Enciclopédia de I João 5:3-3

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1jo 5: 3

Versão Versículo
ARA Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos,
ARC Porque esta é a caridade de Deus que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados.
TB Pois este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são penosos,
BGB αὕτη γάρ ἐστιν ἡ ἀγάπη τοῦ θεοῦ ἵνα τὰς ἐντολὰς αὐτοῦ τηρῶμεν, καὶ αἱ ἐντολαὶ αὐτοῦ βαρεῖαι οὐκ εἰσίν,
BKJ Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados.
LTT Porque este é (a evidência de) o amor produzido- por ① Deus: que ② aos Seus mandamentos preservemos- e- obedeçamos (e os Seus mandamentos pesados não são);
BJ2 Pois este é o amor de Deus: observar os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados,
VULG Hæc est enim caritas Dei, ut mandata ejus custodiamus : et mandata ejus gravia non sunt.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I João 5:3

Êxodo 20:6 e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.
Deuteronômio 5:10 e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.
Deuteronômio 7:9 Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos;
Deuteronômio 10:12 Agora, pois, ó Israel, que é o que o Senhor, teu Deus, pede de ti, senão que temas o Senhor, teu Deus, e que andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma,
Salmos 19:7 A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices.
Salmos 119:45 E andarei em liberdade, pois busquei os teus preceitos.
Salmos 119:47 E alegrar-me-ei em teus mandamentos, que eu amo.
Salmos 119:103 Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca.
Salmos 119:127 Pelo que amo os teus mandamentos mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino.
Salmos 119:140 A tua palavra é muito pura; por isso, o teu servo a ama.
Provérbios 3:17 Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas, paz.
Daniel 9:4 E orei ao Senhor, meu Deus, e confessei, e disse: Ah! Senhor! Deus grande e tremendo, que guardas o concerto e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos;
Miquéias 6:8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?
Mateus 11:28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Mateus 12:46 E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora sua mãe e seus irmãos, pretendendo falar-lhe.
João 14:15 Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.
João 14:21 Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele.
João 15:10 Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor.
João 15:14 Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.
Romanos 7:12 Assim, a lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom.
Romanos 7:22 Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus.
Hebreus 8:10 Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo.
I João 2:3 E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos.
II João 1:6 E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o princípio ouvistes: que andeis nele.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

genitivo atributivo.


 ②

KJB. Literalmente, "a fim de que".


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I João Capítulo 5 do versículo 1 até o 21
D. A FÉ É A VITÓRIA, 5:1-5

Na frase Todo aquele que crê (1), o sujeito do verbo é pas, "todos" ou "cada um". Esse termo é muito mais forte do que se o autor tivesse meramente dito "ele". O verbo é pisteuon, "crer". Nas passagens anteriores em que testes similares são empregados (4.2, 15), o verbo é "confessar" (homologei). Esse termo era usado como uma expressão verbal de fé para dar evidência exterior de que as pessoas eram verdadeiramente cristãs. Nesse capítulo atual, é o testemunho interior da filiação divina que está sendo questionado e, dessa forma, é usado o verbo para crer. Uma mera compreensão e declaração verbal da verdade não incluem tudo que está envolvido em ser um participante da vida de Deus em Cristo. Aquilo que é exterior deve tornar-se interior. Com a boca o homem confessa, mas com o coração ele crê.

No entanto, esses dois conceitos não deveriam ser colocados em contraste. "Ao con-fessar, o crente toma posição, compromete sua vida, declara ser verdade o que crê, afir-ma sua lealdade completa e contesta toda afirmação falsa contra sua vida. A confissão de fé é o selo da fé e a coragem da fé".'
Esse tipo de confissão, que João requeria da parte dos cristãos, era necessário por causa dos enganos gnósticos com os quais se defrontavam. A Igreja foi forçada a tomar partido em assuntos-chave, e era importante que suas crenças fossem colocadas em ter-mos compreensíveis. Há evidências desses primeiros credos no Novo Testamento, que resultaram não só da defesa contra heresias, mas também da necessidade de pregação e ensino.' Esse era um crescimento natural dentro da Igreja porque a adoração requer algumas formas para a expressão da fé. "O que não pode ser analisado com cuidado e de forma crítica e expresso com uma clareza razoável não pode requerer a lealdade comple-ta de uma pessoa. A compreensão é necessária para que haja um compromisso completo da pessoa. Conseqüentemente, a fé deve ser falada e tornada inteligível".32

Todas as formulações do credo do Novo Testamento são cristológicas porque a Igreja procurou entender e expressar corretamente sua fé em Cristo. Essas declarações desen-volveram-se desde o simples "Nós cremos" no segundo e terceiro séculos até a necessida-de de declarações confessionais necessárias para a salvação no sexto século. Aqui está refletida a tendência da Igreja de mover-se da simplicidade para a complexidade e da liberdade para a conformidade — da fé em Cristo como Filho de Deus para a aceitação de formas dogmáticas estabelecidas como a base de ortodoxia. Existe uma tendência de mudar da confissão baseada na fé interior para uma confissão de aceitação mental, em que não se requer uma persuasão interior. Vemos aqui a tendência humana de desviar-se da substância para a forma, daquilo que é principal para o que é secundário. Isso pode ser encontrado em quaisquer posições intelectuais expressas — com referência a mila-gres, modos de inspiração divina, interpretação das Escrituras, observâncias de ritos e rituais, diferentes maneiras de forma e conduta — em vez de expressões genuínas de fé, como normativas para a fé e salvação.

João certamente procuraria nos demover de um processo que tende a cortar a força da verdadeira fé cristã. Ele coloca seu dedo no ponto nevrálgico do coração do evangelho. Ele pede apenas por uma fé interior e pessoal em Cristo como o Filho de Deus, testemunhado diante do mundo — o amor de Deus no coração operando em um mundo em necessidade.

Essa é uma lição acerca de valores, colocando as coisas em sua ordem apropriada e colocando as ênfases onde precisam ser colocadas. Aqui também temos uma lição acerca da liberdade. Nada é tão livre e desimpedido quanto a fé pessoal e o amor. "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres" (Jo 8:36). Nenhuma pessoa é livre a não ser que esteja livre para crer e amar.

Crer que Jesus é o Cristo (1) na linguagem de João é ser nascido de Deus. É amar a Deus e, portanto, amar os outros. Amar a Deus significa guardar os mandamen-tos (2:4-8) e essa é a evidência de que amamos os filhos de Deus (3.23). Nosso amor por Deus pode ser reconhecido somente à medida que o manifestamos na vida dos irmãos (3.16). Resumindo: Porque esta é a caridade de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados (penosos; v. 3). Isso não significa que as leis de Deus são de pouca importância moral. Elas não são pesadas para o cristão porque "toda a dificuldade encontra-se simplesmente na relação entre a coisa envolvida e o poder da pessoa envolvida".' Aquele que está unido com Cristo percebe que seu jugo é suave e seu fardo é leve.

Para João, o mundo (4; cf. 2,15) é antagônico a Deus e, conseqüentemente, ao povo de Deus. Por isso precisa ser combatido e derrotado. O cristão já é vitorioso sobre o mundo em virtude de ter crido em Cristo como o Filho de Deus. Pela mesma fé, mantida e confirmada, o mundo é vencido. Mas devemos lembrar que essa fé reúne na sua significância os conceitos de andar na luz, de ser perdoado, de permanecer em Cristo, de possuir o Espírito Santo e de amar a Deus.

Vencer o mundo significa ser vitorioso em nossa própria vida sobre tudo que torna o mundo o que é em sua oposição a Deus. Significa cumprir de forma bem-sucedida a ordem: "para que não pequeis" (2.1).
Mas essa fé também inclui o amor dos irmãos, e, dessa forma, a vitória é uma vitória de amor. O amor dos irmãos transborda e empenha-se em transformar em "fi-lhos de Deus" aqueles que são "filhos do diabo" (3.10). O evangelismo que evangeliza é a vitória da mais alta qualidade sobre o mundo. Onde o amor é a arma, a salvação o projétil e a vida eterna o alvo, a vitória é a ressurreição em lugar da destruição e é uma vitória certa. A melhor maneira de destruir um inimigo é ganhá-lo para a nossa pró-pria causa. Dessa maneira, Cristo "se manifestou: para desfazer as obras do diabo" (3.8). O relacionamento total do cristão com Cristo e com o mundo, que envolve a maior parte da epístola até esse ponto, é resumido no conceito da fé. Nas palavras de Paulo, essa é uma "fé que opera por caridade" (Gl 5:6).

E. A VIDA ETERNA 5:6-12

A Primeira Epístola de João iniciou com uma declaração concernente a Cristo, a "Palavra da vida" (1.1). Seguiu-se a descrição do relacionamento interior do cristão com Deus e com os seus irmãos, e uma discussão posterior da evidência externa desse relaci-onamento em obras de amor a Deus e às pessoas. Esse é um relacionamento de amor baseado na fé em Cristo como Filho de Deus. É participar da "Palavra da vida" — "a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada" (1,2) por meio do Filho. É a comu-nhão (koinonia) da qual João falou anteriormente, para a qual ele procurou levar aque-les a quem escreveu e da qual ele e os outros apóstolos compartilhavam. "E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo" (1.3).

Essa é "a koinonia do Espírito [3.24; 4.13]. É uma comunidade religiosa compar-tilhando por meio do Espírito Santo a vida sobrenatural de Cristo"?' Ela compartilha a "vida comum" com um "propósito comum"?' uma fé comum em Cristo com um amor pelos irmãos, os aspectos interiores e exteriores da vida cristã por meio do habitar do Espírito Santo. Teologicamente, isso pode ser chamado de cristologia do. Espírito na vida da Igreja.

Uma das idéias mais proeminentes nos escritos de João é o ato de testificar (v. 6; martyria). O evangelho é um evangelho de testemunho." No Apocalipse, João "testificou [emartyresen] da palavra de Deus, e do testemunho [martyrian] de Jesus Cristo" (Ap 1:2). A primeira epístola inicia com o testemunho do autor: "o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos" (1,3) e agora próximo do final, João apresenta o testemunho do próprio Deus — o testemunho de Deus a Cristo por meio do Espírito. É o testemunho de Deus (9) e o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade (6).

A seção em estudo tem um problema textual na última parte do versículo 7 e na primeira parte do versículo 8. Essas palavras são reconhecidas pelos estudiosos do NT como um comentário marginal que se infiltrou no texto em alguma tradução primitiva. Uma distinção entre o testemunho no céu (7) e na terra (8) como é encontrada na versão King James não faz sentido no pensamento de João. Os dois versículos, de acordo com o original, deveriam ser traduzidos da seguinte forma: Porque três são os que testificam [...] o Espírito, e a água, e o sangue; e estes três concordam num ou "e os três são unânimes num só propósito" (ARA).

Há um Testemunho principal — o Espírito Santo. Ao longo dos séculos cristãos, o Espírito tem se manifestado em cada testemunho bem-sucedido da Igreja acerca de Je-sus Cristo. A Igreja tem sofrido por causa do extremismo e do zelo religioso excessivo por um lado, em que a voz do Espírito era substituída pelos credos e, por outro lado, pelo extremo que "afirma que a voz interior do Espírito Santo tem precedência sobre a pala-vra "externa" das Escrituras ou as resoluções dos prelados"?' Em algum lugar entre esses dois extremos, João coloca o testemunho do Espírito, firmemente fundamentado na verdade de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. Essa verdade muitas vezes tende a tornar-se secundária devido à ênfase em um dos extremos.
Os dois outros testemunhos (a água, e o sangue) — o batismo e a crucificação de Cristo — estão subordinados ao Espírito no sentido de não conter sua própria autorida-de. Houve muitos outros batismos e muitas crucificações, e mesmo o batismo e morte de Cristo passaram virtualmente despercebidos na história secular; mas a história da Igreja inspirada pelo Espírito manteve esses dois grandes acontecimentos vivos e os tornou testemunhas da divindade de Jesus Cristo.

A água, e o sangue têm recebido muitas interpretações. Uma delas, já menciona-da, que equipara esses dois elementos ao batismo e à crucificação de Cristo, é a mais sustentável. Uma outra interpretação sugere o batismo e a eucaristia, enquanto uma terceira sugere a água e o sangue que fluíram do lado onde Jesus foi perfurado na cruci-ficação. Uma quarta interpretação entende que a água, e o sangue se referem à purifi-cação e à redenção.'

Uma heresia gnóstica dos tempos de João dizia que Jesus era somente um homem "sobre quem o Cristo desceu no batismo e de quem o Cristo saiu antes da crucificação".39 João buscou refutar esse ensinamento ao dizer que Cristo não veio apenas pela água, mas também por meio do sangue, e isso ele apresenta como testemunho da divindade do nosso Senhor. O ministério público de Cristo começou no seu batismo e foi concluído com sua crucificação. "A crucificação era a consumação da Encarnação. Não era um mero incidente na vida de um homem comum".4° Phillips deixa o versículo 8 muito claro: "O testemunho, portanto, é triplo — o espírito em nosso próprio coração, os sinais da água do batismo e o sangue da propiciação — e todos dizem a mesma coisa".

Esse testemunho não deveria ser difícil de aceitar porque ele é o testemunho de Deus (9). Visto que somos tão inclinados a aceitar o que os outros nos contam como evidência, certamente aceitaremos esse testemunho do Espírito. Além do mais, o cristão tem o testemunho confirmador em seu coração, porque ele tornou-se participante da vida eterna de Deus. Aquele que não crê no testemunho de Deus acerca da divindade de Jesus mentiroso o (Deus) fez (10) e não pode ser considerado cristão. Quem tem o Filho — creu no testemunho descrito acima — tem a vida eterna (12). Aquele que não crê, não tem a vida e toda essa discussão não tem um significado real para ele.

SEÇÃO V

CONCLUSÃO

I João 5:13-21

A. O MOTIVO DE CONFIANÇA, 5:13-17

Em outra parte da epístola, João sugere diversas razões por tê-la escrito, mas, como no evangelho, ele deixa o propósito principal para o final. No seu evangelho, ele escreveu: "para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo 20:31). Ele foi escrito para levar as pessoas a ter essa experiência da vida eterna. A epístola foi escrita para aqueles que crêem no nome do Filho de Deus (13). À luz dessa declaração, a última parte do versículo 13 — para que creiais no nome do Filho de Deus — provavelmente é um comentário marginal e não faz parte do texto original. Não parece razoável que João escrevesse aos crentes para que se tornassem crentes (veja as traduções da ARA e NVI). Seu propósito ao escrever essa epístola foi expresso de forma muito simples: para que saibais que tendes a vida eterna. O evangelho, então, foi escrito para que as pessoas pudessem ter vida e a epístola para que elas soubessem que possuem essa vida. As palavras-chave da epístola são assegurar, confiança, saber e crer, bem como vida, amor e fé.

No versículo 14, João escreve: E esta é a confiança que temos nele. Em três oportunidades, João falou de confiança (parresia) : duas vezes em conexão com o Dia do Juízo (2.28; 4,17) e uma vez em conexão com oração (3.21). "Assim mais duas idéias-chave da epístola podem ser encontradas nessa recapitulação: ousadia para com Deus e amor fraternal; porque é o amor aos irmãos que nos leva a orar por eles".1

Essa confiança ou "ousadia" que vem do conhecimento de possuir a vida eterna resulta em uma confiança em relação à oração pelos irmãos. Se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. Alguma coisa não se refere a todos os pedidos que fazemos, independentemente de quão apropriados possam ser; esse termo se refere, primeiramente, a qualquer coisa referente à salvação de um irmão (16). Te-mos aqui a oração intercessora e insistente. Encontramos duas limitações nesse texto: primeiro, a oração deve ser segundo a sua vontade. Ela é uma "identificação ativa com a vontade divina, um elevar da nossa vontade ao nível do desejo de Deus, não um tenta-tiva de persuadir Deus para satisfazer os nossos desejos".2 Mas nem sempre é possível conhecer exatamente qual é a vontade de Deus. Nas palavras de Paulo: "não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemi-dos inexprimíveis" (Rm 8:26). Contudo, em geral sabemos que é da vontade de Deus que todos gozem da vida eterna e tornem-se filhos de Deus.

Em segundo lugar, nossas orações são limitadas por aqueles por quem oramos — os irmãos. Os versículos 15:17 provavelmente se referem basicamente a alguém que pecou inadvertidamente (2:1-2) e por alguma razão persiste nesse pecado. Esse alguém conti-nua sendo chamado de irmão e significa alguém que pertence à comunidade de crentes mas, que ao mesmo tempo, vive na iniqüidade (v. 17).

João faz uma distinção entre tipos de pecados — alguns são para morte e outros não são. O pecado para morte não é um pecado em particular, mas um pecar habitual. "Devemos nos desfazer da idéia [...] de que 'pecado para morte' é um pecado que pode ser reconhecido por aqueles que estão próximos daquele que comete esse pecado [...] Ele sugere que alguns pecados podem ser conhecidos como não sendo pecados 'para morte': ele não diz nem sugere que todo 'pecado para morte' pode ser conhecido como tal".3

Cometer o pecado [...] para morte é pecar voluntariamente e se "alguém persiste em pecar, isso acabará levando-o a um afastamento definitivo da vida divina".4 Há tam-bém um pecar que não é para morte. A diferença está na motivação da alma. Isso pode ser ilustrado por um homem em uma escada. Uma pessoa não pode determinar a sua verdadeira condição até que descubra se está indo para cima ou para baixo. Algumas pessoas em pecado estão lutando para sair enquanto que outras permitem afundar-se cada vez mais no pecado. Deus conhece a diferença, e somos assegurados de que Ele dará a vida àqueles que não pecarem para morte (16).

Alguns comentaristas têm usado essa passagem para ensinar o pecado imperdoá-vel. Não há aqui nenhuma sugestão ou implicação de um pecado ou um hábito de pecar que Deus não vá perdoar. João diz que um homem pode se afastar de Deus e continuar se afastando até que não consiga mais ouvir a Deus; ele pode andar na escuridão até que esteja fora do alcance da luz. Mas o tópico principal do apóstolo aqui é a oração, a oração intercessora, um corolário próximo do amor fraternal.
Orar assim é orar com fé, pedindo qualquer coisa, tudo pelos irmãos, mas deixando os resultados à vontade de Deus, que sabe o que está acontecendo. E para que não se pense que a incerteza por parte da pessoa que está orando pareça lançar dúvida sobre o fato do pecado ou pareça tratá-lo levianamente, ele diz que toda iniqüidade é pecado (17). O pecado também "é iniqüidade" (3.4). É melhor que não saibamos o que está acon-tecendo no coração de um irmão; acabaríamos sendo severos demais ou moles demais com ele. Não cabe a nós conhecer e julgar. A nós cabe orar. Deus fará o restante.

A fórmula de João para a oração intercessora é ótima:

1) Ore pelos irmãos;

2) Ore em fé;

3) Ore sabendo que Deus ouve você;

4) Ore sabendo que Deus responderá de acordo com a vontade dele.

B. O CONHECIMENTO ESPIRITUAL, 5:18-21

A idéia de confiança recebe o apoio da certeza do conhecimento apropriado. Esse tema da segurança do nosso conhecimento espiritual ocorre mais cedo, e no versículo 13 ele é expresso como o propósito principal da epístola. É o conhecimento de Deus (2.3), a posse da vida eterna (3,14) e de todas as coisas necessárias para a salvação (2,20) ; esse conhecimento vem da obediência a Deus (2.3), do amor pelos irmãos (3.14; 5,13) e é autenticado pela habitação do Espírito Santo (3.24). Esse conhecimento é mais do que uma intuição porque pode ser provado nas experiências da vida.

Agora no encerramento da epístola, o autor ressalta mais uma vez esses fatos do conhecimento cristão — fatos concernentes ao relacionamento do cristão com Satanás e com Jesus Cristo. "Nesses últimos versículos, observamos mais vez uma ênfase nos prin-cípios fundamentais na qual a epístola se baseia: que nós, por meio da missão do Senhor Jesus Cristo, temos comunhão com Deus; essa comunhão nos protege do pecado e nos firma em uma oposição perfeita ao mundo".5

A declaração: todo aquele que é nascido de Deus não peca (18) é uma repeti-ção de 3.9. A razão dessa vitória sobre o pecado é a seguinte: o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca. A mudança de uma letra no grego altera o significado e pode deixar uma impressão errada. Os melhores manuscri-tos trazem auton (o/ele) em vez de eauton (si mesmo), assim, a tradução deveria ser a seguinte: "aquele que nasceu de Deus o protege" (NVI) ou "Aquele que nasceu de Deus o guarda" (ARA). A mudança do perfeito do verbo nascido e gerado (gegennemenos) para o aoristo (genetheis) nos ajuda a encontrarmos a melhor tradução: "Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca" (ARA). É Cristo, o gerado (nascido) de Deus, que guarda o cristão. "Nossa segurança não reside no fato de nos segurarmos em Cristo, mas de Ele nos segurar".6

O segundo fato do qual temos conhecimento seguro é que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno (19). João usa o plural "somos", incluindo-se a si próprio junto com todos os outros cristãos. Todos os motivos de comunhão anteriormente expressos apóiam e confirmam o fato de que somos de Deus. Em forte contras-te, o "mundo está debaixo do poder do maligno" (NASB). O conceito mundo aqui é mais inclusivo do que em 2.15; além do que significa ali, a palavra aqui inclui as pesso-as que são controladas pelo sistema mundial maligno. "Fica claro, portanto, que a se-paração entre a Igreja e o mundo deve ser e tende a ser tão completa quanto a separa-ção entre Deus e o maligno".8

A terceira declaração vai muito além das duas anteriores, que estão baseadas nela. Ela tem que ver com Jesus Cristo. Sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento (20). "Tanto a revelação quanto a redenção fazem parte da sua obra graciosa. Sem Ele jamais poderíamos conhecer a Deus nem vencer o pecado [...IA reli-gião cristã é histórica e experimentar.'

Ele nos deu entendimento — o poder para compreender, a capacidade para co-nhecer — para conhecermos o que é verdadeiro. Por meio de Cristo fomos capazes de reconhecer com "uma percepção contínua e progressiva"' as coisas que conhecemos. Possuímos aquilo a que fomos capacitados a receber e sabemos o que fomos capacitados a compreender por causa de Cristo.

Tudo que sabemos está resumido em: conhecermos o que é verdadeiro. Conhe-cemos a Deus por meio da experiência pessoal. Sabemos que Ele é real e estamos nele. Deus é o Pai de Jesus Cristo, em quem foi revelada a vida eterna. Temos vida eterna quando estamos em Deus, no Pai e no Filho, "que nos deu do seu Espírito" (4.13).

João conclui a epístola com seu termo favorito de afeição: Filhinhos. Sua exortação final parece quase fora de lugar pelo fato de não a ter mencionado anteriormente: guardai-vos dos ídolos (21). A advertência é sobre estar alerta contra aquilo que era um perigo presente. Em Éfeso, "cada estrada por onde seus leitores [de João] andavam e cada casa pagã que visitavam, fervilhavam literalmente de ídolos?

Aqui está o último grande contraste de muitos encontrados nessa epístola, o con-traste entre o Deus vivo e os deuses sem vida. Nesse contraste, culmina o propósito central do apóstolo, que procurou desenvolver fé no seu povo mesmo no meio de uma "geração incrédula e perversa" (Mt 17:17). O tamanho do seu sucesso é uma questão de história.

Mas, por meio dessa epístola, João continua falando a nós hoje, porque ele anuncia a Palavra viva de Deus. Seu êxito nessa tarefa depende de quão bem ouvimos e de quão bem, sob a orientação de Deus, tornamos a história atual. Amém!


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I João Capítulo 5 versículo 3
Jo 14:15; 2Jo 1:6 Mt 11:30; conforme Dt 30:11.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I João Capítulo 5 do versículo 1 até o 21
*

5.4 vence o mundo. Ver nota em 2.13.

* 5.6 por meio de água e sangue. Alguns sugerem que a água refere-se ao batismo de Jesus e o sangue, à crucificação. Isso é improvável, visto que João, em seu evangelho, não narra diretamente o batismo de Jesus. Outros propõem que "água e sangue" seja uma referência aos dois sacramentos, batismo e a ceia do Senhor. Isso também é improvável, visto que João não relata a instituição dos sacramentos em seu evangelho. A difícil afirmação deste versículo reflete provavelmente Jo 19:34. No evangelho de João, o testemunho que Deus dá de Jesus, seu Filho, é um tema-chave. O sangue e a água que verteram do corpo de Jesus após a sua morte confirmaram a realidade de sua morte; o ferimento no lado de Jesus confirmou, posteriormente, a realidade de sua ressurreição corporal (Jo 20:20, 25-27). Tanto a morte como a ressurreição de Cristo eram negadas pelos docéticos, os quais negavam a natureza humana de Cristo (4.2).

* 5.7 três que dão testemunho. Ver "Um e Três: A Trindade" em Is 44:6.

* 5.9 o testemunho de Deus é maior. Apelando diretamente a Deus como testemunha, João, a exemplo de Jesus, afasta toda contestação humana (Jo 5:31-39).

*

5.11 a vida eterna... está no seu Filho. Essa é a verdade cardeal da mensagem cristã.

* 5:13 O evangelho de João foi escrito para conduzir os leitores à fé em Jesus para que pudessem receber a vida eterna (Jo 20:31). Esta carta foi escrita para assegurar àqueles que têm crido de que eles realmente possuem o dom que não tem preço.

* 5.16 pecado para morte. Alguns associam este pecado com o pecado imperdoável mencionado em Mt 12:31,32; Mc 3:28-30 e Lc 12:8-10. É mais provável, no entanto, que João esteja referindo-se à recusa obstinada em aceitar a mensagem do evangelho (1.10, nota; Jo 8:24). Ver "O Pecado Imperdoável" em Mc 3:29.

* 5.18 não vive em pecado. Ver nota em 3.6.

*

5.19 jaz no Maligno. Ninguém pode escapar à rede de tentação, pecado e condenação do maligno sem o socorro divino. Mas as pessoas também não podem fugir de sua responsabilidade tentando culpar outro agente, a saber, o diabo, por sua própria situação (Gn 3:12,13). Paradoxalmente, a escravização ao pecado é voluntária (13 59:1-15'>Tg 1:13-15). Somente o Filho de Deus pode destruir a servidão e substituí-la por uma vida de perdão, gratidão e obediência (3.8).

*

5.20 estamos no verdadeiro. É impossível dissociar o estar em Deus, o qual é verdadeiro, do estar em seu Filho, Jesus Cristo. A sintaxe deste versículo é difícil mas é mais razoável entendermos que "o verdadeiro Deus e a vida eterna" seja Jesus Cristo. Se o aposto refere-se ao Pai, o versículo torna-se desnecessariamente repetitivo. Além do mais, a locução "vida eterna" é aplicada a Cristo também em 1.2.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I João Capítulo 5 do versículo 1 até o 21
5.1, 2 Quando nos fizemos cristãos, chegamos a formar parte da família de Deus, e os crentes são nossos irmãos. É Deus o que determina quem são os outros membros da família, não nós. fomos chamados simplesmente a aceitá-los e a amá-los. Como trata você aos membros da família de Deus?

5:3, 4 Jesus nunca prometeu que lhe obedecer seria fácil. Mas o árduo trabalho e a disciplina de servir a Cristo não é uma carga para quem ama a Deus. E se nossa carga começa a ser pesada, sempre podemos confiar em que Cristo nos ajudará a levá-la (veja-se Mt 11:28-30).

5.6-8 Talvez a frase "veio mediante água e sangue" se refira ao batismo do Jesus e a sua crucificação. Por essa época circulava um ensino falso que dizia que Jesus foi "o Cristo" só no lapso entre seu batismo e sua morte. Quer dizer, que foi simplesmente humano até que foi batizado, e a partir de ali "o Cristo" logo descendeu sobre O para deixá-lo mais tarde antes de sua morte na cruz. Mas se Jesucristo morreu só como um homem, então não pôde ter levado sobre si os pecados do mundo, e o cristianismo seria uma religião vazia. Solo um ato de Deus pôde anular o castigo que estava reservado por nossos pecados.

5:7, 9 Nos Evangelhos, Deus afirma em duas oportunidades que Jesucristo é seu Filho: uma vez no batismo do Jesus (Mt 3:16-17) e a outra em seu transfiguración (Mt 17:5).

5:12 O que acredita no Filho de Deus tem vida eterna. O é quão único você necessita. Não tem que esperar a vida eterna, porque começa desde dia que você crie. Não precisa fazer algo para obtê-la porque já é dela. Não deve preocupar-se porque Deus mesmo lhe deu vida eterna e, portanto, está garantida.

5:13 Alguns esperam receber vida eterna. João diz que podemos saber que a temos. Nossa certeza se apóia na promessa de Deus que nos deu vida eterna por meio de seu Filho. Isso é certo já seja que você se sinta perto ou longe Do. A vida eterna não se apóia em sentimentos a não ser em feitos. Você pode saber que tem vida eterna se acreditar na verdade de Deus. Se não estar seguro de que é cristão, pergunte-se se em realidade dedicou sua vida ao, aceitando-o como seu Senhor e Salvador. Se for assim, você sabe por fé que seriamente é filho de Deus.

5.14, 15 A ênfase aqui está na vontade de Deus, não na nossa. Quando nos comunicamos com Deus, não pedimos o que queremos, mas sim dialogamos com O sobre o que quer para nós. Se harmonizarmos nossas orações de acordo com sua vontade, O nos ouvirá; e podemos estar seguros de que se O escutar, dará-nos uma resposta definida. Comece a orar com confiança!

5:16, 17 Os comentaristas diferem muito em sua forma de pensar quanto a que pecado conduz à morte, e se a morte que causa é física ou espiritual. Paulo escreveu que alguns cristãos morreram porque tomaram a Santa Janta "indignamente" (1Co 11:27-30), e Ananías e Safira morreram quando mentiram a Deus (At 5:1-11). A blasfêmia contra o Espírito Santo resulta em morte espiritual (Mc 3:29) e o livro de Hebreus descreve a morte espiritual da pessoa que se separam de Cristo (Hb_6:4-6). João estava provavelmente pensando nos que tinham abandonado o cristianismo e se uniram aos "anticristos". Ao rechaçar a única forma de salvação, essas pessoas se estavam pondo fora do alcance das orações. Na maioria dos casos, entretanto, até se soubermos quão terrível o pecado é, não temos uma forma segura de saber se alguma pessoa o cometeu. Entretanto, devemos seguir orando por nossos seres queridos e irmãos em Cristo, deixando o julgamento de Deus. Observe-se que João diz: "pelo qual eu não digo que se peça". O não diz que "não podem orar por ele". João reconhece a falta de absoluta certeza nesse assunto.

5.18, 19 Os cristãos cometem pecados, é obvio, mas pedem a Deus que os perdoe e logo continuam lhe servindo. Deus os libertou da escravidão de Satanás e os mantém protegidos dos ataques contínuos de Satanás. O resto do mundo não tem a liberdade dos cristãos para obedecer a Deus. A menos que vão a Cristo com fé, não têm outra opção que a de obedecer a Satanás. Não há um lugar intermédio: é-se de Deus e lhe obedece, ou se vive sob o domínio de Satanás.

5:21 Um ídolo é tudo o que substitui à fé verdadeira, algo que nega a absoluta humanidade e deidade de Cristo, qualquer conceito humano que diga ter mais autoridade que a Bíblia, qualquer lealdade que substitua a Deus como o centro de nossa vida.

5:21 O que pensemos a respeito de Cristo é fundamental em nossos ensinos, predicación e estilo de vida. Jesucristo é Deus e homem, totalmente Deus e totalmente humano ao mesmo tempo. Veio à terra para morrer em nosso lugar por nossos pecados. Mediante a fé no, podemos ter vida eterna e o poder para fazer sua vontade. Qual é sua resposta à pergunta mais importante que devesse responder: Quem é Jesucristo?


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I João Capítulo 5 do versículo 1 até o 21
O novo nascimento espiritual do cristão é associado com a crença de que Jesus é o Cristo (1Jo 5:1 ); mas amar é natural para o crente que clama: "Abba, Pai" (Rm 8:15 ). O encontro pessoal com Cristo resulta em amor por Ele e para todos aqueles que pertencem a Ele.

c. As Provas de Amor (5: 2-3)

Mais cedo João disse que os cristãos devem amar uns aos outros, porque Deus os amava (1Jo 4:11 ). Além disso, ele implica que se sabe que ele ama a Deus quando ele ama os outros (1Jo 4:20 ), e ele ordena amor de irmãos por aquele que ama a Deus (1Jo 4:21 ).Aqui em 1Jo 5:2 ). Obediência repousa sobre amoroso propósito ao invés de em estrita conformidade com as regras. Deus que vê o coração pronuncia uma perfeita obediência, onde alguns homens podem condenar o desempenho.

A terceira evidência porque o amor é o prazer derivado em obediência. O que Deus pede de seus filhos não é grave ou onerosa. Os homens podem colocar jugos pesados ​​sobre os outros, mas Deus não (At 15:10 ). Seu "jugo é suave" e seu "fardo é leve" (Mt 11:30 ). Isto não significa que o corpo ea mente não nos cansemos de serviço para Cristo; isso significa que as tarefas duras são alegremente realizada por amor a Deus. Como uma mãe encontra alegria no trabalho monótono e doloroso para a família que ela ama, para que as crianças de Deus se alegram as obras de amor (conforme 1Ts 1:3. ; Gl 5:1)

Embora João tem neste terceiro teste dupla da verdade combinou suas idéias de prática e de crença, ainda não há uma clara mudança em sua escrita começando com o versículo 4 . Daqui até o final desta seção, ele escreve mais sobre a fé eo testemunho dessa fé, ea garantia resultante, do que ele sobre a prática do amor cristão. João retrata claramente os dois aspectos do teste da verdade. Tanto a prática da justiça na vida cristã e na crença correta a respeito de Cristo e da confiança nele são testes de verdade.

1. A vitória da fé (5: 4-5)

4 Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, até mesmo a nossa Fm 1:5 E quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?

Provavelmente João pretende nenhuma ruptura em seus pensamentos entre versos 1Jo 5:3 e 1Jo 5:4 . A observância dos mandamentos de Deus não é grave, porque tudo o que é nascido de Deus vence o mundo . A razão pode-se viver uma vida santa e amar seus irmãos é que ele é nascido de Deus. A mudança operada no coração pela fé em Cristo vivo produz esses motivos no coração do cristão que lhe permita manter os mandamentos de Deus com alegria e entusiasmo.

1. Para o Filho de Deus

João afirma explicitamente aqui que o filho de Deus vence o mundo . Ele usa a palavra neutro que seja para descrever não é tanto a pessoa que vencer, mas o poder na pessoa que é vitorioso. Então João anuncia com confiança: Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé (v. 1Jo 5:4 ). No versículo 5 , ele diz que esta pessoa superação é aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus . Esta pessoa crente é aquele nascido de Deus e sua fé em Deus dá a vitória sobre o mundo.

Uma conquista porque ele tem fé. Esta fé é uma crença ativa que Jesus é o Filho de Deus . Essa crença na Encarnação reconhece a Cristo, que tornou-se limitações e fraquezas humanas, do homem comum, e deu à luz seus pecados em sacrifício na cruz. Deus através de Jesus está envolvido na situação humana e entende perfeitamente tudo sobre o homem (conforme He 4:15 ). Uma vez que Jesus sofreu as provas e decepções da vida, fé Nele dá poder para o cristão participar de Sua vitória. Esta fé também dá a garantia de vitória, porque o mundo em sua tentativa de quebrar e destruir Cristo falhou.

b. Na superação do Mundo

O mundo é o que está longe de Deus, se opõe a Deus, e tenta levar uma pessoa para longe de Deus (veja 2: 15-17 ). Alguém já disse que "o mundo é a sociedade organizada e funcionando independente de Deus." Isto, obviamente, é o humanismo gritante. Era a este mundo que o Filho foi enviado (1Jo 4:9 ). É o lugar onde os falsos espíritos ter influência, e onde os falsos profetas absorver seu espírito (1Jo 4:1 ). Este mundo sem Deus não é amigo do cristão e isso deve ser negado e conquistada.

A palavra vencer é usado três vezes nestes dois versículos. Na primeira e na terceira ocorrências o (originais) tenso está presente (vv. 1Jo 5:4 ), e indica a superação contínua. No segundo exemplo, o tenso é aoristo (v. 1Jo 5:4)

6 Este é aquele que veio por água e sangue, até mesmo Jesus Cristo; não só pela água, mas com a água e com o sangue. 7 E é o Espírito que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. 8 Pois há três que dão testemunho: o Espírito, ea água, eo sangue:. e os três concordam em um 9 Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior, porque o testemunho de Deus é este, que ele tem dado testemunho de seu Filho.

1. The Double Witness em Jesus (1Jo 5:6 ).

Aparentemente, para João água a que se refere ao batismo de Jesus, eo sangue de Sua morte na cruz. No batismo de Jesus, o Espírito Santo desceu sobre Ele e a voz de Deus declarou que Jesus era o Filho de Deus. Este testemunhou voz a João Batista (Jo 1:29) (, para a multidão ao redor . Mt 3:17 ), e ao próprio Jesus (Mc 1:11 .) de água testemunhas para o fato de que Jesus, o Filho de Deus assumiu a carne humana, identificando-se com a humanidade. Ele é um testemunho da encarnação de Jesus.

Além disso, o sangue do lado de Cristo deu testemunho de sua morte na cruz. Aqui Sua vida foi dado para a humanidade. Em Sua morte, Ele deu a Sua vida em resgate por todos. O sangue de Jesus é um testemunho da expiação.

Nos dias de João havia hereges (gnósticos), que, embora não necessariamente negando o primeiro aspecto, água , estavam negando o segundo aspecto da testemunha, sangue . Eles ensinavam que no batismo de Cristo, o Espírito de Deus veio sobre o homem Jesus, e Ele possuía o Espírito divino apenas durante os poucos anos de ministério terreno. Uma vez que Deus não pôde ser identificado com o sofrimento, este Espírito de Deus deixou Jesus antes de sua morte. Assim, para eles, só o homem Jesus morreu na cruz.É por isso que João declara enfaticamente: não só pela água, mas com a água e com o sangue (v. 1Jo 5:6 ).

b. O Testemunho do Espírito (1Jo 5:7 ; 1Jo 4:13 ). O Espírito é o batismo especial por Jesus dada no dia de Pentecostes (ver 1Jo 3:11 Matt. ; At 1:5 ; At 2:1 ). Quando ele chegou, ele deu o seu testemunho por sinais e maravilhas (At 2:2 , At 2:43 ). Jesus declarou-se "a verdade" (Jo 14:6 Ct 4:12 ). Em um sentido muito real, o Espírito Santo é "outro eu de Cristo" (Chadwick).

Em algumas versões anteriores as seguintes palavras aparecem: "Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, eo Espírito Santo: e estes três são um" (1Jo 5:7 ). Quanto mais fazer as três testemunhas celestiais do Espírito, ea água, eo sangue estabelecer a verdade acerca da fé cristã!

3. A eficácia da Fé (5: 10-12)

10 Aquele que crê no Filho de Deus tem o testemunho nele: aquele que não crê Deus o faz mentiroso; ., porque não crê no testemunho que Deus tem dado a respeito de seu Filho 11 . E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho 12 Quem tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.

1. É pessoal (1Jo 5:10)

Cada indivíduo tem de responder de alguma forma para esta revelação histórica de Jesus Cristo e ao objectivo e testemunho continua a essa revelação. Deus tem falado de uma forma decisiva e homem deve agir a favor ou contra a verdade de Deus. Esta questão de fé não é uma questão pequena; é uma questão de vida ou morte.

O uso do pronome singular no versículo 10 enfatiza a responsabilidade pessoal. A fé começa quando uma pessoa crê no Filho de Deus . Com base nos factos apresentados, à sua natureza moral, um homem coloca sua confiança confiante no Cristo revelou. Ele confia nEle como seu Salvador e se entrega totalmente a Ele. Em seguida, ele é que ele tem o testemunho em si mesmo. Este, testemunho pessoal interno confirma o testemunho objetivo sobrenaturalmente dado referente ao Filho.

Para rejeitar o testemunho de Deus é imputar desonestidade para com Deus. João acreditava que as evidências para a revelação de Deus em Cristo eram suficientemente claras para cada homem. Uma pessoa é tolo para desligar a luz que Deus dá. Fazendo Deus um mentiroso e não acreditando são no tempo perfeito, e referem-se a um ato da vontade, no passado, com resultados da decisão de continuar com o presente. Esta falha de acreditar é mais do que mera hesitação na fé; é mais do que um problema de dúvida intelectual; é a recusa deliberada de uma pessoa de conhecida a vontade de Deus. Essa rejeição traz condenação final.

b. Traz Life (5: 11-12)

A fé em Jesus Cristo traz vida ao coração penitente. Deus dá a vida e do homem pela fé se apropria para si mesmo. A testemunha triplo de Deus é a vida disponível em Seu Filho; o testemunho interno possuído pelo crente confirma que esta mesma vida emana do Filho .

Esta vida é eterno, em contraste com a vida terra e transitória. Toda a vida, como é conhecido na Terra acabará por terminar em morte física, mas para o cristão é dada a vida eterna. Esta é a vida eterna qualitativa vida (zōē) em contraposição à meraquantitativa vida. É a garantia do crente da imortalidade.

Para receber essa vida eterna que uma pessoa deve estar unidos a Cristo. Para que o Filho é ter a vida ; sem Ele é espiritualmente mortos. Para se ter uma Cristo permanece em Cristo e Ele em crente. Só desta união é lá vida imortal (conforme 1Tm 6:16. ; 2Tm 1:10.).

Esta vida de Deus não é alguns lugares entidade Deus na alma na regeneração e que pode existir independentemente de Cristo. Pelo contrário, é a vida que flui a partir do Filho, e ele só existe em união com Ele. A idéia de que um homem separado da comunhão com Cristo ainda tem a vida é contrária à verdade revelada neste verso. Sem se fora do Filho, não há vida. No entanto, com Ele no coração há vida, garantia de (v. 1Jo 5:10 ), a vitória (v. 1Jo 5:4 ), e obediência (v. 1Jo 5:3 ). Nelas encontram-se os testes inconfundíveis de verdade.

V. RESUMO E CONCLUSÃO (1Jo 5:13)

13 Estas coisas vos escrevi a vós, para que saibais que tendes a vida eterna, mesmo a vós que credes no nome do Filho de Dt 14:1
)

A oração é a vida do cristão e da vida da comunidade cristã. Os cristãos têm o direito de vir com confiança ao trono da graça de Deus e apresentar suas petições. Esta confiança na oração é baseado em duas coisas: (1) Ele nos ouve . O filho de Deus tem uma porta aberta na presença de Deus. Não é necessário forçar um caminho para a Sua presença ou para usar a persuasão, a fim de obrigá-lo a ouvir. Assim como as pessoas estão prontas a abrir suas portas para os amigos quando eles vêm, de modo que o Pai celestial está pronto para ouvir Seus filhos quando eles rezam; e (2) A outra razão para a confiança é que nós pedimos ... de acordo com a sua vontade . Aqui é a condição final para a confiança na oração. Há outras condições necessárias para que as respostas à oração: obediência (1Jo 3:22 ), permanecendo nele (Jo 15:7 ), e pedir com fé (Jc 1:6 ).

Sabendo que Deus ouve e que as petições são no propósito divino, o crente está convencido de que o Pai divino irá conceder as petições (v. 1Jo 5:15 ). Pode haver um período de espera que tenta a paciência (He 6:15 ), mas em processo de vontade o tempo de Deus deve ser realizada.

3. Intercessão para os cristãos (1Jo 5:16 , que há falhas ocasionais entre os filhos de Deus. Ele reconheceu a falibilidade dos homens, mesmo redimidos. Lá, ele afirmou que "temos um Advogado para com o Pai"; aqui ele aponta a responsabilidade da Igreja para orar pelo irmão que falha. Tais orações pode muito bem evitar sua apostasia total.

Um irmão cristão pode estar em erro e, portanto, precisam de correção. Esta correção envolve mais do que instrução; ela requer oração. As orações de acordo com sua vontade (v. 1Jo 5:15) aplicam-se especialmente às petições para os cristãos cuja fé é fraca.Como resultado da oração, Deus vai dar ... vida para aqueles que não pecam para a morte (v. 1Jo 5:16 ). Esta pessoa que peca ainda não está morto espiritualmente, mas "a vida é como se estivesse suspensa em parte." A doação de vida para ele é a superação do mal nele, o perdão dos pecados cometidos, e para a reposição e aumento de sua vida espiritual e vitória em Cristo. De acordo com João, essa pessoa não apostatou.

4. pecado para a morte (1Jo 5:16 ), ou a negação do advogado (1Jo 2:1 ). Até mesmo o pecado no crente é adikia (injustiça), e "cada quebra do dever é uma manifestação do pecado." Qualquer coisa contrária à vontade de Deus é a injustiça . "Qualquer que seja o ato, interno ou externo, o homem fica aquém dessa vontade, como é apreendido espiritualmente, ele pecados."

B. GARANTIA E AVISO FINAL (5: 18-21)

18 Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; mas aquele que foi gerado de Deus o guarda, eo maligno não lhe toca. 19 Sabemos que somos de Deus, e para o mundo inteiro jaz no Maligno. 20 E sabemos que o Filho de Deus é vindo, e nos deu um entendimento, que nós sabemos o que é verdadeiro, e nós estamos naquele que é verdadeiro, mesmo em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus ea vida eterna. 21 Meus filhinhos, guardai-vos dos ídolos.

1. The Triple Certeza (5: 18-20)

João usa as palavras que conhecemos três vezes nestes versos. Esta frase tem sido empregado um número de vezes na epístola. Os gnósticos foram fazendo suas reivindicações a um conhecimento especial ou ocultismo. João garante a seus leitores que eles têm o verdadeiro conhecimento da revelação de Deus. Ele conclui com uma certeza triplo para os crentes.

1. De libertação do pecado (1Jo 5:18)

O cristão sabe que ele não peque . Estas palavras são uma reafirmação do que foi dito em 1Jo 3:9 ). O significado preciso desta cláusula (v. 1Jo 5:18) é que uma pessoa que é agora um filho de Deus é não agora carregando em uma vida de pecado. O versículo não diz que tal pessoa nunca poderia pecar dessa forma no futuro.

Um crente não está entregue a si mesmo nesta luta contra o pecado. Aquele que foi gerado de Deus o guarda, eo Maligno não lhe toca . A tradução da ASV é um pouco enganador. Ele é melhor traduzida na RSV, que diz: "Aquele que nasceu de Deus o guarda, eo Maligno não lhe toca" O NEB torna o significado explicitamente: "Ele é o Filho de Deus, que o mantém seguro, e o maligno não pode tocá-lo. "( 1Jo 5:18 ). A palavra original para gerado , usado duas vezes neste versículo, aparece em duas formas; a segunda é único. A diferença de forma a torna impossível considerar as palavras como o mesmo significado. O segundo gerado refere-se a Jesus enquanto o primeiro se refere aos crentes. A semelhança das expressões sugere estreita relação entre Cristo eo crente. O crente não precisa depender de sua própria força para a vitória; Jesus é o seu "vigilante Guardian."

O maligno não "lançar mão" do cristão. Enquanto a fé continua, o Filho de Deus mantém o crente de cair nas garras do diabo. O cristão pode escorregar e falhar; ele pode errar em muitas coisas; ele será tentado muitas vezes por Satanás. Muitas vezes, o diabo vai assediar criança de Deus (1Pe 5:8 ), mas ele não pode arrebatá-lo. Nisto é segurança para o crente.

Esta promessa de manter o crente não deve ser entendida no sentido de que não há possibilidade de perda de relacionamento com Deus para alguém que realmente acreditava. Se Deus através de Cristo mantém o crente, ele pode realmente cair fora? Três razões para a possibilidade de apostasia final pode ser encontrado neste capítulo. (1) O uso de João do presente do indicativo de "acreditar" (vv. 1Jo 5:1 , 1Jo 5:5 , 1Jo 5:10 , 1Jo 5:13) indica que a fé deve ser preservado, a fim de que a bênção podem ser retidas. (2) A admoestação para orar por um irmão que pecou que sua vida espiritual pode ser preservado indica que essa vida pode ser perdida (v. 1Jo 5:16 ). (3) A exortação para se proteger contra os ídolos implica o perigo de retorno para os caminhos do pecado (v. 1Jo 5:21 ). Deve-se concluir, no entanto, que Deus cumpre e vai mantê-lo que exerce as salvaguardas adequadas e continua a confiar em Cristo.

b. De pertencer a Deus (1Jo 5:19)

Pode-se saber que ele pertence a Deus, mesmo que os outros seguem Satanás. As pessoas ou são de Deus ou são do maligno . Aqueles que são de Deus sabe que eles são separados do mundo. Qualquer que deixar o rebanho de Cristo já não são de Deus, porque "eles saíram de nós" (1Jo 2:19 ). Satanás controla o pecador como também Deus preserva a sua própria. O importante é que se pode saber a quem ele pertence.

c. Of Reality em Deus (1Jo 5:20)

Em primeiro lugar, há a realidade de que o Filho de Deus é vindo . Deus se fez carne e habitou entre o Seu povo (Jo 1:14 ). João tem vindo a defender este fato ao longo de sua epístola. Em segundo lugar, há a realidade de compreender e conhecer o Verdadeiro: nós sabemos o que é verdadeiro . Deus deu esse conhecimento, e um cristão não precisa temer possíveis duplicidades. Em terceiro lugar, existe a realidade de comunhão: nós estamos naquele que é verdadeiro . João tinha comunhão com Jesus quando Ele estava na terra em carne, ea realidade dessa comunidade também é verdade para os crentes a quem ele está escrevendo. Finalmente, há a realidade da vida eterna em Deus: Este é o verdadeiro Deus ea vida eterna . A palavra esta poderia se referir a Jesus Cristo; mas é mais provável que se refere a Deus, o Pai, que é "dominante na mente do apóstolo." Com esta realidade de quatro vezes o cristão está equipado para a vida.

2. O perigo constante (1Jo 5:21)

Em toda a sua discussão João não se esqueceu de que os únicos a quem ele está escrevendo são filhos de Deus. Ele tem o seu interesse no coração e ele quer que eles não só para saber a verdade, mas também para garantir a segurança na verdade. Assim, ele exorta-os a proteger contra a idolatria. Essas pessoas não foram muito longe da vida idólatra dos pagãos. Sem dúvida ídolos tinha sido uma armadilha para muitos deles. Há ídolos hoje. Qualquer coisa que agrada aos olhos e ao coração pode se tornar um ídolo.Na verdade tudo o que tem precedência sobre Deus na vida de um é um ídolo. Esta é a própria essência da idolatria (ver Êxodo 20:3. ). Nosso grande perigo é no tratamento de meios como se fossem um fim em si. O errado não é tanto na coisa em si; é na adoração que lhe é dado. O cristão deve manter-se dos ídolos, a fim de que ele pode manter-se inteiramente a Deus.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I João Capítulo 5 do versículo 1 até o 21
Agora, chegamos ao terceiro tes-te de filiação: o da verdade. Nesse capítulo, o verbo-chave é "saber", "conhecer" (vv. 2,15,18-20). Esse capítulo apresenta várias certezas.

I. Sabemos o que é ser cristão (5:1-5)

Muitas pessoas não sabem o que é um cristão ou como se tornar um. Elas confiam nas obras religiosas e nas boas intenções, mas depen-dem da energia da carne. Deus diz que cristão é aquele que nasceu de novo. O que transforma um filho da desobediência em filho de Deus é a fé na obra concluída de Cristo (vejaJo 1:12-43; Jc 1:18; 1Pe 1:3). Nes-sa primeira epístola, João usa sete vezes o termo "nascido de Deus" e descreve as "marcas de nascença" do crente: (1) ele "pratica a justi-ça" (2:29); (2) "não vive na prática de pecado" (3:9); (3) ama os outros cristãos (4:7); (4) "vence o mundo" (5:4); e (5) guarda-se de Satanás (5:18).

Mais uma vez, João, como nos testes da verdadeira filiação, enfati-za o amor, a obediência e a verda-de. Se Deus é nosso Pai e o ama-mos, sem dúvida também amamos seus outros filhos. Esse amor leva à obediência (veja Jo 14:21 e 15:10). Onde existe amor, existe disposição para servir e para agradar o próxi-mo. Os mandamentos de Deus não são cansativos para nós porque o amamos. Toda cidade tem uma lei que determina que os pais devem cuidar de seus filhos ou serão pre-sos. Trabalhar e se sacrificar para cuidar dos filhos é um fardo para os pais? Eles cuidam dos filhos apenas por que temem essa lei? Nenhuma das duas opções corresponde à ver-dade. Eles obedecem à lei porque amam seus filhos. O cristão que acha que a Palavra de Deus é um fardo não conhece o verdadeiro amor. VejaMt 11:28-40.

Os cristãos não devem amar o mundo, nem pertencer e, tampou-co, se entregar a ele. Eles são con-quistadores e vencem o mundo, o Maligno (2:13-14) e os falsos pro-fetas (4:4). Eles vencem pela fé na Palavra de Deus, não por seu poder, ou sabedoria.

II. Sabemos quem é Jesus (5:6-13)

O pecador precisa crer que Jesus é o Cristo e que ele morreu por nossos pecados para que pudéssemos ser salvos e nascer na família de Deus. O versículo 5 enfatiza a pessoa de Cristo, e os 6:7, sua obra na cruz. A expressão "água e sangue" susci-ta diversas interpretações. Podemos relacioná-la com Jo 19:34-43, passagem que registra que João viu água e sangue sair do lado ferido de Cristo, o que provava que ele realmente morrera. Ou, talvez, João ti-vesse os falsos mestres em mente ao escrever essas palavras. Alguns deles ensinavam que Jesus era um homem comum, mas que "o Cristo" veio so-bre ele no batismo e deixou-o, quan-do morreu na cruz. Isso significaria que não temos nenhum Salvador. João diz que no batismo foi declara-do que nosso Senhor Jesus Cristo é o Filho de Deus (Mt 3:17), e ele provou essa verdade na cruz (Jo 8:28; Jo 12:28-

  1. . Claro que o simbolismo nos lembra o altar de bronze (sangue) e a bacia (a água da Palavra) do taberná- culo do Antigo Testamento. Por meio da Palavra escrita de Deus, o Espírito testifica que Jesus é o Cristo.

Toda a Trindade concorda que Jesus é o Cristo, e na terra, o Espíri-to, a Palavra (água) e a cruz (sangue) dão o mesmo testemunho. Deus testemunha ao mundo que esse é seu Filho — embora as pessoas não creiam. Elas rejeitam o testemunho do Senhor, embora aceitem o dos homens. Transformamos Deus em mentiroso quando não aceitamos seu testemunho; tudo que ele pede é que confiemos em sua Palavra. O Espírito, que habita nosso interior, testemunha por meio da Palavra, e podemos confiar nele (v. 10; veja Rm 8:1 Rm 8:6). Os versículos 11:13 resu-mem da forma mais clara possível a segurança que temos em Cristo. Deus testemunhou: a vida eterna está em Cristo. Temos essa vida in-terior em nós se cremos no testemu-nho do Senhor. A garantia cristã não é uma questão de "desenvolver" uma emoção religiosa, mas de ape-nas crer em Deus por meio de sua Palavra.

  1. Sabemos orar com confiança (5:14-17)

Afirmou-se muito bem que a ora-ção não é uma forma de acabar com a relutância de Deus, mas de nos submeter à vontade dele. Ora-mos com confiança quando conhe-cemos a vontade do Senhor. Isso é "ora[r] no Espírito Santo" (Jd 1:20). O "pecado para morte" não é um pecado imperdoável que o crente cometeu de forma inadver-tida, mas o pecado deliberado em rebeldia contra a Palavra do Senhor (He 12:9), algo que os outros crentes vêem e reconhecem como rebelião. Jeremias foi proibido de orar pelos judeus rebeldes (7:16; 11:14; 14:11; e veja Ez 14:14,20). O Pai é rápido em perdoar e limpar nosso pecado quando mostramos verdadeiro ar-rependimento e confessamos com sinceridade (1Jo 1:9-62) e entregar- se à vontade de Deus à medida que compartilhamos nosso pedido com ele. Há um preço a pagar nesse tipo de oração, mas vale a pena.

  1. Sabemos como o cristão age (5:18-19)

No versículo 18, o verbo grego sig-nifica "não pratica pecado". O cris-tão não se mantém a salvo, mas se guarda das armadilhas do Maligno. "Guardai-vos no amor de Deus" Od

  1. . No versículo 18, a frase "Aquele que nasceu de Deus" talvez se refira a Jesus Cristo, o Filho primogênito, ou ao crente, e também pode ser que as duas opções sejam verdadeiras. Temos de nos entregar a Cristo para vencer; todavia, lutamos "a partir" da vitória e também "para" ela.

O povo de Deus deve manter os olhos bem abertos, porque o "mundo inteiro jaz no Maligno". Satanás é o deus desta era e o príncipe das trevas. Ele cega espiritualmente milhares de pessoas e as mantém em escravidão.

