constante convicção de que ele estava em vontade, atenção e serviço de Deus. Em Ef 6:20 também ele afirma: "Eu sou embaixador em cadeias", e, em seguida, sinceramente pede que seus leitores orar fervorosamente para ele, não que ele deve ser liberado, mas "que seja dada a mim no abrir da minha boca , para dar a conhecer com ousadia o mistério do evangelho "( Ef 6:19 ).

Nero, o imperador mais perverso que nunca governou Roma, estava no trono quando Paulo escreveu estas palavras. Os registros imperiais mostrou que Paulo era prisioneiro de Nero, aguardando julgamento por este tirano, sob as acusações de seus procuradores hostis judeus cujas mentes estavam inflamados de ódio ciumento e que trazia em suas mãos acusações falsas e maliciosas contra o apóstolo. Ele havia sido assediado pelos judeus em Jerusalém em sua última visita lá, foi resgatado pelo capitão romano Lysias, foi preso em Cesaréia por dois anos onde foi examinado três vezes por Felix, Festus, e Agripa, por sua vez, apelou para César, e foi enviado para Roma, onde viagem, ele naufragou. Aqui ele foi autorizado a morar em sua própria casa alugada por dois anos, mas constantemente acorrentado a e guardado por um soldado romano enquanto esperava seu julgamento. Paulo escreveu a Timóteo que ele havia sofrido "dificuldades aos títulos ... mas a palavra de Deus não está presa" (2Tm 2:9 ). O escravo fugitivo, Onésimo, foi um exemplo notável do fruto do ministério de prisão entre os gentios em Roma (Filemon).

Em segundo lugar, Paulo vê a pregação do mistério revelado de Deus como sua mordomia especial (vv. Ef 3:2-5 ). Até o dispensação de que a graça de Deus que me foi dada para convosco , Paulo simplesmente significa sua mordomia divinamente outorgado para pregar o evangelho de Cristo aos gentios (conforme v. Ef 3:7 ; Gl 1:15. ). É verdade que no primeiro concílio da igreja geral realizada em Jerusalém Pedro alegou ser especialmente escolhido por Deus para pregar aos gentios (At 15:7 ; Gl 2:2) e da igreja local em Antioquia, na Síria em uma data anterior (At 13:2) reconhecido, aceito e confirmado que eles Acredita-se que a missão de Deus para Paulo para os gentios. Esta mordomia incluiu a incorporação dos gentios na 1greja de Cristo, como membros de pleno direito em condições de igualdade e com privilégios de igualdade com os judeus, como testemunhado por estabelecimento de Paulo de igrejas em suas três viagens missionárias em toda a Ásia Menor e Europa Oriental, os quais Lucas descreve em 13 1:20-1'>Atos 13:20 .

A profunda convicção desta mordomia do evangelho aos gentios foi confirmada ao apóstolo por sua revelação especial para ele de Deus. Esta revelação teve o seu início através da instrumentalidade de Ananias em Damasco, por ocasião da conversão de Paulo e foi várias vezes reiterado e confirmou a ele (At 9:1 ; conforme Rm 16:25 ; . Gl 1:11 ; Gl 2:1 ).

Aqui, como em Ef 1:9 (conforme Cl 4:3f ). Isto parece claramente implícito nas palavras de Paulo, não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado . Isso é muito em oposição à posição de Strauss que nada se sabia do mistério anteriormente.

Só assim se sabia muito da verdade como para torná-lo um mistério, mas não o suficiente para torná-lo claramente entendido, até que foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito nos tempos do Novo Testamento, e anunciada por Paulo.Que sobre o qual não há conhecimento não pode ser um mistério, e aquilo que se revela plenamente deixa de ser um mistério (conforme He 8:5 ). Ele consiste de uma bolsa tríplice dos gentios com os judeus na 1greja de Jesus Cristo.

(1) Os gentios são co-herdeiros com os judeus na 1greja (conforme Gn 12:3 ). Eles foram através da fé em Cristo fez-ventures ou co-herdeiros da vida eterna e os privilégios e as bênçãos da Igreja, o corpo de Cristo corporativo (conforme Ef 5:7 ). Vincent observa que este composto, companheiros de membros , ocorre em nenhum outro lugar nos escritos de Paulo, e os últimos compostos, companheiros de participantes , ocorre aqui e em Ef 5:7)

7 do qual fui feito ministro, segundo o dom da graça de Deus que me foi dada de acordo com a operação do seu poder. 8 A mim, que sou menos do que o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios as riquezas inescrutáveis ​​de Cristo, 9 e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que criou todas as coisas; 10 com a intenção de que agora até os principados e os poderes do celestiais lugares pode ser feita por meio da igreja, a multiforme sabedoria de Deus, 11 de acordo com o eterno propósito que ele estabeleceu em Cristo Jesus nosso Senhor, 12 no qual temos ousadia e acesso em confiança, pela fé nele. 13 Pelo que eu peço que não vos desmaiar nas minhas tribulações por vós, que são a vossa glória.

Primeiro, Paulo era um ministro para pregar as insondáveis ​​riquezas (v. Ef 3:8) do mistério revelado de Deus para os gentios pelo dom da graça de Deus ... de acordo com a operação do seu poder (v. Ef 3:7 ). Paulo observa que o seu ministério aos gentios foi um especial dom de Deus. O mesmo acontece com todos os crentes têm o seu dom especial de Deus. Bem-aventurado é o cristão que sabe o que é e usa-o para a glória de Deus ao invés de tentar apropriar-se do dom da outra. Além disso, o emprego eficaz de Paulo de presente do seu ministério aos gentios de Deus era através do poder da ressurreição de Jesus Cristo. Nem pode qualquer servo de Deus efetivamente usar o presente de Deus a ele sem o poder de Deus em sua vida. Que a pregação eficaz do evangelho da glória de Cristo é um dom especial de que pouco dotados são incapazes foi atestada pela experiência dos séculos. Cada crente cristão pode e deve ser um testemunho eficaz de Cristo, mas tão certo como há um dom de ensino ou um presente da música, por isso não é um dom de pregação. Preparação especial nas habilidades de qualquer uma dessas vocações deve melhorar a sua eficácia, mas um presente que não existe não pode ser melhorado. Assim, a formação educacional como especial importante para o ministério é, ele pode nunca ser um substituto para o chamado e dons espirituais especiais de Deus (conforme Jo 15:16 ).

Paulo reconheceu que precede e tinha uma visão muito humilde de si mesmo como o instrumento de Deus em fazer evangelho conhecido de Cristo: A mim, que sou menos do que o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar (v. Ef 3:8 ). De humilde auto-estima observações Wesley do Apóstolo,

Aqui estão as linhagens mais nobres de eloqüência para apontar o baixo opinião superior o apóstolo tinha de si mesmo e da plenitude de bênçãos insondáveis, que são estimadas em Cristo (conforme 1Co 15:8 ).

Muitos e variados meios foram utilizados para a propagação do evangelho, mas a pregação é sempre fundamental. Uma autoridade definiu a pregação como

a comunicação falada da verdade divina com vista a persuasão ... um sermão ... quanto à questão de comunicação ... é "verdade divina" ... quanto à forma da presente comunicação ... é verdade divina "falado". Quanto ao objectivo da presente comunicação ... é verdade divina falado "com o objectivo de persuasão" (conforme 2Co 5:11 ).

Outros métodos nunca pode ser mais do que auxiliar, secundário. Diz o apóstolo: "Foi boa vontade de Deus através da loucura da pregação para salvar os que crêem" (1Co 1:12 ). Importante e altamente eficaz como ter sido a escola dominical, a imprensa religiosa, o rádio e, talvez, em uma televisão muito mais limitada forma, nenhum deles ou de qualquer outro método pode ser autorizada a substituir a apresentação direta, pessoal, oral do evangelho dos lábios do pregador para os ouvidos dos ouvintes. O pregador é, em certos aspectos mais do que um mensageiro de Cristo; ele é uma amostra de pessoal da mensagem do evangelho que prega (conforme 2Tm 2:6 . Vincent torna como que "o que não pode ser rastreado para fora." Mais adiante neste capítulo, ele fala de conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento (v. Ef 3:19 ). Nenhuma quantidade de aprendizagem e sua aplicação técnica pode jamais descobrir as insondáveis ​​riquezas de Cristo . Estes são segredos de Deus que só são conhecidos por revelação divina especial (conforme Ef 3:3. ), como também o Seu mandamento explícito para seus seguidores no Grande Comissão (Mt 28:18 ). Um ministério que não se instruir e, assim, confirmar a fé do crente, bem como evangelizar o incrédulo, está aquém do propósito divino e um plano para a pregação.

O tema específico para a iluminação, com a qual o apóstolo foi cobrado aqui, é o peso do de Deus revelado mistério que a salvação e incorporação de todos os homens para a Igreja, corpo espiritual de Cristo, é antigo plano, propósito e provisão de Deus. A impressão é dado às vezes que a salvação dos judeus era primário, se não exclusivo propósito de Deus, e que a inclusão dos gentios no plano da redenção foi um adendo com Deus, ou que, na melhor representou uma mudança na mente e plano de Deus depois que os judeus como uma nação rejeitaram a Cristo. Certamente, a primeira parte desta proposição foi uma visão judaica, e talvez alguns intérpretes cristãos são mais do que judaica cristã a este respeito. O grande peso do coração de Paulo é que Cristo morreu para salvar todos os homens, sem distinção de nacionalidade ou credo e incorporá-las em Sua Igreja. Não há espaço para uma teoria limitada expiação no ensino de Paulo aqui ou em outro lugar. Este projeto de Deus para a salvação de todos os homens era, no pensamento de Paulo, na mente de Deus desde os séculos (conforme Cl 1:26 ). Na verdade, o plano era uma criação da mente de Deus, que criou todas as coisas . Assim, não foi o produto da avaliação do pensamento humano que, gradualmente, desenvolvido através dos tempos, compreensão do homem e da compreensão do plano divino foi um pouco gradual como ele se tornou capaz de compreender de forma magnífica a verdade. A lentidão dos cristãos de todas as idades, incluindo o presente, para compreender esta oferta universal de contas Cruz de Cristo, em grande medida para a frieza espiritual e apatia da Igreja em relação à sua obrigação e desafio missionário para o mundo inteiro de cada nova geração. É somente como cristãos conceber claramente de e crer em Cristo como Aquele que criou todas as coisas e, portanto, todas as coisas pertencem a Ele por esse direito criativo, que eles vão perceber que Ele forneceu para a redenção de todas as coisas em Cristo, e que É obrigação do cristão para dar a conhecer a toda esta grande verdade (conforme Rm 8:19 ). A teoria da evolução orgânica não é amiga do plano de redenção de Deus. Bruce pensa que os principados e potestades nos lugares celestiais do verso Ef 3:10 pode incluir personalidades do mal, assim como boa. Se isto estiver correto, em seguida, torna-se evidente que Deus tem algo para mostrar para as personalidades de demônio, bem como os anjos, e, possivelmente, os poderes dominantes na Terra, sobre a grandeza ea vitória do Seu plano redentor e realização operou em e através da igreja (conforme Ef 6:12. ; . 1Pe 1:12 ; Rm 8:38 ).

Bruce sustenta que Deus usa a Igreja para instruir os habitantes destes lugares celestiais, e, em seguida, sugere que este pode lançar luz sobre a frase de outra forma enigmática em 1Co 11:10 ", por causa dos anjos." Em seguida, ele registra a seguinte nota interessante.

A implicação desta frase em 1Co 11:10 é, provavelmente, que a presença invisível dos anjos em reuniões cristãs exige decoro no vestir e no comportamento. Esta interpretação é agora suportado por uma ou duas expressões semelhantes na literatura Qumran.

Esta demonstração de poder de Deus na 1greja e pela Igreja é, na fraseologia de Paulo, uma revelação de , a multiforme sabedoria de Deus . Da expressão multiforme sabedoria Vincent comenta,

Uma frase muito marcante. O adjetivo ocorre apenas aqui, e significa variegada . Ela é aplicada a imagens, flores, roupas ... usado na Septuaginta de túnica de José, Gn 37:3. ; He 10:19 ; He 13:6) observações Wesley,

Tal como os peticionários têm, que são introduzidos para a presença real por alguns distinto favorito. E Ousadia -unrestrained liberdade de expressão, tais como as crianças utilizam para enfrentar um pai indulgente, então, sem medo de ofender, que divulgam os seus desejos, e fazer conhecido todos os seus pedidos.

Bruce observa que a palavra aqui traduzida ousadia

em grego clássico ... significava a liberdade de expressão, que é o direito de cada cidadão de um Estado democrático, quando a palavra é "batizados em Cristo" que prenuncia a liberdade de homens cristãos se aproximar de Deus diretamente, sem intermediário parte de Cristo, que abraça o Divina e Humana em Seu uma pessoa ... "A nossa fé nele" é literalmente "a fé nele" (assim AV); mas o genitivo "dele" é objetiva, denotando Aquele em quem a fé é colocada.

Assim, o sacerdócio do crente que vem com confiança para Cristo na fé sensível como é grande o seu sumo sacerdote é fortemente apoiado por Paulo nesta passagem, como também em outros lugares.

Paulo encerra esta seção com um pedido para que seus leitores não desanime por causa de suas tribulações , ou prisão e julgamento, o que ele estava passando por uma questão de seu ministério para os gentios. Eles não precisam ter medo, nem motivo para constrangimento porque o seu apóstolo foi preso, e eles não precisam temer que um destino, como deve acontecer a eles. Tudo está nas mãos de Deus, Paulo parece dizer, e, assim, tudo vai sair para a Sua glória e seu bem. A grandeza da fé de Paulo salva-lo de auto-piedade e permite que ele para incentivar outras pessoas na fé quando as suas circunstâncias são mais terríveis.

ORAÇÃO D. O APÓSTOLO PARA A IGREJA UNIVERSAL (3: 14-21)

Se esta secção representa uma retomada da oração anterior de Paulo começou em Ef 1:15 , ou se deve ser considerado como totalmente independente de sua antiga oração, é uma questão de pouca importância. Em ambos os casos é maior oração registrada de Paulo para a Igreja cristã.

1. As preliminares à oração de Paulo (3: 14-15)

14 Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai, 15 do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome,

Estes versos refletem claramente quatro fatores preliminares que estabelecem o contexto para levar e até grande oração do Apóstolo para a Igreja universal: a sua ocasião, postura, endereço e bússola.

Nenhum grande ou eficaz oração já foi orou para que não foi motivada por uma grande causa pressionando. É evidente que a causa que sublinha a ocasião desta oração é o tema da salvação e da unificação de todos os homens da Igreja, o corpo de Cristo.Barclay expressa adequadamente a causa para a qual Paulo ora esta oração assim:

Aqui estamos novamente com a idéia básica de toda a carta. Paulo pintou seu grande imagem da Igreja. Este mundo é um caos desintegrado; há divisão e separação em todos os lugares, entre nação e nação, entre homem e homem, na vida interna de um homem. É desígnio de Deus que todos os beligerantes e os elementos discordantes devem ser levados para um em Jesus Cristo. Jesus é o instrumento de Deus, no qual os homens devem ser levados para 1. Mas isso não pode ser feito a não ser que a Igreja leva a mensagem de Cristo e do amor de Deus para todos os homens. A Igreja deve ser o complemento de Cristo, o organismo através do qual o Espírito de Cristo age e opera. É por esse motivo que Paulo ora. Se a Igreja é sempre a ser assim, as pessoas dentro ele deve ser um certo tipo de pessoas. É por isso que Paulo está orando; ele está orando para que as pessoas dentro da Igreja pode ser tal que toda a Igreja será, na verdade, o corpo e o complemento de Cristo.

A postura deste ou de qualquer oração pode parecer bastante incidental, por si só, se não fosse que essa postura pode, como faz aqui, sugerir um significado mais profundo do que aparece na superfície. Whedon diz:

Como antes eles solenemente no pensamento montado, Paulo conceitualmente ajoelha para dedicá-los como uma igreja a Deus. Nesta oração, ele é muito sério para ficar de pé ou sentar-se, e assim, no corpo como no espírito, ele se curva diante de Deus.

Ajoelhado postura de Paulo aqui significa mais do que dobrar os joelhos. Ao contrário, ele se prostra em súplica agonizante diante de Deus para a Igreja. A postura de oração judaica de costume estava de pé com as mãos estendidas e as palmas das mãos voltadas para cima (conforme Mt 6:5 ). Os primeiros cristãos, por outro lado, tinha habitualmente ajoelhou-se diante de Deus para orar. Exemplos notáveis ​​são Estevão (At 7:60 ), Pedro (At 9:40 ), Paulo (At 20:36 ), e Paulo e Lucas (At 21:5 ).

O endereço da oração de Paulo é corretamente ao Pai , como Cristo ensinou aos seus discípulos. Paulo não está pensando principalmente de Deus aqui no sentido de paternidade -fatherhood no sentido puramente físico ou criativo do termo. Certamente, ele reconhece a paternidade criadora de Deus (v. Ef 3:9 ), enquanto se aproximavam Ele concorda com a confiança de Paulo como ele dirige a sua oração pela Igreja a Deus Pai.

A bússola de oração de Paulo tem um significado especial: do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome . Apesar dos problemas gramaticais envolvidos nessa passagem e comentaristas são muito diferentes em suas interpretações-parece mais lógico que desde que o ônus da preocupação de Paulo em Efésios é para o resgate e inclusão dos gentios dentro do corpo de Cristo, unificando assim tanto judeus como gentios em uma única família espiritual, ele está aqui simplesmente significa que ele está orando para a Igreja cristã universal. Isso inclui a Igreja triunfante no céu, e todos os ramos da Igreja crente na terra agora e que ainda vão nascer espiritualmente. Esta visão é apoiada por muitos dos comentaristas mais antigos, incluindo Barnes, Clarke, e Wesley.À luz do seu contexto, a referência à toda a família não podem ser tomadas em apoio da paternidade universal de Deus na, sentido redentor espiritual. Pelo contrário, é para a família espiritual dos redimidos, se triunfante no céu ou na terra, ou ainda para se tornar crentes, que através da fé em Jesus Cristo como seu Salvador são filhos de Deus feito (conforme Jo 17:20 , Jo 17:21 ). Miller habilmente expressou assim:

O Pai é a fonte da família. A doutrina da paternidade de Deus (não a paternidade universal) é uma preciosa. Deus é um pai; Ele tem uma família; a família está crescendo e as pessoas se tornam membros de pelo novo nascimento (Jo 1:12 , Jo 1:15 ). Alguns já passaram mais e estão no céu; alguns são ainda "na terra", mas é toda a família ainda; a morte não quebrar Sua família.

2. As petições da oração de Paulo (3: 16-19)

16 Que ele iria conceder-lhe, de acordo com as riquezas da sua glória, para que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior; 17 que Cristo habite em seu coração por meio da fé; a fim de que, estando arraigados e alicerçados em amor, 18 pode ser forte para compreender, com todos os santos, qual seja a largura, comprimento e altura e profundidade, 19 e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até a plenitude de Deus.

O fato de que as petições de oração de Paulo são oferecidos no interesse de cristãos dá apoio pesado para a interpretação anterior da família , no versículo 15 .

Primeiro, Paulo ora para espiritual de energia para o fortalecimento da Igreja: que ele iria conceder ... para que sejais robustecidos com poder . Vincent observa que Paulo usa em Efésios todas as condições para poder empregada no Novo Testamento, excetoBia (violência). Como o poder foi o primeiro a provisão de Cristo para seus discípulos (At 1:8 ). Deus tem uma provisão adequada para o seu povo em face das pressões do mal e do mundo externo sobre eles. Ela é expressa por João assim: "maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo" (Jo 4:4 ). A permanência da presença permanente de Cristo em seus corações para que Paulo aqui reza é o seguro de seu fortalecimento interior solicitada na petição anterior. Na mesma linha, Paulo escreve aos Colossenses, "Deus quis dar a conhecer ... as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, a esperança da glória" (Cl 1:27 ; conforme Jo 14:23 ; Jo 15:1 ). A fé pela qual Cristo habite em seus corações, nesta petição, trabalha pelo amor para o qual Paulo ora na próxima petição. Aos Gálatas Paulo escreveu sobre a "fé que opera pelo amor" (Gl 5:6 ; Cl 2:2 ).

Clarke observa que Paulo reforça sua oração por sua disposição através da utilização de

methaphor um double [ arraigados e alicerçados em amor ]; uma levada de agricultura , a outra, de arquitectura. Como árvores , elas devem ser enraizada no amor -este é o solo em que suas almas estão a crescer ... Como um edifício , a sua fundação é para ser colocada em amor . ... Aqui é a terra em que só a alma, e toda a sua esperanças e expectativas, pode ser com segurança fundada . Esta é uma fundação que não pode ser abalado. ... Neste, como seu bom solo , ele cresce . Nesta, como seu únicofundamento , ele descansa .

