Enciclopédia de Apocalipse 12:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ap 12: 5

Versão Versículo
ARA Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono.
ARC E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.
TB Ela deu à luz um filho varão, que há de reger todas as nações com uma vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.
BGB καὶ ἔτεκεν υἱόν, ⸀ἄρσεν, ὃς μέλλει ποιμαίνειν πάντα τὰ ἔθνη ἐν ῥάβδῳ σιδηρᾷ· καὶ ἡρπάσθη τὸ τέκνον αὐτῆς πρὸς τὸν θεὸν καὶ πρὸς τὸν θρόνον αὐτοῦ.
BKJ E ela deu à luz a um filho homem, que há de governar todas as nações com um cetro de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.
LTT E ela deu à luz um Filho varão, o qual está para reger- apascentar todas as nações com vara de ferro; e foi arrebatado- para- cima o Filho dela, até Deus e para o trono dEle (Deus).
BJ2 Ela deu à luz um filho, um varão,[i] que irá reger todas as nações com um cetro de ferro. Seu filho, porém, foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono,[j]
VULG Et peperit filium masculum, qui recturus erat omnes gentes in virga ferrea : et raptus est filius ejus ad Deum, et ad thronum ejus,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Apocalipse 12:5

Salmos 2:9 Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.
Isaías 7:14 Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.
Jeremias 31:22 Até quando andarás errante, ó filha rebelde? Porque o Senhor criou uma coisa nova na terra: uma mulher cercará um varão.
Miquéias 5:3 Portanto, os entregará até ao tempo em que a que está de parto tiver dado à luz; então, o resto de seus irmãos voltará com os filhos de Israel.
Mateus 1:25 e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de Jesus.
Marcos 16:19 Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus.
II Coríntios 12:2 Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos (se no corpo, não sei; se fora do corpo, não sei; Deus o sabe), foi arrebatado até ao terceiro céu.
Apocalipse 2:26 E ao que vencer e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações,
Apocalipse 11:12 E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi cá. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram.
Apocalipse 12:2 E estava grávida e com dores de parto e gritava com ânsias de dar à luz.
Apocalipse 19:15 E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Apocalipse Capítulo 12 do versículo 1 até o 17
D. A SÉTUPLA VISÃO, Ap 12:1-14.20

Era de esperar que as sete taças (Ap 15;
16) seguissem imediatamente após os sete selos (Ap 6;
7) e as sete trombetas (caps. 8-11). Em vez disso, deparamos com esse interlúdio extenso que revela a natureza real do conflito entre Deus e Satanás. Em certo sentido, esse é o âmago do livro de Apocalipse, porque parece resumir todo o perío-do messiânico, do nascimento de Cristo até o pleno estabelecimento do seu Reino.

1. A Mulher e o Dragão (Ap 12:1-6)

João viu um grande sinal' no céu (1). Era uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. As estrelas representam as doze tribos de Israel ou os doze apóstolos da Igreja Primitiva. Essa mu-lher estava prestes a dar à luz e já sofria as dores de parto. Embora vestida de glória, ela gritava de dor.

O que é representado por essa mulher? Muitas respostas têm sido apresentadas. Os antigos pais da Igreja entendiam que a mulher era a Igreja ou, como alguns diziam, Maria, a mãe de Jesus. As dores de parto da mulher simbolizavam a labuta espiritual da Igreja. R. H. Charles escreve: "No seu contexto presente, essa mulher representa o verda-deiro Israel ou a comunidade dos crentes. Essa comunidade abrange judeus e cristãos gentios, todos que deverão passar pela última grande tribulação". Ele acrescenta: Mas, uma vez que a mulher é representada como a mãe do Messias, a comunidade que ela simboliza deve incluir o verdadeiro Israel do AT".1"

Seiss geralmente é reconhecido como o expositor-padrão do ponto de vista do pré-milenarismo. Ele entende que a mulher não pode representar os judeus ou a Igreja cristã exclusivamente, mas ambos. Ele então diz: "Há apenas uma Igreja na terra, que existiu em todas as épocas e debaixo de todas as organizações. E assim temos aqui, como símbo-lo disso, uma mulher gloriosa, em quem todas as mais elevadas honrarias e característi-cas principais estão resumidas desde o início até a grande consumação".1" Essa prova-velmente é a melhor interpretação.

João viu outro sinal no céu. Era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças, sete diademas. Não temos dúvidas em relação à identidade do dragão, porque é dito especificamente tratar-se de Satanás (v. 9).

Vermelho é literalmente "vermelho ardente", simbolizando a obra mortífera do dragão. As sete cabeças e sete coroas falam da plenitude de poder e autoridade. Chifres também são um símbolo de poder ou força. A respeito das sete cabeças Seiss escreve: "Vemos nessas cabeças o símbolo de todo governo imperial deste mundo desde o início até o fim, o domínio secular universal da terra em todos os períodos".108 Em relação aos dez chifres, ele diz: "O número deles é dez, o número da perfeição secular, especialmen-te em relação ao mal secular. Todas as tiranias, opressões e sofrimentos que torturaram a humanidade, desde o princípio até o fim, são atribuídos a Satanás"."

Pode ser significativo o fato de o dragão vir a ser usado, junto com a águia, como um distintivo romano, a partir do final do segundo século.' O Império Romano acreditava ter as características de um dragão.
Lê-se em seguida acerca do dragão que a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra (4). A linguagem aqui é um lembrete de Daniel 8:10: "E se engrandeceu até ao exército dos céus; e a alguns do exército e das estrelas deitou por terra e os pisou".

Intérpretes mais antigos entendiam que essa passagem de Apocalipse se referia à queda de Satanás, que levou com ele um terço dos anjos do céu (cf. a Paraíso perdido de John Milton). Isso parece ter apoio na declaração: "os seus anjos foram lançados com ele" (v. 9). A maioria dos comentaristas modernos entende que versículo 4 apenas ressalta o grande poder de Satanás.

Um período deveria ser inserido no meio do versículo 4. A nova frase diz: e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho. A referência à tentativa de Herodes de matar o bebê Jesus (Mt 2:16-18) é óbvia demais para passar despercebida. Mas provavelmente as experiências de Cristo na tentação (Mt 4:1-11) e no Getsêmani (Lc 22:39-46) também deveriam ser incluídas.

O relato continua: E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro (5). A referência é claramente à passagem messiânica em Salmo 2:9: "Tu os [os povos] esmigalharás com uma vara de ferro". Um filho, um varão é Cristo. Ele foi arrebatado para Deus e para o seu trono. Isso se refere à Ascensão (Lc 24:51).

Mais adiante temos o relato de que a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias (6). Pode haver uma referência secundária aqui à fuga de Maria e José ao Egito, levando consigo o filho Jesus para escapar da ira de Herodes (Mt 2:13-15). Uma aplicação mais significativa seria à fuga dos cristãos de Jerusalém para Pella, quando foram ameaçados pelo exército romano (veja comentários em Mt 24:16, CBB, vol. VI). Mas essa também pode ter sido uma referência mais geral à proteção da Igreja da perseguição ao longo da sua história e particularmente na Grande Tribulação no fim dos tempos. Aúltima interpretação parece provável por causa da repetida menção dos mil duzentos e sessenta dias.

2. A Derrota do Dragão (12:7-17)

A guerra agora se trava no céu entre Miguel e os seus anjos e o dragão e os seus anjos (7). Alguns comentaristas encontram aqui uma referência à antiga revolta de Lúcifer, que se tornou Satanás. Outros entenderam que esse texto se refere ao apa-rente conflito interminável entres as forças do bem e do mal.

Miguel é descrito em Daniel como "um dos primeiros príncipes" (10,13) e "vosso príncipe" (10.21). E relata-se a Daniel: "E, naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro" (12.1). Isso parece uma clara refe-rência à Grande Tribulação no fim dos tempos. Assim, a guerra entre Miguel e o dragão não só tipifica a luta perene entre Deus e Satanás, mas também tem uma aplicação especial aos conflitos finais no fim da era presente.

Mas o dragão e seus anjos não prevaleceram; nem mais o seu lugar se achou nos céus (8). E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele (9).

A menção da serpente nos leva de volta ao jardim do Éden, onde Satanás em forma de uma serpente tentou de maneira bem-sucedida a Eva para que desobedecesse à ordem de Deus (Gn 3). O diabo (ho diabolos, o caluniador ou falso acusador) é o termo usado na Septuaginta para Satanás (hb.), que é aqui transliterado para o grego e o português. Satanás significa "o Adversário". Mas o uso de diabolos (gr.) na Septuaginta como tradução para Satanás (hb.) mostra que os dois termos eram consi-derados sinônimos. Eles são usados de maneira permutável nos Evangelhos ("Sata-nás", 17 vezes; "diabo", 15 vezes).

Em que ocasião Satanás e seus anjos foram lançados para fora do céu? John Milton, em seu livro Paraíso perdido (Livro I), entende que esse episódio ocorreu no passado sombrio da história pré-humana (cf. Jd 6). Mas em 1:6, Satanás é retratado como alguém que ainda tem acesso à presença de Deus. Jesus declarou que Ele viu Satanás "como raio, cair do céu" (Lc 10:18). Isso evidentemente se refere à missão cristã de derru-bar o inimigo do seu trono como "o príncipe deste mundo" (Jo 12:31). Mas a referência específica nessa passagem em Apocalipse parece ser a expulsão de Satanás do poder no fim dos tempos.

Então João ouviu uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força (dynamis, poder), e o reino do nosso Deus, e o poder (exousia, autoridade) do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite (10) — isto é, sem interrup-ção. Swete comenta: "A queda de Satanás manifesta novamente [...] o poder salvador e soberano de Deus e seu exercício ativo por meio do Cristo exaltado".111

Então vem uma declaração citada com freqüência: E eles o venceram pelo san-gue do Cordeiro — a morte de Cristo — e pela palavra do seu testemunho (11). Nossa vitória depende da vitória dele no Getsêmani e Gólgota, mas ela também depende da nossa "palavra do testemunho" fiel para Cristo.

Acerca dos cristãos daquele dia, lemos: e não amaram a sua vida (psyche, alma) até à morte. Essa é a repetição de uma ênfase encontrada diversas vezes nos

ensinamentos de Jesus (cf. Mt 10:39-16.25; Mac 8.35,36; Lc 9:24-17.33; Jo 12:25). Paulo expressou um sentimento semelhante (At 20:24). Essa atitude deve caracterizar cada cristão consagrado.

Os habitantes do céu são convidados a se alegrar (v. 12). Em contrapartida lemos: Ai dos que habitam na terra e no mar! Porque o diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo (cf. v. 14). Satanás estava furioso, sabendo que estava sendo condenado e estava determinado a fazer o seu pior no breve tempo que lhe restava. Assim, ele perseguiu a mulher que dera à luz o varão (13; cf. vv. 1-5). Acerca da identificação dessa mulher veja comentários no versículo 2.

E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo (14) — isto é, por três anos e meio. Essa é uma repetição da declaração feita no versículo 6 (veja comentários ali). Alguns entendem que aqui há uma referência à preservação da nação de Israel durante os três anos e meio da Grande Tribulação. Ou-tros aplicam esse texto à proteção da Igreja. A idéia das asas de águias é um eco de Êxodo 19:4 e Deuteronômio 32:11.

A serpente estava tão enfurecida que lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar (15). A figura da enchente como um meio de perseguição ou distúrbio é comum nas Escrituras (cf. Sl 18:4-32.6; 124.4,5; Is 43:2-59.19). A passagem aqui em Apocalipse é aplicável às perseguições romanas infligidas aos primeiros cristãos, bem como ao ataque violento final de Satanás no fim dos tempos.

Mas a mulher foi salva: E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a boca e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca (16). Swete faz a seguinte aplicação geral desse texto: "A ajuda viria de lugares inesperados; a morte do imperador persegui-dor, seguido de uma mudança de política da parte do seu sucessor, mudanças repentinas de sentimento público, ou uma reviravolta de eventos desviando a atenção pública da Igreja, de tempos em tempos deteria ou frustraria os planos de Satanás".112 Ninguém sabe até que ponto essa passagem pode se cumprir literalmente na Grande Tribulação.

Despojado da sua vítima, o dragão foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo (17). Pro-vavelmente é um exagero fazer essas duas últimas sentenças referir-se respectivamente a crentes judeus e gentios.113 É bem possível que todos os cristãos estejam incluídos aqui.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Apocalipse Capítulo 12 versículo 5
Ap 19:15. Conforme Sl 2:9, que é entendido como referência ao reinado do Messias. Ver He 1:5,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Apocalipse Capítulo 12 do versículo 1 até o 17
*

12.1-14.20 Este terceiro ciclo de visões consiste basicamente de histórias de personagens simbólicos chaves: o dragão, a mulher, a besta, o falso profeta, os 144:000, mensageiros angelicais e o Filho do homem (Introdução: Esboço). Diferentemente dos ciclos dos sete selos (5.1-8,1) e sete trombetas (8.2-11.19), estas visões não apresentam numeração explícita. Mas, semelhantemente aos ciclos anteriores, elas conduzem à uma visão da segunda vinda (14.14-20). Os dois ciclos anteriores centraram-se nos juízos vindos do trono de Deus. Este ciclo retrata em profundidade a natureza do conflito espiritual. Aparecem personagens em forma simbólica para representar as forças dos dois lados de uma batalha cósmica espiritual.

Deus mesmo já foi revelado nos caps. 4 e 5. Em oposição a Deus, estão Satanás (o dragão) e seus agentes, a besta (13 1:10) e o falso profeta (13 11:18; 16.13). No lado de Deus, está seu povo, retratado como uma mulher portadora de luz (12.1-6,13-17) e como uma multidão casta, contada e protegida (14.1-5). Estes dois quadros complementares mostram os santos na sua capacidade de testemunhas da luz de Deus e como separados das corrupções do mundo. Assim os santos são exortados a permanecerem fiéis a Cristo em resposta à perseguição da besta, e a permanecerem puros em resistência à sedução da meretriz (Introdução: Características e Temas: Conteúdo). Os quadros simbólicos mostram os dois lados destituídos de toda inconsistência e confusão para expressar claramente a natureza da batalha espiritual (Ef 6:10-20). O conflito presente será seguido pela paz de 21:1-22.5, quando acontece o cumprimento dos planos de Deus.

* 12.1 uma mulher. A imagem traz à memória o sonho de José (Gn 37:9,10) e o quadro de Jerusalém dando à luz ao Messias e seus remanescentes (Is 54:1-4; 66:7-13; Mq 5:3). Estão em foco os santos do Antigo Testamento coletivamente. Maria, mãe de Jesus, está inclusa no grupo, mas somente como um importante membro do todo. A última história mostra que os santos do Novo Testamento também estão incluídos (vs. 13.17). O caráter resplandecente da mulher prefigura a glória da nova Jerusalém (21.11,22-27). Nos seus privilégios, a igreja participa agora já das bênçãos futuras. Mas ela ainda é fustigada por Satanás (caps. 12-14, nota).

* 12.3 um dragão, grande, vermelho. Este personagem é identificado como Satanás, o diabo, no v. 9. A imagem do dragão retrata Satanás no seu monstruoso poder e grande inimizade contra Deus. Satanás se opôs constantemente aos planos de Deus e foi repetidamente derrotado nos grandes atos do poder salvífico de Deus (Gn 3:1,15; Sl 74:13,14; Is 27:1; 51:9,10; Ez 29:3; Lc 10:18; 11.14-23; Jo 12:31; Cl 2:15). Ele se levanta contra o Messias (vs. 4 e
5) e seus servos (v. 17), mas finalmente será entregue à punição eterna (20.10).

* 12.5 um filho varão. Em cumprimento a Mq 5:3, Cristo nasceu e seu governo triunfante será estabelecido sobre as nações, como foi afirmado por sua ressurreição e ascensão.

*

12.6 Deus promete proteção à igreja perseguida. Ver nota em 11.2 sobre os 1:260 dias.

* 12.7-12 A vitória de Cristo (v. 5) resulta em conseqüências assoladoras, começando pela expulsão de Satanás por Miguel, que está funcionando como agente de Cristo. A passagem não fala da queda de Satanás na época da criação mas da sua derrota na crucificação e ressurreição de Cristo (v. 12; Jo 12:31; Cl 2:15).

* 12.13-17 Tendo falhado em destruir Cristo (vs. 4 e 5), o dragão tenta destruir o povo de Cristo. Usa sua boca, representando engano (vs. 15, 9; 2Ts 2:9,10). Quando o engano falha, ele empreende com poder perseguidor (12.17-13.10).

*

12.14 um tempo, tempos e metade de um tempo. Ver nota em 11.2.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Apocalipse Capítulo 12 do versículo 1 até o 17
12.1-14.20 A sétima trompetista (11,15) anuncia os julgamentos das taças (15.1-16.21), mas nos capítulos intermédios (12-14), João vê o conflito entre Deus e Satanás. O vê a fonte de tudo pecado, maldade, perseguição e sofrimento na terra e compreende por que a grande batalha entre as forças de Deus e Satanás devem ter lugar logo. Nestes capítulos fica ao descoberto a natureza do maligno e se vá a Satanás em toda sua baixeza.

12.1-6 A mulher representa ao povo fiel de Deus que esperou ao Messías; a coroa de doze estrelas sobre sua cabeça representa às doze tribos do Israel. Deus aparta aos judeus para si (Rm 9:4-5) e essa nação deu nascimento ao Messías. O filho varão (Rm 12:5) é Jesus, nascido a um feijão devoto, María (Lc 1:26-33). O perverso rei Herodes tentou imediatamente destruir ao menino Jesus (Mt 2:13-20). O desejo do Herodes de dar morte a este "Rei", a quem viu como um perigo para seu trono, foi motivado por Satanás (o dragão escarlate) que quis dar morte ao Salvador do mundo. O espetáculo celestial de Apocalipse 12 mostra que Cristo, ao nascer silenciosamente no povo de Presépio, teve um significado cósmico.

12:3, 4 O enorme dragão escarlate, Satanás, tem sete cabeças, dez chifres e sete coroas, que representam seu poder e o reino do mundo sobre o que tem autoridade. Pelo general se consideram as estrelas que caíram a terra com ele como os anjos que caíram com Satanás e que se converteram em seus demônios. De acordo com a tradição hebréia, uma terceira parte de todos os anjos do céu caíram com Satanás. Para maiores detalhes sobre demônios, vejam-na nota em 9.3ss e Mc 5:1-20.

12:6 O deserto representa um lugar de refúgio espiritual e amparo de Satanás. Ao ajudar na fuga da mulher para o deserto, Deus oferece segurança a todo crente fiel. Satanás sempre ataca ao povo de Deus, mas Deus os mantém seguros espiritualmente. Alguns experimentarão dano físico, mas todos serão protegidos de dano espiritual. Deus não permitirá que Satanás tome as almas de seus verdadeiros seguidores.

12:6 Os 1:260 dias (três anos e meio) é a mesma duração de tempo que lhe permitiu ao dragão para dominar a terra (13,5) e que a cidade Santa foi pisada (veja-a nota em 11.3).

12:7 Este acontecimento cumpre o que manifesta Daniel 12:1ss. Miguel é um anjo de alta fila. Uma de suas responsabilidades é proteger à comunidade dos crentes em Deus.

12.7ss Aconteceu muito mais no nascimento, morte e ressurreição de Cristo do que muita gente pensa. Uma batalha entre as forças do bem e do mal esteve de por meio. Com a ressurreição de Cristo, assegurou-se a derrota de Satanás. Alguns acreditam que a queda de Satanás à terra teve lugar na ressurreição do Jesucristo ou em sua ascensão, e que os 1:260 dias (três anos e meio) é uma forma simbólica de referir-se ao período intermédio entre a primeira e Segunda Vindas de Cristo. Outros dizem que a derrota de Satanás teve lugar no ponto meio de uma tribulação literal de sete anos, seguida do arrebatamento da Igreja e precedendo à Segunda Vinda de Cristo e no começo de seu reinado de mil anos. Seja como for, devemos recordar que Cristo é vitorioso, Satanás foi derrotado pela morte de Cristo na cruz (12.10-12).

12:9 Satanás não é um símbolo nenhuma lenda; ele é muito real. Originalmente foi um anjo de Deus, mas por causa de seu orgulho, chegou a corromper-se. Satanás é o inimigo de Deus e constantemente procura obstaculizar a obra de Deus, mas está limitado pelo poder de Deus e pode fazer somente o que lhe permite (1:6-2.8). O nome Satanás significa "acusador" (12.10). Ativamente procura pessoas para atacar (1Pe 5:8-9). Busca por todos os meios crentes que são vulneráveis em sua fé, que são fracos espiritualmente ou que estão afastados de outros cristãos.

Apesar de que Deus permite que Satanás faça sua obra neste mundo, Deus ainda está em controle da situação. E Jesucristo tem poder completo sobre Satanás; venceu-o ao morrer e ressuscitar pelos pecados da humanidade. Um dia Satanás será encarcerado para sempre, e nunca voltará a fazer sua obra maligna (veja-se 20.10).

12:10 Muitos acreditam que até este momento, Satanás ainda tinha acesso a Deus (veja-a nota sobre 1:7ss). Mas aqui seu acesso está limitado (veja-se também 9.1). Já jamais poderá acusar a seu povo diante de Deus (veja-se como Satanás fez acusações contra Jó diante de Deus em 1:6ss).

12:11 O golpe crítico a Satanás veio quando o Cordeiro, Jesucristo, derramou seu sangue por nossos pecados. ganha a vitória mediante o sacrifício: a morte de Cristo em nosso lugar para pagar pelo pecado e os sacrifícios que fazemos por nossa fé no. Ao nos enfrentar à batalha com Satanás, não devemos temê-la nem tratar de fugir dela, a não ser servir com lealdade a Cristo que traz consigo a vitória (veja-se Rm 8:34-39).

12:12 O diabo começa a apressar sua perseguição porque sabe que fica "pouco tempo". Vivemos nos últimos dias e a obra de Satanás é mais intensa. Apesar de que Satanás é poderoso, como o podemos ver pela condição de nosso mundo, ele está sempre sob o controle de Deus. Uma das razões pela que Deus lhe permite fazer o mau e pôr tentação é que quem simula ser discípulos de Cristo serão separados dos verdadeiros crentes. Satanás sabe que a grande confrontação com o Jesucristo está perto. Por essa razão procura com desespero recrutar uma força inimizade tão grande como lhe é possível para a batalha final.

12:17 Enquanto a mulher (12,1) representa aos judeus fiéis e o filho (12,5) representa a Cristo, outros filhos poderiam ser os judeus crentes ou, mais provável, todos os crentes.

12:17 O apóstolo Paulo diz que estamos em uma luta espiritual (Ef 6:10-12). João diz que a guerra ainda se está liberando, mas já se determinou o resultado final. Satanás e seus seguidores foram derrotados e serão destruídos. Entretanto, Satanás luta cada dia por aumentar suas tropas e para evitar que os seus desertem e se aproximem de Deus. Os que pertencem a Cristo participam da batalha do lado de Deus e O lhes garantiu a vitória. Deus não perderá a guerra, mas devemos nos assegurar de não perder a batalha por nossas próprias almas. Não titubeie em entregar-se a Cristo. Uma grande luta espiritual se está liberando, e não há tempo para a indecisão.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Apocalipse Capítulo 12 do versículo 1 até o 17
VII. WRESTLING contra as hostes da maldade (Ap 12:1 ). Sua cor, as sete cabeças e dez chifres e sete diademas , significam seus poderes destrutivos e sua soberania sobre o mundo. Ele é "o príncipe das potestades do ar" (Ef 2:2 ). Jesus defendeu um desprendimento espiritual do mundo pecaminoso (Jo 17:15 ). St. João disse. "Não ameis o mundo, nem as coisas do mundo" (1Jo 2:15 ). Para João havia apenas duas comunidades de pessoas: a Igreja formado após a vontade de Deus, eo mundo formado após os maus desejos e planos dos homens. Estas referências correspondem ao conceito na visão de João que a retirada precipitada da mulher (a Igreja inclusive) foi uma necessária separação do mundo que Satanás controla, o único expediente para o crescimento na vida cristã. Em tal retirada vem de Deus proteção e poder de sustentação. Isso nos ensina que o diabo não pode ser derrotado em sua própria porta ou com o seu tipo de arma. "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas" (2Co 10:4)

7 E houve guerra no céu: Miguel e seus anjos saindo para a guerra com o dragão; E o dragão e os seus anjos; 8 mas não prevaleceram, nem o seu lugar se achou mais no céu. 9 E o grande dragão foi lançado para baixo, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, o sedutor do mundo inteiro; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com Ec 10:1 E ouvi uma grande voz no céu, dizendo:

Agora é chegada a salvação, eo poder, eo reino do nosso Deus, ea autoridade do seu Cristo.: Para o acusador de nossos irmãos é derrubado, que os acusa diante do nosso Deus dia e noite 11 E eles o venceram por causa do sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte. 12 Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai da terra e do mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.

O dragão , o que não quer destruir a Igreja ou Cristo, está-se derrotado por um exército angelical e lançado para a terra . Não há nenhuma indicação de que ele também procurou destruir Miguel e seus anjos . No livro de Daniel, Michael é o príncipe e defensor de Israel (Ez 10:21. ; Ez 12:1) e Ele bateu golpe de morte de Satanás na cruz. É Ele, e não anjos, que garante que os crentes vitória sobre todos os poderes do mal. "A guerra no céu é um evento separado e paralelos no conflito com os poderes de Satanás."

Na verdade, devemos ir um passo mais longe e ver esse conflito como a contraparte celestial do conflito terreno, que resultou na morte de Cristo. Já vimos na visão anterior que não há acontecimentos da vida terrena de Jesus são chamados-a experiência total encarnação é visto como um evento, contornar as tentativas assassinos de Satanás e derrotá-lo assim. João está tentando dizer que o conflito entre Satanás e a Igreja tem dimensões cósmicas; também está sendo travada no reino espiritual. Céu, em que João viu tanto a mulher como o dragão, é mais propriamente o céu; céu, a cena de guerra, é o céu que João viu através da porta aberta, onde o trono de Deus é (cap. Ap 4:1 ).

Estas duas cenas mostram que João está aqui seguindo seu padrão de repetição notado antes. A presente série de sete cenas podem ser vistas como retratando o triunfo do bem sobre o mal com repetidas, mas progressiva, ênfase. Eles prenúncio da derrota final e completa de Satanás e seus exércitos. Eles também prometem o povo de Deus que o poder do mal na terra foi quebrado, não é tão todo-poderoso como por vezes parece; não é o mestre inevitável do homem; ele pode ser quebrado em sua vida. E eles também prometem que o cristão não tem que lutar suas batalhas espirituais sozinho.

Segue-se um hino de louvor a Deus pela queda de Satanás. É cantado por uma grande voz no céu. Ele recapitula a cena que acabamos de descrever, antecipa conflito continuado entre Satanás e da Igreja na terra, e reitera a promessa de derrota final de Satanás. Teologia e hymnology combinar.

Charles acha que a grande voz no céu, refere-se aos mártires. Mais provavelmente ele representa anjos, um exército celestial como em Ap 11:15 . Qualquer que seja a identificação, a verdade sendo retratado é melhor expressa na música em que os problemas da seqüência de tempo e identificação cair fora. Uma das melhores maneiras de interpretar o Apocalipse é juntar-se em música de vez em quando com os anjos e os anciãos. Apperception e apreço vai entender o que razão e entendimento pode não ter conseguido ver. Em tais coisas como João descreve, o coração é muitas vezes mais aguçada do que a mente.

C. O DRAGÃO NA TERRA (12: 13-17)

13 E, quando o dragão viu que fora lançado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o homem da criança . 14 E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse para o deserto até seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente. 15 E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pudesse fazer com que ela seja levado pela correnteza. 16 E a terra ajudou a mulher, ea terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão lançara da sua boca. 17 E o dragão irou-se com a mulher, e foi fazer guerra com o resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus:

No primeiro pensamento esta cena lança confusão na seqüência de eventos. A mulher foge para o deserto, tanto antes como depois da guerra no céu. Qual é o correto? Ou isso aconteceu duas vezes? A resposta à pergunta nem estaria de acordo com o pensamento de João. Embora os eventos em tempo são aludidos porque o homem e seu destino estão envolvidos, essencialmente, as cenas são atemporais. Elas acontecem no reino espiritual, onde o tempo não é contado, e tomam lugar na terra onde o tempo é a essência das coisas. Às vezes o que parece estar ocorrendo na Terra é melhor interpretado como estando no reino do espiritual.

Existem quatro imagens dadas no presente visão. Em primeiro lugar, a mulher foge para o deserto em duas asas de grande águia para fugir do dragão. "Deus é fiel, que não vos deixará tentar acima do que podeis; antes com a tentação dará também o meio de saída, para que sejais capazes de suportá-la "( 1Co 10:13 ). Em segundo lugar, o dragão derrama uma enxurrada de água de sua boca para abafar a mulher. A história do dilúvio Genesis tornou-se o símbolo da esmagadora tentativa e tribulação. Mas havia e há proteção para o povo de Deus de tudo o que vem em "como uma inundação."

Em terceiro lugar, a natureza assume um lado, e do dilúvio é engolido pelo chão. Isso não seria de todo estranho para João, porque o Pharpar e Abana Rivers perto de Damasco são perdidos nas areias do deserto antes que haja oportunidade para que as suas águas para fazer o seu caminho para um lago, mar, ou outro rio. A natureza é sempre do lado de Deus na grande luta moral. E, em quarto lugar, o dragão foi fazer guerra com o resto dos filhos da mulher. Neste João viu a vinda grande momento de perseguição.Ele também simboliza a luta contínua de Satanás contra a Igreja.

João continua sua descrição desse conflito na próxima visão. O dragão é visto de pé sobre a areia do mar -a grande mar da humanidade, "o caldeirão fervente da vida nacional e social, a partir do qual surgem os grandes movimentos históricos do mundo."


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Apocalipse Capítulo 12 do versículo 1 até o 17
O tema desse capítulo é o conflito das forças de Satanás contra o povo de Deus. Essas visões resumem de forma magnífica os principais temas da Bíblia.

I. Os prodígios no céu (12:1-6)

  1. A mulher

Os versículos 6:13-17 deixam cla-ro que é impossível que essa mulher seja Maria, mãe de nosso Senhor, embora alguns estudiosos queiram que creiamos nisso. Gênesis 37:9 indica que a mulher representa a nação de Israel. O versículo 5 infor-ma que a mulher deu à luz Cristo, e esse simbolismo aponta, de novo, para Israel (Rm 1:3; Rm 9:4-45). A mu-lher está em trabalho de parto e dá à luz Cristo (v. 5 com Sf 2:9; Mq 5:2-33; Ap 19:14ss). No versículo 5, há um lapso de tempo de, pelo menos, 33 anos entre a primeira sentença e a segunda; e, entre os versículos 5:6, temos toda a era da igreja.

  1. O dragão

Esse é Satanás (v. 9), e as cabeças, os chifres e os diademas dirigem-nos para 13:1 e para 17:3, passagens que descrevem a besta (anticristo). Por favor, lembre-se que desde o início se apresenta a besta como o líder da Federação das Nações da Europa, porém ela apenas será re-velada como o "super-homem" de Satanás após o meio da .tribu (ação. O versículo 4 relaciona-se com Isa-Is 14:12ss, em que Satanás revolta- se contra Deus e arrasta alguns an-jos consigo. Veja 38:7 e Jd 1:66ss). Cristo, du-rante sua vida terrena, foi atacado por Satanás de diversas maneiras, e esses ataques tiveram seu ponto de culminância na cruz. Satanás tam-bém ataca os judeus. Deus selou os

  1. Mil judeus a fim de protegê-los, mas também cuidará dos outros judeus. Talvez o versículo 6 refira- se aos gentios, pois eles cuidam dos judeus nessa época (Mt 25:31-40).

Jesus disse para os crentes judeus fugirem quando fosse revelado o anticristo (Mt 24:15-40). Em Ma-teus 24:15, observe a admoestação parentética no que se refere à "leitu-ra" da Palavra. Os crentes judeus do meio da tribulação saberão o que fazer ao lerMt 24:15-40.

II. A peleja (guerra) no céu (12:7-12)

Os dois primeiros capítulos de Jó deixam claro que, agora, Satanás tem acesso ao céu, e Zc 3:0,Ez 10:21; Ez 12:1; Jd 1:9). Ele cuidou dele no deserto como a águia faz com sua ninhada (Dt 32:11-5). O retorno dele do ca-tiveiro babilônio poderia ser "sobre asas de águia" (Is 40:31). Deus leva seu—remanescente crente para um lugar seguro (v. 6) onde Satanás não pode entrar.

A seguir, Satanás usa "água como um rio" na tentativa de ex-terminar os judeus (v. 15), o que é provável que simbolize a persegui-ção gentia. Leia com atenção Sal-mos 124. Sem dúvida, os judeus da tribulação entoarão esse salmo quando o Senhor livrá-los dos ata-ques de Satanás. Outra passagem paralela é Isaías 26:20—27:13.Ez 11:41 diz que, no período intermediário da tribulação, os ju-deus fugirão para Edom, Moabe e Amom quando a besta (inspirada por Satanás) iniciar sua perseguição a eles. Arqueólogos escavaram essa região e encontraram cidades encra-vadas nas rochas que seriam lugares perfeitos para Israel se refugiar. Os judeus fugitivos, de Mateus 24:16- 21, encontrarão paz e segurança lá na segunda metade do período da tribulação, conhecido como "a grande tribulação".

Agora, acontece uma guerra du-pla: Deus guerreia contra o mundo ímpio, e Satanás (por intermédio da besta) luta contra os santos (13:7). Essa será uma época de muito dis-túrbio e problemas! Não é de espan-tar que Jesus tenha dito: "Não tives-sem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo" (Mt 24:22). Os dias são abreviados "por causa dos escolhidos" (os crentes judeus).

Esse capítulo traz muitas lições práticas. (1) Satanás está em guerra com os santos, e só podemos ven-cê-lo pela fé na Palavra do Senhor. (2) Ele é o acusador dos irmãos. Os pecados dos santos fornecem todas as evidências de que Satanás pre-cisa para apresentar diante do tro-no de Deus. Graças a Deus, temos Cristo como nosso Advogado (1 Jo 1:9-2:2)! Cristo purifica-nos quan-do confessamos nossos pecados, e isso silencia Satanás! (3) Que não acusemos os santos, pois estare-mos do lado de Satanás, e não no de Deus, se fizermos isso. "O amor cobre multidão de pecados." (4) Não podemos ser culpados de anti- semitismo. Os judeus são o povo eleito de Deus, e não teríamos Sal-vador nem Bíblia se não fosse por Israel. Temos de amar Israel, orar para que tenha paz e tentar ganhar nossos amigos judeus para Cristo. Politicamente, a nação de Israel pode não estar sempre certa, po-rém ela pertence a Deus e tem um importante papel a cumprir neste mundo. Devemos orar pela paz de Jerusalém.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Apocalipse Capítulo 12 do versículo 1 até o 17
12.1 Grande sinal. Depois dos sete selos e das sete trombetas e antes das sete taças (15.7 e cap.
16) intervém uma visão portentosa. Uma mulher. primeira das sete personagens mencionadas nos caps. 12 e 13. Cada uma destas toma sua parte nesta visão de lutas e conflitos:
1) A Mulher, simbolizando Israel, ou a povo ideal de Deus (conforme Gl 4:26, Ez 10:21; Ez 12:1), símbolo do socorro divino (12:7-12);
5) Os Restantes, símbolos dos crentes (12.17);
6) A besta que emerge do mar, que poderia se referir historicamente ao Imperador Domiciano (81-96 d.C.), mas que finalmente simboliza o anticristo (13 1:10);
7) A besta que emerge da terra, lembrando os primeiras leitores do Apocalipse dos sacerdotes, que impunha o culto pagão ao Imperador; seria apenas uma sombra da encarnação do poder satânico que o falso profeta exercerá (13 11:18). As bestas designam o anticristo e seu profeta que hão de surgir num período da tribulação antes do Milênio.

12.3 Dragão. Interpretado como Satanás no v. 9. Vermelho (gr purros), "cor de fogo". Seu intento é devorar o Filho que estava para nascer, e lutar contra os irmãos (v. 10) que seriam os crentes.

12.5 Um filho. O Messias que, reinará sobre as nações com cetro de ferro (conforme Is 11:4). Arrebatado. Alusão à Ressurreição de Cristo.

12.6 Deserto.O simbolismo lembra a proteção divina oferecida a Cristo no Egito. Jesus foi guardado por Deus durante toda a Sua vida, até à cruz. Na Sua ressurreição venceu a morte. Essa vitória foi repartida com Seus seguidores que vencem o diabo pelo sangue justificador de Cristo (v. 11). Na destruição de Jerusalém, em, 69-70 d.C., os crentes escaparam em tempo para a cidade de Pela, no deserto; além do Jordão.

12.7 Peleja no céu. O diabo não consegue destruir na terra. Agora, procura invadir a própria Glória celestial, para continuar sua luta contra o Filho de Deus, mas acaba sendo derrotado. Isto ainda aumenta seu ódio contra Cristo, o qual se lança contra os Seus seguidores. • N. Hom. Os motivos do triunfo dos santos de Deus, 12.11.
1) O Sangue do Cordeiro - os santos venceram a batalha por meio da Vitória de Cristo, e não por seus própria méritos;
2) Seu testemunho - o fato de sempre testificarem de Cristo e da Palavra, alimentava-os com poder para enfrentar o desafio do mal dia após dia;
3) Não amaram a própria vida - as vitórias espirituais pertencem àqueles que se dedicam a Deus (Rm 12:1).

12.13 O diabo, lançado de volta à terra, redobrou sua fúria contra os seguidores de Cristo, e contra a mulher. Deste modo explicam-se as terríveis perseguições que caracterizarão o período da grande tribulação (13 7:17; Mt 24:21).

12.14 Um tempo, tempos e metade de um tempo. Veja 11.2n.

12.17 Restantes da sua descendência. Aponta para o futuro, a geração dos crentes que enfrentará a ira satânica exercida pelo anticristo (conforme cap. 13).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Apocalipse Capítulo 12 do versículo 1 até o 17
Segunda divisão: O retrato vívido do conflito e do triunfo (12.122.5)

I. A MULHER, O FILHO E O DRAGÃO (12:1-17)
I) O nascimento do filho (12:1-6)
v. 1. Apareceu no céu um sinal extraordiná-rio\ Conforme 12.3; 15.1. uma mulher vestida do sol\ com a lua debaixo dos seus pés\ Conforme Ct 6:10. A origem precisa dessa figura de linguagem não pode ser determinada; diversos paralelos parciais do antigo Oriente Médio são citados pelos comentaristas. A mulher não é um ser humano individual, mas a contraparte celestial de uma comunidade terrena; o fato de que ela usa uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça (conforme Gn 37:9) identifica-a como o verdadeiro Israel, de quem nasceu o Messias. Um dos hinos de Cunrã retrata de maneira semelhante a comunidade fiel como uma mulher sofrendo as dores de parto até que dá à luz um filho, “conselheiro maravilhoso” (citando Is 9:6, em que esse é um dos títulos do príncipe davídico dos quatro nomes). João não vê descontinuidade na vida do verdadeiro Israel antes e depois do nascimento e exaltação do Messias; o remanescente fiel do antigo Israel era o núcleo do novo. v. 2. Ela estava grávida e gritava de dor. Conforme Is 7:14; Mq 5:3. v. 3. um enorme dragão vermelho com sete cabeças e dez chifres-. Esse é Leviatã, o dragão primevo do caos, cuja derrota diante de Deus no início (SI 74.14; Is 51:9) e no final dos tempos (Is 27:1) é declarada em diversos escritos do AT. Que suas cabeças (Sl 74:14) eram sete é atestado em textos ugaríticos, em que ele é chamado “o amaldiçoado entre sete cabeças”. Seus dez chifres provavelmente são tomados do quarto animal de Ez 7:7 (conforme Ap 13:1; Ap 17:12). Aqui ele é identificado com a serpente do Éden e com Satanás (v. 9).

v. 4. Sua cauda arrastou consigo um terço das estrelas do céu\ Conforme Ez 8:10, em que o “chifre pequeno” (Antíoco Epifânio) lança parte “dos exércitos das estrelas” na terra e as pisoteia. Isso pode ser uma referência ao fato de Antíoco ter desencorajado a adoração de certas deidades a favor de Zeus do Olimpo, cuja manifestação na terra ele reivindicava ser. Mas aqui (não importa qual tenha sido a origem da figura de linguagem), a referência provavelmente é aos anjos que estavam envolvidos na queda de Satanás (conforme 9.1; tb. v. 9 adiante). Acerca da terça parte das estrelas, conforme 8.12. v. 5. Ela deu à luz um filho, um homem, que governará todas as nações com cetro de ferro\ Essas palavras de Sf 2:9 identificam o filho com o Messias davídico (conforme 19.15); em

2.27, elas já foram aplicadas ao vencedor, mas são aplicadas a ele somente em virtude de sua associação com o Messias (conforme v. 11 adiante). Seu filho foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono-, É estranho que a ascensão de Cristo seja apresentada aqui como a continuação imediata do seu nascimento, mas não seria menos estranho se o filho representasse o povo de Cristo, ou Cristo com seu povo. João está usando material antigo, que ele reformula para que seus elementos contem a história do evangelho, mas seus elementos evidentemente não continham nada que pudesse ser reinterpretado como os eventos entre o nascimento e a ascensão de Cristo. Esses são reconhecidamente problemas exegéticos desta passagem cuja solução não temos. v. 6. A mulher fugiu para o deserto-. Uma referência à fuga da igreja palestina em 66 d.C., na eclosão da revolta judaica; de acordo com Eusébio, ela encontrou refúgio no território de Péla, além do Jordão — mas será que alguns membros se fixaram no deserto da Judéia? O verdadeiro Israel de quem Cristo nasceu continua existindo, de acordo com o vidente, na igreja palestina; os cristãos em outros lugares são o restante da sua descendência (v. 17). para um lugar que lhe havia sido preparado por Deus\ Conforme Is 26:20. mil duzentos e sessenta dias: Conforme v. 14; 11.2,3; 13.5. Durante esse período de ira satânica, a mulher está a salvo, enquanto seus filhos são perseguidos; a igreja palestina escapou das atenções mais hostis do poder imperial durante a campanha do século I contra os cristãos de Roma e da Ásia Menor.


2) A queda do dragão (12:7-12)
v. 7. Houve então uma guerra nos céus: A queda de Satanás do céu “como relâmpago” (Lc 10:18) é retratada aqui em termos ilustrativos. O ministério de Jesus incluía a derrota do adversário, pois seu reino não poderia subsistir contra o reino de Deus que estava chegando e tomando o controle, e ele recebeu o golpe de misericórdia por meio da cruz, a coroa do ministério de Jesus (conforme Cl 2:15). No antigo hinário dos cristãos chamado curiosamente de Odes de Salomão (Ode 22), Cristo, falando do seu triunfo sobre a morte, se dirige a Deus como “aquele que derrotou por meio das minhas mãos o dragão com sete cabeças; e tu me colocaste sobre suas raízes para que eu destruísse sua semente”, v. 9. a antiga serpente-, Conforme Gn 3.1ss; tb. Is 27:1chamada Diabo ou Satanás: Grego diabolos (“caluniador”) é o equivalente do hebraico satan (“acusador”); no AT, Satanás aparece como o acusador principal na corte celestial (Zc 3:1,Zc 3:2; conforme 1:0Rm 8:34). A vitória de Cristo e a derrota de Satanás são celebradas no grito triunfal dos v. 10-12. Na vitória de Cristo, está incluída a vitória do seu povo (conforme Rm 8:37; 1Co 15:57; 2Co 2:14). Assim como ele obteve a vitória por meio da sua Paixão (Ap 5:5,Ap 5:6), eles, por sua vez, derrotam o dragão pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do testemunho que deram-, diante da morte, não amaram a própria vida (v. 11). Mas a queda do dragão significa uma intensificação da sua atividade maléfica sobre a terra, durante o breve intervalo antes de ele ser trancafiado (conforme 20.1ss).


3) O ataque à mulher e seus outros filhos (12:13-17)
v. 14. Foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que ela pudesse voar para o lugar que lhe havia sido preparado no deserto: Conforme Ex 19:4, em que Deus fala assim da fuga de Israel do Egito para o deserto: “Vocês viram o que fiz ao Egito e como os transportei sobre asas de águias e os trouxe para junto de mim” (conforme tb. Dt 32:10-5). um tempo, tempos e meio tempo: Essa designação variante dos 1.260 dias do v. 6 é extraída de Ez 7:25; Ez 12:7. v. 15. Então a serpente fez jorrar da sua boca água como um rio, para alcançar a mulher e arrastá-la com a correnteza: Isso pode ser uma referência a algum incidente da guerra de 66-73 d.C., que já não pode ser identificado, e que ameaçou eliminar a rota de fuga da igreja. É improvável que a referência seja a uma correnteza literal, como a que impediu os judeus de Gadara de fugirem dos romanos em março de 68 d.C. (Josefo, Guerras, iv:433-436); dificilmente se usaria a expressão “como um rio” para falar de uma correnteza literal, v. 16. A terra [...] abrindo a boca e engolindo o rio: Acerca da personificação da terra, cf. Gn 4:11; Nu 16:30. v. 17. O dragão [...] saiu para guerrear contra o restante da sua descendência: Frustrado pelo seu ataque contra a igreja palestina, o dragão incita perseguição violenta contra os cristãos em outros lugares do império. Que o texto está se referindo a cristãos fica claro pelo fato de que eles não somente obedecem aos mandamentos de Deus mas também se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus — exatamente a atividade pela qual João estava no exílio (1.9; conforme 19.10). v. 18. Então o dragão se pôs em pé na areia do mar. A maioria dos manuscritos posteriores traz “Eu me pus em pé” (gr. estathèn) e associa a locução com o que segue em 13.1 (como a ARC); mas “ele se pôs em pé” (gr. estathe) está correto; o sujeito é o dragão, e não o vidente, que ainda está vendo a cena terrena do seu ponto de observação celestial.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Apocalipse Capítulo 12 do versículo 1 até o 5

1-5. O capítulo 12 apresenta outro problema de identificação – a mulher vista no céu . . .com dores de parto que deu à luz (vs. Ap 12:1, Ap 12:2). Uma coisa parece certa – que esta criança "que há de reger todas as nações com vara de ferro" (v. Ap 12:5) deve ser o Senhor Jesus Cristo (veja Sl 2:9; Is 66:7; Ap 19:15). Muitas identificações têm sido sugeridas para a mulher. No período dos Pais da Igreja, Victorino dizia que era "a antiga igreja dos pais, e profetas, e santos, e apóstolos" (Ante-Nicene Fathers, VII, 355). Muitos escritores dizem que é Israel, de quem Cristo veio; enquanto outro, como Auberlen, Lenski, etc., interpretam-na mais compreensivelmente como o Israel de ambos os Testamentos. Eu penso que podemos afirmar que seja Israel. A Igreja Católica Romana, é claro, insiste que é a Virgem Maria, mas a Igreja Romana também diz que Maria deu à luz sem dores, entrando em contradição com este versículo (veja Is 66:7). Diante da mulher está o grande inimigo de Deus, o dragão (Ap 12:4), que espera destruir Cristo. Mas fracassará no seu intento.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Apocalipse Capítulo 12 do versículo 1 até o 17
VII. O FUNDO DO CONFLITO TERRESTREAp 12:1-66) teria sido uma deusa coroada com as doze estrelas do zodíaco. O judeu teria visto nela o seu próprio povo, encabeçado pelos doze patriarcas. João mostra que ela não representa nenhum destes, mas o verdadeiro povo crente de Deus, tanto da velha, como da nova dispensação, a comunidade messiânica.

>Ap 12:3

O dragão se identifica no vers. 9 com Satanás. Suas sete cabeças e dez chifres (3) revelam ser ele o anticristo do mundo espiritual, assim como o seu agente, "a besta" (Ap 13:1) é o anticristo terrestre compartilhando de suas características. A figura foi usada em Daniel para descrever a natureza das quatro sucessivas potências mundiais da história. Em Daniel, as sete cabeças foram divididas entre as quatro bestas, enquanto aqui elas são retidas em uma concentração horrível do mal. Os dez chifres são semelhantemente tradicionais e na potência terrestre anticristã se aplicam aos dez reis (Ez 7:24; Ap 17:12). E a sua cauda, levou após si a terça parte das estrelas do céu (4) ecoa a vitória de Satanás sobre os poderes angélicos, mas, se João pretendia por este fenômeno qualquer coisa mais do que uma alusão ao grande poder do dragão, é difícil dizer. A afirmação do destino da criança (5; Sl 2:9) explica o desejo do dragão de devorá-la, pois as nações, ele as reconhecia como a sua legítima presa. Na sua referência original, o sentido seria que a criança foi arrebatada ao trono de Deus por segurança, enquanto ainda um infante; mas o "arrebatamento" é suficientemente semelhante à ascensão triunfante de Jesus, para tornar claro o seu real sentido neste contexto.

>Ap 12:6

O povo de Deus é seguro das artimanhas do diabo durante o período do reino de terror do anticristo (6). Isto está de acordo com o ensino de Ap 7:1-66; Ap 11:1-66; antecipa a queda de Satanás, descrita nos vers. 7-12, e é ampliado em 13-17. A batalha no céu (Ap 12:7-66) pode significar uma tentativa para investir-se contra o refúgio da "Criança-redentora". Daí o protagonista celeste ser um arcanjo que dirige as hostes de Deus; é ele que ganha a vitória sobre o diabo e os seus seguidores demoníacos. A sua conquista traz o reino de nosso Deus (10; cfr. Ez 12:1-27). Mas o acréscimo do vers. 11, por nosso profeta, transforma a cena toda. O meio real da conquista do dragão foi a obra redentora de Cristo; o seu povo compartilha essa vitória pelo seu testemunho ao poder salvador nas suas vidas. A conquista angélica torna-se mera figura para a vitória de Cristo e os seus santos. O início do reino de Deus através da redenção na cruz é um paralelo próximo ao ensino joanino e paulino de que a morte e a ressurreição do nosso Senhor foram a ocasião da derrota de Satanás e o estabelecimento da era do reino com todas as suas bênçãos concomitantes. O Apocalipse, desta forma, não pode ser considerado, como se diga, totalmente livre de escatologia "concretizada". Charles tem solucionado, com bom êxito, uma dificuldade lingüística de há muito tempo, traduzindo no vers. 7 "Miguel e seus anjos tiveram que lutar com o dragão". Ver I. C. C. págs. 321-322.

>Ap 12:9

A antiga serpente (9) é aquela que tentou a Eva no Éden. Diabo (diabolos) é o equivalente grego do hebraico Satan, ambos significando "caluniador". O texto sugere que nunca Satanás pode cumprir a sua função de falsamente acusar os santos perante Deus. (Ver Jó l, e Zc 3:0; Ap 13:8; etc.); Usa-se aqui em distinção da esfera celeste onde outrora habitava. O pouco tempo (12) define-se no vers. 14; o período do reino do anticristo é aqui visto como uma administração do diabo através daquele.

O dragão agora volta a sua atenção para a mulher, isto é, a Igreja, tendo falhado no caso do Senhor dela: cfr. Jo 15:20. Para Ap 12:14, ver vers. 6n. A mulher é nutrida mais "por causa da" do que "fora da vista da" serpente. No simbolismo que revela o ataque contra a mulher, a serpente é considerada como um monstro da água, inclusive a personificação do mar. Daí a mulher foge para refúgio no deserto (14), onde um monstro marítimo não pode ter lugar. Para não ser superada, a serpente manda após ela um dilúvio, mas a terra o traga, de maneira que não se faça mais nada por ele (15-16). O retrato bem ilustra a segurança espiritual dos crentes contra tudo que o diabo possa fazer em suas tentativas para destruí-los.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Apocalipse Capítulo 12 do versículo 1 até o 17

25. A Guerra dos Eras — Parte 1: O Preludio ( Apocalipse 12:1-6 )

Um grande sinal apareceu no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas; e ela estava com a criança; e ela gritou, estando em trabalho de parto e de dor para dar à luz. Em seguida, outro sinal no céu: eis um grande dragão vermelho que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. E a sua cauda varreu a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra. E o dragão parou diante da mulher que estava prestes a dar à luz, para que, quando ela deu à luz, lhe devorasse o filho. E ela deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; eo seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono. Em seguida, a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali ela seria alimentado por 1.260 dias. ( 12: 1-6 )

A Bíblia adverte que "o orgulho vem antes da destruição, e um espírito altivo, antes de tropeço" ( Pv 16:18 ). A ilustração mais notório e trágica desse princípio, aquele com as consequências de maior alcance, foi rebelião e arrogância de Satanás contra Deus. Por que Lúcifer, depois de ter caído do céu como um relâmpago ( Lc 10:18 ), foi escalado para baixo de sua posição exaltada como o "querubim ungido" ( Ez 28:14 ). Ele perdeu seu lugar como o maior ser criado e tornou-se o inimigo supremo de Deus. A rebelião de Satanás desencadeou uma guerra cósmica em todo o universo-a guerra superando qualquer outra guerra na experiência humana. Guerra de Satanás contra Deus é uma guerra de duas frentes. Ao liderar um motim contra Deus entre os anjos, Satanás tentou, sem sucesso para destruir o paraíso do céu. Ao liderar um motim contra Deus entre os homens, Satanás destruiu o paraíso terrestre do Jardim do Éden, mergulhou toda a raça humana em decadência e da corrupção, e usurpou (temporariamente) o papel do "príncipe deste mundo" ( Jo 12:31 ; Jo 16:11 ).

A campanha de guerra de todos os tempos de Satanás abertura teve lugar no céu. Quando ele se rebelou ( Isa. 14: 12-15 ; . Ez 28:12-17 ), um terço dos anjos tolamente e perversamente lançar seus lotes com ele (veja a discussão sobre v. 4 abaixo). Nenhum deles poderia ter sabido que as conseqüências eternas de sua escolha seria. Querendo ser como Deus, tornaram-se tanto ao contrário Ele possível. Esses anjos caídos (ou demônios) tornou-se tropas de assalto de Satanás, fazendo a licitação de seu comandante mal. Eles lutam contra o propósito divino, fazendo guerra com ambos os santos anjos e da raça humana.

Quando Adão e Eva caíram em corrupção, escolhendo para ouvir mentiras de Satanás e desobedecer a Deus, a raça humana tornou-se envolvido na guerra cósmica das eras. De fato, desde a queda, a Terra tem sido o teatro principal em que essa guerra foi travada. Embora já caído, cada membro da raça humana enfrenta a mesma escolha que os anjos na eternidade passada: para lutar ao lado de Deus ou em Satanás. Restante neutro não é uma opção, pois em Mt 12:30 Jesus declarou: "Quem não é comigo é contra mim; e quem não ajunta comigo, espalha."

As batalhas finais da longa guerra de Satanás contra Deus estão ainda a ser combatido. Eles vão ter lugar no futuro, durante a última metade do período da tribulação de sete anos, o tempo de Jesus chamado a Grande Tribulação ( Mt 24:21 ). Naquele tempo Satanás, ajudado pela ausência da igreja arrebatada e a presença de maiores hordas de demônios ( 9: 1-11 ), irá montar seus assaltos mais desesperados contra os propósitos de Deus e Seu povo. Mas, apesar da fúria selvagem com que esses ataques serão realizados, eles não vão ter sucesso. O Senhor Jesus Cristo será facilmente esmagar Satanás e suas forças ( 19: 11-21 ) e enviá-lo para o abismo para a duração do reino milenar ( 20: 1-2 ). Depois de liderar uma rebelião final no fim do Milênio, Satanás será entregue à punição eterna no lago de fogo ( 20: 3 , 7-10 ).

O som da sétima trombeta vai proclamar a vitória triunfal do Senhor Jesus Cristo sobre o usurpador, Satanás: "E o sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou o reino de nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre "( 11:15 ). Não haverá alegria no céu porque Cristo derrotou Satanás e estabeleceu Seu reino eterno. Assim, o resultado da guerra entre Satanás e Deus não está em dúvida. O triunfo de Cristo é certa.

Embora o capítulo 11 registra o soar da sétima trombeta, os efeitos que ela produz não são descritas até capítulos 15:18 . A sétima trombeta soará, perto do final da Tribulação, o lançamento a breve, mas julgamentos bacia finais e devastadoras pouco antes da volta de Cristo em poder e glória. capítulos 6:11 descrevem os eventos da tribulação até o soar da sétima trombeta; capítulos 12:14 recapitular esse mesmo período, descrevendo acontecimentos a partir do ponto de vista de Satanás. Além disso, a última seção leva o leitor todo o caminho de volta para a rebelião inicial de Satanás ( 12: 3-4 ). A narrativa cronológica dos eventos da Tribulação em seguida, recomeça no capítulo 15 .

A tribulação contará com ambas as decisões sem precedentes de ira escatológico de Deus e da fúria desesperada de esforços de Satanás para frustrar os propósitos de Deus. Essa combinação mortal fará a tribulação o período mais devastador na história da humanidade ( Mateus 24:21-22. ). Durante esse tempo, os eventos terríveis acontecerão, causada tanto por julgamentos de Deus e pela fúria de Satanás.

Antes de descrever que a guerra final, o inspirado apóstolo João primeira apresenta os principais personagens envolvidos nela: a mulher (Israel), o dragão (Satanás), e o menino (Jesus Cristo).

A Mulher

Um grande sinal apareceu no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas; e ela estava com a criança; e ela gritou, estando em trabalho de parto e de dor para dar à luz. ( 12: 1-2 )

A primeira coisa que João viu em sua visão foi um grande sinal -o primeiro de sete sinais na última metade do Apocalipse (cf. 3 v. , 13 13:14 ; 15: 1 ; 16:14 ; 19:20 ). mega ( grande ) aparece repetidamente nessa visão (cf. vv 3. , 9 , 12 , 14 ); tudo João viu parecia enorme, quer em tamanho ou em importância. Semeion ( sinal ) descreve um símbolo que aponta para uma realidade. A abordagem literal de interpretação da Escritura permite o uso normal da linguagem simbólica, mas entende que ele aponta para uma realidade literal. Neste caso, a descrição mostra claramente que a mulher João serra não era uma mulher real. Além disso, a referência a "o resto de seus filhos", aqueles que "guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" ( v. 17 ), mostra que essa mulher é uma mãe simbólica.

mulher é o segundo de quatro mulheres simbólicas identificados no Apocalipse. O primeiro, porém uma mulher, real, teve o nome simbólico Jezebel ( 02:20 ). Ela era um falso mestre e simboliza o paganismo. Outra mulher simbólica, retratado como uma prostituta, aparece em17: 1-7 . Ela representa a igreja apóstata. A quarta mulher, descrita em 19: 7-8 como a noiva do Cordeiro (cf. 2Co 11:2 ; Ez 16:32-35. ; Os 2:2 ). A presença de Israel no fim dos tempos está de acordo com as promessas de Deus enfáticas de sua existência continuada como uma nação:

Assim diz o Senhor,
Quem dá o sol para luz do dia
E a ordem fixa da lua e das estrelas para luz da noite,
Quem agita o mar, de modo que suas ondas rujam;
O Senhor dos exércitos é o seu nome:
"Se esta ordem fixa afasta
Desde antes de mim ", diz o Senhor,
"Então os filhos de Israel também cessará
De ser uma nação diante de mim para sempre. "
Assim diz o Senhor,
"Se os céus em cima pode ser medido
E os fundamentos da terra cá em baixo,
Então eu também rejeitarei toda a descendência de Israel
Por tudo o que eles têm feito ", diz o Senhor.

Jeremias 31:35-37. ; cf. 33: 20-26 ; Jr 46:28 ; Am 9:8. ; Ez 37:21-28. ; Dn 2:44. ; Zc 8:1:. Zc 12:1 ; 13 8:38-13:9'>13 8:9 ; Rm 11:26. ).

Muitas vezes, como um instrumento de juízo de Deus, Satanás tem perseguido o povo judeu ao longo da sua história. Ele sabe que, para destruir Israel tornaria impossível para Deus para cumprir Suas promessas para o povo judeu. Deus não vai permitir que ele faça isso, mas vai usar Satanás para castigar Israel. Ele vem como nenhuma surpresa que o diabo vai intensificar sua perseguição de Israel como o estabelecimento do reino milenar se aproxima. Como observado anteriormente, a sétima trombeta soará, perto do final da Tribulação. Apenas algumas semanas, ou talvez alguns meses, no máximo, permanecerá depois que parece até o retorno do Senhor Jesus Cristo. Com o tempo a esgotar-se (cf. v. 12 ), o povo judeu se tornará o alvo especial do ódio de Satanás e ataques destrutivos.

João viu que a mulher estava vestida com o sol, e teve . a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas Essa descrição fascinante reflete o sonho de José, registrada em Gênesis 37:9-11 :

Agora ele tinha ainda outro sonho, e relatou a seus irmãos, e disse: "Eis que eu tive ainda outro sonho;. E eis que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam perante mim" Ele contou a seu pai e seus irmãos; e seu pai repreendeu-o e disse-lhe: "Que sonho é esse que você já teve? Quer que eu e sua mãe e seus irmãos, na verdade, vir a curvar-nos para baixo antes de você para o chão?" Seus irmãos tinham inveja dele, mas seu pai guardava o caso no seu coração.
No imaginário do sonho de José, o sol representa Jacó, a lua Rachel, e onze estrelas irmãos de José. A alusão ao sonho de José é justo, uma vez que a sua vida se assemelha a história de Israel. Ambos suportou a indignidade de cativeiro em nações dos gentios, ainda estavam no final entregue e exaltado a um lugar de destaque em um reino.
Que a mulher estava vestida com o sol reflete resgatadas única glória, brilho e dignidade de Israel por causa de seu status elevado como a nação escolhida por Deus (cf. Dt 7:6. ). Ele também liga-la com Jacó (o sol no sonho de José), um herdeiro no pacto abraâmico; Continuou a existência de Israel como nação reflete o cumprimento contínuo desta aliança (cf. Gn 12:1-2 ). A referência para a lua debaixo dos seus pés pode ser uma descrição mais detalhada de status elevado de Israel. Ele também poderia incluir o conceito de relação de aliança de Deus com Israel, desde a lua era parte do ciclo de necessários momentos de adoração de Israel (cf. Nm 29:5-6. ; . Ne 10:33 ; Sl 81:3. ; Cl 2:16 ). A coroa ( stephanos ; a coroa associado com triunfo em meio ao sofrimento e luta) de doze estrelas (José sendo o décimo segundo) sobre a mulher cabeça refere-se às doze tribos de Israel.

Tendo descrito vestuário da mulher, João notou sua condição: que ela estava grávida. Isso também é imagem familiar Antigo Testamento descreve Israel (cf. Is 26:17-18. ; 66: 7-9 ; Jr 4:31. ; Jr 13:21 ; Mq 5:3 ), Satanás atacou Israel. Durante séculos 1srael agonizou e sofreu, desejando a criança que viria a destruir Satanás, o pecado ea morte, e estabelecer o reino prometido. Nenhuma nação na história sofreu tão longo ou tão severamente como Israel tem-tanto do castigo de Deus, e também de esforços furiosos de Satanás para destruir a nação através da qual o Messias viria.

Tendo descrito as dores de parto de agonia da mulher, João introduz a causa de seu sofrimento.

O Dragão

Em seguida, outro sinal no céu: eis um grande dragão vermelho que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. E a sua cauda varreu a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra. E o dragão parou diante da mulher que estava prestes a dar à luz, para que, quando ela deu à luz, lhe devorasse o filho. ( 12: 3-4 )

Com o segundo sinal, um novo personagem surge em cena: inimigo mortal da mulher, dramaticamente retratado por mais um sinal de que . Apareceu no céu versículo 9 identifica claramente o grande dragão vermelho como Satanás (cf. 20: 2 ). Satanás, é claro, não é um verdadeiro dragão (não mais do que Israel é uma mulher real), mas um espírito malévolo ser, um anjo caído. A linguagem simbólica usada para descrever ele retrata a realidade de sua pessoa e caráter. Apenas em Apocalipse é Satanás referido como um dragão; antes que ele é chamado (entre outros nomes) a serpente ( Gn 3:1 ; 7:12 ; Sl 74:13. ; Sl 148:7 ; . Ez 29:3 ). A palavra hebraica para "serpente" ( nachash ) usado em Gn 3:1 ). Provavelmente, era mais ereta-a em pé em cima do dragão duas pernas, amaldiçoado a andar sobre quatro patas próximo do chão, ou deslizar como uma cobra. Vermelho é uma cor adequada para o dragão, uma vez que ele ataca tanto a mulher e seu filho.

Ezequiel 29:1-5 , que descreve Faraó como o inimigo de Deus, capta a essência deste imagens assustadoras usado para descrever Satanás:

No décimo ano, no décimo mês, no décimo segundo dia do mês, a palavra do Senhor veio a mim, dizendo: "Filho do homem, dirige o teu rosto contra Faraó, rei do Egito, e profetiza contra ele e contra todo o Egito. Speak e dizer: 'Assim diz o Senhor Deus,
 
"Eis que eu sou contra ti, ó Faraó, rei do Egito,
O grande monstro que está no meio de seus rios,
Que disse: 'Meu rio é meu, e eu me ter feito isso. "
Vou colocar ganchos em suas mandíbulas
E fazer o peixe dos seus rios se apegam a suas escalas.
E eu vou trazê-lo até sair do meio dos seus rios,
E todos os peixes de seus rios vai se apegar a seus escalas.
Vou abandoná-lo para o deserto, você e todos os peixes de seus rios;
Você vai cair sobre o campo aberto; você não vai ser reunidos ou recolhidas.
Eu dei-lhe comida para os animais da terra e as aves do céu. "'"
dragão é ainda descrito como tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. Ele é retratado como um monstro de sete cabeças que rege o mundo. Satanás foi permitido por Deus para governar o mundo desde a queda, e continuará a fazê-lo até a sétima trombeta soar ( 11:15 ). As sete cabeças com seus sete diademas ( diadema ; coroas reais poder e autoridade que simbolizam) representam sete impérios mundiais consecutivos, a seu curso sob o domínio de Satanás: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, Roma e futuro império do Anticristo ( 17: 9-10 ). O reino final, governado pelo Anticristo, será uma confederação de dez nações; os dez chifres representam os reis que governarão sob o Anticristo ( 17:12 ; cf. 13: 1 ; Dan. 7: 23-25 ​​). O deslocamento dos diademas do dragão cabeças de chifres da besta ( 13: 1 ) revela a mudança no poder das sete impérios mundiais consecutivos para os dez reis sob o Anticristo final.

Pervasive, má influência de Satanás não se limita ao reino humano, mas estendeu primeiro para o reino angélico. Na linguagem pitoresca de visão de João, do dragão cauda varreu a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra. As referências aos anjos do dragão em versos 7 e 9 indicam que as estrelas do céu são os anjos. O caso genitivo oferece mais apoio para que a interpretação: são estrelas que pertencem ao céu, que é o seu próprio domicílio. Os anjos são representados simbolicamente como estrelas em outro lugar nas Escrituras ( 9: 1 ; 38:7 ; . Ez 28:12-17 ), ele varreu um terço do exército dos anjos com ele. Junto com seu líder derrotado, esses anjos maus foram expulsos do céu para a terra. (Note-se que, embora ele foi lançado a partir de sua morada no céu, Satanás, na presente época, tem acesso à presença de Deus; ver 12:10 ; 1:1 Como observado na discussão de. 12: 7-9 no capítulo 2 deste volume, será excluída permanentemente do céu depois de sua derrota por Michael e os santos anjos durante a tribulação).

O número de anjos que se juntaram à rebelião de Satanás não é revelado, mas é muito grande. Ap 5:11 diz que o número dos anjos ao redor do trono de Deus numeradas "miríades de miríades e milhares de milhares." Myriad não representa uma exata número; foi o maior número os gregos expressa em uma palavra. Uma vez que um terço dos anjos caíram, e 9:16 revela que duzentos milhões de demônios serão libertados do cativeiro, perto do rio Eufrates, deve haver pelo menos quatrocentos milhões de santos anjos. Incontáveis ​​milhares de outros demônios já terá sido libertado do abismo no início da Tribulação ( 9: 1-3 ). Além desses dois grupos de demônios encadernados, há milhões de outras pessoas que estão atualmente livres para percorrer a terra eo reino celestial (cf. Ef 6:12. ; Cl 2:15 ). Eles, junto com os homens maus sob seu controle, auxiliar Satanás em sua guerra profana contra Deus. Adicionando o número (não revelada) desses demônios não ligadas aos cálculos apresentados acima aumenta os números de ambos os santos anjos e os demônios.

Como o próximo evento em sua visão dramática se desenrolava, João observou que o dragão parou diante da mulher que estava prestes a dar à luz, para que, quando ela deu à luz, lhe devorasse o filho. Ao longo da história, Satanás tem dobrado todos os seus esforços para perseguir o povo de Deus. Abel era um homem obediente justo; Satanás levou Cain para matá-lo. Em sua primeira epístola, João escreveu: "Cain ... era do maligno, e matou a seu irmão. E por que razão é que ele matá-lo? Porque as suas obras eram más e eram justos de seu irmão" ( 1Jo 3:12 ). Buscando a produzir um híbrido, meio-humano meio demônio e raça, assim, unredeemable de homens, Satanás enviou demônios ("filhos de Deus", a mesma frase em hebraico se refere aos anjos em 1:6 ).

Porque eles eram o povo escolhido por meio de quem o Messias havia de vir, e por quem a boa notícia do perdão era para ser proclamada, Satanás reservados seu ódio especial para Israel. Após a morte de José, os israelitas se tornaram escravos no Egito. Naquele lugar, o destino, tanto da nação e do seu libertador humano estava por um fio delgado.
Agora, um novo rei se levantou sobre o Egito, que não conhecia a José. Ele disse ao seu povo: "Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós." ...
Em seguida, o rei do Egito falou às parteiras das hebréias, um dos quais foi nomeado Sifrá eo outro foi nomeado Puah; e ele disse: "Quando você está ajudando as mulheres hebréias a dar à luz e vê-los em cima da birthstool, se for um filho, então você deve colocá-lo à morte, mas se for uma filha, então ela viverá." As parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram como o rei do Egito lhes ordenara, mas deixe os meninos vivem. Então o rei do Egito chamou as parteiras e disse-lhes: "Por que você fez isso, e deixar os meninos viver?" As parteiras disseram a Faraó: "Porque as mulheres hebréias não são como as egípcias, pois são vigorosas e dar à luz antes que a parteira pode chegar até eles." Então, Deus foi bom para as parteiras e as pessoas se multiplicaram, e se tornou muito poderoso. Ela surgiu como as parteiras temeram a Deus, Ele estabeleceu as famílias para eles. Então ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: "Todo filho que nasce você está para lançar no Nilo, e todas as filhas são para manter viva."
Agora, um homem da casa de Levi foi e se casou com uma filha de Levi. A mulher concebeu e deu à luz um filho; e quando ela viu que ele era bonito, ela o escondeu durante três meses. Mas quando ela poderia escondê-lo por mais tempo, ela pegou uma cesta de vime e cobriu-o com alcatrão e piche. Então ela colocou a criança dentro dele e defini-lo entre os juncos do banco do Nilo. Sua irmã ficou à distância para descobrir o que iria acontecer com ele.

A filha de Faraó desceu para banhar-se no rio Nilo, com suas donzelas caminhando ao lado do Nilo; e ela viu a cesta entre os juncos e enviou a sua criada, e ela a levou a sua. Quando a abriu, viu a criança, e eis que o menino estava chorando. E ela tinha pena dele e disse: "Este é um dos filhos dos hebreus." Então disse sua irmã à filha de Faraó: "Quer que eu vá chamar uma enfermeira para você a partir das hebréias que ela pode amamentar a criança para você?" A filha de Faraó disse-lhe: "Vá em frente." Então, a menina foi chamar a mãe da criança. Em seguida, a filha de Faraó disse a ela: "Leva este menino e cria-me e eu vou dar-lhe o seu salário." Assim, a mulher tomou o menino e cuidou dele. A criança cresceu, e ela o trouxe à filha de Faraó, e ele tornou-se seu filho. E chamou-lhe Moisés, e disse: "Porque o tirei da água." ( Ex 1:8-9. ;1: 15-2: 10 )

De uma perspectiva humana, o Faraó tentou destruir os israelitas, porque ele acreditava que isso seria uma ameaça ao seu poder. Mas, na realidade, o Faraó era um agente de Satanás, que tentou acabar com as pessoas de quem o Messias viria. Também é verdade dizer que Satanás estava agindo dentro dos propósitos de Deus para Israel. A coragem dos parteiras hebréias e proteção soberana de Deus de Moisés, a quem Ele usaria mais tarde para libertar Israel da escravidão egípcia, frustrou planos de Satanás.

Durante o período dos juízes, Satanás usou vizinhos pagãos de Israel em uma tentativa de destruí-los. No entanto, Deus preservou o Seu povo através de todos esses ataques, levantando juízes para resgatá-los de seus opressores. Mais tarde, Satanás tentou usar Saul para matar Davi e, assim, eliminar a linha messiânico (cf. 1 Sam. 18: 10-11 ). Durante os dias do reino dividido, a linha messiânica duas vezes reduziu-se a uma criança frágil ( 2Cr 21:17. ; 22: 10-12 ). Ainda mais tarde, Satanás inspirou Haman de realizar sua missão de genocídio contra o povo judeu ( Est. 3-9 ). Mas Deus usou Ester para salvar seu povo de um desastre. Ao longo de sua história, o diabo incitou os israelitas a matar seus próprios filhos como sacrifício aos ídolos (cf. Lv 18:21 ; 2Rs 16:32Rs 16:3. ; Ez 16:20 ).

Não tendo conseguido acabar com o povo de Deus e da linha messiânica, Satanás desesperAdãoente tentou assassinar o próprio Messias antes que Ele pudesse fazer a Sua obra salvadora. João viu que o dragão parou diante da mulher que estava prestes a dar à luz, para que, quando ela deu à luz, lhe devorasse o filho (Cristo). Satanás atacou Jesus em primeiro lugar através de Herodes, que tentou matar o menino Jesus:

Um anjo do Senhor apareceu a José em sonho e disse: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito e fica lá até que eu diga!; Porque Herodes há de procurar o menino para o matar. "...

Então Herodes, quando viu que ele tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e todos os seus arredores, de dois anos para baixo, segundo o tempo que ele havia determinado dos magos. ( Mt 2:13 , Mt 2:16 )

No início do ministério terreno de nosso Senhor, Satanás tentou para desconfiar de Deus ( Mt 4:1-11. ). Mas os esforços do diabo para obter Jesus a abandonar a sua missão não teve êxito. Satanás tentou usar o povo de Nazaré para matar Jesus ( Lucas 4:28-30 ), mas sua tentativa enfurecido para "jogá-lo para baixo do penhasco" ( v. 29 ) terminou em fracasso quando Ele calmamente "passar [ed] através de sua meio, [e] seguiu o seu caminho "( v. 30 ). Outras tentativas de Satanás para cortar ministério terreno curto de Jesus também terminou em fracasso, "porque a sua hora ainda não havia chegado" ( Jo 7:30 ; Jo 8:20 ). Mesmo vitória aparente do diabo na cruz era, na realidade, sua derrota final ( Cl 2:15 ; He 2:14. ; 1 Pe. 3: 18-20 ; 1Jo 3:81Jo 3:8 ; Gn 7:14 Isa. ; 9: 6 ; . Mq 5:2. , um membro da tribo de Judá) ( Gn 49:10 ; Mq 5:2. ).

Nem Satanás ser capaz de impedir a coroação de Cristo; Ele irá reger todas as nações com cetro de ferro durante a sua carreira terrestre, reino milenar ( v. 10 ; 2: 26-27 ; 11:15 ; 19:15 ). Salmo 2:7-9 indica que esta regra é uma quebra , quebrando obra de julgamento. Na verdade, o verbo poimaino ( regra ) carrega a conotação de "destruir", como faz em 2:27 . O Messias virá e destruir todas as nações ( 19: 11-21 ) e em Seu reino tenha domínio sobre as nações que entram para povoar o reino. Uma barra de ferro é também aquele que não pode ser quebrado.Assim como todos os esforços anteriores de Satanás para impedir Cristo falharam, assim será também seus esforços futuros falhar (cf. 11:15 ). A frase barra de ferro fala da firmeza do governo de Cristo; Ele vai rapidamente e imediatamente julgar todo pecado e colocar para baixo qualquer rebelião.

Entre encarnação de Cristo e Sua coroação veio Sua exaltação, quando Ele foi arrebatado para Deus e para o seu trono em Sua ascensão. A exaltação de Cristo significa a aceitação de Sua obra de redenção do Pai ( He 1:3).

Mas se ele é um inimigo derrotado, Satanás não vai desistir. Incapaz de parar nascimento, ascensão, ou o governo de Cristo, Satanás ainda assalta Seu povo. Ele já instigou o massacre genocida de judeus na Europa, assim como a morte de incontáveis ​​milhares ao longo da história.Durante a Tribulação, Satanás vai aumentar seus esforços para destruir o povo judeu, de modo que a nação não pode ser salvo como as promessas da Bíblia ( Zc 12:10-13:. Zc 12:1 ; Romanos 11:25-27. ). E de modo que não haverá nenhum deixado vivo para entrar no reino milenar, ele vai buscar a matar judeus crentes. Como sempre, Israel será o seu alvo principal. Em um breve vislumbre do que será descrito mais detalhAdãoente nos versículos 13:17 , João notou que a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali ela seria alimentado por 1.260 dias (cf. v. 14 ). Deus vai frustrar a tentativa de Satanás para destruir Israel durante a Tribulação, ocultando o seu povo, assim como o Senhor Jesus Cristo predisse:

"Portanto, quando você vê a abominação da desolação que foi dito pelo profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, entenda), então os que estiverem na Judeia fujam para os montes. Quem estiver sobre o telhado não deve ir para baixo para conseguir as coisas fora, que são em sua casa. Quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa. Mas ai das que estiverem grávidas, e para aqueles que estão amamentando bebês naqueles dias! Mas oro para que seu vôo vai não ser no inverno, nem no sábado. Para em seguida, haverá uma grande tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, nem nunca. " ( Matt. 24: 15-21 )

Profanação do templo do Anticristo irá enviar o povo judeu em fuga para o deserto. O local exato onde Deus vai escondê-los não é revelado, mas é provavelmente em algum lugar a leste do rio Jordão e ao sul do Mar Morto, no território antes ocupado pela Moab, Ammon, e Edom (cf.Dan. 11: 40-41 ). Onde quer que seu esconderijo será, eles serão nutridos e defendida por Deus (cf. vv 14-16. ), tal como os seus antepassados ​​eram durante os quarenta anos de peregrinação no deserto. O tempo de permanência de Israel na clandestinidade, 1.260 dias (três anos e meio; cf. 11: 2-3 ; 12:14 ; 13: 5 ) corresponde à última metade da Tribulação, o período de Jesus chamado a Grande Tribulação ( Mt 24:21 ). Os judeus que ficaram para trás em Jerusalém virá sob a influência das duas testemunhas, e muitos naquela cidade serão resgatadas ( 11:13 ).Eventualmente, apesar dos esforços de Satanás, "todo o Israel será salvo" ( Rm 11:26 ).

A grande guerra cósmica dos séculos entre Deus e Satanás, que começou com a rebelião de Satanás está definido para atingir o seu clímax. Nesta passagem João desde informações básicas importantes sobre essa guerra e introduziu suas figuras-chave. Em seguida, sua visão voltou-se para uma descrição da guerra, tanto em suas fases celestes e terrestres, e seu resultado inevitável.

26. A Guerra dos Eras — Parte 2: A Guerra no céu ( Apocalipse 12:7-12 )

E houve guerra no céu: Miguel e seus anjos fazer a guerra com o dragão. O dragão e os seus anjos travaram uma guerra, e eles não eram fortes o suficiente, e não havia mais um lugar se achou nos céus. E o grande dragão foi precipitado, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. Então, ouvi uma grande voz no céu, dizendo: "Agora, a salvação, eo poder, eo reino do nosso Deus ea autoridade do seu Cristo, porque já o acusador de nossos irmãos foi jogado ao chão, ele que os acusa diante do nosso Deus dia e noite. E eles o venceram por causa do sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho, e eles não amam a sua vida, mesmo quando confrontados com a morte. Por esta razão, regozijai-vos, ó céus, e você que neles habitais. Mas ai da terra e do mar, porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que ele tem apenas um curto período de tempo. " ( 12: 7-12 )

Em seu clássico livro Cartas do Inferno, CS Lewis escreveu: "Há dois erros iguais e opostas em que nossa raça pode cair sobre os demônios. Uma delas é a não acreditar em sua existência. A outra é acreditar e sentir uma excessiva e . interesse doentio por eles Eles próprios são igualmente satisfeito por ambos os erros e granizo um materialista ou um mágico com o mesmo prazer "([New York: Macmillan, 1961], 9). O mesmo acontece com o líder dos demônios, Satanás. Ele fica contente quando as pessoas têm qualquer ponto de vista anti-bíblica dele, se negam a sua existência ou adorá-lo. O diabo sempre procura criar confusão sobre a sua verdadeira natureza e Propositos.

A Bíblia expõe natureza desonesto e enganoso de Satanás como o "pai da mentira" ( Jo 8:44 ), advertindo que "se disfarça em anjo de luz" ( 2Co 11:14. ; cf. 2Co 11:32Co 11:3 ). "Revesti-vos de toda a armadura de Deus", o apóstolo pediu aos Efésios, "de modo que você será capaz de permanecer firmes contra as ciladas do diabo" (Ef 6:11 ).

Um dos mitos mais difundidos populares e persistentes sobre Satanás imagens dele (completo com pitchfork, chifres, cauda e pontas) como sendo o responsável do inferno. Na realidade, Satanás não está no inferno; na verdade, ele nunca foi lá. Ele não vai ser condenado a no lago de fogo até depois de sua rebelião final é esmagado no final do Milênio ( 20: 7-10 ). E quando ele entrar no inferno, Satanás não será responsável; ele será o menor preso lá, a um submetido a punição mais horrível já infligido em qualquer ser criado.

Longe de estar no inferno, Satanás atualmente divide seu tempo entre vagando pela terra "procurando alguém para devorar" ( 1Pe 5:8 ). Não há nenhuma possibilidade de que isso aconteça, no entanto, uma vez que ninguém pode arrebatar um crente fora das mãos de Jesus ou o Pai ( João 10:28-29 ). Ainda assim, Satanás trabalha na terra para transformar os filhos de Deus e contra Ele no céu para virar Deus contra Seus filhos. Mas, como João prova, a fé salvadora ea vida eterna são realidades inquebráveis.

Como parte de sua guerra contra Deus, Satanás e suas hostes demoníacas também combater os santos anjos. Isso não é surpreendente, uma vez que a Escritura descreve o diabo como "o príncipe do poder do ar" ( Ef 2:2 ; Jo 14:30 ;Jo 16:11 ; 1 Cor. 15: 51-54 ; 13 52:4-18'>113 52:4-18'> Tessalonicenses 4: 13-18.). O Rapture será seguido pela Tribulação, em que Satanás faz ganhar a regra mais completa do planeta, ele nunca vai ter ( 13 4:10 ). Satanás quer ser permanentemente o que ele é apenas temporariamente, o deus a um mundo injusto (cf. : 2Co 4:4 , "o julgamento agora é sobre este mundo, agora o príncipe deste mundo vai ser expulso."Aos Romanos Paulo escreveu: "O Deus da paz em breve esmagará a Satanás debaixo dos seus pés" ( Rm 16:20. ; cf. Gn 3:15 ), enquanto o escritor de Hebreus declarou que através da Sua morte Jesus "render [ed ] impotentes o que tinha o poder da morte, isto é, o diabo "( He 2:14 ). Em 1Jo 4:4. ; Ez 28:11-18. ). Embora no momento ele ainda tem acesso à presença de Deus no céu ( v. 10 ; cf. 1:1 ), domínio de Satanás é a terra, o ar ao redor da Terra. É por isso que a Bíblia descreve-o como o "deus deste mundo" ( 2Co 4:4 ).

Satanás (junto com os anjos maus) tem ativamente oposição ambos os santos anjos e do povo de Deus desde sua queda. No Antigo Testamento, os demônios procurando dificultar o ministério dos santos anjos de Israel (cf. Dan. 10: 12-13 ). Na época atual, Satanás "anda em derredor, como leão que ruge, procurando alguém para devorar" ( : 1Pe 5:8. , opõe-se a propagação do evangelho () Mt 13:19. , 13 37:40-13:39'>37-39 ; At 13:10 ) , oprime indivíduos ( 13 10:42-13:16'>Lucas 13:10-16 ; At 10:38 ), e usa o pecado de perturbar e poluir a igreja ( Atos 5:1-11 ). Os crentes devem ser cautelosos com seus esquemas ( 2Co 2:11. ), dar-lhe nenhuma oportunidade ( Ef 4:27. ), e resistir a ele ( Jc 4:7. ). Possivelmente, como os crentes arrebatados passar por seu reino, o príncipe do poder do ar e seus exércitos de demônios vão tentar impedir sua passagem. Isso pode desencadear a batalha com Michael e os santos anjos.

Michael e o dragão (Satanás) se conhecem desde que foram criados, ea batalha durante a Tribulação não será a primeira vez que eles se opõem um ao outro. Michael é sempre visto na Escritura como o defensor do povo de Deus contra a destruição satânica. Em Daniel capítulo 10 , o profeta inspirado dá um exemplo do Antigo Testamento sobre-lo em ação. Um santo anjo, despachado com uma resposta à oração de Daniel ( Dn 10:12 ), foi adiado por três semanas por um poderoso demônio que estava no controle do Império Persa ( Dn 10:13. ; cf. v 20. ).Não foi até "Michael, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-lo" ( v. 13 ) que ele foi capaz de prevalecer. Dn 12:1 ), Michael impugnada Satanás por posse de Moisés corpo, que Satanás aparentemente queria usar por algum perniciosa Proposito. Em poder do Senhor, Michael ganhou a batalha e, posteriormente, "[a L ord] enterrado [Moisés] no vale, na terra de Moabe, em frente de Bete-Peor, mas ninguém sabe o seu lugar de enterro para o dia de hoje "( Dt 34:6 , o que revela que no Arrebatamento "o Senhor mesmo descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo." É possível que o arcanjo em que a passagem é Michael e que ele está gritando como ele confronta a tentativa de Satanás para interferir com o Arrebatamento.

A referência para o dragão e os seus anjos reforça a verdade que os anfitriões de demônios estão sob comando-um princípio de Satanás afirmado por Jesus em Mt 25:41 : "Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda:" Apartai-vos de mim, malditos , para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos "A repetição da frase. travando uma guerra ... travou guerra enfatiza a força e fúria da batalha; isso não será pequena escaramuça, mas uma batalha all-out. Satanás vai lutar desesperAdãoente para impedir Cristo de estabelecer o seu reino milenar (assim como ele se opôs a restauração de Israel do cativeiro e foi repreendido por ele; Zc 3:2 ; Lc 10:18 ], ver a discussão Dt 12:4 , o apóstolo Paulo de forma eloquente e enfaticamente declarou a impossibilidade de Satanás crentes acusando sucesso:

Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como também não vai com ele, ele nos dará todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? Deus é o único que justifica; que é aquele que condena? Cristo Jesus é Aquele que morreu, sim, em vez que foi criado, que está à direita de Deus, e também intercede por nós.
Em seguida, o texto identifica claramente o dragão como Satanás. Satanás é uma palavra hebraica que significa "adversário", e é um acessório nome próprio para o inimigo malévolo de Deus eo povo de Deus. Tragicamente, o ser mais glorioso criado, a "estrela da manhã" ( Is 14:12 ), é agora e para sempre com a marca "o adversário." Ele agrediu Deus em sua rebelião original quando ele pediu para ser "semelhante ao Altíssimo" ( Is 14:14. ), e ele deceitfully levou Eva a pecar, manipulando-a a desconfiar do caráter e palavra de Deus ( Gn 3:2 —5 ).

Por fim, o dragão é descrito como aquele que engana todo o mundo. Engana traduz o particípio presente do verbo planaō ("para enganar", "enganar", ou "enganar"). O uso do tempo presente indica que este é habitual, atividade contínua de Satanás; como ele sempre acusa os crentes, assim também ele engana todo o mundo. Começando com a queda, Satanás tem enganado a raça humana através de sua história. Ele é, advertiu Jesus, "um mentiroso e pai da mentira" ( Jo 8:44 ). Satanás atrai as pessoas à sua destruição, obrigando-os a pagar "atenção a espíritos enganadores, ea doutrinas de demônios" ( 1Tm 4:1 ).

Como eles foram expulsos do céu com Satanás em sua rebelião inicial ( 12: 4 ), assim será também seus anjos ser lançados com ele depois de sua expulsão definitiva do céu. A chegada do anfitrião excomungada demônio (e seu comandante mal) na terra contribuirá imensamente para o horror da Tribulação. Eles vão se juntar aos inúmeros demônios já vagando pela terra, o recentemente chegou demônios arrotou diante do abismo ( 9: 1-3 ), e duzentos milhões de outros demônios limitado anteriormente ( 9: 13-16 ) para criar um holocausto inimaginável do mal .

A Celebração

Então, ouvi uma grande voz no céu, dizendo: "Agora, a salvação, eo poder, eo reino do nosso Deus ea autoridade do seu Cristo, porque já o acusador de nossos irmãos foi jogado ao chão, ele que os acusa diante do nosso Deus dia e noite. E eles o venceram por causa do sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho, e eles não amam a sua vida, mesmo quando confrontados com a morte. Por esta razão, regozijai-vos, ó céus, e você que neles habitais. Mas ai da terra e do mar, porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que ele tem apenas um curto período de tempo. " ( 12: 10-12 )

A derrota de Satanás e seus exércitos de demônios e a limpeza da sua presença falta do céu para sempre irá desencadear uma explosão de louvor lá. Tais explosões súbitas freqüentemente pontuam a narrativa profética de Apocalipse (por exemplo, 4: 8-11 ; 5: 9-10 , 11-14 ; 7: 9-12 ;11: 15-18 ; 15: 3-4 ; 19: 1 —8 ). A identidade daqueles que João ouviu gritando com uma voz no céu não é declarado. Esta voz coletiva (como o uso do pronome plural nosso indica) não podem ser anjos, uma vez que os anjos não poderia se referir a seres humanos como seus irmãos. A Bíblia descreve os anjos como companheiros de serviço dos crentes ( 19:10 ; 22: 8-9 ), mas nunca como seus irmãos. Estes adoradores, então, é mais provável os resgatados, santos glorificados no céu.

Os santos começou por regozijando-se a salvação, eo poder, eo reino do nosso Deus ea autoridade do seu Cristo. Salvação é para ser entendida no seu sentido mais amplo. Ela engloba não só a redenção dos crentes individuais, mas também a libertação de toda a criação dos estragos da maldição do pecado e do poder de Satanás (cf. Rom. 8: 19-22 ). Poder fala da onipotência de Deus, Sua triunfante, soberano poder que esmaga toda a oposição e estabelecerá o Seu reino (cf. 11:15 ). Alegraram-se, ainda, que a autoridade de Cristo ... tem vindo (cf.11:15 ). A regra de Cristo é por autoridade de Deus ( Sl 2:8 ; Jo 17:2 ; 2:5 ).

O apóstolo João deu a única base para a vitória sobre Satanás, quando escreveu: "Vós sois de Deus, filhinhos, e já os tendes vencido; porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo" ( 1Jo 4:4 ). "Você não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro da vossa vã maneira de vida herdado de seus antepassados", escreveu Pedro ", mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo" ( 1 Ped. 1: 18-19 ). Esses crentes que sofrem sabia que o perdão que Paulo escreveu sobre em Romanos 4:7-8 : "Bem-aventurados aqueles cujas maldades foram perdoadas, e cujos pecados foram cobertos Bem-aventurado é o homem cujo pecado o Senhor não terá em conta.. " A verdade de que "não há agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" ( Rm 8:1. ; cf. 1Ts 5:81Ts 5:8. , Fp 1:23 ; cf. Mt 10:38-39. ; At 20:24 ; Romanos 8:38-39. ). Porque a fé deles era genuíno, não só se justifica e os santificava, mas também lhes permitiu perseverar até a glorificação. Uma marca de certeza dos verdadeiros crentes é que eles continuam na fé até a morte (cf. 1Jo 2:19 ). Nas palavras de Jesus: "Aquele que perseverar até o fim, será salvo" ( Mt 24:13 ).

A passagem termina com uma nota final de louvor: Por esta razão, por causa da derrota de Satanás e do triunfo dos santos, o coro celestial apela aos céus e todos os que neles habitais para se alegrar. Essa nota alegre é seguido pelo séria advertência "Mas ai da terra e do mar, porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que ele tem apenas um curto período de tempo". Thumos ( ira ) refere-se a uma violenta explosão de raiva. A palavra descreve uma fúria turbulento, emocional ao invés de uma raiva racional. João Phillips escreveu: "Satanás é agora como um leão enjaulado, enfurecido além das palavras pelas limitações agora impostas a sua liberdade. Ele se levanta do pó da terra, agita seu punho para o céu, e brilha ao redor, asfixia com fúria maneiras para desabafar seu ódio e sua Apesar sobre a humanidade "(Explorando Apocalipse, rev ed [Chicago: Moody, 1987; reimpressão, Neptune, NJ: Loizeaux, 1991].., 160). A fúria de Satanás é ainda mais violenta, porque ele sabe que ele tem apenas um curto período de tempo -o restante da Tribulação-para seu ataque final sobre o povo de Deus. Seu tempo real será os três anos e meio de reinado do Anticristo ( 13: 5 ), a quem Satanás lugares no poder imediatamente após serem expulsos dos céus. É o mesmo prazo referido Nu 12:6 . É um curto espaço de tempo, porque Jesus Cristo voltará para estabelecer Seu reino milenar terreno.

Não importa o quão desesperada a sua situação parece, não importa o quão furiosamente Satanás se enfurece contra eles, os crentes podem ter conforto em saber que sua última derrota é certa. Nas palavras do magnífico hino de Martin Luther "Castelo Forte é nosso Deus,"
O Príncipe das Trevas desagradável,
Nós não tremem para ele;
Sua raiva podemos suportar,
Porque eis que o seu castigo é certo;
Uma pequena palavra deve derrubá-lo.

27. A Guerra da Eras — Parte 3: Guerra sobre a Terra ( 13 66:12-17'>Apocalipse 12:13-17 )

E, quando o dragão viu que fora precipitado na terra, perseguiu a mulher que deu à luz o filho varão. Mas as duas asas da grande águia foram dadas à mulher, para que ela pudesse voar para o deserto, ao seu lugar, onde ela foi sustentada por um tempo, dois tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente. E a serpente jogou água como um rio da sua boca, atrás da mulher, para que ele possa levá-la a ser varrido com a inundação. Mas a terra ajudou a mulher, ea terra abriu a boca e bebeu o rio que o dragão derramou de sua boca. Então o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto de seus filhos, que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus. ( 12: 13-17 )

Uma das manchas mais escuras sobre a história da humanidade tem sido o fantasma persistente de anti-semitismo. Ao longo dos séculos os judeus têm enfrentado mais ódio e perseguição que qualquer outro povo. Muito do que o sofrimento era castigo de Deus para transformar a nação longe do seu pecado e incredulidade e de volta a Ele. Deus advertiu repetidamente Israel das conseqüências da desobediência (cf. Deut. 28: 15-68 ) e punidos-los quando eles não obedeceu (cf. II Reis 17:7-23 ). Dentro do paradigma de propósito soberano de Deus para o Seu povo, Israel também tem sofrido constantemente e severamente nas mãos de Satanás, atuando como instrumento de Deus. Ao contrário de Deus, no entanto, o propósito de Satanás em causar o povo judeu a sofrer não é corretivo, mas destrutivo. Ele procura levá-los ao arrependimento e não a salvação, mas a morte e destruição.

Israel enfrentou ameaças constantes de seus vizinhos durante os períodos dos juízes e dos reis. Mais tarde, em primeiro lugar o reino do norte de Israel (722 AC ) e, em seguida, o reino do sul de Judá (586 AC ) foram conquistados por seus inimigos. Como resultado, o povo judeu perdeu a sua independência e se tornou sujeito a potências estrangeiras, incluindo a Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma.

Em tempos postbiblical a história tem, tragicamente, foi a mesma coisa. A história do povo judeu para os últimos dois mil anos é uma triste ladainha de preconceitos, perseguições e pogroms. A primeira perseguição generalizada do povo judeu na Europa teve lugar durante a Primeira Cruzada (1095-1099). Como eles fizeram o seu caminho em toda a Europa para a Palestina, mobs dos cruzados rebeldes destruíram casas e aldeias judaicas e massacraram seus habitantes. Quando eles capturaram Jerusalém, em 1099, os cruzados arrebanhados população judaica de Jerusalém em uma sinagoga e atearam fogo. A maioria dos judeus pereceram, e os sobreviventes foram vendidos como escravos. Rei Edward I baniu todos os judeus da Inglaterra em 1290, dando assim a Inglaterra a duvidosa honra de ser o primeiro país a expulsar sua população judaica. Eles não seriam autorizados a retornar até o tempo de Oliver Cromwell, quase três séculos e meio mais tarde. França seguiu o exemplo em 1306, na Espanha, em 1492, ironicamente, o ano da viagem de descoberta para o Novo Mundo de Colombo. Durante a Idade Média, os judeus foram responsabilizados por vários desastres naturais mais notAdãoente a Peste Negra (1348-1
350) —e brutalmente perseguidos.
O século XIX viu um surto de anti-semitismo na Rússia, onde os judeus foram culpados pelo assassinato do czar Alexandre II (1881). Nos pogroms subsequentes das próximas quatro décadas, dezenas de milhares de judeus foram mortos, e centenas de milhares de pessoas expulsas de suas casas. Quase 3 milhões mais foram mortos durante o reinado de Stalin, parte das dezenas de milhões de pessoas massacradas por esse ditador notório. 1894 viu o escandaloso caso Dreyfus na França, em que um oficial do exército judeu, o capitão Alfred Dreyfus, foi falsamente acusado de traição. Só depois de doze anos de turbulência pública sobre o caso Dreyfus foi exonerado.
Mas a hora mais escura na longa história do anti-semitismo ainda estava por vir. No início da década de 1930 o partido nazista chegou ao poder na Alemanha e suas teorias raciais insanos tornou-se política pública. Ao contrário de outros que haviam perseguido o povo judeu, os nazistas e seu líder maníaco, Adolf Hitler, não se limitou a procurar a perseguir os judeus, mas para eliminá-los. No Holocausto que se seguiu, quando os nazistas buscaram implementar sua "solução final" para o "problema judeu", 6 milhões de judeus, mais do que a metade da população judaica da Europa, foram abatidos.
Mas, apesar de milênios de perseguição selvagem, o povo judeu ainda sobrevivem. João Phillips escreveu:
Significativamente, a virada veio na vida de Moisés, quando viu, no deserto, que sarça ardente misteriosa, que ardeu e brilhou longe, mas, por todo o crepitar do fogo, não se consumia. Que Bush claramente simbolizada Israel, que não pode ser consumido, apesar do ódio incessante de seus inimigos, porque Deus está no meio dela. Israel não pode ser assimilado as nações, nem pode ela ser exterminados pelas nações. Ela é uma sarça ardente no deserto. ( Explorando Apocalipse, rev ed [Chicago: Moody, 1987; reimpressão, Neptune, NJ: Loizeaux, 1991].., 156)

É a esperança fervorosa do povo judeu que os horrores do Holocausto nunca mais serão repetidos. Tragicamente, no entanto, eles vão. A Bíblia adverte que um tempo de sofrimento está à frente de Israel que será pior do que qualquer coisa que a nação tem sofrido no passado.Jeremias chamou naquele tempo "o tempo de angústia de Jacó" ( Jr 30:7 ).

A tribulação será o pior dos tempos para Israel por duas razões. Durante esse período de sete anos Deus derramará Sua fúria final sobre o mundo impenitente e descrente (incluindo os rebeldes impenitentes de Israel). Ao mesmo tempo, Satanás fará sua última tentativa, desesperada para impedir que o reino prometido do Senhor Jesus Cristo no trono de Israel e, portanto, negar a salvação e reino prometido a Israel. Ele vai selvaticamente assalto ao povo judeu, procurando destruir tanto os judeus que já têm vindo a fé em Cristo, e aqueles que ainda pode. O diabo também fará tudo em seu poder para impedir os ministérios dos 144:000 evangelistas judeus ( 7: 4 ) e as duas testemunhas ( 11: 3-14 ).

Mas os esforços de Satanás não terá sucesso. Seus piores medos serão realizados quando os judeus "olhar para [Aquele], a quem traspassaram; e ... chorar por ele, como quem pranteia por um filho único, e ... chorar amargamente sobre ele como o choro amargo sobre um primogênito "( Zc 12:10 ). O remanescente crente de Israel será salvo ( Rom. 11: 25-29 ), e seu reino prometido será estabelecida (cf. Os 2:1 )

Daniel, como Jeremias e Jesus, viu essencialmente o mesmo cenário que João revela em Apocalipse 12 : um tempo futuro de sofrimento incomparável, perseguição e abate para Israel. Dois terços dos judeus vivos naquele tempo será morto como Deus usa Satanás para purgar os rebeldes da nação ( 13 8:38-13:9'>Zacarias 13:8-9. ; cf. . Ez 20:38 ). Mas os eleitos, remanescente crente vai entrar no reino do Messias, juntamente com os santos ressuscitados do Antigo Testamento que na época irá "acordado ... para a vida eterna" ( Dn 12:2 é um pacto de proteção com o Anticristo que ele vai quebrar no meio desse período de sete anos.Nesse ponto, o Anticristo se tornará perseguidor de Israel para a última metade da Tribulação. Ele irá revelar a sua verdadeira natureza quando ele quebra o pacto e configura a abominação da desolação ( Dn 11:31. ; Dn 12:11 ; Mt 24:15-16. ; 2 Tessalonicenses 2: 3-4. ) três anos e meio anos no tribulação. Naquele tempo, a perseguição do Anticristo do povo de Deus, que vem acontecendo ao longo da primeira metade da Tribulação (veja a discussão de 6: 9-11 em Apocalipse 1:11, A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, 1999] , 187-97), incidirá sobre Israel e intensificar.

Esta passagem descreve três ataques que as forças de Satanás vai montar contra Israel durante a Tribulação.

Primeiro Ataque

E, quando o dragão viu que fora precipitado na terra, perseguiu a mulher que deu à luz o filho varão. Mas as duas asas da grande águia foram dadas à mulher, para que ela pudesse voar para o deserto, ao seu lugar, onde ela foi sustentada por um tempo, dois tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente. ( 12: 13-14 )

A razão é agora dado para o vôo de Israel, que foi mencionado pela primeira vez em 12: 6 . Depois de sua derrota por Michael e os santos anjos (conforme a discussão a visão de 12: 7-9 no capítulo 2 deste volume) o dragão (Satanás) . foi atirado para a terra Frustrado e furioso com sua expulsão do céu e desesperada ", sabendo que ele tem apenas um curto período de tempo" ( 0:12 ) deixou de se opor os planos de Deus, antes que ele está preso no abismo ( 20: 1-3 ), o diabo furiosamente perseguiu a mulher (Israel; cf. 12: 1 ), que deu à luz ( 12: 2 ) para a criança do sexo masculino (Cristo; cf. 12: 5 ). O verbo grego traduzido perseguidos ( Dioko ) significa "perseguir", "perseguir" ou "caçar". Ela é usada no Novo Testamento de busca com intenções hostis (cf. Mt 23:34. ; At 26:11 ) e assim, por implicação, pode significar "a perseguir." Aqui ele descreve perseguição hostil de Satanás e perseguição dos judeus como eles fogem para o deserto ( 12: 6 ; cf. 13 4:7 ).

A fuga dos judeus de forças de Satanás deve vir como nenhuma surpresa para qualquer pessoa familiarizada com o discurso Olivet de nosso Senhor. Nesse sermão sobre o fim dos tempos, Jesus advertiu o povo judeu do perigo desesperado eles terão de enfrentar:

"Portanto, quando você vê a abominação da desolação que foi dito pelo profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, entenda), então os que estiverem na Judeia fujam para os montes. Quem estiver sobre o telhado não deve ir para baixo para conseguir as coisas fora, que são em sua casa. Quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa. Mas ai das que estiverem grávidas, e para aqueles que estão amamentando bebês naqueles dias! Mas oro para que seu vôo vai não ser no inverno, nem no sábado. Para em seguida, haverá uma grande tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, nem nunca. A não ser que aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma vida não teria salvaria; mas por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados ". ( Matt. 24: 15-22 )

A única resposta adequada para o perigo iminente será fuga imediata; não haverá tempo nem para voltar para casa para recolher pertences. As mulheres grávidas e aquelas crianças de enfermagem vai ser especialmente vulneráveis, uma vez que será difícil para eles a fugir rapidamente.Então grave será o perigo ser que Deus vai intervir e "por causa dos eleitos [judeus e gentios] esses dias serão abreviados" ( Mt 24:22 ). Se não fosse por essa intervenção, os próprios eleitos pereceria.

A situação de Israel quando a tempestade da perseguição do Anticristo quebra em cima deles durante a Tribulação será terrível e trágico. Os judeus serão em desesperada necessidade de qualquer assistência que possam obter e, na providência de Deus, haverá algumas pessoas que irão ajudá-los:
"Mas, quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no seu trono glorioso Todas as nações serão reunidas diante dele;. E ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e porá as ovelhas à sua direita e os cabritos à esquerda.

"Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo, porque tive fome, e me destes de comer;. I estava com sede, e me destes de beber; fui estrangeiro, e você convidou-me dentro; nu, e vestistes-me; eu estava doente, e visitastes-me;. Eu estava na prisão, e fostes ver-Me ' Então os justos lhe responderão: 'Senhor, quando te vimos com fome, e se alimentam, ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e convidá-lo, ou nu, e vestir Você? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos te visitar? ' O Rei, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, na medida em que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo o menor deles, que você fez para mim. '"( Mt 25.: 31-40 )

Em tempo de perigo e fuga dos judeus eles vão receber ajuda de nações individuais. Esses gentios irá demonstrar a autenticidade da sua fé em Cristo, pela sua vontade de ajudar os judeus perseguidos, mesmo com o risco de suas próprias vidas.
Não só Deus providencialmente usar crentes gentios para ajudar o povo judeu, mas ele também vai intervir diretamente em seu nome. João viu em sua visão de que as duas asas da grande águia foram dadas à mulher, para que ela pudesse voar para o deserto, ao seu lugar, onde ela foi sustentada por um tempo, dois tempos e metade de um tempo, a partir da presença do serpente. Esta é uma linguagem figurativa que simbolicamente representa a fuga de Israel desde o ataque de Satanás. A imagem impressionante de duas asas de grande águia é retirado de Ex 19:4. ) e velocidade (por exemplo, 2Sm 22:11. ; Sl 18:10. ; Sl 104:3 Moisés exultou:

"Porque a porção do Senhor é o seu povo;
Jacó é a colocação da sua herança.
Achou-o numa terra deserta,
E em solitário cheio de uivos de um deserto;
Ele rodearam, ele se importava com ele,
Ele guardava-o como a menina do seu olho.
Como uma águia que desperta o seu ninho,
Que paira sobre os seus filhos,
Abriu as asas e os pegou,
Ele levou-as em suas penas. "
Os salmos usar repetidamente a imagem de asas para descrever a proteção do Seu povo de Deus:

Guarda-me como à menina do olho;
Esconde-me à sombra das tuas asas.

Sl 17:8. ; Lc 17:37 ). Estes grandes pássaros com enormes wingspans servir como um símbolo apropriado para a proteção de Deus e que abriga de Israel. Este não é, obviamente, uma referência a um realáguia com literais asas; ao contrário, é a linguagem pitoresca que descreve a assistência milagrosa de Deus de que a mulher, para que ela pudesse voar rapidamente para o deserto, ao seu lugar de abrigo e segurança.

A localização do lugar a que os judeus fugirá não é revelado. Alguns sugeriram que a cidade fortaleza de Petra, esculpidas nas falésias de Edom entre o Mar Morto e no Golfo de Aqaba. Acessível apenas por um estreito desfiladeiro, Petra era fácil de defender, nos tempos antigos. O termo deserto não revela a localização exata de Israel do lugar de refúgio, uma vez que esse termo é geral, muitas vezes usado para descrever a área leste desolada de Jerusalém (cf. Mt 3:1 ; Mc 1:4 ). A advertência de Jesus a fugir para as montanhas ( Mateus 24:15-16. ) sugere que o lugar de refúgio não será na planície costeira a oeste de Jerusalém, ou Negev relativamente plana (região desértica) o para o sul. . Mais provavelmente, será na região montanhosa a leste de Jerusalém, Dn 11:41 fornece mais provas para esse ponto de vista: "[o Anticristo] também vai entrar na Terra bonita, e muitos países cairão, mas estes serão resgatados de sua mão: Edom, Moab e do lugar dos filhos de Ammon ". Talvez Deus não poupará Edom, Moabe e Amom, os países antigos ao leste de Israel, para fornecer um refúgio para o seu povo.

Em seu lugar de segurança e refúgio, Israel será sobrenaturalmente nutrido (Fed) por Deus. Cortado do sistema mundial, e incapaz de qualquer caso de compra e venda (cf. 13:17 ), os judeus vão precisar de ajuda externa para sobreviver. Deus sobrenaturalmente abastecê-los com alimentos, assim como ele fez, fornecendo os seus antepassados ​​com o maná e as codornizes no deserto ( Ex 16:12 ). Certamente não é incrível que, em um momento de decisões milagrosas devastadores, Deus milagrosamente fornecer provisões para Seu povo.

A duração do esconderijo de Israel e provisão de Deus é definido como um tempo, tempos e metade de um tempo. Essa frase, elaborado a partir de Dn 7:25 e 12: 7 , refere-se à segunda metade da Tribulação (o três-e-a— período de meio ano Jesus chamado a Grande Tribulação; Mt 24:21. ). É o mesmo período definido Nu 12:6. ; Dn 12:11 ; 24:15 Matt. ; II Tessalonicenses 2:3-4. ), vai marcar a carreira de forma visível, abertamente mal do Anticristo . Durante esse período, Deus protegerá Israel da presença da serpente. Embora Satanás pode saber onde os judeus estão se escondendo, ele não será capaz de chegar a eles por causa da proteção divina. Frustrado por essa derrota de seu primeiro assalto sobre o povo judeu, o diabo vai lançar um segundo ataque.

Segundo Ataque

E a serpente jogou água como um rio da sua boca, atrás da mulher, para que ele possa levá-la a ser varrido com a inundação. Mas a terra ajudou a mulher, ea terra abriu a boca e bebeu o rio que o dragão derramou de sua boca. ( 12: 15-16 )

Frustrado em sua primeira tentativa de massacre do povo judeu, e incapaz de se diretamente contra eles em seu esconderijo, Satanás vai recorrer a táticas de longo alcance. Uma vez que a serpente não é uma cobra real, mas uma representação simbólica de Satanás, a água que ele vomita como um rio da sua boca é provável simbólico. As imagens mais uma vez deriva do Antigo Testamento, onde as inundações simbolizar problemas em geral (cf. 2Sm 22:17. ; 27:20 ; Sl 18:16. ; Sl 32:6 , 13 19:69-14'>13-14 ; 124: 2-5 ; Sl 144:7. ). Força de ataque de Satanás vai varrer para esconderijo dos judeus como um grande dilúvio. O diabo vai procurar fazer com que Israel deve ser varrido com o dilúvio; para ser afogado por ele, para ser consumido e destruído.

Mas, assim como Ele abrigada Israel de ataque inicial de Satanás, assim também Deus vai derrotar este segundo assalto. De forma dramática, a terra ajudou a mulher; ela abriu a boca e bebeu o rio que o dragão derramou de sua boca. A imagem é uma reminiscência de descrição de Moisés da destruição do exército de Faraó no de Deus Ex 15:12 : "Você estendeu a sua mão direita, ea terra os tragou ". Outro paralelo Antigo Testamento é a história dramática de Corá, Datã e Abirão, cuja rebelião contra Moisés foi esmagado por Deus de uma chocante, forma dramática:

Moisés disse: "Por isso, você deve saber que o Senhor me enviou a fazer todas estas obras;. Para isso não é obra minha Se estes morrerem como morrem todos os homens ou se sofrer o destino de todos os homens, então o Senhor não me enviou. Mas se o Senhor traz uma coisa totalmente nova e no chão abre a boca e os tragar com tudo o que é deles, e eles descem vivos no Sheol, então você vai entender que estes homens têm desprezado o Senhor. "

Em seguida, ele surgiu como ele terminou de falar todas estas palavras, que o fundamento de que estava debaixo deles se abriu; ea terra abriu a boca e os tragou com as suas famílias, e todos os homens que pertenciam a Corá com suas posses. Assim eles e tudo o que pertencia a eles desceram vivos ao Seol; ea terra os cobriu, e pereceram do meio da congregação. ( Num. 16: 28-33 )

Pode ser que um dos terremotos freqüentes durante a Tribulação (cf. 6:12 ; 8: 5 ; 11:13 , 19 ; 16:18 ; Mt 24:7 ,Jo 14:21 ; Jo 15:10 , Jo 15:12 ; 1 João 2:3-4 ; 3: 22-24 ; 5: 2-3 ). O testemunho de Jesus não é um testemunho sobre ele, mas o testemunho que deu, as verdades que Ele ensinou que são revelados no Novo Testamento. Esses crentes perseguidos vai dar mais uma prova de que sua salvação é real pela sua obediência à verdade das Escrituras.

Tal como os seus dois primeiros ataques contra Israel, terceiro ataque de Satanás sobre o povo de Deus também irá falhar. Ao soar da sétima trombeta, "no céu grandes vozes" que proclamam: "O reino do mundo se tornou o reino de nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre" ( 11:15 ). Todos os esforços de Satanás para impedir que o reino de Cristo fosse estabelecida estão condenados. O Senhor Jesus Cristo triunfará; Ele reinará sobre a Terra, e os santos da Tribulação sobreviventes, judeus e gentios, vai entrar no Seu reino terreno.

Para as pessoas longanimidade de Israel, a hora mais escura está à frente. Mas vai ser seguido por um amanhecer glorioso. O remanescente eleito de Israel, tendo sobrevivido a perseguição mais selvagem na longa história da nação, será salvo e desfrutar a felicidade do reino milenar ", e assim todo o Israel será salvo, como está escrito:" ( Rom. 11: 26 ).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Apocalipse Capítulo 12 do versículo 1 até o 17

Apocalipse 12

A mulher grávida — Ap 12:1-2). A outra é a história da fuga ao Egito de Maria e José, quando estes arrebatam a seu filho da fúria de Herodes (Mt 2:13). Mas há dois incidentes, em particular, que influem sobre João.

  1. Nos tempos de Antíoco Epifânio, quando a prática da religião judia era castigada com a morte, muitos, desejosos de buscar a justiça e

adquirir juízo foram ao deserto e habitaram ali (1 Macabeus 2:29). A história de Israel mostra momentos em que o Povo de Deus deve retirar— se ao deserto e habitar ali, num lugar preparado por Deus para ele.

  1. Mas houve uma ocasião que está muito mais perto da história da Igreja. Jerusalém foi destruída pelos romanos no ano 70 de nossa era. Os anos anteriores a este desastre foram um período terrível de

derramamento de sangue e revoltas; durante este período qualquer que tivesse olhos para ver e uma mente clara para pensar poderia prever o que estava a ponto de produzir-se.

O historiador Eusébio de Cesaréia diz que durante esta época, antes de produzir-se o desastre final, a Igreja em Jerusalém foi advertida mediante uma profecia do que ocorreria com Jerusalém, e recebeu a

ordem, da parte de Deus, de cruzar o Jordão, internar-se em Peréia e refugiar-se numa cidade chamada Pella (História Eclesiástica, Ap 3:5). Esta circunstância aparece referida nas palavras de Jesus a seus discípulos

sobre as últimas coisas: quando se produzissem os sinais do fim, os cristãos deviam fugir às montanhas (Mc 13:14). E isto é, exatamente, o que fizeram.

Quando João escreveu esta passagem pensava, então, em todos os

momentos quando os crentes deveram fugir, sob a guia divina, para escapar aos terrores da perseguição.

H. B. Swete vê um elemento simbólico nesta passagem. A Igreja

tem que fugir ao deserto e o deserto é um lugar solitário. Para os cristãos primitivos a vida era uma circunstância solitária. Encontravam-se isolados, em meio de um mundo pagão. Reuniam-se uma vez por semana, durante o dia do Senhor, mas o resto da semana sua vida era uma vida de testemunho isolado. Há momentos quando o testemunho da

Igreja será, por necessidade, um testemunho solitário. Mas até na solidão dos homens o crente conta com a companhia de Deus,

Os mil e duzentos e sessenta dias são outra vez o período normal das calamidades, os três anos e meio, o tempo, os tempos e a metade do

tempo que remonta à época quando Antíoco Epifânio profanou o Templo de Jerusalém em seu intento de fazer desaparecer a religião judia.

SATANÁS, O INIMIGO DE DEUS

Apocalipse 12:7-9

Aqui temos a descrição da guerra no céu entre o Dragão, a Serpente

Antiga, o Diabo, Satanás — todos estes termos descrevem ao ser maligno por excelência — e Miguel com seus anjos. A idéia é que a fúria do dragão era tal que seguiu ao Messias até o próprio céu, onde lhe saíram ao encontro Miguel e suas legiões, os quais conseguiram lançá-lo de volta ao abismo. É conveniente que neste ponto reunamos a informação que se pode encontrar na Bíblia sobre Satanás, o Diabo. Uma das primeiras comprovações é que na Bíblia há mais de uma linha de tradição. Em outras palavras, a imagem bíblica do Diabo é bastante complicada.

  1. Há nas Escrituras o eco de uma antiga tradição sobre uma guerra que se teria travado no céu. Segundo esta história Satanás teria sido um

anjo tão ambicioso para querer ser maior que Deus. Concebeu, assim, a idéia impossível de colocar seu trono mais alto que o trono divino (2

Enoque 29:4-5). O resultado de sua ambição foi ser expulso do céu. Os babilônios tinham uma história similar com relação a Ishtar, que era o luzeiro da manhã. Há pelo menos uma referência direta, no Antigo

Testamento, a esta tradição. Em Is 14:12 lemos: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva!” O pecado que ocasionou a rebeldia e, de maneira indireta, a queda do céu, foi o orgulho. É possível que 1Tm 3:6 seja uma referência ao mesmo episódio. Aconselha-se

aqui ao pregador que evite o orgulho se não quiser sofrer a mesma

condenação que o Diabo. Segundo esta história, então, Satanás teria iniciado sua carreira, rebelando-se contra Deus no céu. A mesma história diz que quando Satanás foi expulso do céu foi condenado a habitar no ar, e por isso às vezes encontramos que é chamado “príncipe da potestade do ar” (Ef 2:2).

  1. Há uma linha de pensamento bem forte e definida no Antigo Testamento segundo a qual Satanás continua sendo um anjo que obedece as ordens de Deus e tem acesso à sua presença. Em Jó Satanás aparece

entre os filhos de Deus e pode entrar e sair da presença de Deus (1:6- 9; 2:1-6). Em Zacarias, Satanás também está na presença de Deus (Zacarias 3:1-2). Esta concepção de Satanás é diferente, mas é uma das

principais das que se manifestam no Antigo Testamento.

A fim de compreender esta concepção de Satanás devemos começar compreendendo qual é o significado da palavra "Satanás". No princípio

esta palavra não era um nome próprio nem possuía um significado negativo. Queria dizer simplesmente "o adversário". O anjo do Senhor que se interpôs no caminho de Balaão para impedi-lo que realizasse suas

más intenções era um satanás, um adversário (Nu 22:22). Os filisteus temiam que Davi se transformasse em seu satanás, seu adversário (1Sm 29:41Sm 29:4).

A palavra Satanás, então, como nome próprio, significa "o" Adversário. No Antigo Testamento Satanás era o anjo que agia como promotor na corte celestial. Era o Adversário ou Inimigo dos homens. Assim é como Satanás acusa a Jó, sugerindo que sua piedade é

simplesmente interesse pelo que Deus pode lhe conceder, e que se perdesse o que tem e sofresse calamidades sua fé desapareceria (1:12). Satanás recebe autorização de Deus para usar toda classe de

armas, menos a morte, a fim de provar a fé de Jó (2:1-6). Em Zacarias, Satanás é o acusador de Josué, o sumo sacerdote (Zac. 3:1-2). No Sl 109:6, onde a Almeida Revista e Corrigida diz “Satanás esteja

à sua direita” deveria traduzir-se "Que o acusador (fiscal) traga-os para juízo".

De modo que no Antigo Testamento Satanás tem um lugar atribuído no propósito divino. Quando um homem deve comparecer perante a presença de Deus para ser julgado, Satanás é o anjo que o acusa, que diz dele todas as coisas que podem ajudar a condená-lo. Miguel, por outro lado, era o advogado defensor, cuja tarefa era contribuir com testemunhos a favor do acusado por Satanás. No período intertestamentário aparecem mais de um satanás, e há um arcanjo cuja missão era impedir que os satãs pudessem chegar perante o trono de Deus para acusar aos que habitavam sobre a terra (1 Enoque 40:6).

No Antigo Testamento, então, Satanás estava sujeito à autoridade divina e agia dentro da jurisdição de Deus.

  1. Mas agora chegamos a uma terceira etapa, que constatamos no Novo Testamento. No Antigo Testamento nunca se menciona o Diabo, ainda que às vezes aparecem demônios ou diabos; no Novo Testamento

Satanás converte-se no Diabo. A palavra "diabo" em grego é diabolos, termo cujo significado literal é "aquele que calunia". Não há uma linha divisória muito infranqueável entre ser o promotor da acusação contra os

homens e inventar acusações falsas para conseguir condenações, ou seduzir e tentar os homens para que incorram em ações que dêem lugar às acusações. De maneira que no Novo Testamento Satanás converte-se,

não no acusador, mas no sedutor, aquele que prova e afasta os homens do caminho reto. No relato das tentações de Jesus se empregam os três nomes de maneira indiscriminada. A fonte de mal é Satanás (Mt 4:10; Lc 4:8; Mc 1:13); Demônio (Mt 4:1, Mt 4:5, Mt 4:8, Mt 4:11; Lucas

Lc 4:2, Lc 4:3, Lc 4:5, Lc 4:6, Lc 4:13) e o tentador (Mt 4:3). Satanás se converteu em algo mais que o acusador dos homens, é seu inimigo. Converteu-se em algo mais que o promotor da Corte de Justiça celestial; agora é um obstáculo

aos propósitos de Deus.

A partir desta realidade, no relato neotestamentário encontramos a Satanás envolto em certos projetos nefastos. É o sedutor que faz pecar.

Pretende seduzir a Jesus para que caia em tentação. É ele quem inspira em Judas o horrendo plano da traição e o ajuda a executá-lo (Jo 13:2;

Jo 13:27; Lc 22:3). É ele quem se empenha em fazer Pedro cair (Lc 22:31). É ele quem convence a Ananias de que cometa o pecado de guardar o dinheiro da propriedade que tinha vendido (At 5:3). Está disposto a empregar todas as suas ciladas (Ef 6:11) e toda maquinação possível (2Co 2:11) a fim de alcançar seus objetivos. Satanás é a causa da enfermidade e a dor (Lc 13:16; At 10:38; 2Co 12:72Co 12:7). Obstaculiza a tarefa evangelizadora ao semear o joio que afogará a boa semente (Mt 13:39) e ao arrancar a semente da palavra do coração dos homens antes de que possa arraigar (Mc 4:15; Lc 8:12).

Assim, Satanás transforma-se em inimigo de Deus e do homem, no ímpio por excelência, pois talvez deveríamos traduzir a oração do Senhor

com estas palavras: "Livra-nos do Ímpio" (Mt 6:13).

Pode-se chamá-lo o príncipe deste mundo (Jo 12:31; Jo 14:30; Jo 16:11) pois, ao ter sido expulso do céu, exerceu sua má influência entre

os homens. É identificado com a serpente, a partir do relato da queda em Gênesis 3.

  1. O mais curioso de tudo isto é que ao analisar-se a história de Satanás, qualquer que seja a versão que utilizemos, comprovamos que em realidade é uma tragédia. Numa das versões, Satanás é o anjo da luz.

Num momento foi o maior dos anjos, mas seu orgulho o incitou a superar a Deus e foi preciso ser expulso do céu. Em outra versão, Satanás era um servo de Deus e obedecia seu juízo, mas perverteu seu serviço, convertendo-o por ocasião de pecado. Satanás é o exemplo

máximo da tragédia que consiste em que o melhor se converta no pior. Tinha a possibilidade de ser o primeiro cidadão do céu e transformou-se no príncipe do inferno. Poderia ter chegado a ser o maior dos servos de

Deus e transformou-se em seu mais acérrimo inimigo. Satanás é o melhor exemplo de um tipo de orgulho, que deseja fazer as coisas segundo sua própria vontade antes que obedecer à vontade de Deus.

O CÂNTICO DOS MÁRTIRES GLORIOSOS

Apocalipse 12:10-12

Estes versículos nos descrevem o cântico dos mártires glorificados quando Satanás é lançado fora do céu.

  1. Satanás aparece como o acusador por excelência. Na imagem judia do céu que prevaleceu no período intertestamentário, Satanás é o acusador, aquele que se opunha às almas dos homens, e Miguel o

defensor. A imagem de Satanás como o acusador eterno do homem contém uma verdade e um simbolismo eternos.

Segundo as palavras do H. B. Swete, Satanás é "o crítico cínico de

toda obra de Deus." E segundo a expressão de Renan, é o crítico malévolo de toda a criação."

Também se tem dito que Satanás representa a vigília do mal contra o bem. Há um poder no mundo que se propõe fazer naufragar todo bem,

que está disposto a manchar e sujar inclusive a própria pureza com sua mão degenerada. Entre os próprios homens estamos acostumado a ver pessoas cujas mentes estão tão deformadas e retorcidas que vêem o mal

em toda ação, arruínam as obras mais belas, imputam com todo cinismo as motivações mais vis aos gestos mais elevados. Assim é Satanás.

Por outro lado, o pano de fundo histórico da época quando se

escreveu o Apocalipse dá maior eloqüência e sentido a esta imagem de Satanás. Era a era do delator, o informante, era um período governado por tiranos e havia os que faziam carreira da denúncia. Constantemente se prendia, torturava e matava as pessoas porque alguém as tinha delatado. Estes informantes pagos eram muito conhecidos durante esse período do império. Alguns anos antes, Tácito tinha escrito: "Quem carecia de inimigos era traído por seus amigos." O mundo antigo sabia muito bem como eram os acusadores malignos, cínicos e venais.

  1. De maneira que esta imagem nos mostra o que poderíamos denominar a limpeza do céu. Satanás, o acusador pervertido, é banido

para sempre. Deus e seu Ungido reinam sem rivais. Essa é a razão pela qual os mártires glorificados entoam seu hino de triunfo.

Os mártires são aqueles que venceram a Satanás. Vejamos o que quer dizer esta expressão.

  1. O martírio é, por si mesmo, uma vitória sobre Satanás. O mártir,

esse homem que preferiu sofrer antes que negar sua fé ou claudicar só uma milésima parte de sua lealdade, é alguém que demonstrou ser superior a qualquer tentação de Satanás, a suas ameaças e até a sua violência. Eis aqui uma verdade muito profunda: cada vez que escolhemos o bem poderíamos ter escolhido o mal, cada vez que optamos por sofrer antes que trair nossa fé, vencemos a Satanás.

  1. A vitória dos mártires se obtém mediante o sangue do Cordeiro. Esta afirmação contém duas verdades. Em primeiro lugar, na cruz e por meio da ressurreição, Jesus conquistou e derrotou para sempre tudo o que o pecado e o mal pudessem lhe fazer. Confrontou-se totalmente com o mal e

o venceu. Aqueles que lhe têm confiado sua vida compartilham esta

vitória. Aqueles que são um com Cristo compartilham seu triunfo sobre o mal, cuja prova irrefutável é a ressurreição. Em segundo lugar, mediante a morte de Jesus Cristo na cruz fez-se um sacrifício pelo pecado; quer dizer, por meio desse sacrifício fica perdoado o pecado. Quando o homem aceita, pela fé, o que Cristo fez por ele, seus pecados são lavados; o que estava escrito contra si é riscado, os pecados são perdoados. E uma vez que está perdoado, não se pode acusá-lo de nada. O perdão da cruz deixa a Satanás, o acusador, sem acusação para formular.

  1. Mais ainda, os mártires triunfam porque reconheceram e aceitaram e viveram o grande princípio do Evangelho. Não tiveram tal amor por suas vidas para preferirem a morte. Não pensaram que a vida era mais importante que a lealdade. “Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna” (Jo 12:25). Este princípio percorre todo o evangelho (Mt 10:39; Mt 16:25; Mc 8:35; Lc 9:24: Lc 17:33). No que respeita a nós, não se trata de morrer pela fé. Trata-se de pôr a lealdade para com Jesus Cristo antes que a segurança e o caminho fácil.

  1. A passagem finaliza com a idéia de que Satanás é lançado fora do céu e desce à Terra. Seu poder no céu ficou destroçado mas ainda o exerce sobre a Terra. E na terra ronda com fúria porque sabe que tem o tempo contado e que seu fim está escrito inexoravelmente. De maneira que a conclusão destes versículos indica que, em última instância, Satanás está vencido, não tem futuro, foi lançado do céu e tudo o que resta é um período limitado de tempo durante o qual pode espreitar com ira na terra antes de seu fim último. E agora João seguirá nos falando das ciladas finais e tremendas de Satanás em seus últimos estertores.

O ATAQUE DO DRAGÃO

13 66:12-17'>Apocalipse13 66:12-17'> 13 66:12-17'>12:13-17

Ao ser lançado do céu e descer à Terra, o dragão, ou seja o Demônio, atacou a mulher que tinha dado à luz ao filho varão. Já vimos

que a mulher representa o povo de Deus, a igreja no sentido mais amplo do povo eleito por Deus, do qual surgiu o Ungido.

De maneira que aqui há certo simbolismo. O dragão pode machucar

o filho machucando à mãe. De maneira que ofender à Igreja significa ofender a Jesus Cristo. Quando Paulo se defrontou com Cristo no caminho a Damasco, as palavras que foram: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9:4). Até esse momento a ira e a perseguição de Paulo se dirigiam contra a Igreja. Nestas palavras, o Cristo ressuscitado estabelece com toda clareza que a perseguição contra sua Igreja dirige-se contra Ele próprio. Quando ofendemos, machucamos e privamos a Igreja da ajuda que lhe poderíamos brindar, em realidade estamos machucando e privando dessa ajuda a Jesus Cristo. Do mesmo modo, quando servimos à Igreja, servimos e ajudamos ao próprio Jesus Cristo.

Já vimos que a fuga da mulher ao deserto (versículo
6) provém da fuga da Igreja a Pella, sobre a margem oposta do Jordão, antes da destruição final de Jerusalém. Não obstante, na fuga da mulher e o

ataque do dragão, João emprega outras duas imagens, muito conhecidas para quem tinham lido o Antigo Testamento.

A mulher escapou nas duas asas da grande águia. No Antigo Testamento as asas da águia representam os braços protetores de Deus.

“Tendes visto”, Disse Deus a Israel, “o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim” (Ex 19:4; veja-se também Deuteronômio 32:11-12 e Is 40:31). Segundo Hipólito, por outro lado, as asas de águia seriam o símbolo de "os dois braços sagrados

de Cristo exposto na cruz".

A segunda imagem é a dos rios de água que a serpente lança. Vimos que nas imagens antigas o dragão do caos provinha do mar e por isso é

bastante natural relacionar os rios com o dragão. Entretanto, aqui também temos outra imagem do Antigo Testamento. Nele, os juízos, as tribulações e as perseguições se comparam com rios caudalosos. “Todas

as tuas ondas e vagas passaram sobre mim” (Sl 42:7; Sl 32:6; Sl 124:4; Is 43:2). O emprego que faz João da imagem do dragão que arroja água pode ser grotesco, mas procede de uma idéia que o

Antigo Testamento conhecia muito bem e usava com freqüência.

O capítulo termina com outras duas imagens.

Quando o dragão ou a serpente arrojou os rios de água a Terra os engoliu e salvou a mulher. Não é difícil saber de onde extraiu João esta

imagem. Na Ásia Menor era costume suceder com freqüência que os rios fossem tragados pela areia durante algum trecho para voltar a reaparecer alguns quilômetros mais adiante. Havia um exemplo deste fenômeno

perto de Colossos, uma região que João devia conhecer muito bem. Sabia que a terra podia engolir rios. Entretanto, apesar de que seja bastante fácil adivinhar de onde vem a imagem, não é tão simples

descobrir o seu significado. A terra engoliu o rio e a mulher se salvou; é provável que o simbolismo seja o seguinte. A natureza ajuda o homem fiel e leal a Jesus Cristo. O universo o favorece. Em última instância, o

mundo e a natureza não se empenham em destruir o homem mas em promover seu bem. De maneira que a imagem significa que na hora de

mais necessidade, a natureza mesma irá em ajuda do homem. Como assinalou o historiador Froude, é verdade que uma ordem moral impera no mundo e que, em última instância, os bons saem favorecidos e os injustos recebem seu castigo.

Por último, no versículo 17 João apresenta a imagem do dragão em luta contra o resto da família da mulher, aqueles que guardam os mandamentos de Deus e são fiéis a seu testemunho, quer dizer, com o resto da Igreja. Esta imagem assinala com toda clareza a expansão da perseguição à Igreja. João pensa, em primeiro lugar, na Ásia Menor, onde se encontram seus próprias Igrejas, mas a perseguição que tem em mente afligirá a totalidade da igreja num futuro imediato.

Devemos voltar a lembrar que, tal como o via João, Satanás está travando suas últimas batalhas sobre a Terra; as convulsões de sua agonia afetarão a toda a família da Igreja que se verá inundada no sofrimento da perseguição.


Dicionário

Arrebatado

arrebatado adj. 1. Dominado pela paixão; impetuoso. 2. Inconsiderado. 3. Arrancado com violência; raptado, roubado.

Deus


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Déu

substantivo masculino Usa-se na locução andar de em: andar à procura de alguma coisa, de casa em casa, de porta em porta.

Ferro

substantivo masculino Metal duro e maleável, o mais importante, por sua utilização industrial e tecnológica, de símb. Fe, peso atômico 26, massa atômica 55,847.
Ponta de ferro de uma lança.
Espada, florete: cruzar o ferro.
Poética Arma assassina: ferro homicida.
Semicírculo com que se protegem os cascos das patas dos cavalos etc.
Ferramentas, instrumentos, utensílios de arte ou ofício, ou utilidade em geral: ferro de engomar.
Barra de ferro ou de arma maleável que apresenta uma forma qualquer: ferro em T, em.
substantivo masculino Haste de ferro que serve de armação para concreto armado.
Lâmina de ferro que constitui a parte cortante ou perfurante de um objeto.
Idade do ferro, período pré-histórico em que o homem começou a utilizar o ferro em seus utensílios.
A ferro e fogo, com toda violência.
Malhar em ferro frio, perder tempo.
Estrada de ferro, sistema de viação através de trens.
Lançar ferro, fundear o navio.
Ferros velhos, trastes de oficina.
Meter a ferros, encarcerar.
De ferro, que se assemelha ao ferro, que tem a dureza do ferro (nos sentidos próprio e figurado): mão de ferro; coração de ferro.
substantivo masculino plural Algemas, grilhões: meteram-no em ferros.

A primeira menção que se faz do ferro na Bíblia é em Gn 4:22, onde é citado Tubalcaim como forjador de instrumentos cortantes de bronze e ferro. Que os assírios usavam este metal em grande escala, mostra-se isto pelas descrições do explorador Layard, que achou serras e facas nas ruínas de Nínive. A fundição do ferro acha-se representada nas esculturas egípcias, devendo, por isso, ter sido conhecido o uso dos foles pelo ano 1500 a.C. Além disso, têm sido encontradas chapas de ferro, ligando as fiadas de pedras no interior das Pirâmides. Deste modo o trabalho em ferro é muito antigo, embora não se diga na Bíblia que Moisés fez uso desse metal quando erigiu o tabernáculo, ou que Salomão o empregou em qualquer parte do templo em Jerusalém. Todavia, no Pentateuco acham-se referências à sua grande dureza (Lv 26:19Dt 28:23-48) – ao leito de ferro do rei ogue de Basã (Dt 3:11) – às minas de ferro (Dt 8:9) – e também aquela dura escravidão dos israelitas no Egito é comparada ao calor da fornalha para fundição do ferro (Dt 4:20). Vemos também na Bíblia que as espadas, os machados e instrumentos de preparar pedra eram feitos de ferro (Nm 35:16Dt 19:5 – 27.5). o ‘ferro do Norte’ (Jr 15:12) era, talvez, o endurecido ferro produzido no litoral do mar Euxino pelo povo daqueles sítios, que, segundo se diz, descobriu a arte de temperar o aço. Figuradamente é usado o ferro como símbolo da força (40:18), e da aflição (Sl 107:10), etc.

Filho

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

[...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

Os filhos são doces algemas de nossa alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

[...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

[...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


Filho
1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

6) Tratamento carinhoso (1

Ha

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

hebraico: calor, queimado

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Luz

substantivo feminino Claridade que emana de si mesmo (Sol) ou é refletida (Lua).
[Astronomia] Claridade que o Sol espalha sobre a Terra.
Objeto que serve para iluminar; lâmpada, lanterna: traga a luz.
O que ilumina os objetos e os torna visíveis: luz do poste.
[Artes] Efeitos da luz reproduzidos em um quadro: hábil distribuição de luz e sombras.
Figurado Tudo que esclarece o espírito: a luz da razão, da fé.
Figurado Conhecimento das coisas; inteligência, saber: suas luzes são limitadas.
Figurado Pessoa de mérito, de elevado saber: é a luz de seu século.
Orifício de entrada e saída do vapor no cilindro de uma máquina.
Abertura na culatra de uma arma, pela qual se faz chegar o fogo à carga.
Furo que atravessa um instrumento.
[Ótica] Nos instrumentos de óptica de pínulas, pequeno orifício pelo qual se vê o objeto observado.
[Anatomia] Cavidade de um corpo ou órgão oco: a luz do intestino.
expressão Luz cinzenta. Luz solar refletida pela Terra, a qual permite distinguir o disco completo da Lua quando esta se mostra apenas sob a forma de crescente.
Luz negra ou luz de Wood. Raios ultravioleta, invisíveis, que provocam a fluorescência de certos corpos.
Vir à luz. Ser publicado, revelado.
Século das Luzes. O século XVIII.
Dar à luz. Dar vida a um ser.
Etimologia (origem da palavra luz). Do latim lucem.

hebraico: amendoeira

[...] luz é, em suma, a forma mais sutil da matéria. [...].
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

[...] é um modo de movimento, como o calor, e há tanta “luz” no espaço à meia-noite como ao meio-dia, isto é, as mesmas vibrações etéreas atravessando a imensidade dos céus. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1

[...] constitui o modo de transmissão da história universal.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 4a narrativa

[...] é o símbolo multimilenar do desenvolvimento espiritual. [...]
Referencia: MARCUS, João (Hermínio C• Miranda)• Candeias na noite escura• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

L M
Referencia:


Luz
1) Claridade; luminosidade (Gn 1:3).


2) Figuradamente refere-se a Deus (Sl 104:2; Jc 1:17); a Jesus (Jo 1:4-6); à Palavra de Deus (Sl 119:105); e aos discípulos de Jesus (Mt 5:14).


3) Cidade cananéia que foi chamada de Betel (Gn 28:19) e, depois, formou a fronteira norte da tribo de Benjamim (Js 18:13).


Luz Símbolo da claridade espiritual, que procede do Evangelho de Jesus (Mt 4:16; Lc 1:79) e não se restringe aos judeus, mas que chega até aos gentios (Lc 2:32). Acompanha algumas manifestações gloriosas de Jesus como a da sua Transfiguração (Mt 17:2-5). Os discípulos devem ser canais dessa luz (Mt 5:14-16; Lc 12:35), evangelizar e atuar na transparência própria da luz (Mt 10:27; Lc 12:3).

Nações

nação | s. f. | s. f. pl.
Será que queria dizer nações?

na·ção
nome feminino

1. Conjunto de indivíduos habituados aos mesmos usos, costumes e língua.

2. Estado que se governa por leis próprias.

3. Casta, raça.

4. Naturalidade, pátria.


nações
nome feminino plural

5. Religião Gentio, pagão (em relação aos israelitas).


direito das nações
Direito internacional.


Nações Designação geral dos povos não-israelitas (Ex 34:24; Lc 24:47). “Nação”, no singular, é usado também para Israel (Gn 12:2; Ex 19:6).

Nações Ver Gentios.

Reger

Reger Governar (Ec 2:3; Ap 2:27).

verbo transitivo direto e intransitivo Governar; reinar ou exercer o ofício de rei, de chefe; ter a responsabilidade de guiar ou de direcionar o funcionamento de uma instituição, país etc.: regia uma organização de caridade; regia um país; os reis eram os responsáveis por reger.
verbo transitivo direto e pronominal Orientar-se; conduzir algo, alguém ou a si próprio: não conseguiu reger os alunos; regia-se pela constituição.
verbo transitivo direto Pedagogia. Lecionar; ser professor: regia uma classe de crianças.
Gramática Subordinar; possuir como dependente; produzir uma relação de regência entre duas frases, entre duas palavras.
Etimologia (origem da palavra reger). Do latim regere.

gerir; regente, regedor; gerente, gestor; regência, regedoria, gerência, gestão. – Reger é “governar, guiar, conduzir segundo a lei, a regra” (regula, de rego... ere). – Gerir é “administrar, superintender”. Gerem-se negócios; gere-se uma fábrica, uma empresa; gere-se o emprego de um capital, uma fortuna, a fazenda pública, etc. (não – rege-se); rege-se uma escola, uma instituição, o próprio Estado, etc. Tanto gerimos o que é nosso, como o que a outrem pertence, e cuja gerência, ou cuja gestão nos tenha sido confiada. Também regemos o que nos pertence, o que nos é próprio, como aquilo cuja regência exercemos ou fazemos em nome de outrem. Regemos a nossa família; rege o regente o Estado em nome do soberano menor. – Entre regente e regedor só há a diferença que consiste em aplicar-se o segundo ao que exerce uma função de ofício (regedoria); e o primeiro ao que exerce a função de reger acidentalmente. Em suma: regente = que está regendo; regedor = que tem o cargo, a autoridade de reger. A função do regente é 462 Rocha Pombo regência; a do regedor é regedoria. – Entre gerente e gestor há a mesma diferença que existe entre gerência e gestão, vocábulos que coincidem aliás no mesmo latim gerere. A gerência é propriamente a administração subalterna, uma como subadministração. O gerente de uma empresa tem acima de si uma autoridade superior, uma diretoria, um conselho. A gestão é a administração superior, a livre administração. Do que dispõe, superintende, ou administra os serviços de uma fábrica dizemos gerente, e não gestor. Dos meus negócios eu sou o gestor; e do que gere a fazenda, a coisa pública também se diz gestor, e não gerente.

Trono

A cadeira, naqueles países em que, usualmente, as pessoas se sentavam no chão ou estavam reclinadas, era considerada um símbolo de dignidade (2 Rs 4.10 – Pv 9:14). Quando se quer significar especialmente um trono real, a expressão, de que geralmente se faz uso, é: ‘o trono do reino’ (Dt 17:18 – 1 Rs 1.46 – 2 Cr 7.18). Para subir até ao trono de Salomão havia seis degraus (1 Rs 10.19 – 2 Cr 9.18): era uma cadeira de braços, marchetada de figuras de marfim, e guarnecida de ouro nos lugares em que o marfim não se via. Em Cl 1:16, os ‘tronos’ representam uma alta jerarquia de seres angelicais, segundo as representações dos escritores apocalípticos. (*veja Apócrifos (Livros).)

Trono
1) Cadeira de rei (Is 6:1; Lc 1:32).


2) Espírito, seja bom ou mau (Cl 1:16).


Vara

substantivo feminino Peça geralmente de madeira roliça, comprida e delgada.
Antiga medida de comprimento equivalente a um metro e dez centímetros.
[Esporte] Haste longa e delgada usada em salto de altura.
Direito Cada uma das circunscrições judiciais presididas por um juiz de direito: vara criminal.
Direito Debaixo de vara, expressão que indica ser alguém compelido a atender mandado judicial.
Figurado Vara de condão, vara mágica a que se atribui o dom de fazer encantos ou sortilégios.
Vara de porcos, manada de gado suíno.
Estar ou meter-se em camisa de onze varas, encontrar-se ou envolver-se em grandes dificuldades.
Tremer como vara
(s): verde(s), estar tomado de grande medo.

Do latim vara, ramo flexível. Na antiga Roma, a haste que identificava o poder dos juízes, distingüindo os letrados dos leigos. As varas pintadas de branco designavam os letrados, chamados juízes de vara branca, enquanto os iletrados portavam vara vermelha. Todos, porém, deviam exibir publicamente sua condição, sob pena de multa. No Brasil Colônia, quando alguém se recusava a atender uma convocação legal, era levado pelo oficial de justiça, que o ameaçava com um bastão. Daí a expressão conduzido debaixo de vara, utilizada até hoje no Direito para designar quem foi levado sob mandado judicial. No Foro há diversas varas, ou seja, segmentos específicos para tratar dos feitos que a elas chegam. Só não dá para entender por que a que cuida das questões civis, literalmente civis, é chamada de Vara Cível e não Vara Civil...

Vara
1) Galho (Ez 7:10; Jo 15:2, RC).


2) Galho direito cortado de uma árvore ou arbusto e usado como símbolo de meio de destruição (Sl 2:9) ou de castigo (Pv 22:15). V. VAREJAR.


Varão

substantivo masculino Homem, sujeito adulto; pessoa do sexo masculino.
Por Extensão Aquele que é corajoso, esforçado; quem age sem medo; viril.
Por Extensão Quem é merecedor de respeito, de admiração; ilustre.
adjetivo Pertencente ao sexo masculino: filho varão.
Etimologia (origem da palavra varão). Do latim varro.onis.
substantivo masculino Vara grande feita em metal ou ferro: varão de cortina.
Armação de metal usada para proteger algo; grade: varão para portão.
Etimologia (origem da palavra varão). Vara + ão.

Varão Indivíduo do sexo masculino (Gn 2:23; Jo 1:30).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Apocalipse 12: 5 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Nasceu-lheG5088 τίκτωG5088 G5627, poisG2532 καίG2532, um filhoG5207 υἱόςG5207 varãoG730 ἄρῥηνG730, queG3739 ὅςG3739G3195 μέλλωG3195 G5719 de regerG4165 ποιμαίνωG4165 G5721 todasG3956 πᾶςG3956 as naçõesG1484 ἔθνοςG1484 comG1722 ἔνG1722 cetroG4464 ῥάβδοςG4464 de ferroG4603 σιδήρεοςG4603. EG2532 καίG2532 o seuG846 αὐτόςG846 filhoG5043 τέκνονG5043 foi arrebatadoG726 ἁρπάζωG726 G5681 paraG4314 πρόςG4314 DeusG2316 θεόςG2316 até ao seuG846 αὐτόςG846 tronoG2362 θρόνοςG2362.
Apocalipse 12: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

95 d.C.
G1484
éthnos
ἔθνος
multidão (seja de homens ou de animais) associados ou vivendo em conjunto
(Gentiles)
Substantivo - neutro genitivo plural
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G2362
thrónos
θρόνος
uma província da Palestina ao leste do mar da Galiléia; região exata incerta mas
(of Hauran)
Substantivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3195
méllō
μέλλω
um filho de Ismael cujos descendentes guerrearam contra Israel a leste do Jordão
(Jetur)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3739
hós
ὅς
que
(which)
Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G4165
poimaínō
ποιμαίνω
apascentar, cuidar do rebanho, tomar conta das ovelhas
(will shepherd)
Verbo - futuro do indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G4314
prós
πρός
pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
(of Mezahab)
Substantivo
G4464
rhábdos
ῥάβδος
bastardo, filho de incesto, filho ilegítimo
(A bastard)
Substantivo
G4603
sidḗreos
σιδήρεος
agir com infidelidade, agir traiçoeiramente, transgredir, cometer transgressão
(commits)
Verbo
G5043
téknon
τέκνον
candeeiro, candelabro
(the lampstand)
Substantivo
G5088
tíktō
τίκτω
apresentar, sustentar, produzir (fruta da semente)
(she will bear)
Verbo - futuro do indicativo médio - 3ª pessoa do singular
G5207
huiós
υἱός
filho
(son)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G726
harpázō
ἁρπάζω
pegar, levar pela força, arrebatar
(seize)
Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do plural
G730
árrhēn
ἄῤῥην
cedro
(cedar)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


ἔθνος


(G1484)
éthnos (eth'-nos)

1484 εθνος ethnos

provavelmente de 1486; TDNT - 2:364,201; n n

  1. multidão (seja de homens ou de animais) associados ou vivendo em conjunto
    1. companhia, tropa, multidão
  2. multidão de indivíduos da mesma natureza ou gênero
    1. a família humana
  3. tribo, nação, grupo de pessoas
  4. no AT, nações estrangeiras que não adoravam o Deus verdadeiro, pagãos, gentis
  5. Paulo usa o termo para cristãos gentis

Sinônimos ver verbete 5927


ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

θρόνος


(G2362)
thrónos (thron'-os)

2362 θρονος thronos

de thrao (sentar), um assento nobre (“trono”); TDNT - 3:160,338; n m

  1. trono
    1. cadeira estatal que tem um escabelo
    2. atribuído no NT a reis, por esta razão, poder real ou realeza
      1. metáf. a Deus, o governador do mundo
      2. ao Messias, Cristo, o companheiro e assistente na administração divina
        1. por isso poder divino que pertence a Cristo
      3. a juízes, i.e., tribunal ou juizado
      4. ao anciões

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

μέλλω


(G3195)
méllō (mel'-lo)

3195 μελλω mello

forma consolidada de 3199 (da idéia de expectação); v

  1. estar prestes a
    1. estar a ponto de fazer ou sofrer algo
    2. intentar, ter em mente, pensar


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅς


(G3739)
hós (hos)

3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

  1. quem, que, o qual

πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


ποιμαίνω


(G4165)
poimaínō (poy-mah'-ee-no)

4165 ποιμαινω poimaino

de 4166; TDNT - 6:485,901; v

  1. apascentar, cuidar do rebanho, tomar conta das ovelhas
    1. reger, governar
      1. de regentes
      2. prover pasto para alimentação
      3. nutrir
      4. cuidar do corpo de alguém, servir o corpo
      5. suprir o necessário para as necessidades da alma

Sinônimos ver verbete 5824


πρός


(G4314)
prós (pros)

4314 προς pros

forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

em benefício de

em, perto, por

para, em direção a, com, com respeito a


ῥάβδος


(G4464)
rhábdos (hrab'-dos)

4464 ραβδος rhabdos

da raiz de4474; TDNT - 6:966,982; n f

  1. bastão, bordão, vara, ramo
  2. vara com a qual alguém é golpeado
  3. bastão
    1. como aquele usado numa viagem, ou para apoiar-se, ou pelos pastores
    2. quando aplicado a reis
      1. com vara de ferro, indicando um governo severo e rigoroso
      2. cetro real

σιδήρεος


(G4603)
sidḗreos (sid-ay'-reh-os)

4603 σιδηρεος sidereos

de 4604; adj

  1. feito de ferro

τέκνον


(G5043)
téknon (tek'-non)

5043 τεκνον teknon

da raíz de 5098; TDNT - 5:636,759; n n

  1. descendência, crianças
    1. criança
    2. menino, filho
    3. metáf.
      1. nome transferido para aquele relacionamento íntimo e recíproco formado entre os homens pelos laços do amor, amizade, confiança, da mesma forma que pais e filhos
      2. em atitude amorosa, como usado por patrões, auxiliares, mestres e outros: minha criança
      3. no NT, alunos ou discípulos são chamados filhos de seus mestres, porque estes pela sua instrução educam as mentes de seus alunos e moldam seu caráter
      4. filhos de Deus: no AT do “povo de Israel” que era especialmente amado por Deus. No NT, nos escritos de Paulo, todos que são conduzidos pelo Espírito de Deus e assim estreitamente relacionados com Deus
      5. filhos do diabo: aqueles que em pensamento e ação são estimulados pelo diabo, e assim refletem seu caráter
    4. metáf.
      1. de qualquer que depende de, é possuído por um desejo ou afeição para algo, é dependente de
      2. alguém que está sujeito a qualquer destino
        1. assim filhos de uma cidade: seus cidadãos e habitantes
      3. os admiradores da sabedoria, aquelas almas que foram educadas e moldadas pela sabedoria
      4. filhos amaldiçoados, expostos a uma maldição e destinados à ira ou penalidade de

        Deus

Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


τίκτω


(G5088)
tíktō (tik'-to)

5088 τικτω tikto

forma fortalecida da palavra primária τεκω teko (que é usado somente como substituto de determinados tempos); v

  1. apresentar, sustentar, produzir (fruta da semente)
    1. do parto de uma mulher
    2. da terra que produz seu fruto
    3. metáf. gerar, dar à luz

υἱός


(G5207)
huiós (hwee-os')

5207 υιος huios

aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

  1. filho
    1. raramente usado para filhote de animais
    2. generalmente usado de descendente humano
    3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
    4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
      1. os filhos de Israel
      2. filhos de Abraão
    5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
      1. aluno
  2. filho do homem
    1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
    2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
    3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
  3. filho de Deus
    1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
    2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
    3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
      1. no AT, usado dos judeus
      2. no NT, dos cristãos
      3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
    4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


ἁρπάζω


(G726)
harpázō (har-pad'-zo)

726 αρπαζω harpazo

de um derivado de 138; TDNT - 1:472,80; v

  1. pegar, levar pela força, arrebatar
  2. agarrar, reivindicar para si mesmo ansiosamente
  3. arrebatar

ἄῤῥην


(G730)
árrhēn (ar'-hrane)

730 αρρην arrhen ou αρσην arsen

provavelmente de 142; adj

  1. macho; varão

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo