Enciclopédia de João 5:19-19

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jo 5: 19

Versão Versículo
ARA Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz.
ARC Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente.
TB Jesus, pois, lhes disse: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão o que vir o Pai fazer; porque tudo o que ele fizer, o faz também semelhantemente o Filho.
BGB Ἀπεκρίνατο οὖν ὁ Ἰησοῦς καὶ ⸀ἔλεγεν αὐτοῖς· Ἀμὴν ἀμὴν λέγω ὑμῖν, οὐ δύναται ὁ υἱὸς ποιεῖν ἀφ’ ἑαυτοῦ οὐδὲν ⸀ἐὰν μή τι βλέπῃ τὸν πατέρα ποιοῦντα· ἃ γὰρ ἂν ἐκεῖνος ποιῇ, ταῦτα καὶ ὁ υἱὸς ὁμοίως ποιεῖ.
HD Em resposta, então, dizia-lhes Jesus: Amém , amém, vos digo: Não pode o filho fazer nada de si mesmo, senão o que vir o Pai fazendo; pois as {coisas} que ele fizer, essas {coisas} também o filho faz de forma semelhante.
BKJ Então, respondeu Jesus e disse-lhes: Na verdade, na verdade eu vos digo: O Filho não pode fazer nada por si mesmo, a não ser o que vê o Pai fazendo; porque todas as coisas que ele faz, o Filho também da mesma forma o faz.
LTT Respondeu, pois, Jesus (aos pensamentos deles), e lhes disse: "Em verdade, em verdade vos digo que coisa nenhuma pode o Filho fazer proveniente- de- junto- de Si mesmo, a não ser qualquer coisa que veja o Pai fazendo; porque todas- e- quaisquer- coisas que Ele (o Pai) faça, essas coisas também o Filho igualmente as faz.
BJ2 Retomando a palavra, Jesus lhes disse: "Em verdade, em verdade, vos digo: o Filho, por si mesmo, nada pode fazer mas só aquilo que vê o Pai fazer; tudo o que este faz o Filho o faz igualmente.
VULG Amen, amen dico vobis : non potest Filius a se facere quidquam, nisi quod viderit Patrem facientem : quæcumque enim ille fecerit, hæc et Filius similiter facit.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 5:19

Gênesis 1:1 No princípio, criou Deus os céus e a terra.
Gênesis 1:26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.
Êxodo 4:11 E disse-lhe o Senhor: Quem fez a boca do homem? Ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o Senhor?
Salmos 27:14 Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor.
Salmos 50:6 E os céus anunciarão a sua justiça, pois Deus mesmo é o Juiz. (Selá)
Salmos 138:3 No dia em que eu clamei, me escutaste; alentaste-me, fortalecendo a minha alma.
Provérbios 2:6 Porque o Senhor dá a sabedoria, e da sua boca vem o conhecimento e o entendimento.
Isaías 44:24 Assim diz o Senhor, teu Redentor, e que te formou desde o ventre: Eu sou o Senhor que faço todas as coisas, que estendo os céus e espraio a terra por mim mesmo;
Isaías 45:24 De mim se dirá: Deveras no Senhor há justiça e força; até ele virão, mas serão envergonhados todos os que se irritarem contra ele.
Jeremias 17:10 Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações.
Lucas 21:15 porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se vos opuserem.
João 2:19 Jesus respondeu e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei.
João 3:3 Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
João 5:21 Pois assim como o Pai ressuscita os mortos e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer.
João 5:24 Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.
João 5:28 Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.
João 8:28 Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do Homem, então, conhecereis quem eu sou e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou.
João 9:4 Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.
João 10:18 Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar e poder para tornar a tomá-la. Esse mandamento recebi de meu Pai.
João 11:25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;
João 12:49 Porque eu não tenho falado de mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar.
João 14:10 Não crês tu que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.
João 14:16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,
Atos 2:24 ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.
Romanos 6:4 De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
Romanos 8:11 E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita.
I Coríntios 15:12 Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?
II Coríntios 4:14 sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus e nos apresentará convosco.
II Coríntios 5:10 Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.
II Coríntios 12:9 E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
Efésios 1:18 tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos
Efésios 2:5 estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
Efésios 3:16 para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior;
Filipenses 3:21 que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.
Filipenses 4:13 Posso todas as coisas naquele que me fortalece.
Colossenses 1:11 corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória, em toda a paciência e longanimidade, com gozo,
Colossenses 1:16 porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele.
I Tessalonicenses 4:14 Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.
I Pedro 3:18 Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito,
Apocalipse 2:23 E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
João 5 : 19
Amém
άμην (amém), transliteração do vocábulo hebraico אָמֵן Trata- se de um adjetivo verbal (ser firme, ser confiável). O vocábulo é frequentemente utilizado de forma idiomática (partícula adverbial) para expressar asserção, concordância, confirmação (realmente, verdadeiramente, de fato, certamente, isso mesmo, que assim seja). Ao redigirem o Novo Testamento, os evangelistas mantiveram a palavra no original, fazendo apenas a transliteração para o grego, razão pela qual também optamos por mantê-la intacta, sem tradução.

João 5 : 19
de forma semelhante
Lit. “semelhantemente”. Trata-se de um advérbio.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 1)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

30

Galileia

Jesus anuncia pela primeira vez que “o Reino dos céus está próximo”

Mt 4:17

Mc 1:14-15

Lc 4:14-15

Jo 4:44-45

Caná; Nazaré; Cafarnaum

Cura filho de funcionário; lê o rolo de Isaías; vai para Cafarnaum

Mt 4:13-16

 

Lc 4:16-31

Jo 4:46-54

Mar da Galileia, perto de Cafarnaum

Chama quatro discípulos: Simão e André, Tiago e João

Mt 4:18-22

Mc 1:16-20

Lc 5:1-11

 

Cafarnaum

Cura sogra de Simão e outros

Mt 8:14-17

Mc 1:21-34

Lc 4:31-41

 

Galileia

Primeira viagem pela Galileia, com os quatro discípulos

Mt 4:23-25

Mc 1:35-39

Lc 4:42-43

 

Cura leproso; multidões o seguem

Mt 8:1-4

Mc 1:40-45

Lc 5:12-16

 

Cafarnaum

Cura paralítico

Mt 9:1-8

Mc 2:1-12

Lc 5:17-26

 

Chama Mateus; come com cobradores de impostos; pergunta sobre jejum

Mt 9:9-17

Mc 2:13-22

Lc 5:27-39

 

Judeia

Prega em sinagogas

   

Lc 4:44

 

31 d.C., Páscoa

Jerusalém

Cura homem em Betezata; judeus tentam matá-lo

     

Jo 5:1-47

Retorno de Jerusalém (?)

Discípulos colhem espigas no sábado; Jesus “Senhor do sábado”

Mt 12:1-8

Mc 2:23-28

Lc 6:1-5

 

Galileia; mar da Galileia

Cura mão de um homem no sábado; multidões o seguem; cura muitos

Mt 12:9-21

Mc 3:1-12

Lc 6:6-11

 

Mte. perto de Cafarnaum

Escolhe os 12 apóstolos

 

Mc 3:13-19

Lc 6:12-16

 

Perto de Cafarnaum

Profere Sermão do Monte

Mt 5:1–7:29

 

Lc 6:17-49

 

Cafarnaum

Cura servo de oficial do exército

Mt 8:5-13

 

Lc 7:1-10

 

Naim

Ressuscita filho de viúva

   

Lc 7:11-17

 

Tiberíades; Galileia (Naim ou proximidades)

João envia discípulos a Jesus; verdade revelada às criancinhas; jugo é suave

Mt 11:2-30

 

Lc 7:18-35

 

Galileia (Naim ou proximidades)

Pecadora derrama óleo nos pés de Jesus; ilustração dos devedores

   

Lc 7:36-50

 

Galileia

Segunda viagem de pregação, com os 12

   

Lc 8:1-3

 

Expulsa demônios; pecado imperdoável

Mt 12:22-37

Mc 3:19-30

   

Não dá sinal, exceto o de Jonas

Mt 12:38-45

     

Sua mãe e seus irmãos chegam; diz que discípulos são seus parentes

Mt 12:46-50

Mc 3:31-35

Lc 8:19-21

 

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Amélia Rodrigues

jo 5:19
Dias Venturosos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues
Jerusalém, a tradicional cidade dos profetas, era também o núcleo acadêmico das dissensões e da presunção. Capital orgulhosa de Israel, ali se disputavam os ouro-

péis e vaidades humanas, ao ônus de intrigas, de bajulação, do vil comércio da corrupção moral.


O Templo soberbo no monte Moriá deslumbrava pela imponência. Desde que reerguido e embelezado por Salomão, tornara-se o símbolo da raça vencida, mas não submissa, e do poder do pensamento monoteísta no imenso oceano politeísta.


As festas religiosas celebradas tinham também um caráter civil, nacionalista, e vice-versa, graças às quais os judeus demonstravam aos romanos o seu desdém por César, pelos seus deuses e por eles todos.


Com habilidade, às vezes maldisfarçada, exteriorizavam o desprezo que nutriam pelo estrangeiro dominador e pelas suas tradições.


Portadores de fina ironia, fariseus e saduceus anatematizavam o jugo político e seus chefetes, beneficiando-se das migalhas que disputavam com exacerbada cupidez e sob veladas ameaças punitivas, quando não deles mesmos, deDeus, para quem transferiam os seus anelos de vingança rancorosa.


A festa de Pentecostes atraíra as gentes de todas as tetrarquias e de outras terras.


As evocações do passado eram predominantemente afirmações da eleição especial de que gozavam por parte da Divindade.


Estavam no ar os salmos, as hosanas, as fanfarras, os sons melódicos dos instrumentos de prata e a mixórdia de cores, de vozes, de animais e pessoas pelos átrios, nos seus arredores, dentro do Templo.


Exibiam-se os poderosos, mendigavam os desprovidos de recursos, discutiam os aventureiros, negociavam os ambiciosos, tramavam os perversos.


A Torre Antônia, esguia e poderosa, velava próxima, com os olhos romanos direcionados, provocativamente, para as suas áreas.


Os ódios espumavam entre dentes rilhados, e as suspeitas se alimentavam de ignóbeis ardis.


Respiravam-se, na cidade, glória e miséria, poder e carência, beleza e vilania moral.


Fora dos muros, o Jardim das Oliveiras espreguiçavase monte acima, assinalado pelo verde-musgo das árvores venerandas, sobranceiras, generosas. . .


Ir a Jerusalém era sempre uma ambição máxima de todo israelita que vivesse em outras terras.


Sacrificar aves e animais em sinal de arrependimento dos erros, de reparação de crimes ou de gratidão a Deus, representava honra disputada com veemência.


Jerusalém era-lhe o pináculo da glória, e o Templo, a felicidade total. . .


* * *

Naquela cidade, deveria o Mestre desvelar-se.


Os intelectos, vazios de luz e atulhados de textos confusos, sutilmente utilizados a benefício próprio, compraziam-se nas intérminas discussões de insignificâncias da Lei, da Torah, das vacuidades a que davam magnitude.


Essas pessoas eram profissionais da retórica inútil e dourada, as fomentadoras das perturbações sociais e polí- tico-religiosas.


Fariseus, que se celebrizaram pela pusilanimidade, ostentavam vestes brancas, alvinitentes, que lhes não abafavam o odor de cadáveres vivos. . .


Saduceus presunçosos desfilavam aparência pudica, arremetendo contra tudo, na sua atormentada incredulidade. Nutriam-se de acusações permanentes e engalfinhavam-se em debates vigorosos, anelando pelo apedrejamento dos seus opositores.


Ninho de serpentes perigosas aguardava o Cordeiro; matadouro infecto esperava a vítima. . .


Jesus o sabia; mas não se impressionava com eles nem os temia com as suas exprobações e aparências mentirosas.


Mais de uma vez os enfrentara e desarmara. Silenciara-os, levando-os à incontida fúria.


Por isso mesmo, deveriam matá-lO. Urdiam planos; seguiam-nO; vigiavam-nO; interrompiam-nO, esperando surpreendê-lO.


Multiplicavam-se, aparecendo em todo lugar, erva má que eram e não necessitava ser plantada, medrando em abundância. . .


O Mestre ergueu-se diante deles e do povo, dizendo, intemerato: - Não pode o Filho fazer nada por si mesmo se não vir o Pai fazê-lo, pois tudo quanto o Pai faz, também o Filho o faz igualmente. Porque o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo quanto faz; mostrar-lhe-á obras maiores do que estas, de modo que ficareis admirados. . . (João 5:19-47)


Um grito rouquenho interrompeu-o:

– Quem pensas que és? - Estrugiu em ruidosa, histé- rica gargalhada.


Sem oferecer-lhe importância, Ele deu curso à revela- ção em paz:

– Assim como o Pai ressuscita mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida àquele que quer. O Pai não julga ninguém, mas entregou ao Filho o poder de tudo julgar, para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai, que O enviou. Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e acredita naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre em condenação, mas passou da morte para a vida.


Erguendo os punhos fechados e agitando-se, velho barbudo, fariseu confesso, descarregou o ódio:

– Blasfêmia! Ele blasfemou. Diz-se igual a Deus e até maior do que Deus. Morte ao traidor!


Murmúrios, imprecações, empurrões toldaram a paz do ambiente.


Jesus ainda não havia terminado e, com a voz inalterada, insistiu:

– Digo-vos que a hora vem, e é já, em que os mortos hão de ouvir a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem, viverão. Assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim também concedeu ao Filho o ter a vida em si mesmo, e deu-lhe o poder de julgar, por ser Filho do Homem.


Ali estavam muitos cadáveres que respiravam. Eram mortos para a verdade e estavam ouvindo-a sem a entender, quando poderiam incorporá-la e viver.


Mas havia outros mortos, para os quais o Mestre falaria. . .


– Não vos admireis com isso - acentuou, vigoroso - porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos túmulos ouvirão a sua voz; os que tiverem praticado boas obras sairão, ressuscitando para a vida, e os que tiverem praticado o mal hão de ressuscitar para a condenação. Eu nada posso fazer por mim mesmo; conforme ouço é que julgo e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.


Novo alarido e interrupção.


– Levemo-lo ao poste das lapidações - Berrou truculento esbirro do Sumo Sacerdote - É passível o seu crime de morte sem julgamento.


O julgamento está impresso na consciência de cada ser. Mesmo os mortos, ao despertarem na vida, não fugirão do Estatuto Divino que carregam em si mesmos. A sua defesa são as boas obras, e a sua condenação, as más.


Jesus nada pode fazer, porquanto, cada qual é o seu próprio juiz, seu acusador, seu defensor.


A palavra viril, irretocável, prosseguiu explicando:

– Se eu desse testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não seria considerado verdadeiro. Outro é o que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que Ele dá de mim é verdadeiro.


Vós mandastes emissários a João, e ele deu testemunho da verdade. Não é de um homem que eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para que vos salveis; João era uma lâmpada que ardia e brilhava, e vós, por um momento quisestes regozijar-vos com a sua luz. Mas eu tenho um testemunho maior do que o de João, pois as obras que o Pai me deu para consumar, essas mesmas obras que faço, atestam a meu respeito, que o Pai me enviou. E o Pai, que me enviou, deu, Ele mesmo, testemunho de mim.


Nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua face, e a sua palavra não habita em vós, porque não acreditais no que Ele enviou. Esquadrinhais as Escrituras, julgando ter nelas a vida eterna; são elas que dão testemunho de mim, e não quereis vir a mim para terdes a vida. Não é dos homens que recebo a glória, mas conheço-vos e sei que o amor em Deus não existe em vós.


Aquelas palavras penetraram os hipócritas como afiados punhais.


Deus não lhes habitava a alma.


Elogiavam-se reciprocamente e repartiam homenagens inúteis entre eles.


Coroavam-se de folhas de louro mortas e de metais cinzelados também sem vida.


Adornavam-se uns aos outros, porque não acreditavam realmente na vida eterna.


Tanto haviam mentido a respeito da imortalidade, da justiça de Deus, do seu amor, que ficaram áridos, sem fé, sem Deus. . .


O silêncio fez-se sepulcral.


Ele, então, agigantando-se mais, concluiu:

– Vim em nome de meu Pai, e não me recebeis, mas se vier outro em seu próprio nome, recebê-lo-eis. Como podeis acreditar, vós que tirais a glória uns dos outros e não buscais a glória que vem de Deus? Não penseis que eu vou acusar-vos ao Pai; outro vos acusará. . . Moisés, em quem depositastes a vossa esperança. Se acreditásseis em Moisés acreditaríeis em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas se não acreditais nos seus escritos, como acreditareis nas minhas palavras?


Calou-se. Havia estupor nas faces macilentas, sorrisos nos rostos sofridos, alegrias nos puros de coração, esperan- ças nos deserdados do mundo, que gritaram:

– Aleluia! Exultemos e ouçamo-lO, a Ele que conhece a verdade.


De fato, Jesus não acusa jamais. Ele é todo amor. Porém Moisés, a Lei que todos conhecem, apontará no tribunal da consciência quem é justo e quem é criminoso. . .


Jerusalém era a capital de Israel. Jesus é a Luz do Mundo. Libertador!



Joanna de Ângelis

jo 5:19
No Limiar do Infinito

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Encontrando-se a alma com suas raízes fixadas ao passado, donde procede e se vem aprimorando a pouco e pouco, justo, que se considerem sejam as atuais vicissitudes e venturas uma natural decorrência das atividades antes empreendidas.


Pesando, na sua economia evolutiva, créditos e débitos, a consciência da responsabilidade impede ao ressarcimento, nos retornos à organização somática, a fim de expungir e liberar-se dos agravantes e conquistar valores que a elevem, felicitem e apaziguem.


Conforme anotou o Evangelista João, no Capítulo 5, versículo 29 (Jo 5:19): "E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida, e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação. " A tese reencarnacionista encontra no conceito exarado por Jesus a sua afirmação, mediante cujo comportamento na Terra faz que o Espírito ressuscite para a luz da alegria ou renasça para a aflição reeducativa de que necessita imperiosamente.


Jornadeando por diferentes etapas, graças aos recursos morais de que se encontra investido, fomenta afeições a que se imana, quanto favorece animosidades que estimula a soldo do orgulho e do egoísmo de que se não consegue libertar.


Essas injunções circunstânciais que todos defrontam no transcurso de cada existência deveriam significar pretexto para a fraternidade geral, em cujo cometimento se engajassem com vistas ao futuro de todos. Sublimando as afeições que se fariam sem os impositivos do interesse individual nem as paixões personalistas, o amor se converteria numa paisagem de esperança e ternura ao invés de fazê-lo um oásis de júbilos rápidos na desolação do deserto de inércia e dor em que se abatem os insensatos e aturdidos.


Outrossim, as vergastadas da antipatia em explosões espontâneas, tanto quanto as reações do orgulho ferido e dos melindres suscitados por incompreensões e desaires se transformam em graves expressões de ódio que intercambiam entre si os que se detestam, estabelecendo demoradas imposições de reencontros futuros, até que se

despedassem as algemas ao império da força do amor.


Ao mesmo tempo, as atitudes arbitrárias fomentadas pelas dissipações e vãs conquistas transitórias engendram injustiças reais e imaginárias, que não recebem os lucilares do perdão nem da beneficência com que amortecessem a sede de desforço e a ânsia de revide que se agasalham nos sentimentos revoltados.


Colhidos pela desencarnação os que permanecem no ódio, não se despem da insidiosa presença do rancor que os combure, volvendo precipites jungido às leis do retorno e das afinidades aos círculos donde se separaram pela perda do corpo, não, porém, pela sintonia de propósitos, dando início consciente ou inconscientemente aos lamentáveis processos de alienações obsessivas de curso imprevisível.


Vencidos pela amargura a que se fixam, eliminam os venenos mentais e disparam dardos de incontida revolta contra aqueles que, no plano físico e mesmo fora dele, passam a receber-lhes os influxos deletérios que intoxicam e sitiam até que se consumam as metas infelizes em cuja direção são arrojados. Não arrimadas essas pessoas aos hábitos salutares da prece e da meditação, da vigilância e da ação edificante, porque sofrem a constrição da consciência culpada, acolhem os petardos inditosos que as alcançam em contínua pertinácia, culminando por estabelecer o clima de perturbação em que derrapam, assim malogrando e não se sentindo encorajadas à ressurreição interior...


Vinculados pelas dívidas que identificam entre si aqueles que sintonizam na mesma faixa mental de sombra, somente a custo de esforço em prol da própria elevação logram liberação da canga pesada que os extenua.


Ninguém consegue paz senão a preço da renúncia, do esforço nobre e da realização elevada.


Os atentados aos Estatutos Divinos que regem a vida produzem distúrbios e desarmonias que permanecem aguardando o responsável, até que este reorganize a paisagem afetada, recompondo a ordem que violou.


Incapazes da vivência do perdão, aqueles que se acreditam ludibriados anelam por incompreensível vindita, quando poderiam vencer a ocorrência desagradável, superando as ofensas e librando acima dos ofensores e agressores.


Dominados mais pelas expressões animais da personalidade inferior do que pelos relevantes títulos espirituais, não trepidam em revidar "mal por mal", embora essa atitude igualmente lhes proporcione grande mal.


Em toda pugna obsessiva se encontram dois litigantes infelizes. O perseguido, sem os arrimos da elevação moral, sucumbe inexoravelmente sob a constrição da força obsidente, se não encontra a salvadora solução evangélica, enquanto o sandeu perseguidor, em cobrando o que atribui ser-lhe um encargo de justa dívida, mergulha nas mesmas densas faixas vibratórias em que se amesquinha e se estertora.


Incontrolável é o número dos obsidiados por Espíritos desencarnados em nossos dias.


A imensa massa de obsessos com as mentes e os corpos violentados pelos fluidos perturbantes jaz amolentada por hipnose segura que a domina ou açulada por indução criminosa que a desorganiza e alucina.


Vinganças pessoais são patenteadas por temperamentos empedernidos no mal, que se resolveram retardar a marcha ascensional, a fim de promoverem a desdita dos seus adversários apesar de também pagando o preço do sofrimento.


Obsessões realizadas por avançada técnica com que, os que se supõem dilapidados, recorrem a mentes frias e hábeis do Mundo Espiritual inferior, consumam terríveis processos de vampirização e subjugação sem alma, em que se comprazem por tempo indeterminado, até que a Lei de Amor interfira compulsoriamente a favor de ambos os consórcios da peleja perniciosa.


Agressões ocasionais e constantes são promovidas por vigilantes verdugos que detestam os que caminham na senda reencarnacionista amarrados a débitos passados, de que se não liberaram.


Grupos humanos e comunidades submetidas às algemas da perturbação espiritual, constrangedora, arrastam suas misérias morais em caravana de inermes vítimas de si mesmos, sob a imperiosa força dos seus adversários desencarnados.


No intercâmbio espontâneo existente entre homens e Espíritos é muito maior do que se pensa o cerco das Entidades perversas e atrasadas, considerando-se a mais fácil sintonia de propósitos entre estes e os deambulantes do corpo físico.


Onde esteja à dívida sempre surge a cobrança.


Oculto o débito ou esquecido, em nada diminui o gravame, aparecendo no momento próprio à necessidade do ressarcimento.


A harmonia interior decorre do equilíbrio existente entre as ações positivas e os enganos que produzem as reações da ira e das idiossincrasias que passam a gravitar em torno dos que lhes fazem jus.


Somente o amor em toda a sua grandeza consegue modificar as cruas e rudes parasitoses psíquicas que dizimam os homens invigilantes e estabelecem o caos social que varre o planeta nos seus diversos quadrantes.


Instado ao bem, mediante os incontáveis convites da Natureza, o homem dispõe de vigorosos antídotos de que se não utiliza, a fim de preservar-se e possuir a paz.


A prática da beneficência, o culto da oração e a manutenção dos sentimentos nobres a qualquer custo conseguem resguardar, inclusive, os incursos no desrespeito à Lei, fazendo que se edifiquem pela soma das ações corretas ao inverso do tributo pelas lágrimas pungentes.


O bem possui maior soma de pesos na economia da vida, podendo anular quaisquer atentados e oferecer ao mesmo tempo forças para que o réprobo se encoraje à reabilitação, logrando conquistas que o credenciam à ventura agora ou mais tarde.


Retribuindo os assédios à sua casa mental com pensamentos salutares, consegue o encurralado anular e até mesmo descoroçoar o seu antagonista que, cansando-se da trama malévola que estabelece e na qual insiste, busca outras metas, encontrando a própria redenção. Nesse comenos os Espíritos Guias do encarnado ou do antagonista se acercam amparando os litigantes e inspirando um como outro à aquisição da vitória sobre o "eu" enfermiço em derrocada.


A argumentação benevolente e esclarecedora, no exercício da mediunidade com Jesus, constitui salutar medicamento para o severo problema das obsessões, equacionando as razões ocultas, das soezes perturbações, ao mesmo tempo propiciando a reeducação de ambos os combatentes, que na área da mente se enfrentam furiosos.


Havendo autoridade moral por parte do educador espiritual, consegue-se, a esforço, que ambos os comprometidos na estafante refrega se resolvam mudar de comportamento mental e se disponham ao recomeço reparador com que se armam para os empreendimentos futuros.


Mediante um grupo coeso de homens e mulheres em sintonia espiritual, estudiosos das causas e principais misteres da vida, arrimados à prece e à elevação de propósitos, em disciplinado exercício da caridade aos que atravessaram o portal do túmulo, a terapêutica desobsessiva consegue alcançar as finalidades elevadas a que se destina.


A comunhão fraternal, a solidariedade existente e o culto ao bem incessante produzem resistência às investidas das mentes impiedosas e perseguidoras que não

conseguem romper as defesas do grupo, verdadeiro reduto de luz que sombra alguma lobrigará entenebrecer...


Simultaneamente a honesta disposição do paciente em se recuperar, envidando esforços para arrebentar as algemas de dor e amargura através dos sorrisos e socorros que consiga proporcionar aos que padecem aflições e sufocam amarguras íntimas, constitui-lhe valiosa armadura para a vitória no embate severo.


Muitas vezes a soma de delitos que pesa sobre a consciência e a vida dos inditosos pacientes é superior à possibilidade momentânea de recuperação e de paz. Alonga-se em tal caso a interferência obsessiva, que nem sempre culmina na desencarnação, prosseguindo além do túmulo, em que se alteram os fatores vigentes e se estabelecem os novos cometimentos futuros em que sorrirão as esperanças e se enflorescerão as alegrias.


Na anterioridade da alma, nas suas vidas precedentes se encontram as matrizes de todos os sucessos de profundidade e alta significação a se refletirem na atualidade do ser espiritual encarnado ou não.


No passado espiritual se demoram as chaves decifradoras dos enigmas presentes.


No ontem de cada ser dormem as razões reais das agonias, dores e insatisfações que estiolam as criaturas humanas.


Oxalá compreendam os homens que as diretrizes do seu futuro vigem nas circunstâncias atuais, podendo cada ser construir o seu paraíso, desde então, a contributo de abnegação, nobreza e autoaprimoramento.


Não deseja o Senhor que os pecadores se extraviem, conforme lecionou, mas que se salvem.


No colossal intercâmbio existente entre os habitantes da Terra e os que vivem na Erraticidade, a questão que diz respeito à obsessão é das mais importantes, em razão das suas consequências, enquanto o amor é claridade que luze, apontando rumos, superior a todas as infelizes conjunturas que unem os endividados entre si, imanados pelas ofensas recíprocas.


A dívida-sombra a seguir o leviano, enquanto o bem realizado pode ser comparado a estrela fulgurante, vencendo a densa treva da noite, em triunfo, no zimbório de quem o conduz interiormente.



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

jo 5:19
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 39
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 5:17-29


17. Mas Jesus respondeu-lhes: "Meu Pai até agora trabalha, e eu também trabalho".


18. Por isso, então, os judeus mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.


19. Respondeu-lhes então Jesus e disse-lhes: "Em verdade, em verdade vos digo: o Filho não pode fazer nada por si mesmo, senão o que veja seu Pai fazendo; porque tudo o que ele faça, o Filho também faz semelhantemente.


20. Pois o Pai ama o Filho e lhe manifesta tudo o que faz, e maiores obras que estas lhe manifestará, para que vos admireis.


21. Assim, pois, como o Pai desperto os mortos e os vivifica, assim também o Filho vivifica os que ele quer,


22. porque o Pai não escolhe ninguém, mas deu toda escolha ao Filho,


23. para que todos honrem o Filho, assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou.


24. Em verdade, em verdade vos digo, que o que ouve o meu ensino e confia em quem me enviou, tem a vida imanente e não vai para o carma; pelo contrário, já se transladou da morte para a vida.


25. Em verdade, em verdade vos digo, que vem uma hora, e é agora, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a tiverem ouvido, viverão.


26. Porque assim Como o Pai tem vida em si mesmo, assim também deu ao Filho ter vida em si mesmo,


27. e deu-lhe autoridade para fazer a escolha, porque é Filho do Homem.


28. Não vos maravilheis disso, porque vem uma hora em que todos, nos túmulos, ouvirão sua voz e sairão,


29. os que produziram coisas boas para uma restauração de vida, os que praticaram coisas vulgares, para uma restauração de carma.




Quando os judeus se voltam para o Cristo, a fim de pedir contas de seus atos de rebeldia contra as prescrições da religião oficial, provocam-Lhe mais uma lição de suma importância para nossa compreensão das realidades espirituais.


A aula divide-se em duas partes distintas, versando a primeira sobre: a) as qualidades e poderes do Espírito; b) os resultados consequentes às suas ações, na utilização dessas qualidades e poderes; na segunda parte aprendemos como conhecer a legitimidade da missão dos mestres e da doutrina que eles ensinam.


Temos que considerar todos os pormenores da lição. Procederemos, por isso, como na aula sobre o Pão da Vida, tecendo primeiramente comentários linguísticos para, em seguida, interpretar o sentido real do trecho, de incalculável profundidade. Vejamos cada versículo de per si.


17. O verbo duas vezes empregado, e que traduzimos por "trabalhar", é ergázomai (já explicado quando expusemos os vers. 27-30, na lição do Pão da Vida. Vimos que tem o sentido de "produzir algo (com esforço)", já que esse verba é derivado de érgon.


18. No original "mais procuravam matá-lo": mãllon ezêtoun autàn apokteínai; seu próprio pai: patêra ídion: fazendo-se igual a Deus: íson heautòn poiõn tôi theôi.


19. Recomeça com a fórmula de garantia da verdade do que vai ensinar: "amén, amén".


Daqui por diante é interessante dar o texto original completo, a fim de mostrar que nossa tradução é fiel e perfeita, sem distorções nem más interpretações. A seguir de cada frase traduzida, reproduziremos em grifo o texto grego, infelizmente com caracteres latinos, em vista da falta de tipos gregos na tipografia.


O Filho não pode fazer nada (ho huiós ou dúnatai poieín oudén) por si mesmo (aph’heaután) se não (eàn mé) o que veja (tí blépêi) o Pai fazendo (tòn patéra poioúnta), porque tudo o que ele faça (hà gàr àn ekeínos poiêi) o Filho também faz semelhantemente (taúta kaí ho huiós homoiôs poieí). O sentido das palavras não deixa a menor dúvida: Pai e Filho são UM, embora o Pai seja "maior que o Filho" (JO 14:28) pois o Filho procede do Pai.


20. Pois o Pai ama (phílein) o Filho e lhe manifesta tudo o que faz (kai pánta deíknusin autôi hà autòs poiei); e maiores obras que estas (kai meizona toútôn érga) lhe manifestará (deíxei autôi) para que vos admireis (hína huméis thaumázête).


21. Assim pois como o Pai (hôsper gàr ho patêr) desperta os mortos (egeírei toùs nekroùs; quanto ao sentido de egeirô) e os vivifica (kaí zoopoiei) assim também o Filho (hoútos kaí ho huiòs) vivifica os que ele quer (zoopoiei hoùs thélei).


22. Porque o Pai não escolhe ninguém (oudè gàr ho patêr krínei oudéna); já vimos o sentido de krinô: mas deu toda escolha ao Filho (allà tèn krísin pãsan dédôken tôi huiôi).


23. Para que todos honrem o Filho (hína pántes timôsi tòn huiòn) assim como honram o Pai (kathôs timôsi tòn patéra): o que não honra o Filho (ho mê timôn tòn huiòn) não honra o Pai que o enviou (ou timãi tòn patéra tón pémpsanta autón); pémpsanta é o particípio de pémpô.


24. Em verdade, em verdade vos digo: o que ouve meu ensino (ho tòn lógon mou akoúôn) e confia em quem me enviou (kaí pisteúôn tôi pémpsantí me) tem a vida imanente (échei zóen aiónion) e não vai para o carma (kaí eis krísin ouk érchetai) pelo contrário já se transladou da morte para a vida (allà metabebêken ek tóu thanátou eis tèn zôen); metabebêken é o perfeito de metabaínô.


25. Em verdade, em verdade vos digo que vem uma hora (érchetai hôra, sem artigo) e é agora (kaí nún estin) em que os mortos (hóte hoi nekroí) ouvirão a voz do Filho de Deus (akoúsousin tês phônes toú huioú toù theoú) e os que a tiverem ouvido, viverão (kaí hoi akoúsantes zésousin).


26. Porque assim como (hôsper gàr) o Pai tem vida (ho patêr échei zôen) em si mesmo (en heautôi), assim também deu ao Filho (hoútôs kaí tôi huiôi édôken) em si mesmo (en heautôi).


27. E deu-lhe autoridade (kaí exousían édôken autôi) para fazer a escolha (krísin poieín) porque é Filho do Homem (hóti huiòs anthrôpou estin).


28. Não vos maravilheis disso (mê thaumázete toúto) porque vem uma hora (hôti érchetai hôra) em que todos (en hêi pántes) nos túmulos (en tois mnemeíois) ouvirão sua voz e sairão (akoúsousin tês phônes autòs kaí ekporeúsontai).


29. Os que produziram coisas boas (hoi tà agathà poiêsantes) para uma restauração de vida (eis anástasin zôés, sem artigo), os que praticaram coisas vulgares (hoi tà phaula práxantes) para uma restauração de carma (eis anástasin kríseôs). A palavra phaúla, geralmente traduzido por mal, tem o sentido de "coisa vulgar, comum, ordinária, de pouco preço". O termo anástasis tem o significado principal de "restauração, levantamento, erguimento", e por isso geralmente traduzem como "ressurreição". Consideremos, agora, o sentido real e profundo da aula sublime que a Misericórdia do Cristo trouxe para nós. Bebamos seus ensinos até as últimas gotas, saboreando tudo o que nossa ainda pequeníssima capacidade evolutiva permite.


17. Inicialmente diz-nos o Cristo, terceiro aspecto da Divindade, que Se manifestava plenamente atrav és de Jesus, falando por sua boca: "meu Pai até agora trabalha e eu também trabalho", justificando Seus atos desrespeitosas da lei mosaica (lei humana, para a personalidade) com o exemplo divino. Os próprios teólogos israelitas admitiam que Deus continuava trabalhando no cosmo.


Philon de Alexandria ("Nómôn Hieròn Allegorías", 1,5) escreve: paúetai gàr oudépote poiôn ho theos, all"hôsper ídion tò kaíein puros kaí chíonos tò psúchein, hoútos kaí theoú tò poieín, ou seja: " Deus jamais deixa de produzir; mas como é próprio do fogo queimar e da neve gelar, assim produzir é próprio de Deus". Cfr. também de Philon, Cherubim, 87, e os rabinos Pinehas e Hosaja, em Bereshit-rabba, 11, citado por strack e Billerbeck, o. c. tomo 2, pág. 461.

A igualdade com o Pai, em tal intimidade que lhe justificava os atos, causou maior celeuma ainda que o desrespeito à lei sabática. Todo israelita se sabia "filho de Deus", a quem chamava Pai; mas considerando sempre um Pai exterior a eles, apenas transcendente e de natureza diferente. O Cristo, de um golpe, embora de modo implícito, declara-se juridicamente IGUAL ao Pai, com os mesmos direitos divinos acima de todas as prescrições religiosas. Foi isso mesmo que entenderam os presentes, conforme anota o evangelista, e isso era ainda muito mais grave do que a própria violação dos preceitos legais.


Em toda esta aula, Cristo prova que, de direito, pode imitar o Pai, não porque sejam hierarquicamente iguais (cfr. "o Pai é maior que eu") mas porque, sendo ele o Filho Unigênito, tudo o Pai Lhe concede, pelo amor que Lhe dedica.


Na realidade assim é. O Pai é o Logos, o SOM-CRIADOR e CONSERVADOR, que constantemente cria e conserva os sistemas atômicos e estelares, em seus contínuos movimentos de rotação e translação. E esses sistemas - que formam miríades de Universos - são as manifestações do Filho Unigênito, o CRISTO CÓSMICO que, de dentro de todos e de tudo - imanentemente - impele tudo à evolução para o Espírito. O amor do Pai pelo Filho (o AMOR é o ESPÍRITO SANTO) faz que tudo caminhe do Amor para o Amor, do Espírito para o Espírito, passando pelas fases dos aspectos intermediários do Pai (SOM, Lógos) e do Filho (impulso evolucionador intrínseco, o CRISTO interno). Sendo o Pai o Som Criador e Conservador, trabalha sempre, criando e conservando. E o filho igualmente trabalha sempre, impelindo tudo pelo caminho da evolução constante e progressiva.


18. Os "judeus" (os religiosos ortodoxos da religião oficial) procuravam sufocar-lhe a voz, a fim de não perderem sua autoridade dominadora das classes populares e mesmo das da alta sociedade: o Espírito abafado pela matéria, o sem-Forma sufocado pela forma, o Infinito limitado pelo espaço, o Eterno restringido pelo tempo, a Vida perseguida pela morte.


19. O ensinamento prossegue, salientando qual A AÇÃO do Filho: fazer tudo o que faz o Pai. Nada pode fazer o Filho por si mesmo, já que é passivo, é o Amado; toda força criadora e propulsora, ativa, de Amante, pertence ao Pai, ao Logos, ao Som Criador, à Palavra produtora do som.


Então o trabalho é feito em conjunto, porque Deus é UM só, quer sob o aspecto de AMOR (LUZ), quer sob o de AMANTE (SOM), quer sob o de AMADO (que vai dos sistemas atômicos aos estelares, galáxicos, cósmicos). O Pai fala, o Filho obedece; a Palavra cria, o Filho dirige a criação; o Som produz vibrações, o Filho as organiza, tudo ligado e existente e vivificado pela Luz Incriada, o Amor Concreto, que se manifesta em COESÃO nos átomos físicos (minerais), em ADAPTAÇÃO nos átomos etéricos (vegetais), em SIMPATIA nos átomos astrais (animais), em DESEJO nos átomos intelectuais (homens), em AMOR nos átomos espirituais (Filhos do Homem). E a ação, sendo conjunta, o Filho age semelhantemente ao Pai, embora "por si mesmo" nada possa fazer: se não houver o impulso criador e sustentador vibracional do som, nada se sustenta.


20. Neste versículo confirma-se a interpretação: o Pai ama o Filho, ou seja, o AMOR (Espírito Santo)


é a ligação entre o Pai (Amante) e o Filho (Amado). O verbo philein, aqui usado, exprime o amor terno e instintivo que é o tipo de amor que o Cristo nos pede em relação a Ele. Por causa desse amor, o Pai manifesta ao Filho tudo o que faz; ou seja, tudo o que é criado pelo Som Criador traz em si, intrinsecamente, o sopro divino, o pneuma ou Espírito, que é precisamente o Cristo Interno, o Filho. Então, tudo o que existe pertence ao Filho (cfr. "tudo o que o Pai tem é meu", João,

16:15), porque o Filho é a essência ultérrima de tudo, já que tudo o que existe é a manifestação do Filho.


E maiores obras, maiores produções que estas (atuais) lhe manifestará, "para que vos admireis"; profecia que já vem começando a realizar-se. Entre os israelitas, e a atual concepção da grandeza cósmica, medeia um abismo. Hoje conhecemos muito mais profundamente a constituição das galáxias e do número infinito dos universos com seus sistemas estelares habitados; hoje conseguimos sobrepujar a atmosfera e viajar pelos espaços, coisa que, naqueles idos, só o mencioná-lo, seria julgado rematada loucura; hoje chegamos a compreender a exatidão científica das palavras do Cristo, quanto à criação dos universos e o aparecimento da matéria: "obras muito maiores que estas lhe manifestará, para que vos admireis".


21. Começa agora o Cristo a enumerar as qualidades e poderes do Espirito (individualidade); a primeira é a VIDA; e o exemplo é o da doação da Vida. Lembremo-nos de que a Vida é a expressão máxima do Filho, é o sopro divino em nós (e por isso até a ciência não lhe descobriu a essência). Assim como o Pai Criador "desperta os mortos", ou seja, faz que a matéria inerte e morta (inorgânica) se torne matéria viva (orgânica), assim como que despertando de um sono de milhares de milênios, assim também o Filho vivifica, do íntimo das coisas, tudo aquilo que ele quer, ao verificar que está na hora oportuna de elevá-los de nível. Podemos, também, interpretar como a capacidade de fazer que os mortos tornem a despertar para a vida em nova encarnação. Da mesma forma que o Pai, o Som Criador, desperta os mortos na encarna ção mecânica e automática dos seres involuídos, assim o Filho vivifica os mortos na encarnação consciente, quando cada um toma por si a iniciativa de voltar à vida física, impulsionado internamente pela Centelha divina, que é exatamente o Cristo Interno, o Filho.


22. Tanto é assim, que neste versículo é explicado que "o Pai não escolhe ninguém, mas deu toda escolha ao Filho". Isto é, o Pai age automaticamente, dando movimento e vida A TODOS, mas compete ao Filho escolher o momento exato para determinar os passos evolutivos que cada ser deve dar, e isso porque o Filho é Imanente e dirige a evolução de dentro.


Numa interpretação mais elevada na escala, já podemos entrever a concessão do livre-arbítrio aos seres mais evoluídos. O Pai dá-lhes força e vida, deixando-lhes inteira liberdade; mas o Filho, o Cristo Interno, do âmago do coração de cada homem, escolhe o caminho que quer seguir, buscando sempre a felicidade máxima. De fato pode enganar-se o homem, colocando a felicidade fora de si em coisas externas, mas com o tempo chegará a compreender onde se encontra a meta real e verdadeira de sua felicidade. Para isso o Cristo nos convoca e "seu amor nos impulsiona" (amor Christi urget nos, 2. º Cor. 5:14), pois "o amor de Deus foi derramado abundantemente em nossos corações por meio do Espírito Santo" (RM 5:5), que é o Amor Concreto.


Então, a escolha cabe realmente AO FILHO, ao HOMEM, a quem foi concedida liberdade absoluta (livre-arbítrio), competindo ao Pai Criador conceder a graça àqueles que a escolheram por sua vontade própria: "toda escolha foi dada ao Filho".


Por essa razão é que rejeitamos o sentido analógico de "julgamento", já que jamais exprimiria o ensinamento dado.


23. A escolha foi dada ao Filho com uma finalidade: "para que todos os, homens honrem ao Filho, como honram ao Pai". O Filho, o Cristo-que-em-todos-nós-habita, deve ser por todas as criaturas tratado com a honra que todos tributam ao Pai. Esse mesmo verbo é usado no quinto mandamento da lei mosaica: "honrarás teu pai e tua mãe" (DT 5:16). Assim como a lei escrita para a personalidade transitória manda que honremos os seres que nos proporcionaram o corpo físico, assim a Lei de Cristo ordena honremos o Filho, que é nosso Eu Profundo, tal como honramos o Pai Criador, que nos deu a existência eterna e nos sustenta com Sua Vida.


E a razão é acrescentada: quem não honra o Filho, ipso facto não honra o Pai que o enviou a percorrer a escala evolutiva; porque ambos, Pai e Filho, são UM SÓ, no Amor do Espírito Santo: "eu e o Pai somos UM" (JO 10:30), confessa o Cristo. E, mais especificadamente, diz: "eu estou NO Pai e o Pai está EM MIM " (JO 10:38 e JO 14:10 e JO 14:11). Se é assim como não podemos duvidar que seja - o" envio" do Filho por parte do Pai não pode exprimir o que tem sido ensinado até hoje: que o Pai, lá do "céu", enviou o Filho cá para a Terra, para fazê-lo morrer à mão dos malfeitores; e então, regozijandose com essa morte, teria perdoado à humanidade. Tão absurda é essa crença que não podemos compreender como atravessou séculos, repetida por gente que parecia saber raciocinar. Seria como se um homem tivesse uma fazenda e fosse lesado anos a fio por seus empregados. Então resolveu que perdoaria os empregados, mas com uma condição: que eles lhe matassem o filho único! Infantilidade inconcebível, essa teoria da "redenção", pela morte do "Filho de Deus". E o sentido do ensino é tão diferente! Vê-lo-emos a seu tempo.


24. Passa então o Cristo a falar no resultado das ações dos homens, e nas condições indispensáveis ao êxito da evolução, sem perigo de atrasos na caminhada. As condições são duas: a) ouvir o ensino que o Cristo nos traz, em nosso âmago; e b) confiar no Pai que em nós habita sob a forma de vida, e donde partiu o Filho para constituir nossa essência profunda.


Também os resultados obtidos serão duplos: a) ter a vida imanente, UNA com o Cristo e, por isso mesmo, b) não mais cometer erros, mas passar diretamente da morte do corpo encarnado para a vida liberta do Espírito, não mais sujeita à lei cármica das encarnações compulsórias (kyklos ananke).


Quem ouve o ensino e se entrega ao Pai confiadamente, atrai a si a graça do Encontro Místico e se unifica com o Cristo, que é um com o Pai (cfr. "eu estou EM meu Pai, e vós EM MIM, e eu EM VÓS", JO 14:20). Ora, nesse estado, ninguém caminhárá para o calma; mas, embora encarnado, "já se transladou (sentido literal de metabébêken) da morte para a Vida".


25. Com a repetição da fórmula de garantia da veracidade do que afirma, o Cristo assegura que chegar á uma hora - e já começou desde aquele momento - em que os mortos (os encarcerados na carne) ouvirão a Voz do Filho de Deus, o Cristo Interno; e todos os que a tiverem ouvido (e seguida seus ensinamentos) viverão no Espírito.


26. Depois dessas explicações, já bastante claras, não satisfeito, utiliza-se o Grande Mestre Inefável de repetições didáticas, repisando os mesmos conceitos com palavras diferentes, a fim de evitar qualquer dúvida que ainda pudesse pairar na interpretação dos ouvintes. Toca novamente nos três pontos esclarecidos: a) a V ida; b) a escolha (livre-arbítrio) ; c) o resultado (carma) das ações livremente realizadas.


Diz, então: assim como o Pai tem vida em si mesmo (já não é mais o poder de dar vida, mas o fato de ter em si a vida), assim concedeu que o Filho tivesse vida em si mesmo.


Com efeito, proveniente da Vida-Amor, manifestação da Vida Plena, o Pai é a própria VIDA que se ativa sob o aspecto de Amante, e como o Filho é o próprio Pai que se estende e manifesta, também o Filho, o Cristo, tem em si a vida passiva sob o aspecto de Amado. Três aspectos de um só Amor; três faces de um só triângulo; três raios de uma só Luz; três harmônicos de um só Som; três expressões de uma mesma Vida.


27. Repete a seguir que o Pai concedeu ao Filho o poder da escolha, deixando-Lhe o livre-arbítrio, e isso "porque é Filho do Homem", porque já está na plena posse de suas faculdades psíquicas e intelectuais (racionais), podendo avaliar o que ele julga ser melhor para si mesmo.


28. Volta então ao assunto do carma, ao resultado das ações, esclarecendo que ninguém se maravilhe de ver chegar uma hora em que todos (pántes) nos túmulos (da encarnação física) ouvirão a voz do Cristo Interno, e sairão dos túmulos para colher o fruto de suas obras.


29. E aqui vem a separação: todos os que tiverem produzido "coisas boas" conseguirão uma restauração de vida no Espírito imortal, mas aqueles que, porventura, tiverem praticado "ações vulgares" (de pouca valia, apenas cuidando dos interesses materiais), esses se encaminharão para uma restaura ção do carma.


A lógica da sequência do ensinamento é perfeita. Só não procederia, se acompanhássemos as traduções correntes, que falam em "ressurreição da vida" e em "ressurreição do juízo". Que significaria essa "ressurreição DO JUÍZO"? Não faz sentido o agrupamento dessas duas palavras. Por isso traduzimos aqui anástasis como "restauração", sentido real dessa palavra, registrado nos dicionários, e que nos esclarece com precisão o ensino do Cristo.


jo 5:19
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 25
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 7:14-24


14. Ora, estando a festa já em meio, Jesus ao Templo e ensinava.


15. E os judeus maravilhavam-se, dizendo: "Como sabe este as Escrituras sem ter aprendido"?


16. Jesus respondeu-lhes e disse; "O meu ensino não é meu, mas daquele que me enviou;


17. se alguém quiser executar a vontade dele, saberá a respeito do ensino, se é de Deus ou se falo por mim mesmo.


18. Quem fala por si mesmo, busca sua própria doutrina; mas quem busca a doutrina daquele que o enviou, este é verdadeiro e nele não há desonestidade.


19. Não vos deu Moisés a lei? no entanto nenhum de vós executa a lei. Por que procurais matar-me?


20. Respondeu o povo: "Tens espírito! Quem procura matar-te"?


21. Respondendo, Jesus disse-lhes: "Um só trabalho realizei, e todos vos maravilhais dele.


22. Moisés vos deu a circuncisão (se bem que ela não venha de Moisés, mas dos patriarcas) e no sábado circuncidais um homem;


23. pois bem, se um homem recebe a circuncisão no sábado para não violar a lei de Moisés, como ficais zangados comigo, porque no sábado eu tornei um homem inteiramente são?


24. Não julgueis segundo a aparência, mas julgai com discernimento perfeito".


No "meio" da festa dos Tabernáculos (no 4. º dia, isto é, sábado dia 17 de Tishri no ano 30), Jesus subiu ao Templo para ensinar. Qual tenha sido Sua elocução e sobre que tema haja versado, não sabemos, pois o narrador silencia. O fato é que todos se admiraram da sabedoria de Suas palavras "cheias de amor" (cfr. LC 4:22) e da segurança e autoridade proveniente de seu interior com que ensinava (cfr. MT 7:29 e MC 1:22).


A admiração era espontânea e generalizada; e se faziam uns aos outros a indagação: "como pode conhecer assim as Escrituras, se jamais cursou a Escola Rabínica"? Esse é, realmente, o sentido do vers.


15. Grámata, no grego clássico, exprimia as letras do alfabeto; mas em Jerusalém ninguém estava em situação de julgar e saber se Jesus havia aprendido a ler e escrever em sua Terra natal. E além disso, entre os judeus helenizantes, hierà grámata designava as Sagradas Escrituras; e disso os hierosolimitanos tinham certeza: Jesus jamais cursara a Escola Rabínica de Jerusalém. Nesse mesmo sentido, João empregou o termo pouco acima (cfr. 5:47; vol. 3. º, página 176).


Aliás, o trecho que agora comentamos parece ser o prosseguimento imediato da "Cura no Templo" (JO 5:16. vol. 3. º 160ss), e do discurso que se lhe seguiu (JO 5:17-47; vol. 3. º, pág. 167ss). Não aproximamos os dois textos a fim de respeitar a indicação do evangelista que, categoricamente, afirma ter-se passado o episódio na festa dos Tabernáculos, quatro meses depois. E realmente podia acontecer que, após esse lapso de tempo, a ocorrência permanecesse tão viva na memória de todos, que facilmente voltasse à tona por ocasião do novo discurso de Jesus, naquele mesmo local.


Logicamente a interrogação a respeito da sabedoria de Jesus não foi formulada em voz alta. Mas fácil de ser percebida pelo Espírito penetrante do Mestre, recebe pronta e adequada resposta: "o meu ensino não é meu; eu o trago daquele que me enviou; e bastará observar a vontade divina para reconhecê-lo".


A seguir entra a argumentação psicológica: "quem fala por si mesmo, pretende criar uma doutrina sua pessoal; mas quem afirma que a doutrina não é sua, e revela a fonte de origem, evidentemente é honesto, e portanto verdadeiro".


Depois dessa argumentação irrefutável, que capta o favor e a simpatia de todos os de boa-vontade, vem a pergunta que desperta o auditório: "Moisés vos deu uma lei (que proíbe matar) e vós não observais a lei, pois me ordenastes a morte". O espanto é geral, já que o público desconhece as maquinações dos maiorais. E dentre o povo vem a resposta acre: "estás obsedado! quem quer matar-te"?


A frase daimónion échei caracteriza alguém fora de seu juízo, o que, geralmente era atribuído (quando a pessoa era normal) à incorporação de um espírito perturbado. Diante da sabedoria manifesta e admir ável de seus ensinamentos, claro que ele, pessoalmente, não podia ser desequilibrado; qualquer desequil íbrio viria de fora, de algum espírito que o houvesse tomado repentinamente. De qualquer forma, a frase não tem a maldade revelada pela afirmação pérfida dos fariseus, de que Jesus operava suas curas por seus poderes de Beelzebul (cfr. MT 12:24; MC 3:22; LC 11:15 e JO 8:48).


Os escribas e sacerdotes, porém, calam, porque sabem que a pergunta do Mestre tem fundamento e lhes é dirigida. E Jesus, sem responder ao povo (porque teria que fazer revelações perigosas, que poderiam ser contradita das facilmente) passa a justificar a cura realizada no templo quatro meses antes.


Essa justificação é feita no puro estilo rabínico, da menor à maior: Moisés ordenou a circuncisão (que por ele fora recebida dos ancestrais) e os judeus colocavam sua realização rigorosa acima da lei divina do repouso do sábado. Não havia discordância quanto a esse ponto: "pode-se fazer aos sábados tudo o que é necessário à circuncisão" (Sabbath, 18:3). E ainda no 1. º século o Rabino Eleazar Bar Azaria escreveu: "Se a circuncisão, que toca apenas um dos 248 membros do homem, é mais importante que o Sábado, muito mais importante se revela ser o corpo inteiro do homem". Esse o acordo geral.


E foi esse, precisamente, o argumento de Jesus: "por que sou condenado, só por ter curado o corpo de um homem no sábado"?


De fato, se a questão levantada na época fora o fato de o ex-paralítico ter carregado seu leito no sábado, e não propriamente a cura, todos sabiam, que o que levara os sacerdotes a condenar Jesus à morte tinha sido a cura espetacular, que vinha ameaçar-lhes o prestígio. Não querendo confessar as verdadeiras razões, por conveniências, haviam-se apegado a um pormenor que desviava a atenção do povo.


E o episódio termina com uma advertência severa: não são as aparências ("não é a carne", dirá mais tarde, JO 8:15) que devem ser levadas em conta no julgamento de um caso, mas sempre há que terse um discernimento perfeito. A tradução corrente dessa frase contém uma redundância inconcebível: " julgai segundo a reta justiça" . Haverá alguma justiça "torta"? ou alguma justiça "injusta"? Ora, já vimos que krísis, literalmente, é o "discernimento", ou a "escolha" entre duas coisas, o que realmente supõe um "julgamento". Mas passar tên dikaían "o justo", krísin "discernimento" para "a reta justiça", é colocar nos lábios de Jesus uma incongruência.


O contato do ser que vive no Espírito com as multidões apresenta sempre essa incógnita: como pode saber tudo isso, se não aprendeu? A cultura intelectualizada da humanidade ainda se encontra no estágio primitivista da "ciência oficial", ou da "filosofia oficial" ou da "teologia oficial". Daí a necessidade absoluta de todo aquele que pretenda trazer uma ideia nova, buscar apoio quer nas Escrituras, quer nos autores sacros ou profanos. Se simplesmente se limitar a pregar suas ideias, será rejeitado de plano, como desequilibrado mental. Poderia ser ouvido apenas por dois ou três que estivessem no mesmo nível, mas jamais atingiria outros elementos.


Na Terra, para chegar-se à Mente, é mister passar pelo intelecto. Daí ser indispensável o apoio da "autoridades". Tomás de Aquino chegava a dizer: nihil est in intellectu, quod prius non fúerit in sensu, isto é, "nada chega ao intelecto se antes não passar pelos sentidos", numa confissão materialística total, pois com essa expressão axiomática, nega peremptoriamente a intuição e a inspiração espirituais e divinas, negando até mesmo sua própria teoria da "ciência infusa", ou seja, do conhecimento revelado.


É esse conhecimento revelado obtido diretamente da Fonte Divina por experiência própria - poderíamos dizer, é essa gnose - que Jesus confessa ter e ensinar.


Tendo conseguido, no contato com o Cristo, na perfeita sintonia com o SOM (Logos, Pai) a gnose profunda dos mistérios, limita-se a ensinar o que ouviu, o que sentiu, o que percebeu. E o confessa, com humildade, ao invés de pavonear-se, dando, como seu, o que foi recebido.


Mas os homens não aceitam, não podem aceitar que alguém receba conhecimentos de uma fonte que a eles não seja acessível: acusam-no logo de "mistificação".


Então, quando há qualquer revelação de uma intenção oculta, a revolta procura abafar a realidade da declaração.


Mas toda essa parte é de somenos importância, porque são fatos que ocorrem constantemente. O essencial da lição é a ordem final: "não julgueis pelas aparências, mas julgai com discernimento perfeito".


Não se trata de julgamento stricto sensu, de juiz em sua cátedra, mas do julgamento lato sensu de todas as criaturas que necessitam exercê-lo para saber se devem ou não seguir alguém que se apresenta como pregador, guia, inovador ou revelador de doutrinas espirituais.


Há, sempre houve, aqueles que se salientam, elevando-se acima da multidão, com "ideias" que anseiam distribuir. O Mestre avisa-nos: "não olheis as aparências! elas podem enganar". Roupas, cabelos, barbas, rosários, cruzes, sinais cabalísticos, túnicas de saco com corda à cintura, tudo isso é exterioridade, aparência, ilusão. Não são esses os elementos que devem ser levados em conta. Ele próprio, Jesus, vestia-se como qualquer homem de sua época. Ao contrário: quando vemos alguém que precisa vestir-se "diferente" dos demais, para, "mostrar" o que é, isso nos levanta certa suspeita: será que essa excentricidade é sinal de vazio interno? Será que tudo é só "aparência" de espírito? Realmente, quem se modificou, quem se espiritualizou por dentro, não precisa demonstrá-lo: sua aura, seu comportamento, suas atitudes, sobretudo suas vibrações, o denunciam à distância, mesmo que não se chegue jamais a vê-lo.


Daí a segunda parte do aviso: "julgai com discernimento perfeito". De fato, é mister muito cuidado, muita prudência, para saber a quem vamos seguir. Muitos encarnados se intitulam "iniciados", ou" mestres", ou " gurus" ... o próprio Jesus não o fez. Ao revés, aconselhou-nos que "a ninguém chamássemos mestre, pois um só é nosso Mestre: O CRISTO" (MT 23:8, MT 23:10). Se Ele se achou indigno de atribuir-se esse título, qual o ser humano que poderia pretendê-lo?


Há também muitos "espíritos" desencarnados que, nas reuniões mediúnicas se dizem "guias", "mentores" e "mestres", vindos do oriente ou de outros planetas... A condição é a mesma. Pelo fato de perder a roupa de carne, o espírito não dá saltos evolutivos que o elevem de categoria. "Somos todos irmãos" (MT 23:8), quer na condição de prisioneiros da carne, quer dela libertos.


Em nossa experiência, confessamos que até hoje recusamos seguir quem quer que fosse, na qualidade de "nosso" mestre: só aceitamos o CRISTO, através de Suas manifestações indiscutíveis: Jesus, Buddha, Kríshna ou, modernamente, Bahá"u"lláh, Ramakrishna, e outros cujas obras, varando os séculos e milênios, ou de nossos dias, nos chegaram com indubitáveis provas de autenticidade de ensino. Mas, através de todos ou de qualquer um deles, ouvimos um único Mestre: O CRISTO.

"Julgai com discernimento perfeito", sem entusiasmos apressados, sem fascinações perigosas, sem fanatismos exagerados, sem cegueiras prejudiciais, sem predeterminações facciosas. Há quem encante com "significados de palavras" (cfr. 1. ª Tim. 6:4), com proposições falazes (cfr. CL 2:8), e promessas de felicidade, e com tais sinais e prodígios que "induziriam em erro, se isso fosse possível, os próprios escolhidos" (Mat, 24:24).


A personagem intelectual é facilmente ludibriada pelo fascínio de belas palavras ou de raciocínios suasórios, Mas o Espírito, esse percebe a Voz do Cristo em seu íntimo, ou através dos Manifestantes.


O difícil é nós, personagens, ouvirmos a voz do Espírito. Mas se pedirmos com fé, receberemos (MT 7:7, LC 11:9), pois "felizes são os que mendigam o Espírito: desses é o reino dos céus" (MT 5:3).


jo 5:19
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 1
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 14:1-14


(Tradução literal)
1. "Não se turbe vosso coração: crede em Deus e crede em mim.

2. Na casa de meu Pai há muitas moradas; senão, ter-vos-ia dito que vou preparar lugar para vós?

3. E se eu for e preparar lugar para vós, de novo volto e vos tornarei junto a mim, para que, onde estou, também vós estejais"

4. E para onde vou, sabeis o caminho".

5. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como poderemos saber o caminho?

6. Disse-lhe Jesus: "Eu sou o caminho da Verdade e da Vida: ninguém vem ao Pai senão por mim.

7. Se me conhecesses, conheceríeis também meu Pai; e agora o conheceis e o vistes",

8. Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai e basta-nos.

9. Disse-lhe Jesus: "Há tanto tempo estou convosco e não me conheceis, Filipe? Quem me vê, vê o Pai. Como dizes tu: mostra-nos o Pai?

10. Não crês que estou no Pai e o Pai (está) em mim? As palavras que vos falo, não falo por mim mesmo: o Pai que habita em mim faz as obras dele.

11. Crede-me que eu (estou) no Pai e o Pai em mim; se não, crede nas próprias obras.

12. Em verdade, em verdade vos digo: o fiel a mim, fará as obras que eu faço e fará maiores que elas, porque vou para o Pai,

13. e tudo o que pedirdes em meu nome, isso farei, para que o Pai se transubstancie no Filho.

14. Se me pedirdes algo em meu nome, eu farei".

(Sentido real)
1. "Não se turbe vosso coração: sede fiéis à Divindade e ao Eu.

2. Na casa de meu Pai há muitas moradas: senão, ter-vos-ia dito que o Eu vai preparar lugar para vós?

3. E se o Eu for e preparar lugar para vós, de novo volta e vos tomará junto a si, para que onde esteja o Eu estejais vós também.

4. E para onde vai o Eu, sabeis o caminho".

5. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais, como poderemos saber o caminho?

6. Disse-lhe Jesus: "0 Eu é o caminho da Verdade e da Vida: ninguém vem ao Pai senão pelo Eu.

7. Se conhecesseis o Eu, conheceríeis também meu Pai e agora o conheceis e o vistes".

8. Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai e basta-nos.

9. Disse-lhe Jesus: "Filipe, há tanto tempo o Eu está convosco e não o conheceis? Quem vê o Eu, vê o Pai. Como dizes tu: mostranos o Pai?

10. Não crês que o Eu está no Pai e o Pai no Eu? As palavras que vos falo, não falo por mim mesmo: o Pai que habita no Eu faz as obras dele.

11. Crede-me que o Eu (está) no Pai e o Pai no Eu; senão, crede nas próprias obras.

12. Em verdade, em verdade vos digo: o fiel ao Eu fará as obras que faço, e fará maiores que elas, porque o Eu vai para o Pai,

13. e tudo o que pedirdes em nome do Eu, isso o Eu fará, para que o Pai se transubstancie no Filho.

14. Se pedirdes algo em nome do Eu, o Eu fará".



Inicialmente, alguns esclarecimentos a respeito do texto literal, para posterior comentário exegético e simbólico em que se procurará alcançar o sentido real das palavras do Cristo.


Parece que, de fato, os discípulos se achavam perturbados com os acontecimentos que se precipitavam naqueles dias tumultuados e cheios de acontecimentos imprevisíveis para eles. Daí a recomendação inicial. O segundo membro do versículo é traduzido pelo indicativo ou pelo imperativo, já que pisteúete é forma comum a ambos os modos. Optam pelo indicativo: Agostinho, a Vulgata, Beda, Maldonado, Knabenbauer, Tillmann, Lagrange, Durand. Preferem o imperativo: Cirilo de Alexandria, João Crisóstomo, Teofilacto, Hilário, Joüon, Bernard, Huby; e o imperativo coaduna-se muito mais ao contexto.

A frase: "se não, ter-vos-ia dito que vou preparar lugar para vós"?, deixamo-la como interrogativa, conforme se acha na margem da tradução da Escola Bíblica de Jerusalém (1958), na Revised Standard Version (1946), na New English Bible (na margem, 1961), em Die Heilige Schrift (Zurich, 1942), em The Greek New Testament de Kurt Aland (1968), em Le Nouveau Testament, de Segond (1962) e na tradução de Lutero (revidierter Text, 1946) - lendo todos hóti como recitativo (Bauer e Bernard). Realmente, é muito melhor contexto, do que a leitura afirmativa que se acha em Wescott e Hort, The New Testament in the Original Greek (1881), em Bover, Novi Testamenti Biblia Graeca et Latina (1959), em Nestle-Aland, Novum Testamentum Graece (1963), em He Kaine Diathêke, da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira (1958), na Revised Version of New Testament (1881), na American Standard Version (1901), em The New English Bible (1961), na Translation for Translators (1966).


No Evangelho, anteriormente, não há a frase literal citada aqui, mas em JO 12:26 há um aceno: "onde eu estou, aí estará meu servidor..." Agostinho (Patrol. Lat. vol. 35, col. 1814) abandona a interpreta ção de "casa de meu Pai" como lugar geográfico, afirmando que "Cristo prepara as moradas de Seus discípulos, ao preparar moradores para esses lugares".


O Pai que "habita" ou permanece (mánôn) em mim (en emoi) faz as obras dele (poieí tà érga autoú) conforme também se acha em JO 5:19; JO 7:16; JO 8:28; JO 10:38 e JO 12:49.


Para o idioma grego, não teria sido difícil escrever claramente, tal como o fazemos em português, os pronomes pessoais, embora conservando-lhes as características casuais, como independentes: seria possível empregar diante deles os artigos, para esclarecer o sentido. Exemplifiquemos com a frase: Egô eimi he hódos kai he alêtheia kai he zôê: oudeís érchetai pròs tòn patéra ei mê di’emou, que poderia, a rigor, talvez, escrever-se: TO EGÔ ESTIN he hódos kai he alêtheia kai he zôe: oudeís érchetai pròs tòn patéra ei mê dià TOU EMOU.


No entanto, jamais encontramos essas construções em qualquer autor, donde concluímos que, ou os gregos não na aceitavam absolutamente, ou não interessava ao evangelista falar abertamente. Terceiro argumento: quem falou, não foi Jesus, o ser humano, mas o CRISTO manifestado através dele (dià autoú).


Temos, por conseguinte, que interpretar corretamente as palavras do Cristo, de acordo com o conhecimento que a humanidade já adquiriu, e de acordo com a assertiva do Cristo mais adiante (JO 16:12-13): "Ainda muitas coisas tenho que vos dizer, mas não podeis compreender agora. Mas todas as vezes que vier aquele, o Espírito Verdadeiro (o "Cristo Interno" ou o Eu Profundo), ele vos conduzirá a toda Verdade".


Não interessava a manifestação plena do conhecimento do EU, para a massa popular e para os profanos, mesmo altamente situados na sociedade, mormente durante o longo período de obscurantismo e despotismo vigente na kaliyuga: aproveitar-se-iam os chefes embrutecidos da confusão do Eu profundo (Individualidade) com o eu menor (personagem) para atribuir àquele as ambições deste, a fim de oprimir mais ainda os pequenos e fracos. Importava que eles temessem o Deus Transcendente, que podia castigá-los nesta e na "outra vida". Indispensável, pois, que tudo permanecesse na bruma, oculto aos profanos, pois os verdadeiros evoluídos perceberiam tudo por si mesmos, mediante sua ligação com o plano superior. E isso ocorreu, sem dúvida, com indiscutível frequência, em todos os climas, produzindo alguns dos denominados "santos" e todos os "místicos". E ainda hoje verificamos que criaturas, sem elevação, confundindo os dois planos conscienciais, julgam tratar-se do Eu profundo, quando estão apenas lidando com o eu menor cheio de falhas. E o pior é que carreiam após si numerosos discípulos, aceitando o título de "mestres", etc.


Obedecendo às" orientações recebidas, damos, neste capítulo, ao lado da tradução literal do texto grego, o "sentido real do ensino, de acordo com o nível atual do desenvolvimento espiritual da humanidade.

Talvez agora ainda muitos estranhem essa nova interpretação, mas muitos haverá que se regozijarão com ela, pois sentem e sabem essas coisas, apenas ainda não nas haviam lido nos Evangelhos.


E com o decorrer o tempo, ao chegarem à Terra as novas gerações que se preparam para deslanchar o impacto da renovação das criaturas no terceiro milênio, tudo se tornará tranquilamente compreensível. E o avanço que, por esse meio, poderão dar os espíritos será incalculável, pois terão em suas mãos as chaves que lhes abrirão as portas até agora reclusas; só no Oriente fora revelado claramente esse ensino, mas ninguém se arriscou a ler o sentido real dos Evangelhos, dando de público essa interpretação legítima. Atrevemo-nos a fazê-lo (embora reconheçamos que ainda não atingimos o ponto mais elevado, pois outros sentidos há, mais profundos ainda, que não estão a nosso alcance) para quebrar todos os tabus da "letra que mata", e abrir passagem aos mais capazes, descendendo o caminho a trilhar: as vias do Espírito.


* * *

"Não se turbe vosso coração: sede fiéis à Divindade e fiéis ao Eu". O coração, como vimos (col. 59, pág. 114), é o local onde reside o átomo monádico, ligação direta com o Eu Profundo e com o Cristo Interno. Se aí penetrar a perturbação, todo o ser se descontrola. Importa menos a perturbação do intelecto, pois só a personagem seria envolvida. Mas quando o descontrole - pela dúvida - atinge o coração, tudo desmorona, porque se altera a ligação profunda.


Para que não advenha perturbação ao coração, é indispensável manter firme e inalterada a união ou fidelidade à Divindade e ao Eu profundo, que é o Espírito que com a Divindade sintoniza: essa a única maneira de evitar-se qualquer perturbação espiritual. Se ocorrer perturbação, e consequente desligamento sintônico do Eu, e portanto da Divindade, o descontrole do Espírito se comunicará irremediavelmente à personagem, que entrará em colapso espiritual, animalizando-se nas mais perigosas emoções. É quando a criatura manifesta sinais evidentes de alteração do caráter, revelando desinteresse e indiferença pelas coisas mais sérias, susceptibilidade, negativismo, impulsividade, oposição e hostilidade a tudo o que é espiritual, irritabilidade e agressividade, além de reações coléricas contra os melhores amigos, obstinação, desconfiança e reações de frustração, com hiperemotividade nos círculos sociais que frequenta e nos empregos, egocentrismo e egoísmo, que coloca seu eu pequeno como a coisa mais importante a ser atendida, além ainda de instabilidade psicomotora e afetiva, ora amando ora odiando as mesmas pessoas, o que leva a embotamento do psiquismo, diminuindo sua sensibilidade às intuições e inspirações e advindo daí todos os desajustamentos imagináveis, que tornam a criatura insociável.


Portanto, todo o segredo da PAZ que defende o Espírito contra qualquer ataque, é a absoluta fidelidade sintônica com o Eu e com a Divindade, de tal forma que NADA consiga abalar sua segurança e sua confiança granítica no Cristo Interno que o dirige e cujas vibrações ele permanentemente PERCEBE em si mesmo, no âmago mais profundo do ser. Podem vir ataques pessoais contra ele, do plano astral ou do material; podem seus amigos mais íntimos traí-lo ou menosprezá-lo ou agir contra ele; podem seus amores abandoná-lo; pode sua situação financeira cair em descalabro; pode tudo ruir a seu lado e avalanches de perseguições envolvê-lo, e a doença martirizar-lhe o corpo - continuará IMPASSÍVEL em sua paz interior, porque NADA O ATINGE: seu Eu está mergulhado no Cristo, como um peixe nas. profundezas do oceano, onde não chegam as tempestades e borrascas que agitam a su perfície em vagas gigantescas: ele possui em si a PAZ que o Cristo dá: "MINHA PAZ vos dou, MINHA PAZ vos deixo". "Na Casa de meu Pai há muitas moradas. Alguns interpretam materialmente: há muitos planetas habitados.


Outros acham que são os diversos planos ou graus conseguidos no "céu". Supõe certo grupo que se trata de locais espirituais, que servem de habitação aos espíritos desencarnados. Ainda pode interpretar-se como referência aos numerosos planos evolutivos das criaturas ainda presas à carne. E também pode, a "Casa do Pai", neste trecho, referir-se a Shamballa, onde permanece o Pai (Melquisedec) com o Grupo de Servidores da Humanidade, a Fraternidade Branca. O Mestre Jesus, Chefe do Sexto Raio ("Devoção") já saíra da "Casa do Pai" e agora regressava para assumir seu posto; e lá prepararia os lugares destinados a seus discípulos mais avançados. Mais tarde, voltaria a eles e, quando largassem seus corpos físicos, os tomaria consigo para fazerem parte do corpo de Seus. emissários junto às criaturas como membros de Seu Ahsram. Assim permaneceriam nos milênios seguintes sempre junto a Ele, só retomando ao corpo físico quando fosse indispensável para alguma missão vital, como ocorreu, por exemplo, com João o Evangelista, que mergulhou na carne como Francisco de Assis.


Mas, para o momento atual da humanidade que quer evoluir realmente, a mais clara compreensão do trecho é a que damos na tradução para o "sentido REAL". Trata-se do CRISTO que fala, e não do Mestre Jesus; daí ser óbvia a interpretação segundo os diversos níveis evolutivos em que a "Casa do Pai", o Templo de Deus, que é o ser humano, pode encontrar-se "morando"; e devemos salientar que, nesta longa conversa com Seus discípulos, a expressão "morar" ou "permanecer" é repetida ONZE vezes.


O Eu profundo, que inspira a personagem por Ele plasmada de um lado, enquanto do outro lado permanece unido ao Pai, precisa recolher-se em certas situações junto ao CRISTO, a fim de fortalecer-se, para depois novamente fixar-se na personagem, fazendo-a unir-se à Individualidade, para a seguir atraí-la a Si: "para que, onde esteja o Eu, estejais vós também".


Repitamos o processo: a personagem transitória, que pertence ao mundo mentiroso da ilusão, precisa transferir sua consciência para o nível superior da Individualidade, para então poder unificar-se com o Eu profundo. Só depois disso poderá unificar-se com o CRISTO interno, e através deste, que é "Caminho", se unificará ao Pai, que é a Verdade e a Vida. O "Espírito verdadeiro" (CRISTO) absorverá, dominando-o e vencendo-o, o "espírito mentiroso" da personagem terrena.


Quando isso ocorrer, teremos a unificação completa da Individualidade que peregrina evolutivamente através das muitas personagens transitórias, com o Eu profundo; e "naquele dia, conhecereis que o Eu está no Pai, e vós no Eu, e o Eu em vós" (JO 14:20). E daí a conclusão: "E para onde vai o Eu, sabeis o caminho", isto é, o processo a seguir.


Já muitas explicações haviam sido dadas; no entanto, muitos dos discípulos ainda confundiam o Eu maior com o eu menor; confundiam o Cristo com Jesus.


Isso ocorreu com Tomé (como o comprovará sua dúvida a respeito da "ressurreição"), que ingenuamente indaga, referindo-se à personagem de Jesus: "Senhor, não sabemos para onde vais; como poderemos saber o caminho"?


A evidência de que não se tratava de caminho físico-geográfico é a resposta de Jesus: "O EU é o Caminho da Verdade e da Vida: ninguém vem ao Pai senão pelo Eu"!


Aqui temos que alongar-nos para que fique bem clara e comprovada nossa tradução.


O texto diz, literalmente: "Eu sou o caminho e a verdade e a vida". A repetição do "e" (kai) no segundo e terceiro elementos, dá-nos a chave para compreender que se trata de uma hendíades (cfr. col. 1 e vol. 5) A tradução, para dar ideia do sentido real, deve respeitar a hendíades, para que não fique "ilógica": a Verdade e a Vida, são a meta, que não pode confundir-se com o "caminho" que a elas leva. Jamais diríamos: "este é o caminho E a cidade", mas sim "este é o caminho DA cidade"; "caminho", em si, nunca poderá constituir um objetivo: é o MEIO para chegar-se ao objetivo, à meta.


Ora, sendo o CRISTO cósmico, (individuado em Jesus, mas NÃO a criatura humana de Jesus) que falava, podia o CRISTO dizer: "EU sou o caminho que leva à Verdade (ao Pai) e à Vida (ao Espírito, o Santo)".


Sendo o EU de cada um de nós (o EU profundo) a individuação do CRISTO, a tradução mais perfeita, para evitar qualquer dúvida, é a do sentido real: "O EU é o caminho da Verdade e da Vida". Em qualquer ser, "que já tenha Espírito" (cfr. JO 7:39, col. 6. º pág. 172), o EU ou Cristo interno é, sem a menor dúvida, o caminho, o meio, pelo qual se alcança o objetivo da evolução: a Verdade e a Vida.


E a comprovação plena de que nossa interpretação é fiel e verdadeira, está na segunda parte da frase: "ninguém vem ao Pai senão por mim", ou melhor, "senão pelo EU". Ninguém "vem", pois estando o Eu, o Cristo e o Pai unificados, o verbo só pode ser "vir", e não "ir", que daria ideia de um local diferente daqueles em que eles estariam.


Se o Pai é a Verdade, e o Espírito é a Vida, e se o Cristo é o "Caminho", a frase está perfeita: Ninguém chega ao Pai, senão através do caminho (Cristo). Então, não é, certamente: "Caminho E Verdade E Vida", mas sim: "Caminho DA Verdade e DA Vida".


Sendo o Cristo UM com o Pai, objetam que, indiscutivelmente também Ele é Verdade e é Vida. Certo.


Mas na expressão específica dada neste versículo, o Cristo respeita o que havia dito: "O Pai é maior que eu" ou "que o EU" (JO 14:28, col. 6. º pág. 163), e O coloca como objetivo, pondo-se na condição de caminho que a Ele leva. Acresce, ainda, que, referindo-se ao EU em todas as criaturas, quis salientar que o EU de todos é o intermediário, através" do qual se chega ao Pai (Verdade) e ao Espírito ou Divindade (Vida). Tanto que prossegue: "Se conhecêsseis o EU, conheceríeis também o Pai: e agora O conheceis (no presente do indicativo) e o vistes" (no pretérito perfeito). "Agora o conheceis", pois com Sua força cristônica fê-los experimentar a união, quase que por osmose de Sua presença, naquele átimo revelador. Por isso, já falou no passado: "e o vistes": fora um instante atemporal.

Mas Filipe não se satisfez. Queria talvez ver com seus olhos físicos ou astrais, um "ser" com forma: "mostra-nos o Pai". É o verbo deíknymi (cfr. vol. 49 pág. 92), que exprime o ato de revelar, por uma figura física, uma verdade iniciática. Ora, jamais isso seria possível. Daí a resposta taxativa do Cristo, procurando fazer compreender a Filipe que o EU lá estava ligado a eles, pois já haviam atingido, evolutivamente, o nível em que o EU se individualiza. E lá estavam ligados a Ele. Será que depois de tanto tempo, ainda O não conheciam? Será que ainda viviam presos à ilusão transitória da personagem encarnada? Será que ainda acreditavam ser seu próprio corpo físico, vivificado pelos outros veículos inferiores? Não haviam percebido a existência desse EU superior, que lhes constituía a Individualidade, que criara e animava a personagem? Ora, quem descobre e quem vê o EU, automaticamente está vendo o Pai; porque o EU e o Pai são da mesma essência: o SOM, vibração criadora e o SOM vibração criada, SÃO O MESMO SOM, a MESMA vibração, a MESMA substância que subestá ao arcabouço da criatura.


Entretanto, toda essa "região" vibratória elevadíssima só é percebida pela consciência da Individualidade, jamais chegando até a personagem: "A carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus"

(1CO 15:50). No máximo, o intelecto poderá tomar conhecimento a posteriori; mas nem sempre isso ocorre: quando o intelecto está demasiadamente absorvido nas lutas do ideal ou dos afazeres do serviço, a Individualidade tem seus encontros místicos e nada lhe deixa transparecer. A consciência "atual" nem sempre percebe o que ocorre na consciência espiritual superior.


Daí muitas ilusões que ocorrem: A) personagens que colocam sua Imaginação a funcionar e "sentem", no plano emocional, vibrações deleitosas, e com o olho de Shiva do corpo astral percebem luzes, acreditam estar em contato com o EU profundo e anunciam, jubilosos, esse equívoco, como se fora realidade;


B) personagens que nada "sentem" e vivem no trabalho árduo de servir por amor, julgam não ter tido ou não estar em contato. No entanto, vivem contatados e dirigidos diretamente pelo Eu profundo, que os inspira e orienta totalmente.


Entre esses dois extremos, há muitos pontos intermediários, muitos matizes variáveis. Mas o fato é que todo aqueles que, consciente ou inconscientemente na consciência "atual", teve contato REAL, jamais o diz, da mesma forma que o Homem jamais revela a estranhos os contatos sexuais que tenha mantido com sua amada. Quanto a saber-se quem está ou não ligado, não é difícil para aqueles que se acham no mesmo grau: SABEM nem é preciso que ninguém lhes diga.


Mas o Cristo prossegue em Sua lição sublime a Filipe: "não sabes que o Eu está no Pai, e o Pai está no EU"? Realmente, lá fora antes ensinado que "seus anjos estão diante da Face do Pai" (MT 18:10; col. 6. º, pág. 52). E então é dada a prova imediata: "as palavras que vos falo, não as falo por mim mesmo: o Pai, que habita no Eu, faz as obras. dele" (do próprio Pai, através do Eu, que é o intermediário).


Vem a seguir o apelo: "crede que o Eu está no Pai e o Pai no Eu, pois as próprias obras (érga) o demonstram".


Ora, as obras do Cristo, através de Jesus, eram irrefutáveis e manifestas: domínio dos elementos da natureza, das enfermidades, da matéria, das almas e dos corações. Inegável que, "pelos frutos se conhece a árvore" (LC 6:44).


E como prova de que a todas as criaturas se dirige o ensino e de que o CRISTO está em todas as criaturas, vem a garantia, precedida da fórmula solene (cfr. vol. 5. º, pág. 111): "Em verdade, em verdade vos digo, que aquele que for fiel ao EU (que estiver a Ele unificado), esse fará as obras que faço, e ainda maiores, porque o EU vai para o Pai (liga-se ao Pai) e tudo o que pedirdes em nome do EU (por causa do EU, cfr. vol. 4. º pág. 136) o Eu fará, para que o Pai se transubstancie no Filho". E repete: "Se pedirdes algo em nome do Eu, o Eu fará".


Aí temos uma lição prática de grande alcance. Muitos queixam-se de que pedem e nada conseguem; mas pedem com a personagem desligada e em nome da personagem Jesus. Não é esse o "caminho": o caminho é o EU Profundo, o CRISTO interno. E para obter-se, com segurança, mister que estejamos unificados com esse EU. Sem isso, o caso é aleatório, poderá conseguir-se ou não. Mas uma vez unificados, sempre obteremos; o que não significa, porém, que o fato de obtermos; seja indício de que já estamos ligados ao EU.


Essa obtenção é imediata e fatal porque, estando unificados com o EU, e estando o EU unificado ao Pai, o EU volta-se (vai) ao Pai que é o Verbo Criador, e então pode "criar" tudo sem dificuldade.


E a razão de assim ser, é que o atendimento se faz "porque o Pai se transubstancia no Filho". E esse é o objetivo final. Não que o Pai "glorifique" o Filho, mas que o Filho seja absorvido pelo Pai, que lhe comunica a plenitude (plerôma) de Sua substância. Torna-se, então, a criatura um Adepto, Hierofante ou Rei, com domínio absoluto e soberania irrestrita. Isso ocorreu com Jesus e com outros sublimes Avatares que se transformaram em Luz (Buddhas) e assistem junto ao trono do Ancião dos Dias, na "Casa do Pai".


Para lá caminhamos todos: oxalá cheguemos rapidamente!



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47
6. O Novo Caminhar (Jo 5:1-47)

a. O Sinal e sua Conseqüência (5:1-18). Em sua visita anterior a Jerusalém (Jo 2:13--22), Jesus encontrara a oposição e hostilidade dos judeus. Agora, a sua segunda visita fornece a oportunidade para o começo da controvérsia sobre o sábado, que resulta em uma discussão, na hostilidade dos judeus e na rejeição final, tendo como auge o calvário. "Em todo este Evangelho, quanto maior a sua obra pelos homens, maior é o preço que Ele tem de pagar, e maior é a manifestação da sua glória".' A sua visita anterior tinha sido na época da Páscoa (2,13) ; agora, a viagem de Jesus a Jerusalém deveu-se a uma festa não identificada pelo nome. Depois disso, havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém (1; cf. Jo 6:4-7.37; 13.1).

O cenário do episódio está descrito nos seguintes aspectos: lugar, época, nome, pes-soas e tradição. O lugar é Jerusalém, em um tanque próximo à Porta das Ovelhas ("Portão", em algumas versões, no v. 2). A época é uma festa entre os judeus (1). Estes dois fatos fornecem um cenário de simbolismo que está de acordo com outros cenários de milagres de Jesus (cf. Jo 2:6-13; 3.5; 4:13 14:6-4; 9.7). O nome do lugar aparece nos textos com grafias variadas, e com conseqüentes significados diferentes. Algumas das grafias são: Betesda, "casa de misericórdia"; Betezata (em algumas versões), "casa da oliveira", confirmada por bons manuscritos e aceita de maneira geral; e Betsaida, "casa da pesca", um nome aparentemente inadequado para um lugar em Jerusalém.' O tanque é descri-to tendo cinco alpendres onde jazia grande multidão de enfermos: cegos, coxos e paralíticos (2-3). Os melhores manuscritos não incluem a última parte do versículo 3, e nenhuma parte do versículo 4; por isso, essas partes não são encontradas em algumas traduções modernas. A maioria dos estudiosos concorda que elas possam representar uma adição posterior, provavelmente de acordo com a tradição judaica. Alguns copistas acrescentaram estas explicações para deixar claro o motivo por que os doentes ali esta-vam, e para explicar o significado do versículo 7. Toda a cena — o tanque, a multidão de enfermos — é de miséria, desapontamento e fracasso.

E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo (5). A maneira de apresentar o personagem central no episódio é característica de João (cf. Jo 3:1-4.7). Adicionalmente, este homem é apresentado como um representante de todos os ho-mens. Um homem, sem nome, certamente, mas ainda assim descrevendo algo sobre todos os homens — a total incapacidade de ajudar a si mesmo. Assim, este relato se torna a "evi-dência C" daquilo que Jesus conhece sobre os homens (cf. 2.25, Nicodemos 4:7, a mulher samaritana). O homem é descrito como alguém que havia trinta e oito anos se achava enfermo. A menção a este período foi interpretada por alguns como uma referência ao período do castigo dos israelitas no deserto (Dt 2:14). Porém é mais provável que tenha sido adicionado "simplesmente para assinalar a longa permanência da doença" (cf. Jo 9:1) [44].

Jesus, vendo este deitado e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são? (6) A compaixão de Jesus e o seu conhecimento das necessidades mais profundas do homem (cf. 5,14) uniram-se para produzir esta pergun-ta. À primeira vista, isto parece um pouco tolo. Claro que o homem queria ficar bem, caso contrário não estaria no tanque, uma fonte de cura. Mas Jesus sabia que as pessoas acabavam se acostumando a uma vida de desgraça e infelicidade, perdendo a vontade de responder a uma adequada fonte de ajuda. Assim, esta era sem dúvida uma boa pergunta!

O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me coloque no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim (7). Que situação! Ele não tinha amigos — não tenho homem. Ele estava enfermo, incapaz de ajudar a si mesmo, embora lutasse — enquanto eu vou. Não é que ele tivesse perdido a vontade; ele ainda não tinha chegado à fonte correta, ou melhor, a fonte correta de ajuda ainda não tinha chegado até ele. Aqui está retratada, na imagem do tanque, a inadequação da lei (judaísmo) para satisfazer as verdadeiras necessidades do homem. As lutas mais intensas do homem não podem salvá-lo da paralisia do pecado.

Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma tua cama e anda (8). Toma a tua cama significa "apanhe a sua esteira" (Berk). Três imperativos em seqüência! E cada um deles é uma ordem absurda para um paralítico. É fácil imaginar como o enfermo deve ter se sentido. Durante 38 anos, como vítima desta doença, ele só tinha sido capaz de mover-se com grande dificuldade. E agora deve levantar-se, apanhar a sua cama e andar. Impossí-vel? Sim, era impossível a partir de um ponto de vista puramente humano. Mas para Jesus este homem era o objeto da sua compaixão, e a sua ordem significa que o Senhor lhe concedia a capacitação. Lutando pela libertação, o homem viu um brilho de esperan-ça e acreditou em Jesus e na sua Palavra.

Logo, aquele homem ficou são, e tomou a sua cama, e partiu (9). A cura foi imediata e completa, como indica o tempo aoristo do verbo (ficou). A resposta obediente do homem à ordem de Jesus foi a oportunidade para a sua cura. Tudo o que Jesus pediu, homem obedientemente realizou: Levanta-te, ele se levantou (por implicação) ; toma tua cama (aoristo), ele tomou a sua cama (aoristo) ; anda (presente) ; ele partiu (imperfeito, melhor traduzido como "estava andando"). O uso do aoristo indica que a vida antiga, que o tinha afligido durante 38 anos, já não tinha mais nenhum domínio sobre ele (cf. Rm 6:14). O caminhar, retratado pelo imperativo presente (8) e pelo imperfeito do indicativo (9) seria a nova maneira de uma vida contínua e habitual.

E aquele dia era sábado (9). Esta observação é importante, porque assinala o começo de uma controvérsia longa, firme e cada vez mais aguda sobre o relacionamento de Jesus com a lei e com os judeus (cf. Jo 5:16-7.23; 8.5; 9.14).

Então, os judeus disseram àquele que tinha sido curado: É sábado, não te é lícito levar a cama (10). A cama (esteira) era um tipo de esteira leve e flexível usada pelas pessoas pobres. Podia ser enrolada e facilmente carregada, mas mesmo assim não deveria ser carregada em um sábado (cf. Ne 13:19; Jr 17:21). De acordo com o Mishnah, trinta e nove tipos de trabalho eram proibidos no sábado.'

A tendência humana de atribuir a culpa a outra pessoa se reflete na resposta do homem aos judeus: Aquele que me curou, ele próprio disse: Toma a tua cama e anda (11). Mas mesmo que o homem curado tivesse a tendência de transferir a culpa por uma transgressão à lei do sábado, ele também deu um testemunho claro sobre o que sabia — ele fora curado. A experiência do homem com Jesus foi inequívoca — Ele me curou. Os judeus continuaram com a sua inquisição. Quem é o homem que te disse:

Toma a tua cama e anda? (12) Eles não podiam ter certeza de que este responsável pelo desrespeito ao sábado podia ser o Senhor do sábado; assim, perguntaram, Quem é o homem? (cf. Jo 9:11-24)

Aqui o autor acrescenta uma observação explanatória. E o que fora curado não sabia quem era, porque Jesus se havia retirado (literalmente "mover a cabeça para o lado, para evitar um golpe") " em razão de naquele lugar haver grande multidão (13). Jesus simplesmente misturou-se com a multidão e se retirou. Ainda não era chega-da a sua hora, quando Ele traria às últimas conseqüências o conflito entre o velho e o novo. Mas havia um ponto de conflito, um assunto importante que tinha de ser trazido à tona. Era o relacionamento entre o homem curado e Jesus. Assim, depois, Jesus en-controu-o no templo e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que te não suceda alguma coisa pior (14). O Senhor que sempre procura (cf. Lc 15:3-10) encontrou-o. Pelo menos, o homem não tinha voltado ao seu antigo lugar, o tanque. Ao invés disso, ele estava no templo, possivelmente dando graças pela sua restauração. Jesus primeiramente lembrou-o daquilo que ele agora sabia tão bem: já estás são, e então passou para o grande imperativo: não peques mais (no tempo presente, literal-mente "não continue a pecar"). Precisamos recordar: 1. Foi Jesus quem deu a ordem; 2. Ele capacita as pessoas a fazerem aquilo que Ele ordena; 3. Ele não pediria a uma pessoa algo que não pedisse a todas; 4. Viver acima do pecado é o plano de Deus para os homens. A última parte da frase de Jesus reflete duas coisas. A primeira é que parece que os 38 anos da enfermidade tinham sido o resultado da própria tolice e do pecado do homem, sem implicar que este seja o caso em todas as doenças (cf. Jo 9:3). A segunda é que há uma indicação de um elemento de juízo (cf. Jo 3:18-19; 5:22-29).

Um estudo sob o título "O Poder de Deus Encontra a Impotência do Homem" poderia ter três partes: 1. A impotência do homem (8) ; 2. A ordem de Deus é a capacitação do homem (8-9,14) ; 3. A fé obediente é a chave (9,14).

Depois disso, o homem tomou a iniciativa, voltou aos judeus e contou-lhes que Jesus era o que o curara (15; cf. Jo 9:35-38; Rm 10:9). A confissão do homem aos judeus precipitou uma crise contínua. E, por essa causa, os judeus perseguiram Jesus e procuravam matá-lo, porque fazia essas coisas no sábado (16). A primeira frase poderia ser traduzida como "Os judeus costumavam perseguir, ou estavam perseguin-do Jesus", indicando que este era um padrão de comportamento contínuo. Isto está de acordo com o tempo do verbo na última frase, que poderia ser lido como "Ele [Jesus] costumava fazer, ou continuamente fazia, estas coisas no sábado". Evidentemente houve muitos outros "desrespeitos ao sábado" nos milagres de Jesus, os quais não estão registrados (cf. Jo 20:30).

A resposta de Jesus aos judeus foi como um combustível para as chamas. Ele disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também (17). Todo o problema da dis-cussão anterior tinha sido o trabalho no sábado. Agora, deixava Jesus implícito que não era somente uma questão da sua própria atividade no sábado, mas também da atividade do seu Pai? O trabalho deles é único (19) ; portanto, o que é atributo de um pertence também ao outro. "O descanso do Pai no sábado, corretamente entendido, é a atividade desimpedida do amor, para que nas obras de misericórdia realizadas no sábado o traba-lho do Pai e do Filho seja um só".'

Uma afirmação desse tipo, vinda de Jesus, forneceu o terreno para que acusação mais grave lhe fosse feita. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus (18). "Colocando os seus atos no mesmo nível dos atos de Deus", Ele estava fazendo-se igual a Deus.' Tal reivindicação levantou sérias questões na mente dos judeus, que se dedicavam à crença e à defesa de um rigoroso monoteísmo. Assim, em um sentido bastante profundo, o ensino de Jesus que se segue (Jo 5:19-47) é uma defesa completa do monoteísmo cristão, em que o Pai e o Filho são um só.

  • A Relação do Pai com o Filho (5:19-24). Este parágrafo cuidadosamente explicado provavelmente foi endereçado a um público pequeno e educado, talvez até mesmo ao Sinédrio.' O centro da questão é que todos honrem o Filho, como honram o Pai (23). Para chegar a esta conclusão, Jesus apresentou quatro etapas, cada uma iniciada pela palavra porque. Primeiramente, o Filho, em toda a sua atividade e obra é comple-tamente dependente do Pai, porque tudo quanto ele [o Pai] faz, o Filho o faz igual-mente (19). Em segundo lugar, a união deve-se ao amor e à perfeita confiança; o fruto da união é maiores obras. Porque o Pai ama ao Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis (20). Ou seja, Deus mostraria obras ainda maiores por meio de Cristo, para que os descrentes pudessem se maravilhar. Em terceiro lugar, a unidade é evidente na grande questão da vida e da morte. Pois assim como o Pai ressuscita os mortos e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer (21). Evidências deste tipo de avivamento são vistas no ensino de Jesus a Nicodemos (3.3), aqui, nos versículos 24:26, na figura do pão (6.27), e mais especificamente na cena da morte e ressurreição no túmulo de Lázaro (Jo 11:25-26; cf. 1.4; 3.36). E, finalmente, por ser o Filho do Homem (27), a prerrogativa do juízo lhe foi dada pelo Pai. E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo (22; cf. Jo 5:30-8.16). E Ele fez isto para que todos honrem o Filho, como honram o Pai (23). "Positivamente, o trabalho de Cristo é trazer a vida e a luz; negati-vamente, ele resulta no juízo sobre aqueles que recusam a vida e se afastam da luz"."
  • O Filho é totalmente dependente do Pai, e assim está unido a Ele pelo laço perfeito do amor e da confiança, para que as questões da vida, da morte e do juízo tenham uma solução perfeita. O Filho merece a mesma honra que o Pai. Na verdade, a unidade é tão perfeita que quem não honra o Filho não honra o Pai, que o enviou (23).

    Estas profundas ponderações teológicas são seguidas por um apelo caloroso e pesso-al: Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê na-quele que me enviou tem a vida eterna (24). Os três verbos estão no presente: ouve, crê, tem, todos apresentam uma realidade presente. A vida eterna começa quando se ouve e se crê (cf. Jo 20:31). Além disso, devido à união descrita acima, crer no Pai, que enviou o Filho, é equivalente a crer no Filho (cf. Jo 3:16-6.29).

  • A Relação do Filho do Homem (5:25-29). A afirmação Em verdade, em verdade vos digo (25), "citada neste Evangelho, sempre introduz uma afirmação majestosa" (cf. Jo 1:51).51 Realmente, é uma afirmação majestosa, pois vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão (25). "A nova aliança está penetrando na antiga" (cf. 4.23).52 Aqueles que estão espiritualmente mortos ouvirão, e aqueles que responderem com fé viverão (cf. Jo 5:21-24). O que eles ouvem, a voz do Filho de Deus, é a Palavra falada, a completa revelação e consumação do resgate de Deus dos homens que estão mortos nas transgressões e no pecado.
  • Este resgate do homem só é possível por causa da unidade de ação entre o Pai e o Filho. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo (26). É por causa desta unidade tão evidente nas obras do Filho encarnado que o Pai deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do Homem (27). Em vista de o artigo definido no original não acompanhar os dois substan-tivos em Filho do Homem (na tradução literal), é evidente que "a prerrogativa do juízo está ligada à verdadeira humanidade de Cristo (Filho do Homem) e não ao fato de Ele ser o representante da humanidade (O Filho de Homem) "."

    As idéias de vida e de juízo na nova aliança (25) agora são levadas um pouco mais adiante. Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condena-ção (ou "juízo"; 28-29). Vem a hora, i.e., não a época atual com a promessa e a realização da vida espiritual (cf. 5.25), mas a época em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. Aqui, o homem responde, sairão — não porque ele queira ou porque creia, mas porque Deus o chamou para um balanço, "segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal" (2 Co 5.10). "A concepção cristã é que os homens são responsá-veis pelas obras feitas na carne. A exclusão da carne na morte não significa o abandono do lado mau da natureza humana, enquanto a alma é salva".'

    d. O Testemunho do Filho (5:30-47). Até aqui (5:19-29), a discussão nos mostrou: 1. que o Filho é dependente do Pai em uma unidade dinâmica; e 2. que o homem precisa encontrar a vida no Filho se deseja viver agora (5,24) e no futuro (5.29). Isto foi descrito por alguns como o testemunho do Pai em relação ao Filho. Assim, o Filho não procura a sua própria vontade, mas a vontade do Pai, que o enviou (30). E é por causa disto que o seu juízo é justo. Se somente Ele fosse dar testemunho de si mesmo, seu testemunho não seria verda-deiro (31) ' — i.e., "admissível como uma evidência legal" (versão NASB em inglês, marg.).

    Outro testemunho para o Filho é aquele dado por João Batista. E sei que o teste-munho que ele dá de mim é verdadeiro (32). Jesus lembra os seus ouvintes do questionamento anterior de João, e de sua resposta. Vós mandastes a João, e ele deu testemunho da verdade (33; cf. 1.15,19,27,32). Mas, por mais claro e certo que fosse o testemunho de João, não foi o seu testemunho para o Filho o que certificou o relaciona-mento do Filho com o Pai. Eu, porém, não recebo testemunho de homem (34). An-tes, Jesus estava fazendo aos seus ouvintes todos os apelos possíveis, para lhes trazer a salvação — mas digo isso (cf. 24), para que vos salveis (34). Ele [João] era a candeia que ardia e alumiava; e vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz (35). A palavra era reflete a admissão de Jesus da prisão ou da morte de João. A última frase lembra os seus ouvintes da atitude hesitante deles em relação a João, primeiro aceitando-o e depois voltando-se contra ele, quando a sua solicitação de arre-pendimento tornou-se altamente inconveniente para eles.

    Outro testemunho, maior... do que o de João, é o testemunho das obras: porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço testificam de mim, de que o Pai me enviou (36; cf. 10.25). Por obras se entende "toda a manifes-tação externa da atividade de Cristo, tanto aqueles atos qu e chamamos de sobrenatu-rais quanto aqueles ditos naturais. Todos são realizados para o cumprimento de um plano e por um único poder".' A rejeição das obras de Jesus, que no plano incluíam a cruz, era uma rejeição não apenas do testemunho do Pai (37), mas também do Filho, porque naquele que ele [o Pai] enviou não credes vós (38).

    O testemunho final do Filho, para o qual Jesus chama a atenção dos seus ouvin-tes, é o testemunho das Escrituras. Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna (39). O verbo inicial pode ser tanto imperativo quando indicativo, mas o indicativo parece fazer um sentido melhor neste contexto. Seria, literalmente, "Vocês estão examinando as Escrituras, porque nelas acham que terão a vida eterna".

    Nesta seção (39-47), as Escrituras são descritas: 1. Como um testemunho do Filho — são elas que de mim testificam (39) ; 2. Como o que acusa os ouvintes sem fé — Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais. Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele (45-46). O Filho, de quem as Escrituras dão testemunho (39), é visto como: 1. A fonte da vida (40) ; 2. Aquele que vem em nome do Pai (43) e não recebe glória dos homens (41). Contra este cenário, os ouvin-tes, os judeus (ver o comentário sobre Jo 5:19-24), são descritos em uma linguagem vívida. Apesar de lerem muito as Escrituras, eles se recusam a vir a Jesus, a verdadeira Fonte de vida (40) ; não amam a Deus (42) ; são capazes de aceitar impostores (43) ; têm uma escala de valores errada (44) ; e, ironicamente, nem mesmo acreditam nas Escrituras que estão continuamente analisando (38,46).

    O versículo 41 parece significar que Cristo não procurava a glória (grego) dos ho-mens. Mas Ele sabia que se eles tivessem o amor de Deus (42), eles lhe dariam a glória.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de João Capítulo 5 versículo 19
    Jo 5:30; Jo 8:28.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47
    *

    5:1

    festa dos judeus. Provavelmente uma das festas de peregrinação que eram observadas em Jerusalém: dos Tabernáculos, Páscoa ou Pentecostes.

    * 5:5

    um homem enfermo. A doença exata não é especificada, mas o evento indica que a doença impedia-o de mover-se e andar.

    * 5:8

    toma o teu leito. A tradição judaica tinha interpretado a proibição do trabalho no sábado, como proibição de carregar peso. Jeremias protestou contra o carregar e descarregar no Sábado (Jr. 17.21,22).

    * 5:9

    o homem se viu curado. Não se afirma que a fé em Jesus foi exigida do homem, como ocorreu em muitos milagres de Jesus (Mt 9:22; 13:58; Mc 6:5,6). O enfoque aqui é sobre o poder de Jesus.

    * 5:14

    coisa pior. A "coisa pior" é deixada indefinida. A razão da admoestação não é, necessariamente, que o homem tivesse ficado doente por causa de algum pecado específico. Alguns pecados podem levar Deus a juízos físicos e temporais (1Co 11:28-32), mas a doença não está necessariamente relacionada com algum pecado específico (9.3).

    * 5.17-47

    Jesus debate com os judeus o seu relacionamento com o Sábado e com Deus. Jesus não argumenta com seus oponentes a respeito de se eles entendem a legislação do Sábado corretamente. Seu interesse é saber se eles entendem quem Jesus é. Jesus reivindica ser Deus, indicando algumas de suas prerrogativas divinas (vs. 17-30) e mostra a base de sua reivindicação (vs. 31-47).

    * 5:17

    Meu Pai... e eu trabalho também. Jesus não discute com os judeus se eles estão certos em criticar o paralítico. Ele nega que os judeus possam criticar a ele mesmo, porque está apenas fazendo aquilo que o Pai faz. Os judeus entenderam o que Jesus disse e por isso o acusaram de fazer-se igual a Deus (v. 18).

    * 5:18

    fazendo-se igual a Deus. Jesus se apresentava como aquele que tem sobre o Sábado a mesma autoridade que tem o Autor do Sábado (Lc 6:5), que foi dado não só no Sinai, mas na própria ordem da criação.

    * 5:19

    o Filho nada pode fazer. Isto não expressa incapacidade pessoal, mas dá ênfase à completa unidade de propósito e ação na Trindade. Ver nota teológica "A Humilde Obediência de Cristo", índice.

    * 5:20

    e maiores obras do que estas. Há uma obra maior do que a de curar um doente. Esta obra, segundo o v.21, é ressuscitar um morto.

    * 5:21

    o Pai ressuscita... os mortos. Uma clara afirmação daquilo que está expresso menos claramente no Antigo Testamento. Jesus concorda com os fariseus contra os saduceus, que negam a ressurreição (Mt 22:23). Fazer os mortos ressuscitarem só é possível a Deus, contudo Jesus reivindica esse poder para si mesmo (v. 25).

    * 5:23

    honra. Aqui "honra" é o santo temor a Deus despertado pelo conhecimento do juízo vindouro (v. 22). O Filho, não menos do que o Pai, é Um a quem todos deverão prestar contas.

    * 5:24

    vida eterna. A salvação não é apenas um objeto de esperança para o futuro, mas uma presente realidade para o crente; pois aquele que crê "passou da morte para a vida" (conforme 6.47).

    * 5.26

    vida em si mesmo. Ver "A Auto-Existência de Deus", no Sl 90:2.

    * 5:29

    ressurreição. Ver "Ressurreição e Glorificação", em 1Co 15:21.

    * 5.31-47

    Jesus apresenta quatro tipos de testemunho que afirmam as suas reivindicações: O testemunho de João Batista; das próprias obras de Jesus; de Deus Pai; e o das Escrituras, especialmente Moisés.

    * 5:31

    o meu testemunho não é verdadeiro. O testemunho de Jesus não seria falso, mesmo que ele falasse isoladamente. Pela expressão "não é verdadeiro" Jesus quer significar que esse testemunho não seria permitido no tribunal de acordo com a lei Mosaica (Dt 17:6; 19:15; ver referência lateral).

    * 5:36

    essas que eu faço. Este é o princípio reconhecido por Nicodemos (3.2). O poder dado por Deus para operar milagres é um sinal da aprovação divina (10.25,38), ainda que nem toda obra maravilhosa seja um milagre, neste sentido (Êx 7:11,12; Mt 7:22,23; 24:24; Ap 13:13).

    * 5:37-38

    sua voz... sua palavra. Estes termos provavelmente se referem às Escrituras, que são a "voz" e a "palavra" de Deus, mas que os descrentes não receberam.

    * 5:39

    as Escrituras... testificam de mim. Jesus concorda que o Antigo Testamento conduz à vida eterna (cf 2Tm 3.15), revelando que esta vida está nele, o Autor da vida eterna. A busca daqueles que se recusam a encontrar Cristo nas Escrituras é fútil, porque lhes falta a iluminação do Espírito Santo (2Co 3:6).

    * 5:45

    quem vos acusa. Moisés acusará aqueles que não crêem em Cristo, porque Moisés escreveu a respeito dele. Jesus não se refere a nenhum texto de Moisés (tais como Dt 18:15), mas àquilo que Moisés "escreveu" (v. 46), de maneira geral. Isto é semelhante ao que Jesus disse, depois da ressurreição, aos discípulos a caminho de Emaús (Lc 24:27,44-46), bem como à pregação dos apóstolos (At 3:18-17.2,3; 18.28; 26.22,23; 28.23).



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47
    5:1 Havia três festas que requeriam a presença dos judeus varões em Jerusalém. Estas eram (1) a Festa da Páscoa e a Festa dos Pães sem Levedura, (2) a Festa das Semanas (chamada também Pentecostés), e (3) a Festa dos Tabernáculos.

    5:6 depois de trinta e oito anos, já este homem se resignou. Ninguém podia lhe ajudar. Tinha perdido a esperança de sanar-se e não podia fazer nada sozinho. Seu caso parecia ser definitivo. Não importa quão apanhado se sinta em seus achaques, Deus pode lhe ajudar em suas necessidades mais profundas. Não permita que um problema ou uma causa molesta motive a perda de sua esperança. Deus pode fazer uma obra especial em seu favor apesar de sua condição ou até devido a ela. Muitos tiveram um ministério eficaz entre as pessoas que sofrem porque conseguiram triunfar sobre seus próprios sofrimentos.

    5:10 Segundo os fariseus, levar uma cama no dia de repouso era trabalho, e portanto era ilegal. Não quebrantava uma Lei do Antigo Testamento, a não ser a interpretação que os fariseus davam ao mandamento de Deus: "te lembre do dia de repouso para santificá-lo" (Ex 20:8). Esta era uma das muitas leis que adicionaram à Lei do Antigo Testamento.

    Jesus RETORNA Ao GALILEA : Jesus permaneceu dois dias no Sicar, logo foi a Galilea. Visitou Nazaret e vários povos antes de chegar ao Caná. De ali pronunciou a palavra de sanidade e o filho de um oficial sanou no Capernaum. O Evangelho do Mateus nos diz que Jesus depois se estabeleceu no Capernaum(Mt 4:12-13).

    5:10 Um homem que fazia trinta e oito anos não caminhava sanou, mas aos fariseus interessavam mais suas leis mesquinhas que a vida e a saúde de um ser humano. É fácil obcecar-se um com as estruturas que fabrica o homem e nos esquecer da gente afetada. rege-se por normas feitas Por Deus ou pelo homem? São de ajuda às pessoas ou são de tropeço?

    5:14 Este homem tinha sido aleijado ou paralítico, mas já podia caminhar. Era um milagre surpreendente. Entretanto, ainda necessitava um milagre maior: o perdão de seus pecados. encontrava-se muito feliz pela saúde recuperada, mas tinha que apartar-se de seus pecados e procurar o perdão de Deus para obter a saúde espiritual. O dom maior que alguém pode receber de Deus é o perdão.

    5:16 Os líderes judeus presenciaram de uma vez um poderoso milagre e uma regra quebrantada. Desprezaram o milagre para enfocar a atenção na regra quebrantada, porque para eles era mais importante a regra que o milagre. Deus está disposto a obrar em nossas vidas, mas é possível que fechemos o passo a seus milagres por limitar nossas idéias com respeito a sua forma de obrar.

    5:17 Se Deus detivesse todo tipo de trabalho no dia de repouso, a natureza cairia no caos e o pecado se apoderaria do mundo. Gn 2:2 diz que Deus descansou o sétimo dia, mas isto não pode querer dizer que deixou de fazer o bem. Jesus queria ensinar que quando se apresenta a oportunidade de fazer o bem, não deve acontecer-se por alto, nem sequer no dia de repouso.

    5.17ss Jesus se identificava com Deus, seu Pai. Não cabe dúvida de que afirmava ser Deus. Jesus não dá lugar à alternativa de acreditar em Deus enquanto se faz caso omisso do Filho de Deus (5.23). Os fariseus também chamavam Pai a Deus, mas se deram conta de que Jesus declarava ter com O uma relação singular. Como resposta à declaração do Jesus, aos fariseus ficavam duas alternativas: lhe acreditar ou acusar o de blasfêmia. Escolheram a segunda.

    5.19-23 como resultado de sua unidade com Deus, Jesus vivia como Deus desejava que vivesse. devido a nossa identificação com o Jesus, devemos honrá-lo e viver como A deseja que vivamos. As perguntas "O que faria Jesus?" e "O que desejaria Jesus que fizesse?" talvez nos ajudem a tomar decisões corretas.

    5:24 A "vida eterna" (viver para sempre com Deus) começa quando a gente aceita ao Jesucristo como Salvador. Nesse momento, inicia-se a nova vida dentro de um (2Co 5:17). Constitui uma obra total. Ainda a gente tem que enfrentar-se à morte física, mas quando Cristo volte, nosso corpo ressuscitará para viver por sempre (1 Corintios 15).

    Jesus ENSINA NO JERUSALEN : Entre os capítulos quatro e cinco do João, Jesus ministró na Galilea, sobre tudo no Capernaum. Chamou certos homens para que lhe seguissem, mas isto não foi assim até depois de sua viagem a Jerusalém (5,1) no que escolheu a seus doze discípulos entre eles.

    5:25 Ao dizer que os mortos ouvirão sua voz, Jesus se referia aos espiritualmente mortos que ouvem, entendem e o aceitam. Os que aceitam ao Jesus, o Verbo, terão vida eterna. Jesus se referia também aos que estão fisicamente mortos. Quando esteve na terra, ressuscitou a várias pessoas, e em sua Segunda Vinda todos os "mortos em Cristo" se levantarão para encontrar-se com O (1Ts 4:16).

    5:26 Deus é a fonte e o Criador da vida, pois não há vida separados do, nem aqui nem no mais à frente. A vida em nós é um dom que vem de Deus (vejam-se Dt 30:20; Sl 36:9). Como Jesus existe eternamente com Deus, o Criador, O também é "a vida" (Sl 14:6) pela qual podemos viver para sempre (veja-se 1Jo 5:11).

    5:27 O Antigo Testamento tinha mencionado três sinais do Messías que teria que vir. Neste capítulo, João mostra que Jesus cumpriu os três sinais. Tudo poder e autoridade lhe são jogo de dados por ser o Filho do Homem (conforme 5.27 com Dn 7:13-14). Os coxos e os doentes som sanados (conforme 5.20, 26 com Is 35:6; Jr 31:8-9). Os mortos são levantados (conforme 5.21, 28 com Dt 32:39; 1Sm 2:6; 2Rs 5:7).

    5:29 Os que se rebelaram contra Cristo também ressuscitarão, mas para escutar o veredicto de Deus em seu contrário e para receber a sentença de uma eternidade separados do. Há quem deseja viver bem sobre a terra, esquecer-se de Deus e logo alcançar com a morte o descanso final. As palavras do Jesus não dão lugar a que se perceba a morte como o fim de tudo. Há um julgamento que os incrédulos deverão enfrentar.

    5.31ss Jesus declarava que era igual a Deus (5.18), dava vida eterna (5.24), era a fonte da vida (5,26) e julgava ao pecado (5.27). Estas declarações demonstram que Jesus dizia ser divino; era uma afirmação quase incrível, mas a apoiava o testemunho de outro: João o Batista.

    5.39, 40 Os líderes religiosos sabiam o que dizia a Bíblia, mas não aplicavam suas palavras à vida. Conheciam os ensinos das Escrituras, mas não reconheceram ao Messías que as Escrituras assinalavam. Conheciam as leis, mas não viram o Salvador. Entrincheirados em seu sistema religioso, negaram-se a permitir que o Filho de Deus trocasse suas vidas. Não se enrede tanto na "religião" que se perca a Cristo.

    5:41 De quem busca o louvor? Os líderes religiosos gozavam de prestigio no Israel, mas seu selo de aprovação não tinha significado algum para o Jesus. Ao interessava a aprovação de Deus. Este é um bom princípio para nós. Mesmo que nossas ações recebam a aprovação dos mais altos dignatarios do mundo, se Deus não as passar, devêssemos nos preocupar. Mas se as passa, mesmo que outros não o façam, devêssemos estar conforme.

    5:45 Os fariseus se gabavam de ser os verdadeiros seguidores de seu antepassado Moisés. Tentavam guardar cada uma de suas leis ao pé da letra, inclusive adicionaram algumas próprias. A advertência do Jesus de que Moisés os acusaria os enfureceu. Moisés escreveu a respeito do Jesus (Gn 3:15; Nu 21:9; Nu 24:17; Dt 18:15) e mesmo assim os líderes religiosos não quiseram acreditar no Jesus quando veio.

    AFIRMAÇÕES DE CRISTO

    Quem lê a vida do Jesus enfrentam uma pergunta inevitável: Foi Deus Jesus? Parte de uma conclusão razoável tem que incluir o fato de que declarou ser Deus. Não temos outra alternativa a não ser a de estar de acordo ou não com sua declaração. A vida eterna está em jogo na eleição.

    Jesus disse ser:,, , ,

    o cumprimento das profecias do Antigo Testamento

    MateusDt 5:17; Dt 14:33; Dt 16:16-17; Dt 26:31, Dt 26:53-56; Dt 27:43

    MarcosDt 14:21, Dt 14:61-62

    LucasDt 4:16-21; Dt 7:18-23; Dt 18:31; Dt 22:37; Dt 24:44

    JoãoDt 2:22; Dt 5:45-47; Dt 6:45; Dt 7:40; Dt 10:34-36; Dt 13:18; Dt 15:25; Dt 20:9

    o Filho do Homem

    MateusDt 8:20; Dt 12:8; Dt 16:27; Dt 19:28; Dt 20:18-19; Dt 24:27, Dt 24:44; Dt 25:31; Dt 26:2, Dt 26:45, Dt 26:64

    MarcosDt 8:31, Dt 8:38; Dt 9:9; Dt 10:45; Dt 14:41

    LucasDt 6:22; Dt 7:33-34; Dt 12:8; Dt 17:22; Dt 18:8, Dt 18:31; Dt 19:10; Dt 21:36

    JoãoDt 1:51; Dt 3:13-14; Dt 6:27, Dt 6:53; Dt 12:23, Dt 12:34

    O Filho de Deus

    MateusDt 11:27; Dt 14:33; Dt 16:16-17; Dt 27:43

    MarcosDt 3:11-12; Dt 14:61-62

    LucasDt 8:28; Dt 10:22

    JoãoDt 1:18; Dt 3:35-36; Dt 5:18-26; Dt 6:40; Dt 10:36; Dt 11:4; Dt 17:1; Dt 19:7

    o Messías/ o Cristo

    MateusDt 23:9-10; Dt 26:63-64

    MarcosDt 8:29-30

    LucasDt 4:41; Dt 23:1-2; Dt 24:25-27

    JoãoDt 4:25-26; Dt 10:24-25; Dt 11:27


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47
    I. JESUS ​​e no sábado (5: 1-18)

    1 Depois destas coisas, havia uma festa dos judeus; e Jesus subiu a Jerusalém. 2 Ora, em Jerusalém, perto da ovelha portão de uma piscina, que é chamado em hebraico Betesda, tem cinco alpendres. 3 Nestes jazia multidão dos que se achavam enfermos, cegos, mancos e secou. 5 E um certo homem estava lá, que havia trinta e oito anos de sua enfermidade. 6 Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava neste estado havia muito tempo , nesse caso , disse-lhe: Queres ficar são? 7 O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. 8 Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito, e anda. 9 Imediatamente o homem ficou são, e tomou o seu leito e andou.

    Agora era o sábado no mesmo dia. 10 Então os judeus disseram àquele que tinha sido curado: Hoje é sábado, e não te é lícito levar o teu Lv 11:1 Mas ele respondeu-lhes: Aquele que me curou, o mesmo me disse: Toma o teu leito e anda. 12 Perguntaram-lhe: Quem é o homem que te disse: Toma o teu leito e anda? 13 Mas o que fora curado não sabia quem era; . para Jesus havia transmitido-se afastado, uma multidão estar no lugar 14 Depois Jesus encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás curado.: não peques mais, para que alguma coisa pior te sucederá 15 O homem foi de distância, e disse aos judeus que Jesus era o que o curara. 16 E por isso os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. 17 Mas Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho. 18 Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.

    A festa que foi a ocasião para o retorno de Jesus a Jerusalém, não é nomeado. João simplesmente queria estabelecer uma definição para o primeiro grande conflito entre Jesus e os judeus. Na verdade, a narração da cura no tanque de Betesda parece ter tido um propósito semelhante, porque muita incerteza reúne em torno dele. A identidade, não só da festa, mas também para a piscina, a sua localização, suas propriedades de cura e a conta do anjo-tem sido um problema para os estudiosos.

    O assunto é simplificado pelo reconhecimento de que a segunda metade do versículo 3 e todos versículo 4 não são encontrados nos melhores manuscritos gregos a partir do qual o nosso Inglês Novo Testamento é traduzida. No ReiTiago 5ersion esta parte diz: "Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; todo aquele que, em seguida, pela primeira vez após o perturbador da água entrou em cena foi feita toda de qualquer enfermidade que tivesse. "Quando essa parte é omitido temos a história simples e significativa de um grupo de enfermos se reuniram no que poderíamos chamar de uma fonte de água mineral, o água do que era conhecido por ter efeitos benéficos sobre certas doenças. As pessoas que visitaram a piscina esperou o movimento da água, que foi, provavelmente, o borbulhar da mola que alimentou a piscina. O milagre que João diz respeito não é um tipo de mágica, com os anjos dando poder de cura para a água, mas um milagre de cura pelo Médico Mestre como prova de sua afirmação de ser o Filho de Deus. A piscina, suas bordas revestidas com gente doente, tornou-se o cenário de um caso notável de cura por Jesus. Há pouca razão para pensar que Ele ignorou os outros, cura um homem só. Isso teria sido contrário à natureza de Jesus e as imagens prestaram dele em outros lugares, especialmente nos sinóticos. Este caso de cura, com suas conseqüências, foi suficiente para João como um fundo para o conflito que se seguiu sobre a manutenção do lugar Sabbath para a cura havia tomado no sábado.

    Jesus era necessariamente crítica do judaísmo de sua época, e por esta razão Ele foi acusado de tentar destruir a fé dos pais. Ele ficou no verdadeira linha de profetas hebreus a este respeito. Amos, por exemplo, clamou: "Odeio, desprezo as vossas festas, e eu vou ter prazer em vossas assembléias solenes" (Jl 5:21 ). Os rituais dos quais Amos falaram havia sido ordenado por Deus, mas ele se opôs a eles como praticado porque tanto sacerdote e as pessoas tinham perverteu para seus próprios fins. Os valores morais e religiosos havia sido perdido, e forma estava sendo substituído pela realidade. Os profetas eram considerados como traidores ao seu país e ao culto no Templo. Jesus demonstrou essencialmente essa mesma atitude para com a religião de ambos Temple e sinagoga e sofreu um semelhante, e, finalmente, a pior, a rejeição do que fizeram os profetas.

    Nos dias de Jesus a jornada de um dia de sábado foi de dois mil côvados (cerca de três quintos de uma milha), e viagens mais longas constituía uma violação da lei do sábado. Muitas outras formas foram rigidamente observados, como lavagem cerimonial antes das refeições e o uso de filactérios de oração. Essas coisas podem ser observados como marcas de piedade, e a palavra de longas orações em público e à colocação de grandes somas de dinheiro no tesouro do templo deu a garantia de que um estava ganhando favor de Deus. Havia pelo menos quatro acusações que Jesus tinha para o ceremonialism da época. Primeiro, ela colocou as pessoas em cativeiro-bondage para formar e à opinião pública. Em segundo lugar, ele prejudicou, ou se desnecessário, a fé em Deus como essencial para a religião. Originalmente, a lei cerimonial, a guarda do sábado, a oferta de sacrifícios, circuncisão, eo resto, foram fornecidos como prova de fé das pessoas em Deus e como um meio de expressar a sua fidelidade a Ele. Mas quando essas coisas deixaram de ser testemunhas da fé e se tornou únicas formas de aproximação a Deus, eles perderam o seu valor. Em terceiro lugar, houve a perda de valores morais pessoais. Culto tinha deixado de fazer exigências morais sobre os adoradores. Havia pouco nele para agitar a consciência, nada a se mover de um homem para a confissão do pecado. Em quarto lugar, ceremonialism formais foi a perversão do que anteriormente tinham sido os instrumentos de adoração pura. Aquilo que estava vivo havia morrido; que havia sido doce tinha ido azedo; o que chamou os homens para Deus agora os separou Dele. E em quinto lugar, a situação mais triste de tudo é que os próprios participantes tinham assumido o amortecimento de suas formas.

    Este não é o lugar para ir em um dicussion em larga escala de formalismo contra a liberdade no que se refere à guarda do sábado. João não nos deu material suficiente para trabalhar. A resposta clássica é dada no Evangelho de Marcos: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem por causa do sábado, de modo que o Filho do homem é senhor também do sábado" (Mc 2:27 ). Observâncias religiosas são de valor apenas como eles ministrar às necessidades das pessoas, tanto individuais e coletivas, e estão sob o sábio conselho da igreja e os direção do Espírito.

    O homem curado foi acusado pelos judeus de quebrar o sábado quando o encontraram carregando seu sono-mat. Ou porque ele não tinha sido um homem religioso, ou porque a sua alegria por ter sido curado o levou a ser alheio às demandas religiosas formalistas, ele atribuiu sua violação do sábado para o fato de sua cura: Aquele que me curou, esse mesmo disse -me: Toma o teu leito e anda (v. Jo 5:11 ). Até o momento ele não sabia quem era Jesus. Para ele, e para Jesus, a execução de seu berço foi a evidência de sua cura; para os judeus era uma violação da lei cerimonial. A questão em causa era saber se o homem ou a lei era de primordial importância. Jesus estava interessado no homem, e Ele procurou e encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás curado; não peques mais, para que alguma coisa pior te sucederá (v. Jo 5:14 ). Para ele a ser influenciado por seus críticos religiosos a partir de então seria de pecado, e isso pode levar a uma reincidência da doença. Jesus estava sugerindo que sua doença tinha sido causada por más práticas, o resultado direto de uma vida pecaminosa. Mais do que isso, há conseqüências do pecado mais grave do que física doença estes também o homem deve evitar. Como Jesus disse, em outro contexto, "Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que é capaz de destruir a alma eo corpo no inferno" (Mt 10:28.) .

    O homem que foi curado disse aos judeus que seu benfeitor era Jesus. Em seu entusiasmo ingênuo ele não percebeu que esta era uma das piores coisas que poderia fazer-publicidade não era o que Jesus precisava de entre os judeus. Ele foi muito bem conhecido por eles já; e imediatamente uma nova onda de perseguição se levantou, ainda tenta matar Jesus. Sua única resposta para eles era, Meu Pai trabalha continuamente e Eu estou trabalhando (v. Jo 5:17 ). Em outras palavras, Ele estava trabalhando no sábado porque seu pai estava trabalhando, e a cura que Ele havia feito era o trabalho de Deus, o Pai. Eles, portanto, tinha duas acusações contra ele; Ele tinha quebrado o sábado pela cura de um homem (causando-lhe também para quebrá-lo), e Ele alegou Deus como seu pai, que foi um reconhecimento da igualdade com Deus. O poder que Ele, assim, foi ordenado autoridade sobre tanto o físico e os mundos morais. Ele poderia curar um coxo quando escolheu; Ele também poderia quebrar o sábado, pois ele compreendeu, porque Ele era maior em autoridade do que tanto Moisés (Jo 1:17) e a lei que ele tinha dado.

    J. Jesus eo Pai (5: 19-47)

    19 , portanto, Jesus respondeu, e disse-lhes: Em verdade, em verdade eu vos digo, o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão o que vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho também pratica da mesma maneira. 20 Porque o Pai ama o Filho, e mostra-lhe tudo o que faz;. e maiores do que estas lhe mostrará, para que vos maravilheis 21 Pois assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida a quem ele quer. 22 Para nem o Pai julgar qualquer homem, mas deu todo o julgamento ao Filho; 23 para que todos honrem o Filho, assim como honram o Pai. Aquele que não honra o Filho não honra o Pai que o enviou. 24 Em verdade, em verdade eu vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não vem em juízo, mas já passou . da morte para a vida 25 verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; . e os que a ouvirem viverão 26 Pois assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu ele ao Filho também ter a vida em si mesmo: 27 e deu-lhe autoridade para julgar, porque ele é um filho do homem. 28 Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz, 29 e sairão; os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.

    30 Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo, eo meu julgamento é justo; . porque eu não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou 31 Se eu der testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. 32 É um outro que dá testemunho de mim; e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro. 33 Vós mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade. 34 Mas o testemunho que eu recebo não é de homem; mas digo isto, para que vos podem ser salvos. 35 Ele era a lâmpada que ardia e alumiava; e vós quisestes alegrar-vos por uma temporada com a sua luz. 36 Mas o testemunho que eu tenho é maior do que o de João; para as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço, dão testemunho de mim, que o Pai me enviou. 37 E o Pai que me enviou, ele tem dado testemunho de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, em qualquer momento, nem vistes a sua forma. 38 E não tendes a sua palavra permanece em vós, por quem ele enviou não credes. 39 Ye pesquisar as Escrituras, porque julgais que neles tendes a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim; 40 e não quereis vir a mim, para que tenhais a vida. 41 Eu não recebo glória dos homens. 42 Mas eu conheço, que não tendes o amor de Deus em si mesmos. 43 Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, a esse recebereis. 44 Como podeis crer, vós que recebeis glória uns dos outros, e a glória que vem do único Deus buscais não? 45 Não penseis que eu vos hei de acusar perante o Pai: não há um que vos acusa, mesmo Moisés, em quem vós esperais. 46 Pois se crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque ele escreveu a meu respeito. 47 Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?

    Jesus foi obrigado a defender-se contra as incriminações dos judeus a respeito de sua autoridade e sua relação com Deus. Ele afirmou Sua afirmação de união com Deus, reivindicando nenhuma autoridade ou poder independente; Ele fez apenas aquilo que Ele observou o Pai fazer (v. Jo 5:19 ). Jesus usou a analogia humana da relação pai-filho, não para estabelecer uma separação entre Deus e Ele, mas como um fundo familiar para sua afirmação de uma unidade essencial com Deus. O Pai ama o Filho (v. Jo 5:20 ), mais tarde pensamento de João torna-se "Deus é amor" (1Jo 4:8. ; Is 26:19. ). Jesus era mostrar que ele também poderia ressuscitar os mortos. No entanto, não só ele, mas como o Pai trabalhou por meio dele. Ao mesmo tempo, Ele fez o trabalho de forma autônoma, para o poder de fazer milagres e de competência para julgar quando e onde agir tinha sido dado como o Filho de Deus. Ele era tão verdadeiramente Deus, como foi o Pai, e ninguém podia dar honra a Deus Pai e ao mesmo tempo desonrar a Deus, o Filho. A fonte de toda a vida repousa no Pai e do Filho (Jo 1:4 ). No Pai e do Filho reside também a vida eterna, ou a vida de cima, como Jesus disse a Nicodemos. No entanto, é o Filho, não o Pai, que se tornou o foco do processo que dá vida. O mundo dos homens é julgado pelo Filho por causa da relação única que Ele sustenta a Deus e homem pela Encarnação. Os homens devem lidar, não com Deus, como tal, nem com Deus, o Pai, mas com o Filho, que é o Verbo eterno feito carne (Jo 1:14 ). Aqueles que crêem Nele tenha a vida eterna (v. Jo 5:24 ). Aquele que honra o Pai pode fazê-lo apenas por honrar o Filho; e isso ele faz por crer. Para acreditar no Filho é acreditar no Pai, sendo ambos igualmente Deus. Crendo, a vida uma partes eterna com Ele, ea maravilha de tudo será esclarecido em um dia vinda de ressurreição.

    Estas declarações são abundantes em paradoxo, mas é o paradoxo da graça, um paradoxo que é fácil viver com quando se tem "passou da morte para a vida", quando se entrega à verdade, a fim de entendê-lo, quando ele compartilha com João os segredos do amado.

    Mais duas coisas devem ser ditas a fim de tornar o testemunho de Jesus a Si mesmo completo, e estes são encontrados na referência a uma ressurreição geral final, uma experiência maior do que a ressurreição de Lázaro dentre os mortos. Lazaro deve morrer outra morte física, porque ele se levantou do lado terrestre do túmulo. Aqueles que experimentam a ressurreição final nunca mais vai saber da morte física. Tanto a ressurreição de Lázaro e da ressurreição antecipada são evidências de que a vida eterna que Cristo veio para dar. Mas mais do que isso, a validade desta vida no crente será testado pela ressurreição, que irá separar os homens para a vida ou para o julgamento. Eles serão julgados com base em suas obras, sejam elas boas ou más. Nesta vida os homens são julgados em relação à sua fé em Cristo; no último dia eles serão julgados em relação ao fato de terem feito a vontade de Deus. A afirmação de Cristo de ser o Filho de Deus foi evidenciado por suas obras, que protestavam a Ele (Jo 5:36 ). Reivindicação dos homens para uma nova vida nele deve finalmente descansar em evidência similar.

    O testemunho de Jesus para Ele trouxe a alegação de que ele foi capaz de dar a vida física e eterna, porque Ele possuía inerentemente, compartilhada com e dado pelo Pai (v. Jo 5:26 ); e Ele tinha autoridade para conceder a vida sobre aqueles que creram nele. A vida tem em si o poder de julgamento, porque a vida também é luz (Jo 1:4 ). Julgamento não esperam a ressurreição no último dia, mas adere a todo o tecido da Encarnação. O homem-Deus trouxe uma relação entre o homem eo seu Criador pelo qual seu ato cada é julgado à luz do mesmo. O homem não pode ficar, por assim dizer, à margem e ignorar a Encarnação como se nunca tivesse acontecido; ele já está envolvido por ter tomado para si a carne humana de Deus, e ele deve decidir aceitar a vida que é oferecido, assim, decidir ou recusá-lo e sofrer as conseqüências de rasgar-se longe de Deus. A decisão é mais do que uma resposta sim ou não;ou é a aceitação ou rejeição da Encarnação: a união de Deus e do homem em Jesus Cristo.

    O debate entre Jesus e os judeus continuaram sobre a autoridade pela qual Ele fez o que ele estava fazendo. Ele percebeu que seu próprio testemunho não era suficiente, porque aos judeus duas ou mais testemunhas foram exigidos em cada caso. E assim Ele apresentou o Pai como uma testemunha (v. Jo 5:32 ), também João Batista quem o povo teria lembrado. Tanto a vida e palavras de Batista testificou brilhantemente para Jesus, porque ele tinha queimou-se para ele. Ele era a lâmpada que ardia e alumiava; e vós quisestes alegrar-vos por uma temporada com a sua luz (v. Jo 5:35 ). Testemunho de João era brilhante e clara e os judeus haviam aceitado lo por um tempo. Mas o testemunho de Jesus, dado por palavras e atos, foi maior do que o de João. Logic exigiria que eles dão Jesus, pelo menos, uma audiência de igualdade com João. Eles não iria, mesmo não poderia, acreditar em Jesus por causa de duas outras testemunhas que haviam rejeitado as Sagradas Escrituras e Moisés. Ambos falara-se ainda falar-de-Lo, mas os judeus não tinham recebido a mensagem. A finalidade das Escrituras (Antigo Testamento) era revelar Cristo, e, a menos que os homens foram capazes de encontrar Cristo, que neles não se deu esperança de salvação. Moisés, também testemunhou de Cristo, sem cuja vida e obra tudo o que Moisés fez foi infrutífera. Ambos Escritura e Moisés sentou-se em juízo sobre os judeus que não iria acreditar em Jesus. Aqueles a quem Jesus estava falando sem dúvida foram escribas e fariseus, saduceus também a quem Ele pode ter abordado Suas palavras sobre a Ressurreição, mas em todo o seu estudo de suas Escrituras eles falharam em ver a promessa de um Salvador. Sua falsa concepção do Messias prometido cegou a ele quando ele estava no meio deles. Eles haviam se tornado tão perverso que eles iriam mais cedo aceitar um líder que veio em seu próprio nome que aquele que tinha vindo em nome de Deus, o Pai. Eles não tinham o verdadeiro amor por Deus, porque eles tinham negligenciado a admoestação da lei de Moisés: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma e com todas as tuas forças" (Deut. 6: 5 ). Consequentemente, eles não poderiam reconhecê-Lo, que era a personificação do amor divino.

    Temos de reconhecer que Jesus nunca foi desleal no que Ele espera de pessoas, nem ele condená-los por motivos insuficientes. Judaísmo não tinha poder de salvação, e Jesus tentou mostrar isso para os judeus. Ao mesmo tempo, ele tinha mostrado o caminho que o Salvador estava a tomar e continha luz suficiente por que reconhecê-Lo. A lei não podia salvar, mas ele fez e poderia condenar, quando as pessoas aceitaram como um fim em si, ou quando eles usaram para seus próprios fins.

    Ainda uma outra ênfase de Jesus neste conflito de idéias é a unidade da Escritura. Se isso for verdade do Antigo Testamento-que sua ênfase central deve ser visto como Cristo-how muito mais preciso do Novo Testamento ser visto como atestando principalmente a Ele. Jesus disse sobre as Escrituras do Antigo Testamento, Estes são os que dão testemunho de mim (v. Jo 5:39 ). A unidade de toda a Bíblia como a temos hoje, não pode ser encontrado em sua teologia, ou em sua consistência literária e histórica, mas sim em seu testemunho ao poder redentor de Deus em Jesus Cristo, o Filho.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47

    Como acontece em diversos capítu-los do evangelho de João, nesse a mensagem fundamenta-se em um milagre (5:1 7-47).

    1. O milagre: a salvação é pela graça (5:1-16)

    Esse sinal completa a série de três milagres que mostram como a pes-soa é salva. O primeiro (transfor-mação de água em vinho) mostra que a salvação se dá por intermé-dio da Palavra de Deus. O segundo (a cura do filho do oficial) demons-tra que a salvação acontece pela fé. O terceiro milagre mostra que a salvação é pela graça. Esse homem estava em um estado lastimável. Ele ficou doente por 38 anos por cau-sa de seu pecado passado (veja v. 14). Ele estava rodeado de pessoas afligidas por diversos males, e to-das elas ilustram a triste condição dos não-salvos: enfermos (fracos — Rm 5:6), cegos, coxos (incapa-zes de andar direito — Ef 2:1-49), paralíticos, e todos ali esperavam que alguma coisa acontecesse (sem esperança — Ef 2:12). Eles se cura-riam se entrassem na água quando o anjo a agitava, no entanto faltava- lhes força para conseguir fazer isso! Acontece o mesmo com o pecador de hoje: se ele guarda a lei perfeita de Deus, é salvo, mas ele não con-segue fazer isso.

    No entanto, veja a graça de Deus em ação. "Betesda" (v. 2) sig-nifica "casa de graça", e para esse homem esse local tornou-se o lugar da graça. O que "graça" significa? Significa bondade para quem não a merece. Jesus viu um monte de do-entes, todavia escolheu curar ape-nas um homem! Esse homem não merecia mais que os outros, mas Deus escolheu-o. Essa é uma bela imagem da salvação e de como de-vemos nos sentir humildes ao saber que somos escolhidos "nele", pois isso não ocorre por nossos méritos, mas pela graça dele (Ef 1:4). Em 5:21, Cristo diz algo que se aplica aqui: ele vivifica (dá vida) "aqueles a quem quer". Não podemos expli-car a graça de Deus (Rm 9:14-45), mas ninguém seria salvo se não fos-se pela graça dele (Rm 11:32-45).

    Observe outros pontos: havia cinco pavilhões, e, na Bíblia, cinco é o número da graça; o tanque fi-cava perto da Porta das Ovelhas, o que fala de sacrifício. O Cordeiro de Deus teve de morrer a fim de que a graça do Senhor pudesse ser der-ramada sobre os pecadores. Cristo curou-o no sábado, o que compro-va que a Lei não tem relação com a cura. Não somos salvos por guar-dar a Lei. Ele salvou o homem, de-monstrando que a salvação está em Cristo. O homem queixou-se: "Não tenho ninguém" (v. 7), no entanto havia dúzias de homens lá para aju-dá-lo, mas não podiam fazer o que Jesus fez. O pecador perdido não precisa de ajuda, mas de cura.

    O homem foi ao templo, pro-vavelmente, para adorar (At 3:1-44), e testemunhou publicamente a cura de Cristo (v. 15). Não há evidência de que esse homem creu em Cristo para a salvação.

    A ira e a oposição dos líderes religiosos iniciaram-se quando Jesus curou no sábado. Esse conflito pio-rou e, por fim, levou à crucificação de Cristo.

    1. A mensagem: Cristo é igual a Deus (5:17-47)
    2. A tripla igualdade de Cristo com o Pai (vv. 17-23)

    Os judeus perseguiram Cristo por este não cumprir a Lei, pois curar um homem no sábado era contra a tradição judaica. Na primeira parte de sua mensagem, ele mostrou-lhes que era igual ao Pai de três formas:

    1. Em obras (vv. 17-21). Em Gênesis 3, o sábado de descanso do Pai foi quebrado pelo pecado de Adão e Eva. Desde essa época, Deus trabalha na busca e na salvação do perdido. Cristo afirma que o Pai o ca-pacita para fazer o que faz e revela que o conhece pessoalmente. Suas obras (milagres) vêm do Pai, até mes-mo a de ressuscitar os mortos.
    2. Em julgamento (v. 22). Deus confiou todo julgamento ao Filho. Isso torna o Filho igual ao Pai, pois apenas Deus pode julgar um homem pelos seus pecados. Veja também o versículo 27.
    3. Em honra (v. 23). Nenhum mortal ousaria pedir que o adorem da forma que apenas Deus merece. A pessoa que afirma adorar a Deus, mas ignora a Cristo, é impostora.
    4. A tripla ressurreição (vv. 24-29)
    5. A ressurreição do pecador mor-to hoje (vv. 24-27). Essa é uma res-surreição espiritual (veja Ef 2:1-49) e acontece quando o pecador ouve a Palavra e crê. O homem que Cristo curou era realmente um morto-vivo. Ele recebeu vida nova em seu corpo quando ouviu a Palavra e creu. Cris-to tem vida em si mesmo, pois ele é "a vida" (14:
      6) e, por isso, pode dar vida aos outros.
    6. A ressurreição da vida (vv. 28-29a). Essa é a ressurreição futura do crente descrita em 1 Tessaloni- Cl 4:13-51 e 1Co 15:51-46.
    7. A ressurreição da conde-nação (v. 29b). Ela acontece pouco antes de Deus fazer o novo céu e a nova terra. Ap 20:11-66 descreve essa ressurreição. Todos os que rejeitarem a Cristo serão julga-dos para verem qual o grau de pu-nição que receberão no inferno, e não se irão para o céu. Chama-se o inferno de "a segunda morte", a separação de Deus. Nenhum cristão jamais ficará diante do trono branco de julgamento (Jo 5:24).
    8. O triplo testemunho da divindade de Cristo (vv. 30-47)
    9. João Batista (vv. 30-35). As pes-soas ouviram João Batista e até se regozijaram com seu ministério, mas o rejeitaram e à sua mensagem. Veja como João apontou Cristo para as pessoas em 1:15-34 e 3:27-36.
    10. As obras de Cristo (v. 36). Até Nicodemos admitiu que os mi-lagres de Cristo provavam que ele vinha de Deus (3:2).
    11. O Pai na Palavra (vv. 37-47). As Escrituras do Antigo Testamento são o testemunho do Pai a respeito de seu Filho. Os judeus estudavam as Escrituras, pois pensavam que isso os salvaria. Eles, porém, liam a Palavra com olhos espiritualmente cegos. Moisés escreveu a respeito de Cristo e os acusou no julgamen-to. Eles rejeitaram a Palavra (v. 38), não vieram a ele (v. 40), não ama-ram a Deus (v. 42), não o recebe-ram (v. 43), buscaram a glória dos homens, não a que vem de Deus (v. 44), e não escutaram sua Palavra (v. 47). Não é de espantar que não con-seguissem crer e ser salvos!

    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47
    5.1 Uma festa. Possivelmente a Páscoa Dt 28:0; Mt 11:28). • N. Hom. Cura Divina:,
    1) Jesus viu o paralítico - iniciativa divina (conforme 1Jo 4:19);
    3) Jesus indagou e mandou (6,
    7) -cooperação e motivação divinas,

    5.9 Imediatamente. A cura foi total e sem demora. No sentido mais amplo do milagre, a época de espera passou com a vinda do Salvador ao mundo. Ele inaugura a nova era da ressurreição (25). Sua salvação está ao alcance de todos em todo lugar.

    5.10 Não te é lícito... Êx 20:10; Jr 17:19-24; Ne 13:15. Jesus descansou na glória a Deus. Os judeus acharam que Deus queria que desistissem de todo trabalho, não sabendo que o sábado foi feito para o homem.

    5.14 Não peques mais... Jesus revela. que o paralítico sofria em conseqüência do pecado, mas não que toda doença seria tal. Coisa pior. Trata do julgamento final ou a segunda morte (Ap 21:8).

    5.16 Fazia... no sábado. Nos outros evangelhos os atos de misericórdia justificam a quebra da lei do sábado. No Evangelho de João Jesus trabalha no sábado porque Ele é igual a Deus (17s).

    5.17 Os judeus entenderam que o Criador não podia abandonar Sua criação todos os sétimos dias! O Filho compartilha com o Pai a obrigação de atuar no sábado do mesmo modo; dessarte Jesus reivindicava sua deidade
    5.19 Nada pode fazer. Não por falta de poder, mas apenas vontade. A união entre Cristo e o Pai não permitia que Ele agisse independentemente.

    5.20 Maiores obras. O v. 21 explica que são as obras de ressuscitar e dar vida aos mortos espirituais e físicos (cf.Mt 8:22; Lc 15:32).

    5.23 Todos honrem o Filho. Conforme Fp 2:0,Ef 2:5.

    5.26 Vida em si, isto é, vida divina que pode ser compartilhada com os mortos tanto espiritual como fisicamente.

    5.2 É o Filho do Homem. Conforme Sl 8:4; Sl 80:17; Dn 7:13ss. Este título frisa tanto a soberania de Cristo (Mc 14:62) como Seu sofrimento (Mc 8:31; Mc 10:45; conforme Fp 2:6-50 n).

    5.28,29 Sairão. Fala da ressurreição que se dará na Segunda Vinda. Ressurreição do vida, veja Ap 20:4, Ap 20:5. ...do juízo, Ap 20:11,Ap 20:15.

    5.30 Nada posso fazer. Conforme v. 19n. O crente depende igualmente de Cristo (15.5).

    5.31 De mim mesmo. Palavras sem a necessária confirmação de santidade e poder não convencem. Os judeus baseados nos seus preconceitos atribuíram maldade a Jesus. Ele, defendendo suas reivindicações messiânicas, apela para a regra bíblica que exigia duas testemunhas (Nu 35:30; Dt 17:6).

    5:32-35 Estes vv. tratam do testemunho de João Batista e da própria vida de Cristo que revela a Deus juntamente com Seus sinais (10.25; 14.11).

    5:36-38 O testemunho de Deus Pai foi maior, sendo concedido por palavras (Mt 3:17; Conforme Jo 8:18) e por sinais ou obras. Visto sua forma. Conforme 1.18; Permanente (gr menonta "habitar"). A mesma palavra se repete em Jo 15:0; Rm 3:23; Cl 1:27; Cl 2:2).

    5:45-47 Sendo que Moisés escreveu acerca da missão e pessoa de Cristo (Lc 16:29; Lc 24:44; 2Co 3:13-47), há uma unidade essencial entre a obra do legislador (Moisés) e, o Vivificador (47). Submissão às Escrituras precede a fé em Cristo (2Tm 3:16).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47

    2)    O paralítico de Betesda (5:1-47)
    Há aqui algumas semelhanças com a cura

    registrada nos Sinópticos (conforme Mc 2:1-41; Mt 9:2-40; Lc 5:18-42). Os dois incidentes suscitam controvérsias. Em Marcos, destaca-se a conexão entre a condição do homem e o poder de Jesus para perdoar pecados, ao passo que aqui os pecados do homem são mencionados quase que de passagem (conforme v. 14). E interessante observar como nas épocas de festas Jesus acusava severamente os judeus de incredulidade (conforme v. 29; 11.55ss; 7:2-9) de forma tal que finalmente precipitou o clímax do seu ministério, v. 1. uma festa: A ausência do artigo definido deixa a festa indefinida, embora alguns (entre eles, R. H. Lightfoot e J. Rendei Harris) tenham sugerido que se tratava do Ano Novo.

    v. 2. Betesda: Tanto a evidência de manuscritos para o nome quanto seu significado exato são incertos. “Betzata” tem boa base (ou talvez “Bezata”), sendo conhecida de Josefo. Por outro lado, muitos estudiosos ainda preferem a leitura “Betesda” (lit. “casa de misericórdia”), possivelmente em virtude de sua adequabilidade como um lugar em que Jesus realizou um milagre. Beth-‘eshda (“casa do derramamento”), preferido por Calvino, parece ser confirmado pelo rolo de cobre da caverna 3 de Cunrã [v. 3b e 4 são corretamente omitidos no texto em algumas versões. Eles, sem dúvida, são acréscimos posteriores à história e não têm forte apoio nos manuscritos. Eles, provavelmente, preservam uma tradição que explicava o movimento da água. A narrativa tem ótima fluência sem eles],

    v. 6. Você quer ser curado?: Não é uma pergunta superficial. Parece que o nosso Senhor se dirigiu ao caso mais necessitado ali e, de forma apropriada, tentou evocar alguma fé e confiança desse homem. v. 7. quando a água é agitada: O fenômeno é interpretado nos versículos omitidos em algumas versões como uma intervenção angelical. Westcott comenta: “As propriedades de cura do tanque podem ter sido devidas aos elementos minerais”. Escavações no tanque de Sta. Ana revelaram cinco pórticos (conforme NBD, p. 143-4). v. 9. num sábado: Numa afirmação sucinta, o evangelista prepara o discurso que segue agora. v. 10. não lhe é permitido carregar a maca: Os judeus tratam tudo que vêem em termos da lei. Os escritos rabínicos traziam regras detalhadas quanto à remoção e transporte de móveis no sábado. Uma cama não podia ser carregada, embora carregar um paciente numa cama fosse permitido, v. 13. 0 homem [...] não tinha idéia de quem era ele: Isso parece estranho para nós, mas a mente oriental aprendia a aceitar o sobrenatural, muitas vezes se esquecendo de se incomodar com o meio que tinha servido para a sua realização. De qualquer maneira, Jesus havia desaparecido para evitar a curiosidade da multidão,

    v. 14. Não volte a pecar. Isso sugere que Jesus via alguma conexão, por indireta que fosse, entre esse caso de sofrimento e algum pecado de que o homem era culpado (conforme 9.23). O perdão não foi mencionado, embora a expressão Não volte a pecar sugira que o pecado até então na vida do homem estava perdoado, v. 17. Meu Pai continua trabalhando até hoje, e eu também estou trabalhando-. O restante do discurso decorre dessa afirmação. Deus descansou no sétimo dia, de acordo com as Escrituras (conforme Gn 2:2,3). Contudo, a observância do sábado não tinha a intenção de ser um descanso na inatividade, mas o descanso que vem da comunhão espiritual com Deus, que está incessantemente ativo como Criador e Sustentador do Universo. v. 18. mas também estava dizendo que Deus era seu próprio Pai (gr. patera idion): Esse aspecto, acima de tudo o mais, incitou os judeus ao ódio mortal contra Jesus, junto com sua concordância de que agia em comunhão direta com o Pai, dizendo: o Filho não pode fazer nada de si mesmo (v. 19). O relacionamento de Jesus com o Pai é singular, de forma que ele não age independentemente do Pai. 0 Filho também faz: A esfera de atividade do Filho é coextensivo ao do Pai. 

    v. 20. obras ainda maiores do que estas: I.e., maiores do que a cura desse paralítico. Essas vão compelir a atenção dos judeus, e.g., a ressurreição de Lázaro (conforme 11.45). v. 21. da mesma forma que o Pai ressuscita os mortos: A maioria dos judeus acreditava que a ressurreição de mortos estava reservada para uma época vindoura (conforme Ez 37:13) e seria cumprida no Messias. O v. 22 é uma afirmação explicada mais tarde no v. 27. Entrementes, um propósito claro dessa delegação de autoridade a Cristo é que todos honrem o Filho (v. 23), reconhecendo sua igualdade em autoridade e ação. v. 24. Quem ouve a minha palavra e cré A construção da frase aqui mostra que o ouvir e o crer precisam ser considerados juntos. Ouvir não é somente uma atividade passiva. O grande shema‘ (“Ouça, ó Israel...”) do AT (Dt 6:4-5) pressupunha a fé pelas obras. Assim, aqui a palavra de Cristo evoca uma reação (conforme 6.63,68; 15.3), e aquele que a apresenta tem a vida eterna e não será condenado — pela fé, ele agora espera e desfruta da absolvição final e da vida da era da ressurreição,

    v. 25. está chegando a hora, e já chegou: Conforme 4.23. Os mortos aqui são os espiritualmente mortos. O Filho do homem já os despertou por sua palavra. Que os que ouvirem viverão, está fundamentado na expectativa do AT (conforme Is 55:11). Assim, a palavra de Cristo trazendo vida separa pessoa de pessoa, dessa forma levando alguns ao julgamento (conforme v. 27). v. 26. ele concedeu ao Filho ter vida: Faz parte da natureza essencial do Filho, compartilhada com o Pai, que ele é capaz de ser a fonte de vida para outros (conforme 1.4). v. 27. porque é o Filho do homem (gr. hoti hyios anthrõpou esti): O Filho do homem do livro de Daniel (conforme Ez 7:13,Ez 7:14) nunca está longe da mente dos evangelistas. Aqui, sem dúvida, o autor está pensando principalmente na sua humanidade. Visto que ele compartilha completamente a humanidade, e em virtude de sua suprema autoridade conferida a ele pelo Pai, ele pode exercer o julgamento, v. 28. todos os que estiverem nos túmulos: Conforme v. 25. Tanto bons quanto maus estão incluídos (conforme versículo seguinte). A ressurreição dos fisicamente mortos é algo que vai ser incluído mais tarde no programa divino. A voz de Jesus vai ser ouvida no juízo final, embora não haja nenhum detalhamento (conforme Ez 12:2). v. 30. não procuro agradar a mim mesmo: Isso coloca o julgamento do qual Cristo falou além de todo questionamento. Nele não há sinal de auto-engrandecimento (conforme v. 41-44).

    v. 31. O dito de Jesus aqui talvez pareça contradizer o que ele diz mais tarde (conforme 8.13,14). Mas não há contradição. Aqui, ele está se referindo às declarações que ele talvez tenha feito como auto-afirmação. Mas o seu testemunho está em harmonia com o do Pai, de modo que ele confia no Pai (conforme v. 32). v. 34. mas menciono isso para que vocês sejam salvos: Tão grande é a preocupação de Jesus pelos judeus que ele chama a atenção deles para a obra de João Batista, se isso os conduzir a Ele. v. 35. João era uma candeia que queimava e irradiava a luz (gr. lychnos): O testemunho de João, na melhor das hipóteses, era secundário (conforme 1.8,33; 8.14). Ele deu testemunho como uma candeia por meio da qual brilhou a verdadeira luz na medida do azeite que lhe foi confiado, e durante certo tempo vocês quiseram alegrar-se com a sua luz: O fervor religioso, talvez, conduziu muitos judeus a se interessarem pela pregação de João, visto que se ocupava da proclamação do reino. v. 37. o Pai [...] ele mesmo testemunhou a meu respeito-. Isso, presumivelmente, se refere ao batismo de Jesus. Eles não ouviram a sua voz (conforme Mc 1:11) — na pomba que desceu (1.32). v. 38. nem a sua palavra habita em vocês-. Aqui a acusação de Jesus contra os judeus atinge o clímax. Se a Palavra de Deus tivesse um lugar de proeminência na vida deles, eles teriam reconhecido tanto a autoridade de Cristo quanto a de João Batista, 

    v. 39. Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras: O verbo pode ser ou imperativo ou indicativo. A segunda opção dá o melhor sentido. Os judeus criam que as Escrituras geravam vida, mas eles não a compreenderam como um testemunho de Cristo (conforme v. 21; Lc 24:2,Dt 18:16). Esse argumento é dirigido à mente religiosa judaica. Se eles não creem nas Escrituras, é pouco provável que aceitem o ensino desse rabino para eles.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 17 até o 47

    H. A Auto-defesa de Jesus. Jo 5:17-47.

    O discurso abaixo trata da autoridade de Jesus, a qual ele estabelece em seu relacionamento especial com o Pai.


    Moody - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 19 até o 20

    19, 20. Este discurso continuou sem aparente interrupção da parte dos judeus. Não havia nenhuma arrogância às declarações de Jesus que eram equilibradas por uma completa dependência e subordinação ao Pai. Isto é a verdadeira filiação, salienta Jesus, aprender do Pai e reproduzir o que foi visto (v. Jo 5:19). A percepção do Filho é ampliada pela revelação que o Pai lhe dá do significado de tudo o que o Pai faz. Para demonstrar a realidade do relacionamento entre os dois, maiores obras do que estas (a cura do aleijado e sinais semelhantes) serão realizadas.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47
    IV. OUTROS SINAIS E DISCURSOS NA GALILÉIA, E O INÍCIO DA CONTROVÉRSIA COM OS JUDEUS Jo 5:1-43. Da mesma maneira, a festa mencionada em Jo 5:1 seria identificada com a páscoa de Jo 6:4, e o milagre operado por Jesus em Jo 7:21 seria ligado mais estreitamente com o incidente em Betesda. Tal proximidade textual porém não é necessária. O milagre realizado facilmente se destaca, tendo em vista a controvérsia que causou. Pode ser colocado, então, no seu contexto, em Jo 7:21. A identificação da páscoa com a festa referida em Jo 5:1 está baseada em um velho manuscrito que traduz a festa dos judeus. As versões em português traduzem mais exatamente uma festa dos judeus. É evidente que Jo 6:1 introduz uma nova etapa na missão de Jesus. É difícil estabelecer seguramente uma seqüência cronológica dos incidentes. Sabe-se que Jesus foi à Galiléia depois dos acontecimentos narrados no capítulo 5. Segue-se então a repentina declaração que Ele foi para o outro lado do mar. Esta súbita retirada de Jesus parece coincidir com a triste notícia da execução do Batista, e a volta dos doze, eventos descritos pelos sinóticos (Mt 14:13; Mc 6:31-41; Lc 9:10). O motivo da retirada de Jesus foi sua necessidade de tranqüilidade. A localidade escolhida foi Betesda, ao outro lado do mar (Lc 9:10). Parece-nos que Jo 6:1 segue os acontecimentos descritos pelos sinóticos. O ministério de Jesus na Galiléia termina em Jo 7:2, portanto, é bem provável que aquele ministério ocupa os capítulos Jo 5:1-43) -Depois disto (1). Melhor, passadas estas cousas (ARA). A frase expressa uma seqüência na mente do escritor. Uma festa dos judeus. Ver nota acima. Há realmente dificuldade em identificar esta festa. Westcott acredita que seja a das trombetas. A Century Bible identifica-a com a festa de Purim, considerando que Jo 4:35 parece ser uma referência à primavera, e que Jo 6:4 indica a proximidade da páscoa. A intenção do evangelista é bem clara. Ele salienta a coincidência da visita de Jesus com a festa dos judeus, quando a cidade estaria cheia de pessoas. Era também o sábado (9,16).

    Jesus dirigiu-se ao tanque junto à porta das ovelhas. A palavra "porta" é omitida no original grego. O tanque se chamava Betesda, que significa "casa de misericórdia". O nome se explica em os pórticos serem construídos como abrigo para os aleijados. Note-se a forma do nome "Betsaida". A forma exata é incerta. Alguns comentaristas sugerem "Bethsatha", que significa "casa de olivas", situado ao norte do templo. A interpretação do nome Betsaida como "casa de pesca" é inaceitável. A fonte intermitente era considerada de valor curativo. Esperando que... doença que tivesse (3-4). Este fragmento é omitido nos melhores manuscritos e pode ser uma interpolação acrescentada a fim de explicar o vers. 7. Por outro lado, é bem possível que o trecho fez parte do texto original, e foi omitido "para não dar apoio às práticas pagãs, muito em voga, celebradas em poços sagrados" (Hoskyns, The Fourth Gospel). Agitada a água (4), resultado de atividade angélica. Não negamos que existem poderes invisíveis que podem operar milagres da cura, embora inexplicavelmente.

    >Jo 5:5

    Jesus escolhe um homem que há muito tempo espera perto da água (5-6). É aleijado em conseqüência de uma moléstia incurável, e seu caso já se tornou desesperado. Jesus, vendo que o homem vem aguardando a sua oportunidade por longos anos, toma a iniciativa e pergunta-lhe: Queres ficar são? (6). O paralítico está tão acostumado ao seu estado que não sente mais o desejo de recuperar as suas faculdades (7). A pergunta de Jesus o desperta da sua apatia, dando-lhe ânimo e expectação. A realidade e perfeição do milagre se evidenciam na obediência imediata do homem (9).

    >Jo 5:10

    2. O ANTAGONISMO DOS JUDEUS (Jo 5:10-43) -O milagre foi operado no sábado. Isto constituiu, à vista dos principais dos judeus, uma infração da lei mais rigorosa (Jr 17:21). O homem é interrogado, provavelmente pelos membros do Sinédrio que o acusam de profanar o sábado (10). O mesmo que me curou me disse (11). A defesa do homem é simples, mas irrefutável. "A autoridade daquele que operou o milagre parece-lhe pesar mais que a observância meticulosa da lei" (Westcott). "O aleijado experimentou o poder de Jesus, porém desconheceu o seu nome" (Hoskyns). Jesus apressa-se em sair, enquanto uma multidão se reúne (13). Encontrando o homem restaurado mais tarde no templo, Jesus salienta a significação moral da cura (14). Os milagres de Jesus tinham fins éticos e espirituais. Um princípio de justiça é implícito no ato da cura, e por esta razão o homem não deve pecar mais. O homem curado segue o seu caminho, e dominado por algum senso de obrigação, informa aos judeus que foi Jesus que efetuou o milagre (15) "E os judeus perseguiam a Jesus, porque fazia estas cousas no sábado" (16). Esta é a primeira declaração aberta de hostilidade a Jesus.

    O Senhor Jesus se justifica nos termos da Sua relação filial ao Pai: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também, Deus é incansável no seu trabalho contínuo em favor dos homens. "O sábado nunca impediu a obra de Deus, também não deve interromper a do Filho" (Plummer). O Filho reivindica sua cooperação com o Pai, e sua obra se coaduna com a do Pai. A atividade restauradora de Jesus no sábado não violou a lei, sendo antes o cumprimento espiritual da sua verdadeira finalidade. Os judeus compreendem que Jesus reivindica para si uma relação única com o Pai, relação esta que admite uma unidade de ser e de agir que não é menos que igual com Deus, o que representava para os judeus a blasfêmia mais audaciosa (18).

    >Jo 5:19

    3. A FILIAÇÃO DIVINA DE JESUS CRISTO (Jo 5:19-43) -Jesus agora responde à acusação de blasfêmia: o Filho nada pode fazer de si mesmo (19). "Tão íntima é a relação entre Pai e Filho que o próprio Filho de Deus nada pode fazer de si mesmo" (Bernard). "A vontade e operação dEles são uma" (Clarendon Bible). Resulta desta relação uma identidade e harmonia entre a vontade do Pai e a do Filho. A missão de Jesus se baseia na autoridade do amor do Pai ao Filho, e desse amor emanam Suas obras, e emanarão maiores obras do que estas (20). O vers. 21 define essas maiores obras: os mortos, espiritualmente falando, serão vivificados. A missão de Jesus se revela como vivificante. Ao Filho foi confiado também o julgamento (22). Unem-se em Jesus as duas funções de dar vida e julgar.

    >Jo 5:23

    No exercício destas prerrogativas, o Filho é a máxima revelação do Pai, que quer que todos, finalmente, honrem ao Filho. Quem rejeita o Filho, desonra o próprio Deus Pai (23). Ver o desenvolvimento no vers. 24. A aceitação da palavra de Cristo, e fé no Pai que o enviou, são condições necessárias para a vida eterna, contemplada aqui, não apenas como bem futuro, mas como possessão atual. Não entrará em condenação (ARC; 24); Não entra em juízo (ARA, 24). A frase não nega o juízo vindouro, no sentido escatológico, mas para o crente na palavra de Cristo, não há mais tal juízo. O vers. 25 refere aos espiritualmente mortos, que ouvirão a voz de Cristo, e viverão. Deus o Pai, Autor da vida, concedeu ao Filho ter vida em si mesmo (26). Ora, este atributo foi transferido ao Cristo histórico, a quem foi outorgada autoridade para exercer juízo, porque é o Filho do homem (27). Cristo como Filho do homem é Juiz do homem. A expressão "filho do homem" alude, provavelmente, a Sua humanidade, enfatizando a Sua encarnação. Há uma possível referência messiânica no título. O tema é desenvolvido nos vers. 28-29 que têm em mira a consumação final. O teor geral é positivamente escatológico. Haverá um juízo final, para separar os bons dos maus (29).

    >Jo 5:30

    4. QUATRO TESTEMUNHAS DA DIVINDADE DE JESUS (Jo 5:30-43) -As reivindicações de Jesus se baseiam na Sua relação única com o Pai. Jesus não exerce Sua autoridade independentemente. Seus juízos refletem o Seu conhecimento perfeito dos pensamentos de Deus Pai (30-31).

    >Jo 5:32

    As vindicações de Jesus não repousam exclusivamente no Seu próprio testemunho. Sua autoridade revela autenticidade através da íntima relação com o Pai, e desta maneira Seu testemunho se fundamenta no do Pai. Outro é o que testifica a meu respeito (32); este Outro é Deus. Os judeus exigiram evidências externas da Sua autoridade. Agora, Jesus desce do nível sublime onde cita autoridades celestiais para lhes apresentar testemunhos terrestres, que talvez possam convencê-los (34). João lhe deu testemunho, como de "uma lâmpada que ardia e alumiava" (35), e os judeus se regozijavam naquele testemunho à verdade. João não era "luz auto-suficiente (Jo 1:8), mas a lâmpada que precisa ser acesa primeiro, e que se consome no processo de dar luz" (MacGregor). Os judeus mostraram uma alegria quase infantil com essa luz, sem atenderem à chamada solene ao arrependimento.

    >Jo 5:36

    Eu tenho maior testemunho (36). Aqui Jesus indica como testemunho as obras de poder que Deus permitiu que praticasse. Serviram como evidência e confirmação da presença e poder do Seu Pai. Chama atenção também ao testemunho duradouro e contínuo que Deus deu sobre Ele nas Escrituras do Velho Testamento. Porém, os judeus estavam cegos perante a glória divina, e surdos quanto à sua chamada. Eram escravos à letra da lei, e não podiam apreciar o sentido espiritual das Escrituras. Prova suficiente disto se vê na sua falta de fé no Messias (38). Examinais as Escrituras (39). Estudaram as Escrituras, pensando que a obediência mecânica aos preceitos da lei lhes daria o galardão da vida eterna. Não estavam errados em estudar as Escrituras na esperança de encontrar a vida eterna, mas sua interpretação delas estava totalmente errada, e não podiam encontrar o Cristo, que é o centro das Escrituras. Contudo não quereis vir a mim para terdes vida (40). Somente Jesus podia dar-lhes a vida, mas eles o rejeitaram. Jesus acusa os judeus de incredulidade. Recusa sua acusação de egoísmo, aplicando a mesma acusação a eles (41-42). Não recebe, como os judeus, a adulação e a glória dos homens. A causa de toda a incredulidade e antipatia neles é a falta do amor de Deus nos seus corações. Os judeus estavam diapostos a atender às pretensões arrogantes de falsos profetas, porém rejeitam Aquele vindo da parte de Deus o Pai (43). Não é de admirar pois que eles não queriam recebê-Lo, uma vez que não deram devido valor à aprovação divina. Jesus mesmo não os acusa, um deles os acusará. Moisés, em quem tendes firmado a vossa confiança (45). Eles pensavam de Moisés como seu defensor e mediador, mas Moisés se tornaria seu acusador em conseqüência da sua deslealdade à mensagem básica da dispensação mosaica, que apontava para o Cristo. Se tivessem de fato percebido o sentido real da lei de Moisés, ter-lhe-iam dado guarida (46). Se não conseguiram compreender os ensinos de Moisés, como podiam jamais aceitar a mensagem de Jesus Cristo? (47).


    John Gill

    Adicionados os Comentário Bíblico de John Gill, Ministro Batista
    John Gill - Comentários de João Capítulo 5 versículo 19

    Então, respondeu Jesus, e disse-lhes,... Eles o culparam de blasfêmia por chamar a Deus seu Pai, e se fazer igual a Deus: e sua resposta é muito longe de negar o assunto, ou observar qualquer erro ou má interpretação de suas palavras, que ele permite a idéia geral e se vindica por dizer:

    Em verdade, em verdade eu vos digo;... Nada é mais certo; pode se confiar nisso como verdade; eu, que sou a própria verdade, o “amém”, e a testemunha fiel, aquele que possui toda credibilidade:

    O Filho não pode fazer nada dele mesmo;... Ou ele não faz nada dele mesmo, nem ele fará qualquer coisa dele mesmo; quer dizer, ele não faz, nem vai, nem pode fazer qualquer coisa só ou pode se separar do seu Pai, ou a qual não diz respeito a ele; não qualquer coisa sem o conhecimento dele e consentimento, ou, ao contrário, da sua vontade: ele faz tudo junto com ele; com o mesmo poder, tendo a mesma vontade, sendo da mesma natureza, e igualdade um ao outro: porque estas palavras não projetam fraqueza no Filho, ou debilidade de seu poder de fazer qualquer coisa dele mesmo; quer dizer, pelo próprio poder dele: porque ele tem pela sua palavra o raio de poder para trazer à existência todas as coisas do nada, e pela mesma palavra sustenta todas as coisas; ele mesmo tem levado os pecados do seu povo, e por ele os purgou completamente, e se elevou dos mortos; mas elas expressam a sua perfeição; que ele não faz nada, e não pode fazer nada dele mesmo, em oposição ao seu Pai, e em contradição com a Sua vontade divina: como o Satanás fala de si mesmo, e os homens maus alienados de Deus, como eles agem por si mesmos, e fazem o que é contrário da natureza e vontade de Deus; mas o Filho não pode fazer assim, sendo da mesma natureza com Deus, então nunca age separadamente dele, ou contrário dele, mas sempre coopera e age com ele, e então nunca deve ser culpado pelo que ele faz. As versões Siríaca, Árabe e Persa vertem assim, “o Filho não pode fazer nada de sua própria vontade”; assim traduz Nonnus; como separado de, ou ao contrário da vontade de seu Pai, mas sempre de acordo com ela, eles que são uma pessoa em natureza, e assim em vontade e obras. Ele não faz nada então de si mesmo.

    Mas o que ele vê o Pai fazer;... Não que ele vê o Pai, de fato, fazerendo um trabalho, e então ele faz depois dele, como a criação do mundo, a suposição de natureza humana, e redenção do homem, ou qualquer milagre particular, como se ao observar um terminado trabalho, fizesse ele igual; mas que ele que foi criado com ele, e jazendo no seu seio, era particular ao plano inteiro de suas obras, vendo na natureza dele e mente infinita, e nas suas deliberações vastas, propósitos, e desígnios, tudo que ele estava fazendo, ou faria, e assim faz do mesmo jeito, ou agiu concordemente com eles; e que ainda mostra e prova a unidade deles na natureza, e igualdade perfeita, visto que não há nada na mente do Pai que não tenha sido conhecido ao Filho, visto, e observado: assim Filo, o Judeu diz que o “filho mais antigo do Pai, a quem ele chama de o primogênito; sendo gerado, imita o Pai, e vendo, ou olhando os seus exemplos e arquétipos, forma espécies,” quer dizer, enquanto estando familiarizado com as idéias originais e eternas de coisas na mente divina, age de acordo com eles, o qual ele não pôde fazer se ele não fosse da mesma natureza com o Pai, e poderia se igualar ao seu Pai. Além disso, o Filho vê o que o Pai faz cooperando com ele, e assim não faz nada diferente do que ele vê o Pai fazer, junto com ele: para a qual pode ser acrescentado, que a frase mostra que o Filho não faz nada a não ser em sabedoria, e com conhecimento; e que como o Pai, assim ele faz todas as coisas, de acordo com o Seu conselho:

    Porque tudo quanto ele faz, assim faz o filho igualmente;... O filho faz as mesmas obras que o Pai faz, tais como as obras da criação e providência, o governo tanto da igreja e do mundo; e ele faz essas coisas da mesma maneira, com o mesmo poder, e pela mesma autoridade que seu Pai faz e que prova ser ele igual com Ele; e a própria coisa que os Judeus entenderam que ele tinha afirmado, foi o que eles o acusaram: e isso ele mantém fortemente. A versão Siríaca lê, “porque as coisas que o Pai faz, o mesmo também faz o filho”; e a versão Persa, “o que quer que Deus tenha feito, o Filho também faz do mesmo jeito.”



    Fonte: John Gill’s Exposition of the Entite Bible





    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47

    14. O Perseguido Jesus (João 5:1-16)

    Depois destas coisas, havia uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Ora, em Jerusalém, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, tendo cinco pórticos. Nestes jazia uma multidão de pessoas que se achavam enfermos, cegos, coxos, e murcha, [esperando o movimento das águas; pois um anjo do Senhor desceu em certo tempo o tanque, e agitava a água; quem quer que, em seguida, em primeiro lugar, após o acirramento da água, entrou em cena foi bem feito a partir de qualquer doença com a qual ele estava aflito.] Um homem estava lá, que estava doente há 38 anos. Quando Jesus viu deitado, e sabia que ele já tinha sido um longo tempo nessa condição, Ele lhe disse: "Você quer ser curado?" O enfermo respondeu-lhe: "Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada, mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim." Jesus disse-lhe: "Levanta-te, toma o teu leito e anda". Imediatamente, o homem tornou-se bem, e pegou seu pallet e começou a andar. Agora era o sábado no mesmo dia. Então os judeus estavam dizendo ao homem que tinha sido curado: "Hoje é sábado, e não é permitido para você levar seu pallet." Mas ele respondeu-lhes: "Aquele que me fez bem foi o único que me disse: 'Toma o teu leito e anda." Eles lhe perguntaram: "Quem é o homem que te disse: Marque o teu leito e anda' ? " Mas o homem que fora curado não sabia quem era, porque Jesus se escapuliu enquanto havia uma multidão naquele lugar. Mais tarde Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: "Eis que já estás curado; não peques mais, para que nada pior acontece com você." O homem foi embora, e disse aos judeus que Jesus era o que o havia curado. Por esta razão os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. (5: 1-16)

    O ministério terreno do Senhor Jesus Cristo criou uma sensação sem precedentes em Israel. Por três anos e meio, ele realizou obras miraculosas diferente de tudo já visto antes (Jo 15:24;. Conforme Mt 9:33; Mc 2:12). Esses sinais autenticado como o Filho de Deus e Messias (Matt. 11: 2-5). Em Sua compaixão e graça, Jesus freqüentemente escolheu para fazer milagres que aliviou o sofrimento das pessoas.Ele curou a doença-doente praticamente banir do Israel para a duração da sua levantou-ministério os mortos, expulsai os demônios, e alimentou grandes multidões de pessoas com fome.

    O Senhor também ensinou a respeito do reino de Deus com ousadia, confiança e autoridade. Ao contrário dos escribas, que citou principalmente outras autoridades humanas, Jesus falou com o poder divino do Filho de Deus (conforme Mt 5:21-22, 27-28, 31-32, 33-34, 38-39, Mt 5:43. —44). Como resultado, "as multidões estavam maravilhados com o seu ensino, pois Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas" (Mt 7:28-29.), E "todas as pessoas foram pendurado em cada palavra Ele disse: "(Lc 19:48). Mesmo os seus inimigos reconheceu: "Nunca um homem fala a maneira que este homem fala" (07:46).

    Entusiasmado com Seus milagres surpreendentes e poderosa pregação, as pessoas correram para Jesus. Mt 4:25 relata que "grandes multidões o seguiam desde a Galiléia e da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e de além do Jordão." Após o Sermão da Montanha ", quando Jesus desceu do monte, grandes multidões o seguiam" (Mt 8:1; Jo 6:2). Lucas registra um momento em que "tantos milhares de pessoas se reuniram em conjunto [para ouvir Jesus] que eles estavam pisando em uns aos outros" (Lc 12:1;. Mt 10:25; Mt 12:24; Mc 3:22; Lc 11:15). Rejeição final da nação veio no julgamento de Jesus perante Pilatos, quando, instado pelos líderes religiosos, a multidão gritou: "Crucifica-o! ... O seu sangue será sobre nós e sobre nossos filhos!" (Mt 27:23, Mt 27:25). Na sua morte, Jesus tinha apenas um punhado de identificação verdadeira discípulos-120 em Jerusalém (At 1:15) e outra de 500, provavelmente na Galiléia (1Co 15:1; conforme Mt 28:7).

    Como crônicas de Seu ministério, os evangelhos gravar a crescente onda de oposição que Jesus enfrentou (por exemplo, Mateus 9:27-34; 11:. 20-30; 12: 1-14, Mt 12:22ff .; 13 54:40-13:58'>13 54:58; 15 : 1-20; 16: 1-4, Mt 16:21; 21: 15-16, 23-27; 22: 15-46; 28: 11-15; Lucas 4:16-31; 11: 14-23; 13 10:42-13:17'>13 10:17; Jo 3:32; 7: 30-52; 8: 12-20, 31-59; 13 43:9-41'>9: 13-41; 10: 19-39; 11: 45-53). Resumindo rejeição de Jesus de Israel, João observou: "Ele veio para os Seus, e aqueles que foram os seus não o receberam" (01:11). O povo judeu eram hostis a ele por causa de tanto seu legalismo hipócrita e suas ideias falsas sobre sua missão (eles olharam para um messias político-militar que iria libertá-los do jugo de Roma). Depois de sua morte, eles continuaram a rejeitá-lo por causa do escândalo da cruz (1Co 1:23;. Gl 5:11.).

    Os capítulos 5:7 do Evangelho de João, note o início da mudança da nação na atitude para com Jesus de reserva (conforme 3:26; 4: 1-3) a rejeição pura e simples (resumido em 7:52). Os capítulos 5:7 descrevem a oposição que enfrentou na Judéia; capítulo 6 registra a oposição na Galiléia. Os primeiros dezesseis versículos do capítulo 5, que relatam a polêmica gerada pela cura de um homem doente no Sábado Jesus ', assinala o início de que a hostilidade. Seria intensificar no capítulo 6, quando muitos dos seguidores de Jesus, dispostos a aceitar o Seu ensinamento que Ele era o pão da vida, abandonado Ele (6:66).Finalmente, o capítulo 7 registra o endurecimento da oposição oficial, já que as autoridades religiosas procurou, sem sucesso, prendê-lo (7: 30-42).
    O surto de hostilidade para com Cristo foi desencadeado por um incidente em uma piscina em Jerusalém conhecido como Bethesda. Purificação do templo de Jesus havia agitado antagonismo (2: 13-22), que só cresceu como Seu ministério ganhou popularidade (4: 1-3). Sua rejeição dos judeus hipócritas e Sua violação dos regulamentos judaicos tradicionais relativas ao sábado atiçou as chamas do ressentimento para a oposição aberta.
    A passagem pode ser dividida em duas partes: o milagre realizado, eo Mestre perseguidos.

    O milagre

    Depois destas coisas, havia uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Ora, em Jerusalém, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, tendo cinco pórticos. Nestes jazia uma multidão de pessoas que se achavam enfermos, cegos, coxos, e murcha, [esperando o movimento das águas; pois um anjo do Senhor desceu em certo tempo o tanque, e agitava a água; quem quer que, em seguida, em primeiro lugar, após o acirramento da água, entrou em cena foi bem feito a partir de qualquer doença com a qual ele estava aflito.] Um homem estava lá, que estava doente há 38 anos. Quando Jesus viu deitado, e sabia que ele já tinha sido um longo tempo nessa condição, Ele lhe disse: "Você quer ser curado?" O enfermo respondeu-lhe: "Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada, mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim." Jesus disse-lhe: "Levanta-te, toma o teu leito e anda". Imediatamente, o homem tornou-se bem, e pegou seu pallet e começou a andar. (5: 1-9a)

    A frase , depois destas coisas , indica que este incidente ocorreu em um tempo indeterminado após o ministério de Cristo na Galiléia tinha terminado. João gravou apenas um evento a partir desse período, a cura do filho do oficial do rei (4: 43-54), mas os Evangelhos Sinópticos relacionar muito mais eventos (por exemplo, a rejeição de Jesus de Nazaré [Lucas 4:16-31]; Sua viagem de pregação estendido [Mt 4:23-24.]; e várias curas, incluindo um homem possuído pelo demônio [Marcos 1:21-28], a mãe-de-lei de Pedro [. Mateus 8:14-17], um leproso [Lucas 5:12-16], e um paralítico [Marcos 2:1-12]). De fato, Lucas 4:14-9: 50 são todas relacionadas com o seu ministério galileu, como é Marcos 1:14-9: 50.

    João refere-se a uma festa dos judeus seis vezes em seu evangelho (conforme 2:13 6:4-7: 2; 10:22; 11:55); este é o único que ele não conseguiu identificar especificamente. Desde Jesus subiu a Jerusalém para esta festa, ele provavelmente foi um dos três grandes festas realizadas na cidade (a Páscoa judaica, Tabernáculos, Pentecostes [Weeks]) que todos os homens judeus eram obrigados a comparecer (Dt 16:16;. conforme Ex 23:17;. Ex 34:23). Talvez João não revelou o nome desta festa particular, porque as ações de Jesus nesta ocasião não estão relacionados com suas particularidades. O apóstolo provavelmente mencionado apenas para explicar por que Jesus estava em Jerusalém.

    Para os leitores que não estavam familiarizados com a cidade, João explicou que existe em Jerusalém pela porta das ovelhas, um tanque que é chamado em hebraico Betesda, tendo cinco pórticos(Porches). Alguns vêem o uso do verbo no tempo presente do apóstolo é uma prova de que João escreveu seu evangelho, antes da destruição de Jerusalém em 70 dC O uso do tempo presente, no entanto, não é evidência conclusiva para uma data próxima da escrita. A piscina, evidentemente, escapou da destruição, quando os romanos saquearam Jerusalém, uma vez que um peregrino do século IV para a cidade relataram ter visto isso. Assim, ele ainda teria sido a existência, mesmo que João escreveu após o anúncio 70. João foi provavelmente escrito aqui no "presente histórico", usando um verbo no tempo presente para se referir a um acontecimento passado; fazê-lo teria sido coerente com o seu estilo de escrita em outra parte (conforme 4: 5, 7; 11:38; 12:22; 13 6:18-3; 20: 1, 2, 6, 18, ​​26; 21: 13, onde os verbos traduzidos "veio" são, na verdade, no tempo presente). (Para uma discussão sobre a data da escrita deste evangelho, consulte a introdução).

    O NASB coloca em itálico a palavra portão desde o substantivo modificado pelo adjetivo probatikos ("de ou pertencente a ovelha " ) não é expressa no texto. A referência é mais provável que a porta das ovelhas mencionado em Ne 3:1Ne 12:39, localizado perto do canto nordeste da muralha da cidade não muito longe do templo. Bethesda é a transliteração grega de uma hebraico ou aramaico palavra diversas vezes entendida como "casa de desabafos" ou "casa de misericórdia" Nos cobertos pórticos perto a piscina, onde receberiam alguma proteção contra os elementos, havia uma multidão de pessoas que estavam doentes, incluindo os cegos, coxos e seco (paralisado). A piscina aparentemente foi alimentado por uma fonte intermitente (conforme v. 7), e as pessoas imaginavam que suas águas tinham poderes curativos (fontes antigas indicam que a água da piscina tinha um tom avermelhado dos minerais na mesma).

    Os primeiros e mais confiáveis ​​manuscritos gregos omitir a última frase do versículo 3 e todos verso 4. Outros incluem a passagem, mas marcá-la como falsa. Apesar de sua brevidade, a seção omitida contém mais de meia dúzia de palavras ou expressões estrangeiras aos escritos de João-incluindo três não foi encontrado em nenhum outro lugar no Novo Testamento. Esses fatos, juntamente com a ausência de qualquer menção específica de anjos no resto da passagem, indicam que a seção não fazia parte da conta original de João. Nos anos depois de João escreveu seu evangelho, escribas, aparentemente, acrescentou este material como uma nota marginal de apresentar a explicação popular para a agitação da água (v. 7). (A igreja pai cedo Tertuliano referiu-se à superstição do anjo de agitação da água no final do segundo e início do século terceiro.) Manuscritos mais tarde incorporada ao escriba glosas no próprio texto.
    Entre os que estavam reunidos na piscina esperando por um milagre era um homem que estava doente há 38 anos. A natureza exata de sua doença não é indicado, mas ele era ou paralisados ​​ou fracos demais para se mover livremente por conta própria. Tendo sido incuravelmente doente por quase quatro décadas, este homem desde Jesus com uma oportunidade para mostrar o seu poder divino.

    Jesus, vendo este homem deitado perto da piscina, sabia (sobrenatural) que já tinha sido um longo tempo nessa condição, e disse-lhe: "Queres ficar são?" A pergunta do Senhor parece estranho;obviamente, o homem queria ser curado, ou ele não teria sido na piscina em primeiro lugar. Mas Jesus nunca envolvido em irreverente, conversa ociosa. Sua pergunta serve a vários propósitos: ele garantiu toda a atenção do homem, com foco em sua necessidade, ofereceu-lhe a cura, e comunicou-lhe a profundidade do amor ea solicitude de Cristo.

    Mas o homem não conseguiu captar o peso da oferta de Jesus. Em vez de pedir a Jesus para a cura, o homem respondeu expressando sua crença nos poderes de cura para a piscina. Assim, o homem enfermo respondeu-Lhe: "Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada, mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim." Ou não acreditava que um anjo agitou o água (conforme a discussão de vv 3. b, 4 acima), ele acreditava que quando a água foi agitada (talvez por uma onda da fonte), apenas a primeira pessoa na piscina seria curada. Desde que ele não podia se mover rápido o suficiente por conta própria, e não tinha ninguém para ajudá-lo, ele nunca conseguiu chegar lá primeiro.

    A possibilidade de que Jesus poderia curá-lo nunca entrou em sua mente; na verdade, ele nem sabia quem era Jesus (v. 13). Sua única preocupação era encontrar uma maneira de ser o primeiro a entrar no tanque quando a água começou a mexer. Talvez ele tenha pensado que Jesus poderia ajudá-lo, esperando lá com ele e levando-o para a água quando o tempo estava certo. Mas ele certamente nunca considerou que, em um momento, Jesus poderia milagrosamente fazê-lo completamente bem. Não há dúvida de anos não para torná-lo primeiro na água o deixou amargurado e sem esperança. Assim, "v. 7 lê menos como uma resposta apt e sutil à pergunta de Jesus do que como os resmungos crotchety de um homem muito perspicaz de idade e não quem pensa que ele está respondendo a uma pergunta estúpida" (DA Carson, O Evangelho Segundo João , A Coluna New Testament Commentary [Grand Rapids: Eerdmans, 1991], 243). Como muitas pessoas, suas expectativas de que Jesus podia fazer por ele foram limitados ao que ele acreditava que era possível.

    Mas Jesus deu o homem aleijado muito mais do que ele jamais poderia ter esperado, ordenando-lhe com autoridade, "Levanta-te, pega na tua pallet e anda" (conforme Mc 2:11). Três verbos no imperativo expressar a integralidade da cura: o homem estava de pé, levar a esteira de palha que ele estava deitado, e ir embora. Assim como Jesus falou eo mundo foi criado (Gn 1:3, Gn 1:9, Gn 1:11, Gn 1:14, Gn 1:20, Gn 1:24, Gn 1:26; conforme Jo 1:3; He 1:2; 9:. Mt 9:6; Mc 2:11; Lc 6:10; Lc 13:12). Ao contrário de muitas supostas curas modernas, as curas de Jesus estavam completos e instantânea, com ou sem fé. Esta prova o ponto, uma vez que o homem exibiu nenhuma fé em Jesus em tudo. No entanto, ele foi curado imediatamente e integralmente. João registra que ele imediatamente ... tornou-se bem, e pegou seu pallet e começou a andar.

    Um dos mais cruéis mentiras de "curandeiros" contemporâneos é que as pessoas que não cicatrizam são culpados de incredulidade pecaminosa, a falta de fé, ou uma "confissão negativa". Em contraste, aqueles a quem Jesus curou nem sempre fé manifestas antecipAdãoente (conforme Mt 8:14-15; 9: 32-33.; 12: 10-13, Mt 12:22; Marcos 7:32-35; 8: 22-25 ; Lucas 14:1-4; 22: 50-51; João 9:1-7), e este homem é um excelente exemplo.

    Este incidente ilustra perfeitamente a graça soberana de Deus em ação (conforme v. 21). Fora de todas as pessoas doentes na piscina, Jesus escolheu para curar esse homem. Não havia nada sobre ele que o fez mais merecedor do que os outros, nem ele procurar Jesus; Jesus aproximou-se dele. O Senhor não escolheu-o porque previu que ele tinha a fé para acreditar em uma cura; ele nunca fez crença expressa de que Jesus poderia curá-lo. Por isso, é na salvação. Fora da multidão espiritualmente mortos da raça caída de Adão, Deus escolheu e redimiu o seu eleito, não por causa de qualquer coisa que eles fizeram para merecê-lo, ou por causa de sua fé prevista, mas por causa de sua escolha soberana (6:37; Rm 8.: 29-30; Rm 9:16; Ef. 1: 4-5; 2: 4-5.; 2Ts 2:132Ts 2:13; Tt 3:5).

    O Mestre Perseguidos

    Agora era o sábado no mesmo dia. Então os judeus estavam dizendo ao homem que tinha sido curado: "Hoje é sábado, e não é permitido para você levar seu pallet." Mas ele respondeu-lhes: "Aquele que me fez bem foi o único que me disse: Marque o teu leito e anda." "Eles lhe perguntaram:" Quem é o homem que te disse: Marque o teu leito e anda? " Mas o homem que fora curado não sabia quem era, porque Jesus se escapuliu enquanto havia uma multidão naquele lugar. Mais tarde Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: "Eis que já estás curado; não peques mais, para que nada pior acontece com você." O homem foi embora, e disse aos judeus que Jesus era o que o havia curado. Por esta razão os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. (5: 9b-16)

    Nota aparentemente incidental de João de que a cura ocorreu no sábado , na realidade, é a chave para este incidente. Ele prepara o terreno para a hostilidade aberta que as autoridades judaicas que se manifesta em direção a Cristo. A fúria de sua oposição, alimentada neste piscina, só agravaria durante todo o restante do Seu ministério terreno, finalmente culminando em sua morte.

    Recusa de Jesus para observar o sábado regulamentos legalistas e artificiais de tradição rabínica era um grande ponto de discórdia entre Ele e instituição religiosa de Israel (conforme Mateus 12:1-14.; Marcos 2:23-3: 6; Lc 6:1 —11; 13 10:42-13:17'>13 10:17; 14: 1-6; João 7:21-23; 9: 14-16). Na verdade, o Senhor escolheu deliberAdãoente para curar este homem no sábado para enfrentar legalismo judaico superficial e à falência. A condição do homem não era uma ameaça à vida, e ele estava constantemente na piscina. Jesus poderia facilmente ter escolhido outro dia para curá-lo. Mas o Senhor não só queria mostrar misericórdia para com este homem; Ele também queria chamar a nação ao arrependimento, confrontando as estipulações auto-justos e anti-bíblicas que levaram à sua ilusão da vida espiritual. Eles se tornaram especialistas em substituição de suas tradições para os comandos de Deus (Mt 15:9). Era para ser usado para honrar a Deus e beneficiar seu povo. Mais importante ainda, Jesus era o Senhor do sábado (conforme Mc 2:28). Se, portanto, qualquer um tem o direito de atuar no sábado, foi Jesus. ( João 1:11, A Commentary New American.. [Nashville: Broadman & Holman, 2002], 228-29 itálico no original)

    O Antigo Testamento proibido trabalhar no sábado (Ex 31:12-14; Ex 35:2 e Jeremias 17:21-22. Essas passagens, no entanto, foram destinadas a indivíduos que realizaram seu negócio comum, seus meios de subsistência ou de ocupação, no sábado. Assim, eles não se aplicam ao homem curado, desde que ele não ganhar a vida por carregando sua esteira.

    No entanto, foi por sua violação da lei rabínica (mas não bíblica) que os judeus (as autoridades religiosas) confrontou o homem que estava curada. "Hoje é sábado", eles declararam a ele, indignado, "e não é admissível para você levar seu pallet." Em vez de regozijo que estava curado, eles castigou-o para quebrar suas regras triviais. Eles estavam muito mais preocupados com os regulamentos legalistas do que com a do homem bem-estar (conforme Mt 23:4 e ss). A falsa religião do Judaísmo, como todos os sistemas falsos, não pode mudar o interior, por isso é deixado para manipular a vida do lado de fora.

    Travado no ato de violar regulamentos tradicionais de sábado, o homem tentou se defender, deslocando a responsabilidade de Jesus. Ele respondeu: "Aquele que me fez bem foi o único que me disse: Marque o teu leito e anda." O medo das autoridades é um contraste marcante com o ex-cego em João 9, que corajosamente confrontou-os (Jo 9:17, 24-33). Como Leon Morris ironicamente observa: "O homem não era o material de que são feitos os heróis ( O Evangelho Segundo João, A Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 306).

    Para não ser adiadas, as autoridades imediatamente lhe perguntou: "Quem é o homem que te disse: 'Toma o teu leito e anda?" O que o homem, eles exigiram, teria a audácia de chamar para tal violação Sabbath e ostentar a autoridade dos rabinos? Quem se atreveria a violar as "tradições dos anciãos" (Mc 7:3).

    Para sua decepção, o homem que fora curado não sabia quem era quem lhe tinha ordenado. O desconhecido se aproximou dele, o curou, e saiu sem dar-lhe o seu nome. Nem poderia o homem apontá-lo às autoridades, porque Jesus se escapuliu enquanto havia uma multidão naquele lugar (conforme 08:59; 10:39; 12:36). Mas Jesus não abandonou este homem. Mais tarde, ele encontrou-o no templo e disse-lhe: "Eis que já estás curado; não peques mais, para que nada pior acontece com você." séria advertência de Nosso Senhor reflete uma importante verdade bíblica. Embora a Escritura é clara que a doença não é sempre um resultado imediato do pecado pessoal (9: 1-3), mas também ensina que algumas doenças estão diretamente relacionadas ao deliberar desobediência. Por exemplo, após cometer adultério e assassinato, Davi gritou: "Quando fiquei em silêncio sobre o meu pecado, meu corpo definhava por eu gemer durante todo o dia para dia e de noite a tua mão pesava sobre mim;. Minha vitalidade foi drenada como com a febre calor do verão "(Sl 32:3-4; conforme Sl. 38: 1-8.). Nessa mesma linha, Moisés advertiu Israel:

    Se não tiveres cuidado de guardar todas as palavras desta lei, que estão escritas neste livro, para temeres este nome honrado e impressionante, o Senhor, teu Deus, então o Senhor vai trazer pragas extraordinárias sobre você e seus descendentes, mesmo grave e duradoura pragas e doenças miseráveis ​​e crónicas. Ele vai trazer de volta em você todos os males do Egito de que você estava com medo, e eles vão se unir a você. Também toda enfermidade e toda praga que, não está escrito no livro desta lei, o Senhor vai trazer em você até que sejas destruído. (Dt 28:58-61; conforme Lev. 26: 14-16.)

    Mesmo na era da igreja, Paulo escreveu aos Coríntios: "Por esta razão [por causa do seu pecado] há entre vós muitos fracos e doentes, e uma série de sono [morreram]" (1Co 11:30).

    O entendimento mais natural de advertência do Senhor, então, é que a doença do homem foi o resultado do pecado pessoal específico de sua parte. Se o homem insistiu em pecado não arrependido, Jesus advertiu, ele iria sofrer um destino infinitamente pior do que 38 anos de uma doença, ou seja, a punição eterna debilitante no inferno.

    A resposta do homem sugere que ele deixou de acatar a advertência de Jesus, uma vez que ele prontamente foi embora, e disse aos judeus que Jesus era o que o havia curado. É surpreendente que ele aceitaria essa cura depois de quase quatro décadas de um sofrimento terrível e em seguida, se afastar de Jesus e mostrar a sua lealdade para com os judeus, que o odiava. Isso tem que ser um dos grandes atos de ingratidão e incredulidade obstinada nas Escrituras. Ele não tinha a intenção de louvar ou adorar a Jesus para curá-lo. Desde os judeus já haviam manifestado hostilidade aberta em direção a Jesus (vv. 10-12), que teria sido incrivelmente ingênuo pensar que eles agora reagir positivamente. Ele ajudou ainda mais a sua hostilidade ao identificar Jesus. O mais provável, as ações do homem eram mais uma tentativa de defender-se por quebrar o sábado regulamentos; agora ele poderia responder à pergunta do versículo 12 das autoridades nomeando Jesus (conforme a discussão de vv. 11-13 acima).

    Os judeus também ignorou o milagre, como sempre faziam, de modo que o resultado era previsível: os judeus eram continuamente (como o tempo do verbo deixa claro) perseguir Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. Não só ele foi culpado (em suas mentes) de violar o sábado Si mesmo, mas ainda pior, ele havia incitado outro para fazê-lo. Assim começou a sua oposição aberta para Jesus-perseguição que acabaria por resultar na sua morte.

    A sorte estava lançada. Jesus não só tinha confrontado legalismo judaico na sua essência, ao ignorar as suas regras de sábado, mas também tinha desafiou-os com sua verdadeira identidade como o Filho de Deus, em quem "toda a plenitude da Divindade habita em forma corpórea" (Cl 2:9)

    Mas Ele respondeu-lhes: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também." Por esta razão, portanto, os judeus procuravam ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. Portanto, Jesus respondeu, e foi dizendo-lhes: «Em verdade, em verdade eu vos digo, o Filho nada pode fazer de si mesmo, a menos que seja algo que Ele vê o Pai fazer; porque tudo quanto ele faz, essas coisas o Filho também faz como forma Porque o Pai ama o Filho, e mostra-lhe tudo o que ele mesmo faz;. e que o Pai lhe mostrará maiores obras do que estas, de modo que você vai se maravilhar Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida. , mesmo assim também o Filho dá vida a quem Ele quer. Por nem mesmo o Pai a ninguém julga, mas deu todo o julgamento ao Filho, para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou. verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. " (5: 17-24)

    Ao longo dos séculos, os estudiosos e os céticos têm dado muitas respostas diferentes à pergunta: "Quem é Jesus Cristo?" Sua vida é o mais influente já viveu, e seu impacto continua a escalar. Ainda assim, a verdadeira identidade de Jesus ainda é muito debatido pelos historiadores modernos e teólogos. Opiniões Inúmeros têm aparecido como incrédulos têm tentado explicar a verdade sobre ele.

    Os líderes judeus da época de Jesus, motivados por seu próprio ciúme amargo, acusaram de ser um samaritano (08:48), que foi-endemoninhado (07:20; 08:52), insano (10:20), e de nascimento ilegítimo (08:41). Embora eles não podiam negar o poder surpreendente de Jesus, eles minimizaram o fato como sendo de origem satânica (Mt 12:24). Seus sucessores semelhante injuriado Jesus como "um transgressor em Israel, que praticava magia, desprezou as palavras dos sábios, [e] levou o povo ao erro" (FF Bruce, História do Novo Testamento [Garden City, NY: Anchor, 1972], 165 ).

    Os céticos teológicas e liberais dos séculos 18 e XIX, tinham a intenção de negar a divindade de Jesus. Eles viram como o professor moral estritamente humana por excelência, nos quais a centelha divina inerente a todas as pessoas queimadas com mais intensidade. Em suas mentes, vida sacrificial de Jesus desde a humanidade com um modelo que todos devem seguir, mas não com um meio pelo qual os homens poderiam ser salvos. Assim, ele foi "um exemplo para a fé, e não o objeto da fé" (J. Gresham Machen, Cristianismo e Liberalismo [Reprint; Grand Rapids: Eerdmans, 1974], 85).

    Para os existencialistas do século XX, como o altamente influente Rudolf Bultmann, o Jesus da história, mas tudo foi incognoscível. Isso não me incomoda Bultmann, no entanto, uma vez que ele acreditava que o "Cristo da fé" inventado pela igreja ainda poderia fornecer a base para uma verdadeira experiência religiosa. Teólogos neo-ortodoxa, como Karl Barth, não estavam dispostos a ignorar tão completamente o significado factual da vida de Jesus ou a Sua divindade. No entanto, eles não estavam dispostos a aceitar e acreditar que o registro bíblico de Cristo em um sentido verdadeiramente histórico.
    Outras concepções de gama Jesus do revolucionário sociopolítica cruzada da teologia da libertação, para o sábio judeu cínica do Seminário Jesus, para o herói da contracultura dos musicais de rock GodspellJesus Cristo Superstar. Mas todos esses pontos de vista fantasiosas e blasfemas estão longe da Deus-homem revelado nas Sagradas Escrituras. Eles dizem mais sobre as imaginações incredulidade e pervertidos obstinados das pessoas que os criaram do que sobre a verdadeira identidade de Jesus.

    Ironicamente, em todo o debate sobre Ele, própria auto-testemunho de Jesus é raramente considerado razoável. Será que ele, como o cristianismo histórico sempre manteve, a pretensão de ser Deus encarnado em carne humana? Ou, como argumentam os céticos, fizeram os seus seguidores mais tarde inventar essas alegações e atribuí-los a Ele? Tudo isso bolsa pseudo descrente ignora o relato bíblico da Sua vida e ministério, o que não deixa dúvida legítima sobre quem Jesus declarou-se, e quem Ele era.

    Jesus falava freqüentemente de Sua única origem, do além, de ter preexistido no céu antes de vir a este mundo. Para os judeus hostis Ele declarou: "Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo" (8:23). "O que, então," Ele perguntou: "se você vir o Filho do Homem subir para onde estava antes?" (6:62). Em Sua oração sacerdotal, Jesus falou da glória que Ele tinha com o Pai antes que o mundo existisse (17: 5). Em Jo 16:28 Ele disse a seus discípulos: "Saí do Pai e vim ao mundo;. Eu estou deixando o mundo de novo e vou para o Pai"

    Jesus assumiu as prerrogativas da divindade. Ele alegou ter controle sobre destinos eternos das pessoas (8.24; conforme Lucas 12:8-9; Jo 5:22, 27-29), para ter autoridade sobre a instituição divinamente ordenado do sábado (Mt 12:8; Lc 6:5; conforme At 7:59; 9: 10-17), e ter o direito de receber adoração, fé e obediência devida somente a Deus (Mt 21:16; Jo 14:1; conforme Jo 5:23). Ele também assumiu o direito de perdoar pecados (Marcos 2:5-11) —algo que, como Seus adversários chocados entendi, somente Deus pode fazer (v. 7).

    Jesus também chamou os anjos de Deus (Gn 28:12; Lucas 12:8-9; Lc 15:10; Jo 1:51) Seus anjos (Mt 13:41; 24: 30-31.); Os eleitos de Deus (Lc 18:7.) Seus eleitos (Mt 24:30-31.); eo reino de Deus (Mt 0:28-19:24; 21:31; Mc 1:15; Lc 4:43; Jo 3:3; Mt 16:28; conforme Lc 1:33) Jesus respondeu simplesmente: "Eu sou" (v. 62). Ele também aceitou, sem correção ou alteração, os testemunhos de Pedro:, Marta (Jo 11:27), e outros (por exemplo, Mt 9:27; 20.: 30-31) (Mt 16:16-17.) Que ele era o Messias.

    Descrição favorita do Senhor de Si mesmo era "Filho do Homem" (conforme Mt 8:20; Mc 2:28; Lc 6:22; João 9:35-37., Etc.). Embora esse título parece forçar sua humanidade, ele também fala de sua divindade. Uso do termo de Jesus deriva 13 27:7-14'>Daniel 7:13-14, onde o Filho do homem está em pé de igualdade com Deus, o Pai, o Ancião dos Dias.

    Os judeus se viram coletivamente como filhos de Deus pela criação. Jesus, no entanto, afirmou ser o Filho de Deus por natureza. "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai", Jesus afirmou, "e ninguém conhece o Filho senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Mt 11:27). Em João 5:25-26 Ele disse: "Em verdade, em verdade vos digo que, a hora vem, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão Por apenas. assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim Ele deu ao Filho também ter a vida em si mesmo. " Depois de receber a notícia de que Lázaro estava doente Jesus disse aos discípulos: "Esta enfermidade não é para terminar na morte, mas para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela" (11: 4). Quando perguntado a seu julgamento, "És tu o Filho de Deus, então?" Jesus respondeu: "Sim, eu sou" (Lc 22:70; conforme Mc 14:61-62). Em vez de rejeitar o título, o Senhor abraçou sem desculpas ou constrangimento (Mt 4:3; Mt 8:29; Marcos 3:11-12.; Lc 4:41; João 1:49-50; Jo 11:27) .

    As autoridades judaicas hostis entendeu claramente que o uso do título Filho de Deus de Jesus era uma reivindicação de divindade. Caso contrário, eles não teriam acusaram de blasfêmia (conforme 10,36). Na verdade, ele era "pretensão de ser o Filho de Deus que levou os judeus a exigir sua morte:" Os judeus responderam [Pilatos], 'Jesus Nós temos uma lei, e segundo esta lei ele deve morrer, porque Ele se fez fora para ser o Filho de Deus "(19: 7). Mesmo quando Ele estava na cruz, alguns zombavam dele, zombando: "Ele confia em Deus, deixe Deus salvá-lo agora, se Ele se deleita nEle, pois Ele disse: 'Eu sou o Filho de Deus" (Mt 27:43 Jesus advertiu que aqueles que se recusam a acreditar que Ele é o Senhor perecerão eternamente: "Por isso eu vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que eu sou, morrereis nos vossos pecados. " (A palavra "Ele" não está no original grego). Mais tarde nesse capítulo "Jesus disse-lhe [Seus ouvintes]: 'Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, eu sou" (v 58. ). Ao contrário de muitos negadores modernos de sua divindade, os judeus sabiam exatamente o que Ele estava reivindicando, como sua subsequente tentativa de apedrejá-lo por blasfêmia deixa claro (v. 59). Em Jo 13:19 Jesus disse aos discípulos que quando o que Ele previu aconteceu, eles acreditam que Ele é o Senhor. Mesmo os seus inimigos, vindo para prendê-lo no Getsêmani, ficaram impressionados com seu poder divino e caiu no chão, quando Jesus disse: "Eu sou" (18: 5-8).

    Todas as linhas de provas supracitadas convergem num ponto incontornável: Jesus Cristo alegou absoluta igualdade com Deus. Assim, Ele podia dizer: "Eu eo Pai somos um" (10:30); "Quem me vê a mim vê aquele que me enviou" (0:45); e "Quem me vê a mim vê o Pai" (14: 9). Aqueles que negam que Jesus afirmou ser Deus deve negar a precisão histórica e veracidade dos registros do evangelho e, assim, estabelecer-se como fontes superiores de verdade. Eles estão dizendo que eles sabem mais sobre o que era verdade há dois mil anos do que as testemunhas oculares inspiradas. Tal ceticismo é injustificada, no entanto, uma vez que o Novo Testamento é de longe o documento mais bem atestada do mundo antigo (conforme FF Bruce, Os Documentos do Novo Testamento:? Eles são de confiança (Downers Grove, Ill .: InterVarsity, 1
    973) . Os céticos são também duramente pressionado para explicar por seguidores judeus monoteístas Jesus teria abraçado a Sua divindade tão cedo na história da igreja para além de suas próprias reivindicações. William Lane Craig observa,

    Dentro de vinte anos da crucificação uma cristologia full-blown proclamando Jesus como Deus encarnado existiu. Como explicar esta adoração por judeus monoteístas de um de seus compatriotas como o Deus encarnado, além das demandas do próprio Jesus? ... Se Jesus nunca fez tais reivindicações, então a crença dos primeiros cristãos, a este respeito se torna inexplicável. ( Apologética: An Introduction[Chicago: Moody, 1984], 160)

    Esta seção afirmar a divindade de Nosso Senhor decorre directamente do confronto que surgiu quando Jesus curou um homem enfermo no sábado (vv. 1-16). O Senhor não violar os regulamentos sábado do Antigo Testamento, mas sim as adições rabínicas desses regulamentos. No entanto, Ele não se defendeu, apontando a distinção entre lei de Deus e da tradição estranha do homem. Em vez disso, ele respondeu com uma muito mais radical forma-Manteve que Ele era igual a Deus e, portanto, tinha o direito de fazer o que quisesse no sábado. O resultado é um dos mais profundos discursos cristológicas em toda a Escritura. Nos versículos 17:24 Jesus faz cinco reivindicações inconfundíveis à plena igualdade com Deus: Ele é igual ao Pai em Sua pessoa, em suas obras, em Seu poder soberano, em seu julgamento, e, a honra que Lhe é devido.

    Jesus é igual a Deus em Sua Pessoa

    Mas Ele respondeu-lhes: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também." Por esta razão, portanto, os judeus procuravam ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. (5: 17-18)

    Como observado no capítulo anterior deste volume, a observância do sábado foi o cerne do culto judaico no tempo de Jesus. A resposta do Senhor para aqueles que o desafiou para violá-la (5:16), "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também", implica que o sábado não foi instituído para benefício de Deus, mas para o homem do (Mc 2:27 ). Em outras palavras, a restrição de sábado sobre o trabalho não se aplicava a Deus; Ele não era obrigado a descansar em cada sétimo dia. É verdade que, no final da semana da criação, Ele "descansou no sétimo dia de toda a obra que fizera" (Gn 2:2). Em vez disso, foi para dar um exemplo divino para o homem descansar um dia, de cada semana (Ex. 20: 9-11). (Para uma discussão da relação do crente do Novo Testamento para o sábado do Antigo Testamento, ver John Macarthur,Colossenses e Filemom, A Commentary MacArthur Novo Testamento (Chicago:. Moody, 1992), 118-19)

    O significado do sétimo dia é sublinhada pelas três referências a ele em Gênesis 2:1-3. De acordo com o versículo 3, Deus "santificou" ("separado", "separado") naquele dia para distingui-lo de os seis primeiros, nenhum dos quais são assim designados. Três verbos na passagem, cada um deles associado à obra de Deus, revelar por que Ele estabeleceu exclusivamente para além do sétimo dia.

    "Concluído" (v. 1) salienta que a obra de Deus na criação foi concluída até o final do sexto dia. Em contraste com a teoria da evolução (se ateu ou teísta), a Bíblia nega que o processo criativo ainda está em curso.

    Desde Seu trabalho de criação foi concluída, Deus "descansou" (vv. 2-3). Como mencionado acima, que não implica qualquer cansaço por parte dele (Is 40:28.); o verbo apenas indica que até o sétimo dia Deus tinha deixado de fazer a obra da criação (conforme Ex 20:11).

    Finalmente, Deus "abençoou" o sétimo dia (v. 3); isto é, Ele colocou de lado como um memorial. Todos os sábados de cada semana serve como um lembrete de que Deus criou todo o universo em seis dias, e depois descansou de Sua atividade criadora.

    Mas, como até mesmo os rabinos-se reconhecidos, descanso de Deus sábado (conforme Heb. 4: 9-10) a partir de sua obra criadora não prescinde Sua obra providencial incessante de sustentar o universo (He 1:3; Ap 19:10; 22: 8-9). Mas em vez disso, tornou-se ainda mais forte e enfática, a introdução de Sua próxima declaração com a afirmação solene,verdadeiramente, verdadeiramente, eu digo a vocês (conforme a discussão Dt 3:3; 14: 9-10). Ao acusar Jesus de delito, os líderes religiosos estavam realmente fazendo o que eles cobrado com Jesus fazendo, impugnar a natureza santa de Deus.

    No versículo 20, Jesus descreveu a unidade do Pai e do Filho como uma união de amor: o Pai ama o Filho (conforme 03:35; 17:26; Mt 3:17; Mt 17:5e mostra-lhe tudo o que ele mesmo está fazendo. Os traduzido verbo amores não é ágape , o amor de vontade e escolha, mas phileo , o amor de sentimentos profundos; o calor do afeto que um pai sente por seu filho. Esta é a única vez no Novo Testamento, que é usado para se referir ao amor do Pai pelo Filho. O presente do indicativo do verbo indica uma eternamente ininterrupta e onisciente amor que não deixa espaço para a ignorância, o que torna impossível para Jesus não ter tido conhecimento da vontade de Deus, seja a respeito do sábado, ou sobre qualquer outra coisa.

    Jesus continuou declarando que o Pai iria mostrar-Lhe ainda maiores obras. Sua cura do paralítico havia iludido as multidões. Mas, em obediência ao Pai, Jesus previu que Ele iria realizar atos que eram ainda mais espetacular, inclusive ressuscitando os mortos (v. 21) e julgar todas as pessoas (v. 22). Como resultado, seus ouvintes iria se maravilhar.

    Jesus é igual a Deus em seu poder e soberania

    "Porque, assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida a quem ele quer." (5:21)

    Ao afirmar sua igualdade com Deus, Jesus afirmou que ele tinha o poder paralelo com Deus para ressuscitar os mortos , assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida. A Bíblia ensina que só Deus tem o poder de dar vida aos mortos (Dt . 32:39; 1Sm 2:6), e do Antigo Testamento registra vários casos em que ele fez isso (I Reis 17:17-24; 2 Reis 4:32-37; 13 20:12-13:21'>13 20:21). Porque Seu poder é o mesmo que o Pai, Jesus Cristo é capaz de elevar o fisicamente mortos (11: 25-44; Mateus 9:18-25; Lc 7:1, Jo 6:44). Além disso, Ele tem o poder de dar espiritual vida aos mortos espiritualmente. "Aquele que beber da água que eu lhe der", Jesus prometeu: "nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna" (4:14). Em João 6 Ele advertiu seus ouvintes: "Não trabalhar pela comida que perece, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará", porque Ele é "o pão de Deus ... que desce do céu e dá vida ao mundo "(vv 27, 33; conforme vv 35, 48, 54; 1:.. 4; 10:28; 11:25; 14: 6; 17: 2 ).

    Ao contrário de Elias (1Rs 17:22) e Eliseu (II Reis 4:34-35), Jesus não se limitou a atuar como representante de Deus, quando Ele ressuscitou os mortos, mas como o próprio Deus. O Filho Ele mesmo dá a ressurreição espiritual e vida a quem Ele deseja. Como Deus é a fonte da vida, de modo que Jesus Cristo é a fonte da vida. Como Deus escolhe quando Ele dá a vida, assim o Filho escolher, em perfeito acordo com o Pai, a verdade ilustrada pela salvação dos pecadores. Todos os que o Pai escolheu antes da fundação do mundo, para dar ao Filho virá a ele, e ele não vai rejeitar qualquer deles (06:37). Mesmo oração verdadeiramente humana de Jesus no Getsêmani: "Meu Pai, se é possível, deixe este cálice de mim, ainda não como eu quero, mas como tu queres" (26:39 Matt.), Cede à concórdia perfeita entre as pessoas da Divindade.

    Jesus é igual a Deus em seu julgamento

    "Pois nem mesmo o Pai a ninguém julga, mas deu todo o julgamento ao Filho" (5:22)

    A autoridade de Jesus para conceder vida espiritual a quem quer seja coerente com a Sua autoridade para julgar todos os homens no último dia (conforme 3: 18-19; 0:48). Uma vez que Deus é o "juiz de toda a terra" (Gn 18:25; conforme 1Sm 2:101Sm 2:10; 1Cr 16:331Cr 16:33; Sl 82:1; Sl 94:2; Sl 98:9), porque Deus "fixou um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um homem que ele designou, tendo equipado prova a todos, ressuscitando-o dentre os mortos" (At 17:31). Nessa final, terrível dia do juízo, aqueles que rejeitaram Jesus vai ouvi-Lo dizer: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniqüidade" (Mt 7:23.).

    Jesus é igual a Deus em sua homenagem

    "Para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou. Verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. " (5: 23-24)

    O propósito do Pai que está nos confiando todas as suas obras e julgamento de Jesus é para que todos honrem o Filho como honram o Pai. É justo que aqueles iguais em natureza (vv. 17-18), trabalha (vv 19—. 20), o poder ea soberania (21 v.), e do juízo (v. 22) seria concedida igual honra. Honra do Pai não é diminuída pela honra prestada a Cristo; pelo contrário, ela é melhorada.

    Embora os judeus incrédulos pensei que eles estavam realmente adorando a Deus, rejeitando o Seu Filho (conforme 16: 2), não foi esse o caso, por . Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou Esta era uma reivindicação espantosa da parte de Jesus, como DA Carson observa:

    Em um universo teísta, tal afirmação pertence a um que é o próprio ser abordadas como Deus (conforme 20,28), ou a insanidade gritante. Aquele que profere tais coisas é para ser demitido com piedade ou desprezo, ou adorado como Senhor. Se com muita erudição atual recuamos a ver em tal material menos as reivindicações do Filho do que as crenças e testemunho do evangelista e sua igreja, as mesmas opções de nos confrontar. Ou João é supremamente iludidos e deve ser julgado como um tolo, ou o seu testemunho é verdadeiro e Jesus deve ser atribuída as honras devidas somente a Deus. Não há meio termo racional. ( O Evangelho Segundo João, O Comentário Pillar Novo Testamento (Grand Rapids: Eerdmans, 1991), 255).

    Quando lhe foi perguntado: "O que devemos fazer, para que possamos realizar as obras de Deus?" Jesus respondeu: "Esta é a obra de Deus, que creiais naquele que por ele foi enviado" (6: 28-29). "Aquele que me odeia", alertou, "odeia também a meu Pai" (15:23). Aqueles que se recusam a honrar o Filho, alegando estar a honrar o Pai são realmente auto-enganados. João Heading escreve:

    Não cabe a um homem para decidir que ele vai honrar a um ou outro; é ou ambos ou nenhum. Em círculos religiosos, é muito fácil para a incredulidade de contemplar Deus, mas não o Filho. O conhecimento de uma implica o conhecimento do Outro (Jo 8:19); ódio de um implica o ódio do outro (15:23); negação do One implica a negação do Outro (1Jo 2:23). ( O que a Bíblia ensina: João [Kilmarnock, Escócia: João Ritchie, 1988), 93)

    Que o Pai eo Filho devem beneficiar de um igual honra vigorosamente afirma divindade e sua igualdade com Deus, que declarou por meio do profeta Isaías de Cristo, "Eu não vou dar a minha glória para outro" (Is 42:8). No entanto, o Pai ordenou que todos honrem o Filho. Em Filipenses 2:9-11 Paulo escreveu:

    Por esta razão, também, Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, daqueles que estão no céu, na terra e debaixo da terra, e que toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
    Voluntária ou involuntariamente, todos acabarão por obedecer à ordem do Pai para honrar Jesus Cristo.
    Jesus fechou esta seção de seu discurso, reafirmando sua autoridade para dar a vida eterna a quem Ele deseja. O Senhor ressaltou importância monumental da declaração, introduzindo-o com a fórmula solene Amém, amém ( verdade, em verdade). Ele identificou aqueles que recebem a vida eterna como aqueles que ouvem a Sua palavra (ou mensagem) e acreditam que o Pai que o enviou Ele. Como sempre nas Escrituras, a soberania divina na salvação não é para além da responsabilidade humana de se arrepender e crer no evangelho. A bendita promessa para aqueles que acreditam é que não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida. Como Paulo escreveu aos Romanos: "Agora não há condenação para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8:1). Aqueles que aceitá-Lo por quem Ele é, o Deus encarnado em carne humana, serão salvos dos seus pecados por meio dele (Mt 1:21;.. 1Tm 1:151Tm 1:15; He 7:25). Mas aqueles que acreditam que ele é outra coisa senão que ele realmente é um dia vai enfrentar o seu julgamento (Jo 3:18; Jo 9:39; 12: 47-48; 16: 8-9; Atos 10:38-42; At 17:31)

    "Em verdade, em verdade vos digo que, a hora vem, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão. Pois, assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim Ele deu ao Filho também ter a vida em si mesmo, e deu-lhe autoridade para julgar, porque Ele é o Filho do Homem não se maravilhar com este;. para a hora vem, em que todos os que estão nos túmulos vai ouvir a Sua voz, e sairão; os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida, aqueles que fizeram o mal, para uma ressurreição de julgamento ". (5: 25-29)

    Para a velha questão: "Se um homem morre, ele vai viver?" (14:14), a Bíblia responde enfaticamente: "Sim." Todas as pessoas, crentes e não crentes, um dia vai ser ressuscitado dos mortos. Todo mundo vai viver para sempre, de forma consciente e individualmente.

    Para o crente, há dois aspectos para que a ressurreição espiritual e física. Espiritualmente, os cristãos são ressuscitados quando Deus dá a salvação de suas almas anteriormente mortos. Apesar de terem sido mortos em seus pecados (. Ef 2:1.). Como resultado, os crentes estarão preparados para aproveitar a vida ressurreição no Millennium na perfeição sem pecado, bem como ser montado para a existência eterna nos novos céus e da nova terra (conforme Ap 21:22).

    A Bíblia ensina que os incrédulos também vai experimentar uma ressurreição física. Mas, porque eles nunca experimentaram ressurreição espiritual, que será aumentado para receber a sentença final antes do Grande Trono Branco. De acordo com a sua condenação, seus corpos eterna ressurreição será adequado para sua punição eterna no lago de fogo (Ap 20:11-15).

    A verdade da ressurreição se repete ao longo das Escrituras, a partir do livro de Gênesis. Quando estava prestes a sacrificar seu filho Isaque ", disse Abraão a seus moços:" Fique aqui com o jumento, e eu eo moço iremos até ali; e vamos adorar e voltar para você "(Gn 22:5), e gostaria de fazê-lo, se fosse necessário para manter a sua palavra.

    A fé de Abraão é espelhado por outros santos do Antigo Testamento. Respondendo à sua própria pergunta: "Se um homem morre, ele vai viver?" Job afirmou: "Todos os dias da minha luta eu vou esperar até a minha mudança vem" (14:14). Mais tarde, ele ampliou sua crença na ressurreição do corpo:

     

    Quanto a mim, eu sei que o meu Redentor vive,
    E no último Ele tomará Sua posição sobre a terra.
    Mesmo depois da minha pele é destruída,
    No entanto, a partir de minha carne verei a Deus;
    A quem eu me verei,

    E que meus olhos vão ver e não outra. (19:25-27)

     

    Daniel semelhante observou que "aqueles que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, mas os outros à desgraça e desprezo eterno" (Dn 12:2;.. Conforme 1Co 15:55). Passagens do Novo Testamento, como Mateus 22:29-32, Jo 11:24, At 24:15 e He 11:35, também fazem alusão ao ensino do Antigo Testamento sobre a ressurreição.

    Com base nesse fundamento, o Novo Testamento dá uma visão mais aprofundada a verdade da ressurreição literal e física. Em Lc 14:14, o Senhor falou de "a ressurreição dos justos", enquanto que em Jo 6:39 Ele declarou: "Esta é a vontade daquele que me enviou, para que de tudo o que ele me deu eu não perde nada, mas ressuscite no último dia "(conforme vv. 40, 44, 54). Antes de ressuscitar Lázaro dentre os mortos, Jesus proclamou: "Eu sou a ressurreição ea vida; quem crê em mim viverá ainda que morra" (11:25).

    Os apóstolos também pregou a ressurreição. At 4:2, At 17:32). Enquanto em pé diante do Sinédrio, ele "começou a chorar no Conselho: 'Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu; estou sendo julgado por causa da esperança e ressurreição dos mortos!'" (At 23:6).

    As epístolas continuar a expandir o ensino bíblico sobre a ressurreição do corpo. Paulo dedicou um capítulo inteiro, I Coríntios 15, para defender que a doutrina vital. No versículo 21, ele escreveu: "Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos." Em sua segunda carta inspirada aos Coríntios, Paulo lembrou-lhes: "Sabemos que, se a tenda terrena que é a nossa casa é demolida, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus" (2Co 5:1;.. Conforme v 11). No Arrebatamento, "o Senhor mesmo descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1Ts 4:16). O apóstolo João teve também a futura ressurreição dos crentes em mente quando escreveu: "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele , porque o veremos tal como Ele é "(1Jo 3:2). No entanto, a hora ainda está vindo no sentido de que a ressurreição de seus corpos físicos está ainda no futuro (1 Cor. 15: 35-54; Fm 1:3.; Conforme Jo 14:6).Ele lembrava aos Efésios que, no seu estado não regenerado eles estavam "mortos em [suas] delitos e pecados" (Ef 2:1; conforme Mt 8:22..). Mais tarde, em que epístola o apóstolo expressa o convite do evangelho, "Por esta razão, diz: Desperta, cama, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará" (Ef 5:14). Aos Colossenses, ele escreveu: "Quando vocês estavam mortos em suas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os nossos delitos" (Cl 2:13). O apóstolo João também descreveu salvação como tendo "passou da morte para a vida" (1Jo 3:14).

    Para ser morto espiritualmente é ser insensível às coisas de Deus e totalmente incapaz de responder a Ele (conforme 1Co 2:14; 2 Cor. 4: 3-4.). Paulo vividamente descreveu como andar "de acordo com o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência ... [estar], segundo as inclinações da nossa carne , fazendo a vontade da carne e do espírito, e [ser] por natureza filhos da ira "(Ef. 2: 2-3). A morte espiritual, de acordo com o comentarista escocês do século XIX João Eadie,

    implica insensibilidade. Os mortos, que são como insuscetível como seu argila parentela, não pode ser nem cortejado nem ganhou de volta à existência. As belezas da santidade não atrair o homem à sua insensibilidade espiritual, nem as misérias do inferno detê-lo. O amor de Deus, os sofrimentos de Cristo, conjurações fervorosas por tudo o que é concurso e por tudo o que é terrível, não afetá-lo .... Isso implica incapacidade. O cadáver não pode levantar-se do túmulo e voltar para as cenas e sociedade do mundo vivo .... Incapacidade caracteriza o homem caído. ( Um comentário sobre o texto grego da Epístola de Paulo aos Efésios [Reprint; Grand Rapids: Baker, 1979], 120-21)

    Que Cristo veio para dar a vida eterna aos mortos espiritualmente é um tema central no Evangelho de João (1: 4; 3: 15-16, 36; 4:14; 5: 39-40; 6:27, 33, 35, 40 , 47-48, 51, 54; 08:12; 10:10, 28; 11:25; 14: 6; 17: 2-3; 20:31).

    O Poder

    "Porque, assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim Ele deu ao Filho também ter a vida em si mesmo"; (05:26)

    O Filho não pode dar vida (v. 21), porque, como o Pai, Ele tem vida em si mesmo. Ninguém pode dar aos outros o que ele próprio não possui; portanto, nenhum ser humano pecador pode gerar para si a vida eterna, nem dar a ninguém. Só Deus possui, e Ele concede-lo através de Seu Filho a quem Ele quer.

    Aqueles que negam a divindade de Cristo torção declaração de Jesus que o Pai deu vida ao Filho em uma admissão de sua própria condição de criatura e de inferioridade para o Pai. Tal não é o caso, no entanto. João já havia afirmado no prólogo do seu Evangelho que o Filho possuía vida em si mesmo desde toda a eternidade (1: 4). Mais uma vez, deve-se afirmar que, quando ele se tornou um homem, nosso Senhor voluntariamente entregou o uso independente de seus atributos divinos (Filipenses 2:6-7; conforme Jo 5:19, Jo 5:30; Jo 8:28.). Mas o Pai concedeu-lhe a autoridade para dar vida (física e espiritual), mesmo durante a condescendência auto-limitação de Seu ministério terreno.

    O Objetivo

    "Os que a ouvirem viverão." (5: 25b)

    Aqueles que experimentam ressurreição espiritual receberá abundante (10:10), a vida eterna. O Senhor não estava, é claro, ensinando que quem ouve a apresentação do evangelho serão salvos (conforme Rom. 10: 9-10). É somente aqueles que ouvem no sentido da verdadeira fé e obediência ao evangelho que vai viver. Em outras palavras, aqueles que Salvadora ouvido irá responder em arrependimento e fé. "As minhas ovelhas ouvem a minha voz", declarou Jesus, "e eu as conheço, e elas me seguem" (10:27). Para Pilatos Ele afirmou: "Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" (18:37). Em carta do Senhor para as igrejas em Apocalipse, cada um termina com a exortação: "Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas" (2, 7, 11, 17, 29; 3: 6, 13 , 22). Essa declaração identifica os crentes como aqueles que têm tanto a faculdade espiritual e dever de responder a revelação divina. Em contraste, os perdidos não Salvadora ouvir a voz de Cristo; eles não entendem ou obedecê-la (08:43, 47; 12:47; 14:24), e, portanto, não vai viver espiritualmente.

    A ressurreição física

    "E deu-lhe autoridade para julgar, porque Ele é o Filho do Homem não se maravilhar com este;. Para a hora vem, em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz, e sairão: os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida, aqueles que fizeram o mal, para uma ressurreição de julgamento. " (5: 27-29)

    Tal como acontece com a autoridade para dar a vida, também o Pai deu a encarnação do Filho e submisso a autoridade para julgar. Cristo recebeu essa autoridade porque Ele é o Filho do Homem. Como Deus em carne humana, um homem "que foi tentado em tudo coisas como nós somos, mas sem pecado "(He 4:15), Jesus é unicamente qualificada para ser juiz da humanidade. A frase Filho do Homem, a designação favorita de Jesus sobre si mesmo, deriva da descrição messiânica de Daniel do Filho do homem como aquele que "foi dado domínio, glória e um reino, para que todos os povos, nações e homens de todas as línguas podem servir . Ele o Seu domínio é um domínio eterno, que não passará, eo seu reino é um que não será destruído "(Dn 7:14.). Uma vez que Ele é o Deus-homem que entrou plenamente em vida humana, a experiência ea tentação (Heb. 2: 14-18; 4: 14-16), Jesus pode ser o juiz supremo de toda a humanidade.

    As Pessoas

    "Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos túmulos" (5: 28a)

    Os judeus incrédulos ficaram surpresos e indignados com afirmação ousada de Jesus de ser o doador da vida espiritual e o juiz final de todos os homens. Mas o Senhor estava prestes a fazer outra reivindicação chocante. Repreendê-los por sua incredulidade-que eles iriam se maravilhar com os Seus ensinamentos, Jesus continuou, revelando uma outra verdade que os surpreendeu: a de que ele um dia ressuscitar os mortos de seus túmulos. Assim como fez com a ressurreição espiritual (v. 25), Jesus disse que a hora da ressurreição corporal está chegando. Mas, ao contrário da ressurreição espiritual, Ele não disse que há um aspecto presente dessa realidade. A ressurreição de todos os que estão nos túmulos ainda está no futuro. Naquela época, as almas dos justos mortos, agora no céu com o Senhor (2 Cor. 5: 6-8), e dos ímpios mortos, agora em tormento no Hades (Lucas 16:22-23), será dadas corpos ressuscitados caber para a eternidade.

    Alguns argumentam a partir deste texto que a ressurreição tanto de justos e injustos ocorre ao mesmo tempo. Mas, enquanto Jesus falou aqui da ressurreição em geral, Ele não descreveu uma ressurreição geral. Pelo contrário, no versículo 29, Ele claramente uma distinção entre a ressurreição da vida e da ressurreição do juízo. Ele fez essa mesma distinção em Lc 14:14, onde Ele falou da ressurreição dos justos, o que implica que é um evento distinto. Apocalipse 20:4-6 também menciona duas ressurreições: a primeira consiste na justos mortos antes do Milênio, eo segundo dos injustos mortos para o julgamento do Grande Trono Branco, no final do Milênio. (Para uma exposição detalhada de Apocalipse 20:4-6, ver Apocalipse 12:22, A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, 2000], 236ff .; Robert L. Tomé, Apocalipse 8:22: Um comentário exegético [Chicago : Moody, 1995], 412ff).

    A Bíblia ensina que os mortos são ressuscitados em uma seqüência específica, não tudo de uma vez:

    Pois como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias, depois que os que são de Cristo, na sua vinda, então virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e poder . (1 Cor. 15: 22-24)

    O adjetivo tagma ("ordem" ou "virar") salienta que os mortos são ressuscitados em diferentes momentos: "Cristo, as primícias", "os que são de Cristo, na sua vinda", e o restante em "o fim" —a consumação de todas as coisas, quando os maus (os únicos que não já mencionadas) serão ressuscitados. O adjetivos epeita ("depois que") e eita ("então") quase sempre descrever cronológica (em oposição a lógicas) sequências de eventos.

    Aqueles que pertencem a Cristo serão ressuscitados em conexão com a Sua vinda. Os crentes da era da igreja (a partir de Pentecostes, para o Arrebatamento) será levantada na Rapture (1Ts 4:16), e os santos do Antigo Testamento, junto com os salvos durante a Tribulação, no final da Tribulação (Ap . 20: 4; conforme Dn 12:2).

    O Objetivo

    "Aqueles que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida, aqueles que fizeram o mal, para uma ressurreição de julgamento." (5: 29b)

    A ressurreição final vai inaugurar crentes para as glórias e alegrias da eterna vida, e trazer os incrédulos para o sofrimento interminável de eterno julgamento. Ao caracterizar os crentes como aqueles que fizeram as boas ações e não crentes como aqueles que fizeram o mal, Jesus não estava ensinando que a salvação é pelas obras. Ao longo de seu ministério, Jesus ensinou claramente que a salvação "é a obra de Deus, que [as pessoas] creiais naquele que por ele foi enviado" (06:29; conforme Is 64:1; Rom 4: 2-4; 9 .: Rm 9:11; Gl 2:16; Ef 2:8-9; 2 Tim. 1:. 2Tm 1:9; Tt 3:5. Aqueles que crêem no Filho terá como resultado fazer boas ações (3:21; Ef 2:10; Tiago 2:14-20.), enquanto que aqueles que rejeitam o Filho será caracterizada por más obras (3: 18-19 ).

    Enquanto as obras não salvam, eles não fornecem a base para o julgamento divino. As Escrituras ensinam que Deus julga as pessoas com base em suas obras (Sl 62:12; Is 3:1; Jr 32:19; Mt 16:27, Gal. 6: 7-9.; Ap 20:12;. Ap 22:12), porque aqueles feitos manifestar a condição do coração. Assim, Jesus disse: "A boca fala do que está cheio o coração" (Mt 12:34). Mais tarde, no evangelho de Mateus Ele ensinou que "as coisas que saem da boca vêm do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, as calúnias" (15: 18-19). Em Lc 6:45 Jesus disse aos seus ouvintes: "O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, eo homem mau, do mau tesouro tira o mal." O apóstolo Paulo também ensinou que as ações das pessoas refletem sua natureza interior. Para os romanos, ele escreveu:

    [Deus] retribuirá a cada um segundo as suas obras: para aqueles que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e imortalidade, a vida eterna; mas para os que são egoístas, que não obedecer à verdade e obedientes à iniqüidade, ira e indignação. Haverá tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal, primeiro do judeu e também do grego, mas glória, honra e paz a todo aquele que faz o bem, primeiro do judeu e também do grego. (Rom. 2: 6-10)

    Alguns capítulos depois, Paulo deixou claro que quem chegar à ressurreição dos justos não fazê-lo por seus próprios méritos, mas por meio de sua união com Jesus Cristo através da fé:

    Vocês não sabem que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição.(Romanos 6:3-5.)

    Assim boas acções revelar a presença ou ausência de salvação, mas não o produz. Eles são o seu efeito, não a sua causa.
    A importância da doutrina da ressurreição não pode ser exagerada: sem ele, não há fé cristã. Escrevendo aos Coríntios, que estavam oscilando na doutrina da ressurreição, Paulo deixou claro que

    se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou; E, se Cristo não ressuscitou, a vossa fé é inútil; você ainda estais nos vossos pecados. Em seguida, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se a nossa esperança em Cristo só nesta vida, somos de todos os homens os mais dignos de lástima. (1 Cor. 15: 16-19)

    Grande esperança do apóstolo, já que é de todos os crentes, era "alcançar a ressurreição dentre os mortos" (Fm 1:3).

    Concluindo seu capítulo magnífica sobre a ressurreição, Paulo escreveu: "Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor" (1Co 15:58)

    "Não posso fazer nada por mim mesmo Como eu ouço, julgo;. E meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou Se só dou testemunho de mim mesmo, o meu testemunho. não é verdade. Há um outro que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro. Você enviou a João, e ele deu testemunho da verdade. Mas o testemunho que eu recebemos não é de homem , mas eu digo estas coisas para que sejais salvos Ele era a lâmpada que ardia e brilhava e você quisestes alegrar-vos por um tempo com a sua luz Mas o testemunho que eu tenho é maior do que o testemunho de João..; para as obras que o Pai me deu para realizar-as mesmas obras que Eu-testemunho de mim, que o Pai me enviou. E o Pai que me enviou, ele tem dado testemunho de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz qualquer momento, nem vistes a sua forma Você não tem a sua palavra permanece em vós, para que você não acredita que ele enviou Examinais as Escrituras, porque você acha que neles você tem a vida eterna..; são elas que dão testemunho de mim; e você não está disposto a vir a Mim, de modo que você pode ter vida. Eu não recebo glória dos homens; mas eu sei que você, que você não tem o amor de Deus em si mesmos. Eu vim em nome de meu Pai, e vós não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, você vai recebê-lo. Como você pode acreditar, quando você recebe glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do Deus único? Não pensem que eu vos hei de acusar diante do Pai, aquele que o acusa é Moisés, em quem você tiver definido sua esperança. Porque, se você acredita Moisés, você acreditaria em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas se você não acredita em seus escritos, como crereis nas minhas palavras "(5: 30-47)?

    Um tema singularmente trágico nas Escrituras é a do amor não correspondido de Deus para a rebelde Israel. Seu povo, a quem Ele graciosamente escolheu para Si (Deut. 7: 7-8), repetidamente provado ingratos e infiel a ele em troca. Depois que Deus os livrou do Egito, se preocupava com eles no deserto, e os trouxe para a Terra Prometida, "O povo serviu ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que sobreviveram a Josué e que tinham visto tudo o grande obra do Senhor, que Ele havia feito por Israel "(Jz 2:7, Jz 2:17; conforme Jz 8:33; Sl 106:1:. 34-39.)

    Ao longo dos séculos, o clima espiritual em Israel só piorou. Tempos de genuíno arrependimento e renovação espiritual eram poucos e distantes entre si. Escrevendo 700 anos depois de Josué, a apostasia, o profeta Isaías retratado de Israel em uma parábola:

     

    Deixe-me cantar-se agora para o meu bem-amado
    Uma canção do meu amado a respeito da sua vinha.
    O meu amado possuía uma vinha numa colina fértil.
    Ele cavou tudo ao redor, removeu suas pedras,
    E plantou-a de excelentes vides.
    E Ele construiu uma torre no meio dela
    E também escavou um lagar nele;
    Então, Ele espera-se para produzir bons uvas,
    Mas é produzido apenas aqueles sem valor.
    "E agora, ó moradores de Jerusalém e homens de Judá,
    Julgue entre mim ea minha vinha.
    Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu não tenha feito?
    Por que, quando eu esperava que produzir boas uvas se ele produzir bravas?
    Então, agora deixe-me dizer o que eu vou fazer à minha vinha:
    Tirarei a sua sebe e será consumido;
    Vou quebrar sua parede e será pisada.
    Eu tornarei em deserto;
    Não vai ser podadas ou capinado,
    Mas urzes e espinhos virão para cima.
    Eu também irá cobrar as nuvens que não derramem chuva sobre ela. "
    Pois a vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel
    E os homens de Judá Sua planta delicioso.
    Assim, Ele olhou para a justiça, mas eis que o derramamento de sangue;

    Por justiça, mas eis que um grito de socorro. (Is. 5: 1-7)

     

    Por meio do profeta Jeremias, Deus deu uma acusação semelhante: ". Certamente, como uma mulher se aparta aleivosamente do seu amante, para que se houveram aleivosamente com Me, ó casa de Israel, diz o Senhor" (Jr 3:20; conforme 5: 11-12). Em vez de servir ao Senhor de todo o coração, a nação "profanou o santuário do Senhor" (Ml 2:11) e serviram a outros deuses em seu lugar.

    As Escrituras Hebraicas freqüentemente retratam 1srael como uma prostituta, que deixou o marido, o Senhor, e cometeu adultério com ídolos. Na verdade, o Antigo Testamento usa o termo "prostituta" para se referir ao adultério espiritual com mais freqüência do que o adultério físico. Por exemplo, em Ez 6:9). Apesar de sua idolatria repetido durante todo o período dos juízes, Deus finalmente "podia suportar a miséria de Israel já não" (Jz 10:16) e os livrou de seus opressores. E, apesar de sua rebeldia teimosa durante o reino dividido, Deus pacientemente retido o julgamento o seu povo rebelde merecia; Ele "teve misericórdia deles e teve compaixão deles e virou-se para eles por causa de sua aliança com Abraão, Isaque e Jacó, e não destruí-los ou expulsá-los de sua presença até agora" (2Rs 13:23).

    Mesmo que Israel "agiu com arrogância e não deram ouvidos aos mandamentos [de Deus], ​​mas pecaram contra [sua] ordenanças, ... e ... virou o ombro rebelde e endureceram a sua cerviz, e não queria ouvir:" Deus, "em [ Seu] grande compaixão ... não fazer uma final de-los ou abandoná-los para [Ele é] um Deus clemente e compassivo "(Ne 9:29, Ne 9:31). "Muitas vezes", escreveu o salmista: "[Deus] iria entregar [Israel], eles, no entanto, foram rebeldes nos seus desígnios, e assim se afundou em sua iniqüidade entanto Olhou a sua aflição, quando ouviu o seu clamor;. E Lembrou-se da sua aliança para o bem deles, e cedeu de acordo com a grandeza de sua misericórdia "(Sl 106:43-45.). A chorar com medo do Seu povo, "O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim" (Is 49:14), Deus respondeu comfortingly, "Pode uma mulher esquecer-se do filho de enfermagem e que não se compadeça do filho do seu ventre ? Mesmo que estes podem esquecer, mas eu não vou te esquecer. Eis que tenho inscrito você nas palmas das minhas mãos "(vv. 15-16).

    Talvez o exemplo mais vívido e inesquecível da fidelidade de Deus é encontrada no casamento do profeta Oséias que sua esposa infiel Gomer. Através da releitura de seu próprio desgosto, Oséias se desenrolou a história comovente de continuar o amor de Deus para o seu povo, apesar do fato de que "eles [tinha] se prostituiu, partindo de seu Deus" (04:12; conforme 1: 2; 3: 1; 5: 3-4; 6:10; 9: 1).
    Em duas passagens dramáticas em Jeremias, Deus fez inequivocamente claro que Ele nunca abandonará Israel:

     

    Assim diz o Senhor,
    Quem dá o sol para luz do dia
    E a ordem fixa da lua e das estrelas para luz da noite,
    Quem agita o mar, de modo que suas ondas rujam;
    O Senhor dos exércitos é o seu nome: "Se esta ordem fixa afasta
    Desde antes de mim ", diz o Senhor,
    "Então os filhos de Israel também cessará
    De ser uma nação diante de mim para sempre. "
    Assim diz o Senhor,
    "Se os céus em cima pode ser medido
    E os fundamentos da terra cá em baixo,
    Então eu também rejeitarei toda a descendência de Israel
    Por tudo o que eles têm feito ", diz o Senhor (31: 35-37).

     

    Assim diz o Senhor: "Se você pode quebrar o meu pacto para o dia e minha aliança para a noite, de modo que o dia ea noite não será a seu tempo, então a minha aliança também pode ser quebrado com Davi, meu servo, para que ele não tenha filho que reine no seu trono, e com os sacerdotes, meus ministros. À medida que o exército do céu não podem ser contados e a areia do mar não pode ser medido, assim multiplicarei a descendência de Davi, meu servo, e os levitas que ministram diante de mim .... Assim diz o Senhor: "Se a minha aliança para o dia e noite não permanecer, e os padrões fixos de céu e da terra eu não estabeleceram, então eu rejeitarei a descendência de Jacó e de Davi, meu servo, não tendo a partir de seus descendentes governantes sobre os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Mas vou restaurar suas fortunas e terá misericórdia deles ". (33: 20-22, 25-26)

    No Novo Testamento, o apóstolo Paulo ecoou essas promessas do Antigo Testamento, declarando definitivamente ", eu digo, então, Deus não rejeitou o seu povo, não é? De maneira nenhuma! ... Deus não rejeitou o seu povo que antes conheceu .. .. Porque eu não quero que você, irmãos, que ignoreis este mistério ... que o endurecimento parcial que aconteceu com Israel até que a plenitude dos gentios haja entrado;. E assim todo o Israel será salvo "(Romanos 11:1-2, 25-26).

    A parábola do proprietário de terras na foto ato supremo de Israel de apostasia, a rejeição do Filho de Deus, o Senhor Jesus Cristo:

    Havia um proprietário de terras que plantou uma vinha e colocar um muro em torno dele e cavou um lagar nele, e edificou uma torre, e arrendou-a a viticultores e fui em uma viagem. Quando o tempo de colheita se aproximou, enviou os seus servos aos lavradores para receber seus produtos. Os viticultores levou seus escravos e feriram um, mataram outro e apedrejaram o terceiro. Depois, enviou um outro grupo de escravos maiores do que o primeiro; e eles fizeram a mesma coisa para eles. Mas depois ele enviou-lhes seu filho, dizendo: "Eles vão respeitar o meu filho." Mas quando os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: "Este é o herdeiro;. Venham, vamos matá-lo e aproveitar a sua herança" Levaram-no e lançaram-no fora da vinha e mataram-no. (Mateus 21:33-39.)

    No entanto, mesmo que não causou Deus a abandonar Israel. A igreja sempre incluiu um punhado de crentes judeus individuais. (Rm 11:26) Além disso, o dia vem, quando toda a nação será salvo, quando Deus declara: "eles olharão para mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, como quem pranteia por um filho único e chorarão amargamente por Ele como o choro amargo ao longo de um primogênito "(Zc 12:10), e" haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado ea impureza .. .. Ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: 'Eles são o meu povo', e eles vão dizer: "O Senhor é o meu Deus" (13 1:9).

    Mesmo durante os dias mais sombrios da apostasia de Israel havia sempre um remanescente de verdadeiros crentes (conforme 1Rs 19:14, 1Rs 19:18), e que foi o caso durante o ministério de Cristo na terra também.Aqui e ali, como postos avançados espalhados de luz na escuridão, eram aqueles que acreditavam em Deus e foram salvos. João já introduziu algumas delas: os discípulos (1: 35-51; 2:11), alguns samaritanos (4:29, 39-42), e um oficial do rei e à sua casa (04:53). A maioria do povo judeu, no entanto, não Salvadora ouvir a palavra de Cristo (5: 24-25), e, portanto, permaneceu mortos em seus pecados.Inevitavelmente, para muitos, especialmente os líderes religiosos, surdez e cegueira espiritual manifestou-se a hostilidade ativa para o confronto implacável do ministério de nosso Senhor. E para não ser para ele era, de facto, a ser combatida. Como ele mesmo declarou: "Quem não é comigo é contra mim; e quem não recolhe comigo, espalha" (Lc 11:23).

    Do versículo 17 até o fim do capítulo, Jesus defendeu-se para a cura de um coxo no sábado (5: 1-16), um ato que as autoridades judaicas considerada uma violação flagrante da lei do sábado (5:16). Jesus, no entanto, não quebrar os regulamentos bíblicos, mas sim as tradições rabínicas que se desenvolveu em torno deles. Contudo, o Senhor não se defendeu, observando que distinção. Em vez disso, Ele afirmou Sua igualdade com o Pai, e, portanto, seu direito ao trabalho no sábado, assim como o Pai fez (v. 17). Chocado com o que consideraram uma reivindicação blasfema à divindade, os judeus sentiam justificado em redobrar os seus esforços para matar Jesus (v. 18). Jesus respondeu por meio do fortalecimento de suas alegações de igualdade com Deus, fazendo obras iguais, igualmente dar a vida, recebendo igual honra, e executar igualmente o julgamento final sobre todos (vv. 19-29).
    O versículo 30 resume o pedido do Filho para ser igual ao Pai. Contrariamente às acusações de seus oponentes, ele não agir em seu própria iniciativa, mas sempre e apenas em conjunto completo com o Pai (conforme v. 19). Portanto acusando-o de má conduta, os líderes judeus estavam acusando simultaneamente o Pai também. (. Vv 27-29) Uma vez que o contexto imediato envolve a atividade do Filho de juiz, o Senhor usou isso como uma ilustração e um aviso, declarando: "Como eu ouço, julgo; eo meu juízo é justo, porque não busco Minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. " Uma vez que Jesus sempre age em perfeita harmonia com a vontade do Pai que o enviou ele, seu julgamento é sempre justa. E vai ser justamente executada sobre aqueles que rejeitam e se opõem a Ele .

    Quando o Senhor disse: "Se só dou testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro," Ele não quer dar a entender que Sua auto-testemunho não é confiável (conforme 8:14). Seu ponto era que Seus oponentes judeus alegou Sua própria auto-testemunho não era suficiente. A questão não era se que o depoimento era verdade em si, mas se os seus adversários iria crer Nele. Então, Ele ofereceu mais testemunho como prova.

    Nos versículos 33:47 Jesus chamou na confirmação adicional de quatro fontes incontestáveis ​​para corroborar suas afirmações: o testemunho da precursor, as obras concluídas, a palavra do Pai, e os escritos fiéis.

    Testemunha do Precursor

    "Você enviou a João, e ele deu testemunho da verdade. Mas o testemunho que eu recebo não é do homem, mas eu digo estas coisas para que você possa ser salvo. Ele era a lâmpada que ardia e brilhava e você quisestes alegrar-vos por um tempo com a sua luz. " (5: 33-35)

    O objetivo do ministério de João Batista foi para preparar o país para o Messias (1:23), e para identificá-lo quando Ele veio (1:31). Portanto, "João dá testemunho sobre Ele e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu disse:" O que vem depois de mim tem um posto mais alto do que eu, porque ele existia antes de mim "" (1:15), e,
    "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! Este é aquele em nome de quem eu disse: Depois de mim vem um homem que tem um posto mais alto do que eu, porque ele existia antes de mim." Eu não reconhecê-lo, mas para que ele fosse manifestado a Israel, vim batizando em água. " João deu testemunho, dizendo: "Eu vi o Espírito descer como uma pomba do céu, e pousar sobre ele. Eu não reconhecê-lo, mas o que me enviou a batizar em água disse-me: 'Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer sobre ele, esse é o que batiza no Espírito Santo. " Eu mesmo vi e já declarou que este é o Filho de Deus. " (1: 29-34)
    As autoridades judaicas tinham enviado uma delegação a João, e ele deu testemunho da verdade:

    Este é o testemunho de João, quando os judeus lhe enviou sacerdotes e levitas de Jerusalém para perguntar-lhe: "Quem é você?" E confessou e não negou, mas confessou: "Eu não sou o Cristo."Perguntaram-lhe: "E então? És tu Elias?" E ele disse: "Eu não sou." "És tu o profeta?" E ele respondeu: "Não." Então eles disseram-lhe: "Quem és tu, para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram? O que você diz sobre si mesmo?" Ele disse: "Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor", como disse o profeta Isaías. "... Eles perguntaram-lhe, e disse-lhe:" Por que então você está batizando , se não és o Cristo, nem Elias, nem o Profeta? " João respondeu-lhes, dizendo: "Eu vos batizo com água, mas no meio de vós está um a quem você não conhece. É Ele quem vem depois de mim, a tanga de cuja sandália não sou digno de desatar." (1: 19-23, 25-27)

    O depoimento de João apoiou as pretensões de Jesus ser o Messias. Desde que ele era geralmente considerada pelo povo como um profeta de Deus (Mt 21:26; Lc 20:6; 2Cr 24:192Cr 24:19; Jr 7:1; 44: 4 —5), eles rejeitaram o testemunho de João.

    Jesus, é claro, não dependia de testemunho humano para estabelecer Sua afirmação de divindade, seja nos olhos dos outros, ou em sua própria mente. Há certamente houve deficiência no testemunho do Pai (v. 37), que precisava ser fornecido pelo testemunho humano. O testemunho de suas obras (v. 36) e de Seu Pai (v. 37) foi de importância muito maior do que a de qualquer homem. Assim, Ele citou o testemunho de João Batista a não compensar qualquer falta, mas para confirmar pela boca de um já reconhecido como verdadeiro profeta de Deus que mesmo verdade a respeito de si mesmo. Ele fez isso por amor do Seu hearers- que eles poderiam ser salvos por conta de João testemunha fiel (conforme 1: 35-37).

    Tendo destacado o testemunho de João a Ele, Jesus, por sua vez deu testemunho de João (conforme Mateus 11:7-14.). Suas palavras eram uma homenagem ao Batista, e uma repreensão aos líderes judeus para rejeitar seu testemunho. João foi (as formas verbais de pretérito pode indicar que ele tinha por esta altura foram presos e executados) a lâmpada que ardia e brilhava. Sua ardente zelo interior fez umabrilhante luz em um mundo escuro. Ao contrário de Jesus, que é a luz ( Phosphorus , a essência da luz) do mundo (08:12; conforme 1: 4-9; 9: 5; 12: 35-36, 46), João era um lâmpada ( luchnos ; uma lâmpada pequena, portátil óleo). Ele não era a fonte de luz, mas de um reflector (conforme 1: 6-8). Assim como uma lâmpada ilumina o caminho para as pessoas, por isso, João iluminou o caminho de Jesus (1:31).

    O Senhor terminou seu tributo a João com uma repreensão dos líderes judeus, observando que eles quisestes alegrar-vos apenas por um tempo com a sua luz. Como traças a uma lâmpada, as pessoas se aglomeravam animAdãoente para ouvir João, que, como mencionado acima, foi o primeiro profeta em quase 400 anos. A excitação atingiu o pico quando proclamou a iminente chegada do tão esperado Messias (Marcos 1:7-8). Mas seu apelo popa para o arrependimento pessoal (Mateus 3:1-2.), Sua denúncia picadas de hipocrisia da nação (Mt 3:7) levou à sua prisão e execução. Os caçadores de emoção pode ter se alegrado temporariamente no ministério de João, mas eles perderam sua Proposito-a apontar Jesus como o Messias. Eles foram superficialmente atraídos para João (conforme aqueles semelhante atraídos para Jesus em 2: 23-25), mas faltava-lhes o arrependimento genuíno. Em última análise, eles se voltaram para longe da luz da verdade que João refletiu, porque amavam as más obras das trevas (03:19).

    As obras acabadas

    "Mas o testemunho que eu tenho é maior do que o testemunho de João, pois as obras que o Pai me deu para realizar-as mesmas obras que Eu-testemunho de mim, que o Pai me enviou." (05:36)

    Testemunho de João Batista realizou um peso considerável; afinal de contas, ele era o maior homem que já viveu até o seu tempo (Lc 7:28). Mas o testemunho que Jesus estava prestes a introduzir era muito maior do que o testemunho de João. Mais convincente do que o maior testemunho do profeta de Cristo eram as mesmas obras que Ele fez (conforme At 2:22). Por exemplo, os milagres de Jesus levou Nicodemos a confessar: "Rabi, sabemos que Você veio de Deus, como um professor, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele" (3: 2). Jo 7:31 registra que "muitos da multidão creram nele, e eles diziam: 'Quando o Cristo vier, Ele não vai realizar mais sinais do que este homem tem, vai?" "Mesmo amargos inimigos de Jesus" os sumos sacerdotes e os fariseus convocou um conselho, e diziam: 'O que estamos fazendo? Por que este homem está realizando muitos sinais' "(11:47). Assim como fez aqui, o próprio Senhor apontou repetidamente para suas obras milagrosas como a confirmação da sua afirmação de ser o Filho de Deus eo Messias (conforme 10:25, 37-38; 14:11; Mateus 11:3-5. ). Os Evangelhos registro, pelo menos, três dúzias desses milagres, e Jesus realizou inúmeros outros que a Escritura não Record (20:30).

    Que Cristo fez apenas as obras que o Pai tinha dado a Ele para realizar de modo algum implica que ele é inferior ao Pai (1: 1; 05:18; 10:30; conforme Fm 1:2 no capítulo 16 deste volume, Jesus voluntariamente entregou o uso independente de seus atributos divinos durante a Encarnação. Essa auto-esvaziamento incluído submissão à vontade do Pai e do poder do Espírito. Ao longo de seu ministério terreno, Jesus estava consciente de realizar a missão que o Pai lhe tinha dado na energia do Espírito (Lc 4:14). Em Jo 4:34 Ele disse aos discípulos: "Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra", enquanto em 14:31 Ele acrescentou: "Eu faço exatamente como o Pai me ordenou." Em Sua oração sacerdotal ao Pai, Jesus declarou triunfante, "Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste a fazer" (17: 4).

    Como as obras de Jesus estavam em perfeita harmonia com a vontade do Pai, que testemunhou que o Pai enviou -Lo. Não foram só as Suas obras sobrenatural; eles também estavam de acordo com os desejos exatas de Deus. No entanto, apesar incríveis obras-inigualáveis ​​por qualquer outra pessoa (15:
    24) e inexplicável fora de Deus de Jesus poder havia muitos que ainda rejeitaram (conforme 1,11).

    Palavra do Pai

    "Há um outro que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro .... E o Pai que me enviou, ele tem dado testemunho de mim. Você nunca ouvistes a sua voz, em qualquer momento, nem se viu Sua forma. Se não tem a sua palavra permanece em vós, para que você não acredita que ele enviou ". (05:32, 37-38)

    Além do testemunho de João Batista e as provas de obras de Jesus, há um outro que dá testemunho de que Ele é o Filho de Deus eo Messias. Além disso, o testemunho Ele dá sobre Jesus é infalivelmenteverdadeira. Que o Pai que enviou Jesus testificou de Ele é infinitamente mais importante do que qualquer testemunho humano. Os Evangelhos registro dois casos específicos em que o Pai deu testemunho verbal ao Filho: no batismo e na Sua transfiguração, quando "uma voz dos céus disse: 'Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" "(Mt 3:17, Mt 3:17:. Mt 3:5; conforme 2Pe 1:172Pe 1:17).

    A declaração de Jesus, Vós nunca ouvistes a sua voz, em qualquer momento, nem vistes a sua forma, era mais uma repreensão aos judeus incrédulos. Ninguém pode ver Deus em toda a glória da Sua infinitamente santo essência (Ex 33:20;. Jo 1:18; 1Tm 6:161Tm 6:16;. 1Jo 4:121Jo 4:12). No entanto houve momentos, ao longo da história de Israel, quando Deus audível ou visivelmente interagiram com o Seu povo.Por exemplo, Ele falou a Moisés (Ex 33:11; Nu 12:8, Dt 4:15; Dt 5:5), Gideon, Manoá (Jz 13:20.), E outros (Gn 16:13 (Jz 6:22.); Ex .. 24: 9-11; Is 6:5; conforme Cor 1 2: 6-15..). Em sua primeira epístola João também escreveu sobre este testemunho interno:

    Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que Ele testemunhou a respeito de Seu Filho. Aquele que crê no Filho de Deus tem o testemunho em si mesmo; aquele que não acredita que Deus fez dele um mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus deu a respeito de Seu Filho. (I João 5:9-10)

    Os Escritos fiéis

    "Examinais as Escrituras, porque você acha que neles você tem a vida eterna, são elas que dão testemunho de mim, e não estão dispostos a vir a mim, de modo que você pode ter a vida Eu não recebo glória dos homens;. Mas eu sei . você, que você não tem o amor de Deus em vós Eu vim em nome de meu Pai, e vós não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, você vai recebê-lo Como você pode acreditar, quando você recebe. ? glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do Deus único Não pensem que eu vos hei de acusar diante do Pai; quem vos acusa é Moisés, em quem você tiver definido sua esperança Para se. você acreditou Moisés, você acreditaria em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas se você não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras? " (5: 39-47)

    Apenas saber os fatos da Escritura, sem abraçar-los plenamente no coração (Js 1:8;. Lc 10:25). Ironicamente, com todo o seu esforço meticuloso que eles absolutamente não conseguiram perceber que é essas mesmas Escrituras que testificam de Jesus (01:45; Lc 24:27, Lc 24:44; Ap 19:10). Os fariseus, em particular, eram fanáticos na preocupação com a Escritura, estudando cada linha, cada palavra, e até mesmo as letras em um esforço vazio para compreender a verdade.

    A Bíblia não pode ser entendida para além de iluminação do Espírito Santo ou uma mente transformada. Zelo dos judeus para a Escritura foi louvável (conforme Rm 10:2), não resultará em salvação. Apegar-se a seu sistema superficial de auto-justiça pelas obras, em sua incredulidade teimoso, tornaram-se ignorante de "justiça de Deus e [procurou] para estabelecer a sua própria" (Rm 10:3). Assim, a salvação não vem de "ter uma justiça de [sua] próprias derivada da Lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus, na base da fé" (Fp 3:9).

    Os líderes religiosos se recusou a reconhecer sua injustiça absoluta e incapacidade de fazer qualquer coisa sobre isso, e clamar por misericórdia e graça de Deus revelada por meio do Senhor Jesus. Eles se agarrou firmemente a sua decepção sobre o que era necessário para entrar no reino de Deus da salvação. Além disso, porque Jesus não se conformava com as suas expectativas messiânicas, os líderes judeus viraram as costas para ele. O Senhor compreendeu perfeitamente seus corações; Sua declaração, não recebo glória dos homens é mais uma ilustração de seu conhecimento onisciente de pensamentos e motivos (conforme 02:25; 21:
    17) dos homens. Ele não queria que o elogio público e honra hipócrita daqueles que repudiaram privada (conforme Mt 22:16). O Senhor sabia que qualquer respeito deles era inútil, porque eles fizeram não tem o amor de Deus em si mesmos. Citando a profecia de Isaías, Jesus expressou aversão absoluta de Deus para tal falsa espiritualidade: "Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens." (Mateus . 15: 8-9).

    Que Jesus veio em nome do Pai, e eles ainda se não receber o expôs ainda mais dureza de coração de seus ouvintes. Ironicamente, como o Senhor assinalou, se outro veio em seu próprio nome, que estavam perfeitamente dispostos a recebê-lo. Ao longo dos séculos, tem havido muitos falsos messias (tantos quantos sessenta e quatro de acordo com alguns historiadores judeus [Leon Morris, O Evangelho segundo João , O New International Commentary sobre o Novo Testamento (Grand Rapids: Eerdmans, 1979)., 333 n 122]). O historiador judeu do primeiro século Josephus observou um aumento de falsos messias, nos anos que antecederam a revolta judaica contra Roma (66-70 dC). Sessenta anos mais tarde, outro pretendente messiânico, Simon Bar Kochba, apareceu. Mesmo rabino Akiba, o rabino mais estimados da época, acreditava Bar Kochba ser o messias até sua revolta foi esmagada pelos romanos com resultados catastróficos para o povo judeu. Falso messias vão proliferar como a segunda vinda se aproxima (Mateus 24:23-24.), Culminando com o falso messias final, o Anticristo (2 Ts 2: 3-12.).

    A pergunta de Jesus pensativo, "Como você pode acreditar, quando você recebe glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do Deus único?" oferece uma razão crucial para a sua rejeição dEle. Jesus disse, com efeito, "Como eu posso ser glorificado como seu Senhor, quando você está procurando glória?" A questão é uma retórica um; obviamente, aqueles engajados na busca de glória uns dos outros não se humilhar, a fim de acreditar no glorioso Senhor Jesus-que é a única maneira de buscar a glória que vem do Deus único. Paulo explicou ainda esta em suas palavras para o Corinthians:

    em cujo caso o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus .... Porque Deus, que disse: "Luz brilhará para fora das trevas ", é o único que brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo. (2 Cor. 4: 4-6)

    A glória que vem do Deus resplandece na face de Jesus Cristo. Este é o "evangelho da glória de Cristo."
    Não procurar que honra e glória que vem de Deus em Jesus Cristo é ignorância culpável que será severamente julgado. Mas Jesus não vai precisar se acusam -los diante do Pai; alguém vai fazer isso. O Senhor surpreendeu-los, identificando que acusador como Moisés -o muito um em quem eles haviam definido a sua esperança. É difícil imaginar quão profundamente chocados e indignados os líderes judeus deve ter sido por declaração de Jesus. Em suas mentes, que era absolutamente incompreensível a pensar que Moisés-quem eles orgulhosamente afirmados como seu líder e professor (09:28; conforme Mt 23:2) em mente, mas sim todo o Pentateuco, que, junto com o resto do Antigo Testamento, aponta inequivocamente a Ele (conforme Lc 24:27).

    Adversários de Jesus ignorou a evidência clara do Antigo Testamento, que Ele era o Messias. Mas em um nível mais profundo, eles também mal o propósito da lei mosaica. Eles viram mantendo-o como um meio para a salvação, mas que nunca foi sua intenção. A lei foi dada para revelar pecaminosidade do homem e total incapacidade para salvar a si mesmo. Como Paulo escreveu em Gl 3:24, "A Lei se tornou nosso aio, para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé." Ele nunca poderia salvar, uma vez que qualquer violação coloca as pessoas sob a maldição de condenação (Gl 3:10; conforme Rom. 3: 19-20.).

    Ela deveria vir como nenhuma surpresa que aqueles que fizeram não acredito Moisés escritos não iria acreditar de Cristo palavras também. Se eles rejeitaram as verdades ensinadas por meio de Moisés, a quem eles reverenciavam, dificilmente poderiam ser esperados para aceitar o ensinamento de Jesus, a quem eles injuriado. Leon Morris escreve:

    Se essas pessoas, que professavam ser "discípulos, que honraram Moisés Moisés escritos como Sagrada Escritura, que fez uma reverência quase supersticiosa à letra da lei, se esses homens realmente não acreditar nas coisas que Moisés tinha escrito, e que foram os objetos constantes de seu estudo, então como poderiam acreditar ... as palavras ditas por Jesus? ( Evangelho segundo João, 334-35)

    A dura realidade é que aqueles que rejeitam o ensino de Moisés sobre Jesus enfrentará eterno julgamento-a verdade ensinada na história do homem rico e Lázaro. Desesperado para poupar seus irmãos o tormento que ele estava suportando, o homem rico implorou com Abraão,

    "Eu te peço, ó pai, que você envia [Lázaro] a do meu pai casa-pois tenho cinco irmãos-de modo que ele possa avisá-los, para que eles não venham também para este lugar de tormento." Mas Abraão disse: "Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos." Mas ele disse: "Não, pai Abraão, mas se alguém vai para eles dos mortos, eles vão se arrepender!" Mas ele lhe disse: "Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir ainda que ressuscite alguém dentre os mortos." (Lucas 16:27-31)

    Os professores religiosos judeus e autoridades iria expressar sua rejeição final de Moisés e Jesus quando usaram sua compreensão pervertida da lei para justificar a sua execução: "Os judeus responderam [Pilatos]:" Nós temos uma lei, e por essa lei, deve a morrer porque se fez por ser o Filho de Deus "(Jo 19:7).


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47

    João 5

    O desamparo do homem e o poder de Cristo — Jo 5:1-9

    Havia três festas judaicas que eram festas para guardar. Todo homem judeu adulto que vivesse a trinta quilômetros de Jerusalém tinha a obrigação legal de assistir a elas. Eram três festas: Páscoa, Pentecostes e a Festa dos Tabernáculos. Se supusermos que o capítulo 6 deve ir antes do 5, podemos considerar que esta festa é Pentecostes, porque os eventos do capítulo 6 ocorreram quando se aproximava a Páscoa (Jo 6:4). A Páscoa tinha lugar em meados de abril, e Pentecostes era celebrada sete semanas depois. Pentecostes seria a próxima festa oficial no calendário judaico. João sempre mostra Jesus assistindo às festas judaicas, porque não deixava de observar as obrigações que impunha o culto judaico. Para Jesus, adorar com seu povo não era uma obrigação mas um prazer.

    Aparentemente, quando Jesus chegou a Jerusalém estava sozinho. Nesta seção não se menciona absolutamente a seus discípulos. Encaminhou-se a um lago famoso. O nome do lago era ou Betesda, que significa Casa da Misericórdia, ou, o que é mais factível, Betzatha, que significa a Casa da Oliveira. Todos os melhores manuscritos mencionam o segundo nome, e sabemos por Josefo que em Jerusalém havia um bairro que se chamava Betzathe. A palavra que significa estanque é kolumbethron, que vem do verbo kolumban, que significa mergulhar. O lago era o suficientemente profundo para nadar. A passagem que está entre chaves [depois do movimento da água, sarava de qualquer doença que tivesse”] não aparece em nenhum dos manuscritos maiúsculos e mais importantes; é provável que foi agregado depois como explicação do que faziam as pessoas que estavam ali. Por baixo do estanque havia uma corrente subterrânea que de vez em quando se agitava e movia as águas do estanque. Cria-se que quem agitava as águas era um anjo, e que a primeira pessoa que entrasse no estanque depois da agitação das águas ficaria curada de qualquer doença que a afligisse.

    É-nos apresentado como uma mera superstição, e de fato o é. Mas era o tipo de crenças que estava espalhado por todo mundo antigo e que ainda hoje existe em alguns lugares. Naquela época o povo cria em todo tipo de espíritos e demônios. Consideravam que o ar estava cheio desses seres. Esses espíritos e demônios tinham suas casas e moradas em lugares determinados. Cada árvore, cada rio, cada arroio, cada serra, cada lago, tinha seu espírito. Além disso, o povo do mundo antigo se sentia impressionado em forma especial com o caráter sagrado e santo da água e, particularmente, dos rios e vertentes. A água era algo tão prezado, os rios enfurecidos podiam ser tão poderosos, a água podia ser tão perigosa, que não é surpreendente que se sentissem tão impressionados. Pode acontecer que no Ocidente imaginemos a água só como algo que sai de uma torneira, mas no mundo antigo, e ainda hoje, em determinados lugares, a água é a coisa mais apreciada, e pode ser a mais perigosa de todas as coisas.
    Sir J. G. Frazer, em Folklore in the Old Testament (ii, 412-423). (Folclore no Antigo Testamento), cita vários exemplos desta reverência pela água. Hesíodo, o poeta grego, dizia que quando um homem está por cruzar um rio deve orar e lavar as mãos, porque quem cruza uma correnteza com as mãos sujas provoca a ira dos deuses. Quando Xerxes, o rei da Pérsia, chegou a Estrimom, na Trácia seus magos ofereciam cavalos brancos e praticavam outras cerimônias antes de que o exército se animasse a cruzar. Lúculo o general romano, ofereceu um touro para o rio Eufrates antes de cruzá-lo. Ainda hoje, no sudeste da África algumas tribos dos bantu crêem que os rios estão habitados por demônios e espíritos malignos e que devem ser aplacados lançando um molho de trigo ou alguma outra oferta antes de cruzá-los. Quando alguém se afoga

    João (William Barclay) em um rio se diz que foi "chamado pelos espíritos". Os baranda, da África Central, não tentariam salvar um homem a quem o rio levou porque consideram que são os espíritos aqueles que o levaram.

    Esta crença no caráter sagrado dos rios, arroios e vertentes alguma vez foi universal e existe até o dia de hoje. Os que no estanque de Jerusalém esperavam que se empilhassem as águas, eram filhos de sua época que criam nas coisas de sua época.
    Pode ser que enquanto Jesus caminhava ao redor do lago, alguém lhe apontasse o homem desta história como um caso crônico e digno de compaixão, visto que sua doença tornava pouco provável e até impossível que alguma vez chegasse a ser o primeiro em entrar no estanque depois do movimento da água. Não havia ninguém que o ajudasse a entrar, e Jesus sempre foi o amigo dos que não tinham amigos, e aquele que ajuda a quem carece de ajuda terrena. Jesus não se tomou o trabalho de dar uma conferência a este homem a respeito da estéril superstição de esperar até que se agitassem as águas. O único desejo de Jesus era ajudar, e com sua palavra poderosa curou o homem que tinha esperado durante tanto tempo.
    Nesta história podemos ver com toda clareza sob que condições o poder de Jesus operava. Devemos notar que Jesus fala com imperativos. Dava suas ordens, seus mandamentos aos homens, e na medida em que estes buscassem obedecê-los recebiam esse poder.

    1. Jesus começou perguntando ao homem se queria ser curado. Não é uma pergunta tão parva como pode parecer. O homem tinha esperado durante trinta e oito anos e bem poderia ter perdido as esperanças, deixando em seu lugar um passivo e triste desespero. Poderia ter ocorrido que no mais íntimo de seu coração se sentisse satisfeito de continuar sendo um inválido porque, se ficasse curado, teria que enfrentar-se com todo o peso de ganhar a vida e assumir novamente todas as suas responsabilidades. Há inválidos para quem sua doença não é tão desagradável, visto que outra pessoa faz todo o trabalho e assume todas as responsabilidades.

    Mas a resposta deste homem foi imediata. Queria curar-se, embora não via como poderia curar-se, visto que não havia ninguém que o ajudasse. A primeira coisa que se necessita para receber o poder de Jesus é um desejo intenso desse poder. Jesus vem a nós e diz: "Você realmente quer mudar?" Se no mais recôndito de nosso coração estamos contentes sendo como somos, não pode haver nenhuma mudança. O desejo das coisas superiores deve inflamar nossos corações.

    1. Jesus, pois, disse-lhe ao homem que se levantasse. É como se lhe tivesse dito: "Homem, use sua vontade! Faça um esforço supremo e você e eu conseguiremos!" O poder de Deus nunca prescinde do esforço do homem. Nenhum homem pode apoltronar-se, relaxar-se, e esperar que aconteça um milagre. Não há nada mais certo que o fato de que devemos tomar consciência de nosso desamparo; mas em um sentido muito real, também é certo que o milagre acontece quando nossa vontade e o poder de Deus cooperam para fazê-lo possível.
    2. De fato, Jesus estava ordenando ao homem que tentasse o impossível. Ele disse: "Levante-se!" O homem poderia haver dito, com ressentimento e dor, que isso era exatamente o que não podia fazer. Sua cama deve ter sido uma simples estrutura semelhante a uma maca. A palavra grega é krabbatos, que é uma palavra da linguagem coloquial — quer dizer maca — e Jesus lhe disse que a levantasse e a levasse. O homem poderia ter dito que durante trinta e oito anos a cama tinha estado levando a ele e que não tinha muito sentido dizer a ele que levasse a cama. Mas uma vez mais o homem fez o esforço ao mesmo tempo que Cristo — e aconteceu o milagre.
    3. Aqui temos o caminho para obter o que nos propomos. Há tantas coisas neste mundo que nos vencem, nos derrotam e se apoderam de nós. Quando a intensidade do desejo está em nós, quando nos propomos fazer o esforço, embora possa parecer sem esperanças, então o poder de Cristo tem sua oportunidade, e com Cristo conquistamos aquilo que durante tanto tempo nos conquistou .

    O SIGNIFICADO INTERIOR

    João 5:1-9 (continuação)

    Antes de abandonar esta passagem devemos assinalar que alguns estudiosos do tema consideram que se trata de uma alegoria. Crêem que o homem e a cena têm um significado interior. A verdade interior que aparece na alegoria seria a seguinte.
    O homem representa o povo do Israel. Os cinco pórticos representam os cinco livros da Lei. Nos pórticos jazia o povo doente, que ainda não se curou. A Lei era aquilo que podia apontar ao homem seu pecado mas que não podia fazer nada por solucioná-lo; podia descobrir a debilidade de um homem, mas não podia fazer nada para curá-la. A Lei, assim como os pórticos, dava refúgio à alma doente mas jamais podia curá-la. Os trinta e oito anos representam os trinta e oito anos durante os quais os judeus vagaram no deserto antes de entrar na terra prometida; ou representam a quantidade de séculos durante os quais os homens esperaram o Messias. Os homens tinham esperado durante todo este tempo, e agora tinha chegado o poder de Deus. A agitação das águas representa o batismo. De fato, na arte cristã primitiva se está acostumado a representar a um homem surgindo das águas batismais levando uma cama sobre as costas.

    Pode ser que agora se possam ler todos estes significados no relato; mas é muito improvável que João o tenha escrito como uma alegoria. Todo o relato tem o selo da verdade e da realidade. Mas faremos muito bem em recordar que toda história bíblica contém muito mais que os atos que relata. Há verdades mais profundas por baixo da superfície e até as histórias mais simples se propõem a nos deixar frente a frente com as coisas eternas.

    CURA E ÓDIO

    João 5:10-18

    Um homem foi curado de uma doença que, em termos humanos, era incurável. Qualquer um pensaria que era uma ocasião para a alegria e o agradecimento. Mas havia aqueles que o olhavam com maus olhos. O homem que foi curado ia pelas ruas com o leito à costas; os judeus ortodoxos o detiveram e lhe recordaram que estava quebrantando a Lei ao carregar e levar uma carga no sábado. Já vimos o que tinham feito os judeus com a Lei de Deus. A Lei tinha sido uma série de grandes princípios gerais que cada um devia aplicar e obedecer por sua conta. Através dos anos, converteram-se em um montão de pequenas regras e regulamentos. A Lei só dizia que o sábado devia ser um dia diferente de outros, e que, durante esse dia, nenhum homem, nem seus servos nem seus animais deviam trabalhar. Os judeus se dedicaram a definir o que era o trabalho.

    Tinham estabelecido trinta e nove classificações diferentes do trabalho. Uma destas classificações dizia que o trabalho consistia em carregar algum volume. Baseavam-se de maneira especial em duas passagens. Jeremias havia dito: “Assim diz o SENHOR: Guardai-vos por amor da vossa alma, não carregueis cargas no dia de sábado, nem as introduzais pelas portas de Jerusalém; não tireis cargas de vossa casa no dia de sábado, nem façais obra alguma; antes, santificai o dia de sábado, como ordenei a vossos pais” (Jeremias 17:19-27). Neemias ficou preocupado pelo trabalho e o comércio que se fazia no dia sábado, e havia posto servos nas portas de Jerusalém para controlar que não se tirassem cargas no dia de sábado (13 15:16-13:19'>Neemias 13:15-19).

    Agora, a passagem de Neemias (Ne 13:15), deixa perfeitamente claro que o que se questionava era o fato de comercializar no dia de sábado como se fosse qualquer outro dia. Mas os rabinos da época de Jesus sustentavam que quem levasse uma agulha em sua roupa estava cometendo um pecado. Inclusive discutiam a respeito de se podia levar seus dentes postiços ou uma perna de madeira. Não tinham dúvida que não se podia levar nenhum tipo de alfinete nesse dia. Para eles, todos estes detalhes insignificantes eram questão de vida ou morte — e não restava a menor dúvida de que este homem estava desobedecendo a Lei rabínica ao carregar seu leito no dia de sábado.

    O homem se defendeu dizendo que quem o tinha curado lhe havia dito que carregasse seu leito, e não sabia quem era esse homem. Mais tarde Jesus o encontrou no Templo. Assim que o homem descobriu quem era Jesus se apressou a dizer às autoridades quem lhe havia dito que carregasse o leito. Sua intenção não era comprometer a Jesus, mas a Lei dizia: "Se alguém carga algo de maneira intencional de um lugar público a uma casa particular no dia de sábado será apedrejado até a morte". A única coisa que tentava fazer era ver-se livre da situação em que se encontrava. Só tentava explicar que não era culpa dele se tinha desobedecido a Lei.
    De maneira que as autoridades elevaram suas acusações contra Jesus. Era acostumado a desobedecer a Lei do sábado. Os verbos do versículo 18 estão no passado imperfeito. Este tempo não descreve uma só ação, mas sim ações reiteradas no passado. É evidente que este relato não é mais que um exemplo do que Jesus estava acostumado a fazer com freqüência.

    A defesa de Jesus foi surpreendente. Alegou que Deus não deixava de trabalhar no dia de sábado, e ele tampouco. Tratava-se de um argumento que qualquer judeu culto podia compreender em toda sua magnitude. Filo havia dito: "Deus nunca cessa de agir. Como é próprio do fogo queimar e da neve gelar, é próprio de Deus agir". Deus sempre agia. Como disse outro autor: "O Sol brilha; os rios fluem; os processos de nascimento e morte continuam durante o dia de sábado como durante qualquer outro dia; e essa é a obra de Deus".
    É certo que, segundo o relato da criação, Deus descansou no sétimo dia; mas descansou da criação; suas obras supremas, o juízo, a misericórdia, a compaixão e o amor, não cessaram. descansou da obra de criação. De maneira que Jesus disse: "O amor, a misericórdia e a compaixão de Deus agem até no dia de sábado; e as minhas também”. Foi esta última frase que escandalizou os judeus, porque queria dizer nada menos que a obra de Jesus e a obra de Deus eram uma e a mesma coisa. Para eles significava que Jesus estava se colocando no mesmo nível que Deus.

    Em nossa próxima seção veremos o que Jesus quis dizer em realidade; no momento devemos destacar o seguinte: Jesus ensina que sempre é preciso oferecer ajuda se alguém a necessitar; que não há tarefa maior que a de aliviar a dor e a tristeza de outro; que nenhum dia em particular pode servir de desculpa para negar a ajuda que se poderia dar; que a compaixão do cristão deve ser como a compaixão de Deus: incessante e interminável. Pode-se deixar de lado outra tarefa, mas a tarefa de compadecer-se do próximo não se pode deixar de lado.
    Há outra crença judaica que forma parte desta passagem. Quando Jesus encontrou o homem no templo lhe disse que não pecasse mais para que não lhe acontecesse algo pior. Para o judeu, pecado e sofrimento estavam íntima e inevitavelmente unidos. Se um homem sofria, não cabia dúvida que tinha pecado. E não se podia curar até que lhe tivessem sido perdoados seus pecados. Os rabinos diziam: "O doente não pode sair de sua enfermidade até lhe serem perdoados seus pecados".

    Agora, o homem podia sustentar que tinha pecado e que tinha sido perdoado e que se libertou do problema, por assim dizer; e podia continuar argumentando que, já que tinha encontrado alguém que podia libertá-lo das conseqüências do pecado, bem podia continuar pecando e voltar a ser curado. Na Igreja havia aqueles que usavam sua liberdade como desculpa para a carne (Gl 5:13). Havia aqueles que pecavam confiando na abundância da graça (Romanos 6:1-18). Sempre houve gente que usou o amor, o perdão e a graça de Deus como desculpa para pecar. Basta-nos pensando no que custou o perdão de Deus, basta-nos olhar à cruz do Calvário, para saber que sempre devemos odiar o pecado com um ódio perfeito, porque cada um de nossos pecados volta a destroçar o coração de Deus.

    AS AFIRMAÇÕES TREMENDAS

    Aqui nos deparamos com o primeiro dos extensos discursos do quarto Evangelho. Quando lemos passagens como esta devemos ter em mente que João não se propõe tanto a dar as palavras que Jesus pronunciou, como o significado que deu a essas palavras. Escrevia ao redor do ano 100 d. C. Durante setenta anos tinha estado pensando em Jesus e nas coisas maravilhosas que Ele fizera. Não terminou de compreender muitas dessas coisas quando as ouviu pela primeira vez dos lábios de Jesus. Mas depois de pensar durante mais do meio século guiado pelo Espírito Santo, João tinha descoberto significados cada vez mais profundos nas palavras de seu Mestre. De maneira que nos oferece, não só o que Jesus disse, mas também o que quis dizer. À luz de seu próprio pensamento, e à luz da orientação do Espírito Santo, revela e amplia as palavras de Jesus.
    Esta passagem é tão importante que primeiro devemos estudá-la em sua totalidade e logo devemos dividi-la em seções mais breves e meditar sobre cada uma delas.
    Em primeiro lugar, pois, analisemos a passagem em sua totalidade. Quando nos encontramos com uma passagem como esta não devemos pensar só em como se nos apresenta, mas também em como se apresentou aos judeus que a ouviram pela primeira vez. Eles tinham um pano de fundo de pensamentos e idéias; tinham um pano de fundo de teologia e crenças; um pano de fundo de literatura e religião que não é o nosso, e que de fato é muito diferente do nosso. E para compreender uma passagem como esta é necessário que nos remontemos à mentalidade de um judeu que ouvia estas palavras pela primeira vez.
    Quando o fazemos, esta passagem se torna surpreendente porque está entretecida com pensamentos, afirmações e expressões, cada uma das quais representa uma afirmação por parte de Jesus de que ele é o Messias prometido, o Ungido de Deus. Nós não vemos com clareza muitas destas afirmações porque não vivemos na mesma atmosfera e ambiente em que viviam os judeus; mas eram muito evidentes para qualquer judeu e o deixavam pasmado ao ouvi-las.

    1. A afirmação mais clara é a asseveração por parte de Jesus de que ele é o Filho do Homem. Já sabemos que esse estranho título é muito comum nos Evangelhos e nas palavras de Jesus. Tem uma longa história. Nasceu no Livro de Daniel em Daniel 7:1-14. Daniel foi escrito em dias de terror e perseguições e é a visão da glória que um dia ocupará o lugar do sofrimento no meio do qual se encontra o povo. Em Daniel 7:1-7 o vidente descreve os grandes impérios pagãos que exerceram o poder sob o aspecto e o simbolismo de bestas: o leão com asas de águia (Jo 7:4), que representa ao império babilônico; o urso com três costelas entre os dentes, como alguém que devora um cadáver (Jo 7:5), que representa ao império dos medos; o leopardo com quatro asas e quatro cabeças (Jo 7:6), que representa ao império persa; a besta, espantosa e terrível, com dentes de ferro e dez chifres (Jo 7:7), que representa ao império macedônio.

    Todos estes terríveis poderes passarão e o poder e domínio serão dados a um como um filho de homem. Significa que os impérios que exerceram o poder foram tão selvagens, cruéis, sádicos, destrutivos e terríveis que só é possível descrevê-los em termos de bestas selvagens. Mas virá um poder ao mundo que será tão generoso, tão amável, tão tenro, que será um poder humano e não bestial. O novo poder será humano e amável, não selvagem e bestial. Em Daniel esta frase descreve o tipo de poder que regerá o mundo.

    Mas, como é natural, alguém deve introduzir esse poder; alguém deve exercê-lo; e os judeus tomaram este título, esta descrição, e a atribuíram ao escolhido de Deus que um dia traria a nova era de generosidade, amor e paz; e assim foi como chegaram a chamar Filho de Homem ao Messias. Entre o Antigo e o Novo Testamento surgiu toda uma literatura que tratava sobre a era de ouro que estava por vir. Um dos livros que exerceu uma influência muito especial foi o Livro de Enoque. Nele aparece vez por outra uma figura chamada Esse Filho de Homem, que está esperando no céu até que Deus o envie à Terra para introduzir seu Reino e governar sobre ele. De maneira que quando Jesus se denominou a si mesmo Filho do Homem não estava fazendo outra coisa senão chamar-se o Messias, o Escolhido, o Ungido de Deus. Tratava-se de uma afirmação tão clara que não se podia cometer nenhum engano de interpretação.

    1. Mas esta afirmação a respeito de que era o Messias de Deus não se explicita só nessas palavras, está implícita em cada uma das frases. O próprio milagre que tinha experimentado o paralítico era um sinal de que Jesus era o Messias. A imagem que dá Isaías da nova era diz que “os coxos saltarão como cervos” (Is 35:6). A visão de Jeremias afirma que os cegos e os coxos seriam reunidos (Jeremias 31:8-9). O mesmo milagre, mediante o qual o coxo caminhou, era nada menos que um sinal messiânico.
    2. A reiterada pretensão de Jesus de levantar os mortos e de ser seu juiz ao ressuscitarem. Agora, no Antigo Testamento, o único que pode ressuscitar aos mortos e logo julgá-los é Deus. “Vede, agora, que Eu Sou, Eu somente, e mais nenhum deus além de mim; eu mato e eu faço viver” (Dt 32:39). “O Senhor é o que tira a vida e a dá” (1Sm 2:6). Quando Naamã, o sírio, foi ser curado de sua lepra, o rei do Israel disse com desespero: “Acaso, sou Deus com poder de tirar a vida ou dá-la” (2Rs 5:7). O matar e dar vida era uma função inalienável de Deus. O mesmo acontece com o juízo. “O juízo é de Deus” (Dt 1:17). No pensamento posterior esta função de ressuscitar os mortos e depois atuar como juiz se tornou parte do dever do escolhido de Deus quando trouxesse a nova era de Deus. Enoque diz sobre o Filho do Homem: "A soma do juízo foi posta em suas mãos" (Enoque 69:26-27).

    Em nossa passagem, Jesus diz que aqueles que praticaram o bem serão ressuscitados à vida e aqueles que praticaram o mal serão ressuscitados à morte. O Apocalipse de Baruque diz que quando vier a idade de Deus: "O aspecto daqueles que agora são cruéis será pior do que é, e padecerão torturas", enquanto que aqueles que tiveram confiança na Lei e atuaram segundo ela, serão rodeados de formosura e esplendor (Baruque 51:1-4). Enoc diz que esse dia: "A terra se partirá por completo, e tudo o que está sobre a terra perecerá, e sobrevirá o juízo para todos os homens". (Enoque 1:5-7). O Testamento de Benjamim diz assim: "Ressuscitarão todos os homens, alguns para ser exaltados, e alguns para ser humilhados e envergonhados".
    O significado da passagem é-nos obscuro até que a lemos no pano de fundo judaico, e até que nos perguntamos como pareceria ao judeu que o ouvia pela primeira vez. Para os judeus não ficava dúvida que Jesus estava atribuindo-se funções que só pertenciam a Deus; que estava declarando que tinham começado a suceder as coisas que apontavam a proximidade da era de Deus; que se estava adotando privilégios, funções e poderes que pertenciam ao Messias e a nenhum outro. Quando chegamos a compreender o significado desta passagem vemos que não se trata mais que de uma série de afirmações nas quais Jesus declara ser o Escolhido de Deus.

    E quando compreendemos isso, esta passagem se converte em algo mais que um discurso de Jesus. Transforma-se num ato da coragem mais extraordinária e única. Jesus deve ter sabido muito bem que falar deste modo representaria uma absoluta blasfêmia para os líderes ortodoxos judeus de sua época. Deve ter sabido que falar assim era aproximar-se da morte. Afirma ser o Filho de Deus; e sabia muito bem que o homem que ouvia estas palavras só tinha duas alternativas — aceitá-lo como Filho de Deus, ou odiá-lo como um blasfemador e tentar destruí-lo. É difícil encontrar outra passagem em que Jesus apele ao amor dos homens e desafie seu ódio na forma em que o faz aqui.

    Agora devemos passar a analisar esta passagem seção por seção.

    O PAI E O FILHO

    João 5:19-20

    Este é o princípio da resposta de Jesus à acusação dos judeus de que se estava fazendo igual a Deus. Nesta passagem Jesus afirma três coisas sobre sua relação com Deus.

    1. Estabelece sua identidade com Deus. Ver Jesus em ação é ver Deus em ação. As coisas que faz Deus são as coisas que faz Jesus; e as coisas que Jesus faz são as coisas que Deus faz. A grande verdade fundamental a respeito de Jesus é que nele vemos Deus. Se queremos ver o que Deus sente com relação aos homens, se queremos ver como Deus reage diante do pecado, se queremos ver como Deus vê a situação humana, devemos dirigir nosso olhar a Jesus. A mente de Jesus é a mente de Deus; as palavras de Jesus são as palavras de Deus; as ações de Jesus são as ações de Deus.
    2. Mas esta identidade não se baseia tanto na igualdade como na obediência total. Nada do que Jesus faz surge de si mesmo. Jesus nunca fez o que Ele quis; sempre fez o que Deus queria que fizesse. Pelo fato de a vontade de Jesus estar completamente submetida à vontade de Deus é que vemos Deus nele. A identidade de Jesus com Deus não se baseia na independência de Deus, mas sim na dependência total dele. Sua identidade não está baseada na independência e sim na submissão. Jesus é para com Deus como nós devemos ser para com Jesus.
    3. Mas esta obediência não se baseia na submissão ao poder, mas sim no amor. A unidade entre Deus e Jesus é uma unidade de amor. Falamos de duas mentes que têm um só pensamento, de dois corações que pulsam em uníssono. Em termos humanos, esta é uma descrição perfeita da relação entre Jesus e Deus. O amor entre Pai e Filho é tão íntimo, tão estreito, que Pai e Filho são um. Há uma compreensão tão total, uma identidade tão completa de mente, vontade e coração, que Pai e Filho são um só.

    Mas esta passagem nos diz algo mais a respeito de Jesus.

    1. Fala-nos de sua confiança absoluta. Estava muito seguro de que o que os homens viam nesse momento não era mais que um começo; estava completamente seguro de que veriam coisas ainda maiores. Do ponto de vista meramente humano, tudo o que Jesus podia esperar razoavelmente era a morte. As forças da ortodoxia judaica se estavam unindo contra Ele e o fim já era algo iniludível. Mas Jesus se sentia seguro de que o futuro estava em mãos de Deus e não em mãos dos homens. Não sentia o mais mínimo temor pelo que pudessem lhe fazer os homens, e jamais imaginou que os homens pudessem evitar que fizesse o que Deus lhe tinha mandado fazer.
    2. Fala-nos de sua absoluta falta de temor. Não havia dúvida que o interpretaram mal. Estava fora de discussão que suas palavras não fariam mais que inflamar as mentes de seus interlocutores e pôr em perigo sua própria vida. Não existia nenhuma situação humana na qual Jesus estivesse disposto a reduzir suas afirmações ou a adulterar a verdade. Expressaria seus direitos e diria sua verdade apesar de todas as ameaças dos homens. Para ele era mais importante ser fiel a Deus que respeitar ou temer os homens.

    VIDA, JUÍZO E HONRA

    João 5:21-23

    Aqui vemos três grandes funções que pertencem a Jesus como Filho de Deus.

    1. Ele é o doador de vida. João diz isto em dois sentidos. Significa a vida no tempo. Nenhum homem está realmente vivo até que Jesus entra nele, e ele entra em Jesus. Quando descobrimos o reino da música ou da literatura, da arte ou das viagens, estamos acostumados a dizer que nos abre um mundo novo. O homem em cuja vida Jesus Cristo entrou descobre que sua vida é algo novo. Ele próprio mudou; suas relações pessoais mudaram; sua concepção do trabalho, do dever e do prazer mudou; sua relação com Deus mudou. A vida é recriada, redirecionada, refeita. Significa a vida na eternidade. João quis dizer que depois que termina esta vida, ao homem que aceitou a Jesus Cristo se abre uma vida ainda mais plena, mais maravilhosa. Enquanto que para o homem que rechaçou a Jesus Cristo, depois que terminou a vida, chega essa morte que é separação de Deus. Para João — como também para nós — Jesus Cristo é Aquele que dá vida neste mundo e vida no mundo por vir.
    2. É quem traz o juízo. João diz que Deus deixou todo o processo do juízo nas mãos de Jesus Cristo. O que quer dizer é o seguinte: o juízo de um homem depende de sua reação para com Jesus. Se o homem encontrar em Jesus o totalmente digno de ser amado; se, apesar dos fracassos, encontra em Jesus a pessoa a quem amar, obedecer, adorar e seguir, esse homem está no caminho que o levará à vida. Mas se não ver em Jesus mais que um inimigo, se não encontrar em Jesus nada digno de ser amado nem desejado, esse homem se condenou. Jesus é a pedra de toque mediante a qual prova todos os homens; a reação para com Ele é a prova que divide os homens. Pelo simples fato de ser Ele como é e de confrontar os homens consigo mesmo, submete os homens a juízo.
    3. Jesus é quem recebe a honra. O mais alentador do Novo Testamento é sua esperança indestrutível e sua inesgotável confiança. Relata a história de um Cristo crucificado mas jamais alenta a menor dúvida de que no final dos tempos todos os homens se dirigirão para essa figura crucificada e que todos o conhecerão, o aceitarão e o amarão. Em meio da perseguição e o rechaço, apesar da exigüidade de números e a falta de influência, diante do fracasso e da infidelidade, o Novo Testamento e a Igreja primitiva jamais duvidaram do triunfo final de Cristo. Mesmo quando odiado, Jesus nunca pôs em dúvida o triunfo final do amor. Mesmo quando enfrentou a cruz, não duvidou da conquista final. Quando diante do desespero conviria recordarmos que o plano e propósito de Deus é a salvação dos homens, e que, em última instância, não há nada que possa frustrar a vontade de Deus. A má vontade do homem pode retardar o propósito de Deus; mas não pode vencê-lo.

    ACEITAÇÃO SIGNIFICA VIDA

    Jo 5:24

    Aqui Jesus diz simplesmente que aceitá-lo significa a vida; e negá— lo significa a morte. O que significa ouvir a palavra de Jesus e crer no Pai que o enviou?
    Em poucas palavras significa três coisas.

    1. Significa crer que Deus é como Jesus diz que é. Significa crer que Deus é amor e nessa forma entrar em uma nova e íntima relação com Ele, relação na qual desapareceu o medo e descansamos em Deus.
    2. Significa aceitar o modo de vida que Jesus nos oferece, por mais duro e difícil que seja, e por mais sacrifícios que implique, na confiança e segurança de que ao aceitá-lo entramos no caminho para a paz e a felicidade, e que rechaçá-lo é ir para a morte e o juízo.
    3. Significa aceitar a ajuda que nos dá o Cristo ressuscitado e a guia que nos oferece o Espírito Santo, e assim achar forças para tudo o que implica o caminho de Cristo.

    Uma vez que fazemos isso, entramos em três novas relações.

    1. Entramos em uma nova relação com Deus. O juiz se converte em pai; o distante se converte em próximo; o estranho se converte em algo íntimo e o temor se converte em amor.
    2. Entramos em uma nova relação com os homens. O ódio se converte em amor; o egoísmo em serviço; o rancor em perdão.
    3. Entramos em uma nova relação conosco mesmos. A debilidade se converte em fortaleza; a frustração em êxito; a tensão em paz.

    Aceitar o oferecimento de Cristo significa encontrar a vida. Em um sentido, pode afirmar-se que todos estamos vivos; mas só se pode dizer que um escasso número de pessoas conhecem a vida no verdadeiro sentido da palavra. A maioria das pessoas existem, mas não vivem.
    Em uma oportunidade em que Grenfell escrevia a uma religiosa enfermeira a respeito de sua decisão de transladar-se ao Lavrador para ajudá-lo em sua obra, disse que não lhe podia oferecer muito dinheiro mas que se decidia ir, descobriria que no trabalho de servir a Cristo e às pessoas do lugar viverá os momentos mais felizes de sua existência.
    Browning descreve o encontro de duas pessoas em cujos corações tinha entrado o amor. Ela o olhou; ele a olhou como só pode fazê-lo um apaixonado, e "de repente despertou a vida".
    Um novelista contemporâneo faz um personagem dizer dirigindo-se a outro: "Nunca soube o que era a vida até que a vi em seus olhos".

    A pessoa que aceita o oferecimento e o caminho de Cristo passou da morte para a vida. A vida neste mundo se converte em algo novo e emocionante; a vida eterna com Deus no outro mundo se torna uma certeza.

    MORTE E VIDA

    João 5:25-29

    De todas as seções desta passagem é nesta onde aparecem mais clara e inconfundivelmente as afirmações messiânicas de Jesus. Ele é o Filho do Homem. Ele é quem dá a vida e quem traz a vida; ressuscitará os mortos à vida e, quando tiverem ressuscitado, ele será o Juiz que sentenciará seu destino. Jesus afirma sem rodeios que pode exercer todas as funções próprias do Messias, do Escolhido de Deus e que é o Ungido de Deus que trará uma nova era, a era de Deus.
    Nesta passagem João parece empregar a palavra morto com dois sentidos.

    (1) Ele a emprega para referir-se àqueles que estão mortos no espírito. Cristo trará nova vida aos que estão espiritualmente mortos. O que significa estar morto no espírito?

    1. Estar morto no espírito significa ter deixado de esforçar-se. É ter-se aceito a si mesmo tal como é. É ter chegado a considerar que todas as falhas são inevitáveis e impossíveis de corrigir e que todas as virtudes são inalcançáveis. É ter renunciado a toda esperança de progresso. A vida cristã não pode permanecer imóvel. Deve progredir ou retroceder. E deixar de esforçar-se significa abandonar até a próprio vontade de progredir e portanto retroceder para a morte.
    2. Estar morto no espírito significa ter deixado de sentir. Há muita gente que em um momento experimentou um sentimento profundo ante o pecado, a dor e o sofrimento que existem no mundo. Mas pouco a pouco se foi acostumando; tornou insensível. Pode contemplar grandes injustiças e não experimentar indignação; pode contemplar sofrimentos e não sentir que uma espada de dor e tristeza a atravessar-lhe o coração. Quando morre a compaixão, é porque o coração está morto.
    3. Estar morto no espírito significa ter deixado de pensar. J. Alexander Findlay nos relata uma frase de um amigo dele —"Quando a gente chega a uma conclusão, está morto". Quer dizer que quando a mente de um homem está tão fechada que não pode aceitar uma nova verdade, esse homem pode estar fisicamente vivo mas sua mente e seu espírito estão mortos. No dia em que o desejo de aprender nos abandona, o dia em que uma verdade nova, métodos novos, idéias novas se tornam um estorvo, esse dia se produz nossa morte espiritual. Para o cristão, a vida e o descobrimento de verdades novas são sinônimos.
    4. Estar morto no espírito significa ter deixado de arrepender-se. O dia em que um homem pode pecar em paz, é o dia de sua morte espiritual. O dia em que não se importa se peca ou não, quando o pecado perde seu aspecto horrível, quando pratica o mal sem o menor arrependimento ou luta interior, nesse dia morre sua alma. Nesse dia se petrifica seu coração. A primeira vez que fazemos algo mau nós o fazemos com temor e apreensão. Se o fizermos pela segunda vez, fica mais fácil. Se o fizermos pela terceira vez, fica ainda mais fácil. Se continuamos fazendo-o chega um momento em que nem sequer refletimos a respeito de nossa ação. Para evitar a morte espiritual o homem deve manter-se sensível ao pecado, coisa que consegue mantendo-se sensível à presença de Jesus Cristo.

    (2) Mas nesta passagem João também emprega a palavra morto em sentido literal. Jesus ensina que virá a ressurreição, e que o que acontecer ao homem na outra vida está profundamente ligado ao que tenha feito esse homem nesta vida.

    Há um aviso publicitário muito conhecido que diz: "Como você vai se sentir amanhã depende do que fizer hoje". A importância fundamental desta vida é que determina a eternidade. Durante todo o curso desta vida nos estamos preparando, ou não, para a vida que está por vir; nos estamos fazendo dignos ou indignos de nos apresentar perante Deus. Nesta vida podemos escolher o caminho que conduz à Vida ou o que conduz à morte. A tremenda verdade é que cada ato que executamos nesta vida está fazendo ou arruinando um destino, obtendo ou perdendo uma coroa. Nesta vida o homem pode fazer-se digno de ganhar a Vida, ou pode cometer o ato mais terrível e trágico que se possa imaginar — o suicídio espiritual.

    O ÚNICO JUÍZO VERDADEIRO

    Jo 5:30

    Na passagem precedente Jesus reclamou para si o direito a julgar. Não é estranho que alguém lhe perguntasse com que direito se propunha julgar a outros. A resposta de Jesus foi que seu juízo era verdadeiro e final porque sua intenção não era outra senão fazer a vontade de Deus, e pronunciar as palavras que Deus lhe dava para falar, e pensar os pensamentos que Deus lhe dava a pensar. O que Jesus afirmava era que quando Ele julgava, tratava-se do juízo de Deus. O que lhe dava o direito a julgar era a base sobre a qual assentava seus juízos, porque essa base não era outra senão a mente de Deus.
    Para qualquer homem é difícil julgar com justiça outro homem. Se nos analisarmos com sinceridade e franqueza veremos que há muitos atos que afetam nossos juízos, e que este se baseia sobre uma quantidade de coisas. Nosso juízo pode ser injusto porque nos sentimos feridos em nosso orgulho. Pode ser cego e desonesto devido a nossos preconceitos. Pode ser severo e inflamado pela inveja. Pode ser arrogante devido ao desprezo. Pode ser duro pela intolerância. Pode ser condenatório por nosso farisaísmo. Pode ver-se afetado por nossa vaidade e basear-se na inveja e não na justiça. Pode resultar inválido porque não conhecemos, e jamais buscamos conhecer, as circunstâncias em que age a pessoa que julgamos. Quer dizer, pode estar viciado por uma ignorância cega ou insensível ou deliberada. Só um homem de coração puro e cujas motivações são muito claras e sem nenhuma influência externa pode julgar outro homem, que é o mesmo que dizer que nenhum homem pode julgar a ninguém.

    Por outro lado, o juízo de Deus se baseia no caráter de Deus e deve ser perfeito.
    Só Deus é santo e portanto só Deus conhece as pautas segundo as quais se deve julgar todos os homens e todas as coisas. Só Deus é perfeitamente amoroso e seu juízo é o único que pode fazê-lo na caridade pela qual deve se feito todo juízo autêntico. Só Deus possui o conhecimento absoluto, o conhecimento da mente de um homem determinado, suas penúrias, seus problemas, suas tentações. O juízo é perfeito só quando toma em consideração todas as circunstâncias e Deus é o único que pode fazer algo semelhante.

    A afirmação de Jesus de que Ele pode julgar, baseia-se na afirmação de que nele está a mente perfeita de Deus. Ele não julga com a inevitável mistura de motivações humanas; julga com a santidade perfeita, o amor perfeito e a perfeita compreensão de Deus.

    TESTEMUNHA DE CRISTO

    João 5:31-36

    Mais uma vez Jesus responde às acusações de seus inimigos. Estes lhe perguntam: "Que prova você pode oferecer de que suas afirmações são verdadeiras"? De fato, o que dizem é o seguinte: "Você faz as afirmações mais surpreendentes e ambiciosas a respeito de si mesmo. Que provas você tem para sustentá-las?" Em toda esta passagem Jesus expõe seus argumentos em uma forma que os rabinos eram capazes de compreender muito bem. Emprega seus próprios métodos e suas próprias regras para discutir.

    1. Jesus começa por reconhecer o princípio universal segundo o qual o testemunho sem fundamento de uma pessoa não se pode tomar como prova. Antes de que se pudesse dar algo por provado se necessitavam pelo menos duas testemunhas. “Por depoimento de duas ou três testemunhas, será morto o que houver de morrer; por depoimento de uma só testemunha, não morrerá” (Dt 17:6). “Uma só testemunha não se levantará contra alguém por qualquer iniqüidade ou por qualquer pecado, seja qual for que cometer; pelo depoimento de duas ou três testemunhas, se estabelecerá o fato” (Dt 19:15). Quando Paulo ameaça ir ver os Coríntios com admoestações e disciplina diz que todos as acusações se decidirão pela boca de duas ou três testemunhas (2Co 13:1). Jesus ensina que quando alguém tenha uma acusação legítima contra seu irmão leve a outros para que corroborem a acusação (Mt 18:16).

    Na Igreja primitiva se mantinha como regra que não se aceitaria nenhuma acusação contra um ancião a menos que fora sustentada por duas ou três testemunhas (1Tm 5:19). Jesus começou por reconhecer com toda clareza a lei judaica do testemunho. Além disso, sustentava-se de maneira universal que não se podia aceitar o testemunho de alguém sobre si mesmo.

    A Mishnah dizia: "Um homem não é digno de confiança quando fala sobre si mesmo".

    Demóstenes, o grande orador grego, afirma como princípio de justiça: "As leis não permitem que um homem dê testemunho sobre si mesmo".
    A lei antiga sabia muito bem que o interesse e o amparo pessoais exerciam certo efeito sobre as afirmações de alguém a respeito de si mesmo. De maneira que Jesus aceita as pautas e regras judaicas normais e reconhece que seu próprio testemunho, sem apoio de outros, não tinha por que ser verdadeiro.

    1. Mas há outros que dão testemunho dele. Diz que Outro é sua testemunha, e ao dizer Outro se refere a Deus. Voltará sobre isso, mas no momento cita o testemunho de João Batista. Em muitas ocasiões João tinha dado testemunho dele (João 1:19-20, Jo 1:26, Jo 1:29, 35-36). Então Jesus rende tributo a João e lança uma acusação contra as autoridades judaicas. Diz que João era a tocha que ardia e iluminava. Essa era a comemoração mais perfeita que podia fazer a João.
    2. Uma tocha porta uma luz emprestada. Não ilumina por si mesmo; acende-a.
    3. João tinha calor humano; sua mensagem não era a mensagem fria do intelecto, mas a mensagem ardente do coração aceso.
    4. João tinha luz. A função da luz é a de guiar, e João apontava aos homens o caminho para o arrependimento e para Deus.
    5. Por sua própria natureza, uma tocha se queima. Ao dar luz se consome. João devia decrescer enquanto Jesus crescia. A verdadeira testemunha se consome por Deus.

    Mas Jesus, ao render homenagem a João, acusa às autoridades judaicas. Agradaram-se ao ouvir a João durante algum tempo. Em realidade, nunca o levaram a sério. Eram como "mosquitos que esvoaçam ao Sol", ou como meninos que brincam enquanto brilha o Sol. Era uma sensação agradável ouvir a João, enquanto dizia coisas agradáveis mas o abandonavam tão logo ficava sério. Ainda há muita gente que ouve a verdade de Deus dessa maneira. Vivem um sermão como se fosse uma peça de teatro.
    Um famoso pregador relata que depois de ter pronunciado um sermão muito sombrio sobre o juízo, vieram cumprimentá-lo com um comentário de agradecimento: "Esse sermão foi seriamente simpático!"
    A verdade de Deus não é algo que deve nos entreter; não é algo para nos alegrar; em geral se trata de algo que deve receber-se em meio das cinzas do arrependimento e da humilhação. Mas Jesus nem sequer apelou ao testemunho de João. Disse que não se remeteria ao testemunho humano de nenhum homem falível para sustentar suas afirmações.

    1. Jesus apresenta pois, o testemunho de suas obras. Já o tinha feito quando João tinha mandado perguntar da prisão se Ele era o Messias ou se devia buscá-lo em outra parte. Falou aos mensageiros de João que voltassem e relatassem a seu mestre as coisas que viram (Mt 11:4; Lc 7:22). Mas Jesus apelou ao testemunho de suas obras não para apontar para si mesmo, e sim para o poder de Deus que estava operando nele e através dele. Cita suas obras, não para glorificar-se a si mesmo, mas para glorificar a Deus, a quem pertencem tais obras. Assim, pois, Jesus passa a citar a sua testemunha suprema, e essa testemunha é Deus.

    O TESTEMUNHO DE DEUS

    João 5:37-43

    A primeira parte desta seção se pode interpretar de duas maneiras.

    (1) Pode referir-se ao testemunho invisível de Deus que está dentro do coração de cada homem. Em sua Primeira Epístola João escreveu: “Aquele que crê no Filho de Deus tem, em si, o testemunho (de Deus)” (1Jo 5:10). O judeu teria sustentado que nenhum homem viu jamais a Deus nem o pode ver jamais. Até na entrega dos Dez Mandamentos “a voz das palavras ouvistes; porém, além da voz, não vistes aparência nenhuma” (Dt 4:12). De maneira que isto pode significar: "É verdade que vocês jamais viram a Deus; é verdade que vocês jamais ouviram sua palavra em forma direta; é certo que Deus é invisível, e também o é seu testemunho; porque seu testemunho é a resposta que brota do coração humano quando o homem se confronta com Cristo". Quando nos confrontamos com Cristo vemos o totalmente amoroso e o totalmente sábio; essa convicção é o testemunho de Deus em nossos corações. Os estóicos afirmavam que a forma superior de conhecimento não surge pelo pensamento; surge a partir do que eles chamavam "impressões surpreendentes". O homem é invadido por uma convicção que se apodera dele como se fosse uma mão que o toma pelo ombro e o detém. Crê com todo seu coração, embora não pode dizer como nem por que. Pode ser que o que nesta passagem Jesus quer dizer é que a convicção que temos em nossos corações a respeito da supremacia de Cristo é o testemunho que Deus dá sobre Ele.

    (2) Pode ser que o que João queira dizer é que o testemunho de Deus a respeito de Cristo se pode encontrar nas Escrituras. Para os judeus as Escrituras eram tudo. "Quem adquiriu as palavras da Lei adquiriu a vida eterna". "Quem tem a Lei tem um anel de graça a seu redor neste mundo e no mundo vindouro." "Quem afirma que Moisés escreveu um só versículo da Lei por seu próprio conhecimento, despreza a Deus." “Ela é o livro dos preceitos de Deus e a Lei que subsiste para sempre: todos os que a ela se agarram destinam-se à vida; e os que a abandonarem perecerão” (Baruque Jo 4:1, BJ). "Se a comida que é sua vida só por uma hora requer uma bênção antes e depois de comê-la, quanto mais a requererá a Lei em que reside o mundo por vir?"
    O judeu tinha a Lei, procurava a Lei, e entretanto, não reconheceu a Cristo quando veio ao mundo. O que é que acontecia? Aqui nos deparamos com o fato assombroso de que os melhores estudiosos da Bíblia que existiam no mundo, o povo que sentia o maior respeito pelas Escrituras, o povo que lia as Escrituras continuamente, com meticulosidade e consistência, rechaçou a Jesus Cristo.
    Como pôde acontecer algo semelhante? Há algo evidente: liam as Escrituras em forma incorreta.
    (1) Liam-nas com as mentes fechadas. Liam as Escrituras, não para buscar Deus nelas e ouvi-lo, e sim para encontrar argumentos que apoiassem suas próprias posições e para encontrar defesas para suas crenças. Em realidade não amavam a Deus; amavam suas próprias idéias a respeito de Deus. É por isso que a Palavra não habitava neles. A água tinha tantas probabilidades de penetrar o cimento como a Palavra de Deus de penetrar nas mentes desses homens. Não foram às Escrituras; traziam as Escrituras a eles. Não aprendiam humildemente uma teologia nas Escrituras: usavam as Escrituras para defender uma teologia que eles mesmos tinham produzido. Ainda continua sendo o supremo perigo na leitura da Sibila o empregá-la para dar provas de nossas convicções e não para pô-las a prova.

    (2) Mas cometiam um engano ainda mais grave. Consideravam que Deus tinha dado aos homens uma revelação por escrito. Agora, a revelação de Deus é uma revelação na história. A revelação não é um Deus que fala, mas um Deus que age. E a própria Bíblia não é a revelação de Deus e sim o registro de sua revelação. Rendiam culto às palavras. Esqueciam por completo que a revelação de Deus se manifesta nos acontecimentos. Há uma só maneira de ler a Bíblia: lê-la como apontando a Jesus Cristo e à luz de Jesus Cristo.

    Então, muitas das coisas que nos intrigam e que às vezes nos desesperam, vêem-se com toda clareza como etapas do caminho; então vemos um acontecimento após outro como uma escalada, um apontar a Jesus Cristo, que é a revelação suprema, e sob sua luz terá que serem analisadas todas as demais revelações.
    Os judeus adoravam a um Deus que tinha escrito e não a um Deus que agia e portanto, quando Cristo veio não o reconheceram. A função fundamental das Escrituras não é dar vida, e sim apontar Àquele que é o único que pode dar vida aos homens.
    Aqui há duas coisas muito reveladoras.
    (1) No versículo 34 Jesus havia dito que expressava todo seu ensino “para que sejais salvos”. Aqui diz: “Eu, porém, não aceito humano testemunho”. O que está expressando é o seguinte: "Não discuto como o estou fazendo porque queira ganhar a discussão. Não falo com severidade porque queira fazê-los calar e para demonstrar o inteligente que sou e humilhá-los. Não falo assim para superar e ganhar o aplauso dos homens. Falo assim porque amo vocês e quero salvá-los". Isto implica algo tremendo.
    Quando as pessoas se levantam contra nós, quando se opõem a nós, quando discutem conosco, quando lhes respondemos, o que é o que sentimos? O orgulho ferido? O presunção que odeia todo fracasso? Ira? Incômodo? É um desejo de enrolar a outros com nossas opiniões porque os consideramos tolos? Jesus falava assim simplesmente porque amava os homens. Sua voz nunca se elevou até converter-se em um som estridente; nunca tentou obrigar os outros a emudecer; sua voz podia ser severa, mas nessa severidade se notava o acento do amor. Seus olhos podiam lançar fogo, mas a chama era a chama do amor.

    (2) Jesus disse: "Se outro vier em seu próprio nome, certamente, o recebereis". Os judeus tinham tido uma sucessão de impostores que asseguravam ser o Messias e cada um deles teve seus seguidores (Mc 13:6, Mc 13:22; Mt 24:5,Mt 24:24). Por que é que os homens seguem aos impostores? Fazem-no porque — como disse alguém — os impostores são homens "cujas afirmações correspondem aos desejos dos homens". Os impostores chegavam prometendo impérios, triunfos, o fulgor da glória, e prosperidade material; Jesus chegou oferecendo uma cruz. O que caracteriza ao impostor é que oferece o caminho mais fácil O impostor oferece aos homens o caminho mais fácil para satisfazer seus próprios desejos; Jesus oferecia aos homens o caminho difícil que os conduziria a Deus. Mas os impostores morreram e Cristo continua vivo.

    A CONDENAÇÃO FINAL

    João 5:44-47

    Era próprio dos escribas e fariseus desejar o louvor dos homens. Vestiam-se de tal maneira que qualquer um pudesse reconhecê-los. Oravam de maneira que todos os vissem. Sempre escolhiam os primeiros assentos nas sinagogas. Encantavam-se com as saudações respeitosas que as pessoas lhes fazia na rua. E era justamente por isso que não podiam ouvir a voz de Deus. Por que? Enquanto o homem se julgue a si mesmo em comparação com os outros homens, ele se sentirá muito satisfeito. Enquanto o homem se fixe como meta receber o respeito e o louvor humanos, alcançará seu objetivo. Mas a questão não é: "Sou tão bom como meu próximo?" mas "Sou tão bom como Deus?" A questão não é perguntar-se "Meus conhecimentos e minha piedade são maiores que os de outras pessoas que eu poderia nomear?" e sim "Como apareço perante os olhos de Deus?"

    Enquanto nos julgamos com pautas humanas há muitas possibilidades de que nos sintamos satisfeitos conosco mesmos, e a satisfação própria mata a fé, porque a fé surge a partir do sentimento de necessidade. Mas quando nos comparamos com Jesus Cristo e, através dele, com Deus, sentimo-nos humilhados até o pó, e então nasce a fé, porque não fica mais remédio que confiar na misericórdia de Deus.

    Assim, pois, Jesus termina com uma acusação que seus interlocutores sem dúvida compreenderiam. Já vimos o que pensavam os judeus a respeito dos livros que criam que Moisés lhes tinha dado; criam que era a própria palavra de Deus. Jesus disse: "Se tivessem lido bem esses livros, teriam visto que apontavam para mim". E prosseguiu: "Vocês crêem que por terem a Moisés como mediador estão salvos; mas será Moisés mesmo quem os condenará. Possivelmente não se possa pretender que me escutem, mas devem ouvir as palavras de Moisés que tanto valorizam, e essas palavras falam de mim".

    Aqui está a grande e perseguidora verdade. O que fora o grande privilégio dos judeus se tornou sua condenação. Ninguém condenaria homem que jamais teve uma oportunidade; ninguém poderia condenar homem que sempre esteve sumido na ignorância. Mas os judeus receberam o conhecimento; e o conhecimento que não empregaram bem se tornou sua condenação. Sempre devemos lembrar que quanto maior seja nosso privilégio, maior será a condenação. Quanto mais oportunidades tenhamos para aprender, maior será a condenação se não aprendermos. A responsabilidade sempre é a outra cara do privilégio.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 5 versículo 19
    de sua própria iniciativa: Ou: “por conta própria”. Ou seja, de maneira independente. Lit.: “de si mesmo”. Como Jesus é o Principal Representante de Deus, ele sempre ouve a voz de Jeová e fala aquilo que Jeová o orienta a falar.


    Dicionário

    Coisa

    substantivo feminino Tudo o que existe ou que pode ter existência (real ou abstrata).
    O que pode ser alvo de apropriação: ele possui poucas coisas.
    O que ocorre; acontecimento: o curso natural das coisas.
    O que é real em oposição ao que é abstrato: quero coisas e não promessas.
    [Popular] Negócio, troço; tudo o que não se quer designar pelo nome.
    O que caracteriza um fato, evento, circunstância, pessoa, condição ou estado: essa chatice é coisa sua?
    O assunto em questão; matéria: não me fale essas coisas! Viemos aqui tratar de coisas relevantes.
    [Informal] Indisposição pessoal; mal-estar inesperado; ataque: estava bem, de repente me deu uma coisa e passei mal.
    Etimologia (origem da palavra coisa). Do latim causa.

    substantivo feminino Tudo o que existe ou que pode ter existência (real ou abstrata).
    O que pode ser alvo de apropriação: ele possui poucas coisas.
    O que ocorre; acontecimento: o curso natural das coisas.
    O que é real em oposição ao que é abstrato: quero coisas e não promessas.
    [Popular] Negócio, troço; tudo o que não se quer designar pelo nome.
    O que caracteriza um fato, evento, circunstância, pessoa, condição ou estado: essa chatice é coisa sua?
    O assunto em questão; matéria: não me fale essas coisas! Viemos aqui tratar de coisas relevantes.
    [Informal] Indisposição pessoal; mal-estar inesperado; ataque: estava bem, de repente me deu uma coisa e passei mal.
    Etimologia (origem da palavra coisa). Do latim causa.

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Faz

    3ª pess. sing. pres. ind. de fazer
    2ª pess. sing. imp. de fazer

    fa·zer |ê| |ê| -
    (latim facio, -ere)
    verbo transitivo

    1. Dar existência, ser autor de (ex.: fez uma obra notável). = CRIAR, OBRAR, PRODUZIR

    2. Dar ou tomar determinada forma (ex.: façam uma fila). = FORMAR

    3. Realizar determinada acção (ex.: fazer a limpeza; fazer uma cópia de segurança; fazer um gesto de atenção). = EFECTUAR, EXECUTAR

    4. Agir com determinados resultados (ex.: fazer um erro; fazer um favor).

    5. Fabricar (ex.: fizera um produto inovador).

    6. Compor (ex.: fazer versos).

    7. Construir (ex.: a construtora está a fazer uma urbanização).

    8. Praticar (ex.: ele faz judo).

    9. Ser causa de (ex.: esta imagem faz impressão). = CAUSAR, ORIGINAR, MOTIVAR, PRODUZIR, PROVOCAR

    10. Obrigar a (ex.: fizeste-me voltar atrás).

    11. Desempenhar um papel (ex.: fiz uma personagem de época; vai fazer de mau na novela). = REPRESENTAR

    12. Ultimar, concluir.

    13. Atingir determinado tempo ou determinada quantidade (ex.: a empresa já fez 20 anos; acrescentou uma maçã para fazer dois quilos). = COMPLETAR

    14. Arranjar ou cuidar de (ex.: fazer a barba; fazer as unhas).

    15. Tentar (ex.: faço por resolver os problemas que aparecem).

    16. Tentar passar por (ex.: não se façam de parvos). = APARENTAR, FINGIR, SIMULAR

    17. Atribuir uma imagem ou qualidade a (ex.: ele fazia da irmã uma santa).

    18. Mudar para (ex.: as dificuldades fizeram-nos mais criativos ). = TORNAR

    19. Trabalhar em determinada actividade (ex.: fazia traduções).

    20. Conseguir, alcançar (ex.: fez a pontuação máxima).

    21. Cobrir determinada distância (ex.: fazia 50 km por dia). = PERCORRER

    22. Ter como lucro (ex.: nunca fizemos mais de 15000 por ano). = GANHAR

    23. Ser igual a (ex.: cem litros fazem um hectolitro). = EQUIVALER

    24. Exercer as funções de (ex.: a cabeleireira faz também de manicure). = SERVIR

    25. Dar um uso ou destino (ex.: fez da camisola um pano do chão).

    26. Haver determinada condição atmosférica (ex.: a partir de amanhã, vai fazer frio). [Verbo impessoal]

    27. Seguido de certos nomes ou adjectivos, corresponde ao verbo correlativo desses nomes ou adjectivos (ex.: fazer abalo [abalar], fazer violência [violentar]; fazer fraco [enfraquecer]).

    verbo pronominal

    28. Passar a ser (ex.: este rapaz fez-se um homem). = TORNAR-SE, TRANSFORMAR-SE

    29. Seguir a carreira de (ex.: fez-se advogada).

    30. Desenvolver qualidades (ex.: ele fez-se e estamos orgulhosos).

    31. Pretender passar por (ex.: fazer-se difícil; fazer-se de vítima). = FINGIR-SE, INCULCAR-SE

    32. Julgar-se (ex.: eles são medíocres, mas fazem-se importantes).

    33. Adaptar-se a (ex.: fizemo-nos aos novos hábitos). = ACOSTUMAR-SE, AFAZER-SE, HABITUAR-SE

    34. Tentar conseguir (ex.: estou a fazer-me a um almoço grátis).

    35. Cortejar (ex.: anda a fazer-se ao colega).

    36. Iniciar um percurso em (ex.: vou fazer-me à estrada).

    37. Levar alguém a perceber ou sentir algo (ex.: fazer-se compreender, fazer-se ouvir).

    38. Haver determinada circunstância (ex.: já se fez noite).

    39. Ter lugar (ex.: a entrega faz-se das 9h às 21h). = ACONTECER, OCORRER

    nome masculino

    40. Obra, trabalho, acção.


    fazer das suas
    Realizar disparates ou traquinices.

    fazer por onde
    Procurar a maneira de conseguir ou de realizar algo. = TENTAR

    Dar motivos para algo.

    fazer que
    Fingir, simular (ex.: fez que chorava, mas depois sorriu).

    não fazer mal
    Não ter importância; não ser grave.

    tanto faz
    Expressão usada para indicar indiferença; pouco importa.


    Fazer

    verbo transitivo direto Desenvolver algo a partir de uma certa ação; realizar.
    Construir ou produzir algo através da ordenação de seus elementos constituintes: fazer pão, um prédio, uma escola etc.
    Elaborar alguma coisa através da utilização de variados elementos: faziam roupas.
    Realizar ou pôr em prática algum ato reprovável: fazia muitas bobagens.
    Alcançar certa idade: Pedro fará 30 anos amanhã.
    Dar forma ou vida a; criar: faziam novos vestidos para a coleção.
    Livrar-se dos dejetos orgânicos: fazer cocô.
    Demandar esforços para conseguir alguma coisa; esforçar.
    Ter passado determinado tempo: faz dois meses que ele se foi.
    Indicar o tempo atmosférico: hoje faz muito calor.
    Ter o peso idêntico a; equivaler: dez e dez faz vinte.
    Realizar certo trabalho; ter como ocupação: fez sua faculdade em São Paulo.
    Passar por determinado trajeto; percorrer: fazer 20 Km de bicicleta.
    Realizar certo esporte ou ação esportiva: fazer academia.
    Gramática Possuir como terminação; ter como forma flexionada: troféu faz troféus.
    Dispor de determinada maneira; arrumar: é preciso fazer a cama.
    Modificar a aparência para melhor: fazer o cabelo.
    Ter como constituição; constituir: estampa que faz um vestido horrível.
    verbo transitivo indireto Ser utilizado de determinada maneira: na escola, a professora fez de diretora.
    verbo pronominal [Informal] Comportar-se de maneira livre; agir de acordo com seus princípios: o camelô se fez com muito trabalho.
    Insistir durante certo período; reinar: fez-se barulho no salão de festas.
    Quebrar ou ficar em partes menores: a garrafa fez-se em cacos.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Preparar ou organizar com antecipação, tendo em conta certo propósito, utilização ou finalidade: fazia as refeições para os alunos.
    Gerar ou fazer nascer: alguns animais fazem filhotes.
    Instituir algo através da promulgação de um acordo: fazer um tratado de lei.
    Criar intelectualmente; compor: fazer uma melodia; o poeta lhe fez uma poesia.
    Dar seguimento a; executar: fazer caridade; faça-me a bondade de ficar em silêncio.
    Ser a razão de algo; provocar: os amigos lhe fizeram muito mal.
    Passar os seus pertences para outra pessoa ou para uma organização; doar.
    Expressar-se através de gestos ou comportamentos: fazer que sim com o pescoço.
    Demonstrar por meio de palavras: fez um ótimo texto.
    Realizar determinada ação: fez uma dança em torno de si próprio.
    Ter determinada ocupação: ele fica o dia inteiro sem fazer nada.
    verbo transitivo indireto predicativo e intransitivo Agir de determinada forma; comportar-se: faça o que tiver de fazer.
    verbo transitivo direto e pronominal Atribuir determinado aspecto a; fingir: faz-se de coitado.
    verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Ser o motivo de que uma pessoa fique de certa maneira: o vício fez o morto; o conhecimento fez o professor.
    verbo transitivo direto predicativo e transitivo indireto predicativo Mudar a essência de: queria fazer do filho um médico.
    verbo bitransitivo Avaliar ou determinar o valor de: faço este vestido por 10 reais.
    Utilizar algo de determinada maneira: fazia da inteligência o seu maior trunfo.
    Etimologia (origem da palavra fazer). Do latim facere.

    Filho

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

    O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    [...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

    Os filhos são doces algemas de nossa alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

    Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

    [...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

    [...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


    Filho
    1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

    2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

    4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

    5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

    6) Tratamento carinhoso (1

    Jesus

    interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
    Ver também: Jesus.
    Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.

    Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)

    Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

    [...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

    [...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

    [...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

    [...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

    Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

    Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

    Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

    Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
    Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

    Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

    Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

    [...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

    Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
    Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

    [...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    [...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

    [...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

    Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

    [...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

    Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    [...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

    [...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    J [...] é o guia divino: busque-o!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

    [...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

    [...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

    De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

    [...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

    [...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

    [...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

    [...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

    Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

    [...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

    [...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

    Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
    Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

    Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

    [...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

    esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

    Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

    Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

    Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

    [...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

    Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

    [...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

    Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

    Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

    Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

    [...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

    J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    [...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

    Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

    Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

    Jesus é a história viva do homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

    [...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

    [...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

    Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

    [...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

    [...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

    [...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

    [Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

    [...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

    Jesus é também o amor que espera sempre [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

    J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

    [...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

    [...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] é a única porta de verdadeira libertação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

    [...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

    Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

    Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o salário da elevação maior.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    [...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

    [...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

    [...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

    [...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

    Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

    [...] é a verdade sublime e reveladora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

    Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

    [...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

    [...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92


    Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

    O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

    Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

    Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

    Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

    O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

    Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

    Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

    Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

    Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

    Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

    No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

    O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

    Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

    2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

    Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

    Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

    3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

    Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

    À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

    R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.


    Mesmo

    adjetivo Exprime semelhança, identidade, paridade: eles têm o mesmo gosto.
    O próprio, não outro (colocado imediatamente depois de substantivo ou pronome pessoal): Ricardo mesmo me abriu a porta; uma poesia de Fernando Pessoa, ele mesmo.
    Utilizado de modo reflexivo; nominalmente: na maioria das vezes analisava, criticava-se a si mesmo.
    Que possui a mesma origem: nasceram na mesma região.
    Imediatamente referido: começou a trabalhar em 2000, e nesse mesmo ano foi expulso de casa.
    substantivo masculino Que ocorre da mesma forma; a mesma coisa e/ou pessoa: naquele lugar sempre acontece o mesmo; ela nunca vai mudar, vai sempre ser a mesma.
    conjunção Apesar de; embora: mesmo sendo pobre, nunca desistiu de sonhar.
    advérbio De modo exato; exatamente, justamente: pusemos o livro mesmo aqui.
    De maneira segura; em que há certeza: sem sombra de dúvida: os pastores tiveram mesmo a visão de Nossa Senhora!
    Ainda, até: chegaram mesmo a negar-me o cumprimento.
    locução conjuntiva Mesmo que, ainda que, conquanto: sairei, mesmo que não queiram.
    locução adverbial Na mesma, sem mudança de situação apesar da ocorrência de fato novo: sua explicação me deixou na mesma.
    Etimologia (origem da palavra mesmo). Do latim metipsimus.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Pai

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).

    Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

    Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

    [...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16


    Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm

    Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.

    Pode

    substantivo deverbal Ação de poder, de ter capacidade, direito ou autoridade para conseguir ou para realizar alguma coisa: ele não pode fazer este trabalho; ele tem todas as condições necessárias e pode se candidatar ao emprego.
    Ação de estar sujeito a: o atleta pode se machucar durante o jogo.
    Ação de ter controle sobre: o professor não pode com os alunos.
    Gramática A grafia "pôde" é usada com o mesmo sentido, mas no passado.
    Etimologia (origem da palavra pode). Forma Der. de poder.
    substantivo deverbal Ação de podar, de cortar os ramos das plantas ou de aparar suas folhas: preciso que ele pode a videira.
    Etimologia (origem da palavra pode). Forma Der. de podar.

    Responder

    verbo transitivo direto e transitivo indireto Dar resposta ao que é dito, escrito ou perguntado: respondeu o que lhe ocorreu; respondeu ao professor a questão.
    Contestar uma pergunta; replicar: respondeu bem.
    verbo intransitivo Questionar em vez de obedecer; resmungar: vá e não responda!
    Repetir o som: o cão latiu e os vizinhos responderam.
    verbo transitivo indireto Fazer-se sentir por repercussão: a dor do braço me responde na cabeça.
    Apresentar razões contra; revidar: responder a uma objeção.
    Enviar resposta: responder a uma pessoa, a uma carta.
    Oferecer em troca de; retribuir: responder a uma gentileza.
    Assumir uma responsabilidade; responsabilizar-se: responde pelo irmão.
    Ter uma ação contrária, oposta a; reagir: responder à dor.
    Etimologia (origem da palavra responder). Do latim respondere.

    responder
    v. 1. tr. dir. Dizer ou escrever em resposta. 2. tr. ind. e Intr. Dar resposta. 3. tr. ind. Ser respondão. 4. tr. ind. Aduzir argumentos contra. 5. tr. ind. Pôr em contraposição. 6. Intr. Repetir a voz, o so.M 7. tr. ind. Ficar por fiador de alguém; responsabilizar-se por. 8. tr. ind. Estar em harmonia; ser igual; condizer. 9. tr. ind. Retribuir equivalentemente. 10. tr. ind. Defrontar, opor-se. 11. tr. ind. Estar defronte; opor-se.

    Verdade

    substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.
    Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
    Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
    Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
    Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
    [Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
    Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.

    Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628

    [...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux

    O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade

    [...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3

    [...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17

    [...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    [...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    [...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

    [...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

    A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

    Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

    [...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças

    [...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    [...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    A verdade é a essência espiritual da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193

    Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21


    Verdade
    1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).


    2) Fidelidade (Gn 24:27; Sl 25:10).


    3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).


    4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).


    Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).

    Vir

    verbo transitivo indireto , intransitivo e pronominal Dirigir-se ou ser levado de um local para outro, normalmente para o lugar onde estamos ou para seus arredores: a minha mãe virá a Minas Gerais; o aparelho virá de barco; abatido, vinha-se para o sofá e dormia.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Caminhar-se em direção a: os cães vêm à margem da praia; escutava o barulho do navio que vinha.
    Chegar para ficar por um tempo maior: o Papa vem ao Brasil no próximo ano; o Papa virá no próximo ano.
    Regressar ou retornar ao (seu) lugar de origem: o diretor escreverá a autorização quando vier à escola; a empregada não vem.
    Estar presente em; comparecer: o professor solicitou que os alunos viessem às aulas; o diretor pediu para que os alunos viessem.
    verbo transitivo indireto Ser a razão de; possuir como motivo; originar: sua tristeza vem do divórcio.
    Surgir no pensamento ou na lembrança; ocorrer: o valor não me veio à memória.
    Espalhar-se: o aroma do perfume veio do quarto.
    Demonstrar aprovação; concordar com; convir.
    Demonstrar argumentos: os que estavam atrasados vieram com subterfúgios.
    Alcançar ou chegar ao limite de: a trilha vem até o final do rio.
    Ter como procedência; proceder: este sapato veio de Londres.
    verbo intransitivo Estar na iminência de acontecer: tenho medo das consequências que vêm.
    Tomar forma; surgir ou acontecer: o emprego veio numa boa hora.
    Progredir ou se tornar melhor: o aluno vem bem nas avaliações.
    Aparecer em determinada situação ou circunstância: quando o salário vier, poderemos viajar.
    Aparecer para ajudar (alguém); auxiliar: o médico veio logo ajudar o doente.
    Andar ou ir para acompanhar uma outra pessoa; seguir: nunca conseguia andar sozinha, sempre vinha com o pai.
    Chegar, alcançar o final de um percurso: sua encomenda veio no final do ano.
    verbo predicativo Começar a existir; nascer: as novas plantações de café vieram mais fracas.
    Etimologia (origem da palavra vir). Do latim veniere.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    οὖν αὐτός ἀποκρίνομαι καί ἔπω Ἰησοῦς ἀμήν ἀμήν ὑμῖν λέγω υἱός οὐ οὐδείς δύναμαι ποιέω ἀπό ἑαυτού ἐάν μή τίς βλέπω ποιέω πατήρ γάρ ἄν ἐκεῖνος ποιέω ταῦτα υἱός καί ὁμοίως ποιέω
    João 5: 19 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Então, respondeu Jesus e disse-lhes: Na verdade, na verdade eu vos digo: O Filho não pode fazer nada por si mesmo, a não ser o que vê o Pai fazendo; porque todas as coisas que ele faz, o Filho também da mesma forma o faz.
    João 5: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Maio de 29
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1410
    dýnamai
    δύναμαι
    sétimo filho de Jacó através de Zilpa, serva de Lia, e irmão legítimo de Aser
    (Gad)
    Substantivo
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G1438
    heautoû
    ἑαυτοῦ
    cortar, talhar, picar, derrubar, separar, cortar em dois, raspar
    (cut down)
    Verbo
    G1565
    ekeînos
    ἐκεῖνος
    duro, estéril, ríspido, frio
    (solitary)
    Adjetivo
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G281
    amḗn
    ἀμήν
    neto de Finéias
    (And Ahiah)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G302
    án
    ἄν
    um conselheiro de Davi, avô de Bate-Seba (cf 2Sm 11.3; 23.34), que uniu-se a Absalão
    (the for Ahithophel)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3668
    homoíōs
    ὁμοίως
    pai de Zedequias, o falso profeta de Acabe
    (of Chenaanah him)
    Substantivo
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3762
    oudeís
    οὐδείς
    uma habitante (mulher) do Carmelo
    (Carmelitess)
    Adjetivo
    G3767
    oûn
    οὖν
    portanto / por isso
    (therefore)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5100
    tìs
    τὶς
    alguém, uma certa pessoa
    (something)
    Pronome interrogatório / indefinido - neutro acusativo singular
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G611
    apokrínomai
    ἀποκρίνομαι
    respondendo
    (answering)
    Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G991
    blépō
    βλέπω
    ver, discernir, através do olho como orgão da visão
    (looking upon)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    δύναμαι


    (G1410)
    dýnamai (doo'-nam-ahee)

    1410 δυναμαι dunamai

    de afinidade incerta; TDNT - 2:284,186; v

    1. ser capaz, ter poder quer pela virtude da habilidade e recursos próprios de alguém, ou de um estado de mente, ou através de circunstâncias favoráveis, ou pela permissão de lei ou costume
    2. ser apto para fazer alguma coisa
    3. ser competente, forte e poderoso

    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    ἑαυτοῦ


    (G1438)
    heautoû (heh-ow-too')

    1438 εαυτου heautou

    (incluindo todos os outros casos)

    de um pronome reflexivo que caiu em desuso e o caso genitivo (caso dativo ou acusativo) de 846; pron

    1. ele mesmo, ela mesma, a si mesmo, eles ou elas mesmos, a si próprios

    ἐκεῖνος


    (G1565)
    ekeînos (ek-i'-nos)

    1565 εκεινος ekeinos

    de 1563; pron

    1. ele, ela, isto, etc.

    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ἀμήν


    (G281)
    amḗn (am-ane')

    281 αμην amen

    de origem hebraica 543 אמן; TDNT - 1:335,53; partícula indeclinável

    1. firme
      1. metáf. fiel
    2. verdadeiramente, amém
      1. no começo de um discurso - certamente, verdadeiramente, a respeito de uma verdade
      2. no fim - assim é, assim seja, que assim seja feito. Costume que passou das sinagogas para as reuniões cristãs: Quando a pessoa que lia ou discursava, oferecia louvor solene a Deus, os outros respondiam “amém”, fazendo suas as palavras do orador. “Amém” é uma palavra memorável. Foi transliterada diretamente do hebraico para o grego do Novo Testamento, e então para o latim, o inglês, e muitas outras línguas. Por isso tornou-se uma palavra praticamente universal. É tida como a palavra mais conhecida do discurso humano. Ela está diretamente relacionada — de fato, é quase idêntica — com a palavra hebraica para “crer” (amam), ou crente. Assim, veio a significar “certamente” ou “verdadeiramente”, uma expressão de absoluta confiança e convicção.

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    ἄν


    (G302)
    án (an)

    302 αν an

    uma partícula primária; partícula

    1. não tem um equivalente exato em Português

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁμοίως


    (G3668)
    homoíōs (hom-oy'-oce)

    3668 ομοιως homoios

    de 3664; adv

    1. do mesmo modo, igualmente

    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὐδείς


    (G3762)
    oudeís (oo-dice')

    3762 ουδεις oudeis incluindo feminino ουδεμια oudemia e neutro ουδεν ouden

    de 3761 e 1520; pron

    1. ninguém, nada

    οὖν


    (G3767)
    oûn (oon)

    3767 ουν oun

    aparentemente, palavra raiz; partícula

    1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τὶς


    (G5100)
    tìs (tis)

    5101 τις tis

    τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Possui relação com τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    ἀποκρίνομαι


    (G611)
    apokrínomai (ap-ok-ree'-nom-ahee)

    611 αποκρινομαι apokrinomai

    de 575 e krino; TDNT - 3:944,*; v

    1. responder a uma questão proposta
    2. começar a falar numa situação onde algo já aconteceu (dito ou feito) e a cujo acontecimento a fala se refere

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βλέπω


    (G991)
    blépō (blep'-o)

    991 βλεπω blepo

    um palavra primária; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver, discernir, através do olho como orgão da visão
      1. com o olho do corpo: estar possuído de visão, ter o poder de ver
      2. perceber pelo uso dos olhos: ver, olhar, avistar
      3. voltar o olhar para algo: olhar para, considerar, fitar
      4. perceber pelos sentidos, sentir
      5. descobrir pelo uso, conhecer pela experiência
    2. metáf. ver com os olhos da mente
      1. ter (o poder de) entender
      2. discernir mentalmente, observar, perceber, descobrir, entender
      3. voltar os pensamentos ou dirigir a mente para um coisa, considerar, contemplar, olhar para, ponderar cuidadosamente, examinar
    3. sentido geográfico de lugares, montanhas, construções, etc.: habilidade de localizar o que se está buscando

    Sinônimos ver verbete 5822