Enciclopédia de João 20:9-9

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jo 20: 9

Versão Versículo
ARA Pois ainda não tinham compreendido a Escritura, que era necessário ressuscitar ele dentre os mortos.
ARC Porque ainda não sabiam a Escritura: que era necessário que ressuscitasse dos mortos.
TB Pois ainda não compreendiam a Escritura, que era necessário ressuscitar ele dentre os mortos.
BGB οὐδέπω γὰρ ᾔδεισαν τὴν γραφὴν ὅτι δεῖ αὐτὸν ἐκ νεκρῶν ἀναστῆναι.
HD Pois ainda não haviam entendido o escrito, segundo o qual é necessário ele se levantar dos mortos.
BKJ Pois, como eles ainda não entendiam a escritura, que diz que ele deveria ressuscitar dos mortos.
LTT (Porque eles ainda não tinham compreendido a Escritura: que é necessário Ele (Jesus) ressuscitar para- fora- de- entre os mortos.)
BJ2 Pois ainda não tinham compreendido que, conforme a Escritura,[o] ele devia ressuscitar dos mortos.
VULG nondum enim sciebant Scripturam, quia oportebat eum a mortuis resurgere.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 20:9

Salmos 16:10 Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.
Salmos 22:15 A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte.
Salmos 22:22 Então, declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.
Isaías 25:8 Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Jeová as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o Senhor o disse.
Isaías 26:19 Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos.
Isaías 53:10 Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias, e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
Oséias 13:14 Eu os remirei da violência do inferno e os resgatarei da morte; onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua perdição? O arrependimento será escondido de meus olhos.
Mateus 16:21 Desde então, começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.
Mateus 22:29 Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.
Marcos 8:31 E começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do Homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos, e pelos príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que, depois de três dias, ressuscitaria.
Marcos 9:9 E, descendo eles do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse dos mortos.
Marcos 9:31 porque ensinava os seus discípulos e lhes dizia: O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens e matá-lo-ão; e, morto, ele ressuscitará ao terceiro dia.
Lucas 9:45 Mas eles não entendiam essa palavra, que lhes era encoberta, para que a não compreendessem; e temiam interrogá-lo acerca dessa palavra.
Lucas 18:33 e, havendo-o açoitado, o matarão; e, ao terceiro dia, ressuscitará.
Lucas 24:26 Porventura, não convinha que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória?
Lucas 24:44 E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.
João 2:22 Quando, pois, ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isso; e creram na Escritura e na palavra que Jesus tinha dito.
Atos 2:25 Porque dele disse Davi: Sempre via diante de mim o Senhor, porque está à minha direita, para que eu não seja comovido;
Atos 13:29 E, havendo eles cumprido todas as coisas que dele estavam escritas, tirando-o do madeiro, o puseram na sepultura.
I Coríntios 15:4 e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras,


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
João 20 : 9
levantar
Lit. “erguer-se, levantar-se”. Expressão idiomática semítica que faz referência à ressurreição dos mortos. Para expressar a morte e a ressurreição, utilizavam as expressões “deitar-se” (morte) e “levantar-se” (ressurreição).

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A MORTE DE JESUS E O TÚMULO VAZIO

33 d.C.
JESUS É PRESO
Os quatro evangelistas descrevem em detalhes os acontecimentos que antecederam a morte de Jesus. Na noite de quinta-feira, Jesus e seus discípulos saíram da cidade de Jerusalém, atravessaram o vale do Cedrom e se dirigiram ao bosque de oliveiras conhecido como jardim do Getsêmani. Foi nesse local que uma grande multidão armada com espadas e porretes, enviada pelos principais sacerdotes, prendeu Jesus depois de Judas tê-lo identificado!

JESUS É JULGADO
Jesus foi levado a Anás, o sogro de Caifás, o sumo sacerdote, e, em seguida, ao próprio Caifás e ao Sinédrio, a suprema corte dos judeus. Decidiu-se que Jesus devia receber a pena capital, mas como não tinham autoridade para executar a sentença de morte em casos desse tipo, os líderes judeus enviaram Jesus a Pôncio Pilatos, o governador romano da Judéia de 26 a 36 d.C. Ao ficar sabendo que Jesus era da Galiléia, Pilatos se deu conta que o prisioneiro estava sob a jurisdição de Herodes Antipas e, assim, o enviou a Herodes, que se encontrava em Jerusalém na ocasião. Em 196l, arqueólogos italianos que estavam escavando um teatro construído por Herodes, o Grande, em Cesaréia, ao norte da atual Tel Aviv, encontraram um bloco de pedra calcária reutilizado, medindo 82 por 68 por 20 cm. No bloco, havia uma inscrição em latim, onde se podia ler na segunda linha:
...TIVSPILATVS"
e, na linha seguinte, o seu título:
Prefeito da Judeia. Ficou claro de imediato que a maior parte do nome de Pôncio Pilatos em latim havia sido preservada por acaso.

JESUS É CRUCIFICADO
Em resposta às exigências dos líderes judeus, Pilatos entregou Jesus para ser crucificado. O local escolhido foi o Gólgota ("caveira" em aramaico). Os evangelistas consideram suficiente declarar: "Então, o crucificaram"." Não procuram descrever em detalhes a dor lancinante sofrida pelas vítimas da crucificação. Sem dúvida, seus leitores já haviam visto os condenados serem pregados pelos pulsos e pés a duas traves de madeira. A crucificação, talvez de origem fenícia, era uma forma de execução usada com frequência pelos romanos desde 200 a.C. m 71 a.C., o general romano Marco Lucínio Crasso mandou crucificar seis mil escravos rebeldes ao longo da via Ápia de Cápua até Roma.
Na cruz de Jesus havia uma inscrição em aramaico, latim e grego, informando que ele era o "Rei dos Judeus". De acordo com Mateus 27:37, essa placa foi colocada acima da sua cabeça, dando a entender que a forma tradicional da cruz é, de fato, correta.
Escavações realizadas em 1968 num cemitério antigo em Giv'at ha-Mivtar, ao norte de Jerusalém, revelaram algumas arcas de pedra calcária ou "ossuários" contendo os restos mortais de trinta e cinco indivíduos. Num dos ossuários, inscrito com o nome Yehohanan, havia restos do esqueleto de uma pessoa que morreu provavelmente com vinte e poucos anos de idade, vítima de crucificação no primeiro século d.C. Nos calcanhares de Yehohanan ainda estava cravado um único prego com 18 cm de comprimento. Quem remove Yehohanan da cruz concluiu que era mais fácil cortar os pés com o prego do que arrancar o prego cravado nos pés. Parece que Yehohanan foi pregado na cruz pelo antebraço, e não pela mão. Assim, sugere-se que a palavra normalmente traduzida por "mãos" em Lucas 24:39-40 e João 20.20,25,27 deve ser traduzida por "braços".
"Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca. Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito."
João 19:28-30 Assim, nesta primeira Sexta-Feira Santa - provavelmente 14 de nisã, ou seja, sexta-feira, 3 de abril de 33 d.C. - por volta das 15 horas, no exato momento que os cordeiros pascais estavam sendo imolados, Jesus morreu. No caso de Yehohanan, o osso de sua canela direita foi estilhaçado por um golpe desferido para apressar sua morte. Com referência a Jesus, João registra: "Então, os judeus, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação, pois era grande o dia daquele sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados (...] chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. João 19.316 33-34a

A IMPORTÂNCIA DA MORTE DE JESUS
Os evangelistas registram um período de escuridão durante as últimas três horas que Jesus passou na cruz e descrevem em detalhes vários fenômenos ocorridos imediatamente depois da sua morte. O véu do templo se rasgou de alto a baixo em duas partes, a terra tremeu e as rochas se partiram, túmulos se abriram, e os corpos de muitos santos que haviam morrido foram ressuscitados. Os escritores das epístolas do Novo Testamento focalizam mais a teologia da morte de Jesus, seu lugar no plano preordenado de Deus para tratar do pecado lugar no plano preordenado de Deus para tratar do pecado dos seres humanos e poder restaurá-los a Deus: "Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus" (1Pe 3:18).

JESUS É SEPULTADO
Mateus 27:57-56 relata como, no fim da tarde de sexta-feira, José de Arimatéia obteve permissão de Pilatos para sepultar o corpo de Jesus. José era um dos discípulos ricos de Jesus. Ele possuía um túmulo no qual sepultou o corpo de Jesus. O corpo foi envolvido num pano limpo de linho e uma pedra foi colocada na entrada do túmulo. Mateus enfatiza que os romanos levaram a sério a declaração de Jesus de que ressuscitaria e, portanto, montaram guarda na entrada do túmulo e a selaram.

JESUS RESSUSCITA
No domingo começaram a circular relatos de que o túmulo estava vazio e Jesus estava vivo. Os líderes judeus pagaram aos guardas uma grande soma em dinheiro para dizer que os discípulos tinham vindo durante a note e levado o corpo." Porém, os boatos persistiram e os líderes judeus não conseguiram contê-los, pois para isso seria preciso mostrar o corpo de Jesus. Os discípulos desmoralizados foram transformados. Sete semanas depois da ressurreição de Jesus, Pedro estava proclamando a ressurreição de Cristo ousadamente no dia de Pentecostes: "Ao qual [...] Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela" (At 2:24). Esses relatos se transformaram no cerne da fé dos milhões de cristãos ao longo de quase dois milênios. Nunca foram refutados de forma satisfatória nem receberam uma explicação lógica incontestável. Para alguns, uma inscrição supostamente de Nazaré, a cidade onde Jesus passou sua infância, pode ter sido a resposta de um imperador romano anônimo as acontecimentos subseqüentes à crucificação de Jesus e dita ressurreição. A pedra com 60 por 37,5 cm traz uma tradução do latim para o grego e a forma das letras indica uma data do século I. "Decreto de César. É minha vontade que túmulos e sepulturas [.….] permaneçam intocados para sempre [.…..] O respeito pelos que se encontram sepultados é de suma importância; ninguém deve perturbá-los de nenhum modo. Se alguém o fizer, exijo que seja executado por saquear túmulos" (linhas 1-2,5-6,17-22).
O texto não parece ser um decreto imperial, mas sim, uma resposta oficial a um governador local que havia relatado ao imperador um caso específico de saque em túmulos. Ou esse tipo de crime havia acontecido em escala tão grande que era considerado digno da atenção do imperador, ou o acontecimento do qual o imperador foi informado foi extremamente incomum. A ameaça de aplicação da pena de morte, sem precedentes para esse crime no século I, mostra a gravidade da resposta do imperador.
Memo que a inscrição de Nazaré não tenha nenhuma relação com a morte e dita ressurreição de Jesus, torna muito menos provável a hipótese de que os discípulos removeram o corpo. O que os levaria a correr o risco de serem executados por saquearem um túmulo, num momento em que se encontravam profundamente desalentados com a morte de Jesus? E se os discípulos haviam roubado o corpo, por que as autoridades romanas não os julgaram e aplicaram a pena de morte?

O TÚMULO VAZIO DE JESUS
Sabemos pelo Novo Testamento que tanto o lugar onde Tesus foi crucificado quanto o lugar onde foi sepultado ficavam foram dos muros de Jerusalém, pois a lei judaica não permitia sepultamentos dentro da cidade. Os dois lugares propostos com mais freqüência para o túmulo vazio de lesus ficam ao norte da Terusalém do século I. O local chamado de "túmulo do jardim" só foi identificado no final do século XIX pelo general Charles Gordon. Usando como indicação a designação "lugar da caveira" e observando que duas cavernas num morro próximo pareciam as órbitas dos olhos de uma caveira, ele propôs 'um novo lugar para a crucificação que ficou conhecido como "Calvário de Gordon" O túmulo do iardim fica perto do Calvário de Gordon e fora do muro da Jerusalém moderna. A popularidade desse local se deve, em grande parte, à sua simplicidade serena. Porém, esse não pode ser o local do sepultamento de Jesus, pois não é um túmulo do século I. Na verdade, é bem mais antigo; pode ser datado do século VIII ou VIl a.C. Desde 326 d.C., o local do túmulo de lesus é marcado pela Igreja do Santo Sepulcro. Não há praticamente nenhum vestígio do túmulo original, pois este foi destruído em 1009 .C. pelo califa Hakim, considerado um louco. Porém, uma descrição feita por um peregrino francês chamado Arculf por volta de 680 .C., dando conta de que havia uma bancada que ia de uma extremidade à outra sem divisões, sobre a qual havia espaço suficiente para estender uma pessoa de costas, condiz com a forma dos túmulos mais sofisticados do século I. Um aspecto controverso é a posicão desse local, a saber, se ficava, de fato, fora do segundo muro no norte de Jerusalém. Nenhum vestígio desse segundo muro foi descoberto nessa parte da cidade, mas uma pedreira encontrada 40 m ao sul da Igreja do Santo Sepulcro e várias sepulturas nos arredores da igreja parecem indicar que esse lugar ficava ao norte do segundo muro de Terusalém e, portanto, fora da cidade. É possível, então, que o local seja autêntico.

A última semana da vida de Jesus

Os números referem-se, em ordem cronológica, aos acontecimentos da última semana da vida de jesus.

Referências

Mateus 26:47-50;

Marcos 14:43-46;

Lucas 22:47-54;

João 18:2-12

Mateus 27:33

Marcos 15:22

João 19.17

Marcos 15:24

Lucas 23:33

João 19.18

Mateus 27:51-52

Mateus 28:13

João 19.17

Hebreus 13:12

A última semana da vida de Jesus
A última semana da vida de Jesus
O assim chamado calvário de Gordon, em Jerusalém.
O assim chamado calvário de Gordon, em Jerusalém.
Interior da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém.
Interior da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém.
Bloco de pedra com 82 × 68 × 20 cm. Faz referência a Pôncio Pilatos, Prefeito da Judéia. Proveniente de um teatro em Cesaréia.
Bloco de pedra com 82 × 68 × 20 cm. Faz referência a Pôncio Pilatos, Prefeito da Judéia. Proveniente de um teatro em Cesaréia.
Interior do túmulo do jardim, em Jerusalém.
Interior do túmulo do jardim, em Jerusalém.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Últimos dias do ministério de Jesus em Jerusalém (Parte 2)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

14 de nisã

Jerusalém

Jesus identifica Judas como traidor e o dispensa

Mt 26:21-25

Mc 14:18-21

Lc 22:21-23

Jo 13:21-30

Institui a Ceia do Senhor (1Co 11:23-25)

Mt 26:26-29

Mc 14:22-25

Lc 22:19-20, Lc 24:30

 

Profetiza que Pedro o negaria e que os apóstolos o abandonariam

Mt 26:31-35

Mc 14:27-31

Lc 22:31-38

Jo 13:31-38

Promete ajudador; ilustração da videira; ordena que se amem; última oração com apóstolos

     

Jo 14:1Jo 17:26

Getsêmani

Angustiado no jardim; traído e preso

Mt 26:30, Mt 36:56

Mc 14:26, Mc 32:52

Lc 22:39-53

Jo 18:1-12

Jerusalém

Interrogado por Anás; julgado por Caifás no Sinédrio; Pedro o nega

Mt 26:57Mt 27:1

Mc 14:53Mc 15:1

Lc 22:54-71

Jo 18:13-27

O traidor Judas se enforca (At 1:18-19)

Mt 27:3-10

     

Perante Pilatos, depois perante Herodes e de novo perante Pilatos

Mt 27:2, Mt 11:14

Mc 15:1-5

Lc 23:1-12

Jo 18:28-38

Pilatos quer libertá-lo, mas judeus preferem Barrabás; sentenciado à morte numa estaca

Mt 27:15-30

Mc 15:6-19

Lc 23:13-25

Jo 18:39Jo 19:16

(Sexta-feira, c. 3 h da tarde)

Gólgota

Morre na estaca de tortura

Mt 27:31-56

Mc 15:20-41

Lc 23:26-49

Jo 19:16-30

Jerusalém

Seu corpo é tirado da estaca e sepultado

Mt 27:57-61

Mc 15:42-47

Lc 23:50-56

Jo 19:31-42

15 de nisã

Jerusalém

Sacerdotes e fariseus solicitam que o túmulo seja lacrado e vigiado

Mt 27:62-66

     

16 de nisã

Jerusalém e proximidades; Emaús

Jesus é ressuscitado; aparece cinco vezes aos discípulos

Mt 28:1-15

Mc 16:1-8

Lc 24:1-49

Jo 20:1-25

Após 16 de nisã

Jerusalém; Galileia

Aparece outras vezes aos discípulos (1Co 15:5-7; At 1:3-8); dá instruções; comissão de fazer discípulos

Mt 28:16-20

   

Jo 20:26Jo 21:25

25 de íiar

Monte das Oliveiras, perto de Betânia

Jesus sobe aos céus, 40 dias depois de sua ressurreição (At 1:9-12)

   

Lc 24:50-53

 

A última semana de Jesus na Terra (Parte 2)

12 de nisã
PÔR DO SOL (Dias judaicos começam e terminam ao pôr do sol)NASCER DO SOL

Dia tranquilo com os discípulos

Judas combina a traição

Mateus 26:1-5, Lc 14:16

Marcos 14:1-2, Mc 10, 11

Lucas 22:1-6

PÔR DO SOL
13 de nisã
PÔR DO SOLNASCER DO SOL

Pedro e João preparam a Páscoa

Jesus e os outros apóstolos chegam no final da tarde

Mateus 26:17-19

Marcos 14:12-16

Lucas 22:7-13

PÔR DO SOL
14 de nisã
PÔR DO SOL

Celebra a Páscoa com os apóstolos

Lava os pés dos apóstolos

Dispensa Judas

Estabelece a Ceia do Senhor

Mateus 26:20-35

Marcos 14:17-31

Lucas 22:14-38

João 13:1–17:26

É traído e preso no jardim de Getsêmani

Apóstolos fogem

Julgado pelo Sinédrio na casa de Caifás

Pedro nega Jesus

Mateus 26:36-75

Marcos 14:32-72

Lucas 22:39-65

João 18:1-27

NASCER DO SOL

Perante o Sinédrio pela segunda vez

Levado a Pilatos, depois a Herodes e de novo a Pilatos

Sentenciado à morte e executado em Gólgota

Morre por volta das 3 h da tarde

O corpo é tirado da estaca e sepultado

Mateus 27:1-61

Marcos 15:1-47

Lucas 22:66Lc 23:56

João 18:28– jo 19:42

PÔR DO SOL
15 de nisã (sábado)
PÔR DO SOLNASCER DO SOL

Pilatos autoriza colocar soldados de guarda no túmulo de Jesus

Mateus 27:62-66

PÔR DO SOL
16 de nisã
PÔR DO SOL

Aromas são comprados para sepultamento

Marcos 16:1

NASCER DO SOL

É ressuscitado

Aparece aos discípulos

Mateus 28:1-15

Marcos 16:2-8

Lucas 24:1-49

João 20:1-25

PÔR DO SOL

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Cairbar Schutel

jo 20:9
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 98
Página: -
Cairbar Schutel

“Havia uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Ora, em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, há um tanque, que em hebraico se chama Betsaida, o qual tem cinco alpendres. Nestes jazia um grande número de enfermos, cegos, coxos, paralíticos, esperando que se movesse a água. Porque descia um anjo em certo tempo ao tanque, e agitava a água;


e o primeiro que entrava no tanque, depois de se mover a água, ficava curado de qualquer doença que tivesse. Achava-se ali um homem, que havia trinta e oito anos estava enfermo. Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim desde muito tempo, perguntou-lhe: Queres ficar são?


Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água for movida; mas enquanto eu vou, outro desce antes de mim. Disse-lhe Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda.


Imediatamente o homem ficou são, tomou o seu leito e começou a andar.


Era sábado aquele dia, pelo que disseram os Judeus ao que havia sido curado: Hoje é sábado, e não é lícito levar o teu leito. Ele respondeu: Aquele que me curou, esse mesmo me disse: Toma o teu leito e anda. Eles lhe perguntaram: quem é o homem que te disse: Toma o teu leito e anda?


Mas o que havia sido curado, não sabia quem era, porque Jesus se tinha retirado, por haver muita gente naquele lugar. Depois Jesus o encontrou no templo e lhe disse: Olha, já estás são; não peques mais; para que te não suceda coisa pior. O homem foi dizer aos judeus que Jesus era quem o havia curado. Por isso os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas nos sábados. Mas Jesus disse-lhes: Meu Pai não cessa de agir até agora e eu também; por isso, pois, os judeus procuravam com maior ânsia tirar-lhe a vida, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. "


(João, V, 1-18.)


O progresso humano tem como base a Revelação. Ela a luz que em todos os tempos tem iluminado as gerações para que conheçam os esplendores divinos.


Sem Revelação não há Ciência, nem Arte; não há Filosofia, nem Religião.


Na infância do Espírito, a Revelação é como um véu que deixa passar unicamente uma certa porção de luz, para que não se lhe ofusque o entendimento; mas, à medida que o Espírito evolui; à proporção que a inteligência se desenvolve, o sentimento se aperfeiçoa e o Espírito cresce em conhecimentos, a Revelação lhe abre horizontes novos, auxiliando sua ascensão para a posse da liberdade total no seio dos espaços infinitos.


Se consultarmos a História da Ciência, veremos que os novos inventos e as novas descobertas são oriundos da revelação pessoal, cujo executor, Espírito missionário que aqui veio para tal fim, não é mais que um emissário do invisível que, no momento da realização de sua tarefa, é cercado dos Mensageiros da Imortalidade para o bom cumprimento da tarefa que veio desempenhar.


A navegação marítima e aérea; a locomoção terrestre pelo vapor e pela eletricidade, aí estão como provas do que dizemos, do progresso que nos anima bafejado pelo calor intenso da Revelação.


A Arte de hoje está mais aperfeiçoada que a de ontem.


Novos instrumentos têm facultado aos homens trabalho que ontem lhes seria impossivel executar.


O mesmo se vê na Filosofia e na Religião. Segundo a Lei Mosaica e o atraso daquela época, Deus vingava a iniquidade dos pais nos filhos até a 3a geração".


Por essa ocasião proclamava-se a lapidação de adúlteras na praça pública e prevalecia a lei da resistência: “dente por dente, olho por olho".


Depois, com a evolução religiosa, os profetas, sob o influxo da Revelação, ou seja, da comunicação dos Espíritos encarregados do progresso humano, projetaram mais intensamente a sua luz, até a recepção do Cristianismo, doutrina excelente que não se pode comparar ao Mosaísmo.


Daí a distinção da Velha e da Nova Dispensação: Antigo e Novo Testamento.


A Nova Dispensação marca uma nova era no mundo; pois, abolidos os artigos e parágrafos do Código Antigo, que lesavam a Lei do Perdão e da Caridade e proclamados estes Preceitos como único meio de salvação, deu-se Deus a conhecer na magnitude de seu amor, confirmando o que dissera pela boca do profeta: “Não quero a morte do ímpio, mas sim que o ímpio se converta e se salve. "


(Ezequiel, XVIII, 23.)


Na escala evolutiva dos conhecimentos religiosos, como em todas as manifestações do pensamento, a evolução, seja no terreno material ou no plano espiritual, não faz transições bruscas. Com muita razão disse o filósofo: Natura non facit saltus, “A Natureza não dá saltos".


A leitura da História Religiosa vem em apoio desta afirmação.


Na junção do Mosaísmo com o Cristianismo aparece a figura majestosa de João Batista, o maior dos Profetas, ora com o machado em punho a cortar pelas raízes as árvores estéreis, ora de pá, charrua e picareta, derrubando outeiros, arrasando montes, nivelando vales, de modo a aplainar veredas novas ao intelecto humano, onde a semente do Cristianismo deveria germinar, brotar, crescer, florescer e frutificar!


Entrelaçando num mesmo elo as verdades religiosas proclamadas na Antiga Lei com as erigidas pela Nova Lei, o Profeta separa e exclui, como quem separa o joio do trigo, as ideias nocivas ao desenvolvimento humano, para que possam prevalecer as verdades promissoras que o Cristo gravou nos corações dos que querem seguir seus passos amorosos.


Em torno dessas verdades se reuniram os humildes, os sedentos de justiça, os famintos de verdades novas, os sofredores vencidos ao peso do mundo, os aflitos a quem as trevas oprimiam a razão, os perseguidos por amor à Justiça, todos os que, extasiados ante a grande figura do Profeta, tomaram novas veredas, que deveriam conduzi-los a Jesus.


E foi para estes que o Mestre prometeu o galardão nos Céus; foi para estes que reservou as bem-aventuranças, inclusive a graça de serem chamados filhos de Deus, e de verem a Deus.


Enfim surgiu o Cristianismo, que apresenta uma concepção de moral inexcedível, embora no sentido filosófico e científico (pois o Cristianismo é Filosofia, Ciência e Religião). Mas o Cristo não disse tudo, dado o atraso do povo de então. Foi o que deu motivo à Terceira Revelação, a mais extraordinária e pujante manifestação da Vida na Eternidade.


A Humanidade não para a sua marcha e quando parece deter-se por um instante, as águas se agitam ao influxo dos anjos e os coxos continuam a caminhar em busca da perfeição!


Existia em Jerusalém uma fonte que o povo considerava milagrosa;


segundo acreditavam, periodicamente descia àquelas paragens um anjo, que movimentava as águas: o enfermo que se achasse no tanque no momento em que se movia a água, de lá saía completamente são.


Como é natural, uma romaria de estropiados procurava na água de Betsaida a cura para seus males.


Dentre um número avultado de coxos, cegos e paralíticos, que lá se achavam à espera que a água se moves-se, estava um homem que havia 38 anos ficara paralítico. Jesus, cujos olhares perscrutadores desciam aos foros mais recônditos da consciência humana, tomado de compaixão pelo mais enfermo de todos os doentes e o mais desprotegido que lá estava, e para dar um ensinamento que deveria repercutir através das gerações, sem aguardar a agitação das águas, ele próprio, revestido do poder que lhe vinha de Deus, deliberou curar o paralítico, cujos 38 anos haviam sido de martírio e, portanto, de reparação dos pecados que havia cometido. E com um gesto de generosidade se dirige ao enfermo e lhe diz: “Queres ficar são?" O doente, com sua crença infantil e sem conhecer aquele que consigo falava, lhe responde: “Senhor! Não tenho quem me ponha no tanque quando a água se mover. " Disse-lhe então Jesus: “Levanta-te, toma o teu leito e anda. " E imediatamente, ao influxo da Divina Palavra, a paralisia desapareceu; os membros desataram-se-lhe e o homem ficou são!


São muitos os ensinamentos que colhemos deste episódio. No primeiro realça o fato físico da cura, que ultrapassa todo o entendimento humano;


no segundo, o ensino moral que a Nova Revelação salienta e explica, tal como nenhuma outra filosofia é capaz de fazer.


A poderosa ação de Jesus, cuja autoridade sobre os Espíritos maléficos era extraordinária, aliada à manipulação dos fluidos atmosféricos convertidos em substância medicamentosa, explica a cura do enfermo há tantos anos paralítico.


A Fluidoterapia já representa hoje um papel de destaque na Medicina e os próprios médicos não desconhecem o seu valor, embora lhe dêem nomes novos, como sugestão, hipnotismo, etc. Esse método de curar foi usado pelos apóstolos e discípulos de Jesus, e os médiuns-curadores dele se utilizam, atualmente, com grande proveito.


O Espiritismo, revelando à Humanidade onde haurir as forças e consolações nas vicissitudes da vida, ensina que podemos perfeitamente, por intermédio dos mensageiros de Deus, conseguir a cura de nossos males.


Não há milagres nesta ordem de fatos, mas simplesmente fenômenos de uma natureza toda espiritual, que os inscientes não podem compreender por não se dedicarem ao estudo de suas leis e à investigação de sua origem.


Encarado pelo lado científico, o fato aí está, tal como narra o Evangelho, e em Ciência não é costume admitir-se unicamente palavras;


exigem-se fatos, e fatos que se possam verificar, como aconteceu ao do paralítico da piscina, o qual não passou despercebido aos sacerdotes do tempo de Jesus.


Encarando a narração do Evangelho pelo lado moral, perguntamos a nós mesmos: por que só um enfermo mereceu a graça de cura sem a agitação das águas, enquanto os outros permaneceram esperando o momento azado para entrar no tanque?


É que, sem dúvida, todos os que ali estavam, como acontece ainda hoje com a maioria dos enfermos que buscam as curas espíritas, buscavam unicamente a cura do corpo, a cura dos males físicos, enquanto que o paralítico provavelmente não só desejava a liberdade do corpo, como também a do Espírito.


A “água movida" poderia restabelecer o físico, mas, como matéria que é, não atingia a alma. É o que acontece às águas de várias fontes, mesmo do nosso país — Caldas, Lindóia, Caxambu, Cambuquira.


As nossas águas termais curam também os que têm dinheiro e que delas se abeiram em estações. Os que não o têm, ficam ao redor das piscinas sem terem quem os ponha nos tanques, ao moverem-se as águas, mas, muitas vezes, recebem do Alto a virtude que os liberta dos males. E assim como a água do Poço de Jacó não saciava e nunca saciou completamente a sede da samaritana, a água da piscina, a seu turno, não podia também curar completamente os enfermos; era uma cura aparente, exterior, que deixava os enfermos, sujeitos a moléstias ainda mais graves.


Mas o ponto principal do trecho evangélico é que, sem entrar na piscina, o paralítico havia 38 anos, ficou são.


Mas qual o motivo, já perguntamos, por que Jesus limitou a cura a um, quando tantos se achavam em redor da piscina? Seria porque Jesus não poderia ou não quereria curar os outros?


É, talvez, porque só o paralítico, pela sua crença estivesse apto a receber a cura, e os outros, não. É, com certeza, porque os outros não acreditavam que Jesus pudesse curá-los, e tivessem mais fé na água da piscina do que no Mestre; preferiam a água material à espiritual!


Pode ser ainda porque os demais, em grande atraso espiritual e moral, rejeitaram as exortações do Mestre, pois não era costume ir Jesus curando cegamente sem anunciar aos enfermos a Palavra da Vida.


Parece não haver dúvida sobre esta hipótese da exortação. As palavras do Mestre, ao encontrar-se ele com o paralítico no templo — “Olha, não peques mais para que te não suceda coisa pior", dão indício de que houve, por ocasião da cura, exposição doutrinária que enunciou o motivo da moléstia.


Ocorrendo a cura do paralítico num sábado, os Judeus, que eram fiéis observadores dos dias, das horas, das práticas exteriores e ritos de sua Igreja, revoltaram-se contra Jesus por haver “violado o sábado", e quiseram impedir o “curado" de levar sua cama. Mas os recém-sarado, sem obedecer ordens subalternas, limitou-se a responder: “Aquele que me curou, disse — Toma o teu leito e caminha. " “Ele me disse que caminhasse, eu não posso deixar de ouvir sua palavra para ouvir a vossa, que nunca teve poder de me curar, nem mesmo de me colocar no tanque quando a água se movia. " Voltando à recomendação de Jesus — “Olha, não peques mais para que não te aconteça coisa pior", parece querer o Mestre dizer ao paciente, como nos íamos referindo, que aquela enfermidade tinha por causa o pecado que ele cometera. Cessada que foi a ação do pecado, sob a palavra de Jesus, cessou imediatamente a moléstia, sendo restituída a liberdade ao doente.


Mas os judeus eram cegos de Espírito, não viam o que Jesus lhes mostrava; como acontece com a maioria da Humanidade atual, ainda semelhante a um rebanho de ovelhas cegas guiado por cegos, os judeus, em vez de aprenderem a lição que lhes era oferecida, deliberaram perseguir a Jesus, sob o pretexto de que ele curara num sábado!


Então o Mestre dirige-se animosamente a eles e diz-lhes: “O meu pai não cessa de agir", quer dizer: “O que está descrito na vossa Lei, que Deus descansou no 7o dia, após a criação do mundo, não é verdade, porque Deus, o meu Pai, trabalha sem cessar, e eu também trabalho sempre. " E assim, prodigalizando a todos os momentos de sua vida na Terra, lições substanciosas e edificantes aos que dele se acercavam, Jesus estabeleceu o amor a Deus e a Caridade, princípios básicos da Religião que devemos abraçar.


A RESSURREIÇÃO - O ESPÍRITO - A FÉ “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos, ouvirão a voz do Filho do Homem e sairão: os que fizeram o bem para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição do juízo. "


(João V, 28-29.)


“Quando vier o Espírito da Verdade, que procede do Pai, dará testemunho de mim, e vós também dareis porque estais comigo desde o começo. "


(João XV, 26-27.)


“Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações; e eu vos confiro domínio real, assim como meu pai mo conferiu, para que comais e bebais à minha mesa no meu reino; e vos sentareis sobre tronos para julgardes as doze tribos de Israel. "


(Lucas, XXII, 28-30.)


“O Espírito é que vivifica, a carne para nada aproveita. "


(João, VI, 63.)


“Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a este sicômoro: arranca-te e transplanta-te no mar; e ele vos obedeceria. "


(Lucas, XVII, 6.)


Completara-se o período de 40 dias durante o qual Jesus, Senhor e Salvador nosso, depois da crucificação e morte de seu corpo, permanecera com seus discípulos, congregando-os num mesmo Espírito para que pudessem, Igreja Militante, dar começo à nobre missão que lhes havia sido outorgada.


As aparições diárias de Jesus àquela gente que deveria secundá-lo no ministério da Divina Lei, haviam abrasado seus corações; e seus suaves e edificantes ensinamentos, cheios de mansidão e humildade, tinham exaltado aquelas almas, elevando-as às culminâncias da espiritualidade, saneando-lhes o cérebro e preparando-os, vasos sagrados, para receber os Espíritos santificados pela sua Palavra, como antes lhes havia ele prometido, conforme narra o Evangelista João.


Tinha o Mestre de deixar a Terra, transpor os mundos que flutuam em derredor do Sol e elevar-se à sua suprema morada, para prosseguir na tarefa que Deus lhe confiara.


Avizinhava-se o momento da partida. Ele iria, mas com ampla liberdade de ação. Sempre que lhe aprouvesse viria observar o movimento que se teria de operar entre as “ovelhas desgarradas de Israel", as quais ele queria reconduzir ao “sagrado redil".


Ao dar-lhes suas últimas instruções, recomendou-lhes que não saíssem de Jerusalém, (Lucas, XXIV, 49), onde veriam o cumprimento da promessa de que lhes falara, e que era a comunhão com o Espírito.


Nesse ínterim, os discípulos o interrogaram a respeito do tempo em que o reinado de Deus viria estabelecer-se no mundo. Ao que lhes respondeu: “Não vos compete saber tempos nem épocas da transformação do mundo, mas sim serdes minhas testemunhas em toda a Terra, da Doutrina que ouvistes, para que o Espírito seja convosco. " Deveriam os discípulos identificar-se com o Espírito e conhecer o Espírito da Verdade, para, com justos motivos, anunciar às gentes, a Nova da Salvação que liberta-las-ia do mal.


Quem seria, pois, esse Espírito da Verdade, esse extraordinário Consolador que, portador de todos os dons e com todos os poderes, viria realizar tão grande missão?


Seria um ente singular, miraculoso, abstrato, sem significação decisiva e patente para os novos arautos, propulsores do progresso humano?


Certamente que não. O Espírito Santo, Espírito da Verdade. Espírito Consolador, conquanto representado em unidade a Ciência o Amor, a Filosofia, há de forçosamente constituir a coletividade de Espíritos evoluídos, não mais sujeitos às vicissitudes terrenas, e em completa harmonia de vistas para o bom exercício da alta missão que, de fato desempenharam e continuam a desempenhar.


O Espírito Santo não é um símbolo, uma entidade abstrata, misteriosa, mas as altas individualidades, os ilustres sábios e santos do Mundo Espiritual, que assumiram o encargo de executar a lei Divina, e o fazem aqui na Terra pelo ministério dos profetas, ou seja, pelos médiuns, porque profeta, na linguagem antiga, outra coisa não é senão médium.


O Evangelho emprega no singular a expressão Espírito Santo, não para designar uma pessoa, mas uma coletividade, como nós empregamos a palavra governo, para exprimir a junta governativa de um país ou de uma cidade.


Os discípulos que iam receber a investidura de Apóstolos, constituíam a Igreja Militante, isto é, a que age na Terra; assim como os Espíritos que compõem a unidade santificante, constituem a Igreja Triunfante.


De maneira que, em rigor, podemos afirmar que, atualmente, segundo se depreende do trecho, Pedro, Paulo, João, todos os Apóstolos e os chamados Santos que se distinguiram por suas virtudes, fazem parte dessa Unidade — Espírito Santo, assim como no tempo em que eles estavam no mundo, outros Espíritos Santos, do mundo Espiritual, vieram testemunharlhes e transmitir, por seu intermédio, as mensagens divinas que lhes cabia divulgar.


Mas, narram os Atos dos Apóstolos que, havendo Jesus concluído os ensinos preparatórios para que seus discípulos pudessem receber o Espírito, estes viram o Grande Messias, de volta à eterna morada, ir-se elevando aos ares até que desapareceu as olhos de todos.


Maravilhados com tão singular ascensão, cheios de alegria, admirados do extraordinário poder do Divino Mestre, eles se mantinham, olhos fitos no céu, quando foram atraídos por dois elevados Espíritos que, trajando vestiduras brancas, se puseram a seu lado, e lhes perguntaram: “Galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus que se elevou neste momento dentre vós para ser acolhido nos Céus, pela mesma maneira virá, quando precisar visitar a Terra. "


(Atos, I, 10-11)


Quantos fenômenos interessantes, quantos fatos espíritas de aparições, de comunicações, de visões, narra o Evangelho! Quantas provas de imortalidade deu o ilustre Nazareno a seus discípulos! Quantas luzes irradiam desta passagem que estamos estudando!


Como poderiam aparecer dois varões com vestiduras brancas, se não houvessem Espíritos no Espaço? Donde poderiam vir eles se não houvesse uma outra Vida além do túmulo? Como poderia Jesus ficar quarenta dias, depois de sua morte, com seus discípulos, se o homem fosse todo matéria?


E como poderia ele se elevar aos espaços se esse corpo, que sobrevive à morte corporal, não fosse de natureza espiritual, como o proclamou o Apóstolo dos Gentios! .


Foram esses fatos portentosos que ergueram os galileus conturbados pela morte de seu Mestre; foram essas aparições que os encheram de fé e fizeram que arrostassem todos os tropeços, afrontassem todos os suplícios, vencessem todas as barreiras! Foi o grito da Imortalidade que lhes despertou o raciocínio, venceu-lhes a timidez, vivificou-lhes o cérebro e o coração para que saíssem por toda parte a anunciar a todas as gentes, a Palavra do Deus Vivo, os esplendores da Vida Eterna!


Ao influxo de generosos sentimentos, cheios de vida, revestidos de energia, iluminados por essa Esperança que só a verdadeira Fé pode dar, é que eles, descendo do Monte das Oliveiras, onde haviam recebido as ordens do Filho de Deus, voltaram para Jerusalém, onde ficaram aguardando a recepção da ilustre visita do Espírito Consolador, para iniciarem a missão redentora que com tanta coragem desempenharam.


E, então, passaram, mais ou menos dez dias em profunda meditação, em fervorosas orações, mantendo, na doce calma do Cenáculo, os sentimentos da mais viva Fraternidade, que os envolvia com as meigas carícias dos olhares de Deus.


Dentre todos, além dos onze apóstolos, salientavam-se as santas mulheres, e o total formado era de 120 pessoas, que perseveraram unânimes em oração e recordando os altos ensinamentos que seu Mestre lhes legara.


A História do Cristianismo é a suave melodia que canta a glória desses acontecimentos maravilhosos de que nos falam as Escrituras, começados no Sinai e sancionados pelos reaparecimentos do Grande Enviado.


Quem estudar com boa vontade e critério, todo esse desenrolar de manifestações espíritas, todos esses fenômenos supra-sensíveis e supranormais relatados por todos os profetas e patriarcas referidos no Velho Testamento e referendados, no Novo, por uma soma não menos considerável de fatos, que estão em íntima ligação com o Mundo Espiritual; quem estudar com espírito desprevenido todas essas manifestações espíritas que tanta esperança nos vêm dar, não pode deixar de ter uma fé viva, robusta, inteligente, racional, de que o fim da Religião é preparar-nos, não só para a vida presente, como também e, especialmente, para a futura, onde, na Pátria Invisível, prosseguiremos nosso labor de aperfeiçoamento pua nos aproximarmos de Deus.


Justificada nesses princípios, nossa Fé se ergue poderosa, inabalável, semelhante àquela “casa construída sobre a rocha", lembrada na parábola.


É o sentimento da Imortalidade que nos anima, é a certeza da outra Vida que nos faz viver nesta com a fronte erguida, sem desfalecer, embora sangrando os pés por estradas pedregosas, dilacerando as carnes nos espinhos que tentam impedir nossa marcha triunfal para o Bem, para a Verdade, para Deus.


É, revestidos da Imortalidade, que singramos os mares borrascosos da adversidade em frágil batel, sem que ondas impetuosas nos afastem do norte da Vida.


Sem essas luzes que nos vêm do Além, sem essas claridades que surgem dos túmulos, sem esse poderoso farol habilmente manejado pelos Espíritos do Senhor, como poderíamos manter a estabilidade na Fé?


Sem dúvida alguma, o Espiritismo é a base em que se fundamenta essa crença que nos arrima e fortalece.


É ele ainda que nos ensina a benevolência, o amor, a humildade, o desapego aos bens do mundo; as altas lições de altruísmo, de abnegação que a Imortalidade nos impõe.


Como poderíamos, ante uma sociedade materializada e metalizada, renunciar a gozos, fortuna, posições, comodidades, se não tivéssemos a certeza das nossas convicções e se essas convicções não se assentassem em fatos positivos, palpáveis, visíveis, tangíveis que os Espíritos nos proporcionam?


Como poderíamos, nesta época de depressão moral que atravessamos, de mercancia vil, de rapina descarada, de toda sorte de baixezas, como poderíamos esforçar-nos para nos livrarmos da corrupção do século, até com prejuízo da nossa vida material?


Qual é o homem racional que, tendo certeza de que tudo acaba no túmulo, renuncia a fortuna, prazeres, bem-estar, em benefício de terceiros, em benefício de outros que terão também, forçosamente, como fim da existência, uma cova rasa no quadrado de um cemitério?


Qual é esse louco que, podendo comer, beber, folgar, alimentar-se do suco da vida, tendo certeza de que tudo termina com a morte, vai viver do bagaço, vai repartir o seu sangue com os maltrapilhos e párias que enchem as ruas e as praças?


Olhai as grandes catedrais com todas as suas pompas, perscruta seus sacerdotes, observa os felizes do mundo com suas comodidades, sua fortuna, inquiri suas crenças e vereis que a Fé não lhes anima o coração!


Saí pelas ruas, pelas praças, agitai a bandeira da imortalidade e vereis todos esses gozadores atirar sobre vós e o vosso estandarte, as mais duras imprecações, as mais loucas diatribes!


É que lhes falta a Fé para o raciocínio, falta-lhes o critério que nasce da mesma fé, falta-lhes a verdade para melhor se guiarem na trilha do dever imposto por Deus.


Entretanto, assim como pensam, agem. Só crêem nesta vida, aproveitam dela tudo o que ela tem de bom, porque, de fato, é irrisório e irracional sacrificar prazeres e comodidades para ter em recompensa as voragens do nada.


Sem a Fé, nenhum sentimento generoso poderá erguer a alma humana;


sem a Fé, nenhuma caridade, nenhuma esperança, nenhuma virtude pode nascer, crescer, florescer, frutificar na consciência dos homens.


A Fé é o principal motor da Religião, é o fator de todos os atos nobres, de todos os arroubos da alma, de todas as boas ações.


Ela remove todas as dificuldades para aquele que caminha para Deus;


brilha na inteligência como o Sol no espelho das águas; dignifica o homem, eleva-o, ilumina-o e o santifica!


Não há palavra que ocupe menor número de letras e mais saiba falar ao cérebro e ao coração.


Com uma só sílaba exprime tudo o de que necessita a criatura para conseguir a sua salvação.


Ter Fé é ter certeza nos nossos destinos imortais, é guiarmo-nos por essa estrada grandiosa, iluminada, que o Cristo nos legou.


Ter Fé é ser possuidor do maior tesouro que a alma humana pode adquirir na Terra.


Foi interpretando essa grande virtude, que Paulo dedicou toda a sua grande Epístola aos romanos à Fé, chegando a afirmar que todos os grandes da Antiguidade, pela Fé, venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram as promessas, taparam as bocas aos leões, extinguiram a violência do fogo, evitaram o fio de espadas; de fracos se tornaram fortes, fizeram-se poderosos e puseram em fuga exércitos estrangeiros!


O Espiritismo vem fazer realçar estes três fatores do progresso humano: a Ressurreição, o Espírito e a Fé, como partes integrantes de um mesmo todo e Indispensáveis ao outro, testemunhos vivos que se afirmam e se completam.


Colunas principais do Cristianismo, são eles que nos dão a visão da Outra Vida, na qual colheremos os frutos do nosso trabalho, dos nossos esforços pelo nosso próprio aperfeiçoamento.



Amélia Rodrigues

jo 20:9
…Até o Fim dos Tempos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 24
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Permaneciam as densas trevas embrulhando em tecidos espessos de medo e desespero as mentes e os corações aturdidos.

 

A tragédia do Gólgota tomara-os de surpresa, não obstante soubessem, desde há muito, que ocorreria assim ou de forma equivalente.

 

Ele a anunciara várias vezes, mas não a levaram em conta, com o significado profundo que merecia, já que se manifestaria de maneira brutal.

 

Semelhou-se a uma tempestade sem aviso prévio, que os assustou, impelindo-os à fuga.

 

Em uma semana ocorreram a glória e a cruel realidade, num caleidoscópio de primavera e de terrível invernia.

 

Como pudera aquele povo transformar-se num salto, a partir da entrada triunfal em Jerusalém até às sórdida alucinação no pretório, que culminou na Cruz?!

 

Como aquela gente preferira Barrabás, o malfeitor, a Jesus, o Pacificador?!

 

Incapazes de assimilar as ocorrências em relâmpagos voluptuosos com raios devastadores, encontravam-se reunidos, a portas trancadas, apavorados ante a possibilidade de trucidamento por parte dos fariseus hediondos e da turbamulta que lhes atendia aos desmandos carniceiros.

 

* * *

 

A notícia chegou-lhes como uma ode cantada de longe, quase irreal.

 

—Eu O vi - declarou, esfogueada e ofegante, Maria Madalena, ao retornar do sepulcro cedido por José de Arimateia, para onde fora, a fim de embalsamá-lo.

 

Espanto, alegria e dúvida desenhavam-se-lhes nas faces antes contraídas pela tristeza e decepção.

 

—Vai - impôs-me, Ele - e informa aos meus discípulos que retornei, conforme prometera.

 

As palavras atropelavam-se, e ela irradiava estranha luz.

 

Mas eles, que o viram morrer e ser sepultado, não podiam crer naquela impossivel informação.

 

Haviam-no acompanhado por longos dias de convivência, mas não esperavam aquele desfecho - a cruz ! -, aquele resultado: a morte!

 

Ele não os iludira; entretanto, aguardavam que o Pai O poupasse para a glória de Israel.

 

Essa notícia não se enquadrava no roteiro do desastre acontecido há poucos dias. Não seria possivel.

 

Ademais, a informação chegava-lhes por uma mulher não credenciada.

 

A primeiro impulso de esperança, logo no novo delíquio na crença.

 

Ainda hoje, vitória é o tripudiar sobre outrem, acumular farrapos e metais, aos que se atribuem valor, títulos e honrarias mentirosos que amarelecem e o fogo consome.

 

Ele viera ensinar o significado real do triunfo, que é a auto-superação que constitui a autoliberação de tudo.

 

Apesar disso, o apelo à forma, às garantias para o futuro - qual futuro? - predominam na economia social dos homens terrestres.

 

Jesus veio dar testemunho, vier a total entrega a Deus.

 

Não poderia então ser compreendido.

 

Só, a pouco e pouco, através dos tempos, é que vem sendo descoberto.

 

Logo após o primeiro dia da semana, enquanto dez deles estavam reunidos a portas fechadas, e ei-lo de retorno outra vez.

 

À surpresa do acontecimento inusitado, a alegria incomum, o retorno aos tempos primeiros, o esquecimento das dores. . .

 

—Paz seja convosco ! Por que duvidastes? Eu não vos disse, que volveria ao Terceiro Dia?


" Exultai, e porfiai pelos caminhos da esperança, em uma boa nova sem fim. "

Passados alguns minutos Ele desapareceu, e a sala voltou ao silêncio de antes, nunca mais, porém, truanesco e aterrorizante.


Quando Tomé, também chamado de Dídimo, que não estava presente, retornou, e foi informado, recalcitrou:

—Não o posso crer. Delirais!


"Somente acreditarei se colocar as minhas mãos nas Suas chagas, o meu dedo na lancetada do peito. "
"Ele abandonou-nos. . . "

Havia amargura na voz e desencanto na conduta, uma quase ira. . .

 

Os irmãos, entreolharam-se, desencantados.

 

Oito dias depois, enquanto meditavam na mesma sala com as portas trancadas, uma aragem perfumadas invadiu o recinto e uma claridade diamantina vestiu as sombras que ali pairavam com delicada luz, dentro da qual, esplendente e nobre, Ele surgiu.

 

A voz, mais doce-profunda do que nunca, penetrou os ouvidos de todos os onze apóstolos sobreviventes, que tremiam de emoção, como se fosse uma balada envolvente de despertar, que os enternecia.

 

Não havia censura, nem reproche, somente compaixão.

 

—Vinde, Tomé, e tocai.

 

Os pulsos dilacerados derramavam sulferina luz, que também jorrava da cabeça antes coroada de espinhos, do peito ferido e dos pés destroçados. . .


O Dídimo acercou-se, transfigurado, e O tocou, exclamando:

—Creio! Eu agora creio. Perdoai a minha incredulidade!

 

—Credes - Ele ripostou, suave - porque vistes. Bem- aventurados, porém, aquele que não viu e creu.

 

Fez uma pausa.

 

Tinha-se a sensação de que as paredes da sala afastaram-se e a praia de Cafarnaum ali se fizera presente, enquanto o chilrear de pássaros e as vozes da Natureza cantavam em boca fechada uma sinfonia.


A Sua voz, emoldurada de luz cambiante, dissertou:

—Ide e amai, espalhando o Evangelho por toda parte e para todos os povos.


Soprando sobre eles o Seu hálito, aduziu:

—Eu vos concedo a inspiração e o poder para submeterdes os demônios perturbadores, falardes em outros idiomas, curardes os enfermos. . .


" . . . As serpentes se vos submeterão, e qualquer substância letal que ingerirdes, não vos farão mal. . . "
Houve um novo silêncio de eternidade, num átimo de tempo, e Ele prosseguiu:

—Nunca temais. Tendes os recursos para a transformação do mundo, iniciando-a em vossa modificação interior.


" Amai em qualquer circunstância, esse é o dever. "

Diluiu-se em suavidade tal, que permanecia indelevelmente as lembranças daquele momento inigualável. . .

 

O homem vem conquistando o Universo de fora, a ciência e a tecnologia desobrigam-se nobremente dos programas a que se destinam; a ética desvaira e o amor consome em volúpia incomum.

 

No báratro das alucinações renascem aqueles que o ouviram, buscando alterar o roteiro, a marcha da Humanidade.

 

Esplendem como estrelas no velário das noites dos tempos, e atraem milhares para Ele.

 

Deixam pegadas em luz, para que a posteridade siga em segurança.

 

. . E embora ainda permaneçam algumas sombras teimosas, Ele continua guardando-nos até o fim dos tempos. . .

 

Tende coragem, despertai e segui adiante, ao Seu encontro, haja o que houver.

 

João 20:1-31






FIM




Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31
SEÇÃO VIII

A RESSURREIÇÃO E AS APARIÇÕES
João 20:1-21.25

A. A EVIDÊNCIA DA RESSURREIÇÃO, Jo 20:1-10

Os séculos cristãos retinem com as palavras: E, no primeiro dia da semana, Ma-ria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro (túmulo, 1; cf. Mac 16:1-2). Assim tem início a narrativa de João sobre a ressurreição. Se o seu relato "da Paixão é a história da queda do egoísmo à apostasia, a sua história da ressurreição é a história da elevação do amor à fé absoluta".' É altamente apropriado que ele comece o seu relato com a experiência de Maria Madalena (Lc 8:2).2 Muito lhe havia sido perdoado, e o seu amor pelo Senhor era tão grande quanto esta história demonstra. O que Maria viu foi de tremenda importância — a primeira evidência visual da ressurreição. "A pedra tinha sido removida" (Weymouth) da abertura do sepulcro.'

Sem demora, Maria voltou-se e correu a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava com a perturbadora notícia: Levaram o Senhor do sepulcro, e4 não sabemos onde o puseram (2). Maria, "o grande exemplo do amor desnorteado",' tinha a prova, mas havia chegado à conclusão errada.

Quando Pedro e o outro discípulo (João) ouviram isto, correram juntos: mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro e chegou primeiro ao se-pulcro (4). Houve muitas conjeturas a respeito do motivo por que João venceu a corrida. A explicação mais plausível é a agilidade. João era o mais jovem dos dois, e estava ape-nas registrando um fato interessante através do seu testemunho ocular.

João foi surpreendido por uma visão impressionante. Quando se inclinou (parakupsas) 6 para olhar o interior, viu no chão os lençóis [panos]; todavia, não entrou (5). A recompensa por haver vencido a corrida era mais que ampla, pois ele vira a segunda evidência da ressurreição, os lençóis. Quando Pedro chegou, mantendo-se fiel à sua natureza impulsiva, imediatamente entrou no sepulcro. No interior, Pedro e João, que o seguiu (8), puderam ver algo mais. Não viram apenas os lençóis, mas também que o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus não estava com os lençóis, mas enrola-do, num lugar à parte (7). Macgregor diz que a palavra "enrolado" significa "torcido como um turbante, como se tivesse sido colocado ao redor da cabeça".7

Qual foi o significado de todas estas coisas? Havia três evidências da ressurreição que eram cumulativamente convincentes. Primeiro, a pedra fora removida da entrada (1). Em segundo lugar, a maneira ordenada com que estavam dispostos os lençóis. Na verdade, se a primeira suspeita de Maria, de que alguém tivesse levado o Senhor (2), tivesse sido correta, não haveria nenhum lençol ali, porque todos teriam sido levados com o corpo. Macgregor observa: "Toda a linguagem parece ter sido cuidadosamente escolhida para sugerir que o corpo físico de Jesus havia se tornado um corpo ressuscita-do e 'glorificado' sem mover os lençóis, que simplesmente ficaram dentro do sepulcro em suas posições originais".' A terceira evidência, não mencionada especificamente, mas evidente em todas as partes, era a ausência do corpo do Senhor — o sepulcro vazio.

Quando João viu essas coisas, ele creu (episteusen, 8). O verbo está no tempo aoristo, que indica um ato decisivo, e não um processo. "Ele não teve a visão do Cristo ressuscita-do, mas a visão dos lençóis abandonados foi suficiente para lhe dar a certeza de que Jesus havia ressuscitado dos mortos" 9 (cf. Jo 16:16; Lc 24:12). Fica evidente, a partir dos versículos 25:27-29, que "creu representa a fé na ressurreição do Senhor".7° De fato, Hoskyns sustenta que "a importância da fé do discípulo amado é o clímax da narrativa"»

A esta altura, João descreve a compreensão muito limitada que ele e Pedro tinham a respeito da ressurreição, mesmo quando confrontados com estas evidências aparen-temente inconfundíveis. Ele escreve: Porque ainda não sabiam a Escritura [S1 16.10], que diz que era necessário que ressuscitasse dos mortos (9). Evidente-mente, eles "não tinham lido o ensino do Antigo Testamento, mesmo com o auxílio dos ensinos do Senhor".12

B. A APARIÇÃO PESSOAL A MARIA MADALENA, Jo 20:11-18

Parece que os dois discípulos deixaram o sepulcro (10) antes que Maria conseguisse voltar ao horto, depois de ter-lhes dado a notícia sobre a pedra (2). Assim, deixada sozinha com sua tristeza e angústia, ela chorava fora, junto ao sepulcro ("soluçando", Moffatt"). Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro (11). Não há menção de que ela tenha visto os lençóis ou o lenço que estava "enrolado, num lugar à parte" (6-7). Ao invés disso, ela viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés (12). Os quatro Evangelhos falam das aparições de anjos no sepulcro: "o anjo" (Mt 28:5) ; "um jovem" (Mc 16:5) ; "dois va-rões" (Lc 24:4; cf. Ap 3:4-5; 4.4). Estes mensageiros vestidos de branco se sentavam "mar-cando o lugar onde o corpo tinha estado, testemunhando o mistério da ressurreição'

Foi feita a seguinte pergunta a Maria: Mulher, por que choras? (13) Ela não se mostrou assustada nem surpresa com a sua aparição, nem com as suas palavras, porque somente uma coisa preocupava a sua mente — o Senhor. Ela tinha uma razão mais do que suficiente para a sua tristeza: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. Ela ainda não percebia a incoerência da sua conclusão. As roupas no sepulcro vazio, que tinham sido evidências suficientes para levar João a uma fé ativa e completa (ele "creu";
8) não tinham chamado a atenção de Maria. É importante lembrar que Deus vem até os homens de várias maneiras, segundo os seus diferentes temperamentos e as suas capacidades distintas para entender e reagir. Neste sentido, o que está representa-do aqui é um Evangelho universal. Cristo é o Senhor ressuscitado para todos os homens.

Como se estivesse indo embora, Maria voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus (14). A pergunta que os anjos fizeram a Maria foi repeti-da por Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? (15) Mas ela não reconheceu Jesus! Ela julgou que era o hortelão. Por que ela não o reconheceu? Barclay sugere dois motivos: "O fato simples e pungente é que ela não podia vê-lo através das suas lágri-mas... ela não conseguia tirar os olhos do sepulcro, e estava de costas para Jesus. Ela insistia em ficar olhando para o lado errado".'

Há comentários sobre três motivos por que Maria não reconheceu Jesus. Em uma forma esquemática, eles fundamentam um sermão baseado em 20:11-18. 1. Maria es-tava procurando um Cristo morto (11-13) ; 2. Não foi Maria Madalena que encontrou Cristo, mas Cristo a encontrou (14-16) ; 3. Embora ela o estivesse procurando com todo o seu ser, Maria não reconheceu Cristo quando ela o viu (14).15 Ele vem de maneiras inesperadas.

O versículo 16 é o registro daquilo que tem sido chamado de "a maior cena de reco-nhecimento da história"." Quando Jesus lhe disse: Maria!, ela o reconheceu imediata-mente. "Aquilo que a palavra de uso comum (mulher) não pôde fazer, a palavra da sim-patia individual fez imediatamente".' Ou, como diz Hoskyns: "O verdadeiro Governador do Paraíso (Jardim) de Deus, aquele que dá a vida, chamou a sua própria ovelha pelo nome, e ela reconheceu a sua voz" (10:3-4).18 Ela reconheceu a sua voz chamando o seu nome. Ela o encarou: Voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer Mestre) (16). Hoskyns argumenta, de acordo com a autoridade de Strack-Billerbeck, "que Raboni, na literatura judaica antiga, é um termo diferente de Rabi. É raramente usado para referir-se aos homens, e nunca para dirigir-se a eles. A palavra é reservada para dirigir-se a Deus". Hoskyns comenta a seguir: "O uso da palavra por Maria aqui, portanto, deve provavelmente ser interpretado como uma declaração de fé, correspondente àquela de Tomé (v. 28) ".19

Embora isto não seja especificamente afirmado por João, parece que Maria, em adoração e com profunda emoção, abraçou os pés de Jesus (cf. Mt 28:9), e em resposta Ele lhe disse: Não me detenhas ("Deixe de me agarrar", Moffatt; "Não me segure agora", Phillips, 17). À luz do versículo 27, quando Tomé foi convidado pelo Senhor ressuscitado a "chegar" a sua mão e colocá-la no seu lado perfurado, este versículo tem deixado leitores e comentaristas igualmente perplexos. O que Jesus disse a Maria foi: porque ainda não subi para meu Pai (17; cf. Jo 16:10; também Jo 7:33-16.5; também Jo 14:12-28; 16.28). Compreensivelmente, Maria não queria deixá-lo ir embora novamen-te. A palavra traduzida como "deter" (haptou) significa "agarrar-se a algo com o desejo de conservar a posse disso" ". Mas este relacionamento íntimo, precioso, do qual ela e os seguidores de Cristo desfrutavam agora, assumiria uma nova forma e um novo sig-nificado. No entanto, ainda não (cf. Jo 2:4-7.6,8,30,39; 8,20) seria consumado, assim como Ele havia dito sobre a promessa do Consolador (Paracleto) que viria (Jo 16:7-8). Com uma aguda visão, Hoskyns afirma:

Ele agora declara a Maria, e por meio dela aos discípulos, que chegou a hora da sua ascensão ao Pai e, portanto, da inauguração da nova ordem. A ordem para que Maria deixasse de detê-lo se refere ao período intermediário entre a ressurreição e a ascensão — e unicamente a esse período. Tão íntimo será o relacionamento com Jesus que, embo-ra Maria precise por enquanto deixar de tocá-lo, por que Ele precisa ascender e ela pre-cisa transmitir a sua mensagem, ainda assim, depois da ascensão, tanto ela quanto os discípulos estarão concretamente unidos com Ele de uma maneira que pode verdadeira-mente ser descrita como "tocando-o", e daí comer do corpo de Cristo e beber do seu san-gue (6:51-58) como a ilustração mais comovente.'

Sem colocar ênfase na Ceia do Senhor, como faz Hoskyns, Macgregor vê esta passa-gem como um ensino de que "as verdadeiras provas da ressurreição e da posse verdadei-ra do Cristo ressuscitado devem... ser interpretadas na experiência espiritual normal de cada crente"."

As próximas palavras de Jesus a Maria foram: Vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus (17). Assim como o relacionamento de Maria com Jesus, daqui por diante, não deveria "ser dependente da percepção dos sentidos"," isto também se aplicava aos discípulos — meus irmãos (adelphous), com quem Ele tinha se unido e identificado na sua encarnação. A sua perfei-ta humanidade se reflete não apenas na expressão meus irmãos, mas também em meu Deus. Strachan comenta: "Jesus é agora a escada que une o céu e a terra (cf. Jo 1:51), participando dos dois mundos (a luz e a escuridão, ou a falta de fé), e capacitando os homens a entrar no mundo superior. A ascensão é a partida final de Jesus da vida huma-na normal dos homens, para ir estar com o Pai. A partir de agora, Ele está em comunhão com a sua igreja por meio do seu alter ego, o Espírito".'

Por ordem de Jesus, Maria Madalena foi ["saiu Maria de Magdala", Moffatt] e anun-ciou aos discípulos que vira o Senhor e que ele lhe dissera isso (18).

C. A APARIÇÃO PESSOAL AOS DEZ, Jo 20:19-23

Era de manhã bem cedo (1) quando Jesus conversou com Maria, "no primeiro dia da semana" — o Dia da Ressurreição. Na tarde daquele dia (19), os discípulos, dez deles (24) estavam reunidos em uma sala, talvez o lugar da Última Ceia (ver o mapa 2). Esta-vam cerradas as portas...com medo dos judeus (19). "Os líderes dos judeus suspei-tavam, sem dúvida, de qualquer reunião dos discípulos de Jesus"." Neste cenário, che-gou Jesus, e pôs-se no meio (19). João não comenta, e nem precisa fazê-lo, como Jesus entrou, estando todas as portas fechadas. Ele apenas observa o fato, como fez no caso dos lençóis arrumados no sepulcro. Deve-se observar, neste ponto, que a pedra removida da entrada do sepulcro deveu-se ao testemunho ocular de Maria e dos discípulos, e não à saída do Senhor ressuscitado.

As palavras de Jesus, ao entrar, foram: Paz seja convosco!, uma saudação hebraica normal. Mas neste contexto (21,26), e à luz da promessa de 14.27, parece ser um lembre-te da "sua paz como um presente de despedida para os seus discípulos".26 Também é um lembrete, como diz Strachan, de que "esta paz não está em conflito com as dificuldades da vida, mas é a paz alcançada através da luta contra um mundo hostil, e da vitória contra este".'

Como testemunhos da intensidade da batalha e da certeza da vitória, Ele lhes mos-trou as mãos e o lado (20).28 Tendo ouvido a saudação de Jesus, e visto as evidências da sua ressurreição, os discípulos se alegraram ("se encheram de alegria", Weymouth).

Nesta aparição aos discípulos, o Senhor não veio somente para lhes dar a garantia da paz (repetida no versículo 21), mas também uma comissão, baseada na autoridade do relacionamento entre Ele e o Pai. Ele disse: Assim como o Pai me enviou [apestalken], também eu vos envio [pempo] a vós (21). A primeira frase "é o tema constante do Cristo de João, quando fala sobre a sua autoridade".' Em que sentido Jesus está, aqui, dando uma comissão aos seus discípulos? É instrutivo observar que os verbos enviou e envio são palavras e tempos diferentes no texto grego. O primeiro verbo, apestalken, está no tempo perfeito e fala da missão de Cristo nos seus aspectos eternos. O segundo, pempo, está no presente, e assim enfatiza a atividade contínua que é designada aos discípulos. Westcott comenta: "Nesta tarefa, o Senhor apresenta a sua própria missão como a missão permanente do Pai; Ele a cumpre através da sua igreja. Os seus discípu-los não recebem uma nova comissão, mas desempenham a dele"."

A tarefa dos discípulos de assumir a obra de Jesus é compatível com a sua garantia de concessão de autoridade para a tarefa, através da vinda do Espírito. Ele assoprou [enephysesen] sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo [pneuma hagion, 22]. Surgem imediatamente as perguntas: Qual é a relação entre esta dádiva do Espírito e o seu derramamento no Pentecostes? As duas ocasiões se referem à mesma vinda do Espírito? Há muitas e diversas respostas para estas perguntas." Hoskyns interpreta esta dádiva do Espírito aos discípulos sob a mesma luz que outras cenas da ressurreição, i.e., como "preparatória para a grande comissão". O derramamento do Espírito no Pente-costes está relacionado com a "missão em público, pelo poder do Espírito que vem do Pai e do Filho, que estão no céu".'Westcott chama esta ocasião (22) de avivamento do Espí-rito (cf. Gn 1:7; Ez 37:9), e o advento do Pentecostes, de "revestimento" no Espírito.

Este derramamento do Espírito (22) não é o mesmo descrito em Atos 2:4. O primei-ro ocorreu enquanto Jesus estava com os seus discípulos, e o último depois da sua ascen-são ao céu. O primeiro foi uma doação aos discípulos, que eram certamente filhos de Deus (Jo 17:9), "um depósito", ao passo que o segundo foi "a sua vinda manifesta e a sua permanência duradoura neles, pelo seu representante, o Paracleto"." O primeiro não foi o cumprimento das promessas de Jesus, a respeito da vinda do Consolador (7.39; 16.7), mas foi uma concessão verdadeira, uma concessão antecipada do Pentecostes.

A comissão dos discípulos — também eu vos envio (21) — também foi acompanha-da pela autoridade específica a respeito do perdão ou não dos pecados. Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes são perdoados; e, àqueles a quem os retiverdes [kratete], lhes são retidos (23; cf. Mt 16:19-18.18). Qual é a natureza desta autoridade, e a quem ela é conferida? Não existe uma indicação de que ela se limitasse apenas aos dez discípulos. Robertson diz: "O que ele comissiona aos discípulos e a nós é o poder e o privilégio de dar a certeza do perdão dos pecados por Deus, pelo anúncio correto dos termos do perdão".34 Strachan diz que estas palavras se aplicam a "qualquer discípulo de Cristo e a todo membro da comunidade cristã que permaneça em íntima comunhão com o seu Senhor, que mantenha a sua consciência pura e esclarecida pelo conhecimento de outras consciências cristãs, e que compartilhe a sua fé e adoração na comunidade"."

Sob o título "A comissão e o dom do Senhor ressuscitado" (19-23), podemos ver: 1. A missão cristã (21) ; 2. A capacitação cristã (22) ; 3. O poder cristão sobre o pecado (23). (Alexander Maclaren)

D. A APARIÇÃO PESSOAL AOS ONZE, Jo 20:24-29

Somente João registra este episódio, que está relacionado com a fé — ou a falta de fé — de Tomé. O seu outro nome, Dídimo, significa "o gêmeo". João parece ter especial interesse neste companheiro (Jo 11:16-14.5), que é apresentado como um homem de tempe-ramento pessimista. Os acontecimentos dos últimos dias pareciam ter confirmado os piores medos de Tomé. Chegou Jesus (19), e por alguma razão desconhecida, Tomé... não estava com os demais discípulos (24). Ele cometeu um grande erro. "Tomé se retirou da companhia cristã. Ele procurou a solidão, ao invés da união"."

Quando Tomé voltou, e ouviu o relato dos dez, Vimos o Senhor (25; cf. 18), a sua atitude normal em relação à vida fechou a porta para a fé. O fato da morte de Jesus era real para ele. Era um fato difícil e indiscutível. Antes de poder acreditar no relato de que Jesus estava vivo, ele teria de ter uma prova que se equiparasse ao fato de uma cruz e de um sepulcro. Assim, definiu o seu próprio critério para uma prova: Se eu não vir o sinal dos cravos [pregos] em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei (lit., "nunca, jamais crerei", 25). Evidentemente, os dez lhe haviam dito que tinham visto os ferimentos dos pregos e da lança, mas Tomé exigiu a experiência pessoal sensorial, tanto da visão, quanto do toque.

A oportunidade chegou oito dias mais tarde — que significam "uma semana" depois. Outra vez (cf.
19) estavam... os seus discípulos dentro ("na sala", NEB), e, desta vez, estava com eles Tomé. Chegou Jesus... e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco! (26) Jesus imediatamente dirigiu as suas palavras a Tomé, repetindo quase literalmente a exigência que Tomé tinha feito diante dos dez discípulos. A seguir, o nosso Senhor acrescentou à exortação: não sejas [ginou, lit., "não se torne"] incrédulo, mas crente [lit., "cheio de fé, 27]. "Ele conhece as palavras que usamos para expressar as nossas dúvidas"." Tomé deve ter ficado chocado por ver que o seu Senhor ressuscitado tinha estado presente (Jo 14:23-28), embora não pudesse ser visto nem por eles, nem pelos demais, naquela ocasião específica (cf. Jo 2:25). Não há nenhuma indicação de que Tomé tenha aplicado os testes que havia exigido. Ao contrário, a fé foi ativada, e Tomé excla-mou: Senhor meu, e Deus meu! (28). "A idéia central com que se iniciou o Evangelho (1,1) ocorre novamente no seu final: para o cristão fiel, Cristo é o próprio Deus" .38 Westcott afirma que "as palavras, sem dúvida, são dirigidas a Cristo e são uma confissão de sua pessoa... as palavras que se seguiram mostraram que o Senhor aceitou a declaração da sua divindade, como uma verdadeira expressão de fé".'

A resposta de Jesus a Tomé indica que existem níveis de fé na vida cristã. Alguns confiam em evidências visíveis, e não conseguem perceber a bênção que vem sobre aque-les que crêem nele por quem Ele é, e não pelo que Ele faz por eles. Aqueles que somente confiam nas evidências visíveis vivem a sua fé cristã em um pequeno mundo de valores espirituais rodeados pelas limitações de ordem temporal. Aqueles que crêem em Cristo por quem Ele é, pela fé expandem os seus horizontes a um vasto mundo de valores espi-rituais onde desfrutam as bênçãos que pertencem àqueles que não viram e creram (29).

  • UM PREFÁCIO POSTERGADO, Jo 20:30-31
  • Embora na 1ntrodução, Seção D, haja um comentário detalhado sobre esta passa-gem, é apropriado dedicar um pouco de atenção a ela aqui. Estes versículos são uma declaração do objetivo da escrita do livro. Nesse sentido, eles têm a mesma função do prefácio de um livro moderno.

    No entanto, existem alguns comentaristas, por exemplo, Hoskyns, que opinam que os muitos outros sinais (30) e estes (31, sinais) se referem somente ao período poste-rior à ressurreição. Outros, por exemplo, Westcott, interpretam estas frases como refe-rindo-se a todo o livro, e assim consideram os versículos 30:31 como a conclusão do escri-to original.

    Também houve a sugestão de que 30-31 estão fora de lugar, e deveriam aparecer depois de Jo 21:23, no lugar de 24-25. Mas não há evidências textuais para tal desloca-mento. Além disso, palavras de estilo similar aparecem em 1 Jo 5:13, indicando assim que este estilo de descrição pode ter sido simplesmente a maneira como João pensava e se expressava.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de João Capítulo 20 versículo 9
    Conforme Jo 2:22; Jo 12:16. Não é citada nenhuma passagem específica. Em outros lugares, cita-se Sl 16:8-11; Jn 1:17 (conforme Mt 12:40; At 2:25-28 e também Lc 24:25-27,Lc 24:44-46; 1Co 15:4).

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31
    *

    20.1-31

    Os quatro Evangelhos têm o registro de vários aparecimentos depois da ressurreição; junto com At 1:3-8 e 1Co 15:5-8 há o registro de doze aparições: as primeiras seis ocorreram em Jerusalém, quatro na Galiléia, uma no monte das Oliveiras e uma no caminho de Damasco.

    * 20:2

    Simão Pedro... outro discípulo. Pedro e João. Ver nota em 13.23.

    e não sabemos. O plural indica que algumas mulherem estavam ali, como registrado nos outros Evangelhos. Eram as mesmas mulheres que estiveram ao pé da cruz, talvez com exceção de Maria, mãe de Jesus, que não é mencionada.

    onde o puseram. Nem Maria nem os discípulos esperavam a ressurreição, a despeito daquilo que Jesus lhes tinha dito (conforme v.9).

    * 20.5-8

    Ele também viu os lençóis. João deu a primeira olhadela, e viu que só os panos do sepultamento estavam ali. Pedro e João, então, fizeram um exame mais acurado. Os panos do sepultamento estavam em boa ordem (v.7). Se alguém tivesse violado a sepultura e removido o cadáver, os lençóis de linho não estariam tão bem arranjadas e o lenço (ver referência lateral) do mesmo modo não estaria dobrado.

    * 20:9

    não tinham compreendido a Escritura. Mais tarde, como resultado da instrução de Jesus, eles entenderam a ressurreição como um cumprimento necessário das profecias (Lc 24:26,27,44-47; At 2:25-32; 13 35:37). Claramente, os discípulos não esperavam a ressurreição, nem tentaram inventar uma, para encaixar-se na sua própria idéia religiosa. Ver "A Ressurreição de Jesus", em Lc 24:2.

    * 20:12

    dois anjos vestidos de branco. Mt 28:2 registra "um anjo"; Mc 16:5 refere "um jovem"; e Lc 24:4 "dois homens" (chamada "uma visão de anjos", em Lc 24:23). Não há necessariamente contradição, uma vez que os anjos devem ter aparecido em forma humana e um deles pode ter se destacado por ser o que falava. O que Maria viu pode diferir daquilo que as outras mulheres viram, uma vez que ela permaneceu sozinha diante do túmulo, depois que Pedro e João se retiraram.

    * 20:14

    e viu Jesus em pé. Mateus revela que Jesus já tinha aparecido uma vez a um grupo de mulheres, quando iam para Jerusalém, para contar as novas do túmulo vazio (Mt 28:8-10).

    mas não reconheceu que era Jesus. Jesus, com frequência, não era imediatamente reconhecível depois da ressurreição (v.20; 21.4). Em algumas ocasiões, isto pode ter sido devido ao ceticismo ou ao desgosto; em Lucas é às vezes devido a um impedimento sobrenatural (Lc 24:16,31). Além disso, a ressurreição envolve uma mudança na aparência (1Co 15:35-49).

    * 20:16

    Rabôni. A voz de Jesus, chamando Maria, revelou claramente que era ele. "Rabôni" é uma forma extensa de "Rabi", ocorrendo apenas uma outra vez no Novo Testamento (Mc 10:51).

    * 20:17

    Não me detenhas. Não há impropriedade em tocar um corpo ressurreto; no v. 17, Jesus diz a Tomé para tocá-lo (ver também Mt 28:9). Jesus lembra a Maria que ele não tinha simplesmente se recuperado, mas tinha ressuscitado. Ela não precisava abraçar Jesus como um ser terreno que tinha sido curado; pelo contrário, ela devia reconhecê-lo como Aquele cuja ressurreição o distingue como Senhor e Cristo. A espécie de relacionamento que tinha sido desfrutada por seus amigos até agora, não pode continuar nos mesmos moldes. Há uma íntima comunhão, sem dúvida, mas não da mesma forma anterior. Não há razão para supor que Jesus ascendeu ao Pai entre seus encontros com Maria e Tomé. Ver "A Ascensão de Jesus", em Lc 24:51.

    meus irmãos. Os discípulos de Jesus; a mesma linguagem é usada em Mt 28:10.

    meu Pai e vosso Pai... meu Deus e vosso Deus. Jesus distingue com precisão sua filiação única da filiação dos discípulos. O relacionamento de Jesus com a Deidade é diferente da dos humanos redimidos; Ele é o Senhor dos céus (1.18; 3.13,31).

    * 20:19

    os discípulos. Provavelmente inclui mais do que os dez apóstolos (doze menos Judas e Tomé). Em At 1:14, as mulheres, a mãe e os irmãos de Jesus, e, provavelmente, outros (At 1:23) estavam juntos no cenáculo, depois da ascensão de Jesus.

    trancadas as portas da casa. A impressão é a de que Jesus ressurreto passou através das portas da casa (também v.26), e não que elas estivessem sido abertas de algum modo (compare At 12:10). Isto mostra a transformação envolvida no corpo ressurreto (1Co 15:35-49).

    Paz seja convosco. Palavras de todo dia, porém a mais bem vinda saudação, uma vez que eles podiam estar esperando uma repreensão, por terem abandonado Jesus por ocasião de Sua prisão.

    * 20:20

    mostrou as mãos e o lado. As marcas de seus ferimentos indentificariam Jesus, e provariam também que ele não era um fantasma.

    * 20:21

    Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. Esta é uma breve afirmação da comissão que Jesus deu aos seus discípulos. Uma declaração mais completa é encontrada em Mt 28:18-20 e em Lc 24:44-53. Jesus é o supremo exemplo de evangelismo e missão. Ver nota teológica "A Missão da Igreja no Mundo", índice.

    * 20:22

    Recebei o Espírito Santo. O dom é essencial para a realização da tarefa dada aos discípulos. A ocasião é uma prefiguração da plenitude do Espírito, que seria dado à igreja no Pentecoste.

    * 20:23

    Se de alguns perdoardes os pecados. Os apóstolos, como fundadores da igreja e agindo por ela, receberam a autoridade para declarar o juízo de Deus sobre os pecados. Fundamentalmente, a declaração é feita na pregação do Evangelho. Ver "Disciplina Eclesiástica e Excomunhão", em Mt 18:15.

    * 20:28

    Senhor meu e Deus meu. Esta é provavelmente a mais clara e simples confissão da divindade de Cristo encontrada no Novo Testamento. As duas mais elevadas palavras, "Senhor" (usada na tradução grega do Antigo Testamento para o nome divino "Yahweh"), e "Deus" estão juntas e dirigidas a Jesus, em reconhecimento de sua glória. Jesus aceita este culto sem hesitação. Este é um forte contraste com os anjos que foram erradamente cultuados em Ap 19:10; 22:9.

    * 20:29

    Bem-aventurados os que não viram e creram. Conquanto aceitasse a fé demonstrada por Tomé, Jesus abençoa aqueles que virão a crer pelo testemunho dos discípulos (17.20; conforme 1Pe 1:8,9). Esta bênção apresenta a razão para o Evangelho ser escrito (vs. 30,31).

    * 20:30

    muitos outros sinais. Nenhum dos Evangelhos procura dar um registro completo ou estritamente cronológico, tal como ocorre numa biografia moderna (conforme 21.25). Ver "Introdução a Mateus: Dificuldades de Interpretação".

    * 20:31

    Estes... foram registrados para que creiais. Esta expressão afirma o propósito deste Evangelho. Através dos sinais narrados, o leitor virá à fé em Jesus, como mais do que um operador de milagres. Ele é o Cristo, a Palavra encarnada, com o Pai e o Espírito, como Deus Triúno. Através da crença, encontramos vida nele, que é a fonte da vida (6.32-58).



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31
    20:1 Outras mulheres foram à tumba junto com a María Madalena. Os outros Evangelhos dão seus nomes. se desejar mais informação sobre a María Madalena, veja-se seu perfil no capítulo 19.

    20:1 Não se tirou a pedra da entrada da tumba para permitir que Jesus saísse. Pôde fazê-lo com facilidade sem que a movessem. ficou a um lado para que outros entrassem e vissem que Jesus já não estava.

    20.1ss As pessoas que ouvem falar da ressurreição pela primeira vez necessitam tempo para compreender esta maravilhosa história. Como no caso da María e os discípulos, pudessem passar por quatro etapas de fé. (1) Ao princípio podem pensar que tudo é uma fabricação, impossível de acreditar (20.2). (2) Como Pedro, pode que analisem os fatos e mesmo assim permaneçam perplexos quanto ao acontecido (20.6). (3) Solo quando têm um encontro pessoal com o Jesus podem aceitar a realidade da ressurreição (20.16). (4) Logo, ao encomendar-se ao e lhe dedicar suas vidas para lhe servir, começam a compreender toda a realidade de sua presença neles (20.28).

    20:7 A mortalha ficou como se o corpo a tivesse atravessado. O sudário com a forma da cabeça estava enrolado à parte. A pedra do sepulcro estava tirada e se encontrava a uma boa distância dos tecidos que tinham envolto o corpo do Senhor. Não era possível roubar o corpo do Jesus e deixar os tecidos como se estes estivessem ainda envolvendo-o.

    20:9 Como prova maior de que os discípulos não inventaram esta história, vemos que Pedro e João se surpreenderam de que Jesus não estivesse na tumba. Quando João viu os tecidos que pareciam um casulo vazio do qual Jesus emergiu, acreditou que o Senhor tinha ressuscitado. Não foi mas sim até que viram a tumba vazia que recordaram o que as Escrituras e Jesus haviam dito: O morreria, mas também ressuscitaria!

    20:9 A ressurreição do Jesus é a chave da fé cristã. por que? (1) Tal como o disse, levantou-se da morte. portanto, podemos ter a segurança de que cumprirá todo o prometido. (2) A ressurreição corporal do Jesus mostra que o Cristo vivente, não um falso profeta nem um impostor, é o soberano do reino eterno de Deus. (3) Podemos estar seguros de nossa ressurreição porque O ressuscitou. A morte não é o final: há uma vida futura. (4) O poder divino que devolveu à vida ao Jesus está agora ao alcance para dar vida a nossa morte espiritual. (5) A ressurreição é a base do testemunho da Igreja ao mundo.

    20:17 María não queria perder ao Jesus outra vez. Incluso no tinha entendido a ressurreição. Talvez pensou que se tratava de sua Segunda Vinda (14.3). Mas Jesus não tinha querido que a tumba o detivera. Se não tivesse subido aos céus, o Espírito Santo não tivesse vindo. Tanto Jesus como María tinham uma missão importante que cumprir.

    20:18 Ao princípio, María não reconheceu ao Jesus. A dor a deixava cega. Não o reconheceu porque não o esperava. Logo O a chamou por seu nome e imediatamente o reconheceu. Imagine o amor que emanou de seu coração quando ouviu seu Salvador pronunciar seu nome. Jesus está muito perto de você e o chama por seu nome. Pode, como María, lhe responder lhe chamando Professor?

    20:18 María não teve um encontro com o Jesus ressuscitado até que descobriu a tumba vazia. Reagiu com alegria e obediência dando a notícia aos discípulos. Não podemos ter um verdadeiro encontro com Cristo enquanto não descubramos que vive, que sua tumba está vazia. Está tão contente com estas boas novas que o quer dizer a outros?

    20:21 Jesus outra vez se identifica com seu Pai. Declarou a seus discípulos com que autoridade levava a cabo sua obra. Encomendou então a tarefa a seus discípulos para que difundissem as boas novas de salvação ao redor do mundo. Quando Deus lhe encarregue fazer qualquer tarefa, recorde: (1) sua autoridade vem de Deus, e (2) Jesus nos mostrou com palavras e feitos como levar a cabo a tarefa que lhe encomendou. Como o Pai enviou ao Jesus, Jesus envia a seus seguidores... e a você.

    20:22 Isto pode ter sido uma experiência especial dos discípulos com o Espírito Santo, um adiantamento do que todos os crentes experimentariam do Pentecostés (Feitos
    2) e por sempre. Para fazer a obra de Deus necessitamos a direção e o poder do Espírito Santo. Falharemos se tratarmos de fazer o trabalho com nossas forças.

    20:22 O sopro de Deus dá vida. Deus criou ao homem, mas este não teve vida até que O lhe soprou fôlego de vida (Gn 2:7). Aquele primeiro sopro fez que o homem fora diferente a outros seres criados. Aqui, mediante o sopro do Jesus, Deus reparte vida eterna e espiritual. Com esta inspiração veio o poder para fazer a vontade de Deus na terra.

    20:23 Jesus detalha a missão dos discípulos: pregar as boas novas do Jesus de modo que os pecados da gente pudessem perdoar-se. Os discípulos não tinham o poder para perdoar pecados (só Deus pode perdoá-los, mas Jesus lhes deu o privilégio de dizer aos novos crentes que seus pecados foram perdoados por aceitar a mensagem do Jesus (vejam-nas notas a Mt 16:19 e 18.18). Todos os crentes têm este mesmo privilégio. Podemos anunciar o perdão de pecados quando com certeza encontramos o arrependimento e a fé.

    20.24-29 desejou alguma vez ver o Jesus na atualidade, tocá-lo e escutar suas palavras? Há momentos nos que quer estar perto do e seu conselho? Tomam queria a presença física do Jesus, mas o plano de Deus é mais sábio. Ao não o limita um só corpo físico, quer estar com você sempre. Embora O está com você na pessoa do Espírito Santo, também pode lhe falar e achar suas palavras nas páginas da Bíblia. O pode ser tão real para você como foi tomam.

    20.25-28 Jesus não foi duro com Tomam apesar de suas dúvidas. Apesar de seu cepticismo, Tomam seguia sendo fiel aos irmãos na fé e ao Jesus mesmo. Alguns precisam duvidar antes de acreditar. Se a dúvida motivar perguntas e estas provocam respostas e se aceitam as respostas, a dúvida cumpriu um trabalho positivo. Em troca, quando a dúvida se converte em teima e esta se volta crônica, a dúvida danifica a fé. Quando duvidar, não se detenha ali. Deixe que a dúvida aprofunde sua fé à medida que busca a resposta.

    20:27 O corpo ressuscitado do Jesus foi uma classe única de corpo físico. Não era do mesmo tipo de carne e sangue que Lázaro teve quando voltou para a vida. O corpo do Jesus já não estava sujeito às mesmas leis da natureza como o esteve antes de sua morte. Pôde aparecer em uma habitação fechada, apesar de que não era um fantasma nenhuma aparição; puderam-no tocar e pôde comer. A ressurreição do Jesus foi literal e física. Não se tratava de um espírito imaterial.

    20:29 Algumas pessoas pensam que acreditariam no Jesus se vissem um milagre ou um sinal categórico. Mas Jesus diz que são ditosos os que acreditam sem ver. Temos todas as provas que necessitamos nas palavras da Bíblia e no testemunho dos crentes. Uma aparição física não faria ao Jesus mais real do que agora é.

    20.30, 31 Para compreender a vida e missão do Jesus com maior amplitude, tudo o que temos que fazer é estudar os Evangelhos. João nos diz que em seu Evangelho há solo algumas dos muitos sinais que fez Jesus na terra. Mas o que está escrito é tudo o que nos faz falta saber para acreditar que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, por meio do qual recebemos vida eterna.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31
    E. A RESSURREIÇÃO (cap. 20)

    1 Ora, no primeiro dia da semana, Maria Madalena cedo, enquanto ainda estava escuro, ao sepulcro, e viu que a pedra do sepulcro. 2 Correu, pois, e foi ter com Simão Pedro, e ao outro discípulo quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. 3 Saíram então Pedro eo outro discípulo e foram ao túmulo. 4 E Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro; 5 e, abaixando-se, viu somente os panos de linho ali; Ainda que ele não entrou no. 6 , portanto, Simon Pedro vem também, que o seguia, e entrou no sepulcro; e se contempla no chão os lençóis, 7 e que o lenço, que estava sobre a sua cabeça, não estava com os panos, mas enrolado num lugar à parte. 8 Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu. 9 Porque ainda não sabiam a Escritura, que era necessário que ressuscitasse dos mortos. 10 Então os discípulos partiram novamente para sua própria casa.

    11 Maria, porém, estava em pé, sem ao choro túmulo: assim, enquanto ela chorava, ela inclinou-se e olhou para dentro do túmulo; 12 e ela contempla dois anjos vestidos de branco sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde o corpo de Jesus tinha ficado. 13 E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. 14 Quando, tendo dito isto, voltou-se para trás, e está vendo a Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus. 15 Jesus disse-lhe: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, julgando que fosse o jardineiro, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, diz-me onde o puseste, e eu o levarei. 16 Disse-lhe Jesus, Maria. Ela virou as costas, e disse-lhe em hebraico: Raboni; o que quer dizer, Mestre.17 Disse-lhe Jesus, Não me detenhas; porque ainda não subi para o Pai;. mas vai a meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus 18 Maria Madalena vem e fala com os discípulos, eu vi o Senhor; e que ele tinha dito estas coisas a ela.

    19 Quando, pois, a tarde, naquele dia, o primeiro dia da semana, e quando as portas foram fechadas onde os discípulos, com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja a vós. 20 E, havendo dito isto, mostrou-lhes as mãos eo lado.Então os discípulos se alegraram quando viram o Senhor. 21 , portanto, Jesus disse-lhes outra vez: Paz seja convosco;.como o Pai me enviou, assim também eu vos envio 22 E, havendo dito isto, soprou sobre eles , e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo: 23 cujos pecados soever perdoardes, eles são perdoados-lhes; Àqueles a quem perdoardes os pecados vos reter, são retidos.

    24 Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. 25 Os outros discípulos, pois, disse-lhe: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e não meter o dedo no sinal dos cravos, e coloquei minha mão no seu lado, não acreditarei.

    26 Oito dias depois outra vez os seus discípulos estavam reunidos, e Tomé com eles. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: Paz seja . vos 27 Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chegar a tua mão, e colocá-lo no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. 28 Tomé respondeu, e disse-lhe: Meu Senhor e meu Dt 29:1 ). A reunião, nesta ocasião, foi realizada a portas fechadas , por medo dos judeus (v. Jo 20:19 ). Não que os discípulos tinham medo de ser visto em público individualmente, mas eles estavam com medo de que as autoridades judaicas seria suspeito de suas reuniões se descobriu. Eles tinham razão para temer, porque a história da igreja primitiva revela que as perseguições iniciais veio do judeu, não o Roman, as autoridades. Testemunhe as "ameaças e assassinato" de Saulo de Tarso (At 9:1 ), e podemos supor que ele iria incluir o corpo ressuscitado de Jesus. Após fazer a sua aparição, Jesus saudou os participantes do evento com uma saudação habitual, Paz seja convosco (v. Jo 20:19 ), provavelmente um desejo de bem-estar para quem se dirige. Mas, como em tudo o que tocava, Jesus colocou um novo significado para a frase. Sua importância deve ser entendida em relação à Ressurreição. E quando ele tinha dito isto, mostrou-lhes as mãos eo lado (v. Jo 20:20 ), que havia sido perfurado durante a crucificação. Ao contrário do que Docética Gnosticismo, aqui era a prova da realidade da Sua Pessoa e evidência de Sua Ressurreição. Não é de admirar que os discípulos se alegraram quando viram o Senhor . Sob tais circunstâncias, a bênção da paz estava cheio de significado. A segunda vez Jesus disse : Paz seja convosco (v. Jo 20:21 ), desta vez relacionando-a com o Seu enviá-los para o mundo como Seus representantes, seguida de uma nova bênção, Recebei o Espírito Santo . O Pai enviou o Filho, e em obediência do Filho tinha encontrado a paz. Agora, o Filho estava enviando os discípulos, e em obediência eles também encontrar a paz. Mas este tipo de paz não é a paz de quietude ou de inatividade. Pelo contrário, é a paz no meio de intensa atividade e até mesmo conflito com o mundo pecaminoso. É a paz de uma boa consciência, de adequação às exigências da vida, de atividade coordenada, e de dependência de a direção do Espírito Santo. A tarefa dos discípulos seria continuar o trabalho que Jesus tinha começado. Jesus era um filho enquanto eles estavam embaixadores-contudo embaixadores com a autoridade do próprio Jesus. pecados seja de quem for perdoardes, eles são perdoados-lhes; seja de quem for pecados vos reter , são retidos (v. Jo 20:23 ). Esta é uma autoridade que nem os apóstolos, nem a Igreja do Novo Testamento poderia presumir a reivindicação. No entanto, é uma autoridade conferida à Igreja pelo batismo do Espírito Santo, e não é dado à Igreja por si só . A Igreja não tem essa autoridade, porque é a Igreja, mas porque é residida e pelo poder do Espírito Santo. A posse de uma carta Igreja não garante a posse do Espírito Santo. O Espírito deve ser recebido pela Igreja como um conjunto de pessoas dedicadas que optaram por aceitar o desafio de Cristo do discipulado e tenham cumprido as condições para o seu próprio Pentecostes. A autoridade, então, é a autoridade do Espírito e não da Igreja.

    Muitos comentários tomar a posição de que Jesus concedeu o Espírito sobre os discípulos, neste momento, a ocasião ser "para João quase certamente a contrapartida de Pentecostes." Jesus soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo . Este falou sobre a doação de uma nova vida após a forma da criação original (Gn 2:7 ). Foi a ressurreição que o incomodava. Tomé tornou-se tão profundamente marcado um cético que é difícil pensar nele em qualquer outra luz. Mas alguns dos maiores céticos são também os maiores crentes, porque os seus poderes de percepção são mais penetrante do que aqueles do crente média. O pior que se pode dizer de Tomé é que ele era um honesto doubter-que duvidava que só ele poderia garantir mais evidência para o seu entendimento. Se alguém permite que ele tinha sido convencido de que Jesus era o caminho, ea verdade, ea vida , e que as próximas palavras foram ditas diretamente para Tomé- Se vós me conhecêsseis a mim, vós teria conhecido a meu Pai; de agora em diante vós o conheceis, e tê-lo visto (Jo 14:7 ). Jesus não estava sugerindo que Tomé tinha sido infiel antes deste horário; Ele estava incitando-o a responder com fé e não com incredulidade. A resposta de Tomé é um dos grandes cristas de montanhas do Evangelho de João: Meu Senhor e meu Deus . "A disciplina de auto-questionamento, seguido pela revelação de terna compaixão, permitiu Tomé de subir para a vista mais sublime do Senhor dada nos Evangelhos." Essas cinco palavras abrangeu a totalidade de sua fé em Cristo; eles não eram as palavras de um incrédulo crônico, mas aqueles de um crente com uma fé cada vez maior; e eles melhor expressa a fé que o próprio João veio a saber. Na verdade, João pode ser indiretamente reconhecer sua dívida para com Tomé para a fé que ele mesmo realizou.

    Sabendo que poucos, se houver, seria capaz de satisfazer as suas dúvidas na forma que Tomé fez, Jesus respondeu-lhe com uma bem-aventurança que é ao mesmo tempo uma bênção e uma promessa: Bem-aventurados os que não viram e creram (v. Jo 20:29 ).Ele poderia ter dito: Bem-aventurados aqueles que lêem a história de Tomé e, assim, acredito em mim.

    Este é o episódio final do Evangelho de João. Os dois versos que se seguem constituem sua declaração de encerramento. Ele não tinha procurado para escrever uma vida de Jesus, mas tinha escolhido apenas alguns itens como indicações para a finalidade que ele tinha em mente para escrever o Evangelho. Ele havia escrito que os homens podem acreditar que Jesus é o Cristo -mais certamente para seus leitores judeus e que Ele é o Filho de Deus, talvez deseje recorrer especialmente aos leitores gentios. E que, crendo, tenhais vida em seu nome : eterna vida, a vida de cima, o novo nascimento, a vida em Cristo, a vida através da habitação do Espírito Santo. Todos que lêem deve concordar que João fez uma peça convincente de trabalho.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31
    Esse capítulo registra três aparições de Cristo pós-ressurreição. Cada aparição trouxe um resultado dife-rente na vida dos envolvidos.

    1. Maria viu o Senhor (20:1-18)

    Cristo expulsou sete demônios de Maria Madalena (Lc 8:2), e ela o amava com ternura. Maria Madale-na, em sua confusão e desaponta-mento, apressou-se em tirar conclu-sões e pensou que alguém roubara

    1. corpo de Cristo. Ela correu para contar a Pedro e João, que, por sua vez, foram até a sepultura.

    O que fez João passar à fren-te de Pedro (v. 4)? Talvez houves-se uma razão física: João era mais jovem que Pedro. Contudo, tam-bém há uma lição espiritual aqui: Pedro ainda não reafirmara sua devoção a Cristo, e, por isso, sua "energia espiritual" estava baixa. Is 40:31 afirma que os que es-peram no Senhor "correm e não se cansam"; todavia, Pedro correra à frente do Senhor e lhe desobedece-ra. O pecado de Pedro afetou seus pés (Jo 20:4), seus olhos Oo 21:7), seus lábios (ele negou o Senhor) e até a temperatura de seu corpo (Jo

    1. 8:1 8; e veja Lc 24:32).

    O que os homens viram na sepultura? Eles viram os lençóis fú-nebres com a forma do corpo, no entanto o corpo sumira! As vestes fúnebres repousavam como um ca-sulo vazio. O lenço (para o rosto) estava separado do resto. Não era a cena de uma sepultura roubada, pois nenhum ladrão conseguiría ti-rar o corpo das vestes sem rasgá-las nem desarrumar as coisas. Jesus re-tornara à vida em glória e em poder e passara através das vestes fúnebres e da própria sepultura! O versícu-lo 8 relata que os homens acredita-ram na ressurreição por causa das evidências que encontraram. Mais tarde, eles encontram Cristo pesso-almente e crêem também nos tes-temunhos das Escrituras. Assim, em relação aos assuntos espirituais, há três tipos de provas em que se fun-damentar: (1) a evidência que Deus fornece em sua Palavra; (2) a Pala-vra do Senhor; e (3) a experiência pessoal. Como o homem sabe que Cristo é real? Ele pode ver as evi-dências na vida dos outros, ler a Pa-lavra e, se crer em Cristo, vivenciará isso pessoalmente. No versículo 10, observe que eles voltam para casa sem proclamar a mensagem da ressurreição de Cristo. Apenas as simples evidências intelectuais não mudam as pessoas. Precisamos en-contrar Cristo pessoalmente.

    Foi isso que aconteceu com Maria Madalena: ela demorou-se e encontrou Cristo. Muitas vezes, vale a penas esperar! (Veja Pv 8:1 Pv 8:7.)

    Ela viu dois anjos na sepultura, mas estava muito tomada pela dor para deixá-los confortá-la. No versícu-lo 12, a descrição dos anjos lem-bra-nos o propiciatório do Santo dos Santos (Êx 25:17-19); agora, a ressurreição de Cristo é nosso pro-piciatório no céu. Maria Madalena deu as costas aos anjos, pois procu-rava Cristo; ela preferia ter o corpo de Cristo à visão dos anjos! A seguir, ela viu uma pessoa, mas seus olhos estavam cegos, e não reconheceu Cristo. No versículo 15, a palavra "supondo" explica toda a dor que ela sentia. Hoje, muitos cristãos são infelizes porque "supõem" algo que de forma alguma é verdade. Ela reconheceu Jesus quando ele disse seu nome. Ele chama os seus pelo nome (Jo 10:3-43), e eles conhecem sua voz. Veja Is 43:1.

    O versículo 17 sugere que, no início da manhã do domingo de Pás-coa, Cristo ascendeu ao céu a fim de apresentar sua obra terminada ao Pai. Essa ascensão secreta cum-pre o tipo de sacrifício discutido em Levítico 23:1-14, o movimento das "primícias" no dia seguinte ao sá-bado (veja 1Co 15:23). O encon-tro de Maria Madalena com Cristo transformou-a em uma missionária.

    1. Os discípulos vêem o Senhor (20:19-25)

    Essa é a segunda menção ao "pri-meiro dia da semana" (20:1,19). O primeiro dia da semana é o domin-go, não o sábado (o sabá judeu, o sétimo dia da semana). O sábado destina-se ao descanso após o tra-balho e pertence à dispensação da Lei. O domingo é o Dia do Se-nhor, o primeiro dia da semana, e fala de vida e de descanso antes do trabalho. Lembra-nos a graça de Deus. Cristo atravessou a porta fechada em seu corpo glorificado e levou paz aos homens amedron-tados. Observe que ele fala de paz duas vezes (vv. 19,21). A primeira "paz" refere-se à paz com Deus, fundamentada no sacrifício dele na cruz. Por isso, ele mostrou a eles suas mãos e o lado de seu corpo. A segunda trata-se da paz de Deus que vem da presença dele conosco (veja Fp 4:0, em que Deus soprou vida em Adão, e 2 Timó-teo 3:1 6, em que "inspirada" sig-nifica "sopro de Deus". Essa ação foi pessoal e individual e deu-lhes a força e o discernimento espiritu-ais que precisariam para cumprir seu comissionamento. Em Pen- tecostes, a vinda do Espírito foi corporativa e capacitou-os para o serviço e o testemunho. No versí-culo 23, o poder de perdoar pe-cados, dado aos discípulos, não se aplica aos cristãos de hoje, a não ser no sentido de que retemos ou impedimos o pecado à medi-da que apresentamos o evangelho ao pecador. No Novo Testamento, não há nenhum exemplo de per-doar pecado feito por qualquer apóstolo. Pedro (At 10:43) e Paulo (At 13:38) falam sobre a autorida-de de Cristo. Não há dúvida de que os discípulos tinham privilé-gios especiais, mas nós não temos esses direitos hoje.

    1. Tomé viu o Senhor (20:26-31)

    Tomé não estava presente no pri-meiro encontro com o Senhor. Quantas coisas perdemos ao não irmos à congregação local. Obser-ve a afirmação de Tomé: "Se eu não vir [...] de modo algum acreditarei" (v. 25). Chamavam-no Dídimo, que significa "gêmeo". Ele tem muitos pares hoje!

    No Dia do Senhor, o seguin-te após a ressurreição, "passados oito dias", Jesus apareceu quando os discípulos estavam reunidos e dirigiu-se a Tomé. Que amor per- doador demonstrou por ele! Tomé viu o Senhor e esqueceu-se de to-das as suas exigências de prova! O testemunho dele é emocionante: "Senhor meu e Deus meu!". A vi-são das feridas de Cristo ganhou seu coração. Cristo afirma que você e eu temos a mesma garan-tia e bênção, pois estamos entre os que crêem nele, embora não o tenhamos visto.

    Você vê os diferentes resulta-dos dessas três aparições de Cristo à medida que as revê. Com Maria Madalena, a questão era seu amor por Cristo. Ela sentia saudades dele e queria cuidar de seu corpo. Com os discípulos, trata-se da esperança deles. Eles perderam toda a espe-rança e se trancaram em uma sala com medo! Com Tomé, o proble-ma era a fé: ele não acreditaria sem ver as provas. Nossa fé está segura porque Jesus Cristo está vivo hoje. "E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé" (1Co 15:17). Mantemos a esperança viva por causa de sua ressurreição. Primeira aos Corín- tios 15:19 afirma: "Se a nossa es-perança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens".

    Nos versículos 30:31, João afir-ma o objetivo de seu evangelho: os pecadores devem crer e ter vida eterna por intermédio de Cristo. À medida que lemos esse evangelho, encontramos muitas pessoas que creram e ganharam vida eterna: (1) Natanael (1:50); (2) os discípulos (2:11); (3) os samaritanos (4:39); (4) o oficial do rei (4:50); (5) o cego que foi curado (9:38); (6) Marta (11:27); (7) os judeus que viram Lázaro res-suscitar (12:11); e (8) Tomé (20:28). Todos eles deram o mesmo testemu-nho: "Eu creio".


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31
    20.1 Primeiro dia. O domingo ("dia do Senhor” Ap 1:10) substituiu o sábado judeu como dia de adoração ao Senhor porque Cristo ressuscitou nesse dia. Conforme At 20:7; 1Co 16:1,1Co 16:2. 20.7,1Co 16:8 Viu, e creu. Conforme 20.29; 9:36-41. Não existe e real sem fatos e acontecimentos reais.

    0 que convenceu os dois discípulos da realidade da ressurreição foram os lençóis (Lc 24:12; Mc 9:9, Mc 9:31; Mc 10:34; Jo 2:19) • N Hom. Fundamentos da Fé:
    1) A morte (19,34) e a ressurreição (20,8) de Cristo. O filho de Deus (20.31).
    2) Depende de fatos reais e visíveis (19.35; 20.8, 14, 25, 29).
    3) Para crentes que não puderam presenciar os eventos, a fé depende do testemunho verídico (19,35) preservado no Nt e na história (20.29ss).

    20.9 Compreendido a Escritura. Conforme Sl 16:8-19; Sl 2:7; At 2:24-44; At 13:32-44, 1Co 15:4. O Espírito logo mostraria aos discípulas o significado das passagens da Bíblia que predisseram a ressurreição.

    20.16 Maria foi incapaz de reconhecer a Jesus pela mudança de Sua aparência e as lágrimas. Chamada pelo nome (10,3) percebeu que era Jesus.

    20.19 Pôs-se no meio. O corpo glorificado do Cristo ressurreto não foi impedido por portas fechadas (conforme vv. 7, 8n). • N. Hom. Cristo abre as portas trancadas por causa do medo e incredulidade, quando Ele se apresenta:
    1) vivo,
    2) visível,
    3) compartilhando Sua paz, (19, 21).
    4) Sua missão (21b),
    5) junto com o poder e autoridade do Espírito (22b, 23). Cf.

    1 Co 16.9;Ap 3:7.

    20.21 Enviou (gr apostellõ)... Envio (gr pempo). Cristo, o Apóstolo do Pai. (He 3:1) foi comissionado para trazer o dom da salvação pelo sacrifício de Si mesmo (3.17). Seus discípulos são enviados para continuar e levar a termo essa missão no mundo ajuntando os convertidos na 1greja de Cristo. Paz surge da convicção que Cristo está vivo e que Ele pagou toda a divida do pecado (14.27; 16.33).

    20.22 Soprou. Lembra-nos do começo da vida humana em Éden (Gn 2:7). Vida natural e espiritual dependem do sopro (o Espírito) de Deus.

    20.23 Perdoados... retidos. No grego ambas estão no tempo perfeito. O discípulo não pode perdoar ou reter pecados (1Tm 2:5), mas pela revelação profética e pelas Escrituras pode assegurar ao pecador que já foi perdoado ou condenado Por Deus (conforme At 5:4; At 8:23).

    20.24 Dídimo, i.e., gêmeo (11.16). Tomé era homem moderno, cientista e bem consciente da possibilidade de ser enganado por uma visão ou alucinação. Para ele a ressurreição precisava ser confirmada pelos sentidos.

    20.26 Pôs-se no meio. Mesmo depois da ascensão, a presença espiritual de Cristo se espera na reunião dos crentes (1Co 16:22; Ap 1:13; Ap 2:1; Ap 3:20).

    20.27 As marcas da cruz revelam quem Jesus realmente era (8.28).
    20.28,29 Deus meu! Estas palavras vão muito além da mera identificação de Cristo com o Mestre que Tomé seguira anteriormente. A fé de outras gerações partirá não da vista mas do testemunho dos discípulos.

    20.31 A finalidade do evangelho é dupla:
    1) intelectual, i.e., convencer o leitor que Jesus, Homem perfeito, é o Messias que cumpriu as promessas, e esperanças de Israel, e o Filho de Deus que cumpriu o destino da humanidade;
    2) espiritual, compartilhar por essa fé a vida eterna pelo Seu nome.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31
    III. RESSURREIÇÃO E APARIÇÕES (20:1-31)
    v. 1. No primeiro dia da semana, bem cedo [...] Maria Madalena chegou ao túmulo: Cf. 19.25; Lc 23:56. i.e., no domingo de manhã, v. 2. Tiraram o Senhor. As mulheres ficaram com medo, visto que ladrões de corpos podiam estar em ação. A primeira pessoa do plural, em “[nós] sabemos”, lembra a narrativa sinóptica (conforme Mc 16:1-41; Mt 28:1-40; Lc

    24:1-12), em que ficamos sabendo que diversas visitantes mulheres foram ao sepulcro. v. 4. o outro discípulo foi mais rápido que Pedro: Conforme o v. 2; 13 23:19-26; 21.20. Isso é um toque natural, mostrando como é vívida a lembrança do discípulo amado, provavelmente o mais jovem dos dois. v. 6. Simão Pedro [...] entrou no sepulcro: Aquela impulsividade que marcou Simão ao longo dos anos do ministério de Jesus ainda está aí. E o que ele viu (conforme versículo seguinte) parece descrever o que as faixas de sepultamento pareceriam se Jesus tivesse deixado o túmulo sem revolvê-las. v. 8. Depois o outro discípulo [...] viu e creu: A aparência das faixas foi suficiente para ele. Mas ele precisava desse tanto de evidência, pois até então nenhum dos dois homens entendia as Escrituras com relação à ressurreição (conforme Sl 16:10; At 2:2932), que a mesma necessidade divina que determinou a morte de Jesus também determinava sua ressurreição dos mortos, v. 10. Evidentemente a fé no discípulo amado foi suficiente para despertar a fé em Pedro, de forma que ambos deixaram o sepulcro.

    Maria, no entanto, tinha seguido os outros para o sepulcro e agora chegou, esperando do lado de fora e chorando (v. 11). v. 16. Maria\ Ouvir o seu nome foi suficiente para ela saber quem era que estava falando. Era a mesma voz poderosa que tinha levantado essa mulher anteriormente da sua vida possuída por demônios (Lc 8:2). Então, voltando-se para ele, Maria exclamou em aramako: “Rabônil”: Há evidências, especialmente com base na consideração de um possível pano de fundo aramaico do evangelho, que voltando-se aqui significa “reconheceu”; isso tem apoio no Sinaítico Siríaco e é sugerido também por M. Black. (O aramaico é uma língua próxima do hebraico, que usa a mesma escrita; conforme “Linguagem do Antigo Testamento”, NBD.) v. 17. Não me segure-, O “Não me toque” da VA é fraco. A atitude expressa na emoção de Maria seria tal que impediria Jesus, se não de entrar na sua glória, ao menos de transmitir aquela manifestação vital de que tinha falado aos seus discípulos (cf. 14.15ss). Mas Jesus diz: Estou voltando. A aparição de Jesus a Maria agora é para assegurar a ela que ele está voltando para o Pai. João não apresenta a ascensão como um evento físico que aconteceu depois do intervalo de quarenta dias desde a ressurreição, mas como algo que já estava acontecendo. Em João, a morte de Cristo é sua exaltação — seu “ser levantado”. Nunca antes Jesus falou de meus irmãos-, mas, mesmo agora, ele distingue sua filiação da filiação deles ao dizer: meu Deus e Deus de vocês.

    v. 19. medo dos judeus-. Cada uma das aparições pós-ressurreição de Jesus cumpriu um propósito especial. Para Pedro e o discípulo amado, foi a proclamação da vitória; para Maria, foi a satisfação do amor; agora, para o restante dos discípulos, é o acalmar dos medos, v. 20. mostrou-lhes as mãos e o lado: Não tinha havido nenhuma substituição; ele era o mesmo Jesus. Como ele podia passar por portas trancadas é um mistério para nós, embora à luz do que é conhecido acerca da natureza da matéria, esse tipo de fenômeno “desnaturai” de forma alguma é tão inconcebível como já foi no passado, v. 22. Recebam o Espírito Santo: O sopro de Deus é uma metáfora regular nas Escrituras para se referir ao Espírito Santo (conforme Gn 2:7; Ez 37:9,10). A primeira efusão do sopro de Deus fez do homem um ser vivente. Aqui o sopro do Cristo ressurreto transforma os medrosos discípulos em novos homens. Não há razão para supor que o Espírito Santo não tenha sido completamente transmitido nesse momento. Uma comparação com o relato de Lucas (conforme Lc 24:33) sugere que, além dos dez discípulos, havia outras pessoas presentes aqui. O que é descrito mais tarde em Atos (conforme At 2:1-4) foi um derramamento do Espírito compreendido especialmente à luz do ministério internacional dos apóstolos no dia de Pentecoste. Que eles foram vivificados aqui, está além de qualquer dúvida. (Mas v. H. B. Swete, The Holy Spirit in the NT [London, 1909], p. 164-8.) v. 23. Se perdoarem os pecados de alguém: Essas palavras, quando compreendidas corretamente, se referem aos discípulos como o primeiro núcleo da sociedade cheia do Espírito. Seu ministério no evangelho vai ser eficiente. Alguns serão perdoados; outros vão rejeitar sua mensagem e serão endurecidos. Se estamos inclinados a duvidar do poder da Igreja de cumprir tal responsabilidade, é porque sabemos (como sabiam os apóstolos) que o “espírito do mundo” ainda está ativo na vida dos membros. Mas quando a Igreja funciona como o verdadeiro Corpo de Cristo, ela pode fazer pronunciamentos acerca do pecado com a mesma segurança que Jesus quando deu essa ordem, 

    v. 25. Se eu não vir [...] não crerei: Tomé (conforme 11,6) de fato exigiu a evidência básica da ressurreição, i.e., a identidade daquele corpo que ele tinha conhecido antes de Jesus morrer, e com isso a evidência de continuidade. A apresentação daquela evidência aqui é, portanto, fundamental para a natureza cumulativa dos trechos da ressurreição, e Tomé não consegue se conter e clama: Senhor meu e Deus meu! (v. 28). Assim, ao discípulo que de forma mais firme exigiu evidência factual, foi dada a honra de fazer a primeira confissão de fé na plenitude da revelação resumida na ressurreição de Jesus Cristo, v. 29. Felizes os que não viram e creram'. Provavelmente estamos enganados se entendemos essas palavras como censura. Outros podem se considerar felizes (embora não mais felizes) por crerem com menos evidências palpáveis. O Senhor abarcou e aceitou todos os que tinham vindo à fé antes da sua morte sem qualquer dessas evidências convincentes de sua divindade, como também aqueles que depois creriam nele com base na evidência da Palavra escrita e falada. Mas a fé e a confiança de todos serão iguais em posição, v. 31. estes foram escritos para que vocês creiam-, Nossas autoridades textuais divergem entre o tempo aoristo (sugerindo o alvorecer da fé) e o presente (sugerindo persistência na fé). Nem todos os fatos da vida de Jesus estão registrados. Os Evangelhos não são biografias. São Evangelhos, que, como escreve C. H. Dodd, “declaram a glória de Deus ao revelar o que ele fez”. Comentar esta última frase significaria reler ou re-expor o evangelho. Dar fundamento à fé e à posse da vida foi o objetivo do evangelista em todo o livro, que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus: Cristo não é restrito à concepção judaica do Messias, mas deve ser entendido no sentido de o Filho de Deus apresentado nesse evangelho como o que revela o Pai.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 29

    Jo 20:1 inclui a ressurreição além do sofrimento e morte. O teste supremo das proclamações de Jesus de Nazaré estava por acontecer.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31
    b) A ressurreição (Jo 20:1-43; Mc 16:1-41; Lc 24:1-42. As aparições de Jesus ressurreto são concentradas em Jerusalém. O evangelista seleciona algumas cenas que oferecem um palco mais apropriado para essas manifestações. As cenas são episódicas em forma.

    1. O SEPULCRO VAZIO (Jo 20:1-43) -O trabalho de embalsamento é suspenso durante o sábado, de modo que Maria Madalena chega ao sepulcro no primeiro dia da semana, na primeira páscoa cristã, e descobre a pedra removida da entrada. Conclui que o corpo foi retirado dali. É possível que ela tenha sido acompanhada por outras mulheres, e que se afastou delas mais tarde. Apressa-se por dar informações a Pedro e ao discípulo amado, que vêm correndo ao sepulcro. Os pormenores citados na narrativa sugerem as reminiscências de uma testemunha ocular. Quando Pedro entra no sepulcro, encontra os lençóis ainda conservando sua forma, devido aos bálsamos, mas o lenço usado com turbante na cabeça de Cristo deixado como invólucro, cuidadosamente dobrado e posto ao lado. João também entra e compreende que Jesus já ressuscitou. Nenhum ladrão teria deixado os lençóis naquele estado. O prodígio máximo já ocorreu.

    >Jo 20:11

    2. JESUS APARECE A MARIA MADALENA (Jo 20:11-43) -Maria volta ao sepulcro e permanece ali, chorando. Dois anjos se sentam onde o corpo jazia e perguntam-lhe: por que choras? Ela dá suas razões (13). Fala de maneira semelhante a outro que pensa ser o jardineiro. Ouvindo a menção do seu nome, ela reconhece o Senhor (16). Toca os Seus pés, mas o Senhor não permite nenhum outro contato. Não me detenhas (17). O original grego significa "não me toques mais". O Senhor explica a proibição no fato de Ele não ter subido ao Pai. Maria Madalena deve preparar-se para aquele evento e deixar de desejar uma aproximação apenas física com o Mestre. Com isto, Ele a encarrega com a responsabilidade de declarar aos discípulos Sua próxima glorificação, a qual será o penhor da dos Seus discípulos também. Quando Cristo convida aos onze que O toquem (Lc 24:39) o original grego usa outro verbo, que significa "apalpar" mais do que "apegar". O motivo para tocar Cristo nos dois casos é bem diferente.

    >Jo 20:19

    3. APARIÇÃO AOS DISCÍPULOS (Jo 20:19-43) -Os discípulos escondem-se em Jerusalém. O Senhor vem ao seu encontro, traspassando portas fechadas e se apresenta no meio deles, saudando-os com palavras de paz (19). Não era fantasma. Possuía o que Paulo chama de "um corpo glorificado" (1Co 15:44). O relato é contado de tal maneira que o leitor reconhece o acontecimento como cumprimento das promessas de Jesus, feitas nos seus últimos discursos. Ele proporciona a prometida paz (Jo 14:27) e torna realidade o gozo perfeito (Jo 15:11). Envia-os para sua missão mundial e sopra sobre eles o Espírito Santo. O ato antecipa a descida real do Espírito no dia de Pentecostes. Se de alguns perdoardes o pecado... (23). Os comentaristas discordam se esta comissão se aplica somente aos discípulos ou a outros, também. Jesus confere-lhes o poder de perdoar ou de reter os pecados. Em virtude da sua íntima comunhão com Cristo, eles têm autoridade de agir em Seu nome; tornaram-se veículos do perdão divino e agentes ou da remissão, ou da retenção, do pecado. Este poder que lhes foi outorgado consiste em proclamar, com autoridade, o perdão mediante a morte vicária de Cristo. A autoridade de Cristo lhes é concedida pelo Espírito que mora neles. Esta autoridade não se limita aos ministros consagrados da Igreja mas abrange toda a Igreja, que deriva sua autoridade do Espírito que vive nela e dos ensinos do Cabeça da Igreja.

    >Jo 20:24

    4. JESUS APARECE A TOMÉ (Jo 20:24-43) -Jesus aparece outra vez aos seus discípulos e os saúda com Sua paz. Nesta ocasião, Tomé está presente. Este já anunciou que recusa crer na ressurreição sem ver o sinal dos cravos e da lança nas mãos e lado de Jesus. Jesus se manifesta, revelando os sinais da Sua paixão e convida Tomé que ponha o dedo nas Suas mãos e a mão no Seu lado. Desta feita, Tomé confessa com ardor sua fé, fazendo sua nobre declaração: Senhor meu e Deus meu! (28). A expressão não é dirigida ao Pai, como afirmam os unitarianos. Ao contrário, é a confissão de fé na divindade de Cristo, da parte de um cético famoso. A narrativa focaliza esta magnífica confissão e, em prosseguimento, anuncia a fé que nem precisa das evidências tangíveis da paixão. Jesus declara que a evidência registrada pelos sentidos é inadequada para sustentar fé: Bem-aventurados os que não viram e creram (29). O evangelista remata, declarando qual o propósito que inspira a obra (31), a saber, o de trazer o leitor, embora entre aqueles que "não o viram", à fé em Cristo. É vão o estudo deste Evangelho que não leve o leitor à fé na divindade de Cristo e à aceitação da vida eterna.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31

    Poder de Cristo sobre a morte foi manifestado na Sua Ressurreição

    Ora, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi cedo para o túmulo, enquanto ainda estava escuro, e viu a pedra já retirado do túmulo. Então, ela correu e foi ter com Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava, e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram." Então Pedro eo outro discípulo saíram, e eles estavam indo para o túmulo. Os dois foram correndo juntos; mas o outro discípulo correu à frente mais rápido do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro; e, abaixando-se, viu os panos de linho ali; mas ele não ir E assim Simão Pedro também veio, o seguia, e entrou no túmulo.; e viu os panos de linho ali, ea toalha de rosto que tinha sido sobre a sua cabeça, não estava com os panos de linho, mas enrolado num lugar à parte. Então o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, em seguida, também entrou, e viu e creu. Porque ainda não entendiam a Escritura, que era necessário que ressuscitasse dos mortos. Então os discípulos partiram novamente para suas próprias casas. (20: 1-10)

    A manifestação definitiva do poder de Cristo sobre a morte, e, portanto, a prova de sua divindade era a Sua ressurreição. É, também, foi o cumprimento da profecia do Antigo Testamento Falando profeticamente do Messias, Davi escreveu: "Você não vai a minha alma no Seol, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção." (Sl 16:10; conforme Atos 2:25-28; At 13:35).

    O primeiro dia da semana, domingo, para sempre depois de ser os crentes dia reservado para comemorar a ressurreição maravilhosa de seu Senhor (At 20:7), e nessa primeira manhã do dia do Senhor, Maria Madalena chegou cedo ao túmulo. Os recordes Evangelhos Sinópticos várias mulheres que foram ao sepulcro naquela manhã (Mt 28:1; Marcos 16:5-7; Lucas 24:4-7). Ela então voltou sozinho para o túmulo, viu os anjos, e se encontrou com o Senhor ressuscitado (ver a exposição de 20: 11-18, no capítulo 33 do presente volume).

    Apesar de serem inicialmente cético dos relatórios das outras mulheres do túmulo vazio (Lc 24:11) Maria e, eventualmente, Pedro eo outro discípulo (João, que, caracteristicamente, não revelou o nome próprio) foi ... para o túmulo. Os dois começaram fora correndo juntos, mas . o outro discípulo correu mais rápido à frente do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro João parado do lado de fora, e, abaixando-se, viu os panos de linho ali; mas ele não entrou. O medo, ou do desconhecido, ou que algo terrível tinha acontecido com o corpo do Senhor, como Maria temido, o impediu de entrar. Simão Pedro, no entanto, não tinha tais temores. Impetuoso como sempre, ele veio, na sequência de João, e prontamente entrou no túmulo.

    O que ele viu foi surpreendente. Jesus 'corpo estava longe de ser visto, mas os panos de linho em que Ele havia sido enterrado estavam ali. Ao contrário de Lázaro, que precisou de ajuda para sair de seus graves roupas depois de sua ressurreição (11:44), o corpo de Jesus ressurreição glorificado simplesmente passou pelas panos de linho, uma vez que em breve iria passar por uma parede para entrar em uma sala trancada (20:19, 26). Mesmo o facecloth que tinha sido na cabeça, foi não estava com os panos de linho, mas enrolado num lugar à parte. Isso aparentemente menor detalhe mostra que o túmulo foi deixado em um estado ordenado arrumado. Em contraste, os ladrões de túmulos dificilmente teria tido tempo para enrolar a toalha de rosto, e na sua pressa eles teriam dispersado as roupas graves em todo o túmulo. O mais provável, ainda assim, eles não teriam removido-los a todos, uma vez que teria sido mais fácil para transportar o corpo se ele ainda estivesse envolvido. Nem os ladrões provavelmente não deixaram os invólucros, contendo especiarias caros, por trás. A presença das roupas graves também mostra que a história os líderes judeus inventada, que os discípulos roubaram o corpo de Cristo (Mat. 28: 11-15), é falsa. Se tivessem roubado o corpo, por que os discípulos desonrar-lo arrancando as roupas da sepultura e especiarias que cobriam-lo?

    João , em seguida, também entrou no sepulcro, e viu e creu que Jesus tinha realmente ressuscitado. A tumba vazia, as roupas da sepultura não perturbadas, eo facecloth perfeitamente enrolado foram suficientes para João-mesmo que ele e Pedro não entendeu a Escritura, que era necessário que ressuscitasse dos mortos (conforme Sl 16:10). Se Pedro também acreditava neste momento não está claro, no entanto Lc 24:12 pode sugerir que ele não o fez (a frase "maravilhado com o que tinha acontecido" [ NVI ] também poderia ser traduzido, "perguntando o que tinha acontecido"). Seja na crença ou perplexidade, os discípulos partiram novamente para suas próprias casas.

    O palco estava montado para as aparições do Senhor ressuscitado, o que apagará todos os dúvida se a ressurreição tinha acontecido. É a primeira dessas aparições, a Maria Madalena, que a narrativa de João vira-se agora.

    74. O Cristo Ressuscitado (João 20:11-31)

    Maria, porém, estava em pé do lado de fora do túmulo chorando; e assim, enquanto ela chorava, ela inclinou-se e olhou para dentro do túmulo; e viu dois anjos vestidos de branco sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde o corpo de Jesus tinha sido deitado. E eles disseram-lhe: "Mulher, por que choras?" Ela disse-lhes: "Porque levaram o meu Senhor, e eu não sei onde o puseram." Quando ela disse isso, ela se virou e viu Jesus, de pé, e não sabia que era Jesus. Jesus disse-lhe: "Mulher, por que choras? A quem procuras?" Julgando que fosse o jardineiro, ela disse-lhe: "Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei." Jesus lhe disse: "Maria!" Ela virou-se e disse-lhe em hebraico: "Raboni!" (O que significa, Professor). Jesus disse-lhe: "Pare agarrado a mim, pois eu ainda não subi para o Pai; '. Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus", mas vai a meus irmãos e diz-lhes: " Maria Madalena foi, anunciando aos discípulos: "Eu vi o Senhor", e que Ele tinha dito essas coisas para ela. Então, quando já era noite, naquele dia, o primeiro dia da semana, e quando as portas foram fechadas onde os discípulos, com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco . " E, havendo dito isto, mostrou-lhes as duas mãos eo lado. Os discípulos, em seguida, se alegraram por verem o Senhor. Então Jesus disse-lhes de novo: "A paz esteja convosco; assim como o Pai me enviou, eu também vos envio". E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo a quem perdoardes os pecados, ser seus pecados foram perdoados;. Se você reter os pecados, ser-lhes, foram mantidos. " Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Então os outros discípulos estavam dizendo-lhe: "Vimos o Senhor!" Mas ele lhes disse: "Se eu não vir nas suas mãos a marca dos pregos, e não meter o dedo no lugar dos cravos, e coloquei minha mão no seu lado, não acreditarei". Após oito dias Seus discípulos estavam novamente dentro, e Tomé com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco". Depois disse a Tomé: "Põe aqui com o dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão e põe-na no Meu lado;. E não sejas incrédulo, mas crente" Tomé respondeu, e disse-lhe: "Meu Senhor e meu Deus!"Jesus disse-lhe: "Porque me viste, você acredita? Bem-aventurados os que não viram e creram." Portanto, muitos outros sinais de Jesus também realizada na presença dos discípulos, que não estão escritos neste livro; mas estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus; e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. (20: 11-31)

    A ressurreição do Senhor Jesus Cristo era a afirmação divina de Sua expiação realizada na cruz. Quando Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos, ele declarou que foi propiciado pelo sacrifício de Jesus, e tinha o aceitou como pagamento integral pelos pecados de Seu povo, satisfazendo completamente as demandas de sua santa justiça. Jesus era, Paulo escreveu: "entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitou para nossa justificação" (Rm 4:25). A ressurreição também demonstrou que, onde o pecado é expiado, a morte é conquistado e vida eterna é dada.

    É impossível acreditar no Jesus da Bíblia sem acreditar que Ele ressuscitou corporalmente dentre os mortos. Para rejeitar a Sua ressurreição é inventar um outro Jesus, um pseudo-Cristo da imaginação descrente (2Co 11:4.)

    Em outra ocasião,

    Os judeus ... disse-lhe: "Que sinal Você nos mostra como a sua autoridade para fazer essas coisas? [Sua purificação do templo]" Jesus lhes respondeu: "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei . "Os judeus, em seguida, disse: "Demorou 46 anos para construir este templo, e tu o levantarás em três dias?" Mas ele falava do templo do seu corpo. Então, quando ele foi ressuscitado dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que Ele disse isso; e creram na Escritura e na palavra que Jesus tinha dito. (João 2:18-22)

    Portanto, para negar a ressurreição de Cristo é fazer dele um mentiroso.
    Além disso, uma vez que a ressurreição é essencial para o evangelho e salvação cristã, negando que Cristo ressuscitou dos mortos presta qualquer crença professada nEle sem sentido e absurdo. Para o Corinthians, que está sendo seduzida pelas mentiras malditos de-negando ressurreição falsos mestres, Paulo escreveu:

    Se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vã a vossa fé também é vã .... Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou; E, se Cristo não ressuscitou, a vossa fé é inútil; você ainda estais nos vossos pecados. Em seguida, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se a nossa esperança em Cristo só nesta vida, somos de todos os homens os mais dignos de lástima. (1Co 15:14). Seu comandante relatou a Pilatos que Jesus estava morto (Marcos 15:44-45). Obviamente, o centurião teria feito certo desse fato antes de fazer seu relatório ao governador. Além disso, o golpe de lança para o lado de Jesus que trouxe sangue e água mostrou claramente que ele estava morto (veja a discussão sobre 19:34 no capítulo anterior deste volume).

    A teoria do desmaio também não explica como Jesus, enfraquecido pela flagelação brutal ele recebeu e punir os efeitos de ser crucificado, poderia ter sobrevivido por três dias sem comida, água e cuidados médicos. Também não explica como um homem em tal estado de fraqueza poderia ter se libertado das roupas da sepultura em que seu corpo foi envolto (algo Lázaro era incapaz de fazer, Jo 11:44), mudou-se a pesada pedra que selou o túmulo, overpowered o destacamento guarda romana, e andou vários quilômetros de Emaús nos pés unha-perfurada. O mais importante de tudo, a teoria do desmaio não posso explicar como tal indivíduo meio morto, precisando desesperAdãoente de triagem, poderia ter persuadido os discípulos que Ele era o Senhor ressuscitado, vencedor da morte e sepultura. Essa teoria também blasfemar Jesus, fazendo-o em um enganador e uma fraude, que é de rejeitar o testemunho do Pai e da Escritura que Ele viveu uma vida sem pecado (Lc 1:35; Lc 3:22; Jo 8:46; Jo 14:30 ; Jo 15:10; 2Co 5:212Co 5:21;.. He 4:15; He 7:26; 1Pe 2:221Pe 2:22).

    Não menos rebuscado é a teoria da alucinação. Seus defensores argumentam que os seguidores de Jesus, abatidos pela dor e tristeza, queria desesperAdãoente por Ele para ser ressuscitado que eles tinham alucinações de vê-lo vivo. Alucinações são, experiências individuais privados. Jesus, no entanto, apareceu a vários indivíduos e grupos em pelo menos dez ocasiões diferentes, incluindo mais de cinco centenas de pessoas ao mesmo tempo (1Co 15:6). Essa teoria também não consegue explicar por que, em pelo menos três ocasiões as pessoas supostamente ter alucinações de Jesus não o reconheceram (13 42:24-31'>Lucas 24:13-31; Jo 20:15; Jo 21:4), apontam um cardume de peixes (Jo 21:6). E enquanto ela pretende explicar aparições da ressurreição de Cristo, ele não consegue explicar o túmulo vazio eo corpo desaparecido.

    Outra liberal acadêmica, Kirsopp Lake, argumentou que as mulheres erroneamente foram ao túmulo errado (mesmo que dois deles tinham visto Jesus ser enterrado, Mc 15:47). Encontrá-lo vazio, eles erroneamente do princípio de que Jesus tinha ressuscitado dos mortos. Mas isso significa que Pedro e João também deve ter ido ao túmulo errado. E, certamente, José de Arimatéia e Nicodemos, que enterrou Jesus, sabia que o túmulo que tinha colocado seu corpo. Obviamente os líderes judeus também sabia que o túmulo era o caminho certo, uma vez que havia selado e postou uma guarda romana fora dela. Por que alguém não simplesmente ir para o túmulo direita e produzir o corpo de Jesus?

    Ainda outros pseudoscholars argumentam que o túmulo estava vazio porque Jesus nunca foi enterrado nela. Em vez disso, eles postulam, Seu corpo foi descido da cruz e jogados em uma vala criminoso comum. Esta teoria não explica por que os Evangelhos dizem que Jesus foi enterrado no túmulo de José de Arimatéia, e porque a história registra nenhuma outra história do enterro. Nem poderiam os discípulos inventaram a história de que um membro do Sinédrio havia enterrado Jesus, se de fato ele não tinha; José teria prontamente desmentida-lo. E os discípulos, começou a proclamar que Jesus tinha ressuscitado dos mortos, por que quem quer que tivesse descartado Seu corpo simplesmente não recuperá-lo?

    A negação mais antiga da ressurreição de Cristo foi inventada pelas autoridades judaicas. Como Mateus 28:11-15 registros, alegaram que os discípulos roubaram o corpo de Jesus do túmulo. Deve notar-se em primeiro lugar que o seu pedido é uma admissão tácita de que o túmulo estava vazio, e que não sabia onde estava o corpo. William Lane Craig escreve:

    O ponto é que os judeus não respondeu à pregação da ressurreição, apontando para o túmulo de Jesus ou exporem o cadáver, mas se enredaram em uma série sem esperança de absurdos, tentando explicar seu túmulo vazio. O fato de que os inimigos do cristianismo se sentiu obrigado a explicar o túmulo vazio pela hipótese de roubo não só mostra que o túmulo era conhecido (confirmação da história do sepultamento), mas que estava vazia .... O fato de que a polêmica judaica nunca negou que o túmulo de Jesus estava vazio, mas apenas tentou explicá-la é uma evidência convincente de que o túmulo estava vazio, na verdade. ("A historicidade do sepulcro vazio de Jesus," http://www.leaderu.com/offices/billcraig/ docs / tomb2.html; acessado em 11 de outubro de 2007)

    Apesar de sua antiguidade, esta teoria tarifas não melhor do que as outras tentativas de explicar a ressurreição. Em primeiro lugar, uma vez que os discípulos não estavam esperando Cristo para ressuscitar dentre os mortos (Jo 20:9), por que ter falsificado sua ressurreição? Além disso, eles tinham fugido quando Jesus foi preso (Mt 26:56.); seu líder, Pedro, negou-Lo, e eles tinham se escondido por medo das autoridades judaicas (Jo 20:19). Para ter assumido um destacamento guarda romana e cometeu o grave crime de roubar um túmulo teria exigido muito mais coragem do que esta desmoralizada, a dúvida cheia, grupo temível possuía. É difícil ver como os discípulos, se eles roubaram o corpo de Jesus e fabricou a história de Sua ressurreição, beneficiado com isso. Para assumir teriam perseguição voluntariamente suportou e sofreu o martírio (como a maioria deles fez) para o que eles sabiam ser uma mentira é ridículo.

    Se os discípulos não roubar o corpo, então, talvez, alguns argumentam, os romanos, judeus ou ladrões de túmulos desconhecidos fez. Mas os romanos não teria tido qualquer motivo concebível para tirar o corpo de Cristo; Pilatos não teria corria o risco de antagonizar os judeus ao fazê-lo. Nem os judeus tomaram o corpo; a última coisa que queria era alimentar a especulação de que Jesus tinha ressuscitado dos mortos (conforme Mt 27:1), a outras mulheres que estavam no túmulo (Mat. 28: 8-10), a dois discípulos na estrada de Emaús (13 42:24-32'>Lc 24:13-32), a Pedro (Lc 24:34), a dez dos onze apóstolos restantes, Tomé estar ausente (Lucas 24:36-43; João 20:19-25), a todos os onze apóstolos, com presente Tomé (João 20:26-31), a sete dos Apóstolos, na costa do Mar da Galiléia (João 21:1-25), a mais de quinhentos discípulos, provavelmente em uma montanha na Galiléia (1Co 15:7). Além disso, o Cristo ressuscitado mais tarde apareceu a Saulo de Tarso na estrada de Damasco (Atos 9:1-9), e diversas ocasiões subsequentes (At 18:9; At 23:11).

    É importante notar que todas as aparições pós-ressurreição do Senhor fosse para os crentes (exceto Paulo, que ainda não era um crente quando ele lhe apareceu pela primeira vez). Seu método normal de alcançar o perdido não é através de realizar milagres espetaculares, como pessoalmente, aparecendo-lhes, mas através do testemunho da Sua igreja no poder do Espírito Santo (Mat. 28: 19-20; At 1:8).

    Fora de todos aparições pós-ressurreição de Cristo, João selecionados três que dão visão especial para a pessoa de Jesus Cristo: a Maria Madalena, para os dez apóstolos (sem Tomé), e para todos os onze apóstolos (especificamente para Tomé).

    Aparência de Cristo com Maria Madalena

    Maria, porém, estava em pé do lado de fora do túmulo chorando; e assim, enquanto ela chorava, ela inclinou-se e olhou para dentro do túmulo; e viu dois anjos vestidos de branco sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde o corpo de Jesus tinha sido deitado. E eles disseram-lhe: "Mulher, por que choras?" Ela disse-lhes: "Porque levaram o meu Senhor, e eu não sei onde o puseram." Quando ela disse isso, ela se virou e viu Jesus, de pé, e não sabia que era Jesus. Jesus disse-lhe: "Mulher, por que choras? A quem procuras?" Julgando que fosse o jardineiro, ela disse-lhe: "Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei." Jesus lhe disse: "Maria!" Ela virou-se e disse-lhe em hebraico: "Raboni!" (O que significa, Professor). Jesus disse-lhe: "Pare agarrado a mim, pois eu ainda não subi para o Pai; '. Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus", mas vai a meus irmãos e diz-lhes: " Maria Madalena foi, anunciando aos discípulos: "Eu vi o Senhor", e que Ele tinha dito essas coisas para ela. (20: 11-18)

    A aparência do Senhor a Maria, a mulher da aldeia de Magdala, na margem ocidental do Mar da Galiléia, perto de Tiberias, simboliza o Seu amor especial e fidelidade a todos os crentes, não importa quão aparentemente insignificante que possa ser. Maria não era uma figura proeminente nos relatos evangélicos; antes da crucificação, ela apareceu apenas como um nome na lista de mulheres que viajavam com Jesus e os apóstolos (Lc 8:2).

    Depois de Pedro e João esquerda (20:10), Maria retornou e estava do lado de fora do túmulo. Como observado na discussão Dt 20:1), viu dois anjos vestidos de branco sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde o corpo de Jesus estava mentindo. Ela não podia reconhecê-los como anjos, uma vez que tinha assumido a forma humana (Mc 16:5).

    Repetindo a pergunta feita pelos anjos, Jesus disse-lhe: "Mulher, por que choras? seguida, acrescentou: "A quem você está procurando?" Refletindo sua confusão contínuo, ela, supondo ser ele o jardineiro, respondeu-lhe: " Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. " Em sua devoção sincera, Maria simplesmente queria garantir que o corpo de Jesus tinha um bom enterro, mesmo que isso significasse Seu corpo se movendo sozinha.

    Com uma única palavra, Jesus abriu os olhos de Maria. Ele apenas falou o nome dela (conforme 10: 3-4,27), "Maria!" e num piscar de olhos toda a sua dúvida, confusão e tristeza desapareceu. Reconhecendo Jesus naquele momento, ela virou-se e disse-lhe em hebraico: "Raboni!" (O que significa, Professor). Raboni é uma forma reforçada de "Rabi", e foi usado como um título para expressar grande honra e reverência supremo (conforme Mc 10:51). Superados com uma profunda mistura de alegria e alívio, Maria caí a seus pés. Tal como as outras mulheres tinham feito (Mt 28:9; Ef 1:5.). Como resultado, Jesus "não se envergonha de lhes chamar irmãos" (He 2:11), e tornou-se "o primogênito entre muitos irmãos" (Rm 8:29). Refletindo essa nova relação, a mensagem do Senhor aos seus discípulos que se refere o meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.

    Entusiasmada, Maria Madalena foi, anunciando aos discípulos: "Eu vi o Senhor", e que Ele tinha dito essas coisas para ela. Previsivelmente, eles responderam com a mesma dubiedade com que haviam recebido o testemunho das outras mulheres que tiveram estado na tumba. Lucas relata que considerou o relatório como "absurdo" e que "não iria acreditar neles" (24:11).

    Aparência de Cristo para Ten dos Discípulos

    Então, quando já era noite, naquele dia, o primeiro dia da semana, e quando as portas foram fechadas onde os discípulos, com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco . " E, havendo dito isto, mostrou-lhes as duas mãos eo lado. Os discípulos, em seguida, se alegraram por verem o Senhor. Então Jesus disse-lhes de novo: "A paz esteja convosco; assim como o Pai me enviou, eu também vos envio". E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo a quem perdoardes os pecados, ser seus pecados foram perdoados;. Se você reter os pecados, ser-lhes, foram mantidos. " (20: 19-23)

    A cena agora se desloca para a noite em que muito ressurreição domingo (para uma discussão do significado de o primeiro dia da semana, ver a exposição Dt 20:1; conforme Mt 14:26), uma vez que era a Sua obra na cruz que trouxe a paz entre Deus e Seu povo (Rm 5:1.). Para tranquilizá-los de que era realmente Ele, Jesus mostrou-lhes ambas as mãos eo lado. Lucas registra que Ele lhes disse: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho "(Lc 24:39). Reconhecendo-o, por fim, os discípulos, em seguida, se alegraram por verem o Senhor -mas não antes que ele ofereceu uma prova conclusiva de que Ele não era um espírito comendo um pedaço de peixe assado (Lucas 24:41-43).

    Com os discípulos na última convencido de que Ele tinha ressuscitado dos mortos, o Senhor começou a dar-lhes instruções e prometer-lhes capacitação. Em uma pré-visualização da Grande Comissão que lhes daria mais tarde na Galileia (Mat. 28: 19-20), Jesus declarou aos seus discípulos, "como o Pai me enviou, eu também vos envio" (conforme 17:18). Tendo formalmente encomendou os discípulos, Cristo cerimonialmente habilitada -los como uma promessa do poder que eles eram, na verdade, para receber no dia de Pentecostes 40 dias mais tarde (Atos 2:1-4). Significando que a vinda realidade, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo." Este foi um ato puramente simbólico e profético, que lembra as lições objetivas vivas freqüentemente empregadas pelos profetas do Antigo Testamento para ilustrar suas mensagens (conforme 13 1:24-13:9'>Jer 13 1:9; 19: 1-11.; Ez 4:1-4).. Em outras palavras, Cristo não fez por este sopro de ar, na verdade, e, literalmente, dar o Espírito em sua plenitude a eles; ao contrário, Ele declarou em uma figura visível o que lhes aconteceria no dia de Pentecostes.

    Ten do original Doze estavam presentes. Judas já estava morto por sua própria mão traiçoeira (Mt 27:5), com poderes (At 1:8) pelo Espírito Santo. Sob o antigo pacto, o ministério do Espírito Santo para santos individuais não era tão universalmente pessoal e proeminente. Ações de Jesus aqui indicado o derramamento do Espírito Santo que estava prestes a ocorrer, completando a transição entre os dois convênios.

    Os Evangelhos são claros de que até agora "o Espírito não foi ainda dado" (conforme Jo 7:39) significando que a nova era ainda não havia sido inaugurada. É igualmente claro que a nova obra aliança do Espírito Santo não chegou a iniciar até ao Pentecostes. Toda a Escritura afirma a cronologia. O próprio Jesus disse que o Espírito expressamente não seria dada até depois de Sua ascensão (Jo 16:17). Mas "Quando ele subiu às alturas ... Ele deu dons aos homens" (Ef 4:8.). O Espírito foi "derramado sobre nós do alto" (Is 32:15). De fato, no mesmo dia de sua ascensão, Jesus disse aos apóstolos paraesperar para que o Espírito veio sobre eles (At 1:8).

    Quando Jesus soprou sobre eles neste momento, no entanto, era uma ilustração poderosa, rica em significado, porque o Espírito Santo é representado em Ezequiel 37:9-14 como o sopro de Deus. Assim, o gesto foi uma afirmação enfática da divindade de Cristo, fazendo sua própria respiração emblemática do sopro de Deus. Foi também uma reminiscência da maneira como Deus em primeiro lugar "soprou em [Adão] narinas o fôlego da vida" (Gn 2:7). O simples ato de respirar sobre os discípulos era, portanto, um emblema significativo em vários níveis. Desde então, todo o cristão recebeu o Espírito Santo no momento da salvação (Rm 8:9). O que Cristo estava realmente dizendo é que qualquer cristão pode declarar que aqueles que verdadeiramente se arrepender e crer no evangelho terão seus pecados perdoados por Deus. Por outro lado, eles podem advertir que aqueles que rejeitam Jesus Cristo vai morrer em seus pecados (8.24; Hb 10:26-27.).

    Isso não era nova informação aos discípulos, já que o Senhor tinha falado palavras muito semelhantes muito antes em Cesaréia de Filipe: "Eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligardes na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que desligares na terra terá sido desligado nos céus "(Mt 16:19).

    Aqui Jesus falou da autoridade delegada de crentes. Ele disse a Pedro, os Doze, e por extensão a todos os crentes, que tinham a autoridade para declarar que está vinculado no pecado e que está livre do pecado. Ele disse que os crentes têm as "chaves do reino", o reino da salvação, porque eles têm a verdade do evangelho que salva (Rm 1:16; 1 Cor. 1: 18-25.). Os cristãos podem declarar que um pecador é perdoado ou não perdoado com base em como pecador que responde ao evangelho da salvação.

    A autoridade da igreja para dizer a alguém que ele está perdoado ou que ele ainda está em pecado vem diretamente da Palavra de Deus. Em Mateus 18:15-20, o Senhor ensinou a Seus discípulos (e, por extensão, todos os crentes) que se um crente professo se recusa a virar a partir de seu pecado, mesmo depois de ser confrontado privada (vv 15-16.) E publicamente repreendidos (v. 17), então a igreja é ordenado a tratar o indivíduo como um incrédulo. Aqueles dentro da igreja tem tanto a autoridade quanto a obrigação de chamar o irmão pecador de volta ao arrependimento (vv. 18-20), e deixá-lo saber que por causa de sua flagrante desrespeito para com a Palavra de Deus, ele tem se consideram perdidas comunhão com o povo de Deus. A realidade é que ele pode não ser um filho de Deus em tudo (Jo 8:42; Jo 14:15; 2Co 13:52Co 13:5).

    Os crentes têm a autoridade para fazer isso, porque Deus lhes deu a Sua Palavra como o padrão supremo pelo qual julgar. Sua autoridade não vem do nada dentro deles; não se baseia em sua própria justiça pessoal, dons espirituais, ou a posição eclesiástica. Em vez disso, vem a autoridade da Palavra de Deus.
    Aquilo que as Escrituras afirmam, os cristãos podem dogmaticamente e, sem hesitar, afirmar; o que as Escrituras denunciar, os cristãos podem autoridade e assumidamente denunciar. Os crentes não decidir o que é certo ou errado, mas eles são a declarar com ousadia o que Deus claramente revelada em Sua Palavra. Porque as Escrituras apresentam o pecado como uma afronta a Deus, o Seu povo deve ser fiel a enfrentá-lo. Na medida em que o seu julgamento corresponde com as Escrituras, eles podem ter certeza de que se harmoniza com o julgamento de Deus no céu.

    Quando as pessoas rejeitam a mensagem salvífica do Evangelho, negando a pessoa e obra de Jesus Cristo, a igreja tem autoridade divina, baseada na Palavra revelada de Deus, para dizer-lhes que eles vão perecer no inferno se não se arrependerem (13 1:42-13:5'>Lucas 13:1 —5; conforme Jo 3:18; 1Co 16:221Co 16:22).. Por outro lado, quando as pessoas professam a fé em Cristo como seu Salvador e Senhor, a igreja pode-se afirmar que a profissão, se é genuíno, com base-confiança igual em passagens como Rm 10:9;. Ef 5:23), a Palavra de Cristo (Cl 3:16) é a autoridade suprema dentro da igreja. Quando os crentes agir e falar de acordo com a Sua Palavra, eles podem fazê-lo sabendo que Ele está em acordo com eles.

    Aparência de Cristo de Tomé

    Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Então os outros discípulos estavam dizendo-lhe: "Vimos o Senhor!" Mas ele lhes disse: "Se eu não vir nas suas mãos a marca dos pregos, e não meter o dedo no lugar dos cravos, e coloquei minha mão no seu lado, não acreditarei". Após oito dias Seus discípulos estavam novamente dentro, e Tomé com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco". Depois disse a Tomé: "Põe aqui com o dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão e põe-na no Meu lado;. E não sejas incrédulo, mas crente" Tomé respondeu, e disse-lhe: "Meu Senhor e meu Deus!" Jesus disse-lhe: "Porque me viste, você acredita? Bem-aventurados os que não viram e creram." Portanto, muitos outros sinais de Jesus também realizada na presença dos discípulos, que não estão escritos neste livro; mas estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus; e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. (20: 24-31)

    Nem todos os apóstolos estiveram presentes na primeira aparição de Jesus. Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Tomé foi apelidado de Dídimo, ("gêmeo") pela razão óbvia de que ele tinha um irmão gêmeo (que não aparece nas Escrituras). Os Evangelhos Sinópticos mencioná-lo apenas nas listas dos doze apóstolos; os detalhes de seu personagem vem do Evangelho de João.

    Tomé foi o eterno pessimista. Como Bisonho nas Winnie O Pooh histórias, ele era uma pessoa melancólica, com uma habilidade fantástica para encontrar a nuvem escura em cada fresta de esperança.Tomé aparece pela primeira vez no Evangelho de João em conexão com a história da ressurreição de Lázaro. Aghast que Jesus planejava voltar para a vizinhança de Jerusalém, onde os judeus tinham recentemente tentou matá-lo (11: 8), Tomé exclamou fatalista, "Vamos nós também, para que possamos morrer com Ele" (v. 16) . Mas o pessimismo de Tomé não deve ser permitido para obscurecer a sua coragem; embora ele pensou que a situação era desesperadora, ele, no entanto, estava disposto a colocar sua vida em risco para o Senhor. Seu amor por Jesus foi tão forte que ele teria preferido morrer com Ele, em vez de ser separados de Deus.
    Tomé seguinte aparece no cenáculo. Jesus tinha acabado de anunciar sua partida iminente (14: 2-3), e lembrou os discípulos que sabia onde ele estava indo. Desolado que Jesus estava indo embora, Tomé prontamente o contradisse, dizendo desanimado: "Senhor, não sabemos para onde vais, como podemos saber o caminho?" (14: 5), sugerindo tal devoção que ele parecia pensar que seria melhor morrer com o seu Senhor que para tentar encontrá-lo mais tarde. Tal era seu amor por Cristo.
    É muito ruim que Tomé perdeu a aparência do Senhor. Por que ele não existe? Foi devido ao seu ser negativo, pessimista, mesmo melancolia? Será que ele estava em algum lugar de sentir pena de si mesmo, porque o seu pior medo se tornou realidade?
    Tomé pode ter se sentido sozinho, traído, abandonado. Suas esperanças podem ter sido esmagado. O que ele tinha amado tão grandemente tinha ido embora e seu coração estava irremediavelmente rasgada. Ele não pode ter sido em um modo de socialização. Talvez a ser sozinho parecia melhor. Ele não poderia estar em uma multidão, mesmo com seus amigos.
    Mas quando Tomé voltar de onde quer que ele tinha sido, os outros discípulos foram exuberantemente e ansiosamente dizendo-lhe: "Nós vimos o Senhor!" Mas ele não queria nada com ele. Tomé estava certo de que ele nunca iria ver Jesus novamente. Ele se recusou a colocar suas esperanças, apenas para tê-los correu mais uma vez, então ele anunciou com ceticismo, "Se eu não vir nas suas mãos a marca dos pregos, e não meter o dedo no lugar dos cravos, e coloquei minha mão em Seu lado, não acreditarei ". Foi essa observação que lhe rendeu o apelido de "São Tomé". Mas o histórico dos outros dez apóstolos não era melhor; eles também haviam zombado os relatórios iniciais da ressurreição (Marcos 16:10-13; Lucas 24:9-11) e não crer nas Escrituras, que predisseram-lo (20: 9; Lucas 24:25-26). O que fez Tomé diferente não era que sua dúvida foi maior, mas que sua tristeza era maior.

    Tomé logo seria retomado em sua oferta cético. Após oito dias os discípulos estavam novamente dentro, mas desta vez Tomé estava com eles. Mais uma vez, as portas foram fechadas, e uma vez mais que provado ser qualquer impedimento para o Senhor ressuscitado . Como tinha feito oito dias antes, Jesus veio em e ficou no meio deles. Ele imediatamente destacou Tomé. Sempre o simpático Sumo Sacerdote (He 4:15), Jesus delicAdãoente com amor, com compaixão disse a ele, "Reach aqui com o dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão e põe-na no Meu lado; e não ser incrédulo, mas crente. " O Senhor encontrou Tomé no ponto de sua fraqueza e dúvida, sem repreensão porque sabia erro de Tomé foi conectado ao seu profundo amor. Em compaixão paciente, Ele deu Tomé a prova empírica que ele havia exigido.

    Isso foi o suficiente para o que duvida; seu ceticismo melancolia dissolvido para sempre à luz da evidência irrefutável na pessoa de confrontá-lo. Oprimido, ele fez talvez a maior confissão de qualquer dos apóstolos, rivalizando apenas com a confissão de Pedro de Jesus como o Messias (Mt 16:16.), Exclamando: "Meu Senhor e meu Deus!" Significativamente, Jesus não corrigi-lo, mas aceitou a afirmação de Sua divindade de Tomé. De fato, Ele elogiou Tomé por sua fé, dizendo -lhe: "Porque me viste, você acredita?" Mas, olhando em frente para o momento em que a evidência tangível, físico Tomé tinha testemunhado já não estar disponível, o Senhor pronunciou as "abençoado ... que não viram e creram" (conforme 2Co 5:7). Aqueles que nunca vai ver a evidência física de subir, terá um maior grau de Cristo do Espírito Santo para capacitar a fé na ressurreição. Esta é a segunda beatitude neste evangelho (conforme 13:17). Blessed não apenas transmitir uma condição de felicidade, mas também declara o destinatário para ser aceito por Deus.

    Deve-se notar que as palavras do Senhor não indicam qualquer coisa defeituosa sobre a fé de Tomé.
    A fé de Tomé não são depreciados ... ", mas para o fato de que Tomé e os outros apóstolos viram o Cristo encarnado não teria havido nenhuma fé cristã em tudo Conforme 1:18, 50f .; 02:11;. 4:45; 6: 2; 09:37; 14: 7, 9; 19:35 "(. Barrett, p
    573) .... crentes mais tarde vir a fé através da palavra dos crentes anteriores (17:20). Bem-aventurados, então, são aqueles que não podem compartilhar "experiência de visão, mas que, em parte porque eles lêem de Tomé Tomé experiência, vir a partilhar a fé de Tomé. (DA Carson, O Evangelho Segundo João, O Pillar New Testament Commentary (Grand Rapids: Eerdmans, 1991), 660)

    A confissão de Tomé e resposta de Cristo são uma vantagem de montagem no mapa recapitulativo de João de sua meta e objetivo ao escrever seu evangelho: Portanto, muitos outros sinais Jesus também realizadas na presença dos discípulos, que não estão escritos neste livro (conforme 12: 37; 21:25). Aqueles que não tem e não vai ver o Senhor ressuscitado dependerá este evangelho escrito por João (assim como os outros três) para fornecer a palavra a respeito de Cristo, através da qual o Espírito pode dar-lhes a regeneração e fé (Rm 10:17) .

    E há muitos mais milagrosos sinais que Jesus fez para além dos milagres registrados nos capítulos 2:12 (e os outros Evangelhos), incluindo o maior sinal-da Sua ressurreição, mas elas não são necessárias porque o que foi escrito é suficiente. Esta declaração estabelece que este evangelho de João é sobre os sinais miraculosos que apontam para Jesus Cristo como Senhor e-para efeitos João expressa explicitamente na próxima declaração.

    Mas estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus; e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. Como já foi dito, para expandir este versículo só precisa voltar através de todo o evangelho. Esta é a declaração sumária. Para acreditar que Jesus Cristo é Deus encarnado (1: 1,14), o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (1:29), e a ressurreição ea vida (11:
    25) é acreditar que a verdade que quando aceitou fornece perdão dos pecados e da vida eterna (3:16). O propósito de João é claramente evangelística. Mais uma vez, Carson apropriAdãoente unifica o pensamento:

    O propósito de João não é acadêmico. Ele escreve a fim de que homens e mulheres podem acreditar certa verdade proposicional, a verdade de que o Cristo, o Filho de Deus, é Jesus, o Jesus cujo retrato é desenhado neste Evangelho. Mas essa fé não é um fim em si mesmo. Ele é direcionado para o objetivo de, a salvação escatológica pessoal: . para que, crendo, tenhais vida em seu nome . Isso ainda é o propósito deste livro hoje, e no coração da missão cristã (v.21) ( João, 663. itálico no original.)


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de João Capítulo 20 do versículo 1 até o 31

    João 20

    O amor surpreendido — Jo 20:1-10

    Ninguém amou tanto a Jesus como Maria Madalena. Lucas nos diz que sete demônios saíram dela. Jesus fazia algo por Maria que nenhum outro pôde fazer e Maria jamais o esqueceu. A tradição sempre afirmou que Maria era uma pecadora empedernida a quem Jesus recuperou, perdoou e purificou.
    Henry Kingsley tem um poema muito belo sobre Maria Madalena.

    Madalena na porta de Miguel Atada ao madeiro;
    No espinheiro de José cantava o pássaro,

    'Deixa-a entrar. Deixa-a entrar.'

    'Viu as feridas?', disse Miguel,

    'Conheces teu pecado?'

    'Chegou a tarde, a tarde', cantou o pássaro,

    'Deixa-a entrar. Deixa-a entrar.'

    'Se, vi as feridas,

    E conheço meu pecado.'

    'Conhece-o bem, bem, bem', cantou o pássaro.

    'Deixa-a entrar. Deixa-a entrar.'

    'Não trazes ofertas', disse Miguel,

    'Só trazes pecados.'

    E o pássaro cantou,

    'Arrepende-se, arrepende-se, arrepende-se.'
    'Deixa-a entrar. Deixa-a entrar.'

    Quando cantou até dormir,

    E chegou a noite,

    Veio alguém e abriu a porta de Miguel,

    E entrou Madalena.

    Maria tinha pecado muito e amava muito: a única coisa que podia oferecer era amor.
    Na Palestina era costume visitar a tumba dos seres queridos durante os três dias posteriores a seu enterro. Criam que durante três dias o espírito da pessoa morta dava voltas e esperava perto do sepulcro e que só depois desse tempo ia embora porque o corpo se tornou irreconhecível pela decomposição. Os amigos de Jesus não podiam aproximar-se do sepulcro durante o sábado pois se viajassem nesse dia teriam desobedecido a Lei. O sábado corresponde a nosso sábado de maneira que Maria chegou pela primeira vez ao sepulcro no domingo. Chegou muito cedo. A palavra que se usa para dizer cedo éproi. Esse era o termo técnico para referir-se à última dos quatro vigílias nas quais se dividia a noite: a vigília que ia das três às seis da manhã, Ainda era escuro quando Maria se aproximou do lugar porque não podia tolerar permanecer longe.

    Quando chegou ao sepulcro se sentiu surpreendida e maravilhada. Na antiguidade não se fechavam os sepulcros com portas. Diante da entrada havia uma fenda sobre o solo e se fazia correr uma pedra que fazia as vezes de porta. Por outro lado, Mateus nos diz que as autoridades tinham selado a pedra para assegurar-se de que ninguém a moveria (Mt 27:66). Maria se sentiu esmagada ao ver que alguém tinha movido a pedra. Ela deve ter imaginado duas coisas. Pode ter pensado que os judeus levaram o corpo de Jesus: que, longe de estar satisfeitos havendo-o matado na cruz, estavam infligindo mais profanações a seu cadáver. Também devemos levar em conta que um dos rasgos mais lúgubres do crime na antiguidade era que havia seres indignos que se ocupavam de assaltar sepulcros. Maria pode ter pensado que alguém tinha violado a tumba tirando o corpo de Jesus.

    Tratava-se de uma situação que Maria se sentiu incapaz de enfrentar sozinha. De maneira que voltou para a cidade para buscar a Pedro e João. Maria é o maior exemplo do amor surpreendido. É o exemplo supremo de alguém que continuou amando e crendo apesar de sua incapacidade de compreender. E esses são o amor e a crença que encontram sua glória.

    O GRANDE DESCOBRIMENTO

    João 20:1-10 (continuação)

    Um dos elementos esclarecedores deste relato é que Pedro continuava sendo o líder reconhecido do grupo de apóstolos. Maria se dirigiu a ele. Apesar de sua negação, que já se devia ter difundido por toda parte, Pedro continuava sendo o líder. Estamos acostumados a falar da fraqueza e instabilidade de Pedro mas deve ter havido algo fora do comum em alguém que pôde enfrentar a seus companheiros depois dessa queda desastrosa na covardia. Deve ter tido algo especial esse homem a quem todos estavam dispostos a aceitar como líder inclusive depois de sua ação. A fraqueza de um momento não deve nos impedir de ver a força e a estatura moral de Pedro e o fato de que era um líder nato.
    De maneira que Maria foi buscar a Pedro e João e estes saíram imediatamente em direção ao sepulcro. Foram correndo e João deve ter sido mais jovem que Pedro pois viveu até fins de século, de maneira que ganhou nesta carreira frenética. Quando chegaram ao sepulcro, João olhou para dentro mas não deu mais um passo. Pedro, com sua impulsividade característica, não só olhou mas também entrou. Nesse momento. Pedro agora se sentia esmagado pelo sepulcro vazio. Logo, João começou a imaginar algumas coisas. Se alguém tirou o corpo de Jesus ou se entraram ladrões de sepulcros por que teriam que deixar os tecidos? E imediatamente algo mais lhe chamou a atenção: os tecidos não estavam desordenados: jaziam ainda em suas dobras, esse é o significado das palavras gregas, as roupas do corpo onde ele esteve: o sudário onde esteve a cabeça. O sentido da descrição aponta para o fato de que os tecidos não estavam postos como se alguém os tivesse tirado. Estavam dispostos com as dobras primitivas como se o corpo de Jesus se evaporou e os tivesse deixado ali. Tudo isto penetrou de repente na mente de João: deu-se conta do que tinha acontecido e creu. Não foi o que tinha lido nas Escrituras o que o convenceu de que Jesus tinha ressuscitado: convenceu-se pelo que viu com seus próprios olhos.

    É extraordinário o papel que desempenha o amor neste relato. Foi Maria, que amava tanto a Jesus, quem chegou em primeiro lugar ao sepulcro. João, o discípulo a quem Jesus amava e que amava a Jesus, foi o primeiro em crer na ressurreição. Essa sempre será a grande glória de João. Foi o primeiro em compreender e crer. O amor lhe deu olhos para ler os sinais e uma mente para compreender.
    Aqui temos a grande lei da vida. É certo que em qualquer tipo de trabalho não podemos interpretar por completo a mente de outra pessoa a menos que haja uma corrente de simpatia entre ambos. Ninguém pode falar, ensinar ou escrever com efetividade sobre a vida e a obra de outra pessoa por quem não sente nada. Alguém se dá conta imediatamente quando o diretor de uma orquestra sente simpatia pela obra do compositor cuja música dirige. O amor é o grande intérprete. O amor pode captar a verdade quando o intelecto permanece inseguro. O amor pode entender o sentido de algo sobre o qual a investigação não pode descobrir nada.
    Conta-se que em uma oportunidade um jovem artista levou a Dore um quadro de Jesus que pintor para que o mestre lhe desse sua opinião. Dore demorou para pronunciar-se mas por fim deu seu veredicto em uma só frase: "Você não o ama, do contrário o pintaria melhor".

    Não podemos entender a Jesus ou ajudar a outros a que o compreendam a menos que lhe entreguemos tanto nossos corações como nossas mentes.

    O GRANDE RECONHECIMENTO

    João 20:11-18

    Alguém disse que este relato é a cena de reconhecimento mais sublime de toda a literatura. A Maria pertence a glória de ter sido primeira a ver o Cristo Ressuscitado. Todo o relato está imbuído de sinais do amor de Maria. Tinha voltado ao sepulcro, levou a mensagem a Pedro e João e logo estes a devem ter deixado atrás em sua carreira rumo ao sepulcro. Quando Maria chegou, os outros dois já não deviam estar ali. De maneira que ficou chorando.
    Não há necessidade de buscar razões muito complicadas para entender por que Maria não reconheceu a Jesus. O fato muito singelo e emocionante é que ela não o podia ver através das lágrimas. Toda sua conversação com a pessoa a quem tomou pelo jardineiro manifesta seu amor. “Se tu o tiraste, dize-me onde o puseste”. Jamais mencionou o nome de Jesus; pensava que qualquer um saberia de quem estava falando. Sua mente estava tão ocupada com Jesus que não havia outra pessoa no mundo para ela. “Eu o levarei”. Como poderia fazer isso com seu força de mulher? Onde o ia levar? Nem sequer tinha pensado nestes problemas. Seu único desejo era chorar seu amor sobre o corpo morto de Jesus. Logo que respondeu à pessoa a quem confundiu com o jardineiro deve ter retornado ao sepulcro pois não podia tirar os olhos dele, de maneira que deu as costas a Jesus. Logo chegou a única palavra de Jesus, "Maria!" e sua resposta, "Mestre!" (Raboni não é mais que a forma aramaica de Rabino; não há nenhuma diferença entre as duas palavras).

    De modo que vemos que houve duas razões muito simples e, não obstante, muito profundas, pelas quais Maria não reconheceu a Jesus.

    1. Não o pôde reconhecer pelas lágrimas. Estas lhe cegavam os olhos de maneira tal que não podia ver. Quando perdemos um ser amado, alguém a quem queríamos, sempre há dor em nosso coração e lágrimas em nossos olhos, embora não as derramemos.

    Entretanto, há algo que sempre devemos ter em mente: nesse momento nossa dor é essencialmente egoísta. Pensamos em nossa solidão, nossa dor, nossa perda e desolação. Não podemos chorar por alguém que foi viver com Deus; não podemos chorar por alguém que depois da febre enlouquecedora da vida, dorme em paz. Choramos por nós mesmos. É natural e inevitável. Não obstante, jamais devemos permitir que nossas lágrimas nos ceguem à glória do céu e da vida eterna. Deve haver lágrimas mas através delas devemos vislumbrar a glória.

    1. Não pôde reconhecer a Jesus porque insistia em dirigir seu olhar na direção equivocada. Não podia tirar os olhos do sepulcro e dava as costas a Jesus. Isto também nos acontece com freqüência. Nesses momentos, nossos olhos estão fixos na terra fria do sepulcro. Mas devemos arrancar os olhos dali. Não é ali onde estão nossos seres queridos; aí estão seus corpos cansados mas o corpo não é a pessoa. A verdadeira pessoa está nos lugares celestiais em companhia de Jesus e na glória de Deus.

    Quando nos chega a dor não devemos permitir que as lágrimas ceguem nossos olhos e lhes impeçam de ver a glória. Tampouco devemos atar nossos olhos à tumba e nos esquecer do céu.

    Alan Walker no Everybody's Calvary (O calvário de todos) conta— nos que uma vez oficiou um funeral para gente que só o via como uma formalidade e que careciam tanto de fé como de relações cristãs. "Quando terminou o serviço, um jovem olhou para dentro da tumba e disse, com o coração destroçado, 'Adeus, papai'. Para os que não têm a esperança cristã, esse é o fim. Para nós, pelo contrário, nesse momento é 'Até logo!' e, literalmente significa 'Até que nos voltemos a encontrar'.

    COMPARTILHANDO AS BOAS NOVAS

    João 20:11-18 (continuação)

    Nesta passagem há uma dificuldade muito concreta. Quando termina a cena de reconhecimento pelo menos à primeira vista, Jesus diz a Maria: “Não me toques; porque ainda não subi ao Pai” (Jo 20:17, TB). Uns poucos versículos mais adiante o encontramos convidando a Tomé a tocá-lo (Jo 20:27). Em Lucas lemos que Jesus convida os discípulos aterrados: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24:39). No relato do Mateus lemos que “elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram” (Mt 28:9). Inclusive a forma da afirmação de João é difícil. Faz Jesus dizer: "Não me toques, porque ainda não subi a meu Pai", para dizer que ele o podia tocar depois da ascensão. Não há uma explicação totalmente satisfatória desta frase.

    1. Tem sido dado um sentido espiritual. Foi sustentado que o único contato real com Jesus chega, em realidade, só depois de sua ascensão. Afirma-se que o que importa não é o contato físico de uma mão com a outra mas o contato que chega através da fé com o Senhor ressuscitado e vivo. O que interessa não é que se possa tocar um corpo mas sim um espírito se possa encontrar com outro. Sem dúvida isso é certo e muito valioso mas não parece ser o sentido desta passagem.
    2. Sugere-se que a versão grega é uma tradução errônea do original aramaico. Jesus, é obvio, falaria a aramaico, não o grego e o que nos dá João é uma tradução ao grego das palavras de Jesus. Sugere-se que o que Jesus disse foi: "Não me toques, mas antes de eu subir a meu Pai vai a meus irmãos e lhes diga..." Seria como se Jesus houvesse dito: "Não ocupe tanto tempo em me adorar na alegria de seu novo descobrimento. Vai e dá a boa nova aos outros discípulos." Pode ser que esta seja a explicação. No idioma grego o imperativo é um presente imperativo. O sentido estrito das palavras seria: "Deixa de me tocar". Pode ser que Jesus dissesse a Maria: "Não continue ficando comigo de maneira egoísta, pois dentro de pouco tempo voltarei a meu Pai. Quero me encontrar com meus discípulos tantas vezes quanto possível antes que isso ocorra. Vai dar-lhes a boa nova para não perder nem um momento do tempo que podemos estar juntos." Pode tratar-se de uma ordem a Maria de que solte a Jesus, que não se aferre a Ele sozinha mas sim vá dar as santas notícias a outros. Isso faria sentido e foi o que Maria fez.
    3. Há outra possibilidade. Nos outros três Evangelhos sempre se acentua o medo daqueles que reconheceram repentinamente a Jesus. Em Mt 28:10 as palavras de Jesus são: “Não temais!” Em Lc 24:5 se diz que estavam “possuídas de temor". Em Mc 16:8 o relato termina “porque estavam possuídas de medo" (TB). Tal como aparece no relato de João não se menciona este temor profundo. Agora, às vezes os olhos dos escribas que copiavam os manuscritos cometiam enganos pois não eram fáceis de ler. Alguns especialistas crêem que o que João escreveu originariamente não foi Me Aptou, “Não me toques", mas Me ptou, “Não temas". O verbo ptoein significa tremer de medo. Nesse caso, Jesus haveria dito a Maria: "Não temas; ainda não subi a meu Pai, ainda estou contigo."

    Nenhuma explicação desta frase de Jesus é completamente satisfatória mas possivelmente a segunda seja a mais conveniente das três que consideramos. Seja o que for que tenha ocorri, Jesus enviou Maria e os discípulos com a mensagem de que o que Ele lhes disse tantas vezes estava por acontecer: estava para ir ao seu Pai. E Maria chegou com a notícia: “Vi o Senhor!”

    Nessa mensagem de Maria está contida a própria essência do cristianismo. Um cristão é alguém que pode dizer: "Vi o Senhor." O cristianismo não significa saber coisas sobre Jesus, significa conhecer a Jesus. Não significa discutir sobre Jesus, significa encontrá-lo. Significa a certeza da experiência de que Jesus vive.

    A COMISSÃO DE CRISTO

    João 20:19-23

    O mais provável é que os discípulos continuassem reunindo-se no cenáculo, onde tinham celebrado a Última Ceia. Mas se reuniam com um sentimento semelhante ao terror. Tinham medo; conheciam o rancor amargo dos judeus, tinham planejado a morte de Jesus e os discípulos temiam que o fizessem com eles. De maneira que se reuniam com temor, ouviam com atenção para descobrir um passo na escada ou um golpe na porta pensando que os emissários do Sinédrio pudessem ir prendê-los. Enquanto estavam sentados, Jesus apareceu de repente no meio deles. Pronunciou a saudação comum e cotidiana dos orientais: “Paz seja convosco!” Significa muito mais que: "Desejo que vocês não tenham problemas." Quer dizer: "Que Deus lhes outorgue todo o bem." Logo Jesus deu aos discípulos a ordem que a Igreja jamais deve esquecer.

    1. Disse-lhes que tal como Deus o enviou, Ele os enviava. Isto é o que Westcott denominou "A missão da Igreja." Significa três coisas.
    2. Significa que Jesus Cristo precisa da Igreja. Isto é exatamente o que quis dizer Paulo ao referir-se à Igreja como "o corpo de Cristo" (Ef 1:23; 1Co 12:121Co 12:12). Jesus tinha vindo com uma mensagem para todos os homens: agora voltava ao Pai; não se podia levar essa mensagem aos homens a menos que a Igreja o fizesse. A Igreja devia ser a boca que falasse por Jesus, os pés que levassem suas mensagens, as mãos que fizessem seu trabalho. A mensagem de Cristo foi entregue nas mãos da Igreja. Jesus não podia converter-se em posse e Salvador do mundo a menos que a Igreja levasse seu história a todo o inundo. Portanto, o primeiro sentido desta passagem é que Jesus depende de sua Igreja.
    3. Significa que a Igreja precisa de Jesus. A pessoa a ser enviada precisa de alguém que o envie; precisa de uma mensagem; precisa de uma força e uma autoridade que apóiem sua mensagem; precisa de alguém para a quem dirigir-se quando duvida ou tem dificuldades. A Igreja precisa de Jesus. Sem Ele não há mensagem, não há poder; sem Ele não há a quem dirigir-se quando há problemas, não há ninguém que a ilumine, que dê poder a seu braço e que alente seu coração. De modo que isto significa que a Igreja depende de Jesus.
    4. Entretanto, há algo mais: O fato de enviar a Igreja da de Jesus corre paralelo ao envio de Jesus da parte de Deus. Mas ninguém pode ler a história do Quarto Evangelho sem perceber que a relação entre Jesus e Deus dependia continuamente da obediência, da submissão e do amor perfeitos de Jesus para com Deus. Jesus só podia ser o mensageiro de Deus porque lhe oferecia essa obediência e esse amor perfeitos. Disso se deduz que a Igreja só pode ser a mensageira e o instrumento de Cristo quando o ama e lhe obedece de maneira perfeita. A Igreja jamais ocupar— se em proclamar sua própria mensagem mas a mensagem de Cristo. Jamais deve ocupar-se em seguir sua política elaborada pelos homens; deve ocupar-se em seguir a vontade de Cristo. A Igreja fracassa quando tenta resolver algum problema a partir de sua própria sabedoria e força e não busca a vontade e a guia de Jesus Cristo.
    5. Jesus soprou sobre seus discípulos e lhes deu o Espírito Santo. Não há dúvida de que quando João falava deste modo pensava no antigo relato da criação do homem. O autor daquele passagem diz: “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.” (Gn 2:7).

    Esta foi a mesma imagem que Ezequiel viu ao vislumbrar o vale dos ossos mortos e secos e ouviu que Deus dizia ao vento: “Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam” (Ez 37:9). A vinda do Espírito Santo é como uma nova criação; é como o despertar da morte para a vida. Quando o Espírito Santo vem sobre esta Igreja é despertada e recriada para sua tarefa.

    1. Jesus disse aos discípulos: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes são perdoados; e, àqueles a quem os retiverdes, lhes são retidos.” Trata-se de uma frase que devemos nos esforçar por compreender com cuidado. Há uma coisa segura: ninguém pode perdoar os pecados de outro. Mas há outra coisa que também é certa: o grande privilégio da Igreja é comunicar a mensagem, o anúncio e o fato do perdão de Deus aos homens.

    Agora, suponhamos que alguém nos traz uma mensagem de outra pessoa, nossa aceitação e valorização da mensagem dependerá de quão bem o portador conheça a pessoa que o enviou. Se alguém se oferecer para interpretar o pensamento de um terceiro, sabemos que o valor da interpretação depende de sua intimidade com essa pessoa.
    Os apóstolos tinham o maior direito de levar a mensagem de Jesus aos homens porque eram aqueles que melhor o conheciam. Se sabiam que alguém era realmente penitente, podiam lhe anunciar com absoluta certeza o perdão de Cristo. Do mesmo modo, se sabiam que no coração de uma determinada pessoa não existia o menor sentimento de penitência ou que brincava com o amor e a misericórdia de Deus, podiam lhe dizer que a menos que mudasse seu coração não receberia o perdão. Esta frase não significa que alguma vez se confiou a alguém o perdão dos pecados. Significa que foi confiado o poder de proclamar tal perdão assim como o poder de advertir que esse perdão não está à disposição daqueles que não se arrependem. Esta frase estabelece o dever da Igreja de levar o perdão aos de coração arrependido e de advertir àqueles que não o estão que brincam com a misericórdia de Deus.

    O INCRÉDULO CONVENCIDO

    João 20:24-29

    Para Tomé a cruz não foi nenhuma surpresa; era o que esperava. Quando Jesus propôs ir a Betânia depois de receber a notícia da enfermidade de Lázaro, a reação de Tomé foi: “Vamos também nós para morrermos com ele.” (Jo 11:16). Tomé nunca teve falta de coragem mas era pessimista por natureza. Não se pode duvidar de que Tomé amava a Jesus. Amava-o o suficiente para ir a Jerusalém para morrer com Ele quando os outros discípulos titubearam e sentiram medo. Tinha sucedido o que Tomé previu mas, apesar disso, sentia-se destroçado. Tinha o coração tão pesaroso que não podia encontrar-se com outras pessoas, só queria estar a sós com sua dor.

    O rei Jorge V costumava dizer que um dos lemas de sua vida era: "Se tiver que sofrer, espero ser como um animal bem educado e sofrer a sós."
    Tomé devia enfrentar seu sofrimento e sua dor a sós. De maneira que quando Jesus voltou, Tomé não estava presente e a notícia de que Jesus retornou lhe parecia muito boa para ser verdade. pelo que se negou a crê-la. Sendo belicoso em seu pessimismo, afirmou que jamais creria que Jesus ressuscitou dentre os mortos até que ver e tocar na marca dos pregos em suas mãos e até que pusesse o dedo na ferida que fez a lança em seu lado. (Não se menciona alguma ferida nos pés de Jesus porque na crucificação não se cravavam os pés, simplesmente eram atados à cruz).
    De maneira que passou outra semana e Jesus retornou e desta vez Tomé estava presente. E Jesus conhecia o coração de Tomé. Repetiu suas próprias palavras e o convidou a fazer a prova que tinha proposto. E o coração de Tomé se encheu de amor e devoção; tudo o que atinou a dizer foi: “Senhor meu e Deus meu!” De modo que Jesus lhe disse: "Tomé, você precisou dos olhos físicos para crer, mas virá o dia quando os homens verão com os olhos da fé e crerão."
    Neste relato, aparece com toda clareza a personalidade de Tomé.

    1. Tomé cometeu um engano. Afastou-se da comunidade cristã. Buscou a solidão antes que a união com os outros. E como não estava junto com seus irmãos cristãos perdeu a primeira aparição de Jesus. Perdemos muitas coisas quando nos separamos da comunidade cristã e buscamos estar sozinhos. Podem-nos acontecer certas coisas dentro da comunidade da Igreja de Cristo que não nos podem passar quando estamos sozinhos. Quando experimentamos a dor e a tristeza nos embarga costumamos nos encerrar em nós mesmos e nos negamos a ver outras pessoas. Esse é o momento quando, apesar da dor, deveríamos buscar a companhia das pessoas de Cristo porque ali é onde o encontraremos face a face com maior probabilidade.
    2. Mas Tomé tinha duas grandes virtudes. Negava-se por completo a dizer que cria quando não fosse verdade. Jamais diria que entendia quando não entendia ou que cria quando não cria. Há uma certa honestidade sem rodeios em Tomé. Jamais acalmaria as dúvidas simulando que não existiam. Não era o tipo de homem que repetiria um credo como se fosse um papagaio sem entender o que dizia. Tinha que estar seguro e tinha razão.

    Tennyson escreveu:

    Há mais fé na dúvida honesta,
    Creiam-me, que na metade dos credos.

    Há mais fé verdadeira no homem que insiste em certificar-se que naquele que repete bobamente coisas que jamais pensou e nas quais não crê. Esse é o tipo de dúvida que, no fim das contas, conduz à certeza.

    1. A outra grande virtude de Tomé é que quando esteve seguro continuou até o fim. “Senhor meu e Deus meu!” disse. Não havia meias tintas para ele. Não ventilava suas dúvidas para praticar uma espécie de acrobacia mental. Duvidava a fim de estar seguro e quando o esteve sua entrega à certeza foi total. Se alguém lutar com suas dúvidas até chegar à convicção de que Jesus Cristo é Senhor, chega a uma certeza que nunca alcançará aquele que aceita as coisas sem refletir sobre elas.

    TOMÉ NOS DIAS POSTERIORES

    João 20:24-29 (continuação)

    Não sabemos com certeza o que aconteceu com Tomé nos dias posteriores. Entretanto, há um livro apócrifo chamado Os Atos de Tomé que, conforme afirma, dá-nos a história deste apóstolo. É obvio que não é mais que uma lenda mas pode ser que haja algo de verdade nela. Sem dúvida, Tomé responde às características de sua personalidade. Esta é parte do relato que conta.

    Depois da morte de Jesus os discípulos dividiram o mundo a fim de que cada um fosse a um país para pregar o evangelho. Coube a Tomé a Índia. Esta parte é verdade: a Igreja tomista do sul da Índia se origina em Tomé. A princípio se negou a ir. Dizia que não era o suficientemente forte para fazer essa longa viagem. Disse: "Sou um homem hebreu; como posso ir entre os índios e pregar a verdade?" Jesus lhe apareceu durante a noite e lhe disse: "Não temas Tomé, vai à a Índia e prega a palavra ali pois minha graça está contigo." Mas Tomé continuou não querendo ir pondo dificuldades.. "Envie-me aonde quiser", disse, "mas a outro lugar porque à Índia não irei."
    Agora, aconteceu que chegou a Jerusalém um comerciante da Índia chamado Abbanes. Foi enviado pelo rei Gundaphoros para buscar um perito carpinteiro e levá-lo à Índia. Tomé era carpinteiro. Jesus apareceu a Abbanes no mercado e lhe disse: "Quer comprar um carpinteiro?" Abbanes respondeu, "Sim". Jesus lhe disse: "Tenho um escravo que é carpinteiro e desejo vendê-lo" e apontou aonde estava Tomé. De maneira que ficaram de acordo sobre o preço e Tomé foi vendido. O acordo dizia assim: "Eu, Jesus, filho de José o carpinteiro, dou fé de que vendi a meu escravo, de nome Tomé, a Abbanes, um mercado do Gundaphoros, rei dos índios". Quando foi assinado o acordo, Jesus buscou Tomé e o levou perante Abbanes. Este lhe perguntou: "É este seu amo?" Tomé respondeu, "Por certo que sim". Abbanes disse: "Comprei-te." Tomé não disse nada, porém no dia seguinte se levantou cedo e orou. Depois da oração disse a Jesus: "Irei onde tu queiras, Senhor Jesus; faça-se a tua vontade". É o mesmo Tomé, lento mas seguro, lento para render-se mas uma vez que o faz, sua entrega é total.
    O relato prossegue contando que Gundaphoros ordenou a Tomé que construísse um palácio e este respondeu que era capaz de fazê-lo. O rei lhe deu suficiente dinheiro para comprar os materiais e contratar operários mas Tomé deu tudo aos pobres. Sempre dizia ao rei que o palácio ia muito bem. O rei começou a suspeitar. Por último mandou chamar Tomé: "Você construiu o meu palácio?" perguntou-lhe. Tomé respondeu: "Agora não pode vê-lo mas quando abandonar esta vida o verá". No princípio o rei se sentiu muito zangado e a vida de Tomé corria perigo mas por último também ele foi conquistado para Cristo. E assim foi como Tomé levou o cristianismo à Índia.

    Há algo muito amável e digno de admiração em Tomé. A fé nunca lhe foi fácil; tampouco lhe surgia espontaneamente a obediência. Era um homem que tinha que estar seguro. Tinha que avaliar os custos. Mas uma vez que estava seguro e que tinha avaliado o preço, chegava até o limite da fé e da obediência. Uma fé como a de Tomé é melhor que qualquer afirmação sem sentido e uma obediência como a de Tomé é melhor que uma aceitação fácil que faz qualquer um sem avaliar o custo e que logo não cumpre sua palavra.

    O OBJETIVO DO EVANGELHO

    João 20:30-31

    É evidente que segundo o plano original do evangelho, termina com este versículo. Aqui temos o final natural e o capítulo 21 deve ser visto como um apêndice e agregado depois.
    Nenhum outra passagem dos Evangelhos resume com maior clareza o objetivo de seus autores.

    1. É evidente que os Evangelhos nunca se propuseram nem afirmaram dar uma versão completa da vida de Jesus. Não seguem seus passos dia após dia nem hora após hora. Fazem uma seleção. Não nos dão um relatório exaustivo de tudo o que Jesus disse ou fez mas uma seleção de acontecimentos característicos que nos mostram como era e o tipo de coisas que fazia.
    2. Por outro lado, é evidente que os Evangelhos não têm como objetivo ser biografias de Jesus. São chamados ou convites a receber a Jesus como Salvador, Mestre e Senhor. Seu objetivo não era proporcionar informação mas Vida. Seu propósito era pintar uma imagem tal de Jesus que o leitor se visse obrigado a ver que a pessoa que podia falar, ensinar, agir e curar desse modo não podia ser outro senão o Messias e o Filho de Deus e que, ao crer nEle, encontrasse o segredo da vida verdadeira.

    Quando nos aproximamos dos Evangelhos como se fossem uma história ou uma biografia, aproximamo-nos com um ânimo equivocado. Não devemos lê-los principalmente como historiadores que buscam informação mas sim como homens e mulheres que buscam a Deus.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 20 versículo 9
    a passagem das Escrituras: A passagem mencionada aqui é provavelmente o Sl 16:10 ou Is 53:10. Nem mesmo os discípulos de Jesus entendiam algumas das profecias sobre o Messias, especialmente as que tinham a ver com ele ser rejeitado, sofrer, morrer e ser ressuscitado. — Is 53:3-5, 12; Mt 16:21-23; 17:22, 23; Lc 24:21; Jo 12:34.


    Dicionário

    Ainda

    advérbio Até este exato momento; até agora: o professor ainda não chegou.
    Naquele momento passado; até então: eu fui embora da festa, mas minha mãe ainda ficou por lá.
    Num instante recente; agora mesmo: ainda há pouco ouvi seus gritos.
    Que tende a chegar num tempo futuro; até lá: quando ele voltar, ela ainda estará esperando.
    Num certo dia; algum dia indeterminado: você ainda vai ser famoso.
    Em adição a; mais: há ainda outras concorrentes.
    No mínimo; ao menos: ainda se fosse rico, mas não sou.
    De modo inclusivo; inclusive: gostava de todos os alunos, inclusive os mais bagunceiros.
    Etimologia (origem da palavra ainda). Etm a + inda.

    Diz

    3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
    2ª pess. sing. imp. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Era

    substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
    Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
    Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
    Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
    expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
    Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
    Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.

    outro

    Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).

    Erã

    Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.


    Escritura

    Escritura Nos evangelhos, com essa expressão fa-Zse referência tanto a algumas passagens do Antigo Testamento, segundo o cânon judaico (Mt 21:42; 22,29; Mc 12:10; Lc 4:21; Jo 2:22), como ao Antigo Testamento em sua totalidade (Mt 26:54; Lc 24:32.45; Jo 5:39). A mesma expressão alude também às profecias relacionadas com o messias e cumpridas em Jesus (Lc 16:16; 24,25ss.). É este que proporciona o cumprimento e interpretação profundos da Escritura (Mt 5:18; Jo 10:35).

    escritura s. f. 1. Caligrafia. 2. Documento autêntico, feito por oficial público, especialmente título de propriedade imóvel. S. f. pl. Conjunto dos livros do Antigo e do Novo Testamento.

    Escritura
    1) ESCRITA (Ex 32:16).


    2) Documento de registro de um contrato (Jr 32:10, RA).


    3) Aquilo que está escrito (Dn 5:8).


    4) Parte do texto inspirado (Mc 12:10).


    [...] A Escritura é um laço que liga sempre o passado, o presente e o futuro, quanto ao ensino progressivo e gradual da verdade, sempre relativa aos tempos e as necessidades de cada época e dada sempre na medida do que o homem pode suportar e compreender, debaixo do véu que a cobre e que se vai rasgando à proporção que o Espírito se eleva.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4


    Lê-se esta palavra uma vez somente no A.T. (Dn 10:21). No N.T. usa-se o plural, geralmente referindo-se aos escritos do A.T. (Mt 21:42Mc 12:24Jo 5:39At 17:11, etc.) – o singular é usualmente empregado, tratando-se no contexto de uma passagem particular (Mc 12:10Jo 7:38, etc.)(*veja Cânon das Santas Escrituras, Novo Testamento, Apócrifos (Livros), e Antigo Testamento.)

    Mortos

    masc. pl. part. pass. de matar
    masc. pl. part. pass. de morrer
    masc. pl. de morto

    ma·tar -
    (latim vulgar *mattare, do latim macto, -are, honrar os deuses, consagrar, imolar uma vítima, punir, destruir, matar)
    verbo transitivo e intransitivo

    1. Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas).

    2. Abater (reses).

    3. Causar aflição ou sofrimento a. = AFLIGIR

    4. [Brasil] [Jogos] Meter a bola de bilhar no buraco.

    verbo transitivo

    5. Causar grande dano ou prejuízo a. = ARRUINAR

    6. Causar devastação ou destruição (ex.: as chuvas fortes mataram a plantação). = DESTRUIR

    7. Causar grande sofrimento a. = AFLIGIR, MORTIFICAR

    8. Importunar; molestar (ex.: vocês matam-me com tantas perguntas).

    9. Fazer perder a qualidade ou o valor (ex.: as cores escolhidas mataram o conjunto das pinturas).

    10. Fazer desaparecer. = EXTINGUIR

    11. Saciar (ex.: matar a sede).

    12. Passar (tempo) ociosamente (ex.: matou tempo a ler uma revista).

    13. Levar à exaustão; causar grande cansaço.

    14. Decifrar ou resolver (charadas, enigmas, passatempos, etc.).

    15. [Brasil, Informal] Não comparecer (no trabalho, nas aulas, etc.).

    16. [Informal] Esvaziar, gastar ou consumir totalmente ou até ao fim (ex.: perguntou-lhe se podia matar o cigarro).

    17. [Futebol] Amortecer o impacto (ex.: matar a bola com o peito).

    18. [Angola, Informal] Vender fora dos circuitos legais a preços elevados.

    verbo pronominal

    19. Tirar a própria vida. = SUICIDAR-SE

    20. Figurado Sacrificar-se, cansar-se.

    21. Figurado Entregar-se por completo a uma actividade; esforçar-se muito para alguma coisa (ex.: matou-se para ter boas notas na escola).


    a matar
    Muito bem; na medida certa; na perfeição (ex.: essa roupa fica-lhe a matar).


    mor·rer |ê| |ê| -
    (latim vulgar morere, do latim morior, mori)
    verbo intransitivo

    1. Cessar de viver. = FALECER, FINAR-SE, PERECER

    2. Secar-se.

    3. Extinguir-se, acabar.

    4. Figurado Sofrer muito; não medrar.

    5. Não vingar.

    6. Não chegar a concluir-se.

    7. Desaguar.

    8. Cair em esquecimento.

    9. Definhar.

    10. Perder o brilho.

    11. Ter paixão (por alguma coisa).

    12. Sentir algo com grande intensidade (ex.: morrer de fome; morrer de saudades).

    nome masculino

    13. Acto de morrer.

    14. Morte.


    mor·to |ô| |ô|
    (latim mortuus, -a, -um)
    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    1. Que ou o que morreu; que ou aquele que deixou de ter vida. = DEFUNTO, FALECIDOVIVO

    adjectivo
    adjetivo

    2. Desprovido de vida (ex.: as pedras são coisas mortas).VIVO

    3. Que não tem movimento ou actividade (ex.: a festa estava morta). = PARADOACTIVO, MOVIMENTADO

    4. Que não tem vigor. = DEBILITADO, ENFRAQUECIDOFORTE, ROBUSTO, VIGOROSO

    5. Que não é utilizado; que caiu em desuso (ex.: tradições mortas). = DESUSADO, OBSOLETO

    6. Que já não se fala (ex.: língua morta).VIVO

    7. Que não tem brilho ou cor (ex.: a pintura da parede está morta). = DESBOTADO, ESMAECIDO, PÁLIDOBRILHANTE, COLORIDO, VIVO

    8. Desprovido de expressão (ex.: ela está com um olhar morto). = INEXPRESSIVO, INSÍPIDOEXPRESSIVO, VIVAZ, VIVO

    9. Que secou ou murchou (ex.: as flores na jarra já estão mortas). = MURCHO, SECOVIÇOSO

    10. Com grande vontade ou avidez (ex.: estava morto por ir viajar). = ANSIOSO, DESEJOSO, LOUCO

    11. Que se extinguiu ou apagou (ex.: fogo morto). = APAGADO, EXTINTOACESO

    12. Figurado Extremamente fatigado (ex.: estava morto por ter trabalhado o dia inteiro sem parar). = EXAUSTO


    não ter onde cair morto
    [Informal] Ser muito pobre.

    nem morto
    [Informal] De maneira nenhuma (ex.: não faço isso nem morta).

    Plural: mortos |ó|.

    masc. pl. part. pass. de matar
    masc. pl. part. pass. de morrer
    masc. pl. de morto

    ma·tar -
    (latim vulgar *mattare, do latim macto, -are, honrar os deuses, consagrar, imolar uma vítima, punir, destruir, matar)
    verbo transitivo e intransitivo

    1. Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas).

    2. Abater (reses).

    3. Causar aflição ou sofrimento a. = AFLIGIR

    4. [Brasil] [Jogos] Meter a bola de bilhar no buraco.

    verbo transitivo

    5. Causar grande dano ou prejuízo a. = ARRUINAR

    6. Causar devastação ou destruição (ex.: as chuvas fortes mataram a plantação). = DESTRUIR

    7. Causar grande sofrimento a. = AFLIGIR, MORTIFICAR

    8. Importunar; molestar (ex.: vocês matam-me com tantas perguntas).

    9. Fazer perder a qualidade ou o valor (ex.: as cores escolhidas mataram o conjunto das pinturas).

    10. Fazer desaparecer. = EXTINGUIR

    11. Saciar (ex.: matar a sede).

    12. Passar (tempo) ociosamente (ex.: matou tempo a ler uma revista).

    13. Levar à exaustão; causar grande cansaço.

    14. Decifrar ou resolver (charadas, enigmas, passatempos, etc.).

    15. [Brasil, Informal] Não comparecer (no trabalho, nas aulas, etc.).

    16. [Informal] Esvaziar, gastar ou consumir totalmente ou até ao fim (ex.: perguntou-lhe se podia matar o cigarro).

    17. [Futebol] Amortecer o impacto (ex.: matar a bola com o peito).

    18. [Angola, Informal] Vender fora dos circuitos legais a preços elevados.

    verbo pronominal

    19. Tirar a própria vida. = SUICIDAR-SE

    20. Figurado Sacrificar-se, cansar-se.

    21. Figurado Entregar-se por completo a uma actividade; esforçar-se muito para alguma coisa (ex.: matou-se para ter boas notas na escola).


    a matar
    Muito bem; na medida certa; na perfeição (ex.: essa roupa fica-lhe a matar).


    mor·rer |ê| |ê| -
    (latim vulgar morere, do latim morior, mori)
    verbo intransitivo

    1. Cessar de viver. = FALECER, FINAR-SE, PERECER

    2. Secar-se.

    3. Extinguir-se, acabar.

    4. Figurado Sofrer muito; não medrar.

    5. Não vingar.

    6. Não chegar a concluir-se.

    7. Desaguar.

    8. Cair em esquecimento.

    9. Definhar.

    10. Perder o brilho.

    11. Ter paixão (por alguma coisa).

    12. Sentir algo com grande intensidade (ex.: morrer de fome; morrer de saudades).

    nome masculino

    13. Acto de morrer.

    14. Morte.


    mor·to |ô| |ô|
    (latim mortuus, -a, -um)
    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    1. Que ou o que morreu; que ou aquele que deixou de ter vida. = DEFUNTO, FALECIDOVIVO

    adjectivo
    adjetivo

    2. Desprovido de vida (ex.: as pedras são coisas mortas).VIVO

    3. Que não tem movimento ou actividade (ex.: a festa estava morta). = PARADOACTIVO, MOVIMENTADO

    4. Que não tem vigor. = DEBILITADO, ENFRAQUECIDOFORTE, ROBUSTO, VIGOROSO

    5. Que não é utilizado; que caiu em desuso (ex.: tradições mortas). = DESUSADO, OBSOLETO

    6. Que já não se fala (ex.: língua morta).VIVO

    7. Que não tem brilho ou cor (ex.: a pintura da parede está morta). = DESBOTADO, ESMAECIDO, PÁLIDOBRILHANTE, COLORIDO, VIVO

    8. Desprovido de expressão (ex.: ela está com um olhar morto). = INEXPRESSIVO, INSÍPIDOEXPRESSIVO, VIVAZ, VIVO

    9. Que secou ou murchou (ex.: as flores na jarra já estão mortas). = MURCHO, SECOVIÇOSO

    10. Com grande vontade ou avidez (ex.: estava morto por ir viajar). = ANSIOSO, DESEJOSO, LOUCO

    11. Que se extinguiu ou apagou (ex.: fogo morto). = APAGADO, EXTINTOACESO

    12. Figurado Extremamente fatigado (ex.: estava morto por ter trabalhado o dia inteiro sem parar). = EXAUSTO


    não ter onde cair morto
    [Informal] Ser muito pobre.

    nem morto
    [Informal] De maneira nenhuma (ex.: não faço isso nem morta).

    Plural: mortos |ó|.

    Mortos EVOCAÇÃO DOS MORTOS

    V. NECROMANCIA.


    Necessário

    adjetivo Excessivamente importante; essencial.
    Que não se pode dispensar; indispensável: alimentação necessária à vida.
    Que não pode ser evitado; que não se pode prescindir; inevitável: a separação foi necessária.
    Que precisa ser realizado: foi necessário mudar de escola.
    [Filosofia] Diz-se daquilo que não se pode separar por uma hipótese, essência ou proposição.
    [Filosofia] Segundo os estoicos, diz-se da premissa que, caracterizada como verdadeira, não pode ser considerada falsa.
    [Linguística] Diz-se da essência do signo linguístico que une, de modo arbitrário, a coisa ao nome, o significante ao significado e, se estabelecendo de modo imutável ao falante, pode impedir a ocorrência de alterações ao signo.
    Etimologia (origem da palavra necessário). Do latim necessarius.a.um.

    preciso, forçoso, conveniente, indispensável, útil, urgente. – “Necessitar indica maior urgência que precisar”; daí a diferença entre necessário e preciso. – Necessário exprime necessidade; e preciso exprime pouco mais que conveniente, pouco menos que necessário. Conveniente diz apenas – “que é de desejar, que será acertado, que está no interesse de...” – Forçoso sugere ideia da força, do império com que se impõe a coisa, de que se trata. – É necessário trabalhar para viver. É preciso que se não falte à repartição amanhã. – É forçoso dispensar um empregado tão pouco assíduo. – É conveniente não sair sem necessidade quando chove. – Indispensável = “que é absolutamente necessário; aquilo sem que não é possível passar”. “Tenho menos que o necessário, pois conto apenas com o indispensável para não morrer de fome” – Útil = “que convém no momento; que serve para alguma coisa; que em certo caso é de proveito”. – Urgente = “que convém, que é necessário e até indispensável no instante preciso”.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Ressuscitar

    Ressuscitar
    1) Voltar um morto à vida (Rm 8:34); (1Co 6:14)

    2) Começar uma vida nova, de obediência a Deus (Rm 6:1-6); Ef

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    γάρ οὐδέπω εἴδω γραφή ὅτι δεῖ ἀνίστημι ἐκ νεκρός
    João 20: 9 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Pois, como eles ainda não entendiam a escritura, que diz que ele deveria ressuscitar dos mortos.
    João 20: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    9 de Abril de 30
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1124
    graphḗ
    γραφή
    construir
    (building)
    Verbo
    G1163
    deî
    δεῖ
    chutar, dar pontapé em
    (and kicked)
    Verbo
    G1492
    eídō
    εἴδω
    ver
    (knows)
    Verbo - Pretérito Perfeito do indicativo Ativo - 3ª pessoa do singular
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G3498
    nekrós
    νεκρός
    ser deixado, sobrar, restar, deixar
    (the remainder)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3764
    oudépō
    οὐδέπω
    ()
    G450
    anístēmi
    ἀνίστημι
    um filho de Davi
    (and Eliada)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    γραφή


    (G1124)
    graphḗ (graf-ay')

    1124 γραφη graphe

    de afinidade incerta; TDNT - 1:749,128; n f

    1. escritura, coisa escrita
    2. a Escritura, usado para denotar tanto o livro em si como o seu conteúdo
    3. certa porção ou seção da Sagrada Escritura

    δεῖ


    (G1163)
    deî (die)

    1163 δει dei

    terceira pessoa do singular presente ativo de 1210; TDNT - 2:21,140; v

    1. é necessário, há necessidade de, convém, é correto e próprio
      1. necessidade encontrada na natureza do caso
      2. necessidade provocada pelas circunstâncias ou pela conduta de outros em relação a nós
      3. necessidade com referência ao que é requerido para atingir algum fim
      4. uma necessidade de lei e mandamento, de dever, justiça
      5. necessidade estabelecida pelo conselho e decreto de Deus, especialmente por aquele propósito seu que se relaciona com a salvação dos homens pela intervenção de Cristo e que é revelado nas profecias do Antigo Testamento
        1. relativo ao que Cristo teve que finalmente sofrer, seus sofrimentos, morte, ressurreição, ascensão

    Sinônimos ver verbete 5829 e 5940


    εἴδω


    (G1492)
    eídō (i'-do)

    1492 ειδω eido ou οιδα oida

    palavra raíz; TDNT - 5:116, 673; v

    1. ver
      1. perceber com os olhos
      2. perceber por algum dos sentidos
      3. perceber, notar, discernir, descobrir
      4. ver
        1. i.e. voltar os olhos, a mente, a atenção a algo
        2. prestar atenção, observar
        3. tratar algo
          1. i.e. determinar o que deve ser feito a respeito de
        4. inspecionar, examinar
        5. olhar para, ver
      5. experimentar algum estado ou condição
      6. ver i.e. ter uma intrevista com, visitar
    2. conhecer
      1. saber a respeito de tudo
      2. saber, i.e. adquirir conhecimento de, entender, perceber
        1. a respeito de qualquer fato
        2. a força e significado de algo que tem sentido definido
        3. saber como, ter a habilidade de
      3. ter consideração por alguém, estimar, prestar atênção a (1Ts 5:12)

    Sinônimos ver verbete 5825


    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    νεκρός


    (G3498)
    nekrós (nek-ros')

    3498 νεκρος nekros

    aparentemente de uma palavra primária nekus (cadáver); TDNT - 4:892,627; adj

    1. propriamente
      1. aquele que deu o seu último suspiro, sem vida
      2. falecido, morto, alguém de quem a alma esta no céu ou inferno
      3. destituído de vida, sem vida, inanimado
    2. metáf.
      1. espiritualmente morto
        1. destituído de vida que reconhece e é devotada a Deus, porque entreguou-se a transgressões e pecados
        2. inativo com respeito as feitos justos
      2. destituído de força ou poder, inativo, inoperante


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐδέπω


    (G3764)
    oudépō (oo-dep'-o)

    3764 ουδεπω oudepo

    de 3761 e 4452; adv

    1. ainda não, já não mais

    ἀνίστημι


    (G450)
    anístēmi (an-is'-tay-mee)

    450 ανιστημι anistemi

    de 303 e 2476; TDNT - 1:368,60; v

    1. fazer levantar, erguer-se
      1. levantar-se do repouso
      2. levantar-se dentre os mortos
      3. erguer-se, fazer nascer, fazer aparecer, mostrar
    2. levantar, ficar de pé
      1. de pessoas em posição horizontal, de pessoas deitadas no chão
      2. de pessoas sentadas
      3. daquelas que deixam um lugar para ir a outro
        1. daqueles que se preparam para uma jornada
      4. quando referindo-se aos mortos
    3. surgir, aparecer, manifestar-se
      1. de reis, profetas, sacerdotes, líderes de rebeldes
      2. daqueles que estão a ponto de iniciar uma conversa ou disputa com alguém, ou empreender algum negócio, ou tentar alguma coisa contra outros
      3. levantar-se contra alguém

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo