Enciclopédia de Lucas 20:25-25

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lc 20: 25

Versão Versículo
ARA Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
ARC Disse-lhes então: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
TB Disse-lhes Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
BGB ὁ δὲ εἶπεν ⸂πρὸς αὐτούς· Τοίνυν ἀπόδοτε⸃ τὰ Καίσαρος Καίσαρι καὶ τὰ τοῦ θεοῦ τῷ θεῷ.
HD Ele lhes disse: Pois bem, restituí a César {as coisas} de César, e a Deus {as coisas} de Deus.
BKJ E ele lhes disse: Dai, pois, a César as coisas que são de César, e a Deus as coisas que são de Deus.
LTT Então Ele lhes disse: "Certamente- e- agora, dai o que é de César a César, e o que é de Deus a Deus."
BJ2 Ele disse então: "Devolvei, pois, o que é de César a César, e o que é de Deus a Deus".
VULG Et ait illis : Reddite ergo quæ sunt Cæsaris, Cæsari : et quæ sunt Dei, Deo.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lucas 20:25

Provérbios 24:21 Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei, e não te entremetas com os que buscam mudanças.
Mateus 17:27 Mas, para que os não escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir e, abrindo-lhe a boca, encontrarás um estáter; toma-o e dá-o por mim e por ti.
Mateus 22:21 Disseram-lhe eles: De César. Então, ele lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus.
Marcos 12:17 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus. E maravilharam-se dele.
Atos 4:19 Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus;
Atos 5:29 Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.
Romanos 13:6 Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
I Coríntios 10:31 Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.
I Pedro 2:13 Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior;
I Pedro 4:11 Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém!


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Lucas 20 : 25
restituí
Lit. “devolver, restituir; pagar; vender, dar em troca”.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Últimos dias do ministério de Jesus em Jerusalém (Parte 1)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

33 d.C., 8 de nisã

Betânia

Jesus chega seis dias antes da Páscoa

     

Jo 11:55Jo 12:1

9 de nisã

Betânia

Maria derrama óleo na cabeça e nos pés de Jesus

Mt 26:6-13

Mc 14:3-9

 

Jo 12:2-11

Betânia–Betfagé–Jerusalém

Entra em Jerusalém montado num jumento

Mt 21:1-11, Mt 14:17

Mc 11:1-11

Lc 19:29-44

Jo 12:12-19

10 de nisã

Betânia–Jerusalém

Amaldiçoa figueira; purifica o templo novamente

Mt 21:18-19; Mt 21:12-13

Mc 11:12-17

Lc 19:45-46

 

Jerusalém

Principais sacerdotes e escribas tramam matar Jesus

 

Mc 11:18-19

Lc 19:47-48

 

Jeová fala; Jesus profetiza sua morte; descrença de judeus cumpre profecia de Isaías

     

Jo 12:20-50

11 de nisã

Betânia–Jerusalém

Lição sobre figueira que secou

Mt 21:19-22

Mc 11:20-25

   

Templo em Jerusalém

Sua autoridade é questionada; ilustração dos dois filhos

Mt 21:23-32

Mc 11:27-33

Lc 20:1-8

 

Ilustrações: lavradores assassinos, banquete de casamento

Mt 21:33Mt 22:14

Mc 12:1-12

Lc 20:9-19

 

Responde a perguntas sobre Deus e César, ressurreição, maior mandamento

Mt 22:15-40

Mc 12:13-34

Lc 20:20-40

 

Pergunta se Cristo é filho de Davi

Mt 22:41-46

Mc 12:35-37

Lc 20:41-44

 

Ai dos escribas e fariseus

Mt 23:1-39

Mc 12:38-40

Lc 20:45-47

 

Vê a contribuição da viúva

 

Mc 12:41-44

Lc 21:1-4

 

Monte das Oliveiras

Fala sobre o sinal de sua presença

Mt 24:1-51

Mc 13:1-37

Lc 21:5-38

 

Ilustrações: dez virgens, talentos, ovelhas e cabritos

Mt 25:1-46

     

12 de nisã

Jerusalém

Judeus tramam matá-lo

Mt 26:1-5

Mc 14:1-2

Lc 22:1-2

 

Judas combina a traição

Mt 26:14-16

Mc 14:10-11

Lc 22:3-6

 

13 de nisã (tarde de quinta-feira)

Jerusalém e proximidades

Prepara a última Páscoa

Mt 26:17-19

Mc 14:12-16

Lc 22:7-13

 

14 de nisã

Jerusalém

Celebra a Páscoa com os apóstolos

Mt 26:20-21

Mc 14:17-18

Lc 22:14-18

 

Lava os pés dos apóstolos

     

Jo 13:1-20


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


André Luiz

lc 20:25
Conduta Espírita

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 31
Página: 110
Waldo Vieira
André Luiz

Ser útil e reconhecido à Nação que o afaga por filho, cumprindo rigorosamente os deveres que lhe tocam na vida de cidadão.


Somos devedores insolventes do berço que nos acolhe.


No desdobramento das tarefas doutrinárias, e salvaguardando os patrimônios morais da Doutrina, somente recorrer aos tribunais humanos em casos prementes e especialíssimos.


Prestigiando embora a justiça do mundo, não podemos esquecer a incorruptibilidade da Justiça Divina.


Situar sempre os privilégios individuais aquém das reivindicações coletivas, em todos os setores.


Ergue-se a felicidade imperecível de todos, do pedestal da renúncia de cada um.


Cooperar com os poderes constituídos e as organizações oficiais, empenhando-se desinteressadamente na melhoria das condições da máquina governamental, no âmbito dos próprios recursos.


Um ato simples de ajuda pessoal fala mais alto que toda crítica.


Quando chamado a depor nos tribunais terrestres de julgamento, pautar-se em harmonia com os princípios evangélicos, compreendendo, porém, que os irmãos incursos em teor elevado de delinquência necessitam, muitas vezes, de justa segregação para tratamento moral, quanto os enfermos graves requisitam hospitalização para o devido tratamento.


Diante das Leis Divinas, somos juizes de nós mesmos.


Nunca adiar o cumprimento de obrigações para com o Estado, referendando os elevados princípios que ele esposa, buscando a quitação com o serviço militar, mesmo quando chamado a integrar as forças ativas da guerra.


Os percalços da vida surgem para cada Espírito segundo as exigências dos próprios débitos.


Expressar o patriotismo, acima de tudo, em serviço desinteressado e constante ao povo e ao solo em que nasceu.


A Pátria é o ar e o pão, o templo e a escola, o lar e o seio de Mãe.


Substancializar a contribuição pessoal ao Estado, através da execução rigorosa das obrigações que lhe cabem na esfera comum.


O genuíno amor à Pátria, longe de ser demagogia, é serviço proveitoso e incessante.



Emmanuel

lc 20:25
Doutrina de Luz

Categoria: Livro Espírita
Ref: 6832
Capítulo: 3
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Decerto que a Doutrina Espírita é luz da Vida Maior, acenando às criaturas aprisionadas na sombra da experiência terrestre, para que despertem e vivam…

Flama de verdade eterna a desfraldar-se, vitoriosa, reconstitui o Cristianismo em sua simplicidade, exumando o Evangelho das cinzas a que foi sentenciado pela incúria da tradição e pela casuística do sacerdócio…

Por isso mesmo, todas as suas atividades puras são nobres e respeitáveis, seja na pompa fenomênica da experimentação multiforme em que o terreno das convicções sadias surge corretamente pavimentado para a segurança da fé, ou seja, em sua exposição filosófico-religiosa, em que a Justiça Divina se destaca, triunfante, alicerçada na soberania do discernimento e da lógica…

Ainda assim, é preciso considerar que toda ideia salvadora reclama arautos que lhe substancializem as lições e o Espiritismo não pode efetivamente fugir à regra.

Se foste, desse modo, chamado a servi-lo, em favor dos companheiros de Humanidade que clamam em desalento, por novas florações de fraternidade e esperança, não olvides que não te basta ao êxito nos compromissos abraçados a mera atitude intelectual dos que se convenceram quanto à imortalidade além-túmulo.

É imprescindível te faças o pregoeiro diligente das realidades redentoras que te enriquecem o modo de ser, motivo pelo qual apenas a tua própria renovação para o bem será mensagem convincente para quantos te observam a vida.

Versarás brilhantemente, os temas da Eternidade, discutirás com fervor, induzindo o próximo à modificação de pontos de vista, contemplarás, deslumbrado, as mais sublimes doações do Céu à Terra e guardarás contigo abençoadas certezas do espírito no rumo do amanhã que se te descerra divino, entretanto, só o teu próprio exemplo, ao clarão dos princípios que esposas, valorizará com segurança os recursos de que disponhas no campo de tua fé, porquanto somente a Luz na própria vida é linguagem suficientemente clara e exata para conduzir aos outros a Luz que o Senhor, através de nós, se propõe, generoso a cultivar e estender.




Autores diversos  

lc 20:25
Doutrina-escola

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Francisco Cândido Xavier
Autores diversos  

O termo “religião”, no conceito popular, exprime “culto prestado à Divindade”. A palavra “culto” significa adoração e veneração. Cabe, entretanto, esclarecer que o Espiritismo, () desenvolvendo os ensinamentos do Cristianismo, é a religião natural e dinâmica da consciência, interessando sentimento e raciocínio, alma e vida, autêntica doutrina-escola, destinada à construção do Mundo Melhor, com bases na renovação e no aperfeiçoamento do espírito.

Por mostra do asserto, analisemos algumas conjugações de textos do “Evangelho de Jesus” e de “O Livro dos Espíritos”, primeiro tomo da Codificação Kardequiana:


Em “Novo Testamento”: Mateus, 12:50. (Mt 12:50)

  Em “O Livro dos Espíritos”: Questão 803. ()

  Tema: Humanidade.

  Plano de estudos: Considerações em torno da igualdade de todas as criaturas, perante o Criador.


Em “Novo Testamento”: Marcos, 9:35. (Mc 9:35)

  Em “O Livro dos Espíritos”: Questão 683. ()

  Tema: Serviço.

  Plano de estudos: Obrigação do trabalho individual para o bem de todos, conforme as possibilidades de cada um.


Em “Novo Testamento”: Lucas, 20:25. (Lc 20:25)

  Em “O Livro dos Espíritos”: Questão 794. ()

  Tema: Legalidade.

  Plano de estudos: Acatamento às leis estabelecidas na Terra, segundo os ditames da evolução.


Em “Novo Testamento”: João, 3:3. (Jo 3:3)

  Em “O Livro dos Espíritos”: Questão 171. ()

  Tema: Reencarnação.

  Plano de estudos: As vidas sucessivas, definindo oportunidades de progresso e elevação para todos os seres, diante da Justiça Divina.


Em “Novo Testamento”: Atos, 2:44. (At 2:44)

  Em “O Livro dos Espíritos”: Questão 930. ()

  Tema: Solidariedade.

  Plano de estudos: Imperativo do amparo recíproco na vida social.


Em “Novo Testamento”: Lucas, 12:15. (Lc 12:15)

  Em “O Livro dos Espíritos”: Questão 883. ()

  Tema: Propriedade.

  Plano de estudos: Legitimidade dos bens particulares, que devem ser usufruídos sem os abusos do egoísmo e da avareza.


Em “Novo Testamento”: Lucas, 24:36. (Lc 24:36)

  Em “O Livro dos Espíritos”: Questão 525. ()

  Tema: Comunicação dos Espíritos.

  Plano de estudos: Intercâmbio constante entre os Espíritos encarnados e desencarnados.


Em “Novo Testamento”: João, 15:12. (Jo 15:12)

  Em “O Livro dos Espíritos” Questão 886. ()

  Tema: Caridade.

  Plano de estudos: Impositivo da fraternidade, em todos os campos da inteligência.


Fácil verificar que o culto espírita não inclui qualquer nota de expectativa inoperante nos preceitos em que se define. Colocando-nos, pois, à frente da Religião do Amor e da Sabedoria, chamada a inscrever as Leis Divinas no âmago de nós mesmos, assimilemos as lições do Evangelho e da Codificação Kardequiana, para que se nos clareie o caminho e se nos consolide a responsabilidade de viver e de agir, na edificação de nossos próprios destinos.

Para isso, saibamos refletir e servir, raciocinar e estudar.




Essa mensagem foi publicada originalmente em setembro de 1989 pela editora GEEM e é a 19ª lição do livro “”.



Simonetti, Richard

lc 20:25
Setenta Vezes Sete

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13
Simonetti, Richard
Simonetti, Richard
Marcos, 12:13-17 Lucas, 20:20-26 Mateus, 22:15-
Crescia o prestígio de Jesus naquela semana decisiva, em Jerusalém, graças aos|

prodígios que operava e aos ensinamentos que ministrava.


Depois de muito discutir quanto à maneira de neutralizar sua ação, os senhores do templo articularam nova artimanha.


Eram mestres na arte de sofísmar, de usar raciocínios ardilosos para confundir as pessoas.


Convocaram desconhecidos discípulos da escola rabínica, bem como alguns herodianos, partidários de Herodes, o príncipe judeu que governava a Galileia, e lhes confiaram uma missão.


Era muito simples, mas teria efeito devastador.


Competia-lhes fazer uma pergunta a Jesus.


Com apenas algumas palavras haveriam de lhe destruir a reputação e o comprometeríam, irremediavelmente.


A ardilosa comitiva compareceu a uma pregação.


Seus membros o ouviram atentamente, durante algum tempo e, quando surgiu o ensejo, falaram, simulando admiração:

—Mestre, sabemos que és verdadeiro e que ensinas o caminho de Deus a todos os homens, sem discriminares a ninguém. Dize-nos, então: que te parece, é lícito pagar o tributo a César?


Aparentemente inocente, era uma pergunta maliciosa.


Qualquer resposta seria comprometedora.


Se respondesse afirmativamente, ficaria desmoralizado junto à opinião pública.


Inconcebível pagar tributos aos dominadores romanos.


Feria profundamente a consciência nacional e, por vezes, fomentava rebeliões.


Como admitir o povo de Deus subjugado por aqueles gentios grosseiros e, além do mais, pagar-lhes impostos?!


Se respondesse negativamente, seria denunciado às autoridades romanas, como agitador.


Armadilha perfeita!


* * *

Mas Jesus, com a sabedoria de sempre, não se enredou.


—Por que me experimentais, hipócritas!


Em seguida pediu-lhes uma moeda.


Tratava-se de um denário, moeda que trazia a efígie do Tibério César, com a inscrição: Divus etpontifex maximus (Deus e sumo sacerdote).


O fato de portarem moedas romanas bem exprimia sua hipocrisia.


Os judeus as evitavam, porquanto exaltavam o imperador como um deus pagão, contrariando suas crenças.


Mostrando-lhes o denário que lhe fora entregue, perguntou Jesus:

—De quem é esta imagem e a inscrição?


—De César.


Jesus concluiu, magistralmente:

—Pois, então, dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.


Livrava-se do ardil aparentemente infalível com a lógica de uma resposta perfeita, que confundiu seus adversários.


A moeda tinha a efígie de César, era cunhada por César, pertencia a César...


Era, portanto, dinheiro de César.


Se os próprios inquiridores carregavam aquele dinheiro e o usavam em suas transações, implicitamente estavam aceitando a autoridade do imperador, cumprindo-lhes submeter-se às normas de Roma.


Da mesma forma, competia aos judeus pagar o imposto divino, o imposto devido a Deus, pelo dom da vida, a exprimir-se no empenho por cumprir sua vontade.


Desapontados, sem ter conseguido o seu intento, retiraram-se os membros da comitiva enviada pelos fariseus.


* * *

A sabedoria de Jesus não estava apenas em confundir seus opositores, livrando-se das armadilhas que forjavam. .


Sempre ia além, oferecendo preciosos ensinamentos.


O cristão é chamado a cumprir os regulamentos e as leis da sociedade em que vive, não por imposição do poder civil, mas por ditame da própria consciência, tanto quanto lhe compete observar as leis divinas, praticando todo o bem e evitando todo o mal.


Questiona-se: Devemos sempre respeito a César?


Não será lícito deixar de cumprir uma lei, quando fere nossos interesses?


Sob o ponto de vista evangélico, a resposta é negativa, porquanto, não obstante previsíveis limitações e falhas, as leis humanas representam um empenho de organização da vida social.


Se cada indivíduo faz as suas próprias leis, agindo de conformidade com suas conveniências, estaremos regredindo à barbárie.


E há um detalhe: quanto maior o desrespeito às leis, mais severas elas se tornam.


As pessoas alegam que sonegam impostos porque são muito pesados.


O governo faz impostos pesados para compensar a sonegação.


* * *

Só há uma situação em que somos chamados à desobediência civil: quando as autoridades nos imponham um comportamento que colide com as leis divinas.


Um militar esteve ligado aos meandros escuros do golpe militar de 1964, situando-se como inquisidor de presos políticos.


Torturava-os impiedosamente para arrancar-lhes confissões.


Quando lhe perguntaram se tinha remorsos, respondeu que não, porquanto apenas cumpria ordens.


E onde escondeu sua humanidade, o respeito ao próximo, à integridade física das pessoas, princípios elementares que devem estar presentes naqueles que se arvoram em defensores da Lei?


Certamente responderá por isso.


A intervenção dos Estados Unidos no Vietnã só acabou quando a juventude do país se mobilizou, recusando-se a participar daquela guerra suja, que, a pretexto de exaltar o direito e a justiça, apenas defendia os interesses americanos na região.


* * *

Frequentemente, quando há iniciativas governamentais que mexem com nosso bolso, ouvimos as pessoas dizerem que os governantes são uns ladrões e que deveríam ser todos fuzilados.


Não obstante, jamais moralizaremos um país apelando para a agressividade.


As soluções violentas para os problemas sociais, envolvendo revo-luções, guerras, guerrilhas, terrorismo, sempre resultaram em problemas maiores.


Os contestadores de hoje, sempre que apelam para a violência, se vitoriosos, serão os gestores de regimes indignos amanhã.


Acontece desde sempre.


* * *

Há ilustrativo axioma: Cada povo tem o governo que merece.


Sejam quais forem as condições em que assumiram o poder, os governantes são apenas representações das tendências do povo que governam.


A Alemanha de Adolfo Hitler surgiu como a materialização dos impulsos belicosos e das pretensões de superioridade racial do povo alemão.


Por isso, estaremos sempre promovendo uma inversão de valores, se pretendermos um bom governo para ter um povo bom.


Primeiro, trabalhemos por ser um bom povo, de cidadãos conscientes, participativos, observando as leis divinas para que Deus esteja presente nas leis de César.



Joanna de Ângelis

lc 20:25
Momentos de Esperança

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Conforme a narrativa de Mateus, Jesus encerrou o diálogo, no qual os adversários tentavam envolvê-lO, em torno da legalidade ou não do pagamento do tributo ao Imperador de Roma, elucidando: —"Dai, pois, a César, o que é de César e a Deus o que é de Deus. " Rico de conteúdo, o pensamento-resposta do Mestre, leva-nos a acuradas e oportunas reflexões.


César e Deus podem significar, num sentido mais amplo, o humano e o divino, ou o material e o espiritual, ou ainda, o imediato e o mediato.


Pelo impositivo das circunstâncias terrestres, o homem sempre se afadiga pela feição orgânica e social da vida, deixando de lado o seu dever de zelar pela face moral, transcendente...


Graças a isto, aplica todas as horas, ou quase-todas, aos compromissos e impositivos materiais, e, mesmo quando é obrigado ao repouso, a fim de liberar-se da fadiga, tem em mira a restauração das forças com o objetivo de continuar a faina ou o prazer, momentaneamente interrompidos.


Programa a existência como se esta não viesse a extinguir-se pela circunstância inevitável da desencarnação.


Cuida do amanhã próximo, preparando os equipamentos fisiológicos para fruir maior quinhão das conquistas fúteis, com que se ilude, intoxicando-se dos vapores das sensações desgastantes, numa volúpia ensandecedora.


Quando se vê compelido a deixar a carcaça física, ainda aí, pela falta do hábito de elevação, continua na fixação perturbadora do cadáver, que para nada mais lhe serve.


A oportunidade passa e a dor permanece.


Essa é a resposta de César, àqueles que se lhe submetem em caráter de dedicação exclusiva.


O homem, vivendo em sociedade, tem deveres para com ela, cumprindo-lhe contribuir para o seu progresso, participando ativamente do programa estabelecido.


Alienar-se, a pretexto de servir a Deus, portanto, à vida espiritual, jamais se justifica, não encontrando apoio no exemplo que o próprio Mestre ofereceu, Ele que jamais se escusava.


Participou de uma boda, santificando-a; das festas habituais do povo, não se imiscuindo nas venalidades e paixões que estas permitiam; visitou um cobrador de impostos, que O convidara, dignificando-lhe o lar; hospedou-se com a família de Betânia, inúmeras vezes, alargando o círculo da fraternidade; albergou no coração a mulher equivocada, lecionando solidariedade; esteve no Templo e na Sinagoga reiteradas vezes, sem preconceito nem desprezo, e todos os Seus atos se fizeram caracterizar pela naturalidade, discrição e honorabilidade.


Nasceu num período festivo - a ocasião do recenseamento — e morreu durante as alegrias evocativas da Páscoa, demonstrando que a vida é um poema de júbilos em nome do Amor.


Nunca, tampouco, se apartou de Deus e do dever.


Dá a tua contribuição a Deus.


Não, através de coisas ou palavras.


Sejam: a tua hora de misericórdia - o momento de Deus; o teu instante de reflexão elevada - o de união com Deus; o teu silêncio ante a ofensa — o de cooperação com Deus; a tua ação caridosa - a de contributo a Deus; a tua dedicação ao próximo - a dádiva que encaminhas a Deus; o teu sofrimento resignado - a demonstração de confiança em Deus...


Todos os teus recursos morais canalizados para a verdade e a elevação, constituam o teu concurso - oferenda a Deus.


Viver no mundo, amando a vida e servindo ao mundo sem escravidão e a Deus com emoção, eis o ideal para que o homem alcance a finalidade excelente para a qual se encontra reencarnado.



Amélia Rodrigues

lc 20:25
Primícias do Reino

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

 

“Mostrai-me uma moeda.

De quem tem a imagem e a inscrição?

E, respondendo eles, disseram: De César.

Disse-lhes, então: Dai, pois, a César o que é

de César, e a Deus o que é de Deus. ”

(Lucas, 20:24 e 25)

 

Nesse vigoroso e expressivo diálogo, defrontam-se dois reinos em litígio: o material e o espiritual. (2) A efígie de Augusto e as inscrições na moeda de trocas e de valor aquisitivo representavam o poder temporal: as hostes guerreiras vencendo cidades, as glórias efêmeras de trânsito breve, as fronteiras ensanguentadas espalhadas por toda parte, o luxo, o gozo, as ambições, o crime desenfreado, as vaidades e a morte...

O Imperador, alçado ao poder por uma série intérmina de acontecimentos imprevisíveis, estendia sua força por todos os rincões e estava presente em todo lugar. O sonido das suas moedas significava grandeza, abastança, poder.

O Sol não interrompia sua marcha sobre as terras do fulgurante império.

Jesus, no entanto, era o Príncipe de outro reino, aquele reino de paz e justiça onde a sabedoria sublima as aspirações. Imenso reino além da Terra, cujos alicerces, entretanto, se consubstanciam na argamassa da terra.

Augusto semeava o terror, o ódio, devastava...

Jesus trazia o convite enérgico e desataviado à escolha, ao dever maior do amor.

O primeiro combatia como as águias: inesperadamente, com violência, astúcia, impiedade.

O segundo semelhava-se à pomba mansa, mensageira da paz.

Os dois reinos tinham e têm bem definidas finalidades, perfeitamente delineados roteiros.

Augusto reinava; Ele, porém, viera ter com os homens para oferecer as primícias do Reino que lentamente conquistaria os amargurados e desiludidos Espíritos humanos, após os insucessos e frustrações no reino fantasista dos triunfos passageiros.

Inquirindo sobre o dono da efígie insculpida na moeda, Jesus omitia-se em reconhecer o domínio do Imperador, por ser uma autoridade que lhe era dada e não uma legítima posição, aquela que vem de Mais Alto.

Aprofundando meditações nos programas da Era Espacial, nos esquemas ultramodernos sobre a planificação da família, nos esboços ousados da Psicologia juvenil, nas arremetidas avançadas da Sociologia, que experimenta a aplicação de doutrinas perigosas, não podemos ignorar a onda avassaladora das paixões, das lutas e dos naufrágios morais.

No momento em que o homem, apesar de todas as conquistas que lhe enriquecem o parque das experiências, parece desumanizar-se, em que a volúpia da velocidade avassala todos os empreendimentos e as estatísticas apresentam índices surpreendentes nos seus diversos aspectos com a aflição que campeia infrene, sem mãos que lhe estanquem as lágrimas ou corações que se transformem em conchas vivas; desejamos, respeitosamente, testemunhar reconhecimento e afeição às células espíritas-cristãs, que se espalham, fraternalmente, abrindo suas portas à dor e ao desespero, oferecendo repouso e esperança a todos, sob a égide excelsa do Consolador.

Células que instruem, esclarecem, albergam, consolam, alimentam, iluminam, sustentam e encorajam os Espíritos atormentados, vítimas de si mesmos, do medo ou das neuroses de difícil classificação; células nas quais alguns cireneus ofertam com a própria vida as primícias daquele Reino que virá, tendo em vista o atual declínio de César, conquanto o brilho das suas últimas luzes; Reino cujas fundações há dois mil anos Ele veio lançar no sofrido solo moral do Planeta.

Pensando nesses lutadores estoicos, cristãos da última hora, naqueles sofredores que o vendaval colhe e esfacela a cada instante, e naquele outros ainda não vencidos, encorajamo-nos a alinhavar alguns pensamentos, estudos e evocações dos “ditos do Senhor” e das personagens que participam da sua mensagem, em despretensioso convite para o retorno às coisas simples, belas e profundas do Evangelho, hoje escassamente divulgadas, controvertidas, propositalmente ignoradas, violentamente combatidas...

Há falta de bálsamo evangélico nas realizações ditas cristãs da atualidade, fazendo pensar num Cristianismo ao qual falta o espírito enérgico e manso, suave e nobre do Cristo.

No justo instante em que o Cientificismo enregela os corações e comanda as mentes com vigor inusitado, a evocação de Jesus e Sua vida, Suas palavras e feitos podem ser comparados a orvalho balsâmico depositado sobre pústula ultriz em ardência cruel.

Fazer homens fortes e puros “como criancinhas” — eis a meta do Espiritismo —, tornando-os “hoje melhores do que ontem e amanhã melhores do que hoje”.

Não pretendemos realizar trabalho de exegese evangélica por nos faltarem os mínimos títulos para tão grande empreendimento.

Na literatura terrestre enxameiam “Vidas de Jesus”.

Nosso esforço alinhou algumas páginas escritas com o carinho de espírito imortal após a transposição da reveladora aduana da sepultura. Objetivamos contribuir com a gloriosa Obra Doutrinária do Espiritismo, iniciada pelo eminente mestre lionês Allan Kardec, a quem tributamos nossos profundos respeitos e homenagens pelos ingentes esforços de restaurador da “palavra de vida”, mediante o todo granítico e harmonioso da Codificação, nos tumultuados dias do século XIX e que, inalterada e atual, resiste às investidas da leviandade e da jactância dos aventureiros das questões espirituais ao longo dos tempos.

Alguns apontamentos que se alongam além das anotações evangélicas ou que apresentam comentários não insertos nos escritos da Boa-nova, extraímo-los de obras consultadas em nosso plano de atividade ou são resultado de esclarecimentos e comentários recolhidos em fontes históricas do lado de cá.

 

*

 

A semelhança dos dias em que Jesus viveu entre nós, os tempos atuais ensejam a restauração viva e atuante da Mensagem cristã, pois que, convertida em laboratório de experiências aflitivas, a Terra continua sendo campo rico de oportunidades para a vivência evangélica.

Há incontáveis portas de serviço esperando por nós.

Nestes dias de cultura e abastança pululam também a miséria física e moral aguardando socorro.

Faz-se necessário que repontem como primavera de bênçãos as sementes da esperança e surjam como antes novos “homens do caminho ”.

Esperando ter respondido ao chamado do dever, mediante a contribuição deste desvalioso conjunto de páginas, formulamos votos de êxito nas arremetidas do bem aos infatigáveis obreiros, enquanto recordamos com João que “Ele era a luz verdadeira que alumia a todo homem que vem ao mundo” (João, 1: 9), tendo a certeza de que Sua Luz, desde já, nos clareia interiormente, conduzindo-nos às sendas redentoras do Seu Reino de amor incomparável

 

AMÉLIA RODRIGUES

 

Salvador, 25 de fevereiro de 1967.


Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

lc 20:25
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 10
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 22:15-22


15. Indo, então, os fariseus, tomaram conselho como o embaraçariam numa doutrina.

16. E enviaram os discípulos deles com os herodianos, dizendo: Mestre, sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus em verdade, e não te importas de ninguém, pois não olhas os rostos dos homens.

17. Dize-nos, então, que te parece: é lícito dar o tributo a César ou não?

18. Conhecendo, porém, Jesus, a malícia deles, disse: "Por que me tentais, hipócritas?

19. Mostrai-me a moeda do tributo". Eles trouxeramlhe um denário.

20. E disse-lhes: "De quem é a imagem e a inscrição"?

21. Disseram-lhe: "De César";

Então disse-lhes: "Devolvei, pois, o de César, a César, e o de Deus, a Deus".


22. E ouvindo, admiraram-se e, deixando-o, retiraram-se.

MC 12:13-17


13. E enviaram a ele alguns dos fariseus e dos herodianos, para que o embaraçassem numa doutrina.

14. E vindo, disseram-lhe: "Mestre, sabemos que és verdadeiro e não te importas de ninguém, pois não olhas os rostos dos homens, mas ensinos o caminho de Deus em verdade; é lícito dar o tributo a César ou não? Damos, ou não damos?"

15. Vendo ele, porém, a hipocrisia deles, disse-lhes: "Por que me tentais? Trazeime um denário para que (o) veja".

16. Eles trouxeram. E disselhes: "De quem é esta imagem a inscrição"? Eles disseramlhe: De César.

17. Então Jesus disse-lhes: "O de César, devolvei a César, e o de Deus, a Deus". E admiraram-se dele.

LC 20:20-26


20. E observando, enviaram (pessoas) desleais, que fingiam ser justos, para embaraçálo em doutrina dele, de forma que pudessem entregálo ao governo e ao poder do procurador.

21. E interrogaram-no, dizendo: "Mestre, sabemos que falas certo e ensinas, e não observas o rosto, mas ensinas em verdade o caminho de Deus:

22. é-nos lícito dar o tributo a César, ou não?

23. Subentendendo, porém a astúcia deles, disse-lhes:

24. "Mostrai-me um denário. De quem tem a imagem e a inscrição"? Eles disseram: De César. 25. Ele disse-lhes: "Então devolvei o de César a César, e o de Deus a Deus".

26. E não puderam apanha na palavra dele diante do povo; e admirados pela resposta dele, calaram-se.



Tal como já lemos em Mateus (Mateus 12:14), o Sinédrio reuniu-se em Conselho (symbólyon élabon), para estudar o melhor modo de embaraçar Jesus, obrigando-O a pronunciar-Se de tal forma, que pudesse ser apanhado em armadilha, para ser condenado. A embaixada oficial do Sinédrio (fariseus, escribas e anciãos) fora posta fora de combate, com a resposta a respeito do poder de Jesus e, logo a seguir, com a alusão clara à perda do cetro religioso por parte dos judeus. Reúnem-se, então, e resolvem pegá-Lo numa emboscada que lhes pareça infalível. Mas eles mesmos não podiam voltar, porque já eram conhecidos de Jesus e do povo. Que fazer?


Resolveram mandar pessoas desconhecidas. Escolheram discípulos seus (talmidê hakhâmim), que seriam acompanhados por herodianos, que poderiam acusar logo que fosse proferida qualquer palavra ofensiva aos dominadores romanos. Eram chamados "discípulos dos fariseus" os que cursavam a Escola Rabínica, antes de obter o título final de "Rabino" (ou Rabbi). Os herodianos eram judeus fiéis a Herodes, que muita questão faziam de unir-se aos romanos, aplaudindo-os, embora os não suportassem, só para não perderem as posições conquistadas. Os fariseus eram inimigos dos herodianos, que eles desprezavam, mas decidiram unir-se a eles, para terem testemunhas insuspeitas perante as autoridades romanas.


Com efeito, a reunião chegara a esse resultado: era necessário preparar-Lhe uma armadilha tal, que O apanhassem de qualquer forma. Os verbos empregados pagideúsôsin (Mateus e Lucas) e agreúsôsin (Marcos) pertencem ao vocabulário de caça: "apanhar em armadilha ou laço" (pagís). Para isso, era mister que Jesus firmasse uma doutrina (lógos) que O comprometesse perante o procurador romano (hêgemôn, como em MT 27:2 e AT 23:24, AT 23:26), ou perante Seus seguidores.


A pergunta foi escolhida com cuidado e os emissários bem treinados.


Apresentaram-se respeitosos e dirigiram-se a Jesus dando-Lhe o título de Mestre, no sentido de "professor" (didáskale), fazendo um preâmbulo bem preparado, em que elogiavam exatamente Sua franqueza e honestidade doutrinária, Sua coragem e desassombro diante de todos, não "olhando os rostos", isto é, não tendo "respeitos humanos", sem ligar à posição social, aos cargos, à riqueza, etc. ; de tudo isso sobejas provas havia.


Embora todos os judeus pagassem os impostos e tributos aos romanos, faziam-no a contragosto. Judas o Gaulanita já pregara abertamente contra os tributos exigidos por Quirinius (cfr. Flávio Josefo, Ant. JD 18, 1, 1 e Bell. JD 2, 8, 1 e 17, 8) dizendo que isso constituía crime de lesa-majestade contra a soberania única de Deus. Não deviam os judeus pagar tributos aos homens, mas apenas o Templo tinha direito de cobrá-los, porque era a representação de Deus.


A questão, portanto, foi sobre a liceidade do pagamento do tributo. Que eram obrigados a pagar, não havia dúvida. Mas diante da consciência, era lícito? Dizer SIM, incompatibilizaria Jesus com todos os judeus, que o desacreditariam como o messias. Dizer NÃO era a condenação certa como revoltoso contra Roma, e lá estavam os herodianos para testemunhar contra Ele.


A pergunta foi feita de forma a só poder ter duas respostas: sim ou não. Impossível escapar: "é-nos lícito dar o tributo a César, ou não? Damos ou não damos"?


Jesus percebe a malícia e o declara: "por que me tentais, hipócritas"?


Começa, então, a preparar a resposta, numa dialética perfeita. Pede uma prova concreta: quer ver a moeda do tributo (e aqui se percebe a ironia).


As "regras do jogo" exigiam que, mesmo se Ele a tivesse consigo, devia pedir que a prova fosse trazida pelos adversários. Trouxeram-na.


Vem a segunda investida. Jesus estava farto de saber que a imagem ou efígie (eikôn) era de César, assim como a inscrição (epigraphê). Mas ainda aqui era preciso que eles o dissessem. E disseram: "é de César". Jesus os tinha na mão: o adversário confessava que a moeda do tributo (o denário) era romana.


Tudo estava pronto para a resposta. E Jesus calmamente conclui:

—Então devolvei o que é de César a César, e o que é de Deus, a Deus!


Traduzimos apódote por "devolver", sentido real, sem dúvida muito melhor que o dai das traduções correntes.


Com essa resposta, que nenhum deles esperava, Jesus estabeleceu irrecusavelmente a doutrina do respeito à autoridade civil legitimamente constituída, tema que seria desenvolvido mais tarde por Paulo, na carta aos romanos 13:1-3.


Anotemos que a palavra alêthês ("verdade") é empregada, nos sinópticos, apenas neste trecho, embora João a use com larga frequência. Também o termo de Marcos (agreúsôsin) é hápax neotestamentário.


Diante dessa resposta, os emissários "murcharam" e não mais puderam abrir a boca. Mas intimamente admiraram Sua sabedoria. E retiraram-se, olhando uns para os outros...


Só tinham mais um recurso: era confiar a missão aos saduceus, que tentariam ver se O confundiam.


Vê-lo-emos no próximo capítulo.


Perfeitas todas essas deduções. Procuremos meditar.


A "moeda do tributo", cunhada no metal, representa o corpo humano, moldado em células de matéria orgânica. Tem, pois, a efígie de seu possuidor, e seu nome em epígrafe. Ora, se o corpo possui gravado a imagem da personalidade, é porque pertence a ela, e a esse corpo devem ser prestados os serviços de que ele carece. Nada do que lhe pertence deve ser-lhe negado.


No entanto, o Espírito, "partícula" divina, tem sua parte. E não será lícito prejudicar um em benefício do outro. Nem tirar de César (do corpo) para dar ao Espírito, nem tirar de Deus (o Espírito) para dar ao corpo.


A divisão é nítida: devolver ao corpo tudo o que este nos tiver dado de experiências e lições, e tratá-lo com o cuidado de que necessitar. Mas sem lesar a parte devida ao Espírito.


Daí o equilíbrio indispensável em nosso comportamento, sem exageros nem para um lado nem para o outro. Porque, no final das contas, o Espírito é que se condensou no corpo: a autoridade divina é que se manifesta em César.


Outra lição que podemos aprender, refere-se aos grupos. Muito comum que se misturem negócios de César nos setores divinos. Em outros termos, que as instituições espiritualistas se fundamentem no reinado de César.


Lógico que, estando num planeta material, cujo valor de troca é a moeda de César, as organizações espiritualistas necessitem dessa parte para atuar no mundo. Mas pensamossalvo erro - que essa parte deva ser conquistada "com o suor do rosto", e não constituída apenas pelo resultado de apelos e doações. Daí acharmos que todas as agremiações que tratam do Espírito deveriam possuir a látere uma indústria puramente comercial que sustentasse a obra, onde trabalhariam dando seu tempo e seu esforço os dirigentes da obra, mas sem que houvesse mistura de uma em outra (1).


(1) Pondo em prática esse pensamento, dirigimos, para sustentar nossas publicações, a revista, etc., uma Agência de Publicidade, cujo lucro reverte para cobrir o déficit das edições. O mesmo ocorre, por exemplo, com o "Lar Fabiano de Cristo", que sustenta milhares de crianças através da CAPEMI (Caixa de Pecúlio dos Militares-Beneficente), onde os diretores de ambas trabalham sem perceber nenhum salário.


A ideia de "fazer caridade" na dependência da "caridade" dos outros, pode ser cômoda e até pode estar certa. Mas não "sentimos" assim, por acharmos que, da mesma forma que, com nosso trabalho provemos a alimentação física de nossos filhos, também com nosso trabalho devemos prover a alimentação espiritual de nossos irmãos.


* * *

Mas cremos que a lição principal é puramente simbólica e mística, não literal nem alegórica.


Vimos que a moeda, que tem duas faces, traz o cunho de uma personalidade: a efígie que retrata a criatura que foi plasmada pelo Espírito. Além da efígie aparece a inscrição (epígrafe), com o nome atribuído a essa personagem no curso da evolução no planeta Terra.


Ora, a personagem é a condensação do Espírito, e o representa na Terra, tal como a moeda é a condensação de um valor convencional, garantido pela autoridade e poder da pessoa cuja imagem nela se encontra gravada. E tal como a moeda passa de mão em mão, sempre adquirindo benefícios para quem a possua, assim a personagem vai de contato em contato, comprando experiências para o Espírito, que a criou e possui.


O valor da moeda, convencional, está inscrito nela. Assim o valor do Espírito também se encontra manifesto na personagem: ora elevado, ora baixo. De acordo com a evolução do Espírito, assim será o valor gravado na personagem. Daí podermos avaliar mais ou menos um, pela expressão do outro.


Lógico que a moeda não é César, mas o representa. Assim, embora sendo a condensação do Espírito, a personagem não é ele, mas apenas o representa, materializado no mundo.


Temos, então, três graus, sobre os quais fala o Mestre: a moeda, César e Deus. Assim também temos três graus nessa simbologia: a personagem, a individualidade e o Deus-Imanente-Transcendente.


A moeda, em si mesma, nada vale, pois seu valor é somente convencional e transitório, tal como as personagens humanas, que como meteoros passam sobre a Terra, muitas vezes atribuindo-se um valor que não possuem absolutamente... A individualidade (César) tem valor bem maior pois constitui a garantia subjacente do valor da moeda (personagem). À individualidade devemos restituir aquilo que lhe pertence: as experiências adquiridas, o aprendizado conquistado. Mas o Supremo Bem, a Verdade total, e a Beleza Perfeita, Deus, jamais pode ser omitido.


Vale a moeda (personagem) só enquanto tem, entre os homens, o curso garantido pela individualidade eterna. Mas o que valoriza esta é a Centelha Divina, que a sustenta, constituindo-lhe a essência profunda.


Compreendemos, portanto, a lição nesse sentido muito mais amplo, nesse nível muito mais elevado. É mister que jamais deixemos de devolver, por meio da personagem (moeda) o tributo devido à indivi dualidade (César) e o tributo devido a Deus: vida espiritual absoluta, na qual a personagem terrena (moeda) simboliza apenas o "meio-de-troca" ou a expressão-do-tributo.


lc 20:25
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 22
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 23:2


2. Começaram, pois, a acusá-lo, dizendo: Encontramos este corrompendo nosso povo e proibindo de pagar tributo a César, e dizendo ser ele um rei ungido.

JO 18:29-32


29. Saiu então Pilatos para fora até eles e disse: Que acusação trazeis contra este homem?

30. Responderam-lhe e disseram: Se não fosse ele malfeitor, não to entregaríamos.

31. Disse-lhes então Pilatos: Tomai-o vós e julgaio segundo vossa lei. Disseram-lhe os judeus: Não nos é licito matar ninguém.

32. Para que se cumprisse o ensino que Jesus disse, revelando de que espécie de morte devia morrer.



João acompanhou de perto os passos de Jesus, tendo assistido pessoalmente às cenas que descreve; em vista disso, sua narrativa contém mais pormenores, que lhe emprestam vivacidade, ganhando em precis ão e colorido.


Em sua qualidade de governador, era impossível a Pilatos satisfazer-se em ratificar a sentença do Sinédrio; imprescindível estudar a questão de competência e o grau de culpabilidade do acusado, a fim de instruir o processo dentro do, preceitos legais da justiça romana.


Acedendo ao que solicitavam as autoridades eclesiásticas dos judeus, saiu do Pretório à sacada do prédio, a fim de não coagi-los a entrar em ambiente que os fizesse adquirir impureza legal. Fora, indagou qual a acusação que faziam. As autoridades israelitas tentam ver se conseguem uma simples ratificação da sentença por eles proferida, indiretamente solicitando que o governador confie no julgamento do Sinédrio: "se não fora malfeitor, não to entregaríamos".


Ora, se a culpa se limitasse a um simples caso policial, cujos resultados não fossem graves, o próprio Sinédrio tinha poderes para resolver. Mas se envolvesse pena grave, como sentença de morte, então a competência seria sua. Diante da afirmativa audaciosa de que a sentença do Sinédrio havia sido proferida.


Pilatos resolve ironicamente o caso que eles mesmos executem a sentença. Por que deveria ele assumir o encargo de condenar por inocente? Para que mais uma vez eles o denunciassem a Roma por causa de execuções ilegais?


Surpresos com a "saída" inteligente do governador, os sacerdotes judeus abrem o jogo e se descobrem: " não podemos matar ninguém". Tratava-se, pois, de uma condenação à morte e precisavam da autoriza ção de Pilatos. Então o delito era grave e a competência era do governador. Restava resolver a questão da culpabilidade, e esta exigia a audiência, sendo ouvido o réu, dando-se-lhe oportunidade ampla de defesa, segundo as leis romanas.


Em Lucas encontramos que, diante de Pilatos, os judeus não falaram de blasfêmia, mas limitaram-se a acusar Jesus como agitador de massas ou como hoje se diria, "subversivo", que preparava uma revolução contra Roma, inclusive aconselhando o povo a não pagar impostos a César, o que constituía deslavada mentira (cfr. MT 17:24-27 e LC 20:20-26), mesmo porque tinha, entre seus discípulos, um cobrador de impostos, que era Mateus, e rendera homenagem, elogiando-o, a um chefe de cobradores, Zaqueu.


Dizem mais: que Jesus dizia ser um "rei ungido" (basiléa chrístos), que as traduções vulgares dão como "Cristo rei". Ora, naquela época, a palavra christós expressava a unção real, e não o sentido que hoje lhe damos. No máximo poderia exprimir o caráter messiânico, de "ungido" para a missão espiritual soteriológica.


Disso nos dão conta os próprios textos do Antigo Testamento, que, na língua hebraica trazem o vocábulo moshâh ou mashàh, "ungir" e mashiàh, "ungido", transliterado para o português como messias, raiz que constituiu o nome moshê, (Moisés) que significa "o enviado". Ora, a não ser o último que foi transliterado para o grego como nome próprio (quando seria mais um título), todos os outros passos foram traduzidos pelos LXX como christós, ou seja, "ungidos".


E essa unção com azeite era aplicada não apenas aos reis, como também aos sacerdotes, como se diz de Aristóbulo (2. º Mac. 1:10) e mesmo de Ciro, que nem israelita era, mas persa (IS 45:1). Mas o "ungidos" (christós) eram constantemente citados, nada tendo que ver com o sentido atualmente atribu ído à palavra Cristo (cfr. : 1SM 2:10, 1SM 2:35; 12:3, 5; 16:6; 24:7 (2 x); 26:9, 11, 16, 23; 2SM 1:14-16; 19:21; 22:51; 23:1; 1CR. 16:22; 2CR 6:42; Salmos, 2:2; 18:50; 20:6; 28:8; 84:9; 89:38, 51; 105:15; 132:10, 17; EC 46:22; Lament. 4:20; DN 9:25, DN 9:26; e Hab. 3:13).


Então não podemos, honestamente, traduzir aqui basiléa christós por "Cristo rei", mas apenas como" um rei ungido", ou seja, divinamente consagrado.


João esclarece aos leitores, dentro das possibilidades de divulgação esotérica, que Jesus havia revelado a Seus discípulos qual a "espécie" de morte que deveria sofrer, para conquista de Seu novo grau iniciático.


Esse último versículo constitui verdadeira revelação para quem tenha olhos de ver, ouvidos de ouvir e coração de entender. Dentro da lógica mais rígida, racional e espontânea, esse versículo está sobrando no contexto. Não houve nenhuma alusão a qualquer gênero específico ou qualidade especial de morte, O único aceno feito, foi a frase dos sacerdotes: "não nos é lícito matar ninguém". Por que, depois disso, essa intromissão extemporânea: "para que (hiná) o ensino de Jesus (ho lógos toú Ièsoú) se cumprisse (plèrôthei), o qual disse revelando (hón eípen sêmaínôn) de que espécie de morte (poiôi thánatôi) devia morrer (emellen apothnêskein)".


Essa frase não se refere ao modo ou ao gênero de morte, isto é, se se trataria de morte natural ou violenta, se de doença, de fome, decapitado ou crucificado, pois nesse contexto não se fala em crucificação.


Se prestarmos atenção aos termos, verificamos; que se fala da espécie ou qualidade (poiôi) de morte, ou literalmente "de qual morte".


Considerando-se que a morte, no sentido corrente, é de uma só espécie, ou seja, é constituída pela separação realizada entre a alma (psychê) e o corpo (sôma), temos que procurar o sentido desse "ensino de Jesus", que parece ter-se afastado exatamente do sentido normal e corriqueiro: o Mestre falou de outra "espécie" de morte.


Plutarco (Morales, 942 f) esclarece o pensamento da época quando escreve: "a primeira morte (thánatos) separa a alma (psychê) do corpo (sôma); a segunda morte (thánatos) separa a mente (noús) da alma (psychê)". O mesmo autor fala da iniciação (teleutãn) com essas mesmas palavras (cfr. Crasso,

25) e o mesmo é dito por Dionísio de Halicarnasso (Antiquitates Romanae, 4,76).


Ora, em todos os ritos iniciáticos de todas as Escolas, inclusive até hoje na Maçonaria, houve e há a compreensão de duas mortes. E René Guénon ("Aperçus sur l"Initiation", Paris, 1953, pág. 178) escreve: "A morte iniciática excede as contingências inerentes aos estados particulares do ser e tem, por consequência, valor profundo e permanente do ponto de vista universal". E prossegue em suas considerações, firmando o sentido da palavra "morte" como exprimindo "toda mudança de estado, que sempre constitui duplo processo: morte para o estado antecedente e nascimento no estado consequente".

portanto, a morte do iniciado expressa o abandono da vida profana para que se nasça à vida espiritual, que é justamente a espécie de morte que ocorre na iniciação ao terceiro grau da Maçonaria e na "ordenação sacerdotal" na igreja católica.


O candidato à iniciação deve passar pela escuridão total, antes de penetrar na verdadeira luz espiritual.


E vimos que, durante a crucificação de Jesus, os evangelistas falam nas trevas que ocorreram (MT 27:45, MC 15:33 e LC 23:44) além do que narram seu encerramento no túmulo de pedra, durante o qual se deu - como sempre ocorria nas verdadeiras iniciações - a descida ao hades. Só depois disso o iniciado se erguia (ressurreição) como nova criatura, totalmente libertado dos laços materiais densos. Essa era a primeira morte e esse o segundo nascimento, embora se realizasse, mais tarde, a segunda morte e o terceiro nascimento, quando se abandonava esse segundo estado (plano psíquico) para renascer no terceiro estado (plano espiritual), que então constituía a libertação total não apenas da matéria densa, mas até mesmo do psiquismo, com domínio absoluto sobre os corpos inferiores; e isso também ocorreu com Jesus, na conhecida cena da ascensão.


Tudo isso, consta das páginas do Novo Testamento, confirmando nossa interpretação.


A morte iniciática era, portanto, de uma espécie diferente da morte comum. Os egípcios a denominavam "morte de Osíris" e, para realizar esse rito da pseudo-morte construíram algumas das pirâmides (a de Khéops, por exemplo). E só essa construção bastaria para demonstrar-nos o alto valor espiritual que era atribuído a esse rito.


Já estudamos um caso desses em o Novo Testamento (vol. 6, que convém reler e reestudar), ocorrido com Lázaro.


Mas não parou aí o ensino dessa espécie de morte, pois nas cartas de Paulo (anteriores, no tempo, à redação dos Evangelhos) encontramos vários trechos. alusivos a esse rito. Bastar-nos-á, como comprovação, citar alguns.


Aos ROMANOS 6:2-3: "Nós, que já morremos ao erro (ilusão), como viveremos ainda nele? Porventura ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, fomos mergulhados em Sua morte? Fomos, pois sepultados com ele na morte pelo mergulho, para que, como Cristo se levantou dos mortos pela substância do Pai, assim também nós caminhemos em novidade de vida. Se a ele fomos unificados na semelhança de Sua morte, também o veremos, certamente, em Seu reerguimento, reconhecendo isso: que o homem velho foi crucificado com ele, para que seja destruído o corpo do erro (o corpo da ilusão), a fim de que não sirvamos mais ao erro (à ilusão da carne). Porque, o que morreu, está justificado do erro. Mas, se já morremos com Cristo, vemos que também vivemos com ele, sabendo que, já que Cristo se levantou dos mortos, ele já não morre mais, pois a morte não o domina mais. Pois morrer, Ele morreu uma só vez ao erro, mas viver, Ele vive para Deus (para o Espírito).


Assim, vós também, compreendei estar mortos ao erro (à ilusão), mas vivos para Deus (para o Espírito), em Cristo Jesus".


Aos CORÍNTIOS (1. ª, 15:45-47): "O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente, o último Adão em espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, e, sim, o animal, e depois o espiritual: o primeiro homem é da terra, é terreno; o segundo homem é do céu".


E mais: "Por isso não fraquejamos: mas embora em nós se destrua o homem exterior, o homem interior se renova dia a dia" (2. ª, 4:16).


Aos EFÉSIOS 2:14-3: "Pois Ele (Jesus) é nossa Paz, Ele que dos dois fez um e destruiu o muro da separação, a oposição, pois aboliu em sua carne a lei dos mandamentos contidos nos preceitos, para que, dos dois Ele criasse em Si mesmo um homem novo, fazendo assim a paz, e reconciliasse ambos num só corpo, com Deus, por meio da cruz, tendo por ela matado a oposição".


Aos COLOSSENSES: "Se morrestes com Cristo (2:20) e fostes reerguidos juntamente com Cristo, buscai as coisas de cima (3:1). Pois morrestes, e vossa vida está escondida com Cristo em Deus. (3:3)".


Podemos entrever, nas entrelinhas, o ensino de Jesus a que se refere João: o Mestre ensinou-lhes a "espécie de morte" a que se submeteria, a morte iniciática, em que separaria temporariamente a psychê do sôma, com a descida ao hades, e depois regressaria ao sôma já vencedor e como nova criatura.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lucas Capítulo 20 do versículo 1 até o 47
B. O ENSINO DIÁRIO NO TEMPLO, 20:1-21.4

  • A Autoridade de Jesus é Questionada (20:1-8)
  • Para uma discussão detalhada a respeito deste episódio, veja os comentários sobre Mateus 21:23-27.

  • A Parábola dos Lavradores Perversos (20:9-18)
  • Para uma discussão detalhada a respeito desta parábola, veja os comentários sobre Mateus 21:33-46.

  • "Dai ... a César ... e dai a Deus" (20:19-26)
  • Para uma discussão a respeito do ensino contido no versículo 19, veja os comen-tários sobre Marcos 12:12. Para os versículos 20:26, veja os comentários sobre Mateus 22:15-22.

    Maclaren tem um excelente esboço sobre a questão do versículo 24: "De quem tem a imagem e a inscrição?" Enfatizando o pensamento de que o homem tem estampada em sua alma a imagem de Deus, ele destaca estes três pontos:

    1) A imagem estampada no homem e a conseqüente obrigação;

    2) A deformação da imagem e o gasto incorreto da moeda;

    3) A restauração e o aperfeiçoamento da imagem deformada.

  • Os Sete Maridos e a Ressurreição (20:27-40)
  • Veja os comentários sobre Mateus 22:23-33. Lucas faz um pequeno acréscimo à ver-são de Mateus no versículo 36: Porque já não podem mais morrer, pois são iguais aos anjos e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição. Em paralelo a esta afirmação completa, Mateus diz simplesmente: "Mas serão como os anjos no céu". O casamento não mais será necessário após a ressurreição, pois todos os homens serão imortais. O propósito do casamento é repovoar a terra, substituir os que morrem; após a ressurreição, as pessoas não mais morrerão, e assim não precisarão ser substituídas. Iguais aos anjos, significa igualmente imortais.

    E, respondendo alguns dos escribas, disseram: Mestre, disseste bem (39). Veja os comentários sobre Marcos 12:32-34a. O relato de Lucas é uma abreviatura do episódio que Marcos descreve com mais detalhes.

    E não ousavam perguntar-lhe mais coisa alguma (40). Veja o comentário sobre Marcos 12:34b.

  • Filho ou Senhor de Davi? (20:41-44) Veja os comentários sobre Mateus 22:41-45.
  • "Guardai-vos dos Escribas" (20:45-47)
  • Estes três versículos em Lucas são um resumo do discurso de Jesus a partir do qual Mateus compôs seu "capítulo das aflições". Veja os comentários sobre Mateus 23.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Lucas Capítulo 20 versículo 25
    Conforme Rm 13:7.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Lucas Capítulo 20 do versículo 1 até o 47
    *

    20:1

    e a evangelizar. Jesus estava trazendo as boas novas de Deus e, ao mesmo tempo, seus inimigos estavam conspirando contra ele.

    principais sacerdotes... escribas... anciãos. Parece ser uma delegação do Sinédrio.

    * 20:2

    estas coisas. Coisas tais como expulsar os vendilhões do templo.

    * 20:3-4

    Jesus não estava evitando a pergunta deles, pois João tinha testemunhado que Jesus era o Messias. Se eles respondessem à pergunta de Jesus, teriam a resposta à deles.

    * 20:5-6

    Notar que eles não estavam preocupados com a verdade, mas com as conseqüências de suas possíveis respostas.

    * 20:7-8

    Jesus não falará a respeito de autoridade a homens que se recusam a responder a uma importante questão religiosa, resposta que eles já conheciam.

    * 20.9-12

    Os lavradores são uma vívida figura da nação que, persistentemente, rejeitar os mensageiros de Deus que lhe foram enviados, para chamá-las ao arrependimento.

    * 20:13

    Normalmente, um proprietário, diante da recusa do pagamento do aluguel, e dos maus tratos dados aos seus mensageiros, teria adotado medidas drásticas. Mas assim como este proprietário continua dando aos lavradores arrendatários a oportunidade de se arrependerem, assim Deus continua estendendo a mão aos pecadores.

    * 20:14

    Este é o herdeiro. Os lavradores já tinham recusado reconhecer um proprietário pelo pagamento do aluguel, e parece que calculavam que, tirando o herdeiro do caminho, poderiam estabelecer seu próprio direito à vinha. Jesus está ressaltando que a nação se comportara de forma ultrajante diante de Deus.

    * 20:17

    Jesus cita Sl 118:22, que prevê uma inversão total dos valores aceitos.

    principal pedra, angular. Lit. “a cabeça da esquina”. Pode ser uma pedra grande, lançada na esquina, que determina a posição de duas paredes. Ou pode ser a pedra de cima da esquina, que serve de amarração para a construção.

    * 20:19

    Os mestres religiosos eram hostis a Jesus, mas não podiam encontrar um meio legal de causar-lhe dano.

    * 20:20

    do governador. Os “emissários” claramente esperavam que Jesus dissesse alguma coisa que levaria os romanos a prendê-lo.

    * 20:21

    A abordagem lisonjeira, sem dúvida, era um meio de levar Jesus a abrir a guarda.

    * 20:22

    é lícito. Isto significa “está de acordo com a lei de Deus?” (isto era exigido pela lei romana). Do ponto de vista dos interrogadores, a resposta tinha de pôr Jesus em desacordo ou com os romanos ou com os judeus, que se ressentiam da cobrança de impostos.

    * 20:24

    denário. Jesus pediu uma moeda de prata que era própria para pagar o imposto, moeda aproximadamente equivalente ao pagamento de um dia de trabalho (15.8, nota). Ela trazia uma imagem do imperador com seus títulos de honra. Só havia uma resposta para a pergunta de Jesus, e ela abriu o caminho para uma inesperada resposta. Jesus não pôde ser acusado de deslealdade nem aos judeus nem aos romanos. Ele tornou claro que há deveres próprios para com Deus, mas também deveres para com o estado.

    * 20:27

    saduceus. Lucas menciona os saduceus somente aqui. Nenhum dos escritos deles sobrevive, por isso só os conhecemos através de seus oponentes. Eles eram conservadores e aristocratas e contavam os sumos-sacerdotes entre os de sua classe. Rejeitavam a tradição oral dos fariseus e não encontravam base para a doutrina da ressurreição no Antigo Testamento.

    * 20.28-33

    Quando um judeu casado morria sem filho, exigia-se que seu irmão se casasse com a viúva, e o primeiro filho se tornava herdeiro do falecido (Dt 25:5-10). Os saduceus pensavam claramente que esta história deles tornaria ridícula a doutrina da ressurreição.

    * 20.34-36

    Os saduceus achavam que se houvesse uma vida após a morte, seria algo semelhante a uma repetição desta vida. Jesus nega isto. O casamento é uma parte essencial desta vida, mas não da vida futura; portanto, a pergunta dos saduceus era inválida.

    * 20:36

    são iguais aos anjos. Na ressurreição haverá uma mudança de natureza, e os crentes terão seus corpos ressurretos como o do Cristo ressurreto (1Co 15:35-58, nota). O ponto de Jesus aqui não é que os seres humanos serão exatamente como os anjos, porém, que o modo de existência dos anjos — em particular sua imortalidade — proporciona uma pista para a existência dos crentes na pós-ressurreição, pois também eles serão imortais (1Co 15:42,52-55). O casamento e a procriação não serão mais necessários nem apropriados a corpos imortais. Ver “Ressurreição e Glorificação”, em 1Co 15:21.

    * 20:37

    no trecho referente à sarça. Antes da divisão em capítulos e versículos, as passagens nas Escrituras eram mencionadas por seu conteúdo. Jesus busca — numa bem conhecida parte das Escrituras (Mc 12:26, nota) — uma interessante prova de que o homem vive depois desta vida.

    * 20:41

    Como podem dizer. Gerações anteriores foram consideradas maiores e mais sábias do que a geração atual e isto abriu o caminho para Jesus fazer uma pergunta própria. Por definição popular, Davi era mais importante do que qualquer de seus descendentes. Como poderia Davi chamar o Messias de seu “Senhor” (Sl 110:1)? Jesus está ensinando que o Messias não é simplesmente o Filho de Davi; ele é o Filho de Deus e, assim, Senhor de Davi. A Messianidade de Jesus pode ser entendida, em parte, a partir deste título “Filho de Davi”, porém há outros aspectos também. Ele não pode ser olhado simplesmente como outro “Davi”, uma mera repetição.

    * 20.45-47

    Ver nota em Mc 12:40.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Lucas Capítulo 20 do versículo 1 até o 47
    20.1-8 Este grupo de líderes quis desfazer-se do Jesus, de maneira que trataram de apanhá-lo com sua pergunta. Se Jesus dizia que sua autoridade vinha de Deus, se abertamente estabelecia que era o Messías e o Filho de Deus, acusariam-no de blasfêmia e o levariam a julgamento. Jesus não se deixou apanhar, em troca, voltou a pergunta em seu contrário. Isto pôs ao descoberto as intenções que tinham e evitou que caísse na armadilha.

    20.9-16 É fácil identificar aos personagens desta parábola. Inclusive os líderes religiosos o compreenderam. O dono da vinha é Deus, a vinha é o Israel, os lavradores são os líderes religiosos, enviado-los do dono são os profetas e sacerdotes que Deus enviou ao Israel a denunciar seus pecados, o filho é o Messías, Jesus, e os outros são os gentis. A parábola do Jesus respondeu de forma indireta a pergunta dos líderes religiosos a respeito de sua autoridade. Além disso, fez-lhes ver que Sabia que planejavam matá-lo.

    20.17-19 Ao citar o Sl 118:22, Jesus demonstrou aos incrédulos líderes que inclusive seu rechaço estava profetizado nas Escrituras. Passar por cima a pedra angular foi perigoso. Uma pessoa poderia tropeçar ou ser esmiuçada (julgada e castigada). Os comentários do Jesus eram velados, mas os líderes religiosos não tiveram dificuldade em interpretá-los. Quiseram prendê-lo imediatamente.

    20.20-26 Jesus aproveitou o intento de seus inimigos ao querer apanhá-lo e lhes deu uma lição poderosa: Os seguidores de Deus têm obrigações legítimas para O e os governantes. Mas o mais importante é manter invariáveis nossas prioridades. Quando ambas as autoridades estão em conflito, nossa obrigação por volta de Deus sempre estará antes que nossa obrigação para as autoridades.

    20:21 Estes espiões pretenderam ser homens sinceros ao adular ao Jesus antes de lhe expor sua pergunta enganosa, esperando tomá-lo por surpresa. Mas Jesus sabia o que tramavam e se manteve à margem de sua armadilha. Cuide-se da adulação. Com a ajuda de Deus, pode-a detectar e manter-se afastado da armadilha que freqüentemente lhe segue.

    20:22 Sem esta dúvidas era uma pergunta comprometedora. Os judeus estavam furiosos por ter que pagar impostos a Roma, desta maneira sustentavam a um governo pagão e a seus deuses. Odiavam o sistema onde se permitia que os cobradores de impostos pedissem exorbitantes somas e ficassem com o excedente. Se Jesus dizia que deviam pagar impostos, poderiam-no chamar traidor a sua nação e a sua religião. Em troca, se dizia que não, informariam a Roma que era um rebelde. Os inquisidores do Jesus pensaram que esta vez o tinham apanhado, mas se equivocaram.

    20:24 Um denario era o pagamento usual para um dia de trabalho.

    20.27-38 Os saduceos, um grupo de líderes conservadores, honravam sozinho o Pentateuco (de Gênese ao Deuteronomio) como as Escrituras. Além disso, não acreditavam na ressurreição dos mortos porque não encontravam menção disto no Pentateuco. Os saduceos decidiram apanhar ao Jesus, assim que lhe expuseram uma pergunta que sempre deixava perplexos aos fariseus. depois de responder o relacionado com o do matrimônio, Jesus respondeu a pergunta central a respeito da ressurreição. Apoiou sua resposta nos escritos do Moisés, uma autoridade que respeitavam, quem afirmou acreditar na ressurreição.

    20.34, 35 A declaração do Jesus não significa que a gente não reconhecerá a seus familiares no céu. Simplesmente denota que não devemos pensar do céu como uma extensão da vida que já conhecemos. Nossa relação nesta vida a limita o tempo, a morte e o pecado, mas Jesus afirma que as relações serão diferentes das que usamos aqui e agora.

    20.37, 38 Os saduceos vieram ao Jesus com uma pergunta capciosa. Como não acreditavam na ressurreição, queriam que dissesse algo refutável. Mesmo assim, Jesus não evitou nem menosprezou sua pergunta. Respondeu-a e foi mais à frente, ao verdadeiro assunto. Quando a gente lhe faça perguntas comprometedoras sobre religião, por exemplo: "Como um Deus amoroso permite que a gente se mora de fome?" "Se Deus souber o que vou fazer, tenho liberdade para escolher?", siga o exemplo do Jesus. Primeiro, responda a pergunta fazendo uso do melhor de sua capacidade, logo descubra o verdadeiro problema, por exemplo, dor tragédia pessoal ou dificuldade para tomar decisões. Muitas vezes a pergunta se expõe a maneira de prova, não para comprovar sua capacidade em responder perguntas difíceis, mas sim de sua disposição para ouvir e emprestar atenção.

    20.41-44 Os fariseus e saduceos fizeram suas perguntas. Agora Jesus troca as posições e lhes faz perguntas que vão direto à medula do assunto: O que pensavam a respeito da identidade do Messías? Os fariseus sabiam que o Messías seria um descendente do Davi, mas não compreenderam que as Escrituras também diziam que seria mais que um descendente humano, seria Deus encarnado. Jesus se referiu ao Salmo 110:1 para lhes mostrar que Davi mesmo reconheceu que Jesus seria Deus e homem. Os fariseus só esperavam um legislador humano que restaurasse a grandeza do Israel como nos dias do Davi e Salomão.

    O assunto chave da vida radica no que acreditam a respeito do Jesus. Se antes não se decide acreditar que Jesus é o que diz ser, outros assuntos carecem de relevância. Os fariseus e saduceos não poderiam fazê-lo e continuar divididos e confundidos em relação com sua identidade.

    20.45-47 Os escribas amavam os benefícios associados com sua posição e algumas vezes extorquiam aos pobres a fim de obter maior proveito. Cada tarefa tem sua recompensa, mas esta não deve chegar a ser mais importante que cumprir nosso trabalho com dedicação. Deus repreenderá às pessoas que usam sua posição de responsabilidade para enganar a outros. Qualquer recurso que lhe tenha crédulo, use-o para ajudar a outros e não só para seu proveito.

    20:47 Que estranho pensar que os líderes religiosos receberão o maior castigo. Mas é que atrás de sua aparência de santidade e respeitabilidade, eram arrogantes, ardilosos, egoístas e pouco compassivos. Jesus pôs ao descoberto seus corações malvados. Mostrou que apesar de suas palavras piedosas, passavam por cima as leis de Deus e faziam o que melhor lhes convinha. As obras religiosas não anulam o pecado. Jesus disse que a estes líderes os espera a sentença mais severo de Deus, porque deviam viver como exemplos de misericórdia e justiça.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Lucas Capítulo 20 do versículo 1 até o 47
    C. CONFLITO com os governantes da nação (20: 1-47)

    Como o tempo para a crucificação se aproximou, o conflito entre Cristo e Seus inimigos irrompeu com maior freqüência e violência. Nesta seção se trata em foco. Do Evangelho de Marcos julgamos que todos os eventos relacionados nos capítulos Lc 20:1 e Lc 21:1)

    1 E sucedeu que, em um dos dias, como ele estava ensinando o povo no templo, e pregando o evangelho, veio em cima dele os principais sacerdotes e os escribas, com os anciãos; 2 e falaram, dizendo-lhe: Dize-nos: Com que autoridade fazes estas coisas?ou quem é que te deu tal autoridade? 3 E ele, respondendo, disse-lhes: Eu também irá lhe fazer uma pergunta; e me diga: 4 O batismo de João era do céu, ou dos homens? 5 E pensavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, ele dirá: Por que vocês não acredita nele? 6 Mas, se dissermos: Dos homens; todo o povo nos apedrejará, pois está convencido de que João era profeta. 7 E eles responderam que não sabiam de onde era . 8 E Jesus disse-lhes: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.

    Para discussão mais detalhada sobre este incidente veja as notas sobre Mt 21:23 e Mc 11:27 . Nesta fase Lucas segue a outros dois sinóticos mais de perto do que em qualquer outro ponto em seu Evangelho.

    Os itens peculiares a narração de Lucas são poucos e escassos. No primeiro verso ocorre um expression- tipicamente Lucas pregando o evangelho . Isso tudo é uma palavra na greco evanglizomenou , evangelizando. Lucas usa este verbo dez vezes no livro de Atos. Evangelismo foi um dos interesses fundamentais do presente grego, que estava emocionado que o evangelho foi oferecido gratuitamente a todos os homens de os gentios, assim como os judeus, os pobres, bem como os ricos, os "publicanos e pecadores", bem como a escribas e fariseus. Nesse momento ele nunca deixou de se maravilhar, e sobre isso ele escreveu com entusiasmo.

    No versículo 6 no lugar de "mas temeram o povo" (Mc 11:32 ), Lucas tem todo o povo nos apedrejará . Isso mostra algo do sentimento das pessoas comuns em relação a seus líderes hipócritas. As pessoas, especialmente se ressentia crítica eclesiástica de João Batista. Por mais de três séculos 1srael tinha sido sem um profeta. Parecia que Deus jamais falaria novamente. Mas, agora, um verdadeiro profeta tinha subido na pessoa de João. As pessoas estavam prontas para ligar seus líderes por não aceitar João. Os sinedristas sabia que eles não se atreveu a negar a autoridade divina do Batista. Mas eles não afirmam isso. Então, eles responderam que não sabiam (v. Lc 20:7 ). Plummer observa: "Esta confissão vergonhosa e desonesta é se destacou alguns dias mais tarde pela sua resposta a Pilatos:" Não temos rei

    Há alguns outros pontos de interesse especial neste parágrafo. O primeiro verso começa com kai egeneto , e aconteceu favorito frase começando do Lucas. Não veio sobre ele é uma palavra em grego, epestesan . Lucas usa senão César "( Jo 19:15 ). "

    esse verbo sete vezes em seu Evangelho e onze vezes em Atos. Em outra parte do Novo Testamento é usado três vezes por Paulo, e isso é tudo. Em At 17:5) pode ter sido concebido como um insulto deliberado. Jesus não tinha nem diploma acadêmico nem ordenação eclesiástica, e os líderes conhecia bem. Eles podem ter desejado para desacreditá-lo perante o povo.Daube diz do termo escribas que "no Novo Testamento que normalmente denota" os teólogos eruditos ", como costuma acontecer em fontes rabínicas." Estes desafiou direita de Jesus para ensinar, assim como limpar o Templo. Edersheim diz: "Não havia nenhum princípio mais firmemente estabelecida por consenso universal do que autoritária ensino necessária autorização prévia. "

    2. Parábola do mau Lavradores (20: 9-18)

    9 E começou a dizer ao povo esta parábola: Um homem plantou uma vinha, e arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se do país por muito tempo. 10 E no tempo próprio mandou até um servo aos lavradores, para que eles deve dar-lhe do fruto da vinha; mas os lavradores, espancando-o, mandaram-no vazio. 11 E mandou outro servo. e ele também bateram, e afrontando-o, mandaram-no embora de mãos vazias 12 E ele enviou ainda um terceiro; mas feriram também, e lançaram- Nu 13:1 E o Senhor da vinha disse: Que hei de fazer? Mandarei o meu filho amado; pode ser que eles vão reverenciá- Lv 14:1 Mas os lavradores, vendo, arrazoaram uns com os outros, dizendo: Este é o herdeiro; vamos matá-lo, para que a herança seja nossa. 15 E lançaram-no fora da vinha e mataram-no. Portanto, o que será o senhor da vinha fazer-lhes? 16 Virá e destruirá esses lavradores, e dará a vinha a outros. E, ouvindo eles isto, disseram, Deus me livre. 17 Mas ele olhou para eles e disse: O que então é isto que está escrito:

    A pedra que os construtores rejeitaram,

    O mesmo foi feito a cabeça da esquina?

    18 Todo aquele que cair sobre esta pedra será despedaçado; mas sobre quem ela cair, será reduzido a pó.

    Mais uma vez as três contas mover em conjunto (ver notas sobre Mt 21:33 ; Mc 12:1 ). Na verdade, deixá-lo fora (v. Lc 20:9) é o mesmo verbo grego em todos os três Evangelhos, e ocorre em nenhum outro lugar no Novo Testamento. No final do versículo 9 , Lucas acrescenta por um longo tempo . Ele parece ter algum insight-by a ajuda do Espírito Santo e o apóstolo Paulo-INTO o fato de que haveria um atraso considerável no retorno de Cristo.

    O versículo 10 indica que, nos termos deste contrato de arrendamento foi especificado que o aluguel será pago em espécie, e não em dinheiro. Embora ambos os métodos foram usados ​​pelos judeus, o primeiro era mais Ct 1:1 . O substantivo trauma , que foi tomado para o Inglês, ocorre apenas na Parábola do Bom Samaritano (Lc 10:34 ).

    Lucas sozinho imagens do Senhor da vinha ditado, O que devo fazer? (v. Lc 20:13 ). Ele ficou perplexo com as atitudes e ações de seus inquilinos. Ele finalmente decidiu que a única solução foi enviar seu filho amado (ou, "filho único"). AB Bruce comenta: "Em Lucas a referência para o filho tem uma cor teológica." Pode ser uma palavra, um advérbio, isos (literalmente, "igualmente"). Isso significa "talvez" ou "provavelmente". Ele ocorre somente aqui no Novo Testamento, e apenas uma vez na Septuaginta (1Sm 25:21 ), onde as versões em inglês traduzi-lo "com certeza". Godet favorece ", sem dúvida," aqui, e que certamente se encaixa bem no contexto.

    Por incrível que pareça, a maus lavradores foi tão longe para matar o filho do proprietário (v. Lc 20:15 ). Jesus descreveu a punição severa-destruição, que deve seguir como um crime (v. Lc 20:16 ). O vinhedo seria dado a outros.

    A reação do público foi rápida e chocado. Eles disseram, Deus me livre . No grego é me genoito ; literalmente, "pode ​​não ser." Este é o único lugar no Novo Testamento, onde esta expressão é encontrado fora de Paulo Epístolas, onde ocorre quatorze vezes (dez em Rom., três na Gal., um em I Cor.). Burton diz: "A frase me genoito é um optativo de Desejando que reprova fortemente algo sugerido por uma pergunta ou afirmação anterior. "

    O contexto sugere claramente que a frase foi uma exclamação vigorosa de desacordo. É interessante notar que este é o único lugar em que a Revised Standard Version traduz me genoito com "Deus me livre." Em Romanos tem "De jeito nenhum!" Em 1Co 6:15 é "Nunca!" In Gálatas é duas vezes: "Certamente que não!" Essas variações aparentemente refletem as preferências dos diferentes tradutores. Todos representar bem o forte desejo negativa expressa no original.

    Em resposta à exclamação da multidão, Jesus olhou para eles (v. Lc 20:17 ); ou seja, fixou seu olhar sobre eles (somente em Lucas ). Então ele perguntou: O que então é isso? Se isso não acontecer como você sugere, como é que a Escritura ser cumprida?Solenemente Ele citou o Sl 118:22 e Ez 2:34 , Ez 2:35 , Ez 2:44 . A última cláusula é traduzido corretamente, ele será reduzido a pó (isto é, "ele vai ser pulverizado e deslumbrado"), em vez de, "ele vai reduzido a pó" (KJV). A referência é claramente o de Ez 2:35 . Quando a pedra "cortada sem mãos" golpeou a estátua de metais, "Então foi o ferro, o barro, o bronze, a prata eo ouro, quebrado em pedaços juntos, e tornou-se como a palha das eiras de verão : eo vento levou embora ".

    Este é o valor que é usado aqui. Durante Seu ministério terreno de Cristo era uma pedra de tropeço para os líderes judeus. Eles caíram sobre ele e foram quebradas em pedaços . Ele estava lá para eles tropeçam, porque eles, os construtores (v. Lc 20:17 ), haviarejeitado a Ele. Em vez de usar a Ele na construção do templo espiritual da presença de Deus no meio deles, eles tinham jogado o lado. Mas no plano divino e propósito Ele foi feito a cabeça da esquina . "Não é a chave-pedra do arco, mas a pedra angular unindo duas paredes; mas se uma pedra fundamental na base do canto, ou uma pedra de completar a parte de cima, é incerto. "

    O sentido geral da parábola é clara. Ele presta-se quase inevitavelmente a uma interpretação alegórica. O "homem" que plantou a vinha é Deus. A "vinha" é a nação de Israel. O "lavradores" são os líderes da nação. Os "servos" são os profetas do Antigo Testamento que Deus enviou a Seu povo. Foram muitas vezes perseguido pelos líderes, e alguns foram mortos. Finalmente, Deus enviou o Seu "Filho amado". E agora eles estavam prestes a matá-lo, também. A mensagem era tão claro que não poderia ser desperdiçada.

    ". Vinha" Tem havido alguma controvérsia quanto ao que se entende por Plummer escreve: "A vinha não é a nação, mas os seus privilégios espirituais. A nação não estava a ser transferida para outros governantes, mas seus privilégios deveriam ser transferidos para outras nações ".

    Geldenhuys diz: "Nós não podemos concordar com isso. A vinha foi todo o Antigo Testamento usado como um símbolo do povo de Israel. Portanto, aqui também vai ficar para o verdadeiro Israel, o verdadeiro povo de Deus ".

    Apesar das dificuldades envolvidas parece melhor adotar a última interpretação. Parece menos complicado e mais bíblica.

    Há um outro item na parábola que pede uma palavra de comentário. Muitos críticos têm apontado o fato de que o raciocínio do maus lavradores parece ridículo. Como eles poderiam esperar ganhar a herança do filho, matando-o. A própria idéia é absurda.Mas Geldenhuys tem uma boa resposta para isso. Ele escreve: "... é precisamente 'intenção de chamar a atenção para a loucura dos líderes judeus' Jesus atitude em relação a ele, usando como exemplo os raciocínios loucas do lavradores".

    3. Questão sobre pagar impostos (20: 19-26)

    19 E os escribas e os principais sacerdotes procuravam lançar mão dele naquela mesma hora; mas temeram o povo, porque entenderam que falava esta parábola contra eles. 20 E estavam observando-o, mandaram espias, que se fingiu ser justo, que eles podem pegar de seu discurso, a fim de entregá-lo . à regra e à autoridade do governador 21 E perguntaram-lhe, dizendo: Mestre, sabemos que falas e ensinas retamente, e que não a pessoa de qualquer , mas de uma verdade ensinas o caminho de Deus: 22 é -nos lícito dar tributo a César, ou não? 23 Mas Jesus, percebendo a astúcia, disse-lhes: 24 Mostre-me um denário. Quem é a imagem ea inscrição que ele tem? E eles disseram: De César. 25 E disse-lhes: Em seguida, dar a César o que é de César, ea Deus o que é de Dt 26:1 e Mc 12:13 . Vamos limitar-nos aqui, em grande parte para tratar os itens encontrados somente em Lucas.

    Tão enfurecido eram os escribas e os principais sacerdotes (v. Lc 20:19 ), isto é, os fariseus e os saduceus-que eles procuravam aproveitar Cristo na mesma hora (em Lucas só). O medo das pessoas os repreendeu. Teria sido uma coisa muito difícil para prender Jesus, como ele foi cercado por uma grande multidão de galileus que admiram, que teve dois dias antes aclamaram rei (Lc 19:38 ).

    Uma coisa que irritou especialmente esses líderes neste momento foi que eles entenderam que falava esta parábola contra eles . O principal significado do que Jesus disse foi tão absolutamente óbvio que, provavelmente, alguns dos ouvintes não conseguiu pegar o ponto. Em vez de desacreditar Cristo diante da multidão, como eles tinham a intenção de fazer com a sua questão sobre a autoridade, que tinha sido desacreditada. Frustrado e furioso, os inimigos de Jesus determinou agora para vingar-se sobre Ele, assegurando a sua morte.

    Lucas diz que o viu , e enviou espiões (literalmente, "os homens contratados para armar ciladas"). Marcos identifica-os como "alguns dos fariseus e dos herodianos" (Marcos 00:13 ). Mateus (Lc 22:15 , Lc 22:16) também nomes dos dois grupos, mas indica que os fariseus tomaram a iniciativa. Esses espiões "jogou o hipócrita", como o grego sugere; eles fingido (hypokrinomenuus) se ser justo (v. Lc 20:20 ). Eram lobos em pele de cordeiro. Seu principal objetivo era tomar posse de seu discurso . É interessante notar como os três Synoptists dizer a mesma coisa, mas com palavras diferentes. Mateus e Marcos ambos usam termos raros para caça e captura (ver notas lá). Lucas emprega ainda um terceiro mandato, mas que é mais Ct 1:1)

    27 E veio a ele alguns dos saduceus, que dizem que não há ressurreição, 28 e perguntaram-lhe, dizendo: Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se o irmão de um homem morrer, ter uma esposa, e ele não ter filhos , seu irmão tomasse a mulher, e suscitará descendência a seu irmão. 29 Havia, pois, sete irmãos: o primeiro casou-se e morreu sem filhos; 30 e o segundo: 31 eo terceiro trazê-la; e da mesma forma todos os sete, sem deixar filhos, e morreu. 32 Depois morreu também a mulher. 33 Na ressurreição, portanto, cuja esposa deles será ela? para os sete a tiveram por mulher. 34 E Jesus disse-lhes: Os filhos deste mundo casaram-se e dão-se em casamento; 35 mas os que são julgados dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição dentre os mortos, nem se casam nem se dão em casamento; 36 porque já não podem mais morrer, porque são iguais aos anjos; e são os filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição. 37 Mas que os mortos ressuscitam, Moisés mostrou, na passagem a respeito da sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o . Deus de Jacó 38 Agora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos. porque todos vivem-lhe 39 E alguns dos escribas, respondendo, disse: Mestre, disseste bem. 40 Para se atreviam não mais pedir -lhe qualquer pergunta.

    Para a discussão deste ponto veja as notas sobre Mt 22:23 e Mc 12:18 . As contas são muito semelhantes.

    Os saduceus são mencionados somente aqui no Evangelho de Lucas, embora por diversas vezes em Atos (também só que este lugar em Marcos). A pergunta que eles fizeram não foi uma perigosa, como foi a consulta anterior. Evidentemente, a intenção dos saduceus era segurar Jesus ao ridículo diante da multidão, porque Ele não seria capaz de responder à pergunta impossível eles posaram. Plummer diz: "A questão é um recurso plausível para o senso comum aproximada da multidão, e baseia-se nas visões materialistas grosseiros da ressurreição que então prevalecia."

    As palavras de Jesus nos versículos 34:36 são encontrados principalmente somente neste Evangelho. O Mestre contrastou os filhos deste mundo ("age") com aqueles considerados dignos de alcançar o mundo ("age"). A entrada no "nessa idade" é através daressurreição dos mortos. Uma vez que um dos principais propósitos do casamento é a propagação da raça humana, quando a morte é abolida, não haverá necessidade de casamento. Viveremos em muito maior de um avião da comunhão espiritual, que a companhia provavelmente sociais, tal como a conhecemos aqui, serão substituídas.

    Estes três versículos (34-36) são fortemente reminiscente de Paulo. As palavras do verso de abertura de 35 lembrar um de Fp 3:11 . As palavras finais do versículo 38 são semelhantes aos Rm 14:8)

    41 E ele lhes disse: Como dizem que o Cristo é filho de Davi? 42 Pois o próprio Davi diz no livro dos Salmos:

    Disse o Senhor ao meu Senhor:

    Assenta-te à minha direita,

    43 até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés.

    44 , portanto, Davi lhe chama Senhor, e como é ele seu filho?

    Notas sobre a sua passagem ver aqueles em Mt 22:41 e Mc 12:35 . Mateus indica que Jesus aproveitou a presença de um grande número de fariseus a perguntar-lhes uma pergunta. Diferentes grupos tinham se levantou e fez perguntas Ele.Agora chegou a sua vez de perguntar-lhes. Não é de surpreender que eles não poderiam responder.

    A questão era como o Messias poderia ser tanto o Filho de Davi e Lords de Davi. A resposta encontra-se na Encarnação. Jesus era humano e divino, para que pudesse preencher os dois papéis.

    6. A denúncia dos escribas (20: 45-47)

    45 E aos ouvidos de todo o povo, disse Jesus aos seus discípulos: 46 Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes compridas, e das saudações nas praças, dos primeiros assentos nas sinagogas, e lugares principais nos banquetes; 47 que devoram as casas das viúvas, sob pretexto de longas orações; estes hão de receber maior condenação.

    Este breve parágrafo é semelhante a Mc 12:38 (ver notas lá). Ostentação era aparentemente um dos pecados que afligem dos fariseus. Eles gostavam de andar em longas túnicas -um palavra no grego, roubou , que foi retomado em Inglês para uma capa ou xale. Estas vestes longas teve amplas, franjas conspícuos de azul-de provar que o usuários foram piedosos. Os escribas literalmente desfilou sua piedade.

    A hipocrisia coroação dos escribas foi o fato de que eles iriam devoram as casas das viúvas, e depois sob pretexto de longas orações. Não admira que Jesus disse: . Estes receberão maior condenação Para encobrir uma vida perversa com uma máscara da religião é um grave insulto a Deus que nos conhece completamente.

    Este incidente marca a ruptura definitiva entre Jesus e os fariseus. Ele denunciou-os para a sua hpyocrisy, e agora a linha de batalha foi desenhado. O único resultado deve ser a sua morte.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Lucas Capítulo 20 do versículo 1 até o 47
    Embora os líderes religiosos quises-sem prender e condenar Jesus, eles não sabiam como ser bem-sucedi-dos nessa tarefa durante a Páscoa. Durante a celebração, a popula-ção de Jerusalém quase triplicava, e Jesus era popular. Eles tinham de apresentar evidências boas o bastan-te para condená-lo, pois a situação era instável. No fim, Judas resolveu o problema deles; no entanto, nesse meio tempo, vários grupos religio-sos e políticos de Jerusalém tenta-ram conseguir evidências contra ele. Esse capítulo relata como Jesus lidou com esses líderes religiosos hipócritas.

  • Ele defendeu sua autoridade (20:1-18)
  • Os primeiros a atacar foram os principais sacerdotes, os escribas e os anciãos, e eles usaram a purifi-cação do templo como arma. Que autoridade ele tinha para fazer isso e quem lhe dera tal autoridade? Je-sus não se esquivava da pergunta quando lhes falou do ministério de João Batista, três anos antes, mas defrontava-os com a questão básica da autoridade. Quem dera autorida-de a João? Os líderes religiosos re-jeitaram a autoridade do ministério de João, portanto por que deveríam questionar a respeito da autoridade de Jesus? Eles teriam aceitado Jesus se tivessem aceitado João.

    Jesus apresenta uma parábola (vv. 9-18) fundamentada em Isaí- Jl 5:1-30 e Sl 80:0 a fim de mostrar-lhes como eram ignorantes a respeito da Palavra do Senhor. Eles eram os "especialistas em religião" da nação, mas não sou-beram identificar que seu Messias já viera! (Veja At 4:11 e 1Pe 2:7-60.) O versículo 18 refere-se a Ez 2:34-27; veja 1Pe 2:9-60 e 3:8-1 7). A resposta do nos-so Senhor calou seus inimigos.

  • Ele acabou com a teologia deles (20:27-38)
  • Os saduceus pensaram que podiam tapeá-lo com uma questão teológi-ca. Eles não acreditavam no mundo espiritual nem na ressurreição da morte (At 4:1-44; At 5:17; At 23:8); assim, propuseram uma questão hipotéti-ca, fundamentada na lei judaica, a respeito do casamento levítico (Dt 25:5-5). Se uma mulher casa sete vezes, qual deles será seu marido após a ressurreição?

    Jesus acabou com o argumento deles ao dizer que não há neces-sidade de casamento na próxima vida, pois nela não há morte. Como as pessoas não morrem, não há por que se casar e ter filhos a fim de pre-servar a espécie! No versículo 36, a afirmação "iguais aos anjos" não significa que os salvos se transfor-marão em anjos, pois estamos mui-to acima dos anjos, já que devemos ser como Cristo (1Jo 3:1-62). Somos "iguais aos anjos" apenas em rela-ção ao casamento, pois estes não casam nem constituem família.

    Todavia, Jesus aprofundou o argumento e mostrou-lhes a toli-ce deles em negar os espíritos e a ressurreição do corpo humano. Ele refere-se a Êxodo 3, especifi-camente aos versículos 6:1-5-1 6, a fim de provar que os patriarcas estavam vivos quando Deus falou com Moisés. O Senhor não disse: "Eu era o Deus...", mas sim: "Eu sou o Deus...". O Senhor fez pro-messas na aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó que in-cluíam bênçãos futuras, por isso a continuação da vida após a mor-te implica ressurreição futura. Ele daria essas bênçãos a espíritos desencarnados? A salvação inclui o corpo, pois é para a pessoa in-teira, não apenas para o espírito (1Ts 5:23). A doutrina da ressur-reição do corpo está nas Escrituras do Antigo Testamento, embora não seja apresentada de forma clara (19:25-18; SI 16:9-10 e 17:15; Ez 12:2). O ministério de Cristo traz luz total a essa doutrina (2Tm 1:10; Jo 1:25-43).

  • Ele declara sua divindade (20:39-44)
  • Chegara o momento de Jesus fa-zer perguntas e, para isso, focou um salmo messiânico aceito, o sal-mo 110. Os escribas ensinavam que o Messias era o Filho de Davi, título que, com freqüência, era atribuído a Jesus (Mt 9:27; Mt 15:22; Mt 21:9). No entanto, em Sl 110:1, Davi chamou o Messias de seu Senhor. Como o Messias pode ser o Senhor de Davi e o Filho de Davi?

    Claro que a resposta está na encarnação. O Messias é o Senhor de Davi porque ele é Deus; con-tudo ele é Filho de Davi porque se fez homem e nasceu na família de Davi. (Veja Rm 1:3 Ap 22:6). Ele, como a "Raiz [...] de Davi", trouxe Davi à existência; todavia, como "Geração de Davi", Davi trouxe-o ao mundo (2Sm 7:13-10; Is 11:1).

  • Ele denunciou a hipocrisia deles (20:45-47)
  • Jesus moveu-se da doutrina para a prática e expôs publicamente a hi-pocrisia dos líderes religiosos (veja Mt 23). Eles, com suas "vestes ta-lares", o desejo de saudações e de elogios e a busca por lugares de destaque, mostravam ser qualquer coisa, menos servos. Eles usavam a religião para roubar os necessitados e guardavam o dinheiro para si mes-mos. Deus procura servos, não cele-bridades, pois ele vê o coração.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Lucas Capítulo 20 do versículo 1 até o 47
    20.1 Sacerdotes e os escribas... anciãos, representam os três grupos de elementos do Sinédrio. Os "maiorais do povo" (conforme 19,47) eram os anciãos, não os sacerdotes.

    20.2 Estas coisas. Especialmente a purificação do templo (19.45ss) que era um desafio violento às autoridades judaicas. Só o Messias teria tal autoridade, mas é impossível reconhecer a autoridade divina, se não estivermos dispostos a nos submetermos a ela.

    20.7 Não sabiam. Fica patente a insinceridade dos doutores da lei.

    20:9-16 Esta parábola apresenta uma pretensão messiânica e uma profecia da paixão. Á vinha refere-se a Israel (Como no AT, conforme Is 5:1-23; Jr 2:21). Os lavradores são líderes do povo. Os servos representam os profetas e mensageiros enviados de Deus e maltratados através da história (conforme Jr 7:25; Jr 25:4; Jl 3:7). Meu filho (v. 13 é Cristo, o amado filho unigênito de Deus (conforme 3.22, onde é um título messiânico). O desrespeito e assassínio de Jesus acarretará a terrível ira de Deus (v. 16).

    20.9 Ausentou-se do país. Lembra as parábolas sobre a vigilância (cf.Mt 25:05ss; 19.11ss). Cristo está advertindo à Igreja e seus líderes, durante esta era de graça, para que não tomem as mesmas atitudes dos judeus.

    20.15 Lançando-o fora. Conforme Jo 9:34, "excomunhão"; e He 13:12, "crucificação".

    20.16 Passará a vinha a outros. Aos gentios, que, crendo em Cristo, ganharão o que Israel perdeu (conforme Rm 11:11s; 22-25). Conforme Lc 22:30, referindo-se aos apóstolos: em proeminência no reino.

    20.17 O Sl 118:0 foi cantado ao se completarem os muros de Jerusalém em 444,a.C. O v. 22 desse salmo citado aqui referia à volta de Israel à Palestina e seu restabelecimento como nação. Principal Pedra. O judaísmo esperava uma renovação gloriosa do templo, nos dias do Messias. 1Pe 2:4-60 mostra que esta esperança se cumpriu na edificação espiritual do templo que é a Igreja, o Corpo de Cristo (conforme Jo 2:19-43; Ef 2:20-49).

    20.18 Cair. Tropeçar em Cristo, na cegueira da incredulidade, trará despedaçamento nesta vida pelo Julgamento divino (exemplo: a destruição de Jerusalém em 70 d.C.); mas se os incrédulos persistirem na dureza de coração até passar o dia da graça, Cristo os levara ao juízo final como a palha soprada por um temporal.

    20.20 Entregá-lo. Esperavam que Jesus condenasse o tributo, despertando assim a ira dos romanos (conforme 23.2). Se apoiasse o tributo, Ele perderia Sua popularidade. A oposição dos judeus contra o tributo suscitou a revolta de Judas em 6 d.C. (conforme At 5:37). Devemos "dar" os nossos semelhantes a Deus (Rm 15:16; Ef 5:2, Ef 5:25s). Dai. Gr apodote, "pagai de volta". Não é somente lícito, mas também um dever.

    20.28 Para a lei do levirato cf.Dt 25:5, Dt 25:6. É provável que a questão fosse inteiramente imaginária, criada pelos saduceus para negar a realidade da ressurreição (conforme At 23:6-44). 20:34-36 Filhos deste mundo. Lit. "século", significa aqueles que, como os saduceus materialistas, adotam este mundo como seu alvo e exemplo, Os filhos da ressurreição (v. 36) contrastam com eles de modo absoluto, tanto nesta era como na vindoura (conforme Cl 3:14).

    20.37 Trecho... As divisões em capítulos foram feitas em 1244 d.C. e em versículos entre os séculos 6 e X.

    20.38 Deus... de vivos. Vários séculos depois dos patriarcas, Deus se revelou a Moisés como o Deus de Abraão... (conforme Êx 3:6), Se estes não estivessem vivos (por serem imortais) aguardando a ressurreição, Deus não podia ser seu Deus, isto é, o Deus de pessoas inexistentes. Um argumento firmado em "Moisés" teria validez final.

    20.39 Escribas. Na sua grande maioria eram fariseus, os quais aceitavam a ressurreição (At 23:6-44), e portanto aprovaram a resposta de Jesus.

    20.42,43 Minha direita. Posição de soberania real. Cristo reina agora (conforme 22.16; 23.42; Jo 18:36). Inimigos. Seriam a morte, (conforme 1Co 15:25, 1Co 15:26), o pecado e as forças espirituais que se opõem (conforme Cl 2:15; He 2:01ss; Mt 12:35ssn). Sendo eterna, Ele é antes de Davi, como também de Abraão (conforme Jo 8:58). 20.46,47 Jesus condena severamente a vaidade, bem como a avareza e a hipocrisia religiosas. Os escribas (seminaristas e ministros de tempo integral na religião) fingiam amar a Deus e Sua Palavra, mas não amavam aos seus semelhantes.

    • N. Ho m. 21,1-4 A mordomia consiste:
    1) Não na quantia oferecida, mas no sacrifício envolvido;
    2) Não em usar o que eu preciso e oferecer o saldo, mas em dar tudo o que tenho e sou, Rm 12:1; 2Co 8:5, 2Co 8:3). Não em enriquecer a Deus (Conforme Sl 24:1); mas em eu ser mais confiante e dedicado a Ele.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Lucas Capítulo 20 do versículo 1 até o 47

    4) Controvérsia (20:1-44)

    Conforme Mc 11:27-41; os arrendatários se negam a pagar o que deviam ao proprietário, e maltratam os mensageiros dele. Finalmente ele envia seu filho e herdeiro, a quem os arrendatários matam para que eles mesmos se apossem da herança. O proprietário da vinha executa retribuição sobre os assassinos; a profecia de Sl 118:22-23 é cumprida quando a pedra que é considerada imprópria pelos construtores se torna a pedra angular da construção. Essa pedra, além do mais, traz desastre sobre todo adversário. Não há dificuldade em interpretar a parábola; Isaías revela a identidade da vinha, seu proprietário e os lavradores; os fariseus perceberam que era contra eles que ele havia contado essa parábola (v. 19). Cresce a determinação deles de silenciá-lo.

    v. 20-26. Espiões e agentes de provocação são colocados para vigiá-lo e, se possível, pegá-lo em palavras comprometedoras. Lucas não menciona a cooperação dos he-rodianos que, assim nos contam Marcos e Mateus, os fariseus recrutaram, mas ele reescreve esse versículo introdutório para deixar cristalinas e claras as intenções deles. Eles abrem a questão dos tributos a César, convidando Jesus a dizer ou que era ilegal, o que iria envolvê-lo numa encrenca com os romanos, ou legal, o que poderia indispor seus próprios seguidores. Na sua resposta, Jesus mostra que, ao usarem moedas que trazem a efígie de César, eles estão tacitamente admitindo as reivindicações romanas; e, como diz J. M. Creed: “A resposta de Jesus traz embutidas as implicações de que (1) o relacionamento do homem com Deus é estabelecido por si mesmo e (2) esse relacionamento não justifica a rejeição de César na sua própria esfera”.
    v. 27-40. Tendo falhado esse ataque, os saduceus tomam a iniciativa. Acerca dos sa-duceus e de suas crenças, v. “Saduceus” no NBD. Suas opiniões eram bem diferentes das dos fariseus, cuja tradição oral rejeitavam; eles não aceitavam nada da Bíblia hebraica, a não ser os livros de Moisés, rejeitando a existência de anjos e da verdade da vida após a morte que tinha de ser provada com base nos Profetas e nos Escritos. Eles propõem uma pergunta que, assim esperam, vá mostrar que a sobrevida pessoal após a morte está em contradição com o ensino de Moisés. De acordo com Dt 25:5-5, se um homem morre sem deixar um herdeiro, qualquer irmão não casado dele tem a obrigação de casar com a viúva dele. Os saduceus propõem o caso de uma mulher que sob essa lei casa com sete irmãos em sequência; a pergunta é: De quem ela será esposa na vida por vir? Jesus responde, primeiro, que não há casamento no céu, visto que seres imortais não têm necessidade de procriação; e, em segundo lugar, que o mesmo Pentateuco citado por eles dá testemunho consistente da verdade da vida após a morte, pois aquele que diz (Ex 3:6): [Eu sou

    o] ‘Deus de Abraão, Deus de Isaque e Deus de Jacó' é o Deus não dos mortos, mas dos vivos! Assim, mais uma tentativa de fazer um ponto no debate não somente falhou mas ri-cocheteou sobre eles para mostrar como os seus ensinos eram falsos e ocos. v. 37. no relato da sarça: E a forma hebraica de se referir a Ex 3.

    v. 41-44. Em Mateus e Marcos, a vitória sobre os saduceus é seguida de uma pergunta concernente ao grande mandamento que Lucas não coloca aqui, mas como prefácio da parábola do bom samaritano (10:25-28). Jesus agora faz uma pergunta aos seus adversários; ela é relatada pelos Sinópticos: Como o Messias pode ser Filho de Davi se em SI 110.1 Davi chama o Messias de Senhori Lucas, eloqüentemente silencioso, não registra reação a essa pergunta. Mt 22:46 nos conta que os judeus são completamente silenciados; Mc 12:37 diz que “a grande multidão o ouvia com prazer”. V. observações detalhadas de Lc 20:1-42 no comentário de Mc 11:27-41, que Lucas traz de forma quase literal.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Lucas Capítulo 20 do versículo 1 até o 47
    b) Ensino diário no templo (Lc 20:1-42) -Vide notas em Mt 21:23-40; Mc 11:27-41. Certo dia os dirigentes judeus foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe que espécie de autoridade Ele tinha para realizar tais coisas. Ele respondeu fazendo-lhes uma pergunta a respeito da fonte de autoridade de João, o Batista o que teria levado à resposta de sua própria pergunta. Eles expuseram sua derrota como guias religiosos ao afirmarem que não o sabiam. Jesus, portanto, recusou-Se em responder à pergunta deles. O batismo de João (4). Esta pergunta era bem relevante e deveria ser estabelecida em primeiro lugar, pois que João havia introduzido a Jesus como sendo o Messias e testificava dEle quanto à Sua autoridade divina.

    >Lc 20:9

    2. A PARÁBOLA DOS LAVRADORES MAUS (Lc 20:9-42) -Vide notas em Mt 21:33-40; Mc 12:1-41. Esta parábola foi dirigida ao povo e salienta o pecado dos líderes religiosos e previa o julgamento que lhes sobreviria. Eles compreenderam que a parábola era uma direta contra eles próprios, porém o receio que tinham do povo retiveram-nos de prendê-Lo. Plantou uma vinha (9); a figura é extraída de Is 5:1-23, onde Israel é a vinha de Deus. Os lavradores, na parábola, representam os dirigentes religiosos de Israel e os servos enviados de tempos em tempos representam os profetas. Enviarei o meu filho amado (13). Após a entrada triunfal, o ensino do Senhor com respeito à Sua própria dignidade divina torna-se mais explícita. Passará a vinha a outros (16). Esta não é primariamente uma referência feita aos gentios, embora eles estejam envolvidos, mas sim a uma nova Israel composta tanto de judeus como de gentios, "a Israel de Deus" (Gl 6:16). O reino foi tomado dos governantes oficiais e dado a Seus próprios discípulos (Lc 12:32), que formaram o núcleo da nova nação produzindo os frutos do reino (Mt 21:43).

    >Lc 20:17

    Fitando-os (17); um toque surpreendente. Ele fixou os olhos neles, dando assim solenidade especial à Sua citação das Escrituras. A pedra que os construtores rejeitaram (17); do Sl 118:22. Era este um dos Salmos do Halel entoados por ocasião da páscoa e era encarado como sendo messiânico. A principal pedra angular (17); não a pedra angular de um arco, porém a pedra de esquina de uma construção onde as duas paredes se encontram. Todo o que cair sobre esta pedra (18); isto é, tropeçar sobre ela em descrença. Aquele sobre quem ela cair (18); isto é, em julgamento.

    >Lc 20:20

    3. PAGANDO TRIBUTO A CÉSAR (Lc 20:20-42) -Vide notas em Mt 22:15-40; Mc 12:13-41. Entretanto, eles O vigiavam e enviaram espias que procuraram pegá-lO em Suas próprias palavras, a fim de que pudessem acusá-lO diante do governador romano. Com cumprimentos repugnantes perguntaram-Lhe se era direito dar tributo a César. A astúcia desta questão estava em seu atentado para procurar colocar a Jesus na ponta de um dilema. Se Ele respondesse "sim", os fariseus expô-lO-iam ao povo que odiava o jugo romano. Se Ele respondesse "não", eles O acusariam de traição contra Roma. A resposta de Jesus foi perfeita, indo ao encontro de cada um dos aspectos da questão que Lhe fora imposta. Significa também que as reivindicações de Deus e do estado não são mutuamente exclusivas.

    >Lc 20:27

    4. OS SADUCEUS E A RESSURREIÇÃO (Lc 20:27-42) Vide notas em Mt 22:23-40; Mc 12:18-41. Apresentaram, então, os saduceus uma pergunta relacionada a um caso hipotético com a intenção de fazer com que a ressurreição parecesse tolice. Eram o partido aristocrático entre os judeus. Ainda que não fossem tão numerosos quanto os fariseus, possuíam as posições mais elevadas. Não criam em uma vida posterior a esta da terra e viviam só para as coisas do mundo. Jesus respondeu à pergunta deles de maneira tal a demonstrar que eles não compreendiam a vida ressurreta e também que uma vida depois desta era algo subentendido nos escritos de Moisés a quem eles haviam citado. Moisés nos deixou escrito (28). Vide Dt 25:5-5. A sarça (37); isto é, na passagem que narra acerca da sarça que queimava como fogo (Êx 3:6). Os saduceus aceitaram a autoridade de Moisés porém não a dos profetas. Aqui o argumento é que, quando Deus fala de Si mesmo como o "Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó", depois que eles morreram em seu estado corpóreo, tais patriarcas deveriam estar vivendo em outro estado.

    >Lc 20:41

    5. UMA DENÚNCIA SÉRIA (Lc 20:41-42) -Vide notas em Mt 22:41-40. Jesus pôs fim a Seu ensino público e silenciou a Seus adversários fazendo-lhes uma pergunta baseada em Sl 110:1. Tendo citado a afirmação de Davi ao chamar de "Senhor" ao Messias, Jesus fez a pergunta: Como pode ser ele seu filho? (44). A impossibilidade dos judeus em responder a isso mostrou que era bem inadequada a idéia que tinham formado acerca do Messias. O argumento do Senhor é baseado na origem davídica, assim como o caráter messiânico do Salmo. Se não tivesse vindo de Davi, então as palavras de nosso Senhor não teriam peso para nós no dia de hoje, qualquer que tivesse sido o peso para com Seus ouvintes daquela época. Guardai-vos dos escribas (46). Lucas dá um breve resumo da terrível denúncia do Senhor para com os escribas e fariseus, o que está registrado extensivamente em Mt 23.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Lucas Capítulo 20 do versículo 1 até o 47

    109. Rejeitando a autoridade do rei (Lucas 20:1-8)

    Em um dos dias, enquanto ele estava ensinando o povo no templo e pregando o evangelho, os príncipes dos sacerdotes e os escribas, com os anciãos confrontou-Lo, e eles falaram, dizendo-lhe: "Diga-nos, com que autoridade fazes estas coisas ?, ou quem é quem te deu tal autoridade "Jesus respondeu, e disse-lhes:" Também vou lhe fazer uma pergunta, e você dizer-me: O batismo de João era do céu ou dos homens "Eles discorriam entre si? , dizendo: "Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: 'Por que você não acredita nele?" Mas se dissermos: Dos homens, todo o povo vai nos apedrejarão até a morte, pois eles estão convencidos de que João era profeta. "Então eles responderam que não sabiam de onde ele veio. E Jesus disse-lhes: "Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas." (20: 1-8)

    Desde este episódio termina em matéria de autoridade, que é um bom ponto de partida. Em Mt 28:18 o Senhor ressuscitado declarou: "Toda a autoridade foi-me dada no céu e na terra." Isso reafirmou sua declaração de que todas as coisas tinham sido colocadas sob o Seu controle e governo pelo Pai (Mt 11:27.; conforme Lc 10:22; Jo 3:35; Jo 13:3; Ef 1:22; Fp 2:1.).