  1. Conhecemos a verdade (5:20-21)

Como "o Espírito é a verdade" (5:6), e a Palavra é a verdade (Jo 1:7:1 Jo 1:7), eles sempre estão em concordân-cia. O testemunho do Espírito em nosso coração jamais contradiz as palavras dele mesmo na Bíblia. João se opõe aos falsos mestres que ensinavam que a pessoa precisava pertencer a um "círculo mais restri-to" e especial para adquirir conhe-cimento espiritual, mas o apóstolo afirma que qualquer crente verda-deiro pode conhecer a verdade de Deus.

Os falsos deuses, os ídolos, opõem-se ao Deus verdadeiro. O ídolo é a concepção humana de deus. Deus fez o homem à sua ima-gem; agora, o homem faz Deus à sua imagem! Leia Rm 1:21 ss. Observe que João afirma que Jesus Cristo é o Deus verdadeiro!

Essa epístola concentra-se na obediência, no amor e na verdade. Essas coisas evidenciam a salvação e são essenciais para a comunhão; na verdade, são o segredo da vida verdadeira e permanente.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I João Capítulo 5 do versículo 1 até o 21
5.3 Em contraste com as minuciosas obrigações do legalismo judaico (Mt 23:4), o jugo de Cristo é suave (Mt 11:30; conforme Rm 12:2).

5.6 Veio por meio de água e sangue. Ensinamento contrário ao dos heréticos gnósticos que diziam que Cristo se encarnou no homem Jesus por ocasião de Seu batismo, mas que o deixou antes da Sua morte.

5.78 As palavras entre parênteses não constam no original. O Espírito, a água e o sangue. São aspectos do único batismo de Jesus por nós (Ef 4:0) e na água (At 2:38) são para todos os que crêem.

5.10 O testemunho (conforme Rm 8:16). Refere-se à segurança e paz internas providas pelo Espírito (Fp 4:7).

5.13 O Evangelho de João foi escrita para despertar a fé (20.31). A primeira epístola foi escrita para dar certeza da fé.
5.14 Ele nos ouve, As condições bíblicas de oração. A. A petição deve ser feita: segundo a Sua vontade (conforme Sl 37:4);
2) no nome de Cristo (Jo 16:23, Jo 16:24) e
3) para a glória de Deus (Jc 4:2, Jc 4:3). B. Aquele que pede precisa:
1) ser lavado dos pecados (Sl 6818);
2) ser perdoado e estar pronto a perdoar outros (Mc 11:25).

5.15 Obtemos. "As petições feitas conforme as condições acima são concedidas no mesmo instante, os resultados dessa concessão são percebidos no futuro" (Plummer).

5.16 Pecado não para a morte. Qualquer pecado na comunidade deve produzir intercessão e restauração (conforme Gl 6:1). Pecado para a morte não seria aquele que merece morte física (como em At 5:1-44; 1Co 5:5; 1Co 11:30) porque a vida com ela contrastada é eterna. Irmão. Deve ser o crente nominal. Ao negar que Jesus é o Cristo, se revela como um anticristo (2:18-23; 4.4, 5; 2Jo 1:9; Mt 12:22-40).

5.17 Injustiça (gr adikia) e "transgressão" (3.4 gr anomia) têm seu fundamento na realidade do padrão moral objetivo revelado na vontade e natureza de Deus.

5.18 Aquele... o guarda. Outros bons manuscritos apóiam a versão revista e corrigida: "...conserva a si mesmo" (conforme 1Tm 5:22; Jc 1:27. 1Jo 3:3; 1Jo 5:21).

5.19 O mundo inteiro jaz no maligno. Isto no sentido que a humanidade é passivamente controlada pelo diabo e seus anjos (Ef 2:2; Ef 6:12).

• N. Hom. 5.1,8-20 Três certezas. Sabemos que quando nascemos de Deus:
1) Temos vitória sobre o pecado pelo poder de Cristo (18);
2) Pertencemos a Deus para estarmos sob Seu controle e não do diabo (19);
3) A nossa fé é histórica e experimental (20).
5.20 Verdadeiro (gr alethinos). Tem a idéia de "real" ou "genuíno". Este é o verdadeiro Deus, foi referido pelos oponentes dos arianos (que negavam a deidade de Cristo) a Jesus Cristo sendo os vocábulos mais próximos. Neste caso, seria mais uma passagem do NT que claramente afirma que Cristo é Deus (conforme Rm 9:5).

5.21 Dos ídolos. Todo substituto de Deus é um ídolo. João provavelmente refere-se aos erros doutrinários, morais e éticos que, na prática, são idolatria (conforme 1Co 10:14).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I João Capítulo 5 do versículo 1 até o 21
5.1. Esse versículo leva adiante a idéia Dt 4:21, que amar a Deus inclui amar os filhos de Deus, mas o v. 2 nos leva a um novo terreno: que o amor aos irmãos não é mera bondade complacente, mas é amor santo, fundamentado e regulado pelo amor a Deus e pela obediência aos seus mandamentos, desejando o mais elevado bem ao amado e encontrando (como agapé sempre faz) o seu padrão em Jesus. “Em favor deles eu me santifico, para que também eles sejam santificados pela verdade” (Jo 17:19). v. 3,4. O apóstolo olha para a luta moral necessária se queremos viver a vida santa do amor e encontra a garantia da força para vencer naquilo (e não em “todo o que”, ARA) que énascido de Deus. O neutro no grego destaca não a força pessoal, mas o fato do nascimento que vem de Deus. Então, nos v. 4 e 5 ele introduz a seção seguinte ao apresentar a idéia da ou do crer. Aquele que crê é um vencedor: sua fé é a manifestação daquela vida de Deus que deve prevalecer. “A fé em Cristo é ao mesmo tempo fé em Deus e fé no homem. Ela estabelece um fundamento para o amor e a confiança com relação às outras pessoas. Assim, a desconfiança e o egoísmo instintivos que reinam soberanos no mundo são vencidos” (CGT, ad loc.).

VIII. O TESTEMUNHO (5:6-12)
O apóstolo mantém claramente em vista o seu alvo, que os seus leitores sejam conduzidos a desfrutar conscientemente da comunhão da vida eterna. Já vimos (4:13- - 16a) que, embora o fundamento objetivo da reconciliação esteja preparado — a encarnação e a redenção —, mesmo assim a obra do Espírito Santo é necessária para conduzir o indivíduo à vida. Essa seção mostra a força dos motivos para a fé no Filho de Deus e no amor da sua redenção, e assim do compartilhar na comunhão da vida.
v. 6. Este Filho de Deus é aquele que veio (conforme o título técnico de Messias como “aquele que vem” ou “aquele que há de vir”; Mt 11:3 etc.) por meio de água, lit. no seu batismo, e sangue, quase tão lit. na sua morte (v. Arndt, acerca da preposição dia). A negação e a afirmação enfáticas que seguem mostram que alguns estavam ensinando que Cristo tinha vindo somente por meio da água, e não por meio do sangue. Esse foi o erro de Cerinto (v. a Introdução), que ensinava que “o Cristo” veio sobre Jesus no seu batismo, mas o deixou antes da sua paixão, assim negando a verdadeira encarnação e redenção. Não, diz o apóstolo, aquele que passou pela água foi Jesus Cristo, e aquele que passou pelo sangue foi o mesmo Jesus Cristo.

Para encontrar a explicação da referência de João à água e ao sangue, pensamos naturalmente na declaração enfática da questão miraculosa de sangue e água que saíram do lado perfurado do Salvador crucificado (Jo

19.34,35). Há boas razões para entendermos que o sangue que fluiu citado nessa narrativa signifique o poder propiciatório da morte de Cristo (Jo 6:52-43), e que a água signifique o dom do Espírito, lembrando a água que saiu da rocha golpeada (conforme Jo 7:37ss com Ex 17:61Co 10:4). Assim, embora haja uma correspondência básica entre as idéias a que se aludiu aí, uma referência direta de ljo 5:6Jo 19:34 não seria apropriada; os trechos apontam para as mesmas realidades eternas, mais do que são referências uma à outra — semelhantemente à relação entre o discurso do “pão da vida” em Jo 6:0). Então, na sua ressurreição simbólica, ele viu o céu aberto e o Espírito de Deus descendo. Em resumo, a idéia da paixão estava representada no seu batismo (Lc 12:50); e para os mestres hereges, as idéias eram tudo. O simbolismo do batismo seria suficiente; eles na verdade não viam a necessidade da realidade sombria da madeira, dos pregos e do sangue. Da água, sim; mas não do sangue. Assim, por meio de duas grandes ações, Jesus provou ser o Cristo: na solenidade inaugural do seu ministério público e quando, derramando a sua alma na morte, ele carregou o pecado de muitos no cumprimento das escrituras proféticas (Is 53:12).

v. 7,8. O Espírito Santo, que desceu em forma de pomba sobre ele, é a terceira testemunha, completando o número de testemunhas que a lei podia exigir (Dt 19:15). O seu testemunho está em concordância com o fato de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. O tempo presente também pode ser significativo: Há três que dão testemunho, sempre dando o seu testemunho simultâneo a Jesus: o Espírito, cujo ministério amoroso no ensino, no testemunho e na ajuda é um fato conhecido da vida da igreja, a água do batismo cristão e o sangue do cálice da ceia — memoriais permanentes do batismo do Senhor e da sua morte. Sem dúvida, é verdade que os dois sacramentos têm grande valor de evidência. “O fato de que desde os dias apostólicos a igreja tem se encontrado para partir o pão e beber do cálice é um testemunho contínuo da verdade da interpretação de Jesus do significado da sua própria morte como meio de ratificar a nova aliança entre Deus e o homem. A ação eucarística, o fato de que tem sido realizada inúmeras vezes por todas as gerações de cristãos desde a primeira, é um testemunho mais marcante do que qualquer evidência documentária: ‘Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha’ (ICo

11.26)” (A. Richardson, An Introduction to the Theologj of the NT, 1958, p. 365).

A crítica textual prestou um bom serviço ao extirpar a expressão Dt 5:7 que se refere às três testemunhas no céu; essa expressão não aparece em nenhum manuscrito grego anterior ao século XV.

v. 9. Todos nós aceitamos o testemunho dos homens — a vida diária não poderia continuar se não fosse assim — quanto mais então deveríamos aceitar o testemunho que Deus dá, o testemunho histórico do batismo e da morte do seu Filho com a atestação do seu Espírito, e o testemunho contínuo do Espírito e dos sacramentos na igreja.

v. 10. Além disso, todo crente tem experiência de primeira mão desse ministério tríplice dentro de si mesmo: E o Espírito que produz nele a fé e o capacita a fazer a boa confissão de que Jesus é o Filho de Deus; ele foi batizado no nome do Filho de Deus; e a promessa de vida eterna por meio da sua morte é renovada nele tantas vezes quantas ele toma o cálice da ordenança. Negar o testemunho contínuo e histórico é equivalente à blasfêmia.
v. 12. Quem tem o Filho habitando nele (Jo

14,23) tem a vida-, enquanto a expressão quem não tem é reforçada com a idéia de que é o Filho de Deus a quem ele recusou; ele permanece no estado mortal do homem caído (ljo 3:14).

IX. EPÍLOGO (5:15-21)

O corpo da carta, escrito para capacitar cristãos a saberem com certeza que têm a vida eterna, foi levado a uma conclusão adequada em 5.12. Como então o cristão deve se comportar nessa alegre confiança? Ele deve levar os seus irmãos ao mesmo estado. Com isso, e com um resumo das conclusões doutrinárias da carta, o breve epílogo conclui a epístola.

v. 13ss. A comparação entre o propósito da carta como foi declarado no seu início
(1.3,4) e sua conclusão (5,13) mostra que a comunhão alegre com o Pai e o Filho e com o povo de Deus é a mesma coisa que a certeza da vida eterna; essa confiança gera franqueza inocente e segurança na oração.

v. 16. O que então é a vontade de Deus de acordo com a qual devemos orar? Nada menos do que isso, que os homens sejam levados à comunhão da vida divina e permaneçam nela (Jo 1:13; lTs 4.3; Jc 1:18). Se, então, alguém vir seu irmão cometer pecado... — e pode bem ser que a leitura da carta tenha aguçado a percepção de pecado em outras pessoas como em si mesmo — ore como forma de intercessão (não é um imperativo; um cristão faz isso espontaneamente), e Deus (a palavra Deus é inserida pelos tradutores no lugar de “ele” para simplificar uma frase que em português tem três terceiras pessoas uma após a outra. E possível considerar a pessoa que ora como a que dá vida, num sentido secundário, instrumental; e alguém engajado em tal ministério é de fato um agente doador de vida com respeito ao seu irmão. Tiago, colega de João, concluiu a sua carta com um tom equivalente [Jc 5:19,Jc 5:20]) dará — vai conceder ao intercessor como resposta à sua oração — vida ao irmão em questão.

A difícil questão de pecado que não leva à morte ou que leva à morte permanece em discussão. Sob a antiga aliança, o pecado deliberado e arrogante, sabendo a vontade do Senhor e com o propósito declarado de insultar essa vontade e ultrajar o Senhor, era mortal; nenhum sacrifício seria suficiente (Nu 16:30). Semelhantemente, no NT, a persistência na rejeição obstinada do testemunho de Deus e na apostasia franca da fé em Cristo vai levar o transgressor a cruzar a linha além da qual o arrependimento e, portanto, o perdão serão impossíveis (Mt 12:31Mt 12:32; He 6:4-58). A dificuldade dessa interpretação da questão é como reconciliá-la com o fato de o transgressor ser chamado de irmão. Como resposta, pode-se destacar que considerado estritamente o pecado do “irmão” no v. 16 não é mortal; no entanto, a palavra “irmão” pode ser usada como envolvendo um juízo de caridade em caso de dúvida, como com freqüência é necessário. Há algo que favorece a opinião acerca da questão que encontra o pecado levando à morte que é ilustrada em Ananias (At 5), no homem imoral de 1Co 5:1-46 e nos “muitos” de 1Co 11:30 que morreram sob a censura de Deus. Todos eles podem ter sido crentes, cujo “espírito será salvo no dia do Senhor Jesus”; e parece que até o pecador grosseiro de 1Co 5:0).

Mesmo em casos desesperadores, a oração não é proibida, mas tampouco é recomendada; e não pode haver segurança confiante de que o pedido vai ser atendido. Mesmo no caso de pecados “não mortais”, é uma questão muito séria que está em vista; o transgressor não tem disposição mental alguma para confessar o seu próprio pecado mesmo que sua vida — sua comunhão consciente com o Pai e com seus irmãos — tenha sido suspensa.

A resposta a tal oração seria uma convicção de sua culpa lançada sobre o transgressor e a consciência do acesso a Deus para a confissão, resultando na restauração da comunhão que é a verdadeira vida.
Stott dedica cinco páginas a um exame detalhado dessa questão. Ele afirma que “João deve estar usando a palavra irmão aqui no sentido mais amplo de ‘próximo’ ou de um cristão nominal, um membro de igreja que professa ser ‘irmão’. Ele conclui que nem aquele cujo ‘pecado leva à morte’ nem aquele cujo ‘pecado não leva à morte’ é cristão, possuindo vida eterna [...]. A diferença entre eles é que um pode receber a vida por meio da intercessão cristã, enquanto o outro vai morrer a segunda morte”.

A tagarelice ímpia e as contradições dos que se diziam gnóstícos, sempre aprendendo e nunca conseguindo chegar ao conhecimento da verdade (lTm 6.20; 2Tm 3:7), são finalmente silenciadas com a tríplice exclamação de certeza triunfante, resumindo não somente a carta, mas em certo sentido o NT inteiro, do qual este é o último escrito de maior expressão. Poderia ser possível considerar as três certezas como consistindo nas três afirmações gnósticas devidamente “desinfetadas” e agora devolvidas ao uso cristão. As idéias nas palavras-chave (alistadas no comentário Dt 2:4) estão explicitamente presentes aqui, talvez com exceção Dt 4:20.

v. 18. A NVI é bem-sucedida na formulação clara do provável significado desse versículo tão difícil: que não somente nascemos da graça de Deus, mas somos guardados pelo poder de Cristo. O sentido depende de se (NVI, ARA) ou “a si mesmo” (ARC) deve ser lido com protege. A evidência dos manuscritos está equilibrada. Law prefere a segunda opção e oferece o sentido: “Aquele que é nascido de Deus guarda-se a si mesmo”, mas isso o leva a supor que a concepção vinda de Deus poderia não necessariamente ter eficácia contínua. O versículo então significa que os cristãos não podem viver uma vida pecaminosa, porque o Filho de Deus guarda os filhos de Deus (Jo 17:12,Jo 17:15), e o Maligno não pode tocá-los.

v. 19. Satanás não somente toca o mundo todo\ este está totalmente sob o poder dele. O mundo ainda é o mesmo que crucificou Cristo, e estamos decididamente com este na comunhão da vida de Deus.

v. 20. o Filho de Deus veio (e isso para permanecer — esse é o significado do verbo) e nos deu entendimento — a inteligência espiritual e a capacidade para receber o conhecimento divino estão no dom do Espírito (Jo 14:26; Cl

1,9) — para que conheçamos aquele que é o Verdadeiro — Deus real e vivo. E, mais do que isso, estamos naquele que é o Deus real e vivo, ramos da videira, estando em Cristo (Jo 15:1; v. Cl 3:3; ljo 4:16, comentário).

v. 20. Este é o verdadeiro Deus, i.e., real e vivo. Essa é uma das ambigüidades de João: v.comentário Dt 1:6. vida eterna: Conhecer a Cristo e estar nele, na comunhão com o Pai e o Filho.

v. 21. Filhinhos, guardem-se dos ídolos — dos deuses feitos com base em especulações humanas, dos deuses sem vida, dos substitutos da verdade.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de I João Capítulo 5 do versículo 1 até o 21

I João 5

V. Causa de Comunhão. 1Jo 5:1-21.

Crer em Cristo é a base de nossa comunhão. A palavra crê só apareceu três vezes até este ponto da epístola, mas aparece seis vezes em 1Jo 5:1-13. "Agora S. João traça as bases para o parentesco espiritual" (Westcott, pág. 176). O fato do cristão ter exercitado a fé em Cristo comprova-se de três maneiras, de acordo com o ensinamento deste capítulo.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I João Capítulo 5 do versículo 1 até o 5
X. AMOR, FÉ E VITÓRIA 1Jo 5:1-5

Esta breve parágrafo está cheio de pensamentos sobre, amor, fé e obediência, e oferece-nos um interessante comentário em torno do conceito paulino: "a fé atua pelo amor" (Gl 5:6). Note-se outra vez a insistência sobre a encarnação, Jesus é o Cristo (1); só a pessoa cuja fé se alicerça nesta certeza se pode dizer nascida de Deus. Temos aqui, outrossim, uma reiteração da íntima conexão que existe entre o amor a Deus e o amor aos irmãos. Mas, enquanto, antes, o amor aos irmãos foi considerado como evidência de que existe amor a Deus aqui o fato de amarmos a Deus é que mostra ser uma realidade o nosso amor pelos irmãos (2). O amor a Deus é definido como observância dos Seus mandamentos, porque verdadeiro amor a Ele sempre se acompanha de obediência. Quando se diz que esses mandamentos não são penosos (3), a idéia não é que o serviço de Deus seja coisa fácil, porém que Seus mandamentos não são um fardo fatigante. O padrão que Ele apresenta aos Seus filhos é o mais elevado, porém Ele lhes dá Seu Espírito Santo, transforma-os por Seu amor, de modo que a guarda dos mandamentos, embora ainda difícil, não é tarefa opressiva. O mundo e suas atrações tentam continuamente os filhos de Deus, mas todo o que é nascido de Deus vence o mundo (4). Esta declaração é feita do modo mais abstrato, "tudo o que", ao invés de "todo aquele que", e isto dá ênfase ao poder que procede de Deus, e não ao crente. Contudo este poder opera vitoriosamente apenas nos crentes, por isso segue-se imediatamente: esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé; o que vem repetido de forma diferente no vers. 5. Não quer dizer seja a fé um mérito humano, que vença por virtude própria. A fé há de ser necessariamente fé em Deus e, como Dodd observa, "Significa entregar-nos ao amor de Deus expresso em tudo quanto Jesus Cristo foi e fez".


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de I João Capítulo 5 do versículo 1 até o 21

16. Como reconhecer um vencedor ( I João 5:1-5 )

Aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus, e todo aquele que ama o Pai ama o filho nascido dele. Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e observar os Seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados. Para o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é aquele que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?( 5: 1-5 )

O povo de Deus são identificados por muitas designações nas Escrituras, incluindo os crentes ( 1Ts 1:7 ; 1Tm 6:21Tm 6:2 ; cf. At 26:28 ; 1Pe 4:161Pe 4:16 ), crianças ( Mt 18:3 ), filhos de Deus ( Jo 1:12 ; Rm 8:16. ;Fp 2:15. ; 1Jo 3:11Jo 3:1. ); filhos do dia ( 1Ts 5:1 ), filhos do reino ( Mt 13:38 ), amigos de Jesus Cristo ( Jo 15:15 ; cf. Jc 2:23 ), irmãos ( Mt 28:10 ; At 1:15 ; At 11:1. ; 1Co 8:121Co 8:12. ; 1Co 15:6 ; Cl 1:2 ; He 13:1 ; 1Jo 3:141Jo 3:14 , 1Jo 3:16 ; 3Jo 1:33Jo 1:3 ; Ap 12:10 ), ovelhas ( João 10:1-16 , 26-27 ; 21: 16-17 ; He 13:20 ), s aints (ou santos; At 9:13 ,At 9:32 , At 9:41 ; At 26:10 ; Rm 1:7. ; Jd 1:3. ; 2Tm 2:32Tm 2:3 ), companheiro cidadãos ( Ef 2:19 ), luzes no mundo ( Fp 2:15 ), os eleitos ( Mt 24:22 ; Lc 18:7. ; Cl 3:12 ; 2Ts 2:132Ts 2:13. ; 2Tm 2:102Tm 2:10. ; Tt 1:1. ; Rm 8:28 , Rm 8:30 ; 1Co 1:91Co 1:9 ),embaixadores de Cristo ( 2Co 5:20. ), herdeiros ( Rm 8:17 ; Tt 3:7 ), os membros do corpo de Cristo ( Rm 12:5. , 1Co 12:27 ; Ef 3:6 ; Ef 5:23 ; Cl 1:24 ; Cl 3:15 ), pedras vivas ( 1Pe 2:5 ; 1Ts 1:41Ts 1:4 ; Jude 1 ), seguidores de Cristo ( Mc 9:41 ), filhos de Abraão ( . Gl 3:7. ; Ef 6:6 ), o piedoso ( 2Pe 2:9 ), o sacerdócio real ( 1Pe 2:9 ), embarcações de honra ( . 2Tm 2:21 ), os justos ( Mt 13:43 ) ,peregrinos e forasteiros ( 1Pe 2:11 ), e os membros da família de Deus ( Ef 2:19 ).

Como um diamante multifacetado, cada um desses nomes revela algo do caráter, bênçãos e privilégios dos crentes. Mas João revela mais um título para os cristãos nesta passagem: vencedores. Os crentes são vencedores, vencedores, ou conquistadores. A forma verbal, Nikao("supera"), aparece duas vezes no versículo 4 e uma vez no versículo 5 É um dos termos favoritos de João.; vinte e quatro de seus vinte e oito ocorrências no Novo Testamento estão em seus escritos. A palavra significa "para conquistar", "para alcançar a vitória", ou "para derrotar".Era um termo popular entre os gregos, que acreditavam que a vitória final não poderia ser alcançado pelos mortais, mas apenas pelos deuses. Eles até tinham uma deusa chamada Nike, a deusa da vitória que ajudou Zeus em sua batalha contra os Titãs. Contra esse pano de fundo pagão, foi impressionante para o Novo Testamento para atribuir aos cristãos a invencibilidade associado apenas com os deuses.

O Senhor Jesus Cristo usou Nikao em Jo 16:33 para falar de sua vitória sobre o sistema mundial satânico. Essa vitória constitui a base da superação dos crentes, o que o apóstolo Paulo descreve em Rm 8:37 : "Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou" (cf. 1Co 15:57. ). "Mais que vencedores" traduz, de forma intensificada composto de Nikao ( hupernikaō ), que refere-se a ser absolutamente, completamente vitorioso. Em Jesus Cristo, os crentes são invencíveis e invencível, de modo que "nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem coisas presentes, nem coisas por vir, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será ser capaz de separar [eles] a partir do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor "(Romanos 8:38-39 ).

Os crentes são vencedores de Satanás. Mais cedo nesta epístola, João escreveu que os homens jovens espirituais vencer o diabo, através do poder da Palavra ( 2: 13-14 ). Na visão de João do futuro, os santos da tribulação "venceram [Satanás] por causa do sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram a sua vida, mesmo quando confrontados com a morte" ( Ap 12:11 ). Não só os crentes vencer a Satanás, mas também os seus servos ( I João 4:1-4 ).

Embora ainda um inimigo perigoso ( 1Pe 5:8 Paulo escreveu: "O Deus da paz em breve esmagará a Satanás debaixo dos vossos pés." Tiago acrescentou, "mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" ( Jc 4:7. ; cf. Ap 20:10 ). Nesse meio tempo, os crentes podem triunfar sobre Satanás por ser cauteloso em seus esquemas ( 2Co 2:11. ; Ef 6:11. ), recusando-se a dar-lhe uma oportunidade para tirar proveito delas ( 2Co 2:11. ; Ef . 4:27 ), e que passa a "armadura de Deus" ( Ef 6:11 ).

Os crentes também vencer a morte. Como ele concluiu o seu magnífico capítulo sobre a ressurreição, Paulo escreveu:

Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então virão sobre a palavra que está escrito: "A morte foi tragada pela vitória. Ó morte, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão? " O aguilhão da morte é o pecado, ea força do pecado é a lei; Mas, graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. ( 1 Cor. 15: 54-57 )

A morte provocações apóstolo, comparando-o a uma abelha cujo ferrão (pecado e sua punição merecida) foi removido. Deus concede crentes vitória sobre a morte por meio de Jesus Cristo, que "nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro" ( Gl 3:13 ).

Finalmente, como João observa três vezes nesta passagem ( 4 vv., 5 ), os cristãos venci o mundo. O mundo é o sistema espiritual invisível do mal, que é inimiga de Deus ( Jo 1:10 ; Jo 7:7 ; Jo 17:14 , Jo 17:25 ; Jc 4:4 ; Jo 16:11 ;2Co 4:42Co 4:4 ). Seus cidadãos são dominados pela ambição carnal, o orgulho, a ganância, o egoísmo eo prazer, todos os quais constituem "a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos ea soberba da vida" (l Jo 2:16 ).

Mas através da sua relação com o Senhor Jesus Cristo, os crentes não fazem mais parte do sistema mundial, assim como Ele não é ( Jo 17:14 , Jo 17:16 ). De acordo com Cl 1:13 , Deus "nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do seu Filho amado".Como resultado, "a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" ( Fm 1:3 ), os cristãos não têm nenhum relacionamento contínuo para ele ( 1Jo 3:1 ; cf. He 11:13. ) nele. Suas novas naturezas, junto com o impulso do Espírito Santo, afastá-los do mundo e para com Deus. Seduções do mundo já não cativar seus corações, e eles não amam o que ele tem a oferecer ( I João 2:15-17 ; cf. Tito 2:11-12 ).

Longe de estar encantado com o mundo, os crentes lutar contra ela. O apóstolo Paulo é um exemplo claro de quem enfrentou intensa oposição do mundo, alguns dos quais ele descreveu em II Coríntios 11:23-27 :

? Eles são servos de Cristo —I falam como se insano-I mais; em muito mais trabalho, muito mais em prisões; em açoites, sem número, muitas vezes em perigo de morte. Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo. Eu estive em deslocações frequentes, em perigos de rios, perigos de salteadores, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos; Estive em trabalho de parto e fadigas, muitas noites sem dormir, em fome e sede, muitas vezes sem comida, frio e nudez.

Mas que a hostilidade não derrotá-lo, porque o mundo não tinha poder sobre ele. "Eu não considero a minha vida de qualquer conta como preciosa para mim", declarou ele, "para que eu possa terminar minha carreira eo ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus" ( At 20:24 ). Quando aqueles que amaram Paulo tearfully implorou-lhe para não ir a Jerusalém, onde enfrentou a prisão, ele respondeu: "O que você está fazendo, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém para o nome do Senhor Jesus "( At 21:13 ).

Paulo sabia que seu último triunfo sobre o mundo estava certo. Para o Corinthians, ele escreveu: "Para momentânea, leve tribulação produz para nós um peso eterno de glória muito além de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas coisas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas "( 2 Cor. 4: 17-18 ). Ou, como ele simples e diretamente colocá-lo em Fp 1:21 : "Porque para mim o viver é Cristo eo morrer é lucro."

Os crentes, então, são vencedores, não invencíveis em si ou por seu próprio poder, mas em Jesus Cristo e pelo Seu poder. Apesar de sua vitória final está assegurada, os cristãos ainda perder algumas das batalhas. Eles sucumbem às tentações de Satanás, seduções do mundo, e da corrupção de seus próprios corações, e cair em pecado. Mas se os crentes nem sempre são vitoriosos nas escaramuças desta vida, como eles podem ter certeza de que eles são verdadeiramente vencedores? Reiterando, reciclagem, e enriquecendo temas familiares de mais cedo nesta epístola, João dá três características de um vencedor em versos 1:5 : fé na verdade, o amor a Deus e aos outros, e obediência à Palavra.

Fé na 5erdade

Aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus ... Por que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é aquele que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? (1a, 4-5)

A marca fundamental de um vencedor é crer que Jesus é o Cristo (Messias). Essa declaração abreviado implica tudo o que é verdade sobre Ele; que Jesus é o Filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade, que veio à Terra para morrer e ressuscitar para realizar a salvação para os pecadores. Só quem acredita na verdade sobre ele é nascido de Deus (lit., "fora de Deus é nascido") e vence o mundo. Todos os que são nascidos de Deus são vencedores, e apenas aqueles que acreditam em Jesus Cristo são nascido de Deus.

No prólogo do seu Evangelho, João escreveu: "Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" ( Jo 1:12 ). O próprio Senhor declarou: "Eu sou o caminho, ea verdade, ea vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" ( Jo 14:6 Pedro corajosamente disse às autoridades judaicas hostis que "não há salvação em nenhum outro [além de Jesus; v. 10 ], e não há nenhum outro nome debaixo do céu, que tem sido dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos ". Paulo escreveu: "Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo" ( 1Co 3:11 ), e: "Não há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus, que se deu em resgate por todos: testemunho dado no momento adequado "( 1 Tim. 2: 5-6 ). Qualquer ensinamento que as pessoas podem ser salvas sem a fé em Jesus Cristo é biblicamente insustentável (veja a discussão sobre este ponto no capítulo 20 deste volume).

Os tempos dos verbos no versículo 1 revelam uma verdade teológica significativa. Entende traduz a atual forma do verbo pisteuo , enquanto gegennētai (nasce) está no pretérito perfeito. A frase de abertura do versículo 1 diz literalmente: "Quem é acreditar que Jesus é o Cristo é nascido de Deus." O ponto é que, ao contrário da teologia arminiana, fé contínua é o resultado do novo nascimento, não a sua causa. Os cristãos não manter-se nascer de novo crendo, e perder sua salvação, se parar de acreditar. Pelo contrário, é a sua perseverança na fé que dá provas de que eles nasceram de novo. A fé que Deus concede em regeneração ( Ef 2:8 ). Não existe tal coisa como um "crente descrente".

A questão, por vezes, surge a respeito daqueles que professam a fé em Cristo, mas, em seguida, parar de acreditar n'Ele. Nosso Senhor descreveu essas pessoas na parábola dos solos:
Outros [sementes] caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra; e logo nasceu, porque não tinha terra profunda. Mas quando o sol tinha nascido, eles foram abrasados; e porque não tinha raiz, secou-se. Outras caíram entre os espinhos, e os espinhos cresceram e sufocaram-out ...

A uma, que foi semeado nos lugares pedregosos, este é o homem que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; Ainda não tem raiz firme em si mesmo, mas é apenas temporária, e quando tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza. E aquele em que foi semeado entre os espinhos, este é aquele que ouve a palavra, e a preocupação do mundo ea sedução das riquezas sufocam a palavra, e ela fica infrutífera. ( 13 5:40-13:7'>Mat. 13 5:7 , 13 20:40-13:22'>20-22 )

Essa falsa, fé temporária não produz fruto, em contraste com a verdadeira fé salvadora, a única que produz o fruto que prova o novo nascimento:
E outra caiu em boa terra e deu fruto, um a cem, outro a sessenta e outro a trinta ....

E aquele em que foi semeado em boa terra, este é aquele que ouve a palavra ea entende; que dá fruto e produz, um a cem, outro a sessenta e outro a trinta. ( Mt 13:8 ; cf. Mt 3:8 )

Mais cedo nesta epístola, João explicou que aqueles que permanentemente apostatarão da fé nunca foram resgatadas em primeiro lugar: "Saíram de nós, mas não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permaneceu com a gente, mas eles saíram, para que ele iria ser demonstrado que todos eles não são de nós "( 02:19 ; conforme a exposição deste versículo no capítulo 9 deste volume). Sua fé professada nunca foi verdadeira fé salvadora. A fé salvadora não é mero conhecimento intelectual dos fatos do evangelho, mas envolve um sincero, compromisso permanente com Jesus como Senhor, Salvador, Messias, e Deus encarnado.

O conteúdo da fé salvadora, como mencionado acima, é que Jesus é o Cristo, Ele é o seu objeto. As pessoas que nascem de Deus acreditam que a verdade acerca de Cristo; aqueles que não são mentirosos e anticristos. Como João advertiu mais cedo nesta carta, "Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai eo Filho" ( 02:22 ). Então, tornando-se inequivocamente claro que ninguém pode vir ao Pai além de Jesus Cristo, ele acrescentou: "Todo aquele que nega o Filho não tem o Pai; aquele que confessa o Filho, tem também o Pai" ( v 23. ; cf . capítulo 9 deste volume para uma exposição de 2: 22-23 ). Ninguém que rejeita Jesus Cristo nunca vai ver o céu, uma vez que qualquer pessoa que "não confessa a Jesus não é de Deus" ( 4: 3 ), e só em quem "confessa que Jesus é o Filho de Deus [Deus cumprir] , e ele em Deus "(v.15).

João repetido para dar ênfase a verdade do versículo 1 que aqueles que acreditam em Jesus Cristo e foram nascido de Deus vence o mundo ..., ganhando a vitória sobre ele através de sua fé. A frase nossa fé diz literalmente: "a fé de nós . " Pode se referir à fé subjetiva, pessoal dos crentes individuais, ou objetivamente com a fé cristã, "a fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" ( Jd 1:3. ; 2Co 13:52Co 13:5 ; . Fp 1:27 ; 1Tm 4:11Tm 4:1 , 1Tm 6:21 ; 2Tm 4:72Tm 4:7 ; Sl 69:17 ; Sl 88:14 ; Sl 102:2 ). Mas a verdadeira fé salvadora nunca falhará, porque aqueles que a possuem têm em Cristo triunfou sobre todos os inimigos A ". (... grande nuvem de testemunhas " 12 Heb.: 1 ; cf. Rom. 8: 31-39 ) —Os heróis da fé descrito em Hebreus 11 . —testify que a verdadeira fé resiste cada prova e sai vitorioso sobre todos eles Job expressa o triunfo da fé, quando ele gritou no meio de suas provações: "Ainda que Ele me mate, eu esperarei nele" ( 13:15 ).

O amor a Deus e aos outros

quem ama o Pai ama o filho nascido dele. ( 5: 1b )

A marca principal de um vencedor envolve o teste doutrinário de acreditar na verdade da fé cristã. A segunda marca é novamente uma característica moral: um vencedor ama tanto o Pai e filho nascido dele. O novo nascimento traz as pessoas não só em uma relação de fé com Deus, mas também em uma relação de amor com Ele e Seus filhos. João enfatizou esse princípio em toda esta carta:

Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e não há motivo para tropeço nele. Mas aquele que odeia a seu irmão está nas trevas e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos. ( 2: 10-11 )

Por isso os filhos de Deus e os filhos do diabo são óbvias: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão. ( 03:10 )

Sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Aquele que não ama permanece na morte. ( 03:14 )

Mas quem quer que tiver bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade e lhe fecha o coração contra ele, como é que o amor de Deus permanecer nele? ( 03:17 )

Este é o seu mandamento: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, como Ele nos ordenou. ( 03:23 )

Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. ( 4: 7-8 )

Ninguém jamais viu a Deus a qualquer momento; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e seu amor em nós é perfeito. ( 04:12 )

Se alguém diz: "Eu amo a Deus", e odeia a seu irmão, é mentiroso; para aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. E temos este mandamento dele, que aquele que ama a Deus, ame também a seu irmão. ( 4: 20-21 )

O amor de que João escreve não é mera emoção ou sentimentalismo, mas um desejo de honrar, por favor, e obedecer a Deus. Dirigido para com as pessoas, é o amor da vontade e escolha, o amor que sacrificially atende às necessidades dos outros. Paulo descreveu em 13 4:46-13:7'>I Coríntios 13:4-7 :

O amor é paciente, o amor é bondoso e não é ciumento; o amor não se vangloria, não é arrogante, não age unbecomingly; ele não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não leva em conta um errado sofrido, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;Suporta todas as coisas, acredita todas as coisas, espera todas as coisas, tudo suporta.

O Novo Testamento ordena repetidamente tal amor (por exemplo, 13 34:43-13:35'>João 13:34-35 ; Jo 15:12 , Jo 15:17 ; Gl 5:13 ; 1Ts 4:91Ts 4:9 ).

A obediência à Palavra

Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e observar os Seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados. ( 5: 2-3 )

O discurso de abertura do versículo 2 , por isso sabemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus, é o corolário da verdade João expressa em versículo 1 . Assim como é impossível amar a Deus sem amar seus filhos, assim Também é impossível amar verdadeiramente Seus filhos além de amá-lo. Essas prioridades gêmeas de amar a Deus e outros cristãos marcar todos os que nasceram de novo.

A prova de fé genuína é sustentada e obediência amorosa; é para amar a Deus e observar os Seus mandamentos. fé salvadora Genuina produz amor, o que resulta em obediência. Aqueles que acreditam que Deus é que a Escritura revela que Ele seja responderá por amor, louvor e adoração. Porque Ele é o supremo objeto de suas afeições, eles vão muito para obedecê-Lo. Observe traduz a atual forma do verbo poieō , que tem a conotação de "realizar", "para levar a cabo", ou "para a prática." O tempo presente indica que a obediência dos crentes deve ser contínua. Será sempre a direção, embora não a perfeição, de suas vidas. Uma palavra diferente, uma forma do verbo tereo , é traduzido manter no versículo 3 . Ele tem a conotação de vigiando, guarda, ou preservar. Aquele que verdadeiramente ama a Deus vão ver os seus mandamentos como um tesouro precioso, a ser protegido em todos os custos ( 2Tm 1:14 ). Poieō refere-se à ação, tereo à atitude do coração que pede obediência.

O princípio de que aqueles que verdadeiramente amam a Deus Lhe obedecem permeia Escritura. Em Dt 13:4 ). Salomão, o homem mais sábio que já viveu, escreveu: "A conclusão, quando tudo tiver sido ouvido, é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos, porque isso se aplica a todas as pessoas" ( Eclesiastes 0:13. ). Deus ordenou a Israel por meio do profeta Jeremias: "Ouvi a minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo, e você vai andar em todo o caminho que eu vos mando, que pode estar bem com você" ( Jr 7:23 ).

Obediência também foi um tema fundamental no ensino do Senhor Jesus Cristo. Em Mt 12:50 Ele disse: "Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe." Ele pronuncia-se "abençoado ... aqueles que ouvem a palavra de Deus e observá-lo" ( Lc 11:28 ). Em Jo 8:31 Ele desafiou aqueles que professavam a fé nEle: "Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos." Para Seus discípulos no cenáculo Ele afirmou claramente: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" ( Jo 14:15 ), e Ele repetiu que a verdade várias vezes durante esse discurso:

Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei, e divulgará-me a ele. ( 14:21 )

Se alguém me ama, guardará a minha palavra ... Quem não me ama não guarda as minhas palavras. ( 14: 23-24 )

Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. ( 15:10 )

Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. ( 15:14 )

Os apóstolos também ensinou que a obediência é uma marca essencial da resgatados:

E nós somos testemunhas destas coisas; e assim é o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem. ( At 5:32 )

Por intermédio de quem recebemos a graça e apostolado para trazer a obediência da fé entre todos os gentios, por amor do Seu nome. ( Rm 1:5 )

Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho ea pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que foi mantido em segredo por muito tempo épocas passadas, mas agora se manifesta, e pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, foi dado a conhecer a todas as nações, levando a obediência da fé. ( Rom. 16: 25-26 )

E, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se a todos aqueles que Lhe obedecem fonte de salvação eterna. ( He 5:9 )

Como filhos obedientes, não vos conformeis às concupiscências que antes havia que eram o seu em sua ignorância. ( 1Pe 1:14 )

Desde que você tem em obediência à verdade purificado as vossas almas por um amor sincero aos irmãos, fervorosamente ameis uns aos outros com o coração. ( 1Pe 1:22 )

A obediência que caracteriza um verdadeiro filho de Deus não é ritualística, o cumprimento externo, legalista. Também não é sem vontade, parcial, inconsistente ou má vontade. Amorosa obediência é do coração ( Dt 11:13. ; Dt 30:2 ; Rm 6:17. ), dispostos ( Ex 25:2 ), o total de ( Dt 27:26 ; . Gl 3:10 ; Jc 2:10 ), constante ( Fp 2:12. ), e alegre ( Sl 119:54 . Jesus convidou os pecadores cansados: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados ​​e sobrecarregados, e eu vos aliviarei Take My jugo sobre vós e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave eo meu fardo é leve. " No Salmo 119 , o salmista expressou repetidamente o seu prazer na lei de Deus:

Regozijo-me no caminho dos teus testemunhos, tanto quanto em todas as riquezas, ( 14 v. )

Vou deliciar-se com seus estatutos; Não esquecerei a tua palavra. ( v 16. ) Os teus testemunhos são o meu prazer; eles são os meus conselheiros, ( 24 v. ) O como eu amo a tua lei! É a minha meditação o dia todo. ( v. 97 )

Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Sim, mais doces do que o mel à minha boca! ( v. 103 )

Aqueles que amam a Deus obedecer a Sua lei, porque eles querem honrar Sua natureza santa. Eles fazem isso não por temor, mas fora de adoração amorosa.
Por causa de seu prazer em vencedores, Deus derramará bênçãos ricas sobre eles. As cartas às sete igrejas ( Ap 2:1 ) contêm esses dons maravilhosos, especiais que Deus promete a todos os vencedores.

A primeira promessa é encontrada na carta à igreja em Éfeso. Em Ap 2:7 ; cf . 24 v. ). A árvore da vida simboliza a vida eterna; o "paraíso de Deus" é o céu (cf. Lc 23:43 ; 2Co 12:22Co 12:2 ). A promessa de vencedores, então, é que eles vão viver para sempre no céu.

A segunda promessa é o outro lado da primeira. Na carta à igreja de Esmirna, Jesus prometeu: "Aquele que vencer não receberá o dano da segunda morte" ( Ap 2:11 ). A queda resultou não só na morte física, mas também na segunda punição de morte eterna no inferno ( Ap 20:14Ap 21:8 ; Jo 5:24 ; At 13:48 ;Rm 6:23. ; 1Jo 2:251Jo 2:25 ; 1Jo 5:11 ) e prometeu-lhes o céu.

A carta à igreja de Pérgamo revela mais duas promessas de Cristo aos vencedores: "Ao que vencer, eu lhe dar a comer do maná escondido, e lhe darei uma pedra branca, e um novo nome escrito na pedra qual ninguém conhece senão aquele que o recebe "( Ap 2:17 ). Os "maná escondido" imagens de Deus suprir as necessidades do Seu povo. Para Israel, o maná era uma manifestação visível, tangível da provisão de Deus. Para os cristãos, Jesus Cristo, "o pão que desceu do céu" ( Jo 6:41 ; cf. vv. 31 , 35 ), é a provisão de Deus para todas as suas necessidades (cf. 2Co 9:8 ). A "pedra branca" foi dado aos atletas vitoriosos nos jogos, e serviu como um passe de admissão para uma celebração especial para os vencedores. Deus promete vencedores admissão na celebração da vitória eterna no céu.

Os vencedores na igreja em Tiatira ( Ap 2:26-28 ) também recebeu duas promessas. Em primeiro lugar, Jesus garantiu-lhes ", Aquele que vencer, e ao que guardar as minhas obras até o fim, eu lhe darei autoridade sobre as nações; e ele as regerá com vara de ferro, como os vasos do oleiro são quebrados em pedaços, assim como eu recebi autoridade de meu Pai "( vv. 26-27 ). De acordo com o Salmo 2:8-9 , Jesus Cristo irá governar as nações com cetro de ferro (cf. Ap 12:5 ). O Senhor vai delegar os seus poderes para os crentes e, durante o Seu reino milenar, que reinarão com Ele (cf. 1Co 6:2. ; Ap 20:6 ; At 20:28 ; 1Pe 5:21Pe 5:2 , Jo 10:14 ; He 13:20 ; 1Pe 2:251Pe 2:25 ; Ap 7:17 ). Mais do que isso, Cristo promete-lhes a "estrela da manhã" ( Ap 2:28 ). Uma vez que Ele é a estrela da manhã ( Ap 22:16 ), que é nada menos do que uma promessa do próprio Cristo em toda a sua plenitude (cf. 1Co 13:12 ).

A igreja de Sardes estava tão cheio de pessoas não regeneradas que o Senhor tenha declarado morto ( Ap 3:1 ; Ap 7:9, Ap 7:14 ; Ap 19:8 ) e é apropriado para aqueles vestidos com a justiça de Cristo ( Gl 3:27. ; cf. Is 61:1 ). Tendo tido seus pecados lavados no sangue do Cordeiro ( Ap 7:14 ; cf. 1 Pedro 1: 18-19 ), que um dia vai ser liberado para o resto do pecado que ainda embaraça eles ( He 12:1 ).

Longe de borrar seus nomes do Livro da Vida, Jesus prometeu "confessar" de cada vencedor "nome antes de [sua] Pai e diante dos seus anjos", afirmando assim que eles pertencem a Ele ( Ap 3:5 : "Todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos céus."

Para os vencedores na igreja fiel na Filadélfia Cristo prometeu: "Aquele que vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e ele não vai sair dela mais; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, eo nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e meu novo nome "( Ap 3:12 ). A "pilar", sugere estabilidade, permanência e inamovibilidade. O Novo Testamento retrata a igreja metaforicamente como o templo de Deus ( 1 Cor. 3: 16-17 ; . 2Co 6:162Co 6:16 ; . Ef 2:21 ; cf. 1Pe 2:51Pe 2:5 ).

A promessa final foi dirigida aos crentes fiéis na igreja morna de Laodicéia. Como se todos os anteriores não foram suficientes, Jesus fez a promessa surpreendente, "O que vencer, eu lhe concederei que se ele se sentar comigo no meu trono [cf. Mt 19:28. ; Lucas 22:29-30 ] , como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono "( Ap 3:21 ). Como Ele compartilha o trono de seu pai, então vencedores irão compartilhar seu trono e reinar vitorioso com Ele para sempre. (Para uma exposição completa das cartas às sete igrejas, ver Apocalipse 1:11 , A Commentary MacArthur Novo Testamento. [Chicago: Moody, 1999], capítulos 4:10)

17. A Testemunha de Deus ( I João 5:6-12 )

Este é aquele que veio por água e sangue, Jesus Cristo; não só pela água, mas com a água e com o sangue. É o Espírito que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. Pois há três que dão testemunho: o Espírito, a água eo sangue; e os três estão de acordo. Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que Ele testemunhou a respeito de Seu Filho. Aquele que crê no Filho de Deus tem o testemunho em si mesmo; aquele que não acredita que Deus fez dele um mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus deu a respeito de Seu Filho. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.( 5: 6-12 )

O apóstolo João foi implacavelmente martelada em toda esta epístola a verdade que uma visão correta do Senhor Jesus Cristo é essencial para a salvação. Esse foi o tema do apóstolo no início, e é valioso para ler os textos anteriores que suportam que a ênfase:
O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, a respeito da Palavra de vida e a vida foi manifestada, e nós vimos e testemunhamos e proclamar a vocês a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada-o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, também, para que você também tenhais comunhão conosco; Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que a nossa alegria seja completa. ( 1: 1-4 )

Em 2:22 ele perguntou retoricamente: "Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai eo Filho." "Este é o seu mandamento", escreveu ele, "que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, como Ele nos mandou" ( 03:23 ). Em 4: 1 -II João alertou seus leitores contra os falsos mestres que negam a verdade sobre Jesus Cristo:

Amados, não creiais a todo espírito, mas provai os espíritos para ver se são de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. Por isso, você sabe o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus.

Os versículos 9 e 10 do mesmo capítulo declarar que

por isso, o amor de Deus se manifestou em nós, que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas que Ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.
João começou o capítulo 5, lembrando a seus leitores que só quem "crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus" ( v. 1 ), enquanto novamente notamos que o versículo 13 é a chave de toda a carta: "Estas coisas vos ter escrito a vós que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna "( v. 13 ). Finalmente, João escreveu em verso 20 : "E sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para que possamos saber o que é verdadeiro; e nós estamos naquele que é verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus ea vida eterna ".

Jesus Cristo é o ponto focal da história da redenção, e que o Pai testemunhou repetidamente que Ele é o Messias, Salvador, Redentor e Rei. Esse testemunho veio primeiro como um raio luminoso de esperança no rescaldo sombrio de Adão e Eva pecado. No contexto da maldição de Deus sobre a humanidade veio a promessa de um libertador: "Porei inimizade entre ti ea mulher," Deus disse à serpente (Satanás) ", e entre a tua descendência ea sua descendência; esta te ferirá você no cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar "( Gn 3:15 ). Mais tarde, em Gênesis, Deus reiterou sua promessa de enviar o Seu Filho, que governaria como Rei: "O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de autoridade dentre seus pés, até que Shiloh [Messias] vem, e para ele deve ser o obediência dos povos "( 49:10 ; cf. Ap 5:5. ). Na canção inspirada de Hannah, Deus novamente prometeu enviar o seu rei messiânico ( 1Sm 2:10. , 1Sm 2:35 ; cf. 2Sm 22:512Sm 22:51. ). Segundo Samuel 7: 12-15 registra a promessa de Deus a Davi de um Filho superior Salomão, que estabeleceria um reino eterno ( v. 13 ). No Salmo 2 o salmista reitera a grande esperança da vinda do rei messiânico ( vv. 2 , 6 ), que vai governar as nações ( 8 vv., 9 ), e é o Filho de Deus ( v. 12 ).

O Antigo Testamento também previu os detalhes precisos da vida de Jesus. Isaías profetizou que Ele nasceria de uma virgem ( 07:14 ), Micah que Ele nasceria em Belém ( 5: 2 ), Oséias que Ele seria chamado para fora do Egito ( 11: 1 ), Jeremiah a tentativa de assassinato Ele na matança dos inocentes por Herodes em seu nascimento ( 31:15 ; cf. Mt 2:17-18. ), Malaquias o precursor (João Batista), que iria preparar o caminho para Ele ( 4: 5-6 ) e Isaías Seu ministério na Galileia ( 9: 1-2 ; cf. Mt 4:12-16. ). Sl 41:9 ). A questão não é que o testemunho do Antigo Testamento para Jesus não era clara, mas sim que eles estavam "dispostos a chegar a [Ele], para que [eles podem] tem a vida" ( v. 40 ).

Em 13 26:44-13:29'>Atos 13:26-29 Paulo elaborou sobre esse tema:

Irmãos, filhos da família de Abraão, e os que dentre vós temem a Deus, em nós a palavra desta salvação foi enviada. Para aqueles que vivem em Jerusalém e as suas autoridades, reconhecendo nem Ele nem as declarações dos profetas que se lêem todos os sábados, cumpridas estas condenando-O. E embora eles não encontraram nenhum motivo para colocá-Lo à morte, pediram a Pilatos que ele seja executado. Quando tinham realizado tudo o que foi escrito a respeito dele, tirando-o da cruz e deitou-o numa tumba. ( 13 26:44-13:29'>Atos 13:26-29 )

Nesta seção de sua epístola, João discorre sobre o tema do seu evangelho, que foi "escrito para que [as pessoas] podem acreditar que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo [eles] podem ter vida em seu nome "( Jo 20:31 ). O evangelho de João registra que o Pai deu testemunho da divindade de Cristo a partir de uma variedade de fontes: Escritura ( 5: 39-40 ), João Batista ( 1: 6-8 , 34 ), os discípulos ( 15:27 ), As palavras de Cristo ( 08:14 , 18 ; 18:37 ), as suas obras ( 05:36 ; 10:25 , 38 ), o Espírito Santo ( 15:26 ), e o próprio Pai ( 05:37 ; 08:
18) .

A chave para esta seção é a palavra depor, que em seus substantivos e verbos aparece nove vezes em versículos 6:12 . A raiz da palavra a partir do qual derivam é martus , uma palavra comum que aparece quase 175 vezes em suas várias formas, no Novo Testamento. Ele tem o significado básico de se lembrar de algo e testemunhando a respeito dele. Esse testemunho poderia ser em um ambiente legal (como em Mc 14:63 ; At 6:13 ; At 7:58 ; He 10:28 ), ou no sentido geral de recontando conhecimento em primeira mão (como em Lc 11:48 ; 1Tm 6:121Tm 6:12. ; He 12:1. ; 44: 6-8 ). O Novo Testamento é supremamente testemunho de Deus para Seu Filho. Os Evangelhos registram a história da vida de Cristo, da morte e ressurreição;o livro de Atos descreve a propagação inicial da verdade sobre ele para o mundo; as epístolas descompactar o rico significado teológico de Sua vida, morte, ressurreição, ascensão e segunda vinda; o livro de Apocalipse revela a consumação do propósito redentor de Deus nEle.

De acordo com o preceito bíblico de que "todos os fatos, deve ser confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas" ( 2Co 13:1. ; Mt 18:16. ; 1 Tm 5:. 1Tm 5:19 ; He 10:28 ), João apresenta três aspectos do testemunho de Deus de Jesus Cristo. Então, depois de delinear os elementos de testemunho do Pai ao Filho, o apóstolo revela o propósito de que o testemunho, e, finalmente, fecha esta seção, ilustrando o seu poder.

Os elementos do testemunho de Deus

Este é aquele que veio por água e sangue, Jesus Cristo; não só pela água, mas com a água e com o sangue. É o Espírito que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. Pois há três que dão testemunho: o Espírito, a água eo sangue; e os três estão de acordo. Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que Ele testemunhou a respeito de Seu Filho. ( 5: 6-9 )

Na seção anterior ( vv. 1-5 ), João descreveu as alegrias e bênçãos de vencedores, aqueles que acreditam que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Mas o apóstolo sabia que muitos se perguntam por que eles devem acreditar que Jesus é quem João alegou que ele seja. Afinal, Israel rejeitou; "Ele veio para os Seus, e aqueles que foram os seus não o receberam" ( Jo 1:11 ). Os judeus desprezo a que se refere a ele como um enganador deitado ( Mt 27:63. ), culpado de liderar o povo extraviado ( Jo 7:12 , Jo 7:47 ; Lc 23:2 ). Eles blasphemously acusaram de ser um comilão e beberrão ( Mt 11:19. , de ser insano () Jo 10:20 ; cf. Mc 3:21 ), e, o mais hediondo de todos, de ser possuído pelo demônio ( Jo 8:48 ; cf. v 52. ; 07:20 ; 09:34 Matt. ; 10:25 ;12:24 ; cf. vv. 31-32 ). Em última análise, o seu ódio assassino de Jesus levou-os a pedir a sua crucificação ( Mateus 27:22-23. ). Por que, então, à luz da rejeição de Israel, que alguém deveria acreditar que Jesus Cristo é o Messias, o Deus encarnado, o único Salvador dos pecadores? Por causa da infalível inatacável testemunho, incontroversa do próprio Deus.

Houtos (esse) aponta adiante para Jesus Cristo. A sua posição enfática no texto grego sublinha a singularidade de Cristo. Este One e nenhum outro é o Filho de Deus, que veio ao mundo. A vida de Jesus Cristo não começou quando nasceu; Ele tinha existido desde toda a eternidade ( João 1:1-2 ). Por isso, o Novo Testamento fala de Jesus que vem a este mundo, e não da sua vinda à existência. Na encarnação, o que existe eternamente "Verbo se fez carne, e habitou entre nós" ( Jo 1:14 ). Em Jo 16:28 , Jesus declarou: "Saí do Pai e vim ao mundo; eu estou deixando o mundo de novo e vou para o Pai" (cf. 08:14 ; 13: 3 ; 18:37 ). Mais cedo nesta epístola João escreveu: "O Filho de Deus se manifestou: [não" foi criada "] para este fim, para destruir as obras do diabo" ( 3: 8 ).

A encarnação de Jesus Cristo é a verdade central glorioso da história da redenção e do fundamento da fé cristã. É a vinda do Filho e à Sua divindade que o Pai dá testemunho nesta passagem. João dá três elementos de que o depoimento confirmando: a água, o sangue, eo Espírito.

Alguns conectar a frase água e sangue com a morte de Jesus, quando "um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e imediatamente sangue e água saiu" ( Jo 19:34 ). Mas não há nenhuma razão para supor que João teve esse incidente em mente. Também é difícil ver como o piercing do lado de Jesus foi um testemunho divino de sua divindade; esse ato não foi uma declaração divina de qualquer coisa, mas sim uma afirmação muito humana que Jesus estava morto (mas Zac. 0:10 fez profetizar-lo).

Outros vêem nestes termos uma referência ao batismo e da Ceia do Senhor. Mas, novamente, não há exegética ou contextual razão para associar a referência de João à água e sangue com as ordenanças. Além disso, o batismo e da Ceia do Senhor são o testemunho da igreja de Cristo, não do Pai (cf. 1Co 11:26 ).

É melhor ver a água aqui como uma referência ao batismo de Cristo e do sangue como uma referência para a sua morte. Esses dois eventos notáveis ​​entre colchetes ministério terreno do Senhor, e em ambos o Pai de seu Filho testificou.

A frase não só pela água, mas com a água e com o sangue não é redundante, mas aborda um importante ponto teológico. O Pai não fez, como os falsos mestres que João foi combater insistiu, afirmar Jesus em Seu batismo, mas não a sua morte. Esses hereges, fornecedores de uma forma incipiente de gnosticismo, ensinou que o "espírito de Cristo" desceu sobre o homem Jesus em Seu batismo, fazendo dele o Ungido de Deus. De acordo com esta heresia, Jesus, sob o controle do "espírito de Cristo," deu valiosos ensinamentos éticos durante Seu ministério. Mas o espírito de Cristo abandonou antes da crucificação e, os falsos mestres sustentou também, Ele morreu como um mero homem, e não o Deus-homem, cuja morte sacrificial expiou os pecados de todos os que jamais seria justificado.

Como qualquer ensino que nega a eficácia da expiação substitutiva de Cristo, que o ensino era uma mentira satânica, uma vez que "Jesus Cristo, o justo ... é a propiciação pelos nossos pecados" ( 2: 1-2 ; cf. 4:10 ; Rm 3:25 ; He 2:17 ). Se Ele não possuía sua natureza divina na cruz, Jesus não podia e não vencer o pecado ea morte para os crentes. Mas a verdade é que a gloriosa "Ele ... que não conheceu pecado [tornou-se] pecado por nós, para que nos tornássemos justiça de Deus em Cristo" ( 2Co 5:21 ).

No início do ministério terreno de Cristo, o Pai deu testemunho a Ele na água quando foi batizado. Mateus registra que "Jesus chegou da Galiléia no Jordão vindo a João, para ser batizado por ele" ( 03:13 ). Como o precursor do Messias, João Batista proclamou um "batismo de arrependimento" ( v. 11 ; Mc 1:4 ; At 19:4. ).

Mas João Batista sabia que, como o impecável "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" ( Jo 1:29 ), Jesus não tinha pecado para arrepender-se e, portanto, de nenhuma necessidade de ser batizado. Portanto, "João tentava dissuadi-lo, dizendo: 'Eu tenho necessidade de ser batizado por ti, e tu vens a mim?" ( Mt 3:14 ). João ficou chocado com a reversão do que ele sabia ser verdade. Ele era o pecador, Jesus o pecado um; ele era o menor, Jesus, o maior (cf. Jo 1:27 ; Jo 3:30 ).

Embora Ele era sem pecado ( 2Co 5:21 ; He 4:15 ; He 7:26 ; 1Pe 2:221Pe 2:22 ; cf. Jo 8:46 ), ainda era necessário para Jesus para ser batizado. Ao fazer isso, Ele identificou publicamente com os pecadores. Por isso, Ele disse João: "Deixa-lo neste momento, pois, desta forma, é nos convém cumprir toda a justiça" ( Mt 3:15. ). Jesus sempre realizou o que Deus requer de Seu povo; Ele alegou nenhuma isenção aqui, assim como ele alegou não isenção do pagamento do imposto do templo ( 17: 24-27 ). Sua perfeita obediência (cf. Jo 4:34 ; Jo 8:29 ; Jo 14:31 ;Jo 15:10 ) O fez o sacrifício sem pecado, cuja morte fez expiação pelo pecado.

Depois que João batizou, "Jesus saiu logo da água, e eis que os céus se abriram, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele" ( Mt 3:16. ). A manifestação física da presença Santos Espíritos fornecida evidência visível de testemunho do Pai ao Filho, especialmente a João Batista. Como ele declarou mais tarde,

Eu vi o Espírito descer como uma pomba do céu, e pousar sobre ele. Eu não reconhecê-lo, mas o que me enviou a batizar em água disse-me: "Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer sobre ele, esse é o que batiza no Espírito Santo." Eu mesmo vi e já declarou que este é o Filho de Deus. ( João 1:32-34 )

Depois de testemunho visual do Pai pelo Espírito para Jesus veio Sua declaração explícita: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" ( Mt 3:17 ). Essas palavras, que lembra o Sl 2:7 registra que "a partir da sexta hora escuridão caiu sobre toda a terra até a hora nona." No meio do dia veio uma escuridão sobrenatural, simbolizando abandono do Pai do Filho como sacrifício pelo pecado de rolamento. Sentindo que, "Jesus clamou com grande voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? isto é, "Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?" ( v 46. ; cf. Sl 22:1 ).

Em mais um milagre incrível ", a terra tremeu e as rochas foram divididas Os sepulcros se abriram, e muitos corpos de santos que tinham dormido foram ressuscitados;. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram para muitos "(Mt 27:1 ). Então esmagadora foi o testemunho miraculoso de Deus para Jesus que um centurião romano aguerrido que o presenciaram gritou de terror, "Verdadeiramente este era Filho de Deus!" ( Mt 27:54. ; cf. Mc 15:39 ).

O testemunho do Pai para Jesus também aparece nas profecias do Antigo Testamento que Sua morte cumpridas, principalmente no Salmo 22 :

Todos os que me vêem zombam de mim; eles se separam com o lábio, eles abanam a cabeça, dizendo: "Comprometa-se com o Senhor; livre-o, deixe-o resgatá-lo, porque tem prazer nele." ( vv 7-8. ; cf. Mt 27:39-40. )

Derramei-me como água, e todos os meus ossos estão fora do comum; o meu coração é como cera; derreteu-se dentro de mim. A minha força secou-se como um caco de barro, e os meus cleaves língua se me da boca; e Você me deitas no pó da morte. Pois cães me rodeiam; um bando de malfeitores me cercou; traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos. Eles olham, olham-me; eles dividem as minhas roupas entre si, e sobre a minha túnica lançaram sortes. ( vv. 14-18 )

Isaías 53 :

Para Ele cresceu diante dele como um renovo, e como raiz de uma terra seca; Ele não tem forma imponente ou majestade que devemos olhar para Ele, nem aparência de que devemos ser atraída por ele. Era desprezado, eo mais rejeitado entre os homens, homem de dores e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Certamente nossas tristezas Ele próprio geraram, e as nossas dores Ele transportados; ainda que nós mesmos o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, Ele foi moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e por Sua pisaduras fomos sarados. Todos nós como ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; mas o Senhor fez com que a iniqüidade de nós todos a cair sobre ele. Ele foi oprimido e ele foi humilhado, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e os da sua geração, que considerou que ele fora cortado da terra dos viventes pela transgressão do meu povo, a quem o curso era devido? Seu túmulo foi atribuído com homens ímpios, mas Ele estava com um homem rico na sua morte, porque Ele nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca, ( vv. 2-9 )

O Pai também testemunhou ao Filho através do ministério do Espírito, que é a verdade (cf. Jo 14:17 ; Jo 15:26 ; Jo 16:13 ). O Espírito Santo é o Espírito da verdade, em que Ele é verdadeiro e, portanto, a fonte e revelador da verdade divina ( 1Pe 1:12 ; cf. At 1:16 ; At 28:25 ; He 3:7 ), em particular sobre Jesus Cristo ( Jo 15:26 ). O Espírito estava envolvido na concepção de Jesus ( Mt 1:18. , Mt 1:20 ; Lc 1:35 ), o batismo ( Mt 3:16 ), a tentação ( Mc 1:12 ; Lc 4:1 ; cf. Mt 12:28. ; Lc 4:14 ; Jo 3:34 ). Porque o Espírito Santo com poderes Jesus para o ministério, para atribuir obras milagrosas de Cristo a Satanás era a blasfemar do Espírito Santo ( Marcos 3:28-30 ). Jesus sempre fez a vontade do Pai no poder do Espírito.

O testemunho do três que dão testemunho: o Espírito, a água eo sangue está em perfeito acordo e demonstra de forma convincente que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. Que tolice a receber o testemunho dos homens sobre assuntos de muito menos importância, rejeitando oinfinitamente maior ... testemunho de Deus ... que Ele testemunhou a respeito de Seu Filho.

Algumas versões em inglês (por exemplo, a KJV e NKJV) adicionar entre vv. 7 e 8 do chamado vírgula Johanneum, onde se lê: "no céu: o Pai, a Palavra, e do Espírito Santo, e estes três são um. E três são os que testificam na terra." Embora o que ela ensina é verdade, a própria passagem adicionado é espúria. Estudioso textual observou Bruce M. Metzger resume a evidência esmagadora contra a sua autenticidade:

A passagem está ausente de cada manuscrito grego conhecido, exceto oito [todos que datam da Idade Média], e estes contêm a passagem em o que parece ser uma tradução de uma recensão tardia do
Vulgata Latina. Quatro dos oito manuscritos contêm a passagem como uma variante leitura escrita na margem como uma adição posterior para o manuscrito.
A passagem é citada por nenhum dos Padres gregos, que, se tivessem sabido que, certamente teria empregados que nas controvérsias trinitárias (Sabellian e arianos). Sua primeira aparição em grego está em uma versão grega do (Latin) Atos do Concílio de Latrão, em 1215.
A passagem está ausente dos manuscritos de todas as versões antigas ... exceto o latim; e ele não for encontrado ( a) no Antigo Latina em sua forma cedo ... ou na 5ulgata ( b) emitidas pelo Jerome ... ou (c), como revista pelo Alcuíno [no século IX].

A primeira instância da passagem a ser citado como uma parte do texto da Epístola está em um tratado em latim do século IV intitulada Liber Apologeticus ... atribuída quer ao herege espanhol Prisciliano (morreu por volta de
385) ou para seu seguidor Bishop Instantius. ... No século V o gloss foi citado pela Padres latinos no Norte de África e na 1tália, como parte do texto da Epístola, e desde o século VI em diante ela é encontrada mais e mais freqüentemente em manuscritos do Antigo Latina e do Vulgata. ( Um Comentário Textual do Novo Testamento grego,segunda edição [Stuttgart: Deutsche Bibelgesellschaft de 2002], 647-48)

FF Bruce relata como esta passagem encontrou seu caminho para o Inglês Bíblias:
Quando [o erudito humanista cristão holandês e contemporâneo de Lutero Desiderius] Erasmus preparou sua edição impressa do Novo Testamento grego, ele deixou justamente essas palavras, mas foi atacado por isso, as pessoas que achavam que a passagem era uma valiosa prova de texto para o doutrina da Trindade. Ele respondeu (em vez incautiously) que, se pudesse ser mostrado nenhum manuscrito grego, que continha as palavras, ele iria incluí-los em sua próxima edição. Infelizmente, um manuscrito grego não mais do que cerca de vinte anos de idade foi produzido em que as palavras apareceram: tinham sido traduzido para o grego do latim. É claro que o fato de que o único manuscrito grego exibindo as palavras pertencia ao século XVI foi, em si, um argumento contra a sua autenticidade, mas Erasmus tinha dado a sua promessa, e assim, em sua edição de 1522, incluiu a passagem. ( História da Bíblia em Inglês [New York: Oxford University Press, 1978], 141-42)

Do Novo Testamento grego de Erasmo a passagem encontrou seu caminho para o Textus Receptus, o texto grego usado pelos tradutores da Bíblia Rei Tiago 5ersion. Que esta passagem não faz parte do texto inspirado não afeta a doutrina bíblica da Trindade, que não repousa sobre essa inserção espúria.

O Propósito do testemunho de Deus

E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. ( 05:11 )

O propósito de Deus de testemunho através da água, do sangue, e do Espírito é que os pecadores pudessem receber a vida eterna. A vida eterna envolve muito mais do que simplesmente viver para sempre no sentido cronológico. A essência da vida eterna é a participação do crente na vida eterna abençoada de Cristo (cf. Jo 1:4 ; Rm 6:4 , Rm 6:23 ; 1Co 15:221Co 15:22 ; . Gl 2:20 ; Colossenses 3:3-4 ; 2Tm 1:12Tm 1:1 ; Jd 1:21. , que os crentes mais plenamente experiência no perfeito, glória sem fim, santidade e alegria do céu () Rom. 8: 19-23 , Rm 8:29 ; 1Co 15:491Co 15:49. ; Fp 3:20-21. ; 1Jo 3:21Jo 3:2. ; 16 Pss: 8-10. ; 133: 3 ; Dn 12:2 ) vem apenas para aqueles que acreditam no testemunho de Deus e colocar a sua fé em Seu Filho. O evangelho é exclusiva; não há muitas maneiras de Deus, mas apenas um. Em Jo 14:6 ; cf. Jo 6:68 ; Jo 17:2 ; 1Tm 1:161Tm 1:16. ; Jd 1:21 ). Aquele que crê no Filho de Deus tem o testemunho em si mesmo. A fé salvadora em Jesus Cristo resulta em um porão ao longo da vida sobre a vida eterna (cf. 3:23 ; 4: 2 , 15 ; 5: 1 , 4-5 ). Desde verdadeira fé persevera, aqueles que se afastam do evangelho revelam que eles nunca foram salvos em primeiro lugar (ver a exposição 1Jo 2:191Jo 2:19 no capítulo 9 deste volume).

Por outro lado, . a pessoa que não acredita que Deus fez dele um mentiroso Negar que Jesus Cristo é que Deus disse que Ele é, ao recusar-se a acreditar no testemunho que Deus deu a respeito de Seu Filho, torna Deus um mentiroso — que é a mais grave de todas as blasfêmias já que Deus é perfeita verdade e não pode mentir (cf. . Nu 23:19 ; . 1Sm 15:291Sm 15:29 ; Tt 1:2 ). Rejeitando o testemunho de Deus acerca de seu Filho não é uma desgraça para ser lamentada, ou esquecido em nome da tolerância. É um hediondo, condenando o pecado e uma afronta à natureza santa de Deus. Os culpados de que não devem ser tratados com condescendência, confortado, ou tranquilizou, mas confrontado e chamado ao arrependimento. Esta não é uma questão trivial; a integridade de Deus está em jogo.

João fechou nesta seção, definindo os resultados eternos das duas únicas respostas possíveis ao testemunho de Deus de Jesus Cristo: Aquele que tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Aqui, novamente, a exclusividade do evangelho é evidente.Somente aqueles que crêem testemunho do Pai ao Filho e reconhecer Jesus como Senhor e Salvador têm eterna vida, todos os que se recusam a fazer por isso não tem o Filho, e que, por isso não tem eterna vida.

A promessa gloriosa para aqueles que acreditam que o testemunho de Deus é que "todos quantos o receberam [Jesus], deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" ( Jo 1:12 ). Mas a séria advertência para aqueles que rejeitam ele é, "Como [você] escapar se [você] negligência tão grande salvação?" ( He 2:3 )

Estas coisas vos escrevo, a vós que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna. Esta é a confiança que temos Nele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos os pedidos que nos pediram Dele. Se alguém vir seu irmão cometer um pecado que não é para morte, pedirá, e Deus vontade para ele dar vida a aqueles que não pecam para a morte. Há um pecado para a morte; Eu não digo que ele deve fazer pedido para este. Toda injustiça é pecado, e há pecado que não é para morte. Sabemos que ninguém que nasce dos pecados Deus; mas aquele que nasceu de Deus o mantém, eo Maligno não lhe toca. Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no poder do maligno. E nós sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para que possamos saber o que é verdadeiro; e nós estamos naquele que é verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus ea vida eterna.Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. ( 5: 13-21 )

A vida neste mundo caído está repleto de incertezas, com poucas garantias e pouco que pode ser dependia. "O homem, que é nascido de mulher", lamentou Job, "é de curta duração e cheia de tumulto" ( 14:1 ; cf. Sl 39:5 ). Nesse meio tempo, a jornada da vida é repleta de dúvidas, perguntas e incertezas. Jobs desaparecer como as empresas encolhem e terceirizar. A volatilidade do mercado de ações, as flutuações da economia, aumento de impostos e criar mais incerteza. Relacionamentos vêm e vão, com a fidelidade das pessoas muitas vezes durando apenas enquanto suas necessidades sentidas estão sendo atendidas, ou até encontrar alguém mais atraente. A incerteza das relações fez acordos pré-nupciais comuns, como as pessoas tentam se proteger contra a ser explorado por seus parceiros de outrora. Em uma escala maior, os desastres naturais, como terremotos, furacões, tornados, incêndios e inundações, podem varrer em um instante os tesouros acumulados de uma vida.

A incerteza sobre o que o futuro nos reserva leva as pessoas a gastar uma percentagem significativa de sua renda em seguros, como eles tentam proteger contra todos os possíveis contingências negativas. Seguro de carro fornece uma medida de segurança em caso de acidente. A incerteza sobre o incêndio, roubo e desastres naturais leva as pessoas a comprar a cobertura para proteger suas casas. O seguro de saúde ajuda a proteger contra a ruína financeira em caso de doença grave; seguro de vida fornece dinheiro deve o arrimo de uma família morrer.

Mas a incerteza mais profunda com os resultados mais desastrosos não existe no reino material, mas no reino espiritual e eterna. Porque eles rejeitam o evangelho e estão sem Deus, as pessoas também estão sem esperança ( Ef 2:12 ), ou de protecção da ira divina e inferno eterno. A maioria das pessoas colocam sua esperança em falsas religiões ou ideologias pessoais para obtê-los em um estado eterno feliz. E é popularmente acredita que todas as religiões levam ao céu ea maioria das pessoas são boas, assim, eles estão indo para lá. O que não é popular é a realidade de que só a Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus, o evangelho o único caminho para o céu, e tudo o que não acredito que ele vá para o inferno para sempre.

Em um mundo de incertezas, o relativismo, e do engano, a Bíblia proclama a verdade absoluta. Cinco palavras, com base em absolutos bíblicos, enquadrar o paradigma.
A primeira palavra é a objetividade. A verdade é objetiva, e não subjetiva. Ela existe independentemente do lado de fora da mente humana, que tem sua origem em Deus, e vindo até nós pela revelação nas Escrituras ( Jo 17:17 ; cf. Sl 119:1:. Sl 119:151 , Sl 119:160 ; 2Tm 2:152Tm 2:15. ).

A segunda palavra é a racionalidade. A revelação de Deus é inteligível; não é místico, nem contém significados ocultos acessíveis apenas para a elite religiosa. Escritura dá o seu significado para a mente que se aproxima razoavelmente.

A terceira palavra é veracidade. A Bíblia, devidamente interpretadas de uma forma normal, racional, produz a verdade divina.

O quarto termo é autoridade. A verdade divinamente revelado de escritura carrega a autoridade de Deus, e, portanto, é obrigatório em tudo o que afirma.

A palavra final é incompatibilidade. Porque a Bíblia contém a verdade divina, nada que contradiga é errado. O compromisso da cristianismo bíblico a verdade absoluta torna exclusivo em um mundo inclusivo.

A Bíblia revela a verdade sobre como o universo começou, e como isso vai acabar; sobre por que as pessoas se comportam da maneira que eles fazem; sobre o que é certo eo que é errado; sobre o céu eo inferno, e como as pessoas chegam a esses lugares; sobre o que faz para as boas relações humanas; sobre as promessas de Deus; e, mais importante, a respeito do Senhor Jesus Cristo, incluindo Seu nascimento virginal, vida sem pecado, ensino incomparável, morte substitutiva, ressurreição literal, ascensão física, e segunda vinda.

Escritura está cheia de certezas absolutas, incluindo o fato de que o pecado tem consequências ( Nu 32:23. ); que a Bíblia é verdadeira ( Sl 19:7 ); que a justiça traz uma recompensa ( Pv 11:18. ); que só Deus é Deus ( Dt 4:39. ; Is 43:10. ;Is 45:6 ), os juízes de acordo com a verdade ( Ap 16:7:. Sl 119:75 ), é fiel ( . Dt 7:9. ) —inclusive seres humanos ( Sl 112:3 ; cf. . 14:33 Matt ; At 2:36 ), conhece todas as coisas ( Jo 16:30 ; Jo 21:17 ), foi enviado pelo Pai ( Jo 17:8 ), conhece os que são dele ( Jo 10:14 ; cf. 2Tm 2:192Tm 2:19. ), entrou na presença de Deus, em nome dos crentes ( Hb 6:19-20. ) , e vai voltar ( Ap 22:20 ); que a promessa da salvação de Deus é garantida ( Rm 4:16. ); que haverá uma ressurreição ( 19:25-27 ); que Deus faz com que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus ( Rm 8:28. ); que os pecadores não herdarão o reino de Deus ( Ef 5:5. ; cf. . 2Tm 1:122Tm 1:12 ).

João escreveu esta carta para fornecer seus leitores com certeza sobre tudo o que Deus revelou a respeito da salvação. O argumento formal da carta terminou em 05:12 , e os versículos 13:21 são o seu posfácio. Comentários Finais do João não são uma coleção de pensamentos aleatórios, no entanto, mas formam um poderoso clímax de tudo o que ele escreveu. Ao longo da carta, João já reciclou testes para identificar que é um verdadeiro cristão. Esses testes servem a um propósito polêmica; eles expõem os crentes falsos e os falsos professores-os anticristos enganadores. Mas eles também servem a um propósito pastoral, dando cada vez mais forte confiança e segurança para os crentes genuínos.

Como a epístola constrói a um grande, se familiar, crescendo, João se concentra em cinco coisas que os cristãos genuínos pode estar certo de: a vida eterna, respondeu a oração, a vitória sobre o pecado, que eles pertencem a Deus, e divindade de Cristo.

Vida Eterna

Estas coisas vos escrevo, a vós que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna. ( 05:13 )

A frase essas coisas varre para trás, para abranger toda a carta, como é evidente a partir de várias considerações. Em primeiro lugar, a mudança da segunda pessoa no versículo 12 ("Quem tem o Filho ... quem não tem o Filho ...") para a primeira pessoa (Estas coisas vos escrevo ...) sugere que o versículo 13 não se limita a continuar o fluxo de pensamento do verso anterior. Em segundo lugar, em 1: 4 João anunciou seu propósito por escrito; no versículo 13 ele olha para trás sobre o que ele tinha escrito. Juntos, os dois versículos afirmam propósito de João, por escrito, uma vez que é a certeza da vida eterna, que produz a plenitude da alegria. Finalmente, há um forte paralelo entre o versículo 13 e Jo 20:31 ("estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome"). Desde que o verso, sem dúvida, remete para todo o evangelho de João, a expressão paralela no versículo 13 provavelmente remete a toda a epístola. João escreveu seu evangelho para que as pessoas possam acreditar e ser salvos; ele escreveu sua primeira epístola de modo que aqueles que acreditam que sabem que estão a salvo.

Como tem sido evidente por toda parte, as bênçãos da salvação e garantia são apenas para aqueles que crêem no nome do Filho de Deus (conforme a discussão Dt 3:23 no capítulo 13 deste volume). Deus tem garantido a essas bênçãos para os cristãos, dando-lhes o Espírito Santo como uma promessa ( Ef 1:14 ). A apresentação de João intransigente da verdade em termos, não qualificados absolutos, os ataques implacáveis ​​dos falsos mestres, e a saída de alguns dos falsos crentes ( 02:19 ) abalaram seus leitores. O apóstolo assegurou-lhes que se passou nos testes doutrinais e práticos, eles poderiam saber ao certo que eles tinham a vida eterna.

Em seu sentido mais básico, a vida eterna é viver para sempre com Deus no céu ( Mt 25:46. ; Mc 10:30 ). Mas, como observado na discussão Dt 5:11 no capítulo anterior deste volume, o termo não se refere principalmente com a duração da vida, mas a qualidade de vida. A vida eterna é conhecer Jesus Cristo ( Jo 17:3 ), e compartilhar em sua vida. É um presente de posse, e não apenas uma esperança futura ( Jo 3:36 ; Jo 5:24 ; Jo 6:47 , Jo 6:54 ; Jo 10:28 ; 1Jo 3:151Jo 3:15 ), embora não se manifestará plenamente nesta vida. Mas vai chegar um dia no futuro, quando os crentes vida eterna já possuem deixará de ser encarcerado em seu pecaminoso, carne decaída. Naquele dia glorioso, eles vão experimentar a sua "adoção de filhos, a redenção do [o] corpo" ( Rm 8:23. ; cf. Fp 3:21. ; 1Jo 3:21Jo 3:2 ) —Será brilhar através deles sem nuvens por seus corpos mortais.

Oração Respondida

Esta é a confiança que temos Nele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos os pedidos que nos pediram Dele. Se alguém vir seu irmão cometer um pecado que não é para morte, pedirá, e Deus vontade para ele dar vida a aqueles que não pecam para a morte. Há um pecado para a morte; Eu não digo que ele deve fazer pedido para este. Toda injustiça é pecado, e há pecado que não é para morte. ( 5: 14-17 )

Como mencionado acima, a experiência completa da vida eterna espera por cristãos no céu. Mas, embora eles ainda não tenham entrado em sua herança eterna (cf. 1Pe 1:4 ), ou "abertura" ( At 28:31 ). A frase traduzida perante Ele tem o sentido de "em Sua presença." Através crentes Jesus Cristo ter "ousadia e acesso confiante" ( Ef 3:12 ) a Deus que lhes permite "aproximar-nos com confiança ao trono da graça, a fim de que [eles] de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna "( He 4:16 ).

A promessa de Deus é a certeza de que, quando os crentes corajosamente e livremente ir a Ele com os seus pedidos, Ele vai ouvir e responder. Se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, João escreveu, Ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos os pedidos que nos pediram Dele. auditor neste contexto refere-se a mais do que apenas Deus de estar ciente dos pedidos dos crentes; isso também significa que Ele concede os pedidos que nos pediram d'Ele. Isso não é nada menos do que um cheque em branco para pedir a Deus para qualquer coisa, mas ele vem com um qualifier importante: as solicitações devem ser de acordo com a Sua vontade.

Para orar segundo a vontade de Deus pressupõe, antes de tudo que está sendo salvo. Deus não é obrigado a responder as orações dos descrentes. Ele pode optar por fazê-lo quando ele se adapte Seus propósitos soberanos, mas Deus não obrigar-se a qualquer descrente. João ilustrou este princípio quando escreveu anteriormente neste epístola ", Amados, se o coração não nos condena, temos confiança diante de Deus; e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos as coisas que são agradáveis diante dele "( 3: 21-22 ). O Senhor Jesus Cristo fez uma declaração semelhante, registrada em Jo 15:7 : "Se eu atender à iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá" (cf. 1Pe 3:7 afirma a exigência de orar segundo a vontade de Deus:. "Tudo o que pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho Se você perguntar-me alguma coisa em meu nome, eu o farei. " Para orar em nome de Jesus é orar de acordo com quem Ele é, com o objetivo de trazer-Lhe glória. É seguir o padrão da sua oração-modelo: ". Venha o teu reino Sua vontade seja feita, assim na terra como no céu" ( Mt 6:10. ), e seu exemplo de humilde submissão à vontade do Pai quando orou no Getsêmani: "Pai, se quiseres, remove de mim este cálice; ainda não a minha vontade, mas a tua" ( Lc 22:42 ). O objetivo da oração não é para satisfazer nossos desejos egoístas (cf. Jc 4:3 ). Quando os crentes obedientes deleitar-se no Senhor, Ele vai plantar os desejos de seus corações para o que glorifica ( Sl 37:4. ). Tal apostasia final é imperdoável, como Jesus declarou:

Por isso eu digo a você, qualquer pecado e blasfêmia serão perdoados pessoas, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém disser alguma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo nem no mundo vindouro. ( Mateus 12:31-32. )

Oração para a restauração de tais pessoas para a irmandade da qual eles já partiram ( 1Jo 2:19 ) é inútil, porque "é impossível renová-los novamente para arrependimento, visto que novamente crucificando para si mesmos o Filho de Deus e colocá-lo à ignomínia "( He 6:6 ). Paulo escreveu aos Coríntios respeito daqueles que estavam abusando da mesa do Senhor, "Por esta razão, há entre vós muitos fracos e doentes, e uma série de sono [morreram]" ( 1Co 11:30 ). O pecado não é um pecado em particular, mas qualquer pecado que o Senhor determina é grave o suficiente para justificar tal castigo severo.

Ambos os pontos de vista acima refletem a verdade bíblica, e é difícil de ser dogmático quanto ao que João tinha em mente. Em ambos os casos, o ponto de João é que a oração para aqueles que cometem um pecado para a morte não irá resultar no resultado que poderia ser esperado.
Embora Deus misericordiosamente não pune imediatamente todo pecado com a morte, todo pecado é, no entanto, um assunto sério para Ele. Toda injustiça é pecado, João lembrou seus leitores, mesmo pecado que não leva à morte. Todo pecado é uma violação de sua lei e uma afronta a Deus, e deve ser confessado ( 1: 9 ; Sl 32:5 ), e mortificado ( Rm 8:13. ; Cl 3:5 ; Rm 6:16 ), desafiante, aborrecedores rebeldes de Deus ( Sl 5:10. ; Sl 68:1 ; Cl 1:13 ). Em suma, eles são "mortos em [suas] delitos e pecados" ( Ef 2:1 , Sl 119:163 , Sl 119:165 ) e não pode habitualmente vivem em violação da mesma (cf. I João 2:3-4 ; 1Jo 3:24 ; 1Jo 5:3. ; Jo 1:29 ). Finalmente, o pecado é incompatível com a obra do Espírito Santo, que nas novas plantas de nascimento o princípio da vida divina no resgatadas ( 1Pe 1:23 ; 1Jo 3:91Jo 3:9 )

A não resgatados são "escravos do pecado", mas os redimidos são "obedientes do coração" a lei de Deus, e, portanto, "tendo sido libertados do pecado, [eles] são escravos da justiça." Enquanto o resultado inevitável para aqueles que vivem no pecado é a morte espiritual ( Rm 6:23 ), aqueles que "foram libertados do pecado e escravizado a Deus" ganho "a vida eterna."

Um crente nunca pode cair para trás em um padrão de pecado porque ininterrupta . Aquele que nasceu de Deus o mantém Esta segunda referência a um nascido de Deus é Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus ( Jo 1:14 ; Jo 3:16 , Jo 3:18 ; He 1:5 ; cf. At 26:18 ; 2Tm 2:262Tm 2:26. ; Hb 2:14-15. ) . Satanás pode tentar e perseguir os santos, como fez com Jó ( 1:2 ) e Pedro ( Lc 22:31 ), mas ele nunca poderá recuperá-los. Jesus não deixará de manter os remidos ( Jo 10:28 ; 2Tm 1:122Tm 1:12. ; Jude 24-25 ), a quem foi dada a Ele pelo Pai ( Jo 6:37 , Jo 6:39 ; Jo 17:2 ,Jo 17:9 , Jo 17:24 ). Cristo é a "âncora da alma" para os crentes, proporcionando-lhes "uma esperança segura e firme e que penetra além do véu, onde Jesus entrou como um precursor para nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec "( Hb 6:19-20. ).

A Bíblia fala dos cristãos manter-se. Eles são para se manter puro ( 1Tm 5:22. , guardar os mandamentos de Deus () 1Jo 3:22 ), mantenha a fé ( 2Tm 4:7 ), manter a Palavra de Deus (1Jo 2:5. ). Chegando ao fim de sua vida, com o martírio iminente, Paulo ainda afirmava: "O Senhor me livrará de toda obra do mal, e me levará salvo para o seu reino celestial; a Ele seja a glória para todo o sempre Amém." ( 2Tm 4:18 ).

Em segundo lugar, o poder de Deus garante a segurança dos crentes; o que Ele prometeu, Ele pode entregar. Em Rm 5:10 , Paulo aponta que uma vez que Deus tem o poder de fazer a maior obra da redenção, Ele certamente é poderoso o suficiente para fazer o trabalho de menor de preservação: "Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus através da morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. "

Em terceiro lugar, eterno, imutável propósito de Deus para salvar os eleitos ( Mt 25:34. ; Ef 1:4. ; 2Tm 1:92Tm 1:9 ), pede ao Pai para preservar os eleitos.

Em quinto lugar, união inseparável dos crentes com Cristo ( Rm 6:3-5. ; cf. 1Co 6:171Co 6:17 ), garante a sua preservação.

Em sexto lugar, o alto preço que Deus pagou para redimir os eleitos-o sangue de seu Filho ( At 20:28 ; He 9:12 ) —guarantees que Ele não vai perdê-los.

Em Romanos 8:31-39 , Paulo eloquentemente resume a certeza absoluta de que Deus vai preservar sua própria:

Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como também não vai com ele, ele nos dará todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? Deus é o único que justifica; que é aquele que condena? Cristo Jesus é Aquele que morreu, sim, em vez que foi criado, que está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Assim como está escrito: "Por amor de ti estamos sendo condenado à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro." Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Que pertencemos a Deus

Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no poder do maligno. ( 05:19 )

Apesar da existência de inúmeras entidades políticas, culturais e sociais no mundo, existem na realidade apenas dois reinos. É privilégio reconfortante dos crentes, além de ter a vida eterna, respondeu a oração, e vitória sobre o pecado, para saber que eles pertencem a Deus. Embora eles existem neste mundo, eles não são parte dele ( Jo 15:19 ; Jo 17:14 ), "peregrinos e forasteiros" ( 1Pe 2:11 ; cf. 1Pe 1:1 ; . 1Cr 29:151Cr 29:15 ; Sl 119:19. ).

Por outro lado, todo o mundo -sua política, economia, educação, entretenimento, e, acima de tudo, a sua religião- está no poder do maligno. O sistema mundial mal é inimiga de Deus e os crentes ( João 15:18 —19 ), como João observado anteriormente neste epístola (veja a discussão sobre 03:13 no capítulo 12 deste volume). Ele segue o exemplo do seu governante, Satanás ( Jo 12:31 ; Jo 14:30 ; Jo 16:11 ; cf. Ef 2:2 ), o arquiinimigo de Deus e Seu povo. Porque o mundo está completamente sob a influência de Satanás, os crentes devem evitar ser contaminado por ele ( 2: 15-17 ; cf. Jc 1:27 ).

Não há meio termo, nem terceira opção. Todo mundo faz parte do reino de Deus, ou de Satanás. Nas palavras de Jesus: "Quem não é comigo é contra mim; e quem não recolhe comigo, espalha" ( Lc 11:23 ). Ou, como Tiago declara scathingly: "Você adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus?" ( Jc 4:4 ), Jesus nos deu entendimento para que possamos saber o que é verdadeiro. Mas além da mera conhecimento, os cristãos têm uma união pessoal com Aquele que é verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo (cf. Rm 8:1 ; 2Co 5:172Co 5:17. ; 1Pe 5:141Pe 5:14 ). A Bíblia ensina que a única maneira de conhecer o Deus vivo e verdadeiro é através de Jesus Cristo. Ninguém pode ser salvo, que não acredita em Cristo, pois não há salvação sem Ele (cf. 2: 1-2 ; 04:10 , 14 ; 5: 1 ; Jo 14:6 ).

Uso tríplice de João da palavra alethinos (Verdadeiro) neste versículo enfatiza a importância de compreender a verdade em um mundo cheio de mentiras de Satanás. A última utilização dos pontos de prazo para a verdade mais importante de tudo, de que Jesus Cristo é o verdadeiro Deus ea vida eterna. A divindade de Jesus Cristo é um elemento essencial da fé cristã, e ninguém que rejeita ele pode ser salvo. (Para uma defesa bíblica detalhada da divindade de Cristo, ver João 1:11 , A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, 2006], capítulo 1).

Aviso do João conclusivo, Filhinhos, vocês guarda de ídolos, reflete a importância crucial de adorar o verdadeiro Deus, exclusivamente. O perigo da idolatria foi especialmente grave em Éfeso (onde João provavelmente escreveu esta carta), centro do culto da deusa Artemis (Diana). Algumas décadas antes, o ministério do apóstolo Paulo tinha acendido um motim por seus adoradores zelosos ( Atos 19:23-41 ). Mas o perigo não se limitou a Éfeso, como a advertência de Paulo aos Coríntios: "Você não pode beber o cálice do Senhor e do cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios" ( 1Co 10:21 ), indica. Apesar de poucos em nossa cultura contemporânea adoram ídolos físicas, a idolatria é generalizada, no entanto. Qualquer coisa que as pessoas elevar acima de Deus é um ídolo do coração. Cada "altivez que se levante contra o conhecimento de Deus" ( 2Co 10:5 ). Enquanto o mundo se depara cegamente na escuridão ( . Jr 13:16 ), a Palavra de Deus é para os santos "lâmpada para os [seus] pés e luz para o [seu] caminho" ( Sl 119:1:. Sl 119:105 ), pois "o mandamento é uma lâmpada eo ensinamento é leve "( Pv 6:23 ).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de I João Capítulo 5 do versículo 1 até o 21

I João 5

O amor na família de Deus — 1Jo 5:1-2

Ao escrever esta passagem, percebemos que João tinha duas coisas em mente.

  1. Estava presente em seu ânimo o fato que é básico em tudo seu

pensamento, o fato de que o amor de Deus e o amor dê os homens são partes inseparáveis de uma mesma experiência. Respondendo a pergunta do escriba, Jesus havia dito que havia dois grandes mandamentos. O primeiro estabelecia que devemos amar a Deus com todo nosso coração, alma, mente e forças; e o segundo, que devemos amar a nosso próximo

como a nós mesmos. Não há nenhum outro mandamento maior que estes dois (Mar. 12:28-31). Na mente de João estava esta palavra de seu Senhor.

  1. Mas, por outro lado, havia também em sua mente uma lei humana natural da vida humana, O amor familiar é parte da natureza. O

menino ama natural e instintivamente a seus pais; e com a mesma naturalidade ama a seus irmãos e irmãs que seus pais lhe deram. A

segunda parte deste versículo diz literalmente: “Todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido”. Dito de uma maneira mais simples isto significa: "Se amamos ao pai, também amamos a seu

filho". Assim pensa João do amor que naturalmente ata um homem ao pai que o gerou, e aos outros filhos que esse pai gerou.

João transfere esta reflexão ao âmbito do pensamento e da experiência cristãos. O cristão é alguém que nasce de novo; passa pela

experiência de nascer de novo. Neste caso, o pai que o gera não é o pai carnal: é Deus. E o cristão está obrigado a amar a Deus por tudo o que Deus tem feito por sua alma. Mas o nascimento ocorre sempre dentro de

uma família, e o cristão nasce dentro da família de Deus. Para ele como para Jesus aquele que faz a vontade de Deus é sua mãe, sua irmã e seus irmãos (Mc 3:35). De maneira que, se o cristão ama a Deus, o Pai

que o gerou, também deve amar aos outros filhos que Deus gerou. Seu amor para com Deus, como seu amor para com seus irmãos e irmãs, devem ser parte de um mesmo amor, e tão intimamente entrelaçados que

nada possa jamais separá-los .

Alguém escreveu: "O homem nasceu não só para amar, mas também para ser amado".

Como disse A. E. Brooke: "Todo aquele que é nascido de Deus,

deve amar aqueles que foram enobrecidos da mesma maneira".

Muito antes disto, o salmista tinha escrito: “Deus dá um lar aos solitários” (Sl 68:6, NVI). O cristão, em virtude de seu novo

nascimento, passa a integrar a família de Deus, e como ama ao Pai, assim também deve amar a seus filhos e guardar seus mandamentos.

A OBEDIÊNCIA NECESSÁRIA

1 João 5:3-4a

Em várias ocasiões João volta para uma idéia que nunca está longe da superfície de sua mente e do centro de seu pensamento. A obediência

é a única prova do amor. Não podemos provar nosso amor para com alguém de nenhuma outra maneira que procurando agradá-lo e alegrá-lo. O amor pode exemplificar-se unicamente mediante a obediência.

Logo quase inesperadamente, João diz algo ainda mais surpreendente. Os mandamentos de Deus não são pesados. Aqui devemos assinalar duas coisas. Certamente João não quis dizer que a

obediência aos mandamentos divinos seja algo fácil de obter. O amor cristão não é assunto fácil. Nunca é coisa fácil amar aqueles que nós não gostamos, aqueles que freqüentemente machucam nossos sentimentos, as pessoas que às vezes nos insultam ou injuriam. Nunca é fácil resolver o

problema de viver juntos; e quando esse problema desemboca na necessidade de viver juntos segundo as normas da vida cristã, realmente se torna uma tarefa imensamente difícil. Ainda mais: há nesta afirmação

um contraste implícito. Jesus disse dos escribas e fariseus que “atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens” (Mt 23:4, NVI). A massa de regras e normas dos escribas e fariseus podia ser

uma carga insuportável sobre as costas de qualquer. Sem lugar a dúvida, João está lembrando que Jesus havia dito: “O meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11:30). Como explicar isto, então? Como poder

expressar que os tremendos mandamentos e exigências de Jesus não são um fardo pesado para ninguém? Há três respostas a esta pergunta.

  1. É da natureza de Deus não impor a ninguém um mandamento

sem lhe dar previamente forças suficientes para obedecê-lo. Com a visão chega o poder. Com a necessidade chega a força. Deus não nos dá seus mandamentos e logo desaparece e nos deixa abandonados a nossas próprias forças. Ele está sempre ao nosso lado e em nossos próprios corações para nos capacitar para levar a cabo o que ele nos mandou. O

dever de Deus leva sempre consigo a inspiração de Deus. O que é impossível para nós, é possível para Deus, visto que com sua ajuda todas as coisas são possíveis. Um dos atos da experiência humana é que nunca sabemos o que podemos fazer até que chega a ocasião de tentá-lo. O impossível está sempre transformando-se em possível para o homem que quer tentar algo com Deus.

  1. Mas há aqui, além disso, outra grande verdade. Nossa total resposta a Deus deve ser a resposta do amor; e para o amor nenhuma

obrigação é muito dura nem nenhuma tarefa muito grande. O que nunca faríamos por um estranho, o tentamos por alguém que amamos. O que nunca daríamos a um estranho, damo-lo alegremente a alguém que

amamos. O que seria para nós um sacrifício impossível se um estranho o pedisse, converte-se numa dádiva voluntária quando o pede o amor.

Há uma velha história, freqüentemente lembrada, que ilustra isto a

modo de parábola. Alguém se encontrou uma vez com um rapaz que ia para a escola, na época em que ainda não havia transporte público. O rapaz levava um pequeno sobre suas costas; o garotinho era aleijado e não podia valer-se por si mesmo. O forasteiro perguntou ao rapaz: "Você o leva todos os dias?" "Sim", respondeu o rapaz. "É uma carga pesada para você", disse o estranho. "Não é uma carga", respondeu o rapaz. "É meu irmãozinho". O amor aliviava seu peso. O mesmo deve ocorrer conosco e Cristo. Seus mandamentos não são pesados, constituem um privilégio; porque ao ter a oportunidade de suportá-los temos a oportunidade de mostrar nosso amor.

Os mandamentos de Cristo não são um fado, visto que Cristo jamais deu a ninguém um mandamento sem provê-lo ao mesmo tempo da força necessária para cumpri-lo; e todo mandamento a que somos submetidos, oferece-nos uma nova oportunidade para mostrar nosso amor.

Deixamos a terceira resposta para a outra seção.

A CONQUISTA DO MUNDO

1 João 5:4b-5

  1. Vimos que os mandamentos de Jesus não são pesados nem incômodos, porque junto com o mandamento chega o poder, e porque o

aceitamos em amor. Obedecê-los é receber a oportunidade de manifestar nosso amor e, portanto, não se trata de um fardo, mas sim de um privilégio. Mas fica ainda outra grande verdade. Há algo no cristão que o

capacita a conquistar o mundo. O mundo, o kosmos, é o mundo afastado de Deus, o mundo que confronta a Deus, o mundo que procura nos levar a esquecer de Deus, e abandonar os critérios de Deus. O que nos capacita

a vencer o mundo é a fé.

O que é, pois, a fé vencedora? João mesmo a define. É a fé em que Jesus é o Filho de Deus. Quer dizer, a fé que vence é fé na Encarnação. Por que é isto tão importante e fator de vitória? Se cremos na

encarnação, cremos que em Jesus Cristo Deus entrou no mundo e tomou sobre si nossa vida humana. Se Deus procedeu dessa maneira, significa que Deus se preocupou tanto pelos homens para deixar de lado sua

glória e tomar sobre si as limitações da humanidade, o qual configura um sacrifício impossível de compreender, e um gesto de amor que ultrapassa todo entendimento humano. Se Deus fez isto, significa que Deus

compartilhou em todo sentido as múltiplas atividades da vida humana, e conhece as muitas e muito diversas aflições e pesares e tentações desta vida e deste mundo. Significa que Deus está envolto na situação do

homem. Significa que Deus entende plenamente o que nos sucede. Significa que Deus está conosco na empresa de viver. A fé na encarnação é a convicção de que Deus se preocupa e compartilha. Uma

vez que adquirimos esta fé, sucedem certas coisas.

  1. Dispomos de defesas para resistir os ataques do mundo. Por toda parte nos pressionam as normas e os motivos mundanos. Por toda parte aparece a fascinação das coisas más. De dentro e de fora se fazem

presentes as tentações que são parte da situação humana numa sociedade e num mundo despreocupados de Deus, e freqüentemente hostis a Ele. Mas uma vez que estamos certos, e sempre conscientes, da presença permanente de Deus em Jesus Cristo conosco, dispomos de uma poderosa prevenção contra as infecções do mundo. A experiência cotidiana nos ensina que a bondade se torna muito mais fácil em companhia de gente boa. E se cremos na encarnação, vivemos na contínua presença de Deus em Jesus Cristo.

  1. Temos uma força para suportar os ataques do mundo. A vida está repleta de oportunidades que procuram fazer desviar a nossa fé de seu caminho. Há infortúnios, coisas que nos sucedem, que vão além de nossa compreensão. Há desilusões da vida, que procuram nos despojar de nossos sonhos. Para muitos de nós há constantes fracassos, que buscam nos fazer sentir que tudo é inútil, e que o melhor seria abandonar a luta. Mas se cremos na encarnação, cremos num Deus que suportou Ele mesmo todas estas coisas, até a própria cruz, e que pode socorrer a outros que se encontrem em situações semelhantes, porque Ele mesmo passou por elas.
  2. Temos a indestrutível esperança da vitória final. O mundo fez todo o possível contra Jesus. Perseguiu-o implacavelmente e o difamou.

Chamou-o de herege, pecador e amigo dos pecadores. Julgou-o, condenou-o e crucificou e ofendeu. Fez todo o humanamente possível por quebrantá-lo e eliminá-lo mas fracassou. Depois da cruz veio a Ressurreição, e depois da vergonha sobreveio a glória. Esse é o Cristo

que está em nós. Temos junto conosco Aquele que viu a vida em sua maior escuridão, Aquele a quem a vida deu o pior, Aquele que morreu e não pôde ser retido pela morte, Aquele que nos oferece parte nessa sua

vitória. Se cremos na encarnação, na vida, na morte e na ressurreição de Jesus Cristo, então temos para sempre junto conosco o Cristo vitorioso que nos torna vencedores.

A ÁGUA E O SANGUE

I João 5:6-8

Plummer, ao começar a comentar esta passagem diz: "Este é a passagem mais confusa na Epístola, e uma das mais confusas no Novo

Testamento". Sem dúvida alguma, se conhecêssemos as circunstâncias em que João escreveu, se tivéssemos cabal conhecimento das heresias contra as quais estava defendendo os crentes, se pudéssemos reconstruir

todo o pano de fundo de seu pensamento, o significado seria claro; mas com o que temos à mão, só podemos fazer conjeturas. Entretanto sabemos o suficiente do pano de fundo para estar bem seguros de poder

chegar ao significado das palavras de João.

Devemos notar, por agora, dois fatos. Em primeiro lugar, está claro que as palavras água e sangue associadas a Jesus têm para João um significado místico e simbólico muito particular. No relato joanino da

crucificação há um chamativo par de versículos:

Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que diz a verdade, para que também vós creiais. (João 19:34-35).

Evidentemente, João atribui particular importância a esse incidente, e o garante com um muito especial certificado de evidência. Para João, as palavras água e sangue com relação a Jesus, comunicam uma parte essencial do significado do Evangelho.

O primeiro versículo da passagem está expresso obscuramente: “Este é Jesus Cristo que veio por meio de água e sangue” (1Jo 5:61Jo 5:6). Significa que Ele é quem entrou em seu messianismo ou aquele que foi revelado como o Cristo mediante água e sangue.

Associadas a Jesus, a água e o sangue podem referir-se só a dois acontecimentos de sua vida. A água deve referir-se a seu batismo; o sangue deve referir-se a sua cruz. Assim, pois, João nos está dizendo que

o batismo e a cruz de Cristo são ambos elementos essenciais de seu messianismo. E acrescenta que Ele veio, não só mediante água, mas mediante água e sangue. Está claro, pois, que deve ter havido alguns que diziam que Jesus veio mediante a água, mas não mediante o sangue, quer dizer, que seu batismo era parte essencial de seu messianismo, mas não sua cruz. Isto nos proporciona a chave do que há atrás da passagem.

Várias vezes vimos que atrás desta passagem se esconde a heresia do gnosticismo. Também vimos que os gnósticos criam que o espírito

era totalmente bom, e a matéria algo absolutamente mau. Esta crença fazia com que rejeitassem plenamente qualquer doutrina da encarnação plena, e portanto negassem que Deus tivesse vindo em carne. Não

podiam envolver a Deus na carne, e menos ainda podiam envolver o Deus sereno, distante e espiritual nos sofrimentos da carne. A fé que eles tinham — nos conta Irineu — estava em grande medida associada a

Cerinto, um de seus mais ilustres representantes, e contemporâneo de João. Irineu nos conta que Cerinto pensava que no batismo, Cristo desceu desde o poder que está acima de todas as coisas, e entrou no

homem Jesus em forma de uma pomba; Jesus, unido como esteve ao Cristo que tinha descido sobre si, trouxe aos homens a mensagem do Deus até então desconhecido, e viveu em perfeita virtude. Finalmente, o

Cristo se separou do homem Jesus e voltou para sua glória, e só o homem Jesus foi crucificado no Calvário, e ressuscitou depois. Em outras palavras, Cerinto pensava que Jesus chegou a ser divino no batismo, que a divindade o abandonou antes da cruz, e que portanto

morreu sendo simplesmente homem.

É evidente que semelhante teoria despoja a vida e morte de Jesus de todo valor para nós. Tentando proteger a Deus de todo sofrimento

humano e de todo contato com a situação humana, desloca-o do ato da redenção, e esvazia a cruz de todo o seu significado.

João está dizendo-nos que a cruz é um elemento essencial no

significado de Jesus, e que Deus esteve presente na morte de Jesus da

mesma maneira que em sua vida. Que em Jesus, o homem Jesus, Deus viveu e sofreu real e verdadeiramente pelos homens.

O TRÍPLICE TESTEMUNHO

1 João 5:6-8 (continuação)

João prossegue falando de um tríplice testemunho.

Existe o testemunho do Espírito. João está pensando em três coisas.

  1. O relato do Novo Testamento não deixa nenhuma dúvida ao dizer que no batismo de Jesus, o Espírito desceu sobre Ele da maneira mais extraordinária (Marcos 1:9-11; Mateus 3:16-17; Lucas 3:21-22; At 10:38; João 1:32-34). No batismo, houve uma descida do Espírito sobre Jesus em plenitude e permanência inigualáveis.
  2. Também o Novo Testamento relata com clareza que, enquanto João veio para batizar os homens com água, Jesus veio para batizá-los

com o Espírito (Mc 1:8; Mt 3:11; Lc 3:16; At 1:5; At 2:33). Jesus veio trazer aos homens o Espírito de uma maneira completamente nova. Trouxe aos homens o Espírito com uma plenitude e um poder até

então desconhecidos.

  1. A história da Igreja primitiva é a prova de que isto não foi uma pretensão inútil e vazia, mas sim algo que realmente ocorreu de uma

maneira visível e inegável. Começou no Pentecostes (At 2:4), e se repetiu várias vezes na história e experiência da Igreja (At 6:17; At 10:44). Jesus tinha o Espírito, e podia dá-lo aos homens; e a permanente

evidência do Espírito na 1greja foi — e segue sendo — um inegável testemunho da verdade e continuidade do poder de Jesus Cristo.

Existe o testemunho da água. No batismo de Jesus esteve o

testemunho do Espírito que descendeu sobre Ele. Foi, de fato, esse acontecimento aquele que revelou a João Batista quem era Jesus. Agora, João pensa que na 1greja primitiva esse testemunho foi exercido e mantido no batismo cristão. Devemos lembrar que nesses primeiros tempos da história da Igreja o batismo era para os adultos, como a

confissão de fé e a recepção na 1greja de homens e mulheres que provinham diretamente do paganismo, com o qual tinham quebrado definitivamente, e que estavam começando uma nova maneira de viver. Então sucediam coisas no batismo cristão. Um homem era inundado sob a água e morria com Cristo; emergia e ressuscitava para uma nova vida com Cristo. Em Cristo era uma nova criatura; nascia para uma nova vida. Portanto o batismo cristão era um testemunho da continuidade do poder de Jesus Cristo. Atestava que Ele ainda vivia, e que realmente era divino.

Estava o testemunho do sangue. O sangue era a vida. Em qualquer sacrifício o sangue era consagrado a Deus, e só a Deus. A morte de Cristo era o sacrifício perfeito. Na cruz, seu sangue foi derramado a Deus. Os homens sentiram que esse sacrifício os beneficiava, que os redimia, e que os reconciliava com Deus, dando-lhes paz com Deus. Continuamente na 1greja, a Ceia do Senhor, a Eucaristia foi e é observada. Nela, o sacrifício de Cristo fica completamente realizado; e nela se dá aos cristãos não só a oportunidade de agradecer a Cristo por seu sacrifício feito uma vez para sempre, mas também a oportunidade de aproveitar seus benefícios e acolher-se a seu poder curador. Isto sucedeu. Na mesa do Senhor, os homens se encontraram com o Senhor, e experimentaram seu perdão, e a paz de Deus que Ele lhes traz. Os homens ainda participam da mesma experiência e, portanto, tal celebração é um testemunho contínuo do poder expiatório do sacrifício de Jesus Cristo.

O Espírito, a água e o sangue, os três juntos, põem de manifesto o genuíno messianismo, a autêntica vocação de Filho e a perfeita tarefa

salvadora deste homem Jesus, em quem estava Deus. O contínuo dom do Espírito, a contínua morte e ressurreição no batismo, a contínua

disponibilidade do sacrifício na mesa do Senhor, são ainda as testemunhas de Jesus Cristo.

Nota sobre 1Jo 5:7

Omitimos em sua totalidade este versículo. Diz: "Porque três são os que dão testemunho no céu: o Pai, o Verbo e o Espírito Santo; e estes três são um". Nenhuma das mais recentes traduções o inclui. É seguro que não pertence ao texto original.

Vejamos por quê. Primeiro, não aparece em nenhum manuscrito grego anterior ao século XIV. Os grandes manuscritos pertencem aos

séculos 3 e IV, e não aparece em nenhum deles. Nenhum dos grandes Pais da igreja primitiva o conheceu. A versão original da Vulgata de Jerônimo tampouco o inclui. A primeira pessoa que o cita é um herege

espanhol chamado Prisciliano, morto no ano 385 d.C. Daí em diante se deslizou, pouco a pouco, nos textos latinos do Novo Testamento, ainda que, como vimos, não conseguiu entrar em nenhum dos manuscritos

gregos.

Então como ficou incorporado ao texto? Originalmente deve ter sido uma anotação ou comentário escrito na margem. Visto que parecia

oferecer uma boa evidência escriturística da doutrina da Trindade, chegou paulatinamente a ser aceito pelos teólogos como uma parte do texto, especialmente nas épocas anteriores das investigações críticas,

antes que se tivessem descoberto os grandes manuscritos.

Mas como se manteve, e de que maneira chegou às primeiras versões modernas? O primeiro testamento grego foi publicado por Erasmo em 1516. Erasmo foi um mestre excepcional, e como sabia que

este versículo não pertencia ao texto original, tampouco o incorporou à sua primeira edição. Por então os teólogos aceitavam e usavam o texto em questão. Por exemplo, tinha sido impresso na 5ulgata Latina de

1514. Portanto Erasmo foi criticado por omiti-lo. Sua resposta foi que se alguém podia lhe mostrar um manuscrito grego que contivera essas palavras, ele a incluiria numa seguinte edição. Alguém apresentou um

daqueles tardios e deficientes manuscritos gregos em que aparece o

versículo, e então Erasmo, fiel a sua palavra, mas muito contra seu juízo e vontade, imprimiu-o em sua edição do ano 1522.

O próximo passo o deu Stéfano, quem em 1550 imprimiu sua grande edição do Novo Testamento grego. Esta edição de 1550 chegou a

ser — Stéfano lhe deu o nome ele mesmo — o "Textus Receptus" (Texto Recebido), que foi reimpresso durante os séculos subseqüentes e foi a base das traduções clássicas como a Inglesa Autorizada e a Reina-Valera espanhola. Não há, é obvio, nada mau neste versículo; mas os eruditos

modernos sustentam com suficiente autoridade que João não o escreveu e que se trata de um comentário ou adição a suas palavras muito posterior. Daí ser omitido em todas as traduções modernas.

O TESTEMUNHO QUE NÃO SE PODE NEGAR

1 João 5:9-10

Atrás desta passagem há duas idéias básicas.

Está presente a idéia do Antigo Testamento do que constitui um testemunho adequado. A lei do Antigo Testamento era muito clara:

“Uma só testemunha não é suficiente para condenar alguém de algum crime ou delito. Qualquer acusação precisa ser confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas” (Dt 19:15, NVI; conforme Dt 17:6).

Um testemunho de três testemunhas humanas é suficiente para estabelecer qualquer fato. Quanto mais deverá considerar-se convincente um tríplice testemunho divino, o testemunho do Espírito, da água e do

sangue.

Segundo, a idéia do testemunho é uma parte integral do pensamento de João. No Evangelho encontramos diferentes testemunhos, todos

referidos a Jesus Cristo. João Batista é uma testemunha de Jesus (Jo 1:15; 1:32-34; Jo 5:33). As obras de Jesus dão testemunho dEle (Jo 5:36). As Escrituras dão testemunho do (Jo 5:39). O Pai que o enviou dá testemunho dEle (João 5:30-32,Jo 5:37; Jo 8:18). O Espírito é uma testemunha

dEle. "Quando vier o Consolador... o Espírito de verdade... Ele dará

testemunho de mim" (Jo 15:26). O argumento de João é que todos estes testemunhos convergem em Jesus Cristo.

João prossegue utilizando uma expressão que é sua favorita em seu Evangelho. Fala daquele que "crê no Filho de Deus". Há uma imensa

diferença entre acreditar em alguém e crer em alguém. Se acreditamos em alguém não fazemos mais que aceitar o fato de que o que diz num momento dado é verdade. Não fazemos outra coisa senão aceitar que em determinada circunstância o que esse homem nos diz é a verdade. Se

cremos em alguém aceitamos a essa pessoa em sua totalidade e tudo o que ela significa, com plena confiança e fé. Não só estaríamos preparados para crer em sua palavra, mas também para confiar-lhe nossa

vida. Crer em Jesus Cristo não só é aceitar como verdadeiro o que Ele diz; é depositar toda nossa vida em suas mãos e sob sua direção; é colocar-nos em suas mãos agora e pela eternidade.

Quando a pessoa age desta maneira, o Espírito Santo que habita nele dá testemunho de que está procedendo corretamente. O Espírito Santo é aquele que lhe dá a convicção da importância e o valor último de

Jesus Cristo, e aquele que lhe assegura que procede bem ao realizar esse ato de entrega a Ele. Quem recusa proceder deste modo, está rejeitando as sugestões do Espírito Santo em seu coração. Está-se negando a ouvir o

mensageiro de Deus.

Agora, um homem que recusa aceitar este testemunho, também recusa aceitar a evidência dos homens que experimentaram o que Cristo pode fazer, a evidência das obras de Cristo, a evidência das Escrituras, a

evidência do Espírito Santo, a evidência do próprio Deus. Não faz outra coisa senão chamar a Deus mentiroso. Não crê no testemunho de Deus. Por isso mesmo João diz que o homem que rejeita as evidências com que

a vida e Deus o confrontam, está chamando a Deus mentiroso — e isto é uma blasfêmia muito mais grave que qualquer outra.

A ESSÊNCIA DA

1 João 5:11-13

Com este parágrafo termina a Carta e o que segue é de fato uma pós-data. E a Carta finaliza com uma afirmação da verdadeira essência

da fé cristã. A essência da fé cristã é a vida eterna. O que é, pois, a vida eterna e quais os seus dons e características?

O termo grego para eterno é aionios. Significa muito mais que a

simples expressão para sempre. Uma vida sem fim poderia ser uma maldição e nunca uma bênção, uma carga pesada antes que um dom maravilhoso. Há só uma pessoa a quem pode aplicar-se corretamente a palavra aionios, e essa pessoa é Deus. No real sentido do termo, só Deus possui e habita na eternidade. A vida eterna não é, portanto, outra coisa senão a vida do próprio Deus. O que se nos prometeu é que aqui e agora podemos ter parte na verdadeira vida de Deus.

Em Deus há paz e, portanto, vida eterna significa serenidade. Isso equivale a nos libertar dos temores que acossam a experiência cotidiana. Em Deus há poder, e por tanto, vida eterna significa derrota das frustrações. Equivale a viver uma vida repleta do poder de Deus, uma vida vitoriosa sob qualquer circunstância. Em Deus há santidade e, portanto, a vida eterna equivale à derrota do pecado. Significa uma vida vestida com a pureza de Deus, e armada com uma defesa contra os turvos ataques do mundo. Em Deus há amor e, portanto, a vida eterna significa o fim do rancor e do ódio. Equivale a uma vida que tem o amor de Deus em seu coração, e o invencível amor do homem em todos seus sentimentos e ações. Em Deus há vida e, portanto, a vida eterna significa a derrota da morte. Equivale a uma vida indestrutível, porque vive na indestrutível vida do próprio Deus.

João tem a convicção de que essa vida vem em Jesus Cristo, e de nenhuma outra maneira. Por que tem que ser assim? Se a vida eterna for a vida de Deus, significa que só podemos adquirir essa vida quando

conhecemos a Deus, e quando estamos em condições de nos aproximar

de Deus, e repousar nEle. E só podemos fazer estas duas coisas em Jesus Cristo. Só o Filho conhece plenamente o Pai e, portanto, só Jesus Cristo pode nos revelar plenamente como é Deus. Como diz João em seu Evangelho: “Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou” (Jo 1:18). E só Jesus Cristo pode nos levar à presença de Deus. Em Jesus Cristo é-nos aberta uma nova e incitante vida na presença de Deus (Hebreus 10:19-23).

Podemos estabelecer uma simples analogia. Se queremos encontrar a alguém que não conhecemos, que se move num âmbito completamente

diferente ao que nos movemos, só podemos formalizar esse encontro mediante alguém que conheça essa pessoa, e que esteja disposto a nos

apresentar. Isso é o que precisamente faz Jesus conosco a respeito de Deus: a vida eterna é a vida de Deus, e só podemos encontrar essa vida mediante Jesus Cristo.

O FUNDAMENTO E O PRINCÍPIO DA ORAÇÃO

1 João 5:14-15

Aqui nos fala do fundamento e do princípio da oração.

  1. O fundamento da oração é o simples fato de que Deus nos ouve. A palavra traduzida por confiança é extremamente interessante. Trata-se

do termo parresia. Originalmente significava liberdade de palavra, essa liberdade para falar corajosamente que existe numa verdadeira e grande democracia. Posteriormente chegou a denotar qualquer classe de

confiança e arrojo. Com Deus, temos liberdade para falar. Deus sempre está atento. Ele está mais disposto a ouvir que nós a orar. Sempre está esperando. Jamais precisamos nos esforçar diante de Deus, ou pressioná-

lo a que nos preste atenção. Está aguardando que cheguemos a Ele. Valendo-nos de uma analogia muito humana, sabemos perfeitamente de que maneira aguardamos alguma vez a chegada do carteiro ou a chamada do telefone com alguma mensagem de alguém a quem amamos. Com

toda reverência, podemos dizer que o mesmo Deus faz conosco.

  1. Mas aqui temos também o princípio da oração. Para ser respondida, a oração deve estar de acordo com a vontade de Deus. Quatro vezes em seus escritos, João assinala o que poderíamos chamar as condições da oração,
    1. Diz que a obediência é a condição da oração. Receberemos qualquer coisa que peçamos, porque guardamos os mandamentos de Deus (1Jo 3:221Jo 3:22).
    2. Diz que outra das condições é permanecer em Cristo. Se

permanecermos nele, e sua palavra permanece em nós, podemos pedir quanto queiramos, que nos será dado (Jo 15:7). Quanto mais perto vivamos de Cristo, mais corretas serão nossas petições; e quanto mais corretas sejam, maiores serão as respostas.

  1. Diz-nos também que orar em nome de Cristo é outra condição da oração. Se pedirmos qualquer coisa em seu nome, ele o dará (João

Jo 14:14). Uma das provas supremas de qualquer desejo é nos perguntar se realmente poderíamos pedir a Jesus, "Dê-me isto, por seu amor e em seu nome". Uma oração da qual possamos dizer com sinceridade que nos

será aceita.

  1. E finalmente, o grande princípio da oração. A oração deve estar

de acordo com a vontade de Deus. Jesus nos ensinou a orar: "Faça-se a tua vontade", não "Modifique-se a tua vontade". O próprio Jesus, em

momentos de sua maior luta e agonia e crise, orou: "Não seja como eu quero... mas sim como tu queres... Faça-se a tua vontade" (Mt 26:39, Mt 26:42). Eis aqui a essência mesma da oração.

C. H. Dodd escreve: "A oração corretamente considerada não é um ardil para utilizar os recursos da onipotência para satisfazer nossos próprios desejos, mas sim um meio em virtude do qual nossos desejos

podem reorientar-se conforme o propósito de Deus, e colocar-se nos caminhos de sua vontade".

A. E. Brooke sugere que João pensou na oração como "algo que

abrange só petições pelo conhecimento da, e assentimento à vontade de Deus". Até os mais ilustres pagãos o viram assim. Epicteto escreveu:

"Ter coragem para olhar a Deus e dizer: Faze comigo conforme a tua vontade. Sou um contigo; sou teu; não evito nada enquanto tu me dizes que é bom. Leve-me onde tu queres; põe sobre mim o que dispões. Queres que eu faça algo, ou que o evite, que fique ou que fuja, que seja rico ou pobre? Por tudo isto te defenderei diante dos homens".

Aqui, realmente há algo que devemos considerar. Estamos muito dispostos a pensar que orar é pedir a Deus o que nós queremos, enquanto que a oração realmente é perguntar a Deus o que é o que Ele quer.

Estamos muito dispostos a pensar que orar é conversar com Deus — e o é — mas é ainda mais: é ouvi-lo falar.

Em última análise, a única oração verdadeira é a que diz: "Faça-se a

tua vontade", e cuja única petição é por graça para aceitar essa vontade e forças para cumpri-la.

ORAR PELO IRMÃO QUE PECA

1 João 5:16-17

Não há dúvida que esta é uma passagem muito difícil e confusa.

Antes de encarar seus problemas, vejamos suas certezas.

João esteve falando precisamente do privilégio cristão da oração; e agora passa a separar para prestar especial atenção à oração de

intercessão pelo irmão que necessita que se ore por ele. É extremamente significativo que, quando João fala de uma classe de oração, refere-se à oração por outros, não por nós mesmos. Uma oração que não deve ser

nunca egoísta; jamais deve concentrar-se totalmente sobre nós mesmos, nossos próprios problemas e necessidades. A oração deve ser uma atividade em favor de outros; deve ser por outros, como assinala

Westcott: "O fim da oração é a perfeição de todo o corpo cristão."

Várias vezes o Novo Testamento mostra a ênfase na necessidade de orar por outros. Paulo escreve aos tessalonicenses: “Irmãos, orai por nós” (1Ts 5:25). O autor de Hebreus diz: “Orai por nós”

(He 13:18). Tiago nos diz que se alguém estiver doente deve

chamar os anciãos da Igreja para que orem por ele (Jc 5:14). Timóteo aconselha que se ore por todos os homens (1Tm 2:1). O cristão tem o enorme privilégio de levar o seu próximo até o trono da graça.

Devemos dizer três coisas mais com relação a orar pelo próximo.

  1. Oramos naturalmente pelos que estão doentes, e também deveríamos orar naturalmente por aqueles que se afastaram de Deus. É tão natural orar pela salvação de uma alma como orar pela cura de um corpo. Pode ser que não possamos fazer nada mais importante por aqueles que se afastaram de Deus e estão em perigo de naufragar irremediavelmente, que encomendá-los à graça de Deus.
  2. Mas devemos lembrar que quando oramos pelos que se acham em tal situação, ainda não cumprimos com nosso dever. Nisto, como em

qualquer outra coisa, nosso primeiro dever é tratar de fazer com que nossa oração se cumpra. Com freqüência nosso dever pode ser falar

com essa pessoa. Não só devemos falar a Deus a respeito de alguém, também devemos falar com esse alguém a respeito de si mesmo. Deus necessita canais através dos quais derramar sua graça; necessita

instrumentos, agentes através dos quais pode agir; e bem pode ocorrer que nós sejamos a voz de Deus que fale com o homem que está pondo em perigo seu alma.

  1. Pensamos sobre o fundamento e o princípio da oração; mas aqui chegamos a outra realidade, porque nos encontramos com as limitações da oração. Bem pode ser que Deus queira responder a nossas orações; bem pode ser que oremos com toda sinceridade; mas tanto o propósito de

Deus como a sinceridade de nossas orações podem ser frustrados por aquele por quem intercedemos. Se oramos por uma pessoa doente, mas essa pessoa desatende a seus médicos, e procede tola e neciamente, nossa

oração certamente será frustrada. Talvez não lembremos quão suficiente uma das experiências mais tristes da vida é que até a mais fervente oração pode ficar frustrada pela desobediência e a néscia obstinação de

alguém por quem oramos. Deus insiste, Deus roga, Deus exorta, Deus oferece, mas nem mesmo Deus pode violar a inviolável liberdade de

decisão que Ele mesmo nos deu. Freqüentemente a insensatez do homem é a que frustra nossas orações e bloqueia a graça de Deus.

A MORTE É O PREÇO DO PECADO

1 João 5:16-17 (continuação)

Esta passagem nos fala do pecado cujo fim é a morte, e do pecado cujo fim não é a morte.

Há muitas sugestões com em relação ao pecado chamado de morte.

Os próprios judeus distinguiam duas classes de pecados. Havia os pecados que um homem cometia involuntariamente, ou ao menos, não

deliberadamente. Estes eram os pecados que se podia cometer por ignorância, ou quando era arrastado por algum impulso descontrolado ou num momento de forte emoção, quando suas paixões eram tão intensas que escapavam ao domínio da vontade. Por outro lado, havia o pecado

intencional, cometido deliberadamente, quando o pecador tinha plena consciência de estar pecando; o pecado do homem que orgulhosamente desafiava a vontade de Deus, fazendo sua própria vontade. O sacrifício

podia expiar os pecados da primeira classe; mas para os pecados de soberba deliberados, não havia sacrifício que pudesse expiá-los.

Plummer anota três sugestões.

  1. Os pecados de morte são aqueles passíveis de morte. Mas é claro que significa muito mais. Esta passagem não está pensando naqueles pecados que quebrantam as leis humanas, por graves que sejam.
  2. Sugere-nos que os pecados de morte são pecados que Deus visita com a morte, quando o castigo de Deus é a morte. Paulo escreve

aos coríntios que, por causa de seu vergonhoso comportamento na mesa do Senhor, muitos deles estão doentes e outros dormem, quer dizer, morreram (1Co 11:301Co 11:30); e nos sugere que a referência aponta a pecados tão graves que Deus castigou a seus autores com a morte.

  1. Sugere-nos que os pecados de morte são pecados castigados pela Igreja com a excomunhão. Quando Paulo escreve aos coríntios a respeito do notório pecador a quem não tinham tratado como deveriam fazê-lo, pede que "seja entregue a Satanás". Esta era a expressão usada para a excomunhão. Mas Paulo continua dizendo que, grave como é semelhante castigo, e dolorosas como podem ser suas conseqüências corporais, está destinado a salvar a alma do homem no dia do Senhor Jesus (1Co 5:5). É um castigo que não é de morte.

Nenhuma destas explicações satisfaz.

Há mais três sugestões com relação à identificação deste pecado que é o pecado "para morte".

  1. Há no Novo Testamento uma linha de pensamento que aponta ao feito que alguns sustentavam que não havia perdão para os pecados posteriores ao batismo. Eram aqueles para aqueles que o batismo

cancelava todos os pecados prévios, mas que depois do batismo não havia perdão para o pecado. Em Hebreus achamos rastros dessa linha de pensamento: “É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram

iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para

arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia” (Hebreus 6:4-6). Na terminologia da Igreja primitiva, ser iluminado era freqüentemente um termo técnico para ser batizado. Precisamente por esta razão muitos

pospunham o batismo até os últimos momentos de sua vida. Mas a verdade essencial dessa afirmação de Hebreus é que a restauração resulta impossível quando se voltou impossível o arrependimento. A relação não

se faz tanto com o batismo como com o arrependimento.

  1. Posteriormente houve na 1greja primitiva uma forte linha de pensamento para a qual a apostasia jamais poderia ser perdoada. Nos

dias das grandes perseguições havia aqueles que pensavam que os que por medo ou sob tortura negavam sua fé jamais poderiam ser perdoados.

Jesus havia dito: “Aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10:33; conforme Mc 8:38; Lc 9:26). Mas devemos lembrar sempre que o mesmo Novo Testamento nos relata a terrível negação de Pedro e sua restauração por graça. Houve em épocas posteriores aqueles os que quiseram excomungar da Igreja para sempre àqueles que em momentos de perseguição tinham negado a fé; mas devemos lembrar que Jesus mesmo deu a Pedro outra oportunidade para redimir-se. De acordo com o que sucede freqüentemente, vemos que Jesus foi sempre mais gentil e sensível e compreensivo que sua Igreja.

  1. Poderia argumentar-se desta mesma Carta de João que o mais terrível de todos os pecados é negar que Jesus realmente veio na carne,

porque esse pecado é nada menos que a marca do Anticristo (1Jo 4:3). E se o pecado de morte deve ser identificado com um pecado em

particular, deve ser certamente com este. Mas pensamos que há algo mais que isso.

A ESSÊNCIA DO PECADO

1 João 5:16-17 (continuação)

Acima de tudo, procuremos traçar com maior precisão o significado

desta expressão, o pecado para morte. Em grego, trata-se do pecado pros thanaton. Não significa pecado mortal, mas sim pecado que vai rumo à morte, o pecado cuja meta e propósito é a morte, o pecado que, se continuar, deve terminar na morte. O terrível do pecado pros thanaton não é tanto o que é em si mesmo, como a forma em que termina se o homem persiste nele.

Somos informados que há duas classes de pecadores. Existe o homem do qual se pode dizer que peca contra sua vontade; peca porque sucumbe a um desejo ou uma paixão que nesse momento é mais forte que ele; não é questão de escolha como de uma compulsão que de maneira nenhuma pode resistir. Por outro lado, existe o homem que peca

deliberadamente, a sangue frio, com os olhos bem abertos, seguindo com toda deliberação seu próprio caminho, mesmo quando sabe que o que faz está errado. Há o homem que odeia seu próprio pecado; no momento da tentação sucumbe ao pecado, mas logo se recupera e aborrece seu falta, e se detesta a si mesmo. Por outro lado, o homem que desfruta em seu pecado, o homem que inclusive jamais pensa que a tentação seja realmente má, e que quando pecou não sente remorso algum. Há o homem que se envergonha de seu pecado, cujo único desejo é ocultá-lo; que nunca duvida de que fez algo mau. Por outro lado, há o homem que se glorifica de seu pecado, e se gaba dele, e não tem nenhum sentimento de vergonha; orgulha-se de saber pecar e como escapar do seu pecado. Há o homem que fundamentalmente lamenta seu pecado; e o homem que se deleita em seu pecado.

Agora, a vida e a experiência nos ensinam que esses dois homens começaram tendo o mesmo começo. Todos sabemos por experiência que

quando fazemos algo mau pela primeira vez, fazemo-lo furtivamente e com temor; custa fazê-lo; e uma vez consumado sentimos pesar, remorso

e repulsa. Mas, se a gente permitir-se várias vezes flertar com a tentação, e ceder várias vezes perante ela, o pecado se torna cada vez mais fácil; e a gente crê escapar às conseqüências, em cada ocasião são menores o

desgosto e o remorso; até que no final pode chegar a um estado em que pode pecar sem o menor estremecimento e felicitar-se a si mesmo por estar capacitado a pecar e escapar às conseqüências. Isto é precisamente o que constitui o pecado que conduz à morte. Enquanto um, no profundo

de seu ser, aborrece o pecado e se aborrece a si mesmo por pecar, enquanto saiba que está pecando, nunca estará longe do arrependimento e, em conseqüência, do perdão. Mas uma vez que a pessoa começa a

desfrutar o pecado, e faz do pecado sua deliberada maneira de comportar-se e perde todo sentido de temor e do terrível do pecado, assim como o sentimento de descontentamento consigo mesmo, vai a

caminho da morte, porque marcha para um estado em que a idéia do arrependimento não entrará, nem pode entrar, em sua cabeça.

O pecado para morte é a maneira de viver do homem que ouviu tão freqüentemente o pecado, e recusou ouvir a Deus tão freqüentemente que chegou a um estado em que ama seu pecado, e em que considera o pecado como o mais proveitoso do mundo.

A TRÍPLICE CERTEZA

1 João 5:18-20

João se aproxima da terminação de sua Carta com uma afirmação da tríplice certeza.

  1. O cristão se emancipou do poder do pecado. Devemos prestar

atenção ao que isto significa. Não quer dizer que de fato o cristão não peque nunca mais, mas sim já não é um escravo indefeso e vítima do pecado.

Como o assinala Plummer: "Um filho de Deus, pode ser que peque,

mas sua disposição normal é resistir ao pecado." A diferença reside nisto. O mundo pagão de nada estava tão consciente como de seus próprios defeitos morais; conhecia seus próprios males, e sentia que era impossível escapar de tal situação.

Sêneca falava de "nossas fraquezas nas coisas necessárias". Dizia que os homens "aborrecem seus pecados mas não podem abandoná-los".

Pérsio, um escritor satírico romano, numa de suas mais afortunadas caricaturas fala do "asqueroso Natta, homem morto pelo vício... que não tem sentido de seu pecado, nem compreensão do que está perdendo, e

está afundado tão profundamente que não joga nem uma borbulha à superfície". O mundo pagão estava completamente derrotado pelo pecado. Mas o cristão é o homem que jamais perdeu, nem pode perder a

batalha. Porque é humano, pode pecar; mas jamais viverá a trágica sensação de derrota que caracterizava ao mundo pagão.

A razão do triunfo final do cristão é que Aquele que foi gerado por Deus o guarda. Quer dizer, Jesus o protege. Como diz Westcott: "O

cristão tem um dinâmico inimigo, mas também um vigia acordado." O

pagão é o homem que foi enganado pelo pecado, e que se resigna perante sua derrota. O cristão é o homem que pode pecar, mas que nunca aceita o fato da derrota. "Um santo", como alguém disse, "não é aquele que nunca cai; é aquele que cada vez que cai levanta e continua seu caminho."

  1. O cristão está do lado de Deus contra o mundo. A fonte de nosso ser é Deus, mas o mundo jaz no poder do Maligno. Nos primeiros tempos da Igreja, o abismo entre a Igreja e o mundo era mais fácil de assinalar que em nossos tempos. Atualmente, pelo menos no que respeita ao mundo Ocidental, vivemos uma civilização impregnado de princípios cristãos. Ainda que não os pratiquem, os homens de nossa cultura aceitam os princípios de castidade, misericórdia, serviço, amor. Mas o mundo antigo não sabia nada da castidade, e pouco de misericórdia e de serviço e de amor. João diz que o cristão sabe que vive com Deus, enquanto os pagãos vivem nas garras do Maligno. Não importa quanto possa ter variado a situação, subsiste a necessidade de uma opção nítida. A opção ainda confronta os homens, seja que se alinhem com Deus ou com as forças que estão contra Deus.
  2. O cristão está consciente de ter entrado nessa realidade que é Deus. A vida está repleta de ilusões e modificações. O homem por si

mesmo não pode fazer outra coisa senão conjeturas e hipóteses, mas em Cristo ingressa no conhecimento da realidade.

Xenofonte nos conta uma discussão entre Sócrates e um rapaz:

"Como sabe?", pergunta Sócrates. E insiste: "Sabe, ou o supõe?" "Parece-me que é assim", responde o rapaz. "Muito bem", disse Sócrates, "quando deixarmos de supor e tenhamos aprendido seriamente, voltará para seguir conversando sobre o mesmo?"

Quem sou? O que é viver? Quem é Deus? De onde venho? Aonde vou? O que é a verdade, e o que é o dever?, são perguntas vitais às quais, se viverem à margem de Jesus Cristo, os homens só podem oferecer

respostas incertas. Mas em Cristo nos aproximamos da verdade, que é Deus. Passou o momento das hipóteses; chegou o tempo de saber.

O PERIGO CONSTANTE

1Jo 5:211Jo 5:21

Com este súbito e agudo preceito, finaliza sua Carta. Apesar de sua brevidade, encerra um rico significado.

  1. Em grego, a palavra ídolo encerra um sentido de irrealidade. Platão a utiliza para referir-se às ilusões deste mundo em oposição às invariáveis realidades eternas. Quando os profetas falam dos ídolos dos

pagãos, também pensam que são irreais, deuses fabricados, em oposição ao único real e verdadeiro Deus. Isto bem pode significar — como o assinala Westcott — "Guardem-se de todos os objetos de falsa devoção".

  1. Um ídolo é qualquer das coisas que na vida os homens veneram em lugar de Deus e se permitem pôr no lugar de Deus. Um homem pode fazer um ídolo do dinheiro, de sua profissão, de sua segurança, de seus prazeres. Mais uma vez citamos ao Westcott: "Um ídolo é qualquer coisa

que ocupa o legítimo lugar de Deus." Todos devemos nos cuidar de não erigir em nossas vidas um ídolo que expulse a Deus.

  1. Mas é provável que João esteja pensando numa situação muito

mais precisa que qualquer destas duas. João estava escrevendo em Éfeso, e pensava concretamente na situação dessa cidade. Provavelmente tenha querido dizer simples e diretamente: "Cuidem-se das contaminações dos cultos pagãos." Nenhuma outra cidade no mundo tinha tantas conexões com as histórias dos deuses antigos; e nenhuma outra cidade esteve mais orgulhosa delas.

Tácito escreve de Éfeso: "Os efésios sustentavam que Diana e Apolo não tinham nascido de Delos, como usualmente se aceita; possuíam o rio Cencrem e o bosque das Urtigas, onde Latona, em dores de parto, reclinou-se numa oliveira que ainda existe, e deu à luz a essas divindades... Ali esteve o próprio Apolo, depois de matar os Ciclopes e de escapar à ira de Júpiter, e também o pai Baco, que em sua vitória tinha perdoado as amazonas suplicantes que tinham invadido seu

santuário." As histórias de antigas divindades se acumulavam em torno de Éfeso, e eram o orgulho de seus habitantes.

Além disso, em Éfeso estava o grande templo de Diana, que era uma das maravilhas do mundo antigo. Com relação a esse templo havia

três coisas pelo menos que justificariam a severa exortação de João a não ter nenhuma relação com o culto pagão.

  1. Esse templo era o centro de ritos imorais. Os sacerdotes se chamavam Megabyzi, e eram eunucos. Alguns diziam que a deusa era

tão melindrosa que não podia tolerar nenhum varão autêntico perto de si; outros diziam que era tão lasciva que era perigoso para qualquer verdadeiro varão aproximar-se dela. O ilustre filósofo grego Heráclito

nasceu em Éfeso, e o chamavam o filósofo chorão, porque jamais o tinha visto sorrir. Heráclito dizia que as penumbras que rodeavam o altar do templo eram penumbras de baixeza; que a moral do templo era mais

baixa que a dos próprios animais; que os habitantes de Éfeso só eram aptos para serem afogados, e que a razão pela qual ele jamais tinha sorrido era que vivia em meio a tão terrível impureza. Para um cristão,

entrar em contato com esse ambiente significava contaminar-se.

  1. O templo tinha direito de asilo. Qualquer criminoso, se conseguisse entrar no templo de Diana, estava a salvo. O resultado foi

que o templo estava cheio de delinqüentes. Tácito acusa a Éfeso de proteger e encobrir os delitos dos homens e de chamar a isso o culto dos deuses. Ter algo a ver com o templo de Diana, era estar associado com o sedimento da sociedade.

  1. O templo de Diana era naquela época o centro de venda das "cartas de Éfeso". Estas eram talismãs que se usavam como amuletos que, segundo se pensava, permitiriam se concretizassem os desejos

daqueles que os levavam consigo. Éfeso, como se tem dito, foi "preeminentemente a cidade da astrologia, do exorcismo, dos encantamentos, dos amuletos, da bruxaria, e de toda forma de imposturas

mágicas". Ter algo a ver com o templo de Diana era entrar em contato com a superstição comercializada e a magia negra.

Dá-nos trabalho imaginar de que maneira Éfeso estava dominada pelo templo de Diana. Não era tão fácil para o cristão guardar-se dos ídolos numa cidade como aquela. Mas este é o preceito de João. O cristão nunca deve extraviar-se nas ilusões da religião pagã; nunca devem erigir ídolos em seu coração, ídolos que expulsem a Deus e tomem seu lugar; o cristão deve guardar-se da contaminação das falsas crenças, e só pode obtê-lo quando anda com Cristo.


Dicionário

Amor

substantivo masculino Sentimento afetivo que faz com que uma pessoa queira o bem de outra.
Sentimento de afeição intensa que leva alguém a querer o que, segundo ela, é bonito, digno, esplendoroso.
Sentimento afetivo; afeição viva por; afeto: o amor a Deus, ao próximo.
Sentimento de afeto que faz com que uma pessoa queira estar com outra, protegendo, cuidando e conservando sua companhia.
Pessoa amada: coragem, meu amor!
Sentimento apaixonado por outra pessoa: sinto amor por você.
Pessoa muito querida, agradável, com quem se quer estar: minha professora é um amor!
Inclinação ditada pelas leis da natureza: amor materno, filial.
Gosto vivo por alguma coisa: amor pelas artes.
Sentimento de adoração em relação a algo específico (real ou abstrato); esse ideal de adoração: amor à pátria; seu amor é o futebol.
Excesso de zelo e dedicação: trabalhar com amor.
Mitologia Designação do Cupido, deus romano do amor.
Religião Sentimento de devoção direcionado a alguém ou ente abstrato; devoção, adoração: amor aos preceitos da Igreja.
Etimologia (origem da palavra amor). Do latim amor.oris, "amizade, afeição, desejo intenso".

inclinação da alma e do coração; objecto da nossa afeição; paixão; afecto; inclinação exclusiva

O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 11, it• 8

[...] O amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 888a

[...] O amor é sentimento tão sublime que, na vivência de seu infinito panorama de realizações, acaba por consumar a moral, libertando o homem da necessidade dela. Somente quem ama não precisa mais agir como se amasse [...].
Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O amor é a minha lei

[...] o amor é a melhor das religiões, e a única que pode conduzir à felicidade celeste.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] é a chama que purifica e o bálsamo que consola. [...]
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] O amor não está limitado aos momentos fugazes da relação sexual. Pode surgir o amor, porque são dois corações e não somente dois corpos em comunhão, mas uma fração muito diminuta do amor, pois a união sexual não tem a capacidade de manifestar toda a amplitude do amor de que as almas necessitam para viverem em paz e alegria, em meio às lutas e trabalhos. Toda afetividade sexual é como se fora uma única gota de amor, diante do oceano de amor de que precisamos para vivermos e sermos mais felizes. Quem procura manifestar o amor somente na relação sexual é como alguém que quisesse sobreviver recebendo somente um raio de sol por um minuto diário, ficando o resto do tempo na escuridão e no congelamento. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] é a Suprema Lei Divina [...].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12

[...] o único dogma de redenção: o Amor.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref• da nova ed• francesa

[...] verdadeiro princípio do Cristianismo – o amor, sentimento que fecunda a alma, que a reergue de todo o abatimento, franqueia os umbrais às potências afetivas que ela encerra, sentimento de que ainda pode surgir a renovação, a regeneração da Humanidade.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

O amor é a celeste atração das almas e dos mundos, a potência divina que liga os Universos, governa-os e fecunda; o amor é o olhar de Deus! [...] O amor é o sentimento superior em que se fundem e se harmonizam todas as qualidades do coração; é o coroamento das virtudes humanas, da doçura, da caridade, da bondade; é a manifestação na alma de uma força que nos eleva acima da matéria, até alturas divinas, unindo todos os seres e despertando em nós a felicidade íntima, que se afasta extraordinariamente de todas as volúpias terrestres.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 49

[...] amor é a juventude da Criação. Em amando, todos os seres adquirem a candura das crianças. Nada tão puro, con fiante, nobre, simples, simultaneamente, como as aspirações do amor, é ele a igualdade, a fraternidade, o progresso; é a união das raças inimigas; é a lei do Universo, porque é também atração. [...]
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

Nas bases de todo programa educativo, o amor é a pedra angular favorecendo o entusiasmo e a dedicação, a especialização e o interesse, o devotamento e a continuidade, a disciplina e a renovação [...].
Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

O amor, sem dúvida, é hálito divino fecundando a vida, pois que, sem o amor, a Criação não existiria. Nos vórtices centrais do Universo, o amor tem caráter preponderante como força de atração, coesão e repulsão que mantém o equilíbrio geral. [...] Inserto no espírito por herança divina, revela-se a princípio como posse que retém, desejo que domina, necessidade que se impõe, a fim de agigantar-se, logo depois, em libertação do ser amado, compreensão ampliada, abnegação feliz, tudo fazendo por a quem ama, sem imediatismo nem tormento, nem precipitação. Sabe esperar, consegue ceder, lobriga entender sempre e sempre desculpar. O amor é tudo. Resume-se em amar.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21

Somente o amor, portanto, possui o elemento de sustentação e fortaleci-cimento para dar vida e manter o brilho, o calor que a aquece e a mantém. Este A recurso indispensável apresenta-se em forma de autocompreensão em torno dos deveres que devem ser atendidos em relação a si mesmo, ao próximo e a Deus.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação

O Mestre Nazareno [...] preceituou o amor como fundamental e situou-o na mais elevada condição de mediador entre os homens e o Pai, sendo a força transformadora que tudo modifica e salva. Através do amor o Espírito logra domar a inquietude da mente, submetendo-a aos ditames do sentimento, por que ele ajuda a superar a razão fria, os cálculos dos interesses vis. Mediante a óptica do amor, o vitorioso é sempre aquele que cede em favor do seu próximo desde que se sinta envolvido pela necessidade de ajudá-lo. [...] O amor altera os paradigmas da mente, que se apóia em pressupostos falsos que elege como refúgio, como recurso de segurança, longe dos interesses da solidariedade e do progresso geral. O amor proporciona à compaixão as excelentes alegrias do bem-fazer e do seguir adiante sem aguardar qualquer tipo de recompensa, qual ocorreu na referida Parábola do Bom Samaritano. Além de auxiliar o caído, levou-o no seu animal, seguindo, porém, a pé, hospedou-o, pagando as despesas e comprometendo-se a liberar outras quaisquer, que porventura viessem a existir, ao retornar da viagem... A compaixão converteu-se em amor ao seu próximo como a si mesmo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Compaixão, amor e caridade

O amor é luz inapagável que dimana doPai.Somente através do amor o ser humanoencontrará a razão fundamental da suaexistência e do processo da sua evolução
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Compaixão, amor e caridade

O amor, no período das dependências fisiológicas, é possessivo, arrebatado, físico, enquanto que, no dos anelos espirituais, se compraz, libertando; torna-se, então, amplo, sem condicionamentos, anelando o melhor para o outro, mesmo que isto lhe seja sacrificial. Um parece tomar a vida e retê-la nas suas paixões, enquanto o outro dá a vida e libera para crescer e multiplicar-se em outras vidas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 19

[...] o amor é fonte inexaurível, à disposição de quantos desejam felicidade e paz. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7

[...] sendo sol, o amor é vida que anula e subtrai as forças nefastas, transformando-as.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 9

[...] é geratriz de paz a engrandecer e libertar as almas para os vôos sublimes da vida...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

[...] O amor, sempre presente, é carga santificante que reduz o peso das dores e ameniza o ardor das aflições, chegando de mansinho e agasalhando-se no ser.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 7

[...] é o permanente haver, em clima de compensação de todas as desgraças que por acaso hajamos semeado, recompensando-nos o espírito pelo que fizermos em nome do bem e realizarmos em prol de nós mesmos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 3

[...] O amor, em qualquer esfera de expressão, é bênção de Deus. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 6

O amor é a força motriz do universo: a única energia a que ninguém opõe resistência; o refrigério para todas as ardências da alma: o apoio à fragilidade e o mais poderoso antídoto ao ódio.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Terapia desobsessiva

O Amor é qual primavera: / Chega e espalha pelo chão / Gotas de sol indicando / O homem velho em redenção.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 28

Meu amigo, guarde bem: / Amor é boa vontade; / Não se mede no relógio, / Nem guarda expressão de idade.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 48

[...] O amor, em que a paz canta o seu hino, é o oásis onde o viandante, sequioso de bondade, mitiga a sua sede; onde o desgraçado, ansioso de perdão encontra o seu sossego; onde o infeliz, faminto de carinho, satisfaz a sua fome. É o céu azul que cobre o deserto da vida, onde o orgulho, o egoísmo, a vaidade, o ódio, não são estrelas que norteiam o incauto viajante humano.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 4

[...] o amor é um milagre que podemos realizar em nome do Cristo.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação• 20a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] o amor é a resposta a todas as nossas especulações e mazelas. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] Sabemos hoje, no contexto do Espiritismo, que o reinado do amor é mais do que uma esperança, por mais bela que seja; é uma fatalidade histórica da evolução, que vai emergindo lentamente, à medida que o Espírito se desembaraça das suas imperfeições. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] o Amor é símbolo de fraternidade e beleza de sentimentos [...].
Referencia: Ó, Fernando do• Almas que voltam• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3

[...] o amor é a lâmpada maravilhosa que ilumina a consciência, é o elixir da eterna beleza, é o filtro do esquecimento de nós mesmos e que cria, ao mesmo tempo, em nossas almas, sentimentos de mais justiça e eqüidade para a grande família humana. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• Marta• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 2

[...] Este é que é o nosso principal guia em todo o nosso trabalho.
Referencia: OWEN, G• Vale• A vida além do véu: as regiões inferiores do céu• Trad• de Carlos 1mbassahy• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 5

O amor é a emanação do infinito amor de Deus; é o sentimento que nos sobreleva ao nível ordinário da vida, neste planeta de provações, purificando nossas almas para merecermos as graças do Eterno Pai [...].
Referencia: PALISSY, Codro• Eleonora• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

Entre os seres racionais — é o Amor o mais perfeito construtor da felicidade interna, na paz da consciência que se afeiçoa ao Bem. Nas relações humanas, é o Amor o mais eficaz dissolvente da incompreensão e do ódio.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 14

A [...] o Amor é, com efeito, o supremo bem que redime a Humanidade.
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Recordações da mediunidade• Obra mediúnica orientada pelo Espírito Adolfo Bezerra de Menezes• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

O amor – eis a lei; os Evangelhos, a prática do amor – eis os profetas, os intérpretes dos Evangelhos. [...]
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] O amor é a fonte donde brotam todas as virtudes com que deveis fertilizar a vossa existência, tornando-a capaz de dar bons frutos. [...]
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

Amemos esse Amor – clarão divino / em cuja claridade excelsa e pura / veremos, ouviremos, sentiremos / o Espírito de Deus!
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Amor

O amor é sempre a força milagrosa / Que, embora o mal, reergue, educa e exprime / O futuro da Terra lacrimosa.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Pelo amor

O amor é a lei divina que governa a vida... / Afasta o preconceito e vibra, alma querida, / na luz do coração!
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Amor no céu

[...] O amor é um princípio divino da nossa natureza, crescendo à medida que dá e reparte, e é a fonte de uma sã e perene alegria [...].
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 2

[...] é o único antídoto contra esse mal que grassa de maneira tão avassaladora: a obsessão. [...] a necessidade primordial do espírito é o amor, para se ver curado das enfermidades que o prejudicam.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 4, cap• 2

O amor, como comumente se entende na Terra, é um sentimento, um impulso do ser, que o leva para outro ser com o desejo de unir-se a ele. Mas, na realidade, o amor reveste formas infinitas, desde as mais vulgares até as mais sublimes. Princípio da vida universal, proporciona à alma, em suas manifestações mais elevadas e puras, a intensidade de radiação que aquece e vivifica tudo em roda de si; é por ele que ela se sente estreitamente ligada ao Poder Divino, foco ardente de toda a vida, de todo amor. O amor é uma força inexaurível, renova-se sem cessar e enriquece ao mesmo tempo aquele que dá e aquele que recebe. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O amor

[...] O amor é um fenômeno que se aprende e de que o homem pode ser educado para descobrir dentro de si mesmo seu potencial de afetividade. Cada pessoa tem o potencial para o amor. Mas o potencial nunca é percebido sem esforço. [BUSCAGLIA, Léo. Amor, p. 60.] O modelo já foi dado por Jesus, precisaremos aprender com a criança a libertar a criança que guardamos dentro de nós mesmos.
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Infância – tempo de semear

[...] O simples fato de que o amor seja, no dizer de Jesus, a síntese de todos os ensinos que conduzem à plenitude de ser e, conseqüentemente, à felicidade, pode nos facultar a compreensão precisa da importância dele em nossas vidas. A ausência da interação amorosa na in fância é calamitosa para o desenvolvimento do indivíduo, como pudemos constatar. É na inter-relação afetiva com os nossos semelhantes que podemos tornar-nos capazes de amar conforme o modelo exemplificado pelo Cristo.
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Um velho caminho

Amor é o princípio que emana de Deus, a causa da vida. Inspira a gratidão e o reconhecimento ao Criador, espraiando-se por todas as coisas, pela criação inteira, sob múltiplas formas. Amar ao próximo é uma conseqüência do amor a Deus. Toda a doutrina ensinada pelo Cristo resume-se no Amor, a Lei Divina que abrange todas as outras.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 31

[...] O amor é sempre um sentimento digno, e enobrece todo aquele que o sente no íntimo do coração. [...]
Referencia: SURIÑACH, José• Lídia• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• Romance seguido de Alda, por Amauri Fonseca• - cap• 1

[...] O Amor é a fonte divinal, cuja linfa, pura e cristalina, atravessa a correnteza bravia das paixões materiais. [...]
Referencia: SURIÑACH, José• Lídia• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• Romance seguido de Alda, por Amauri Fonseca• - cap• 1

O amor vitorioso na esperança e no entendimento é o sol de Deus, dentro da vida...
Referencia: VIEIRA, Waldo• De coração para coração• Pelo Espírito Maria Celeste• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 14

[...] O amor puro é abastança para o necessitado, saúde para o enfermo, vitória para o vencido!... [...]
Referencia: VIEIRA, Waldo• De coração para coração• Pelo Espírito Maria Celeste• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 28

A lei por excelência, da qual decorrem as demais, como simples modalidades, é o Amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Vinde a mim

[...] O amor é o sentimento por excelência. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto à virtude

[...] O amor é o eterno fundamento da educação. [...]
Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 1, cap• 19

[...] é a sagrada finalidade da vida. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 15

[...] Nosso amor é, por enquanto, uma aspiração de eternidade encravada no egoísmo e na ilusão, na fome de prazer e na egolatria sistemática, que fantasiamos como sendo a celeste virtude. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 14

[...] Divino é o amor das almas, laço eterno a ligar-nos uns aos outros para a imortalidade triunfante, mas que será desse dom celeste se não soubermos renunciar? O coração incapaz de ceder a benefício da felicidade alheia é semente seca que não produz.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6

[...] é o meio de cooperarmos na felicidade daqueles a quem nos devotamos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 7

[...] é entendimento, carinho, comunhão, confiança, manifestação da alma que pode perdurar sem qualquer compromisso de ordem material [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

[...] o amor é a única dádiva que podemos fazer, sofrendo e renunciando por amar...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13

A Lei de Deus é sempre o Amor. Amor é luz que envolve o Universo, é o éter A vivificador, é a afeição dos espíritos dedicados, é a alegria dos bons, é a luta que aperfeiçoa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O amor é o sol que nos aquece e ilumina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Não vale a existência pelo simples viver. Vale a vida pelo aperfeiçoamento, pela amplitude, pela ascensão. E o guia de nossa romagem para os cimos a que nos destinamos é sempre o Amor, que regenera, balsamiza, ajuda, esclarece, educa e santifica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O acaso não nos atira nos braços uns dos outros. Todos estamos unidos para determinados fins, salientando que o amor puro é sempre meta invariável que nos compete atingir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O amor é a divina moeda que garante os bens do céu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Amor que salva e levanta / É a ordem que nos governa. / Na lide em favor de todos, / Teremos a vida eterna.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Os amores no santuário doméstico são raízes inextirpáveis no coração.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] O amor é a força divina, alimentando-nos em todos os setores da vida [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

O Amor, sublime impulso de Deus, é a energia que move os mundos: Tudo cria, tudo transforma, tudo eleva. Palpita em todas as criaturas. Alimenta todas as ações.[...] É a religião da vida, a base do estí-mulo e a força da Criação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Amor

Amor é perdão infinito, esquecimento de todo mal, lâmpada de silencioso serviço a todos, sem distinção, alimentada pelo óleo invisível da renúncia edificante...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

Jesus veio até nós a fim de ensinar-nos, acima de tudo, que o Amor é o caminho para a Vida Abundante.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 67

[...] o amor é o laço de luz eterna que une todos os mundos e todos os seres da imensidade; sem ele, a própria criação infinita, não teria razão de ser, porque Deus é a sua expressão suprema... [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

[...] A severidade pertencerá ao que instrui, mas o amor é o companheiro daquele que serve. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] O amor é sol divino a irradiar-se através de todas as magnificências da alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 13

[...] O verdadeiro amor é a sublimação em marcha, através da renúncia. Quem não puder ceder, a favor da alegria da criatura amada, sem dúvida saberá querer com entusiasmo e carinho, mas não saberá coroar-se com a glória do amor puro. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

[...] o maior sustentáculo das criaturas é justamente o amor. [...] Todo siste ma de alimentação, nas variadas esferasda vida, tem no amor a base profunda.[...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 18

O amor é a lei própria da vida e, sob oseu domínio sagrado, todas as criaturase todas as coisas se reúnem ao Criador,dentro do plano grandioso da unidadeuniversal.Desde as manifestações mais humildesdos reinos inferiores da Natureza,observamos a exteriorização do amor emsua feição divina. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 322

[...] O amor é luz de Deus, ainda mes-mo quando resplandeça no fundo doabismo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 31

O amor puro é o reflexo do Criador emtodas as criaturas.Brilha em tudo e em tudo palpita namesma vibração de sabedoria e beleza.É fundamento da vida e justiça de todaa Lei.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 30

Guarda, porém, o amor puro eesplendente, / Que o nosso amor, agorae eternamente, / É o tesouro que o tem-po nunca leva...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tempo e amor

[...] divina herança do Criador para to-das as criaturas [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 57

O amor é assim como um sol / De gran-deza indefinida, / Que não dorme, nemdescansa / No espaço de nossa vida.Amor é devotamento, / Nem sempresó bem-querer. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

O amor a que se refere o Evangelho éantes a divina disposição de servir com alegria, na execução da Vontade do Pai, em qualquer região onde permaneçamos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 90

O amor, porém, é a luz inextinguível.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 162

Toda criatura necessita de perdão, como precisa de ar, porquanto o amor é o sustento da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 77

Na marcha ascendente para o Reino Divino, o Amor é a Estrada Real. [...] [...] o Amor é Deus em tudo. [...] o amor é a base da própria vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 78

[...] é a essência do Universo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Sexo e destino• Pelo Espírito André Luiz• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Prece no limiar

Deus criou o homem para a felicidade. Entretanto, para alcançar essa felicidade o homem tem de amar, tem de sentir dentro do coração os impulsos espontâneos do bem em suas múltiplas manifestações, porque tudo quanto existe, por ser obra de Deus, é expressão do amor divino, que, assim, está na essência de cada coisa e de cada ser, dando-lhes a feição própria do seu valor, no conjunto da criação.
Referencia: MENDES, Indalício• Rumos Doutrinários• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Amemos a vida


Amor Sentimento de apreciação por alguém, acompanhado do desejo de lhe fazer o bem (1Sm 20:17). No relacionamento CONJUGAL o amor envolve atração sexual e sentimento de posse (Ct 8:6). Deus é amor (1(Jo 4:8). Seu amor é a base da ALIANÇA, o fundamento da sua fi delidade (Jr 31:3) e a razão da ELEIÇÃO do seu povo (Dt 7:7-8). Cristo é a maior expressão e prova do amor de Deus pela humanidade (Jo 3:16). O Espírito Santo derrama o amor no coração dos salvos (Rm 5:5). O amor é a mais elevada qualidade cristã (1Co 13:13), devendo nortear todas as relações da vida com o próximo e com Deus (Mt 22:37-39). Esse amor envolve consagração a Deus (Jo 14:15) e confiança total nele (1Jo 4:17), incluindo compaixão pelos inimigos (Mt 5:43-48); (1Jo 4:20) e o sacrifício em favor dos necessitados (Ef 5:2); (1Jo 3:16).

Amor Ver Ágape, Sexo.

Do latim, amare, amor.

Deus

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).



i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Guardar

verbo transitivo direto e bitransitivo Vigiar, a fim de defender: guardar um ponto estratégico; guardar os limites de um terreno.
verbo transitivo direto Vigiar com o fim de proteger; abrigar, tomar cuidado em: guardar uma criança, guardar ovelhas.
Vigiar para evitar uma evasão: guardar os prisioneiros.
Conservar, arrecadar: quem guarda, tem.
Conservar, manter em bom estado: guardar as joias da família.
Ocultar, não revelar: guardar um segredo.
Conservar, não perder: conseguiu guardar seu prestígio.
Livrar, defender: Deus nos guarde de todo mal.
Trazer dentro de si; conter: guardo em mim os males do mundo.
Obedecer regras, preceitos: guardar as leis de Deus.
verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Não demonstrar nem expressar; calar: guardar segredos.
verbo pronominal Ficar protegido em; abrigar-se: guardou-me da tempestade.
Deixar de fazer parte; abster-se: guardou-se mudo.
expressão Guardar os domingos e dias santificados. Não trabalhar nesses dias.
Guardar castidade. Fazer voto de castidade, viver casto por vontade própria.
Guardar silêncio. Calar-se.
Etimologia (origem da palavra guardar). Do latim guardare.

Mandamentos

Mandamentos Ver Dez Mandamentos.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Pesados

masc. pl. part. pass. de pesar
masc. pl. de pesado

pe·sar -
(latim penso, -are, pesar, ponderar)
verbo transitivo

1. Determinar o peso de.

2. Tomar o peso a.

3. Sopesar.

4. Manifestar ou acusar o peso de.

5. Figurado Examinar com atenção e prudência. = PONDERAR

verbo intransitivo

6. Ter gravidade ou peso.

7. Exercer pressão.

8. Ter estima ou valor.

9. Influir; actuar no ânimo (a razão ou motivo de alguma coisa).

10. Servir de encargo ou ónus.

11. Arrepender-se ou doer-se de alguma coisa.

12. Tornar-se incómodo.

verbo pronominal

13. Suspender-se, equilibrar-se no ar.

14. Fazer verificar o seu próprio peso.

15. Figurado Avaliar-se com imparcialidade.

16. Conhecer-se.

17. Meter a mão na consciência.

nome masculino

18. Sentimento ou dor interior.

19. Mágoa, desgosto.

20. Arrependimento.

21. Remorso.


em que pese a
Ainda que lhe custe, mau grado seu.

o dinheiro pesa-lhe
Diz-se de um pródigo que se apressa em o gastar.

pesa (montes de) ouro
Diz-se de pessoa que é muito rica.

pesar as palavras
Falar com gravidade, pausada e reflectidamente.

pesar na balança
Ter influência.

pese embora
Apesar de, não obstante.

Confrontar: pecar.

pe·sa·do
(particípio de pesar)
adjectivo
adjetivo

1. Que pesa muito; grave.

2. Intenso; profundo.

3. Denso de humores, fumos, vapores, etc. = CARREGADO

4. Cheio, enfartado.

5. Tardo, que é muito lento.

6. Obeso.

7. Incómodo, molesto, enfadonho, impertinente.

8. Grosseiro, ofensivo; sensível.

9. Duro, áspero e insofrível; forte; violento; danoso.

10. Que tem excesso de ornamentos.

11. [Automóvel] Diz-se de ou veículo que tem peso bruto superior a 3500 quilos ou lotação superior a nove lugares.

adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

12. [Desporto] Diz-se de ou categoria de peso mais alta no boxe e em outros desportos com categorias de peso.


pesado a ouro
Diz-se do que tem custado muito caro.

pesado de anos
Que é muito idoso.

pesado de cuidados
Cheio de cuidados.

ser pesado a alguma pessoa
Ser-lhe importuno ou incómodo; causar-lhe despesa.

ter a mão pesada
Castigar duramente, com severidade.

Confrontar: pecado.

São

adjetivo Que se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são.
Que não está estragado: esta fruta ainda está sã.
Que contribui para a saúde; salubre: ar são.
Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã.
Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são.
Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo.
Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs.
Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs.
substantivo masculino Parte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém.
Aquele que está bem de saúde; saudável.
Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca).
Condição do que está completo, perfeito.
expressão São e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo!
Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um.
substantivo masculino Forma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito!
Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.

adjetivo Que se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são.
Que não está estragado: esta fruta ainda está sã.
Que contribui para a saúde; salubre: ar são.
Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã.
Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são.
Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo.
Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs.
Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs.
substantivo masculino Parte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém.
Aquele que está bem de saúde; saudável.
Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca).
Condição do que está completo, perfeito.
expressão São e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo!
Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um.
substantivo masculino Forma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito!
Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.

são adj. 1. Que goza de perfeita saúde, sadio. 2. Completamente curado. 3. Salubre, saudável, sadio. 4. Que não está podre ou estragado. 5. Reto, justo. 6. Impoluto, puro; sem defeitos. 7. Ileso, incólume, salvo. 8. Justo, razoável. 9. Inteiro, intacto, sem quebra ou defeito (objeto). Sup. abs. sint.: saníssimo. Fe.M: sã. S. .M 1. Indivíduo que tem saúde. 2. A parte sã de um organismo.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
I João 5: 3 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Porque este é (a evidência de) o amor produzido- por ① Deus: que ② aos Seus mandamentos preservemos- e- obedeçamos (e os Seus mandamentos pesados não são);
I João 5: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

90 d.C.
G1063
gár
γάρ
primícias da figueira, figo temporão
(as the earliest)
Substantivo
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1785
entolḗ
ἐντολή
ordem, comando, dever, preceito, injunção
(commandments)
Substantivo - Feminino no Plural genitivo
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G2443
hína
ἵνα
para que
(that)
Conjunção
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G26
agápē
ἀγάπη
esposa de Nabal, depois esposa de Davi
(Abigail)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3756
ou
οὐ
o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
(and Carmi)
Substantivo
G3778
hoûtos
οὗτος
um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
(of the Chaldeans)
Substantivo
G5083
tēréō
τηρέω
נדן
(your gifts)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
G926
barýs
βαρύς
perturbar, alarmar, aterrorizar, apressar, estar perturbado, estar ansioso, estar com medo,
(they were troubled)
Verbo


γάρ


(G1063)
gár (gar)

1063 γαρ gar

partícula primária; conj

  1. porque, pois, visto que, então

εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ἐντολή


(G1785)
entolḗ (en-tol-ay')

1785 εντολη entole

de 1781; TDNT - 2:545,234; n f

  1. ordem, comando, dever, preceito, injunção
    1. aquilo que é prescrito para alguém em razão de seu ofício
  2. mandamento
    1. regra prescrita de acordo com o que um coisa é feita
      1. preceito relacionado com a linhagem, do preceito mosaico a respeito do sacerdócio
      2. eticamente usado dos mandamentos da lei mosaica ou da tradição judaica

Sinônimos ver verbete 5918


θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

ἵνα


(G2443)
hína (hin'-ah)

2443 ινα hina

provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

  1. que, a fim de que, para que

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

ἀγάπη


(G26)
agápē (ag-ah'-pay)

26 αγαπη agape

de 25; TDNT 1:21,5; n f

  1. amor fraterno, de irmão, afeição, boa vontade, amor, benevolência
  2. banquetes de amor


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὐ


(G3756)
ou (oo)

3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

  1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

οὗτος


(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)

3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

do artigo 3588 e 846; pron

  1. este, estes, etc.

τηρέω


(G5083)
tēréō (tay-reh'-o)

5083 τηρεω tereo

de teros (relógio, talvez semelhante a 2334); TDNT - 8:140,1174; v

  1. atender cuidadosamente a, tomar conta de
    1. guardar
    2. metáf. manter, alguém no estado no qual ele esta
    3. observar
    4. reservar: experimentar algo

Sinônimos ver verbete 5874


αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

βαρύς


(G926)
barýs (bar-ooce')

926 βαρυς barus

do mesmo que 922; TDNT - 1:556,95; adj

  1. peso pesado
  2. metáf.
    1. muito pesado, duro de carregar
    2. severo, rigoroso
    3. importante e sério
      1. de um grande momento
    4. violento, cruel, impiedoso