Enciclopédia de I Coríntios 14:2-2

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1co 14: 2

Versão Versículo
ARA Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios.
ARC Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios.
TB O que fala em língua não fala a homens, senão a Deus; pois ninguém o entende, mas em espírito fala mistérios.
BGB ὁ γὰρ λαλῶν γλώσσῃ οὐκ ἀνθρώποις λαλεῖ ⸀ἀλλὰ θεῷ, οὐδεὶς γὰρ ἀκούει, πνεύματι δὲ λαλεῖ μυστήρια·
BKJ Porque o que fala em uma língua desconhecida não fala aos homens, mas a Deus; porque nenhum homem o entende, sendo que em espírito ele fala mistérios.
LTT Porque aquele que está falando em uma língua estrangeira (aos ouvintes) ①, não aos homens fala, senão "fala a Deus" 1220; porque nenhum homem o entende 1221, mas, em seu próprio ② espírito, fala mistérios ③.
BJ2 Pois aquele que fala em línguas, não fala aos homens, mas a Deus. Ninguém o entende, pois ele, em espírito, enuncia coisas misteriosas.
VULG Qui enim loquitur lingua, non hominibus loquitur, sed Deo : nemo enim audit. Spiritu autem loquitur mysteria.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Coríntios 14:2

Gênesis 11:7 Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.
Gênesis 42:23 E eles não sabiam que José os entendia, porque havia intérprete entre eles.
Deuteronômio 28:49 O Senhor levantará contra ti uma nação de longe, da extremidade da terra, que voa como a águia, nação cuja língua não entenderás;
II Reis 18:26 Então, disseram Eliaquim, filho de Hilquias, e Sebna, e Joá, a Rabsaqué: Rogamos-te que fales aos teus servos em siríaco, porque bem o entendemos; e não nos fales em judaico, aos ouvidos do povo que está em cima do muro.
Salmos 49:3 A minha boca falará da sabedoria; e a meditação do meu coração será de entendimento.
Salmos 78:2 Abrirei a boca numa parábola; proporei enigmas da antiguidade,
Mateus 13:11 Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;
Marcos 4:11 E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do Reino de Deus, mas aos que estão de fora todas essas coisas se dizem por parábolas,
Marcos 16:17 E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
Atos 2:4 E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
Atos 10:46 Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus.
Atos 19:6 E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.
Atos 22:9 E os que estavam comigo viram, em verdade, a luz, e se atemorizaram muito; mas não ouviram a voz daquele que falava comigo.
Romanos 16:25 Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto,
I Coríntios 2:7 mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória;
I Coríntios 2:10 Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.
I Coríntios 13:2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
I Coríntios 14:9 Assim, também vós, se, com a língua, não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Porque estareis como que falando ao ar.
I Coríntios 14:16 Doutra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar de indouto o Amém sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes?
I Coríntios 14:18 Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos.
I Coríntios 14:27 E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete.
I Coríntios 15:51 Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados,
Efésios 3:3 como me foi este mistério manifestado pela revelação como acima, em pouco, vos escrevi,
Efésios 6:19 e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,
Colossenses 1:26 o mistério que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as gerações e que, agora, foi manifesto aos seus santos;
Colossenses 2:2 para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus ? Cristo,
I Timóteo 3:9 guardando o mistério da fé em uma pura consciência.
I Timóteo 3:16 E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória.
Apocalipse 10:7 mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 1220

1Co 14:2 "Não aos homens FALA, senão 'FALA A DEUS' ": Esta é uma repreensão através de ironia: quem, por carnal exibicionismo, pregava em um idioma (de nação daquele tempo, idioma que ele tinha estudado e aprendido, mas) que ninguém presente conhecia, estava como que pregando somente a Deus, como se Este precisasse ser ensinado/ repreendido!!! Portanto, como isto é absurdo, volte o exibicionista à razão e pregue no idioma de todos os presentes. A finalidade da pregação é salvar, instruir, repreender, etc. a todos os HOMENS vivos e ali presentes, não a Deus, não aos anjos.


 1221

1Co 14:2 "NINGUÉM O ENTENDE" se refere ao desconhecedor (da língua humana) que está ouvindo os "mistérios" sem intermediação de um tradutor que já estudou e aprendeu aquele idioma (humano). Não se trata de fala desconexa e ininteligível que não tem propósito nenhum exceto a satisfação do ego de falsos faladores de "línguas". Compare com At 2:9-11, que relata os 17 idiomas falados, todos eles humanos, todos eles entendidos de forma natural, sem milagre no lado de quem ouvia, mas de quem falava perfeitamente idioma de país estrangeiro, a qual ele nunca tinha aprendido.


 ①

 ②

compare v. 14.


 ③

"mistérios": coisas ainda não conhecidas pelos que ouvem.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40
E. A PROFECIA É SUPERIOR AO FALAR EM LÍNGUAS (1Co 14:1-40)

Em 1 Co 12, Paulo apresentou uma discussão geral sobre os dons espirituais. Ele não insistiu no problema que a capacidade de falar em línguas representava para a igreja de Corinto. Ele acompanhou a discussão geral sobre os dons espirituais com o hino de amor encontrado no capítulo 13. O amor, como foi apresentado por Paulo, é o maior de todos os valores espirituais. Agora, para que ninguém perdesse sua linha de pensamen-to, Paulo volta ao problema introduzido em 12.1. Ele escolhe a profecia, que também é um dom relacionado à fala, para mostrar que o falar em línguas, não importando o quan-to sejam entendidas, ocupa uma posição inferior. Baseando-se neste raciocínio, alguns entendem que o falar em línguas nunca pode ser considerado a evidência incontestável ou indispensável do batismo no ou com o Espírito Santo.

1. Limitações do Falar em Línguas (14:1-25)

a) A profecia é o dom mais importante (14.1). Em suas palavras iniciais, Paulo usa dois verbos que são significativos: Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais. O verbo seguir (literalmente, perseguir) "indica uma ação interminável, enquanto 'procurai com zelo' realça a intensidade e não a continuidade da ação".' O amor deve ser buscado com persistência, mas também é correto desejar os dons. Desses dons, Paulo coloca em primeiro lugar a profecia, que está intimamente ligada à pregação. O elemento essencial é a transmissão de uma mensagem diretamente inspirada por Deus. Várias comparações entre falar em línguas e profe-tizar vêm a seguir, e indicam as fraquezas e as limitações da glossolalia da maneira como era praticada em Corinto.

b) A Profecia é Entendida (14:2-3). Paulo tem a intenção de exaltar a profecia, mas procura fazê-lo apontando antes as limitações dos "sons estranhos" (TEV).

  1. Ninguém entende o homem que fala em línguas (14.2). Uma razão pela qual falar em línguas é inferior a profetizar diz respeito ao fato de que as línguas não são compre endidas pelos outros. Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus. Apalavra estranha está em itálico em algumas versões, sugerindo que ela não pertence ao texto original. Entretanto, os tradutores da versão KJV em inglês captaram corretamente o significado das palavras de Paulo; portanto seu uso não distorce o significado da sentença. A frase porque ninguém o entende sugere que o dom discu-tido aqui não é o mesmo que o falar em outras línguas que ocorreu no dia de Pentecostes (Atos 2:4). O homem que pratica esse dom não está falando aos homens, mas está envol-vido em uma expressão pessoal de louvor a Deus.

Em espírito significa provavelmente o espírito da própria pessoa, tomado de exaltação e de emoção." Nessas condições, a pessoa fala de mistérios que nem ela, nem qualquer outra pessoa entendem, exceto alguém que possa interpretar. Como aquilo que é dito por meio do falar em línguas é desconhecido dos homens, esta expressão também é inferior à profecia.

  1. A profecia é compreendida pelos homens (14.3). Em contraste com a natureza desconhecida das expressões proferidas em êxtase, a profecia serve ao propósito de edificar, exortar e consolar. Apalavra edificar (oikodomen) significa "construir como um processo, uma edificação".77 Paulo emprega essa palavra no sentido de edificar o caráter cristão. Exortar significa "avisar, encorajar"." Consolar é a clássica tradução de paramythia, que no grego clássico significa "qualquer pronunciamento feito com o propósito de persuadir, estimular, despertar, acalmar ou consolar"." Dessa forma, a pro-fecia é um inspirado pronunciamento que todos os homens entendem; ela serve para edificar o caráter cristão, encorajar, fortalecer, confortar ou consolar.

c) A profecia edifica a igreja (1Co 14:4-6). Como a profecia é entendida pelos homens, ela edifica a igreja (4). Falar em línguas desconhecidas serve apenas para fortalecer o indivíduo. Entretanto, Paulo não proíbe completamente esta prática: Quero que todos vós faleis línguas estranhas (5). O verbo quero, ou desejo (thelo), "não expressa uma ordem, mas uma concessão sob a forma de um desejo improvável de ser realizado (cf. 1Co 7:7) ".' Quanto a essa declaração, Bruce escreve: "É provável que Paulo receasse ter ido muito longe ao rejeitar as línguas. Portanto, ele deixa claro que não está proibindo as línguas, mas insistindo na superioridade da profecia"." Como era difícil fazer a distinção entre um dom válido de falar em línguas, ou a legítima expressão de um desejo de êxtase espiritual, e uma inválida expressão de alegria pessoal, Paulo preferiu não proibir o falar em línguas. Entretanto ele indica, de forma rápida e distinta, que o dom de profecia é superior: ...mas muito mais que profetizeis.

O critério de avaliação de qualquer dom é o seu valor para a igreja. Mesmo quando Paulo faz a concessão do falar em línguas, ele imediatamente insiste que seu valor é menor que a profecia, a não ser que elas sejam interpretadas para que a igreja receba edificação (5). As palavras a não ser que também interprete "não se referem à particular interpretação de uma mensagem transmitida em línguas, mas ao dom perma-nente da interpretação... Paulo tem em vista uma pessoa que recebeu dois dons, o de falar em línguas e o de ter a sua interpretação".' Dessa forma, o apóstolo indica que qualquer glossolalia deveria ser interpretada para fortalecer a congregação.

Quando Paulo faz alusão à sua futura visita a Corinto, ele novamente faz da edificação da igreja o critério pelo qual se estabelece o valor dos dons do Espírito: Que vos apro-veitaria, se vos não falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da pro-fecia, ou da doutrina? (6)

d) Falar em línguas de forma desordenada pode levar à confusão (14.7). Nesta seção Paulo continua a enfatizar a superioridade da profecia sobre o falar em línguas.

  1. A analogia da música (14.7). Primeiro, o apóstolo escolhe um exemplo para mos-trar que sons indistintos levam à confusão. Mesmo coisas inanimadas, como a flauta ou a cítara, devem emitir sons distintos. De outra forma, poderá resultar uma dissonância sem propósito. A flauta (aulos) representava os instrumentos de sopro en-quanto a cítara (kithara) representava os instrumentos de corda. Nenhum deles produz qualquer música compreensível, a não ser que sejam tocados de acordo com alguma forma ou ordem.
  2. A analogia do soldado (14.8). Na antiguidade, a trombeta chamava o povo para se preparar para a guerra, e transmitia a direção da luta. Mas se a trombeta de guerra produzisse apenas um som incerto e não um comando militar reconhecido à distância pelos homens, quem se prepararia para a batalha? Um som ao acaso da trombeta não agruparia o povo para a luta nem daria as diretrizes adequadas da batalha. Se o sinal for incerto, o resultado será a confusão e a desordem.
  3. A analogia da religião (14:9-12). Agora Paulo faz a aplicação ao problema que enfrenta — uma ênfase errada colocada no ato de falar em línguas. Se... não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz?... estareis como que falando ao ar (9), isto é, falando inteiramente em vão.

No versículo 10, Paulo prossegue: Há... tanta espécie de vozes no mundo. "Por vozes, entenda-se línguas"." Todas as diferentes línguas têm significado, pois o seu pro-pósito é a comunicação. Portanto, será necessário conhecer o sentido da voz (11). A palavra sentido (dynamis) indica poder, recursos ou habilidade. A fala que não é enten-dida não tem o poder de comunicar.

De acordo com Paulo, se alguém não entende o que está sendo falado, ele se torna um bárbaro. Esse termo foi provavelmente usado originalmente para aqueles que emi-tiam ruídos guturais e ásperos. Mais tarde, ele foi "aplicado a todos aqueles que não falavam a língua grega"." Assim, essa palavra veio a representar alguém cuja língua não tinha sentido. Portanto, "a linguagem em êxtase, que parecia aos coríntios uma questão de orgulho, transformou-se no meio de torná-los nada mais do que bárbaros".85

No versículo 12, Paulo volta incansavelmente ao seu ponto de maior ênfase: Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja. O primeiro objetivo do cristão deve ser a edificação da igreja e o fortalecimento dos seus membros. Se o crente quiser promover o bem-estar da igreja, ele analisará os seus dons de acordo com este critério.

e) Falar em línguas pode se tornar algo de pouco valor prático (1Co 14:13-25). Como o dom de falar em línguas, da maneira como era praticado pelos coríntios, tinha pouco valor prático, Paulo insiste em um curso de ação que será mais benéfico para a igreja.


1) A necessidade do dom de interpretação (14.13). Nesse ponto, Paulo volta a insistir: O que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar. Aquele que profere as suas palavras por meio de uma expressão apaixonada, também deve orar para que receba a habilidade de interpretar as suas declarações para a igreja.


2) A importância do entendimento (14:14-15). Um homem que ora em língua estra-nha não está usando seu entendimento (14; nous). Esta palavra significa a mente, ou o pensamento. A vida cristã não depende inteiramente do intelecto, mas o cristão precisa do intelecto para o pleno gozo da experiência cristã. Omitir o intelecto é ser infrutífero. Falar ou orar em outras línguas de nada adianta para os outros. No versículo 15 Paulo afirma: Orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. Ele louvará a Deus na oração e no canto, tanto com a mente como com o espírito. O homem atinge o ápice da vida espiritual quando tanto as emoções quanto o intelecto são levados aos seus limites no ato da adoração. Orar e can-tar em diversas línguas pode representar uma liberação emocional e fazer com que a pessoa se sinta inspirada, mas nada acrescenta ao entendimento do evangelho.

  1. Línguas desconhecidas não ajudam a congregação (14:16-17). Na congregação cristã haveria os indoutos (16). Esse termo indica os inquiridores que ainda não haviam se comprometido com Cristo, ou os cristãos da igreja que ainda não haviam recebido nenhum dom. Nos dois casos, estas pessoas não seriam capazes de entender as palavras e de confirmar ou dizer Amém nas orações. Seria suficiente dar graças (17), mas mesmo nessas reuniões de louvor é necessário procurar fortalecer a igreja.
  2. Será melhor ouvir palavras claras do que inumeráveis ruídos (1Co 14:18-20). Aqui as advertências de Paulo são gentis. Ele se identifica com aqueles que falam em línguas:

Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos (18). Na obra Notes, Jerônimo diz que Paulo está exultante com sua habilidade de falar em lín-guas.' Parece lógico aceitar a opinião de Jerônimo sobre a habilidade de Paulo de falar diversas línguas, pois seu treinamento e experiência teriam feito dele um excelente lingüista, um mestre de línguas. Entretanto, também é certo que Paulo era rico em experiências emocionais. Se ele tinha ou não a intenção de usar essas línguas no sentido em que foram aplicadas aos coríntios, ou no sentido de serem aplicadas a si mesmo, é uma questão em aberto.

Porém, se for aceito que Paulo estaria se referindo a falar em línguas estranhas, essa admissão significaria muito pouco, porque ele imediatamente faz duas declarações que reduzem a importância de falar em línguas. Primeiro, ele reduz a importância desta prática na adoração em público: Quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência... do que dez mil palavras em língua desconhecida (19).

Cinco palavras claras valem mais do que um número infinito de palavras que ninguém entende. Depois, o apóstolo indica que toda essa comoção a respeito das línguas era uma infantilidade, e repreende adequadamente os coríntios: Irmãos, não sejais meninos no entendimento (20). Godet interpreta seu significado dessa maneira: "É, realmente, uma característica da criança preferir o divertido ao útil, o brilhante ao sólido. E isso era o que os coríntios faziam com seu acentuado gosto pela glossolalia"." No entanto, na malícia eles deveriam ser como meninos (nepiazete, infantis). Moffatt traduz o versículo 20 da seguinte forma: "Irmãos... quanto ao mal sejam como simples crianças; mas sejam maduros na sua inteligência".


5) As línguas estranhas já foram um castigo (1Co 14:21-22). Nesse ponto, Paulo introduz uma observação extremamente solene. Embora os coríntios considerassem o ato de falar em línguas alguma coisa a ser desejada, Paulo afirma que isso poderia ser um sinal do desagrado ou de alguma punição de Deus para os infiéis. O apóstolo faz uma paráfrase da advertência existente em Isaías 28:11 quando escreve aos coríntios: Por gente doutras línguas e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvi-rão, diz o Senhor (21). Vincent escreve: "O tema dessa citação é que o ato de falar línguas estranhas foi um castigo pela incredulidade do povo de Deus durante o período do AT. Por esta punição eles foram levados a ouvir a voz de Deus 'falando através das severas ordens dos invasores estrangeiros'.

Quando citou esse versículo de Isaías, Paulo estava lembrando aos coríntios a infantilidade e rebelião deles, e não encorajando o falar em outras línguas. Ele queria lembrar aos coríntios que as simples e inteligíveis boas-novas da revelação divina em Cristo não haviam sido adequadamente recebidas. Com esta advertência em mente, ele declara que as línguas são um sinal... para os infiéis (22). Ele quer dizer que os infiéis ou incrédulos podem entender e, desse modo, serem beneficiados pelo julgamento de Deus. Por outro lado, a profecia não é para os incrédulos, mas para aqueles que crêem, para os fiéis. A profecia traz a verdadeira mensagem de Deus à igreja.


6) Falar em línguas pode não ajudar os incrédulos (1Co 14:23-25). Agora Paulo apresen-ta um caso hipotético para os coríntios. O que acontecerá se toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem línguas estranhas (23). Como esse dom era desejável, conforme indicavam os coríntios, toda a igreja tinha o direito, e até a obrigação, de buscá-lo. Mas o que aconteceria se os incrédulos viessem a essa igreja, onde todos estivessem falando em línguas de forma desordenada? Não dirão, porventura, que estais loucos? Paulo não estava preocupado com as pesquisas de popularidade eclesiástica. Nem estava ajustando a mensagem do evangelho para conformá-la ao molde da opinião pública. O apóstolo entendia que a tarefa da igreja era atrair os incrédulos e conquistá-los para Cristo. Ele estava alarmado com o fato de que, ao invés de ajudar a converter os pecadores, o ato de falar em línguas de forma desordenada poderia despertar somente o escárnio e o desprezo dos descrentes.

O resultado da profecia é diferente. Se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado (24). A palavra convencido (elenchetai) significa convicto ou reprovado pelos seus pecados. Ela é usada em João 16:8 fazendo referência à obra do Espírito Santo de convencer "o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo". Julgado (anakrinetai) implica inquérito ou as profundas afirmações do coração da pessoa que revelam a sua condição de incrédula. Até mesmo as coisas remotas ou há muito tempo escondidas do escrutínio público desfilam perante a sua consciência, pois agora os segredos do seu coração ficarão manifestos (25). Dessa forma a profecia produz os resultados redentores procurados pela igreja de Deus, pois o incrédulo lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus. Para o incrédulo, então, as línguas proferidas em um ambiente desorganizado são um sinal de loucura. Mas a profecia leva os homens a Deus.

2. Restrições na 1greja (1Co 14:26-40)

Ao tratar do excessivo interesse dos coríntios pelo dom de falar em línguas, Paulo não os desafia abertamente nem proíbe essa prática, mas os ensina como utilizá-la de forma saudável.

  1. A regra da edificação (14.26). A primeira diretriz de Paulo era: Faça-se tudo para a edificação. Quando os coríntios se reuniam para adorar a Deus, cada parte do culto deveria contribuir para a edificação da igreja. O Salmo (hino), a doutrina (ensinamento cristão), a língua (alguma expressão em uma linguagem que não era ge-ralmente conhecida), a revelação, a interpretação da língua — tudo deveria ter o propósito de fortalecer a igreja.
  2. Somente dois ou três deveriam ter permissão de falar (14.27a). Paulo coloca um limite no número de pessoas que teriam permissão para falar em línguas estranhas em qualquer reunião pública. Faça-se isso por dois ou, quando muito, três. Tal restri-ção eliminaria a confusão e a frustração que poderiam ocorrer se a maior parte do culto fosse dedicada a tais atividades.
  3. Devem falar um de cada vez (14.27b). Além do limite do número de pessoas que podiam falar em línguas, estas deveriam falar uma de cada vez. Esta restrição iria elimi-nar a confusão gerada por várias pessoas falando ao mesmo tempo em um culto público.
  4. Deve haver um intérprete (14.27c-28a). A terceira regra de Paulo era: E haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja. Tudo aquilo que é dito em línguas estranhas deveria ser acompanhado por uma interpretação. De acordo com Morris, esta restrição "nos mostra que não devemos pensar que as 'línguas' eram o resultado de um irresistível impulso do Espírito Santo que levava os homens a fazer um discurso em êxtase e desorganizado. Se eles preferissem, poderiam manter silêncio, e isso é o que Paulo os instruiu a fazer em certas ocasiões".'
  5. O ato de profetizar estava sujeito a uma regulamentação (14:29-33a). Assim como o falar línguas estranhas estava sujeito a certas regras, o mesmo acontecia com a profe-cia: E falem dois ou três profetas (29). Aqui o apóstolo está novamente preocupado com o fato de nenhum grupo ou dom se tornar dominante. Embora Paulo tivesse deliberadamente classificado a profecia como superior ao falar em línguas, ele não iria permitir uma excessiva exposição de qualquer dom, mesmo que se tratasse de um dom classificado como "superior". Além disso, aquele que profetizasse poderia estar sujeito a cometer erros. Portanto, Paulo diz: e os outros julguem (29b). A palavra julgar (diakrinetosan) significa discernir, discriminar. "Era dever de todos examinar se aquilo que estava sendo declarado estava de acordo com a verdade"."

Uma outra regulamentação eliminava a rivalidade por uma posição mais favorável na seqüência profética. Parece que certos membros da igreja, os profetas, podiam ser indicados como oradores nos cultos de adoração. Mas se alguma outra pessoa, que esti-vesse assentada (30) desejasse falar, o orador indicado poderia ceder a vez para ela. Dessa maneira, todos poderiam contribuir, não haveria confusão, ninguém iria dominar a reunião e todos seriam edificados.

No versículo 32 Paulo afirma novamente que a obra do Espírito Santo não produz incontroláveis manifestações de oratória. O homem nunca é um ser mais verdadeiro do que quando sob a influência do Espírito Santo. Assim, Paulo escreve: E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas (32). A versão TEV interpreta o versículo 32 da seguinte forma: "O dom de transmitir a mensagem de Deus deve estar sob o controle do orador".

Paulo "estabelece o princípio de que, na verdadeira profecia, o controle e a consciên-cia nunca se perdem"." A profecia é um meio de iluminação espiritual, mas o profeta pode ficar em silêncio, se quiser. Embora o Espírito Santo opere diretamente na igreja, Ele não é Deus de confusão, senão de paz (33).

f) As mulheres não devem perturbar o culto de adoração (14.33b-36). A última parte do versículo 33 pertence mais ao versículo 34, como no texto grego (cf. Berk., RSV). Paulo queria que os coríntios observassem o costume que prevalecia em todas as igrejas dos santos (33). Esse costume em particular se referia ao fato de as mulheres se conserva-rem caladas na igreja. As mulheres estejam caladas nas igrejas; pois lhes não é permitido falar (34).

Existem duas possíveis interpretações para essa declaração. Ela pode ser aplicada de forma geral para excluir as mulheres de toda participação oral no culto da igreja. Porém, em uma declaração anterior (1Co 11:5) Paulo havia escrito sobre as mulheres que oravam e profetizavam com suas cabeças descobertas. Naquela ocasião, a preocupação de Paulo era a preservação da modéstia, que na época estava associada à cobertura da cabeça. Aparentemente, o apóstolo havia sancionado a oração em público e a palavra das mulheres, se as suas cabeças estivessem cobertas.

Uma segunda explicação é que as mulheres não deveriam falar em línguas nem fazer perguntas controvertidas na igreja. Essa é a explicação mais provável, pois a proi-bição aparece no centro de uma discussão sobre o valor das línguas e da profecia. Em vez de falar línguas estranhas ou questionar as declarações dos profetas, as mulheres deve-riam fazer perguntas em casa a seus maridos (35). Barnes escreve: "Evidentemente, o sentido é que todas essas coisas que ele havia especificado, em que as mulheres deveri-am ficar caladas e não tomarem parte, pertenciam exclusivamente à porção masculina da congregação"." A última parte do versículo 34 tem sido interpretada da seguinte for-ma: "Elas não têm permissão de discursar; como diz a lei judaica, elas não devem ter essa incumbência" (TEV).

Em seguida, os coríntios foram lembrados de que faziam parte de um organismo chamado igreja; portanto não tinham permissão para elaborar as suas próprias regras. Porventura, saiu dentre vós a palavra de Deus? Ou veio ela somente para vós? (36). Aqui Paulo afirma com muita segurança, por meio de perguntas, que o evangelho não se originou entre os coríntios, nem foi concedido somente a eles. Dessa forma, eles não podiam se considerar um grupo exclusivo que caminhava pelos seus próprios cami-nhos e estabelecia os seus próprios princípios espirituais.

g) Conclusão (1Co 14:37-40). Resumindo toda a questão, Paulo enfaticamente afirma que o que ele escreveu é a verdade divina. Ao fazê-lo, ele posicionou os coríntios na direção correta. Eles haviam professado ser superespirituais e orgulhosos dos seus dons. Por-tanto o apóstolo escreve: Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor (37). Se os coríntios de fato possuíam tais dons, deveriam demonstrá-los por meio do reconhecimento da sua inspiração, quando estivessem frente a frente com eles. Porém, ainda mais drasticamen-te, Paulo afirma: Se alguém não reconhecer isso, também não será reconhecido (38, NASB).

Nos versículos 39:40, Paulo faz uma referência final aos dons espirituais. Em rela-ção à profecia ele é positivo ao afirmar: Procurai, com zelo, profetizar (39). Se um homem deseja falar na igreja, fale sob a direção do Espírito Santo, de maneira a fortale-cer a igreja. Sobre o outro assunto Paulo se mostra cauteloso: Não proibais falar lín-guas. Este dom não deveria ser proibido ou desprezado. Pois, em seu próprio lugar, e em sua própria ocasião, ele é sem dúvida uma valiosa capacitação.

A discussão sobre o lugar da profecia e do falar em línguas termina com um notável princípio. A adoração é essencial para edificar o corpo de Cristo, mas, às vezes, a adora-ção que busca ou enfatiza de forma exagerada a presença e o poder do Espírito Santo pode chegar a ser caótica e confusa. Aqui o princípio de Paulo é importante: Faça-se tudo decentemente e com ordem (40).

A palavra decentemente (euschemonos) significa que "tudo deve ser feito adequa-damente e em boa ordem"." A palavra ordem (taxin) tem um significado semelhante -"de maneira ordenada"." Adam Clarke escreve: "Onde a decência e a ordem não são observadas em cada parte da adoração a Deus, não se pode adorar de uma forma espiri-tual"." Paulo almejava a presença e o poder do Espírito Santo; e o apóstolo sabia que o Espírito Santo trabalha para produzir harmonia, paz, ordem e edificação.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 versículo 2
Em outra língua:
Isto é, em línguas estranhas:
Ver 1Co 14:4,1Co 14:2 Em espírito:
Aqui e em 1Co 14:14-16, a palavra espírito designa essa situação especial daquele que fala em línguas, contraposta em 1Co 14:14-16 ao que poderia se chamar normal (o entendimento). Alguns traduzem:
pelo Espírito.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40
*

14:1

mas principalmente que profetizeis. Tendo colocado a discussão dentro da moldura apropriada do amor, Paulo agora encoraja os crentes de Corinto a reconhecerem o valor dos dons espirituais. E visto que eles tinham exagerado a importância do dom de línguas, entretanto, a ênfase do cap. 14 recai sobre os dons inteligíveis (v. 19) — primariamente a profecia, mas também a interpretação de línguas (vs. 27 e 28).

* 14:2

não fala a homens, senão a Deus... fala mistérios. Este versículo (conforme o v. 14) descreve o dom de línguas de uma maneira que parece incoerente com o dom de falar em línguas estrangeiras, mencionado em At 2:4-11 (embora alguns creiam que o milagre, no dia de Pentecoste, tenha sido um milagre de audição). Muitos argumentam que aqui Paulo está lidando com algo diferente — uma espécie de fala extática, usada nas orações íntimas (Rm 8:6). Contudo, a palavra aqui traduzida como "língua" é o termo grego normal que significa "linguagem". Em segundo lugar, o uso que Paulo faz do termo "mistério" indica uma verdade divina que ainda não foi desvendada; e não tem o mesmo sentido do vocábulo português "mistério" (2.7, nota). Em terceiro lugar, os vs. 10 e 11, bem como o v. 21, dão sustento à idéia que mesmo aqui Paulo está falando sobre a linguagem humana (12.8-10, nota).

em espírito.

Ou seja, em oposição a falar com a sua mente (vs. 13-15), até aquele que fala não entende o que está dizendo. Mas essa frase provavelmente deveria ser traduzida por "no Espírito", a fim de salientar a inspiração divina envolvida no ato de proferir um mistério.

* 14:4

a si mesmo se edifica. Aqueles que falam em uma língua que não é interpretada, são encorajados e confortados, a despeito de não terem entendido a mensagem.

* 14:6

em que vos aproveitarei. Esse princípio de beneficiar a outros, edificando-os, torna-se o ponto-chave da passagem. Paulo está aplicando o ensino de 12.7, de que Deus concede uma certa variedade de dons "visando a um fim proveitoso".

* 14:7-8

Estes versículos ilustram o princípio mencionado no v. 6. Os instrumentos musicais nada transmitem a seus ouvintes a menos que sejam tocados com um propósito inteligente.

* 14:13

deve orar para que a possa interpretar. Sem minimizar a importância do dom de línguas, Paulo encorajou os crentes coríntios a usar esse dom de uma maneira que o torne valioso para a congregação.

* 14:14

o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera. Qualquer que seja o benefício espiritual que ele possa receber dessa experiência, sua compreensão não é edificada. No versículo seguinte, Paulo destaca que ele preferia receber ambos esses benefícios.

* 14:16

como dirá o indouto o amém depois da tua ação de graças. Os membros da congregação, se tiverem de participar da adoração pública, devem ser capazes de concordar com a mensagem dos hinos que forem entoados e das orações que forem oferecidas. O costume de exprimir aprovação com um "Amém" audível ("assim seja") não pode ser seguido se a pessoa não entender o que foi dito.

* 14:18-19

É possível que os crentes de Corinto justificassem a ênfase que davam ao dom de línguas argumentando que Paulo também exercia esse dom. Sem negar esse fato, o apóstolo põe o dom em sua perspectiva apropriada ao salientar que será muito mais valioso fazer alguma coisa que "instrua a outros".

* 14.20-25

Até este ponto, Paulo vinha discutindo o uso das línguas entre os crentes. Mas que dizer sobre os incrédulos que ouvissem as línguas? Os crentes coríntios tinham ignorado os incrédulos, e Paulo admoestou a igreja por essa exibição de imaturidade espiritual. Ele apela para "a lei" (o Antigo Testamento) para mostrar que Deus usa línguas estranhas como sinal de julgamento. O trecho de Isaías 28:11 explica como Deus julgou os israelitas mediante os assírios, que falavam um idioma estrangeiro. Se os incrédulos chegassem à adoração e ouvissem uma língua ininteligível, eles seriam repelidos (v. 23) e rejeitariam o evangelho. Nessa situação, as línguas não-interpretadas servem de sinal de julgamento "para os incrédulos" (v. 22). Mas os crentes de Corinto deveriam ter como alvo levar os incrédulos ao arrependimento e a reconhecerem que Deus está presente (v. 25). Visto que Deus usa as palavras compreensíveis da profecia para realizar esse propósito, a profecia é um "sinal para aqueles que crêem"; e serve de evidência da bondade de Deus para com eles (v. 22).

* 14:26

para edificação. Ver nota no v. 6, "O Modelo de Deus para o Culto", em13 16:29'> 1Cr 16:29.

* 14:27

haja quem interprete. Essa preocupação com o entendimento molda a discussão inteira (v. 1, nota). As instruções de Paulo neste versículo e no seguinte demonstram que aqueles que falam em línguas devem controlar sua elocução, ainda que não as tenham compreendido.

* 14.29-33

Tendo apresentado instruções para o exercício apropriado do dom de línguas, Paulo começa a explorar outras questões que também afetam a ordem da adoração pública. Visto que ele tinha enfatizado a importância da profecia, ele salienta agora que até esse dom deve ser exercido de maneira ordeira — "falem apenas dois ou três" (durante o curso da profecia, ou, talvez, em vários pontos, durante o culto), enquanto que "outros", que também têm o dom da profecia, deveriam avaliar a mensagem para averiguar se a mesma não é falsa. Ao que parece, os coríntios falavam em línguas e profetizavam sem se importarem com outros crentes ou com o conteúdo das mensagens (12.2,3, nota). A desordem por eles provocada era uma ameaça à unidade do corpo, e era incompatível com o Deus "da paz" (v. 33).

* 14:34-35

Estes versículos têm suscitado debates entre os crentes, pelo menos parcialmente, pois não se sabe qual problema, exatamente, Paulo estava procurando corrigir. Tem até mesmo sido proposto que estes versículos não faziam parte da epístola original de Paulo. Tendo por base 11.5 e outras passagens do Novo Testamento, fica claro que Paulo não está proibindo de maneira absoluta, que as mulheres falassem em cada situação na igreja. Paulo podia estar tratando de algum problema particular em Corinto, como o de mulheres que criavam desordem durante o culto de adoração. Ele podia ter em mente uma função específica, tal como a avaliação das profecias (vs. 29 e 32), da qual as mulheres não deveriam participar. Tem sido até sugerido que estes vs. 34 e 35 são uma citação dos próprios crentes coríntios, que Paulo rejeitou no v. 36.

* 14:36

Essas perguntas sarcásticas mostram que Paulo não está dando instruções gerais quanto à adoração. Antes, ele procurava solucionar problemas sérios que se originavam da arrogância jactanciosa dos crentes de Corinto.

* 14:38

o ignorar, será ignorado. Ver nota em 13.12 quanto ao contraste entre conhecer e ser conhecido. Este versículo pode ser uma advertência de que os crentes teimosos seriam disciplinados por Paulo ou pela igreja (2Ts 3:14), mas a linguagem sugere que eles ficariam sujeitos ao julgamento divino direto.

* 14:39-40

Estes dois versículos são um sumário conciso do cap. 14.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40
14:1 A profecia pode envolver acontecimentos futuros mas seu propósito central é comunicar a Palavra de Deus às pessoas, provendo discernimento, precaução, correção e estímulo.

14:2 O dom de falar em línguas foi motivo de preocupação da igreja em Corinto porque causava desordem na adoração. O falar em línguas é um dom legítimo do Espírito Santo mas os crentes corintios o estavam usando como um signo de superioridade espiritual antes que como um meio de unidade espiritual. Os dons espirituais são de benefício só quando se usam apropiadamente para ajudar a todos na igreja. Não os exercitamos para nos fazer sentir bem.

14.2ss Paulo dá vários pontos em relação com o falar em línguas: (1) é um dom espiritual de Deus (14.2); (2) é um dom desejável apesar de que não é um requisito de fé (12.28-31); (3) é menos importante que a profecia e o ensino (14.4). Embora Paulo mesmo falava em línguas, dá maior prioridade à profecia (ensino) porque beneficia a toda a congregação, enquanto que o falar em línguas beneficia prioritariamente ao que o pratica. O culto público deve ser compreensível e benéfico a toda a igreja.

14.5-12 Assim como cada nota de um instrumento musical pode ser executado em ordem para que a música seja precisa, de igual maneira Paulo menciona que as palavras pregadas em uma linguagem compreensível são de mais ajuda e claridade. Há muitos idiomas no mundo (14,10) e as pessoas que falam diferentes idiomas raramente podem entender-se entre si. Acontece o mesmo com o falar em línguas. Apesar de que é um dom muito benéfico para gente que adora em forma privada, quão mesmo quando se faz em público e há interpretação, Paulo diz que prefere falar cinco palavras que se entendam e não dez mil que não se entendam (14.19).

14.13-20 Se uma pessoa tiver o dom de falar em línguas, deveria orar pelo dom de conhecer o que está dizendo (interpretação), assim poderá mais tarde proclamá-lo publicamente. Desta maneira toda a igreja se edifica com o dom.

14:15 Há um lugar adequado para o intelecto da cristandade. Tanto na oração como no canto, a mente e o espírito se envolvem. Ao cantar podemos pensar no significado das palavras. Quando derrubamos nossos sentimentos a Deus em oração, não fechamos nossa capacidade de pensar. Os verdadeiros cristãos não são intelectuais estéreis nem emocionalistas irrefletidos. Vejam-se também Ef 1:17-18; Fp 1:9-11; Cl 1:9.

14:22, 25 A forma em que os corintios estavam falando em línguas não ajudava a ninguém porque os crentes não compreendiam o que se estava dizendo e os não crentes pensavam que os que falavam em línguas estavam loucos. O falar em línguas se supunha que devia ser um sinal para os não crentes (como foi em Feitos 2). depois de falar em línguas, os crentes supunham que se explicaria o que se havia dito e que se daria o crédito a Deus. Logo os incrédulos seriam convencidos de uma realidade espiritual e motivados a procurar a fé cristã com um pouco mais de interesse. Embora esta é uma forma de chegar aos incrédulos, Paulo diz que a predicación clara é melhor (14.5).

14.26ss Tudo o que se faça nas reuniões de adoração devem beneficiar aos adoradores. Este princípio se refere a cada aspecto: canto, predicación e o exercício dos dons espirituais. Aqueles que contribuem no serviço (cantores, pregadores, leitores) devem ser motivados principalmente pelo amor, falando palavras que ajudem a fortalecer a fé de outros crentes.

14:33 Na adoração, tudo deve ser feito em harmonia e com ordem. Embora os dons do Espírito Santo se exercitem, não há desculpa para a desordem. Quando há caos, a igreja não permite que Deus obre em favor dos crentes, como quisesse.

14:34, 35 Significa isto que a mulher não pode falar nos serviços religiosos de hoje? É claro, por 11.5, que a mulher orava e profetizava na adoração pública. Também é claro, pelos capítulos 12 aos 14, que a ela lhe dão os dons espirituais e a anima a exercitá-los dentro do corpo de Cristo. As mulheres têm muito com que contribuir para participar dos serviços religiosos.

Na cultura de Corinto não lhe estava permitido à mulher confrontar ao homem em público. Aparentemente algumas mulheres que se converteram pensavam que o cristianismo lhes dava liberdade de fazê-lo. Isto causou divisão na igreja. Mais ainda, as mulheres daquela época não recebiam formação religiosa formal como os homens. Elas podiam formular perguntas no serviço de adoração que poderiam ser respondidas na casa sem necessidade de interromper uma atividade pública. Paulo respondeu que a mulher não podia alardear de sua liberdade em Cristo durante a adoração pública. A exortação do Paulo aponta a promover a unidade, não a ensinar sobre o rol da mulher na igreja.

14:40 A adoração é vital para a vida do indivíduo e para a totalidade da igreja. Os serviços em nosso Iglesias devessem ser conduzidos em uma forma ordenada de modo que possamos adorar, ser ensinados e estar preparados para servir a Deus. Aqueles que têm a responsabilidade de planejar a adoração devessem assegurar da ordem e a direção em vez de caos e confusão.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40
V. 3. O exercício dos dons espirituais (14: 1-40)

Paulo até agora tem lidado com a variedade e unidade essencial dos dons espirituais na 1greja, ... o corpo de Cristo. Ele tem, no capítulo 13 , mostraram a superioridade da fé, esperança e amor sobre todos os dons manifestos da Igreja, mas principalmente o amor, que é o metal na alma do crente que responde ao ímã da própria natureza de Deus. No capítulo 14 , o Apóstolo está preocupado em mostrar a seus leitores o valor comparativo eo emprego adequado de profecias e línguas (línguas) na 1greja. Ele trabalha para corrigir os excessos e abusos do Corinthians em seu uso da profecia e línguas (idiomas) e para demonstrar o valor superior de profecias sobre línguas (línguas). O princípio dominante que Paulo estabelece no capítulo 14 para o exercício desses dons é que eles devem ser usados ​​para a edificação, exortação e consolação (v. 1Co 14:3 ). Deve-se, ainda, que ao longo deste capítulo, como em outros lugares em toda a Bíblia, o modificador "desconhecido", em relação às línguas, não é encontrado no grego ou em qualquer uma das melhores traduções. Sua aparição na KJV é em itálico que, é claro, indica que ele foi adicionado pelos tradutores e não é parte do texto.

1. O Valor Instrumental da profecia e línguas Comparado (14: 1-25)

(1) A utilidade comparativa de Profecias e Tongues à Igreja (14: 1-20)

1 Siga depois do amor; e procurai com zelo espirituais presentes , mas sim o de profetizar. 2 Porque o que fala em outra língua não fala aos homens, mas a Deus; que ninguém o entende; mas em espírito fala mistérios. 3 Mas o que profetiza fala aos homens de edificação, exortação e consolação. 4 O que fala em língua edifica a si mesmo; . mas o que profetiza edifica a igreja 5 Agora eu teria que todos falam em línguas, mas sim que vos profetizam: e maior é laço que profetiza do que aquele que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação. 6 Mas agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, que vos aproveitaria, se não falar ou por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina? 7 Até mesmo coisas sem vida, dar voz, seja flauta, se eles não dar um sons distintos, como se conhecerá o que é canalizada ou harped? 8 Porque, se a trombeta der voz incerto, quem se preparará para a batalha? 9 Assim também vós, a não ser que vos exterior, pelo discurso língua fácil de ser entendido, como se conhecerá o que é falado? para vos irá falar para o ar. 10 Existem, pode ser, tantas espécies de vozes no mundo, e nenhuma espécie é sem significação. 11 Se, pois, eu não souber o sentido da voz, serei para ele que fala, eo que fala será estrangeiro para mim. 12 Assim também vós, pois vós sois zeloso das espirituais presentes , procurar que abundeis para a edificação da igreja. 13 Pelo que, o que fala em língua ore para que a possa interpretar. 14 Porque, se eu orar em língua, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica infrutífero. 15 O que é então? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento também:. Eu cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento 16 Else se tu te abençoe com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar do desaprendido dizer o amém sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes? 17 Pois tu Certamente dás bem as graças, mas o outro não é edificado. 18 Dou graças a Deus, que falo em línguas mais do que todos vocês: 19 howbeit em a igreja eu antes quero falar cinco palavras com o meu entendimento, para que eu possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua.

20 Irmãos, não sejais filhos em mente: ainda em malícia E sede criancinhas, mas na mente ser homens.

Claramente profecias e línguas (idiomas) têm uma função dupla, ou seja, em relação à Igreja e ao mundo. Nos versículos 1:20 o apóstolo está preocupado com o primeiro.

No versículo 1 Paulo emite dois comandos. A primeira é dirigida a toda a Igreja, segundo a determinados indivíduos dentro da igreja que têm dons especiais. Siga (diōkete) transmite a idéia de perseguição paciente. Grosheide diz:

"Para seguir após" é muito mais forte do que os dons espirituais sinceramente . "Para seguir depois" indica uma ação nunca encerra, enquanto "desejar ardentemente" salienta a intensidade e não a continuidade da ação ... Desde que o capítulo. 13 falou da universalidade do amor, enquanto que em 1Co 14:2, Paulo se refere a alguns pessoas especiais que possuem o dom da glossolalia ou profecia, a conclusão que ele pode garantido que "a seguir após" é um mandamento de toda a congregação, ao passo que "desejar ardentemente" é intimados sobre aquele que tem dons espirituais.

Grosheide observa ainda que a palavra em vez ("especial", NVI) alude às maiores dons de 00:31 , que os presentes superiores Paulo aqui identifica como profecias, e, assim, ele indica o erro do Corinthians em atribuir o lugar mais alto para glossolalia ou línguas.Assim, podemos concluir a partir do versículo 1 que Paulo quer dizer que o amor é o permanente ou bom universal interminável que pode ser para sempre perseguido pelo crente, sem medo de nunca cansativo ou mesmo totalmente compreendê-lo, e que as profecias são a desejar como o mais alto dos temporais dons espirituais simplesmente porque através deles é dado a conhecer ao homem o dom supremo do amor divino. Esta conclusão indica que enquanto Paulo realizada amor para ser o maior dom de Deus para o homem (o dom da Sua própria auto) e profecia como o segundo maior presente, ele considerava "fé" e "esperança" como reações do homem com Deus de revelou o amor, em vez de presentes de Deus ao homem.

No versículo 2 Paulo vem diretamente ao confronto com o problema da língua que foi tão mal compreendido e mal utilizados na igreja em Corinto, como tem sido por alguns na periferia do cristianismo, às vezes desde então. Hodge diz:

O que é ensinado aqui é, primeiro, que aquele que fala em línguas não fala aos homens, mas a Deus. Em segundo lugar, que isso significa que os homens não entendem ele . Em terceiro lugar, que o motivo de sua não ser compreendido é o meio de comunicação, e não nas coisas comunicado.

O significado da frase, "não fala aos homens, mas a Deus" (ARA), Hodge detém, é que ele não fala para os homens, mas para Deus. Em outras palavras, sua comunicação é com Deus e não com o homem. Ele não é compreendido, ou literalmente, ninguém ouve articular sons, embora ele ouve desarticulados sons. Ele ouve sons, mas não palavras (conforme At 9:7 ). Assim, como Hodge diz a respeito versículo 2 , "O significado é, não que nenhum homem vivo , mas que nenhum homem presente, poderia entender. Não é o uso do dom de línguas que ele estigmatiza, mas o uso do dom [talvez melhor, a sua utilização simulado] quando ninguém estava presente que entendia a linguagem empregada. "As palavras de Paulo:" Em seu espírito (março 'pelo Espírito', Espírito Santo) fala mistérios "(ARA), não significam espírito próprio do falante como distinguido de seu entendimento. Como Hodge diz: "As Escrituras não distinguem entre o nous e pneuma como faculdades distintas da inteligência humana. O último [ pneuma ] não são os mais altos poderes espirituais da nossa natureza, mas o Espírito Santo ... "Hodge dá os quatro seguintes argumentos em favor desta interpretação:. (1) o uso predominante da palavra espírito (pneuma) para a Santa Espírito em toda epístolas de Paulo, mas especialmente no atual contexto; (2) o uso das escrituras comum e estabeleceu a expressão para falar em ou pelo Espírito, ou sob a orientação do Espírito; (3) ", quando o espírito [espírito do homem], deve ser distinguida da compreensão ;designa as afeições; um sentido que não seria de todo adequar essa passagem "; e (4) o significado assim deduzido é a mais natural e apropriado para o contexto. Mistérios, no sentido bíblico, referem-se a verdade divina até então desconhecido para o homem, mas agora revelado pelo Espírito através de profecias proferidas pelos servos de Deus, movidos pelo Espírito (conforme 2: 7-10 ; Ef 3:1. ). Em At 2:11 os estrangeiros em Jerusalém exclamou: "ouvimos-los em nossas próprias línguas [ glossais , línguas] falando dos grandes feitos de Deus "(NVI; conforme At 2:8 ). . Ele fornece força e encorajamento para a sua fé Exortação e consulta parecem ser, mas dois aspectos ligeiramente variantes da mesma idéia (1Co 2:11. ; 1Co 3:2 , Jo 11:31 .

O que mais pode, então, a sua "falar em línguas" ser do que uma prática inútil de rabiscos competitiva que eles conceberam a ser edificante adoração? Na verdade, Paulo considerava-os como crianças imaturas (conforme 1Co 13:11 ; 1Co 14:20 ; conforme Ef 4:14. ), que tornou-se emocionalmente louco em suas tentativas frenéticas, como os profetas de Baal, para superar o outro nas suas tentativas de ganhar A atenção de Deus (1Rs 18:19 ). A própria afinidade do culto pagão de Cybele para o Corinthians provavelmente surgiu a partir da mesma fonte que a do culto a Baal para os israelitas apóstatas, como é expresso por uma autoridade: "A atratividade desse culto para os judeus, sem dúvida, cresceu fora de sua licenciosa personagem. "O objetivo da profecia é, então, para ajudar no desenvolvimento do caráter cristão, para fortalecer os crentes na fé, e para consolar e incentivá-los em tempos de ataque mal, a angústia, ou sofrimento intenso.

No versículo 4 Hodge comenta sabiamente:

Isso decorre do que foi dito, o alto-falante com línguas não edificar a igreja, porque ele não foi compreendido; ele tinha se edificar [desde que ele estava falando uma língua dada por Deus de boa-fé e não as expressões ininteligíveis de culto Cybele], porque ele entendia a si mesmo. Este versículo, portanto, prova que o entendimento não foi suspenso, e que o alto-falante não estava em um estado de êxtase.

O significado do verso 1Co 14:5 não raramente sido seriamente confuso e pervertida. Paulo deixa claro que ele não subestimar o divino dom das línguas (glossais , línguas), quando eles são usados ​​para sua propósito dado por Deus de profetizar ou pregando para aqueles que não poderiam compreender o alto-falante em razão da sua diferença de línguas nativas . Quando esta necessidade para a comunicação eficaz do evangelho está presente, Paulo deseja que todos eles podem ter o dom de línguas para suprir essa necessidade. Ele dá graças a Deus que ele foi divinamente capacitado para atender tais necessidades linguísticas em sua obra missionária (1Co 14:18 ). Aliás, é óbvio das palavras do Apóstolo: "Eu gostaria que todos vocês falaram em línguas" (ARA), que na melhor das hipóteses, havia apenas alguns, se houver, em Corinto, que tinha o dom de línguas de boa fé. O item de importância que Paulo enfatiza aqui, como em outros lugares, é a de fazer passar a mensagem salvadora de Deus aos necessitados. Se é necessário um dom divino especial de línguas para obter a mensagem para as pessoas, então Paulo é tudo para ele. A coisa mais importante é que a mensagem do amor redentor de Deus ser comunicada aos necessitados espiritualmente. "Agora eu desejo ... ainda mais que você iria profetizar "(NVI).

"O homem que profetiza é superior [superior, Moffatt] para aquele que fala em línguas, a não ser quando este interpreta a fim de que a igreja receba edificação" (Weymouth). O homem que profetiza é mais útil, porque a congregação se beneficia com a mensagem de Deus, assim como o próprio falante. Por outro lado, o homem que fala em uma língua de boa-fé que é desconhecido para os auditores podem se beneficiar da mensagem que ele fala, enquanto o público não faz, a não ser que por inspiração divina ou por outra pessoa presente na platéia que sabe ou é inspirado falar a língua, tanto do alto-falante e o público interpreta para ele para sua edificação. Se o orador interpretou sua mensagem dada por Deus ou de outra fez isso por ele, ele profetizou para a edificação da audiência. Isto torna evidente que o que Paulo queria dizer foi dada por Deus revelações inteligíveis da verdade para a edificação espiritual dos crentes, e não alguns ocultos, enigmáticos, expressões desconhecidas como os do culto pagão da deusa Cibele. Hodge aponta, ainda:

Esta passagem também prova que o dom de interpretação, embora distinta da de línguas, pode ser, e muitas vezes, sem dúvida foi, possuído pela mesma pessoa e, consequentemente, que ele entendeu o que ele disse. A ausência do dom de interpretação, não prova que o próprio falante, nesses casos, era ignorante do que ele proferiu.

Outra consideração deve ser observado neste momento. O próprio local de Corinto feito para uma situação extremamente poliglota. Corinto era, talvez, para além de qualquer cidade romana, fora da própria Roma, a cidade mais poliglota do império, especialmente no oeste (ver Introdução ). Povo cristão, apóstolos e profetas, bem como leigos, estaria vindo e indo para Corinto com freqüência. Como estes cristãos de outras nacionalidades e línguas diferentes visitou a igreja em Corinto que seria transferida para testemunhar ou entregar uma mensagem a seus companheiros cristãos. A barreira da língua, no entanto, os impediria de comunicação inteligível de suas mensagens inspiradas pelo Espírito. Assim, a menos que eles foram inspirados pelo Espírito de interpretar para a língua da congregação, ou de outra fizeram por eles, eles seriam beneficiados embora o público não iria.

Em um caso hipotético, como se o apóstolo deve visitá-los em Corinto (v. 1Co 14:6 ), e à luz do argumento exposto, ele deveria falar com eles em línguas (glossais) estranho para eles, afirma, por meio de uma pergunta retórica, que seria de nenhum proveito para os que seja. Paulo então varia a questão de mostrar que seria apenas como a sua mensagem era compreensível para eles que seria beneficiado por ela. Hodge diz:

Não são quatro, mas apenas dois modos de endereço contempladas neste verso. Revelação e profecia pertencer a um; e conhecimento e doutrina para o outro. Aquele que recebeu a revelação era um profeta, ele que teve "a palavra da ciência" era um professor.

Em outras palavras, Paulo significa dizer que, se ele deve vir como um profeta com uma revelação especial de Deus para uma necessidade especial, ou como um professor para instruí-los nas doutrinas da fé cristã, o valor de sua visita dependeria sua capacidade de se comunicar com eles em uma linguagem mutuamente inteligível para o alto-falante e para o público.

No versículo 7 Paulo usa uma ilustração de um instrumento musical discordante inanimado para mostrar a inutilidade de tais sons ininteligíveis e sem sentido. Ele pode ser questionado se Paulo destina qualquer analogia entre as coisas sem vida (instrumentos musicais discordantes) eo espiritualmente falando inanimado em línguas pelo Corinthians. O que Paulo quer dizer com esta ilustração, de acordo com Hodge, e como parece perfeitamente razoável a partir do contexto, é que

como instrumentos musicais emitem um mero jargão dos sons, a menos que se observar os intervalos regulares, para os alto-falantes com línguas proferir um mero jargão. Os sons que eles proferem não são palavras articuladas, mas um ruído confuso ... sem mais significado nele do que vibrando uma harpa.

A partir desta ilustração, bem como toda a argumentação do Apóstolo, é claro que o principal ponto da analogia é que, assim como não podemos saber o que é canalizada ou harped ou receber benefício a partir dos sons, a menos que esses sons que vêm de lhes pode ser discriminado, só assim não há nenhum benefício aos auditores de um idioma que não é inteligível para eles. Assim, o apóstolo condena a utilização abusiva do presente, mas não o dom de línguas de boa fé como tal.

Paulo continua, se intensifica, e conclui sua analogia no versículo 8 . Isso confirma a última cláusula do versículo 7 , mas ele faz mais do que isso. A corneta (salpingx) foi um trompete militar que era muito mais alto e imponente que um cachimbo ou harpa.Mas seu som intensificou não pode compensar a sua falta de sentido. Se isso não soa a chamada batalha de forma inteligível, ninguém vai dar ouvidos. Só assim, Paulo implica, se o orador não se comunica de forma inteligível a mensagem de Deus aos seus ouvintes, por mais importante que seja, é totalmente inútil em sua preparação para o encontro com Deus. Na verdade, tais sons sem sentido pode servir apenas para confundir e jogá-los na armadilha do inimigo atacante.

A posição enfática das palavras pela língua no versículo 9 enfatiza a relação da língua com a inteligibilidade da comunicação. Morris diz: "O Corinthians tinha encantado em vez de conectá-lo com ininteligibilidade. Discurso é ou inteligível ou nada mais do que falando ao ar "diz Robertson:". Falando com o vento. Isso foi antes de os dias da rádio. "Tal é tão sem sentido como o boxeador que bate o ar (1Co 9:26 ). A única "atira a brisa", enquanto o outro "atinge."

Pode haver alguma vez tantas línguas diferentes no mundo, diz Paulo (v. 1Co 14:10 ), mas nenhum deles é sem sentido ou significação-ninguém é burro. Morris diz: "Não é um jogo de palavras com phonon, vozes . Não há nenhuma diferença real entre ininteligibilidade e mudez. Toda a questão da linguagem é que ele é usado para comunicar o significado. "Nas palavras, nenhum tipo sem significação, observações Hodge, "nenhum deles é inarticulado. ... A ilustração contida neste versículo vai provar que o falar em línguas estava a falar em uma língua estrangeira. O mesmo ponto é que, como todas as línguas são importantes, por isso, as línguas utilizadas por aqueles que falavam em línguas foram significativas ".

O verdadeiro significado do verso 1Co 14:11 sugere que o poder ou força da voz , a intenção de que é, como a expressão da linguagem articulada, para transmitir uma mensagem inteligível aos ouvintes. Se isso não for feito, diz Paulo, a voz não tem poder alg1.Nesse caso, eu serei como um bárbaro para o alto-falante e ele como um bárbaro para mim. Os gregos designados como bárbaros todos os que não falam a sua língua; os romanos fizeram o mesmo. A palavra "bárbaro" significava aqueles que proferiu acentos-dura ou rude bar bar . Todas essas eram bárbaros para os gregos. Hodge pensa significado de Paulo aqui é mais forte do que um "estrangeiro pagão", no entanto. "Se o homem profere, sons inarticulados incoerentes, que nenhum homem vivo poderia entender, isso não faria dele um estrangeiro. Pode provar que ele estava a ser perturbado, mas não é um estranho ", ou estrangeiro. Esta situação sugiro fortemente que havia aqueles em Corinto que se tinham dado a uma forma de demência em suas extravagâncias emocionais e experiências ilusórias em que proferidas bar bar sons que eram, mas o murmúrio ininteligível de loucos. Isto é ainda mais enfatizada pelo seguinte versículo.

Paulo diz que, de acordo com a ASV, que eles eram "zeloso de espirituais presentes . "A palavra presentes , no entanto, não está no grego, e a leitura é espíritos e não "espiritual". Assim Robertson observa que eles haviam se tornado "zelotes . para espíritos "Vincent diz:" Paulo trata as diferentes manifestações espirituais como se representassem uma variedade de espíritos. Para um observador da rivalidade indecorosa afigura-se como se não um espírito, mas espíritos diferentes, foram objeto de seu zelo. "Withal, eles parecem ter personificado vários brindes como espíritos diferentes. Uma vez que todos os diferentes "dons de Deus" são as manifestações do "Um Espírito Santo", seus vários espíritos personificada nos presentes para que eles eram tão zelosos não poderia ter sido de Deus. Assim, toda a situação parece altamente suspeito de possessão demoníaca por parte de alguns membros da igreja de Corinto. Paulo anteriormente indicaram fortemente neste exato perigo quando ele disse:

Eu digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos (limões, e não a Deus, e eu não quero que você se tornar partícipes demônios 5ocê não pode beber o cálice do Senhor e do cálice dos demônios;. Você não pode participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios "( 10: 20-21 ., NVI).

Pode ser que alguns dos membros da igreja de Corinto tinha desviado tão longe que eles tinham "sacrifícios aos demônios" e bebido o "cálice dos demônios" nos altares pagãos, e veio, possessos de demônios proferindo o ininteligível bar bar da demons- votaries possuidor de Cybele? A situação toda parece suspeito perigosamente deste eventuação.

É evidente que alguns dos membros da igreja estavam imbuídos de um desejo apaixonado (zelo) para experimentar os efeitos intoxicantes do espírito-possession em transe experiências, a fim de que eles possam excell ou superar o outro em seu êxtase "língua-falando." Esta parece ter dado uma semelhança perto os efeitos da intoxicação alcoólica, e foi falsificada do diabo pela posse do crente pelo Espírito Santo (ver Ef 5:18. ; conforme 2: 13-18 ). Paulo muda a ênfase de seu zelo por espíritos, para que pudessem se destacar, ou levar a palma a um outro, a "edificação da igreja" (v. 1Co 14:12 , NVI) -de rivalidade louco de serviço rentável para Deus. Antídoto de Paulo para o mal é sempre o bem. Para os romanos, ele escreveu: "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem" (Rm 0:21. , NVI).

No versículo 13 , temos uma inferência de todo o argumento anterior. Se um cristão tem tanto o dom divino de uma língua de boa-fé, ou uma língua nativa que é estranho para a igreja (o último parece mais provável), então deixe-o rezar para que ele tenha o dom da interpretação de que ele pode traduzir sua mensagem para a língua da congregação e, assim, edificá-los, bem como a si mesmo (conforme 1Co 14:22 , 1Co 14:25 , 1Co 14:27 ; At 2:5 ). Robertson diz a frase: " Deixe que ele ore para que a possa interpretar ... Else ele tinha melhor Deixa de falar em uma língua. "

Paulo deixa claro nos versículos 14:17 que a religião cristã é inteligente, bem como emocional e social, bem como pessoal. Se os ora individuais em uma língua (linguagem), seja dada por Deus ou em sua própria língua, que é estranho à congregação, seu próprio espírito ou alma reza com entendimento e para a sua edificação pessoal, mas o pensamento e do sentido de sua oração é totalmente infrutífera para o povo da congregação, porque eles não entendem as palavras de sua oração. Assim, Paulo diz que para fazer essa oração, ou cantar, frutífero para a congregação que ele, dando o exemplo para eles, vai rezar com o entendimento, ou rezar frutuosamente na língua da congregação, e que ele vai cantar mesmo. No lado prático Morris observa: "Muitas vezes as orações são oferecidas em uma espécie de jargão emocional, e hinos são escolhidos com base nas músicas atraentes em vez de teologia som."

Amen é uma afirmação ou confirmação da verdade por parte do ouvinte. Mas, se o ouvinte não tem compreensão inteligente do que é proferida, como ele pode afirmá-lo como verdadeiro? O uso da Amen passado para os cristãos de Hebreus (Ne 8:6)

21 Na lei está escrito, por homens de outras línguas estranhas e pelos lábios de estrangeiros falarei a este povo; . e nem mesmo assim me ouvirão, diz o Senhor 22 línguas Wherefore são um sinal, não para os que crêem, mas para os incrédulos; mas profetizar é um sinal , não para os incrédulos, mas para os que crêem. 23 Se, pois, toda a igreja se reunidos e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão que estais loucos? 24 Mas, se todos profetizarem, e entrar algum incrédulo ou inculto, ele é repreendido por tudo, ele é julgado por todos; 25 os segredos do seu coração se tornam manifestas; e assim, prostrando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, declarando que Deus está verdadeiramente entre vós.

Mais uma vez Paulo renova relacionamento com seus leitores pelo endereço cativantes irmãos (v. 1Co 14:20 ). Mas logo em seguida ele se move a partir do ideal (irmãos) para os reais (crianças ). Considerando que os crentes de Corinto deve ser cristãos maduros, alguns deles eram "velhos" bebês que sofrem de embotamento intelectual (conforme He 5:11 ). Eles foram caracterizados por um desenvolvimento retardado. Eles têm idade, mas eles não têm maturidade. Eles, assim como a maioria das crianças, preferem brinquedos para ferramentas, o divertido ao útil. Eles foram jogar igreja, tentando imitar o dom de boa-fé da linguagem, o significado de que eles não entenderam, por competitivo jargão bucal sem sentido. Essa conduta Paulo chama infantil , e ele faz uma distinção entre a sua infantilidade e da infantilidade que deve caracterizar-los. São infantil em sua compreensão e comportamento, mas eles não são infantil na inocência moral. É este último que o Apóstolo ordena sobre eles, mas ele espera maturidade em seu pensamento.

Nos versículos 21:22, Paulo apela à Escritura para uma analogia. Ele cita livremente Is 28:11 , Is 28:12 . A essência desta citação é que, por causa da desobediência dos israelitas, Deus deixá-los ser espalhados entre um povo de língua estrangeira dura que eles não entendiam, e que era, na realidade, um castigo sobre eles. O Apóstolo desenha a partir deste incidente, a inferência de que, ao invés de seu jargão ininteligível em Corinto ser uma benção, como eles supostamente, era na realidade uma maldição para eles. E essa maldição é o resultado de sua incapacidade de obedecer a Deus e se tornarem filhos maduros.

Hodge explica o versículo 21 do seguinte modo:

A explicação mais satisfatória é levar sinal no sentido geral de qualquer indicação da presença divina. 'Tongues são uma manifestação de Deus, ter referência, não para os crentes, mas para os incrédulos; ea profecia é uma manifestação semelhante, dotada de referência, não para os incrédulos, mas para os crentes. " Por línguas , no entanto, não é para ser entendido o dom de línguas, mas, como v. 1Co 14:21 exige, línguas estrangeiras, ou seja, línguas desconhecidas para os ouvintes. O significado é que, quando um povo é desobediente, Deus lhes envia professores, que eles não podem entender; quando eles são obedientes, ele envia-os profetas falam sua própria língua. Esta é a conclusão natural das premissas contidas no v. 1Co 14:21 . Quando os hebreus eram desobedientes a Deus enviou estrangeiros entre eles; quando obediente, ele enviou-lhes profetas. Portanto, isto é, portanto, segue-se que os professores são ininteligíveis para os incrédulos; aqueles que podem ser entendidos são para o crente. Este ponto de vista também é consistente com o que se segue, que é projetado para mostrar que falar em uma língua que aqueles que ouvem não consigo entender é a causa do mal; Considerando que falar de forma inteligível é a fonte de bem. Deve-se lembrar que não é o dom de línguas do que o apóstolo fala, mas falando com as pessoas em uma linguagem que eles não entendem. E, portanto, essa interpretação não implica qualquer menosprezo de (ele presente em questão.

No versículo 23, o apóstolo parece querer dizer que quando a igreja é montado, e todos os que falam fazê-lo em um ou mais idiomas que são estranhas a qualquer um incrédulo ou um crente presente que não entende a língua deles, então tal pessoa, ou pessoas, vão pensar que os falantes de línguas são loucos. A idéia expressa é que a comunicação inteligível é essencial para o benefício de todos os presentes.

A cena muda nos versículos 24:25 . Se em vez de emitir sons ininteligíveis que convencem os visitantes que os alto-falantes são loucas, os oradores entregar profecias mensagens de divina verdade na língua do visitante descrente ou crente imaturo, eles vão estar convencido da presença de Deus, por isso condenados pela verdade proferiu sob a inspiração do Espírito Santo, e vai cair em seus rostos e adorar a Deus. Assim, as profecias são rentáveis ​​em converter os incrédulos e aprofundar a fé da imaturas, enquanto línguas sem interpretação são apenas confuso, e servem para aprofundar a descrença do incrédulo.

b. O emprego adequado da profecia e línguas na 1greja (14: 26-40)

(1) O emprego adequado de línguas na igreja (14: 26-28)

26 O que é, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. . Que tudo seja feito para edificação 27 Se alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou no máximo três, e que por sua vez; e haja intérprete: 28 mas se não houver intérprete, esteja calado na igreja; e fale consigo mesmo e com Deus.

Na adoração livre e informal da Igreja primitiva, cada membro tinha uma parte dos serviços (v. 1Co 14:26 ). Pode-se levar no canto de um salmo, outro poderia entregar uma instrução, outra uma revelação especial com a qual ele tinha sido inspirado, outro pode querer testemunhar ou exortar na sua própria língua que as outras pessoas presentes não entenderam, e outra pode ser movidos pelo Espírito de interpretar para o último. Como foi tudo isso para ser prevista em um culto de adoração? O Apóstolo estabelece uma regra geral: "Que todas as coisas [todas as atividades acima mencionadas] ser feito de tal forma ordenada a trazer lucro e não trabalhar confusão" (v. 1Co 14:26 ).

Há duas possibilidades na situação anterior. Em primeiro lugar, os cristãos de outras partes do mundo, cuja língua materna pode ter sido diferente do grego, sem dúvida visitar Corinto e da igreja lá. Eles teriam muito naturalmente deseja testemunhar, exortar a congregação, ou rezar na congregação, mas poderia fazê-lo apenas em seus próprios idiomas, o que seria incompreensível para os cristãos de Corinto. Em segundo lugar, haveria aqueles que gostaria de testemunhar ou para entregar uma exortação para que tais estranhos visitantes de outras partes que falavam uma língua estrangeira para eles. Em qualquer caso, a interpretação seria necessário. Para essas situações, Paulo tem um plano ordenado para recomendar. É o melhor para um de cada vez para falar; em qualquer caso, não mais do que dois ou três, talvez em diferentes seções da montagem. Mas em todos os casos as suas línguas estrangeiras devem ser interpretados de modo que todos possam entender e ser beneficiado. Se não há ninguém que possa interpretar para esses estranhos visitantes, no entanto, em seguida, deixá-los ficar em silêncio. Eles podem comungar com Deus silenciosamente em seus próprios idiomas, na oração ou meditação. Não há nenhum ponto em falar, se não é entendido; só confusão pode resultar.

(2) O emprego adequado de Profecia na 1greja (14: 29-40)

29 E falem os profetas, por dois ou três, e os outros julguem. 30 Mas, se a revelação ser feita para outro sentado junto, deixou o silêncio primeira manter. 31 Para vós todos podem profetizar, um por um, para que todos aprendam, e todos sejam consolados; 32 e os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas; 33 porque Deus não é um Deus de confusão, mas de paz.

Como em todas as igrejas dos santos, 34 deixar as mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também ordena a lei. 35 E, se querem aprender alguma coisa, perguntem a seus maridos em casa.: pois é vergonhoso para uma mulher falar na igreja 36 O quê? era do que a palavra de Deus foi adiante? Ou veio ela somente para vós?

37 Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, deixá-lo tomar conhecimento das coisas que vos escrevo, que são mandamentos do Senhor. 38 Mas, se alguém é ignorante, ele é ignorado.

39 Portanto, meus irmãos, procurai com zelo o profetizar, e proíbem a não falar em línguas. 40 Mas deixe-se tudo decentemente e com ordem.

Nos versículos 29:33 Paulo estabelece quatro princípios básicos para o exercício da profecia (pregação) na igreja. Em primeiro lugar, tendo em conta o tipo de serviço informal-igreja primitiva, Paulo limita as mensagens proféticas em um serviço a dois ou três (v.1Co 14:29 ). Isto dará a cada uma oportunidade para uma breve mensagem entregue por sua vez, pelos alto-falantes que o público possa discernir , ou ouvir e assimilar. Em segundo lugar, embora possa haver os presentes que desejam falar, a preferência deve ser dada para o homem que tem uma revelação especial de Deus (v. 1Co 14:30 ). Tal arranjo ordenado fará com que seja possível para todos os que têm mensagens de falar, por sua vez, embora não ao mesmo serviço (v. 1Co 14:29 ), e, consequentemente, todos os presentes poderão aprender e ser consolada. Este é o propósito da profecia. Em terceiro lugar, os profetas têm controle sobre e são responsáveis ​​por seus próprios espíritos. Isto exclui qualquer tipo de espírito-possessão em que o possuído é processado irresponsável de seu discurso ou conduta. Essa posse não é pelo Espírito de Deus. Em quarto lugar, Deus é um Deus de ordem e paz, e nunca de confusão, em todas as Suas atuações e directings. Um estudioso bem afirmou:

O Espírito de Deus nunca priva o indivíduo de sua consciência ou razão (Rm 12:1 ), e agora sua fala ficou-los em apuros. A imaturidade das mulheres em Corinto, sem dúvida, foi a razão imediata por isso que Paulo proibiu de falar na igreja. O princípio de sujeição, no entanto, é aparentemente a razão principal. Paulo também apela à Escritura e sua autoridade apostólica de apoio, bem como para a prática cristã geral do dia, se a última frase do versículo 33 pertence ao versículo 34 , como muitos espera. As mulheres, especialmente as mulheres de Corinto um pouco indisciplinados, vai fazer melhor do que aprender com seus maridos em casa, se há questões a serem discutidas, ao invés de perturbar a reunião da igreja.

Muito evidentemente, a igreja de Corinto tinha vindo a inovar práticas novas e não aprovados em relação às suas mulheres, como o contrário. Assim, Paulo ironicamente pergunta se eles começaram o movimento cristão, ou se veio a eles (v. 1Co 14:36 ).Aparentemente, eles tinham algo a aprender com as outras igrejas. Se, ou em que medida, a proibição de Paulo colocada sobre as mulheres de Corinto é para ser aplicada universalmente ainda é uma questão de debate na 1greja.

Ao concluir esta seção sobre os dons espirituais, Paulo prevê certos princípios fundamentais. Primeiro, ele acredita que ele tenha falado sob a inspiração e direção de Deus sobre o assunto. Em segundo lugar, aqueles na igreja que são profetas, ou pessoas espirituais, deve reconhecer este fato e como tementes a Deus eles devem cumprir o seu mandamento. Em terceiro lugar, se alguém rejeita a mensagem de Deus dada por meio do Apóstolo, que ele seja rejeitado pela igreja, e, possivelmente, por Deus no final.Em quarto lugar, com um endereço cativante final, meus irmãos, ele enfatiza profecia (pregação) mais uma vez como o dom mais alto, e um dos mais desejado no serviço a Deus. O dom de línguas (línguas), enquanto que de menor importância, uma vez que é apenas um veículo para a expressão da mensagem da profecia, não está a ser proibido, desde que, como afirmado anteriormente, não há necessidade para isso e há um intérprete onde for necessário.

Exortação final de Paulo é que o serviço da igreja deve ser aplicado de forma a ser belo, ordenado e adoração e como vai fazer uma impressão favorável em todas as pessoas sinceras e inteligentes. As palavras de Hodge são significativos como observação final para esta seção.

E, a fim ..., não tumultuosa como em uma multidão, mas como em um exército bem-ordenada, onde cada um mantém o seu lugar, e age na hora certa e da maneira adequada. Sempre que as questões externas estão em causa, estes são os dois princípios que devem reger a conduta do culto público. O apóstolo não só condena qualquer igreja agindo independentemente de outras igrejas, mas também qualquer membro de uma igreja em particular na qualidade de seus próprios impulsos, sem levar em conta outros. A igreja como um todo, e em cada congregação separada, deve ser um corpo harmonioso e bem organizada.

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40

O crente deve buscar, pedir, junto a Deus, os dons espirituais com que possa melhor servi-lo. O que Deus venha a lhe conceder pode, aparen-temente, não ter nada que ver, ou pode ter alguma coisa, ou até mui-ta coisa que ver, com suas aptidões "naturais" — somente Deus o co-nhece perfeitamente e sabe, por isso, o que adequadamente lhe compete; e seu Espírito Santo mostrará então ao crente seus dons e ministérios a exercer, capacitando-o, ao mesmo tempo, para que venha a usá-los com sabedoria e amor. Manter o co-ração aberto à resposta e ao influxo do Espírito é básico e essencial, nes-sa busca.

  1. Há superioridade no falar em lín-guas? (14:1-25)

Pelos argumentos de Paulo, deduz-se que os coríntios deviam exagerar a importância do dom de línguas, em detrimento de outros dons. Não le-vavam em conta que todos os dons são igual mente importantes e de real valor para o serviço de Deus. Usavam do dom de línguas errone-amente, talvez por pura vaidade, sem buscarem qualquer interpreta-ção. Paulo procura corrigir esse erro, ressaltando que as línguas que eram estranhas aos presentes no culto, ou seja, línguas estrangeiras e desco-nhecidas, de nada aproveitavam aos ouvintes se não interpretada a men-sagem por elas transmitida.

  1. Falar em línguas pode edifi- car ou não (vv. 1 -19)

Nos versículos 1:19, Paulo ressalta determinadas verdades ne-cessárias, da maior utilidade para os crentes, esclarecendo que:

  1. Mais do que falar em lín-guas sem interpretação é preferível, então, profetizar, pois, pelo menos, todos irão entender o que se está di-zendo; nesse caso, profetizar edifi- ca mais a igreja (vv:1-4). Profetizar, como se sabe, não é somente prever o que irá ocorrer. É proferir a Palavra que o Senhor, mediante seu Santo Espírito, ordena que o crente fale pu-blicamente, geralmente advertindo, embora com amor, alguns ou muitos que estão cometendo, ou prestes a cometer, graves erros e enganos, que poderão prejudicar seriamente a si mesmos e aos outros. Isso envolve, por vezes, também a previsão do que possa acontecer se as pessoas a quem se dirige a profecia agirem dessa ou daquela forma, acatando ou rejeitando a Palavra, obedecendo ou não a Deus.
  2. Falar em línguas com inter-pretação, no entanto, tem o mesmo valor e importância quanto profetizar (v. 5). Sem interpretação é que não beneficia pessoa alguma (vv. 6-12).
  3. Aquele que, entre os corín-tios, falasse em línguas deveria pedir a Deus que lhe desse também o dom de interpretação, para poder, assim, ajudar a edificar a igreja e beneficiar os irmãos (vv:13 1:7).
  4. O apóstolo não rejeita o dom de falar em línguas em si, pois afir-ma, ele mesmo, Paulo, que também fala em línguas e dá graças a Deus até muito mais que alguns dos co-ríntios. Só que prefere pregar, orar e profetizar em uma linguagem que todos entendam a falar em línguas desconhecidas sem interpretação, como fazem irresponsavelmente os coríntios.
  5. Falar em línguas por vaidade é imaturo (v. 20)

Naquilo que pode ser um sinal de maturidade espiritual e vida cristã mais profunda, o falar em línguas, os coríntios, no entanto, por causa de sua vangloria, promoção pessoal e gabolice, mostravam-se infantis e imaturos. Paulo chama a atenção dos crentes para que não sejam crianças quanto ao entendimento das coisas de Deus, mas, sim, quanto à ma-lícia — ou seja, puros como crian-ças e sábios como adultos. Mesmo sendo Deus quem está falando, ou justamente por ser Deus quem fala, a mensagem não será devidamente transmitida se a vaidade de quem é encarregado de comunicá-la se so-brepõe aos interesses de Deus e dos ouvintes, mediante o falar em línguas só por falar ou para se exibir, sem se-quer dar margem a uma interpreta-ção do que o Senhor está dizendo.

  1. Línguas são sinal para o incrédulo e profecia para o crente (vv. 21-25)

Tal como é dito na Palavra, em passagem que Paulo cita, mas sem referir a fonte (Is 28:11-23.) Os pregadores devem edificar a igreja e manter a ordem adequada. O "arrebatamen- to" do pregador prova que o Espírito não fala por seu intermédio, pois há autocontrole quando o Espírito está em operação.

  1. As mulheres na igreja (vv. 34-35)

Relacione esses versículos com 11:5ss e 1Tm 2:12. Pa-rece que as mulheres abusavam de seus dons e os usavam fora de lu-gar. Paulo não diz que as mulheres não têm dons espirituais ou que de-vem ser escravas dos homens. Ele ensina que tanto o homem como a mulher que agem de forma inade-quada na igreja rebaixam-na, em vez de edificá-la. Paulo também transmite aos homens a respon-sabilidade de ensinar as verdades espirituais à esposa em casa, não na igreja. Infelizmente, em muitas famílias a esposa tem de ensinar ao marido!

  1. A obediência à Palavra (vv. 36-40)

Paulo diz: "Se alguém se conside-ra profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo". O Espírito de Deus nunca trabalha à parte da Palavra de Deus ou em contradição a ela, e esse princípio é muito mais ne-cessário na área de dons espirituais que em qualquer outra. A Palavra de Deus, objetiva e imutável, deve nos orientar, não as experiências emocionais subjetivas de qualquer pessoa.

Veja os princípios básicos para a adoração espiritual que Paulo es-tabeleceu para a igreja:

  1. O ensino e a pregação da Palavra têm prioridade sobre tudo o mais.
  2. A igreja deve ser edificada.
  3. Nada deve comprometer o testemunho diante dos descrentes.
  4. Sempre deve haver auto-controle.
  5. Tudo deve ser feito "com de-cência e ordem", e de acordo com a Palavra de Deus.
  6. As mulheres não devem exercer autoridade sobre os ho-mens.
  7. A compreensão é necessá-ria para que haja bênção; e tam-bém deve anteceder qualquer bên-ção. As Escrituras evidenciam que havia informalidade nas reuniões da igreja primitiva. De um lado, devemos evitar a formalidade e, de outro lado, o fanatismo. A linha que separa os dois é muito tênue. Não é possível afirmar que culto planejado seja não-espiritual, pois o mesmo Espírito que orienta o pla-nejamento anterior também dirige o culto. No entanto, devemos dei- Os gregos não acreditavam na res-surreição dos mortos. Em Atenas, al-gumas pessoas riram da doutrina da ressurreição quando Paulo pregou sobre ela (At 17:32). Os filósofos gregos ensinavam que o corpo é a prisão da alma e que, quanto antes a morte libertasse a alma, melhor se-ria para a pessoa. Os gregos viam o corpo humano como uma fonte de fraqueza e de maldade e não con-cebiam um corpo que continuasse a existir depois da morte. Paulo, ao escrever esse capítulo, tinha de lidar com esse tipo de forma de pensar.

Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40
14.1.2 Sem amor os dons não produzem benefícios reais.
14.3 Edificando. Conforme 8.1; At 20:32. Exortando (gr paraklesin). Animando e aconselhando como um advogado de defesa num processo (1Jo 2:2).

14:4-7 Revelação (gr apocalupsis). Era uma mensagem direta de Deus.

14.10,11 Em Corinto, um porto importante, se escutavam muitas línguas estrangeiras. Seria tolice criar tais barreiras na igreja meramente para ostentação.
14.12 Edificar a igreja é a única motivação legítima para exercer os dons (gr pneumatõn, "sois zelosos por espíritos”, conforme v. 32)

14.13 Maior valor está na compreensão do que no falar.
14.14,15 Orar (gr proseuchomai, inclui louvor e agradecimento) em línguas exclui a razão. A adoração cristã deve ser mais do que um mero exercício intelectual ou emocional. Cantarei. A espontânea improvisação de um cântico sob êxtase espiritual só teria valor se outros pudessem aproveitar a mensagem (Ef 5:19; Cl 3:16).

14.16,17 Os ouvintes podiam indicar com o "amém" (assim seja) que queriam que a oração fosse considerada como deles também. Era costume proceder assim nas sinagogas (Dt 27:15; e 8.6).

14.18,19 Notemos que Paulo recusava empregar o dom de línguas na igreja por ser incompreensível. Amadurecidos. Conforme 2.6n.

14.22 Um sinal. Sinal de condenação de judeus incrédulos que soberbamente achavam que eram o único povo de Deus. A profecia era imprescindível para os cristãos que ainda não tinham o NT.

14:25-25 As línguas não serviam para evangelização (a pregação de Pedro em At 2:0; 1Ts 5:2
- 0s) pelo dom de discernimento (12.10). Funcionando como um só corpo, havia instrução, correção e consolação mútuas e tudo realizado ordeiramente.

14.34,35 Muitos dos abusos na igreja se devem as mulheres, geralmente mais dominadas por experiências psíquicas. Parece que podiam orar e profetizar (11.5; At 2:17; At 21:9) mas não ensinar ou discutir.

14.36 Estas são palavras de ironia. A igreja de Corinto seguia suas próprias práticas. Nenhuma igreja pode viver independentemente das outras porque faz parte do Corpo de Cristo universal.

14.37,38 Usavam suas experiências estáticas como pretexto para fugir da autoridade do apóstolo Paulo (2Co 1:3.2Co 1:3). Em todos os tempos a autenticidade de qualquer mensagem se comprova pela sua submissão à autoridade dos escritos apostólicos do NT.

14.40 As reuniões de adoração devem ser reverentes, ordeiras, cheias de harmonia e poucas inovações.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40

4) Profecia e línguas (14:1-40)
O apóstolo prossegue agora para a aplicação desses princípios que tão claramente ele expôs. A variedade dos dons espirituais dentro da unidade fundamental do corpo de Cristo (cap.
12) pode ser mantida em perfeito equilíbrio somente pelo exercício do amor, sob cuja luz o verdadeiro valor e função de todos os charismata são facilmente avaliados (cap.

13). Há dons mais elevados que devem ser buscados com dedicação (12.31), não com a avareza e o ciúme tão característicos em Corinto, mas no espírito do amor. O cap. 14 trata desse discernimento. O dom de profecia deve ser desejado mais do que as línguas (v. 1-25), mas o exercício de cada um deles tem o seu lugar apropriado, e ambos devem ser cuidadosamente controlados para evitar o abuso (v. 26-33a). Qualquer participação de mulheres na igreja precisa ser semelhantemente ordenada, para que a sua subordinação fique evidente (v. 33b-36). No resumo das suas instruções, o apóstolo as apresenta como ordens divinas (v. 37-40).
a) A profecia é superior às línguas (14:1-25)
Os crentes em Corinto, arrebatados pelo caráter misterioso e pelo êxtase extremo associados às línguas, davam a essa experiência uma importância em relação aos outros charismata que estava totalmente fora de sintonia com a função que lhe tinha sido dada por Deus. Embora reconheça o lugar das línguas na adoração pessoal (v. 2), Paulo vê a grande necessidade que a igreja tem de pregação inspirada, da palavra profética, por meio da qual pode ser edificada (v. 3,5). Algumas ilustrações reforçam o seu ponto: (1) a própria experiência que eles tiveram com Paulo como mestre (v. 6); (2) os sons significativos de instrumentos inanimados (v. 7,8); (3) os sons da linguagem humana (v. 10,11). Assim como o toque da trombeta estimula o exército à ação, uma linguagem compreendida pelo ouvinte vai produzir resultados positivos. Ao contrário, enquanto alguém pode até adorar em harmonia profunda com o espírito por meio de uma língua estranha, o não-iniciado na igreja, desprovido de dons, não está em condições de concordar com o que está sendo dito (v. 13-19). Finalmente, enquanto as línguas podem ser para o descrente um sinal do castigo iminente, é por meio do dom da profecia que ele vai ser conduzido à salvação (v. 20-25).

v. 1. Sigam o caminho do amor. Literalmente, persigam o amor — um verbo caracteristi-camente paulino para denotar a persistência espiritual; conforme Rm 9:30,Rm 9:31; Rm 12:13; Fp 3:12ss; lTs 5.15; lTm 6.11; 2Tm 2:22. O versículo resume os caps. 12el3edáo tom para o que vem em seguida. Observe a expressão repetida busquem com dedicação (12.31), que em

1 Corindos 14:16
14.39 é seguida de o profetizar, v. 2. uma lín-gua\ Um dos charismata, compreendido somente por Deus, a não ser que seja acompanhado do dom da interpretação. Não é simplesmente uma língua estrangeira, pois ninguém a entende, e é dirigida a Deus. em espírito: Embora interpretada por algumas versões (RSV, Moffatt e NEB: “inspirado”) como uma referência ao Espírito Santo, pode referir-se igualmente ao espírito do homem, como distinto de sua mente, e é traduzido assim pela NVI. mistérios-. V.comentário Dt 13:2. v. 3. quem profetiza: O dom da pregação inspirada, percebendo a vontade de Deus e falando às necessidades específicas da congregação. V. comentário Dt 12:10. edificação'. O desejo principal de Paulo para a igreja de Corinto. Está por trás do cap. 3; conforme 8.1; 10.23; 14.4,5,12,17,26. V. tb. 2Co 12:19; Ef 4:29; Rm 14:19;Rm 15:2. Esse uso metafórico é peculiar a Paulo no NT. v. 4. Temos aí o contraste entre a edificação de um indivíduo por meio de uma língua e a de uma congregação inteira por meio da profecia, v. 5. prefiro que profetizem-. Coloca o equilíbrio onde deve estar sem desaprovar o dom de línguas, a não ser que as interprete-. Traz de volta a possibilidade de o dom de línguas ser usado nos encontros da igreja; conforme os v. 13 26:27. v. 6. se eu for visitá-los [...] em que lhes serei útik O critério ainda é a edificação e o benefício deles. Línguas não interpretadas não trazem nenhum benefício. A revelação [...] conhecimento [...] profecia [...] doutrina-. Esses requerem fala inteligente e edificam. O primeiro par sugere uma capacitação interior; o último, a sua expressão exterior. A revelação precede a profecia, como também ocorre no caso de conhecimento e doutrina. v. 7,8. coisas inanimadas [...] flauta ou cítara [...] trombeta-. Cada um tem a sua função específica, estando os primeiros dois associados a festas, funerais e atividades religiosas, e os últimos, com batalhas. Contudo, em relação ao tom e ritmo do instrumento, o seu chamado precisa ser claro, interpretando a ocasião da festividade ou do luto, a necessidade de atacar ou de bater em retirada,

v. 9. Assim acontece com vocês-. O que se atinge com as coisas inanimadas se exige também da língua humana. Para que haja edificação, a palavra precisa ser expressa de forma inteligente. v. 10,11. há diversos idiomas [...] todavia, nenhum deles é sem sentido-. Nenhum deles tem valor se o desconhecimento da língua impede a comunicação, v. 12. Assim acontece com vocês-. Sejam bem articulados na linguagem que edifica a igreja. Visto que estão ansiosos por terem dons espirituais-, E louvável que tenham esse desejo, mas a motivação é fundamental; não para inflar o ego, mas para edificar a igreja por meio do amor. As palavras de Paulo talvez tenham um toque de ironia. v. 13. para que a possa interpretar. Pode ser concedido à pessoa que já tem o dom de línguas. O fato de os dons serem dados em resposta à oração claramente mostra a possibilidade de um ministério em desenvolvimento de acordo com o crescimento espiritual e as necessidades da situação local. Os charismata não são dados em forma de “pacote”. v. 14. a minha mente fica infrutífera-. Pode significar “a minha mente não é beneficiada” — não recebe fruto algum, como na NEB, ou “a minha mente não produz nada para o benefício de outros”, como Moffatt. v. 15. Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento-. Para Paulo, o entendimento é a inteligência. Por isso, ele usa um meio de comunicação inteligível para a mente e o espírito, tanto dele quanto da congregação. Aqui Moffatt traduz pneuma por “Espírito”, v. 16. Se você estiver louvando a Deus em espírito: I.e., com uma língua estranha. Como expressão de expressão extática, Paulo usa uma diversidade de termos: fala (v. 13), oro (v.14), cantarei (v. 15), louvando (v. 16), ação de graças (v. 16) — todos sendo aspectos do ato coletivo de adoração no qual os crentes participavam à medida que eram conduzidos; cf. o v. 26. No entanto, a presença de um não instruído requer que todas as partes da adoração sejam inteligíveis para ele, seja na linguagem dos adoradores, seja em uma língua estranha por meio da interpretação, os não instruídos (idiõtês):

O termo não sugere leigos, pois essa distinção não existia na época, mas, antes, os crentes inexperientes ou, como sugere a RSV, alguém sem dons. A palavra ocorre em At 4:13 e 2Co 11:6. “Amém”\ Uma expressão coloquial para a pessoa se identificar com as orações ou outros elementos oferecidos na adoração congregacional. A prática da sinagoga foi adotada nas igrejas cristãs. Conforme Sl 106:48; Ne 5:13; Ne 8:6. v. 17. esteja dando graças muito bem: O dom de línguas em si não é desprezado, mas quem não tem o dom não é edificado. Por isso, não passa no teste, v. 18,19. ... por falar em línguas mais do que todos vocês. Todavia, na igreja...'. O dom em que Paulo superava a todos não era ostentado na igreja para impressionar, mas na adoração particular e pessoal expressava de forma desimpedida a alegria profunda do seu espírito redimido, v. 20. deixem de pensar como crianças [...] sejam adultos'. A preferência do dom de línguas à fala inteligente era algo infantil e imaturo. Mas Com respeito ao mal — que compreendia todas as inclinações para o mal —, uma inocência de criança era recomendável. O pensamento maduro, expresso de forma inteligente, é essencial se queremos que os descrentes se convertam; conforme os v. 2325. v. 21,22. Pois está escrito na Ler. Is 28:1 lss é citado aqui. Deus fala com os rebeldes e descrentes em uma língua ininteligível, assim como ele falou aos israelitas escarnece-dores por meio dos inimigos assírios. A ilustração não mostra nada mais do que o fato de que, por espetaculares que as línguas estranhas possam parecer, elas são ineficazes para trazer os descrentes à salvação.

Mesmo assim, são um sinal para os descrentes da sua condenação iminente, como era a língua assíria para os judeus descrentes nos dias de Isaías; não um sinal para salvação, mas um sinal divino de condenação; um sinal a ser rejeitado para que se confirme a sua incredulidade; conforme o v. 23. Parece que em algumas ocasiões o uso que o nosso Senhor fazia das parábolas era um tanto semelhante; conforme Mt 13:10-40. Por outro lado, a profecia [...] épara os que creem, não para os descrentes, pelo fato de que gera os que crêem, ao conduzi-los para a fé. v. 23. toda a igreja-. Sugere um encontro geral para a adoração em contraste com os grupos mais limitados e informais que, provavelmente, se reuniam em diversas partes da cidade, todos falarem em línguas'. I.e., todos os que participarem, como no v. 24. Para fundamentar bem o seu argumento, Paulo, provavelmente, está afirmando um caso extremo. Sem dúvida, alguns participariam de uma língua inteligível, vocês estão loucos'. Uma conclusão a que chegam não somente os descrentes (apistoi), mas também aqueles que ainda não são instruídos. V.comentário do v. 16. v. 24. por todos: Sugere o efeito cumulativo da palavra inspirada que é anunciada por uma seqüência de pessoas que falarem. O gênero pode ser neutro ou masculino; “por tudo” ou “por todos”, convencido'. Tem um significado bastante amplo; conforme “convencerá”, Jo 16:8; “exponham”, Ef 5:11; “ser repreendidos”, lTm 5.20. por todos será julgado (anakrinetai): Usado acerca de averiguação judicial. V.comentário Dt 2:14,Dt 2:15; v. tb. 4.3; 9.3. v. 25. os segredos do seu coração serão expostos-. Sendo o resultado direto da averiguação. Esse verbo e os dois anteriores no v. 24 revelam diversos aspectos de uma experiência que inclui convencer, condenar, expor, peneirar, revelar; o produto da profecia é a invasão da mente do homem efetuada pelo Espírito de Deus. A repreensão interior do Espírito resulta na resposta exterior do pecador: ele se prostrará, rosto em terra, e adorará a Deus, exclamando: “Deus realmente está entre vocês!”. Se para ele as línguas estranhas sugerem que a igreja está louca, a profecia prova que Deus está presente.

b) As línguas e a profecia na igreja local (14:26-33a)
Tendo concluído os seus argumentos acerca dos respectivos méritos das línguas e da profecia, o apóstolo dá as suas orientações e ordens. As suas conclusões resumem os 25 versículos anteriores. (1) De importância fundamental é que todos devem ser usados para a edificação da igreja (v. 26). A igreja precisa ser edificada; conforme os v. 3,4,5,6,12,17,19. (2) Se houver línguas, precisam ser acompanhadas de interpretação (v. 27,28); conforme os v. 2,5.

(3) Os profetas precisam participar (v. 29).

(4) Ordem e decência precisam ser mantidas (v. 30-33).
v. 26. Esse versículo apresenta de forma vívida a composição e a forma da adoração de uma congregação na igreja primitiva, cada um: Não que cada um presente necessariamente teria de participar; antes, indica a distribuição geral de dons por toda a igreja local. tem um salmo, uma palavra de instrução...: O verbo “ter” é repetido com cada dom no texto grego e, provavelmente, sugere a posse individual de dons espirituais. Cada um vem preparado para contribuir, mas também igualmente disposto a permanecer silencioso à medida que a necessidade se tornar evidente; conforme o v. 32. v. 27. Se, porém, alguém falarem língua: Se sugere a possibilidade de não haver ninguém com esse dom presente em determinado encontro. Isso é ainda mais significativo em vista da gramática de Paulo em que, nessa formulação específica, eite (“se”) deveria ser normalmente seguido de mais um eite, assim completando um sentido distributivo. Essa segunda parte poderia ter começado no v. 29, mas a idéia de colocar em dúvida a presença de profetas é tão inaceitável para Paulo que ele abandona a sua formulação inicial e insere um imperativo. Tratando-se de profetas, falem dois ou três...: 

Pouco importa se não estiver ninguém presente com o dom de línguas, mas os profetas precisam estar lá. “cada um por sua vez” (expressão ausente na NVI em português): Isso garantia a preservação da ordem, como faria a orientação e alguém deve interpretar, tornando impossível a situação em que vários irrompessem em expressão extática ao mesmo tempo. v. 28. Se não houver intérprete, fique calado na igreja: Gomo no caso de todos os outros charismata, o exercício do dom de línguas deve estar sob o controle imediato de quem o usa. v. 29. Tratando-se de profetas, falem dois ou três: Como no caso do dom de línguas, o número de pessoas que poderiam ser ouvidas de forma proveitosa em um encontro. e os outros julguem cuidadosamente o que foi dito: Embora possa ter significado a congregação inteira, outros, muito provavelmente, eram os profetas restantes, ou outras pessoas na igreja que tinham o dom do discernimento; conforme 12.10: “discernimento de espíritos”.

A orientação foi sábia, pois já no início os falsos profetas se infiltraram nas igrejas; conforme 2Pe 2:1. v. 35. que perguntem a seus mandos em casa-. Ter de perguntar ao marido na igreja significaria falar em voz alta com o marido que sentava do outro lado na congregação, assim criando desordem. Gomo no cap. 11, Paulo tem em mente aqui mulheres casadas. As não casadas poderiam fazer as perguntas por meio da sua família, é vergonhoso-. Um escândalo; uma palavra forte, encontrada em outros textos do NT somente em 11.6; Ef 5:12; Tt 1:11. Essa é a avaliação de Paulo de alguém que ignora os limites da subordinação e causa distúrbios na ordem da santa adoração, v. 36. Acaso a palavra de Deus originou-se entre vocês?-. Acaso Corinto é a fonte da revelação, o depósito da verdade? Corinto estava evidentemente em discrepância com “todas as congregações” (v. 33); reinava grave desordem (cap. 11), o reflexo da sua auto-es-tima arrogante (4.8,19).

d) Conclusão (14:37-40)
Esses versículos nos lembram 11:16, mas agora a sua fonte de autoridade transcende a decisão dos apóstolos e a prática das igrejas; é a ordem de Cristo. O teste da espiritualidade deles é a sua aceitação dessa afirmação dele. O equilíbrio buscado com tanta dedicação em todo o texto é finalmente resumido: a prioridade da profecia, a legitimidade de línguas e a adoração com ordem e decência.
v. 37. pensa que éprofeta ou espiritual: O segundo termo é o mais amplo, incluindo todos os que têm dons espirituais, embora aqui pudesse se referir especificamente a alguém que falasse em línguas, o dom que os coríntios consideravam conter a marca oficial da espiritualidade, reconheça'. O imperativo presente significa, literalmente, “que sempre reconheça”. O mesmo verbo é usado em 16.18; 2Co 1:13. mandamento do Senhor. A marca do apostolado, a convicção da inspiração. O ponto é que os que têm dons espirituais não podem agir como lei para si mesmos, mas devem se adequar à lei de Cristo revelada por meio das ordens do apóstolo, v. 38. Se ignorar isso: As vezes, como aqui, o verbo (agnoei) sugere ignorância intencional ou desprezo. ele mesmo será ignorado: O versículo todo é expresso de forma criptográfica e concisa em cinco palavras gregas. Essa oposição é rejeitada com a devida brevidade.

Essa implicação de ignorância intencional talvez dê força à formulação variante “que ele seja ignorante” (RV), especialmente porque encontra apoio no papiro 46, o nosso manuscrito paulino mais antigo, v. 39. com dedicação: Conforme 12.31; 14.1. A profecia é de importância suprema na edificação da igreja. Não obstante, as línguas têm uma função dada por Deus (v. 5). não proíbam: Nenhum dom espiritual deve ser desprezado, v. 40. Esse versículo amplia o pensamento do v. 33. com decência (euschêmonõs): Formas cognatas podem ser encontradas em 7.35; 12.23,24 com o conceito subjacente de graça e beleza. A adoração deve ser atraente, e ordem (kata taxin): “Tudo no seu lugar e seqüência adequados”, expressando a precisão com que avança um exército bem organizado.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de I Coríntios Capítulo 12 do versículo 1 até o 40

E. Conselho Referente aos Dons Espirituais. 12:1 - 14:40.

Com o familiar peri de, Paulo menciona outra pergunta feita pelos coríntios. O novo assunto, dons espirituais, liga-se entretanto, com a seção procedente por se tratar do culto público. É importante distinguir dons espirituais de graças espirituais ou ofícios espirituais. Graças espirituais são qualidades do caráter espiritual. Cada crente é responsável pelo desenvolvimento de todas elas (cons. Gl 5:22, Gl 5:23). Ofícios espirituais são posições dentro da igreja para a administração dos seus negócios, quer seja uma administração espiritual do rebanho (anciãos), quer seja uma administração espiritual das coisas temporárias (diáconos; cons. 1Tm 3:1-13). Só alguns crentes têm ofícios espirituais. Os dons espirituais são capacitações divinas relacionadas com o culto na igreja local, oficial e extra-oficial. Cada crente possui um dom espiritual, mas nem todos os crentes possuem o mesmo dom (cons. 1Co 12:4-11). A igreja em Corinto, certamente não era uma igreja mona, estava em perigo de abusar dos seus privilégios com uma super ênfase sobre alguns desses dons espetaculares. O apóstolo apresenta primeiro a unidade e a diversidade dos dons (12:1-31a), depois a primazia do amor na procura dos dons (12:31b - 13:13), e finalmente a avaliação e regulamentação no exercício dos dons de profecia e línguas (1Co 14:1-40).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40
1Co 14:1

5. FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS (1Co 14:1-46) -Essa praxe de falar em outra língua era aparentemente comum em Corinto e obviamente era um dom altamente cobiçado. Outras referências a este assunto só se encontram em Atos, embora não seja certo que o que Lucas descreve, como em At 2:4-11, fosse uma manifestação do Espírito exatamente igual ao dom aqui referido. A ARC inserindo a palavra estranha (que não se encontra no grego), dá a impressão de que o falar era numa linguagem ou linguagens estranhas àquele que falava. Mais provavelmente Paulo está referindo elocuções extáticas, a expressarem sentimentos antes que pensamentos lógicos, o que se tornava completamente ininteligível aos ouvintes (2), a não ser que fosse "interpretado" (5). Com efeito, o que falava podia ele mesmo não saber o significado do que dizia, donde o apóstolo encorajar que orasse pedindo capacidade para interpretar (13). Se nem ele nem outro pudesse interpretar, devia guardar silêncio nas reuniões da igreja, e empregar o dom somente em sua comunhão íntima com Deus (28). Nada há que sugira que esse dom capacitava pregar o evangelho em outras línguas.

>1Co 14:3

O alvo do apóstolo é mostrar que, atribuindo excessiva importância a esse dom, era de esperar que eles (como igreja) perdessem aquela edificação, exortação e consolo (3) que, resultam do exercício do dom da profecia. Não deprecia o dom de línguas, porque ele mesmo o possui em maior medida (18). Mas por motivos muito práticos, urge com eles para que desejem antes aquele dom que habilita seu recipiente a revelar as verdades do evangelho e a ensinar doutrinas sãs. Com isto a igreja lucra (6).

Usa três ilustrações para esclarecer seu ponto de vista. Tratando-se de diferentes instrumentos musicais, cada qual tem som diferente dos outros; do contrário seria impossível distinguir um do outro (7). Demais disto, cada instrumento, a trombeta por exemplo, deve ser tocada inteligivelmente, de outro modo ninguém compreenderá ou apreciará a música (8). Em terceiro lugar, se duas pessoas querem trocar idéias, só podem fazê-lo usando palavras compreendidas por ambas. Todas as palavras têm algum sentido (10), mas se o sentido das palavras empregadas for desconhecido (11), será o mesmo que tentar manter uma conversação com um estrangeiro.

>1Co 14:12

A aplicação disso vem nos vers. 12-19. Paulo põe de lado o contraste do dom de línguas com o de profecia, a fim de dar instruções práticas sobre o seu uso. Seu único interesse é que a igreja seja edificada. Obviamente só se obterá esse resultado se o ministério for compreendido por todos os presentes, inclusive "qualquer um a quem falte o dom" (16, Weymouth).

>1Co 14:20

Faz uma pausa por um momento para lhes lembrar que mesmo neste particular há graus de compreensão. Aliás introduz aqui uma pequena exortação moral, "na malícia sede crianças" (20). Então volta ao primeiro tema e contrasta mais uma vez o profetizar com o falar em línguas. A citação no vers. 21, referida como a constar na lei é de fato tirada de Is 28:11-23. A "Lei e os Profetas" constituíam para os judeus um sistema compacto de revelação, sendo que o termo lei é aqui empregado em sentido amplo. Alude-se aí ao uso que Deus fez dos assírios como sinal para o Seu povo, depois de haver este recusado ouvir a mensagem clara dos profetas. O vers. 22 deve ser interpretado dentro deste contexto limitado. As línguas constituem um sinal... para os incrédulos (22), convencendo-os do poder de Deus, porém não lhes trazendo nenhuma mensagem de esperança. Por outro lado, a profecia... é para os crentes (22). Com os corações preparados, ouvem a voz de Deus e lhe obedecem.

De maneira de todo diferente aborda o assunto nos três versículos seguintes. O incrédulo do vers. 23 é realmente a mesma pessoa crente do vers. 22, porém numa fase anterior. Paulo mostra como chega à fé, não mediante o uso do dom de línguas, mas pelo poder convincente do evangelho pregado com clareza. O pecador endurecido do vers. 22, que é comparado com os filhos de Israel que não queriam ouvir (21), está fora de cogitação nos vers. 23-25.

>1Co 14:26

Que fazer, pois, irmão? (26). "Que lições devemos tirar de tudo isto?". Resumindo, o apóstolo procura estabelecer um pouco de ordem na confusa o costumeira das reuniões deles. Relativamente às línguas, não mais de dois ou três exerçam esse dom numa reunião, e cada qual por sua vez. Ainda assim, deve isto ser feito se houver quem interprete (27-28). Semelhantemente, os profetas devem estar preparados para se submeter ao julgamento dos outros e a dar lugar um ao outro. Dominando seu próprio espírito (32), entretanto, um profeta pode aprender a esperar sua vez de falar. Cfr. o vers. 40 com o vers. 33.

>1Co 14:34

As mulheres conservem-se caladas na igreja (34). Estas palavras devem ser relacionadas à última cláusula do vers. 33. Por cima da confusão descrita no vers. 26, a igreja de Corinto estava permitindo que as mulheres tomassem parte nas reuniões públicas, no que ia de encontro ao costume da Igreja em geral. Com certo sarcasmo o apóstolo pergunta no vers. 36 se eram eles os originadores do evangelho. Estes versos provavelmente se referem às principais reuniões públicas da igreja, e a proibição deve ser compreendida à luz da doutrina já exposta (veja-se o cap.
11) sobre a ordem observada na criação. Também podia estar na mente do apóstolo o perigo de opróbrio e descrédito para a Igreja, ocasionados pelo mau uso da liberdade, contrário ao costume local. Em 1Co 11:5 deu a entender que as mulheres podiam profetizar e orar em público, mas podia tratar-se de reuniões menores e mais informais, como as de oração que se realizavam na casa da mãe de Marcos (At 12:12).

>1Co 14:37

No vers. 37 ele claramente sustenta que é inspirado. A prova do conhecimento espiritual de alguém está em aceitar estes mandamentos. O vers. 38, sugere que se alguém recusa admitir estas instruções, é deliberadamente ignorante por tal forma que Paulo se nega a perder tempo com ele. Uma variante aparece assim: "Se alguém não reconhece isto, esse tal não é reconhecido". Compare-se com 1Co 8:2-46. Os vers. finais voltam à matéria de 1Co 12:31 e 1Co 14:1 e a resumem.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40

37. A importancia do dom de línguas ( I Coríntios 14:1-19 )

Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. Para quem fala em outra língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende, mas em seu espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. Aquele que fala em línguas edifica a si mesmo; mas o que profetiza edifica a igreja. Agora eu gostaria que todos vocês falaram em línguas, mas muito mais que você iria profetizar; e maior é aquele que profetiza do que aquele que fala em línguas, a não ser que as interprete, para que a igreja receba edificação. Mas, agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, de que vos aproveitarei, se eu falar ou por meio de revelação, ou de conhecimento ou de profecia, ou de ensino? No entanto, mesmo sem vida as coisas, seja flauta ou harpa, na produção de um som, se eles não produzem uma distinção nos tons, como é que vai ser conhecido o que se toca na flauta ou na harpa? Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha? Assim também vós, se não total pelo discurso língua que é clara, como será conhecido o que é falado? Para você estará falando para o ar. Há, talvez, um grande número de tipos de línguas no mundo, e nenhum tipo é sem significado. Se, então, eu não sei o significado da linguagem, serei para aquele que fala um bárbaro, e aquele que fala será estrangeiro para mim. Assim também vós, já que você é zeloso de dons espirituais, procurai abundar para a edificação da igreja. Portanto, que o que fala em língua, ore para que a possa interpretar. Porque, se eu orar em língua, o meu espírito ora, mas a minha mente fica infrutífera. Qual é o resultado, então? Vou orar com o espírito e vou orar com a mente também; Vou cantar com o espírito e eu vou cantar com a mente também. Caso contrário, se você abençoa só no espírito, como é que a pessoa que ocupa o lugar do pouco dotados dizer "Amém" a tua ação de graças, uma vez que ele não sabe o que você está dizendo? Por que você está dando graças muito bem, mas o outro não é edificado. Dou graças a Deus, eu falo em línguas mais do que todos vocês; no entanto, na igreja eu desejo falar cinco palavras com o meu entendimento, para que eu possa também instruir os outros, ao invés de dez mil palavras em língua. ( 14: 1-19 )

Depois de apresentar o amor como o "caminho mais excelente" acima de todos os ministérios e dons, Paulo diretamente e com força enfrenta o Corinthians em relação ao seu pecado contra o amor em mal-entendidos e mau uso do dom de línguas. Os crentes não tinha tão abusou do dom que rivalizava com Babel na confusão de falar, eo apóstolo dedica um capítulo inteiro para o problema, que foi tão representativo de sua pecaminosidade.
Como comentou sobre sob 0:10 , a prática de expressões de êxtase era comum em muitas das religiões pagãs greco-romanas da época de Paulo, incluindo os ativos em Corinto. Devotos de um deus iria beber e dançar-se em frenesi, até que entrou em semiconsciência ou mesmo inconsciência-uma experiência que eles consideravam ser a mais elevada forma de comunhão com o divino. Eles acreditavam que, em tal embriaguez seus espíritos deixaram seus corpos e conversava diretamente com o deus ou deuses, uma prática a que Paulo alude em Ef 5:18 . O falar em êxtase que muitas vezes acompanhada tais experiências foi pensado para ser a linguagem dos deuses.

Os termos lalein glossei / glossais (para falar em uma língua / em línguas) que Paulo usa com tanta freqüência no capítulo 14 foram comumente usado em seu dia-a descrever o discurso extático pagã. Os gregos também usou eros para descrever a experiência. Embora comumente usado de amor sexual, Eros também foi utilizado para qualquer sentimento fortemente sensual ou atividade, e frenesis de êxtase pagãos eram muitas vezes acompanhada de orgias sexuais e perversões de todos os tipos.

Na igreja de Corinto muito do falar em línguas tinha assumido a forma e sabor desses êxtases pagãos. Emocionalismo todos, mas neutralizado seus sentidos racionais, e exibicionismo egoísta era comum, com todo mundo querendo fazer e dizer a sua própria coisa ao mesmo tempo ( 26 v. ). Serviços foram tumulto e caos, com pouca adoração e pouco edificação ocorrendo.

Por causa da carnalidade extrema na igreja em Corinto, podemos ter certeza de que grande parte dos falar em línguas havia falsificado. Os crentes não estavam em condição espiritual usar corretamente os verdadeiros dons espirituais ou devidamente manifestar verdadeiro fruto espiritual. Como poderia uma congregação tão mundanos, opinativo, egoísta, cliquish, invejosos, ciumentos, divisionista, argumentativo, arrogante, desordenAdãoente, defraudação, irreverente, guloso, imoral e desecrative da Ceia do Senhor exercitar os dons do Espírito? Para que eles tenham feito isso teria desafiado a cada princípio bíblico da espiritualidade. Você não pode andar no Espírito durante o exercício da carne.
Contra o pano de fundo de tais experiências falsas Paulo ensina três verdades básicas sobre o dom de línguas: a sua posição é secundária a profecia ( vv 1-19. ); o seu objectivo era como um sinal para os incrédulos ( vv 20-25. ); e seu procedimento adequado, ou a utilização, foi sistemático e ordenado ( vv. 26-40 ).

Dentro da primeira seção, o apóstolo dá três razões pelas quais a posição de línguas é secundário ao de profecia: profecia edifica toda a congregação; línguas são ininteligíveis; e os efeitos da língua é mais emocional do que racional.

Profecia edifica a Congregação Whole

Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. Para quem fala em outra língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende, mas em seu espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. Aquele que fala em línguas edifica a si mesmo; mas o que profetiza edifica a igreja. Agora eu gostaria que todos vocês falaram em línguas, mas muito mais que você iria profetizar; e maior é aquele que profetiza do que aquele que fala em línguas, a não ser que as interprete, para que a igreja receba edificação. ( 14: 1-5 )

Dioko (a prosseguir ) significa seguir, caçar, ou perseguir com intensidade, e às vezes é traduzida como "perseguir", como em 2Co 4:9 , onde a mesma forma de Theo [Deus] é usado em referência a " um deus desconhecido ").

A tradução aqui de "um deus" é apoiada pelo fato de que a Bíblia registra nenhum caso de crentes falando com Deus em qualquer coisa, mas a linguagem normal, inteligível. Mesmo em grande oração sacerdotal de Jesus ( João 17 ), em que o Filho abriu seu coração ao Pai, quando divindade comungou com a divindade, a linguagem é extremamente simples e clara. Jesus, de fato, advertiu contra o uso de "repetição sem sentido, como os gentios, para eles supõem que elas serão ouvidas por suas muitas palavras" ( Mt 6:7. ; Ef 3:9 pessoas.

Alterar a figura um tanto, Paulo aponta que, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha? Ouvindo uma corneta não significa nada para um soldado se uma chamada militar definida não está sendo jogado. Notas corneta meros são sem sentido, mesmo que jogou pelo corneteiro oficial sobre o melhor instrumento disponível. Um soldado não recebe mensagem de um monte de notas aleatórias. Ele só fica pronto para a batalha quando "Chamado to Arms", "Charge", ou outros tais chamadas são jogados.

Da mesma forma, não podemos nos comunicar a verdade cristã por meio de sons sem sentido. A menos que você proferir pelo discurso língua que é clara, como será conhecido o que é falado? Para você estará falando para o ar.

Os coríntios estavam tão carnalmente egocêntrica que não poderiam se importar menos sobre comunicação. Eles estavam interessados ​​em impressionar os outros, não se comunicar com eles, muito menos edificante eles. Paulo compara os cristãos a instrumentos musicais soprado por alguém que não é um músico ou uma corneta jogado tão mal que o que sai é irreconhecível. A partir de tal incompetência, produzido por orgulho e falta de amor, o conjunto de Corinto não poderia ter sido diferente do que era: confusa, desordenada, e improdutivo ( 11:21 ; 14:23 ; etc.).

Paulo continua a martelar no mesmo ponto. Há, talvez, um grande número de tipos de línguas no mundo, e nenhum tipo é sem significado. Ele simplesmente menciona o óbvio. Uma linguagem sem significado é inútil. Uma linguagem sem significado não é realmente um idioma. O que significa que é que faz da linguagem linguagem. Os muitos tipos de línguas no mundo todos os soar diferente. Mas cada um tem um único objetivo comum: para se comunicar, para transmitir significado entre aqueles que falam.

Não só é preciso uma linguagem legítima ser usado para se comunicar, mas o alto-falante e ouvinte deve entendê-la. Por comunicação definição deve ser de dois lados. Caso contrário, serei estrangeiro para aquele que fala um bárbaro, e aquele que fala será estrangeiro para mim. Barbarian era uma palavra onomatopaica derivada das sílabas gêmeas "bar-bar". Para uma pessoa que não conhece uma língua que muitas vezes soa como se as palavras são todos iguais e tudo sem sentido. Para a maioria dos gregos da época de Paulo, qualquer pessoa que não falava grego era um bárbaro. Sua linguagem era ininteligível.

Se, portanto, até mesmo verdadeiras línguas não têm sentido sem interpretação, Paulo diz que, quanto mais sem sentido é conversa fiada pagan-like que é uma falsificação da verdadeira coisa? Como você é zeloso de dons espirituais, procurai abundar para a edificação da igreja . Em outras palavras, "Se você está tão ansioso para os dons espirituais Ministro, Ministro-los da maneira que Deus planejou.: para o benefício da igreja, em particular, para a edificação da igreja" Mais uma vez a palavra claro é que este dom é para o público, e não privado, uso e benefício. O tempo presente de zēteō ( buscar ) indica, a ação habitual contínua.

O propósito do dom de línguas, assim como o fim de todas as línguas, era de se comunicar. Embora tenha sido um presente do sinal milagroso, ele também foi um presente comunicativa. Desde a sua primeira ocorrência no dia de Pentecostes o Senhor pretendia que fosse um meio de comunicação. O próprio milagre das línguas em Pentecostes estava no fato de que todos os presentes, apesar de muitos países diferentes, ouviram os apóstolos "falar na sua própria língua" ( At 2:6. ). Deus não deu dois tipos de línguas, um inteligível e outro ininteligível. A Bíblia fala de apenas um presente, cujas características e Proposito não se alterou.

Os Efeitos de línguas são mais emocional do que racional

Portanto, que o que fala em língua, ore para que a possa interpretar. Porque, se eu orar em língua, o meu espírito ora, mas a minha mente fica infrutífera. Qual é o resultado, então?Vou orar com o espírito e vou orar com a mente também; Vou cantar com o espírito e eu vou cantar com a mente também. Caso contrário, se você abençoa só no espírito, como é que a pessoa que ocupa o lugar do pouco dotados dizer "Amém" a tua ação de graças, uma vez que ele não sabe o que você está dizendo? Por que você está dando graças muito bem, mas o outro não é edificado. Dou graças a Deus, eu falo em línguas mais do que todos vocês; no entanto, na igreja eu desejo falar cinco palavras com o meu entendimento, para que eu possa também instruir os outros, ao invés de dez mil palavras em língua. ( 14: 13-19 )

Nesta seção Paulo continua a ensinar sobre as línguas falsificados, e, portanto, continua a falar sarcasticamente (cf. 4: 8-10 ). Isto é indicado em primeiro lugar pelo fato de que ele usa o singular da língua(ver discussão acima em vv. 1-5 ), que se refere ao dom falso, exceto no versículo 27 , onde a referência é a um homem que fala em um ocasião. Em segundo lugar, o que ele diz aqui não é, em sua maior parte, aplicam-se o verdadeiro dom de línguas. Se Paulo não estavam falando sarcasticamente de línguas contrafeitos ele estaria pedindo o Corinthians a buscar o verdadeiro dom de interpretação. Mas ele já deixou claro que o Espírito Santo soberanamente distribui presentes "individualmente como quer" ( 12:11 ). Presentes não estão a ser procurado por pessoas, mas só aceito e usados ​​corretamente.

Paulo sarcasticamente reprova crentes carnais por sua imaturidade (cf. v. 20 ), dizendo, na prática, "Enquanto você está tagarelando em suas ininteligíveis pseudo-línguas, você poderia, pelo menos, pedir a Deus para dar-lhe alguns meios de torná-las benéficas para o igreja. Como você já exercê-los eles são tanto pagã e sem sentido. "

Nos ritos pagãos com o qual o Corinthians eram tão familiar, falando em expressões de êxtase foi considerada comunhão com os deuses espírito-de-espírito. A experiência foi destinado a contornar a mente e compreensão normal. Como observado acima, seus mistérios foram feitos para permanecer misterioso. Paulo aqui pode ter usado pneuma (que pode ser traduzida como "espírito", "vento", ou "respiração"), no sentido de ar. Se assim for, Ele estava dizendo: Se eu orar em [auto-fabricados] língua, o meu [suspiro] ora, mas a minha mente fica infrutífera.

Certamente parece impossível que o espírito aqui se refere ao Espírito Santo, como alguns carismáticos acredita-Seu Espírito ser manifestada através de nossos espíritos. Todos os cristãos são habitados pelo Espírito Santo, mas se Paulo estava falando do Espírito Santo em relação ao meu espírito , então gramaticalmente e teologicamente ele também falava do Espírito Santo em relação à minha mente . O Espírito Santo não poderia estar orando por uma pessoa que, ignorando sua mente. E ele certamente não estava dizendo que a mente do Espírito Santo, por vezes, pode ser infrutífera. O apóstolo tem de ser inteiramente falando de si mesmo, e que hipoteticamente. "Se eu, apesar de um apóstolo, fosse falar o jargão que muitos de vocês falam, minha mente não teria nenhuma parte nela. Eu só seria tomada de vento, soprando ar (cf. v. 9 ). O que eu diria que seria ser tão vazia e sem sentido como os êxtases que você usou para testemunhar em seus templos pagãos. "

Qual é o resultado, então? A resposta é que não há lugar para a oração em êxtase sem sentido. Orando e cantando com o espírito deve ser acompanhada por orando e cantando com a mente também . É óbvio que a edificação não pode existir independentemente da mente. Espiritualidade envolve mais do que a mente, mas nunca exclui a mente (cf. Rm 12:1-2. ; Ef 4:23. ; Cl 3:10 ). Nas Escrituras, e, certamente, nos escritos de Paulo, sem prêmio é colocado na ignorância. Citando Dt 6:5 ), o maior número para o qual grega tinha uma palavra específica, era comumente usado para indicar um número inestimável. É o termo de que cheguemos a miríade, como às vezes é traduzida. No livro do Apocalipse, por exemplo, o termo é repetida ("miríades de miríades") e, em seguida, adicionado a "milhares de milhares" ( 05:11 ) para indicar uma figura completamente imensurável.

É nesse sentido geral de que o termo é usado em nosso texto. Para falar uma frase muito curta de cinco palavras com [sua] mente , dando uma mensagem que iria instruir ou incentivar seus ouvintes, era mais valioso para Paulo que um número ilimitado de palavras em língua que era incompreensível para eles.

Porque Paulo sabia que o dom de línguas cessariam em poucos anos, ele não estava dando instruções para governar línguas na igreja hoje. Ele não estava mesmo dando tal instrução para o Corinthians, porque ele estava falando de línguas falsas, que se basearam em emocionalismo auto-centrado e não se originou com o Espírito Santo. Ele estava dando a eles, assim como os cristãos de todas as idades, alertando contra o uso de auto-serviço, mundana, carnal, ineficaz e substitutos Deus desonrando-para os verdadeiros dons espirituais que Deus ordenou a ser ministrado no poder e no fruto do Espírito e para a bênção e edificação de Sua Igreja.

38. O Propósito e Procedimento para o dom de línguas (I Coríntios 14:20-28)

Irmãos, não sejais meninos no seu pensamento; ainda no mal estar babes, mas em seu pensamento ser maduro. Na lei está escrito: 'por homens de línguas estranhas e pelos lábios de estrangeiros falarei a este povo, e mesmo assim eles não vão ouvir-me, diz o Senhor. Assim, pois, as línguas são um sinal, não para os que crêem, mas para os incrédulos; mas a profecia é um sinal, não para os incrédulos, mas para os que crêem. Se, pois, toda a igreja deve montar juntos e todos falarem em línguas, e os homens ou descrentes pouco dotados entrar, eles não vão dizer que você é louco? Mas, se todos profetizarem, e um descrente ou um homem pouco dotados entra, ele é condenado por todos, ele é chamado a prestar contas por todos; os segredos do seu coração sejam comunicados; e assim ele vai cair em seu rosto, adorará a Deus, declarando que Deus está certamente entre si.
Qual é o resultado, pois, irmãos? Quando você montar, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Que tudo seja feito para a edificação. Se alguém fala em outra língua, deve ser por dois ou no máximo três, e cada um por sua vez, e haja intérprete; mas se não houver intérprete, esteja calado na igreja; e fale consigo mesmo e com Deus. (14: 20-28)

Nesta passagem Paulo primeiro analisa o objetivo principal do dom de línguas e, em seguida, dá o procedimento, ou diretrizes, para o seu uso adequado. Este é um ponto extraordinariamente importante, porque dá uma imagem clara do que o dom de línguas foi projetado para fazer e, portanto, dá um outro critério básico para julgar se esse dom é válido hoje.
O apóstolo acaba de salientar que mesmo o verdadeiro presente foi inferior à profecia e de ensino, porque não foi destinado principalmente para edificação da igreja, embora edificação veio quando o que foi dito foi traduzido ou interpretado (14: 5). Foi, portanto, verdade, tecnicamente, que o dom da tradução, um dom distinto de falar em línguas (12:10, 30), foi o presente edificante.

No início da carta, Paulo deixa claro que falar em línguas não era uma evidência ou prova do batismo do Espírito Santo: "Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo" (12:13). Cada cristão é batizado pelo Espírito Santo, mas nem todo cristão é dado o dom de línguas (12:30). Em nenhum momento a cada crente recebeu ou foi prometido o dom de línguas, nem mesmo durante os tempos apostólicos, quando esse dom era ativo. Imediatamente após a primeira e mais dramática ocorrência do milagre da linguagem, quando três mil pessoas acreditavam em Cristo e receberam o dom do Espírito Santo, não há registro de um único deles falar em línguas! Somos informados de que os novos convertidos escutou o ensinamento dos apóstolos, comunhão uns com os outros, comeram e oraram juntos, partilharam as suas posses, adorado no Templo junto, e louvou a Deus (Atos 2:37-47). Mas nenhuma menção é feita de seu falar em línguas.

Um pouco mais tarde, como Pedro e João se reuniu com alguns dos discípulos, o grupo foi "todos cheios do Espírito Santo." O resultado de que o enchimento estava falando "a palavra de Deus com ousadia," não falar em línguas (04:31).

O objetivo das línguas: Um sinal

Irmãos, não sejais meninos no seu pensamento; ainda no mal estar babes, mas em seu pensamento ser maduro. Na lei está escrito: 'por homens de línguas estranhas e pelos lábios de estrangeiros falarei a este povo, e mesmo assim eles não vão ouvir-me, diz o Senhor. Assim, pois, as línguas são um sinal, não para os que crêem, mas para os incrédulos; mas a profecia é um sinal, não para os incrédulos, mas para os que crêem. Se, pois, toda a igreja deve montar juntos e todos falarem em línguas, e os homens ou descrentes pouco dotados entrar, eles não vão dizer que você é louco? Mas, se todos profetizarem, e um descrente ou um homem pouco dotados entra, ele é condenado por todos, ele é chamado a prestar contas por todos; os segredos do seu coração sejam comunicados; e assim ele vai cair em seu rosto, adorará a Deus, declarando que Deus está certamente entre si. (14: 20-25)

Como Paulo começa a explicar o verdadeiro propósito das línguas, ele apela para o Corinthians para ser maduro em seu pensamento . Foi sua imaturidade sem amor e carnalidade que causou suas teológicos, espirituais e problemas morais, incluindo a sua utilização indevida e falsificação dos presentes. Antes que eles pudessem compreender o que o apóstolo estava tentando dizer, eles teriam que deixar de ser crianças em seu pensamento .

Em mal os coríntios eram tudo menos bebês . Eles eram altamente avançados em todo o tipo de pecado. Eles tinham praticamente todas as manifestações da carne e quase nenhum do fruto do Espírito (Gl 5:19-23.). Eles eram "crianças, jogou aqui e ali por ondas e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia enganam fraudulosamente" (Ef 4:14). Por sua egoísta, construindo-ego abuso do dom de línguas que eram, entre outras coisas, ignorando o resto da família de Deus.

Eles não poderiam ser ensinados porque eles não estavam interessados ​​em aprender. Eles estavam interessados ​​apenas no uso de meios espirituais e outros crentes de todas as maneiras que servem os seus próprios fins. Eles não estavam interessados ​​em verdade, mas em experiência, não na doutrina direita ou de estar certo, mas apenas em bons sentimentos. Eles não estavam interessados ​​em agradar ao Senhor ou seus irmãos cristãos, mas apenas a si mesmos. Experiência sempre ganhou ao longo de verdade, as emoções sempre ganhou ao longo de razão, e auto-sempre prevaleceu sobre a vontade de Deus. Ao contrário dos bereanos (At 17:11), o Corinthians não se preocupou em verificar o que eles ouviram contra a Escritura. Eles não se preocuparam em "testar os espíritos para ver se eles [eram] de Deus" (1Jo 4:1).

Espero ter envergonhado o Corinthians em atenção ao confrontar seu abuso dos dons, Paulo explica-lhes o verdadeiro propósito das línguas. Ele começa com uma passagem livremente prestados a partir de Isaías 28:11-12. Centenas de anos antes de Cristo, o Senhor disse a Israel que um dia ele iria falar com este povo por línguas estranhas a partir dos lábios de estranhos . Apesar deste sinal milagroso, no entanto, ela não me escuta.

Essas línguas estranhas , diz Paulo, é o que você já sabe e experiência, como o dom de línguas. Deus deu esse dom como um sinal, não para os que crêem, mas para os incrédulos . Aqui é o coração do capítulo 14, a verdade mais importante sobre esse fenômeno: ela foi dada como um sinal , e como um sinal para os incrédulos , especificamente judeus incrédulos, os incrédulos entre este povo . O dom de línguas foi dado apenas como um sinal para Israel descrente .

O sinal era triplo: um sinal de maldição, um sinal de bênção, e um sinal de autoridade.

Um sinal de maldição

Cerca de 15 anos ou mais antes de Isaías profetizou sobre as línguas estranhas dos lábios de estranhos, o reino do norte de Israel havia sido conquistado e levado cativo pelos assírios (em 722 AC ) por causa da incredulidade e da apostasia. O profeta então advertiu o reino do sul, Judá, que o mesmo acórdão, a aguardava nas mãos dos babilônios. Os líderes religiosos orgulhosos de Judá não quis ouvir a Isaías.Seu ensino era muito simples. Ele conversou com eles, segundo eles, como se fossem bebês, "Aqueles apenas desmamados do leite" e "acabou de tirar do peito". Ele ensinou-lhes como se fossem kindergartners: "Ordem em ordem, a ordem em ordem, linha em linha, linha sobre linha, um pouco aqui, um pouco ali" (Is. 28: 9-10). Deus tinha realmente falado com eles, simplesmente, a fim de que o menos maduro entre eles poderia compreender e para que nenhum israelita teria uma desculpa para não conhecer a vontade e a promessa do Senhor. A essência de Sua promessa era: "Aqui é o descanso, dar descanso ao cansado" e "Aqui é repouso"; Ainda Israel "não quis ouvir" (v. 12).

Cerca de 800 anos antes de Isaías, Deus tinha advertido Israel de que "O Senhor trará uma nação contra você de longe, da extremidade da terra, como a águia desce rapidamente, uma nação cuja língua não entenderás" (Dt 28:49). O sinal de julgamento seria uma língua que não conseguia entender.

Quando os apóstolos falavam em Pentecostes e foram ouvidas em sua própria língua por judeus de vários países (Atos 2:7-11), os judeus deveriam ter sabido que o juízo de Deus era iminente. Seu julgamento tinha caído sobre rebelde Israel e, em seguida, rebelde Judá. Quanto mais ele cairia sobre os de seu povo, que agora tinham crucificado o Filho de Deus? No D.C 70 que grande julgamento caiu, quando Jerusalém foi totalmente destruída pelo general romano Tito (mais tarde imperador). Mais de um milhão de judeus foram massacrados; milhares mais foram levados cativos; o templo foi saqueado, profanado, e, em seguida, totalmente destruído; e no resto da cidade foi queimada até o chão. Um historiador comenta que Jerusalém não tinha história de 60 anos. Assim como Jesus havia predito quando Ele chorou sobre a cidade: "Seus inimigos irá lançar um banco antes de você, e cercá-lo, e hem você de todos os lados, e vai nivelar-lo para o chão e seus filhos dentro de você, e eles não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo da tua visitação "(Lc 19:44; conforme 21: 20-24).

Após a destruição de Jerusalém, e, especialmente, do Templo, a razão para línguas deixou de existir. O julgamento de que era um sinal havia chegado. Após a manifestação das línguas em Pentecostes, Pedro, por implicação, lembrou seus ouvintes de que o julgamento: "Portanto, toda a casa de Israel saiba com certeza que Deus o fez Senhor e Cristo-este Jesus, que vós crucificado" (At 2:36)..

Com grande compaixão e tristeza por seus companheiros judeus, Paulo escreveu em Romanos: "Mas, por causa da sua transgressão veio a salvação aos gentios, para torná-los com ciúmes." Mas, com uma nota de grande esperança, continuou ele, "Agora, se a transgressão deles é a riqueza do mundo e seu fracasso é a riqueza dos gentios, quanto mais a sua realização ser!" (11: 11-12). Alguns versos depois, ele explica mais detalhAdãoente: "Porque eu não quero-vos, irmãos, que ignoreis este mistério, para que não sejais sábios em vós mesmos: que o endurecimento parcial que aconteceu com Israel até que a plenitude dos gentios tem entrar, e assim todo o Israel será salvo, como está escrito: "(vv 25-26.). O caminho seria sempre aberto para os judeus individuais para entrar no reino, para o endurecimento foi apenas parcial, e um dia toda a nação de Israel seriam trazidos de volta ao seu Senhor. O sinal de línguas foi repetido quando os gentios foram incluídos na igreja, conforme registrado em Atos 10:44-46.

Um sinal de autoridade

Aqueles que pregou o julgamento e prometeu a benção foram os apóstolos e profetas, cuja autoridade foi validado por "sinais e maravilhas e milagres" (2 Cor 0:12;.. Conforme Rm 15:19). Entre os sinais de autenticação era o dom de línguas, em que Paulo falou "mais do que todos vós" (1Co 14:18).

Como um sinal, a propósito das línguas que terminou quando a que apontou terminou. Uma pessoa dirigindo para Los Angeles podem ver o primeiro quilometragem assinar cerca de 300 quilômetros de distância. Mais tarde, ele vê o que lê "200 quilômetros a Los Angeles," e depois "50 milhas", e depois "de 10 milhas." Depois que ele passa pela cidade, no entanto, os sinais de milhagem para Los Angeles cessar. Eles não têm outra Proposito, porque aquilo a que eles apontaram foi atingido e passou. O dom de línguas foi anexado irremediavelmente a um ponto na história, e esse ponto foi passado por muito tempo.

É interessante, e eu acredito muito significativo, que nenhum registro é dado de uma única palavra falada em línguas ou mesmo interpretadas. Toda a referência a línguas é geral. Eles são sempre mencionados em relação à sua Proposito e significado, nunca em relação ao seu conteúdo específico. As mensagens dadas em línguas não eram novas revelações ou novos conhecimentos, mas, como no dia de Pentecostes, simplesmente expressões únicas de velhas verdades, "os grandes feitos de Deus" (At 2:11). Apesar de línguas poderia edificar quando interpretado, seu objetivo não era ensinar, mas a ponto de, para não revelar a verdade de Deus, mas para validar a verdade de suas porta-vozes designados.

Desde a destruição de Jerusalém em AD 70 não houve propósito do dom sinal de línguas, porque aquilo a que se destacou foi atingido e passou. Israel tem sido posta de lado, os gentios foram trazidos, e os apóstolos deram a fé de uma vez por todas foi entregue aos santos.

Mas a profecia , Paulo continua a dizer, é um sinal, não para os incrédulos, mas para os que crêem . Como indicado por itálico no NASB texto, é um sinal não está no texto grego e era fornecido pelos tradutores. De acordo com a gramática grega tal significado é possível, mas não é necessário. Porque a profecia está em nenhum outro lugar falado como um sinal, eu não acredito que seja o significado de Paulo aqui. Ele não estava dizendo que a profecia é um sinal para os crentes como línguas era um sinal para os incrédulos. Profecia é dada para aqueles que acreditam , e não é dado como um apontador sinal para outra coisa, mas para a edificação em si (vv. 4, 31).

A função limitada do verdadeiro dom de línguas pode ser visto no fato de que, mesmo durante o seu tempo próprio na história, poderia ser mal utilizado e tornar-se um obstáculo para o culto e para o evangelismo. Se todo mundo com o dom falaram ao mesmo tempo, e os homens ou descrentes pouco dotados entrar, eles não vão dizer que você é louco? Como no v. 16, acredito que idiotes ( pouco dotados ) é melhor traduzida em seu significado mais comum de inculto ou ignorante .

Um Gentil incrédulo teria sido desligado se ... toda a igreja deve montar juntos e todos falarem em línguas , porque ele teria visto nenhum significado no sinal. Um judeu descrente teria sido desligado por causa do tumulto e confusão. Mainomai ( louco ) significa estar em uma raiva frenética, estar fora de si de raiva. Um incrédulo, Gentil ou judeu iria longe de tal serviço pensando que era apenas mais um ritual selvagem e sem sentido, muito parecidos com os do paganismo.

Embora eles não foram dadas para edificação, as línguas eram, no entanto, deve ser entendido, para não causar perplexidade. O espanto dos visitantes judeus em Jerusalém no dia de Pentecostes estava no fato de que eles entenderam o que foi falado em línguas, em suas "próprias línguas" (At 2:11).

Por outro lado, se todos profetizarem, e um descrente ou um homem pouco dotados entra, ele é condenado por todos, ele é chamado a prestar contas por todos . Esses verbos judiciais indicam que a pregação da Palavra leva os homens à convicção de que o argumento é verdadeiro, e que eles serão julgados com base em sua resposta. Paulo continua a contrastar línguas com a profecia, mais uma vez mostrando a superioridade da profecia. Profecia é usado aqui no seu sentido mais geral de falar diante da Palavra de Deus. Quando a Palavra é proclamada fala ao coração dos homens e traz a convicção do pecado, o primeiro passo para chegar a fé. O condenado passa a ver a si mesmo como ele realmente é, porque os segredos do seu coração são divulgados . Suas intenções e atos pecaminosos são revelados a ele. Por isso, ele vai cair em seu rosto, adorará a Deus, declarando que Deus está certamente entre você . Mais poderoso testemunho da Igreja não está em seus êxtases, mas na sua proclamação clara da poderosa Palavra de Deus (He 4:12).

Quando línguas foram mal utilizados, só havia confusão, frustração e confusão. Incrédulos foram repelidos e crentes foram unedified. Mas a profecia edifica crentes e descrentes evangeliza. Deus é honrado e os homens são abençoados quando a Sua Palavra é claramente declarada. Nosso desejo deve ser que todos os serviços, cada atividade, tudo o que dizemos ou fazemos em nome do Senhor fará com que as pessoas digam Deus está certamente entre si.

O procedimento para Tongues: Sistemática

Qual é o resultado, pois, irmãos? quando você montar, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Que tudo seja feito para a edificação. Se alguém fala em outra língua, deve ser por dois ou no máximo três, e cada um por sua vez, e haja intérprete; mas se não houver intérprete, esteja calado na igreja; e fale consigo mesmo e com Deus. (14: 26-28)

O Novo Testamento sempre dá uma base doutrinal para o comportamento cristão. Há sempre uma razão teológica para fazer o que somos chamados a fazer. Assim como Paulo usa os primeiros onze capítulos de Romanos para estabelecer as bases doutrinais para as exortações dos capítulos 12:16, então aqui ele usa os primeiros vinte e cinco versículos de 1 Coríntios 14 para estabelecer o fundamento doutrinário para as exortações dos versículos 26— 40.

A ênfase principal dos versos 26:40 é que o procedimento bíblico para a utilização das línguas é ser sistemático e ordenado, de acordo com o padrão divino-contrária à maneira confusa em que os crentes de Corinto parecia fazer tudo. Se eles tinham um salmo , um ensinamento , uma revelação , uma língua, ou uma interpretação , tudo o que eles queriam participar ao mesmo tempo. Eles não estavam interessados ​​em servir, ou aprender, ou edificante, mas apenas em auto-expressão e auto-glória. Todos disputaram a atenção e preeminência.

Um salmo que se refere à leitura, ou talvez cantando, um dos salmos do Velho Testamento. Um ensinamento provavelmente indica uma doutrina ou pet assunto favorito que foi apresentado e exposto.Outros membros tinham o que dizia ser uma nova revelação de Deus. Outros falaram em uma língua , verdadeiro ou falsificado, enquanto outros ainda deu uma interpretação.

Exceto para a possibilidade de línguas contrafeitos, todas essas coisas eram boas e legítimas partes do culto. O problema é que todos eles foram feitos ao mesmo tempo. Ninguém foi deixado de ouvir, exceto para os poucos visitantes perplexos, que, sem dúvida, pensou todo o grupo era louco (veja v 23).. Ninguém pode se beneficiar de tal balbúrdia.
À luz de tal confusão e desordem, Paulo dá uma ordem clara: Que tudo seja feito para a edificação.

Oikodomē ( edificação ) significa literalmente "construção civil", a construção de uma casa. Figurativamente, refere-se a crescer, a melhorar, ou maturação. A vida espiritual dos cristãos precisam ser construídas e melhorado, ampliado para plenitude e completude. A principal responsabilidade dos cristãos para o outro é a construção de um ao outro. Edificação é uma grande responsabilidade dos líderes da igreja (Ef 4:11-12.), Mas também é responsabilidade de todos os outros cristãos. Cada crente é chamado a ser um Edifier. "Por isso, encorajar uns aos outros, e construir um ao outro, assim como você também estão fazendo" (1Ts 5:11). "Que cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação Porque também Cristo não agradou a si mesmo." (Rm 15:2-3). Jesus "não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mt 20:28). Nosso Senhor não procurar o que era benéfico para si mesmo, mas o que era benéfico para aqueles que Ele veio salvar.

Como Paulo aponta repetidamente neste capítulo XIV, uma grande prova de imaturidade sem amor do Corinthians era a preocupação egoísta para si, do outro lado do que foi falta de preocupação com a edificação, a edificação, dos seus irmãos e irmãs em Cristo (vv. 3-5, 12, 17, 26, 31). Não o fizeram, como Paulo ordenou: "perseguir as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns aos outros" (Rm 14:19). Aquilo que constrói outros up é também o que traz harmonia, assim como o que é egoísta também é a que traz desarmonia.

Os cristãos são construídas por uma única coisa, a Palavra de Deus. Essa é a ferramenta com a qual todo edifício espiritual é feito. "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Tm 3: 16-17.). Essa é a ferramenta com a qual cada crente deve ser hábil.

Regulamentos para Speaking in Tongues

Nos versículos 27:28 Paulo dá quatro regulamentos para o uso de línguas: (1), apenas duas ou três pessoas devem falar; (2) eles devem falar por sua vez; (3) o que eles dizem deve ser interpretada; e (4) se ninguém está presente para interpretar, eles não devem falar.
Ao contrário do que os êxtases pagãs que muitos dos cristãos de Corinto foram imitando, o Espírito Santo não funciona através de pessoas que estão fora de auto-controle ou "cair no espírito". Ele ministra todos os Seus dons através das mentes conscientes, cientes dos santos.
Em primeiro lugar, se alguém fala em outra língua, deve ser por dois ou no máximo três. Em qualquer um serviço não superior a três pessoas, e de preferência não mais do que dois, foram autorizados a falar em línguas. Embora Paulo tenha utilizado regularmente o singular da língua para se referir ao presente falsificado, parece claro que aqui ele está falando da coisa genuína. Ele dificilmente teria dado regulamentos para o uso de uma falsificação. Aqui, ele usa o singular língua para corresponder ao sujeito singular, qualquer um , desde que uma determinada pessoa num determinado momento se falar em apenas um idioma.

Em segundo lugar, essas duas ou três pessoas não devem falar ao mesmo tempo como eles estavam acostumados a fazer, mas um de cada vez . Orderliness, compreensibilidade, e cortesia todos exigem tal procedimento. Várias pessoas que falam na mesma língua, ao mesmo tempo seria bastante confuso, mas fazê-lo em diferentes idiomas seria tumulto.

Uma das acusações mais fortes do movimento carismático moderno é a prática comum de muitas pessoas falando, orando e cantando ao mesmo tempo, sem ninguém prestar atenção ao que os outros estão fazendo ou dizendo. É cada um por si, assim como era no Corinth, e está em clara violação do mandamento de Paulo de que cada um fala por sua vez.

Em terceiro lugar, haja um que interprete. Tudo falado em uma língua deve ser interpretado, e, aparentemente, por apenas um intérprete. Na construção grego, um está na posição categórico, indicando que uma única pessoa é envolvida. Os intérpretes em Corinto eram como auto-serviço como aqueles que falavam em línguas, e cada um tentava superar o outro. O versículo 26 implica que toda a gente, o que eles estavam fazendo, tentou gritar todos os outros para baixo. Paulo diz-lhes que, enquanto dois ou três foram autorizados a falar por sua vez, apenas um era interpretar .

Em quarto lugar, se não houver intérprete, esteja ele ficar em silêncio na igreja . Apesar de falar em línguas e tradução dessas línguas eram dons distintos, não estavam a ser utilizados separados um do outro. Um intérprete não pôde exercer o seu dom, a menos que houvesse falando, e um alto-falante não deve exercer o seu dom, a menos que houvesse interpretação. Instrução de Paulo pressupunha que a congregação sabia que os crentes tinham o dom da interpretação. Se uma dessas pessoas não estava presente, não haveria falar em línguas. A regra era clara e simples: nenhum intérprete, não falando em voz alta. Uma pessoa que ainda se sentiu compelido a falar foi para meditar e orar, falar silenciosamente para si mesmo e para Deus.

39. O fundamento para Profecia ( I Coríntios 14:29-40 )

E deixar dois ou três profetas, e deixar que os outros julguem. Mas se uma revelação é feita para outro que está sentado, deixe a primeira manter em silêncio. Para vocês todos podem profetizar, um por um, para que todos aprendam e todos sejam consolados; e os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas; Porque Deus não é Deus de confusão, mas de paz, como em todas as igrejas dos santos.
Deixe que as mulheres estejam caladas nas igrejas; para que eles não estão autorizados a falar, mas deixá-los submeter-se, assim como também ordena a lei. E se eles querem aprender alguma coisa, perguntem a seus maridos em casa; pois é impróprio para uma mulher falar na igreja. Foi com você que a palavra de Deus foi o primeiro por diante? Ou será que só vêm para você?
Se alguém pensa que ele é um profeta ou espiritual, que ele reconhece que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas, se alguém não reconhece isso, ele não é reconhecido.
Portanto, meus irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas. Mas deixe tudo seja feito corretamente e de forma ordenada. ( 
14: 29-40 )

Nesta secção, o apóstolo conclui sua discussão crítica de assuntos relacionados com dons espirituais. Ele reúne algumas exortações restantes para resumir o que tinha sido deixado de dizer nos corretivos anteriores. É certo que, como tem sido óbvio, algumas coisas em toda esta passagem é difícil de entender, porque não podemos reconstruir totalmente a cena em Corinto. Os últimos exortações, no entanto, deixam pouca confusão sobre o seu significado.

E deixar dois ou três profetas, e deixar que os outros julguem. Mas se uma revelação é feita para outro que está sentado, deixe a primeira manter em silêncio. Para vocês todos podem profetizar, um por um, para que todos aprendam e todos sejam consolados; e os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas; Porque Deus não é Deus de confusão, mas de paz. (14: 29-33 um)

Como a dos apóstolos, e ao contrário do que pastores e professores, no entanto, o escritório única de profeta deixou de existir enquanto a Igreja ainda era muito jovem. A julgar pelas epístolas pastorais de Paulo ( 1 e II Timóteo e Tito ), os profetas deixaram de funcionar na igreja mesmo antes do fim da era apostólica. Nessas cartas, ele faz menção considerável de liderança da igreja-presbíteros, diáconos, diaconisas e bispos, mas não faz nenhuma menção de profetas. Junto com os apóstolos, profetas eram uma parte da fundação da igreja ( Ef 2:20 ), e são o primeiro escritório de ter desaparecido da igreja do Novo Testamento.

Mas quando Paulo escreveu esta carta para Corinto, profetas eram ainda muito central para o trabalho daquela igreja. Na verdade, em nenhum lugar esta carta há menção de um pastor, presbítero ou bispo. Os profetas parecem ter sido os principais líderes nos primeiros dias da Igreja (cf. At 13:1. ; . 2Ts 3:162Ts 3:16 ; He 13:20 ). Deus não pode ser honrado onde há desarmonia e confusão, a concorrência e frenesi, egoístas e auto-glorificação. Chaos e discórdia em uma reunião da igreja é certa prova de que o Espírito de Deus não está no controle. Onde Seu Espírito governa há sempre paz (cf. Tiago 3:14-18 ).

Outros Regulamento Geral

Como em todas as igrejas dos santos. Deixe que as mulheres estejam caladas nas igrejas; para que eles não estão autorizados a falar, mas deixá-los submeter-se, assim como também ordena a lei. E se eles querem aprender alguma coisa, perguntem a seus maridos em casa; pois é impróprio para uma mulher falar na igreja. Foi com você que a palavra de Deus foi o primeiro por diante? Ou será que só vêm para você?
Se alguém pensa que ele é um profeta ou espiritual, que ele reconhece que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas, se alguém não reconhece isso, ele não é reconhecido. ( 
14:33 b-38)

A segunda metade do versículo 33 parece se encaixar melhor com o versículo 34 . A frase como em todas as igrejas dos santos não é logicamente relacionados a Deus não é ser um Deus de confusão. A frase, no entanto, fazer uma introdução lógico Que as mulheres estejam caladas nas igrejas; para que eles não estão autorizados a falar. Paulo estava enfatizando o fato de que o princípio de que as mulheres não está falando nos cultos da igreja não era local, geográfica ou cultural, mas universal, em todas as igrejas dos santos . Embora abraça línguas, o contexto aqui refere-se a profecia. As mulheres não devem exercer esses ministérios.

As mulheres que se juntaram na auto-expressão caótica que Paulo foi condenando não apenas aumentar a confusão, mas não deveria ter falado em primeiro lugar. Em ordem de Deus para a igreja, as mulheres devem submeter-se, assim como também ordena a lei . O princípio foi ensinado pela primeira vez no Antigo Testamento e é reafirmado no Novo. Na reflexão do referido princípio, foram autorizados nenhuma mulher para falar em sinagogas judaicas.

Um dos projetos de criação, bem como uma das principais conseqüências da queda, foi a submissão da mulher ( Gn 3:16 ). Paulo refletiu esse princípio de forma explícita, quando disse: "A mulher em silêncio, com toda a submissão Mas eu não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem, mas para permanecer em silêncio." ( 1 Tm 2: 11-12. ). O argumento de Paulo não foi baseada em padrões culturais, mas em dois fatos históricos e fundamentais: (1) "... Adão foi criado primeiro, e depois Eva" e (2) "Não foi Adão que foi enganado, mas a mulher" ( vv. 13-14 ). Os homens devem levar em amor; as mulheres devem apresentar no amor. Esse é o projeto de Deus.

Não é coincidência que, como Corinto, muitas das igrejas de hoje que praticam o falar em línguas e reivindicam dons de cura também permitir as mulheres a se envolver em falar ministério. Muitos grupos carismáticos, de fato, foram iniciadas por mulheres, assim como muitos dos cultos que surgiram do cristianismo foram fundadas por mulheres. Quando as mulheres usurpar papel ordenada por Deus do homem, que, inevitavelmente, cair em outras práticas anti-bíblicas e delírios.
As mulheres podem ser professores e líderes altamente talentoso, mas esses dons não são para ser exercida sobre os homens nos serviços da igreja. Deus ordenou ordem em Sua criação, uma ordem que reflete sua própria natureza e que, portanto, deve ser refletido em sua igreja. Quando qualquer parte de Sua ordem é ignorada ou rejeitada, Sua igreja está enfraquecido e Ele é desonrado. Assim como o Espírito de Deus não pode estar no controle onde há confusão e caos na igreja, Ele não pode estar no controle, onde as mulheres tomam sobre si papéis que Ele restringiu aos homens. É impróprio [ aischros", vergonhoso, vergonhoso"] para uma mulher falar na igreja. Esta declaração não deixa dúvida quanto ao seu significado.

Se eles querem aprender alguma coisa, perguntem a seus maridos em casa. A implicação está presente nesta declaração de que certas mulheres estavam fora de ordem em fazer perguntas ao serviço da igreja. Se eles desejavam aprender, a igreja havia lugar para eles para expressar as suas perguntas de uma forma perturbadora. Paulo também implica, naturalmente, que os maridos cristãos deve ser bem ensinada na Palavra. Muitas mulheres são tentados a ir além de seus papéis bíblicos por causa da frustração com os homens cristãos, incluindo muitas vezes seus próprios maridos, que não de forma responsável cumprir as atribuições de liderança que Deus lhes deu. Mas Deus estabeleceu a ordem e relação de papéis entre homens e mulheres na igreja propriamente dita, e eles não estão a ser transgredidos por qualquer motivo. Para uma mulher para assumir o papel de um homem porque ele tem negligenciado ele apenas agrava o problema. Não é possível para uma mulher para substituir por um homem em tais coisas. Deus muitas vezes tem levado as mulheres a fazer o trabalho que os homens se recusaram a fazer, mas Ele não levá-los a realizar esse trabalho através de papéis Ele restringiu aos homens.

Há momentos em reuniões informais e estudos bíblicos em que é inteiramente adequado para homens e mulheres para compartilhar igualmente na troca de perguntas e insights. Mas quando a igreja se reúne como um corpo para adorar a Deus, Seus padrões são claros: o papel da liderança é reservado para os homens.
Obviamente, muitos dos crentes de Corinto, os homens como as mulheres, tinha disputavam com Paulo sobre este assunto. Eles estavam determinados a seguir seus próprios princípios e normas, independentemente do que o apóstolo ou de outros líderes maduros disse. No seu orgulho e arrogância a igreja queria ser uma lei em si, decidir sobre o seu próprio o que era certo e adequado. Eles agiam como se tivessem um canto na verdade e ousou outros para questioná-los.
O Corinthians se colocar acima Escritura, ignorando-o ou interpretá-la de formas que se ajustam às suas noções predispostos. Assim, Paulo desafia-los em suas palavras mais mordazes e sarcásticos ainda:Foi de você que a palavra de Deus foi o primeiro por diante? Ou tem que vir só para você? Ele disse que, na verdade, "Se você não escrever Escritura, então obedecê-la. Se não são os únicos receptores da Palavra de Deus, então sujeitai-vos a ele como filhos fiéis de Deus, como Os cristãos em toda a parte são obrigados a fazer. " Nenhum crente tem o direito de ignorar, ignorar, alterar, ou desobedecer a Palavra de Deus. Para fazer isso é colocar-se acima da Palavra de Deus.

Ele continua o desafio: Se alguém pensa que ele é um profeta ou espiritual, ele reconhece que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. No contexto do que Paulo tem vindo a apostar na em referência aos profetas e línguas, parece que espiritual deve se referir principalmente para aqueles que falavam em línguas, a língua espiritual especial o Corinthians tão altamente valorizada. Seu ponto é este: "Se uma pessoa afirma ser um profeta ou de ter o dom de línguas ou qualquer outro dom espiritual, a marca da sua verdadeira vocação e ministério fiel será o seu reconhecimento de que o que eu ensino como um apóstolo são as verdades de Deus. Se uma pessoa é verdadeiramente chamado ou dotado de Deus e é sinceramente tentando seguir a Deus, ele vai apresentar o exercício da sua vocação e dom para os princípios que Deus me revelou como os Seus mandamentos. " O que o apóstolo ensinou não era opcional.

Por outro lado, Mas, se alguém não reconhece isso, ele não é reconhecido . Este jogo de palavras carrega a idéia de que qualquer um que ignora a Palavra deve-se ser desconsiderada. A marca de um falso profeta ou um falsificador de línguas, ou de uma pessoa que abusa de uma verdadeira vocação ou dom, era a sua rejeição do que Paulo ensinou. Porque essas pessoas rejeitaram o ensino do apóstolo, eles foram rejeitados como servos legítimos de Deus. Porque era a revelação de Deus como a Escritura, o ensinamento de Paulo era absolutamente autoritária (cf. 2 Pe. 3: 15-16 ).

Essa ênfase na autoridade vem em um local apropriado, porque muitos crentes de Corinto queria ignorar as palavras de Paulo sobre as línguas e mulheres. Paulo diz que a igreja deve ignorar tais, que rejeitam autodenominados ignorantes.
Em versos 37:38 Paulo dá, talvez, sua mais forte pretensão de autoridade como apóstolo de Deus. Paulo tinha limitações pessoais e pontos cegos, que ele reconheceu livremente (ver, por exemplo, Phil. 3: 12-14 ). Mas quando Ele falou por Deus, seus pontos de vista não foram manchados pelo viés cultural ou pessoal. Ele não, por exemplo, ensinar a submissão das mulheres na igreja por causa de sua origem judaica ou para se adequar a qualquer machismo pessoal. Ele ensinou que a verdade porque ele próprio tinha sido tão ensinada pelo Senhor. Paulo não reivindicou a onisciência, mas ele afirmou inequivocamente que tudo o que ele ensinou sobre Deus, sobre o Seu evangelho, e sobre a Sua igreja era o próprio ensinamento de Deus, o mandamento do Senhor.

Não importa qual a sua posição, formação, experiência, conhecimentos, ou talentos, os cristãos que rejeitam o ensinamento de Paulo rejeitar o ensinamento de Deus, e são eles próprios a ser rejeitado como professores ou líderes em sua igreja.

Resumo Exortação

Portanto, meus irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas. Mas deixe tudo seja feito corretamente e de forma ordenada. ( 14: 39-40 )

Paulo conclui o capítulo com uma exortação resumo para o Corinthians para segurar profecia na posição superior em seus serviços, mas não desprezar ou rejeitar falar legítimo em línguas. E tudo o que eles fizeram em nome do Senhor deve ser feito da maneira certa.
Em suas assembléias eram coletivamente procurai com zelo [segunda pessoa do plural] para profetizar , porque a profecia é o grande Edifier, o grande instrutor e professor. Profecia é tão importante porque edificação é tão importante. Mais uma vez, como a forma verbal prova, Paulo não está sugerindo que os indivíduos buscam o dom de profecia (ver comentários em chap 37. em 14: 1 ).

Mas, embora secundária a profecia, legítimos línguas que são legitimamente exercida também deve ser reconhecida como do Senhor, e não ridicularizados ou proibidas. Não proíbam também está no plural e não defende a busca individual de línguas, mas refere-se à igreja como um grupo permitindo que os dons próprios de ser exercido. Tongues foi um presente limitado, tanto em propósito e na duração, mas foi o dom do Senhor, e, enquanto ele estava ativo, não era para ser desprezado ou impedido.

Revelação direito deve ser obedecida no caminho certo, e presentes de direito deve ser exercido de maneira correta. O significado básico de euschēmonōs ( corretamente ) é graciosamente, becomingly, harmoniosamente, lindamente. Orderly tem o significado de "por sua vez" ou "um de cada vez" (cf. 27 v. ). Deus é um Deus de beleza e harmonia, do decoro e da ordem, e todas as coisas que seus filhos fizerem, devem reflectir as características divinas.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40

I Coríntios 14

O culto verdadeiro e o culto falso — 1Co 14:1-19

Paulo ainda está tratando da questão do falar em línguas. Começa com um chamado aos coríntios para que não ajam de maneira infantil. Essa paixão pelo falar em línguas e sua sobrevalorização era em realidade uma sorte de ostentação infantil, o produto do desejo de exibir— se como meninos precoces.
Paulo acha então um argumento no Antigo Testamento. Vimos várias vezes como a exegese rabínica — e Paulo era um rabino — podia encontrar no Antigo Testamento significados escondidos que com segurança não tinham sido previstos originalmente. Paulo se refere a Isaías 28:9-12. Nessa passagem, Deus, através de seu profeta, ameaça ao povo. Isaías lhes pregou em seu próprio idioma hebreu e não o escutaram nem o compreenderam. Devido a sua desobediência os assírios virão sobre eles e os conquistarão e ocuparão suas cidades. Então terão que ouvir um idioma que não poderão compreender. Terão que ouvir a língua estrangeira de seus conquistadores falando coisas ininteligíveis; e nem sequer essa experiência terrível fará com que os que não crêem se voltem a Deus. De modo que Paulo utiliza o argumento de que as línguas foram utilizadas para pessoas de coração duro e incrédulas e que, finalmente, foram ineficazes.
Logo Paulo utiliza um argumento muito prático. Se qualquer estranho, ou qualquer pessoa simples, entrasse numa reunião cristã em que todos emitissem uma corrente de sons ininteligíveis ao falar em línguas, pensaria ter chegado a Babel e encontrar-se num manicômio Mas se a verdade de Deus estivesse sendo proclamada sóbria e compreensivelmente, o resultado seria muito distinto. O homem se encontraria face a face consigo mesmo e com Deus.
Os versículos 24:25 nos dão um vívido resumo dos efeitos da pregação cristã, e do que acontece quando a verdade de Deus se proclama inteligivelmente.

  1. Convence o homem de seu próprio pecado. Pela primeira vez vê o que é e se sentirá consternado. Alcibíades, o preferido malcriado de Atenas, era amigo de Sócrates, e algumas vezes estava acostumado a lhe dizer: "Sócrates, odeio-te, devido ao fato de que cada vez que me encontro contigo me fazes ver o que sou." A mulher de Samaria disse com surpresa envergonhada: “Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito” (Jo 4:29). O primeiro que faz a mensagem de Deus é fazer com que o homem tome consciência de que é um pecador
  2. Leva o homem a juízo. Pela primeira vez o homem se dá conta de que deve responder pelo que realizou. Até esse momento pode ter vivido sem pensar nas finalidades da vida. Pode ter vivido o dia, seguindo seus impulsos e aproveitando seus prazeres. Mas agora vê que o dia tem um fim, e ali está Deus.
  3. Mostra ao homem os segredos de seu próprio coração. O homem geralmente não se vê a si mesmo. Enfrentamos nossos corações em último lugar. Como diz o provérbio: "Não há ninguém tão cego como aquele que não quer ver." A mensagem cristã obriga o homem a ter essa severa honestidade que humilha, que o faz enfrentar-se a si mesmo.
  4. Faz com que o homem se ajoelhe perante Deus. Todo o cristianismo começa com o homem ajoelhado na presença de Deus. A porta de entrada à sua presença é tão baixa que só podemos atravessá-la sobre nossos joelhos. Quando um homem enfrentou a Deus e a si mesmo, tudo o que fica por fazer é ajoelhar-se e orar: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador."

Então o homem sai seguro de que esteve na presença de Deus. A prova de todo ato de adoração é a seguinte: "Faz-nos sentir a presença de Deus?"
Joseph Twitchell nos relata como foi visitar Horácio Bushnell quando este era ancião. De noite Bushnell o levou a caminhar pelas ladeiras. Enquanto caminhavam na escuridão, Bushnell disse de repente. Ajoelhemo-nos e oremos." E ele orou. Twitchell disse ao relatá-lo depois: "Tinha medo de estirar minha mão na escuridão, pois temia tocar em Deus."

Quando nos sentimos assim tão perto de Deus, compartilhamos e experimentamos real e verdadeiramente um ato de adoração.

CONSELHOS PRÁTICOS

I Coríntios 14:26-33

Paulo chega no final desta seção com alguns conselhos muito práticos. Está decidido a que todo aquele que possui um dom receba todas as oportunidades possíveis para exercitá-lo, mas está igualmente decide que os cultos da Igreja não se convertam por isso numa sorte de desordenada competição. Só dois ou três devem exercitar o dom de línguas, e só se houver alguém presente que possa interpretá-los. Todos têm o dom de profetizar a verdade, mas mais uma vez, só dois ou três podem exercê-lo, e se alguém da congregação tem a convicção de que recebeu uma mensagem especial, aquele que dirige deve dar-lhe a oportunidade de expressá-lo. Aquele que dirige pode fazê-lo perfeitamente, e não precisa dizer que se vê miserável pela inspiração e não pode deter-se, porque o pregador pode controlar seu próprio espírito. Deve haver liberdade, mas não desordem. O Deus de paz deve ser adorado em paz.
Não é exagerado dizer que nenhuma seção desta carta é tão interessante como a presente, devido ao fato de que arroja abundante luz sobre o culto tal como era na 1greja primitiva. Obviamente existia nele uma liberdade e uma informalidade completamente estranhas a nossas idéias. Desta passagem surgem duas grandes questões.

  1. Evidentemente, a Igreja primitiva não tinha um ministério profissional. Na verdade, os apóstolos se sobressaíam com uma autoridade muito especial; mas nesta etapa a Igreja não tinha pastores locais profissionais. Estava aberta a todo aquele que tinha um dom para que o utilizasse. Fez bem ou mal a Igreja em instituir um ministério profissional? Em realidade há algo essencial que, em nossa era tão cheia de atividades, quando os homens estão tão preocupados com as coisas materiais, deve-se apartar a um homem para que viva perto de Deus e brinde a seu próximo a verdade, a guia e o fôlego que Deus outorga a ele. Mas por outro lado está o perigo óbvio de que quando um homem se converte em pregador profissional às vezes está obrigado a ter que dizer algo quando em realidade não tem nada que dizer. Seja como for, deve ficar claro que se alguém tiver uma mensagem para dar a seus próximos, nenhuma norma nem regulamento eclesiástico deveria impedi-lo de fazê-lo. É sem dúvida alguma um engano pensar que só o ministro profissional pode transmitir a verdade de Deus aos homens.
  2. Obviamente na 1greja primitiva a ordem de culto tinha uma flexibilidade que atualmente nos falta. Evidentemente não havia uma ordem estabelecida. Tudo era o suficientemente informal para deixar que qualquer pessoa que sentisse que tinha uma mensagem para dar poderia fazê-lo. Pode ser que em nossos dias demos muita importância à ordem e à dignidade. Pode ser que nos tenhamos convertido em escravos das ordens de culto. O realmente notável num culto de uma Igreja primitiva deve ter sido que quase todos chegavam sentindo que tinham tanto o privilégio como a obrigação de contribuir com algo nele. Não se chegava a ele com a única intenção de ser um ouvinte passivo. Não se ia só para receber, mas também para dar.

Obviamente isto apresentava seus perigos, porque é claro que em Corinto havia alguns que estavam apaixonados pelo som de suas vozes; entretanto, nesses dias a Igreja deve ter sido muito mais uma possessão real do cristão comum. Bem pode ser que a Igreja tenha perdido algo quando delegou tanto no ministério profissional e deixou tão pouco em mãos dos membros comuns; e pode ser que a culpa não resida no fato de que os pastores se anexaram esses direitos, mas em que os leigos os abandonaram; porque é muito certo que existem muitos membros de igreja cuja atitude os leva a pensar muito mais no que a igreja pode fazer por eles do que no que eles podem fazer pela igreja, e que estão sempre preparados para criticar o que se faz, mas nunca dispostos a compartilhar o trabalho na mesma.

INOVAÇOES PROIBIDAS

I Coríntios 14:34-40

Na Igreja de Corinto existiam inovações que a ameaçavam e que não eram do agrado de Paulo. Com efeito, exige deles que esclareçam que direitos tinham de fazê-las. Eram acaso eles os criadores da Igreja cristã? Tinham um monopólio da verdade do evangelho e de sua história? Tinham recebido uma tradição e deviam ser obedientes a ela.
Ninguém se livrou jamais por completo das idéias e do pano de fundo da era em que viveu e da sociedade na qual cresceu, e Paulo, em sua concepção do lugar que deviam ocupar as mulheres dentro da Igreja, não podia livrar-se das idéias que tinha conhecido toda sua vida. Já assinalamos que no mundo antigo o lugar das mulheres era baixo.
No mundo grego Sófocles havia dito "O silêncio confere graça a uma mulher." Na Grécia as mulheres, a não ser que fossem muito pobres ou de moral relaxada, levavam uma vida de reclusão. Os judeus tinham uma idéia ainda mais baixa das mulheres. Entre as declarações rabínicos há muitos que diminuem o lugar das mulheres. "Com respeito a ensinar a lei a uma mulher, o mesmo seria ensinar-lhe impiedade." Ensinar a lei a uma mulher era "jogar pérolas aos porcos". O Talmud menciona entre as pragas do mundo "a viúva conversadora e inquisitiva e a virgem que perde seu tempo orando". "Não se deve pedir um favor a uma mulher, nem saudá-la."
Paulo escreveu esta passagem numa sociedade como a descrita. É bem possível que o que acima de tudo estivesse em sua mente fosse a moral relaxada de Corinto e o sentimento de que não devia fazer-se nada, nada absolutamente, que trouxesse sobre a Igreja infante a menor suspeita de falta de modéstia. Com segurança seria muito equivocado tirar estas palavras de Paulo do contexto em que foram escritas e fazer delas uma regra universal para a Igreja.
Paulo continua falando com certa severidade. Estava muito seguro de que, embora as pessoas tenham dons espirituais, isto não lhes dá nenhum direito para rebelar-se contra a autoridade. Paulo é consciente de que os conselhos que deu e as leis que estabeleceu, ele as recebeu diretamente de Jesus Cristo e de seu Espírito, e que se alguém se negar a compreendê-lo deve ser deixado em sua voluntária ignorância.
Assim, pois, Paulo chega no final. Esclarece que não deseja afogar o dom de ninguém, a única coisa que quer fazer possível é que exista uma boa ordem dentro da Igreja. A grande norma que com efeito estabelece é que o homem recebeu de Deus todos os dons que possui, não para seu próprio benefício, mas para o benefício da Igreja, não para sua própria glória, mas para a maior glória de Deus. Quando um homem pode dizer: "Seja Deus glorificado", então e só então utilizará seus dons corretamente dentro e fora da Igreja.


Dicionário

Deus

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Espírito

Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11, it• 17

O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo que o corpo é simples acessório sujeito à destruição. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13, it• 4

[...] Espíritos que povoam o espaço são seus ministros [de Deus], encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem ao grau de adiantamento que tenham alcançado.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18, it• 3

[...] Os Espíritos são os que são e nós não podemos alterar a ordem das coisas. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras senão com reservas e jamais com a credulidade infantil. Julgamos, comparamos, tiramos conseqüências de nossas observações e os seus próprios erros constituem ensinamentos para nós, pois não renunciamos ao nosso discernimento.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

Os Espíritos podem dividir-se em duas categorias: os que, chegados ao ponto mais elevado da escala, deixaram definitivamente os mundos materiais, e os que, pela lei da reencarnação, ainda pertencem ao turbilhão da Humanidade terrena. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] um Espírito pode ser muito bom, sem ser um apreciador infalível de todas as coisas. Nem todo bom soldado é, necessariamente, um bom general.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

O princípio inteligente do Universo.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 23

[...] Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

[...] os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 87

[...] alma dos que viveram corporalmente, aos quais a morte arrebatou o grosseiro invólucro visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 9

[...] não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscrito. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 53

Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 55

Espírito – No sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Não são seres oriundos de uma criação especial, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

E E EA alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

[...] a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado Espírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 14

Os Espíritos não são, portanto, entes abstratos, vagos e indefinidos, mas seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se assemelharem aos humanos; donde se segue que se, em dado momento, pudesse ser levantado o véu que no-los esconde, eles formariam uma população, cercando-nos por toda parte.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 16

Há no homem um princípio inteligente a que se chama alma ou espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

[...] Uma mônada – um centro de força e de consciência em um grau superior de desenvolvimento, ou então, uma entidade individual dotada de inteligên cia e de vontade – eis a única definição que poderíamos arriscar-nos a dar da concepção de um Espírito. [...]
Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Animismo e Espiritismo• Trad• do Dr• C• S• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• 2 v• - v• 2, cap• 4

[...] é o modelador, o artífice do corpo.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos

[...] ser livre, dono de vontade própria e que não se submete, como qualquer cobaia inconsciente, aos caprichos e exigências de certos pesquisadores ainda mal qualificados eticamente, embora altamente dotados do ponto de vista cultural e intelectual.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 14

O Espírito, essência divina, imortal, é o princípio intelectual, imaterial, individualizado, que sobrevive à desagregação da matéria. É dotado de razão, consciência, livre-arbítrio e responsabilidade.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

[...] causa da consciência, da inteligência e da vontade [...].
Referencia: BODIER, Paul• A granja do silêncio: documentos póstumos de um doutor em Medicina relativos a um caso de reencarnação• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Apêndice

[...] um ser individualizado, revestido de uma substância quintessenciada, que, apesar de imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, é passível de, enquanto encarnado, ser afetado pelas enfermidades ou pelos traumatismos orgânicos, mas que, por outro lado, também afeta o indumento (soma) de que se serve durante a existência humana, ocasionando-lhe, com suas emoções, distúrbios funcionais e até mesmo lesões graves, como o atesta a Psiquiatria moderna ao fazer Medicina psicossomática.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - As Leis Divinas

[...] depositário da vida, dos sentimentos e das responsabilidades que Deus lhe outorgou [...].
Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] a alma ou o espírito é alguma coisa que pensa, sente e quer [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• A alma é imortal• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - pt• 1, cap• 1

O estudo do Espírito tem de ser feito, portanto, abrangendo os seus dois aspectos: um, ativo, que é o da alma propriamente dita, ou seja, o que em nós sente, pensa, quer e, sem o qual nada existiria; outro, passivo – o do perispírito, inconsciente, almoxarifado espiritual, guardião inalterável de todos os conhecimentos intelectuais, tanto quanto conservador das leis orgânicas que regem o corpo físico.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] O que caracteriza essencialmente o espírito é a consciência, isto é, o eu, mediante o qual ele se distingue do que não está nele, isto é, da matéria. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o ser principal, o ser racional e inteligente [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4

Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro da vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela [a alma] atua no mundo da matéria.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] O espírito não é, pois, nem um anjo glorificado, nem um duende condenado, mas sim a própria pessoa que daqui se foi, conservando a força ou a fraqueza, a sabedoria ou a loucura, que lhe eram peculiares, exatamente como conserva a aparência corpórea que tinha.
Referencia: DOYLE, Arthur Conan• A nova revelação• Trad• da 6a ed• inglesa por Guillon Ribeiro; traços biográficos do autor por Indalício Mendes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

O Espírito [...] é a causa de todos os fenômenos que se manifestam na existência física, emocional e psíquica. Viajor de incontáveis etapas no carreiro da evolução, armazena informações e experiências que são transferidas para os respectivos equipamentos fisiológicos – em cada reencarnação – produzindo tecidos e mecanismos resistentes ou não a determinados processos degenerativos, por cujo meio repara as condutas que se permitiram na experiência anterior. [...] Da mesma forma que o Espírito é o gerador das doenças, torna-se o criador da saúde, especialmente quando voltado para os compromissos que regem o Cosmo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

O Espírito, através do cérebro e pelo coração, nos respectivos chakras coronário, cerebral e cardíaco, emite as energias – ondas mentais carregadas ou não de amor e de compaixão – que é registrada pelo corpo intermediário e transformada em partículas que são absorvidas pelo corpo, nele produzindo os resultados compatíveis com a qualidade da emissão.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

O Espírito, em si mesmo, esse agente fecundo da vida e seu experimentador, esE E Etabelece, de forma consciente ou não, o que aspira e como consegui-lo, utilizando-se do conhecimento de si mesmo, único processo realmente válido para os resultados felizes.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

O Espírito, igualmente, é também uma energia universal, que foi gerado por Deus como todas as outras existentes, sendo porém dotado de pensamento, sendo um princípio inteligente, enquanto que todos os demais são extáticos, mecânicos, repetindo-se ininterruptamente desde o primeiro movimento até o jamais derradeiro...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Consciência

Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independentes da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuam na Obra Divina como coopera-dores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino. [...] Indestrutíveis, jamais terão fim, não obstante possuindo princípio, quando a Excelsa Vontade os criou.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 3

O Espírito é a soma das suas vidas pregressas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 17

[...] Todos somos a soma das experiências adquiridas numa como noutra condição, em países diferentes e grupos sociais nos quais estagiamos ao longo dos milênios que nos pesam sobre os ombros. [...]
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

[...] O Espírito é tudo aquilo quanto anseia e produz, num somatório de experiências e realizações que lhe constituem a estrutura íntima da evolução.
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

Herdeiro do passado, o espírito é jornaleiro dos caminhos da redenção impostergável.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 8

O Espírito é o engenheiro da maquinaria fisiopsíquica de que se vai utilizar na jornada humana.
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tendências, aptidões e reminiscências

[...] O ser real e primitivo é o Espírito [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor

Porque os Espíritos são as almas dos homens com as suas qualidades e imperfeições [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Calvário de luz

[...] O Espírito – consciência eterna – traz em si mesmo a recordação indelével das suas encarnações anteriores. [...]
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - A doutrina do hindu

[...] princípio inteligente que pensa, que quer, que discerne o bem do mal e que, por ser indivisível, imperecível se conserva. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

[...] Só o Espírito constitui a nossa individualidade permanente. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 37a efusão

[...] é o único detentor de todas as potencialidades e arquivos de sua individualidade espiritual [...].
Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

Em verdade, cada espírito é qual complexa usina integrante de vasta rede de outras inúmeras usinas, cujo conjunto se auto-sustenta, como um sistema autônomo, a equilibrar-se no infinito mar da evolução.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] O que vale dizer, ser o Espírito o Élan Vital que se responsabiliza pela onda morfogenética da espécie a que pertence. Entendemos como espírito, ou zona inconsciente, a conjuntura energética que comandaria a arquitetura física através das telas sensíveis dos núcleos celulares. O espírito representaria o campo organizador biológico, encontrando nas estruturas da glândula pineal os seus pontos mais eficientes de manifestações. [...]
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Forças sexuais da alma• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Introd•

O nosso Espírito será o resultado de um imenso desfile pelos reinos da Natureza, iniciando-se nas experiências mais simples, na escala mineral, adquirindo sensibilidade (irritabilidade celular) no mundo vegetal, desenvolvendo instintos, nas amplas variedades das espécies animais, e a razão, com o despertar da consciência, na família hominal, onde os núcleos instintivos se vão maturando e burilando, de modo a revelar novos potenciais. [...]
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

[...] A verdadeira etimologia da palavra espírito (spiritus, sopro) representa uma coisa que ocupa espaço, apesar de, pela sua rarefação, tornar-se invisível. Há, porém, ainda uma confusão no emprego dessa palavra, pois que ela é aplicada por diferentes pensadores, não só para exprimir a forma orgânica espiritual com seus elementos constitutivos, como também a sua essência íntima que conhece e pensa, à qual chamamos alma e os franceses espírito.
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

O Espírito, em sua origem, como essência espiritual e princípio de inteligência, se forma da quintessência dos fluidos que no seu conjunto constituem o que chamamos – o todo universal e que as irradiações divinas animam, para lhes dar o ser e compor os germes de toda a criação, da criação de todos os mundos, de todos os reinos da Natureza, de todas as criaturas, assim no estado material, como também no estado fluídico. Tudo se origina desses germes fecundados pela Divindade e progride para a harmonia universal.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] a essência da vida é o espírito [...].
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a mulher

O Espírito humano é a obra-prima, a suprema criação de Deus.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Equação da felicidade

[...] Somos almas, usando a vestimenta da carne, em trânsito para uma vida maior. [...] somos um templo vivo em construção, através de cujos altares se E E Eexpressará no Infinito a grandeza divina. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

Figuradamente, o espírito humano é um pescador dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 21

Somos uma grande família no Lar do Evangelho e, embora separados nas linhas vibratórias do Espaço, prosseguimos juntos no tempo, buscando a suprema identificação com o Cristo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada espírito é um continente vivo no plano universal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

[...] o espírito é a obra-prima do Universo, em árduo burilamento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Evolução e livre-arbítrio

[...] Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas positivas, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana. Quanto mais crescemos em conhecimentos e aptidões, amor e autoridade, maior é o âmbito de nossas ligações na esfera geral. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

[...] Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho de nossas milenárias imperfeições, localizados pela magnanimidade do Senhor na ourivesaria da Terra. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

[...] gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Nosso “eu”

Cada Espírito é um mundo vivo com movimento próprio, atendendo às causas que criou para si mesmo, no curso do tempo, gravitando em torno da Lei Eterna que rege a vida cósmica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tem po, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 12


Espírito
1) A parte não-material, racional e inteligente do ser humano (Gn 45:27; Rm 8:16).


2) A essência da natureza divina (Jo 4:24).


3) Ser não-material maligno que prejudica as pessoas (Mt 12:45).


4) Ser não-material bondoso que ajuda as pessoas (Hc 1:14;
v. ANJO).


5) Princípio que norteia as pessoas (2Co 4:13; Fp 1:17).


6) ESPÍRITO SANTO (Gl 3:5).


Espírito Ver Alma.

Veja Espírito Santo.


Ao passo que o termo hebraico nephesh – traduzido como alma – denota individualidade ou personalidade, o termo hebraico ruach, encontrado no Antigo Testamento, e que aparece traduzido como espírito, refere-se à energizante centelha de vida que é essencial à existência de um indivíduo. É um termo que representa a energia divina, ou princípio vital, que anima os seres humanos. O ruach do homem abandona o corpo por ocasião da morte (Sl 146:4) e retorna a Deus (Ec 12:7; cf. 34:14).

O equivalente neotestamentário de ruach é pneuma, ‘espírito’, proveniente de pneo, ‘soprar’ ou ‘respirar’. Tal como ocorre com ruach, pneuma é devolvida ao Senhor por ocasião da morte (Lc 23:46; At 7:59). Não há coisa alguma inerente à palavra pneuma que possa denotar uma entidade capaz de existência consciente separada do corpo.


substantivo masculino Princípio imaterial, alma.
Substância incorpórea e inteligente.
Entidade sobrenatural: os anjos e os demónios.
Ser imaginário: duendes, gnomos, etc.
Pessoa dotada de inteligência superior.
Essência, ideia predominante.
Sentido, significação.
Inteligência.
Humor, graça, engenho: homem de espírito.
Etimologia (origem da palavra espírito). Do latim spiritus.

Estranhar

verbo transitivo Achar estranho, fora do comum.
Não se acomodar com: estranhar a cama nova.
Causar espanto ou admiração a: estranhei seu mau comportamento.
Tratar com esquivança, fugir (principalmente falando das crianças em relação às pessoas a que não estão acostumadas).
Achar censurável.
Repreender.

Fala

substantivo feminino Ato ou faculdade de falar.
Alocução, discurso.
Voz, palavra, frase.
Expressão, comunicação, significado.
Modo de falar, tom, estilo.
Idioma, dialeto, jargão.
Teatro Trecho de diálogo ou monólogo, dito de uma vez pelo mesmo ator.
Linguística Atualização, peculiar a cada pessoa, da capacidade geral da linguagem. (Opõe-se à noção de língua.).

Homens

masc. pl. de homem

ho·mem
(latim homo, -inis)
nome masculino

1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


abominável homem das neves
Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

de homem para homem
Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

homem de armas
Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

homem de Deus
Figurado O que é bondoso, piedoso.

[Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

homem de Estado
[Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

homem de lei(s)
Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

homem de letras
Literato, escritor.

homem de mão
Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

homem de Neandertal
[Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

homem de negócios
Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

homem de palha
[Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

homem de partido
[Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

homem de pé
Peão.

homem público
Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

Plural: homens.

masc. pl. de homem

ho·mem
(latim homo, -inis)
nome masculino

1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


abominável homem das neves
Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

de homem para homem
Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

homem de armas
Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

homem de Deus
Figurado O que é bondoso, piedoso.

[Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

homem de Estado
[Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

homem de lei(s)
Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

homem de letras
Literato, escritor.

homem de mão
Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

homem de Neandertal
[Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

homem de negócios
Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

homem de palha
[Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

homem de partido
[Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

homem de pé
Peão.

homem público
Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

Plural: homens.

Língua

substantivo feminino [Anatomia] Órgão composto por músculos que, localizado no interior da boca até à faringe, auxilia nos processos de mastigação, de degustação, de produção de sons, de percepção dos sabores.
[Linguística] Conjunto dos elementos que constituem a linguagem falada ou escrita peculiar a uma coletividade; idioma: a língua portuguesa.
[Linguística] Sistema de vocabulário e sintaxe usado em determinada época, por certos escritores, em uma ou outra profissão etc.; linguagem: a língua do séc. XVI.
Por Extensão O que tem forma, aparência ou natureza desse órgão: biscoito língua de gato.
expressão Ter língua comprida. Não guardar segredo, falar demais.
Língua materna. Idioma do local em que se nasce.
Língua morta. Que deixou de ser falada por um povo.
Má língua. Pessoa maldizente, que fala mal dos outros.
Língua solta. Pessoa que fala muito.
Dar com a língua nos dentes. Revelar um segredo, falar indiscretamente.
Dobrar a língua. Falar com mais respeito.
Etimologia (origem da palavra língua). A palavra língua tem sua origem no latim "lingua,ae", com sentido de língua, do órgão, e linguagem.

substantivo feminino [Anatomia] Órgão composto por músculos que, localizado no interior da boca até à faringe, auxilia nos processos de mastigação, de degustação, de produção de sons, de percepção dos sabores.
[Linguística] Conjunto dos elementos que constituem a linguagem falada ou escrita peculiar a uma coletividade; idioma: a língua portuguesa.
[Linguística] Sistema de vocabulário e sintaxe usado em determinada época, por certos escritores, em uma ou outra profissão etc.; linguagem: a língua do séc. XVI.
Por Extensão O que tem forma, aparência ou natureza desse órgão: biscoito língua de gato.
expressão Ter língua comprida. Não guardar segredo, falar demais.
Língua materna. Idioma do local em que se nasce.
Língua morta. Que deixou de ser falada por um povo.
Má língua. Pessoa maldizente, que fala mal dos outros.
Língua solta. Pessoa que fala muito.
Dar com a língua nos dentes. Revelar um segredo, falar indiscretamente.
Dobrar a língua. Falar com mais respeito.
Etimologia (origem da palavra língua). A palavra língua tem sua origem no latim "lingua,ae", com sentido de língua, do órgão, e linguagem.

Do latim Lingua. A raiz grega Glossa deu também origem a numerosos termos médicos referentes à língua, tais como glossite (inflamação da língua).

[...] as línguas são formas de expressão, caminhando para a expressão única da fraternidade e do amor [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•


Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Senão

preposição Com exclusão de; exceto: os professores, senão o novato, chegaram.
conjunção Caso contrário; de outra maneira: use o casaco, senão vai ficar resfriado.
Oposição em relação a; mas: não conseguiu o emprego, senão críticas.
substantivo masculino Pequeno defeito; falha: não há beleza sem senão.
Etimologia (origem da palavra senão). Se + não.

senão conj. Aliás, de outra forma, de outro modo, quando não.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
I Coríntios 14: 2 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

fala a Deus" 1220; porque nenhum homem o entende 1221, mas, em seu próprio ② espírito, fala mistérios ③.">Porque aquele que está falando em uma língua estrangeira (aos ouvintes) ①, não aos homens fala, senão "fala a Deus" 1220; porque nenhum homem o entende 1221, mas, em seu próprio ② espírito, fala mistérios ③.
I Coríntios 14: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

54 d.C.
G1063
gár
γάρ
primícias da figueira, figo temporão
(as the earliest)
Substantivo
G1100
glōssa
γλῶσσα
imprestável
(of Belial)
Substantivo
G1161
δέ
e / mas / alem do mais / além disso
(moreover)
Conjunção
G191
akoúō
ἀκούω
ser idiota, louco
(the foolish)
Adjetivo
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G235
allá
ἀλλά
ir, ir embora, ir de uma parte para outra
(is gone)
Verbo
G2980
laléō
λαλέω
(P
(and cried)
Verbo
G3466
mystḗrion
μυστήριον
algo escondido, secreto, mistério
(mysteries)
Substantivo - neutro acusativo plural
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3756
ou
οὐ
o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
(and Carmi)
Substantivo
G3762
oudeís
οὐδείς
uma habitante (mulher) do Carmelo
(Carmelitess)
Adjetivo
G4151
pneûma
πνεῦμα
terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
([the] Spirit)
Substantivo - neutro genitivo singular
G444
ánthrōpos
ἄνθρωπος
homem
(man)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo


γάρ


(G1063)
gár (gar)

1063 γαρ gar

partícula primária; conj

  1. porque, pois, visto que, então

γλῶσσα


(G1100)
glōssa (gloce-sah')

1100 γλωσσα glossa

de afinidade incerta; TDNT - 1:719,123; n f

  1. língua como membro do corpo, orgão da fala
  2. língua
    1. idioma ou dialeto usado por um grupo particular de pessoas, diferente dos usados por outras nações

δέ


(G1161)
(deh)

1161 δε de

partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

  1. mas, além do mais, e, etc.

ἀκούω


(G191)
akoúō (ak-oo'-o)

191 ακουω akouo

uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

  1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
  2. ouvir
    1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
    2. entender, perceber o sentido do que é dito
  3. ouvir alguma coisa
    1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
    2. conseguir aprender pela audição
    3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
    4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
    5. compreender, entender

θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

ἀλλά


(G235)
allá (al-lah')

235 αλλα alla

plural neutro de 243; conj

  1. mas
    1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
    2. uma objeção
    3. uma exceção
    4. uma restrição
    5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
    6. introduz uma transição para o assunto principal

λαλέω


(G2980)
laléō (lal-eh'-o)

2980 λαλεω laleo

forma prolongada de um verbo absoleto (em outras formas); TDNT - 4:69,505; v

  1. emitir uma voz ou um som
  2. falar
    1. usar a língua ou a faculdade da fala
    2. emitir sons articulados
  3. conversar,
  4. anunciar, contar
  5. usar palavras a fim de tornar conhecido ou revelar o próprio pensamento
    1. falar

μυστήριον


(G3466)
mystḗrion (moos-tay'-ree-on)

3466 μυστηριον musterion

de um derivado de muo (fechar a boca); TDNT - 4:802,615; n n

  1. algo escondido, secreto, mistério
    1. geralmente mistérios, segredos religiosos, confiado somente ao instruído e não a meros mortais
    2. algo escondido ou secreto, não óbvio ao entendimento
    3. propósito ou conselho oculto
      1. vontade secreta
        1. dos homens
        2. de Deus: os conselhos secretos com os quais Deus lida com os justos, ocultos aos descrentes e perversos, mas manifestos aos crentes
  2. nos escritos rabínicos, denota o sentido oculto ou místico
    1. de um dito do AT
    2. de uma imagem ou forma vista numa visão
    3. de um sonho


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὐ


(G3756)
ou (oo)

3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

  1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

οὐδείς


(G3762)
oudeís (oo-dice')

3762 ουδεις oudeis incluindo feminino ουδεμια oudemia e neutro ουδεν ouden

de 3761 e 1520; pron

  1. ninguém, nada

πνεῦμα


(G4151)
pneûma (pnyoo'-mah)

4151 πνευμα pneuma

de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

  1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
    2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
    3. nunca mencionado como um força despersonalizada
  2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
    1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
    2. alma
  3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
    1. espírito que dá vida
    2. alma humana que partiu do corpo
    3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
      1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
      2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
  4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
    1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
  5. um movimento de ar (um sopro suave)
    1. do vento; daí, o vento em si mesmo
    2. respiração pelo nariz ou pela boca

Sinônimos ver verbete 5923


ἄνθρωπος


(G444)
ánthrōpos (anth'-ro-pos)

444 ανθρωπος anthropos

de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

  1. um ser humano, seja homem ou mulher
    1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
    2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
      1. de animais e plantas
      2. de Deus e Cristo
      3. dos anjos
    3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
    4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
    5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
    6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
    7. com referência ao sexo, um homem
  2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
  3. no plural, povo
  4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios