Enciclopédia de Daniel 6:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

dn 6: 14

Versão Versículo
ARA Tendo o rei ouvido estas coisas, ficou muito penalizado e determinou consigo mesmo livrar a Daniel; e, até ao pôr do sol, se empenhou por salvá-lo.
ARC Ouvindo então o rei o negócio, ficou muito penalizado, e a favor de Daniel propôs dentro do seu coração livrá-lo; e até ao pôr do sol trabalhou por o salvar.
TB Tendo, pois, o rei ouvido essas palavras, ficou muito contrariado e pensou em Daniel para o livrar; e até o pôr do sol trabalhou para o salvar.
HSB אֱדַ֨יִן מַלְכָּ֜א כְּדִ֧י מִלְּתָ֣א שְׁמַ֗ע שַׂגִּיא֙ בְּאֵ֣שׁ עֲל֔וֹהִי וְעַ֧ל דָּנִיֵּ֛אל שָׂ֥ם בָּ֖ל לְשֵׁיזָבוּתֵ֑הּ וְעַד֙ מֶֽעָלֵ֣י שִׁמְשָׁ֔א הֲוָ֥א מִשְׁתַּדַּ֖ר לְהַצָּלוּתֵֽהּ׃
BKJ Então o rei, quando ouviu estas palavras, ficou profundamente insatisfeito consigo mesmo, e propôs em seu coração livrar Daniel; e ele trabalhou até o pôr do sol para livrá-lo.
LTT Ouvindo então o rei essas palavras, ficou dolorosamente desagradado de si mesmo, e a favor de Daniel propôs dentro do seu coração livrá-lo; e até ao pôr do sol trabalhou para salvá-lo.
BJ2 A essas palavras eles retrucaram, dizendo ao rei: "Este Daniel, um dos deportados de Judá, não tem consideração por ti, ó rei, nem pelo interdito que promulgaste: três vezes por dia continua a fazer a sua oração".

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Daniel 6:14

II Samuel 3:28 O que Davi, depois, ouvindo, disse: Inocentes somos eu e o meu reino, para com o Senhor, para sempre, do sangue de Abner, filho de Ner.
Daniel 3:13 Então, Nabucodonosor, com ira e furor, mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. E trouxeram a esses homens perante o rei.
Mateus 27:17 Portanto, estando eles reunidos, disse-lhes Pilatos: Qual quereis que vos solte? Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?
Marcos 6:26 E o rei entristeceu-se muito; todavia, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, não lha quis negar.
Lucas 23:13 E, convocando Pilatos os principais dos sacerdotes, e os magistrados, e o povo, disse-lhes:
João 19:7 Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei, e, segundo a nossa lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus.

Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

três (3)

A união dos significados do 1 com o 2. A ligação entre a criatura e o Criador objetivando a excelência no mundo.

Também é o equilíbrio dos elementos na criação. O processo constante de evolução de uma pessoa. Muitas leis, tradições e costumes judaicos são embasados neste número, de forma que sua conexão com a leitura e escrita da Torá é ressaltada. É conhecido também como a confirmação de um fato que se completou.



Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

JUDÁ

O Reino de Judá limitava-se ao norte com o Reino de Israel, a oeste com a inquieta região costeira da Filístia, ao sul com o deserto de Neguev, e a leste com o rio Jordão, o mar Morto e o Reino de Moabe. Sua capital era Jerusalém.
Mapa Bíblico de JUDÁ



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28
E. O REINADO DE DARio, o MEDO, Dn 6:1-28

O versículo final do capítulo 5 e o primeiro versículo do capítulo 6 nos introduzem ao novo governo. Embora Ciro fosse o conquistador, Dario, o medo, é apresentado como o monarca no poder na Babilônia. Parece que a política de Ciro era deixar a administração do governo nas mãos de outros, enquanto seguia em frente com novas conquistas.

Durante muitos anos um dos problemas cruciais do livro de Daniel tem sido a iden-tidade de Dario, o medo, o filho de Assuero (Dn 5:31-9.1). A história secular não fornece nenhum tipo de ajuda para solucionar esse problema. O mesmo se podia dizer de Belsazar, até que as inscrições cuneiformes começaram a revelar seus segredos. Josefo acreditava que Dario era filho de Astiages, conhecido pelos gregos por outro nome.' Isso significaria que ele era neto de Ciaxeres, o grande aliado medo de Nabucodonosor.

Alguns têm tentado identificar Dario com Gobrias, o general do exército de Ciro que venceu a Babilônia. Acredita-se que seu reinado foi breve. Mas, sua morte dentro de dois meses após a captura da Babilônia dificilmente apoiaria essa teoria.
Em seu livro Darius the Mede (Dario, o medo), John C. Whitcomb oferece fortes indí-cios que identificam Dario, o medo, com um Gubaru, cujo nome estava separado nos registros cuneiformes. Esse Gubaru é chamado de "Governador da Babilônia e do Distrito Além do Rio". Debaixo da autoridade de Ciro, Gubaru nomeou governadores para governar com ele na ausência de Ciro, que residia por longos períodos em sua capital em Ecbatana. Gubaru recebeu um poder praticamente ilimitado sobre a imensa satrapia da Babilônia. Mesmo no governo de Cambises, o filho de Ciro, Gubaru continuou a exercer sua autoridade!'

1. Avanço Político de Daniel ( Dn 6:1-3)

Na reorganização do governo, Dario seguiu a política liberal de Ciro e logo dividiu a responsabilidade da administração. A nomeação de 120 presidentes (1), sobre os quais foram colocados três príncipes (2), pode ter sido um arranjo temporário para assegurar a coleta regular dos impostos e manter um sistema de arrecadação e contabilidade. A breve explicação do versículo 2 parece indicar isso: aos quais esses presidentes des-sem conta, para que o rei não sofresse dano.

Dos três presidentes, Daniel se distinguiu. E Dario encontrou nele um espírito excelente (3) e planejava estender sua autoridade sobre todo o reino.

Daniel devia ter em torno de 85 anos ou talvez se aproximasse dos 90 anos. Ele tinha passado por diversas crises políticas. Agora, a sua reputação de homem íntegro e honesto chegara ao conhecimento dos novos governantes. Talvez informantes tenham aconselhado os novos governantes acerca da posição de Daniel na noite fatal da queda de Belsazar. Quaisquer que fossem as circunstâncias, o homem de Deus estava pronto para servir onde fosse necessário.

  • A Trama dos Presidentes (6:4-9)
  • Um homem de fidelidade e honestidade é desconcertante para maquinadores deso-nestos. Ver Daniel prestes a receber uma promoção que o colocaria acima deles era mais do que os príncipes e os presidentes podiam tolerar. Eles precisavam destruir Daniel a qualquer custo. O fracasso em encontrar falhas na administração de Daniel os fez buscar uma maneira de atacá-lo no seu ponto mais forte — sua religião e a lei do seu Deus (5).

    O rei foi ingênuo no que tange à sugestão dos inimigos de Daniel. Era bastante comum para os governantes dos medos e persas colocar-se no lugar de um dos seus deu-ses e requerer a adoração do povo. Dario sentiu-se lisonjeado em ser o centro da devoção religiosa por um mês, assim, assinou esta escritura e edito (9).

  • A Devoção Corajosa de Daniel (Dn 6:10-24)
  • A resposta de Daniel foi inequívoca. Alterar seus hábitos de devoção ou tornar secreta a sua relação com o seu Deus seria uma negação básica. Ele se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer (10). Essa era uma lei que não tinha o direito de estar nos livros dos estatutos. Tornar uma questão de profunda consciência uma ilegalidade é uma grande traição contra o Deus dos céus. A questão da autoridade do estado e do direito da consciência individual tem se tor-nado crucial muitas vezes em nosso século iluminista E, semelhantemente a Daniel, ho-mens têm sido traídos por causa de uma posição de consciência. Os presidentes conspira-dores relataram a Dario: "Daniel, um dos exilados de Judá, não te dá ouvidos, ó rei, nem ao decreto que assinaste. Ele continua orando três vezes por dia" (13; NVI).

    O rei ficou triste quando percebeu as implicações da sua ação. Ele propôs dentro do seu coração livrá-lo (14) da armadilha legal na qual ambos haviam sido apanhados por intermédio dessa trama abominável. Os maquinadores pressionaram o rei de manei-ra cruel e desavergonhada (15). Eles pressionaram o rei a fazer o que sentia repugnância em fazer, ou seja, lançar Daniel na cova dos leões (16).

    A cova foi selada com o anel do rei (17), de tal modo que não havia chance de escapar. O rei retornou ao palácio, mas não para comer ou dormir. Dario passou a noite em jejum (18) e, sem dúvida, em oração a todos os deuses que conhecia. Ao amanhecer, o rei se apressou em ir à cova dos leões. A NVI traduz o versículo 20 da seguinte maneira: "Quando ia se aproxi-mando da cova, chamou Daniel com voz que revelava aflição: 'Daniel, servo do Deus vivo, será que o seu Deus, a quem você serve continuamente, pôde livrá-lo dos leões?' " (20).

    Desconsolado, ele tinha dito a Daniel na noite anterior: "Que o seu Deus, a quem você adora tão fielmente, o livre!" (16, Berkeley).
    A resposta de Daniel do fundo da cova foi o som mais maravilhoso que o rei desejava ouvir. Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões (21-22).

    A alegria do rei revela a estima que ele tinha por Daniel. E seu sentido de justiça é percebido em seu esforço para corrigir o erro que havia cometido, pela reversão imediata do édito e o castigo resoluto dos maquinadores perversos.

  • O Decreto de Dario (6:25-28)
  • Embora a reação imediata de Dario tenha sido de corrigir a injustiça que havia feito a Daniel e punir os verdadeiros ofensores, ele foi muito além disso. Ele reconheceu que a verdadeira injustiça tinha sido cometida contra o Deus de Daniel. Na verdade, o decreto que havia colocado Daniel na cova dos leões tinha proscrito a lei do Deus vivo (26) no reino dos medos e persas. Esse édito precisava ser neutralizado por um outro, amplo em seu alcance e específico em suas implicações. Assim, onde o primeiro édito proibia fazer uma oração a qualquer outro a não ser ao rei, o segundo ordenava reverência ao Deus de Daniel em todo o reino. Provavelmente, a verdadeira adoração não pode ser assegurada por um édito real, mas ela certamente pode ser encorajada. A ordem do rei e a declaração de louvor expõem a glória de Deus em termos quase tão abrangentes e claros quanto aquelas proclamadas pelo grande Nabucodonosor, o caldeu. O Deus de Daniel [...] ele é o Deus vivo e para sempre permanente, e o seu reino não se pode destruir; o seu domínio é até ao fim. Ele livra, e salva, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra (26-27).

    O reconhecimento de Dano acerca do caráter sobrenatural do livramento de Daniel é manifesto em dois termos aramaicos usados no versículo 27 para descrever a obra de Deus — 'athiyn e thiymhiyn, sinais e maravilhas. O substantivo singular 'ath sugere "um sinal ou farol", ou seja, "um prodígio, um milagre ou sinal". A segunda palavra, temah, sugere "assombro, perplexidade, admiração", ou seja, "milagre, maravilha". O fato de aqueles animais selvagens famintos ficarem com as bocas fechadas, a ponto de deixar o homem de Deus ileso é, de fato, um milagre. Pouco tempo depois, aqueles mes-mos animais, libertos do poder que os impedia de atacar, esmigalharam os ossos daque-les que haviam desafiado a Deus. Esse tipo de milagre é totalmente inaceitável para aqueles que insistem em uma explanação natural para cada acontecimento. Mas para aqueles que aceitam a revelação de um Deus que é livre para agir dentro do seu próprio universo criado, esse milagre não é mais impossível do que qualquer outro ato que Ele escolheu para cumprir o seu propósito. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento estão repletos desse tipo de acontecimentos. Dessa forma podemos ver o tipo de Deus que servimos, o Deus vivo [...] para sempre permanente (26).

    No capítulo 6, podemos ver a "Coragem e suas Conseqüências".

    1) Coragem para ser fiel (1-10).

    2) Coragem testada (11-17).

    3) Coragem vindicada (18-23).

    4) O Reino de Deus fomentado (25-27) A. F. Harper.
    O versículo 28 relaciona os reinos de Daáo, o medo, e Ciro, o persa com Daniel, que serviu aos dois monarcas. A história deixa claro que esses monarcas eram co-re-gentes: Dario, o medo, servia na Babilônia sob o reinado de Ciro, que havia consolidado os reinos dos medos e persas e era seu governante reconhecido. Parece que Dano rei-nou no máximo dois anos. Outras referências mencionam apenas o primeiro ano de Dano (9.1; 11.1).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 4 até o 15

    O Teste do Homem de Deus (Dn 6:4-24)

    Dn 6:4

    Então os presidentes e os sátrapas. Daniel voava alto demais; as coisas corriam bem demais; o homem precisava ser submetido a teste. Ele era um administrador bom demais para que seus rivais encontrassem falhas nele. Portanto, a solução foi levantar o antigo espírito de perseguição religiosa, O homem sustentava sua fé judaica em meio à idolatria pagã; seus inimigos manipulariam isso para vantagem própria, e fá-lo-iam ser executado oficialmente peio Estado, por meio de Dario, o medo, naturalmente. Dario tinha reputação de ser fraco e vacilante, pelo que a tarefa deles seria fácil. Era preciso, porém, encontrar motivos para acusar Daniel com uma ‘illah, ou seja, uma acusação legal. Eles não queriam apenas diminuir o ritmo de Daniel. Queriam vê-lo morto. E buscaram encontrar alguma talha (no hebraico, shehithah, “ação incorreta”) ou erro (no hebraico, shalu, algum “deslize” ou “remissão”), mas Daniel e seu trabalho mostravam-se imaculados. Conforme Ed 4:22; Ed 6:9, onde temos as idéias de negligência ou relaxamento na execução das ordens oficiais. Daniel, porém, estava acima dessas pequenas falhas humanas.

    Dn 6:5

    Disseram, pois, estes homens. O judaísmo nada era sem a prática da lei mosaica, que exigia, antes de mais nada, lealdade a Yahweh, protesto contra qualquer forma de idolatria e observância de uma longa série de leis e regulamentos que governavam toda a vida. Ver sobre a distinção de Israel, em Deu. 4:4-8. O termo “lei” usado neste versículo é o vocábulo iraniano dath, que indica a torah dos hebreus, a lei como código ou conjunto de preceitos e práticas religiosos (conforme Dn 7:25,Ed 7:14. Daniel era conhecido pelos frutos que produzia tanto em sua vida profissional como em sua vida pessoal. Seus oponentes haveriam de distorcer as coisas, colocando-o em uma situação perigosa. Tentariam desacreditá-lo e livrar-se dele, o que é o abc da política. Eles diríam a “grande mentira”, o instrumento mais usado pelos políticos. Por outra parle, ‘a vida correta é mais importante que o rótulo correto. O público, entretanto, por muitas vezes anela escolher o rótulo acima da realidade" (Gerald Kennedy, in loc.).

    Dn 6:6
    Então estes presidentes e sátrapas foram juntos ao rei.
    Aqueles réprobos formaram uma conspiração. Todos estavam na mesma equipe (pelo momento) porque tinham um inimigo comum, ao qual queriam derrubar. E apresentaram ao rei Dario, o medo, a questão que tinham planejado. Aproximaram-se do rei com o louvor usual, incluindo a costumeira saudação “Vive para sempre!” (ver Dn 2:4). O vs. Dn 6:21 deste capítulo mostra Daniel a dizer a mesma coisa. Essa saudação fazia parte da “etiqueta da corte”.

    Dn 6:7
    Todos os presidentes do reino.
    A Ridícula Conspiração. O fraco e vacilante monarca tornar-se-ia o único deus pelo espaço de 30 dias. Nem mesmo Bel (Marduque) recebería atenção durante esse tempo, assim como Yahweh, o Deus dos judeus. Havería uma maravilhosa lei de 30 dias, reforçada por um decreto real. Podemos entender que os reis medo-persas já estavam levando-se demasiadamente a sério, pensando em si mesmos como se fossem deuses, pelo que ser o único deus por um curto tempo parecia ser algo lógico e elogioso. Ademais, isso apelava para a vaidade e o orgulho ridículo de Dario, fraquezas típicas dos políticos. O conluio era ridículo, e seria necessário um homem absurdo para cair diante dele. Mas o que o rei fez foi cair. Qualquer pessoa que desobedecesse seria entregue aos leões famintos, os quais, inocentemente, cumpriríam os desejos dos conspiradores,

    Seja lançado na cova dos leões. Um surpreendente número de antigos monarcas (incluindo Salomão) tinha jardins zoológicos particulares para os quais traziam toda a espécie de criaturas exóticas a fim de admirá-las. Note o leitor a imagem do profeta, em Eze, 19,1-9, onde um ieão é posto em uma gaiola e levado para a Babilônia. Dario tinha alguns leões de estimação. O termo aqui traduzido por “cova” corresponde à palavra hebraica traduzida por “cisterna”, pelo que devemos pensar em uma espécie de buraco que formava a cova dos leões. Nenhuma pessoa que caísse naquela cova podería esperar voltar dali.

    Desde os tempos mais remotos, na Mesopotâmia, os reis vinham sendo apodados de divinos e eram adorados. Ver o ato de adoração de Nabucodonosor por Daniel, em Dn 2:46. Isso é muito revelador quanto ao tipo de atitudes que as pessoas tinham naqueles dias, acerca dos indivíduos potencialmente divinos.

    Dn 6:8

    Agora, pois, ó rei, sanciona o interdito. O rei, em sua vaidade e agindo de acordo com os costumes, recebeu bem a sugestão e imediatamente a implementou. O decreto saiu: durante 30 dias, o único deus seria Dario, o medo. Para a população em geral, não faria diferença qual dos deuses recebería atenção especial durante um mês. Havia tantas divindades e os cultos eram tão variegados que uma variação a mais não perturbaria a paz de ninguém, exceto, naturalmente, uma pessoa como Daniel, que rejeitava toda a falta de bom senso dos pagãos.

    Temos aqui uma lei escrita e, conforme todos sabemos, a lei dos medos e persas não se alterava. Essa parle do versículo tornou-se famosa e muito repetida, como um provérbio que indica coisas imutáveis. Ver os vss. Dn 6:12 e 15, onde a afirmação é reiterada. Isso deve ser contrastado com o Brasil, a terra das novas ieis. Em Et 1:19 e Dn 8:8 também encontramos a lei imutável daquele povo. O rei Dario foi infalível por 30 dias. O mito da infalibilidade humana é outra mentira que até pessoas bem-intencionadas gostam de promover.

    Dn 6:9

    Por esta causa o rei Dario assinou a escritura e o interdito. Dario assinou a lei que os governadores tinham traçado, peio que ali estava ela, escrita e fixa. Diodoro Sículo (XVII.
    30) diz-nos que Dario III chegou a reconhecer a lei como perigosa e errada, mas até mesmo um rei não tinha poder para alterar uma lei decretada. E então Heródoto (Hist. V.
    25) informa-nos que um certo Sisamnes, juiz real, aceitou suborno para manifestar-se contra a lei e favorecer um cliente. Mas foi apanhado e esfolado vivo. Sua pele foi então usada para forrar um assento do tribunal, onde se assentariam outros juizes. E esses, podemos estar certos, não seguiríam o mau exemplo deixado por aquele juiz!

    Dn 6:10
    Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada.
    Entrega o Teu Fardo ao Senhor. Daniel tinha por costume orar três vezes ao dia, e parte de seu ritual era recolher-se em seu pequeno quarto especial de oração, abrir as janelas na direção de Jerusalém, sua terra natal e sede de Yahweh, ajoelhar-se e orar. Parte de suas orações consistia em ações de graças. Assim, estando agora ameaçado, ele continuou suas práticas, que eram bem conhecidas. Agora, porém, o homem era vigiado, com o objetivo de constatar se ele interrompería seus costumes de fé religiosa durante aquele período crítico de 30 dias. Mas Daniel não interrompeu sua prática, pelo que foi facilmente descoberto e acusado. Cf. isso com o quarto construído para Eliseu pela mulher sunamita (ver 2Rs 4:10). Essas câmaras eram edificadas no eirado plano das casas, provendo um lugar fresco e recluso para que ali o proprietário se ocupasse da adoração, oração e meditação. Conforme Is 2:1; Sl 102:7; 1Rs 17:19; 2Rs 1:2; Jz 8:5; At 1:13; At 9:36,At 9:39. Daniel gostava de orar diante da janela aberta, enviando suas orações na direção de onde estivera o templo de Jerusalém. Da mesma forma Sara, em Tobias 3.11, orava defronte da janela aberta de sua casa. Berakhoth 4.1 menciona os três períodos de oração, e o costume se generalizou no judaísmo posterior. Ver 1Rs 8:35,1Rs 8:44,1Rs 8:48; Sl 5:7; Sl 138:2; I Ed 4:58. O trecho de Ez 8:16 menciona o costume de orar na direção do Oriente, a câmara do sol nascente, mediante o qual toda vida terrena é sustentada.

    ... se punha de joelhos. Esta é uma das posturas comuns na oração, embora orar de pé parecesse ser a mais comum. Quando alguém ora de pé, tem mais energia para orar e não dorme. Mas ajoelhar em oração indica humildade e súplica intensa. Conforme 1Rs 8:54; 2Cr 6:13; Ed 9:5; Lc 22:41; At 9:40; At 20:36; At 21:5. Quanto à posição de pé na oração, ver Mt 6:5 e Mc 11:25.

    Diante do seu Deus. É precisamente neste ponto que encontramos o “crime” de Daniel. Ele tinha desobedecido à ímpia regra dos 30 dias, e logo estaria à mercê dos leões sem misericórdia. O verbete chamado Oração, no Dicionário, apresenta notas que podem ilustrar e embelezar o texto presente.

    Vemos pois o idoso homem Daniel, agora com mais de 80 anos, perseveran-do até o fim em suas práticas piedosas, a despeito das perseguições que lhe ameaçavam a vida.

    Só disto eu sei:
    Conto a Ele todas as minhas dúvidas,
    Minhas tristezas e meus temores.
    Com quanta paciência Ele me ouve,
    Animando minha alma encolhida.
    No segredo de sua presença
    Como minha alma deleita-se em esconder-se.

    (Ellen Lakshmi Goreh)

    Dn 6:11
    Então aqueles homens foram juntos.
    Como leões, aqueles homens estavam de emboscada, prontos a golpear o idoso homem assim que ele mostrasse que não desistiría de suas práticas religiosas, nem mesmo por 30 dias. Eles continuaram a observá-lo — e realmente ali estava ele, oferecendo suas abomináveis orações. Os leões o atacaram, contando com várias testemunhas do “crime". Os pecados geralmente são cometidos em segredo, e por isso os culpados não são detectados. Mas Daniel praticara seu “pecado" abertamente e logo foi apanhado com a mão na massa.

    Dn 6:12

    O traiçoeiros governantes tinham o homem nas mãos. Conseguiram provas de suas acusações. Triunfantes, eles correram para contar ao rei a ousada infração de Daniel contra a lei real que não podia ser mudada nem retirada (vs. Dn 6:8). O rei precisou concordar que o decreto se tornara oficial e não podia ser alterado, uma repetição do vs. Dn 6:15. O rei foi apanhado (contra a própria vontade) por seu decreto, tal como a filha de Herodias conseguiu apanhar Herodes (ver Mt 14:3). Essa foi uma maneira crua mas eficaz de negociar. “Nabucodonosor estava acima da lei, mas Dario, o medo, tinha de obedecer às leis dos medos e persas. Isso ficou subentendido no contraste entre o ouro e a prata, na imagem do sonho de Nabucodonosor (ver Dn 2:32,Dn 2:39)” (J. Dwight Pentecost, in loc.).

    Dn 6:13
    Então responderam, e disseram ao rei. A acusação assacada contra Daniel foi traição. Ele teria ignorado deliberadamente o ímpio decreto e continuado com suas orações três vezes ao dia. Ele sabia que uma lei oficial e temporária tinha sido assinada, mas desobedeceu abertamente. Além disso, ele era um daqueles desprezíveis “estrangeiros" (um humilde cativo de Judá) em quem ninguém podia confiar, conforme agora era comprovado. Conforme o preconceito contra os estrangeiros, em Dan.

    Dn 2:25 e Dn 5:13. “Ali estava um estrangeiro que tinha recebido os maiores favores por parte da corte, mostrando-se antagônico às leis do reino!" (Ellicott, in loc.)."... um cativo judeu, dentre todos os povos o mais odioso...” (John Gill, in loc.).

    Dn 6:14
    Tendo ouvido o rei estas cousas.
    O rei tinha sido iludido e agora ficara “penalizado” por ter-se permitido cair em tão ridícula situação. Ele era esperto o bastante para reconhecer a razão real de ter sido tratado como um deus por um mês. A exaltação ao rei não era sincera, mas objetivava a derrubada de Daniel. Tinha sido apenas um daqueles jogos doentios que os políticos geralmente jogam. O rei insensato não era mais que um animal que fora apanhado na rede por caçadores maliciosos. O rei saiu totalmente humilhado do episódio. Para seu crédito, Dario tentou, até o pôr-do-sol, livrar-se da rede, livrando também Daniel. “Ele resolveu salvar Daniel. Ficou trabalhando até o ocaso imaginando como poderia salvá-lo” (NCV). Mas todo esforço foi inútil por causa da teoria de que a lei dos medos e persas nunca muda. Caros leitores, esse incidente se parece com os dogmas de algumas pessoas. De fato, há pessoas que passam a vida toda sem mudar de mentalidade sobre coisa alguma. Porém, a verdade é que não existe crescimento sem que haja mudanças.

    Dn 6:15
    Então aqueles homens foram juntos ao rei. Aqueles réprobos novamente foram lembrar ao rei a natureza imutável das leis dos medos e dos persas (o que já fora dito nos vss. Dn 6:8 e 12). Isso pôs fim aos esforços do rei por livrar tanto a si mesmo como a Daniel da maliciosa situação. Este versículo enfatiza a impotência do homem perante o mal, a menos que alguma intervenção divina o livre. O texto também ilustra que algumas leis são injustas, sendo também verdade que homens injustos ditam leis visando seu próprio benefício. Portanto, quando alguém diz “Assim determina a lei”, essa pessoa não está emitindo necessariamente um julgamento moral. Além disso, é melhor obedecer a Deus do que às leis dos homens, quando essas leis entram em conflito com a verdadeira avaliação do que é justo (ver At 5:29).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28
    *

    6:1

    Dario. Ver nota em 5.31. Dario, o medo, não aparece nos informes históricos fora das Escrituras, e também não há intervalo de tempo entre Belsazar e Nabonido (5.1, nota) e a ascensão ao trono de Ciro, da Pérsia. Os estudiosos têm sugerido que "Dario, o medo" pode ter sido: um nome oficial para Ciro, o fundador do império persa (v. 28, nota); um título; ou uma designação de Gobrias, um general que foi infiel a Nabucodonosor e se bandeou para Ciro, posteriormente capturando a cidade da Babilônia. Ciro fez de Gobrias o governador dos territórios que os persas tomaram dos babilônios.

    *

    6:3

    nele havia um espírito excelente. Ver 1.17; 4.8 e 5.12.

    *

    6:5

    lei do seu Deus. Os adversários de Daniel sem querer, afirmaram não somente a sua integridade moral, mas também a natureza visível de sua piedade e dedicação ao Deus de Israel.

    *

    6:7

    concordaram. A inverdade dessa declaração era que Daniel também tinha concordado com a proposta. Esses oficiais mostraram-se hipócritas em sua aparente lealdade a Dario. O esquema deles foi a tentativa de manipular o imperador, visando o próprio desígnio deles.

    ... qualquer deus... e não a ti. A proposta pareceria a Dario como uma proposta mais política do que religiosa, servindo para consolidar a sua autoridade sobre territórios recém-conquistados.

    *

    6:8

    segundo a lei dos medos e dos persas. A imutabilidade da lei desses povos irmãos também é confirmada nos escritos extra-bíblicos. O efeito do decreto era criar um conflito, para Daniel, entre a lealdade a Deus e a obediência ao governo humano.

    * 6:10

    punha de joelhos. Ficar em pé pode ter sido uma postura regular em oração (13 23:30'>1Cr 23:30; Ne 9:2-5), enquanto que a posição de orar de joelhos era reservada para circunstâncias de solenidade específica (1Rs 8:54; Ed 9:5; Sl 95:6; Lc 22:41; At 7:60-9.40), por ser um sinal de humildade.

    como costumava fazer. É evidente que os hábitos de oração de Daniel tinham-se tornado públicos.

    *

    6:13

    dos exilados de Judá. Essa identificação étnica de Daniel talvez indique preconceitos contra os judeus, por parte dos outros oficiais de Dario (3.8).

    *

    6:14

    determinou consigo mesmo livrar a Daniel. Dario percebeu imediatamente que ele havia se tornado uma vítima das intrigas de seus próprios oficiais que queriam que Daniel caísse em uma armadilha. A lealdade de Dario a Daniel permaneceu inabalável.

    *

    6:16

    O teu Deus... que ele te livre. Contra sua própria vontade, Dario foi forçado a submeter-se ao decreto. Não obstante, ele confiava que o Deus de Daniel interviria em favor de seu servo fiel.

    * 6:17

    selou-a o rei com o seu próprio anel. Anéis de selar e cilindros de selar eram usados pelos assírios, babilônios e persas. O cilindro de selar era pressionado sobre a argila ainda mole, para deixar nela a marca do proprietário do selo. Romper esses selos era uma violação da lei.

    *

    6:22

    O meu Deus enviou o seu anjo. Possivelmente, embora isso não se faça necessário no contexto, temos aqui uma menção ao Anjo do Senhor. Ver nota em 3.28.

    *

    6:23

    o rei... mandou. Dario podia mandar tirar a Daniel da cova, sem violar o decreto, visto que as exigências da lei se tinham cumprido.

    *

    6:26

    um decreto. Conforme 2.47; 3.28,29; 4.2,3,34-37; 5:18-29. Tal como nas narrativas anteriores, Deus exibiu a sua soberania mediante o controle sobre a natureza e a história, sobre os reinos e os reis. O decreto é um testemunho eloqüente ao "Deus vivo" e seu reino indestrutível. Esse é um reconhecimento oficial ao Deus de Daniel, embora não reflita necessariamente a fé salvífica por parte de Dario.

    *

    6:28

    Daniel, pois, prosperou. Embora o governo imperial tenha trocado de mãos, o favor de Deus sustentou a Daniel e deu prosseguimento à sua autoridade.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28
    6.1-3 Daniel já tinha mais de oitenta anos e era um dos três altos funcionários do Darío. Estava trabalhando com pessoas que não acreditavam em seu Deus, e era mais eficiente e capaz que outros. O rei pagão se fixou nele, e Daniel ganhou um lugar de respeito. Uma das melhores forma de influenciar aos patrões que não são cristãos é trabalhando bem. Como representa você a Deus ante seu patrão?

    6.4, 5 Os oficiais ciumentos não puderam encontrar nada do que criticar ao Daniel, por isso atacaram sua religião. Se você encontra critica invejosas devido a sua fé, alegre se de que estejam criticando essa parte de sua vida. Possivelmente não achem mais remedeio que concentrar-se em sua religião. Sua resposta deve ser seguir acreditando e vivendo como se deve. Logo recorde que Deus tem as rédeas e está brigando essa batalha por você.

    6:8, 9 Em Babilônia, a palavra do rei era a lei. Entretanto, quando se criava uma lei no império medopersa, nem sequer o rei podia trocá-la. Darío era um bom governante, mas tinha um defeito fatal: era soberbo. Ao apelar a sua soberba, os homens lhe fizeram assinar uma lei em que se autonombraba deus durante trinta dias. Esta lei não podia ser quebrantada nem sequer por um funcionário tão importante como Daniel. Outro exemplo da natureza irrevogável das leis dos medos e persas aparece em Et 8:8.

    6:10 Apesar de que Daniel conhecia a lei contra a oração, seguiu orando três vezes ao dia "como de costume". Daniel tinha uma vida de oração disciplinada. Nossas orações freqüentemente são interrompidas não por ameaças, a não ser simplesmente pela pressão de nossas agendas. Não permita que as ameaças nem as pressões interrompam seu tempo de oração. Ore com regularidade, sem importar o que acontecer, porque a oração é sua conexão vital com Deus.

    6:16 Os leões rondavam a campina e os bosques da Mesopotamia, e os antigos lhes tinham grande respeito. Alguns reis caçavam leões por esporte. Os persas capturavam leões, e os mantinham em grandes parques aonde lhes alimentava e atendia. Também utilizavam aos leões para executar às pessoas. Mas Deus tem formas de liberar a seu povo (6,22) que um nem se imagina. É sempre prematuro ceder antes as pressões dos incrédulos porque Deus tem poderes que desconhecem. Até pode fechar bocas de leões.

    6:16 Até os incrédulos notaram a firmeza do Daniel. Durante sua vida de serviço, Daniel tinha demonstrado fiel devoção a Deus. O que podem os incrédulos dizer de seu vda?

    6.21-23 A pessoa que confia em Deus e lhe obedece é intocável até que Deus a leve. Confiar em Deus equivale a ter uma paz imensurável. Deus, que liberou ao Daniel, liberará-o a você. Confia nele até a morte?

    6.25-27 Nabucodonosor acreditou em Deus pela fidelidade do Daniel e seus amigos. Darío também estava convencido do poder de Deus devido a que Daniel foi fiel e Deus o resgatou. Apesar de que Daniel estava cativo em uma terra estranha, sua devoção a Deus foi um testemunho ante capitalistas governantes. Se você se encontrar em lugares novos, aproveite a oportunidade para falar do poder de Deus em sua vida. Seja fiel a Deus para que Deus possa utilizá-lo para alcançar a outros.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28
    F. Daniel na cova dos leões (6: 1-28)

    A estreita tie-up Dt 6:1)

    1 Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino cento e vinte sátrapas, que estivessem por todo o reino; 2 e sobre eles três presidentes, dos quais Daniel era um; que estes sátrapas dessem conta-lhes, e que o rei não sofresse dano. 3 Então o mesmo Daniel se destaque principalmente os presidentes e os sátrapas, porque havia um espírito excelente nele; eo rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.

    O problema de Dario, o medo é um dos mais difíceis no livro de Daniel. Ele tem desafiado os comentaristas para as idades, porque a história secular conhece ninguém com esse nome. Estudiosos liberais têm usado o problema para desacreditar o livro e justificar a sua datação do material no tempo dos Macabeus. A sua atitude é bem expressa por HH Rowley:

    A alegação do Livro de Daniel para ser uma obra de história, escrito por um bem informado contemporâneo, é quebrado além do reparo por essa ficção de Dario, o Medo.

    Por outro lado, João C. Whitcomb tomou um olhar cuidadoso sobre os textos antigos e apresentou uma defesa da posição conservadora, histórica, que é acadêmico e aceitável. Whitcomb identifica Dario, o Medo com Gubaru, a quem Cyrus nomeado "governador da Babilônia e da região além do rio." Este Gubaru não é a mesma pessoa que Ugbaru, o general de Ciro, que capturou a cidade de Babilônia para o governante persa. Na Crônica de Nabonido há dois nomes mencionados, sendo que ambos foram traduzidas como Gobryas pelos tradutores anteriores. Whitcomb tem se destacado entre os dois, observando que Gubaru foi feito governador da Babilônia, a província entre os rios, onde exerceu poderes régios. Esta identificação é mais sugestivo e harmoniza bem com tudo o que é mencionado sobre Dario, o medo no livro de Daniel (nota Dn 5:31 ; Dn 6:1:. 1f ; Dn 9:1)

    4 Então os presidentes e os sátrapas procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa, porque ele era fiel, e não houve qualquer erro ou falha encontrado nele. 5 Então estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a procurarmos contra ele o lei do seu Dt 6:1)

    10 Quando Daniel soube que o edital estava assinado, entrou em sua casa (agora suas janelas estavam abertas em seu quarto em direção a Jerusalém); e ele punha de joelhos três vezes por dia, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer. 11 Então aqueles homens foram juntos, e acharam a Daniel orando e suplicando diante do seu Dt 12:1 Então aqueles homens foram juntos ao rei, e disse ao rei: Sabe, ó rei, que é uma lei dos medos e persas que nenhum interdito ou decreto que o rei estabelecer, se pode ser alterado.

    Vida de oração de Daniel é conhecido não só neste capítulo, mas ao longo do livro. Daniel orou corporativamente (Dn 2:17 ), privada (Dn 6:10 ), sinceramente (Dn 9:3 ), e poderosamente (Dn 10:12 ).

    O versículo 10 não deve ser interpretado no sentido de deliberada, desobediência desafiadora, mas que, no seu tempo regular de oração Daniel foi encontrado de joelhos. Sua vida de oração é ainda descrito como particular, ele entrou em sua casa ;modelado, três vezes ao dia ; de louvor, e dava graças diante do seu Deus e humilde, ele punha de joelhos. É este tipo de oração que é poderoso com Deus. Daniel sabia que ele deve gastar tempo em oração se ele fosse para ter poder para a crise que estava por vir. Portanto, ele não deixou de fora a hora e local de devoção pessoal, embora possa parecer que ele teria evitado o conflito ao fazê-lo. Nada pode substituir a comunhão com Deus.

    Os inimigos de Daniel estavam na mão para ver e ouvi-lo orar. Ele enfrentou Jerusalém, um costume entre os judeus do exílio. Então, com a palavra de mais de uma testemunha, os inimigos se apressou para o rei com o relatório.

    Porventura não assinaste um interdito? Desde há alguns dias se passaram, eles lembraram o rei do que tinha sido feito. O lembrete iria garantir a sua aprovação continuou antes que saltou sobre ele o nome do autor do crime. O rei lembrou-se e observou que a lei não poderia ser alterado.

    Daniel caso de ti não. A primeira acusação era difamar o relacionamento de Daniel com o rei; em seguida, eles passaram a acusá-lo sobre a lei quebrada: ele faz a sua oração, três vezes por dia. Mesmo inimigos de Daniel sabia quantas vezes ele orou; não havia nada de segredo sobre sua vida devocional.

    Darius estava indignado, que significa "muito angustiado", pois ele era amigável para Daniel. Ele trabalhou durante todo o dia para resgatá-lo, o que significa que ele colocou muitas coisas em movimento para efetuar uma mudança na situação; mas sem sucesso.

    4. Proteção de Deus (6: 16-24)

    16 Então o rei deu ordem, e trouxeram Daniel, e lançaram-no na cova dos leões. Agora falou o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará. 17 E uma pedra foi trazida e posta sobre a boca da cova; eo rei a selou com o seu anel e com o anel dos seus senhores; que nada pode ser mudado a respeito Dn 18:1 ). Daniel foi capaz de acreditar, porque ele estava morando em um relacionamento correto com Deus e os homens.

    Proteção de Deus se estendia do presente para o futuro, por ocasião da libertação de Daniel, o rei ordenou, e os inimigos de Daniel com suas famílias foram lançados na cova dos leões. Os críticos zombam isso, dizendo que os leões devem ter refeições tiveram nos próximos meses uma vez que os inimigos de Daniel foram um grande grupo entre os presidentes e os sátrapas. No entanto, é mais razoável pensar que apenas os líderes dos acusadores estavam tão castigado. Há pouco a ser adquirida através da leitura para a conta mais do que se afirma.

    Praise 5. Dario (6: 25-28)

    25 Então o rei Dario escreveu a todos os povos, nações e línguas que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada. 26 Faço um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo, e permanece para sempre, eo seu reino tal, que não será ele destruiu; e seu domínio durará até o fim. 27 Ele livra e salva, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; foi ele quem livrou Daniel do poder dos leões.

    28 Portanto, este Daniel prosperou no reinado de Dario, e no reinado de Ciro, o persa.

    Darius foi sempre cordial em direção a Daniel. Com a libertação de seu conselheiro de confiança, o rei enviou uma carta de proclamação em todo o reino. A carta, que é chamado de um decreto, exortou os homens a tremer e medo perante o Deus de Daniel.O pensamento é que eles devem respeitar esta divindade junto com os outros a quem eles adoram. É evidente que Darius não se tinha retirado seu politeísmo, mas ainda foi condenado por suas crenças anteriores. No entanto, ele deu seis razões para impelir esta solicitação sobre os homens: (1) Deus é viva ; (2) Seu reino é eterno; (3) Seu domínio é até o fim ; (4) Ele livra e salva ; (5) Ele opera sinais e maravilhas ; e (6) Ele livrou Daniel do poder dos leões. A divindade que pode fazer essas obras poderosas deve ser respeitado mesmo por homens que não o conheço. Darius ficou impressionado, mas não convertido.

    O versículo 28 sugere que Daniel tinha mais alguns anos de serviço público após este tempo, pois ele prosperou em o reinado de Dario, até mesmo para o reinado de Ciro, o persa. A última frase fala do retorno de Ciro para a Babilônia depois de suas conquistas e seu reconhecimento como rei de todo o império. É significativo que a última visão de Daniel é datado no terceiro ano do reinado de Ciro (Dan. 10: 1 ). Enquanto não temos nenhum registro, é provável que Daniel faleceu durante o reinado de Ciro, ou a de seu filho, Cambises, tendo vivido uma vida longa e útil.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28
    Esse capítulo relata um dia na vida do primeiro-ministro do Império Medo-Persa — o amado Daniel. Lembre-se que, nesse capítulo, Da-niel não é mais um adolescente, mas um homem na casa das.80 anos. Isso apenas comprova que a idade não é impedimento para servir a Cristo nem proteção contra tentações e provações. Daniel é fiel ao Senhor até a idade avançada, porque foi um jovem de fé e oração.

    1. A devoção do alvorecer

    Como o primeiro-ministro iniciava cada dia? Ele orava ao Senhor. Da-niel 6:10 informa que Daniel orava três vezes por dia em um "quarto de oração" no andar de cima de sua casa. Sl 55:17 anuncia: "À tar-de, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas queixas e lamentarei". Assim, Daniel iniciava o dia com o Senhor — e isso era algo bom. O inimigo estava em ação, e Daniel; enfrentaria um dos maiores testes de sua vida. Nosso Senhor aconselha: "Vigiai e orai". A oração não era algo acidental na vida de Daniel; era a coisa mais essencial. Ele tinha um local especial e horários espe-ciais para orar e, tenha certeza, ele conversava com o Senhor durante todo o dia. Não é de espantar que o Senhor o tenha chamado de "mui amado" (9:23; 10:11,19), expressão que, no Novo Testamento, ele reser-va para seu Filho. O caminhar fiel e a vida consistente de oração tor-naram Daniel um dos "filhos ama-dos" de Deus (leia com atenção Jo 14:21-43). Como é importante iniciar o dia com o Senhor. Abraão tinha esse hábito (Gn 19:27); assim como Davi (Sl 5:3) e nosso Senhor Jesus Cristo (Mc 1:35).

    II. O logro matinal (6:1-9)

    Deus honrou Daniel por sua fideli-dade, de modo que ele era pratica-mente o segundo governante da ter-ra. Na verdade, havia 124 pessoas envolvidas na liderança da terra: Dario, o rei, os três presidentes (sendo Daniel o primeiro) e 120 príncipes. Dario estava tão impres-sionado com Daniel que planejava torná-lo o segundo governante ofi-cial. O engrandecimento de Daniel na Babilônia comprova que o cren-te não precisa fazer concessões para ser bem-sucedido (Mt 6:33).

    Os outros 122 líderes não esta-vam muito satisfeitos com o sucesso de Daniel. Por um motivo: ele era judeu. Satanás sem-pre odiou os judeus e fez de tudo para persegui-los e eliminá-los. O perverso sempre odeia o justo. Com certeza, o devoto Daniel era hones-to e tomava muito cuidado com os assuntos do Estado, mas os outros líderes roubavam do rei e acoberta-vam seus furtos com contas falsas.

    Por isso, Dario reorganizou o gover-no a fim de "não ter prejuízo" (per-da). Os maus mentiram a respeito do povo de Deus. Eles disseram a Dario que todos os presidentes con-cordaram com o plano (v. 7), con-tudo Daniel não foi consultado. Como Dario foi insensato ao assinar um decreto sem consultar seu me-lhor presidente. Mas a história mos-tra que Dario deixava-se influenciar com facilidade pela lisonja.

  • A decisão noturna (6:10-13)
  • Daniel foi um dos primeiros a sa-ber sobre o novo decreto, e ele tinha de decidir o que fazer. Sem dúvida, seu caráter piedoso e seu caminhar espiritual já tinham deci-dido por ele: serviria ao Senhor e oraria a Jeová como sempre fizera. Ele poderia dar desculpas e fazer concessões. Poderia pensar: Todos estão fazendo isso. Além disso, ele era um homem idoso que servira fielmente ao Senhor durante toda a sua vida. Uma pequena concessão no final de sua vida não faria muito estrago. Afinal, ele não seria mais útil ao Senhor vivo do que mor-to? Não. Daniel recusou-se a fazer concessões. Antes, ele escolheu ser comido peIos~7êões a perdeF um - momento de oração/

    Os inimigos estavam vigiando quando Daniel foi para seu quarto de oração, em que as janelas ficavam sempre abertas ("Orai sem cessar."), e eles viram o ancião ajoelhar-se e levantar as mãos em direção a Je-rusalém. Eles o tinham pego. Toda-via, Daniel tinha o coração em paz. Ele estava orando, fazendo ações de graças e súplicas, e essa é a fórmula para encontrar paz (Fp 4:6-50). Essa oração não era por causa de um momento de crise. Daniel costuma-va orar desde adolescente. É sábio começar a formar hábitos espirituais desde jovem.

  • O desapontamento do entardecer (6:14-17)
  • O rei percebeu como fora insensa-to, mas mesmo seu poder e riqueza não podiam mudar a lei dos medos e dos__pgrsas. Deus não queria que Dario livrasse Daniel, esse era um privilégio que ele reservava para si mesmo. Daniel também não depen-dia do rei (Sl 146:1-19). Havia muito tempo, ele aprendera a confiar no Deus vivo. O Senhor não queria sal var Daniel. Ele queria tirá-lo dela.

  • A libertação noturna (6:18-23)
  • Que contraste entre o rei no palácio e Daniel na cova dos leões! Dario não tinha paz, contudo Daniel es-tava perfeitamente em paz consigo mesmo, com o Senhor e com os leões. Daniel estava em um lugar totalmente seguro, pois o Senhor estava lá com ele. Dario poderia ser morto por algum inimigo ali em seu quarto. Dario trabalhara nos dias anteriores para salvar Daniel do jul-gamento, no entanto ele não podia descumprir sua própria lei. Daniel apenas falou com o Deus do univer-so e recebeu todo o poder de que precisava para enfrentar a cova dos leões. De todas as maneiras, Daniel reinava como um rei, enquanto Da-rio era escravo.

    Foi a fé de Daniel no Senhor que o libertou (6:23; He 11:33). É surpreendente que ele tivesse qual-quer fé depois de viver em uma ter-ra pagã e idólatra por tantos anos. O segredo disso era sua comunhão diária com o Senhor. Ele tinha fé e foi fiel. Veja Salmos 1:8-1 7-24.

    Hoje, os cristãos enfrentam muitas tentações que os seduzem a fazer concessões e, com freqü- ência, parece que o caminho mais "seguro" é_seguhi^jriu]tidão. Con-tudo, esse é o caminho mais peri-goso. O único lugar realmente se-guro é a vontade do Senhor. Daniel sabia que era errado adorar o rei e orar a ele porque conhecia a Palavra de Deus. Ele preferia morrer obedecendo à Palavra do Senhor a viver fora da vontade dele. Sata-nás vem como um leão que ruge (1Pe 5:8-60), mas o Senhor liberta- nos se for para a glória dele. Nem sempre a vontade do Senhor é li-bertar seus filhos do perigo. Muitos cristãos deram a vida no lugar onde serviam. Mas que recompensa eles receberam! Leia Ap 2:10 com atenção.

  • A destruição matinal (6:24-28)
  • Nossa alma revolta-se ao pensamento de famílias inteiras, mesmo crianças, serem lançadas aos leões. No entan-to, essa era a lei da terra, a mesma lei que esses homens perversos ten-taram usar contra Daniel. Sem dúvi-da, foi trágico que os filhos inocentes deles tivessem de sofrer, entretanto essas eram as medonhas penalidades para o pecado. Cremos que as crian-ças que ainda não pudessem prestar contas de seus atos iam para o Se-nhor. Deus sempre vindica os seus. "O justo é libertado da angústia, e o perverso a recebe em seu lugar" (Pv 11:8). Leia Sl 37:1-19 se estiver sofrendo perseguição e tiver dúvidas sobre se Deus se importa com isso e creia nele da mesma forma que Da-niel confiou.

    Agora, sabemos por que Deus permitiu que Daniel passasse por essa experiência (vv. 25-27). Isso trouxe grande glória ao nome dele. Pedro devia ter Daniel em mente quando o Espírito levou-o a escrever 1Pe 3:10-60. Sempre que os cris-tãos vencem a tentação, eles glorifi-cam ao Senhor, mesmo que apenas os anjos e os demônios assistam a isso. Que nós, como Paulo, deseje-mos que Cristo seja engrandecido em nosso corpo, "quer pela vida, quer pela morte" (Fp 1:20).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28
    6.1 Dario. Era um título além de ser um nome próprio, e parece que deriva das palavras persas para "Senhor" e "Rei". Quem entrou na cidade da Babilônia naquela noite de festa foi Ciro, que mais tarde passou a ser rei; Ez 6:28. Sobre o reino. Parece que aqui não se trata do império dos medos e dos persas, mas sim do reino da Babilônia que agora, fazia parte do império. Sátrapas. Pequenos governadores locais da província.

    6.2 Dano. Perda de impostos, que os 120 oficiais tinham a cobrar.

    6.3 Sobre todo o reino. Como governador geral da Babilônia.

    6.4 Procuravam ocasião. A história ensina-nos que eles tinham traído seu próprio rei abrindo as portas para os invasores. Não quiseram, portanto, que um favorito da velha família real regesse.

    6.5 Na lei do seu Deus. Procuravam um pretexto religioso. • N. Hom. O homem, sendo cínico, se entrega às ambições de Satanás, "o acusador dos irmãos"; que a própria virtude de sua vítima é considerada motivo justo para liquidá-la. Assim é que os fariseus fizeram com Jesus Cristo e assim é que o pecado dominando a carne faz com a lei de Deus (Rm 7:8-45). A mais angustiosa perseguição que o crente tem que enfrentar é justamente o plano dos homens de fazer sua virtude entrar em choque com o ambiente.

    6.7 Este decreto, que parece ter sido destinado a lisonjear o rei e voltar os olhos de todos para ele, é tão inocente, comparado com o decreto emitido pelo rei Nabucodonosor (3.15), que ele assinou.
    6.8 Lei dos medos e dos persas. O próprio rei era escravo da lei que assinava; isto era o costume do novo império. Se a lei maliciosamente atingisse ao favorito do monarca, Daniel, não haveria meios deste livrá-lo, como se verifica nos, vv. 12-16.

    6.10 Quando soube. Percebia que a lei fora planejada a atingir sua pessoa, pois jamais se envergonhara de adorar a Deus; os perigos da hora não abalariam aquele que até então fora fiel. Da Banda de Jerusalém. O que conservou o fervor religioso do povo na cidade estrangeira foi a esperança da restauração de Jerusalém e da vitória final da religião verdadeira (Ez 40 até 48).

    6.12 Que se não pode revogar. O rei não pode escapar à lei que vai condenar ao seu oficial favorito. Ainda não sabe de quem se trata.

    6.13 Não faz caso de ti. Uma mentira covarde, veja 3.12.

    6.16 Leões. Os persas adoravam o fogo; tinham meios de executar aos réus sem empregar a fornalha (3.6).

    6.22 Anjo. Compare 3.25. Inocência. Fé perante Deus, fidelidade para com o rei. O respeito mútuo foi sincero, vv. 16, 18, 20, 23.

    6.23 Porque crera no seu Deus. O próprio pagão não podia negar que houvera um milagre pelo qual justificou a fé do seu servo.

    6.24 Esmigalharam. Não haja dúvida de que os leões eram mesmo ferozes. Triste é a sorte da vítima da maledicência - muitíssimo pior é o castigo final dos falsos acusadores dos filhos de Deus.

    6.26 Decreto. Comp. Ez 3:29;Ez 4:1-27; Ez 5:29. As proclamações que os líderes civis têm feito em favor da religião pouco efeito fazem.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28
    VI. DANIEL NA COVA DOS LEÕES (6:1-28)

    1) Uma nova administração (5.31—6.5)
    5.31. Dario, o medo continua uma personagem problemática; v. Introdução, “Daniel e a história: 4”. Outras fontes citam Ciro como o que conquistou a Babilônia, dando-lhe em torno de 62 anos de idade na ocasião. 6.1. Os cento e vinte sátrapas causam um problema também, pois o número dado por registros persas e gregos está entre 20 e 30.

    Alguns autores gregos aplicam o termo vagamente a altos oficiais em geral, um uso visto por muitos eruditos aqui, comparando com as 127 províncias de Et 1:1, e observando o seu lugar depois de “prefeitos” no v. 7. Nada se sabe de detalhes da administração de Ciro. v. 2. três supervisores', essenciais na supervisão de um grupo tão grande, v. 35. O que pesou mais do que a associação de Daniel com o regime deposto foi a sua integridade e suas habilidades incomuns aos olhos do rei, e isso compreensivelmente suscitou o ciúme dos outros oficiais. A única forma de ataque deles consistia nas convicções pessoais de Daniel, chamadas de a lei do Deus dele, e “lei” é a palavra discutida no v. 8.


    2) A conspiração (6:6-9)

    O governo persa estimulava as religiões dentro das suas fronteiras, e a dinastia adorava Ahura-Mazda, conforme os ensinos de Zoroastro (seus descendentes atuais são os parses). O rei tinha funções sacerdotais em virtude do seu ofício; seria necessária a intervenção de altas autoridades para modificar a norma. Por isso, os inimigos de Daniel agiram com muita astúcia. Eles lisonjearam o rei ao evitar que qualquer pessoa fizesse um pedido que não fosse por intermédio dele, produzindo assim uma demonstração da autoridade dele em todas as esferas; os seus delegados seriam impotentes, como também os seus sacerdotes, sendo o rei o único mediador com o céu. Um prazo de 30 dias seria tempo suficiente para os conspiradores, e tornaria a proposta mais aceitável ao rei, pois não se estaria introduzindo um costume novo. Nesse período, o decreto seria obrigatório conforme a lei dos medos e dos persas, que não pode ser revogada. O uso de uma palavra persa para “lei”, dat, pode sugerir um conceito novo, talvez essa qualidade da irrevogabilidade; ela já foi usada acerca da lei de Deus (v. 5) e do decreto de Nabucodonosor (2.9 etc.), e é regularmente usada em Esdras e Ester. Recentemente, essa palavra foi encontrada numa inscrição aramaica pela qual o sátrapa da Lícia estabeleceu uma nova religião, conferindo às suas orientações o status de lei.


    3)    A execução (6:10-18)
    Sem se intimidar, Daniel continuou as suas devoções diárias de oração e adoração. Os seus inimigos observaram isso e o acusaram, suprimindo todos os seus aspectos positivos, destacando a sua origem de exilado estrangeiro. Dario percebeu que eram inflexíveis. Comentaristas citam um relato de Dario III que sentenciou um homem à morte: “imediatamente ele se arrependeu e se culpou por ter cometido um grande erro, mas não era possível desfazer o que havia sido feito por autoridade real” (Diodorus Siculus, Histórias 17.30). Tudo o que o rei podia fazer era esperar que o objeto da fé e das convicções de Daniel demonstrasse o seu valor, v. 16. cova dos leões-, os animais eram mantidos para que os reis pudessem caçar e matar, demonstrando assim o seu poder régio. E provável que a cova tenha sido uma caverna com uma pequena abertura no topo para introduzir o alimento etc. e um alçapão num ponto mais abaixo para a saída dos leões, com uma pedra [...] o rei a selow. o rei e seus oficiais estavam envolvidos, de modo que ninguém poderia interferir.


    4)    A vindicação (6:19-28)
    A simpatia do rei por Daniel o dominava; se Daniel estava seguro, seria somente pelo poder do Deus vivo (v. 20). v. 21. A resposta educada de Daniel é quase irônica: Daniel estava vivo, apesar do édito do rei, em virtude da intervenção do seu Deus; somente ele poderia dar vida longa aos vivos! v. 22. fui considerado inocente', de forma nenhuma, ele foi desleal ao rei, pois, ao recusar uma ordem errada, estava servindo bem ao rei. v. 24. Os acusadores foram castigados na forma que tinham maquinado para Daniel, os homens podem ser todos ou alguns dos 120 sátrapas; junto com as suas mulheres e os seus filhos está em concordância com a prática dos registros persas; a família é quem mais pode se beneficiar das atividades de um criminoso, e é a mais propensa a imitá-lo (conforme Et

    9:7-10; Js 7:24-6). v. 26,27. O novo decreto de Dario faz eco ao de Nabucodonosor em 4.3,34,35, colocando o Deus de Daniel acima de todos os outros com base na experiência. permanece (aram. qayyãm) mais tarde se tornou um título comum para Deus em círculos judeus e samaritanos. Ironicamente, a palavra aramaica está associada ao conceito de “estabelecer”, usado nos v. 8 e 15 a respeito do édito real que Deus acabara de derrubar, v. 28. Dario [...] Ciro: apresenta uma dificuldade histórica tratada na 1ntrodução, “Daniel e a história: 4”; talvez seria melhor ler “Dario, isto é, o reinado de Ciro” (nota de rodapé da NVI).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28

    Dn 6:1, Jo 21:19; At 7:1; 1Pe 4:12, 1Pe 4:13; I Jo 3:12; Ap 1:9; Ap 13:1).

    O capítulo começa explicando a posição de destaque que Daniel tinha na Babilônia (vs. Dn 6:1-3). Logo a seguir fala-se de uma conspiração contra a sua vida (vs. Dn 6:4-9). Segue-se a oração modelo de Daniel (vs. Dn 6:10, Dn 6:11), depois a narrativa do sucesso aparente da conspiração (vs. Dn 6:11-17). O capítulo continua com a surpreendente resposta divina à oração e o fracasso da conspiração (vs. Dn 6:18-28).


    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 12 até o 17


    4) O Aparente Sucesso da Conspiração. Dn 6:12-17.

    Dario encontrou-se tolhido e amordaçado por sua própria lei. Nisto demonstrou que sua autoridade era bastante inferior em natureza a de Nabucodonosor, cuja pessoa estava acima da lei. O governo de Dario aproximou-se do ideal democrático, mas era menos absoluto do que o dos caldeus. Neste sentido era inferior, e assim cumpriu o que fora predito dele pela porção de prata da imagem na profecia do capítulo 2. Observe que a admiração do rei por Daniel não desapareceu, e que a fé de Daniel inspirou o rei a crer também.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28
    Dn 6:3

    Dario nomeou 120 "sátrapas" ou "protetores-do-reino" para cuidar do novo país conquistado. Essa declaração não está fora de harmonia com a história secular. Desde que Daniel se distinguiu em sua posição (3), a inveja apareceu entre os outros e procuraram um meio de destruí-lo. Foram Juntos (6); essa frase pode ser melhor traduzida como "foram pactuados", isto é, agiram em harmonia. Fazer uma petição (7), isto é, um pedido religioso, visto que o rei seria considerado como único representante da deidade. Muitos críticos, por considerarem impossível tal ação durante os dias dos reis persas, acreditam que esse relato não é histórico. Entretanto, apesar de que possa haver certas dificuldades no relato, ao mesmo tempo o rei bem poderá ter sido vencido pela sutil lisonja da proposta e tenha cedido a ela. A insensata e iníqua decisão do rei, porém, não levou Daniel a ser infiel a Deus. Tendo continuado a orar (10), Daniel não se tornou culpado de ostentação, mas evidentemente assim orava para que pudesse ser visto somente por aqueles que desejavam espioná-lo.

    Tem sido levantada objeção contra o relato da cova dos leões, objeção essa edificada sobre a premissa de que a cova deve ter sido construída de maneira particular. Com toda a probabilidade havia uma abertura no alto, pela qual Daniel foi baixado na cova e pela qual mais tarde o rei falou com Daniel e, igualmente, uma abertura em um dos lados, pela qual as feras eram alimentadas. Provavelmente foi esta última entrada que foi fechada pela pedra e pelo selo; a abertura pelo alto evidentemente era alta demais para permitir que qualquer homem escapasse por ela. Na punição dos acusadores (24) não precisamos assumir, como no caso de alguns comentaristas, que 120 sátrapas juntamente com suas esposas e filhos, foram projetados na cova. O grupo de acusadores provavelmente era pequeno, e somente esses, como instigadores do ataque contra Daniel, indubitavelmente foram os únicos castigados. Note-se a frase aqueles homens que tinham acusado (isto é, caluniado) Daniel (24), que parece destacar os culpados dos restantes. Não é preciso imaginar que o autor desse nobre relato tenha introduzido um absurdo, afirmando que todos, os sátrapas e suas famílias foram lançados na cova e tivessem caído no poder dos leões antes de chegar ao fundo da cova.

    >Dn 6:28

    A exatidão do relato deve ser frisada, visto que, de acordo com o costume persa, os parentes de um homem eram punidos por causa de seu crime. O capítulo termina com uma declaração sobre a prosperidade de Daniel no reinado de Dario, e no reinado de Ciro, o persa (28). A designação de Ciro mostra que ele era de diferente descendência real da de Dario, que era medo. Entretanto, o reino sobre o qual ambos reinavam, era o mesmo; não houve primeiramente por um medo e então por um persa.


    Dicionário

    Coração

    substantivo masculino Órgão torácico, oco e muscular, que funciona como o motor central da circulação do sangue.
    Figurado Parte anterior do peito em que se sente as pulsações cardíacas.
    Objeto com a forma estilizada desse órgão: corrente um coração de prata.
    Figurado Conjunto das faculdades emocionais; sede da afetividade; caráter, índole: tem um bom coração.
    Figurado O que se traz na memória: trago seu nome gravado em meu coração.
    Figurado Demonstração de afeição; amor: conquistaste meu coração.
    Figurado Parte central de alguma coisa; objeto situado no centro: sua casa fica no coração da cidade.
    expressão Coração duro. Coração de pedra; pessoa sem sentimentos.
    Coração de leão. Grande coragem.
    Coração mole. Predisposição para se comover ou se emocionar.
    Coração de ouro. Generosidade, grande bondade.
    Abrir o coração. Fazer confidências.
    Cortar o coração. Causar grande dor ou constrangimento.
    Com o coração nas mãos. Com toda a sinceridade.
    De coração ou de todo o coração. Com o máximo de empenho; com toda a boa vontade; com toda a sinceridade.
    Sem coração. Diz-se da pessoa insensível.
    [Medicina] Coração de atleta. Hipertrofia do coração por excesso de exercício.
    [Medicina] Coração artificial. Aparelho destinado a assegurar a circulação do sangue, quando necessário isolar do circuito sanguíneo do coração natural, para uma intervenção cirúrgica.
    Etimologia (origem da palavra coração). Pelo espanhol corazón.

    Do latim cor, cordis, que significa “coração” ou “órgão que bombeia o sangue para o corpo”.

    os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental – inteligência, vontade e emoção (Ez 13:2os 7:11Lc 8:15At 16:14).

    [...] O coração, por exemplo, é o recanto por onde flui o calor suave e generoso das boas impressões que ele guarda acerca da vida e das esperanças por tempos melhores. É o espaço interior propício a que se realize sua capacidade de acolher em plenitude a lei do Amor e suas manifestações.
    Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O coração é o meu templo

    [...] O coração é o terreno que mais deveremos cultivar, pois é dele que nascem as forças de nossa vida. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Espontaneidade do sentimento nos nossos atos, nas idéias e em sua expressão.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mediunidades diversas

    [...] o coração é mais do que a bomba que impulsiona o sangue por todo o organismo. Sendo o órgão fisiológico mais resistente que se conhece no ser pensante, porquanto começa a pulsar a partir do vigésimo quinto dia de vida do feto, continua em ação palpitando cem mil vezes diariamente, no que resultam quarenta milhões de vezes por ano, e quando cessa a vida se desorganiza, advindo a morte dos equipamentos orgânicos com a sua conseqüente degenerescência. A pouco e pouco, alguns cientistas dão-se conta de que ele é portador de uma energia vital, que o mantém e o impulsiona ininterruptamente. Essa energia seria permutável, podendo ser intercambiada com outros indivíduos que se beneficiariam ou não, conforme o teor de que se constitua, positiva ou negativa, cálida ou fria, estimuladora ou indiferente. Seguindo essa linha de raciocínio, estão concluindo que esse órgão é portador da faculdade de pensar, tornando afirmativa a tradicional voz do coração a que se referem poetas, escritores, artistas, amantes e... Jesus.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cérebro e coração

    Nosso coração é um templo que o Senhor edificou, a fim de habitar conosco para sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18


    Coração
    1) Órgão que bombeia o sangue (Ex 28:29).

    2) Em sentido figurado, o coração é a sede do intelecto (Gn 6:5), dos sentimentos (1Sm 1:8) e da vontade (Sl 119:2).

    Coração Nos evangelhos, a palavra tem um conteúdo simbólico, servindo para designar os sentimentos (Jo 16:6.22), o íntimo da personalidade (Mt 15:8; Mc 7:6), a origem do pensamento (Mc 2:6.8; Lc 3:15) e do entendimento (Lc 24:25). Também em sentido figurado, afirma-se que o coração é o lugar das decisões morais (Mt 22:37; Mc 12:30; Lc 10:27) e, por isso, onde se opta pela fé e se acolhe Jesus (Lc 24:32) ou ainda onde acontece a incredulidade (Mc 6:52). Quem decidiu seguir Jesus tem um coração puro (Mt 5:8) e nele reina a paz (Jo 14:1.27).

    Daniel

    Daniel Livro do Antigo Testamento que, em hebraico, está entre os Escritos e, na versão grega, entre os LXX. Escrito em hebraico e aramaico (2,4 a 7:28), conta com adições posteriores que judeus e protestantes consideram não-canônicas (3,24-50; 3,51-90; 13 1:64-14,1-22; 14,23-42). Continua sendo objeto de controvérsia o final de sua redação, que foi fixado no séc. II a.C., no séc. VI a.C. (como o próprio livro registra) e em um arco cronológico que iria do séc. VI a.C. ao séc. III a.C., sendo, nesse caso, as passagens apocalípticas as mais recentes da obra. Jesus cita freqüentemente o Livro de Daniel, especialmente em relação à figura do Filho do homem (Dn 7:13ss.) o qual, em harmonia com o judaísmo da época, identifica com o messias e consigo mesmo (Mt 16:13ss.; 17,22-23 etc.). A figura da abominação da desolação a que Daniel se refere (Antíoco IV Epífanes no sentido original? O anticristo dos últimos tempos?) aparece também nos denominados “apocalipses sinóticos” (Mc 13, Mt 24 e Lc 21). Também Jesus utilizava os ensinamentos de Dn 12:2 que fala de uma ressurreição de salvos e condenados: os primeiros para receber a felicidade eterna; os segundos, para o castigo igualmente eterno.

    Daniel [Deus É Juiz]

    Profeta de Judá. Foi levado para o CATIVEIRO na Babilônia, onde ocupou alta posição no governo (Dn 1:2-6; 2.48). V. DANIEL, LIVRO DE.

    =======================

    LIVRO DE DANIEL

    Livro escrito em tempos de perseguição e sofrimento. Por meio de histórias e de visões, o autor procura explicar aos judeus as razões por que eles estão sendo perseguidos e também os anima a continuarem fiéis a Deus. O livro se divide em duas partes. A primeira (caps. 1—
    6) conta histórias a respeito de Daniel e dos seus companheiros. A segunda (caps. 7—
    12) relata visões de vários impérios que aparecem e depois desaparecem. Elas mostram que os perseguidores serão derrotados e que a vitória final será do povo judeu.


    (Heb. “meu juiz é Deus”). Três pessoas no Antigo Testamento são chamadas de Daniel:
    (1). Um filho do rei Davi;
    (2). um eLivros de Judá, que se tornou um oficial do alto escalão nos governos dos impérios babilônico e medo-persa, bem como profeta de Deus; e
    (3). um líder judeu que retornou da Babilônia com Esdras.


    1. Daniel, filho de Davi, é citado apenas em I Crônicas 3:1. Era o segundo filho de Davi. Sua mãe era Abigail e ele nasceu durante os sete anos e meio em que seu pai reinou em Hebrom (1Cr 3:1-4). Parece que também era chamado de Quileabe, pois este é o nome dado ao segundo filho de Davi e Abigail, nascido em Hebrom, em II Samuel 3:3.


    2. Daniel, o eLivros e profeta, é citado apenas no livro de Daniel (tanto nas partes em hebraico como em aramaico), no AT; e em Mateus 24:15, no NT. Há também a possibilidade de que seja o mesmo nome mencionado no livro de Ezequiel. Na última parte do século XIX houve considerável ceticismo com respeito aos aspectos históricos da vida de Daniel, principalmente quanto à própria existência de personagens como Belssazar e Dario, o Medo. Além disso, a tendência de menosprezar a possibilidade da previsão profética sobrenatural contribuiu imensamente para uma notável hesitação sobre a confiabilidade do retrato bíblico de Daniel. Novas evidências históricas, entretanto, bem como o estudo mais aprofundado, reforçaram a exatidão histórica do livro; também, em muitos setores da teologia, há uma consideração renovada na viabilidade das profecias bíblicas diante dos fatos.

    A reconstrução da seqüência dos fatos na vida de Daniel, partindo do livro que leva seu nome, é um grande desafio. O texto desenvolve-se em tópicos, não ordenados cronologicamente em seus movimentos mais amplos; por exemplo, os episódios citados em Daniel 7 são bem anteriores aos citados nos capítulos 5:6. O fato mais notável, entretanto, é a escassez de informações sobre o próprio Daniel, quando tinha de 20 a 25 anos (antes de 600 a.C., v.1), até os incidentes datados em Daniel 5:10 (por volta de 553-536 a.C.).

    O único evento registrado em que Daniel é visto, durante o período agitado de 50 anos, é sua interpretação da segunda visão do rei Nabucodonosor, no cap 4. Não é possível estabelecer a data dos eventos deste registro de forma mais precisa; sabe-se apenas que foi em alguma época antes do final do reinado de Nabucodonosor, em 562 a.C. Assim, tudo o que se sabe de um período de quase meio século da vida de Daniel é a informação reduzida proporcionada por esse capítulo.

    O local e a data tanto do nascimento como da morte de Daniel não são citados explicitamente nas Escrituras. Desde que este livro enfoca a invasão inicial de Jerusalém por Nabucodonosor (Dn 1:1-2), ocasião em que este jovem foi levado para a Babilônia (Dn 1:3-6), é muito provável que tenha nascido e crescido em Jerusalém. Além disso, se a invasão aconteceu em 605 a.C., quando foi colocado na categoria de “jovem” que seria educado (Dn 1:4), provavelmente tivesse entre 15 e 20 anos de idade. Isso colocaria a data de seu nascimento por volta de 625 a 620 a.C., pela metade do reinado de Josias, o último rei piedoso que governou Judá (640 a 609 a.C.; 2Cr 34:35).

    O último evento datado no livro de Daniel é a revelação dada ao profeta “no terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia” (Dn 10:1), às margens do rio Tigre (Dn 10:4). Como o Império Babilônico caiu diante da aliança medo-persa, em 539 a.C., isso significaria que o último evento cronológico no livro de Daniel aconteceu em 537 e 536 a.C. No final da profecia, entretanto, um ser celestial (12:
    7) disse a Daniel: “vai-te até que chegue o fim” (isto é, até sua morte; 12:13). Isso poderia indicar que o profeta ainda viveria por mais algum tempo. Assim, é quase certo que Daniel viveu bem mais de 80 anos, provavelmente até passou dos 90. Por não ter acompanhado a primeira leva de eLivross judeus que retornaram “no primeiro ano de Ciro” (Ed 1:1), parece que Daniel morreu na Pérsia, e passou assim 70 anos (ou mais) de sua vida longe de sua terra natal.

    Não é possível determinar mais nenhum dado específico sobre os antecedentes familiares de Daniel, a não ser que estava entre os (Dn 1:6) da “linhagem real e dos nobres” (Dn 1:3). Se ele passou os anos de sua infância na presença da corte real em Jerusalém, seu sentimento com relação à trágica queda de Judá e o exílio na Babilônia seria ainda maior. Sua experiência anterior em tais círculos, contudo, pode ter sido de grande valia nas posições que ocupou mais tarde no governo da Babilônia e da Pérsia.

    Quando Daniel iniciou o estudo de três anos, pelo qual passavam os que entravam para o serviço do rei Nabucodonosor (Dn 1:5), recebeu o nome babilônico (assim como aconteceu com seus companheiros) de Beltessazar (v.7), que significa algo como “Bel (um deus babilônico) protege sua vida”. O nome não é simplesmente a forma babilônica para Daniel e incorpora especificamente o nome de uma divindade pagã, em lugar do Deus dos judeus (o sufixo “El”); por isso, parece que o novo nome fazia parte de uma orientação sistemática para que os estudantes abraçassem completamente todos os aspectos da nova sociedade da qual faziam parte, o que era compreensível.

    Não se sabe com clareza qual a plena natureza do processo educacional no qual Daniel foi colocado ao chegar à Babilônia, embora conheçamos bem seu rigor e sua amplitude. Ele e seus companheiros foram treinados entre os melhores e mais brilhantes jovens do império (Dn 1:4). Capacitados por Deus (Dn 1:17), provaram ser muito superiores não somente aos outros estudantes (1:19), como também a “todos os magos e encantadores que havia em todo o reino” (v. 20).

    As matérias estudadas são citadas em Daniel 1:4 como as letras e a língua dos caldeus. O
    v. 17, entretanto, amplia o quadro e inclui “cultura e sabedoria”, a fim de abranger também “todas as visões” e “todos os sonhos”. No final dos três árduos anos de treinamento (o primeiro e o último poderiam ser frações, considerados como um ano completo na contagem do tempo daquela cultura) havia um exame oral feito por Nabucodonosor, no qual a sabedoria e o entendimento eram medidos e comparados com “todos os magos e encantadores” que já estavam a serviço do rei (Dn 1:20). Essas declarações indicam fortemente que o programa incluía instrução em magia, adivinhação e provavelmente astrologia como parte do estudo da venerada literatura babilônica. Depois de um furioso decreto feito por Nabucodonosor, que ordenava a execução de “todos os sábios da Babilônia” (Dn 2:12), devido ao fracasso dos conselheiros em detalhar e interpretar o sonho do rei (vv 1-11), Daniel e seus companheiros entraram em cena. Arioque, chefe da guarda real, informou-os sobre o incidente e a ordem de execução (vv. 14-16), na qual eles também estavam incluídos (v. 13); os jovens judeus puseram-se diante de Deus e oraram juntos durante toda a noite (vv.17-23) e “então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite” (v. 19). A explicação do profeta sobre o sonho e o seu significado não somente salvou a vida dos sábios como também levou o rei Nabucodonosor a louvar ao Deus de Daniel (Dn 2:47) e a elevá-lo, juntamente com seus companheiros, às mais altas posições do governo da Babilônia (v. 48,49).

    É extremamente difícil determinar quando esse incidente aconteceu na vida de Daniel. Por um lado, a referência ao segundo ano do reinado de Nabucodonosor (Dn 2:1) colocaria o fato dentro do período inicial dos três anos de treinamento, citados no
    v. 5. Se assim for, Daniel 2 funcionaria como um tipo de retrospectiva, usada para demonstrar a habilidade especial do profeta para entender as visões e os sonhos (Dn 1:17). Esse entendimento é levemente preferível, embora resulte na conclusão de que Daniel foi nomeado para um alto cargo por Nabucodonosor, antes mesmo de completar seu período de treinamento (Dn 2:48-49). Isso não explicaria melhor, entretanto, a conclusão um tanto exagerada do rei em Daniel 1:20 (considerando-os dez vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores) e a descrição do profeta como meramente “um dentre os filhos dos cativos de Judá” (Dn 2:25), em vez de um honorável sábio que já se encontrava a serviço do rei (Dn 1:19-20).

    Daniel 3 é o único capítulo do livro em que o profeta não é mencionado, e o cap 4 começa com Nabucodonosor aparentemente no auge de seu poder. Os eventos que se seguem inferem que o capítulo também registra a elevada influência de Daniel no governo. Depois que o profeta interpreta uma visão que adverte severamente o rei sobre as conseqüências de sua auto-exaltação, em lugar de glorificar o Deus verdadeiro (Dn 4:9-27), Nabucodonosor só é capaz de controlar seu orgulho por um ano (vv. 28-32). Sua auto-exaltação imediatamente resultou no castigo que fora predito: receberia a mente de um animal e viveria como um irracional por “sete tempos” (Dn 4:16-23,32,33).

    O significado dos “sete tempos” não está claro; a forma como o Império Babilônico foi governado durante o período em que o rei permaneceu mentalmente incapacitado é ainda mais obscura! A expressão “sete tempos” pode simplesmente referir-se a um período indefinido ou significar a um ciclo do calendário, como um mês ou um ano. Se o entendimento comum de que “um tempo” era uma estação anual de colheita estiver correto, então o rei ficou impossibilitado de governar por sete anos.

    Desde que Daniel fora nomeado conselheiro-chefe da corte real (Dn 2:49), e é chamado de “chefe dos magos” (Dn 4:9), é bem provável que tenha desempenhado um papel fundamental na manutenção da estabilidade do governo enquanto Nabucodonosor esteve afastado de sua função. Mesmo que o período tenha sido de poucas semanas ou meses e embora o império estivesse em paz, seria de se esperar que o vácuo causado pela ausência de uma figura tão inteligente e imponente como Nabucodonosor fosse rapidamente notada. Assim, desde que não existe nenuma indicação de uma luta interna pelo poder ou declínio durante sua ausência, é provável que oficiais altamente respeitáveis, como Daniel, tenham tratado dos assuntos cotidianos do império até que o rei recuperasse a sanidade e voltasse ao trono (Dn 4:37).

    Os próximos eventos registrados da vida de Daniel acontecem no início do reinado de Belsazar, o último monarca (553 a 539 a.C.) do período babilônico. “No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia” (Dn 7:1), o profeta teve um sonho, que se tornou sua primeira visão registrada no livro. O cap 8 descreve a segunda visão de Daniel, que ocorreu cerca de dois anos mais tarde, “no terceiro ano do reinado do rei Belsazar” (Dn 8:1). As duas visões descreviam circunstâncias difíceis para o povo de Deus no futuro; por isso, não é de estranhar que o profeta tenha ficado espantado e com o semblante mudado depois da primeira (Dn 7:28) e “enfraquecido e enfermo alguns dias” depois da segunda visão (Dn 8:27).

    Durante a década entre a morte de Nabucodonosor (562 a.C.) e o começo do reinado de Belsazar (553 a.C.), Daniel aparentemente perdeu um pouco de sua influência no governo da Babilônia. Certamente, em certo sentido, ele menciona seu retorno aos negócios do rei (Dn 8:27) na conclusão de sua segunda visão, datada por volta de 551 a.C.; entretanto, no bem conhecido episódio da escrita na parede (Dn 5), que ocorreu na ocasião da derrota final da Babilônia pelos medos e persas (Dn 5:30-31; Dn 6:28), em 539 a.C., o rei Belsazar deu a entender que não conhecia Daniel pessoalmente (Dn 5:13-16), ou nem mesmo sabia sobre sua fama como intérprete de sonhos e de homem sábio durante o reinado de Nabucodonosor (Dn 5:11-12).

    É algo fantástico, além de indicar a proteção providencial de Deus na transição do poder, que Daniel e o Senhor novamente tenham recebido grande reconhecimento (Dn 5:29; Dn 6:2). Não somente o profeta foi exaltado contra sua vontade para ocupar a terceira posição mais elevada no império, mesmo após ter repreendido o rei por seu orgulho e interpretado a ameaçadora escrita na parede, dirigida a Belsazar (Dn 5:22-29); logo depois da vitória medo-persa sobre a Babilônia, Daniel foi também nomeado como um dos três administradores sobre o reino, pelo novo imperador, Dario, o medo. Foi um papel no qual o profeta rapidamente se destacou (Dn 6:1-3).

    Para evitar que Daniel fosse nomeado para o mais importante cargo administrativo por Dario, outros oficiais do governo medo-persa conspiraram contra ele, para tirá-lo do caminho a qualquer custo (Dn 6:4-5). Devido à conduta ética e ao compromisso religioso do profeta, seus companheiros arquitetaram um plano para persuadir o rei a decretar que, por um período de trinta dias, toda oração que não fosse dirigida ao rei seria considerada ilegal, e o culpado, punido com a morte na cova dos leões (Dn 6:6-9).

    Por causa de sua disposição de orar três vezes ao dia, mesmo sob risco da própria vida, Daniel foi imediatamente preso e jogado na cova dos leões (Dn 6:10-17). Deus o protegeu durante toda a noite, no meio dos leões. Na manhã seguinte, foi vindicado diante do rei Dario e restaurado à sua posição de autoridade (vv. 18-23,28). Os conspiradores foram então atirados às feras famintas (v. 24) e Dario fez um decreto adicional, a fim de ordenar que o povo tremesse e temesse “perante o Deus de Daniel” (v.26).

    Durante esse mesmo período (o primeiro ano de Dario; Dn 9:1), Daniel fez uma maravilhosa oração de arrependimento corporativo (Dn 9:3-20), pelo povo judeu. O tempo parece coincidir com a proclamação feita por Ciro, supremo imperador persa (Ed 1:1), quando permitiu que os judeus dispersos pelo império voltassem para Jerusalém e reconstruíssem o Templo (Ed 1:2-4). Como resultado da oração fervorosa, do jejum e do lamento de Daniel pelos pecados de seu povo (Dn 9:3-20), o velho profeta recebeu uma revelação assombrosamente detalhada das “setenta semanas” (Dn 9:24) decretadas por Deus para o futuro de Israel (Dn 9:24-27). Embora não haja um consenso com relação ao significado e ao cumprimento dessa profecia, parece altamente provável que este período seja um paralelo com o tempo acumulado durante o qual os judeus falharam em observar a lei do “descanso do sábado” ordenada por Deus (2Cr 36:20-21), referente à utilização da terra.

    Uns dois anos mais tarde (Dn 10:1), Daniel novamente lamentou, orou e jejuou, dessa vez por três semanas (Dn 10:2-3). Esse incidente talvez esteja relacionado com os eventos em Jerusalém, onde a reconstrução do Templo foi interrompida pelo medo e desânimo (Ed 4:4-24). A visão que se seguiu é o último evento registrado no livro de Daniel, onde nada mais é registrado nas Escrituras sobre o período final da vida do profeta.

    Fora de seu livro, o nome de Daniel aparece três vezes em Ezequiel (14:14,20; 28:3). Embora alguns atribuam tais referências a alguém de renome, que provavelmente viveu no tempo de Noé ou de Jó (14:14,20), é mais provável que se reportem ao Daniel contemporâneo de Ezequiel. Se as ocorrências em Ezequiel podem ser datadas em 592 a.C. (14:14,20; cf. 8:
    1) e 586 a.C. (28:3; cf. 26:1), haveria tempo suficiente para Daniel ter demonstrado sua justiça (14:14,20) e sabedoria concernente aos mistérios (28:3). Seu reconhecimento como o principal conselheiro na Babilônia e seu sólido compromisso com Deus já se teriam estabelecido solidamente por volta de 600 a.C. (Dn 1:2, esp. 2:1).

    A única menção do nome de Daniel no NT é em Mateus 24:15. No meio do discurso do monte das Oliveiras (Mt 24:25), Jesus faz uma referência à “abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel” (Mt 24:15). A maneira como Cristo fala aqui parece autenticar a exatidão histórica dos eventos e das visões registrados no livro de Daniel.

    Um tributo adicional à fé demonstrada por Daniel na cova dos leões está registrado em Hebreus 11:33. Seu nome não é citado, mas a falta de outro evento semelhante no AT, bem como o fato da menção estar próxima à referência a “apagar a força do fogo” (Hb 11:34), relacionada com Daniel cap 3, faz com que a identificação seja quase certa.

    Uma avaliação geral das contribuições de Daniel deve incluir o uso de superlativos. Ao recuperar-se do trauma causado pela invasão de seu lar em Judá, Daniel cresceu de forma notável, até ocupar posições nos mais altos escalões da autoridade imperial e ter influência tanto no Império Babilônico como no Medo-Persa, durante uma carreira que durou mais de 60 anos.

    Ainda assim, seu legado mais profundo está na esfera espiritual. Daniel foi o veículo da revelação divina, tanto para interpretar como para ter as visões mais detalhadas da profecia bíblica. Desde que essas manifestações ultrapassaram o período do exílio babilônico (geralmente datado de 605 a 539 a.C.), Daniel, mais do que qualquer outro personagem bíblico, demonstrou ser a figura intermediária entre o período do pré e o do pós-exílio, durante a reconstrução de Jerusalém e do Templo. Essa alegação é justificada, apesar de ele ter passado a maior parte da vida distante geograficamente de Judá. Daniel tinha influência por seu acesso aos corredores do poder, bem como por seu exemplo de piedade.

    Poucas pessoas na Bíblia exibiram a fé, a coragem, a vida de oração e a sabedoria que podem ser vistas de forma consistente na existência de Daniel. Tanto em seus dias (Ez 14:14-20) como na lembrança dos escritores bíblicos (Hb 11:33), seu estilo de vida como humilde conselheiro governamental, administrador e profeta do Deus verdadeiro é profundamente reverenciado e digno de ser seguido como exemplo.

    3. Daniel, líder levita da época do pós-exílio, citado como companheiro de regresso a Judá na leva de Esdras (Ed 8:2). Foi um dos que assinaram o documento de compromisso solene com Deus (Ne 10:6). Era descendente de Itamar.

    A.B.L.


    Deus é meu Juiz. 1. Segundo filho de Davi, que lhe nasceu em Hebrom, de Abigail, a carmelita (1 Cr 3.1). Mas em 2 Sm 3.3 o seu nome é Quileabe. 2. o profeta Daniel, de cuja vida pouco se sabe, a não ser o que pode ser colhido do livro que tem o seu nome. Ele não foi sacerdote, como Jeremias e Ezequiel – mas era como isaías, da tribo de Judá, e provavelmente membro da família real (1.3 a 6). Foi levado para Babilônia, quando ainda jovem (1,4) no terceiro ano de Jeoaquim (605 a.C.), oito anos antes da ida de Ezequiel. Quando chegou à Babilônia foi colocado na corte de Nabucodonosor – ali tornou-se conhecedor da ciência dos caldeus, alcançando uma sabedoria superior à deles. o primeiro acontecimento que tornou conhecido Daniel, e que lhe deu grande influência, foi o ter revelado e explicado o sonho de Nabucodonosor. Este fato ocorreu no segundo ano do exclusivo reinado daquele monarca, isto é, em 603. Depois disso foram os seus companheiros salvos de morrer na fornalha de fogo, em que tinham sido lançados por se terem recusado a prestar culto a uma imagem – e alguns anos mais tarde sucedeu o segundo sonho de Nabucodonosor. os acontecimentos registrados no cap. 5 do livro de Daniel, isto é, o banquete de Belsazar e as palavras escritas na parede parece terem ocorrido no ano 538 a. C., pelo fim do reinado de Nabonido, representado em Babilônia pelo seu filho Belsazar. Naquela noite foi assassinado o jovem príncipe (que tinha a denominação de ‘rei’) e mudada a dinastia. Daniel tinha sido elevado por Nabucodonosor a alta posição e poder: e ele ocupou lugar honroso, embora com interrupção, durante o governo da dinastia babilônia e da persa. No reinado de Dario foi aquele servo de Deus lançado numa cova de leões, pela sua fidelidade para com a religião de Moisés, mas viu-se miraculosamente salvo. Ele profetizou durante o cativeiro (1.21), sendo a sua última profecia revelada dois anos mais tarde, no terceiro ano do reinado de Ciro (10.1). Foi um modelo de fidelidade na religião do Senhor, mesmo numa terra estranha. Ezequiel menciona Daniel, e também Noé e Jó, como homens justos (14.14,20), e dotados de especial sabedoria (28.3). Se for este o mesmo Daniel, é muito notável ter sido posto um jovem contemporâneo na mesma classe de grandes homens da antigüidade. Jesus Cristo cita-o como profeta (Mt 24:15). 3. Um descendente de itamar, que voltou do exílio com Esdras (Ed 8:2), e selou o pacto traçado por Neemias (Ne 10:6).

    Nome Hebraico - Significado: Deus é meu juiz.

    Dentro

    advérbio Interiormente; localizado no interior de; de modo interno: lá dentro está melhor.
    Adentro; em direção ao interior de: entrou mato adentro.
    interjeição [Marinha] Ordem dada aos marinheiros para que as vergas sejam recolhidas.
    expressão Estar por dentro. Saber do que acontece: estou por dentro do assunto.
    Dentro de. Na parte interna; de modo íntimo; com o passar do tempo: passou o dia dentro do escritório; guardei seu nome dentro da minha cabeça; o ônibus sairá dentro de minutos.
    Dentro em. Intimamente; de maneira íntima e particular: o amor está dentro em mim.
    Etimologia (origem da palavra dentro). Do latim de + intro.

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Favor

    substantivo masculino Aquilo que se faz de maneira voluntária a alguém; sem imposição; gentileza, obséquio.
    Pedido de misericórdia atribuído por indulgência; mercê: favor espiritual.
    Auxílio oferecido a alguém; proveito: vivia em favor da mãe.
    Defesa, proteção: vive dos favores do padrinho.
    Encantamento, simpatia, respeito: almejava o favor do gerente.
    Graça, obséquio: pedir um favor.
    Retribuição dada a alguém por uma relação de preferência ou de influência exercida sobre a pessoa que retribui: nunca se esforçava porque sabia que ele lhe devia um favor; tudo o que conseguiu foi lhe dado de favor.
    Etimologia (origem da palavra favor). Do latim favor.oris.

    Benefício; bondade

    Favor
    1) Serviço; obséquio (Gn 20:13), RA).

    2) Misericórdia, bondade, GRAÇA 5, (Sl 30:5). 3 Proteção (Ed 9:9), RA).

    4) Em favor: em benefício, no interesse (36:2); (2Co 9:1).

    Livrar

    verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Pôr em liberdade; soltar, libertar: livrar os alunos; livrar alguém da cadeia; livrou-se da pena com uma boa advogada.
    verbo bitransitivo Defender, preservar, pôr ao abrigo de mal ou perigo: ninguém livrará o criminoso da culpa.
    verbo bitransitivo e pronominal Retirar de alguém algo que o aborrece ou constrange; desembaraçar-se: ninguém me livrou do constrangimento de ter sido traído; livrou-se da vergonha e deu a volta por cima.
    Safar-se de uma circunstância vergonhosa, perigosa, ruim, difícil: livrar o filho do bullying; livrou-se da demissão com o apoio do pai.
    verbo transitivo direto Religião Pedir proteção a Deus ou a outras entidades espirituais, para que algum ruim não aconteça: Deus me livre de ficar doente!
    verbo pronominal Tornar-se livre, libertar-se; desobrigar-se, eximir-se: livrou-se dos importunos.
    locução interjeição Deus te livre! Usada para dissuadir alguém de uma ação ou para desejar que nada lhe aconteça.
    Etimologia (origem da palavra livrar). Do latim liberare.

    Negócio

    substantivo masculino Empreendimento comercial, industrial, financeiro; comércio.
    Estabelecimento comercial; loja, empresa.
    Aquilo que se faz, se realiza; atividade, ocupação.
    Compromisso estabelecido entre pessoas, empresas etc.; negociação, transação: realizar bom negócio.
    Tópico em questão; assunto: os negócios de Estado.
    [Popular] Qualquer coisa cujo nome não se sabe ou não se quer dizer; troço.
    expressão Negócio da China. Negócio muito lucrativo.
    Negócio de compadres. Aquele que é feito de favores.
    Negócio de pai para filho. Aquele que não visa a lucro.
    Negócio de ocasião. Boa oferta.
    Negócio de orelha. Troca de um animal por outro.
    Negócio de arromba. Negócio vantajoso, coisa admirável.
    Homem de negócios. Aquele que faz transações comerciais; negociante, comerciante.
    Etimologia (origem da palavra negócio). Do latim negorium, i “trabalho, atividade, ocupação”.

    A palavra negócio vem da combinação de nec + otium. No latim, otium é descanso, lazer, e a partícula nec é um advérbio de negação. Praticar o não-ócio é negociar, trabalhar para, depois, dedicar-se ao que é positivo: viver em paz.

    Por

    preposição Ao longo de, sobre, através de: os pássaros entraram por esta porta.
    Designa a relação de lugar; ao lado de, perto de: este navio navega por entre os canais.
    Designa a relação de causa; por causa de: casou-se por amor.
    Expressa uma relação de dependência: esse casamento esta por um triz.
    No emprego de; na aplicação de: por via marítima.
    Demonstra uma relação de tempo; na etapa de: vai estudar por quatro meses.
    Denota uma correlação, correspondência: a carne é vendida por quilo.
    Da forma tal; de certa maneira: mandar o presente por correio.
    De maneira hipotética: naquela festa ele se passou por mentiroso.
    Na qualidade de: considero-o por seus méritos.
    Designa o preço, o valor, a proporção: recebeu dez por cento de seu salário, vendeu seu carro por dois mil reais.
    Expressa uma relação em razão de algo: ela vai ao médico uma vez por mês.
    Demonstra cada uma das etapas de uma série: retirou roupa por roupa.
    Designa algum tipo de barganha, troca: ela trocou seu celular por um computador.
    Em benefício de; a favor de: minha torcida sempre foi por um Brasil melhor.
    Às vezes; o mesmo que; para: tenho muitas coisas por memorizar.
    Separa em várias partes: dividi uma pizza por nove pessoas.
    Designa uma súplica, uma invocação: por tudo o que é mais sagrado.
    Expressa certa indiferença ou desinteresse: disse por dizer.
    Indica finalidade: ele sempre lutou por um mundo melhor.
    Etimologia (origem da palavra por). Do latim per e pro.

    preposição Ao longo de, sobre, através de: os pássaros entraram por esta porta.
    Designa a relação de lugar; ao lado de, perto de: este navio navega por entre os canais.
    Designa a relação de causa; por causa de: casou-se por amor.
    Expressa uma relação de dependência: esse casamento esta por um triz.
    No emprego de; na aplicação de: por via marítima.
    Demonstra uma relação de tempo; na etapa de: vai estudar por quatro meses.
    Denota uma correlação, correspondência: a carne é vendida por quilo.
    Da forma tal; de certa maneira: mandar o presente por correio.
    De maneira hipotética: naquela festa ele se passou por mentiroso.
    Na qualidade de: considero-o por seus méritos.
    Designa o preço, o valor, a proporção: recebeu dez por cento de seu salário, vendeu seu carro por dois mil reais.
    Expressa uma relação em razão de algo: ela vai ao médico uma vez por mês.
    Demonstra cada uma das etapas de uma série: retirou roupa por roupa.
    Designa algum tipo de barganha, troca: ela trocou seu celular por um computador.
    Em benefício de; a favor de: minha torcida sempre foi por um Brasil melhor.
    Às vezes; o mesmo que; para: tenho muitas coisas por memorizar.
    Separa em várias partes: dividi uma pizza por nove pessoas.
    Designa uma súplica, uma invocação: por tudo o que é mais sagrado.
    Expressa certa indiferença ou desinteresse: disse por dizer.
    Indica finalidade: ele sempre lutou por um mundo melhor.
    Etimologia (origem da palavra por). Do latim per e pro.

    Propos

    -

    Rei

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.


    Reí

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


    Salva

    substantivo feminino [Militar] Descarga simultânea de armas de fogo, em combate, em sinal de festa ou em honra de alguém.
    [Militar] Cumprimento feito pela descarga de armas de fogo.
    [Militar] Sequência de tiros com um objetivo determinado.
    Sequência de sons que não se consegue interromper.
    Desculpa de quem se esquiva ardilosamente de alguma coisa.
    Espécie de bandeja para copos, taças ou outros objetos: salva de prata.
    expressão Salva de palmas. Demonstração pública de clamor, de alegria e entusiasmo, por meio de aplausos vibrantes e unânimes; ovação.
    Etimologia (origem da palavra salva). Forma regressiva de salvar.
    substantivo feminino Botânica Erva do gênero Salvia officianalis, de origem mediterrânica, com flores azuis, cultivada por suas propriedades terapêuticas e pelo óleo extraído de suas folhas.
    Etimologia (origem da palavra salva). Do latim salviam.

    Salva Bandeja (Pv 25:11; Ap 16:1).

    Sol

    substantivo masculino Estrela ao redor da qual giram a Terra e outros planetas.
    Por Extensão O período diurno, matutino; o dia em oposição à noite.
    A luz e o calor emanados por essa Estrela: evitava o sol do meio-dia.
    A imagem do Sol, basicamente um círculo com raios que saem do seu contorno.
    Figurado Ideia influente ou princípio que influencia.
    P.met. Aquilo que ilumina, guia; farol.
    [Astronomia] Qualquer estrela que faça parte do sistema planetário.
    Etimologia (origem da palavra sol). Do latim sol.solis.
    substantivo masculino A quinta nota musical da escala de dó.
    O sinal que representa essa nota.
    Primeira corda do contrabaixo; quarta corda do violino; terceira nota do violoncelo.
    Etimologia (origem da palavra sol). Da nota musical sol.

    substantivo masculino Estrela ao redor da qual giram a Terra e outros planetas.
    Por Extensão O período diurno, matutino; o dia em oposição à noite.
    A luz e o calor emanados por essa Estrela: evitava o sol do meio-dia.
    A imagem do Sol, basicamente um círculo com raios que saem do seu contorno.
    Figurado Ideia influente ou princípio que influencia.
    P.met. Aquilo que ilumina, guia; farol.
    [Astronomia] Qualquer estrela que faça parte do sistema planetário.
    Etimologia (origem da palavra sol). Do latim sol.solis.
    substantivo masculino A quinta nota musical da escala de dó.
    O sinal que representa essa nota.
    Primeira corda do contrabaixo; quarta corda do violino; terceira nota do violoncelo.
    Etimologia (origem da palavra sol). Da nota musical sol.

    o ‘luzeiro maior’ de Gn 1:16-18o nome ocorre pela primeira vez em Gn 15:12. o culto prestado ao Sol era muito seguido na antigüidade, e ainda está largamente espalhado no oriente. os israelitas foram ensinados a não praticar essa adoração (Dt 4:19 – 17.3). (*veja Bete-Horom, Heres, idolatria, Josué, Estrela.)

    [...] é o centro vitalizador do nosso sistema estelar. Mas assim como existem sistemas solares, existem também sistemas anímicos. O Sol dos Espíritos que habitam em nosso mundo é o Cristo Jesus. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 1

    O Sol, gerando energias / – Luz do Senhor a brilhar – / É a força da Criação / Servindo sem descansar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18

    O Sol é essa fonte vital para todos os núcleos da vida planetária. Todos os seres, como todos os centros em que se processam as forças embrionárias da vida, recebem a renovação constante de suas energias através da chuva incessante dos átomos, que a sede do sistema envia à sua família de mundos equilibrados na sua atração, dentro do Infinito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 10

    [...] Nosso Sol é a divina matriz da vida, e a claridade que irradia provém do autor da Criação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 3

    Agradeçamos ao Senhor dos Mundos a bênção do Sol! Na Natureza física, é a mais alta imagem de Deus que conhecemos. Temo-lo, nas mais variadas combinações, segundo a substância das esferas que habitamos, dentro do siste ma. Ele está em “Nosso Lar”, de acordo com os elementos básicos de vida, e permanece na Terra segundo as qualidades magnéticas da Crosta. É visto em Júpiter de maneira diferente. Ilumina 5ênus com outra modalidade de luz. Aparece em Saturno noutra roupagem brilhante. Entretanto, é sempre o mesmo, sempre a radiosa sede de nossas energias vitais!
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 33

    O Sol constitui para todos os seres fonte inexaurível de vida, calor e luz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 42


    Sol Uma das demonstrações da bondade de Deus

    que atinge as pessoas, seja qual for seu caráter

    (Mt 5:45). Quando Jesus morreu na cruz, o sol

    escureceu (Lc 23:45). Simbolicamente significa

    o resplendor dos justos e de Jesus (Mt 13:43; 17,2)

    ou, em um contexto apocalíptico, a mudança de

    condições (Mt 24:29; Lc 21:25).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Daniel 6: 14 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Ouvindo então o rei essas palavras, ficou dolorosamente desagradado de si mesmo, e a favor de Daniel propôs dentro do seu coração livrá-lo; e até ao pôr do sol trabalhou para salvá-lo.
    Daniel 6: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    539 a.C.
    H1079
    bâl
    בָּל
    ()
    H116
    ʼĕdayin
    אֱדַיִן
    então
    (Then)
    Advérbio
    H1768
    dîy
    דִּי
    quem, o qual, que indicação do genitivo
    (forasmuch)
    Partícula
    H1841
    Dânîyêʼl
    דָּנִיֵּאל
    Daniel
    (Daniel)
    Substantivo
    H1934
    hâvâʼ
    הָוָא
    ser / estar
    (Be)
    Verbo
    H4406
    millâh
    מִלָּה
    palavra, coisa
    (The thing)
    Substantivo
    H4430
    melek
    מֶלֶךְ
    para o rei
    (to the king)
    Substantivo
    H4606
    mêʻâl
    מֵעָל
    entrada
    (the going down)
    Substantivo
    H5338
    nᵉtsal
    נְצַל
    luz
    (light)
    Substantivo - neutro acusativo singular
    H5705
    ʻad
    עַד
    até
    (until)
    Prepostos
    H5922
    ʻal
    עַל
    contra / diante
    (against)
    Prepostos
    H7690
    saggîyʼ
    שַׂגִּיא
    muitos
    (many)
    Adjetivo
    H7712
    shᵉdar
    שְׁדַר
    ()
    H7761
    sûwm
    שׂוּם
    pôr, fazer, designar
    (has been issued)
    Verbo
    H7804
    shᵉzab
    שְׁזַב
    ()
    H8086
    shᵉmaʻ
    שְׁמַע
    ouvir
    (you hear)
    Verbo
    H8122
    shemesh
    שֶׁמֶשׁ
    ()
    H888
    bᵉʼêsh
    בְּאֵשׁ
    ()


    בָּל


    (H1079)
    bâl (bawl)

    01079 בל bal (aramaico)

    procedente de 1080; DITAT - 2630; n m

    1. mente, coração

    אֱדַיִן


    (H116)
    ʼĕdayin (ed-ah'-yin)

    0116 אדין ’edayin (aramaico) ed-ah’-yin

    de derivação incerta; DITAT - 2558; adv

    1. então, depois, imediatamente, desde então

    דִּי


    (H1768)
    dîy (dee)

    01768 די diy (aramaico)

    aparentemente procedente de 1668; DITAT - 2673 part de relação

    1. quem, o qual, que indicação do genitivo
    2. aquele que, o que pertence a, aquilo conj
    3. que, porque

    דָּנִיֵּאל


    (H1841)
    Dânîyêʼl (daw-nee-yale')

    01841 דנאיל Daniye’l (aramaico)

    correspondente a 1840; n pr m Daniel = “Deus é meu juiz”

    1. o quarto dos grandes profetas, tomado como refém na primeira deportação para a Babilônia, por causa do dom da interpretação de sonhos, recebido de Deus, tornou-se o segundo no governo do império babilônico e permaneceu até o fim do mesmo estendendo-se para dentro do império persa. Suas profecias são a chave para a compreensão dos eventos do fim dos tempos. Destacado por sua pureza e santidade por seu contemporâneo, o profeta Ezequiel
      1. também, Beltessazar’ (1095 ou 1096)

    הָוָא


    (H1934)
    hâvâʼ (hav-aw')

    01934 הוא hava’ (aramaico) ou הוה havah (aramaico)

    correspondente a 1933; DITAT - 2692; v

    1. vir a acontecer, tornar-se, ser, estar
      1. (Peal)
        1. vir a acontecer
        2. vir à existência, erguer-se, tornar-se, vir a ser
          1. deixar ficar conhecido (com particípio de conhecer)
        3. ser, estar

    מִלָּה


    (H4406)
    millâh (mil-law')

    04406 מלה millah (aramaico)

    correspondente a 4405; DITAT - 2831a; n f

    1. palavra, coisa
      1. palavra, declaração, ordem
      2. coisa, assunto, questão

    מֶלֶךְ


    (H4430)
    melek (meh'-lek)

    04430 מלך melek (aramaico)

    correspondente a 4428; DITAT - 2829a; n m

    1. rei

    מֵעָל


    (H4606)
    mêʻâl (may-awl')

    04606 מעל me al̀ (aramaico)

    procedente de 5954; DITAT - 2911a; n m

    1. entrada
      1. pôr-do-sol

    נְצַל


    (H5338)
    nᵉtsal (nets-al')

    05338 נצל n etsal̂ (aramaico)

    correspondente a 5337; DITAT - 2871; v

    1. (Afel) resgatar, desembraçar, salvar

    עַד


    (H5705)
    ʻad (ad)

    05705 עד ̀ad (aramaico)

    correspondente a 5704; DITAT - 2899; prep

    1. até que, até, durante conj
    2. até, até o tempo de, antes que

    עַל


    (H5922)
    ʻal (al)

    05922 על ̀al (aramaico)

    correspondente a 5921; DITAT - 2908; prep

    1. sobre, em cima, por causa de, acima, para, contra
      1. sobre, em cima, por causa de, considerando, concernente a, em benefício de
      2. sobre (com verbos de dominação)
      3. acima, além (em comparação)
      4. para, contra (referindo-se a direção)

    שַׂגִּיא


    (H7690)
    saggîyʼ (sag-ghee')

    07690 שגיא saggiy’ (aramaico)

    correspondente a 7689; DITAT - 3004a; adj.

    1. grande, muito
      1. grande
      2. muito, muitos adv.
    2. excessivamente

    שְׁדַר


    (H7712)
    shᵉdar (shed-ar')

    07712 שדר sh edar̂ (aramaico)

    uma raiz primitiva; DITAT - 3021; v.

    1. (Itpael) lutar, esforçar-se

    שׂוּם


    (H7761)
    sûwm (soom)

    07761 שום suwm (aramaico)

    correspondente a 7760; DITAT - 3006; v.

    1. pôr, fazer, designar
      1. (Peal)
        1. fazer, decretar, estabelecer (decreto)
        2. fazer, designar
        3. estabelecer, fixar
      2. (Itpeal) ser feito, ser estabelecido, ser disposto

    שְׁזַב


    (H7804)
    shᵉzab (shez-ab')

    07804 שזב sh ezab̂ (aramaico)

    correspondente a 5800; DITAT - 3027; v.

    1. (Peel ou Peil) livrar

    שְׁמַע


    (H8086)
    shᵉmaʻ (shem-ah')

    08086 שמע sh ema ̂ (aramaico)̀

    correspondente a 8085; DITAT - 3040; v.

    1. ouvir
      1. (Peal) ouvir, ter um sentido de audição
      2. (Itpael) mostrar-se obediente

    שֶׁמֶשׁ


    (H8122)
    shemesh (sheh'-mesh)

    08122 שמש shemesh (aramaico)

    correspondente a 8121; DITAT - 3041; n. m.

    1. sol

    בְּאֵשׁ


    (H888)
    bᵉʼêsh (be-aysh')

    0888 באש b e’esĥ (aramaico)

    correspondente a 887; DITAT - 2622; v

    1. (Peal) ser mau, ser maldoso, ser desagradável