Enciclopédia de Colossenses 3:22-22

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

cl 3: 22

Versão Versículo
ARA Servos, obedecei em tudo ao vosso senhor segundo a carne, não servindo apenas sob vigilância, visando tão somente agradar homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor.
ARC Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senhores segundo a carne, não servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em simplicidade de coração, temendo a Deus.
TB Servos, em tudo obedecei a vossos senhores segundo a carne, não servindo somente à vista, como para agradar a homens, mas em sinceridade de coração, temendo ao Senhor.
BGB οἱ δοῦλοι, ὑπακούετε κατὰ πάντα τοῖς κατὰ σάρκα κυρίοις, μὴ ἐν ⸀ὀφθαλμοδουλίαις, ὡς ἀνθρωπάρεσκοι, ἀλλ’ ἐν ἁπλότητι καρδίας, φοβούμενοι τὸν ⸀κύριον.
BKJ Servos, obedecei em todas as coisas a vossos senhores segundo a carne, não servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em simplicidade de coração, temendo a Deus.
LTT Vós, os escravos: obedecei vós, quanto a todas as coisas, àqueles que , segundo a carne, são os vossos senhores (donos- controladores); não com serviços somente à vista (dos homens) (como agradadores de homens), mas em unicidade- sinceridade de coração, temendo a Deus.
BJ2 Servos, obedecei em tudo aos senhores desta vida, não quando vigiados, para agradar a homens, mas em simplicidade de coração, no temor do Senhor.[u]
VULG Servi, obedite per omnia dominis carnalibus, non ad oculum servientes, quasi hominibus placentes, sed in simplicitate cordis, timentes Deum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Colossenses 3:22

Gênesis 42:18 E, ao terceiro dia, disse-lhes José: Fazei isso e vivereis, porque eu temo a Deus.
Neemias 5:9 Disse mais: Não é bom o que fazeis: Porventura, não devíeis andar no temor do nosso Deus, por causa do opróbrio dos gentios, os nossos inimigos?
Neemias 5:15 Mas os primeiros governadores, que foram antes de mim, oprimiram o povo e tomaram-lhe pão e vinho e, além disso, quarenta siclos de prata; ainda também os seus moços dominavam sobre o povo; porém eu assim não fiz, por causa do temor de Deus.
Salmos 123:2 Eis que, como os olhos dos servos atentam para as mãos do seu senhor, e os olhos da serva, para as mãos de sua senhora, assim os nossos olhos atentam para o Senhor, nosso Deus, até que tenha piedade de nós.
Eclesiastes 5:7 Porque, como na multidão dos sonhos há vaidades, assim também nas muitas palavras; mas tu, teme a Deus.
Eclesiastes 8:12 Ainda que o pecador faça mal cem vezes, e os dias se lhe prolonguem, eu sei com certeza que bem sucede aos que temem a Deus, aos que temerem diante dele.
Eclesiastes 12:13 De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem.
Malaquias 1:6 O filho honrará o pai, e o servo, ao seu senhor; e, se eu sou Pai, onde está a minha honra? E, se eu sou Senhor, onde está o meu temor? ? diz o Senhor dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome e dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome?
Mateus 6:22 A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.
Mateus 8:9 pois também eu sou homem sob autoridade e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado: faze isto, e ele o faz.
Lucas 6:46 E por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?
Lucas 7:8 Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: vai; e ele vai; e a outro: vem; e ele vem; e ao meu servo: faze isto; e ele o faz.
Atos 2:46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
II Coríntios 7:1 Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.
Gálatas 1:10 Porque persuado eu agora a homens ou a Deus? Ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.
Efésios 6:5 Vós, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo,
Colossenses 3:20 Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor.
I Tessalonicenses 2:4 mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova o nosso coração.
I Timóteo 6:1 Todos os servos que estão debaixo do jugo estimem a seus senhores por dignos de toda a honra, para que o nome de Deus e a doutrina não sejam blasfemados.
Tito 2:9 Exorta os servos a que se sujeitem a seu senhor e em tudo agradem, não contradizendo,
I Pedro 2:18 Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor ao senhor, não somente ao bom e humano, mas também ao mau;

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

cl 3:22
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Colossenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 25
SEÇÃO IV

CONCLUSÃO

Colossenses 3:1-4.6

O tema da controvérsia foi devidamente tratado. Depois de se dirigir aos crentes colossenses, agora Paulo passa a falar sobre o resultado esperado de sua mensagem relativa ao ofício e obra de Cristo. Essa mensagem, declara o apóstolo, resulta em justiça ética. Os deveres práticos advindos dessa justiça são resumidos em alguns princípios declarados em lugares apropriados na exortação. Ele reitera que a fonte da verdadeira ética é exclusivamente Cristo; que essa justiça provém de estarmos em união com ele (1- 4). Tal opinião (2,9) e experiência (2:10-12) de Cristo, conforme apresenta Paulo, coloca o crente num novo mundo e dá novo entendimento do que é a vida.

A. Novo QUADRO DE REFERÊNCIA, 3:1-4

1. As Coisas de Cristo (3,1)

Portanto, se já ressuscitastes (1) é paralelo a "se, pois, estais mortos" (2.20), que apresenta uma abordagem negativa para solucionar o problema do pecado e da ética. Aqui, a abordagem é positiva. A palavra se não sugere dúvida, mas significa "já que" (BV, NVI). "Tudo quanto ele fez, Deus considera que também fizemos."' Aqui, com Cris-to é igual a "em Cristo", porque a relação é íntima e total. O crente foi misticamente ressuscitado com Cristo, tanto quanto foi misticamente morto e enterrado com ele sob a figura do batismo nas águas (2.12). Buscai as coisas que são de cima torna-se o empreendimento vitalício do homem em Cristo. A frase onde Cristo está assentado refere-se ao trono de Deus. A implicação da ressurreição que advém das doutrinas da encarnação e expiação leva à conclusão inevitável da deidade de Cristo. Este Jesus é o Cristo (At 9:5). Este entendimento não ocorre só por pensamento ou filosofia, mas por experiência (2,2) e revelação (Gl 1:16). Os crentes têm outra perspectiva de todas as coisas, em virtude da relação que gozam com o Senhor que receberam.

  1. As Realidades Espirituais (3.2,3)

Pensai nas significa "estai determinado a certo modo", e alude à mente, vontade e espírito.' O crente tem de manter a mente firme nas coisas transcendentes e últi-mas: as coisas que são de cima. A frase nas que são da terra aplica-se ao mundo carnal e material.

Mortos (3) chama a atenção a 2.20 e fala da relação do crente com o mundo aqui e agora. Estar mortos para o mundo faz contraste com estar "mortos nos pecados" (2.13). A nova vida (3) é de Cristo. Ele é a fonte dessa vida (Jo 10:18). Escondida indica que esta vida não é conhecível a quem não crê (2 Co 4:3-6). Trata-se de uma realidade para o crente e é realizada numa nova consciência e poder éticos para a justiça. Essa vida, embora de certo modo escondida, será revelada de maneira muito mais gloriosa 1Co 15:51ss.; 1 Ts 4:13 18:1 Jo 3:2). Essa vida está escondida em "Cristo, que é a nossa vida". Cristo em Deus indica a união essencial do Pai e do Filho.

Alexander Maclaren examina "Ressuscitado com Cristo", servindo-se dos versículos 1:2:

1) A vida cristã é uma vida ressuscitada, la;

2) O alvo da vida cristã: Buscai as coisas que são de cima, lb;

3) A disciplina da vida cristã: Pensai nas coisas que são de cima, 2.

  1. A Manifestação de Cristo (3,4)

Cristo... é a nossa vida. Ele é a fonte dessa vida. Essa vida é experimentada aqui e agora. O termo se manifestar é a única referência à segunda vinda nesta breve epís-tola. Aquilo que está escondido ou reservado será revelado para o mundo inteiro numa realidade majestosa e tremenda (Mt 24:27-31). Com ele tem um cumprimento místico (3,1) e um cumprimento escatológico (3.4). Os crentes se manifestarão com ele em gló-ria, quer dizer, no céu ao término dos séculos.

B. RENÚNCIA COMPLETA, 3:5-11

Segundo o apóstolo, uma teologia mística que não tenha resultado ético prático é espú-ria. Ao longo de suas epístolas, Paulo enfatiza a santidade de coração e de vida como fruto da relação do crente com Cristo. Ele não está preocupado com a santidade cerimonial, mas com a santidade moral. Sua doutrina é a semente do dever ético.' A justiça ética é o resultado lógico e dependente do contato vivo com o Cristo ressurreto (GI 2.20). É nisto, e não nos ensinamentos gnósticos, que está a fonte da força para o crente seguir a Cristo (2.23).

1. Renunciar o Mal Sensual (3:5-7)

Mortificai (5) fala de matar e não se refere ao mau uso do corpo por mérito. O que tem de cessar é o mau uso dos membros do corpo para a satisfação do ego. O ato é crucial e terminante (o verbo grego está no tempo aoristo).4 Temos esta tradução: "Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena" (AEC, RA; cf. NVI). Esta é a aplicação prática de 2.20. A mortificação é uma mudança da vontade, tirando-a do ego e colocando-a em Deus. Essa ação chama-se "morte". Os membros que devem ser mortos são componentes de um cor-po do pecado chamado o "velho homem" (3.9).5 Pelo que deduzimos, os pecados alistados são primariamente para a satisfação do ego e têm direção interior e sensual. São "os modos pelos quais os membros pecaminosamente se mostram".6 Phillips traduziu esses pecados assim: "Livrem-se da imoralidade sexual, da mentalidade obscena, da paixão descontrolada, do desejo maligno e da cobiça dos bens de outra pessoa" (CH). Não é só a avareza que deve ser considerada como idolatria (segundo afirmam alguns) ; mas to-dos os pecados alistados também são da essência da falsa adoração. Qualquer coisa que esteja no lugar de Deus em nossa vida é idolatria. Mortificai (imperativo) mostra que o crente tem parte vital em fazer morrer as práticas más. A parte do crente complementa a obra de Deus, qualificando-nos para a salvação (1.12). Alguém sugeriu a seguinte ilus-tração: o avião está pronto, mas o vôo depende do piloto.

Esta morte a toda ação má e desejo mau é coerente, porque o crente já morreu com Cristo (3; 2.20). O que foi feito numa experiência de crise da graça divina, agora tem de ser implementado decisiva e permanentemente na vida diária (ver comentários em 1.21b,22; o tempo aoristo denota ação pontual sem levar em conta o tempo). O fazer morrer é igualmente necessário por causa da ira de Deus (6) para com estes pecados, o mau uso dos membros do corpo. O termo grego orge (ira) não significa mal vingativo, mas julgamento justo. Deus é terrivelmente justo. Maclaren ressalta que a ira é inevi-tável se Deus é santo.' Vem (tempo presente) mostra que Deus é (agora) ativamente contrário aos malfeitores.' A expressão filhos da desobediência não consta em certos manuscritos (cf. BV), e julga-se que foi copiada da passagem paralela de Efésios 5:6. A expressão, porém, encaixa-se logicamente aqui, e deve ser retida" (cf. AEC, RA).

Nas quais (7) pode ser traduzido por "entre os quais", referindo-se aos antigos com-panheiros com quem eles andavam em comunhão quando viviam (vivíeis, tempo imper-feito; "estáveis vivendo") no pecado. Em outro tempo significa "outrora" (BAB) ou "an-tigamente" (NTLH). A lembrança da antiga vida e dos amigos na degradação moral é outro incentivo para a mortificação.' Ou a passagem quer dizer apenas que "a conduta e a condição deles combinavam"."

2. Despojar o Mal Social (3:8-11)

a) Despir-se (8,9). Despojai-vos (8; tempo aoristo médio) significa despir-se como se faz para tirar a roupa. Este ato complementa "mortificai" (5) que em grego também está no tempo aoristo. Ambos indicam determinação, resolução. Assim, o "fazer morrer", que mata o pecado com um golpe decisivo, agora é apresentado com outra figura. Depois da crise vem a vivência dessa decisão na vida diária. Aquilo que é terreno tem de ser "despi-do", "tirado", "arrancado" (cf. BV, NTLH). O coração firmemente fixo em seu verdadeiro guia celestial prosseguirá continuamente ao destino designado; ele recusa a atração de outras influências que o desviariam do curso.

Paulo faz uma lista de alguns dos pecados que devem ser despojados. Pelo visto, têm direção social, ou seja, são contra as pessoas. No que tange à ira, Lightfoot escreve: "Os pensadores estóicos distinguiram thymon (ira) como a explosão de orgen (cóle-ra) ; [este último termo era] a questão resolvida e mantida"." O termo grego kakian (malícia) é a intenção de causar dano, e significa mal, encrenca ou maldade culpável. Como os outros termos são contra o homem, assim devemos entender que maledicên-cia é xingamento ou calúnia contra as pessoas.' Este é o significado primário do termo grego blasphemia ("blasfêmia", BV; "insulto", NVI; CII). Palavras torpes é conversa insinuante e má" (cf. NTLH). Acerca de palavras desta natureza, Barclay afirma que quando são usadas no singular falam da qualidade da ação, mas quando estão no plu-ral, servem de exemplos de ações.16

Não mintais (9) é, literalmente, "não mintais a vós mesmos", e dá a entender que quem mente chega a acreditar nas próprias falsidades. Mentir não é o resultado natural-mente esperado do ato de renúncia; esta é a força da palavra pois. Devemos pôr em prática diária o que foi definitivamente feito quando aceitamos Jesus. O filho adotado tem de viver em harmonia com o seu novo ambiente e crescer. Despistes (em grego está no tempo aoristo) é igual a "despojastes", "tirastes a roupa" e mostra, uma vez mais, a necessidade da participação e responsabilidade do homem na vida de justiça que se ori-gina pela fé em Cristo.

A frase velho homem com os seus feitos tem muitas interpretações. Refere-se, neste exemplo, à totalidade da natureza e à antiga vida de pecado antes da encontrar-mos Cristo na fé salvadora. Essa frase ocorre somente três vezes (Rm 6:6; Ef 4:22; e aqui). W. T. Purkiser diz: "Paulo o menciona [o velho homem] para mostrar o que temos de fazer com ele; que arranjo lhe dar".' Vincent afirma que o "velho homem" é o eu não renovado.' Purkiser acrescenta: "Devemos reconhecer que o 'velho homem' se refere ao todo da vida pecaminosa anterior, bem como à causa ou raiz de onde essa vida surge"." J. B. Chapman destaca que não devemos comparar o velho homem, o qual tem de ser despojado, com o eu, como se nossa natureza humana tivesse de ser tirada. O eu conti-nua existindo depois do "fazer morrer", mas existe com novo padrão de vida.' Brockett declara que o velho homem é o antigo padrão de vida. Exemplificando, ele fala da ilustração de tecer o tecido da vida por um padrão velho ou por um padrão novo.' Tam-bém diz que o velho homem é o "meu estado pecador como filho de Adão"?' Se o velho homem é o eu não renovado, então o "novo homem" (10) é o eu renovado.

É confuso lermos que o eu deva morrer ou ser crucificado; e é psicologia capenga comparar o eu com o velho homem, o qual tem de ser despojado. De certo modo, diría-mos que o eu "morre" para a velha vida quando a vida pecadora anterior é despojada.

Paulo usa ilustração semelhante em outro lugar, quando destaca que a esposa está mor-ta para a lei que a prende ao marido, quando o marido morre, embora ela continue vivendo (Rm 7:1-6)." Diante disso, Paulo tem razão quando diz que ele está "crucificado com Cristo" (Rm 6:6; Gl 2:20). Ele está realmente "[morto] para o pecado", embora esteja "vivo para Deus" (Rm 6:11).

b) Vestir a nova natureza (10,11). Com vos vestistes (tempo aoristo), o apóstolo continua na ilustração do vestuário. O novo homem é a "nova criatura" em Cristo Jesus (Jo 3:3-2 Co 5.17). É o eu renovado (se renova), o eu regenerado e santificado. O verbo se renova (particípio presente) não fala do "velho Adão" gradualmente sendo transfor-mado em algo melhor, mas diz respeito ao novo homem, já existente em Cristo, progressivamente efetivado na comunidade cristã. A renovação é uma efetivação contínua, um rejuvenescimento, como o corpo físico é constantemente renovado.' Imagem relembra a natureza do homem como foi originalmente criada à imagem de Deus (Gn 1:26-27). Criou nos faz lembrar Cristo, o Criador (1.16), e a nova criação (2 Co 5.17). O eu recriado do homem é segundo a imagem de Cristo.

Nesse mundo de novos homens não há classes sociais (11). Só o pecado desqualifica a pessoa para a salvação — raça, rito ou cultura não. Cristo está em cada crente e cada crente está em Cristo, qualquer que seja sua posição social. Discriminação nacional, religiosa, cultural e social desaparece na comunidade inteiramente cristã 1Co 15:28; Ef 1:23-4.6). Cita é, provavelmente, alusão a um povo cruel, que selvaticamente invadiu a coletividade judaica no século VII a.C." Seus atos de crueldade são quase inimagináveis, mas até estrangeiros bárbaros como estes podiam ser transformados por Cristo. Servo ("escravo", BJ, CH, NVI, RA) ou livre ganha mais significado diante do fato de que o mensageiro, Onésimo, que levou a carta para os colossenses, era escravo. Cristo é tudo em todos (lit., "tudo e em tudo, Cristo") significa particularmente que todos que estão em Cristo estão igualmente nele e ele neles. Ele é tudo o que importa (cf. CH). Todo o universo tem sua origem e continuação nele.

C. RESPONSABILIDADE MORAL, 3:12-4.6

Os capítulos 1:2 dizem respeito principalmente à parte de Deus na reconciliação do homem. O capítulo 3 enfatiza a obrigação do homem que surge disso. Tendo tratado da responsabilidade negativa, agora Paulo fala concisamente sobre as responsabilidades éticas positivas da vida cristã.

1. Ética Pessoal (3:12-17)

O "vestir-se" no versículo 10 antecipa o revesti-vos no versículo 12, onde começa a aplicação prática da decisão inclusiva e definitiva. Eleitos de Deus fala de "graça" e "concerto" (1 Pe 2.9). A igreja é o verdadeiro Israel (G13.7), cujos integrantes chamam-se eleitos. Os crentes são santos e amados. Novamente, santos traz conotação ética, pois a nova natureza tem de corresponder ao novo chamado" (1.2). Amados eleva os crentes às alturas e privilégios de 1.13. Entranhas (splangkna) é, literalmente, "compaixão" (AEC, NVI), ou coração de misericórdia. Os termos humildade e mansidão sugerem a boa vontade em aceitar a vontade de Deus em todas as coisas (1 Ts 5.18). A longanimidade abre mão da vingança.

Suportando-vos e perdoando-vos (13) eram especialmente necessários, por cau-sa do rancor das disputas que devem ter surgido em torno dos assuntos revelados nesta carta.' Carson opina que, aqui, perdoando-vos uns aos outros tem idéia incorporada e é, literalmente, "perdoando-vos a vós mesmos"." Assim como Cristo vos perdoou fornece a razão para tão nobre ação (Mt 6:12-14,15), um princípio orientador e um exem-plo sobre o perdão.

Caridade (14; "amor", ACF, AEC, BAB, BJ, BV, CH, NTLH, NVI, RA) é o capeamento de todos os blocos construtivos (2,7) do edifício moral. É o princípio ético fundamental e a suma de toda a lei moral (Rm 13:10; Gl 5:14). O amor é considerado o vínculo da perfeição ou a "cinta" que prende a "roupa" que acabou de ser "vestida". As graças e os crentes são unidos pelo amor (agape, "amor divino"), que é dado com o Cristo que neles habita (1.27). Está a "perfeição cristã" devidamente chamada.

Assim uma justiça minuciosa, que contempla uma reconciliação que é mundial (11) em seu campo de ação potencial, acompanha a reconciliação divino-humana. A relação horizontal tem de combinar com a relação vertical. Cristo, que habita no crente, lhe dá sua mente e espírito em todas as coisas. O "velho homem" de ódio e inimizade está morto. O amor que mantém a igreja unida e ligada ao seu Cristo é primariamente direcionado para a "família" dos santos (Rm 12:13; Gl 6:10), quer dizer, àqueles que são da comunhão cristã. Aí, então, o amor tem de ser direcionado "para com os que estão de fora" (4.5)," isto é, o mundo dos incrédulos, a fim de atraí-los para o círculo dos "eleitos".

A paz de Deus (15) é, antes, a "paz de Cristo" (BAB, BJ, CH, NVI, RA; cf. BV, NTLH), que tem de dominar ou ser o princípio para resolver todas as futuras disputas doutrinárias e questões práticas. Em um corpo nos lembra que a harmonia dos mem-bros, que foram misticamente incorporados no corpo de Cristo, é essencial para Cristo usá-lo como seu corpo. O organismo inteiro responde com assiduidade e obediência para fazer o que a cabeça ordena. E sede agradecidos (1.3,12; 4,2) é a reação inevitável de quem compreendeu o significado da graça.

A palavra (16) é a Bíblia, ou, falando em termos mais exatos, as palavras de Cris-to. Habite significa "faça morada" no coração e na mente. A palavra tem de ter residên-cia agradável e permanente (ver 1.19, sobre habite). O crente tem de conhecer a pala-vra tão bem a ponto de permanecer no coração e na mente, governando todas as ações e presidindo em todas as decisões. Essa palavra é a base ou qualificação única para ensi-nar e admoestar as pessoas (ensinando-vos e admoestando-vos). Paulo aconselha de acordo com a sua própria prática (1,28) ; ele prega somente Cristo.

Pensando lógica e gramaticalmente, a frase salmos, hinos e cânticos espirituais deve combinar com cantando e não com ensinando-vos e admoestando-vos." Se a frase pertencer a ensinando-vos, então a música deve ser executada para a edificação dos outros e não para o prazer ou glória pessoal. Com graça significa "agradecidamente", "com gratidão" (AEC, BAB, BV, NTLH, NVI, RA) ou com a graça de Deus, ou seja, com entendimento espiritual (1 Co 14.26; Ef 5:19). Pode-se fazer isto em vosso coração sob quaisquer circunstâncias quando é feito ao Senhor. A compreensão da graça infinita e imerecida, que é de Deus, torna possível nossos louvores. Esse tipo de louvor se dá no coração como também sai pela boca quando existe a verdadeira adoração. Ao Senhor deve ser, mais exatamente, "a Deus" (BAB, BJ, CH, NTLH, NVI, RA). As habilidades de cantar, louvar, adorar e falar distinguem os homens dos meros animais e ajudam a res-ponder a pergunta: "Que é o homem"? (Hb 2:6-13).

Na passagem de 4.12,15,16, temos algumas ferramentas básicas do, por assim dizer, comércio, e discernimentos sobre os serviços religiosos e práticas da igreja primitiva.

Quanto fizerdes por palavras (17) é um princípio sumário da ética cristã. O versículo 23 é paralelo deste. Regras específicas são mínimas na economia da graça do Novo Testamento. Formamos uma ética pessoal e específica a partir dos princípios e exemplos mostrados por Cristo. Quanto a este aspecto, ele não faz acepção de pessoas. Note a amplitude deste princípio; aplica-se a todo aspecto de conduta: quanto e tudo ("qualquer que seja" e "tudo", CH; "tudo quanto", BV). Fizerdes (em grego está no tempo aoristo) indica um curso de ação determinado (1.10). Em nome do Senhor Jesus fornece a inspiração para toda conduta moral. Alguns manuscritos acrescentam "Cris-to"." As obras de Cristo são realizadas na obra do crente. Esta frase é muito semelhante à expressão "em Cristo".' Paulo continua com o argumento — só a graça possibilita que o homem dê graças, o qual por natureza é rebelde, ingrato e impotente para fazer os verdadeiros deveres cristãos. A Deus Pai nos faz lembrar o objeto da ética (23). E por ele (Cristo) revela a força pela qual a vida cristã é vivida, e o canal (gr., dia) por quem tudo sobe ao trono do Pai.

2. Responsabilidades Domésticas (3:18-21)

A fórmula "em Cristo" é colocada em operação nas relações humanas, tanto pessoais quanto sociais. Os ensinamentos cristãos se opõem às idéias pagãs pelo destaque que dá à natureza recíproca dos deveres" e pela relação de tudo com uma Pessoa, que é a medi-da e fim de toda ética e dever.' Todos os homens têm direitos, deveres e responsabilida-des iguais. Deus não faz acepção de pessoas (25). "Em Cristo" fornece o motivo, a condi-ção e a qualidade das ações a serem feitas.35 Paulo destaca algumas relações em que se aplica o princípio: marido e esposa, pais e filhos, senhor e escravo.

a) O papel da esposa (3.18). Ainda que macho e fêmea sejam um em Cristo, é apro-priado a esposa se sujeitar ao marido, pois primeiro foi formado Adão e, depois, Eva. Até o Filho é sujeito ao Pai 1Co 15:28). Moule diz que submissão significa "lealdade"." A união do marido e mulher é modelada segundo a relação divina que há entre Cristo e a igreja." Com base em evidências nos textos gregos originais, a palavra próprio deve ser omitida (cf. BAB, BJ, BV, CH, NTLH, NVI), embora ocorra originalmente na passagem paralela de Efésios 5:22. A fidelidade e a submissão da esposa presumem o amor do marido (19). Os versículos 18:19 estabelecem uma parceria de atividade. Como con-vém no Senhor limita a área de submissão;" estabelece os princípios cristãos como roteiros para as decisões domésticas.

  1. O papel do marido (3.19). O amor pela esposa é o amor mais nobre (agape), o qual também é devido a Deus. Não vos irriteis contra ela, ou "não as trateis asperamente" (AEC; ou "com mau humor", BJ) ; "não seja grosseiro com ela", NTLH) é conselho em consideração pelo vaso mais fraco (1 Ts 4:3-5; 1 Pe 4.7). O amor suprime a irritação, a amargura, as ordens e o egoísmo. A nova vida em Cristo transforma o lar. Na ótica paulina, as relações entre marido e mulher são mutuamente respeitosas e tranqüilas.
  2. O papel dos filhos (3.20). A existência de amor e respeito em casa torna mais provável a obediência. Os filhos têm de obedecer aos pais. A palavra grega significa, literalmente, "ouvir debaixo de" ou "olhar para cima a".39 Agradável ao Senhor man-tém a relação cristã e fornece o motivo para a obediência. Cada um agrada o outro quan-do cada um agrada a Deus (1,10) ; semelhantemente, cada um agrada a Deus quando busca o bem dos outros.
  3. O papel do pai (3.21). Os pais são aconselhados a usar de restrição e sabedoria na disciplina, de forma a não levar os filhos a perder o ânimo. Por estar no imperativo presente, não irriteis' significa não importunar como hábito.' Pelo contrário, os pais devem proporcionar todo encorajamento responsável para o crescimento e desenvolvi-mento dos filhos.

3. Responsabilidades Econômicas e Sociais (3:22-4,1)

A questão da escravidão é mencionada aqui, provavelmente devido ao fato de que Onésimo, que era escravo fugitivo de Filemom e que voltava cristão ao seu senhor, leva-va a carta do sensível apóstolo para os crentes colossenses.
Certos expositores sugerem que esta passagem não tolera a escravidão. É, mais exatamente, uma apresentação de princípios econômicos cristãos. O senhor daqueles dias é o empregador de hoje, e os servos ("escravos", BV, CH, NTLH, NVI) são os empre-gados. O senhor tem de pagar salários justos e satisfatórios, e o empregado tem de prestar serviço justo e total de um dia. Empregador e empregado são igualmente respon-sáveis diante de Deus sobre este aspecto (Cl 4:1).

Esses expositores sugerem também que esta passagem é uma das muitas áreas de responsabilidade agrupadas em torno dos princípios éticos expostos nos versículos 17:23. Sendo assim, este conselho sobre relações sociais é um desenvolvimento de 3.17, e não uma seção a ser considerada separadamente.

  1. O papel do escravo (3:22-25). Nos dias de Paulo, o escravo era uma propriedade, mas o escravo cristão era uma pessoa, a quem recebiam como irmão (Fm 16). O apósto-lo não procura transtornar imediatamente a ordem social existente por meio de ação violenta. Mas condena sua estrutura nociva injetando princípios cristãos na sociedade civil. Estes princípios funcionaram como levedura na massa, e acabaram penetrando a totalidade da sociedade e transformando-a segundo o estilo de Cristo. Por isso, os ser-vos (22), como cristãos, devem sossegar e obedecer em tudo a vosso senhor (Rm 13:1ss.). Em nenhuma parte, Paulo insinua desobediência à autoridade civil, embora seus companheiros apóstolos apoiassem o princípio sob certas circunstâncias (Act 5:29). Dizendo que esta é a vontade de Deus, Paulo aconselha respeito pela lei e pela ordem. Sua recomendação é obediência ao direito civil; mas onde quer que haja males, seu parecer é transformá-los por meios ordeiros (4.1). A palavra grega traduzida por ser-vindo só na aparência é, talvez, de cunhagem de Paulo.' Indica interesse e obediên-cia somente quando o senhor está olhando.' Phillips traduz em simplicidade de co-ração por "como expressão sincera de sua devoção ao Senhor" (CH). Temendo a Deus é agradá-lo e, com isso, a pessoa se satisfaz (1.12). O galardão (24) não é tanto em termos de coisas materiais quanto em termos de aprovação de Deus. Cristo é o Se-nhor (Dono) dos senhores, pois eles o servem de verdade quando vivem de acordo com este ensino (17).

O versículo 25 revela a lei da recompensa divina. A injustiça é punida uniformemen-te, sem acepção de pessoas, escravos e senhores da mesma maneira.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Colossenses Capítulo 3 versículo 22
A escravidão era parte da organização social de todos os povos dessa época. O NT ensina que, em Cristo, já não importa ser livre ou escravo (Gl 3:28; Ef 6:8; Cl 3:11) e que todos devemos servir, por amor, aos demais (conforme Mt 20:25-28 e paralelos). Aqui, é recomendado aos escravos servir com sinceridade e, aos amos, tratar os seus escravos com justiça e eqüidade. Conforme também Ef 6:5-9; 1Tm 6:1-2; Tt 2:9-10; 1Pe 2:18-25.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Colossenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 25
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3.1—4.6 O caminho para a maturidade não é a via de revelações secretas ou de disciplinas auto-punitivas. Ele consiste em compreender e em viver com base na morte e ressurreição do crente “com Cristo” (3.1). Os colossenses têm uma noção falsa da realidade celestial, o que, ironicamente, os conduz a esforços infrutíferos no plano terreno.

* 3.1 se fostes ressuscitados juntamente com Cristo. Note as proposições de ação paralelas nessa seção: os crentes morreram com Cristo (v. 3; 2.11, 12,
20) e foram ressuscitados juntamente com ele (v. 1; 2.12,13); estão com Cristo no céu (v. 3; Ef 2:6) e estarão com ele em sua volta (v. 4); despiram-se "do velho homem” (v. 9) e revestiram-se "do novo homem” (v. 10). As instruções de Paulo quanto a comportamento vêm somente depois de sua descrição acerca da redenção que Deus outorgou ricamente ao seu povo (2.6,7, nota). Obediência é uma resposta ao favor de Deus e não um meio de obtê-lo.

assentado à direita de Deus. Um tema crucial e triunfante em o Novo Testamento (At 2:33-35; 5.31; 7.55, 56; Rm 8:34; Ef 1:20; Hb 1:3, 13; 8:1; 10:12; 12:2; 1Pe 3:22; Ap 3:21).

* 3.3 oculta juntamente com Cristo, em Deus. Alguns entendem isso no sentido de que a nova vida do cristão não é óbvia para os outros, estando, assim, “oculta” ou encoberta. Entretanto, uma comparação com 2.3 mostra que há mais do que isso em consideração. O crente está inseparavelmente unido com Cristo (Jo 6:51-58, nota; conforme Gl 2:20). A realidade plena da nova vida ainda não está inteiramente revelada, mas, estando “oculta juntamente com Cristo, em Deus”, a nova vida é certa em Cristo. O que Deus graciosamente deu nem homem nem anjo pode tirar (Jo 10:29).

* 3.4 Quando Cristo... se manifestar. Nessa seção (vs. 5-11), a ética tem a expectativa da volta de Cristo como centro.

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3.5 Fazei, pois, morrer. A primeira de uma série de imperativos relativos à conduta que prosseguem até 4.6. Embora Paulo rejeite o ascetismo legalista, ele convoca os crentes a se tornarem na prática aquilo que eles são em princípio: mortos para o pecado e vivos para Deus (Rm 6:1-14). Há um modo de vida incompatível com a vida em Cristo e Paulo requer um rigoroso afastamento dessa vida antiga. No v. 5, ele relaciona cinco vícios; quatro dos quais relacionados com sexo, o quinto é a ganância; no v. 8, relaciona outros cinco vícios, todos relacionados com ira e linguagem ofensiva.

* 3.7 nessas mesmas coisas andastes vós também. Isto é, antes de terem sido trazidos “para o reino do Filho” a quem Deus ama (1.13).

* 3.10 novo homem. Em Cristo, o segundo Adão de Deus (1Co 15:20-28, 45-49), a raça humana é reconstituída. Cada um dos atributos que Paulo registra no v. 12 pode ser relacionado ao caráter de Deus em geral, ou a Cristo especificamente. Isso demonstra quão literalmente Paulo entendia a idéia de os crentes revestirem-se da “imagem” do seu Criador. Ver “A Imagem de Deus” em Gn 1:27.

* 3:11 Esse versículo foi provavelmente escrito visando o exclusivismo dos falsos mestres colossenses. Entretanto, a unidade intercultural de todos os que pertencem a Cristo é uma idéia a que Paulo recorre sem dificuldade alguma (Gl 3:28; 1Co 7:17-24).

bárbaro. Aqueles que não falavam grego eram considerados não civilizados pelos gregos.

cita. Conforme a reputação, uma classe escrava sem cultura proveniente das tribos ao redor do Mar Negro. Os citas eram satirizados na comédia grega por causa de seus hábitos rudes e linguajar inculto. Josefo chamou-os de “um pouco melhor que bestas feras".

escravo, livre. No corpo de Cristo, distinções de posição social são irrelevantes (1Co 7:17-24). Ao mesmo tempo, como as intruções específicas de Paulo aos escravos e senhores de escravos em 3.22—4.1 deixam claro, a unidade em Cristo não infere ou preceitua uma uniformidade de função e de responsabilidade. O que importa é reconhecer que “Cristo é tudo em todos". Nas igrejas paulinas, posições sociais diferentes continuaram a existir e não foram submetidas a um processo idêntico de nivelamento. Ao invés disto, elas tornaram-se oportunidades para expressar o amor de Cristo através das fronteiras sociais tradicionais.

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3.12-14 Esses versículos esboçam as obrigações que todos os cristãos têm uns para com os outros 3:18—4.2 definirão oportunidades de serviço no âmbito de relações específicas

* 3.12 Revesti-vos. Paulo antevê os crentes vestindo-se com o caráter do Senhor mesmo. O “novo homem” do v. 10 não é algo que os crentes devam construir por seu próprio poder. Suas novas identidades tomam forma à medida que chegam a conhecer Cristo melhor, visto que ele é a imagem do Deus invisível e aquele em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos (1.15; 2.3).

eleitos de Deus, santos e amados. Opostamente ao medo que os colossenses tinham dos poderes cósmicos, os crentes desfrutam, por direito, de um claro entendimento de que Deus afiança o relacionamento deles consigo (Jo 6:37, 44, 65; 15:16; Ef 1:4, 5; Fp 1:6). Eles podem saber que foram declarados santos com base em uma justiça que não é própria deles (Rm 3:21-26; 1Co 1:2, 30) e que Deus os ama verdadeiramente, mesmo apaixonadamente (Jo 3:16; Rm 8:32; Gl 2:20; Tt 3:4; 1Jo 4:9, 10).

ternos afetos. Um relacionamento que envolve emoção e cuidado para com todos cujas vidas encontram-se machucadas e abatidas (Mt 9:36; 14:14; Rm 12:1).

bondade. Prontidão em fazer o bem, mesmo quando possa ser imerecido (Rm 2:4; Tt 3:4).

humildade. Uma atitude de submissão e prestatividade (Mc 10:45; Fp 2:1-11).

mansidão. Ou “brandura” no oferecimento de ajuda, uma abordagem não-coerciva para encorajar mudança na vida de outros (Mt 11:29; 2Co 10:1; Gl 6:1; 2Tm 2.25).

longanimidade. Boa vontade para agir com tolerância diante da fraqueza humana (Rm 2:4; 1Tm 1:16).

* 3.13, 14 Ver Ef 4:32—5.2, onde Paulo apresenta claramente o exemplo deixado pelo modelo redentor da obra de Cristo como o fundamento da tolerância, perdão e amor cristão.

* 3.15 paz de Cristo. Em sua prática de amor, perdão e bondade, a comunidade cristã deve ser uma vitrina da reconciliação e paz que Cristo trouxe entre o céu e a terra (1.20-22; 2.14,15) e entre uma humanidade dividida (vs. 11, 13).

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3.16 Habite, ricamente, em vós. Uma vez que o crente está unido com Cristo (3.3, nota), não somente a “palavra de Cristo", mas Cristo mesmo vive nos corações dos fiéis (Gl 2:20; Ef 3:17; conforme Rm 8:9). Com a sabedoria de Deus assim presente (3.3; conforme 1Co 1:30), as exigências éticas do amor cristão podem ser vivenciadas em todas as áreas da vida, incluindo as responsabilidades diárias revistas em 3:18-4.6.

instruí-vos e aconselhai-vos. A primeira metade desse versículo recorda e enfatiza 1.28. No mútuo ministério dos colossenses, a palavra de Cristo será tão eficaz quanto a presença do próprio apóstolo.

salmos, e hinos, e cânticos espirituais. Na tradução grega do Antigo Testamento, os três substantivos usados nessa frase são freqüentemente sinônimos. Não é provável que em Colossenses designem três tipos distintos de cântico (Ef 5:19). Ver nota teológica "A Música na 1greja", índice.

* 3.17 E tudo o que fizerdes... fazei-o em nome do Senhor Jesus. Ver “O Modelo de Deus para o Culto” em 13 16:29'>1Cr 16:29.

* 3.18, 19 Ver nota em Ef 5:22-32; “A Família Cristã” em Ef 5:22.

* 3.20, 21 Ver notas em Ef 6:1-4.

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3.22—4.1 Essa abordagem em relação a escravo e livre em Colossenses deve-se, provavelmente, ao tema da carta a Filemom. Onésimo era um escravo fugitivo que Paulo estava enviando de volta com uma carta ao seu proprietário Filemom. Onésimo estava acompanhando Tíquico com a carta aos colossenses (4.7-9), e eles provavelmente levavam consigo também a carta a Filemom (Introdução a Filemom).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Colossenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 25
3.1ss No capítulo 2, Paulo expõe as razões errôneas para a auto negação. No capítulo 3, explica a verdadeira conduta cristã: revestir-se com a nova natureza, aceitando a Cristo, e deixando morrer a antiga natureza. Trocamos nossa conduta moral e ética ao deixar que Cristo viva em nós, de modo que possa nos moldar para o que devemos ser.

3:1, 2 "Procurar as coisas de acima" significa lutar por pôr as prioridades celestiales na prática diária. "Procurar as coisas de acima" significa preferir o eternal antes que o temporal. Vejam-se Fp 4:9 e Cl 3:15 para mais detalhe a respeito das leis de Cristo em nossa mente e coração.

3:2, 3 "Porque morrestes" significa que nosso desejo por este mundo deveria ser como o de uma pessoa morta: insignificante. O verdadeiro lar dos cristãos é onde Cristo vive (Jo 14:2-3). Esta verdade nos dá uma perspectiva diferente em nossas vidas aqui na terra. "Pôr a olhe nas coisas de acima" significa olhar a vida da perspectiva de Deus e fazer o que ao agrada. Este é o antídoto para o materialismo. Obtemos a perspectiva apropriada dos bens materiais quando os vemos da mesma maneira em que Deus os vê. quanto mais consideremos o mundo a nossa ao redor da maneira em que Deus o faz, quanto mais viveremos em harmonia com O. Não devemos nos apegar muito a aquilo que é sozinho temporal.

3:3 O que significa que a vida do crente está "escondida com Cristo em Deus"? Escondida significa oculta e segura. Não é só um desejo futuro a não ser um fator já consumado. Nosso serviço e conduta não ganham nossa salvação, mas são conseqüência dela. Esteja tranqüilo que sua salvação é segura e viva cada dia para Cristo.

3:4 Cristo nos dá poder para nos ajudar a viver pelo agora, e nos dá esperança para o futuro: O virá outra vez. No que fica deste capítulo, Paulo explica como deveriam viver os cristãos agora a fim de estar preparados para a volta de Cristo.

3:5 Devêssemos nos considerar mortos e insensíveis à fornicação, impureza, paixões desordenadas, maus desejos e avareza. Assim como os ramos doentes de uma árvore, estas práticas devem ser cortadas antes de que nos destruam. Devemos fazer cada dia uma decisão conscienciosa para tirar algo que sustente ou alimente estes desejos e depender do poder do Espírito Santo.

3:6 "A ira de Deus" se refere ao julgamento divino por esta conduta, que terminará com o castigo da maldade. Quando for tentado a pecar recorde, um dia deverá estar frente a Deus.

3.8-10 Devemos tirar de nós toda prática de maldade e imoralidade. Logo poderemos nos encomendar o que Cristo ensina. Paulo apelava ao compromisso feito pelos crentes e os insistia a permanecer fiéis a sua confissão de fé. Deviam despojar-se da velha vida e revestir-se da nova forma de viver que Cristo lhes dava e deixar-se guiar pelo Espírito Santo. Se tiver estabelecido tal compromisso, mantém-se você fiel ao?

3:9 Mentir os uns aos outros interrompe a unidade e destrói a confiança. Derruba as relações e pode conduzir a sérios conflitos em uma igreja. Por isso não exagere nem faça correr um rumor ou intriga, ou diga algo para edificar sua própria imagem. Comprometa-se a dizer a verdade.

3:10 O que significa "revestido do novo"? Significa que sua conduta deveria estar acorde com sua fé. Se você for cristão deveria atuar em forma coerente. Ser cristão é mais que fazer boas decisões e ter boas intenções, significa tomar o caminho correto. Este é um passo singelo, tão simples como ficar sua roupa.

3:10 O cristão está em um programa de educação contínua. quanto mais conhecemos de Cristo e de sua obra, major será a mudança em nossas vidas para ser semelhantes ao. Já que este processo é de por vida, nunca deveríamos deixar de aprender e obedecer. Não há justificação para ficar atrás, mas sim mas bem, uma motivação para nos enriquecer ao crescer no. Isto requer prática, revisão, paciência e concentração para nos manter em concordância com sua vontade.

3:11 A igreja cristã não deveria ter barreiras de nacionalidade, raça, educação, nível social, riqueza, sexo e poder. Cristo derrubou todas as barreiras e aceita a toda pessoa que vem ao. Nada devesse impedir que falemos de Cristo ou que aceitemos a alguém em nossa comunidade (Ef 2:14-15). Os cristãos deveriam aproximar-se à tarefa de construir pontes e não muros.

3.12-17 Paulo nos oferece uma estratégia para nos ajudar a viver para Deus cada dia: (1) imitar o espírito perdonador e misericordioso de Cristo (3.12, 13); (2) deixar que o amor guie nossa vida (3.14); (3) permitir que a paz de Cristo governe nosso coração (3.15); (4) ser sempre agradecidos (3.15); (5) tomar em conta a Palavra de Deus sempre (3.16); (6) viver como representantes de Cristo (3.17).

3:13 A chave para perdoar a outros é recordar o muito que Deus nos perdoou. É-lhe difícil perdoar a alguém que se equivocou um pouco, quando Deus lhe perdoou tanto? Pensar no perdão e o amor infinito de Deus pode nos ajudar a amar e perdoar a outros.

3:14 Todas as virtudes que Paulo nos anima a desenvolver se vinculam perfeitamente entre si por amor. Na medida que nos revestimos delas, o último objeto que devemos nos pôr é o amor, o qual mantém a todas as demais em seu lugar. Praticar uma lista de virtudes sem praticar o amor, pode-nos conduzir a uma distorção, fragmentação e estancamento (1Co 13:3).

3:14, 15 Os cristãos devessem viver em perfeita harmonia. Isto não significa que não devam existir opiniões distintas mas sim os cristãos devessem trabalhar juntos em amor, além de suas diferenças. Dito amor não é um sentimento a não ser uma decisão de satisfazer as necessidades dos outros (veja-se 1 Corintios 13). Isto conduz à paz entre os indivíduos e entre os membros do corpo de crentes. Os conflitos em sua relação com outros cristãos, motivam conflitos públicos ou silêncio mútuo? Considere o que pode fazer para sanar sortes relações em amor.

3:15 A palavra governar provém da linguagem que empregam os atletas. Paulo nos diz que devemos deixar que a paz de Cristo seja o árbitro em nossos corações. Nossos corações são o centro de conflito porque ali nossos sentimentos e desejos se opõem: nossos temores e esperanças, nosso receio e confiança, nosso zelo e amor. Como podemos enfrentar estes conflitos constantes e viver na forma que Deus quer? Paulo explica que devemos decidir entre elementos conflitivos em apóie à paz: que eleição promoverá paz em nossas almas e em nosso Iglesias? Para mais detalhe a respeito da paz de Cristo, veja-se Fp 4:9.

3:16 Embora os cristãos primitivos tiveram acesso ao Antigo Testamento e o usaram com liberdade, não tinham a seu alcance o Novo Testamento nem nenhum outro livro cristão para estudar. Suas histórias e ensinos a respeito de Cristo foram memorizadas e transmitidas de pessoa a pessoa. Algumas vezes lhe pôs música, por isso esta deveu ser uma parte importante na adoração e educação cristãs.

3:17 "Façam tudo no nome do Senhor Jesus" significa dar honra a Cristo em cada aspecto e atividade de nosso jornal viver. Como cristão, você representa a Cristo sempre: em qualquer lugar que vá ou no que diga. Que impressão tem a gente de Cristo quando o vêem ou falam com você?

3.18-4.1 Paulo descreve três relações: (1) maridos e algemas, (2) pais e filhos, e (3) amos e servos. Em cada caso há responsabilidade mútua para submeter-se e amar, para obedecer e estimular, para trabalhar arduamente e ser justo. Examine a relação que existe em sua família e em seu trabalho. relaciona-se você com outros como Deus o tenta? Veja-se Efesios 5:21-6.9 para instruções similares.

3:19 O matrimônio cristão envolve submissão mútua, subordinação de nossos desejos pessoais ao bem do ser amado e nos submeter nós mesmos a Cristo como Senhor. Veja-se mais sobre submissão nas notas a Ef 5:21-33.

3.20, 21 Os filhos devem ser tratados com cuidado. Eles necessitam disciplina firme administrada em amor. Não os à parte mediante rezongos, brincadeiras ou destruição de sua auto-estima a tal ponto que se desalentem.

3.22-4.1 Aqui Paulo não condena nem comuta a escravidão, mas sim explica que Cristo vai além das divisões humanas. Aos servos lhes diz que devem trabalhar duro como se seu amo fora Cristo mesmo (3.22-25); mas os amos devem ser justos e retos (4.1). Possivelmente Paulo estava pensando especificamente no Onésimo e Filemón: o escravo e o amo cujo conflito se expõe na epístola a este último. Filemón era dono de escravos na igreja do Colosas e Onésimo tinha sido seu escravo (4.9).

3:23 Da criação, Deus nos deu trabalho para fazer. Se pudéssemos considerar nosso trabalho como um ato de louvor ou serviço a Deus, então eliminaríamos a sensação de aborrecimento e abulia que às vezes sentimos em nossa rotina diária. Se pudéssemos tratar nossos problemas trabalhistas como o custo do discipulado, poderíamos trabalhar sem queixa nem ressentimento.

PECADOS 5ERSUS ASSINALE DE AMOR

Pecados de atitude e conduta sexual

Maus desejos

Fornicação

Impureza

Paixões desordenadas

Avareza

Pecados de expressão verbal

Ira

Irritação

Malícia

Blasfêmia

Palavras desonestas

Sinais de amor

Misericórdia

Benignidade

Humildade

Mansidão

Paciência Perdão

Em Cl 3:5 Paulo nos diz que nos consideremos mortos à lista 1. Em 3.8 diz que devemos evitar a lista 2. Em 3.12 nos diz que devemos praticar a lista 3. A lista 1 tem que ver com pecados de atitude e conduta sexual, os quais são particularmente destrutivos pelo que fazem para destruir qualquer grupo ou igreja. A lista 2 trata os pecados que se cometem ao falar, estes são os que rompem relações. Na lista 3 encontramos atitudes e condutas que constróem relações. Nós, como membros do corpo de Cristo, devemos viver acorde com elas.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Colossenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 25
5. A vida obriga (3: 1-4)

Emancipação traz a liberdade, mas também traz novas obrigações. Aqueles que experimentaram uma ressurreição espiritual com Cristo estão a ser exercido, não na vã filosofia, mas nas coisas de Deus. Um cristão deve ser orientada apenas com referência a Cristo e as coisas que são de cima. Depois de apontar para o passado (v. Cl 3:3 ), Paulo aponta para o futuro (v. Cl 3:4 ). Ele primeiro faz enfático ao dizer que a nossa vida é dependente de Cristo. Ele então diz que Cristo deve ser abertamente dado a conhecer na parusia , o Segundo Advento. Nesta revelação de Cristo, o crente que tem mantido sua fé será igualmente exibido abertamente com o Cristo vitorioso. Com essa perspectiva, tendo em conta Paulo procura dissuadi-los de correr após falsos Messias, muitas vezes pensando que o próprio Cristo não é adequada. Paulo está dizendo que não há benefícios adicionais fora de Cristo. A vida cristã não é algo negativo, não é simplesmente a libertação de alguma coisa, mas a libertação de alguma coisa. Não só estamos não se envolver em práticas anteriores, mas participam ativamente de pensamento e de trabalho consistentes com uma nova vida.

III. Poder para uma vida santa (Cl 3:5)

5 Exterminai, portanto, os vossos membros que estão sobre a terra: fornicação, impureza, paixão, desejo maligno ea avareza, que é idolatria; 6 para as quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência: 7 em que também vós andou uma vez, quando vos viveu nestas coisas; 8 mas agora fazei vós também colocá-los de tudo isto: ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca: 9 mentira não uma à outra; pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos,

1. "Os seus membros" (Cl 3:5) . Incluído nas coisas que devem ser repudiadas é a prática de falsidade. Em muitas culturas, não é considerado errado mentir. Provavelmente era novidade para estes colossense converte que mentir estava errado.

4. O "Velho" (Cl 3:9 , onde é por vezes referido como a "velha natureza" (RSV). Outro aspecto do termo ocorre em Rm 6:6 ). Sin é falado como um tirano. Assim, o homem velho é uma personificação da forma do pecador da vida e do pensamento. Por que então a Paulo tem que lidar com o velho se ele já foi tratado na conversão? A resposta é que parece haver um desfasamento entre a conversão de uma ea implementação ética dele. Um polígamo pode não perceber o errado em poligamia por algum tempo depois de sua conversão. O mesmo é verdade para o uso de tabaco ou outros hábitos parasitárias. Foi algum tempo antes que os tessalonicenses convertidos percebeu que a prostituição era errado (1Ts 4:3)

10 e vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou: 11 , onde não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; mas Cristo é tudo em todos.

12 -vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, 13 suportando-vos mutuamente, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também: 14 e acima de todas essas coisas colocar no amor, que é o vínculo da perfeição. 15 E a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, para a qual também fostes chamados em uma só corpo; e sede agradecidos. 16 A palavra de Cristo habite em vós abundantemente; em toda a sabedoria e admoestando uns aos outros, com salmos e hinos e cânticos espirituais, cantando com graça em vosso coração a Dt 17:1
)

Na conversão, o novo homem é colocada em da mesma forma que as roupas novas são colocadas. A renovação é nas áreas de conhecimento espiritual e conduta ética. Neste distinções de renovação entre judeu e grego, escravos e libertos, são obliterados;todos estão em um terreno comum antes de Cristo. O evangelho faz fora destas diversas pessoas uma "nova raça", para usar uma frase famosa de Adolph Harnack.

2. O amor faz com que todo (Cl 3:14)

Três verbos curtos são importantes neste "set" chapter- (v. Cl 3:2 ), "put" (v. Cl 3:12 ), "vamos" (v. Cl 3:15 ); todos os comandos são positivos. O put on do versículo 12 está em contraste com a put off do versículo 9 . Da mesma forma as virtudes que devem ser colocados em estão em nítido contraste com os "membros" que estão a ser "adiadas" (v. Cl 3:5 ). A lista de virtudes aqui é semelhante ao que em Gl 5:22 . Eles constituem o "fruto do Espírito" e são caracterizados pela ternura, mansidão, paciência e humildade. Em vez de ter brigas e ressentimentos nutritivas eles são de deixar e perdoar uns aos outros. A base para esta treament é o fato de que Deus os perdoou. Se Deus pode perdoá-los, eles vão ser justificada em perdoar aqueles que o errado eles. À luz do grande fato do perdão divino nenhum destinatário dessa misericórdia deve negá-la a outro ser humano. Coroando esta lista de virtudes é o amor (ágape ). Esse amor divino é o capitão dessas virtudes e os une, integrando-os no cristão maduro. Ele é "aquele em que todas as virtudes são tão unidos que o afeto é o resultado" (JH Thayer). É difícil ter o perfeito amor onde há desunião e discórdia. Da mesma forma, é difícil ter discórdia continuar onde o amor perfeito está em ascensão.

3. "Tudo por Jesus" (3: 15-17)

O apóstolo está determinado a manter a atenção de seus leitores sobre Cristo. Assim, ele fala da paz de Cristo, a palavra de Cristo, o nome de Cristo. Em tempos de conflito e tumulto a paz de Cristo é o árbitro entre as facções em conflito. Problemas devem ser resolvidos à luz dessa paz enviado por Deus. Eles são exortados a receber ansiosamente a palavra de Cristo; é comparável à "palavra ingrafted" (Jc 1:21 ). A palavra de Cristo é mediada através da pregação do evangelho, através das Escrituras, e através da adoração pública. O canto dos salmos foi obviamente costume entre as primeiras comunidades cristãs (Mt 26:30 ). Hinos parecem ter sido mais distintamente cristã na natureza, por Justino Mártir fala de cantar hinos a Cristo como Deus. cânticos espirituais ou "odes espirituais" são, talvez, "composições desenvolvidas por indivíduos talentosos." Estes podem ser análogo ao canções folclóricas em que um indivíduo dotado leva uma linha congregação sobre linha, algo após o padrão de negro spirituals. Cantando alegre é uma das características da Igreja evangélica de Cristo. A boa notícia traz o elixir da vida que emite luz em canção.

Ao concluir esta seção de exortações gerais o Apóstolo dá critérios pelos quais cada palavra e ação pode ser julgada. Pode ser feito em nome de Jesus? Pode ser feito com ações de graças? Pode ser feito para a glória de Deus? Esta pedra de toque vai resolver muitos problemas com referência a práticas duvidosas. Pedro Cart-Wright, pioneiro pregador metodista, foi convidado a participar de uma dança na taberna onde ele estava passando a noite. Como Cartwright deu um passo para o chão ele disse a seu parceiro que ele nunca fez nada sem orar sobre isso. Diante disso, ele caiu de joelhos e rezou tão eficaz que a dança se separou e um avivamento resultou.

O essencial a ser observado é o senhorio de Cristo. Este tema continua sobre para as relações familiares mais específicos discutidos no próximo parágrafo.

C. O Lar Cristão (3: 18-4: 1)

18 Vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos, como convém no Senhor. 19 Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não vos irriteis contra elas. 20 Filhos, obedecei a vossos pais em todas as coisas, por isso é bem agradável no Senhor . 21 pais, não provoqueis vossos filhos, para que não fiquem desanimados. 22 Servos, obedecei em tudo a vossos senhores segundo a carne; não com olho-serviço, como para agradar aos homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor: 23 façais outra qualquer coisa, de todo o coração, como para o Senhor e não aos homens, 24 sabendo que do Senhor recebereis como recompensa da herança; servi o Senhor Jesus Cristo. 25 Pois quem faz injustiça receberá a paga da injustiça que fez; e não há acepção de pessoas.Um mestrado, dai a vossos servos o que é justo e igual; sabendo que também vós tendes um Senhor no céu.

1. marido e mulher Relationships (Cl 3:18 , 19)

A palavra-chave nessa passagem é em sujeição (hypotassesthe ). A sujeição solicitado pelo apóstolo não é, uma submissão servil abjeta; é qualificado pela frase como convém no Senhor . A sujeição da mulher não deve ser tão completa, por exemplo, como para fazer com que ela repudiar Cristo se solicitados a fazê-lo, um marido incrédulo beligerante. Os maridos não são para se pronunciar sobre as suas casas com a tirania autocrática. Em vez disso, eles devem estar em sujeição a suas esposas, no sentido de que eles são a amá-los. O amor que o marido é prestar um amor (ágape) que inclui a discriminação, a apreciação e escolha, bem como afeto. Além disso, a exortação é "não ser duro com eles."

2. pai-filho Relationships (Cl 3:20 , 21)

A obrigação dos filhos aos pais é o da obediência em todas as coisas . O verbo obey (hypakouō) significa basicamente "para ouvir", portanto, "a seguir, obedecer, estar sujeito a, ou para ouvir" (Arndt-Gingrich). Tal atitude por parte das crianças é dito ser agradável a Deus. Os pais são avisados ​​para não provocar seus filhos. Eles são para evitar dar-lhes comandos que são frustrantes. Segue-se que as ameaças ociosas não deve ser usado para intimidar, especialmente se a ameaça não for realizada. Os pais que são imaturos muitas vezes agem como provocadores, procurando mostrar a sua autoridade, intimidando seus filhos. Os pais devem evitar o assédio. Ao mesmo tempo, não é nenhuma bondade para os pais a deixar sua prole ser indisciplinado.

3. mestre-escravo Relacionamentos (3: 22-4: 1)

Paulo gasta mais espaço nesta admoestação do que sobre os outros dois. Havia muitos escravos no Império Romano e foi, provavelmente, uma maior percentagem de cristãos entre os escravos do que entre os homens livres. Isso talvez se reflete na análise de Paulo à igreja de Corinto (1Co 1:26 ). O mesmo poderia ser duplicada em muitas sociedades. Muitas vezes, pode-se ganhar adeptos mais facilmente de quem tem pouco a perder. Além disso, o Novo Testamento deixa enfático ao dizer que Deus tem um interesse especial nos pobres e desfavorecidos. Quando o fermento do evangelho da graça é no trabalho em vidas que muitas vezes desperta aspirações para coisas mais elevadas e às vezes pode ser um fator contribuinte para a revolução. Assim foi no Camponês Revolta no século 16. Os primeiros líderes da Igreja teve que dirigir com cuidado para que seus convertidos interpretar sua recém-descoberta liberdade em Cristo como uma licença para a rebelião. Seria particularmente doloroso para um servo temente a Deus para obedecer a um mestre lascivo, depravado, e sem Deus. Paulo diz a esses escravos que eles estão a fazer o seu trabalho fielmente como se estivessem trabalhando para Deus. Em recompensa por isso, eles são a garantia de uma bênção de Deus. Enquanto eles não podem esperar para receber recompensa do mestre terrestre, podem a partir de Cristo. Na realidade, o seu serviço é prestado não ao mestre humano sozinho, mas também a Cristo. Por outro lado, o escravo que faz o mal receberá um castigo do Senhor. Para o servo cristão, portanto, a obediência ao mestre é uma virtude.

Paulo tem uma palavra para os senhores de escravos também. Eles devem ser justa e igualitária em lidar com escravos. A base para isso é o fato de que esses senhores de escravos são eles próprios escravos de Cristo. Em outras ocasiões, Paulo lembra aos escravos que eles são homens livres de Deus e ele lembra os homens livres que são escravos de Deus (Ef. 6: 9 ). Assim, o evangelho exerceu uma influência nivelamento em uma sociedade estratificada, o resultado final do que foi a de colocar todos os homens com a mesma base, todos eles servos do Senhor Jesus. As implicações deste princípio para a atual luta pela igualdade de oportunidades para todas as classes é óbvio.

Assim que Paulo delinear sua concepção do lar cristão. É uma casa caracterizada pelo respeito mútuo, por uma reciprocidade em que cada um reconhece sua obrigação para com o outro. A autoridade centra no marido, mas a sua autoridade não é absoluta.Todo relacionamento deve ser permeada pelo espírito de Cristo, por uma consciência de que cada membro do agregado familiar é um amor-escravo de Cristo.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Colossenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 25
Cristo tem de ter supremacia tam-bém em nossa vida, não apenas no evangelho, na cruz, na criação e na igreja. Paulo deixa muito claro como devemos praticar a suprema-cia de Cristo.

  • Na pureza pessoal (3:1-11)
  • "Portanto, se fostes ressuscitadosjun- tamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto" (v. 1)! Em outras palavras, faça com que suas práticas terrenas sejam dignas de sua posição celes-tial. Antes, você estava morto no pecado (Ef 2:1-49), mas agora você está morto para o pecado. Cristo, a esperança da glória (1:27), está em você, e, em um dia não muito dis-tante, essa glória se revelará (v. 4). Em suma, Paulo diz para você viver de acordo com o que Cristo tem fei-to por você! Esse princípio simples da vida cristã é mais poderoso que todas as regras e regulamentações que o homem possa inventar. "Re-cebemos a plenitude" nele (2:10, NVI); agora, vivamos essa plenitude em nossa vida diária.

    As religiões orientais, as gregas e as romanas falavam pouco, ou nada, a respeito de santidade pes-soal. Ninguém achava que a pessoa que trouxesse sacrifícios, orasse e saísse dali para cometer pecados terríveis fosse inconsistente. No cris-tianismo, não é assim! A nova vida interior exige uma nova vida exte-rior. Uma vez que morremos com Cristo, devemos fazer morrer (v. 6) nosso comportamento impuro (veja Rm 6:02ss e 1Pe 3:03ss, a li-derança do marido na família é um reflexo da liderança de Cristo na igreja.

    Os filhos devem obedecer aos pais por causa de Cristo, a fim de agradar ao Senhor. É triste quando os filhos, cristãos confessos, rebe-lam-se contra os pais e, assim, pe-cam contra Cristo e a igreja. Os fi-lhos cristãos precisam viver de acor-do com sua alta posição em Cristo como membros do corpo dele.

    Como nossa família seria aben-çoada se cada membro dela disses-se: "Viverei cada dia para agradar a Cristo e fazê-lo soberano em todas as coisas". Haveria menos egoísmo e mais amor; menos impaciência e mais brandura; menos desperdício de dinheiro em tolices e uma vida mais voltada para as coisas mais im-portantes.

  • No trabalho diário (3:22—4:16)
  • Na época de Paulo, os servos eram ligados à casa em que serviam, mas podemos aplicar essas mesmas ver-dades aos empregados e aos em-pregadores cristãos de hoje. Paulo lembra aos servos que têm o senhor segundo a carne e também o Senhor celestial, Cristo. O empregado cristão deve trabalhar para honrar e agradar a Cristo. No versículo 22, a pala-vra "vigilância" refere-se a trabalhar quando o empregador vigia. Mas, não esqueçamos: o Senhor celestial está sempre de vigília! Não temos de agradar aos homens, mas a Cristo.

    "Singeleza de coração" refere se ao coração voltado para um ob-jetivo — agradar a Cristo. E uma bênção saber que, na verdade, os empregados cristãos são ministros de Cristo quando operam suas má-quinas, usam suas ferramentas, di-rigem seus caminhões ou desem-penham suas tarefas, qualquer que seja a vocação que tenham.
    O trabalho deve ser feito de coração: "Fazei-o de todo o cora-ção, como para o Senhor"! O tra-balho feito com indiferença é um testemunho estéril. Em seu retorno, Cristo julgará o trabalhador infiel, indiferente, portanto convém que, por causa de Cristo, todos façamos nosso melhor em tudo.

    Os empregadores também de-vem dirigir seus negócios como cristãos. Não é certo o empregador cristão pagar pouco a seu emprega-do cristão, porque todos eles estão em Cristo. Ele deve pagar-lhe o que é justo e eqüitativo. E um desafio para o empregador cristão pôr Cris-to em primeiro lugar nos negócios nesses dias de acordos sindicais, de regulamentações governamentais e de mercado competitivo, mas Deus promete honrar o crente que faz isso. O empregador que põe Cristo em primeiro lugar e dá primazia a ele pode encarar seu Senhor de co-ração limpo.
    Muitos cristãos regozijam-se com as grandes doutrinas dos capí-tulos 1—2, mas ignoram as obriga-ções dos capítulos 3—4. O crente que leva uma vida superficial e de-sobediente não acredita realmente que Cristo é tudo de que precisa-mos. O cristão que depende do ca-beça — seu Salvador ressurreto e glorificado — desfruta a vida cristã madura em sua plenitude.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Colossenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 25
    3.1,2 Buscai... pensai... Toda nossa ambição além da morte seria descobrir e explorar as riquezas nas regiões celestiais (Ef 1:3). Deve ser nossa aspiração agora.

    3.3,4 Já que morremos com Cristo, a nossa vida nova está oculta nele e Ele em Deus. Quando Cristo voltar, o nosso estado glorioso será manifesto (conforme 1Jo 3:2).

    3.5 Mortos com Cristo na cruz e, pessoalmente, juntados simbolicamente com Ele no batismo (conforme 2,13) são as verdades fundamentais que dão força para matar (gr nekrõsate) o velho homem na vida diária. A morte da velha natureza que se manifesta nos desejos ilícitos e pecados da língua (vv. 8, 9; conforme Jc 3:1-59) se realiza por abnegação ("tome a sua cruz") e obediência a Cristo ('siga-me", Mc 8:34).

    3:8-10 A imagem de Deus (conforme Gn 1:27) é recriada no crente pela aplicação da obra de Cristo na vida. Nós podemos despojar o "velho homem" somente porque Cristo despojou o "corpo da carne" (2,11) e os "principados e potestades" (2.15).

    3.1 O novo homem é personalidade de Cristo criada no crente pelo Seu Espírito (Gl 2:20). Desta forma é recriada a imagem de Deus na qual Adão foi originalmente criado (Gn 1:27). O pecado desfez a imagem; a nova vida compartilhada por Cristo (o Segundo Adão e perfeita imagem de Deus) a refaz.

    • N. Hom. 3:11-17 Quando Cristo é tudo em todos:
    1) As divisões desaparecem (v. 11); 2)
    As mais apreciadas qualidades aparecem (v. 12);
    3) A compreensão e o perdão têm êxito (13);
    4) O amor une a todos (v. 14);
    5) A paz e a gratidão dominam o coração (v. 15);
    6) A vida se torna exemplar aos outros (v 16);
    7) Deus é plenamente glorificado (v 17).
    3.12 Eleitos... santos e amados. "Estes três termos são transferidos da Velha Aliança para a Nova, do Israel segundo a carne ao Israel segundo o Espírito" (Lightfoot).

    3.17 Em nome do Senhor Jesus. Este versículo deve ser comparado com a exortação aos escravos (vv. 23, 24). A frase significa falar e agir como os que levam a nome digno de Cristo, assim como o filho é reconhecido pelo nome do pai.

    3.18 No Senhor. As exortações práticas dos versos 18:4-1 visam a nova relação mútua com Cristo dentro do Seu Corpo, a Igreja (conforme Ef 5:21n).

    3.22 Sob vigilância (gr ophthalmodouliais, lit. "serviço de olhos"). É a primeira vez que aparece e bem pode ser uma palavra criada por Paulo (conforme Ef 6:6). Significa servir sem vontade ou ânimo.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Colossenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 25

    6) Nossa vida com Cristo (3:1-4)

    O apóstolo agora desenvolve o seu ensino ético, edificando, como é seu costume, a sua superestrutura moral sobre um sólido fundamento doutrinário. O tema do restante da carta é um simples desafio a eles para que se tornem na experiência o que pela graça de Deus já são: “Vocês ressuscitaram com Cristo, ele argumenta, portanto deixem que os seus pensamentos e aspirações se elevem ao mesmo nível, para que seus alvos sejam atingidos em Cristo, e a sua conduta caracterizada pela sabedoria celestial. Ao compartilharem da morte dele, vocês também compartilham da sua ressurreição com uma nova vida cuja perspectiva eterna o mundo não consegue entender. Porque sua vida está unida com Cristo, a futura manifestação dele também será de vocês”. Paulo escreve em linhas um tanto semelhantes em Fp 3:19,Fp 3:20; lá é para censurar a sensualidade, aqui o asceticismo.

    IV. A VIDA CRISTÃ EM AÇÃO (3.5—4.6)

    1) Despir-se do velho (3:5-11)
    v. 5.façam morrer, o argumento de Paulo continua como segue: “Apesar da sua vida celestial, vocês estão vivendo agora na terra e, portanto, estão com algum grau de tensão. Há de fato espaço para o asceticismo cristão, mas esse é interior, e não exterior, que é a renúncia das propensões pertencentes à velha vida”. Cinco delas são citadas, entre elas, sem dúvida, a imoralidade e a impureza, tanto no pensamento quanto nos desejos, atingindo o seu clímax na ganância igualada à idolatria. Aqui Paulo adota o mesmo padrão do Sermão do Monte, indo do ato exterior para a motivação interior, culminando no espírito de cobiça que se torna o deus da riqueza. Essas coisas não são tratadas por esforços humanos, mas pela morte, um resultado daquela incorporação com Cristo descrita nos v. 1-4, e se tornam prática pela fé (conforme Rm 6:6,Rm 6:11). Se isso deixar de acontecer, a continuação nas práticas ímpias características da velha vida de desobediência requer o julgamento, a ira de Deus, que não é nenhuma paixão impulsiva, e tampouco um mero princípio moral impessoal. E Deus que age em juízo (conforme Rm

    1.18; Ef 5:6) contra a desobediência, uma condição que uma vez tinha sido verdadeira em relação a eles. Agora eles precisam se despir dos pecados mencionados, como quando se tira um manto, e a lista anterior (v. 5) destaca a sensualidade, e esta, a falta de amor que está em desarmonia com a nova vida. Paulo trata especialmente da língua (conforme Tg

    3:2-10), mas ele deixa claro que não foram somente os hábitos ou a conduta que foram deixados de lado; é algo mais profundo, é o homem interior, o velho homem, e agora eles se revestiram do novo homem, sendo renovados na semelhança de Deus como era a intenção original (conforme Gn 1:27; 1Co 15:45; G1

    3.27). Essa renovação da mente e do espírito resulta da incorporação a Cristo; aqui todas as barreiras se vão, quer raciais, quer religiosas, quer culturais, quer sociais. O evangelho remove todas as distinções, simbolizadas tão visivelmente pelo muro divisório no templo (Ef 2:14).

    v. 5ss. “despir-se”, “vestir”, “sujeitar-se”, “vigiar e orar” estão entre as palavras-chave que se considera terem sido usadas para resumir alguns dos ensinamentos do cristianismo primitivo.

    2) Vestir o novo (3:12-17)
    Visto que os colossenses foram escolhidos para serem santos, precisam revestir-se das vestimentas da salvação, o novo manto do caráter cuja textura é compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência, pois eles são o novo Israel. Essas são as qualidades que servem para evitar o atrito e vão ajudar a resolver as suas dissensões, se é que existem, e o seu perdão vai ser encorajado pelo perdão de Cristo a eles, como se espera deles (Mt 5:9; Lc 6:36; Mt 18:33). Acima de tudo, precisam revestir-se do amor, não uma vestimenta adicional, mas um cinturão para manter no lugar as outras partes, pois é ele o elo perfeito (teleiotõs). O apóstolo, então, se refere à paz, que na carta aos Efésios tem a função do cinturão aqui representado pelo amor. Essas semelhanças parciais representam não um autor diferente, mas o funcionamento da mente do apóstolo em linhas semelhantes mas não idênticas. Aqui a paz, que em Fp 4:7 deve guardar o coração, deve ser o árbitro ou juiz, para disciplinar a mente a tomar decisões quando há conflitos de motivações ou impulsos, para promover a unidade de propósito em espírito de gratidão.

    v. 16. Eles devem permitir que a palavra de Cristo habite ricamente neles, ou, o que é mais provável, entre eles na comunidade, embora necessariamente também precise habitar o coração de cada um em particular. Dessa forma, eles vão ensinar e aconselhar uns aos outros com toda a sabedoria por meio de salmos, tendo os hinos e cânticos espirituais um valor didático (Ef 5:19). O novo convertido pode facilmente absorver conceitos teológicos de hinos cuidadosamente escolhidos, e não faltam indicações deles entretecidos no texto do NT. Entretanto, isso não deve ser um mero cântico exterior de louvor, mas precisa vir acompanhado de emoção interior, precisa vir do coração.

    v. 17. Paulo trata agora de motivações; seja em ação, seja por palavras, tudo precisa ser feito em nome de Cristo, com atitude de gratidão ao Pai. Cristãos maduros não necessitam de códigos de regras, mas somente desse princípio básico aplicado aos diversos relacionamentos, e essas aplicações são consideradas parte de um corpo bem definido de ensinamentos da catequese (conforme tb. Ef 5:22).


    3) Relacionamentos sociais (3.18— 4.1)

    A sujeição da esposa ao marido indica a hierarquia divina (conforme tb. IPe 2.18—3.7), e o que torna isso extraordinário é a sua ênfase em responsabilidades recíprocas, todas procedentes do relacionamento fundamental com o Salvador, pois eles precisam fazer o que é apropriado no Senhor. Filhos e pais também têm responsabilidades mútuas, estes de paciência, aqueles de obediência. Talvez porque tenha Onésimo em mente, Paulo trate das obrigações dos escravos em mais detalhes. Reconhecendo as distinções humanas entre senhores e escravos, ele desafia a muito mais do que um serviço meramente superficial para chamar a atenção e ganhar favor humano, mas insta à dedicação integral de coração feita como que para Cristo, pois, embora neste mundo o relacionamento senhor— escravo sobreviva, para os membros da igreja existe um relacionamento mais elevado que abarca todos debaixo de um Senhor de quem todos receberão a recompensa. Não importa a posição humana deles, todos são filhos que vão compartilhar a herança divina. Enquanto Ef 6 amplia a idéia da recompensa, aqui se destaca uma nota de advertência, e deve haver ações justas, pois não haverá favoritismo divino nem para o escravo infiel nem para o senhor injusto.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Colossenses Capítulo 3 do versículo 22 até o 23

    22,23. Servos – hoje, empregados devem trabalhar não só quando o chefe está olhando, e devido a motivação que esse olhar fornece, mas devem trabalhar com singeleza de coração, isto é, com dedicação honesta. Todo o serviço, para o cristão, é primariamente prestado ao Senhor, que julga com toda imparcialidade e justiça.


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Colossenses Capítulo 3 versículo 22
    Cl 3:22 - Esse mandamento não perpetua a escravatura?

    (Veja o que é abordado sobre Filemom 16.)


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Colossenses Capítulo 3 do versículo 18 até o 25
    IX. INJUNÇÕES CONCERNENTES À VIDA DOMÉSTICACl 3:18-51. Será que Paulo desculpa o sistema total da escravidão? Está tentando narcotizar o escravo, para este aceitar as injustiças do sistema atual em troca das recompensas prometidas no céu? Questões desta natureza são bem respondidas uma vez que colocamos as declarações do apóstolo no contexto daquela época. Perante a lei o escravo era um "bem móvel", portanto, tratá-lo com justiça parecia ridículo. E contudo, esta é a questão real levantada aqui.

    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Colossenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 25

    11. Vivendo a Ressureição ( Colossenses 3:1-4 )

    Se depois de ter sido levantado com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas coisas que estão na terra. Porque vós morrestes ea vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também será revelado com Ele na glória. ( 3: 1-4 )

    Jesus disse em Jo 17:18 : "Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo." Ele ordenou aos Seus discípulos, dizendo: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei; e eis que eu estou com você sempre, até o fim dos tempos "( Mat. 28: 19-20 ). É privilégio e responsabilidade sóbrio da Igreja para proclamar as boas novas do evangelho ", mesmo à parte mais remota da terra" ( At 1:8 ). Nós venci o mundo por meio da fé em Cristo ( I João 5:4-5 ). Apesar de existir neste mundo fisicamente, espiritualmente já somos cidadãos do céu ( Ef 2:6 ), porque "aqui não temos uma cidade permanente, mas buscamos a que há de vir" ( He 13:14 ). "A nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" ( Fm 1:3 ). Estamos no mundo, mas não do mundo. Até nos darmos conta de que a verdade básica e vivê-la, vamos ser ineficaz em alcançar o mundo com a verdade do evangelho.

    De Robert Murray McCheyne, o pastor escocês do século XIX devoto e evangelista, um amigo disse uma vez: "O homem de quem falo parecia ter se levantou para a altura total ... e ter entrado para os lugares secretos da santidade de Deus ". Quando McCheyne pregou o evangelho ", podia-se ver homens fortes, duras e severas, derreter como cera diante do fogo. Seus seios se incham e heave como se fosse explodir e todo o lugar tornou-se um lugar de carpideiras." Ele aprendeu a viver nos lugares celestiais para alcançar as almas na Terra. Ele estava cumprindo a ordem de Rm 12:2. ); Cristo está lá ( Ef 1:20. ); e nós, através da nossa união com Ele na Sua ressurreição, existem no reino celestial ( Ef 2:6 diz: "Já estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim ". Nesse versículo, o apóstolo mostra a união do crente com o Senhor, para que eles tenham uma vida compartilhada. Romanos 6:3-4 ensina a mesma verdade: "Não sabeis que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. "

    O "batismo" aqui não é a água, mas uma imersão na morte e ressurreição do Salvador. Através de sua união com Cristo, os crentes morreram, foram enterrados, e subiram com ele. Ao guardar a fé que eles tenham entrado em uma nova dimensão. Eles possuem a vida divina e eterna, que não é meramente existência sem fim, mas uma qualidade de vida celeste trouxe a eles pela habitação Senhor. Eles são, portanto, viva em Cristo para as realidades do reino divino.

    Consequentemente, os cristãos têm a obrigação de viver de maneira coerente com essas realidades. Paulo delineia as especificidades do que obrigação em Romanos 6:11-19 :

    Mesmo assim vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus. Portanto, não deixe que o pecado reine em vosso corpo mortal que você deve obedecer às suas concupiscências, e não ir em apresentar os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como vivos dentre os mortos, e os vossos membros como instrumentos de justiça de Deus. Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. E depois? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De maneira nenhuma! Você não sabe que quando você se apresentar para alguém como escravos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus que, embora tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que foram cometidos, e tendo sido libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. Estou falando em termos humanos por causa da fraqueza da vossa carne. Pois assim como apresentastes os vossos membros para servirem à impureza e à ilegalidade, resultando na ilegalidade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação.
    Esta nova vida é real e poderoso, mas assim é pecado restante. Embora ele não é mais o nosso mestre, ele ainda pode dominá-nos se não estamos apresentando-nos a Deus como servos da justiça. (Para um tratamento mais completa desse rico ensinamento, ver meus comentários sobre Romanos 6:8 em Romanos 1:8 , MacArthur New Testament Commentary . [Chicago: Moody, 1991])

    Espiritualidade, como Paulo diz em Fp 2:12 , está a trabalhar que a vida interior, o processo de viver a realidade da nossa união com Cristo. Nele temos todos os recursos necessários para viver a vida cristã (cf. 2Pe 1:3 . Ao utilizar frases tais como com Cristo ( 3: 1 ); onde Cristo ( 3: 1 ); com Cristo ( 3: 3 ); quando Cristo ( 3: 4 ); ecom Ele ( 3: 4 ), ele enfatiza novamente total suficiência de Cristo (cf. 02:10 ). Infelizmente, muitos cristãos não conseguem entender e buscar a plenitude de Cristo. Consequentemente, por não saber o que a Escritura diz, ou não aplicá-lo corretamente, eles se sentem intimidados em pensar que eles precisam de algo mais do que somente a Ele para viver a vida cristã. Eles são vítimas de falsa filosofia, o legalismo, misticismo, ou ascetismo.

    Paulo lembra aos colossenses que eles subiram com Cristo. Este é o caminho para a santidade, não é auto-negação, experiência angélico, ou cerimônia. Eles não estão mais vivendo a vida de idade que viviam antes de sua salvação, mas possuir a vida eterna de Cristo e têm sido levantadas para viver em outro plano. Eles não devem ser ignorante ou esquecido de quem eles são e como eles devem viver.Todos paixão pecaminosa é controlado e conquistado pelo poder do Cristo que habita e nossa união com Ele.

    A Responsabilidade

    continuar buscando as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas coisas que estão na terra. ( 3: 1 b, 2)

    O tempo presente de zēteō ( continuar buscando ) indica ação contínua. A preocupação com as realidades eternas que são nossas em Cristo é ser o padrão de vida do crente. Jesus colocar desta forma: "Buscai em primeiro lugar o seu reino ea sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" ( Mt 6:33. ). Paulo não está defendendo uma forma de misticismo. Em vez disso, ele deseja que a preocupação Colossenses 'com o céu governar suas respostas terrenas. Para estar preocupado com o céu é estar preocupado com Aquele que reina lá e Seus propósitos, planos, provisões, e poder. É também para ver as coisas, pessoas e acontecimentos deste mundo através de seus olhos e com uma perspectiva eterna.

    As coisas acima refere-se ao reino celestial e afia em valores espirituais que caracterizam a Cristo, como ternura, bondade, mansidão, paciência, sabedoria, perdão, força, pureza e amor.

    Quando os crentes se concentrar nas realidades do céu, eles podem realmente apreciar o mundo seu Pai celestial criou. Como o autor do hino "Eu sou dele, e ele é meu" expressou,
    Heav'n acima é azul mais suave
    Terra em torno verde é mais doce!
    Algo vive em cada matiz
    Olhos sem Cristo nunca viu:
    Aves com canções gladder o'erflow
    Flow'rs com belezas mais profundas brilhar,
    Desde que eu sei, como agora eu sei,
    Eu sou dele, e ele é meu.

    Quando os cristãos começam a viver nos lugares celestiais, quando se comprometem com as riquezas da "Jerusalém de cima" ( Gl 4:26 ), eles vão viver os seus valores celestes neste mundo para a glória de Deus.

    Em 3: 2 , Paulo dá instruções sobre como buscar as coisas do alto. Ele diz, Pensai nas coisas lá do alto, não nas coisas que estão na terra. Defina a sua mente é de phroneo e poderia ser traduzido simplesmente, "pensar", ou mais profundamente ", tem essa disposição interior." Mais uma vez, indica o tempo presente acção contínua. Lightfoot parafraseia o pensamento de Paulo: "Você não deve apenasprocurar céu, você deve também pensar Céu "( Epístolas de São Paulo aos Colossenses e aos Filemon [1879; reimpressão, Grand Rapids: Zondervan, 1959], p 209; grifo do. original). Toda a disposição do crente deve orientar-se para o céu, onde Cristo está, assim como uma agulha de bússola orienta-se para o norte.

    Obviamente, os pensamentos do céu que estão a encher a mente do cristão deve ser proveniente das Escrituras. A Bíblia é a única fonte confiável de conhecimento sobre o caráter de Deus e os valores do céu.Paulo descreve que a preocupação quanto a ser "transformados pela renovação da [sua] mente" ( Rm 12:2 ). Em seu sermão no dia de Pentecostes, Pedro disse à multidão que Jesus tinha sido "exaltado à mão direita de Deus" ( At 2:33 ). Pedro e os outros apóstolos descritos Jesus ao Sinédrio como "aquele a quem Deus exaltou a Sua mão direita como Príncipe e Salvador" ( At 5:31 ). Como ele estava sendo martirizado, Estevão exclamou: "Eis que vejo os céus abertos eo Filho do homem em pé à mão direita de Deus" ( At 7:56 ). Paulo descreve Jesus como Ele "que está à direita de Deus, e também intercede por nós" ( Rm 8:34. ), porque Deus "ressuscitou dentre os mortos, e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais" ( Ef 1:20 ). O escritor de Hebreus diz de Cristo ", quando ele tinha feito a purificação dos pecados, ele sentou-se à direita da Majestade nas alturas" ( He 1:3 ).

    Por causa da coroação e exaltação de Cristo para a mão direita do Pai, Ele é a fonte de bênção para o Seu povo. Jesus disse aos discípulos: "Tudo o que pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei." ( 13 43:14-14'>João 14:13-14 ; cf. Jo 15:16 ; 16: 23-24 , Jo 16:26 ). Os crentes podem ter certeza de que o que eles buscam é lá ", pois todos os que podem ser as promessas de Deus, nele eles são sim" ( 2Co 1:20 ).

    A Razão

    Porque vós morrestes ea vossa vida está escondida com Cristo em Deus. ( 3: 3 )

    Paulo enfatiza a razão que vivem nos lugares celestiais é ser a norma para o crente. Os crentes morreram ao sistema mundial, através de sua união de fé com Cristo em Sua morte e ressurreição. Paulo escreveu em Gl 6:14 , "De maneira nenhuma que eu me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo." O pretérito deapothnēskō ( você morreu ) indica que a morte ocorreu na salvação. "Se alguém está em Cristo", escreve Paulo aos Coríntios, "ele é uma nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo" ( 2Co 5:17 ).

    Em que sentido tem o crente morreu? No sentido de que a pena do pecado foi pago. O salário do pecado é a morte, por isso temos de morrer. Pela união com Jesus Cristo, nós morremos a morte necessária Nele, portanto, a pena é pago eo pecado nunca pode afirmar-nos novamente. Temos, assim, morremos para o pecado, no sentido de pagar sua pena. Sua presença e poder ainda nos afeta, mas ele não pode nos condenar.
    Não só os crentes mortos para o pecado, mas também as suas vidas são escondida com Cristo em Deus. O que faz com Cristo em Deus significa? Em primeiro lugar, os crentes compartilham uma vida em comum com o Pai eo Filho. Paulo escreve em 1Co 6:17 que "aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele." Os crentes são "participantes da natureza divina" ( 2Pe 1:4 ). Paulo apontou que a verdadeira manifestação dos filhos de Deus ainda está por vir no outro mundo, de modo que as pessoas não podem ver o que os crentes realmente são como ( Rm 8:19 ​​). O apóstolo João implícita tanto sobre a nossa verdadeira identidade quando escreveu: "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não apareceu o que havemos de ser" ( 1Jo 3:2 ). Aqueles a quem o Filho dá a vida eterna "jamais perecerão; e ninguém as arrebatará da minha mão" ( Jo 10:28 ). Eles estão escondidos no fundo do abrigo do seu Deus.

    Nenhuma passagem afirma que a gloriosa verdade de maneira mais eloquente do que Romanos 8:31-39 :

    Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como também não vai com ele, ele nos dará todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? Deus é o único que justifica; que é aquele que condena? Cristo Jesus é Aquele que morreu, sim, em vez que foi criado, que está à direita de Deus, e também intercede por nós.Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Assim como está escrito: "Por amor de ti somos ser condenado à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro." Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
    Todas as riquezas do Deus eterno estão disponíveis para aqueles cujas vidas estão escondidas com Ele através do Seu Filho.

    O Apocalipse

    Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também será revelado com Ele na glória. ( 3: 4 )

    Embora o mundo não podem agora reconhecer aqueles cujas vidas são escondida com Cristo em Deus, que não vai ser sempre o caso. Quando Cristo ... é revelado na Sua segunda vinda, nós também será revelado com Ele na glória. O apóstolo João descreve a cena em Apocalipse 19:11-13 , 15-16 :

    Vi o céu aberto; e eis um cavalo branco, eo que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e em justiça julga e faz guerra. E os seus olhos eram como chama de fogo, e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e Ele tem um nome escrito sobre Ele, que ninguém conhece, senão ele mesmo. E Ele está vestido com um manto tinto de sangue; eo seu nome se chama o Verbo de Deus .... E de sua boca saía uma espada afiada, para que com ele Ele pode ferir as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e Ele pisa o lagar do vinho do furor da ira de Deus, o Todo-Poderoso. E no seu manto e na sua coxa tem escrito o nome: "REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES."
    Para esta descrição de nosso Senhor no Seu retorno em juízo, a visão acrescenta que Ele será acompanhado por santos. João também escreveu: "Os exércitos que estão no céu, vestidos de linho fino, branco e limpo, seguiam em cavalos brancos" ( v. 14 ).

    O veredicto da eternidade irá reverter os veredictos de tempo. Naquele dia, ele vai se tornar aparente que realmente pertence ao Senhor. "O Senhor conhece os que são seus" ( 2Tm 2:19 ), e Ele irá revelá-los ao mundo. Comentários Lightfoot, "O véu que agora encobre sua vida mais elevado dos outros, e até mesmo em parte vem de vocês, será então retirada. O mundo que persegue, despreza, ignora agora, irá então ser cegado com a deslumbrante glória da revelação" (Lightfoot , p. 210). João escreveu: "Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos como Ele é" ( 1Jo 3:2 ). Ele disse aos coríntios que a vida de Jesus se manifestou em seu corpo ( 2Co 4:10 ). Ao se deparar com um possível martírio, ele poderia dizer: "Para mim, o viver é Cristo eo morrer é lucro" ( Fp 1:21 ).

    A chave para viver a vida ressuscitada é ter uma vida centrada em Cristo. O Filho, não o mundo presente, é o centro do universo do crente.

    12. Matando o Pecado (Colossenses 3:5-9a)

    Considero, portanto, os membros do seu corpo terreno como morto à imoralidade, impureza, paixão lasciva, desejo maligno ea avareza, o que equivale a idolatria. Pois é por causa dessas coisas que a ira de Deus virá, e neles você também andou uma vez, quando você estava vivendo nelas. Mas agora você também, colocá-los todos de lado: ira, da cólera, da malícia, da maledicência, e linguagem ultrajante de sua boca. Não minta para o outro, (3: 5-9a)

    Nós pode ser surpreendido ao ler que viver a vida ressuscitada envolve a colocação de pecado para a morte. Paulo não apenas dizer que isso já havia sido feito? No momento da salvação, "o nosso homem velho foi crucificado com [Cristo], que o corpo do pecado seja desfeito, para que não devemos mais ser escravos do pecado" (Rm 6:6). O pecado é como um monarca deposto, que já não reina, nem tem a capacidade de condenar, mas trabalha duro para debilitar e devastar todos os seus antigos súditos. O pecado ainda é potente, e sucesso contra ela exige o poder do Espírito. O princípio de Zc 4:6). À medida que o crente é forte no Palavra, ele "superar S do maligno "(1Jo 2:14). Ser cheio do poder do Espírito Santo (Ef 5:18) é o mesmo que permitir que a Palavra habitar ricamente em vós (Cl 3:16). Por isso, é verdade que o crente morreu no sentido de pagar multa de pecado por estar unido com Cristo em Sua morte. Mas é igualmente verdade que o pecado ainda ataca sua humanidade não redimida (conforme Rm 8:23) e deve, como um inimigo mortal, ser morto pelo poder do Espírito Santo através da Palavra. Então, enquanto esperamos que o "resgate de [o] corpo" (Rm 8:23), o espírito redimidos, pelo poder do Espírito Santo, deve matar o pecado atacando a carne.

    Colocando pecado para a morte, então, não é opcional na vida cristã. O puritano Richard Baxter escreveu: "Use o pecado como ele vai usá-lo; poupá-lo não, por que não vai poupá-lo, que é o seu assassino, e o assassino do mundo: use-o, portanto, como um assassino deve ser usado. Matá-lo antes que ele te mata, e apesar de trazê-lo para a sepultura, como o fez a sua cabeça, não deve ser capaz de mantê-lo lá "(citado em IDE Tomé, um puritano de Ouro Tesouro [Edinburgh: Banner da Verdade, 1977 ], p. 281). Ser cristão é morrer para si mesmo, a ambição, a ego e ao orgulho. É a se curvar em submissão humilde para o senhorio de Cristo. É a obedecer ao mandamento do Senhor expressa em Lc 9:23: ". Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me" É seguir o exemplo do próprio Paulo, que disse aos coríntios: "Eu morro todos os dias" (1Co 15:31).

    Considere ...como morto é de nekroō , e, literalmente, significa "matar" ou "morto". Os crentes devem fazer uma resolução decisiva para colocar pecado para a morte, trazendo a carne em sujeição à nova disposição cheia do Espírito.

    As pessoas têm muitas vezes mal interpretado as palavras de Paulo aqui, da mesma forma que as palavras de Jesus em Mateus 5:29-30 e 18: 8 ter sido. Tomando essas passagens literalmente, muitos feridos se fisicamente. Segundo a tradição, Orígenes, um dos grandes teólogos da Igreja primitiva, foi voluntariamente castrados (com base na sua interpretação errada do Mt 19:12). A visão comum em cidades europeias durante a Idade Média foi um grupo conhecido como os flagelantes. Marchando pelas ruas nas procissões solenes, eles se flagelado em penitência por seus pecados. Tampouco esses misinterpretations uma coisa do passado. Uma vez conheci um homem que usava um cinto cravejado de pregos que constantemente rasgou sua carne. Ele sentiu que ao fazê-lo ele estava matando a carne, bem como o sofrimento para expiar seus pecados.

    Paulo, no entanto, não está defendendo a própria ascetismo ele condenou no capítulo 2. Em vez disso, ele está pedindo a eliminação de tudo na vida do crente que é contrária à piedade. Ele disse aos romanos: "Se você está vivendo segundo a carne, você deve morrer; mas, se pelo Espírito que você está colocando à morte as obras do corpo, vivereis" (Rm 8:13.). Só então a experiência crente plenitude espiritual como Deus planejou.

    A batalha com o pecado é comum a todos os crentes, mesmo Paulo (conforme Rom. 7: 14-25). O desejo do novo homem interior para viver uma vida agradável a Deus é retido pela velha carne, carne com as suas padrões caídos. Embora os crentes são novas criaturas no interior (2Co 5:17), as novas criaturas vivem em corpos de idade. Assim, nossos corpos podem ser instrumentos de justiça, ou por causa da iniquidade. Por esta razão, Paulo escreveu em Romanos 12:1-2: "Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, para apresentar os vossos corpos em sacrifício vivo e santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional E. não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a vontade de Deus é, o que é bom, agradável e perfeita ".

    Por isso refere-se às verdades de 3: 1-4. Paulo liga constantemente doutrina e prática em suas epístolas. Desde crentes compartilhar na morte e ressurreição de Cristo, têm suas vidas escondido com Ele, e um dia será revelado em glória com Ele, eles devem matar o pecado. Como cidadãos celestiais, os crentes precisam cortar os laços com os padrões pecaminosas de sua antiga vida.

    Teologia não é um exercício acadêmico torre de marfim reservada a especialistas. Teologia som é fundamental para o crescimento espiritual. Como observado no capítulo anterior, Romanos 6 também mostra a conexão entre a doutrina e prática. Em 6: 1-10, Paulo ensina a verdade da união do crente com Cristo na Sua morte, sepultamento e ressurreição. Com base nisso, ele escreve: "Mesmo assim vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus. Por isso, não deixe que o pecado reine em vosso corpo mortal que você deve obedecer às suas concupiscências, e não ir em apresentar os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre os mortos, e os vossos membros como instrumentos de justiça para Deus "(Rom. 6: 11-13).

    Embora obscurecida pela NASB tradução, o texto grego diz para matar os membros de seu corpo terreno (e não apenas considerá-los como mortos). Paulo usa uma figura de linguagem conhecida como metonímia. Quando ele fala de matar partes do corpo ou membros, Paulo está realmente se referindo aos pecados associados a esses membros. Note-se que este bate no dualismo de Colossos a respeito do corpo e do espírito. Paulo está dizendo que o corpo deve ser santo, sob o controle do espírito redimido. O corpo faz o que a disposição interior a obriga a fazer-e um corpo controlado pelo Espírito Santo deve fazer o que é bom. Isso acontecerá até o dia em que o corpo será redimido (Rm 8:23).

    Em 3: 5-9 um , Paulo dá duas listas de amostras de pecados para matar. As listas incluem alguns dos pecados mais comuns e preocupantes crentes enfrentam. Eles não devem, contudo, ser considerada exaustiva. A primeira lista, em 3: 5, compreende pecados de amor pervertido; a segunda, em 3: 8-9 um , contém os de ódio perverso. A primeira lista começa com atos e progride para motivos, ao passo que o segundo começa com motivos e progride para atos. A primeira lista envolve pecados pessoais, as segundas sociais. A primeira lista refere-se a sentimentos, a segunda à fala. Entre as listas (3: 6-7), Paulo dá duas razões para colocar o pecado para a morte.

    Pecados de Perverted Amor

    prostituição, impureza, paixão, desejo maligno ea avareza, o que equivale a idolatria. (3: 5b)

    Estes são os pecados pessoais relacionamos com os nossos sentimentos. Paulo progride para trás a partir do ato de maldade com o motivo subjacente. Imoralidade, o ato mal, ocorre por causa da impureza.Impureza vem de paixão pervertida e desejo o mal, que por sua vez vem do pecado raiz da cobiça.

    Imoralidade traduz porneia e refere-se ao pecado sexual. Nosso Inglês palavra pornografia deriva porneia e graphe , o que significa uma escrita. A pornografia é, assim, uma escrita (ou imagem) sobre o pecado sexual. Porneia originalmente se referia à prostituição (a palavra relacionada Porne é a palavra grega para "prostituta"). No Novo Testamento, no entanto, o seu significado amplia para incluir qualquer forma de sexo ilícito. Em nítido contraste com a atitude predominante no mundo antigo, a Bíblia proíbe estritamente qualquer atividade sexual fora do vínculo do casamento entre um homem e uma mulher. O Concílio de Jerusalém ordenou crentes gentios para evitar a imoralidade (At 15:20, At 15:29; At 21:25). Paulo ficou horrorizada ao saber que ele tinha aparecido na igreja de Corinto (1Co 5:1.). Imoralidade lidera a lista das obras da carne (Gl 5:19.) E não é um comportamento adequado para os santos (Ef 5:3), porque "a partir de dentro, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos, as prostituições , os furtos, os homicídios, os adultérios, as obras da cobiça e da corrupção, bem como o dolo, a sensualidade, a inveja, calúnia, orgulho e insensatez "(Marcos 7:21-22). A impureza é também uma das obras da carne (Gl 5:19). Não é para ser toleradas pelos crentes (Ef 5:3).

    A distinção entre paixão e desejo o mal não é grande. Pathos ( paixão ) refere-se à paixão sexual soltos no corpo, como suas outras duas ocorrências no Novo Testamento indicam (conforme Rm 1:26; 1Ts 4:51Ts 4:5). Talvez a diferença entre os dois termos é que a paixão é o físico eodesejo mal o lado mental do mesmo vício. Os dois termos aparecem juntos em I Tessalonicenses 4: ". Na paixão da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus" 5, onde Paulo ordena que os cristãos a não viver Tal comportamento é completamente inadequado para os crentes.

    Paulo menciona a ganância, ou cobiça, último porque é a raiz do mal a partir do qual todos os pecados anteriores saltar. Ele também é mencionado por último nos Dez Mandamentos; (conforme Ex 20:17 Dt 5:21.). pleonexia ( ganância ) vem de duas palavras gregas: pleon , "mais", e exo , "ter". É o desejo insaciável de ter mais, para ter o que é proibido. Como tal, é a fonte de guerras e contendas (Jc 4:2: "Não deixe que a imoralidade ou qualquer impureza ou cobiça sequer se nomeie entre vós, como convém a santos, e não deve haver a imundícia e conversa boba, ou chocarrices, que não convêm, mas antes ações de graças. Para isso, você sabe, com certeza, que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. "

    O Antigo Testamento também associa o pecado sexual com a idolatria. As pessoas adoravam divindades pagãs porque as orgias sexuais que faziam parte do que a adoração legitimado e cumpriram as suas paixões corruptas. Números 25:1-3 associa claramente o pecado de idolatria com a imoralidade sexual de Israel: "Enquanto Israel manteve-se em Sitim, o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas Para eles convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses, e o. as pessoas comiam e inclinou-se aos seus deuses. Então, Israel se juntou a Baal-Peor, e que o Senhor se indignou contra Israel. "

    O antídoto para a cobiça é contentamento. Uma pessoa contente não terá vontade de violar sexualmente uma outra pessoa, ou qualquer coisa que cobiçam pessoa possui. Uma pessoa que pode dizer com Paulo: "Eu aprendi a viver contente em qualquer circunstância eu sou" (Fp 4:11), não é provável que lutar com a cobiça. O contentamento vem de confiar em Deus. A base de que a confiança é o nosso conhecimento de Deus e Seus propósitos para o seu povo, como revelado nas Escrituras.

    O contentamento é o oposto de cobiça. Considerando que o, pessoa gananciosa cobiçoso adora a si mesmo, a pessoa contente adora a Deus. O Puritan Jeremiah Burroughs escreveu,
    Você adorar a Deus mais por [contentamento] do que quando você vem para ouvir um sermão, ou passar meia hora, ou uma hora, na oração, ou quando você vem para receber um sacramento. Estes são atos de adoração de Deus, mas eles são apenas os atos de culto exterior, para ouvir e Oração e receber sacramentos. Mas [o contentamento] é a adoração da alma, a submeter-se, portanto, a Deus ... em obediência ativa adoramos a Deus por fazer o que agrada a Deus, mas por obediência passiva que fazemos bem adorar a Deus por estar satisfeito com o que Deus faz. ( A Jóia Rara de Cristão Contentamento[reimpressão, Edinburgh: Banner da Verdade, 1979]., p 120)

    Atacando cobiça estabelece o machado para uma causa raiz do pecado. Quando contentamento substitui a avareza, este último não pode dar origem ao processo que culmina em um ato de pecado.

    Razões para Colocar pecado para a morte

    Pois é por causa dessas coisas que a ira de Deus virá, e neles você também andou uma vez, quando você estava vivendo nelas. (3: 5-6)

    Após ter dado uma lista de pecados, Paulo faz uma pausa antes de ir para o segundo e dá duas razões fortes, motivando para colocar pecado para a morte.

    Pecado traz julgamento de Deus

    Pois é por causa dessas coisas que a ira de Deus virá, (3: 6)

    De Deus ira é "Seu ódio eterno de toda a injustiça É o desagrado e indignação do patrimônio divino contra o mal É a santidade de Deus agitada em atividade contra o pecado.". (Arthur W. Pink, Os Atributos de Deus [Grand Rapids: Baker , 1975], p. 83). Wrath é constante a reação de Deus, invariável ao pecado.

    Incrédulos vai experimentar toda a força da ira eterna de Deus. Paulo escreve em Rm 1:18, "A ira de Deus se revela do céu contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça." Porque o incrédulo não tem fé em Cristo, "a ira de Deus sobre ele permanece" (Jo 3:36; conforme Rm 2:8.), E vai experimentar não ira (1Ts 5:9 nos lembra para não esquecer "a exortação que é dirigida a você como filhos: 'Meu filho, não considerar levianamente a disciplina do Senhor, nem te desanimes quando por ele és repreendido; para aqueles a quem o Senhor Ele ama a disciplina, e Ele açoita a todo filho a quem recebe. "Deus vai reagir contra o pecado. O incrédulo vai experimentar a Sua ira eterna, eo crente Sua correção amorosa. De qualquer forma, todos que buscam o pecado vai sofrer as consequências.

    Pecado é uma parte do passado da Crente

    e neles você também andou uma vez, quando você estava vivendo nelas. (3: 7)

    Paulo dá uma segunda razão para colocar pecado para a morte, dizendo, na prática, "Você sabe que até certo ponto como era viver no pecado. Você odiava isso e é por isso que você veio para Cristo para ser entregue a partir do seu modo de vida. " Da mesma forma, Paulo disse aos crentes de Éfeso,

    Você estava morto em seus delitos e pecados, nos quais você anteriormente andou de acordo com o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência. Entre eles também todos nós outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo (pela graça sois salvos). (Ef. 2: 1-5)

    À luz disso, Spurgeon pergunta,

    Cristão, o que tens tu que fazer com o pecado? Porventura não te custar o suficiente? criança queimada, tu brincar com o fogo? O Quê! quando tu já tens sido entre as garras do leão, tu queres entrar pela segunda vez no seu covil? Porventura não teve o suficiente da antiga serpente? Será que ele não envenenar todas as tuas veias uma vez, e tu hás de brincar sobre a toca da áspide, e colocou a mão sobre cova do basilisco uma segunda vez? Oh, não seja tão louco! tão tolo! Será que o pecado nunca deu-te o prazer real? Fizeste encontrar satisfação sólida nele? Se sim, voltar para o teu velho trabalho penoso, e usar a cadeia novamente, se ele te encantar. Mas na medida em que o pecado nunca deu-te o que prometeu para doar, mas te enganado com mentiras, não seja uma segunda vez enlaçados pelo antigo Fowler-estar livre, e deixar a lembrança do teu escravidão antiga proibir te para entrar na net novamente! ( Noite pelo Evening [reimpressão, Grand Rapids: Baker, 1979], p 151; grifos do original).

    Por que alguém que tenha sido feita retorno rico para as favelas de viver na pobreza? Como pode um novo ato criatura como um velho (conforme 2Co 5:17)? "Que diremos, pois? Será que estamos a continuar no pecado para que a graça pode aumentar? De maneira nenhuma! Como haveremos que morreu para o pecado ainda viver nele?" (Rom. 6: 1-2).

    Pecados da Hate Malvada

    Mas agora você também, colocá-los todos de lado: ira, da cólera, da malícia, da maledicência, e linguagem ultrajante de sua boca. Não minta para o outro, (3: 8-9a)

    Os pecados nesta segunda lista não são tanto pessoal como social; são cometidos diretamente contra outras pessoas. Invertendo o padrão da primeira lista, Paulo começa com a motivação e progride para o ato de maldade. Ponha de lado ... é desde apotithēmi , uma palavra que é usada para tirar a roupa (conforme At 7:58;. 1Pe 2:11Pe 2:1). Pelo contrário, os crentes devem ser "lento para a cólera, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus" (Tiago 1:19-20).

    Em contraste com Orge , thumos ( ira ) refere-se a uma súbita explosão de raiva. Os gregos comparou a um fogo em palha, que se inflama brevemente e se foi. Ele é usado para falar das pessoas na sinagoga de Nazaré, que explodiu em raiva ao ouvir os ensinamentos de Jesus (Lc 4:28). Ele é usado da mesma forma da ira do artesãos de Éfeso sobre a pregação de Paulo (At 19:28). É uma das obras da carne (Gl 5:20), e não é um comportamento aceitável para os cristãos (Ef 4:31).

    A raiva e ira estão intimamente relacionados. A agitação, raiva fervente que muitas vezes encontra-se logo abaixo da superfície dá origem a explosões de ira. E muitos incrédulos viver com um ressentimento profundo que alimenta sua raiva. Eles não entendem por que eles estão vivos e suportar as dores da vida. Eles não pediram para as suas circunstâncias, e eles não sabem como lidar com eles.Tudo isso alimenta o fogo da sua ira e os torna ainda mais propenso a explosões de ira, quando exacerbada.

    Malice traduz Kakia , um termo geral para o mal moral. JB Lightfoot a define como "a natureza vicioso que está apostada em fazer mal aos outros" ( Epístolas de São Paulo aos Colossenses e Filemom[1879; reimpressão, Grand Rapids: Zondervan, 1959], p 214.). Neste contexto, é provável que se refere aos danos causados ​​pela fala mal.

    Ira, da cólera, da malícia e muitas vezes resultam em calúnia. A palavra grega traduzida por "difamação" é blasphēmia , a partir do qual a nossa palavra Inglês blasfêmia deriva. Quando usado em relação a Deus, ela é traduzida por "blasfêmia". Quando usado em relação às pessoas, como aqui, que é traduzida como "calúnia". Difamar pessoas, no entanto, é a blasfemar contra Deus, na medida em que Ele criou os homens e mulheres (conforme Jc 3:9 que "quem disser a seu irmão: 'Raca," será culpado perante o tribunal supremo, e quem dirá:' Insensato ', será culpado o suficiente para ir para o inferno de fogo . " As pessoas estão a ser tratados com dignidade, porque eles são feitos à imagem de Deus. O discurso do crente não deve ser marcada por insultos ou comentários depreciativos dirigidos a outros. Tiago lamenta que "a partir da mesma boca procedem tanto bênção e maldição. Meus irmãos, estas coisas não deveriam ser assim" (Jc 3:10).

    O resultado da ira, da cólera, da malícia e é discurso abusivo. Esse termo refere-se ao discurso obscena e depreciativa a intenção de ferir e ferir alguém. Pode ser traduzida como "abuso de boca suja" (Lightfoot, p. 214). Essa conversa é expressamente proibida nas Escrituras. "Não deve haver a imundícia e conversa boba, ou chocarrices, que não convêm, mas antes ações de graças" (Ef 5:4).

    Paulo adverte contra um pecado final, exortando os crentes a não mentir para o outro. Seria um estudo útil (e demorada) para começar em Gênesis e encontrar toda a mentira na Bíblia. Satanás mentiu em enganar Adão e Eva (Gn 3:4-5). Cain mentiu para Deus depois de matar Abel (Gn 4:9; Gn 20:2), e ao rei de Gerar (Gn 20:5). Rebecca e Issac mentiu em sua conspiração para fraudar Esaú de seu direito de primogenitura (Gn 27:6-24). Essa lista nem sequer nos tirar do Gênesis.

    Mentir caracteriza Satanás (Jo 8:44), e não Deus (Tt 1:2). No grande dia da nossa carne serão resgatadas e nós já não será TempTable. Vamos ter um novo homem exterior atuando em santidade, que é uma combinação perfeita com o homem interior que já ama santidade.

    Como podemos ser vitoriosos em nossa luta contra o pecado? Em primeiro lugar, pela fome dele. Não alimente a raiva ou ressentimento. Não atender a luxúria sexual ou cobiça. Em segundo lugar, por crowding-out com graças positivos: "Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é certo, o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma excelência e se alguma coisa digna de louvor, deixe— sua mente me debruçar sobre essas coisas "(Fp 4:8).

    13. Revestindo-se do Novo Homem(Colossenses 3:9b-17)

    desde que você deixou de lado o velho homem com suas práticas do mal, e vos vestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou-a renovação em que não há distinção entre judeu e grego , circuncidados e não circuncidados, bárbaro, cita, escravo e livre, mas Cristo é tudo em todos. E assim, como aqueles que foram escolhidos de Deus, santos e amados, colocar em um coração de compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência; suportando uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, quem quer que tenha uma queixa contra alguém; assim como o Senhor vos perdoou, assim também deve. E além de todas essas coisas vos da caridade, que é o perfeito vínculo de união. E a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um corpo; e ser grato. Que a palavra de Cristo ricamente habitar dentro de você, com toda a sabedoria e admoestando uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando com gratidão em vossos corações a Deus. E o que você faz em palavra ou ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (3: 9b-17)

    Você pode dizer muito sobre as pessoas em nossa sociedade pela forma como se vestem. De jogadores de beisebol para motoristas de ônibus, a partir de carteiros para policiais, as pessoas vestem o uniforme de sua profissão. Quem somos determina o que vestir, e não para "vestir a parte" às ​​vezes pode ter consequências embaraçosas. Muitos anos atrás, um homem muito rico em uma cidade do sul da Califórnia foi encontrado vagando em torno do clube local vestindo roupas surradas. Ele foi prontamente apreendido por seguranças e acusado de vadiagem-mesmo que fosse o dono do clube de campo. Ele não tinha de se vestir de acordo com quem ele era.
    Isso é precisamente o ponto de Paulo em 3: 9 b -17. Os cristãos devem vestir-se espiritualmente, de acordo com a sua nova identidade. Eles morreram com Cristo e ressuscitado para uma nova vida. A salvação produz, assim, uma obrigação de duas faces para os crentes. Negativamente, eles devem jogar fora a roupa da idade, estilo de vida pecaminoso, como Paulo apontou em 3: 5-9 a . Positivamente, eles devem colocar sobre o estilo de vida do homem novo. Para isso, eles devem compreender a posição, o progresso, a parceria, o desempenho, a perfeição, e as prioridades do novo homem.

    A posição do Homem Novo

    desde que você deixou de lado o velho homem com suas práticas do mal, e vos vestistes do novo homem (3: 9b-10a)

    Esta seção de links 3: 5-9 um , que diz aos crentes o que colocar fora, e 3: 12-17, o que lhes diz o que vestir. Ele preenche o abismo entre o velho homem e da nova auto-um abismo que os crentes nunca poderia ter atravessado a menos que Jesus lhes novas criaturas tinha feito. Desde indica que a transição para ser um fato consumado. O velho homem com suas práticas malignas já foi colocado lado.

    A relação do homem velho e do novo auto foi muito disputado. Muitos afirmam que a salvação crentes recebem uma nova auto, mas também manter o antigo self. Salvação torna-se, assim, além disso, não transformação. Eles argumentam que a luta na vida cristã vem da batalha entre os dois.

    Tal visão, no entanto, não é exatamente coerente com o ensino bíblico. Na salvação do homem velho foi feito com a distância. Paulo disse aos coríntios: "Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2Co 5:17). Para os romanos, ele escreveu: "O nosso homem velho foi crucificado com Ele, que o corpo do pecado seja desfeito, para que não devemos mais ser escravos do pecado" (Rm 6:6). É aquilo que foi substituído pelo auto regenerar. Argumentar que os crentes têm tanto um velho e um novo auto é argumentar com efeito, que a alma do crente é a metade regenerado e metade não regenerado. Não há suporte para tal um mestiço espiritual nas Escrituras.

    novo homem, ao contrário, é a auto-regenerar. É o que os crentes estão em Cristo. A nova auto é a nova criatura Paulo refere-se em 2Co 5:17. Ele caminha de forma diferente do mundo (Ef 4:17.), No amor divino (Ef 5:1), amar a lei de Deus e Filho de Deus, que odeia o pecado e buscar justiça.

    A Bíblia vê todos os homens como quer em Cristo, ou em Adão. Não há meio termo. O puritano Tomé Goodwin escreveu: "Não são apenas dois homens que são vistos em pé diante de Deus, Adão e Jesus Cristo, e estes dois homens têm todos os outros homens pendurado em seus cintos" (citado em William Hendriksen, Filipenses, Colossenses e Filemom , Comentário do Novo Testamento [Grand Rapids: Baker, 1981], p 150)..

    Paulo dá o contraste entre Adão e Cristo em Romanos 5:12-21, uma das mais ricas, mais profundas passagens teológicos no Novo Testamento. Através de Adão veio pecado e da morte (vv 12-14.); através de Cristo vem graça e justiça (vv. 15-18). Pela desobediência de Adão todas as pessoas se tornaram pecadores; por meio da obediência de Cristo, as pessoas são feitos justos (v. 19). Assim como é impossível estar em Adão e em Cristo, ao mesmo tempo, assim também é impossível de ser ou de ter um velho e novo eu.

    Surge então a questão de por que os crentes pecar se do velho homem está desaparecido. Eles fazem isso porque a nova auto vive no corpo de idade e devem lidar com a carne. Paulo mostra isso no conflito descrito em Romanos 7:14-25. Ele deixa claro que não há pecado não está no homem interior, o "eu" que ama o que é santo, mas é na carne. "A carne" não significa o corpo em si mesmo; mas isso não significa o corpo como ele está sendo usado e tiranizado pelo pecado Isso significa que o corpo como ele é possuído pelo pecado e do mal;. Que é o corpo como pecado habita nela durante esta vida terrena "(D. Martyn Lloyd-Jones, romanos: O New Man-Exposição do Capítulo Seis [Grand Rapids: Zondervan, 1978], p 76).. A carne inclui todos os desejos pecaminosos, unidades e paixões associadas a nossa humanidade. A presença da carne não resgatados nos faz "gememos em nós mesmos, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo" (Rm 8:23).

    O Progresso do Homem Novo

    que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou (3: 10b)

    Posse da nova auto traz o crente uma nova vida, mas não instantânea maturidade espiritual. A carne vai oscilar continuamente as vestes do homem velho na frente do novo homem e instá-lo a colocá-los. A batalha contra a carne vai continuar ao longo desta vida. A nova auto está completo, ainda tem a capacidade de crescimento, assim como um bebê nasce completo e tem a capacidade de crescer. Paulo escreveu que "o nosso homem interior se renova de dia em dia" (2Co 4:16), para que ele possa lidar com o homem exterior em decomposição.

    A nova auto se renova para o pleno conhecimento. Sendo renovada refere-se a ser novo em qualidade. A preposição na parte dianteira do verbo ( ana ) faz com que o verbo ( kaioō ) tem o sentido de contraste com o que foi já existe. Esta é uma nova qualidade de vida que nunca antes existiu. . Ao contrário da natureza depravada sempre em decomposição, a nova auto está sendo continuamente renovada por Deus epignosis ( verdadeiro conhecimento ) refere-se a um profundo, profundo conhecimento (conforme 1: 9). O processo de renovação traz o aumento do conhecimento. William Hendriksen escreve: "Quando um homem é levado pelas águas da salvação, estas são tornozelos no início, mas à medida que progride, tornam-se até os joelhos, em seguida, chegar aos lombos, e são finalmente intransitáveis ​​exceto por natação (cf . Ez 47:3-6.) "( Filipenses, Colossenses e Filemom [Grand Rapids: Baker, 1981], p 150).. Não há crescimento na vida cristã para além dos conhecimentos: "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a vontade de Deus é, o que é bom, agradável e perfeita "(Rm 12:2). Do conhecimento maduro flui vida santa.

    A fonte de conhecimento é a Bíblia. Paulo escreveu a Timóteo: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Tm 3.16. —17). Pedro exorta os crentes, "Como crianças recém-nascidas, muito para que o leite puro da palavra, para que por ele vos seja dado crescimento em relação à salvação" (1Pe 2:2). A nova auto continuará a progredir em direção a Cristo até à vinda do Senhor ou o crente morre. O apóstolo João escreveu: "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos tal como Ele é "(1Jo 3:2;. Ef 2:15.). Esta foi uma revelação surpreendente, inacreditável para o mundo do primeiro século. As barreiras raciais, religiosos, culturais e sociais que separam as pessoas eram tão profundamente arraigada e formidável como qualquer em nossos dias.

    grego nem judeu, um circuncidado e outro incircunciso, foram separados por barreiras raciais e religiosas aparentemente intransponíveis. Eles não tinham nada a ver um com o outro. Povo judeu se recusou a entrar em uma casa Gentil. Eles não iria comer uma refeição preparada por gregos, nem comprar carne preparada por açougueiros gentios. Quando eles voltaram para Israel, eles mostraram seu desdém para os gentios por sacudir a poeira Gentil de suas roupas e sandálias. Até mesmo os apóstolos estavam relutantes em aceitar os gentios como parceiros iguais na 1greja (conforme At 10:11). Escusado será dizer que os gentios voltou esses sentimentos.

    Mas o evangelho quebrou essas barreiras, e judeus e gentios se tornaram um em Cristo. Paulo descreveu esse fenômeno em 13 49:2-16'>Efésios 2:13-16:

    Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis ​​longe [gentios], foram aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, que fez os dois grupos em um só, e quebrou a barreira da parede divisória, abolindo em sua carne a inimizade, que é a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, que em Si mesmo Ele pode fazer os dois um novo homem, estabelecendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por meio da cruz, por ela ter levado à morte a inimizade.
    Barreiras culturais fortes também invadiu o mundo antigo. O culto, educado grego nem judeu olhou com desprezo para o bárbaro ou cita. Barbarian era uma palavra onomotopoetic usado para descrever pessoas que falavam um discurso inarticulado e gaguejando. Os gregos destina-lo como um termo de escárnio sobre aqueles que não estavam entre a elite (ou seja, eles mesmos). Os citas, acima de todos os bárbaros, eram odiados e temidos. Eles eram um povo guerreiro nômades, que invadiram o Crescente Fértil, no século VII antes de Cristo. Os citas eram notórios por sua selvageria. William Hendriksen observa várias referências históricas que ajudam a descrever essas pessoas ( Colossenses , p. 154). Heródoto, historiador grego, escreveu sobre eles,

    Eles invadiram a Ásia, depois de terem expulsado os Cimmerians fora da Europa ... e fez-se mestres de toda a Ásia. De lá, eles marcharam contra o Egito; e quando eles estavam em que parte da Síria, que é chamado Palestina, Psammethichus, rei do Egito, se encontrou com eles e com os presentes e oração persuadiu-os a vir mais longe .... Eles governaram Ásia por 28 anos; e toda a terra foi desperdiçado devido à sua violência e sua arrogância .... O maior número deles foram entretidos e embebedaram e foram mortos por Cyaxares e medos. Eles beberam o sangue do primeiro inimigo morto em batalha, e fez guardanapos de os escalpos e taças dos crânios dos mortos. Eles tiveram os hábitos mais imundos e nunca lavado com água. (4,64, 65, 75)

    O historiador judeu Flávio Josefo acrescentou: "Os citas deliciar em assassinar pessoas e são pouco melhores do que as feras" ( Contra Apion 2,269). A igreja primitiva Pai Tertuliano conseguia pensar em nenhum maior insulto para o herege Marcião do que descrevê-lo como "mais sujo do que qualquer cita" ( Contra Marcião 1.1).

    A comunhão incluindo gregos, judeus, e citas era impensável no mundo antigo. Contudo, é precisamente o que aconteceu na igreja. Cristo demolidas as barreiras culturais que separam os homens.

    Uma barreira social, existia entre o escravo eo homem livre. O escravo era visto, nas palavras de Aristóteles, como "uma ferramenta de estar." No entanto, ambos os escravos e livres foram salvos e se tornou irmãos em Cristo, porque "todos foram batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres" (1Co 12:13). Paulo lembrou aos Gálatas que "não há judeu nem grego, não há escravo nem homem livre, não há homem nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gl 3:28).. Ele disse Filemon para ver Onésimo, seu escravo fugitivo, "não já como escravo, mas mais do que um escravo, como irmão amado" (Fm 1:16).

    O desempenho do New Man

    E assim, como aqueles que foram escolhidos de Deus, santos e amados, colocar em um coração de compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência; suportando uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, quem quer que tenha uma queixa contra alguém; assim como o Senhor vos perdoou, assim também deve. (3: 12-13)

    Em 3: 5-9 um , Paulo disse aos crentes o que colocar fora, enquanto que em 3: 9 b -11 ele descreve nova identidade do crente em Cristo. Em 3:12, Paulo começa a contar os crentes o que colocar. Em 3: 9 b-11, Paulo descreve o que Deus fez para o crente. Em 3: 12-17, ele descreve o que Deus espera do crente em resposta. A identidade justos devem emitir um comportamento justo. Este tipo de comportamento é a manifestação da transformação interior, e é a única prova-se que tal transformação ter tido lugar.

    Ninguém se torna um cristão apenas por sua própria escolha. Pelo contrário, os crentes são aqueles que foram escolhidos de Deus. A verdade da eleição divina é claramente ensinado nas Escrituras. Ef 1:4). Deus não nos chamou por causa de nossas boas obras ", mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade" (2Tm 1:9).

    Escolhido (Dt 7:6; 1Cr 16:131Cr 16:13; Sl 105:1:.. Sl 105:43; Sl 135:4). Os salvos na igreja são escolhidos por Deus. Somos chamados "os escolhidos" (conforme Jo 15:16; Rm 8:33; 2Tm 2:102Tm 2:10; Fm 1:1; 1Pe 1:11Pe 1:1 fala daqueles ordenado por Deus para a vida eterna:

    Paulo e Barnabé, falando ousAdãoente, disseram: "Era necessário que a palavra de Deus deve ser falado para você em primeiro lugar;. Desde que você repudiá-lo, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos estão se voltando para os gentios Porque assim o Senhor nos ordenou: "Eu Você colocou como uma luz para os gentios, para que sejas para salvação até o fim da terra. '" E os gentios, ouvindo isto, eles começaram a se alegrar e glorificando a palavra do Senhor; e todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.

    13 45:9-16'>Romanos 9:13-16, 19-22 expressa a soberania de Deus na escolha de quem Ele quer:

    Assim como está escrito: "Amei a Jacó, mas rejeitei Esaú." Que diremos, pois? Não há injustiça com Deus, não é? De maneira nenhuma! Pois ele diz a Moisés: "Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia, e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão." Assim, pois, não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que usa de misericórdia.

     

    Dir-me então: "Por que se queixa ele ainda? Pois, quem resiste à sua vontade?" Pelo contrário, quem é você, ó homem, para questionar a Deus? A coisa moldada não vou dizer para o modelador: "Por que me fizeste assim", será? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso? E se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a destruição?

    Romanos 11:4-5 fala de "eleição da graça." Ef 1:4). Talvez II Timóteo 1:8-9 resume-o, bem como todo o texto: "Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro, mas juntar-se a mim em sofrimentos do evangelho segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade. "

    A doutrina da eleição esmaga o orgulho humano, exalta a Deus, produz alegria e gratidão ao Senhor, concede privilégios eternos e garantia, promove a santidade, e faz um ousado e corajoso, para aquele que foi escolhido por Deus para a vida eterna não tem necessidade de temer nada nem ninguém.

    Coloque em é de enduō , que significa "de colocar as roupas", ou "em envelope." As qualidades que se seguem são para cobrir o novo homem.

    Um coração de compaixão é o primeiro traço de caráter que é para marcar o novo homem. Coração traduz splanchna , um hebraísmo que, literalmente, refere-se às partes internas do corpo humano (coração, pulmões, fígado, rins, etc.). Como já se referiu na discussão Dt 2:2; Jc 5:11), de modo perfeitamente exibido por Jesus (Mt 9:36), foi extremamente necessária no mundo antigo. Por exemplo, doentes, feridos, ou idosos foram muitas vezes deixados para se defenderem sozinhos. Como resultado, muitos morreram. Os crentes não deve ser indiferente ao sofrimento, mas deve estar preocupado para atender às necessidades das pessoas.

    A bondade está intimamente relacionado com compaixão. O termo grego refere-se à graça que permeia toda a pessoa, suavizando tudo o que pode ser dura. Jesus usou a palavra, quando ele disse: "Meu jugo é suave" (Mt 11:30), não dura ou difícil de suportar. A pessoa gentil é tão preocupados com o seu vizinho do bom como ele está prestes a sua própria. Deus é bom, mesmo para as pessoas ingratos e maus (Lc 6:35). Na verdade, era a Sua bondade que nos levou ao arrependimento (Rm 2:4). Kindness foi resumido pelo Bom Samaritano (Lucas 10:25-37), cujo exemplo que devemos seguir.

    Tapeinophrosunē ( humildade ) e suas palavras relacionadas sempre tem uma conotação negativa em grego clássico (conforme HH Esser, " tapeinos ", em Colin Brown, ed,. O Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento [Grand Rapids: Zondervan, 1977], 2: 259). Levou o cristianismo para elevar humildade para uma virtude. É o antídoto para o auto-amor que envenena as relações. Paulo defende humildade genuína, em contraste com a falsa humildade dos falsos mestres (conforme 2:18, 23). Humildade caracterizado Jesus (Mt 11:29.), E é a virtude cristã mais querido (Ef 4:1; Fp 2:3.) E deve marcar o comportamento do cristão em todos os momentos, mesmo quando a restauração de um irmão pecador (Gl 6:1;.. 1Pe 3:151Pe 3:15).

    Paciência traduz makrothumia . A pessoa doente não ficar com raiva de outros. William Barclay escreve: "Este é o espírito que nunca perde a paciência com os seus companheiros Sua loucura e seu unteachability nunca conduzi-lo ao cinismo ou desespero;. Suas injúrias e seus maus-tratos nunca conduzi-lo à amargura ou ira" ( A Cartas ao Filipenses, Colossenses e Tessalonicenses [Louisville: Westminster, 1975], p 158).. Paciência é o oposto do ressentimento e vingança. Era uma característica de Jesus Cristo. Paulo escreveu a Timóteo: "Por esta razão, eu encontrei misericórdia, para que em mim, o principal, Jesus Cristo pudesse demonstrar sua paciência perfeito, como um exemplo para aqueles que crêem nEle para a vida eterna" (1Tm 1:16).

    Suportando uns aos outros meios "para aguentar, de resistir, apesar da perseguição, ameaças, lesão, indiferença ou queixas e não retaliar." Caracteriza-Paulo, que disse aos Coríntios, "quando somos injuriados, bendizemos; quando somos perseguidos, suportamos" (1Co 4:12.). Ele não caracterizar o Corinthians, que estavam realmente tendo um ao outro ao tribunal. Paulo exclama: "Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes a fraude?" (1Co 6:7; conforme Mt 18:1 é para dizer: "Amai-vos uns aos outros." Paulo disse em Rm 13:10 que "o amor não faz mal ao próximo, o amor, portanto, é o cumprimento da lei." Para tentar praticar as virtudes de 3: 12-13 além do amor é legalismo. Eles devem fluir de amor, que por sua vez é um fruto de uma vida cheia do Espírito (Gl 5:22). Nada é aceitável a Deus se não for motivado pelo amor (13 1:46-13:3'>1 Cor. 13 1:3), incluindo o conhecimento (Fp 1:9).O amor é a beleza do crente, dissipando os pecados feios da carne que destroem a unidade.

    As prioridades do novo Homem

    E a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um corpo; e ser grato. Que a palavra de Cristo ricamente habitar dentro de você, com toda a sabedoria e admoestando uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando com gratidão em vossos corações a Deus. E o que você faz em palavra ou ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (3: 15-17)

    Paulo conclui seu olhar para as qualidades que deve marcar o estilo de vida do homem novo, dando três prioridades. Eles são as vestes ultraperiféricas, do novo homem, as que abrangem todos os outros. O novo homem está preocupado com a paz de Cristo, a palavra de Cristo, e o nome de Cristo.

    A Paz de Cristo

    E a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um corpo; e ser grato. (3:15)

    Eirene ( paz ) inclui tanto o conceito de um acordo, pacto, tratado ou bond, e que de uma atitude de repouso ou de segurança. Ambos os aspectos são em vista aqui. Objetivamente, os crentes estão em paz com Deus: "Portanto, tendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo" (Rm 5:1;. Ef 2:14).

    Regra é de brabeuō , uma palavra usada somente aqui no Novo Testamento (embora um formulário composto aparece em Cl 2:18). Ele foi usado para descrever a atividade de um árbitro para decidir o resultado de uma competição atlética. A paz de Cristo guia os crentes na tomada de decisões. Quando confrontados com uma escolha, o crente deve considerar dois fatores. Em primeiro lugar, não é coerente com o fato de que ele e Cristo são agora em paz e, assim, do mesmo lado? Será que perpetuar essa unidade com o Senhor, que é a posse do crente? Primeiro Coríntios 6:17-18 fornece uma excelente ilustração deste ponto: "Aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele Fugi da imoralidade.". É a nossa união com o Senhor, que nos obriga a pureza. Em segundo lugar, ele vai deixá-lo com uma paz profunda e duradoura em seu coração? Esses dois fatores são também os dois maiores impedimentos para o pecado na vida do crente. Pecado ofende Cristo, com quem ele está em paz, e assim destrói o resto e segurança em seu coração.

    A paz não é só objetivo e subjetivo, mas também relacional. Os crentes foram chamados para viver em paz em um só corpo. Os indivíduos que têm paz com Cristo e em seus próprios corações vão viver em unidade e harmonia uns com os outros.

    Para manter um coração em paz é preciso . ser grato Gratidão é um tema constante em Colossenses (conforme 1: 3, 12; 2: 7; 3:15, 16, 17; 4: 2). Gratidão é algo natural para os crentes em resposta a tudo o que Deus tem feito (Ef 5:20; Fp 4:1; 1Ts 5:181Ts 5:18; He 13:15.), Ao passo que a ingratidão marca incrédulos (Rm 1:21). . Um espírito de humilde gratidão para com Deus, inevitavelmente, afetará as nossas relações com os outros. Paz e gratidão são, portanto, intimamente ligados.

    A Palavra de Cristo

    Que a palavra de Cristo ricamente habitar dentro de você, com toda a sabedoria e admoestando uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando com gratidão em vossos corações a Deus. (3:16)

    palavra de Cristo refere-se à revelação Ele trouxe ao mundo, que é a Escritura. Paz e gratidão, bem como unidade, amor e todas as virtudes necessárias, o fluxo de uma mente controlada pela Escritura.Dwell é de enoikeō e significa "viver", ou "estar em casa". Paulo exorta os crentes a deixar que a Palavra a sua residência e estar em casa em suas vidas. plousios ( ricamente ) também poderia ser traduzida como "abundantemente ou extravagante rico." As verdades da Escritura deve permear todos os aspectos da vida do crente e governar cada pensamento, palavra e ação. A Palavra habita em nós quando a ouvimos (Mt 13:9.), Escondê-lo (Sl 119:11.). Para fazer essas coisas, o cristão deve ler, estudar e viver a Palavra. Para deixar a palavra de Cristo habitar ricamente é idêntico ao ser cheio do Espírito (conforme Ef 5:18). A Palavra no coração e na mente é o identificador pelo qual o Espírito transforma a vontade. É claro que estes dois conceitos são idênticos porque as passagens que seguem cada são tão semelhantes.

    Colossenses 3:18-4: 1 é a mais breve paralelo a Efésios 5:19— 6: 9. O resultado de ser cheio do Espírito Santo é o mesmo que o resultado de deixar a Palavra habita em sua vida ricamente. Portanto, os dois são a mesma realidade espiritual visto de dois lados. Para ser cheio do Espírito é para ser controlado pela Sua Palavra. Para ter a Palavra habita ricamente deve ser controlado pelo Seu Espírito. Uma vez que o Espírito Santo é o autor e o poder da Palavra, as expressões são intercambiáveis.

    Paulo, então, menciona dois resultados específicos da Palavra de Cristo habita no crente, um positivo e outro negativo: com toda a sabedoria e admoestando uns aos outros. Ensinar é a transmissão da verdade positiva. admoestando é o lado negativo de ensino. Significa para alertar as pessoas sobre as consequências do seu comportamento. Ambos são o resultado de uma vida que transborda com a Palavra de Cristo.

    Ter a palavra de Cristo habite em nós ricamente produz não só informações, mas também emoção. Ele gera salmos, hinos e cânticos espirituais, e cantando com gratidão em vossos corações a Deus.Salmos foram retirados do livro de salmos do Velho Testamento, no livro de Salmos. Eles cantaram salmos colocar a música, tanto como nós fazemos hoje. Hinos eram expressões de louvor a Deus. Pensa-se que algumas porções do Novo Testamento (como Colossenses 1:15-20 e Fp 2:1). Cantar é para ser direcionado para Deus como louvor e adoração que lhe é oferecido para seu prazer e glória. Que é edificante para os crentes é um subproduto de sua Proposito principal.

    O Nome de Cristo

    E o que você faz em palavra ou ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (3:17)

    O mais simples, a regra mais básica de ouro para viver a vida cristã é fazer tudo, seja palavra ou ação, no nome do Senhor Jesus. Para fazer tudo em nome de Jesus é agir de forma coerente com quem ele é eo que Ele quer. Paulo expressou o mesmo pensamento em 1Co 10:31: "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus." Mais uma vez, Paulo lembra que é sempre de ser feito sem relutância ou desespero ou dever legalista, mas com dando por ele graças a Deus Pai.

    Para colocar o novo estilo de vida é para colocar em Cristo. Essa é a obrigação de todo crente: "Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não faz nenhuma provisão para a carne no tocante às suas concupiscências" (Rm 13:14). O objetivo da vida cristã é a semelhança de Cristo.

    Guy H. Rei relata a seguinte história:
    Anos atrás, eu estava liderando Missão Serviço Especial das Crianças em um de nossos resorts de férias South Coast. Como eu estava me aproximando da praia uma manhã, este pequeno companheiro estava indo lá, também. Quando ele me viu, ele disse, "Mummie, aí vem o homem Jesus." Ele só queria dizer que eu era o homem que falou com as crianças sobre o Salvador; mas sua observação significou muito mais para o meu coração naquele dia. Que direito tinha eu-tenho-a ser chamado de um homem JESUS? Qual o grau de semelhança há sobre nós?

     

    Eu me pergunto se você leu que a mudança história de Jerome K. Jerome do chamado A Passagem da Third Floor Voltar ? Grosso modo, o conto é de uma casa de habitação de classe pobre, onde viveu uma empresa heterogêneo de povos necessitados e decadente, e onde havia um pobre, ignorante pouco servo-girl, uma boa dose de uma puta, e pronto para vender sua virtude para uma bugiganga inútil. Into O lugar veio um dia, um inquilino que de uma vez parecia ser diferente, e que ocupou o terceiro andar para trás. Ele rapidamente se revelou ter um coração muito gentil e forma. Ele sempre tinha uma palavra amável para o pequeno slavey, geralmente tão ignorados e oprimidos. Ela quase adoraram. Os outros inquilinos, também, devia-lhe muito por seus muitos atos de Gentilza. Ele estava sempre fazendo alguma coisa para alguém, em sua bondade, maneira simpática. Finalmente chegou o dia para ele mudar para outro lugar. A pequena serva o observava, de olhos abertos, enquanto caminhava com seu pouco de bagagem para a porta da frente; e quando ele se virou para ela com um sorriso e um tapinha no ombro, ela se despediu dele com as palavras: "Por favor, você está 'Im?" ( Cruzando a Fronteira [Fort Washington, Pa .: Literatura Cristã Cruzada, 1974], pp. 92-93)

    Os crentes devem assim se vestem com Jesus Cristo que, quando as pessoas olham para eles, ver Cristo.

    14. O Novo Homem Faz um novo lar ( Colossenses 3:18-4: 1 )

    Esposas, sede submissas a vossos maridos, como convém no Senhor. Maridos, amai as vossas mulheres, e não ser amargurado contra eles. Filhos, obedecei aos vossos pais em todas as coisas, por isso é agradável ao Senhor. Pais, não provoqueis à ira vossos filhos, para que eles não podem perder o ânimo. Os escravos, em todas as coisas obedecer aqueles que são os seus mestres na terra, e não com serviço externo, como aqueles que simplesmente agradar a homens, mas com sinceridade de coração, temendo ao Senhor. Faça o que fizer, faça o seu trabalho de coração, como para o Senhor e não para os homens; sabendo que do Senhor recebereis como recompensa a herança. É o Senhor Cristo, a quem você serve.Pois quem faz injustiça receberá as conseqüências do mal que ele fez, e que, sem acepção de pessoas. Mestres, conceder à sua escravos justiça e equidade, sabendo que vocês também têm um Senhor no céu. ( 3: 18-4: 1 )

    O principal problema social voltado para a sociedade humana é a incapacidade das pessoas para se dar bem uns com os outros. A partir de rivalidade entre irmãos entre as crianças, para o desmembramento de casamentos, para crimes e batalhas, todo o caminho para confrontos internacionais entre grandes potências, o problema é o mesmo. Por que ela existe poderia ser resumido em três palavras: amoralidade, o anonimato, e alienação. Amoralidade significa que o homem sem Deus não tem padrões morais ou éticos absolutos para regular seu comportamento. O homem também luta com o anonimato. Ele não sabe quem ele é ou por que ele está aqui. Por isso, a sua vida não tem sentido na medida em que ele pode ver. Finalmente, as pessoas são alienados. Como Francis Schaeffer aponta em seu livro, A verdadeira espiritualidade (Wheaton, Ill .: Tyndale, 1973), a queda alienado o homem não só de Deus, mas também de si mesmo e das outras pessoas.

    Todos os três problemas são devidos a separação do homem de Deus. As pessoas são caracterizadas pela amoralidade ou imoralidade porque para além de Deus não pode haver padrões morais absolutos.Eles são, então, condenada ao relativismo moral e ética situacional.
    Além de Deus, o homem também enfrenta o anonimato, ou vazio. Preso em um universo impessoal, ele parece nada mais do que uma "configuração chance de átomos no fluxo de deslizamento da história oportunidade sem sentido" (Francis A. Schaeffer, Morte in O City [Downers Grove, Ill .: InterVarsity de 1972], p. 19).

    Finalmente, o homem sem Deus enfrenta um terrível sentimento de alienação ou solidão. Com ninguém em casa no universo para dar sentido às suas aspirações, ele se sente isolado e sozinho.

    Um homem sem padrões morais, de frente para o vazio e solidão, vai ver os outros como ameaças à sua busca da felicidade. Sua negativismo e desespero, muitas vezes, levá-lo a recuar ainda mais no egoísmo e alienação. Isso vai criar conflitos com os outros. ? Tiago escreve: "O que é a fonte de brigas e conflitos entre você Você não é a fonte vossos deleites, que fazem guerra em seus membros luxúria e não tem;? Para que você cometer um assassinato E você é invejoso e não pode obter;. Assim você lutar e brigar "( Tiago 4:1-2 ).

    Quando uma pessoa se torna um cristão, esses três problemas deixarão de existir. A Palavra de Deus contém uma norma moral absoluta de que está enraizada na natureza de Deus. Não mais anônimo, o crente é um filho de Deus e co-herdeiro com Jesus ( Rm 8:17 ). Nem os crentes sofrem de alienação ou a solidão, uma vez que são agora filhos amados do Pai celeste e parte da família de crentes.

    O cristianismo não é apenas pessoal; é relacional. A vida do novo homem é uma vida vivida entre outros novos homens. O novo homem é ter um impacto sobre a sociedade em que ele vive. Essa responsabilidade se torna tema de Paulo em 3: 18-4: 1 , onde ele discute as relações do novo homem para com as outras pessoas.

    O ensinamento que os cristãos devem ter relações que afetam a sociedade não é exclusivo para Colossenses. Jesus diz em 13 40:5-14'>Mateus 5:13-14 : "Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, como é que vai ser feita salgado novo Isso é bom para mais nada, senão para ser lançado fora e pisado em? pé pelos homens. Vós sois a luz do mundo. A cidade edificada sobre um monte não pode ser escondida ".Paulo exortou os filipenses, dizendo: "Mostrai-vos a ser irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus acima de qualquer suspeita, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual aparecem como astros no mundo" ( Fp 2:15 ). Pedro aconselhou seus leitores: "Mantenha o seu procedimento no meio dos gentios, para que naquilo em que falam contra vós como de malfeitores, eles podem, por conta de suas boas ações, uma vez que observá-los, glorifiquem a Deus no dia da visitação" ( 1Pe 2:12. ; cf. Mt 25:1 ). Portanto, o cristianismo não é a religião de monges e eremitas. Os crentes não são chamados a retirar da sociedade, mas para influenciá-lo para Cristo, particularmente através de suas relações.

    Ao longo da história, o cristianismo tem tido uma influência positiva na sociedade. JC Wenger escreveu da igreja primitiva,
    Cristianismo explodiu em um mundo corrupto com uma brilhante nova luminosidade moral .... O nível moral da sociedade foi lúgubre, eo pecado prevaleceu em muitas formas .... Nesse mundo desanimado veio Cristo e seus discípulos transformou-espírito, cheio de santa alegria, motivado por um amor que os pagãos não conseguia entender, e proclamando Good News-a mensagem de que Deus providenciou um Salvador .... Estes cristãos viviam em pequenas comunidades unidos no poder do Espírito Santo, pequenas colônias de céu . Eles pensaram em si mesmos como os peregrinos a caminho da cidade celestial, mas eles estavam muito preocupados para manifestar o amor de Cristo em todas as relações humanas.
     
    Estes primeiros cristãos insistiu em trazer toda a vida sob o senhorio de Cristo .... São os homens e as mulheres deste tipo de pureza moral que construiu na sociedade um forte tecido da integridade e força.
     
    A vida era mais barato no mundo pré-cristão: assassinato, o aborto, a exposição do lactente, de guerra: pessoas morreram em grande número sem que ninguém seja incomodado em consciência. Os primeiros cristãos trouxe uma nova preocupação na sociedade sobre esses pontos. ("Preocupação Evangélica Social" no dicionário de Baker de Ética Cristã , ed Carl FH Henry.. [Grand Rapids: Baker, 1973], pp 223-24)

    Em tempos mais recentes, grande parte da reforma social na sociedade ocidental tem sido relacionada ao cristianismo. Líderes do despertar evangélico do século XVIII, como João Wesley, falou muitas vezes fora contra os males sociais. João Howard, um contemporâneo de João Wesley, trabalhou incansavelmente para a reforma do sistema prisional. Seu trabalho foi continuado por Elisabete Gurney Fry.O Grande Despertar do século XVIII e início América, liderada pela pregação de homens como Jonathan Edwards e George Whitefield, resultou na fundação de várias universidades. A pressão dos evangélicos, liderados por William Wilberforce, a Grã-Bretanha causado a abolir o tráfico de escravos em 1807 e proibir a escravidão em todas as suas posses em 1833. evangélicos americanos também estavam envolvidos no movimento abolicionista, que culminou com a Proclamação de Emancipação de 1863. O século XIX evangélica britânico, Lord Shaftesbury, foi fundamental para que o Parlamento a aprovar leis que regulamentam o trabalho infantil. Ele também era um campeão de um melhor tratamento para o insano. Agências como a YMCA, YWCA, e do Exército de Salvação também foram ativos no trabalho social durante o século XIX. William Carey, missionário na Índia, trabalhou para a abolição da queima viúva e sacrifício de crianças. Missionários para a África desanimado poligamia, lutou contra o tráfico de escravos, e construiu escolas e hospitais.
    Em nenhum lugar se o aspecto social do novo homem ser mais evidente do que na home-a única instituição social mais importante do mundo. O cristianismo genuíno consiste tanto de doutrina e vida santa.O Novo Testamento nos lembra em muitos lugares que um conhecimento intelectual da nossa fé deve ser acompanhada por uma vida que comprova a realidade da fé. E esse tipo de vida só pode ser vivida por contato vital com Deus em Cristo. É difícil ver como o cristianismo pode ter qualquer efeito positivo na sociedade, se não pode transformar suas próprias casas.
    Os dois princípios básicos Paulo menciona, autoridade e submissão, não são exclusivos do cristianismo. Ele sempre foi o plano de Deus para as casas de operar nessa base. O cristianismo, no entanto, introduzir vários novos elementos para a casa. Em primeiro lugar, o cristianismo introduziu uma nova presença na casa, o Senhor Jesus Cristo (cf. 3:18 , 20 , 23, 24 ; 4: 1 ). Essa nova presença traz um novo poder. Cristo está lá, e Seu Espírito fornece o poder de fazer a família o que deveria ser. Em segundo lugar, há um novo propósito: "Faça o que fizer em palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus" ( 3:17 ). Finalmente, o cristianismo introduziu um novo padrão para a casa: "Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja" ( Ef 5:25. ). O novo padrão é Cristo. Ele é o modelo para seguirmos.

    Nesta passagem Paulo fornece breves, instruções diretas sobre a vida cristã no lar. Ele discute as três relações em casas antigas: Maridos e esposas ( 3: 18-19 ), pais e crianças ( 3: 20-21 ), e senhores e servos ( 3: 22-4: 1 ). Ele dá uma palavra para as esposas, uma palavra para os maridos, uma palavra para as crianças, uma palavra para os pais, uma palavra aos funcionários, e uma palavra para mestres.

    Uma palavra para as Esposas

    Esposas, sede submissas a vossos maridos, como convém no Senhor. ( 03:18 )

    A exortação paralelo em Efésios expande este comando simples:. "Esposas estar sujeito a vossos maridos, como ao Senhor, porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja ... Mas como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres deve ser a seus maridos em tudo "( Ef 5:22-24. ). Apesar de sua clareza simples, simples declaração de Paulo foi amplamente contestada em nossos dias, mesmo por aqueles que afirmam ser evangélicos. Muitos argumentam que o ensino de Paulo sobre o tema não é inspirado pelo Espírito, mas reflete sua atitude machista, rabínica em relação às mulheres. Essas pessoas procuram usurpar o papel de Deus e decidir por si quais as partes da Escritura é inspirada. Ainda outros insistem que Paulo é erroneamente comentando sobre Gênesis 2 , em vez deGn 1:1 : "Que as mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar, mas deixá-los sujeitos a si mesmos, assim como a lei também diz E se eles desejam. aprender alguma coisa, perguntem a seus maridos em casa;. pois é impróprio para uma mulher falar na igreja " Para Timoteo, ele escreveu: "A mulher em silêncio, com toda a submissão. Mas eu não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem, mas para permanecer em silêncio. Pois foi Adão, que foi criado em primeiro lugar, e depois Eva. E não foi Adão que foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão "( 1 Tim. 2: 11-14 ).

    Paulo continua a dizer que a mulher é entregue a partir de qualquer estigma de inferioridade ao homem pela conquista bendita de levantar filhos piedosos ( v. 15 ). Note-se também que Paulo traça submissão da mulher de volta para a ordem da criação, e não a queda. Tt 2:5 para se referir a sujeição de Jesus a seus pais, e em Lc 10:17 , Lc 10:20 para descrever os demônios que ficam sujeitos aos discípulos. Em Rm 8:7 refere-se à necessária submissão de qualquer pessoa a autoridade de governo, o que é estabelecido por Deus. Em ambos os 1 Coríntios 15:27-28 e Ef 1:22 , o verbo olha para o tempo em que todas as coisas do universo estão sujeitas a Cristo e de Deus na glória eterna.

    A palavra de Paulo para as esposas é ser submisso a seus maridos. Eles não se submetem a alguma autoridade individual, impessoal. Em vez disso, alegam que o homem com quem eles têm um, relacionamento vital pessoal e íntima. Ef 5:22 acrescenta a palavra "próprio" ("o seu próprio marido") para demonstrar a singularidade desta apresentação exclusiva.

    É útil observar vários equívocos sobre submissão. Em primeiro lugar, a submissão não implica inferioridade. Gl 3:28 afirma claramente que espiritualmente não há diferença entre macho e fêmea. Jesus apresentado ao pai durante a sua vida na terra, mas Ele foi em nada inferior a Ele. Em segundo lugar, a submissão não é absoluta. Obediência nesta passagem é reservado para as crianças e funcionários. Pode haver momentos em que uma mulher deve se recusam a submeter aos desejos do marido (se eles violam a Palavra de Deus). Por fim, a autoridade do marido não é para ser exercido de forma autoritária, arrogante. Submissão da esposa tem lugar no contexto de um relacionamento amoroso.

    Isso esposas sujeitas a seus maridos é convém no Senhor. A forma grega nesta frase expressa uma obrigação, um dever necessário. É como Ele projetou e comanda a família para operar.

    Uma palavra para os maridos

    Maridos, amai as vossas mulheres, e não ser amargurado contra eles. ( 03:19 )

    Em Ef 5:25 , Paulo escreveu: "Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja." Obviamente, apesar das falhas da Igreja, Cristo continuamente a amava com graça e perdão misericordioso e, portanto, nunca se tornou amargo por causa de muitos pecados da igreja. Paulo aborda dois comandos para maridos. Primeiro, eles devem amar suas esposas. O tempo presente do imperativoagapate ( amor ) indica ação contínua. O verbo em si parece ser melhor compreendido no Novo Testamento para expressar um amor disposto, não o amor de paixão ou emoção, mas o amor de escolha, uma espécie aliança de amor. Pode ser traduzido, "continuar a amar." O amor que existia desde o início do casamento deve continuar por todo o casamento; não deve dar lugar à amargura. A, o amor da aliança dispostos em vista aqui é a atividade de auto-sacrifício. É um profundo afeto que vê a mulher como uma irmã no Senhor e o objeto de uma promessa para ser guardado. O amor que comanda Paulo vê a mulher como um vaso mais fraco para ser atendido e, ao mesmo tempo, uma co-herdeira de graça (cf. 1Pe 3:7 ).

    A natureza deste amor é lindamente expressa em Efésios 5:22-28 :

    Esposas, sede submissas a vossos maridos, como ao Senhor. Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. Mas, como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres deve ser a seus maridos em tudo. Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja ea si mesmo se entregou por ela; para que pudesse santificá-la, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para que pudesse apresentar a Si mesmo a igreja em toda a sua glória, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa; mas que ela deve ser santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama a si mesmo. (Para um tratamento mais completo dessa passagem verEfésios , MacArthur New Testament Commentary . [Chicago: Moody, 1986])

    Deus projetou que a submissão da esposa operar dentro de um contexto de amor. Dessa forma, ela está protegida porque um homem que verdadeiramente ama a sua esposa nunca iria forçá-la a submeter-se a algo humilhante, degradante, ou que viole sua consciência. O bom esposo ama a sua esposa como Cristo ama a Igreja.
    Os maridos também não deve ser amargurado contra suas esposas. O imperativo pikrainesthe ( amargurado ) poderia ser traduzida, "parar de ser amargo", ou "não têm o hábito de ser amargo" (AT Robertson, Palavra Pictures no Novo Testamento [Grand Rapids: Baker, 1931], 4:
    506) . Em seus únicos outros usos no Novo Testamento ( Ap 8:11 ; Ap 10:9 ) refere-se a algo de sabor amargo. Paulo diz aos maridos para não chamar suas esposas "mel", e então agir como vinagre. Eles não devem exibir dureza do temperamento ou ressentimento para com suas esposas. Eles não estão a irritar ou exasperar-los, mas sim para fornecer a liderança amorosa em casa.

    Paulo acrescenta outra nota útil quando, em I Coríntios 7:33-34 , ele pede um interesse mútuo em casamento. O marido deve procurar encontrar "como agradar sua esposa", e a esposa a prosseguir "como ela pode agradar ao marido." Embora não haja autoridade e submissão por desígnio de Deus, há também a igualdade espiritual e um desejo mútuo de cada parceiro para agradar o outro. A mulher mais agrada o homem com a submissão amorosa, enquanto ele lhe agrada com autoridade amorosa.

    Uma palavra para Crianças

    Filhos, obedecei aos vossos pais em todas as coisas, por isso é agradável ao Senhor. ( 03:20 )

    O texto paralelo em Efésios é quase idêntico: "Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo" ( Ef 6:1. ). Striking ou xingando os pais era punível com a morte no Antigo Testamento ( Ex. 21: 15-17 ; Lv 20:9. ). Os filhos devem ouvir a instrução dos pais e obedecê-la ( Pv 1:8 ). As conseqüências do desrespeito para os pais são graficamente retratado em Pv 30:17 : "Os olhos que zombam do pai, e despreza a mãe, corvos do vale vai buscá-lo para fora, e as jovens águias vai comê-lo" (cf. Mt . 15: 4-5 ; Marcos 7:10-13 ).

    Desobediência aos pais marca o ímpio: "Os homens serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, presunçosos, soberbos, maldizentes, desobedientes aos pais, ingratos, profanos" ( 2Tm 3:2 ).

    Os filhos devem obedecer seus pais em todas as coisas. O único limite colocado sobre a obediência de uma criança é quando um pai exige algo contrário à lei de Deus. Jesus sabia que algumas crianças teriam que desafiar seus pais para vir a fé nEle. Em Lucas 12:51-53 ? Nosso Senhor diz: "Você acha que eu vim para conceder a paz na terra que eu lhes digo que não, mas sim divisão, pois a partir de agora cinco membros de um agregado familiar será dividida: três contra dois , e dois contra três Eles serão divididos, pai contra filho, e filho contra pai;. a mãe contra a filha ea filha contra a mãe; mãe-de-lei contra a filha-de-lei, e filha-de-lei contra a mãe em lei. " Mais tarde, em Lc 14:26 Ele diz: "Se alguém vem a mim e não odeia seu próprio pai e mãe e esposa e filhos e irmãos, e irmãs, e até sua própria vida, não pode ser meu discípulo." A salvação pode trazer uma brecha na família para que as crianças podem ter de rejeitar os comandos de seus pais, se forem contrários às Escrituras.

    O motivo para a obediência é que ele é bem agradável ao Senhor, louvável diante do próprio Deus. Como ele estava bem satisfeito com o seu próprio Filho ( Mt 3:17 ), então ele merece ser com outras crianças. Muitos jovens lutam com conhecer a vontade de Deus para suas vidas. Obedecendo a seus pais é o lugar certo para começar.

    Uma Palavra aos Pais

    Pais, não provoqueis à ira vossos filhos, para que eles não podem perder o ânimo. ( 03:21 )

    Este versículo também se cruza com o ensino do apóstolo em Ef 6:4 . A palavra de Paulo aos pais é não provoqueis à ira vossos filhos.Exasperar é de erethizō e meios para provocar, provocar, irritar ou exasperar. Outra forma de expressão de comando de Paulo é, "parar de chatear os seus filhos." A não observância isso pode causar as crianças a perder o coração. A idéia de que o termo é "estar sem coragem, ou o espírito." Ele tem a sensação de estar desatento, mal-humorado, desanimado, ou desesperados. Os pais podem tomar o coração de seus filhos ao não discipliná-los com amor e instruí-los nos caminhos do Senhor, com equilíbrio.

    Existem várias maneiras de os pais podem causar os seus filhos a perder o coração.
    Em primeiro lugar, os pais podem exasperar seus filhos por superproteção. Pais superprotetores nunca permitir que seus filhos qualquer liberdade. Eles têm regras rígidas sobre tudo. Não importa o que seus filhos fazem, pais superprotetores não confio neles. Porque nada fazem ganha a confiança de seus pais, as crianças começam a se desesperar e podem acreditar que a forma como eles se comportam é irrelevante. Isso pode levar a rebelião. Os pais devem estabelecer regras e diretrizes para os seus filhos, mas essas regras não deve tornar-se um laço que estrangula-los. Acima de tudo, os pais devem comunicar aos seus filhos que eles confiam neles.
    Em segundo lugar, os pais exasperar seus filhos, mostrando favoritismo. Isso é feito muitas vezes inconscientemente, comparando uma criança desfavoravelmente para irmãos ou colegas de classe. Ao fazer uma criança se sentir como a ovelha negra da família, os pais podem criar uma terrível sensação de frustração.
    Em terceiro lugar, os pais exasperar seus filhos, depreciando seu valor. Muitas crianças foram convencidos de que o que eles fazem e sentem não são importantes. Isso está se comunicando com as crianças que não são significativas. Muitos pais depreciar a pena de seus filhos por se recusar a ouvi-los. As crianças que não são ouvidos pode desistir de tentar comunicar-se e tornar-se desanimado, tímido e retirada.
    Em quarto lugar, os pais exasperar seus filhos, definindo metas irrealistas. Os pais podem fazer isso por nunca recompensá-los, ou nunca deixá-los sentir que eles conseguiram. Nada é o suficiente, para que as crianças nunca obter a aprovação integral. Esses pais são muitas vezes tentando fazer seus filhos em algo que eles mesmos não eram. Os resultados podem ser trágicos. Algumas crianças se tornam tão frustrado que eles cometem suicídio.
    Em quinto lugar, os pais exasperar seus filhos ao não demonstrar afeto. Os pais precisam de comunicar o amor de seus filhos tanto verbalmente e fisicamente. Não fazer isso irá desencorajar e alienar uma criança.
    Em sexto lugar, alguns pais exasperar seus filhos por não prover as suas necessidades. As crianças precisam de coisas como privacidade, um lugar para jogar, roupas limpas, um lugar para estudar, as suas próprias posses, e boas refeições. Ao fornecer essas necessidades, os pais demonstram respeito e preocupação com seus filhos.
    Sétimo, pais exasperar seus filhos pela falta de normas. Este é o outro lado da superproteção. Quando os pais deixam de disciplina, ou a disciplina de forma inconsistente, as crianças são abandonados à própria sorte. Eles não podem lidar com esse tipo de liberdade e começar a se sentir inseguro e mal-amada.
    Oitavo, os pais exasperar seus filhos pela crítica. Haim Ginott escreveu: "A criança aprende o que vive. Se ele vive com críticas que ele não aprender a ter responsabilidade. Ele aprende a condenar a si mesmo e encontrar a falha com os outros. Ele aprende a duvidar de seu próprio julgamento, para desacreditar sua própria capacidade, e a desconfiar das intenções dos outros e, acima de tudo, ele aprende a viver com a expectativa contínua de morte iminente "(. entre pai e filho [New York: Macmillan, 1965], p 72).. Os pais devem procurar criar em casa um ambiente positivo e construtivo.

    Em nono lugar, pais exasperar seus filhos por negligência. O exemplo clássico é bíblico Absalão. Davi era indiferente a ele, eo resultado foi a rebelião, a guerra civil, e da morte de Absalão. Os pais precisam estar envolvidos na vida de seus filhos.
    Finalmente, os pais exasperar seus filhos por disciplina excessiva. Este é o pai que abusa de seus filhos, seja verbalmente, emocionalmente ou fisicamente. Os pais muitas vezes dizer coisas aos seus filhos que eles nunca diria a ninguém. Eles nunca devem disciplinar seus filhos com raiva. Em vez disso, os pais devem amorosamente corrigir seus filhos, assim como o Pai celestial as faz.
    Os pais têm influência na vida dos seus filhos foi resumida em uma perspectiva de Dorothy Lei Nolte intitulado "Crianças aprendem o que vivem":
    Se a criança vive com críticas,
    aprende a condenar.
     
    Se uma criança vive com hostilidade,
    ele aprende a lutar.
     
    Se uma criança vive com o ridículo,
    ele aprende a ser tímida.
     
    Se a criança vive com vergonha,
    ele aprende a se sentir culpada.
     
    Se a criança vive com tolerância,
    ele aprende a ser paciente.
     
    Se a criança vive com incentivo,
    ele aprende a confiança.
     
    Se uma criança vive com elogios,
    ele aprende a apreciar.
     
    Se uma criança vive com retidão,
    ele aprende a justiça.
     
    Se uma criança vive com segurança,
    ele aprende a ter fé.
     
    Se a criança vive com aprovação,
    ele aprende a gostar de si.
     
    Se uma criança vive com aceitação e amizade,
    ele aprende a encontrar o amor no mundo.
     
    (Copyright: 1982 por Dorothy Lei Nolte. Usado com permissão.)

    Não exasperante seus filhos é essencial para que os pais devem "criai-os na disciplina e admoestação do Senhor" ( Ef 6:4 , paralelo este texto. Em nossos dias, essa relação pode ser largamente comparada com a de empregador e empregado. Deve-se notar que, embora a Palavra de Deus nunca defende a escravidão, ele o reconhece como um elemento da sociedade que poderia ser benéfico se os dois escravos e senhores tratavam uns aos outros como devem. Longe de procurar a abolir a escravidão, o Senhor e os apóstolos usá-lo como um motivo para a instrução espiritual, ao aplicar o crente, aquele que pertence a Cristo e O serve, a um escravo. Assim, a literatura do Novo Testamento aceita a escravidão como uma realidade social e visa instruir aqueles em que o sistema se comportar de uma maneira piedosa. Certamente na carta a Filemon (entregue ao mesmo tempo como Colossenses), Paulo defende os direitos de escravo e mestre. Ele estava enviando o escravo fugitivo Onésimo de volta a seu mestre, Filemon. Paulo perguntou Filemon para tratar seu escravo retornou com bondade e perdão, restaurando a relação com o seu desígnio divino.

    Ao invés de comandar os escravos a se rebelar e derrubar escravidão, Paulo diz: Em todas as coisas obedecer aqueles que são os seus mestres na terra. Ele realmente é irrelevante que a forma social pode ser, a escravidão ou a liberdade-se o relacionamento é piedoso. Como nas relações entre marido e mulher, pais e filhos, o princípio da autoridade e submissão é central no pensamento de Paulo. Em todas as coisas é uma frase abrangente referindo-se a ambos os deveres agradáveis ​​e desagradáveis. A obediência exigida de escravos não é serviço externo, fazendo o dever com uma atitude relutante, como aqueles que simplesmente agradar a homens. Em vez disso, servos cristãos são para agradar ao Senhor, trabalhando com sinceridade de coração, temendo ao Senhor. Segurar Deus e Sua vontade em alta conta é o motivo certo. Eles estão a trabalhar de coração (colocando todo o seu homem interior no esforço), como para o Senhor e não para homens, servindo seu mestre como fariam o próprio Senhor.

    Paulo enfatiza a Timóteo que tal obediência e honra dada por escravos a seus senhores mantém "o nome de Deus e nossa doutrina" de ser mal-falada ( 1Tm 6:1 ). Escravos cristãos também são herdeiros da recompensa eterna. Como um empregado no trabalho, ou um servo na casa, é Cristo, o Senhor quem os crentes servir. Ele vai pagar-los de volta com graça e generosidade.

    Paulo, então, dá uma razão negativa para a obediência. A única que faz injustiça receberá as consequências do mal que ele fez, e que, sem acepção de pessoas. A advertência é que o Senhor vai disciplinar sem parcialidade nos casos de desobediência (cf. Gl 6:7 ).


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Colossenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 25

    Colossenses 3

    Uma vida ressuscitada — Cl 3:1-4).

    Podemos expressar isto numa linguagem mais moderna, como o faz

    1. F. D. Moule. O cristão deve matar seu egocentrismo; deve considerar como mortos todos os desejos e ambições privados. Em sua vida deve

    haver uma transformação radical da vontade e um deslocamento radical do centro. Tudo aquilo que o separe da obediência total a Deus e da entrega plena a Cristo deve ser amputado cirurgicamente.

    Logo Paulo prossegue estabelecendo uma lista das coisas que os colossenses devem eliminar da vida.

    Fornicação e impureza. Como o advertimos repetidamente, a castidade foi a única virtude completamente nova que o cristianismo trouxe para o mundo. No mundo antigo as relações pré-conjugais e

    extra-conjugais não envergonhavam e eram a prática normal aceita. O mundo antigo considerava o apetite sexual como algo que devia saciar-se e não controlar-se. Esta é uma atitude que de modo algum desapareceu,

    embora hoje em dia seja justificada com argumentos enganosos e distorcidos.

    Em sua autobiografia, Memory to Memory, Sir Arnold Lunn tem

    um capítulo sobre o Cyril Joad, o famoso filósofo a quem conhecia bem. Em seus dias pré-cristãos Joad escrevia: "O controle de nascimentos (referia-se mais precisamente ao uso de anticoncepcionais) aumenta as possibilidades do prazer humano. Ao fazer possível gostar dos prazeres do sexo sem suas penalidades eliminou o mais formidável dissuasivo não só das relações sexuais normais mas também das anormais... O clérigo comum sente-se sobressaltado e ofendido perante a perspectiva de um prazer sem vergonha, inofensivo e ilimitado que o controle de nascimentos oferece ao jovem; se pudesse freá-lo, o faria". Rumo ao fim de sua vida Joad voltou à religião e se integrou na família da Igreja, mas não sem lutas, e foi a insistência da Igreja cristã sobre a pureza sexual o que tanto demorou sua decisão final. "É um passo enorme" — disse — "e não posso me persuadir de que a severo atitude rumo quanto ao sexo que a Igreja crê necessária está realmente justificada".

    A ética cristã insiste na pureza e na castidade; em que a relação entre os sexos é algo tão precioso que seu uso indiscriminado acaba com

    sua destruição.

    Paixões e desejos. Há certas pessoas que são escravas de suas paixões e que são arrastadas pelo mal: isto é o que significa epithymia. Há certa classe de pessoas que não têm idéia de como dominar a ira. que não têm intenção de limitar seus desejos nos prazeres da mesa; uma classe de homens que se deixam governar por seus desejos e que jamais tentam governá-los.

    Vem o pecado de avareza. A palavra grega é pleonexia. Este pecado é um dos mais repugnantes: seu significado é absolutamente caro

    mas não é fácil encontrar um termo único para traduzi-lo. Provém de dois termos gregos. A primeira metade da palavra provém de pleon que significa mais; a segunda deriva de equein que significa ter. Pleonexia é

    fundamentalmente o desejo de ter mais. Os próprios gregos a definiam como um desejo insaciável e diziam que satisfazê-lo era como tratar de encher de água um recipiente furado. Definiram-na como o desejo

    pecaminoso do que pertence a outro; como a paixão de adquirir. Descreveram-na como a busca desumana do interesse próprio. A idéia básica é a de um desejo que o homem não tem direito de albergar. É,

    portanto, um pecado de um alcance muito amplo. Se se trata do desejo de dinheiro conduz ao roubo; se se trata do desejo de ganhar prestígio conduz à ambição perversa; se for o desejo de poder, conduz à tirania

    sádica; se se desejar a uma pessoa conduz ao pecado sexual. C. F. D. Moule o descreve bem como "o oposto ao desejo de dar". É o desejo de obter, e obter sempre o que a gente não tem direito de possuir.

    Tal desejo — diz Paulo — é idolatria. Como pode ser isto? A

    essência da idolatria é o desejo de obter. A pessoa enaltece um ídolo e lhe rende culto porque deseja conseguir algo de Deus. Para expressá-lo bruscamente, pensa que por seus sacrifícios, suas oferendas e suas práticas de culto pode persuadir e até subornar a Deus para obter o que deseja. Para citar ao C. F. D. Moule, "a idolatria é uma tentativa de usar a Deus para o propósito do homem, antes que entregar-se a si mesmo ao serviço de Deus". A essência da idolatria consiste, de fato, no desejo de ter mais. Ou enfocando-a desde outro ângulo, o homem cuja vida está

    dominada inteiramente pelo desejo de possuir coisas pôs as coisas no lugar de Deus. De fato dá culto a coisas que não são Deus, e isto é precisamente idolatria.

    Sobre todas estas coisas cairá a ira de Deus. A ira de Deus é simplesmente uma regra do universo: o homem colherá o que semeia e

    ninguém escapará jamais às conseqüências de seu pecado. A ira de Deus e a ordem moral do universo são uma e a mesma coisa.

    O QUE DEVE FICAR PARA TRÁS

    Colossenses 3:5-9a (continuação)

    No versículo 8 Paulo diz que há algumas coisas das quais os colossenses devem despojar-se. A palavra usada aplica-se a despir-se. Aqui há uma imagem que pertence à vida dos primeiros cristãos. Quando o cristão era batizado tiravam-se os vestidos velhos ao descer às águas e

    era revestido de vestes novas e muito brancas ao emergir das mesmas; despia-se de um estilo de vida para revestir-se de outro. Nesta passagem Paulo fala das coisas das que o cristão deve despir-se; no versículo 12 se

    continuará a imagem enumerando as coisas das que o cristão deve revestir-se. Passemos revista a cada termo.

    O cristão deve depor a ira e a indignação. Há uma diferença entre

    estas duas palavras gregas (orge e thymos). Thymos é um relâmpago de ira repentina que se acende um instante e morre com a mesma rapidez. Os gregos a comparavam ao fogo de palha que num momento acende-se, queima-se e se extingue. Por outro lado, orge é uma ira que se tornou inveterada; uma ira persistente que arde lentamente e sem chamas, que recusa ser pacificada e nutre sua cólera para manter-se viva. Para o cristão estão igualmente proscritos tanto os estalos do temperamento como a ira persistente.

    Vem a malícia. Malícia é a tradução de kakia. Trata-se de um termo difícil de traduzir porque indica realmente essa depravação mental da

    qual surgem todos os vícios particulares. É um mal que tudo invade.

    O cristão deve deixar de lado as blasfêmias, as palavras desonestas e o engano de outros. Blasfêmia significa em geral linguagem ofensiva e difamadora. Quando este insulto dirige-se diretamente a Deus então se transforma em blasfêmia. Neste contexto é muito mais provável que o que se proíbe sejam as palavras difamadoras contra o próximo. Aiscrologia se traduziu palavras desonestas. Bem pode referir-se à linguagem obscena. Estas três últimas coisas que se proíbem têm que ver com a linguagem. E se as transformamos em mandatos positivos em vez de proibições negativas encontraremos três leis para a linguagem cristã.

    1. A linguagem cristã deve ser amável. Toda locução te denigram, maliciosa e fofoqueira fica proscrita. O antigo conselho tem ainda

    vigência. Antes de dizer algo de alguém devemos nos perguntar três coisas: "É verdade? É necessário? É bondoso?" O Novo Testamento não poupa a condenação das línguas fofoqueiras que envenenam a verdade.

    1. O cristão deve falar o que é puro. Talvez não tenha havido nenhuma época na história em que se tenha usado uma linguagem tão obscena como em nossos dias. E a tragédia consiste em que hoje muitos

    chegaram a habituar-se tanto a uma linguagem suja que não têm consciência disso. O cristão jamais deveria esquecer que prestará conta de toda palavra ociosa.

    1. O cristão deve falar a verdade. O Dr. Johnson opinava que eram muitas mais as falsidades ditas inconsciente que deliberadamente e que um menino deveria ser reprimido quando se desviasse no mais mínimo da verdade. É muito fácil distorcer a verdade: basta uma variação no tom

    de voz em que se narra o relato, um olhar eloqüente; e há silêncios que podem ser tão falsos e enganosos como as palavras.

    Se o cristão observar as regras da linguagem cristã, falará com

    bondade, pureza e honestidade a todos e em todo lugar.

    A UNIVERSALIDADE DO CRISTIANISMO

    Colossenses 3:9b-13

    Quando um homem se converte ao cristianismo deve experimentar uma mudança completa em sua personalidade. Despoja-se de seu velho

    eu e se reveste do novo, assim como um candidato ao batismo se despe de suas velhas vestimentas e se reveste de uma nova vestimenta branca. Com muita freqüência olhamos de soslaio a verdade em que insiste o

    Novo Testamento, a de que o cristianismo que não muda o homem é um cristianismo muito imperfeito. Além disso, esta mudança é progressiva. A nova criação é uma renovação contínua. Faz com que o homem cresça

    continuamente em graça e conhecimento até alcançar o que tem que ser: humanidade à imagem de Deus. O cristianismo não é realmente cristianismo a não ser que faça do homem o que está destinado a ser segundo o desígnio de Deus.

    Um dos grandes efeitos deste cristianismo é que destrói as barreiras divisórias. Nele não há mais grego nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro nem cita, escravo nem livre. O mundo antigo

    estava cheio de barreiras. Os gregos olhavam com desdém aos bárbaros; todo aquele que não falava o grego era bárbaro, o que literalmente significa, um homem que balbucia "bar-bar". O grego era o aristocrata

    do mundo antigo, e sabia disso. O judeu desdenhava a qualquer outra nação. Ele pertencia ao povo escolhido de Deus, enquanto as outras nações só podiam ser combustível para o fogo do inferno. Os citas eram

    conhecidos como o nível mais baixo de bárbaros; mais bárbaros que os bárbaros, segundo o dizer dos gregos; muito perto de ser bestas selvagens como dizia Josefo. Com efeito, era proverbialmente o

    selvagem que aterrorizava o mundo civilizado com suas atrozes bestialidades. O escravo nem sequer era considerado como um ser humano na legislação antiga; era meramente uma ferramenta humana e viva, absolutamente sem nenhum direito próprio. Seu dono podia

    espancá-lo, marcá-lo a fogo, mutilá-lo ou matá-lo segundo seu capricho.

    Tampouco tinha direito ao casamento. No mundo antigo não podia haver camaradagem entre um escravo e um homem livre.

    Mas em Cristo todas estas barreiras foram eliminadas.

    J. B. Lightfoot lembra que um dos maiores tributos rendidos ao cristianismo não foi de um teólogo mas sim de um lingüista. Max Müller

    foi um dos maiores peritos na ciência da linguagem. Agora, no mundo antigo ninguém se interessava pelas línguas estrangeiras, além do grego. Ninguém aprendia ou estudava as línguas estrangeiras. Os gregos eram

    os eruditos e jamais se teriam dignado estudar uma língua Bárbara. A ciência da linguagem é nova e o desejo de conhecer outras línguas é novo. Max Müller escreveu:

    "Enquanto a palavra bárbaro não foi apagada do dicionário da humanidade e substituída pela palavra irmano, enquanto não se reconheceu o direito de todas as nações do mundo a serem classificadas como membros de um só gênero ou espécie, não se pôde contemplar nem os primeiros princípios de nossa ciência da linguagem... Esta mudança foi levada a efeito pelo cristianismo".

    Foi o cristianismo que atraiu tanto os homens entre si que desejaram conhecer mutuamente seus idiomas.

    T. K. Abbot adverte como esta passagem mostra em forma sumária as barreiras que destruiu o cristianismo.

    1. Destruiu as barreiras que provêm do nascimento e da nacionalidade. Diferentes nações, que se desprezavam ou odiavam foram

    congregadas numa só família: a Igreja cristã. Nações que se lançavam umas contra as outras nas guerras se sentaram juntas em paz na mesa do Senhor.

    1. Destruiu as barreiras que provêm do cerimonial e do ritual. Circuncidados e incircuncisos foram congregados numa só comunidade. Enquanto um judeu permanecia sendo judeu qualquer homem de outra

    nação era para ele impuro. Quando se fazia cristão, todo homem de outra nação era considerado irmão.

    1. Destruiu as barreiras entre a cultura e a incultura. Os citas eram os bárbaros ignorantes do mundo antigo; os gregos os aristocratas do pensamento. Os povos incultos e os cultos se congregaram na 1greja cristã. O maior sábio do mundo e o operário mas simples podem acotovelar-se em perfeita camaradagem na 1greja de Cristo.
    2. Destruiu as barreiras entre as classes. O escravo e o livre participaram de uma mesma Igreja. Ainda mais: na igreja primitiva podia acontecer e acontecia que o escravo era o pregador e o chefe da

    comunidade e o amo era um membro humilde. Na presença de Deus as distinções sociais do mundo carecem de importância.

    AS VESTES DA GRAÇA CRISTÃ

    Colossenses 3:9b-13 (continuação)

    Paulo continua dando uma lista das graças importantes com as que

    os colossenses deviam revestir-se. Antes de começar a estudar a lista em detalhe devemos advertir duas coisas muito significativas.

    1. Paulo começa dirigindo-se aos colossenses como os escolhidos

    de Deus, santos e amados. O significativo é que cada uma destas três palavras correspondiam originariamente aos judeus. Eles eram o povo escolhido, a nação santa e consagrada (hagios), eles eram os amados de Deus. Paulo toma estas três importantes palavras que num tempo tinham sido possessão de Israel, para aplicá-las aos gentios. Desta maneira mostra que o amor e a graça de Deus chegaram aos limites da terra: Na economia de Deus já não existe a cláusula de "nação mais favorecida".

    1. É extremamente significativo que cada uma das virtudes e graças da lista tem que ver com as relações pessoais. Não se mencionam

    virtudes como a eficiência, inteligência, nem sequer a diligência ou a industriosidade. Não é que tudo isto careça de importância. Mas as grandes virtudes cristãs básicas são as que dominam as relações humanas e lhes dão a tônica. O cristianismo é comunidade. O cristianismo tem em

    sua parte divina o dom maravilhoso da paz com Deus e em sua parte humana a solução triunfal do problema da convivência.

    Paulo começa com uma íntima misericórdia. Se houver algo que o mundo antigo precisava era a misericórdia. O sofrimento dos animais

    não significava nada para o mundo antigo. Os aleijado e os doentios eram simplesmente eliminados. Não havia previsões sociais para os anciãos. O trato com os idiotas e os diminuídos mentais era sem piedade e desumano. O cristianismo trouxe para este mundo — e ainda continua

    trazendo — uma misericórdia crescente. Não é muito dizer que tudo o que se chegou a fazer pelos anciãos, pelos doentes, pelos física e mentalmente fracos, pelos animais, pelas crianças e pelas mulheres, foi

    sob a inspiração do cristianismo.

    Vem a benignidade (crestotes). Trench a considera uma bela palavra para uma bela qualidade. Os antigos escritores definiam a

    crestotes como a virtude do homem para quem o bem de seu próximo é tão caro como o próprio. Josefo a usa para descrever a Isaque, o homem que cavava poços e os entregava a outros porque não queria litigar sobre

    eles (Gênesis 26:17-25). Aplica-se ao vinho que com os anos se suaviza perdendo seu aspereza. É a palavra que se usa para o jugo de Jesus em seu dito: "Meu jugo é suave" (Mt 11:30). A bondade pode ser severa

    mas a crestotes é a benignidade; a bondade amável que Jesus usou para com a mulher pecadora que lhe ungiu os pés (Lucas 7:37-50). Sem lugar a dúvida, Simão o fariseu era um homem bom mas Jesus era mais que bom: era crestos, benigno. O cristão se caracteriza por uma bondade que

    é amável.

    Vem a humildade. Com freqüência tem-se dito que a humildade é uma

    virtude

    criada

    e

    introduzida

    pelo

    cristianismo.

    Sublinhou-se

    freqüentemente que no grego clássico não há uma palavra para humildade que não tenha certo toque de baixeza, servilismo e subserviência. A humildade cristã não é algo rasteiro, mas sim algo que

    se baseia em duas coisas. Em primeiro lugar, em seu aspecto divino se baseia na consciência sempre presente da condição de criatura do

    homem. Deus é o Criador, e homem é a criatura. Na presença do Criador a criatura não pode sentir outra coisa a não ser humildade. Em segundo lugar, no aspecto humano se baseia na crença de que todos os homens são filhos de Deus; e quando vivemos em meio de homens e mulheres que são todos de linhagem real, não há lugar para a arrogância.

    Vem a mansidão (praotes). Faz muito tempo Aristóteles definiu a praotes como o termo médio feliz entre a ira excessiva e a ira mínima. O homem que tem praotes é aquele que conserva o domínio próprio porque

    está guiado por Deus: ira-se sempre a seu devido tempo e jamais quando não lhe corresponde. Tem ao mesmo tempo a energia e a suavidade da verdadeira gentileza.

    Vem a paciência (makrothymia). É o espírito que jamais perde a paciência para com o próximo. A estultícia e indocilidade jamais o forçam ao cinismo ou o desespero; os insultos e maus entendimentos

    jamais o empurram à amargura ou à cólera. A paciência humana é um reflexo da paciência divina que carrega todos os nossos pecados e que jamais nos rechaça

    Vem o espírito que suporta e perdoa. O cristão suporta e perdoa porque jamais esquece que aquele que foi perdoado deve sempre perdoar. Como Deus lhe perdoou, ele deve perdoar a outros, porque só

    aquele que perdoa pode ser perdoado.

    O VÍNCULO PERFEITO

    Colossenses 3:14-17

    Aos ornamentos das virtudes e graças Paulo adiciona um mais — aquele que chama o vinculo perfeito do amor. O amor é o poder de união

    que mantém intimamente ligado todo o corpo cristão. A tendência de toda sociedade de pessoas é, mais cedo ou mais tarde, desagregar-se; no amor existe o único vínculo que as manterá em inquebrantável comunhão.

    Logo Paulo passa a uma imagem expressiva: "Que a paz de Cristo decida tudo em seus corações". O que diz literalmente é: “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração” O verbo que emprega pertencia à arena dos campos atléticos: é a palavra que se aplicava ao árbitro que com sua decisão restabelecia a ordem em caso de disputa. Se a paz de Jesus Cristo for o árbitro no coração de cada homem então, quando entrarem em conflito os sentimentos e quando formos arrastados em duas direções ao mesmo tempo ou quando a caridade cristã estiver em conflito em nossos corações com a irritação e a irritação anticristãos, a decisão de Cristo nos levará pelo caminho do amor e a Igreja continuará sendo um só corpo, tal como deve sê-lo. O caminho para operar retamente é designar a Jesus Cristo como o árbitro das emoções que estão em conflito em nossos corações. Se aceitarmos suas decisões não podemos agir mal.

    É interessante observar aqui como a Igreja cantou desde seus começos. Isto era herança do judaísmo. Filo nos conta que os judeus freqüentemente passavam toda a noite entre hinos e cânticos. Uma das primeiras descrições do culto da Igreja que possuímos é a de Plínio, o governador romano da Bitínia, que enviou a Trajano, imperador romano, um relato das atividades cristãs. Neste relato diz: "Se reúnem ao amanhecer para cantar um hino a Cristo como Deus". A gratidão da Igreja sempre se elevou a Deus em forma de louvor e cântico cristãos.

    Finalmente, nesta seção Paulo estabelece o grande princípio para a vida de que tudo o que fazemos ou dizemos deve ser feito ou dito em o

    nome de Jesus. Uma das melhores provas para cada ação é a seguinte: "Podemos fazer isto invocando o nome de Jesus? Podemos fazer isto implorando sua ajuda?" Podemos dizer isto lembrando que Ele nos ouve

    e lhe pedindo que não ouça? Se cada palavra e cada feito passa pela prova da presença de Jesus Cristo será impossível seguir o caminho do engano.

    AS RELAÇÕES PESSOAIS DO CRISTÃO

    Colossenses 3:18-25Cl 4:1

    Aqui a seção ética da Carta faz-se cada vez mais prática. Paulo refere-se à concreção prática do cristianismo nas relações do jornal viver.

    Antes de começar a estudar esta passagem em detalhe advirtamos dois grandes princípios gerais que estão em sua base e que determinam todas suas exigências.

    1. A ética cristã é uma ética de obrigação recíproca. Nunca é uma ética em que todos os deveres estão de um só lado. Segundo Paulo, a obrigação dos maridos é tão importante como a das mulheres; os pais

    estão tão ligados por seus deveres como os filhos; os amos têm tantas responsabilidades como os escravos.

    Isto era algo inteiramente novo. Consideremos cada caso em particular à luz deste novo princípio.

    Sob a Lei judia a mulher era uma coisa; uma possessão de seu marido como a casa, o rebanho e os bens materiais. Não possuía direito legal algum. Por exemplo, sob a Lei judia o marido podia divorciar-se de

    sua mulher por qualquer causa enquanto a mulher não tinha direito alguém de dar início ao divórcio. Na sociedade grega uma mulher respeitável vivia uma vida inteiramente segregada. Jamais aparecia

    sozinha nas ruas, nem sequer para ir às compras. Vivia nos compartimentos destinados às mulheres e jamais devia encontrar-se com os homens de sua casa nem mesmo para comer. Era-lhes exigida total

    entrega ao serviço e à castidade. Mas o marido podia sair à vontade e manter a bel-prazer qualquer relação extraconjugal sem incorrer em descrédito. Tanto sob as leis e costumes judias como sob as gregas, todos

    os privilégios pertenciam ao marido e todos os deveres à mulher; mas no cristianismo temos pela primeira vez uma ética de obrigações mútuas e recíprocas.

    No mundo antigo os meninos estavam muito sob o domínio de seus

    pais. O exemplo supremo do caso era o pátrio poder romano: a lei do

    poder dos pais. Sob esta lei o pai podia fazer o que quisesse com seu filho. Até podia vendê-lo como escravo, fazê-lo trabalhar como operário em seu campo; inclusive tinha o direito de condená-lo à morte e também de executá-lo. Novamente todos vos privilégios e direitos pertenciam ao pai e todos os deveres ao filho.

    Ainda mais claramente via-se isto no caso da escravidão. Aos olhos da lei o escravo era uma coisa. Não existia algo assim como um código de condições trabalhistas. Quando um escravo não era apto para o

    trabalho podia ser despedido, ainda que morresse. O escravo não tinha o direito de casar-se e se chegava a gerar um filho, este filho pertencia ao amo, como os cabritos de um rebanho ao pastor. O amo podia açoitá-lo,

    marcá-lo à fogo e matá-lo sem que ninguém o impedisse. Novamente todos os direitos pertenciam ao amo e os deveres ao escravo.

    A ética cristã é uma ética de obrigações mútuas pela qual todos os

    direitos e obrigações caem sobre todos. Sob a ética cristã ninguém carece de direitos, mas tampouco ninguém carece de obrigações. É uma ética de responsabilidade mútua e, portanto, converte-se numa ética em que a idéia e o pensamento de privilégios e deveres passa a segundo plano e a idéia e o pensamento do dever e obrigação se constituem no supremo. Toda a direção da ética cristã não é perguntar: "O que é o que os outros me devem?" mas sim, "O que devo eu aos outros?"

    1. O realmente novo da ética cristã, no campo das relações pessoais, é que todas as relações são no Senhor. Toda a vida cristã vê-se em Cristo. Em cada lar a tônica das relações pessoais vem pela

    consciência de que Jesus Cristo é sempre um hóspede invisível mas presente. Ele é sempre o terceiro quando dois estão juntos. Em toda relação pai-filho domina o pensamento da paternidade divina; devemos

    tratar a nossos filhos como Deus a seus filhos e filhas. O que estabelece a relação amo-siervo é que ambos, o amo e o servo, são servos do único

    dono Jesus Cristo. O novo nas relações pessoais como vistas o cristianismo,

    é que Jesus Cristo se introduz nelas como o fator que muda e recria.

    A OBRIGAÇÃO MÚTUA

    Colossenses 3:18-25Cl 4:1

    (continuação)

    Lancemos uma breve olhada a cada uma destas três esferas das relações humanas.

    1. A mulher tem que ser submissa a seu marido; mas o marido tem que amar a sua mulher e tratá-la com toda bondade. O efeito prático de todas as leis e costumes matrimoniais da antigüidade era que o marido se

    transformava num ditador indiscutido e a mulher em pouco mais que uma serva para criar seus filhos e servi-lo em suas necessidades. O efeito fundamental da doutrina cristã sobre o casamento é que este se torna

    cooperação e companheirismo. Não se realiza para a mera conveniência do marido, senão para que marido e mulher encontrem uma nova alegria e se complementem mutuamente na vida. Um casal em que tudo é feito para conforto e conveniência de um dos cônjuges enquanto o outro existe

    simplesmente para satisfazer as necessidades e os desejos daquele, não é um casal cristão.

    1. A ética cristã estabelece com absoluta clareza o dever do filho

    com respeito ao pai. Mas há sempre um problema na relação pai-filho. Se o pai for muito lasso e condescendente, o filho crescerá sem disciplina e será incapaz de enfrentar a vida. Além disso há outro perigo. Quanto maior consciência tem um pai tanto mais corrigirá, admoestará, repreenderá e estimulará o filho. Simplesmente porque o pai ou a mãe desejam o bem do filho estarão sempre, como se diz, "mercando em cima" dele.

    Lembramos por exemplo a trágica pergunta de Mary Lamb, que finalmente chegou a perder a cabeça: "Por que será que alguma vez

    pareço capaz de fazer algo que agrade a minha mãe?"

    Lembramos a penetrante declaração do John Newton: "Eu sei que meu pai me amava — mas não parecia desejar que eu me desse conta disso".

    Há certo tipo de crítica constante que é produto de um amor equivocado. O perigo de tudo isto está em que o menino se desanime. Bengel fala de "a praga da juventude: um espírito contrariado" (Fractusanimus pestis iuventutis). O dever do pai não é só a disciplina — também é estimular. A disciplina e o estímulo devem correr ao mesmo tempo. Um dos atos trágicos da história religiosa é que o pai do Lutero fosse tão severo com ele que durante toda sua vida o fez difícil orar o Pai Nosso: a palavra pai não significava em sua mente outra coisa a não ser severidade. O dever do pai é sempre a disciplina, mas também é o estímulo. Lutero mesmo dizia: "Poupa a vara e arruína o menino. Isto é verdade. Mas ao lado da vara tenha uma maçã para dar a ele quando agir bem".

    Sir Arnold Lunn cita de um livro do M. E. Clifton James um incidente sobre o general Montgomery. Montgomery era famoso pela

    disciplina que impunha mas também tinha outro aspecto. Clifton James era o "duplo" oficial do Montgomery. "Durante umas manobras de desembarque o estive estudando. A poucos metros de onde estava

    parado, um soldado muito jovem, que ainda parecia enjoado pela viagem marítima, vinha lutando denodadamente para seguir a seus camaradas do frente. Eu podia imaginar que, sentindo-se como se sentia, seu fuzil e sua

    equipe deviam lhe pesar uma tonelada, suas pesadas botas se arrastavam pela areia, mas eu podia ver que lutava com todas as suas força para dissimular sua dificuldade. Justamente quando conseguiu chegar aonde estávamos, deu um tropeção e caiu de chofre sobre seu rosto. Quase

    soluçando se ergueu e empreendeu arduamente a marcha, mas em direção errada. O general se dirigiu diretamente ao jovem e com um sorriso animador e amistoso o inverteu. ‘por aqui filho; você está agindo

    bem, muito bem. Isso sim, não perca contato com o soldado que está adiante de você’. Quando o jovem deu-se conta de quem era aquele que o tinha ajudado amigavelmente sua expressão de muda admiração foi

    digna de observar-se." Justamente porque Montgomery combinava a

    disciplina com o estímulo um ordenança do Oitavo Exército se sentia com a dignidade de um coronel de qualquer outro exército.

    Quanto melhor é um pai tanto mais evita o perigo de desalentar a seu filho: os pais devem dar disciplina e estímulo por partes iguais.

    O OPERÁRIO CRISTÃO E O PATRÃO CRISTÃO

    Colossenses

    3:18-25—4:1

    (continuação)

    1. Paulo se volta agora ao problema maior de todos: a relação entre amos e escravos. Deve-se advertir que esta seção é quase mais longa que as outras duas tomadas junto e que sua longitude e densidade podem

    bem ser fruto das longas conversações que Paulo manteve com Onésimo, o escravo fugitivo que mais tarde Paulo enviou de volta à casa de seu amo Filemom.

    Aqui Paulo diz coisas que terão causado admiração em ambas as

    partes da questão.

    Insiste em que o escravo deve ser um trabalhador consciente. Diz, com efeito, que o cristianismo de um escravo deve fazer dele um escravo

    melhor e mais eficiente. Nunca o cristianismo ofereceu uma escapatória do trabalho duro; antes, faz com que o homem seja capaz de trabalhar duramente. Tampouco oferece ao homem escapatória de uma situação

    difícil; capacita-o para enfrentar esta situação como um homem melhor.

    O escravo não deve oferecer um serviço só para ser visto. Não deve trabalhar só quando os olhos do supervisor estão sobre ele. Não deve ser

    o tipo de servo que, como diz C. F. D. Moule, não sacode o pó atrás dos adornos nem varre debaixo do armário. Não deve fazer uma demonstração de solícita eficiência quando seu coração abriga

    ressentimento e amargura contra toda sua situação. Deve lembrar que receberá sua herança: e aqui há algo maravilhoso. Sob a lei romana um escravo não podia ter nenhuma propriedade de qualquer tipo que fosse. E aqui é prometida nada menos que a herança de Deus. Deve lembrar que

    chegará um tempo em que se ajustarão contas: os que fizeram o mal receberão seu castigo e os que trabalharam fielmente seu recompensa.

    O amo deve tratar o escravo não como uma coisa, mas sim como pessoa, com justiça, e com a eqüidade que ultrapassa a justiça.

    E como deve-se ser feito isto? A resposta é importante, porque nela encontra-se toda a doutrina cristã do trabalho. O trabalhador deve fazer tudo como se fosse para Cristo. Nós não trabalhamos pelo pagamento, nem por ambição, nem para satisfazer a um amo terrestre. Trabalhamos

    de tal maneira que possamos tomar cada trabalho e oferecê-lo a Cristo. Todo trabalho é feito para Deus, de tal maneira que o mundo de Deus possa seguir sua marcha, e os homens e mulheres de Deus possam

    possuir as coisas necessárias para a vida. Todo trabalho é para Deus.

    O amo deve lembrar que ele também tem um Amo — Cristo nos céus. É responsável perante Deus na mesma medida em que seus

    operários são responsáveis perante ele. Nenhum amo pode dizer: "Este negócio é meu; farei com ele o que eu quiser", antes, deve dizer: "Este negócio é de Deus, quem o pôs sob minha responsabilidade. Devo

    conduzi-lo como Ele quer que o conduza. Sou responsável perante Ele". O amo assim como o servo trabalha para Deus. A doutrina cristã do trabalho é que o patrão e o operário trabalham 1gualmente para Deus e

    que, portanto, a recompensa real do trabalho não é calculável em moedas terrestres, mas sim algum dia Deus mesmo a dará, ou a reterá.


    Dicionário

    Agradar

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Contentar alguém; ser afável; demonstrar cortesia, gentileza: agradar alguém com presentes; era uma boa pessoa, só pensava em agradar.
    verbo intransitivo Parecer bem; ter encantos: esta paisagem agrada muito.
    verbo pronominal Satisfazer, causar ou sentir prazer, deleite: agradava-se dos elogios no trabalho.
    Sentir-se apaixonado, tomado de amor: agradou-se da colega de classe.
    verbo transitivo direto [Regionalismo: Nordeste] Fazer carinhos; afagar: pais que gostavam de agradar os filhos.
    Etimologia (origem da palavra agradar). A + grado, do latim gratus,a,um + ar.

    Causar ou inspirar complacência ou satisfação, Ser agradável, Contentar, Satisfazer, Sentir ou causar prazer.

    Aparência

    substantivo feminino O que se mostra à primeira vista; exterioridade, aspecto: casa de bela aparência; é bom desconfiar das aparências.
    Aspecto exterior que se parece com; probabilidade, verossimilhança: o fato contradiz todas as aparências.
    O que se usa como disfarce; engano, ilusão: aparência de altruísmo.
    [Filosofia] Aquilo que percebemos, por oposição à realidade em si, que nos escapa.
    Etimologia (origem da palavra aparência). Do latim apparentia.ae.

    ar (ares), exterior, exterioridade, visos, mostra, aspeto, semblante. – Segundo Roq. – “a aparência é o efeito que produz a vista de uma coisa, e a ideia que nos resulta dela, pelo que é às vezes enganosa. Exterior é o que cada corpo mostra pela parte de fora: aplicado às pessoas, é o aspeto, maneiras, porte ou conduta que ela mostra exteriormente, e então se lhe chama exterioridade”. – O ar (ou os ares) com que uma pessoa se nos apresenta é o conjunto de tudo quanto da parte dessa pessoa nos impressiona à primeira vista: o semblante, os modos, os gestos, a voz, etc. – Visos quer dizer – aparência não clara, ou não definida: “o que ela diz tem visos de verdade” (tem aparências vagas, imprecisas de verdade): – Mostra, diz Lacerda, “é manifestação de uma coisa presente, da qual nos deixa ver apenas uma parte”. – Aspeto é a exterioridade que nos impressiona ao primeiro relance de olhos. – Semblante é o modo de ser da fisionomia humana: é, por assim dizer, o que quer que seja de acento espiritual que distingue uma fronte humana.

    Carne

    substantivo feminino O tecido muscular do homem e dos animais, e principalmente a parte vermelha dos músculos.
    Particularmente, o tecido muscular dos animais terrestres que serve de alimento ao homem.
    Carne viva, o derma ou o tecido muscular posto a descoberto depois de arrancada ou cortada a epiderme.
    Figurado A natureza humana: a carne é fraca.
    O corpo humano: mortificar a carne.
    A polpa das frutas.
    Cor de carne, branco rosado.
    Nem peixe nem carne, diz-se de uma pessoa de caráter indeciso, que não tem opinião definida, ou de uma coisa insípida.
    São unha com carne, ou unha e carne, ou osso e carne, diz-se de duas pessoas que vivem em muita intimidade, que mutuamente comunicam seus pensamentos secretos.

    substantivo feminino O tecido muscular do homem e dos animais, e principalmente a parte vermelha dos músculos.
    Particularmente, o tecido muscular dos animais terrestres que serve de alimento ao homem.
    Carne viva, o derma ou o tecido muscular posto a descoberto depois de arrancada ou cortada a epiderme.
    Figurado A natureza humana: a carne é fraca.
    O corpo humano: mortificar a carne.
    A polpa das frutas.
    Cor de carne, branco rosado.
    Nem peixe nem carne, diz-se de uma pessoa de caráter indeciso, que não tem opinião definida, ou de uma coisa insípida.
    São unha com carne, ou unha e carne, ou osso e carne, diz-se de duas pessoas que vivem em muita intimidade, que mutuamente comunicam seus pensamentos secretos.

    A palavra hebraica do A.T., basar, tem freqüentemente o sentido literal de carne, ou seja do homem ou de animal (Gn 2:21 – 9.4 – Lv 6:10Nm 11:13), e também significa todas as criaturas vivas (Gn 6:13-17) – além disso tem a significação especial de Humanidade, sugerindo algumas vezes quanto é grande a fraqueza do homem, posta em confronto com o poder de Deus (Sl 65:2 – 78.39). No N. T. a palavra sarx é empregada da mesma maneira (Mc 13:20 – 26.41 – Hb 2:14 – 1 Pe 1.24 – Ap 17:16) S. Paulo põe habitualmente em contraste a carne e o espírito – e faz a comparação entre aquela vida de inclinação à natureza carnal e a vida do crente guiado pelo Espírito (Rm 7:5-25, 8.9 – Gl 5:17 – etc.). A frase ‘Carne e sangue’ (Mt 16:17Gl 1:16) é para fazer distinção entre Deus e o homem (*veja Alimento).

    A carne é veículo transitório e abençoado instrumento para o espírito aprender na Academia terrestre através do processo incessante da evolução.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    A carne, de certo modo, em muitas circunstâncias não é apenas um vaso divino para o crescimento de nossas potencialidades, mas também uma espécie de carvão milagroso, absorvendo -nos os tóxicos e resíduos de sombra que trazemos no corpo substancial.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] A carne, em muitos casos, é assim como um filtro que retém as impurezas do corpo perispiritual, liberando-o de certos males nela adquiridos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

    A carne é a sagrada retorta em que nos demoramos nos processos de alquimia santificadora, transubstanciando paixões e sentimentos ao calor das circunstâncias que o tempo gera e desfaz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Evangelho

    A carne terrestre, onde abusamos, é também o campo bendito onde conseguimos realizar frutuosos labores de cura radical, quando permanecemos atentos ao dever justo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 5


    Carne
    1) O tecido muscular do corpo dos seres humanos e dos animais (Gn 2:21)

    2) O corpo humano inteiro (Ex 4:7).

    3) O ser humano fraco e mortal (Sl 78:39).

    4) A natureza humana deixada à vontade e dominada pelos seus desejos e impulsos (Gl 5:19); 6.8;
    v. CARNAL).

    Carne O termo carne não tem uma significação unívoca nos evangelhos. A expressão “toda carne” refere-se ao conjunto de todos os seres humanos (Mt 24:22); “carne e sangue” designa o ser humano em suas limitações (Mt 16:17; 26,41) e “carne” também se refere — em contraposição a espírito — ao homem em seu estado de pecado (Jo 3:6). Finalmente “comer a carne e beber o sangue” de Jesus, longe de ser uma referência eucarística, significa identificar-se totalmente com Jesus, custe o que custar, pelo Espírito que dá a vida. A exigência dessa condição explica por que muitos que seguiam Jesus até esse momento abandonaram-no a partir de sua afirmação (Jo 6:53-58:63).

    Como

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    Coração

    substantivo masculino Órgão torácico, oco e muscular, que funciona como o motor central da circulação do sangue.
    Figurado Parte anterior do peito em que se sente as pulsações cardíacas.
    Objeto com a forma estilizada desse órgão: corrente um coração de prata.
    Figurado Conjunto das faculdades emocionais; sede da afetividade; caráter, índole: tem um bom coração.
    Figurado O que se traz na memória: trago seu nome gravado em meu coração.
    Figurado Demonstração de afeição; amor: conquistaste meu coração.
    Figurado Parte central de alguma coisa; objeto situado no centro: sua casa fica no coração da cidade.
    expressão Coração duro. Coração de pedra; pessoa sem sentimentos.
    Coração de leão. Grande coragem.
    Coração mole. Predisposição para se comover ou se emocionar.
    Coração de ouro. Generosidade, grande bondade.
    Abrir o coração. Fazer confidências.
    Cortar o coração. Causar grande dor ou constrangimento.
    Com o coração nas mãos. Com toda a sinceridade.
    De coração ou de todo o coração. Com o máximo de empenho; com toda a boa vontade; com toda a sinceridade.
    Sem coração. Diz-se da pessoa insensível.
    [Medicina] Coração de atleta. Hipertrofia do coração por excesso de exercício.
    [Medicina] Coração artificial. Aparelho destinado a assegurar a circulação do sangue, quando necessário isolar do circuito sanguíneo do coração natural, para uma intervenção cirúrgica.
    Etimologia (origem da palavra coração). Pelo espanhol corazón.

    Do latim cor, cordis, que significa “coração” ou “órgão que bombeia o sangue para o corpo”.

    os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental – inteligência, vontade e emoção (Ez 13:2os 7:11Lc 8:15At 16:14).

    [...] O coração, por exemplo, é o recanto por onde flui o calor suave e generoso das boas impressões que ele guarda acerca da vida e das esperanças por tempos melhores. É o espaço interior propício a que se realize sua capacidade de acolher em plenitude a lei do Amor e suas manifestações.
    Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O coração é o meu templo

    [...] O coração é o terreno que mais deveremos cultivar, pois é dele que nascem as forças de nossa vida. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Espontaneidade do sentimento nos nossos atos, nas idéias e em sua expressão.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mediunidades diversas

    [...] o coração é mais do que a bomba que impulsiona o sangue por todo o organismo. Sendo o órgão fisiológico mais resistente que se conhece no ser pensante, porquanto começa a pulsar a partir do vigésimo quinto dia de vida do feto, continua em ação palpitando cem mil vezes diariamente, no que resultam quarenta milhões de vezes por ano, e quando cessa a vida se desorganiza, advindo a morte dos equipamentos orgânicos com a sua conseqüente degenerescência. A pouco e pouco, alguns cientistas dão-se conta de que ele é portador de uma energia vital, que o mantém e o impulsiona ininterruptamente. Essa energia seria permutável, podendo ser intercambiada com outros indivíduos que se beneficiariam ou não, conforme o teor de que se constitua, positiva ou negativa, cálida ou fria, estimuladora ou indiferente. Seguindo essa linha de raciocínio, estão concluindo que esse órgão é portador da faculdade de pensar, tornando afirmativa a tradicional voz do coração a que se referem poetas, escritores, artistas, amantes e... Jesus.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cérebro e coração

    Nosso coração é um templo que o Senhor edificou, a fim de habitar conosco para sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18


    Coração
    1) Órgão que bombeia o sangue (Ex 28:29).

    2) Em sentido figurado, o coração é a sede do intelecto (Gn 6:5), dos sentimentos (1Sm 1:8) e da vontade (Sl 119:2).

    Coração Nos evangelhos, a palavra tem um conteúdo simbólico, servindo para designar os sentimentos (Jo 16:6.22), o íntimo da personalidade (Mt 15:8; Mc 7:6), a origem do pensamento (Mc 2:6.8; Lc 3:15) e do entendimento (Lc 24:25). Também em sentido figurado, afirma-se que o coração é o lugar das decisões morais (Mt 22:37; Mc 12:30; Lc 10:27) e, por isso, onde se opta pela fé e se acolhe Jesus (Lc 24:32) ou ainda onde acontece a incredulidade (Mc 6:52). Quem decidiu seguir Jesus tem um coração puro (Mt 5:8) e nele reina a paz (Jo 14:1.27).

    Deus

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).



    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.

    Homens

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Obedecer

    verbo transitivo indireto Submeter-se à vontade de outra pessoa: obedecer aos professores.
    Estar sob a influência de; servir ou trabalhar em favor de (algo ou alguém): alguns municípios se recusam obedecer ao Estado.
    Comportar-se de acordo ou concordar com: obedecer às normas vigentes.
    Acatar a um pedido, um sentimento, um estímulo.
    Estar subordinado a uma força de grande intensidade; estar submetido aos instintos naturais: obedecer a vontade da razão.
    verbo intransitivo Responder a um mecanismo sistemático; funcionar de modo correto: os sinos da igreja já não obedecem.
    Etimologia (origem da palavra obedecer). Do latim oboediscere.

    Obedecer Acatar ordem ou orientação (Jr 42:6); (Rm 6:16-17).

    Segundo

    numeral Numa série, indica ou ocupa a posição correspondente ao número dois.
    adjetivo De qualidade inferior ou menos importante; secundário: artigos de segunda ordem.
    Que apresenta semelhanças de um modelo, tipo ou versão anterior; rival, cópia: atriz se acha a segunda Fernanda Montenegro.
    Que pode se repetir posteriormente; novo: segunda chance.
    Cuja importância está condicionada a algo ou alguém melhor: é a segunda melhor aluna.
    [Música] Que, num canto ou ao reproduzir um instrumento musical, produz sons graves: segunda voz.
    substantivo masculino Algo ou alguém que está na segunda posição: não gosto de ser o segundo em minhas competições.
    Curto espaço de tempo: já chego num segundo!
    [Esporte] Pessoa que presta auxílio ou ajuda o boxeador.
    [Geometria] Medida do ângulo plano expressa por 1/60 do minuto, sendo simbolizada por .
    [Física] Medida de tempo que, no Sistema Internacional de Unidades, tem a duração de 9.192.631.770 períodos de radiação, sendo simbolizada por s.
    Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundum, “que ocupa a posição dois”.
    preposição Em conformidade com; de acordo com; conforme: segundo o juiz, o goleiro é realmente culpado.
    conjunção Introduz uma oração que expressa subordinação, e conformidade com o que foi expresso pela oração principal: segundo vi, este ano teremos ainda mais problemas climatéricos.
    Introduz uma oração que expressa subordinação, indicando proporcionalidade em relação à oração principal; à medida que: segundo o contar dos dias, ia ficando ainda mais inteligente.
    Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundum, do verbo segundar.
    advérbio De modo a ocupar o segundo lugar.
    Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundo.

    hebraico: o segundo

    (Lat. “segundo”). Junto com Aristarco, Segundo era um cristão da igreja em Tessalônica que se uniu a Paulo em sua última jornada pela Grécia e finalmente de volta a Jerusalém. Ao que parece foi um dos representantes daquela igreja que levou os donativos coletados para os pobres em Jerusalém (At 20:4).


    Senhor

    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    Servos

    masc. pl. de servo

    ser·vo |é| |é|
    (latim servus, -i, escravo)
    nome masculino

    1. Aquele que não dispõe da sua pessoa, nem de bens.

    2. Homem adstrito à gleba e dependente de um senhor.SUSERANO

    3. Pessoa que presta serviços a outrem, não tendo condição de escravo. = CRIADO, SERVENTE, SERVIÇAL

    4. Pessoa que depende de outrem de maneira subserviente.

    adjectivo
    adjetivo

    5. Que não tem direito à sua liberdade nem a ter bens.LIVRE

    6. Que tem a condição de criado ou escravo.

    7. Que está sob o domínio de algo ou alguém.

    Confrontar: cervo.

    Ver também dúvida linguística: pronúncia de servo e de cervo.

    Simplicidade

    substantivo feminino Qualidade daquilo que é simples; característica do que não é complexo; desprovido de complicação: a simplicidade dos manuais de instrução.
    Que não é composto.
    Modo de se comportar espontâneo; falta de pretensão: a simplicidade da professora deixou os alunos empolgados.
    De natureza autêntica; que não se altera por componentes exteriores: não e deve alterar a simplicidade dos modos rurais.
    Modo autêntico e espontâneo de se expressar (falar ou escrever); elegância.
    Característica, particularidade ou natureza da pessoa sincera; franqueza: expressou seus sentimentos com simplicidade.
    Falta de luxo; sem sofisticação: vestia-se com simplicidade.
    Etimologia (origem da palavra simplicidade). Do latim simplicitas.atis.

    simplicidade s. f. 1. Estado, qualidade ou natureza do que é simples. 2. Naturalidade, espontaneidade. 3. Forma simples e natural de dizer ou escrever. 4. Despretensão, desafetação, modéstia. 5. Franqueza, sinceridade.

    substantivo masculino Senhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco.
    Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada.
    Não confundir com: .
    Etimologia (origem da palavra ). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.

    substantivo masculino Senhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco.
    Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada.
    Não confundir com: .
    Etimologia (origem da palavra ). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.

    Rei egípcio, de descendência etiópica, cujo nome por extenso era Sabaku, pertencendo à vigésima-quinta dinastia. oséias, que desejou livrar-se do jugo da Assíria, procurou para esse fim o auxilio e a aliança de Sô (2 Rs 17.4). A conseqüência desta aliança foi desastrosa, pois oséias foi feito prisioneiro pelos assírios que haviam invadido o reino de israel, tomando Samaria e levando as dez tribos para o cativeiro. Muitos, contudo, pensam que Sô era apenas um vice-rei no Delta. (*veja oséias, israel e Samaria.)

    Oséias, o último monarca do reino do Norte, tentara escapar da opressão dos assírios, ao recusar-se a pagar os pesados tributos exigidos e ao enviar mensageiros para buscar a ajuda de Sô, faraó do Egito (2Rs 17:4). Essa atitude fez com que Salmaneser, rei da Assíria, mandasse prender Oséias e ordenasse a invasão de Israel. Não se sabe ao certo quem era exatamente esse faraó egípcio. Alguns eruditos sugerem que se tratava de Shabako, que governou o Egito por volta de 716 a.C., mas isso o colocaria numa época muito posterior à dos eventos narrados, desde que Oséias foi rei no período entre 732 a 722 a.C. Sô também é identificado por alguns estudiosos com Osorcom IV, de Tanis (nome da cidade mencionada na Bíblia como Zoã). Essa sugestão é apoiada pela mensagem de Isaías contra o Egito, na qual o profeta destacou que aquela nação não servia para nada e mencionou especificamente “os príncipes de Zoã” (Is 19:11-15). Outras sugestões ainda são apresentadas. P.D.G.


    Rei do Egito (2Rs 17:4).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Colossenses 3: 22 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Vós, os escravos: obedecei vós, quanto a todas as coisas, àqueles que , segundo a carne, são os vossos senhores (donos- controladores); não com serviços somente à vista (dos homens) (como agradadores de homens), mas em unicidade- sinceridade de coração, temendo a Deus.
    Colossenses 3: 22 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    62 d.C.
    G1401
    doûlos
    δοῦλος
    escravo, servo, homem de condição servil
    (servant)
    Substantivo - masculino dativo singular
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G2588
    kardía
    καρδία
    coração
    (in heart)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G2596
    katá
    κατά
    treinar, dedicar, inaugurar
    (do dedicated)
    Verbo
    G2962
    kýrios
    κύριος
    antes
    (before)
    Prepostos
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3787
    ophthalmodouleía
    ὀφθαλμοδουλεία
    ser bem sucedido, agradar, ser adequado, ser próprio, ser vantajoso, ser correto e
    (and [seem] right)
    Verbo
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G441
    anthrōpáreskos
    ἀνθρωπάρεσκος
    manso, dócil
    ([were] chiefs)
    Adjetivo
    G4561
    sárx
    σάρξ
    carne
    (flesh)
    Substantivo - Feminino no Singular nominativo
    G5219
    hypakoúō
    ὑπακούω
    uma especiaria
    (spices)
    Substantivo
    G5399
    phobéō
    φοβέω
    crepúsculo
    (from the twilight)
    Substantivo
    G5613
    hōs
    ὡς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G572
    haplótēs
    ἁπλότης
    saco, recipiente flexível (para grãos)
    (of his sack)
    Substantivo


    δοῦλος


    (G1401)
    doûlos (doo'-los)

    1401 δουλος doulos

    de 1210; TDNT - 2:261,182; n

    1. escravo, servo, homem de condição servil
      1. um escravo
      2. metáf., alguém que se rende à vontade de outro; aqueles cujo serviço é aceito por Cristo para extender e avançar a sua causa entre os homens
      3. dedicado ao próximo, mesmo em detrimento dos próprios interesses
    2. servo, atendente

    Sinônimos ver verbete 5928


    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    καρδία


    (G2588)
    kardía (kar-dee'-ah)

    2588 καρδια kardia

    forma prolongada da palavra primária kar (Latim, cor “coração”); TDNT - 3:605,415; n f

    1. coração
      1. aquele orgão do corpo do animal que é o centro da circulação do sangue, e por isso foi considerado como o assento da vida física
      2. denota o centro de toda a vida física e espiritual

      1. o vigor e o sentido da vida física
      2. o centro e lugar da vida espiritual
        1. a alma ou a mente, como fonte e lugar dos pensamentos, paixões, desejos, apetites, afeições, propósitos, esforços
        2. do entendimento, a faculdade e o lugar da inteligência
        3. da vontade e caráter
        4. da alma na medida em que é afetada de um modo ruim ou bom, ou da alma como o lugar das sensibilidades, afeições, emoções, desejos, apetites, paixões
      3. do meio ou da parte central ou interna de algo, ainda que seja inanimado

    κατά


    (G2596)
    katá (kat-ah')

    2596 κατα kata

    partícula primária; prep

    abaixo de, por toda parte

    de acordo com, com respeito a, ao longo de


    κύριος


    (G2962)
    kýrios (koo'-ree-os)

    2962 κυριος kurios

    de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

    1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
      1. o que possue e dispõe de algo
        1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
        2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
      2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
      3. título dado: a Deus, ao Messias

    Sinônimos ver verbete 5830


    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὀφθαλμοδουλεία


    (G3787)
    ophthalmodouleía (of-thal-mod-oo-li'-ah)

    3787 οφθαλμοδουλεια ophthalmodouleia

    de 3788 e 1397; TDNT - 2:280,182; n f

    1. serviço realizado [apenas] sob os olhos do mestre
      1. pois o olhar do mestre geralmente estimula maior diligência
      2. sua ausência, por outro lado, permite lentidão

    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    ἀνθρωπάρεσκος


    (G441)
    anthrōpáreskos (anth-ro-par'-es-kos)

    441 αντρωπαρεσκος anthropareskos

    de 444 e 700; TDNT - 1:465,77; adj

    1. que se esforça para agradar o homem, que corteja o favor dos homens

    σάρξ


    (G4561)
    sárx (sarx)

    4561 σαρξ sarx

    provavelmente da mesma raiz de 4563; TDNT - 7:98,1000; n f

    1. carne (substância terna do corpo vivo, que cobre os ossos e é permeada com sangue) tanto de seres humanos como de animais
    2. corpo
      1. corpo de uma pessoa
      2. usado da origem natural ou física, geração ou afinidade
        1. nascido por geração natural
      3. natureza sensual do homem, “a natureza animal”
        1. sem nenhuma sugestão de depravação
        2. natureza animal com desejo ardente que incita a pecar
        3. natureza física das pessoas, sujeita ao sofrimento

          criatura viva (por possuir um corpo de carne), seja ser humano ou animal

          a carne, denotando simplesmente a natureza humana, a natureza terrena dos seres humanos separada da influência divina, e por esta razão inclinada ao pecado e oposta a Deus


    ὑπακούω


    (G5219)
    hypakoúō (hoop-ak-oo'-o)

    5219 υπακουω hupakouo

    de 5259 e 191; TDNT - 1:223,34; v

    1. ouvir, escutar
      1. de alguém que ao toque na porta vem ver quem é (responsabilidades de um porteiro)
    2. ouvir uma ordem
      1. obedecer, ser obediente a, submeter-se

    φοβέω


    (G5399)
    phobéō (fob-eh'-o)

    5399 φοβεω phobeo

    de 5401; TDNT - 9:189,1272; v

    1. pôr em fuga pelo terror (espantar)
      1. pôr em fuga, fugir
      2. amedrontar, ficar com medo
        1. ser surpreendido pelo medo, estar dominado pelo espanto
          1. do aterrorizados por sinais ou acontecimentos estranhos
          2. daqueles cheios de espanto
        2. amedrontar, ficar com medo de alguém
        3. ter medo (i.e., hesitar) de fazer algo (por medo de dano)
      3. reverenciar, venerar, tratar com deferência ou obediência reverencial

    Sinônimos ver verbete 5841


    ὡς


    (G5613)
    hōs (hoce)

    5613 ως hos

    provavelmente do comparativo de 3739; adv

    1. como, a medida que, mesmo que, etc.

    ἁπλότης


    (G572)
    haplótēs (hap-lot'-ace)

    572 απλοτης haplotes

    de 573; TDNT - 1:386,65; n f

    1. singeleza, simplicidade, sinceridade, honestidade de mente
      1. virtude de alguém livre de pretensão e hipocrisia
    2. não egoísta, sinceridade de coração que se manisfesta pela generosidade