Enciclopédia de Provérbios 25:2-2
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Livros
- Comentários Bíblicos
- Beacon
- Champlin
- Genebra
- Matthew Henry
- Wesley
- Wiersbe
- Russell Shedd
- NVI F. F. Bruce
- Moody
- Francis Davidson
- Dicionário
- Strongs
Perícope
pv 25: 2
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | A glória de Deus é encobrir as coisas, mas a glória dos reis é esquadrinhá-las. |
ARC | A glória de Deus é encobrir o negócio; mas a glória dos reis é tudo investigar. |
TB | É a glória de Deus encobrir as coisas, |
HSB | כְּבֹ֣ד אֱ֭לֹהִים הַסְתֵּ֣ר דָּבָ֑ר וּכְבֹ֥ד מְ֝לָכִ֗ים חֲקֹ֣ר דָּבָֽר׃ |
BKJ | É a glória de Deus encobrir as coisas; mas a honra dos reis é vasculhar um assunto. |
LTT | A glória de Deus é encobrir a palavra; mas a honra dos reis é investigar a palavra. |
BJ2 | A glória de Deus é ocultar uma coisa, e a glória dos reis é sondá-la. |
VULG |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Provérbios 25:2
Referências Cruzadas
Deuteronômio 29:29 | As coisas encobertas são para o Senhor, nosso Deus; porém as reveladas são para nós e para nossos filhos, para sempre, para cumprirmos todas as palavras desta lei. |
I Reis 3:9 | A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo? |
I Reis 4:29 | E deu Deus a Salomão sabedoria, e muitíssimo entendimento, e largueza de coração, como a areia que está na praia do mar. |
Esdras 4:15 | para que se busque no livro das crônicas de teus pais, e, então, acharás no livro das crônicas e saberás que aquela foi uma cidade rebelde e danosa aos reis e províncias e que nela houve rebelião em tempos antigos; pelo que foi aquela cidade destruída. |
Esdras 4:19 | E, ordenando-o eu, buscaram e acharam que, de tempos antigos, aquela cidade se levantou contra os reis, e nela se tem feito rebelião e sedição. |
Esdras 5:17 | Agora, pois, se parece bem ao rei, busque-se lá na casa dos tesouros do rei, que está em Babilônia, se é verdade haver uma ordem do rei Ciro para edificar esta Casa de Deus em Jerusalém; e sobre isso nos faça o rei saber a sua vontade. |
Jó 11:7 | Porventura, alcançarás os caminhos de Deus ou chegarás à perfeição do Todo-Poderoso? |
Jó 29:16 | dos necessitados era pai e as causas de que não tinha conhecimento inquiria com diligência; |
Jó 38:4 | Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. |
Jó 40:2 | Porventura, o contender contra o Todo-Poderoso é ensinar? Quem assim argui a Deus, que responda a estas coisas. |
Jó 42:3 | Quem é aquele, dizes tu, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso, falei do que não entendia; coisas que para mim eram maravilhosíssimas, e que eu não compreendia. |
Romanos 11:33 | Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! |
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
A COLEÇÃO DE EZEQUIAS DOS PROVÉRBIOS DE SALOMÃO
Provérbios
Devemos esta coletânea de 137 provérbios salomônicos a Ezequias, talvez o maior dos reis reformadores da história de Judá. Ezequias não somente conduziu o seu povo à reforma espiritual, mas a tradição atribui ao seu reinado um grande avivamento literá-rio. Ezequias era, indubitavelmente, um homem de grande interesse literário (cf. II Reis
De acordo com o versículo que fornece o título à seção (25.1), os escribas de Ezequias transcreveram (lit.: "removeram de um documento para outro") estes provérbios de Salomão. Os ditos desta coletânea foram tomados de alguma antologia anterior (cf. I Reis
A. PRIMEIRA COLEÇÃO, Pv
1. A respeito de Reis e da Corte (25:1-10)
Sobre a importância do versículo 1, veja os parágrafos introdutórios acima. Nos versículos
Nos versículos
A palavra dita a seu tempo e com a atitude correta é como maçãs de ouro em salvas de prata (11). Aceitar a repreensão ou o conselho sadio é tão valioso quanto gargantilhas de ouro fino (12). Cowles diz o seguinte acerca do versículo 13: "Água gelada num dia quente de verão nos dá o verdadeiro sentido dessa figura. Assim é um mensageiro confiável para os seus empregadores. Eles podem confiar nele e são revi-gorados pela fidelidade dele".2 No versículo 14, temos uma acusação contra a fala orgulhosa. Esta fala é tão frustrante como nuvens e ventos que não trazem chu-va. Assim o sábio descreve a pessoa que se gaba de sua generosidade quando na verdade não dá nada.
A paciência e a mansidão na hora de falar são armas surpreendentemente podero-sas (cf. Pv
O versículo 20 nos diz que a leveza de espírito e a tristeza não podem andar juntas (cf. Dn
O mal da difamação é retratado como as conseqüências do vento norte (23) que traz a chuva desagradável. (AARC aqui diz: "o vento norte afugenta a chuva"; a maioria das versões, no entanto, traduz: "traz chuva" [ARA, NVI]; "gera a chuva".[BJ]). Língua fingida é literalmente: "uma língua de segredo", ou que fala por trás. Moffatt traduz assim o versículo:
O vento norte traz a chuva; a calúnia traz olhares irados.
Acerca do versículo 24, veja comentário de Pv
Champlin
Não se refere à necessidade de penetrar nos segredos de Deus, mas à obrigação que o rei tem de conhecer a fundo os assuntos que deve resolver.
Genebra
25:1
provérbios de Salomão. Ver Introdução: Autor; nota em 1.1.
Ezequias. Ele foi rei de Judá no tempo da destruição do reino do norte de Israel. Ezequias executou reformas rigorosas quanto às práticas religiosas corruptas de Judá. Esta introdução de uma nova seção do livro de Provérbios mostra que Ezequias não somente promoveu um retorno à lei de Moisés, mas também encorajou o movimento de sabedoria através da atividade literária.
transcreveram. O desenvolvimento de uma classe escribal em Israel foi ditado pelas necessidades religiosas e administrativas da nação. A palavra hebraica aqui usada indica transmissão e pode significar submeter a tradição oral à forma escrita, ou então transcrever algo que já estava escrito.
* 25:2 Desde a criação já se pode ver que a sabedoria de Deus ultrapassa todo o conhecimento humano (Sl
* 25:3
insondável. O mesmo verbo usado no versículo dois foi usado aqui na forma negativa. O conhecimento que o rei havia adquirido através de esforços e das decisões reais baseados sobre esses esforços são reflexões do governo de Deus, alicerçado na sua sabedoria. Entende-se que o rei governava mediante a nomeação de Deus (conforme Rm
* 25:4-5
Sem importar quão hábil seja o artífice, ele precisa ter um bom material com o qual trabalhar. Por semelhante modo, o rei precisa de uma sociedade expurgada de maus elementos, se ele tiver de estabelecer um governo justo. A boa ordem na sociedade não pode simplesmente ser ordenada do trono.
* 25:6-7 A sabedoria da corte real observa um protocolo não-declarado. Ela repreende a vaidade pessoal e o interesse próprio que se exacerba e leva à humilhação. É melhor começarmos humildes e então sermos exaltados. Jesus adaptou essa instrução para falar de nosso lugar no reino de Deus (Lc
* 25:8
a litigar. (Ver referência lateral). Esse princípio pode aplicar-se mais amplamente à necessidade de prudência no falar que reflite no caráter de outras pessoas.
* 25.9
não descubras o segredo de outrem. Não envolvas outros em uma disputa.
* 25:10
e não se te apegue a tua infâmia. A traição da confiança levará a uma reputação de deslealdade.
* 25:11 Lit., "maçãs de ouro em salvas de prata, uma palavra aptamente dita". Esse tipo de comparação proverbial simplesmente coloca duas coisas ou mais lado a lado (conforme v. 18), deixando que o leitor solucione a natureza da comparação. A importância das palavras bem escolhidas, um tema de sabedoria comum, é iluminada por sua comparação com objetos de arte que são obras-primas.
* 25:12 Uma comparação semelhante de idéias acha-se no v.11. Duas peças de joalheria são postas juntas como paralelo a uma boa relação entre a reprimenda do mestre sábio e um aluno receptivo. A comparação implícita diz que ou uma reprimenda é tão valiosa como finas jóias de ouro, ou que uma reprimenda sábia e um ouvido receptivo andam juntas, como jóias que se complementam.
* 25:13
Como o frescor de neve. O quadro não vê uma nevasca sem razão, que seria desastrosa para a colheita, e, sim, um refrigério (conforme o v. 25).
* 25:14 Os habitantes da Palestina com freqüência tinham a experiência de nuvens que prometiam chuvas, mas que se mostravam secas (Jd 12). Tal provérbio pode ser aplicado hoje em dia àqueles que buscam exercer poder e influência, quer política quer pessoal, fazendo promessas que não são cumpridas.
* 25:15
A longanimidade. Ou seja, mostrando-se lento em irar-se e não reagindo às provocações.
esmaga ossos. Mediante uma diplomacia gentil, uma forte resistência é quebrada.
* 25:16-17 O que mui provavelmente eram declarações distintas foi aqui aglutinado para reforçar a mensagem que elas têm em comum: Deves saber quando parar; o mel é bom para qualquer pessoa, mas em exagero adoece a pessoa; a amizade entre vizinhos é boa, mas uma familiaridade excessiva pode abusar da privacidade alheia. Os relacionamentos precisam ser sabiamente definidos.
*
25:18 O falso testemunho pertence ao mesmo grupo que as armas de guerra, porquanto são todos instrumentos letais, usados para assaltar o bem-estar de outrem.
* 25:20
vinagre sobre feridas. Uma outra tradução possível é "vinagre sobre a soda" (um agente purificador como a soda para cozer). Da mesma maneira que tirar a capa de alguém ou derramar vinagre sobre feridas causa dor, assim também o faz a frivolidade na presença da tristeza (Sl
* 25.22
amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. O significado dessa metáfora deve ser determinado por seu contexto (ver o v. 21). O apóstolo Paulo (Rm
À parte Êx
* 25:23 Note a inevitável relação de causa e efeito expressa em ambas as linhas.
* 25:24 Ver 21.9 e nota.
* 25:25 Quanto à forma deste provérbio, ver a nota no v. 11.
*
25:26
o justo. Ver a nota em 8.18.
*
25:28 Esta comparação (ver o v. 11, nota) ilustra a vulnerabilidade da pessoa que perde o domínio próprio.
Matthew Henry
Wesley
Adicionando a última frase do versículo 7 com o versículo 8 , o RSV traduz: "O que os seus olhos viram, não apressadamente pôr em tribunal; para o que você vai fazer no final, quando o seu vizinho coloca a vergonha? "Isto pode ser tomado de duas formas, uma mais implícitas do que explícito. Em primeiro lugar, pode ser uma advertência contra tirar conclusões precipitadas, pois o que você acha que viu pode não ser toda a questão. Half-vista, como meias-verdades, pode ser completamente enganosa e enganosa.Má interpretação do que é visto pode levar a constrangimento e reprovação. É melhor agir lentamente, mesmo se você acha que já viu de forma rápida! Segundo, e mais implícita, este versículo pode ser um lembrete de que nenhum de nós é perfeito, e se nós rapidamente acusar alguém de um passo em falso, é bem possível que o acusado poderia trazer como válido, ou pelo menos tão embaraçoso, um acusação contra nós. Os esqueletos em nossos armários próprios, mesmo que sejam pecados há muito tempo perdoado e quase esquecidos, pode ser embaraçoso se eles são trazidos à tona novamente por aqueles que podem lutar de volta para nós.
A advertência nos versículos
Os versículos
A ênfase no versículo 13 é sobre o prazer e refresco que o mensageiro fiel traz para aqueles que o mandam para a missão. É como o refresco que uma bebida fria (frio da neve) traria para aqueles que trabalham no calor de uma colheita de junho. O fato é que os mensageiros ou representantes não são sempre (1) leal à causa que representam, (2) de consciência sobre viver até os princípios da causa, (3) substitutos adequados para aqueles que os enviam, e (4) em causa que eles transmitem os verdadeiros sentimentos de cada lado para o outro, tanto para o partido que representam e para o partido a quem são enviados.
O versículo 14 descreve o homem "ventosa" que fala alto e bom som sobre o que ele vai dar, mas que nunca realiza em suas promessas. Sua palestra ventoso é tão vazio como vento e as nuvens que não conseguem trazer chuva tão necessária. A gravidade da denúncia da fabricante de promessas vazias é realizado quando nos lembramos de que quando uma nuvem passa sobre a terra seca como a Palestina sem sair de chuva, é uma experiência muito decepcionante.
O forte contraste que a segunda linha do versículo 15 fornece destina-se a apoiar a afirmação na primeira linha, que mesmo um governante é ou pode ser persuadido por paciência (ver Lc
Os versículos
O ASV (como fazem a KJV e RSV) inverte a ordem das duas metades do versículo 18 do hebraico, que tem um Malho, e espada, e flecha aguda primeiro. A ordem hebraico tinha a intenção de enfatizar o efeito destrutivo que o falso testemunho tem como ele usa seus maus "talentos". (1) Ele é como um clube, que esmaga e paixões, não deixando nada todo ou em uma única peça. (2) Ele é como uma espada afiada, que corta as coisas em dois, contra o qual há pouca proteção. (3) Ele é como uma seta piercing, que não pode causar uma grande ferida, mas que mata do mesmo jeito. As palavras do mentiroso destrutivo pode ser esmagador, o corte ou perfuração .
Outra imagem muito pitoresco é utilizado pelo homem sábio no versículo 19 como ele descreve a decepção que a fé no infiel traz. Nada é mais decepcionante, undependable e inútil do que um frouxo ou dente quebrado , ou um pé fora do comum! Seria melhor estar sem o dente infectado ou a pé inútil.
O versículo 20 é difícil no original, e tem sido submetido a muitas sugestões por comentaristas. Qualquer que seja o homem sábio entende por referindo-se a remoção de uma peça de roupa com o tempo frio, e acrescentando vinagre para refrigerante, é como "cantando músicas alegres para o coração pesado" (Scott). Quando olhamos para as três ações descritas acima, parece haver uma semelhança primária: cada ação é contraditório com o bom senso comum, e mais inadequado. Cada ação é temerário e tende a destruir. Derramamento de roupas em resultados de clima frio em doença, vinagre colocar em refrigerante destrói ambos, e canções gays estão amargando a triste. A versão Confraria dá uma volta um pouco diferente para o verso: "Como uma mariposa na roupa, ou uma larva em madeira, tristeza rói o coração humano."
Versos
Verso 24 é quase idêntica à Pv
O versículo 28 é bastante semelhante ao Pv
Wiersbe
I. A Bíblia adverte acerca das bebi-das fortes
O pai preocupado diz ao filho o que acontecerá em sua vida se ele for escravo da bebida:
- Pobreza (vv. 20-21; 21:17)
Com freqüência, a propaganda de bebida alcoólica mostra um homem distinto e dá a impressão de que o sucesso e a fortuna acompanham a bebida. No entanto, a bebida e a pobreza sempre andaram juntas. Os estadunidenses gastam bilhões de dólares por ano com bebidas al-coólicas. Muito desse dinheiro de-veria destinar-se ao vestuário, aos alimentos e à instrução das famílias
I dos consumidores de bebida. Os al-coólicos perdem muitos dias de tra-balho por ano, o que custa às indús-trias milhões de dólares em horas/ homem, e tudo isso ajuda a aumen-tar os preços para todos os consu-midores, tanto para os que bebem quanto para os que não bebem.
- Pesares (vv. 29-32)
O álcool é enganador (veja 20:1). Promete alegria, mas traz pesar; ele finge trazer vida, mas, na verdade, traz morte. Ele nunca deixou uma casa mais alegre ou uma pessoa mais saudável. Veja as conseqüên- cias do álcool: ais, pesares, rixas (ou brigas barulhentas), queixas, feridas, olhos vermelhos. Mais de 55% dos acidentes de carro envol-vem motoristas alcoolizados. Qual-quer pessoa que ache que a bebida alcoólica traz sucesso deve visitar as missões de resgate nas cidades ou ouvir os testemunhos na reunião dos Alcoólicos Anônimos local. O alcoolismo está em terceiro lugar na classificação de problemas de saú-de dos Estados Unidos, depois de doenças coronárias e câncer.
- Imoralidade (vv. 26-28,33)
Muitas mulheres perderam a pure-za e o caráter por causa de bebida alcoólica, e muitos homens fizeram a mesma coisa. Com freqüência, o beber anda junto com a desobediência ao sétimo mandamento. O álcool não é um estimulante; é um narcótico que afeta o cérebro e faz a pessoa perder o controle. O álcool não é alimento; é um veneno. Quan-do os jovens perdem o controle, há muitas tentações que são sedutoras e levam ao pecado.
- Instabilidade (vv. 34-35)
Que retrato vivido de um bêbado cambaleante! (E não há nada de en-graçado em um bêbado, indepen-dentemente do que os comediantes mostrem na televisão.) A bebida tira a estabilidade da pessoa; ela não consegue andar nem pensar direito. Por isso é que se adverte o rei de que não beba (Pv
- Eternidade no inferno (1Co
6: )9-46
Os bêbados vão para o inferno. Cla-ro que os bêbados podem ser salvos; veja o versículo 11. Todavia, uma vez que o álcool lança as garras so-bre a pessoa, pode se tornar muito difícil a conversão para Cristo. Pode ser que o bêbado pretenda crer em Cristo algum dia, mas ele pode mor-rer antes que esse dia chegue.
- A Bíblia exalta a abstinência total
Tenha em mente que a palavra "vi-nho", na Bíblia, pode referir-se a vários tipos de bebida, até o sim-ples suco de uva. "Vinho novo" era o suco de uva que ainda não havia fermentado; veja Mt
- No deserto, os israelitas não bebiam vinho (Dt
29: ). Não usa-vam vinho na Páscoa (Êx6 12: ), pois o vinho fermentado contém fermento, e o fermento era proibido. Mais tarde, introduziram o vinho na cerimônia. Isso não foi ordenado por Deus.8-10 - Os sacerdotes não podiam beber quando estavam servindo no templo (Lv
10: ). Será que os cris-tãos de hoje, os sacerdotes do Novo Testamento (1Pe8-10 2: ,1Pe5 2: ), deveríam ter um padrão tão baixo quando servi-mos ao Senhor todos os dias?9 - Os nazireus eram proibidos de beber vinho (Nu 6:1-4). João Batista era esse tipo de pessoa (Lc
1: ), e Jesus chamou-o de o maior pregador já nascido de mulher.15 - Daniel recusou-se a seguir a multidão (Ez
1: ,Ez5 1: ,Ez8 1: e 10:3), e Deus honrou-o e promoveu-o. Compare isso com o bêbado Belsa- zar, emEz16 5: ss.0 - Paulo adverte os cristãos de não fazerem nada que leve seus ir-mãos tropeçarem (Rm
14: ). Veja também 1Co19-45 8: . Os "bebedores sociais" que pertencem à nossa igreja, como também os bê-bados de rua, apoiam uma indústria perversa, porque influenciam os ou-tros a beberem. Na verdade, o mem-bro da igreja que consome bebidas é uma propaganda melhor que o bebedor de sarjeta. Paulo contrasta o encher-se do Espírito e o embria-gar-se (Ef13 5: ) e, em Cálatas 5:21, enumera a embriaguez como uma das obras da carne. Primeira a Timó-teo 5:23 refere-se ao uso medicinal do vinho em uma época em que os médicos não tinham remédios mo-dernos. Dizer que temos o direito de tomar álcool, porque é usado em alguns remédios, é tão razoá-vel quanto dizer que podemos usar morfina, ou algum outro narcótico, porque o dentista ou o cirurgião a usa em seus pacientes.18 - Pedro concita os cristãos a se "abster(em) das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma" (1Pe
2: ), e, já que a embriaguez é uma concupiscência da carne (Cl11 5: ), a abstinência total é a melhor maneira de obedecer a essa admo- estação. Como a pessoa começa a vida de embriaguez? Ao tomar o primeiro drinque.21 - Os profetas do Antigo Testa-mento vociferavam contra as bebi-das fortes. Hc
2: amaldi-çoa os que dão bebida para o com-panheiro; veja Is15 5: . Amós condena os judeus desocupados que bebem vinho em vasilhas por-que os cálices são muito pequenos (6:3-6).11-23 - Jesus Cristo é nosso exemplo mais magnífico. "Mas Jesus não trans-formou água em vinho?" Sim, ele fez isso. Na verdade, deve-se permitir que qualquer pessoa que consiga fazer isso hoje beba o vinho. Jesus, no final de seu ministério, afirmou: "Desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira" (Mt
26: ). Hoje, Jesus é totalmente abstêmio! Ele recusou o copo quando estava na cruz (Mc29 1: :23). Em geral, os que querem fazer de Jesus o "exemplo" que seguem em relação à bebida ci-tam versículos como Mt5 11: ).18-40
Os japoneses têm um provér-bio: "Primeiro o homem toma um drinque; depois o drinque toma um drinque; a seguir, o drinque toma o homem". Qual é o rumo certo a adotar? Recuse o primeiro drinque e continue recusando-o pelo resto da vida.
Desde o início, devemos perceber que há uma raiva justa contra o pecado que, em si mesma, não é pecaminosa. O versículo 23 ensina que o rosto irado silencia o mexe-rico. Jesus "olh[ou]-os ao redor, in-dignado" (Mq
Esse capítulo ensina-nos sobre como lidar com a ira em nossa vida e na dos outros.
I. Paciência (Pv
É muito fácil ficarmos com raiva e entrarmos direto no assunto, sem pensar nem orar, no minuto em que ouvimos alguma coisa que nos per-turba. Nessa situação, a coisa certa a fazer é pensar sobre o assunto e esperar por Deus. Isso não significa procurar uma desculpa para passar por cima de algum pecado, embora o amor cubra muitas transgressões (Pv
- Privacidade (Pv
25: )9-20
Nossa vontade imediata é contar para todo mundo e trazer todos para o nosso lado. No entanto, a Bíblia aconselha-nos a fazer exatamente o contrário disso: falar sozinho com a pessoa e não permitir que outros interfiram. EmMt
- Sabedoria (Pv
25: )11-20
As palavras não são apenas o que ouvimos; elas são realidades vivas e poderosas que podem ajudar ou ferir. Em Pv
- Brandura (Pv
25: )15
Que contradição: "A língua branda esmaga ossos". Essa afirmação faz paralelo com Pv
A brandura leva à bondade; veja Rm
- Autocontrole (Pv
25: )28
O autocontrole é o cerne da ques-tão: o cristão que tem autocontro-le não se deixa dominar pela raiva nem destrói os outros. Comparemos esses versículos com 16:32: "Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espíri-to, do que o que toma uma cidade". A pessoa que domina o próprio es-pírito, o reino interior, é melhor que a que domina o mundo. Alexandre, o Grande, foi capaz de dominar o mundo conhecido, mas não conse-guiu dominar a si mesmo. Claro que a única forma de conquistarmos o autocontrole é por meio do reina-do do Senhor Jesus Cristo em nossa vida. Nós "reinafmos] em vida" por meio de Cristo (Rm
Conforme esboçado no início desse estudo, o autocontrole dá- nos a paciência que precisamos. Se desde o início do problema exerci-tamos o autocontrole, isso nos livra de todos os tipos de problemas fu-turos.Pv
A capacidade de sentir raiva a respeito dos assuntos certos e da forma correta ajuda a construir o ca-ráter. Com certeza, temos de nos le-vantar contra a injustiça e o pecado. No entanto, a raiva torna-se destruti-va quando inflama o temperamento. A raiva justa é como o poder do va-por na caldeira. Se dirigida ao assun-to certo, produz muito benefício. A raiva injusta — perda da calma — é como o fogo na floresta que sai de controle e destrói muitas coisas boas. Sl
Russell Shedd
25.5 Justiça. Heb çedhãqâh, aquilo que é reto, direito, sem tortuosidade nem perversão; é o oposto da palavra ãwâh, "perverter" (mencionada em 13.5n; conforme 28.10n). Aqui, exprime "honestidade", "inocência", "exatidão".
25.6,7 Conforme a Parábola de Jesus narrada em Lc
25.9 De outrem. Isto seria a difamação, contrária ao oitavo mandamento (conforme 11.13, Jc 4:11. Envergonhar o inimigo em lhe pagando seu mal pelo bem é, talvez, a manifestação mais difícil de amor ao próximas mas realmente é desta maneira que Deus também nos quer levar ao arrependimento, pelos seus benefícios graciosos (Rm
25.23 Vento norte. A ilustração tem de ser ajustada a terras diferentes; em Israel este vento é o que traz a chuva. Língua fingido. Quem mais difama a seu próximo, normalmente dele fala bem, quando está em sua presença.
25.25 País remoto. A própria pátria, da qual anda exilado.
25.26 Fonte. A fonte a mais cristalina pode ser turvada " assim como o justo pode se deixar contaminar pelos perversos.
25.27 Honra. Heb kãbbôdh, que tem a idéia de "ser pesado", "pesar bem na balança de valores reais" (conforme Jo
25.28 Domínio próprio. Lit. "conservar o espírito dentro de limites" ou "trancar o espírito". Dá idéia de abster-se não somente de vícios físicos, mas também de emoções e pensamentos vis. No NT, o domínio próprio é fruto do Espírito Santo (Gl
NVI F. F. Bruce
25.1. Estes são outros (v. 24,23) formam um apêndice à coletânea principal nos capítulos 10—24. compilados: he‘tiq, mais comumente “removidos”, de modo que a ênfase pode estar em ordenar mais do que em simplesmente transcrever, e isso é feito por meio do agrupamento de acordo com tópicos mais do que nas seções anteriores. Ezequias (716 —687 a.C.) é descrito como um rei de Judá dinâmico e (certamente acima de tudo) temente a Deus. Não há registro nos livros de Reis acerca do seu interesse literário, mas sua confiança no propósito de Deus para Jerusalém pode tê-lo levado a investigar sua história e os primeiros reis.
v. 2-7. O reinado no mundo antigo tinha seus mistérios, e o rei tinha a aura de ser “mais do que uma pessoa comum”. A unção em Israel era um sinal tanto de subserviência a Deus quanto de graça de Deus (v.comentário Dt
v. 8-28. Um texto que trata principalmente de palavras, em disputa, no conselho, acerca de negócios, no direito, para animar, para irritar. A relação entre uma pessoa e outra é a maior parte da vida; assim, não é de admirar que em todas as culturas a sabedoria popular esteja repleta de conselhos acerca de como fazer amigos e influenciar pessoas.
v. 8-12. A discussão calma é melhor do que a acusação aberta. Mt
v. 15,16. O poder da fala persuasiva já foi comentado (v.comentário de 16:21-24). “Como dizer” pode se tornar mais importante do que “O que dizer”. O v. 16 corrige o exagero da ênfase na retórica e na fala floreada (conforme v. 27). Tértulo (At
v. 17-22. Não faça visitas freqUentes-. o original traz aqui uma frase afirmativa; em outras palavras: “faça visitas raras”. É a única ocorrência de uma palavra cuja raiz é “precioso” (Is
v. 23-26. Palavras prejudiciais, palavras de ânimo e palavras mistas, a língua fingida (lit. “secreta”): uma que espalha fofocas e calúnias. O olhar irado talvez venha da pessoa caluniada, ou dos que acreditam no relato maldoso. (O vento norte não traz necessariamente a chuva na Palestina, de modo que a origem do ditado talvez esteja em outro lugar.) O v. 24 repete 21.9. A boa notícia pode ser trazida pelo mensageiro fiel (v. 13) e é tão en-corajadora ao receptor quanto o mensageiro é para quem o envia. Quando um justo [...] fraqueja (v. 26; “escorrega” como em Sl
v. 27. V.comentário do v. 16. O hebraico aqui é difícil de traduzir. A NVI faz uma tentativa. A RSV traduz a segunda linha por “assim economize nas palavras elogiosas”.
v. 28. O oposto de 16.32. A imagem da cidade vulnerável é reveladora. O homem de temperamento explosivo está à mercê de todos.
Moody
V. Provérbios de Salomão, Editados pelos Homens de Ezequias. 25:1 - 29:27.
A LXX insere 30:15 - 31:9 antes desta seção. O significado do título é obscuro. Começa como os títulos de Pv
2-7. A glória dos reis. Um trecho pequeno sobre os reis. Observe nos versículos
Francis Davidson
O litígio é o assunto dos vers. 8-10. Litigar (8) quer dizer "pleitear em tribunal de justiça". A advertência é contra iniciar ações legais contenciosas e desaconselhadas, o que só poderá redundar em vergonha para a pessoa que as inicia.
Os vers. 11-14 provêem quatro símiles. Apesar de aqui dizer maçãs, não podemos dizer com certeza qual a fruta em questão. O vers. 14 se refere ao homem que vive a vangloriar-se daquilo que dá, mas que, em realidade, coisa alguma dá. A advertência, no vers. 17, é claramente dirigida contra o abuso contra a hospitalidade de alguém. Depender de um homem indigno de confiança, quando vem a tribulação, é como andar com um pé deslocado (19). A vingança mais eficaz é fazer-se bem ao próprio inimigo (21-22; cfr. Mt
Dicionário
Deus
substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.
i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo
Introdução
(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.
Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).
As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co
A existência do único Deus
A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl
Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo
No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo
Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses
O Deus criador
A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm
O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis
No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb
Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos
O Deus pessoal
O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo
O Deus providencial
Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.
Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn
A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm
Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At
A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo
O Deus justo
A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.
O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl
Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.
Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm
Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn
Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr
Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap
O Deus amoroso
É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm
Deus é a fonte da bondade. Tiago
A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl
Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm
A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João
O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm
“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef
O Deus salvador
O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is
A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is
Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx
Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt
Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is
Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt
O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc
A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.
O Deus Pai
Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt
Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml
O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías
Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo
Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc
O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo
Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm
Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo
Os nomes de Deus
Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis
Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo
Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs
Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt
É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel
Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn
A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm
O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.
Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.
A Trindade
O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt
Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx
No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt
Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João
São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos
Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt
As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.
Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).
Conclusão
O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.
P.D.G.
Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]
O nome mais geral da Divindade (Gn
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NOMES DE DEUS
Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:
1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn
2) DEUS (Gn
3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr
5) SENHOR (propriamente dito - Sl
6) SANTO de ISRAEL (Is
7) ALTÍSSIMO (Gn
8) Todo-poderoso (Gn
9) Deus Vivo (Os
10) Rei (Sl 24; 1Tm
11) Rocha (Dt
12) REDENTOR (Jó
13) SALVADOR (Sl
15) O Poderoso (Gn
16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap
17) ETERNO DEUS (Is
18) Pastor (Gn
19) ANCIÃO DE DIAS (Dn
20) O Deus de BETEL (Gn
21) O Deus Que Vê (Gn
Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is
Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx
Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn
Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt
Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is
Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo
Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.
Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc
m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...
E
conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Encobrir
verbo transitivo Esconder sob aparências enganosas: encobrir defeitos.Disfarçar; dissimular.
Ocultar.
Encobrir Esconder (Jó
Glória
substantivo feminino Honra, fama que se alcança pelas virtudes, talentos, boas ações e por características excepcionais.Religião Beatitude celeste; bem-aventurança, céu: a glória do reino de Deus.
Louvor que se oferece a; homenagem, exaltação: glória a Deus.
Excesso de grandeza; beleza, magnificência: o prêmio foi dedicado aos homens de honra e glória.
Algo ou alguém muito conhecido, que é razão de orgulho, de louvor: ele foi a glória do time.
[Artes] Auréola, halo, resplendor que simboliza a santidade na pintura, escultura ou decoração.
Etimologia (origem da palavra glória). Do latim gloria.ae.
Qualidade essencial do caráter de Deus (Sl. 63.2); sua glória é o sue valor, a sua dignidade. Tudo o que há nele comprova ser ele digno de receber louvor, honra e respeito. No NT, Jesus é revelado como o Senhor da glória (1Co
honra, celebridade, fama, renome, nomeada, reputação, crédito, conceito, lustre, distinção. – Destas duas palavras diz magistralmente Roq.: “A glória é, como disse Cícero, uma brilhante e mui extensa fama que o homem adquire por ter feito muitos e grandes serviços, ou aos particulares, ou à sua pátria, ou a todo o gênero humano. Honra, como aqui entendemos, é a demonstração exterior com que se venera a alguém por seu mérito e ações heroicas; no mesmo sentido em que disse Camões: O fraudulento gosto que se atiça. C’ uma aura popular, que honra se chama. (Lus., IV,
95) Pela glória empreende o homem voluntariamente as coisas mais dificultosas; a esperança de alcançá-la o impele a arrostar os maiores perigos. Pela honra se empreendem 68 Isto parece demais: generosidade assim excederia à própria caridade cristã. O que está no uso corrente é que generoso é antônimo de somítico ou mesquinho, avarento, sovina: generosidade é a nobre qualidade de ser franco em distribuir com os outros os bens que estão a nosso alcance. O homem generoso não faz questão de ninharias; remunera largamente os que lhe prestam algum serviço; atende aos que precisam de sua solicitude, fortuna ou valimento; põe-se ao lado dos pequenos, ampara os desvalidos. 414 Rocha Pombo coisas não menos dificultosas, nem menos arriscadas; quão diferente é, no entanto, o objeto em cada uma destas paixões! A primeira é nobre e desinteressada, e obra para o bem público; a segunda é cobiçosa e egoísta, só por si e para si obra. Aquela é a glória verdadeira que faz os heróis; esta é a vã glória, ou glória falsa que instiga os ambiciosos; sua verdadeira pintura foi traçada por mão de mestre nesta estância dos Lusíadas: Dura inquietação d’alma e da vida, Fonte de desamparos e adulterios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de imperios; Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vituperios; Chamam-te fama e gloria soberana, Nomes com que se o povo necio engana! (Lus., IV,
96) A honra pomposa e triunfal, que recebeu em Goa d. João de Castro depois da heroica defesa de Diu, deixaria mui obscurecida sua glória se ele não nos legara, no momento tremendo de ir dar contas ao Criador, aquelas memoráveis palavras, que são a medida de seu desinteresse e o exemplo de verdadeira glória nunca depois imitado: “Não terei, senhores, pejo de vos dizer que ao Viso-Rei da Índia faltam nesta doença as comodidades, que acha nos hospitais o mais pobre soldado. Vim a servir, não vim a comerciar ao Oriente; a vós mesmos quis empenhar os ossos de meu filho, e empenhei os cabelos da barba, porque para vos assegurar, não tinha outras tapeçarias nem baixelas. Hoje não houve nesta casa dinheiro com que se me comprasse uma galinha; porque, nas armadas que fiz, primeiro comiam os soldados os salários do Governador que os soldos de seu Rei; e não é de espantar que esteja pobre um pai de tantos filhos”. (Vida de d. João de Castro, 1. IV.) Considerada a palavra honra como representando a boa opinião e fama adquirida pelo mérito e virtude, diferença-se ainda da glória em que ela obriga ao homem a fazer sem repugnância e de bom grado tudo quanto pode exigir o mais imperioso dever. Podemos ser indiferentes à glória, porém de modo nenhum à honra. O desejo de adquirir glória arrasta muitas vezes o soldado até à temeridade; a honra o contém não poucas nos limites de sua obrigação. Pode a glória mal-entendida aconselhar empresas loucas e danosas; a honra, sempre refletida, não conhece outra estrada senão a do dever e da virtude. – Celebridade é “a fama que tem já a sanção do tempo; a fama ruidosa e universal”; podendo, como a simples fama, ser tomada a boa ou má parte: tanto se diz – a celebridade de um poeta, como – a celebridade de um bandido. – Fama é “a reputação em que alguém é tido geralmente”. Inclui ideia de atualidade, e pode ser também boa ou má, mesmo quando empregada sem restritivo. Advogado de fama (= de nomeada, de bom nome). Não lhe invejo a fama (= má fama, fama equívoca). – Renome é “a boa fama, a grande reputação que se conquistou por ações ou virtudes”; é a qualidade de “ser notável, de ter o nome repetido geralmente e com acatamento”. – Nomeada é “fama ligeira, que dura pouco, e nem sai de um pequeno círculo”. Tanta nomeada para acabar tão triste... Fugaz nomeada... – Reputação é menos que fama, é mais que nomeada; é “a conta em que alguém é tido no meio em que vive. Pode ser boa ou má, falsa ou duvidosa”. – Crédito é como se disséssemos “a qualidade que dá ideia do valor, do bom nome de alguém”. Diminui-se o crédito de F.; mas decerto que não se macula, nem se nega propriamente o crédito de uma pessoa. – Conceito é “a opinião que se forma de alguém”, podendo igualmente ser bom ou mau. – Lustre e distinção confundem-se: mas o primeiro dá melhor a ideia da evi- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 415 dência brilhante em que fica a pessoa que se destacou do comum pela perícia, pela correção, pelo heroísmo.
Glória
1) Honra ou louvor dado a coisas (1Sm
2) A majestade e o brilho que acompanham a revelação da presença e do poder de Deus (Sl
Glória No judaísmo, uma das hipóstases de Deus (Ex
É que a glória maior de um Espírito é a perfeita identificação com o Pai Eterno, no cumprimento superior de Sua Divina 5ontade, na auto-entrega total pelo bem do próximo, na selagem final, com o próprio sangue, com as próprias lágrimas, com a própria vida, de uma exemplificação irretocável de amor soberano e incondicional, de trabalho sublime, de ensino levado às últimas conseqüências, em favor de todos.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Glória Maior
Tudo passa na Terra e a nossa glória, / Na alegria ou na dor, / É refletir na luta transitória / A sublime vontade do Senhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8
Investigar
verbo transitivo direto Seguir os vestígios, as pistas, os sinais, os indícios de; pesquisar: investigar as razões dos problemas.[Jurídico] Proceder a diligências; empenhar-se em descobrir; averiguar, apurar: investigar a autoria de um crime.
Examinar com cuidado, com diligência; aplicar-se na avaliação de; perscrutar: investigar a causa do problema.
Etimologia (origem da palavra investigar). Do latim investigare.
Investigar Examinar com atenção (Sl
Negócio
substantivo masculino Empreendimento comercial, industrial, financeiro; comércio.Estabelecimento comercial; loja, empresa.
Aquilo que se faz, se realiza; atividade, ocupação.
Compromisso estabelecido entre pessoas, empresas etc.; negociação, transação: realizar bom negócio.
Tópico em questão; assunto: os negócios de Estado.
[Popular] Qualquer coisa cujo nome não se sabe ou não se quer dizer; troço.
expressão Negócio da China. Negócio muito lucrativo.
Negócio de compadres. Aquele que é feito de favores.
Negócio de pai para filho. Aquele que não visa a lucro.
Negócio de ocasião. Boa oferta.
Negócio de orelha. Troca de um animal por outro.
Negócio de arromba. Negócio vantajoso, coisa admirável.
Homem de negócios. Aquele que faz transações comerciais; negociante, comerciante.
Etimologia (origem da palavra negócio). Do latim negorium, i “trabalho, atividade, ocupação”.
A palavra negócio vem da combinação de nec + otium. No latim, otium é descanso, lazer, e a partícula nec é um advérbio de negação. Praticar o não-ócio é negociar, trabalhar para, depois, dedicar-se ao que é positivo: viver em paz.
Reis
livro da historia dos reisReis PRIMEIRO LIVRO DOS
Livro que continua a contar a história dos reis israelitas começada nos dois livros de Samuel. Este livro se divide em três partes:
1) A morte de Davi e o começo do reinado de Salomão (1—2).
2) O reinado de Salomão (3—11).
3) A divisão da nação em dois reinos, o do Norte (Israel) e o do Sul (Judá), e a história dos reis que governaram até a metade do século nono a.C. Neste livro é contada a história do profeta Elias, que combateu os profetas de BAAL (12—22).
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REIS, SEGUNDO LIVRO DOS
Livro que conta a história dos dois reinos, sendo uma continuação de 1Rs. Pode ser dividido em duas partes:
1) A história dos dois reinos, desde o ano 850 a.C. até a queda de Samaria e o fim do Reino do Norte em 721 a.C. (1—17).
2) A história do Reino do Sul, desde 721 a.C. até a conquista e a destruição de Jerusalém por NABUCODONOSOR, em 586 a.C., ficando Gedalias como governador de Judá (18—25).
Réis
substantivo masculino plural Moeda antiga; unidade monetária brasileira que também circulava em Portugal, com várias cédulas e moedas facionadas entre mil réis.Não confundir com: reis.
Etimologia (origem da palavra réis). Plural de real.
substantivo masculino plural Moeda antiga; unidade monetária brasileira que também circulava em Portugal, com várias cédulas e moedas facionadas entre mil réis.
Não confundir com: reis.
Etimologia (origem da palavra réis). Plural de real.
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
דָּבָר
(H1697)
procedente de 1696; DITAT - 399a; n m
- discurso, palavra, fala, coisa
- discurso
- dito, declaração
- palavra, palavras
- negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)
חָקַר
(H2713)
uma raiz primitiva; DITAT - 729; v
- procurar, buscar, pesquisar, examinar, investigar
- (Qal)
- procurar (por)
- esquadrinhar, explorar
- examinar detalhadamente
- (Nifal)
- ser buscado, ser encontrado, ser averiguado, ser examinado
- (Piel) buscar, procurar
כָּבֹוד
(H3519)
procedente de 3513; DITAT - 943d,943e; n m
- glória, honra, glorioso, abundância
- abundância, riqueza
- honra, esplendor, glória
- honra, dignidade
- honra, reputação
- honra, reverência, glória
- glória
אֱלֹהִים
(H430)
plural de 433; DITAT - 93c; n m p
- (plural)
- governantes, juízes
- seres divinos
- anjos
- deuses
- (plural intensivo - sentido singular)
- deus, deusa
- divino
- obras ou possessões especiais de Deus
- o (verdadeiro) Deus
- Deus
מֶלֶךְ
(H4428)
סָתַר
(H5641)
uma raiz primitiva; DITAT - 1551; v
- esconder, ocultar
- (Nifal)
- esconder-se
- ser escondido, ser ocultado
- (Piel) esconder cuidadosamente
- (Pual) ser escondido cuidadosamente, ser ocultado
- (Hifil) ocultar, esconder
- (Hitpael) esconder-se cuidadosamente