A primeira parte dessa metáfora, enraizada , sugere o "homem abençoado" do Sl 1:3). Este edifício repousa sobre o alicerce seguro dos ensinamentos divinamente reveladas dos apóstolos e profetas (Ef 2:20 , Fp 3:13 ). Em qualquer caso, antes que a mente pode apreender ou compreender a verdade deve perceber, ou ver através; Assim, a percepção é um pré-requisito para apreensão ou compreensão da mente. Paulo simplesmente deseja-lhes a compreender a imensidão de toda a dimensão do amor de Deus em Cristo. Enquanto Vincent observa que "não há interpretações especiais estão a ser dada a estas palavras ... que o artigo está ligado apenas ao primeiro, amplitude , todo o resto sendo incluídos sob o artigo primeiro, "parece que o apóstolo tinha em mente algo mais do que a magnitude geral do amor de Deus.Observações Wesley,

Qual é a amplitude do amor de Cristo -Embracing toda a humanidade. E comprimento eterna -Desde a eternidade. E profundidade -Não ser sondado por qualquer criatura. E altura -Não ser alcançado por qualquer inimigo.

Talvez esse amor de quatro dimensões de Cristo deve ser entendido em relação ao objetivo prático de Deus para Sua Igreja redimida no mundo. Assim, podemos dizer com Wesley que a amplitude do amor de Cristo abraça toda a humanidade, que é tão ampla quanto a raça humana de todas as gerações. O seu comprimento estende-se desde o nascimento até à morte do homem. Sua altura atinge o mais exaltado, em posição ou status, entre os homens. E sua profundidade atinge os homens mais humildes ou mesmo moralmente depravados de.

Assim, praticamente viram, amor de quatro dimensões de Cristo abraça toda a humanidade em todos os tempos e condições e fornece uma base para a evangelização de todos os homens (conforme da Igreja Jo 3:16 ). A menos que a Igreja apreende esta grande verdade muitos de cada geração permanecerá intocado pelo seu ministério.

A oração de Paulo que a Igreja possa conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento é típico dos paradoxos paulinos (conforme Ef 6:20 ). Mas um paradoxo, ao contrário de uma contradição, é resolúvel. Vincent pensa que por saber Paulo aqui se refere ao conhecimento prático do amor cristos 'através da experiência, em oposição ao conhecimento conceitual através da apreensão. Pode ser verdade que o apóstolo tinha em mente tais. Mas também é bem possível que, ao saber que ele refere-se a uma compreensão intuitiva do amor divinamente revelado de Cristo, que não está sujeito a apreensão pelas "mentes racionais, empíricos, ou outros poderes para que o conhecimento comum podem render-se. Este é um conhecimento superior que não está disponível para os poderes sem ajuda da razão humana, e da qual até mesmo as hostes angelicais, boas e caídos, são excluídos (1Pe 1:12 ). Que repreensão à razão humana orgulhoso dos gregos da época de Paulo, como também para os chamados intelectuais do nosso tempo!

Em quinto lugar, Paulo ora para espiritual da Igreja plenitude ou plenitude: para que sejam cheios de toda a plenitude de Deus . Aqui é outro paradoxo Pauline que só pode ser entendida à luz do versículo 17 , onde ele reza para que Cristo habite em seus corações . Em outros lugares, o Apóstolo declara que "[Cristo] habita toda a plenitude da divindade" (Cl 2:9 ). Este ideal ou objetivo para o crente estava na mente de Cristo, quando Ele disse: "Sede vós, pois, perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5:48. ); como foi também na mente de Paulo quando escreveu aos Filipenses: "Não que eu ... já sou feito perfeito [ou ter atingido a perfeição ressurreição-conforme v. Ef 3:11 ]: mas vou prosseguindo, se é que eu posso alcançar aquilo para o qual fui conquistado por Cristo Jesus "( Fp 3:12. ). Assim perfeição final do crente é sempre em sua união com Cristo. Nesta união perfeição de Cristo torna-se a perfeição do crente. Fora de Cristo, o homem tem apenas imperfeição. Isso é algo muito mais do que a justiça imputada, é também a justiça implantado de Deus em Cristo na vida do crente.

3. As Perspectivas da Oração do Paulo (3: 20-21)

20 Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, 21 a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém.

Paulo conclui este grande oração pela Igreja universal com uma espécie de doxologia caracterizada por uma explosão de louvor a Deus e uma expressão de total confiança em Deus, que Ele proverá para o futuro bem-estar de seu povo. Não há necessidade nem desejo legítimo que os cristãos podem pedir ou até mesmo pensar que Deus pode fornecer não super-abundância. Vincent pensa versículo 20 deve ler: "Àquele que é capaz de fazer além de tudo, muito acima do que pedimos ou pensamos". Até mesmo as "necessidades de pensamento" de Seus filhos, que eles podem não ter tido tempo para expressar ou possam ter sido muito limitados para dar a conhecer em oração, Deus às vezes antecipa e suprimentos. Isaías disse: "E será que aconteceu que antes de clamarem eles, eu responderei e enquanto eles ainda falando, eu os ouvirei" (Is 65:24 ).

No entanto, a promessa anterior está condicionada à "o poder que opera em nós" (conforme vv. Ef 3:16 , Ef 3:18-A , 19-B ). Este não é um ser humano ou de energia natural, mas a dinamite da presença de Deus na vida do homem (Ef 1:19. ; . Fp 2:13 ). Jesus disse: "Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito a vós" (Jo 15:7. ). Assim, Paulo iria medir a duração da glória de Deus por um tempo infinito.

Whedon cita "bela sugestão de que resume esta grande oração assim:" 'Grotius As Igrejas estavam acostumados a aclamação Amém . nessas doxologies, que, para que possam fazer, Paulo dá-lhes uma vantagem ' "Ele, então, continua:

Um belo pensamento, confirmando a ideia de que St. Paulo conceitualmente dedica sua Igreja de Éfeso e universal com esta oração e acabamento coral.

E agora, esta Igreja gloriosa, como visto de seu lado divino, é delineado, erigido, acabado, e dedicado à oração e ao hino arrebatador.

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21
Esse capítulo encerra a primeira metade de Efésios em que Paulo descreve nossa riqueza em Cristo. Paulo, antes de mover-se para a se-ção prática (nosso caminhar com Cristo), faz uma pausa para orar. No versículo 1, ele inicia a oração, mas só dá continuidade a ela no versícu-lo 13! Os versículos intermediários são um longo, e importante, parên-tese em que ele explica seu ministé-rio especial para o corpo da igreja e para os gentios.

  • Paulo explica seu ministério (3:1-12)
  • A primeira coisa que notamos é que Paulo chama a si mesmo de prisio-neiro e relaciona essa condição aos gentios! At 22:0), depois disso irrompeu um tumulto! Como At 10:0), a quem permitiram que fosse morto; por intermédio do ministério de Cristo (Mt 4:12), a quem eles pediram que fosse morto; e por meio do mi-nistério dos apóstolos e de Estêvão (At 2—7), e esse último, os próprios judeus mataram (At 7:54-44). A na-ção rejeitou as três ofertas do reino que lhe foram feitas. Eles rejeitaram o Pai, que enviou João, o Filho e também o Espírito, que energizou o testemunho dos apóstolos. A oferta do reino cessou temporariamente por causa da morte de Estêvão, a mensagem foi para os samaritanos e para os gentios (At 8:0. No versículo 6, ele explica clara-mente o mistério da igreja: os cren-tes gentios e judeus são um corpo em Cristo. Até esse momento, esse mistério não fora revelado; porém, agora, Deus, pelo Espírito, revela-o para seus apóstolos e para os profe-tas do Novo Testamento. Seria negar as inspiradas palavras de Paulo, nes-sa passagem, afirmar que os doze apóstolos entenderam o mistério da igreja desde o início. Em At 10:0). Isso significa que não há um purga-tório em que as pessoas se prepa-ram para o céu. Ele ora para que o homem interior conheça sua força espiritual. É incrível como alguns cristãos tratam a pessoa interior de forma descuidada! O Espírito Santo capacita-nos, a partir de nosso in-terior, por meio da Palavra de Deus e da oração. Nos versículos 20:21, Paulo menciona que o Espírito de Deus opera em nós à medida que oramos; e I Tessalonicenses 2:13 (junto com Cl 3:16) ensina que o Senhor nos capacita por intermédio da sua Palavra. Os santos primitivos se entregavam "à oração e ao mi-nistério da palavra" (At 6:4), e Deus operava de forma poderosa neles e por intermédio deles.

    Ele quer que Cristo "habite" (sinta-se em casa, v. 17) no coração dos crentes. Cristo habita no coração de todo crente; todavia, nem todo coração é uma habitação confortável para ele. Ele amava ir a Betânia, porque seus amigos o amavam, se ali-mentavam com a Palavra dele e lhe serviam. Cristo, quando veio à terra falar com Abraão, enviou dois anjos na frente para visitar Ló (Gn 19), por-que não se sentia à vontade na casa de um crente mundano. Ele se sente em casa em nosso coração?

    Cristo sente-se em casa em nosso coração quando encontra fé e amor nele. No versículo 17, a pala-vra "arraigado" sugere um estado de prontidão, um ato de fé e de amor, como a árvore enraizada no solo. Muitos cristãos querem o fruto do Espírito, porém não se arraigam nas coisas espirituais.
    Dever-se-ia usar o verbo "apre-ender — segurar", em vez de "com-preender" (v. 18). Paulo já orou para que compreendam essas bênçãos maravilhosas, agora ele pede que possam pôr as mãos nelas e agarrá- las para eles mesmos. Seguramos as promessas de Deus pela fé. Paulo quer principalmente que eles agar-rem o amor incomensurável de Deus, um amor que enche todas as coisas. Um número muito grande de cristãos pensa em Deus como um Juiz ameaçador ou como um Senhor severo, em vez de como um Pai amoroso.

    "Sejais tomados de toda a ple-nitude de Deus" (v. 19): esse é o pro-pósito máximo do Senhor para nos-sa vida. Leia com atenção Jo 1:16 e Cl 2:9-51. Paulo afirma emCl 2:10: "Também, nele, estais aperfeiçoados". Por que viver-mos como indigentes quando Deus nos dá sua plenitude? A vida vazia é desapontadora e perigosa; o espíri-to da desobediência (2:
    2) entra em operação em nós e caímos no pe-cado se o Espírito de Deus não nos enche.

    Os versículos 20:21 finalizam essa seção com uma bênção emo-cionante. Deus opera em nós! Deus opera por nosso intermédio! Deus é glorificado em nós! Nossa salvação é maravilhosa! Esse poder opera em nós à medida que abrimos nosso coração para Cristo, que cultivamos essa comunhão permanente, que oramos, e que nos submetemos à Palavra. Não há motivo para nós, os crentes, sermos "infelizes" quando estamos assentados com Cristo (2:
    6) e cheios com plenitude de Deus.
    Ao chegarmos ao fim dessa seção, seria útil observarmos as "pos-turas espirituais" de Paulo a fim deque nos revelem o segredo das bên-çãos de Deus. Paulo está assenta-do com Cristo (2:6), edificado nele (2:
    20) e de joelhos diante do Pai (3:14). Essas atitudes possibilitam que ele ande (4:1), cresça (4:
    15) e permaneça firme contra Satanás (6:14ss). Nossa posição espiritual em Cristo possibilita nosso andar vi-torioso sobre a terra.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21
    3:2-13 Forma um parêntese sobre a missão de Paulo aos gentios. A oração iniciada em 3.1 continua no v. 14.
    3.3 O mistério vem descrito e analisado no v. 6. É simplesmente Cristo em vós (gentios) a esperança da glória" (Cl 1:27).

    3.8 O menor de todos. É uma confirmação da autoria paulina de Efésios em oposição aos eruditos modernos que a negam (conforme 1Tm 1:15; 1Co 15:9).

    3.10 Principados e potestades. Refere-se tanto aos anjos como também às hostes nefandas do diabo ou demônios (conforme 1.21; 6.12). Seus conhecimentos são limitados pela vontade de Deus (cf.1:11; a opinião errada do diabo).

    3.11 Eterno propósito. Todos os desígnios de Deus se centralizam no Filho do Seu amor (Mt 28:18),

    3.14,15 Pai, . . família (gr pater, patria) Deus é o arquétipo de toda a paternidade, a fonte de todo o povo e a divisão familiar na criação.

    3.16 Fortalecidos. Como o corpo humano tem força pela alimentação física, o homem interior é somente revigorado pelo Espírito de Cristo (17) que habita nele (conforme Jo 15:5; 1Co 12:8-46).

    • N Hom. 3.18,19 As quatro dimensões insondáveis do amor de Cristo ou As quatro extremidades da Cruz.
    1) Largura - abrange a todos indistintamente (Mc 16:15).
    2) Comprimento - abrange todos os tempos (1.4; 2Pe 3:9).
    3) Altura - estendeu-se até ao céu para trazer o filho Amado esvaziado de Sua majestade (Fp 2:6-50) para onde também nos levará (Jo 14:1-43).
    4) Profundidade - suportou sofrimento infinito para expiar os nossos pecados (Sl 18:5; 1Pe 2:24).

    3.21 Na Igreja, na sua perfeita união com Cristo, seu Cabeça (1.22,
    23) é o local da manifestação da glória que elevamos a Deus (Jo 17:4, Jo 17:22).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21

    4) Esse mistério antes era um segredo (3:1-6)
    Tendo mostrado o que é a grandeza de Deus ao ressuscitar Cristo e constituir a igreja, seu corpo, Paulo começa agora a expor algo das riquezas da glória dessa herança. Ele começa expressando isso em uma oração, mas de forma típica é desviado por suas próprias palavras, prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vocês, gentios, e só volta à sua oração no v. 15.

    Paulo não era prisioneiro de César; era a vontade de Cristo que o mantinha cativo (4.1). Foi por causa da sua batalha a favor da liberdade dos gentios em relação à lei que ele se emaranhou com Roma. A sua parte na administração das coisas de Deus (Cl 1:24,Cl 1:25) era revelar e explicar os planos de Deus para a inclusão dos gentios na igreja, sem lei ou circuncisão. Isso o tinha levado a conflitos com os judaizantes (que eram “zelosos pela lei”) e finalmente com Roma (2Tm 2:9; 2Tm 4:16,2Tm 4:17). Pois se os crentes gentios eram declarados não-judeus, então eles ficavam sujeitos às penalidades da lei romana por religião ilegal. Enquanto fossem considerados seita judaica (At 28:22) eram imunes a essa lei e à pena de morte. O que ele tinha escrito em poucas palavras, de forma resumida (em 1.9 ou 1.3,4), mostrou a sua percepção abrangente do propósito secreto de Deus, oculto de dispen-sações anteriores, mas agora revelado a um grupo de homens inspirados. O v. 6 é uma repetição em forma tríplice daquela parte do segredo que diz respeito aos gentios. Que os gentios deveriam ser abençoados, foi claramente revelado no AT, mas que eles deveriam ser abençoados sem se tornarem judeus era algo imprevisto, como também era o fato de que Deus introduziria uma coisa nova, o corpo de Cristo. Agora eles compartilham da herança, são igualmente membros do corpo de Cristo, a igreja, e a promessa agora é estendida a eles também (G1 3.29).


    5)    O significado do apostolado de Paulo (3:7-13)
    Paulo era um mensageiro especial da boa notícia que desvendou esse segredo, enviado para tornar claro o propósito de Deus para os gentios, para fazer demonstração disso diante de todos os homens e de todo o cosmo.
    Paulo faz uma apresentação do dom que o capacitou a ser ministro do mesmo poder da ressurreição mencionado anteriormente,
    1.19 e conforme G1 2.8. Ele usa um comparativo-superlativo, menor dos menores, para expressar a sua total incapacidade para a obra. Ele (a) evangeliza os gentios, (b) ilumina todos os homens, (c) com o fim de informar todo o mundo sobrenatural. Ele descreve o evangelho como a riqueza insondável de Cristo. A iluminação é o plano que se manteve em segredo durante todas as eras anteriores (Cl 1:25-51, i.e., a igreja revelando Cristo na sua plenitude divina. Se o mar fosse enchido com contêineres vazios, os contêineres se encheriam com a plenitude do mar. Que Deus tenha tido um propósito tão incrível para o homem requer, sem dúvida, uma doxologia (v. 20,21). Nela Paulo destaca novamente a imensidão do poder em ação nos santos para atingirem o seu alvo, o que é infinitamente mais do que o homem poderia pedir para si ou mesmo imaginar. Haverá, então, glória infinita para Deus por meio da igreja, e isso será também um meio de exposição de todas as glórias de Cristo.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 13

    Efésios 3

    F. A Revelação do Mistério. Ef 3:1-13.

    O apóstolo Paulo foi escolhido por Deus para esclarecer e explicar pelo menos duas grandes revelações. A primeira delas é o próprio Evangelho - as boas novas da salvação através da morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo. A segunda era a verdade da Igreja como o corpo de Cristo. Nas grandes epístolas evangélicas – Romanos 1 e II Coríntios e Gálatas – Paulo desenvolve extensamente a primeira revelação. Nas epístolas do presente grupo cronológico, as "Epístolas da Prisão", ele trata em grande parte da segunda dessas revelações – a Igreja como o corpo de Cristo. O capítulo 3 forma o clímax da primeira divisão principal da epístola, que nos dá a nossa posição em Cristo.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21
    VI. O MISTÉRIO DO EVANGELHOEf 3:1-49).

    >Ef 3:12

    Mas, a conseqüência mais imediata e pessoal da obra de Cristo é a que permite aos crentes se aproximarem de Deus, pela fé, com ousadia (12). Uma nova referência à prisão de Paulo (13) conclui o parêntese que se abre no vers. 1. A fé inextinguível de Paulo nos eternos propósitos de Deus se manifesta em sua exortação para que os efésios não se desanimassem por causa das suas tribulações em favor deles. O último objetivo, vossa glória, deve sempre ser tido em mira.

    >Ef 3:14

    A repetição da frase por esta causa (14 cfr. vers.
    1) mostra que o apóstolo está resumindo o pensamento que havia sido interrompido pelo parêntese dos vers. 2-13. O que segue está na forma de uma oração, a base da qual está toda a maravilhosa obra de Deus, que lhe foi revelada nos pormenores desdobrados no capítulo 2. Me ponho de joelhos (14). A atitude costumeira de oração entre os judeus era ficar em pé (Lc 18:11); a posição de joelhos expressava solenidade especial ou urgência incomum (Lc 22:41; At 7:60). Intensifica-se o significado da frase quando notamos que um texto favorito de Paulo era Is 45:23 (veja Rm 14:11; Fp 2:10). Esta oração que talvez deva ser considerada a parte final da oração iniciada em Ef 1:17-49, começa com uma referência ao Pai (cfr. Ef 1:17). A idéia não se traduz tão facilmente, pois nossa palavra família (15) não é derivada de "pai", enquanto o vocábulo grego pátria (família) é derivado de pater (pai). Tanto no céu como na terra. Quão sublime é sempre o pensamento de Paulo (veja também Ef 1:10-49)! Entende-se que a paternidade de Deus não é uma simples metáfora proveniente de relações humanas. O contrário é o caso. Deus é Pai; o arquétipo de toda paternidade se encontra em Deus e todas as outras paternidades são derivadas dEle.

    >Ef 3:16

    A primeira petição, como em Ef 1:17, roga a operação do Espírito Santo no coração do crente (16). Em Ef 1:17, pede-se mais especialmente o conhecimento (i. e. revelação). Aqui Paulo procura mais o poder (i. e. a realização). Em Ef 1:19, pede o conhecimento da "suprema grandeza do poder divino"; em Ef 3:16, ora para que seus leitores possam experimentar aquele poder, a fim de que a aquisição do conhecimento desejado lhes seja possível (18). Cfr. 1Co 2:14. A segunda petição é para Cristo habitar neles (17). Como crentes, eles estão "em Cristo"; define-se destarte sua posição diante de Deus. Pede-se aqui que os cristãos cheguem a apreciar na sua experiência real a verdade complementar que Cristo deve habitar em seus corações. Esta é a conseqüência de estarem em Cristo, e depende do exercício da fé pelo crente. O fato de estar "em Cristo", deve expressar-se na vida do cristão pelo amor, correlativo essencial da fé (cfr. 1.15 n.). Ambos são elementos da aptidão necessária para o crente compreender a verdade revelada de Deus. Sem a força outorgada pelo Espírito divino, através desses elementos, a mente humana, mesmo do crente, não pode alcançar a revelação de Deus. Nenhum santo, ainda que seja dotado com a plenitude da força espiritual, pode, por si mesmo, esperar obter a totalidade da verdade divina: é propósito de Deus que compreendamos a verdade com todos os santos (18). Somente a Igreja em toda a sua inteireza pode perceber a plenitude da revelação divina. Este pensamento nos deve humilhar. O amor de Cristo excede a todo entendimento (19); por conseguinte, permanece um ideal; é algo que nunca se chega a atingir; entretanto, sempre há possibilidade de aproximá-lo mais. O conhecimento não é o apogeu das bênçãos pelas quais Paulo ora, pois ele roga uma experiência mais profunda ainda; que vós sejais tomados de toda a plenitude de Deus. Veja também Cl 2:9. O tempo aoristo do verbo tomados sugere que esta experiência não seja considerada como gradualmente adquirida, mas como uma realização positiva na vida do crente.

