Enciclopédia de João 17:24-24
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Notas de rodapé da LTT
- Livros
- Livro da Esperança
- Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João
- Educandário de Luz
- Luz do Mundo
- Sabedoria do Evangelho - Volume 3
- Sabedoria do Evangelho - Volume 6
- Sabedoria do Evangelho - Volume 7
- Sabedoria do Evangelho - Volume 8
- Comentários Bíblicos
- Beacon
- Champlin
- Genebra
- Matthew Henry
- Wesley
- Wiersbe
- Russell Shedd
- NVI F. F. Bruce
- Moody
- Francis Davidson
- John MacArthur
- Barclay
- Notas de Estudos jw.org
- Dicionário
- Strongs
Perícope
jo 17: 24
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | |
ARC | Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste: porque tu me hás amado antes da criação do mundo. |
TB | Pai, quero que, onde eu estou, estejam comigo os que me tens dado, a fim de verem a minha glória que me tens dado, pois me amaste antes da fundação do mundo. |
BGB | ⸀πάτερ, ⸀ὃ δέδωκάς μοι, θέλω ἵνα ὅπου εἰμὶ ἐγὼ κἀκεῖνοι ὦσιν μετ’ ἐμοῦ, ἵνα θεωρῶσιν τὴν δόξαν τὴν ἐμὴν ἣν ⸀δέδωκάς μοι, ὅτι ἠγάπησάς με πρὸ καταβολῆς κόσμου. |
HD | Pai, quero que onde eu estou, lá estejam comigo os que me deste, para que contemplem a minha glória, a que me deste, porque me amaste antes da fundação do mundo. |
BKJ | Pai, eu desejo que onde eu estou, estejam comigo também aqueles que me tens dado, para que eles vejam a minha glória, a qual tu me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo. |
LTT | |
BJ2 | Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estou, também eles estejam comigo, para que contemplem minha glória, que me deste, porque me amaste antes da fundação do mundo. |
VULG | Pater, quos dedisti mihi, volo ut ubi sum ego, et illi sint mecum : ut videant claritatem meam, quam dedisti mihi : quia dilexisti me ante constitutionem mundi. |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 17:24
Referências Cruzadas
Gênesis 45:13 | E fazei saber a meu pai toda a minha glória no Egito e tudo o que tendes visto; e apressai-vos a fazer descer meu pai para cá. |
Provérbios 8:21 | Para fazer herdar bens permanentes aos que me amam e encher os seus tesouros. |
Mateus 25:21 | |
Mateus 25:23 | |
Mateus 25:34 | |
Mateus 26:29 | |
Lucas 12:37 | |
Lucas 22:28 | |
Lucas 23:43 | E disse-lhe Jesus: |
João 1:14 | E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. |
João 12:26 | |
João 14:3 | |
João 17:5 | |
I Coríntios 13:12 | Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido. |
II Coríntios 3:18 | Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. |
II Coríntios 4:6 | Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. |
II Coríntios 5:8 | Mas temos confiança e desejamos, antes, deixar este corpo, para habitar com o Senhor. |
Filipenses 1:23 | Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. |
I Tessalonicenses 4:17 | depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. |
I João 3:2 | Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. |
Apocalipse 3:21 | |
Apocalipse 7:14 | E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. |
Apocalipse 21:22 | E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor, Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. |
As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
Notas de rodapé da LTT
KJB.
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
A - o Abosluto Imanifestado | B - a Manifestação | C - o Manifestado |
1. Na Física de Vibrações: | ||
LUZ INCRIADA | SOM CRIADOR | SISTEMAS|
ESPÍRITO | ENERGIA | MATÉRIA |
2. Na Física dinâmica: | ||
FORÇA POTENCIAL | FORÇA MOTORA | MOVIMENTO |
3. Na Biologia: | ||
VIDA AMORFA | FORMADOR DE VIDA (Vivificante) | FORMAS VIVAS |
4. Na Filosofia: | ||
MENTE (Inteligência) Pensamento absoluto PENSAMENTO | PALAVRA CRIADORA Verbo ou Lagos VONTADE | CRISTO CÓSMICO Alma dos Universos AÇÃO |
5. No Psiquismo: | ||
ESPÍRITO SANTO | PAI CRIADOR | FILHO UNIGÊNITO|
6. Na Mística: | ||
AMOR CONCRETO | AMANTE (Ativo) | AMADO (Passivo)|
Esses três aspectos se refletem no HOMEM, quando a matéria já atingiu, em sua eterna evolução, um estágio superior, de forma a permitir a manifestação inteligente do CRISTO, através dele ("feito segundo a imagem e semelhança de Deus"): | ||
CENTELHA DIVINA Mente | ESPÍRITO Individualidade | VEÍCULOS FÍSICOS Personalidade (intelecto, astral, elétrico, corpo) |
Allan Kardec chamou a esses três aspectos principais de : | ||
ESPÍRITO | PERISPÍRITO | CORPO |
FIM
Sabedoria do Evangelho - Volume 6
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 28
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 20:20-28
MC 10:35-45
Lucas (Lucas 18:34) salientara que os discípulos "nada haviam entendido e as palavras de Jesus permaneciam ocultas para eles, que não tiveram a gnose do que lhes dizia". Mateus e Marcos trazem, logo depois, a prova concreta da verdade dessa assertiva.
Mateus apresenta o episódio como provocado pela mãe de Tiago e de João, com uma circunlocução típica oriental, que designa a mãe pelos filhos: "veio a mãe dos filhos de Zebedeu com os filhos dela", ao invés do estilo direto: "veio a esposa de Zebedeu com seus filhos". Trata-se de Salomé, como sabemos por Marcos (Marcos 15:40) confrontado com Mateus (Mateus 27:56). Lagrange apresenta num artigo (cfr. "L’Ami du Clergé" de 1931, pág. 844) a hipótese de ser Salomé irmã de Maria mãe de Jesus, portanto sua tia.
Sendo seus primos, o sangue lhe dava o direito de primazia. Em nossa hipótese (vol. 3), demos Salomé como filha de Joana de Cuza, esta sim, irmã de Maria. Então Salomé seria sobrinha de Maria e prima em 1. º grau de Jesus (sua "irmã"), sendo Tiago e João "sobrinhos de Jesus", como filhos de sua "irmã"
Salomé. Então, sendo seus sobrinhos, a razão da consanguinidade continuava valendo. Além disso, Salomé como sua irmã, tinha essa liberdade, e se achava no direito de pedir, pois dera a Jesus seus dois filhos e ainda subvencionava com seu dinheiro as necessidades de Jesus e do Colégio apostólico (cfr. LC 8:3 e MC 15:41).
Como na resposta Jesus se dirige frontalmente aos dois, Marcos suprimiu a intervenção materna: realmente eles estavam de pleno acordo com o pedido, tanto que, a seu lado, aguardavam ansiosos a palavra de Jesus. A interferência materna foi apenas o "pistolão" para algo que eles esperavam obter.
Como pescadores eram humildes; mas elevados à categoria de discípulos e emissários da Boa-Nova, acende-se neles o fogo da ambição, que era justa, segundo eles, pois gozavam da maior intimidade de Jesus, que sempre os distinguia, destacando-os, juntamente com Pedro, dos demais companheiros, nos momentos mais solenes (cfr. Mat, 9:1; 17:1; MC 1:29; MC 5:37; MC 9:12; MC 14:33; LC 8:51). Tinham sido, também, açulados pela promessa de se sentarem todos nos doze "tronos", julgando Israel (MT 19:28), então queriam, como todo ser humano, ocupar os primeiros lugares (MT 23:6 e LC 14:8-10).
A cena é descrita com pormenores. Embora parente de Jesus, Salomé lhe reconhece o valor intrínseco e a grandeza, e prostra-se a Seus pés, permanecendo silenciosa e aguardando que o Mestre lhe dirija a palavra em primeiro lugar: "que queres"?
Em Marcos a resposta é dos dois: "Queremos" (thélomen) o que exprime um pedido categórico, não havendo qualquer dúvida nem hesitação quanto à obtenção daquilo que se pede: não é admitida sequer a hipótese de recusa : "queremos"!
Jesus não os condena, não os expulsa da Escola, não os apresenta à execração pública, não os excomunga; estabelece um diálogo amigável, em que lhes mostra o absurdo espiritual do pedido, valendose do episódio para mais uma lição. Delicadamente, porém, é taxativo na recusa. Sabe dizer um NÃO sem magoar, dando as razões da negativa, explicando o porquê é obrigado a não atender ao pedido: não depende dele. Mas não titubeia nem engana nem deixa no ar uma esperança inane.
Pelas expressões de Jesus, sente-se nas entrelinhas a tristeza de quem percebe não estar sendo entendido: "não sabeis o que pedis" Essa resposta lembra muito aquela frase proferida mais tarde, em outras circunstâncias: "Não sabem o que fazem"! (LC 23:34).
Indaga então diretamente: "podeis beber o cálice que estou para beber ou ser mergulhado no mergulho em que sou mergulhado"? A resposta demonstra toda a presunção dos que não sabem, toda a pretensão dos que que ignoram: "podemos"!
Jesus deve ter sorrido complacente diante dessa mescla de amor e de ambição, de disposição ao sacrif ício como meio de conquistar uma posição de relevo! Bem iguais a nós, esses privilegiados que seguiram Jesus: entusiasmo puro, apesar de nossa incapacidade!
Cálice (em grego potêrion, em hebraico kôs pode exprimir. no Antigo Testamento, por vezes, a alegria (cfr. SL 23:5; SL 116:13; Lament 4:21); mas quase sempre é figura de sofrimento (cfr. SL 75:8; 1s.
51:17,22; EZ 23:31-33).
Baptízein é um verbo que precisa ser bem estudado; as traduções correntes insistem em transliterar a palavra grega, falando em batismo e batizar, que assume novo significado pela evolução semântica, no decorrer dos séculos por influência dos ritos eclesiásticos e da linguagem litúrgica. Batismo tomou um sentido todo especial, atribuído ao Novo Testamento, apesar de ignorado em toda a literatura anterior e contemporânea dos apóstolos. Temos que interpretar o texto segundo a semântica da época, e não pelo sentido que a palavra veio a assumir séculos depois, por influências externas.
Estudemos o vocábulo no mais autorizado e recente dicionário ("A Greek English Lexicon", de Liddell
& Scott, revised by Henry Stuart Jones, Londres, 1966), in verbo (resumindo): "Baptizô, mergulhar, imergir: xíphos eis sphagên, "espada mergulhada na garganta" (Josefo Rell. Jud.
2. 18. 4): snáthion eis tò émbryon "espátula no recém-nascido" Soranus, médico do 2. º séc. A. C. 2. 63); na voz passiva: referindo-se à trepanação Galeno, 10, 447. Ainda: báptison seautòn eis thálassau e báptison Dionyson pros tên thálassan, "mergulhado no mar" (Plutarco 2. 166 a e 914 d); na voz passiva com o sentido de "ser afogado", Epicteto, Gnomologium 47. Baptízô tinà hypnôi, "mergulho algu ém no sono" (Anthologia Graeca, Evenus elegíaco do 5. º séc. A. C.) e hynnôi bebantisméns "mergulhado no sono letárgico" (Archígenes, 2. º séc., apud Aécio 63); baptízô eis anaisthesían kaì hypnon," mergulhado na anestesia e no sono " (Josefo, Ant. JD 10, 9, 4); psychê bebaptisménê lypêi" alma mergulhada na angústia" (Libânio sofista, 4. º séc. A. D., Orationes, 64,115)".
Paulo (Rom, 6:3-4) fala de outra espécie de batismo: "porventura ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, fomos mergulhados em sua morte? Fomos sepultados com ele na morte pelo mergulho, para que, como Cristo despertou dentre os mortos pela substância do Pai, assim nós andemos em vida nova".
Até agora tem sido interpretado este trecho como referente aos sofrimentos físicos de Tiago, decapitado em Jerusalém por Herodes Agripa no ano 44 (cfr. AT 12:2) e de João, que morreu de morte natural, segundo a tradição, mas foi mergulhado numa caldeira de óleo fervente diante da Porta Latina (Tertuliano, De Praescriptione, 36 Patrol. Lat. vol. 2, col, 49) e foi exilado na ilha de Patmos (Jerônimo, Patrol. Lat. vol. 26, col. 143).
As discussões maiores, todavia, se prendem à continuação. Pois Jesus confirma que eles beberão seu cálice e mergulharão no mesmo mergulho, mas NÃO CABE a Ele conceder o lugar à sua direita ou esquerda! Só o Pai! Como? Sendo Jesus DEUS, segundo o credo romano, sendo UM com o Pai, NÃO PODE resolver? Só o Pai; E Ele NÃO SABE? Não tem o poder nem o conhecimento do que se passaria no futuro? Por que confirmaria mais uma vez aqui que o Pai era maior que Ele (JO 14:28)?
Como só o Pai conhecia "o último dia" (MT 24:36). Como só o Pai conhecia "os tempos e os momentos" (AT 1:7). Como resolver essa dificuldade? Como uma "Pessoa" da Trindade poderá não ter conhecimento das coisas? Não são três "pessoas" mas UM SÓ DEUS?
Os comentadores discutem, porque estão certos de que o "lugar à direita e à esquerda" se situa NO CÉU. Knabenbauer escreve: neque Messias in terra versans primas in caelo sedes nunc petentibus quibusque assignare potest, ac si vellet Patris aeterni decretum mutare vel abrogare (Cursus Sacrae Scripturae, Paris, 1894, pág. 281), ou seja: "nem o Messias, estando na Terra, pode dar os primeiros lugares no Céu aos que agora pedem, como se pretendesse mudar ou ab-rogar o decreto do Pai eterno".
Outros seguem a mesma opinião, como Loisy, "Les Évangiles Synoptiques", 1908, tomo 2, página 238; Huby, "Êvangile selon Saint Marc", 1924, pág. 241; Lagrange, "L’Évangile selon Saint Marc", 1929,pág. 280, etc. etc.
Os séculos correram sobre as discussões infindáveis, sem que uma solução tivesse sido dada, até que no dia 5 de junho de 1918, após tão longa perplexidade, o "Santo Ofício" deu uma solução ao caso.
Disse que se tratava do que passaria a chamar-se, por uma "convenção teológica", uma APROPRIAÇÃO, ou seja: "além das operações estritamente trinitárias, todas as obras denominadas ad extra (isto é, "fora de Deus") são comuns às pessoas da Santíssima Trindade; mas a expressão corrente - fiel à iniciativa de Jesus - reserva e apropria a cada uma delas os atos exteriores que tem mais afinidade com suas relações hipostáticas".
Em outras palavras: embora a Trindade seja UM SÓ DEUS, no entanto, ao agir "para fora", ao Pai competem certos atos, outros ao Filho, e outros ao Espírito Santo. Não sabemos, todavia, como será possível a Deus agir "para fora", se Sua infinitude ocupa todo o infinito e mais além!
Os dois irmãos, portanto, pretendem apropriar-se dos dois primeiros lugares, sem pensar em André, que foi o primeiro chamado, nem em Pedro, que recebeu diante de todos as "chaves do reino". Como verificamos, a terrível ambição encontrou terreno propício e tentou levar à ruína a união dos membros do colégio apostólico, e isso ainda na presença física de Jesus! Que não haveria depois da ausência Dele?
Swete anota que os dez se indignaram, mas "pelas costas" dos dois, e não diante deles; e isto porque foi empregada pelo narrador a preposição perí, e não katá, que exprimiria a discussão face a face.
Há aqui outra variante. Nas traduções vulgares diz-se: "não me pertence concedê-lo, mas será dado àqueles para quem está destinado por meu Pai". No entanto, o verbo hetoimózô significa mais rigorosamente" preparar ". Ora, aí encontramos hétoímastai, perfeito passivo, 3. ª pessoa singular; portanto," foi preparado".
Jesus entra com a sublime lição da humildade e do serviço, que, infelizmente, ainda não aprendemos depois de dois mil anos: é a vitória através do serviço prestado aos semelhantes. O exemplo vivo e palpitante é o próprio caso Dele: "Vim" (êlthen) indica missão especial da encarnação (cfr. MC 1:38 e 2:17; e IS 52:13 a 53:12). E essa vinda especial foi para SERVIR (diakonêsai), e não para ser servido (diakonêthênai), fato que foi exaustivamente vivido pelo Mestre diante de Seus discípulos e em relação a eles.
O serviço é para libertação (lytron). Cabe-nos estudar o significado desse vocábulo. "Lytron" é, literalmente" meio-de-libertação", a que também se denomina "resgate". O resgate era a soma de dinheiro dada ao templo, ao juiz ou ao "senhor" para, com ela, libertar o escravo. O termo é empregado vinte vezes na Septuaginta (cfr. Hatche and Redpath, "Concordance to the Septuagint", in verbo) e corresponde a quatro palavras do texto hebraico massorético: a kôfer, seis vezes; a pidion e outros derivados de pâdâh, sete vezes; a ga"al ou ge"ullah, cinco vezes, e a mehhir, uma vez; exprime sempre a compensa ção, em dinheiro, para resgatar um homicídio ou uma ofensa grave, ou o preço pago por um objeto, ou o resgate de um escravo para comprar-lhe a liberdade. E a vigésima vez aparece em Números (Números 3:12) quando o termo lytron exprime a libertação por substituição: os levitas podiam servir de lytron, substituindo os primogênitos de Israel no serviço do Templo.
Temos, portanto, aí, a única vez em que lytron não é dinheiro, mas uma pessoa humana, que substitui outra, para libertá-la de uma obrigação imposta pela lei.
Em vista disso, a igreja romana interpretou a crucificação de Jesus como um resgate de sangue dado por Deus ao Diabo (!?), afim de comprar a liberdade dos homens! Confessemos que deve tratar-se de um deus mesquinho, pequenino, inferior ao "diabo", e de tal modo sujeito a seus caprichos, que foi constrangido a entregar seu próprio filho à morte para, com o derramamento de seu sangue, satisfazerlhe os instintos sanguinários; e o diabo então, ébrio de sangue, abriu a mão e permitiu (!) que Deus pudesse carregar para seu céu algumas das almas que lhe estavam sujeitas... Como foi possível que tantas pessoas inteligentes aceitassem uma teoria tão absurda durante tantos séculos? ... Isso poderia ocorrer com espíritos inferiores em relação a homens encarnados, como ainda hoje vemos em certos" terreiros" de criaturas fanatizadas, e como lemos também em Eusébio (Patrol. Graeca, vol. 21, col. 85) que transcreve uma notícia de Philon de Byblos, segundo o qual os reis fenícios, em caso de calamidade, sacrificavam seus filhos mais queridos para aplacar seu "deus", algum "exu" atrasadíssimo.
Monsenhor Pirot (o. c. vol. 9, pág. 530) diz textualmente: "entregando-se aos sofrimentos e à morte, é que Jesus pagará o resgate de nossa pobre humanidade, e assim a livrará do pecado que a havia escravizado ao demônio"!
Uma palavra ainda a respeito de polloí que, literalmente, significa "’muitos". Pergunta-se: por que resgate" de muitos" e não "de todos"? Alguns aduzem que, em vários pontos do Novo Testamento, o termo grego polloí corresponde ao hebraico rabbim, isto é, "todos" (em grego pántes), como em MT 20:28 e MT 26:28; em MC 14:24; em RM 5:12-19 e em IS 53:11-12).
Sabemos que (MT 1:21) foi dado ao menino o nome de Jesus, que significa "Salvador" porque libertar á "seu povo de seus erros"; e Ele próprio dirá que traz a libertação para os homens (LC 4:18).
Esta lição abrange vários tópicos:
- a) o exemplo a ser evitado, de aspirar, nem mesmo interior e subconscientemente, aos primeiros postos;
- b) a necessidade das provas pelas quais devem passar os candidatos à iniciação: "beber o cálice" e "ser mergulhados";
- c) a decisão, em última instância, cabe ao Pai, que é superior a Jesus (o qual, portanto, não é Deus no sentido absoluto, como pretendem os católicos romanos, ortodoxos e reformados);
- d) a diferença, mais uma vez sublinhada, entre personagem e individualidade, sendo que esta só evolui através da LEI DO SERVIÇO (5. º plano).
Vejamo-lo em ordem.
I - É próprio da personagem, com seu "eu" vaidoso e ambicioso, querer projetar-se acima dos outros, em emulação de orgulho e egoísmo. São estes os quatro vícios mais difíceis de desarraigar da personagem (cfr. Emmanuel, "Pensamento e Vida", cap. 24), e todos os quatro são produtos do intelecto separatista e antagonista da individualidade.
O pedido de Tiago (Jacó) e de João, utilizando-se do "pistolão" de sua mãe, é típico, e reflete o que se passa com todas as criaturas ainda hoje. Neste ponto, as seitas cristãs que se desligaram recentemente do catolicismo (reformados e espiritistas) fornecem exemplos frisantes.
Entre os primeiros, basta que alguém julgue descobrir nova interpretação de uma palavra da Bíblia, para criar mais uma ramificação, em que ele EVIDENTEMENTE será o primeiro, o "chefe".
O mesmo se dá entre os espiritistas. Pululam "centros" e "tendas" que nascem por impulso vaidoso de elementos que se desligam das sociedades a que pertenciam para fundar o SEU centro ou a SUA tenda: ou foram preteridos dos "primeiros lugares à direita e à esquerda" do ex-chefe; ou se julgam mais capazes de realização que aquele chefe que, segundo eles, não é dinâmico; ou discordam de alguma interpretação da doutrina; ou querem colocar em evidência o SEU "guia", que acham não estar sendo bastante "prestigiado" (quando não é o próprio "guia" (!) que quer aparecer mais, e incita o seu" aparelho" a fundar outro centro PARA Ele!); ou a criatura quer simplesmente colocar-se numa posição de destaque de que não desfrutava (embora jamais confesse essa razão); ou qualquer outro motivo, geralmente fútil e produto da vaidade, do orgulho, do egoísmo e da ambição. Competência? Cultura?
Adiantamento espiritual? Ora, o essencial é conquistar a posição de "chefe"! Há ainda muitos Tiagos e Joões, e também muitas Salomés, que buscam para seus filhos ou companheiros os primeiros lugares, e tanto os atenazam com suas palavras e reclamações, que acabam vencendo. Que se abram os olhos e se examinem as consciências, e os exemplos aparecerão por si mesmos.
Tudo isso é provocado pela ânsia do "eu" personalístico, de destacar-se da multidão anônima; daí as" diretorias" dos centros e associações serem constituídas de uma porção de NOMES, só para satisfazer à vaidade de seus portadores, embora estes nada façam e até, por vezes, atrapalhem os que fazem.
O Antissistema é essencialmente separatista e divisionista, e por isso o dizemos " satânico" (opositor).
II - As "provas" são indispensáveis para que as criaturas sejam aprovadas nos exames. E por isso Jesus salienta a ignorância revelada pelo pedido de quem queria os primeiros postos, sem ter ainda superado a" dificuldades do caminho: "não sabeis o que pedis"!
O cálice que deve beber o candidato é amargo: são as dores físicas, os sofrimentos morais, as angústias provocadas pela aniquilação da personalidade e pela destruição total do "eu" pequeno, que precisa morrer para que a individualidade cresça (cfr. JO 3:30); são as calúnias dos adversários e: , sobretudo, dos companheiros de ideal que o abandonam, com as desculpas mais absurdas, acusandoo de culpas inexistentes, embora possam "parecer" verdadeiras: mas sempre falando pelas costas, sem dar oportunidade ao acusado de defender-se: são os martírios que vêm rijos: as prisões materiais (raramente) mas sobretudo as morais: por laços familiares; as torturas físicas (raras, hoje), mas principalmente as do próprio homem, criadas pelo "eu" personalístico, que o incita a largar tudo e a trocar os sacrifícios por uma vida fácil e tranquila, que lhe é tão simples de obter...
Mas, além disso, há outra prova: o MERGULHO na "morte".
Conforme depreendemos do sentido de baptízô que estudamos, pode o vocábulo significar: mergulhar ou imergir na água; mergulhar uma espada no corpo de alguém; mergulhar uma faca para operar cirurgicamente; mergulhar alguém no sono letárgico, ou mergulhar na morte.
Podemos, pois, interpretar o mergulho a que Jesus se refere como sendo: o mergulho no "coração" para o encontro com o Cristo interno; o mergulho que Ele deu na atmosfera terrena, provindo de mundos muito superiores ao nosso; o mergulho no sono letárgico da "morte", para superação do quinto grau iniciático, do qual deveria regressar à vida, tal como ocorrera havia pouco com Lázaro; ou outro, que talvez ainda desconheçamos. Parece-nos que a referência se fez à iniciação.
Estariam os dois capacitados a realizar esse mergulho e voltar à vida, sem deixar que durante ele se rompesse o "cordão prateado"? Afoitamente responderam eles: "podemos"! Confiavam nas próprias forças. Mas era questão de tempo para preparar-se. João teve tempo, Tiago não... Com efeito, apenas doze anos depois dessa conversa, (em 42 A. D.) Tiago foi decapitado, não conseguindo, pois, evitar o rompimento do "umbigo fluídico". Mas João o conseguiu bem mais tarde, quando pode sair com vida (e Eusébio diz "rejuvenescido") da caldeira de óleo fervente, onde foi literalmente mergulhado.
A esse mergulho, então, parece-nos ter-se referido Jesus: mergulho na morte com regresso à vida, após o "sono letárgico" mais ou menos prolongado, que Ele realizaria pouco mais tarde.
Esse mergulho é essencial para dar ao iniciado o domínio sobre a morte (cfr. "a morte não dominará mais além dele", RM 6:9; "por último, porém, será destruída a morte", 1CO 15:26; "a morte foi absorvida pela vitória; onde está, ó morte, tua vitória? onde está, ó morte, teu estímulo"?, 1CO
15:54-55; "Feliz e santo é o que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes a segunda morte não tem poder, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele durante os mil anos": AP 20:6). De fato, a superação do quinto grau faz a criatura passar ao sexto, que é o sacerdócio (cfr. vol. 4).
Modernamente o sacerdócio é conferido por imposição das mãos, com rituais específicos, após longa preparação. No catolicismo, ainda hoje, percebemos muitos resquícios das iniciações antigas, como podemos verificar (e o experimentamos pessoalmente). Em outras organizações que "se" denominam" ordens iniciáticas", o sacerdócio é apenas um título pro forma, simples paródia para lisonjear a vaidade daqueles de quem os "Chefes" querem, em retribuição, receber também adulações, para se construírem fictício prestígio perante si mesmos.
O sacerdócio REAL só pode ser conferido após o mergulho REAL, efetivo e consciente, plenamente vitorioso, no reino da morte. Transe doloroso e arriscado para quem não esteja à altura: "podeis ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"?
A morte, realizada em seu simulacro, no sono cataléptico era rito insubstituível no Egito, onde se utilizava, por exemplo, a Câmara do Rei, na" pirâmide de Quéops, para o que lá havia (e ainda hoje lá está), o sarcófago vazio, onde se deitavam os candidatos. Modernamente, Paul Brunton narra ter vivido pessoalmente essa experiência (in "Egito Secreto"). Também na Grécia os candidatos passavam por essa prova, sob a proteção de Hades e Proserpina, nos mistérios dionisíacos; assim era realizado em Roma (cfr. Vergílio, Eneida, canto VI e Plotino, Enéadas, sobretudo o canto V); assim se, fazia em todas as escolas antigas, como também, vimo-lo, ocorreu com Lázaro.
Superada essa morte, o vencedor recebia seu novo nome, o hierónymos (ou seja, hierós, "sagrado";
ónymos, "nome"), donde vem o nome "Jerônimo"; esse passava a ser seu nome sacerdotal, o qual, de modo geral, exprimia sua especialidade espiritual, intelectual ou artística; costume que ainda se conserva na igreja romana, sobretudo nas Ordens Monásticas (cfr. vol. 5, nota) (1). O catolicismo prepara para o sacerdócio com cerimônias que lembram e "imitam" a morte, da qual surge o candidato, após a "ordenação", como "homem novo" e muitas vezes com nome diferente.
(1) Veja-se, também, a esse respeito: Ephemerides Archeologicae, 1883, pág. 79; C. I. A., III, 900; Luciano, Lexiphanes, 10; Eunapio, In Maximo, pág. 52; Plutarco, De Sera Numinis Vindicta, 22.
III - Já vimos que Jesus, cônscio de Sua realidade, sempre se colocou em posição subalterna e submissa ao Pai, embora se afirmasse "unido a Ele e UNO com Ele" (JO 10:30, JO 10:38; 14:10, 11, 13;
16:15, etc. etc.) .
Vejamos rapidamente alguns trechos: "esta é a vontade do Pai que me enviou" (JO 6:40), logo vontade superior à Sua, e autoridade superior, pois só o superior pode "enviar" alguém; "falo como o Pai me ensinou" (JO 8:28), portanto, o inferior aprende com o superior, com quem sabe mais que ele; "o Pai me santificou" (JO 10. 36), o mais santo santifica o menos santo; "O Pai que me enviou, me ordenou" (JO 12:49), só um inferior recebe ordens e delegações do superior; "falo como o Pai me disse" (JO 12:50), aprendizado de quem sabe menos com quem sabe mais; "o Pai, em mim, faz ele mesmo as obras" (JO 14:11), logo, a própria força de Jesus provém do Pai, e reconhecidamente não é sua pessoal; "o Pai é maior que eu" (JO 14:28), sem necessidade de esclarecimentos; "como o Pai me ordenou, assim faço" (JO 14:31); "não beberei o cálice que o Pai me deu"? (JO 18:11), qual o inferior que pode dar um sofrimento a um superior? "como o Pai me enviou, assim vos envio" (JO 20:21); e mais: "Quem me julga é meu Pai" (JO 8:54); "meu Pai, que me deu, é maior que tudo" (JO 10:29); "eu sou a videira, meu Pai é o viticultor" (JO 15:1), portanto, o agricultor é superior à planta da qual cuida; "Pai, agradeço-te porque me ouviste" (JO 11:41), jamais um superior ora a um inferior, e se este cumpre uma "ordem" não precisa agradecer-lhe; "Pai, salva-me desta hora" (JO 12:27), um menor não tem autoridade para "salvar" um maior: sempre recorremos a quem está acima de nós; e mais: "Pai, afasta de mim este cálice" (MC 14:36); "Pai, se queres, afasta de mim este cálice" (LC 22:42); "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (LC 23:34), e porque, se fora Deus, não diria: "perdoo-lhes eu"? e o último ato de confiança e de entrega total: "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito" (LC 23:46), etc.
Por tudo isso, vemos que Jesus sempre colocou o Pai acima Dele: "faça-se a tua vontade, e não a minha" (MT 26:42, LC 22:42). Logo, não se acredita nem quer fazer crer que seja o Deus Absoluto, como pretendeu torná-Lo o Concílio de Nicéia (ano 325), contra os "arianos", que eram, na realidade, os verdadeiros cristãos, e dos quais foram assassinados, em uma semana, só em Roma, mais de 30. 000, na perseguição que contra eles se levantou por parte dos "cristãos" romanos, que passaram a denominar-se "católicos".
Natural que, não sendo a autoridade suprema, nem devendo ocorrer as coisas com a simplicidade suposta pelos discípulos, no restrito cenário palestinense, não podia Jesus garantir coisa alguma quanto ao futuro. Daí não poder NINGUÉM garantir "lugares determinados" no fabuloso "céu", como pretenderam os papas católicos ao vender esses lugares a peso de ouro (o que provocou o protesto veemente de Lutero); nem mesmo ter autoridade para afirmar que A ou B são "santos" no "céu", como ainda hoje pretendem com as "canonizações". Julgam-se eles superiores ao próprio Jesus, que humilde e taxativamente asseverou: "não me compete, mas somente ao Pai"! A pretensão vaidosa dos homens não tem limites! ...
IV - A diferença entre a personagem dominadora e tirânica, representada pelo exemplo dos "governadores de povos" e dos "grandes", e a humildade serviçal da individualidade" é mais uma vez salientada.
Aqueles que seguem o Cristo, têm como essencial SERVIR ATRAVÉS DO AMOR e AMAR ATRAVÉS
DO SERVIÇO.
Essa é a realidade profunda que precisa encarnar em nós. Sem isso, nenhuma evolução é possível.
O próprio Jesus desceu à Terra para servir por amor. E esse amor foi levado aos extremos imagináveis, pois além do serviço que prestou à humanidade, "deu sua alma para libertação de muitos".
Esta é uma das lições mais sublimes que recebemos do Mestre.
Quem não liquidou seu personalismo e passou a "servir", em lugar de "ser servido", está fora da Senda.
DAR SUA ALMA, que as edições vulgares traduzem como "dar sua vida", tem sentido especial. O fato de "dar sua vida" (deixar que matem o corpo físico) é muito comum, é corriqueiro, e não apresenta nenhum significado especial, desde o soldado que "dá sua vida" para defender, muitas vezes, a ambição de seus chefes, até a mãe que "dá sua vida" para colocar mundo mais um filho de Deus; desde o fanático que "dá sua vida" para favorecer a um grupo revolucionário, até o cientista que também "dá sua vida" em benefício do progresso da humanidade; desde o mantenedor da ordem pública que "dá sua vida" para defender os cidadãos dos malfeitores, até o nadador, que "dá sua vida" para salvar um quase náufrago; muitas centenas de pessoas, a cada mês, dão suas vidas pelos mais diversos motivos, reais ou imaginários, bons ou maus, filantrópicos ou egoístas, materiais ou espirituais.
Ora, Jesus não deu apenas sua vida, o que seria pouca coisa, pois com o renascimento pode obter-se outro corpo, até bem melhor que o anterior que foi sacrificado.
Jesus deu SUA ALMA, Sua psychê, toda a Sua sensibilidade amorosa, num sacrifício inaudito, trazendoa de planos elevados, onde só encontrava a felicidade, para "mergulhar" na matéria grosseira de um planeta denso e atrasado, imergindo num oceano revolto de paixões agudas e descontroladas, tendo que manter-se ligado aos planos superiores para não sucumbir aos ataques mortíferos que contra Ele eram assacados. Sua aflição pode comparar-se, embora não dê ainda ideia perfeita, a um mergulhador que descesse até águas profundas do oceano, suportando a pressão incomensurável de muitas toneladas em cada centímetro quadrado do corpo. Pressão tão grande que sufoca, peso tão esmagador que oprime. Nem sempre o físico resiste. E quando essa pressão provém do plano astral, atingindo diretamente a psychê, a angústia é muito mais asfixiante, e só um ser excepcional poderá suportá-la sem fraquejar.
Jesus deu Sua psychê para libertação de muitos. Realmente, muitos aproveitaram o caminho que ele abriu. Todos, não. Quantos se extraviaram e se extraviam pelas estradas largas das ilusões, pelos campos abertos do prazer, aventurando-se no oceano amplo de mâyâ, sem sequer desconfiar que estão passeando às tontas, sem direção segura, e que não alcançarão a pleta neste eon; e quantos, também, despencam ladeira abaixo, aos trambolhões, arrastados pelas paixões que os enceguecem, pelos vícios que os ensurdecem, pela indiferença que os paralisa; e vão de roldão estatelar-se no fundo do abismo, devendo aguardar outras oportunidades: nesta, perderam a partida e não conseguiram a liberdade gloriosa dos Filhos de Deus.
Muitos, entretanto, já se libertaram. São os que se esquecem de si mesmos, os que deixam de existir e se transformam em pão, para alimentar a fome da humanidade: a fome física, a fome intelectual, a fome espiritual; e transubstanciam seu sangue em vinho de sabedoria, em vinho de santidade, em vinho de amor, para inebriar as criaturas com o misticismo puro da plenitude crística, pois apresentam a todos, como Mestre, apenas o Cristo de Deus, e desaparecem do cenário: sua personalidade morre, para surgir o Cristo em seu lugar; seu intelecto cala, para erguer-se a voz diáfana do Cristo; suas emoções apagam-se, para que só brilhe o amor do Cristo. E através deles, os homens comem o Pão Vivo descido do céu, que é o Cristo, e bebem o sangue da Nova Aliança, que é o Cristo, e retemperam suas energias e se alçam às culminâncias da perfeição, porque mergulham nas profundezas da humildade e do amor.
Essa é a libertação, que teve como lytron ("meio-de-libertação") a sublime psychê de Jesus. Para isso, Ele deu Sua psychê puríssima e santa; entregando-a à humanidade que O não entendeu... e quis assassiná-Lo, porque Ele falava uma linguagem incompreensível de liberdade, a linguagem da liberdade, a linguagem da paz, a linguagem da sabedoria e do amor.
Deu sua psychê generosa e amoravelmente, para ajudar a libertar os que eram DELE: células de Seu prístino corpo, que Lhe foram dadas pelo Pai, ao Qual Ele pediu que, onde Ele estivesse, estivessem também aqueles que Lhe foram doados (JO 17:24), para que o Todo se completasse, a cabeça e os membros (cfr. 1CO 12:27). A esse respeito já escrevemos (cfr. vol. 1 e vol. 5).
Sabedoria do Evangelho - Volume 7
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 33
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 26:26-29
MC 14:22-25
LC 22:15-20
Vejamos o texto literal, estudando-o quanto aos termos.
A expressão "desejei ardentemente" corresponde ao grego: epíthymía epethymêsa, literalmente: "desejei com grande desejo", tal como se lê em GN 31:30, versão dos LXX. " Até que se plenifique " (héôs hótou plêrôthêí) ou seja, até que atinja sua plenitude, sua amplitude total. " Tomando um pão" (labôn ártan) sem artigo, do mesmo modo que mais adiante "tomando uma taça" (labôn potêrion), onde Lucas (vs. 17) usa "tendo apanhado" (dexámenas, de déchomai). " Tendo abençoado " (em Mateus e Marcos, eulogêsas) ou "tendo dado graças" (eucharistêsas) nos três narradores. Na realidade são quase sinônimos, pois a bênção consistia num agradecimento a Deus pelo alimento que ia ser ingerido, suplicando-se que fosse purificado pela Bênção divina (cfr. EX 23:25). " Partiu o pão" (éklase tòn árton): era o hábito generalizado entre os judeus, quando à mesa o anfitrião tirava pedaços de pão e os distribuía aos convivas em sinal de amizade e deferência.
"Tomai, comei" (lábete, phágete) sem copulativa "e" (kaì). " Isto é o meu corpo" e "isto é o meu sangue" (toúto estin tò sômá mou e toúto estin tò haímá mou). O pronome toúto é neutro e significa "isto". No entanto, surge a dúvida: não será neutro apenas para concordar com os substantivo sôma e haíma que também são neutros? Pela construção, mais adiante (JO 22:38) onde se lê: "este é o grande mandamento" (autê estin ho megálê entolê), pode interpretarse que o pronome venha em concordância com os substantivos. Deveria então preferir-se a tradução: " este é meu corpo " e "este é meu sangue". Teologicamente, tanto "este" quanto "isto" exprimem a mesma ideia, embora "isto" seja mais explícito para exprimir a transubstanciação. " Sangue do testamento " (em Lucas: "do novo testamento") lembra Moisés (EX 24:8) quando esparziu o sangue dos bois sobre o povo, em que fala do "sangue do testamento" que muitos traduzem como" sangue da aliança " (cfr. Jean Rouffiac, "Recherches sur les Caracteres du Grec dans le Nouveau Testament d"après les Inscriptions de Priène", Paris, 1911, pág. 42). Lucas exprimiu a ideia de outra forma: " esta taça é o novo testamento em meu sangue" (toúto tò potêrion hê kainê diathêkê en tôi haímati mou). A palavra grega diathêkê exprime literalmente as "disposições testamentárias", tanto no linguajar clássico quanto no popular (koinê), como vemos nas inscrições funerárias e nos "grafitti" da época.
De qualquer forma, vemos, nessa frase, a abolição total dos sacrifícios sangrentos, pois as "disposições testamentárias" são feitas através do simbolismo do vinho transubstanciado no sangue.
O sangue "que é derramado" (tò ekchynnómenon), no particípio presente; portanto, simbolismo do vinho na taça, representando o que seria mais tarde derramado quando o sacrifício se realizasse no Cal vário. O sangue que é derramado "em relação a muitos" (perì pollôn, Mat.) ou "sobre muitos" (hypèr pollôn, Marc.) ou "sobre vós" (hypèr hymõn, Luc). Também o pão, em Lucas, é dito "que é dado sobre vós" (tò hypèr hymõn didómenon).
A taça (potêrion) utilizada era a comum destinada ao vinho, e o uso de agradecer a Deus e fazê-la passar por todos os convivas, já é assinalado quanto à "taça do Qiddoush" na Michna (Pesachim, 10).
A expressão "não mais beberei do produto da videira até o dia em que o beberei convosco no reino de Deus", se compreendêssemos como alguns fazem, o "reino de Deus" como sendo "o céu", nós teríamos irrespondivelmente um "céu" semelhante ao dos maometanos, com bons vinhos (lógico, os vinhos do céu não poderiam jamais ser ruins!) e talvez até com as célebres "huris".
No entanto, Loisy ("Les Evangiles Synoptiques, 1907/8, vol. 29, pág. 522) reconhece que o sentido literal das palavras desse trecho justificam plenamente o comportamento das igrejas cristãs desde os primeiros séculos.
Os teólogos muito se preocupam se Jesus também comeu e bebeu o pão e o vinho, que deu e fez passar entre os discípulos: querem saber se Ele comeu o próprio corpo e bebeu o próprio sangue... Vejamos.
Jerônimo (Patr. Lat. vol. 22 col 386) diz que sim: ipse conviva et convivium, ipse cómedens et qui coméditur, ou seja: "ele-mesmo conviva e alimento, ele mesmo que come e é comido". Agostinho (Patr. Lat. vol. 34 col. 37) é da mesma opinião: sacramento córporis et sánguinis sui praegustato, significavit quod voluit, isto é: "tendo saboreado o sacramento de seu corpo e de seu sangue, exprimiu o que quis". João Crisóstomo (Patr. Gr. vol. 58, cal. 739) diz que para evitar a repulsa dos discípulos em comer carne humana e beber sangue, ele mesmo comeu e bebeu primeiro.
Mas os imperativos são por demais categóricos e estão todos na segunda pessoa do plural, o que exclui a participação da primeira.
Mateus e Marcos colocam a transubstanciação depois da saída de Judas.
Lucas, que confessa (1:3) ter tido todo o cuidado com a cronologia histórica dos fatos, coloca a transubstanciação antes da saída de Judas, versão que é aceita por João Crisóstomo (Patr. Gr. vol. 58, col. 737).
Ainda estavam comendo (esthióntôn autôn) quando Jesus lhes anuncia que "desejou ardentemente" comer com Seu colégio iniciático aquela refeição pascal, antes de sofrer (páthein), ou seta, antes de submeter-se experimentalmente aos transes dolorosos daquele grau iniciático (cfr. vol. 4, nota).
Nesse "jantar pascal" Ele lhes deixará Suas "disposições testamentárias" (diathêkê), que consistem no ensino da transmutação da matéria ou transubstanciação; na ordem de realizar sempre as refeições em memória Dele; e nas últimas revelações e ensinos, promessas e profecias para o futuro da humanidade.
A razão é que, depois desse jantar, o Filho do Homem não terá outra oportunidade até que se plenifique o "reino de Deus", atingindo seu sentido pleno e total. Já vimos que essa expressão "reino de Deus" ou "reino divino" ou "reino dos céus" ou "reino celeste" é equivalente às outras que tanto empregamos: reino mineral (matéria inorgânica), reino vegetal (matéria orgânica), reino animal (psiquismo), reino hominal (racionalismo), reino divino (Espírito). Então, o sentido exato das palavras pode ser: até que o Espírito esteta plenamente vigorando nas criaturas, estando superadas definitivamente todos os outros reinos inferiores. Enquanto não tenha sido atingido esse objetivo na Terra, não mais provará o Filho do Homem nem o jantar pascal, nem o produto (genémata) da videira.
Após essas palavras, mais uma vez o Cristo passa a agir e a falar através de Jesus, utilizando Seu instrumento humano visível, mas diretamente proferindo as palavras. Não são as frases ditas pelo homem Jesus, mas são ditas pelo Cristo de Deus pela boca de Jesus.
Pega então um pão, um dos que estavam sobre a mesa, e abençoa-o, como se deve fazer a qualquer alimento antes de ingeri-lo: agradecer ao Pai a graça de tê-lo obtido, e sobre ele suplicar as bênçãos divinas.
De acordo com o uso judaico, o chefe da casa parte pedaços do pão e dá a cada conviva um pedaço.
O essencial da lição, a novidade, portanto, é a frase: "ISTO É O MEU CORPO". Há um ensino magistral nesse gesto e nessas palavras: o pão é o corpo crístico que serve de alimento à parte espiritual do homem, pois lhe sustenta os veículos inferiores durante a romagem terrena. Representação perfeita, sem que se precise chegar ao exagero de dizer que o "pão eucarístico" é, de fato, "o corpo, o sangue, a alma e a divindade, e os ossos de Jesus".
Deu-se a confusão porque não houve suficiente compreensão da distinção entre Jesus, o ser humano excepcionalmente evoluído, e o Cristo divino que Lhe era a essência última, como o é de todas as coisas criadas, visíveis e invisíveis. Assim como podemos dizer que Jesus é "o corpo do Cristo", porque o Cristo está nele, assim também pode dizer-se do pão (como de qualquer outra substância) que se trata, em verdade do "corpo do Cristo". Não foi o fato de ser abençoado que assim o tornou (não é a" consagração" na missa que transubstancia o pão em alimento divino), mas qualquer pedaço de pão, qualquer alimento, tem como essência última a Essência Divina, já que a Divindade É, enquanto tudo o mais EXISTE, ou seja, é a manifestação dessa mesma essência divina: tudo é a expressão exteriorizada dessa Divindade que está em tudo, porque está em toda a parte sem exceção.
Por que terá o Cristo de Deus escolhido o pão? Mesmo não considerando que era (e é) o alimento mais difundido na humanidade, temos que procurar alcançar algo mais profundo.
Nas Escolas iniciáticas egípcias e gregas, o simbolismo é ensinado sob a forma da ESPIGA DE TRIGO; nas Escolas palestinenses dá-se um passo à frente, apresentando-se o PÃO, que constitui a transubstanciação do trigo, após ter sido moído e cozido, símbolo já definido quando Melquisedec oferece pão ao Deus Altíssimo (GN 14:18). Assim como o trigo, produto da natureza, criação do Verbo, é transmudado em pão pelo sofrimento de ser moído e cozido, assim o pão se transmuda em nosso corpo após o sofrimento de ser mastigado e digerido. Então o pão se torna, pelo metabolismo, corpo humano, da mesma maneira que o corpo humano, após ser açoitado e crucificado, se transmudará em Espírito.
Daí, pois, a expressão toúto estin tò sômá mou ter sido traduzida por nós em "ISTO é o meu corpo, no sentido de ser aquilo que estava em Suas mãos não ser mais "pão": não era mais" este pão", mas" ISTO", pois sua substância fora transmudada simbolicamente.
Logo a seguir temos que considerar o vinho. Apanhando de sobre a mesa uma taça de vinho (no original sem artigo) novamente agradece ao Pai a preciosa dádiva, e afirma igualmente: "ISTO é meu sangue do Novo testamento". Tal como Moisés utilizou o sangue de bois como símbolo das disposições testamentárias de YHWH com o povo israelita, assim o Cristo apresenta, por meio de Jesus; o vinho como símbolo das disposições testamentárias novas que são feitas pelo Pai à humanidade.
Assim como o pão, também o vinho está mais avançado que a uva, símbolo utilizado nas Escolas iniciáticas egípcias e gregas. Ao invés do produto da videira (tal como a espiga produto do trigo) representava a transubstanciação da terra-mãe, que se transmudava em alimento. Mas na Palestina, um passo à frente, empregava-se o vinho, símbolo da sabedoria (vol. 1 e vol. 4) obtido também, como o pão, através da dor: a uva é pisada no lagar e depois o líquido é decantado por meio da fermentação.
Quanto à oferenda do pão e do vinho, como substitutos dos holocaustos sangrentos de vítimas animais, já a vemos executada como sublime ensinamento por Melquisedec, conforme lemos na Torah (GN 14:18): vemalki-tsadec meleq salem hotsia lehem vaiiam vehu kohen leel hheleion; e nos LXX: Melchisedek, basileús salêm, exênegke ártous kaì oínon, hên dè hiereús toú theoú hypsístou, ou seja: Melquisedec, rei de Salém, ofereceu pão e vinho, pois era sacerdote do Deus altíssimo".
Aí, pois, encontramos a origem dos símbolos escolhidos pelo Cristo, por meio de Jesus, que era precisament "sacerdote da Ordem de Melquisedec" (HB 6:20) e que, com o passo iniciático que deu no Drama sacro do Calvário, se tornou "sumo sacerdote da mesma ordem" (HB 5:7-10; cfr. vol. 6). A indicação de uma Escola sacerdotal, portanto, é mais que evidenciada: o sacerdócio do Deus Altíssimo (não de YHWH) é exercido por Melquisedec, Hierofante máximo da ordem que tem seu nome, da qual fazem parte Jesus e outros grandes avatares. Essa Ordem de Melquisedec é conhecida atualmente como a Fraternidade Branca, continuando com o mesmo Hierofante, o "Ancião dos Dias", o Deus da Terra, o Pai místico de Jesus, o único que, na realidade, neste planeta, tem o direito de ser chamado "pai" (MT 23:9).
Então entendemos em grande parte qual a meta a que somos destinados: onde está o Pai, de onde Jesus proveio e para onde estava regressando (JO 13:1 e JO 13:3), pois o desejo maior de Jesus é que vamos para onde foi: "que onde eu estou, vós estejais também" (JO 17:24). Mas tudo isso será estudado com Suas próprias palavras nos próximos capítulos.
Essa interpretação explica a expressão: "não mais beberei o produto da videira" ou "comerei a páscoa", até quando convosco o faça no reino (na casa) do Pai: compreende-se, porque se trata da Terra, e não do "céu".
O sangue, foi dito em Mateus, é derramado em relação a muitos para "abandono dos erros" (eis áphesin tôn hamartiôn). Inaceitável a tradução "remissão dos pecados", pois até hoje, quase dois mil anos depois, continuam os "pecados" cada vez mais abundantes na humanidade. Que redenção é essa que nada redimiu?
Lucas tem uma frase de suma importância, que é repetição de Paulo (1CO 11:24 e 1CO 11:25), tanto em relação ao pão, quanto em relação ao vinho: "fazei isto em recordação de mim, todas as vezes que o beberdes" (toúto poieíte eis tên esmên anámnêsin hosákis ean pínete). Quem fala é O CRISTO. Daí podermos traduzir com pleno acerto: "fazei isto para lembrar-vos do EU" que, em última análise, é o CRISTO INTERNO.
Nem o grego nem o latim podiam admitir a construção permitida nas línguas novilatinas, que podem considerar o pronome pessoal como substantivo, antepondo-lhe o artigo: o eu, do eu, para o eu; em virtude das flexões da declinação, eram forçados a colocar o pronome nos casos gramaticais requeridos pela regência. Daí as traduções possíveis nas línguas mais flexíveis: "em minha memória", ou "em memória de mim" ou mesmo, em vista do conjunto do ensino crístico, "em memória DO EU". Confessamos preferir a última: "para lembrar-vos DO EU" que se refere ao Cristo Interno que individua o ser. Sendo porém o Cristo que falava, nada impede que se traduza: em minha memória, ou "para lembrarvos de mim".
Portanto, pão e vinho representam, simbolicamente, o corpo e o sangue do Eu profundo, do Cristo; a matéria de que Se reveste para a jornada evolutiva no planeta.
Pedimos encarecidamente que o leitor releia, antes de prosseguir, o que está escrito no vol. 39, páginas 143 a 155.
Há mais um ponto importante a focalizar: é quando diz: "fazei isto em memória de mim, TODAS AS VEZES QUE O BEBERDES".
Então não se trata apenas de uma cerimônia religiosa com dia e hora marcados: mas todas as vezes que nos sentarmos a uma mesa, para tomar qualquer alimento, todas as vezes que comermos pão ou que bebermos vinho, devemos fazê-lo com a certeza de que a essência divina (que constitui a essência desse alimento sob as formas visíveis e tangíveis transitórias) penetra em nós para sustentar-nos, transubstanciando-nos em Sua própria essência, transformando nosso pequeno "eu" personativo em Seu Eu profundo, no Cristo interno que nos sustenta a vida.
Por isso devemos tornar instintivo em nós o hábito de orar todas as vezes que nos sentarmos" à mesa: uma prece de agradecimento (eucharistía), de tal forma que qualquer bocado deglutido se torne uma comunhão nossa com a Essência Divina contida em todos os alimentos e em todas as bebidas, quaisquer que sejam, inclusive no ar que respiramos, pois "em Deus vivemos, nos movemos e existimos" (AT 17:28).
Temos que considerar (e já foi objeto de estudos desde a mais alta antiguidade) que havia duas partes totalmente destacadas e distintas na prática dessa "ação de graças" em relação à comida e à bebida: uma era ensinada aos fiéis comuns, para neles despertar o sentimento de fraternidade real; a outra era reservada aos componentes da Escola iniciática Assembleia do Caminho.
Tratemos inicialmente da primeira. Vejamos apenas alguns textos que confirmem o que afirmamos, para que o leitor forme um juízo. Quem desejar aprofundar-se, consulte a obra de Joseph Turmel Histoire des Dogmes", Paris, 1936, páginas 203 a 525 (são 322 páginas tratando deste assunto).
A cerimônia destinada aos fiéis em geral consistia num jantar (o termo grego deípnon designava a refeição principal do dia, realizada geralmente à noite, tanto que muitos traduzem como "banquete" e outros como "ceia"). Em diversos autores encontramos referências a esse jantar, que Paulo denomina deípnon kyríakon ("jantar do Senhor").
Esse tipo de refeição em comum, de periodicidade semanal, já se tornara habitual entre os judeus devotos.
Iniciava-se com a passagem por todos os presentes da "Taça do Qiddoush", que continha o vinho da amizade pura. Era uma cerimônia de sociedades reservadas, mantenedoras das tradições orais (parádôsis) dos ensinos ocultos, de origem secular, que com suas transformações e modificações resultou naquilo que hoje tem o nome de Maçonaria. Nessa refeição comia-se e bebia-se à vontade, só sendo rituais a taça de vinho inicial com sua fórmula secreta de bênção, o pão também abençoado e depois partido e distribuído pelo que presidia, e a taça final de vinho; cada um desses rituais era precedido e seguido de uma prece, de cujos termos exotéricos a Didachê conservou-nos um resquíci "cristianizado" posteriormente. Mas a base é totalmente judaica. A ordem desse cerimonial foi-nos conservada inclusive pelo evangelho de Lucas (ver acima vers. 17, 19 e 20).
PAULO DE TARSO (1CO 11:20-27) afirma que recebeu o ritual diretamente do Senhor. E neste ponto repete as palavras com a seguinte redação: "O Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou um pão e, tendo dado graças (eucharistêsas) partiu e disse: Isto é o meu corpo em vosso favor (toúto moú estin tò sôma tò hypèr hymôn); fazei isto em memória de mim. Igualmente também a taça depois do jantar, dizendo: Esta taça é o novo testamento no meu sangue; fazei isto todas as vezes que beberdes, em memória de mim. "
Ora, esse texto da carta aos coríntios é anterior, de dez a vinte anos, à redação escrita de qualquer dos Evangelhos. E isso é de suma importância, pois foi Lucas quem escreveu essa epístola sob ditado de Paulo, que só grafou a saudação final (cfr. 1CO 16:21). Logo, aí se baseou ele na redação de seu Evangelho.
Nessa mesma carta Paulo avisa que, no jantar, devem esperar uns pelos outros, pois se trata de uma comemoração: quem tem fome, coma em casa (ib. 11:34) e não coma nem beba demais, como estava ocorrendo entre os destinatários da missiva, pois enquanto uns ficavam com fome, outros já estavam embriagados.
PEDRO (2PE 2:13) ataca fortemente o desregramento e a devassidão dos sensuais ao banquetear-se com os fiéis.
JUDAS, o irmão do Senhor (epist. 12), queixa-se dos que abusam dos jantares cristãos.
A DIDAQUÊ ("Doutrina dos Doze Apóstolos"), escrita no século I, fala no "jantar de ação de graças"; diz como deve ser realizado, quais as preces que precedem e quais as que devem ser recitada "depois de fartos" (metà de tò emplêsthênai oútôs eucharistêsete, 10,1). No final desse capítulo, em que se registra o texto da prece, há um acréscimo interessante: "aos profetas (médiuns) é permitido darem as graças como quiserem (toís de prophêtais epitrépete eucharístein hósa thélousin).
PLÍNIO O JOVEM, no ano 112, fala que os cristãos se reuniam ad capiendum cibum promiscuum tamen et innoxium, "para tomar alimento coletivo, mas frugal" (Carta a Trajano, 10,97).
TERTULIANO, no ano 197, escreve que os jantares cristãos têm o nome de agápê, que signific "amor" e jamais ferem a modéstia e a boa educação; e prossegue (Patr. Lat. vol. 1, col. 477): non prius discúmbitur quam oratio ad Deum praegustetur; éditur quantum esurientes capiunt, bíbitur quantum pudícis útilis est. Ita saturantur, ut qui memínerint etiam per noctem adorandum Deum sibi esse; ita fabulantur, ut qui sciant Dominum audire. Post aquam manualem et lúmina, ut quisque de Scripturis sanctis vel de proprio ingenio potest, provocatur in medium Deo cánere; hinc probatur quómodo bíberit. Aeque oratio convívium dírimit ("De Ágapis", 39,21); eis a tradução: "Ninguém se põe à mesa antes de saborear-se uma oração a Deus. Come-se quanto tomam os que têm fome; bebe-se quanto é útil a homens sóbrios. De tal forma se fartam, como quem se lembra de que deve adorar a Deus durante a noite; conversam como quem sabe que o Senhor ouve. Depois da água para as mãos e das lanternas, cada um é convidado a cantar a Deus no meio, ou tirando das Santas Escrituras ou de seu próprio engenho; por aí se julga como tenha bebido. Igualmente uma oração encerra a refeição".
Aí temos, pois, claramente exposto o ágape cristão dos primeiros tempos, destinado aos fiéis que amigável e amorosamente se reuniam uma vez por semana, no die solis, que passou a denominar-se dies domínica.
Outro sentido, entretanto, era dado à modesta ceia de pão e vinho, realizada pelos iniciados, que emprestavam significado todo especial ao rito que lhes era reservado. Vejamos alguns testemunhos.
JUSTINO MÁRTIR, no ano 160 (quarenta anos depois de Plínio e quarenta anos antes de Tertuliano) já escrevia ("De Conventu Eucharístico", 65, 2-5): allêlous philêmati, etc., ou seja: "Saudamo-nos mutuamente com um beijo, quando terminamos de orar. Depois é trazido pão e vasilhas com vinho e com água ao que preside aos irmãos. Recebendo-os dá louvor e glória ao Pai de todas as coisas em nome do Filho e do Espírito Santo, e ação de graças (eucharistía) pelas dádivas Dele recebidas em abundância... Depois que quem preside fez preces e todo o povo aclamou (com o Amén), aqueles que são chamados servidores (diáconoi) distribuem o pão e o vinho e a água sobre os quais foram dadas graças, a todos os presentes, e os levam aos ausentes".
E na 1. ª Apologia (66,1-4) escreve mais: kaì hê trophê hautê kaleítai par"hemín, etc. isto é: "E esse alimento é chamado entre nós ação de graças... Mas não tomamos essas coisas como um pão comum nem como bebida comum. Mas do mesmo modo que Jesus Cristo, nosso libertador, se fez carne (encarnou) pelo Lógos de Deus, e teve carne e sangue para nossa libertação, assim também, pela oração do ensino dele, aprendemos que o alimento sobre o qual foram dadas graças, do qual se alimentam nosso sangue e nossa carne pelo metabolismo (katà metabolên), são a carne e o sangue daquele Jesus que se fez carne (encarnou). Pois os apóstolos, nas Memórias que escreveram, chamadas Evangelhos, transmitiram que assim lhes foi ordenado, quando Jesus, tomando o pão e tendo dado graças, disse: Fazei isto em memória de mim, isto é o meu corpo. E tomando a taça, igualmente dando graças, disse: Isto é o meu sangue. E só a eles distribuiu. Certamente sabeis ou podeis informar-vos de que, tornando-se imitadores, os maus espíritos ensinaram (isso) nos mistérios de Mitra; pois são dados um pão e um copo de água aos iniciados do Forte (Mitra) com certas explicações complementares". (Não percamos de vista que os mistérios de Mitra antecederam de seis séculos a instituição dos mistérios cristãos.) No "Diálogo com Trifon o Judeu" (70,4) Justino escreveu: hóti mèn oún kaì légei, etc ., ou seja: "Ora, é evidente que também fala o profeta (IS 33:13-19) nessa profecia sobre o pão que nosso Cristo nos mandou comemorar, para lembrar sua encarnação por amor dos que lhe são fiéis, pelos quais também sofreu, e sobre a taça, que aparece em recordação de seu sangue, nos mandou render ação de graças".
Vemos, pois, a interpretação de algo mais profundo que o simples "jantar"; e isso é mais explicitamente comentado por IRINEU, no ano 180 ("De Sacrificio Eucharistiae", 4, 17, 5), onde escreve: Sed et suis discípulis dans consilium primitias Deo offerre ex suis creaturis, non quasi indigenti sed ut ipsi nec infructuosi nec ingrati sint, eum qui ex creatura panis est, accepit et gratias egit, dicens: Hoc est meum corpus. Et cálicem simíliter, qui est ex ea creatura, quae est secundum nos suum sánguinem confessus est, et novi testamenti novam docuit oblationem, quam ecclesia ab apóstolis accípiens, in universo mundo offert Deo, ei qui alimenta nobis praestat, primitias suorum múnerum in novo testamento, isto é: "Mas, danSABEDORIA DO EVANGELHO do também a seus discípulos o conselho de oferecer a Deus as primícias de suas criaturas, não como a um indigente, mas para que eles mesmos não fossem infrutíferos nem ingratos, tomou da criação aquele que é o pão, dizendo: Isto é o meu corpo. E igualmente a taça que é daquela criatura que, segundo nós, confessou ser seu sangue, e ensinou a nova oblação do novo testamento; recebendo-a dos apóstolos, a igreja oferece, no mundo inteiro, a Deus, àquele que nos fornece os alimentos, primícias de suas dádicas no novo testamento".
Aí, portanto, temos uma interpretação bastante ampla: o alimento ingerido com ação de graças é um atestado vivo de gratidão a Deus, pelo sustento que Dele recebemos; os quais alimentos, sendo criações Suas, representam Seu corpo, isto é, são a manifestação externa de Sua essência que subestá em tudo.
Mas outro autor vai mais longe: CLEMENTE DE ALEXANDRIA, no ano 200, escreve (Strommateis, 5,10; Patr. Gr. vol. 9, col. 100/101): "Segundo os apóstolos, o leite é a nutrição das crianças, e o alimento sólido é a nutrição dos perfeitos (teleisthai, "iniciados"). Entendamos que o leite é a catequese, a primeira nutrição da alma, que a nutrição sólida é a contemplação (epoptía) que vê os mistérios. A carne e o sangue do Verbo (sárkes autaì kaì haíma toú Lógou) é a compreensão do poder e da essência divina... Comer e beber (brôsis gàr kaì posis) o Verbo divino, é ter a gnose da essência divina (hê gnôsis estí tês theías ousías)".
Clemente de Alexandria compreendia bem os mistérios cristãos porque fora iniciado em Elêusis antes de ingressar na Igreja. Por isso explica melhor, com os termos típicos da Escola Eleusina.
Dele ainda temos (Pedagogia, 1, 6; Patr. Gr. vol. 8, col. 308): "O Cristo, que nos regenerou, nutrenos com Seu próprio leite, que é o Verbo... A um renascimento espiritual corresponde, para o homem, uma nutrição espiritual. Estamos unidos, em tudo, ao Cristo o Somos de sua família pelo sangue, por meio do qual nos libertou. Temos sua amizade pelo alimento derivado do Verbo (dià tên anatrôphên tên ek toù Lógou) ... O sangue e o leite do Senhor é o símbolo de sua paixão (páthein) e de seu ensino".
E mais adiante (Pedag. 2, 2; Patr. Gr. vol. 8 col. 409): "O sangue do Senhor é dúplice: há o sangue carnal com o qual nos libertou da corrupção; e há o sangue espiritual (tò dè pneumatikós) do qual recebemos a cristificação. Beber o sangue de Jesus significa participar da imortalidade do Senhor".
Aí temos o pensamento e a interpretação desse episódio, cujo símbolo já fora dado também no protótipo de Noé, citado pelo próprio Jesus (cfr. vol. 6), quando o patriarca se inebriou com o vinho da sabedoria. Na ingestão do vinho oferecido em ação de graças, nosso Espírito se inebria na união crística, participando da "imortalidade do Senhor".
Trata-se, pois, da instituição de um símbolo profundo e altíssimo, que aqueles que dizem REVIVER O CRISTIANISMO PRIMITIVO não podem omitir em suas reuniões, sob pena de falharem num dos pontos básicos do ensino prático do Mestre: não é possível "reviver o cristianismo primitivo" sem realizar essa comemoração. Evidentemente não se trata de descambar para os rituais de Mitra, como ocorreu outrora pela invigilância dos homens que "paganizaram" o cristianismo. Mas é fundamental que se realize aquilo que o Mestre Jesus ordenou fizéssemos: TODAS AS VEZES que comêssemos pão ou bebêssemos vinho, devemos fazê-lo em oração de ação de graças, para lembrar-nos Dele e do Eu, do Cristo Interno que está em nós, que está em todos, que está em todas as coisas visíveis e invisíveis; do Qual Cristo, o pão simboliza o corpo, e o vinho simboliza o sangue, por serem os alimentos básicos do homem: o pão plasmando seu corpo, o vinho plasmando seu sangue (1).
(1) Esdrúxulo deduzir daí que o corpo de Jesus não era de carne. Contra isso já se erguera a voz autorizada de João o evangelista em seu Evangelho (1:14) e em suas epístolas (l. ª JO 4:2 e JO 4:2. ª João,
7) e todas as autoridades cristãs desde os primeiros séculos (cfr. Tertuliano, De Pudicicia, 9 e Adversus Marcionem, 4:40, onde escreve: "Tendo (o Cristo) tomado o pão e distribuído a seus discípulos, Ele fez seu corpo (corpus suum illum fecit) dizendo: Isto é o meu corpo, isto é a figura de meu corpo (hoc est corpus meum dicendo, id est figura córporis mei). Ora, não haveria figura, se Cristo não tivesse um corpo verdadeiro. Um objeto vazio de realidade, como é um fantasma, não comportaria uma figura. Ou então, se Ele imaginasse fazer passar o pão como sendo seu corpo, porque não tinha corpo verdadeiro, teria devido entregar o pão para nos salvar: teria sido bom negócio, para a tese de Marcion, se tivessem crucificado um pão"!
Sabedoria do Evangelho - Volume 8
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 8
CARLOS TORRES PASTORINO
JO 17:1-26
Eis-nos chegados a um dos pontos mais sublimes do Evangelho, numa elevação mística ainda não igualada, e cuja sintonia nos alça aos páramos das altitudes indizíveis em que o intelecto tonteia e a mente se infinitiza, mergulhando nas imponderáveis vibrações da Divindade em nós e ofuscando-nos com a Luz Incriada que nos impregna o Espírito.
O capítulo 17 é conhecido, desde o século XVI, como "Oração Sacerdotal", título dado pelo luterano Chytraeus (Kochhafe, 1600), embora Lagrange tenha proposto "Oração pela Unidade". Nela verificamos a expressão das mais íntimas aspirações do Cristo em relação às individualidades humanas. Diz Cirilo de Alexandria (Patrol. Gr. vol. 74, col. 505-508), que transparece neste trecho a figura nítida do Sumo Sacerdote que intercede pelos espíritos sacerdotais que vieram ao mundo.
Façamos uma análise rápida, deixando os comentários para a segunda parte.
A expressão "toda carne" (pãs sárx em grego e KOL BAZAR em hebraico) expressa tudo o que possui corpo físico denso (cfr. GN 7:21).
O nome "Jesus Cristo" ainda não era usado no tempo de Jesus, tendo aparecido pela primeira vez nas epístolas de Paulo, devendo notar-se, entretanto, que o Evangelho de João lhes é posterior em data.
Alguns comentadores (como Huby, ’Le Discours après la Cène", Paris, 1932, pág. 130) julgam, com razão, que se trata de um acréscimo tardio, e que no original devia estar apenas "o Cristo". Na época o Mestre encarnado era denominado Kyrios lêsous, "Senhor Jesus", ou "O Cristo", atributo que se acrescentava a Seu nome como predicativo (cfr. "Todo o que crer que Jesus é o Cristo", 1JO, 5:1 e 2:22).
Traduzimos apóllymi por "abolir", e não "perder". A ideia de "perdição" está hoje, por efeito de uma tradição milenar, dirigida às personagens, muito ligada à ideia de "inferno". E aqui não se trata disso absolutamente. Adotamos o verbo ABOLIR porque é derivado direto de APOLLYMI, através do latim ABOLIRE (cfr. AP+OLLYMI com AB+OLIRE, conforme testemunho de Liddell
& Scott, Greek English Lexicon, 1966, pág. 207; Boisacq, Dictionnaire Etymologique de la Langue Crecque, 1950, pág. 698 e 696; Juret, Dictionnaire Etymologique Grec et Latin, 1942, pág. 195).
A expressão "filho de" já foi bem estudada (vol. 1).
O aceno ao cumprimento da Escritura só é encontrado nos salmos 41 e 109, no Antigo Testamento.
Traduzimos toú poneroú, por "do Mal" (neutro), como em MT 6:13, e como encontramos em outros passos do próprio João (3:19; 7:7; 1JO, 2:14; 3:12 e 5:19). Essa interpretação é aceita por Agostinho, João Crisóstomo, Tomás de Aquino, Zahn, Knabenbauer, Lagrange, Lebreton, Huby e outros. Há quem prefira o masculino ("do mau" ou maligno) como Loisy, Bauer, Tillemann, Durand, Bernard.
De acordo com o que explicamos em nossos comentários do trecho, a seguir, resolvemos traduzir diretament "nome" por "essência", a fim de facilitar desde logo o sentido real da frase.
Procuremos penetrar mais profundamente o significado verdadeiro e místico dessa prece, na qual sentimos patente a alma de Jesus, o ser humano chegado à perfeição concebível na escala da humanidade terrena neste ciclo: é Ele, JESUS, quem ora ao Pai, nos últimos momentos antes de caminhar para o terrível sacrifício que tanto O elevaria na escalada evolutiva. Aqui temos, pois, palavras do Jesus Homem.
Lendo com atenção o texto, verificamos que possui três partes:
1. º - Jesus ora por Si mesmo (vers. 1 a 5)
2. º - Jesus ora por Seus discípulos (vers. 6 a 19)
3. º - Jesus ora pela humanidade toda (vers. 20 a 24).
A isso é acrescentada uma conclusão (vers. 25-26) que resume a prece. Caminhemos devagar.
1. ª PARTE (vers. 1 a. 5)
Sentindo em Si o Cristo e o Pai, mas experimentando também a atuação de Sua consciência "atual" centrada na personagem, dirige Jesus Sua mente para as altas vibrações sonoras do Logos, o que nos é revelado com a expressão "levantando os olhos ao céu" (cfr. JO 11:41). Com esse gesto, demonstra ter entrado em contato sintônico com o Logos e a Ele se dirige, invocando-o, com o Nome de Pai, e a Ele confessando que sabe ter chegado Sua hora de experimentação dolorosa, para total aniquilação de Seu Eu humano, a fim de plenificar Sua absorção na substância do Pai: abandonaria apenas a expressão visível para as criaturas, Sua forma física, mas Se transformaria em Som.
Esse o primeiro pedido: que o Logos transubstancie em Si o Filho, a fim de que este absorva o Logos: que o Filho possa transformar-se em som, para que o Som possa substituir a substância do Filho.
E esse pedido é plenamente justificado por Jesus: é indispensável que essa transubstanciação se efetue Nele, do mesmo modo que Ele recebeu do Pai o poder sobre todas as criaturas, para dar-lhes também a elas todas a Vida Imanente, a vida crística divina.
Aí encontramos, pois, uma gradação: Jesus, o Espírito antiquíssimo (vê-lo-emos) e de evolução plena, recebeu do Pai um grupo de seres, a fim de que se incumbisse de providenciar a evolução deles. A todos esses que Lhe foram dados, Ele devia dar a Vida Imanente, fazendo despertar neles a Centelha Crística adormecida, de forma a que pudesse nascer o Cristo em cada um. Assim como tinha essa missão, do mesmo modo Ele precisa, para realizá-la, estar totalmente transubstanciado no Pai. E aqui, mais uma vez, compreendida a profundidade desse ensino, verificamos a leviandade de traduzir dox ázô por "glorificar": que importa a glória a um Espírito superior?
Logo a seguir, mais para conhecimento dos discípulos ali presentes que como parte da prece, Jesus abre um parênteses e explica: "a vida imanente consiste nisso: que Te conheçam (que tenham a gnose plena) a Ti, que és o único Deus verdadeiro, e que conheçam Jesus, o Cristo que enviaste à Terra".
Mais uma vez aparece a declaração taxativa de Jesus, que afirma que não é Deus. Os intérpretes torcem o sentido, afirmando ter Jesus dito que só YHWH é Deus, e não os ídolos. Mas não é isso que se deduz do contexto, onde não haveria razão para falar de outras crenças. Ao contrário: é feita aqui, com toda a clareza possível, a distinção absoluta entre o Pai e o Filho: só terá a vida imanente quem tiver a gnose de que só há um único Deus verdadeiro para a humanidade: é o Pai; mas que o Filho, Jesus Cristo, que foi enviado pelo Pai, não é Deus nesse sentido estrito e filosófico (embora em sentido metafísico todos sejam Deus, já que a Divindade está imanente em todos e em tudo). Na Terra, o único que verdadeiramente manifesta a plenitude da Divindade em Si - e que portanto merece o título real de Deus - é o Pai, o plenamente transubstanciado pelo SOM, que o Antigo Testamento denomina Melquisedec, expressão absoluta do Logos Planetário.
Essa missão de Jesus, de conceder vida imanente, está condicionada à fidelidade sintônica de cada um (cfr. JO 3:15, JO 3:16, JO 3:36; 5:24, 30; 6:33ss; 7:28 e 20:31), embora aqui não venha citada essa necessidade de "fé" ou seja, de fidelidade.
A seguir, declara o que realizou: "Eu Te transubstanciei sobre a Terra", trazendo fisicamente à alma e ao corpo do planeta e a todos os seus habitantes, a vibração do Som Divino; e "completando a ação" (tò érgon teleiôsas) "que me deste para fazer".
Nesta expressão teleiôsas to érgon entrevemos não apenas a complementação ou aperfeiçoamento da ação, nem tampouco a finalização do trabalho que Lhe fora dado, já que chegara ao fim de Sua tarefa como encarnado entre os homens; mas descobrimos, no sentido espiritual, qual a realidade da encarnação de Jesus, que foi "tornar perfeita, para chegar aos homens, a energia de Deus". Poderíamos ler: "Eu Te transubstanciei sobre a Terra, fazendo ter ação perfeita a energia que me deste para espalhar em todos. " Como tenha sido isso obtido, lemos em Paulo: "Jesus Cristo, sendo rico, tornou-se pobre por amor de vós, para que, por Sua própria pobreza fôsseis enriquecidos" (2CO 8:9); e ainda: "Cristo Jesus, que subsistia em forma de Deus, não julgou dever apegar-Se a isso, mas esvaziou-
Se tomando a forma de escravo, tornando-Se semelhante aos homens" (FP 2:6-7). Tudo isso foi realizado de acordo e para obedecer à Vontade divina (cfr. JO 4:34; JO 5:36; JO 8:29; JO 9:4 e LC 2:49).
Tendo realizado Sua tarefa nada fácil, vem o pedido final para Si mesmo: Agora, transubstancia-me Tu, Pai, em Ti mesmo (parà seautôi), com a substância que (eu) tinha (têi dóxei hêi eichon) em ti (parà soi) antes de o mundo ser (prò toú tòn kósmon eínai).
Em unificação perfeita com o Pai, vivia Jesus, o Espírito humano - de outro planeta do Sistema de Sirius - de onde foi convocado para cuidar carinhosamente da humanidade que um dia habitaria o planeta Terra (cfr. vol. 1).
Conhecendo isso, entendemos plenamente o sentido desse versículo: trata-se do veemente desejo de voltar àquele estado batífico, ao lado de Seu Pai, em Sua mesma substância, tal como ocorria antes que o planeta Terra existisse, Desejo esse que ainda não pôde ser realizado, já que Jesus permanecerá conosco até o fim do eon (cfr, Mat, 28:20), não obstante o sacrifício que isso constitui para Ele (cfr. MT 17:16; MC 9:18; LC 9:41; vol. 4).
2. ª PARTE (vers. 5-19)
Inicia declarando que conseguiu "manifestar-Te a Essência (o nome) aos homens que me deste (tirandoos) do mundo". Essa manifestação foi a revelação da substância do Pai (já vimos o que significa filosoficamente o termo "nome"). Essa substância ou essência foi revelada àqueles que, tendo sido retirados do mundo (extraídos do Antissistema) ingressaram sintonicamente no Sistema, ao serem admitidos na Escola Iniciática Assembleia do Caminho.
Todos esses, que foram dados pelo Pai a Jesus, conseguiram "realizar o Logos" em si mesmos, no Espírito, embora em suas personagens não houvessem conseguido ainda certos graus "iniciáticos" superiores, e por isso ainda fraquejavam na parte emocional e intelectual. A expressão "realizar o Logos", acreditamos, poderia ser traduzida em linguagem científica moderna, em "sintortizar o Som" em si mesmos, captando perfeitamente a onda emitida, em alta fidelidade.
Esses é que teriam que agir, doravante, em lugar de Jesus. Era justo, por isso, orar por eles, por quatro motivos:
1) tinham sido tirados do Antissistema (ek toú kósmou) espiritualmente, mas nele permaneciam com suas personagens;
2) pertenciam ao Pai (soi êsan);
3) foram dados ao Filho (k’amoi autoús édokas); e
4) não reagiram ao chamamento, mas obedeceram prontamente em boa-vontade, dispondo-se aos sacrifícios requeridos pela missão árdua que lhes era cometida, tendo realizado o Logos planetário em seus corações.
Portanto, já SABEM, já tem a gnose, de que tudo o que foi dado ao Filho, "está no Pai" (parà soú eisin). E isso porque receberam (élabon) as palavras (tà rhêmata) que, recebida" do Pai, Jesus lhes revelou (cfr. JO 8:40; JO 12:49; JO 15:15 e JO 17:14), e por isso tiveram conhecimento pleno de que Jesus, o Cristo, era Aquele que saíra do Pai (parà soú exêlthon) e que pelo Pai fora enviado (sú me apésteilas).
Em Sua prece Jesus explica, então, porque roga por eles e não pelo mundo, embora tenha vindo para salvar o mundo (cfr. JO 3:16) e embora ainda esteja preocupado com o mundo (adiante, vers. 21).
São três as razões citadas:
1. ª - porque pertenciam ao Pai, posto que tudo o que é do Cristo é do Pai, e tudo o que é do Pai é do Cristo, já que ambos constituem uma unidade perfeita;
2. ª - porque Ele se transubstanciou neles; portanto, já agora eles constituem um prolongamento de Si mesmo;
3. ª - porque Jesus já não ficará mais no turbilhão negativo do Antissistema, mas eles aí permanecerão em trabalho árduo. Jesus vai deixá-los em Sua forma visível (cfr. JO 13:33-36 e JO 16:16) retirando-Se para a Casa do Pai (Shamballa).
Aparece a invocação "Pai Santo" (Páter hágie). O adjetivo "hágios" exprime uma ideia dupla: a separação do que é profano (sentido negativo) e a consagração a Deus (sentido positivo). A expressão "Pai Santo" é proferida, porque Jesus ora pela santificação de Seus discípulos, a fim de que não sejam envolvidos pelo negativismo nem pela rebeldia do mundo, mas conservem a fidelidade sintônica com Ele e com o Pai, e sejam protegidos contra a contaminação mundana, e sejam consagrados ao Bem na Verdade.
Pede, então, Jesus, que eles sejam guardados na essência do Pai. No original está "em Teu nome".
Mas sendo o nome, como vimos, a manifestação externa da essência íntima, o "nome do Pai" é a "essência do Pai" manifestada externamente.
E a súplica prossegue: "guarda-os na Tua essência, essa essência que me deste, para que eles sejam UM, em natureza (como já são, pois têm em si a Centelha divina que é da mesma natureza que a Fonte Emissora da Centelha) e em essência (aprendendo a sintonizar com o Som do Logos), assim como nós já somos UM. Não há distinção, pois, entre a unidade de natureza e essência que há do Pai com o Filho, e a unidade de natureza e essência que deve haver do homem com o Filho e o Pai.
Há quem não aceite que essa unidade seja tão profunda. Dizem que a unidade entre Pai e Filho é, realmente, de "natureza e essência", ao passo que a unidade dos homens com o Pai é apenas de "adoção pela graça". O texto e o contexto afirmam a primeira interpretação, pois a comparação é total: "Que eles sejam UM, "ASSIM COMO" (do mesmo modo e na mesma profundidade) nós somos UM". Não são feitas distinções nem diferenças entre uma unidade e a outra: uma é igual à outra, tudo é uma só unidade, de essência e de natureza: "em Deus vivemos, nos movemos e existimos e somos gerados por Ele" (AT 17:28). A asserção de sermos "geradas" (não criados externamente, mas gerados, tal como a mulher gera o filho), prova que a natureza é a mesma; então todas as coisas existentes são "homoúsias" da Divindade.
Além de todos os outros que aparecem esparsos, este trecho vem provar à saciedade que a doutrina crística está plenamente dentro do MONISMO mais absoluto, e Paulo confirma que compreendeu bem tudo isso, quando diz: "esforçando-vos por guardar diligentemente a unidade do Espírito no vínculo da paz: há um só corpo e um só Espírito (como também fostes chamados em uma só esperança de vosso chamamento); um só Senhor, uma só fidelidade, um só mergulho, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, e por todos, e EM (dentro de) todos" (EF 4:3-6).
O pedido para que o Pai os guarde (têrêson) é justificado, já que Jesus - que faz a prece - vai afastar-
Se visivelmente. No entanto, dá testemunho de que os guardava (etêroun) enquanto estava fisicamente presente em corpo. E guardou-se de tal forma que os protegeu (ephylaxa) de modo completo, tanto que nenhum dos que Lhe foram confiados teve que afastar-se. E aqui entra um trecho que merece meditado.
Um só "se aboliu" (apôleto), isto é, se aniquilou, pela renúncia voluntária, riscando seu nome do Colégio Iniciático terreno: era ele o "filho da abolição", ou seja, o "abolido" ou o "aniquilado" voluntário, aquele que renunciou totalmente, durante milênios, a seu personalismo vaidoso.
Mais uma vez verificamos que o sacrifício de Judas, o Iscariotes, foi voluntário, para que se cumprisse a Escritura". Tendo sua posição garantida como sacerdote na Escola Iniciática Assembleia do Caminho, e podendo assegurar-se, com isso, uma posição de relevo entre os seguidores da doutrina nos séculos seguintes, atraindo a si bons pensamentos e amor da parte das criaturas, ele aceitou "abolirse", aniquilar-se ou esvaziar-se (cfr. FP 2:7), atraindo o desprezo e o ódio da humanidade, para que seu Mestre fosse amado e engrandecido, brilhando em Luz diáfana, em contraste com a sombra que sobre Jesus se projetaria partindo desse ato heroico de Seu discípulo, interpretado como "traidor infame". Além de Jesus, nesse drama, foi Judas o único que aceitou aniquilar seu eu personalístico, a fim de que o Mestre fosse exaltado. Agora chegou a hora de fazer justiça e revelar a verdade que ficou tanto tempo oculta na letra, para que a humanidade, no terceiro milênio, compreenda a realidade espiritual do ocorrido.
A Escritura a que Se refere Jesus é o Salmo (41:9) que fora por Ele citado (cfr. vol. 7) e que diz; "Até meu amigo íntimo, em quem confiava, que comia meu pão, levantou contra mim seu calcanhar"; e outro salmo 109:4-3 que prevê, em espírito, o que Judas sofreria durante milênios, como efeito de sua aniquilação ou abolição voluntária:
4. ª - "Em troca de seu amor tornam-se meus adversários, mas eu me dedico à oração
5. ª - Retribuiram-me o mal pelo bem, e o ódio pelo amor que lhes tenho.
6. ª - Coloca sobre ele um homem perverso, e esteja à sua direita um adversário.
7. ª - Quando ele for julgado, saia condenado, e em pecado se lhe torne sua súplica.
8. ª - Sejam poucos os seus dias, e tome outro seu ofício.
9. ª - Fiquem órfãos seus filhos, e viúva sua mulher.
10. ª - Andem errantes seus filhos e mendiguem, e esmolem longe de suas residências arruinadas.
11. ª - Que um credor arme laço a tudo quanto tem, esbulhem-no estranhos do fruto de seu trabalho.
12. ª - Não haja quem lhe estenda benignidade, nem haja quem se compadeça de seusórfãos.
13. ª - Seja extirpada sua posteridade, na próxima geração se apague seu nome.
14. ª - Seja recordada por YHWH a iniquidade de seus pais e não seja apagado o pecado de sua mãe.
15. ª - Estejam eles sempre diante de YHWH, para que ele faça desaparecer da terra a memória deles,
16. ª - porque não se lembrou de usar de benignidade, mas perseguiu o aflito e o necessitado e o desencorajado, para lhes tirar a vida.
17. ª - Amou a maldição, e ela veio ter com ele; não teve prazer na bênção, e ela afastou-se dele.
18. ª - Vestiu-se também de maldição como dum vestido, dentro dele, ela penetrou como água, e nos seus ossos como azeite.
19. ª - Seja-lhe ela como a veste com que se cobre, e como o cinto com que sempre anda cingido".
... Como vemos, a situação que Judas viria a ter, estava descrita com pormenores, e ele bem conhecia o que viria sobre ele. E, apesar de tudo, para que a Lei se cumprisse, e para que seu Mestre amado pudesse arrostar o supremo sacrifício sangrento e infamante que "O tornaria Sumo Sacerdote da ordem de Melquisedec" (Heb 5:7-10), Judas aboliu sua personagem terrena e aceitou a terrível incumbência de funcionar como "sacerdote que oferecia a vítima do holocausto no altar do sacrifício".
Tudo isso é falado, porque Jesus vai retirar-Se em Seu corpo físico; mas antes quer, com Suas palavras, proporcionar conforto espiritual e dar a Seus amados discípulos, "a minha alegria que se plenificará neles".
E diz mais: "a eles dei o Teu Logos", servindo de diapasão. Com Sua presença, elevou-lhes o Eu profundo de forma a perceberem as vibrações sonoras do Logos Planetário, qual música sublime das esferas a renovar-lhes a tônica, alteando-lhes a frequência até o grau máximo da harmonia e da beleza.
Portanto, fê-los penetrar em Espírito no "Sistema", atingindo o pólo positivo do amor. Todavia, o mundo os odiava. O Antissistema, pólo negativo do ódio, não pode suportar a vibração do amor, tal como as trevas repelem a luz que as destrói.
Os discípulos, elevados ao "Sistema" já não mais pertencem ao Antissistema, tal como o próprio Jesus: "não são do mundo, como eu não sou do mundo". No entanto, não pede que sejam tiradas suas personagens do Antissistema, pois aí terão que atuar: o raio de sol tem que mergulhar no pântano para secá-lo e destruir os miasmas. Mas pede e suplica que, embora mergulhadas suas personagens no pólo negativo do Antissistema, sejam eles "guardados" e protegidos contra o mal, pois seus Espíritos, como o de Jesus, não mais pertencem ao mal, isto é, à matéria do mundo.
O mal (ausência do bem, trevas, matéria) é a tônica do Antissistema, é o pólo oposto do Bem, a extremidade negativa da barra imantada e aí são consideradas grandes virtudes o que constitui erro no pólo positivo: ambição, orgulho, convencimento, domínio, materialismo; ao invés, constituem covardia e frouxidão no Antissistema o que é tido como qualidade positiva no Sistema: desprendimento, humildade, autoconhecimento, obediência, espiritualismo. Desgraçadamente, ao aliar-se ao "poder temporar", ao tornar-se "aliada do mundo", no 4. º século, a "igreja" dita de Cristo mudou de pólo, tornando-se anticristã. E embora pregando com os lábios as qualidades do Sistema, passou a praticar sub-repticiamente as "virtudes" do Antissistema.
Pede; então, Jesus, ao "Pai Santo" que os "santifique na Verdade". Já vimos o que significa "santificar": separar do Antissistema e mergulhar no Sistema ou, como dissemos acima, separar do profano e consagrar a Deus.
E aqui, mais uma das grandes afirmativas, que já vimos glosando há muito nesta obra, sobretudo quando afirmamos que a tradução correta da frase de Jesus é "Eu sou o caminho da Verdade e da Vida" (JO 14:6). Aqui encontramos o testemunho de que não andamos por atalhos falsos, pois Jesus declara: "O Teu Logos é a Verdade"! Perfeito: a Divindade, o Absoluto, é a Vida (LUZ); o Logos ou Pai é a Verdade (SOM): o Filho ou Cristo é o caminho que conduz à Verdade (Pai) e à Vida (Espírito).
E Paulo (1CO 14:7-11) ensina a respeito da necessidade absoluta de "Verdade no som", exemplificando assim, para quem compreenda, a lição contida nessa frase: "o Teu Logos é a Verdade". E se não sintonizarmos com esse Som, que é a Verdade, sairemos do reto caminho; e se os que ensinam, não ensinarem a Verdade, como conseguirão ser seguidos pela estrada certa, na luta pela conquista da Verdade? "Se a trombeta der um som incerto, quem se preparará para a batalha"?
Os discípulos já venceram pela adesão total à fidelidade (1JO, 5:4) e já estão limpos (JO 13:10 e 15:3), ou seja, já superaram o aspecto negativo da santidade, já foram tirados do "mundo", já se destacaram do Antissistema. Agora terão que consagrar-se totalmente a Deus, renunciando ao mundo, tal como YHWH já ensinara a Moisés, quando determinou que os que ingressavam no "ofício sacerdotal" deviam vestir-se com túnica (auras) de qualidades elevadas e cores harmoniosas, ter a cabeça mergulhada numa tiara de bons pensamentos e serem ungidos (cristificados), consagrados pela prece e santificados (EX 28:41). Já antes de encarnar era Santo o Espírito de Jesus: "um Espírito santo virá sobre ti" (LC 1:35), tal como havia ocorrido com Jeremias: "antes que eu te formasse no centre te conheci e antes que saísses da madre te santifiquei (JR 1:5).
A santificação dos discípulos virá "na Verdade" ("en têi alêtheíai"), que é um dativo de instrumento; então, "por meio da Verdade". O dominicano François-Marie Braun, professor na Faculdade de Friburgo (in Pirot, o. c., tomo 10 pág. 450) chegou a escrever uma frase preciosa, dizendo que a verdade seria "a atmosfera espiritual da alma". Realmente. Apenas acrescentaríamos que essa atmosfera (ou aura) espiritual atingirá a santificação em seu aspecto positivo, quando atingir a sintonia vibratória perfeita com a tônica da Verdade do Logos (SOM).
Passa Jesus a outro ponto, revelando que da mesma maneira que Ele foi enviado ao mundo, também agora envia ao mundo os discípulos, quais ovelhas em meio a lobos (MT 10:16 e LC 10:3); mas logo a seguir vem a garantia da assistência protetora: "sobre eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados verdadeiramente". Notamos que no vers. 17 está "santificar na Verdade" (en têi alêtheíai), ao passo que aqui falta o artigo (en alêtheíai), o que podemos interpretar como advérbio, talvez: para que sejam verdadeiramente ou realmente santificados. Trata-se da sintonia de Jesus que envolve os cristãos "verdadeiros", a fim de facilitar-lhes a tarefa: uma vez atingida a sintonia com Jesus, será mais fácil, por meio Dele, atingir a sintonia crística e depois a do Logos, como fazia Teresa d’Ávila, que chegou ao Cristo e ao Pai, através da figura humana de Jesus.
3. ª PARTE (vers. 20 a 24)
Agora amplia-se a prece de Jesus em favor de todos os que - nos séculos e milênios posteriores, por meio do ensino dos emissários legado à humanidade, oralmente ou por escrito - conseguirem a fidelidade sintônica com Jesus.
A prece é para que TODOS SEJAM UM.
Não se trata, portanto, da pregação de uma doutrina, mas da criação de uma unidade monística. E lemos conceitos significativos no dominicano Braun, aos quais acrescentamos apenas duas palavras entre parênteses: "A fidelidade (sintônica) aos mistérios (iniciáticos) da Boa-Nova, e o amor que o Pai e o Filho têm em comum, os introduz na sociedade das pessoas divinas" (in Pirot, t. 10 pág. 451).
É a linguagem das Escolas gregas e egípcias: o iniciado passa a fazer parte da família do Deus.
Se houver perfeita e indestrutível união com a Divindade e com os irmãos, esse fato convencerá o mundo separatista e dividido do Anti-sistema, de que existe uma realidade crística superior a tudo. E Paulo pede isso a seus discípulos: "Rogo... que andeis... com toda humildade e mansidão, com longanimidade suportando-vos uns aos outros com amor, esforçando-vos diligentemente para guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz" (EF 4:2-3). E repete os mesmos conceitos, estendendo-os mais, aos fiéis de Colossos: "Vós, portanto, como escolhidos de Deus, SANTOS E AMADOS, revestivos de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente se alguém tiver queixa contra outro... E acima de tudo isso, revesti-vos do "amor que é o vínculo da perfeição". Reine em vossos corações a paz de Cristo, à qual também fostes chamados "em um só corpo", e sede sempre gratos" (CL 2:12-15).
De que isso ocorria realmente na primeira geração de iniciados cristãos, mesmo após o afastamento físico de Jesus, temos testemunhos: "Todos os que tinham fidelidade, estavam unidos e tinham tudo em comum, e vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, conforme a necessidade de cada um; e diariamente perseveravam unânimes no templo (judaico) e, partindo o pão em suas casas, comiam com alegria e singeleza de coração" (AT 2:43-47). E mais adiante: "Na comunidade dos que eram fiéis, havia um só coração e uma só alma, e nenhum deles dizia que alguma coisa que possuísse era sua própria, mas tudo entre eles era comum" (AT 4:32).
Como explicar essa união total entre os iniciados do primeiro século? Sem dúvida, resultava da transubstanciação do Cristo naqueles discípulos, comunicando-lhes a vida divina que recebera do Pai: "A todos os que O receberam (pela transubstanciação), aos que mantiveram fidelidade (sintônica) com Sua essência, Ele deu o direito de se tornarem Filhos de Deus (pertencentes à família divina) e esses novos seres não nasceram do sangue (etérico), nem da vontade da carne (das sensações), nem da vontade do homem (intelecto, raciocínio) mas sim de Deus (do Espírito)", é o que lemos em João 1:12-3.
O Cristo, sem deixar de estar no Pai, vive em cada um dos Que se unem a Ele, em fidelidade absoluta; nesses casos, o Logos e o Cristo (o Pai e o Filho) vêm juntos habitar permanentemente nessas criaturas, e não mais são eles (personalisticamente) que vivem, mas é o Cristo que vive neles, em sua individualidade.
E mais uma vez alegramo-nos ao ler estas palavras do dominicano F. M. Braun (in Pirot, o. c. T. 10, pág. 451): "Essa união é a meta à qual quer fazer-nos chegar... Não pode conceber-se outra mais perfeita. Já se viu a impressão que isso deve causar no mundo (vers. 21). Já que o Cristo é o princípio vivo e ativo, [essa união] manifestará externamente a potência de Sua força. A esse sinal as almas de boa-vontade reconhecerão que não se trata de um pregador qualquer, mas que Ele vinha da parte do Pai, que O encarregou dessa missão e que ama os homens aos quais O enviou a fim de salvá-los (JO 3:16). No cap. 13:35, o amor recíproco dos apóstolos era o sinal pelo qual se reconheceriam como discípulos de Jesus. Aqui deve a união servir para provar a origem divina de Jesus e o amor do Pai. É o grande sinal exterior do mistério evangélico. " O texto de João, mesmo em sua letra fria, revela mistérios profundos. Vejamos.
Os versículos 21 e 22 trazem a revelação da aspiração de Jesus, o Cristo, e traduz em Suas palavras o pensamento do Cristo, que é a expressão da vontade do Pai: "para que TODOS sejam UM", já que a humanidade toda constitui o corpo visível do Cristo neste planeta.
Paulo o afirma categoricamente, sem ambages: "Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo" (1CO 6:15). E mais adiante: "Ora, vós sois o corpo de Cristo e, individualmente, cada um de Seus membros" (1CO 12:27). Diz ainda o mesmo Paulo que TODOS caminhamos para a unidade absoluta, "tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos (separados, iniciados, em oposição a nãoseparados ou profanos), para edificação do corpo de Cristo, até que cheguemos a Ele, Cristo, que é a cabeça" (EF 4:12, EF 4:15), pois somos "membros do corpo de Cristo" (EF 5:30).
Então é indispensável que o corpo esteja unido em seus membros e com a cabeça, formando um só ser, da mesma natureza e com a mesma essência: "para que TODOS sejam UM, tal como Tu, Pai, és em mim e eu em Ti: assim sejam eles UM em nós. " Para isso, descendo à Terra e vestindo o corpo físico de Jesus, a fim de poder ter um elo também da mesma natureza que nós, Cristo nos deu a substância que recebeu do Pai, a fim de que toda a unidade se constituísse num só ser, sendo Cristo a cabeça, o Pai a alma e nós as cédulas conscientes desse corpo místico, mas REAL: mais real que nosso corpo físico, que é transitório e perecível. Exatamente isso: "Tu em mim, e eu neles, a fim de que sejam completados num TODO único, numa unidade total e completa. Quando isso ocorrer, todos verão a substância que me deste. " Também está declarado o momento em que Cristo recebeu essa substância: "Antes da constituição do mundo. " Os teólogos querem provar, com esta frase que Jesus é um dos três aspectos divinos, uma "pessoa da Trindade absoluta". No entanto, não é isso, absolutamente, o que ressalta do contexto, nem da declaração de Jesus, de que "há uma única Divindade" e, distinto dela, há um Homem, que é Ele, o Filho, que é menor que o Pai (vamos vê-lo a seguir, no próximo capítulo).
Pelo que deduzimos do trecho, está dito que Jesus, o ser humano, a criatura - embora originária de outro planeta muito mais antigo que o nosso (provavelmente do Sistema de sírius) - já havia conquistado e se revestido da substância do Pai muito antes que o "mundo" (isto é, a Terra) "fosse lançada para baixo" (katabolês), isto é, fosse materializada em seus elementos físicos. O Espírito humano de Jesus já estava misticamente unificado com o Pai, quando Dele recebeu a missão de encarregar-Se do trabalho da instrução da humanidade deste globo terráqueo. Aqui encontraria Ele, chegadas ao estágio hominal aquelas células que O ajudaram a evoluir durante o período de Sua evolução (humana em Seu planeta de origem. Confirma-se, assim, com as próprias palavras de Jesus, a hipótese que formulamos no vol. 1).
E é por esse motivo, porque durante milênios vivemos todos formando uma unidade com ele, sendo o corpo Dele que era nossa Alma-Grupo, que tão vivo Lhe aparece o desejo de reconstituir essa unidade, já não mais num corpo físico, mas num corpo místico, em que as antigas células já tenham atingido a evolução suficiente para se unificarem com o Cristo Cósmico, tal como Jesus o fizera; e o corpo se reconstitua em sua unidade primordial e em sua integridade espiritual.
Aqui aparece uma expressão de autoridade inconteste: não é mais "rogo", mas a afirmativa da vontade resoluta e firme: diz "QUERO" (thélô).
Quem poderá contrariar essa vontade? Ele quer sempre o mesmo que o Pai quer (cfr. JO 4:34; JO 5:30 e 6:38-40). Então, também essa é a vontade do Pai.
Para nós, por conseguinte, existe a certeza metafísica de que Sua vontade será realizada, e TODOS, isto é, a humanidade TODA, alcançará essa união plena. Consequentemente, não haverá "perdidos"!
...
No original há uma variante: alguns códices trazem "o que me deste" (hó dédôkas moi, como em 6:37, 39 e em 10:29) e é melhor que a correção posterior para "os que me deste" (hoús dédôkas moi), pois exprime a totalidade coletiva de tudo, o quinhão total do Cristo, recebido do Pai e aceito pelo Cristo. Com essa expressão, vemos que tudo o que está na Terra, inclusive minerais, vegetais, animais, pertence ao Cristo, e não apenas os homens, que não constituem, assim, uma classe privilegiada à parte: TODOS e TUDO somos UM, irmãos reais. E o próprio Jesus já havia dito: "Poderoso é Deus para destas pedras suscitar filhos de Abraão" (Mat, 3:9 e LC 3:8).
Voltando à expressão "antes da constituição do mundo", vemos que a palavra katabolê fora empregada em MT 13:35, em Efésios 1:4 e em Hebrel 11:11. Essa ideia de "lançada para baixo" lembra muito aquilo que Pietro Ubaldi, utilizando velha expressão bíblica, denomina "A Queda".
Há um trecho de Hermes Trismegisto (Corpus Herméticum, 9:6), bem anterior à época de Jesus, que procura explicar o mecanismo desse "lançamento para baixo", como sendo uma semeadura, exataSABEDORIA DO EVANGELHO mente no sentido que estamos dando: "Com efeito, a sensação e a intelecção do mundo constituem um só ato: fazer todas as coisas e desfazê-las em si, como órgão da vontade de Deus. Pois o mundo foi realmente feito como instrumento para que, guardando as sementes que recebeu de Deus (que foram lançadas para baixo) produza em si mesmo todas as coisas pela energia; e depois, diluindo-as, as torne a renovar, tal como um bom semeador de vida. E por seu próprio movimento fornece a todas as coisas um renascimento. O mundo não gera para a vida (não a dá), mas por seu movimento vivifica todos os seres: é, ao mesmo tempo, o lugar e o dispensador da vida".
Aí temos um ensinamento que nos mostra o mundo (a Terra) a receber as sementes que vieram de outros planos e aqui "caíram" ou "foram lançadas para baixo" (katabolê). Mas compreendamos bem, que não é um "baixo" quanto a local ou geográfico, mas um baixo que exprime degradação de vibrações, que da energia passa à matéria. No planeta, realizando-se a vontade de Deus, tudo vai evoluindo pelas transformações constantes e pela Lei de causa e efeito, de vida e morte de desfazimento e renascimento. Mas a sensação e a intelecção são uma coisa só, pois expressa a Mente crística que dirige e governa tudo, CONCLUSÃO (Vers. 25-26).
Aqui novamente aparece um adjetivo ligado à inovação: PAI JUSTO. É salientada a qualidade que o peticionário deseja ver manifestada no assunto de que trata. Sendo justos os pedidos, mister que se faça sentir a Justiça para o atendimento.
A situação real, de fato, é demonstrada nesses dois versículos: "o mundo ainda não Te conheceu, mas eu Te conheci, e estes conheceram que Tu me enviaste".
Neste passo, cremos que não se trata apenas de conhecimento intelectual, mas da gnose mística, pela união de seres. O verbo "conhecer", entre as personagens físicas, nas Escrituras, exprime a união sexual dos corpos físicos. Na Individualidade, exprime o matrimonio espiritual, pelo qual um Espírito se unifica ao outro. No físico, serão "dois corpos num só corpo" por meio da penetração do pênis na vagina, ficando, porém, todo o resto dos corpos exteriorizados, embora abraçados, mas sem penetrarse; no Espírito, entretanto, a penetração é total, de todo o corpo (de todas as vibrações energéticas que se fundem e confundem) e os dois Espíritos passam a constituir real e integralmente UM SÓ ESPÍRITO.
O mundo ainda não fez essa unificação, diz Jesus, mas eu a fiz e estes a fizeram comigo, pois sabem que Tu me enviaste. Com essa união comigo, eu os unifiquei com Tua essência, para que o amor, a vibração divina da união, que comunicaste a mim, esteja neles e portanto eu esteja totalmente dentro deles.
Se o Cristo está dentro de nós com esse amor total da união espiritual completa, "é justo" que minha prece pela unificação de tudo o que me deste seja realizada.
Numa palavra poderia resumir-se a prece de Jesus: "Que se reintegre hoje, na unidade, o meu corpo do passado, sendo eu ainda a Alma-Grupo de todos (psichê), e Tu, Pai, a Cabeça (Noús)".
Feita a união total com um grupo, aos poucos se conseguirá a união com todo o restante, que ainda permanece de fora, mas que virá unificar-se aos poucos até reconstituir-se a unidade perdida pelo separatismo divisionista do Antissistema. Quando isso for conseguido, teremos reconstituído o Sistema, em relação ao nosso mundo e todos seremos UM COM A DIVINDADE.
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
A ORAÇÃO DO SENHOR
João
Esta é a mais longa, e talvez a mais importante, das orações de Jesus que foram registradas. Enfrentando a hora (1; cf. Jo
A oração reflete a vitória que Ele já tinha reivindicado (Jo
Os diferentes títulos dados a esta oração são de interesse. A maioria chama-a de "A Elevada Oração Sacerdotal". Westcott a chama de "A oração da Consagração".3
A oração tem três temas principais: 1. Jesus ora por si mesmo (1-8) ; 2. Jesus ora pelos seus discípulos (9,19) ; 3. Jesus ora pelos futuros crentes (20-26).4
A. JESUS ORA POR Si MESMO, Jo
Essas coisas (1) seriam as palavras do capítulo 16. A expressão representa uma breve transição do que a antecede. Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: Pai. Aqui estão a facilidade de acesso, uma relação confiante e um hábito de vida (11.41; cf. Mac 6.41; 7.34; Atos
Do ponto de vista da Divindade, todo o propósito da hora está resumido nas pala-vras de Jesus, glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti. Hoskyns comenta: "A glorificação do Filho não deve ser interpretada como a recom-pensa da virtude. A glorificação do Filho é para a glorificação do Pai, e a glorificação do Pai é a salvação dos homens" (Jo
A glorificação do Pai e do Filho é possível porque o Pai lhe deu poder [exousia, lit., "autoridade") sobre toda a carne.' "A autoridade é dada para que Cristo possa libertar os homens do pecado"' e dar-lhes a vida eterna. A frase a todos quantos lhe deste é introduzida por um pronome neutro no original, e literalmente significa "tudo o que lhe deste". No contraste entre toda a carne e tudo o que lhe deste está expressa a inevitável tragédia da misericórdia de Deus; ela é oferecida a todos, mas recebida por poucos"."
O que é esta vida eterna (2-3) que Ele dá? É para que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste (3). O verbo conhecer (ginosko) significa conhecer pessoalmente, com a experiência. É um verbo no presente, e assim reflete o conhecimento continuado e crescente. É o conhecimento do único Deus verda-deiro "em contraste com os deuses irreais do mundo pagão".11 O título Jesus Cristo, com o nome humano e também o divino, aparece neste Evangelho somente aqui e em Jo
Do ponto de vista de Jesus, quando Ele olha para os anos passados da sua curta permanência na terra (1.14), há quatro coisas específicas e evidentes que Ele realizou e que o haviam trazido até a hora. 1. Eu glorifiquei-te na terra (4). Ele teve uma gló-ria com o Pai antes que o mundo existisse e Ele antevia que isto seria restaurado. Glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo (5; cf. 24). Colocado em linguagem moder-na, Ele estava dizendo que, a partir da perspectiva divina, a Encarnação era um celebra-do sucesso. 2. Tendo consumado a obra que me deste a fazer (4). O verbo grego para consumar é teleiosas, que significa "completar, trazer ao final, terminar, realizar... tra-zer ao objetivo ou à realização, no sentido de superação ou suplantação de um estado imperfeito de coisas por alguém que está livre de objeções".' A obra é a redenção do homem, e está consumada da maneira mais perfeita (cf. 19.30). Não se pode deixar de exclamar "Aleluia, está consumado!" 3. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste (6). A palavra grega para manifestar é ephanerosa, que significa "tornar conhecido pelas palavras transmitidas... embora aqui o ensino seja acompanha-do por uma revelação que vem da obra".13 Na adoração judaica, era proibido pronunciar o nome de Jeová (Yahweh). Mas agora o nome Pai tornou-se conhecido e os homens "já não precisam ter medo de pronunciar o nome sagrado"» 4. Eu lhes dei as palavras que me deste (8). Ele, a eterna Palavra viva, deu aos homens as palavras que eles receberam. Disto vem o conhecimento — eles têm conhecido a verdadeira natureza [de Jesus]; saí de ti — e a fé — e creram na sua missão; que me enviaste (8; cf. Jo
B. JESUS ORA PELOS SEUS DISCÍPULOS, Jo
Embora os discípulos tenham sido mencionados na oração (6-8), somente agora o pedido é por eles. Eu rogo por eles (9). O próprio Jesus está na função de Advogado (1 Jo
Quem são esses discípulos em cujo nome tão fervorosa intercessão é feita? Eles são os onze (cf. v. 20). Eles pertencem ao Pai — eles são teus — e foram dados ao Filho. Assim pertencem a ambos, em uma propriedade mútua: todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas (10). Eles estão no mundo (11) mas não são do mundo (14). É por eles que Ele roga.'
O que é que Ele pede" por eles? Três coisas.
Há um momento de trágica reminiscência na oração. É sobre Judas. Todos os discí-pulos foram guardados, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição (12). As palavras gregas para perdeu e perdição são cognatas e referem-se a "perecer de forma final". Em Marcos
3. Santifica-os na verdade (17). O verbo grego hagiazo, aqui um imperativo aoristo, significa "consagrar, dedicar, santificar, tratar como sagrado, reverenciar, purificar"." O seu adjetivo cognato é hagios, que significa "santo". A forma substantiva plural hoi hagioi é "os santos". O fato de que o verbo seja um imperativo aoristo indica claramente que a santificação dos discípulos seria uma experiência de crise. "Não é possível que signifique um processo incompleto, mas um ato definitivo de santificação".22
Qual é a natureza da santificação que Jesus pede ao Pai para os discípulos? (a) É claro que isto só poderia se dar pelo poder de Deus. O próprio fato de que o pedido foi feito ao Pai, e não foi uma ordem para os discípulos, evidencia isto. O homem não pode santificar-se a si mesmo. Ele não é capaz, nem adequado. (b) Ela acontece na verdade
(17,19). Assim, uma pessoa é "verdadeiramente santificada"." Westcott destaca: "A verdade pela qual eles são odiados e pela qual eles são fortalecidos (v. 14) é o poder pelo qual são transformados".24 Bernard diz: "A verdade deveria ser o meio da sua consagração como... o 'Espírito da Verdade' deveria ser o Agente (cf. 16.13).25 Isto também se torna efetivo por meio da autoconsagração de Jesus. Ninguém mais poderia ter dito E por eles me santifico a mim mesmo (19). Ele se dedicou, consagrou-se à morte, um Sacrifício voluntário (10.18), para tornar possível a purificação, a consagração e a santificação dos crentes (cf. Hb
A ordem de Jesus foi para que eles, em primeiro lugar, permanecessem (Lc
C. JESUS ORA PELOS FUTUROS CRENTES, Jo
Quando Jesus orou não somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim, Ele mostrou que "a sua obra se cumpre em círculos de influência cada vez maiores"." É a partir do Pai e do Filho, por meio do Espírito nos discípulos pelo mundo que a sua obra prosseguirá. Para isto, deve haver uma unidade para que todos sejam um — o Pai, o Filho e eles (os discípulos, 21). Os discípulos são trazidos à unidade com o Pai e o Filho como resultado da sua santificação, pela qual Jesus orou aqui. O propósito desta unidade é, diz Jesus, para que o mundo creia que tu me enviaste (21).
Quais são as características desta unidade pela qual Jesus orou? 1. É evidente que ela se baseia no objetivo definitivo pelo qual Cristo foi enviado ao mundo, e pelo qual deu a sua vida — a redenção do homem, que é a glorificação do Pai e do Filho. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um (22).32 Em um sentido muito real, aqueles que são lavados pelo sangue são um só, feitos assim por aquele que é o sacrifício perfeito (Hb
O amor incomparável de Jesus pelos seus discípulos lhes foi repetidamente declara-do em obras e palavras. Eu lhes fiz conhecer o teu nome (26) ; só se sabe que será por uma cruz.
Champlin
Genebra
17:1
Pai. Esta palavra ocorre mais de uma centena de vezes no Evangelho de João. Na oração do capítulo 17 ela é encontrada seis vezes.
é chegada a hora. Jesus estava plenamente consciente do que estava para acontecer.
glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti. A perfeita vida do Filho, em sua encarnação, dá glória à Deidade. O Filho é glorificado em sua crucificação, ressurreição e entronizamento à mão direita de Deus — estes eventos são vistos como uma unidade composta neste Evangelho. Ver notas em 12.23; 13.31.
* 17:2
lhe conferiste. Este verbo é usado dezesseis vezes nesta oração, no grego. Em português, “conceder” e “conferir” aparecem como sinônimos de “dar”.
vida eterna. Ver nota em 3.16.
a todos os que lhe deste. Nesta expressão dá-se ênfase à escolha soberana de Deus (usada outras vezes nos vs. 6.9,24; conforme 6.44; 10.29).
* 17:3
que te conheçam a ti... e a Jesus Cristo. A vida consiste na comunhão com Deus "que nos criou para ele mesmo, de modo que nossas almas não descansam até que descansem nele", como disse Agostinho. Conhecimento aqui, como freqüentemente nas Escrituras, significa mais do que uma percepção intelectual; envolve afeição e compromisso também. Ao colocar-se junto com o Pai como fonte da vida eterna, Cristo afirma a sua própria deidade. Ver "O Verdadeiro Conhecimento de Deus", em Jr
* 17:4
consumando a obra. Isto antecipa o grito de vitória sobre a Cruz: "Está consumado" (19.30).
* 17:5
glorifica-me...com a glória. Jesus afirma, como parte de sua petição, que sua glória existiu antes de o mundo existir, significando que ele é preexistente e não criado. Em segundo lugar, ele se refere a uma espécie de glória de que ele participou na eternidade. Por toda a Bíblia, esta é a glória que está sempre associada com o único Deus Vivo e Verdadeiro.
* 17:6
Manifestei o teu nome. Aqui, “nome” denota Deus na beleza de sua perfeição, como revelada à humanidade.
Eram teus. Tudo e todos pertencem a Deus em virtude da criação, mas aqui está em vista a possessão pela redenção. Deus deu os eleitos ao Redentor: "tu mos confiaste" (conforme Hb
* 17:9
não rogo pelo mundo. A obra de redenção realizada por Jesus refere-se particularmente aos eleitos — aqueles que o Pai lhe deu (10.14,15,27-29). Este versículo apóia fortemente a doutrina da redenção definida: a oração de Jesus, antes de sua morte sacrificial, especifica o seu propósito ao morrer. Em outros contextos, onde o propósito específico do oferecimento de Jesus não é o foco preciso, Jesus ora por seus inimigos, como nós também devemos fazer (Mt
* 17:10
e, neles, eu sou glorificado. É surpreendente que a glória de Deus possa estar associada com as ações de seres humanos, que são tão insignificantes quando comparados com a majestade de Deus. Contudo, pessoas como Eliú, no Livro de Jó, mostram que os seres humanos podem dar glória a Deus, e Paulo afirma isto das atividades mais comuns dos seres humanos, tais como o comer e o beber (1Co
* 17:11
Pai santo. Esta maneira de dirigir-se a Deus só aparece aqui, no Novo Testamento.
que eles sejam um, assim como nós. A unidade das Pessoas na Trindade é o exemplo de unidade dos crentes uns com os outros, através de sua união com Cristo (14.10, nota). Há uma unidade de propósito e de essência na igreja invisível, o Corpo de Cristo. Esta perfeita unidade (Ef
* 17:12
o filho da perdição. Ver referência lateral. O mesmo termo é empregado para denotar o Anticristo, em 2Ts
* 17:14
Eu lhes tenho dado a tua palavra. Isto se refere ao ensino de Jesus.
porque eles não são do mundo. O novo nascimento implica numa divisão radical na humanidade. Os crentes continuam a viver no mundo, mas não pertencem realmente a ele (v.16).
* 17:15
que os guardes do mal. Jesus sabe que o mundo odiará os seus discípulos como odiou a ele, mas ele não pede que seus discípulos sejam protegidos do sofrimento, mas que eles sejam guardados do mal. Não é das aflições físicas ou sociais do mundo, que Jesus deseja que seus discípulos sejam guardados, mas de sua corrupção moral. Ver "Cristãos no Mundo", em Cl
* 17:17
Santifica-os. Jesus não pede pelo bem estar temporal de seus discípulos, mas por sua santificação. Ele deseja, acima de tudo, que eles sejam santos. A verdade é meio pelo qual a santidade é alcançada. O erro e o engano são próprios do mal, e a verdade é básica para a piedade.
a tua palavra é a verdade. Este testemunho se refere imediatamente ao Antigo Testamento, que os discípulos possuíam. Estende-se também ao ensino de Jesus, chamado "palavra" de Deus (v.14), e vem incluir os livros do cânon do Novo Testamento (v.20; Lc
* 17:18
Assim como tu me enviaste... também eu os enviei. Compare 20.21. Jesus é o exemplo supremo para as missões cristãs. Todo verdadeiro cristão é um "missionário" enviado ao mundo para dar testemunho de Cristo, para alcançar os perdidos onde possam ser encontrados e conduzi-los ao Salvador.
ao mundo. Notar os termos: não "do" mundo (vs.14,16), nem "fora" do mundo (v.15), mas "ao" mundo e "no" mundo (16.33).
* 17:19
eu me santifico a mim mesmo. Jesus, sendo absolutamente santo, não tem necessidade de melhoramento moral (Hb
* 17:20
por aqueles que vierem a crer. Numa sublime mudança de pensamento, o Senhor agora abrange, em sua oração, todo o corpo de crentes, mesmo aqueles que chegariam à fé nas gerações futuras. Todo verdadeiro cristão pode estar certo de ser incluído nesta oração.
* 17:21
para que o mundo creia que tu me enviaste. Esta oração pela unidade não é meramente por uma unidade "espiritual" ou invisível, mas por unidade visível ao mundo, "para que o mundo creia". Ver nota no v. 11.
* 17:23
sejam aperfeiçoados na unidade. Há um padrão de unidade que caracteriza o relacionamento entre o Pai e o Filho, e entre o Filho e os cristãos. Ver nota em 14.10.
Pai ao Filho
Filho ao crente
Unidade
vs. 21-23
vs. 21,23,26
Glória
vs. 22.24
vs. 22
Amor
vs. 23,24,26
vs. 23,26; 13.1
Missão
vs. 18,23,25
vs. 18
Conhecimento
vs. 25
vs. 3,8,25,26
e os amaste, como também amaste a mim. Esta afirmação traz à luz o amor de Deus, o Pai, pelos redimidos (3.16), às vezes passado por alto por causa da ênfase ao amor de Cristo por eles.
* 17:24
para que vejam a minha glória. Jesus não pede prosperidade temporal, nem para os discípulos nem para a igreja; ao invés disso, ele ora por santidade e unidade sobre a terra e pela reunião de seus santos no céu. Estar com Cristo é o supremo anseio do cristão (Fp
* 17:26
A oração termina fazendo ressoar, de novo, alguma das notas ouvidas por toda essa ocasião: unidade, conhecimento, missão e amor. Este é o climax adequado ao ensino de Jesus em todo o Evangelho.
Matthew Henry
Wesley
Esta oração é parte do discurso final de Jesus aos Seus discípulos e provavelmente foi falado de forma audível em seu benefício. Ele tem todas as características de oração encontrados em outras partes do discurso. Isso foi falado no Cenáculo é realizada em dúvida por alguns estudiosos. Westcott acredita que Jesus e os discípulos deixaram o Cenáculo no final do cap. Jo
Esta oração é mais apropriadamente chamada Oração do Senhor do que a oração-modelo comumente chamado. É mais freqüentemente chamado A oração sacerdotal, embora Westcott chama de "a oração de consagração." Macgregor chama de "oração sacramental ... intercessão eterna do Grande Sumo Sacerdote." A oração pode ser dividida naturalmente em três partes : a oração de Jesus por Ele mesmo (vv. Jo
A atitude física de Jesus na oração está em consonância com a ênfase de João em sua unidade com Deus. Tanto no túmulo de Lázaro (Jo
A forma da oração de Jesus em discussão aqui é o de endereço simples, sem repetição, sem chorar como se a atrair a atenção de Deus, não implorar de Deus, que pode ser encontrada em um clima de má vontade. A partir disso, parece que o mais perto anda com Deus em sua vida diária, o mais natural torna-se a rezar na calma e segurança. O oposto ao publicano que "batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!" (Lc
Quando alguém se aproxima uma análise desta oração de Jesus, seu próprio coração alcança os céus, ele sente que a oração de Cristo para os seus discípulos foi, ou deve ser, respondeu por ele, e ele é trazido para o Santo dos Santos com Cristo em ambos consagração e intercessão.
Esta parte da oração que foi para o próprio Jesus era muito simples, e fez pedido apenas para o que era Seu direito de reclamar. Pai, glorifica-me junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse (v. Jo
Em seguida, Jesus orou por sua disciples- não para o mundo (v. Jo
A petição para a discípulos é triplo: para que eles sejam um, como nós somos um (v. Jo
Esta oração pela unidade tem sido usado como um forte argumento para a união das igrejas no interesse do ecumenismo. Se este é o significado, tal união só poderia vir em um alto nível de fé em Cristo, nada inferior ao que João estabelecido. Alguns líderes da igreja têm defendido a unidade organizacional ea unidade não teológica ou experiencial. Mas isso não poderia ter sido o objetivo da oração de Cristo, nem é melhor aplicação da oração para hoje. Sem negar que o valor pode ser encontrada na união de entidades religiosas no interesse da unidade dos cristãos, a verdadeira unidade dos cristãos, seja organizacional ou não, deve ser baseada em um credo mínima da divindade de Jesus Cristo e da eficácia de sua expiação, e fortificada pelos respostas para as outras petições para a vitória e pureza.
A segunda oração de Jesus pelos discípulos foi que eles podem ser levados com segurança através dos ensaios que estavam à frente deles e ser poupado o destino mal que se abateu sobre Judas. Não peço que os tires do mundo, mas para teres mantê-los do mal (v. Jo
A terceira oração de Jesus pelos discípulos foi a de que eles poderiam ser santificado . Este é antes de tudo um termo cerimonial, o que significa ser separado ou consagrado para fins sagrados. Esta fixação de apart garantias de que o objeto deve ser mantido puro, livre de tudo o que iria contaminar sua hallowedness. Neste sentido, um edifício pode ser santificado. As pessoas podem ser dito para santificar-se quando eles dedicam ou consagrar-se totalmente a Deus e ao Seu serviço. Isso pode ocorrer em uma data e hora definida, mas deve ser perpetuada, a fim de ser válido. Deus também santifica, definindo a pessoa distante e por mantê-lo do mal. Cristo compartilhou com seus discípulos nesta experiência de santificação; era uma parte de Sua nascer, viver e morrer. Ele viveu uma vida santificada. Deus colocou-o à parte, tinha consagrado a Ele que o grande propósito da redenção, e manteve-Lo não contaminada do pecado do mundo. Na santificação forma semelhante também é uma parte da vida dos discípulos no mundo; eles também devem viver uma vida santificada porque Deus separá-las para compartilhar com Cristo na grande obra da redenção.
Mas isso não é tudo. Santificação vem através da verdade (v. Jo
Já foi sugerido que a santificação de Jesus não era essencialmente diferente da dos discípulos nos termos estabelecidos pela oração. A diferença e o problema de Jesus 'a necessidade de ser santificado-surge quando a experiência se limita a dizer a purificação do coração da natureza carnal. Isso, é claro, está implícita no termo como é entendida a partir de seu uso mais amplo na Bíblia, mas aqui ele é usado tanto de Jesus e os discípulos em relação ao seu serviço a Deus Pai no mundo. Deus santificado Jesus para este fim (Jo
A última ênfase desta oração pertence à Igreja em geral. Em essência, Jesus orou a mesma oração que Ele havia orado para o onze que o ouviam. Quando a oração se tornaria respondidas nos discípulos, a sua influência seria levar os outros a crer em Cristo, e uma espécie de reação em cadeia seria definido em operação. A unidade dos discípulos com o outro e com o seu Senhor, através do Espírito se espalhasse para fazer os cristãos em todo tempo e clima. Começando com Jesus, a quem o Pai havia enviado e chegar ao mais distante discípulo, a revelação de Deus de redenção seria realizada em todo o mundo. I-lhes revelado o teu nome [ personagem ], e vai torná-lo conhecido; que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles (v. Jo
Wiersbe
O grande tema desses versículos é o fim de sua obra salvadora. João, a partirDt
Cristo ora para que o Pai lhe devolva a glória que deixou de lado quando veio à terra para morrer (Fp
Deveriamos relacionar a decla-ração "EU SOU" de Cristo com essa afirmação: "Manifestei o teu nome" (v. 6). O nome de Deus é "EU SOU" (Êx
Aqui, o pensamento-chave é a san-tificação, isto é, o relacionamento dos discípulos com o mundo. Jesus declara: "Eu lhes tenho dado a tua palavra" (v. 14) e, no versículo 17, ele afirma que somos santificados — separados por Deus — pela Palavra. Santificado não significa se tornar perfeito, sem pecado, caso contrário Cristo nunca diria: "Eu me santifico a mim mesmo", pois ele não tem pe-cado. O cristão santificado é alguém que cresce todos os dias na Palavra, e, como resultado disso, o Pai o se-para mais e mais do mundo.
Cristo pede que o Pai guarde os discípulos (v. 11). Esse pedi-do não sugere a possibilidade de que os discípulos poderíam perder sua salvação. Veja o pedido inte-gral de Cristo: "[...] guarda-os em teu nome [...] para que eles sejam um". No versículo 15, pede que sejam guardados do mal. Cristo estava fisicamente com os discí-pulos e podia mantê-los juntos, unidos em coração e em propósito e separados do mundo. Agora, ele pedia que o Pai os guardasse, pois voltaria ao céu.
Algumas pessoas usam o versí-culo 12 como uma "prova" de que podemos perder a salvação, porém uma leitura cuidadosa do versícu-lo mostra exatamente o contrário! Jesus disse: "Nenhum deles se per-deu, exceto o filho da perdição". Isso mostra que Judas nunca fez parte do grupo de discípulos que ti-nha fé. "Exceto" é uma palavra de contraste que mostra que Judas per-tencia a uma categoria distinta em relação aos outros discípulos. No versículo 11, Jesus deixa claro que guardou todos os que o Pai lhe deu; talvez Judas nunca tenha sido con-tado entre os que o Filho ganhou, já que era um perdido. Hoje, mui-tas pessoas cometem o mesmo erro de Pedro — pensar que Judas tinha a salvação, quando jamais a tivera (6:66-71) — ao achar que ele per-dera a salvação!
Os cristãos não são do mundo, mas estão nele para testemunhar por Cristo. Mantemos nossa vida pura por meio da Palavra dele. Na ver-dade, Cristo nos enviou ao mundo para tomar o lugar dele (v. 18). Essa é uma tremenda responsabilidade!
Aqui, o tema principal é "glorifica-ção": "Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado" (v. 22). Ele não disse: "Eu lhes darei", porque, no plano de Deus, o cristão já foi glorificado (Rm
Cristo também ora pela unidade da sua igreja (v. 21). Há uma gran-de diferença entre unidade (união de coração e de espírito) e unifor-midade (todos exatamente iguais). Cristo nunca orou para que todos os cristãos pertencessem a uma igre-ja mundana. Fusão organizacional pode trazer uniformidade organiza-cional, mas não garante unidade. A unidade vem da vida interior, não da pressão exterior. Embora cristãos verdadeiros pertençam a denomi-nações diferentes, todos fazem par-te da verdadeira igreja, Corpo de Cristo, e é essa unidade espiritual em amor que convence o mundo da verdade do evangelho. Os cristãos podem divergir em questões meno-res e ainda assim amar uns aos ou-tros em Cristo.
Todo cristão que morre vai para o céu, porque Cristo orou para que fosse assim (v. 24), e o Pai sempre res-ponde às orações dele (11:41 -42).
No versículo 26, Cristo prome-te revelar mais coisas sobre o Pai, o que ele faz para os apóstolos por intermédio do Espírito. Ele pede que possamos desfrutar o amor do Pai em nossa vida diária (veja 14:21-24).
Podemos resumir os aspectos mais importantes dessas orações da seguinte forma:
Nos versículos
Observe também a maravilho-sa garantia da segurança eterna do crente nessa oração: (1) os crentes são um presente do Pai para o Filho (v. 2), e Deus não pegará de volta seus presentes. (2) Cristo terminou sua obra. Os crentes não podem perder sua salvação porque Cris-to completou sua obra. (3) Cristo guardou os seus enquanto esteve na terra e guarda-os também hoje, pois ele é o mesmo Salvador. (4) Cristo sabe que, no fim, iremos para o céu porque ele já nos deu sua glória. (5) Cristo orou para que possamos ir para o céu, e o Pai sempre responde às orações do Filho (11:41 -42).
Russell Shedd
17.2 Autoridade. Conforme 1Co
17.3 Que te conheçam a Ti. O verbo está no presente do subjuntivo para indicar conhecimento crescente. Deus. O único Deus é Aquele que é Pai e envia Jesus Cristo.
17.4 Glorifiquei na terra. Nota-se que Jesus roga do ponto de vista de quem já subiu ao céu (11) porque vencera no Espírito (16.33). Neste sentido a obra estava consumada antes do brado de 19.30.
17.6 Teu nome. Seria "Pai", nome esse que os discípulos foram privilegiados de usar (Mt
17.13 Gozo completo. A herança do crente junto com todos os privilégios que Cristo compartilha.
• N. Hom. 17.15 Duas Petições de Cristo pelos Seus:
1) libertação do Maligno (conforme Mt
2) consagração (17). Estes foram os propósitos da expiação segundo Tt
17.17 Verdade... palavra. São títulos de Cristo em 14.6 e 1.1, 14.
17.19 Me santifico. Jesus é ao mesmo tempo Sacerdote e Sacrifício.
17.20 Jesus ora em favor dos futuros crentes. Conforme 10.16; 15.16.
17.22 Glória. A glória (gr doxa) de Cristo tem sua origem na união com o Pai (5). Jesus manifestou essa glória divina (notavelmente o amor) no mundo; operando milagres, transmitindo as palavras do Pai e finalmente, dando sua vida para expiar pecados (1.14, 17; 13.21s). Essa gloriosa união é compartilhada com a Igreja pelo Espírito e ela a demonstra na sua unidade (13.35).
17.23 O amor entre os crentes reflete a união perfeita entre o Filho e o Pai e assinala a obra salvadora sobrenatural de Deus.
17.24 Cristo roga ao Pai que os crentes possam compartilhar a alegria do céu. Ali perceberão o grande privilégio de terem sido amigos de Cristo.
17.25,26 Pai justo. Os atributos divinos de justiça e santidade separam o mundo de Deus (He 7:26). Conhecer a Deus pela experiência da fé real em Cristo (
- 25b) traz junto a privilégio de clamar o nome divino, "Pai" (6n; Rm
NVI F. F. Bruce
6) A grande oração de Jesus (17:1-26)
Essa oração, como mostra o texto, trata de três questões distintas. Jesus se consagra para a obra que ele está para empreender (v. 1-5). Então, ele ora especificamente pelos discípulos (v. 6-19) e finalmente ora pela Igreja toda (v. 20-26). A consagração, aliás, é a idéia-chave que permeia o todo. Ao tentar analisar o significado das frases individuais, inevitavelmente se perde a majestade da oração como ela está no seu todo e a espontaneidade com que o Salvador passa de uma fase para a seguinte. Depois do estudo dos detalhes, deveria ser lida sem interrupção.
v. 1. Depois de dizer isso: Do cap. 13 ao 16, Jesus desenvolveu o significado da sua partida. Seu ensino conclui com as palavras: “Eu venci o mundo” (16.33), dando a entender que se poderia dizer no final das contas que nele o propósito de Deus tinha sido e seria atingido. Assim, com os seus olhos levantados para o céu, Jesus conclui a sua obra como profeta na terra e pondera sobre sua obra como sacerdote, entrando, em espírito, no Lugar Santo. Essa oração tem sido apropriadamente chamada de “oração sacerdotal” — pela primeira vez, aparentemente, por David Chytraeus (séc. XVI). Glorifica o teu Filho-. A saída de Judas tinha significado a chegada da “hora” em que Jesus se entrega à sua morte (conforme 13.31), mas a glorificação do Filho já foi manifesta por suas palavras e obras (conforme 1.14; 2.11). v. 2. lhe deste autoridade-. Jesus já afirmava ter poder para exercer juízo (conforme 5,27) e perdão (conforme Mc
v. 5. glorifica-me junto a ti: Não temos aí um pedido egoísta de reconhecimento. Antes, é uma oração que já reconhece que a obra histórica de Cristo de concessão de vida pode revelar verdadeiramente a natureza eterna da divindade, e também reconhece a relação entre a Palavra, imanente e ativa na criação e na salvação, e o Deus imutável e transcendente, v. 6. Eles eram teus: Jesus sempre reconhece a prioridade do propósito de Deus. Mas a sua parte nesse propósito era revelar o nome de Deus, i.e., sua natureza. A revelação divina foi feita em palavras. Jesus as transmitiu aos discípulos (conforme v. 8). Agora eles as aceitaram. Eles reconheceram de fato (v. 8): Uma convicção intelectual impregnada da evidência que eles viram em Jesus, de que ele tinha vindo do Pai, e creram, isto é, depositaram a sua confiança moral no fato de que Jesus fora enviado, não vindo somente na sua própria autoridade, mas com a autoridade completa da divindade, v. 11. Pai santo, protege (gr. têrêson)-os: Ou seja, separa-os da profanação do mundo, em teu nome. A santidade deles seria atingida somente pelo relacionamento com o Pai (conforme Lv
v. 15. do Maligno: Embora esteja claro que Jesus cria na personalidade de Satanás e ensinava esse conceito, as palavras aqui poderiam transmitir o sentido de que ele desejava que os discípulos fossem protegidos desse poder personalizado do mal que tinha se mostrado a Judas (conforme ljo
Agora o Senhor se volta à oração pela Igreja inteira. Visto que sua oração é eficaz, o trabalho de evangelismo vai prosperar. Assim, a unidade precisa ser mundial, v. 21. para que todos sejam um [...] para que o mundo creia-. Aquele primeiro milagre de unidade que distinguiria os primeiros discípulos, Cristo vê como o caráter vital da Igreja em todas as épocas. Nada menos do que a unidade orgânica vai satisfazer a oração do Salvador. A essência é: Pai, como tu estás em mim-, e essa unidade tem um propósito específico: que o mundo possa saber que ele é, de fato, a Palavra encarnada, trazendo aos homens o conhecimento e o amor de Deus (conforme v. 23). v. 24. quero que os que me deste estejam comigo-. O Senhor quer que aquele companheirismo que tinha sido iniciado alguns anos antes seja levado para a eternidade. Historicamente, eles não o seguiriam imediatamente (conforme 13.33); mas Pedro a certa altura o seguiria por meio do sofrimento (conforme 13.36). Mas agora, com a sua obra concluída, com sua vontade expressa perfeitamente de ser um com o Pai, Jesus faz esse pedido pessoal. E ele vai obter a maior alegria do fato de saber que eles vão contemplar a sua glória, assim completando a compreensão que têm dele. A visão que eles têm do Pai também vai ser satisfeita,
v. 25. embora o mundo não te conheça-. Essa oração é essencialmente, se não gramaticalmente, subordinada ao que segue: embora o mundo não te conheça, eu te conheço, e estes [os discípulos] sabem que me enviaste. O Salvador declara assim sua intenção de manifestar o nome de Deus novamente no ato decisivo da cruz. Mas essa é a escuridão antes da aurora, após a qual o Salvador vai revelar o amor de Deus de forma realista e prática em cada um dos seus. Assim, na sua exaltação ele vai continuar a ensiná-los.
Moody
D. A Grande Oração. Jo
Jesus incluiu-se nesta oração (vs. l-5), mas sua principal preocupação era pelos Seus. Nas duas partes o elemento da dedicação está fortemente associado à petição.
Francis Davidson
2. A ORAÇÃO PELOS DISCÍPULOS (Jo
3. A ORAÇÃO DE JESUS PELA IGREJA (Jo
John MacArthur
62. Oração Real do Senhor (Jo
Em talvez as circunstâncias mais incomuns em que alguém já rezaram, Jonas clamou a Deus a partir do estômago de um peixe grande (Jonas
O Novo Testamento também registra as orações do povo de Deus. Depois de seguidores Sua ascensão de Jesus voltaram para Jerusalém, onde eles "perseveravam na oração" (At
40) e antes de sua visão e da vinda dos mensageiros de Cornélio (10: 9); a igreja de Antioquia orou antes de enviar Paulo e Barnabé em sua viagem missionária (13
A partir de sua conversão (At
Mas o exemplo supremo de oração na Bíblia vem da vida do Senhor Jesus Cristo. Curtis C. Mitchell escreve: "além de qualquer dúvida os maiores exemplos de práticas de oração correta nunca foram exibidos aqueles demonstrado por Jesus Cristo. Então, distinto era a Sua vida de oração que simplesmente observando que os discípulos do Senhor estavam motivados para solicitar instruções sobre o assunto (ver Lc
Mas de todas as orações de Jesus, o registrado aqui no décimo sétimo capítulo do Evangelho de João é o mais profundo e magnífico. Suas palavras são simples, mas majestoso; simples, contudo misterioso.Eles mergulhar o leitor para as profundezas insondáveis da comunicação inter-trinitária entre o Pai eo Filho, e do seu âmbito abrange todo o movimento da história redentora de eleição para a glorificação, incluindo os temas de regeneração, revelação, iluminação, santificação e preservação . O véu é atraído de volta e o leitor é escoltado por Jesus Cristo no Santo dos Santos, até o trono de Deus.
O valor de sua riqueza infinita é agravada pela sua singularidade. Não há nenhum outro capítulo da Bíblia como ele. Como disse um comentarista explica:
Este capítulo abrange a mais longa oração registrada de nosso Senhor enquanto Ele estava na terra. Sem dúvida Ele orou outras orações tão longos como este, pois sabemos que Ele passou muito tempo em oração e em comunhão com o Pai celestial; mas Deus não vê o ajuste para dar a essas outras orações para nós como o Espírito Santo falou aos homens santos. Temos muitos dos sermões de Jesus, muitas de suas parábolas; mas só que este longa oração. (Oliver Greene, O Evangelho Segundo o João [Greenville, SC: O Hour Evangelho de 1966], 3: 132)
A configuração desta oração (como Jesus confortou Seus discípulos imediatamente antes da Cruz), a substância do mesmo (como uma Pedido sincera do Filho para o Pai), eo comprimento e detalhes do mesmo, bem como a sua riqueza teológica, contribuir ao seu significado único e insuperável.
A definição deste Prayer
Jesus falou estas coisas; e, levantando os olhos ao céu, Ele disse: "Pai, chegou a hora"; (17: 1a)
Jesus 'oração marca o fim dos discípulos' tempo com Jesus no cenáculo. Durante as poucas horas anteriores, Jesus tinha servido, consolado, e instruiu seus seguidores ansiosos. Eles tinham experimentado descrição apropriada de João de Jesus em primeira mão, que Ele "amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (13: 1). A noite começou com um lava-pés, em que o próprio Jesus "deitou água na bacia e começou a lavar os pés dos discípulos ea enxugá-los com a toalha com que estava cingido" (13: 5). Notavelmente, Ele mesmo conscientemente lavou os pés de quem iria traí-lo, Judas 1scariotes.
A seguir foi a última refeição, a Última Ceia (conforme Mt
As palavras de Cristo no cenáculo também enfatizou a vital, relação poupança que seus discípulos (e, por extensão, todos os crentes) se com Ele. Usando a imagem de uma videira e seus ramos, Jesus enfatizou a natureza permanente e vivificante do Seu amor (15: 1). Aqueles que verdadeiramente acreditam Nele compartilhar esse amor, resultando em frutos espirituais (15: 5), a oração poderosa (15: 7), uma vida exaltando-Deus (15: 8), a obediência sincera (15:10; conforme 14 : 15), a alegria sobrenatural (15:11), e um amor sincero para os outros (15,12). Notáveis palavras de Jesus: "Você não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei para que você iria e deis fruto, eo vosso fruto permaneceria, de modo que tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele pode dar a você "(15:16), confortou os discípulos, confirmando sua genuína, poupando relacionamento com Ele.
Embora eles iriam chorar por um curto período de tempo, Jesus garantiu-lhes que a sua tristeza era apenas temporário Com certeza solene, Ele lhes disse: "Em verdade, em verdade vos digo que, que você vai chorar e lamentar, mas o mundo se alegrará; você vai lamentar, mas a vossa tristeza se converterá em alegria "(16:20). Os discípulos, é claro, não entendeu que Jesus iria ressuscitar os mortos apenas três dias após os acontecimentos horríveis que estavam prestes a acontecer (16:18; conforme Jo
Agora, a poucos dias depois, eles ficaram chocados ao ouvir Jesus dizer-lhes o impensável: Ele estava deixando-os (13
É neste contexto, após Jesus falou as coisas registrados nos três capítulos anteriores, que Ele graciosamente e fervorosamente orou por seus discípulos. Quando saíram da sala de cima e começou a sua viagem através da cidade e através do vale de Kidron ao Getsêmani, os discípulos não teria sido capaz de separar a oração da instrução solene que tinha acabado de receber no cenáculo. Na verdade, muito do que Jesus tinha apenas disse a eles se repete em sua oração ao Pai:
Esta oração pertence claramente com os discursos de despedida, pois reitera e resume vários dos temas encontrados nesses discursos: (1) a partida de Jesus (. Vv 11,13); (2) a alegria dos discípulos (v. 13);(3) o ódio do mundo (v. 14); (4) a divisão do mundo e os discípulos (v. 16); (5) a verdade (v. 17); e (6), a habitação de Cristo nos crentes (v. 23). (Ben Witherington III, A sabedoria de João [Louisville: Westminster João Knox Press, 1995], 268)
O Senhor disse aos discípulos o que esperar (14:29), e advertiu-os da perseguição que eles também teriam de enfrentar em Seu nome (15:18). Ele lhes havia consolado com a promessa do céu (14:
2) e do Espírito Santo está chegando (14: 16-17). Ele lhes tinha certeza de seu amor por eles, e de sua relação de salvação com Ele (15: 1-11). Ele os havia instruído no que diz respeito ao seu amor um pelo outro (15: 12,17), e mesmo que o amor modelado em lavar os pés (13
O Senhor lhes a paz, a alegria, força, disposição, respondeu a oração, o poder espiritual por meio do Espírito Santo, e íntima comunhão com Ele e tanto o Pai havia prometido. . Todas essas promessas culminaram na promessa de conclusão de Cristo que os discípulos triunfaria sobre o mundo: "Estas coisas vos tenho dito, para que em mim tenhais paz no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci do mundo "(16:33). Não é por acaso que esta oração segue imediatamente essa declaração exultante. Tendo afirmado Sua vitória sobre o mundo, Jesus imediatamente virou-se na dependência submissa Àquele que garantiria seu triunfo. ". Para transformar a vitória que foi anunciada em uma realidade presente, nada menos do que era necessária a ação da onipotência de Deus é a ele que Jesus transforma" (Frederic Godet, Comentário ao Evangelho de João [repr .; Grand Rapids: Kregel , 1978], 883).
As circunstâncias eram certamente sombrio de uma perspectiva humana, poucas horas antes da Cruz. No entanto, a oração de Jesus foi tudo menos pessimista. Em vez disso, foi uma declaração confiante de fé inabalável e certa glória Nas palavras de Leon Morris,
Nós muitas vezes compreender esta oração como se fosse bastante sombrio. Não é. É proferida por quem acabou de afirmar que ele venceu o mundo (16:33), e ele começa a partir desta convicção. Jesus está ansioso para a cruz, mas em um clima de esperança e de alegria, não de desânimo. (Leon Morris, O Evangelho Segundo João, O Novo Comentário Internacional sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1995], 634)
Jesus começou a Sua oração por levantando os olhos para o céu, uma postura familiarizado (conforme 11:41; Sl
Jesus veio ao mundo judaico que tinha desenvolvido uma visualização remota de Deus, aquele que precisava anjos para levar mensagens. As pessoas tinham deixado de usar o nome de Deus por medo de tomar o seu nome em vão, assim como o filho pródigo, que poderia falar de "céu", mas não use o nome de Deus (conforme Lc
Ao abordar esta oração ao Pai, Jesus enfatizou a comunhão íntima Ele compartilhou com Deus. Esse tipo de, um relacionamento pessoal com Deus familial era completamente estranho para os judeus da época de Jesus entanto, por meio de Cristo, quem acredita n'Ele recebe essa mesma intimidade espiritual com Deus (17: 20,26).
Que Jesus se refere a Deus como seu Pai é significativo por outra razão. Por um lado, ele estava "fazendo-se igual a Deus" (Jo
O drama da história da redenção tinha atingido o seu ápice. Planos feitos na eternidade passada foram encontrando seu ponto culminante no tempo. A hora havia chegado em que o Filho do homem iria oferecer-se como sacrifício perfeito e só expiar o pecado. A hora tinha chegado quando o Um sem pecado seria feito pecado para os crentes que "tornássemos justiça de Deus em Cristo" (2Co
Com a hora do sofrimento supremo e ainda maior vitória na mão, e com os seus discípulos aterrorizados e de coração partido que ainda envolve a Ele (conforme 18: 1), o Senhor levantou os olhos ao céu e rezou.Embora as palavras desta oração seria magnífico em qualquer contexto, a iminência palpável da cruz faz o apelo de Cristo como pungente como é profunda.
O conteúdo desta Oração
"Glorifica o teu Filho, para que o Filho glorifique a ti." (17: 1b)
Tendo tomado conhecimento de que o momento de sua morte estava próxima, Jesus imediatamente pediu que o Pai glorificar o Filho, assim que o Filho glorifique o Pai. Esta frase curta (que será discutido com mais detalhes no capítulo seguinte deste comentário) fornece um resumo adequado para tudo o que tinha acontecido na vida e ministério de Jesus, e de tudo o que viria a seguir tanto nesta oração e na acontecimentos de sua paixão. Seu foco predominante sempre tinha sido a glorificar a Seu Pai, submetendo-se perfeitamente a vontade do Pai em tudo, até o fim.
Ao longo de seu ministério, Jesus foi continuamente "busca a glória daquele que o enviou" (Jo
Assim como o Filho tinha glorificado o Pai, de modo que o Pai tinha glorificado o Filho. Assim, Jesus podia dizer para os seus adversários, "O Pai, que me enviou, ele tem dado testemunho de mim" (Jo
É justo que o seu ministério seria o clímax em um majestoso oração que enfatizou a mesma coisa que caracterizou toda a sua vida. O tema da glória de Deus, declarou no versículo 1, encontra eco em toda esta passagem. Assim como o Filho glorifica o Pai através de sua fidelidade na terra (17: 4), para que o Pai iria glorificar o Filho, juntamente com Ele mesmo, com a própria glória que o Filho compartilhou com ele desde o tempo antes do início (17: 5). Os discípulos também seriam aqueles que glorificou o Pai, trazendo glória ao Filho (17:10); Eles, junto com todos os que crêem no Filho, participar de Sua glória (17:22), eternamente louvando-O para a glória que Ele recebeu do Pai (17:24). Além disso, o plano de salvação certamente ser cumprida na cruz desde gloriosa reputação de Deus, Seu nome, estava em jogo (conforme 17: 6,11,12,26).
A oração em si cai facilmente em três seções, como Jesus ora por Ele mesmo (vv. 1-5), os seus discípulos (vv. 6-19), e Sua igreja (vv. 20-26). Mas ao longo de todas as três seções, o ponto focal é a glória de Deus, sendo manifestada através da cruz. Como Frederic Godet explica,
... Quando Jesus ora por si mesmo [no vv. 1-5], não é sua própria pessoa que ele tem em vista, é a obra de Deus ...; quando Ele ora por Seus apóstolos [em vv. 19/06], Ele elogia-los a Deus como agentes e continuadores deste trabalho; e quando Ele estende Sua relação a todos os fiéis presentes ou futuros [em vv. 20-26], é como se o objeto deste trabalho, em outros termos, porque estas almas são o teatro onde a glória de seu Pai, é a brilhar; pelo seu trabalho e pela glória do Pai são para ele uma única e mesma coisa. ( Comentário ao Evangelho de João, 883)
Ironicamente, foi por meio da cruz, a mais vergonhosa de mortes, que o Filho de Deus exibida glória infinita. O que parecia ser o pior resultado possível para Jesus, pelo menos nas mentes dos seus discípulos, foi na realidade Sua vitória final por olhando para a cruz do ponto de vista da glória de Deus, o Senhor viu triunfo onde Seus seguidores não viu nada, mas tragédia.
A oração de Jesus destaca Sua absoluta confiança e submissão à vontade perfeita de Deus, mesmo que Ele sabia perfeitamente o que lhe custaria. Portanto Ele orou para que a vontade do Pai seria feito, que o plano mestre de redenção seria realizado, e que o Pai iria trazer para a realidade de todas as promessas que fizera a Seus discípulos. Conhecendo a vontade de Deus não causou Jesus a renunciar fatalista Orando. Pelo contrário, ela o levou a pedir ao Pai, para fazer o que Ele disse que faria (conforme oração de Daniel em Dan. 9: 4-19, que foi motivada por sua compreensão da profecia de Jeremias que o cativeiro de Israel iria durar setenta anos [Dan. 9: 2-3]). Jesus não apenas transmitir a verdade aos Seus discípulos, mas Ele também orou para que Deus energizá-la em suas vidas. Ensinar a verdade deve ser sempre acompanhado de oração; uma lição que os próprios discípulos mais tarde iria colocar em prática (At
No entanto, apesar de seu caráter único e profundidade, as palavras de Jesus são simples e diretas. Nenhuma quantidade de estudo jamais poderia esgotar as verdades reveladas nesta oração; e ainda uma compreensão básica e apreciação do texto trata apenas de ler e meditar sobre ela. Pode-se esperar que as palavras de uma oração inter-trinitária para ser totalmente incompreensível. Mas esse não é o caso.Como Tiago Montgomery Boice corretamente observa:
Esta oração contém a mais simples das sentenças, embora as idéias são profundas. É a prova de que a dificuldade que temos em compreender a verdade de Deus não está na complexidade da própria verdade ou na linguagem com a qual ela é transmitida (como se fosse logaritmos ou filosofia alemã), mas em nossa própria ignorância, pecado e espiritual letargia. (Tiago Montgomery Boice, o Evangelho de João[Grand Rapids: Zondervan, 1985], 1103)
Porque Ele foi consumido com a glória de Deus, como a substância da sua oração deixa claro, Jesus viu a cruz a partir de uma perspectiva eterna. Ele não era imparcial ou estóico (conforme Lc
Como Jesus orou em breve esta oração diante da cruz, Ele se alegrou, sabendo que a redenção que havia sido pré-determinado na eternidade passada estava prestes a encontrar o seu terminus no tempo e no espaço. Jesus entendeu que a hora havia chegado para o cumprimento daquilo que Deus havia prometido desde antes dos tempos eternos. Ele estava pronto para enfrentar o triunfo cruz-com e resolver. O custo seria imensa, mas o resultado glorioso seria eterna.
63. Oração de Jesus e do plano eterno de Deus (Jo
Desde então, Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que era necessário ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia. Pedro levou à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: "Deus não permita isto, Senhor! Isso nunca deve acontecer com você." Mas Ele se virou e disse a Pedro: "Para trás de mim, Satanás Você é um obstáculo para mim!; Para que você não está definindo sua mente os interesses de Deus, mas do homem." (Mateus
Foi só depois da ressurreição que os discípulos finalmente entendi por que a morte de Cristo foi necessária-a fim de que ele seja o substituto perfeito para o pecado, reconciliar os pecadores com Deus através da cruz (2 Cor. 5: 18-21). Só então os discípulos vindo a perceber que sua morte havia sido central para o plano divino todo. No dia de Pentecostes, ninguém menos que Pedro anunciou que Jesus Cristo foi "entregue por pelo plano pré-determinado e presciência de Deus [sendo] pregado a uma cruz pelas mãos dos homens ímpios" (At
O plano de salvação de Deus foi formado na eternidade passada, antes do início dos tempos, quando Ele propôs salvar um remanescente da raça humana Ele ainda criar e que Ele sabia que iria se rebelar contra Ele (Ef. 1: 4-5; cf . Mt
A resposta a essa pergunta é introduzido em 2Tm 1:9), uma empresa de pecadores redimidos que iria honrar e glorificar o Filho para sempre. Na eternidade passada, o Pai registraram seus nomes no livro da vida (Ap
Pecadors, então, são salvos, não porque eles são inerentemente digno de salvação, ou sábio o suficiente por conta própria para escolhê-lo (conforme Ef. 2: 1-10), mas porque o Pai carinhosamente chama-los para a Proposito de dar-los como um presente para o filho. Em resposta ao amor do Pai, do Filho recebe ansiosamente todos aqueles que são atraídos porque eles são um presente de seu amado Pai. O Filho abre os braços para os pecadores, não porque quer merecem ser abraçada ou buscar tal, mas porque Ele é extremamente contentes de receber o dom Seu Pai preparou para Ele desde antes dos tempos eternos, e, em seguida, procurou e salvo.
Romanos
É com estes propósitos eternos em mente que Jesus foi para seu pai na oração, na noite antes de sua morte. Ele sabia que o Pai havia predeterminado para resgatar um povo a quem ele daria ao Filho como Sua noiva. Ele também sabia que os redimidos refletiria a Sua glória (Jo
O pedido do Senhor era uma sincera afirmação da promessa Seu Pai havia feito a Ele na eternidade passada. O plano tinha sido sempre que o Filho seria glorificado por meio da redenção dos pecadores.Assim, o pedido de Jesus para a glorificação foi uma oração que os propósitos eternos de Deus seria cumprida na cruz exatamente como Deus havia decretado. Ironicamente, o que parece que os homens sejam um momento de vergonha suprema seria, na realidade, ser o momento de maior honra, como plano maravilhoso de Deus da redenção de Cristo foi perfeitamente realizado. Na verdade, é através da cruz que todos os propósitos salvadores de Deus tornam-se possíveis. Jesus será para sempre as cicatrizes da cruz (Jo
Mas Jesus não estava apenas procurando a sua própria glória; Seu pedido perfeitamente justo era que pelo Seu sacrifício do Filho pode glorificar o Pai (conforme Rm
Embora Sua autoridade se estende sobre toda a criação (conforme Mt
Sua morte, também, estava sob sua própria autoridade como havia declarado em João
O fato de que Jesus Cristo foi dada a autoridade para conceder a vida eterna, através da Sua morte na cruz, também ressalta a exclusividade da mensagem do evangelho. É somente por meio dele que a vida eterna pode ser recebido. Como Jesus havia dito mais cedo naquela noite, "Eu sou o caminho, ea verdade, ea vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo
As Ofertas relação que ele
Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, ea Jesus Cristo, a quem enviaste. (17: 3)
Em contraste com as reivindicações pluralistas da cultura religiosa contemporânea, a vida eterna vem apenas para aqueles que sabem (a palavra grega implica não mero conhecimento intelectual, mas, uma relação de amor profundo íntimo; conforme v 25; 10:. 14-15,27) ... o único verdadeiro Deus (Jr
A vida eterna se refere a uma qualidade de vida, e não apenas a quantidade de vida. É muito mais do que viver para sempre; ele está desfrutando de comunhão íntima com Deus, agora e para sempre. Ele não pode ser reduzida apenas a existência sem fim, uma vez que a não resgatados no inferno também vai viver para sempre (conforme Mt
Porque a vida eterna é a qualidade de vida, não é apenas uma posse futuro, mas também uma realidade presente Em Jo
O requisito ele conhece
Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste a fazer. (17: 4)
No plano perfeito de Deus, e de acordo com a Sua justiça perfeita, o Filho teve de vir à Terra para salvar aqueles que o Pai deu a Ele (Lc
Quando João Batista hesitou em batizá-lo, Jesus disse-lhe: "Deixa-lo neste momento, pois, desta forma, é nos convém cumprir toda a justiça" (Mt
A reverência que ele merece
Agora, Pai, glorifica-me junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse. (17: 5)
Tendo conseguido tudo de acordo com o plano predeterminado de Deus, Jesus sabia que ele iria ser exaltado ao lugar onde tinha sido antes de Sua encarnação, no lado glorioso direita de Seu Pai (conforme Mc
Por esta razão, também, Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, daqueles que estão no céu, na terra e debaixo da terra, e que toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
Jesus olhou para além da humilhação e sofrimento em obediência, sua morte na cruz (Fil. 2: 5-8), para a glória que O aguardava após seu retorno ao céu. A glória que Ele iria receber era seu por direito, tanto por seu título divino (como o segundo membro da Trindade) e por Sua perfeita submissão (já que ele tinha apresentado ao Pai perfeitamente). Ele também sabia que sua morte traria a vida eterna a todos os que nEle crêem, causando alegria no céu (Lc
Como aqueles do outro lado da cruz, removida dele por quase dois mil anos, os crentes nunca devemos perder de vista a glória e honra Cristo merece por causa de Sua obra redentora. O que Ele suportou na cruz é agora o hino de louvor e adoração cristã. E será por toda a eternidade, como crentes para sempre louvar o Cordeiro que foi morto (Ap
A gloriosa verdade é que a cruz fez possível a vida eterna para todos os que acreditam sinceramente em Jesus Cristo (Rom. 10: 9-10), e até mesmo antes da cruz todos os que verdadeiramente se arrependeu do pecado e da confiança do perdão e da misericórdia de Deus como seu Só espero (conforme Is
64. Jesus ora por seus discípulos: Parte 1: Aqueles que o Pai lhe deu (João
Manifestei o teu nome aos homens que me deu fora do mundo; Eram teus e tu os deste a mim, e eles guardaram a tua palavra. Agora, eles vêm a saber que tudo que você tem me dado é o de ti; para as palavras que você me deu Eu dei a eles; e eles as receberam e verdadeiramente entendido que saí de ti, e creram que tu me enviaste. Peço em seu nome; Eu não peço, em nome de todo o mundo, mas daqueles que me deste; porque são teus; e todas as coisas que são minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e eu tenho sido glorificado. (17: 6-10)
As doutrinas da soberania divina (que Deus elegeu os pecadores para a salvação na eternidade passada) e da responsabilidade humana (que os pecadores são responsabilizados pela forma como eles respondem ao evangelho) estão claramente ensinado nas Escrituras, e desempenham um papel importante nesta passagem.
Sem desculpas ou desculpa, a Bíblia ensina que o Pai "escolheu [crentes] n'Ele [Jesus Cristo] antes da fundação do mundo" (Ef
Desta forma, a Escritura apresenta as realidades duais que Deus é absolutamente soberano na escolha de quem irá fazer parte de Seu povo redimido, e também que os pecadores que rejeitam o evangelho assumir a responsabilidade pessoal por se recusar a oferta de salvação de Deus. Para ter certeza, há um elemento de mistério (do ponto de vista humano) em como essas duas verdades trabalhar juntos na mente de Deus. Mas os crentes não devem ir além do que foi revelado nas Escrituras na tentativa de conciliar o que suas mentes finitas são incapazes de compreender (conforme Dt
Dir-me então: "Por que se queixa ele ainda? Pois, quem resiste à sua vontade?" Pelo contrário, quem é você, ó homem, para questionar a Deus? A coisa moldada não vou dizer para o modelador: "Por que me fizeste assim", será? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso? E se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a destruição? E Ele fez isso para dar a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que preparou de antemão para a glória, até mesmo nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios. (Rm. 9: 19-24)
Crentes vai louvar a Deus por toda a eternidade, porque Ele graciosamente os escolheu e os remiu através da obra do Filho. Eles não fizeram nada para ganhar a sua salvação, e, portanto, toda a glória vai para Deus. Mas aqueles que rejeitam o evangelho e estão condenados ao inferno vai ter ninguém para culpar além de si mesmos. Tendo deliberAdãoente suprimido a verdade em injustiça, eles vão receber a pena que justamente merecem por sua rebelião. O século XVII Inglês puritano Richard Baxter ilustrada neste momento em sua obra clássica, Os Eterno Repouso dos Santos:
[Salvação] era querido por Cristo, mas livre para nos .... Aqui está tudo livre; se o Pai livremente dar o Filho, e do Filho livremente pagar a dívida; e se Deus aceitar livremente essa forma de pagamento, quando ele poderia ter exigido que o principal; e se ambos Pai e Filho, nos oferecer livremente a vida comprado em nossa aceitação cordial; e se eles livremente enviar o Espírito que nos permitam aceitar; o que está aqui, então, que não é livre? O admiração eterna que devem surpreender os santos de pensar nisso freeness! ... O que uma surpreendente pensei que será [no céu] a pensar na diferença imensurável entre os nossos merecimentos e recebimentos! Entre o Estado que deveria ter sido, e o estado em que estamos! Para olhar para baixo sobre o inferno, e ver a grande diferença do que a que estamos adotado!Que dores do amor fará com que dentro de nós a pensar: "Yonder era o lugar que o pecado teria me trazido, mas isto é o que Cristo já me trouxe a morte Yonder era o salário do meu pecado, mas esta é a vida eterna! o dom de Deus, através de Jesus Cristo, meu Senhor .... Mas não graças a nós, nem para qualquer um dos nossos deveres e trabalhos, e muito menos para os nossos negligências e preguiça; sabemos a quem o louvor é devido e deve ser dada para sempre .... Então deixe MERECIDO ser escrito na porta do inferno, mas na porta do céu e da vida, o dom gratuito (in. Os Trabalhos Práticos de Richard Baxter[repr .; Grand Rapids: Baker, 1981], 14-15)
Os fins de poupança eternos de Deus sempre foi a principal preocupação de Jesus durante Seu ministério terreno (Lucas
Tendo orado para que o Pai glorificar o Filho (em vv. 1-5), Jesus, em seguida, intercedeu por seus discípulos (vv. 6-19). Esta seção de Sua oração sacerdotal pode ser discutida sob dois títulos: Sua oração por eles como aqueles que o Pai Lhe havia dado (. Vv 6-10); e Seus pedidos específicos de los à luz de sua partida iminente (vv. 11-19). O primeiro desses títulos será discutido a seguir, com a segunda a ser abordada no capítulo seguinte.
A realização assustador que Cristo foi deixá-los era um pensamento paralisante aos discípulos. Eles tinham dependia Dele para tudo. Ele tinha sido seu professor (Jo
De longe, a maior parte da oração de Jesus se relaciona com os discípulos. Ele era muito mais preocupados com eles do que sobre si mesmo. Ele tinha certeza do sofrimento que era inevitável e a vitória que era certo. Os discípulos, porém, eram uma quantidade variável; em si mesmos, eles estavam propensos a falhar .... No entanto, ele orou por eles com a confiança de que eles seriam mantidos pelo poder do Pai e apresentados para um futuro ministério. (Merrill C. Tenney, "O Evangelho de João", em Comentário Bíblico do Expositor, ed Frank E. Gaebelein [Grand Rapids: Zondervan, 1981]., 9: 163)
Confiança de Jesus foi fundada, e não na determinação das onze, mas na vontade e poder do Pai. Mas antes de lançar em seus pedidos específicos para os discípulos (em vv. 11-19), o Senhor explicou por que ele sabia que o pai iria honrar seus pedidos (em vv. 6-10).
Versículo 6 serve como uma declaração importante transição da oração de Cristo para a Sua própria glória (em vv. 1-5) a sua oração para os discípulos (em vv. 6-19). De destacar neste versículo é a interação entre o lado humano eo lado divino de salvação. Cristo posteriormente expandido em cada um desses temas, como Ele estabeleceu a resposta dos discípulos acreditar, por um lado (em vv. 7-8), e eleição soberana de Deus, por outro (em vv. 9-10). O versículo em si fornece uma indicação da tese das sortes para os versos que se seguem, introduzindo as razões pelas quais Jesus sabia que o Pai garantiria Suas promessas anteriores para os discípulos (nos capítulos
O Senhor definiu aqueles por quem Ele estava Orando antes de tudo como aqueles a quem Ele havia manifestado do Pai nome. A frase liga de volta para o versículo 4, indicando que parte da missão terrena de Cristo era para dar a conhecer o nome do Pai para os discípulos. Manifestada traduz uma forma do verbo phaneroo , que significa "para revelar," "para dar a conhecer," ou "para mostrar". O aoristo indica que este era um fato consumado, que Cristo tinha terminado perfeitamente de acordo com o plano do Pai. O conceito de Deus nome engloba tudo o que Ele é: o seu caráter, a natureza e atributos. Sl
20) foram infinitamente precioso para o Filho, não por causa de qualquer coisa intrinsecamente valioso em si, mas porque lhes foi prometido a ele por seu pai antes dos tempos eternos (conforme 2Tm 1:9), mas sim o resultado inevitável de uma genuína fé salvadora (conforme Ef. 2: 8-10). Assim, para dizer que os discípulos tinham obedecido a Palavra do Pai é apenas outra maneira de expressar que a sua fé era genuína. O Novo Testamento inseparavelmente junta-se a fé salvadora e obediência, tanto assim que a obediência é muitas vezes usado como sinônimo de fé (por exemplo, Jo
Os discípulos, então, estavam entre aqueles que mantiveram a Palavra que havia sido revelado a eles. Do coração, eles tinham respondido em fé genuína para a verdade que haviam recebido. Ao mesmo tempo, a Escritura reconhece que o tivessem feito, porque eles eram um presente do Pai ao Filho, depois de ter estado entre aqueles que Ele soberanamente escolheu na eternidade passada e chamou eficazmente a tempo para a salvação. O restante desta seção (vv. 7-10) baseia-se aquelas verdades gêmeos inseparáveis. Tendo resumido-los no versículo 6, Jesus continuou a explicar por que Ele sabia que o Pai conceder seus pedidos em relação aos discípulos: (. Vv 7-8), porque eles tinham acreditado nele como o Filho e porque eles eram um presente para ele a partir do Pai (vv. 9-10).
Porque eles tinham acreditado nele como o Filho
Agora, eles vêm a saber que tudo que você tem me dado é o de ti; para as palavras que você me deu Eu dei a eles; e eles as receberam e verdadeiramente entendido que saí de ti, e creram que tu me enviaste. (17: 7-8)
Embora eles haviam estado com Jesus durante vários anos, não foi até agora que os discípulos estavam começando a compreender verdadeiramente a missão Seu Pai Lhe havia dado. Seria ainda alguns dias até que Cristo ressuscitou, quando eles começam a compreender plenamente as razões Jesus teve que morrer. No entanto, eles claramente acreditava que Jesus era quem dizia ser (Mt
O conteúdo da fé dos discípulos oferece mais uma prova de sua autenticidade. Embora diante da cruz ainda havia muito que eles não entenderam, eles acreditavam sinceramente as verdades que eles entendiam (em contraste com a falsa fé de muitos outros, cf Jo
Os discípulos do mesmo modo acreditava que as palavras que o Pai deu a Jesus fosse verdade (conforme v 14; 07:16; 08:28; 12:49; 14:. 10,24). Jesus tinha dado aquelas palavras para eles; e eles as receberam,por ambos afirmando-los e, posteriormente, agir sobre eles (conforme Jc 1:22). Eles verdadeiramente entendido origem divina de Cristo, que Ele veio do Pai (conforme 16:30). Eles também acreditava na sua missão divina, que o Pai havia enviado Dele ao mundo (conforme vv. 18,21,23, 25; 03:34; 04:34; 5: 24,30,36,37; 6:38, 39,44,57; 7: 16,28,29,33; 8: 16,18,26,29, 42; 9: 4; 11:42; 12: 44,45,49; 13
A resposta desses homens não parece ser muito. Mas, para que eles vejam a fonte dessas coisas foi um milagre espiritual mais maravilhoso do que o milagre de um homem nascido estar fisicamente cego habilitado, pela primeira vez, para ver a maravilha de uma árvore, a glória de um pôr do sol, o mistério móvel de um rosto humano. (João Phillips, Explorando o Evangelho de João [Grand Rapids: Kregel, 1989], 321-22)
Depois do Pentecostes, a prova de sua fé seria demonstrado de maneira dramática, como eles corajosamente proclamou Jesus como Senhor a todos que quisessem ouvir. Embora eles sofreram severa perseguição e (para quase todos eles) martírio, os discípulos não abandonaria o que eles sabia ser verdade. Mesmo a ameaça de morte não poderia minar a convicção inabalável de que Deus havia colocado em seu interior (conforme At
Através de sua obediência, eles demonstraram que eles estavam entre aqueles que o Pai tinha eleito como um presente de amor para seu filho. Suas obras não salvá-los, mas eles não fizeram prova de que a verdadeira fé salvadora estava vivo em seus corações. Tiago Montgomery Boice colocou a questão,
Como é que uma pessoa diga quem são os eleitos de Deus? Como podemos julgar que são cristãos e que não são ... Há apenas uma resposta, a resposta dada pelo Senhor Jesus Cristo [falando] daqueles que eram verdadeiramente seus discípulos [em João
A Bíblia ensina que Deus certamente trará uma glorificação todos aqueles aos que predestinou na eternidade passada (conforme Jo
Porque lhes foi dada a Ele do Pai
Peço em nome deles, eu não peço, em nome de todo o mundo, mas daqueles que me deste; porque são teus; e todas as coisas que são minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e eu tenho sido glorificado neles (17: 9-10)
Porque eles tinham respondido com a crença, e demonstrou a veracidade da sua fé através da sua obediência continuada, os discípulos mostraram evidência de que Jesus sempre soube ser verdade sobre eles e disse-anteriormente que tinham sido escolhidos para fora do mundo pelo Pai como um presente para ele. Isso, então, fornece a segunda e última razão pela qual Jesus estava confiante de que o Pai conceda a Sua oração pelos discípulos; o Pai não se esqueça de proteger e purificá-los, porque eles eram o Seu dom de Seu Filho (conforme vv. 11,15,17). Reiterando que Ele estava pedindo exclusivamente em nome deaqueles a quem o Pai havia dado a Ele, Jesus deixou claro que Ele fez não pedir em nome de todo o mundo. Ao contrário, Ele estava pedindo em nome de Sua própria que permaneceram no mundo depois que Ele tinha deixado (vv. 11-12).
É verdade que Deus mostra um tipo de amor a todas as pessoas no mundo (o que os teólogos chamam de graça comum), mesmo para aqueles que rejeitam o evangelho (conforme Mc
A declaração de Jesus porque são teus; e todas as coisas que são minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas ressaltou sua confiança no fato de que os onze pertencia a Deus. Como os discípulos, todos os crentes pertencem ao Pai, depois de ter sido adotado em Sua família por meio do Filho (conforme Rom. 8: 14-17; Gl
Declaração de Cristo todas as coisas que são tuas coisas são minhas ... não é nada menos do que uma reivindicação de divindade e de plena igualdade com o Pai. Ele novamente enfatizou a unidade íntima que as ações Filho com o Pai (vv; 3,6-7,21,23-24,26. Conforme 16:15). Para uma mera criatura de afirmar que todas as coisas de Deus eram dele seria presunção blasfêmia. Somente aquele que é o próprio Deus pode legitimamente reivindicar ser o proprietário do governante e sobre todas as coisas. Martin Luther compreendido o significado desta afirmação:
Todo mundo pode dizer isso, que todos nós temos é de Deus. Mas isso é muito maior, que ele transforma-lo em volta e diz, tudo o que é teu é meu. Esta nenhuma criatura é capaz de dizer diante de Deus .... A palavra: tudo o que é teu é meu, não deixa nada o que quer excluídos. São todas as coisas dele, então a divindade eterna é também o seu; caso contrário, ele não podia e não se atreveu a usar a palavra em tudo. (Citado em RCH Lenski, A Interpretação dos Evangelho de São João [Minneapolis: Augsburg, 1943], 1133-1134).
Desde o Pai eo Filho têm todas as coisas em comum, os crentes também pertencem a Cristo (1Co
O Senhor notou, ainda, que ele tinha sido glorificado. Mesmo agora, sua fé nEle como o Filho de Deus trouxe-Lhe glória. Aqui, então, Cristo dá testemunho de que o dom da fé dado aos discípulos que lhes permitiu reconhecer e confessar a Ele mesmo em seu estado de auto-humilhação. Após Sua ascensão, a glória de Cristo continuará a ser exibido na terra através de seus seguidores, mesmo na sua ausência.Esse pedido foi em perfeita harmonia com o propósito do Pai-de dar o Filho a humanidade redimida que iria glorificar a Ele para sempre.
O objetivo supremo de tudo o que um cristão faz é trazer glória a Deus Paulo exortou aos coríntios: "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus" (1Co
Que os discípulos (e todos os outros crentes) poderão ser alterados a partir amantes rebeldes deste mundo para adoradores e glorificadores de Deus santificado é o milagre da graça de Deus na salvação.Embora a regeneração ocorre em um momento no tempo, é um milagre que foi planejado na eternidade passada e que tem implicações intermináveis para a eternidade futura. Todos os crentes (incluindo os onze discípulos) foram escolhidos e reivindicado pelo Pai antes que o mundo começou e prometeu o Filho como uma expressão tangível do Seu infinito amor. Esse é o lado divino de salvação. O lado humano é perseverante fé e obediência, pelo qual os discípulos haviam demonstrado que eles realmente pertencia a Deus.
Os crentes em todos os momentos podem ser do mesmo modo certo de que eles são verdadeiramente salvos. Objetivamente, que a garantia vem da promessa da Bíblia de que qualquer um que sinceramente abraça Jesus Cristo como Senhor e Salvador será salvo (10 Rom: 9-10.). Subjetivamente, que a confiança decorre do fruto da fé persistente e contínua obediência na vida de uma pessoa, não importa o que a tentação ou teste. Ouça as palavras poderosas de Pedro:
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia nos fez nascer de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança que não se corrompe e imaculada e vai não desaparecer, reservada nos céus para vós, que são protegidos pelo poder de Deus mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.Neste vocês exultam, ainda que agora por um pouco de tempo, sendo necessário, você tem sido afligido por várias provações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, pode ser redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; e que você não tenha visto, vocês o amam, e que você não vê-lo agora, mas acredito nele, exultais com alegria indizível e cheia de glória, obtendo como resultado de sua fé a salvação das vossas almas. (I Pedro
Assim como o Eleven, todos os verdadeiros discípulos de Cristo habitar em Sua Palavra (Jo
Garantir a preservação da fé dos discípulos é uma obra divina que o Senhor faz por seu poder (conforme João
Em face de sua ausência no pecado de rolamento, embora apenas por algumas horas, Jesus passou a pedir ao Pai para assumir a proteção daqueles que Ele tinha dado a ele. No entanto, ao fazer esse pedido, Jesus expressou a certeza absoluta de que o Pai faria o que ele pediu. Sua confiança não estava na constância ou ingenuidade dos discípulos, mas no amor e poder de Seu Pai (conforme João
65. Jesus ora por seus discípulos: Parte 2: para aqueles que ele está prestes a sair (João
Eu já não estou no mundo; e ainda que eles próprios estão no mundo, e eu vou para ti. Pai Santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que sejam um, como nós somos.Enquanto eu estava com eles, eu estava mantendo-os em teu nome que me deste; e eu guardava-os e nenhum deles morreram, mas o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse. Mas agora vou para ti; e digo isto no mundo, para que eles tenham a minha alegria completa em si mesmos. Dei-lhes a tua palavra; eo mundo os odiou, porque eles não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Eu não peço que os tires do mundo, mas para mantê-los do mal. Eles não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.Consagra-os na verdade; A tua palavra é a verdade. Como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. Para eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. (17: 11-19)
Através de Jesus Cristo, cada crente tem acesso directo à sala do trono de Deus. Cada um pode "aproximar-nos com confiança ao trono da graça [e] de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna" (He 4:16). Embora anteriormente Seus inimigos, eles foram reconciliados com Deus:, tendo sido adotados em Sua família "através da fé em Jesus Cristo" (Gl
Além de orações pessoais, os crentes também têm as orações dos outros, que intercedem em seu nome. O apóstolo Paulo enfatizou a necessidade de que tipo de intercessão nos parágrafos finais de sua epístola aos Efésios:
Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito, e com isso em vista, estar em alerta com toda perseverança e súplica por todos os santos, e orar em meu nome, que seja dada a mim na abertura de minha boca, para dar a conhecer com ousadia o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias; que em proclamar que eu possa falar dele livremente, como me convém falar. (Efésios
Tendo apenas advertiu seus leitores sobre a realidade da guerra espiritual (Ef. 6: 10-17), Paulo enfatizou a importância crítica de suplicando "por todos os santos" (v 18).. "Rogai por nós" é um tema recorrente ao longo de suas letras (1Ts
Oh! Deus me ajude, se você cessamos de orar por mim! Deixe-me saber o dia, e eu deve deixar de pregar. Deixe-me saber quando você pretende cessar as suas orações, e eu vou chorar, "Ó meu Deus, dá-me este dia meu túmulo, e deixe-me dormir na poeira." (Charles Spurgeon, "Oração-o Precursor da Misericórdia", em O New Park Street Pulpit [Pasadena, Tex .: Pilgrim, 1981], 3: 255-56)
A intercessão dos cristãos para o outro é um elemento essencial da vida espiritual da igreja, e o Novo Testamento contém numerosos exemplos de TI (por exemplo, At
Mas outros cristãos não são os únicos que interceder em favor do crente. O Santo "Espírito ajuda nossa fraqueza, pois não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos muito profundos para palavras" (Rm
No entanto, além de tudo isso há um outro que ora para os crentes, ninguém menos do que o Senhor Jesus Cristo, que é "sentado à direita de Deus" (Cl
A oração de Cristo neste capítulo fornece uma visualização de valor inestimável da Sua obra de intercessão atual, que não formalmente começar até depois de Sua ascensão. Ao confiar Seus seguidores a Seu Pai, intercedendo em seu nome apenas algumas horas antes da cruz, Jesus exibido vividamente as profundidades de tanto a sua comunhão com Deus e Sua compaixão para com os Seus. Como disse um comentarista observa, a magnificência sublime deste aspecto da oração
supera toda a literatura em sua estabelecendo a identidade do ser e do poder e do amor na personalidade dupla do Homem-Deus. Somos levados por ele para o propiciatório, para o céu dos céus, para o próprio coração de Deus; e lá encontramos uma apresentação do amor mais misterioso e incompreensível para a raça humana, encarnada na pessoa, consagrado nas palavras, do Filho unigênito. (HR Reynolds, St. João, do púlpito Comentário, ed HDM Spence e José S.Exell. [Grand Rapids: Eerdmans, 1981], 17: 340)
Esta Pedido marca a transição de sua carreira terrestre para o Seu ministério celestial. Depois de completar Sua obra de redenção na cruz e triunfando sobre o pecado, a morte, e as forças do inferno, Jesus subiu ao céu. Lá, ele continuamente "intercede por nós" (Rm
Uma pesquisa rápida do comportamento desses homens onze ressalta a necessidade da oração de Jesus em seu nome. Em primeiro lugar entre os apóstolos era Pedro (Mateus
Eles eram homens comuns, com fraquezas comuns. Pedro era impetuoso (como mencionado acima); Tomé era um cético (Jo
De uma perspectiva humana, este grupo maltrapilho de seguidores não foi nada de extraordinário ou impressionante (conforme 1 Cor. 1: 16-31). No entanto, eles foram chamados para continuar a obra de Jesus no mundo depois que Ele tinha ido embora, tendo sido dada a responsabilidade de levar o evangelho em todo o mundo (Mat. 28: 18-20; conforme At
Não é de admirar, então, que Jesus intercedeu por eles, e que a maior parte da sua oração se concentra nesses onze homens. Sua confiança não estava na sua determinação ou desenvoltura (dos quais eles tinham pouco), mas no poder e do amor de Seu Pai. Jesus sabia que o Pai quis ouvir e responder suas orações, não porque os onze eram inerentemente capaz, mas porque eles eram parte de aqueles que o Pai Lhe tinha prometido desde antes da fundação do mundo. A realidade marcante da oração é que ele não é projetado para mudar a vontade de Deus, mas para chamar para o seu cumprimento. Além disso, o Senhor orou em voz alta propositAdãoente para que seus discípulos poderiam ouvi-lo e ser fortalecido e encorajado.
Logo Jesus já não estar no mundo para proteger e cuidar de seus discípulos, embora eles próprios permaneceriam no mundo. Seu uso do tempo presente é indicativo do fato de que, após os acontecimentos das próximas horas transpirou, Sua missão terrena seria concluída. O tempo já não era o futuro, ele tinha chegado. Ele estava indo embora, mas eles foram ficando para trás. Embora eles certamente desejava ir com Ele (conforme 14: 1-6), era fundamental que, por enquanto, eles permanecem e levar o evangelho ao mundo (conforme Mat. 28: 18-20; Jo
E o mundo, onde os discípulos se manteria, era certo que será hostil a eles. Ele era, afinal, um lugar de rebelião odiosa contra Deus e contra o Seu Filho (Jo
(In. Vv 6-10) Tendo estabelecido as razões pelas quais ele sabia que o pai iria responder a sua oração, Jesus já fez estes dois pedidos em nome de seus discípulos: (in. Vv 11b-16) que receberiam proteção espiritual e santificando pureza (em vv. 17-19) do Pai.
O pedido de proteção espiritual
Pai Santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que sejam um, como nós somos. Enquanto eu estava com eles, eu estava mantendo-os em teu nome que me deste; e eu guardava-os e nenhum deles morreram, mas o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse. Mas agora vou para ti; e digo isto no mundo, para que eles tenham a minha alegria completa em si mesmos. Dei-lhes a tua palavra; eo mundo os odiou, porque eles não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Eu não peço que os tires do mundo, mas para mantê-los do mal. Eles não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. (17: 11-B-16)
Jesus começou os pedidos de seus discípulos por se dirigir a Deus como Santo Padre (um título para Deus encontradas somente aqui). A ênfase na santidade de Deus prepara o terreno para o resto desta secção (em vv. 11-19), que tem como alvo a santidade dos discípulos, no meio do mundo hostil e perverso. Sua relação com Deus era um santificando um. Eram homens impuros, mas por meio do Filho que tinham sido levados para uma relação de purificação com Deus Santo.
Jesus primeira Pedido, mantê-los (o que é reiterado no v 15.), é um pedido para que os discípulos de segurança espiritual de Deus nome representa tudo o que Ele é, no entanto, neste caso, há uma ênfase acentuada na Sua santidade (já que Jesus apenas a que se refere a ele como "Santo Padre"). Jesus pediu ao Pai para guardar os discípulos de acordo com o Seu caráter santo e atributos. Esse pedido é abrangente, e se estende a todos os crentes, como AC Gaebelein explica:
Essa manutenção é tudo. Mantendo a partir de apostasia, de doutrinas do mal, de ser superado pela tristeza, ou na tribulação e sofrimento, mantendo-os na vida e na morte. A partir desta primeira Pedido da oração de nosso Senhor, aprendemos a segurança absoluta de um verdadeiro crente. Se um crente verdadeiro, aquele que pertence a Cristo, a quem foi dado pelo Pai ao Filho, para quem o Filho de Deus intercede, pode ser perdido, isso significaria a perda da glória de Cristo, a perda de uma parte do trabalho de Sua alma. ( O Evangelho de João [Wheaton: Van Kampen Press, 1936], 320)
O Senhor novamente enfatizou Sua perfeita unidade com o Pai, observando que o nome do Pai, também é o nome que o Pai deu ao Filho. Caráter santo de Deus se refletiu perfeitamente nele. "Ninguém jamais viu a Deus a qualquer momento," João escreveu mais cedo no seu evangelho. "[Mas] O Filho unigênito, que está no seio do Pai, Ele o fez conhecer" (Jo
Proteção do Pai era essencial para os discípulos para, pelo menos, duas razões. Primeiro, ele garantiu a sua glorificação, como faz para todos os crentes. Cristãos "são protegidos pelo poder de Deus mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo" (1Pe
Em segundo lugar, a proteção dos pais também garantiu a sua unidade com um outro- que iria ser um, como Cristo eo Pai são. Essa unidade que o Senhor tinha em mente é a unidade espiritual que todos os crentes possuem, ou seja, a vida de Deus em sua regenerado almas, garantiu a eles para sempre pelo Seu poder e presença. A ênfase aqui não está em um flutuante, unidade visível na igreja, mas sobre o real, unidade constante que é invisível. O Senhor está orando pela unidade essencial de crentes que partilham em comum a vida eterna. Esta oração é atendida cada vez que um pecador é regenerado.
A unidade da vida eterna invisível implantado em seguidores de Cristo é a base para uma unidade visível que atravessa todas as linhas de organização e que produz um evangelho eficaz e testemunho aos perdidos (conforme a exposição de 13:35 no capítulo 8 deste volume). Ele é produzido pelo Espírito Santo (Ef
Durante Seu ministério terreno, Jesus tinha sido mantê-los em do Pai nome que Ele havia dado a Ele. Na verdade, Ele guardava os discípulos tão bem que nenhum deles pereceram, mas o filho da perdição. O Senhor lhes havia ensinado, deu-lhes poder, e uma defesa contra os ataques das autoridades judaicas hostis (conforme Mt
respondidas [Seus oponentes judeus]: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também." Por esta razão, portanto, os judeus procuravam ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. Portanto, Jesus respondeu, e foi dizendo-lhes: «Em verdade, em verdade eu vos digo, o Filho nada pode fazer de si mesmo, a menos que seja algo que Ele vê o Pai fazer; porque tudo quanto ele faz, essas coisas o Filho também faz forma semelhante. "
Em 13
Nele [Cristo], você também, depois de ouvir a mensagem da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo também crido, fostes selados nEle com o Espírito Santo da promessa, que é dada como penhor da nossa herança, com em vista a redenção da possessão de Deus, para o louvor da Sua glória.
A perda de Judas, o filho da perdição, não foi devido a Jesus não para mantê-lo. Ele sabia o tempo todo que ele era um falso discípulo (6: 70-71). Longe de captura de Jesus de surpresa, a apostasia de Judas aconteceu para que a Escritura seria cumprida (veja a discussão sobre 13:18 no capítulo 7 deste volume; conforme Sl
A referência para o cumprimento da Escritura traz o propósito divino. Isso não significa que Judas era um autômato. Ele era uma pessoa responsável e agiu livremente. Mas Deus usou ato de maldade do homem para provocar a sua própria Proposito. Há uma combinação do humano e do divino, mas nesta passagem é o aspecto divino, em vez de o ser humano que recebe stress. No final, a vontade de Deus foi feito na entrega de Jesus para ser crucificado. (Leon Morris, O Evangelho Segundo João, O Novo Comentário Internacional sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1995], 645)
(Para uma discussão mais aprofundada da interação entre a responsabilidade humana e da soberania divina, consulte a introdução ao capítulo anterior deste volume.) No entanto, o que Judas (e Satanás-Jo
As Escrituras proféticas cumpridas em Jesus eram certamente muito mais amplo do que apenas aqueles que fazem referência a Judas. O Antigo Testamento predisse que o Cristo seria um descendente de Abraão (Gn
Confiantes de cuidados de proteção do Pai para os discípulos, o Senhor olhou para seu retorno ao Pai. Mas agora eu venho a Ti, Jesus reconheceu, e digo isto no mundo, para que eles tenham a minha alegria completa em si mesmos. Pela terceira vez naquela noite, Jesus falou da alegria que era Seu legado aos Seus seguidores (conforme 15:11; 16: 20-24). Compreender a proteção do Pai (conforme Rom. 8: 33-39) e intercessão de Cristo inevitavelmente produzido alegria nos corações dos discípulos de escuta. Isso tinha que ter sido uma experiência incrivelmente maravilhoso para os discípulos, ao ouvir seu Senhor orar como Ele fez por eles ao Pai para garantir a sua glória eterna e remover todo o medo que eles podem falhar e perecem. Em outra parte, Jesus já havia orado para que os discípulos participar na plenitude de sua vida (Jo
O uso que o Senhor do pronome possessivo pessoal, meu, indica que este não era apenas qualquer tipo de felicidade arbitrária. Foi Sua alegria, tanto que foi baseado nele, e que Ele mesmo experimentou. Era a alegria que foi "set diante dele" (He 12:2). Os discípulos iria compartilhar essa alegria ao experimentar a vida eterna que Jesus tornou possível através da Sua morte (conforme 16:22; 17: 3,18). Todos os crentes, como nas gerações que se seguiram os onze, ter compartilhado a mesma alegria.
Tendo falado apenas a verdade divina, Jesus tinha -lhes dado de Deus palavra, que o mundo rejeitou (05:38). No passado, Deus falou por meio dos profetas; Mas agora ele havia falado através do Seu Filho (Hebreus
Em contraste com o mundo, que rejeitou a mensagem de Cristo, os discípulos tinham recebido e acreditava Sua Palavra (Jo
Embora eles não eram parte do mundo, Cristo não pediu que eles sejam removidos do mundo. Ele disse claramente ao Pai, eu não peço que os tires do mundo. promessa anterior de Jesus para eles não era que eles seriam levados para fora do mundo, mas que nele iriam triunfar sobre ela (conforme 16:33). Como os discípulos, os verdadeiros crentes hoje estão no mundo, sem ser parte do seu sistema de mal. Tiago declarou com força, "Você adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Jc 4:4 ). O apóstolo João comandou os crentes: "Não ameis o mundo, nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele" (1Jo
Paulo explicou aos Coríntios que "não me refiro [que não devem associar] com os imorais deste mundo, ou com os avarentos e os roubadores, ou com os idólatras, para, em seguida, você teria que ir para fora do mundo "(1Co
Embora Ele não pede para que eles sejam removidos do mundo, Ele não reiterar o pedido de base do versículo 11, que, enquanto eles vivem na terra do Pai iria mantê-los do mal. Não há nada que Satanás (o príncipe de este mundo-Ef
Satanás também procurou destruir Peters fé. Jesus avisou: "Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo; mas eu roguei por ti, para que tua fé não desfaleça; e tu, quando uma vez que você, uma vez convertido, confirma os teus irmãos" (Lucas
Como Ele concluiu seu primeiro pedido para os discípulos, Jesus reiterou o fato de que eles não são do mundo, assim como Ele é não ser do mundo. Por um lado, isso significava que eles teriam de enfrentar a perseguição do mundo para eles iriam ser tratada pelos incrédulos, assim como o próprio Cristo foi tratado. No entanto, por outro lado, isso também significou que eles gozam da proteção do Pai, por que iria ser tratada igualmente pelo Pai da mesma forma como Cristo. O versículo 16 é, portanto, mais do que apenas uma reafirmação do versículo 14. É uma reiteração pelo Filho, diante do Pai, da solidariedade que aqueles a quem Ele estava saindo no mundo compartilhado com ele.
O Pedido de Santificar o Purity
Consagra-os na verdade; A tua palavra é a verdade. Como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. Para eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. (17: 17-19)
Tendo orado para sua proteção espiritual do mundo, Jesus continuou pedindo ao Pai para santificar e purificar os discípulos quando se preparavam para pregar a verdade ao mundo. Não foi o suficiente para que eles sejam protegidos contra os males externos. Eles também devem ser internamente conformado mais e mais para o Filho. Embora eles já tinham sido limpos (referindo-se a salvação, Jo
Jesus, portanto, pediu ao pai que santificar-os na verdade, para separá-los do pecado. O instrumento de santificação é revelado, inscripturated de Deus palavra, contida no Antigo e Novo Testamentos, a totalidade do que é a verdade. Palavra de Deus ea verdade são sinônimos.
"A tua palavra é a verdade" certifica a inerrância e infalibilidade da Palavra com exceção nenhuma parte dele. O santo vestuário da Palavra é perfeita; ele não tem rendas de erro, ou chamá-los de erros-que mãos hoje deve costurar. "A tua palavra" significa tudo isso, a Palavra do Antigo Testamento em que Jesus colocou a aprovação de novo e de novo, além da revelação que Jesus acrescentou em pessoa com a promessa de sua preservação perfeito através do Paráclito (14:26; 16 : 13). (RCH Lenski, A Interpretação dos Evangelho de São João [Minneapolis: Augsburg, 1943], 1149)
Ao longo de seu ministério, Jesus pôs um prêmio sobre a Palavra de Deus escrita. Ele viu Escrituras do Antigo Testamento como a "palavra de Deus" (conforme Mt
Assim, ao referir-se a palavra que é verdade, Jesus estava falando não só de Suas palavras imediatas (como se as letras vermelhas nas Escrituras composta as únicas palavras verdadeiras), mas da totalidade da Escritura. Sua revelação estava em perfeita harmonia com a do Antigo Testamento; e seus discípulos foram autorizadas por ele para registrar a revelação que Ele lhes daria através do Seu Espírito. Tudo isso, de Gênesis a Apocalipse, é a verdade (conforme Sl
Somente os crentes santificados está pronto para ser enviado ao mundo como o Pai enviou Cristo ao mundo. Estas palavras, dirigidas ao onze, serviu como uma prévia da Grande Comissão do Senhor daria a estes mesmos discípulos após a Ressurreição (Matt. 28 : 18-20; conforme Atos
Mas tal salvação seria mesmo possível, se não fosse pela morte sacrificial do Filho. O Senhor voltou a esse pensamento no versículo 19, reconhecendo que o que Ele estava a ponto de suportar na cruz faria a salvação possível, tanto para os onze e para aqueles que seriam salvos através de seus ministérios prolongados. Para os discípulos saquês Jesus iria santificar Ele mesmo ; isto é, Ele Se pôs de parte a retidão obedecer à vontade do Pai, morrendo na cruz. Foi só porque Ele expiou seus pecados para que também eles seriam santificados na verdade (conforme He 10:10;. He 13:12). (. Conforme Rm
Como sempre fazia, Jesus orou de forma coerente com a vontade do Pai. Ele pediu ao Pai para fazer o que Ele havia predeterminado na eternidade passada para fazer-derramar o Seu amor, graça, misericórdia e poder sobre aqueles que Ele tinha escolhido e dado a Jesus. É com base nisso que Cristo recorreu ao Pai para proteger e garantir os discípulos. Vigiado pelo Pai, intercedeu por Cristo, e habitado pelo Espírito Santo, estes homens, juntamente com o apóstolo Paulo (1Co
66. Jesus ora por todos os crentes-Parte 1: que eles seriam Atualmente Unido em verdade (João
"Eu não peço em nome delas sozinho, mas também por aqueles que crêem em mim, por intermédio da sua palavra; que todos sejam um, como Tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que também eles sejam um em . nós, para que o mundo creia que tu me enviaste a glória que me deste eu tenho dado a eles, para que eles sejam um, como nós somos um: Eu neles e Tu em Mim, para que possam ser perfeitos na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste, e os amava, assim como também amaste a mim. " (João
Como observado no capítulo anterior deste volume, a unidade que Cristo orou por não seja, uma unidade organizacional para o exterior, mas o interior, unidade espiritual baseado na vida dos crentes em Cristo. Por causa de sua união com Jesus Cristo, uma vez que "aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele" (1Co
Como é que isso se manifesta unidade espiritual na prática? Em Fp
Em segundo lugar, os resultados da unidade na crentes "mantendo o mesmo amor"; ou seja, eles se amam igualmente Isso não significa que eles têm o mesmo compromisso emocional para todos, o que é impossível. O amor em vista aqui é agape amor, o amor não da atração emocional, mas de vontade e escolha. Ela é expressa quando os crentes são "dedicados um ao outro em amor fraternal, [e] dar preferência a um outro em honra" (Rm
Mas, na nossa idade obsessivamente tolerante, o extremo oposto representa uma ameaça muito mais séria para a verdadeira unidade espiritual Em nome do amor, muitos trabalham duro para alcançar uma falsa unidade superficial, e pecaminosa que é amplo o suficiente para abraçar falsos cristãos e mesmo aqueles que negar as verdades centrais da fé cristã. Amor bíblico genuíno, porém, não pode ser dissociada da verdade bíblica (Ef
Como Ele concluiu Seu magnífico Oração Sacerdotal alta, a unidade de Seus seguidores era muito sobre o coração do Senhor Jesus Cristo. Tendo orado para a Sua glória (vv. 1-5) e para os Seus discípulos (vv. 6-19), o Salvador expandiu sua oração para incluir todos os futuros crentes-Aqueles que vêm a Ele através do poder da Palavra (v. 17), o testemunho dos discípulos (v. 18), e o sacrifício da cruz (19 v.).O Senhor fez dois pedidos em seu nome: a de que eles estariam unidos na verdade, e que eles iriam se reunir com Ele na glória eterna. O primeiro destes pedidos é o assunto deste capítulo.
Primeiro pedido do Senhor pode ser examinada em quatro categorias: a raiz da verdadeira unidade, o pedido de verdadeira unidade, a representação da verdadeira unidade, eo resultado da verdadeira unidade.
A raiz da Unidade Verdadeira
"Eu não peço em nome delas sozinho, mas também por aqueles que crêem em mim, por intermédio da sua palavra; (17:20)
As palavras do versículo 20 de abertura introduzir a terceira coisa pela qual Cristo disse que ele não estava Orando. No versículo 9 Ele deixou claro que ele não estava intercedendo em nome do mundo descrente (veja a discussão sobre este ponto no capítulo 23 deste volume), enquanto que no versículo 15 Ele disse que não estava pedindo para os discípulos a ser removido do mundo. Suas palavras Eu não peço em nome deles sozinho introduzir um outro grupo distinto dos discípulos então vivos por quem Ele tinha acabado de oraram (vv. 6-19). Jesus olhou para a frente através dos séculos e orou por todos os crentes que estavam por vir no futuro. Embora a grande maioria ainda não tinha nascido, que, no entanto, eram e foram para a eternidade no coração do Salvador. Ele conhecia todos eles, uma vez que seus nomes tenham "foi escrito a partir da fundação do mundo no livro da vida" (Ap
Jesus identificou ainda mais esses futuros crentes como aqueles que acreditam em Deus (Jo
Os discípulos nesse momento não parecia pronto para virar o mundo de cabeça para baixo (conforme At
Mas a oração de Cristo garante que o ministério dos apóstolos seria bem sucedida. Em sua onisciência, Jesus sabia que eles iriam cumprir o seu papel na história da redenção O evangelho iria prevalecer, apesar da fraqueza dos apóstolos, o ódio do mundo, e da oposição de Satanás. Fortalecidos pelo Espírito Santo (At
A solicitação para a Unidade Verdadeira
que todos sejam um; (17: 21a)
Apesar de suas diferenças denominacionais exteriores, todos os verdadeiros cristãos estão espiritualmente unidos pela regeneração em sua crença de que a salvação é pela graça através da fé em Cristo, e seu compromisso com a autoridade absoluta da Escritura. Todos aqueles aqueles que crêem no Senhor Jesus Cristo "somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros" (Rm
Primeiro, há "um só corpo" o corpo de Cristo, que é composta de todos os crentes desde o início da igreja no dia de Pentecostes.
Em segundo lugar, há "um só Espírito", o Espírito Santo, além de quem ninguém pode acreditar Salvadora em Jesus Cristo (1Co
Em terceiro lugar, há "uma esperança", na herança eterna prometida garantido para cada crente pelo Espírito Santo (13
Em quarto lugar, há "um só Senhor," Jesus Cristo, que é a única cabeça do corpo (Cl
Em quinto lugar, há "uma só fé", a "fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (Jd
A igreja também está unida em um compromisso comum para a glória de Deus. "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra coisa", Paulo escreveu: "fazei tudo para a glória de Deus" (1Co
Em segundo lugar, o Pai eo Filho estão unidos na missão. Eles compartilham o objetivo comum de resgatar os pecadores perdidos e concedendo-lhes a vida eterna, como Cristo deixou claro no início esta oração:
Mesmo como lhe deste autoridade sobre toda a carne, que a todos quem você deu, Ele pode dar a vida eterna. Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, ea Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste a fazer .... Eu tenho manifestado seu nome aos homens que me deu fora do mundo; Eram teus e tu os deste a mim, e eles guardaram a tua palavra. (Vv. 2-4,6)
Deus escolheu na eternidade passada para dar os crentes a Cristo como um dom do Seu amor, e Cristo veio à Terra para morrer como um sacrifício por seus pecados e resgatá-los. Que a Igreja vive a perseguir o objetivo de evangelizar os perdidos é claro nas palavras de Jesus no versículo 18: "Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo" (conforme Mt
Em quarto lugar, o Pai eo Filho estão unidos em santidade. No versículo 11, Jesus dirigiu-se ao Pai como "Santo Padre", e no versículo 25 como "Pai justo". A santidade absoluta de Deus se expressa em todo o Antigo e Novo Testamentos. A santidade de Deus é a sua absoluta separação do pecado. Em Hc
Por fim, o Pai eo Filho estão unidos no amor. No versículo 24, Jesus afirmou que o Pai tinha "amava [Ele] antes da fundação do mundo." Em Jo
O resultado da Unidade Verdadeira
"Para que o mundo creia que tu me enviaste .... para que o mundo conheça que tu me enviaste, e os amava, assim como também amaste a mim." (17: 21c, 23b)
A unidade observável da igreja autentica duas realidades importantes. Primeiro, ele dá provas para o mundo para que ele creia que o Pai enviou o Filho. Essa frase familiar resume o plano de redenção, em que Deus enviou Jesus em uma missão de salvação "para buscar e salvar o que estava perdido" (Lc
A unidade da Igreja também autentica o amor do Pai para os fiéis. Quando os incrédulos ver o amor dos crentes para o outro, oferece prova para os que o Pai amou aqueles que acreditaram no Seu Filho. A unidade amorosa da igreja tornado visível é usado por Deus para produzir um desejo por parte dos incrédulos é produzido a experimentar esse mesmo amor. Por outro lado, onde há divisões carnais, conflitos, maledicência, e brigas na igreja, ele dirige incrédulos distância. Por que eles querem fazer parte de um grupo tão hipócrita que está em cruzadas com fins em si? A eficácia do evangelismo da Igreja é devastada por dissensões e disputas entre os seus membros.
Ele deve ser o objetivo de todos que fazem parte do corpo de Cristo através da fé nEle para fazer a sua parte em manter a visibilidade total da unidade que os crentes possses, como Paulo escreveu:
Portanto, eu, o prisioneiro no Senhor, vos suplicamos a andar de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando uns aos outros em amor, ser diligente para preservar a unidade . do Espírito no vínculo da paz (Ef. 4: 1-3)
67. Jesus ora por todos os crentes-Parte 2: Que um dia elas poderiam se reunir em Glória (João
"Pai, quero que eles também, que me tens dado, estejam comigo onde eu estiver, para que vejam a minha glória que me deste, para me amaste antes da fundação do mundo. Pai justo, embora o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste; e eu fiz conhecer o teu nome, e continuarei a torná-lo conhecido, para que o amor com que me amaste ser neles, e eu neles ". (17: 24-26)
Certa vez, visitei uma cidade oriental isolado na antiga União Soviética, onde me encontrei com mil e quinhentos cristãos empobrecidos. Eles eram os descendentes dos exilados, e eles e seus antepassados sofreram terrivelmente sob opressão soviética por três quartos de século. Sua pobreza era tão grave que eles tinham que trabalhar duro todos os dias só para colocar comida na mesa. O assunto que estava mais em seu coração era o seu futuro na glória do céu. Eu tive o privilégio de ensinar-lhes sobre isso a partir das Escrituras por várias horas, e muitos foram tão abalado que eles choraram de alegria Sua resposta foi muito diferente da de muitos cristãos no Ocidente, que têm coisas tão boas que eles não sabem o que isso é muito tempo para o céu. Como resultado, eles vivem como se vai para o céu seria uma intrusão em suas programações-an ocupados interrupção dos seus objetivos de carreira, ou planos de férias. Eles não querem ver o céu até que eles tenham gostado de todos os prazeres que o mundo tem para oferecer. Quando eles viram tudo e fez tudo isso, ou quando a idade ou doença prejudicar sua capacidade de desfrutar desses prazeres, então eles estarão prontos para o céu. Embora seja verdade que, como diz o velho espiritual colocou, "Todo mundo falando sobre o céu não está indo lá", também é verdade que todo mundo ir para o céu não está falando sobre isso.
Quando a igreja perde seu foco na céu, torna-se auto-indulgente e egoísta, materialista e mundana, espiritualmente fraca e letárgica. Os prazeres e confortos do mundo presente consumir muito do seu tempo e energia Crentes esquecer que este mundo não é sua verdadeira casa, que eles são "peregrinos e forasteiros" (1Pe
Uma igreja mentalidade mundana é o resultado de uma igreja desobediente. O Senhor Jesus Cristo ordenou aos Seus seguidores: "ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam, pois onde estiver o vosso tesouro, aí estará o seu coração também" (Matt. 6: 20-21). "Portanto, se você tem sido ressuscitados com Cristo", escreveu Paulo, "continuar buscando as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus" (Cl
Homens de Deus sempre desejou para o céu. No Testamento Davi Old expresso desejo do seu coração para o céu, quando escreveu: "Na tua presença há plenitude de alegria, na tua mão direita há delícias para sempre" (Sl
Porque eu já estou sendo derramado como libação, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé; no futuro não é reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda. (2 Tim. 4: 6-8)
Como Davi e Paulo, todos os cristãos devem muito para o céu, já que tudo é precioso para eles lá. Seu pai está lá. Jesus ensinou os crentes a orar: "Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome" (Mt
O mais importante de tudo, o seu Salvador está lá ", de pé, à direita de Deus" (At
A realidade que os crentes serão reunidos no céu com Cristo e entre si é o tema da última parte da alta Priestly a Oração do Senhor. Os versículos
A Comunhão da Gloria Futuro
"Pai, quero que eles também, que me tens dado, estejam comigo onde eu estou, (17: 24a)
Este apelo apaixonado que aqueles a quem o Pai deu a Ele pode estar com Ele na Sua glória eterna no céu é a Pedido final da oração de Cristo.
Humanamente falando, não há nada para justificar um escalonamento, esmagadora privilégio tal. Os cristãos, como Paulo lembrou aos Coríntios, "não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres" (1Co
mortos em [suas] delitos e pecados, nos quais [eles] anteriormente andou de acordo com o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência.Entre eles [eles] também todos outrora, segundo os desejos da [sua] carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. (Ef. 2: 1-3)
Eles foram "separados de Cristo, excluídos da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo" (Ef
Mas a verdade maravilhosa da redenção é que
Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com Ele, e sentar-nos com Ele nos lugares celestiais em Cristo Jesus, para que nos séculos vindouros mostrar a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco em Cristo Jesus. (Ef. 2: 4-7)
Deus, Paulo escreveu aos cristãos em Roma,
prova o seu próprio amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos salvos da ira de Deus por meio dele. Se quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. (Rom. 5: 8-10)
Não somente Deus perdoar os pecadores arrependidos, mas Ele também adota-los como Seus filhos (Rm
Pedido de Jesus estava em perfeita harmonia com o propósito de Deus na escolha de crentes antes da fundação do mundo (Ef
Mas o pedido do Senhor era mais do que meramente um apelo para que o Pai seja feita a vontade; Ele também expressou seu desejo ( thelo ; "desejar", "desejar", "querer"). Não é difícil entender os crentes que querem estar com Ele; mas supera a imaginação para perceber que Ele quer que eles para estar com Ele.
A frase que ... que me tens dado expressa novamente a razão que os crentes são especiais para Cristo: eles são um dom de amor a Ele do Pai. É a maneira mais carinhosa do Senhor de se referir aos crentes, ao abordar o Pai (vv 2,6,9; cf.. 6: 37,39,10: 29; 18: 9). A igreja é a Sua noiva (Ap
Pedido específico de Cristo para aqueles que Lhe foi dado pelo Pai, para que estejam comigo onde eu estou, manifestou ainda o seu desejo de comunhão eterna com eles. Ele quer que todos aqueles escolhidos por Ele na eternidade passada para estar com Ele onde Ele agora é-céu. Em Jo
Este pedido complementa a declaração que o Senhor fez para trás no versículo 22: "A glória que me deste eu tenho dado a eles." Na encarnação, Cristo se manifestou "a sua glória, glória como do unigênito do Pai" (Jo
Mas a glória de que Cristo fala aqui é a manifestação visível da plenitude de Sua glória que os crentes, um dia, ver no céu. Na encarnação, a glória de Cristo foi parcialmente velada (conforme Fm
E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono e dos seres viventes e dos anciãos; eo número deles era miríades de miríades e milhares de milhares, dizendo em alta voz: "Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, honra, glória e louvor." E a toda criatura que está no céu e na terra e debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, dizerem: "Àquele que está sentado no trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, honra e glória e poder pelos séculos dos séculos ". E os quatro seres viventes diziam: "Amém". E os anciãos prostraram-se e adoraram. (Apocalipse
Todos os crentes bênçãos um dia experiência no céu fluir a partir da realidade de que o Pai amou o Filho antes da fundação do mundo. Desde toda a eternidade do Pai e filho se perfeita comunhão (Jo
A antecipação da Glória Futuro
"Pai justo, embora o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste; e eu fiz conhecer o teu nome, e continuarei a torná-lo conhecido, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles. " (17: 25-26)
Os versos finais deste magnífico oração transpirar confiança de Cristo que o Pai justo (conforme v 11; Dt
Jesus reiterou o ponto que ele tinha feito anteriormente no versículo 9. Seus pedidos não fossem para o mundo, que não conheceu o Pai e, portanto, não tem direito a receber o cuidado especial ou a intercessão do Filho. Para além da fé em Jesus Cristo, os pecadores enfrentar o julgamento só eterna. Em Jo
Não só Jesus perfeitamente conhecido o Pai desde toda a eternidade (Mt
Solicitações de Cristo neste a maior oração já rezou pode ser resumido em sete palavras. O Senhor orou para a preservação dos crentes ("Pai Santo, guarda em teu nome", v. 11); júbilo ("para que tenham a minha alegria completa em si mesmos", v. 13); libertação ("mantê-los do mal," v 15.); santificação ("Consagra-os na verdade; a tua palavra é a verdade", v. 17); unificação ("que todos sejam um", v. 21);associação ("Pai, quero que eles também, que me tens dado, estejam comigo onde eu estou," v 24.); e glorificação ("para que vejam a minha glória", 24 v.).
Barclay
A glória da cruz — Jo
Para Jesus a vida tinha uma culminação e essa culminação foi a cruz. Para Jesus, a cruz era a glória da vida e o caminho rumo à glória da eternidade. Disse Jesus: “É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem.” (Jo
- Um dos grandes fatos da história é que os grandes homens encontraram sua glória na morte. Foi quando morreram e a forma em que morreram o que fez que as pessoas se dessem conta do que e de quem eram. Possivelmente durante suas vidas não foram compreendidos, não se lhes deu o valor que tinham e receberam a condenação como criminosos mas ao morrer demonstraram sua verdadeira nobreza e seu verdadeiro lugar no esquema das coisas.
Abraão Lincoln teve inimigos durante sua vida. Mas até aqueles que o criticaram e não lhe deram o valor que tinha viram sua grandeza depois de sua morte. Alguém saiu da habitação onde Lincoln morreu pelo tiro assassino e disse: "Agora pertence à história".
Stanton, o ministro da guerra de Lincoln que sempre o considerou frio e despreocupado e nunca fez esforço algum para ocultá-lo, observou seu cadáver com lágrimas nos olhos: "Ali jaz", disse, "o maior governante que o mundo jamais viu".
Os ingleses queimaram a Joana d'Arc como bruxa e herege. Entre a multidão havia um inglês que jurou adicionar um lenho ao fogo. "Tomara que minha alma estivesse onde está a dessa mulher!", disse. Um dos secretários do rei da Inglaterra foi embora do lugar onde Juana foi queimada dizendo: "Estamos todos perdidos porque queimamos a uma santa."
Quando os inimigos de Montrose se dispuseram a matá-lo, o levaram pela rua principal rumo à Cruz Mercal para executá-lo. Os inimigos incitaram à multidão para que zombassem dele e deram armas para que as lançassem contra ele. Entretanto, não se elevou uma só voz para mofar-se dele e não houve um só braço que se movesse contra ele. Exibia suas melhores roupas, com belos sapatos e finas luvas brancas nas mãos. James Fraser, uma testemunha ocular, disse: "Caminhava pela rua com passo tão majestoso e se via tanta beleza em seu rosto, tanto realeza e gravidade que maravilhavam o espectador. Muitos de seus inimigos reconheceram que era a pessoa mais valente do mundo e seu cavalheirismo afetou a toda a multidão." John Nicoll o notário público, considerou que parecia mais um noivo do que um criminoso. Um inglês que estava presente, um empregado do governo, escreveu a seus superiores: "Não há a menor dúvida de que venceu a mais homens em Escócia com sua morte dos que teria vencido em vida. Pois jamais vi um porte mais doce em toda minha vida de que tinha aquele homem."
Algumas vezes, a majestade de um mártir se manifestou no momento de sua morte. O mesmo aconteceu com Jesus, pois até o centurião que estava ao pé da cruz, disse: "Verdadeiramente este era Filho de Deus" (Mt
A GLÓRIA DA CRUZ
João
- Mais ainda, a cruz foi a glória de Jesus porque era a culminação de seu obra. "Acabei a obra", disse, "que me deste para fazer." Se Jesus se detivesse antes da cruz teria deixado seu obra sem terminar. Por que tinha que ser assim? Jesus veio a este mundo para falar e mostrar aos homens o amor de Deus. Se Jesus se detivesse na cruz teria dado prova de que o amor de Deus pelos homens tem um limite. Teria sido o mesmo que dizer: "Até aqui e além daqui não." Entretanto, ao chegar até a cruz, Jesus demonstrou que não havia nada que o amor de Deus pelos homens não estivesse disposto a fazer e sofrer; quer dizer que seu amor não tinha limites.
H. L. Gee fala de um incidente que ocorreu em Bristol durante a guerra. Um dos empregados das estações do A. R. P. era um jovem que trabalhava como mensageiro, chamado Derek Bellfall. Foi enviado a outra estação com uma mensagem e foi em sua bicicleta. No caminho de volta caiu uma bomba e o feriu de morte. Quando o encontraram ainda estava consciente. As últimas palavras que murmurou foram: "O mensageiro Bellfall informa: entreguei minha mensagem." O fato de entregá-lo custou a vida, mas tinha completado o seu dever.
Havia um quadro famoso sobre a Primeira Guerra Mundial. Mostrava um engenheiro que consertava uma linha telefônica do campo de batalha. Terminou de consertá-la para poder receber as mensagens mais importantes quando o mataram. O quadro o mostra no momento da morte e na parte inferior há uma só palavra: "Preparado!" Morreu, entregou sua vida para que a mensagem chegasse. Isso foi exatamente o que fez Jesus. Tinha completado sua tarefa; tinha levado o amor de Deus aos homens. Isso significava a cruz e a cruz era sua glória porque terminou o trabalho que Deus lhe deu. Convenceu os homens para sempre do amor de Deus.
- Mas ainda fica uma pergunta: de que maneira a cruz de Jesus glorificou a Deus? Há uma só forma de glorificar a Deus: mediante a obediência. Um menino glorifica a seus pais quando os obedece. Um cidadão dá glória a seu país quando o obedece. Um acadêmico glorifica a seu professor quando o obedece e segue seus ensinos. Jesus levou glória e honra a Deus mediante seu perfeita obediência para com Ele. O relato evangélico diz de maneira muito clara que Jesus poderia ter evitado a cruz. Em termos humanos, poderia ter voltado atrás e não tinha por que ir a Jerusalém. Ao olhar a Jesus durante seus últimos dias, seu juízo, a cruz, vemo-nos obrigados a exclamar: "Vejam como amou a Deus!" Vejam até onde chega sua obediência!" Jesus glorificou a Deus na cruz entregando uma obediência perfeita em um amor perfeito.
- Mas até há algo mais. Jesus orou a Deus para glorificá-lo e para glorificar-se a si mesmo. A cruz não era o fim. Logo viria a ressurreição. A ressurreição foi a reivindicação de Jesus. Foi a prova de que os homens podiam cometer a pior de suas ações e que Jesus podia triunfar apesar dela. Foi como se Deus apontasse à cruz e dissesse: "Isso é o que os homens pensam sobre meu filho", e logo apontasse à ressurreição e dissesse: "Isso é o que eu penso sobre meu filho." A cruz foi o pior que os homens puderam fazer a Jesus. Mas nem sequer a pior ação dos homens pôde eliminar, conquistar ou destroçar a Jesus. A glória da ressurreição apagou a vergonha da cruz.
- Para Jesus a cruz foi o caminho de volta. Orou: “Glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.” Jesus era como um cavaleiro que abandonou a corte do rei para levar a cabo alguma façanha perigosa e tremenda e, uma vez cumprida, voltava para a corte triunfante para desfrutar da glória do vencedor. Jesus veio de Deus e retornou a Deus.
A façanha entre sua vinda e sua volta foi a cruz. De maneira que para Ele a cruz foi a porta que o conduziu à glória e se não quisesse passar por essa porta não existiria nenhuma glória para acessar. Para Jesus, a cruz foi sua volta a Deus.
A VIDA ETERNA
João
Há outro pensamento fundamental nesta passagem porque contém a grande definição que dá o Novo Testamento sobre a vida eterna. A vida eterna consiste em conhecer a Deus e a Jesus Cristo, enviado por Deus. Lembremos o que significa a palavra eterno. O termo grego é aionios. Trata-se de uma palavra que não tem tanto relação com a duração da vida pois tal duração não é necessariamente uma graça. Uma vida que continuasse para sempre não seria necessariamente algo bom ou desejável. O sentido fundamental desta palavra é a qualidade da vida. A palavra aionios, eterno, só pode aplicar-se com justiça a uma pessoa: Deus. De maneira que a vida eterna não é mais que a vida de Deus. Possuir a vida eterna, entrar nela, significa experimentar aqui e agora uma medida do esplendor, da majestade, da alegria, da paz e da santidade que caracterizam a vida de Deus.
Conhecer a Deus é um pensamento que caracteriza o Antigo Testamento. A sabedoria é “árvore de vida para os que a alcançam” (Pv
Uma exposição rabínica pergunta qual é a seção mais pequena das Escrituras sobre a qual descansam todos os elementos essenciais da lei. Responde, Pv
O que significa, então, conhecer a Deus?
- Sem dúvida alguma, aqui há algum elemento de conhecimento intelectual. Significa conhecer, ao menos em parte, como é Deus. Saber como é Deus significa uma diferença tremenda na vida. Tomemos dois exemplos. Os povos pagãos, especialmente nos países primitivos, crêem em uma horda de deuses. Cada árvore, arroio, monte ou montanha tem seu próprio deus e seu espírito. Todos eles são hostis e rancorosos com os homens. Os povos primitivos se sentem assediados pelos deuses, vivem em um temor perpétuo de ofender a um deles. Os missionários nos contam que nos é virtualmente impossível compreender a imensa tranqüilidade que produz a essa gente descobrir que há um só Deus. Este novo conhecimento significa uma diferença fundamental na vida. Por outro lado, é evidente que significa algo muito importante saber que Deus não é estrito, duro e cruel mas sim é amor. Nós sabemos estas coisas mas nunca teríamos podido nos inteirar delas se Jesus não viesse contá-las. Entramos em uma vida nova, compartilhamos uma medida da vida de Deus quando, mediante a obra de Jesus, descobrimos como é Deus. Saber como é Deus é vislumbrar a vida eterna, a vida de Deus.
- Não obstante, há algo mais. O Antigo Testamento em geral usa a palavra conhecer para referir-se ao conhecimento sexual. “Conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim” (Gn
4: , RC). Agora, o conhecimento entre marido e mulher é o mais íntimo que pode haver. Marido e mulher já não são dois, mas uma só carne. O ato sexual em si mesmo não é o importante, o que importa é a intimidade de coração, espírito e alma que deve preceder ao ato de amor genuíno. De maneira que conhecer a Deus não é limitar-se a um conhecimento intelectual, significa manter uma relação pessoal íntima com Ele semelhante à relação mais próxima, mais amada e mais íntima da vida. O conhecimento de Deus não é intelectual: é uma relação pessoal. E mais uma vez, essa intimidade seria impensável e impossível sem Jesus. Jesus foi quem ensinou aos homens que Deus não é alguém distante, remoto e inalcançável mas sim é o Pai cujo nome e essência é o Amor.1
Conhecer a Deus significa saber como é e manter a amizade mais íntima com Ele e nada disso é factível sem Jesus.
A OBRA DE JESUS
Aqui Jesus nos dá uma definição de sua obra. Jesus disse a Deus: "Manifestei o teu nome". Esta passagem inclui duas idéias fundamentais que seriam muito claras àqueles que o ouviam pela primeira vez.
- Temos uma idéia que é essencial e característica do Antigo Testamento. Nele se emprega de maneira muito especial a expressão nome. Não significa meramente o nome com o qual se designa ou se chama uma pessoa. Faz referência à natureza e o caráter da pessoa na medida em que se pode conhecê-la. Diz o salmista: “Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome” (Sl
9: ). É evidente que isto não significa que aqueles que saibam como se chama Deus confiarão nEle. O que quer dizer é que aqueles que sabem como é Deus, aqueles que conhecem o caráter e a natureza de Deus estarão dispostos e desejosos de depositar sua confiança nele. Diz o salmista: “Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR, nosso Deus” (Sl10 20: , RC). Isto significa que o salmista deposita sua confiança na natureza e no caráter de Deus. Sabe que pode confiar em Deus porque o conhece. Diz: “Declararei o teu nome aos meus irmãos” (Sl7 22: ).22
Os judeus criam que este salmo era uma profecia do Messias e da obra que levaria a cabo. Isso significa que a obra do Messias consistiria em declarar a outros homens como era Deus. A visão de Isaías da nova era é que "Meu povo saberá meu nome" (Is
- Entretanto, há outra idéia mais. Em épocas posteriores, quando falavam do nome de Deus os judeus faziam referência ao símbolo sagrado das quatro letras, o tetragramatom, IHWH. Considerava-se que esse nome era tão sagrado que ninguém o pronunciava jamais com exceção do sumo sacerdote quando ingressava no santíssimo no dia do perdão. Era tão sagrado que nem sequer podia posar-se nos lábios dos homens. Estas quatro letras representam o nome de Yahweh. Em geral, nós falamos de Jeová; a mudança das vocais se deve ao fato de que as vogais de Jeová correspondem às da palavra Adonai, que significa Senhor. O alfabeto hebraico não contém nenhuma vogal. Mais tarde, destacavam-se os sons vocálicos com pequenos signos que se escreviam acima e abaixo das consoantes. As quatro letras IHWH eram tão sagradas que as vogais de Adonai ficavam por baixo de maneira que quando o leitor chegava à palavra IHWH não lia Yahweh, mas Adonai. De maneira que no tempo de Jesus, o nome de Deus era tão sagrado que o povo nem sequer devia conhecê-lo e, por certo, não deviam pronunciá— lo jamais. Deus era o Rei longínquo, invisível, cujo nome não deviam pronunciar os homens simples.
De maneira que Jesus diz: "Eu lhes disse o nome de Deus; esse nome tão sagrado que ninguém o pode pronunciar, agora sim se pode pronunciar em razão do que eu tenho feito. Aproximei tanto do Deus remoto e invisível que até as pessoas mais simples podem falar com Ele e pronunciar o seu nome."
A grande afirmação de Jesus é que mostrou a verdadeira natureza e o verdadeiro caráter de Deus aos homens e que nos aproximou tanto a Ele que até o cristão mais simples pode pôr em seus lábios o nome que fora impronunciável, o nome de Deus.
O SIGNIFICADO DA CONDIÇÃO DE DISCÍPULO
João
Esta passagem também esclarece o que significa ser um discípulo.
- O fato de ser discípulo se baseia no reconhecimento de que Jesus vem de Deus. O discípulo é, basicamente, uma pessoa que se deu conta de que Jesus é o embaixador de Deus, que nas palavras de Jesus ouvimos a voz de Deus e que em suas obras vemos Deus agir. O discípulo é alguém que vê Deus em Jesus e que sabe que não há ninguém no mundo inteiro que seja um com Deus como o é Jesus.
- A condição de discípulo se manifesta na obediência. Um discípulo é alguém que obedece a palavra de Deus tal como a ouve em Jesus. Não se pode ser discípulo sem obediência. O discípulo é a pessoa que aceitou que Jesus é o mestre e que converteu suas palavras em sua norma de vida. Enquanto desejemos a independência, enquanto nos empenhemos em fazer nossa própria vontade, não poderemos ser discípulos. A condição de discípulo implica na submissão e se baseia sobre a obediência.
- O ser discípulo é algo para o qual alguém está destinado. Deus deu a Jesus seus homens. No plano de Deus, estes homens estavam destinados a ser discípulos. Isso não quer dizer que Deus destinou alguns homens a ser discípulos e a outros a rechaçar essa condição. Não é uma predestinação o ser discípulos como não querer sê-lo.
Pensemo-lo deste modo. Um pai tem grandes ilusões com respeito a seu filho; elabora e constrói em sua mente um futuro para seu filho, mas este pode rechaçá-lo e seguir seu próprio caminho. Um professor elabora um grande futuro para algum estudante ou discípulo dele, vê nele a capacidade de converter-se em um homem muito útil para Deus e outros homens; mas o estudante pode rechaçar a tarefa por ociosidade ou egoísmo. Se amarmos a alguém sempre sonhamos com o futuro dessa pessoa e planejamos uma vida de grandeza; mas tanto os sonhos como os planos podem ser frustrados.
Os fariseus criam no destino mas também no livre-arbítrio. Uma das grandes frases dos fariseus era: "Tudo está estabelecido salvo o temor de Deus". Deus tem seu plano, seu sonho, seu destino para cada um dos homens e a enorme responsabilidade de nossa condição de homens é que podemos aceitar ou rechaçar o destino que Deus tem reservado para nós. Não estamos nas mãos da fatalidade mas sim nas de Deus. Como foi dito: "A fatalidade é o que estamos obrigados a fazer; o destino é o que se supõe que devemos fazer". Ninguém pode evitar fazer o que está obrigado a levar a cabo mas sim pode não querer fazer o que se espera dele.
Em toda esta passagem e, de fato, em todo o capítulo, percebe-se na voz de Jesus uma confiança absoluta no futuro. Estava com seus homens, com os homens que Deus lhe deu; agradeceu a Deus por eles e jamais duvidou de que levariam a cabo a tarefa que lhes confiasse. Recordemos o que e quem eles eram.
Um grande comentarista disse o seguinte a respeito dos homens de Jesus: "Onze camponeses da Galiléia depois de três anos de trabalho! Mas isso é suficiente para Jesus porque nesses onze vê o compromisso de continuar a obra de Deus sobre a Terra".
Quando Jesus abandonou este mundo não parecia contar com muitas razões para ter esperanças. Parecia ter obtido tão pouco e ter conquistado a um número tão pequeno de homens e os grandes, os ortodoxos e as pessoas religiosas de sua época lhe tinham dado as costas. Mas Jesus tinha essa confiança divina que brota de Deus. Não temia os princípios humildes. Não era pessimista com respeito ao futuro. Parecia dizer: Só conquistei onze homens simples; mas me dêem onze homens simples e mudarei o mundo".
Jesus contava com dois elementos: cria em Deus e cria nos homens. Confiava em Deus e nos homens. Uma das coisas que mais nos consolam e nos elevam é pensar que Jesus depositou sua confiança em homens como nós. Nós tampouco devemos nos sentir esmagados pela fraqueza dos homens ou por um começo despretensioso. Nós também devemos avançar com a fé confiada de Jesus em Deus e os homens. Se crerem em Deus e nos homens jamais serão pessimistas porque se crerem nessas duas coisas as possibilidades da vida são infinitas.
A ORAÇÃO DE JESUS POR SEUS DISCÍPULOS
Aqui nos deparamos com uma passagem cheia de verdades tão grandiosas que só podemos compreender alguns fragmentos.
Em primeiro lugar, diz-nos algo sobre o discípulo de Jesus.
- Deus dá o discípulo a Jesus. O que significa isso? Significa que o Espírito de Deus move nossos corações para que respondamos ao chamado de Jesus. Quando nossos corações transbordam de amor e devoção para com Jesus, é o Espírito de Deus quem as impulsiona.
- Por meio do discípulo, Jesus foi glorificado. É o paciente curado que leva glória ao médico; é o estudioso que se formou aquele que glorifica o professor; o atleta que treinou é quem confere glória ao treinador. Os homens resgatados e redimidos por Jesus são aqueles que lhe prestam honras. O homem mau que se converteu em bom, o homem que recebeu as forças necessárias para levar uma vida cristã, honra a Jesus.
- O discípulo é o homem a quem se encomendou uma tarefa. Tal como Deus enviou a Jesus, Jesus envia a seus discípulos. Aqui encontramos a explicação de uma parte intrigante desta passagem. Jesus começa dizendo que não ora pelo mundo; entretanto, veio ao mundo porque Deus o amou muito. Não obstante, como já vimos, no Evangelho de João o termo o mundo significa a "sociedade humana que se organiza sem Deus". O que Jesus faz pelo mundo é enviar a seus discípulos a fim de conduzir ao mundo mais uma vez para Deus e torná-lo consciente de Deus. Ora por seus homens para que cheguem a ser capazes de ganhar o mundo para Ele.
Por outro lado, esta passagem nos diz que Jesus ofereceu duas coisas a seus homens.
- Ofereceu-lhes sua alegria. Tudo o que lhes dizia tinha como objetivo proporcionar alegria.
- Mas também lhes ofereceu sua advertência. Disse-lhes que eram diferentes do mundo e que não podiam esperar mais que ódio da parte do mundo. Seus valores eram diferentes dos do mundo; seus padrões eram diferentes dos padrões do mundo. Entretanto, há certa alegria em lutar contra a tormenta e erguer-se contra a corrente. Ao enfrentar a hostilidade do mundo ingressamos na alegria cristã.
Mais ainda; nesta passagem Jesus faz a afirmação mais tremenda de todas as que pronunciou. Ora a Deus e diz: “Tudo o que é meu, é teu; e tudo o que é teu, é meu” (v. Jo
Lutero disse: "Nenhuma criatura pode dizer isso com respeito a Deus". Jesus tinha afirmado sua realeza, sua unidade, sua unicidade com
Deus de maneira tão eloqüente. Jesus é um com Deus até o ponto de exercer as mesmas prerrogativas e os mesmos poderes que Deus.
A ORAÇÃO DE JESUS POR SEUS DISCÍPULOS
João
O interesse supremo e sagrado desta passagem é que nos diz as coisas pelas quais Jesus orava ao interceder por seus discípulos.
(1) O primeiro ponto fundamental que devemos notar é que Jesus não orava para que os discípulos fossem libertados deste mundo. Jesus jamais orou para que seus homens encontrassem uma via de escape, mas sim para que achassem a vitória. O tipo de cristianismo que se enterra num monastério ou convento não pareceria nada cristão a Jesus. O tipo de cristianismo que encontra a essência da vida cristã na oração e na meditação, em uma vida separada do mundo, pareceria a Jesus como uma triste versão truncada da fé pela qual morreu para entregá-la aos homens.
Jesus sempre insistiu que o homem deve viver seu cristianismo no fragor, nas dificuldades e nos tropeços da vida. É obvio que é necessário contar com momentos de oração, de meditação e silêncio, momentos quando fechamos as portas ao mundo e nos isolamos para estar a sós com Deus, mas todas estas coisas não são o objetivo da vida. São meios para chegar a esse fim e o fim da vida é mostrar a vida cristã na tarefa cotidiana do mundo. O objetivo do cristianismo jamais foi apartar o homem da vida, mas equipá-lo melhor para enfrentá-la. O cristianismo não nos oferece libertação dos problemas; oferece-nos uma forma de solucioná-los. Não uma paz fácil mas uma luta triunfante. Não uma vida na qual evadimos e fugimos dos problemas; o que nos oferece é uma vida na qual enfrentamos e vencemos os problemas. Por mais certo que seja que o cristão não é do mundo, também é certo que deve viver seu cristianismo no mundo. Jamais deve sentir desejo de abandonar o mundo; pelo contrário, deve sempre desejar ganhar o mundo.
- Jesus orou pela unidade de seus discípulos. Orou para que fossem um como o Ele e seu Pai são Um. Como já foi dito, orou para que vivessem "não como unidades mas sim como uma unidade". Onde há divisões, exclusivismos, competição entre as Igrejas, desunião e lutas internas, obstaculiza e faz mal à causa do cristianismo e frustra a oração de Jesus. Não se pode pregar realmente o evangelho a uma congregação que não é um grupo unido de irmãos. As Igrejas que competem entre si não podem evangelizar o mundo. Jesus orou para que seus discípulos fossem um no sentido profundo em que o eram Ele e o Pai: e não há nenhuma outra oração que tenha encontrado tantos obstáculos como esta da parte dos cristãos em tanto indivíduos e da Igreja em geral.
- Jesus orou para que Deus guardasse e protegesse seus discípulos dos ataques do mal. A Bíblia não é um livro especulativo; não se ocupa da origem do mal. Entretanto, não há dúvida de que neste mundo há um poder do mal que se opõe ao poder de Deus, um poder que trata de atrair os homens ao mau caminho desviando-os do bom caminho. É reconfortante sentir que Deus é o sentinela que se ergue sobre nossas vidas para nos proteger e nos guardar dos ataques do mal. O fato de que caiamos com tanta freqüência se deve a que tratamos de enfrentar a vida com nossas próprias forças e nos esquecemos de buscar a ajuda e de lembrar da presença de nosso Deus protetor.
- Jesus orou para que seus discípulos fossem santificados pela verdade. A palavra que se traduz como santificar é hagiazein que vem do adjetivo hagios. A versão Almeida Atualizada costuma traduzir hagios por santo. Entretanto, o sentido básico de hagios é diferente ou separado. Algo que é hagios é distinto das outras coisas e das coisas comuns. De maneira que este termo, hagiazein, contém duas idéias.
- Significa separar para uma tarefa especial. Quando Deus chamou Jeremias disse: “Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta.” (Jr
1: , RC). Antes de seu nascimento, Deus tinha separado a Jeremias para que cumprisse uma tarefa especial. Quando5
Deus instituiu o sacerdócio em Israel disse a Moisés que consagrasse os filhos de Arão e os santificasse para que servissem como sacerdotes (Ex
- Não obstante, hagiazein não significa somente separar para uma tarefa especial. Também implica equipar a alguém com as qualidades de mente, coração e caráter necessárias para levar a cabo essa tarefa. Se alguém deve servir a Deus deve ter uma medida da bondade e da sabedoria de Deus. Quem quer servir ao Deus santo deve ser santo também. E desse modo Deus não se limita a escolher a alguém para seu serviço especial e o separa de outros, também o equipa com as qualidades que necessita para cumprir esse dever.
Devemos sempre ter em mente que Deus nos escolheu, nos consagrou e nos dedicou para seu serviço especial. Esse serviço especial consiste em amá-lo e obedecê-lo e em incitar a outros a fazer o mesmo. E também devemos lembrar que Deus não nos deixou sozinhos para que cumpríssemos essa grande tarefa e carregássemos essa responsabilidade com nossas próprias forças, mas sim, por sua graça, equipou-nos e nos preparou para nossa tarefa sempre que deixarmos nossa vida em suas mãos.
UMA INCURSÃO AO FUTURO
De maneira gradual, a oração de Jesus, tal como aparece nesta seção se dirige até os limites do mundo. Em primeiro lugar, orou por si mesmo ao enfrentar a cruz. Logo orou por seus discípulos e para que Deus lhes preservasse por seu poder. Mas agora suas orações se dirigem ao futuro longínquo e ora por aqueles que em terra muito remotas e em tempos distantes ingressarão na fé cristã.
Aqui se manifestam de maneira clara dois grandes rasgos de Jesus. Em primeiro lugar, vemos sua fé total e sua certeza radiante. Nesse momento, seus seguidores eram poucos mas, inclusive quando tinha a cruz diante de si, sua confiança permanecia inamovível e orava por aqueles que creriam em seu nome. Esta passagem deveria ser-nos muito valiosa pois nela Jesus ora por nós. Em segundo lugar, vemos a confiança de Jesus em seus homens. Sabia que não o compreendiam por completo; sabia que não passaria muito tempo antes de o abandonarem em sua hora mais amarga. Entretanto, foi nestes mesmos homens em quem depositou toda sua confiança para que espalhassem seu nome pelo mundo inteiro. O rasgo fundamental de Jesus é que jamais perdeu sua fé em Deus nem sua confiança nos homens.
E qual foi sua oração pela Igreja futura? Orou para que todos os seus membros fossem um como Ele e seu Pai são Um. Qual era essa unidade pela qual Jesus orava? Não se tratava de uma unidade de administração ou organização. Não era, de nenhum ponto de vista, uma unidade eclesiástica. Tratava-se de uma unidade de relação pessoal. Já vimos que a união entre Jesus e Deus era uma união de amor e obediência. Era uma unidade baseada por completo na relação entre ambos corações. Nunca chegará a acontecer que os cristãos organizem suas Igrejas do mesmo modo. Nunca terão a mesma forma de adorar a Deus. Nunca acontecerá que todos creiam exatamente as mesmas coisas. Entretanto, a unidade cristã transcende a todas estas diferencia e une os homens no amor. No momento atual e, de fato, ao longo de toda a história a causa da unidade cristã foi incomodada, violada e obstaculizada porque os homens amavam suas próprias organizações eclesiásticas, seus próprios credos, seu próprio ritual, mais do que amavam a seu próximo. Se nos amássemos uns aos outros de verdade e se realmente amássemos a Cristo, jamais excluiríamos ninguém de nenhuma Igreja e estas não excluiriam nunca alguém que fosse discípulo de Cristo. Só o amor que Deus implanta nos corações dos homens pode derrubar as barreiras que os ergueram homens entre si e entre suas Igrejas.
Mais ainda; tal como o via Jesus, era essa mesma unidade a que convenceria o mundo da verdade do cristianismo e do lugar de Cristo. É mais natural aos homens estar separados que unidos. É mais humano apartar-se que reunir-se. A unidade verdadeira entre todos os cristãos seria um "ato sobrenatural que exigiria uma explicação sobrenatural". O trágico é que é justamente essa frente unida o que a Igreja jamais mostrou aos homens. Ao deparar-se com a desunião dos cristãos e das Igrejas, o mundo não pode perceber o valor supremo da fé cristã. Nosso dever individual é demonstrar a unidade de amor com nosso próximo que é a resposta à oração de Cristo. Pode suceder que os membros das Igrejas possam e devam fazer aquilo que seus líderes não querem levar a cabo.
O DOM E A PROMESSA DE GLÓRIA
Bangel, o ancião comentarista, exclamou ao começar a comentar esta passagem: "Ó, quão enorme é a glória dos cristãos!" E é assim, pois aqui temos uma passagem que se ocupa exclusivamente da glória que Jesus deu e pediu ao Pai para seus discípulos.
Em primeiro lugar. Jesus disse que deu a seus discípulos a glória que Seu Pai lhe deu. Devemos compreender todo o sentido de suas palavras. Qual era a glória de Jesus? Jesus falava de seu glória de três formas.
(a) A cruz era sua glória. Jesus não dizia que seria crucificado; dizia que seria glorificado. Portanto, primeiro e principal, a glória do cristão é a cruz que deve carregar. É uma honra e uma glória sofrer por Cristo. Nunca devemos pensar em nossa cruz como um castigo; devemos vê-la como nossa glória. Quanto mais dura a tarefa que se encomendava a um cavaleiro, considerava que era maior a glória. Quanto mais dura é a tarefa que damos a um estudante, um artesão ou um cirurgião, maior é a honra que lhe conferimos. Com efeito, dizemos que cremos que ele é o único que se animaria a cumprir essa tarefa. De maneira que quando resulta difícil ser cristão o devemos ver como nossa glória, como a honra que Deus nos faz.
- A obediência perfeita de Jesus à vontade de seu Pai era sua glória. Encontramos nossa glória, nossa honra, nossa vida, não em fazer o que queremos mas ser o que Deus deseja. Quando buscamos fazer nossa vontade, e muitos o tentamos, a única coisa que encontramos é a dor e o desastre tanto para nós como para nosso próximo. Encontramos a verdadeira glória da vida em fazer a vontade de Deus. Quanto maior é a obediência, maior é a glória.
- A glória de Jesus radicava no fato de que por meio de sua vida, suas obras, suas palavras e seus poderes os homens reconheciam sua relação especial com Deus. Viam e reconheciam que ninguém podia viver assim a menos que estivesse perto de Deus de maneira especial e única. Nossa glória aparece quando os homens vêem em nós o reflexo de Deus. Nossa glória se manifesta quando os homens vêem no serviço que oferecemos a outros, no amor que lhes demonstramos nada menos que o reflexo do amor de Deus. Tal como acontece com Cristo, nossa glória se manifesta quando os homens vêem a Deus em nós.
Em segundo lugar, Jesus disse que desejava que seus discípulos vissem sua glória no Céu. O cristão está convencido de que participará de todas as experiências de Cristo. Se tiver que compartilhar a cruz de Cristo, também participará de sua glória. “Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele, também viveremos com ele; se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos negará.” (II Timóteo
Depois desta oração Jesus iria diretamente à traição, o juízo e a cruz. Não voltaria a falar com seus discípulos. É algo maravilhoso e precioso lembrar que antes destas horas tremendas suas últimas palavras não foram de desespero mas sim de glória.
Notas de Estudos jw.org
Dicionário
Amado
adjetivo Do que se gosta em excesso; que é alvo de amor; diz-se da pessoa que se amou muito.substantivo masculino Pessoa que é muito querida; quem é objeto de amor.
Etimologia (origem da palavra amado). Part. de amar.
Antes
antes adv. 1. Em tempo anterior. 2. Em lugar anterior. 3. De preferência. 4. Em realidade, realmente. adj. Contado de então para trás (di-Zse de tempo): Dois anos antes.Criação
substantivo feminino Ato ou efeito de criar, de tirar do nada: a criação do mundo.Conjunto dos seres criados: as maravilhas da criação.
Aquilo que se produz, realiza; produção, realização, obra, invento.
Ação de formar, criar, fundar; formação, fundação.
Amamentação e educação de uma criança.
Habilidade criativa; capacidade de inventar, criar, elaborar.
Departamento que, numa empresa, se destina à execução de algo a partir do nada, geralmente no âmbito das artes, da publicidade.
[Zoologia] Animal doméstico para alimentação do homem: criação de galinhas.
[Zoologia] Procriação de animais domésticos e o seu desenvolvimento: criação de coelhos.
Etimologia (origem da palavra criação). Do latim creatio.onis.
A Criação é o campo de vosso labor, nela vos moveis; dela viestes à existência, obrigados a contribuir para a realização integral do plano divino, latente, em toda a sua potencialidade, no grande Todo.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 10
[...] A eterna Criação, a eterna renovação dos seres e das coisas é tão-somente a projeção constante do pensamento divino no Universo.
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 1
A Criação universal é uma imensa harmonia na qual a Terra é um insignificante fragmento, bastante pesado e incompreensível.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Urânia• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 6
Criação
1) O ato pelo qual Deus, sem material preexistente, fez com que existisse tudo o que há no universo (Mt
2) O UNIVERSO (Rm
Criação O mundo em que vivemos (Mc
Glória
substantivo feminino Honra, fama que se alcança pelas virtudes, talentos, boas ações e por características excepcionais.Religião Beatitude celeste; bem-aventurança, céu: a glória do reino de Deus.
Louvor que se oferece a; homenagem, exaltação: glória a Deus.
Excesso de grandeza; beleza, magnificência: o prêmio foi dedicado aos homens de honra e glória.
Algo ou alguém muito conhecido, que é razão de orgulho, de louvor: ele foi a glória do time.
[Artes] Auréola, halo, resplendor que simboliza a santidade na pintura, escultura ou decoração.
Etimologia (origem da palavra glória). Do latim gloria.ae.
Qualidade essencial do caráter de Deus (Sl. 63.2); sua glória é o sue valor, a sua dignidade. Tudo o que há nele comprova ser ele digno de receber louvor, honra e respeito. No NT, Jesus é revelado como o Senhor da glória (1Co
honra, celebridade, fama, renome, nomeada, reputação, crédito, conceito, lustre, distinção. – Destas duas palavras diz magistralmente Roq.: “A glória é, como disse Cícero, uma brilhante e mui extensa fama que o homem adquire por ter feito muitos e grandes serviços, ou aos particulares, ou à sua pátria, ou a todo o gênero humano. Honra, como aqui entendemos, é a demonstração exterior com que se venera a alguém por seu mérito e ações heroicas; no mesmo sentido em que disse Camões: O fraudulento gosto que se atiça. C’ uma aura popular, que honra se chama. (Lus., IV,
95) Pela glória empreende o homem voluntariamente as coisas mais dificultosas; a esperança de alcançá-la o impele a arrostar os maiores perigos. Pela honra se empreendem 68 Isto parece demais: generosidade assim excederia à própria caridade cristã. O que está no uso corrente é que generoso é antônimo de somítico ou mesquinho, avarento, sovina: generosidade é a nobre qualidade de ser franco em distribuir com os outros os bens que estão a nosso alcance. O homem generoso não faz questão de ninharias; remunera largamente os que lhe prestam algum serviço; atende aos que precisam de sua solicitude, fortuna ou valimento; põe-se ao lado dos pequenos, ampara os desvalidos. 414 Rocha Pombo coisas não menos dificultosas, nem menos arriscadas; quão diferente é, no entanto, o objeto em cada uma destas paixões! A primeira é nobre e desinteressada, e obra para o bem público; a segunda é cobiçosa e egoísta, só por si e para si obra. Aquela é a glória verdadeira que faz os heróis; esta é a vã glória, ou glória falsa que instiga os ambiciosos; sua verdadeira pintura foi traçada por mão de mestre nesta estância dos Lusíadas: Dura inquietação d’alma e da vida, Fonte de desamparos e adulterios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de imperios; Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vituperios; Chamam-te fama e gloria soberana, Nomes com que se o povo necio engana! (Lus., IV,
96) A honra pomposa e triunfal, que recebeu em Goa d. João de Castro depois da heroica defesa de Diu, deixaria mui obscurecida sua glória se ele não nos legara, no momento tremendo de ir dar contas ao Criador, aquelas memoráveis palavras, que são a medida de seu desinteresse e o exemplo de verdadeira glória nunca depois imitado: “Não terei, senhores, pejo de vos dizer que ao Viso-Rei da Índia faltam nesta doença as comodidades, que acha nos hospitais o mais pobre soldado. Vim a servir, não vim a comerciar ao Oriente; a vós mesmos quis empenhar os ossos de meu filho, e empenhei os cabelos da barba, porque para vos assegurar, não tinha outras tapeçarias nem baixelas. Hoje não houve nesta casa dinheiro com que se me comprasse uma galinha; porque, nas armadas que fiz, primeiro comiam os soldados os salários do Governador que os soldos de seu Rei; e não é de espantar que esteja pobre um pai de tantos filhos”. (Vida de d. João de Castro, 1. IV.) Considerada a palavra honra como representando a boa opinião e fama adquirida pelo mérito e virtude, diferença-se ainda da glória em que ela obriga ao homem a fazer sem repugnância e de bom grado tudo quanto pode exigir o mais imperioso dever. Podemos ser indiferentes à glória, porém de modo nenhum à honra. O desejo de adquirir glória arrasta muitas vezes o soldado até à temeridade; a honra o contém não poucas nos limites de sua obrigação. Pode a glória mal-entendida aconselhar empresas loucas e danosas; a honra, sempre refletida, não conhece outra estrada senão a do dever e da virtude. – Celebridade é “a fama que tem já a sanção do tempo; a fama ruidosa e universal”; podendo, como a simples fama, ser tomada a boa ou má parte: tanto se diz – a celebridade de um poeta, como – a celebridade de um bandido. – Fama é “a reputação em que alguém é tido geralmente”. Inclui ideia de atualidade, e pode ser também boa ou má, mesmo quando empregada sem restritivo. Advogado de fama (= de nomeada, de bom nome). Não lhe invejo a fama (= má fama, fama equívoca). – Renome é “a boa fama, a grande reputação que se conquistou por ações ou virtudes”; é a qualidade de “ser notável, de ter o nome repetido geralmente e com acatamento”. – Nomeada é “fama ligeira, que dura pouco, e nem sai de um pequeno círculo”. Tanta nomeada para acabar tão triste... Fugaz nomeada... – Reputação é menos que fama, é mais que nomeada; é “a conta em que alguém é tido no meio em que vive. Pode ser boa ou má, falsa ou duvidosa”. – Crédito é como se disséssemos “a qualidade que dá ideia do valor, do bom nome de alguém”. Diminui-se o crédito de F.; mas decerto que não se macula, nem se nega propriamente o crédito de uma pessoa. – Conceito é “a opinião que se forma de alguém”, podendo igualmente ser bom ou mau. – Lustre e distinção confundem-se: mas o primeiro dá melhor a ideia da evi- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 415 dência brilhante em que fica a pessoa que se destacou do comum pela perícia, pela correção, pelo heroísmo.
É que a glória maior de um Espírito é a perfeita identificação com o Pai Eterno, no cumprimento superior de Sua Divina 5ontade, na auto-entrega total pelo bem do próximo, na selagem final, com o próprio sangue, com as próprias lágrimas, com a própria vida, de uma exemplificação irretocável de amor soberano e incondicional, de trabalho sublime, de ensino levado às últimas conseqüências, em favor de todos.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Glória Maior
Tudo passa na Terra e a nossa glória, / Na alegria ou na dor, / É refletir na luta transitória / A sublime vontade do Senhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8
Glória
1) Honra ou louvor dado a coisas (1Sm
2) A majestade e o brilho que acompanham a revelação da presença e do poder de Deus (Sl
Glória No judaísmo, uma das hipóstases de Deus (Ex
Mundo
[...] todos esses mundos são as moradas de outras sociedades de almas. [...]Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 14
[...] O mundo é escola, e na sua condição de educandário desempenha papel primacial para a evolução, em cujo bojo encontra-se o objetivo de tornar o Cristo interno o verdadeiro comandante das ações e dos objetivos inarredáveis da reencarnação.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Frustração
[...] cada mundo é um vasto anfiteatro composto de inúmeras arquibancadas, ocupadas por outras tantas séries de seres mais ou menos perfeitos. E, por sua vez, cada mundo não é mais do que uma arquibancada desse anfiteatro imenso, infinito, que se chama Universo. Nesses mundos, nascem, vivem, morrem seres que, pela sua relativa perfeição, correspondem à estância mais ou menos feliz que lhes é destinada. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão
[...] mundos incontáveis são, como disse Jesus, as muitas moradas da Casa do Eterno Pai. É neles que nascem, crescem, vivem e se aperfeiçoam os filhos do criador, a grande família universal... São eles as grandes escolas das almas, as grandes oficinas do Espírito, as grandes universidades e os grandes laboratórios do Infinito... E são também – Deus seja louvado – os berços da Vida.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2
[...] vasta escola de regeneração, onde todas as criaturas se reabilitam da trai ção aos seus próprios deveres. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13
O mundo é uma associação de poderes espirituais.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] os mundos [são] laboratórios da vida no Universo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O mundo, em todo tempo, é uma casa em reforma, com a lei da mudança a lhe presidir todos os movimentos, através de metamorfoses e dificuldades educativas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 40
Mundo 1. O universo, o cosmo (Jo
2. O lugar onde o ser humano habita (Mt
3. O gênero humano que está perdido e é mau (Jo
4. O mundo vindouro é o Olam havah hebraico, o novo tempo, a nova era que se inaugurará após o triunfo definitivo do messias (Mt
Mundo
1) A terra (Sl
2) O conjunto das nações conhecidas (1Rs
3) A raça humana (Sl
4) O universo (Rm
5) Os ímpios e maus, que se opõem a Deus (Jo
6) Os habitantes do Império Romano (Lc
substantivo masculino Conjunto de tudo que existe, os astros e planetas; universo.
Planeta Terra e tudo o que nele existe; lugar onde vive o homem.
Conjunto de indivíduos que formam um agrupamento humano determinado; designação da espécie humana.
Figurado Organização, companhia, instituição ou empresa de tamanho notável; em que há abundância: esta loja é um mundo!
Seção restrita de um âmbito do conhecimento ou atividade: mundo da música.
Religião A vida que não se relaciona aos preceitos religiosos; vida mundana: deixou o mundo pela fé.
Figurado Número indefinido de pessoas: um mundo de gente!
Conjunto de pessoas notáveis pela sua origem, pela fortuna, pela situação social; classe social: não fazem parte do mesmo mundo.
adjetivo Excessivamente limpo; asseado.
Etimologia (origem da palavra mundo). Do latim mundus.i.
universo, orbe. – Tratando de mundo e universo é Roq. mais completo que S. Luiz. “Chama-se mundo e universo” – diz ele – “o céu e a terra considerados como um todo. A palavra universo conserva sempre esta significação; porém a palavra mundo tem muitas acepções diferentes. – Universo é uma palavra necessária para indicar positivamente este conjunto de céu e terra, sem relação com as outras acepções de mundo. – Mundo toma-se particularmente pela terra com suas diferentes partes, pelo globo terrestre; e neste sentido se diz: ‘dar volta ao mundo’: o que não significa dar – volta ao universo. – Mundo toma-se também pela totalidade dos homens, por um número considerável deles, etc.; e em todas estas acepções não se compreende mais que uma parte do universo. – Universo, ao contrário, é uma palavra que encerra, debaixo da ideia de um só ser, todas as partes do mundo, e representa o agregado de todas as coisas criadas, com especial relação à natureza física. Diz-se que Jesus Cristo remiu o mundo; mas não – que remiu o universo; o velho e o novo mundo, e não – o velho e o novo universo; neste mundo, isto é, na terra, nesta vida, e não – neste universo, porque não há senão um e mesmo universo”. – Só figuradamente pode aplicar-se a palavra universo fora dessa rigorosa significação, ou sem atenção a ela. – Dizemos, por exemplo: – o universo moral; em psicologia estamos em presença de um universo novo, para significar, no primeiro caso – a totalidade das leis morais; e no segundo – as novas noções a que ascende a consciência humana à medida que vai desvendando no universo coisas que nos têm parecido misteriosas. – Orbe toma-se pelo mundo, e refere-se mais particularmente à superfície do globo, dando ideia da sua amplitude. Em todo o orbe não se encontrou nunca uma alma em cujo fundo não estivesse a ideia de uma justiça eterna, isto é, superior às contingências do mundo. – Mundo, neste exemplo, significa portanto – a comunhão dos homens, a consciência humana – móvel no tempo e no espaço; enquanto que orbe diz toda a superfície do nosso globo.
Cinco palavras se traduzem por ‘mundo’ no A. T., e quatro no N. T. No A. T. a mais usada, ‘tebel’, implica uma terra fértil e habitada (como no Sl
2) – e em Hebreus
substantivo masculino Conjunto de tudo que existe, os astros e planetas; universo.
Planeta Terra e tudo o que nele existe; lugar onde vive o homem.
Conjunto de indivíduos que formam um agrupamento humano determinado; designação da espécie humana.
Figurado Organização, companhia, instituição ou empresa de tamanho notável; em que há abundância: esta loja é um mundo!
Seção restrita de um âmbito do conhecimento ou atividade: mundo da música.
Religião A vida que não se relaciona aos preceitos religiosos; vida mundana: deixou o mundo pela fé.
Figurado Número indefinido de pessoas: um mundo de gente!
Conjunto de pessoas notáveis pela sua origem, pela fortuna, pela situação social; classe social: não fazem parte do mesmo mundo.
adjetivo Excessivamente limpo; asseado.
Etimologia (origem da palavra mundo). Do latim mundus.i.
Pai
substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn
Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17
Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12
Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46
[...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16
Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex
Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.
Quero
(latim quaero, -ere, procurar, buscar, perguntar, informar-se, procurar obter, pedir)
1. Ter a vontade ou a intenção de.
2. Anuir ao desejo de outrem.
3. Ordenar, exigir.
4. Procurar.
5. Poder (falando de coisas).
6. Requerer, ter necessidade de.
7. Fazer o possível para, dar motivos para.
8. Permitir, tolerar (principalmente quando acompanhado de negação).
9. Admitir, supor.
10. Exprimir terminantemente a vontade.
11. Amar, estimar.
12. Desejar estar, desejar ver-se.
13. Amar-se.
14. Desejo, vontade.
queira Deus!
Designativa de ameaça ou intimação para que alguém não pratique qualquer
Expressão que traduz um desejo, uma ansiedade, uma súplica.
querer bem
Amar.
querer mal
Odiar.
queira
Usa-se, seguido de verbo no infinitivo, em fórmulas de cortesia; faça o favor de (ex.: queira dizer ao que vem).
sem querer
Não de propósito.
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
δίδωμι
(G1325)
forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v
- dar
- dar algo a alguém
- dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
- dar um presente
- conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
- suprir, fornecer as coisas necessárias
- dar, entregar
- estender, oferecer, apresentar
- de um escrito
- entregar aos cuidados de alguém, confiar
- algo para ser administrado
- dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
- dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
- fornecer, doar
- dar
- causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
- dar, distribuir com abundância
- designar para um ofício
- causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
- dar-se a alguém como se pertencesse a ele
- como um objeto do seu cuidado salvador
- dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
- dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
- dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
- conceder ou permitir a alguém
- comissionar
δόξα
(G1391)
da raíz de 1380; TDNT - 2:233,178; n f
- opinião, julgamento, ponto de vista
- opinião, estimativa, seja boa ou ruim, a respeito de alguém
- no NT sempre opinião positiva a respeito de alguém, que resulta em louvor, honra, e glória
- esplendor, brilho
- da lua, sol, estrelas
- magnificência, excelência, preeminência, dignidade, graça
- majestade
- algo que pertence a Deus
- a majestade real que pertence a Ele como supremo governador, majestade no sentido da perfeição absoluta da divindade
- algo que pertence a Cristo
- a majestade real do Messias
- o interior absolutamente perfeito ou a excelência pessoal de Cristo; a majestade
- dos anjos
- como transparece na sua aparência brilhante exterior
- a mais gloriosa condição, estado de exaltação
- da mesma condição de Deus Pai no céu, para a qual Cristo foi elevado depois de ter concluído sua obra na terra
- a condição de gloriosa bem-aventurança à qual os cristãos verdadeiros entrarão depois do retorno do seu Salvador do céu
ἐγώ
(G1473)
um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron
- Eu, me, minha, meu
εἰμί
(G1510)
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
- ser, exitir, acontecer, estar presente
ἐμός
(G1699)
θέλω
(G2309)
em tempos certos
- querer, ter em mente, pretender
- estar resolvido ou determinado, propor-se
- desejar, ter vontade de
- gostar
- gostar de fazer algo, gostar muito de fazer
- ter prazer em, ter satisfação
θεωρέω
(G2334)
de um derivado de 2300 (talvez por adicão de 3708); TDNT - 5:315,706; v
- ser um espectador, ver, observar
- olhar atentamente, ter uma visão de, examinar
- ver mentalmente, considerar
- ver
- perceber com os olhos, desfrutar da presença de alguém
- discernir, distinguir
- averiguar, descobrir pela procura
ἵνα
(G2443)
ἀγαπάω
(G25)
κἀκεῖνος
(G2548)
καταβολή
(G2602)
de 2598; TDNT - 3:620,418; n f
- lançamento
- a injeção ou o depósito do sêmen viril no útero
- da semente de plantas e animais
fundamento (lançamento de uma fundação)
κόσμος
(G2889)
provavelmente da raiz de 2865; TDNT - 3:868,459; n m
- uma organização ou constituição apta e harmoniosa, ordem, governo
- ornamento, decoração, adorno, i.e., o arranjo das estrelas, ’as hostes celestiais’ como o ornamento dos céus. 1Pe 3:3
- mundo, universo
- o círculo da terra, a terra
- os habitantes da terra, homens, a família humana
- a multidão incrédula; a massa inteira de homens alienados de Deus, e por isso hostil a causa de Cristo
- afazeres mundanos, conjunto das coisas terrenas
- totalidade dos bens terrestres, dotes, riquezas, vantagens, prazeres, etc, que apesar de vazios, frágeis e passageiros, provocam desejos, desencaminham de Deus e são obstáculos para a causa de Cristo
- qualquer conjunto ou coleção geral de particulares de qualquer tipo
μετά
(G3326)
preposição primária (com freqüencia usada adverbialmente); TDNT - 7:766,1102; prep
- com, depois, atrás
ὁ
(G3588)
que inclue o feminino
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
- este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὅς
(G3739)
provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron
- quem, que, o qual
ὅτι
(G3754)
neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj
- que, porque, desde que
πατήρ
(G3962)
aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m
- gerador ou antepassado masculino
- antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
- antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
- pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
- alguém avançado em anos, o mais velho
- metáf.
- o originador e transmissor de algo
- os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
- alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
- alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
- um título de honra
- mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
- membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
- Deus é chamado o Pai
- das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
- de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
- de seres espirituais de todos os homens
- de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
- o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
- por Jesus Cristo mesmo
- pelos apóstolos
πρό
(G4253)
preposição primária; TDNT - 6:683,935; prep
- antes