Enciclopédia de I Coríntios 11:23-23

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1co 11: 23

Versão Versículo
ARA Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;
ARC Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;
TB Pois eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou pão,
BGB Ἐγὼ γὰρ παρέλαβον ἀπὸ τοῦ κυρίου, ὃ καὶ παρέδωκα ὑμῖν, ὅτι ὁ κύριος Ἰησοῦς ἐν τῇ νυκτὶ ᾗ ⸀παρεδίδετο ἔλαβεν ἄρτον
BKJ Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: Que o Senhor Jesus, na mesma noite em que ele foi traído, tomou pão;
LTT Porque eu recebi, proveniente- de- junto- de o Senhor (Jesus), o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na mesma noite em que era traído- e- entregue, tomou o 1198 pão;
BJ2 Com efeito, eu mesmo recebi do Senhor[p] o que vos transmiti: na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão
VULG Ego enim accepi a Domino quod et tradidi vobis, quoniam Dominus Jesus in qua nocte tradebatur, accepit panem,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Coríntios 11:23

Deuteronômio 4:5 Vedes aqui vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor, meu Deus, para que assim façais no meio da terra a qual ides a herdar.
Mateus 26:2 Bem sabeis que, daqui a dois dias, é a Páscoa, e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado.
Mateus 26:17 E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, chegaram os discípulos junto de Jesus, dizendo: Onde queres que preparemos a comida da Páscoa?
Mateus 26:26 Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
Mateus 26:34 Disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, três vezes me negarás.
Mateus 28:20 ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!
Marcos 14:22 E, comendo eles, tomou Jesus pão, e, abençoando-o, o partiu, e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
Lucas 22:19 E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim.
Atos 20:7 No primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e alargou a prática até à meia-noite.
I Coríntios 15:3 Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,
Gálatas 1:1 Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos),
Gálatas 1:11 Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens,
I Tessalonicenses 4:2 porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor Jesus.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Últimos dias do ministério de Jesus em Jerusalém (Parte 2)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

14 de nisã

Jerusalém

Jesus identifica Judas como traidor e o dispensa

Mt 26:21-25

Mc 14:18-21

Lc 22:21-23

Jo 13:21-30

Institui a Ceia do Senhor (1Co 11:23-25)

Mt 26:26-29

Mc 14:22-25

Lc 22:19-20, Lc 24:30

 

Profetiza que Pedro o negaria e que os apóstolos o abandonariam

Mt 26:31-35

Mc 14:27-31

Lc 22:31-38

Jo 13:31-38

Promete ajudador; ilustração da videira; ordena que se amem; última oração com apóstolos

     

Jo 14:1Jo 17:26

Getsêmani

Angustiado no jardim; traído e preso

Mt 26:30, Mt 36:56

Mc 14:26, Mc 32:52

Lc 22:39-53

Jo 18:1-12

Jerusalém

Interrogado por Anás; julgado por Caifás no Sinédrio; Pedro o nega

Mt 26:57Mt 27:1

Mc 14:53Mc 15:1

Lc 22:54-71

Jo 18:13-27

O traidor Judas se enforca (At 1:18-19)

Mt 27:3-10

     

Perante Pilatos, depois perante Herodes e de novo perante Pilatos

Mt 27:2, Mt 11:14

Mc 15:1-5

Lc 23:1-12

Jo 18:28-38

Pilatos quer libertá-lo, mas judeus preferem Barrabás; sentenciado à morte numa estaca

Mt 27:15-30

Mc 15:6-19

Lc 23:13-25

Jo 18:39Jo 19:16

(Sexta-feira, c. 3 h da tarde)

Gólgota

Morre na estaca de tortura

Mt 27:31-56

Mc 15:20-41

Lc 23:26-49

Jo 19:16-30

Jerusalém

Seu corpo é tirado da estaca e sepultado

Mt 27:57-61

Mc 15:42-47

Lc 23:50-56

Jo 19:31-42

15 de nisã

Jerusalém

Sacerdotes e fariseus solicitam que o túmulo seja lacrado e vigiado

Mt 27:62-66

     

16 de nisã

Jerusalém e proximidades; Emaús

Jesus é ressuscitado; aparece cinco vezes aos discípulos

Mt 28:1-15

Mc 16:1-8

Lc 24:1-49

Jo 20:1-25

Após 16 de nisã

Jerusalém; Galileia

Aparece outras vezes aos discípulos (1Co 15:5-7; At 1:3-8); dá instruções; comissão de fazer discípulos

Mt 28:16-20

   

Jo 20:26Jo 21:25

25 de íiar

Monte das Oliveiras, perto de Betânia

Jesus sobe aos céus, 40 dias depois de sua ressurreição (At 1:9-12)

   

Lc 24:50-53

 

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

1co 11:23
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 33
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 26:26-29


26. Estando eles a comer, tomando Jesus um pão e tendo abençoado, partiu e deu aos discípulos, dizendo: "Tomai, comei, isto é o meu corpo".

27. E, tomando uma taça e tendo dado graças, deu-lhes, dizendo: "Dela bebei todos,

28. pois isto é meu sangue do testamento, derramado em relação a muitos para abandono dos erros.

29. Digo-vos, porém, que não beberei desde agora deste produto da videira, até aquele dia quando o beberei convosco no reino de meu Pai".

MC 14:22-25


22. Estando eles a comer, tomando um pão e tendo abençoado, partiu e deu a eles, dizendo: "Tomai, isto é o meu corpo".

23. E tomando uma taça, tendo dado graças, deu a eles e todos beberam dela.

24. E disse-lhes: "Isto é o meu sangue do testamento derramado sobre muitos.

25. Em verdade digo-vos que não mais beberei do produto da videira até aquele dia quando o beberei convosco no reino de Deus".

LC 22:15-20


15. E disse a eles: "Desejei ardentemente comer esta páscoa convosco, antes de eu sofrer,

16. pois vos digo que de modo algum a comerei até que se plenifique no reino de Deus".

17. E tendo apanhado uma taça e tendo dado graças, disse: "Tomai isto e distribui a vós mesmos,

18. pois vos digo que, desde agora, não beberei do produto da videira até que venha o reino de Deus".

19. E tomando um pão, tendo dado graças, partiu e deu a eles, dizendo: "Isto é o meu corpo que é dado para vós: fazei isto para lembrar-vos de mim"

20. E do mesmo modo a taça, depois do jantar, dizendo: "Esta taça é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós".



Vejamos o texto literal, estudando-o quanto aos termos.


A expressão "desejei ardentemente" corresponde ao grego: epíthymía epethymêsa, literalmente: "desejei com grande desejo", tal como se lê em GN 31:30, versão dos LXX. " Até que se plenifique " (héôs hótou plêrôthêí) ou seja, até que atinja sua plenitude, sua amplitude total. " Tomando um pão" (labôn ártan) sem artigo, do mesmo modo que mais adiante "tomando uma taça" (labôn potêrion), onde Lucas (vs. 17) usa "tendo apanhado" (dexámenas, de déchomai). " Tendo abençoado " (em Mateus e Marcos, eulogêsas) ou "tendo dado graças" (eucharistêsas) nos três narradores. Na realidade são quase sinônimos, pois a bênção consistia num agradecimento a Deus pelo alimento que ia ser ingerido, suplicando-se que fosse purificado pela Bênção divina (cfr. EX 23:25). " Partiu o pão" (éklase tòn árton): era o hábito generalizado entre os judeus, quando à mesa o anfitrião tirava pedaços de pão e os distribuía aos convivas em sinal de amizade e deferência.


"Tomai, comei" (lábete, phágete) sem copulativa "e" (kaì). " Isto é o meu corpo" e "isto é o meu sangue" (toúto estin tò sômá mou e toúto estin tò haímá mou). O pronome toúto é neutro e significa "isto". No entanto, surge a dúvida: não será neutro apenas para concordar com os substantivo sôma e haíma que também são neutros? Pela construção, mais adiante (JO 22:38) onde se lê: "este é o grande mandamento" (autê estin ho megálê entolê), pode interpretarse que o pronome venha em concordância com os substantivos. Deveria então preferir-se a tradução: " este é meu corpo " e "este é meu sangue". Teologicamente, tanto "este" quanto "isto" exprimem a mesma ideia, embora "isto" seja mais explícito para exprimir a transubstanciação. " Sangue do testamento " (em Lucas: "do novo testamento") lembra Moisés (EX 24:8) quando esparziu o sangue dos bois sobre o povo, em que fala do "sangue do testamento" que muitos traduzem como" sangue da aliança " (cfr. Jean Rouffiac, "Recherches sur les Caracteres du Grec dans le Nouveau Testament d"après les Inscriptions de Priène", Paris, 1911, pág. 42). Lucas exprimiu a ideia de outra forma: " esta taça é o novo testamento em meu sangue" (toúto tò potêrion hê kainê diathêkê en tôi haímati mou). A palavra grega diathêkê exprime literalmente as "disposições testamentárias", tanto no linguajar clássico quanto no popular (koinê), como vemos nas inscrições funerárias e nos "grafitti" da época.


De qualquer forma, vemos, nessa frase, a abolição total dos sacrifícios sangrentos, pois as "disposições testamentárias" são feitas através do simbolismo do vinho transubstanciado no sangue.


O sangue "que é derramado" (tò ekchynnómenon), no particípio presente; portanto, simbolismo do vinho na taça, representando o que seria mais tarde derramado quando o sacrifício se realizasse no Cal vário. O sangue que é derramado "em relação a muitos" (perì pollôn, Mat.) ou "sobre muitos" (hypèr pollôn, Marc.) ou "sobre vós" (hypèr hymõn, Luc). Também o pão, em Lucas, é dito "que é dado sobre vós" (tò hypèr hymõn didómenon).


A taça (potêrion) utilizada era a comum destinada ao vinho, e o uso de agradecer a Deus e fazê-la passar por todos os convivas, já é assinalado quanto à "taça do Qiddoush" na Michna (Pesachim, 10).


A expressão "não mais beberei do produto da videira até o dia em que o beberei convosco no reino de Deus", se compreendêssemos como alguns fazem, o "reino de Deus" como sendo "o céu", nós teríamos irrespondivelmente um "céu" semelhante ao dos maometanos, com bons vinhos (lógico, os vinhos do céu não poderiam jamais ser ruins!) e talvez até com as célebres "huris".


No entanto, Loisy ("Les Evangiles Synoptiques, 1907/8, vol. 29, pág. 522) reconhece que o sentido literal das palavras desse trecho justificam plenamente o comportamento das igrejas cristãs desde os primeiros séculos.


Os teólogos muito se preocupam se Jesus também comeu e bebeu o pão e o vinho, que deu e fez passar entre os discípulos: querem saber se Ele comeu o próprio corpo e bebeu o próprio sangue... Vejamos.


Jerônimo (Patr. Lat. vol. 22 col 386) diz que sim: ipse conviva et convivium, ipse cómedens et qui coméditur, ou seja: "ele-mesmo conviva e alimento, ele mesmo que come e é comido". Agostinho (Patr. Lat. vol. 34 col. 37) é da mesma opinião: sacramento córporis et sánguinis sui praegustato, significavit quod voluit, isto é: "tendo saboreado o sacramento de seu corpo e de seu sangue, exprimiu o que quis". João Crisóstomo (Patr. Gr. vol. 58, cal. 739) diz que para evitar a repulsa dos discípulos em comer carne humana e beber sangue, ele mesmo comeu e bebeu primeiro.


Mas os imperativos são por demais categóricos e estão todos na segunda pessoa do plural, o que exclui a participação da primeira.


Mateus e Marcos colocam a transubstanciação depois da saída de Judas.


Lucas, que confessa (1:3) ter tido todo o cuidado com a cronologia histórica dos fatos, coloca a transubstanciação antes da saída de Judas, versão que é aceita por João Crisóstomo (Patr. Gr. vol. 58, col. 737).


Ainda estavam comendo (esthióntôn autôn) quando Jesus lhes anuncia que "desejou ardentemente" comer com Seu colégio iniciático aquela refeição pascal, antes de sofrer (páthein), ou seta, antes de submeter-se experimentalmente aos transes dolorosos daquele grau iniciático (cfr. vol. 4, nota).


Nesse "jantar pascal" Ele lhes deixará Suas "disposições testamentárias" (diathêkê), que consistem no ensino da transmutação da matéria ou transubstanciação; na ordem de realizar sempre as refeições em memória Dele; e nas últimas revelações e ensinos, promessas e profecias para o futuro da humanidade.


A razão é que, depois desse jantar, o Filho do Homem não terá outra oportunidade até que se plenifique o "reino de Deus", atingindo seu sentido pleno e total. Já vimos que essa expressão "reino de Deus" ou "reino divino" ou "reino dos céus" ou "reino celeste" é equivalente às outras que tanto empregamos: reino mineral (matéria inorgânica), reino vegetal (matéria orgânica), reino animal (psiquismo), reino hominal (racionalismo), reino divino (Espírito). Então, o sentido exato das palavras pode ser: até que o Espírito esteta plenamente vigorando nas criaturas, estando superadas definitivamente todos os outros reinos inferiores. Enquanto não tenha sido atingido esse objetivo na Terra, não mais provará o Filho do Homem nem o jantar pascal, nem o produto (genémata) da videira.


Após essas palavras, mais uma vez o Cristo passa a agir e a falar através de Jesus, utilizando Seu instrumento humano visível, mas diretamente proferindo as palavras. Não são as frases ditas pelo homem Jesus, mas são ditas pelo Cristo de Deus pela boca de Jesus.


Pega então um pão, um dos que estavam sobre a mesa, e abençoa-o, como se deve fazer a qualquer alimento antes de ingeri-lo: agradecer ao Pai a graça de tê-lo obtido, e sobre ele suplicar as bênçãos divinas.


De acordo com o uso judaico, o chefe da casa parte pedaços do pão e dá a cada conviva um pedaço.


O essencial da lição, a novidade, portanto, é a frase: "ISTO É O MEU CORPO". Há um ensino magistral nesse gesto e nessas palavras: o pão é o corpo crístico que serve de alimento à parte espiritual do homem, pois lhe sustenta os veículos inferiores durante a romagem terrena. Representação perfeita, sem que se precise chegar ao exagero de dizer que o "pão eucarístico" é, de fato, "o corpo, o sangue, a alma e a divindade, e os ossos de Jesus".


Deu-se a confusão porque não houve suficiente compreensão da distinção entre Jesus, o ser humano excepcionalmente evoluído, e o Cristo divino que Lhe era a essência última, como o é de todas as coisas criadas, visíveis e invisíveis. Assim como podemos dizer que Jesus é "o corpo do Cristo", porque o Cristo está nele, assim também pode dizer-se do pão (como de qualquer outra substância) que se trata, em verdade do "corpo do Cristo". Não foi o fato de ser abençoado que assim o tornou (não é a" consagração" na missa que transubstancia o pão em alimento divino), mas qualquer pedaço de pão, qualquer alimento, tem como essência última a Essência Divina, já que a Divindade É, enquanto tudo o mais EXISTE, ou seja, é a manifestação dessa mesma essência divina: tudo é a expressão exteriorizada dessa Divindade que está em tudo, porque está em toda a parte sem exceção.


Por que terá o Cristo de Deus escolhido o pão? Mesmo não considerando que era (e é) o alimento mais difundido na humanidade, temos que procurar alcançar algo mais profundo.


Nas Escolas iniciáticas egípcias e gregas, o simbolismo é ensinado sob a forma da ESPIGA DE TRIGO; nas Escolas palestinenses dá-se um passo à frente, apresentando-se o PÃO, que constitui a transubstanciação do trigo, após ter sido moído e cozido, símbolo já definido quando Melquisedec oferece pão ao Deus Altíssimo (GN 14:18). Assim como o trigo, produto da natureza, criação do Verbo, é transmudado em pão pelo sofrimento de ser moído e cozido, assim o pão se transmuda em nosso corpo após o sofrimento de ser mastigado e digerido. Então o pão se torna, pelo metabolismo, corpo humano, da mesma maneira que o corpo humano, após ser açoitado e crucificado, se transmudará em Espírito.


Daí, pois, a expressão toúto estin tò sômá mou ter sido traduzida por nós em "ISTO é o meu corpo, no sentido de ser aquilo que estava em Suas mãos não ser mais "pão": não era mais" este pão", mas" ISTO", pois sua substância fora transmudada simbolicamente.


Logo a seguir temos que considerar o vinho. Apanhando de sobre a mesa uma taça de vinho (no original sem artigo) novamente agradece ao Pai a preciosa dádiva, e afirma igualmente: "ISTO é meu sangue do Novo testamento". Tal como Moisés utilizou o sangue de bois como símbolo das disposições testamentárias de YHWH com o povo israelita, assim o Cristo apresenta, por meio de Jesus; o vinho como símbolo das disposições testamentárias novas que são feitas pelo Pai à humanidade.


Assim como o pão, também o vinho está mais avançado que a uva, símbolo utilizado nas Escolas iniciáticas egípcias e gregas. Ao invés do produto da videira (tal como a espiga produto do trigo) representava a transubstanciação da terra-mãe, que se transmudava em alimento. Mas na Palestina, um passo à frente, empregava-se o vinho, símbolo da sabedoria (vol. 1 e vol. 4) obtido também, como o pão, através da dor: a uva é pisada no lagar e depois o líquido é decantado por meio da fermentação.


Quanto à oferenda do pão e do vinho, como substitutos dos holocaustos sangrentos de vítimas animais, já a vemos executada como sublime ensinamento por Melquisedec, conforme lemos na Torah (GN 14:18): vemalki-tsadec meleq salem hotsia lehem vaiiam vehu kohen leel hheleion; e nos LXX: Melchisedek, basileús salêm, exênegke ártous kaì oínon, hên dè hiereús toú theoú hypsístou, ou seja: Melquisedec, rei de Salém, ofereceu pão e vinho, pois era sacerdote do Deus altíssimo".


Aí, pois, encontramos a origem dos símbolos escolhidos pelo Cristo, por meio de Jesus, que era precisament "sacerdote da Ordem de Melquisedec" (HB 6:20) e que, com o passo iniciático que deu no Drama sacro do Calvário, se tornou "sumo sacerdote da mesma ordem" (HB 5:7-10; cfr. vol. 6). A indicação de uma Escola sacerdotal, portanto, é mais que evidenciada: o sacerdócio do Deus Altíssimo (não de YHWH) é exercido por Melquisedec, Hierofante máximo da ordem que tem seu nome, da qual fazem parte Jesus e outros grandes avatares. Essa Ordem de Melquisedec é conhecida atualmente como a Fraternidade Branca, continuando com o mesmo Hierofante, o "Ancião dos Dias", o Deus da Terra, o Pai místico de Jesus, o único que, na realidade, neste planeta, tem o direito de ser chamado "pai" (MT 23:9).


Então entendemos em grande parte qual a meta a que somos destinados: onde está o Pai, de onde Jesus proveio e para onde estava regressando (JO 13:1 e JO 13:3), pois o desejo maior de Jesus é que vamos para onde foi: "que onde eu estou, vós estejais também" (JO 17:24). Mas tudo isso será estudado com Suas próprias palavras nos próximos capítulos.


Essa interpretação explica a expressão: "não mais beberei o produto da videira" ou "comerei a páscoa", até quando convosco o faça no reino (na casa) do Pai: compreende-se, porque se trata da Terra, e não do "céu".


O sangue, foi dito em Mateus, é derramado em relação a muitos para "abandono dos erros" (eis áphesin tôn hamartiôn). Inaceitável a tradução "remissão dos pecados", pois até hoje, quase dois mil anos depois, continuam os "pecados" cada vez mais abundantes na humanidade. Que redenção é essa que nada redimiu?


Lucas tem uma frase de suma importância, que é repetição de Paulo (1CO 11:24 e 1CO 11:25), tanto em relação ao pão, quanto em relação ao vinho: "fazei isto em recordação de mim, todas as vezes que o beberdes" (toúto poieíte eis tên esmên anámnêsin hosákis ean pínete). Quem fala é O CRISTO. Daí podermos traduzir com pleno acerto: "fazei isto para lembrar-vos do EU" que, em última análise, é o CRISTO INTERNO.


Nem o grego nem o latim podiam admitir a construção permitida nas línguas novilatinas, que podem considerar o pronome pessoal como substantivo, antepondo-lhe o artigo: o eu, do eu, para o eu; em virtude das flexões da declinação, eram forçados a colocar o pronome nos casos gramaticais requeridos pela regência. Daí as traduções possíveis nas línguas mais flexíveis: "em minha memória", ou "em memória de mim" ou mesmo, em vista do conjunto do ensino crístico, "em memória DO EU". Confessamos preferir a última: "para lembrar-vos DO EU" que se refere ao Cristo Interno que individua o ser. Sendo porém o Cristo que falava, nada impede que se traduza: em minha memória, ou "para lembrarvos de mim".


Portanto, pão e vinho representam, simbolicamente, o corpo e o sangue do Eu profundo, do Cristo; a matéria de que Se reveste para a jornada evolutiva no planeta.


Pedimos encarecidamente que o leitor releia, antes de prosseguir, o que está escrito no vol. 39, páginas 143 a 155.


* * *

Há mais um ponto importante a focalizar: é quando diz: "fazei isto em memória de mim, TODAS AS VEZES QUE O BEBERDES".


Então não se trata apenas de uma cerimônia religiosa com dia e hora marcados: mas todas as vezes que nos sentarmos a uma mesa, para tomar qualquer alimento, todas as vezes que comermos pão ou que bebermos vinho, devemos fazê-lo com a certeza de que a essência divina (que constitui a essência desse alimento sob as formas visíveis e tangíveis transitórias) penetra em nós para sustentar-nos, transubstanciando-nos em Sua própria essência, transformando nosso pequeno "eu" personativo em Seu Eu profundo, no Cristo interno que nos sustenta a vida.


Por isso devemos tornar instintivo em nós o hábito de orar todas as vezes que nos sentarmos" à mesa: uma prece de agradecimento (eucharistía), de tal forma que qualquer bocado deglutido se torne uma comunhão nossa com a Essência Divina contida em todos os alimentos e em todas as bebidas, quaisquer que sejam, inclusive no ar que respiramos, pois "em Deus vivemos, nos movemos e existimos" (AT 17:28).

Temos que considerar (e já foi objeto de estudos desde a mais alta antiguidade) que havia duas partes totalmente destacadas e distintas na prática dessa "ação de graças" em relação à comida e à bebida: uma era ensinada aos fiéis comuns, para neles despertar o sentimento de fraternidade real; a outra era reservada aos componentes da Escola iniciática Assembleia do Caminho.


Tratemos inicialmente da primeira. Vejamos apenas alguns textos que confirmem o que afirmamos, para que o leitor forme um juízo. Quem desejar aprofundar-se, consulte a obra de Joseph Turmel Histoire des Dogmes", Paris, 1936, páginas 203 a 525 (são 322 páginas tratando deste assunto).


A cerimônia destinada aos fiéis em geral consistia num jantar (o termo grego deípnon designava a refeição principal do dia, realizada geralmente à noite, tanto que muitos traduzem como "banquete" e outros como "ceia"). Em diversos autores encontramos referências a esse jantar, que Paulo denomina deípnon kyríakon ("jantar do Senhor").


Esse tipo de refeição em comum, de periodicidade semanal, já se tornara habitual entre os judeus devotos.


Iniciava-se com a passagem por todos os presentes da "Taça do Qiddoush", que continha o vinho da amizade pura. Era uma cerimônia de sociedades reservadas, mantenedoras das tradições orais (parádôsis) dos ensinos ocultos, de origem secular, que com suas transformações e modificações resultou naquilo que hoje tem o nome de Maçonaria. Nessa refeição comia-se e bebia-se à vontade, só sendo rituais a taça de vinho inicial com sua fórmula secreta de bênção, o pão também abençoado e depois partido e distribuído pelo que presidia, e a taça final de vinho; cada um desses rituais era precedido e seguido de uma prece, de cujos termos exotéricos a Didachê conservou-nos um resquíci "cristianizado" posteriormente. Mas a base é totalmente judaica. A ordem desse cerimonial foi-nos conservada inclusive pelo evangelho de Lucas (ver acima vers. 17, 19 e 20).


PAULO DE TARSO (1CO 11:20-27) afirma que recebeu o ritual diretamente do Senhor. E neste ponto repete as palavras com a seguinte redação: "O Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou um pão e, tendo dado graças (eucharistêsas) partiu e disse: Isto é o meu corpo em vosso favor (toúto moú estin tò sôma tò hypèr hymôn); fazei isto em memória de mim. Igualmente também a taça depois do jantar, dizendo: Esta taça é o novo testamento no meu sangue; fazei isto todas as vezes que beberdes, em memória de mim. "

Ora, esse texto da carta aos coríntios é anterior, de dez a vinte anos, à redação escrita de qualquer dos Evangelhos. E isso é de suma importância, pois foi Lucas quem escreveu essa epístola sob ditado de Paulo, que só grafou a saudação final (cfr. 1CO 16:21). Logo, aí se baseou ele na redação de seu Evangelho.


Nessa mesma carta Paulo avisa que, no jantar, devem esperar uns pelos outros, pois se trata de uma comemoração: quem tem fome, coma em casa (ib. 11:34) e não coma nem beba demais, como estava ocorrendo entre os destinatários da missiva, pois enquanto uns ficavam com fome, outros já estavam embriagados.


PEDRO (2PE 2:13) ataca fortemente o desregramento e a devassidão dos sensuais ao banquetear-se com os fiéis.


JUDAS, o irmão do Senhor (epist. 12), queixa-se dos que abusam dos jantares cristãos.


A DIDAQUÊ ("Doutrina dos Doze Apóstolos"), escrita no século I, fala no "jantar de ação de graças"; diz como deve ser realizado, quais as preces que precedem e quais as que devem ser recitada "depois de fartos" (metà de tò emplêsthênai oútôs eucharistêsete, 10,1). No final desse capítulo, em que se registra o texto da prece, há um acréscimo interessante: "aos profetas (médiuns) é permitido darem as graças como quiserem (toís de prophêtais epitrépete eucharístein hósa thélousin).


PLÍNIO O JOVEM, no ano 112, fala que os cristãos se reuniam ad capiendum cibum promiscuum tamen et innoxium, "para tomar alimento coletivo, mas frugal" (Carta a Trajano, 10,97).


TERTULIANO, no ano 197, escreve que os jantares cristãos têm o nome de agápê, que signific "amor" e jamais ferem a modéstia e a boa educação; e prossegue (Patr. Lat. vol. 1, col. 477): non prius discúmbitur quam oratio ad Deum praegustetur; éditur quantum esurientes capiunt, bíbitur quantum pudícis útilis est. Ita saturantur, ut qui memínerint etiam per noctem adorandum Deum sibi esse; ita fabulantur, ut qui sciant Dominum audire. Post aquam manualem et lúmina, ut quisque de Scripturis sanctis vel de proprio ingenio potest, provocatur in medium Deo cánere; hinc probatur quómodo bíberit. Aeque oratio convívium dírimit ("De Ágapis", 39,21); eis a tradução: "Ninguém se põe à mesa antes de saborear-se uma oração a Deus. Come-se quanto tomam os que têm fome; bebe-se quanto é útil a homens sóbrios. De tal forma se fartam, como quem se lembra de que deve adorar a Deus durante a noite; conversam como quem sabe que o Senhor ouve. Depois da água para as mãos e das lanternas, cada um é convidado a cantar a Deus no meio, ou tirando das Santas Escrituras ou de seu próprio engenho; por aí se julga como tenha bebido. Igualmente uma oração encerra a refeição".


Aí temos, pois, claramente exposto o ágape cristão dos primeiros tempos, destinado aos fiéis que amigável e amorosamente se reuniam uma vez por semana, no die solis, que passou a denominar-se dies domínica.


* * *

Outro sentido, entretanto, era dado à modesta ceia de pão e vinho, realizada pelos iniciados, que emprestavam significado todo especial ao rito que lhes era reservado. Vejamos alguns testemunhos.


JUSTINO MÁRTIR, no ano 160 (quarenta anos depois de Plínio e quarenta anos antes de Tertuliano) já escrevia ("De Conventu Eucharístico", 65, 2-5): allêlous philêmati, etc., ou seja: "Saudamo-nos mutuamente com um beijo, quando terminamos de orar. Depois é trazido pão e vasilhas com vinho e com água ao que preside aos irmãos. Recebendo-os dá louvor e glória ao Pai de todas as coisas em nome do Filho e do Espírito Santo, e ação de graças (eucharistía) pelas dádivas Dele recebidas em abundância... Depois que quem preside fez preces e todo o povo aclamou (com o Amén), aqueles que são chamados servidores (diáconoi) distribuem o pão e o vinho e a água sobre os quais foram dadas graças, a todos os presentes, e os levam aos ausentes".


E na 1. ª Apologia (66,1-4) escreve mais: kaì hê trophê hautê kaleítai par"hemín, etc. isto é: "E esse alimento é chamado entre nós ação de graças... Mas não tomamos essas coisas como um pão comum nem como bebida comum. Mas do mesmo modo que Jesus Cristo, nosso libertador, se fez carne (encarnou) pelo Lógos de Deus, e teve carne e sangue para nossa libertação, assim também, pela oração do ensino dele, aprendemos que o alimento sobre o qual foram dadas graças, do qual se alimentam nosso sangue e nossa carne pelo metabolismo (katà metabolên), são a carne e o sangue daquele Jesus que se fez carne (encarnou). Pois os apóstolos, nas Memórias que escreveram, chamadas Evangelhos, transmitiram que assim lhes foi ordenado, quando Jesus, tomando o pão e tendo dado graças, disse: Fazei isto em memória de mim, isto é o meu corpo. E tomando a taça, igualmente dando graças, disse: Isto é o meu sangue. E só a eles distribuiu. Certamente sabeis ou podeis informar-vos de que, tornando-se imitadores, os maus espíritos ensinaram (isso) nos mistérios de Mitra; pois são dados um pão e um copo de água aos iniciados do Forte (Mitra) com certas explicações complementares". (Não percamos de vista que os mistérios de Mitra antecederam de seis séculos a instituição dos mistérios cristãos.) No "Diálogo com Trifon o Judeu" (70,4) Justino escreveu: hóti mèn oún kaì légei, etc ., ou seja: "Ora, é evidente que também fala o profeta (IS 33:13-19) nessa profecia sobre o pão que nosso Cristo nos mandou comemorar, para lembrar sua encarnação por amor dos que lhe são fiéis, pelos quais também sofreu, e sobre a taça, que aparece em recordação de seu sangue, nos mandou render ação de graças".

Vemos, pois, a interpretação de algo mais profundo que o simples "jantar"; e isso é mais explicitamente comentado por IRINEU, no ano 180 ("De Sacrificio Eucharistiae", 4, 17, 5), onde escreve: Sed et suis discípulis dans consilium primitias Deo offerre ex suis creaturis, non quasi indigenti sed ut ipsi nec infructuosi nec ingrati sint, eum qui ex creatura panis est, accepit et gratias egit, dicens: Hoc est meum corpus. Et cálicem simíliter, qui est ex ea creatura, quae est secundum nos suum sánguinem confessus est, et novi testamenti novam docuit oblationem, quam ecclesia ab apóstolis accípiens, in universo mundo offert Deo, ei qui alimenta nobis praestat, primitias suorum múnerum in novo testamento, isto é: "Mas, danSABEDORIA DO EVANGELHO do também a seus discípulos o conselho de oferecer a Deus as primícias de suas criaturas, não como a um indigente, mas para que eles mesmos não fossem infrutíferos nem ingratos, tomou da criação aquele que é o pão, dizendo: Isto é o meu corpo. E igualmente a taça que é daquela criatura que, segundo nós, confessou ser seu sangue, e ensinou a nova oblação do novo testamento; recebendo-a dos apóstolos, a igreja oferece, no mundo inteiro, a Deus, àquele que nos fornece os alimentos, primícias de suas dádicas no novo testamento".


Aí, portanto, temos uma interpretação bastante ampla: o alimento ingerido com ação de graças é um atestado vivo de gratidão a Deus, pelo sustento que Dele recebemos; os quais alimentos, sendo criações Suas, representam Seu corpo, isto é, são a manifestação externa de Sua essência que subestá em tudo.


Mas outro autor vai mais longe: CLEMENTE DE ALEXANDRIA, no ano 200, escreve (Strommateis, 5,10; Patr. Gr. vol. 9, col. 100/101): "Segundo os apóstolos, o leite é a nutrição das crianças, e o alimento sólido é a nutrição dos perfeitos (teleisthai, "iniciados"). Entendamos que o leite é a catequese, a primeira nutrição da alma, que a nutrição sólida é a contemplação (epoptía) que vê os mistérios. A carne e o sangue do Verbo (sárkes autaì kaì haíma toú Lógou) é a compreensão do poder e da essência divina... Comer e beber (brôsis gàr kaì posis) o Verbo divino, é ter a gnose da essência divina (hê gnôsis estí tês theías ousías)".


Clemente de Alexandria compreendia bem os mistérios cristãos porque fora iniciado em Elêusis antes de ingressar na Igreja. Por isso explica melhor, com os termos típicos da Escola Eleusina.


Dele ainda temos (Pedagogia, 1, 6; Patr. Gr. vol. 8, col. 308): "O Cristo, que nos regenerou, nutrenos com Seu próprio leite, que é o Verbo... A um renascimento espiritual corresponde, para o homem, uma nutrição espiritual. Estamos unidos, em tudo, ao Cristo o Somos de sua família pelo sangue, por meio do qual nos libertou. Temos sua amizade pelo alimento derivado do Verbo (dià tên anatrôphên tên ek toù Lógou) ... O sangue e o leite do Senhor é o símbolo de sua paixão (páthein) e de seu ensino".


E mais adiante (Pedag. 2, 2; Patr. Gr. vol. 8 col. 409): "O sangue do Senhor é dúplice: há o sangue carnal com o qual nos libertou da corrupção; e há o sangue espiritual (tò dè pneumatikós) do qual recebemos a cristificação. Beber o sangue de Jesus significa participar da imortalidade do Senhor".


Aí temos o pensamento e a interpretação desse episódio, cujo símbolo já fora dado também no protótipo de Noé, citado pelo próprio Jesus (cfr. vol. 6), quando o patriarca se inebriou com o vinho da sabedoria. Na ingestão do vinho oferecido em ação de graças, nosso Espírito se inebria na união crística, participando da "imortalidade do Senhor".


Trata-se, pois, da instituição de um símbolo profundo e altíssimo, que aqueles que dizem REVIVER O CRISTIANISMO PRIMITIVO não podem omitir em suas reuniões, sob pena de falharem num dos pontos básicos do ensino prático do Mestre: não é possível "reviver o cristianismo primitivo" sem realizar essa comemoração. Evidentemente não se trata de descambar para os rituais de Mitra, como ocorreu outrora pela invigilância dos homens que "paganizaram" o cristianismo. Mas é fundamental que se realize aquilo que o Mestre Jesus ordenou fizéssemos: TODAS AS VEZES que comêssemos pão ou bebêssemos vinho, devemos fazê-lo em oração de ação de graças, para lembrar-nos Dele e do Eu, do Cristo Interno que está em nós, que está em todos, que está em todas as coisas visíveis e invisíveis; do Qual Cristo, o pão simboliza o corpo, e o vinho simboliza o sangue, por serem os alimentos básicos do homem: o pão plasmando seu corpo, o vinho plasmando seu sangue (1).


(1) Esdrúxulo deduzir daí que o corpo de Jesus não era de carne. Contra isso já se erguera a voz autorizada de João o evangelista em seu Evangelho (1:14) e em suas epístolas (l. ª JO 4:2 e JO 4:2. ª João,

7) e todas as autoridades cristãs desde os primeiros séculos (cfr. Tertuliano, De Pudicicia, 9 e Adversus Marcionem, 4:40, onde escreve: "Tendo (o Cristo) tomado o pão e distribuído a seus discípulos, Ele fez seu corpo (corpus suum illum fecit) dizendo: Isto é o meu corpo, isto é a figura de meu corpo (hoc est corpus meum dicendo, id est figura córporis mei). Ora, não haveria figura, se Cristo não tivesse um corpo verdadeiro. Um objeto vazio de realidade, como é um fantasma, não comportaria uma figura. Ou então, se Ele imaginasse fazer passar o pão como sendo seu corpo, porque não tinha corpo verdadeiro, teria devido entregar o pão para nos salvar: teria sido bom negócio, para a tese de Marcion, se tivessem crucificado um pão"!



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34
Paulo era um líder na experiência da liberdade em Cristo. Mas era também um servo dedicado e autodisciplinado em sua abordagem da conduta pessoal. Ele se recusa-va a fazer qualquer coisa que pudesse ser um tropeço para os homens que estivessem fora da igreja, ou alienar aqueles que já tinham sido salvos. Por esta razão, ele disse: Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio provei-to, mas o de muitos, para que assim se possam salvar. Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo (1Co 10:33-11.1). Cristo veio como um Servo. Ele era o Sobe-rano do universo, no entanto aceitou o papel de um escravo. A lição é bastante clara. Não é o exercício da liberdade pessoal que atrai os homens, mas sim a submissão do cristão a Deus, e o exercício da "liberdade de servir" aos semelhantes.

As "Diretrizes para uma Vida Cristã" de Paulo são:

1) Reconhecer o poder destruidor do pecado, 1 Co 10:1-12;
2) Aceitar as possibilidades vitoriosas da graça, 10.13;

3) Viver no poder consistente da comunhão, 1 Co 10:15-17;
4) Escolher a liberdade inspiradora do amor, 1 Co 10:23-24, 31-33; 11:1.

SEÇÃO VII

A NOVA FÉ E O CULTO PÚBLICO

I Coríntios 11:2-34

Nos dez capítulos iniciais Paulo discute uma série de assuntos relacionados com a vida moral e espiritual do cristão. Agora ele passa a fazer considerações sobre o culto público.

A. APARÊNCIA DAS MULHERES NO CULTO PÚBLICO, 11:2-16

  1. Recomendações Preliminares (11,2)

Em uma introdução a essa discussão, Paulo expressa sua opinião: Louvo-vos, ir-mãos, porque em tudo vos lembrais de mim e retendes os preceitos como vo-los entreguei. Embora a igreja tivesse questionado algumas instruções de Paulo, seus mem-bros não haviam se rebelado contra ele e ainda o consideravam como seu conselheiro espiritual. Por essa razão, Paulo estava muito agradecido. Além disso, os coríntios, em sua maioria, ainda observavam os preceitos que haviam recebido de Paulo. Um preceito, de acordo com o uso de Paulo, "é qualquer sentença, qualquer fração de instrução, qual-quer princípio e qualquer regra de conduta que Paulo ensinou aos coríntios enquanto esteve entre eles":

  1. Uma Questão de Prioridades Práticas (11:3-6)

Geralmente, as mulheres que se mostravam publicamente usavam um véu sobre a cabeça para mostrar modéstia e subordinação. A questão de as mulheres cristãs continua rem a observar esse costume oriental é o ponto a ser discutido nessa seção. Não está claro como surgiu esta questão, embora ela possa ter tido sua origem nos próprios ensinamentos do apóstolo. Ele mesmo havia dito que em Cristo todas as coisas são feitas novas: Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus (G1 3.28). Com o espírito da liberdade prevalecente na igreja, alguns podem ter entendido que não havia mais necessidade de observar o costume de usar o véu. Além disso, se uma mulher estivesse inspirada para falar em público, o "fato da sua inspiração não a libertaria daquela obrigação, tornando adequado que abandonasse o véu, para que se apresentasse como os oradores públicos faziam entre os homens?"' Mas Paulo sentia fortemente que as mulheres deviam cobrir a cabeça durante o culto público, portanto ele limitou essa liberdade por causa de algumas prioridades práticas.

  1. Uma tripla hierarquia de relacionamentos (11.3). Para confirmar seu ensino de que as mulheres deviam usar véu durante o culto público, Paulo sugere três níveis de relacionamentos. O menor nessa escala é o relacionamento humano entre marido e mu-lher — o varão, [é] a cabeça da mulher. Em seguida, aparece um relacionamento mais elevado — Cristo é a cabeça de todo varão — e, enfim, vem o supremo relacionamento, Deus, [é] a cabeça de Cristo. Duas idéias estão envolvidas nessa escala: "a vida em comunidade, e a desigualdade dentro dessa comunidade'? Dessa forma, Cristo, o Salva-dor, também é o Senhor daqueles que o servem. O marido é igual à esposa, mas é tam-bém o chefe da casa. Mesmo nesse relacionamento salvador, Cristo se subordinou a Deus e foi obediente em todas as coisas.
  2. O homem com a cabeça descoberta (11.4). Os judeus sempre costumavam cobrir a cabeça no Templo ou na Sinagoga como sinal de respeito. Entre os gregos, somente os escravos cobriam a cabeça, enquanto a cabeça descoberta era sinal de liberdade. Sobre esse ponto, Paulo simplesmente diz aos homens de Corinto que eles devem obedecer ao seu costume, que era aparecer em público com a cabeça descoberta. Para eles, orar com a cabeça descoberta indicava respeito e reverência para com Deus, o Supremo Governante e Rei.
  3. A mulher com a cabeça coberta (11:5-6). Pelo fato de o Rei do homem ser Cristo, o homem pode comparecer ao culto com a cabeça descoberta. Mas o oposto é verdadeiro para as mulheres. Como o marido é a cabeça da mulher, se ela aparecer em público sem o véu isso seria um ato de rejeição ou rebelião contra o marido. Além disso, havia uma tradição entre os antigos de que uma mulher de bom caráter não aparecia em público sem estar com a cabeça coberta por um véu. Baseado nesses dois costumes, Paulo deter-minou que se uma mulher orasse ou expressasse uma revelação de Deus em público, ela deveria manter a cabeça coberta.

O apóstolo estava preocupado com a atitude de conservar um relacionamento ade-quado nos lares, e com o sustento da boa reputação da mulher cristã. Dessa forma, ele compara a mulher que aparece em público com a cabeça descoberta àquela que tem a cabeça rapada (5). A cabeça rapada "nunca foi encontrada entre os gregos, exceto no caso de mulheres que eram escravas; entre os judeus, somente no caso da mulher acusa-da de adultério pelo marido (Nm 5:18) ".4 Para tornar o seu ensino ainda mais enfático, Paulo elabora um preceito para o caso da mulher que não se cobre com véu (6). Aqui o verbo tem um duplo sentido que não aparece na tradução em nosso idioma. Ele está no tempo presente contínuo e sugere uma atitude habitual de indiferença à modéstia e à tradição. Também está na terceira pessoa, indicando que este ato é persistente e delibe-rado. Nesse caso, Paulo iria aplicar um rigoroso castigo: tosquie-se também. Como isso seria uma desgraça à qual nenhuma mulher estava disposta a se submeter, todas con-cordariam com o uso do véu.

  1. Prioridades na Criação (11:7-10)

A aparência do homem em público, com a cabeça descoberta, reflete uma prioridade de origem divina. Segundo a criação, ele é a imagem e glória de Deus (7). A palavra imagem significa uma representação visível. Assim sendo, "o homem foi designado para ser um representante do seu Criador a fim de exibir os atributos de Deus".5 Além disso, como o homem é a imagem de Deus, ele é soberano sobre toda a criação, portanto "reflete visivelmente a soberania do invisível Criador sobre todas as coisas".6 Por ser a imagem e a glória de Deus, a cabeça do homem deve estar descoberta — "porque é a parte mais nobre do corpo e a mais expressiva da sua personalidade":

No caso da mulher, a situação é diferente, pois a mulher é a glória do varão. Ela foi criada para ser a ajudante do homem (8-9). Por causa da seqüência da criação do homem e da mulher, todos os costumes que simbolizam esses fatos devem ser obedecidos no culto a Deus. Por essa razão a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos (10). O termo poderio se refere ao véu ou à cobertura como "um símbolo [ou sinal] de autoridade" (NASB). Como a mulher foi formada a partir do homem e para o homem, ela era obrigada a usar publicamente um símbolo da sua subordinação ao marido. A frase por causa dos anjos reflete a crença de Paulo de que toda a criação de Deus participa, de alguma forma, da verdadeira adoração. Qualquer ato impróprio poderia ofender esses participantes invisíveis, e macular este serviço a Deus.

  1. A Igualdade Prática (11:11-12)

O apóstolo é cuidadoso ao eliminar qualquer motivo para maltratar a mulher sob a desculpa de um ensino religioso. O papel da mulher é o de um ser subordinado na ordem da criação e esse papel deve ser desempenhado por meio de um modesto e discreto uso do véu em público. Na prática e em particular, entretanto, o homem e a mulher são iguais e interdependentes. Eles são um no Senhor (11).

Além disso, do ponto de vista natural, o homem não pode ser independente da mu-lher. Porque, como a mulher provém do varão, assim também o varão provém da mulher (12). Vine explica: "O homem é a causa inicial da existência da mulher, e ela é a causa instrumental da existência dele".8 Em uma base pessoal, o homem e a mulher são iguais, embora para propósitos administrativos a mulher seja subordinada ao ho-mem. Por fim, tudo é de Deus; portanto, todas as classificações e todos os níveis desa-parecem na sua graça e no seu serviço.

  1. Lições Pessoais e Naturais (11:13-16)

Um outro ponto foi apresentado para completar a discussão relacionada com a co-bertura da cabeça das mulheres durante o culto. Paulo havia apresentado a questão do ponto de vista da divina autoridade e da criação natural. Agora ele faz um apelo ao instintivo bom senso dos coríntios ao dizer: Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta? (13). Em uma reunião pública, "quando a voz da mulher está pronunciando as mais profundas impressões e as mais santas emoções de adoração e amor, um sentimento de santa modéstia deve forçá-la a se resguardar contra qualquer olhar profano e indiscreto".9

Por outro lado, é desonra para o varão ter cabelo crescido (14). Geralmente, ter cabelos longos era considerado inapropriado para um homem. Especialmente com a perversão sexual que havia em Corinto, "o cabelo longo faria um homem se parecer muito com uma mulher e traria, dessa forma, uma correspondente 'desonra' sobre ele".' A situação é exatamente oposta em relação à mulher: Ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu (15). Por natureza, a mulher recebeu uma cobertura que, na verdade, é um véu. Godet comenta que o cabelo longo e farto "é um símbolo natural da reserva e da modéstia, o mais belo orna-mento da mulher".

Um outro fator é que havia em Corinto um costume social que dava apoio à opinião de Paulo sobre a modéstia cristã. Sendo assim, o cristão devia se conformar com este costume a fim de manifestar seu caráter cristão. Paulo termina a discussão fazendo referência à prática geral da igreja. Àqueles que poderiam discordar dele sobre esse assunto, ele simplesmente declara: Nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus (16). O apóstolo está "dizendo que nem ele, nem os cristãos formados por ele, nem todas as igrejas de Deus em geral, nem mesmo aquelas que ele não tinha fundado ou aquelas que eram particularmente suas"," tinham o costume de permitir às mulheres orar sem qualquer tipo de véu. Sobre esta questão deveria ser observado que o compri-mento exato dos cabelos de uma mulher não seria determinado, e que Paulo estava san-cionando um costume daquela época.

B. DISSENSÕES NA CEIA DO SENHOR, 11:17-34

O problema da modéstia feminina, em relação ao culto público, representava um assunto de pouca importância quando comparado a alguns problemas que haviam sur-gido na prática da Ceia do Senhor. A rejeição de uma cobertura para a cabeça das mulheres pode ter se originado de falta de conhecimento ou de um mal-entendido sobre a natureza da liberdade cristã. Mas a deliberada perversão do sagrado serviço da Ceia do Senhor revelou uma indiferença pelos ensinamentos cristãos básicos. Dessa forma, Paulo adotou um tom severo ao denunciar a gula e as discussões associadas a esse símbolo de fraternidade.

1. Uma Rigorosa Censura (11:17-22)

No versículo 2, Paulo havia elogiado os coríntios por sua lealdade geral aos ensi-nos e práticas que o apóstolo lhes havia transmitido. Agora ele escreve: Não vos louvo (17). A situação era grave. O verbo declarar (parangello) que consta em algumas ver-sões significa impor uma ordem com autoridade. Ele lhes ordena que resolvam o as-sunto. A ocasião dessa rigorosa censura de Paulo representa um dos fatos mais chocantes que podem ocorrer a um grupo que está realizando um culto de adoração: Por-quanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior. Ao invés de edificar a vida espiritual, a Ceia do Senhor havia se tornado, para aquela igreja, um momento de declínio espiritual.

  1. Dissensões na igreja (11:18-19). Paulo escreve: Ouço que... há entre vós dis-sensões (18). A palavra para dissensões (schismata) foi usada anteriormente (1,10) para descrever o espírito que estava dividindo a igreja. Quando as pessoas se reuniam para adorar a Deus elas revelavam um espírito de divisão e de exclusividade, até mesmo no ritual cristão mais sagrado.

A palavra heresias (19) deriva de um termo que reforça a idéia de escolher entre alternativas. Na linguagem bíblica e da igreja, essa palavra geralmente significa uma escolha errada, portanto uma falsa doutrina. Ela pode ser uma das "obras da carne" (Gl 5:20). Aqui seu significado parece ser semelhante às dissensões do versículo 18. A ver-são RSV traduz a expressão como "divisões entre vós". O significado da última parte do versículo 19 parece ter a forma de uma sátira. Em outras palavras: Vocês devem manter as dissensões entre si, a fim de que aqueles que insistem que estão certos possam prová-lo separando-se do restante da igreja.

  1. Abusos na Ceia do Senhor (11:20-21). As dissensões em Corinto eram tão graves que quando as pessoas se reuniam para cultuar a Deus não era para comer a Ceia do Senhor (20). Suas divisões pessoais (e carnais) haviam realmente transformado o cul-to em uma espécie de dissipação, que o tornava algo bem diferente de um culto ao Senhor. Em Corinto, a Ceia do Senhor não era simplesmente um símbolo da ingestão de alimentos e bebidas. Era uma verdadeira refeição. Aparentemente, cada membro levava alimentos ao culto. Nas festas religiosas das religiões pagãs, a divisão dos ali-mentos era muito comum, e recebia o nome de eranio. Na Igreja Primitiva, seus mem-bros aparentemente também participavam, em certas ocasiões, de uma refeição co-mum que recebia o nome de festa (ou banquete) do amor, ou agape (2 Pe 2.13; Jd 12). Entretanto, em Corinto essa refeição não representava o amor cristão, e nem mesmo a aparente boa vontade das festas pagãs. A esse respeito, Paulo escreve: Porque, co-mendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome, e outro embriaga-se (21).

Na Santa Ceia de Corinto parece que cada pessoa colocava o alimento à sua frente e começava a comer sua própria ceia. O quadro é de briga e gula para comer as provisões antes que fosse possível "fazer uma distribuição geral dos alimentos, para não precisar dividi-lo com os demais irmãos"." Como conseqüência, os pobres que não podiam levar muito, ou aqueles que nada podiam levar ou chegavam tarde, sairiam com fome. Dessa forma, um tem fome, e outro embriaga-se. O verbo em-briaga-se (methuein) geralmente significa "ficar intoxicado". Mas também significa comer e beber até à completa satisfação, e este pode ser o seu significado aqui. De qualquer maneira, os coríntios haviam deturpado completamente o significado da Santa Ceia. A Ceia do Senhor é o símbolo do sacrifício, do amor e da fraternidade. Mas em Corinto representava egoísmo, intemperança e indiferença às necessidades dos outros.

c) Pecados no Abuso da Ceia do Senhor (11.22). Paulo descreve três pecados específi-cos cometidos pelos coríntios. Em primeiro lugar, eles haviam mudado o preceito espiritual em uma espécie de cerimônia festiva. A finalidade da Ceia do Senhor era lembrar aos crentes a morte de Cristo e o resultado redentor do seu sofrimento. Se os membros da igreja queriam satisfazer sua fome ou celebrar uma refeição festiva, poderiam escolher uma outra ocasião. Em segundo lugar, os coríntios haviam mostrado falta de respeito e de reverência pela igreja de Deus. Transformar a igreja em um lugar de celebração festiva "é

  1. mesmo que aviltá-la, portanto, desprezá-la, rebaixá-la".' E, por último, através do egoís-mo deles, os membros mais abonados perturbavam e humilhavam os pobres entre os cren-tes. Esta combinação de pecados levou Paulo a fazer a mais simples, porém a mais comple-ta, declaração condenatória: Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisso não vos louvo.
  2. O Significado da Ceia do Senhor (11:23-26)

O entendimento de Paulo a respeito da Ceia do Senhor se originava de uma revela-ção direta de Deus. O apóstolo apresenta a autoridade da sua narrativa "fundamentada em um alicerce imutável".15 Quando Paulo recebeu o evangelho diretamente de Cristo (Gl 1:11-12), e não do homem, ele também recebeu instruções relativas à Ceia do Senhor. Além disso, ele havia transmitido estas informações à igreja de forma cuidadosa e fiel. Assim, o apóstolo podia afirmar com segurança e autoridade: Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei (23).

A Ceia representava a inauguração de um novo pacto de graça, e deveria ser obser-vada como um memorial. Tanto o "corpo partido" quanto o "sangue derramado" deveri-am ser considerados como símbolos e não como referências literais ao corpo de Cristo. Quando Jesus disse, isto é o meu corpo que é partido por vós (24), ele não estava fisicamente sentado à mesa. Qualquer idéia sobre uma transformação milagrosa, tanto no pão quanto no vinho, é contrária ao relato bíblico. Finalmente, a Ceia do Senhor deveria ser celebrada como um memorial ou lembrança, e não como meio de salvação. As afirmações: Fazei isto em memória de mim e Anunciais a morte do Senhor, até que venha (26) confirmam a idéia de que a Ceia é uma lembrança espiritual ou um símbolo da morte de Cristo.

  1. Celebração da Ceia do Senhor (11:27-34)

A Ceia do Senhor é uma recordação espiritual do ato de redenção de nosso Senhor, e um testemunho público da nossa fé em Jesus Cristo. Portanto, ela deve ser celebrada como um agradecimento solene.

a) Participação indigna (11.27). Paulo afirma que é possível comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente. O advérbio indignamente se refere à diferença de pesos; portanto ele significa "pesos diferentes" ou "indevidamente equilibrados". A atitude de uma pessoa pode não estar equilibrada com a importância da ocasião. Se ela participar da Ceia do Senhor de forma frívola e descuidada, sem respeito ou gratidão, ou mesmo se estiver em pecado ou manifestando amargura contra outro irmão crente, esta-rá participando indignamente.

Participar indignamente é ser culpado do corpo e do sangue do Senhor. A palavra culpado (enochos) significa "ser passível do efeito penal de um ato; aqui a palavra... [envolve] a culpa pela morte de Cristo"." Ao invés de se apresentar à mesa com uma atitude imprópria ou pecadora, o crente deve comparecer "na fé, e com o devido comportamento em relação a tudo aquilo que é apropriado a este ritual solene".'

  1. Exame espiritual (11.28). Antes de participar desse serviço sagrado, examine-se o homem por meio de uma análise rigorosa. Essa palavra significa testar; portanto, o crente deverá examinar seus motivos e seus atos. Certamente ninguém poderá ganhar, como um pagamento, a graça e o perdão de Deus. Mas, por outro lado, um sincero exame irá indicar se a pessoa compareceu à mesa sagrada levada por motivos sinceros e uma obediência ativa ao Senhor. O ensino de Paulo é totalmente positivo. Ele não diz que alguém deva fazer um auto-exame, e deixar a mesa do Senhor em uma situação de de-sespero. Pelo contrário, ele aconselha o homem a examinar seu coração e, em seguida, cheio de uma fé sincera, coma deste pão, e beba deste cálice.
  2. Os perigos da irreverência (11:29-30). A versão ARA traduz o versículo 29 da se-guinte forma: "Quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si". A palavra krima, que a versão ARA traduz como juízo, significa condenação, como na versão ARC. Paulo não tem a intenção de afirmar que a pessoa que comparece à mesa sem a qualificação espiritual adequada será eternamente amaldiçoada. Ele quer dizer que tal ato irá trazer a condenação e a culpa. Não discernindo o corpo do Senhor significa que o crente não foi capaz de distinguir entre o memorial sagrado da Ceia de Senhor e outros tipos de refeição.

O apóstolo indica que como resultado do abuso da Ceia do Senhor... há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem (30). É muito grave declarar que o abuso da Ceia do Senhor resulta na maldição eterna, mas Paulo adverte que o castigo de Deus poderia acontecer, trazendo enfermidades e até a morte física. A palavra fracos (asthenes) está relacionado a enfermidades; o termo doentes (arrostos) quer dizer enfer-midade e decadência, enquanto a palavra dormem (koimaomai) é usada freqüentemente no NT para indicar a "morte daqueles que pertencem a Cristo".18 Godet diz que Paulo está descrevendo um "julgamento prévio, especificamente infligido por Deus, como aque-le que Ele envia para despertar o homem para a salvação".'

  1. Participação reverente (11:31-34)

A maneira de evitar o castigo de Deus é nos julgarmos a nós mesmos de modo volun-tário e sincero (31). Mas, quando Deus envia seu julgamento para o crente, este é repre-endido pelo Senhor (32). Nesses casos, os castigos de Deus não são severos, mas sím-bolos do seu amor. "Eles são enviados para nos livrar dos caminhos do pecado e para não participarmos da condenação do mundo".'

A maneira adequada de observar o sacramento é esperar uns pelos outros (33). Os membros devem esperar até que todos estejam reunidos e depois, com afeição fraterna e respeito, conduzir a festa do amor. A determinação final do versículo 34 é novamente uma advertência para não considerar a Ceia do Senhor uma refeição co-mum. Se um homem estiver com fome, coma em casa. A finalidade da Ceia é lem-brar aos crentes a obra redentora de Cristo e despertar na igreja um espírito de unidade e amor.

Alguns outros pontos relativos a este assunto ainda exigem alguma atenção. Sobre eles Paulo escreve: Quanto às demais coisas, ordena-las-eis quando for ter convosco (34). Esses problemas estavam afetando seriamente a vida da igreja e podiam ser adiados para uma outra ocasião. Quais eram as demais preocupações que Paulo tinha em mente? Talvez ele quisesse separar completamente a idéia da festa do amor da celebração da Ceia do Senhor. Sabemos que por volta do ano 150 d.C. o costume de fazer uma refeição junto com a Ceia do Senhor havia sido abandonado.

Para os cristãos existe "Força Através das Ordenanças".

1) Elas foram instituídas pelo Senhor, 23a;

2) Elas são memoriais do sacrifício de Cristo, 23b-26;

3) Elas exigem um auto-exame, 27-29;

4) Elas produzem a preocupação pelos outros 33:34.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 versículo 23
O relato coincide aqui basicamente com o dos Evangelhos, que foram escritos mais tarde; ver as passagens paralelas. Ver também 1Co 11:2,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34
*

11:1

O apóstolo não se exibia como um exemplo absoluto; ele só deveria ser imitado conforme ele estivesse imitando a Cristo.

* 11:3

o cabeça. A significação dessa metáfora desde longo tempo tem sido discutida pelos estudiosos — ela pode indicar liderança e autoridade, ou então fonte e origem. A evidência extraída da literatura grega é ambígua, e o presente contexto não resolve o problema. Essas duas idéias provavelmente não devem ser consideradas como excludentes uma da outra. Em dois outros contextos, onde Paulo fala de Cristo como sendo o cabeça (Ef 4:15; Cl 2:19), a noção da "origem" pode estar presente (conforme v. 8). Em outros lugares, Paulo usa a metáfora com uma referência explicita à autoridade ou à submissão (Ef 1:22; 5:23,24; Cl 1:18; 2:10). Neste ponto, Paulo provavelmente salientava mais a autoridade do que origem (conforme v. 10).

* 11:4

a cabeça coberta. Diante da parca evidência que existe, parece-nos que, com poucas exceções, os homens do século I da era cristã ficavam de cabeças descobertas enquanto adoravam. O costume judaico dos homens cobrirem a cabeça, quando oram, provavelmente não remonta ao período do Novo Testamento.

desonra a sua própria cabeça. Provavelmente uma referência a Cristo como o cabeça (v. 7). Nem a Bíblia e nem outros documentos explicam por que tal prática desonra a Cristo (conforme v. 10, nota).

* 11:5

com a cabeça sem véu. Dado o contraste com o versículo anterior, este comentário sugere que as mulheres do século I d.C. adoravam com a cabeça coberta. Alguns estudiosos acham que Paulo se referia a um certo estilo de penteado (em Nm 5:18, soltar os cabelos de uma mulher fazia parte do teste para uma esposa infiel). Ver nota no v. 15.

porque é como se a tivesse rapada. No sexto versículo, rapar a cabeça de uma mulher é comparado com ter seus cabelos cortados curtos, provavelmente como se fossem os cabelos de um homem. Parece que Paulo estava se opondo a uma tendência de obliterar a distinção entre os sexos. Possivelmente, a controvérsia reflete a idéia de alguns coríntios de que eles já haviam atingido a perfeição, e não estavam mais sujeitos às regras normais (Introdução: Data e Ocasião).

* 11:7

mulher é glória do homem. Ver "A Imagem de Deus", em Gn 1:27.

* 11:9

a mulher, por causa do homem. Ver "Corpo e Alma, Macho e Fêmea", em Gn 2:7.

* 11:10

por causa dos anjos. Têm sido sugeridas muitas interpretações dessa frase, mas todas elas são meras especulações. O argumento de Paulo está ligado intimamente a uma situação histórica específica, e devemos ter cautela ao aplicar universalmente todos os seus detalhes (vs. 4, 16, notas).

* 11:11-12

Estes dois versículos parecem ser uma qualificação dos comentários anteriores. Com uma referência específica de nosso relacionamento "no Senhor", homens e mulheres são mutuamente dependentes, visto que somos um nele (Gl 3:28).

* 11:14

natureza. Os intérpretes diferem quanto ao significado desses termos. Alguns acreditam que haja aqui uma referência à ordem criada. Outros argumentam que o apóstolo estava apelando para as práticas comuns em seus dias.

* 11:15

em lugar de mantilha. Paulo pode ter pretendido dizer que visto que os longos cabelos de uma mulher lhe foram dados como cobertura, é igualmente apropriado que ela use um véu. Alguns argumentam que os cabelos lhe foram dados "em lugar de mantilha". Isso apoiaria o ponto de vista que diz que Paulo não se refere a véus, mas a um estilo particular de penteado (v. 5, nota).

* 11:16

nós não temos tal costume. Paulo não usa exatamente esse tipo de argumento em qualquer de suas epístolas. Tal conclusão a uma passagem difícil pode dar apoio à contenção de que o apóstolo não estava prescrevendo formas permanentes de adoração, mas antes, tratava com questões de propriedade cultural. Certamente, porém, tais questões se revestem de implicações teológicas (v. 5, nota).

* 11:17

não vos louvo. O contraste entre essas palavras e o v. 2 indica a seriedade do problema a que Paulo agora se reportava.

* 11:19

até mesmo importa que haja partidos entre vós. Paulo reconheceu aqui que nada ocorre fora da vontade divina, e que Deus pode usar o pecado humano para promover os seus próprios propósitos. Ou então, Paulo estava usando de ironia, tentando fazer os crentes de Corinto perceberem que suas lutas internas tinham como motivo indigno ver quem era capaz de argumentar melhor.

* 11:20

não é a ceia do Senhor. O uso deturpado dessa observância transformou a Ceia em algo absolutamente diferente do que deveria ser.

* 11:21

quem tenha fome... quem se embriague. A preocupação de Paulo, quanto a este ponto, não era com a embriaguez em si, mas com a humilhação sofrida pelos pobres. A Ceia do Senhor simboliza, entre outras coisas, a unidade do povo de Deus (10.17). Aqueles crentes de Corinto que eram mais abastados, segundo tudo indica, não compartilhavam com os menos afortunados dentre eles, quando a Ceia do Senhor era celebrada. Esse comportamento egoísta contradizia abertamente o sentido da cerimônia.

* 11.23-25

O relato de Paulo sobre a instituição da Ceia do Senhor em tudo acompanha os mesmos pontos essenciais do que dizem os evangelhos (Mt 26:26-29; Mc 14:22-25; Lc 22:17-20).

* 11:23

o Senhor Jesus... tomou o pão. Ver nota teológica "A Ceia do Senhor", índice.

* 11:26

anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. Note a conexão existente entre a pregação do evangelho e a celebração da Ceia do Senhor. A Ceia estabelece a Palavra de Deus através de meios visíveis, e não através de meios verbais. Note também que a celebração da Ceia exprime nossa firme esperança no retorno do Senhor.

* 11.27-34

É importante tomar esta seção inteira como uma unidade, e os vs. 33 e 34 deixam claro que Paulo ainda tem em mente os abusos mencionados nos vs. 21 e 22. Frases como "indignamente" (v. 27) e "examine-se, pois, o homem a si mesmo" (v. 28) podem ser ampliadas e aplicadas a muitas circunstâncias, mas devemos ter o cuidado de não separá-las de seu contexto. Seria compreender erroneamente o v. 30 pensar que Deus rotineiramente castiga os crentes com a enfermidade e com a morte, se eles, a despeito de suas falhas espirituais, participarem da Ceia. O problema em Corinto era muito mais específico e sério. Alguns coríntios estavam derrubando por terra a unidade do corpo cristão, representado pelo único pão (10.17). A advertência do v. 29, acerca do "discernir o corpo" quase certamente se refere a essa falha em manter a unidade da igreja como o corpo de Cristo (ver referência lateral; 12.12, nota). Visto que alguns dos crentes de Corinto estavam celebrando a Ceia de uma maneira que destruía a unidade que ela representa, Deus tinha imposto julgamentos contra a comunidade. O propósito de Deus ao julgar aqueles crentes, porém, era impedi-los de serem "condenados com o mundo" (v. 32).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34
11:1 por que diz Paulo: "Sigam meu exemplo"? O não era arrogante, não se acreditava uma pessoa sem pecado. Neste momento, os crentes em Corinto não sabiam muito a respeito da vida e o ministério de Cristo. Paulo não podia lhes dizer que imitassem a Cristo porque os evangelhos ainda não tinham sido escritos, portanto não tinham idéia de como era Jesus. A melhor maneira de guiar a estes novos cristãos era lhes mostrando a um Cristo em quem confiassem (vejam-se também Gl 4:12; Fp 3:17; 1Ts 1:6; 1Ts 2:14; 2Ts 3:7, 2Ts 3:9). Paulo esteve em Corinto quase dois anos e pôde estabelecer uma relação de confiança com muitas destas pessoas.

11.2ss Nesta seção a preocupação principal do Paulo é a irreverência na adoração. Devemos ler esta parte tomando em conta a situação que se vivia em Corinto. O assunto de usar véu ou cobrir a cabeça, apesar de parecer sem importância, chegou a ser um problema muito sério porque o trasfondo cultural estava em conflito. Os feijões sempre cobriam suas cabeças na adoração. Uma mulher que não cobrisse sua cabeça em público refletia que tinha perdido seu moral. Por outro lado, as gregas não acostumavam cobrir suas cabeças para a adoração.

Nesta carta Paulo já se ocupou das divisões na igreja e dos desórdenes. Ambos tema estavam envoltos em todo isso. A solução do Paulo vem de seu desejo de que exista unidade entre os membros da igreja e que se renda um culto apropriado. Aceitou a soberania de Deus na criação de regras para todo tipo de relações.

11.2-16 Esta seção enfoca uma atitude para a adoração, não tem que ver com o matrimônio ou o papel das mulheres na igreja. Embora as instruções específicas do Paulo pudessem ser culturais (as mulheres usando véu na adoração), os princípios atrás de suas instruções específicas são eternos, e incluem o respeito pelo cônjuge, a reverência e atitude apropriada na adoração, e um enfoque de vida dependente de Deus. Se fizer algo que ofenda facilmente a outros membros e possa dividir a igreja, então troque sua forma de promover a unidade nela. Por isso Paulo disse às mulheres que não se cobriam a cabeça que o fizessem, não porque fora um mandato das Escrituras, mas sim porque liberava à igreja de dividir-se quanto a um assunto insignificante que só servia para apartar a mente da gente de Cristo.

11:3 Na frase "o varão é a cabeça da mulher", cabeça não se usa para indicar controle ou supremacia, a não ser "a fonte de". devido a que o homem foi criado primeiro, a mulher deriva sua existência do homem, como o homem de Cristo e Cristo de Deus. Evidentemente Paulo estava corrigindo alguns excessos que as mulheres casadas corintias estavam requerendo.

11:3 Submissão é o elemento chave para o funcionamento sem asperezas de todo negócio, governo ou família. Deus ordenou a submissão em certas relações para acautelar o caos. É essencial compreender que submissão não é rendição, privação ou apatia. Tampouco significa inferioridade, porque Deus criou a todas as pessoas a sua imagem e semelhança e todas têm o mesmo valor. Submissão é dedicação mútua e cooperação.

Deus chama à submissão a todos por igual. Não fez ao homem superior, facilitou as coisas para que o homem e a mulher trabalhassem juntos. Jesucristo que é igual com o Pai, submeteu-se para levar adiante o plano de salvação. De igual modo, na forma como o homem se submete a Deus, a esposa devesse submeter-se a seu marido pelo bem de seu matrimônio e sua família. Submissão entre iguais é submissão voluntária, não forçada. Servimos a Deus nestas relações atuando com submissão a outros em nossa igreja, a nosso cônjuge e a nossas autoridades.

11.9-11 Deus criou graus de autoridade a fim de que sua criação funcionasse normalmente, entretanto devem existir graus de autoridade, até no matrimônio, não devem existir graus de superioridade. Deus criou homens e mulheres com características únicas e complementares. Um sexo não é melhor que o outro. Não devemos permitir que o assunto da autoridade e a submissão se converta em uma arma para destruir a unidade matrimonial. Em troca, devemos usar nossos dons únicos para fortalecer nossos matrimônios e glorificar a Deus.

11:10 "A mulher deve ter sinal de autoridade sobre sua cabeça, por causa dos anjos" pode significar que a mulher deveria cobrir seu cabelo como um sinal de que está sob a autoridade de um homem. Este é um fator que os anjos tanto entendem como observam no louvor cristão. Veja-a nota a 11.2ss como uma explicação quanto a cobri-la cabeça.

11.14, 15 Paulo, ao se referir a cobri-la cabeça e ao comprido do cabelo, diz que os crentes devessem atuar de tal maneira que honrem a cultura a que pertencem. Em muitas culturas o cabelo comprido nos homens é apropriado e masculino. Em Corinto, considerava-se como um signo de prostituição masculina nos templos pagãos. E as mulheres com o cabelo curto eram consideradas prostitutas. Paulo está dizendo que na cultura corintia as mulheres deveriam ter seus cabelos largos. Se para a mulher ter o cabelo curto era signo de prostituição, significava que uma com o cabelo assim teria maior dificuldade para apresentar um testemunho acreditável em favor de Cristo. Paulo não está dizendo que devêssemos adotar todas as práticas de nossa cultura, mas sim deveríamos evitar aparências e conduta que nos separem de nossa meta, que é oferecer um testemunho acreditável de Cristo, e demonstrar nossa fé cristã.

11.17-34 O ceia do Senhor (11,20) é uma representação visível da morte de Cristo por nossos pecados. Recorda-nos a morte de Cristo e a esperança gloriosa de sua volta. Nossa participação fortalece nossa fé através da comunhão com Cristo e o companheirismo com outros crentes.

11:19 Paulo reconhece que pudessem existir diferenças entre os membros da igreja. Quando se transformam em divisões resultam destrutivos à congregação. Aqueles que causam divisão só servem para destacar aos crentes genuínos.

11.21, 22 Quando se celebrava a ceia do Senhor na igreja primitiva, esta incluía uma festa ou um jantar de companheirismo seguida pela celebração da comunhão. Na igreja de Corinto chegou a converter-se em um tempo de gulodice e de beber em excesso enquanto outros estavam famintos. Incluía muito pouco a caridade e o companheirismo. Certamente não era uma demonstração da unidade e o amor que deve caracterizar à igreja, não era tampouco uma preparação para a comunhão. Paulo condenou estas ações e recordou à igreja o verdadeiro propósito da ceia do Senhor.

11:24, 25 O que significa a ceia do Senhor? A igreja primitiva recordou que Jesus a instituiu na noite da Páscoa (Lc 22:13-20). Assim como na Páscoa se celebrava a liberação da escravidão no Egito, na ceia do Senhor se recorda a liberação de nossos pecados pela morte de Cristo.

Os cristãos têm várias opções quanto ao que Cristo quis dizer com Este palavras é meu corpo": (1) Alguns acreditam que o vinho e o pão, realmente, devem ser o corpo e o sangue de Cristo. (2) Outros acreditam que o pão e o vinho permanecem invariáveis, mas que Cristo está espiritualmente presente no pão e o vinho. (3) Até outros acreditam que o pão e o vinho simbolizam o corpo e o sangue de Cristo. Os cristãos estão de acordo, entretanto, que a participação na ceia do Senhor é um elemento importante na fé cristã e naquela presença de Cristo, entretanto, entendemos que nos fortalece espiritualmente.

11:25 O que é o novo pacto? Com o acordo antigo, a gente podia aproximar-se de Deus só por meio dos sacerdotes e o sistema de sacrifícios. A morte de Cristo na cruz trouxe consigo um novo pacto entre Deus e nós. Agora todos sem exceção podemos nos aproximar de Deus e nos comunicar com O. O povo do Israel entrou primeiro neste acordo depois de seu êxodo do Egito (Exodo
24) e isto foi designado para assinalar o dia quando Jesucristo voltaria. O novo pacto completa, mais que substituir, o pacto antigo, cumprindo tudo o que o acordo anterior assinalou (veja-se Jr 31:31-34). Comer o pão e beber a taça mostra que estamos recordando a morte de Cristo por nós e renovando nosso pacto de lhe servir.

11:25 Jesus disse: "Façam isto todas as vezes que a beberem em memória de mim". Como devemos recordar a Cristo na ceia do Senhor? Pensando no que fez e por que o fez. Se a ceia do Senhor só se converter em um ritual nada mais ou em um hábito piedoso, deixou que nos recordar a Cristo e perdeu seu significado.

11.27ss Paulo dá instruções específicas relacionadas com a forma em que devesse celebrá-la ceia do Senhor. (1) Deveríamos participar da ceia do Senhor com uma atitude de arrependimento porque recordamos que Cristo morreu por nossos pecados (11.26). (2) Deveríamos tomá-lo dignamente, com reverência e respeito (11.27). (3) Deveríamos nos examinar a nós mesmos para ver se tivermos algum pecado sem confessar ou alguma atitude de ressentimento (11.28). Estamos preparados e preparados solo quando acreditam no e o amamos. (4) Deveríamos considerar a outros (11.33), esperando até que todos estejam pressentem e participando dela em ordem e em unidade.

11.27-34 Quando Paulo diz que ninguém deve tomar indignamente a ceia do Senhor, estava dirigindo-se aos membros da igreja que estavam participando dela sem pensar no que realmente significava. Todo aquele que atua assim "será culpado do corpo e do sangue do Senhor". Em lugar de honrar seu sacrifício estavam participando da culpa dos que tinham crucificado a Cristo. Em realidade, ninguém é digno de participar da ceia do Senhor. Todos somos pecadores salvos por graça. Esta é a razão pela que deveríamos nos preparar para a comunhão por meio de uma introspecção saudável, confissão de pecado e o acerto de diferenças com outros. Estas ações removerão as barreiras que afetam nossa relação com Cristo e com outros crentes. Não permita que o reconhecimento de seu pecado o afaste da comunhão, procure ser dirigido a participar dela.

11:29 "Sem discernir o corpo do Senhor" significa não entender o que a ceia do Senhor representa e não distinguir a de uma comida normal. Os que fazem isto se condenam a si mesmos (veja-se 11.27).

11:30 "Muitos dormem" é outra forma de descrever a morte. Que algum deles morrera pode ser um julgamento sobrenatural sobre a igreja em Corinto. Este tipo de disciplina ressalta a seriedade do serviço de comunhão. O ceia do Senhor não deve tomar-se com ligeireza, este novo pacto custou ao Jesus sua vida. Não é um ritual sem significado, a não ser um sacramento dado por Cristo para nos ajudar a fortalecer nossa fé.

11:34 As pessoas devem vir à a Santa janta desejando a comunhão com outros crentes e preparados, não para saciar-se com uma grande janta. "Se algum tuviere fome, coma em sua casa" significa que podiam jantar de antemão e vir à comunhão com suas mentes postas no marco adequado.

COMO TOMAR DECISÕES EM ASSUNTOS DELICADOS

Se escolher um curso de ação,

-- ajuda meu testemunho por Cristo? (9.19-22)

-- sou motivado em meu desejo de ajudar a outros para que conheçam cristo? (9.23; 10.33)

-- ajuda-me a fazer o melhor? (9.25)

-- vai contra algum mandamento específico das Escrituras e motiva a que peque? (10.12)

-- é o melhor e o mais benéfico curso de ação? (10.23, 33)

-- estou pensando só em mim ou realmente me preocupam as outras pessoas? (10.24)

-- estou atuando com carinho ou egoístico? (10.28-31)

-- glorifica a Deus? (10.31)

-- motiva isto a que alguém peque? (10.32)

Todos nós tomamos centenas de decisões cada dia. Muitas delas não têm ataduras corretas ou incorretas: como o que veste ou o que come. Mas com freqüência enfrentamos decisões que têm um pouco mais de peso. Não queremos fazer o incorreto e não queremos ser causadores de que outros o façam então como podemos tomar essas decisões?


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34
O Apóstolo exorta seus leitores a imitar o seu espírito e comportamento (1Co 11:1)

Não é de admirar que os cristãos primitivos em Corinto necessária instrução especial em conceitos próprios de, e comportamento em, adoração. Eles foram em grande parte da extração de pagão e conhecia apenas as práticas apaixonados e egoístas que caracterizaram essa adoração. Eles eram ignorantes de tais tradições cristãs como são conhecidos na igreja hoje. Dois principais abusos que estavam na necessidade de correção foram o comportamento das mulheres na casa de culto e o comportamento dos cristãos na Ceia do Senhor.

1. A boa conduta no culto (11: 2-16)

2 E louvo-vos que me lembre-se em todas as coisas, e guarda-as tradições, assim como eu-los entreguei. 3 Mas eu gostaria que você soubesse, que o cabeça de todo homem é Cristo; ea cabeça da mulher é o homem; . e a cabeça de Cristo é Deus 4 Todo homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua cabeça. 5 Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça; pois é uma ea mesma coisa como se estivesse rapada. 6 , se a mulher não é velada, deixá-la também ser tosquiado: mas se é uma vergonha para uma mulher ser tosquiada ou rapada, cubra-se com véu. 7 Para um homem, na verdade, não deve cobrir a cabeça, porquanto ele é a imagem e glória de Deus.: mas a mulher é a glória do homem 8 Porque o homem não é da mulher; mas a mulher do homem: 9 nem foi o homem criado por causa da mulher, mas a mulher para o homem: 10 para esta causa, a mulher deve ter um sinal de . autoridade sobre sua cabeça, por causa dos anjos 11 Não obstante, nem é a mulher sem o homem, nem o homem é sem a mulher, no Senhor. 12 Porque, como a mulher veio do homem, assim também o homem pela mulher; mas todas as coisas são de Dt 13:1 ). Há, no entanto, alguma incerteza sobre alusão do Apóstolo aqui. Como quer que seja, ele segue imediatamente o seu elogio com castigos severos e instruções para a correção de certos abusos que acompanham sua adoração.

Paulo tinha, evidentemente, aprendi que algumas das mulheres cristãs emancipados estavam usando a sua liberdade em um inconveniente, se não vergonhoso, forma durante o culto público. A cultura pagã e costumes de Corinto colocado certas exigências muito rígidas sobre as mulheres se quisessem ser consideradas casto por sua sociedade. Uma dessas exigências era que uma mulher usar o véu em público. Só as mulheres de moral frouxa seria tão ousado a ponto de desconsiderar essa exigência. No entanto, algumas das mulheres cristãs de Corinto foram ostentando este costume no culto público e lançando assim se propensos a mal-entendidos e expondo a igreja a desgraça. Cada país e idade tem seus costumes peculiares e devem ser levados em consideração pela igreja se ele é influenciar as pessoas para Cristo. Pode parecer paradoxal que Corinth deve ter suas mil prostitutas dedicado ao culto de Afrodite, e ao mesmo tempo ter uma preocupação con para a modéstia ea pureza da feminilidade. Mas tal não é incomum em certos países até hoje. Existem atualmente Europeia, para não falar de cidades asiáticas, onde seria preso a uma mulher se ela deve aparecer em público em pijamas de rua, ou na praia em um maiô americana contemporânea. Em algumas das mesmas cidades, no entanto, a prostituição é legalizada e licenciada. Tal é a inconsistência da humanidade. Esta prática de culto com a cabeça descoberta sugere que as mulheres de Corinto foram considerando-se praticamente igual com os homens que não cobrem suas cabeças.

Essas mulheres podem considerar-se como emancipado dos costumes restritivas de pagão e da sociedade judaica, mas Paulo lembra-lhes que, como cristãos, eles são responsáveis ​​por sua conduta a Cristo através de seus maridos.

A cabeça (v. 1Co 11:3) definitivamente sugere uma relação de autoridade, mas é uma autoridade parceria (v. 1Co 11:11 ), na qual a mulher é o parceiro subordinado com o marido que é cabeça de sua casa (conforme Ef 5:22 ; Ef 4:15 ; Ef 5:23 ; Cl 1:18 , Cl 1:2:19 ; Gn 3:16 ; 1Co 3:23. ). A posição de superioridade do homem se deve ao fato de que ele foi criado, e que à imagem de Deus, a mais alta de todas as criaturas. Mulher por sua vez foi feita a partir de homem, e é, portanto, subserviente a ele. Deus decretou esta ordem através da natureza; e não existe evidência substancial de que alterou essencialmente, ou que vai fazê-lo. Um estadista observou americano que é um defensor da igualdade total de mulheres com os homens em todas as áreas da vida, declarou recentemente que a maior barreira da mulher para a realização de sua igualdade é a própria mulher. Ela não está disposto a abrir mão de seu papel de dependência do homem que ela poderia ser igual a ele. É sério duvidoso se ele nunca vai ser de outra forma. Isso não quer dizer que Paulo considerava a mulher como inferior ao homem, ou que ela deve ser assim considerado. É, antes, uma questão de subordinação posicional para o homem, e não um de essencial ou qualitativa na igualdade. É sabido que, em todas as áreas de emprego das mulheres preferem os superiores do sexo masculino para mulheres superiores.

Paulo escreveu aos Gálatas, que declara que "não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus "( Gl 3:28. , NVI). Com isso, ele ensinou a igualdade entre homens e mulheres em sua poupança de relacionamento com Cristo e as suas posições espirituais no corpo de Cristo. Mas essas mulheres tinham evidentemente entendido que ele quer dizer que eles não eram mais socialmente subordinadas aos homens. Dummelow diz:

Mas, assim como no caso da escravidão (ver em 1Co 7:21 ), o cristianismo não veio abolir as condições sociais existentes. Tem clonar muito para melhorar a condição da mulher, mas fê-lo de forma gradual. E quando tudo está dito, ainda há uma subordinação natural das mulheres para os homens; e a conduta dessas mulheres nas actuais circunstâncias da época era susceptível de trazer opróbrio sobre o cristianismo.

Paulo parece dizer no versículo 4 que a cobertura da cabeça era um sinal de submissão à autoridade de outro. Desde que o homem é a mais elevada criatura de Deus, ele está sob autoridade para nenhuma outra criatura. O homem é criado à imagem e glória de Deus (v. 1Co 11:7) e, portanto, a rezar com a cabeça coberta desonraria Deus. Paulo argumenta o contrário para a mulher, no entanto. Para ela a orar ou profetizar com a cabeça descoberta, seria para ela a desonrar o homem a quem ela está subordinada. Se ela não cumprir esta regra, Paulo argumenta, é bem a mesma coisa como se estivesse rapada (v. 1Co 11:5 ). Se ela rejeita a um, Paulo afirma que ela deve aceitar o outro, deixá-la ser desonrado por uma cabeça raspada (v. 1Co 11:6 ). É bastante evidente que Paulo queria dizer para subjugar e subordinar essas mulheres da igreja de Corinto que estavam abusando de seus privilégios sociais.

Por causa de sua posição suprema na criação de Deus, o homem é "a imagem e glória de Deus" (NVI; conforme Gn 1:26 , Gn 1:27 ), e ele, portanto, idealmente reflete a glória de Deus para além de qualquer outra criatura. Assim, ele não está subordinado a qualquer coisa criada, e está subordinado apenas a Deus. O lugar da mulher é a mais alta de todos na criação ao lado do homem. Assim, ela é considerada como a glória do homem.

Nos versículos 8:9 Paulo argumenta o propósito de mulher e que a prioridade do homem no plano divino. O homem foi criado pela primeira vez e, portanto, ele não se originou de mulher. Por outro lado, de acordo com a mulher história do Gênesis foi feita a partir de homem (Gn 2:1ff ). Nem foi o homem criado por causa da mulher, mas a mulher para o homem (Gn 2:18 ). Assim, em nenhum aspecto pode a prioridade reivindicação da mulher sobre o homem, como, evidentemente, algumas mulheres em Corinto estavam tentando fazer.

Referência aos anjos no versículo 10 tem intrigado muitos. Deve ser lembrado que os anjos foi dado um grande lugar no pensamento cristão e judeu cedo mais tarde. Eles foram pensados ​​para estar presente nos cultos de adoração dos fiéis. Portanto, Paulo acrescenta este peso extra para seu argumento para decoro feminino adequada nos cultos de adoração. O soberano Deus está presente, a Sua mediação Filho, que é o próximo na posição para Ele está presente. O homem, a glória da imagem de Deus está presente. E os santos anjos estão presentes. Portanto adorando mulheres, que são subordinados a todas as outras pessoas presentes, deve ter cuidado para não fazer nada indecente ou irregular.

Como é tudo desse argumento, muito do que parece estranho para os caminhos de cristãos ocidentais, a ser entendida e aplicada hoje? Em primeiro lugar, deve-se reconhecer que a antiga Corinto tinha a sua própria cultura e circunstâncias peculiar, que não eram a cultura e circunstância do homem ocidental moderno. O cristianismo é uma religião do espírito, a vida interior do homem (Lc 17:20 , Lc 17:21 ). Cristianismo aceita a cultura de cada povo e, em seguida, trabalha de dentro para mudar e transformá-lo gradualmente. Paulo estava escrevendo aos cristãos de Corinto cultura, para não modernos cristãos americanos. Os princípios que ele previstas são as mesmas para todos os cristãos de todos os tempos. As aplicações desses princípios são tão flexíveis e variados como as condições dos homens. Os princípios de modéstia feminina e subordinação posicional para o homem permanecer inalterados. A maneira ou métodos pelos quais ela expressa nestes princípios dependem em grande medida, em seu contexto cultural. Por exemplo, quando Paulo diz que uma mulher "cabelo ... é uma glória para ela" (v. 1Co 11:15 , NVI), como uma cobertura para a cabeça, ele está indicando um princípio. Ele não diz que a glória de seu cabelo depende da maneira particular em que ela usa-lo, se soltos pelas costas, em um pão francês, trançado, esmagados, se separaram, ou topete. Estas são questões que são relevantes para a cultura de um povo ou um determinado momento. O que é modesto ou tornar-se em uma única sociedade pode ser bastante imodesto em outro. Por exemplo, cabelos compridos soltos usado em algumas sociedades é propositadamente destinado a sedução e às vezes significa prostituição. Barclay cita uma antiga tradição rabínica no sentido de que era a beleza de cabelos compridos da mulher que levou os anjos para conviver com eles (Gn 6:2 ; Ef 5:22 ; 1Tm 2:8. ). Ele está no princípio e ele tem o apoio de toda a Igreja para sustentar sua posição.

2. Distúrbios da Ceia do Senhor (11: 17-22)

17 Mas em dar-lhe essa cobrança, eu te louvo não, para que não vos juntos para melhor, mas para pior. 18 Porque, antes de tudo, quando vos reunis na igreja, ouvi dizer que há entre vós dissensões; e eu acredito que em parte dela. 19 Para deve haver entre vós facções, para que os que são aprovados se tornem manifestos entre vós. 20 Quando, pois, vos ajuntai-vos juntos, não é para comer a ceia do Senhor: 21 no seu comeis, cada um toma antes de outro a sua própria ceia; e um fica com fome e outro se embriaga. 22 Não tendes porventura casas para comer e beber? Ou desprezais a igreja de Cod, e colocá-los à vergonha que não tem? O que devo dizer a você? hei de louvar-te? Neste Eu te louvo não.

Os cristãos de Corinto tinha pedido para obter instruções sobre a forma e significado de sua festa de amor e / ou a Ceia do Senhor. A passagem diante de nós constitui a resposta de Paulo a suas perguntas sobre essas questões. Muito evidentemente festa de amor da Igreja e da Ceia do Senhor ou eram duas ocasiões distintas ou dois aspectos de uma mesma ocasião. Estudiosos divergem em suas opiniões sobre o assunto.

1. Desaprovação de Paulo dos Transtornos Corinthian Fellowship (1Co 11:17)

A instrução que o Apóstolo oferece aos Coríntios sobre o assunto em questão é dado sob a forma de uma carga de autoridade. A sua situação é extremamente grave e que exige correção por alguém que está em condições de compreender, informar e pedir as reformas necessárias. Antes destas reformas pode ser instituída, é necessário fortemente para reprovar e até mesmo repreender os abusos existentes. A estrutura social feio existente deve ser demolida para dar lugar para a bela nova ordem social cristã que o apóstolo iria construir na igreja de Corinto. Ele já havia elogiado o Corinthians para manter outras tradições que ele tinha entregue a eles (1Co 11:2)

As causas dos seus distúrbios vergonhosas foram ambos negativos e positivos. O antigo mundo Oriental foi extremamente social e hospitaleiro, tanto do Oriente é para o tempo presente. Da mesma forma a mesma disposição caracteriza a maioria das sociedades primitivas contemporâneas. As pessoas freqüentemente se reuniu para as refeições comuns. Eles estavam compartilhando-ocasiões, quando cada participante contribuiu para a refeição de acordo com seus meios e capacidade. Suas contribuições foram agrupados para o bem comum de todos.

A Igreja Cristã assumiu e continuou este costume social dos pagãos, santificando-o com o seu reconhecimento da presença e bênção de Cristo entre eles. Foi uma ocasião beneficente e abençoado. Ele era conhecido como o agape festa ou amor. Ele proporcionou oportunidade para aqueles de maior meios materiais para contribuir para o bem-estar dos pobres e necessitados, sem a impressão de ostentação ou condescendência. Por outro lado, houve provavelmente muitos membros pobres e escravos da igreja para quem estes jantares da igreja foram as únicas refeições reais que teriam em toda a semana. Todo o caso parece ter sido a perpetuação do belo espírito que animou os cristãos em Jerusalém logo após Pentecostes (At 2:41 ).

Houve, no entanto, muitas distinções de classe e as diferenças de posição na sociedade pagã do primeiro século. Barclay diz:

O mundo antigo era muito rigidamente dividido; havia os homens livres e os escravos; havia os gregos e os bárbaros-as pessoas que não falavam grego; não usava os judeus e os gentios; havia os cidadãos romanos e as raças menores sem a lei; havia o culto e os ignorantes.

A Igreja de Jesus Cristo foi a única instituição que proporcionou um ponto de encontro comum para todas as classes da sociedade redimida. Paulo é cedo para elaborar este grande princípio (ver 12: 12-14 ). Foi, no entanto, apenas neste momento de sua maior oportunidade que os cristãos de Corinto mais vergonhosamente falhou. Eles permitiram que a antiga glória da sua fé a desvanecer-se e, consequentemente, revertido para a prática anticristão e anti-social de categorizar sua sociedade igreja, segundo o costume pagão. Esta não é a primeira evidência de tal apostasia encontrado no início da Igreja. Até Pedro e Barnabé participou de uma divisão de classes da igreja de Antioquia, uma prática que Paulo condenou severamente (Gl 2:11 ). Barclay diz da situação de Corinto: ". O que deveria ter sido uma bolsa havia se degenerado em uma série de cliques com consciência de classe" Assim, a igreja de Corinto não mais miseravelmente apenas onde ele deve ter conseguido mais gloriosamente, logo no agape amor -a banquete.

Paulo tinha ouvido falar de suas divisões (schismata ; conforme 1Co 1:10) nas festas de amor. Um pouco sarcasticamente ele comenta que essas divisões formais visíveis do partido foram bastante necessário para distinguir as classes sociais, como se quisesse dizer que "ninguém seria naturalmente notar as diferenças entre os highbrows e os lowbrows entre vós, senão para as tags do partido que você usa em (vv. igreja 18 , 19 ). Aparentemente Paulo aceitou apenas em parte os relatórios sobre essas divisões em Corinto, mas ele estava suficientemente convencido da sua existência para considerar o assunto digno de atenção apostólica (v. 1Co 11:18 ).

No versículo 19 , o Apóstolo cobra que já não se encontram para amor de festa comunhão cristã, mas para a igreja Snob-partes o que poderia ser mais bem marcados. Categoricamente Paulo nega que o tipo de coisa que estão fazendo é a Ceia do Senhor. É a sua festa-jantar, mas não a Ceia do Senhor.

O versículo 20 parece apoiar a posição assumida aqui, que com a igreja de Corinto, se não com todas as igrejas do primeiro século, a festa do amor e da Ceia do Senhor, mas eram dois aspectos da mesma instituição, este último provavelmente seguinte e culminando o ex- . Assim considerado, as palavras de Paulo aqui deixar claro que a Ceia do Senhor não foi uma mera refeição simbólica, pois é com a gente hoje. Além disso, ele era uma espécie de carry-in refeição em que cada contribuiu como ele foi capaz. Este tipo de refeição não era incomum nas religiões pagãs do dia. Foi chamado eranoi por eles. O agape festa ou o amor parece ter sido continuou na prática na 1greja primitiva como uma característica ou aspecto da Ceia do Senhor por algum tempo (2Pe 2:13. ; Jd 1:12 ). A realização destes dominada pelo partido pessoas da igreja havia descido ao nível das festas religiosas pagãs, onde cada pessoa ávida comemos e bebemos sem levar em conta qualquer outra pessoa e, em seguida, seguiu seu próprio caminho egoísta. Que as divisões partidárias estavam na linha de riqueza e posição social parece evidente. Aqueles que seriam seus amor festa se tornou uma caricatura sobre o cristianismo.

No versículo 22, Paulo castiga severamente esses egoísta, glutões intolerantes com uma série de perguntas afiadas, mordendo, a importação de que pode ser parafraseada da seguinte forma: (1) Por que você não comer as suas refeições em casa em vez de levá-los à igreja fazer um show de sua abundância? (2) Você busca para desgraçar a igreja com sua conduta escandalosa? (3) É a sua intenção de colocar a outros vergonha na igreja, mostrando-lhes como se ninguéns pobres? (4) Você acha que vou me tornar um participante de sua culpa, dando-lhe a minha sanção? Na verdade eu não vou! Eu não tenho nada, mas a culpa e condenação por tal conduta imprópria de cristãos professos.

3. Significado e boa administração da Ceia do Senhor (11: 23-26)

23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; 24 e, havendo dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é por vós; fazei isto em memória de mim. 25 Do mesmo modo também o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, quantas vezes vós beber -lo , em memória de mim. 26 Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, vos anunciamos a morte do Senhor até que ele venha.

Se eu Corinthians foi escrito mais cedo do que qualquer um dos evangelhos, como parece mais provável, então o versículo 23 seria o mais antigo relato bíblico da instituição da Comunhão Cristã do Senhor. Vale ressaltar que nesta conta apenas Paulo inclui a continuação do sacramento até a volta do Senhor. Como ou quando Paulo recebeu do Senhor essa ordenança ele não diz, e não se sabe ao certo. Os verbos utilizados para recebidos e entregues sugerem fortemente que esta já era uma tradição na 1greja primitiva.Texto de Paulo, no entanto, aponta para uma revelação direta, pessoal da portaria com ele a partir de Cristo.

Nos versículos 23:25, Paulo reitera determinado aspecto da Comunhão que anteriormente tratada no capítulo 10 . Aqui pode-se notar que os fatores que o apóstolo enfatiza na administração da Comunhão Cristã são as seguintes: (1) O pão (um único pão) é tomada pela primeira vez pelo ministro oficiante. Isso ocorre porque o corpo de Cristo foi ferido em primeiro lugar e quebrado antes Seu sangue foi derramado. (2) O pão é consagrado com uma oração de ação de graças. (3) É quebrado em preparação para a distribuição. (4) O pão é identificado como tipificando o corpo e substitutivos sofrimentos quebrados de Cristo para os homens pecadores para que se tornasse seu Salvador. (5) A eficácia da morte de Cristo é personalizado na Comunhão pelas palavras, que é para você. (6) A comunhão é um memorial da morte e obra redentora de Cristo na cruz para a salvação do crente, fazei isto em memória de mim. (7) A taça é feita em seguida, após o jantar ou festa de amor (como parece ser o significado dessas palavras), e consagrado da mesma maneira como o pão. (8) A taça é explicado como sendo "a nova aliança no meu sangue" (NVI). Este cálice é a contraparte cristã da Páscoa judaica Festa taça de agradecimento no final do que festa. Cristo é a nossa Páscoa. Estas palavras parecem claramente fazer a representante xícara de algo diferente de si, eliminando assim os motivos para tanto a transubstanciação, ou as teorias consubstanciação da Ceia do Senhor. A antiga aliança foi um pacto da lei e promessa. A nova aliança é uma aliança de graça e realização. (9) O copo, como o pão, é um memorial a obra redentora de Cristo na vida do comungante, uma vez que representa a vida do Salvador dada para os pecados do crente. (10) A Comunhão tipifica a salvação do crente que se estende desde a cruz para a Segunda Vinda de Cristo; de fé salvadora inicial do crente até o retorno de Cristo. A Comunhão olha para trás para a morte de Cristo, à frente com a promessa de Sua volta, e até o presente experiência do crente. Assim, é totalizante da salvação do homem.

4. Julgamento em Ceia do Senhor (11: 27-32)

27 Portanto, qualquer que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. 28 Mas deixe um homem provar a si mesmo, e assim coma do pão, e beba do cálice. 29 Porque o que come e bebe, come e bebe juízo para si mesmo, se não discernir o corpo. 30 Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem. 31 Mas, se discernem nós mesmos, não deve ser julgado. 32 Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para que não sejamos condenados com o mundo.

33 . Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, espere uns pelos outros 34 Se alguém tem fome, coma em casa; que a sua aproximação não ser para o juízo. E o resto eu vou colocar em ordem whensoever que eu venha.

Os versículos 27:29 constituem uma advertência solene a todos os comungantes contra participando indignamente da Comunhão. Não há ato mais sagrado ou solene de adoração do que a de participar da Ceia do Senhor. Se ela é tratada de forma hipócrita, descuidado, ou irreverente, os pecados participantes gravemente contra o Senhor que os símbolos representam. Seu ato irreverente é o mesmo que o re-crucificação de Cristo. Assim, ele é o "culpado do corpo e do sangue do Senhor" (NVI).

Exame preparatório do comunicante comandou no versículo 28 é duplo. Primeiro, ele deve considerar cuidadosamente o significado mais profundo do rito em relação a sua esperança de salvação pessoal. Em segundo lugar, ele deve diligentemente, em espírito de oração, e considerar honestamente seu pessoal motivações, atitudes, comportamento e compromisso com o seu Senhor. Se o arrependimento ou recommitment é necessário, ele deve dar muita atenção a eles antes de participar. Referência para o pão e a taça nesta passagem apontam claramente para o significado simbólico ou típico dos elementos, em vez de quaisquer teorias transubstanciação ou consubstanciação.

A importância da advertência anterior torna-se mais clara no versículo 29 . Se o participante não entender corretamente o significado do ritual e distinguir claramente entre uma refeição comum e da Ceia do Senhor, que ele traz sobre si a condenação (e não "condenação") ou julgamento punitivo. Esta não é uma decisão definitiva até a condenação de sua alma, mas o julgamento projetado para trazer o infrator ao arrependimento e reforma moral.

Paulo parece sugerir, no versículo 30, que muitos cristãos de Corinto sofrem males físicos, e alguns já morreram, como resultado dos efeitos da condenação mental e espiritual em suas vidas. Que os males espirituais não raro causado efeitos físicos graves é bem conhecido tanto a psiquiatria moderna e da ciência médica. Uma autoridade afirma que, apesar de cerca de metade dos pacientes nas instituições mentais da América estão aflitos com transtornos mentais que têm uma base mais ou menos orgânica,

a outra metade dos pacientes mentais institucionalizados estão aflitos com desarranjos as fontes de que não podem ser divulgados por quaisquer dispositivos mecânicos, até agora, artificial. ... Uma vez que nenhum defeito orgânico ou lesão é detectável, presume-se que as origens desses distúrbios são o que chamamos psicológico.

Essa mesma autoridade indica que uma grande percentagem dessas pessoas que estão vivendo em irrealidade pode ser devolvido para a sociedade como indivíduos normais se eles poderiam ser levados à praça com a realidade. Que não seja que muitos em Corinto que estavam aflitos (fracos e doentes) sofriam de suas próprias doenças físicas psicologicamente superinduced resultantes da auto-condenação que estar errado produz? Esta sugestão não tem a intenção de afastar a condenação ou condenação que o Espírito de Deus traz diretamente para a mente e alma do homem para a ilegalidade. É provável que ambos os fatores estavam envolvidos na má conduta de alguns dos cristãos de Corinto na Ceia do Senhor.

Não há uma causa para julgamento de Deus sobre os da sociedade, ou de auto-julgamento, no sentido da condenação, na vida de qualquer pessoa que se julga corretamente e ordens a sua conduta em conformidade (v. 1Co 11:31 ).

O versículo 32 deixa claro que o propósito de Deus na administração de julgamento, seja por imposição direta ou através de meios naturais, é corretiva, com o objectivo de salvar o indivíduo de que o julgamento irreparável que será o destino final dos incrédulos.

Nos versículos 33:34 Paulo retorna diretamente para o problema central de toda esta discussão. Trata-se de conduta irregular do leitor na Ceia do Senhor. Uma vez mais o uso de Paulo de irmãos suaviza qualquer aspereza ou lesões que suas críticas severas pode ter deixado. Sua admoestação final é que eles corrigir os abusos, de forma a tornar-se. Se a fome parece excluir esperando por membros tardias, como escravos, que deve vir tarde, então deixe-o faminto comer em casa antes de vir para a igreja, que não pode cair em condenação por conduta imprudente. Além disso instrução é prometido quando ele visita-los.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34
Nos capítulos 11—14, Paulo lida com a desordem na congregação pú-blica de Corinto. Certos problemas tornam-se evidentes à medida que lemos esses capítulos: as reuniões desorganizadas e antibíblicas deles, as mulheres lideravam os homens, muitos membros competiam pela li-derança e pela oportunidade de falar e, em geral, havia confusão, e eles da-vam um testemunho pobre diante do perdido. O capítulo 11 preocupa-se especificamente com a desorganiza-ção na ceia do Senhor, e os capítu-los 12—14 discutem a adoração pú-blica na congregação e os princípios que devem reger os cultos.

  1. A causa da desorganização na ceia do Senhor (11:1-22)
  2. A falta de submissão das mulheres (vv. 1-16)

Não é verdadeira a acusação fre- qüente que fazem a Paulo de que critica as mulheres e as põe em uma posição inferior. Ele percebia que Deus gostava de ordem e que havia confusão e perda de poder quando qualquer coisa parecia acontecer de forma desorganizada. Em mo-mento algum, Paulo ensina que, aos olhos de Deus, as mulheres são inferiores aos homens, mas que o Senhor estabeleceu o princípio da liderança (não de despotismo) em que Cristo é o Cabeça do homem, e este o cabeça da mulher. Corin-to violava esse importante princí-pio. As mulheres competiam com os homens pela liderança pública na igreja. Além disso, as mulheres não mantinham a posição adequa-da a elas na celebração da ceia do Senhor e vinham com a cabeça descoberta; esse é o problema que Paulo discute nessa passagem.

Lembre-se: Corinto era uma cidade imoral que tinha prostitutas cultuais, as "sacerdotisas" do tem-plo. Um sinal da mulher pecadora era o cabelo curto. Essas mulheres, com freqüência, andavam pela ci-dade sem o véu na cabeça. Mesmo hoje, as mulheres não saem em pú-blico sem véu na cabeça em alguns países orientais. Não usar o véu é um sinal de desrespeito ao marido e pode ser interpretado como um convite ao pecado. Na verdade, mesmo entre os judeus, a cabeça raspada era sinal de imoralidade (veja Nu 5:11-4, em especial o v. 18). Por isso, Paulo adverte as mu-lheres da igreja contra não perde-rem seu testemunho ao adorar em público com a cabeça descoberta. Esse véu (ou cobertura) era um si-nal de submissão ao Senhor e ao marido e da aceitação do princípio de liderança.

Mesmo hoje, os judeus ortodoxos usam solidéu de oração na ado-ração em suas sinagogas, mas essa é uma prática que Paulo proíbe na igreja local. Cristo é o Cabeça do homem. Assim, se um homem põe um chapéu na adoração, ele deson-ra seu Cabeça. Se uma mulher não usa o véu na cabeça, desonra o ma-rido porque a mulher foi criada "por causa do homem" (v. 9). É claro que o simples fato de vestir (ou não) uma peça de vestuário não muda o cora-ção. Paulo presume que essas cristãs cumpriam o princípio da liderança no coração, apenas não o estavam respeitando externamente.

Paulo apresenta diversas razões por que a mulher deve conservar seu lugar apropriado na igreja: (1) para honrar o marido; (2) para honrar a Cristo, o Cabeça da igreja; (3) para concordar com o próprio plano da criação, pois Deus fez a mulher para o homem; (4) porque os anjos vi-giam nossa adoração e sabem o que fazemos (v. 10); (5) porque a própria natureza deu cabelos longos às mu-lheres e curtos para os homens, en-sinando, dessa forma, a submissão; (6) porque todas as igrejas adotam essa prática (v. 16). Como se aplica a nós, hoje, essa regra de usar chapéu e ter cabelo curto? Temos de admitir que um homem ou uma mulher fora de lugar sempre é um obstáculo ao trabalho de Deus, embora hoje não tenhamos a mesma situação com que Paulo lidava. A igreja local deve ter modéstia tanto no vestir como no agir. Não ousemos nos conformar ao mundo a fim de não perder nosso testemunho.

  1. A divisão na igreja (vv. 17-19)

As divisões e os partidos (heresias) da igreja se evidenciam nas reuni-ões públicas, mesmo quando são mantidas em segredo. A ceia do Se-nhor fala da união dos crentes, e a divisão na igreja nega essa mensa-gem maravilhosa.

  1. Os motivos egoístas (vv. 20-22)

A igreja primitiva, com freqüência, fazia uma "festa de amor", uma refeição de confraternização, em conjunto com a ceia do Senhor. O rico trazia alimentos em fartura, enquanto o pobre, sentado ao seu lado, tinha uma casca de pão. Pau-lo pergunta-lhes: "Não tendes, por-ventura, casas onde comer e beber? Ou menosprezais a igreja de Deus?" (v. 22). Os crentes não podem com-partilhar a ceia do Senhor e ser abençoados se não amarem uns aos outros.

  1. As conseqüências dessa desorganização (11:23-30)
  2. Eles eram julgados> em vez de abençoados (vv. 23-29)

Aparentemente, Cristo deu pesso-almente instruções a Paulo a res-peito da ceia do Senhor, pois o apóstolo não estava no cenáculo quando se instituiu essa prática.

Paulo fala do corpo dilacerado e do derramamento do sangue de Cristo por sua igreja, o que é um lembre-te constante do amor do Senhor e de seu retorno. Lembramos a cruz e aguardamos o retorno. Por causa dos abusos ocorridos na igreja de Corinto, a ceia do Senhor deixou de ser uma bênção para seus mem-bros e trouxe julgamento. As reuni-ões deles eram "não para melhor, e sim para pior" (v. 1 7)! Esta é a for-ma em que os assuntos espirituais operam: tudo o que é para ser uma bênção torna-se uma maldição se seu coração não for correto.

  1. Eles foram disciplinados (v. 30)

Deus mandou doença e até morte à igreja de Corinto, porque compar-tilhava a ceia do Senhor de forma indigna. Paulo não determina que temos de ser "dignos" para comer à mesa do Senhor, pois, se esse fosse o caso, ninguém poderia compar-tilhar da mesa do Senhor. Embo-ra não sejamos dignos, podemos compartilhar de forma digna ao compreender o que a ceia signi-fica: ter um coração sem pecado, estar cheio de amor por Cristo e por seu povo, estar disposto a obe-decer à Palavra dele. Muitas vezes, os cristãos pensam que seu com-portamento negligente pode passar despercebido na igreja, mas isso é impossível. Se nosso coração não for correto diante de Deus,ele tem de nos disciplinar a fim de nos tra-zer ao lugar de bênção.

  1. A correção da desorganização (11:31-34)
  2. Autojulgamento (vv. 31-32)

Se encaramos nossos pecados, se os julgamos e confessamos, então Deus não nos disciplina. No versí-culo 28, Paulo ordena: "Examine- se, pois, o homem a si mesmo". Te-mos de examinar três "aspectos" na ceia do Senhor: examinarmos nosso interior e confessarmos nossos pe-cados; examinarmos nosso passado e relembrarmos o Calvário; exami-narmos o futuro e aguardarmos com ansiedade o retorno dele. O princí-pio é claro: se não julgarmos nossos pecados, Deus terá de julgar-nos.

  1. Amor mútuo (v. 33)

Paulo escreve: "Assim, pois, irmãos meus, quando vos reunis para comer, esperai uns pelos outros!". Com isso, quis dizer o seguinte: "Não pense apenas em você mesmo, pense nos outros". Esse é o amor cristão: pôr os outros adiante de nós mesmos. Pou-cos cristãos obedecem a esse prin-cípio no que se refere à adoração. Perguntamo-nos, quando vamos à igreja: "Será que conseguirei alguma coisa com o culto de hoje?", quando deveriamos perguntar: "O que posso fazer ou dizer que seja uma bênção para alguém?".

  1. Discernimento espiritual (v. 34)

O lugar de fazer refeições é em casa, embora não haja nada de errado com as refeições de confraterniza-ção da igreja. É necessário ter dis-cernimento espiritual para manter a igreja em sua atividade correta e não deixá-la se desviar de seu propósito. A finalidade do ministério da igreja local não é entreter nem alimentar os santos, mas edificar uns aos ou-tros a fim de que todos possam le-var outras pessoas a Cristo. Deve-se estipular como um princípio básico que a igreja local não deve fazer o que Deus estipulou que a família e o governo fizessem. Não faz parte dos propósitos da igreja educar crian-ças, embora muitas pessoas, quan-do seus filhos agem errado, culpem a igreja e a escola dominical!

Se seguirmos esses princípios, então nossa congregação se reunirá para bênção, não para juízo ("con-denação", vv. 29,32,34).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34
11.1 Pertence a 10:23-33. Quem imita a Cristo deve ser imitado.
11.2 As tradições (gr pardoseis). A instrução cristã fundamental transmitida oralmente ou por escrito (2Ts 2:15; 2Ts 3:6; 1Co 15:3).

11.3 O cabeça, i.e., autoridade. Todo. Homens cristãos em particular (Cl 1:18). Mulher. Refere-se às casadas. Cristo. Conforme 15:24-28.

11:4-6 Rapada. Como mulheres adúlteras.

11:7-9 O homem é o auge da criação de Deus (Gn 1:26s). Ele manifesta a glória de Deus.

11.10 Do anjos. Eles observam e auxiliamos cristãos (He 1:14). Véu (gr exousia, "autoridade"). Com o véu a esposa protegia sua própria dignidade e mostrava submissão ao marido. Os bons anjos aceitam sua subordinação (Is 6:2; 2Pe 2:4; Jd 1:60s). Aprovados (gr dokimos). Eram os convertidos. É o contrário do adokimos em 9.27; 10.12; 2Co 13:5.

11.20 Vos reunis... para adoração. Não havia templos (At 1:15; At 2:1, At 2:44; At 3:1; Gl 2:12). A ceia. Era a refeição principal da noite, seguida pela eucharistia. Deixava de ser do Senhor, se deturpada.

11.22 Menosprezais a igreja, i.e., sua unidade, seus valores, normas, propósitos, e sua relação com Cristo como Cabeça.

11.23,24 Esta carta foi escrita antes dos evangelhos. É, portanto, o primeiro relato da Ceia do Senhor e a mais antiga citação de Jesus. Recebi do Senhor. É uma citação de Jesus (Mt 26:26ss). Contraste a solene tristeza da primeira Ceia com a dos coríntios. Dado graças (gr eucharistesas). Meu corpo. Se for literal, também o devem serJo 8:12; Jo 10:7; Jo 15:1; 1Co 10:4 Dado por vós. Morte vicária. Fazei isto, i.e., continuamente. Em memória. Feito em comemoração não como sacrifício (He 9:27s). De mim. O culto é cristocêntrico.

11.25 Não afirma: "é meu sangue" ("que ainda não se derramara"; mas sim que é "a nova aliança" (gr diatheke) (Jr 31:31-24) ratificada no sangue.

11.26 Anunciais (gr katangello). Proclamais um sermão dramatizado em palavra e símbolo como era a Páscoa (conforme 13 3:2'>Êx 13:3-10).

11.27 Por isso. Quer dizer que é uma ordenança sagrada, instituída pelo Senhor mesmo. Cálice do Senhor. Oferecido por Ele.

11.28 Examine-se (gr dokimazeto). Testar como a metais. Um rigoroso auto-exame (19;2Co 13:5; Jc 5:16; 1Jo 1:0; At 5:1-44; Jc 5:13-59).

11.31 Nos julgássemos (gr diakrino). Julgamento habitual para descobrir como realmente vamos e somos.

11.32 Deus se encarrega de nos disciplinar para nossa santificação, sem a qual não há salvação eterna (Rm 6:22; He 12:14). Mundo. No sentido moral, alienado de Deus.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34
11.1. Tornem-se meus imitadores: Nessa atitude de auto-sacrifício pela salvação de outros (10,33) que caracterizava Paulo e Cristo. Acerca de imitar Paulo, v. 4.16; Fp 3:17. Acerca de imitar Cristo, o supremo exemplo, v. Rm 15:2,Rm 15:3; 2Co 8:7-47; Ef 5:2; 2Ts 3:6) — tinham sido cuidadosamente obedecidas. O fato de eles terem escrito a Paulo com respeito aos seus problemas indica o desejo de se conformar com as instruções dele. v. 3. cabeça: Símbolo de autoridade, supremacia. homem: Aqui não no sentido genérico de humanidade, mas homem em contraste com mulher, o cabeça de todo homem é Cristo: Conforme Ef 1:22; Ef 4:15; Ef 5:21-49; v. tb. 1Co 5:3-46), mesmo que inclua enfermidade e morte, mundo (kosmos): Aqui significa tudo que está em inimizade com Deus, destinado a ser condenado; conforme ljo 5:19. v. 33,34. O remédio prático está com eles. esperem uns pelos outros: Satisfaça a sua fome em casa; essas são orientações corretivas que, junto com o auto-exame já exigido, vão criar a atmosfera adequada para a ceia do Senhor, instruções: Provavelmente em conexão com questões da carta dos coríntios que ainda não tinham sido respondidas, além de detalhes menos importantes concernentes às festas de amor e o culto de memória.

Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 17 até o 34

D. Conselho Referente à Ceia do Senhor. 1Co 11:17-34.

A Ceia do Senhor, o único ato de adoração para o qual Cristo deu orientação especial, recebe agora a atenção de Paulo. Está relacionado com à seção anterior pelo fato de que ambos os assuntos se referem ao culto público. Ajudará reconstruir a situação se soubermos que na igreja primitiva a Ceia era geralmente precedida por uma refeição fraternal chamada Ágape, ou Festa do Amor (cons. Judas 12). Desordens ocorridas no Ágape despertaram a indignação do apóstolo (vs. 1Co 11:17-22), uma revisão de ensinamentos anteriores (vs. 1Co 11:23-26), e uma severa aplicação da verdade à assembléia coríntia (vs. 1Co 11:27-34).


Moody - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 23 até o 26


2) Revisão de Instruções Anteriores. 11: 23-26.

O apóstolo justifica sua reprimenda recapitulando o significado real e verdadeiro da ordenança, remontando ao ensinamento do próprio Senhor.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 2 até o 34
c) Culto público-os princípios em jogo (1Co 11:2-46) -Nesta seção Paulo dá instruções a respeito da conduta própria dos cristãos, homens e mulheres. Embora à primeira vista algumas de suas declarações sejam difíceis de compreender (veja-se v. g. vers. 10), todavia, se refletirmos na passagem, podemos ver a importância do seu ensino geral e sua necessidade hoje. Os costumes sociais que fornecem o fundo de cena para o pensamento dele são, naturalmente, diferentes dos nossos; mas os fatores envolvidos são os mesmos, a saber, modéstia, propriedade, ordem.

>1Co 11:3

Cristo é o cabeça de todo homem (3). Este vers. coloca a matéria toda em sua perspectiva própria. Paulo enuncia um princípio, grande e básico, da ordem da criação, e aplica-o na solução da matéria em apreço. Cabeça coberta (4). Cobrir a cabeça é sinal de sujeição. O homem, criado à imagem de Deus (7), não precisa "cobrir-se" na presença das outras criaturas (talvez inclusive os anjos), mas é apropriado às mulheres fazerem assim, visto que, por desígnio de Deus, ela é sujeita ao homem. Rapada (6). Uma mulher rapar a cabeça naqueles tempos, era sinal de vergonha ou desgraça, indicativo de que a tal era adúltera. A mulher para o homem (9). O conceito que a Escritura faz do casamento é tal que, apesar de a mulher dever obediência a seu marido, os deveres deste para com sua esposa defendem-na de ser dominada arbitrariamente por ele (veja-se v. g. 1Pe 3:7).

>1Co 11:10

Portanto deve a mulher trazer véu na cabeça (10), como "sinal de autoridade" (ARA). Tem havido muitas interpretações para este vers. difícil. A mais simples parece também ser a mais natural. O vers. precedente declarou que a mulher se originou do homem e foi criada por causa dele. Cobrir a cabeça era um modo de reconhecer (ou era um "sinal" de) esta ordem divina na obra da criação, símbolo da autoridade do seu marido. Por causa dos anjos (10). Para nós é uma frase de sentido obscuro, mas provavelmente era bem compreendida pelos cristãos coríntios da época. Alguns relacionam este vers.com a narrativa da união dos "filhos de Deus" com "as filhas dos homens" em Gn 6 (onde a Septuaginta tem angeloi pelos "filhos de Deus"), mas a razão de tal referência aqui não é muito clara. Uma interpretação mais simples é a que vê aqui uma referência ao fato de os judeus e a Igreja Cristã primitiva pensarem que os anjos estavam presentes em suas reuniões de culto. Onde estiverem reunidos, santa e ordeiramente, cada adorador deve mostrar que reconhece a ordem da criação divinamente estabelecida. Paulo reforça seu argumento apelando para o costume natural e o senso comum. Não vos ensina a própria natureza (14). Devemos pois traduzir seu conselho em termos aplicáveis aos costumes de hoje em dia, a fim de garantirem condições que, semelhantemente, produzam modéstia, propriedade e ordem.

>1Co 11:17

2. A OBSERVÂNCIA DA CEIA DO SENHOR (1Co 11:17-46) -Paulo agora passa ao importante assunto do modo de observar a Ceia do Senhor na 1greja. Nos tempos apostólicos era, com regularidade, precedida da "festa do amor" (gr. agape), a fim de, sem dúvida, estabelecerem um confronto mais estreito com a última Ceia. Como era de praxe, cada membro levava sua comida. Contrastando com as reuniões sociais costumeiras, ricos e pobres se juntavam nessas festas cristãs, de modo que tinha de haver considerável disparidade nas quantidades de alimento que uns e outros forneciam. Mas, ao invés do repartirem os alimentos com todos, cada qual conservava para si a parte que tinha levado, com o vergonhoso resultado descrito no vers. 21. E assim as tais festas, que tinham o intuito de fomentar sociabilidade, falhavam inteiramente neste objetivo, e o apóstolo a bem dizer aconselhou a suspensão delas (veja-se o vers. 22).

Por causa desses abusos, Paulo declara que não pode louvar os coríntios nesse particular (17), em contraste com o elogio que lhes fez por observarem as ordenanças (tradições) que lhes entregara (veja-se o vers. 2). Volta a referir à existência de partidos entre eles (18), acrescentando: até mesmo importa que haja partidos (heresias) entre vós para que também os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio (19). Heresia não é somente sustentar uma opinião errônea, mas é escolhê-la definitivamente e tomar posição a seu lado. O propósito de Deus, consentindo essas facções, é tornar manifestos aqueles que são aprovados por Ele. Paulo então declara: o que eles fazem, quando se reúnem, não é absolutamente celebrar com propriedade a Ceia do Senhor (20). Permitindo excessos, deixando que, alguns saiam dali com fome, e envergonhando os membros mais pobres da congregação, com isto menosprezam a Igreja de Deus (22). Esta frase pode ser relacionada com o vers. 29, tendo-se em mente que estoutra vos reunis na 1greja (18) não se refere, naturalmente, a ajuntamento num templo, mas descreve a natureza especial e solene dessa reunião. O que se condena em toda esta passagem é deixar de discernir ou formar opinião sobre o corpo (isto é, a Igreja) quanto ao seu verdadeiro valor.

>1Co 11:23

A narrativa completa que o apóstolo faz da instituição da Ceia do Senhor (note-se que ele declara tê-la recebido do Senhor) é a fórmula que a Igreja desde então tem usado na celebração desse rito (23-25). O vocábulo "eucaristia" vem da palavra grega que significa dar graças (24) e às vezes se emprega em lugar de Santa Comunhão. Isto é o meu corpo (24). Toda idéia "carnal" de participação fica excluída pelo fato de o Senhor estar vivo quando disse essas palavras, isto é, foi antes de sua morte. O corpo e o sangue de Cristo são recebidos de uma maneira espiritual. Fazei isto (24). Estas palavras não estão em Mateus e Marcos; a ordem fundamenta-se, pois, no testemunho de Paulo. Suas palavras pressupõem que a prática vigorava na 1greja e compreende-se que procederam do próprio Senhor. Em memória de mim (24-25). A repetição é impressionante e nos dá a razão escriturística para a observância da Ceia do Senhor. Sua finalidade é fazermos recordação do Salvador, em todos os eventos de sua vida, mas principalmente de sua morte por nós na cruz; e, em recordá-lo, sentirmos sua presença conosco. A santa Ceia é, pois, uma "recordação" de Cristo e uma "comunhão" com Ele. Testamento (25) é o mesmo que "concerto". Os termos "Velho Testamento" e "Novo Testamento" derivam-se deste versículo. Anunciais (26). É o mesmo verbo usado em 1Co 9:14. A celebração desta ordenança é, portanto, o "grande anúncio da morte de Cristo" e um testemunho ao mundo a respeito da devoção dos cristãos ao seu Senhor, e da confiança deles na Sua morte até que Ele venha (26). Réu do corpo... (27). Este vers. é um solene aviso contra os que participam irrefletidamente da Ceia do Senhor. Essas palavras significam que esses tais são réus de um crime cometido contra a santidade do corpo e do sangue do Senhor, colocando-se destarte do lado dos inimigos de Cristo, que o crucificaram. Este memorial nos foi dado pelo próprio Cristo; o abuso dele leva à condenação (29) ou "juízo". Deve-se notar que indignamente (27-29) é uma coisa, "indignos" é outra, e tais nunca deixaremos de ser. O sentido exato do vers. 30 é obscuro. Pode ser interpretado metaforicamente, como a descrever a incompetência espiritual deles, coríntios; ou pode relacionar-se com o "juízo" do vers. 29 e interpretar-se como descrição dos males físicos que resultam dos excessos deles, sendo sinais externos do juízo de Deus. O vers. 31 urge que estejamos atentos sobre nós mesmos-nossos motivos e pensamentos-sendo castigados (disciplinados), porém não condenados (32). O apóstolo termina exortando que dirijam aquelas reuniões da Igreja de um modo decente e ordeiro, prometendo-lhes que discutirá ainda o assunto quando da próxima visita que lhes fizer (33-34).

O fato de Paulo ter dedicado tanto espaço à doutrina concernente à Ceia do Senhor mostra sua importância na vida cristã. Ao mesmo tempo, façamos dela uma idéia justa, sem exagero. Fora dos Evangelhos e desta Epístola, há muito poucas referências a esta ordenança. Sua instituição por nosso Senhor e o mandamento para que a celebremos em sua memória leva-nos a colocá-la no centro da nossa vida cristã. Contudo, concentrar nela nossa vida devocional é subverter o equilíbrio espiritual e, como sabemos da história da Igreja, isso conduz a erro grave e superstição.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34

26. A subordinação e Igualdade das Mulheres ( I Coríntios 11:2-16 )

Agora eu te louvarei, porque se lembra de mim em tudo, e segure firmemente as tradições, assim como eu-los entreguei. Mas eu quero que você entenda que Cristo é a cabeça de todo homem, eo homem é a cabeça de uma mulher, e Deus é a cabeça de Cristo. Todo homem que tem algo na cabeça, enquanto que ora ou profetiza, envergonha a sua cabeça. Mas toda mulher que tem a cabeça descoberta, ao orar ou profetizar, envergonha a sua cabeça; pois ela é uma ea mesma coisa com ela, cuja cabeça está raspada. Porque, se uma mulher não cobre a cabeça, deixe-a também seu cabelo cortado; mas se é vergonhoso para uma mulher para ter seu cabelo cortado ou raspado a cabeça, deixe-a cobrir a cabeça. Para um homem não deveria ter a cabeça coberta, já que ele é a imagem e glória de Deus; mas a mulher é a glória do homem. Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem; pois na verdade o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. Portanto, a mulher deve ter um símbolo de autoridade em sua cabeça, por causa dos anjos. No entanto, no Senhor, nem a mulher é independente do homem, nem o homem é independente da mulher. Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem tem o seu nascimento até a mulher; e todas as coisas provêm de Deus. Julguem vocês mesmos: é apropriado para uma mulher orar a Deus com a cabeça descoberta? O que não ensina a própria natureza que se o homem tiver cabelo comprido, é uma desonra para ele, mas se uma mulher tem o cabelo comprido, é uma glória para ela? Para o cabelo dela é dado a ela de véu. Mas se alguém está inclinado a ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus. ( 11: 2-16 )

O papel das mulheres tornou-se um campo de batalha na sociedade durante as últimas décadas. A luta pelos direitos das mulheres tem aumentado a um lugar de desequilíbrio na sociedade, que ameaça o futuro. Em nossos dias, os esforços do inimigo começou com a sociedade secular e trabalhou de volta para a igreja, que tantas vezes pega doenças do mundo e adota o espírito da época. Alguns líderes e escritores, em nome do cristianismo, têm ido tão longe como para ensinar os princípios que tentam redefinir, ou até mesmo alterar, as verdades bíblicas para acomodar os padrões de pensamento contemporâneo no mundo. Para fazer isso, é claro, eles têm que acreditar que Paulo, Pedro, e outros escritores bíblicos adicionou algumas de suas próprias opiniões a verdade revelada de Deus ou que os apóstolos, por vezes, ensinou culturalmente determinadas costumes ao invés de padrões divinamente revelado. Quando essa abordagem é adoptada, o homem deve decidir por si mesmo o que parte da Escritura é revelada e que é não-fazendo dele o juiz sobre a Palavra de Deus. Satanás febrilmente tenta perturbar a ordem divina de qualquer maneira que puder, e uma maneira fundamental é pervertendo os papéis e as relações homem-mulher.
A igreja de Corinto enfrentou uma situação semelhante à que enfrentamos hoje, e os crentes que escreveu Paulo ( 7: 1 ), aparentemente, tinha pedido a sua palavra sobre a submissão das mulheres. O apóstolo estava satisfeito que eles buscavam a revelação de Deus neste e nos outros, que eles amavam e respeitavam-no, e que, basicamente, eles realizaram a sã doutrina. Agora eu te louvarei, porque se lembra de mim em tudo, e segure firmemente as tradições, assim como eu-los entreguei. O termo lembrar significa ser lembrando continuamente, como indicado pelo tempo perfeito. Apesar de sua imaturidade e seus muitos problemas, eles respeitavam Paulo autoridade apostólica e da sabedoria divina, e em algumas áreas da doutrina estavam buscando conhecer e seguir a vontade do Senhor.

Tradições ( paradosis ) significa "aquilo que é repassada pelo ensino" e é usado de forma negativa no Novo Testamento, quando se refere a ideias ou práticas feitas pelo homem (como é Matt 15:2-6. ; Gl 1:14 ; Ef 4:15 ; Cl 1:18 ; etc.). Ele redimiu e comprou com seu próprio sangue ( 1Co 6:20 ; 1 Pe 1: 18-19. ; Ap 5:9 ). A maioria da humanidade nunca reconheceu a autoridade de Cristo, mas todas as coisas foram colocadas "em sujeição debaixo de seus pés" ( He 2:8. ). Aqueles que se submetem voluntariamente à sua autoridade constituem a igreja, e aqueles que se rebelam contra a Sua autoridade constituem o mundo. Em Sua paciência e tolerância Deus permitiu incrédulos rebeldes ignorar o senhorio de Cristo, mas um dia, mesmo que eles vão reconhecer a sua sujeição a Ele. Ele está no controle total de todos os homens, agora e para sempre.

Em segundo lugar, o homem é a cabeça de uma mulher . O princípio de subordinação e autoridade aplica-se a todos os homens e todas as mulheres, não só para maridos e esposas. Ele se estende para além da família a todos os aspectos da sociedade. Essa é a ordem básica da criação, como Paulo explica mais tarde ( vv. 8-9 ). Essa é a maneira que Deus planejou e criou a humanidade; é a maneira que Ele nos fez.

Parece que a maioria dos modismos e equívocos do mundo, eventualmente, encontrar o seu caminho para a igreja. Cristãos mundanos continuamente tentar encontrar maneiras de justificar seu mundanismo, se possível, com base das Escrituras. Feministas cristãs apelar para tais passagens como Gl 3:28 ("não há homem nem mulher") e 1Pe 3:7 . Isaías falou julgamento sobre sua geração, porque eles permitiram que as mulheres dominam sobre ele ( Is 3:12 ).

Em terceiro lugar, Deus é a cabeça de Cristo . Jesus fez nada mais claro do que o fato de que Ele submeteu-se à vontade de Seu Pai ( Jo 4:34 ; Jo 5:30 ; Jo 6:38 ; cf. 1Co 3:231Co 3:23. ; 15: 24-28 ; etc.). Cristo nunca foi, antes, durante ou depois da sua encarnação, de qualquer forma inferior em essência com o Pai. Mas, em sua encarnação Ele voluntariamente se subordinou ao Pai, em Seu papel como Salvador e Redentor. Ele amorosamente sujeitou-Se totalmente à vontade de Seu Pai, como um ato de humilde obediência no cumprimento do propósito divino.

Paulo gravatas inseparavelmente os três aspectos do princípio juntos. Como Cristo é submisso ao Pai e cristãos devem ser submissa a Cristo, as mulheres devem ser submissas aos homens. Você não pode rejeitar uma parte sem rejeitar os outros. Você não pode, por exemplo, rejeitar o princípio da submissão da mulher ao homem, sem rejeitar também a apresentação de Cristo ao Pai e submissão dos crentes a Cristo. É claro que a cabeça estar do homem da mulher significa a mesma coisa que ser cabeça de Cristo pelo homem que é, a submissão liderança exigindo soberana que reconhece o benefício de tal liderança do amor.

A autoridade e submissão em cada um desses casos é baseado no amor, não a tirania. O Pai enviou Cristo por amor, não por obrigação, para redimir o mundo; eo Filho apresentou ao Pai por amor, não compulsão. Cristo ama a Igreja, tanto que Ele morreu por ele; e Ele governa a Igreja no amor, não na tirania. Em resposta, a igreja está sujeita a Ele no amor. Da mesma forma, os homens em geral e, em particular, os maridos devem exercer sua autoridade no amor, não na tirania. Eles não têm autoridade, porque de maior valor ou maior capacidade, mas simplesmente por causa do projeto de Deus sábio e amoroso vontade. As mulheres respondem em submissão amorosa como eles foram projetados para fazer (cf. 1 Tim. 2: 11-15 ). Esta não é uma questão de dignidade parente ou valor, mas de tarefa e responsabilidade.

O princípio aplicado

Todo homem que tem algo na cabeça, enquanto que ora ou profetiza, envergonha a sua cabeça. Mas toda mulher que tem a cabeça descoberta, ao orar ou profetizar, envergonha a sua cabeça; pois ela é uma ea mesma coisa com ela, cuja cabeça está raspada. Porque, se uma mulher não cobre a cabeça, deixe-a também seu cabelo cortado; mas se é vergonhoso para uma mulher para ter seu cabelo cortado ou raspado a cabeça, deixe-a cobrir a cabeça. ( 11: 4-6 )

É melhor entender que Paulo está aqui se referindo às atividades dos crentes no ministério diante do Senhor e ao público, onde um claro testemunho é essencial.
Nos sentidos mais gerais orar é falar com Deus sobre as pessoas, incluindo nós mesmos, e profetizar é falar com as pessoas sobre Deus. Um é vertical (o homem com Deus) e o outro é horizontal (de homem para homem), e eles representam as duas dimensões primárias do ministério dos crentes. É certo que o detalhe desta passagem relacionada com coberturas de cabeça é difícil por causa da escassez de dados históricos. Mas o conteúdo ajuda a esclarecer o princípio Paulo tem em mente, seja qual for a cobertura especial pode ter sido. Ele quer que a igreja a viver de acordo com os padrões divinos.

Quando Paulo disse que um homem envergonha a sua cabeça se ele tem algo em sua cabeça, enquanto que ora ou profetiza , ele tinha que estar se referindo ao costume local de Corinto. A frase tem algo na cabeça , literalmente, significa "ter-se da cabeça", e normalmente é tomado para se referir a um véu. O contexto aqui implica que em Corinto tal cobertura para a cabeça teria sido completamente ridículo para um homem e completamente adequado para uma mulher. Para os judeus, que vieram a usar revestimentos de cabeça, a prática parece ter chegado no século IV D.C , embora alguns possam ter tentado-lo no tempo dos apóstolos. Mas em geral, foi considerada como uma desgraça para um homem culto com a cabeça coberta.

Parece, portanto, que Paulo não está afirmando uma exigência universal divino, mas simplesmente reconhecer um costume local. O costume cristão local, no entanto, que se reflecte o princípio divino. Na sociedade Corinthian de um homem que ora ou profetiza sem uma cobertura para a cabeça era um sinal de sua autoridade sobre as mulheres, que eram esperados para ter suas cabeças cobertas nesses ministérios. Por conseguinte, para um homem deve cobrir a cabeça seria uma desgraça, porque sugeria uma inversão das relações adequadas. desgraças sua cabeça poderia se referir a sua própria cabeça, literalmente e metaforicamente a do marido.

Nos dias de Paulo numerosos símbolos foram usados ​​para indicar relação de subordinação da mulher ao homem, particularmente das esposas aos maridos. Normalmente, o símbolo era na forma de uma cobertura para a cabeça, e no mundo greco-romana de Corinto o símbolo aparentemente foi um véu de algum tipo. Em muitos países do Oriente Próximo hoje o véu de uma mulher casada ainda significa que ela não vai expor-se a outros homens, que sua beleza e encantos são reservados exclusivamente para o seu marido, que ela não se importa mesmo para ser notado por outros homens. Da mesma forma, na cultura do primeiro século Corinto vestindo uma cobertura para a cabeça enquanto ministrando ou adorando era a maneira de afirmar a sua devoção e submissão ao seu marido e de demonstrar seu compromisso com Deus de uma mulher.
Parece, no entanto, que algumas mulheres na igreja de Corinto não estavam cobrindo suas cabeças ao orar ou profetizar . Nós sabemos da história secular que vários movimentos de libertação e feminismo da mulher apareceu no Império Romano durante os tempos do Novo Testamento. As mulheres muitas vezes tiram os véus ou outros revestimentos de cabeça e cortar o cabelo, a fim de se parecer com os homens. Assim como em nossos dias, algumas mulheres estavam exigindo a ser tratados exatamente como os homens e eles atacaram matrimônio e da educação dos filhos como restrições injustas sobre os seus direitos. Eles afirmaram sua independência, deixando seus maridos e casas, recusando-se a cuidar de seus filhos, que vivem com outros homens, os empregos tradicionalmente ocupados por homens exigentes, vestindo roupas e penteados dos homens, e descartando todos os sinais de feminilidade. É provável que alguns dos crentes de Corinto foram influenciados por esses movimentos e, como um sinal de protesto e de independência, recusou-se a cobrir a cabeça em momentos apropriados.

Tal como acontece com a carne que tinha sido oferecida aos ídolos, não havia nada em como usar ou não usar da cabeça cobrindo-se de que era certo ou errado. É a rebelião contra papéis ordenados por Deus que está errado, e em Corinto que a rebelião foi demonstrada por mulheres orando e profetizando com a cabeça descoberta.
O vestido é em grande parte cultural e, a menos que uma pessoa usa é imodesto ou sexualmente sugestivo, não tem significado moral ou espiritual. Ao longo dos tempos bíblicos, como em muitas partes do mundo hoje, tanto homens como mulheres usavam algum tipo de robe. Mas sempre houve algumas distinções claras de vestido entre homens e mulheres, na maioria das vezes indicada por revestimentos comprimento do cabelo e da cabeça.
É o princípio da subordinação das mulheres aos homens, não a marca ou símbolo de que a subordinação particular, que Paulo está ensinando nesta passagem. O apóstolo não está, que estabelece um princípio universal de que as mulheres cristãs devem sempre cultos com as cabeças cobertas.
A menção aqui de mulheres do que ora ou profetiza às vezes é usado para provar que Paulo reconheceu o direito do seu ensino, pregação e liderança na adoração da igreja. Mas ele não faz nenhuma menção aqui da igreja em adoração ou no tempo de ensino formal. Talvez ele tem em vista que ora ou profetiza em locais públicos, ao invés de no culto da congregação. Isso certamente se encaixam com as directivas muito claras em I Coríntios ( 14:34 ) e em sua primeira carta a Timóteo ( 2:12 ). O Novo Testamento não tem restrições de testemunho de uma mulher em público para os outros, até mesmo para um homem. Também não proibir as mulheres de tomar nonleadership papéis de orar com os crentes ou para os incrédulos; e não há restrição de ensinar as crianças e outras mulheres (cf. Tito 2:3-4 ; 1Tm 5:161Tm 5:16. ). As mulheres podem ter o dom da profecia, assim como quatro filhas de Filipe ( At 21:9 ).

O homem também é criado exclusivamente para levar a imagem de Deus como uma régua, a quem é dada uma esfera de soberania. Nesse sentido, ele também foi criado para ser a glória de Deus . Deus deu ao homem o domínio sobre todo o mundo criado, para cuidar de acordo com o Seu plano divino. O homem foi dado domínio do mundo. Tanto homens como mulheres são criados à imagem de Deus, mas como Paulo assinala no versículo 8 , a criação original do "pó da terra" foi de apenas Adão ( Gn 2:7 indica, dizendo: "Seu desejo será para o teu marido, e ele te dominará." Então, o homem é representar Deus em autoridade e governo, sendo assim, a glória de Deus. Depois de regra do homem queda foi reforçada. Por conseguinte, ele é não usar qualquer símbolo de subordinação.

Porque alguns rabinos antigos tinha interpretado mal Êxodo 34:33-35 , que ensinou que os homens judeus devem cobrir a cabeça quando oravam porque Moisés velado o rosto na presença da glória de Deus.Mas foi na presença do povo, e não a presença de Deus, que Moisés usava o véu. Como Paulo explica em sua próxima carta a Corinto, Moses ", usada para colocar um véu sobre o rosto que os filhos de Israel não pode olhar fixamente para o fim do que foi desaparecendo" ( 2Co 3:13 ). Ele não quer que eles vejam a glória de Deus, que ele havia recebido na presença de Deus, desaparecendo de seu rosto. A tradição judaica, de homens que cobrem suas cabeças para orar é, portanto, uma tradição humana, não um divino.

Por outro lado, a mulher é a glória do homem . Mulher foi feita para se manifestar a autoridade do homem e como o homem foi feito para manifestar autoridade e vontade de Deus. A mulher é vice-regente, que governa no lugar de homem ou que exerce a vontade do homem, assim como o homem é vice-regente de Deus que governa em Seu lugar ou realiza a Sua vontade. A mulher não brilha tanto com a luz direta de Deus como com a luz derivado do homem. Homem é tanto a imagem e glória de Deus, enquanto a mulher é apenas a imagem de Deus ( Gn 1:27 ), e não a imagem do homem, ea glória do homem, e não a glória de Deus. O ponto é que o homem mostra como uma criatura magnífica Deus pode criar a partir de si mesmo, enquanto a mulher mostra como uma criatura magnífica Deus pode fazer de um homem ( Gênesis 2:21-22 ).

No entanto, tanto quanto poupar e graça santificante está em causa uma mulher vem como profundamente em comunhão com Deus como um homem. Ela foi feita igualmente à imagem de Deus, e essa imagem é igualmente restaurado por meio da fé em Jesus Cristo. Ela vai ser tão parecido com Jesus como qualquer homem quando vemos nosso Senhor face a face ( 1Co 13:12 ). Mas, ainda que a mulher é totalmente à imagem de Deus, ela não é diretamente a glória de Deus. Ela é diretamente a glória do homem, o resplendor da glória de indireta homem de Deus. Seu papel no mundo é a submeter-se a direção do homem, a quem é dado o domínio divino.

Para defender ainda mais que a verdade Paulo aponta que o homem não se origina da mulher, mas a mulher do homem. Adão foi criado pela primeira vez e foi dado o domínio sobre a terra antes que a mulher foi criada; e quando ela foi criada, ela foi criada a partir dele. Ela recebeu o nome muito Mulher, porque foi tirada do homem "( Gn 2:9-23 ; cf. 1 Tm 2: 11-13. ).

Mulher não só foi criado a partir de homem, mas para o homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. Ela não é intelectualmente, moralmente, espiritualmente, ou funcionalmente inferior ao homem. Ela é exclusiva dele. Seu papel é o de vir sob a liderança, proteção e cuidado do homem, e ela deve ser "uma ajudadora idônea" ( Gn 2:20).

No versículo 10, Paulo volta para a aplicação do princípio. Por isso, a mulher deve ter um símbolo de autoridade em sua cabeça, por causa dos anjos. O uso cultural de uma cobertura para a cabeça representa o princípio divino e universal de subordinação da mulher ao homem autoridade. símbolo de autoridade é uma palavra ( exousia ), no grego e significa "legítimo poder ou autoridade" A cabeça coberta era a autoridade da mulher ou para a direita para orar e adorar, já que demonstrou sua submissão. Symbol está implícito por causa do óbvio referência aqui à cabeça recobrimento mencionado emversos 4:7 . Naquela cultura, uma mulher estava a usar um tal símbolo como uma indicação de seu papel subordinado ao homem.

O significado básico de anjos é "mensageiro". Paulo aqui está falando dos santos anjos, anjos ministradores de Deus, cuja característica suprema é a obediência total e imediato a Deus. Ao longo de santos anjos de Deus Escritura são mostrados como criaturas de grande poder, mas é sempre derivada de energia e poder submisso. Satanás e os outros anjos que o seguiram foram expulsos do céu pela simples razão de que eles tentaram usar seu poder para os seus próprios fins egoístas e glória, em vez de Deus. Os santos anjos, por outro lado, são o exemplo supremo de subordinação creaturely adequada. Hebreus 1:4-2: 18 centra-se na superioridade de Cristo para os anjos e sua subserviência disposto a Ele.

Esses mensageiros são protetores de Deus da sua Igreja, sobre a qual eles ficam de guarda perpétua. É adequado para uma mulher para cobrir a cabeça em sinal de subordinação por causa dos anjos , a fim de que estes mais submisso de todas as criaturas não vai ser ofendido por nonsubmissiveness. Além disso, os anjos estavam presentes na criação ( 38:7 e Mt 18:10 . O Midrash ensinou que os anjos são os guardiões da ordem criada.

O Princípio Harmonizado

No entanto, no Senhor, nem a mulher é independente do homem, nem o homem é independente da mulher. Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem tem o seu nascimento até a mulher; e todas as coisas provêm de Deus. ( 11: 11-12 )

Se Satanás não pode fazer os homens para negar ou ignorar a Palavra de Deus que ele vai tentar fazer com que eles interpretam de maneira errada e levá-lo ao extremo o Senhor não tinha a intenção. Para que os homens abusam de sua autoridade sobre as mulheres, Paulo recorda-lhes a igualdade e dependência mútua. Autoridade do homem sobre a mulher é uma autoridade delegada e uma autoridade derivada, dada por Deus para ser usado para Seus propósitos e à Sua maneira. O homem como uma criatura companheiro não tem superioridade inata para mulher e não tem o direito de usar a sua autoridade tiranicamente ou egoisticamente. Machismo não é mais bíblica do que o feminismo. Ambos são perversões do plano de Deus.
Longe de mulheres que oprimem, a igreja tem sido o seu maior libertador. Nas sociedades gregas e romanas a maioria das mulheres eram pouco mais que escravos, as posses de seus maridos, que muitas vezes praticamente comprado e comercializado suas esposas à vontade. Foi em grande parte por causa deste tratamento desumano de mulheres que o feminismo se tornou tão popular no Império Romano.Em muitas comunidades judaicas situação da mulher não era muito melhor. O divórcio tornou-se fácil e banal, mas foi quase inteiramente uma prerrogativa do homem. Alguns homens judeus realizada mulheres em tão baixa estima que eles desenvolveram uma oração popular, em que agradeceu a Deus que eles não nasceram um escravo, um gentio, ou uma mulher.
Mas em Cristo todos os crentes, homens e mulheres, estão no Senhor, e são iguais sob o Senhor. Em seu trabalho as mulheres são tão importantes quanto os homens. Seus papéis são diferentes em função e relacionamentos, mas não na espiritualidade ou importância. Nem é mulher independente do homem, nem o homem é independente da mulher. Homens e mulheres são complementares em todos os sentidos na vida, mas particularmente na obra do Senhor é que eles funcionam juntos como uma equipe divinamente ordenado. Eles servem uns aos outros e eles servem uns com os outros. A este respeito "não há homem nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus" ( Gl 3:28 ). Esta igualdade é suportada em muitas passagens bíblicas. Nosso Senhor, por exemplo, elogiou ato de ouvir o discurso teológico sobre o trabalho de Marta na cozinha (de Maria Lucas 10:38-42 ), e as mulheres são dados dons espirituais ( 1 Cor. 12: 7-11 ).

Desde os primórdios da história do povo de Deus as mulheres tiveram um papel vital em Sua obra e ministério. O salmista declarou que "As mulheres que anunciam as boas novas são um grande host" ( Sl 68:11 ), o que indica que muitos dos maiores obreiros de Deus têm sido as mulheres. Imediatamente após a ascensão de nosso Senhor, cerca de 120 crentes, incluindo os apóstolos e um número de mulheres, reunidos no cenáculo de oração ( Atos 1:12-15 ). Todo o último capítulo de Romanos é dedicado a recomendação de Paulo e saudações a vários amigos na igreja em Roma, entre os quais oito mulheres honrados. Ele começa com um belo elogio da "nossa irmã Febe, que é serva da igreja que está em Cencréia" e o pedido "que recebe no Senhor de um modo digno dos santos, e que você ajudá-la em tudo o que importa que ela pode ter necessidade de você, pois ela mesma também tem sido o amparo de muitos, e de mim também "( Rm 16:1-2. ). Entre suas muitas outras obras, Phoebe ministrou até mesmo para um apóstolo. Maria, a mãe de João Marcos, abriu sua casa como um local de encontro para os crentes de Jerusalém ( At 12:12 ) e Lydia abriu sua casa da mesma forma para os crentes em Filipos ( At 16:40 ). Quando Apolo, "homem eloqüente ... poderoso nas Escrituras", começou a pregar em Éfeso, tanto Aquila e sua esposa, Priscilla ", levou-o de lado e explicou-lhe o caminho de Deus com mais precisão" ( Atos 18:24— 26 ).

Em muitas épocas e lugares, as mulheres fiéis têm mantido a igreja viva, com pouco ou nenhum apoio de homens. Muitos campos de missão não existiria se não fosse para as mulheres eleitos de Deus. Uma igreja sem mulheres piedosas não pode ser uma igreja forte e eficaz. Devida autoridade do homem não o torna independente da mulher, nem o seu bom subordinação fazê-la sozinho dependente. Nem é independente do outro; eles são mutuamente dependentes.
Deus criou homens e mulheres. A primeira mulher foi criada a partir do homem, mas uma vez que o tempo todo homem foi criado através de uma mulher. Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem tem o seu nascimento até a mulher. O mais importante, todas as coisas provêm de Deus . Homens e mulheres têm diferentes papéis, mas não diferente de importância. As mulheres são iguais aos homens no mundo, na igreja, e diante de Deus. Essa é a harmonia sábio e gracioso de Deus e da balança diferença de papéis, mas a igualdade na natureza, pessoalidade, trabalho e espírito. Ele criou tanto para seus propósitos gloriosos.

As mulheres não são para serem professores de homens, mas eles geralmente são os shapers mais influentes dos homens. Rolamento e nutrir as crianças dar às mulheres a salvação de qualquer pensamento de status inferior do que os homens ( 1Tm 2:15 ). Como as mães têm um papel único e indispensável na formação e desenvolvimento dos meninos, que são os homens na tomada de decisões. Desde a concepção até a idade adulta um homem é dependente e moldado por sua mãe de uma forma única e maravilhosa. E toda a vida adulta, seja casado ou solteiro, ele é dependente de mulheres em mais maneiras do que ele é muitas vezes dispostos a reconhecer. No casamento os homens não podem ser fiéis ao Senhor a menos que sejam de boa vontade e amor dependente da esposa que Ele lhes deu. Nos homens obra do Senhor não pode ser fiel a Ele, a menos que eles são dependentes das mulheres a quem ele deu a responsabilidade em Sua Igreja. Eles são perfeitos complementos e um na cabeça, líder, provedor, eo outro, o ajudante, torcedor, e companheiro.

O Princípio respondeu a

Julguem vocês mesmos: é apropriado para uma mulher orar a Deus com a cabeça descoberta? O que não ensina a própria natureza que se o homem tiver cabelo comprido, é uma desonra para ele, mas se uma mulher tem o cabelo comprido, é uma glória para ela? Para o cabelo dela é dado a ela de véu. Mas se alguém está inclinado a ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus. ( 11: 13-16 )

Paulo pergunta o Corinthians a ignorar a sua autoridade apostólica por um momento. Julguem por si próprios, ele lhes diz. O princípio da autoridade e de subordinação não só é dado por Deus à Sua revelação divina, mas é evidente a partir de sua própria criação. A prática cultural de uma mulher do cobrindo sua cabeça como um símbolo da subordinação ao homem é um reflexo da ordem natural. O que não ensina a própria natureza que se o homem tiver cabelo comprido, é uma desonra para ele, mas se uma mulher tem o cabelo comprido, é uma glória para ela.

Homens e mulheres têm fisiologias distintos em muitos aspectos. Um deles é no processo de crescimento de cabelo na cabeça. Cabelo desenvolve-se em três fases, formação e crescimento, repouso e precipitação. O hormônio masculino testosterona acelera o ciclo de modo que os homens alcançam a terceira fase mais cedo do que as mulheres. O hormônio feminino estrogênio faz com que o ciclo de permanecer na primeira fase por mais tempo, fazendo com que o cabelo das mulheres a crescer mais do que os homens. As mulheres são raramente careca porque alguns até atingir o estágio três. Esta fisiologia se reflete na maioria das culturas do mundo em o costume de mulheres que usam o cabelo mais longo do que os homens.
Natureza ( physis ) também carrega a idéia de instinto, um senso inato do que é normal e correto. Este é um apelo à consciência humana. Paulo está dizendo que como homem olha em torno de si, ele reconhece que, mas por raras exceções, a natureza e instinto humano testemunhar que é normal e adequado para o cabelo de uma mulher para ser mais longo que o do homem. Lindamente vestida de cabelo é uma glória para a mulher, o dom especial de Deus para mostrar a suavidade e ternura de uma mulher. A palavra grega ( Kome ) para o cabelo longo pode significar tanto o cabelo longo e um penteado arrumado.

O cabelo de uma mulher é em si dada a ela de véu. O cabelo dela é sua cobertura natural ou véu, e headwear é uma cobertura simbólica cultural, ambos representando seu papel subordinado. Ambos natureza e costume geral refletir princípio universal de Deus do homem no papel de autoridade e do papel da mulher de subordinação. A beleza original de uma mulher é gloriosamente manifesto na feminilidade distintivo retratado por seu cabelo e seu atendimento aos costumes femininos.
Nas culturas modernas, onde o uso de um chapéu ou véu não simboliza subordinação, essa prática não deve ser exigido dos cristãos. Mas o cabelo das mulheres e vestido das mulheres é ser distintamente feminino e demonstrar sua beleza feminina e submissão. Não deve haver confusão sobre identidades masculina e feminina, porque Deus fez os sexos distintos fisiologicamente e em papéis e relacionamentos. Ele quer que os homens a serem masculino, para ser responsável e amorosamente autoritário. Ele quer que as mulheres sejam feminino, para ser responsável e amorosamente submissa.
Como em quase todas as idades e de todas as igrejas, alguns dos crentes de Corinto não estavam satisfeitos com a maneira de Deus e queria ignorá-lo ou modificá-lo para atender a si mesmos. Paulo antecipou a sua oposição ao que ele tinha acabado de ensinar. Ele sabia que alguns estariam inclinados a ser contencioso, mas ele não podia dizer nada adicional para eles que seria mais convincente do que o que ele já tinha dito.
Ao resumir seu argumento, notamos que Paulo estabeleceu que as mulheres devem ser submissas aos homens por causa do relacionamento da Divindade ( v. 3 ), o projeto divino de homem e mulher ( v. 7 ), a ordem da criação ( v. 8 ), o papel da mulher ( v. 9 ), o interesse dos anjos ( 10 v. ), e as características da fisiologia natural ( vv. 13-15 ).

É por isso que ele declara que nem Deus, representada por seus apóstolos, nem das congregações fiéis de sua igreja vai reconhecer qualquer outro princípio ou seguir qualquer outro padrão de comportamento. O argumento é absolutamente convincente. "Se você quiser encontrar um ouvido simpático à sua dissidência", diz ele, "você não vai encontrá-lo entre os apóstolos ou nas igrejas." Nós não temos nenhuma outra prática, nem as igrejas de Deus. Os apóstolos e as outras igrejas foram firmemente comprometidos com a prática que as mulheres devem usar um cabelo mais longo do que os homens e deve ter penteados distintamente feminino. E onde o costume ditada-lo, eles devem usar coberturas de cabeça apropriados para distinguir-se como submissa.

27. Celebrando a Ceia do Senhor ( I Coríntios 11:17-34 )

Mas em dar essa instrução, eu não te louvo, porque você não se reúnem para melhor, mas para pior. Pois, em primeiro lugar, quando você vir junto como uma igreja, ouvi dizer que há entre vós dissensões; e, em parte, eu acredito nisso. Para deve haver também entre vós facções, para que aqueles que são aprovados possam ter sido evidente entre vós. Portanto, quando você se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor, pois em seu comendo, cada um toma a sua própria ceia primeiro; e um fica com fome e outro se embriaga. O Quê! Você não tem casas em que para comer e beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e de vergonha os que nada têm? o que devo dizer a você? Devo elogiar você? Neste eu não te louvarei.Porque eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, partiu-o e disse: "Este é o meu corpo, que é para você;. fazei isto em memória de mim" Do mesmo modo Ele tomou também o cálice, depois da ceia, dizendo: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazer isso, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim." Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha. Portanto, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Mas deixe um homem examine a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe, come e bebe juízo para si mesmo, se não julgar corretamente o corpo. Por esta razão, há entre vós muitos fracos e doentes, e vários já dormiram. Mas se nos julgássemos a nós mesmos, com razão, nós não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos disciplinados pelo Senhor a fim de que não sejamos condenados com o mundo. Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros. Se alguém tem fome, coma em casa, para que você não pode se reúnem para julgamento. E as restantes matérias vou arranjar quando eu chegar. ( 11: 17-34 )

Por instrução e pelo exemplo Cristo instituiu duas ordenanças, batismo e comunhão, portarias que aqueles que crêem nEle estão a seguir fielmente. Jesus ordenou aos seus discípulos: "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" ( Mt 28:19 ), seguindo o Seu próprio exemplo de ser batizado por João Batista ( 13 40:3-17'>Mateus 3:13-17. ). Durante sua última refeição da Páscoa no cenáculo Jesus iniciou a Comunhão (ou da Ceia do Senhor, como tem vindo a ser conhecido), dizendo aos discípulos para continuar a portaria como uma memória dele ( Lucas 22:19-20 ).

Paulo tinha sido fiel ao estabelecer essas ordenanças em Corinto. Embora ele não tenha pessoalmente batizar muitos dos crentes de lá ( 1 Cor. 1: 14-16 ), afirmou o batismo como um acto não opcional de obediência ao Senhor. A presente passagem deixa claro que o Corinthians comemorou regularmente a Ceia do Senhor, em que o apóstolo tinha compartilhado com eles muitas vezes.

Não foi por acaso que Cristo iniciou ritos Comunhão durante a refeição da Páscoa. Deus instituiu a Páscoa, quando Ele entregou o seu povo dos seus 400 anos de escravidão no Egito. A refeição comemorou a morte do anjo da morte sobre as casas daqueles cujos umbrais e vergas estavam manchadas com o sangue de cordeiro. O cordeiro em si foi assado e comido, juntamente com pães ázimos e ervas amargas."Agora, este dia será um memorial para você, e você deve celebrá-lo como uma festa ao Senhor; nas vossas gerações você é a celebrá-la como uma ordenança permanente" ( Ex 12:1-14. ). Ao longo de sua história, Israel comemorou esta refeição em memória da libertação suprema do Senhor deles, do Egito para a Terra Prometida. Ele ainda é o mais santo de festas judaicas.

Jesus transformou a ceia pascal na celebração do infinitamente maior libertação que Ele veio trazer, de que a Páscoa era apenas um prenúncio. Quando comemos o seu corpo e não beberdes o seu sangue, nos lembramos da redenção espiritual e eterna que Ele comprou com o sacrifício do corpo e que a oferta desse sangue. A Páscoa celebrava a libertação temporária, física da Antiga Aliança. A Ceia do Senhor comemora a libertação permanente e espiritual do Novo. "Este cálice, que é derramado por vós é a nova aliança no meu sangue" ( Lc 22:20 ). A mesa do Senhor lembra-nos da cruz de Jesus Cristo.

Lucas diz-nos que as quatro marcas da vida cotidiana dos primeiros cristãos eram obediência ao ensinamento dos Apóstolos, comunhão, no partir do pão, e de oração ( At 2:42 ). Podemos ter certeza de que a partir do pão incluído celebração freqüente de morte do Senhor, com o pão eo cálice. Alguns estudiosos e historiadores da igreja primitiva acredito que em algumas famílias Comunhão foi comemorado em cada refeição.

A igreja primitiva desenvolveu refeições comunhão especial que veio a ser chamado de amor festas ( Jd 1:12 ), que transformaram as refeições em guloso, bebedeiras. E quando a refeição foi conectado ao pão eo cálice lembrança, era uma profanação flagrante da santa ordenança.

Quando ele introduziu a discussão de cobrir a cabeça das mulheres, Paulo elogiou o Corinthians para segurar firmemente as doutrinas que ele lhes havia ensinado ( 11: 2 ). Agora, ele tem nenhum elogio. Mas em dar essa instrução, eu não te louvo, porque você não se reúnem para melhor, mas para pior.

Dando ... instrução ( parangellō ) significa "para comandar", especificamente para dar uma carga ou encomenda. A idéia básica da palavra é "para passar ao longo de um para outro." Foi usado especialmente para a ordem dada por um comandante militar e passou ao longo da linha por seus subordinados. Paulo deixou claro que o que ele estava prestes a dizer não era meramente conselhos pessoais.Era apostólica instrução que seus leitores foram ordenados a aceitar e seguir.

Teria sido muito melhor para aqueles Corinthians nunca ter tido uma festa de amor, e até mesmo nunca ter observado Comunhão do Senhor, do que ter tão abusado deles. Eles vieram juntos , não para melhor, mas para pior . O prazo para o pior é um comparativo de kakos , que representa o mal moral. Em vez de as celebrações momentos de comunhão amorosa e enriquecimento espiritual sendo eles envolvidos condescendência egoísta, envergonhando os irmãos mais pobres, zombando da morte sacrificial do Senhor, e escandalizando a igreja antes que o mundo descrente em torno deles.

Ao chamar o Corinthians para a santidade em sua observância da Ceia do Senhor, Paulo discute sua perversão dele, o propósito do Senhor para ele, e a preparação certa para isso.

A perversão da Ceia do Senhor

Pois, em primeiro lugar, quando você vir junto como uma igreja, ouvi dizer que há entre vós dissensões; e, em parte, eu acredito nisso. Para deve haver também entre vós facções, para que aqueles que são aprovados possam ter sido evidente entre vós. Portanto, quando você se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor, pois em seu comendo, cada um toma a sua própria ceia primeiro; e um fica com fome e outro se embriaga. O Quê! Você não tem casas em que para comer e beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e de vergonha os que nada têm? o que devo dizer a você? Devo elogiar você? Neste eu não te louvarei. ( 11: 18-22 )

Igreja ( ekklesia ) significa "assembléia" ou "congregação", e no Novo Testamento nunca é usado de um local de construção ou reunião, mas sempre de crentes. Aparentemente, onde e quando os cristãos de Corinto se reuniram eles discutiam e brigavam. Quando vocês se reúnem como igreja, ouvi dizer que há entre vós dissensões. Divisões ( schismata , da qual nós temos cisma), literalmente, refere-se a rasgar ou cortar, e metaforicamente a divisão ou discórdia. O Corinthians, aparentemente, não poderia concordar em nada, nem eles procuram servir uns aos outros. Em vez de compartilhar juntos em comunhão e adoração eles gastaram seu tempo em condescendência egoísta, argumentando e discutindo. Talvez porque ele suspeita que alguns dos relatórios tinha sido exagerada, o apóstolo quis dar-lhes o benefício da dúvida. Então, ele acrescentou, e em parte, eu acredito nisso.

No entanto, os relatórios não teria sido difícil de acreditar. Paulo começou esta carta repreendendo-os fortemente para suas divisões com base em lealdades partidárias ( 1: 10-17 ; 3: 1-3 ). Essas divisões inevitavelmente acabou em "brigas" ( v. 11 ). Os crentes também foram divididos socialmente, já que esta passagem indica. Aqueles que estavam bem de vida trouxe a sua comida e egoisticamente comeu-o antes que os membros mais pobres chegou. Longe de ter "todas as coisas em comum" e "partilha ...com tudo, como que alguém tinha necessidade", como fizeram os primeiros cristãos em Jerusalém ( At 2:44 ), a classe alta Corinthian desprezado até mesmo compartilhar em uma "festa americana ceia "com seus irmãos e irmãs menos favorecidos. Era cada um por si.

Primeiro apelo de Paulo para eles foi ", Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que todos concordam, e não haja divisões entre vocês, mas você ser feita completa na mesma mente e na mesmo parecer "( 1Co 1:10 ). "Como colegas seguidores de Cristo que você deve ter o mesmo entendimento, as mesmas opiniões, a mesma atitude, a mesma visão", ele dizia. As razões para a sua turma havia carnalidade, egoísmo e mundanismo. "Eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a homens de carne, como a crianças em Cristo" ( 3: 1 ). Eles estavam andando na carne, em vez de no Espírito e seguindo suas próprias vontades ao invés do Senhor.

Uma das coisas mais terríveis na igreja é a divisão, porque é um dos primeiros e mais seguros sinais de doença espiritual. Um dos primeiros sintomas de mundanismo e apostasia, muitas vezes antes de ele mostra-se na doutrina comprometida ou estilo de vida, é dissensão dentro de uma congregação.
Paulo estava bem consciente de que a divisão não pode ser totalmente evitada. Até a volta do Senhor, sempre haverá joio no meio do trigo, e os crentes desobedientes bem. Para deve haver também entre vós facções. Não ... deve ser traduz a única palavra dei , o que significa que "é necessário ou deve ser", e indica a necessidade ou compulsão de qualquer espécie. Quando Pedro e os outros apóstolos foram informados pelo Sinédrio a parar de pregar o evangelho, eles responderam: "Nós devemos [ dei ] obedecer a Deus do que aos homens "( At 5:29 ). A palavra é muitas vezes usada no Novo Testamento para representar necessidade divina. Jesus usou o termo em numerosas ocasiões em relação a determinados eventos scripturally previstos e divinamente designados, incluindo Sua crucificação e ressurreição (Mt 24:6 ; Jo 3:14 ; etc.). Ele mesmo disse: "Por que é inevitável que tropeços vir, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!" ( Mt 18:7 ).

As facções não são meramente perturbador; eles são destrutivos. Inicialmente, eles ajudam a revelar os líderes fortes e espirituais, mas, quando permaneceu inconteste eles vão minar qualquer grupo cristão e não devem ser tolerados. "Evita o homem faccioso, depois de um primeiro e segundo aviso", escreveu Paulo Tito ", sabendo que tal homem é pervertido e está pecando, sendo auto-condenado" ( Tito 3:10-11). Pelo próprio fato de que ele é faccioso e divisionista uma pessoa prova sua carnalidade e sua incapacidade de fazer parte da comunhão cristã. É necessário que as facções aparecer, mas não é necessário que eles sejam tolerados ou permissão para conduzir a divisão na igreja.

O ponto focal desse mal era a Ceia do Senhor. O termo deipnon (Ceia) foi a palavra normal utilizado para a refeição da noite. A adição do Senhor lhe dá significado especial e muito maior. Esta foi uma verdadeira refeição, onde a igreja se reuniam para comer a "festa do amor", uma refeição seguido da Comunhão. A Comunhão estava ligado a esta ceia na igreja de Corinto, mas abusos foram obscurecendo o seu propósito divino e destruindo a sua santidade. Na igreja primitiva a festa de amor e comunhão habitualmente foram realizadas em conjunto, mas os abusos, tais como aqueles em Corinto, eventualmente forçado os dois a serem separados, a fim de proteger a Comunhão. A festa de amor logo desapareceu completamente.

Os membros facciosos da igreja de Corinto tinha tão pervertido a congregação que a celebração da Comunhão era uma zombaria; na verdade não era a comunhão a todos. Portanto, quando você se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor. Eles não podiam corretamente dizer que foi dedicado ao Senhor. Nem a refeição nem a Comunhão estava honrando a Ele. Eles tiveram a cerimônia, mas não a realidade, a forma, mas não a substância. "Você pode estar quebrando um pouco de pão, passando o copo, e repetir algumas das palavras de Jesus", disse Paulo, com efeito, "mas o que você está fazendo não tem nada a ver com a ordenança do Senhor instituiu. Cristo não tem parte nisso. "

Pois em seu comer, cada um toma a sua própria ceia primeiro; e um fica com fome e outro se embriaga. Os crentes mais pobres veio para o jantar esperando para compartilhar a comida trazida pelos ricos, mas eles saíram com fome-fisicamente como espiritualmente. Aqueles que trouxe comida e bebida se fartaram e tornou-se bêbado. Eles zombaram o propósito da ocasião, que era para trazer harmonia e unidade entre aqueles que pertenciam a Cristo, como eles se lembraram de Seu sacrifício para torná-los um com Ele. ? "Não é o cálice de bênção que abençoamos uma participação no sangue de Cristo não é o pão que partimos uma participação no corpo de Cristo Uma vez que há um único pão, nós, embora sendo muitos, formamos um só corpo,? Para todos nós participamos do mesmo pão "( 1 Cor. 10: 16-17 ).

Em aparente frustração, como se estivesse tentando encontrar uma explicação racional, Paulo pergunta: O que! Você não tem casas em que para comer e beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e de vergonha os que nada têm? Se sua intenção de se locupletar de forma egoísta, eles não poderiam fazer isso em casa? Ou eles estavam realmente tentando destruir a comunhão por flagrantemente desprezando a igreja de Deus? Ou eles eram tão desdenhoso dos seus irmãos e irmãs pobres em Cristo que eles propositAdãoente embaraçado e envergonhado-los? Independentemente das razões pode ter sido, eles não poderiam justificar o dano que está sendo trazido para a igreja. Se eles não podiam mostrar o amor, por que tem uma festa de amor?
Novamente Paulo diz que ele não pode dizer nada em sua defesa. O que devo dizer a você? Devo elogiar você? Neste eu não te louvarei. "Você vai ter nenhuma aprovação de mim", disse ele. "E você certamente vai ter nenhum elogio."
Atitudes e motivações de um cristão deve ser puro em todos os momentos. Mas quando os crentes se à mesa do Senhor, partilhando o pão do seu corpo e do cálice do Seu sangue, é absolutamente necessário que eles deixam para trás todo o pecado, toda amargura, todo o preconceito racial e sexual, todo o orgulho de classe, e todos sentimentos de superioridade. De todos os lugares e ocasiões, essas atitudes são mais out lugar na Ceia do Senhor. Eles gravemente profano que santa ordenança, bonito, e unificadora de Deus.

A Proposito da Mesa do Senhor

Porque eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, partiu-o e disse: "Este é o meu corpo, que é para você;. fazei isto em memória de mim" Do mesmo modo Ele tomou também o cálice, depois da ceia, dizendo: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazer isso, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim." Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha. ( 11: 23-26 )

Estes versos são como um diamante caiu em uma estrada enlameada. Uma das mais belas passagens de toda a Escritura é dada no meio de uma forte repreensão do mundano, carnal, egoísta e atitudes insensíveis e comportamento. A repreensão, na verdade, é de cristãos que perverteram a própria cerimônia que estes versos tão comovente descrever.
Como sempre fazia quando prestes a apresentar uma verdade especialmente importante ou polêmico, Paulo deixa claro que o que ele está ensinando não é a sua própria opinião, mas Palavra revelada de Deus. Desde os tempos em versículo 23 , nós sabemos que ele está prestes a dizer aos crentes de Corinto não é novidade para eles. Ele é lembrá-los de que ele já havia ensinado a eles. Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei.

A maioria dos estudiosos conservadores concordam que uma Corinthians provavelmente foi escrito antes de qualquer um dos evangelhos. Se isso for verdade, o relato de Paulo aqui é o primeiro registro bíblico da instituição da Ceia do Senhor, e inclui citações diretas de Jesus. É perfeitamente coerente com os relatos evangélicos, mas a revelação de Paulo provavelmente foi recebido do Senhor diretamente, e não através dos outros apóstolos (cf. Gl 1:10-12. ), mesmo que os termos aqui falar de uma cadeia de tradição que viera do Senhor a Paulo e depois para o Corinthians.

Na noite em que foi traído, dá o cenário histórico, que muitos dos crentes pode não ter sabido, porque, como foi dito acima, provavelmente, nenhum dos evangelhos foi escrito ainda. Novamente, vemos uma jóia em um cenário imundo. Este é o mais belo e significativo das celebrações cristãs foi instituída na mesma noite em que o Senhor foi traído e preso. No meio do mal do mundo, Deus estabelece Seu bom; no meio da maldade de Satanás, Deus planta Sua santidade. Assim como, ao contrário, as facções carnais causar santos aprovadas pelo Senhor para "tornar-se evidente" ( 11:19 ), para que a traição de Jesus e prisão causar Seu sacrifício gracioso para tornar-se mais evidente. Em meio a de Satanás absoluta pior, a condenação do Filho de Deus na cruz, Deus realizou seu melhor absoluto, o sacrifício para a redenção do mundo através dessa cruz.

Embora Jesus estava celebrando a Páscoa com seus discípulos no cenáculo, nem os evangelhos, nem conta de Paulo aqui dar todos os detalhes da refeição. Concentram-se em instituição de Jesus da nova refeição, a nova ceia, que agora substitui o antigo.
A refeição da Páscoa começou com o anfitrião de pronunciar uma bênção sobre a primeira taça de vinho tinto e passá-la para os outros presentes. Quatro copos de vinho foram repassados ​​durante a refeição.Após a primeira taça foi ervas amargas bêbados mergulhados em um molho de frutas foram comidos e uma mensagem foi dada sobre o significado da Páscoa. Em seguida, a primeira parte de um hino, o Hallel (que significa "louvor" e está relacionada com a aleluia, "Louvai ao Senhor"), foi cantada. O Hallel é composta de 13 1:118-1'>Salmos 113:118 , ea primeira parte cantada era geralmente 113 ou 113 e 114. Depois do segundo copo foi aprovada, o anfitrião iria quebrar e passar em torno do pão sem fermento. Em seguida, a refeição adequada, que consistia do cordeiro sacrificial assado, foi comido. A terceira taça, após a oração, foi então passada e no resto do Hallel foi cantado. A quarta taça, que comemorou a vinda do reino, foi tomada imediatamente antes de sair.

Foi o terceiro cálice que Jesus abençoou e que tornou-se o cálice da comunhão. "E da mesma maneira que Ele tomou o cálice, depois de terem comido, dizendo: Este cálice, que é derramado por vós é a nova aliança no meu sangue '" ( Lc 22:20 ). Depois que Jesus deu algumas breves palavras de advertência, repreensão, e instrução ( vv. 21-38 ), a refeição foi concluído com o canto de um hino ( Mt 26:30 ).

Quando Ele, isto é, Jesus, tendo dado graças, partiu -o (cf. Jo 6:11 ). No grego , tendo dado graças é um particípio de eucharisteo , da qual nós temos Eucaristia, o nome pelo qual alguns cristãos referem-se a Ceia do Senhor.

pão que tinha representado o Exodus agora veio para representar o corpo de Jesus Cristo, o Messias. Para a mente judaica o corpo representava a pessoa como um todo, e não apenas o seu corpo físico. O corpo de Jesus representa o grande mistério de toda a sua vida encarnada, todo o seu ensino, ministério e trabalho, tudo que era e tudo o que Ele fez.

A palavra quebrada (como no KJV do versículo 24 ) não aparece nos melhores manuscritos ou na maioria das traduções modernas. Embora os romanos freqüentemente quebraram as pernas dos crucificados, a fim de acelerar a morte como um ato de misericórdia, João nos diz especificamente que as pernas de Jesus não foram quebrados. Em ordem "para que a Escritura se cumprisse, 'Não é um osso dele será quebrado" ( Jo 19:33 , Jo 19:36 ). Portanto, a melhor leitura é simplesmente Este é o meu corpo, que é para você.

Para você são duas das mais belas palavras em toda a Escritura. Jesus deu o seu corpo, toda a sua vida encarnada, para nós que cremos nEle. "Tornei-me um homem para você, eu dei o evangelho, a vós; eu sofri por você, e eu morri por você." Nossa,,, Deus misericordioso magnânimo amoroso gracioso se encarnou não para si, mas para nós. Se uma pessoa quer e recebe o benefício de que o sacrifício é a sua escolha; mas Jesus fez e oferece-lo para cada pessoa. Ele pagou o resgate por todos os que serão libertados.

copo que tinha representado o sangue do cordeiro nos umbrais untada e vergas agora veio para representar o sangue do Cordeiro de Deus, derramado para a salvação do mundo. A antiga aliança foi ratificada por várias vezes o sangue de animais oferecidos por homens; mas a Nova Aliança foi ratificada uma vez por todas, pelo sangue de Jesus Cristo ( He 9:28 ), que o próprio Deus tem oferecido. O velho libertação era apenas do Egito para Canaã. Então, Jesus tomou o cálice e disse que é a nova aliança no meu sangue . É importante perceber que este não era novo, no sentido de que era um pacto de graça substituindo uma das obras. Ele é novo na medida em que é o pacto de poupança a que todas as sombras do Antigo Testamento apontou. A nova libertação é do pecado para a salvação, da morte para a vida, do reino de Satanás para o céu de Deus. Páscoa foi transformado em Ceia do Senhor. Nós agora comer o pão e beber o cálice não se lembrar do Mar Vermelho e do Êxodo, mas para lembrar a cruz eo Salvador.

Fazei isto em memória de mim é um comando dos lábios de nosso Senhor. A participação na ceia do Senhor não é, portanto, uma opção para os crentes. Devemos ter comunhão em uma base regular, se quisermos ser fiéis ao Senhor que nos comprou por meio do ato, somos chamados a lembrar. Não participar da Ceia do Senhor é desobediência e um pecado.

Para o hebraico para lembrar significou muito mais do que simplesmente trazer algo à mente, apenas para lembrar que isso aconteceu. Para lembrar verdadeiramente é voltar na mente da pessoa e recuperar o máximo de realidade e da importância de um evento ou experiência como uma possível. Para lembrar de Jesus Cristo e seu sacrifício na cruz é para reviver com a vida dele, agonia, sofrimento e morte, tanto quanto é humanamente possível. Quando participamos da Ceia do Senhor nós não oferecemos um sacrifício de novo; lembramo-nos Seu uma vez por todas sacrifício por nós e nos dedicar ao Seu serviço obediente.

Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha. Todas as vezes que estamos dispostos a lembrar e para proclamar a morte de Cristo, vamos celebrar a Comunhão. Sem frequência é dada, mas é uma festa permanente. É mais do que uma lembrança para o nosso próprio bem; é também uma proclamação por amor do mundo. É um testemunho para o mundo que não temos vergonha de nosso Senhor ou de Seu sangue, que pertencemos a Ele e são obedientes a Ele.

Comunhão é também um lembrete de que o Senhor está vindo novamente, porque Ele nos diz para proclamar a Sua morte por este meio até que Ele venha . Ela ajuda a manter-nos ansiosos para o dia em que estaremos com Ele. É uma celebração de sua vida presente e do seu futuro retorno na glória.

Há muito envolvido nessa lembrança. Quando um crente vem à mesa do Senhor, lembra a obra de Cristo na cruz ( 11:25 ), ele participa da presença espiritual de Cristo na comunhão, e não os próprios elementos ( 10:16 ), ele comunga com os santos ( 10: 17 ), ele adora em santidade ( 10: 20-22 ), ele proclama a salvação em Cristo ( 11: 24-25 ), e ele antecipa o retorno do Senhor ( 11:26 ) e da vinda do Reino ( Mt 26:29 ; He 6:6 ).

Toda vez que ele vem para a Ceia do Senhor, portanto, uma pessoa deve examinar a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice . Antes de tomarmos estamos a dar-nos uma auto-análise aprofundada, procurando honestamente para nossos corações para qualquer coisa que não deveria estar lá e peneirar todo o mal. Nossos motivos, nossas atitudes para com o Senhor e Sua Palavra, para com seu povo, e para o próprio serviço Comunhão devem todos estão sob controlo privado diante do Senhor. O quadro torna-se, assim, um lugar especial para a purificação da igreja. Isso é um uso vital de Comunhão, e advertência de Paulo reforça que o ideal.

Uma pessoa que participa sem entrar no espírito certo come e bebe juízo para si mesmo, se não julgar corretamente o corpo. Acórdão ( krima ) aqui tem a idéia de castigo. Porque "não há, portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" ( Rm 8:1 ; e Estevão, At 7:60 ). Deus realmente condenado à morte um número ( hikanos , lit., "suficiente") dos crentes de Corinto, porque eles continuamente desprezados e corrompido a Ceia de Seu Filho, assim como ele tinha colocado a morte Ananias e Safira por mentir para o Espírito Santo ( Atos 5:1-11 ). Assim como no Antigo Testamento, tais execuções divinas deveriam servir como exemplos do que todos os pecadores merecem, e pode receber (cf. 13 1:42-13:5'>Lucas 13:1-5 ).

Há um remédio para a indignidade. Se nós julgássemos a nós mesmos, com razão, que não deve ser julgado. Isso envolve a discernir o que somos eo que devemos ser. Se confessarmos os nossos pecados, nossas atitudes e motivações erradas, Deus "é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" ( I João 1:9 ).

Como já foi mencionado, se chegarmos indignamente e são julgados por Deus, não é para a condenação. É para o extremo oposto. Mas, quando somos julgados, somos disciplinados pelo Senhor a fim de que não sejamos condenados com o mundo. Deus envia chastening indivíduo para empurrar os infratores de volta para o comportamento justo, e envia a morte para alguns em a igreja para incentivar aqueles que continuam a escolher a santidade em vez de pecado. Mesmo se o Senhor viesse a atacar-nos mortos para profanar Sua mesa, seria para nos disciplinar, para nos impedir de ser condenado. O pensamento é poderoso. Somos guardados da condenação, não só por decreto, mas também por intervenção divina. Deus nos castiga para nos impedir de cair de salvação, e até mesmo levar a nossa vida, se necessário, antes que isso pudesse acontecer.

Paulo fecha admoestando o Corinthians para obter suas vidas e suas atitudes endireitado, para descartar completamente seus preconceitos, seu egoísmo, e sua indiferença a santa vontade de Deus. O fato de que ele diz quando você se reúnem para comer assume que ele apoiou a idéia de sua refeição de confraternização, mas eles devem esperar um pelo outro antes de participar dele. Se algum só foram assistir a fim de satisfazer a sua fome física eles devem comer em casa . Caso contrário, eles perverter a festa de amor. Quando eles vêm para a festa de amor e, principalmente, para a mesa do Senhor, eles devem vir para satisfazer sua fome espiritual. Não há nenhum ponto na coleta para o pecado, porque isso é simplesmente se unindo para julgamento.

Porque eles são mencionados aqui, em vez de no final da carta, discurso de encerramento de Paulo nesta seção, as restantes matérias vou arranjar quando chegar, deve referir-se a outras questões relacionadas com a adoração, a Ceia do Senhor, ou ambos. Ele iria cuidar dessas questões, quando ele chegou em Corinto pessoalmente.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34

I Coríntios 11

A modéstia necessária — 1Co 11:1-16

Estas é um das passagens que têm um significado puramente local e transitivo. À primeira vista pareceria que só poderiam interessar a um antiquário devido ao fato de que tratam uma situação que cessou de existir faz tanto tempo que já não tem importância para nós; e entretanto estas passagens são de muito interesse devido ao fato de que arrojam abundante luz sobre os assuntos e problemas domésticos da Igreja primitiva; e, para aquele que tem olhos para ver, têm grande importância devido ao fato de que Paulo resolve por meio de princípios que são eternos.
O problema era se na 1greja cristã uma mulher podia tomar parte do culto com a cabeça descoberta. A resposta de Paulo foi abruptamente a seguinte: o véu é sempre sinal de submissão; um inferior o leva na presença de um superior, a mulher é inferior ao homem no sentido de que o homem é a cabeça do lar; portanto não é correto que um homem concorra a um culto público com véu e que uma mulher o faça sem ele.

Até ali deviam manter seus lugares no esquema das coisas. É muito pouco provável que no século vinte aceitemos esta perspectiva de que a mulher é inferior e está subordinada. Mas devemos ler este capitulo não à luz do século XX mas à luz do século I; e ao fazê-lo devemos recordar três coisas,

  1. Devemos ter em conta o lugar que ocupava o véu no Oriente. Até o dia de hoje as mulheres orientais usam o yashmak que é um véu longo que deixa a frente e os olhos a descoberto mas que chega quase até os pés. Na época de Paulo o véu oriental escondia até mais. Cobria toda a cabeça com apenas uma abertura para os olhos e chegava até os pés. Uma mulher oriental que se considerasse respeitável nem sonhava aparecendo em público sem ele.

E. W. Davies diz ao escrever no Dictionary of the Bible, do Hasting:

"Nenhuma mulher respeitável em uma vila ou cidade oriental sai sem ele, e, se o fizer, corre o risco de ser julgada mal. Por certo vários missionários ingleses e americanos no Egito relataram ao que subscreve que suas próprias esposas e filhas freqüentemente acham que é melhor sair com véu."

O véu era duas coisas (a) Era um signo de inferioridade. (b) Mas também era uma grande proteção. O versículo 10 é muito difícil de traduzir. Traduzimo-lo "Por esta razão a mulher deve conservar sobre a cabeça o sinal de que encontra-se sob a autoridade de outra pessoa." Mas em grego em realidade significa que uma mulher tem que manter "sua autoridade sobre sua cabeça"
Sir William Ramsay o explica desta maneira:

"No Oriente o véu é o poder, a honra e a dignidade de uma mulher. Com o véu sobre sua cabeça pode ir a qualquer parte segura e com um profundo respeito. Não a vêem; é sinal de má educação olhar a uma mulher com o véu na rua. Está sozinha. A gente que a rodeia não existe para ela, assim como ela tampouco interessa. É soberana na multidão... Mas sem o véu a mulher carece de valor, qualquer um pode insultá-la... La autoridade e a dignidade de uma mulher desaparecem junto com o véu protetor que descarta."

No Oriente, pois, o véu é muito importante Não só assinala a posição de inferioridade da mulher, mas também é uma proteção inviolável de sua modéstia e castidade.

  1. Devemos recordar a posição das mulheres para os judeus. Sob a lei judia a mulher era muito inferior ao homem. Tinha sido criada da costela de Adão (Gn 2:22,Gn 2:23) para ser uma ajuda idônea para ele (Gn 2:18).

Havia uma parte de fantástica exegese rabínica que dizia:

"Deus não fez à mulher da cabeça para que não se orgulhasse; nem dos olhos, para que não desejasse, nem da orelha, para que não fosse curiosa, nem da boca, para que não fosse conversadora, nem dos pés para que não se convertesse em uma entremetida e andarilha, mas sim da costela que está sempre coberta; portanto a modéstia deve ser sua principal qualidade."

A triste verdade é que perante a lei judia uma mulher era uma coisa, parte da propriedade de seu marido sobre a qual ele tinha direitos totais. Na sinagoga, por exemplo, as mulheres não compartilhavam de maneira nenhuma a adoração e até as segregavam por completo dos homens em uma galeria à parte ou em qualquer outro lugar do edifício. Para a lei e os costumes judeus era impensável que a mulher reclamasse algum tipo de igualdade com os homens.

No versículo 10 nos encontramos com uma curiosa frase que diz que as mulheres devem usar véu "por causa dos anjos". Não se está muito seguro do isto que significa, mas provavelmente se remonte à estranha e velha história de Gn 6:1 e 2 que nos relata como os anjos caíram presa dos encantos das mulheres mortais e pecaram; bem pode ser que a idéia seja que uma mulher sem véu é uma tentação até para os anjos, devido ao fato de que uma velha tradição rabínica dizia que tinha sido a beleza dos longos cabelos femininos a que tinha tentado aos anjos.

  1. Devemos recordar sempre que esta situação surgiu em Corinto, provavelmente a cidade mais licenciosa do mundo, e o ponto de vista de Paulo era que em tal situação era muito melhor errar por muito modestos e estritos que fazer algo que desse aos pagãos uma oportunidade de dizer que os cristãos eram muito lassos, ou que pudesse ser causa de tentação para os mesmos cristãos. Seria muito equivocado pretender que esta passagem se aplicasse universalmente; era de imensa importância para a Igreja de Corinto mas não tem nada que ver com o fato de se as mulheres deverem ou não usar chapéu para ir à Igreja hoje em dia.

Mas apesar de todo seu significado local esta passagem contém três grandes verdades eternas.

  1. É preferível errar pelo lado da severidade que pelo da lassidão. É muito melhor abandonar direitos que poderiam ser pedras de tropeço para alguns, do que insistir neles. Está na moda desacreditar o convencional, mas a pessoa deve pensar duas vezes antes de desafiar o convencional e escandalizar a outros. Na verdade, nunca se deve ser escravo dos convencionalismos, mas estes existem por alguma razão.
  2. Mesmo depois de ter acentuado a subordinação das mulheres, Paulo continua assinalando mais diretamente ainda a comunhão essencial do homem e da mulher. Nenhum dos dois pode viver sem o outro. Se existir subordinação não é por ela em si, mas para que a comunhão seja mais frutífera e bela para ambos.
  3. Paulo termina a passagem com uma resposta ao homem que discute por discutir. Quaisquer que sejam as diferencia que surjam entre os homens, não há lugar na 1greja para o homem ou a mulher deliberadamente litigiosos Há momentos em que devem sustentar-se princípios mas nunca se deve discutir fragorosamente. Não há nenhuma razão para que as pessoas, embora tendo opiniões diferentes, não vivam em paz.

A FESTA MAL INTERPRETADA

I Coríntios 11:17-22

O mundo antigo era em muitos sentidos muito mais sociável que o nosso. Era um costume comum que grupos de pessoas se reunissem para comer juntos. Havia, em particular, uma festa chamada eranos na qual cada um dos participantes levava sua própria comida, juntava-se tudo e se fazia uma festa em comum. A Igreja primitiva tinha um costume; tratava-se de uma festa chamada Agape ou Festa de Amor. Todos os cristãos concorriam a ela, levando o que podiam, e quando se juntava todo o contribuído, sentavam-se e tinham uma comida em comum. Era um belo costume, e é uma lástima que se perdeu. Era uma maneira de produzir e alimentar a verdadeira comunhão cristã. Mas na 1greja de Corinto as coisas não tinham ido muito bem com a Festa de Amor. Na Igreja havia ricos e pobres; alguns podiam levar muito, e havia escravos que com muita dificuldade podiam colaborar com algo. Em realidade para muitos escravos pobres, a Festa de Amor deve ter sido a única comida decente que tinham em toda a semana. Mas em Corinto se perdeu a arte de compartilhar. Os ricos não compartilhavam seu mantimentos mas sim os comiam em pequenos grupos exclusivos, apurando-se para não ter que compartilhar, enquanto que os pobres virtualmente não tinham nada. O resultado era que a comida pela qual as diferenças sociais entre os membros da Igreja deviam ter desaparecido só servia para aumentar e agravar essas mesmas diferenças. O que teria que ter sido uma comunidade tinha degenerado em uma série de camarilhas com consciência de classe. Paulo reprova tudo isto sem vacilar e sem piedade.

(1) Bem pode ser que os distintos grupos estivessem formados por gente que sustentavam diferentes opiniões. Um grande erudito disse: ''Ter zelo religioso, sem converter-se em um sectário religioso, é uma grande prova de verdadeira devoção." Se pensarmos diferente de outro, com o tempo poderemos chegar a compreendê-lo e até simpatizar com ele se nos mantemos em comunhão com ele e conversamos; mas se nos fechamos e formamos nosso pequeno grupo enquanto essa pessoa permanece em seu pequeno grupo não haverá esperança alguma de chegar a um mútuo entendimento
(2) A Igreja primitiva era o único lugar em todo mundo antigo em que as barreiras que o dividiam tinham caído. O mundo antigo estava dividido rigidamente: havia os homens livres e os escravos, havia os gregos e os bárbaros — os que não falavam grego; havia os judeus e os gentios; havia os cidadãos romanos e as raças inferiores fora da lei; havia os cultos e os ignorantes. A Igreja era o único lugar em que todos os homens podiam reunir-se.
Um grande historiador da Igreja escreveu a respeito destas congregações cristãs primitivas:

"Dentro de seus próprios limites haviam resolvido quase de passagem os problemas sociais que desbaratavam a Roma e que ainda desconcertam a Europa. Tinham elevado a mulher ao lugar que lhe correspondia, restaurado a dignidade do trabalho, abolido a mendicidade, e tirado o aguilhão da escravidão. O segredo da revolução era que na Ceia do Senhor se esqueceu o egoísmo racial e de classe e se achou uma nova base para a sociedade no amor da imagem visível de Deus nos homens por aqueles que Cristo tinha morrido."

Uma igreja em que existem distinções sociais e de classe não é uma verdadeira igreja. A verdadeira igreja é um corpo de homens e mulheres unidos entre si devido ao fato de estarem unidos a Cristo. Até a palavra que se utiliza para descrever o sacramento é sugestiva. Nós a chamamos a Ceia do Senhor; mas a palavra ceia ou jantar pode conduzir a conclusões errôneas. Geralmente para nós o jantar não é a refeição principal do dia. Em grego a palavra é deipnon. Para os gregos o café da manhã era uma refeição em que tudo o que se consumia era um pequeno pedaço de pão molhado em vinho, o almoço se comia em qualquer parte, até na rua ou em uma praça; o deipnon era a principal refeição do dia, em que as pessoas se sentavam sem pressa e em que não só satisfaziam seu apetite, mas também passavam um longo momento juntos. A mesma palavra demonstra que a refeição cristã deveria ser uma refeição em que as pessoas passassem um longo tempo juntos.

  1. Uma igreja não é verdadeira se esqueceu a arte de compartilhar. Quando as pessoas desejam manter as coisas só para si mesmas ou para seu próprio círculo nem sequer estão começando a ser cristãos. O verdadeiro cristão não pode suportar ter muito enquanto outros têm pouco; encontra seu maior privilégio não em guardar zelosamente suas prerrogativas, mas em renunciar a elas.

A CEIA DO SENHOR

I Coríntios 11:23-34

Não há em todo o Novo Testamento outra passagem de maior interesse que esta. Por um lado nos dá o aval para o mais sagrado ato de adoração na 1greja, o sacramento da Ceia do Senhor e, pelo outro, como a Carta aos Coríntios é anterior a Marcos, o mais primitivo dos evangelhos, é em realidade o primeiro relato escrito que temos de palavras que Jesus pôde ter pronunciado.
O sacramento nunca pode significar o mesmo para todas as pessoas. Não precisamos compreendê-lo totalmente para recebermos o seu benefício. Como alguém disse: "Não precisamos compreender a química do pão para digeri-lo e ser alimentados por ele." Mas apesar de tudo faremos bem em tentar ao menos compreender algo do que Jesus quis dizer quando falou do pão e do vinho da maneira em que o fez. "Isto é meu corpo", disse sobre o pão. Um só fato nos impede de tomar isto com um cru literalismo. É que quando Jesus disse isto, ainda estava no corpo, e não havia nada tão claro quanto ao momento em que disse essas palavras sua corpo e o pão eram coisas totalmente distintas. Tampouco quis dizer simplesmente: "Isto representa meu corpo." Num sentido isto é certo. O pão partido do sacramento representa o corpo de Cristo, mas significa muito mais; para aquele que toma em suas mãos e o leva à sua boca com fé, amor e ardente devoção, é um meio não só de recordar, mas também de estar em contato vivo com Jesus Cristo. Para um estranho, para um não crente, para alguém que escarnece não significa nada; para alguém que ama a Cristo é o caminho à sua presença. A declaração de Jesus, “Este cálice é a nova aliança no meu sangue”, pode ser traduzido. "Esta taça é o novo pacto e custou o meu sangue."
A proposição grega em significa usualmente em, mas pode significar e regularmente significa a custo de ou pelo preço de, especialmente quando traduz a preposição hebraica be. Uma aliança é uma relação estabelecida entre duas pessoas. Havia uma velha aliança entre Deus e o homem, uma velha relação. Estava baseada na lei. Por meio dessa relação Deus escolheu o povo de Israel e se aproximou dele, convertendo-se em um sentido muito especial em seu Deus; mas havia uma condição e esta consistia em que, para sua relação ser duradoura, o povo de Israel devia guardar a lei de Deus (ver Êxodo 24:1-8). A continuidade da aliança dependia de que se guardasse a lei. Mas com Jesus o homem encontra-se perante uma nova relação, que não depende da lei, mas sim do amor. Não depende da habilidade que o homem tenha em guardar a lei — visto que ninguém pode fazê-lo — mas na graça livre do amor de Deus que se oferece a todos os homens. Isto muda toda a relação de Deus com o homem. Sob a velha aliança o homem não podia fazer mais que temer a Deus, pois se encontrava sempre em falta, já que não podia guardar a lei perfeitamente; sob a nova aliança o homem se aproxima de Deus como um filho a seu pai e não como um criminoso perante um juiz. E — seja qual for a forma em que olhemos as coisas — custou a vida de Jesus fazer com que esta nova relação fosse possível. "O sangue é a vida" diz a lei (Dt 12:23): custou a vida de Jesus — seu sangre, como diria um judeu — fazer com que esta relação fosse possível. De modo que o vinho escarlate do sacramento significa a própria vida e sangue de Cristo sem a qual a nova aliança, a nova relação do homem com Deus jamais teria sido possível.

Esta passagem continua falando a respeito de "comer e beber este pão e este vinho indignamente".

O que significa isto?
A indignidade consistia no fato de que o homem que o fazia "não discernia o corpo do Senhor". Isto pode significar duas coisas, e ambas são reais e importantes; em realidade ambas são tão reais e importantes que é muito provável que a frase se refira às duas.

  1. Pode significar que aquele que come e bebe indignamente não se dá conta do que representam e significam os símbolos sagrados. Pode referir-se também a que não percebe o grandioso significado do que está fazendo nem aprecia a santidade do que realiza. Pode ser que se refira ao que come e bebe sem reverência, sem perceber o amor que estes símbolos representam, nem a obrigação que recai sobre ele.
  2. Mas há outro significado possível. A frase o corpo de Cristo várias vezes representa a Igreja; isto acontece, como veremos, no capítulo 12. Paulo acabava de reprovar àqueles que com suas divisões e distinções de classe dividiam a Igreja; de modo que isto pode significar que o homem que come e bebe indignamente é aquele que nunca se deu conta de que toda a Igreja é o corpo de Cristo, e que se encontra em discórdia com seu irmão, que olhe a seu próximo com desprezo, e que, por qualquer outra razão, não é um com seus irmãos. O ritual da Igreja Escocesa para o sacramento convida à mesa àqueles que se encontram em uma relação de "amor e caridade" para com seu próximo. Todo homem em cujo coração haja ódio, amargura e desprezo contra seu irmão come e bebe indignamente se chegar com esse espírito à mesa de nosso Senhor. De modo que comer e beber indignamente é fazê-lo sem sentido de reverência e sem perceber a grandeza do que estamos fazendo, e fazê-lo quando estamos em discórdia com o irmão pelo qual Cristo morreu, como morreu por nós.

Paulo continua dizendo que as desgraças que têm caído sobre a Igreja de Corinto pode ser que tenham sua origem nada mais que no fato de que se aproximam da sacramento estando divididos entre si; mas estas desgraças não foram enviadas para destruí-los, mas para discipliná-los e trazê-los novamente ao caminho correto.
Devemos ter bem claro um fato. A frase que proíbe que o homem coma e beba indignamente não deixa fora o pecador que é consciente de sê-lo.

Um ancião pastor das altas montanhas escocesas ao ver que uma anciã duvidava antes de receber a taça, a alcançou, dizendo: "Toma-a mulher, é para pecadores; é para ti."

Se a Mesa de Cristo fosse só para gente perfeita ninguém jamais se poderia aproximar dela Nunca está fechada para o pecador penitente. Para o homem que ama a Deus e a seu próximo o caminho está sempre aberto, e seus pecados, embora sejam como escarlate ficarão brancos como a neve.


Dicionário

Ensinar

verbo transitivo direto e bitransitivo Transmitir conhecimento sobre alguma coisa a alguém; lecionar: ensinar inglês a brasileiros.
Por Extensão Dar instruções sobre alguma coisa a alguém; instruir: o pintor deve ensinar sua técnica aos estudantes.
verbo bitransitivo Indicar de maneira precisa; em que há precisão; orientar: ensinou-lhe o caminho a seguir.
verbo transitivo direto Dar treinamento a (animal); adestrar: ensinar um cavalo.
verbo intransitivo Ministrar aulas: vivia para ensinar.
Etimologia (origem da palavra ensinar). Do latim insignare.

[...] É orientar o próximo, amorosamente, para o reino da compreensão e da paz.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 28


Jesus

interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
Ver também: Jesus.
Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.

Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)

Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

[...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

[...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

[...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

[...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

[...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

[...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

[...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

[...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

J [...] é o guia divino: busque-o!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

[...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

[...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

[...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

[...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

[...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

[...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

[...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

[...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

[...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

[...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

[...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

[...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

[...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

Jesus é a história viva do homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

[...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

[...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

[...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

[...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

[...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

[Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

[...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

Jesus é também o amor que espera sempre [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

[...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

[...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

[...] é a única porta de verdadeira libertação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

[...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o salário da elevação maior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

[...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

[...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

[...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

[...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

[...] é a verdade sublime e reveladora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

[...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

[...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92


Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.


Noite

substantivo feminino Espaço de tempo entre o pôr do sol e o amanhecer.
Escuridão que reina durante esse tempo.
[Popular] Diversão ou entretenimento noturna; vida noturna: ir para noite.
Falta de claridade; trevas.
Condição melancólica; melancolia.
Ausência de visão; cegueira.
expressão Noite fechada. Noite completa.
Ir alta a noite. Ser muito tarde.
Noite e dia. De maneira continuada; continuamente.
A noite dos tempos. Os tempos mais recuados da história.
Etimologia (origem da palavra noite). Do latim nox.ctis.

Não olvides que a própria noite na Terra é uma pausa de esquecimento para que aprendamos a ciência do recomeço, em cada alvorada nova.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

[...] Qual acontece entre os homens, animais e árvores, há também um movimento de respiração para o mundo. Durante o dia, o hemisfério iluminado absorve as energias positivas e fecundantes do Sol que bombardeia pacificamente as criações da Natureza e do homem, afeiçoando-as ao abençoado trabalho evolutivo, mas, à noite, o hemisfério sombrio, magnetizado pelo influxo absorvente da Lua, expele as vibrações psíquicas retidas no trabalho diurno, envolvendo principalmente os círculos de manifestação da atividade humana. O quadro de emissão dessa substância é, portanto, diferente sobre a cidade, sobre o campo ou sobre o mar. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6


Noite Dividido em vigílias, o período que se estendia do pôr-do-sol ao amanhecer. Nos evangelhos, aparece como um tempo especialmente propício para a oração (Mc 1:35; Lc 6:12).

Paô

substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.

substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.

substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.

Pão

Em todos os tempos, mesmo nos maisremotos, foi o pão o principal alimento dos hebreus. Trigo e cevada, ou em separado, ou juntamente com outros grãos ou legumes, eram triturados ou pisados no pilão – misturava-se depois a farinha, com água, podendo deitar-se-lhe um pouco de sal, e por fim era cozida. Mais tarde começou a usar-se o fermento e substâncias aromáticas. Para fazer pão, amassava-se a farinha em gamelas, com as mãos ou com os pés, como os árabes ainda hoje fazem (Gn 18:6). A amassadura era, algumas vezes, feita numa peça circular de couro, que facilmente podia ser levantada e levada de terra em terra, como convinha a um povo nômade. Davam, às vezes, ao pão a forma de um bolo muito delgado, outras vezes tinha a espessura de um dedo. o processo de cozer o pão era rápido. Todas as manhãs era moído o trigo, e até se fazer o pão decorriam vinte minutos. Este era o pão asmo, que somente se usava em caso de necessidade (Gn 19:3), ou para fins cerimoniais. o pão fermentado requeria mais tempo, por causa da fermentação. Um pouco de massa do dia anterior era dissolvida em água, e com isto se misturava a farinha, sendo depois tudo bem amassado. Esperava-se, então, que a massa estivesse completamente levedada. o A.T. refere-se a três diferentes métodos de cozer o pão. Em 1 Rs 19.6 lê-se: ‘olhou ele e viu, junto à cabeceira um pão cozido sobre pedras em brasa.’ Este é, ainda hoje, o processo seguido pelos árabes. Sobre lajes acendia-se o lume com palha, ramos secos, e esterco de camelo. Quando a pedra estava bem quente, as cinzas eram removidas, sendo depois os bolos da massa postos sobre as pedras quentes, e as cinzas trazidas outra vez para o seu lugar. Passados alguns minutos, eram as cinzas novamente retiradas mas simplesmente pelo tempo necessário para se voltar o pão. Nas cidades havia padarias, havendo uma classe de padeiros profissionais. Mas geralmente possuía cada casa o seu próprio forno, que era um grande vaso de barro, no fundo do qual se acendia o lume. Quando estava aquecido, os pães era cozidos tanto na parte interior como na parte exterior daquele fogão. Nas pequenas povoações fazia-se uma cova no chão, revestindo-se o fundo e as paredes com uma camada de barro, a qual, com o fogo, se tornava dura e macia – a parte mais baixa oferecia boas condições de aquecimento para receber a massa para o pão. Em geral eram as mulheres que se ocupavam neste trabalho, mas os profissionais eram sempre homens. Em Jerusalém havia um bairro onde se fabricava o pão (Jr 37:21). (*veja Pão asmo.)

Esse pão que, na prece do Pai Nosso, Jesus ensina-nos a pedir ao Criador, não é, pois, apenas o alimento destinado à mantença de nosso corpo físico, mas tudo quanto seja indispensável ao crescimento e perfectibilidade de nossa consciência espiritual, o que vale dizer, à realização do reino dos céus dentro de nós.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O Pai Nosso

[...] O pão é o alimento do corpo e a prece é o alimento da alma.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 15

O pão do corpo significa amor, trabalho e sacrifício do lavrador. O pão do espírito constitui serviço, esforço e renúncia do missionário do bem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


Pão
1) Alimento feito de farinha, água e fermento e assado no forno (Jo 6:9)

2) Alimento (Gn 3:19). 3 Alimento espiritual (Jo 6:31-35).

Pão Alimento feito com farinha de cevada ou trigo e levedura. Às vezes, sua forma recordava a de uma pedra (Mt 4:3; 7,9; Lc 4:3; 11,11) e constituía o alimento básico da população judaica na época de Jesus (Mc 3:20; Lc 11:5; 14,15; 15,17).

Compartilhar o pão significava a união dos que o comiam e, precisamente por isso, tinha conotações religiosas (Mt 14:19; 26,26; Mc 6:41; 14,22; Lc 9:16; 22,19; Jo 6:11; 13,18).

Deus provê seus filhos do necessário pão cotidiano (Mt 6:11; Lc 11:3) e nesse sentido devem ser entendidos os milagres da multiplicação dos pães (Mt 14:13-21; 15,32-38). Também lhes proporciona o pão espiritual (Mt 14:20; Lc 22:16) — o próprio Jesus (Jo 6:35-47). A tendência é interpretar historicamente esta última passagem e à luz tanto da instituição da Nova Aliança (Mt 26:26 e par.) como da Eucaristia. O contexto parece indicar melhor que Jesus se refere a ele próprio e ao seu ensinamento que deve aceitar quem deseja ser seu discípulo (Jo 6:60ss.).


Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Traído

traído adj. Que sofreu traição: Esposa traída.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
I Coríntios 11: 23 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Porque eu recebi, proveniente- de- junto- de o Senhor (Jesus), o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na mesma noite em que era traído- e- entregue, tomou o 1198 pão;
I Coríntios 11: 23 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

54 d.C.
G1063
gár
γάρ
primícias da figueira, figo temporão
(as the earliest)
Substantivo
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2424
Iēsoûs
Ἰησοῦς
de Jesus
(of Jesus)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2962
kýrios
κύριος
antes
(before)
Prepostos
G2983
lambánō
λαμβάνω
descendentes do terceiro filho de Canaã que vivia em ou próximo ao local de Jebus, o
(the Jebusites)
Substantivo
G3571
nýx
νύξ
À noite
(by night)
Substantivo - Feminino no Singular genitivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3739
hós
ὅς
que
(which)
Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G3860
paradídōmi
παραδίδωμι
entregar nas mãos (de outro)
(had been arrested)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
G3880
paralambánō
παραλαμβάνω
tomar a, levar consigo, associá-lo consigo
(to receive)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo ativo
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G575
apó
ἀπό
onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
(and where)
Advérbio
G740
ártos
ἄρτος
um nome aplicado a Jerusalém
(for Ariel)
Substantivo


γάρ


(G1063)
gár (gar)

1063 γαρ gar

partícula primária; conj

  1. porque, pois, visto que, então

ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

Ἰησοῦς


(G2424)
Iēsoûs (ee-ay-sooce')

2424 Ιησους Iesous

de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

Jesus = “Jeová é salvação”

Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κύριος


(G2962)
kýrios (koo'-ree-os)

2962 κυριος kurios

de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

  1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
    1. o que possue e dispõe de algo
      1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
      2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
    2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
    3. título dado: a Deus, ao Messias

Sinônimos ver verbete 5830


λαμβάνω


(G2983)
lambánō (lam-ban'-o)

2983 λαμβανω lambano

forma prolongada de um verbo primário, que é usado apenas como um substituto em certos tempos; TDNT - 4:5,495; v

  1. pegar
    1. pegar com a mão, agarrar, alguma pessoa ou coisa a fim de usá-la
      1. pegar algo para ser carregado
      2. levar sobre si mesmo
    2. pegar a fim de levar
      1. sem a noção de violência, i.e., remover, levar
    3. pegar o que me pertence, levar para mim, tornar próprio
      1. reinvindicar, procurar, para si mesmo
        1. associar consigo mesmo como companhia, auxiliar
      2. daquele que quando pega não larga, confiscar, agarrar, apreender
      3. pegar pelo astúcia (nossa captura, usado de caçadores, pescadores, etc.), lograr alguém pela fraude
      4. pegar para si mesmo, agarrar, tomar posse de, i.e., apropriar-se
      5. capturar, alcançar, lutar para obter
      6. pegar um coisa esperada, coletar, recolher (tributo)
    4. pegar
      1. admitir, receber
      2. receber o que é oferecido
      3. não recusar ou rejeitar
      4. receber uma pessoa, tornar-se acessível a ela
      5. tomar em consideração o poder, nível, ou circunstâncias externas de alguém, e tomando estas coisas em conta fazer alguma injustiça ou negligenciar alguma coisa
    5. pegar, escolher, selecionar
    6. iniciar, provar algo, fazer um julgamento de, experimentar
  2. receber (o que é dado), ganhar, conseguir, obter, ter de volta

Sinônimos ver verbete 5877


νύξ


(G3571)
nýx (noox)

3571 νυξ nux

palavra primária; TDNT - 4:1123,661; n f

  1. noite
  2. metáf. o tempo quando o trabalho cessa
    1. o tempo de morte
    2. o tempo para ações de pecado e vergonha
    3. o tempo de estupidez moral e escuridão
    4. o tempo quando o aborrecido e também o bêbado entrega-se ao sono


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅς


(G3739)
hós (hos)

3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

  1. quem, que, o qual

ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

παραδίδωμι


(G3860)
paradídōmi (par-ad-id'-o-mee)

3860 παραδιδωμι paradidomi

de 3844 e 1325; TDNT - 2:169,166; v

  1. entregar nas mãos (de outro)
  2. tranferir para a (própria) esfera de poder ou uso
    1. entregar a alguém algo para guardar, usar, cuidar, lidar
    2. entregar alguém à custódia, para ser julgado, condenado, punido, açoitado, atormentado, entregue à morte
    3. entregar por traição
      1. fazer com que alguém seja levado por traição
      2. entregar alguém para ser ensinado, moldado
  3. confiar, recomendar
  4. proferir verbalmente
    1. comandos, ritos
    2. proferir pela narração, relatar
  5. permitir
    1. quando produza fruto, isto é, quando sua maturidade permitir
    2. entregar-se, apresentar-se

παραλαμβάνω


(G3880)
paralambánō (par-al-am-ban'-o)

3880 παραλαμβνω paralambano

  1. de 3844 e 2983; TDNT - 4:11,495; v

    tomar a, levar consigo, associá-lo consigo

    1. um associado, companheiro
    2. metáf.
      1. aceitar ou reconhecer que alguém é tal como ele professa ser
      2. não rejeitar, não recusar obediência
  2. receber algo transmitido
    1. ofício a ser cumprido ou desempenhádo
    2. receber com a mente
      1. por transmissão oral: dos autores de quem a tradição procede
      2. pela narração a outros, pela instrução de mestres (usado para discípulos)

σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

ἀπό


(G575)
apó (apo')

575 απο apo apo’

partícula primária; preposição

  1. de separação
    1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
    2. de separação de uma parte do todo
      1. quando de um todo alguma parte é tomada
    3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
    4. de um estado de separação. Distância
      1. física, de distância de lugar
      2. tempo, de distância de tempo
  2. de origem
    1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
    2. de origem de uma causa

ἄρτος


(G740)
ártos (ar'-tos)

740 αρτος artos

de 142; TDNT - 1:477,80; n m

  1. alimento preparado com farinha misturada com água e assado
    1. os israelitas o preparavam como um bolo retangular ou aredondado, da grossura aproximada de um polegar, e do tamanho de um prato ou travessa. Por isso não era para ser cortado, mas quebrado
    2. pães eram consagrados ao Senhor
    3. pão usado nos ágapes (“festas de amor e de de comunhão”) e na Mesa do Senhor
  2. comida de qualquer tipo