Enciclopédia de II Samuel 3:8-8

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2sm 3: 8

Versão Versículo
ARA Então, se irou muito Abner por causa das palavras de Isbosete e disse: Sou eu cabeça de cão para Judá? Ainda hoje faço beneficência à casa de Saul, teu pai, a seus irmãos e a seus amigos e te não entreguei nas mãos de Davi? Contudo, me queres, hoje, culpar por causa desta mulher.
ARC Então se irou muito Abner pelas palavras de Isbosete, e disse: Sou eu cabeça de cão, que pertença a Judá? ainda hoje faço beneficência à casa de Saul, teu pai, a seus irmãos e a seus amigos, e te não entreguei nas mãos de Davi, e tu hoje buscas motivo para me arguires por causa da maldade duma mulher.
TB Abner, em extremo irado pelas palavras de Is-Bosete, respondeu: Sou eu alguma cabeça de cão que pertence a Judá? Hoje, uso de beneficência para com a casa de Saul, teu pai, para com seus irmãos e amigos e não te entreguei nas mãos de Davi; contudo, me queres culpar por causa dessa mulher.
HSB וַיִּחַר֩ לְאַבְנֵ֨ר מְאֹ֜ד עַל־ דִּבְרֵ֣י אִֽישׁ־ בֹּ֗שֶׁת וַיֹּ֙אמֶר֙ הֲרֹ֨אשׁ כֶּ֥לֶב אָנֹ֘כִי֮ אֲשֶׁ֣ר לִֽיהוּדָה֒ הַיּ֨וֹם אֶֽעֱשֶׂה־ חֶ֜סֶד עִם־ בֵּ֣ית ׀ שָׁא֣וּל אָבִ֗יךָ אֶל־ אֶחָיו֙ וְאֶל־ מֵ֣רֵעֵ֔הוּ וְלֹ֥א הִמְצִיתִ֖ךָ בְּיַד־ דָּוִ֑ד וַתִּפְקֹ֥ד עָלַ֛י עֲוֺ֥ן הָאִשָּׁ֖ה הַיּֽוֹם׃
BKJ Então, Abner ficou mui irado com as palavras de Isbosete, e disse: Sou eu cabeça de um cão que diante de Judá hoje uso de misericórdia para com a casa de Saul, teu pai, para seus irmãos e seus amigos, e não te entreguei nas mãos de Davi; e me repreende hoje a respeito desta mulher?
LTT Então se irou muito Abner pelas palavras de Is-Bosete, e disse: Sou eu cabeça de um cão (eu que, contra # Judá, hoje mostro beneficência à casa de Saul, teu pai, e aos irmãos dele, e a seus amigos, e não te entreguei nas mãos de Davi), de modo que me acusas de iniquidade concernente essa mulher, hoje?
BJ2 Ao ouvir as palavras de Isbaal, Abner se encolerizou e disse: "Sou por acaso uma cabeça de cão?[e] Eu uso de consideração para com a casa de Saul, teu pai, para com seus irmãos e amigos, e não te deixei cair nas mãos de Davi, e vens agora censurar-me por causa de uma história de mulher?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Samuel 3:8

Deuteronômio 23:18 Não trarás salário de rameira nem preço de cão à casa do Senhor, teu Deus, por qualquer voto; porque ambos estes são igualmente abominação ao Senhor, teu Deus.
I Samuel 15:28 Então, Samuel lhe disse: O Senhor tem rasgado de ti hoje o reino de Israel e o tem dado ao teu próximo, melhor do que tu.
I Samuel 24:14 Após quem saiu o rei de Israel? A quem persegues? A um cão morto? A uma pulga?
II Samuel 3:9 Assim faça Deus a Abner e outro tanto, que, como o Senhor jurou a Davi, assim lhe hei de fazer,
II Samuel 3:18 Fazei-o, pois, agora, porque o Senhor falou a Davi, dizendo: Pela mão de Davi, meu servo, livrarei o meu povo das mãos dos filisteus e das mãos de todos os seus inimigos.
II Samuel 5:2 E também dantes, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu o que saías e entravas com Israel; e também o Senhor te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel e tu serás chefe sobre Israel.
II Samuel 9:8 Então, se inclinou e disse: Quem é teu servo, para tu teres olhado para um cão morto tal como eu?
II Samuel 16:9 Então, disse Abisai, filho de Zeruia, ao rei: Por que amaldiçoaria este cão morto ao rei, meu senhor? Deixa-me passar, e lhe tirarei a cabeça.
II Reis 8:13 E disse Hazael: Pois que é teu servo, que não é mais do que um cão, para fazer tão grande coisa? E disse Eliseu: O Senhor me tem mostrado que tu hás de ser rei da Síria.
Salmos 2:1 Por que se amotinam as nações, e os povos imaginam coisas vãs?
Salmos 76:10 Porque a cólera do homem redundará em teu louvor, e o restante da cólera, tu o restringirás.
Isaías 37:23 A quem afrontaste e de quem blasfemaste? E contra quem alçaste a voz e ergueste os olhos ao alto? Contra o Santo de Israel!
Marcos 6:18 Pois João dizia a Herodes: Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão.
Atos 9:4 E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
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Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.

UM CONTEXTO CRONOLÓGICO

Gênesis 12:50 trata da relação de Deus com um homem, Abraão, e seus descendentes: Isaque, Jacó (Israel) e seus doze filhos, dos quais José é o mais destacado. É difícil situar os "patriarcas", como costumam ser chamados, num período histórico exato. Para isso, é preciso considerar, em grande medida, a data fornecida para um acontecimento posterior da história bíblica, a saber, o êxodo, para o qual são definidas duas datas (como veremos em detalhes mais adiante).
Uma das datas para o êxodo é 1447 a.C.' Considerando-se que os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos, pode-se concluir que Jacó e seus filhos chegaram ao Egito em 1877 a.C. Assim, Abraão deve ter nascido na metade do século XXII a.C.
A outra data para o êxodo é c. 1270 a.C. Aceitando-se os mesmos dados mencionados acima, Abraão deve ter nascido por volta de 2000 a.C.
Alguns estudiosos também consideram que a estadia de Israel no Egito foi mais curta e situam os patriarcas num período posterior (mais próximo de nossa época), entre os séculos 20 e XVI a.C., a Média Idade do Bronze II.

ABRÃO VIAJA DE UR PARA HARÀ Tera, o pai de Abrão (como ele era conhecido naquele tempo), deixou "Ur dos caldeus"* e se assentou em Harà, na fronteira norte da Mesopotâmia, 32 km a sudeste da atual cidade turca de Urfa. Para alguns, Ur e Urfa se referem ao mesmo lugar, mas, nesse caso, Abrão teria voltado pelo mesmo caminho de onde veio antes de partir para Canaâ. Na verdade, a designação "Ur dos caldeus" resolve a questão. Os caldeus foram um povo que viveu no sul do Iraque do final do segundo milênio em diante.
Assim, Ur dos caldeus deve ser identificada com a cidade famosa de Ur, no sul do Iraque, conhecida hoje como Tell el- Muqayyar. Ur era um dos centros de uma civilização sofisticada vários séculos antes de Abraão, como indicam o Cemitério Real de Ur e o zigurate (templo em forma de torre) de Ur-Nammu, datados respectivamente de c. 2500 a.C. e 2113-2096 a.C.

ABRÃO VIAJA DE CANAÁ PARA O EGITO

Quando Abrão estava com cerca de 75 anos de idade, ele respondeu ao chamado de Deus para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai e se dirigir à terra que o Senhor lhe mostraria.* Abrão foi para Canaã, a terra prometida, mas uma grave escassez de alimento o levou a buscar refúgio no Egito. Lá, sua esposa Sarai (chamada posteriormente de Sara) chamou a atenção do Faraó.

EM CANAÃ

Ao voltar a Canaã, Abrão se tornou extremamente rico em rebanhos, prata e ouro. Tinha tantos rebanhos que precisou se separar de seu sobrinho, Ló, o qual escolheu armar suas tendas próximo a Sodoma, cujos habitantes eram conhecidos por sua grande perversidade. De acordo com Gênesis 19:24-25, "fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina". Não há dúvidas que Sodoma e Gomorra ficavam próximas, ou talvez debaixo, do atual mar Morto, mas é impossível determinar a localização exata das duas cidades proporção extraordinária de sal (25 por cento) do mar Morto pode ser evidência dessa calamidade.
Abrão (Pai exaltado) se tornaria Abraão (Pai de muitos)." ¡ Agar, a serva de Sara, lhe deu à luz Ismael e a própria Sara lhe deu à luz Isaque (o filho da promessa).° Quando Sara faleceu em Quiriate-Arba (atual Hebrom), Abraão comprou de Efrom, o heteu, um campo com uma caverna e ali sepultou a esposa. Posteriormente, Abraão, seu filho Isaque, Rebeca, esposa de Isaque, seu filho Jacó e Lia, a esposa de Jacó, também foram sepultados nesse local.
Isaque reabriu os poços que haviam sido cavados por Abraão no vale de Gerar e, de acordo com João 4:5-6, Jacó cavou um poço em Sicar, próximo a Siquém.
Fica evidente que os patriarcas eram homens de grande riqueza e influência em Canaã. Abrão tinha trezentos e dezoito "homens dos mais capazes" à sua disposição.' Aliás, a expressão "homens dos mais capazes" é bastante antiga, pois também aparece em textos egípcios de execração (maldição) do final do século XIX a.C. Os patriarcas se casaram com parentas: Isaque se casou com Rebeca, sobrinha neta de seu pai, e Jacó se casou com suas primas Lia e Raquel. Essas três mulheres eram da região de Harã, também chamada Harâ- Naharaim e Pada-Arã.

 

 

Por Paul Lawrence


Árvore genealógica dos patriarcas
Árvore genealógica dos patriarcas
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.

AS CONQUISTAS DE DAVI

1010-970 a.C.
DAVI UNGIDO REI DE JUDÁ
Davi ficou arrasado com a notícia da morte do rei Saul e de seu filho Jônatas no monte Gilboa. Quando um amalequita he contou como havia ajudado o rei Saul a cometer suicídio, Davi ordenou. sua execução. Desse modo, deixou claro que não sentiu nenhuma satisfação com a morte de Saul e que considerou o amalequita responsável pelo assassinato do ungido do Senhor. Em seguida, Davi se dirigiu a Hebrom, onde foi ungido rei de Judá. Ele tinha trinta anos de idade. Em Hebrom, Davi reinou sobre Judá por sete anos e meio.

ISBOSETE É COROADO REI DE ISRAEL
Ao invés de reconhecer Davi, Abner, o comandante do exército de Saul, colocou o único filho sobrevivente de Saul no trono de Israel. (Israel, neste caso, é o território ocupado pelas tribos do norte e por Benjamim. Porém, tendo em vista a vitória dos filisteus, é difícil dizer ao certo quanto desse território estava sob controle israelita.) Em II Samuel, esse filho de Saul é chamado de Isbosete, que significa "homem de vergonha", um nome nada apropriado para um rei. Em 1Crônicas 8.33 aparece seu nome verdadeiro, Esbaal, "homem de Baal", que foi alterado pelos escribas de Samuel. Diz-se que o reinado de Isbosete durou dois anos, durante os quais houve conflitos entre os seus homens e os de Davi. Quando Abner desertou para o lado de Davi, o poder de Isbosete se enfraqueceu e o rei de Israel foi assassinado por dois dos seus oficiais. Mais uma vez, desejoso de se eximir de qualquer cumplicidade, Davi mandou executar os assassinos. As tribos do norte foram a Hebrom e ali ungiram Davi como rei sobre todo o Israel.

DAVI TRATA DA AMEAÇA FILISTÉIA
A existência dos governos rivais de Isbosete e Davi era conveniente aos interesses dos filisteus, ao passo que o poder centralizado em Davi representava uma ameaça mais séria. Assim, um exército filisteu se reuniu no vale de Refaim, perto de Jerusalém, que era ainda um encrave jebuseu e, portanto, sob controle dos cananeus. objetivo era isolar Davi de seus novos aliados do norte em seu ponto mais vulnerável. Davi derrotou os filisteus nesse local não apenas uma, mas duas vezes. Depois da segunda vitória, feriu os filisteus desde Gibeão até Gezer, pondo fim ao seu domínio sobre Israel.

DAVI CONQUISTA JERUSALÉM
O encrave jebuseu chamado posteriormente Jerusalém dividia o território de Davi em duas partes: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Cercada por vales profundos de três lados e provida de boas fontes de água, a cidade contava com um grande potencial defensivo, daí não ter sido conquistada pelos israelitas até então. Tendo em vista sua localização central, também seria uma excelente capital para Davi, aceitável tanto para Israel quanto para Judá.
Davi tomou Jerusalém usando seu exército pessoal, mas o relato bíblico não fornece detalhes.
A referência a um canal subterrâneo sugere que Davi conhecia um túnel secreto, talvez aquele que liga a fonte de Giom, do lado de fora das muralhas, ao interior da cidade.' Davi se mudou para Jerusalém e, como o nome "Cidade de Davi" deixa claro, a cidade passou a ser considerada sua propriedade pessoal.

A ARCA DA ALIANÇA CHEGA EM JERUSALÉM
Depois de capturarem a arca da aliança, os filisteus a haviam levado para as cidades filistéias de Asdode, Gate e Ecrom. Quando a população de Asdode foi afligida com tumores, a arca foi enviada a Bete-Semes, em território israelita, num carro puxado por duas vacas e sem nenhum condutor. De lá, foi transportada para Quiriate- Jcarim. Davi decidiu levar a arca para Jerusalém. Na primeira tentativa, Uzá foi morto quando estendeu a mão para segurar a arca. A segunda tentativa foi bem sucedida e cercada de festividades ao som de harpas, liras, adutes, sistros e cimbalos; Davi dançou com todas as suas forças. Uma tenda foi levantada para receber a arca e foram nomeados sacerdotes para realizar os sacrifícios exigidos pela lei. Assim, Jerusalém se tornou não apenas a capital política do reino de Davi, mas também o seu centro religioso, apesar do Senhor ter revelado por meio do profeta Natâ que não caberia a Davi, mas sim a um de seus filhos, construir um templo permanente para abrigar a arca.

AS GUERRAS DE DAVI
Davi realizou uma série de campanhas militares agressivas contra as nações vizinhas. É difícil determinar a seqüência cronológica exata de suas batalhas, mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável. Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Ama), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. loabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helà (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com Bate-Seba e ordenou que seu marido, o heteu Urias, fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natâ. Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi. Davi derrotou os moabitas, poupando um terço deles e matando os outros dois terços. Davi talvez, mais precisamente, Joabe e Abisai matou dezoito mil edomitas no vale do Sal, na Arabâ, ao sul do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom. Em seguida, o rei de Israel voltou sua atenção para Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el- Arish) até perto do rio Eufrates.

ISRAEL ACUMULA RIQUEZAS
Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toí, o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também Tiro, considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém.

As conquistas de Davi
Depois de subir ao trono, Davi realizou varias campanhas de conquista de território estrangeiro e levou a arca da aliança para Jerusalém, a nova capital do seu reino.
As conquistas de Davi
As conquistas de Davi
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Reino de Davi e de Salomão

Informações no mapa

Tifsa

Rio Eufrates

HAMATE

SÍRIA (ARÃ)

Hamate

Rio Orontes

Ribla

Zedade

ZOBÁ, ARÃ-ZOBÁ

Tadmor (Palmira)

Zifrom

Hazar-Enã

Lebo- Hamate

Gebal

Cobre

Berotai

Deserto da Síria

Sídon

SIDÔNIOS (FENÍCIA)

Cadeia do Líbano

BETE-REOBE

Cadeia do Antilíbano

Damasco

Mte. Hermom

Tiro

Abel

MAACÁ, ARÃ-MAACÁ

Basã

Terra de Cabul?

Hazor

Argobe

GESUR

Dor

Vale de Jezreel

En-Dor

Helão

Megido

Mte. Gilboa

Lo-Debar

Rogelim

Bete-Seã

Jabes-Gileade?

Salcá

Tobe

Sucote

Maanaim

Jope

Silo

Gileade

Ramá

Zereda

Rabá

Gezer

Gilgal

AMOM

Ecrom

Jerusalém

Hesbom

Gate

Belém

Medeba

FILÍSTIA

Gaza

Hebrom

En-Gedi

Aroer

Ziclague

Jatir

Betel

MOABE

Berseba

Ramote

Mispa

Aroer

Vale do Sal?

Torrente do Egito

Neguebe

Tamar

Cobre

Punom

EDOM

Deserto de Parã

Deserto da Arábia

Eziom-Geber

Elote, Elate

Bete-Horom Baixa

Bete-Horom Alta

Gezer

Gibeão

Geba

Quiriate-Jearim

Gibeá

Anatote

Baurim

Nobe

Baal-Perazim

Ecrom

Bete-Semes

Jerusalém

Fonte de Giom

Poço de En-Rogel

Gate

Vale de Elá

Azeca

Socó

Belém

Adulão

Queila

Gilo

Tecoa

Deserto de Judá

Cisterna de Sirá

Hebrom

Jesimom

Zife

Horesa

Estemoa

Carmelo

Maom

Informações no mapa

Reino de Davi

Reino de Salomão

Importações

Exportações

Para os hititas e a Síria: cavalos, carros de guerra

De Társis: ouro, prata, marfim, macacos, pavões

De Tiro: cedro, junípero, ouro

Para Tiro: cevada, trigo, vinho, azeite

Do Egito: cavalos, carros de guerra

De Ofir: ouro, pedras preciosas, madeira

Da Arábia: ouro, prata


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

JUDÁ

O Reino de Judá limitava-se ao norte com o Reino de Israel, a oeste com a inquieta região costeira da Filístia, ao sul com o deserto de Neguev, e a leste com o rio Jordão, o mar Morto e o Reino de Moabe. Sua capital era Jerusalém.
Mapa Bíblico de JUDÁ



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Samuel Capítulo 3 do versículo 1 até o 39
O texto em II Samuel 3:1 indica uma hostilidade contínua, provavelmente não iniciada por Davi, com o resultado da força crescente da causa deste e com a fraque-za decrescente da causa de Isbosete.

  1. A Família de Davi (2 Sm 3:2-5)

A narrativa é interrompida para apresentar um breve relato da família de Davi, uma prática comum dos escritores bíblicos em qualquer ponto de transição (cf. 1 Sm 14:49-51; 2 Sm 5:13-16; 1 Reis 3:1-14.21; 15.2,9). Davi casara-se com Ainoã e Abigail durante os seus anos de refúgio. Amnom, o primeiro filho de Ainoã era, portanto, seu herdeiro legítimo. O filho de Abigail é aqui intitulado de Quileabe (3) ; mas é chamado de Daniel em I Crônicas 3:1; não é incomum para os personagens bíblicos terem mais de um nome. Quatro outras esposas são citadas, inclusive a filha do rei de Gesur, algo pos-sivelmente típico das alianças políticas que nos tempos do Antigo Testamento eram freqüentemente seladas com um casamento entre os membros das famílias reais envolvi-das. O texto em I Crônicas 3:5-9 completa o registro da família de Davi com uma lista de mais treze filhos. Sobre a poligamia no Antigo Testamento, cf.comentário sobre 1 Sm 1.2.

6. O Colapso do Reinado de Isbosete (2Sm 3:6-4.
12)

O balanço deste capítulo, inclusive o de número 4, descrevem todos os acontecimen-tos resumidos em 2Sm 3:1.

  1. Isbosete se indispõe com Abner (3:6-11). O domínio por trás do trono de Isbosete era o de seu comandante militar Abner. Abner se esforçava na casa de Saul (6), isto é, "Abner estava fortalecendo a sua própria posição dentro do grupo de Saul" (Berk.). O jovem rei acusou seu capitão de ter um relacionamento impróprio com uma das concubinas de seu pai, chamada Rispa (7). Se a acusação fosse verdadeira, isto bem poderia ter significado que Abner tramava tomar o trono, visto que o harém de um rei oriental sem-pre passava para o seu sucessor.

A acusação deixou Abner furioso, e ele jurou transferir o reino para Davi, um jura-mento que deixou Isbosete calado de tanto temor (8-11). Cabeça de cão (8), uma expres-são para alguém totalmente desprezível. Transferindo (10), passando o controle. Des-de Dã até Berseba, isto é, do extremo norte até a fronteira do sul. Davi já estava de posse de Berseba. O território de Isbosete uniria todo o país sob o governo de Davi.

  1. Abner negocia com Davi (3:12-21). Abner não perdeu tempo em colocar em ação seu plano de entregar seu protegido, Isbosete, a Davi. Por isso, enviou seus mensageiros a Hebrom com uma oferta de aliança (12) ou acordo em que Abner traria todo o Israel sob o governo de Davi. Este concordou em negociar somente com a condição de que Mical, filha de Saul, sua primeira esposa (1 Sm 18.27), lhe fosse devolvida (13). É possível que o propósito de Davi não fosse tanto ganhar mais uma mulher, mas sim fortalecer a sua reivindicação ao reinado, ao ser novamente reconhecido como o genro de Saul. Ele en-dereçou a sua exigência diretamente a Isbosete, que ordenou ou permitiu que Abner tirasse Mical seu então marido (14-16). Seu ato não trouxe qualquer satisfação futura

a Davi, uma vez

ical aparentemente não sentiu mais o amor que no início demonstrava por ele (2Sm 6:20-23).

Enquanto isso, Abner enviou mensageiros aos anciãos de Israel, para rogar-lhes que agissem prontamente. Ele lhes lembrou das promessas de Deus de livrar o povo das mãos dos filisteus por intermédio de Davi (17,18). Ele procurou, particularmente, con-sentir com a tribo de Saul, Benjamim, e assim foi pessoalmente a Davi em Hebrom, acompanhado por uma escolta de 20 homens (19,20). Um banquete foi realizado com a finalidade de selar o acordo. Depois disso, Abner e seus homens partiram para executar o plano de trazer toda a nação sob o governo de Davi (21).

  1. Abner é assassinado (3:22-39). Joabe, nesse meio tempo, estivera longe de Hebrom em uma expedição militar. Quando voltou e soube da visita de seu oponente, ficou furioso e acusou-o de ter vindo como um espião (22-25). Sem o conhecimento de Davi, enviou mensageiros após Abner, que o alcançaram a aproximadamente três quilômetros de Hebrom, no poço de Sira (26), e trouxeram-no a Hebrom sob algum pretexto. Joabe chamou Abner em separado como para uma conferência particular e matou-o a sangue frio em vingança pela morte de seu irmão Asael (cf. 2;18ss.). O versículo 30 indica que o outro irmão, Abisai, foi um cúmplice na traição.

A reação de Davi foi proclamar a inocência de si mesmo e de seu reino, e requereu o juízo de sangue sobre a cabeça de Joabe e sobre toda a casa de seu pai (29). Nunca da casa de Joabe falte..., isto é, "que sempre possa haver na casa de Joabe alguém que sofra de fluxo", etc. (30, Berk.). O rei lançou sobre a família do assassino as mais amar-gas calamidades: morrer de hemorragia ou lepra, ficar extremamente magro e fraco, morte por suicídio ou de fome. A força dessas palavras mostra a reação súbita que Davi expressou contra a traição sofrida por alguém que, há poucos momentos, desfrutara de sua hospitalidade.

Davi convocou um luto geral, e ele mesmo seguiu o corpo de Abner em seu sepulta-mento em Hebrom (31,32). Rasgai as vossas vestes, cingi-vos de panos de saco (31), os sinais de profunda tristeza. Não morreu Abner como morre o vilão? (33), isto é, chegaria ao fim um homem nobre com a fama de um nabal, um homem despre-zível e mau? As tuas mãos não estavam atadas, nem os teus pés, carregados de grilhões (34) ; por não suspeitar o mal, Abner não fez qualquer tentativa de defesa ou fuga. O luto continuou com um jejum por todo o dia, observado tanto pelo rei como pelo povo (35,36). A conduta e a evidente sinceridade do rei deixaram claro para todas as tribos de Israel que a morte de Abner não foi determinada por ele (37). O versículo 38 é um texto fúnebre muito popular: Não sabeis que, hoje, caiu em Israel um prínci-pe e um grande? Davi sentiu a sua fraqueza diante da amarga vingança de Joabe e Abisai, os filhos de Zeruia. São mais duros do que eu (39) ; significa "são duros de-mais para mim" (Berk.).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de II Samuel Capítulo 3 do versículo 1 até o 39
*

3:1

a guerra entre a casa de Saul e a casa de Davi. Pelo menos nas tribos do Norte, a transferência de poder para Davi, após a morte de Saul, não foi feita sem resistência. Uma figura chave no apoio a Saul foi Abner, comandante militar de Saul que tinha instituído o filho sobrevivente de Saul, Is-Bosete, como rei em Maanaim (2.8,9). Mas a maré estava a favor de Davi (2.30,31, nota).

* 3.2-11

A lista de seis filhos de Davi (vs. 2-5) ampliou a declaração do v. 1, de que "Davi se ia fortalecendo", ao passo que o desentendimento entre Abner e Is-Bosete, por causa de uma concubina (vs. 6-11) realçam a declaração final do v.1, "os da casa de Saul se iam enfraquecendo".

* 3:2

Em Hebrom, nasceram filhos a Davi. Conforme revela a lista que se segue, Davi tomou mulheres adicionais em Hebrom. Em 5:13-16, depois da chegada de Davi em Jerusalém, ainda mais esposas e concubinas foram acrescentadas, e pelo menos mais onze filhos teriam nascido a Davi (ver a lista acumulada em 13 3:1-13.3.9'>1Cr 3:1-9). Apesar de o narrador não apresentar qualquer avaliação explícita sobre o comportamento de Davi (os antigos reis do Oriente Próximo comumente multiplicavam esposas e filhos), isso viola os padrões determinados em Dt 17:17.

* 3:3

Maaca, filha de Talmai, rei de Gesur. O casamento de Davi com uma esposa estrangeira do pequeno reino arameu de Gesur pode ter tido motivos políticos, dando-lhe um aliado ao norte do reino instável de Is-Bosete.

* 3:7

Por que coabitaste com a concubina de meu pai? A apropriação por Abner de uma certa concubina de Saul equivaleria à reivindicação ao trono de Israel (12.8, nota; 16.21, nota; 1Rs 2:22). O leitor não é informado se a suspeita de Is-Bosete era bem fundamentada ou era simples paranóia. Seja como for, Abner usou essa acusação como uma oportunidade para mudar sua lealdade para com Davi (vs. 8-10).

* 3:9

como jurou o SENHOR a Davi. Ver 5.2, nota; 1Sm 13:14, nota; 15.28; 24.20, nota.

* 3:10

Dã até Berseba. Uma expressão proverbial que indica o "país inteiro" (ver Jz 20:1).

* 3:11

o temia. A reação de Is-Bosete indica que Abner tinha condições não somente de ameaçar, mas também de cumprir a sua ameaça.

* 3:12

De quem é a terra? Abner quis dizer que a terra era dele, como alguém que a controlava e podia dá-la a Davi, ou então que a terra pertencia a Davi por direito, e que Davi deveria valer-se da ajuda de Abner, para poder tomar posse dela.

* 3:13

trouxeres a Mical, filha de Saul. Devolver a Davi a sua esposa, Mical (ver 1Sm 18:27), não somente corrigiria o erro de Saul por tê-la dada como esposa a outro homem, na ausência de Davi (1Sm 25:44), mas também fortaleceria a reivindicação de Davi ao trono de Saul. As restrições de Dt 24:1-4 não se aplicam à esta situação, visto que a separação que houve entre Davi e Mical foi involuntária.

* 3:14

enviou Davi mensageiros a Is-Bosete. A insegurança da posição de Is-Bosete se evidencia não somente em seu temor de Abner (v. 11), mas também em sua incapacidade de resistir às ordens de Davi.

cem prepúcios de filisteus. Davi referiu-se ao preço de uma noiva que Saul havia estabelecido em troca de Mical (1Sm 18:25); o pagamento que ele fizera realmente fora o dobro do preço combinado (1Sm 18:27).

* 3:16

Baurim. Normalmente identificada como sendo um local a cerca de 2,4km a leste de Jerusalém, no território de Benjamim. Baurim foi o lugar de origem de Simei, filho de Gera (16.5; 1Rs 2:8).

chorando. Um rápido vislumbre do sofrimento causado por feitos fora do controle desse homem.

* 3:17

procuráveis que Davi reinasse sobre vós. Ver o v. 1, nota. Ao que parecia, Is-Bosete e Abner era tudo quanto se interpunha no caminho das relações harmoniosas entre Davi e Israel. Aqui Abner saiu de cena, e Is-Bosete não haveria de resistir por muito tempo sem ele (cap. 4).

* 3:18

Davi, meu servo. Davi é agora reconhecido como o detentor de uma comissão primeiramente outorgada a Saul (ver 1Sm 9:16).

* 3:21

para fazerem aliança contigo. Ver 5.3.

em paz. A repetição desta frase por duas vezes mais, nos vs. 22 e 23, sublinha o fato que Davi não estivera envolvido na morte de Abner; ver também os vs. 26,28,29,37.

* 3:24

A agitação de Joabe diante da idéia da partida pacífica de Abner torna-se evidente em suas palavras a Davi.

* 3:26

o poço de Sirá. Ficava a poucos quilômetros ao norte de Hebrom.

sem que Davi o soubesse. Esta observação é outra confirmação da inocência de Davi quanto à morte de Abner (vs. 21-23,28,29,37).

* 3:27

em vingança do sangue de seu irmão Asael. Ver também o v. 30. Em 2:18-23 a morte de Asael por Abner é retratado, essencialmente, como uma questão de defesa própria, e o contexto da batalha no ato de Abner deixa duvidoso se Joabe tinha o direito de agir como "vingador do sangue" (14.11; Nm 35:16-25; Dt 19:11-13; Js 20:3). Joabe também pode ter desejado eliminar um rival em potencial na corte de Davi (ver seu assassinato de Amasa, em 20.10).

* 3:28

Inocentes somos eu e o meu reino. Ver os vs. 21-23,26,37.

* 3:29

Caia este sangue sobre a cabeça de Joabe. A decisão de Davi de proferir uma maldição sobre a casa de Joabe, em lugar de tomar ação disciplinar direta pode ter sido um resultado das circunstâncias ambíguas do crime de Joabe. Mais provavelmente, porém, tais fatores como o poder considerável de Joabe e sua reputação incluindo seu relacionamento familiar com Davi tenham influenciado a sua decisão. Em última análise, porém, o crime de Joabe não deixou de ser punido (1Rs 2:5,6,28-35).

* 3:39

mais fortes. Ou seja, mais "implacáveis". Ver o v. 29, nota; conforme 16.10; 19.22.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de II Samuel Capítulo 3 do versículo 1 até o 39
3:1 Os sucessos do capítulo 2 levaram a uma guerra prolongada entre os seguidores do Davi e as tropas leais ao Abner e a Is-boset. A guerra civil estremeceu ao país e ambos os bandos pagaram um preço muito alto. Esta guerra surgiu devido ao Israel e Judá perderam de vista o que era o propósito e a visão de Deus: estabelecer-se na terra (Gn 12:7), tirar os cananeos (Dt 7:1-4), e obedecer as leis de Deus (Dt 8:1). Em vez de unir-se para alcançar estas metas, brigaram entre si. Quando em frente um conflito, dê um passo atrás nas hostilidades e considere se você e seu inimigo têm metam em comum que são maiores que suas diferenças. Apele a estes interesses para poder chegar a um acordo.

3.2-5 Davi sofreu muita angústia devido à grande quantidade de algemas que teve. A poligamia era uma prática socialmente aceita para os reis nesses tempos, apesar de que Deus o proibia especificamente (Dt 17:14-17). Com grande tristeza, os numerosos filhos que nasceram das esposas do Davi, causaram a este grandes problemas: violação (Dt 13:14), assassinato (Dt 13:28), rebelião (Dt 15:13) e cobiça (1Rs 1:5-6). Todas estas coisas foram produto do ciúmes e rivalidades que existiam entre os meio irmãos. Salomão, um dos filhos do Davi e seu sucessor ao trono, também teve muitas algemas, e estas à larga, afastaram-no de Deus (1Rs 11:3-4).

3:6, 7 O dormir com qualquer das algemas ou concubinas do rei era reclamar o trono para si, e era considerado como traição. devido a que Is-boset era um governante débil, Abner estava a cargo do país. portanto, pôde ter considerado justificável sua ação de dormir com a concubina do Saul. Is-boset, de qualquer modo, viu que o poder do Abner se acrescentava muito.

3:7 Is-boset teve razão ao falar em contra do comportamento do Abner, mas não teve a força moral para manter sua autoridade (3.11). A falta de firmeza moral chegou a ser a raiz dos problemas que o Israel teve durante os próximos quatro séculos. Só quatro dos seguintes quarenta reis do Israel foram chamados "bons". Se necessita valor e fortaleza para manter-se firme ante nossas convicções para enfrentar as más ações frente à oposição. Quando cria que algo está mau, não permita que o dissuadam de sua posição. Ataque com firmeza o mal e levante se em favor do bem.

ABNER

As adulações sinceras de um oponente são freqüentemente a melhor maneira de medir a grandeza de alguém. Apesar de que Abner e Davi se viram freqüentemente através das linhas de batalha, a Bíblia nos dá uma breve biografia do respeito que se tinham mutuamente. Quando jovem, Davi serve sob as ordens do Abner. Mas mais tarde, este levou a cabo a campanha do Saul para matar ao Davi. depois da morte do Saul, Abner manteve temporalmente o poder na família do rei. Mas a luta entre o Abner e o herdeiro do Saul, Is-boset, originou que Abner decidisse apoiar a reclamação pelo trono de parte do Davi. Foi durante estes esforços por unir o reino que Abner foi assassinado pelo Joab.

Vários anos antes, em uma batalha entre o exército de Is-boset, sob as ordens do Abner, e as forças do Davi, comandadas pelo Joab, Abner fugiu e foi açoitado pelo Asael, o irmão do Joab. Abner advertiu ao Asael em duas ocasiões que deixasse de persegui-lo, mas o impaciente e jovem soldado se negou, assim Abner o matou. Joab se tinha proposto vingar a seu irmão.

Abner se deu conta de que a família do Saul estava predestinada à derrota, e que Davi seria o próximo rei, assim decidiu trocar de bando. Esperava que em troca de entregar o reino do Saul, Davi o fizesse comandante em chefe de seu exército. A disposição do Davi para aceitar esta proposição foi talvez outra razão para a ação do Joab.

Abner vivia por seu engenho e por sua vontade. Para ele, Deus era alguém com quem cooperaria se isso entrava em seus planos. De outra forma, fazia o que lhe parecia melhor para ele no momento. Podemos nos identificar com a tendência do Abner de cooperar condicionalmente com Deus. A obediência é fácil quando as instruções da Palavra de Deus encaixam em nossos planos. Mas nossa fidelidade a Deus fica a prova quando seus planos são contrários aos nossos. Que ação deveria tomar hoje em obediência à Palavra de Deus?

Pontos fortes e lucros:

-- Comandante em chefe do exército do Saul e líder militar capaz

-- Manteve ao Israel unido por vários anos durante o governo do débil rei Is-boset

-- Reconheceu e aceitou o plano de Deus para fazer do Davi o rei de todo o Israel e Judá

Debilidades e enganos:

-- Foi motivado pelo egoísmo em seu esforço para reunir ao Judá e Israel em lugar de uma convicção divina

-- Dormiu com uma das concubinas da realeza depois da morte do Saul

Lições de sua vida:

-- Deus requer mais que uma cooperação condicional e sem entusiasmo

Dados gerais:

-- Onde: Território de Benjamim

-- Ocupação: Comandante do exército sob os reinados do Saul e Is-boset

-- Familiares: Pai: Ner. Primo: Saul. Filho: Jaasiel

-- Contemporâneos: Davi, Asael, Joab, Abisai

Versículo chave:

"Também disse o rei a seus servos: Não sabem que um príncipe e grande tem cansado hoje no Israel?" (2Sm 3:38).

A história do Abner se relata em 1 Smamuel 14.50-2Sm 4:12. Além disso o menciona em 1Rs 2:5, 1Rs 2:32; 1Cr 26:28; 1Cr 27:16-22.

3:8 Ao perguntar: "Sou eu cabeça de cão?" Abner estava realmente dizendo, "Sou eu um traidor ao Judá?" Possivelmente pôde ter estado refutando a acusação de que ele estava tratando de tomar o trono. Ou pôde haver-se aborrecido de que Is-boset o repreendesse depois de que, em um primeiro momento, tinha-o ajudado a ocupar o trono. Prévio a esta conversação, Abner pôde haver-se dado conta de que não podia deter o Davi para que à larga tomasse o Israel. devido a que estava zangado com Is-boset, Abner elaborou um plano para lhe dar o reino do Israel ao Davi.

3:13, 14 Mical tinha estado casada com o Davi. O rei Saul tinha arrumado o matrimônio como recompensa pelas façanhas de valor do Davi (1Sm 17:25; 1Sm 18:24-27). Mais tarde, entretanto, em um de seus arranques de ciúmes, Saul tirou ao Mical e a forçou a casar-se com o Palti (1Sm 25:44). Agora Davi queria que lhe devolvessem a esposa antes de começar a negociar a paz com as tribos do norte. Possivelmente Davi ainda a amava (mas veja-se 6:20-23 a respeito da tensão em sua relação). Muito provavelmente, pensou que o matrimônio com uma filha do Saul fortaleceria sua reclamação para governar todo o Israel e demonstrar que não guardava animosidade para a casa do Saul. Palti foi a vítima desafortunada apanhada na telara�a do ciúmes do Saul.

3:19 Devido a Saul, Is-boset e Abner eram todos da tribo de Benjamim, o apoio dos anciões dessa tribo significava que Abner falava a sério a respeito de sua oferta. Existia uma forte possibilidade de superar as rivalidades entre as tribos e unir o reino.

3.26-29 Joab tomou vingança pela morte de seu irmão em lugar de deixar que Deus fizesse justiça. Entretanto, essa vingança obrou em seu contrário (1Rs 2:31-34). Deus castigará a aqueles que o mereçam (Rm 12:19). Não se regozije quando seus inimigos sofrem, e não procure vingança. Procurar vingança arruinará sua própria tranqüilidade mental e incrementará as oportunidades de posteriores represálias.

3:27 Abner matou ao Asael, irmão do Joab, em defesa própria. Logo Joab matou ao Abner para vingar a morte de seu irmão e além para salvar sua posição como líder militar. supunha-se que os homens que matavam em defesa própria estariam a salvo em cidades de refúgio (Nu 35:22-25). Joab mostrou sua falta de respeito às leis de Deus ao matar por vingança ao Abner no Hebrón, uma cidade de refúgio (Js 20:7).

3:29 Davi disse que os descendentes do Joab seriam impuros, doentes e que passariam necessidade. por que disse Davi costure tão duras a respeito do Joab? Davi estava zangado pela morte do Abner por muitas razões. (1) Estava sofrendo pela perda de um oficial militar qualificado. (2) Queria estar seguro de que a culpa pela morte do Abner caísse no Joab e não nele mesmo. (3) Estava a ponto de converter-se em rei da nação inteira, e utilizar ao Abner era a chave para ganhar às tribos do norte. A morte do Abner pôde ter revivido a guerra civil. (4) Joab violou o acordo que tinha feito Davi de que protegeria ao Abner. O ato assassino do Joab arruinou os planos do Davi e este estava molesto em especial porque seu próprio general tinha cometido o crime.

3:31 Ao caminhar atrás do féretro, Davi estava liderando o duelo.

3.31ss Davi ordenou ao Joab que levasse luto, possivelmente porque poucas pessoas se deram conta de que Joab tinha cometido o crime e porque Davi não queria nenhum outro problema. Se isto foi assim, Davi estava pensando mais em fortalecer seu reino que em repartir justiça.

3:39 Joab e Abisai foram os dois filhos da Sarvia que Davi mencionou. Davi passou momentos muito difíceis tratando de controlar ao Joab porque, apesar de que era intensamente leal, tinha uma vontade férrea prefiriendo fazer as coisas a sua maneira. Em troca de sua lealdade, entretanto, Davi lhe deu a flexibilidade que tanto desejava.

O assassinato que cometeu Joab contra Abner é um exemplo de sua independência intensa. Apesar de que Davi se opôs ao assassinato, permitiu que não fora castigado porque (1) o castigar ao Joab poderia ter feito que as tropas se rebelassem; (2) Joab era sobrinho do Davi, e qualquer trato forte poderia ter causado problemas familiares; (3) Joab era da tribo do Judá, e Davi não queria uma rebelião de sua própria tribo; (4) o haver-se desfeito do Joab tinha significado a perda de um general hábil e competente que foi invalorable para fortalecer seu exército.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de II Samuel Capítulo 3 do versículo 1 até o 39
REVOLTA D. Abner (3: 6-39)

6 E sucedeu que, enquanto houve guerra entre a casa de Saul ea casa de Davi, que Abner ia se tornando poderoso na casa de Saul. 7 Ora, Saul tivera uma concubina, cujo nome era Rispa, filha de Aías: e Isbosete , disse a Abner: Por que fizeste ido à concubina de meu pai? 8 Então se irou muito Abner pelas palavras de Isbosete, disse: Sou eu cabeça de cão, que pertence a Judá? Este dia eu mostrar bondade para com a casa de Saul, teu pai, a seus irmãos, e seus amigos, e não te entreguei nas mãos de Davi; e ainda assim tu me chargest este dia com uma falha tocante a essa mulher. 9 Assim faça Deus a Abner, e outro tanto, se, como o Senhor jurou a Davi, eu não faço mesmo assim a ele; 10 para transferir o reino da casa de Saul, e estabelecendo o trono de Davi sobre Israel e sobre Judá, desde Dã até Berseba. 11 E ele não poderia responder a Abner mais uma palavra, porque o temia.

12 E Abner enviou mensageiros a Davi, em seu nome, dizendo: De quem é a terra? dizendo também , faze a tua aliança comigo, e eis que a minha mão será contigo, para trazer sobre ti todo o Israel. 13 E ele disse: Bem; Vou fazer uma aliança contigo; mas uma coisa que eu preciso de ti. ou seja, você não deve ver o meu rosto, se não te traz primeiramente Mical, filha de Saul, quando vieres ver a minha cara 14 E Davi enviou mensageiros a Isbosete, filho de Saul, dizendo: Dá-me minha mulher Mical, que eu desposei por cem prepúcios de filisteus. 15 E Isbosete enviados, e tirou a seu marido, a Paltiel, filho de Laís. 16 E foi com ela, chorando seu marido como ele foi, e seguiu-a até Baurim. Então disse Abner-lhe: Vai, volta, e ele voltou.

17 Falou Abner com os anciãos de Israel, dizendo: Em tempos ye passado procurado para Davi para ser rei sobre você: 18 agora, em seguida, fazê-lo; porque o Senhor falou de Davi, dizendo: Pela mão do meu servo Davi livrarei o meu povo de Israel da mão dos filisteus e da mão de todos os seus inimigos. 19 E Abner falou também aos ouvidos de Benjamin : e Abner foi também dizer aos ouvidos de Davi em Hebron tudo o que parece bom para Israel, e para toda a casa de Benjamin. 20 Abner foi ter com Davi em Hebrom, e vinte homens com ele. E Davi fez Abner e os homens que estavam com ele uma festa. 21 Então disse Abner a Davi: Eu me levantarei, e vai reunir todo o Israel o rei meu senhor, para que possam fazer uma aliança contigo, e que tu possas reinar sobre tudo o que desejar a tua alma. E despediu Davi a Abner; e ele foi em paz.

22 E eis que os servos de Davi e Joabe voltaram de uma sortida, e traziam consigo grande despojo; mas Abner não estava com Davi em Hebron; para ele o tinha despedido, e ele se foi em paz. 23 Quando Joabe e todo o exército que vinha com ele vir, disseram Joabe, dizendo: Abner, filho de Ner, veio ao rei, e ele o enviou para longe e ele se foi em paz. 24 Então Joabe foi ao rei, e disse: Que fizeste? eis que Abner veio a ti; por que é que tu mandou-o embora, e ele é bastante ido? 25 Tu conheces a Abner, filho de Ner, que te veio enganar, e saber a tua saída ea tua entrada, e conhecer tudo quanto fazes . 26 E Joabe, retirando-se de Davi, enviou mensageiros atrás de Abner, que o fizeram voltar do poço de Sira, sem que Davi o soubesse.

27 E quando Abner voltou a Hebrom, Joabe o levou à parte para o meio da porta para falar com ele em voz baixa, e feriu-o ali no corpo, de modo que ele morreu, por causa do sangue de Asael, seu irmão. 28 E depois disso, quando Davi ouviu isso, disse ele, eu eo meu reino, sem culpa diante de Jeová para sempre do sangue de Abner, filho de Ner: 29 deixá-lo cair sobre a cabeça de Joabe e sobre toda a casa de seu pai; e nunca falte na casa de Joabe quem tenha fluxo, ou quem seja leproso, ou quem se atenha a bordão, ou quem caia à espada, ou quem necessite de pão. 30 Então Joabe e Abisai, seu irmão, mataram Abner , porque ele tinha matado seu irmão Asael em Gibeão na batalha.

31 E disse Davi a Joabe, e para todas as pessoas que estavam com ele: Rasgai as vossas vestes, e cingi-vos de saco, e choram diante de Abner. E o rei Davi seguindo o féretro. 32 E, sepultando a Abner em Hebrom, o rei levantou a sua voz, e chorou junto da sepultura de Abner; e todo o povo chorava. 33 E o rei lamentou por Abner, e disse:

Caso Abner morrer como morre o vilão?

34 As tuas mãos não estavam atadas, nem os teus pés carregados de grilhões:

Como um homem cai diante dos filhos da iniqüidade, para que fizeste cair.

E todo o povo chorou muito mais por ele. 35 E todo o povo veio fazer com que Davi comesse pão, sendo ainda dia; mas Davi jurou, dizendo: Deus fazê-lo para mim, e outro tanto, se eu provar pão ou qualquer outra coisa, até que o sol se ponha. 36 E todo o povo notou isso, e pareceu-lhe bem; assim como tudo quanto o rei fez pareceu bem a todo o povo. 37 E todo o povo e todo o Israel entenderam naquele mesmo dia que não era do rei que matassem a Abner, filho de Ner. 38 E disse o rei aos seus servos: Não sabeis que há é um príncipe e um grande homem hoje caiu em Israel? 39 E eu hoje estou fraco, embora ungido rei; estes homens, filhos de Zeruia, são duros demais para mim: o Senhor recompense o malfeitor conforme a sua maldade.

A guerra entre Davi e Isbosete continuou. Enquanto a casa de Saul enfraquecido durante este período, a casa de Davi ficou mais forte (conforme 2Sm 3:1 ). A autoridade e adequação da regra de Isbosete enfraquecido, enquanto Abner pessoalmente continuou a beneficiar a si mesmo.

Finalmente, Abner foi tão ousado em sua arrogância que ele violou os direitos do rei e aderiram a uma das concubinas reais, Rispa (v. 2Sm 3:7 ). A objeção de Isbosete foi baseada nos direitos invioláveis ​​do rei, mas Abner deliberadamente mal interpretado, alegando que a sua tomada Rispa momentaneamente era apenas um incidente insignificante.

Este incidente desde Abner uma desculpa para a transferência de sua lealdade, da casa de Saul para a casa de Davi (vv. 2Sm 3:8-11 ). Ele enviou mensageiros a Davi com a finalidade de estabelecer relações de amizade.

Davi recebeu os mensageiros e prometeu fazer um campeonato com Abner se Mical, que Saul tinha prometido a ele, foram restaurados para ele. Saul tinha mudado seus planos ea deu a Paltiel (conforme 1Sm 25:44 ). Abner forçado sua separação, e ela foi enviada para Davi (vv. 2Sm 3:15 , 2Sm 3:16 ).

Paltiel foi inocentemente vitimado por motivo de intrigas políticas. Davi exigiu Michal porque esta restaurou a sua relação com a casa de Saul e iria colocá-lo em uma posição muito forte como sucessor de Saul. Abner forçosamente executado o retorno de Michal a Davi, a fim de que ele poderia estar em uma posição política forte na liga entre a casa de Davi e da casa de Saul. Ele era primo de Saul e pode ter aspiravam a se tornar lugar-tenente de Davi. Este teria fornecido uma situação realmente explosivo porque Joab teria desafiado a candidatura de Abner para a posição na nova liga.

No entanto, Abner não conseguiu completar sua aliança com Davi por causa de traição ousada por parte de Joabe (v. 2Sm 3:27 ). Quando Davi soube do assassinato de Abner tomou medidas fortes para mostrar ao povo de Israel que ele lamentou esta obra e que ele não era uma festa para ele. Sua maldição sobre Joab e sua lamentação por Abner refletir isso (vv. 2Sm 3:28 , 2Sm 3:29 , 2Sm 3:33 , 2Sm 3:34 ). E todo o povo e todo o Israel entenderam naquele mesmo dia que não era do rei que matassem a Abner (v. 2Sm 3:37 ).

Davi deu um tributo generoso para Abner. Não sabeis que há um príncipe e um grande homem hoje caiu em Israel? (v. 2Sm 3:38 ). Ele também reconheceu a fraqueza em seu controle de Joabe. E eu hoje estou fraco, embora ungido rei; e estes homens de Zeruia são muito difícil para mim (v. 2Sm 3:39 ; conforme 2Sm 2:18 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de II Samuel Capítulo 3 do versículo 1 até o 39
O assassinato de Abner (cap. 3)

As muitas esposas de Davi eram uma violação direta deDt 17:15-5. Alguns estudio-sos acreditam que isso expressa a lascívia de Davi e, no fim, causou os muitos problemas familiares que contaminaram seus dias posterio-res. Amnom violou sua meia-irmã Tamar (cap. 13); Absalão rebelou-se contra Davi e tentou pegar a coroa (caps. 13—18); e Adonias tentou ar-rancar o reinado de Salomão (1Rs 1:0) e Amasa (2Sm 20:10). Davi pediu que seu filho Salomão lidasse com Joabe, e ele fez isso (1Rs 2:5-11,1Rs 2:28-11). É difícil dizer como seria a história se Abner não tivesse morrido. Com certeza, Joabe tinha um poder incomum sobre Davi, em especial depois que ajudou o rei em seu complô assassino contra o ino-cente Urias (11:14ss). No entanto, repare na conduta piedosa de Davi em relação à morte de Abner.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de II Samuel Capítulo 3 do versículo 1 até o 39
3.1 Muito tempo. Sete anos, cinco dos quais foram gastos em escaramuças; e dois no reinado de Is-Bosete.

3:2-5 Dos seis filhos de Davi, de seis mulheres diferentes, nascidos em Hebrom, Amnom, é o primogênito, deu grande desgosto a seu pai (cap. 13); Absalão, o terceiro filho, usurpou-lhe o trono (caps. 13-18); Adonias, o quarto, seguiu o caminho do anterior (1Rs 1:5-11), tornou-se virtual dono de Israel; Is-Bosete não passava de um preposto seu.

3.7 Concubina... Rispa. (21:8-11). As esposas e concubinas do rei, por tradição, pertenciam ao novo rei. Apossando-se alguém delas, era declarar-se investido de poder real (16:20-22; 1Rs 2:21-11). As concubinas, por sua vez, não eram mulheres vadias, tinham direitos garantidos pela lei e, quando rejeitadas, não podiam ser vendidas como escravas; as vezes, exerciam o papel de donas de casa (Gn 16:2, 3; 21:10; Êx 21:8-11; Dt 21:10-5).

3.8 Cabeça de cão. Ser chamado de cão, animal imundo, era ser debochado e desprezado (9.8; 16.9; 1Sm 17:43; 1Sm 24:14). Por causa desta mulher. É possível que a acusação contra Abner tenha sido injusta. Rispa, por outro lado, era mulher de gestos e sentimentos admiráveis (ver 21.10).

3:9-11 Abner confessa ter sabido do direito de Davi, de ser este o rei sobre Israel todo.

3.13 Davi exige de volta a sua mulher Mical, pela qual pagou um preço dobrado (1Sm 18:27; Dt 25:7; Lm 5:14). • N. Hom. "Vingança". O sentimento de vingança é causa de fracasso de qualquer relação pública. Vingança do Sangue, da parte de Joabe, não passava de simples pretexto para se livrar de um seu rival (2:19-33; 3:33-34; 1Rs 2:5; Êx 21:14). Movido por esse vil sentimento, Joabe cometeu ações que o privaram do apoio e estima de Davi , (28.39; 19.13), determinaram a sua própria morte (1Rs 2:5-11, 1Rs 2:31) e, provocaram um anátema sobre seus descendentes (29; 1Rs 2:33).

3.28,29 Davi declarou-se inocente do sangue de Abner e lança o anátema sobre Joabe e sua descendência (1Rs 2:28-11): quem se apóie em muleta. A tradução literal seria: "quem pegue no fuso": e significa, "estropiado, mole, efeminado".

3.30- 32 Abner era nobre (38) e estimado pelo povo. Sua popularidade foi a principal causa da sua morte. Joabe, invejoso, matou-o para livrar-se de um rival. Justificou-se, porém, com a desculpa de vingador do sangue de seu irmão (1Rs 2:5-11).

3.33,34 A ode fúnebre de Davi revela que Abner foi morto como se fora um perverso. De mãos e pés livres, pedia se defender facilmente, mas não o fez, pois não esperava ser atacado traiçoeiramente.

3.37 Ficaram sabendo. O povo ficou sabendo que não foi Davi o autor da morte de Abner; caso contrário, a situação política se agravaria ainda mais.

3.39 Sou fraco. Davi confessa que os filhos de Zeruia eram mais fortes. Joabe além de ser prepotente, ciumento e vingativo, tinha nas suas mãos o comando dos "600 homens” de Davi.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de II Samuel Capítulo 3 do versículo 1 até o 39
2.24—3.1. Joabe e Abisai retomaram a perseguição e alcançaram Abner e os seus benjamitas em uma posição no topo da colina. Abner suplicou a Joabe que desistisse, ressaltando a futilidade da luta fratricida.
Joabe então interrompeu a batalha, em vez de lutar a noite toda. Os dois exércitos voltaram às suas bases e contaram as suas baixas; os seguidores de Davi tinham perdido 20 homens, incluindo Asael, e os benjamitas, 360. A luta continuou: A guerra entre as famílias de Saul e de Davi durou muito tempo. Davi tornava-se cada vez mais forte, enquanto que a família de Saul se enfraquecia (v. 1).

b)    Os filhos de Davi: lista 1 (3:2-5; conforme 5:13 16:8-16-18)
Assim como a história de Saul é interrompida por um breve registro familiar (14.4951), aqui também há uma lista dos filhos de Davi, com os nomes das suas mães. Diz-se que são aqueles nascidos em Hebrom, embora Noth (History of Israel, p.
200) pense que alguns tenham nascido antes disso. É interessante observar que são mencionadas quatro mulheres além das duas que ele havia trazido consigo para Hebrom (conforme 2.2).

A lista dos filhos é a seguinte:
(1)    Amnom, filho de Ainoã. Mais tarde morreu como príncipe herdeiro (cap. 13).

(2)    Quileabe, outra forma do nome Calebe; filho de Abigail; no mais é desconhecido.

(3)    Absalão, filho de Maaca, filha de Talmai, rei de Gesur; mais tarde conduziu uma rebelião contra o seu pai.

(4)    Adonias, filho de Hagite; tomou o trono por pouco tempo antes da morte do pai.

(5)    Sefatias, filho de Abital; no mais é desconhecido.

(6)    Itreão, filho de Eglá, sua mulher. Por que só Eglá é mencionada como mulher de Davi? Permanece um enigma; as outras cinco tinham direito à mesma descrição. Os pontos de vista de Hertzberg, de que ela talvez tenha sido a sua esposa predileta, e o de H. P. Smith, de que ela era meia-irmã de Davi, não têm sido levados a sério. Driver sugere “alguma corrupção de transcrição” (Notes, p. 246).

c)    A morte de Abner (3:6-39)
A seguir, vem uma história sórdida de intriga e assassinato. O ambicioso Abner estava tirando vantagem da situação para consolidar a sua própria posição, até mesmo dormindo com a concubina de Saul, Rispa. O controle sobre o harém de um rei morto também contava pontos importantes no direito à sucessão (conforme De Vaux, Ancient Israel, p. 116). Is-Bosete apresentou o seu protesto (v. 7), sem, contudo, acusar o seu general de motivações políticas dissimuladas. Abner imediatamente fez uma demonstração violenta da sua indignação: Por acaso eu sou um cão a serviço de Judá? (v. 8). Há um trocadilho aqui em relação a Calebe, a palavra hebraica para cão, e o nome de um clã em Judá; Abner estava perguntando se ele deveria ser tratado como simples habitante de Judá. Ele lembrou Is-Bosete de toda a sua lealdade à casa de Saul e ameaçou que poderia muito bem ir e colocar os seus serviços à disposição de Davi. Is-Bosete não respondeu nada a Abner, pois tinha medo dele (v. 11).

Abner colocou a sua ameaça em prática e procurou Davi, oferecendo-lhe todo o reino. As suas intenções exatas não são declaradas aqui, mas o resultado do episódio é que “ele fez o papel não somente de fundador mas também de coveiro do reinado de Esbaal” (Hertzberg, p. 257). Davi agiu com cuidado; ele consentiu de forma restrita, com a condição de que a sua ex-esposa, Mical, filha de Saul, lhe fosse devolvida (v. 1Sm 18:20;

25.44). Is-Bosete concordou e tomou Mical do seu marido, que não conseguiu disfarçar a sua tristeza até que Abner lhe ordenou que fosse para casa.
v. 17. Abner enviou esta mensagem às autoridades de Israel', essas autoridades, de acordo com Hertzberg (p. 259), “que no início eram os mais ‘velhos’ tanto da tribo quanto da família, experientes e renomados (Jó 29), evidentemente se tornaram um grupo aristocrático que, em virtude das pressões dos eventos, representavam um tipo de senado na cidade ou na tribo. As ‘autoridades de Israel’ mencionadas aqui (e em 5.3; 17.4,15; lRs 8,1) talvez tenham sido um núcleo extraído das autoridades das tribos”. Não está especificado onde foi realizada a reunião; dificilmente foi na corte de Is-Bosete. Abner foi ao sul, para Benjamim, a fim de conseguir apoio, e depois para Hebrom, para se encontrar com Davi, que ofereceu um banquete para ele e para os homens que o acompanhavam (v. 20). Abner então fez a seguinte promessa a Davi: Deixa que eu me vá e reúna todo o Israel, meu senhor, para que façam um acordo contigo, 6 rei, e reines sobre tudo o que desejares (v. 21). Davi deixou Abner ir em paz, talvez (embora alguns não aceitem isso, e.g., McKane, p. 195; H. P. Smith, p.
279) com a promessa de responsabilidade na corte.

Se isso foi assim ou não, Joabe quando entrou com os seus homens voltando de um ataque (v. 22) pensou que a sua posição estava ameaçada. Por não ter estado presente quando Abner chegara, ele ficou perturbado pelo que ouviu, questionando o rei Davi por que o tinha deixado partir em paz (v. 22). H. P. Smith (p.
279) diz que a fúria de Joabe era por causa do fato de Davi ter permitido Abner sair em paz, quando, como parente de Asael, ele mesmo teria de ter agido. Ao sair da presença do rei, Joabe, sem o conhecimento do rei, enviou uma mensagem que alcançou Abner na cisterna de Sirá (v. 26), que Driver (Notes, p.
250) identifica com ‘Ain Sãrah, aproximadamente a 2 quilômetros ao norte de Hebrom. Ele retornou, e Joabe teve uma conversa particular com ele, durante a qual o matou, por ter derramado o sangue de Asael (v. 27), na continuação da luta familiar que Abner tinha tentado evitar (2.26).

A reação de repugnância total de Davi foi imediata; ele, sem dúvida, ficou preocupado que esse ato de violência devassa seria atribuída a ele. Ele declarou a sua inocência, orando para que o castigo de Deus caísse sobre Joabe, e invocando as maldições mais graves sobre a sua casa. O comentário final do autor (v. 30) associa Abisai a seu irmão Joabe na responsabilidade pelo ultraje.
Davi então ordenou que houvesse um funeral público para Abner. Ele mesmo conduziu o pranto, mais uma vez com um qinãh, um lamento, de sua autoria: Por que morreu Abner como morrem os insensatos? (v. 33). Abner era um homem de sabedoria e experiência que tinha parecido insensato em comparação com a astúcia inescrupulosa de Joabe.

Depois dos rituais do funeral, Davi jejuou até o pôr-do-sol, uma homenagem que fez aumentar ainda mais a sua já considerável popularidade. Ele confirmou o seu respeito por Abner: Não percebem que caiu hoje em Israel um líder, um grande homem? (v. 38). Ele falou de sua própria perda e mais uma vez entregou a questão da vingança ao Senhor. Ele era dependente demais dos filhos de Zeruia para resistir a eles.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de II Samuel Capítulo 3 do versículo 1 até o 39
2Sm 3:1

4. OS SEIS FILHOS DE DAVI (2Sm 3:1-10). Durante a sua permanência em Hebrom Davi ia-se fortalecendo (1) e nasceram-lhe seis filhos. Destes, pelo menos três desapontaram-no amargamente: Amnom (conforme 2Sm 13:0; 1Rs 2:25).

>2Sm 3:6

5. DESENTENDIMENTO ENTRE ABNER E IS-BOSETE (2Sm 3:6-10). Abner tomou Rispa, uma das concubinas de Saul. Tal ato foi justamente considerado por Is-Bosete como traição à memória de seu pai. A resposta de Abner à repreensão de Is-Bosete (8-10) é muito obscura e diverge na Septuaginta, na 5ulgata e no Hebraico. Mas o sentido geral é: se Abner fosse tão desprezível e tão vil como Is-Bosete pensa, ele não o teria apoiado nem servido a casa de Saul tão prolongada e fielmente. Assim se cava, irremediavelmente, a barreira que os separa. Abner reconhece, tardiamente, que Deus prometera o trono a Davi e decide apoiar a sua causa e lutar por ele (9-10).

>2Sm 3:12

6. ABNER ENTRA EM NEGOCIAÇÕES COM DAVI (2Sm 3:12-10). Abner enviou mensageiros a Davi dizendo: De quem é a terra? como que admitindo que a terra pertencia a Davi porque lhe fora dada por Deus e sugerindo uma aliança (12). Davi aceitou a proposta sob condição de que Mical, sua mulher, lhe fosse restituída (ver 2Sm 6:20).

>2Sm 3:22

7. JOABE MATA ABNER À TRAIÇÃO E É AMALDIÇOADO (2Sm 3:22-10). Vendo que não podia convencer Davi da falsidade de Abner, que ele considerava espião, (22-25), Joabe enviou, com o desconhecimento do rei, mensageiros a Abner que, alcançando-o, lhe pediram que voltasse atrás a fim de que se esclarecessem ainda certas negociações. Abner, sem suspeitar do que o esperava, voltou atrás; Joabe, então, fingindo querer falar-lhe em segredo, chamou-o e, afastando-se com ele até à entrada da porta (27), aí o matou traiçoeiramente. Joabe não tinha razão ao querer vingar a morte do irmão uma vez que Abner o matara em legítima defesa (2Sm 2:23). Davi proclama, então, nos termos mais violentos, a culpabilidade de Joabe e a sua inocência e a do seu reino, pronunciando uma terrível maldição sobre Joabe e a sua casa (28-29). Conforme Gn 4:11; Dt 21:6-5; Mt 23:35. Os versículos 30:39 fazem supor a cumplicidade de Abisai.

>2Sm 3:31

Davi ficou profundamente contristado com tamanha perversidade e manifestou largamente o que sentia dissociando-se publicamente da criminosa ação de Joabe (31-32). Numa composição fúnebre Davi lamenta que aquele grande e valente homem sofresse a ignóbil morte do vilão (33-34).


Dicionário

Abner

-

Abner [Pai de Luz]

Primo de Saul e comandante do seu exército (1Sm 14:50). Foi morto por Joabe (2Sm 2—3).


Meu pai é uma lâmpada. Comandante chefe do exército de Saul. o pai de Abner, chamado Ner, era irmão do pai de Saul, o qual se chamava Quis, daí serem primos Abner e Saul. Foi ele que trouxe Davi à presença de Saul, depois do combate com o gigante Golias (1 Sm 17.67), e foi com Saul na sua expedição contra Davi (1 Sm 26.3 a 14). Cinco anos depois da morte de Saul e do desastroso combate em Gilboa, Abner proclamou rei de israel a is-Bosete, filho de Saul – e o novo monarca foi geralmente reconhecido, exceto por Judá, onde reinava Davi. Seguiu-se uma guerra entre os dois reis, e houve uma batalha em Gibeom entre o exército de israel, comandado por Abner, e o de Judá sob o comando de Joabe, filho de Zeruia, irmã de Davi (2 Sm 2.12 a 17). Abner foi derrotado, e pessoalmente perseguido por Asael, o irmão mais novo de Joabe. Abner, em sua própria defesa, mas com relutância, matou o seu inimigo. is-Bosete censurou insensatamente a Abner porque este se casara com Rispa, que tinha sido concubina de Saul. Abner, indignado pela acusação que lhe faziam, passou para o lado de Davi, que lhe prometeu o principal lugar no seu exército. E Abner, em paga desta confiança, conquistaria a israel. Mas antes de poder fazer qualquer coisa neste sentido, foi ele traiçoeiramente assassinado por Joabe e seu irmão Abisai, como vingança da morte de Asael – contudo, a causa principal era o receio de que Abner os despojasse em favor de Davi. o ato traiçoeiro foi julgado por Davi com indignação, mas razões de Estado o levaram a deixar impune aquele crime. Mostrou, porém, a sua consideração pelo general Abner, assistindo ao funeral e fazendo uma oração apropriada junto da sepultura (2 Sm 3.33,34).

Foi o principal comandante do exército de Saul e posteriormente do exército que seguiu Is-Bosete, sucessor do rei. Era filho de Ner, o qual era tio de Saul (1Sm 14:50). Foi ele quem cuidou do jovem Davi, quando este se preparava para sair e enfrentar Golias (1Sm 17:55-57). Abner era tido em alta estima por seu primo Saul e comia à sua mesa no palácio (1Sm 20:25), mas logo teve boas razões para não gostar de Davi. Quando Saul estava perseguia o futuro rei, o filho de Jessé foi ao acampamento dele à noite e cravou uma lança no chão, ao lado da cabeça do rei adormecido, pois recusou matar o ungido de Deus. Ao voltar ao seu esconderijo, Davi escarneceu de Abner, por não ter protegido adequadamente seu senhor (1Sm 26:5-16).

Logo depois que Saul foi derrotado pelos filisteus, Davi foi ungido rei. Abner, porém, levou Is-Bosete a Maanaim, do outro lado do rio Jordão, onde o estabeleceu como rei (2Sm 2). Quando ele voltou com seus homens para Gibeom, confrontou-se com Joabe, comandante do exército de Davi. Após uma grande batalha, Abner fugiu (veja Asael). Ele teve grande influência na casa de Is-Bosete (2Sm 3:6). Quando sua lealdade foi questionada, ficou furioso e passou para o lado de Davi (2Sm 3). Abner então convenceu o povo de Israel e de Benjamim a declarar sua lealdade a Davi.

Quando Joabe retornou, suspeitou da motivação de Abner e talvez tenha ficado com ciúmes, ao perceber que Davi tinha muita consideração por ele (2Sm 3:22-25). Joabe, contudo, estava determinado a vingar o sangue de seu irmão Asael, morto por Abner, embora relutantemente (2Sm 2:20-23). Joabe saiu para conversar com Abner e o feriu mortalmente (2Sm 3:27). Realmente, a morte de Abner representou o fim de qualquer esperança que Is-Bosete, filho de Saul, pudesse ainda alimentar de tornar-se rei de Israel. Logo depois ele mesmo foi morto (2Sm
4) e Davi tornou-se rei de todo o Israel em Hebrom (2Sm 5). O filho de Jessé sempre respeitou a lealdade de Abner à dinastia de Saul, bem como sua habilidade militar. Ele ficou aborrecido com a maneira pela qual Abner fora assassinado e acusou Joabe, pronunciando uma maldição sobre sua família (2Sm 3; 1Rs 2:5-32). Posteriormente, durante o reinado de Davi, Jaasiel, o filho de Abner, foi apontado como líder sobre a tribo de Benjamim. P.D.G.


Ainda

advérbio Até este exato momento; até agora: o professor ainda não chegou.
Naquele momento passado; até então: eu fui embora da festa, mas minha mãe ainda ficou por lá.
Num instante recente; agora mesmo: ainda há pouco ouvi seus gritos.
Que tende a chegar num tempo futuro; até lá: quando ele voltar, ela ainda estará esperando.
Num certo dia; algum dia indeterminado: você ainda vai ser famoso.
Em adição a; mais: há ainda outras concorrentes.
No mínimo; ao menos: ainda se fosse rico, mas não sou.
De modo inclusivo; inclusive: gostava de todos os alunos, inclusive os mais bagunceiros.
Etimologia (origem da palavra ainda). Etm a + inda.

Amigos

masc. pl. de amigo

a·mi·go
(latim amicus, -i)
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

1. Que ou quem sente amizade por ou está ligado por uma afeição recíproca a. = COMPANHEIROINIMIGO

2. Que ou quem está em boas relações com outrem.INIMIGO

3. Que ou quem se interessa por algo ou é defensor de algo (ex.: amigo dos animais). = AMANTE, APRECIADOR

nome masculino

4. Pessoa à qual se está ligado por relação amorosa. = NAMORADO

5. Pessoa que vive maritalmente com outra. = AMANTE, AMÁSIO

6. Pessoa que segue um partido ou uma facção. = PARTIDÁRIO

7. Forma de tratamento cordial (ex.: amigo, venha cá). = COMPANHEIRO

adjectivo
adjetivo

8. Que inspira simpatia, amizade ou confiança. = AMIGÁVEL, AMISTOSO, RECONFORTANTE, SIMPÁTICO

9. Que mantém relações diplomáticas amistosas (ex.: países amigos). = ALIADOINIMIGO

10. Que ajuda ou favorece. = FAVORÁVEL, PROPÍCIOCONTRÁRIO


amigo colorido
Pessoa com quem se tem relacionamento afectivo e sexual sem compromisso assumido.

amigo da onça
[Informal] Pessoa que parece amiga, mas que é falsa ou traiçoeira.

amigo de Peniche
[Portugal] Pessoa que parece amiga, mas que é falsa ou traiçoeira.

amigo do alheio
[Informal] Ladrão.

amigo oculto
O mesmo que amigo secreto. (Confrontar: amigo-oculto.)

amigo secreto
Pessoa, num grupo de colegas, amigos ou familiares, que deverá, por sorteio e geralmente na época de Natal, oferecer um presente a alguém numa data combinada, sem que seja identificado antes dessa data. (Confrontar: amigo-secreto.) = AMIGO OCULTO

falso amigo
[Linguística] [Linguística] Cada uma das palavras que, pertencendo a línguas diferentes, são muito parecidas na forma mas diferentes no significado. [Por exemplo, em italiano, a palavra "burro" significa "manteiga" e não "asno", como em português.]

fiel amigo
[Portugal, Informal] Bacalhau usado na alimentação.

Superlativo: amicíssimo ou amiguíssimo.

Arguir

Dicionário Comum
verbo transitivo direto Alegar, apresentar provas, razões ou motivos: arguiu descontrole emocional para se livrar da culpa.
[Jurídico] Tornar algo neutro por meio de argumentação; impugnar: arguiu as provas com uma defesa irrefutável.
Expressar certo aspecto; revelar: arguia tristeza no rosto.
verbo transitivo direto predicativo [Jurídico] Atribuir qualificações a alguém; acusar: arguiram-na de mentirosa.
verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Condenar alguém ou sofrer algum tipo de condenação; censurar-se: arguiu o suspeito; não arguiram a testemunha de estar mentindo.
verbo intransitivo Argumentar contrariamente; contestar: o deputado arguiu veementemente os colegas.
verbo transitivo direto e intransitivo Fazer uma análise por meio de interrogação ou questionário: arguia os colegas; o diretor arguiu os professores sobre as novas regras.
Etimologia (origem da palavra arguir). Do latim arguere.
Fonte: Priberam

Argüir

Dicionário Bíblico
Repreender; acusar; censurar
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Argüir
1) Examinar por meio de perguntas (Lc 20:2, RA).


2) Discutir (15:3).


3) Acusar (Sl 35:11, RA).


4) Censurar; condenar (Sl 50:21).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Beneficência

substantivo feminino Ação de quem faz o bem; comportamento da pessoa que busca ajudar ou fazer bem ao próximo; bondade: dinheiro destinado à beneficência.
Ato de beneficiar outrem; filantropia: obras de beneficência.
Tendência para o bem: tendência natural para beneficência.
Etimologia (origem da palavra beneficência). Do latim beneficentia.ae.

caridade, filantropia, humanidade, amor ao próximo, altruísmo. – Todos estes vocábulos têm de comum a propriedade de sugerir a ideia de abnegação que leva um homem a interessar-se pelo seu semelhante. – Beneficência é “a virtude de fazer o bem espontaneamente, como que obedecendo aos impulsos da própria natureza moral, e sem ideia alguma de dever”. – Caridade é propriamente “o amor do nosso próximo, como sendo nosso irmão”. Podese dizer que é mais uma virtude interior, uma qualidade da alma do que virtude social. Um homem que não dá esmolas pode ter em alto grau a virtude da caridade. Por outro lado, nem sempre aquele que mais esmolas dá será o mais caritativo. – Filantropia é a mesma caridade, talvez sem sugestão de ideia religiosa: é mais, no entanto, por isso mesmo, uma virtude social. – Humanidade é apenas o conjunto de qualidades que levam a criatura a ter sentimentos simpáticos, tanto com os outros homens todos como com os próprios animais. – Amor ao próximo (ou do próximo) é também uma virtude evangélica: é a que mais se aproxima de caridade; devendo notar-se que, por isso mesmo que é mais do que a própria caridade exterior ou praticante, o amor ao próximo é uma locução que vale muito pouco porque não fixa sentimento nenhum... – Altruísmo está quase nas mesmas condições: é o “amor dos outros”; é o nome positivista do amor ao próximo.

[...] A beneficência coletiva tem vantagens incontestáveis e, bem longe de desestimulá-la, nós a encorajamos. Nada mais fácil do que praticá-la em grupos, recolhendo por meio de cotizações regulares ou de donativos facultativos os elementos de um fundo de socorro. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

A beneficência praticada sem ostentação tem duplo mérito. Além de ser ca ridade material, é caridade moral, vistoque resguarda a suscetibilidade do be-neficiado, faz-lhe aceitar o benefício, semque seu amor-próprio se ressinta e sal-vaguardando-lhe a dignidade de ho-mem, porquanto aceitar um serviço écoisa bem diversa de receber uma es-mola. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13, it• 3

A beneficência é auxiliar da filantropia,sua irmã gêmea. [...]A beneficência é outra fada ao serviçoda caridade, a qual se compraz em con-verter em obra viva e visível os senti-mentos das pessoas piedosas.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 7

[...] simples faceta da caridade que, emsi mesma, é o sol do Divino Amor, asustentar o Universo.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A caridadee o porvir

[...] é o cofre que devolve patrimôniostemporariamente guardados a distânciadas necessidades alheias [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Dizes-te

Beneficência não é tão-só o dispensário de solução aos problemas de ordem material; é também e muito mais, o pronto socorro à penúria de espírito.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50


Beneficência
1) Bondade (Gn 47:29).


2) Atos de bondade (Ne 13:14).


Buscar

verbo transitivo direto Pesquisar; analisar com minúcia; examinar exaustivamente: buscava as melhores cidades europeias.
Esforçar-se excessivamente para encontrar algo ou alguém: buscava o conceito num livro; buscava o código postal da cidade.
Conseguir ou conquistar: buscava o incentivo do pai.
Empenhar; tentar obter algo com esforço: buscava a aprovação do pai.
Dirigir-se para; caminhar em direção a: os insetos buscam as plantas.
Imaginar; tentar encontrar uma saída mental: buscou se apaixonar.
verbo transitivo direto e bitransitivo Pegar; colocar as mãos sobre: o pai buscou os filhos; o menino buscou-lhe um copo de água.
verbo pronominal Utilizar-se de si mesmo para: buscou-se para a vitória.
Seguir a procura de alguém: buscavam-se na tempestade.
Etimologia (origem da palavra buscar). De origem controversa.

procurar. – Destes dois verbos diz muito judiciosamente Bruns.: “Pretendem alguns que em buscar há mais diligência ou empenho que em procurar: não nos parece que tenha fundamento essa distinção. Buscar inclui sempre a ideia de movimento por parte de quem busca; procurar não inclui nem exclui essa ideia. Busca-se ou procura-se por toda parte aquilo de que se necessita. Procura-se (mas não se busca) uma palavra no dicionário. O que nos parece Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 245 acertado estabelecer é que quem procura sabe que existe o que anda procurando; enquanto que aquele que busca ignora se há o que anda buscando. Um inquilino procura casa para onde mudar-se; um necessitado busca ou procura um emprego”.

Cabeça

l. Esta palavra é muitas vezes empregada figuradamente na Sagrada Escritura. Cristo é a cabeça da igreja (Cl 1:18) em virtude de sua eminência e da sua influência, comunicando vida, saúde, força a cada crente. o marido é, também, a cabeça da mulher (Gn 3:16), com respeito à preeminência do sexo (1 Pe 3,7) e à excelência do conhecimento 1Co 14:35). A pedra que os edificadores rejeitaram foi feita a cabeça (a principal pedra) do ângulo (Sl 118:22). 2. Nas visões de Ezequiel os sacerdotes piedosos costumavam cortar rente o cabelo de suas cabeças, mas não com a navalha de barba – e faziam isso como sinal de varonilidade, e com o fim de evitar aqueles costumes do sacerdócio pagão (Ez 44:20). (*veja Cabelo.)

Cabeça A parte superior ou anterior do corpo do ser humano e dos animais. Em sentido figurado, “chefe” (Ef 4:15); 5.23). “Ter a cabeça exaltada” quer dizer “vencer” (Sl 27:6). Rapar a cabeça era sinal de tristeza (1:20) ou de voto (Nu 6:9); (At 18:18). V. IMPOSIÇÃO DE MÃOS e MENEAR.

substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
Começo: a cabeça de um capítulo.
Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
Vida: isso custou-lhe a cabeça.
Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
Vontade: seguir sua própria cabeça.
Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
Curvar a cabeça, submeter-se.
De cabeça, de memória.
Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.

substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
Começo: a cabeça de um capítulo.
Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
Vida: isso custou-lhe a cabeça.
Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
Vontade: seguir sua própria cabeça.
Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
Curvar a cabeça, submeter-se.
De cabeça, de memória.
Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.

Casa

[...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10


Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.

substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.

No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)

substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

Causa

substantivo feminino Aquilo que faz com que uma coisa seja, exista ou aconteça.
O que é princípio, razão ou origem de alguma coisa; motivo.
O que pode acontecer; fato ou acontecimento.
[Jurídico] O motivo pelo qual alguém se propõe a contratar: causa lícita, ilícita.
[Jurídico] Razão que leva alguém dar início a um processo judicial; esse processo; ação, demanda: causa cível.
Interesse coletivo a partir do qual um grupo se rege; partido: a causa do povo.
Etimologia (origem da palavra causa). Do latim causa; caussa.ae.

A Causa é a mola oculta que aciona a vida universal.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15


motivo, razão, móvel, pretexto. – Todas estas palavras designam aquilo que se tem como determinante das nossas ações; mas não poderiam ser aplicadas indistintamente, mesmo aquelas que parecem mais semelhantes. – Causa é o que produz uma ação; em certos casos, é o fato em virtude Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 259 do qual se dá um outro fato. F. deixou de vir devido ao mau tempo (o mau tempo foi causa da ausência). A causa da intervenção da força pública foi o tumulto que ali se levantou. – Motivo e móvel são os nomes que damos ao fato, à consideração, ao intento, etc., que nos leva a fazer alguma coisa ou a agir de certo modo em dadas circunstâncias. – Motivo é simplesmente o que opera em nós excitando-nos, impelindo a nossa vontade de praticar uma ação, ou de conduzir-nos deste ou daquele modo em dadas circunstâncias. – Móvel é “um motivo mais ponderoso, que opera tanto sobre o espírito como sobre o coração”. – Razão é “o motivo que se invoca para justificar algum ato, o móvel que se dá como causa da ação”. – Pretexto é “uma razão falsa ou fictícia que se dá para não dar a verdadeira”.

Cão

substantivo masculino Animal mamífero doméstico da família dos canídeos, do gênero Canis familiaris, da qual existem diversas raças adestradas; cachorro.
Por Extensão Nome dado comumente a várias espécies dos canídeos que se assemelham ao cão.
Figurado Indivíduo mau, vil; perverso.
[Popular] Designação popular dada ao demônio.
Designação dada a uma pessoa por desprezo.
Peça das armas de fogo portáteis.
Peça de madeira através da qual os grãos são inseridos no moinho.
Armação que impede que a lenha caia em lareiras; trasfogueiro.
Etimologia (origem da palavra cão). Do latim cane,m.

substantivo masculino Animal mamífero doméstico da família dos canídeos, do gênero Canis familiaris, da qual existem diversas raças adestradas; cachorro.
Por Extensão Nome dado comumente a várias espécies dos canídeos que se assemelham ao cão.
Figurado Indivíduo mau, vil; perverso.
[Popular] Designação popular dada ao demônio.
Designação dada a uma pessoa por desprezo.
Peça das armas de fogo portáteis.
Peça de madeira através da qual os grãos são inseridos no moinho.
Armação que impede que a lenha caia em lareiras; trasfogueiro.
Etimologia (origem da palavra cão). Do latim cane,m.

1. Um dos filhos de Noé, talvez o mais novo (Gn 5:32). É possível que o nome signifique crestado ou preto, sendo esta qualidade peculiar aos povos tidos como seus descendentes, por Cuxe seu filho mais velho – e esses povos são: os assírios, os babilônios, os cananeus, os sidônios, os egípcios, e os líbios (Gn 10:6). os descendentes de Cão, em geral foram, muitas vezes, uma raça marítima, e mais depressa podiam ser civilizados do que os seus irmãos pastores das outras duas famílias. os primeiros grandes impérios da Assíria e do Egito foram fundados por ele – e muito cedo as repúblicas de Tiro, Sidom e Cartago se distinguiram pelo comércio desse povo. Mas também mais depressa viram a sua decadência. o Egito, que era uma das primeiras nações, tornou-se a última e ‘o mais humilde dos reinos’ (Ez 29:15), tendo estado sucessivamente sujeito aos descendentes de Sem e de Jafé e o mesmo acontecendo com outros ramos da descendência de Cão. Na referência que se faz em Sl. 78.51 e 105.23 à ‘terra de Cão’, o país assim designado é o Egito. Em 1 Cr 4.40 a significação é talvez a dos antigos cananeus. (*veja Cuxe, Canaã, Mizraim.) 2. Quente: Sitio da vitória de Quedorlaomer sobre os zuzins (Gn 14:5).

Diferentemente de seu irmão Jafé, cuja história segue paralela com a sua até o término do Dilúvio, Cão, por sua reação ao erro de Noé, trouxe a maldição sobre sua própria família (Gn 9:20-25). A ofensa dele foi um comportamento indigno de um filho, que tornou pública a desgraça do pai (v.22). Em vez de amaldiçoar o próprio Cão, Noé lançou a maldição sobre seu neto Canaã; dessa maneira, usava a situação como um espelho: assim como ele [Noé] fora humilhado por Cão, o filho deste o faria sofrer da mesma forma que ele padecia. De acordo com o desenrolar da narrativa bíblica, foi o que aconteceu: Os descendentes de Cão, Mizraim (Egito) e Canaã (Gn 10:6) foram condenados por práticas sexuais abomináveis (Lv 18:3ss). Posteriormente, conforme a história narrada no livro de Josué, os descendentes de Canaã tornaram-se escravos dos filhos de Sem. J.A.M.


Os cães [...] são auxiliares preciosos nas regiões obscuras do Umbral [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 33


Cão [Quente ?] -

1) V. CAM
2) Animal meio domesticado que andava pela cidade em busca de alimentos (1Rs 21:23). Os falsos mestres são chamados de cães (Fp 3:2). Os pecadores rebeldes são comparados a eles (Ap 22:15). 3 Prostituto dos templos pagãos (Dt 23:18).

Cão Quadrúpede que na época de Jesus podia ser doméstico (Mt 15:26ss.) ou selvagem (Lc 16:21). A palavra encerra também um sentido pejorativo (Mt 7:6).

Davi

Davi [Amado] - O segundo rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1010 a 970 a.C. Tomou Jerusalém e a tornou a capital religiosa do reino. Levou a arca para lá (2Sa
6) e organizou os serviços de adoração (1Ch 15—16). Ampliou o reino (2Sm 8:10-12) e ajuntou materiais para a construção do TEMPLO (1Ch 22). Foi governador, guerreiro, músico e poeta. E foi um dos antepassados de Jesus (Mt 1:1). V. SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE e o mapa OS REINOS DE SAUL, DAVI E S

Davi O segundo rei de Israel (final do séc. XI e início do séc. X a.C.). De sua descendência viria o messias — daí ele ser chamado “Filho de Davi” (Mt 9:27; 12,23; 15,22; 20,30ss.; Mc 11:10) — que também deveria nascer em sua cidade natal: Belém (Mq 5:2). Tanto Lucas como Mateus relacionam Jesus com a estirpe messiânica e o fato deve ser reconhecido como histórico, ainda que seja bem provável que não fosse importante o ramo a que pertencia.

Como outros tantos judeus de sua época, Jesus enfatizou a ascendência davídica do messias, o seu caráter preexistente, baseado em uma leitura peculiar do Salmo 110, que tem paralelos, entre outros, com os essênios de Qumrán (Mt 22:41ss.).


Dados Gerais

Davi é o nome do maior rei de Israel e o ancestral humano do Senhor Jesus. Sua história, suas realizações e seus problemas receberam um tratamento extensivo, de I Samuel 16 a II Reis 1 e em I Crônicas 2:29. O significado do nome ainda é incerto. A conexão com a palavra acadiana dawidûm (chefe, comandante) é atraente, embora duvidosa. É mais provável que esteja associado com a raiz hebraica dwd (amor), para dar o significado de “amado”. Alguns sugerem que Davi seja um cognome real e que seu nome é Elanã (Heb. “Deus é gracioso”), o herói que matou Golias (2Sm 21:19). Embora essa solução possa resolver a aparente discrepância entre I Samuel 17, cujo texto relata que Davi matou Golias, e II Samuel 21:19, o qual menciona que foi Elanã quem matou o gigante, cria outro problema: por que então Elanã seria relacionado na lista dos heróis de Davi? Outra sugestão é feita a partir de I Crônicas 20:5, que identifica Elanã como o herói que matou Lami, irmão de Golias. Desde que não se tem certeza se foi em II Samuel 21:19 ou em I Crônicas 20:5 que houve uma corrupção textual, a identificação de Elanã é incerta.

Antecedentes

Davi era o mais novo dos oito filhos de Jessé, um efrateu de Belém (1Sm 17:11-12). Jessé era descendente da tribo de Judá e bisneto de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4:18-22; cf. 1Cr 2:1-15; Mt 1:2-6; Lc 3:31-38).

Na juventude, Davi cuidava dos rebanhos da família. Como pastor, aprendeu a cuidar dos animais, bem como a protegê-los dos predadores. Essa experiência o ensinou a depender do Senhor, conforme afirmou para Saul: “O Senhor que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu” (1Sm 17:37).

Davi era também um bom músico. Quando Saul sofria de depressão e crises de melancolia, seus servos, conhecendo a reputação desse jovem, mandaram chamá-lo (1Sm 16:16). Um deles disse: “Vi um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras, e de boa aparência. E o Senhor é com ele” (v. 18). Esse texto relaciona várias características de Davi: seu talento musical, sua bravura, eloquência, boa aparência, mas, acima de tudo, a presença do Senhor em sua vida.

Davi eleito por Deus para ser rei

Davi era notável, tanto por seu amor a Deus como por sua aparência física (1Sm 16:12). Depois que Saul foi rejeitado por seus atos de desobediência (1Sm 15:26), o Senhor incumbiu Samuel da tarefa de ungir um dos filhos de Jessé. Os mancebos passaram um por vez diante do profeta, mas nenhum deles foi aprovado por Deus. Depois que os sete mais velhos foram apresentados a Samuel, ele não entendeu por que o Senhor o enviara a ungir um rei naquela casa. O profeta procurava um candidato que se qualificasse por sua estatura física. Afinal, anteriormente tinha dito ao povo que Saul preenchia os requisitos, devido à sua bela aparência: “Vedes o homem que o Senhor escolheu? Não há entre o povo nenhum semelhante a ele” (1Sm 10:24).

Jessé disse a Samuel que seu filho mais novo, chamado Davi, ainda cuidava dos rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve certeza que aquele jovem atendia aos padrões de Deus, pois “o Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1Sm 16:7). Davi recebeu duas confirmações de sua eleição: Samuel o ungiu numa cerimônia familiar e o Espírito do Senhor veio sobre ele de maneira poderosa (v.13).

Davi com Saul

Os caps. 16 a 31 de I Samuel são uma antologia solta de histórias, que, como coletânea, receberam o título de “A história da exaltação de Davi”. O propósito dessas narrativas é defender Davi das acusações de ter agido de maneira subversiva, usurpando o trono da família de Saul, sendo responsável pelas mortes de Saul, Jônatas, Abner e Is-Bosete. Deus operava claramente em todas as circunstâncias da vida de Davi, que o elevaram da posição de pastor de ovelhas a músico no palácio do rei, de lutar contra animais selvagens até suas vitórias sobre os filisteus e de herói nacional a refugiado político.

Primeiro, Davi foi convidado para servir ao rei Saul como músico. Saul sofria de melancolia, porque o Espírito do Senhor o abandonara (1Sm 16:14). Na corte, Davi agradou ao rei, o qual o nomeou seu escudeiro (v. 21).

Segundo, Deus agiu rapidamente, quando os filisteus atacaram 1srael (1Sm 17). O gigante filisteu, chamado Golias, desafiava Saul e todo o Israel várias vezes por dia, por um espaço de 40 dias (1Sm 17:16). Aconteceu de Davi levar suprimentos para seus irmãos que estavam no acampamento de guerra e teve oportunidade de ouvir o desafio do gigante. Movido por seu zelo pelo Senhor, seu amor pelo povo e pela alta recompensa — riqueza, casamento com a filha do rei Saul e a isenção de pagar impostos — Davi apresentou-se como voluntário para enfrentar Golias naquela batalha. O Senhor estava com ele. Davi triunfou sobre o filisteu, ao matá-lo com uma funda e uma pedra (1Sm 17:50).

Terceiro, Davi foi convidado para morar no palácio real (1Sm 18:2). Os membros da família do rei o amavam. “A alma de Jônatas ligou-se com a de Davi, e Jônatas o amou como à sua própria alma” (v. 1). Este filho de Saul chegou ao ponto de fazer uma “aliança” com Davi (v. 3). Como expressão de seu profundo amor e respeito pelo filho de Jessé, deu-lhe suas roupas e armadura (v. 4). Mical também amava Davi (v. 20).

Como sempre acontece, quando muitas coisas boas surgem, a fortuna tornou-se em sina. A fama de Davi cresceu rapidamente. Por toda a nação, as mulheres louvavam seu nome e faziam comparações positivas entre o jovem e o rei: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1Sm 18:7). Esse contraste suscitou o ciúme do rei (v. 8). Ele sabia que seus dias como monarca estavam contados e tinha de proteger o trono para sua família. Assim começaram as atitudes de hostilidade explícita contra Davi. O narrador de I Samuel escreveu: “Daquele dia em diante, Saul trazia Davi sob suspeita” (v. 9).

O ciúme de Saul deixou-o cego. Foi extremamente desleal, pois voltou atrás em sua promessa de dar a filha mais velha, Merabe, em casamento a Davi (1Sm 18:17). Exigiu que o jovem enfrentasse os filisteus em batalha, na esperança de que perdesse a vida. Davi, ainda relutante em aceitar casar-se com um membro da família real, procurou imediatamente agradar ao rei. Nesse meio tempo, Merabe foi dada a outro homem (1Sm 18:19). De maneira vil, Saul desafiou-o a demonstrar sua bravura e seu valor novamente, mediante a matança de 100 filisteus, como um tipo de dote. Estava aborrecido por ser obrigado a dar Mical como esposa para Davi, porque sabia que o Senhor estava com ele e via o amor da filha por Davi como traição contra seu reinado (1Sm 18:28).

Quarto, por meio de sua amizade com o filho do rei, Davi foi avisado com antecedência do profundo ódio de Saul contra ele, bem como de seus planos de matá-lo. Jônatas amava de verdade o filho de Jessé (1Sm 19:1) e não se preocupava com suas proezas militares, nem com sua crescente popularidade. Intercedeu em favor dele e o convidou para voltar ao palácio (v. 7), mas gradualmente percebeu que seu pai realmente estava determinado a matá-lo. O rei fez algumas tentativas para eliminar Davi no palácio (v. 10) e até mesmo na própria casa do genro (v. 11). Davi e Jônatas foram obrigados a se separar. O filho do rei sabia que Davi corria risco de vida; compreendia também que Deus tinha um plano especial para a vida do amigo. Os dois fizeram uma aliança para toda a vida e se separaram (1Sm 20:16-42).

Saul contra Davi

Saul fez tudo para livrar-se de Davi. Expulso da corte, o filho de Jessé buscou refúgio junto a Aquis, rei filisteu de Gate. Temeroso de que a boa vontade do anfitrião mudasse a qualquer momento, foi para Adulão (1Sm 22). Ali, liderou um bando de foras-dalei. Trouxe sua família para a segurança de Moabe e retornou, a fim de enfrentar os perigos de sua vida de eLivros. Qualquer um que tentasse colaborar com Davi era morto por Saul, como aconteceu com os sacerdotes de Nobe (1Sm 21:22). Para onde quer que ele fosse, o rei ficava sabendo e o perseguia.

Enquanto isso, o apoio a Davi crescia cada vez mais. Bandidos, muitos deles guerreiros habilidosos, reuniram-se a ele. Abiatar, um sacerdote que escapou do massacre em Nobe, e o profeta Gade também se uniram a Davi. Este, por suas muitas façanhas, fazia com que as pessoas ficassem em débito para com ele. Reduziu a ameaça dos filisteus, como fez, por exemplo, em Queila (1Sm 23). Ele e seu homens também tornaram-se defensores dos moradores de Judá que eram constantemente ameaçados por saqueadores estrangeiros e viviam da parte que recebiam das colheitas, rebanhos e do gado que ajudavam a proteger. Nem todos os criadores, porém, estavam dispostos a compartilhar com eles alguma coisa. Nabal, um rico fazendeiro, tinha recebido tal proteção de Davi e seus homens, mas era avarento demais para recompensá-los pelo trabalho (1Sm 25). O filho de Jessé ficou furioso, mas Abigail, esposa de Nabal, foi ao seu encontro com vários presentes. Depois da morte do marido, ela se tornou esposa de Davi (1Sm 25:42).

Por duas vezes Davi teve oportunidade de vingar-se de Saul, mas, ao invés de matá-lo, poupou sua vida. Sua existência tornou-se tão opressiva que foi obrigado a buscar refúgio com Aquis, rei de Gate. Recebeu a cidade de Ziclague para morar com seus homens, de onde ajudava Saul a reduzir as forças dos filisteus (1Sm 27). Aquis tinha tamanha confiança na lealdade de Davi, que o levou consigo como parte de suas tropas numa batalha em Gilboa, contra os israelitas (1Sm 28). Os filisteus não deveriam ficar apreensivos pelo conflito de interesses; Davi lutaria contra seu próprio povo (1Sm 29). No entanto, ele retornou a Ziclague e descobriu que a cidade fora saqueada e incendiada e a população, levada cativa pelos amalequitas. Enquanto os filisteus esmagavam os israelitas no norte, Davi perseguiu os invasores e colocou um fim em suas hostilidades.

Davi é exaltado ao reino

Saul e Jônatas foram mortos na batalha em Gilboa (2Sm 1:4). Ao invés de comemorar este acontecimento, Davi chorou pelo rei e por seu amigo (2Sm 1:19-27). As notícias sobre a morte de Saul correram rápido, mas as reações foram bem diferentes em todo país. As tribos do Norte reconheceram 1s-Bosete, filho do rei, como o legítimo representante do trono (2Sm 2:8-9). A tribo de Judá permaneceu leal a Davi e separou-se da união, ao tornar Hebrom a capital do novo reino (2Sm 2:3-4).

Não demorou muito para que o povo descobrisse a incompetência de Is-Bosete. Abner, seu comandante militar, junto com outros cidadãos importantes, procurou Davi e abriu negociações com ele, as quais foram interrompidas quando Joabe assassinou Abner, em vingança pela morte de seu irmão. O enfraquecimento do Norte encorajou a morte de Is-Bosete e as tribos voltaram à união sob o reino de Davi (2Sm 5:1-3).

Esse reino, agora unificado, primeiro teve Hebrom como seu centro. Mas, desejoso de ter uma localização melhor e reconhecedor do problema estratégico gerado pela proximidade dos cananeus, Davi determinou a conquista de Jerusalém. A cidade nunca pertencera aos israelitas e localizava-se num ponto estratégico, em um cruzamento entre o leste e o oeste, o norte e o sul. Joabe, o comandante militar, liderou uma campanha bem-sucedida contra aquela localidade e a conquistou para o rei.

Davi consolidou seu reino, ao fazer de Jerusalém sua capital administrativa. Era uma cidade neutra, pois não tinha qualquer ligação especial nem com as tribos do Norte nem com as do Sul (2Sm 5:9-10). O crescimento do poderio de Davi não passou despercebido. Hirão, rei de Tiro, enviou seus carpinteiros e pedreiros, a fim de construir um palácio para ele (2Sm 5:11). Esse ato firmou o relacionamento entre os dois reis. Por incrível que pareça, o fortalecimento da posição do filho de Jessé ameaçou a paz relativa de que Israel gozava. Os filisteus não perturbaram o país durante os dois primeiros anos do reinado de Davi. Com o crescimento de seu poder, entretanto, decidiram acabar com sua grande popularidade. O rei resistiu a cada ataque com sucesso e finalmente definiu a fronteira do reino na planície costeira (2Sm 5:19-25).

Jerusalém como centro do reino de Davi

A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá a Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (2Sm 6). (Veja o verbete Aliança.) Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo ao culto e à adoração em Israel, por meio da construção de um Templo (2Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma “casa” (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma “casa” permanente para o Senhor. A promessa de uma dinastia foi incorporada a uma aliança de concessão. A proposta concedia a Davi um lugar perpétuo no reino de Deus, ao colocar sobre ele o privilégio de ser um “filho” de Deus. O Salmo 2 celebra a condição do filho como o que experimenta uma posição privilegiada e recebe autoridade para estabelecer o reino de Deus (veja Sl 72), submeter as nações, quando necessário pela força, e trazer as bênçãos do Senhor sobre todos os fiéis, em todas as partes da Terra. Essas promessas cumprem a aliança que Deus fez com Davi. O Pacto Davídico é uma administração soberana, feita pela graça, segundo a qual o Senhor ungiu Davi e sua casa para estabelecer seu reino e efetivamente trazer um reinado de paz, glória e bênção. Jesus e os apóstolos afirmaram que essas promessas encontram seu foco e recebem sua confirmação em Cristo (o “Messias”). Ele é o “ungido” que recebeu autoridade e poder (Mt 28:20; At
2) do alto sobre toda a criação, inclusive a Igreja (Cl 1).

Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou os filisteus, moabitas, edomitas e amonitas (2Sm 12:29-31). Cobrou impostos dos arameus e das nações que decidiu não subjugar (2Sm 8;10). Depositou a maior parte dos tributos e espólios no fundo para a construção do Templo (2Sm 8:11-12). Embora fosse severo em sua justiça para com as nações, o rei foi generoso no trato com Mefibosete, filho de Jônatas. Providenciou-lhe um lugar e garantiu-lhe um sustento vitalício (2Sm 9). Provavelmente esse período foi marcado por uma severa crise de fome (2Sm 21:1). A dificuldade era tão grande que Davi pediu uma explicação ao Senhor. Foi-lhe revelado que a escassez de alimento era resultado do juízo de Deus, pelo equivocado zelo de Saul, ao tentar aniquilar os gibeonitas (2Sm 21:2), povo que buscara e recebera proteção de Israel, na época de Josué (Js 9:15-18-26). A morte de sete descendentes de Saul, sem incluir Mefibosete, satisfez a exigência de justiça feita pelos gibeonitas. Deus graciosamente removeu a maldição e renovou a terra com chuva abundante. Davi levou os ossos de Saul, Jônatas e dos sete que foram mortos e os enterrou na sepultura de Quis (2Sm 21:14).

A queda de Davi

A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deus a uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com quem teve relações sexuais; ao saber que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto no campo de batalha e casou-se com ela legalmente (2Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (2Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão (2Sm 12:13; cf. Sl 32:51), mas sofreu as conseqüências de sua perfídia pelo resto da vida. O bebê que nasceu da união com Bate-Seba ficou doente e morreu.

Conseqüentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã, Tamar, e causou a desgraça dela (2Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu eLivros por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguiu um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta, mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (2Sm 14).

Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem. Durante quatro anos, preparara-se cuidadosamente para o momento em que o povo o apoiaria, em detrimento de seu velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (2Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás (Abiatar, Zadoque e Husai). Husai dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (2Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara, mas Davi sofreu mais com a perda de Absalão do que sentiu alegria pela vitória.

O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido Absalão. As tribos do Norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado a extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia e ofendeu os habitantes do Norte com a sua insolente arrogância (2Sm 19:40-43).

Conseqüentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. (Joabe perdera o favor do rei e o cargo, por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai.) Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maaca e sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba por cima do muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (2Sm 20:23).

Os últimos dias de Davi

No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e amonitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn 15:18-19). Desenvolveu uma administração eficiente, pela qual era capaz de governar esse vasto império. Um excelente exército era mantido constantemente de prontidão, para assegurar a paz e a estabilidade dentro do reino. Por causa de seu sucesso, Davi confiou em si mesmo e decidiu fazer um censo.

Isso desagradou ao Senhor, que enviou uma praga contra o reino. O próprio rei foi o responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu um sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (2Sm 24:1-25).

Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (1Rs 1:1-2:12). Preveniu o seu sucessor sobre várias pessoas que poderiam comprometer a estabilidade de seu reinado: Joabe, o comandante, e Simei, o rebelde (1Rs 2:8-9). Incumbiu-o de permanecer fiel a Deus, porque no Senhor estava a fonte do poder e a perpetuidade da dinastia.

Conclusão

Davi era humano, mas permaneceu fiel ao Senhor durante toda sua vida. Embora tenha pecado tragicamente contra Deus e o próximo, era um homem humilde. A sua força estava no Senhor, desde o princípio até o fim de seus dias. Os salmos atribuídos a ele falam desta verdade. Tal afirmação sobre sua confiança em Deus é também encontrada no final de II Samuel: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, em quem me refugio; o meu escudo, e força da minha salvação. Ele é o meu alto retiro, meu refúgio e meu Salvador — dos homens violentos me salvaste” (2Sm 22:2-3). Os cânticos compostos por ele também trazem a correlação entre a humildade, a obediência e a bondade de Deus. Conforme Davi escreveu: “Com o puro te mostras puro, mas com o perverso te mostras sagaz. Livras o povo humilde, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abates” (2Sm 22:27-28). O Senhor não apenas mostrou seu poder para Davi e seus contemporâneos, mas também comprometeu-se a proteger todo o seu povo por meio do ungido, que descenderia do referido rei. Essa é a essência da Aliança Davídica.

Os escritores do NT testemunham sobre a conexão entre Davi e Cristo. A genealogia de Jesus recua até o filho de Jessé (Mt 1:1). Ele é o governante sobre o trono de Davi, cujo reino se estende até os confins da Terra. É o cabeça da Igreja (Cl 1:18) e trará todas as nações ao conhecimento de sua soberania (1Co 15:25; cf. At 2:35). Ele estabelecerá o reino de Deus sobre a Terra (1Co 15:27-28) e, por esse motivo, cumpre as promessas em benefício de todo o povo do Senhor, tanto judeus como gentios.

W.A. e V.G.


o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13:22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12). Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.

Nome Hebraico - Significado: Amado.

Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Entregar

verbo transitivo direto e bitransitivo Passar para as mãos de alguém; dar algo a alguém; dar: entregar correspondência; entregar cartões para os funcionários.
Passar algo para alguém mediante pagamento; vender: entregar um bem por dinheiro.
Devolver algo que não lhe pertencia; restituir: entregar as canetas para os donos; entregar aos filhos seus presentes.
Denunciar um crime; denunciar: entregar os bandidos para os policiais.
Dar para que alguém proteja, cuide; cuidar: entregou o filho à mãe.
verbo pronominal Dedicar por inteiro: entregou-se ao sofrimento.
Não seguir adiante com; desistir, render: o combatente entregou-se ao adversário.
Dedicar-se a outra pessoa emotiva ou sexualmente: entregou-se à namorada.
Etimologia (origem da palavra entregar). Do latim integrare.

Então

advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

Faco

substantivo masculino [Portugal] Fôlha de navalha, a que, se põe um cabo rústico.
Etimologia (origem da palavra faco). De faca.

Hoje

advérbio No dia em que se está.
Hoje em dia, atualmente; na época presente, de agora.
substantivo masculino No tempo presente: os homens de hoje.
expressão Mais hoje, mais amanhã. Dentro de pouco tempo: mais hoje, mais amanhã ele conseguira o quer.
Hoje em dia. Hoje em dia, as pessoas estão mais conectadas virtualmente.
Etimologia (origem da palavra hoje). Do latim hodie.

Irar

verbo transitivo direto e pronominal Provocar ira a; causar ódio, mágoa, rancor em alguém ou em si mesmo; enraivecer, irritar: irar o chefe com falsos problemas; irou-se com tanta burrice.
Etimologia (origem da palavra irar). Ira + ar.

Irmãos

-

Isbosete

Isbosete [Homem da Vergonha]

Quarto filho de Saul. Ele reinou 2 anos em Israel (1010-1008 a.C.). Davi, que reinava em Judá, o derrotou (2Sm 2:8—4.12).


Homem de vergonha

-

Judá

-

Louvor. É este um nome que em diversos lugares aparece com a forma de Judas e de Juda. E também a Judéia se chama Judá em certo número de exemplos. 1. Pela primeira vez ocorre em Gn 29:35 – é Lia que dá esse nome ao seu quarto filho quando disse: ‘Esta vez louvarei o Senhor. E por isso lhe chamou Judá.’ Nasceu em Harã, na Mesopotâmia. À exceção de José, ele figura mais vezes na história de israel do que qualquer dos seus irmãos. Foi ele que aconselhou a venda de José aos mercadores ismaelitas, querendo evitar a sua morte (Gn 37:26-27). Ele se nos apresenta como o diretor dos negócios da família e, como se diz em 1 Cr 5.2, ‘foi poderoso entre os seus irmãos’. Naquelas memoráveis viagens ao Egito, para comprar trigo, foi Judá que fez objeções ao fato de querer Jacó conservar Benjamim junto de si – e foi ele também que, oferecendo os seus próprios filhos como reféns, fez todos os esforços para trazer de novo Benjamim (Gn 43:3-10). Em todas as ocorrências dramáticas entre os filhos de israel e seu irmão José, bem como no caso de ser a família removida para o Egito, foi Judá quem sempre falou pelos outros. E Jacó reconheceu a ascendência de Judá sobre seus irmãos, o que se mostra nas últimas palavras que o patriarca lhe dirigiu: ‘os filhos de teu pai se inclinarão a ti’ (Gn 49:8-10). Judá teve cinco filhos, dois dos quais morreram novos. os outros três, Selá, Perez e Sera, foram com seu pai para o Egito (Gn 46:12). Estes filhos nasceram na Palestina numa parte do país, de que a família, já uma tribo, se apossou de novo, no tempo da conquista. (*veja Judá, Judéia.) 2. Levita do tempo de Zorobabel, que auxiliou a restaurar o templo (Ed 3:9). Provavelmente devia ler-se Hodavias. 3. Levita que mandou embora a sua mulher estranha (Ed 10:23). 4. Um indivíduo da tribo de Benjamim. o superintendente de uma parte de Jerusalém, no tempo de Neemias (Ne 11:9). 5. Levita, provavelmente o mesmo que Judá 2 (Ne 12:8). 6. Chefe dos que fizeram a dedicação dos muros, ou então, talvez, devamos compreender por esse nome a própria tribo (Ne 12:34). 7. Um sacerdote na dedicação dos muros (Ne 12:36).

1. Nascido em Padã-Arã, era o quarto filho de Jacó e Lia (Gn 29:35; Gn 35:23). Tornou-se o progenitor de uma das doze tribos de Israel. Pouco se sabe sobre ele; quando os irmãos decidiram matar José, Judá falou com eles e recusou-se a participar do assassinato de alguém de sua própria carne e sangue; sugeriu que o vendessem como escravo para os mercadores midianitas (Gn 37:26-27).

Em certa ocasião, Judá saiu para passar uns dias com seu amigo Hira, em Adulão, onde conheceu e casou-se com uma mulher filha de um cananeu chamado Sua. Teve vários filhos com ela (Gn 38:1-11). Um deles, chamado Er, era ímpio e foi morto pelo Senhor (v. 7). A esposa dele, cujo nome era Tamar, foi dada a seu irmão Onã, o qual recusou-se a ter filhos com ela. Ele também foi morto, por não obedecer ao Senhor nesta questão. Em vez de dá-la ao seu terceiro filho, Judá mandou-a para a casa de seu pai e lhe disse que levasse uma vida de viúva. Algum tempo depois, a esposa de Judá morreu e ele foi novamente visitar seu amigo Hira. Tamar, usando de um estratagema, seduziu o próprio sogro e engravidou. Quando soube de tudo, Judá reconheceu que não a tratara com justiça; por ser viúva, levou-a para sua casa, onde cuidou dela. Quando deu à luz, Tamar teve gêmeos: Perez e Zerá (Gn 38:26-30; Gn 46:12).

Há um grande contraste entre o pecado sexual de Judá, ao aproximar-se de uma mulher que se fazia passar por prostituta (Gn 38), e a fidelidade de José, o qual recusou-se a deitar com a esposa de Potifar. Todo o relato sobre Judá é narrado pelo escritor bem no meio da história do sofrimento de José, na prisão, devido ao seu comportamento íntegro (Gn 37:39-40).

Judá aparece novamente em cena quando os irmãos viajaram pela segunda vez ao Egito, a fim de comprar alimentos, durante a fome que assolava a humanidade. Ele lembrou ao pai que o primeiro-ministro do Egito avisara que não os receberia a menos que levassem o irmão mais novo, Benjamim, junto com eles (ainda não sabiam que era José, desejoso de ver o irmão). Judá prometeu ao pai que ele próprio se ofereceria como refém para que Benjamim regressasse do Egito em segurança. Sem dúvida, tanto Jacó como Judá percebiam que havia possibilidade de perderem mais um membro da família (Gn 43:8). Parece que ele se tornou o líder dos irmãos, nos contatos que tiveram com José (Gn 44:14-34). Finalmente, o governador revelou sua identidade e trouxe todos eles, inclusive Jacó, para viver no Egito. Judá levou todos os familiares para a terra de Gósen (Gn 46:28).

Quando estava próximo da morte, Jacó abençoou seus filhos e profetizou que Judá seria a maior de todas as tribos. Predisse que o cetro (símbolo da realeza) jamais se apartaria de sua mão (Gn 49:8-10).

Quando a terra de Canaã foi distribuída entre as tribos, no tempo de Moisés e de Josué, Judá recebeu como herança a região ao redor de Hebrom, ao sul de Jerusalém. A bênção de Jacó sobre este filho provou ser correta e duradoura. Judá permaneceu a tribo abençoada por Deus e, depois da invasão de Israel pelos assírios, tornou-se o reino abençoado por Deus. O rei Davi era descendente de Judá e entre os seus filhos, no futuro, estaria o Salvador Jesus. Desta maneira, o cetro seria estabelecido para sempre entre os descendentes de Judá (Lc 3:33).


2. Um dos levitas que se casaram com mulheres estrangeiras depois do retorno do exílio na Babilônia (Ed 10:23).


3. Filho de Senua, da tribo da Benjamim, foi colocado como segundo superintendente da cidade de Jerusalém, após o exílio na Babilônia (Ne 11:9).


4. Um dos levitas que ajudaram no ministério da música no Templo, após o retorno do exílio na Babilônia (Ne 12:8).


5. Um dos líderes da tribo de Judá que participaram do culto de dedicação dos muros de Jerusalém, quando a obra de reconstrução foi concluída, na época de Neemias (Ne 12:34).


6. Outro envolvido na celebração da festa de dedicação dos muros de Jerusalém, sob a liderança de Neemias (Ne 12:36). P.D.G.


Judá
1) Quarto filho de Jacó e Lia (Gn 29:35). Aparece como líder entre os irmãos (Gn 37:26-27); 43:3-10; 44:16-34). Casou com mulher cananéia (Gn 38:1-11) e foi pai de gêmeos com Tamar, sua nora (Gn 38:12-30). Recebeu de Jacó a bênção do CETRO (Gn 49:8-12). Foi antepassado de Davi (Rth 4:12,18-2)

2) e de Cristo (Mt 1:3)

2) Uma das 12 TRIBOS do povo de Israel, formada pelos descendentes de JUDÁ 1. Na divisão da terra, essa tribo recebeu a maior parte do sul da Palestina (Jos 15:1-12:2) 0-63).

3) Reino localizado no sul da Palestina. Foi formado quando as dez tribos do Norte se revoltaram contra Roboão e formaram o Reino de Israel sob o comando de Jeroboão I, em 931 a.C. (1Rs 12;
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ). Durou até 587 a.C., quando Jerusalém, sua capital, foi tomada e arrasada pelos babilônios, e o povo foi levado ao CATIVEIRO (1Rs 12—22; 2Rs; (2Ch 11—36).

4) Nome usado em Esdras (5.8; 9.9), Neemias (2,7) e Ageu (1.1,14; 2,2) a fim de indicar a PROVÍNCIA para onde os

Maldade

substantivo feminino Crueldade; qualidade da pessoa má; característica do que é ruim.
Desumanidade; comportamento de quem busca prejudicar ou ofender.
Sarcasmo; que expressa malícia, vontade de denegrir.
[Informal] Traquinice; comportamento travesso, traquinas.
Regionalismo. Rio Grande do Sul. O pus que sai de um machucado.
Etimologia (origem da palavra maldade). Do latim malitas.atis.

Maldade Aquilo que é mau, que não presta; perversidade; imoralidade; crime; PECADO, ruindade; MAL 1, (Gn 6:5); (Sl 141:5); (1Co 5:8).

Motivo

motivo adj. 1. Que move ou serve para mover. 2. Que é princípio ou origem de alguma coisa. S. .M 1. Causa, razão. 2. Escopo. 3. Psicol. Fator de impulsão e direção do comportamento animal ou humano. 4. Mús. Pequena frase musical que constitui o tema de uma composição.

Mulher

[...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

[...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

[...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

[...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

[...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

[...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39


Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
Aquela que deixou de ser virgem.
Companheira do cônjuge; esposa.
Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.

substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
Aquela que deixou de ser virgem.
Companheira do cônjuge; esposa.
Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

Mãos

substantivo feminino plural Membros superiores do corpo humano que vai dos punhos até à extremidade dos dedos: o ser humano tem duas mãos com cinco dedos cada uma.
[Zoologia] Extremidade dos membros superiores de alguns animais; patas.
Figurado Em que há posse, domínio, poder, autoridade: o poder sempre está nas mãos de irresponsáveis.
Etimologia (origem da palavra mãos). Plural de mão, do latim manu, "mão".

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Pai

Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.

Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm

Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

[...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16


Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

Palavras

fem. pl. de palavra

pa·la·vra
(latim parabola, -ae)
nome feminino

1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

3. Afirmação ou manifestação verbal.

4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

6. Doutrina, ensinamento.

7. Capacidade para falar ou discursar.

interjeição

8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


dar a sua palavra
Prometer, comprometer-se.

de palavra
Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

de poucas palavras
Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

palavra de ordem
Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

palavra de honra
Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

palavra gramatical
Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

palavra primitiva
Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

palavras cruzadas
Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

passar a palavra
Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

retirar a palavra
Retractar-se.

Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

sem palavra
Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

tirar a
(s): palavra
(s): da boca de alguém
Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

última palavra
Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

voltar com a palavra atrás
Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE


fem. pl. de palavra

pa·la·vra
(latim parabola, -ae)
nome feminino

1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

3. Afirmação ou manifestação verbal.

4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

6. Doutrina, ensinamento.

7. Capacidade para falar ou discursar.

interjeição

8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


dar a sua palavra
Prometer, comprometer-se.

de palavra
Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

de poucas palavras
Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

palavra de ordem
Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

palavra de honra
Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

palavra gramatical
Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

palavra primitiva
Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

palavras cruzadas
Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

passar a palavra
Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

retirar a palavra
Retractar-se.

Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

sem palavra
Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

tirar a
(s): palavra
(s): da boca de alguém
Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

última palavra
Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

voltar com a palavra atrás
Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE


Pertença

pertença s. f. 1. Aquilo que faz parte de alguma coisa. 2. Atribuição. 3. Domínio. 4. Acessório. 5. Pertence.

Saul

-

Pedido. l. o primeiro rei de israel, da tribo de Benjamim, filho de Quia, um lavrador rico (1 Sm 9.1 – 14.51 – 1 Cr 8.33). Como o povo desejava ter um rei, foi Samuel levado a ungir Saul, sendo ele depois eleito por meio da corte (1 Sm 10.21). Habitou em Gibeá (1 Sm 10.26 – 14.2). Como os amonitas, comandados por Naás, a um pedido dos homens de Jabes-Gileade, lhes tivessem oferecido o desprezo e a escravidão, levantou Saul o exército de israel e foi defender os sitiados de Jabes, conseguindo derrotar completamente o inimigo (1 Sm 10.27 – 11.1 a 13). Por instigação de Samuel foi Saul proclamado rei perante o Senhor em Gilgal (1 Sm 11.14,15). Firmou os seus direitos, ganhando a confiança do povo com o resultado das suas campanhas militares contra os inimigos de israel (1 Sm 14.47 a ó2). Todavia, numa guerra com os amalequitas, ele salvou o rei e o melhor do seu despojo, sendo por esse fato censurado por Samuel, que o avisou, então, de que Deus o tinha rejeitado (1 Sm 15). Neste período de tempo tornou-se o caráter de Saul sombrio e melancólico. Foi quando um espírito maligno da parte do Senhor o atormentava (1 Sm 16.14), que ele teve ocasião de, pela primeira vez, ver Davi, um pastor que tocava harpa, e que por isso fora levado para o palácio com o fim de acalmar o rei (1 Sm 16.18). E foi grande o êxito alcançado (1 Sm 16.23). Estimou grandemente o rei a Davi, sendo essa sua afeição maior do que a que dedicava a seu filho Jônatas. Desde este tempo as histórias de Saul e Davi acham-se estreitamente entrelaçadas. o dom profético, que primeiramente se desenvolvera nele, desapareceu, para voltar somente uma ou outra vez, sendo assinalada a maior parte dos quarenta anos do seu reinado por manifestações de uma louca raiva, em que ele mostrava terrível ciúme (1 Sm 19.24 – 22.6 e seg. – 28.3 a 9 – 1 Sm 21.1 e seg.). Noutra disposição do seu espírito procurou ele em certa ocasião uma feiticeira para receber dela conselhos (1 Sm 28.3 e seg.). (*veja Feiticeira.) Após este fato, houve uma invasão de filisteus, sendo Saul vencido, perseguido, e seus filhos mortos. Esta última calamidade fez que o ferido rei procurasse a morte, caindo sobre a sua própria espada (1 Sm 31.1 a 6). A sua cabeça foi colocada no templo de Dagom, sendo pendurado o seu corpo nu e os dos seus três filhos, nos muros de Bete-Seã. No princípio da sua carreira tinha ele salvo o povo de Jabes-Gileade, condenado a morrer. Agora os moradores de Jabes foram de noite buscar os desprezados corpos, dando-lhes respeitosa sepultura (1 Sm 31.11 a 13). (*veja Davi, En-Dor, Samuel.) 2. o sexto rei de Edom (Gn 36:37-38 – 1 Cr 1.48,49). 3. E na forma Saulo a referência é a Paulo antes da sua conversão (At 7:58 – 8.1,3 – 9.1 e seg.). (*veja Paulo.)

(Heb. “pedido”).


1. Saul, filho de Quis e o primeiro rei de Israel, é uma das figuras mais enigmáticas da Bíblia. Sua história, registrada em I Samuel 9:31, fez com que alguns estudiosos levantassem questões sobre a justiça e a bondade de Deus e do seu porta-voz, o profeta Samuel. Além disso, muitos eruditos expressaram dúvidas quanto à coerência lógica e literária das narrativas em que a carreira dele é descrita. Tudo isso criou um desânimo geral para se descobrir a verdade sobre Saul, pois as narrativas, que não foram contadas coerentemente, dificilmente oferecerão uma autêntica base.

Estudos recentes, contudo, ajudam a resolver algumas dessas questões teológicas, literárias e históricas, conforme veremos a seguir.

Saul, cujo nome soa como “(aquele) pedido”, é mencionado pela primeira vez em I Samuel 9:1-2, embora alguns comentaristas afirmem que detectaram sua presença velada bem antes disso. Desde que o verbo hebraico “pedir por” aparece repetidamente na história de Samuel (1Sm 1), alguns eruditos supõem que a narrativa do nascimento deste profeta na verdade é uma reconstituição de um registro original da vida de Saul. Um hipótese mais provável, entretanto, é que o escritor bíblico talvez tenha enfatizado a raiz “pedir por” na narrativa do nascimento de Samuel simplesmente para prefigurar o papel significativo que mais tarde Saul desempenharia no livro e talvez para antecipar o fato de que Samuel, aquele que foi “pedido a Deus” por Ana, uma mulher íntegra (1Sm 2:20-27,28), estaria diretamente envolvido na ascensão e queda de Saul, o que foi “pedido” pelos líderes da nação pecadora de Israel (1Sm 8:4-9; 1Sm 10:17-19).

De qualquer maneira, a apresentação explícita de Saul encontra-se em I Samuel 9:1-2, onde é descrito como um belo exemplar de varão, alto e bonito. Embora freqüentemente se suponha que nesse momento de sua vida ele era apenas um “jovem tímido”, a descrição de que “desde os ombros para cima sobressaía em altura a todo o povo” torna isso muito improvável. Também é bom notar que, apesar de ser positiva, essa primeira descrição de Saul focaliza exclusivamente as qualidades exteriores, em contraste, por exemplo, com a apresentação de Davi (1Sm 16:18), que acrescenta às suas qualidades externas (boa aparência) o fato de que era “valente, sisudo em palavras” e, mais importante, que “o Senhor era com ele”.

Coerentemente com as omissões em sua apresentação, logo fica claro que Saul, embora tivesse uma aparência física excelente, era carente das qualidades espirituais necessárias para ser um rei bem-sucedido em Israel. O primeiro indicador de sua falta de qualificação foi seu repetido fracasso em obedecer à palavra do Senhor transmitida por Samuel. Freqüentemente é observado que a função profética tornou-se mais específica com a instituição da monarquia em Israel. Quer dizer, de forma distinta da situação no livro de Juízes, quando Gideão, por exemplo, recebeu as instruções divinas e as cumpriu (Jz 6:8), com a monarquia houve uma divisão de responsabilidades, sendo as instruções muitas vezes transmitidas ao rei por um profeta; o governante, então, em obediência ao profeta, cumpria a instrução. Sob tal arranjo, é claro, era extremamente importante que o rei obedecesse ao homem de Deus, para que o governo divino (isto é, a teocracia) fosse mantido. Isso, entretanto, conforme a Bíblia mostra, Saul fracassou em fazer.

Embora as ocasiões mais conhecidas da desobediência de Saul estejam em I Samuel 13:15, a primeira encontra-se em I Samuel 10. Quando Saul foi ungido por Samuel, três sinais foram dados como confirmação. De acordo com o texto, quando o último se cumprisse, Saul deveria “fazer o que a sua mão achasse para fazer” (de acordo com as palavras de Samuel em 1Sm 10:7), depois do que (de acordo com a instrução adicional de Samuel em 1Sm 10:8) deveria ir a Gilgal e aguardar novas ordens sobre a batalha contra os filisteus, que sua primeira ação certamente provocaria. Se Saul tivesse obedecido, teria demonstrado sua disposição para se submeter a uma “estrutura de autoridade teocrática” e confirmaria assim sua qualificação para ser rei. Também teria estado um passo mais próximo do trono, se seguisse o padrão dos três sinais: designação (por meio da unção), demonstração (por meio de um ato de heroísmo, isto é, “fazer o que sua mão achasse para fazer”, 1Sm 10:7) e finalmente a confirmação pelo povo e o profeta. Infelizmente, ao que parece Saul se desviou da responsabilidade de I Samuel 10:7 e, assim, precipitou o processo de sua ascensão. Embora sua vitória sobre os amonitas (1Sm
11) fosse suficiente para satisfazer o povo e ocasionar a “renovação” de seu reinado (1Sm 11:14), pelo tom do discurso de Samuel (1Sm 12), é evidente que, pelo menos em sua mente, Saul ainda precisava passar por mais um teste.

Em I Samuel 13, Jônatas, e não Saul, fez o que o rei deveria ter feito, ao atacar a guarnição dos filisteus. Aparentemente, ao reconhecer que a tarefa de I Samuel 10:7 fora realizada, ainda que por Jônatas, Saul desceu imediatamente a Gilgal, de acordo com I Samuel 10:8, para esperar a chegada de Samuel. Como o profeta demorou muito, em sua ausência Saul tomou a iniciativa de oferecer os sacrifícios em preparação para a batalha, ao julgar que a situação militar não permitiria mais demora. Mal terminou de oficiar a holocausto, Samuel chegou. Depois de ouvir as justificativas de Saul, o profeta anunciou que o rei agira insensatamente, por isso seu reinado não duraria muito. Às vezes os comentaristas justificam ou pelo menos atenuam as ações de Saul e criticam a reação de Samuel como severa demais. Entretanto, à luz do significado da tarefa dada a Saul em I Samuel 10:7-8 como um teste para sua qualificação, tais interpretações são equivocadas. Na ocasião da primeira rejeição de Saul e também na segunda (1Sm 15), suas ações específicas de desobediência eram apenas sintomas da incapacidade fundamental para se submeter aos requisitos necessários para um reinado teocrático. Resumindo, eram sintomas da falta de verdadeira fé em Deus (cf.1Cr 10:13).

Depois de sua rejeição definitiva em I Samuel 15, Saul já não era mais o rei legítimo aos olhos de Deus (embora ainda permanecesse no trono por alguns anos) e o Senhor voltou sua atenção para outro personagem, ou seja, Davi. I Samuel 16:31 narra a desintegração emocional e psicológica de Saul, agravada pelo seu medo do filho de Jessé (1Sm 18:29), pois pressentia que aquele era o escolhido de Deus para substituí-lo como rei (1Sm 18:8-1Sm 20:31). Depois de falhar em diversas tentativas de ceifar a vida de Davi, Saul finalmente tirou a sua própria (1Sm 31:4). O novo rei em todo o tempo foi dirigido para o trono de forma providencial, às vezes indiretamente.

Embora não seja possível entrar em mais detalhes num artigo como este, pode-se observar que as narrativas sobre Saul, quando interpretadas dentro das linhas sugeridas anteriormente, fazem um bom sentido literal e teológico; isso, por sua vez, abre a porta para uma avaliação mais positiva de sua veracidade histórica. P.L.


2. Um dos reis de Edom antes dos israelitas terem conquistado a região. Foi o sucessor de Samlá e era natural de “Reobote do rio”. Baal-Hanã, filho de Acbor, foi rei em seu lugar (Gn 36:37-38; 1Cr 1:48-49).


3. Sexto filho de Simeão, listado no grupo que desceu com Jacó para o Egito. Foi líder do clã dos saulitas (Gn 46:10; Ex 6:15; Nm 26:13-1Cr 4:24).


4. Filho de Uzias, era descendente de Coate, da tribo de Levi (1Cr 6:24).


Saul [Pedido a Deus]

O primeiro rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1050 a 1010 a.C., tendo derrotado os inimigos de Israel (1Sm 8—14). Desobedeceu a Deus e, por isso, foi rejeitado por ele (1Sm 13:15). Tentou, por inveja, matar Davi (1Sm 16—
26) e, no final, cometeu suicídio (1Sm 31).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
II Samuel 3: 8 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Então se irou muito Abner pelas palavras de Is-Bosete, e disse: Sou eu cabeça de um cão (eu que, contra # Judá, hoje mostro beneficência à casa de Saul, teu pai, e aos irmãos dele, e a seus amigos, e não te entreguei nas mãos de Davi), de modo que me acusas de iniquidade concernente essa mulher, hoje?
II Samuel 3: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1006 a.C.
H1
ʼâb
אָב
o pai dele
(his father)
Substantivo
H1004
bayith
בַּיִת
casa
(within inside)
Substantivo
H1697
dâbâr
דָּבָר
discurso, palavra, fala, coisa
(and speech)
Substantivo
H1732
Dâvid
דָּוִד
de Davi
(of David)
Substantivo
H251
ʼâch
אָח
seu irmão
(his brother)
Substantivo
H2617
chêçêd
חֵסֵד
bondade, benignidade, fidelidade
(your goodness)
Substantivo
H2734
chârâh
חָרָה
estar quente, furioso, queimar, tornar-se irado, inflamar-se
(And angry)
Verbo
H3027
yâd
יָד
a mão dele
(his hand)
Substantivo
H3063
Yᵉhûwdâh
יְהוּדָה
Judá
(Judah)
Substantivo
H3117
yôwm
יֹום
dia
(Day)
Substantivo
H3611
keleb
כֶּלֶב
cão
(a dog)
Substantivo
H378
ʼÎysh-Bôsheth
אִישׁ־בֹּשֶׁת
filho de Saul, rei de Israel por 7 anos enquanto Davi era rei sobre Judá; foi sucedido por
(Ish-bosheth)
Substantivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H3966
mᵉʼôd
מְאֹד
muito
(very)
Adjetivo
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H4672
mâtsâʼ
מָצָא
achar, alcançar
(he found)
Verbo
H4828
mêrêaʻ
מֵרֵעַ
()
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5771
ʻâvôn
עָוֺן
perversidade, depravação, iniqüidade, culpa ou punição por iniqüidade
(my punishment)
Substantivo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H595
ʼânôkîy
אָנֹכִי
eu
(I)
Pronome
H5973
ʻim
עִם
com
(with her)
Prepostos
H6213
ʻâsâh
עָשָׂה
E feito
(And made)
Verbo
H6485
pâqad
פָּקַד
comparecer, convocar, numerar, calcular, visitar, punir, nomear, cuidar de, tomar conta
(visited)
Verbo
H7218
rôʼsh
רֹאשׁ
cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
(heads)
Substantivo
H74
ʼAbnêr
אַבְנֵר
Abner
(Abner)
Substantivo
H7586
Shâʼûwl
שָׁאוּל
Saulo / Saul
(Saul)
Substantivo
H802
ʼishshâh
אִשָּׁה
mulher, esposa, fêmea
(into a woman)
Substantivo
H834
ʼăsher
אֲשֶׁר
que
(which)
Partícula


אָב


(H1)
ʼâb (awb)

01 אב ’ab

uma raiz; DITAT - 4a; n m

  1. pai de um indivíduo
  2. referindo-se a Deus como pai de seu povo
  3. cabeça ou fundador de uma casa, grupo, família, ou clã
  4. antepassado
    1. avô, antepassados — de uma pessoa
    2. referindo-se ao povo
  5. originador ou patrono de uma classe, profissão, ou arte
  6. referindo-se ao produtor, gerador (fig.)
  7. referindo-se à benevolência e proteção (fig.)
  8. termo de respeito e honra
  9. governante ou chefe (espec.)

בַּיִת


(H1004)
bayith (bah'-yith)

01004 בית bayith

provavelmente procedente de 1129 abreviado; DITAT - 241 n m

  1. casa
    1. casa, moradia, habitação
    2. abrigo ou moradia de animais
    3. corpos humanos (fig.)
    4. referindo-se ao Sheol
    5. referindo-se ao lugar de luz e escuridão
    6. referindo-se á terra de Efraim
  2. lugar
  3. recipiente
  4. lar, casa no sentido de lugar que abriga uma família
  5. membros de uma casa, família
    1. aqueles que pertencem à mesma casa
    2. família de descendentes, descendentes como corpo organizado
  6. negócios domésticos
  7. interior (metáfora)
  8. (DITAT) templo adv
  9. no lado de dentro prep
  10. dentro de

דָּבָר


(H1697)
dâbâr (daw-baw')

01697 דבר dabar

procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

  1. discurso, palavra, fala, coisa
    1. discurso
    2. dito, declaração
    3. palavra, palavras
    4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

דָּוִד


(H1732)
Dâvid (daw-veed')

01732 דוד David raramente (forma plena) דויד Daviyd

procedente do mesmo que 1730, grego 1138 δαβιδ; DITAT - 410c; n pr m Davi = “amado”

  1. filho mais novo de Jessé e segundo rei de Israel

אָח


(H251)
ʼâch (awkh)

0251 אח ’ach

uma palavra primitiva; DITAT - 62a; n m

  1. irmão
    1. irmão (mesmos pais)
    2. meio-irmão (mesmo pai)
    3. parente, parentesco, mesma tribo
    4. um em relação a outro (relacionamento recíproco)
    5. (fig.) referindo-se a semelhança

חֵסֵד


(H2617)
chêçêd (kheh'-sed)

02617 חסד checed

procedente de 2616, grego 964 βηθεσδα; DITAT - 698a,699a; n m

  1. bondade, benignidade, fidelidade
  2. reprovação, vergonha

חָרָה


(H2734)
chârâh (khaw-raw')

02734 חרה charah

uma raiz primitiva [veja 2787]; DITAT - 736; v

  1. estar quente, furioso, queimar, tornar-se irado, inflamar-se
    1. (Qal) queimar, inflamar (ira)
    2. (Nifal) estar com raiva de, estar inflamado
    3. (Hifil) queimar, inflamar
    4. (Hitpael) esquentar-se de irritação

יָד


(H3027)
yâd (yawd)

03027 יד yad

uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

  1. mão
    1. mão (referindo-se ao homem)
    2. força, poder (fig.)
    3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
    4. (vários sentidos especiais e técnicos)
      1. sinal, monumento
      2. parte, fração, porção
      3. tempo, repetição
      4. eixo
      5. escora, apoio (para bacia)
      6. encaixes (no tabernáculo)
      7. um pênis, uma mão (significado incerto)
      8. pulsos

יְהוּדָה


(H3063)
Yᵉhûwdâh (yeh-hoo-daw')

03063 יהודה Y ehuwdaĥ

procedente de 3034, grego 2448 Ιουδα e 2455 Ιουδας; DITAT - 850c; n pr m Judá = “louvado”

  1. o filho de Jacó com Lia
  2. a tribo descendente de Judá, o filho de Jacó
  3. o território ocupado pela tribo de Judá
  4. o reino composto pelas tribos de Judá e Benjamim que ocuparam a parte do sul de Canaã depois da nação dividir-se dois reinos após a morte de Salomão
  5. um levita na época de Esdras
  6. um supervisor de Jerusalém na época de Neemias
  7. um músico levita na época de Neemias
  8. um sacerdote na época de Neemias

יֹום


(H3117)
yôwm (yome)

03117 יום yowm

procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

  1. dia, tempo, ano
    1. dia (em oposição a noite)
    2. dia (período de 24 horas)
      1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
      2. como uma divisão de tempo
        1. um dia de trabalho, jornada de um dia
    3. dias, período de vida (pl.)
    4. tempo, período (geral)
    5. ano
    6. referências temporais
      1. hoje
      2. ontem
      3. amanhã

כֶּלֶב


(H3611)
keleb (keh'-leb)

03611 כלב keleb

procedente de uma raiz não utilizada significando ganir, ou ainda atacar; DITAT - 981a; n m

  1. cão
    1. cão (literal)
    2. desprezo ou humilhação (fig.)
    3. referindo-se ao sacrifício pagão
    4. referindo-se a prostitutos cultuais (fig.)

אִישׁ־בֹּשֶׁת


(H378)
ʼÎysh-Bôsheth (eesh-bo'-sheth)

0378 איש בשת ’Iysh-Bosheth

procedente de 376 e 1322; n pr m

Isbosete = “homem de vergonha”

  1. filho de Saul, rei de Israel por 7 anos enquanto Davi era rei sobre Judá; foi sucedido por Davi que uniu o reino

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מְאֹד


(H3966)
mᵉʼôd (meh-ode')

03966 מאד m e ̂ od̀

procedente da mesma raiz que 181; DITAT - 1134 adv

  1. extremamente, muito subst
  2. poder, força, abundância n m
  3. grande quantidade, força, abundância, extremamente
    1. força, poder
    2. extremamente, grandemente, muito (expressões idiomáticas mostrando magnitude ou grau)
      1. extremamente
      2. em abundância, em grau elevado, excessivamente
      3. com grande quantidade, grande quantidade

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

מָצָא


(H4672)
mâtsâʼ (maw-tsaw')

04672 מצא matsa’

uma raiz primitiva; DITAT - 1231; v

  1. achar, alcançar
    1. (Qal)
      1. achar
        1. achar, assegurar, adquirir, pegar (algo que foi buscado)
        2. encontrar (o que está perdido)
        3. topar com, encontrar
        4. achar (uma condição)
        5. aprender, inventar
      2. achar
        1. achar
        2. detectar
        3. adivinhar
      3. surpreender, apanhar
        1. acontecer por acaso, encontrar, topar com
        2. atingir
        3. acontecer a
    2. (Nifal)
      1. ser achado
        1. ser encontrado, ser apanhado, ser descoberto
        2. aparecer, ser reconhecido
        3. ser descoberto, ser detectado
        4. estar ganho, estar assegurado
      2. estar, ser encontrado
        1. ser encontrado em
        2. estar na posse de
        3. ser encontrado em (um lugar), acontecer que
        4. ser abandonado (após guerra)
        5. estar presente
        6. provar que está
        7. ser considerado suficiente, ser bastante
    3. (Hifil)
      1. fazer encontrar, alcançar
      2. levar a surpreender, acontecer, vir
      3. levar a encontrar
      4. apresentar (oferta)

מֵרֵעַ


(H4828)
mêrêaʻ (may-ray'-ah)

04828 מרע merea ̀

procedente de 7462 no sentido de companheirismo; DITAT - 2186f; n m

  1. companheiro, amigo, amigo íntimo

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עָוֺן


(H5771)
ʻâvôn (aw-vone')

05771 עון ̀avon ou עוון ̀avown (2Rs 7:9; Sl 51:5)

procedente de 5753; DITAT - 1577a; n m

  1. perversidade, depravação, iniqüidade, culpa ou punição por iniqüidade
    1. iniqüidade
    2. culpa de iniqüidade, culpa (como grande), culpa (referindo-se a condição)
    3. conseqüência ou punição por iniqüidade

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

אָנֹכִי


(H595)
ʼânôkîy (aw-no-kee')

0595 אנכי ’anokiy

um pronome primitivo; DITAT - 130; pron pess

  1. eu (primeira pess. sing.)

עִם


(H5973)
ʻim (eem)

05973 עם ̀im

procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

  1. com
    1. com
    2. contra
    3. em direção a
    4. enquanto
    5. além de, exceto
    6. apesar de

עָשָׂה


(H6213)
ʻâsâh (aw-saw')

06213 עשה ̀asah

uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

  1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
    1. (Qal)
      1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
        1. fazer
        2. trabalhar
        3. lidar (com)
        4. agir, executar, efetuar
      2. fazer
        1. fazer
        2. produzir
        3. preparar
        4. fazer (uma oferta)
        5. atender a, pôr em ordem
        6. observar, celebrar
        7. adquirir (propriedade)
        8. determinar, ordenar, instituir
        9. efetuar
        10. usar
        11. gastar, passar
    2. (Nifal)
      1. ser feito
      2. ser fabricado
      3. ser produzido
      4. ser oferecido
      5. ser observado
      6. ser usado
    3. (Pual) ser feito
  2. (Piel) pressionar, espremer

פָּקַד


(H6485)
pâqad (paw-kad')

06485 פקד paqad

uma raiz primitiva; DITAT - 1802; v. v.

  1. comparecer, convocar, numerar, calcular, visitar, punir, nomear, cuidar de, tomar conta
    1. (Qal)
      1. prestar atenção a, observar
      2. comparecer
      3. buscar, procurar
      4. buscar em vão, necessitar de, não ter, faltar
      5. visitar
      6. castigar, punir
      7. passar em revista, convocar, numerar
      8. nomear, designar, incumbir, depositar
    2. (Nifal)
      1. ser procurado, ser necessário, estar ausente, estar faltando
      2. ser visitado
      3. ser castigado
      4. ser nomeado
      5. ser vigiado
    3. (Piel) convocar, recrutar
    4. (Pual) ser convocado em revista, ser levado a faltar, ser chamado, ser chamado a acertar contas
    5. (Hifil)
      1. estabelecer, tornar supervisor, nomear um supervisor
      2. comissionar, confiar, entregar aos cuidados de, depositar
    6. (Hofal)
      1. ser visitado
      2. ser depositado
      3. ser feito supervisor, ser encarregado
    7. (Hitpael) contado
    8. (Hotpael) contado, passado em revista n. m. pl. abstr.
  2. convocações, custos

רֹאשׁ


(H7218)
rôʼsh (roshe)

07218 ראש ro’sh

procedente de uma raiz não utilizada aparentemente significando sacudir; DITAT - 2097; n. m.

  1. cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
    1. cabeça (de homem, de animais)
    2. topo, cume (referindo-se à montanha)
    3. altura (referindo-se às estrelas)
    4. líder, cabeça (referindo-se a homem, cidade, nação, lugar, família, sacerdote)
    5. cabeça, fronte, vanguarda, começo
    6. o principal, selecionado, o melhor
    7. cabeça, divisão de exército, companhia, grupo
    8. soma

אַבְנֵר


(H74)
ʼAbnêr (ab-nare')

074 אבנר ’Abner ou (forma completa) אבינר ’Abiyner

procedente de 1 e 5216; n pr m

Abner = “meu pai é uma candeia”

  1. primo de Saul e capitão do exército, morto traiçoeiramente por Joabe

שָׁאוּל


(H7586)
Shâʼûwl (shaw-ool')

07586 שאול Sha’uwl

part. pass. de 7592, grego 4549 σαουλ; n. pr. m.

Saul = “desejado”

  1. um benjamita, filho Quis, e o 1o. rei de Israel
  2. um antigo rei de Edom e sucessor de Samlá
  3. um filho de Simeão
  4. um levita, filho de Uzias

אִשָּׁה


(H802)
ʼishshâh (ish-shaw')

0802 אשה ’ishshah

procedente de 376 ou 582; DITAT - 137a; n f

  1. mulher, esposa, fêmea
    1. mulher (contrário de homem)
    2. esposa (mulher casada com um homem)
    3. fêmea (de animais)
    4. cada, cada uma (pronome)

אֲשֶׁר


(H834)
ʼăsher (ash-er')

0834 אשר ’aher

um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

  1. (part. relativa)
    1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
    2. aquilo que
  2. (conj)
    1. que (em orações objetivas)
    2. quando
    3. desde que
    4. como
    5. se (condicional)