Enciclopédia de João 6:31-31

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jo 6: 31

Versão Versículo
ARA Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer pão do céu.
ARC Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu.
TB Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer pão do céu.
BGB οἱ πατέρες ἡμῶν τὸ μάννα ἔφαγον ἐν τῇ ἐρήμῳ, καθώς ἐστιν γεγραμμένον· Ἄρτον ἐκ τοῦ οὐρανοῦ ἔδωκεν αὐτοῖς φαγεῖν.
HD Nossos Pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes para comer pão do céu.
BKJ Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu.
LTT Os nossos pais comeram o maná no deserto, como está tendo sido escrito: 'Pão proveniente- de- dentro- do céu' lhes deu a comer'." Sl 78:24
BJ2 Nossos pais comeram o maná[m] no deserto, como está escrito: Deu-lhes pão do céu a comer".
VULG Patres nostri manducaverunt manna in deserto, sicut scriptum est : Panem de cælo dedit eis manducare.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 6:31

Êxodo 16:4 Então, disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá e colherá cada dia a porção para cada dia, para que eu veja se anda em minha lei ou não.
Êxodo 16:35 E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos termos da terra de Canaã.
Números 11:6 Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos.
Deuteronômio 8:3 E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram, para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas que de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem.
Josué 5:12 E cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do trigo da terra, do ano antecedente, e os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano, comeram das novidades da terra de Canaã.
Neemias 9:15 E pão dos céus lhes deste na sua fome e água da rocha lhes produziste na sua sede; e lhes disseste que entrassem para possuírem a terra pela qual alçaste a tua mão, que lha havias de dar.
Neemias 9:20 E deste o teu bom espírito, para os ensinar; e o teu maná não retiraste da sua boca; e água lhes deste na sua sede.
Salmos 78:24 e fizesse chover sobre eles o maná para comerem, e lhes tivesse dado do trigo do céu.
Salmos 105:40 Oraram, e ele fez vir codornizes e saciou-os com pão do céu.
João 6:49 Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram.
João 6:58 Este é o pão que desceu do céu; não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre.
I Coríntios 10:3 e todos comeram de um mesmo manjar espiritual,
Apocalipse 2:17 Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
João 6 : 31
maná
Lit. “manná”. Nome do alimento que desceu do céu, como orvalho, durante os quarenta anos de peregrinação do povo hebreu pelo deserto. Pela manhã, logo que desaparecia o orvalho, o chão ficava coberto de granulações brancas, em forma de semente de coentro, e de sabor semelhante à farinha com mel. Cada pessoa somente poderia colher o necessário para a alimentação de um dia, sob pena de apodrecimento da substância. Após moer a substância e cozinhá-la em uma panela, eram feitas tortas cujo sabor se aproximava do pão amassado com azeite.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 2)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

31 ou 32 d.C.

Região de Cafarnaum

Ilustrações sobre o Reino

Mt 13:1-53

Mc 4:1-34

Lc 8:4-18

 

Mar da Galileia

Acalma tempestade

Mt 8:18-23-27

Mc 4:35-41

Lc 8:22-25

 

Região de Gadara

Manda demônios para os porcos

Mt 8:28-34

Mc 5:1-20

Lc 8:26-39

 

Provavelmente Cafarnaum

Cura mulher que tinha fluxo de sangue; ressuscita filha de Jairo

Mt 9:18-26

Mc 5:21-43

Lc 8:40-56

 

Cafarnaum (?)

Cura cegos e mudo

Mt 9:27-34

     

Nazaré

Novamente rejeitado em sua cidade

Mt 13:54-58

Mc 6:1-5

   

Galileia

Terceira viagem à Galileia; expande a obra enviando apóstolos

Mt 9:35–11:1

Mc 6:6-13

Lc 9:1-6

 

Tiberíades

Herodes corta a cabeça de João Batista; fica perplexo com Jesus

Mt 14:1-12

Mc 6:14-29

Lc 9:7-9

 

32 d.C., perto da Páscoa (Jo 6:4)

Cafarnaum (?); lado NE do mar da Galileia

Apóstolos voltam da pregação; Jesus alimenta 5 mil homens

Mt 14:13-21

Mc 6:30-44

Lc 9:10-17

Jo 6:1-13

Lado NE do mar da Galileia; Genesaré

Povo quer fazer de Jesus rei; anda sobre o mar; cura muitas pessoas

Mt 14:22-36

Mc 6:45-56

 

Jo 6:14-21

Cafarnaum

Diz que é “o pão da vida”; muitos ficam chocados e o abandonam

     

Jo 6:22-71

32 d.C., depois da Páscoa

Provavelmente Cafarnaum

Tradições invalidam a Palavra de Deus

Mt 15:1-20

Mc 7:1-23

 

Jo 7:1

Fenícia; Decápolis

Cura filha de mulher siro-fenícia; alimenta 4 mil homens

Mt 15:21-38

Mc 7:24–8:9

   

Magadã

Não dá sinal, exceto o de Jonas

Mt 15:39–16:4

Mc 8:10-12

   

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

jo 6:31
A Gênese

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 15
Página: 341
Allan Kardec
Os fatos relatados no Evangelho e que foram até agora considerados miraculosos pertencem, na sua maioria, à ordem dos fenômenos psíquicos, isto é, os que têm como causa primeira as faculdades e os atributos da alma. Confrontando-os com os que ficaram descritos e explicados no capítulo anterior, reconhecer-se-á sem dificuldade que há entre eles identidade de causa e de efeito. A História registra outros fatos análogos, em todos os tempos e no seio de todos os povos, pela razão de que, desde que há almas encarnadas e desencarnadas, os mesmos efeitos forçosamente se produziram. Pode-se, é verdade, no que se refere a esse ponto, contestar a veracidade da História; mas, hoje, eles se produzem sob os nossos olhos e, por assim dizer, à vontade e por indivíduos que nada têm de excepcionais. Basta o fato da reprodução de um fenômeno, em condições idênticas, para provar que ele é possível e se acha submetido a uma lei, não sendo, portanto, miraculoso.
O princípio dos fenômenos psíquicos repousa, como já vimos, nas propriedades do fluido perispirítico, que constitui o agente magnético; nas manifestações da vida espiritual durante a vida corpórea e depois da morte; e, finalmente, no estado constitutivo dos Espíritos e no papel que eles desempenham como força ativa da Natureza. Conhecidos estes elementos e comprovados os seus efeitos, tem-se, como consequência, de admitir a possibilidade de certos fatos que eram rejeitados enquanto se lhes atribuía uma origem sobrenatural.

Wanda Amorim Joviano

jo 6:31
Sementeira de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 136
Francisco Cândido Xavier
Neio Lúcio
Wanda Amorim Joviano

23|02|1944


Meus caros filhos, que Deus abençoe a vocês, concedendo-lhes muita saúde, tranquilidade e luz divina.

Estimo que o culto doméstico esteja significando para nós todos um curso tão adiantado! Graças à inspiração divina temos atingido ilações muito confortadoras e, sobretudo, valiosas ao nosso progresso. O conhecimento evangélico pode ser interpretado à guisa de celeiro vastíssimo de recursos espirituais, instalado nos departamentos do raciocínio. A ciência mais difícil é aquela de afeiçoar semelhantes recursos ao coração. Na maioria das vezes, são necessários expressivo para que o coração — como símbolo do sentimento — se abra ao alimento novo. Não perdemos em qualquer circunstâncias as aquisições intelectuais dessa ordem. As noções, os conhecimentos, as conclusões, as análises, os resultados da investigação psicológica aderem à nossa mente, entretanto, não ocorre o mesmo ao sentimento, fruto de nossas milenárias experiências. Sabemos a realidade, tocamo-la através das antenas conscienciais, mas adaptarmo-nos a ela, transfundi-la em nossa personalidade é curso longo, onde o esforço do estudante tem de ser verdadeiramente infatigável. A propósito, recordo o que vocês acabam de ler. Jo 6:31, fala-se do “maná”, que os nossos antepassados comeram “no deserto”. Sim, esse “maná” é o símbolo da vida fácil, da proteção generosa que rodeia o caminho das criaturas. Noutro tempo, quando a nossa expressão racional não se achava muito distante da existência animalizada, sorvíamos largamente o vinho do menor esforço, estimávamos o “maná das vantagens imediatas”. Entretanto, recebíamos as dádivas como os mendigos ociosos que pedem o pão e gastam-no para solicitá-lo de novo com importunações aos semelhantes. Com Jesus, todavia, a alimentação da alma é muito diversa. É necessário que procuremos estampar o Mestre em nós mesmos, seguir-lhe os passos, tomar a cruz. O serviço de manutenção não é tão fácil, porque se opera através de testemunhos sucessivos, salientando que em cada êxito espiritual alijamos um envoltório inferior que persista forte em derredor de nossos corações. E já que vocês falaram com respeito à “refeição” e à “mesa”, convém não nos esquecermos, meus filhos, de Jesus transformando-se em “pão simbólico” para a fome de perfeição da humanidade, que se deu à humanidade na mesa da cruz. O ensinamento aqui é muito grande para a meditação.

Tenho aplicado passes em você, meu caro Rômulo, no sentido de melhorar-lhe as condições orgânicas. Graças a Deus, você vai indo bem melhor. Será útil, caso persista o fenômeno do ouvido, que você use o lodo-Peptona por alguns dias. É uma sugestão para a primeira oportunidade, sem necessidade, entretanto, de qualquer aplicação imediata. Destina-se a intensificar o equilíbrio circulatório. Não preciso dizer a você, meu filho, que estamos velando.

Hoje veio comigo a Nhanhá, que visita o Caio Márcio e vocês.  Deixa um grande abraço a ele, por meu intermédio, desejando-lhe muitas realizações nobres, êxito nos estudos, saúde, paz espiritual e… juízo!

Vocês não deixem de usar, de quando em quando, os preventivos quanto à gripe. É medida excelente prevenir no que se refere ao assunto.

Boa noite, meus filhos! Guardem a paz de Jesus no santuário dos corações! E deixando-lhes o meu afeto de todos os dias, abraça-os a todos o papai e vovô que não os esquece,




Nota da organizadora: Nhanhá era a avó paterna de Caio Márcio.



Amélia Rodrigues

jo 6:31
Dias Venturosos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

O mar da Galileia é um lago de expressiva proporção, que a generosidade do rio Jordão espalhou na imensa fenda abaixo do nível do Mediterrâneo, com pouco mais de duzentos metros.


Antigamente era muito piscoso. Nas suas margens floresciam aldeias e cidades que se tornaram famosas e se beneficiavam do seu clima agradável.


Em volta, as suas terras aráveis produziam legumes e frutas; ali pastavam os animais, e as vinhas eram exuberantes.


Ao tempo de Jesus, suas águas chegaram a receber milhares de pequenas embarcações.


Também chamado de Tiberíades, ou Lago de Genesaré, foi cenário de momentos culminantes da história do Cristianismo.


Em sua orla espraiavam-se as cidades de Cafarnaum, Betsaida, Tiberíades, Magdala, Dalmanuta. . .


Em uma montanha próxima, Ele entoou o Canto de libertação das criaturas, em inolvidável sermão; pelas suas praias Ele caminhou, curando, consolando, apontando rumos.


Suas gentes simples - os galileus - normalmente pescadores e agricultores, conviveram com Ele, acompanharam-nO, foram por Ele amadas e O amaram a seu modo, dentro dos seus limites.


A revolução que Ele pretendia não era percebida pela massa, que tinha fome de justiça, de verdade, mas sempre mais de pães e de peixes. . .


Do outro lado, acima das escarpas rochosas, erguia-se a Decápole - parte das dez cidades gregas erigidas antes, e então decadentes, com exceção de Gadara, que se celebrizaria em razão de obsesso que Ele curara.


Jesus amava aquela região, aquele povo, onde mais se demorou após iniciar a sua vida pública, quando os seus o rejeitaram. . .


Incapazes de penetrar no conteúdo profundo da sua mensagem, seguiam o Mensageiro, dominados por interesses imediatistas.


Ambicionavam o reino dos Céus, porém viviam na Terra, sofriam-lhe as injunções e carências, padeciam desconforto.


Ele representava-lhes o Libertador. Suas palavras sensibilizavam-nos, porém as suas ações deslumbravam-nos e atraíam cada vez mais.


Já não eram alguns que O seguiam, e sim verdadeiras multidões com suas chagas, agitações e problemas.


Com essa volumosa massa, Ele atravessou o mar e foi ensinar na outra margem, do alto de um monte.


Ali, percebendo a fome daqueles que O acompanhavam, nutriu-os com pães e peixes fartamente, deixando-os felizes, porque de estômagos satisfeitos.


Logo após, volveu em silêncio a Cafarnaum com os doze apóstolos.


Os acompanhantes, atendidos nas necessidades imediatas, não perceberam a sua ausência, porque naqueles momentos, não mais necessitavam dEle.


Só no dia seguinte perceberam que Ele se fora.


Outra vez, sentindo carência, volveram a Cafarnaum a buscá-lO, algo contrafeitos, por não O terem em mãos para o socorro contínuo aos seus caprichos.


Quando O encontraram, interrogaram-nO com uma quase exigência de justificação por tê-los deixado:

– Rabi, quando chegaste aqui?


Não se tratava de zelo, de cuidado pelo Amigo, mas de reprimenda, de cobrança indireta.


O Mestre fitou-os compungido, e respondeu-lhes com severidade:

– . . . Procurais-me porque comestes dos pães e ficastes saciados . . .


Fez uma pausa e prosseguiu:

– Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. . .


De um para o outro dia haviam alterado o comportamento.


viram os enfermos recuperarem-se ao influxo do seu poder; alimentaram-se em excesso; beneficiaram-se da sua presença. No entanto, à hora da decisão de se transformarem para melhor, de se permitirem permear pela sua palavra, apelavam para os textos antigos convenientes, que permitiam fugir das novas responsabilidades, indagando sobre novos sinais, recordando Moisés no deserto, o maná que descera do Céu. . . Não se davam conta que tudo provinha de Deus, e que eles haviam comido, às vésperas, um alimento da mesma procedência, que lhes dava vida, porém que saciava só por breve prazo.


No mundo, as criaturas desejam refestelar-se na abundância de fora, no desperdício, e não se recordam, nessas horas, da escassez e dos outros esfaimados, esquecidos, em sofrimentos.


Desejam pão e prazer, conforto e ociosidade.


Cansam-se quando os têm e fogem para a insatisfa- ção, a revolta, a perda de objetivos da vida.


Sucede que a duração do corpo é sempre muito breve, a dos seus adereços menor, e a das suas imposições mais rápida. . . Por isso, a vida real, aquela que permanece sobre as cinzas das ilusões vencidas, é a do ser imortal.


Jesus veio demonstrar a imortalidade, dar significado à existência física do ser, não como fim, antes como meio para ser alcançada a plenificação.


Aferradas, todavia, aos sentidos grosseiros, as pessoas somente pensam no momento em que se encontram - embora lhe percebam a fugacidade - longe das aspirações transcendentes, as de longo, perene curso.


Aquela época difere desta pela face exterior, pelas conquistas da inteligência, que trouxeram outros valores para serem cultivados, outras metas para serem alcançadas. No entanto, o ser moral, o ser interior, parece-se muito com aqueles que O acompanhavam. . . Mesmo esses que diziam nEle crer e O seguem.


– Eu sou o pão da vida - exclamou Jesus - o que vem a mim jamais terá fome, e o que acredita em mim jamais terá sede. . .


Os circunstantes, em face dessa declaração robusta, sem eufemismos, entreolharam-se, duvidaram, não sabendo o que fazer.


Enquanto se alimentavam e sorriam, a vida lhes parecia tranquila, desde que houvesse quem os abarrotasse, a fim de que, sem preocupação nem esforço, pudessem banquetear-se sempre mais.


Tomar, porém, da charrua para conseguir a própria alimentação, mudava totalmente a paisagem do júbilo, que se tisnava ante as responsabilidades surgidas.


O esforço pessoal constitui sinal de valor moral, e o suor do sacrifício umedece a massa que prepara o pão da vida, que mata a fome em definitivo.


O ser inundado pelo ideal tem a sua sede de luz e de paz saciada através das conquistas valiosas das paisagens íntimas, antes sob tormentas desesperadoras.


O Mestre jamais negaceou, nunca se escusou.


Todas as suas asseverações foram claras, destituídas de disfarces ou ocultas em símbolos complexos.


Falando a linguagem de todos os tempos, a verdade, nunca se lhe notou dubiedade, insegurança.


Não havia promessas vãs nos seus discursos, nem alento para as atitudes frívolas. Inteiriço, sempre igual na proposta, na discussão e na conclusão, a sua era uma linguagem lapidar, inimitável, jamais superada.


O texto do passado tem sabor de atualidade, hoje apresentado.


Compadeceu-se do caído, mas não se apiedou do erro.


Apoiou o doente, no entanto verberou pela libertação da doença.


Amparou o pecador, todavia exprobrou o pecado.


Ajudou o vencido, porém conclamou-o ao soerguimento íntimo e à vitória sobre si mesmo.


Não acusou, não condenou, nem anuiu com o crime, a devassidão, a promiscuidade moral.


Pão da vida, Ele é saúde integral, alimento de sabor eterno.


Os galileus não poderiam, naquela época, entendê-lO.


O mesmo ocorre com os modernos fariseus que hoje O depreciam, que O subestimam e que, presunçosos, se esO condem nas catilinárias de palavras rebuscadas, em sofismas bem-urdidos, em falsas ciências, para não se transformarem moralmente, enquanto, jactanciosos, marcham para o tú-

mulo inexoravelmente, onde despertarão para a realidade. . .


Jesus é o pão da vida perene.


Aqueles que souberem alimentar-se dEle, nutrir-se-ão e viverão na paz de consciência e na realização espiritual.


João 6:22-40


jo 6:31
Luz do Mundo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

— Saiamos daqui!


As notícias da morte de João chegaram enriquecidas de detalhes...


Jesus tinha necessidade de orar e demorar-se em Soledade com o Pai.


A mensagem como grão de trigo feito luz se multiplicava, em farta sementeira por toda a parte.


Enfermos desenganados e espíritos marcados por fundas desilusões apressavam-se a buscá-Lo, depois de escutarem as narrativas empolgadas a Seu respeito.


Acorriam sob os panos sombrios das aflições e, ansiosos, O envolviam com as rogativas e lamentos lancinantes. Onde quer que se encontrasse, ao Seu lado estava a multidão de mutilados do corpo, da emoção, do espírito...


Infatigável Ele socorria com amor, abnegado, gentil. Suas mãos acionadas pela misericórdia e Seus lábios cantando ternura leniam todas as exulcerações e acenavam esperanças aos magotes numerosos, a se multiplicarem incessantemente.


— Saiamos daqui e atravessemos o mar, para a outra banda - falou o Senhor... (nota 2)


* * *

A missão dos Reformadores é toda aspereza; o sacerdócio do Amor se manifesta em rio de renúncias; a doação do Herói da Salvação se apresenta na oferenda da própria vida. Onde se encontram, aí estão as dores e as angústias, os desesperos e os desaires, rogando, aguardando, insaciáveis.


Era manhã de Abril.


A Primavera espoucava escarlate nas pétalas das anémonas em flor, o campo relvado em matizes brancos se salpicava de atrevidas madressilvas que sobressaíam e oscilavam no verde, ao sabor dos ventos leves, brincando a rés do chão. O céu azul e transparente parecia confraternizar com o mar tranquilo, aberto aos barcos de velas coloridas. Havia mesmo uma sinfonia discreta na manhã formada das onomatopeias generosas da Natureza.


A barca vence as distâncias deslizando com Simão ao comando. A festa dos júbilos sorri nos doze que estão acompanhando o Rabi na barca que entoa melodias nas vagas levemente encrespadas a se deixarem cortar...


A multidão, na praia, reflexiona, interroga e olha a barca movei no mar azul.


Alguém sugere a direção que segue a embarcação que conduze o amado Fugitivo.


Outrem opina que todos O sigam; surpreendê-Lo-ão adiante. Há uma alegria espontânea. A mole humana, volumosa, se movimenta. Muitos chegaram de longe e não podem perder a oportunidade.


O rumo é Bethsaida-Julíade, distante pouco menos de dez quilômetros: uma agradável marcha!


O povo se divide em grupos e canta; vence as distâncias; há que encurtar os caminhos e toma a ponte que atravessa o Jordão.


O dia espia em luz branda o movimento, a agitação.


Quando a barca alcança o ancoradouro da cidade a massa colorida, aguarda...


O Mestre contempla o poviléu.


Os olhos de todos n"Ele se cravam e falam sem palavras. Crianças choram e enfermos lamentam. Alguns sorriem, outros apenas O fitam e se enternecem...


O Rabi se comove.


Todos Lhe requerem o concurso.


As aflições humanas, densas, suplicam Sua compaixão e os homens são a Sua paixão.


Conquanto desejasse a soledade, ante os que sofrem, se compadece, sorri compassivo, generoso. Ele compreende aquelas dores, sente-as quase n"alma.


Apontou um cerro próximo e o galgou. As criaturas O seguiram. Em volta, a vegetação rasteira com giestas em flor e a larga paisagem sob um céu transparente.


Ele começou a falar e o verbo claro cai nas almas, blandicioso e reconfortante, iluminando consciências, clarificando os íntimos problemas dos espíritos inquietos.


A palavra fluente cala e a saúde lhe sai do amor na direção dos padecentes que se refazem em Sua presença, ao Seu contato.


O dia avança e a hora está adiantada. Carinhosamente os discípulos O advertem: Despeçamos a multidão para que as pessoas se possam alimentar, pois este é um lugar distante, deserto...


"Dai-lhes vós de comer" — redarguiu o Mestre.


Senhor — responderam os discípulos preocupados — mas todos têm fome e não poderíamos comprar-lhes pães suficientes. Se fôramos adquirir repasto, necessitaríamos de uns duzentos dinheiros para os não deixar totalmente esfaimados... São muitos os que aqui estamos.


Que temos? — inquiriu, tranquilo, Jesus.


Nada ou quase nada. Segundo me informaram, um homem trouxe cinco pães de cevada e dois peixes. Mas, que são?...


Trazei-os e mandai que o povo se sente em grupos.


Ali estavam quase cinco mil ouvintes e aflitos que se recobravam com o Seu hálito de transcendente poder.


Lá em baixo estavam o mar em espelho colossal, no rumo do oriente, mais ao longe a cidade ribeirinha e branca em claros e verdes: Cafarnaum; ao sul o casario de Magdala, avançando sobre as águas, nos outeiros, Tiberíade entre bosques espessos em construções de pedras; Corazim nas montanhas, encravada como uma rosa alvinitente.


As altas cordilheiras com a fímbria diluída no clarão do dia se destacam no cenário formoso.


Ergueu as mãos e orou em silêncio. O murmúrio do povo calou a boca da aflição.


Levemente pálido pareceu transfigurar-se. Tomou os pães e os peixes partiu-os e repartiu-os, ante os olhos atônitos dos mais próximos e estes se

"foram repartindo e multiplicando como semente, que fecundada, se desdobra em espigas ricas sob o milagre da terra, fazendo-se toda uma seara... (nota 3) Todos se acercam alegremente e cestos são apresentados; enchem-nos e repartem a messe com o povo que se nutre até ao enfartamento...


... E sobra o suficiente para encher mais alcofas com o que resta, excedente, abundoso. (nota 1 abaixo)


* * *

Salve, Rei de Israel! — grita uma voz.


Conduze-nos à conquista de Jerusalém! — clama outra. — Seguiremos contigo!


Aleluias explodem, espontâneas. Os discípulos exultam e O envolvem com inexcedível carinho, excessiva emotividade, numa ternura sem palavras, extravasante.


Os olhos do Mestre se nublam. Faz-se mais pálido e os lábios tremem como se sofresse uma dor surda, forte.


O ar acolhe a exaltação da massa convulsionada pelo espetáculo de há pouco e referta de alimento pelos Seus poderes.


Na febricidade geral, os companheiros percebem-No afastando-se, refugiando-se por detrás das sebes, nas sinuosidades das pedras.


Felipe O busca e chama:

— Deixa-me a sós. — Ele fala, triste; é uma ordem e uma súplica.


A multidão se dispersa, os discípulos descem o monte. O ar está morno. Eles retornam à barca e volvem a Cafarnaum...


... Lá O encontram.


* * *

"Eu sou o pão da Vida!


"Este pão não mata a fome.


"O pão que sou farta para todo o sempre...


"Credes porque vos alimentastes.


"O pão que vos possa dar nunca mais vos permitirá a fome. "

"Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque sobre Ele o Pai, que é, Deus imprimiu o seu selo.


"A obra de Deus é esta, que creais naquele que Ele enviou.


"Eu sou o pão da vida: o que vem a mim, de modo algum terá fome e o que crê em mim, nunca, jamais terá sede.


"Tudo o que o Pai me dá, virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora; porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade Daquele que me enviou.


"A vontade daquele que me enviou é esta: que eu nada perca de tudo o que Ele me tem dado...


"Pois esta é a vontade de meu Pai: que todo o que vê o Filho do Homem e Nele crê tenha a vida... "

Pão da vida!


Este pão — o de todo dia é transitório; — aquele que Ele dá é perene, suprime as necessidades, todas as necessidades...


O mundo O busca e os homens O querem, mas desejam este pão transitório do monte, não aquele, o da vida, que também foi oferecido no monte.


Este, o do estômago, sim, pedem e querem hoje os homens.


Aquele, o da vida — talvez, depois; não, não sabem quando o querem os homens.


Era abril, em festa de Primavera.


Ele é o Pão da Vida.


Em soledade com o Pai e a multidão.


A multidão na Primavera e o Pão da Vida em todas as Estações.


Nota 1: Santo Agostinho estudando a "Multiplicação dos pães", interrogava: "Quem é que alimenta o universo, senão Aquele que, dum punhado de sementes, faz nascer as searas?


O mesmo poder que, de alguns grãos, faz germinar o trigo, nas Suas mãos multiplica os pães. Porque o poder pertencia a Cristo, e esses cinco pães são como as sementes que não foram lançadas à terra, mas que foram multiplicadas por Aquele que fez até a própria terra. "

Nota 2: Mateus 14:13-21 Marcos 6:30-44 Lucas 9:10-17 João 6:1-14.


Nota 3: Vide "A Gênese", de Allan Kardec, Capítulo XV. Item 48 a 51. Optamos pelo estudo segundo a narração dos Evangelistas.


Nota 4: João 6:27-40.



Referências em Outras Obras


Huberto Rohden

jo 6:31
Nosso Mestre

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 79
Huberto Rohden
No dia seguinte, foi todo o povo à procura de Jesus, porque tinham comido daquele pão multiplicado por ele. Respondeu-lhes Jesus que ia dar-lhes um pão para alimentar a alma. Mas este pão espiritual só podia ser recebido por quem tivesse muita fé nas palavras e no poder dele.
No dia seguinte, o povo que ficara na outra margem do lago advertiu que lá não ficara senão um único barco e que Jesus não embarcara com seus discípulos, mas que os discípulos tinham partido sozinhos. Entrementes, chegaram de Tiberíades outras embarcações perto do lugar onde o Senhor proferira a ação de graças e onde eles haviam comido o pão. Ora, vendo a gente que Jesus e seus discípulos já não estavam lá, embarcaram e foram a Cafarnaum, em busca de Jesus. Deram com ele, na outra margem, e perguntaram-lhe: "Mestre, quando foi que chegaste aqui?"
Respondeu-lhes Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo: Andais à minha procura, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes fartos.
Não vos afadigueis por um manjar perecedor, mas, sim, pelo manjar que dura para a vida eterna e que o Filho do homem vos dará; pois, a ele é que Deus Pai acreditou".
Perguntaram-lhe: "Que nos cumpre fazer para praticarmos as obras de Deus?"
Respondeu-lhes Jesus: "A obra de Deus está em que tenhais fé naquele que ele enviou".
Replicaram-lhe eles: "Que sinal nos dás para que o vejamos e te demos fé? Qual a tua obra? Nossos pais comeram o maná, no deserto, conforme está escrito: Do céu lhes deu pão a comer".
Respondeu-lhes Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do céu; meu Pai é que vos dará o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá a vida ao mundo" (Jo. 6, 22-34).

CARLOS TORRES PASTORINO

jo 6:31
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 34
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 6:26-34


26. Respondeu-lhes Jesus e disse: "Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais não porque vistes demonstrações, mas porque comestes dos pães e vos saciastes.


27. Trabalhai não pelo alimento transitório, mas pelo alimento estável para a vida imanente, que vos dará o filho do homem, pois o Pai o confirmou".


28. Eles lhe perguntaram: "Que faremos para realizar as obras de Deus"?


29. Respondeu Jesus e lhes disse: "Esta é a obra de Deus, que acrediteis naquele que ele enviou".


30. Perguntaram-lhe então: "Que demonstrações fazes para que as vejamos e acreditemos em ti? Que realizas tu?


31. Nossos pais comeram o maná no deserto, como foi escrito: "Deu-lhes a comer o pão do céu".


32. Replicou-lhes então Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés que vos deu o pão do céu: mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu,


33. porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo".


34. "Disseram-lhe então: "Senhor, dá-nos sempre esse pão".


A aula teórica que Jesus dá sobre o Pão da Vida, e que constitui uma parte de seu "ensino" (de seu lógos), é uma explicação da aula prático-experimental que foi a multiplicação dos pães e peixes. Trecho dos mais profundos que o Evangelho nos conservou.


Estudá-lo-emos cuidadosamente, dando os comentários linguísticos primeiro, e a seguir a interpretação impressa em grifo. Veremos cada versículo separadamente, porque cada palavra é importante.


26. "Respondeu" (apekríthe) é fórmula genérica no sentido de "tomou a palavra" ou "prosseguiu". A repetição "em verdade, em verdade" traduz a locução hebraica amén amén (transliterada no grego) e exprime uma espécie de juramento sobre a veracidade do que é afirmado, uma "afirmativa categórica" (ver vol. 1). Traduzimos sêmeia por "demonstrações" (ver vol. 1), que é o sentido real da palavra: "sinal, prova, demonstração", só lhe sendo atribuído o sentido de "prodígio, milagre" (tradução que lhe é dada sistematicamente nas edições comuns) quando a demonstração é fora do comum, acima do normal. Só não aceitamos essa tradução porque hoje a palavra "milagre" variou de tal forma de sentido, que passou a significar outra coisa.


27. "Trabalhai" traduz ergázesthe, no sentido de "esforçar-se ou trabalhar com esforço, arduamente".


O "alimento" recebe dois adjetivos opostos: "transitório" (apolluménen, "que perece") e "estável" (menousan, "que permanece"). São dois particípios presentes com valor adjetivo, "Vida imanente" é zôê aiônos, que estudamos exaustivamente no vol. 2. "Que vos dá" (presente dídôsin segundo os mss. aleph e D) repetido no vers. 32. O sentido de "filho do homem" foi estudado no vol. 1. Traduzimos" o Pai confirmou", sentido do verbo esphrágisen, que também pode significar "selar, marcar com selo" ou "carimbar", depois que se aprova ou confirma o documento.


28/30 "Obra" é a tradução de érgon, que exprime um trabalho realizado, isto é, produzido pelo esforço da criatura. Daí termos traduzido o verbo ergázomai como "realizar", no sentido de "produzir". O verbo "confiar. crer, acreditar" é pistéuô, donde o substantivo pístis, "confiança, fé".


#fonte 31 O verbo "comer" apresenta neste trecho dois sinônimos gregos: esthíô (no qual alguns tempos tomam as formas do defectivo phágomai) e que tem o sentido normal de "comer"; e trôgô que é mais especialmente empregado com o significado de "comer alimentos crus", ou "regalar-se com acepipes"; preferimos, para distinguir em português os dois sinônimos, traduzir o primeiro por "comer" e o segundo por "saborear ". O "maná", palavra hebraica, formado de man’hu, que significa "que é isto"?, é a denominação dada ao "pão que caiu do céu" no deserto (cfr. EX 16:4, EX 16:8, EX 16:12-15). A expressão" pão do céu" só poderia ser fielmente traduzida por uma perífrase: "pão VINDO do céu", já que o grego ho ártos ek toú ouranoú dá o ponto de partida (latim em ablativo) e não a qualidade (do céu = celeste, que seria dado em latim pelo genitivo). É indispensável fixar bem na mente esse pormenor, para que não haja confusão de sentido: quando se ler "pão do céu", entenda-se sempre" pão VINDO do céu".


32. "Verdadeiro" aqui é tradução de alêthinón, adjetivo.


33. "Dar vida" é o grego zôén didoús. "Descer do céu" é katabaínô, que se opõe a anabaínô, "subir".


Aqui começa mais precisamente a aula teórica, o "ensino (tòn lógon, vers. 60) de Jesus, a respeito do Pão da Vida, um dos mais importantes e profundos textos dos Evangelhos. Examinemos atentamente cada frase, acompanhando o desenvolvimento didático, com todas as suas oportunas repetições esclarecedoras.


Aproveitando-se da busca ansiosa que Dele fizeram os que se haviam saciado com os pães e peixes, salienta que era para isso que O procuravam: para ter garantido o sustento sem trabalhar; e não por causa da demonstração prática que lhes dera, como antecipação da explicação que agora seria dada de Sua doutrina da unificação da criatura com o Criador.


27. Jesus começa esclarecendo que há duas espécies de alimento: o que refocila temporariamente apenas o corpo perecível, e que portanto é transitório (porque "perece": brôsin apolluménen) e o que sustenta perenemente o espírito, e portanto é estável (porque "permanece": brósin ménousan). Este segundo dá vida, não por acréscimo exterior, mas por crescimento interior: é a "Vida Imanente" de união com o Pai que habita em todos. Os dois alimentos, representados figurativamente pelo pão comum (que os antigos "comeram" no deserto, mas apesar disso "morreram") e pelo Pão "sobressubstancial" (MT 6:11; ver. vol. 2).


E é este Pão, afirma o Mestre em Sua aula magistral, que nos será dado pelo "filho do homem", isto é, pela Individualidade já evoluída, e portanto desperta e vigilante, porque a este (filho do homem) o Pai já "confirmou", isto é, "já lhe colocou Seu Selo" (esphrágisen) com a unificação do Encontro Místico.


Justamente por este segundo alimento estável é que precisamos "trabalhar com esforço", e não pelo pão comum e transitório, que nutre por algumas horas o corpo perecível.


28. Os ouvintes idagam "que fazer para realizar as obras de Deus". A pergunta que, em português, parece não condizer com a explicação anterior, tem perfeita consonância no original grego, pois é repetido o mesmo verbo empregado por Jesus (ergázomai), com seu objeto da mesma raiz (ergaz ômetha tà érga), tanto que a tradução literal é "que faremos para trabalhar os trabalhos de Deus"?


29. A resposta é simples e pouco exigente: para realizar as obras de Deus, basta confiar (crer) naquele que foi enviado à Terra pelo Pai. E deixa entrever que o "Enviado do Pai" é exatamente Ele, o Cristo, que estava então a falar através da personalidade de Jesus. O Cristo Cósmico, teceira manifestação divina, o Filho (o Amado) que proveio do Pai, foi enviado à Terra e habita em todos.


Confiando em Sua voz silenciosa no âmago de nosso ser, nós "realizaremos as obras de Deus".


30. Diante dessa afirmativa solene, e sem perceber que não era a personalidade de Jesus que falava, indagam qual a prova que Ele pode dar, a fim de confirmar Sua missão de Embaixador. Querem uma "demonstração"; teriam esquecido a maravilhosa comprovação realizada havia menos de vinte e quatro horas, na multiplicação dos pães e peixes? Eles insistem: "Que realizas" empregando o mesmo verbo ergázomai.


31. E prossegue a argumentação dos ouvintes: "Moisés deu a nossos pais o pão vindo do céu, no deserto


... está escrito"! ... Mas calam a principal razão, que já fora percebida e veladamente denunciada por Jesus: "o sustento foi dado por Moisés anos a fio, sem que ninguém precisasse "fazer força" (ergázomai) ... então, que demonstração é essa que fizeste, que apenas distribuis alimento uma vez"?


32. Jesus protesta quanto à expressão "pão vindo do céu", dizendo que esse, Moisés não havia dado: esse, o verdadeiro pão vindo do céu (é usado o adjetivo alêthinós em lugar de destaque, no fim da frase), só o Pai o dá, ninguém mais. Porque "o verdadeiro pão vindo do céu" é a Centelha Divina; o Cristo Interno ("Eu sou o Pão vivo que desci do céu") e que habita (diríamos com a deliberada ênfase de Paulo, CL 2:9) que habita corporalmente em todas as coisas.


33. Não satisfeito ainda, Jesus esclarece mais: "O Pão de Deus (não o humano), esse é o que desce do céu", e seu efeito é maravilhoso, porque "dá, vida ao mundo". Ora, está bastante claro que nossa interpretação está correta; não se trata aqui do pão vulgar de trigo (tomado apenas como símbolo), nem mesmo do pão sobressubstancial que alimenta o Espírito; mas de algo mais profundo, daquilo que realmente DÁ VIDA ao mundo. Se, no mundo, a vida é dada pelo "Pão descido do céu"; se, no mundo, a vida é dada pela Centelha Divina, que é a substância última de todas as coisas; então podemos corretamente concluir que o "’Pão descido do céu"’ é a Centelha Divina, o Cristo Interno, que provém diretamente do Pai, que nasce de Deus, e portanto "vem do céu".


Concorda com isso o que ensina Agostinho (Confissões, 10, 28, 39): Cum inhaésero tibi ex omni me...


VIVA erit vita mea, tota plena de te, ou seja: "Quando eu aderir a ti com todo o meu eu... minha vida será VIVA, toda cheia de ti". (Cfr Salmo 23:24: "Eu encho o céu e a Terra"). E, é confirmado por Tom ás de Aquino (Summa Theologica, I, q. 8, art. 3, ad primum) Deus dícitur esse in ómmbus PER ESSENTIAM: non quidem rerum quasi sit de essentia earum; sed per essentiam SUAM: quia SUBSTANTIA SUA adest ómnibus ut causa essendi, ou seja: "diz-se que Deus está em todas as coisas PELA ESSÊNCIA não, de certo, das coisas, como se fora da essência retas, mas pela Sua essência (de Deus); porque SUA SUBSTÂNCIA (de Deus) está em todas as coisas como a causa da existência".


Então, nossa conclusão está certa, confirmada por dois dos maiores luminares humanos na interpreta ção do pensamento evangélico: a VIDA DO MUNDO é o CRISTO CÓSMICO, que é, na realidade, o PÃO VIVO QUE DESCE DO CÉU, constituindo, por meio da Centelha Divina que habita em todas as coisas, a VIDA do mundo.


34. Evidentemente os ouvintes hão entenderam o esclarecimento, e repetem o mesmo pedido que fez a Samaritana (JO 4:18) da "água viva": querem recebê-lo sem esforço, com a mesma inconsciência com que uma criança pede balas... Depois de tão elevada exposição, é chocante o pedido: demonstra a total incompreensão do auditório.


jo 6:31
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 3
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 15:1-17


1. "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor.

2. Todo ramo, em mim, não dando fruto, ele o tira; e todo o que produz fruto, purifica-o para que produza mais fruto.

3. Vós já estais purificados, por meio do Logos que vos revelei.

4. Permanecei em mim e eu em vós. Como o ramo não pode produzir fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim não podeis vós, se não permaneceis em mim.

5. Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto, porque sem mim não podeis fazer nada.

6. Se alguém não permanece em mim, foi lançado fora como o ramo, e seca, e esses ramos são ajuntados e jogados ao fogo e queimam.

7. Se permaneceis em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos acontecerá.

8. Nisso se transubstancia meu Pai, para que produzais muito fruto e vos torneis meus discípulos.

9. Como o Pai me amou, assim eu vos amei: permanecei em meu amor.

10. Se executais meus mandamentos, permaneceis no meu amor, assim como executei os mandamentos de meu Pai e permaneço no amor dele.

11. Isso vos disse, para que minha alegria esteja em vós e vossa alegria se plenifique.

12. Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros assim como eu vos amei.

13. Ninguém tem maior amor que este, para que alguém ponha sua alma sobre seus amigos.

14. Vós sois meus amigos se fazeis o que vos ordeno.

15. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o senhor dele; a vós, porém, chamei amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai, vos fiz conhecer.

16. Não vós me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos pus, para que vades e produzais frutos e vosso fruto permaneça, a fim de que o Pai vos dê aquilo que lhe pedirdes em meu nome.

17. Isso vos ordeno: que vos ameis uns aos outros".



Entramos com os capítulos 16 e 17, antes de apresentar os versículos 27 a 31 do capítulo 15, pois essa distribuição de matéria satisfaz à crítica interna plenamente e à sequência das palavras. Com efeito, logo após dizer: "Levantemo-nos, vamos daqui" (14:31) João prossegue: "Tendo dito isso, Jesus saiu com Seus discípulos", etc. (18:1). Não se compreenderia que, após aquela frase de fecho, ainda fossem proferidos 86 versículos.


Alguns comentadores (Maldonado, Shanz, Calmes, Knabenbauer, Tillmann) opinam que, após a despedida e a ordem de saída, ainda permaneceu o Mestre no Cenáculo, de pé, a conversar com os discípulos.


Outros (Godet, Fillion, Wescott, Sweet) julgam que todo o trecho (inclusive a prece do cap. 17?) foi proferido durante o trajeto para o monte das Oliveiras.


Um terceiro grupo (Spitta, Moffat, Bernard) propõe a seguinte ordem:
cap. 13- 1 a 31a
cap. 15- todo
cap. 16- todo
cap. 13- 31b a 38
cap. 14- 1 a 31
cap. 17- todo

Essa ordem não satisfaz, pois a prece não cabe depois da palavra de ordem da saída.


Outros há (Lepin, Durand, Lagrange, Lebretton, Huby) que sugerem que os capítulos 15 e 16 (por que não o 17?) foram acrescentados muito depois pelo evangelista.


Nem a ordem original, nem as quatro propostas, nos satisfazem. O hábito diuturno com os códices dos autores clássicos profanos revela-nos que, no primitivo códice de João, com o constante manuseio, pode ter saído de seu lugar uma folha solta, contendo 5 versículos (27 a 31), que foi colocada, por engano,

17 folhas antes, pois 17 folhas de 5 versículos perfazem exatamente 85 versículos. O engano tornou-se bem fácil, de vez que o versículo último do cap. 17, é o 26. º, assim como é o 26. º o último do cap. 14. Tendo em mãos os vers. 27 a 31, ao invés de colocar a folha no fim do cap. 17, esta foi inserida erradamente no fim do cap. 14.


"Mas - objetarão - naquela época o Novo Testamento não estava subdividido em versículos"! Lógico que nossa hipótese não é fundamentada na "numeração" dos versículos. Pois embora os unciais B (Vaticano 1209) do século 4. º e o CSI (Zacynthius) do 6. º já tenham divisões em seções, que eram denominadas
иεφάλαια ("Capítulos") maiores, com seus τίτλοι (títulos) menores; em Amônio (cerca de 220 A. D.) em sua concordância dos quatro Evangelhos os tenha dividido também em seções (chamadas ora perícopae, ora lectiones, ora cánones, ora capítula) e essas fossem bastante numerosas (Mateus tinha 355; MC 235; LC 343 e JO 232); embora Eusébio de Cesareia tenha completado o trabalho de Amônio em 340 mais ou menos (cfr. Patrol. Graeca vol. 22, col. 1277 a 1299); no entanto, a divisão atual em capítulos foi executada pela primeira vez pelo Cardeal Estêvão Langton (+ 1288) e melhorada em 1240 pelo Cardeal Hugo de Saint-Cher; mas os versículos só foram colocados, ainda na margem, pelo impressor Roberto Estienne, na edição greco-latina do Novo Testamento em 1555; e Teodoro de Beza, na edição de 1565, os introduziu no próprio texto.
Acontece, porém, que a numeração dos versículos nos ajuda a calcular o número de linhas de cada folha. E existe um testemunho insuspeito que, apesar de sozinho, nos vem apoiar a hipótese. Trata-se do papiro 66, do 29 século, possívelmente primeira cópia do manuscrito original no qual, segundo nossa hipótese, já se teria dado a colocação errada da folha já muito manuseada. Ora, ocorre que nesse papiro, atualmente na Biblioteca de Genebra, Cologny, sob a indicação P. Bodmer II, nós encontramos o Evangelho de João em dois blocos:
1. º) o que vai de JO 1:1 até 14:26;
2. º) o que vai de JO 14:27 até 21:25.

Conforme vemos, exatamente nesse ponto, entre os versículos 26 e 27 do capítulo 14, ocorre algo de anormal, a ponto de ter estabelecido dúvida na mente do copista, que resolveu assinalá-la na cópia: era a folha que devia estar no final do cap. 17 e que caíra de lá, tendo sido colocada, por engano, no final do cap. 14.


Em vista desses dados que, a nosso espírito, se afiguraram como perfeitamente possíveis, intimamente afastamos qualquer hesitação, e apresentamos a ordem modificada.


* * *

Interessante notar-se que, nestes capítulos (14 a 17) algumas palavras são insistentemente repetidas, como άγάπη (amor) quatro vezes; иαρπός (fruto) oito vezes; e µήνω (habitar ou permanecer morando) onze vezes.

No cap. 14 firma-se a ideia da fidelidade em relação aos mandamentos; no 15, salienta-se a ideia da perfeita união e da absoluta unificação da personagem com o Eu e, em consequência, com o Cristo interno; a seguir, é chamada nossa atenção para o ódio, que todo o que se uniu ao Cristo, no Sistema, receberia da parte das personagens do Antissistema.


Não se esqueça, o leitor, de comparar este trecho com o ensino sobre o "Pão Vivo", em JO 6:27-56 (cfr. vol. 3) e sobre a Transubstanciação (vol. 7).


* * *

No Antigo Testamento, a vinha é citada algumas vezes como o protótipo de Israel (cfr. IS 5:1; JR 2:21; EZ 15:1ss e 19:10ss; SL 80:8-13).


Nos Sinópticos aparece a vinha em parábolas (cfr. MT 20:1-16 e MT 21:33-46) e também temos o vinho na ceia de ação de graças (cfr. MT 26:29; MC 14:21 e LC 22:18).


Nos comentários desses trechos salientamos que o vinho simboliza a Sabedoria; e ainda no vol. 6 e no 7 mostramos que Noé, inebriado de Sabedoria, alcançou o conhecimento total e desnudou-se de tudo o que era externo, terreno ou não, de tal forma que sua sabedoria ficou patente aos olhos de todos. Não tendo capacidade, por involução (por ser o mais moço, isto é, o menos evoluído) de compreende-lo, seu filho Cam riu do pai, julgando-o bêbado e louco. Mas os outros dois, mais velhos (ou seja, mais evoluídos, porque espíritos mais antigos em sua individuação), Sem e Jafet, encobriram com o véu do ocultismo a sabedoria do pai, reservando-a aos olhos do vulgo. E eles mesmos, não tendo capacidade para alcançá-la, caminharam de costas, para nem sequer eles mesmos a descobrirem. Daí dizer o pai, que Cam seria inferior aos dois, e teria que sujeitar-se a eles.


Aqui é-nos apresentada, para estudo e meditação, a videira verdadeira (he ámpelos he alêthinê), ou seja, a única digna desse nome, porque é a única que vem representar o símbolo em toda a sua plenitude.


A videira expande-se em numerosos ramos e o agricultor está sempre atento aos brotos que surgem, aos ramos e racemos, aos que começam a secar, aos que não trazem "olhos" promissores de cacho. Os inúteis são cortados, para não absorverem a seiva que faria falta aos outros, e os portadores de frutos, ele os limpa, poda e ajeita, para que o fruto surja mais gordo e mais doce e sumulento.


Depois desse preâmbulo parabolístico, vem o Mestre à aplicação: "vós já estais purificados por meio do Logos que vos revelei", muito mais forte no original, que nas traduções vulgares: "pela palavra que vos falei".


A união nossa com o Cristo, em vista da comparação, demonstra que três condições são exigidas, segundo nos diz Bossuet ("Méditations sur L’Évangile", 2. ª parte, 1. º dia):
a) "que sejamos da mesma natureza, como os ramos o são da vinha;
b) que sejamos um só corpo com Ele; e
c) que Ele nos alimente com Sua seiva".

Esse ensino assemelha-se à figura do "Corpo místico" de que nos fala Paulo (1CO 12:12,27; CL 1:18 e EF 4:15).


No vers. 16, as duas orações finais estão ligadas entre si e dependem uma da outra: "a fim de que vades
... para que o Pai vos dê" (ϊνα ύµείς ύπάγητε ... ϊνα ό τι άν αίτητε ... δώ ύµϊ

ν).


A lição sobre o Eu profundo foi de molde a esclarecer plenamente os discípulos ali presentes e os que viessem após e tivessem a capacidade evolutiva bastante, para penetrar o ensino oculto pelo véu da letra morta. Aqui, pois, é dado um passo à frente: não bastará o conhecimento do Eu: é absolutamente indispensável que esse Eu permaneça em união total com o Cristo interno, sem o Qual nada se conseguirá na vida do Espírito, na VIDA IMANENTE (zôê aiónios).


Magnífica e insuperável a comparação escolhida, para exemplificar o que era e como devia realizarse essa união.


Já desde o início, ao invés de ser trazida à balha qualquer outra árvore, foi apresentada como modelo a videira, produtora da uva (Escola de Elêusis), matéria-prima do vinho, símbolo da sabedoria espiritual profunda que leva ao êxtase da contemplação: já aí tem os discípulos a força do simbolismo que leva à meditação.


Mas um ponto é salientado de início: se o Cristo é a Lideira, o Pai é o viticultor, ao passo que o ramo que aí surge é o Eu profundo de cada um. Então, já aqui não mais se dirige o Cristo às personagens: uma vez explicada a existência e a essência do Eu profundo, a este se dirige nosso único Mestre e Senhor.


E aqui temos a base da confirmação de toda a teoria que estamos expondo nestes volumes, desde o início: o PAI, Criador e sustentador, o CRISTO, resultado da criação do Pai ou Verbo, e o EU PROFUNDO, individuação da Centelha Crística, como o ramo o é da videira.


Da mesma forma, pois, que o ramo aparentemente se exterioriza do tronco, mas com ele continua constituindo um todo único e indivisível (se se destacar, seca e morre), assim o Eu profundo se individua, mas tem que permanecer ligado ao Cristo, para não cair no aniquilamento. A vida dos ramos é a mesma vida que circula no tronco; assim a vida do Eu profundo é a mesma vida do Cristo.


O ramo nasce do tronco, como o Eu profundo se constitui a partir da individuação de uma centelha do Cristo, que Dele não se destaca, não se desliga: a força cristônica que vivifica o Cristo, é a mesma que dá vida ao Eu: é o SOM ou Verbo divino (o viticultor) que tudo faz nascer e que tudo sustenta com Sua nota vibratória inaudível aos ouvidos humanos.


Se houver desligamento, a seiva não chega ao ramo, e este se tornará infrutífero. Assim o Eu profundo, destacado do Cristo, se torna improdutivo e é cortado e lançado ao fogo purificador, para que sejam queimados seus resíduos pelo sofrimento cármico e regenerador.


No entanto, quando e enquanto permanecer ligado ao Cristo, ipso facto se purifica, já não mais pelo fogo da dor, mas pelas chamas do amor. E uma vez que é vivificado pela fecundidade do amor, muito mais fruto produzirá. Essa purificação é feita "por meio do Logos que cos revelei", ou seja, pela intensidade altíssima do SOM (palavra). Hoje, com o progresso científico atingido pela humanidade, compreende-se a afirmativa. Já obtemos resultados maravilhosos por meio da produção do ultrassom, a vibrar acima da gama perceptível pela audição humana; se isso é conseguido pelo homem imperfeito ainda, com seus instrumentos eletrônicos primitivos, que força incalculável não terá o Logos divino, o Som incriado, para anular todas as vibrações baixas das frequências mais lentas da gama humana! E, ao lado de Jesus, veículo sublime em Quem estava patente e visivelmente manifestado o Cristo, a frequência vibratória devia ser elevadíssima; e para medi-la, nenhuma escala de milimicra seria suficiente! Se o corpo de Jesus não estivera preparado cuidadosamente, até sua contraparte dos veículos físicos materiais poderia ter sido destruída.


O Cristo Cósmico, ali presente e falando, podia afirmar tranquilamente, pela boca de Jesus: "EU sou a videira, vós os ramos". Compreendamos bem: não se tratava de Jesus e dos discípulos, mas do CRISTO: o Cristo é a videira e cada "Eu profundo", de cada um de nós, é um ramo do Cristo único e indivisível que está em todos e em tudo. Então, o "vós", aqui, é genérico, para toda a humanidade.


Cada um de nós, cada Eu profundo, é um ramo nascido e proveniente do Cristo e a Ele tem que permanecer unido, preso, ligado, para que possa produzir fruto.


Realmente, qualquer ramo que venha a ser destacado do tronco, murcha, estiola, seca e morre, perecendo com ele todos os brotos e frutos a ele apensos. Assim, a personagem que por seu intelectualismo vaidoso e recalcitrante se desliga do Cristo interno, prendendo-se às exterioridades, nada mais proveitoso produzirá para o Espírito: é o caso já citado (vol. 4) quando a individualidade abandona a personagem que se torna "animalizada" e "sem espírito", ou seja, destacada do Cristo.

E didaticamente repete o Cristo a afirmativa, para que se fixe na mente profunda: "Eu sou a videira vós os ramos". E insiste na necessidade da união: "Quem permanece em mim e eu nele, produz muito fruto, porque sem mim não podeis fazer nada". Verificamos que, sem a menor dúvida, não há melhor alegoria para ensinar-nos a fecundidade vitalizante da Divindade em nós.


A vida, que a humanidade vive em seu ramerrão diário, na conquista do pão para sustentar o corpo, das comodidades para confortar o duplo, dos prazeres para saciar as emoções, do estudo para enriquecer o intelecto, leva o homem a permanecer voltado para fora de si mesmo, à cata de complementos externos que preencham seu vazio interno. Encontra mil coisas em seu redor, que o desviam do roteiro certo e o fazem esquecido e despercebido do Eu profundo que, no entanto, é o único "caminho da Verdade e da Vida". Com esse tipo de existência, nada podemos conseguir para o Espírito, embora possa haver progresso material. Em outros termos: desligados do Cristo, podemos prosperar no Anti-

Sistema, mas não no Sistema; podemos ir longe para fora, mas não daremos um passo para dentro; fácil será exteriorizar-nos, mas não nos interiorizamos: nenhum ato evolutivo poderá ser feito por nós, se não estivermos unidos ao Cristo.


Daí tanto esforço e tantas obras realizadas pelas igrejas "cristãs", durante tantos séculos, não terem produzido uma espiritualização de massas no seio do povo; ao invés, com o aprimoramento intelectual e o avanço cultural, a população da Terra filiada a elas, vem dando cada vez menos importância aos problemas do Espírito (excetuando-se, evidentemente, casos esporádicos e honrosos) e ampliando sua ambição pelos bens terrenos.


Ao contrário, ligando-nos ao Cristo, unidos e unificados com Ele, frutos opimos colhe o Espírito em sua evolução própria e na ajuda à evolução da humanidade. Aos que se desligam, sucede como aos ramos: secam e são ajuntados e lançados ao fogo das reencarnações dolorosas e corretivas.


Outro resultado positivo é revelado aos que permanecem no Cristo, ao mesmo tempo em que Suas palavras (ou seja, Suas vibrações sonoras) permanecem na criatura: tudo o que se quiser pedir, acontecerá. Não há limitações de qualquer espécie. E explica-se: permanecendo na criatura a vibração sonora criadora do Logos, tudo poderá ser criado e produzido por essa criatura, até aquelas coisas que parecem impossíveis e milagrosas aos olhos dos homens comuns. Daí a grande força atuante daqueles que atingiram esse degrau sublime no cimo da escalada evolutiva humana, com total domínio sobre a natureza, quer material, quer astral, quer mental. Em todos os reinos manifesta-se o poder dessa criatura unificada com o Cristo, pois nela se expressa a vibração sonora do Verbo ou SOM criador em toda a Sua plenitude.


E chegamos a uma revelação estupefaciente: "Nisso se transubstancia meu Pai, para que produzais muito fruto e vos torneis meus discípulos". Então, não é apenas a vibração sonora em toda a Sua plenitude: é a própria essência do Logos Divino que se transubstancia na criatura! Daí a afirmativa: "Eu e o Pai somos UM". Já não é apenas o Cristo, mas o próprio Pai ou Verbo, que passa a constituir a substância íntima e profunda da criatura, com o fito de multiplicar os frutos espirituais, de tal forma que a criatura se torna, de fato, um discípulo digno do único Mestre, o Cristo (cfr. MT 23:8-10) e não apenas um aluno repetidor mecânico de Seus ensinos (cfr. Vol. 4).


Coisa muito séria é conseguir alguém atingir o grau de "discípulo" do Cristo, e muito rara na humanidade.


Embora para isso não seja mister que se esteja filiado a qualquer das igrejas cristãs, muito ao contrário. Gandhi, o Mahatma, constitui magnífico exemplo de discípulo integral do Cristo, em pleno século vinte. E poucos mais. Pouquíssimos. Efetivamente raríssimos os que negam a si mesmos, tomam sua cruz e palmilham a mesma estrada, colocando seus pés nas pegadas que o Cristo, através de Avatares como Jesus, deixam marcadas no solo do planeta, como reais seguidores-imitadores, que refletem, em sua vida, a vida crística; verdadeiros Manifestantes divinos, discípulos do Cristo, nas quais o Pai se transubstancia, unificando-se com eles pelo amor divino e total.


O amor desce a escala vibracional até englobar em Si a criatura, absorvendo-a integralmente, em Si mesmo, tal como o SOM absorve o Cristo, e o Cristo nos absorve a nós. A nós bastará permanecer ligados, unidos, sintonizados, unificados com o Cristo, mergulhados nele (cfr. RM 6:3 e GL 3:27), como peixes no oceano. Permanecer no Cristo, morar no Cristo, como o Cristo mora em nós, e exe cutar, em todos os atos de nossa vida, externa e interna, em atos, palavras e nos pensamentos mais ocultos, todas as Suas ordens Suas diretrizes, Seus conselhos. Assim faz Ele em relação ao Pai, e por isso permanece absorvido pelo Amor do Pai; assim temos nós que fazer, permanecendo absorvidos pelo Amor do Cristo, vivendo Nele como Ele vive no Pai, sintonizados no mesmo tom.


Esse ensino - diz-nos o próprio Cristo - nos é dado "para que Sua alegria esteja em nós". Observemos que o Cristo deseja alegria e não rostos soturnos, com que muitos pintam a piedade. Devoto parece ser, para muitos, sinônimo de luto e velório. Mas o Cristo ambiciona que Sua alegria, que a alegria crística, esteja EM NÓS, dentro de nós, em vibração magnífica de euforia e expansionismo do Espírito.


Alegria esfuziante e aberta, alegria tão bem definida e descrita na Nona Sinfonia de Beethoven.


Nada de tristezas e choros, pois o Cristo é alegria e quer que "nossa alegria se plenifique": alegria plena, sem peias, sem entraves, luminosa, sem sombras: esfuziante, sem traves: vibrante, sem distorções; constante, sem interrupções; acima das dores morais e físicas, superiores às injunções deficitárias e às incompreenções humanas, às perseguições e às calúnias. Alegria plena, total, integral, ilimitada, que só é conseguida no serviço incondicional e plenamente desinteressado, através do amor.


E chega a ordem final, taxativa, imperiosa, categórica, dada às individualidade, substituindo, só por si, os dez mandamentos que Moisés deu às personagens. Basta essa ordem, basta esse mandamento, para que todas as dez sejam dispensados, pois é suficiente o amor para cobrir a multidão dos erros que as personagens são tentadas a praticar.


Quem ama, não furta, não desobedece, não abandona seus pais, não cobiça bens alheios, não tira nada de ninguém: simplesmente AMA. Esse amor é doação integral, sem qualquer exigência de retribuição.


O modelo é dado em Jesus, o Manifestante crístico: amai-vos "tal como vos amei". E o exemplo explica qual é esse amor: por sua alma sobre seus amigos. Já fora dita essa frase: "Eu sou o bom pastor... o bom pastor põe sua alma sobre suas orelhas" (JO 10:11). Já falamos a respeito do sentido real da expressão, que é belíssima e profunda: dedicação total ao serviço com disposição até mesmo para dar sua vida pelos outros (cfr. 2CO 4:14, 15; 1JO, 3:16 e 1PE 2:21).


A afirmação "vós sois meus amigos" é subordinada à condição: "se fazeis o que vos ordeno". Entendese, portanto, que a recíproca é verdadeira: se não fizerdes o que vos ordeno, não sereis meus amigos.


E que ordena o Cristo? Na realidade, uma só coisa: "que vos ameis uns aos outros". Então, amor-doação, amor-sacrifício, amor através do serviço. E explica por que os categoriza como amigos: "o servo não sabe o que faz o senhor dele, mas vós sabeis tudo o que ouvi do Pai". Realmente, a amizade é um passo além, do amor, já que o amor só é REAL, quando está confundido com a amizade.


Como se explica a frase: "tudo o que ouvi de meu Pai vos dei a conhecer", diante da afirmativa posterior: "muito tenho que vos dizer, que não podeis compreender agora" (JO 16:12)? Parece-nos que se trata de um sentido lógico: tudo o que ouvi de meu Pai para revelar-vos, eu vos fiz conhecer; mas há muita coisa ainda que não compreendeis, pois só tereis alcance compreensivo mais tarde, após mais alguns séculos ou milênios de evolução. Não adianta querer explicar cálculo integral a um aluno do primário, ao qual, entretanto, se diz tudo o que se tem que dizer sem enganá-lo, mas não se pode "avançar o sinal". A seu tempo, quando o Espírito verdadeiro, o Eu profundo, estiver amadurecido pela unificação com o Cristo, então será possível perceber a totalidade complexa e profunda do ensino.


A anotação da escolha é taxativa e esclarecedora: "não vós me escolhestes, mas eu vos escolhi". Não é o discípulo que escolhe o Mestre, mas este que o escolhe, quando vê que está apto a ouvir suas lições e a praticar seus ensinos. Muita gente, ainda hoje, pretende escolher seu Mestre: um quer seguir Ramakrishna, outro Râmana Maharshi, outro Yogananda, outro Rudolf Steiner, outro Max Heindel.


Livres de fazê-lo. Mas será que esses Espíritos os aceitam como discípulos? Será que estes estão à altura de compreender seus ensinamentos e imitar suas vidas, seguindo-os passo a passo na senda evolutiva? O Mestre nos escolhe de acordo com nossa tônica vibratória, com o Raio a que pertencemos, aceitando-nos ou rejeitando-nos segundo nossa capacidade, analisada por meio de sua faculdade perceptiva.


Essa é uma das razões da perturbação de muitos espiritualistas, que peregrinam de centro em centro, de fraternidade em fraternidade, perlustrando as bancas de muitas "ordens" e não se fixando em nenhuma: pretendem eles escolher seu Mestre, de acordo com seu gosto personalístico, e só conseguem perturbar-se cada vez mais.


Como fazer, para saber se algum Mestre nos escolheu como discípulos? e para saber qual foi esse Mestre? O caminho é bastante fácil e seguro: dedique-se a criatura ao trabalho e ao serviço ao próximo durante todos os minutos de sua vida, e não se preocupe. Quando estiver "maduro", chegará a mão do Mestre carinhosa e o acolherá em seu grupo: será então o escolhido. O mais interessante é que a criatura só terá consciência disso muito mais tarde, anos depois. E então verificará que todo o trabalho anteriormente executado, e que ele acreditava ter sido feito por sua própria conta, já fora inspiração de seu Mestre, que o preparava para recebê-lo como discípulo. Naturalidade sem pretensões, trabalho sincero sem esperar retribuições, serviço desinteressado e intenso, mesmo naqueles setores que a humanidade reputa humildes são requisitos que revelarão o adiantamento espiritual da criatura.


A esses "amigos escolhidos", o Mestre envia ao mundo, para que produzam frutos, e frutos permanentes que não apodrecem. Frutos de teor elevado, de tal forma que o Pai possa dar-lhes tudo o que eles pedirem em nome de Cristo.


Tudo se encontra solidamente amarrado ao amor manifestado através do serviço e ao serviço realizado por amor.


E para fixação na memória do Espírito, e para que não houvesse distorções de seu novo mandamento, a ordem é repisada categoricamente: "Isso VOS ORDENO: que vos ameis uns aos outros"! Nada de perseguições entre os fiéis das diversas seitas cristãs, nada de brigas nem de emulações, nem ciúmes nem invejas, nem guerras-santas nem condenações verbais: AMOR!
Amai-vos uns aos outros, se quereis ser discípulos do Cristo!
Amai-vos uns aos outros, católicos e evangélicos!
Amai-vos uns aos outros, espíritas e evangélicos!
Amai-vos uns aos outros, católicos e espíritas!
Amai-vos uns aos outros, hindus e budistas!
Amai-vos uns aos outros, espíritas e umbandistas!
Amai-vos uns aos outros, teósofos e rosacruzes!
Amai-vos uns aos outros, é ORDEM de nosso Mestre!
Amai-vos uns aos outros!

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71
D. O Novo PÃO, Jo 6:1-71

1. O Sinal dos Pães (6:1-14)

Depois disso, partiu Jesus para o outro lado do mar da Galiléia, que é o de Tiberíades (1). Novamente a cena passa de Jerusalém (Jo 5:1-2) para a Galiléia, onde Ele foi agora, pela terceira vez (Jo 2:1-4.3). A expressão depois disso é característica de João, e aqui ela resume o que havia acontecido recentemente em Jeru-salém. A estada de Jesus na Galiléia desta vez fora mais longa, evidentemente por causa da oposição que Ele havia encontrado em Jerusalém (Jo 5:16-7.1). O uso de [mar de] Tiberíades é peculiar de João (Jo 6:23-21.1). Este foi um nome posterior que começou a ser usado depois da fundação da cidade de Tiberíades, na costa oeste do mar da Galiléia, por Herodes Antipas (aprox. 25 d.C.).

E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os en-fermos (2). Os verbos seguia e operava estão no tempo imperfeito em grego. Eles poderiam ser assim traduzidos, respectivamente: "estava continuamente seguindo" e "estava continuamente operando". A atividade de cura de Jesus regularmente atraía as multidões da Galiléia.

E Jesus subiu ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos (3). Esta frase, junto com a afirmação no versículo 1, e comparada com Lucas 9:10, indica que o lugar estava próximo a Betsaida Júlia, na costa nordeste do mar da Galiléia. Por monte "se entende um planalto mais alto que o lago, e não um cume em particular"."

E a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima (4). Esta é uma afirmação sur-preendente, porque a Galiléia está longe de Jerusalém, onde a Páscoa era tradicional-mente celebrada. A melhor explicação parece ser que o autor chama a atenção para esta principal festa dos judeus, com a finalidade de colocar o judaísmo em um nítido contraste com o que Jesus diz à mesma multidão em Cafarnaum (6.24,59). Muito do que o nosso Senhor disse ali tinha uma natureza altamente sacramental (e.g., 53). O velho pão (o maná,
31) e tudo o que ele representa (o judaísmo, a lei) são inadequados para a verda-deira necessidade de vida eterna do homem, enquanto Jesus proclama que Ele mesmo é "o pão que desceu do céu" (41), o "pão da vida" (48).

Este é o único milagre de Jesus que está registrado nos quatro Evangelhos (cf. Mt 14:13-21; Mac 6:30-44; Lc 9:10-17). Então, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? (5) O registro aqui não menciona o fato de que Jesus tivesse compaixão da multidão (cf. Mt 14:14; Mc 6:34). Ao contrário, a sua vinda é a oportunida-de para que Filipe seja posto à prova. Mas dizia isso para o experimentar (6). A observação de João — porque ele bem sabia o que havia de fazer — é típica. "Em todo o seu Evangelho, o evangelista fala como alguém que tem um íntimo conhecimento da mente do Senhor"."

A resposta de Filipe, Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco (7) lida com o problema "a nível do mercado".59 Di-nheiros significa literalmente "denários", que eram as moedas de prata romanas, com valor aproximado de dezoito a vinte centavos de dólar americano, "um salário médio de um dia de trabalho de um operário"." Então ainda permanece a pergunta: "De onde sairá o pão para a multidão?" Filipe, e cada cristão, "deve ser levado a perceber que toda obra missionária se origina de uma interpretação humana adequada dos objetivos divi-nos, e não é um mero desejo humano de divulgar as nossas próprias convicções religiosas limitadas pelos nossos recursos materiais".61

A resposta de Filipe foi calculista e hesitante. A sugestão de André foi otimista, e indicava a possibilidade de aproveitar completamente a oportunidade (cf. 1:41-42), por menos promissora que ela pudesse parecer à primeira vista. Está aqui, disse ele, um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tan-tos? (9) A quantidade de comida era muito pequena e a qualidade não era das melhores. Pães de cevada eram o alimento das pessoas pobres, e os dois peixinhos eram peixes do tipo da sardinha.

Então Jesus deu a ordem: Mandai assentar os homens (10). O fato de que havia muita relva naquele lugar sugere que era primavera (cf. 6.4), o que está em harmonia com a referência à Páscoa (4). A palavra usada para homens indica que os cinco mil não incluíam as mulheres nem as crianças (cf. Mt 14:21). E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os... pelos que estavam assentados; e igualmen-te também os peixes, quanto eles queriam (11). As palavras pelos discípulos e os discípulos não estão nos melhores manuscritos e, portanto, são omitidas nas versões mais recentes. Mas os relatos Sinóticos indicam que Jesus usou os discípulos para ali-mentar a multidão. A palavra traduzida como havendo dado graças, eucharistesas, é ao mesmo tempo bonita e altamente significativa. Daí se origina a palavra "eucaristia", que significa a Ceia do Senhor. Muito do que vem a seguir (Jo 6:51-58) é eucarístico, no seu tom e significado (cf. Mt 26:27; Mac 14.23; Lc 22:19).

O recorrente tema da abundância da dádiva da graça de Deus e do seu Espírito no homem começa a brilhar aqui — eles estavam saciados (12; cf. Jo 1:16-2.7; 4.14; 7:38-39).

Depois que todos tinham comido, mediante uma ordem de Jesus, os discípulos enche-ram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido (13).

Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo (14, cf. Dt 18:15). Esta reação ao sinal é típica e semelhante a outras reações neste Evangelho (cf; 4.19; 7.40; 9.17). Também era a força motivadora que os fazia tentar arrebatá-lo, para o fazerem rei (15) ; e tendo fracassado nesse intento, esta motivação os levava a procurá-lo no outro lado do lago (6:24-25). Para evitar um possível levante que o colocaria em uma posição de Messias-Rei — porque estas eram as conotações das palavras profeta e rei — Jesus tornou a retirar-se, ele só, para o monte (15).

  1. O Sinal do Mar Acalmado (6:15-24)

Esta seção é uma espécie de interlúdio de transição para o tema principal — o Pão da Vida. Ela tem pelo menos três objetivos principais. Primeiramente, fornece o relato da mudança de cenário de Betsaida Júlia, o lugar do milagre dos pães e peixes, para Cafarnaum (ver o mapa 1), o cenário do discurso a respeito do Pão da Vida. Isto é de particular interesse, uma vez que os discípulos primeiro passaram o mar (17) na direção oeste, em um barco açoitado por um mar tempestuoso (16-19). Mais tarde, Jesus atravessou, andando sobre o mar (19) e subindo no barco com os discípulos (21). Mais tarde ainda (no dia seguinte), a multidão entrou também nos barcos e foi a Cafarnaum (24).

Um segundo objetivo é o de mostrar a completa inadequação do homem diante da adversidade, quando deixado sozinho com os seus próprios recursos. A imagem é clara. Era já escuro (17), e conseqüentemente os discípulos não eram capazes de manter um curso exato. Eles estavam sozinhos, separados da Fonte da ajuda adequada — ainda Jesus não tinha chegado perto deles (17). A adversidade natural da vida os superou — e o mar se levantou, porque um grande vento assoprava (18). Os seus medos multiplicaram-se com a aparição da Presença não reconhecida — e temeram (19). Vin-te e cinco ou trinta estádios seriam cerca de 5 a 6,5 quilômetros.

Finalmente, este foi o cenário em que os discípulos aprenderam que a Presença divina vem ao homem não somente na hora da adoração no lugar sagrado, mas nos momentos inesperados e de maior necessidade (cf. Hb 4:16). Jesus chegou dizendo Sou eu (literalmente, "Eu sou") ; a divina Presença está aqui; não tenham medo (20).

Então, eles, de boa mente, o receberam no barco; e logo o barco chegou à terra para onde iam (21). Aqui está um bonito epílogo para todo o drama. Logo prova-velmente significa "rapidamente".

  1. O Pão Eterno (6:25-65)

a. O Verdadeiro Trabalho (6:25-34). As multidões que comeram os pães e os peixes do milagre não se desanimavam facilmente. Eles não podiam perder o contato com aquele que lhes providenciara uma refeição sem que houvessem tido nenhum custo ou trabalho. Julgando que Ele tinha partido de Betsaida Júlia rumo a Cafarnaum, eles foram para lá, à sua procura (24). E, achando-o no outro lado do mar, disseram lhe: Rabi, quando chegaste aqui? (25) Encontrando-o no dia seguinte, essas pesso-as tinham fome novamente. Elas tentaram dar a impressão de que tinham atravessa-do o lago por causa de quem Ele era, mas a verdadeira razão é que esperavam conse-guir alguma coisa para si mesmos. E Jesus, sabendo disso (cf. 2.25), disse: Na verda-de, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas por-que comestes do pão e vos saciastes (26). Então, Jesus lhes deu uma ordem e ao mesmo tempo uma promessa. A ordem tem um aspecto positivo, e outro negativo.

Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna (27). A promessa é que crer no Filho (27) provê mais do que a comida perecível; esta atitude traz uma dádiva que permanece para a vida eterna, a qual Filho do Homem vos dará (27). O contraste das duas palavras trabalhai e dará "é essencial para o sentido da passagem. O trabalho do crente, no final, não traz uma recompensa como se fosse a título de salário, mas garante uma dádiva, uma bênção".' Aquele que dá a dádiva é a própria Dádiva (cf. 6.51), porque a este o Pai, Deus, o selou (27), i.e., "o comissionou para este exato propósito".'

A próxima pergunta feita pelo povo é uma pergunta deliberativa — do tipo que espe-ra uma resposta imperativa. Poderia ser traduzida literalmente como: "Que devemos fazer para executar as obras de Deus?" (28) Embora pareça enigmática, a resposta de Jesus foi simples: "A obra que realmente importa é ter fé em Cristo" (cf. Atos 16:30-31). A obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou (29). O tempo presente do verbo crer é importante aqui, e significa "que vocês possam ter fé continuamente, que vocês possam viver uma vida de fé".'

O pedido de Jesus para que eles tivessem fé naquele que Deus enviou fez com que desafiassem a sua autoridade (cf. Jo 2:18-4.11). Por que deveriam crer nele? Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos, e creiamos em ti? Que operas tu? (30) A volta deles para a religião tradicional, embora vazia, é típica na narrativa de João. Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu (31; cf. Jo 4:12-20; 5.10; 9.16). É como se essas pessoas estivessem dizendo a Jesus: "Ontem, você nos alimentou. Hoje o procuramos para ter outra refeição e tudo o que você nos dá é essa conversa sobre ter fé. Moisés fez melhor do que isto. O maná estava fresco todas as manhãs. Então, ou você nos dá comida, ou não o seguiremos mais!"

Aqui Jesus corrige a impressão deles. Até mesmo as dádivas, como por exemplo o maná da antiga aliança, não vieram de Moisés, mas sim de Deus — Moisés não vos deu o pão do céu (32). E mesmo as dádivas de Deus da antiga aliança, como o maná, não tinham outra intenção senão a de anunciar o verdadeiro pão (cf. Hb 10:1). Porque pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo (33; cf. Jo 4:14).65 Assim como a samaritana havia pedido, "Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede e não venha aqui tirá-la" (4.15), estas pessoas disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão (34) [66].

b. "O Verdadeiro Pão" (6:35-40). Jesus agora lhes declarou abertamente aquilo que ficara oculto no sinal e no simbolismo. Se realmente quisessem o pão que Ele lhes daria, precisariam saber que Ele era aquele pão. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede (35; cf. Jo 4:14-6.48,58; 7.37--38). Até agora, no Evangelho de João, a expressão Eu sou já ocorreu duas vezes em declarações diretas de Jesus sobre a sua divindade (4.26; 6.20). Aqui começa o uso de metáforas fortes e expressivas. Elas aparecem dezessete vezes e os exemplos mudam: por exemplo, Eu sou o pão da vida; "Eu sou a luz do mundo" (8,12) ; "Eu sou a porta" (10.9). Westcott escreve: "Os exemplos com que se conecta [Eu Sou] fornecem um estudo completo da obra do Senhor".'

Os verbos vem e crê no presente retratam uma ação continuada e persistente, e são importantes nesta seção. A implicação é que deixar de vir ou de ter fé também significa a descontinuidade da satisfação da fome e da sede.

O povo tinha pedido um sinal (6,30) e agora Jesus lhes diz que eles têm um sinal -a Encarnação — embora não acreditem. Já vos disse que também vós me vistes e, contudo, não credes (36).

Nos versículos 37:40, há dois temas principais. Primeiro, a vontade de Deus se torna efetiva para o homem por meio do Filho, e tem como resultado a vida eterna. O Filho realiza a vontade do Pai — porque eu desci do céu não para fazer a minha vonta-de, mas a vontade daquele que me enviou (38; cf. Mt 26:39-42). Graças ao perfeito desempenho do Filho em realizar a vontade do Pai, o plano de Deus para o homem é: 1. uma completa comunhão com Cristo (37) ; 2. orientação e graça para aqueles que vêm (37) e assim "continuam tendo fé nEle" (lit.,
40) ; 3. a vida eterna, i.e., a vida no seu nível mais elevado, aqui e agora — a vida santificada (cf. 1 Ts 4.3). Posteriormente, haverá a transformação completa (cf. 2 Co 3,18) com a participação na sua ressurreição. A frase eu o ressuscitarei no último Dia (40) aparece como um tipo de refrão por toda esta seção (39-40,44,54).

O segundo tema é que a vida eterna, tanto no seu significado presente quanto no escatológico, está aberta para o homem. Isto não se deve ao mérito do homem, mas so-mente à graça de Deus. A interpretação negativa da frase Tudo o que o Pai me dá virá a mim (37), como base para uma doutrina de reprovação, significa o retorno à lógica inflexível. Gossip comenta: "Existem coisas mais verdadeiras do que isso na vida... tudo o que ela diz é que se somos cristãos, então somos dele não por causa de alguma coisa que tenhamos feito... mas unicamente porque Deus se propôs a nos ganhar"."

c. As Objeções São Anuladas (6:41-51). Os judeus objetaram a afirmação de Jesus de que Ele era o pão que desceu do céu (41), com base no fato de que eles conheciam os seus pais humanos (42). Como, pois, Ele pode ser o Pão do céu? Jesus anulou as suas objeções ressaltando que foi o Pai quem tomou a iniciativa de redimir os homens (44), e que tudo o que eles vêem ou deveriam ver é a completa revelação daquele que Deus enviou (44,46). Isto, Ele disse, deveriam saber por terem lido as palavras dos profetas (Is 54:13; Jr 31:34). Se tivessem seguido os ensinos dos profetas, teriam sido todos ensina-dos por Deus e viriam até o filho (45). Tão perfeita e adequada é a revelação de Deus no Filho, que Ele podia dizer: Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna (47).

Os judeus haviam apelado para a sua religião tradicional como se esta fosse mais adequada do que a promessa de Jesus (6.31). Agora Jesus, declarando-se como o pão da vida (48), com sutil humor acrescentou: Vossos pais comeram o maná no de-serto e morreram (49). A antiga aliança não satisfez a mais profunda necessidade do homem. Mas quanto ao Pão novo e eterno, o que dele comer não morre (50). Além disso, o novo Pão está aqui, disponível para todos os homens por meio da cruz. O pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo (51).

  1. A Comida e a Bebida Verdadeiras (6:52-59). A promessa de Jesus de que Ele daria a sua carne... pela vida do mundo (6,51) causou uma discussão ("um violento debate", segundo a versão NEB em inglês) entre os judeus, e eles perguntaram: Como nos pode dar este a sua carne a comer? (52) Naturalmente, Jesus falava figuradamente da sua conciliação, mas eles vacilaram, e os homens ainda vacilam, com respeito à idéia da cruz, e da sua elevada provisão. Eles não perguntaram: "Como podemos comer?" E sim: "Deus consegue fazer isso?"." Os homens ainda fazem a mesma pergunta, de uma forma ligei-ramente diferente: "Deus é capaz de santificar completamente um homem?"

A resposta de Jesus descreve a maneira exclusiva da santidade cristã e ao mesmo tempo proclama a grande promessa da possibilidade da vida eterna, da vida de santida-de. Se não comerdes (ou seja, não existe alternativa) a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a mi-nha carne e bebe o meu sangue tem [no presente] a vida eterna, e eu o ressusci-tarei no último Dia (53-54). Aquele que participa, pela fé, da sua natureza, da vida de santidade, tem a vida eterna. A santidade de coração é a essência do significado da Ceia do Senhor.

Dois temas para posterior desenvolvimento aparecem na resposta de Jesus. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu, nele (56). A mesma palavra aqui traduzida como permanecer aparece como "estar em" no exemplo da videira e das varas no capítulo 15. O tema da unidade do Pai, do Filho e do crente é evidente no versículo 57. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim quem de mim se alimenta também viverá por mim (cf. Jo 17:21).

O resumo final da resposta de Jesus mostra a completa inadequação da antiga ali-ança e a satisfação duradoura que há no novo Pão. Vossos pais...comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre (58).

  1. Um Discurso Severo (6:60-65). Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isso, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir? (60) O discurso era duro, não por ser ininteligível, mas porque transmitia as exigências completas e elevadas da cruz. "Ele reivindicava a completa submissão, a autodevoção, e a auto-entrega dos discí-pulos. Ele significativamente apontava para a morte".' Quem o pode ouvir? significa "Quem pode aceitar isso?" (Phillips)

A resposta de Jesus (61-64) à sua reclamação foi realmente uma volta a sua pergun-ta. Se eles hesitavam em relação às completas implicações da Encarnação, o que fariam se vissem subir o Filho do Homem para onde primeiro estava? (62) Se é difícil acreditar que Deus veio em carne (cf. 1.14), como alguém poderia acreditar que o espíri-to é o que vivifica (63) e que até mesmo na morte na cruz existe glória (cf. Fp 2:8-9) ? A carne para nada aproveita (63), i.e., "A nova era que Jesus inaugura... não deve ser definida em termos de milagres chocantes no plano dos fenômenos, no plano stfrx... mas em termos daquela ordem de ser, que é real e eterna".71

Apesar de as palavras de Jesus serem espírito e vida (63), Ele sabia que alguns não estavam reagindo com fé: Bem sabia Jesus, desde o princípio, quem eram os que não criam e quem [Judas 1scariotes] era o que o havia de entregar (64; cf. Jo 2:25). No versículo 65, Jesus repete o que já havia dito no versículo 44. Outra vez encon-tramos aqui a realidade da soberania divina em ação com a liberdade humana.

4. Os Discípulos nas Encruzilhadas (Jo 6:66-71)

Não há palavras mais surpreendentes no Evangelho de João do que as seguintes: Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram para trás e já não andavam com ele (66). Alguns o haviam seguido por razões erradas (6,26) ; outros tinham muita vontade de refugiar-se na religião tradicional (6,31) ; outros acharam o chamado da san-tidade de coração e vida excessivamente exigente (6,53) — então tornaram para trás!

Por que eles voltaram? Um desenvolvimento intitulado "Discípulos nas Encruzilha-das" poderia ser estruturado em torno de três idéias básicas: 1. Alguns estavam mais interessados em ganhos materiais (pães) do que em permitir que Jesus dirigisse as suas vidas (26-27) ; 2. Alguns estavam completamente satisfeitos com uma forma de religião isenta de comprometimento (30-31) ; 3. Alguns, particularmente Judas, enxergaram o custo do verdadeiro discipulado, da santidade de coração (53,70-71).

Então Jesus voltou-se para os doze e disse: Quereis vós também retirar-vos? (67) Pedro tivera uma visão de primeira mão das "possibilidades da graça" — a promessa de tornar-se um participante da natureza de Jesus (6,54) e a garantia de compartilhar a sua ressurreição (6:39-40,44,54). Neste cenário, Pedro pronunciou estas palavras memoráveis: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna, e nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus (ou "O Santo de Deus"; 68-69).

Judas e a sua traição a Jesus são mencionados duas vezes nesta seção (64,70-71). Será possível que, assim como Pedro viu as "possibilidades da graça" conduzindo à santidade de coração, Judas tenha visto uma cruz, e não um Reino celestial logo à frente? Será que ele enxergou que não há maneira de servir a Deus exceto tornando-se um participante da sua natureza (6,53) ? Será possível que, a partir deste dia em que Judas compreendeu o tema da santidade de coração, ele tenha definido como a sua direção a rejeição da luz, culminando em uma separação final? "Ele... saiu logo: e era já noite" (13.30).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de João Capítulo 6 versículo 31
Sl 78:24; conforme também Ex 16:4,Ex 16:15; Ne 9:15.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71
*

6.1-71

Este capítulo é o ponto crucial dos capítulos 2:12. Revela a identidade de Jesus como Aquele enviado do Pai (vs. 38,44,46, 50, 51, 57); de maneira figurada distingue entre a fé e a descrença através da ilustração do comer e do beber a carne e o sangue de Jesus (vs. 53-58); narra a crescente rejeição, motivada pela descrença com que Jesus se defrontou (vs. 41-42; 60-66). Os sinais, neste capítulo, recordam os correspondentes eventos salvíficos na história de Israel. Indicam que Jesus cumpre a tipologia da Páscoa, do Êxodo e da provisão de alimento no deserto.

* 6.1-4

Jesus deixa Jerusalém e vai para a margem oposta do mar da Galiléia, já perto da Páscoa. Esta festa foi estabelecida em Êx 12:43-51 para comemorar o modo como Deus "passou por cima" dos israelitas e matou os egípcios. As passagens do Antigo Testamento lidas durante a Páscoa, nos tempos de Jesus, provavelmente incluíam Gn 1:8; Êx 11:16 e Nm 6:14. Há fortes semelhanças entre estes textos e os comentários de Jesus, neste discurso.

* 6:1

Tiberíades. É um outro nome do mar da Galiléia, dado em homenagem à cidade de Tibérias, construída por Herodes entre os anos 20:30 d.C..

* 6:2

os sinais que ele fazia. João registra só uma cura na Galiléia, a do filho do oficial do rei (4.46-54). Jesus deve ter feito outros sinais miraculosos ali (conforme 21.25)

* 6:3

subiu Jesus ao monte. Este detalhe pode ter tido a intenção de sugerir uma comparação entre Jesus e Moisés, que subiu ao Monte Sinai (v. 14, nota).

* 6.5-15

A alimentação dos cinco mil. Jesus alimenta a multidão, como Moisés fez no deserto (Nm 11),

* 6:5

para lhes dar a comer. Reminiscência de Nm 11:13, onde Moisés faz uma pergunta semelhante.

* 6:7

duzentos denários. Um denário correspondia ao pagamento de um dia de trabalho (Mt 20:2).

* 6:10

cinco mil. O número não incluía mulheres e crianças (Mt 14:21 conforme 2Rs 4:42-44).

* 6:14

o profeta. Isto é, profeta semelhante a Moisés (Dt 18:15).

* 6:15

para o proclamarem rei. O reinado do Messias devia ser espiritual e não político. Conquanto aceitasse o título de "Rei de Israel" (1.49), Jesus recusou a oferta de Satanás (Mt 4:8,9; Lc 4:5,6) e os esforços mal orientados do povo.

* 6.16-21

Este milagre é registrado em Mt 14:22-33 e em Mc 6:47-51. Não deve ser confundido com a tempestade acalmada, em Mt 8:23-27; Mc 4:36-41 e Lc 8:22-25.

* 6:21

logo. Alguns entendem este episódio como sendo um milagre adicional; outros entendem que depois de Jesus entrar no barco, nenhuma outra dificuldade foi encontrada.

* 6:26

não porque vistes sinais. Ainda que tivessem visto o milagre da multiplicação de pães e peixes, não o reconheceram como um sinal que identificasse Jesus como o Messias. Foi meramente como uma oportunidade de refeição para eles.

* 6:27

Jesus aponta para o significado espiritual do milagre, que é estabelecer o selo de Deus como aprovação de seu ministério e identificá-lo como o Filho do homem, o Messias prometido.

* 6:31

Eles esperavam que a vinda do Messias fosse marcada por um milagre tão grande ou maior do que a dádiva do maná no deserto.

* 6:32

o verdadeiro pão do céu. A palavra "verdadeiro" tem um sentido especial. Jesus se refere ao que é eterno em contraste com o que é meramente representativo. O pão que Deus providenciou através de Moisés (Êx 16, Nm 11) era apenas material e temporal, e não espiritual e eterno. Ver nota em 4.24.

* 6:33

o que desce do céu. Este é Jesus Cristo cuja encarnação é descrita como "descida do céu" (vs. 38, 41, 42, 50, 51, 58; 3.13, 31; Ef 4:9-10).

e dá vida ao mundo. Cristo provê vida eterna para aqueles que estão mortos em delitos e pecados (Ef 2:1). Estes são escolhidos não somente dentre os judeus mas dentre os de todo o mundo. Jesus não ensina aqui a salvação universal, mas a relevância e o apelo universais de sua obra salvadora (3.16, nota).

* 6:34

dá-nos sempre deste pão. Eles entenderam mal as afirmações de Jesus, tomando-as em sentido puramente físico, como Nicodemos (3,4) e como a mulher samaritana (4,15) tinham feito.

* 6:35

Eu sou o pão da vida. Esta é a primeira das sete expressões "Eu sou", ditas neste Evangelho (8.12; 9.5; 10.7, 9, 11,14; 11.25; 14.6; 15.1,5). A expressão recorda Êx 3:14 e é uma implícita reivindicação de divindade (8.58,59 e notas).

* 6:37

Todo aquele que o Pai me dá. Deus conduz à fé todos aqueles que escolheu redimir. A redenção do eleito é certa. O Filho promete aceitar qualquer um que crê verdadeiramente.

* 6:38

não para fazer a minha própria vontade. A vontade do Filho e a vontade do Pai concordam plenamente; não há competição ou desacordo. A submissão de Jesus ao Pai mostra esta harmonia.

* 6:39

que nenhum eu perca... eu o ressuscitarei. A vontade do Pai não é apenas o oferecimento de uma oferta, realizada pelo próprio Jesus, em benefício dos pecadores perdidos. Ele, finalmente, ressuscitará a todos os que o Pai lhe deu e não deixará perder-se nem um só deles. Deus graciosamente os faz perseverar como verdadeiros crentes, assegurando sua salvação final. Ver "Perseverança dos Santos", em Rm 8:30.

* 6:41

Murmuravam, pois, dele os judeus. Esta atitude é semelhante à dos israelitas no deserto, que murmuravam contra Moisés e Arão (Êx 16:7; 17:3; Nm 11:1).

que desceu do céu. A origem de Jesus estabelece sua identidade como Messias e Filho de Deus (vs. 29, 33, 38; 1.1,2, 14, 18, 45, 46; 3.2, 13 17:31-5:36-38). Os que são confrontados com esta revelação devem responder, ou crendo ou rejeitando. Não há meio-termo.

* 6:44

se o Pai, que me enviou, não o trouxer. Jesus ensina que ninguém pode responder positivamente à sua advertência ou ao seu convite sem a atuação do Pai em guiar o indivíduo a Jesus. O coração é naturalmente duro e não aceitará o convite de Deus, a menos que uma obra especial da graça de Deus aconteça (v.65). Ver "Vocação Eficaz e Conversão", em 2Ts 2:14).

* 6:45

E serão todos ensinados por Deus. Em seu contexto original, Is 54:13 é uma promessa de redenção final. Jesus, na próxima frase, indica que os que participam desta redenção são os que vêm a ele, identificando-se, portanto, com aquele em quem a redenção final se realiza.

tem ouvido... vem a mim. Todo aquele que deseja pode vir e vem porque "aprenderam do Pai", que os traz (v. 44).

* 6.51-58

Os ouvintes de Jesus continuam a entender mal suas afirmações, tomando-as em sentido puramente físico (conforme v. 34). Entendido literalmente, aquilo que Jesus disse seria altamente objetável uma vez que envolveria canibalismo e uso de sangue, o que era severamente proibido pela Lei (Gn 9:4; Lv 7:26,27; 17.10-14; Dt 12:23,24). Jesus emprega a linguagem do comer e do beber para ilustrar a intimidade da união entre Cristo e o crente. Esta união espiritual pela qual Cristo infunde nova vida ao crente é retratada posteriormente, no Evangelho, como a união entre a vinha e seus ramos (15.1-8). Esta união é, às vezes, chamada "união mística" e é um tema bastante repetido nas cartas de Paulo (Gl 2:20; Ef 1:3-14).

Ainda que alguns vejam aqui uma referência à Ceia do Senhor, uma menção a este Sacramento, neste ponto, teria sido incompreensível aos ouvintes de Jesus. Esta passagem é melhor entendida como apontando para a realidade espiritual que a Ceia do Senhor também significa — a união com Cristo e todos os benefícios da salvação recebidos através dele.

* 6:51

pão vivo. Ver nota no v. 32.

do mundo. Ver nota em 4.42.

* 6:53

se não comerdes... e não beberdes. Fora da união pessoal com o Salvador, não há salvação. Ver "A Ceia do Senhor", em 1Co 11:23.

* 6:60

Muitos de seus discípulos. Estes discípulos se ofenderam com as palavras de Jesus, recusaram-se a ouvir a sua explicação e não quiseram aceitar a mensagem da salvação pela graça.

* 6.61, 64, 70

Três exemplos de conhecimento sobrenatural (conforme 2.24,25).

* 6:62

virdes o Filho do homem subir. Do mesmo modo que "levantar" (3.14, nota), "subir" aqui, provavelmente se refere aos eventos que se iniciam com o "ser levantado" na cruz, culminando na sua exaltação à mão direita do Pai. Se muitos de seus discípulos murmuravam diante de suas palavras nos vs. 53-58, como reagiriam ao escândalo da crucificação? Ver "A Ascenção de Jesus", em Lc 24:51.

para o lugar onde primeiro estava. Uma referência à preexistência da Palavra viva (1.1-3).

* 6:63

O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita. Esta expressão torna claro que entender as palavras de Jesus em sentido meramente físico é absolutamente errado. Notar a estreita cooperação entre o Pai (vs. 37-40. 44-46, 57, 65), o Filho e o Espírito Santo (v. 63) mostrada nesta passagem.

* 6:65

ninguém poderá vir a mim, se. É impossível a qualquer pessoa ir a Cristo, sem a chamada eficaz de Deus. A incapacidade moral do pecador para escolher Cristo precisa ser sobrepujada pelo poder gracioso e soberano do Espírito (3.5-21).

* 6.66-71

Um ponto crucial neste Evangelho. Muitos de seus discípulos, juntos com a multidão, rejeitaram a Cristo em sua descrença, enquanto os seus discípulos, que permaneceram fiéis (como na confissão de Pedro, por exemplo) aprofundaram sua fé nele.

* 6:67

quereis... retirar-vos. A pergunta de Jesus enseja a firme resposta de Pedro, que fala pelos Doze. Uma situação paralela é encontrada em 13 40:16-20'>Mt 16:13-20; Mc 8:27-29; Lc 9:18-20.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71
6:5 De saber algum onde conseguir comida, esse tivesse sido Felipe, porque era da Betsaida, uma aldeia a uns quatorze quilômetros e meio de distância (1.44). Jesus provava ao Felipe a fim de fortalecer sua fé. Ao pedir uma solução humana (sabendo que não existia tal coisa), destacou o ato poderoso e milagroso que estava a ponto de realizar.

6.5-7 Quando Jesus perguntou ao Felipe onde comprar uma enorme quantidade de pão, este começou a calcular o custo provável. Jesus queria lhe ensinar que os recursos financeiros não são os mais importantes. É possível que limitemos a obra de Deus em nós por supor de antemão o que é possível e o que não. Existe alguma tarefa impossível que acredita que Deus deseja que faça? Não permita que sua avaliação do irrealizável lhe impeça de aceitar a tarefa. Deus pode fazer algo milagroso; confie no quanto à provisão de recursos.

6.8, 9 Se faz um contraste entre os discípulos e o menino que brindou o que tinha. Contavam com mais médios que o menino, mas como sabiam que o que tinham não era suficiente, não deram nada. O menino entregou o pouco que tinha e isso foi o que o trocou tudo. Se não oferecermos nada a Deus, O não terá nada para usar. Mas pode tomar o pouco que temos e convertê-lo em algo grande.

6.8, 9 Ao efetuar seus milagres, Jesus pelo general preferia obrar através da gente. Aqui tomou o que lhe oferecia um menino e o usou para levar a cabo um dos milagres mais espetaculares narrados nos Evangelhos. A idade não representa uma barreira para Cristo. Nunca pense que é muito jovem nem muito velho para lhe ser útil.

6:13 Existe uma lição nas sobras. Deus dá em abundância. Toma o que podemos lhe oferecer quanto a tempo, habilidade ou recursos e multiplica sua eficácia além de nossas expectativas mais amalucadas. Se der o primeiro passo ficando à disposição de Deus, este lhe mostrará quão grandemente pode utilizá-lo para estender seu reino.

6:14 "O profeta" é aquele que profetizou Moisés (Dt 18:15).

6:18 O mar da Galilea está 195 m por debaixo do nível do mar, tem uma profundidade de 45 m e está rodeado de colinas. Estas características físicas fazem que fique exposto a tormentas repentinas com ventos que causam ondas muito altas. Tais tormentas se esperavam neste lago, mas também eram atemorizantes. Quando Jesus foi a seus discípulos durante uma tormenta andando sobre a água (a mais de 5 km da costa), disse-lhes que não temessem. Freqüentemente enfrentamos a tormentas espirituais e emocionais e nos sentimos sacudidos como um pequeno bote em um grande lago. Apesar das circunstâncias aterradoras, se confiarmos nossas vidas a Cristo para que as proteja, O nos dará paz em qualquer tormenta.

6:18, 19 Os discípulos, atemorizados, possivelmente pensaram que viam um fantasma (Mc 6:49). Mas se tivessem recordado as coisas que tinham visto fazer ao Jesus, poderiam ter aceito este milagre. Tiveram medo. Não esperavam que Jesus se aparecesse e não estavam preparados para receber sua ajuda. A fé é uma atitude mental que nos faz esperar que Deus atue. Quando atuamos de acordo com esta expectativa, podemos vencer os temores.

6:26 Jesus criticava às pessoas que o seguiam unicamente pelos benefícios físicos e temporários em lugar de fazê-lo para saciar sua fome espiritual. Muitas pessoas utilizam a religião para obter prestígio, consolo, inclusive votos políticos. Mas esses motivos são egoístas. Os verdadeiros crentes seguem ao Jesus porque sabem que O tem a verdade e que sua verdade é caminho de vida.

6:28, 29 Muitos que procuram sinceramente a Deus ficam perplexos quanto ao que A deseja que façam. As religiões do mundo representam os intentos da humanidade em responder a esta pergunta. Mas a resposta do Jesus é breve e singela: devemos acreditar no que Deus enviou. O que agrada a Deus não surge do trabalho que fazemos, mas sim de ver em quem acreditam. O primeiro passo é aceitar que Jesus é o que diz ser. Todo desenvolvimento espiritual se edifica sobre esta asseveração. Declare ao Jesus: "Você é o Cristo, o Filho do Deus vivente" (Mt 16:16), e embarque-se em uma vida de fé que agrade a seu Criador.

6:35 A gente come pão para saciar sua fome física e para manter sua vida física. Podemos saciar a fome e manter a vida espirituais unicamente mediante uma adequada relação com o Jesucristo. Com razão dizia que era o pão de vida. Mas o pão deve comer-se para manter a vida e a Cristo deve convidar-se a entrar em nosso jornal andar para manter a vida espiritual.

6.37, 38 Jesus não obrava independentemente de Deus o Pai, a não ser com O. Isto devesse nos dar maior segurança de ser aceptos na presença de Deus e protegidos pelo. O propósito do Jesus era fazer a vontade de Deus, não satisfazer seus desejos humanos. Devêssemos ter o mesmo propósito.

6:39 Jesus disse que não perderia uma pessoa sequer das que o Pai lhe tinha dado. Assim que qualquer que se comprometa sinceramente a acreditar no Jesucristo como Salvador está seguro na promessa de vida eterna que dá Deus. Cristo não permitirá que Satanás vença a seu povo e este perca a salvação (vejam-se também 17.12; Fp 1:6).

6:40 Os que põem sua fé em Cristo ressuscitarão da morte física à vida eterna com Deus quando Cristo volte outra vez (vejam-se 1Co 15:52; 1Ts 4:16).

6:41 Quando João diz judeus, refere-se aos líderes que eram hostis ao Jesus, não aos judeus em geral. João mesmo era judeu, e também Jesus.

6:41 Os líderes religiosos murmuravam porque não podiam aceitar a declaração de divindade do Jesus. Solo o viam como o carpinteiro do Nazaret. negaram-se a acreditar que Jesus era o Filho divino de Deus e não toleravam sua mensagem. Muitas pessoas rechaçam a Cristo porque dizem que não acreditam que seja o Filho de Deus. Em realidade, o que não podem aceitar são as exigências de lealdade e obediência que lhes faz Cristo. De modo que para proteger da mensagem, rechaçam ao mensageiro.

6:44 Deus, não o homem, joga o papel mais ativo na salvação. Quando alguém decide acreditar no Jesucristo como Salvador, faz-o unicamente respondendo ao mover do Espírito Santo de Deus. O põe em nós a inquietação, nós decidimos se acreditar ou não. Ninguém pode acreditar no Jesus sem a ajuda de Deus.

6:45 Jesus fazia alusão a uma idéia do Antigo Testamento sobre o reino messiânico segundo a qual todas as pessoas recebem ensino direto de Deus (Is 54:13; Jr 31:31-34). Enfatizava a importância de não ouvir somente, mas sim de aprender. Deus nos ensina mediante a Bíblia, nossas experiências, os pensamentos que nos dá o Espírito Santo e as relações com outros cristãos. É você receptivo ao ensino de Deus?

6:47 Crie, conforme se usa aqui, significa "segue acreditando". Não acreditam uma só vez, mas sim seguimos acreditando e confiando no Jesus.

6.47ss Freqüentemente, os líderes religiosos pediam ao Jesus que lhes provasse por que era melhor que os profetas que tinham tido. Aqui Jesus se refere ao maná que Moisés deu a seus antepassados no deserto (veja-se Exodo 16). Este pão era físico e temporário. O povo o comia e lhes dava o sustento de um dia. Mas era necessário obter mais pão cada dia e este não impedia que muriesen. Jesus, que é muito maior que Moisés, oferece-se como pão espiritual do céu que satisfaz plenamente e conduz à vida eterna.

6:51 Como pode Jesus nos dar sua carne como pão para que comamos? Comer pão de vida significa aceitar a Cristo e nos unir ao. Unimos a Cristo de duas formas: (1) ao acreditar em sua morte (o sacrifício de sua carne) e ressurreição, e (2) ao nos dedicar a viver como A manda, dependendo de seus ensinos para nos guiar e confiando no Espírito Santo para receber poder.

6:56 Esta mensagem resultava chocante: comer carne e beber sangue soava a canibalismo. A idéia de beber qualquer sangue, com mais razão a humana, resultava repugnante para os líderes religiosos porque a Lei o proibia (Lv 17:10-11). É obvio que Jesus não se referia ao sangue em forma literal. O que dizia era que sua vida devia converter-se na deles. Mas eles não podiam aceitar este conceito. O apóstolo Paulo mais tarde usou a imagem do corpo e do sangue ao falar da ceia do Senhor (veja-se 1Co 11:23-26).

6:63, 65 O Espírito Santo dá vida espiritual; sem a obra do Espírito Santo nem sequer podemos ver nossa necessidade de vida nova (14.17). Toda renovação espiritual começa e acaba em Deus. O nos revela verdade, vive em nós e logo nos capacita para responder a essa verdade.

6:66 por que as palavras do Jesus fizeram que muitos de seus seguidores o abandonassem? (1) É possível que se deram conta de que não seria o Messías-Rei conquistador que esperavam. (2) Recusou ceder ante suas exigências egocêntricas. (3) Enfatizou a fé, não os fatos. (4) Seus ensinos eram difíceis de entender e algumas de suas palavras eram ofensivas. Ao crescer em nossa fé, é possível que nos sintamos tentados a nos apartar porque as lições do Jesus são difíceis. Reagirá você dando-se por vencido, passando por cima certos ensinos ou rechaçando a Cristo? Em lugar disso, peça a Deus que lhe mostre o significado de seus ensinos e lhe diga como se aplicam a sua vida. Logo tenha o valor de atuar em apóie à verdade de Deus.

6:67 Para o Jesus não existem termos médios. Quando perguntou a seus discípulos se também se iriam, mostrava-lhes que podiam tanto aceitá-lo como rechaçá-lo. Jesus não tentava rechaçar às pessoas com seus ensinos. Simplesmente dizia a verdade. quanto mais escutavam as pessoas a verdadeira mensagem do Jesus, mais se dividiam em dois bandos: os que procuravam com sinceridade porque desejavam entender mais, e os que rechaçavam ao Jesus porque não gostavam do que ouviam.

6.67, 68 Depois que muitos dos seguidores o abandonaram, Jesus perguntou aos doze discípulos se também o deixariam. Pedro respondeu: "A quem iremos?" Em seu estilo direto, Pedro respondeu por todos nós: não há outro caminho. Apesar de que existem muitas filosofias e autoridades autoproclamadas, unicamente Jesus tem palavras de vida eterna. A gente procura a vida eterna por toda parte e não vêem cristo, a única fonte. Permaneça com o Jesus, sobre tudo quando estiver confundido ou se sinta sozinho.

6:70 Como resposta à mensagem do Jesus, algumas pessoas se foram; outros ficaram e acreditaram de verdade; e alguns, como Judas, ficaram mas tentaram usar ao Jesus para ganho pessoal. Muitas pessoas hoje em dia se afastam de Cristo. Outros fingem seguir, assistindo à igreja por uma questão social, para receber aprovação de família e amigos, ou relações de negócio. Mas em realidade só há duas respostas possíveis ao Jesus: aceita-o ou o rechaça. Como respondeu a Cristo?

6:71 se desejar mais informação sobre o Judas, veja-se seu perfil no Marcos 14.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71
K. alimentando a multidão (6: 1-15)

1 Depois destas coisas, Jesus retirou-se para o outro lado do mar da Galiléia, que é o mar de Tiberíades. 2 E grande multidão o seguia, porque eles viram os sinais que ele fazia sobre os que estavam doentes. 3 E Jesus foi subiu ao monte, e assentou-se ali com os seus discípulos. 4 Ora, a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. 5 Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: De onde compraremos pão, para estes comerem? 6 Mas dizia isto para o experimentar;. pois ele bem sabia o que ia fazer 7 Filipe respondeu-lhe, no valor de duzentos xelins de pão não lhes bastam, para que cada pode-se tomar um pouco. 8 Um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe: 9 Há aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tanta gente? 10 Jesus disse Faça as pessoas se sentar. E havia muita relva naquele lugar. Assim, os homens sentaram-se, em número de quase cinco mil. 11 , portanto, Jesus tomou os pães; e tendo dado graças, repartiu-os pelos que estavam assentados; igual modo os peixes, quanto eles queriam. 12 E quando eles estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca. 13 Recolheram-up, e encheram doze cestos com pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido. 14 Quando, pois, o povo viu o sinal que ele fez, disseram: Este é verdadeiramente o profeta que vem ao mundo.

15 Jesus, portanto, perceber que eles estavam prestes a vir e levá-lo à força para o fazerem rei, retirou-se novamente para dentro da própria montanha sozinho.

A alimentação dos cinco mil estão registrados nos quatro Evangelhos, com algumas variações nas circunstâncias do incidente. Mateus e Marcos também gravar a alimentação dos quatro mil. João coloca o milagre após o relato da cura do homem no tanque de Betesda. Alguns período de tempo deve ter decorrido entre os dois incidentes, para que Jesus a ir da Judéia para a Galiléia, e para curar um número de enfermos no caminho (v. Jo 6:2 ). A configuração deste milagre é semelhante ao que é dado por Mateus para o Sermão da Montanha, Jesus e seus discípulos em uma montanha com uma multidão de pessoas nas proximidades. A ocasião era perto da época da Páscoa. Esta foi uma Páscoa durante Seu ministério que Jesus não compareceu, a menos que nós transpor capítulos cinco e seis, para que a festa Dt 5:1)

16 E, quando chegou a noite, seus discípulos desceram para o mar; 17 e eles entraram em um barco, e estava indo para o mar até Cafarna1. E era já escuro, e Jesus ainda não tinha chegado a eles. 18 E o mar estava subindo em razão de um grande vento que soprava. 19 Quando, pois, pois, remado uns vinte e cinco ou trinta estádios, viram a Jesus andando sobre o mar, e aproximando-se do barco; e ficaram com medo. 20 Mas ele lhes disse: Sou eu; não temais. 21 Eles estavam dispostos a recebê-lo, portanto, dentro do barco; e logo o barco chegou à terra para onde iam.

João registra outro breve milagre-a de Jesus caminhando sobre as águas. Os discípulos estavam a caminho de Tiberíades através do lago para Cafarnaum, quando Jesus apareceu para eles na água. Sua presença acalmou o storm- "os ventos fugiu ao seu esconderijo, e as ondas se deitar a seus pés como cordeiros." A igreja cristã tem encontrado nesta história uma fonte de grande conforto para aqueles cujos problemas distorcer a verdadeira imagem de coisas -Os discípulos estavam com tanto medo que não reconheceram Jesus. Mas Sua Sou eu, não temais, foi o suficiente para tranquilizá-los. E a versão de Mateus, dizendo da tentativa de Pedro para duplicar ato de Jesus de água-pé e de seu mergulho com medo para dentro do lago, tornou-se o exemplo clássico de uma ação corajosa baseada na fé fraca; mas, ao mesmo tempo em que fala da proximidade de Cristo e de Sua vontade e capacidade de salvar. Não se deve esquecer, no entanto, que Pedro foi o único dos discípulos que tinham o suficiente coragem para tentar ir para Jesus sobre a água.

A multiplicação dos pães e peixes e o caminhar sobre a água são milagres que demonstraram o poder de Jesus sobre a natureza no âmbito da preservação da vida. Ele não só dá a vida, Ele também sustenta.

M. JESUS ​​O PÃO DA VIDA (6: 22-71)

22 No dia seguinte, a multidão que estava do outro lado do mar, vendo que não havia outro barco lá, senão um, e que Jesus não entrou com os seus discípulos entraram no barco, mas que os seus discípulos tinham ido sós 23 (contudo veio barcos de Tiberíades perto, diante do lugar onde comeram o pão depois de o Senhor ter dado graças): 24 quando, pois, viram que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, entraram eles também nos barcos, e foram a Cafarnaum, em busca de Jesus. 25 E, achando-o no outro lado do mar, disseram-lhe: Rabi, quando chegaste aqui? 26 Jesus respondeu-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que me buscais, não porque vistes sinais, mas porque ye comeram dos pães, e se fartaram. 27 Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, que o Filho do homem vos dará: para ele, o Pai, mesmo Deus, é quem selado. 28 Disseram-lhe, pois que devemos fazer, para que possamos realizar as obras de Deus? 29 Jesus respondeu, e disse-lhes: Isto é obra de Deus, para que creiais naquele que ele tem enviado. 30 Disseram-lhe, pois que então fazes tu por um sinal, para que o vejamos e te creiamos? o que tu ages? 31 Nossos pais comeram o maná no deserto; como está escrito: Deu-lhes pão do céu para comer. 32 , portanto, Jesus disse-lhes: Em verdade, em verdade eu vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. 33 Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. 34 Disseram-lhe: Senhor, dá-nos sempre desse pão. 35 Jesus disse-lhes: Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede. 36 Mas eu disse-vos que me vistes, e ainda não acredito. 37 Tudo o que o Pai me dá virá a mim; eo que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. 38 Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39 E esta é a vontade daquele que me enviou , que de tudo o que ele me deu eu não perca nenhum, mas que o ressuscite no último dia. 40 Porque esta é a vontade de meu Pai, que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.

41 Então os judeus murmuravam a respeito dele, porque ele disse: Eu sou o pão que desceu do céu. 42 E eles disseram: Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? ? como ele a dizer agora, eu desci do céu, 43 Jesus respondeu, e disse-lhes: Não murmureis entre vós. 44 Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. 45 Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Todo aquele que ouviu do pai, e aprendeu vem a mim.46 Não que alguém tenha visto o Pai, senão aquele que é de Deus, ele tem visto o Pai. 47 Em verdade, em verdade eu vos digo: Aquele que crê tem a vida eterna. 48 Eu sou o pão da vida. 49 Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. 50 Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morrer. 51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; sim eo pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo.

52 pois, os judeus entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a sua carne a comer? 53 Jesus, pois, disse-lhes: Em verdade, em verdade eu vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. 55 Porque a minha carne é verdadeira comida eo meu sangue é verdadeiramente bebida. 56 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57 Como o Pai, que vive me enviou, e eu vivo pelo Pai; então ele que me come, ele também viverá por mim. 58 Este é o pão que desceu do céu: não como os vossos pais comeram, e morreram; o que come deste pão viverá para sempre. 59 Ele disse estas coisas na sinagoga, ensinando em Cafarna1.

60 Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto , disseram: Este é um duro discurso; quem o pode ouvir? 61 Mas, sabendo Jesus em si mesmo que os seus discípulos murmuravam disto, disse-lhes: Isto vos vos escandaliza? 64 O que então se você deve contemplar o Filho do Homem subir para onde estava antes? 63 É o espírito que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida. 64 Mas há alguns de vós que não crêem. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de entregar. 65 E ele disse: Por esta causa que eu vos disse que ninguém pode vir a mim, a não ser-lhe dada do Pai.

66 Após isso, muitos dos seus discípulos voltaram para trás e já não andavam com ele. 67 Jesus dizia, pois, aos doze, também vós quereis ir embora? 68 Simão Pedro respondeu-lhe: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. 69 E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus. 70 Respondeu-lhes Jesus: Não vos escolhi a vós os doze, e um de vós é um diabo? 71 Agora ele falava do Judas , filho de Simão Iscariotes, pois foi ele quem o havia de entregar, sendo um dos doze.

O milagre da multiplicação dos pães teve lugar no lado oriental do Mar da Galiléia. No início da manhã, depois da tempestade no mar, Jesus e seus discípulos ancorado seu barco em Cafarna1. Enquanto isso, alguns barcos de Tiberíades tinha parado perto do local da alimentação e algumas das pessoas tomou passagem sobre os barcos para Cafarnaum para encontrar Jesus. Não há nenhuma razão para pensar que não havia barcos suficientes para transportar toda a multidão. Como muitos foram como os barcos iria realizar. Esta explicação da maneira pela qual as pessoas tem todo o lago está de acordo com o costume de João de estabelecer definições adequadas para os discursos de Jesus.

A multidão a quem Jesus deu o discurso sobre o pão da vida provavelmente foi composta em grande parte de judeus. Jesus referiu-se à dádiva do maná por Moisés (v. Jo 6:32 ); Os judeus murmuravam Ele (v. Jo 6:41 ); eles discutiam entre si (v. Jo 6:52 ); e a reunião teve lugar na sinagoga de Cafarnaum (v. Jo 6:59 ). O texto grego sugere que em suas contendas os judeus chegaram às vias de fato entre si. Vendo um número de pessoas da multidão de no dia anterior, Jesus os acusou de segui-lo para a comida que haviam recebido gratis.Ao mesmo tempo, ele começou a dizer-lhes o verdadeiro pão do céu (v. Jo 6:32 ). Ele sabia que havia fome no coração humano que são mais profundas do que a fome de comida, fome que deve ser despertado antes que eles possam ser satisfeitas. Jesus olhou para além do materialismo denso do povo e viu as necessidades internas de suas vidas. E seguiu-se um dos maiores discursos de todo o ministério de nosso Senhor. A grande verdade Ele ensinou que permaneceu através dos séculos no sacramento da Ceia do Senhor.As opiniões estão divididas sobre o significado eucarística deste discurso. Certamente o versículo 51 é eucarística em conteúdo, mas que todo o sermão era feito não é certo.

Há um paralelo notável entre esta ocasião e que pelo poço de Jacó (cap. Jo 4:1 ). Pão toma o lugar da água. Nas analogias água se torna a água ou espiritual eterna da vida água-e pão torna-se o pão da vida eterna-pão ou espiritual. No presente caso, a analogia é reforçada, e Jesus é o Pão da Vida. Como o resultado das palavras de Jesus, a mulher é levada para pedir a água viva, ea multidão é trazido a pedir pão. Como seria de esperar, Jesus não recebeu a resposta de acreditar na multidão sinagoga que ele tinha recebido da mulher samaritana.

A multidão em Cafarnaum era, um grupo típico de busca curiosidade das pessoas, interessados ​​principalmente no que eles podem fazer o ganho deste milagreiro quem esperava viria a ser o seu Messias, seu libertador político do senhorio de Roma. Eles podem ter interpretado a alimentação da multidão como uma mão-out política. Ao mesmo tempo, a alegação de Jesus para o poder ea graça de Deus pegou sua imaginação. O que podemos fazer, para que possamos realizar as obras de Deus? eles pediram. O que eles poderiam fazer para encaminhar esse movimento que parecia estar tomando raiz? O milagre da multiplicação dos pães e peixes no dia anterior não parecia impressioná-los muito fortemente. Pelo menos eles queriam a confirmação de que o que eles tinham testemunhado era a regra e não a exceção, e por isso pediram a Ele por outro sinal ou milagre. Moisés tinha dado a Israel maná no deserto; Ele poderia provar sua afirmação de liderança nacional como conclusivamente como Moisés, seu provou?

Este foi o chumbo, que prefaciou discussão de Jesus pão-de-vida. Não foi Moisés, mas Deus, que havia fornecido o maná para Israel. Além disso, que "pão do céu" tipificava o verdadeiro Pão que Deus mesmo assim foi oferecendo-lhes. Tanto o maná no deserto e comida de ontem na montanha foram feitos para ajudá-los a reconhecer Aquele que era o Pão da Vida. Sua reply- Senhor, dá-nos sempre desse pão -placed-los com um número crescente de ouvintes que fizeram perguntas ingênuas ou feitos comentários inapropriados, porque eles não podiam compreender a verdade divina. Mas eles ainda estavam ouvindo, e Jesus proferiu uma de suas declarações mais diretas de verdade: Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede (v. Jo 6:36 ). Mesmo assim, Deus estava no trabalho, oferecendo-lhes o pão da vida eterna. Se eles pudessem ver e crer, pão para a alma e não apenas para o corpo estava diante deles. Esta é a vontade de meu Pai, que todo mundo que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna (v. Jo 6:40) . Não existe maior ou mais aberto recurso tinha sido dada por Jesus até aquele momento. No começo, ele estava irritado com o materialismo insensível da multidão; Mas logo ele era o Salvador que procuravam em busca de conquistá-los. "Jesus quase lançar pérolas aos porcos em seu esforço paciente para ajudar essas pessoas ver que tipo de Messias Ele foi muito, em contraste com as esperanças políticas expressas na tarde anterior." Mas eles só poderia murmurar entre si sobre sua afirmação de ter vindo do céu; Ele não podia ser de origem celeste, porque seus pais eram bem conhecidos na área. É digno de nota que João, que coloca maior ênfase sobre a divindade de Jesus, neste caso, registra o fato de que Ele é chamado o filho de José. Ele não diz do nascimento virginal, acreditando que a reivindicação de divindade de Cristo deve ser fundamentada por sua vida e obra, em vez de só pela forma de seu nascimento. Será que a afirmação de Jesus a um nascimento virginal ter sido mais prontamente recebidas de Sua declaração de que Ele era o pão vivo que desceu do céu ? Sem dúvida, não, porque a fé em ambos sua pessoa e sua mensagem deve ser baseado no que Deus estava fazendo por meio dele. Milagres estavam sendo forjado e um grande apelo para a fé estava saindo. Por tudo o que Jesus fez e disse, Ele estava tentando tornar Deus conhecido. É o apelo que sempre foi feita pelo Evangelho. Deus chama, mas os homens devem responder em fé. "Aceite-O que é o Pão da Vida", foi a mensagem, mas porque as pessoas estavam mortos para as coisas espirituais, eles se virou e continuou a discutir entre si.

E assim Jesus carregou sua analogia à sua conclusão final: Minha carne é verdadeira comida eo meu sangue é verdadeiramente bebida (v. Jo 6:55 ). O que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna (v. Jo 6:54 ). É impossível para os cristãos de hoje para entender estas palavras sem um alto grau de discernimento espiritual. Os primeiros cristãos foram acusados ​​de comer sacrifícios humanos em suas festas eucarísticas. E missionários hoje em algumas partes da África deve tomar muito cuidado para explicar o que se entende por "Este é o corpo de Cristo, este é o sangue de Cristo" na observância da Ceia do Senhor. E por isso não é estranho que Jesus se reuniu com apenas mal-entendidos e críticas. João não diz o que veio desse discurso; a conta fecha com as pessoas murmurando. A resposta final pode ter sido mais favorável do que o representado, como no caso de Nicodemos. João conta apenas o suficiente para atravessar a analogia de Jesus como o Pão da Vida.

Houve uma reação definitiva por parte de alguns dos discípulos de Cristo (e não a doze). "Não podemos tolerar isso", eles disseram (Weymouth). Jesus começou a explicar-lhes a diferença entre a carne eo espírito. Só uma interpretação espiritual colocada sobre as palavras poderia fazer sentido. As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida (v. Jo 6:63 ). Por que Ele não disse isso para a multidão de judeus? Porque Ele já havia ido mais longe do que eram capazes de seguir. E até mesmo alguns discípulos, aqueles que anteriormente tinham acreditado nele-virou-se e deixaram de segui-Lo. Assim foram os homens-testado, assim, Jesus se tornou seu juiz-assim, suas vidas foram determinadas pela sua resposta a ele. Alguns haviam sido atraídos para Ele, talvez por curiosidade ou por causa da atratividade que deve ter irradiado de sua personalidade, mas a fé não se tinha tornado operatório dentro deles. Eles eram como o solo duro em que a semente caiu, apenas para ser roubado antes que ele tinha enraizado. Outros, os doze incluído, ouviu e acreditou. quereis também ir embora ? Perguntou Jesus. "A forma da pergunta espera uma resposta negativa, mas a simples pergunta de ele mostra o quanto Jesus levou a sério essa rejeição pela população quando Ele desejava salvar." Era como se Jesus estava dando os doze uma oportunidade de seguir o multidão. Mas Pedro falou para o grupo, Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós acreditamos e sabemos que és o Santo de Deus (vv. Jo 6:68-69 ). Como isso deve ter aplaudido o coração de nosso Senhor! No entanto, havia tristeza misturada com a alegria. Pois sabia que Pedro iria um dia negam-deserdá-lo em público; e que Judas iria traí-lo para ser crucificado.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71
  1. Os sinais (6:1-21)

Os três primeiros sinais mostraram que o homem é salvo pela Palavra, pela fé e pela graça. O quarto sinal (alimentação Dt 5:0, Paulo pergunta: "Como ouvirão, se não há quem pre-gue?". Se nós dermos ao Senhor tudo que temos, como o rapaz de Jo 6:9, ele pegará isso e dividirá tudo o que temos para abençoar os outros. No evangelho de João, os últimos quatro sinais ilustram os efeitos da salvação:

  1. Alimentação Dt 5:0) e paz de Deus (Fp 4:4-50).

    1. O sermão (6:22-65)

    Os versículos 22:31 descrevem o cenário em que o sermão foi feito. As pessoas, interessadas em alimen-to, seguiram Cristo até Cafarnaum, do outro lado do mar, e o encon-traram na sinagoga (v. 59). Ele reve-lou os motivos carnais e superficiais delas (vv. 26-27) e sua ignorância quanto ao sentido de ser salvo pela fé (vv. 28-29). Ele queria dar-lhes a vida eterna da mesma forma como graciosamente as alimentara com o pão, e tudo que deveriam fazer era aceitá-lo, mas elas logo pensaram que teriam de trabalhar para isso. No versículo 30, os judeus lançam um desafio a Jesus: "Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em ti?". Eles lembram-no de como Moi-sés fez cair pão (maná) do céu para alimentar os judeus (veja Êx 16), e Jesus fundamentou seu sermão nis-so. O sermão divide-se em três par-tes, e a cada uma delas segue-se uma reação da multidão.

    1. Ele se revela: o Pão da vida (vv 32-40)

    Essa é uma clara afirmação de que é o verdadeiro Filho de Deus! O Pão de Deus é uma pessoa do céu (v. 33) e dá vida não apenas aos ju-deus (como fez Moisés), mas a todo o mundo! A forma de receber esse Pão é vir até o Senhor e pegá-lo, e esse Pão dá vida não apenas hoje, mas também vida futura na ressur-reição. Observe a reação dos judeus (vv. 41-42) que negam a divindade dele. Jesus disse que Deus era seu Pai (v. 32), e eles dizem que José é seu pai (v. 42). E interessante com-parar o maná com Jesus Cristo:

    1. O maná vinha do céu duran-te a noite; Cristo veio do céu quan-do os homens estavam nas trevas.
    2. O maná caía no orvalho; Cristo nasceu do Espírito de Deus.
    3. O maná não foi maculado pela terra; Cristo não tinha pecado, foi separado dos pecadores.
    4. O maná era pequeno, re-dondo e branco, o que sugere a hu-mildade, a eternidade e a pureza de Cristo.
    5. O maná tinha sabor doce; Cristo é doce para os que creem nele.
    6. O maná devia ser pego e comido; Cristo deve ser recebido e apropriado pela fé (1:12-13).
    7. O maná foi uma dádiva gra-tuita; Cristo é uma dádiva gratuita de Deus para o mundo.
    8. O maná era suficiente para todos; Cristo é suficiente para todos.
    9. O maná seria pisado se não fosse pego. Se você não recebe Cris-to, rejeita-o e calca os pés sobre ele (veja He 10:26-58).
    10. O maná era um alimento do deserto; Cristo é nosso alimento nessa jornada de peregrinação em direção ao céu.
    11. Ele revela o processo da salvação (vv. 43-52)

    O pecador perdido não busca Deus (Rm 3:11), no entanto a salvação inicia-se em Deus. Como o Senhor traz as pessoas a Cristo? Ele usa a Palavra (v. 45). Para ter uma descri-ção clara do que Cristo quer dizer com "trazer" os homens, leia 2 Tes- salonicenses 2:13-14 com atenção. Comer o pão terreno sustenta a vida por um tempo, mas, no fim, a pes-soa morre. Receber o Pão espiritual (Cristo) dá vida eterna. No versícu-

    Io 51, Cristo deixa claro que dará sua carne pela vida do mundo. Os judeus discutiram a respeito disso (v. 52), pois era contrário à lei judai-ca comer carne humana. Eles, como Nicodemos, confundiram o físico com o espiritual.

    1. Ele revela o poder da salvação (vv. 53-65)

    O que Jesus quer dizer com "co-mer" sua carne e "beber" seu san-gue? Ele não fala no sentido literal. No versículo 63, ele afirma com clareza: "A carne para nada apro-veita". O que dá vida? "O espírito é o que vivifica" (v. 63). "As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida." Em outras palavras, a pessoa, ao receber a Palavra como é ensinada pelo Espírito, come a carne de Cristo e bebe seu san-gue — isto é, participa de Cristo e recebe-o. Cristo não fala do pão e do cálice da ceia do Senhor ou de qualquer outro rito religioso. Jesus ainda não instituira a ceia do Se-nhor, e, quando o fez, deixou claro que ela era um memorial. Ela não concede vida. Negaríamos a graça de Deus na salvação (Ef 2:8-49), se disséssemos que o homem recebe a vida eterna ao comer o pão e be-ber o vinho.

    Jesus é a Palavra viva (Jo 1:1 -4) e se "fez carne" por nós (1:14). A Bíblia é a Palavra escrita. Seja o que for que a Bíblia diga a respeito de Jesus, diz o mesmo a respeito de si mesma. Os dois são santos (Lc 1:35 e 2Tm 3:1 2Tm 3:5), são verdade (Jo 14:6; Jo 17:17), são luz (Jo 8:12; SI 119:105), são vida (Jo 5:21;SI 119:93), dão novo nascimento (1Jo 5:18; 1Pe 1:23), são eternos (Ap 4:10; 1Pe 1:23), são o poder de Deus (1Co 1:24; Rm 1:16). A conclusão é óbvia: você recebe Jesus Cristo quando recebe a Pa-lavra no coração. Nós "comemos a carne dele" ao participar da Pa-lavra do Senhor. No versículo 51, Jesus afirma: "Eu sou o pão vivo" e, emMt 4:4, declara: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus". Em Jo 6:68, fica cla-ro que Pedro apreendeu o sentido do sermão, pois declara: "Senhor, para quem iremos? Tu tens as pala-vras da vida eterna".

    As pessoas ficaram ofendidas com essa doutrina (v. 61) e não ca-minhariam mais com Cristo. Essa é a crise n2 1 do evangelho de João (veja a sugestão de esboço do evan-gelho de João).

    1. A separação (6:66-71)

    A Palavra de Deus, ao revelar a pes-soa de Cristo, separa o verdadeiro do falso. A multidão rejeitou o Pão da vida para a alma, pois queria o pão para o corpo. Pedro e dez dos discípulos afirmaram sua fé em Cris-to. A fé deles vem pelo ouvir a Palavra (Rm 10:17). Entretanto, Judas era um embusteiro e, no fim, trai a Cristo. (Nota: no versículo 66, a palavra "discípulos" refere-se aos "seguidores" da multidão, não aos doze apóstolos.)


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71
6.1 Tiberíades. Outro nome para o mar da Galiléia. Uma cidade com esse nome foi edificada à beira do lago por Herodes Antipas entre 22-26 d.C., em honra ao imperador romano Tibério (14-37 d.C.).

6.2 Multidão. Agora a popularidade de Jesus atinge seu auge.

6.3 Subiu Jesus ao monte. Seria uma indicação da relação entre este ato messiânico e Moisés subindo o monte Sinai (conforme Mt 5:1; Mc 3:13). Jesus, "o Profeta". (Dt 18:15, Dt 18:18) supre as necessidades da multidão com pão e peixinhos assim como Moisés com maná e codornizes (Nu 11:31).

6.4 Páscoa. O pão que Jesus dá é a nova Páscoa (1Co 5:7).

6.5,7 Filipe. Prático nos cálculos, pessimista nas conclusões; ele acha que pão no valor de 200 denários (conforme Mt 20:2) seria insuficiente.

6.9 Pães de cevada, comum entre os pobres, era pão inferior (2Rs 4:42ss). Peixinhos. Cozidos ou salgados (gr opsaria, 21.9, 10).

6.10 Relva. Confirma, que era a primavera, época da Páscoa (Mc 6:39).

6.11 Aqui encontramos uma alusão às quatro ações da Ceia. "Tomou". (Mc 6:41, "abençoou"), deu graças (Lit. "tendo feito eucaristia"), "partiu" (só em Mc 6:41) e "distribuiu". Essa refeição previu a Ceia na 1greja e finalmente apontava para o banquete dos remidos no futuro Reino de Deus (conforme Ap 19:9).

6.13 Doze cestos. Não ajuntaram os pedaços no chão mas guardaram o pão que sobrou depois que todos se fartaram. Jesus é contrário ao desperdício desnecessário.

6.15 Rei. Jesus aceitaria apenas uma coroa de espinhos (19.5). A possibilidade da existência do Seu reino, "não deste mundo" (18.36), se baseia na Sua morte e ressurreição.

6.19 Trinta estádios equivalem a cerca Dt 5:6, LXX). Isso não deixaria de chamar atenção ao fato que Ele se chamaria pelo nome divino (conforme 8.24, 28).

6.21 Logo. • N. Hom. O Poder de Nosso Senhor. O milagre demonstrou três características.
1) Andou sobre a água - conquistou a gravidade;
2) parou a tempestade -controlou o cosmos;
3) logo (lit. imediatamente) o barco chegou - conquistou o espaço.

6.24 À sua procura. A busca de Jesus é nobre unicamente quando a motivação é certa. Aqui deparamos puro materialismo (26).

6.26 Não porque vistes... fartasses. Salienta-se o contraste entre o milagre e seu significado profundo espiritual.

6.27 Comida que perece. Como o maná do deserto que alimentou temporariamente o corpo A "comida que subsiste para a vida eterna", refere-se a Cristo que pelo Espírito alimenta continuamente a crente (conforme 4.14). Seu selo. O atestado divino do Espírito que todo verdadeiro crente recebe (conforme 3.33; 1.32s; Ef 1:13; Ef 4:30).

6.28 Realizar as obras de Deus. Os judeus pensaram na possibilidade de aprender a fazer os milagres como Jesus e Moisés fizeram. Jesus esclarece que a "obra" que antecipa todas as obras (14,12) é a fé submissa em Cristo, o Enviado de Deus.

6.30 Que sinal. Os judeus reclamaram que fé necessita de fundamento num sinal autenticador vindo de Deus. Jesus respondeu que:
1) não foi Moisés quem doou o naná, mas Deus;
2) e que Seu Pai agora oferece a eles o pão que traz a vida eterna (6.33).

6.32 Não foi Moisés. Jesus nega que o famoso legislador de Israel, em vez de Deus, podia produzir o "pão verdadeiro" que dá a vida celestial. Jesus tem em mente a Torá (Lei de Moisés) que os rabinos chamaram de "pão" e que achavam capaz de dar vida a quem à seguisse

6.34 Dá-nos sempre. Cl 4:15. Não se restringe à época da multiplicação dos pães, mas até a Sua vinda, a mensagem de Cristo alimenta os que crêem

6.35 Eu sou. Primeira das sete reivindicações introduzidas por "ego eimi" (6.35; 8.12, 28; 10.7; 11.11, 25; 15.1; conforme Êx 3:14n). • N. Hom. Como se alimentar de Cristo:
1) Vindo a Ele em contrição e fé (40, 44);
2) Vendo e reconhecendo quem Ele é (40). Os benefícios:


1) Satisfação contínua (35);
2) Aceitação e proteção permanentes (37, 39);
3) Vida eterna agora (40);
4) Ressurreição (40).
6:41-59 Objeções dos judeus e respostas de Jesus.
6.42 Os judeus negam a origem celestial de Jesus. Jesus responde que apenas os que forem ensinados por Deus reconhecerão Sua encarnação e nascimento virginal (44, 45).
6.49 O maná foi incapaz de afastar a morte para os israelitas. Põe em contraste a mensagem salvadora de Cristo, o "Pão do céu”.
6.51 A segunda objeção se levanta contra a declaração de Cristo que Ele era a carne, o pão do céu. Resposta: Sendo vítima sacrificial que pelo corpo crucificado e sangue vertido oferecerá vida ao mundo. A confirmação desta verdade se verificará na ressurreição.

6.52 A terceira objeção: "Como pode este dar-nos a comer sua própria carne"? A resposta é espiritual, não material. Sem comer sua carne crucificada (conforme 1,14) pela fé e beber Seu sangue que lava todos os pecados não terão a vida eterna (53). "Carne" e "sangue" significam a plena humanidade de Cristo (1Jo 4:2, 1Jo 4:3). No sacrifício o sangue obrigatoriamente pertencia a Deus (Gn 9:4; Dt 12:16, Dt 12:23) porque nele estava a vida. Jesus declara que se não assimilarmos Sua vida não participamos nele.

6.55 Verdadeira. Quer dizer, "a única". Pode haver neste trecho uma sugestão da Ceia em que se dramatiza a permanência em Cristo pela participação nos símbolos de Sua vida e morte (conforme Ap 3:20).

6.57 Eu vivo pelo Pai. A relação entre Cristo e o Pai prefigura a mesma entre o crente e Cristo. A parte dEle não se pode viver.

6.60 Duro (gr skleros) não difícil de entender mas duro de aceitar.

6.61 Escandaliza. (gr skandalizei "provocar tropeço"). Cf.Mt 15:7-40. A doutrina da expiação substitutiva tem sido um escândalo para o mundo através dos séculos.

6.62 Subir... Jesus não procura com provar suas afirmações. Declara que sua ascensão demonstraria a veracidade de sua reivindicação (3.13).

6.63 Espírito... carne. Veja o contraste em 3.6. O espírito do homem fornece ponto de contato com Deus. O Espírito Santo dá o entendimento necessário da verdade que salva (14.26). As palavras de Cristo comunicam Sua pessoa e, assim, a vida para quem crê e almeja obedecer-lhe. Conforme 15.4s com 15.7 onde a pessoa e as palavras se identificam.

6.65.66 • N. Hom. Quem é Discípulo de Verdade?
1) Quem for trazido a Jesus pelo Pai (44, 65);
2) Quem não abandona a Cristo (Mt 14:13) e anda com Ele (66; Gn 5:24; Cl 2:6);
3) Quem não é atraído por outrem (68; Gl 3:1):
4) Quem fundamenta sua fé nas palavras de Cristo (68; 5.24);
5) Quem reconhece Jesus como o Santo de Deus (69).

6.66 Discípulos. Além dos doze (Mc 3:14) houve muitos seguidores ocasionais de Jesus impressionados com Ele e Sua mensagem (3.1s).

6.70 Se entre os escolhidos de Jesus houve alguém que em vez de entregar seu coração a Jesus o abriu para o diabo (Jo 13:27), não nos deve surpreender que na 1greja haja casas iguais. No caso de Pedro, que se arrependeu, a ocupação satânica foi temporária (Mc 8:33).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71

3) Alimentando a multidão (6:1-15)
v. 1. Algum tempo depois: Alguns acham que esse capítulo deveria preceder o cap. 5 na seqüência cronológica, com base no aspecto de que 7.1 segue de forma mais natural o cap. 5 (v. em particular 5.18). Mas a idéia não está suficientemente fundamentada para torná-la satisfatória (v.comentário Dt 7:15). mar de Tibertades: Assim denominado segundo a cidade, fundada por Herodes Antipas em 26 d.C. em honra a Tibério César. João pode ter usado o nome atualizado para o benefício dos não-judeus (conforme 21.1). v. 4. a festa judaica da Páscoa: Essa Páscoa, provavelmente, ocorreu um ano depois da mencionada no cap. 2, pois na ocasião anterior João Batista ainda não havia sido preso; e, de acordo com Marcos, ele não só havia sido preso, mas também executado na época da multiplicação dos pães Jl 5:0; Mt 15:29-40). v. 5. vendo uma grande multidão que se aproximava: Tendo caminhado em volta da margem nordeste do lago, Jesus se compadece das pessoas (conforme Mc 6:33). Filipe-. Nos Sinópticos, são os discípulos que expressam preocupação pela multidão. Aqui, de forma complementar, Jesus testa um deles.

v. 9. mas o que é isto para tanta gente?: O problema de André é registrado para mostrar como são escassos os recursos do homem em comparação às suas necessidades, v. 11. Jesus [...] deu graças (gr. eucharistêsas): O fato de João descrever esse incidente de forma extensa, enquanto não registra a última ceia em detalhes, certamente é significativo. Ação de graças é, no entanto, somente o que poderíamos ter esperado de Jesus, e a palavra de João para isso pode conter um significado técnico que iria associar esse evento imediatamente à ceia do Senhor. A lição principal aqui, aparentemente, é que Jesus estava agindo em dependência do Pai, de forma que as associações eucarísticas não deveriam ser exageradas, v. 12. Ajuntem os pedaços que sobraram-. Qualquer projeção de pensamento por parte do evangelista aqui para a completude do corpo de Cristo simbolizado na mesa da ceia é muito improvável. Antes, é evidência clara do fato de que Jesus se importava com o desperdício e tinha a intenção de trazer os discípulos de volta à realidade da necessidade humana distante do mundo dos milagres, v. 14. Sem dúvida este ê o Profeta: O assassinato recente de João Batista tinha intensificado o desejo de se encontrar um Messias popular. A aclamação deles saudou Jesus como o profeta como Moisés (Dt 18:1

5). v. 15. Sabendo Jesus que pretendiam proclamá-lo rei\ A multidão “como ovelhas sem pastor” (Mc 6:34) era um exército procurando um comandante para conduzi-la contra os romanos, retirou-se-, Marcos nos diz que foi para orar (conforme Mc 6:46). Esse era um momento crítico. O reinado terreno estava longe dos anseios de Jesus (conforme 18.33,34) como a tentação já havia mostrado (conforme Mc 4:1-41).


4) Uma tempestade no mar (6:16-21)
Os discípulos retornam agora para o lado ocidental do mar da Galiléia. v. 19. Depois de terem remado cerca de cinco ou seis quilômetros-, O termo grego stadion era equivalente a cerca de 185 metros. Andando sobre o mar (gr. epi tês thalassês): O sentido exato da frase grega tem sido debatido. Alguns defendem que significa “próximo do lago”, i.e., na margem, como em 21.1, assim descartando o sentido miraculoso das palavras, e fundamentando sua argumentação na alegação de que a alegria dos discípulos de receber Jesus no barco não os levou a de fato recebê-lo assim, pois logo chegaram à praia. Mas a sua chegada à margem não precisa ser tão rápida quanto as palavras podem sugerir, pois a distância em que estavam (v. 19) sugere que, quando viram o Senhor, tinham feito aproximadamente metade da travessia. E o texto é de difícil compreensão, a não ser que eles de fato tenham recebido Jesus dentro do barco com eles.


5) O pão vivo (6:22-59) v. 25. Mestre, quando chegaste aqui?-. A pergunta da multidão abre caminho para todo o discurso. A pergunta deles estava ligada ao tempo e à forma, pois a sua curiosidade pelo miraculoso não diminuía tão facilmente. Assim, Jesus diz: vocês estão me procurando [...] porque comeram os pães e ficaram satisfeitos (v.26). Mas que tipo de interesse eles tinham? Eles somente vinham a ele em virtude da satisfação do momento, e não pela comida que permanece e que, aqui e agora, nutre a vida eterna daqueles que a ingerem, v. 27. nele colocou o seu selo de aprovação-, O sinal dos pães e peixes é a autenticação divina das palavras de Jesus. v. 29. “A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviouA compreensão que eles têm da idéia principal das palavras de Jesus ainda é limitada. Mas Jesus diz que a fé nele vai dar frutos naturalmente, não como um esforço ou obrigação. O tempo verbal denota continuidade, e não um ato único. v. 30. Que sinal miraculoso mostrarás-, A incredulidade deles é algo quase incrível. A multiplicação miraculosa dos pães, evidentemente, não produziu o efeito interior. Jesus rejeita a alusão que eles fazem a Moisés porque sua compreensão daquele milagre (conforme Ex 16:15Ne 9:5) era deficiente, v. 32. é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão-, O maná de Moisés não era o “verdadeiro pão”, e, de qualquer forma, não foi dado por Moisés, mas por Deus. 

O verdadeiro pão dá vida ao mundo (v. 33). O povo começa a entender a distinção que Jesus está fazendo entre o maná e o sustento espiritual de que o maná é um tipo, de modo que responde com mais respeito mas ainda com entendimento incompleto. Senhor, dá-nos sempre desse pão! (v. 34), como a mulher samari-tana havia falado: “dê-me dessa água” (4.15). Por isso, Jesus torna a natureza do verdadeiro pão mais clara ainda. v. 35. Eu sou o pão da vida\ Até aqui no discurso, esse pão é dado pelo Filho do homem (v. 27) como o agente do Pai (v. 32); agora ele o identifica consigo mesmo, assim suscitando crítica ainda mais acentuada. Aquele que vem a mim nunca terá fome\ O compromisso total para com ele vai resultar em salvação total. Assim como não há nada de parcial no fato de Deus dar a vida, não pode haver também parcialidade em receber Cristo, v. 37. Todo aquele que o Pai me der virá a mim\ Isso é tão arbitrário assim? Temple acrescenta: “Perceber que o meu não ‘vir’ é em si devido à vontade do Pai, que ainda não me atraiu, e aceitar isso é um começo de confiança nele, um sinal de que de fato ele está me atraindo para vir” (v. 1, p. 88). v. 38. a vontade daquele que me enviow. Gf. v. 39,40. A vontade de Deus é o cerne da obra de Cristo na salvação. E a realização de Cristo dessa vontade é perfeita para que ele não perca nenhum (v. 39).

Vida eterna é o presente que Deus quer dar aos homens, v. 40. e eu o ressuscitarei. Westcott comentou apropriadamente que a doutrina da vida eterna toma óbvia a necessidade da ressurreição. João sempre pensa na vida eterna como uma possessão aqui e agora, embora o último dia mostre que ele também inclui a idéia de julgamento. v. 42. Este não é Jesus, o filho de José?-. A elaboração que Jesus faz dos ditos acerca do pão da vida, sem dúvida, conduziu alguns dos seus ouvintes a aceitarem o que ele estava dizendo como verdadeiro (conforme v. 34). Agora, no entanto, não é tanto o pão da vida que eles questionam, mas que essas reivindicações fossem feitas por alguém de origem tão humilde. v. 44. Ninguém pode vir a mim, se o Pai [...] não o atrair. A incredulidade dos judeus não contribui para a questão. Sempre é o Pai que toma a iniciativa para a salvação dos homens; assim, a resolução de enigmas teológicos não vai trazer vantagens finais, pois Todos serão ensinados por Deus (v. 45; conforme Is 54:12,Is 54:13). Deus ensina os homens no aspecto de que só ele pode pronunciar a sua palavra. Todos os que ouvem e respondem de forma digna a essa palavra inevitavelmente vão se voltar para Cristo. O teste é franco (conforme v. 45,46).

v. 51. Este pão é a minha carne, que eu darer. Em resumo, Jesus novamente lembra os ouvintes de que o maná era somente um tipo do verdadeiro pão de Deus (conforme v. 49,50). Ele é o verdadeiro pão da vida. E a vida dele que será dada. Esse é o sacrifício de Jesus de si mesmo, pois ele dificilmente poderia dar sua carne e sangue (conforme v. 56) sem morrer, v. 53. Se vocês não comerem a carne [...] e não beberem o seu sangue-, A pergunta acerca da relação entre esse dito e a ceia do Senhor, em que os que participam assim o fazem por fé (1Co 10:16), é inevitável. Nos Sinópticos, a ceia do Senhor é registrada principalmente como instituída pelo próprio Senhor. Aqui, no entanto, podemos ver o ensino do Senhor Jesus que só pode ser completamente compreendido à luz da celebração que ele instituiu e que, sem se referir diretamente àquela ceia, transmite verdades que poderiam fornecer à ceia do Senhor um profundo significado para o crente. A linguagem é vividamente metafórica, denotando a apropriação de Cristo pela fé. “É uma figura”, diz Agostinho, “ordenando-nos que comuniquemos com a paixão do nosso Senhor e, secreta e proveitosamente, armazenemos na nossa memória que por nossa causa ele foi crucificado e morto” (On Christian Doctrine 3.16). Bernard explica as palavras Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue (v. 54) assim: “Aquele que reflete acerca da minha morte e segue o meu exemplo de mortificar seus membros que estão na terra tem a vida eterna — em outras palavras, ‘Se você sofrer comigo, vai também reinar comigo’ ” (On Loving God, 4.11). Deve-se observar que “carne” aqui corresponde a “corpo” nos Sinópticos e em 1Co 10:16; 1Co 11:24,1Co 11:27,

29. Se há alguma distinção que deve ser feita entre os dois, seria que “carne” destaca a total humanidade de Cristo, enquanto “corpo” significaria sua pessoa como uma entidade orgânica, e o fato de que João tinha em mente os mestres docetistas não deve ser negligenciado nesse contexto. “Meu corpo” e “minha carne” representariam igualmente o termo aramaico bisri. v. 58. Este ê o pão que desceu dos céus\ O contraste entre Cristo e a Lei, entre o pão vivo e o maná, agora está completo. Como o Senhor Jesus está completamente identificado com o Pão de Deus, assim somente aquele que participa dele vai saber o que realmente significa a vida que vem de Deus.


6) A fé e a incredulidade dos discípulos (6:60-71) Jesus agora se concentra nos discípulos quando a oposição se acentua em outros ambientes. v. 60. Dura é essa palavra-, Não é de admirar que os discípulos ficassem tão consternados, em virtude do pouco conhecimento que tinham do futuro de Jesus. v. 62. Que acontecerá se vocês virem o Filho do homem subir. Ele desceu para dar vida. Vem o tempo quando vai retornar ao Pai em poder e glória. Se eles o viram na carne, que ele está prestes a dar pelo mundo, e estão maravilhados, qual será, então, a sua reação quando o virem subir num esplendor de glória? v. 63. O Espírito dá vida; a carne não produz nada-, Conforme os v. 53 e 55. As palavras de Jesus precisam ser entendidas num sentido espiritual, e não carnal. A sua carne é o veículo do Espírito e, por isso, pode transmitir a vida. Mas, como ele disse a Nicodemos, nada da base da natureza humana pode ajudar o homem na sua necessidade. v. 64. há alguns de vocês que não crêem-, Jesus aceitou a Paixão e já sabe quem são os que não vão crer. Além disso, essa é a sua primeira referência ao traidor e coincide exatamente com a primeira referência dos Sinópticos à Paixão. Jesus insiste (v. 65) em que alguns inevitavelmente vão voltar atrás, e, de fato, eles voltaram atrás (v. 66) naquele exato momento, v. 68. Tu tens as palavras de vida eterna-, Conforme Mc 8:29. A primeira fé impulsiva dos discípulos agora dá lugar à convicção racional fundamentada na experiência. As palavras de Jesus talvez sejam de difícil compreensão, mas suas reivindicações e autenticidade são muito claras. Eles crêem agora, mas eles foram escolhidos (v. 70), embora um deles, em vez de voltar atrás, permaneça entre os Doze, um membro desleal, talvez buscando distorcer o reino para se conformar ao seu próprio padrão. Era o filho de Simão Iscanotes ív. 71; conforme 13 2:26). O seu nome indica que ou ele vinha de Queriote-Hezrom, ou (o que é menos provável) que ele estava ligado aos sicários (conforme At 21:37-38 e “Sicários” no NBD).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71

Jo 6:1 e 6 foram trocados, apontam certas vantagens em colocá-los na posição anterior. Mas falta de evidências documentárias para tanto formam barreira formidável para aceitarmos esse ponto de vista. O milagre diante de nós é apenas um "sinal" registrado em todos os quatro Evangelhos. Marcos e Lucas contam que Jesus estava ensinando a multidão antes do milagre, mas só João registra o sermão que Jesus pronunciou no dia seguinte.


Moody - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 26 até o 34

26-34. Repreendidos pelo Senhor, as pessoas exigiram um sinal como base para crerem nEle. Mesmo tendo visto o milagre (cons. Jo 6:14), Jesus acusou-as de não verem, isto é, de não enxergar além dos aspectos externos. Elas só viam a provisão do sustento material e sentiam-se satisfeitas (v. Jo 6:26). O ensinamento de Jesus aqui tinha duplo aspecto, pois ele contrastou o alimento que perece com o alimento que permanece para a vida eterna, e também colocou o trabalho em contraste com a dádiva (cons. Is 55:1, Is 55:2). Mesmo o alimento que Jesus tinha providenciado do outro lado do lago era perecível. Mas Ele podia dar aquele que seria significativo para a vida eterna. Seu poder para fazê-lo descansava na autoridade de que Deus Pai o investira (selou com voz divina no batismo e concessão do Espírito). A advertência sobre o trabalho não foi inteiramente compreendida, pois o povo continuou perguntando o que devia fazer para executar as obras de Deus (v. Jo 6:28), isto é, para executar obras aceitáveis diante dEle. Em resposta, o Senhor apontou a fé como sendo a obra maior e indispensável (v. Jo 6:29). Isto lhes pareceu ser um requisito fora do comum. Afinal, muitos falaram em nome de Deus no passado e não exigiram que se tivesse fé neles, mas apenas naquele que os enviara. Por isso a multidão sentiu-se justificada em exigir um sinal especial para sustentar esta especial reivindicação. Para crer nEle, precisavam de algo parecido com fazer vir pão do céu (Jo 6:31), em contraste com o milagre do outro lado do lago.

Para evitar mal-entendidos, Jesus fê-los lembrar que não foi Moisés mas Deus que lhes dera pão no deserto, o qual também lhes garantia o pão do céu. Por verdadeiro devemos entender perfeito, aquele que atende às mais profundas necessidades do homem. Cristo identificou o pão como sendo o que (v. Jo 6:33), alguém que já descera do céu para dar vida ao mundo. Mas uma identificação explícita com ele mesmo não foi feita na ocasião. O povo queria desse pão, mas parece que ainda pensava nele em termos materiais, tal como a mulher de Samaria pensava na água viva (v. Jo 6:34).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71
b) A multiplicação dos pães para cinco mil pessoas, e o discurso sobre o Pão da Vida (Jo 6:1-43) -Este é o único milagre comum a todos os quatro Evangelhos. Ver notas, Mt 14:13-40; Mc 6:30-41; Lc 9:10-42. "A narração de uma cena crítica na obra de Cristo na Galiléia é seguida pela narração de uma cena semelhante em Jerusalém" (Westcott). "O evangelista já descreveu e explicou a incredulidade dos judeus em Jerusalém. Agora, não obstante Jo 4:45-43, expõe a incredulidade dos Galileus" (Hoskyns). Os dois sinais relatados neste capítulo constituem o fundo para o discurso sobre o pão da vida. A multiplicação dos pães para os cinco mil ocorre depois destas cousas (1) e quando a páscoa estava próxima (4). Embora seja praticamente impossível estabelecer uma cronologia exata dos acontecimentos, é bem provável que o ministério de Jesus na Galiléia, como narrado nos sinóticos, se enquadre dentro do tempo marcado pelos limites do capítulo 6. A narrativa episódica do capítulo 6 abrange "o essencial do ministério na Galiléia" (Westcott). A multiplicação dos pães para os cinco mil tem lugar nos textos sinóticos depois da volta dos discípulos, após suas lidas missionárias e o triste anúncio da morte do Batista. A turba foi conquistada pela benevolência de Jesus que sempre fazia o bem, e o seguiu de lugar em lugar. Note-se que Jesus desejou passar um tempo quieto (cfr. Mt 14:13; Mc 6:31; Lc 9:10). A narrativa joanina difere das sinóticas em diversos pormenores. Não lhe faltam evidências autênticas de uma testemunha ocular. A páscoa estava próxima (4). Este detalhe explica a presença de uma grande multidão, e sugere algo para compreender o sentido espiritual do milagre. Jesus vê a turba chegando, e propõe que se coma (5). Tomando a iniciativa, Ele fala sobre o assunto com Filipe, possivelmente com o intuito de prová-lo, porque ele bem sabia o que estava para fazer (6). Filipe responde de uma maneira eficiente e calculada (7). Na sua resposta, ele não avalia a situação à luz da fé, nem contempla a capacidade do Senhor de satisfazer as necessidades do povo. Alguém sugere que a exatidão da resposta pressuponha uma consideração prévia do problema, e que a importância citada represente o total dos seus recursos materiais. Um rapaz (9); gr. paidarion, "rapazinho". Cevada (9); comida dos pobres. O detalhe salienta mais ainda a insuficiência dos recursos dos discípulos. Jesus manda aos discípulos que façam assentar-se o povo. Povo, homens (10). É possível que a referência específica aos homens indique chefes de famílias, e que todo o povo se sentou em famílias. Jesus abençoa a parca provisão, que se multiplica milagrosamente para o povo (11). João preserva a ordem de Jesus que recolham os pedaços, em conseqüência da qual doze cestos ficaram cheios dos pedaços de pão (12,13). A turba fica sobremaneira impressionada e reconhece a significação messiânica do milagre: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo (14). Ver Dt 18:15. O milagre sem dúvida relembra ao povo a provisão do maná, séculos antes. Ver comentário sobre a discussão mais tarde na sinagoga.

>Jo 6:15

2. CRISTO ANDA POR SOBRE O MAR (Jo 6:15-43) -Marcos relata que depois do milagre da multiplicação dos pães para cinco mil, Jesus constrange os Seus discípulos a embarcarem e saírem do lugar do milagre (Mc 6:45). João oferece a razão (15): o povo estava prestes a levá-lo e aclamá-lo rei na próxima festa. Jesus afasta primeiro os seus discípulos do perigoso entusiasmo da turba, então sobe à montanha para oração e comunhão (15). Os discípulos esperavam que Jesus voltasse para eles mais tarde, possivelmente em Betsaida (Mc 6:45), mas "Jesus ainda não viera ter com eles" (17). Na ausência de Jesus, os discípulos seguem rumo a Cafarnaum, mas em caminho um temporal não tarda a desfechar. Estando no meio do mar, vêem Jesus andando por sobre as águas, e ficam atemorizados pela aparição. Jesus os acalma dizendo, Sou eu. Não temais! (20). De bom grado, recebem-no no barco.

>Jo 6:22

3. ENSINO SOBRE O PÃO DA VIDA (Jo 6:22-43) -O resultado imediato dos dois sinais é que a multidão vai atrás de Jesus. João não menciona o fato que Jesus despediu a multidão, mas pode-se concluir que muitos ficaram no lugar onde foi realizado o milagre (22). No dia seguinte, atravessaram para a outra banda do mar, e estavam admirados de descobrirem Jesus ali primeiro (24-25). Vós me procurais ... porque comestes dos pães (26). Jesus condena a atitude deles por ser puramente materialista, sem interesse espiritual, Procuraram-No por benefícios apenas materiais. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna (27). Jesus os exorta a apropriarem-se do alimento espiritual que somente Ele dá; ao mesmo tempo aponta para a aprovação divina da sua missão: Deus o Pai o confirmou com o seu selo (27). Os judeus entendem o fato que tal dádiva se verifica somente pelas obras que a acompanham. Perguntam o que devem fazer para realizar tais obras (28). Jesus responde que a obra que lhes compete é fé nAquele a quem Deus mandou (29). Embora aceitando Sua pretensão, eles insistem que o dom intangível da fé requer uma evidência externa. Pede-se-lhe um sinal dos céus para confirmar que Ele é autor da vida (30). Porventura será inaugurada a era messiânica com um milagre comparável ao do maná sobrenatural? (31; cfr. Êx 16:15). O Senhor replica a inferência, negando que fosse Moisés que lhes deu o maná, e mais ainda, que esse maná fosse, no sentido espiritual, "pão do céu". É meu Pai quem vos dá (32). O verbo do original grego significa ação continua, em contraste com o aoristo deu.

>Jo 6:33

Outrossim, Jesus define o verdadeiro pão como o que desce do céu e da vida ao mundo (33). Os judeus desejam este pão, julgando que seja uma provisão miraculosa descida do céu (34). Jesus responde que Ele mesmo é o pão da vida (35), que satisfaz a fome espiritual do crente. Os galileus já O viram sem crer nEle, e agora perdem o direito à vida eterna por causa da sua incredulidade (36). Na sua busca, foram motivados por interesses puramente materiais. O motivo que conduz a Cristo é a fé e os que têm essa fé são dados por Deus a seu Filho. Todo aquele que o Pai me dá (37). Não é por acaso que o Pai traz os homens para Si (cfr. vers. 44). O dom é irrevogável, pois o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora (37). Eu o ressuscitarei (40). A ressurreição é complemento essencial ao dom da vida eterna. No último dia (40). Ver também vers. 39,44,54. O termo representa o conceito escatológico usado comumente pelos judeus para referir-se ao tempo da plena vindicação e glória do Messias. Cfr. Jo 11:24.

>Jo 6:41

Os judeus são ofendidos pela reivindicação de Jesus, que é o pão da vida que desceu do céu, por ser Ele do proletariado, de família humilde (41-42). Nos vers. 43-51, Jesus responde, desenvolvendo a idéia, já mencionada, da felicidade de quem crê verdadeiramente nEle (36-40). Somente os que são trazidos e iluminados pelo Pai podem vir a Jesus (44), e tal iluminação vem diretamente por meio da atividade de Deus. Os profetas (45); referência àquela seção das Escrituras do Velho Testamento que leva este nome. E serão todos ensinados por Deus (45). Cfr. Is 54:13; Jr 31:34; Mq 4:2. Jesus é o único que desfruta do supremo privilégio de ver a Deus (46). De novo Jesus se declara ser o pão da vida (48) e afirma, solenemente, que ter fé nEle é ter a vida eterna (47). Contrasta o maná dado no deserto com o pão que Ele dá: enquanto o maná não impediu a operação da morte, (49), quem comer do pão da vida que Ele oferece nunca perecerá (50-51). Opera na Sua pessoa o princípio da vida eterna, em contraste com o maná que perece. Então Jesus identifica este pão espiritual que Ele dá com a sua própria carne, que dará pela vida do mundo (51). É pela assimilação da Sua natureza divina que os homens se alimentam espiritualmente.

>Jo 6:52

Neste ponto os judeus se mostram completamente descrentes e começam a disputar entre si (52). O discurso chega ao seu apogeu com a declaração singular de Jesus no vers. 53. O ato de dar a Sua carne pela vida do mundo assume agora um caráter sacrifical. A linguagem é figurada, e muitos comentaristas dão um sentido sacramental aos termos, que se relacionam com os símbolos usados na Ceia do Senhor, para representarem o comer e o beber do corpo e do sangue de Cristo. Entretanto, neste contexto, a idéia primordial se limita ao caráter redentor da morte de Jesus e aos benefícios que resultam duma apropriação dos valores espirituais da Sua morte. É secundário o conceito da maneira em que os homens participam desses benefícios. Quem comer a minha carne (54). Jesus assevera que a apropriação dos valores espirituais da sua vida e de sua morte resulta na possessão imediata de vida eterna, e a certeza da ressurreição vindoura. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida (55). Sua carne e seu sangue alimentam realmente a alma. Uma íntima união procede da assimilação da Sua natureza (56), tal união sendo parecida com a que existe entre o Pai e o Filho (57). Vers. 58 dá em síntese todo o ensino que precede, e o vers. 59 acrescenta um detalhe histórico, quanto ao lugar onde o discurso fora entregue.

>Jo 6:60

4. O EFEITO SOBRE OS DISCÍPULOS (Jo 6:60-7.1) -O evangelista descreve os diferentes resultados do discurso. A apresentação das reivindicações de Jesus, e sua revelação de si mesmo como o pão vivo de Deus, partido pela humanidade, produz a incredulidade. Duro é este discurso (60). Mesmo os discípulos acharam difícil entender Sua doutrina, e se escandalizaram. O conhecimento sobrenatural de Jesus revela os pensamentos deles, e Ele diz: Isto vos escandaliza? Que será, pois, se virdes o Filho do homem subir para o lugar onde primeiro estava? (61-62). Sua ascensão para a presença do Pai, sem dúvida, removerá qualquer conceito materialista do comer da carne e do beber do sangue de Cristo, e mostrará o verdadeiro significado de participação espiritual nos Seus méritos e triunfo. A cruz e a ressurreição são os fatos básicos da revelação. A resposta espiritual a estes fatos se produz mediante a palavra de Jesus, que é espírito... e vida (63). A vida carnal não pode evoluir para tornar-se vida espiritual. A apropriação espiritual é obra do Espírito. As palavras de Jesus neste discurso são vivificantes, e criam na alma desejos espirituais e vida.

>Jo 6:64

A incredulidade dos discípulos não se constituiu em nenhuma surpresa para Jesus. Ele previu a deslealdade deles, e a traição de Judas era-lhe conhecida de antemão (64; cfr. Jo 13:11). Por esta razão, Jesus salienta o poder do Pai em despertar resposta espiritual em todos aqueles que realmente crêem (65). Este discurso marca o apogeu no ministério de Jesus, pois desde então muitos dos seus discípulos o abandonaram (66). As palavras de Jesus coam os genuínos discípulos dos demais homens. Jesus se dirige ao círculo de seus discípulos mais íntimos com as seguintes palavras: Porventura quereis também vós outros retirar-vos? (67). Jesus encontra lealdade e crescente convicção na magnífica declaração de Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna (68). A confissão de Pedro é reforçada pelo testemunho unido dos Seus discípulos: Nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus (69). Pedro fala em nome de todos, mas há um traidor entre eles. O traidor já é conhecido por Jesus (70, cfr. nota sobre vers. 64). Judas, filho de Simão Iscariotes (71). Iscariotes provavelmente significa "homem de Queriote", e em tal caso, Judas seria o único discípulo que não era galileu. O evangelista acrescenta com pesar que seria ele o traidor do Mestre. Tal ato só pode ser cometido por alguém que é diabo (71; cfr. 7.20 n.). A tragédia se torna mais dramática por ser ele um dos doze.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71

18. A Refeição Milagrosa (João 6:1-15)

Depois destas coisas, Jesus retirou-se para o outro lado do mar da Galiléia (ou Tiberíades). Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele estava realizando sobre aqueles que estavam doentes. Então Jesus subiu ao monte e sentou-se com seus discípulos. Agora, a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. Portanto, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: "Onde compraremos pão, para que estes possam comer?" Este Ele estava dizendo para testá-lo, pois Ele mesmo sabia o que estava pretendendo fazer. Filipe respondeu-lhe: "Duzentos denários de pão não é suficiente para eles, para que todos possam receber um pouco." Um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe: "Há aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes, mas que é isto para tanta gente?" Jesus disse: "Faça com que as pessoas se sentar." E havia muita relva naquele lugar. Assim, os homens sentaram-se, em número de quase cinco mil. Jesus, então, tomou os pães, e tendo dado graças, distribuiu aos que estavam sentados;de igual modo os peixes, quanto eles queriam. E quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: "Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca." Recolheram-up, e encheram doze cestos com os fragmentos dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido. Portanto, quando o povo viu o sinal que Ele havia feito, eles disseram: "Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo." Então Jesus, percebendo que eles estavam com a intenção de vir e levá-lo à força para o fazerem rei, retirou-se novamente para o monte, mesmo sozinho. (6: 1-15)

O Novo Testamento oferece inúmeras linhas de evidência para a divindade de Jesus Cristo, não menos do que é seus muitos milagres (conforme At 2:22). De uma forma única e poderosa, Suas obras miraculosas demonstrar sua glória divina (Jo 2:11). O próprio Senhor usou para apoiar sua notável reivindicações: "As obras que o Pai me deu para realizar-as mesmas obras que Eu-testemunho de mim, que o Pai me enviou" (05:36). Em resposta à demanda exasperada de seus críticos, "Quanto tempo você vai nos manter em suspense Se Tu és o Cristo, dize-o francamente?" (10:24), Jesus respondeu: "Eu disse a você, e você não acredita; As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas dão testemunho de mim "(v. 25). O Senhor também repreendeu Corazim, Betsaida, Cafarnaum e porque, apesar dos inúmeros milagres que fazia naquelas cidades, eles teimosamente se recusou a se arrepender (Matt. 11: 20-24).

Quando João Batista enviou seus discípulos para perguntar a Jesus: "És tu aquele esperado, ou havemos de esperar outro?" (Lc 7:20), Jesus respondeu, apontando-os para suas obras milagrosas:

Naquele exato momento Ele curou muitas pessoas de doenças e aflições e espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos. E ele, respondendo, disse-lhes: "Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, os pobres têm o evangelho pregado a eles ". (Vv. 21-22)

E quando próprios discípulos de Jesus não conseguiram captar a verdade da Sua união com o Pai Ele lhes disse: "Crede-me que estou no Pai e que o Pai está em mim, caso contrário acredito que por causa das mesmas obras" (Jo 14:11 ).

Ao longo de seu ministério, Jesus poderia ter emocionou a multidão assistindo com demonstrações espetaculares de seu poder divino, como levantar-se do templo e suspendendo-o no ar, ou voar através do céu em velocidades supersônicas. Mas em vez disso, Ele escolheu para mostrar compaixão divina, fazendo milagres que entregaram as pessoas necessitadas. Ele curou os doentes (Mt 4:23-24; 8: 2-3., 5-13, 14-16; 9: 2-7, 20-22, 27-30, Mt 9:35; 12: 9-13, Mt 12:15 ; Mt 14:14; Mt 15:30; Mt 19:2; Mt 21:14; Mc 6:5; Lc 5:15; 6: 17-19; Lc 9:11; 14 : 1-4; 17: 11-14; Lc 22:51; João 4:46-53; 5: 1-9; Jo 6:2), ressuscitou os mortos (Mateus 9:23-25. ; Lucas 7:11-15; Jo 11:43), e expulsar os demônios (Mt 4:24; Mt 8:16, 28-33; 9: 32-33.; Mt 12:22; 15: 21-28; 17 : 14-18; Mc 1:39; Lc 11:14; Lc 13:32). Mesmo milagres criativos do Senhor não eram truques de mágica sensacionais. Como observado no capítulo 6 deste volume, através da criação de vinho nas bodas de Caná (Jo 2:1-11) Jesus encontrou uma necessidade para os convidados e salvou a noiva eo noivo de uma situação socialmente embaraçoso. A alimentação miraculosa das cinco mil pessoas foi um grande ato de compaixão em nome de pessoas que passaram fome.

Embora eles não podiam negar os milagres, as autoridades religiosas na Judéia rejeitada com veemência declarações de Jesus (5: 16-47). Mas essa rejeição não o impediu, ou levá-lo a suavizar a Sua mensagem. No entanto, o Senhor deixou a Judéia, porque os líderes judeus procuravam matá-lo antes de Seu tempo determinado (5.18; conforme 7: 1, 30; 08:20). Capítulo 6, em seguida, encontra-lo na Galiléia, na parte norte de Israel. Este capítulo é semelhante em estrutura ao capítulo 5; tanto gravar um milagre por Jesus, levando a um discurso sobre sua divindade. E cada um relata a resposta do povo, que em ambas as ocasiões foi uma rejeição total da Sua mensagem.

A alimentação dos cinco mil é o quarto sinal de que João gravado para provar que Jesus é o Messias e Filho de Deus (conforme 2:11; 4:54; 5: 1-17). É o único milagre (para além da ressurreição de Cristo) gravado por João que também aparece nos Evangelhos sinópticos (14 Matt:. 13-20; Marcos 6:30-44; Lucas 9:10-17) —um fato que enfatiza a sua importância, uma vez que a maioria do que João escreveu suplementos outros evangelhos, fornecendo material que não incluem. Apesar de todos os milagres de Jesus foram surpreendentes, a alimentação dos cinco mil demonstrou seu poder criativo de forma mais clara e impressionante do que qualquer outro milagre. Na verdade, em termos do número de pessoas afetadas, foi o maior de seus milagres (superiores a Sua alimentação depois de quatro mil, registrada em Mat. 15: 32-39; Marcos 8:1-9). A alimentação dos cinco mil, também prepara o palco para o discurso do Senhor sobre o pão da vida que se segue (vv. 22ff.).

A narrativa se desdobra em quatro cenas: a multidão inconstante, os discípulos infiéis, o jantar gratificante, eo falso coroação.

O Inconstante Multidão

Depois destas coisas, Jesus retirou-se para o outro lado do mar da Galiléia (ou Tiberíades). Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele estava realizando sobre aqueles que estavam doentes. Então Jesus subiu ao monte e sentou-se com seus discípulos. Agora, a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. (6: 1-4)

A frase tauta meta ( depois destas coisas [conforme 5: 1]) não significa necessariamente que os eventos registrados no capítulo 6, seguido imediatamente os eventos registrados no capítulo 5. Ele simplesmente indica que o que aconteceu no capítulo 6 ocorreu posterior aos eventos no capítulo anterior. Evidentemente, houve um intervalo de tempo significativo entre os capítulos 5:6. De acordo com o versículo 4, os acontecimentos do capítulo 6 foi realizada pouco antes da Páscoa. Se a festa não identificado Dt 5:1, Mt 8:18, ​​23-349: 18-11: 3012: 15-14: 12;Marcos 3:7-6: 30; e Lucas 6:12-9: 10 deixar claro. A disseminação de sua fama ao longo desse período de seis a doze meses os ajuda a explicar o enorme tamanho da multidão que se reuniu nesta ocasião.

A alimentação dos cinco mil ocorreu no outro lado do mar da Galiléia (ou Tiberíades). Uma vez que a maior área da Galiléia fica a oeste do lago, o outro lado iria indicar a área leste do lago, mais remota e menos populosa. O Mar da Galiléia , também é conhecido na Bíblia como o mar de Quinerete;, o Mar de Quinerote (Nu 34:11 Js 13:27..) (Js 12:3, Mc 6:30), e Jesus também tinha sido fortemente envolvido no ministério esgotar enquanto eles estavam fora (Mt 11:1). Mt 14:13 revela que a notícia da morte de João Batista ofereceu uma razão adicional para a sua retirada: "Agora, quando Jesus ouviu falar sobre João [de que ele tinha sido executado por Herodes; 14: 1-12], retirou-se dali num barco para um lugar isolado por si mesmo ".

Jesus e seus discípulos não eram para encontrar a reclusão pacífica eles procuraram, no entanto. De acordo com Mc 6:32, eles atravessaram o Mar da Galiléia por barco, mas uma grande multidão das cidades vizinhas (Mt 14:13, seguido -los a pé ao longo da costa (Mc 6:33). No momento em que chegaram ao seu destino, uma massa de pessoas já estava esperando por eles (Mt 14:14), com mais a caminho. A multidão não foi motivada pela fé, o arrependimento, ou o amor verdadeiro por ele. Pelo contrário, eles seguiram o Senhor , porque eles viam os sinais que ele estava realizando sobre os que estavam enfermos (conforme 2: 1-11; 4: 46-54; Mateus 8:2-4., 5-13, 14 —17, 28-34; 9: 1-8, 18-26, 27-33; 12: 9-13; Marcos 1:21-28). Eram caçadores de emoção que não conseguiram compreender o verdadeiro significado dos sinais milagrosos de Jesus (conforme v 26). —que Apontou inequivocamente a Ele como o Filho de Deus eo Messias. Como tal, eles foram os homólogos da Galiléia dos crentes falsos Judéia descritos em 2: 23-25. Eles se reuniram para ver suas obras, mas em última análise, se recusou a aceitar Suas palavras (conforme v. 66). Eles procuraram os benefícios do Seu poder em suas vidas físicas, mas não em sua vida espiritual.

Depois de chegar na costa oriental do lago, Jesus subiu ao monte e sentou-se com seus discípulos. Apesar da multidão reunida, o Senhor queria algum tempo a sós com os Doze. Mountains foi o cenário para muitas das cenas importantes da vida e ministério de Cristo, incluindo a parte de sua tentação pelo diabo (Mt 4:8); o exercício do seu ministério de cura (Mt 15:29-30.); a transfiguração (Mt 17:1.); e Sua ascensão (At 1:12). Este particular montanha foi, provavelmente, localizado na região conhecida hoje como o Golan Heights, o site de uma grande batalha entre as forças israelenses e sírios, durante a Guerra dos Seis Dias de 1967.

Como observado acima, o fato de que a Páscoa, a festa dos judeus, estava perto de lugares este incidente vários meses após os acontecimentos do capítulo 5. Ele também sugere que a enorme multidão pode ter consistido, pelo menos em parte, de peregrinos que se preparam para viajar juntos a Jerusalém para a festa. Além disso, era a Páscoa, que comemora a libertação da nação do Egito, que os sentimentos nacionalistas dos judeus atingiram o seu pico. Isso pode ajudar a explicar tentativa zeloso da sua torcida para fazer Jesus rei (v. 15).

Os Discípulos Faithless

Portanto, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: "Onde compraremos pão, para que estes possam comer?" Este Ele estava dizendo para testá-lo, pois Ele mesmo sabia o que estava pretendendo fazer. Filipe respondeu-lhe: "Duzentos denários de pão não é suficiente para eles, para que todos possam receber um pouco." Um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe: "Há aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes, mas que é isto para tanta gente?"(6: 5-9)

Depois de passar algum tempo na montanha com os Doze, Jesus viu que uma grande multidão vinha ter com ele. O registro Sinópticos que Ele "curou os seus enfermos" (Mt 14:14) e "começou a falar com eles sobre o reino de Deus "(Lc 9:11). Marcos diz que Jesus foi movido com "compaixão por eles, porque eram como ovelhas sem pastor" (Mc 6:34;. Conforme Nu 27:17; 1Rs 22:171Rs 22:17;. Mt 9:36). O Senhor sabia motivo superficial da sua torcida para segui-Lo (v 26)., Mas sua grande misericórdia, era tal que Ele conheceu as suas necessidades de qualquer maneira.

No final do dia (Mc 6:35) ou como o dia estava terminando (Lc 9:12) e que "foi a tarde, os discípulos aproximaram-se dele e disse:" Este lugar é deserto ea hora já está atrasado, por isso enviar as multidões de distância, para que possam ir aos povoados comprar comida para si mesmos '"(Mt 14:15). Jesus, no entanto, teve uma solução diferente em mente. Ele disse a Filipe: "Onde compraremos pão, para que estes possam comer?" Por que o Senhor destacou Filipe não é revelado. Pode ser que ele era o administrador dos Doze, o responsável por organizar as refeições e cuidando dos detalhes logísticos. A questão foi destinado a articular a impossibilidade de qualquer lugar onde tal pão poderia ser assegurado.

Jesus não estava tentando descobrir o que Filipe estava pensando, uma vez que Ele já sabia que (conforme 02:25; 21:17). Ele também não precisa de entrada de Felipe para ajudá-lo a formular um plano. Ele sabia que Filipe conhecia nenhum lugar para comprar pão e não tinha plano para fornecê-la. O propósito do Senhor em questionar Filipe (e, por extensão, o restante dos discípulos; conforme Lc 9:12) foi para testá-lo, pois Ele mesmo sabia o que estava pretendendo fazer -e não tinha nada a ver com a compra de pão. Como ele faz com todo o seu povo, o Senhor levantou o dilema como uma forma de testar os discípulos a fortalecer sua fé. Tiago escreveu: "Considerai tudo com alegria, meus irmãos, quando se deparar com várias provações, sabendo que a provação da vossa fé produz perseverança. E a perseverança tenha a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, não faltando em coisa alguma" (Tiago 1:2-4). O apóstolo Pedro semelhante declarou: "Em qual exultais, ainda que agora por um pouco de tempo, sendo necessário, você tem sido afligido por várias provações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece, mesmo embora provado pelo fogo, pode ser encontrada a resultar em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo "(I Pedro 1:6-7).

A fé de Filipe (junto com o resto dos Doze de) foi encontrado em falta, e ele exclamou irremediavelmente, "Duzentos denários de pão não é suficiente para eles, para que todos possam receber um pouco." Para Filipe parecia inútil para discutir onde eles pode obter pão, já que claramente não tinha dinheiro suficiente para comprá-lo se eles poderiam encontrar. Um denário equivalia remuneração de um dia para um trabalhador comum (Mt 20:2.; 1 Reis 17:9-16; 2 Reis 4:1-7). No entanto, "ao invés de focar em Jesus, computador mental de Filipe começou a trabalhar como uma caixa registradora, e tudo o que podia pensar era o total em dinheiro que seria necessário para fornecer apenas um pouco de pão para cada pessoa" (Gerald L. Borchert, João 1:11, O New Commentary americano [Nashville: Broadman & Holman, 2002], 253).

André, ao contrário de Filipe, pelo menos, tentou encontrar uma solução (embora ele possa ter sido apenas tentando corroborar o pessimismo de Filipe). Ele relatou a Jesus que sua pesquisa o levou a um pequeno menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mc 6:38 registra que Jesus mandou que os discípulos para irem descobrir quanta comida a multidão tinha. Aparentemente André estava relatando os resultados dessa pesquisa. Ou, talvez, a pesquisa teve lugar após o seu relatório e ainda confirmou a triste realidade da situação. Em qualquer caso, a fé de André, também, desmoronou como ele considerou a enormidade do problema logístico. Depois de relatar o que encontrou, acrescentou ceticismo, "Mas o que são estes para tantas pessoas?" A resposta de André mostrou que ele, como Filipe eo resto dos Doze, foi reprovado no teste de fé. Ninguém respondeu afirmando o poder de Jesus para fornecer.

O Jantar de Satisfação

Jesus disse: "Faça com que as pessoas se sentar." E havia muita relva naquele lugar. Assim, os homens sentaram-se, em número de quase cinco mil. Jesus, então, tomou os pães, e tendo dado graças, distribuiu aos que estavam sentados; de igual modo os peixes, quanto eles queriam. E quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: "Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca." Recolheram-up, e encheram doze cestos com os fragmentos dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido. (6: 10-13)

Com os discípulos de uma paralisação, Jesus assumiu o comando da situação. Em vez de repreender-los por sua fé fraca, Ele colocá-los para o trabalho, instruindo-os a ter as pessoas sentem-se. A sua fé pode ter falhado, mas sua obediência não o fez, e apesar de suas dúvidas eles seguiram as instruções do Senhor. Lembrança pessoal de João que havia muita relva naquele lugar é o tipo de detalhe uma testemunha recorda. Além disso, confirma que a alimentação dos cinco mil ocorreram na primavera (Páscoa [v. 4] foi em março ou abril), antes da grama secou sob o sol escaldante do verão. Marcos acrescenta que os discípulos sentados as pessoas em grupos de cinquenta e cem (Mc 6:40), sem dúvida, para tornar mais fácil para distribuir os alimentos. Todos os quatro Evangelhos registram que havia cinco mil homens presentes, sem contar mulheres e crianças (Mt 14:21). Permitindo um número razoável de mulheres e crianças, o número total de pessoas foi, provavelmente, em algum lugar entre quinze e vinte mil.

Simplesmente, e sem alarde, em seguida, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu aos que estavam sentados; . Da mesma forma, também dos peixes O Senhor não criou uma grande quantidade de comida de uma só vez, mas continuamente "partiu os pães e ... continuou dando-os aos discípulos para que eles, e ... dividido os dois peixes entre eles todos "(Mc 6:41). A multidão atônita sentado na encosta gramada naquela noite testemunharam o Deus Criador no trabalho.

Registro de Mateus, Marcos e Lucas que o Senhor distribuiu a comida para a multidão através dos discípulos. Jesus, é claro, não precisa usá-los; Ele poderia facilmente ter distribuído alimentos para a multidão por meios sobrenaturais. Deus, no entanto, muitas vezes, funciona através de fracos, os seres humanos falíveis. Ele usou Moisés, que foi "muito humilde, mais do que qualquer homem que estava sobre a face da terra":, para libertar seu povo da escravidão no Egito; (Nu 12:3). Ele usou Gideão, o filho mais novo da família menos importante em Manassés, para libertar Israel dos midianitas (Jz 6:15.);e Ele usou Davi, um menino pastor desconhecido, para matar o Golias poderoso guerreiro e libertar Israel dos filisteus. "Deus", Paulo lembrou aos soberbos, arrogantes Corinthians ", escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as coisas que são fortes" (1Co 1:27). Os discípulosreunidos os restos de comida, e encheram doze cestos (do tipo usado para transportar alimentos ou produtos) com pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido. Em uma espantosa exibição da graça abundante de Deus, as sobras excedeu em muito as originais cinco pães de cevada. Alguns pensam que os doze cestos simbolizar a provisão de Deus para as doze tribos de Israel. A explicação mais simples é que havia doze cestos porque havia doze apóstolos que recolhem as sobras. Cristo não só forneceu comida suficiente para satisfazer a multidão com fome, mas também para fornecer refeição do dia seguinte para os discípulos.

A coroação Falsa

Portanto, quando o povo viu o sinal que Ele havia feito, eles disseram: "Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo." Então Jesus, percebendo que eles estavam com a intenção de vir e levá-lo à força para o fazerem rei, retirou-se novamente para o monte, mesmo sozinho. (6: 14-15)

Surpreendido pelo sinal que Jesus tinha realizado, o povo disse: "Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo." A referência é à profecia messiânica dada por Moisés, em Deuteronômio 18:15-19 (conforme Atos 3:20-22). Sem dúvida provisão milagrosa de Jesus de alimentos lembrou a multidão de Moisés e do maná Deus providenciou para Israel no deserto. A alimentação da multidão foi um verdadeiro milagre criativo-não, como alguns céticos argumentam, uma história de como Jesus manipulou a multidão em compartilhar seus almoços com o outro. Se isso fosse tudo o que aconteceu, a multidão dificilmente teria visto isso como um sinal miraculoso que aponta a Jesus como o Cristo. As pessoas corretamente percebeu que o milagre era sobrenatural e provou Jesus era o Messias, embora tirou conclusões erradas sobre o que significava que a identificação.

A declaração da multidão, feita imediatamente após Jesus curava os doentes e encheu seus estômagos, revelou o que as pessoas estavam realmente procurando em um messias. Eles queriam um libertador terrestre, aquele que iria satisfazer todas as suas necessidades físicas e alimentação e saúde estavam no topo da lista, bem como libertá-los do jugo odiados de opressão romana. Assim eles tinham a intenção de vir e levá-lo à força para fazê-lo rei. Com ele como seu fornecedor, eles nunca iria querer para o alimento, e teria o potencial para ser curado de todas as doenças. Eles poderiam marchar para Jerusalém, derrotar os romanos, e estabelecer o estado de bem-estar social final. Jesus, no entanto, recusou-se a ser forçosamente feito rei em seu egoísta (e não arrependidos) termos. Por isso, Ele enviou os discípulos de distância de barco (Mt 14:22; Mc 6:45), dispersou a multidão (Mt 14:23; Marcos 6:45-46.), E retirou-se novamente para o monte, mesmo sozinho.

Jesus não concordar com caprichos ou fantasias. Ele vem para ninguém em termos que do homem. As pessoas não podem manipulá-lo para seus próprios fins egoístas. Alguns evangelistas modernos, em uma tentativa de ser "amigável-investigador," Jesus presente para os incrédulos como uma solução rápida para necessidades sentidas como saúde, riqueza e auto-estima superficialmente comercialização Ele como fornecendo tudo incrédulos querem. Mas que transforma a mensagem do evangelho de cabeça para baixo. As pessoas não vêm a Cristo em seus termos, para que Ele possa curar seus relacionamentos quebrados, torná-los bem sucedido na vida, e ajudá-los a se sentir bem consigo mesmas. Em vez disso, eles devem vir a Ele em Seus termos. Jesus ama graciosamente crentes e concede-lhes um rico legado de alegria (Jo 15:11), paz (Jo 14:27), e conforto (2 Cor. 1: 3-7). Mas, ao mesmo tempo, Ele chama os pecadores a chorar sobre o seu pecado:, arrepender-se (Mt 4:17.), E reconhecê-lo como o soberano Senhor (Rm 10 (Mt 5:4.):.. 9; conforme Fil 2 : 9-11), a quem devem obediência total (Jo 14:15, Jo 14:21; 1Jo 5:31Jo 5:3)

Agora, quando a noite chegou, os seus discípulos desceram para o mar, e depois de entrar em um barco, eles começaram a atravessar o mar para Cafarnaum. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha chegado a eles. O mar começou a ser agitada por causa de um forte vento soprava. Então, quando eles tinham remado cerca de três ou quatro milhas, eles viram Jesus andando sobre o mar e aproximando-se do barco; e eles estavam assustados. Mas Ele disse-lhes: "Sou eu,., Não tenha medo" Então, eles estavam dispostos a recebê-lo para o barco, e logo o barco chegou à terra para onde iam. No dia seguinte, a multidão que estava do outro lado do mar, vendo que não havia outro pequeno barco lá, exceto um, e que Jesus não tinha entrado com seus discípulos para o barco, mas que os discípulos tinham ido embora sozinho. Houve outros pequenos barcos de Tiberíades para perto do lugar onde comeram o pão depois de o Senhor ter dado graças. Então, quando a multidão viu que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, entraram eles também os pequenos barcos, e foram a Cafarnaum em busca de Jesus. Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: "Rabi, quando chegaste aqui?" Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que, me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e ficaram satisfeitos. Não trabalhar pela comida que perece, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará, para n'Ele o Pai, Deus, tem o seu selo ". Por isso, eles disseram-lhe: "O que devemos fazer, para que possamos realizar as obras de Deus?" Jesus respondeu, e disse-lhes: "Esta é a obra de Deus, que creiais naquele que Ele enviou." (6: 16-29)

Um dos pontos turísticos mais famosos do Havaí é Cabeça de Diamante, um vulcão extinto na ilha de Oahu. Exploradores ocidentais cedo, deu-lhe esse nome não por causa de sua forma, mas por causa das pedras brilhantes que vi embutido em suas encostas. Observando essas rochas de uma distância, os marinheiros excitados imaginado que tinham descoberto diamantes. Mas, para sua decepção, um exame mais detalhado revelou que os "diamantes" eram cristais de calcita, na verdade, apenas sem valor.

Em sentido semelhante, há muitos que olham à distância como eles são discípulos de Cristo, mas a investigação mais atento mostra que eles sejam algo diferente do que eles dizem. Tais pessoas brilhar exteriormente como diamantes brilhantes, mas por dentro são nada mais do que rocha sem valor. O Novo Testamento descreve-os como joio no meio do trigo:; (13 25:40-13:30'>Mt 13:25-30.) peixe ruim que são jogados fora (13:48); cabras condenados à punição eterna (25:33, 41); aqueles que ficaram do lado de fora, quando o chefe da casa fecha a porta (13 25:42-13:27'>Lucas 13:25-27); virgens loucas excluídos do banquete de casamento (Mt 25:1-12.); e escravos inúteis que enterram o talento de seu mestre no solo (25: 24-30). Eles são apóstatas que eventualmente deixam a comunhão dos crentes (1Jo 2:19), manifestam um perverso coração de incredulidade ao abandonar o Deus vivo (He 3:12), continua a pecar deliberAdãoente depois de receber o conhecimento da verdade (Heb . 10:26), e cair para longe da verdade para a destruição (39 v.) eterna. Embora eles podem até pensar que está em seu caminho para o céu, eles são, na verdade, no caminho largo que leva para o inferno (13 40:7-14'>Mt 7:13-14.).

À luz do sério perigo de ser enganado, a Bíblia enfatiza o custo de ser um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo. Quando um suposto seguidor disse-lhe: "Senhor, permita-me ir primeiro enterrar meu pai" (Mt 8:21) —a figura do significado da fala: "Espere até que eu receber a minha herança" —Jesus respondeu: " Siga-me, e permitir que o [espiritualmente] mortos sepultar os seus próprios mortos "(v. 22).Quando outro lhe disse: "Eu te seguirei, Senhor, mas primeiro permita-me dizer adeus para os que estão em casa" (Lc 9:61), Jesus respondeu: "Ninguém, depois de colocar a mão no arado e olha para trás é apto para o reino de Deus "(v. 62). Lucas 14:27-35 registra séria advertência do Senhor para contar com cuidado o custo de segui-Lo:

Quem não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo. Para que um de vós, quando ele quer construir uma torre, não se senta primeiro a calcular o custo para ver se tem com que a acabar?Caso contrário, quando ele estabeleceu uma base e não a podendo acabar, todos os que observam que começam a zombar dele, dizendo: "Este homem começou a construir e não pôde acabar." Ou qual é o rei, quando ele sai ao encontro de outro rei na batalha, não se senta primeiro a considerar se ele é forte o suficiente com dez mil homens ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, enquanto o outro ainda está longe, ele envia uma delegação e pede condições de paz. Então, nenhum de vocês pode ser meu discípulo que não desistir de todos os seus bens próprios. Portanto, o sal é bom;mas se mesmo sal se tornar insípido, com o que ele vai ser temperado? É inútil, quer para o solo ou para adubo; ele é jogado fora. Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça.
Para ser seu discípulo, Jesus advertiu, significa amá-Lo acima de tudo, até mesmo a própria família:

Não penseis que vim trazer paz à terra; Eu não vim trazer paz, mas espada. Porque eu vim para colocar um homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, e uma filha-de-lei contra a mãe-de-lei; e os inimigos do homem serão os membros de sua família. Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. (Mateus. 10: 34-37; conforme Mt 19:29)

Significa, também, a amá-lo mais do que a vida. Em Lucas 9:23-24. Jesus "estava dizendo a todos:" Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la, mas quem perder a sua vida por minha causa, ele é o único que vai salvá-lo '"(conforme Mt 10:38-39; Lc 14:27; Lc 17:33; Jo 12:25; 1Co 15:311Co 15:31.. ). Jesus não estava falando sobre os ensaios gerais de vida, quando Ele referenciado a cruz nesta ocasião. Nem estava se referindo ao Calvário, uma vez que Ele ainda não tinha sofrido lá. Seus ouvintes entendido perfeitamente Seu ponto-cruz significava a morte.Apenas verdadeiros discípulos estão dispostos a submeter-se o senhorio de Cristo em tudo, mesmo que isso signifique a perseguição e execução. Nenhum preço é demasiado elevado para o dom da vida eterna.

Em contraste, os falsos discípulos desmoronar quando as coisas ficam difíceis. Quando "tribulação ou perseguição por causa da palavra", ou "a preocupação do mundo ea sedução das riquezas sufocam a palavra" (13 21:40-13:22'>Mat. 13 21:22), eles mostram suas verdadeiras cores. Como veremos mais adiante, no capítulo 6, depois de ouvir o Senhor ensinou que Ele é o Pão da Vida ", muitos dos seus discípulos, ouvindo isto, disse:" Esta é uma afirmação difícil, que pode ouvi-la? '.. . Como resultado disso, muitos dos seus discípulos se retiraram e não andavam mais com ele "(Jo 6:60, Jo 6:66). Tais discípulos falsos não vêm a Cristo a se curvar diante dEle como Senhor e Salvador; ao contrário, eles vão em busca de seu próprio ganho pessoal. Quando seus desejos egoístas não se concretizem, eles abandonariam completamente.

Este capítulo mostra que nem todos os "discípulos" são verdadeiros crentes (v. 66), mas todos os crentes são "discípulos" seguidores —devoted de Jesus Cristo. Note-se que "discípulos" não são uma classe especial de cristãos que estão buscando ativamente santificação, ao contrário de "crentes", que se limitaram a acreditavam em Cristo e foram justificadas. A Bíblia deixa claro que todos os cristãos são verdadeiros discípulos ("discípulo" se torna sinônimo de "crente" em todo o livro de Atos, por exemplo, 6: 1-2, 7; 9: 1, 19, 26, 36, 38; 11:26, 29; 13 52:15-10; 18:23, 27; 19: 9, 30; 20: 1; 21: 4, 16), e que todos os verdadeiros cristãos buscar a santificação (1Co 1:1; Ef 2:10; Tiago 2:14-26; conforme 1Co 6:111Co 6:11).. (Para uma discussão mais aprofundada desta questão, ver meu livro O Evangelho Segundo Jesus[Rev. Ed, Grand Rapids:. Zondervan, 1994].)

Os versículos 16:29 compreendem duas passagens que preparou o palco para o discurso de Jesus sobre o Pão da Vida. Eles também retratar o contraste entre verdadeiros e falsos discípulos. O primeiro relato descreve Jesus caminhando sobre as águas para os Doze, que foram capturados em uma tempestade no mar da Galiléia. Ele ilustra a resposta que os verdadeiros discípulos têm para com Cristo. A segunda história, em que a multidão que Jesus tinha acabado de alimentar (6: 1-15) O procuraram para outra refeição gratuita, revela como falsa discípulos responder ao Senhor. Para ambos os grupos Jesus realizou um sinal sobrenatural. No entanto, as respostas subsequentes em cada caso eram completamente diferentes.

A Resposta da Verdadeiros Discípulos

Agora, quando a noite chegou, os seus discípulos desceram para o mar, e depois de entrar em um barco, eles começaram a atravessar o mar para Cafarnaum. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha chegado a eles. O mar começou a ser agitada por causa de um forte vento soprava. Então, quando eles tinham remado cerca de três ou quatro milhas, eles viram Jesus andando sobre o mar e aproximando-se do barco; e eles estavam assustados. Mas Ele disse-lhes: "Sou eu,., Não tenha medo" Então, eles estavam dispostos a recebê-lo para o barco, e logo o barco chegou à terra para onde iam. (6: 16-21)

Caminhada de Jesus sobre a água (conforme as contas deste milagre em Mateus 14:24-33; Mc 6:1; Jo 4:54; 5: 1-17 ; 6: 1-15) sinal miraculoso João registrou em seu Evangelho (20: 30-31). Em consonância com o propósito de João, ele demonstra a divindade de Cristo, revelando o Seu poder sobre as leis da natureza. E, em contraste com os falsos discípulos de vv. 22-29, ele expõe a resposta reverente dos verdadeiros seguidores de Jesus.

O Sobrenatural Sign

Agora, quando a noite chegou, os seus discípulos desceram para o mar, e depois de entrar em um barco, eles começaram a atravessar o mar para Cafarnaum. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha chegado a eles. O mar começou a ser agitada por causa de um forte vento soprava. Então, quando eles tinham remado cerca de três ou quatro milhas, eles viram Jesus andando sobre o mar e aproximando-se do barco; e eles estavam assustados. (6: 16-19)

Quando ele despedia a multidão (frustrando assim a sua tentativa de fazê-Lo rei à força; 6: 14-15), Jesus também enviou os discípulos de distância (Mt 14:22.). Eles foram, sem dúvida, animado com a resposta da multidão. Deve ter parecido que o seu Mestre foi finalmente recebendo a honra que era devido. Jesus lhes ensinou a orar para o reino de Deus venha (Mt 6:10), e que poderia ter parecido que a oração estava prestes a ser respondida. Sabendo seus corações e não querer que eles sejam levados por entusiasmo superficial da sua torcida, o Senhor tirou os discípulos de a situação. Eles provavelmente não compreender por que razão Jesus mandou-os embora, mas eles obedeceram, no entanto.

De acordo com Mc 6:45, seu destino inicial era de Betsaida, não muito longe de onde os milhares foram alimentados. Aparentemente, eles estavam planejando para encontrar Jesus lá antes de cruzar o lago para a costa ocidental (Mt 14:34;. Mc 6:53). Ao cair da tarde, os discípulos desceram para o mar, e depois de entrar em um barco, eles começou a atravessar o mar para Cafarnaum.Evening aqui refere-se à segunda noite (conforme Ex 12:6 metros acima do nível do mar. A forte queda de cerca de 3.000 pés dos topos das colinas a superfície do lago cria condições ideais para as repentinas, tempestades violentas para que o Mar da Galileia é notório (conforme Mt 8:23-27.). O ar mais frio corre pelas encostas e atinge a superfície do lago com grande força, agitando a água em carneirinhos e criando condições perigosas para pequenas embarcações.

Como eles atravessaram o lago em direção a Cafarnaum, os discípulos encontraram-se preso em uma dessas rajadas súbitas. João lembrou que o mar começou a ser agitada porque um forte vento soprava. O vento era tão forte que soprou pequeno barco dos discípulos fora do curso, empurrando-o "uma longa distância da terra" (Mt 14:24) para "o meio do mar" (Mc 6:47). Apesar de ser "maltratado pelas ondas" (Mt 14:24), os discípulos continuaram "forçando os remos" (Mc 6:48), tentando desesperAdãoente alcançar a segurança da costa ocidental. (Mesmo que o barco tinha sido equipado com uma vela, que teria feito os discípulos pouco bom, já que eles estavam indo na direção do vento [Mt 14:24].) Mas o seu progresso foi dolorosamente lento. Os discípulos tinham partido para Cafarnaum em algum momento 6:12 — 21:12 (Jo 6:16), e de acordo com Mt 14:25 e Mc 6:48, foi agora a quarta vigília da noite (3:12 a 6 : 00 am). Durante esses longos, escuros e extenuantes, horas estressantes, eles tinham remado apenas cerca de três ou quatro milhas.

Enquanto isso, Jesus estava sozinho na montanha orando (6:15; Mt 14:23; Mc 6:46). Sempre o fiel pastor (João 10:11-14), no entanto, ele não tinha esquecido os discípulos. Em Sua infinita sabedoria, Ele planejou para ajudá-los de acordo com seu tempo perfeito. Divina soberania, onipotência e onisciência nunca está com pressa. É claro, os discípulos nunca poderia ter imaginado que forma essa ajuda iria tomar.

De repente, em meio à escuridão, o vento roda, spray picadas, e ondas furiosas, eles viram Jesus andando sobre o mar e aproximando-se do barco. Eles lutaram durante horas, fazendo pouco progresso.Ele, no entanto, estava andando sem esforço para os dentes do vendaval. Na verdade, Jesus estava se movendo tão rapidamente que parecia aos discípulos como se Ele passaria por eles (Mc 6:48). Por causa da escuridão, ea névoa chicoteado pelo vento e spray, os discípulos não reconhecem a figura misteriosa que veio caminhando em direção a seu barco.

Muitos (talvez até sete) dos discípulos eram pescadores por profissão, e foram usados ​​para estar no lago à noite e em condições de mau tempo (conforme 21: 3; Lc 5:5., Marcos 4:36-41; Lucas 8:22-25), porque as ondas ameaçavam inundar o barco deles (Mc 4:37; Lc 8:23), eles estavam familiarizados com estes tipos de tempestades. Mas eles certamente não estavam acostumados a ver figuras humanas que andam na água. Não surpreendentemente, eles ficaram com medo, e gritou de terror: "É um fantasma!" (Mt 14:26;. Mc 6:49).

Alguns céticos descrentes têm sugerido que Jesus estava realmente caminhando ao longo da costa, e que os discípulos aterrorizados equivocAdãoente pensaram que Ele estava andando sobre as águas. Mas o barco dos discípulos era muito longe da terra (Mt 14:24 diz textualmente "muitos estádios."; Um stadion era cerca de um oitavo de milha) para eles terem visto através da escuridão da tempestade uma pessoa que anda na costa . A idéia de que esses pescadores experientes pensei que alguém que anda na costa estava andando sobre a água é apenas uma tentativa desesperada de negar o que os evangelhos retratam claramente como sobrenatural. Como todos os Seus milagres, caminhadas do Senhor sobre a água não era um truque de mágica frívola. Ao suspender a lei da gravidade, Ele deu aos discípulos uma prova dramática, visível de que Ele é o Criador e controlador do universo físico (1:. 3; Cl 1:16; He 1:2;. Mc 6:50]; sou eu,., não tenha medo "Reconhecendo Jesus, finalmente, os discípulos estavam dispostos e contentes para recebê-lo para dentro do barco.

O Doze, como todos os verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, ansiava por Sua presença. Eles haviam sido relutantes em sair quando Demitiu-los junto com a multidão (o verbo traduzido "Ele fez" em Mt 14:22 e Mc 6:45 significa literalmente "obrigar", ou "forçar" as pessoas a fazer algo que Não quero fazer; conforme a sua utilização em Lc 14:23; At 26:11; At 28:19; 2 Cor 0:11; Gl 2:1, Gl 2:14; Gl 6:12).Eles, sem dúvida, ficaram desapontados quando Jesus não conhecê-los antes que eles começaram a sua viagem através do lago (vv. 16-17). Agora, para seu espanto e alívio, ele havia retornado para eles de uma forma mais inesperada, e eles ficaram muito felizes.

Corajoso e impetuoso como sempre, Pedro não podia esperar para que o Senhor entrar no barco. Ele estava tão ansioso para estar perto de Jesus que ele pulou no mar para chegar a ele mais cedo:

Pedro disse-lhe: "Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo sobre as águas". E Ele disse: "Vem!" E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas e foi na direção de Jesus. Mas, vendo o vento, ele ficou com medo e, começando a afundar, gritou: "Senhor, salva-me!" Imediatamente Jesus estendeu a mão e segurou-o, e disse-lhe: "Homem de pouca fé, por que duvidaste?" (Mateus. 14: 28-31)

A história de uma caminhada de Cristo sobre a água inclui, na verdade, não um milagre, mas quatro. Não só Jesus andar sobre a água, mas assim também fez Pedro (pelo menos por alguns momentos).Mateus e Marcos gravar um terceiro milagre. Quando Jesus (juntamente com uma imersão molhado e completamente castigado Pedro) entrou no barco, o vento parou imediatamente (Mt 14:32;. Mc 6:51). Finalmente, João registra quarto milagre: depois de Jesus tem a bordo e acalmou a tempestade, . imediatamente o barco chegou à terra para onde iam Milagrosamente, o barco atravessou instantaneamente a distância que falta para a costa ocidental.

Totalmente surpreso (conforme Mc 4:41), "os que estavam no barco o adoraram, dizendo:" Tu és o Filho de Deus! "(Mt 14:33). A única resposta adequada a Jesus Cristo é a cair diante dEle em adoração, assim como os homens sábios em seu nascimento, uma mulher cananéia (15:25), um homem cego a quem Jesus curou (João 9 (Mt 2:11.): 38), as mulheres que foram ao sepulcro, depois da ressurreição (Mt 28:9), e o resto dos onze discípulos (Mt 28:17; Lc 24:52)... Embora eles foram surpreendidos por milagre de Jesus, os Doze respondeu como todos os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo, fazer-com adoração e culto.

A resposta dos discípulos Falsos

No dia seguinte, a multidão que estava do outro lado do mar, vendo que não havia outro pequeno barco lá, exceto um, e que Jesus não tinha entrado com seus discípulos para o barco, mas que os discípulos tinham ido embora sozinho. Houve outros pequenos barcos de Tiberíades para perto do lugar onde comeram o pão depois de o Senhor ter dado graças. Então, quando a multidão viu que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, entraram eles também os pequenos barcos, e foram a Cafarnaum em busca de Jesus. Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: "Rabi, quando chegaste aqui?" Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que, me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e ficaram satisfeitos. Não trabalhar pela comida que perece, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará, para n'Ele o Pai, Deus, tem o seu selo ". Por isso, eles disseram-lhe: "O que devemos fazer, para que possamos realizar as obras de Deus?" Jesus respondeu, e disse-lhes: "Esta é a obra de Deus, que creiais naquele que Ele enviou." (6: 22-29)

O relato de João continua, contrastando a resposta dos Doze com a resposta da multidão que Jesus tinha acabado de alimentados. Eles também tinham testemunhado Seu poder criador divino. Mas, em vez de responder com a adoração sincera, eles responderam com egoísmo e ganância.

O Sobrenatural Sign

No dia seguinte, a multidão que estava do outro lado do mar, vendo que não havia outro pequeno barco lá, exceto um, e que Jesus não tinha entrado com seus discípulos para o barco, mas que os discípulos tinham ido embora sozinho. Houve outros pequenos barcos de Tiberíades para perto do lugar onde comeram o pão depois de o Senhor ter dado graças. Então, quando a multidão viu que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, entraram eles também os pequenos barcos, e foram a Cafarnaum em busca de Jesus. (6: 22-24)

Com Jesus e os discípulos de terem atravessado o lago para a costa ocidental, durante a noite, a cena no dia seguinte mudou de volta para o lado leste do lago. Pelo menos parte da multidão que havia testemunhado curas (v. 2) de Jesus e foi milagrosamente alimentado (vv. 3-13) levantou na manhã seguinte no outro (oriental) do lado do mar. Eles passaram a noite lá (Mt 14:22;.. Mc 6:45), e na parte da manhã eles estavam procurando por ele, esperando para outra refeição gratuita (v 26), e talvez ainda a intenção de fazê-Lo rei à força para que pudesse ser uma fonte permanente de provisão milagrosa (v. 15).

Aos poucos, ficou claro para eles que algo estranho havia acontecido. Lembravam-se de que não tinha sido nenhum outro pequeno barco lá no dia anterior, exceto a um os discípulos tinham usado. Eles também sabiam que Jesus não tinha entrado com seus discípulos para o barco, mas que os discípulos tinham ido embora sozinho. O mistério, então, foi onde estava Jesus, se Ele não tivesse deixado com os discípulos? A multidão, é claro, não poderia saber o que realmente tinha acontecido; eles não tinham testemunhado andando sobre a água.

O versículo 23 é um parêntese, explicando onde os pequenos barcos que transportavam a multidão de volta a Cafarnaum veio. Tiberias foi uma importante cidade na costa ocidental do Mar da Galiléia (veja a discussão Dt 6:1), era o lugar lógico para procurá-lo. Algumas das pessoas também podem ter ouvido o Senhor dizendo aos discípulos para velejar lá (Mt 14:22).

Embora a multidão procurou Jesus (24 v.), Fizeram-no por razões erradas. Eles seguiram-no para o que eles poderiam obter; eles não estavam interessados ​​em qualquer culto ou obedecê-lo. Na noite anterior eles tinham experimentado Seu poder miraculoso e disposição (da cura e da alimentação); todos tinham testemunhado e beneficiado pessoalmente esse sinal sobrenatural. Mas, em vez de responder com adoração humilde (como os Doze), eles queriam mais Dele. Eles não tinham nenhum outro interesse em Jesus. Queriam que ele atendê-los. A multidão superficial é sempre um alvo fácil para a falsa promessa de prosperidade pessoal.

A subsequente Response

Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: "Rabi, quando chegaste aqui?" Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que, me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e ficaram satisfeitos. Não trabalhar pela comida que perece, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará, para n'Ele o Pai, Deus, tem o seu selo ". Por isso, eles disseram-lhe: "O que devemos fazer, para que possamos realizar as obras de Deus?" Jesus respondeu, e disse-lhes: "Esta é a obra de Deus, que creiais naquele que Ele enviou." (6: 25-29)

Quando eles finalmente encontraram Jesus em Cafarnaum, o povo disse a ele com espanto, "Rabi, quando chegaste aqui?" Como mencionado acima, eles sabiam que Ele não tinha deixado no barco dos discípulos. Nem Ele poderia ter caminhado (em terra) para Cafarnaum sem eles tê-lo visto. Apesar de terem encontrado Ele, o mistério de como Jesus veio para Cafarnaum ainda permanecia.

Jesus propositAdãoente não responder a sua pergunta. No dia anterior tinham tentado fazê-Lo rei à força depois que Ele alimentou milagrosamente eles; dizendo-lhes de uma outra, ainda mais espetacular milagre só teria alimentado o seu fervor messiânico equivocada. Além disso, o Senhor não se comprometeu a emoção em busca discípulos falsos (02:24;. Conforme Sl 25:14;. Pv 3:32;. Mt 13:11). Ele ignorou a pergunta irrelevante e superficial e abordou a questão mais profunda de suas motivações pecaminosas.

Como faz em todo o evangelho de João (por exemplo, 01:51; 3: 3, 5; 05:24; 06:47, 53; 08:51, 58; 13:21), a afirmação solene Amém, amém ( verdadeiramente, verdadeiramente ) introduz uma importante verdade a que Jesus queria que seus ouvintes a prestar muita atenção. Repreensão do Senhor, "me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e ficaram satisfeitos", pôs a nu as suas egoístas, corações materialistas. Então, eles foram cegados pelo seu desejo superficial para o alimento e os milagres que eles perderam o verdadeiro significado espiritual da pessoa e da missão de Jesus."Eles não foram movidos por corações cheios, mas por barriga cheia" (Leon Morris, O Evangelho segundo João, A Commentary New Internacional sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 358). Apesar de terem testemunhado os miraculosos sinais Jesus tinha realizado (v. 14), eles não conseguiram compreender as implicações espirituais desses milagres. Surpreendentemente, depois de alimentar a multidão, mesmo os Doze "não tinha ganhado nenhum insight do incidente dos pães, mas seu coração estava endurecido" (Mc 6:52). Eles não conseguiram compreender a realidade plena de que Deus estava no meio deles, até que Ele andou sobre as águas. Então eles disseram: "Tu és o Filho de Deus!" (Mt 14:33). Quando o Senhor mais cedo acalmou outra tempestade no mesmo lago, que só fez a pergunta: "Que tipo de homem é esse?" (Mt 8:27). Assim, nosso Senhor os chamou de "homens de pouca fé" (Mt 8:26).

Jesus repreendeu a multidão para seu materialismo crasso. Em vez de trabalhar pela comida que perece, o alimento físico que procuravam, Jesus exortou-os a buscar a comida que permanece para a vida eterna (o próprio Jesus, o Pão da Vida; 35 vv, 54.). Embora Ele certamente tinha consciência de sua necessidade de alimento físico (conforme vv. 10-12), Ele estava muito mais interessado no seu bem-estar espiritual. Como ele anteriormente tinha água físico distinto da "água que jorra para a vida eterna" (4:14), Jesus aqui apontou Seus ouvintes afastado de alimentos literal a Si mesmo como o pão da vida (vv. 33, 35, 48,
51) . Ao invés de focalizar o homem exterior em decomposição (2Co 4:16), eles precisavam buscar o alimento espiritual que só o Filho do homem pode dar. Depois de tudo, para ganhar o mundo material inteiro, mas perder a sua alma eterna lucros nada (Mt 16:26; Lc. 12: 16-21). Como aquele em quem o Pai, Deus, tem o seu selo de aprovação, Jesus tem autoridade para dispensar o alimento espiritual que vem de Deus e sacia a fome de justiça (Mt 5:6), e em Lc 10:25 "um advogado se levantou e pô-lo à prova, dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? '" Era uma questão familiar para os judeus para prosseguir a vida eterna através de sua religião, então a questão era comum.

A verdadeira salvação, é claro, não é pelas obras (Tt 3:5) por meio da fé (Rm 3:28) em Cristo sozinho (At 4:12), "porque pelas obras da lei nenhuma carne será justificada diante dele" (Rm 3:20;. Gl 2:16.). A salvação é um dom de Deus (Jo 4:10; Rm 5:15; Rm 6:23; Ef 2:8, O New Commentary americano [Nashville: Broadman & Holman, 2002], 263)

Assim, a salvação não vem do esforço humano, realização, ou obras morais, mas a partir de uma fé que inevitavelmente produz boas obras (Ef 2:10; conforme Mt 3:10; 7:.. 16-20; 0:33; 13:23; Lc 6:1; Cl 1:10). A "fé" que não produz fruto é morto, o que significa que não é realmente a fé bíblica em tudo (Tiago 2:14-26).

O resto de João capítulo 6 desenvolve o ensinamento de Jesus sobre a comida que permanece para a vida eterna. Apontando a Si mesmo como o Pão da Vida, Jesus ofereceu-se aos seus ouvintes como seu libertador eterna. A multidão, no entanto, em última análise, não estava interessado. Eles haviam sido intrigado com Suas curas anteriores, e que tinham sido temporariamente satisfeito por Sua refeição milagrosa. Mas sua resposta inicialmente entusiasmados com os sinais sobrenaturais (15 v.) Desvaneceu-se rapidamente quando suas expectativas superficiais fui atendida. Ao contrário dos Doze, que responderam ao poder de Jesus com louvor, a multidão respondeu primeiro com curiosidade, mas disposta a abandonar sua falsa justiça e se arrepender, eles foram deixados, finalmente, com a rejeição.Embora eles seguiram a Cristo por pouco tempo, até mesmo navegando através do mar da Galileia, para encontrá-lo, eles eventualmente demonstrado que eles não eram os verdadeiros seguidores de todo.

20. O Pão da Vida-Parte 1: Jesus, o verdadeiro pão do céu (João 6:30-50)

Então eles disseram-lhe: "O que, então você faz um sinal, para que possamos ver e crer Você Que trabalho você realiza Nossos pais comeram o maná no deserto,? Como está escrito:" Ele deu-lhes pão do céu para comer. '"Jesus disse-lhes então:" Em verdade, em verdade eu vos digo, não foi Moisés que vos deu o pão do céu, mas é meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo ". Então eles disseram-lhe: "Senhor, dá-nos sempre desse pão." Jesus disse-lhes: "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede Mas eu disse a você que você viu-me, e ainda não acredito que todos.. que o Pai me dá virá a mim, e aquele que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. Este é a vontade d'Aquele que Me, enviado que de tudo o que ele me deu eu não perde nada, mas o ressuscite no último dia. Porque esta é a vontade de meu Pai, que todo aquele que vê o Filho, e crê naquele terá a vida eterna, e eu me o ressuscitarei no último dia. " Portanto, os judeus estavam resmungando sobre Ele, porque Ele disse: "Eu sou o pão que desceu do céu." Eles diziam: "Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como é que Ele agora diz: 'Eu desci do céu'?" Jesus respondeu, e disse-lhes: "Não resmungar entre vós Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer;.. E eu o ressuscitarei no último dia Está escrito nos profetas: E eles todos serão ensinados por Deus. " Todo mundo que já ouviu e aprendeu do Pai, vem a Mim Não que alguém tenha visto o Pai, senão aquele que é de Deus;.. Ele vê o Pai verdade, em verdade vos digo que aquele que crê tem eterno vida. Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que se possa comer dele e não morrer ". (6: 30-50)

Os anais da história da igreja estão cheios de muitos pregadores notáveis, homens a quem Deus chamou para evangelizar os perdidos e edificar os redimidos. Começando com o sermão de Pedro no dia de Pentecostes (Atos 2:14-40), a poderosa pregação dos apóstolos (05:42; 14: 7, 15, 21; 15:35; 16:
10) e seus contemporâneos (7: 1— 56; 8: 4, 12, 35, 40; 11:20; 15:
35) alimentou a difusão do cristianismo em todo o Império Romano. Nos séculos que se seguiram, oradores talentosos, como Basílio, João Crisóstomo ("Boca de ouro"), e Agostinho assumiu essa mesma tocha de explicação e exortação. Mil anos mais tarde, quando a luz do evangelho estava envolta em confusão, a Reforma foi provocada pelo testemunho corajoso de Martinho Lutero, João Calvino, João Knox, e outros. O movimento puritano do século XVII, foi igualmente alimentada pela clara pregação bíblica, como os homens, como Richard Baxter, João Owen, e João Bunyan expôs fielmente a Palavra de Deus. O Grande Despertar do século XVIII, a América foi energizada em muito da mesma forma-through os sermões apaixonadas de líderes piedosos como Jonathan Edwards, George Whitefield e João Wesley. A séculos 11X e XX também viu muitos pregadores talentosos, incluindo estadistas cristãos eloqüentes como Charles Spurgeon e D. Martyn Lloyd-Jones.

Mas o pregador mais nobre e poderoso que já existiu foi o Senhor Jesus Cristo. Na conclusão do Sermão da Montanha ", as multidões estavam maravilhados com o seu ensino, pois Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas" (Mt 7:28-29.). Lc 4:22 registra que "todos estavam falando bem dele, e querendo saber das palavras de graça que caíam de Seus lábios." Mesmo seus inimigos estavam admirados com o poder das palavras de Jesus. Explicando por que eles não conseguiram prendê-lo como pedidos (Jo 7:32), os oficiais da força policial templo contaram aos chefes dos sacerdotes e os fariseus, "Nunca um homem fala a maneira que este homem fala" (v. 46).

Pregação foi centra! a missão de Cristo. Em sua cidade natal sinagoga de Nazaré, Ele declarou:

"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para pregar o evangelho aos pobres. Enviou-me para proclamar a libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável do Senhor ". E fechando o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fixos nele. E começou a dizer-lhes: "esta Escritura foi cumprida Hoje, em sua audição." (Lucas 4:18-21)

No início do seu ministério terreno, "Jesus começou a pregar ea dizer: Arrependei-vos, porque o Reino dos céus está próximo" (Mt 4:17). Mt 11:1)

Lc 8:1.), O comissionamento dos doze apóstolos (Matt. 10), as parábolas do reino (Mat. 13), a infantilidade do crente (Matt 18), o Sermão do Monte (24-25 Matt), o ensinamento sobre a igualdade do Filho com o Pai (Jo 5:1). João 6:22-59 registra outro dos mais famosos e amados sermões de Jesus, em que ele se apresenta como o Pão da Vida. Os versículos 22:29, juntamente com a história da alimentação miraculosa das cinco mil pessoas (vv. 1-21), preparou o palco para o Pão da Vida do Discurso, enquanto os versículos 60:71 descrevem suas consequências.

A abordagem de João em seu evangelho era gravar os milagres de Jesus brevemente, a matéria com naturalidade e sem alarde, explicação, ou a defesa. Por exemplo, o apóstolo descreve o milagre surpreendente da alimentação dos cinco mil em simples, palavras simples e despretensioso: "Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu aos que estavam sentados, de igual modo, também do peixe como tanto quanto eles queriam "(06:11). João descrito milagre igualmente surpreendente de Jesus de caminhar sobre a água, em termos da mesma forma modesta: "Então, quando eles tinham remado uns cinco ou seis quilômetros, eles viram Jesus andando sobre o mar e aproximando-se do barco; e eles estavam assustados" (v. 19).

É quase como se as pressas apóstolo através dos relatos de milagres de Cristo para chegar às suas palavras. Enquanto Seus milagres revelar Seu poder divino, é as palavras de Cristo que corretamente definir quem Ele é. Jesus não é um mero trabalhador maravilha; Ele é o Filho de Deus eo Messias. Seus milagres autenticar Ele e Sua mensagem como vinda de Deus. Mas os sinais e prodígios por si só não são suficientes para a salvação (conforme 12:37; 15:24; Matt. 11: 20-24; Lc 16:31; Atos 6:8-14; 14: 3-6; Rm 1. : 18-32), porque "a fé vem pelo ouvir, eo ouvir pela palavra de Cristo" (Rm 10:17).. A multidão que Jesus alimentou milagrosamente era uma ilustração perfeita. Embora as pessoas nunca questionou o poder de Jesus e se pessoalmente os seus benefícios, eles eram indiferentes ou hostis à Sua pregação do evangelho.

A primeira seção (. Vv 30-50) deste magnífico sermão que Jesus pregou na sinagoga de Cafarnaum (06:
59) será discutido em três temas: o contraste, a confusão, e da denúncia.

O Contraste

Então eles disseram-lhe: "O que, então você faz um sinal, para que possamos ver e crer Você Que trabalho você realiza Nossos pais comeram o maná no deserto,? Como está escrito:" Ele deu-lhes pão do céu para comer. '"Jesus disse-lhes então:" Em verdade, em verdade eu vos digo, não foi Moisés que vos deu o pão do céu, mas é meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo ". (6: 30-33)

Por incrível que pareça, apesar dos milagres que tinham testemunhado (6: 2), incluindo a sua enorme refeição no dia anterior, a multidão disse a Jesus, "o que, em seguida, você faz um sinal, para que possamos ver, e creio que o Senhor? Que trabalho Você executa? " Eles foram descarAdãoente exigindo credenciais de Jesus, em resposta ao seu pedido no versículo 29 para ser o enviado de Deus.Demanda tola das pessoas demonstraram sua curiosidade thickheaded e egocêntrica, ilustrando graficamente a cegueira espiritual que engolfa o não resgatados. João Calvin observou: "Esta questão mau mostra claramente a verdade do que é dito em outro lugar:" Uma geração má e adúltera pede um sinal miraculoso "(Mt 12:39)". (Alister McGrath e JI Packer, eds, João, O Crossway clássico Comentários [Wheaton, Ill .: Crossway, 1994], 156). Alimentação miraculosa de Jesus da enorme multidão no dia anterior era a prova cabal de sua divindade.

A incredulidade, no entanto, nunca está satisfeito, não importa quantas provas é dado. Lc 16:31 diz que aqueles que rejeitam a verdade da Palavra de Deus "não ficarão convencidos ainda que ressuscite alguém dentre os mortos." Na crucificação os líderes judeus incrédulos disse ironicamente: "Que este Cristo, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para que possamos ver e crer!" (Mc 15:32). No entanto, quando Jesus ressuscitou dos mortos-a muito maior milagre do que meramente descendo da cruz, eles ainda se recusou a acreditar nEle. Ao invés de admitir a verdade, eles desesperAdãoente tentou encobrir a realidade da Sua ressurreição (Mat. 28: 11-15; Atos 4:1-3).

Jesus exortou a multidão a acreditar (06:29), mas em vez disso, exigiu um outro sinal (conforme 2:18; Mt 12:38; 16:. Mt 16:1; Lc 11:16; 1Co 1:221Co 1:22). Especificamente, eles queriam repetir o desempenho da alimentação miraculosa que acabou de vivenciar, como é indicado por sua declaração, "Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito (conforme 16 Ex.: 4, 15; Ne 9:15; Sl 78:24; 105:. Sl 105:40), "Ele lhes deu pão do céu para comer '" (conforme 26 v).. Em vez de adorar a Jesus como Messias e Salvador, eles queriam que ele para dar continuamente lhes pão do céu para comer com a boca, e não os seus corações, como Moisés tinha feito, fornecendo o maná no deserto para toda a nação por quarenta anos. Isso, de fato, foi o que contemporâneo pensamento judaico esperava o Messias que fazer quando Ele veio (Colin Kruse, O Evangelho Segundo João, no Novo Testamento Comentários Tyndale [Grand Rapids: Eerdmans, 2003], 168-69; Leon Morris, O Evangelho Segundo João, A Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 363). Assim, a multidão desafiou Jesus para provar que Ele era o Messias, proporcionando-lhes uma interminável (conforme v. 34) a oferta de alimentos.

Jesus, no entanto, não tinha a intenção de satisfazer caprichos materialistas do povo. Para ele ter feito isso teria sido a de assumir o próprio papel do Messias político e social que Ele tinha acabado rejeitado (6: 14-15). Usando a frase Amém, amém ( verdade, em verdade ) para sublinhar o significado do que ele estava prestes a dizer, Jesus repreendeu o povo para a sua incompreensão quádruplo do maná no deserto.

Primeiro, ele foi não Moisés quem lhes deu o pão do céu, mas Deus o Pai. Em Ex 16:4; Sl. 78: 24-25.; Sl 105:40).

Em segundo lugar, o maná não era o verdadeiro pão do céu. Jesus lhes disse: "Meu Pai agora vos dá o verdadeiro pão do céu. " O tempo presente de didomi (  ) indica que o verdadeiro pão não era o maná do passado, mas o que o Pai estava a dar. Além disso, alethinos ( verdadeiros ) significa "verdadeiro" ou "real". O maná, apesar de ter sido verdadeiramente pão fornecido por Deus, era apenas um tipo que prenunciava o final, verdadeiro pão ... que desce do céu (vv 38, 50-51, 58;. 3:13; conforme 1 : 9, 14; 08:
42) o Senhor Jesus Cristo.

Em terceiro lugar, o maná deu vida física, mas o pão de Deus (a frase é sinônimo de "pão do céu" no v. 32, como "reino de Deus" e "reino dos céus" são sinônimos nos evangelhos) , que vem descia do céu ... dá espiritual vida. Como faz todo o evangelho de João, zōē ( vida ) não se refere à vida física e temporal que o maná sustentada, mas para a vida espiritual e eterna que vem somente através de Jesus Cristo (cf . 1: 4; 05:29, 40; 06:53; 10:10; 14: 6; 20:31).

Finalmente, ao contrário do maná, que foi dado apenas para Israel, o verdadeiro pão do céu é para o mundo. Deus oferece salvação através de Jesus Cristo para todos os que crêem (40 vv, 47; 3: 15-16., 18, ​​36; 05:24; 11: 25-26; 20:31), independentemente da sua origem nacional, racial ou étnica (1:29; 3:17; 4: 39-42.; 10:16; Mt 12:18— 21; Lucas 2:25-32; Atos 8:5-8, 14-17, At 8:25; At 11:18; 13 46:44-13:48'>13 46:48; At 14:27; At 15:3, 14-17; At 26:23; At 28:28; Rm 1:5; 10: 11-13.; 1Co 12:131Co 12:13; Gl 3:8; Ef. 3: 4-6; 1 João 2:1-2.; 1Jo 4:14). Em sua obtusidade, eles exibiram o fato de que "o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1Co 2:14. ).

Sua estupidez e falta de compreensão levou Jesus a declarar de forma inequívoca a eles: "Eu sou o pão da vida". O Senhor não tinha sido referindo-se a pão real, como, por engano, pensou, mas a Si mesmo; Ele é o próprio pão Ele anteriormente prometeu dar (v. 27). Não há pão, nem mesmo o maná, ou o peixe e pão Jesus tinha acabado de criar na noite anterior (6: 1-13), poderia curar definitivamente a fome física. Assim, quando o Senhor declarou que aqueles que vêm a Ele nunca mais fome ou sede, Ele teve que ser não falar do corpo, mas da alma. Aqui, como em Mt 5:6; Sl 63:1). O arrependimento ea fé são duas faces da mesma moeda; Arrepender-se é abandonar o pecado e crer é a vez de Salvador. Eles são inseparáveis.

Este é o primeiro de sete declarações altamente significativos no Evangelho de João, onde "eu sou" é unida com metáforas expressam a obra de Cristo como Salvador. Além do pão da vida, Jesus também usou "eu sou" para descrever a si mesmo como "a luz do mundo" (8:12), "a porta das ovelhas" (10: 7, 9), "o bom pastor "(10:11, 14)," a ressurreição ea vida "(11:25)," o caminho, ea verdade, ea vida "(14: 6), e" a videira verdadeira "(15: 1, 5). Jesus também usou ego eimi ("eu sou") em um sentido absoluto, sem ressalvas (04:26; 08:24, 28, 58; 13 19:18-5-8) para se apropriar para si o nome de Deus do Antigo Testamento (Ex 3:14).

Depois de ter declarado que Ele era o Pão da Vida, Jesus repreendeu seus ouvintes por sua incredulidade (note a repreensão semelhante dos judeus em 5: 38-40), acrescentando a acusação, "Mas eu disse a você que você viu-me, e Ainda não acredito. " A repreensão específico a que Jesus estava se referindo (quando ele disse isso a eles no passado) não é conhecida, mas é evidente que sua incredulidade foi em face de Sua auto-revelação, por isso, a sua rejeição foi imperdoável. Alla ( mas ) indica um forte contraste entre a resposta real da multidão e um Jesus desejado (conforme Mt 23:37). Apesar de terem vistoEle, eles não conseguiram compreender o significado de seus milagres, e perdeu o ponto de Seu ensino. Como foi o caso com os seus antepassados ​​no deserto, "A palavra que ouviram não lhes aproveitou, porque não estava unida pela fé naqueles que a ouviram" (He 4:2; conforme Mt 3:1; Mt 4:17; Mc 6:12), e "todo aquele que invocar sobre o nome do Senhor será salvo "(Rm 10:13; conforme João 3:15-16.). No entanto, a salvação não depende da vontade humana. Os remidos são aqueles "que não nasceram ... da vontade do homem, mas de Deus" (Jo 1:13). A salvação "não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que usa de misericórdia" (Rm 9:16). Tanto o arrependimento (At 11:18; 2Tm 2:252Tm 2:25.) E fé (Ef. 2: 8-9.; Fp 1:29; conforme At 16:14) são concedidos por Deus. Caso contrário, ninguém jamais vir a Ele, pois "não há ninguém que busque a Deus" (Rm 3:11; conforme 8:.. 7-8; 1Co 2:141Co 2:14; 2Co 4:42Co 4:4).

Que Deus é absolutamente soberano na salvação é fundamental para a fé cristã. Esses sistemas teológicos errantes (ou seja, o pelagianismo, semi-Pelagianismo, eo Arminianismo) que tornam dependente da vontade do homem, com efeito a salvação destronar Deus, e são contrários às demonstrações claras das Escrituras:
Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. (V. 44)
E Ele estava dizendo: "Por esta razão, eu disse a você, que ninguém pode vir a mim, se ela foi concedida a ele a partir do Pai". (V. 65)

Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos. (Mt 22:14)

Se o Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma vida se salvaria; mas por causa dos eleitos, a quem Ele escolheu, abreviou os dias. (Mc 13:20)

Quando os gentios, ouvindo isto, eles começaram a se alegrar e glorificando a palavra do Senhor; e todos os que haviam sido destinados para a vida eterna. (At 13:48)

E nós sabemos que Deus faz com que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Para aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e estes aos que predestinou, também os chamou; e estes aos que chamou, também justificou; e estes aos que justificou, também glorificou. (Rom. 8: 28-30)

Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, que sermos santos e irrepreensíveis diante dele. (Ef 1:4)

Sabendo, amados irmãos por Deus, a vossa eleição. (1Ts 1:4)

Quem nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade. (2Tm 1:9)

Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para a fé dos escolhidos de Deus e do conhecimento da verdade que é segundo a piedade. (Tt 1:1)

Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, de modo que você pode proclamar as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1Pe 2:9). Apesar de parecer impossível para harmonizar, não há conflito entre essas duas verdades na mente infinita de Deus (Dt 29:29). (Soberania de Deus na salvação não nega a responsabilidade do crente para evangelizar os perdidos-Mt 24:14; Mt 26:13; Mt 28:19; Mc 13:10; conforme At 8:25, At 8:40; At 14:7, At 14:21; At 16:10; Rm 1:15; 15: 19-20.; 1Co 1:171Co 1:17, 1Co 1:9:16, 1Co 1:18; 15:. 1Co 15:1; 2Co 10:162Co 10:16; 11:.. 2Co 11:7; Gl 1:8-9, Gl 1:11; Gl 2:2; 1Pe 1:121Pe 1:12)..

Certamente, o Filho nunca rejeitaria qualquer parte do presente do Pai para Ele. Essa desunião dentro da Trindade é absolutamente inconcebível, como próximo a declaração de Jesus, "Eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou", esclareceu. O Senhor veio ao mundo com um propósito: a obedecer perfeitamente a vontade do Pai que O enviou. Para os discípulos, Jesus declarou: "Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra" (4:34). Mais tarde, ele acrescentou: "Eu não posso fazer nada por mim mesmo ... porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" (05:30; conforme Mt 26:39.). "Para que o mundo saiba que eu amo o Pai", ele afirmou, em 14:31, "Eu faço exatamente como o Pai me ordenou." Em Sua oração sacerdotal, Jesus disse ao Pai: "Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste a fazer" (17: 4).

A realidade que Jesus veio para fazer a vontade do Pai que o enviou Ele (vv. 39-40) garante a salvação dos eleitos e sua segurança eterna. É a vontade do Pai que de tudo o que Ele tem dado ao Filho, o Filho deve perder nada, mas o ressuscite no último dia. Como no verso 37, a forma neutra do pronome pas ( todos ) considera os eleitos como uma unidade coletiva. Nenhuma parte desse grupo, que o Pai atribuído a Cristo na eternidade passada e dá a ele a tempo, serão perdidos; a promessa de quatro vezes que o Filho vai levantá-lo intacto no último dia (vv. 40, 44,
54) constitui uma garantia firme de eterna salvação para todos os verdadeiros crentes. Jesus reiterou que a verdade nos termos mais fortes, quando declarou em João 10:27-30,

As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer; e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai.
Em Sua oração sacerdotal Ele disse ao Pai: "Enquanto eu estava com eles, eu estava mantendo-os em teu nome que me deste, e eu guardava-os e nenhum deles morreram, mas o filho da perdição [Judas 1scariotes, que não era um daqueles dado a Cristo pelo Pai; conforme 6:64, 70-71], para que a Escritura seria cumprida "(17:12).

O resto do Novo Testamento ecoa o ensinamento do Senhor a respeito da perseverança e proteção dos santos. O apóstolo Paulo escreveu em Romanos 8:29-30,

Para aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e estes aos que predestinou, também os chamou; e estes aos que chamou, também justificou; e estes aos que justificou, também glorificou.

A frase repetida "Ele também" liga todo o processo de salvação desde a eternidade passada à eternidade futura em uma cadeia inquebrável. Tudo que Deus previu será predestinado, chamado, justificado, e glorificado; ninguém será perdido ao longo do caminho (conforme 8: 31-39). Em Fp 1:6). Em sua primeira epístola Pedro escreveu que aqueles que são

escolhidos de acordo com a presciência de Deus Pai, na santificação do Espírito, para obedecer a Jesus Cristo e ser aspergido com o Seu sangue ... [vai] obter uma herança que não se corrompe e imaculada e não vai desaparecer, reservada nos céu para [os], [porque] são protegidos pelo poder de Deus mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo. (I Pedro 1:1-2, 4-5)

Na introdução de sua epístola Jude descrito crentes como "aqueles que são chamados ... guardados em Jesus Cristo" (Judas 1). Ele concluiu sua carta com a bênção maravilhosa ", Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e para fazê-lo ficar na presença de Sua glória irrepreensível com grande alegria, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo, nosso Senhor , seja a glória, majestade, domínio e autoridade, antes de todos os tempos e agora e para sempre. Amém "(vv. 24-25).

A bênção da segurança eterna ou a preservação e perseverança dos crentes nunca está separado de arrependimento pessoal e fé, por isso o nosso Senhor afirma que o céu pertence a todo mundo que vê o Filho, e crê nele. São eles que vão ter a vida eterna (vv. 47, 54; 3: 15-16, 36; 05:24; 10:28), que, por sua própria natureza, nunca pode acabar (3:16; 10:28; 25:46 Matt).. Este fato vem reforçar ainda mais a protecção e segurança dos crentes ensinados nos versículos 37:39. A vida eterna que vem através de Jesus, o Pão da Vida, deve ser buscado com muito mais zelo do que o pão físico a multidão egoisticamente procurado.

A Queixa

Portanto, os judeus estavam resmungando sobre Ele, porque Ele disse: "Eu sou o pão que desceu do céu." Eles diziam: "Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como é que Ele agora diz: 'Eu desci do céu'?" Jesus respondeu, e disse-lhes: "Não resmungar entre vós Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer;.. E eu o ressuscitarei no último dia Está escrito nos profetas: E eles todos serão ensinados por Deus. " Todo mundo que já ouviu e aprendeu do Pai, vem a Mim Não que alguém tenha visto o Pai, senão aquele que é de Deus;.. Ele vê o Pai verdade, em verdade vos digo que aquele que crê tem eterno vida. Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que se possa comer dele e não morrer ". (6: 41-50)

Porque sua incredulidade impediu de entendimento, os judeus (este termo tem uma conotação negativa aqui, já que freqüentemente faz no evangelho de João [conforme 1:19; 2: 18-20; 5:10, 15-16, 18; 7: 1; 8:48, 52, 57; 09:18, 22; 10:24, 31, 33; 19: 7, 12, 14, 20, 21, 38; 20:19]) foram resmungando sobre Jesus (como a sua antepassados ​​tinham resmungou contra Deus, Ex 16:2).. Especificamente, eles foram perturbados por duas coisas que ele tinha dito. A primeira foi sua afirmação de ser a fonte da vida eterna (v. 35). O verbo traduzido resmungando ( gogguzō ) é uma palavra onomatopaica que ambos os meios e soa como reclamações e sussurros de desagrado murmurou. Eles também ficaram indignados com sua declaração de que Ele veio para baixo do céu. Eles pensaram Dele apenas no nível humano, como um companheiro de Galileu, o filho de José, cujo pai e mãe que sabiam (conforme 4:44; 7: . 27; 13 55:40-13:57'>Mt 13:55-57). Eles também sabiam que Ele veio da cidade desprezada de Nazaré (conforme 01:46). E assim, como os judeus na Judéia (05:18), esses galileus endureceram o coração contra o seu Messias, que chamou para o arrependimento e fé, como um pré-requisito para entrar em seu reino (Mt 4:17) e que escandalosamente, em sua opinião , reivindicou igualdade com Deus.

Aqueles que rejeitam a verdade continuamente pode achar que Deus vai judicialmente endurecer o coração. Para aqueles que se recusaram a acreditar Seu ensinamento, Jesus fez a verdade mais obscuro por meio de parábolas. À pergunta dos discípulos: "Por que lhes falas em parábolas?" (Mt 13:10), o Senhor respondeu:

Para você que foi concedido conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes foi concedido. Por que tem, dar-lhe mais será dado, e terá em abundância; mas quem não tem, até aquilo que tem lhe será tirado dele. Portanto eu lhes falo em parábolas; porque enquanto vendo, não vêem, e, ouvindo, não ouvem, nem entendem. Em seu caso, a profecia de Isaías está sendo cumprida, que diz: "Você vai continuar a audiência, mas não vai entender, você vai continuar a ver, mas não vai perceber, porque o coração deste povo tornou-se monótona, com os ouvidos eles quase não ouvir, e eles fecharam os olhos, caso contrário eles iriam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, e entenda com o coração e retorno, e eu os cure. " (Vv 11-15;. Conforme Is 6:10).

João 12:37-40 diz daqueles que rejeitaram a Jesus depois de testemunhar Seus milagres,

Mas embora tivesse feito tantos sinais diante deles, mas eles não estavam acreditando nele. Para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que ele falou: "Senhor, quem deu crédito à nossa pregação E a quem tem o braço do Senhor foi revelado?" Por esta razão, não podiam acreditar, pois 1saías disse novamente: "Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que eles não vejam com os olhos e entendam com o coração, e se convertam e eu curá-las."

No fim dos tempos, aqueles que "não receberam o amor da verdade para serem salvos" (2Ts 2:10) vai descobrir que "Deus lhes enviará uma influência iludindo a fim de que eles vão acreditar no que é falso "(v. 11). No presente momento, há um endurecimento parcial de Israel (Rm 11:25), o que leva à salvação dos gentios (v. 11). Mas um dia, durante o tempo futuro de tribulação, Deus irá remover a cegueira de Israel, e todo o remanescente crente do povo judeu será salvo (v 26; conforme Zacarias 12:10-13.: Zc 12:1.).

Ao invés de responder a sua confusão, Jesus ordenou aos judeus, "Não resmungar entre vós." Ele pediu-lhes para parar as queixas murmurando que refletiam seus corações rebeldes e difíceis. Ele havia dito e feito o suficiente, se tivessem sido abertos e dispostos. Assim, não havia nenhum ponto na resposta a seu descontentamento murmúrios e desrespeito com uma defesa detalhada. Eles tinham deliberAdãoente endureceram o coração, e só teria rejeitado a verdade de sua origem celestial tinha Ele elaborou sobre ele.

Então, Jesus proferiu algumas palavras muito solenes: "Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer", enfatizando o desamparo do homem e total incapacidade para responder a Ele para além da chamada soberana de Deus. Os incrédulos são incapazes de chegar a Jesus, por iniciativa própria (conforme a discussão do versículo 37 acima). Se Deus não irresistivelmente chamar os pecadores a Cristo, ninguém jamais iria vir a Ele.

Para explicar como pecadores perdidos supostamente tem o poder de aceitar ou rejeitar o evangelho de sua livre e espontânea vontade, alguns teólogos introduzir o conceito de graça preveniente. Millard J. Erickson explica,
Como geralmente entendido, a graça preveniente é a graça que é dado por Deus a todos os homens de forma indiscriminada. Ele é visto no Deus de enviar a luz do sol e da chuva sobre todos. Também é a base de toda a bondade encontrado em homens em todos os lugares. Além disso, ele é universalmente dada para neutralizar o efeito do pecado .... Uma vez que Deus deu esta graça a todos, todo mundo é capaz de aceitar a oferta de salvação; consequentemente, não há necessidade de qualquer aplicativo especial da graça de Deus para indivíduos particulares. ( Teologia Cristã [Grand Rapids: Baker, 1985], 3: 920)

Mas a Bíblia indica que o homem caído não é capaz, por sua própria vontade, para vir a Jesus Cristo. As pessoas não regenerados são mortos no pecado (Ef 2:1), escravos de injustiça (Jo 8:34; Rm 6:6, Rm 6:20), alienado de Deus (Cl 1:21) e hostil a ele (Rm 5:10; Rm 8:7.) Presos no reino de Satanás (Cl 1:13), impotente para mudar a sua natureza pecaminosa (Jr 13:23; Romanos 5 (2Co 4:4; conforme Jo 14:17)... Apesar da vontade humana está envolvida em vir a Cristo (já que ninguém é salvo sem crer no evangelho, Mc 1:15; At 15:7; 10:. 9-15; Ef 1:13) , os pecadores não podem vir a Ele por sua livre vontade. (Além disso, uma comparação do versículo 44 com o versículo 37 mostra que o desenho de Deus não pode aplicar-se a todas as pessoas não regenerados, como os defensores da graça preveniente argumentam, porque o versículo 37 Limita-o a remidos, que Deus deu a Cristo.) Deus irresistivelmente, eficazmente empates a Cristo somente aqueles a quem Ele escolheu para a salvação na eternidade passada (Ef. 1: 4-5, Ef 1:11).

Mais uma vez, Jesus repetiu a maravilhosa promessa de que todos aqueles que o Pai escolhe serão sorteados, virá, será recebido, e Ele irá levantar -los no último dia (39-40 vv., 54). Todo mundo que vem a Cristo será mantido por Ele; não existe a possibilidade de que mesmo uma pessoa eleita dado a Ele pelo Pai serão perdidos (veja a discussão sobre v. 39, supra).

No versículo 45 o Senhor parafraseado Is 54:13 para enfatizar que o Seu ensinamento foi consistente com o Antigo Testamento. O que estava escrito nos profetas: "E serão todos ensinados por Deus", reafirma a verdade do versículo 44 em termos diferentes. Aqueles que vêm para a fé salvadora fazê-lo, porque eles são sobrenaturalmente instruído por Deus. Desenho e ensino são apenas diferentes aspectos da chamada soberana de Deus para a salvação; é através da verdade da Sua Palavra que Deus chama as pessoas para abraçar o seu Filho (Rm 10:14, Rm 10:17; conforme 1 Pedro 1: 23-25.). Como resultado, todos os que o ouviram e aprenderam com o Pai, vem a Cristo. A declaração de Jesus também era uma repreensão sutil de seus oponentes judeus, que se orgulhavam de seu conhecimento das Escrituras. Mas teve que realmente entendeu o Antigo Testamento, eles teriam acataram Ele (5:39).

Como o único caminho para Deus (Jo 14:6 1Tm 6:161Tm 6:16..) , exceto aquele que . é de Deus Porque Ele era eternamente no céu um com o Pai, e em seguida enviado à Terra pelo Pai, o Filho pode falar com autoridade sobre o Pai (conforme He 1:2;. conforme Jd 1:5)

"Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; eo pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne." Então os judeus começaram a discutir uns com os outros, dizendo: "Como pode este dar-nos a sua carne a comer?" Então Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida eo meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou ., e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim Este é o pão que desceu do céu; não como os vossos pais comeram e morreram; quem comer deste pão, viverá para sempre . " Estas coisas Ele disse na sinagoga, ensinando em Cafarnaum. (6: 51-59)

Vivemos em um mundo espiritualmente fome desesperada de sentido e de esperança na vida. Desde o início, os seres humanos foram criados para servir a Deus ea comunhão com Ele (conforme Gn 1:26; Gn 3:8). No entanto, os homens caídos, não encontrou a liberdade emocionante eles procuram por vazamento Deus de lado. Em vez disso, eles descobrem que só a falta de sentido de horror de uma vida sem Deus. Apologista cristão William Lane Craig explica:

"Quem sou eu?" homem pergunta. "Por que estou aqui? Para onde vou?" Desde o Iluminismo, quando ele jogou fora os grilhões da religião, o homem tem tentado responder a estas perguntas sem referência a Deus. Mas as respostas que voltaram não eram emocionante, mas escuro e terrível. "Você é o subproduto acidental da natureza", é dito a ele, "um resultado de matéria mais tempo mais acaso. Não há nenhuma razão para a sua existência. Tudo o que o rosto é a morte."
O homem moderno pensou que, quando ele se livrou de Deus, ele se libertou de tudo o que reprimida e sufocada ele. Em vez disso, ele descobriu que, ao matar Deus, ele também tinha se matou.
Porque, se não há Deus, então a vida do homem se torna absurdo ....
[Além de Deus] a humanidade é uma raça condenada em um universo de morrer. Porque a raça humana acabará por deixar de existir, não faz diferença final se já existiu. A humanidade é assim, nada mais importante do que um enxame de mosquitos ou um curral de porcos, pois seu fim é tudo a mesma coisa. O mesmo processo cósmico cego que os cuspiu em primeiro lugar acabará por engoli-los novamente.( Apologética: An Introduction [Chicago: Moody, 1984], 39, 41)

É claro que a falta de esperança de vida sem Deus não é uma descoberta recente. Muito antes de racionalismo moderno levou ao desespero niilista, o grande pai da Igreja Agostinho clamou ao Senhor: "Tu nos fizeste para Ti e nossos corações não encontram a paz enquanto não repousar em vós" ( Confissões, I.1). E séculos antes de Agostinho, o homem mais sábio que já viveu também reconheceu a vaidade da vida longe de Deus. Apesar de sua sabedoria, Salomão procurou felicidade e satisfação para além do Senhor. Em Eclesiastes 2, ele resumiu suas perseguições fúteis, incluindo a perseguição por prazer (vv. 1-3, 8c), produtividade (vv. 4-6), posses (vv. 7-8), o poder político (vv. 9— 10), e até mesmo a própria sabedoria (vv. 12-14). No entanto, no final de tudo isso, ele percebeu que era tudo sem sentido (vv. 11, 15-23). Só em Deus poderia verdadeiro propósito e significado ser encontrado ", para que possa comer e quem pode gozar sem Ele?" (V 25; conforme 12: 13-14.).

Durante todo o resto do Eclesiastes, Salomão advertiu contra seguir o caminho da sabedoria humana, que se mostrou tão vazio. O termo-chave do livro é "vaidade" (às vezes traduzida como "futilidade" naNVI ), que aparece cerca de três dezenas de vezes. O termo expressa a futilidade da vida "debaixo do sol" (a frase usada quase tão frequentemente) à parte de Deus. Ponto de Salomão foi que a prossecução de metas terrenas como fins em si (sem vê-los como um meio de glorificar e servir a Deus) só conduz ao vazio e desespero sem esperança (1: 2-3, 8-11, 14; 2: 12-23; 3: 9, 4: 2-3; 5: 10-11, 16; 6: 7, 12; 7: 1; 9: 2-3; 12: 8).

Neste mundo caído de decepção, desânimo, desespero e veio o Senhor Jesus Cristo. Ele é o Pão da Vida, o único que pode satisfazer os desejos mais profundos da alma humana. Somente através dele (At 4:12) pode pecadores obter o perdão (Mt 26:28; Atos 5:30-31; At 10:43; Ef 4:32.), Ser restaurado para um relacionamento correto com Deus (Jo 14:6), e receber a vida eterna (João 3:15-16, Jo 3:36; Jo 5:24; Jo 17:2).

Na primeira parte de seu sermão sobre o Pão da Vida, Jesus se apresentou como alimento espiritual para a alma faminta (6: 30-50). Na seção final (vv. 51-59), Ele exortou o povo a Ele apropriar pessoalmente pela fé. A passagem inclui 'pronunciamento, os judeus' Jesus perplexidade, e promessas de Jesus.

O Pronunciamento

"Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; eo pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne." (06:51)

Pela quinta vez neste discurso (conforme vv. 33, 35, 48, 50), Jesus afirmou ser o pão vivo que desceu do céu. Ele, então, acrescentou a promessa de que , se alguém comer deste pão, ele vai viver para sempre.Aqui, como nos versos 35:40, a responsabilidade humana de acreditar em Cristo está em vista (a soberania de Deus na salvação é ensinado nos versos 37:39-44, 65.).

Sempre o professor mestre, Jesus usou a rotina simples, todos os dias de comer para se comunicar profunda verdade espiritual. A analogia de comer sugere cinco paralelos para se apropriar verdade espiritual.

Em primeiro lugar, assim como o alimento é inútil, a menos que se come, assim também a verdade espiritual não é bom, se não for internalizado. Apenas saber a verdade, sem agir sobre ele, tanto os lucros nada (He 4:2). Na verdade, ele irá resultar em uma sentença mais severa (Lucas 12:47-48; He 10:29.).

Em segundo lugar, comer é solicitado pela fome; aqueles que estão cheios não está interessado em comida. Da mesma forma, os pecadores que estão saciados com o seu pecado não têm fome de coisas espirituais (conforme Lc 5:31-32; Lc 6:21). Quando Deus desperta-los para a sua condição perdida, no entanto, a fome de perdão, libertação, paz, amor, esperança, alegria e os leva ao Pão da Vida.

Em terceiro lugar, as pessoas comem o alimento se torna parte deles por meio do funcionamento do sistema digestivo do corpo. Por isso, é espiritualmente As pessoas podem admirar Cristo, ficar impressionado com seu ensinamento, e mesmo lamentar a sua morte na cruz como uma grande tragédia. Mas só se apropriam Ele pela fé que eles tornam-se um com Ele (17:21; 1Co 6:17;. 2Co 4:102Co 4:10;.. Gl 2:20; Ef 3:17.).

Em quarto lugar, comer envolve confiança. Ninguém conscientemente come contaminado ou comida estragada; o próprio ato de comer implica fé de que a comida é comestível (conforme Mc 7:15). Assim, a metáfora de comer o pão da vida implica crer em Jesus.

Finalmente, comer é pessoal. Ninguém pode comer uma refeição para outra; não existe tal coisa como comer por procuração. E não há salvação por procuração. No Sl 49:7.).

O Senhor definiu ainda o pão da vida como que o que Ele iria fazer voluntariamente (10:18) darei pela vida do mundo: Sua carne (conforme 1,14). O conceito de Jesus dar a Si mesmo em sacrifício pelos pecadores é um tema repetido Novo Testamento (por exemplo, Mt 20:28; Gl 1:1; Gl 2:20; Ef 5:2; 1 Tm 2:.. 1Tm 2:6; Tt 2:14). O Senhor se referiu profeticamente aqui para Sua morte na cruz, uma das muitas dessas previsões registradas nos Evangelhos (João 2 (2Co 5:21;; Gl 3:13 1Pe 2:241Pe 2:24..): 19-22; 12 : 24; Mt 12:40; Mt 16:21; Mt 17:22; Mt 20:18; Mc 8:31; Mc 9:31; 10: 33-34.; Lc 9:22, Lc 9:44; 18: 31-33; 24 : 6-7). É oferta de Seu Jesus ' carne que é o preço da redenção. Teve Ele simplesmente veio e proclamou os padrões de Deus, ele teria deixado a raça humana em uma situação desesperadora. Uma vez que ninguém pode manter essas normas, não teria havido nenhuma maneira para que os pecadores a ter um relacionamento com Deus. Mas para fazer a reconciliação entre o homem pecador e santo Deus possível ", também Cristo morreu pelos pecados de uma vez por todas, o justo pelos injustos, para que Ele possa nos levar a Deus" (1Pe 3:18; conforme 1Pe 2:24; Isaías 53:4-6; Rom. 3: 21-26.; 2Co 5:212Co 5:21)..

Uma vez que "o salário do pecado é a morte" (Rm 6:23) e "sem derramamento de sangue não há remissão" (He 9:22), Cristo tornou-se o sacrifício final para o pecado ", o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! " (Jo 1:29). Sua morte, para todos os que acreditaram e iria acreditar, Deus aceita como o pagamento integral para o pecado (Rm 3:1; He 2:17; 1Jo 2:21Jo 2:2), de modo que o perdão completa foi fornecida pelos pecados de todos os fiéis penitente (At 10:43; 13 38:44-13:39'>13 38:39; Ef 1:7; 13 51:2-14'>2: 13-14; 1Jo 1:91Jo 1:9). Ele morreu por pessoas de todas as raças, culturas, etnias e classes sociais (conforme Gl 3:28;. Cl 3:11). Assim, Deus disse em Is 45:22: "Vire-se para mim, e sereis salvos, todos os confins da terra", e Jesus comissionou a igreja para "fazer discípulos de todas as nações" (Mt 28:19). O Senhor também declarou: "Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que crê será nele tenha a vida eterna" (João 3:14-15), e "I , se eu for levantado da terra, atrairei todos a mim "(12:32). Ele é o único Salvador para o mundo dos pecadores perdidos.

A perplexidade

Então os judeus começaram a discutir uns com os outros, dizendo: "Como pode este dar-nos a sua carne a comer?" (06:52)

O Senhor, obviamente, não estava falando de canibalismo quando falou de comer Sua carne. Ao contrário, Ele estava dando uma ilustração física de uma verdade espiritual. Mais uma vez, porém, osantagônicos judeus perdeu completamente o significado da afirmação de Jesus. Como resultado, eles começaram a discutir um com o outro. Argumente traduz uma forma do verbo machomai , que significa "para lutar", ou "brigar" (conforme At 7:26; 2Tm 2:242Tm 2:24; Jc 4:2;. Mc 14:22; Lc 22:19; 1Co 10:161Co 10:16;. 1Co 11:24, 1Co 11:27). Duas considerações adicionais reforçar o fato de que essa passagem não se refere a Comunhão: Em primeiro lugar, a Mesa do Senhor ainda não havia sido instituída; portanto, os judeus não teria entendido o que Jesus estava falando sobre se ele estivesse falando de Comunhão. Em segundo lugar, Jesus disse que quem participa da Sua carne tem a vida eterna. Se isso era uma referência à mesa do Senhor, isso significaria que a vida eterna pode ser adquirida através de comungar. Isso é claramente estranha às Escrituras, no entanto, que ensina que a comunhão é para aqueles que já são crentes (1 Cor. 11: 27-32) (. Ef 2:8-9) e que a salvação é pela fé somente. (Para mais argumentos contra a interpretação sacramental de comer carne de Cristo e beber o seu sangue, ver DA Carson, O Evangelho Segundo João, O Pillar New Testament Commentary [Grand Rapids: Eerdmans, 1991], 296-98; para uma crítica da doutrina católica romana da missa, ver Tiago G. McCarthy, O Evangelho Segundo o Roma [Eugene, Oregon .: Harvest House, 1995], caps. 6-7).

Tanto a Igreja Católica Romana e os oponentes judeus de Jesus perdeu o seu ponto. Como observado na discussão do versículo 51, o Senhor não estava falando literalmente, mas metaforicamente ao povo-incentivando-os a Ele apropriar pela fé.

As Promessas

Então Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida eo meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou ., e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim Este é o pão que desceu do céu; não como os vossos pais comeram e morreram; quem comer deste pão, viverá para sempre . " Estas coisas Ele disse na sinagoga, ensinando em Cafarnaum. (6: 53-59)

Embora confrontado com sua incredulidade deliberada, Jesus não suavizar, amaciar, ou mesmo esclarecer suas palavras. Em vez disso, ele fez sua ensino ainda mais difícil para eles para engolir, adicionando o conceito chocante de beber o seu sangue. Para beber sangue ou comer carne com o sangue ainda na era estritamente proibido pela lei do Antigo Testamento:

E qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam entre eles, que comer algum sangue, eu porei a minha face contra aquela pessoa que come sangue e extirparei do meio do seu povo.Porque a vida da carne está no sangue, e eu dei a vocês sobre o altar para fazer expiação pelas vossas almas; pois é o sangue por causa da vida que faz expiação. Por isso eu disse aos filhos de Israel: "Nenhum de vós comerá sangue, nem pode qualquer estrangeiro que peregrina entre vós comerá sangue." Assim, quando qualquer homem dos filhos de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam entre eles, caçando apanhe um animal ou uma ave que se pode comer, ele deve derramar o seu sangue e cobri-lo com terra. Porque, assim como para a vida de toda a carne, seu sangue é identificado com a sua vida. Por isso eu disse aos filhos de Israel: "Vocês não são para comer o sangue de carne alguma, pois a vida de toda a carne é o seu sangue;. Quem o come será cortado" (Levítico 17:10-14; conforme 7: 26-27.; Gn 9:4, 23-24; Dt 15:23; At 15:29).

Jesus, é claro, não estava falando literalmente beber o líquido em suas veias mais do que Ele era de, literalmente, comer sua carne. Ambas as metáforas se referem à necessidade de aceitar a morte sacrificial de Jesus. O Novo Testamento freqüentemente usa o termo sangue .como uma metonímia gráfico falando da morte de Cristo na cruz como o sacrifício final para o pecado (Mt 26:28; At 20:28; Rm 3:25; Rm 5:9; Ef 1:7; Cl 1:20; He 9:12, He 9:14; He 10:19, He 10:29; He 13:12; 1 Pedro 1:. 1Pe 1:2, 1Pe 1:19; 1Jo 1:71Jo 1:7), "a multidão, em seguida, respondeu-lhe: 'Nós temos ouvido da lei que o Cristo é permanecer para sempre; e como você pode dizer: "O Filho do Homem seja levantado?" '"(v 34).. Na estrada de Emaús, o Cristo ressurreto repreendeu dois de seus discípulos por sua hesitação em aceitar a necessidade da sua morte: "Ó homens tolos e tardos de coração para crerdes tudo o que os profetas disseram não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? " (Lucas 24:25-26). "Nós pregamos a Cristo crucificado", escreveu o apóstolo Paulo aos Coríntios, "para os judeus uma pedra de tropeço" (1Co 1:23), e em Gl 5:11 ele se referiu à "o escândalo da cruz." Assim, o principal objectivo da mensagem evangelística de Paulo aos judeus em Tessalônica envolvidos ", explicando e dando provas de que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos, e dizendo:" Este Jesus que eu estou anunciando-vos é o Cristo '" (At 17:3; conforme Tt 2:13; 1Pe 1:31Pe 1:3)

Jesus introduziu a quarta e última promessa, declarando que a Sua carne é verdadeira comida, e Seu sangue é verdadeira bebida -o sustento que oferece a própria vida de Deus para o crente. Em face disso, o Senhor declarou: "Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele." A promessa aqui é que de união com Cristo. Em Jo 14:20 Jesus prometeu aos Seus discípulos: "Em que dia você vai saber que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu permanecerei em vós." Em 15: 5, o Senhor declarou: "Eu sou a videira, vós sois os ramos; quem permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois sem mim, nada podeis fazer." "Se alguém está em Cristo", Paulo escreveu: "ele é uma nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2Co 5:17). Mais tarde, na mesma epístola que o apóstolo exortou os coríntios: "vós teste para ver se você está na fé;!? Examinar-se Ou você não reconhece isso sobre vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós, a não ser na verdade você não passar no teste" (2Co 13:5). "Cristo em vós", ele lembrou aos Colossenses, é "a esperança da glória" (Cl 1:27). Em sua primeira epístola do apóstolo João escreveu: "Nós sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para que possamos saber o que é verdadeiro; e nós estamos naquele que é verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus ea vida eterna "(1Jo 5:20; conforme 1Jo 2:24; 1Jo 3:24; 1Jo 4:13; Jo 17:21; Rom. 6: 3-8; Rm 8:10; 1Co 1:301Co 1:30; 1Co 6:17;. Ef 3:17; Cl 2:10).

No versículo 57, Jesus declarou a fonte de sua autoridade para fazer essas promessas: ". o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim" Jesus já havia indicado, "Assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim Ele deu ao Filho também ter a vida em si mesmo" (5:26). Portanto, aqueles que acreditam em Jesus viverá por Ele. Jesus tem vida em si mesmo; e os crentes também têm vida n'Ele.

O Senhor concluiu esta magnífica ensino, repetindo o pensamento de versículos 49:50. O convite é tão claro hoje como foi naquele dia memorável na sinagoga de Cafarnaum .... Aquele que persegue as coisas materiais vão morrer, tão certo como o rebelde israelitas morreram no deserto. Mas quem come o pão que desceu do céu ... vai viver para sempre.

22. O Pão da Vida-Parte 3: Respondendo ao Pão da Vida (João 6:60-71)

Portanto, muitos dos seus discípulos, ouvindo isto, disse: "Esta é uma afirmação difícil, que pode ouvi-la?" Mas Jesus, consciente de que os seus discípulos murmuravam contra isso, disse-lhes: "Será que este vos escandaliza O que então se você vir o Filho do Homem subir para onde estava antes de É o Espírito que dá a vida;? Os lucros de carne nada; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida Mas há alguns de vós que não crêem ".. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de trair. E Ele estava dizendo: "Por esta razão, eu disse a você, que ninguém pode vir a mim, se ela foi concedida a ele a partir do Pai". Como resultado desta muitos dos seus discípulos se retiraram e não estavam andando com ele. Então Jesus disse aos doze: "Você não quer ir embora também, não é?" Simão Pedro respondeu-Lhe: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e têm vindo a saber que tu és o Santo de Deus." Jesus respondeu-lhes: "Será que eu mesmo não escolhi a vós os doze anos, e ainda um de vós é um diabo?" Agora Ele quis dizer Judas, filho de Simão Iscariotes, pois, um dos doze, ia traí-lo. (6: 60-71)

A pregação do evangelho que não consegue transmitir a Palavra de Deus com precisão, e para comandar a obediência, está aquém do padrão bíblico. Tanto João Batista (Mt 3:2)

O sermão de Pedro no dia de Pentecostes também obrigou uma resposta:

E, ouvindo eles isto, eles foram perfurados para o coração, e disse a Pedro e aos demais apóstolos: "Irmãos, o que devemos fazer?" Pedro disse-lhes: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados;. E você vai receber o dom do Espírito Santo" (Atos 2:37-38)

De um modo geral, aqueles que ouvem a pregação poderosa da Palavra irá responder em uma de três maneiras (13 conforme Matt 3:9., 18-23). Alguns vão zombar e reagem com rejeição pura e simples. Tais eram os escribas e fariseus que responderam a Jesus de forma consistente oposição Seu ensino e desprezando Sua pessoa. Sua rejeição culminou em Mt 12:24, quando, depois de ver os milagres de Jesus, atribuíram-lhes a Satanás: "Mas os fariseus, ouvindo isto [a multidão se perguntando se Jesus era o Messias; v 23.], Eles disseram: 'Este homem expulsa os demônios só por Belzebu o príncipe dos demônios. "" Eles deliberAdãoente escolheu para descartar a esmagadora evidência a respeito de quem Jesus realmente era.

Alguns vão responder com uma fé temporária ou superficial. Esses falsos discípulos são os curiosos que estão superficialmente atraídos para Cristo. Mas quando Ele faz exigências sobre eles, ou há um custo a ser pago para segui-Lo, eles desaparecem, desejando nem para deixar de ir ao mundo, nem para negar a si mesmos (conforme Lucas 9:23-25). João 2:23-25 ​​discute essas pessoas:

Agora, quando Ele estava em Jerusalém na Páscoa, durante a festa, muitos creram no seu nome, observando os sinais que ele estava fazendo. Mas Jesus, de sua parte, não estava confiando-se a eles, pois Ele sabia que todos os homens, e porque Ele não precisava de ninguém para testemunhar a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem.

Em sua primeira epístola, João descreveu ainda os como aqueles que "Saíram de nós, mas não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; mas eles saíram, para que fosse ser demonstrado que todos eles não são de nós "(1Jo 2:19). Seus números incluem homens como Demas (2Tm 4:10.), Simão, o mágico (Atos 8:18-21), e, acima de tudo, Judas 1scariotes (At 1:25).

Por fim, alguns vão responder com verdadeira fé. Este pequeno núcleo de verdadeiros discípulos é o "pequeno rebanho", a quem o Pai tem de bom grado escolhido para dar o reino (Lc 12:32), depois de ter tirado a Seu Filho (Jo 6:37, Jo 6:44). Eles acreditam Salvadora em Jesus como o Filho de Deus e Messias.

Sermão de Jesus sobre o Pão da Vida, juntamente com a resposta a ela, é o clímax temática de todo ministério galileu do Senhor. A reação da multidão era típico, não só dos judeus da época de Jesus, mas também de todas as pessoas que se deparam com a verdade. Aqueles que ouviram Sua mensagem exibida cada uma das três respostas acima apontados. Alguns rejeitaram Jesus antes do sermão foi ainda acabado, interrompendo-o e "resmungando sobre Ele, porque Ele disse: 'Eu sou o pão que desceu do céu'" e "dizendo:" Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como é que Ele agora dizer: "Eu desci do céu"? "(vv. 41-42).

Infelizmente, essa resposta tipificado maioria dos galileus. Embora Jesus havia ensinado em suas cidades e aldeias e realizou muitos milagres em seu meio (João 2:1-11; 4: (Mt 4:23). 46-54; 6: 4-13; Mt 8:2-4. , 5-13, 14-17, 28-34; 9: 1-8, 18-26; 12: 9-14; 14: 34-36; Marcos 8:22-26; Lucas 7:11-17), eles ainda se recusou a acreditar nEle. Sua rejeição voluntária foi imperdoável, e Jesus repreendeu severamente duas cidades da Galiléia, Corazim e Betsaida, por sua dureza de coração:

Então ele começou a denunciar as cidades em que a maioria de seus milagres foram feitos, porque eles não se arrependeram. "Ai de vós, Ai! Corazim para você, Betsaida! Porque, se os milagres ocorreram em Tiro e Sidon, que ocorreu em você, elas se teriam arrependido há muito tempo no saco e cinza. No entanto, eu digo a você, será mais tolerável . para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para você E você, Cafarnaum, não será elevada até o céu, você vai Você vai descer para Hades;? Porque, se os milagres tinham ocorrido em Sodoma que ocorreu em você, ele teria manteve-se até hoje. No entanto, eu digo a você que ele será mais rigor para a terra de Sodoma, no dia do juízo, do que para você. " (Mateus 11:20-24.)

Como Jesus concluiu suas palavras, os que rejeitam definitivas esquerda, deixando apenas aqueles que alegou ser Seus discípulos, alguns dos quais possuíam a fé genuína e alguns dos quais não o fez. Os versículos 60:71 descrevem as reações desses dois grupos (os falsos discípulos e os verdadeiros discípulos) para o Pão da Vida Discurso.

A reação dos discípulos Falsos

Portanto, muitos dos seus discípulos, ouvindo isto, disse: "Esta é uma afirmação difícil, que pode ouvi-la?" Mas Jesus, consciente de que os seus discípulos murmuravam contra isso, disse-lhes: "Será que este vos escandaliza O que então se você vir o Filho do Homem subir para onde estava antes de É o Espírito que dá a vida;? Os lucros de carne nada; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida Mas há alguns de vós que não crêem ".. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de trair. E Ele estava dizendo: "Por esta razão, eu disse a você, que ninguém pode vir a mim, se ela foi concedida a ele a partir do Pai". Como resultado desta muitos dos seus discípulos se retiraram e não estavam andando com ele. (6: 60-66)

Que as pessoas introduzido aqui são chamados de discípulos não implica que eles eram verdadeiros seguidores de Cristo. O termo Mathetes ("discípulo") refere-se a alguém que se atribui a um professor como um estudante ou aprendiz, mas não implica nada sobre a sinceridade ou devoção do discípulo. Além dos discípulos de Jesus, o Novo Testamento também observa discípulos de João Batista, os fariseus (Mt 9:14). (22: 15-16), Paulo (At 9:25), e Moisés (Jo 9:28; 8:. Mt 8:1; Mt 19:2;. At 26:14; Jd 1:15; conforme Mt 10:34-39).

Falsos discípulos não seguem a Cristo por causa de quem Ele é, mas por causa do que eles querem Dele. Eles não têm nenhum problema de vê-lo como um bebê na manjedoura no Natal; um reformador social com uma ampla mensagem de amor e tolerância; a todos humano ideal deve imitar; ou uma fonte de saúde, riqueza e felicidade mundana. Mas eles não estão dispostos a abraçar a bíblica Jesus-o Deus-homem que destemidamente repreendeu os pecadores e os advertiu do inferno eterno, e que a salvação do que o inferno só vem através da crença Suas palavras (Jo 5:24). Aqueles que resistem ou rejeitar o ensinamento de Jesus não passam no teste do verdadeiro discipulado que Ele mesmo previsto em Jo 8:31: "Então, Jesus estava dizendo aos judeus que haviam crido nele:" Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos "(conforme 15: 8). Continuação obediência às palavras de Jesus Cristo sempre marca verdadeiros discípulos (conforme I João 2:3-5).

Desde Jesus compreendeu o coração de cada pessoa (02:25; conforme Mt 12:25; Lc 5:22.), Ele estava consciente de que seus discípulos resmungou (conforme Jo 6:41; Ex 16:2;. Mt 15:12) ou "a desistir de acreditar" (eg, 13 21:24-10). Ambos os significados são apropriadas aqui; os falsos discípulos se ofendeu com o ensino de Jesus, e que os levou a abandonar sua fé superficial nEle.

Sabendo que a central em sua rejeição era Sua alegação de ter descido do céu, Jesus perguntou: "O que então se você vir o Filho do Homem subir para onde estava antes?" Sua implicação parece ser: "Se você me viu subir no céu, para que não iria convencê-lo da minha origem celestial? " (A referência à Sua ascensão também exclui qualquer interpretação literal crassly de comer sua carne e beber seu sangue, uma vez que Jesus iria ascender corporalmente ao céu [conforme Atos 1:3-11].) Deve-se notar que alguns comentaristas vêem Jesus 'referência à crescente como uma referência implícita à Sua crucificação (03:14; 12:32, 34), o que levou a Sua ressurreição, e depois de Sua ascensão. De acordo com esse ponto de vista, o Senhor estava fazendo um ponto crucial: Se os falsos discípulos ficaram escandalizados por seu ensino, quanto mais eles iriam ser ofendido por sua execução (conforme 1Co 1:23.)? Em qualquer caso, Jesus deixou a questão em aberto, pois como seus ouvintes responderam a Ele iria determinar como eles iriam responder.

Assim como fez em 3: 6, Jesus contrastou o Espírito que dá a vida com a carne que lucra nada. A vida espiritual só vem quando o Espírito Santo dá vida de Cristo para o crente (Gl 2:20; Colossenses 3:3-4. ). Ele não vem através da "vontade da carne" (1:13), que, como RVG Tasker, observa que "significa o para fora, para a exclusão do interior, o visível para além do invisível, o material não relacionado com o espiritual, e o humano dissociado do divino "( O Evangelho Segundo São João, Tyndale Comentários do Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1975], 96). O Senhor exortou aqueles que teve problema com a comer a sua carne (v. 52), para concentrar-se em partilhar do Seu Espírito (vv. 53-58).

É claro que ninguém pode fazer que, além de ouvir e obedecer as palavras que Jesus tem falado, que, declarou, são espírito e são vida. É as palavras de Jesus que revelam quem Ele realmente é. Como observado anteriormente, aceitar ou rejeitar essas palavras separa discípulos verdadeiros e falsos. Os verdadeiros discípulos continuar em Sua Palavra (8:31), o que permanece nele (. 15: 7; conforme Jr 15:16; Cl 3:16; 1Jo 2:141Jo 2:14); falsos discípulos definitivamente rejeitam a Sua palavra (08:37, 43, 47). Para abraçar as palavras de Jesus é para recebê-Lo, pois revelar a Sua pessoa. Assim, a Bíblia ensina que a salvação vem por meio da agência da Palavra de Deus:

Agora, a parábola é este: a semente é a palavra de sementes God__O na boa terra, esses são os que ouviram a palavra em um coração honesto e bom, e mantê-lo rápido, e dão fruto com perseverança.(Lc 8:11, Lc 8:15)

Ele, porém, respondendo, disse-lhes: "Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e fazê-lo." (Lc 8:21)

No exercício de sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que seria uma espécie de primeiros frutos entre as Suas criaturas. (Jc 1:18)

Portanto, deixando de lado toda a imundícia e tudo o que resta da maldade, recebei com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas. (Jc 1:21)

Para você ter sido mais uma vez não nasceu de semente corruptível, mas incorruptível, ou seja, através do viva e permanente palavra de Deus. (1Pe 1:23)

Jesus então disse: "Mas há alguns de vós que não crêem." Como sempre acontece com aqueles que rejeitam a oferta de salvação de Deus, o problema não foi a falta de informação, mas a falta de fé. O Senhor realizou esses falsos discípulos pessoalmente responsável por rejeitá-Lo, não porque eles não podiam entender, mas porque eles não iriam acreditar.

Enquanto o Senhor estava certamente tristes com incredulidade dos falsos discípulos, ele não levá-lo de surpresa, Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam. Ele até sabia o tempo todoque foi que o trairia -Judas 1scariotes, o supremo exemplo de um falso discípulo incrédulo (veja a discussão de vv. 70-71 abaixo). As palavras de despedida de Jesus aos falsos discípulos, "Por isso que eu disse a você, que ninguém pode vir a mim, a menos que tenha sido concedida a ele a partir do Pai", reforçou o Seu ensinamento mais cedo que Deus é absolutamente soberano na salvação (vv 37., 39, 44-45). Os versículos 64:65 manter a tensão entre a soberania divina ea responsabilidade humana encontrada por toda a Escritura. Por um lado, os incrédulos são condenados por sua incredulidade (v 64.);por outro lado, eles estão perdidos, porque o Pai não atraí-los (v. 65).

Infelizmente, mas previsivelmente, como resultado desta muitos dos seus discípulos se retiraram e não andavam mais com ele. Abandonando qualquer outra pretensão de ser Seus seguidores, eles o abandonaram e se juntou aos zombadores que haviam rejeitado Jesus sem rodeios. Ek toutou ( como um resultado do presente ) também pode ser traduzido como "a partir deste momento". Ambas as traduções estão corretas. Os falsos discípulos o abandonaram permanentemente Jesus após este ponto , como resultado de seu ensino no sermão em geral (especialmente vv. 48-58), e Sua condenação da incredulidade deles em particular (v. 64). "O que eles queriam, ele não daria, o que ele ofereceu, eles não receberiam" (FF Bruce, o Evangelho de João [Grand Rapids: Eerdmans, 1983], 164).

A reação dos discípulos 5erdadeiros

Então Jesus disse aos doze: "Você não quer ir embora também, não é?" Simão Pedro respondeu-Lhe: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e têm vindo a saber que tu és o Santo de Deus." Jesus respondeu-lhes: "Será que eu mesmo não escolhi a vós os doze anos, e ainda um de vós é um diabo?" Agora Ele quis dizer Judas, filho de Simão Iscariotes, pois, um dos doze, ia traí-lo. (6: 67-71)

Esta é a primeira ocorrência no evangelho de João do termo doze, que geralmente designa os apóstolos nos Evangelhos sinópticos (por exemplo, Mt 10:2; Mc 4:10; Mc 9:35; Lc 8:1).João não gravar a chamada dos Doze e, com exceção de versículos 70:71, usou o termo apenas em outro lugar 20:24. Pode ser que os Doze foram todos que permaneceram após os discípulos temporários esquerda. Ou Jesus pode ter falado com eles mais tarde, em privado. No texto grego, a pergunta do Senhor espera uma resposta negativa, daí a NASB tradução, "Você não quer ir embora também, não é?"Jesus usou a deserção dos falsos discípulos para contrastar a fé dos Doze.

Como em tantas outras ocasiões, Simão Pedro atuou como porta-voz dos Doze (conforme 13 36:37.; Mt 14:28; Mt 15:15; Mt 16:16, Mt 16:22; Mt 17:4; Mt 19:27, Mt 26:35; Mc 11:21; Lc 5:8; Lc 12:41). Sua declaração, "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e vim a saber que tu és o Santo de Deus", é uma reminiscência de sua confissão de Jesus como o Messias, em Cesaréia de Filipe (Mt 16:16;. conforme Mt 14:33). Enquanto a multidão só estava disposta a aceitar Jesus como uma espécie de segundo Moisés que eles esperavam supriria suas necessidades materiais, os Doze viu por quem ele realmente é. Não havia nenhum outro professor para quem eles poderiam virar, disse Pedro, pois era só Cristo tem as palavras de vida eterna (conforme v 63)..

No entanto, nem mesmo todos os Doze tinham verdadeiramente acreditado e vir a conhecer Jesus, como o Senhor foi rápido em apontar. Eles devem ter ficado chocado quando Jesus declarou que havia um traidor em suas fileiras: "Será que eu Eu não escolhi a vós os doze anos, e ainda um de vós é um diabo?" Ele não está aqui referindo-se a eleição para a salvação, mas sim seleção para o apostolado. Ele escolheu doze homens, um dos quais era para difamá-lo da maneira mais impensável. Depois de Judas havia sido demitido do Cenáculo na noite da Última Ceia, o Senhor falou aos onze restante como sendo escolhido para a salvação. Como Ele disse-lhes: "Você não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei para que você iria e deis fruto, eo vosso fruto permaneceria, de modo que tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele pode dar a you "(15:16). Sua escolha soberana deles, tanto para a salvação e apostolado, descartou qualquer pretensão ou auto-importância que pode ter se sentido contrário.

diabo no meio deles, é claro, era Judas, filho de Simão Iscariotes. Iscariotes deriva de uma frase em hebraico que significa "homem de Kerioth." A referência foi, provavelmente, para a aldeia da Judéia de Kerioth (Js 15:25.), Embora também era uma cidade moabita com o mesmo nome (Jr 48:24, Jr 48:41; Am 2:2; Lc 6:16])Diabolos ( diabo ) significa "caluniador" (conforme 1Tm 3:11; 2Tm 3:32Tm 3:3), o Senhor a Satanás identificado como a fonte por trás de Judas.

Isso não exonera ou desculpar Judas por seu ato hediondo. O Novo Testamento atribui a responsabilidade pela traição de Jesus diretamente aos pés de Judas 1scariotes. Nas palavras de refrigeração de Jesus: "O Filho do Homem é ir, assim como está escrito a seu respeito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído Teria sido bom para que o homem se ele não teve! nascido "(Mt 26:24).

Afirmação de Pedro nos versículos 68:69 expressa duas marcas fundamentais dos verdadeiros discípulos: fé ( nós acreditamos ) —que marca seu nascimento espiritual e fidelidade ( Senhor, para quem iremos nós? ) —que marca seu caráter. O pretérito perfeito dos verbos traduzidos ter acreditado e têm vindo a conhecer transmite a idéia de um ato se completou no passado, mas com resultados contínuos.A fé inicial dos discípulos verdadeiros resultados em contínuo compromisso e lealdade para com Cristo. Ao contrário dos falsos discípulos que tinham feito uma decisão final de abandonar Jesus, os Doze (com exceção de Judas) tinha feito uma promessa permanente para segui-Lo. Desta forma, João contrastou a diferença gritante entre os que são inconstantes e aqueles que são fiéis.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71

João 6

Os pães e os peixes — Jo 6:1-13

Havia momentos em que Jesus sentia desejos de afastar-se da multidão de pessoas que o seguiam. Estava sob uma tensão contínua e precisava descansar. Às vezes era necessário ficar a sós com os discípulos para conduzi-los com maior profundeza para uma melhor compreensão de sua pessoa. Necessitava tempo para orar e para entrar em contato com o poder e a presença de Deus. E nesta oportunidade era muito acertado afastar-se antes de provocar um enfrentamento direto com as autoridades, porque ainda não tinha chegado o momento do conflito final.

De Cafarnaum até a outra margem do mar da Galiléia havia uns sete quilômetros de distância. Assim Jesus empreendeu a travessia. Mas o povo estivera observando maravilhada as coisas surpreendentes que fazia. Era fácil ver que direção tomava o barco, e se apressaram para chegar ao outro lado do lago por terra. O rio Jordão desembocava no mar da Galiléia pelo extremo Norte. A três quilômetros da desembocadura estavam os vaus do Jordão. Perto dos vaus havia uma cidade chamada Betsaida Julia para diferenciá-la da outra Betsaida na Galiléia, e Jesus se dirigiu a esse lugar (Lc 9:10). Perto da Betsaida Julia, quase à beira do lago, há uma pequena planície sempre coberta de erva. chama-se El— Batiya e seria o cenário deste milagroso acontecimento.

Em primeiro lugar, Jesus subiu pela ladeira até a planície e se sentou ali com seus discípulos. Logo a multidão começou a aparecer por grupos. Era preciso caminhar uns quatorze quilômetros para bordejar o lago e cruzar os vaus e o tinham feito com toda a rapidez de que podiam. Sabemos que se aproximava a festa da Páscoa. Devia haver mais gente que o habitual nos caminhos. É muito provável que houvesse muita gente que se dirigia a Jerusalém. Muitos peregrinos da Galiléia viajavam para o Norte, cruzavam o vau, atravessavam a Peréia e logo voltavam a cruzar o Jordão perto de Jericó. O caminho era mais longo mas se evitava o território dos temidos e odiados samaritanos. É muito possível que a multidão se viu acrescida por peregrinos que se dirigiam à festa da Páscoa e que já estavam a caminho.

Ao ver a multidão, acendeu-se a compaixão de Jesus. Estavam famintos e cansados e era preciso dar-lhes de comer. Era natural que se dirigisse a Filipe, porque vinha de Betsaida (Jo 1:44) e sem dúvida conheceria o lugar. Jesus lhe perguntou onde se podia obter comida. Filipe deu uma resposta desesperada. Disse que embora se pudesse conseguir comida, seriam necessários mais de duzentos denários para dar uma mínima quantidade a cada um dos componentes dessa vasta multidão. Um denário representava a diária normal de um operário. Filipe calculou que se necessitariam as diárias de mais de seis meses para começar a alimentar uma multidão como esta. Então apareceu André em cena. Tinha encontrado um garoto que tinha cinco pães de cevada e dois peixinhos. É muito possível que o garoto os tivesse levado para almoçar. Possivelmente tinha saído para passar o dia fora e, tal como faria qualquer garoto, se uniu à multidão. André como era seu costume levava gente à presença de Jesus. O garoto não tinha muito que oferecer. O pão de cevada era o mais econômico de todos, e o menosprezava.

Na Mishnah há uma disposição a respeito da oferta que uma mulher adúltera deve apresentar. É obvio que deve levar uma oferta por seu pecado. Em todos os sacrifícios se fazia uma oferta consistente em uma mescla de farinha, vinho e azeite. Em geral se empregava farinha de trigo; mas estava estabelecido que, no caso de uma oferta por adultério, devia empregar-se farinha de cevada, porque a cevada é a comida das bestas e o pecado da mulher era um pecado bestial. O pão de cevada era aquele que comiam os muito pobres. Os peixes não seriam muito maiores que uma sardinha.

O peixe em vinagre proveniente da Galiléia era muito conhecido em todo o Império Romano. Naqueles dias o peixe fresco era um luxo desconhecido visto que não havia forma de transportá-lo e mantê-lo em boas condições de consumo. No mar da Galiléia abundavam pequenos peixes semelhantes à sardinha. Eram pescados e conservados em vinagre como uma espécie de drinque. O garoto tinha seu peixe em vinagre para acompanhar o seco pão de cevada.
Jesus, pois, disse a seus discípulos que fizessem as pessoas sentarem. Tomou os pães e os peixes e os abençoou. Ao fazê-lo estava agindo como um pai de família. A ação de graças que pronunciou provavelmente fora a que se empregava na maioria das casas judaicas: "Bendito és tu, Senhor nosso Deus, que fazes crescer o pão da terra". E o povo comeu e se sentiu saciada. Inclusive a palavra que se usa para significar satisfeito (chortazesthai) resulta sugestiva. Em suas origens, no grego clássico, era empregada para denominar a alimentação dos cavalos com forragem, e quando era empregada com respeito às pessoas queria dizer que estavam empachados, cheios.

Quando o povo ficou saciado, Jesus fez seus discípulos recolherem os pedaços que tinham sobrado. Por que os pedaços? Nas festas judaicas se acostumava deixar algo para os servos. O que sobrava recebia o nome do Peah. Sem dúvida as pessoas deixavam uma parte para aqueles que tinham servido os pães.

Recolheram-se doze cestas de pedaços. Sem dúvida cada um dos discípulos tinha sua cesta (kofmos). As cestas tinham forma de garrafa. Nenhum judeu saía de viaje sem sua cesta. Juvenal fala em dois ocasiões (3:14; 6:
542) de "o judeu com sua cesta e seu maço de palha". (O maço de palha era para usar como cama, porque muitos judeus levavam uma vida nômade). O judeu com sua inseparável cesta era uma figura muito conspícua. Levava-a, em parte porque era naturalmente aquisitivo, e em parte porque precisava levar sua própria comida se tinha que observar as normas judaicas de limpeza e impureza. De maneira que cada discípulo encheu sua cesta com os pedaços que sobraram. E assim a multidão faminta foi alimentada com acréscimo.

O SIGNIFICADO DE UM MILAGRE

João 6:1-13 (continuação)

Nunca saberemos com exatidão o que foi que aconteceu nessa verde planície da Betsaida Julia. Podemos vê-lo em três formas.

  1. Podemos vê-lo simplesmente como um milagre no qual Jesus multiplicou, literalmente, pães e peixes. Pode haver aqueles que achem muito difícil imaginar algo semelhante. E haverá aqueles que achem muito difícil conciliá-lo com o fato de que isso foi justamente o que Jesus se negou a fazer durante suas tentações, quando declinou converter as pedras em pães (Mateus 4:3-4). Se podemos crer no caráter puramente milagroso deste fato, continuemos crendo. Mas se nos sentimos intrigados, há duas explicações possíveis.
  2. Pode ser que em realidade se tratou de uma comida sacramental. No resto do capítulo a linguagem que Jesus emprega é idêntica ao da Última Ceia, quando se refere a comer sua carne e beber seu sangue. Pode ser que nesta refeição em El-Batiya o que cada pessoa recebeu não foi mais que um fragmento, como no sacramento; e que a emoção e maravilha da presença de Jesus e da realidade de Deus converteram esta migalha sacramental em algo que nutriu e saciou os corações e as almas dos homens. Isto é o que acontece em cada mesa de comunhão até nossos dias.
  3. Pode haver outra explicação, muito bonita. Não se deve pensar que a multidão empreendeu uma expedição de quatorze quilômetros sem fazer nenhum preparativo. Se entre eles havia peregrinos, sem dúvida teriam provisões para a viagem. Mas pode ser que nenhum deles tenha querido oferecer o que tinha, porque com todo egoísmo — e muito humanamente — queriam guardar tudo para si. Pode ser que Jesus, com seu estranho sorriso, tirou a pequena provisão que tinha com seus discípulos, com uma fé radiante deu graças a Deus por ela e a compartilhou com todos. Comovidos por seu exemplo, todos os que tinham algo o imitaram; e ao final houve comida suficiente, e mais que suficiente, para todos. Pode ser que se trate de um milagre no qual a presença de Jesus e seu amor converteram a uma multidão de homens e mulheres egoístas em uma comunidade disposta a compartilhar tudo. Pode ser que na presença de Jesus aqueles cuja única idéia consistia em guardar tudo para si, se tornassem pessoas cuja única idéia era dar. Possivelmente este relato represente a maior das histórias: um milagre que trocou a natureza humana, e transformou, não pães e peixes, a não ser homens e mulheres.

Seja como for, houve algumas pessoas sem as quais o milagre teria sido impossível.
(1) André é uma delas. Há um contraste entre André e Filipe. Filipe foi o homem que disse: "A situação é desesperada, não há nada a fazer." André disse: "Verei o que posso fazer, e confio em que Jesus fará o resto." Foi André quem levou o garoto a Jesus, e ao fazê-lo fez possível o milagre. Ninguém nunca sabe o que acontecerá e o que resultado terá o levar alguém à presença de Jesus. Se um pai educar a seu filho no conhecimento, no amor e no temor de Deus, ninguém pode dizer que grandes coisas pode realizar esse menino algum dia para Deus e para os homens. Se o professor de uma escola dominical aproxima um menino de Cristo, ninguém pode predizer o que esse menino pode fazer algum dia por Cristo e sua Igreja.
Conta-se uma história a respeito de um ancião alemão, professor de escola, que ao entrar na sala-de-aula pela manhã costumava tirar o chapéu e fazer uma reverência a seus alunos. Um deles lhe perguntou por que o fazia. Sua resposta foi: "A gente nunca sabe o que pode chegar a ser algum dia um destes garotos." Tinha razão, porque um dos alunos se chamava Martinho Lutero. André não sabia o que estava fazendo quando aproximou esse garoto a Jesus, mas estava provendo o material para um milagre. Nunca sabemos que possibilidades estamos liberando quando levamos alguém a Jesus.

(2) O garoto era outra dessas pessoas. Não tinha muito que oferecer mas no que ofereceu Jesus encontrou o material para fazer um milagre. Teria havido um brilhante acontecimento a menos na história se esse garoto se negasse a aproximar-se ou se tivesse guardado para si seus pães e peixes. A verdade é que Jesus necessita o que podemos lhe trazer. Pode ser que não tenhamos muito a oferecer, mas ele necessita o que temos. Pode ser que neguemos ao mundo triunfo após triunfo e milagre após milagre porque não queremos entregar a Cristo o que temos e o que somos. Se, tal como somos, nos oferecêssemos no altar do serviço de Jesus Cristo, ninguém pode dizer as coisas que Cristo poderia fazer conosco e por meio de nós. Podemos sentir tristeza e vergonha por não poder oferecer mais coisas, e é correto que o sintamos; mas essa não é razão para evitar ou negar-se a levar o que temos e o que somos. Um pouco sempre é muito nas mãos de Cristo.

A RESPOSTA DA MULTIDÃO

João 6:14-15

Aqui temos a reação da multidão. Os judeus esperavam o profeta que, conforme criam, Moisés lhes tinha prometido. “O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás” (Dt 18:15). Esperavam o Messias, o escolhido de Deus. Tinham estado esperando durante toda sua história, e estavam esperando nessa época. Nesse momento, na Betsaida Julia estavam dispostos a aceitar a Jesus como esse Profeta e esse Rei. Estavam dispostos a carregá-lo, a entronizá-lo no poder em um arroubo de ardor popular e entusiasmo maciço. Mas não muito depois outra multidão clamava: "Crucifica-o! Crucifica-o!" Por que foi que nesse momento a multidão aclamava a Jesus?

Por um lado, a multidão estava disposta a apoiar a Jesus quando dava o que eles queriam. Tinha-os curado e os havia alimentado; e nesse momento estavam dispostos a convertê-lo em seu chefe. Existe uma lealdade comprada, uma lealdade que depende dos favores, os presentes, para dizê-lo com toda crueldade, do suborno. Existe um amor falso, um amor que se baseia no que podemos tirar das pessoas e no que essas pessoas podem fazer por nós.
Em um de seus momentos de maior cinismo, o doutor Johnson definiu a gratidão como "um vivo sentido dos favores que estão por vir". O simples pensar nessa multidão nos revolta. Mas somos acaso muito diferentes dela? Quando necessitamos compaixão na dor, quando necessitamos fortaleza em meio das dificuldades, quando queremos paz no meio do tumulto, então, nesses momentos, não há ninguém tão maravilhoso como Jesus. Então falamos com Ele, e caminhamos a seu lado e lhe abrimos nossos corações.
Mas quando Ele se aproxima de nós com uma severa exigência de sacrifícios, com algum desafio que exige um esforço, com o oferecimento de alguma cruz, então não queremos ter nada que ver com Ele. Pode ser que ao examinar nossos corações descubramos que nós também amamos a Jesus pelo que podemos obter dele, e que quando Ele nos aborda com exigências e desafios também nos enfraquecemos, e nos voltamos ressentidos e hostis para com esse Cristo perturbador e exigente.
Por outro lado, queriam usá-lo para seus próprios fins e moldá-lo segundo seus sonhos. Estavam esperando o Messias. Mas imaginavam a

seu modo. Esperavam um Messias que seria Rei e Conquistador. Alguém que pisaria na cabeça da águia e tiraria os romanos da Palestina, que mudaria o status de Israel e de uma nação submetida a converteria em uma potência mundial. Alguém que a libertaria do destino de ser um país ocupado e que o tornaria em conquistador de outros países.

Tinham visto as coisas que Jesus podia fazer, e o que imaginavam era: "Este homem tem poder, um poder milagroso e maravilhoso. Se podemos adequá-lo a seu poder à medida de nossos sonhos, planos e desejos, começarão a acontecer coisas." Se tivessem sido sinceros teriam que reconhecer que estavam tratando de usar a Cristo.
Mais uma vez, somos nós muito diferentes? Quando nos dirigimos a Cristo, é para encontrar forças para seguir com nossos propósitos, planos e idéias, ou para aceitar com humildade e obediência seus planos e desejos? Nossa oração é: "Senhor, dá-me forças para eu fazer o que queres que faça" ou, "Senhor, dá-me forças para fazer o que eu quero fazer"?

Essa multidão de judeus estava disposta a seguir a Cristo nesse momento porque lhes estava dando o que eles queriam, e desejavam usá— lo para satisfazer seus planos, propósitos e idéias. Essa atitude com relação a Cristo ainda subsiste no coração dos homens. Queríamos obter os dons de Cristo sem a cruz de Cristo; queríamos usar a Cristo em lugar de permitir que ele nos use .

UMA AJUDA BEM PRESENTE EM MOMENTOS DE NECESSIDADE

João 6:16-21

Este é um dos relatos mais maravilhosos do quarto Evangelho. E se torna mais maravilhoso quando penetramos no significado original no idioma grego e o significado do incidente original, e quando descobrimos que o que descreve em realidade não é um milagre extraordinário, mas um acontecimento muito simples nAquele que João descobriu, e jamais pôde esquecer como era Jesus.

Em primeiro lugar, reconstruamos o relato. Depois de alimentar os cinco mil, e depois do intento por parte da multidão de torná-lo rei, Jesus se tinha afastado sozinho à montanha. Passou o dia. Chegou o momento que os judeus denominam "a segunda tarde", entre o crepúsculo e a escuridão. Jesus ainda não tinha chegado. Não devemos pensar que os discípulos foram esquecidos ou descorteses ao deixar Jesus para atrás, porque, conforme Marcos conta, Jesus mandou-os ir diante dele (Mc 6:45), enquanto convencia a multidão de que voltasse para suas casas. Sem dúvida sua intenção era bordejar o lago enquanto eles o cruzavam remando, e reunir-se com eles em Cafarnaum. Agora, João estava presente, e se alguma vez houve um relato de uma testemunha ocular, este é um deles. Não há dúvida que se trata de um incidente em que João participou e sobre o qual pensou durante setenta anos; e à medida que pensava nele, convertia-se em algo simples rodeado de maravilha.

De maneira que os discípulos começaram a navegar. Levantou-se o vento, como pode fazê-lo nesse lago estreito, rodeado de terra; e as águas se cobriram de espuma. Devemos lembrar que era a época da Páscoa e a época da Páscoa era tempo de Lua cheia (Jo 6:4). Na montanha Jesus orou e se comunicou com Deus; quando ficou em caminho, a Lua cheia fazia que a cena parecesse desenvolver-se à luz do dia; e podia ver no lago o barco e os remadores lutando com seus remos e sabia que estava dando muito trabalho avançar. Por isso desceu. Agora, aqui devemos lembrar duas coisas. Já vimos que no extremo norte o lago não tinha mais de seis quilômetros de largura; e João nos diz que os discípulos tinham remado entre cinco e seis quilômetros; quer dizer que estavam chegando quase no fim da viagem. É natural e inevitável supor que, em vista do vento que soprava, tinham tentado aproximar-se da margem o mais possível para obter maior amparo.

Esse é o primeiro dado; agora vejamos o segundo. Viram que Jesus andava sobre o mar. A tradução literal do grego é exatamente a mesma frase que aparece em Jo 21:1, onde diz que Jesus se manifestou outra vez a seus discípulos junto ao mar de Tiberíades. Em Jo 21:1 esta frase significa sem nenhuma ajuda — nunca foi questionada —, que Jesus estava caminhando pela margem. E isso é o que significa nossa frase também. Jesus estava caminhando epites thalassis, junto à margem. Os atarefados discípulos levantaram os olhos; e de repente o viram. Foi algo tão inesperado, tinham estado reclinados nos remos durante tanto tempo que se sentiram alarmados porque criam que o que viam era um espírito. Então, por cima das águas, chegou essa voz tão amada: "Sou Eu; não temais." Gostariam que subisse a bordo; o grego, muito mais naturalmente significa que seu desejo não se cumpriu. Por que? Lembremos da largura do extremo Norte do lago e lembremos o quanto tinham avançado. A largura era de seis quilômetros. Tinham remado cinco e seis quilômetros. A razão muito simples pela qual seu desejo não foi completo foi que antes que pudessem recebê-lo a bordo, a barco tocou a margem, e já tinham chegado.

Este é o tipo de relato que um pescador como João sentiria prazer em ouvir e recordar. Cada vez que o recordasse voltaria a sentir o que sentiu aquela noite, o cinza prateado da Lua, o tosco remo em sua mão, as sacudidas da vela, o uivar do vento e o som da água enfurecida, a surpreendentemente inesperada aparição de Jesus, o som de sua voz por cima das ondas, e o rangido da barco ao tocar a margem da Galiléia.
E ao recordar tudo isto João via coisas maravilhosas no relato, milagres que ainda estão presentes para que nós os leiamos.

  1. Viu que Jesus vigia. Na montanha Jesus estava observando-os. Não os tinha esquecido. Não estava muito ocupado com Deus para pensar neles. Até na hora da devoção seus discípulos estavam presentes em seu coração. João se deu conta de que durante todo o tempo que eles estiveram lutando com seus remos, o olhar amoroso de Jesus estava sobre eles. Enquanto estamos lutando, Jesus vigia. Não nos faz as coisas fáceis. Deixa-nos travar nossas próprias batalhas e obter nossa própria vitória. É como um pai que observa seu filho ou filha fazer um grande esforço em alguma competição de atletismo, e se sente orgulhoso de nós.

Ou como alguém que observa a outro fazendo um trágico abandono, e se entristece. Vivemos a vida com o olho amoroso de Jesus sobre nós.

  1. Viu que Jesus vem. Jesus desceu da montanha para permitir que os discípulos pudessem fazer o último esforço que os faria chegar a terra a salvo. Não nos observa conservando uma distância serena e incomovível. Não nos observa como se estivesse na tribuna principal, do lado de fora. Justo quando fraquejam as forças e a vida fica muito dura, Ele vem, e com Ele vem o último esforço e o último fôlego que levam à vitória e ao logro de nosso objetivo.
  2. Viu que Jesus ajuda. Vigia, vem e ajuda. A maravilha da vida cristã é que não há nada que devamos fazer completamente sozinhos.

Margaret Avery conta que uma professora de uma escola rural contou esta historia a seus meninos, e deve tê-la contado muito bem. Pouco tempo depois houve uma tormenta de chuva e neve. Quando terminou a hora da lição, a professora acompanhou os meninos até sua casa. Em certos momentos tinha que arrastá-los em meio da tormenta. Quando todos se sentiam quase exaustos, escutou que um dos garotinhos murmurava para si mesmo: "Seria bom que esse Senhor Jesus estivesse aqui agora."
Sempre nos faz bem a companhia de Jesus e jamais poderemos estar sem Ele.

  1. Viu que Jesus nos leva ao porto. Ao João recordar, parecia-lhe que logo que Jesus chegou, a quilha da barco tocou no chão, e chegaram. Como diz o salmista: “Então, se alegraram com a bonança; e, assim, os levou ao desejado porto” (Sl 107:30). De algum modo, com a presença de Jesus até a viagem mais longa parece curta e a batalha mais dura se apresenta como algo fácil.

Uma das coisas mais bonitas do quarto Evangelho é que João, o velho pescador convertido em evangelista, encontrou toda a riqueza de Cristo na lembrança de um relato de pescadores.

A BUSCA EQUIVOCADA

João 6:22-27

A multidão ficou do outro lado do lago. Na época de Jesus as pessoas não precisavam cumprir horários de escritório. Podiam esperar até que Jesus se aproximasse deles. Aguardaram porque tinham visto uma só barco no qual os discípulos foram, sem Jesus. Portanto deduziram que Jesus devia estar perto desse lugar. Depois de esperar durante um momento, deram-se conta de que Jesus não voltaria. Chegaram à baía outros pequenos barcos, procedentes do Tiberíades. Sem dúvida o vento as tinha desviado nessa direção e se refugiaram ali para proteger-se da tormenta da noite. De maneira que a gente que tinha estado esperando junto ao lago se embarcou nelas e cruzou o lago, de retorno a Cafarnaum.
Ao chegar se sentiram perplexos por descobrir que Jesus já estava ali. Perguntaram-lhe quando tinha chegado, e como tinha conseguido voltar tão rápido visto que seus discípulos foram sozinhos no barco. Agora, deve-se observar que Jesus se limitou a não responder a esta pergunta. Não era o momento para falar sobre essas coisas; a vida era muito curta para ocupá-la em conversa sobre viagens. Foi direto ao assunto. "Vocês viram coisas", disse, "coisas maravilhosas. Viram como a graça de Deus tornou possível alimentar uma multidão. Seus pensamentos deveriam dirigir-se para o Deus que fez essas coisas; mas, em vez disso, vocês só pensam no pão. Em sua torpe cegueira pensam em pão, não em Deus." É como se Jesus tivesse dito: "Vocês não podem pensar em sua alma porque estão ocupados pensando em seus estômagos." Reprova o ponto de vista deles centrado na Terra. Tinham recebido o pão como pão e não como um dom de Deus. Como diz Crisóstomo: "Os homens estão cravados às coisas desta vida." Eram pessoas que jamais elevavam os olhos além das muralhas do mundo aos horizontes e eternidades que jazem do outro lado.
Conta-se um relato sobre o Napoleão. Em uma oportunidade estava conversando com um conhecido sobre a vida. Era tarde e a noite era escura. Napoleão e seu amigo se aproximaram da janela e olharam para fora. No céu havia estrelas muito longínquas, não muito maiores que a cabeça de um alfinete. Napoleão tinha uma vista excelente e seu amigo não via muito bem. Napoleão apontou para o céu: "Vê essas estrelas?", perguntou a seu amigo. "Não", respondeu este, "não as vejo." "Essa", disse Napoleão, "é a diferença entre nós dois." O homem que está atado à Terra só vive a metade da vida. O homem grande é aquele que tem visão, aquele que olha para o horizonte e vê as estrelas.

Jesus, pois, expressou seu mandamento em uma frase: "Trabalhai", disse, "não pela comida que perece, mas pela que permanece para vida eterna." Muitos anos antes, o profeta Isaías tinha formulado a mesma pergunta: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz?” (Is 55:2). Há duas classes de fome. A fome física que se pode satisfazer com a comida física; mas também existe a fome espiritual que a comida física jamais pode satisfazer. Um homem pode ser tão rico como Creso e, entretanto, experimentar essa torturante insatisfação, esse desejo insatisfeito em seu coração, esse sentimento de falta de plenitude em sua vida. Assinalou-se que nos anos posteriores aos 60 D.C. o luxo da sociedade romana não tinha comparação. Essa era a época em que os romanos serviam banquetes com miolos de perus reais e línguas de rouxinóis; quando descobriram a peregrina prática de vomitar entre um prato e outro para poder saborear melhor o seguinte; em que as comidas que custavam milhares de dólares eram moeda corrente. Foi nessa época em que Puniu relata que uma mulher romana se casou com um vestido tão ricamente bordado e encravado com pedras que custou o equivalente de um milhão de dólares. Tudo isto tinha uma razão de ser: uma profunda insatisfação, uma fome que nada podia saciar. Procuravam algo que lhes produzira emoções novas e que desse um gosto novo à vida, porque eram imensamente ricos e estavam imensamente famintos.

A fome insatisfeita estava presente.
O que queria dizer Jesus era que a única coisa que interessava a esses judeus era a satisfação física. Tinham recebido, sem esperá-lo, uma comida grátis e opípara; e queriam mais. Mas há outras fomes — e essas outras fomes só Jesus Cristo pode satisfazê-las. Existe a fome da verdade — e ele é o único que pode dar a verdade aos homens. Existe a fome da vida — e ele é o único que pode dar a vida aos homens, e pode dá-la com maior abundância. Existe a fome de amor — e ele é o único que pode dar aos homens o amor que supera o pecado e a morte. Cristo é o único que pode satisfazer os desejos de imortalidade e a fome insaciável do coração e da alma humana.
Por que pode fazê-lo? Há uma enorme riqueza de significados na frase: “A porque a este o Pai, Deus, o selou.”
Em seu livro Eastern Customs in Bible Lands (Os costumes orientais nas terras bíblicas), H. B. Tristram inclui uma seção muito interessante sobre os selos na antiguidade. Em Oriente o que dá autenticidade a algo não é a assinatura e sim o selo. Nos documentos comerciais e políticos, o que dá validez aos papéis é o selo, posto com o anel que se usava com esse propósito. No mundo helênico, o que dava autenticidade a um testamento era o selo, o selo posto na boca de um saco ou na tampa de uma caixa era o que garantia seu conteúdo. Tristram diz que nos países orientais até as pessoas mais humildes usam um selo de autenticação. Em suas próprias viagens por aqueles países, quando fazia um trato com seus arrieiros e seus carregadores, estes punham seu selo sobre ele em sinal de que aceitavam as condições e que se comprometiam às cumprir. Os selos eram feitos de argila, metal ou jóias.

No Museu Britânico se encontram os selos da maioria dos reis assírios. O selo era impresso em argila e essa argila se unia ao documento. O documento desapareceu faz muitos anos, mas ainda fica o selo, e sem ele o documento não era válido. Os rabinos tinham uma frase: "O selo de Deus é a verdade."

O Talmud diz:

“Um dia a grande sinagoga (a assembléia dos

judeus doutores em leis) estava lamentando-se, orando e jejuando quando caiu um pequeno cilindro do firmamento, em meio deles. Abriram-no e só continha uma palavra, Ameth, que significa verdade. 'Esse', disse o rabino, 'é o selo de Deus’.” Ameth se escreve com três letras hebréias, Aleph, que é a primeira letra do alfabeto, Min, a letra do meio, e Tau, a última. A verdade de Deus é o princípio, o meio e o fim da vida.

É por isso que Jesus pode satisfazer a fome dos homens, porque tem o selo de Deus, é a verdade de Deus que se fez carne. Vê-lo é ver a Deus; obedecê-lo é obedecer a Deus, recebê-lo é receber a Deus; e Deus é e único que pode satisfazer a fome da alma que ele mesmo criou e na qual pôs fome dele.

A ÚNICA OBRA VERDADEIRA

João 6:28-29

Quando Jesus falou a respeito de fazer as obras de Deus, os judeus pensaram imediatamente em fazer boas obras. Eles sempre creram que se um homem levava uma vida boa e moral podia merecer e obter o favor de Deus. Sustentavam que se podia dividir os homens em três classes: os bons, os maus e os que estavam no meio e que, se faziam mais uma boa obra, podiam passar à categoria dos bons. De maneira que quando perguntaram a Jesus qual era a obra de Deus, esperavam que lhes indicasse uma lista de regras e normas sobre as coisas que deviam fazer. Mas isso não é absolutamente o que diz Jesus.
A resposta de Jesus está muito resumida e devemos abri-la e buscar descobrir o que há por trás dela. Jesus disse que a obra de Deus, o que Deus queria que os homens fizessem, era crer naquele que Deus enviou. Podemos expressá-lo de outro modo; podemos dizê-lo como Paulo teria dito. A única obra que Deus espera do homem é a fé. Agora, o que significa a fé? A fé significa uma determinada relação com Deus. A fé significa uma relação tal com Deus que somos seus amigos, que já não nos sentimos aterrados por Ele, que Deus não é nosso inimigo nem nosso fiscal, a não ser nosso Pai e amigo, significa que damos a Deus a confiança, a obediência e a submissão que surgem naturalmente desta nova relação. E como se relaciona com isso crer em Jesus? Toda a essência do cristianismo radica em que jamais nos teríamos informado de que Deus é assim, se Jesus não tivesse vindo a viver e morrer para nos dizer isso O fato de sabermos que Deus é nosso Pai, que nos ama, que se preocupa conosco, que a única coisa que deseja é nos perdoar, deve-se única e exclusivamente ao fato de que Jesus veio para nos dizer isso E é por isso que desaparece a antiga separação, a distância e a desconfiança que sentíamos por Deus e é possível uma nova relação.

Mas essa nova relação aparece em certo tipo de vida. Agora sabemos como é Deus, e nossas vidas devem responder àquilo que sabemos de Deus. Nossa resposta apontará em três direções, cada uma das quais corresponde ao que Jesus nos diria a respeito de Deus.

  1. Deus é amor, e portanto em nossa vida deve haver um amor e um serviço para com os outros que corresponda ao amor e ao serviço de Deus. Deve haver uma atitude de perdão para com os outros que corresponda ao perdão de Deus.
  2. Deus é santidade, e portanto em nossa vida deve haver uma pureza que corresponda à santidade de Deus. Devemos ser Santos porque Deus é santo. Só os de coração puro podem ver deus.
  3. Deus é sabedoria, e portanto deve haver em nossa vida submissão e confiança totais e perfeitas que correspondam à sabedoria de Deus. Se Deus for totalmente sábio a única coisa que resta a fazer é aceitar totalmente sua guia em tudo e em tudo o que nos envia.

O que Jesus ensina é que a essência da vida cristã é uma nova relação com Deus, uma relação oferecida por Deus, uma relação que só foi possível pela revelação que Jesus nos fez de Deus, uma relação que se manifesta no serviço, na pureza e na confiança que são um reflexo de Deus. Entrar em uma relação semelhante implica numa vida tal, e essa é a obra que Deus deseja que façamos e para a qual nos dá os meios necessários.

O PEDIDO DE UM SINAL

João 6:30-34

Aqui a discussão se faz especificamente judaica em sua expressão, pressupostos e alusões. Jesus acabava de fazer uma afirmação muito grave. A verdadeira obra de Deus era crer em Jesus. "Muito bem", disseram os judeus, "prove-o. Isso significa afirmar que é o Messias. Dê— nos uma prova." Seus pensamentos continuavam na alimentação da multidão e portanto o relacionaram imediatamente com o maná do deserto. Era inevitável que relarem ambas as coisas. Sempre se tinha considerado que o maná era o pão de Deus (Sl 78:24; Ex 16:15).

Agora, os rabinos judeus estavam absolutamente convencidos de que quando viesse o Messias voltaria a dar o maná. Considerava-se que a entrega do maná tinha sido a obra suprema da vida de Moisés, e não havia dúvida de que o Messias faria o mesmo que ele, ou mais. "Como foi o primeiro redentor assim será o último redentor; assim como o primeiro redentor fez o maná cair do céu, assim também o segundo redentor fará cair o maná." "Não encontrarão o maná nestes tempos mas o encontrarão nos tempos que virão." "Para quem se preparou o maná? Para os justos na era vindoura. Todos os que crêem são justos e comem dele."
Cria-se que tinha sido escondida uma panela com maná no primeiro templo e que, quando se destruiu o templo, Jeremias a tinha escondido e voltaria a fazê-la aparecer quando viesse o Messias. Em outras palavras, os judeus estavam desafiando a Jesus a que fizesse aparecer o pão de Deus para corroborar suas afirmações. Não consideravam que o pão com que se alimentou os cinco mil era pão de Deus; tinha começado em pães terrestres e terminou como pão terrestre. Segundo eles, o maná era algo diferente e era uma verdadeira prova.

Jesus dá uma dupla resposta. Em primeiro lugar, recorda-lhes que não foi Moisés quem lhes deu o maná, mas Deus. Em segundo lugar lhes diz que o maná não era em realidade o pão de Deus; não era mais que o símbolo desse pão. O pão de Deus é aquele que desce do céu e dá aos homens, não só a satisfação de sua fome física, mas também a vida. Jesus estava afirmando que nele estava a única satisfação autêntica.

O PÃO DA VIDA

João 6:35-40

Estas é uma das grandes passagens do quarto Evangelho e, de fato, de todo o Novo Testamento. Há nele duas linhas fundamentais de pensamento que devemos tentar analisar.
Em primeiro lugar, o que quis dizer Jesus quando afirmou: "Eu sou o pão da vida?" Não basta ver esta frase como algo bonito e poético.
O que significa? Examinemo-la passo a passo. Numeraremos os passos para que se veja claramente o movimento do raciocínio.

  1. O pão sustenta a vida. O pão é a substância da vida. O pão é aquilo sem o qual a vida não pode continuar. O pão é essencial para a vida.
  2. Mas, o que é a vida? É evidente que toda esta discussão se move acima e além do plano físico. Quando se fala da vida trata-se de algo muito superior à mera existência. Qual é este novo significado espiritual da vida?
  3. A vida é a nova relação com Deus. A verdadeira vida é a nova relação com Deus, essa relação de confiança, intimidade, obediência e amor sobre a qual já meditamos.
  4. Mas essa relação só é possível graças a Jesus Cristo. Sem Ele e separados dele ninguém pode entrar nessa nova relação com Deus.
  5. Quer dizer que Jesus dá vida. Sem Jesus é impossível a vida em todo o sentido da palavra. Sem Ele, a vida pode ser existência, mas não é vida.
  6. Portanto, se Jesus der a vida, se for o essencial da vida, Ele pode ser descrito como o Pão de Vida. Para expressá-lo em forma muito menos bela, Jesus é o essencial sem o qual a vida não pode nem começar nem continuar. Mas, uma vez que o conhecemos, aceitamo-lo e o recebemos, desaparecem todos os desejos insatisfeitos, os desejos insaciáveis do coração e da alma. A fome e a sede da situação humana se apagam quando conhecemos Cristo, e quando, através dele, conhecemos a Deus. A alma inquieta encontra a paz; o coração faminto se sente satisfeito.

Em segundo lugar, esta passagem nos mostra os passos da vida cristã. Jesus se refere àqueles que vêm a Ele, e que lhe são dados por Deus.
Uma vez mais devemos numerar estes passos para poder seguir o processo divino.

  1. Vemos Jesus. É-nos dada a visão de Jesus. Vemo-lo nas páginas do Novo Testamento; vemo-lo no ensino da Igreja; às vezes o vemos face a face.
  2. Uma vez que o vimos, aproximamo-nos dele. Consideramo-lo não como um herói ou um modelo distante, como alguém que é uma ilustração em um livro, mas sim como alguém a quem nos aproximamos.
  3. Cremos nele. Quer dizer, aceitamo-lo como a autoridade suprema quanto a Deus, o homem, a vida. Isso quer dizer que nossa aproximação não é uma questão de interesse; não é um encontro em termos iguais; é essencial e fundamentalmente uma submissão e uma entrega.
  4. Todo este processo nos dá vida. Quer dizer, situa-nos em uma nova e bonita relação com Deus, na qual Deus torna um amigo íntimo; agora nos sentimos à vontade com alguém a quem antes temíamos ou nunca tínhamos chegado a conhecer.
  5. A possibilidade de obter isto é grátis e universal. O convite se formula a todos os homens e consiste em um convite a receber e a dar. O pão de vida é nosso basta que o peçamos e o tomemos.
  6. O único caminho para alcançar essa nova relação é através de Jesus. Sem ele jamais teria sido possível; e fora dele continua sendo impossível. Nenhuma busca da mente humana e nenhum desejo do coração do homem podem encontrar na verdade a Deus além de Jesus.
  7. Por trás de todo o processo está Deus. Aqueles que se aproximam de Cristo são aqueles que Deus lhe deu. Deus não provê só a meta: Deus se move no coração humano para suscitar o desejo de aproximar-se dele; e obra no coração do homem para tirar a rebelião e o orgulho que nos impediriam de chegar a essa grande submissão. Jamais teríamos podido sequer buscá-lo se ele não nos tivesse encontrado.
  8. Mas ainda subsiste esse impedimento que nos permite rechaçar o oferecimento de Deus, desprezar sua obra dentro de nosso coração. Em última instância, a única coisa que vence a Deus é o desafio do coração humano. A vida está aí para que a aceitemos, ou a rechacemos.

E quando a aceitamos, o que acontece? Acontecem duas coisas.
Em primeiro lugar, entra uma nova satisfação em nossa vida. Desaparecem a fome e a sede. O coração humano encontra o que estava procurando e a vida deixa de ser uma mera existência e se converte em algo que é motivo de excitação e de paz de uma vez.
Em segundo lugar, estamos seguros até além da vida. Até o último dia, quando se terminam todas as coisas, estamos seguros. Como disse um grande comentarista: "Cristo nos leva a um porto além do qual não existe nenhum perigo."
O que Cristo oferece é vida no tempo e vida na eternidade. Privamo-nos dessa grandeza e dessa glória quando rechaçamos o convite de Cristo e a iniciativa de Deus.

O FRACASSO DOS JUDEUS

João 6:41-50

O grande interesse desta passagem reside em que mostra as razões pelas quais os judeus rechaçaram a Jesus e, ao fazê-lo, rechaçaram a vida eterna.

  1. Julgaram as coisas segundo valores humanos e de acordo a normas externas. Sua reação frente às afirmações de Jesus foi ressaltar o fato de que era o filho de um carpinteiro a quem eles viram crescer em Nazaré. Era-lhes impossível entender como alguém que era filho de um carpinteiro e comerciante e que provinha de um lar humilde podia ser um mensageiro especial de Deus. Rechaçaram a Jesus porque o avaliavam segundo atributos humanos, valores sociais e normas mundanas.

T. E. Lawrence era amigo pessoal do poeta Thomas Hardy. Na época em que Lawrence servia como aviador na Força Aérea Real inglesa estava acostumada a visitar Hardy e sua esposa vestido com o uniforme de seu exército. Aconteceu que numa oportunidade sua visita coincidiu com a da esposa do prefeito de Dorchester. A senhora se sentiu muito ofendida por ter que encontrar-se com um simples aviador, pois ignorava de quem se tratava. Disse à senhora de Hardy, em francês, que jamais precisou sentar-se a tomar o chá com um simples soldado. Ninguém respondeu, até que T. E. Lawrence lhe disse, em perfeito francês: "Perdão, senhora, posso lhe servir como intérprete? A senhora de Hardy não fala francês". Uma mulher orgulhosa e descortês tinha cometido um flagrante engano por ter julgado pelas aparências e por normas sociais mundanas.
Isso foi o que fizeram os judeus. Devemos nos cuidar muito bem de ignorar uma mensagem de Deus por desprezar ou não levar em conta a pessoa que o transmite. Ninguém rechaçaria um cheque de milhares de dólares simplesmente porque vem em um envelope que não se ajusta às normas mais aristocráticas de apresentação epistolar. Deus tem muitos mensageiros. A maior mensagem de Deus veio através de um carpinteiro da Galiléia, e foi por isso que os judeus não lhe deram atenção.

  1. Os judeus protestavam e discutiam entre eles. Estavam tão ocupados em suas próprias discussões que jamais lhes passou pela mente deixar a decisão nas mãos de Deus. Estavam muito interessados em fazer todo mundo se inteirar de sua opinião sobre o tema; não tinham nenhum interesse em averiguar o que Deus pensava. Seria muito conveniente que nas reuniões que celebram as comissões e reuniões administrativas, em que cada um tenta convencer o outro com suas próprias idéias, que parássemos, meditássemos e orássemos pedindo a Deus que nos diga o que Ele pensa e o que quer que nós façamos. Depois de tudo o que nós pensamos não tem muita importância mas o que pensa Deus sim: e são muito escassas as oportunidades em que fazemos algo por averiguá-lo.
  2. Os judeus ouviram, porém aprenderam. Há formas muito distintas de ouvir. Pode-se ouvir com ânimo de criticar, pode-se ouvir com ressentimento. Pode-se ouvir com um sentimento de superioridade ou de indiferença. A pessoa que ouve pela simples razão de que ainda não teve a oportunidade de falar e a está esperando. A única forma de ouvir que vale a pena é a de que ouve e aprende. Não há nenhuma outra forma de ouvir a Deus.
  3. Os judeus resistiram o aproximar-se de Deus. Os únicos que aceitam a Jesus são os que Deus aproximou dele. A palavra que João emprega para trazer ou aproximar é interessante. É a palavra que se emprega na tradução grega do hebraico ao Jeremias ouvir Deus dizer: “Com amor eterno te amei” (Jr 31:3). Mas o que é interessante a respeito da palavra (helkuein) é que em geral implica algum tipo de resistência. É a mesma palavra que se emprega para tirar ou arrastar uma rede muito carregada até a margem (João 21:6-11). É a palavra que se emprega quando quer indicar que Paulo e Silas foram levados perante os magistrados de Filipos (At 16:19). É a mesma palavra que se emprega para indicar que se tira uma espada do cinto ou da bainha (Jo 18:10). Sempre está presente esta idéia de resistência; Deus pode atrair e de fato atrai homens para si, mas a resistência do homem pode vencer a atração de Deus.

Agora, Jesus era o pão de vida; já vimos que isto quer dizer que Jesus é o essencial para a vida. Portanto, rechaçar o convite e a guia de Jesus significa perder a vida e morrer. Os rabinos estavam acostumados a dizer: "A geração do deserto não tem nenhuma participação na vida vindoura. No antigo relato de Números o povo que se negou a superar os perigos que a terra prometida oferecia tal como os descreveram os enviados a espiá-la, foram condenados a vagar pelo deserto até o momento da morte. Por não aceitar a guia de Deus as portas da terra prometida lhes foram fechadas para sempre."
Mas os rabinos criam que os antepassados que morreram no deserto não só perderam a terra prometida mas também a vida eterna.

Rechaçar o oferecimento de Jesus significa rechaçar o essencial da vida; portanto significa perder a vida neste mundo e no mundo vindouro. Enquanto que aceitar o oferecimento de Jesus significa achar a vida, uma vida que dá vida autêntica neste mundo e glória no mundo vindouro.

SUA CARNE E SEU SANGUE

João 6:51-59

Para a maioria de nós esta é uma passagem muito difícil. Usa uma linguagem e se move em um mundo de idéias que nos é muito estranho e que até pode parecer-nos fantástico e grotesco. Mas devemos lembra o seguinte: para o mundo antigo estas idéias eram muito conhecidas; trata— se de idéias que se remontam à origens da raça. Estas idéias eram normais e cotidianas para qualquer que tivesse sido educado nos antigos sacrifícios. Nos antigos sacrifícios quase nunca se queimava todo o animal. Em geral só se queimava uma pequena parte no altar embora se oferecia ao deus o animal inteiro. Uma parte da carne se entregava aos sacerdotes e outra ao que tinha devotado o sacrifício para que desse uma festa a seus amigos dentro do recinto do templo. Considerava-se que nessa festa um dos convidados era o próprio Deus. Estava sentado com seu povo e com aqueles que lhe ofereciam sacrifícios.
Mais ainda, uma vez oferecida a carne ao deus afirmava-se que este tinha entrado na carne; de maneira que quando aquele que tinha devotado o sacrifício comia a carne, literalmente comia ao deus; estava incorporando ao deus no mais recôndito de seu ser, nutrindo-se com a própria vida e a força do deus. Quando os participantes de um banquete semelhante se retiravam, eram convencidos de que estavam literalmente cheios de deus. Podemos considerá-lo um culto pagão e idólatra, podemos considerá-lo uma grande ilusão; mas não poderemos negar a realidade concreta de que essa gente se retirava completamente segura de que tinha dentro de si a vitalidade dinâmica de seu deus. Podemos dizer e pensar o que quisermos sobre este tipo de cultos. Esta experiência vital era algo que ocorria. Para pessoas que estavam acostumadas a ela, uma passagem como esta não apresentava nenhuma dificuldade.
Mais ainda, nesse mundo antigo a única forma viva de religião era preciso procurá-la nas religiões de mistérios. O que estas religiões ofereciam era a comunhão e até a identidade com algum deus Se desenvolvia desta maneira: em essência, todas as religiões de mistérios eram a representação de uma paixão. Eram a história de algum deus que tinha vivido e sofrido muito e que morreu e ressuscitou. Essa história era convertida em uma dramatização comovedora. Antes de poder presenciá— la, o iniciado devia passar por um extenso curso de instrução sobre o significado profundo do relato. Devia passar por todo tipo de purificações rituais. Também devia passar um longo período de jejum e de abstinência de toda relação sexual. No próprio momento da dramatização se organizavam as coisas de maneira tal que produziam uma profunda atmosfera emocional.
Planejava-se com todo detalhe a iluminação, queimava-se um incenso sensual, tocava-se música excitante, a liturgia era algo formoso; em uma palavra, tudo era pensado de maneira a produzir no iniciado uma intensidade e profundidade emocional que nunca tinha experiente antes.

Chame-se isso de alucinação; ou uma mistura de hipnotismo e auto— convencimento mas a verdade é que algo acontecia. E esse algo era a identidade com aquele deus. Enquanto o iniciado, muito bem treinado, observava a representação, se fazia um com o deus. Compartilhava as tristezas e os sofrimentos; a morte, a ressurreição, a vida do deus; o deus e ele se tornavam um para toda a eternidade; e dessa maneira obtinha segurança tanto na vida como na morte.

Algumas das frases e orações das religiões de mistérios são muito bonitas. Nos mistérios de Mitra o iniciado dizia: "Habita com minha alma; não me abandone, para que eu possa ser iniciado e o espírito santo possa estar em mim". Nos mistérios herméticos, o iniciado orava: "Eu te conheço Hermes e você me conhece; eu sou tu e tu és eu". Nesses mesmos mistérios há uma oração que diz: "Vem a mim, Senhor Hermes, como as crianças ao seio de sua mãe". Nos mistérios de Isis, o adorador diz: "Assim como vive Osíris, assim viverão seus seguidores. Assim como Osíris não está morto, seus seguidores tampouco morrerão".

Devemos ter em mente que todas essas pessoas da antiguidade conheciam a luta, o desejo, a esperança de chegar à identidade com seu deus, de alcançar a bênção de incorporar ao deus dentro de si mesmos e de incorporar a si mesmos ao deus. Não liam frases como a de comer a carne de Cristo e beber seu sangue com um realismo cru e escandalizado. Sem dúvida sabiam algo sobre essa inefável experiência da união, mais íntima que qualquer união terrena, da que fala esta passagem. Trata-se de uma linguagem que o mundo antigo entendia muito bem e que nós também podemos entender.

Possivelmente fosse conveniente lembrar que neste caso João está fazendo algo que está acostumado a fazer com freqüência. Não está dando ou tentando dar as palavras exatas que Jesus pronunciou. Passou setenta anos pensando no que Jesus disse; e agora, guiado, inspirado e iluminado pelo Espírito Santo nos transmite o significado, o sentido profundo das palavras de Jesus. O que escreve não são as palavras; isso não seria mais que uma façanha da memória. É o sentido essencial das palavras; a iluminação do Espírito Santo.

SUA CARNE E SEU SANGUE

João 6:51-59 (continuação)

Vejamos se podemos tirar algo a limpo do que Jesus quis dizer e do João que entendeu sobre estas palavras. Podemos interpretar esta passagem em dois sentidos, e se supõe que o interpretamos nesses dois sentidos.

(1) Podemos tomá-lo em um sentido muito general. Jesus falou a respeito de comer sua carne e beber seu sangue. Agora, a carne de Jesus era sua humanidade total e completa. Em sua primeira epístola João o expressa quase com paixão: “Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus” De fato, todo espírito que nega que Jesus veio em carne é do anticristo (I João 4:2-3). João insistia em que devemos entender e nos convencer, e não permitir nos esqueçamos da realidade da humanidade total de Jesus, o fato de que Jesus era osso de nosso osso e carne de nossa carne.

Agora, o que quer dizer isto? Como o vimos uma e outra vez, Jesus era a mente de Deus feita pessoa. De maneira que isto significa que em Jesus vemos a Deus tomando sobre si a vida humana, enfrentando nossa situação humana, lutando com nossos problemas humanos, debatendo-se com nossas tentações humanas, elaborando nossas relações humanas. Ou seja que é como se Jesus dissesse: "Nutram seus corações, suas mentes, suas almas pensando em minha humanidade. Quando se sentirem abatidos e sem esperanças, quando estiverem cansados da vida, vencidos e chateados de sua existência, lembrem que eu tomei sobre minhas costas essa vida e essas lutas que lhes pertencem".

De repente a vida e a carne se cobrem de glória porque estão tocadas por Deus. A grande crença da cristologia ortodoxa grega era e é até agora que Jesus deificou a carne ao assumi-la sobre si mesmo. Comer o corpo de Cristo significa nutrir-se com a idéia de sua humanidade até que nossa humanidade se fortalece, purifica-se e irradia a Cristo. Jesus disse que devemos beber seu sangue. No pensamento judeu o sangue simboliza a vida. É fácil compreender por que se pensava assim. Quando o sangue flui de uma ferida a vida escapa. E para o judeu, o sangue pertencia a Deus. É por isso que até o dia de hoje nenhum judeu ortodoxo come carne da qual não se extraiu tudo o sangue. “Carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis” (Gn 9:4). “Somente empenha-te em não comeres o sangue, pois o sangue é a vida” (Dt 12:23).

Agora vejamos o que diz Jesus: "Devem beber meu sangue — devem incorporar minha vida ao próprio centro de seu ser — e essa minha vida é a vida que pertence a Deus." Quando Jesus disse que devíamos beber seu sangue quis dizer que devemos incorporar sua vida ao próprio centro de nossos corações.
O que significa isso? Pensemos deste modo. Nesta biblioteca há um livro que seu dono nunca leu. Pode tratar-se de alguma das grandes obras mestras do gênio humano. Pode ter comprado esse livro, mas enquanto não o ler é algo exterior a ele. Fica fora dele. Mas um dia toma em suas mãos e o lê. Sente-se fascinado, entusiasmado, comovido. O conteúdo do livro fica dentro de seu espírito; as palavras permanecem em sua memória, a partir de então em qualquer momento pode tirar de si essa maravilha, recordá-la, meditar sobre ela e nutrir sua mente e seu coração com ela. Em algum momento o livro foi algo externo a ele, algo que estava sobre uma prateleira. Agora penetrou nele e pode nutrir seu espírito com o conteúdo.
O mesmo acontece com qualquer experiência fundamental da vida. É algo exterior até que a incorporamos a nosso ser. O mesmo acontece com Jesus. Aqui está Jesus, a vida de Deus. Enquanto seja uma imagem de um livro é algo exterior a nós; mas quando penetra em nossos corações está dentro de nós, podemos nutrir-nos com a vida, a fortaleza e a vitalidade dinâmica que Cristo nos dá. Jesus disse que devíamos beber seu sangue. Diz: "Devem incorporar minha vida a seu ser; devem deixar de pensar em mim como uma imagem de um livro e como um tema apropriado para uma discussão teológica; devem me incorporar a seu interior e vir a meu interior, e então terão a vida, a vida autêntica".

Isto é o que Jesus quis dizer ao falar sobre nossa permanência nele e sua permanência em nós. Quando Jesus nos disse que comêssemos sua carne e bebêssemos seu sangue nos estava dizendo que nutríssemos nossos corações, almas e mentes com sua humanidade, e que revitalizássemos nossas vidas com sua vida até que estivéssemos impregnados, saturados, cheios com a vida de Deus.
(2) Mas João queria dizer algo mais que isto; e neste segundo aspecto pensava a forma em que toda a experiência de Jesus Cristo o tinha remontado aos dias passados na Galiléia. Não há dúvida de que João pensava na Santa Ceia, no sacramento. Diz o seguinte: "Se quiserem a vida, devem aproximar-se e sentar-se a essa mesa, onde podem comer do pão que se partiu e beber o vinho servido de algum modo, pela graça de Deus, eles trazem para um contato vivo com o amor e a vida de Jesus Cristo." João dizia aos homens: "Não podem enriquecer com a plenitude da vida e maravilha cristãs a menos que ses sentem à mesa do amor".
Mas — e este é o aspecto surpreendente do ponto de vista de João — devemos notar que o quarto Evangelho não inclui o relato da Santa Ceia. Introduz seu ensino sobre ela, não na narração sobre o Cenáculo, mas no relato de uma refeição campestre nos Montes próximos a Betsaida Julia junto às águas azuis do mar da Galiléia. Não há dúvida alguma sobre o que diz João. Ele afirma que para o verdadeiro cristão cada refeição se transformou em um sacramento.

Bem pode ser que houvesse aqueles que —se nos permite a expressão — estavam dando muita importância ao sacramento dentro da Igreja, estavam convertendo o sacramento em um fetiche e em algo mágico, estavam dizendo ou implicavam que o sacramento era o único lugar onde se podia encontrar, alegrar-se e descansar na presença mais próxima do Cristo ressuscitado. É certo que o sacramento é um encontro especial com Deus; mas João sustentava com todo seu coração que toda refeição, no mais humilde dos lares, no palácio mais luxuoso, sob o teto do céu e com a erva como tapete, é um sacramento. João se negava a limitar a presença de Cristo a um ambiente eclesiástico e a um culto liturgicamente perfeito. Dizia: "Em qualquer refeição podem encontrar mais uma vez esse pão que fala da humanidade do Mestre, esse vinho que fala do sangue que é vida".

O maravilhoso pensamento de João é que a mesa da comunhão, a mesa da refeição caseira e o lanche na praia ou na montanha são idênticos no sentido de que em todos eles podemos provar, tocar e provar do pão e do vinho que nos aproximam de Cristo. O cristianismo seria algo muito pobre se Cristo estivesse confinado às Igrejas. João sustenta que podemos encontrar a Cristo em qualquer parte em um mundo cheio de Cristo. Não é que reste importância ao sacramento, mas sim o amplia. De maneira que encontramos a Cristo na mesa de sua Igreja e logo saímos e o encontramos em qualquer parte em que homens e mulheres ser reúnem para desfrutar dos dons de Deus.

O ESPÍRITO FUNDAMENTAL

João 6:60-65

Não é estranho que as palavras de Jesus tenham parecido duras aos discípulos. A palavra grega é skleros, que não significa difícil de entender, e sim difícil de aceitar, de tolerar. Os discípulos sabiam muito bem o que Jesus tinha dito. Sabiam que tinha afirmado que era a própria vida de Deus que desceu do céu, e que ninguém podia viver esta vida ou enfrentar a eternidade se antes não o aceitava e se submetia a Ele.

Aqui nos deparamos com uma verdade que volta a aparecer em todas as épocas. Com freqüência o que impede homens de converter-se em cristãos não é a dificuldade intelectual para aceitar a Cristo, e sim o elevado de suas exigências morais. Quando nos pomos a pensar com sinceridade sobre o assunto, vemo-nos obrigados a comprovar que no fundo de toda religião deve haver um mistério, pela simples razão de que no fundo de toda religião está Deus. Pela mesma natureza das coisas, o finito jamais pode compreender o infinito, a mente humana nunca pode terminar de entender os atos de Deus, o homem jamais pode entender por completo a Deus. Qualquer pensador honesto se vê obrigado a aceitar esta realidade. Se pudéssemos entender a Deus por completo deixaria de ser Deus para não ser mais que uma espécie de homem gigantesco, fora de série. Qualquer pensador honesto estará disposto a aceitar o mistério.
A verdadeira dificuldade do cristianismo é dupla. Exige um ato de entrega a Cristo; uma aceitação de Cristo como a autoridade suprema; e exige um nível moral no qual só os puros de coração podem ver a Deus. Os discípulos tinham entendido muito bem que Jesus havia dito que Ele era a mente e a própria vida de Deus que veio à Terra: o que era difícil era reconhecer que isso era verdade e aceitar tudo o que isso implicava. E até o dia de hoje o rechaço de Cristo por parte de muitos homens obedece não a que Cristo intrigue e surpreenda a seu intelecto, mas sim a que apresenta um desafio e uma condenação a suas vidas.
E Jesus continua, não para provar sua afirmação e sim para assegurar que algum dia os acontecimentos darão prova dela. Diz o seguinte: "É difícil para vocês crerem que eu sou o pão, o essencial da vida, que desceu do céu. Muito bem, não será difícil aceitar quando um dia me verem subir ao céu". Em outras palavras, trata-se de um preanuncio da Ascensão. Jesus diz: "Quando chegar o momento de Eu voltar ao céu e à minha glória, verão que minhas afirmações são verdadeiras".

Isto é importante. Quer dizer que a Ressurreição é a garantia de todas as afirmações de Jesus sobre si mesmo. Não foi alguém que viveu com nobreza e morreu generosamente por uma causa perdida: foi alguém cujas afirmações ficaram provadas pelo fato de que morreu e ressuscitou.

Não chegou ao final vencido, e sim triunfante. A ressurreição é a prova do caráter indestrutível das afirmações de Cristo.

Logo Jesus diz que o fundamental é o poder vivificador do Espírito; que a carne não aproveita para nada. Podemos expressar isto em forma muito simples de maneira que manifeste ao menos parte de seu sentido — o mais importante é o espírito em que se leva a cabo qualquer ação. Alguém o expressou nestas palavras: "Todas as coisas humanas são corriqueiras se não existirem absolutamente fora de si mesmas". O valor de algo depende de sua finalidade. Se comermos por comer, convertemo— nos em glutões e é muito provável que a comida nos faça mais mal que bem; se comermos para manter a vida, para fazer melhor nosso trabalho, para conservar nosso corpo na melhor condição possível, então a comida tem sentido. Se alguém passar grande parte de seu tempo fazendo esportes pelo esporte em si, está em certa medida perdendo seu tempo. Mas se dedicar tempo ao esporte para manter seu corpo em forma de maneira que possa servir melhor a Deus e aos homens, o esporte deixa de ser algo corriqueiro e se converte em um elemento muito importante. As coisas da carne obtêm seu valor pelo espírito com que são feitas. Jesus, pois, continua: "Minhas palavras são espírito e vida".
Cristo é o único que nos pode dizer o que é a vida, que pode insuflar em nós o espírito em que devemos viver a vida, e que nos pode dar a fortaleza e o poder para vivê-la desse modo. A vida é como qualquer outra atividade. Seu valor depende de seu propósito e de sua finalidade. Cristo é o único que nos pode dar uma meta para a vida, o espírito da vida e o propósito que deve ter. E Cristo é o único que nos pode dar a vida, a fortaleza e o poder para alcançar esse espírito, essa meta e esse propósito, contra a oposição constante que nos vem tanto do exterior como de nosso interior. Em suas palavras está o espírito da vida e a fortaleza para vivê-la.

Mas Jesus sabia muito bem que havia aqueles que não só rejeitariam seu oferecimento, mas também o fariam em forma hostil. Jesus via a natureza humana e a conhecia muito bem; podia ler o coração dos homens; e a grande responsabilidade do coração humano é que em seu centro há algo que só nós podemos controlar. Nenhum homem pode aceitar a Jesus a menos que o espírito de Deus o mova a fazê-lo, mas qualquer homem pode rechaçar esse espírito até o fim de seus dias, e esse homem não foi deixado de lado por Deus, mas sim por si mesmo.

ATITUDES PARA COM CRISTO

João 6:66-71

Esta é uma passagem animada pela tragédia, porque nele está o princípio do fim. Houve um momento em que parecia que as pessoas iriam em massa a Jesus. Quando esteve em Jerusalém para a Páscoa muitos viram seus milagres e creram em seu nome (Jo 2:23). Tantos eram os que iam para ser batizados por seus discípulos que chegaram a constituir uma moléstia Jo 4:1-3). Em Samaria tinham acontecido coisas maravilhosas (Jo 4:1,Jo 4:39, Jo 4:45). Na Galiléia no dia anterior a multidão o tinha seguido (Jo 6:2). Mas agora as coisas tinham mudado de tom; de agora em diante o ódio iria aumentar até culminar na cruz. João nos introduz no último ato da tragédia. Circunstâncias como estas são as que revelam o coração dos homens e os mostram tal qual são. E nesta ocasião se davam três atitudes diferentes para Jesus.

  1. Abandono. Houve aqueles que lhe deu as costas e não voltaram a segui-lo. Agruparam-se a seu redor e agora começavam a abandoná-lo. Afastavam-se por diferentes razões. Alguns viam com toda clareza para onde se dirigia Jesus. Não era possível desafiar desse modo às autoridades e ao poder constituído e sair ileso. Dirigia-se ao desastre e eles se retiravam a tempo. Eram pessoas que estavam acostumados a estar onde esquentava o Sol. Tem-se dito que a prova de fogo de um exército é a maneira como luta quando está cansado. Os que se afastaram teriam seguido a Jesus enquanto sua carreira ascendia mas quando viram a primeira sombra da cruz, desapareceram.

Havia aqueles que se afastavam porque os atemorizava o desafio e a ordem que Jesus tinha dado. Fundamentalmente, seu ponto de vista era que se aproximaram de Jesus para obter algo dele; quando se tratou de sofrer por Ele e de lhe entregar algo, desapareceram. Quando o fato de segui-lo era algo romântico e agradável, estavam dispostos a fazê-lo; quando o caminho se tornou acidentado e duro, abandonaram-no. Em realidade, tinham pensado em ser discípulos por razões muito egoístas. Não há ninguém que possa nos dar tanto como Jesus mas, sem dúvida alguma, se nos aproximarmos dele com o único propósito de receber sem dar nada, em seguida lhe daremos as costas. Aquele que quer seguir a Jesus deve sempre ter em mente que no caminho de Jesus sempre há uma cruz.

  1. Deterioração. Em quem mais vemos esta deterioração é em Judas. Jesus deve ter visto nele um homem a quem podia usar para seu propósito. Mas Judas, que poderia haver-se convertido em herói, converteu-se em vilão. E aquele que poderia ter sido um santo se converteu no próprio nome da vergonha.

Há uma história terrível a respeito da experiência de um pintor que estava pintando a Santa Ceia. Era um quadro grande e levou muitos anos concluí-lo. Saiu a procurar um modelo para o rosto de Cristo, e encontrou um jovem de uma beleza e pureza tão transcendente que o usou para pintar a Jesus. O quadro foi adiantado pouco a pouco e um a um foi pintando os discípulos. Chegou o dia em que precisou um modelo para Judas cujo rosto tinha deixado para o final. Saiu para buscá-lo nos bairros mais pobres da cidade, onde havia todos os vícios e perversões. Por fim encontrou um homem com uma cara tão depravada e viciosa que o escolheu como modelo para o rosto de Judas. Quando estava por terminar a figura, o homem lhe disse: "Você me pintou antes". "Por certo que não", respondeu o pintor. "Sim", respondeu o homem, "e a última vez fui seu modelo para Cristo".
Os anos tinham arruinado a esse homem. A vida sempre envolve um perigo terrível. Os anos podem ser cruéis. Podem fazer desaparecer nossos ideais, nosso entusiasmo, nossos sonhos e lealdades. Podem nos deixar com uma vida que diminuiu em vez de crescer. Podem nos deixar um coração mesquinho, cujo amor por Deus não cresceu. A vida pode fazer perder a beleza. Deus nos livre disso!

  1. Decisão. Esta é a versão que João nos dá da grande confissão de Pedro que nos outros Evangelhos aparece na Cesaréia de Filipe (Mc 8:27; Mt 16:13; Lc 9:18). Uma situação como esta evocou a lealdade no coração de Pedro. Para Pedro, o fato concreto era que não havia nenhum outro a quem acudir. Para ele o único que tinha as palavras de vida era Jesus.

Agora, devemos assinalar uma coisa. A lealdade de Pedro se baseava em uma relação pessoal com Jesus Cristo. Havia muitas coisas que Pedro não compreendia, estava tão intrigado e surpreso como qualquer dos outros. Mas em Jesus havia algo pelo qual estava disposto a morrer.

Em última instância, o cristianismo não é uma filosofia que aceitamos; não é uma teoria a qual nos aderimos; não é uma elaboração do pensamento; não é algo que se alcança intelectualmente. É uma resposta pessoal a Jesus Cristo. É a resposta do coração ao magnetismo de Jesus. É uma lealdade e um amor que o homem entrega porque seu coração não lhe permite agir de outro modo.


Notas de Estudos jw.org

Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 6 versículo 31
Nossos antepassados comeram o maná: Os judeus queriam um Rei messiânico que lhes desse alimento. Para justificar o pedido que tinham feito a Jesus, eles mencionaram que Deus tinha dado o maná aos antepassados deles no deserto do Sinai. Citando o Sl 78:24, eles chamaram o maná de pão [ou: “cereal”] do céu. Quando pediram que Jesus realizasse um “sinal” (Jo 6:30), eles talvez estivessem pensando no milagre que Jesus tinha feito no dia anterior, quando ele multiplicou cinco pães de cevada e dois peixinhos e alimentou milhares de pessoas. — Jo 6:9-12.


Dicionário

Comer

verbo transitivo direto Ingerir algum alimento, levando à boca e engolindo: ele não gosta de comer legumes; adorava comer tortas.
Roubar ou apropriar-se do não lhe pertence: os impostos comiam meu salário.
Deixar de ver; ocultar ou omitir: durante a leitura, comia palavras.
Figurado Gastar completamente; consumir: comeu a herança da filha.
Figurado Acreditar muito em: o delegado não comeu sua história.
Figurado Vulgar. Possuir sexualmente outra pessoa.
verbo pronominal Consumir-se por: comia-se de raiva!
verbo intransitivo Alimentar-se habitualmente: não como em restaurantes.
Provar pela primeira vez; experimentar: comer da maçã proibida.
Figurado Carcomer, roer, consumir: a ferrugem come o ferro.
Figurado Eliminar ou ganhar pedras em jogo de tabuleiro.
substantivo masculino Ação de comer; aquilo que se come ou ingere; alimento: o comer não lhe satisfaz.
Etimologia (origem da palavra comer). Do latim comedere.

Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Céu

substantivo masculino Espaço infinito no qual se localizam e se movem os astros.
Parte do espaço que, vista pelo homem, limita o horizonte: o pássaro voa pelo céu.
Reunião das condições climáticas; tempo: hoje o céu está claro.
Local ou situação feliz; paraíso: estou vivendo num céu.
Religião Deus ou a sabedoria ou providência divina: que os céus nos abençoem.
Religião Local para onde vão as boas almas: o reino dos Céus.
Religião A reunião dos anjos, dos santos que fazem parte do Reino de Deus.
Por Extensão Atmosfera ou parte dela situada acima de uma região na superfície terrestre.
expressão A céu aberto. Ao ar livre: o evento será a céu aberto.
Mover céus e terras. Fazer todos os esforços para obter alguma coisa.
Cair do céu. Chegar de imprevisto, mas numa boa hora: o dinheiro caiu do céu.
Etimologia (origem da palavra céu). Do latim caelum; caelus.i.

Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados ‘as aves dos céus’ (35:11). É a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, das nuvens do céu, e do vento do céu. o segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o Sol, a Lua, e as estrelas, e que se chama o ‘firmamento’, ou a expansão do céu (Gn 1:8). o terceiro, segundo pensavam os judeus, achava-se simbolizado pelo Santo dos Santos, e era a Casa de Deus e dos santos anjos. Foi este o céu, donde veio Cristo, e para o qual subiu depois da Sua ressurreição (At 1:11), e donde há de vir outra vez (1 Ts 4.16). A este mesmo céu foi Paulo arrebatado (2 Co 12.2). Não é como os outros céus, perceptíveis à vista humana (Jo 3:12-13Hb 8:1 – e 9.24). Alguns judeus distinguiam sete céus (Testamento dos doze Patriarcas, Levi 2 e 3 – Livro dos Segredos de Enoque, 3.21). Com respeito ao céu, como eterna morada dos remidos, sabemos que é um lugar, que foi para eles preparado por Jesus Cristo (Jo 14:2) – um lugar de felicidade 1Co 2:9), e de glória (2 Tm 2,11) – e é, também, um repouso, em que se está livre de toda inquietação (Hb 4:10-11). Chama-se ‘reino’ (Mt 25:34Tg 2:5 – 2 Pe 1,11) – Paraíso (Lc 23:43Ap 2:7) – uma herança (1 Pe 1,4) – cidade (Hb 11:10). Nesta abençoada morada servem os remidos a Deus, inteiramente livres do mal da alma e do corpo (Ap 7:15-16), em completa alegria e felicidade (Sl 16:11), vida essa acima da nossa compreensão 1Co 2:9).

Em geral, a palavra céu designa o espaço indefinido que circunda a Terra, e mais particularmente a parte que está acima do nosso horizonte. Vem do latim coelum, formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa concavidade. Os antigos acreditavam na existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. [...] Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão – estar no sétimo céu – para exprimir perfeita felicidade. [...] A teologia cristã reconhece três céus: o primeiro é o da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros, e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habi-tação dos que o contemplam face a face.[...]As diferentes doutrinas relativamente aoparaíso repousam todas no duplo errode considerar a Terra centro do Uni-verso, e limitada a região dos astros
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 1 e 2

[...] é o espaço universal; são os plane-tas, as estrelas e todos os mundos supe-riores, onde os Espíritos gozamplenamente de suas faculdades, sem astribulações da vida material, nem as an-gústias peculiares à inferioridade.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1016

[...] O Céu é o espaço infinito, a multidão incalculável de mundos [...].
Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 4, cap• 1

[...] o Céu que Deus prometeu aos que o amam é também um livro, livro variado, magnífico, cada uma de cujas páginas deve proporcionar-nos emoções novas e cujas folhas os séculos dos séculos mal nos consentirão voltar até a última.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 6a efusão

O Céu de Jesus é o reinado do Espírito, é o estado da alma livre, que, emancipando-se do cativeiro animal, ergue altaneiro vôo sem encontrar mais obstáculos ou peias que a restrinjam.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Céu de Jesus

O Céu representa uma conquista, sem ser uma imposição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 2

[...] em essência, é um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada um.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu

[...] o céu começará sempre em nós mesmos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu e inferno

Toda a região que nomeamos não é mais que uma saída gloriosa com milhões de portas abertas para a celeste ascensão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 57

Céu – esferas espirituais santificadas onde habitam Espíritos Superiores que exteriorizam, do próprio íntimo, a atmosfera de paz e felicidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8


Céu
1) Uma das grandes divisões do UNIVERSO (Gn 1:1).


2) Lugar onde moram Deus, os seres celestiais e os salvos que morrem (Is 66:1; Mt 24:36; 2Co 5:1).


Céu 1. No evangelho de Mateus, no plural, perífrase empregada no lugar de Deus como, por exemplo, o Reino de Deus é descrito como o Reino dos céus (Mt 5:10; 6,20; 21,25; Lc 10:20; 15,18.21; Jo 3:27).

2. Morada de Deus, de onde envia seus anjos (Mt 24:31; Lc 22:43); faz ouvir sua voz (Mt 3:17; Jo 12:28); e realiza seus juízos (Lc 9:54; 17,29ss.).

3. Lugar onde Jesus ascendeu após sua ressurreição (Mc 16:19; Lc 24:51).

4. Destino dos que se salvam. Ver Vida eterna.

m. Gourgues, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


Deserto

substantivo masculino Região árida, coberta por um manto de areia, com um índice anual de baixíssima precipitação de água, caracterizada pela escassez de vegetação, dias muito quentes, noites muito frias, e ventos muito fortes.
[Biologia] Bioma com essas características, definido pela falta de diversidade de flora e fauna, baixíssimo índice de precipitação de água, calor exagerado, dias quentes e noites frias etc.
Características dos lugares ermos, desabitados, sem pessoas.
Ausência completa de alguma coisa; solidão: minha vida é um deserto de alegria.
adjetivo Que é desabitado: ilha deserta.
Pouco frequentado; vazio: rua deserta.
De caráter solitário; abandonado.
expressão Pregar no deserto. Falar algo para alguém.
Etimologia (origem da palavra deserto). Do latim desertum.

A simples idéia de deserto, significando uma vasta extensão de areia, sem árvores e água, não se deve ligar à palavra, conforme empregada na Bíblia. os israelitas não tinham conhecimento de semelhante deserto, quer nas viagens, quer na sua existência fixa. Nos livros históricos da Bíblia, a palavra ‘deserto’ significa o vale do Jordão, o do mar Morto, e aquela região que fica ao sul do mar Morto. Nestes sítios, nos dias de prosperidade da Palestina, crescia a palmeira, o bálsamo, a cana-de-açúcar, podendo admirar-se ali uma forte e bela vegetação. Nos livros proféticos e poéticos o deserto tem já a significação de território seco pela ação do excessivo calor, ainda que, no livro de Ez 47:8, se compreende o vale do Jordão. A palavra traduzida por ‘deserto’ em Êx 3:1 – 5.3 – 19.2, e em Nm 33:16, teria melhor versão, dizendo-se ‘terra de pasto’. os israelitas levavam consigo rebanhos e manadas durante todo o tempo da sua passagem para a Terra da Promissão. A mesma significação em 24:5, is 21:1, Jr 25:24.

solitário, despovoado, ermo, desabitado. – Dizemos – paragens desertas – para exprimir que estão como abandonadas; e dizemos – paragens ermas – para significar que, além de abandonadas, são paragens sombrias, onde a quietude e o desolamento nos apertam a alma. – Estância solitária é aquela que não é procurada, ou frequentada pelos homens. Pode admitir-se até no meio da cidade uma habitação solitária ou deserta; não – erma, pois que esta palavra sugere ideia de afastamento, desolação. – Despovoado e desabitado dizem propriamente “sem moradores”, sem mais ideia acessória. Quando muito, dizemos que é ou está despovoado o lugar “onde não há povoação”; e desabitado o lugar “que não é habitualmente frequentado”.

ermo, solidão (soidão, soledade), retiro, isolamento (desolamento), recanto, descampado. – Deserto é “o lugar despovoado, sem cultura, como abandonado da ação ou do bulício humano”. – Ermo acrescenta à noção de deserto a ideia de silêncio, tristeza e desolamento. Uma família, uma multidão pode ir viver no deserto; o anacoreta fica no seu ermo. – Solidão é “o lugar afastado do mundo, e onde se pode ficar só, como separado dos outros homens”. – Soidão é forma sincopada de solidão; mas parece acrescentar a esta a ideia de desamparo, do horror que causa o abismo, a solidão temerosa. Entre solidão e soledade há diferença que se não pode esquecer. Antes de tudo, soledade é mais propriamente a qualidade do que está só, do solitário, do que lugar ermo. Tomando-a, no entanto, como lugar ermo, a soledade sugere ideia da tristeza, da pena, da saudade com que se está na solidão. Dizemos, por exemplo – “a soledade da jovem viúva” – (caso em que não se aplicaria solidão, pelo menos nem sempre). – Retiro é “o lugar afastado onde alguém se recolhe e como se refugia do ruído e agitação do mundo”. – Isolamento é o lugar onde se fica separado da coletividade, fora de relações com os outros homens. A mesma diferença que notamos entre solidão e soledade pode assinalar-se entre isolamento e desolamento. No seu isolamento nem sempre se há de alguém sentir desolado (isto é – só, abandonado em sua mágoa); assim como nem sempre no seu desolamento há de estar de todo isolado (isto é – afastado dos outros homens). – Recanto é “o sítio retirado, fora das vistas de todos, longe do movimento geral da estância de que o recanto é uma parte quase oculta e escusa”. – Descampado significa “paragem, mais ou menos extensa, ampla, aberta, despovoada e inculta”. Propriamente só de deserto, solidão e ermo é que pode ser considerado como sinônimo. 350 Rocha Pombo

Deserto Terras extensas e secas, com poucas árvores e pouco capim, onde não mora ninguém. Nessas terras vivem animais ferozes (24:5); (Mt 3:1). Equivale mais ou menos a “sertão”.

Deserto Local pouco habitado, formado por rochas calcáreas e não por areia (Lc 15:4). Foi nas proximidades do deserto da Judéia que João Batista pregou. Jesus identificou-o como morada dos demônios (Mt 12:43) e nele experimentou as tentações (Mt 4:1ss.). Às vezes, Jesus refugiava-se no deserto em busca de solidão (Mc 1:35.45; Lc 4:42; 5,16; 6,32,35) e nele alimentou as multidões (Mt 14:13-21; Mc 6:32-44; Lc 9:10-17).

Déu

substantivo masculino Usa-se na locução andar de em: andar à procura de alguma coisa, de casa em casa, de porta em porta.

Escrito

substantivo masculino Qualquer coisa escrita.
Ato, convenção escrita: entre pessoas honradas, a palavra dada vale por um escrito, por uma obrigação escrita.
substantivo masculino plural Obra literária: os escritos de Voltaire.

Mana

substantivo feminino [Informal] Em relação aos irmãos, a filha; filha dos mesmos pais; irmã: mana, você foi ao colégio?
Gramática Formada com alteração da vogal temática para a (desinência do feminino); utilizada como interlocutório pessoal.
Etimologia (origem da palavra mana). Mano - a + o.
substantivo masculino Ocultismo. Segundo os melanésios (nativos da Melanésia), força sobrenatural que se concentra em objetos e/ou pessoas, adquirida ou herdada, e capaz de transmitir magia aos homens.
Etimologia (origem da palavra mana). Voc. do polinésio mana.

substantivo feminino [Informal] Em relação aos irmãos, a filha; filha dos mesmos pais; irmã: mana, você foi ao colégio?
Gramática Formada com alteração da vogal temática para a (desinência do feminino); utilizada como interlocutório pessoal.
Etimologia (origem da palavra mana). Mano - a + o.
substantivo masculino Ocultismo. Segundo os melanésios (nativos da Melanésia), força sobrenatural que se concentra em objetos e/ou pessoas, adquirida ou herdada, e capaz de transmitir magia aos homens.
Etimologia (origem da palavra mana). Voc. do polinésio mana.

Maná

Alimento que Deus mandou, em forma de chuva, aos israelitas no deserto. Seria um líquen (Lecanora esculenta) ainda hoje comum na mesma região, e que, transportado pelo vento, cai à maneira de chuva e é usado como alimento. Dizem alguns que esta palavra se deriva da pergunta que os israelitas fizeram: ‘que é isto?’ (Êx 16:15). Em hebraico, Manhul o maná que caiu no deserto para alimento do povo de israel, e as condições respeitantes ao seu uso, tudo isso se acha descrito em Êx 16:14-36Nm 11:6-9. Um vaso de maná foi posto na arca para memória (Êx 16:33Hb 9:4). Também se faz alusão ao provimento do maná em Dt 8:3-16Js 5:12Ne 9:20Sl 78:24Jo 6:31-49,58. No Ap 2:17 a frase ‘maná escondido’ está escrita em oposição a sacrifícios aos ídolos. o maná tem sido identificado com a transpiração de uma árvore, que ainda hoje se encontra na península do Sinai, e com outras substâncias, incluindo o líquen, que têm sido levadas pelo vento a grandes distâncias. Mas nenhum particular produto preenche todas as condições da narrativa bíblica. o maná de uso moderno é a seiva do freixo (Árvore da família das oleáceas (Fraxinus excelsior)), depois de seca, sendo essa preparação feita na Europa meridional.

Maná [Que É Isto ?] - Alimento milagrosamente fornecido por Deus aos israelitas durante 40 anos que passaram no deserto. Era como uma semente pequena e muito branca (Ex 16:14-36); (Dt 8:3); (Js 5:12); (Joh 6:31-35:4) 8-51).

Maná Alimento dado por Deus ao povo de Israel enquanto vagava pelo deserto (Êx 16). Jesus apresenta-se como o verdadeiro alimento espiritual que procede do Pai e, nesse sentido, muito superior ao maná, que não conduzia à vida eterna, mas à simples manutenção física (Jo 6:31-49).

País

substantivo masculino Local de nascimento; coletividade, social e política, da qual alguém faz parte; pátria ou terra: meu país é o Brasil.
Área política, social e geograficamente demarcada, sendo povoada por indivíduos com costumes, características e histórias particulares.
Designação de qualquer extensão de terra, local, território ou região.
Reunião das pessoas que habitam uma nação.
Reunião do que está relacionado com um grupo de pessoas, situação econômica, hábitos culturais, comportamentais, morais etc.; meio.
Figurado Local cujos limites não foram demarcados; lugar: país das maravilhas.
Etimologia (origem da palavra país). Do francês pays/ pelo latim pagensis.

substantivo masculino Local de nascimento; coletividade, social e política, da qual alguém faz parte; pátria ou terra: meu país é o Brasil.
Área política, social e geograficamente demarcada, sendo povoada por indivíduos com costumes, características e histórias particulares.
Designação de qualquer extensão de terra, local, território ou região.
Reunião das pessoas que habitam uma nação.
Reunião do que está relacionado com um grupo de pessoas, situação econômica, hábitos culturais, comportamentais, morais etc.; meio.
Figurado Local cujos limites não foram demarcados; lugar: país das maravilhas.
Etimologia (origem da palavra país). Do francês pays/ pelo latim pagensis.

Paô

substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.

substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.

substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.

Pão

Em todos os tempos, mesmo nos maisremotos, foi o pão o principal alimento dos hebreus. Trigo e cevada, ou em separado, ou juntamente com outros grãos ou legumes, eram triturados ou pisados no pilão – misturava-se depois a farinha, com água, podendo deitar-se-lhe um pouco de sal, e por fim era cozida. Mais tarde começou a usar-se o fermento e substâncias aromáticas. Para fazer pão, amassava-se a farinha em gamelas, com as mãos ou com os pés, como os árabes ainda hoje fazem (Gn 18:6). A amassadura era, algumas vezes, feita numa peça circular de couro, que facilmente podia ser levantada e levada de terra em terra, como convinha a um povo nômade. Davam, às vezes, ao pão a forma de um bolo muito delgado, outras vezes tinha a espessura de um dedo. o processo de cozer o pão era rápido. Todas as manhãs era moído o trigo, e até se fazer o pão decorriam vinte minutos. Este era o pão asmo, que somente se usava em caso de necessidade (Gn 19:3), ou para fins cerimoniais. o pão fermentado requeria mais tempo, por causa da fermentação. Um pouco de massa do dia anterior era dissolvida em água, e com isto se misturava a farinha, sendo depois tudo bem amassado. Esperava-se, então, que a massa estivesse completamente levedada. o A.T. refere-se a três diferentes métodos de cozer o pão. Em 1 Rs 19.6 lê-se: ‘olhou ele e viu, junto à cabeceira um pão cozido sobre pedras em brasa.’ Este é, ainda hoje, o processo seguido pelos árabes. Sobre lajes acendia-se o lume com palha, ramos secos, e esterco de camelo. Quando a pedra estava bem quente, as cinzas eram removidas, sendo depois os bolos da massa postos sobre as pedras quentes, e as cinzas trazidas outra vez para o seu lugar. Passados alguns minutos, eram as cinzas novamente retiradas mas simplesmente pelo tempo necessário para se voltar o pão. Nas cidades havia padarias, havendo uma classe de padeiros profissionais. Mas geralmente possuía cada casa o seu próprio forno, que era um grande vaso de barro, no fundo do qual se acendia o lume. Quando estava aquecido, os pães era cozidos tanto na parte interior como na parte exterior daquele fogão. Nas pequenas povoações fazia-se uma cova no chão, revestindo-se o fundo e as paredes com uma camada de barro, a qual, com o fogo, se tornava dura e macia – a parte mais baixa oferecia boas condições de aquecimento para receber a massa para o pão. Em geral eram as mulheres que se ocupavam neste trabalho, mas os profissionais eram sempre homens. Em Jerusalém havia um bairro onde se fabricava o pão (Jr 37:21). (*veja Pão asmo.)

Esse pão que, na prece do Pai Nosso, Jesus ensina-nos a pedir ao Criador, não é, pois, apenas o alimento destinado à mantença de nosso corpo físico, mas tudo quanto seja indispensável ao crescimento e perfectibilidade de nossa consciência espiritual, o que vale dizer, à realização do reino dos céus dentro de nós.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O Pai Nosso

[...] O pão é o alimento do corpo e a prece é o alimento da alma.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 15

O pão do corpo significa amor, trabalho e sacrifício do lavrador. O pão do espírito constitui serviço, esforço e renúncia do missionário do bem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


Pão
1) Alimento feito de farinha, água e fermento e assado no forno (Jo 6:9)

2) Alimento (Gn 3:19). 3 Alimento espiritual (Jo 6:31-35).

Pão Alimento feito com farinha de cevada ou trigo e levedura. Às vezes, sua forma recordava a de uma pedra (Mt 4:3; 7,9; Lc 4:3; 11,11) e constituía o alimento básico da população judaica na época de Jesus (Mc 3:20; Lc 11:5; 14,15; 15,17).

Compartilhar o pão significava a união dos que o comiam e, precisamente por isso, tinha conotações religiosas (Mt 14:19; 26,26; Mc 6:41; 14,22; Lc 9:16; 22,19; Jo 6:11; 13,18).

Deus provê seus filhos do necessário pão cotidiano (Mt 6:11; Lc 11:3) e nesse sentido devem ser entendidos os milagres da multiplicação dos pães (Mt 14:13-21; 15,32-38). Também lhes proporciona o pão espiritual (Mt 14:20; Lc 22:16) — o próprio Jesus (Jo 6:35-47). A tendência é interpretar historicamente esta última passagem e à luz tanto da instituição da Nova Aliança (Mt 26:26 e par.) como da Eucaristia. O contexto parece indicar melhor que Jesus se refere a ele próprio e ao seu ensinamento que deve aceitar quem deseja ser seu discípulo (Jo 6:60ss.).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
ἡμῶν πατήρ φάγω μάννα ἔν ἔρημος καθώς ἐστί γράφω δίδωμι αὐτός φάγω ἄρτος ἐκ οὐρανός
João 6: 31 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu.
João 6: 31 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Maio de 29
G1125
gráphō
γράφω
Foi escrito
(it has been written)
Verbo - Pretérito Perfeito ou passivo - 3ª pessoa do singular
G1325
dídōmi
δίδωμι
bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
(baths)
Substantivo
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1537
ek
ἐκ
o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
(Gilgal)
Substantivo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2048
érēmos
ἔρημος
(Piel) zombar, enganar
(has deceived)
Verbo
G2531
kathṓs
καθώς
como / tão
(as)
Advérbio
G3131
mánna
μάννα
a comida que alimentou os israelitas por quarenta anos no deserto
(manna)
Substantivo - neutro acusativo singular
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3772
ouranós
οὐρανός
cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
(be cut off)
Verbo
G3962
patḗr
πατήρ
um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
(unto Lasha)
Substantivo
G5315
phágō
φάγω
alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo, desejo, emoção, paixão
(that has)
Substantivo
G740
ártos
ἄρτος
um nome aplicado a Jerusalém
(for Ariel)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


γράφω


(G1125)
gráphō (graf'-o)

1125 γραφω grapho

palavra primária; TDNT - 1:742,128; v

  1. escrever, com referência à forma das letras
    1. delinear (ou formar) letras numa tabuleta, pergaminho, papel, ou outro material
  2. escrever, com referência ao conteúdo do escrito
    1. expressar em caracteres escritos
    2. comprometer-se a escrever (coisas que não podem ser esquecidas), anotar, registrar
    3. usado em referência àquelas coisas que estão escritas nos livros sagrados (do AT)
    4. escrever para alguém, i.e. dar informação ou instruções por escrito (em uma carta)
  3. preencher com a escrita
  4. esboçar através da escrita, compor

δίδωμι


(G1325)
dídōmi (did'-o-mee)

1325 διδωμι didomi

forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

  1. dar
  2. dar algo a alguém
    1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
      1. dar um presente
    2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
    3. suprir, fornecer as coisas necessárias
    4. dar, entregar
      1. estender, oferecer, apresentar
      2. de um escrito
      3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
        1. algo para ser administrado
        2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
    5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
    6. fornecer, doar
  3. dar
    1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
      1. dar, distribuir com abundância
    2. designar para um ofício
    3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
    4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
      1. como um objeto do seu cuidado salvador
      2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
      3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
      4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
  4. conceder ou permitir a alguém
    1. comissionar

Sinônimos ver verbete 5836


ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ἐκ


(G1537)
ek (ek)

1537 εκ ek ou εξ ex

preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

  1. de dentro de, de, por, fora de

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

ἔρημος


(G2048)
érēmos (er'-ay-mos)

2048 ερημος eremos

afinidade incerta; TDNT - 2:657,255; adjetivo

  1. solitário, abandonado, desolado, desabitado
    1. usado para lugares
      1. deserto, ermo
      2. lugares desertos, regiões solitárias
      3. uma região não cultivada, própria para pastagem
    2. usado para pessoas
      1. abandonada pelos outros
      2. privada do cuidado e da proteção de outros, especialmente de amigos, conhecidos, parentes
      3. privado
        1. de um rebanho abandonado pelo pastor
        2. de uma mulher repudiada pelo seu marido, de quem o próprio marido se afasta

καθώς


(G2531)
kathṓs (kath-oce')

2531 καθως kathos

de 2596 e 5613; adv

  1. de acordo com
    1. justamente como, exatamente como
    2. na proporção que, na medida que

      desde que, visto que, segundo o fato que

      quando, depois que


μάννα


(G3131)
mánna (man'-nah)

3131 μαννα manna

de origem hebraica 4478 מן; TDNT - 4:462,563; n n maná = “o que é”

a comida que alimentou os israelitas por quarenta anos no deserto

do maná que era guardado na arca da aliança

simbolicamente, aquilo que é mantido no templo celeste para alimento dos anjos e dos abençoados



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὐρανός


(G3772)
ouranós (oo-ran-os')

3772 ουρανος ouranos

talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

  1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
    1. universo, mundo
    2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
    3. os céus siderais ou estrelados

      região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


πατήρ


(G3962)
patḗr (pat-ayr')

3962 πατηρ pater

aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

  1. gerador ou antepassado masculino
    1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
    2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
      1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
    3. alguém avançado em anos, o mais velho
  2. metáf.
    1. o originador e transmissor de algo
      1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
      2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
    2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
    3. um título de honra
      1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
      2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
  3. Deus é chamado o Pai
    1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
    2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
      1. de seres espirituais de todos os homens
    3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
    4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
      1. por Jesus Cristo mesmo
      2. pelos apóstolos

φάγω


(G5315)
phágō (fag'-o)

5315 φαγω phago

verbo primário (usado como um substituto de 2068 em tempos determinados); v

  1. comer
  2. comer (consumir) algo
    1. alimentar-se, tomar uma refeição
    2. metáf. devorar, consumir

ἄρτος


(G740)
ártos (ar'-tos)

740 αρτος artos

de 142; TDNT - 1:477,80; n m

  1. alimento preparado com farinha misturada com água e assado
    1. os israelitas o preparavam como um bolo retangular ou aredondado, da grossura aproximada de um polegar, e do tamanho de um prato ou travessa. Por isso não era para ser cortado, mas quebrado
    2. pães eram consagrados ao Senhor
    3. pão usado nos ágapes (“festas de amor e de de comunhão”) e na Mesa do Senhor
  2. comida de qualquer tipo

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo