שָׁמַע אֵל צַעֲקָה בּוֹא צָרָה
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his cry
הַֽ֭צַעֲקָתוֹ H6818
will hear
יִשְׁמַ֥ע ׀ H8085
God
אֵ֑ל H410
When
כִּֽי־ H3588
comes
תָב֖וֹא H935
on
עָלָ֣יו H5921
trouble
צָרָֽה׃ H6869
Acaso, ouviráH8085 שָׁמַע H8085 H8799 DeusH410 אֵל H410 o seu clamorH6818 צַעֲקָה H6818, em lhe sobrevindoH935 בּוֹא H935 H8799 a tribulaçãoH6869 צָרָה H6869?
Versões
Acaso, ouvirá Deus o seu clamor, em lhe sobrevindo a tribulação?
Porventura, Deus ouvirá o seu clamor, sobrevindo-lhe a tribulação?
Acaso, ouvirá Deus o clamor,
הַֽ֭צַעֲקָתוֹ יִשְׁמַ֥ע ׀ אֵ֑ל כִּֽי־ תָב֖וֹא עָלָ֣יו צָרָֽה׃
Ouvirá Deus o seu clamor quando a tribulação vier sobre ele?
Porventura Deus ouvirá o seu clamor, sobrevindo-lhe a tribulação?
Acaso Deus escutará seu clamor, quando o surpreende a aflição?
Numquid Deus audiet clamorem ejus, cum venerit super eum angustia ?
O objetivo da Concordância de Strong é oferecer um índice de referência bíblico palavra por palavra, permitindo que o leitor possa localizar todas as ocorrências de um determinado termo na Bíblia. Desta forma, Strong oferece um modo de verificação de tradução independente e disponibiliza um recurso extra para uma melhor compreensão do texto.
Strongs
Autor: James Strong
30
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3
500
uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj
- que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
- que
- sim, verdadeiramente
- quando (referindo-se ao tempo)
- quando, se, embora (com força concessiva)
- porque, desde (conexão causal)
- mas (depois da negação)
- isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
- mas antes, mas
- exceto que
- somente, não obstante
- certamente
- isto é
- mas se
- embora que
- e ainda mais que, entretanto
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13
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901
forma contrata de 352, grego 2241
- deus, semelhante a deus, poderoso
- homens poderosos, homens de posição, valentes poderosos
- anjos
- deus, deus falso, (demônios, imaginações)
- Deus, o único Deus verdadeiro, Javé
- coisas poderosas na natureza
- força, poder
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via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep
- sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
- sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
- acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
- acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
- sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
- sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
- por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
- abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
- para (como um dativo) conj
- por causa de, porque, enquanto não, embora
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96500
uma raiz primitiva; DITAT - 2412, 2412a v.
- ouvir, escutar, obedecer
- (Qal)
- ouvir (perceber pelo ouvido)
- ouvir a respeito de
- ouvir (ter a faculdade da audição)
- ouvir com atenção ou interesse, escutar a
- compreender (uma língua)
- ouvir (referindo-se a casos judiciais)
- ouvir, dar atenção
- consentir, concordar
- atender solicitação
- escutar a, conceder a
- obedecer, ser obediente
- (Nifal)
- ser ouvido (referindo-se a voz ou som)
- ter ouvido a respeito de
- ser considerado, ser obedecido
- (Piel) fazer ouvir, chamar para ouvir, convocar
- (Hifil)
- fazer ouvir, contar, proclamar, emitir um som
- soar alto (termo musical)
- fazer proclamação, convocar
- levar a ser ouvido n. m.
- som
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uma raiz primitiva; DITAT - 212; v
- ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
- (Qal)
- entrar, vir para dentro
- vir
- vir com
- vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
- suceder
- alcançar
- ser enumerado
- ir
- (Hifil)
- guiar
- carregar
- trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
- fazer suceder
- (Hofal)
- ser trazido, trazido para dentro
- ser introduzido, ser colocado
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Pesquisando por Jó 27:9 nas obras literárias.
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O Novo Comentário da Bíblia, por Francis DavidsonÉ sistema de referências cruzadas fornecidas na margem das Bíblias que ajuda o leitor a descobrir o significado de qualquer comparando com outras passagens da Bíblia.
Referências Cruzadas
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jó 27:9
Jó 35:12 | Clamam, porém ele não responde, por causa da arrogância dos maus. |
Salmos 18:41 | Clamaram, mas não houve quem os livrasse; até ao Senhor, mas ele não lhes respondeu. |
Salmos 66:18 | Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá; |
Salmos 109:7 | Quando for julgado, saia condenado; e em pecado se lhe torne a sua oração. |
Provérbios 1:28 | Então, a mim clamarão, mas eu não responderei; de madrugada me buscarão, mas não me acharão. |
Provérbios 28:9 | O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável. |
Isaías 1:15 | Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. |
Jeremias 11:11 | Portanto, assim diz o Senhor: Eis que trarei mal sobre eles, de que não poderão escapar, e clamarão a mim; e eu não os ouvirei. |
Jeremias 14:12 | Quando jejuarem, não ouvirei o seu clamor e quando oferecerem holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei deles; antes, eu os consumirei pela espada, e pela fome, e pela peste. |
Ezequiel 8:18 | Pelo que também eu procederei com furor; o meu olho não poupará, nem terei piedade; ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz, eu não os ouvirei. |
Oséias 7:14 | E não clamaram a mim com seu coração, mas davam uivos nas suas camas; para o trigo e para o vinho se ajuntam, mas contra mim se rebelam. |
Miquéias 3:4 | Então, clamarão ao Senhor, mas não os ouvirá, antes esconderá deles a sua face naquele tempo, visto que eles fizeram mal nas suas obras. |
Zacarias 7:13 | E aconteceu que, como ele clamou, e eles não ouviram, assim também eles clamarão, mas eu não ouvirei, diz o Senhor dos Exércitos. |
Lucas 13:25 | |
João 9:31 | Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade, a esse ouve. |
Tiago 4:3 | Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. |
Trata-se da junção de diversos dicionários para melhor conseguir definir os termos do versículo.
Dicionários
Acaso
substantivo masculino Causa fictícia de acontecimentos que aparentemente só estão subordinados à lei das probabilidades: confiou no acaso e venceu.
Acontecimento imprevisto; acidente: o acaso daquele encontro.
Sequência de eventos cuja origem não depende da vontade; sorte.
advérbio Imprevistamente, porventura; talvez: se acaso voltar, faça-o esperar.
De modo eventual, casual; eventualmente: acaso o ônibus passará?
locução adverbial Ao acaso. Sem refletir nem medir as consequências.
Etimologia (origem da palavra acaso). Do latim a casu, 'por acaso'.
por acaso, porventura. – São realmente muito fáceis de confundir-se. Nas três frases seguintes vejamos, no entanto, se poderiam ser trocadas, conservando-se-lhes uma perfeita propriedade: “Teria o nosso amigo visto acaso alguma coisa estranha lá no parque?” “Passaste na vinda por acaso lá pela pensão?” “Terias, oh rapaz, encontrado alguém porventura lá na praça à minha espera?” Em qualquer desses casos, não haveria talvez muita gente, mesmo de boas letras, que hesitasse em empregar indistintamente, ou sem preferências, qualquer das três formas; e no entanto, se na primeira frase, em vez de acaso, puséssemos por acaso, não exprimiría- 70 Rocha Pombo mos com a mesma precisão o pensamento de quem perguntava. Quando pergunto se o nosso amigo “viu acaso”, ponho em dúvida, e quase nego, que ele tenha visto; ou estranho que isso se tenha dado. Quando pergunto se ele “viu por acaso”, decerto que exprimo dúvida também; mas aqui a minha dúvida é mais condescendente, e não sugere, como acaso, a mesma ideia de estranheza e negação. Caim retrucou ao anjo que lhe perguntava por Abel: “Sou eu acaso o guarda de meu irmão?” Este acaso, como no exemplo acima, rebate, repulsa, nega intencionalmente o que se pergunta. “És tu acaso meu filho?” “Veio ele acaso ter conosco?” “Tinha eu acaso notícia da tua chegada?” Em nenhum destes exemplos, pelo menos, seria indiferente usar acaso e por acaso. – Na segunda frase que formulamos acima: “Passaste na vinda por acaso lá pela pensão?” – também não poderíamos substituir a locução por acaso por simplesmente acaso, para dizer o que desejamos. “Passaste acaso?” – equivaleria a – “Dar-se-á que tenhas passado?” ou – “Será possível que tenha passado?” E – “Passaste por acaso?” – diria: – “Por uma casualidade (isto é, “sem que te apercebesses”, ou “sem que tivesses tensão”) passaste?” – A terceira frase: “Terias, oh rapaz, encontrado alguém porventura lá na praça à minha espera?” – enuncia o meu intento de saber uma coisa que desejo e pela qual estou ansioso. Se eu empregasse a locução por acaso, não mostraria o mesmo interesse; e se eu empregasse o advérbio acaso, dizendo: “Terias visto ou encontrado acaso alguém à minha espera?” – é como se fizesse a pergunta insinuando a negativa. – Segue-se, portanto: – que acaso sugere contrariedade intencional e dá à pergunta a função de negar: – que por acaso é mais convizinho de porventura, distinguindose esta forma daquela em sugerir, em vez de indiferença, a ideia do interesse com que se espera por uma resposta satisfatória quando se faz a pergunta. – Fora dos casos interrogativos, se há necessidade de distinção, há de ser a mesma que se acaba de assinalar; devendo notar-se que, então, só muito raramente poderá a locução por acaso ser substituída por qualquer dos dois outros advérbios. “Chegamos por acaso à livraria; fomos dar conosco por acaso junto ao morro; feri o dedo por acaso, limpando a pena”: aí não caberia, em nenhuma dessas frases, acaso nem porventura.
Fonte: Dicionário de Sinônimos [...] O acaso é a ausência de plano, de direção inteligente, é a própria negação de toda lei. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10
[...] o acaso é a falta de direção e a ausência de toda inteligência atuante. É, pois, o acaso inconciliável com a noção de ordem e de harmonia.
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
É este um enigma que nenhum Édipo conseguirá decifrar; uma interrogação a que nenhum sábio saberá responder. O acaso é a força inteligente que tudo rege; é a origem providencial de onde tudo mana. O acaso é uma palavra; debaixo dessa palavra está uma incógnita. Os crentes chamam a essa incógnita Deus; os ecléticos, Providência; os fatalistas, Destino; os descrentes, Lei.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15
[...] O acaso é a vossa ignorância da razão de ser, da causa do fato que observais.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4
[...] O acaso é uma palavra inventada pelos homens para disfarçar o menor esforço. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16
fortuna, sorte, fado, fadário, sina, destino, estrela, ventura, dita, fatalidade. – Acerca de muitos destes vocábulos, consubstancia Bruns. o que se pode colher de Roq., de fr. S. Luiz, e de outros. “O acaso – diz ele – o mais fantástico de todos os seres desta série, obra arbitrariamente; prepara combinações de circunstâncias tão impossíveis de prever como de impedir; e delas provêm fatos, felizes ou desgraçados, que nos deixam estupefatos de prazer ou de dor. As suas manifestações não são constantes; isto é, não se lhe referem fatos sucessivos: revela-se de quando em quando, oculta-se, reaparece; persegue-nos ou abandona-nos; favorece-nos ou esmaga-nos. É nisto que não se assemelha à fortuna; pois esta parece obrar de um modo constante, e ao acaso só se imputam fatos isolados, tendo por isso muita analogia com a fatalidade. É o acaso que nos leva ao lugar onde encontramos a felicidade ou a desventura. Quantas descobertas são filhas do acaso? – A fortuna, de que os antigos fizeram uma divindade cega, caprichosa, volúvel, preside a todos os atos da vida, e distribui os bens ou os males segundo o seu desígnio...” Temos, por isso, boa fortuna ou má fortuna, segundo nos é ela favorável ou contrária. – “A sorte é ao mesmo tempo efeito e causa; efeito quando designa o estado, ou a condição a que a fortuna ou o acaso trouxeram uma pessoa; Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 69 causa, quando, considerando-a um misto de acaso ou de fortuna, lhe atribuímos um fato isolado, ou uma série de fatos favoráveis ou desfavoráveis. Por outro lado, a palavra sorte aplica-se melhor às condições modestas, fortuna às elevadas (ou de mais vulto): a sorte de Creso ao lado de Ciro era mais invejável que a sua fortuna. – A fatalidade (do latim fatum “o que está dito ou decretado”) distingue- -se do acaso, da fortuna e da sorte, em ser agente e não sujeito. A fatalidade não obra arbitrária e caprichosamente: obedece como a um impulso omnipotente, a uma disposição superior e impenetrável. O estava escrito dos maometanos é a fatalidade; como é fatalidade, no cristianismo, a predestinação de S. Paulo. – O destino era, entre os antigos, uma divindade cega a quem os deuses e os homens estavam submetidos: tinha nas mãos a sorte dos mortais. Os seus decretos eram irrevogáveis e tinham o caráter da fatalidade. Eis por que denominamos destino à combinação de circunstâncias ou de acontecimentos que se efetuam em virtude de leis inflexíveis, e que nos trazem fatal e inelutavelmente ao ponto em que só nos resta obedecer: ante o destino desaparece a nossa força, aniquila-se a nossa vontade: somos obrigados a obedecer ao destino; ninguém pode resistir às leis do destino. – O fado é o estado que resulta das imposições do destino, como bem o prova a acepção que esta palavra tem nos contos de encantamentos em que se vêm príncipes, sujeitos ao seu fado, transformados em rãs ou outras alimárias, até que um certo acontecimento os venha libertar. O nosso fado é intangível, acompanha-nos, persegue-nos, e por mais que façamos, não nos deixa. – Fadário é – diz Aul. – “destino extraordinário e irresistível que se atribui a um poder sobrenatural”. Refere-se mais particularmente a certas vicissitudes da vida mundana, às extravagâncias de que alguém se lamenta, mas sem coragem para corrigir-se, e procurando por isso consolar-se dos erros ou deslizes, atribuindo-os ao seu fadário... – Sina marca melhor do que quase todos os do grupo o caráter de fatalidade das coisas que têm de suceder na vida de cada um. Sina e destino seriam sinônimos perfeitos se o primeiro não se limitasse de ordinário às coisas funestas da vida. Dizemos, por ex. – “o alto destino de Napoleão”; e decerto que neste caso não empregaríamos sina. Podemos, é claro, dizer – “a sina dos grandes homens”; não, porém, quando fazemos referência às ações ou obras que lhes deram lustre, mas quando fazemos alusão às amarguras que quase todos tiveram de sofrer. – Ventura e dita são também seres fantásticos sem vontade certa nem determinada; ventura, geralmente, e dita, sempre tomam-se a boa parte. – Estrela, como diz D. José de Lacerda, é outra palavra do mesmo gênero, que se conservou na língua (com a significação que tem aqui), apesar de terem passado as quimeras da astrologia, que lhe deram origem. Refere-se à suposta influência dos astros no destino dos homens; e ainda hoje se diz que “tal indivíduo nasceu em boa ou má estrela”, ou que tem boa ou má estrela.
Fonte: Dicionário de SinônimosAflição
substantivo feminino Condição de quem está aflito, angustiado, preocupado.
Sofrimento causado pelo desgosto.
Tristeza ocasionada por alguma dificuldade.
Excesso de preocupação; ansiedade, angústia.
Etimologia (origem da palavra aflição). Do latim offlictio.onis.
Adversidades, catástrofes e sofrimentos, que por vezes duram muito tempo. Às vezes a aflição nos é imposta por outrem, outras vezes por nós mesmos e ainda em outros casos pelo próprio Deus.
Fonte: Dicionário Bíblicopesar, desgosto, mágoa, tristeza, pesadume (pesadumbre, espanhol), pesadelo, inquietação, agonia, consternação, opressão, angústia, amargura, ansiedade, transe, tormento, suplício, tortura, dor, sofrimento, padecimento, pena, tribulação, trabalhos, incômodos; aflito, pesaroso, desgostoso, magoado, triste, inquieto, agoniado, consternado, angustiado, amargurado, ansioso (ansiado), supliciado, atormentado, torturado, doloroso, dorido, dolorido, penalizado, atribulado, incomodado. – Aflição (de afligere (ad + fligere) “deitar por terra” é “grande incômodo moral, angústia que abate o espírito (diz Bruns.), que perturba a razão, e leva o aflito a obrar sem tino”... – Pesar é a “dor moral, o sentimento de tristeza (condolência) que nos causa uma notícia, um sucesso que não se esperava”. Também ficamos pesarosos (cheios de pesar) de não ter podido evitar um mal ou de não haver involuntariamente cumprido um dever. – Desgosto é o “mau grado que nos causa algum sucesso, ou, em geral, coisa que nos fere o coração”. Desgostoso é, no entanto, menos que pesaroso, pois indica apenas a falta de prazer, de boa vontade com que se faz, se recebe, se vê, etc. alguma coisa. – Mágoa é quase como desgosto; mas designa um desgosto ou pesar menos fundo, porém mais fino e talvez mais sincero. A criatura magoada, não só não sente prazer, mas está como revelando no semblante a tristeza, o desgosto, a saudade que sente. – Tristeza é o “estado de compunção em que se fica, muitas vezes por algum motivo que não é grande, ou mesmo sem motivo real e preciso”. Uma pessoa triste dá indício de que tem na alma preocupações que lhe toldam vida, ou que lhe alteram o humor normal. – Pesadume (ou pesadumbre, do espanhol) = “tristeza lamentosa, ligeira amargura”. “Nada viu que lhe aliviasse a saudade e pesadume”. (Fil. Elys., cit. Aul.). – Inquietação é menos que aflição: designa o “estado de espírito em que o medo, ou a desconfiança, ou a dúvida, etc., nos põe, tirando-nos a calma e o sossego. A pessoa inquieta sente-se preocupada com alguma coisa que lhe desagrada, e mostra-se um tanto ansiosa dessa preocupação. – Agonia (do grego agon “combate”) é propriamente a luta que o moribundo trava com a morte na hora extrema; e por extensão, é “toda ânsia que se pareça com essa aflição de morrer”. – Agoniado está quem sente ou parece sentir essa aflição de hora da morte. – Consternação é “a grande tristeza e desalento produzidos por alguma espantosa desgraça”. Quem está consternado mostra-se abatido de dor e de espanto, profundamente penalizado e inconsolável, ou pelo mal que aconteceu, ou pelo que receia venha a dar-se. – Opressão e angústia podem confundir-se; mas o segundo é mais forte. Opressão é, como definem os léxicos, a sensação desagradável que se experimenta respirando mal, ou por falta de ar, ou ar viciado, ou devido à moléstia que afete a função respiratória. Angústia é uma opressão tão forte e dolorosa, como se a pessoa angustiada tivesse impedida a respiração, numa aflição e ansiedade de quem se sentisse estrangular. – Amargura é dor mo- 130 Rocha Pombo ral acerbíssima, que aflige e angustia abalando e pungindo os mais nobres e santos afetos da pessoa amargurada. – Ansiedade, aqui, é o estado de quase opressão, de sofreguidão, de desejo inquieto e aflitivo em que fica a pessoa ansiosa, quer pelo receio de alguma desgraça, quer pela impaciência com que espera o que deseja. Entre ansioso e ansiado convém não esquecer que há esta diferença: o primeiro emprega-se no sentido moral: o segundo, no físico. “O doente está ansiado”. “A menina está ansiosa pelo noivo”. – Transe é como a crise, o momento mais duro dos trabalhos, das amarguras: momento que se deseja “passe logo” (de transeo... ire). – Tormento é a “dor e a inquietação ansiosa, causadas por sofrimento físico ou moral”. As dores do atormentado são dores que afligem e mortificam. – Suplício (do latim supplicium, no qual figura a raiz grega plek, sugestiva de “enleiar, transar”) era o tormento a que se submetia a vítima nos holocaustos, ou o incumbido de pedir aos deuses nas preces públicas. Hoje, é o sofrimento do que vai ser justiçado; e por extensão empregamos esta palavra suplício para designar padecimentos que se podem comparar aos de um condenado à morte. – Tortura (de torquere “dobrar, torcer, contrair”) significa “os tormentos a que se sujeitava o acusado quando não queria revelar alguma coisa que interessava à justiça”. Em sentido lato, torturado se sente aquele a quem se infligem duros constrangimentos, ou provações comparáveis à tortura. – Dor é “toda sensação que nos molesta, causada por alguma alteração traumática dos tecidos, ou por alguma pancada violenta; ou então devida a alguma anormalidade de funções de qualquer dos órgãos. Dor moral é a “comoção amarga, o sentimento de funda tristeza que nos vence a alma no meio dos contrastes da vida, ou causada pela consciência de algum mal que se fez, de algum bem que se perdeu, de alguma esperança que se extinguiu”. “Oh vós que passais pelo caminho – clamava o patriarca bíblico – atendei, e vede se há dor igual à minha dor!”... Os três adjetivos dolorido, dorido e doloroso confundem-se, e não seria fácil assinalar-lhes clara diferença. Quando muito, pode notar-se que doloroso quase que se emprega de preferência no sentido moral. (Não costumamos dizer, por exemplo: “tenho as mãos, a cabeça, ou os pés dolorosos, mas doloridos). – Dolorido emprega-se num e noutro sentido. (Almas doloridas, vozes doloridas; partes do corpo doloridas, juntas doloridas.) – Dorido diz mais “triste, magoado, sensibilizado”. (Doridos cantos; súplicas, preces, orações doridas). – Sofrimento é o mais genérico deste grupo, e exprime “todo gênero de provações, quer morais, quer físicas, ligeiras e vagas, ou longas e intensas”. – Padecimento é empregado na mesma acepção; deve notarse, no entanto, o seguinte: quem padece sofre os males com certa resignação, e talvez até com uma quase ufania de os padecer. Longe, pois, de significar, como querem alguns autores, apenas o sofrimento físico – o padecimento é uma forma estoica de sofrer as coisas que nos amarguram, os males, as dores, tanto morais como físicas, mas principalmente morais. É assim que na oração simbólica (o Credo) se diz que “... Jesus padeceu sob Pôncio Pilatos”... (e não – sofreu...). – Pena é “o sentimento de desgosto, de dó, que nos causa a desgraça, o sofrimento alheio”. É mais propriamente a manifestação da dor que a mesma dor; pois o penalizado mostra que avalia a dor do seu semelhante. – Tribulação é “trabalho aflitivo, tormento como castigo; flagelo, tortura”. O atribulado sente-se como que perseguido de aflições. – Trabalhos toma- -se aqui como significando “as contrariedades, as lidas e penas que se sofrem na vida, Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 131 ou que se experimentam nalguma empresa”. – Incômodo (ou incômodos) é “a sensação de fadiga, de pesar, de cuidado ou de dor, com que a pessoa incomodada se sente inquieta, ou indisposta, triste e abatida”.
Fonte: Dicionário de Sinônimos [...] as aflições constituem fenômenos normais da maquinaria em que se transita, projetando para a realidade as construções mentais e emocionais edificadas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento
A Aflição, na essência, é reflexo intangível do mal forjado pela criatura que a experimenta, e todo mal representa vírus da alma, suscetível de alastrar-se ao modo de epidemia mental devastadora.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sê um reflexo do Cristo
[...] Às vezes, a aflição é véspera da felicidade [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 4
[...] é um incêndio que nos consome [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 37
Freqüentemente, aflição é a nossa própria ansiedade, respeitável mas inútil, projetada no futuro, mentalizando ocorrências menos felizes que, em muitos casos, não se verificam como supomos e, por vezes, nem chegam a surgir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 51
A aflição sem revolta é paz que nos redime. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 18
Clamor
substantivo masculino Ação ou efeito de clamar.
Discurso, geralmente aos gritos, de quem faz um suplício, um protesto, uma reclamação etc.
A gritaria tumultuosa de reprovação que expressa descontentamento: os clamores de uma multidão.
Ação de reclamar ou pedir gritando; queixa.
Religião Procissão em que os fiéis caminham (em conjunto) fazendo orações em voz alta.
Etimologia (origem da palavra clamor). Do latim clamor.oris.
Deus
Introdução
(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.
Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).
As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co
A existência do único Deus
A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl
Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo
No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo
Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses
O Deus criador
A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm
O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis
No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb
Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos
O Deus pessoal
O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo
O Deus providencial
Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.
Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn
A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm
Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At
A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo
O Deus justo
A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.
O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl
Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.
Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm
Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn
Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr
Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap
O Deus amoroso
É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm
Deus é a fonte da bondade. Tiago
A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl
Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm
A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João
O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm
“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef
O Deus salvador
O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is
A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is
Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx
Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt
Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is
Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt
O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc
A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.
O Deus Pai
Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt
Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml
O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías
Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo
Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc
O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo
Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm
Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo
Os nomes de Deus
Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis
Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo
Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs
Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt
É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel
Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn
A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm
O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.
Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.
A Trindade
O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt
Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx
No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt
Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João
São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos
Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt
As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.
Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).
Conclusão
O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.
P.D.G.
Fonte: Quem é quem na Bíblia? Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is
Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx
Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn
Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt
Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is
Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo
Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.
Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc
m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...
Fonte: Dicionário de Jesus e EvangelhosDeus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]
O nome mais geral da Divindade (Gn
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NOMES DE DEUS
Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:
1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn
2) DEUS (Gn
3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr
5) SENHOR (propriamente dito - Sl
6) SANTO de ISRAEL (Is
7) ALTÍSSIMO (Gn
8) Todo-poderoso (Gn
9) Deus Vivo (Os
10) Rei (Sl 24; 1Tm
11) Rocha (Dt
12) REDENTOR (Jó
13) SALVADOR (Sl
15) O Poderoso (Gn
16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap
17) ETERNO DEUS (Is
18) Pastor (Gn
19) ANCIÃO DE DIAS (Dn
20) O Deus de BETEL (Gn
21) O Deus Que Vê (Gn
i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo
Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.
Fonte: Dicionário Etimológico substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
Escutar
verbo transitivo Ouvir com atenção.
Dar atenção a. /.
Andar indagando.
Perceber.
verbo intransitivo Prestar atenção, para ouvir alguma coisa: pode falar, que eu escuto.
Etimologia (origem da palavra escutar). Do latim auscultare.
ouvir, atender. – Não se pode confundir o verbo ouvir com os dois outros; pois ouvir designa uma função inconsciente do sentido da audição: é sentir as impressões causadas pelo som no órgão desse sentido. Entre escutar e atender há diferença muito mais subtil. Estes dois verbos, como diz Alv. Pas., “são sinônimos quando exprimem a ideia de prestar atenção ao que se diz, com a diferença seguinte: Escuta-se para se ouvir bem o que se diz; atende-se para compreender bem o que se ouve. O primeiro representa uma função do ouvido; o segundo, uma operação do espírito. O que ouve bem o pregador atende para não perder nada do sermão. O que está longe escuta para o poder ouvir. Para escutar evita-se o barulho; para atender evita-se a distração”.
Fonte: Dicionário de Sinônimos Escutar Esse verbo está relacionado com a pregação de Jesus e a obediência a ela (Mt
Porventura
advérbio Demonstra que o falante expressa, no plano hipotético, o teor da oração que pretende modificar; por hipótese, por acaso: se porventura ela aparecer, você me chama?
Em frases interrogativas, geralmente em interrogações retóricas; por casualidade: o professor é porventura o escritor deste livro? Porventura seguiremos unidos até o final?
Etimologia (origem da palavra porventura). Por + ventura.
Quando
advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
Em qual época: quando partiram?
advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.
quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.
Fonte: Dicionário ComumSobrevindo
sobrevindo adj. Que sobreveio. S. .M Indivíduo que sobreveio ou chegou de surpresa.
Fonte: Dicionário ComumSurpreender
verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Causar surpresa; espantar, desconcertar: surpreender o filho com uma surpresa; cantava e surpreendia; tal fato não me surpreende.
verbo transitivo direto Apanhar no ato; prender em flagrante: surpreender o ladrão.
Apanhar ou tomar de surpresa: a chuva nos surpreendeu no caminho.
Aparecer inopinadamente: aquela demissão inesperada o surpreendeu.
Conseguir ardilosamente; obter por fraude: surpreender uma carta sigilosa.
Fazer com que alguém se engane; enganar.
Etimologia (origem da palavra surpreender). Do francês surprendre.
Tribulação
substantivo feminino Evento ou situação aborrecida, desagradável; aflição, tormento, adversidade; atribulação: passou por numerosas tribulações.
Sensação de tristeza, de aborrecimento, ocasionada por um dissabor ou por um desgosto; dor, infelicidade, amargura.
Etimologia (origem da palavra tribulação). Do latim tribulatio.onis.
A tribulação é a tormenta das almas. Ninguém deveria olvidar-lhe os benefícios. Aflições, dificuldades e lutas são forças que compelem à dilatação do poder, ao alargamento de caminho.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 119