    >Ef 3:20

    Segue-se, então, uma magnífica doxologia. Paulo já pediu grandes coisas, mas entende que seus pensamentos e suas aspirações mais sublimes nunca podem esgotar os recursos de Deus. Assim sendo, ele vai além, e pede que Deus opere infinitamente mais do que o coração humano possa esperar ou imaginar, além de tudo quanto pedimos ou pensamos (20). O alicerce desta esperança e confiança repousa no fato de que o poder do Espírito de Cristo opera em nós. Deus há de ser glorificado "na 1greja e em Cristo Jesus" (21, ARA); a Igreja é o corpo do qual Cristo é o Cabeça e os dois aqui são considerados como inseparáveis (veja Ef 1:23).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21

    8. O Mistério Revelado ( Efésios 3:1-13 )

    Por esta razão eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vós, os gentios-se de fato você já ouviu falar da mordomia da graça de Deus que me foi dada para você; que por revelação não foi dado a conhecer-me o mistério, como escrevi antes em breve. Um referindo-se a isso, quando você lê, você pode entender a minha compreensão do mistério de Cristo, que em outras gerações não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito; para ser mais específico, que os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho, do qual fui feito ministro, segundo tot o dom da graça de Deus que me foi dada de acordo com o tot operação do seu poder, Tomé, o mínimo de todos os santos, foi dada esta graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo, e para trazer à luz o que é a administração do mistério que desde os séculos tem sido oculto em Deus, que criou todas as coisas; a fim de que a multiforme sabedoria de Deus pode agora ser feito por meio da igreja para os governantes e as autoridades do lugar paradisíaco. Esta foi, de acordo com o eterno propósito que Ele realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso em confiança, pela nossa fé nele. Por isso, peço-lhe para não desanimar diante das minhas tribulações em seu nome, pois eles são a vossa glória. ( 3: 1-13 )

    Esta passagem é em grande parte um parêntese, que vai do versículo 2 através versículo 13 . Paulo começa uma oração para os fiéis a compreender os seus recursos como um em Cristo e então decide dar nova ênfase e ampliar algumas das verdades que ele já mencionadas. Ele na verdade não entrar na oração até o versículo 14 , onde ele repete a frase "Por esta razão", a fim de pegar o pensamento originalmente introduzida no versículo 1 . Ele parece ter sentido que os Efésios não estavam prontos para ouvir sua oração em seu nome, até que melhor compreendida e eram, portanto, mais capaz de aplicar-as verdades que ele queria orar. E parecia essencial para Paulo afirmar sua autoridade para ensinar como uma nova e profunda verdade como a unidade de judeus e gentios em Cristo, o que ele faz, dizendo que o próprio Deus deu-lhe a verdade e a comissão de proclamá-lo ( vv . 2-7 ).

    A nova ênfase principal é sobre o grande mistério agora revelado por Deus que os gentios e judeus são um em Cristo e que não há mais qualquer distinção. A revelação do mistério é discutido em vv. 1-3 , a explicação dele em vv. 4-6 , a proclamação de que em vv. 7-9 , e, finalmente, a intenção de que em vv. 10-13 . "Para ser mais específico", diz ele no versículo 6 , o segredo sagrado nunca antes revelado é que "os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho." Esse versículo é, essencialmente, um resumo das 2: 11-22 .

    Em 3: 1-13 o apóstolo nos leva a concentrar-se em cinco aspectos desse mistério divino: seu prisioneiro, o seu plano, sua pregação, o seu propósito, e seus privilégios.

    O Prisioneiro do Mistério

    Por esta razão eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vós, os gentios-se de fato você já ouviu falar da mordomia da graça de Deus que me foi dada para você; que por revelação não foi dado a conhecer-me o mistério, como escrevi antes em breve. E referindo-se a isso, quando você lê, você pode entender a minha compreensão do mistério de Cristo, (3: 1-4 )

    Por esta razão, introduz a causa da oração de Paulo (que realmente começa no v. 14 ) e refere-se ao grupo de verdades unificadores Paulo acaba discutido no capítulo 2 -incluindo as verdades que a pessoa em Cristo torna-se novo ( v. 15 ) ; que todos os crentes estão em um só corpo ( v 16. ); que os gentios, que antes eram muito longe, agora tornou-se perto quando eles acreditam ( v. 17 ); que todos os crentes são igualmente cidadãos do reino de Deus e membros da sua família ( v. 19 ); e que todos os crentes estão sendo construídas em templo de Deus e habitação ( vv. 21-22 ).

    Como já mencionado, no entanto, antes de começar sua oração, Paulo decidiu ir novamente alguns daquelas verdades que lhe deram origem, enfatizando sua origem divina. O apóstolo sabia o valor de repetição no ensino e a importância de estabelecer autoridade ao ensinar tal doutrina nova e não-tradicional. Nenhum de nós sabe tudo sobre a verdade quando nós primeiro ouvi-lo. As verdades de Deus são tão maravilhosa e vasta que nós nunca vamos compreendê-los plenamente nesta vida, não importa quantas vezes ouvimos e estudá-los. Mesmo as coisas que passamos a compreender, até certo ponto, muitas vezes esquecemos e precisam ser lembrados, e algumas verdades seria inaceitável para nossas mentes humanas se não sabem que veio de Deus (cf. Jo 6:60 ; 2Pe 3:162Pe 3:16 ).

    A primeira verdade Paulo menciona é sobre sua própria situação e dado por Deus ministério. Fora do próprio Senhor Jesus, Paulo é, de longe, a figura dominante no Novo Testamento. Ele escreveu pelo menos treze dos seus 27 livros. Ele também é o instrumento humano dominante do Espírito no livro de Atos. E mais do que qualquer outro apóstolo, ele delineou os mistérios do evangelho, as verdades escondidas até mesmo para os crentes mais fiéis de eras anteriores, mas dado a conhecer a igreja de Jesus Cristo.

    Na abertura do apóstolo Paulo dá suas credenciais como apóstolo de Cristo ( 1: 1 ), mas aqui ele fala de si mesmo como o prisioneiro de Cristo Jesus . Ele tinha sido um prisioneiro por cerca de cinco anos, dois anos em Cesaréia eo resto em Roma. Ele havia sido preso sob falsas acusações feitas por judeus da província da Ásia que estavam visitando em Jerusalém. Eles o haviam acusado de levar os gentios Trophimus em áreas proibidas do Templo, embora ele não tivesse feito isso. Paulo tinha enfrentado audiências perante o Sinédrio, diante do governador romano Félix, antes de o sucessor de Félix, Festo, e mesmo diante do rei Agripa. Se Paulo não apelou para César, enquanto se defender diante de Festo, Agripa o teria libertado. A partir de Cesaréia, o apóstolo foi levado para Roma, onde ele foi autorizado a ficar em quartos privados com um soldado para guardá-lo (ver Atos 21:27-28: 16 ).

    Embora preso por acusações de judeus, Paulo não se considerava um prisioneiro dos judeus. Embora preso pelas autoridades romanas, ele não se considerava um prisioneiro de Roma. Embora tivesse apelado para César, ele não se considerava prisioneiro de César. Ele era um ministro de Jesus Cristo, comprados por preço, e dada a especial missão de pregar o evangelho aos gentios. Ele era, portanto, o prisioneiro de Cristo Jesus . Tudo o que ele fez e por onde passava estavam sob o controle de Cristo. Sem o consentimento de seu Senhor, ele não estava sujeito à planos, poder, punição, ou a prisão de qualquer homem ou governo. A forma grega da frase tem sido chamado de um genitivo de causa originária, para identificar Paulo como um prisioneiro que pertence a Jesus Cristo, que foi a causa de sua prisão.

    A perspectiva é de suma importância. Como podemos ver e reagir a circunstâncias é mais importante do que as próprias circunstâncias. Se tudo o que podemos ver é a nossa situação imediata, então nossas circunstâncias nos controlam. Nós nos sentimos bem quando nossas circunstâncias são bons, mas miserável quando eles não são. Paulo tinha sido capaz de ver apenas suas circunstâncias, ele rapidamente desistiram de seu ministério. Se ele tivesse pensado que sua vida estava em última instância nas mãos de seus perseguidores, seus carcereiros, guardas, ou o governo romano, ele há muito tempo ter desistido em desespero.
    Mas a perspectiva de Paulo era uma perspectiva divina, e ele vivia com total confiança nos propósitos de Deus. Não era que ele mesmo sabia que seu futuro ou totalmente compreendido os propósitos divinos por trás de suas aflições, mas que ele sabia que o seu futuro, as suas tribulações, e todos os outros aspectos de sua vida foram totalmente nas mãos do seu senhor. Apesar de seu apostolado e suas muitas revelações do Senhor, Paulo viveu e trabalhou pela fé, não pela vista. He-não sabia por causa do que ele podia ver, mas por causa da própria Verbo— do Senhor "que Deus faz com que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" ( Rm 8:28 ; cf. Atos 16:19-25 ; 1 Pedro 4: 12-19. ).

    Paulo sabia que sua situação tinha "se transformou no maior progresso do evangelho", de modo que a sua "prisão na causa de Cristo [tinha] tornar-se conhecido a toda a guarda pretoriana e de todos os outros, e que a maioria dos irmãos , confiando no Senhor por causa da [sua] prisão, [tinha] muito mais coragem de falar a palavra de Deus sem medo "( Filipenses 1:12-14. ).

    Paulo foi preso por Proposito salvadora de Cristo, que era por causa de vós, os gentios . Assim como Cristo não foi crucificado para seu próprio bem, Paulo não foi preso em seu próprio benefício, mas para o bem de seu Senhor e para o bem daqueles que ele tinha sido dado um chamado especial para servir ( At 9:15 ; At 15:7 ; At 22:21 ; . Rm 11:13 ; etc.). "Agora me regozijo nos meus sofrimentos por vós", ele disse aos crentes de Colossos, "e na minha carne, que eu faço a minha parte em nome do seu corpo (que é a igreja) para o preenchimento de suprir o que falta aos sofrimentos de Cristo" ( Cl 1:24 ). Nos versículos seguintes, ele disse ao colossense gentios, "Eu fui constituído ministro segundo a dispensação de Deus dado em mim para o seu benefício, para que eu possa exercer plenamente a pregação da palavra de Deus, isto é, o mistério que tem sido escondido dos últimos séculos e gerações; mas agora foi manifesto aos seus santos "( vv 25-26. ).

    Paulo sabia que ele estava no ministério, porque ele tinha sido chamado por Deus para ministrar. Ele não estava com ele para seus próprios fins, e ele não tentou realizá-lo em seu próprio poder. Ele fez os sacrifícios supremos de serviço altruísta para o bem de trazer outros para a glória ( Ef 3:13 ). Em II Coríntios, Paulo amplia nossa compreensão deste compromisso:

    Somos atribulados por todos os lados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, que a vida de Jesus se manifeste também em nosso corpo. Para nós, que vivemos, estamos constantemente a ser entregue à morte por amor de Jesus, que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal. Assim, a morte opera em nós, mas a vida em vós. Mas ter o mesmo espírito de fé, de acordo com o que está escrito: "Cri, por isso falei", também nós cremos, por isso também falamos; sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco. Pois tudo é por amor de vós, para que a graça que está se espalhando para mais e mais pessoas podem fazer com que a ação de graças a abundar para a glória de Deus. ( 4: 8-15 )

    As palavras se de fato você já ouviu falar da mordomia da graça de Deus que me foi dada para você começar parêntese de Paulo para enfatizar sua autoridade divina para esse ensino. A primeira classe cláusula condicional grego indica que a condição ( se é que você já ouviu falar ...) é assumida para ser verdade. Paulo é, portanto, dizendo: "Como eu tenho certeza que você já ouviu falar . ... "

    Que cerca de que tinham ouvido era a administração da graça de Deus que foi dada a Paulo em seu nome como gentios. oikonomía ( mordomia ) referiu-se principalmente à gestão de uma casa, empresa ou outra preocupação em nome de outra pessoa. Um mordomo era responsável por cuidar daquilo que pertencia a outra pessoa. Ele supervisionou coisas como compra, venda, contabilidade, plantio, colheita, armazenamento, preparação de refeições, a atribuição de funções a escravos, e tudo aquilo que precisava ser feito.

    Paulo não escolheu o seu apostolado, ou o seu ministério; ele foi nomeado. "Agradeço a Cristo Jesus nosso Senhor, que me fortaleceu, porque Ele me considerou fiel, pondo-me em serviço; mesmo que eu era anteriormente um blasfemo, perseguidor e injuriador" ( 1 Tm 1: 12-13. ; cf . Rom. 15: 15-16 ; . Gl 2:9 Paulo articula o senso de compulsão divina por trás de seu ministério: "Porque, se anuncio o evangelho, não tenho nada para se orgulhar de, pois estou sob compulsão, porque ai de mim se eu não anunciar o . evangelho Porque, se eu fizer isso voluntariamente, tenho recompensa; mas, se de má vontade o ato soberano de Deus na estrada de Damasco], eu tenho uma mordomia que me foi confiado ". Por conseguinte, pediu que os homens "consideram-nos dessa maneira, como servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus" ( 1Co 4:1 ).

    Administração de Paulo era único, mesmo para um apóstolo, e foi tão revolucionário que ele achou necessário acrescentar que por revelação lá foi dado a conhecer-me o mistério, como escrevi antes em breve . Obviamente, o mistério é que de judeus e gentios sendo um em Cristo, sobre a qual ele escreveu antes em breve em 1: 9-12 e 2: 11-12 . Foi incognoscível verdade, incompreensível escondido de todos os homens, até revelada por Deus (cf. 2 Tm 3: 16-17. ; 2 Pe. 1: 19-21 ). E, referindo-se a isso, quando você lê, você pode entender a minha visão no mistério de Cristo . Paulo foi fundamental para revelar muitos mistérios para a igreja, mas o mistério particular em vista aqui é o que ele já mencionou em geral, e está prestes a declarar especificamente, ou seja, que, em Cristo, judeus e gentios se tornar um aos olhos de Deus e em Seu reino e família ( 3: 6 ).

    Era intenção de Paulo não simplesmente para declarar o mistério, mas para explicar e esclarecer isso. Quando os crentes de Éfeso, e cada crente subseqüente, iria ler suas explicações (aqui indicado como parte assumida da vida cristã), a esperança de Paulo era de que eles viriam a entender que Deus lhe deu uma visão sobre o mistério de Cristo . Sunesis ( visão ), literalmente significa reunir e metaforicamente refere-se a compreensão e entendimento, trazendo mentalmente conhecimento em conjunto a fim de compreender o seu sentido pleno e significado. Spiritual visão deve sempre preceder aplicação prática, porque o que não é bem compreendida não pode ser devidamente aplicada.

    O oposto de espiritual visão é "loucura" ( asunetos , Rm 1:21 ), a falta de discernimento espiritual. Como fica claro a partir da primeira parte deste versículo, falta de discernimento existiu mesmo que os fatos espirituais necessárias foram Conhecido— "Pois, embora tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; mas, se tornaram nulos em suas especulações. "

    Paulo não conseguiu o seu zelo pelo evangelho e sua paixão pelas almas das altas experiências emocionais, embora ele possa ter tido muitos deles. Seu amor, paixão e zelo energético para ganhar os perdidos e para edificar a salvo veio de sua grande visão sobre o evangelho. Quanto mais ele compreendeu insondável amor de Deus e da graça, mais ele foi obrigado a compartilhar e exemplificam esse amor e essa graça.
    Paulo estava tão cheia de compreensão do mistério de Cristo que ele sacrificou sua saúde, sua liberdade e sua própria vida no ministério de transmitir essa compreensão para os outros, para que eles, também, poderia entender . E para ele, tal sacrifício era a alegria suprema.

    O Plano do Mistério

    qual em outras gerações não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito; para ser mais específico, que os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho, ( 3: 5-6 )

    No versículo 5 Paulo define o sentido geral de mistério como ele é usado no Novo Testamento, e no versículo 6 , ele identifica o mistério particular, ele está explicando aos Efésios.

    O antecedente de que é "o mistério de Cristo", sobre o qual o apóstolo tinha sido dado revelação especial e discernimento ( vv. 3-4 ). Em outras gerações este mistério não foi dado a conhecer aos filhos dos homens . Filhos de homens se refere para a humanidade em geral, e não apenas para o povo escolhido de Deus, Israel. Antes da era da igreja nenhuma pessoa, nem mesmo o maior dos profetas de Deus, tinha tudo, menos um vislumbre da verdade que Paulo agora divulga. Os ensinamentos do Antigo Testamento que se relacionam com este mistério só pode ser entendido claramente à luz da revelação do Novo Testamento. Nós sabemos o significado de muitas passagens do Antigo Testamento  porque eles são explicados no Novo (cf. He 11:1 ).

    Ninguém sabia o significado pleno da promessa de Deus a Abraão que "em ti serão benditas todas as famílias da terra" ( Gn 12:3 ).

    Santos do Antigo Testamento não tinha visão da igreja, a montagem em conjunto de todos os salvos em um corpo unido, em que não havia absolutamente nenhuma distinções raciais. As pistas que tinham no Antigo Testamento eram um mistério para eles, porque muita informação foi falta. É por isso que os judeus no início da igreja, até mesmo o apóstolo Pedro (ver Atos 10 ) —teve um momento tão difícil aceitar os crentes gentios como sendo completamente no mesmo nível espiritual como judeus. E é por isso que Paulo estava preocupado nesta carta aos Efésios de afirmar e reafirmar, para explicar e explicar de novo, que a grande verdade.

    Essa verdade foi agora revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito . O grego atrás ... tem sido revelado está no aoristo, que se refere a atos ou eventos específicos. Juntamente com agora , ele indica o presente imediatismo da revelação, que foi dada exclusivamente ao Novo Testamento santos apóstolos e profetas , e não a quaisquer outras pessoas antes ou depois deles. Estes homens eram os instrumentos de escrever as Escrituras, e I João 1:1-3 descreve a sua função original. A última vez que se encontraram foi no Concílio de Jerusalém, eo homem que oficiou lá (Tiago, o meio-irmão de Jesus; veja At 15:13 ) não era um apóstolo. Eles logo foram dispersados ​​e morreu, mas não antes da revelação foi completa. Eles são referidos em Ef 2:20 e 04:11 , mas só aqui eles são chamados de santos, para afirmar que eles estavam aptos para tal revelação e eram autênticos.

    Alguns têm notado que o pronome pessoal ( autou , Sua ) está relacionada com apóstolos e que não existe tal pronome com profetas . Esta seria uma ênfase tanto a primazia e prioridade cronológica dosapóstolos sobre os profetas que os seguiram. A distinção será tratado em ligação com a discussão Dt 4:11 .

    Espírito é a agência divina da revelação de Deus através destes homens. "Conhece esta em primeiro lugar," Pedro explica, "que nenhuma profecia da Escritura é uma questão da própria interpretação, para nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, mas homens movidos pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus" ( II Pedro 1:20-21. ). Este foi o cumprimento da promessa de nosso Senhor em João 14:25-26 e 15: 26-27 .

    Para ser mais específico , Paulo continua a dizer, o mistério é que os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho .

    Como mencionado anteriormente, é difícil para nós perceber o quão incrivelmente revolucionário que a verdade era para os judeus dos dias de Paulo. Apesar do fato de que o Antigo Testamento ensina que os gentios serão abençoados por Deus ( Gn 12:3 ; Gn 26:4 ), que os gentios vai bendizer a Deus ( Salmo 72 ), que o Messias virá a. Gentios ( Is 11:10. ; Is 49:6 ; 60: 1-3 ), que eles serão salvos pelo Messias ( Os 1:10. ; Am 9:1 ), a idéia de incluir os gentios em um corpo com os judeus era o equivalente espiritual de dizer que leprosos já não virem a ser isolado, que eles estavam agora perfeitamente livre para se misturam e se associar com todos os outros, como membros normais da sociedade. Nas mentes de a maioria dos judeus, a sua separação espiritual de gentios era tão absoluto e tão certo que o pensamento de total igualdade diante de Deus era inconcebível e pouco curto de blasfêmia.

    No entanto, Paulo declara que, em primeiro lugar, os gentios são co-herdeiros . Aqueles que já foram "excluídos da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa" ( 02:12 ) agora têm exatamente o mesmo status legal diante de Deus como Seu povo escolhido, os judeus. Eles têm o mesmo maravilhoso, herança ilimitada em Cristo que Paulo já mencionado ( 01:11 , 14 , 18 ). Cada crente é abençoado "com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" ( 1: 3 ). Como o apóstolo disse aos Gálatas, independentemente de sua herança racial ou de outra: "Se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa" ( Gl 3:29 ). Os gentios não são pensionistas ou estranhos, mas filhos (cf. 1:11 , 14 , 18 ; 02:19 ), que têm o mesmo estatuto jurídico que todos os outros crentes.

    Gentios são também agora outros membros do corpo . Eles agora estão igualmente abençoados como outsiders, como co-herdeiros que têm os mesmos benefícios que os judeus, mas que experimentam esses benefícios em algum tipo de existência separados mas iguais. Eles são completos membros do corpo , ligados por vida em comum com todas as outras pessoas na Sagrada Família de Deus. Eles não são de segunda classe sogros, a contragosto reconhecido como parentes distantes. Eles são companheiros , indistinguíveis aos olhos de Deus a partir de qualquer outro membro. Todo filho de Deus é apenaso filho de Deus. Espiritualmente, ele não tem genes, mas genes divinos. "Porque, assim como o corpo é um e ainda tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, somos um só corpo, assim é Cristo também. Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um corpo, quer judeus quer gregos, quer escravos, quer livres, e todos nós fomos feitos para beber de um só Espírito "( 1 Cor. 12: 12-13 ).

    Além de ter o mesmo estatuto jurídico e da família, também os gentios são co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho . Isso não é tanto um terceiro estado, pois é um resumo dos outros dois. Todos os cristãos, independentemente de seu status ou posição antes de ser salvo, agora são co-participantes de tudo o que diz respeito a Cristo através do evangelho -que é tudo o que pertence a Cristo. A essência do evangelho é que, por meio da fé em Jesus Cristo, os crentes são tudo o que Ele é e dado tudo o que Ele tem. A frase "o mistério de Cristo" ( v. 4 ) também é usado em Cl 4:3 , que Cristo está em acreditar gentios, bem como os crentes judeus como "a esperança da glória" para ambos. Ele também carrega a verdade de Cl 2:2 ). Deus predestina cada crente "para serem conformes à imagem de seu Filho" ( Rm 8:29 ). Isto é, em resposta à oração de nosso Senhor registradas em João 17 :

    Eu não peço em nome delas sozinho, mas também por aqueles que crêem em mim, por intermédio da sua palavra; que todos sejam um; até mesmo como Tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que também eles sejam um em nós; que o mundo creia que tu me enviaste. E a glória que Tu me deste eu tenho dado a eles; que eles sejam um, como nós somos um; Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste a eles, assim como Tu Me ama. "( vv. 20-23 )

    Estar em Cristo através da aceitação do evangelho é o que cria entre os crentes a sua sociedade perfeita e absolutamente novo. Nunca pode haver verdadeira unidade para além do que a realidade. E nunca pode haver unidade prática na igreja até que os cristãos perceber e viver de acordo com a unidade posicional eles já têm em Cristo , seu único Senhor e Salvador.

    A pregação do Mistério

    do qual fui feito ministro, segundo o dom da graça de Deus que me foi dada de acordo com a operação do seu poder. Para mim, o mínimo de todos os santos, foi dada esta graça de anunciar aos gentios as insondáveis ​​riquezas de Cristo, e para trazer à luz o que é a administração do mistério que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou coisas; ( 3: 7-9 )

    O evangelho está espalhado por homens a quem Deus chama para proclamá-la, e é o evangelho do qual Paulo foi feito ministro . "Como, pois, invocarão aquele em quem não creram?" Paulo pergunta em Romanos. "E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem pregue?" ( Rm 10:14 ). Apesar de terem ouvido a verdade de Deus, muitos israelitas não "ouvir as boas novas, pois 1saías diz:? Senhor, quem deu crédito à nossa pregação" ( v. 16 ) —apenas como muitos que ouvem o evangelho não acatá-la. Mas ele deve ser ouvido antes de ser atendido, e o chamado de Paulo, como a convocação de cada pregador, foi proclamar boas novas de Deus como um ministro, segundo o dom da graça de Deus . Em uma linha semelhante de pensamento em I Coríntios, Paulo enfatiza esse chamado da graça: "Mas, pela graça de Deus sou o que sou, e sua graça para comigo não se mostrou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles, todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo "( 1Co 15:10 ).

    Ministro é de diakonos , o significado básico de que é servo, em particular, um servo que espera em tabelas. Ele mais tarde veio a se referir aos funcionários em geral. Por definição, um servo é aquele que atua sobre os comandos dos outros, que reconhece e submete a um poder superior. Sua principal responsabilidade é fazer o que lhe é dito para fazer. Única responsabilidade de Paulo era para ser um servo fiel, segundo o dom da graça de Deus que foi dada a [ele] de acordo com a operação do seu poder . "O que é Apolo?" Paulo perguntou o Corinthians faccioso. "E o que é Paulo Servos por meio de quem você acredita, assim como o Senhor deu a oportunidade de cada um?" ( 1Co 3:5 ).

    Paulo enfatiza o fato de que ele não fazer-se um ministro, mas que ele foi feito ministro (cf. Cl 1:23 , Cl 1:25 ). A convocação, a mensagem, o trabalho, e a capacitação foram todos de Deus. Quando ele foi salvo pela primeira vez na estrada de Damasco, e enquanto ele ainda estava cego desde a grande luz, Paulo foi dado a sua missão por Jesus. "Levanta-te e põe-te em pé; para este fim eu apareci para você, para te fazer ministro e testemunha" ( At 26:16 ). Não foi a educação de Paulo, habilidades naturais, a experiência, o poder, a personalidade, influência, ou qualquer outra coisa que o qualificou para ser umministro de Jesus Cristo. Ele foi feito um apóstolo, um pregador, e um servo pela vontade e poder de Seu Senhor. Ele sentiu-se indigno de qualquer recompensa, como se ele tivesse procurado sacrifício para servir desta maneira. A escolha não era seu em tudo, então ele não merecia elogio ( 1 Cor. 9: 16-18 ). Ele não queria que elogios, mas orações, porque ele estava em sérios apuros se ele não cumpriu um chamado que ele ainda não tinha escolhido!

    Qualquer pessoa no ministério da Igreja a quem Deus não nomeado é um usurpador. Não importa o quão aparentemente bom suas intenções, ele pode fazer nada além de danos à obra do Senhor e para o povo do Senhor. Jeremias fala a este assunto quando escreve a palavra do Senhor: "Não mandei esses profetas, mas eles correram eu não falar com eles, mas eles profetizaram ... Eu não enviá-los ou comandá-los.." ( Jr 23:21 ). Nenhum homem deve entrar no ministério a menos que seja absolutamente certo do chamado do Senhor.

    A chave para o conhecimento atual de um chamado divino é dado em I Timóteo 3 , onde Paulo fala do pastor ou supervisor espiritual, como um homem que "aspira ao cargo" e que é verificado e aprovado por aqueles que o conhecem como alguém que é "acima de qualquer suspeita" ( vv. 3-7 ). O presente convite, então, está ligada ao forte desejo e afirmação de um homem a uma vida piedosa. Deus chama através do desejo e verificação igreja.

    Então, ou agora, o homem que é verdadeiramente chamado por Deus está em constante perigo de perder sua eficácia ao vir a pensar em si mesmo como mais do que um servo. Quando ele perde o seu sentido de servidão, naquele mesmo tempo, ele perde seu poder espiritual e utilidade. Quando ele se exalta e começa a trabalhar em seu próprio poder humano e de acordo com seus próprios planos, ele compete com Deus e perder a sua força espiritual. Para perder a dependência é perder tudo, porque tudo o que é de qualquer valor em nossas vidas, incluindo a energia para o serviço eficaz, vem somente do Senhor. Entre os maiores perigos para o ministério, e para toda a vida cristã fiel, são coisas que, aos olhos do mundo estão de ambição suprema de valor pessoal, prestígio, reconhecimento, reputação e honra e sucesso.Deus não apenas escolhe as pessoas fracas e tolas para salvar ( 1 Cor. 1: 26-29 ), mas pregadores fracos e loucos por meio de quem para salvá-los ( . 2Co 11:30 ; 12: 7-10 ). Para aqueles que não estão dispostos a pagar esse preço, a sua busca a posição é ilegítimo.

    Falta de santidade também é uma desqualificação, o que levou Paulo a dizer: "Eu esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, eventualmente, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser desqualificado" ( 1Co 9:27 ).

    Vocação de Paulo para o ministério do evangelho, como tudo o mais que ele recebeu do Senhor, foi o dom da graça de Deus . Para mim, o mínimo de todos os santos , ele continua a dizer, foi dada esta graça . Apesar de um apóstolo e um ministro especialmente escolhido dos mistérios do evangelho, Paulo considerava-se o mínimo de todos os santos . O prazo mínimo é um comparativo, indicando menor do que o mínimo. Isso não era humildade fingida, mas sua avaliação honesta de si mesmo. Porque ele tinha uma compreensão tão extraordinariamente clara da justiça de Deus, ele também tinha uma compreensão clara de como invulgarmente longe ele mesmo caiu daquela justiça. Paulo alegou não segunda obra da graça pelo qual ele foi aperfeiçoada em santidade, amor, ou qualquer outra coisa. Para o fim de sua vida ele se considerava o principal dos pecadores ( 1Tm 1:15 ) e foi esmagada por seu senso de indignidade. Essa atitude não limita o serviço de um homem, mas é a chave para a sua utilidade (conforme Gideon em Juízes 6:15-16 e Isaías na . Is 6:1-9 ).

    Os insondáveis ​​riquezas de Cristo incluem todas as Suas verdades e todas as Suas bênçãos, tudo o que Ele é e tem. O objetivo de cada pastor é declarar essas riquezas , para dizer crentes como eles são ricos em Cristo . É por isso que é tão importante para os cristãos a compreender a grandeza de sua posição no Senhor. A vida cristã obediente, produtiva e feliz não pode ser vivido para além de entender que a posição gloriosa. Antes de podermos fazer o que o Senhor quer que façamos para Ele, devemos entender o que ele já fez por nós. Temos riquezas além da medida na de quem foi dito ", no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento" ( Cl 2:3. ), sua garantia ( Cl 2:2 ). Não é de admirar que Paulo triunfalmente nos lembra que "Nele você foi feita completa" ( Cl 2:10 ).

    Basta saber sobre as riquezas de Cristo não é suficiente, no entanto. Quando cair em pecado e desobediência perdemos o presente bênção dessas riquezas, assim como fizeram os carnais, crentes de Corinto desobedientes. "Você já está cheio", Paulo disse sarcasticamente. "Você já se tornaram ricos, vocês se tornaram reis sem nós; e eu realmente gostaria que vocês se tornaram reis para que também nós viéssemos a reinar convosco" ( 1Co 4:8 ).

    O ministério de Paulo era também para trazer à luz o que é a administração do mistério que desde os séculos esteve oculto em Deus, que criou todas as coisas . A administração é da mesma palavra grega ( oikonomia ) como "mordomia" no versículo 2 . Paulo está dizendo Com efeito, "Eu não sou só será chamado a área vertical para pregar as insondáveis ​​riquezas de Cristo, mas na área horizontal para ensinar sobre a administração , a administração ou dispensação, do mistério da era da igreja. " A primeira área lida com o nosso relacionamento com Deus e o segundo com a nossa vida diária e nosso ministério uns aos outros como irmãos na fé.

    A missão de Paulo era para trazer à luz , ou revelar, a expressão plena da operação desta grande verdade de Gentil e judeus sendo um, uma verdade escondida por tanto tempo na mente de Deus, o Criador.

    O Objetivo do Mistério

    a fim de que a multiforme sabedoria de Deus pode agora ser feito por meio da igreja para os governantes e as autoridades nos lugares celestiais. Esta foi, de acordo com o eterno propósito que Ele realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor, ( 3: 10-11 )

    O propósito ( hina com verbo subjuntivo) do Deus de revelar o mistério da Igreja é que a multiforme sabedoria de Deus pode agora ser feito por meio da igreja para os governantes e as autoridades nos lugares celestiais , a saber, os anjos. Os anjos também são faladas em tais termos em Ef 1:21 e Cl 1:16 . Em Ef 6:12 Paulo usa palavras semelhantes no que se refere aos anjos caídos.Deus trouxe a igreja em ser com a Proposito de manifestar Sua grande sabedoria diante dos anjos, tanto sagrados e profanos. A ênfase do Novo Testamento é a preocupação dos santos anjos com a igreja, mas é óbvio que os anjos caídos também pode, em certa medida ver o que está acontecendo, embora eles não têm desejo ou capacidade de louvor.

    Esta foi, de acordo com o eterno propósito que Ele realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor , Paulo continua a explicar. Tudo o que Deus já fez teve o objetivo final de dar a Si mesmo glória. Como Paulo declara em outro lugar: "Não há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós existimos por meio dele" ( 1Co 8:6 ).

    A igreja não existe simplesmente com a Proposito de salvar almas, no entanto, que é uma obra maravilhosa e importante. O objectivo supremo da igreja, como Paulo torna explícito aqui, é glorificar a Deus, manifestando a Sua sabedoria diante dos anjos, que pode, então, oferecem maior louvor a Deus. O propósito do universo é para dar glória a Deus, e que será a sua realidade última afinal mal é conquistado e destruído. Mesmo agora, "Os céus proclamam a glória de Deus eo firmamento anuncia as obras das suas mãos" ( Sl 19:1 ; 5: 8-14 ; 7: 9-12 ; 14: 1-3 ; 19: 1— 8 ).

    Mesmo os anjos caídos glorificar a Deus, embora eles não têm a intenção de fazê-lo. Foi a sua própria rejeição da sua glória e da busca de sua própria glória que os levou a ser expulso do céu, em primeiro lugar. No entanto, Jesus disse: "Eu edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" ( Mt 16:18. ). Deus é glorificado através dos anjos caídos por frustrando continuamente seus planos de rebeldes e que mostra a inutilidade de suas más intenções de destruir a sua igreja. Sua ira santa também mostra a sua glória, uma vez que é uma revelação de quem Ele é (cf. Rom. 9: 19-22 ).

    Os anjos podem ver o poder de Deus na criação, a ira de Deus no Sinai, e o amor de Deus no Calvário. Mas, acima de tudo o que vêem Sua colector [multi-facetada multi-colorido,] a sabedoria que é feito por meio da igreja . Vêem-levando judeus e gentios, escravos e livres, homens e mulheres, que, juntos, assassinado o Messias e eram dignos apenas do inferno e tornando-os, por esse cruzamento de homicídio, um corpo espiritual em Jesus Cristo. Vêem-quebrar todas as barreiras, todas as paredes que divide e fazendo todos os crentes um em uma união indivisível, íntimo e eterno com o Pai, o Filho, o Espírito Santo, e todos os outros crentes de qualquer outra idade e circunstância. "Não há alegria na presença dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende", disse Jesus ( Lc 15:10 ). Todo pecador que se arrepende e volta-se para Cristo acrescenta outra pedra espiritual para o templo de Deus, outro membro para o Seu Corpo, e torna-se um outro pecador perdoado e purificado que é feito eternamente um com todas as outras pecador perdoado e purificado. Os santos anjos não só está interessado na salvação dos homens ( 1Pe 1:12 ), mas observar constantemente a face de Deus no céu para ver sua reação ao tratamento de Seus filhos terrestres salvos ( Mt 18:10 , Mt 18:14 ) , estando pronto para realizar qualquer missão em seu nome.

    Quando Paulo admoestou as mulheres de Corinto para mostrar submissão a seus maridos através do costume de usar cabelo comprido, ele reforçou o comando, dizendo que foi dada "por causa dos anjos" ( 1Co 11:10 ), de modo a não ofender a sua sensação de submissão e para dar-lhes maior causa para glorificar a Deus pela obediência da igreja em matéria de respostas de ambos os sexos adequada e. Eles são levados a louvar o Senhor quando vêem o relacionamento correto na igreja anulando a perversão da relação do homem projetado por Satanás e do pecado. Depois que Paulo tinha afirmado certos princípios em matéria de presbíteros na igreja, ele escreveu: "Conjuro-te na presença de Deus e de Cristo Jesus e dos anjos eleitos, para manter estes princípios, sem viés" ( 1Tm 5:21 ) . Os anjos são extremamente preocupados com a disciplina necessária para produzir um comportamento santo e puro de estar na igreja, bem como a liderança piedosa ( vv. 17-25 ). Afinal, diz o escritor de Hebreus: "Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para prestar serviço para o bem daqueles que hão de herdar a salvação?" ( He 1:14 ). Eles ministro e zelar pela igreja.

    Na sala de aula do universo de Deus, Ele é o Mestre, os anjos são os estudantes, a igreja é a ilustração, e o assunto é a multiforme sabedoria de Deus .

    O Privilege do Mistério

    no qual temos ousadia e acesso em confiança, pela nossa fé nele. Por isso, peço-lhe para não desanimar diante das minhas tribulações em seu nome, pois eles são a vossa glória. ( 3: 12-13 )

    Quando colocamos a nossa fé em Jesus Cristo, podemos vir livremente a Deus e compartilhar em todas as insondáveis ​​riquezas do céu. No judaísmo, só o sumo sacerdote podia entrar na presença de Deus no Santo dos Santos, e que brevemente, mas uma vez por ano, no Dia da Expiação. Para qualquer outra pessoa para entrar na presença de Deus significava morte instantânea. Mas, agora, Paulo diz, cada pessoa que vem a Cristo na fé, pode chegar diante de Deus a qualquer momento e com ousadia e acesso confiante . Esse é o privilégio dentro do mistério da Igreja. "Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas aquele que foi ele tentado em todas as coisas como nós somos, mas sem pecado. Vamos, portanto, aproximar-nos com confiança ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achar graça para socorro em ocasião oportuna "( Heb. 4: 15-16 ).

    Nós não somos a ser irreverente ou irreverente, mas estão por vir para o Senhor com um honesto, aberto coração-na liberdade de expressão e liberdade de espírito. acesso confiável é a confiança que não conhece o medo de rejeição, porque nós pertencemos a Ele (cf. 1Tm 3:13 ).

    Em vista deste grande privilégio, diz Paulo, peço-vos a não desanimar diante das minhas tribulações em seu nome, pois eles são a vossa glória . Em e através de todas as circunstâncias de Seus filhos, Deus trabalha a Sua bondade, bênção e glória . Aparentemente, muitos crentes se entristeceu com longos anos de Paulo de prisão e sobre o sofrimento quase contínua que ele sofreu por causa de seu ministério. Mas "Considero que os nossos sofrimentos do tempo presente", explicou aos fiéis romanos, "não são dignos de ser comparados com a glória que há de ser revelada a nós" ( Rm 8:18 ). E o sofrimento de Paulo acabou pela honra e não a desgraça daqueles a quem ele ministrava (cf. Fm 1:12 ).

    9. A plenitude de Deus ( Ef 3:14-21 )

    Por esta razão, me ponho de joelhos diante do Pai, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, para que Ele vos conceda, de acordo com as riquezas da sua glória, para ser reforçado com poder pelo seu Espírito no interior homem; para que Cristo habite em seu coração por meio da fé; e de que, estando arraigados e alicerçados em amor, pode ser capaz de compreender, com todos os santos, qual seja a largura, comprimento e altura e profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.
    Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, segundo o poder que opera em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus por todas as gerações para todo o sempre. Amém. ( 
    3: 14-21 )

    É possível saber muito sobre um automóvel para saber exatamente como o motor, a ignição, a transmissão, e assim por diante operar-e nunca usá-lo para ir a qualquer lugar. Também é possível saber muito pouco sobre um automóvel e ainda usá-lo todos os dias para viajar centenas de quilômetros. Da mesma forma, é possível saber muito sobre a Bíblia, suas doutrinas, interpretações, padrões morais, promessas, avisos, e assim por diante, e ainda não viver de acordo com essas verdades.

    Em Efésios 1:1-3: 13 Paulo dá as verdades básicas sobre a vida-que Cristão estamos em Cristo e os grandes, recursos ilimitados que temos nEle. A partir Dt 3:14 até o resto da carta somos exortados a reivindicar e viver por essas verdades. Em 3: 14-21 Paulo dá seus pedidos de oração em nome dos crentes de Éfeso. Ao compartilhar seus pedidos com eles, ele exorta-os a viver em toda a potência e eficácia do "toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" ( 1: 3 ). Esta segunda oração no livro de Efésios (ver também 1: 15-23 ) é uma oração para habilitação. A primeira oração é para que os crentes conhecem o seu poder; o segundo é para que eles usam isso.

    Duas coisas que um pastor deve estar mais preocupado com o seu povo está dizendo que eles estão em Cristo e, em seguida, instando-os a viver como ele. Em outras palavras, o pastor ajuda os membros do rebanho compreender o seu poder espiritual, e então ele motiva-los a usá-lo. Como o apóstolo Paulo nesta carta, o pastor fiel procura trazer o seu povo para o lugar de potência máxima, como cristãos, completamente operacional.

    A oração de Efésios 3:14-21 é um apelo a Deus, que também serve como um apelo aos crentes. Paulo pede a fiéis para responder à disposição soberana de Deus, e ele implora a Deus para motivá-los a fazê-lo, porque Deus não só é o provedor, mas é também o iniciador e motivador. Paulo convida Deus para ativar o poder dos crentes para que possam tornar-se filhos fiéis e assim glorificar seu Pai celestial.

    Neste grande oração de súplica a Deus e exortação para Seus filhos, Paulo ora especificamente para a força interior do Espírito, para a habitação de Cristo no coração do crente, pois o amor incompreensível a permear suas vidas, para que eles tenham própria plenitude de Deus e para a glória de Deus, assim, a se manifestar e proclamou. Cada elemento tem por base os anteriores, fazendo uma grande progressão da capacitação.

    O poder do Espírito

    Por esta razão, me ponho de joelhos diante do Pai, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, para que Ele vos conceda, de acordo com as riquezas da sua glória, para ser reforçado com poder pelo seu Espírito no interior homem; ( 3: 14-16 )

    Por esta razão pega depois do parêntese de 3: 2-13 , e começa repetindo as palavras do versículo um. O motivo sobre o qual Paulo fala é, portanto, encontrado em capítulo 2 Cristo nos faz espiritualmente vivo nele. ( 2: 5 ) (, somos "Sua obra" . v 10 ), "não há mais estrangeiros e peregrinos, mas ...companheiro concidadãos dos santos, e sois da família de Deus "( v. 19 ), "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas" ( v. 20 ), e "juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito" ( v. 22 ). Por esta razão , portanto, (que a nossa nova identidade nos a morada de Deus faz), Paulo ora para a Efésios usar o poder que o seu grande status em Cristo oferece. Porque o poder de Deus é nos crentes, Paulo ora para que Deus lhes permitam empregar a plenitude desse poder. Porque os crentes são a habitação do trino, Deus todo-poderoso do universo, Paulo ora para que sua energia ilimitada Dele se manifestaria.

    A verdade que a onipotência habita dentro de impotência é tão majestoso, grandioso, e elevadas que nós esperaríamos Paulo se dirigir a Deus como o eterno Rei da glória ou por qualquer outro título, tais exaltado. Mas ele diz que sim, me ponho de joelhos diante do Pai . Pai é a mesma denominação Jesus sempre usado em oração, e o que ele usou para ensinar seus discípulos a orar ( Mt 6:9 ). Quando Davi orou sobre a construção do Templo, ele "entrou e sentou-se diante do Senhor "( 1Cr 17:16 ). Como Jesus orou no Jardim do Getsêmani, na noite em que foi traído, Ele " caiu sobre seu rosto e orou "( Mt 26:39 ).

    Mas nas Escrituras, curvando os joelhos significa várias coisas que pode ter levado Paulo mencionar que a posição aqui. Primeiro, ela representa uma atitude de submissão, de reconhecimento de que se está em presença de alguém que é de muito maior grau, dignidade e autoridade. Depois de proclamar o Senhor como "a rocha da nossa salvação, ... um grande Deus e Rei grande acima de todos os deuses", e como o Criador de toda a terra, o salmista diz: "Vinde, adoremos e prostremo-nos; deixá —nos de joelhos diante do Senhor, nosso Criador "( Sl 95:1-6. ).

    Em segundo lugar, vemos referências a curvando o joelho diante de Deus em momentos de intensa paixão e emoção. Consternado com o coração partido e sobre audição do casamento entre israelitas com seus vizinhos pagãos, Ezra caiu de joelhos e estendeu as mãos em confissão ao Senhor em seu nome ( Esdras 9:5-6 ). Quando Daniel ouviu que o rei Dario assinou o edital elaborado pelos comissários ciumento e sátrapas proibindo a adoração a um deus qualquer, além do rei ", ele continuou joelhos e três vezes por dia, orando e dando graças diante do seu Deus" ( Dn 6:10 ) —knowing que continuou sua adoração do verdadeiro Deus resultaria em seu ser jogado na cova dos leões. Como Paulo se reuniu pela última vez com os anciãos de Éfeso ", ele se ajoelhou e orou com todos eles" à beira-mar em Mileto (At 20:36 ).

    Enquanto orava para os Efésios ao escrever esta carta para eles, o apóstolo sentiu levou a curva [sua] joelhos diante do Pai em seu nome, não porque essa posição ou qualquer outro é especialmente sagrado, mas porque refletia espontaneamente sua reverência para com Deus glória no meio de sua oração apaixonada.

    Do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome não ensina que Deus é o espiritual Pai de todos os seres do universo. Não se trata, como alegado pelo liberalismo moderno, ensinar a paternidade universal de Deus e da fraternidade universal do homem. A Escritura ensina claramente dois fatherhoods espirituais, Deus e Satanás. Deus é o Pai celestial de quem confia em Deus e Satanás é o pai espiritual daqueles que não o fazem. Nowhere são esses dois fatherhoods opostas mais explicitamente distinto do que em João 8 . Para os judeus incrédulos que O rejeitaram, mas presume-se afirmar Abraão como seu antepassado espiritual, Jesus disse: "Se vocês são filhos de Abraão, fazeis as obras de Abraão. Mas como ele é, você está procurando matar-me, um homem que lhe disse a verdade, o que eu ouvi de Deus;.. isso Abraão não fez 5ós fazeis as obras de vosso pai ... Se Deus fosse o vosso Pai, você me ama ; ... Vós tendes por pai ao diabo "( 39-42 vv. , 44 ). Em sua primeira epístola, João declara: "Por isso, os filhos de Deus e os filhos do diabo são óbvias: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão" ( 3:10 ) .

    Cada família no céu e na terra se refere aos santos de todos os tempos, aqueles agora no céu e aqueles que ainda permanecem na terra . Eles são os únicos que legitimamente derivam seus nomes de Deus Pai. Os cristãos não são mais ou menos os filhos de Deus que estavam acreditando israelitas, bem como os crentes gentios, antes da vinda de Cristo. Toda família de crentes é uma parte da única família espiritual de Deus, em que há muitos membros, mas apenas um Pai e uma fraternidade.

    Primeira e central, o pedido de Paulo para esta família divina é que Deus conceda [eles], de acordo com as riquezas da sua glória, para ser fortalecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior .

    Em um capítulo anterior, a ilustração foi usada de uma pessoa rica que dá de acordo com , em vez de simplesmente fora de suas riquezas. Para um milionário para dar cinquenta ou cem dólares seria simplesmente para dar para fora de sua riqueza, mas para dar vinte e cinco mil dólares seria dar de acordo com a sua riqueza. A maior riqueza de uma pessoa, maior é o seu dom deve ser para se qualificar para dar de acordo com a sua riqueza. Porque Deus para dar de acordo com as riquezas da sua glória é absolutamente surpreendente, porque Seus riquezas são ilimitadas, completamente sem limites! Mas isso é exatamente a medida pela qual Paulo implora a Deus para capacitar os Efésios.

    Quase todas as orações de Paulo que está registrado nas Escrituras era para o bem-estar espiritual dos outros. Mesmo quando ele foi perseguido, preso, e precisa de muitas coisas para o seu próprio bem-estar, ele orou principalmente para outros crentes que eles possam ser protegidas espiritualmente e fortalecida. Mesmo quando ele orou por si mesmo que era na maioria das vezes com o propósito de ser mais capaz de servir o seu Senhor e o povo do Senhor. Mais tarde nesta carta o apóstolo pediu aos efésios a "orar em meu nome, que seja dada a mim no abrir da minha boca, para dar a conhecer com ousadia o mistério do evangelho" ( 6:19 ).

    Paulo orou para que o amor dos filipenses "aumentasse ainda mais e mais no conhecimento real e em todo o discernimento, para que [eles] ser sincero e irrepreensíveis até o dia de Cristo" ( Filipenses 1:9-10. ). Ele não cessamos de orar para os crentes de Colossos para "ser preenchido com o conhecimento de Sua vontade em toda a sabedoria e entendimento espiritual, de modo que [eles podem] andar de modo digno do Senhor, para agradá-Lo em todos os aspectos, tendo frutos em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus, fortalecidos com todo o poder [lit., competindo com todo o poder], de acordo com a sua glória "( Col. 1: 9-11 ; cf. Fp 1:4 ). Paulo frequentemente mencionado que ele orava continuamente para outros ( Ef 1:16. ; Fp 1:4. ; Cl 4:2 ) e a parábola da viúva importuna que eventualmente obtido ajuda de um juiz iníquo, porque ela se recusou a parar peticionando ele ( Lucas 18:1-8 ).

    Como o resto da oração indica, Pedido de Paulo pelos crentes de Éfeso foi ousado, confiante, e inclusivo. Ele pediu a Deus para dar-lhes todas capacitação espiritual que eles já não usam a aplicar os seus recursos disponíveis. Jacques Ellul, o filósofo cristão contemporâneo, está convencido de que a oração para as pessoas que vivem na era tecnológica deve ser combativo e oração, diz ele, não é apenas o combate com Satanás, a sociedade corrompida, ea própria auto dividida, mas é o combate com Deus . Devemos lutar com o Senhor, assim como fez Jacó em Peniel ( Gen. 32: 24-30 ), como Abraão corajosamente intercedeu por Sodoma e Gomorra ( Gênesis 18:23-32 ), e como Moisés intercedeu por seus irmãos israelitas ( Ex . 32: 11-13 ; 13 4:14-19'>Números 14:13-19. ).

    Em bom amigo e assistente de 1540 de Lutero, Friedrich Myconius, ficou doente e era esperado para morrer dentro de um curto espaço de tempo. De sua cama, ele escreveu uma carta de despedida concurso para Lutero. Quando Lutero recebeu a mensagem, ele imediatamente enviado de volta uma resposta:. "Eu te ordeno em nome de Deus para viver porque eu ainda tenho necessidade de ti na obra de reforma da igreja ... O Senhor nunca vai me deixar saber que tu és morto, mas permitirá a ti me sobreviver. Por isso eu estou Orando, esta é a minha vontade, e que o meu vai ser feito, porque não procuro apenas para glorificar o nome de Deus. "
    Essas palavras parecem duras e insensíveis aos ouvidos modernos, mas Deus aparentemente honrou a oração. Embora Myconius já havia perdido a capacidade de falar, quando a resposta de Lutero veio, ele logo se recuperou. Ele viveu mais de seis anos e morreu dois meses depois de Lutero.
    Em nossa vida diária e na nossa oração, é mais difícil de apreciar as riquezas espirituais do que está a apreciar as riquezas materiais. Se nós temos um monte de dinheiro ou não, temos alguma compreensão do que a riqueza material é semelhante. Temos um gosto dele nas coisas que possuímos e que podemos desfrutar vicariamente os caras casas, carros, barcos, jóias, roupas e outras coisas que tais que vemos pessoas ricas desfrutar. Riquezas espirituais, por outro lado, não são tão óbvias e não são mesmo atraente para o homem natural ou para os cristãos desobedientes.
    Mas, para o crente espiritual, as riquezas da sua glória são ricos de fato. Desde o início da carta Paulo foi exultante sobre essas riquezas divinas-se Deus nos abençoar com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais ( 1: 3 ), Ele nos escolher para si mesmo antes da fundação do mundo ( 1: 4 ), His redenção e perdão ( 1: 7 ), sua tomada de nos conhecer o mistério da sua vontade ( 1: 9 ), Sua nos dando uma herança com seu Filho, Jesus Cristo ( 01:11 ), e assim por diante ao longo das duas primeiras e uma capítulos meia. A frase da sua glória atesta que essas riquezas pertencem a Deus por causa de quem Ele é. Eles pertencem inata à sua pessoa, o que significa dizer, a Sua glória (cf. 01:17 , onde Paulo fala de Deus ", o Pai da glória" e Ex 33:1 ).Paulo disse a Timóteo: "Mas o Senhor esteve ao meu lado e me fortaleceu, para que através de mim a proclamação fosse cumprida, e que todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão" ( 2Tm 4:17 ).

    Em O Psychological Society questiona Martin Gross os próprios fundamentos da psicologia e psiquiatria, sugerindo que o prestígio e ganhos financeiros são as forças reais de condução por trás deles.Ainda mais significativo, no entanto, ele afirma que a psicologia ea psiquiatria não têm respostas para os males mentais e emocionais que são usados ​​para tratar. Sua conclusão é que cada pessoa é incuravelmente neurótica por natureza e deve ser deixado sozinho com sua neurose. Do ponto de vista puramente humano a partir do qual ele escreve, conclusão pessimista de Gross é perfeitamente som, porque a natureza básica do homem é de fato universalmente e incuravelmente falho. Mas a falha é o pecado, de que as neuroses e todos os outros problemas são apenas sintomas. A falha está no homem interior , onde o próprio homem não pode realizar uma cura.

    Só Deus pode alcançar e curar o homem interior , e é aí que Ele mais quer trabalhar. Seu trabalho começa com a salvação, e depois que o Seu principal campo de trabalho ainda é o homem interior , porque é aí que a vida espiritual existe e onde ela deve crescer O "natureza divina", concedida ao crente a salvação ( 1Pe 1:3 ouvimos Paulo expressar o forte desejo de um homem regenerado para fazer a vontade de Deus, mas que está sendo prejudicada pelo pecado que habita em seu corpo carnal, enquanto que no capítulo 8 nós ouvi-lo expressar a verdade que a vitória no este conflito está no Espírito Santo. "Para aqueles que estão de acordo com a carne cogitam das coisas da carne, mas os que são segundo o Espírito, das coisas do Espírito. Para a mente posta na carne é a morte, mas a mente fixada na Espírito é vida e paz "( 8: 5-6 ). "Aqueles que estão na carne não podem agradar a Deus", ele continua a dizer. "No entanto, você não está na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós" ( vv. 8-9 ). Na verdade, a promessa vem que, através do poder do Espírito Santo o crente pode "matar" as más ações de sua carne não remido ( v. 13 ).

    Aos Gálatas, ele escreveu: "Andai em Espírito, e você não vai realizar o desejo da carne" ( Gl 5:16 ). O cristão obediente, eficaz e produtivo deve estar consciente Espírito, cheios do Espírito Santo e Espírito controlada.

    Quando o homem interior é alimentado regularmente sobre a Palavra de Deus e busca a vontade do Espírito em todas as decisões da vida, o crente pode ter certeza que ele vai ser fortalecidos com poder pelo seu Espírito . O poder espiritual não é a marca de uma classe especial de cristão, mas é a marca de todo cristão que se submete a Palavra eo Espírito de Deus. Como o crescimento físico e força, crescimento espiritual e força não vem durante a noite. Como nós disciplinar nossas mentes e espíritos para estudar a Palavra de Deus, compreendê-lo, e viver por ela, somos alimentados e fortalecidos. Cada pedaço de alimento espiritual e todos os bits de exercício espiritual acrescentar à nossa força e resistência.

    O crescimento espiritual pode ser definida como a diminuição da frequência do pecado. Quanto mais exercitamos nossos músculos espirituais, cedendo ao controle de nossas vidas do Espírito, menos o pecado está presente. Quando a força de Deus aumenta, diminui necessariamente pecado. Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais nós vamos de pecado.
    Como isso ocorre, o que acontece com o homem exterior importa cada vez menos. Paulo poderia dizer o Corinthians,

    Nós somos deficientes em todos os lados, mas nunca são frustrados: estamos perplexos, mas nunca em desespero. Somos perseguidos, mas nós nunca temos que suportá-lo sozinho: nós pode ser derrubado, mas nunca estamos nocauteado! Todos os dias nós experimentamos algo da morte do Senhor Jesus, para que possamos também conhecer o poder da vida de Jesus nestes corpos de nossos. Estamos sempre enfrentando a morte, mas isso significa que você sabe mais e mais da vida. ... Esta é a razão pela qual nós nunca entrar em colapso. O homem exterior, de fato, sofrem desgaste, mas a cada dia o homem interior recebe nova força. ( 2 Cor. 4: 8-12 , 2Co 4:16 , Phillips)

    Indwelling de Cristo

    para que Cristo habite em seu coração por meio da fé; ( 3:17 a)

    Assim que traduz hina , uma palavra grega usada para introduzir cláusulas de propósito. O objetivo do nosso ser "fortalecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior" é que Cristo habite em[nossos] corações pela fé .

    A ordem apropriada parece ser revertida, porque cada crente na salvação é habitado por Cristo ( 2Co 13:5 ) e não pode ter "o Espírito Santo no homem interior" até que ele recebeu a Cristo como Salvador ( Rm 8:9 ; 1Co 3:161Co 3:16 ; 1Co 6:19 ). Paulo já deixou claro que todos os crentes estão em Cristo ( 1: 1 , 3 , 10 , 12 ; 2: 6 , 10 , 13 ). Ele é, portanto, não se referindo aqui que residem os crentes de Cristo na salvação, mas para a santificação.

    Katoikeō ( permanência ) é uma palavra composta, formada a partir de kata (baixo) e oikeō (a habitar uma casa). No contexto desta passagem a conotação não é simplesmente a de estar dentro da casa dos nossos corações , mas de estar em casa lá, estabeleceu-se como um membro da família. Cristo não pode estar "em casa" em nossos corações até que o nosso homem interior se submete ao fortalecimento do Seu Espírito. Até o Espírito controla nossas vidas, Jesus Cristo não pode ser confortável lá, mas só permanece como um visitante tolerado. O ensinamento de Paulo aqui não se relaciona com o fato da presença de Jesus nos corações dos crentes, mas para a qualidade da sua presença.

    Quando o Senhor veio com dois anjos para visitá-los, Abraão e Sara imediatamente fez os preparativos para entreter seus convidados da melhor maneira possível. Do resto da passagem ( Gen. 18 ), é evidente que Abraão e Sara sabia que eles estavam hospedando o próprio Senhor. É também evidente que o Senhor me senti em casa com Abraão e Sara. Parece significativo que, quando, um pouco mais tarde, o Senhor advertiu Lot para levar sua família e fugir para salvar suas vidas, Ele não foi para si mesmo, mas apenas enviou os dois anjos ( 19: 1 ). Lot era um crente, mas o Senhor não se sentir em casa na casa de Ló, como fez na tenda de Abraão.

    Em seu livreto casa do meu coração a Cristo , Robert Munger retrata a vida cristã como uma casa, por meio do qual Jesus vai de sala em sala. Na biblioteca, o que é a mente, Jesus encontra lixo e todos os tipos de coisas sem valor, que ele passa a jogar fora e substituir com a Sua Palavra. Na sala de jantar de apetite Ele encontra muitos desejos pecaminosos listados em um menu mundana. no lugar de coisas como prestígio, o materialismo, e luxúria Ele coloca a humildade, mansidão, amor e todas as outras virtudes para as quais os crentes são a fome e sede. Ele atravessa a sala de estar de comunhão, onde ele encontra muitos companheiros e atividades mundanas, através da oficina, onde apenas os brinquedos estão sendo feitas, dentro do armário, onde os pecados ocultos são mantidos, e assim por diante até a casa inteira. Só quando ele tinha limpado cada quarto, closet, e esquina do pecado e loucura Ele poderia se acalmar e ficar em casa.

    Jesus entra na casa de nossos corações o momento em que Ele nos salva, mas Ele não pode viver lá no conforto e satisfação até que seja purificado do pecado e preenchido com a Sua vontade. Deus é misericordioso além da compreensão e infinitamente paciente. Ele continua a amar aqueles de Seus filhos que insistem em desprezando a Sua vontade. Mas Ele não pode ser feliz ou satisfeito em tal coração.Ele não pode ser totalmente em casa até que Ele tem permissão para habitar em nossos corações através da contínua  que confia nele para exercer o Seu senhorio sobre todos os aspectos de nossas vidas.Praticamos bem como receber a Sua presença por  .

    Como impressionante e maravilhoso que o Deus todo-poderoso e santo quer viver em nossos corações , seja em casa, e governar lá! No entanto, Jesus disse: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada" ( Jo 14:23 ).


    Abundância do Senhor

    e de que, estando arraigados e alicerçados em amor, pode ser capaz de compreender, com todos os santos, qual seja a largura, comprimento e altura e profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, ( 3:17 b-19-A)

    Sendo feito forte interiormente pelo Espírito de Deus leva a ser de Cristo em casa em nossos corações, o que leva ao amor que é incompreensível. O resultado do nosso ceder o poder do Espírito e apresentar à senhorio de Cristo em nosso coração é o amor . Quando Cristo se estabelece em nossas vidas Ele começa a mostrar o seu amor em nós e através de nós. Quando Ele habita livremente nossos corações, nós nos tornamos arraigados e alicerçados em amor , isto é, instalou-se em uma base sólida de amor.

    "Um novo mandamento vos dou", disse Jesus, "que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei" ( Jo 13:34 ). Pedro escreveu: "Uma vez que você tem em obediência à verdade purificado as vossas almas por um amor sincero aos irmãos, fervorosamente ameis uns aos outros com o coração" ( 1Pe 1:22 ). É o desejo supremo de Deus que Seus filhos sincera e plenamente amar uns aos outros, como Ele nos ama. O amor é o primeiro fruto do Espírito, de que alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e auto-controle são essencialmente subcategorias ( Gal 5: 22-23. ).

    O amor é uma atitude de desprendimento. Bíblica Ágape amor é uma questão de vontade e não uma questão de sentimento ou emoção, embora profundos sentimentos e emoções quase sempre acompanham amor. Amar o mundo de Deus não era uma questão simplesmente de sentimento; que resultou em sua enviar Seu único Filho para redimir o mundo ( Jo 3:16 ). O amor é doação altruísta, sempre abnegado e sempre dando. É a própria natureza e substância do amor a negar a si mesmo e para dar aos outros. Jesus não disse: "Ninguém tem maior amor do que um ter sentimentos calorosos para seus amigos", mas sim, "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos" ( Jo 15:13 ).

    Em obediência a vontade de amor do Pai para redimir o mundo, Jesus de boa vontade e amor deu a si mesmo para realizar esse resgate. "Embora Ele, subsistindo em forma de Deus, [Ele] não considerar a igualdade com Deus uma coisa que deve ser aproveitada, mas se esvaziou, assumindo a forma de um servo, tornando-se em semelhança de homens. E, sendo encontrado em forma de homem, humilhou-se, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz "( Fm 1:2 , 1Jo 4:19 ).

    Quando o Espírito capacita nossas vidas e Cristo é obedecida como o Senhor de nossos corações, nossos pecados e fraquezas são tratados e nos encontramos querendo para servir os outros, querendo a sacrificar por eles e servi-los, porque a natureza amorosa de Cristo tornou-se verdadeiramente a nossa própria. Amar é a atitude sobrenatural do cristão, porque o amor é a natureza de Cristo. Quando um cristão não ama ele tem que fazê-lo de forma intencional e com esforço, assim como ele deve fazer para segurar a respiração. Para tornar-se habitualmente sem amor ele deve habitualmente resistir Cristo como o Senhor do seu coração. Para continuar a analogia com a respiração, quando Cristo tem o seu próprio lugar em nossos corações, não temos de ser contada a amar-assim como nós não tem que ser dito para respirar. Eventualmente, ele deve acontecer, porque amar é tão natural para a pessoa espiritual, como a respiração é para a pessoa natural.

    Embora seja natural para o cristão a ser falta de amor, ainda é possível ser desobediente em relação ao amor. Assim como amoroso é determinado pela vontade e não por circunstâncias ou outras pessoas, por isso é não amar. Se o marido não em seu amor por sua esposa, ou ela para ele, nunca é por causa da outra pessoa, independentemente do que a outra pessoa pode ter feito. Você não cair para dentro ou fora deÁGAPE amor, porque é controlado pela vontade. O amor romântico pode ser bonito e significativo, e encontramos muitos relatos favoráveis ​​do que nas Escrituras. Mas é ágape amor que Deus ordena que marido e mulher têm uns pelos outros ( Ef 5:25. , Ef 5:28 , Ef 5:33 ; Tt 2:4 ). No sentido mais profundo, o amor é o único mandamento de Deus. O maior mandamento, Jesus disse, é amar a Deus com todo nosso coração, alma e mente; eo segundo maior é amar o nosso próximo como a nós mesmos ( Mateus 22:37-39. ). E "aquele que ama seu próximo," Paulo disse: "tem cumprido a lei Para isso," Não cometerás adultério, não deve assassinato, Você não deve roubar, não cobiçarás ", e se há qualquer outro mandamento , que se resume nesta palavra: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." O amor não faz mal ao próximo, o amor, portanto, é o cumprimento da lei "( 13 8:45-13:10'>Rm 13:8-10. ).

    A ausência de amor é a presença do pecado. A ausência de amor não tem nada a ver com o que está acontecendo conosco, mas tudo a ver com o que está acontecendo em nós. Pecado e amor são os inimigos, porque o pecado e Deus são inimigos. Eles não podem coexistir. Onde um está, o outro não é. A vida sem amor é a vida ímpios; ea vida piedosa é a porção, carinho, compassivos, carinhoso, doar-se, a vida de auto-sacrifício do amor de Cristo trabalhando através do crente.
    Quando estamos arraigados e alicerçados em amor , então, tornar-se capaz de compreender, com todos os santos, qual seja a largura, o comprimento, a altura ea profundidade do amor. Não podemos compreender a plenitude do amor , a menos que nós estamos totalmente imersos no amor, a menos que seja a própria raiz e fundamento da nossa existência. Quando alguém perguntou ao famoso trompetista de jazz Louis Armstrong para explicar jazz, ele respondeu: "Cara, se eu tenho que explicar isso, você não tem." De certa forma essa idéia simplista se aplica ao amor. Ele não pode ser verdadeiramente entendido e compreendido até que ele é experiente. No entanto, a experiência de trabalho e de amor que Paulo está falando nesta passagem não é emocional ou subjetiva. Não é sentimentos agradáveis ​​ou calorosos sentimentos que trazem tal compreensão, mas o trabalho real do Espírito de Deus e Filho de Deus em nossas vidas para produzir um amor que é puro e sincero, desinteressado e servir. Para ser arraigados e alicerçados em amor requer estando arraigados e fundados em Deus. Quando somos salvos, o amor de Deus é "derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dada" ( Rm 5:5 ), e o salmista nos diz que o prazer do homem justo "(está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite "( Sl 1:2 ; etc.).

    Para compreender ... qual é a largura, o comprimento, a altura ea profundidade do amor é compreendê-la em sua plenitude. O amor vai em todas as direções e para a maior distância. Vai, onde for necessário durante o tempo que for necessário. A igreja primitiva Pai Jerome disse que o amor de Cristo atinge até os santos anjos e para baixo para aqueles no inferno. Seu comprimento cobre os homens no caminho para cima e sua largura atinge aqueles se afastando em maus caminhos.

    Eu não acho que a largura, o comprimento, a altura ea profundidade representam quatro tipos ou categorias de amor específicos, mas simplesmente sugerir sua vastidão e completude. Em qualquer direção espiritual olhamos podemos ver o amor de Deus. Podemos ver o amor amplitude refletida na aceitação de Deus de gentios e judeus igualmente em Cristo ( Ef. 2: 11-18 ). Podemos ver o amorcomprimento no Deus de nós escolher antes da fundação do mundo ( 1: 4-5 ), para a salvação que vai durar por toda a eternidade. Podemos ver o amor altura em Deus de ter "nos abençoou com toda a bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" ( 1: 3 ) e em Seu levantar-nos e estar-nos "com Ele nos lugares celestiais, em Cristo Jesus" ( 2 : 6 ). Podemos ver o amor de profundidade em Deus, descendo para os níveis mais baixos de depravação para resgatar os que estão mortos em seus delitos e pecados ( 2: 1-3 ). O amor de Deus pode chegar a qualquer pessoa, em qualquer pecado, e estende-se desde a eternidade passada à eternidade futura. Ele nos leva para a própria presença de Deus e nós senta-se em seu trono.

    No que pode à primeira vista parece uma auto-contradição, Paulo diz que conhecer o amor de Cristo ... excede todo o entendimento . De conhecer a Cristo o amor nos leva além humano conhecimento , porque é a partir de uma fonte infinitamente superior. Paulo não está falando aqui de nosso conhecimento o amor que devemos ter para Cristo, mas o amor de Cristo , o Seu próprio amor que Ele tem de colocar em nossos corações para que possamos amá-lo ou qualquer outra pessoa. Recebemos o mandamento de amar, porque somos dado amor. Deus sempre dá antes que Ele manda nada em troca, e amor é um dos maiores dons de Cristo à sua Igreja. Ao longo de João 14:16 Jesus promete dar amor, alegria, paz, força e conforto sem medida para aqueles que pertencem a Ele.

    O mundo não pode compreender o grande amor que Cristo dá, porque não pode entender Cristo. O amor do mundo se baseia na atração e, portanto, dura apenas enquanto a atração. O amor de Cristo é baseado em sua própria natureza e, portanto, dura para sempre. O amor mundano dura até que seja ofendido ou rejeitado. O amor de Cristo dura apesar de toda ofensa e toda rejeição. O amor do mundo ama por aquilo que ele pode chegar. O amor de Cristo ama por aquilo que ele pode dar. O que é incompreensível para o mundo é ser vida normal para o filho de Deus.

    Plenitude de Deus

    que você pode estar cheios de toda a plenitude de Deus. ( 03:19 b)

    O fortalecimento interior do Espírito Santo leva à habitação de Cristo, o que leva ao amor abundante, o que leva à plenitude de Deus em nós. Para ser cheios de toda a plenitude de Deus é de fato incompreensível, até mesmo para os próprios filhos de Deus. É incrível e indescritível. Não há nenhuma maneira, deste lado do céu, podemos entender que a verdade. Nós só podemos acreditar e louvar a Deus por isso.

    J. Wilbur Chapman disse muitas vezes do testemunho dado por um homem em uma de suas reuniões:
    Eu saí na Pennsylvania depot como um vagabundo, e por um ano eu implorei nas ruas para ganhar a vida. Um dia eu toquei um homem no ombro e disse: "Ei, senhor, você pode me dar um centavo?" Assim que eu vi seu rosto, eu fiquei chocado ao ver que era o meu próprio pai. Eu disse: "Pai, Pai, você me conhece?" Jogando os braços em volta de mim e com lágrimas nos olhos, ele disse: "Oh meu filho, finalmente eu encontrei você! Eu encontrei você. Você quer um centavo? Tudo o que tenho é seu." Pense nisso. Eu era um vagabundo. Eu estava implorando meu próprio pai por dez centavos, quando há 18 anos, ele estava olhando para mim para me dar tudo o que tinha.
    Esse é um pequeno retrato do que Deus quer fazer por seus filhos. Sua meta suprema em trazer-nos a Si mesmo é nos tornar semelhantes a Ele mesmo, preenchendo-nos com Ele, com tudo o que Ele é e tem.

    Mesmo para começar a compreender a magnitude do que a verdade, temos de pensar em todos os atributos e cada característica de Deus. Temos de pensar em seu poder, majestade, sabedoria, amor, misericórdia, paciência, bondade, longanimidade, e todas as outras coisas que Deus é e faz. Que Paulo não está exagerando resulta do fato de que nesta carta ele menciona várias vezes a plenitude das bênçãos de Deus para aqueles que pertencem a Ele através de Cristo. Ele nos diz que a igreja é "corpo, a plenitude d'Aquele que preenche tudo em todos" de Cristo ( Ef 1:23 ). Ele nos diz que "Aquele que desceu é Ele mesmo também Aquele que subiu muito acima de todos os céus, para que pudesse cumprir todas as coisas" ( 4:10 ). E ele nos diz que Deus quer que cada crente "enchei-vos do Espírito" ( 5:18).

    Pleroo significa a fazer pleno, ou preencher ao máximo, e é usado muitas vezes no Novo Testamento. Ela fala de dominação total. Uma pessoa cheia de raiva é totalmente dominado pelo ódio. Uma pessoa cheia de felicidade é totalmente dominado pela alegria. Para ser cheios de toda a plenitude de Deus significa, portanto, ser totalmente dominado por Ele, sem nada, própria ou de qualquer parte do velho.Por definição, então, a ser preenchido com Deus deve ser esvaziado de si mesmo. Não é ter muito de Deus e pouco de si mesmo, mas todos de Deus e nenhum de self. Este é um tema recorrente em Efésios.Aqui Paulo fala sobre a plenitude de Deus ; em 4:13 é "a plenitude de Cristo"; e em 5:18 é a plenitude do Espírito.

    Que Deus, que nos ama tanto que Ele não vai descansar até que estejamos completamente como Ele! Nós só podemos cantar com Davi: "O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza eo meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo, em quem me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, minha fortaleza eo meu refúgio, meu Salvador" ( 2 Sam. 22: 2-3 ). Durante todo o resto daquele magnífico hino, Davi pilhas louvor nos elogios ao declarar a grandeza e bondade de Deus.

    Da mesma forma Job parece ser quase uma perda de palavras para exaltar corretamente as maravilhas de Deus. "O que a ajuda que você está com o fraco! Como você salvou o braço sem força! Que conselho você tem dado a um sem sabedoria! Que visão útil você ter abundantemente fornecido! ... Ele estende o norte sobre o espaço vazio, e trava o terra sobre o nada Ele envolve-se as águas em suas nuvens;.. e a nuvem não se rasga debaixo delas ... As colunas do céu tremem, e se espantam da sua ameaça ... Por Sua respiração os céus são apagadas;. Sua mão perfurou o fugindo serpente Eis que estas são as franjas dos seus caminhos "(. 26:2-3 , 7-8 , 26:11 , 13 18:26-14'>13-14 ).

    De nossa perspectiva humana, terrena nunca podemos ver mais do que "as franjas dos seus caminhos." Não admira que Davi disse que não ficaria satisfeito até que ele acordou na semelhança de Deus ( Sl 17:15 ). Só então saberemos plenamente como nós foram totalmente conhecido ( 1Co 13:12 ).

    A glória do Senhor

    Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, segundo o poder que opera em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus por todas as gerações para todo o sempre. Amém. ( 3: 20-21 )

    No culminar de tudo o que ele tem sido declarando sobre a provisão ilimitada de Deus para Seus filhos, Paulo dá este grande doxologia, um hino de louvor e de glória, introduzido pela Ora, àquele .

    Quando o Espírito Santo nos capacitou, Cristo habita nós, o amor tem dominado nós, e Deus nos encheu de Sua própria plenitude, então Ele é capaz de fazer muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos . Até que essas condições forem satisfeitas, o trabalho de Deus em nós é limitado. Quando eles se encontram, a Sua obra em nós é ilimitado. "Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em Mim, as obras que Eu faço ele também, e maiores do que estas fará,., Porque eu vou para o Pai E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei "(. João 14:12-14 ).

    Não há nenhuma situação em que o Senhor não pode usar-nos, desde que sejam apresentados a ele. Como é freqüentemente apontado, versículo 20 é uma progressão pirâmide de capacitação de Deus: Ele é capaz; Ele é capaz de fazer; Ele é capaz de fazer infinitamente; Ele é capaz de fazer muito mais abundantemente além daquilo que pedimos; Ele é capaz de fazer muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos. Não há dúvida na mente dos crentes que Deus é capaz de fazer mais do que podemos conceber, mas muito poucos cristãos têm o privilégio de vê-lo fazer isso em suas vidas, porque eles não conseguem seguir o padrão de habilitação apresentados nestes versos .

    Paulo declarou que a eficácia do seu ministério foi que "a minha mensagem e minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder" ( 1Co 2:4 ). Tudo Paulo fez foi no poder de Deus, e no poder de Deus não havia nada dentro da vontade do Senhor, que ele não podia ver realizado. Esse poder mesmas obras dentro de nós pela presença do Espírito ( Atos 1:8 ).

    Quando pela nossa submissão a Deus é capaz de fazer muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que opera em nós , então, estamos verdadeiramente eficaz e só então é Ele realmente glorificado. E Ele merece a glória na igreja e em Cristo Jesus , não só agora, mas para todas as gerações para todo o sempre . A Amen confirma que objetivo digno.



    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21

    Efésios 3

    Prisão e privilégios - Ef 3:1-13

    O grande descobrimento - Ef 3:1-7

    A consciência que Paulo tinha de si mesmo — Ef 3:1-7 (cont.) O privilégio que torna o homem humilde — Ef 3:8-13

    O plano e a sabedoria de Deus — Ef 3:8-13 (cont.)

    O Deus que é Pai — Ef 3:14-17

    O fortalecimento em Cristo - Ef 3:14-17 (cont.) O amor infinito de Cristo — Ef 3:18-21

    PRISÃO E PRIVILÉGIOS

    Efésios 3:1-13

    Para entender a seqüência de pensamento desta passagem deve-se notar que os versículos 2:13 são um longo parêntese. O por esta causa do versículo 14 retoma e resume o versículo 1. Alguém falou do hábito de Paulo de desviar do tema. Uma só palavra ou idéia podem fazer com

    que o pensamento de Paulo se desvie pela tangente. Quando Paulo fala de si mesmo como "o prisioneiro de Cristo" pensa no amor universal de Deus e a parte que lhe cabe em transmitir esse amor aos gentios. Nos

    versículos 2:13 seus pensamentos saem fora do contexto; e logo no versículo 14 retoma o que estava para dizer no começo.

    O GRANDE DESCOBRIMENTO

    Efésios 3:1-7

    Quando

    Paulo

    escrevia

    sua

    Carta

    estava

    na

    prisão

    romana

    esperando comparecer em juízo perante Nero. Aguardava os acusadores judeus com seus semblantes frios, seu ódio venenoso e suas acusações maliciosas. É verdade que estando na prisão Paulo desfrutava de certos privilégios: podia habitar na casa que alugava e recebia a visita de seus amigos. Apesar de tudo era dia e noite prisioneiro; estava encadeado dia e noite a um soldado romano que o custodiava e cujo dever era o de não

    permitir que Paulo escapasse. Nesta circunstância Paulo se chama "o prisioneiro de Cristo".

    Aqui há outro exemplo vivo do fato de que o cristão vive sempre uma dupla vida e tem dupla residência. Qualquer um que tivesse

    contemplado a Paulo na prisão o teria declarado prisioneiro do governo romano; e isto em certo sentido era verdade. Mas Paulo jamais se considerou prisioneiro de Roma mas sim de Cristo. Nunca se considerou detido pelas autoridades romanas, mas sim padecendo pela causa de

    Cristo. O ponto de vista faz toda a diferença.

    Há um relato famoso dos dias em que Sir Christopher Wren estava construindo a catedral de São Paulo. Numa ocasião Sir Christopher Wren

    deu uma volta pelas obras. Aproximou-se de um operário e lhe perguntou: "O que você está fazendo?" O homem respondeu: "Estou esculpindo esta pedra de tal forma e tamanho". Aproximou-se de outro

    operário e lhe perguntou sobre seu trabalho. O homem respondeu: "Estou ganhando tanto dinheiro por meu trabalho". Foi a um terceiro com a mesma pergunta. Agora o operário interrompeu um momento seu

    trabalho, ergueu-se e respondeu: "Estou ajudando ao Sir Christopher Wren a construir a catedral de São Paulo".

    Havia uma diferença total nos pontos de vista de cada operário.

    Alguém que esteja prisioneiro por alguma causa importante poderá considerar-se a si mesmo como uma pobre e infeliz criatura e maltratada ou prazerosamente como porta-estandarte e protagonista de uma causa importante. O primeiro verá sua prisão como tristeza, o segundo como um privilégio. Quando devemos agüentar opressões e impopularidade por causa dos princípios cristãos podemos considerar-nos, seja vítimas dos homens, seja campeões de Cristo. Nosso ponto de vista faz toda a diferença. Paulo é nosso exemplo: considera-se a si mesmo não como prisioneiro de Nero, mas sim como prisioneiro de Cristo.

    Paulo recorre aqui ao pensamento que está no próprio coração de sua Carta. Ele tinha tido a revelação do grande segredo divino. Este

    segredo consistia em que o amor, a misericórdia e a graça de Deus estavam destinados não só aos judeus, mas também a toda a humanidade.

    Quando Paulo se encontrou com Cristo no caminho a Damasco, tinha tido um repentino relâmpago de revelação. Deus o tinha enviado

    aos gentios "para que abra seus olhos, para que se convertam das trevas à luz, e da potestade de Satanás a Deus; para que recebam pela fé que é em mim, perdão de pecados e herança entre os santificados" (At 26:28). Este era um descobrimento completamente novo.

    O pecado fundamental do mundo antigo era o menosprezo. Os judeus desprezavam os gentios como incapazes e indignos — assim o pensavam — à vista de Deus. No pior dos casos os gentios existiam só

    para ser aniquilados. “Porque a nação e o reino que não te servirem perecerão” (Is 60:12). No melhor dos casos os gentios existiam para ser escravos de Israel: “A riqueza do Egito, e as mercadorias da Etiópia,

    e os sabeus, homens de grande estatura, passarão ao teu poder e serão teus; seguir-te-ão, irão em grilhões, diante de ti se prostrarão e te farão as suas súplicas” (Is 45:14). Para mentes que pensavam assim era

    inconcebível que a graça e a glória de Deus fossem para os gentios. Os gregos desprezavam os bárbaros de outras nações — e para eles todas as outras nações eram bárbaras. Como disse Celso quando estava atacando

    os cristãos: "Os bárbaros podem ter algum dom para descobrir a verdade, mas esta para ser entendida supõe um grego". Este desprezo racial e nacional não acabou com o mundo antigo.

    Na obra Complaynt of Scotland do século XVI se escrevia: "Nossa

    nação reputa por bárbaros às outras nações, quando sua natureza e sua compleição contrastam com os nossos."

    Até o dia de hoje os chineses se referem depreciativamente a todos

    os estrangeiros como bárbaros. No Mercantile Marine Magazine de 1858 se dá uma recomendação a efeitos de que o termo bárbaro não seja aplicado aos britânicos nos documentos oficiais chineses (estes dois exemplos foram tirados do The Stranger at the Gate por T. J. Haarhoff). Mas no mundo antigo as barreiras eram absolutas. Ninguém sonhava que

    a graça e os privilégios e o amor de Deus fossem para todos. Paulo foi aquele que fez este descobrimento. Daí que Paulo tenha tão tremenda importância porque sem ele é perfeitamente concebível que o cristianismo não se teria estendido a todo mundo e que nós mesmos não fôssemos cristãos.

    A CONSCIÊNCIA QUE PAULO TINHA DE SI MESMO

    Efésios 3:1-7 (continuação)

    Quando Paulo refletia neste segredo de Deus que lhe tinha sido revelado, pensava também em si mesmo.

    1. Considerava-se como o destinatário de uma nova revelação. Advirtamos que Paulo jamais se estimou como o descobridor do amor universal de Deus, mas sim como aquele a quem Deus o tinha revelado. Há um sentido em que a verdade e a beleza são sempre dons de Deus.

    Não são tanto descobrimentos do homem como dons de Deus.

    Conta-se que uma vez Sir Arthur Sullivan se achava presente na representação de sua ópera H. M. S. Pinatore, quando se cantou o

    formoso dueto "Ah, não me deixe desfalecer sozinho!", Sullivan se dirigiu a um amigo sentado a seu lado para lhe dizer: "Realmente, eu escrevi isso?"

    Um dos maiores exemplos de poesia em que as palavras se fazem música é Kubla Khan de Coleridge. Coleridge tinha dormido lendo um livro em que dizia: "Aqui Kubla Khan ordenou a construção de uma

    mansão e de um magnífico jardim na mesma". Sonhou o poema e quando despertou não teve mais que escrevê-lo.

    Quando um cientista faz um grande descobrimento, o que acontece

    várias vezes é que pensa com insistência, faz um experimento após outro, até chegar a um beco sem saída. O pensamento e o engenho humanos não podem dar um passo mais. Mas de repente se ilumina a solução do problema, não pensada, mas sim recebida de Deus.

    Paulo nunca teria pretendido ser o primeiro em descobrir a universalidade do amor de Deus; haveria dito, antes, que Deus lhe havia revelado um segredo até então não revelado a ninguém.

    1. Considerava-se a si mesmo como o transmissor da graça. Quando Paulo se reuniu com os dirigentes da Igreja para falar sobre sua

    missão entre os gentios falou do evangelho da incircuncisão que lhe tinha sido confiado; também falou de "a graça que me tinha sido dada" (Gl 2:7,Gl 2:9). Quando escreve aos romanos fala de "a graça que de

    Deus me é dada" (Rm 15:15). Paulo via sua função como a de ser um canal condutor da graça de Deus aos homens. Era o conduto pelo qual a graça de Deus tinha que chegar aos homens. Uma das grandes

    verdades da vida cristã é que recebemos os dons preciosos do cristianismo com a finalidade de compartilhá-los com outros. É também um dos grandes riscos da vida cristã conservar estes dons para nós

    porque então os perdemos. Somente podemos conservá-los quando os transmitimos.

    1. Considerava-se possuidor da dignidade do serviço. Diz que foi

    constituído ministro (servo) pelo livre dom da graça de Deus. Para Paulo sua maior glória foi a tarefa confiada por Deus. Não considerou seu serviço como um dever fatigante, mas sim como um privilégio extraordinário e glorioso. Freqüentemente é muito difícil persuadir as pessoas a que sirvam na 1greja: ensinar para Deus, cantar para Deus, administrar os assuntos de uma congregação para Deus, falar por Deus e visitar por Deus os que estão na pobreza e na angústia, dar nosso tempo, forças e bens por Deus, não são deveres que deveríamos ser forçados a cumprir, mas sim privilégios que deveríamos considerar como um dom da graça de Deus.

    1. Paulo se considera como aquele que sofria por Cristo. Não esperava que o caminho do serviço fosse fácil nem que o caminho da fidelidade estivesse livre de dificuldades. Unamuno, o grande místico espanhol, acostumava dizer: "Que Deus lhes negue a paz e lhes dê a glória". F. R. Maltby costumava dizer que Jesus tinha prometido a seus

    discípulos três coisas: que "seriam absurdamente felizes, denodadamente intrépidos e estariam constantemente em dificuldades". Quando os cavaleiros dos dias da cavalaria chegavam à corte do rei Artur à sociedade da Mesa Redonda, pediam perigos que enfrentar e dragões que submeter. Sofrer por Cristo não é uma tristeza, mas sim uma glória, porque significa participar dos sofrimentos do próprio Cristo e é uma oportunidade para demonstrar a realidade de nossa fidelidade a Ele.

    O PRIVILÉGIO QUE TORNA O HOMEM HUMILDE

    Efésios 3:8-13

    Paulo considerava-se objeto de um duplo privilegio. Tinha-lhe sido dado o privilégio de descobrir o segredo de que a vontade divina era que todos os homens deveriam ser reunidos no segredo de sua graça e amor. E lhe tinha sido dado o privilégio de manifestar este segredo à Igreja e de

    ser o instrumento pelo qual a graça de Deus chegasse aos gentios. Mas Paulo não se orgulhava com a consciência deste privilégio; ao contrário, sentia-se levado a uma profunda humildade. Estava admirado de ser o

    destinatário desse grande privilégio; aquele que perante seus próprios olhos era menos que o mais pequeno dos filhos de Deus. Se alguma vez desfrutarmos do privilégio de pregar ou ensinar a mensagem do amor de

    Deus ou de fazer algo na 1greja por Jesus Cristo, lembremos sempre que nossa grandeza reside, não em nós mesmos, mas em nossa tarefa e nossa mensagem.

    Toscanini foi um dos maiores diretores de orquestra e intérpretes musicais do mundo. Em certa ocasião, enquanto preparava uma das sinfonias do Beethoven, disse a sua orquestra: "Cavalheiros, eu não sou

    nada; vocês não são nada; Beethoven o é tudo." Sabia muito bem que seu dever não era chamar a atenção sobre si mesmo ou sobre a orquestra: eles deviam desaparecer para dar lugar ao Beethoven.

    Leslie Weatherhead narra uma conversação mantida com um aluno

    da escola pública que havia decidido ingressar no ministério da Igreja.

    Perguntou-lhe quando tinha adotado essa decisão. O moço respondeu que depois de um culto na capela da escola. Leslie Weatherhead perguntou com toda naturalidade quem tinha sido o pregador. O moço repôs que não tinha idéia alguma sobre o mesmo; só sabia que Jesus Cristo lhe tinha falado nessa manhã. Essa foi uma verdadeira pregação, pois aquele que serve a Cristo nunca pode pensar em constituir-se no centro dos olhares ou em glorificar-se: deve fazer com que os olhares se dirijam a Cristo. É trágico que nas Igrejas haja tantos ministros mais interessados na própria honra e prestígio que na honra e o prestígio de Jesus Cristo; em aparecer eles perante outros que em que apareça Cristo.

    O PLANO E A SABEDORIA DE DEUS

    Efésios 3:8-13 (continuação)

    Ainda devemos notar algumas outras coisas nesta passagem.

    1. Paulo nos lembra que a reunião de todos os homens de todas as nações é parte do propósito e desígnio eternos de Deus. Isto é algo que se deve ter bem em mente. Algumas vezes a história do cristianismo se apresenta de tal maneira como se o Evangelho tivesse passado aos gentios só porque os judeus não o receberam. Mas aqui Paulo nos lembra que a salvação dos gentios, nossa própria salvação, não é uma ocorrência tardia de Deus; não é algo que Deus aceitou como um bem secundário porque os judeus rechaçaram sua mensagem e convite. O atrair a todos os homens a seu amor era parte do desígnio eterno de Deus.
    2. Paulo usa aqui uma palavra importante para descrever a graça de Deus. Chama-a polypoikilos, quer dizer, multicolor. A idéia é que a graça de Deus está à altura de qualquer situação que nos brinde a vida. Não há luz ou trevas, brilho de Sol ou sombra, para os quais esta graça de Deus não seja triunfalmente adaptada.
    3. Novamente Paulo volta a um de seus pensamentos favoritos. Em Jesus temos livre acesso a Deus. Às vezes ocorre que algum amigo nosso

    está em relação com certa personalidade de muita categoria. Jamais

    teríamos tido por nós mesmos o direito de nos apresentar perante tal personalidade. Mas nosso amigo nos leva consigo e por estar com ele desfrutamos do direito de entrada. Isto é o que Jesus faz por nós com respeito a Deus. Em sua presença e companhia há uma porta aberta à presença de Deus que ninguém pode fechar.

    1. Paulo termina com uma oração para que seus amigos não se desanimem por seu encarceramento. Talvez pensassem que a pregação do Evangelho entre os gentios poderia ficar em grande maneira impedida

    pela prisão do paladino dos gentios. Pode ser que se sentissem atemorizados em face da possibilidade de que um destino semelhante caísse sobre eles. Paulo lhes lembra que as aflições que agüenta são pela

    glória e o bem deles mesmos. Não devem temer que a causa de Deus se prejudique por sua prisão. A causa de Deus é superior a qualquer homem.

    O DEUS QUE É PAI

    Efésios 3:14-17

    Justamente aqui Paulo retoma a frase que tinha começado no primeiro versículo para logo desviar-se e deixá-la inconclusa. Por esta causa, começa Paulo. Qual é a causa de que fala e a que ele ora? Aqui

    estamos outra vez na idéia fundamental da Carta. Paulo pintou seu grande quadro da Igreja. O mundo se apresenta como um caos em desintegração; por toda parte há divisão e separação: entre as nações,

    entre os homens, dentro do próprio homem. É o desígnio de Deus que todos os elementos beligerantes e discordantes sejam atos um em Jesus Cristo. Jesus é o instrumento de Deus por meio do qual os homens têm

    que ser feitos um. Mas isto não pode dar-se a não ser que a Igreja leve a mensagem de Cristo e do amor de Deus a todos os homens. A Igreja tem que ser o complemento de Cristo, o corpo através do qual o Espírito de Cristo aja e opere. Paulo ora por esta causa. Se a Igreja tiver que ser

    jamais assim, seus membros deverão constituir uma classe muito

    particular. Para isso é que Paulo ora. Ora porque os membros da Igreja sejam tais que toda a Igreja se constitua efetivamente no corpo e no complemento de Cristo.

    Advirtamos a expressão usada por Paulo para sua atitude de oração: “Me ponho de joelhos”, diz, “diante do Pai”. Isto significa mais que

    ajoelhar-se; Paulo se prostra perante Deus. A postura comum dos judeus quando oravam era estar de pé com as mãos estendidas e as palmas para cima; mas a oração de Paulo pela Igreja é tão intensa que se prostra

    diante de Deus numa súplica extrema e angustiosa.

    A oração de Paulo dirige-se a Deus Pai. É interessante advertir as diferentes afirmações de Paulo sobre Deus como Pai, pois delas

    obteremos uma idéia mais clara do que Paulo pensava sobre a paternidade divina.

    1. Deus é o Pai de Jesus (Ef 1:2-3; Ef 1:17; Ef 6:23). Não é exato dizer que

    Jesus foi o primeiro em chamar a Deus Pai. Os gregos chamavam o Zeus pai dos deuses e dos homens; os romanos chamavam seu deus principal Júpiter, que significa Deus pater: Deus o Pai. Mas há duas palavras relacionadas estreitamente entre si e que têm certa similitude, mas diferem enormemente em seu significado. A palavra paternidade pode ter um significado puramente físico. Pode aplicar-se até ao caso de que o pai jamais tenha visto o filho. Um filho pode nascer — talvez em forma ilegítima — e pode ser adotado imediatamente por alguém que não é seu pai. E ainda que o pai não tenha visto seu filho, continua sendo responsável por sua paternidade, já que é responsável por sua criação física.

    Por outro lado a palavra paternidade tem outro significado. Pode descrever a mais estreita relação de amor, comunhão e preocupação.

    Quando antes de Cristo os homens aplicavam a Deus o termo "pai" entendiam o primeiro sentido: os deuses eram os responsáveis pela criação do homem. Referiam-se, antes, ao que nós entendemos por

    primeira causa ou força vital. No conceito não havia nada do amor e da intimidade que Jesus conferiu. Mas o central da concepção cristã de

    Deus é que Deus é como Jesus; que Deus é tão bom, benigno e misericordioso como Jesus. Para Paulo, Deus não era simplesmente Deus, o que poderia significar tudo ou nada: Deus é o Pai de Jesus Cristo. Paulo sempre pensou em Deus como semelhante a Jesus.

    1. Deus é o Pai a quem temos acesso (Ef 2:18; Ef 3:12). A essência de todo o Antigo Testamento é que Deus era o Ser inacessível. Quando Manoá, que ia ser pai de Sansão, compreendeu quem o tinha visitado disse: “Certamente, morreremos, porque vimos a Deus” (Jz 13:22). No culto judeu do templo, o lugar Santíssimo era considerado como o lugar da habitação de Deus a que somente o Sumo sacerdote podia entrar uma vez ao ano, no Dia da Expiação. O caminho a Deus estava fechado. Mas o próprio centro da fé cristã é o acesso a Deus.

    H. L. Gee nos narra numa história de guerra que o pai de um menino pequeno tinha sido promovido ao posto de brigadeiro. Quando o

    menino se inteirou da novidade fez um momento de silêncio e logo disse: "Pensam que ainda me atenderá quando eu o chame papai?" A essência da fé cristã consiste no acesso ilimitado que temos à presença

    de Deus.

    1. Deus é o Pai de glória, o Pai glorioso (Ef 3:14). Aqui se encontra o necessário outro lado da moeda. Se falamos apenas do acesso a Deus e

    insistimos simplesmente em que Deus em seu amor é como Jesus — bondade e misericórdia — seria fácil sentimentalizar o amor de Deus; e isto é justamente o que muitos fazem. Consciente ou inconscientemente têm esta atitude: "Deus é Pai; não deve me preocupar; tudo sairá bem."

    Mas a fé cristã se alegra na maravilha do acesso a Deus, sem esquecer sua santidade e glória. Não temos acesso a um Pai bonachão e sentimental, mas sim ao próprio Deus da glória. Deus acolhe ao pecador

    mas não ao que se aproveita de seu amor para permanecer no pecado. Deus é santo e também devem ser santos os que buscam sua amizade. Nosso direito de acesso a Deus não nos dá o direito de ser e fazer o que

    nos dê vontade. Sobre nós pesa a obrigação de tratar de nos tornar dignos de tal privilégio.

    1. Deus é o Pai de todos (Ef 6:4). Nenhum homem, nenhuma Igreja e nenhuma nação têm a possessão exclusiva de Deus. Este era precisamente o engano que cometiam os judeus. A paternidade de Deus se estende a todos os homens e, em conseqüência, todo desprezo humano, todo orgulho humano e todo exclusivismo religioso necessariamente são errôneos. O próprio fato da paternidade divina exige que devamos nos amar e nos respeitar uns aos outros.
    2. Deus é o Pai a quem se deve render ação de graças (Ef 6:20). A paternidade de Deus leva implícita a dívida do homem. É absolutamente

    errôneo pensar que Deus nos ajuda só nos momentos importantes e cruciais da vida. Nossa vergonha é que recebemos os dons de Deus com

    tanta regularidade e segurança, e esquecemos que se trata de dons. O cristão jamais esquece as dívidas que tem com Deus: não só lhe deve a salvação da alma, mas também a vida, o alento e tudo.

    1. Deus é o modelo de toda paternidade verdadeira. Paulo diz que Deus é Pai com uma paternidade que todas as paternidades dos céus e da Terra copiam. Isto faz com que a responsabilidade de todos os pais

    humanos seja tremenda.

    G. K. Chesterton só tinha uma lembrança vaga de seu pai, mas era o mais precioso que lembrava. Conta-nos que em sua infância possuía um

    jogo de teatro em que todos os personagens estavam recortados em cartão. Um deles era um homem com uma chave de ouro. Jamais podia lembrar para que este homem estava com a chave de ouro entre os personagens do teatro; mas em seu interior o relacionava sempre com

    seu pai. Seu pai era para ele o homem com uma chave de ouro para lhe abrir todo tipo de maravilhas e emoções.

    Jamais deveríamos esquecer que ensinamos a nossos filhos a

    chamar a Deus Pai. Mas a única concepção de pai que eles podem ter é a que lhes damos em nossa própria pessoa. A paternidade humana deveria ser forjada e modelada segundo o modelo da paternidade de Deus. É a tremenda responsabilidade do pai humano ser tão bom pai como Deus.

    O FORTALECIMENTO EM CRISTO

    Efésios 3:14-17 (continuação)

    Paulo pede em sua oração que os seus sejam fortalecidos no homem interior. O que entende Paulo por isto? Homem interior é uma expressão

    bastante conhecida e usada pelos gregos. Por homem interior se entendiam três coisas.

    1. A razão do homem. A oração de Paulo pede que Jesus Cristo

    fortaleça a razão de seus amigos; que estejam menos à mercê de suas paixões, instintos e desejos; que Cristo lhes conceda a sabedoria que mantenha pura e segura a vida.

    1. A consciência. Paulo roga que a consciência de seus fiéis seja cada vez mais sensível. É possível chegar a descuidar a consciência durante tanto tempo e com tanta freqüência que no final se embote e endureça. Paulo ora por que Jesus mantenha sensível e desperta nossa

    consciência.

    1. A vontade. A fraqueza fundamental de nossas vidas é que com freqüência conhecemos o bem e temos a intenção de realizá-lo, mas

    nossa vontade não é suficientemente forte para respaldar este conhecimento e levar a cabo nossas intenções.

    O homem interior é a razão, a consciência, a vontade. E, o que

    entende Paulo quando ora por que o homem interior seja fortificado? O fortalecimento do homem interior ocorre quando Cristo faz dele sua residência permanente. A palavra que Paulo usa para o habitar de Cristo em nossos corações é a palavra grega katoiken que se aplica a uma residência permanente, em oposição a temporal.

    O segredo da fortaleza é a presença de Cristo em nossas vidas. E Cristo vem à vida do homem mas jamais se introduz nela pela força. Só

    vem quando lhe pedimos que venha. Cristo espera nosso convite para nos comunicar sua fortaleza.

    O AMOR INFINITO DE CRISTO

    Efésios 3:18-21

    Paulo ora por que o cristão chegue a compreender o significado do amor de Cristo em sua largura, profundidade, comprimento e altura. É

    como se nos convidasse a contemplar o universo: o céu infinito acima de nossas cabeças, os horizontes ilimitados a nosso redor, a profundidade da terra e do oceano debaixo de nós e dissesse: "O amor de Cristo é tão

    grande quanto tudo isto."

    Não é provável que Paulo tivesse em mente outro pensamento concreto a não ser a simples imensidão do amor de Cristo. Mas muitos

    tomaram esta imagem e lhe atribuem significados, alguns de grande beleza. Um antigo comentarista vê o símbolo deste amor na cruz. O braço superior da cruz aponta para cima, o braço inferior para baixo, os braços que se entrecruzam assinalam a vastidão do horizonte e convidam

    a olhar mais além de seus limites.

    Jerônimo dizia que o amor de Cristo alcança as alturas para incluir os santos anjos; as profundidades para incluir até os espíritos maus e os

    demônios do inferno; seu comprimento cobre os homens que se esforçam numa marcha na subida, e em sua largura abrange os homens que correm à deriva apartando-se de Cristo por maus caminhos. Se

    queremos apurar esta expressão, diríamos que o amor de Cristo inclui em sua largura a todos os homens de todo tipo, idade e continente; no comprimento que alcança ao obediente até a morte e aceitou ainda a

    cruz; em sua profundidade desceu até a experiência da morte; em sua altura nos ama até nos céus onde vive para sempre intercedendo por nós (He 7:25). Não há ninguém que esteja excluído do amor de Cristo;

    não há nenhum lugar que se coloque fora da riqueza de Cristo; não há experiência que o amor de Cristo rechace a fim de ganhar alguém. É um amor que ultrapassa o conhecimento; um amor que, uma vez aceito, enche o homem com nada menos que a vida do próprio Deus.

    Paulo agora volta novamente ao pensamento dominante que atravessa toda a epístola. Onde se experimenta este amor? Como chegamos a nos agarrar a ele; a encontrá-lo, e entrar nele? Encontramo— lo e experimentamos com todo o povo consagrado a Deus. Em outras palavras, encontramo-lo na comunidade da Igreja. Tem muita verdade a afirmação de João Wesley: "Deus não tem nada que ver com uma religião solitária." "Ninguém vai sozinho ao céu", dizia. A Igreja pode ter suas falhas; os membros da Igreja podem estar muito longe de ser o que deveriam ser, mas na comunidade da Igreja encontramos o amor de Deus.

    Assim, pois, Paulo termina com uma doxologia e um cântico de louvor. Deus pode fazer por nós mais do que pensamos e sonhamos; e o

    faz na 1greja e em Cristo.

    Antes de abandonar este capítulo pensemos mais uma vez na maravilhosa descrição que Paulo faz da Igreja. Este mundo não é o que

    deveria ser; é um mundo esmigalhado por separações, por forças em oposição, pela acritude, o ódio e a luta; nação contra nação; homem

    contra homem; classe contra classe. Dentro do próprio eu do homem se trava uma luta entre o bem e o mal. O desígnio de Deus é que todos os homens e todas as nações cheguem a ser um em Cristo. Para que esse dia

    se faça realidade, Cristo necessita que a Igreja saia e fale com os homens de seu amor e sua misericórdia. A Igreja é o complemento de Cristo, seu corpo, suas mãos, seus pés e sua voz para levar a cabo a obra de Cristo. E não pode fazê-lo até que seus membros unidos numa comunhão,

    conheçam e experimentem o amor sem limites de Cristo. Ninguém pode ensinar a outro o que não sabe ou lhe brindar o que não possui. E antes que possamos levar a outros o amor de Cristo devemos encontrar este

    amor dentro de sua Igreja.


    Dicionário

    Agora

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Igreja

    Igreja Palavra oriunda do termo grego ekklesia ou assembléia de cidadãos reunidos com determinado propósito (At 19:32.41). Na Bíblia dos LXX, o termo grego ekklesia foi empregado, em várias ocasiões, para traduzir o hebraico qahal. Dessa maneira, equivale ao povo de Deus chamado para constituir assembléia (Ex 12:16).

    A palavra aparece nos evangelhos somente em duas ocasiões (Mt 16:18; 18,17), embora seja indiscutível que seu emprego, em termos históricos, não é posterior à morte de Jesus, mas anterior a ele. Mesmo que se repita com freqüência a afirmação de que Jesus não veio para fundar uma Igreja (A. Loisy), as fontes indicam justamente o contrário. A Jesus deve-se atribuir a reunião de um grupo de discípulos, denominado pequeno rebanho (Lc 12:23), e do qual participava significativamente o conjunto dos doze apóstolos.

    Este último aspecto também leva a pensar que Jesus identificou essa Igreja com o verdadeiro Israel. Dentro dela, os discípulos vivem sob o governo de Jesus, o messias, conforme as normas do Reino. Isso supõe uma vida conduzida pela obediência a Deus, pelo perdão mútuo e pela contínua reconciliação e que deve buscar nessa Igreja orientação para sua conduta (Mt 18:17. Ver também Mt 5:23ss.). É essa Igreja, fundamentada na autoridade de Jesus e com o poder do Espírito Santo, que recebeu a missão de anunciar o Evangelho até os confins da terra (Lc 24:45-49), fazendo discípulos e batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28:18-20).

    A. Cole, o. c.; f. f. Bruce, Acts...; Idem, New Testament...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...; ERE, III; Blaiklock, o. c.; P. Bonnard, o. c.


    Igreja
    1) Grupo de seguidores de Cristo que se reúnem em determinado lugar para adorar a Deus, receber ensinamentos, evangelizar e ajudar uns aos outros (Rm 16:16)

    2) A totalidade das pessoas salvas em todos os tempos (Ef 1:22).

    [...] é a assembléia dos adoradores, dos justos e dos que amam.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Comunicações ou ensinos dos Espíritos

    [...] A igreja é uma árvore colossal, cujos frutos nem sempre foram os melhores [...].
    Referencia: DENIS, Léon• No invisível: Espiritismo e mediunidade• Trad• de Leopoldo Cirne• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 23

    A Igreja ideal será aquela que reúna todas as qualidades boas e repila de si todas as más. A que acompanhe e acarinhe a Ciência, como a sua melhor evangelizadora, apropriando-se dos trabalhos que ela insensivelmente realiza na senda da verdade, ao mesmo tempo que mantenha os princípios espirituais do culto à mesma verdade, de que a Ciência conquista a demonstração.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3

    [...] a verdadeira Igreja é invisível, porque se compõe de todas as almas retas, que só Deus conhece!
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 11a efusão

    Assume, então, o Cristianismo um aspecto mais amplo e ocupa mais largo espaço. Vê-se que a Igreja, na Terra, não é mais do que pequena parte do Reino Divino, que contém, em si, não só todas as raças e todos os sistemas de religião daqui, como também o império das glórias e forças interestelares, em cuja simples contemplação o coração desfalece e o alcance da imaginação humana se perde nos infinitos incomensuráveis, pulsando, cheio de amor, pela Luz Única e Inefável.
    Referencia: OWEN, G• Vale• A vida além do véu: as regiões inferiores do céu• Trad• de Carlos 1mbassahy• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Notas gerais

    [...] As igrejas são sempre santas em seus fundamentos e o sacerdócio será sempre divino, quando cuide essencialmente da Verdade de Deus; mas o sacerdócio político jamais atenderá a sede espiriI tual da civilização. Sem o sopro divino, as personalidades religiosas poderão inspirar respeito e admiração, não, porém, a fé e a confiança.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 43


    Quando se realiza a união entreJesus Cristo e o pecador, estabelece-se naturalmente uma relação de fraternidade entre aqueles que estão em comunhão com Cristo. Uma reunião de crentes é, portanto, um produto da obra redentora do nosso Salvador, é a sociedade de todos aqueles que estão em direta relação com Ele próprio. Esta sociedade é designada de várias maneiras no N.T. – mas o seu mais importante título, o mais característico na presente idade, é o de ‘igreja’. ocorre para cima de cem vezes no N.T. A palavra grega que está traduzida por igreja (ecclesia), significa uma assembléia ou congregação, e por este termo se acha vertida na Bíblia de Lutero. Quando começou a igreja? Geralmente se fala do dia de Pentecoste como sendo o do nascimento da igreja, porque foi então que, pela primeira vez, constituíram os crentes um corpo espiritual pela presença íntima do Espírito Santo. Mas em certo sentido começou realmente a igreja cristã quando dois dos discípulos de João Batista, ouvindo falar o seu mestre do Cordeiro de Deus, se uniram a Jesus (Jo 1:37). E já antes havia a igreja judaica ou congregação, por todo o tempo do Antigo Testamento. o termo ‘igreja’ acha-se, pela primeira vez nos lábios do Salvador, em Mt 16:18, e logo depois em Mt 18:17 – e são estas as únicas ocasiões em que se menciona a palavra nos Evangelhos. E isso mostra que foi intenção de Jesus fundar uma sociedade de caráter permanente. Como começou a igreja? Querendo servir-nos do dia de Pentecoste como uma ilustração típica, pode-se dizer que a igreja começou pela aceitação da Palavra de Deus, pregada pelo apóstolo Pedro. Deste modo ficaram os crentes unidos a Cristo, e uns aos outros Nele. A ordem precisa dos acontecimentos devia ter sido cuidadosamente observada. Cristo era pregado, depois era aceito pela fé, e em seguida pela sua influência eram os arrependidos crentes filiados à igreja. Havia um determinado contato de cada crente com Deus, pela obra da fé, no que respeita ao homem, e pela operação do Espírito Santo no que respeita a Deus. Em seguida vinha o ato ministerial do batismo. A narrativa, que se acha em At 2, dá no N.T. uma idéia da igreja, nas suas linhas essenciais. Qual a razão da existência da igreja? Geralmente, foi para glorificar a Deus (Ef 3:10 – 1 Pe 2.9), mas especialmente para manter a fraternidade entre os cristãos, para dar testemunho ao mundo em nome de Cristo, e para maior extensão dos princípios evangélicos. E desta forma a igreja satisfez o instinto social, e ao mesmo tempo o proveu dos meios a empregar para estabelecer o Cristianismo no mundo. E nisto está o grande valor da igreja: ao passo que cada crente se salva pela sua união com Cristo, é, também, santificado, não isoladamente, mas em associação com outros. o lar, a escola, a aldeia, a vila, a cidade, o país, são ilustrações da vida social, que tem religiosamente a sua expressão na igreja. o termo ‘igreja’ acha-se no N.T. em três diferentes acepções, embora estejam associadas. o mais antigo emprego da palavra refere-se aos cristãos de uma casa, ou de uma cidade, isto é, aos crentes de um só lugar. Em seguida nota-se um sentido mais vasto, significando um agregado de igrejas por certo tempo em diferentes lugares 1Co 10:32 – 12,28) – e alarga-se a significação do termo até ao ponto de abranger de um modo universal os cristãos de todos os tempos e de todos os lugares, constituindo o ‘Corpo de Cristo’ (At 20:28Ef 1:22Cl 1:18). A igreja deve, portanto, ser encarada nos seus aspectos de vida interior e de vida exterior. Esta distinção faz-se, algumas vezes, por meio dos termos ‘invisível e visível’, segundo é considerada a igreja quanto à sua Cabeça espiritual, ou à sua organização terrena – ou segundo a sua vida espiritual e a sua existência temporal. A igreja é invisível pelo que respeita ao seu Chefe Divino e à sua vida espiritual – mas é visível em relação àqueles que a formam. os dois aspectos, se os relacionarmos, não se harmonizam sempre de um modo exato. Um homem pode pertencer à igreja visível, sem que por esse fato pertença à igreja invisível. Pode ser membro da sociedade exterior, sem que isso signifique que esteja espiritualmente unido a Cristo. Tendo a vida da igreja tomado diversas formas na sua existência de 20 séculos, somente podemos aceitar como absolutamente necessário para o seu bem estar o que se acha no N.T. importa observar que nunca se empregou o termo ‘igreja’ no N.T. para significar um edifício, mas sempre em relação com o povo crente em Jesus Cristo. Uma estrita exatidão nos levará a evitar a expressão ‘igreja de Cristo’ – porquanto o singular nunca é usado. Usa-se o plural desta maneira – ‘igrejas de Cristo’. É, também, muito importante ter em vista a idéia da igreja Universal como primitivamente espiritual, sendo mais um organismo do que uma organização. É esta idéia espiritual da igreja a que predomina na epístola aos Efésios, e por ela devíamos ser orientados a respeito da igreja local, da universal, e do ministério. A verdadeira doutrina da igreja pode resumir-se nas bem conhecidas palavras: ‘onde está Cristo, ali está a Sua igreja.’ E se nos perguntarem: ‘onde está Cristo?’ a resposta deve ser: ‘Cristo está onde opera o Espírito Santo, porque é somente esta força divina que realmente apresenta Cristo aos homens.’ E se ainda formos interrogados de outra maneira: ‘onde está o Espírito Santo?’ a resposta é óbvia: ‘o Espírito Santo se mostra pela Sua graça e poder nas vidas das pessoas.’ Devemos ter muito cuidado em não dar valor excessivo à posição e importância da igreja. A expressão ‘por meio de Cristo para a igreja’ é inteiramente certa – ‘da igreja para Cristo’ é somente certa em parte. Nunca devemos colocar a igreja entre o pecador e o Salvador – mas se, por outro lado, exaltarmos e honrarmos a Cristo, terá sempre a igreja o seu próprio lugar, e será apreciada como deve ser. Devemos, também, ser cuidadosos em não depreciar a posição da igreja. o cristão precisa da igreja para tudo aquilo que está relacionado com o culto – a fraternidade, a evangelização, e a edificação. Devemos cultivar a unidade da igreja e s fraternidade da maneira mais prove

    A origem da nossa palavra "igreja" está na palavra grega "ekkyesia" que significava simplesmente um ajuntamento do povo, convocado geralmente para fins políticos ou militares. Mas, segundo o dicionário etimológico de José Pedro Machado, já na antiga Grécia, podia também designar o local onde eles se reuniam. Dessa palavra grega "ekkyesia", resultou a palavra latina "ecclesia" que significava também um ajuntamento de pessoas e foi utilizada pelo primitivo cristianismo para designar o grupo de crentes, podendo também designar o edifício onde se reuniam, segundo consta no terceiro volume do citado dicionário etimológico.

    substantivo feminino O templo que acolhe os cristãos; local ou edifício onde os cristãos se reúnem para as celebrações ou cultos.
    Catolicismo; reunião dos cristãos católicos.
    Clero; grupo de pessoas que têm autoridade eclesiástica.
    Figurado Comunidade ou união de pessoas que possuem os mesmos ideais, as mesmas opiniões.
    Igreja Católica. Aquela que abrigam os fiéis ao catolicismo.
    Igreja Ortodoxa. Da qual fazem parte a Igreja grega e os que integram a Igreja oriental.
    Igreja Matriz. Cuja jurisdição se estende ao restante das igrejas de mesma circunscrição.
    Ser casado na igreja verde. Viver com alguém sem estar casado.
    Etimologia (origem da palavra igreja). Do grego ekklesia.as.

    Multiforme

    adjetivo Que é capaz de possuir várias formas, aspectos, estados.
    Que se expressa ou se manifesta de diversos modos.
    Etimologia (origem da palavra multiforme). Do latim multiformis.e.

    Que tem muitas formas ou se apresenta de muitas maneiras.

    Multiforme Que tem rica variedade (11:6).

    Sabedoria

    substantivo feminino Qualidade da pessoa sábia, com muitos conhecimentos: a sabedoria das suas ações aos demais comovia.
    Excesso de conhecimento; erudição: o físico foi premiado por sua sabedoria.
    Conhecimento adquirido pela experiência: não frequentou a escola, mas tinha a sabedoria do trabalho.
    Em que há ou demonstra sensatez, reflexão: o líder era a expressão da sabedoria.
    Excesso de conhecimento que se acumula; ciência.
    [Popular] Habilidade excessiva; artimanha ou esperteza.
    Religião Capacidade de compreender as revelações divinas: a sabedoria do bispo.
    Etimologia (origem da palavra sabedoria). Sabedor + ia.

    substantivo feminino Qualidade da pessoa sábia, com muitos conhecimentos: a sabedoria das suas ações aos demais comovia.
    Excesso de conhecimento; erudição: o físico foi premiado por sua sabedoria.
    Conhecimento adquirido pela experiência: não frequentou a escola, mas tinha a sabedoria do trabalho.
    Em que há ou demonstra sensatez, reflexão: o líder era a expressão da sabedoria.
    Excesso de conhecimento que se acumula; ciência.
    [Popular] Habilidade excessiva; artimanha ou esperteza.
    Religião Capacidade de compreender as revelações divinas: a sabedoria do bispo.
    Etimologia (origem da palavra sabedoria). Sabedor + ia.

    substantivo feminino Qualidade da pessoa sábia, com muitos conhecimentos: a sabedoria das suas ações aos demais comovia.
    Excesso de conhecimento; erudição: o físico foi premiado por sua sabedoria.
    Conhecimento adquirido pela experiência: não frequentou a escola, mas tinha a sabedoria do trabalho.
    Em que há ou demonstra sensatez, reflexão: o líder era a expressão da sabedoria.
    Excesso de conhecimento que se acumula; ciência.
    [Popular] Habilidade excessiva; artimanha ou esperteza.
    Religião Capacidade de compreender as revelações divinas: a sabedoria do bispo.
    Etimologia (origem da palavra sabedoria). Sabedor + ia.

    -

    [...] significa [...] tanto a superioridade intelectual quanto moral. Indica, ainda, que, na ausência desse valor nos investidos de autoridade, a subordinação estaria comprometida, não seria legítima e, por isso mesmo, não exigível [...].
    Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -

    [...] é o conhecimento divino, puro e inalienável, que a alma vai armazenando no seu caminho, em marcha para a vida imortal.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 197

    [...] Toda sabedoria, sem a bondade, é como luz que não aquece, ou como flor que não perfuma [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 23

    [...] [A sabedoria espiritual] é filha das grandes e abençoadas revelações das almas. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


    Sabedoria
    1) Qualidade que inclui bom senso e atitudes e ações corretas (Pv 4:7); (Jc 1:5); 3.17). Em (Pro
    8) a Sabedoria é uma pessoa, apontando para Cristo (1Co 1:30)

    2) Conhecimento secular, humano

    Sabedoria Hipóstase de Deus. Já em Pv 8:22ss. Aparece esta personagem como filho amado de Deus, nascido antes de todas as criaturas e artífice da criação. Essa figura alcançará no judaísmo posterior uma considerável importância (Ec 1:9ss.; 24,3ss.). O Livro da Sabedoria descreve-a como “sopro da força de Deus”, “efusão pura do fulgor do Todo-Poderoso” e “imagem de sua bondade” (Sb 7:7-8,16), “companheira de sua vida” (a de Deus) (8,3), companheira de seu trono (9,4), enviada sob a figura do Espírito de Deus (9,10; 7,7) e protagonista ativa no curso da história de Israel (7,27). Em Filón, a Sabedoria é a “filha de Deus” (Fuga 50ss.; Virt
    62) e “filha de Deus e mãe primogênita de tudo” (Quaest. Gn 4:97). Em alguns textos rabínicos, será identificada com a Torá preexistente, “filha de Deus”, mediadora da criação e hipóstase. Em Q — e como aparece no evangelho de Lucas — Jesus se apresenta como essa Sabedoria. Isso explica, pelo menos em parte, por que se declarou como alguém maior do que Salomão (Mt 12:42).

    C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; m. Gilbert e J. N. Aletti, La sabiduría y Jesucristo, Estella 51990; E. “Cahiers Evangile”, En las raíces de la sabiduría, Estella 51990.


    Seja

    seja conj. Usa-se repetidamente, como alternativa, e equivale a ou: Seja um seja outro. Interj. Denota consentimento e significa de acordo!, faça-se!, vá!

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Efésios 3: 10 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    A fim de que seja dada a conhecer (agora, aos principados e às potestades, nos lugares celestiais, por intermédio da assembleia ①) a multiforme sabedoria de Deus,
    Efésios 3: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    62 d.C.
    G1107
    gnōrízō
    γνωρίζω
    lado de fora
    (outside)
    Advérbio
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1577
    ekklēsía
    ἐκκλησία
    Igreja
    (church)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G1849
    exousía
    ἐξουσία
    bater, bater em ou a
    (and if men should overdrive them)
    Verbo
    G2032
    epouránios
    ἐπουράνιος
    que existe no céu
    (heavenly)
    Adjetivo - neutro acusativo plural
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3568
    nŷn
    νῦν
    um benjamita mencionado somente no título do Sl 7.1
    (of Cush)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4182
    polypoíkilos
    πολυποίκιλος
    um lugar aparentemente na vizinhança de Gate e provavelmente a terra natal do profeta
    (Moresheth-gath)
    Substantivo
    G4678
    sophía
    σοφία
    coluna, estela, toco
    (a pillar)
    Substantivo
    G746
    archḗ
    ἀρχή
    o antigo rei de Elasar, aliado de Quedorlaomer
    (Arioch)
    Substantivo


    γνωρίζω


    (G1107)
    gnōrízō (gno-rid'-zo)

    1107 γνωριζω gnorizo

    de um derivado de 1097; TDNT - 1:718,119; v

    1. fazer conhecido
      1. tornar-se conhecido, ser reconhecido
    2. conhecer, obter conhecimento de, ter completo conhecimento de
      1. no grego antigo significa “obter conhecimento de” ou “ter completo conhecimento de”

    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    ἐκκλησία


    (G1577)
    ekklēsía (ek-klay-see'-ah)

    1577 εκκλησια ekklesia

    de um composto de 1537 e um derivado de 2564; TDNT - 3:501,394; n f

    1. reunião de cidadãos chamados para fora de seus lares para algum lugar público, assembléia
      1. assembléia do povo reunida em lugar público com o fim de deliberar
      2. assembléia dos israelitas
      3. qualquer ajuntamento ou multidão de homens reunidos por acaso, tumultuosamente
      4. num sentido cristão
        1. assembléia de Cristãos reunidos para adorar em um encontro religioso
        2. grupo de cristãos, ou daqueles que, na esperança da salvação eterna em Jesus Cristo, observam seus próprios ritos religiosos, mantêm seus próprios encontros espirituais, e administram seus próprios assuntos, de acordo com os regulamentos prescritos para o corpo por amor à ordem
        3. aqueles que em qualquer lugar, numa cidade, vila,etc, constituem um grupo e estão unidos em um só corpo
        4. totalidade dos cristãos dispersos por todo o mundo
        5. assembléia dos cristãos fieis já falecidos e recebidos no céu

    Sinônimos ver verbete 5897


    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἐξουσία


    (G1849)
    exousía (ex-oo-see'-ah)

    1849 εξουσια exousia

    de 1832 (no sentido de abilidade); TDNT - 2:562,238; n f

    1. poder de escolher, liberdade de fazer como se quer
      1. licença ou permissão
    2. poder físico e mental
      1. habilidade ou força com a qual alguém é dotado, que ele possui ou exercita
    3. o poder da autoridade (influência) e do direito (privilégio)
    4. o poder de reger ou governar (o poder de alguém de quem a vontade e as ordens devem ser obedecidas pelos outros)
      1. universalmente
        1. autoridade sobre a humanidade
      2. especificamente
        1. o poder de decisões judiciais
        2. da autoridade de administrar os afazeres domésticos
      3. metonimicamente
        1. algo sujeito à autoridade ou regra
          1. jurisdição
        2. alguém que possui autoridade
          1. governador, magistrado humano
          2. o principal e mais poderoso entre os seres criados, superior ao homem, potestades espirituais
      4. sinal de autoridade do marido sobre sua esposa
        1. véu com o qual a mulher devia propriamente cobrir-se
      5. sinal de autoridade real, coroa

    Sinônimos ver verbete 5820


    ἐπουράνιος


    (G2032)
    epouránios (ep-oo-ran'-ee-os)

    2032 επουρανιος epouranios

    de 1909 e 3772; TDNT - 5:538,736; adj

    1. que existe no céu
      1. coisas que têm lugar no céu
      2. regiões celestiais
        1. o céu em si mesmo, habitação de Deus e dos anjos
        2. os céus inferiores (referência às estrelas)
        3. os céus, (referência às nuvens

          1c) o templo celeste ou santuário

          de origem ou natureza celeste


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    νῦν


    (G3568)
    nŷn (noon)

    3568 νυν nun

    partícula primária de tempo presente; TDNT - 4:1106,658; adv

    1. neste tempo, o presente, agora

    Sinônimos ver verbete 5815



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πολυποίκιλος


    (G4182)
    polypoíkilos (pol-oo-poy'-kil-os)

    4182 πολυποικιλος polupoikilos

    de 4183 e 4164; TDNT - 6:485,901; adj

    muito variegado, marcado com uma grande variedade de cores

    1. de roupa ou de uma pintura

      muito variado, multíplice


    σοφία


    (G4678)
    sophía (sof-ee'-ah)

    4678 σοφια sophia

    de 4680; TDNT - 7:465,1056; n f

    1. sabedoria, inteligência ampla e completa; usado do conhecimento sobre diversos assuntos
      1. a sabedoria que pertence aos homens
        1. espec. conhecimento variado de coisas humanas e divinas, adquirido pela sutileza e experiência, e sumarizado em máximas e provérbios
        2. a ciência e o conhecimento
        3. o ato de interpretar sonhos e de sempre dar os conselhos mais sábios
        4. inteligência evidenciada em descobrir o sentido de algun número misterioso ou visão
        5. habilidade na administração dos negócios
        6. seriedade e prudência adequada na relação com pessoas que não são discípulos de Cristo, habilidade e discrição em transmitir a verdade cristã
        7. conhecimento e prática dos requisitos para vida devota e justa
      2. inteligência suprema, assim como a que pertence a Deus
        1. a Cristo
        2. sabedoria de Deus que se evidencia no planejamento e execução dos seus planos na formação e governo do mundo e nas escrituras

    Sinônimos ver verbete 5826 e 5894


    ἀρχή


    (G746)
    archḗ (ar-khay')

    746 αρχη arche

    de 756; TDNT - 1:479,81; n f

    1. começo, origem
    2. a pessoa ou coisa que começa, a primeira pessoa ou coisa numa série, o líder
    3. aquilo pelo qual algo começa a ser, a origem, a causa ativa
    4. a extremidade de uma coisa
      1. das extremidades de um navio
    5. o primeiro lugar, principado, reinado, magistrado
      1. de anjos e demônios