    Em segundo lugar, Ele possui a autoridade para perdoar pecados (Mat. 9: 6-8). Essa evidência direta de sua natureza divina não foi perdida em seus oponentes: "Os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo:" Quem é este homem que profere blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? "(Lc 5:21).

    Em terceiro lugar, Ele tem autoridade sobre as forças do inferno. Em certa ocasião, quando Ele demonstrou que autoridade, lançando um demônio de um homem ", veio espanto sobre [aqueles que testemunharam o milagre], e eles começaram a falar um com o outro ditado," O que é esta mensagem? Pois com autoridade e poder ordena aos espíritos imundos, e eles saem "(Lc 4:36).

    Em quarto lugar, Ele tem autoridade para dar a salvação eterna. "Mas a todos quantos o receberam", escreveu o apóstolo João, "deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" (Jo 1:12).

    Em quinto lugar, Ele tem autoridade para julgar, uma vez que o Pai "tem dado todo o julgamento ao Filho" (Jo 5:22; conforme v 27)..

    Finalmente, ele tem autoridade sobre a morte ea vida. Em Jo 10:18, Jesus disse: "Ninguém tomou [Minha vida] longe de mim, mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai ", e em Ap 1:18 Ele acrescentou:" [Estou] aquele que vive; e eu estava morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre, e tenho as chaves da morte e do Hades ".

    Esse Jesus que se presume assalto as operações do templo sem levar em conta as autoridades judaicas chocado e indignado eles. De sua perspectiva era ruim o suficiente que Ele fisicamente interrompido suas operações de negócios lucrativos (ver a exposição de 19: 45-48 no capítulo anterior deste volume). Que Ele o fez sem primeiro permissão busca da hierarquia judaica fez gestos do Senhor ainda mais intolerável e ultrajante. Eles ficaram furiosos que Ele tratou os líderes e seu sistema religioso com desdém. Ele ignorou a competência do Sinédrio, os sumos sacerdotes, os príncipes dos sacerdotes, os rabinos, os escribas, e os policiais do templo. Ele se opôs às exigências de todo o sistema superficial, legalista. Na verdade, Ele constantemente denunciado com Seu ensino.
    A conversa trágico registrado nesta passagem ocorreu em um dos dias (quarta-feira da Paixão Week), quando Jesus estava ensinando o povo no templo, que ele tinha atacado com divino, fúria controlada na terça-feira. Os mentirosos, manipuladores, hipócritas falsos professores e comerciantes gananciosos Ele, pelo menos temporariamente, despejados. No espaço desocupado estava Jesus, verdadeiro professor de Deus, para proclamar a verdade do céu e do evangelho da salvação.

    Jesus iria passar a maior parte desta quarta-feira e quinta-feira ensino (conforme 19:47; 21: 37-38); capítulo 20 de Lucas registra que Ele ensinou na quarta-feira. O conteúdo, como sempre, foi o evangelho, as boas novas do reino (. 4:23 conforme Matt 09:35; At 1:3 observa que esse confronto especial teve lugar ", como ele estava andando no templo."

    Ensinamento de Cristo provavelmente seguiram os temas que Ele tinha sublinhado desde o início e durante todo o seu ministério, a miséria do pecado, a loucura de hipócrita, legalista falsa religião que não poderia contê-lo, e o desespero de tentar alcançar a justiça por um de seus próprios esforços. Ele pode ter falado da loucura de orações pretensiosos e atos religiosos superficiais, realizada para serem vistos pelos homens, em vez de Deus (conforme Mt 6:1-5.; 23: 5-7). Seu ensinamento certamente teria incluído avisos sobre a inevitabilidade do juízo divino e do inferno eterno. Ele provavelmente teria lembrou seus ouvintes sobre o perigo do orgulho espiritual e da necessidade de humildade, a falência de espírito e um coração quebrantado e contrito. Ele, sem dúvida, falou do amor compassivo de Deus para os pecadores, a possibilidade de perdão, a paz com Deus, entrada para o Seu reino a salvação, a vida eterna, e a esperança da glória eterna no céu. Ele provavelmente reiterou o alto custo de segui-Lo na abnegação e abandonando tudo. Suas palavras podem ter incluído temas como a perseguição e sofrimento daqueles que identificados com Ele teria de enfrentar, a importância da Palavra de Deus, a honestidade, o perdão, a verdadeira riqueza, a fé, graça e misericórdia. Em suma, o ensinamento do Senhor teria tocado em tudo o que pertence à salvação.

    Este dramático confronto entre Jesus e os líderes judeus se desenrola em três cenas: o confronto dos líderes de Jesus, Seu balcão, e Sua condenação deles.

    A CONFRONTAÇÃO

    os príncipes dos sacerdotes e os escribas, com os anciãos confrontados Ele, e eles falaram, dizendo-lhe: (20 "Dize-nos, com que autoridade fazes estas coisas, ou quem é quem te deu tal autoridade?": 1b-2 )

    Incapaz de conter sua indignação com ele, as autoridades judaicas decidiu mais uma vez para fazer um esforço para desacreditar Jesus. Os principais sacerdotes incluído o sumo sacerdote reinante, Caifás, e da ex-sumo sacerdote Anás, que ainda exercia forte influência nos bastidores. Assim como os presidentes americanos ainda são referidos por o título de "presidente" depois que deixar o cargo, assim também Anás ainda era conhecido como o sumo sacerdote. Além disso, os principais sacerdotes incluiu o capitão do templo, que ajudou o sumo sacerdote, e outros sacerdotes de alto escalão. Os escribas, os teólogos principalmente farisaica que interpretavam e ensinavam a lei de Moisés e da tradição rabínica, estavam no grupo, junto com os mais velhos. Essencialmente, este conjunto foi a partir do Sinédrio, o órgão dirigente do judaísmo. Os três grupos são freqüentemente mencionados juntos (conforme Lc 9:22; Lc 22:66; 27:41 Matt, Mc 14:43; Mc 15:1 descreve a vinda repentina do julgamento, enquanto que em At 17:5; Lc 20:19; Lc 22:2). A frase dessas coisas pode ser esticada além do ensino de Cristo no templo, sem a aprovação do Sinédrio para incluir tudo, desde a sua entrada triunfal na segunda-feira.

    O COUNTER PERGUNTA

    Jesus respondeu, e disse-lhes: "Também vou lhe fazer uma pergunta, e você dizer-me: foi o batismo de João era do céu ou dos homens?" Eles discorriam entre si, dizendo: "Se dissermos: 'Do céu' Ele vai dizer: 'Por que você não acredita nele? " Mas se dissermos: Dos homens, todo o povo vai nos apedrejarão até a morte, pois eles estão convencidos de que João era profeta. "Então eles responderam que não sabiam de onde ele veio. (20: 3-7)

    A resposta do Senhor foi devastador. Em vez de serem apanhados em sua armadilha desajeitado, contador pergunta de Jesus, "O batismo de João era do céu ou dos homens?" presos-los em um dilema do qual eles não podiam escapar. Para responder a uma pergunta com outra pergunta foi aceito prática rabínica, a idéia é forçar o questionador para analisar a questão a um nível mais profundo. Jesus não estava fugindo da pergunta, mas desmascarar a hipocrisia. Eles já sabiam onde ele disse que sua autoridade veio; Ele tinha afirmado isso muitas vezes antes. Como observado acima, o plano era não para obter informação, mas para atraí-lo a repetir sua afirmação de autoridade divina publicamente, para que pudessem acusá-lo de blasfêmia.

    As autoridades religiosas, que confiantemente se viam como possuindo o profundo conhecimento de todo o conhecimento espiritual e teológica, não eram páreo para Jesus, mesmo diante da simples pergunta que Jesus fez: Qual foi a fonte de João ministério do Batista (o batismo ele executou simbolizava todo o ministério de João) —foi ele de origem divina ou humana?

    Esta consulta colocar os líderes judeus em um dilema impossível. Eles amontoados e discorriam entre si (ou seja, deliberou um com o outro), desesperada e inutilmente procurando uma saída. Eles sabiam que não podiam dizer que o ministério de João era de Deus, por duas razões. Em primeiro lugar, eles próprios não acreditam que ele foi (João 7:28-30), e, portanto, não queria colocar publicamente o seu selo de aprovação sobre o Batista. Além disso, para afirmar que João era um verdadeiro profeta de Deus iria deixá-los sem resposta para a pergunta do Senhor foi-se de perguntar: "Por que você não acredita nele , quando ele afirmou que eu sou o Messias? "(conforme Lc 3:1-18; João 1:26-29; 3: 25-30; 5: 32-36; Jo 10:41).

    Por outro lado, negar a visão popular de que João era um porta-voz de Deus teria e até mesmo consequências potencialmente fatais graves. "Se dissermos: Dos homens '", pensaram, "todo o povo nos apedrejará à morte, pois eles estão convencidos de que João era profeta. " Para rejeitar o profeta de Deus era para rejeitar e blasfemar o próprio Deus. Isso pode torná-los dignos de morte.

    A única saída para tirar a fugir do dilema volátil era humilhar-se dolorosamente alegando ignorância. Portanto eles condescendeu a contragosto e respondeu que não sabia onde o ministério de João veio.

    A CONDENAÇÃO

    E Jesus disse-lhes: "Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas." (20: 8)

    Tendo silenciado seus adversários, Jesus terminou a conversa dizendo-lhes: "Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas." Depois de três anos de ensino e realizar milagres, Jesus lhes havia dado provas suficientes de que Ele era o Messias. Não há mais informações estariam por vir. Não havia sentido em continuar a lançar pérolas aos porcos. Os líderes judeus tinham deliberAdãoente rejeitado toda a luz que tinha visto; não havia nenhuma razão para dar-lhes mais. Este foi um pronunciamento do juízo sobre a liderança de Israel. No julgamento foi dois dias mais tarde, esses homens exigiu de Jesus: "Se Tu és o Cristo, diga-nos." Mas Ele disse-lhes: 'Se eu te disser, você não vai acreditar; e se eu fazer uma pergunta, você não vai responder. Mas de agora em diante o Filho do Homem estará sentado à direita do poder de Deus "(Lucas 22:67-69). Não havia mais nada para eles, mas o julgamento, e Ele se sentava naquele tribunal para prestar sentença sobre eles.

    Há um limite para a paciência de Deus. Aqueles que dura o coração rejeitar a luz acabará por ser abandonada à escuridão judicial. Deus disse do mundo pré-diluviano, "Meu Espírito não se para sempre no homem, porque ele também é carne; no entanto, os seus dias serão 120 anos "(Gn 6:3). Isaías acrescenta: "Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo; Ele, portanto, entregou-se a tornar-se seu inimigo, ele lutou contra eles "(Is 63:10). Por meio do profeta Jeremias, Deus lembrou rebelde Israel: "Eu solenemente advertiu seus pais no dia em que os fiz subir da terra do Egito, até hoje, alertando persistentemente, dizendo: 'Ouça a minha voz." ... Portanto assim diz o Senhor: 'Eis que eu estou trazendo desastre sobre eles que eles não serão capazes de escapar; embora eles vão chorar a mim, mas eu não vou ouvi-los '"(Jr 11:7). Lucas 19:41-42 diz que "quando [Jesus] se aproximou de Jerusalém, Ele viu a cidade, chorou sobre ela, dizendo:" Se você tivesse conhecido neste dia, mesmo que você, as coisas que servem para a paz! Mas agora eles foram escondidos de seus olhos. "

    Os misericordiosos, poupando mensagem do evangelho seria ainda ser estendido para o povo, e milhares seriam salvos no Dia de Pentecostes e além. Mas, para os líderes de coração duro, a porta da oportunidade estava fechada (conforme Mt 12:25-32.). A Bíblia adverte todas as pessoas a não seguir o seu exemplo:

    No tempo aceitável te escutei e no dia da salvação te socorri. Eis que agora é "O tempo aceitável", eis que agora é "O dia da salvação." (2Co 6:2)

    110. O assassinato do Filho de Deus: Uma Parábola Profética (Lucas 20:9-18)

    E começou a dizer ao povo esta parábola: «Um homem plantou uma vinha, arrendou-a aos viticultores, e fui em uma viagem por um longo tempo. Na época da colheita, enviou um escravo para os viticultores, para que eles pudessem dar-lhe alguns dos produtos da vinha; mas os lavradores espancaram-no e mandaram-no embora de mãos vazias. E ele passou a enviar um outro escravo; e eles espancaram também e afrontando-o e mandou-o embora de mãos vazias. E ele passou a enviar um terceiro; e este também feriram e expulso. O dono da vinha disse: 'O que devo fazer? Mandarei o meu filho amado; talvez eles vão respeitá-lo ". Mas quando os lavradores o viram, fundamentado uns com os outros, dizendo: 'Este é o herdeiro; vamos matá-lo de modo que a herança será nossa. " Então, eles lançaram-no fora da vinha e mataram-no. O que, então, será o dono da vinha fazer com eles? Ele virá e destruirá esses lavradores e dará a vinha a outros "Quando ouviram isso, disseram:" De modo nenhum "Mas Jesus olhou para eles e disse:" O que então é isto que está escrito.!: 'A pedra que os construtores rejeitaram, esta tornou-se a pedra angular'? Todo o que cair sobre esta pedra será despedaçado; mas aquele sobre quem ela cair, ele vai espalhar-lo como poeira "(20: 9-18).

    Como observado anteriormente, desde o início do ministério de Cristo, os líderes religiosos judeus procuravam matá-lo. Quando Ele atacou o templo pela primeira vez (13 43:2-17'>João 2:13-17), eles exigiram um sinal dele para provar que Ele tinha autoridade para sua ação audaciosa. Ciente de que mesmo nessa fase inicial de seu ministério que queriam vê-lo morto, "Jesus lhes respondeu:" Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei "(v. 19). Como o versículo 21 notas: "Ele falava do templo do seu corpo"; isto é, Ele estava se referindo à Sua morte e ressurreição. Depois que Ele curou um homem no sábado ", os fariseus saíram e imediatamente começou a conspirar com os herodianos contra ele, a respeito de como eles poderiam destruí-Lo" (Mc 3:6 Jesus disse aos discípulos: "O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens; e eles vão matá-lo, e Ele será levantado no terceiro dia "(conforme 16:21; Lc 18:33). "Por esta razão, portanto, os judeus procuravam ainda mais procuravam matá-lo", escreveu João ", porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus" (Jo 5:18 ; conforme Jo 7:1, Jo 7:25; Jo 8:37, Jo 8:40).

    Como o ministério do Senhor se aproximava de seu clímax, a determinação dos líderes religiosos para matá-lo se intensificaram. Depois que Jesus ressuscitou Lázaro dentre os mortos, "muitos dos judeus que ... vi o que ele tinha feito, creram nele" (Jo 11:45). Os sumos sacerdotes e os fariseus, alarmados com a popularidade de Jesus com as pessoas e temendo que ela iria trazer represálias romanos contra eles e da nação, realizou um conselho. Por insistência do sumo sacerdote, Caifás (. Vv 49-50), "a partir daquele dia eles planejaram juntos para matá-lo" (v 53; conforme Mc 14:1) , eles foram capazes de prender Jesus e trabalhar um plano para executá-lo.

    Jesus, bem consciente do que seus inimigos estavam conspirando, contou uma parábola em que Ele previu tanto o assassinato e as conseqüências. Esta parábola profética, o que foi dito para as pessoas, mas com o objectivo de os líderes, aguarda com expectativa a morte de Cristo, bem como para trás ao longo da história de Israel. Ele contém quatro características: a ilustração, a explicação, a extensão, e da aplicação.

    A ILUSTRAÇÃO

    E começou a dizer ao povo esta parábola: «Um homem plantou uma vinha, arrendou-a aos viticultores, e fui em uma viagem por um longo tempo. Na época da colheita, enviou um escravo para os viticultores, para que eles pudessem dar-lhe alguns dos produtos da vinha; mas os lavradores espancaram-no e mandaram-no embora de mãos vazias. E ele passou a enviar um outro escravo; e eles espancaram também e afrontando-o e mandou-o embora de mãos vazias. E ele passou a enviar um terceiro; e este também feriram e expulso. O dono da vinha disse: 'O que devo fazer? Mandarei o meu filho amado; talvez eles vão respeitá-lo ". Mas quando os lavradores o viram, fundamentado uns com os outros, dizendo: 'Este é o herdeiro; vamos matá-lo de modo que a herança será nossa. " Então, eles lançaram-no fora da vinha e mataram-no. O que, então, será o dono da vinha fazer com eles? Ele virá e destruirá esses lavradores e dará a vinha a outros "(20: 9-16a).

    Como era verdade de todas as parábolas do Senhor, este usou imagens da vida cotidiana com que seus ouvintes seria familiar. Vineyards eram comuns em Israel, especialmente nos socalcos. Nesta parábolade um homem plantou uma vinha, fazendo todos os esforços para fornecer tudo o que era necessário para produzir uma boa colheita (a conta paralela no evangelho de Mateus observa que ele construiu um muro em torno dele, coloque uma prensa de vinho nele, e construiu uma torre para maior proteção contra ladrões e dos animais [Mt 21:33.]). Como foi feito muitas vezes, ele arrendou-a aos viticultores. Estes eram arrendatários, que alugou a terra do proprietário e pago-lhe uma percentagem da colheita.

    Após ter arrendado a sua vinha para continuar a sua utilidade e proporcionar renda para si mesmo, o proprietário fez uma viagem por um longo tempo. Este proprietário ausente, um caso comum em Israel e em outros lugares, ainda estava longe no momento da colheita. Para a coleta de seu percentual mandou um escravo para os viticultores, para que eles pudessem dar-lhe alguns dos produtos da vinha. Isto, também, foi uma característica dos ouvintes teria sido familiarizado.

    O que ocorreu em seguida, no entanto, não era de todo esperado, e absolutamente ultrajante. Em vez de dar o escravo a acordados parte da colheita devido ao dono da vinha, os lavradores espancaram-no e mandaram-no embora de mãos vazias. Dero (pausa) é um termo forte; literalmente significa "para remover a pele", e descreve detalhAdãoente a agressão violenta que lhe deram. Ouvintes do Senhor teria sido indignado com tal comportamento deplorável ingrato, ilegal e maus.

    Pacientemente dando os lavradores contratados, que estavam lucrando si, múltiplas oportunidades para fazer o que era certo, o proprietário passou a enviar um outro escravo, mas os viticultores desafiantesvencê-lo também, e afrontando-o e mandou-o embora de mãos vazias. Um terceiro servo encontrou um destino semelhante; este também feriram e expulso. Mateus e Marcos, note que Jesus tinha-lhe ainda o envio de outros escravos, os quais foram ou batidos, apedrejado, ou assassinados.

    A resposta para a pergunta que o dono da vinha perguntou: "O que devo fazer?", teria parecia óbvio para os ouvintes de Jesus. Certamente eles esperavam que ele trazer vingança e retribuição justa sobre os criminosos. Ele lhes havia dado privilégios, e oportunidade de se beneficiar de sua terra. Eles fizeram promessas, promessas e contratos, que eles violados pela conduta egoísta, rebelde e criminal.

    Em um generoso display de paciência e misericórdia, o proprietário da vinha espero oferecido mais um apelo aos agricultores para fazer o que era certo. "Eu vou mandar o meu filho amado", argumentou ele. "Talvez eles irão respeitá-lo." Embora eles goleou seu escravos, certamente eles devem respeitar seu filho. Em vez disso, eles viram isso como sua oportunidade para tomar o controle completo da vinha uma vez por todas, por isso , quando os lavradores viram o filho, eles fundamentado (ie, discutiu a situação) com o outro. Seu raciocínio perverso trouxe para mortal violência. "Este é o herdeiro", disseram uns aos outros. "Vamos matá-lo de modo que a herança será nossa." Eles podem ter pensado que o filho estava vindo para reivindicar sua herança. De acordo com a lei tradicional, a terra que permaneceu não reclamados por três anos revertidos para aqueles que estavam trabalhando nele. Portanto, se eles mataram o filho, a terra poderia, eventualmente, ser deles.

    Quando o filho chegou, eles lançaram-no fora da vinha e mataram-no. Esse ato de sangue-frio, assassinato premeditado foi o ultraje final para os que ouviam Jesus girar a história.

    Conclusiva A pergunta do Senhor para os ouvintes, "O que, então, será o dono da vinha (que não estava morto) fazer com eles? " era fácil de responder. De acordo com Mt 21:41 eles completaram a parábola, dizendo: "Ele vai trazer esses desgraçados a um fim desgraçado, e vai alugar a vinha a outros lavradores que vão pagar-lhe o produto nas épocas apropriadas." Jesus concordou com —lhes que "ele virá e destruirá esses lavradores e dará a vinha a outros." Essa foi uma resposta adequada e justa por parte do proprietário.

    A EXPLICAÇÃO

    Quando ouviram isso, disseram: "De modo nenhum!" (20: 16b)

    O fato de que quando ouviram isto, disseram: "De modo nenhum!" indica que eles tinham começado a ganhar clareza sobre a aplicação nosso Senhor que se destina. Heard traduz uma forma do verbo grego akouō , que se refere aqui (como acontece em Ap 2:7, Ap 2:17, Ap 2:29; Ap 3:6, Ap 3:22) para ouvir com entendimento. Se o óbvio amanheceu sobre os ouvintes, ou Jesus explicou-lhes, quando o pleno significado da parábola atingi-los, eles perceberam que Jesus tinha acabado condenou seus líderes e sua nação à destruição.

    Até então, a multidão estava processando os elementos constitutivos da parábola: o dono da vinha é Deus; a vinha é Israel (conforme Sl 80:8-16; Is 5:1; Jr 2:21); os lavradores são os líderes religiosos de Israel; a longa viagem feita pelo proprietário do vinhedo imagens Antigo Testamento história, que culminou quando Deus voltou na pessoa de Seu Filho; os escravos são profetas do Antigo Testamento, a quem Israel maltratados na mesma maneira que os viticultores maltratado escravos do proprietário da vinha. Alfred Plummer escreveu,

    "A hostilidade uniforme" dos reis, sacerdotes e pessoas para os Profetas é uma das características mais notáveis ​​na história dos judeus. A quantidade de hostilidade variou, e manifestou-se de diferentes formas, em geral aumentando de intensidade; mas era sempre lá. Profundamente como os judeus lamentaram a cessação dos Profetas, após a morte de Malaquias, eles geralmente se opuseram a eles, contanto que eles foram concedidos a eles. Até o presente foi retirado, eles pareciam ter tido pouco orgulho nesta graça excepcional mostrado à nação, e pouco apreço dele ou gratidão por isso. ( Um comentário exegético no Evangelho Segundo S. Mateus [New York: Scribner, 1910], 297)

    Segundo a tradição, Isaías foi serrado ao meio com uma serra de madeira (conforme He 11:37). Jeremias foi constantemente maltratado, jogado em uma cova (Jr 38:9); Zacarias foi rejeitada (Zc 11:12) e apedrejaram (2Cr 24:21), e Miquéias foi atingido no rosto (1Rs 22:24). Tanto o Antigo Testamento (por exemplo, Jr 7:23; Lc 6:22-33; Lc 11:49; Lc 13:34; Atos 7:51-52) repreendeu Israel por rejeitar e abusando dos profetas.

    O filho do proprietário da vinha representa o Senhor Jesus Cristo. Ele é diferente de todo o resto dos mensageiros de Deus; Ele não é escravo de Deus, mas o Filho amado de Deus (Mt 17:5; Cl 1:13; 2Pe 1:172Pe 1:17.), O herdeiro de tudo o que Ele possui (He 1:2).

    Esses novos líderes de Israel seriam os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo. Este foi o pior cenário possível para o povo judeu, e, especialmente, seus líderes. Eles odiavam Jesus, e eles não tinham nada, mas desdém, desprezo e zombaria para os Seus seguidores. Eles zombavam deles como galileus pouco sofisticados (conforme Jo 7:52), falta de formação rabínica ou credenciais (At 4:13). O ponto não é que os gentios estavam substituindo os judeus, ou que a igreja estava substituindo Israel. Havia prosélitos gentios ao judaísmo, e há crentes judeus na igreja. Mas não haveria uma mudança na liderança dos corruptos, governantes apóstatas históricos de Israel para os apóstolos e discípulos de Jesus Cristo.

    Essa transição já havia começado. Em Lucas 9 Jesus "Reunindo os doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e curar doenças. E Ele enviou-os a proclamar o Reino de Deus e para realizar a cura ... Saindo, eles começaram a ir percorreram as aldeias, anunciando o evangelho e cura em todos os lugares "(vv. 1-2, 6).

    Em Lucas 10, Jesus enviou mais setenta mensageiros:

    Ora, depois disso o Senhor designou outros setenta, e mandou-os em pares adiante dele para todas as cidades e lugares aonde ele ia vir. E ele estava dizendo-lhes: "A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos; Rogai, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a sua seara. Vá; Eis que eu vos envio como cordeiros no meio de lobos [os líderes religiosos judeus]. "... Os setenta voltou com alegria, dizendo:" Senhor, até os demônios se nos submetem pelo teu nome. "(vv. 1-3, 17)

    Em Mt 13:11, Jesus disse aos discípulos: "A vós foi dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes foi concedida." Os discípulos tinham sido dado conhecimento dos mistérios; ou seja, as verdades agora reveladas, mas anteriormente ocultos acerca do reino de Deus, contida no Novo Testamento. Eles deveriam ser os novos guardiões da verdade divina e, portanto, os comissários de bordo terrenas do reino da salvação.

    Após a afirmação de Pedro de que Jesus é "o Cristo [o Messias], o Filho do Deus vivo" (Mt 16:16),

    Jesus disse-lhe: "Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque a carne eo sangue não revelou isso para você, mas meu Pai que está nos céus. Eu também digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligardes na terra terá sido amarrado no céu, e tudo o que desligares na terra terá sido desligado nos céus. "(vv. 17-19)

    Os discípulos estavam um grupo privilegiado a quem Deus estava concedendo revelação especial. Viram coisas que os outros não vêem; eles ouviram e entenderam o que os outros não ouvir e entender (13 conforme Matt:. 11-17). As parábolas que os outros não poderiam compreender eram para eles clara e compreensível. Eles exerciam o poder que os líderes de Israel não tiveram sobre os demônios, doença e morte. Foi sobre a rocha da verdade revelada aos apóstolos que Cristo iria construir sua igreja (v 18;. Conforme Ef 2:20.).

    Embora os apóstolos eram um grupo pequeno, anódino de homens sem qualificação, sem treinamento, e inexpressivos, eles eram os novos líderes da vinha de Deus; os mordomos da revelação e pastores do novo povo de Deus divino. Sua missão era "fazer discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28:19). Eles realizaram-lo de uma forma que virou o mundo de cabeça para baixo (At 17:6.), Os apóstolos foram confiadas com a revelação divina desses mistérios em Escrituras do Novo Testamento (Jo 14:26; Jo 15:26; Jo 16:13; 2Pe 1:212Pe 1:21). Cada geração sucessiva de pastores, mestres e evangelistas segue em sua linha (conforme 1Tm 4:16; 1Tm 6:20; 13 55:1-14'>213 55:1-14'> Tim. 1: 13-14., 2Tm 1:2: 2).

    Mas, como planejado desde o início, o deslocamento de Israel de Deus não é permanente. "Digo, porém:" escreveu Paulo aos cristãos de Roma ", Deus não rejeitou o seu povo, não é? De maneira nenhuma!Porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu "(Rom. 11: 1-2a; conforme vv 13 15:23-30 e a exposição do capítulo 11 em.Romanos 9:16 , A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, 1994]). Chegará um tempo em que "todo o Israel será salvo" (Rm 11:26), e novamente fez mordomos da verdade de Deus.Na tribulação, haverá 144.000 evangelistas judeus (Apocalipse 7:2-8; 14: 1-5). O reino messiânico terrena que o povo judeu esperava, e esperava fervorosamente que Jesus estabeleceria em sua primeira vinda, será estabelecido após a Sua segunda vinda (conforme Is 55:3; Mic . 4: 1-2; Zc. 8: 1-8, 14-15, 20-23).

    A EXTENSÃO

    Mas Jesus olhou para eles e disse: "O que então é isto que está escrito: A pedra que os construtores rejeitaram, esta tornou-se a pedra angular '? (20:17)

    Jesus transitou directamente da analogia para a realidade da profecia do Antigo Testamento. A morte do filho não pode ser o fim da história. Em resposta a resposta horrorizada da multidão: "De modo nenhum!" Jesus olhou atentamente para eles (o verbo grego significa literalmente "para fixar o olhar em algo") e disse: "Então, o que é isto que está escrito" (no Escrituras do Antigo Testamento [Mt 21:42]). A referência Ele citou, "A pedra que os construtores rejeitaram, esta tornou-se a pedra angular" (Sl 118:22.), teria sido familiar a eles.

    E com essa referência a imagem de um filho assassinado tinha deslocado ao de uma pedra rejeitada. A pedra principal da esquina era a parte mais importante de um edifício de pedra, porque configurado corretamente todos os ângulos para a construção. Builders sabia que sem um pilar absolutamente perfeito, todo o edifício que deriva fora de prumo. No contexto histórico do Sl 118:1, a pedra que os construtores rejeitaram representado Israel, ignorado e agredido pelas nações e impérios do mundo. Mas essa nação rejeitou ainda vai se tornar nação pedra angular de Deus, e do Messias rejeitado será o redentor e a pedra angular.

    pedra que os construtores rejeitaram, mas depois tornou-se a pedra principal da esquina, se refere especificamente a Jesus Cristo, como Pedro declarou corajosamente ao Sinédrio,

    Que seja conhecido para todos vocês e para todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vocês crucificaram, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, por este nome este homem está aqui diante de vocês em boa saúde. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, mas que se tornou a pedra angular. (Atos 4:10-11)

    A pedra rejeitada pela liderança judaica e da nação tornou-se a pedra mais importante no reino eterno de Deus, apoiando toda a estrutura e simetria do glorioso reino de salvação de Deus.

    O APLICATIVO

    Todo o que cair sobre esta pedra será despedaçado; mas aquele sobre quem ela cair, ele vai espalhar-lo como o pó. "(20:18)

    A seção termina com uma séria advertência contra rejeitando o Salvador. Todo o que cair sobre esta pedra , isto é, que tropeça Cristo na incredulidade e rejeição (conforme Isa. 8: 14-15; Rm 9:32; 1 Cor.. 1.23; I Pedro 2:6-8) — será quebrado em pedaços. Por outro lado, aqueles a quem Ele cai no julgamento vai ser espalhados como poeira. Em ambos os casos, o resultado final é o mesmo: absoluto, completo e destruição terrível.

    Esta é uma mensagem de amor e de advertência, apesar de entregá-la trouxe o Senhor não a alegria, mas bastante intensa tristeza movendo-Lo às lágrimas (conforme Lc 19:41). Previsivelmente, mas tragicamente, os líderes rejeitaram Seu alerta e redobrou seus esforços para matá-lo (Lc 20:19). Essa mesma advertência se aplica a todos: ou submeter-se a Cristo como Senhor e Salvador, ou ser esmagado por ele no julgamento. Rejeitando Jesus Cristo é a escolha mais trágica qualquer pessoa pode sempre fazer. "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece "(Jo 3:36).

    111. Um diagnóstico do Cristo rejeitado (Lucas 20:19-26)

    Os escribas e os principais sacerdotes tentaram prendê-lo na mesma hora, mas temeram o povo; para eles entenderam que Ele falou esta parábola contra eles. Então, eles observavam-no, e enviou espiões que fingiam ser justos, a fim de que eles podem pegá-lo em alguma declaração, para que eles pudessem entregar-Lhe que a regra ea autoridade do governador.Perguntaram-lhe, dizendo: "Mestre, sabemos que o Senhor falar e ensinar corretamente, e você não é parcial a qualquer, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade. É lícito pagar tributo a César, ou não? ", Mas ele detectou sua malandragem e disse-lhes:" Mostre-me um denário. Cuja semelhança e inscrição tem? "Eles disseram:" De César. "E disse-lhes:" Em seguida, dar a César o que é de César, ea Deus o que é de Deus. "E eles não foram capazes de pegá-lo em um ditado na presença do povo; e de ser surpreendido com sua resposta, calaram-se. (20: 19-26)

    A história de Israel, apesar das bênçãos singulares, é uma conta longa e implacável de rebelião contra Deus, a indiferença à Sua revelação, e desobediência à Sua lei. Os profetas de Deus, enviado para chamar ao arrependimento e proclamar a Sua oferta de amor de graça, misericórdia, perdão e salvação, a nação perseguidos e mortos regularmente. Essa história trágica de privilégio desperdiçado é resumida na parábola dramática Jesus disse na seção anterior do evangelho de Lucas (ver a exposição de vv. 9-18 no capítulo 12 deste volume).
    A rebelião de Israel contra Deus culminou com seu tratamento de Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Apesar de toda a revelação profética do Antigo Testamento que apontavam infalivelmente a Ele como rei há muito aguardado de Israel, a geração que viu realizado o crime mais impensável contra Deus-o assassinato do Messias divino-humano.
    Os líderes religiosos sabiam do nascimento de Cristo virgem, vida sem pecado, palavras divinas, e poder sobre os demônios, a doença, a morte, e da natureza. Eles tinham ouvido a Sua oferta de perdão, a salvação, a bênção ea vida eterna no reino de Deus. Que as palavras e obras de Jesus foram o cumprimento de muitas promessas do Antigo Testamento e profecias era óbvio. Embora os líderes religiosos nunca negou o poder de Cristo, os milagres, ou sabedoria inigualável, eles O rejeitaram, por causa do ataque à sua religião falsa.

    Dois dias antes o haviam executado, na quarta-feira da Paixão Week, um dos vários confrontos entre Jesus e os líderes religiosos ocorreu. A maré de popularidade ainda não havia desaparecido porque as pessoas estavam esperançosos de que ele era o Messias que eles defendiam, que estabeleceria o Seu trono em Jerusalém com glória e poder. Os líderes, que odiava Jesus desde seu ministério começou por Seu primeiro ataque a seu templo (João 2), o queria morto mais do que nunca. Em uma exibição notável de brilho diabólico, eles desenvolveram uma completa mudança na atitude do público em direção a Jesus. Na sexta-feira, a multidão que tinha entusiasticamente gritou: "Hosana", e saudou Jesus como o Messias na segunda-feira, alterou a sua mensagem para "Crucifica-o!"

    Este incidente revela um complexo de seis pecados motivar os líderes de condução: o ódio, o orgulho, a hipocrisia, a bajulação, engano e teimosia.

    ÓDIO

    Os escribas e os principais sacerdotes tentaram prendê-lo na mesma hora, (20: 19a)

    Tão grave era a ameaça representada pelo Jesus que os membros dos vários grupos, que muitas vezes se chocavam uns com os outros, a unidade encontrada em sua determinação de se livrar de Jesus. Osescribas, muitos dos quais eram fariseus, eram os especialistas na lei de Moisés e as tradições rabínicas. Os principais sacerdotes incluído o sumo sacerdote reinante, Caifás; o ex-sumo sacerdote Anás; o capitão do templo, que ajudou o sumo sacerdote; e outros sacerdotes de alto escalão. Muitos deles eram saduceus. Mt 22:15 e Mc 12:13 nota que, apesar de sua animosidade para com o outro, os fariseus e herodianos (judeus que apoiaram a dinastia de Herodes) também faziam parte da trama (o seu conluio voltou muito mais cedo no ministério de Jesus; conforme Mc 3:6). Eles também temia perder a honra eo respeito que alimentava regularmente seus egos cheios de justiça própria. Eles procuraram "o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas, e respeitosas saudações nas praças, e de ser chamados Rabi pelos homens" (Mateus 23:6-7.), Ostensivamente anunciou sua doação aos pobres (Mt 6:2), e com desdém se recusou a associar-se com eles. Totalmente sem compaixão, eles "amarrar [d] até fardos pesados ​​e [colocado]-los sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos [foram] dispostos a movê-los com tanto como um dedo" (Mt 23:4). Esses falsos professores eram nem Deus, nem o homem agradar-para agradar, mas a auto-agradar, que alimentaram suas almas orgulhosas sobre os elogios daqueles que eles intimidaram e abusados.

    HIPOCRISIA

    Então, eles observavam-no, e enviou espiões que fingiam ser justos, a fim de que eles podem pegá-lo em alguma declaração, para que eles pudessem entregar-Lhe que a regra ea autoridade do governador. (20:20)

    Ódio da elite religiosa de Jesus e desejo orgulhoso de manter seu próprio status elevado levou-os a um terceiro pecado. A hipocrisia é uma característica de todos os falsos mestres que, como seu pai Satanás (Jo 8:44), fingem ser justos (2Co 11:15). Olhando para o momento oportuno, eles observavam Jesus, e, além de mantê-lo sob vigilância geral, enviou emissários de ambos os fariseus e os herodianos (Mt 22:16) para segui-Lo. Os líderes e os espiões eram hipócritas, que fingiu ser justos buscadores da verdade, mas na realidade procurava apenas pegá-lo em alguma declaração, para que eles pudessem entregar-Lhe que a regra e a autoridade do Roman governador .

    Como observado acima, o plano do conselho judaico era usar os romanos, especificamente Pilatos, que estava em Jerusalém para a época da Páscoa, para executar Jesus. As pessoas esperavam o messias para derrubar todos os inimigos de Israel, e estabelecer superioridade e bênção da nação como prometido pelos profetas do Antigo Testamento. Portanto, o verdadeiro Messias teria de ver os romanos como idólatras, blasfemos, intrusos pagãos para ser julgado.
    Para manter-se a pretensão de ser o Messias, os líderes fundamentado, Jesus seria forçado a assumir a visão popular de que os romanos tinham de ser oposição e derrubado. Portanto tudo o que tinham a fazer era manobrar-lo em uma posição onde ele tinha a dizer isso publicamente. Uma vez que ele foi identificado como um revolucionário, os romanos prendê-lo. Isso provaria que eles tinham poder sobre Ele, e Ele não sobre eles, e as pessoas decepcionadas se voltaria contra ele.

    LISONJA

    Perguntaram-lhe, dizendo: "Mestre, sabemos que o Senhor falar e ensinar corretamente, e você não é parcial a qualquer, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade. (20:21)

    Aqueles que questionaram formalmente dirigida a Jesus como professor, um título reservado para os rabinos mais respeitado e honrado. Embora projectada como bajulação, o que eles disseram sobre Ele era verdade. Jesus nem sempre falar e ensinar corretamente, era não parcial para qualquer, e fez ensinas o caminho de Deus segundo a verdade e nunca qualquer outra coisa. O Senhor não ajustar Sua mensagem com base no tipo de resposta que recebeu ou que Ele estava falando. Ele não equivocar-se por causa da opinião humana ou possíveis consequências. Este sarcasmo deitado de sua bajulação insincera destinava-se a armadilha Jesus e destruí-lo.

    Há duas razões que eles falavam para Jesus do jeito que eles fizeram. Primeiro, eles pensavam que ele era como eles e iria responder com sentimentos de orgulho para que Ele seria dolorosamente sincero quando questionado para justificar seu elogio. Em segundo lugar, eles queriam fazer de conta que eles concordaram com a forma como as pessoas o viam. Eles eram bajuladores de ódio, tentando seduzir Jesus a incriminar-se em uma tentativa de auto-serviço para evitar contradizendo seu elogio.

    ENGANO

    É lícito pagar tributo a César, ou não? ", Mas ele detectou sua malandragem e disse-lhes:" Mostre-me um denário. Cuja semelhança e inscrição que ele tem "Eles disseram:" De César "E disse-lhes:" Em seguida, dar a César o que é de César, ea Deus o que é de Deus "(20: 22-25)?..

    O maior admiração que poderia ser pago a um professor estimado era de elevá-lo, fazendo perguntas difíceis, especialmente as que dizem respeito à lei de Deus. Partindo do princípio de que eles tinham Jesus onde eles queriam que ele, seus inimigos representava uma consulta cuidadosamente elaborado por Ele, "É lícito pagar tributo a César, ou não?" Por lícito eles estavam se referindo não ao direito romano, mas a lei de Deus . Eles pensavam que sabiam que a resposta biblicamente correto foi negativo, e que essa era a resposta das pessoas seria de esperar. As pessoas acreditavam que a terra de Israel e tudo o que ele produziu pertencia a Deus. Consequentemente, eles odiavam pagar impostos para ocupar idólatras pagãos.

    E havia diversas taxas impostas pelos romanos, incluindo imposto de renda, impostos sobre a terra, as taxas de importação e impostos sobre os transportes. Mas o fiscal do povo judeu mais odiava era a todos poll tax pago para viver sob a autoridade de Roma. Eles descobriram que especialmente ofensiva porque sugeria que César de propriedade deles, enquanto eles apaixonAdãoente viram a si mesmos e à nação como posse exclusiva de Deus. Tributação foi uma constante fonte de atrito entre os judeus e Roma, e desempenhou um papel importante tanto na rebelião liderada por Judas da Galiléia ( AD 6-7) e a revolta judaica de D.C 66-70, que terminou com a destruição total de Jerusalem pelo general romano Tito.

    Os líderes achavam que haviam forçado Jesus em um dilema impossível e inevitável. Eles estavam certos de que para evitar a alienação do povo, ele teria que afirmar a visão popular de que o pagamento de impostos a Roma estava violando a lei de Deus. Mas tal resposta deixaria a Jesus muito popular à acusação de incitar uma insurreição contra Roma. Se Ele deu essa resposta à sua pergunta, eles enviaria os herodianos para informar os romanos, que teriam de prender Jesus, destruir as esperanças de que ele era o rei de Deus.
    Jesus, no entanto, detectada sua tentativa mal na malandragem. "Mostre-me um denário," Ele exigiu. Um denário era uma moeda de prata cunhadas pela autoridade do imperador, que vale igual a um dia de salário por um soldado romano. Nos dias de Jesus, um denário teria tido a imagem do rosto de imperador Tibério na frente e no verso, um selo da-lo sentado em seu trono, trajando vestes sacerdotais.Porque os judeus consideravam tais imagens como uma violação do segundo mandamento (Ex 20:4:

    Cada pessoa é estar em sujeição às autoridades superiores. Pois não há autoridade venha de Deus; e os que existem são estabelecidas por Deus. Portanto, aquele que resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Porque os magistrados não são motivo de temor para o bom comportamento, mas para o mal. Você quer ter nenhum medo da autoridade? Faça o que é bom e terás louvor do mesmo; pois é ministro de Deus para teu bem. Mas se você fizer o que é mal, teme; pois não traz a espada para nada; pois é ministro de Deus, vingador, que traz ira sobre aquele que pratica o mal.
    Os romanos fizeram essas coisas. Eles eram poderosos militarmente, e desde a paz, segurança e proteção. A rede de estradas e canais de navegação, eles criaram facilitou o fluxo de bens e comércio que adicionado a prosperidade dos seus súditos. Era legítimo para eles esperam que esses serviços valiosos para ser suportada por aqueles que se beneficiaram.

    O mesmo é verdade hoje. Os cristãos são cidadãos deste mundo temporal, sob a autoridade do governo humano. Ao mesmo tempo, eles são súditos do reino de Deus, sob a regra de Deus e Cristo. No reino deste mundo, eles são para satisfazer as suas obrigações para com aqueles poderes que regem o que Deus, em Sua providência soberana, tem colocado sob a autoridade sobre eles. Isso é verdade se eles vivem em uma democracia ou uma ditadura. Em ambos os casos, eles são tanto para temer a Deus e honrar o rei (1Pe 2:17). Jesus afirmou o direito dos governos de cobrar impostos por seu apoio, porque eles são ordenados por Deus para o bem-estar e segurança do homem. Sem esses poderes dominantes, haveria anarquia, caos e destruição. Quando um governo, no entanto, ordena aos crentes para fazer o que Deus proíbe, ou os proíbe de fazer o que Deus manda, deve ser legitimamente desobedeceram (At 4:19; At 5:29).

    Por outro lado, os cristãos são sempre obrigados a prestar a Deus o que é de Deus. Ele é o único a quem pertencemos e quem nós servimos (At 27:23). A Ele pertence exclusivamente da nossa alma, adoração, louvor, confiança, amor e obediência.

    TEIMOSIA

    E eles não foram capazes de pegá-lo em um ditado na presença do povo; e de ser surpreendido com sua resposta, calaram-se. (20:26)

    Em vez de se maravilhar com sabedoria surpreendente de Cristo e reexaminando sua obrigação para com Deus, os líderes foram frustradas espantado, mas em vez de admitir que, para Jesus, eles ficaram em silêncio. A sua atitude para com ele não havia mudado. Embora eles não conseguiram obter a resposta incriminador Dele que eles esperavam, eles teimosamente insistiu na tentativa de encontrar uma outra maneira. Quando finalmente conseguiu trazer Jesus diante de Pilatos, eles mentiram e disse: "Achamos este homem enganosa nossa nação, proibindo dar o tributo a César" (Lc 23:2)

    Agora veio a Ele alguns dos saduceus (que dizem que não há ressurreição), e perguntaram-lhe, dizendo: "Mestre, Moisés escreveu para nós que, se o irmão de alguém morre, ter uma esposa, e ele não tem filhos, o seu irmão deve casar com a esposa e suscitar filhos a seu irmão. Ora, havia sete irmãos; eo primeiro casou e morreu sem filhos; e a segunda ea terceira se casou com ela; e da mesma forma todos os sete morreram, sem deixar filhos. Finalmente morreu também a mulher. Na ressurreição, pois, que a mulher de que ela vai ser? Para todos os sete haviam se casado com ela. "Jesus disse-lhes:" Os filhos deste mundo casam e se dão em casamento, mas aqueles que são considerados dignos de alcançar o que a idade ea ressurreição dentre os mortos, nem se casam nem se dão em casamento; para eles não podem sequer mais morrer, porque são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição. Mas que os mortos são ressuscitados, também o mostrou Moisés, na passagem da sarça ardente, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaque eo Deus de Jacó. Agora, Ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos; porque todos vivem para Ele. "Alguns dos escribas respondeu, e disse:" Mestre, Você falou bem. "Por que eles não têm coragem de questioná-lo por mais tempo sobre qualquer coisa. (20: 27-40)

    Antecipação da vida após a morte é universal na raça humana. Ao longo da história as pessoas em todas as culturas têm expressado esperança confiante de que a morte não é o fim de sua existência, revelando que Deus universalmente "pôs a eternidade no coração deles" (Ec 3:11). Por exemplo, refletindo a crença dos antigos egípcios na vida após a morte, o Livro dos Mortos contém histórias e instruções relacionadas com a sua crença na vida após a morte. Uma barca solar (a ser usado para o transporte na próxima vida) encontrados na tumba do faraó Quéops, que morreu cerca de dois mil e quinhentos anos antes de Cristo nascer, reflete essa crença. Os gregos antigos, por vezes, colocou uma moeda na boca de um cadáver para pagar tarifa da pessoa falecida através do rio místico da morte para a terra da vida de ressurreição. Alguns índios americanos enterraram seus guerreiros mortos com itens úteis (como os seus arcos, flechas e cavalos) que eles possam precisar na próxima vida. Os 5ikings fez semelhante. Na Groenlândia, as crianças foram às vezes enterrado com cães para guiá-los através do deserto frio da morte. Quando jovem, Benjamin Franklin (embora não seja um cristão, no sentido bíblico) compôs o seguinte epitáfio lunático:

     

    O Corpo de
    B. Franklin, Printer
    Como a capa de um livro velho,
    Seus Conteúdo arrancada,
    E stript da sua Lettering & Gilding,
    Mentiras aqui, Alimento para Worms.
    Mas o trabalho não deve ser perdido,
    Para ele vai, como ele creia,
    Aparecer mais uma vez,
    Em uma nova e mais elegante Edição,
    Corrigidos e melhorados
    Pelo autor

     

    Povo judeu, historicamente, tiveram uma forte crença na vida de ressurreição, como um horrível incidente registrado no livro apócrifo de 2 Macabeus ilustra. Um ancião judeu chamado Razis foi preso por seus inimigos, mas ao invés de morrer em suas mãos ele estripado-se com uma espada, e "então, está em uma rocha íngreme, como ele perdeu o último de seu sangue, ele arrancou suas entranhas e atirou-os com as duas mãos no meio da multidão, invocando o Senhor da vida e do espírito para dar-los de volta para ele de novo "(14: 45-46). Outro escrito apócrifo, o Apocalipse de Baruch (também conhecido como 2 Baruch), também expressa a crença judaica tradicional na vida após a morte:

    Porque a terra se então seguramente restaurar os mortos, [Que agora recebe, a fim de preservá-los]. Ele não fará nenhuma mudança em sua forma, mas como ele recebeu, por isso deve restaurá-los, e como eu os entregou a ela, assim também deve criá-los. Para, em seguida, será necessário mostrar ao vivo que os mortos voltaram à vida novamente, e que aqueles que tinham partido regressaram (novamente). E será que, quando eles têm solidariamente reconhecido aqueles a quem eles sabem agora, então o julgamento deve crescer forte, e as coisas que foram ditas antes de virá. E ela deve vir a passar, quando esse dia marcado se passou, que então o aspecto dos que são condenados seja posteriormente alterada, ea glória daqueles que são justificados. Para o aspecto de quem agora agir perversamente passa a ser pior do que é, como eles devem sofrer tormento. Além disso (como para) a glória daqueles que agora, sendo justificados na minha lei, que tiveram compreensão em sua vida, e que têm plantado em seu coração a raiz da sabedoria, então o seu esplendor será glorificado em mudanças, e a forma de seu rosto se converterá em função da sua beleza, que pode ser capaz de adquirir e receber o mundo que não morre, que é, então, prometeu a eles. Por mais esta acima de tudo deve aqueles que vêm em seguida, lamento, que rejeitaram a minha lei, e taparam os ouvidos para que não ouvir a sabedoria ou receber entendimento. Quando, pois eles vêem aqueles, sobre os quais eles já estão exaltados, (mas) que deve então ser exaltado e glorificado mais do que eles, estas devem ser transformados, respectivamente, este último para o esplendor dos anjos, e o ex-são ainda mais definhar em admirar as visões e na contemplação das formas. Pois em primeiro contemplar e depois partem para ser atormentado. Mas aqueles que foram salvos por suas obras, e para quem a lei tem sido agora uma esperança, e compreender uma expectativa, e sabedoria a confiança, devem maravilhas aparecer em seu tempo. Para eles verão o mundo que agora é invisível para eles, e eles verão o tempo que agora está escondido deles: e tempo deixam de envelhecer eles. Pois, nas alturas de que mundo eles habitará, e eles devem ser feitas como a dos anjos, e ser igual para as estrelas, e eles serão transformados em todas as formas que eles desejam, de beleza, em beleza, e da luz para o esplendor da glória. (50: 2-51: 10)

    Mas é muito mais importante do que a especulação tradicional sobre a vida de ressurreição da idade para vir é a revelação divina no Antigo Testamento. Em 19:25-27 Job expressou sua esperança confiante na ressurreição corporal dos mortos: "Quanto a mim, eu sei que o meu Redentor vive, e no último Ele tomará Sua posição sobre a terra. Mesmo depois da minha pele é destruída, ainda da minha carne verei a Deus; quem eu mesmo o contemplarão, e que meus olhos vão ver e não de outro. "

    No Salmo 16:9-11 Davi escreveu:

    Por isso o meu coração se alegra e se regozija a minha glória; minha carne também habitará seguro. Pois não deixarás a minha alma ao Seol; nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. Você vai fazer-me saber o caminho da vida; na tua presença há plenitude de alegria; em sua mão direita há delícias perpetuamente.

    Sl 49:15 expressa ressurreição esperança do salmista: "Deus remirá a minha alma do poder do Seol, pois Ele vai me receber", como faz o Sl 139:8, Is 26:19, e Dn 12:2). Os saduceus, por outro lado, tentou desacreditá-lo aos olhos do povo como ignorante, pedindo-Lhe uma pergunta que ele não poderia responder. Eles decidiram toco-Lo sobre a questão dos relacionamentos conjugais após a suposta ressurreição. Sua pergunta foi também concebido para tornar a crença na ressurreição parecer absurdo.

    O ABSURDO DA RESSURREIÇÃO

    e perguntaram-lhe, dizendo: "Mestre, Moisés escreveu para nós que, se o irmão de alguém morre, ter uma esposa, e ele não tem filhos, o irmão dele deve casar com a esposa e suscitar filhos a seu irmão. Ora, havia sete irmãos; eo primeiro casou e morreu sem filhos; e a segunda ea terceira se casou com ela; e da mesma forma todos os sete morreram, sem deixar filhos. Finalmente morreu também a mulher. Na ressurreição, pois, que a mulher de que ela vai ser? Para todos os sete haviam se casado com ela "(20: 28-33).

    Fingindo um respeito por Ele que eles não têm, como os seus homólogos, os saduceus, que o questionou flatteringly dirigida Jesus como Mestre, para aumentar a expectativa de que Ele certamente sabe a resposta para sua pergunta. Seu interrogatório envolveu a instrução a respeito do casamento levirate em Deuteronômio 25:5-6:

    Quando os irmãos vivem juntos e um deles morre e não tem filho, a mulher do falecido não se casará fora da família de um homem estranho. O irmão de seu marido estará com ela e levá-la a si mesmo como esposa e fazendo a obrigação de o irmão de um marido para ela. Será que o primogênito que ela lhe der assumir o nome de seu irmão morto, que seu nome não pode ser apagada de Israel.

    O princípio é anterior à Lei mosaica, como a história de Onan (Gen. 38: 6-10) indica. Talvez o exemplo mais notável de casamento levirato no Antigo Testamento é o casamento de Boaz ao seu parente de Elimelech viúva filha-de-lei, Rute (Rt 2:1).

    Os saduceus Jesus confrontado com uma situação que fez visão excessivamente literal dos fariseus da vida por vir parecer absurdo:
    "Ora, havia sete irmãos; eo primeiro casou e morreu sem filhos; e a segunda ea terceira se casou com ela; e da mesma forma todos os sete morreram, sem deixar filhos. Finalmente morreu também a mulher.Na ressurreição, pois, que a mulher de que ela vai ser? Para todos os sete haviam se casado com ela. "
    Se isso era uma situação hipotética ou um que tinha realmente acontecido não é conhecido. Mas, em ambos os casos, os saduceus assumiu que vista da ressurreição de Jesus era a mesma que a dos fariseus. Eles acreditavam que ele seria embaraçosamente incapaz de responder a sua pergunta, e, portanto, sua reputação como um eminente professor seria diminuída.

    A RESPOSTA DA ESCRITURA

    Jesus disse-lhes: "Os filhos deste mundo casam e se dão em casamento, mas aqueles que são considerados dignos de alcançar o que a idade ea ressurreição dentre os mortos, nem se casam nem se dão em casamento; para eles não podem sequer mais morrer, porque são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição. Mas que os mortos são ressuscitados, também o mostrou Moisés, na passagem da sarça ardente, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaque eo Deus de Jacó. Agora, Ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos; porque todos vivem para Ele "(20: 34-38).

    'Réplica aos saduceus Jesus tentativa de ridicularizar a crença na ressurreição veio com uma repreensão forte. Conforme registrado em Mateus, Ele prefaciou sua resposta, dizendo-lhes: "Vocês estão enganados, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus" (Mt 22:29). Essa foi uma declaração chocante e humilhante para fazer para aqueles que se orgulhava de seu conhecimento das Escrituras.Mas eles eram nulos da verdade, desprovido de qualquer verdadeiro poder espiritual, e cegos espiritualmente. Se soubessem a verdade sobre o poder de Deus, eles teriam entendido que Deus vai ressuscitar pessoas sem todos os supostos absurdos que se deleitavam em imaginação.

    Na realidade, a sua pergunta complicada era um absurdo, ea resposta é simples: não há casamento no céu. Os filhos deste mundo (a hebraísmo para aqueles que vivem no mundo atual; conforme Lc 16:8). A frase filhos de identifica a natureza essencial ou definição de qualidade de alguma coisa; a natureza essencial dos filhos da ressurreição é que eles possuem o puro cumprindo vida de Deus,. O corpo da ressurreição gloriosa os remidos têm é descrito em pormenor em I Coríntios 15:35-50 (conforme Fp 3:21.).

    Tendo demonstrado que a objecção dos saduceus da ressurreição era irrelevante e baseado na ignorância a respeito da vida na era para vir, Jesus abordou a questão da sua alegação de que o Pentateuco não ensinou a ressurreição. Claramente, Moisés lhe ensinou que os mortos são ressuscitados, mais notavelmente na passagem da sarça ardente (Ex 3:6; Ex 3:15-16; Ex 4:5).

    O ESPANTO DA MULTIDÃO

    Alguns dos escribas respondeu, e disse: "Mestre, Você falou bem." Porque eles não têm coragem de questioná-lo por mais tempo sobre qualquer coisa. (20: 39-40)

    A resposta do Senhor para os saduceus foi devastador. Eles haviam inventado o seu melhor ataque em uma tentativa vã, e Ele tinha desmantelado-lo. Além disso, ele havia exposto sua ignorância do Pentateuco, mostrando que, como o resto da Escritura, não ensina a realidade da ressurreição.
    Ironicamente os escribas, que eram contra Jesus, ficamos muito satisfeitos que ele havia destruído o argumento de e humilhado seus arqui-rivais. Alguns deles felicitou-o e disse: "Mestre, Você falou bem."Mateus observa que "as multidões, ouvindo isso, se maravilhavam da sua doutrina" (Mt 22:33). Os saduceus, totalmente silenciadas, não tinha coragem de questioná-lo por mais tempo sobre qualquer coisa. Os fariseus, porém, foi atrás dele com uma última pergunta (Matt. 22: 34-45). Depois Ele atendeu e, em seguida, pediu-lhes uma pergunta em troca, "Ninguém foi capaz de responder-lhe uma palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia para pedir-lhe outra pergunta" (Mt 22:46).

    Nesta passagem, Jesus revelou Sua majestosa e invencível sabedoria, embora afirmando a promessa da ressurreição para todos aqueles que depositam sua fé salvadora nEle.

    113. Filho de Davi e Senhor (Lc 20:41-44)

    Então Ele lhes disse: "Como é que eles dizem que o Cristo é filho de Davi? O próprio Davi diz no livro dos Salmos: Disse o Senhor ao meu Senhor: "Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés." Portanto, Davi chama 'Senhor', e como é que ele seu filho "(20: 41-44)?

    A divindade do Senhor Jesus Cristo foi negado desde sua encarnação. O consenso geral no mundo incrédulo é que ele era um mero homem; nobre, perspicaz, inteligente, devoto, e bem-intencionado, mas mesmo assim apenas um homem. Esse ponto de vista é coerente com a agenda de Satanás, pois se Jesus era apenas um homem e não também plenamente Deus, Ele não era o Salvador, a Bíblia não é verdade, eo cristianismo é uma mentira. Mas, por outro lado, se Jesus é Deus, então a Bíblia é verdadeira, e reivindicações de verdade do cristianismo são verificados.
    Porque é tão fundamental para a salvação, a verdade bíblica a respeito da pessoa de Cristo é rejeitada por cultos satânicos e falsas religiões. Por exemplo, os mórmons conseguiram enganar muitos (inclusive alguns cristãos) em acreditar que eles adoram o Cristo da Bíblia. Mas eles ensinam que o Senhor Jesus, o irmão mais velho espírito de Lúcifer, era um dos milhões de espíritos criados nascidos no céu que se tornou humana e alcançou a divindade como muitos outros, incluindo-os melhores mórmons.
    Outras seitas e religiões falsas defendem pontos de vista igualmente aberrantes de Jesus. Para as Testemunhas de Jeová, Ele era o arcanjo Miguel antes de Seu nascimento, viveu como nada mais do que um homem perfeito (como Adão antes da queda), e foi ressuscitado como um ser espiritual após a sua morte. O Jesus do Islã era um profeta humano de Deus, que ensinou a verdade islâmica. Na Ciência Cristã, Jesus é um homem que manifestou a idéia Cristo; aos bahá'ís Ele é uma das muitas manifestações de Deus; para os hindus Ele é um guru; aos budistas Ele é um mestre iluminado; para espíritas Ele era um meio, em comunicação com os espíritos dos mortos, e agora é mesmo um espírito com o qual as pessoas podem se comunicar.
    Historicamente, o povo judeu também se recusou a reconhecer Jesus como Deus. Em seu próprio dia, eles esperavam o messias para ser um, homem poderoso e influente notável, que desejam subjugar os inimigos de Israel, estabelecer o reino de Deus, na qual Israel faria o papel central, e cumprir todas as promessas da aliança para Abraão e Davi. As pessoas comuns aceito esse ponto de vista do messias, muito ensinado por seus líderes.
    Sua afirmação de ser Deus era uma blasfêmia ultrajante; o pecado mais hediondo imaginável na sua opinião. Assalto implacável de Jesus na sua teologia, poder, influência, posição e auto-justiça enfureceu líderes religiosos de Jerusalém, especialmente. Esses assaltos culminou durante Passion Week, quando o Senhor limpou o templo, diante da corrupção dos líderes religiosos, e exposto a hipocrisia deles, escalando o seu desejo febril para eliminá-lo.

    Esta conversa final entre o Senhor e os líderes teve lugar no final do dia de quarta-feira. As tentativas das autoridades religiosas judaicas para desacreditá-lo tinha sido totalmente bem-sucedida, e, como resultado, "ninguém ousaria pedir-lhe mais perguntas" (Mc 12:34). Eles não poderia lidar com Suas respostas, e em seguida, tornou-se claro que não poderia lidar com Suas perguntas também. Este dramático confronto começou quando Jesus representa para eles uma questão de distinção, a que se deu uma resposta deficiente, e concluiu com o Senhor apresentando uma realidade divina.

    A DISCERNING PERGUNTA

    Então Ele lhes disse: "Como é que eles dizem que o Cristo é filho de Davi?" (20:41)

    A questão de saber por que Jesus deu início a este diálogo, uma vez que por esta altura em Seu ministério era óbvio que os líderes e a nação havia rejeitado. Por que se preocupar para afirmar mais uma vez que sua verdadeira identidade? A resposta é encontrada no relato de Marcos deste incidente. Depois de Jesus ter frustrado tentativa astuto dos saduceus para desacreditá-lo fazendo uma pergunta ele não poderia responder (Marcos 12:18-27; conforme a exposição de Lucas 20:27-40, no capítulo anterior deste volume), um escriba desafiado Ele para nomear o maior mandamento da lei (Marcos 12:28-34). Depois, o escrivão elogiou Sua resposta, Jesus disse-lhe: "Você não está longe do Reino de Deus" (v. 34). O diálogo gravado aqui seguido imediatamente depois. A pergunta de Jesus introduziu um apelo evangelístico final para alcançar aqueles que possam estar abertos para o evangelho. Apesar do ódio virulento dos líderes e do interesse superficial das volúveis, multidões indecisos, Jesus ainda compassivamente apresentou a verdade para eles. Como o Deus encarnado, Ele não tinha prazer na morte do ímpio (Ez 33:11). Sua alegria era e é a salvação dos pecadores (conforme Lc 15:7); sua destruição O trouxe tristeza e levou às lágrimas (Lucas 19:41-44).

    Mas a inequivocamente claro testemunho da Escritura é que ninguém vai para o céu, que rejeita a verdade de que Jesus Cristo é Deus. João Batista testificou a respeito dele: "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece "(Jo 3:36). Em João 5:37-38 Jesus disse: "O Pai, que me enviou, ele tem dado testemunho de mim.Você nem ter ouvido a sua voz, em qualquer momento, nem vistes a sua forma. Você não tem a sua palavra permanece em vós, para que você não acredita que ele enviou "Em Jo 8:24 Ele advertiu os líderes religiosos hostil", por isso eu disse a você que você vai morrer em seus pecados.; para a menos que você acredita que eu sou, morrereis nos vossos pecados "Jesus deixou claro que não há nenhum outro caminho para a salvação, quando declarou:" Eu sou o caminho, ea verdade, ea vida.; ninguém vem ao Pai senão por mim "(Jo 14:6: "Não há salvação em nenhum outro; . pois não há outro nome debaixo do céu, que tenha sido dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos "Paulo fechou sua primeira epístola aos Coríntios, pronunciando uma maldição sobre quem não ama o Senhor Jesus Cristo (1Co 16:22). Mais tarde, na mesma epístola que ele acrescentou,

    Aquele que crê no Filho de Deus tem o testemunho em si mesmo; aquele que não acredita que Deus fez dele um mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus deu a respeito de Seu Filho. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. (I João 5:10-12)

    Em seu relato deste incidente, Mateus registra que "enquanto os fariseus estavam reunidos, Jesus perguntou-lhes uma pergunta:" O que você pensa a respeito do Cristo, quem é filho "Eles disseram-lhe: 'O filho de Davi" "(Mat. 22: 41-42). Sua follow-up questão retórica, "Como é que eles dizem que o Cristo é filho de Davi?", o que reflete sua crença de que o Messias seria um mero homem, desafiou-os a explicar como eles chegaram a essa conclusão.

    A RESPOSTA DEFICIÊNCIA

    Como mencionado acima, a resposta dos líderes religiosos para a pergunta que o Senhor pediu em Mt 22:42 era que o Messias seria o filho de Davi. Essa era a visão ensinada pelos especialistas na lei (Marcos 0:35). E eles estavam corretos nesse ponto, uma vez que o Antigo Testamento declara claramente que o Messias vai estar na linha de Davi. Em II Samuel 7:12-14 Deus prometeu a ele,

    Quando seus dias estão completos e se deitar com os seus pais, então farei levantar sua descendente depois de você, que sairá de você, e eu estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei o trono do seu reino para sempre. Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho;

    No Salmo 89 Deus declarou:

    Eu fiz um pacto com o meu escolhido; Jurei a Davi, meu servo, eu estabelecerei a tua descendência para sempre e construir o seu trono por todas as gerações ... Uma vez jurei pela minha santidade; Eu não vou mentir para Davi. Seus descendentes durará para sempre e seu trono, como o sol diante de mim. Será estabelecido para sempre como a lua, e do testemunho no céu é fiel. (Vv 3-4, 35-37; conforme Am 9:11; Mq 5:2 dois cegos o seguiram, gritando: "Tem piedade de nós, Filho de Davi!" (Conforme 20: 30-31). Depois que o Senhor curou um homem que era cego e mudo, "todas as multidões ficaram admirados, e diziam:" Este homem não pode ser o Filho de Davi, pode? "(Mt 12:23). Mt 15:22 diz que "uma mulher cananéia daquela região saiu e começou a gritar, dizendo: Tende piedade de mim, Senhor, Filho de Davi; minha filha está cruelmente possuídas pelo demônio '"Em Sua entrada triunfal" as multidões que vão na frente dele, e os que seguiam, gritavam: "Hosana ao Filho de Davi.; bendito o que vem em nome do Senhor; Hosana nas alturas! '"(Mt 21:9; Lucas 3:23-38).

    Nenhum de seus adversários sempre negada ou contestada ascendência davídica de Cristo. Os registros genealógicos no templo teria verificado. É claro que Davi teve muitos descendentes, mas apenas um deles era o Messias. Mas quando as pessoas a que se refere a Jesus como o Filho de Davi, a reação dos líderes era hostil, porque eles tinham a intenção de afirmar como o Messias.

    A REALIDADE DIVINA

    O próprio Davi diz no livro dos Salmos: Disse o Senhor ao meu Senhor: "Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés." Portanto, Davi chama 'Senhor', e como é que ele seu filho "(20: 42-44)?

    Antes que pudesse responder, o Senhor apontou a inadequação e incompletude da noção de que o Messias seria apenas o filho de Davi. O testemunho vem do próprio Davi, que diz no livro dos Salmos: "O Senhor disse ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés." " Jesus citou o Salmo 110, considerado ser um salmo messiânico. Pedro citou a partir dele em Atos 2:34-35, o escritor de Hebreus citou que em He 1:13 e 10:13, e Paulo alusão a isso em 1Co 15:25. O salmo revela que o Messias irá exercer autoridade e poder de Deus, simbolizada por sentado em sua mão direita. Deus vai fazer do Messias inimigos por escabelo de seus pés, uma referência para a execução de inimigos do Messias, como o incidente registrado em Josué 10:24-26 ilustra:

    Quando trouxeram esses reis para Josué, que Josué chamou todos os homens de Israel, e disse aos comandantes dos homens de guerra que tinham ido com ele: "Venha, ponde os pés sobre os pescoços destes reis." Então, eles chegaram e puseram os pés sobre os pescoços. Josué disse então para eles ", não temais, nem vos assusteis! Seja forte e corajoso, porque assim fará o Senhor a todos os seus inimigos com os quais você luta "Então, depois disto, Josué feriu e colocá-los à morte, e ele pendurou em cinco árvores.; e eles pendurados nas árvores até a noite.

    Ponto de Cristo é que, se o Messias era apenas um homem, como os judeus ensinou, por que Davi se referem a ele como seu Senhor? Nenhum pai Oriente Médio, e muito menos um rei, chamaria Senhor seu filho humano. Simples argumento de Jesus era tão poderosa e convincente de que, quando se tornou amplamente conhecido após a conclusão do Novo Testamento, muitos judeus abandonaram a visão histórica que o Salmo 110 era messiânica. Em vez disso, alguns detidos que se referia alguma forma a Abraão; outros a Melquisedeque; e outros ainda ao líder judeu intertestamentária Judas Macabeu.Estudiosos liberais contemporâneas, que negam a divindade de Jesus e a veracidade das Escrituras, têm argumentado que Davi era simplesmente equivocado em ver o Messias como seu Senhor. No entanto, no relato de Marcos deste incidente Jesus apresentou Seu citação do Sl 110:1; conforme At 4:25). Assim, para negar que o que Davi escreveu também é negar a veracidade do testemunho do Espírito Santo a Jesus Cristo.

    Consulta lógica do Senhor, "Portanto, Davi chama 'Senhor', e como é seu filho?" posou um dilema inevitável e terminal para os líderes religiosos. Portanto, "ninguém foi capaz de responder-lhe uma palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia para pedir-lhe outra pergunta" (Mt 22:46).

    Como filho tanto de Davi e Senhor de Davi, Jesus é totalmente Deus e totalmente homem. Escritura declara que Ele é a Palavra eterna (Jo 1:1). O escritor de Hebreus diz que "uma vez que os filhos participam da carne e do sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas" (He 2:14). Mais tarde nesse capítulo, ele acrescenta que Jesus "tinha que ser feito semelhante a seus irmãos em todas as coisas, para que Ele possa se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, para expiar os pecados do povo" (He 2:17). Jesus teve fome (Mt 4:1-2.) E sede (Jo 4:7; conforme Mt 8:23-24.). Jesus experimentou toda a gama de emoções humanas, incluindo a alegria (Lc 10:21), dor (Mt 26:37.), Amor (Jo 11:5; Jo 15:9). espanto (Lc 7:9), quando disse aos seus adversários". Em verdade, eu vos digo: antes que Abraão existisse, eu sou "(Jo 8:58). Que os líderes judeus (ao contrário sectários modernos) compreendeu claramente o que ele quis dizer é evidente a partir de sua reação: eles tentaram apedrejá-lo por blasfêmia (v 59; conforme Lv 24:16..). Em Jo 10:30, Jesus afirmou ser a mesma essência que Deus, o Pai. Mais uma vez os judeus tentaram apedrejá-lo por blasfêmia, porque "ser um homem [Ele se fez] por ser Deus" (v. 33). Quando Tomé dirigiu a Ele como Deus (Jo 20:28), Jesus aceitou que a afirmação de Sua divindade e elogiou sua fé (v. 29). Fp 2:6, com João. 12: 39-41; Jer 23: 5-6.)

  • Pastor (conforme Sl 23:1)
  • Juiz (conforme Gn 18:25 2Tm 4:1)
  • Um Santo (conforme Is 10:20 com At 3:14;. Conforme Sl 16:10 com At 2:27.)
  • Primeira e última (conforme Is 44:6 com Ap 1:17; Ap 22:13)
  • Light (conforme Sl 27:1)
  • Senhor do sábado (conforme Ex 16:23, Ex 16:29;Lv 19:1 com Mt 12:8 com At 4:12;. Tt 2:13)
  • EU SOU (conforme Ex 3:14 com Jo 8:58)
  • Pierced One (conforme Zc 12:10 com Jo 19:37)
  • Poderoso Deus (conforme Is 10:21 com Is 9:6 com Ap 17:14)
  • Alpha e Omega (conforme Ap 1:8)
  • Senhor da Glória (conforme Sl 24:10 1Co 2:8; Is 48:17; Is 63:16 com Ef 1:1; He 9:12.)
  • Jesus Cristo possui os atributos incomunicáveis ​​de Deus (aqueles que são exclusivos para Deus e não têm analogia no homem):

  • Eternidade (Mq 5:2;. Mt 28:20)
  • Onisciência (Mt 11:23;. Jo 16:30; Jo 21:17)
  • Onipotência (Fm 1:3)
  • Gloria (Jo 17:5).
  • Jesus Cristo também fez as obras que só Deus pode fazer:

  • Criação (Jo 1:3)
  • Providence (sustentar a criação) (Cl 1:17; He 1:3)
  • Perdoar pecado (Mc 2:7)
  • Ter a Sua palavra permanecerá para sempre (Mt 24:35; conforme Is 40:8), e Escritura registra que tanto os homens (Atos 10:25-26) e os anjos (Apocalipse 22:8-9) recusou a adoração:

  • Mt 14:33
  • Mt 28:9
  • Jo 9:38
  • (Ver também Fp 2:10, Hb 1. [Conforme Is 45:23.]: 6.)

     

    Outra forma de demonstrar a divindade de Cristo é fazer a pergunta: "Se Deus se tornou homem, o que esperamos que ele fosse como?"

    Em primeiro lugar, se Deus tornou-se um homem que seria de esperar que Ele esteja sem pecado, porque Deus é absolutamente santo (Is 6:3). Ele é "santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e elevado acima dos céus" (He 7:26).

    Em segundo lugar, se Deus tornou-se um homem que seria de esperar Suas palavras a ser os maiores palavras nunca ditas, porque Deus é onisciente, é perfeitamente sábio, e tem comando infinito da verdade ea capacidade de expressá-lo perfeitamente. As palavras de Jesus demonstrou tudo isso. Os oficiais enviados para prendê-lo de volta relatou aos seus superiores: "Nunca um homem fala a maneira que este homem fala" (Jo 7:46; conforme Mt 7:28-29.).

    Em terceiro lugar, se Deus tornou-se um homem que seria de esperar Dele para exibir poder sobrenatural, porque Deus é todo-poderoso. Natureza Jesus controlada, andou sobre a água, curou os enfermos, ressuscitou os mortos, dominou o reino de Satanás e os demônios, sobrenaturalmente evitados aqueles que tentaram matá-lo, e realizou milagres numerosos demais para ser contado (Jo 21:25).

    Em quarto lugar, se Deus se tornou um homem, seria de esperar que Ele exerce uma profunda influência sobre a humanidade. Jesus fez. Ele mudou o mundo como ninguém mais na história.
    Em quinto lugar, se Deus se tornou um homem, seria de esperar que Ele manifestar o amor, a graça, a bondade, a compaixão, a justiça, o juízo ea ira de Deus. Jesus fez.

    Jesus Cristo foi em todos os sentidos a representação exata da natureza de Deus (He 1:3).


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Lucas Capítulo 20 do versículo 1 até o 47

    Lucas 20

    Com que autoridade? — Luc. 20:1-8

    Uma parábola que é una condenação — Luc. 20:9-18 César e Deus — Luc. 20:19-26

    A pergunta dos saduceus — Luc. 20:27-40

    As advertências de Jesus — Luc. 20:41-44

    O desejo de honra entre os homens — Luc. 20:45-47

    COM QUE AUTORIDADE?

    Lucas 20:1-8

    Este capítulo nos descreve o que é chamado comumente o Dia das

    Perguntas. Era um dia no qual as autoridades judaicas, em todos os distintos setores, aproximaram-se de Jesus para perguntar uma coisa após outra com o intuito de apanhá-lo. Nesse dia, Jesus em sua sabedoria respondeu de tal maneira que tampou a boca deles e os deixou sem resposta.

    Os principais sacerdotes, os escribas e os anciãos expuseram a primeira pergunta. Os principais sacerdotes era um corpo de homens

    composto por ex-sumo sacerdotes e membros das famílias das quais tinham saído sumos sacerdotes. A frase descreve a aristocracia religiosa do templo. Os três grupos compunham o Sinédrio, o conselho supremo e

    corpo governante dos judeus; bem podemos considerar esta pergunta como confeccionada e levantada pelo Sinédrio com a idéia de formular uma acusação contra Jesus.

    Com razão perguntaram com que autoridade realizava essas coisas! Ir a Jerusalém como ele tinha feito, e depois tomar a lei em suas mãos e purificar o templo como o fez requeria alguma explicação. Para os

    judeus ortodoxos desse momento, a sereno ascensão de autoridade de Jesus era algo surpreendente de qualquer maneira. Nenhum rabino julgava nem dava uma afirmação sem assinalar sua autoridade. Diria: "Há um ensino que...". Ou "Isto foi confirmado pelo rabino Fulano de tal

    quando disse..." Mas ninguém havia sustentado essa autoridade totalmente independente com a qual Jesus se movia entre os homens. O que queriam era que Jesus dissesse brusca e diretamente que Ele era o Messias e o Filho de Deus. Assim já teriam pronta uma acusação de blasfêmia e poderiam prendê-lo imediatamente. Mas Ele não deu essa resposta porque sua hora não tinha chegado.

    A resposta de Jesus às vezes se descreve como uma hábil maneira de ganhar tempo e evitar o debate. Mas é mais que isso. Pediu-lhes que

    respondessem o seguinte: "O batismo de João era do céu ou dos homens?" Segundo o que respondessem seria a resposta à sua própria pergunta. Todos sabiam como João tinha considerado a Jesus, e como ele

    próprio se considerou como o anunciador do Messias. Se estavam de acordo em que a autoridade de João era divina, então estavam dizendo que Jesus era o Messias já que João o havia dito. Se o negavam, o povo

    podia levantar-se contra eles. A resposta de Jesus em realidade perguntava: "Digam-me, de onde crêem que vem minha autoridade?", Não precisava responder a pergunta deles se eles respondiam a sua.

    Enfrentar a verdade pode confrontar o homem com uma situação difícil e penosa; mas o negar-se a fazê-lo o confronta com um matagal do qual não pode escapar. Os emissários dos fariseus não quiseram ver a

    verdade, e tiveram que retirar-se, frustrados e desacreditados perante a multidão.

    UMA PARÁBOLA QUE É UMA CONDENAÇÃO

    Lucas 20:9-18

    Esta é uma parábola cujo significado é claro como o cristal. A vinha

    representa a nação de Israel (comp. Isaías 5:1-7). Os lavradores são os governantes de Israel em cujas mãos se confiou a nação. Os mensageiros são os profetas que foram desprezados, perseguidos e mortos. O filho é o próprio Jesus. E o castigo será a transferência para outros do lugar que Israel ocupou.

    O relato em si refere-se a fatos reais. Judéia na época de Jesus estava angustiada pelos problemas econômicos e trabalhistas. Havia muitos proprietários que se ausentavam e deixavam suas terras nessas condições. O arrendamento raramente se pagava em dinheiro. Fixava-se uma quantidade do produto, que não respeitava o êxito ou o fracasso da colheita, ou uma percentagem dos frutos, quaisquer que fossem.

    Por seu ensino é uma das parábolas mais ricas. Diz-nos certas coisas sobre o homem.

    1. Fala-nos sobre o privilégio humano. Os lavradores não fizeram a vinha. Entraram em posse dela. Seu dono não os dominou com um chicote. Foi de viagem e deixou que trabalhassem como quisessem.
    2. Fala-nos sobre o pecado humano. O pecado dos lavradores foi que se negaram a dar ao dono o que lhe pertencia, e quiseram dirigir as coisas que só o dono tinha direito de dirigir. O pecado consiste em não

    dar a Deus o lugar que lhe corresponde na vida e em usurpar o poder que teria que ser dEle.

    1. Fala-nos a respeito da responsabilidade humana. Por muito

    tempo os lavradores puderam fazer o que quiseram; mas chegou o dia em que se deviam ajustar as contas. Mais cedo ou mais tarde o homem é chamado a prestar contas do que lhe foi encarregue.

    A parábola diz certas coisas a respeito de Deus.

    1. Fala-nos a respeito da paciência de Deus. O dono não castigou o primeiro sinal de rebelião dos lavradores. Deu-lhes uma oportunidade atrás de outra para fazer o que correspondia. Não há nada tão

    maravilhoso como a paciência de Deus. Se qualquer homem tivesse criado o mundo, em sua exasperação há muito já o teria.

    1. Fala-nos sobre o julgamento de Deus. Os lavradores pensavam

    que podiam presumir da paciência de seu amo, que – usando um termo moderno – podiam fazer sua própria vontade. Mas Deus não abdicou. Por muito que um homem pareça ter feito sua própria vontade, chegará o dia em que se ajustarão as contas. Como diziam os romanos: "A justiça

    sustenta a balança em um equilíbrio parecido e escrupuloso e afinal prevalecerá."

    A parábola nos diz algo a respeito de Jesus.

    1. Diz-nos que sabia o que se aproximava dele. Não foi a Jerusalém sonhando que poderia escapar da cruz. Com os olhos abertos e

    sem medo, seguiu adiante. Quando Aquiles, o grande herói grego, recebeu a advertência da profetisa Cassandra de que, se saísse à batalha, com certeza morreria, respondeu: "Não obstante, vou seguir." Para Jesus

    não havia retrocesso.

    1. Diz-nos que nunca duvidou do triunfo final de Deus. Mais à frente do poder dos homens malvados estava a majestade invencível de

    Deus. Pode ser que nos pareça que a maldade prevalece por um momento, mas no final não pode evitar seu castigo.

    1. Apresenta inequivocamente a afirmação de Jesus de que Ele é o

    Filho de Deus. Nela se afasta deliberadamente da linha dos profetas. Eles eram servos. Ele é o Filho. Nesta parábola declarou de maneira que ninguém podia deixar de ver, que era o Rei escolhido de Deus.

    A citação a respeito da pedra que os edificadores rechaçaram é do Sl 118:22, Sl 118:23. Era uma das citações favoritas da igreja primitiva como descrição da morte e da ressurreição de Jesus (comp. At 4:11; 1

    Pedro At 2:7).

    CÉSAR E DEUS

    Lucas 20:19-26

    Aqui os emissários do Sinédrio voltaram a atacar. Subornaram a homens para que se aproximassem de Jesus e lhe perguntassem algo que

    realmente era um problema de consciência para eles. O tributo que se devia pagar a César era um imposto que consistia em um denário por ano. Toda pessoa entre os 14 e os 65 anos de idade tinha que pagá-lo pelo simples privilégio de existir. Havia muita resistência a este tributo

    na Palestina, e tinha sido causa de mais de uma rebelião. Não se

    questionava simplesmente a questão financeira. O tributo não era visto como uma pesada imposição, e em realidade não era nenhuma carga.

    O que se discutia era o seguinte: os judeus fanáticos alegavam que não tinham outro rei senão Deus, e sustentavam que estava mal pagar

    impostos a outro que não fosse Deus. A questão era de índole religiosa, pela qual muitos estavam dispostos a morrer. De modo que estes emissários do Sinédrio tentaram fazer Jesus cair nas hastes do dilema. Se dizia que não se devia pagar o tributo, imediatamente o denunciariam a

    Pilatos e seria detido. Se dizia que se devia pagar, afastaria a muitos dos que o apoiavam, especialmente os galileus, cujo respaldo era forte. Jesus respondeu em suas próprias palavras. Pediu que lhe mostrassem um

    denário.

    No mundo antigo a efígie real figurava nas moedas. Por exemplo, os macabeus tinham emitido moedas com seus valores, nem bem

    Jerusalém se liberou dos sírios. Mais ainda, estava admitido universalmente que o direito de emitir moeda trazia consigo o direito de impor impostos. Se um homem tinha o direito de pôr sua imagem e

    inscrição em uma moeda, de fato tinha adquirido o direito de cobrar impostos.

    De modo que Jesus disse: "Se aceitarem o sistema monetário do

    César e o utilizam, estão obrigados a aceitar seu direito de cobrar impostos"; "mas", continuou: "há um domínio no qual o que César estabelece não tem valor e que pertence inteiramente a Deus."

    1. Se um homem viver em uma nação, e goza dos privilégios da

    mesma, não pode separar-se dela. Quanto mais honesto seja, melhor cidadão será. Em uma nação não deveria haver cidadãos mais conscientes e melhores que os cristãos; e uma das tragédias da vida moderna é que os cristãos não tomem parte no governo de sua nação. Se abandonarem suas responsabilidades, e deixam que os políticos materialistas governem o país, não podem queixar-se do que acontece nem do que virá.

    1. Entretanto, é certo que na vida do cristão, a última palavra é de Deus e não do Estado. A voz da consciência é mais forte que a de qualquer lei feita pelos homens. O cristão é ao mesmo tempo o servo e a consciência de sua nação. Justamente por ser o melhor dos cidadãos se negará a fazer o que um cristão não pode fazer. Ao mesmo tempo temerá a Deus e honrará ao rei.

    A PERGUNTA DOS SADUCEUS

    Lucas 20:27-40

    Uma vez silenciados os emissários do Sinédrio, apareceram em

    cena os saduceus.

    Sua pergunta respondia a duas coisas.

    1. À lei do matrimônio de levirato (Dt 25:5). De acordo com esta lei se um homem morria sem filhos, seu irmão devia

    casar-se com a viúva, gerando-lhe filhos para continuar a sua linha sangüínea. Não é provável que essa lei tivesse vigência na época de Jesus, mas estava incluída dentro das normas mosaicas e portanto os

    saduceus a viam como obrigação.

    1. Às crenças dos saduceus. Muitas vezes são mencionados junto aos fariseus, mas em crenças eram dois pólos opostos.
      1. Os fariseus eram um grupo totalmente religioso. Não tinham ambições políticas, e estavam de acordo com qualquer governo que lhes permitisse conservar a Lei cerimonial. Os saduceus eram menos, mas

    mais ricos. Quase todos os sacerdotes e aristocratas eram saduceus. Eram a classe governante; em geral colaboravam com Roma. Quase sempre acontece que em um país ocupado os ricos som colaboracionistas

    simplesmente porque não querem perder suas riquezas, suas comodidades y seus postos, e estão preparados a colaborar para obtê-lo.

    1. Os fariseus aceitavam as Escrituras e além disso os mil e um detalhes minuciosos sobre a Lei oral e cerimonial, tais como a Lei do

    sábado e as que regulamentavam a lavagem de mãos. Os saduceus

    aceitavam somente as leis escritas do Antigo Testamento. E nele davam ênfase especial à Lei de Moisés e não davam importância aos livros proféticos.

    1. Os fariseus acreditavam na ressurreição dos mortos e nos anjos e nos espíritos. Os saduceus sustentavam que não havia ressurreição, nem

    anjos nem espíritos.

    1. Os fariseus criam no destino. Criam que a vida do homem estava planejada e ordenada Por Deus. Os saduceus acreditavam no

    livre-arbítrio sem restrições.

    1. Os fariseus acreditavam no Messias e esperavam sua vinda; os saduceus não. Para eles a chegada do Messias teria sido um incômodo

    para suas vidas cuidadosamente ordenadas.

    Os saduceus, pois, aproximaram-se com esta pergunta a respeito de quem seria o marido no céu de uma mulher que se casou sete vezes.

    Consideravam que uma pergunta assim era das que faziam parecer ridícula a ressurreição do corpo. A resposta de Jesus encerra uma verdade de valor permanente. Disse que não devemos pensar no céu em

    termos terrestres. A vida ali será muito diferente, porque nós estaremos mudaremos. Evitaríamos muito desperdício de engenho e não poucas angústias se deixássemos de especular a respeito de como será o céu e

    deixássemos as coisas ao amor de Deus.

    Mas Jesus foi mais longe. Como dissemos, os saduceus não criam na ressurreição do corpo. Diziam que não podiam acreditar nela porque nos livros da lei que se dizia serem escritos por Moisés não há

    informação a respeito. Até então nenhum rabino tinha podido discutir com eles nesse terreno; mas Jesus o fez. Assinalou que Moisés mesmo tinha ouvido Deus dizer: “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o

    Deus de Isaque e o Deus de Jacó” (Ex 3:6), e que era impossível que Deus fosse Deus dos mortos. Portanto Jacó, Abraão e Isaque ainda estão vivos. E por conseguinte existe a ressurreição do corpo. Com razão os

    escribas disseram que tinha sido uma boa resposta porque Jesus tinha enfrentado os saduceus em seu próprio terreno e os tinha derrotado.

    Pode ser que achemos árida esta passagem. Tem que ver com questões que eram problemas candentes na época de Jesus, com argumentos que um rabino teria achado convincentes mas que não o são para a mente moderna. Mas desta aridez surge uma grande verdade para qualquer que ensine ou deseje recomendar o cristianismo a seus semelhantes: Jesus utilizava argumentos que o povo de sua época podia entender. Falava às pessoas em seu próprio idioma; enfrentava-os em seu próprio terreno; e precisamente por essa razão o povo o escutava com alegria.

    Às vezes, quando lemos livros religiosos ou de teologia, temos a sensação de que tudo pode ser certo, mas que seria impossível apresentar

    isso ao homem sem capacitação teológica, que é a grande maioria no mundo e na igreja. Jesus utilizava uma linguagem e argumentos que o povo podia compreender; enfrentava as pessoas com seu próprio

    vocabulário, em seu próprio terreno, com suas próprias idéias. Seremos muito melhores professores de cristianismo e testemunhas de Cristo quando aprendermos a fazer o mesmo.

    AS ADVERTÊNCIAS DE JESUS

    Lucas 20:41-44

    Vale a pena estudar sozinho esta breve passagem, porque é muito difícil de compreender. O título mais popular dado ao Messias era o de filho de Davi. Assim chamou Jesus o cego do Jericó (Lc 18:38, Lc 18:39), e

    assim o chamaram as multidões ao entrar em Jerusalém (Mt 21:9).

    Aqui Jesus parece pôr em dúvida a validez desse título. A citação é do Sl 110:1. Na época de Jesus todos os salmos eram atribuídos a

    Davi, e se pensava que este salmo se referia ao Messias. Nele Davi diz que ouviu Deus falando com o Ungido, dizendo que se sentasse à sua mão direita até que seus inimigos fossem sujeitos a seus pés; e nele Davi chama o Messias meu Senhor. Como pode o Messias ser ao mesmo

    tempo o filho e o Senhor de Davi?

    Jesus estava fazendo aqui o que muitas vezes tentava fazer: corrigir as idéias populares sobre o Messias. A idéia popular sobre o Messias era que com ele chegaria a idade de ouro e Israel se converteria na nação maior do mundo. Era um sonho de poder político. Como ia acontecer isto? Havia muitas idéias, mas a idéia popular era que um grande descendente do rei Davi viria à Terra para ser o rei e capitão invencível. De modo que o título Filho de Davi estava inextricavelmente unido ao domínio do mundo, com façanhas militares e conquistas materiais. O que Jesus diz em realidade é: "Pensam na vinda do Messias como filho do Davi; assim é; mas é muito mais; ele é o Senhor." Está dizendo aos homens que devem rever suas idéias do que significa filho de Davi. Devem abandonar seus fantásticos sonhos de poderio mundial, e ver o Messias como o Senhor dos corações e das vidas dos homens. Implicitamente os culpava de ter uma idéia muito pequena de Deus. O homem sempre tende a esquecer toda a majestade de Deus e imaginá-lo à sua própria imagem.

    O DESEJO DE HONRA ENTRE OS HOMENS

    Lucas 20:45-47

    As

    honras

    que

    os

    escribas

    e

    fariseus

    esperavam

    receber

    e

    conseguiam eram extraordinárias. Tinham normas de precedência cuidadosamente estabelecidas. No lugar de estudos, tinha o primeiro lugar o rabino mais sábio; em um banquete, o mais ancião.

    Registra-se o caso de dois rabinos que voltaram depois de ter caminhado pela rua, tristes e surpreendidos porque mais de uma pessoa os tinha saudado: "Que sua paz seja grande", mas sem adicionar, "Meus

    mestres!" Pretendiam que sua posição fosse maior ainda que a dos pais."

    Diziam: "Que a estima por um amigo se limite com a que sentes por teu professor, e que o respeito para com teu professor se limite com tua reverência por Deus." "O respeito por um professor deveria exceder o

    que se sente por um pai, pois tanto o pai como o filho lhe devem respeito."

    "Se o pai de alguém e um professor perderam algo, tem mais importância a perda do professor, devido a que o pai do homem só o

    trouxe ao mundo; seu professor, que lhe ensinou a sabedoria, introduziu— o na vida do mundo vindouro... Se o pai de um homem e um professor levam uma carga, deve ajudar primeiro o professor e logo a seu pai. Se seu pai e seu professor estão cativos, deve resgatar primeiro a seu

    professor e depois a seu pai."

    Semelhantes exigências são quase incríveis; não era bom que um homem as fizesse; e era ainda pior que as concedessem. Os escribas e os

    rabinos tinham pretensões como estas.

    Jesus também acusou os escribas de devorar as casas das viúvas. Um rabino estava obrigado pela lei a ensinar grátis. Supunha-se que

    todos tinham uma profissão e que se mantinham com o trabalho de suas mãos, enquanto ensinavam gratuitamente.

    Isto parece muito nobre, mas era costume deliberadamente que

    manter um rabino era um ato de grande piedade. "Quem quer que ponha parte de suas entradas no bolso do sábio", diziam, "será considerado como digno de um assento na academia celestial." "Quem quer que hospede em seu lar um discípulo do sábio, será considerado como se fizesse um sacrifício diário." "Que sua casa seja um lugar freqüentado pelos homens sábios."

    Portanto

    não

    é

    nada

    estranho

    que

    as

    mulheres

    facilmente impressionáveis fossem presa dos rabinos menos escrupulosos e mais

    amigos das comodidades. Os piores devoravam as casas das viúvas.

    Todo este insalubre assunto escandalizava e repugnava a Jesus. A situação era pior porque esses homens eram os sábios e ocupavam

    lugares de responsabilidade na vida da comunidade. Deus sempre condenará o homem que utiliza sua posição de confiança para obter seus

    próprios fins e crescer em proveito próprio.


    O Evangelho em Carne e Osso

    Flávio Gouvêa de Oliveira, Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
    O Evangelho em Carne e Osso - Comentários de Lucas Capítulo 20 do versículo 20 até o 26

    96   . Devolvam o que é de Deus

    Lucas 20:20-26

     

    Preparando a armadilha

     

    Jesus se tornava, cada vez mais, um incômodo para as autoridades de Jerusalém e, especialmente depois da última parábola, uma ameaça, pois ensinava o povo a ver a autoridade com outros olhos. Era necessário que ele fosse calado, mas havia algumas dificuldades para isso, como já foi dito. O povo se maravilhava com seus ensinos e atitudes drásticas poderiam gerar até um motim da multidão. Nesse caso, teriam problemas com a guarda romana, cujo objetivo também era manter a paz das cidades dominadas usando violência, se necessário. Assim, as autoridades de Jerusalém foram perspicazes e procuraram usar isso em seu favor jogando essa complexidade política e econômica sobre Jesus.

    Foi tudo bem planejado: ao invés de irem diretamente (Lc 20:1-8) – como quando questionaram sua autoridade pra fazer o que fizera – mandaram alguns homens, fingindo-se de aprendizes no meio do povo, com uma pergunta que era bem capciosa e refletia uma preocupação da multidão. Eles chegam aparentando admiração por Jesus como alguém correto, imparcial e verdadeiro, mas, como logo se perceberia, não passava de falsa bajulação. Isso indica a necessidade de também ficarmos atentos com muitos discursos religiosos que ouvimos atualmente, pois, ainda que carreguem boa dose de adjetivos gloriosos, nem sempre possuem intenção de louvor, mas de persuasão e engano.

    A pergunta em si, embora demonstrasse uma preocupação comum daqueles ouvintes, e até pudesse ser levantada com sinceridade por outra pessoa, era uma verdadeira armadilha, do tipo que dizemos popularmente: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Se Jesus dissesse que era correto pagar o tributo a César, estaria ofendendo o nacionalismo e a religião judaica, ao mesmo tempo, a própria autoridade que vinha declarando, como Rei do reino de Deus, poderia ficar desacreditada, pois até ele estaria sujeito ao império romano. Se dissesse que era errado pagar o tributo, poderia ser legalmente acusado como um rebelde que incitava o povo à desobediência à lei romana, o que o levaria à condenação pelo império sem que precisassem “sujar as mãos”.

     

    Mais que perspicácia: sabedoria

     

    Eles podiam ser perspicazes, mas Jesus era sábio. Sabia que aquilo era uma armadilha e que o assunto era complexo e mal resolvido. Respondeu, então, de forma profunda, didática e desafiadora.  Pediu uma moeda usada para o pagamento de tributo: ela carregava o rosto de César, indicando a dominação sobre aquele sistema político e religioso em que estavam. A imagem na moeda era dele, então devia simplesmente ser “devolvida” a ele, conforme traduzem algumas versões. O tributo fazia parte daquele sistema, do qual, concordando ou não, participavam; e havia toda uma máquina administrativa e até bélica para garantir que isso acontecesse.

    Entretanto, o verdadeiro problema que Jesus estava denunciando é que eles não estavam devolvendo aquilo que pertencia a Deus, como ele havia ensinado na parábola anterior. Não estavam devolvendo os frutos do Reino e queriam tomar posse dele com a morte do Filho. Eles eram dominados pelo império romano, mas achavam que podiam dominar o reino de Deus; viam-se obrigados a pagarem tributo a Roma, mas não se importavam em roubar aquilo que pertencia a Deus. Assim, parafraseando Jesus, poderia ficar assim: “de uma forma ou de outra, vocês já devolvem o que é de César, mas não devolvem aquilo que pertence a Deus.” E assim Jesus desarmou a armadilha feita a eles e os colocou, mais uma vez, em seu devido lugar.

    Ainda lidamos com essa questão política e econômica procurando ser honestos para com a lei, mesmo que por obrigação, e também lutando por direitos quando necessário. Mas a questão principal é: o que estamos fazendo com o que pertence a Deus? Quantas vezes ainda queremos dominar sobre aquilo que ele apenas confiou a nós como seu povo? O que devemos “devolver” a Deus? O que temos “devolvido”? Pelo contexto, trata-se de algo muito além da questão financeira, mas está ligado ao que somos quando pertencemos ao reino de Deus.

     

    Uma aplicação pessoal

     

    O ensino contido na resposta de Jesus pode também no levar a uma aplicação mais pessoal. A imagem na moeda indicava a quem ela pertencia e a quem deveria ser devolvida. Deus também colocou sua imagem naquilo que lhe pertence, colocou-a em nós, homens e mulheres (cf. Gn 1:26). Quando fazemos parte do Reino, reconhecemos que viemos de Deus e que a sua imagem está em nós. Reconhecemos que essa imagem foi danificada e quase perdida pelo pecado, mas que Jesus nos salva e a restaura em nós; então declaramos que ele é o Senhor e devolvemos aquilo que lhe pertence. Não meramente moedas ou tesouros terrenos, mas aquilo em que ele imprimiu sua imagem: nós mesmos.

    Concordando ou não, pagamos nossos impostos e nos submetemos às autoridades políticas de nosso tempo, mesmo quando elas são injustas e corruptas. Mas, e ao nosso Deus justo e verdadeiro, o que estamos devolvendo?



    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 20 versículo 25
    paguem: Veja a nota de estudo em Mt 22:21.

    a César o que é de César: Esta resposta de Jesus também aparece nos relatos paralelos em Mt 22:21 e Mc 12:17. Essa é a única ocasião registrada na Bíblia em que Jesus fez referência ao imperador romano. ‘Pagar a César o que é de César’ inclui pagar por serviços prestados pelo governo, e mostrar respeito e obedecer às autoridades em tudo o que não contraria as leis de Deus. — Rm 13:1-7.

    a Deus o que é de Deus: Veja a nota de estudo em Mt 22:21.


    Dicionário

    César

    substantivo masculino Figurado Déspota, tirano.

    Nome de uma dinastia de líderes romanos, que se iniciou com a família juliana. O César mais famoso foi Caio Júlio César (102-44 a.C.). Otávio foi seu herdeiro adotado (não teve filhos legítimos). César Augusto é citado em Lucas 2:1 e Tibério César em 3:1. Provavelmente era Tibério quem os discípulos dos fariseus tinham em mente quando perguntaram a Jesus se era certo pagar impostos a César (Mt 22:17-21; Mc 12:14-17; etc.). A resposta de Cristo foi deliberadamente distorcida por seus oponentes, que depois o acusaram de sedição contra o Império Romano (Lc 23:2). A sugestão, por parte dos líderes religiosos, de que Jesus se opunha a César, era uma política determinada para forçar os romanos a matá-lo, ou pelo menos o prenderem, pois desafiar César era opor-se ao Império Romano (Jo 19:12-15).

    Quando perseguido pelos judeus e julgado diante de seus tribunais, Paulo apelou para César e foi levado a Roma, a fim de ser julgado (At 25:12-21; At 26:32). O César na época do julgamento do apóstolo provavelmente era Nero, o que em si já seria suficiente para deixar qualquer pessoa temerosa. Um anjo do Senhor, contudo, falou com Paulo, dizendo-lhe que não tivesse medo (At 27:24). É digno de nota que, num estágio relativamente recente da vida da Igreja, o apóstolo já sabia de cristãos que faziam parte “da casa de César” (Fp 4:22). Se eram escravos ou pessoas de posição mais elevada, ou mesmo parentes de César, não sabemos. O que entendemos, contudo, é que Paulo levou o Evangelho ao coração do império e ao próprio imperador (2Tm 4:16-17). P.D.G.


    César Nome de uma família romana, da qual Caio Júlio César foi o membro mais famoso. Com o tempo, “César” se tornou o título oficial dos imperadores romanos (Lc 20:25). No NT são mencionados quatro césares: AUGUSTO, TIBÉRIO, CLÁUDIO e NERO.

    César Título oficial do imperador de Roma (Mt 22:17; Mc 12:14; Lc 20:22; Lc 2:1; 3,1; Jo 19:15). Jesus — determinando uma regra repetida pelo cristianismo primitivo (At 5:28-29) — ensinou que se devia obedecer às ordens do imperador, na medida em que elas não ferissem a Lei de Deus. O termo “amigo de César” (Jo 19:12) parece indicar uma especial intimidade com o imperador.

    J. Comby - J. P. Lémonon, Roma frente a Jerusalén, Estella 1983; C. Saulnier - B. Rolland, Palestina en tiempos de Jesús, Estella 101994; H. Cousin, Los textos...


    No N.T. é o imperador de Roma. os judeus pagavam-lhe tributo e tinham o direito de para ele apelar, se eram cidadãos romanos. Era o nome de família de Júlio César, e foi adotado como título por todos os imperadores romanos. Ha referências a quatro ‘Césares’ no N.T.: Augusto (Lc 2:1) – Tibério (Mt 22:17 e lugares paralelos – Jo 19:12). Cláudio (At 17:7) – e Nem (At 25 – Fp 4:22). Também se encontra no N.T. a expressão casa de César, significando todos os que faziam serviço no palácio, incluindo os escravos. ‘os santos da casa de César’ (Fp 4:22) eram, provavelmente, alguns dos mais humildes servos. Alguns que tinham sido convertidos antes da chegada de Paulo são mencionados no cap. 16 da epístola aos Romanos.

    Daí

    contração Denota início; a partir de determinado lugar ou tempo; numa situação próxima de quem fala; desse momento: corra daí! Você enxerga o prédio daí?
    Donde; exemplifica um resultado, uma conclusão: desistiu do curso, daí os colegas se esqueceram dele.
    Então; em que há ou pode haver desenvolvimento: não quis o jantar, daí procurou outro restaurante.
    locução adverbial E daí. Expressa continuação em relação a determinado assunto: e daí, ela foi embora?
    Modo de expressão que significa desinteresse: ele não se casou? E daí? Isso não lhe diz respeito.
    Etimologia (origem da palavra daí). De + aí.

    Deus

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    E

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    ἀποδίδωμι τοίνυν Καίσαρ ὁ Καίσαρ καί θεός ὁ θεός
    Lucas 20: 25 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E ele lhes disse: Dai, pois, a César as coisas que são de César, e a Deus as coisas que são de Deus.
    Lucas 20: 25 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    4 de Abril de 30. Terça-feira
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2541
    Kaîsar
    Καῖσαρ
    sobrenome de Júlio César, que adotado por Otávio Augusto e seus sucessores
    (to Ceasar)
    Substantivo - masculino dativo singular
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4314
    prós
    πρός
    pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
    (of Mezahab)
    Substantivo
    G5106
    toínyn
    τοίνυν
    impedir, reter, proibir, obstruir, restringir, frustrar
    (disallow her)
    Verbo
    G591
    apodídōmi
    ἀποδίδωμι
    navio
    (of ships)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    Καῖσαρ


    (G2541)
    Kaîsar (kah'-ee-sar)

    2541 Καισαρ Kaisar

    de origem latina; n m César = “separado”

    1. sobrenome de Júlio César, que adotado por Otávio Augusto e seus sucessores posteriormente tornou-se um título, e foi utilizado pelos imperadores romanos como parte de seu título

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πρός


    (G4314)
    prós (pros)

    4314 προς pros

    forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

    em benefício de

    em, perto, por

    para, em direção a, com, com respeito a


    τοίνυν


    (G5106)
    toínyn (toy'-noon)

    5106 τοινυν toinun

    de 5104 e 3568; partícula

    1. então, portanto, de acordo com

    ἀποδίδωμι


    (G591)
    apodídōmi (ap-od-eed'-o-mee)

    591 αποδιδωμι apodidomi

    de 575 e 1325; TDNT - 2:167,166; v

    1. entregar, abrir mão de algo que me pertence em benefício próprio, vender
    2. pagar o total, pagar a totalidade do que é dévido
      1. débito, salários, tributo, impostos
      2. coisas prometidas sob juramento
      3. dever conjugal
      4. prestar contas
    3. devolver, restaurar
    4. retribuir, recompensar num bom ou num mau sentido

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo