Enciclopédia de Isaías 7:1-1
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Mapas Históricos
- O CLIMA NA PALESTINA
- CIDADES DO MUNDO BÍBLICO
- As condições climáticas de Canaã
- ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO
- A Agricultura de Canaã
- OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ
- ASSÍRIA: A AMEAÇA VINDA DO NORTE
- GEOLOGIA DA PALESTINA
- HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA
- Livros
- Locais
- Comentários Bíblicos
- Dicionário
- Strongs
Perícope
is 7: 1
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | Sucedeu nos dias de Acaz, filho de Jotão, filho de Uzias, rei de Judá, que Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias, rei de Israel, subiram a Jerusalém, para pelejarem contra ela, porém não prevaleceram contra ela. |
ARC | SUCEDEU pois nos dias de Acaz, filho de Jotão, filho de Uzias, rei de Judá, que Rezim, rei da Síria, e Peca filho de Remalias, rei de Israel, subiram a Jerusalém, para pelejarem contra ela, mas nada puderam contra ela. |
TB | Nos dias de Acaz, filho de Jotão, filho de Uzias, rei de Judá, subiu Rezim, rei da Síria, com Peca, filho de Remalias, rei de Israel, a Jerusalém para pelejar contra ela; e não podia prevalecer contra ela. |
HSB | וַיְהִ֡י בִּימֵ֣י אָ֠חָז בֶּן־ יוֹתָ֨ם בֶּן־ עֻזִּיָּ֜הוּ מֶ֣לֶךְ יְהוּדָ֗ה עָלָ֣ה רְצִ֣ין מֶֽלֶךְ־ אֲ֠רָם וּפֶ֨קַח בֶּן־ רְמַלְיָ֤הוּ מֶֽלֶךְ־ יִשְׂרָאֵל֙ יְר֣וּשָׁלִַ֔ם לַמִּלְחָמָ֖ה עָלֶ֑יהָ וְלֹ֥א יָכֹ֖ל לְהִלָּחֵ֥ם עָלֶֽיהָ׃ |
BKJ | E aconteceu nos dias de Acaz, o filho de Jotão, o filho de Uzias, rei de Judá, que Rezim, o rei da Síria, e Peca, o filho de Remalias, o rei de Israel, subiu em direção a Jerusalém para guerrear contra ela, mas não pôde prevalecer contra ela. |
LTT | |
BJ2 | No tempo de Acaz, filho de Joatão, filho de Ozias, rei de Judá, subiram contra Jerusalém Rason, |
VULG |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 7:1
Referências Cruzadas
II Reis 15:25 | E Peca, filho de Remalias, seu capitão, conspirou contra ele e o feriu em Samaria, no paço da casa do rei, juntamente com Argobe e com Arié; e com ele estavam cinquenta homens dos filhos dos gileaditas; e o matou e reinou em seu lugar. |
II Reis 15:37 | Naqueles dias, começou o Senhor a enviar contra Judá a Rezim, rei da Síria, e a Peca, filho de Remalias. |
II Reis 16:1 | No ano dezessete de Peca, filho de Remalias, começou a reinar Acaz, filho de Jotão, rei de Judá. |
II Crônicas 28:1 | Tinha Acaz vinte anos de idade quando começou a reinar e dezesseis anos reinou em Jerusalém; e não fez o que era reto aos olhos do Senhor, como Davi, seu pai. |
Salmos 83:3 | Astutamente formam conselho contra o teu povo e conspiram contra os teus protegidos. |
Isaías 1:1 | Visão de Isaías, filho de Amoz, a qual ele viu a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá. |
Isaías 7:4 | E dize-lhe: Acautela-te e aquieta-te; não temas, nem se desanime o teu coração por causa destes dois pedaços de tições fumegantes, por causa do ardor da ira de Rezim, e da Síria, e do filho de Remalias. |
Isaías 8:6 | Porquanto este povo desprezou as águas de Siloé que correm brandamente e com Rezim e com o filho de Remalias se alegrou, |
Isaías 8:9 | Alvoroçai-vos, ó povos, e sereis quebrantados; dai ouvidos, todos os que sois de longínquas terras; cingi-vos e sereis feitos em pedaços, cingi-vos e sereis feitos em pedaços. |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
O CLIMA NA PALESTINA
CLIMAÀ semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm
1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.
A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex
15) e "vento sul" (Lc
ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt
(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.
O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed
CIDADES DO MUNDO BÍBLICO
FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃOVárias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:
(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.
O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.
A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.
Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:
- escritores clássicos (e.g., Heródoto, Eusébio, Ptolomeu, Estrabão, Josefo, Plínio);
- itinerários percorridos por cristãos da Antiguidade (e.g., Etéria, o Peregrino de Bordéus, Teodósio, Antônio Mártir, Beda, o Venerável, Willibald):
- geógrafos árabes (e.g., Istakhri, Idrisi, Abulfeda, Ibn Battuta);
- escritos de autoria de cruzados e pós-cruzados (e.g., Saewulf, Daniel, o Abade, Frettelus, Pedro Diácono, Burchard de Monte Sião, Marino Sanuto, Rabi Benjamin
de Tudela, Rabi Eshtori Haparhi, Ludolph von Suchem, Felix Fabri); - pioneiros ou geógrafos desde o início da Idade Moderna (e.g., Quaresmio, van Kootwijck, Seetzen, Burchardt, Robinson, Reland, Niebuhr, Thomsen, Ritter, Conder, Abel, Musil, Dalman, Albright, Glueck, Aharoni, Rainey) Contudo, a análise literária deve ser acompanhada da análise topográfica. Qualquer dado documental disponível tem de ser correlacionado a lugares já conhecidos de uma determinada área e avaliado numa comparação com a gama de outros tells do terreno ao redor - tells que podem ser igualmente candidatos a uma identificação com o lugar bíblico. Quando a identificação de um lugar é proposta, o tamanho e a natureza do local têm de cumprir as exigências de identificação: qual é seu tamanho? Que vestígios arqueológicos são encontrados ali (e.g., muralhas, construções monumentais, detalhes arqueológicos próprios)? Quais e quantos outros sítios são encontrados em sua vizinhança? Além disso, as ruínas desse lugar têm de datar do(s) período (s) exigido(s) pela identificação.
De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.
As condições climáticas de Canaã
CHUVANo tempo de Moisés e Josué, como nos dias de hoje, a chuva era de suma importância para o clima de Canaã "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente e, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas" (Dt
Os ventos prevalecentes vindos do mar Mediterrâneo que trazem consigo umidade são forçados a subir quando se deparam com os montes da região oeste e perdem essa umidade na forma de chuva. Passada essa barreira natural, os índices pluviométricos caem drasticamente e, alguns quilômetros depois, a terra se transforma em deserto. Esse fenômeno é exemplificado de forma clara pela comparação entre os índices pluviométricos anuais da cidade moderna de Jerusalém (cerca de 600 mm) com os de Jericó, apenas 20 km de distância (cerca de 160 mm).
O índice pluviométrico anual de Jerusalém é quase o mesmo de Londres, mas em Jerusalém concentra-se em cerca de cinquenta dias de chuva por ano, enquanto em Londres se distribui ao longo de mais ou menos trezentos dias. Em geral, esse índice aumenta em direção ao norte; assim, nos montes ao norte da Galileia a chuva pode chegar a 1.000 mm por ano. Por outro lado, nas regiões sul e leste da Palestina fica abaixo de 300 mm, condições nas quais a agricultura geralmente se torna impraticável.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A terra de Canaã descrita no Antigo Testamento parece mais fértil do que hoje. A pastagem excessiva, especialmente por rebanhos caprinos, provocou a erosão e perda de fertilidade do solo. Sem dúvida, a terra está mais desmatada devido ao uso de madeira para a construção e combustível e à devastação provocada por inúmeras guerras e cercos.' No entanto, não há nenhuma evidência de que os índices pluviométricos atuais apresentem diferenças consideráveis em relação as dos tempos bíblicos. A erosão das encostas dos montes simplesmente aumentou o escoamento de água e, portanto, as tornou menos férteis.
O CALENDÁRIO DE CANAÃ
Normalmente, não ocorrem chuvas entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de outubro. Da segunda quinzena de junho à primeira quinzena de setembro, a vegetação seca sob o calor abafado do verão. A temperatura mais alta registrada na região foi de 51° C no extremo sul do mar Morto. As primeiras chuvas que normalmente começam a metade de outubro, mas podem atrasar até janeiro, amolecem o solo, permitindo o início da aragem. As principais culturas - o trigo e a cevada - eram semeadas nessa época. A chuva continua a cair periodicamente ao longo de todo o inverno, culminando com as chuvas serôdias em abril ou início de maio, que fazem os grãos dos cereais incharem pouco antes da colheita. A cevada era menos valorizada do que o trigo, mas tinha a vantagem de crescer em solos mais pobres e ser colhida mais cedo. A colheita da cevada Coincidia com a festa da Páscoa, no final de março ou em abril e a do trigo com a festa de Pentecoste, sete semanas depois. Uvas, azeitonas, figos e outras frutas eram colhidos no outono. O inverno pode ser frio e úmido, chegando a nevar. Uma quantidade considerável de neve cai sobre Jerusalém mais ou menos a cada quinze anos. A neve é mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Por exemplo, um homem chamado Benaia entrou numa cova e matou um leão "no tempo da neve". Numa ocorrência extraordinária, uma chuva de granizo matou mais cananeus do que os israelitas com suas espadas. A chuva no nono mês (dezembro) causou grande aflição ao povo assentado na praça em Jerusalém.° No mesmo mês, o rei Jeoaquim estava assentado em sua casa de inverno diante de um braseiro aceso.• Era necessário usar o fogo para se aquecer até o início de abril, como se pode ver claramente no relato da negação de Pedro. Um problema associado à estação das chuvas, especialmente na região costeira e junto ao lago da Galileia, era o míldio, que na tradução portuguesa por vezes é chamado de "ferrugem". O termo se refere ao mofo em roupas e casas, um mal que devia ser erradicado, e também a uma doença que afetava as plantações.
SECAS
Em algumas ocasiões, o ciclo de chuvas era interrompido e a terra sofria grandes secas. A mais conhecida ocorreu no tempo de Elias e, sem dúvida, teve efeitos devastadores, como a grave escassez de alimentos.° Esse tipo de ocorrência havia sido predito pelo autor de Deuteronômio. A desobediência ao Senhor traria sua maldição sobre a terra: "Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o Senhor te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído" (Dt
ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO
UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃOUma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.
No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.
DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:
- Abraão, vindo de Berseba (Gn
22: ), avistou o monte Moria (com quase toda certeza nas vizinhancas de Jerusalém) no terceiro dia de sua viagem, e os dois lugares estão separados por cerca de 80 quilômetros.4 - Vindos de Afeque, Davi e seus homens chegaram em Ziclague no terceiro dia (1Sm
30: ) e, aqui de novo, os dois lugares estão separados por apenas pouco mais de 80 quilômetros.1 - Cades-Barneia (Ain Qadeis) ficava a 11 dias de viagem do Horebe (no iebel Musa ou perto dele) pela estrada que passava pelo monte Seir (Dt
1: ), e cerca de 305 quilômetros separam os dois lugares.2 - Uma marcha de Jerusalém para a capital de Moabe (Ouir-Haresete), pelo "caminho de Edom" durava sete dias. e a distância aproximada envolvida nessa rota era de cerca de 185 quilômetros (2Rs
3: ).5-10 - A Bíblia conta que a caravana de judeus liderada por Esdras partiu da fronteira babilônica (quer tenha sido de Hit, quer de Awana) no dia 12 do primeiro mês (Ed
8: ) e chegou em Jerusalém no dia primeiro do quinto mês (Ed31 7: ), o que significa que a jornada levou pouco mais de três meses e meio. Tendo em vista a rota provável percorrida por Esdras e seus compatriotas (8.22,31 - 0 caminho mais curto e mais perigoso adiante de Tadmor, eles viajaram cerca de 1.440 quilômetros em pouco mais de 100 dias, mas o tamanho e a composição de sua caravana podem ter impedido médias diárias maiores.9
Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At
A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.
A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.
A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.
VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At
A Agricultura de Canaã
A VEGETAÇÃO NATURALA. Palestina apresenta diversos tipos de clima desde o alpino até o tropical e o desértico. Em decorrência disso, possui uma vegetação extremamente variada, sendo que foram registradas 2.780 espécies de plantas. Mais de vinte espécies de árvores são mencionadas na Bíblia, desde as palmeiras da região tropical de Jericó até os cedros e florestas de coníferas do Líbano. Nem todas as árvores podem ser identificadas com precisão botânica; alguns termos talvez abrangessem várias espécies diferentes. Por exemplo, o termo hebraico usado para maçá também pode incluir o damasco.' As alfarrobeiras, de cujos frutos o filho pródigo comeu, são conhecidas apenas na bacia do Mediterrâneo. Nem todas as árvores mencionadas na Bíblia eram encontradas em Canaã. O olíbano (o termo hebraico é traduzido na Bíblia como "incenso") e a mirra do sul da Arábia e o cedro do Líbano são exemplos típicos, mas o sândalo, talvez uma espécie de junípero, também era importado do Líbano." Outras árvores provenientes de terras distantes foram introduzidas em Canaã, como no caso da amoreira - a amoreira-branca é originária da China e a amoreira-preta, do Irá. Nos meses de primavera, os campos ficam cobertos de flores, os "lírios do campo" "aos quais Jesus se referiu no sermão do monte (Mt
O REINO ANIMAL
A Palestina abriga 113 espécies de mamíferos, 348 espécies de aves e 68 espécies de peixes. Possui 4.700 espécies de insetos, dos quais cerca de dois mil são besouros e mil são borboletas No Antigo Testamento, chama a atenção a grande variedade de animais, aves e insetos com a qual os habitantes de Canaã tinham contato. Davi matou um leão e um urso, dois animais que, para alívio da população atual, não são mais encontrados na região. Outros animais, como os bugios, eram importados de terras distantes." Um grande número de aves "mundas" não podia ser consumido como alimento. Mas quem, em sã consciência, comeria um abutre? Algumas dessas aves "imundas" talvez fossem migratórias, não tendo Canaã como seu hábitat. Os padres de migração dessas aves talvez não fossem compreendidos, mas certamente eram conhecidos. Alguns insetos voadores eram "limpos" e, portanto, podiam ser consumidos. João Batista parece ter aprendido a apreciar o sabor de "gafanhotos e mel silvestre" (Mic 1.6).
CULTURAS
O trigo e a cevada eram usados para fazer pão. Também se cultivavam lentilhas e feijões. Ervas como a hortelã, o endro e o cominho, das quais os fariseus separavam os dízimos zelosamente, eram usados para temperar alimentos de sabor mais suave. Os espias enviados por Moisés a Canaã voltaram trazendo um cacho de uvas enorme, e também romãs e figos. As uvas eram transformadas em vinho "que alegra o coração do homem" (SI 104,15) e em "bolos de passas" (Os
A CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Canaã era considerada uma "terra que mana leite e mel" (Ex
Uma descrição de Canaã
"Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas áquas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, o refúgio dos arganazes. SALMO 104:10-18
OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ
O LEGADO DE DAVI E SALOMÃODurante o reinado de Davi, Israel conquistou vários povos vizinhos, mas não todos. Ao norte, Hirão de Tiro e outros reis fenícios governavam uma faixa ao longo da costa do Mediterrâneo correspondente de forma aproximada a atual Líbano. Mais ao sul, também junto ao Mediterrâneo, os filisteus mantiveram sua independência. Do lado leste do rio Jordão e a leste e sul do mar Morto, Davi conquistou Amom, Moabe e Edom. Depois de derrotar Hadadezer de Zobá, Davi parece ter conseguido controlar parte da Síria até o rio Eufrates. Nos anos depois da morte de Salomão, essas regiões readquiriram sua independência.
AMOM
O centro do reino de Amom era a grande cidadela de Rabá- Amom (atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas eram descendentes de Ben-Ami, filho de Ló (sobrinho de Abraão) (com sua filha mais nova) A região a oeste que se estendia até o vale do Jordão entre os ribeiros Jaboque e Arnom era ocupada pelos amorreus.
MOABE
O reino de Moabe se concentrava no planalto entre o ribeiro de Arnom, que corria por um vale de até 500 m de profundidade, e o ribeiro de Zerede, a leste do mar Morto. Sua cidade mais importante era Quir-Haresete, a magnífica fortaleza de Kerak. A região ao norte do rio Arnom era chamada de Misor, ou campinas de Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló com sua filha mais vela. Rute, a bisavó de Davi, era moabita. Moabe era uma região conhecida pela criação de ovinos e, por algum tempo, teve de pagar a Israel um tributo anual de cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.
EDOM
Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão mais velho de Jacó. Ocupavam o território ao sul do mar Morto e a sudeste do ribeiro de Zerede. Essa região montanhosa também era chamada de monte Seir, que significa "peludo", pois era coberta de uma vegetação densa constituída, em sua maior parte, de arbustos. Abrangia a Arabá, ou deserto de Edom, a grande depressão que liga o mar Morto ao mar Vermelho. Sua capital, Sela, pode ser identificada com Petra, a cidade que viria a ser conhecida como a espetacular capital rosada dos árabes nabateus.
A REGIÃO AO SUL DO MAR MORTO
Ao sul de uma linha imaginária entre Gaza e Berseba, estendendo-se para o leste até o sul do mar Morto, fica o deserto de Zim. Essa área extensa que constitui a parte norte do deserto do Sinai apresenta um índice pluviométrico anual inferior a 200 mm e, portanto, não pode ser usada para a agricultura. Judá procurou exercer controle sobre Edom e essa região. Os portos de Eziom-Geber (possivelmente Tell el-Kheleifeh) e Elate no norte do golfo de Ácaba permitiam que Judá tivesse acesso ao mar Vermelho e seu comércio valioso.
OS FILISTEUS
Quatro cidades filistéias, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza, permaneceram independentes do controle de Israel e Judá. Apenas Gate foi controlada pelo reino de Judá.
O LÍBANO
Os montes da região norte da Galileia são separados das cadeias de montanhas do Líbano ao norte pelo vale profundo do rio Litani que desemboca no Mediterrâneo alguns quilômetros ao norte de Tiro. As montanhas de até 3.088 m de altura que passam cerca da metade do ano cobertas de neve explicam o nome "Líbano", que significa "branco". As coníferas e cedros do Líbano forneciam a madeira de melhor qualidade do Antigo Oriente Próximo, cobiçadas por reis da Mesopotâmia e do Egito, e também por Salomão, que adquiriu dessa região a madeira para o templo do Senhor em Jerusalém. A leste da cadeia de montanhas do Líbano encontra-se o vale de Becá. As montanhas formam uma barreira natural, impedindo que as chuvas cheguem ao vale onde o índice pluviométrico anual não passa de 250 mm. Os rios Orontes e Litani correm, respectivamente, ao longo do norte e do sul do vale para o mar Mediterrâneo. A leste de Becá fica a cadeia de montanhas do Antilíbano, cujo pico mais alto é o do monte Hermom (também chamado de Sirion ou Senir) com 2.814 m de altura. A costa mediterrânea do Libano possui
DO OUTRO LADO DO MAR
Os fenícios da costa do Líbano eram exímios marinheiros. Salomão contratou marujos de Hirão, rei de Tiro, para seus empreendimentos comerciais no mar Vermelho. Os israelitas, por sua vez, eram um povo ligado à terra que mostrava pouco entusiasmo pelo mar, como o salmista deixa claro: "Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (SI 107:26-28).
A SÍRIA
A leste da cadeia do Antilíbano fica o país chamado hoje de Síria. Este foi o nome que os romanos deram à região, que incluía a Palestina, quando Pompeu a conquistou em 63 .C. e a transformou numa província romana. No tempo do Antigo Testamento, a região ao redor de Damasco e mais ao norte era chamada de Hara. Davi firmou alianças com os reis arameus de Gesur (a leste do mar da Galileia) e Hamate. Conquistou Zoba (ao norte de Damasco), estendendo seu domínio até o rio Eufrates. Damasco recobrou sua independência durante o reinado de Salomão quando um certo Rezom passou a controlar a região. Ben-Hadade II, Hazael e Ben-Hadade IlI, reis posteriores de Damasco, entraram em conflito repetidamente com Israel, o reino do norte.
A LESTE DO JORDÃO
Basã e Gileade, a leste do rio Jordão, faziam parte da terra prometida, e, portanto, não eram vizinhos de Israel. Entretanto, a fim de fornecer uma descrição mais abrangente, devemos tratar dessas terras do outro lado do rio. Nessa região, os ventos frios do deserto que, no inverno, sopram sobre os montes orientais impedem o cultivo de oliveiras e, em alguns lugares, também de vinhas.
- A leste do lago da Galiléia e ao norte do vale do rio Jarmuque fica a região de Basà. Esse planalto basáltico onde uma camada de cinzas é coberta de terra roxa e fértil é conhecido pelos seus campos de trigo e seus rebanhos de gado, daí as expressões "touros de Basä" e "vacas de Basa".5 Na divisão da terra, Basà ficou com a tribo de Manassés.
- A região de Gileade, ao norte de uma linha imaginária que vai de Hesbom ao mar Morto e estende-se até o rio Jarmuque, ficou com as tribos de Manassés e Gade. Na antiguidade, Gileade era uma região rica em florestas e conhecida por seu bálsamo medicinal.° Os ismaelitas aos quais José foi vendido como escravo estavam vindo de Gileade, trazendo consigo dos produtos medicinais: goma de alcatira (o termo original é traduzido em algumas versões como "mirra") e bálsamo, e também arômatas como o ládano, um perfume derivado da esteva, uma planta de flores brancas. Gileade é cortado pelo vale profundo do rio Jaboque que corre para o Jordão. No fundo do vale do Jaboque ficava a cidade de Peniel onde Jacó lutou com o anjo. O termo "Gileade" é usado, por vezes, com um sentido mais amplo para todas as terras israelitas do lado leste do rio Jordão e abrange toda a região de Basã ao norte até o rio Arnom.
Vizinhos de Israel e Judá
Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam. em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.
ASSÍRIA: A AMEAÇA VINDA DO NORTE
O território da Assíria ficava cerca de 900 km a nordeste de Israel, na região correspondente ao atual Iraque, uma terra montanhosa, regada pelo rio Tigre que nasce na região montanhosa do leste da Turquia. No início do século IX a.C., o exército assírio realizou campanhas para proteger suas fronteiras e exigir tributos de estados vizinhos. O rei assírio Assurbanipal I (884-859 a.C.) é conhecido porter realizado quatorze grandes expedições durante os 25 ands do seu reinado. Em suas inscrições, ele se gaba com freqüência da sua própria crueldade (ver página 87). Para celebrar a construção do seu novo palácio em Kalhu (Calá em hebraico, a atual Nimrud), cerca de 35 km ao sul de Mosul, Assurbanipal otereceu um banquete suntuoso durante dez dias para 64.574 convidados.
Em 853 a.C., Salmaneser III (859-824 a.C.), o sucessor de Assurbanipal, enfrentou uma coalizão da qual fazia parte o rei israelita Acabe. Isto se deu em Qarqar, junto ao Orontes, na Síria. De acordo com os registros assírios, Acabe usou dois mil carros na batalha. Numa ocasião posterior durante seu reinado, em 841 a.C., Salmaneser encontrou outro rei israelita. O famoso Obelisco Negro de Nimrud (atualmente no Museu Britânico) mostra leú, ou seu embaixador, pagando tributo a Salmaneser. Cortesãos formam uma longa fila para entregar seus tributos: ouro, prata e frutas. Representantes de outros estados trazem elefantes, camelos, bactrianos e macacos.
O DECLÍNIO DA ASSÍRIA
Trinta e um dos 35 anos de reinado de Salmaneser III foram dedicados à guerra. Depois de sua morte, em 824 a.C., monarcas assírios mais fracos permitiram que grande parte da Síria passasse ao controle do reino arameu de Damasco que, por sua vez, também reduziu o território de leú Na primeira metade do século VIII a.C, governadores de províncias já exerciam grande autoridade sobre vastas extensões de terra em detrimento da monarquia central assíria. E nesse período que o livro de Reis situa o profeta israelita Jonas que predisse a expansão do reino do norte sob Jeroboão II (781-753 a.C.).
JONAS
O livro de Jonas narra como, a princípio, esse profeta resistiu ao chamado de Deus para ir a Nínive, uma das principais cidades da Assíria, proclamar o iminente julgamento do Senhor contra a cidade.° Sem dúvida, Jonas tinha ouvido falar da crueldade dos assirios e acreditava que um povo como esse merecia o castigo de Deus. O profeta tentou fugir tomando um navio que ia para Társis, talvez o vale Guadalquivir, no sul da Espanha ou Sardenha, na direção contrária de Nínive. Depois de uma tempestade violenta, Jonas foi lançado ao mar, engolido e vomitado por um "peixe grande". Talvez de forma surpreendente, o povo de Nínive aceitou a mensagem de Jonas. O livro termina mostrando o profeta aborrecido com a morte de uma planta, provavelmente uma espécie de mamona, ao invés de se alegrar com o livramento de cento e vinte mil pessoas. Em Tonas 3.6 o rei é chamado de "rei de Nínive", e não o título assírio comum no Antigo Testamento, "rei da Assíria". O decreto registrado em 3.7 foi publicado "por mandado do rei e seus grandes (seus nobres). É possível que, de fato, esse governante fosse rei de Nínive, mas dificilmente exercia poder sobre uma região mais ampla; dai o seu titulo no livro de Jonas. Talvez tivesse sido obrigado a entregar o controle de parte considerável do seu reino a governadores provinciais poderosos, cuja autoridade e influência ele reconheceu ao publicar seu decreto.
TIGLATE-PILESER III
A Assíria voltou a ganhar força durante o reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.). Menaém, rei de Israel (752-741 a.C.), teve de pagar um tributo pesado de mil talentos de prata (c. 34 toneladas) a Tiglate- Pileser, ou seja, cinquenta silos de prata (600 g) cobrados de cada homem rico. Em 734 a.C, uma coalizão de resistência à Assíria havia se formado na região da Síria. Rezim, rei de Damasco, e Peca, rei de Israel (739-731 a.C.), tentaram forcar Acaz, rei de Judá, a se aliar a eles e fazer frente aos assírios. Rezim e Peca invadiram Judá com a intenção de depor Acaz e colocar no trono o "filho de Tabeal". 5 Isaías profetizou o fim de Damasco e Efraim (Israel): "Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá. Mas a capital da Síria será Damasco, e o cabeça de Damasco, Rezim, e dentro de 65 anos Efraim será destruído e deixará de ser povo" (Is
A solução encontrada por Acaz foi usar ouro e prata do templo e do palácio real para pagar Tiglate-Pileser para atacar Damasco. Quando Tiglate-Pileser aceitou a proposta e capturou Damasco, Acaz foi visitá-lo na cidade síria. Ali, viu um altar e ordenou que o sacerdote Urias desenhasse uma planta detalhada para construir um altar em Jerusalém." A substituição do altar de bronze no templo de Jerusalém por esse altar pagão foi considerada um sinal de apostasia da parte de Acaz.
Damasco caiu em 732 a.C.e o exército assírio marchou para o sul, em direcão a Israel, tomando do reino do norte a maior parte do seu território, inclusive toda região de Gileade e da Galiléia e deportando seus habitantes para a Assíria. Uma camada de cinzas de 1 m de profundidade em Hazor comprova os atos de Tiglate-Pileser. Em seus registros, o rei da Assíria afirma ter deposto Peca e colocado Oséias em seu lugar. De acordo com o livro de Reis, Oséias assassinou Peca, e é possível conjeturar que Tiglate-Pileser conspirou com Oséias, de modo a garantir um governante de confiança no trono de Israel.
Oséias (731-722 a.C.) foi o último rei de Israel. Os reis assírios subseqüentes, Salmaneser V e Sargão Il, conquistaram Samaria e exilaram os israelitas restantes em terras longínquas do Império Assírio que, na época, ainda estava em expansão. A crueldade de Assurbanipal "Capturei vários soldados com vida. Cortei braços e mãos de alguns; de outros cortei o nariz, orelhas e extremidades. Arranguei os olhos de muitos soldados. Fiz uma pilha de vivos e outra de cabeças. Pendurei as cabeças nas árvores ao redor da cidade. Queimei os meninos e meninas adolescentes"
O que foi servido no banquete suntuoso de Assurbanipal:
1.000 bois
1.000 patos, 500 gansos
10.000 ovos
"Durante dez dias, ofereci banquetes, vinho, banhos, óleos e honrarias a 69.574 pessoas, inclusive as que foram convocadas de todas as terras c o povo de Calah e depois os mandei de volta às suas terras em paz e alegria
![O rei Jeú de Israel (ou seu embaixador) curva-se diante de Salmaneser III (841 a.C), rei da Assíria. Obelisco negro de Salmaneser Ill, de Calá (Nimrud), Iraque O rei Jeú de Israel (ou seu embaixador) curva-se diante de Salmaneser III (841 a.C), rei da Assíria. Obelisco negro de Salmaneser Ill, de Calá (Nimrud), Iraque](/uploads/appendix/1666407223-1a.png)
![Campanha dos assírios contra a Síria e Palestina Os assírios, provenientes da região correspondente hoie ao norte do Iraque, empreenderam diversas campanhas militares contra a Síria e Palestina. O mapa mostra as principais incursões no perí odo Campanha dos assírios contra a Síria e Palestina Os assírios, provenientes da região correspondente hoie ao norte do Iraque, empreenderam diversas campanhas militares contra a Síria e Palestina. O mapa mostra as principais incursões no perí odo](/uploads/appendix/1666407223-2a.png)
![O exército assírio em campanha militar durante o reinado de Salmaneser III (859-824 a.C.). Relevo dos portões de bronze de Balawat, Iraque. O exército assírio em campanha militar durante o reinado de Salmaneser III (859-824 a.C.). Relevo dos portões de bronze de Balawat, Iraque.](/uploads/appendix/1666407223-3a.png)
![A Assiria no início da seculo VIll a.C. No começo do século VIll a.C., os governadores de províncias assírias Shamshi-ilu e Nergal-eresh controlavam extensas áreas de terra. Foi nesse período que o profeta Jonas visitou a cidade assíria de Ninive. A Assiria no início da seculo VIll a.C. No começo do século VIll a.C., os governadores de províncias assírias Shamshi-ilu e Nergal-eresh controlavam extensas áreas de terra. Foi nesse período que o profeta Jonas visitou a cidade assíria de Ninive.](/uploads/appendix/1666407223-4a.png)
GEOLOGIA DA PALESTINA
GEOLOGIAPelas formações rochosas que afloram basicamente na área que fica ao sul do mar Morto, no leste do Sinai, nos muros da Arabá e nos cânions escavados pelos rios da Transjordânia e também a partir de rochas encontradas nos modernos trabalhos de perfuração, é possível reconstruir, em linhas gerais, a história geológica da terra. Esses indícios sugerem a existência de extensa atividade, de enormes proporções e complexidade, demais complicada para permitir um exame completo aqui. Apesar disso, como a narrativa da maneira como Deus preparou essa terra para seu povo está intimamente ligada à criação de montes e vales (Dt
- Lançaste os fundamentos da terra, para que ela não fosse abalada em tempo algum.
- Do abismo a cobriste, como uma veste; as águas ficaram acima das montanhas.
- Fugiram sob tua repreensão;
- à voz do teu trovão, puseram-se em fuga.
- As montanhas elevaram-se, e os vales desceram, até o lugar que lhes determinaste.
- Estabeleceste limites para que não os ultrapassassem e voltassem a cobrir a terra.
- (SI 104:5-9)
Toda essa região fica ao longo da borda fragmentada de uma antiga massa de terra sobre a qual repousam, hoje, a Arábia e o nordeste da África. Sucessivas camadas de formações de arenito foram depositadas em cima de uma plataforma de rochas ígneas (vulcânicas), que sofreram transformações - granito, pórfiro, diorito e outras tais. Ao que parece, as áreas no sul e no leste dessa terra foram expostas a essa deposição por períodos mais longos e mais frequentes. Na Transjordânia, as formações de arenito medem uns mil metros, ao passo que, no norte e na Cisjordânia, elas são bem mais finas. Mais tarde, durante aquilo que os geólogos chamam de "grande transgressão cretácea", toda a região foi gradual e repetidamente submersa na água de um oceano, do qual o atual mar Mediterrâneo é apenas resquício. Na verdade, " grande transgressão" foi uma série de transgressões recorrentes, provocadas por lentos movimentos na superfície da terra. Esse evento levou à sedimentação de muitas variedades de formação calcária. Um dos resultados disso, na Cisjordânia, foi a exposição da maior parte das rochas atualmente, incluindo os depósitos cenomaniano, turoniano, senoniano e eoceno.
Como regra geral, depósitos cenomanianos são os mais duros, porque contêm as concentrações mais elevadas de sílica e de cálcio. Por isso, são mais resistentes à erosão (e, desse modo, permanecem nas elevações mais altas), mas se desfazem em solos erosivos de qualidade superior (e.g., terra-roxa). São mais impermeáveis, o que os torna um componente básico de fontes e cisternas e são mais úteis em construções. Ao contrário, os depósitos senonianos são os mais macios e, por isso, sofrem erosão comparativamente rápida. Desfazem-se em solos de constituição química mais pobre e são encontrados em elevacões mais baixas e mais planas. Formações eocenas são mais calcárias e misturadas com camadas escuras e duras de pederneira, às vezes entremeadas com uma camada bem fina de quartzo de sílica quase pura. No entanto, nos lugares onde eles contêm um elevado teor de cálcio, como acontece na Sefelá, calcários eocenos se desintegram e formam solos aluvianos marrons. Em teoria, o aluvião marrom é menos rico do que a terra-roxa, porém favorece uma gama maior de plantações e árvores, é mais fácil de arar, é menos afetado por encharcamento e, assim, tem depósitos mais profundos e com textura mais acentuada.
Em resumo, de formações cenomanianas (e também turonianas) surgem montanhas, às vezes elevadas e escarpadas, atraentes para pedreiros e para pessoas que querem morar em cidades mais seguras. Formações eocenas podem sofrer erosão de modo a formar planícies férteis, tornando-as desejáveis a agricultores e a vinhateiros, e depósitos senonianos se desfazem em vales planos, que os viajantes apreciam. Uma comparação entre os mapas mostra o grande número de estreitas valas senonianas que serviram de estradas no Levante (e.g., do oeste do lago Hula para o mar da Galileia; a subida de Bete-Horom; os desfiladeiros do Jocneão, Megido e Taanaque no monte Carmelo; o fosso que separa a Sefelá da cadeia central; e o valo diagonal de Siquém para Bete-Sea). O último ato do grande drama cretáceo incluiu a criação de um grande lago, denominado Lisan. Ele inundou, no vale do Jordão, uma área cuja altitude é inferior a 198 metros abaixo do nível do mar - a área que vai da extremidade norte do mar da Galileia até um ponto mais ou menos 40 quilômetros ao sul do atual mar Morto. Formado durante um período pluvial em que havia precipitação extremamente pesada e demorada, esse lago salobro foi responsável por depositar até 150 metros de estratos sedimentares encontrados no terreno coberto por ele.
Durante a mesma época, cursos d'água também escavaram, na Transjordânia, desfiladeiros profundos e espetaculares. À medida que as chuvas foram gradualmente diminuindo e a evaporação fez baixar o nível do lago Lisan, pouco a pouco foram sendo expostas nele milhares de camadas de marga, todas elas bem finas e carregadas de sal. Misturados ora com gesso ora com calcita negra, esses estratos finos como papel são hoje em dia a característica predominante do rifte do sul e da parte norte da Arabá. Esse período pluvial também depositou uma grande quantidade de xisto na planície Costeira e criou as dunas de Kurkar, que se alinham com a costa mediterrânea. Depósitos mais recentes incluem camadas de aluvião arenoso (resultante da erosão pela água) e de loesse (da erosão pelo vento), características comuns da planície Costeira nos dias atuais.
HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA
HIDROLOGIANão é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm
- pastores (1Sm
17: Rs 22.17; SI 23.1; IS40-1 13: .11: Ir 31.10: Ez20-40 34: : Am2 3: : Zc12 10: : Jo2 10: : Hb11 13: Pe 5.4):20-1 - ovelhas/cordeiros/bodes (Ex
12: ; Is3-5 7: Sm 8.17; 16.19; 2Sm24-1 7: ; Ne8 3: ; SI 44. 11: Is1 13: : Ir 506: 7c 137. M+ 12.11; 25.32,33; Jo14 1: ; 21.15,16; At29-36 8: ; Ap32 5: .22):12-21 - lobos (Is
11: .25; Mt6-65 7: ): e15 - rebanhos (Jz
5: Sm 17.34; Jó 24.2; Ct16-1 4: ; Is1 40: ; Jr11 6: .23; Ez3-51 34: ; Sf2.14; 1Pe12 5: ).2
Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:
- poços (Gn
21: :18-22; Jr19-26 6: :6-26);• cisternas (2Cr7-4 26: ; Is10 36: );16 - nascentes (Jr
9: ; Zc1 13: ):1 - fontes (Gn
16: ; Jz7 7: ; Pv1 5: ); água como instrumento de comunicação de uma verdade espiritual (Is15-16 12: ; Ap3-4 22: ); e17 - água como símbolo de bênção (Nm
24: ; Is6-7 41: ; 44.3,5), alegria (Is 35), deleite (SI 1:1-3) e até mesmo perfeição escatológica (Is17-20 43: ; Jr19-21 31: ; Ez10-14 47: ; Zc1-12 8: .8; Ap12-14 22: ). Em contrapartida, a ausência de água logo resultava numa terra árida e ressequida (SI 63.1; 143.6). As imagens geradas eram especialmente eloquentes: rios que ficaram secos (Ez1-2 30: ; Na 1.4);12 - água envenenada (Jr
23: );15 - nuvens sem água (Pv
25: ; Jd 12);14 - fontes que se tornaram pó (SI 107.33);
- fontes ressecadas (Os
13: );15 - nascentes secas (Jr
51: );36 - nascentes poluídas (Pv
25: );26 - cisternas vazias (Gn
37: ; cp. 1Sm24 13: ; Jr6 41: );9 - cisternas rompidas (Ir 2.13).
Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.
Locais
ISRAEL
Atualmente: ISRAELPaís com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
![Mapa Bíblico de ISRAEL Mapa Bíblico de ISRAEL](/uploads/map/6244b5ec13eaf6244b5ec13eb1.png)
JERUSALÉM
Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.783, Longitude:35.217)Nome Atual: Jerusalém
Nome Grego: Ἱεροσόλυμα
Atualmente: Israel
Jerusalém – 760 metros de altitude (Bronze Antigo) Invasões: cercada por Senequaribe em 710 a.C.; dominada pelo Faraó Neco em 610, foi destruída por Nabucodonosor em 587. Depois do Cativeiro na Babilônia, seguido pela restauração do templo e da cidade, Jerusalém foi capturada por Ptolomeu Soter em 320 a.C., e em 170 suas muralhas foram arrasadas por Antíoco Epifânio. Em 63 a.C. foi tomada por Pompeu, e finalmente no ano 70 de nossa era foi totalmente destruída pelos romanos.
Localizada em um planalto nas montanhas da Judeia entre o Mar Mediterrâneo e o mar Morto, é uma das cidades mais antigas do mundo. De acordo com a tradição bíblica, o rei Davi conquistou a cidade dos jebuseus e estabeleceu-a como a capital do Reino Unido de Israel, enquanto seu filho, o rei Salomão, encomendou a construção do Primeiro Templo.
![Mapa Bíblico de JERUSALÉM Mapa Bíblico de JERUSALÉM](/uploads/map/6244b8b0826b76244b8b0826ba.png)
SÍRIA
Atualmente: SÍRIAEm todos os tempos bíblicos, a Siria foi cruzada por rotas que ligavam as civilizações do norte com a do Egito, ao sul. Os sírios ou arameus, descendem de Arã, filho de Sem, neto de Noé. País muçulmano com 86% de sua população islâmica e 8,9% cristã. Por volta do ano 700, com a expansão muçulmana, Damasco transformou-se na capital do Império Árabe. Entre 1516 e 1918, foi dominada pelo Império Turco-Otomano. A Síria reivindicou a devolução das Colinas de Golã, ocupadas por Israel na Guerra dos Seis Dias em 1967. Na Antiguidade, a Síria localizava-se a sudoeste da Armênia, a leste da Ásia Menor e do Mediterrâneo, ao norte da Palestina e a oeste da Assíria e partes da Arábia, cortada na direção norte-sul pela cordilheira do Líbano, a mais ocidental, a Ante-Líbano, a oriental, em cujo extremo sul fica o Monte Hermon. Os sírios ou arameus, descendem de Arã, filho de Sem, neto de Noé. Os arameus eram um povo de língua semítica, estreitamente aparentado com os israelitas segundo Deuteronômio
![Mapa Bíblico de SÍRIA Mapa Bíblico de SÍRIA](/uploads/map/6244c0e98b8866244c0e98b889.png)
JUDÁ
O Reino de Judá limitava-se ao norte com o Reino de Israel, a oeste com a inquieta região costeira da Filístia, ao sul com o deserto de Neguev, e a leste com o rio Jordão, o mar Morto e o Reino de Moabe. Sua capital era Jerusalém.![Mapa Bíblico de JUDÁ Mapa Bíblico de JUDÁ](/uploads/map/6244c454d76256244c454d7628.png)
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
O LIVRO DE EMANUEL
A. A CONSPIRAÇÃO SIRO-EFRAIMITA, 7:1-9.1
1. As Alternativas Divinas e Humanas (7:1-25)
A guerra siro-efraimita de 734 a.C. é uma das grandes crises no ministério de Isaías. Lado a lado estavam o jovem profeta de talvez trinta anos e o rei ainda mais jovem de não mais de vinte e um anos, com princípios políticos diametralmente opostos. Isaías, leal ao seu nome, insistia em que a salvação da nação ocorreria se confiassem em Deus para libertação e segurança. Acaz procurou jogar o jogo dos políticos em princípios pura-mente humanos ao apoiar a Assíria, a maior nação da sua época. Veja Introdução: "O Mundo nos Dias de Isaías", acerca de um pano de fundo histórico.
- A consternação de um rei (Isaías 7:1-2). Rezim e Peca fizeram uma aliança para guer-rear contra Jerusalém (1), mas não puderam tomar a cidade. A estremecida casa de Davi (2; o rei e seus conselheiros) tremeu quando ouviram que esses dois inimigos crônicos haviam se tornado amigos com o propósito de destronar Acaz (veja Gráfico A) e colocar um rei pró-Síria no trono.
- Um conselheiro do rei (7:3-9).
1) O conselho de calma e coragem (3-4). Deus falou a Isaías: Agora, tu e teu filho [...] saí ao encontro de Acaz (3). Acaz estava superintendendo o projeto de desvio do suprimento de água da cidade de fora dos muros, por meio de um aqueduto, para den-tro da cidade, a fim de impedir que fosse tomado pelo inimigo, um projeto completado por Ezequias (II Reis
- A conspiração dos filhos dos homens (5-9a). Rezim da Síria e Peca, o filho de Remalias,2 da terra de Efraim (5, principal tribo do Reino do Norte), estava planejando um golpe para estabelecer um novo governo. O Senhor assegurou a Acaz que o plano deles de "dividir e conquistar" não seria bem-sucedido (7). O decreto de Deus anula as tramas do homem. Esses reis e seu povo eram meros homens, que logo desapareceriam de cena (8-9).3
- A desconfiança significa aflição (9b). Isaías faz um jogo de palavras aqui, adver-tindo Acaz que se ele não quiser afirmar sua fé no verdadeiro Deus, seu reino não será confirmado .4
c) O sinal de Emanuel Isaías (7:10-17).
1) A prova oferecida pelo Eterno (10-13) veio quando Deus deixou que Acaz escolhes-se qualquer tipo de sinal (11) que ele desejasse, no céu, na terra, ou no mundo invisível, como uma confirmação miraculosa de sua fé. Se tivesse aceitado essa oferta, isso o deixa-ria debaixo da obrigação do programa divino, porque Deus nos dá motivos suficientes para confiar nos seus conselhos. A recusa de testar ou confiar (12) é expressa na forma de piedade simulada quando o rei cita (talvez com sarcasmo) Êxodo
2) Sem fé? Então sem Messias (14-17) ! Isaías agora declara na presença do rei e sua corte ("casa de Davi") que, antes que os breves anos de uma infância passem, as terras da Síria, Efraim, e mesmo Judá, estariam todas devastadas pelos exércitos assírios. O nome Emanuel (14) que uma virgem' ia dar ao seu primeiro filho, representaria a "presença de Deus". Contudo, antes que a curta idade da inocência da criança tivesse passado, eles conheceriam os castigos de Deus. Isaías viu que qualquer realização das esperanças da nação messiânica em sua geração haviam agora sofrido um adiamento indefinido. Ao rejeitar o programa "Deus conosco", Judá agora conheceria o "Deus contra nós". Mais uma vez vieram aquelas alternativas inescapáveis para Acaz: Confie em Deus e aceite o significado de Isaías ("Deus é salvação") ou confie no homem e conheça o significado de Sear-Jasube ("somente um remanescente deverá escapar").6
"Emanuel" em Isaías 7.14 revela
1) Deus manifestado ao homem;
2) Deus identificado com o homem;
3) Deus associado com o homem, "o eterno Contemporâneo" (G. B. Williamson).
Manteiga e mel (15), mais corretamente "coalhada e mel" (NVI), não é apenas uma boa fórmula para a criança não desmamada, mas é igualmente a única comida disponí-vel em tempo de devastação e invasão.' A expressão antes que este menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem (1) especifica pelo menos uma infância de três anos. Naquela época a terra de que te enfadas (16) — as terras dos dois reis que estavam criando tanto pânico em Judá — seriam abandonadas e a própria Judá estaria em piores dificuldades do que quando as dez tribos se separaram de Judá (17).
d) Quando a paciência de Deus se esgota (7:18-25). Naquele dia (18) é uma expres-são de grande importância que Isaías deve ter trombeteado nos ouvidos do jovem rei. Ele a repetiu quatro vezes nesses oito versículos.
As "moscas do Egito" e os "abelhões da Assíria" (18-19) serão agora chamados para infestar as colinas altas e os vales profundos de Judá. Além disso, Isaías informa ao rei: Com uma navalha alugada (20) alguém o rapará completamente. Cabeça [...] cabe-los dos pés descreve a totalidade do desastre futuro. Somente uma dieta simples e mínima será possível de rebanhos e manadas muito pequenos (21-22). O cultivo cessará. Todo lugar em que houver mil vides do valor de mil moedas de prata (23) haverá somente sarças e espinheiros. Numa terra que já fora cultivada somente o caçador perambulará (24). "E às colinas antes lavradas com enxada você não irá mais, porque terá medo das roseiras bravas e dos espinheiros; nesses lugares os bois ficarão à solta e as ovelhas correrão livremente" (25; NVI). Assim o Senhor falou por meio do seu profeta ao rei que não tinha fé.
Champlin
Genebra
7.1—11.16 Esses oráculos de juízo e esperança estão associados à guerra entre Judá e uma coligação de Israel e da Síria (734-732 a.C.). Acaz, rei de Judá, foi seriamente ameaçado pela aliança de Peca, rei de Israel, com Rezim, rei da Síria (2Rs
* 7:2
à casa de Davi. Essa expressão aponta para o então cabeça da casa de Davi, Acaz. Ela relembra a Aliança do Senhor com Davi, concedendo-lhe uma descendência eterna e um reino (2Sm
ficou agitado. Acaz, o rei orgulhoso, foi incapaz de acalmar o seu povo. A reação do líder lançou pânico entre o seu povo (22.3, nota).
* 7:3
Um-Resto-Volverá. No hebraico, Shear-Jashub (10.20-22). Essa foi uma promessa de salvação e vida para os fiéis, diante da condenação iminente que Judá infiel sofreria; mas um remanescente permaneceria.
* 7:4
dois tocos. Dois reinos estavam prestes a serem destruídos: Damasco, em 732 a.C., por Tiglate-Pileser III, e Samaria, em 722 a.C., por Sargão II.
* 7:7
o SENHOR Deus. Ver nota em 25.8. O Senhor esvazia o conselho dos reis (8.9,10; 40.23; Sl
* 7:8
sessenta e cinco anos. Deus cumpriria as suas promessas após a morte de Acaz (2Rs
* 7:9
se o não crerdes... não permanecereis. Temos aqui um jogo de palavras que lança mão de diferentes significados de uma mesma palavra hebraica. A fé significa conhecer a promessa de Deus, assentir com ela intelectualmente e confiar em Deus de que ele cumprirá a sua promessa.
* 7:11
um sinal. Um sinal autenticaria a mensagem profética concernente ao futuro.
embaixo... em cima. Coisa alguma está fora da soberania de Yahweh (Dt
* 7:13
ó casa de Davi. Ver nota em 7.2.
* 7:14
a virgem. Essa palavra hebraica ocorre por sete vezes no Antigo Testamento. Significa uma mulher jovem, em idade de casar-se, normalmente uma virgem (Gn
Emanuel. “Deus conosco”. Esse nome transmite a promessa divina de salvar, abençoar e proteger os filhos de Deus. A identidade da virgem e de seu filho tem sido assunto de consideráveis discussões. Três opiniões principais têm sido propostas: Primeiramente, alguns, especialmente judeus do século II d.C., entenderam essa profecia como sendo a esposa de Acaz e seu filho, Ezequias (2Rs
* 7:15
manteiga e mel. Não temos aqui uma alimentação típica das criancinhas, mas aponta para um tempo quando as pessoas sobreviveriam de campos não lavrados (v.
22). O Menino é identificado com o remanescente.
quando souber desprezar o mal. A auto-gratificação tornou a liderança fracassada de Israel insensível para com os valores sociais e espirituais (5.11-23), mas essa alimentação sensibilizaria o Cristo para a obra do Senhor (42.1-4).
* 7:16
antes que. Este versículo parece significar que antes do tempo requerido para a criança tornar-se responsável — aos doze anos — Peca e Remalia seriam ambos derrotados. De acordo com essa interpretação, o “Menino” apontava, primariamente, para o filho de Isaías, e, em segundo lugar, para Cristo.
* 7:18
naquele dia. Ver nota em 2.11. A queda de Damasco, a queda de Samaria, e a devastação de Judá foram prelibações dos eventos do Juízo Final.
às moscas... às abelhas. Esses insetos vagueiam em grandes números, como as hordas de exércitos invasores.
* 7:19
nos vales profundos... nas fendas das rochas. Os lugares tradicionais de esconderijo não proveriam escape (2.19).
* 7:20
Uma navalha alugada. Rapar a cabeça era sinal de lamentação (15,2) e uma maneira de humilhar inimigos vencidos (2Sm
* 7:22
será tal a abundância. A terra perderia de tal maneira a sua população que o alimento limitado parecerá abundante.
manteiga e mel. Ver nota no v. 15. O remanescente terá alguma coisa para comer.
* 7.23-25
naquele dia. A terra cultivada será entregue à erva daninha, e dificilmente serviria sequer como pastagem.
Matthew Henry
Wesley
O primeiro versículo deste capítulo é muito semelhante 2Rs
Nos dias de Acaz. O texto parece implicar que Isaías não chegou a gravar este evento e profecia até depois da morte do Rei Acaz. Esta é a razão para a genealogia, o que não seria necessária durante a sua vida. Há dificuldades em reconstruir os acontecimentos históricos que antecederam as profecias deste capítulo, uma vez que o nosso conhecimento dos fatos é tão escasso. Além de algumas inscrições da Síria, que não estão preocupados com os detalhes dos acontecimentos em Israel e Judá, temos apenas 2Rs
Em terceiro lugar, o jogo de palavras na declaração final é interessante, e testou a ingenuidade de tradutores. Alguns tentaram dar o efeito do hebraico: "Sem fé, sem fixidez"; "Sem confiança forte, não reduto fiel"; "Não confidência, não cumpridores." Tradução de Lutero foi muito admirado. " Glaubet ihr nicht, então Bleibet ihr nicht . "É gramaticalmente possível, com Young e outros, para interpretar o hebraico ki como fazer o segundo causador cláusula: "Se vocês não vão acreditar, é porque vocês não estão estabelecidos." Entretanto , o contexto parece favorecer a interpretação mais comum de ki como equivalente a paráfrase de Anderson expressa isso claramente ", então.": "Se a sua fé não é certo (tha'aminu) seu trono não será segura (the'amenu ), "(No entanto, esta paráfrase erra em implicando muito estreito uma aplicação da declaração do rei.)
Esta é uma das verdades fundamentais de Isaías. Se as pessoas não iriam acreditar na palavra de Deus, eles não estaria nos próximos problemas. Este sempre foi verdade. Se o homem não vai acreditar em Deus, ele não tem nenhuma base sobre a qual a ficar em qualquer tempo de angústia. A importância da fé não pode ser subestimada, uma vez que "sem fé é impossível agradar a Deus" (He 11:6)
10 E o Senhor falou novamente a Acaz, dizendo: 11 Pede para ti um sinal do Senhor teu Deus; pede-o ou em baixo nas profundezas ou em cima nas alturas. 12 Acaz, porém, disse, não vou pedir, nem tentarei o Senhor. 13 E ele disse: Ouvi agora, ó casa de Davi: É uma coisa pequena para você para homens cansados, para que vos vai cansar também ao meu Deus? 14 Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal:. eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel 15 Manteiga e mel comerá, quando ele souber rejeitar o mal e escolher o bem. 16 Pois antes que o menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra dos dois reis te enfadas será desamparada. 17 Jeová trará sobre ti, e sobre pessoas teus, e sobre a casa de teu pai, tem dias que não vêm, desde o dia em que Efraim se separou de Judah- mesmo o rei da Assíria.Esta é a passagem em que encontramos a declaração discutido muito que Mateus (Mt
Esses comentaristas que separam a última parte do capítulo de nove primeiros versos (como Ewald, Hendewerk, Henderson, e outros) perder o ponto da oferta de um sinal, uma vez que eles levá-lo para fora do seu contexto. A expressão, o Senhor falou novamente, não implica uma mudança de lugar e tempo, mas apenas que o Senhor era persistente em continuar a lidar com Acaz, apesar da atitude deste último. Estas palavras, no entanto, parecem bastante surpreendente quando se percebe que é Isaías, que tem falado e que continua a falar. As palavras de Isaías são as palavras do Senhor! Mas, como qualquer leitor da Bíblia sabe, profetas do Antigo Testamento constantemente alegou estar falando as palavras do Senhor Deus. Este foi tão verdadeiro de Moisés e Samuel como dos profetas posteriores. Uma vez que este é tão comum no Antigo Testamento, é completamente desnecessário para sugerir, como faz Kittel, que o Senhor pode ter sido substituído por um de alguma forma original "Isaías." Não há nenhuma dificuldade em ver a declaração de Isaías nos seguintes versos como as palavras que o Senhor lhe deu para dizer a Acaz. Isaías alegou o tempo todo para ter sido enviado pelo Senhor e estar falando para Ele.
A afirmação de que o Senhor falou novamente enfatiza a paciência do Senhor com Acaz. O rei ficou tão teimoso e tão determinado a ter o seu próprio caminho que ele iria pagar nenhuma atenção à mensagem do profeta. No entanto, Deus não desistiu, por causa do rei e para o bem da nação. Desta vez, a palavra do Senhor para Acaz foi: Pede para ti um sinal do Senhor teu Deus . Ele estava certo de que ele poderia pedir qualquer tipo de sinal que ele desejava, como se toda a criação foram colocados perante o rei, a partir do qual ele foi convidado a escolher algum sinal de que Deus iria ignorar o enredo mal destes dois reis. Skinner observa que "Isaías jogou um jogo perigoso em apostando sua reputação em tão ilimitada uma escolha ... se ele não estava falando sob verdadeira inspiração divina." Certamente isto enfatiza a garantia de Isaías de que ele estava falando por Deus. Pelas palavras , teu Deus, Isaías lembra Acaz da relação que ele deveria manter com o Senhor.
A palavra "sinal" (Heb. 'oth) desempenha um papel importante no Antigo Testamento, e não necessariamente referir-se a qualquer coisa milagrosa. É algo que serve como uma indicação de que Deus está ou estará presente. Pode ser uma ocorrência sobrenatural que demonstra que Deus está trabalhando (conforme Ex
Não é possível para nós ter a certeza do espírito em que Acaz recusou-se a pedir um sinal. Ele pode ter sido leviano, ou ele pode ter falado com ironia. Mas de qualquer forma, ele queria se livrar do profeta para que ele pudesse continuar com seu próprio planejamento. Para ter pedido um sinal teria sido evidência de que ele tinha alguma fé na capacidade de Deus para dar o sinal e para ajudá-lo em seu problema. Se ele tivesse um pouco de fé em Deus, neste momento, ele não estava disposto a mostrar que até mesmo a ponto de pedir o sinal que lhe foi oferecida. Ele não queria confiar em Deus; ele queria confiar na Assíria. Por sua recusa em pedir um sinal, Acaz foi claramente virando as costas para o Senhor, e definindo-se como o melhor juiz do que ele deve fazer. Ele não estava se recusando porque o teste Deus era proibido (Dt
É sem dúvida verdade que o homem teria um tempo mais fácil com os problemas da vida se ele iria aprender a observar e aceitar as evidências de que Deus está com ele para ajudar. Só que ele pode muitas vezes se sentem, o homem não está sozinho neste mundo; Deus nunca deixou-o a seus próprios dispositivos, e prometeu não fazê-lo: "Eu nunca te deixarei, nem te desampararei" (He 13:5 , mas algumas coisas devem ser ditas aqui.
A principal discussão tem centrado em torno da tradução da palavra 'almah (virgem). Margem ASV lê "Ou, solteira , "e RSV inverte a leitura aceite ea margem, colocando a tradução" jovem "no texto e" virgem "na margem. Na Septuaginta, os judeus antes de Cristo usou uma palavra grega, parthenos , que denota claramente virgindade. Mas as traduções gregas feitas pelos judeus depois da época de Cristo usar a palavra neanis , com o significado mais inócuo de "jovem". A interpretação cristã tradicional, influenciada por Mt
A maioria dos comentaristas foram mais dogmática do que os fatos permitem, e têm obscurecido a questão. Não é possível provar, através de etimologia ou através do uso, que uma das palavras hebraicas denota clara e inequivocamente virgindade. A etimologia não pode ser traçada de forma positiva, e o uso de ambas as palavras não é claro em pontos. Bruce resume a evidência de uso assim: " 'almāh , que ocorre sete vezes, não parece ser utilizados de forma marcadamente diferente do bethulah , que ocorre cinquenta vezes. "Uma coisa é certa, e isso é que a palavra 'almah é nunca usado de uma mulher casada, enquanto bethulah às vezes é aplicada a quem é casado. Este fato por si só é suficiente para pôr em dúvida os argumentos contra a interpretar 'almahpara significar uma virgem.
O significado do verso é que Isaías previu algo incomum, e essa previsão era um sinal para Acaz que ele poderia ter coração, porque o Senhor ainda estava trabalhando fora Seus propósitos com o Seu povo. A promessa do nascimento do Messias poderia servir como um sinal para Acaz que Deus não havia abandonado o seu povo, e não abandoná-los, mas vai continuar a trabalhar para fora Seu plano para a sua redenção completa. Acaz claramente não entender todo o significado messiânico da previsão; ainda o que ele entendia era o suficiente para fazer essa mensagem mais um sinal de que Deus ainda estava dirigindo os caminhos das pessoas, e que continuaria a fazê-lo até que esses efeitos foram cumpridos na vinda do Messias. O significado desta previsão como um sinal é, então, o mesmo que o sinal a Moisés em Ex
E chamará o seu nome Emanuel. A Septuaginta confundiu a forma arcaica de este verbo (terceira pessoa do singular) para uma forma posterior segunda pessoa: ". chamada Tu" É desta forma que Mateus (Mt
O versículo 15 , com a sua referência agora enigmático para o consumo de manteiga e mel, é parte do sinal, e é uma espécie de vaga indicação do período de tempo antes do evento significou no versículo 16 -o desolação dos dois reis inimigos. A dupla referência à dieta da criança e do conhecimento do bem e do mal serve para indicar claramente a infância do menino, e, portanto, um comprimento curto, mas de tempo indefinido. Até o final deste curto período de tempo, os dois reis do norte irão se apagar do quadro como poderes, e Deus enviou o rei da Assíria -não para ajudar Acaz, mas contra ele.
Para resumir, é como se Deus disse através de Isaías à Acaz recalcitrante: "Você se recusa a pedir um sinal, uma vez que você preferir seus próprios planos para os do Senhor, para que o Senhor mesmo vos dará um sinal. Este sinal é uma previsão do nascimento notável do Messias esperado. Você se recusa a participar nos planos de Deus, mas Ele vai realizá-los sem o seu auxílio, e enviará o seu Messias em seu próprio tempo. E antes que o tempo passou, que pode ser comparado com o comprimento de sua infância, os dois reis dos quais você está com tanto medo será desolado. Mas Deus vai enviar o rei da Assíria, contra você, como punição por sua rebeldia! "
Ao descrever a profundidade do problema que está para vir sobre a nação, Isaías diz que vai ser pior do que a qualquer momento que eles têm visto a partir do dia em que Efraim se separou de Judá . Desta forma, ele se refere ao tempo após a morte de Salomão, quando as dez tribos do norte se separou dos outros dois, de modo que a nação nunca foi novamente unidos.
3. A Desolação Coming (7: 18-25) 18 E sucederá que, naquele dia, que Jeová assobiam para o moscas que há no extremo dos rios do Egito, e às abelhas que estão na terra da Assíria. 19 E virão, e deve pousarão todas nos vales desertos e nas fendas das rochas, e em todos os espinheirais, e sobre todas as pastagens. 20 Naquele dia o Senhor vai fazer a barba com uma navalha que é contratado, nas partes além do Rio, mesmo com o rei da Assíria, a cabeça e os cabelos dos pés; e deve igualmente consumir a barba. 21 E sucederá que, naquele dia, que um homem criará uma vaca e duas ovelhas; 22 e ela deve vir a passar, que por causa da abundância do leite que elas devem dar, comerá manteiga; pois manteiga e mel comerá todo aquele que é deixado no meio da terra. 23 E será que acontecerá naquele dia que todo lugar, onde havia mil vides, mil de prata, será para espinhos e abrolhos. 24 com setas e com curva entrarão ali, porque toda a terra será . espinhos e abrolhos 25 E todos os outeiros que costumavam cavar com enxadas, tu não cheguemos lá por medo de espinhos e abrolhos; mas o que será para a quarta envio de bois e para serem pisados pelas ovelhas.Nesta conclusão a esta mensagem, Isaías elabora a ameaça afirmado no versículo 17 . Observe a forma como ele usa a frase repetitiva naquele dia para dirigir sua casa mensagem (vv. Is
Wiersbe
Ao estudar as profecias do Antigo Testamento, há dois princípios im-portantes a serem levados em consi-deração: (1) os profetas vêem Cristo vindo em humilhação e em glória, mas não vêem o período de tempo entre esses dois eventos — a era da igreja (1Pe
I. Judá será libertado dos inimigos (Is
A. A situação (vv. 1-2)
A Assíria tornava-se forte e ameaça-va as outras nações, por isso Israel e Síria juntaram forças a fim de prote-ger-se. Queriam quejudá se alinhas-se com elas, no entanto o Reino do Sul não fez isso. Na verdade, Acaz negociava em segredo para que os assírios o protegessem (2Rs
- A promessa (vv. 3-9)
Deus enviou Isaías e seu filho, Um- Resto-Volverá, para encontrar-se com o rei Acaz enquanto inspecio-nava o aqueduto de Jerusalém. Isaí-as transmitiu ao rei a mensagem de esperança e confiança: não tema a Síria e Israel, pois, em 65 anos, elas serão quebradas. A profecia confir-mou-se: em 732, a Assíria derrotou a Síria (Damasco) e, em 721, a Isra-el (Efraim, Samaria), no período de tempo indicado.
- O sinal (vv. 10-16)
Acaz agiu de forma muita piedo-sa ao recusar receber um sinal do Senhor. Assim, Deus afastou-se de Acaz e deu o sinal a toda a casa de Davi (v. 13). Esse sinal cumpriu-se, por fim, com o nascimento de Je-sus Cristo (Mt
É possível (mas não obrigatório) que tenha havido algum tipo de cum-primento imediato da profecia como um sinal para o rei e a nação. Isso não quer dizer um nascimento virgi-nal miraculoso, já que apenas Jesus Cristo nasceu dessa forma. Contudo, sugere que uma virgem judia casou-se e, no ano seguinte, deu à luz um fi-lho. Antes que essa criança atingisse a idade judia de responsabilidade legal (12 anos), as nações inimigas, Israel e Síria, seriam derrotadas. Se esse sinal foi dado, como é provável, em 735 a.C., então a promessa seria cumpri-da por volta de 721. Como vimos, a Síria caiu em 732, e Samaria, em 721. E possível que a esposa de Isaías tenha dado à luz uma "criança que serviu como sinal"; Is
Em 9:8—10:34, Isaías continua a advertir Israel de seu julgamen-to iminente. Ele também adverte a Assíria de não ficar orgulhosa por causa de suas vitórias, pois é ape-nas uma ferramenta nas mãos do Senhor. Seu dia de derrota também chegará. Podemos ver na Assíria um símbolo do anticristo, que reunirá todas as nações contra Jerusalém na batalha de Armagedom. Da mesma forma como Deus derrotou a Assíria com seus poderes miraculosos, tam-bém derrotará Satanás e seus exérci-tos (Ap 19).
Russell Shedd
7.2 Efraim. Nome dado a todo o Reino do Norte, sendo Efraim a maior das dez tribos que compunham aquela nação (Israel sem Judá). Mais tarde, o nome serviu para toda a região de Samaria e da Galiléia.
7.4 Tocos de tições. Estes tocos não oferecem o perigo de queimar a mão de quem os segurar. Filho de Remalias. Peca era um simples usurpador do trono de Israel (2Rs
7.14 A virgem. Alguns teólogos querem traduzir isto por "mulher jovem", e não admitir esta profecia como do nascimento de Cristo de uma virgem. A mesma palavra hebraica, no entanto, 'almãh, se aplica a Miriã, menina de cerca Dt
9.6). Quando Jesus nasceu, Deus de fato "se fez carne e habitou entre nós" (Jo
7.16 A terra. A Palestina do norte, as duas nações da Síria e de Israel. De fato, o reinado de Rezim terminou quando Tiglate-Pileser III da Assíria reduziu a Síria ao estado de nação conquistada, em 732 a.C. Samaria foi destruída dez anos mais tarde, depois de um longo cerco.
7.18 Refere-se às forças militares das grandes impérios vizinhos. A luta entre os dois esmagará a pequena nação que fica entre eles.
7.20 Navalha alugada. O rei da Assíria, instrumento nos mãos de Deus para aplicar punição (10:5-6). Doutro lado do rio. Além do Eufrates, na Mesopotâmia. Barba. Ser rapado desta maneira, constituía grande humilhação (conforme 2Sm
7.21 Vaca nova. Anteriormente, o, povo tinha sido rico em gado. Agora, só haveria o suficiente para as necessidades básicas da vida. Os restantes de entre o povo viveriam dos produtos naturais da terra (conforme Êx
7.24 Flechas e arco. Por causa dos abrolhos, não somente deixaria de haver colheita, mas os próprios vinhais seriam lugar de caça.
NVI F. F. Bruce
O fracasso exterior do ministério de Isaías, predito no seu chamado para a missão, foi exemplificado de forma bem evidente alguns anos mais tarde, na época da guerra siro-efraimita, quando o próprio rei de Judá se mostrou cego para as realidades políticas e surdo para a palavra de Deus. O cap. 7 ilustra assim o cap. 6. A história é contada para o benefício do leitor, e por isso inclui elementos de ampliação e explanação; por exemplo, Acaz certamente conhecia muito bem a situação esboçada por Isaías nos v. 5,6.
Os reis de Damasco (Síria, v. 1) e de Israel estavam tentando se engajar numa causa comum contra os assírios e unir os Estados palestinos na sua confederação. Judá, sob o governo do rei Acaz, sabiamente resistiu às pressões diplomáticas, mas o resultado imediato disso foi que os exércitos sírio e israelita invadiram Judá e atacaram Jerusalém; era provavelmente o ano 734 a.C. O próprio Acaz foi substituído por um governante nomeado pelos sírios, Tabeel (v. 6); é claro que ele e o seu povo se assustaram (v. 2). Isaías, no entanto, longe de ficar amedrontado, só sentia desprezo pelos insignificantes reinos do Norte; até a grafia dos nomes Rezim e Tabeel foi colocada de forma propositadamente incorreta e irônica (e.g., “Tabeal” — como está na ARA, de forma correta — significa aproximadamente “não-serve-para-nada”!). A expressão muito vívida restos de lenha fumegante (v. 4) é francamente desdenhosa.
O cenário do confronto entre Acaz e Isaías foi fora da cidade, a leste (v. mapa, p. 1.037); é muito provável que o rei estivesse inspecionando o suprimento de água da cidade, sempre um problema sério em época de cerco de uma cidade. (Uma geração depois, Ezequias construiu o túnel de Siloé para aumentar o suprimento de água, na preparação para o cerco de Senaqueribe; qualquer que tenha sido a ocasião em que Jerusalém esteve cercada de todos os lados, o lugar em que Acaz e Isaías se encontraram caiu nas mãos dos inimigos; conforme 36.2).
Isaías foi instruído a levar o seu filho Sear-Jasube (v. 3) com ele, sem dúvida como um sinal subentendido para Acaz. O nome significa “um remanescente voltará”, um nome que significava em primeiro lugar a ameaça do desastre (especificamente deportação ou exílio), embora uma nota de esperança silenciosa não esteja ausente. O menino evidentemente já não era um bebê carregado nos braços, e podemos supor que ele tenha nascido logo após o chamado de Isaías e que por isso recebeu o nome que expressava tão bem a ameaça a Judá descrita em ó.llss. O nome agora assumia um significado especial. Até aqui, Judá tinha mal atraído a atenção da Assíria, mas, apavorado pela invasão siro-efraimita, Acaz agora propôs buscar a ajuda da Assíria (conforme 2Rs
O propósito de Isaías, em concordância com isso, foi dissuadir Acaz de buscar o apoio assírio e persuadi-lo a compartilhar a fé inabalável de Isaías no Deus de Israel. Primeiramente, ele anunciou a promessa solene de Deus de que as intenções de guerra de Damasco e Samaria não levariam a nada. O v. 8 é difícil: em primeiro lugar, a palavra traduzida por pois na introdução do versículo deveria ser traduzida por “apesar de”, para dar alguma seqüência lógica ao pensamento; em segundo lugar, a menção de sessenta e cinco anos não é fácil de ser explicada, e talvez seja um leve erro do hebraico em lugar de “seis ou cinco anos” (i.e., “cinco ou seis anos”), que evidentemente faz mais sentido (assim JB, em inglês; mas consulte comentários mais detalhados). O sentido geral dos v. 8,9 aparentemente é que Rezim e Peca podem até ter o apoio de todos os recursos dos seus reinos, mas na realidade ainda assim são impotentes. Pode estar implicado aí também que Rezim e Peca são os governantes legítimos somente dos seus próprios reinos — e que Acaz é a cabeça legítima de Jerusalém e Judá (conforme J. A. Motyer, Tyndalle Bulletin 21, 1970, p. 121).
O último desafio lançado a Acaz e seus conselheiros é mais um dos brilhantes jogos de palavras de Isaías: Se vocês não ficarem firmes na fé (heb. ta'"minu), com certeza não resistirão (heb. tê'ãmênü). V. uma tentativa de reproduzir o jogo de palavras na nota de rodapé da CNBB. A palavra de Deus era clara: a escolha era entre a fé (em Deus, e não na Assíria!) e a perda permanente da independência e da estabilidade políticas. A fé em Deus era uma política tão real e decisiva quanto o apelo dispendioso à Assíria,
c) O sinal para Acaz (7:10-17)
Provavelmente transcorreu um tempo até o profeta retornar ao rei com uma nova palavra do Senhor; ao menos é o que sugere a observação de impaciência no v. 13. A situação histórica ainda não mudou; a ameaça representada pelos invasores sírios e israelitas ainda está amedrontando Acaz e seus conselheiros. A essa altura, Acaz deve ter tomado a decisão de apelar para a Assíria por auxílio militar, e é por isso que, com piedade aparente (conforme Dt
Isaías havia predito anteriormente que os planos de Rezim e Peca não levariam a nada (v. 7); agora ele reafirma essa predição (v. 16), em termos que sugerem claramente os efeitos terríveis da invasão assíria vindoura sobre Damasco e o Reino do Norte de Israel, e depois prossegue imediatamente (v. 17) profetizando que a chegada das forças assírias vai representar problemas maiores do que Judá jamais conheceu na sua história de reino independente. (A última frase do v. 17 não fazia parte do oráculo falado, mas foi acrescentada para benefício do leitor.) Assim, o que começou como promessa termina como ameaça; o alívio temporário causado pela queda dos inimigos atuais de Judá seria mais do que compensado pelo domínio e opressão do novo “amigo” e aliado de Judá, a Assíria. O alívio temporário seria, como a proverbial calmaria antes da tempestade, um mero arauto das calamidades que se seguiriam.
O rei Acaz decidiu não pedir sinal algum, pois ele sabia que isso quase certamente seria embaraçoso para ele; mas Deus escolheu lhe dar um sinal mesmo assim, um sinal que não poderia ser omitido pelo rei nem pelo seu séqüito. (Esse é o sentido de descendentes de Davi, v. 13; “casa de Davi”, ARA; conforme v. 2.) O sinal seria o nascimento de Emanuel (v. 14).
Dificilmente há outro versículo na Bíblia que tenha sido mais debatido e discutido do que Is
a) Em que consiste exatamente o “sinal” ? Na concepção virginal? No nascimento? No nome? Na situação modificada?
b) O termo hebraico ‘almâh significa uma “jovem” (NTLH, BJ) ou uma virgem (ARA, ARC, NVI)? E será que a mulher citada é uma pessoa específica, ou a referência é geral?
c) A frase de anunciação em Sl implica linhagem régia ou não?
d) O nascimento é claramente futuro; mas será que a concepção da criança já ocorreu (como na NTLH) ou não (como na NVI)?
e) O texto exige um cumprimento imediato ou não?
(Comentários mais extensos e dicionários bíblicos devem ser consultados na busca de argumentos mais detalhados acerca dessas questões.)
No entanto, alguns pontos podem ser afirmados com certo grau de certeza;
a) Nenhum cristão que leva Mt
b) A palavra “sinal” (heb. ’ôt) requer um cumprimento razoavelmente próximo; uma predição pode ser feita para o longo prazo, mas um sinal é por definição um sinalizador na situação contemporânea que aponta para um evento mais distante. V. especialmente F. J. Helfmeyer, TDOT, i, verbete ’ôt).
c) Apesar de diversas tentativas de demonstrar o contrário, ainda permanece duvidoso se a palavra hebraica ‘almâh significava somente “virgem”. Certamente era um termo que incluía as virgens; mas não pode ser restrito a elas.
d) Num contexto em que nomes funcionavam claramente como sinais (Sear-Jasube em 7.3 e Maher-Shalal-Hash-Baz em 8:1-4), é altamente provável que o sinal tenha sido o nome “Emanuel”, e não a concepção ou o nascimento da criança.
e) Parece provável, embora não certo, que a construção hebraica sugira que Isaías estava se referindo primeiramente a uma jovem já grávida; praticamente a mesma construção ocorre em Gn
f) Nenhuma exegese natural pode aplicar o v. 16 a um futuro muito distante.
g) Não é muito provável que o Emanuel deveria ser o filho do próprio Isaías, visto que o seu filho Maher-Shalal-Hash-Baz provavelmente foi concebido e nasceu durante a mesma crise política (8:1-4). É ainda menos provável que Emanuel deveria ser filho de Acaz, visto que nesse caso o rei poderia facilmente evitar que esse sinal ocorresse, ao lhe dar um nome diferente. Realmente é verdade que nunca ouvimos falar de uma criança, seja de Isaías, seja de Acaz, que teve o nome Emanuel.
Com base nessas conclusões, podemos interpretar o texto da seguinte forma. Acaz se negara a buscar um sinal, visto que ele sabia no seu coração que um sinal demonstraria que Isaías estava certo. Mesmo assim, um sinal iria confrontá-lo; e este sinal foi que, antes que pudessem passar nove meses, os invasores sírios e israelitas teriam partido de forma tão dramática que muitas mulheres grávidas dariam o nome Emanuel — “Deus está conosco” — a seus recém-nascidos. (O nome Icabode, “a glória se foi”, conforme 1Sm
4.21,22, é uma boa comparação e contraste.) Em outras palavras, “Emanuel” se tornaria um nome de criança muito comum no ano seguinte. No entanto, o nome seria um sinal ou prova para Acaz, não de que a ameaça Sl-ro-efraimita já tinha passado (esse fato seria auto-evidente), mas de que o Deus que dessa maneira era reconhecido como estando “com” o seu povo tinha o propósito de causar graves dificuldades a eles por meio da Assíria. Quando essa ameaça se concretizaria? Em pouquíssimos anos, diz Isaías — antes que crianças que agora estavam no útero pudessem crescer até o discernimento maduro (v. 16). (A predição do v. 15 é explicada adiante nos v. 21,22.)
A escolha do nome Emanuel seria um sinal de fé por parte das mães (contrastando com a ausência de fé por parte de Acaz); e a fé e a confiança dessas pessoas simples e devotas seriam recompensadas no final. Aqui e em outros textos 1saías prediz a sobrevivência de um remanescente, por meio de quem viria mais tarde a escolha de Deus de um Rei e Messias. O juízo não poderia ser a última palavra de Deus para o seu próprio povo; viria o dia em que (não qualquer jovem mas) a virgem iria conceber e dar à luz o Filho cujo nome significaria a salvação final e definitiva do seu povo (Mt
d) A ameaça para Acaz (7:18-25)
O capítulo conclui com quatro breves oráculos que Isaías pode ter anunciado em ocasiões diferentes, mas que combinados servem para ampliar a ameaça do v. 17. O propósito principal das palavras do profeta é mostrar a Acaz e Judá a natureza da ameaça apresentada pela Assíria, embora fique claro que a Assíria não vai agir como agente independente, mas como ferramenta nas mãos de Deus para castigar Judá.
v. 18,19. Não somente a Assíria, mas também o Egito, sob o domínio de Deus, vão causar problemas a Judá. O Egito era conhecido por suas moscas, a Assíria, por suas abelhas, e Deus é retratado como um apicultor que assobia às suas abelhas para que sigam as suas ordens. Obviamente, Judá é a terra a ser infestada pelos dois; o retrato pode ser das duas nações lutando entre Sl na Palestina, ou então de dois “aliados” de Judá depredando este último.
O v. 20 mostra engenhosamente a tolice da ação de Acaz em “contratar” os assírios de além do Eufrates (heb. “o rio”); Acaz queria que eles executassem uma operação secundária (i.e., derrotar Rezim e Peca), mas a verdade é que os assírios não saberiam respeitar tal limitação à sua ingerência nas questões palestinas. Os pêlos de suas pernas significa pêlos púbicos, e assim a imagem sugerida é de total humilhação.
Os v. 21,22 servem para ampliar o v. 15. Um quadro nitidamente idílico é usado para mostrar um território de Judá em grande parte despovoado e que voltou ao estado primitivo da natureza, coalhada e mel: um sinal de fartura natural, mas nesse contexto sugere a perda do que hoje seria chamado de benefícios da civilização; viver de batatas e amoras-pretas seria um paralelo moderno.
Os v. 23ss retratam novamente uma terra que retornou a seu estado natural; o v. 24 sugere que animais selvagens estão infestando algumas regiões do território despovoado de Judá. O desastre de 701 a.C., ao final do ministério de Isaías, deve ter produzido esse tipo de conseqüências em várias regiões do país.
Observe que os dois últimos oráculos afirmam ou sugerem o tema do remanescente tratado por Isaías; apesar da amplitude do desastre por vir, algumas pessoas do povo de Deus iriam sobreviver.
Francis Davidson
Sear-Jasub (3), literalmente, "voltará um remanescente". Isto não se refere à catástrofe que envolverá os exércitos de Judá. Uma das doutrinas mais importantes de Isaías é a do Remanescente. De todo o povo que se afastou do Senhor, ficará um resto que regressará à luz e se regozijará na salvação do Senhor Deus. Ao dar este nome ao seu filho, Isaías afirma a realidade tanto do castigo como da misericórdia. A raça dos fiéis não será inteiramente arrancada da terra. Apenas um resto, mas, mesmo assim, uma verdadeira geração de fiéis que sobreviverá à sombra da mão bondosa de Deus e transformará em realidade a vontade divina.
Não temas... estes dois pedaços de tições fumegantes (4). Pretende-se acentuar que estes tições, outrora potencialmente perigosos, são agora quase impotentes, pouco mais do que meros troncos fumegantes. Assim, Isaías exprime o seu desprezo por eles. O filho de Tabeal (6). Nada se sabe a respeito deste homem. É significativo o fato de o profeta conhecer tão perfeitamente o plano da campanha que até sabe quem é a pessoa que se projeta sentar no trono. O nome é aramaico e, portanto, refere-se provavelmente a qualquer fantoche do rei da Síria.
A cabeça da Síria será Damasco... (8). O sentido deste versículo e do seguinte é: "Contemplai o poder aparente de Aram e de Israel, mas não o temais. As suas cabeças são apenas Rezim e o filho pretensioso de Remalias, mas Jerusalém é a cabeça de Judá, e a cabeça de Jerusalém é Jeová".
Dentro de sessenta e cinco anos (8). Alguns comentadores consideram estas palavras uma intercalação feita por um escriba em data posterior; afirmam eles que os profetas normalmente não dão uma data tão precisa às suas predições. No entanto, leia-se Jr
2. A RECUSA DO REI E O SINAL (Is
Sinal (11). Não necessariamente milagroso. Um sinal é um penhor palpável, uma prova da verdade que o profeta proclamava em nome de Jeová. Nem tentarei... (12); temos aqui puro subterfúgio e hipocrisia. O rei recebera ordem expressa de pedir este sinal, e não o fazer era recusar o auxílio do céu.
Eis que uma virgem conceberá... (14-16). É este um dos mais grandiosos trechos de Isaías, em torno do qual, nestes últimos tempos, se têm desencadeado tempestades de controvérsia e polêmica. Não podemos fazer aqui mais do que sublinhar alguns pormenores; para examinar mais a fundo esta questão, estudem-se obras de maior fôlego concebidas em maior detalhe. O problema é se esta passagem constitui uma referência específica e enfática à vinda do Messias e à maneira como se verificará o Seu nascimento, ou se temos aqui apenas uma referência estritamente limitada ao fato da presença de Jeová Todo Poderoso. Ao considerar este assunto, não se esqueça que é muito freqüente as profecias do Velho Testamento terem um sentido duplo, apontando para uma realização imediata e para outra mais tardia. Nos vers. 15 e 16, o que se descortina é, evidentemente, um livramento num futuro breve. O nascimento daquela criança com o nome sagrado de Emanuel ("Deus conosco") é um penhor da certeza da libertação. Mas, para além dele, há a promessa firme, a realizar mais tarde, da salvação por Jeová do Seu povo de Israel. Só mediante a vinda do Filho de Deus e a realidade da encarnação é que se abriu o caminho para a realização deste livramento ulterior e mais absoluto. O autor destas linhas é de opinião que não há possibilidade de tirar a esta passagem o seu sentido messiânico. Mesmo que se conceda que a palavra traduzida por "virgem" (em hebraico almah) não tem necessariamente esse sentido exclusivo e que o profeta pensa, antes de mais, num acontecimento imediato, permanece o fato de que a redenção dos filhos de Israel e de toda a raça humana é realizada por Alguém com o nome de Emanuel, e acerca do Qual lemos, através do ensino explícito desse mesmo Alguém, que os profetas dEle escreveram e falaram (ver Lc
Com respeito ao reino futuro a que Isaías se refere (ver Is
3. JUDÁ ASSOLADO (Is
Dicionário
Acaz
-Acaz [Ele Sustenta] - Décimo segundo rei de Judá, que reinou 4 anos junto com Jotão, seu pai; e depois, sozinho, mais 16 anos (736-716 a.C.). Foi um dos piores reis de Judá (2Ch 28).
possuidor
(Forma abreviada de Jeoacaz. Heb. “o Senhor tem possuído”).
1. O rei Acaz foi sucessor de seu pai Jotão, e reinou por 16 anos em Judá, durante o final conturbado do reino de Israel, no Norte (742-727 a.C.). Seu governo foi caracterizado por muitos problemas e ele mesmo recebeu esse epitáfio: “Não fez o que era reto aos olhos do Senhor seu Deus, como Davi, seu pai” (2Rs
Acaz conquistou essa reputação por aprovar a colocação das imagens dos ídolos assírios no Templo de Jerusalém (2Rs
O profeta Isaías estava em atividade nessa época e os capítulos
2. Descendente do rei Saul, bisneto de Jônatas (1Cr
Dias
substantivo masculino plural Tempo de vida, de existência, dias de vida, vida.Etimologia (origem da palavra dias). Pl de dia.
Filho
substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
Filho
1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn
2) Descendente (Ml
4) Membro de um grupo (2Rs
5) Qualidade de uma pessoa (Dt
6) Tratamento carinhoso (1
Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19
[...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1
O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17
[...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39
Os filhos são doces algemas de nossa alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49
Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2
[...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135
[...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38
Israel
substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.
substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.
Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn
Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn
Israel [O Que Luta com Deus] -
1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn
2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex
3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).
4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl
Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn
Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.
Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...
Jerusalém
Jerusalém Tem-se interpretado o nome dessa cidade como “cidade da paz”. Na Bíblia, aparece pela primeira vez como Salém (GnNo ano 70 d.C., aconteceu o segundo Jurban ou destruição do Templo, desta vez pelas mãos das legiões romanas de Tito. Expulsos de Jerusalém após a rebelião de Bar Kojba (132-135 d.C.), os judeus do mundo inteiro jamais deixaram de esperar o regresso à cidade, de forma que, em meados do séc. XIX, a maioria da população hierosolimita era judia. Após a Guerra da Independência (1948-1949), a cidade foi proclamada capital do Estado de Israel, embora dividida em zonas árabe e judia até 1967.
Jesus visitou Jerusalém com freqüência. Lucas narra que, aos doze anos, Jesus se perdeu no Templo (Lc
O fato de esses episódios terem Jerusalém por cenário e de nela acontecerem algumas aparições do Ressuscitado e igualmente a experiência do Espírito Santo em Pentecostes pesou muito na hora de os apóstolos e a primeira comunidade judeu-cristã fixarem residência (At
J. Jeremías, Jerusalén en tiempos de Jesús, Madri 1985; C. Vidal Manzanares, El Judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; A. Edersheim, Jerusalén...; E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.
-
Jerusalém [Lugar de Paz] - Cidade situada a uns 50 km do mar Mediterrâneo e a 22 km do mar Morto, a uma altitude de 765 m. O vale do Cedrom fica a leste dela, e o vale de Hinom, a oeste e ao sul. A leste do vale de Cedrom está o Getsêmani e o monte das Oliveiras. Davi tornou Jerusalém a capital do reino unido (2Sm
Existia, com o nome de Uruslim, isto é, Cidade de Salim ou Cidade da Paz, uma cidade no mesmo sítio de Jerusalém, antes de terem os israelitas atravessado o rio Jordão ao entrarem na Palestina. inscrições da coleção de Tel el-Amarna mostram que naquele tempo (cerca de 1400 a.C.) era aquela povoação um lugar de alguma importância, cujo governador estava subordinado ao Egito. o nome aparece já com a forma de Jerusalém em Js
4) – mas isso só foi levado a efeito por Salomão (1 Rs 6.1 a 38). Quando o reino se dividiu, ficou sendo Jerusalém a capita! das duas tribos, fiéis a Roboão (1 Rs 14.21). No seu reinado foi tomada por Sisaque, rei do Egito (1 Rs 14,25) – e no tempo do rei Jeorão pelos filisteus e árabes (2 Cr 21.16,17) – e por Joás, rei de israel, quando o seu rei era Amazias (2 Cr 25.23,24). No reinado de Acaz foi atacada pelo rei Rezim, da Síria, e por Peca, rei de israel, mas sem resultado (2 Rs 16.5). Semelhantemente, foi a tentativa de Senaqueribe no reinado de Ezequias (2 Rs 18.19 – 2 Cr 32 – is
Jotão
-o Senhor é perfeito. 1. o filho mais novo de Gideão, que escapou da mortandade, operada por Abimeleque em ofra. Quando Abimeleque foi coroado rei, proferiu Jotão a famosa parábola das árvores que escolheram um rei, querendo desta forma dar um aviso aos homens de Siquém. Ele fugiu para Beer para salvar a sua vida, e com essa fugida acaba a sua história (Jz
(Heb. “o Senhor é perfeito”).
1. Filho do rei Uzias e sua esposa Jerusa. Tinha 25 anos de idade quando começou a reinar e governou de 740 a 736 a.C. (2Rs
“Jotão se tornou poderoso, porque dirigiu os seus caminhos na presença do Senhor seu Deus” (2Cr
Os profetas Isaías, Miquéias e Oséias desenvolveram seus ministérios durante o reinado de Jotão (Is
2. Filho de Jodai e descendente de Judá e de Calebe, mencionado em I Crônicas
3. Filho mais novo de Jerubaal (Gideão), mencionado em Juízes
Jotão [Javé É Justo]
1) Filho de Gideão, que condenou os habitantes de Siquém quando estes proclamaram a Abimeleque como seu rei (Jz 9).
2) Décimo primeiro rei de Judá, que reinou de 740 a 736 a.C., depois de seu pai Uzias. Os 16 anos de reinado mencionados em 2Rs
Judá
-Louvor. É este um nome que em diversos lugares aparece com a forma de Judas e de Juda. E também a Judéia se chama Judá em certo número de exemplos. 1. Pela primeira vez ocorre em Gn
1. Nascido em Padã-Arã, era o quarto filho de Jacó e Lia (Gn
Em certa ocasião, Judá saiu para passar uns dias com seu amigo Hira, em Adulão, onde conheceu e casou-se com uma mulher filha de um cananeu chamado Sua. Teve vários filhos com ela (Gn
Há um grande contraste entre o pecado sexual de Judá, ao aproximar-se de uma mulher que se fazia passar por prostituta (Gn 38), e a fidelidade de José, o qual recusou-se a deitar com a esposa de Potifar. Todo o relato sobre Judá é narrado pelo escritor bem no meio da história do sofrimento de José, na prisão, devido ao seu comportamento íntegro (Gn
Judá aparece novamente em cena quando os irmãos viajaram pela segunda vez ao Egito, a fim de comprar alimentos, durante a fome que assolava a humanidade. Ele lembrou ao pai que o primeiro-ministro do Egito avisara que não os receberia a menos que levassem o irmão mais novo, Benjamim, junto com eles (ainda não sabiam que era José, desejoso de ver o irmão). Judá prometeu ao pai que ele próprio se ofereceria como refém para que Benjamim regressasse do Egito em segurança. Sem dúvida, tanto Jacó como Judá percebiam que havia possibilidade de perderem mais um membro da família (Gn
Quando estava próximo da morte, Jacó abençoou seus filhos e profetizou que Judá seria a maior de todas as tribos. Predisse que o cetro (símbolo da realeza) jamais se apartaria de sua mão (Gn
Quando a terra de Canaã foi distribuída entre as tribos, no tempo de Moisés e de Josué, Judá recebeu como herança a região ao redor de Hebrom, ao sul de Jerusalém. A bênção de Jacó sobre este filho provou ser correta e duradoura. Judá permaneceu a tribo abençoada por Deus e, depois da invasão de Israel pelos assírios, tornou-se o reino abençoado por Deus. O rei Davi era descendente de Judá e entre os seus filhos, no futuro, estaria o Salvador Jesus. Desta maneira, o cetro seria estabelecido para sempre entre os descendentes de Judá (Lc
2. Um dos levitas que se casaram com mulheres estrangeiras depois do retorno do exílio na Babilônia (Ed
3. Filho de Senua, da tribo da Benjamim, foi colocado como segundo superintendente da cidade de Jerusalém, após o exílio na Babilônia (Ne
4. Um dos levitas que ajudaram no ministério da música no Templo, após o retorno do exílio na Babilônia (Ne
5. Um dos líderes da tribo de Judá que participaram do culto de dedicação dos muros de Jerusalém, quando a obra de reconstrução foi concluída, na época de Neemias (Ne
6. Outro envolvido na celebração da festa de dedicação dos muros de Jerusalém, sob a liderança de Neemias (Ne
Judá
1) Quarto filho de Jacó e Lia (Gn
2) e de Cristo (Mt
2) Uma das 12 TRIBOS do povo de Israel, formada pelos descendentes de JUDÁ 1. Na divisão da terra, essa tribo recebeu a maior parte do sul da Palestina (Jos
3) Reino localizado no sul da Palestina. Foi formado quando as dez tribos do Norte se revoltaram contra Roboão e formaram o Reino de Israel sob o comando de Jeroboão I, em 931 a.C. (1Rs 12;
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ). Durou até 587 a.C., quando Jerusalém, sua capital, foi tomada e arrasada pelos babilônios, e o povo foi levado ao CATIVEIRO (1Rs 12—22; 2Rs; (2Ch 11—36).
4) Nome usado em Esdras (5.8; 9.9), Neemias (2,7) e Ageu (1.1,14; 2,2) a fim de indicar a PROVÍNCIA para onde os
Peca
Filho de Remalias, era oficial das forças reais, que assassinou Pecaías rei de israel apoderando-se do trono (736 a.C.), de recursos, e esforçou-se em restaurar as fortunas do seu país, que tinham sido enfraquecidas não só com os pesados tributos, lançados, pelos monarcas da Assíria (2 Rs 15.20), mas também com as lutas internas. Reuniu-se ao rei Rezim, de Damasco (2 Rs 15.37), com o fim de espoliar o reino de Judá. Em parte foi isto mais tarde realizado (2 Cr 28,6) por meio de uma terrível mortandade – mas teve de recuar por causa do auxílio prestado a Judá pelo rei da Assíria (2 Rs 16.7 a 9). Foram notáveis as conseqüências desta guerra. ocasionou as grandes profecias de isaías (caps. 7 a9) – foi tomado Elate, o único porto judaico no mar Vermelho – e por fim metade do reino de Peca passou para Tiglate-Pileser, rei da Assíria, que tinha sido chamado para socorrer o rei de Judá (2 Rs 15.29 – 2 Cr 5.26). Peca, que por meio da violência tinha subido ao trono, foi também assassinado por oséias, filho de Elá, o qual se apossou do reino (2 Rs 15.30).
(Heb. “ele tem aberto”). Filho de Remalias, foi rei de Israel (reino do Norte), de 740 a 732 a.C. Chegou ao trono por causa do assassinato de seu antecessor, o rei Pecaías (2Rs
Parece que Peca preparou-se durante algum tempo para efetuar o golpe de estado. Provavelmente já liderava o povo na região de Gileade e aparentemente já havia feito um tipo de aliança com Rezim, rei da Síria. Essa é a solução mais provável para o intrincado problema da duração de seu reinado. II Reis
No
v. 29 há uma clara indicação do poder de Tiglate-Pileser III, o qual, durante o reinado de Peca, capturou grandes extensões do território ao norte e leste de Israel, inclusive a própria fortaleza do rei em Gileade e a cidade fortificada de Hazor, que protegia a junção de duas importantes rotas comerciais. Também transportou muitos israelitas daquelas regiões para a Assíria.
A resposta de Peca foi aliar-se a Rezim, rei da Síria, para juntos construírem uma grande fortaleza na Palestina. Os dois atacaram o rei Acaz, de Judá, por ter-se recusado a participar da aliança (2Cr
No relato do reinado de Peca o livro de Reis documenta o declínio de Israel e a aproximação do juízo inevitável de Deus. Com uma sucessão de reis que subiam ao trono por meio do crime e assassinato, observa-se a degeneração de uma nação que se recusava a voltar para o Senhor. Mesmo quando Peca deu demonstração de que derrotaria Judá, foi apenas por um breve momento, no qual Deus o usou para executar juízo contra o seu povo judeu e contra Acaz, que ironicamente estava agindo como os reis de Israel e fazia o que era mau aos olhos do Senhor (2Rs
Peca [Vigilância ? Abertura ?] - Décimo oitavo rei de Israel, que reinou 5 anos (737-732 a.C.) em lugar de PECAÍAS, a quem matou (2Rs
Pelejar
verbo intransitivo Batalhar; combater; lutar.Figurado Lutar por uma ideia, por um princípio, por uma doutrina, verbalmente ou por escrito.
Entrar em desacordo com alguém; oferecer-lhe oposição.
[Brasil] Insistir, teimar.
[Popular] Trabalhar afanosamente.
batalhar; combater
Peça
substantivo feminino Pedaço, parte de algo: peça de vestuário.Cada um dos elementos que constituem um todo: peça de motor.
Cada uma das pedras ou figuras, em jogos de tabuleiro: peça de damas.
[Jurídico] Documento que faz parte de um processo.
[Teatro] Composição dramática: peça teatral.
Figurado O que se faz para enganar; ludíbrio, logro.
[Música] Composição feita em forma de música.
Pessoa maliciosa ou de má índole.
Qualquer artefato feito mecânicamente; artefato.
Teia de pano: peça de pano.
Compartimento de uma casa.
Objeto valioso; joia.
[Marinha] Cada um dos compartimentos da marinha nos quais se produz o sal.
Arma de lançamento de bombas; canhão.
Antigo Antiga moeda portuguesa de ouro.
locução adverbial Pregar peça. Fazer uma brincadeira enganando; causar contrariedade ou desgosto.
Etimologia (origem da palavra peça). Do celta pettia "pedaço".
substantivo feminino Pedaço, parte de algo: peça de vestuário.
Cada um dos elementos que constituem um todo: peça de motor.
Cada uma das pedras ou figuras, em jogos de tabuleiro: peça de damas.
[Jurídico] Documento que faz parte de um processo.
[Teatro] Composição dramática: peça teatral.
Figurado O que se faz para enganar; ludíbrio, logro.
[Música] Composição feita em forma de música.
Pessoa maliciosa ou de má índole.
Qualquer artefato feito mecânicamente; artefato.
Teia de pano: peça de pano.
Compartimento de uma casa.
Objeto valioso; joia.
[Marinha] Cada um dos compartimentos da marinha nos quais se produz o sal.
Arma de lançamento de bombas; canhão.
Antigo Antiga moeda portuguesa de ouro.
locução adverbial Pregar peça. Fazer uma brincadeira enganando; causar contrariedade ou desgosto.
Etimologia (origem da palavra peça). Do celta pettia "pedaço".
Rei
substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
Gramática Feminino: rainha.
Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.
l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl
substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
Gramática Feminino: rainha.
Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.
Rei
1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At
2) Título de Deus (Ml
3) Rei do Egito,
v. FARAÓ.
Remalias
-aquele a quem Jeová adornou
Pai de Peca, mencionado na Bíblia somente na expressão “Peca, filho de Remalias”. Peca tornou-se rei de Israel depois de assassinar Pecaías (2Rs
Rezim
(Aram. “chefe”).
1. Tornou-se rei da Síria em 740 a.C., durante os últimos anos do reino do Norte [Israel], no reinado de Peca. Os dois reis fizeram uma aliança, na esperança de juntos lutar contra os assírios. Quando o rei Acaz, de Judá, recusou-se a unirse a eles, ambos atacaram os judeus com algum sucesso, fizeram muitos prisioneiros e até mesmo sitiaram Jerusalém por algum tempo (2Rs
2. Líder de uma das famílias de servidores do Templo cujos descendentes retornaram do exílio na Babilônia nos dias de Esdras e voltaram a trabalhar no Santuário (Ed
Rezim [Domínio] - Rei da Síria (735-732 a.C.), que lutou contra JUDÁ 3, (Is 7; (2Rs
1. Rei de Damasco, que fez aliança com Peca, rei de israel, para atacar Jotão e Acaz, sucessivos reis de Judá. os exércitos aliados cercaram Jerusalém, sendo mal sucedidos (2 Rs 15.37 – 16.5 – is
Reí
(Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs
Siria
A Síria, também chamada Arã por virtude do nome daquele patriarca, cujos descendentes a povoaram, compreendia o país que ficava entre o rio Eufrates ao oriente, e o Mediterrâneo ao ocidente, com a Cilicia ao norte, e o deserto da Arábia ao sul, excluindo a Palestina. Todavia, os limites da Síria nunca foram bem determinados, e o nome era vagamente usado. A Síria possuía muitas cidades famosas dentro dos seus limites. Entre essas, as principais eram Damasco, Antioquia, Selêucia, Palmira e Laodicéia. Era composta a Síria de uma reunião de pequenos Estados, lutando uns com os outros pela supremacia, mas com resultados indefinidos. o reino de Damasco era o principal – e, depois dos dias de Abraão, aparece pela primeira vez na história da Bíblia, aliado contra Davi com Hadadezer, rei de Zobá (2 Sm 8.5). o resultado da guerra foi a submissão da Síria a Davi – mas no reinado de Salomão houve contra este rei uma revolta de que era chefe Rezom de Zobá, que também se apoderou de Damasco (1 Rs 11.23 a 25). Desde esse tempo ficaram os reinos da Síria independentes de israel, com quem tiveram repetidas guerras sob o governo da dinastia de Hadade, tornando-se notável o cerco de Samaria, tão maravilhosamente malogrado (2 Rs 6 e 7). Depois disto assassinou Hazael o rei da Síria, e usurpou o trono, oprimindo o reino de israel – mas a seu tempo foi vencido por Jeoás, rei de israel (2 Rs 13Suceder
verbo transitivo indireto Vir depois; seguir-se: ao dia sucede à noite.Ser sucessor; assumir, por direito de sucessão, por nomeação ou por eleição, as funções antes ocupadas por outrem: o papa Paulo VI sucedeu a João 23.
verbo intransitivo Acontecer, ocorrer: sucedeu que a minha ausência não foi notada; sucederam coisas misteriosas naquela noite.
Ocorrer algo com alguém: já não se lembra do que lhe sucedeu ontem.
verbo pronominal Acontecer sucessivamente: após o primeiro, sucederam-se muitos encontros.
verbo transitivo indireto Ser solicitado por uma obrigação legal, testamento ou inventário: não tinha herdeiros que o sucedesse na herança.
Etimologia (origem da palavra suceder). Do latim succedere, ocorrer depois de.
suceder
v. 1. tr. ind., Intr. e pron. Vir ou acontecer depois; seguir-se. 2. tr. ind. e Intr. Acontecer, dar-se (algum fato). 3. tr. ind. Produzir efeito, ter bom resultado. 4. tr. ind. Ir ocupar o lugar de outrem; substituir. 5. tr. ind. Tomar posse do que pertencia ao seu antecessor. Na acepção de acontecer, realizar-se, vir depois, é defectivo e só se conjuga nas 3.ª³ pessoas.
Síria
(origem obscura)
1. [Portugal: Alentejo] Compleição, constituição física.
2. [Portugal: Trás-os-Montes] Consistência ou robustez das pernas.
3. Animação, vivacidade.
5. [Viticultura] Casta de uva branca, cultivada no interior de Portugal. = ALVADURÃO, ROUPEIRO
(as-Souriya) - do nome em antigo grego para a Assíria, embora a área central da Assíria estaeja atualmente localizada no moderno Iraque. Antes dos gregos, a região do moderno estado da Síria era conhecido como Aram, de onde procede o idioma aramaico, uma antiga língua franca do Oriente Médio, ainda falada em alguns vilarejos nos dias atuais.
Síria V. ARÃ 2.
Uzias
-o Senhor é minha força. 1. Rei de Judá, e filho do assassinado rei Amazias, sendo colocado no trono pelo povo, quando tinha dezesseis anos (2 Cr 26.1 e seg.). Foi um rei sábio, que fortaleceu e consolidou a sua nação durante um longo reinado de cinqüenta e dois anos (808-9 a 756-7 a.C.). Também é conhecido pelo nome de Azarias. A sua primeira e bem sucedida campanha foi contra os edomitas, a quem tirou Elate (*veja esta palavra) que eles tinham arrancado das fracas mãos de Jorão oitenta anos antes. Este importante porto do golfo de Acabá foi por ele fortificado, e transformado em centro do seu comércio eom os estrangeiros (2 Rs 14.22 – 2 Cr 26.2). Em seguida levantou-se contra os filisteus e certas tribos árabes do sul, derrotando-os e impondo-lhes tributos. os amonitas foram também compelidos, ou por prudência, ou por necessidade, a enviar presentes a Uzias (2 Cr 26.6 a 8). Também este rei fortaleceu grandemente as defesas de Jerusalém, construindo sobre as muralhas novos e terríveis engenhos de destruição. É atribuída a Uzias a invenção da catapulta e da balista para o arremesso de grandes pedras e dardos (2 Cr 26.15). Estas máquinas de guerra acham-se representadas nas esculturas assírias. Ele equipou um exército, que se diz ter sido de 307.500 homens, com as melhores armas do tempo, de maneira que era temido das nações circunvizinhas (2 Cr 26.7,8). Para beneficiar o povo, mandou abrir poços e animou a agricultura, dando ele próprio o exemplo, pois cultivou os campos e plantou vinhas. Edificou torres com o fim de proteger os rebanhos e as manadas contra os ladrões e as feras (2 Cr 26.10). Uzias foi um verdadeiro e firme adorador do Senhor, procurando os conselhos do profeta Zacarias (2 Cr 26,5) – mas tornou-se altivo, e o seu orgulho trouxe sobre ele um terrível castigo. Ele intentou queimar incenso sobre o altar de Deus, ato que somente o sumo sacerdote podia praticar – mas fizeram-lhe forte oposição o sumo sacerdote Azarias e alguns outros. irado com a resistência destes sacerdotes procurou à força satisfazer o seu desejo, mas Deus o feriu de lepra (2 Rs 15.5 – 2 Cr 26.16 e seg.). Como ficou leproso, teve de abandonar o seu palácio e viver fora da cidade, governando como regente o seu filho Jotão. Quando morreu, foi sepultado num sepulcro especial (2 Cr 26.23). (*veja Azarias.) 2. Filho de Uriel, um levita e ascendente de Samuel (1 Cr 6.24). 3. Um dos superintendentes de Davi (1 Cr 27,25) 4. Sacerdote que havia casado com mulher estrangeira no tempo de Esdras (Ed
(Heb. “o Senhor é minha força”).
1. Rei de Judá, governou aproximadamente de 791 a 740/39 a.C. O relato mais longo sobre ele encontra-se em II Crônicas 26, que diz que ele reinou por 52 anos. Governou como co-regente junto com seu pai Amazias, o qual, nos primeiros anos de seu reinado, provavelmente estava preso no reino do Norte. Sua mãe chamava-se Jecolia e era de Jerusalém. Uzias liderou Judá num período de grande prosperidade que culminou num rápido declínio (II Reis
O cronista deseja que o leitor entenda que, assim como seu pai Amazias, Uzias teve grande sucesso “enquanto buscou ao Senhor” (v. 5). Certamente na primeira parte de seu reinado ele “fez o que era reto aos olhos do Senhor” (v. 4) e isso trouxe a bênção de Deus nas lutas contra os filisteus, árabes e amonitas. Durante este tempo, Uzias era ensinado sobre a fé por um profeta chamado Zacarias, o qual é mencionado somente neste texto (v. 5). A fama deste rei espalhou-se muito além das fronteiras de Judá e chegou até o Egito (vv. 6-8). Fortificou a cidade de Jerusalém e construiu postos de vigia no deserto. Juntou um poderoso e enorme exército, muito bem equipado, e até mesmo desenvolveu novos tipos de armas para serem usadas na defesa dos muros da cidade (vv. 9-15).
Como, porém, acontece com muitas pessoas que se tornam poderosas e famosas, Uzias ficou orgulhoso e desobedeceu ao Senhor. Entrou no Templo para oferecer sacrifícios, o que só os sacerdotes tinham permissão para fazer, de acordo com a Lei de Deus. Sacerdotes corajosos, liderados por Azarias, opuseram-se ao rei e denunciaram o pecado que ele cometera. Uzias aborreceu-se com os sacerdotes, mas, no mesmo instante, ficou leproso, “visto que o Senhor o ferira” (vv. 1620). A lepra era um mal que impedia a pessoa de entrar no Templo e, assim, foi o castigo apropriado para o crime do rei. II Reis
2. Filho de Uriel e pai de Saul, do clã dos coatitas, da tribo de Levi (1Cr
3. Pai de um certo Jônatas, o qual era responsável pelos “tesouros dos campos, das cidades, das aldeias, das torres” do rei Davi; portanto, era um dos superintendentes pessoais do rei (1Cr
4. Descendente de Harim, viveu no tempo de Esdras; foi um dos judeus que se casaram com mulheres estrangeiras, em vez de escolher uma esposa na tribo de Judá (Ed
5. Pai de Ataías e descendente de Perez, da tribo de Judá. Ataías se estabeleceu em Jerusalém depois do exílio na Babilônia (Ne
6. Asteratita, pertencia ao grupo dos “trinta” guerreiros valentes de Davi, os quais saíam com ele para as batalhas e lideravam o povo de Israel na guerra (1Cr
Uzias Décimo rei de Judá, que reinou de 781 a 740 a.C., depois de Amazias, seu pai (2Rs
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
בֵּן
(H1121)
procedente de 1129; DITAT - 254; n m
- filho, neto, criança, membro de um grupo
- filho, menino
- neto
- crianças (pl. - masculino e feminino)
- mocidade, jovens (pl.)
- novo (referindo-se a animais)
- filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
- povo (de uma nação) (pl.)
- referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
- um membro de uma associação, ordem, classe
הָיָה
(H1961)
uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v
- ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
- (Qal)
- ——
- acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
- vir a acontecer, acontecer
- vir a existir, tornar-se
- erguer-se, aparecer, vir
- tornar-se
- tornar-se
- tornar-se como
- ser instituído, ser estabelecido
- ser, estar
- existir, estar em existência
- ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
- estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
- acompanhar, estar com
- (Nifal)
- ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
- estar pronto, estar concluído, ter ido
אָחָז
(H271)
יְהוּדָה
(H3063)
procedente de 3034, grego 2448
- o filho de Jacó com Lia
- a tribo descendente de Judá, o filho de Jacó
- o território ocupado pela tribo de Judá
- o reino composto pelas tribos de Judá e Benjamim que ocuparam a parte do sul de Canaã depois da nação dividir-se dois reinos após a morte de Salomão
- um levita na época de Esdras
- um supervisor de Jerusalém na época de Neemias
- um músico levita na época de Neemias
- um sacerdote na época de Neemias
יֹום
(H3117)
procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m
- dia, tempo, ano
- dia (em oposição a noite)
- dia (período de 24 horas)
- como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
- como uma divisão de tempo
- um dia de trabalho, jornada de um dia
- dias, período de vida (pl.)
- tempo, período (geral)
- ano
- referências temporais
- hoje
- ontem
- amanhã
יֹותָם
(H3147)
procedente de 3068 e 8535, grego 2488
Jotão = “Javé é perfeito”
- filho do rei Uzias, de Judá, com Jerusa; rei de Judá por dezesseis anos e contemporâneo de Isaías e do rei Peca, de Israel
- filho de Jadai e um descendente de Calebe e Judá
- filho mais novo de Gideão que escapou do massacre dos seus irmãos
יָכֹל
(H3201)
uma raiz primitiva; DITAT - 866; v
- prevalecer, vencer, resistir, ter poder, ser capaz
- (Qal)
- ser capaz, ser capaz de vencer ou realizar, ser capaz de resistir, ser capaz de alcançar
- prevalecer, prevalecer sobre ou contra, vencer, ser vitorioso
- ter habilidade, ter força
יְרוּשָׁלַ͏ִם
(H3389)
um dual (em alusão aos seus dois montes principais [a pontuação verdadeira, ao menos conforme a leitura antiga, parece ser aquele de 3390]), provavelmente procedente de (o particípio passivo de) 3384 e 7999, grego 2414
- a cidade principal da Palestina e capital do reino unido e, depois da divisão, capital de
Judá
יִשְׂרָאֵל
(H3478)
procedente de 8280 e 410, grego 2474
Israel = “Deus prevalece”
- o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
- o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
- o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
- o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
- o nome da nação depois do retorno do exílio
לֹא
(H3808)
ou
uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv
- não
- não (com verbo - proibição absoluta)
- não (com modificador - negação)
- nada (substantivo)
- sem (com particípio)
- antes (de tempo)
לָחַם
(H3898)
uma raiz primitiva; DITAT - 1104,1105; v
- lutar, combater, guerrear
- (Qal) lutar, combater
- (Nifal) entrar em batalha, fazer guerra
- (Qal) comer, usar como alimento
מִלְחָמָה
(H4421)
procedente de 3898 (no sentido de luta); DITAT - 1104c; n f
- batalha, guerra
מֶלֶךְ
(H4428)
עֻזִּיָּה
(H5818)
procedente de 5797 e 3050, grego 3604
- filho do rei Amazias, de Judá, e rei de Judá ele próprio por 52 anos; também ‘Azarias’
- um levita coatita e antepassado de Samuel
- um sacerdote dos filhos de Harim que casou com uma esposa estrangeira na época de Esdras
- um judaíta, pai de Ataías ou Utai
- pai de Jônatas, um dos supervisores de Davi
עַל
(H5921)
via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep
- sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
- sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
- acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
- acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
- sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
- sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
- por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
- abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
- para (como um dativo) conj
- por causa de, porque, enquanto não, embora
עָלָה
(H5927)
uma raiz primitiva; DITAT - 1624; v
- subir, ascender, subir
- (Qal)
- subir, ascender
- encontrar, visitar, seguir, partir, remover, retirar
- subir, aparecer (referindo-se a animais)
- brotar, crescer (referindo-se a vegetação)
- subir, subir sobre, erguer (referindo-se a fenômeno natural)
- aparecer (diante de Deus)
- subir, subir sobre, estender (referindo-se à fronteira)
- ser excelso, ser superior a
- (Nifal)
- ser levado para cima, ser trazido para cima, ser levado embora
- levar embora
- ser exaltado
- (Hifil)
- levar ao alto, fazer ascender ou escalar, fazer subir
- trazer para cima, trazer contra, levar embora
- trazer para cima, puxar para cima, treinar
- fazer ascender
- levantar, agitar (mentalmente)
- oferecer, trazer (referindo-se a presentes)
- exaltar
- fazer ascender, oferecer
- (Hofal)
- ser carregado embora, ser conduzido
- ser levado para, ser inserido em
- ser oferecido
- (Hitpael) erguer-se
פֶּקַח
(H6492)
procedente de 6491; n. pr. m. Peca = “aberto”
- filho de Remalias, originalmente capitão do rei Pecaías, de Israel; assassinou Pecaías, usurpou o trono e tornou-se o 18o. monarca do reino do Norte (Israel)
רְמַלְיָהוּ
(H7425)
procedente de uma raiz não utilizada e de 3050 (talvez com o sentido de enfeitar); n. pr. m.
Remalias = “protegido pelo SENHOR”
- pai do rei Peca, do reino do Norte (Israel)
רְצִין
(H7526)
provavelmente em lugar de 7522; n. pr. m. Rezim = “firme”
- rei de Damasco durante os reinados dos reis Jotão e Acaz, de Judá
- o progenitor de uma família de servos do templo que retornou do cativeiro com
Zorobabel
אֲרָם
(H758)
procedente do mesmo que 759; DITAT - 163 Arã ou arameus = “exaltado” n pr m
- a nação Arã ou Síria
- o povo siro ou arameu Arã = “exaltado” n m
- quinto filho de Sem
- um neto de Naor
- um descendente de Aser