Enciclopédia de João 6:35-35

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jo 6: 35

Versão Versículo
ARA Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.
ARC E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede.
TB Declarou-lhes Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim de modo algum terá fome; e o que crê em mim nunca jamais terá sede.
BGB ⸀Εἶπεν αὐτοῖς ὁ Ἰησοῦς· Ἐγώ εἰμι ὁ ἄρτος τῆς ζωῆς· ὁ ἐρχόμενος πρὸς ἐμὲ οὐ μὴ πεινάσῃ, καὶ ὁ πιστεύων εἰς ⸀ἐμὲ οὐ μὴ ⸀διψήσει πώποτε.
HD Disse-lhes Jesus: Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá fome e quem crê em mim não terá sede jamais.
BKJ E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim nunca terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.
LTT Disse-lhes, porém, Jesus: "EU SOU o Pão da Vida; aquele (homem) que está vindo até Mim, de modo nenhum sofra ele fome; e quem está crendo para dentro de Mim, de modo nenhum sofra ele sede, jamais;
BJ2 Jesus lhes disse: "Eu sou[n] o pão da vida. Quem vem a mim, nunca mais terá fome, e o que crê em mim nunca mais terá sede.[o]
VULG Dixit autem eis Jesus : Ego sum panis vitæ : qui venit ad me, non esuriet, et qui credit in me, non sitiet umquam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 6:35

Isaías 49:10 Nunca terão fome nem sede, nem a calma nem o sol os afligirão, porque o que se compadece deles os guiará e os levará mansamente aos mananciais das águas.
Isaías 55:1 Ó vós todos os que tendes sede, vinde às águas, e vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
Mateus 11:28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Lucas 6:25 Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome! Ai de vós, os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis!
João 4:13 Jesus respondeu e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede,
João 5:40 E não quereis vir a mim para terdes vida.
João 6:37 Tudo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.
João 6:41 Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu.
João 6:44 Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último Dia.
João 6:48 Eu sou o pão da vida.
João 6:65 E dizia: Por isso, eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai lhe não for concedido.
João 7:37 E, no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba.
I Coríntios 10:16 Porventura, o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo?
I Coríntios 11:23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;
Apocalipse 7:16 Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles,
Apocalipse 22:17 E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 2)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

31 ou 32 d.C.

Região de Cafarnaum

Ilustrações sobre o Reino

Mt 13:1-53

Mc 4:1-34

Lc 8:4-18

 

Mar da Galileia

Acalma tempestade

Mt 8:18-23-27

Mc 4:35-41

Lc 8:22-25

 

Região de Gadara

Manda demônios para os porcos

Mt 8:28-34

Mc 5:1-20

Lc 8:26-39

 

Provavelmente Cafarnaum

Cura mulher que tinha fluxo de sangue; ressuscita filha de Jairo

Mt 9:18-26

Mc 5:21-43

Lc 8:40-56

 

Cafarnaum (?)

Cura cegos e mudo

Mt 9:27-34

     

Nazaré

Novamente rejeitado em sua cidade

Mt 13:54-58

Mc 6:1-5

   

Galileia

Terceira viagem à Galileia; expande a obra enviando apóstolos

Mt 9:35–11:1

Mc 6:6-13

Lc 9:1-6

 

Tiberíades

Herodes corta a cabeça de João Batista; fica perplexo com Jesus

Mt 14:1-12

Mc 6:14-29

Lc 9:7-9

 

32 d.C., perto da Páscoa (Jo 6:4)

Cafarnaum (?); lado NE do mar da Galileia

Apóstolos voltam da pregação; Jesus alimenta 5 mil homens

Mt 14:13-21

Mc 6:30-44

Lc 9:10-17

Jo 6:1-13

Lado NE do mar da Galileia; Genesaré

Povo quer fazer de Jesus rei; anda sobre o mar; cura muitas pessoas

Mt 14:22-36

Mc 6:45-56

 

Jo 6:14-21

Cafarnaum

Diz que é “o pão da vida”; muitos ficam chocados e o abandonam

     

Jo 6:22-71

32 d.C., depois da Páscoa

Provavelmente Cafarnaum

Tradições invalidam a Palavra de Deus

Mt 15:1-20

Mc 7:1-23

 

Jo 7:1

Fenícia; Decápolis

Cura filha de mulher siro-fenícia; alimenta 4 mil homens

Mt 15:21-38

Mc 7:24–8:9

   

Magadã

Não dá sinal, exceto o de Jonas

Mt 15:39–16:4

Mc 8:10-12

   

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

jo 6:35
A Gênese

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 15
Página: 341
Allan Kardec
Os fatos relatados no Evangelho e que foram até agora considerados miraculosos pertencem, na sua maioria, à ordem dos fenômenos psíquicos, isto é, os que têm como causa primeira as faculdades e os atributos da alma. Confrontando-os com os que ficaram descritos e explicados no capítulo anterior, reconhecer-se-á sem dificuldade que há entre eles identidade de causa e de efeito. A História registra outros fatos análogos, em todos os tempos e no seio de todos os povos, pela razão de que, desde que há almas encarnadas e desencarnadas, os mesmos efeitos forçosamente se produziram. Pode-se, é verdade, no que se refere a esse ponto, contestar a veracidade da História; mas, hoje, eles se produzem sob os nossos olhos e, por assim dizer, à vontade e por indivíduos que nada têm de excepcionais. Basta o fato da reprodução de um fenômeno, em condições idênticas, para provar que ele é possível e se acha submetido a uma lei, não sendo, portanto, miraculoso.
O princípio dos fenômenos psíquicos repousa, como já vimos, nas propriedades do fluido perispirítico, que constitui o agente magnético; nas manifestações da vida espiritual durante a vida corpórea e depois da morte; e, finalmente, no estado constitutivo dos Espíritos e no papel que eles desempenham como força ativa da Natureza. Conhecidos estes elementos e comprovados os seus efeitos, tem-se, como consequência, de admitir a possibilidade de certos fatos que eram rejeitados enquanto se lhes atribuía uma origem sobrenatural.

Vinícius

jo 6:35
Nas Pegadas do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 75
Página: 169
Vinícius

Jesus apresentou-se perante a Humanidade como Mestre e Salvador.


Eu sou o vosso mestre, dizia ele aos que o rodeavam para escutar sua palavra sempre inspirada e convincente.


Nós somos, pois, seus discípulos: ele é nosso Mestre.


Mestre é aquele que educa. Educar é apelar para os poderes do espírito. Mediante esses poderes é que o discípulo analisa, perquire, discerne, assimila e aprende.


O mestre desperta as faculdades que jazem dormentes e ignoradas no âmago d "eu" ainda inculto.


A missão do mestre não consiste em introduzir conhecimentos na mente do discípulo: se este não se dispuser a conquistá-los, jamais os possuirá.


Há deveres para o mestre e há deveres para o discípulo. Cada um há-de desempenhar a parte que lhe toca.


Entre aquele que ensina e aquele que aprende, é preciso que exista uma relação, uma correspondência de esforços, sem o que, não haverá ensinamento nem aprendizagem .


Quanto mais íntima a comunhão entre o mestre e o discípulo, melhor êxito advirá para quem ensina e para quem aprende.


O mestre não fornece instrução: mostra como é ela obtida. Ao discípulo cumpre empregar o processo mediante o qual adquirirá instrução. O mestre dirige, orienta as forças do discípulo, colocando-o em condições de agir por si mesmo na conquista do saber.


Para que a comunhão entre o mestre e o discípulo seja um fato, é absolutamente indispensável o concurso, a cooperação de ambos. O termo comunhão significa mesmo correspondência íntima entre dois ou mais indivíduos identificados num determinado propósito.


Se o mestre irradia para o discípulo e o discípulo não irradia para o mestre, deixa de haver correspondência entre eles, e o discípulo nenhum aproveitamento tirará das lições recebidas.


Jesus veio trazer-nos a verdade. Fêz tudo quanto lhe competia fazer para o cabal desempenho dessa missão que o Pai lhe confiara. Não poupou esforços: foi até ao sacrifício.


Resta, portanto, que o homem, o discípulo, faça a sua parte para entrar na posse da verdade, essa luz que ilumina a mente, consolida o caráter e aperfeiçoa os sentimentos .


Aqueles que já satisfizeram tal condição, vêm bebendo da água viva, vêm apanhando, dia por dia, partículas de verdade, centelhas de luz.


Os que deixaram de preencher a condição permanecem nas trevas, na ignorância;


e nas trevas e na ignorância permanecerão até que batam, peçam e procurem.


Jesus veio trazer-nos a redenção. É por isso nosso salvador: Mas só redime aqueles que amam a liberdade e se esforçam por alcançá-la.


Os que se comprazem na servidão das paixões e dos vícios não têm em Jesus um salvador. Continuarão vis escravos até que compreendam a situação ignominiosa em que se encontram, e almejem conquistar a liberdade.


Jesus não é mestre de ociosos. Jesus não é salvador de impenitentes. Para ociosos e impenitentes — o aguihão da dor.


O sangue do Justo foi derramado no cumprimento de um dever que lhe fora imposto: não lava culpas nem apaga os pecados dos comodistas, dos preguiçosos, dos devotos de Epicuro e de Mamon.


A redenção, como a educação, é obra em que o interessado tem de agir, tem de lutar desempenhando a sua parte própria; sem o que, não haverá para ele mestre nem salvador.


A redenção, como a educação, é obra que se realiza gradativamente no transcurso eterno da vida; não é obra miraculosa que se consuma num momento dado.


E por ser assim é que Jesus dizia: "Aquele que me serve siga-me, e onde eu estou estará aquele que me serve. "

Seguir: eis a ordem. Sempre avante: eis o lema do estandarte desfraldado pelo Mestre e Salvador do mundo.



Diversos

jo 6:35
Correio Fraterno

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 33
Francisco Cândido Xavier
Diversos

O pão espiritual, amassado em luz invisível,

   É alimento do coração — constante e durável.

   Dado embora em migalhas — é valor infinito…

   Semente de sabedoria — tornar-se-á celeiro farto,

   Minuto de esclarecimento — rasga horizontes eternos,

   Verbo silencioso — criará mundos novos,

   Toque de fé — salvará muitas vidas,

   Bênção de amor — renovará o estímulo apagado,

   Gota de consolação — amenizará muitas dores,

   Água da vida — fecundará campos mortos,

   Dom divino — sustenta milhares de criaturas,

   Réstia de esperança — erguerá desesperados,

   Pétala da paz — elimina incêndios da discórdia,

   Raio de luz — descerra caminhos ocultos,

   Dádiva de compreensão — extingue as sombras da ignorância e do ódio.

   Abençoadas sejam as mãos — que cooperam à Mesa Imperceptível de Deus,

   Acrescentando esse pão — sublime e imperecível…


Distribui-o, em torno de teus passos, e semearás gloriosos destinos,

   desfazendo as trevas em derredor,

   arando o chão duro dos corações cristalizados no mal,

   restituindo a visão aos cegos dos vales da morte,

   devolvendo alegria aos tristes,

   levantando os que tombaram,

   socorrendo náufragos,

   enriquecendo os pobres de luz,

   abrindo portas redentoras,

   rompendo muralhas e fronteiras

   e unindo almas no Grande Amor…


Segue, mundo a fora, espalhando-lhe as graças, na certeza de que o Cristo é o Pão que desceu do Céu! (Jo 6:35)




Amélia Rodrigues

jo 6:35
Dias Venturosos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

O mar da Galileia é um lago de expressiva proporção, que a generosidade do rio Jordão espalhou na imensa fenda abaixo do nível do Mediterrâneo, com pouco mais de duzentos metros.


Antigamente era muito piscoso. Nas suas margens floresciam aldeias e cidades que se tornaram famosas e se beneficiavam do seu clima agradável.


Em volta, as suas terras aráveis produziam legumes e frutas; ali pastavam os animais, e as vinhas eram exuberantes.


Ao tempo de Jesus, suas águas chegaram a receber milhares de pequenas embarcações.


Também chamado de Tiberíades, ou Lago de Genesaré, foi cenário de momentos culminantes da história do Cristianismo.


Em sua orla espraiavam-se as cidades de Cafarnaum, Betsaida, Tiberíades, Magdala, Dalmanuta. . .


Em uma montanha próxima, Ele entoou o Canto de libertação das criaturas, em inolvidável sermão; pelas suas praias Ele caminhou, curando, consolando, apontando rumos.


Suas gentes simples - os galileus - normalmente pescadores e agricultores, conviveram com Ele, acompanharam-nO, foram por Ele amadas e O amaram a seu modo, dentro dos seus limites.


A revolução que Ele pretendia não era percebida pela massa, que tinha fome de justiça, de verdade, mas sempre mais de pães e de peixes. . .


Do outro lado, acima das escarpas rochosas, erguia-se a Decápole - parte das dez cidades gregas erigidas antes, e então decadentes, com exceção de Gadara, que se celebrizaria em razão de obsesso que Ele curara.


Jesus amava aquela região, aquele povo, onde mais se demorou após iniciar a sua vida pública, quando os seus o rejeitaram. . .


Incapazes de penetrar no conteúdo profundo da sua mensagem, seguiam o Mensageiro, dominados por interesses imediatistas.


Ambicionavam o reino dos Céus, porém viviam na Terra, sofriam-lhe as injunções e carências, padeciam desconforto.


Ele representava-lhes o Libertador. Suas palavras sensibilizavam-nos, porém as suas ações deslumbravam-nos e atraíam cada vez mais.


Já não eram alguns que O seguiam, e sim verdadeiras multidões com suas chagas, agitações e problemas.


Com essa volumosa massa, Ele atravessou o mar e foi ensinar na outra margem, do alto de um monte.


Ali, percebendo a fome daqueles que O acompanhavam, nutriu-os com pães e peixes fartamente, deixando-os felizes, porque de estômagos satisfeitos.


Logo após, volveu em silêncio a Cafarnaum com os doze apóstolos.


Os acompanhantes, atendidos nas necessidades imediatas, não perceberam a sua ausência, porque naqueles momentos, não mais necessitavam dEle.


Só no dia seguinte perceberam que Ele se fora.


Outra vez, sentindo carência, volveram a Cafarnaum a buscá-lO, algo contrafeitos, por não O terem em mãos para o socorro contínuo aos seus caprichos.


Quando O encontraram, interrogaram-nO com uma quase exigência de justificação por tê-los deixado:

– Rabi, quando chegaste aqui?


Não se tratava de zelo, de cuidado pelo Amigo, mas de reprimenda, de cobrança indireta.


O Mestre fitou-os compungido, e respondeu-lhes com severidade:

– . . . Procurais-me porque comestes dos pães e ficastes saciados . . .


Fez uma pausa e prosseguiu:

– Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. . .


De um para o outro dia haviam alterado o comportamento.


viram os enfermos recuperarem-se ao influxo do seu poder; alimentaram-se em excesso; beneficiaram-se da sua presença. No entanto, à hora da decisão de se transformarem para melhor, de se permitirem permear pela sua palavra, apelavam para os textos antigos convenientes, que permitiam fugir das novas responsabilidades, indagando sobre novos sinais, recordando Moisés no deserto, o maná que descera do Céu. . . Não se davam conta que tudo provinha de Deus, e que eles haviam comido, às vésperas, um alimento da mesma procedência, que lhes dava vida, porém que saciava só por breve prazo.


No mundo, as criaturas desejam refestelar-se na abundância de fora, no desperdício, e não se recordam, nessas horas, da escassez e dos outros esfaimados, esquecidos, em sofrimentos.


Desejam pão e prazer, conforto e ociosidade.


Cansam-se quando os têm e fogem para a insatisfa- ção, a revolta, a perda de objetivos da vida.


Sucede que a duração do corpo é sempre muito breve, a dos seus adereços menor, e a das suas imposições mais rápida. . . Por isso, a vida real, aquela que permanece sobre as cinzas das ilusões vencidas, é a do ser imortal.


Jesus veio demonstrar a imortalidade, dar significado à existência física do ser, não como fim, antes como meio para ser alcançada a plenificação.


Aferradas, todavia, aos sentidos grosseiros, as pessoas somente pensam no momento em que se encontram - embora lhe percebam a fugacidade - longe das aspirações transcendentes, as de longo, perene curso.


Aquela época difere desta pela face exterior, pelas conquistas da inteligência, que trouxeram outros valores para serem cultivados, outras metas para serem alcançadas. No entanto, o ser moral, o ser interior, parece-se muito com aqueles que O acompanhavam. . . Mesmo esses que diziam nEle crer e O seguem.


– Eu sou o pão da vida - exclamou Jesus - o que vem a mim jamais terá fome, e o que acredita em mim jamais terá sede. . .


Os circunstantes, em face dessa declaração robusta, sem eufemismos, entreolharam-se, duvidaram, não sabendo o que fazer.


Enquanto se alimentavam e sorriam, a vida lhes parecia tranquila, desde que houvesse quem os abarrotasse, a fim de que, sem preocupação nem esforço, pudessem banquetear-se sempre mais.


Tomar, porém, da charrua para conseguir a própria alimentação, mudava totalmente a paisagem do júbilo, que se tisnava ante as responsabilidades surgidas.


O esforço pessoal constitui sinal de valor moral, e o suor do sacrifício umedece a massa que prepara o pão da vida, que mata a fome em definitivo.


O ser inundado pelo ideal tem a sua sede de luz e de paz saciada através das conquistas valiosas das paisagens íntimas, antes sob tormentas desesperadoras.


O Mestre jamais negaceou, nunca se escusou.


Todas as suas asseverações foram claras, destituídas de disfarces ou ocultas em símbolos complexos.


Falando a linguagem de todos os tempos, a verdade, nunca se lhe notou dubiedade, insegurança.


Não havia promessas vãs nos seus discursos, nem alento para as atitudes frívolas. Inteiriço, sempre igual na proposta, na discussão e na conclusão, a sua era uma linguagem lapidar, inimitável, jamais superada.


O texto do passado tem sabor de atualidade, hoje apresentado.


Compadeceu-se do caído, mas não se apiedou do erro.


Apoiou o doente, no entanto verberou pela libertação da doença.


Amparou o pecador, todavia exprobrou o pecado.


Ajudou o vencido, porém conclamou-o ao soerguimento íntimo e à vitória sobre si mesmo.


Não acusou, não condenou, nem anuiu com o crime, a devassidão, a promiscuidade moral.


Pão da vida, Ele é saúde integral, alimento de sabor eterno.


Os galileus não poderiam, naquela época, entendê-lO.


O mesmo ocorre com os modernos fariseus que hoje O depreciam, que O subestimam e que, presunçosos, se esO condem nas catilinárias de palavras rebuscadas, em sofismas bem-urdidos, em falsas ciências, para não se transformarem moralmente, enquanto, jactanciosos, marcham para o tú-

mulo inexoravelmente, onde despertarão para a realidade. . .


Jesus é o pão da vida perene.


Aqueles que souberem alimentar-se dEle, nutrir-se-ão e viverão na paz de consciência e na realização espiritual.


João 6:22-40


jo 6:35
Luz do Mundo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

— Saiamos daqui!


As notícias da morte de João chegaram enriquecidas de detalhes...


Jesus tinha necessidade de orar e demorar-se em Soledade com o Pai.


A mensagem como grão de trigo feito luz se multiplicava, em farta sementeira por toda a parte.


Enfermos desenganados e espíritos marcados por fundas desilusões apressavam-se a buscá-Lo, depois de escutarem as narrativas empolgadas a Seu respeito.


Acorriam sob os panos sombrios das aflições e, ansiosos, O envolviam com as rogativas e lamentos lancinantes. Onde quer que se encontrasse, ao Seu lado estava a multidão de mutilados do corpo, da emoção, do espírito...


Infatigável Ele socorria com amor, abnegado, gentil. Suas mãos acionadas pela misericórdia e Seus lábios cantando ternura leniam todas as exulcerações e acenavam esperanças aos magotes numerosos, a se multiplicarem incessantemente.


— Saiamos daqui e atravessemos o mar, para a outra banda - falou o Senhor... (nota 2)


* * *

A missão dos Reformadores é toda aspereza; o sacerdócio do Amor se manifesta em rio de renúncias; a doação do Herói da Salvação se apresenta na oferenda da própria vida. Onde se encontram, aí estão as dores e as angústias, os desesperos e os desaires, rogando, aguardando, insaciáveis.


Era manhã de Abril.


A Primavera espoucava escarlate nas pétalas das anémonas em flor, o campo relvado em matizes brancos se salpicava de atrevidas madressilvas que sobressaíam e oscilavam no verde, ao sabor dos ventos leves, brincando a rés do chão. O céu azul e transparente parecia confraternizar com o mar tranquilo, aberto aos barcos de velas coloridas. Havia mesmo uma sinfonia discreta na manhã formada das onomatopeias generosas da Natureza.


A barca vence as distâncias deslizando com Simão ao comando. A festa dos júbilos sorri nos doze que estão acompanhando o Rabi na barca que entoa melodias nas vagas levemente encrespadas a se deixarem cortar...


A multidão, na praia, reflexiona, interroga e olha a barca movei no mar azul.


Alguém sugere a direção que segue a embarcação que conduze o amado Fugitivo.


Outrem opina que todos O sigam; surpreendê-Lo-ão adiante. Há uma alegria espontânea. A mole humana, volumosa, se movimenta. Muitos chegaram de longe e não podem perder a oportunidade.


O rumo é Bethsaida-Julíade, distante pouco menos de dez quilômetros: uma agradável marcha!


O povo se divide em grupos e canta; vence as distâncias; há que encurtar os caminhos e toma a ponte que atravessa o Jordão.


O dia espia em luz branda o movimento, a agitação.


Quando a barca alcança o ancoradouro da cidade a massa colorida, aguarda...


O Mestre contempla o poviléu.


Os olhos de todos n"Ele se cravam e falam sem palavras. Crianças choram e enfermos lamentam. Alguns sorriem, outros apenas O fitam e se enternecem...


O Rabi se comove.


Todos Lhe requerem o concurso.


As aflições humanas, densas, suplicam Sua compaixão e os homens são a Sua paixão.


Conquanto desejasse a soledade, ante os que sofrem, se compadece, sorri compassivo, generoso. Ele compreende aquelas dores, sente-as quase n"alma.


Apontou um cerro próximo e o galgou. As criaturas O seguiram. Em volta, a vegetação rasteira com giestas em flor e a larga paisagem sob um céu transparente.


Ele começou a falar e o verbo claro cai nas almas, blandicioso e reconfortante, iluminando consciências, clarificando os íntimos problemas dos espíritos inquietos.


A palavra fluente cala e a saúde lhe sai do amor na direção dos padecentes que se refazem em Sua presença, ao Seu contato.


O dia avança e a hora está adiantada. Carinhosamente os discípulos O advertem: Despeçamos a multidão para que as pessoas se possam alimentar, pois este é um lugar distante, deserto...


"Dai-lhes vós de comer" — redarguiu o Mestre.


Senhor — responderam os discípulos preocupados — mas todos têm fome e não poderíamos comprar-lhes pães suficientes. Se fôramos adquirir repasto, necessitaríamos de uns duzentos dinheiros para os não deixar totalmente esfaimados... São muitos os que aqui estamos.


Que temos? — inquiriu, tranquilo, Jesus.


Nada ou quase nada. Segundo me informaram, um homem trouxe cinco pães de cevada e dois peixes. Mas, que são?...


Trazei-os e mandai que o povo se sente em grupos.


Ali estavam quase cinco mil ouvintes e aflitos que se recobravam com o Seu hálito de transcendente poder.


Lá em baixo estavam o mar em espelho colossal, no rumo do oriente, mais ao longe a cidade ribeirinha e branca em claros e verdes: Cafarnaum; ao sul o casario de Magdala, avançando sobre as águas, nos outeiros, Tiberíade entre bosques espessos em construções de pedras; Corazim nas montanhas, encravada como uma rosa alvinitente.


As altas cordilheiras com a fímbria diluída no clarão do dia se destacam no cenário formoso.


Ergueu as mãos e orou em silêncio. O murmúrio do povo calou a boca da aflição.


Levemente pálido pareceu transfigurar-se. Tomou os pães e os peixes partiu-os e repartiu-os, ante os olhos atônitos dos mais próximos e estes se

"foram repartindo e multiplicando como semente, que fecundada, se desdobra em espigas ricas sob o milagre da terra, fazendo-se toda uma seara... (nota 3) Todos se acercam alegremente e cestos são apresentados; enchem-nos e repartem a messe com o povo que se nutre até ao enfartamento...


... E sobra o suficiente para encher mais alcofas com o que resta, excedente, abundoso. (nota 1 abaixo)


* * *

Salve, Rei de Israel! — grita uma voz.


Conduze-nos à conquista de Jerusalém! — clama outra. — Seguiremos contigo!


Aleluias explodem, espontâneas. Os discípulos exultam e O envolvem com inexcedível carinho, excessiva emotividade, numa ternura sem palavras, extravasante.


Os olhos do Mestre se nublam. Faz-se mais pálido e os lábios tremem como se sofresse uma dor surda, forte.


O ar acolhe a exaltação da massa convulsionada pelo espetáculo de há pouco e referta de alimento pelos Seus poderes.


Na febricidade geral, os companheiros percebem-No afastando-se, refugiando-se por detrás das sebes, nas sinuosidades das pedras.


Felipe O busca e chama:

— Deixa-me a sós. — Ele fala, triste; é uma ordem e uma súplica.


A multidão se dispersa, os discípulos descem o monte. O ar está morno. Eles retornam à barca e volvem a Cafarnaum...


... Lá O encontram.


* * *

"Eu sou o pão da Vida!


"Este pão não mata a fome.


"O pão que sou farta para todo o sempre...


"Credes porque vos alimentastes.


"O pão que vos possa dar nunca mais vos permitirá a fome. "

"Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque sobre Ele o Pai, que é, Deus imprimiu o seu selo.


"A obra de Deus é esta, que creais naquele que Ele enviou.


"Eu sou o pão da vida: o que vem a mim, de modo algum terá fome e o que crê em mim, nunca, jamais terá sede.


"Tudo o que o Pai me dá, virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora; porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade Daquele que me enviou.


"A vontade daquele que me enviou é esta: que eu nada perca de tudo o que Ele me tem dado...


"Pois esta é a vontade de meu Pai: que todo o que vê o Filho do Homem e Nele crê tenha a vida... "

Pão da vida!


Este pão — o de todo dia é transitório; — aquele que Ele dá é perene, suprime as necessidades, todas as necessidades...


O mundo O busca e os homens O querem, mas desejam este pão transitório do monte, não aquele, o da vida, que também foi oferecido no monte.


Este, o do estômago, sim, pedem e querem hoje os homens.


Aquele, o da vida — talvez, depois; não, não sabem quando o querem os homens.


Era abril, em festa de Primavera.


Ele é o Pão da Vida.


Em soledade com o Pai e a multidão.


A multidão na Primavera e o Pão da Vida em todas as Estações.


Nota 1: Santo Agostinho estudando a "Multiplicação dos pães", interrogava: "Quem é que alimenta o universo, senão Aquele que, dum punhado de sementes, faz nascer as searas?


O mesmo poder que, de alguns grãos, faz germinar o trigo, nas Suas mãos multiplica os pães. Porque o poder pertencia a Cristo, e esses cinco pães são como as sementes que não foram lançadas à terra, mas que foram multiplicadas por Aquele que fez até a própria terra. "

Nota 2: Mateus 14:13-21 Marcos 6:30-44 Lucas 9:10-17 João 6:1-14.


Nota 3: Vide "A Gênese", de Allan Kardec, Capítulo XV. Item 48 a 51. Optamos pelo estudo segundo a narração dos Evangelistas.


Nota 4: João 6:27-40.



Referências em Outras Obras


Huberto Rohden

jo 6:35
Nosso Mestre

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 81
Huberto Rohden
Disse Jesus que o pão que ele daria aos homens para alimento das suas almas era ele mesmo. Este pão vivo daria vida espiritual e vida eterna aos que o recebessem com fé.
"Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná, no deserto, porém, morreram.
Mas o pão que desce do céu é tal que quem dele comer não morre. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo".
Disputaram então entre si os judeus, dizendo: "Como pode este dar-nos a comer a sua carne?"
Ruínas da sinagoga de Cafarnaum, onde Jesus proferiu as memoráveis palavras: "O pão que eu darei é a minha carne..." (Capítulo 81)
Replicou-lhes Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu ressuscitarei no último dia; porque a minha carne é verdadeiro manjar, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue fica em mim e eu nele. Do mesmo modo que o Pai me enviou e como eu vivo pelo Pai, assim também viverá por mim quem me receber em alimento.
Este é o pão que desceu do céu; não é como o maná que vossos pais comeram, porém morreram. Quem come este pão viverá eternamente" (Jo. 6, 48-58)

CARLOS TORRES PASTORINO

jo 6:35
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 35
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 6:35-46


35. Falou-lhes Jesus: "Eu sou o Pão da Vida; o que vem a mim, de modo algum terá fome, e o que confia em mim nunca jamais terá sede.


36. Mas eu vos disse que vós até me vistes, e não confiais


37. Todo o que o Pai me dá, virá a mim; e o que vem a mim de modo, algum o lançarei fora


38. porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade de quem me enviou.


39. E esta é a vontade de quem me enviou: que todo o que ele me deu, eu não o separe dele, mas o eleve na etapa final.


40. Porque esta é a vontade do que me enviou: que todo o que contempla o filho e nele confia, tenha a vida imanente, e eu o elevarei na etapa final.


41. Os judeus então murmuravam dele, porque dissera:


42. "Eu sou o pão que desci do céu", e perguntavam: "este não é Jesus, o filho de José, cujos pai e mãe nós conhecemos? Como pois diz isto: "Desci do céu"?


43. Respondeu-lhes Jesus e disse: "Não murmureis uns com os outros",


44. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não atrair, e eu o elevarei na etapa final.


45. Está escrito nos profetas: "E serão todos instruídos por Deus"; todo o que ouviu do Pai e aprendeu, vem a mim.


#fonte 46. Não que alguém tenha visto o Pai, senão aquele que vem de Deus: esse viu o Pai".

35. "Eu sou o pão da vida", original: egô eimi ho árlos tês zôês, repetido no verso 48


36. "vós me viste", com o pronome objeto direto, segundo os manuscritos B, L, D, W, theta


37. "Todo o que". O sentido exige que se trate de criaturas humanas, especialmente por causa da continuação e do andamento do versículo: "Todo o que o Pai me dá virá a mim, e o (aquele que, no masculino singular, referindo-se pelo sentido a todo o que) vem a mim, não o lançarei fora". Ora, acontece que a primeira parte, pãn hó, está no acusativo neutro, que deveria ser traduzido por "tudo o que". O padre Max Zerwick, jesuíta ("Análysis Philológica Novi Testamenti Graeci", Roma, 1960, pág. 223) escreve: "neutro no lugar de masculino, talvez por influência do aramaico onde kol de, "a totalidade que", não distingue nem o gênero nem o número". A mesma expressão é usada no vers. 39, também no neutro em lugar do masculino. E encontramos a mesma construção de neutro pelo masculino em JO 3:6:5. 39; 17:2,24 e 1 JO 5:4.


38. Aqui é dito "eu desci do céu" (katabébêka ek toú ouranqú) com o mesmo verbo empregado no vers. 33: "o pão de Deus que desce do céu" (ho ártos toú theoú katabainôn ek toú ouranoú). Esse verbo é repetido nos vers. 42, 50. 51 e 58 deste trecho.


39. A expressão mê apolésô ex autoú é mais fielmente traduzida por "eu não separe dele", em vez de" eu não perca dele". Assim também allá anastêsô autó (acusativo neutro) "mas o eleve", ou seja, o levante, o melhore; en têi eschátêi hêmérai, vulgarmente traduzido à letra "no último dia". No entanto, preferimos dar o sentido exato da expressão em linguagem moderna: "na etapa final", "na última etapa", pois sabemos que a palavra "dia" designava qualquer espaço de tempo (cfr. no Gênese, os "dias" da criação), que nós hoje melhor designamos com a palavra "etapa", "ciclo", etc.


Essa expressão volta nos vers. 40, 44, 54.


40. "Contemplar" é o sentido mais preciso de theóréó aqui empregado. Não se trata mais do verbo hor áô (ver), empregado no vers. 36. Enquanto este designa a visão física, o primeiro apresenta também o sentido de visão intelectual (de união contemplativa com aquilo que é contemplado, que é objeto de compreensão).


41. Os "judeus", estamos em Cafarnaum; portanto esses israelitas não eram propriamente "judeus" (da tribo de Judá), mas "galileus", embora obedientes ao judaísmo oficial. "Murmuravam" (egógguzon) não tem sentido pejorativo, exprimindo mais o murmúrio da surpresa.


42. "Filho de José" - é a única vez que aparece, no Evangelho de João, uma referência ao pai carnal de Jesus.


44. "Se o Pai o não atrair", traduz eán mê ho pátêr helkusêi autón. O verbo hélkô (cfr. latim veho) exprime mais propriamente "puxar arrastando", para si um objeto pesado.


45. "Instruídos por Deus", em grego didáktoi theoú, particípio passado com seu agente da passiva em genitivo; "todo o que ouviu (particípio aoristo de akoúô) e aprendeu" (particípio aoristo 2. º de manthánô) exprimem uma ação atemporal. O texto citado é do profeta IS 54:13.


46. O versículo diz, em última análise: só quem vem de Deus é que pode "ver" o Pai.




35. O Mestre não se preocupa, em absoluto, em responder às palavra dos ouvintes. A exposição, aprofundando cada vez mais o tema, prossegue numa lição que, se não for aproveitada pelos presentes, se-lo-á pelos futuros.


Neste ponto, a personalidade humana de Jesus desaparece, aniquila-se: quem toma a palavra através da boca de Jesus é o CRISTO CÓSMICO, que por essa personalidade podia manifestar-se em sua plenitude ("porque Nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade", CL 2:9), já que a personalidade, o Espírito de Jesus, se anulara totalmente pela humildade ("pois Jesus, subsistindo em forma de Deus, não julgou usurpação ser como Deus, mas esvaziou-se, tendo tomado a aparência de escravo, tornando-se semelhante aos homens e achando-se na condição de homem; humilhou-se, tornando-se obediente até a morte, morte de Cruz", FP 2:6-8).


Quando o Cristo Cósmico começa a falar através de Jesus, o tom da aula assume maior profundidade, as verdades tornam-se incisivas, "fala como quem tem autoridade" (MT 7:29), e o discurso passa a ser feito na primeira pessoa: "EU SOU o Pão da Vida". Abramos os ouvidos de nosso coração para aprender a maravilhosa lição que nos é dada diretamente pelo CRISTO, que também em nós habita; mas estamos ainda tão retardados em nossa evolução, que queremos que Seus ensinamentos passem pelo nosso intelecto, e com isso distorcemos Seu ensino. Aproveitemos, então, ao máximo, o que Ele nos diz através de Jesus. EU SOU o Pão da Vida: era a Substância Divina, que existe em todas as coisas, mas que, encontrando um intérprete à altura, podia manifestar-se através Dele, exteriorizandose e revelando-se às personalidades múltiplas ali presentes.


O eco de Sua Voz sublime deveria ressoar em todos, no auditório, como em nós deve ecoar, porque o Cristo Cósmico é o mesmo, é UM SÓ, que em todos e em cada um habita com Sua plenitude ("Há um só Espírito, uma só carne, um só Deus e Pai", EF 4:4-5) e CRISTO está todo inteiro em cada um de nós (sicut ánima est tota in toto córpore et tota in quálibet parte córporis, (Agostinho, De Trinitate, 6:6) ita Deus TOTUS est in ómnibus et IN SÍNGULIS, (Summa Theológica, I, q. 8, art. 2, ad tertium), ou seja: "Assim como a alma está TODA em todo o corpo e em cada parte do corpo, assim Deus TODO está em TODOS e EM CADA UM").


Diz o Cristo: "Eu sou o Pão da Vida", isto é, o sustento da vida, a base da vida, a Centelha da Vida, a substância da vida. E acrescenta "quem vem a mim (quem se liga a mim, ao Cristo Cósmico) jamais voltará a ter fome", porque estará saciado para sempre; e "todo aquele que confia em mim, jamais terá sede". Realmente, uma vez "encontrada a pérola de grande valor", ou "descoberto o tesouro enterrado" nunca mais a criatura buscará ansiosamente (com fome a sede) as "comidas e bebidas" da matéria, os prazeres, a glória, a comodidade, e tantas outras vacuidades que só satisfazem aos sentidos e às personalidades, mas são todos transitórios e perecíveis.


36. Aparece a seguir uma frase que parece interromper a sequência da lição, e que muitos intérpretes comentam como um parênteses. No entanto, compreendêmo-la como mais uma evidência, dirigida àqueles Espíritos que já perceberam alguma coisa da Realidade Espiritual, aos que já tinham conhecimento desse ensino, embora ainda não confiem, na prática, plenamente; e diante de qualquer atropelo da vida, se emocionam, perturbam, descontrolam e preocupam. Diz o Cristo: "mas eu vos disse que até me vistes, e não confiais em mim": ou seja, até mesmo tendo tido rápidos Encontros, percepções da Grande Presença, não obstante ainda não confiam; mesmo depois de alguns "mergulhos" na Consciência Cósmica, assim mesmo ainda temem diante das contingências humanas... Falta de confiança em Cristo que em nós habita!


37. Depois, amplia mais a visão, explicando porque temos todos que unir-nos ao Cristo: pertencemos a Ele. E diz, esclarecendo a origem dessa posse, para que não pairem dúvidas: "todo o que o Pai me dá, vem a mim".


Eis a razão: o Pai nos doou ao Cristo; ou melhor, o Pai (o AMANTE) tornou-se o Filho (o AMADO, o Cristo) e ambos são um só ("Eu e o Pai somos um", JO 10:30) e "tudo quanto o Pai tem, pertence ao Cristo" (cfr. JO 16:15). Com efeito, sendo o Cristo a própria substância mais íntima de todas as coisas, possui tudo o que existe, já que as formas externas apenas revestem a substância íntima; e então tudo o que existe irá fatalmente a Ele no final da evolução. E todos os que a Ele forem, buscando-

O no âmago de seus corações, impulsionados pelo Pai (ou "atraídos" ou "arrastados" pelo Pai), esses jamais serão rejeitados pelo Cristo; todos os que O procuram, serão por Ele acolhidos carinhosamente.


Todos os que, por qualquer meio, Nele confiarem com ardor e se lançarem no "mergulho interno", serão atendidos, sem exceção: a ninguém o Cristo rejeitará, ninguém ficará decepcionado, desde que se voltem para Ele. A questão é usar a técnica correta e os meios certos.


38. E isso porque o Cristo "desceu do céu", ou seja, baixou suas vibrações do Estado de Luz Incriada (Espírito Santo, Brahma) ao plano do SOM (Verbo, Pai) e a seguir baixou mais ao plano das vibra ções individuadas (Mônadas) e desse plano baixou mais ao estado de energia, e daí desceu mais ainda sua frequência ao estado da matéria densa; tudo isso, não para realizar a Sua vontade (do Cristo, do Filho, do Amado, terceiro aspecto da Divindade), mas para obedecer à vontade do Verbo Criador, o Pai, o segundo aspecto trinitário, o SOM da Luz Incriada que é o Deus Único e absoluto, o Foco de Luz inextinguível, que é o Amor.


O AMOR é o absoluto (LUZ), que se manifesta em SOM no AMANTE, o Pai (também chamado Verbo ou Lagos, por ser SOM), o qual quis manifestar-se para produzir o objeto de Seu Amor, o AMADO, que é o Filho ou Cristo Cósmico, terceiro aspecto divino. O Cristo Cósmico espalhou-se e multiplicouse, sem dividir-se, individualizando-se nas coisas criadas. Então Este, o Cristo, não desceu "do céu", de Suas altíssimas vibrações, senão para fazer a vontade do Amante, do Pai.


39. Mas qual será a vontade do Pai, desse Amante, desse Verbo (SOM ou Palavra)? O Cristo a revela claramente: "A vontade de Quem me enviou é que Eu (o Cristo) não separe Dele (do Pai) nenhum daqueles que me foram lados mas, ao contrário novamente os eleve à mesma vibração primitiva na etapa final da evolução".


Evidentemente tudo isso devia ser ensinado naquela época e naquele ambiente com palavras e compara ções materiais, ao alcance de mentalidades ainda cruas (cfr. JO 16:12); palavras que só poderão ser plena e profundamente compreendidas "quando vier o Espírito Verdadeiro que nos guiará à Verdade total" (JO 16:13), ou seja, quando o Espírito contemplar o Pai no Encontro Místico, na Unifica ção total com a Centelha Divina que é nosso Eu Profundo.


Esse, então, o sentido geral da evolução, de que está encarregado o Cristo, o Amado: descer até a matéria ("descer do céu") e, de dentro dela, fazê-la evoluir através dos "reinos" mineral, vegetal, animal, hominal, até chegar ao "reino dos céus" ou "reino de Deus", que é a perfeição primitiva da Fonte de onde emergiu, ao Pai que lhe deu origem, ao Som que a produziu, à Luz de que constitui uma Centelha.


Isto Paulo compreendeu, quando escreveu, narrando a descida da Mônada e Sua subida, sua involução ao "Antissistema" e a nova ascensão ao "Sistema" (Pietro Ubaldi): "A graça foi concedida a cada um de nós (a Centelha Divina habita em cada um) segundo a proporção do dom de Cristo (segundo a própria capacidade de manifestá-Lo). Por isso diz: quando Ele (Cristo) subiu às alturas, levou cativo o cativeiro (levou consigo o Espírito Individualizado e evoluído, que mantinha cativa a Centelha) e concedeu dons aos homens (e gratificou-os com imensas e inesgotáveis oportunidades de evoluir).


Ora, continua o Apóstolo, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até as regiões inferiores da Terra (ou seja: se o Cristo se elevou às alturas, é sinal de que havia anteriormente descido até a matéria densa, que constitui a região inferior da Terra)". E então repete, esclarecendo: "Aquele que desceu é também O MESMO que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas" (o Cristo glorificado é a mesma humilde Mônada que percorre todos os degraus evolutivos, e agora, novamente em Sua plena potência, enche todas as coisas). E essa subida evolutiva de cada Mônada tem justamente esse objetivo: "até que todos (todos, sem exceção) cheguemos à unidade da confiança e do total conhecimento do Filho de Deus, ao estado de Homem Perfeito, à medida da evolução plena do Cristo" (EF 4:7-10 e EF 4:13).


40. E, repetindo didaticamente o mesmo conceito, diz com outras palavras: "esta é a vontade de Quem me enviou (do Pai, Verbo ou Som), que todo o que contempla o Filho - ou seja, todo o que, pela contemplação se une ao Filho, (ao Cristo, ao Amado, que é a Centelha divina) - e Nele plenamente confia (e a Ele totalmente se entrega) esse, quem quer que seja, "terá a Vida Imanente", a Vida Divina que, qual Fonte inesgotável de Água Viva (cfr. JO 4:14) jorrará de dentro dele perenemente como Vida Imanente. E essa criatura que tiver conquistado esse grau evolutivo supremo, será elevado ao plano espiritual da vibração da Luz, na etapa final do ciclo de sua evolução.


As afirmativas a respeito da VIA CONTEMPLATIVA começa a desenvolver-se, para chegar à exposição clara da VIA UNITIVA (são termos da Teologia Mística...) que será esplanada logo a seguir, a partir do vers. 47. Então, concluindo o arrazoado, temos que a vontade do Pai é que todos (sem exceção) cheguem à fase da contemplação mística, tendendo para a união completa.


41. Novamente, em vez de dizer "galileus", João emprega o gentílico "Judeus", e com razão: sabemos que "Galileia" significa o Jardim Fechado em que vivem aqueles que já penetraram a Individualidade; ao passo que "judeus" são os "adoradores de Deus" seres já religiosos, mas que ainda não compreendem o "mergulho interno", e toda a devoção deles é externa. Realmente, observamos que a objeção apresentada prende-se à personalidade.


42. Não podem eles entender o Espírito, o Cristo Interno; pois até o próprio Deus, o Absoluto, afirmam ser uma "pessoa" ... Confundem o Cristo (individualidade) com a personalidade exterior de Jesus que eles estão vendo. E perguntam como pode ter essa personalidade "descido do céu", se eles lhe conhecem o pai e a mãe... É total a falta de compreensão; absoluta a ausência de penetra ção da Verdade, tão claramente ensinada.


43. O Cristo não gasta Seu tempo em explicar. Eles não estavam maduros para a lição e o demonstraram cabalmente (vers. 66) logo após a segunda parte da aula, que foi ainda mais profunda (e chocante!) que a primeira. Sempre alguns haveriam de aproveitar (e dos doze, alguns o compreenderam) e aquela oportunidade não seria perdida. Limita-se, então, nosso único Mestre (cfr. MT 23:10) a recomendar: "não murmureis entre vós"!


44. E prossegue no mesmo tom, ainda mais ampliando o ensino sobre a Via Contemplativa: "Só pode vir a mim (ao Cristo Interno que falava pela toca de Jesus) quem for atraído (ou "arrastado") pelo Pai". E a conclusão é a mesma: "eu o elevarei na etapa final".


A respeito dessa "atração" que o Pai exerce, atração do Amante que atrai a Si todos os Amados, de dentro de cada um, arrastando-os a evoluir, Agostinho escreveu bela explicação, demonstrando que não se trata de uma atração "forçada", mas de um "arrastar de amor". Eis suas lindas palavras: Noli te cogitare invítum tráhi: tráhitur ánimus et amore... Porro si poetae âírere licuit "trahit sua quemque voluptas" (Verg. Ecl. 2,65), non necéssitas, sed voluptas; non obligatio, sed delectatio; quanto fortius nos dicere debemus trahi hóminem ad Christum qui delectatur veritate, delectatur beatitudine, delecSABEDORIA DO EVANGELHO tatur justitia, delectatur sempiterna vita, quod totum Christus est? Videte quómodo trahit Páter: docendo delectat, non necessitatem imponendo. Ecce quómodo trahit (Patrol. Latina, vol. 35, col. 1608).


Traduzindo: "Não penses que és arrastado contra a vontade: o espírito é arrastado também por amor

... Por isso pode o poeta escrever "cada um é arrastado por seu prazer"; não a necessidade, mas o prazer; não a obrigação, mas o deleite: quanto mais devemos dizer que o homem é arrastado para o Cristo que se deleita na verdade, que se deleita na felicidade, que se deleita na justiça, que se deleita na vida perene, o que tudo é o Cristo? Observai como o Pai arrasta: deleita ensinando, não impondo a necessidade. Eis como arrasta".


Realmente, se o primeiro passo tem que ser dado pelo livre-arbítrio da criatura, esta todavia só o dará quando for atraída ou arrastada pelo desejo, pela vontade, pela ânsia interior de encontrar a felicidade. E quem desperta na criatura a sede incontrolável de felicidade, inata em todas as criaturas, é precisamente o Pai, o AMANTE, que atrai o AMADO.


Por isso vemos que no início da evolução, sentindo-se atraída por um Amante, a criatura corre atrás de tudo o que lhe cai sob os sentidos, enganada de objetivo, crente de que a felicidade que a atrai e arrasta são as riquezas materiais, são os prazeres físicos, são as sensações exóticas, são as emoções violentas, é a glória dos aplausos, é a cultura que a incha de orgulho, e até é a religião ritual que a eleva pela autoridade aos olhos das multidões e dos "reis". E após errar séculos e séculos em busca dessas ilusões, sente em cada uma delas o travo amargo da decepção, do vazio, da solidão... Até que um dia, depois de lições práticas e de experiências de dor, percebe que a atração não vem de nada que esteja foca dela: é de dentro, é do AMANTE que a chama com "gemidos inenarráveis" (cfr. Rom.


8:26) para Si, para a felicidade total: qual maior felicidade, para o Amado, que unificar-se ao Amante, no Amor?


45. Falando a conhecedores das Escrituras, o Cristo aduz como testemunho de autoridade a palavra de Isaias: "Todos (sem exceção) serão instruídos por Deus". Observemos a profundidade da interpreta ção que é dada à frase pelo Cristo: Deus está dentro de todos, "com Sua essência" (Tomás de Aquino), e daí, do mais íntimo de cada ser, instrui a todos através de Suas manifestações: o Pai (o Amante, o Verbo ou Som) e o Filho (o Amado, o Cristo Interno que, dentro de cada um, constitui o Eu Profundo de cada criatura). Deus instrui a todos, mostrando o caminho certo, por meio das experiências bem sucedidas ou fracassadas, até que descubramos por nós mesmos que todos os caminhos que não levam ao interior, ao Cristo, são falsos, e que o único "caminho da Verdade e da Vida é o Cristo, e só por Ele chegaremos ao Pai" (cfr. JO 14:6). Instruídos todos por Deus, que pacientemente nos espera a volta como o pai esperou o "filho pródigo" (cfr. LC 15:11-32), acabamos atinando com o rumo verdadeiro que é para dentro de nós mesmos, através do "mergulho" no Infinito e Eterno Cristo, o Amado.


46. No final desta primeira parte da aula, vem um esclarecimento indispensável para esta Via Contemplativa.


Não imaginemos que havemos de ver o Pai com os olhos da matéria, nem mesmo com os do astral ou do mental: "Ninguém viu o Pai". Invisível como pessoa, como figura, porque é a Força Mental, é o Amante concreto mas de tão subtil vibração, que não pode ser percebido pela visão, por mais extensa que seja a gama da capacidade visual em qualquer plano; é inaudível pelos ouvidos mais apurados, porque é o SOM (o Verbo) Criador de todas as vibrações altíssimas plasmadoras dos universos, mas está infinitamente acima de qualquer escala de vibrações sonoras que possamos imaginar. Poderíamos compará-la à nossa inteligência que, apesar de pequenina, não pode ser vista, nem ouvida diretamente, mas apenas percebida pela própria inteligência em si mesma, através de seus efeitos. Por isso o Cristo usa aqui o verbo horáô, "ver" (e não theoréô," contemplar"). Daí a conclusão dada: "só aquele que vem de Deus, vê o Pai". Ou seja, o única plano da criatura que pode "ver" o Pai, é o que provém Dele: é a Centelha Divina que veio "de perto de Deus" (òn parà toú theoú), porque é um reflexo Dele, e que constitui exatamente nosso Eu profundo, o Cristo Interno. Só esse pode "ver" o Pai, pode contemplá-lo no Encontro Místico, quando mergulha na Luz Incriada. Só o Cristo Interno, o AMADO, pode unificar-se ao Pai, o AMANTE, mergulhando no Espírito (o Santo), que é o AMOR.


Todos os grandes místicos concordam com este ponto de vista, embora jamais tenha interpretado este trecho evangélico como uma lição a esse respeito. Longa seria a citação. Mas pode ser obtido um bom resumo do que dizem no capítulo 4. º (The Ilumination of the Self, pág. 232 a 265) e no capítulo 7. º("Introversion: Contemplation", pág: 328 a 387 da obra MYSTICISM, da autoria de Evelyn Undershill (The Noonday Press, New York, 1955).


jo 6:35
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 17
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 12:44-50


44. Jesus, pois, clamou e disse: "Quem me tem fidelidade, não é a mim que a tem, mas a quem me enviou,

45. e quem me contempla, contempla aquele que me enviou.

46. Eu, a Luz, vim ao mundo para que todo o que me tem fidelidade não permaneça nas trevas.

47. E se alguém me ouvir as palavras e não as praticar, eu não o julgo, porque não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo.

48. Quem me põe de lado e não recebe minhas palavras tem seu julgador; o Logos que falei o julgará,

49. porque não falei por mim mesmo, mas o Pai que me enviou deu ordem do que preceituo e do que falo,

50. e sei que sua ordem é vida imanente. O que falo, pois, falo como o Pai me disse". 36b Jesus disse estas coisas e, indo, ocultou-se deles.



Conforme pode verificar-se, colocamos os versículos 44-50 antes de 37-43 o que também é feito por Bernard - "Gospel according to St. John" (Edinburg, 1928) - Isso, porque constituem, na realidade, uma continuação das palavras que dirigiu aos gregos. Segundo esse autor, aliás, deveríamos colocar o vers. 36 b depois do 50, como fizemos neste capítulo.


Nestes versículos é salientada, mais uma vez, a necessidade de manter fidelidade de sintonia com o Cristo, conforme fora dito e repisado em várias oportunidades (cfr. JO 3:15; JO 6:29, JO 6:35, JO 6:40, JO 6:47; 8:24,

45, 46, 9:35; 10:37-38; 11:25-26).


Reafirma que foi enviado pelo Pai e que aceitá-Lo é aceitar o Pai, ou seja, o Ancião dos Dias (cfr. 3:11; 5:36ss; 7:16-18, 28; 8:19, 26, 38, 42 e 47) porque Sua união é tão íntima que chega a ser real unificação com o Pai (cfr. 5:18 ss; 8:19; 10:30, 38 etc.) .


Quanto à tradução dos termos, aqui ainda encontramos krínô, que pode ser "julgar" ou "discriminar" (cfr. vol. 3). Recordemos que o sentido preciso e técnico desse verbo é "peneirar" ou "passar pelo crivo", ou "joeirar", atos todos que eram realizados na vida agrícola de então para separar o trigo da palha, guardando-se o primeiro nos depósitos e queimando-se a segunda.


Aí temos, também, o verbo athetéô, com o sentido de "pôr de lado". As traduções vulgares o interpretam como "desprezar". Vemos nele, salvo erro, o oposto de homologéô (cfr. vol. 5). Parece-nos que, assim como homologéô é "sintonizar" (e não apenas "confessar"), assim athetéô é "dissintonizar", isto é, "pôr de lado" a estação emissora.


Outra consideração básica refere-se ao "Pai que envia". Na crença de um deus antropomórfico, podemos atribuir esse envio comissionado por esse deus. Mas, na realidade, sendo Deus o Absoluto, a Inteligência Onipotente, Onipresente e Onisciente - e não uma "pessoa" - Sua manifestação é intrínseca, no âmago mais profundo de cada criatura, podendo alguém dizer-se "impelido" por Deus, "inspirado por Deus, ou qualquer outro sinônimo, mas não "enviado". Quem envia, fica, e manda alguém: há, pois, uma separação. Se vai junto, se acompanha, não há "envio". Ora, quem jamais pode dizer-se "separado" de Deus, se Deus é a essência última de todas as coisas, se está "dentro de todos" (EF 4:6) e "den tro de tudo" (1CO 15:28)? Como poderia "enviar", se está junto, intimamente unido, constituindo a Vida e o Sustento de Suas criaturas?


Evidente que quem envia, fica, e manda alguém. Então, Esse que ficou e mandou, foi O Pai, a quem as Escrituras chamam o "Ancião dos Dias" (cfr. DN 7:9, DN 7:13, DN 7:22) e também Melquisedec (cfr. GN 14:18; SL 109:4; HB 5:6, HB 5:10; 6:20; 7:1, 10, 11, 15 e 17; veja atrás).


De todo este contexto, ("o Pai deu ordem do que preceituo e do que falo" e "o que falo, falo como o Pai me disse") se depreende a dualidade personativa, apesar da unicidade individual. E de muitos outros textos se apreende o mesmo (veja vol. 6).


Fidelidade é SINTONIA. Se alguém sintoniza fielmente com o Cristo interno, automaticamente está sintonizado com o Pai - Melquisedec, "Deus" do planeta - que enviou o Messias. E se alguém sintoniza com o Cristo cósmico, fonte incriada, individuada no Cristo interno, automaticamente está sintonizado com o PAI ou VERBO, com o SOM cósmico ou Palavra Criadora que, sendo Palavra, cria, preceitua e sustenta Suas criações.


Da mesma forma, quem consegue contemplar o Cristo, atinge em sua contemplação a Força suprema que O enviou. Anotemos que aqui não se trata de "ver" com os olhos físicos (tradução das edições vulgares) a personagem terrena encarnada, e sim de "contemplar", na verdadeira contemplação mística, com os olhos do Espírito: o verbo empregado não é eídô, "ver", mas theôréô, que tem o sentido específico de "consultar um oráculo", isto é, atingir ou ver, pela contemplação mística, a vontade espiritual (cfr. Liddell

& Scott, 1966, pág, 796).


Nessa contemplação atingimos a LUZ: "Eu, a LUZ (o Cristo), vim ao mundo (exteriorizado em Jesus) para que todos os que comigo sintonizarem, possam receber e refletir essa Luz, fazendo-a luz própria, a fim de não permanecerem nas trevas". Basta a fidelidade de, sintonia, para que a Luz permaneça em nós, tal como basta a fidelidade de sintonia do aparelho de rádio ou de televisão, para que eles recebam, com perfeição, as estações emissoras.


Sendo idêntica a sintonia entre Pai e Filho, entre o Produtor do Som (Verbo) e o Som produzido (Cristo), quem sintoniza com um, obtém a sintonia com o outro; quem contempla um, contempla o outro; quem ouve (akoúô) um, ouve o outro.


No entanto, não cabe ao Cristo o julgamento ou discriminação ou triagem (cfr. vol. 3) de ninguém, por estar ou não vivendo os ensinos trazidos. A missão do Cristo é libertar ou salvar o mundo de sua prisão na matéria, e não de verificar quem age desta ou daquela maneira. Sua missão é impelir e compelir as criaturas à evolução, ajudando-as a obter a perfeita sintonia. Quem não no consegue, arca com as consequências. Tanto assim que, quem "põe de lado" o Cristo, isto é, quem não consegue a sintonia (athetéô), será discriminado e julgado pelo próprio Verbo ou Pai.


Não teremos, porém, um Pai "pessoal", sentado em trono dourado, a pesar as almas numa balança: o julgamento será por sintonia. Quem não estiver com seu Espírito em sintonia com o Cristo (e com o Pai), não Lhe, poderá receber a irradiação. Assim um aparelho de rádio ou de televisão que esteja sintonizado fora da onda da estação transmissora não lhe recebe, os sons e a imagem, sendo ipso facto "julgado" ou "discriminado" pela própria estação transmissora. As ondas emitidas continuam a passar pelo aparelho, mas não são captadas por culpa do aparelho receptor que ficou "fora da estação": então, o julgamento ou discriminação é feito automaticamente pelo próprio Verbo, pelo próprio ensino que não foi vivido. Quem "me põe do lado", quem não sintoniza comigo, já está julgado pelas próprias obras: não recebe a luz, embora a luz esteja a vibrar intensamente no ambiente em que está o aparelho.


Tudo o que nos é transmitido pelo Cristo vem do Pai, que determina os preceitos a serem dados. E Sua ordem é vida imanente, ou seja, é vida íntima, proveniente do âmago mais profundo de cada ser, donde provém a vida divina que em nós palpita, transformando-se e exteriorizando-se através dos veículos físicos.


Como vemos, trata-se de um prosseguimento das palavras reveladas aos gregos que procuraram o Mestre em Jerusalém. E as explicações estão conformes aos ensinos ministrados nas Escolas Iniciáticas gregas, de que são usados os próprios termos: pisteúô, theóréô, akoúô, rhêma distinguido de lógos, krínô, etc.


jo 6:35
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 3
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 15:1-17


1. "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor.

2. Todo ramo, em mim, não dando fruto, ele o tira; e todo o que produz fruto, purifica-o para que produza mais fruto.

3. Vós já estais purificados, por meio do Logos que vos revelei.

4. Permanecei em mim e eu em vós. Como o ramo não pode produzir fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim não podeis vós, se não permaneceis em mim.

5. Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto, porque sem mim não podeis fazer nada.

6. Se alguém não permanece em mim, foi lançado fora como o ramo, e seca, e esses ramos são ajuntados e jogados ao fogo e queimam.

7. Se permaneceis em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos acontecerá.

8. Nisso se transubstancia meu Pai, para que produzais muito fruto e vos torneis meus discípulos.

9. Como o Pai me amou, assim eu vos amei: permanecei em meu amor.

10. Se executais meus mandamentos, permaneceis no meu amor, assim como executei os mandamentos de meu Pai e permaneço no amor dele.

11. Isso vos disse, para que minha alegria esteja em vós e vossa alegria se plenifique.

12. Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros assim como eu vos amei.

13. Ninguém tem maior amor que este, para que alguém ponha sua alma sobre seus amigos.

14. Vós sois meus amigos se fazeis o que vos ordeno.

15. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o senhor dele; a vós, porém, chamei amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai, vos fiz conhecer.

16. Não vós me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos pus, para que vades e produzais frutos e vosso fruto permaneça, a fim de que o Pai vos dê aquilo que lhe pedirdes em meu nome.

17. Isso vos ordeno: que vos ameis uns aos outros".



Entramos com os capítulos 16 e 17, antes de apresentar os versículos 27 a 31 do capítulo 15, pois essa distribuição de matéria satisfaz à crítica interna plenamente e à sequência das palavras. Com efeito, logo após dizer: "Levantemo-nos, vamos daqui" (14:31) João prossegue: "Tendo dito isso, Jesus saiu com Seus discípulos", etc. (18:1). Não se compreenderia que, após aquela frase de fecho, ainda fossem proferidos 86 versículos.


Alguns comentadores (Maldonado, Shanz, Calmes, Knabenbauer, Tillmann) opinam que, após a despedida e a ordem de saída, ainda permaneceu o Mestre no Cenáculo, de pé, a conversar com os discípulos.


Outros (Godet, Fillion, Wescott, Sweet) julgam que todo o trecho (inclusive a prece do cap. 17?) foi proferido durante o trajeto para o monte das Oliveiras.


Um terceiro grupo (Spitta, Moffat, Bernard) propõe a seguinte ordem:
cap. 13- 1 a 31a
cap. 15- todo
cap. 16- todo
cap. 13- 31b a 38
cap. 14- 1 a 31
cap. 17- todo

Essa ordem não satisfaz, pois a prece não cabe depois da palavra de ordem da saída.


Outros há (Lepin, Durand, Lagrange, Lebretton, Huby) que sugerem que os capítulos 15 e 16 (por que não o 17?) foram acrescentados muito depois pelo evangelista.


Nem a ordem original, nem as quatro propostas, nos satisfazem. O hábito diuturno com os códices dos autores clássicos profanos revela-nos que, no primitivo códice de João, com o constante manuseio, pode ter saído de seu lugar uma folha solta, contendo 5 versículos (27 a 31), que foi colocada, por engano,

17 folhas antes, pois 17 folhas de 5 versículos perfazem exatamente 85 versículos. O engano tornou-se bem fácil, de vez que o versículo último do cap. 17, é o 26. º, assim como é o 26. º o último do cap. 14. Tendo em mãos os vers. 27 a 31, ao invés de colocar a folha no fim do cap. 17, esta foi inserida erradamente no fim do cap. 14.


"Mas - objetarão - naquela época o Novo Testamento não estava subdividido em versículos"! Lógico que nossa hipótese não é fundamentada na "numeração" dos versículos. Pois embora os unciais B (Vaticano 1209) do século 4. º e o CSI (Zacynthius) do 6. º já tenham divisões em seções, que eram denominadas
иεφάλαια ("Capítulos") maiores, com seus τίτλοι (títulos) menores; em Amônio (cerca de 220 A. D.) em sua concordância dos quatro Evangelhos os tenha dividido também em seções (chamadas ora perícopae, ora lectiones, ora cánones, ora capítula) e essas fossem bastante numerosas (Mateus tinha 355; MC 235; LC 343 e JO 232); embora Eusébio de Cesareia tenha completado o trabalho de Amônio em 340 mais ou menos (cfr. Patrol. Graeca vol. 22, col. 1277 a 1299); no entanto, a divisão atual em capítulos foi executada pela primeira vez pelo Cardeal Estêvão Langton (+ 1288) e melhorada em 1240 pelo Cardeal Hugo de Saint-Cher; mas os versículos só foram colocados, ainda na margem, pelo impressor Roberto Estienne, na edição greco-latina do Novo Testamento em 1555; e Teodoro de Beza, na edição de 1565, os introduziu no próprio texto.
Acontece, porém, que a numeração dos versículos nos ajuda a calcular o número de linhas de cada folha. E existe um testemunho insuspeito que, apesar de sozinho, nos vem apoiar a hipótese. Trata-se do papiro 66, do 29 século, possívelmente primeira cópia do manuscrito original no qual, segundo nossa hipótese, já se teria dado a colocação errada da folha já muito manuseada. Ora, ocorre que nesse papiro, atualmente na Biblioteca de Genebra, Cologny, sob a indicação P. Bodmer II, nós encontramos o Evangelho de João em dois blocos:
1. º) o que vai de JO 1:1 até 14:26;
2. º) o que vai de JO 14:27 até 21:25.

Conforme vemos, exatamente nesse ponto, entre os versículos 26 e 27 do capítulo 14, ocorre algo de anormal, a ponto de ter estabelecido dúvida na mente do copista, que resolveu assinalá-la na cópia: era a folha que devia estar no final do cap. 17 e que caíra de lá, tendo sido colocada, por engano, no final do cap. 14.


Em vista desses dados que, a nosso espírito, se afiguraram como perfeitamente possíveis, intimamente afastamos qualquer hesitação, e apresentamos a ordem modificada.


* * *

Interessante notar-se que, nestes capítulos (14 a 17) algumas palavras são insistentemente repetidas, como άγάπη (amor) quatro vezes; иαρπός (fruto) oito vezes; e µήνω (habitar ou permanecer morando) onze vezes.

No cap. 14 firma-se a ideia da fidelidade em relação aos mandamentos; no 15, salienta-se a ideia da perfeita união e da absoluta unificação da personagem com o Eu e, em consequência, com o Cristo interno; a seguir, é chamada nossa atenção para o ódio, que todo o que se uniu ao Cristo, no Sistema, receberia da parte das personagens do Antissistema.


Não se esqueça, o leitor, de comparar este trecho com o ensino sobre o "Pão Vivo", em JO 6:27-56 (cfr. vol. 3) e sobre a Transubstanciação (vol. 7).


* * *

No Antigo Testamento, a vinha é citada algumas vezes como o protótipo de Israel (cfr. IS 5:1; JR 2:21; EZ 15:1ss e 19:10ss; SL 80:8-13).


Nos Sinópticos aparece a vinha em parábolas (cfr. MT 20:1-16 e MT 21:33-46) e também temos o vinho na ceia de ação de graças (cfr. MT 26:29; MC 14:21 e LC 22:18).


Nos comentários desses trechos salientamos que o vinho simboliza a Sabedoria; e ainda no vol. 6 e no 7 mostramos que Noé, inebriado de Sabedoria, alcançou o conhecimento total e desnudou-se de tudo o que era externo, terreno ou não, de tal forma que sua sabedoria ficou patente aos olhos de todos. Não tendo capacidade, por involução (por ser o mais moço, isto é, o menos evoluído) de compreende-lo, seu filho Cam riu do pai, julgando-o bêbado e louco. Mas os outros dois, mais velhos (ou seja, mais evoluídos, porque espíritos mais antigos em sua individuação), Sem e Jafet, encobriram com o véu do ocultismo a sabedoria do pai, reservando-a aos olhos do vulgo. E eles mesmos, não tendo capacidade para alcançá-la, caminharam de costas, para nem sequer eles mesmos a descobrirem. Daí dizer o pai, que Cam seria inferior aos dois, e teria que sujeitar-se a eles.


Aqui é-nos apresentada, para estudo e meditação, a videira verdadeira (he ámpelos he alêthinê), ou seja, a única digna desse nome, porque é a única que vem representar o símbolo em toda a sua plenitude.


A videira expande-se em numerosos ramos e o agricultor está sempre atento aos brotos que surgem, aos ramos e racemos, aos que começam a secar, aos que não trazem "olhos" promissores de cacho. Os inúteis são cortados, para não absorverem a seiva que faria falta aos outros, e os portadores de frutos, ele os limpa, poda e ajeita, para que o fruto surja mais gordo e mais doce e sumulento.


Depois desse preâmbulo parabolístico, vem o Mestre à aplicação: "vós já estais purificados por meio do Logos que vos revelei", muito mais forte no original, que nas traduções vulgares: "pela palavra que vos falei".


A união nossa com o Cristo, em vista da comparação, demonstra que três condições são exigidas, segundo nos diz Bossuet ("Méditations sur L’Évangile", 2. ª parte, 1. º dia):
a) "que sejamos da mesma natureza, como os ramos o são da vinha;
b) que sejamos um só corpo com Ele; e
c) que Ele nos alimente com Sua seiva".

Esse ensino assemelha-se à figura do "Corpo místico" de que nos fala Paulo (1CO 12:12,27; CL 1:18 e EF 4:15).


No vers. 16, as duas orações finais estão ligadas entre si e dependem uma da outra: "a fim de que vades
... para que o Pai vos dê" (ϊνα ύµείς ύπάγητε ... ϊνα ό τι άν αίτητε ... δώ ύµϊ

ν).


A lição sobre o Eu profundo foi de molde a esclarecer plenamente os discípulos ali presentes e os que viessem após e tivessem a capacidade evolutiva bastante, para penetrar o ensino oculto pelo véu da letra morta. Aqui, pois, é dado um passo à frente: não bastará o conhecimento do Eu: é absolutamente indispensável que esse Eu permaneça em união total com o Cristo interno, sem o Qual nada se conseguirá na vida do Espírito, na VIDA IMANENTE (zôê aiónios).


Magnífica e insuperável a comparação escolhida, para exemplificar o que era e como devia realizarse essa união.


Já desde o início, ao invés de ser trazida à balha qualquer outra árvore, foi apresentada como modelo a videira, produtora da uva (Escola de Elêusis), matéria-prima do vinho, símbolo da sabedoria espiritual profunda que leva ao êxtase da contemplação: já aí tem os discípulos a força do simbolismo que leva à meditação.


Mas um ponto é salientado de início: se o Cristo é a Lideira, o Pai é o viticultor, ao passo que o ramo que aí surge é o Eu profundo de cada um. Então, já aqui não mais se dirige o Cristo às personagens: uma vez explicada a existência e a essência do Eu profundo, a este se dirige nosso único Mestre e Senhor.


E aqui temos a base da confirmação de toda a teoria que estamos expondo nestes volumes, desde o início: o PAI, Criador e sustentador, o CRISTO, resultado da criação do Pai ou Verbo, e o EU PROFUNDO, individuação da Centelha Crística, como o ramo o é da videira.


Da mesma forma, pois, que o ramo aparentemente se exterioriza do tronco, mas com ele continua constituindo um todo único e indivisível (se se destacar, seca e morre), assim o Eu profundo se individua, mas tem que permanecer ligado ao Cristo, para não cair no aniquilamento. A vida dos ramos é a mesma vida que circula no tronco; assim a vida do Eu profundo é a mesma vida do Cristo.


O ramo nasce do tronco, como o Eu profundo se constitui a partir da individuação de uma centelha do Cristo, que Dele não se destaca, não se desliga: a força cristônica que vivifica o Cristo, é a mesma que dá vida ao Eu: é o SOM ou Verbo divino (o viticultor) que tudo faz nascer e que tudo sustenta com Sua nota vibratória inaudível aos ouvidos humanos.


Se houver desligamento, a seiva não chega ao ramo, e este se tornará infrutífero. Assim o Eu profundo, destacado do Cristo, se torna improdutivo e é cortado e lançado ao fogo purificador, para que sejam queimados seus resíduos pelo sofrimento cármico e regenerador.


No entanto, quando e enquanto permanecer ligado ao Cristo, ipso facto se purifica, já não mais pelo fogo da dor, mas pelas chamas do amor. E uma vez que é vivificado pela fecundidade do amor, muito mais fruto produzirá. Essa purificação é feita "por meio do Logos que cos revelei", ou seja, pela intensidade altíssima do SOM (palavra). Hoje, com o progresso científico atingido pela humanidade, compreende-se a afirmativa. Já obtemos resultados maravilhosos por meio da produção do ultrassom, a vibrar acima da gama perceptível pela audição humana; se isso é conseguido pelo homem imperfeito ainda, com seus instrumentos eletrônicos primitivos, que força incalculável não terá o Logos divino, o Som incriado, para anular todas as vibrações baixas das frequências mais lentas da gama humana! E, ao lado de Jesus, veículo sublime em Quem estava patente e visivelmente manifestado o Cristo, a frequência vibratória devia ser elevadíssima; e para medi-la, nenhuma escala de milimicra seria suficiente! Se o corpo de Jesus não estivera preparado cuidadosamente, até sua contraparte dos veículos físicos materiais poderia ter sido destruída.


O Cristo Cósmico, ali presente e falando, podia afirmar tranquilamente, pela boca de Jesus: "EU sou a videira, vós os ramos". Compreendamos bem: não se tratava de Jesus e dos discípulos, mas do CRISTO: o Cristo é a videira e cada "Eu profundo", de cada um de nós, é um ramo do Cristo único e indivisível que está em todos e em tudo. Então, o "vós", aqui, é genérico, para toda a humanidade.


Cada um de nós, cada Eu profundo, é um ramo nascido e proveniente do Cristo e a Ele tem que permanecer unido, preso, ligado, para que possa produzir fruto.


Realmente, qualquer ramo que venha a ser destacado do tronco, murcha, estiola, seca e morre, perecendo com ele todos os brotos e frutos a ele apensos. Assim, a personagem que por seu intelectualismo vaidoso e recalcitrante se desliga do Cristo interno, prendendo-se às exterioridades, nada mais proveitoso produzirá para o Espírito: é o caso já citado (vol. 4) quando a individualidade abandona a personagem que se torna "animalizada" e "sem espírito", ou seja, destacada do Cristo.

E didaticamente repete o Cristo a afirmativa, para que se fixe na mente profunda: "Eu sou a videira vós os ramos". E insiste na necessidade da união: "Quem permanece em mim e eu nele, produz muito fruto, porque sem mim não podeis fazer nada". Verificamos que, sem a menor dúvida, não há melhor alegoria para ensinar-nos a fecundidade vitalizante da Divindade em nós.


A vida, que a humanidade vive em seu ramerrão diário, na conquista do pão para sustentar o corpo, das comodidades para confortar o duplo, dos prazeres para saciar as emoções, do estudo para enriquecer o intelecto, leva o homem a permanecer voltado para fora de si mesmo, à cata de complementos externos que preencham seu vazio interno. Encontra mil coisas em seu redor, que o desviam do roteiro certo e o fazem esquecido e despercebido do Eu profundo que, no entanto, é o único "caminho da Verdade e da Vida". Com esse tipo de existência, nada podemos conseguir para o Espírito, embora possa haver progresso material. Em outros termos: desligados do Cristo, podemos prosperar no Anti-

Sistema, mas não no Sistema; podemos ir longe para fora, mas não daremos um passo para dentro; fácil será exteriorizar-nos, mas não nos interiorizamos: nenhum ato evolutivo poderá ser feito por nós, se não estivermos unidos ao Cristo.


Daí tanto esforço e tantas obras realizadas pelas igrejas "cristãs", durante tantos séculos, não terem produzido uma espiritualização de massas no seio do povo; ao invés, com o aprimoramento intelectual e o avanço cultural, a população da Terra filiada a elas, vem dando cada vez menos importância aos problemas do Espírito (excetuando-se, evidentemente, casos esporádicos e honrosos) e ampliando sua ambição pelos bens terrenos.


Ao contrário, ligando-nos ao Cristo, unidos e unificados com Ele, frutos opimos colhe o Espírito em sua evolução própria e na ajuda à evolução da humanidade. Aos que se desligam, sucede como aos ramos: secam e são ajuntados e lançados ao fogo das reencarnações dolorosas e corretivas.


Outro resultado positivo é revelado aos que permanecem no Cristo, ao mesmo tempo em que Suas palavras (ou seja, Suas vibrações sonoras) permanecem na criatura: tudo o que se quiser pedir, acontecerá. Não há limitações de qualquer espécie. E explica-se: permanecendo na criatura a vibração sonora criadora do Logos, tudo poderá ser criado e produzido por essa criatura, até aquelas coisas que parecem impossíveis e milagrosas aos olhos dos homens comuns. Daí a grande força atuante daqueles que atingiram esse degrau sublime no cimo da escalada evolutiva humana, com total domínio sobre a natureza, quer material, quer astral, quer mental. Em todos os reinos manifesta-se o poder dessa criatura unificada com o Cristo, pois nela se expressa a vibração sonora do Verbo ou SOM criador em toda a Sua plenitude.


E chegamos a uma revelação estupefaciente: "Nisso se transubstancia meu Pai, para que produzais muito fruto e vos torneis meus discípulos". Então, não é apenas a vibração sonora em toda a Sua plenitude: é a própria essência do Logos Divino que se transubstancia na criatura! Daí a afirmativa: "Eu e o Pai somos UM". Já não é apenas o Cristo, mas o próprio Pai ou Verbo, que passa a constituir a substância íntima e profunda da criatura, com o fito de multiplicar os frutos espirituais, de tal forma que a criatura se torna, de fato, um discípulo digno do único Mestre, o Cristo (cfr. MT 23:8-10) e não apenas um aluno repetidor mecânico de Seus ensinos (cfr. Vol. 4).


Coisa muito séria é conseguir alguém atingir o grau de "discípulo" do Cristo, e muito rara na humanidade.


Embora para isso não seja mister que se esteja filiado a qualquer das igrejas cristãs, muito ao contrário. Gandhi, o Mahatma, constitui magnífico exemplo de discípulo integral do Cristo, em pleno século vinte. E poucos mais. Pouquíssimos. Efetivamente raríssimos os que negam a si mesmos, tomam sua cruz e palmilham a mesma estrada, colocando seus pés nas pegadas que o Cristo, através de Avatares como Jesus, deixam marcadas no solo do planeta, como reais seguidores-imitadores, que refletem, em sua vida, a vida crística; verdadeiros Manifestantes divinos, discípulos do Cristo, nas quais o Pai se transubstancia, unificando-se com eles pelo amor divino e total.


O amor desce a escala vibracional até englobar em Si a criatura, absorvendo-a integralmente, em Si mesmo, tal como o SOM absorve o Cristo, e o Cristo nos absorve a nós. A nós bastará permanecer ligados, unidos, sintonizados, unificados com o Cristo, mergulhados nele (cfr. RM 6:3 e GL 3:27), como peixes no oceano. Permanecer no Cristo, morar no Cristo, como o Cristo mora em nós, e exe cutar, em todos os atos de nossa vida, externa e interna, em atos, palavras e nos pensamentos mais ocultos, todas as Suas ordens Suas diretrizes, Seus conselhos. Assim faz Ele em relação ao Pai, e por isso permanece absorvido pelo Amor do Pai; assim temos nós que fazer, permanecendo absorvidos pelo Amor do Cristo, vivendo Nele como Ele vive no Pai, sintonizados no mesmo tom.


Esse ensino - diz-nos o próprio Cristo - nos é dado "para que Sua alegria esteja em nós". Observemos que o Cristo deseja alegria e não rostos soturnos, com que muitos pintam a piedade. Devoto parece ser, para muitos, sinônimo de luto e velório. Mas o Cristo ambiciona que Sua alegria, que a alegria crística, esteja EM NÓS, dentro de nós, em vibração magnífica de euforia e expansionismo do Espírito.


Alegria esfuziante e aberta, alegria tão bem definida e descrita na Nona Sinfonia de Beethoven.


Nada de tristezas e choros, pois o Cristo é alegria e quer que "nossa alegria se plenifique": alegria plena, sem peias, sem entraves, luminosa, sem sombras: esfuziante, sem traves: vibrante, sem distorções; constante, sem interrupções; acima das dores morais e físicas, superiores às injunções deficitárias e às incompreenções humanas, às perseguições e às calúnias. Alegria plena, total, integral, ilimitada, que só é conseguida no serviço incondicional e plenamente desinteressado, através do amor.


E chega a ordem final, taxativa, imperiosa, categórica, dada às individualidade, substituindo, só por si, os dez mandamentos que Moisés deu às personagens. Basta essa ordem, basta esse mandamento, para que todas as dez sejam dispensados, pois é suficiente o amor para cobrir a multidão dos erros que as personagens são tentadas a praticar.


Quem ama, não furta, não desobedece, não abandona seus pais, não cobiça bens alheios, não tira nada de ninguém: simplesmente AMA. Esse amor é doação integral, sem qualquer exigência de retribuição.


O modelo é dado em Jesus, o Manifestante crístico: amai-vos "tal como vos amei". E o exemplo explica qual é esse amor: por sua alma sobre seus amigos. Já fora dita essa frase: "Eu sou o bom pastor... o bom pastor põe sua alma sobre suas orelhas" (JO 10:11). Já falamos a respeito do sentido real da expressão, que é belíssima e profunda: dedicação total ao serviço com disposição até mesmo para dar sua vida pelos outros (cfr. 2CO 4:14, 15; 1JO, 3:16 e 1PE 2:21).


A afirmação "vós sois meus amigos" é subordinada à condição: "se fazeis o que vos ordeno". Entendese, portanto, que a recíproca é verdadeira: se não fizerdes o que vos ordeno, não sereis meus amigos.


E que ordena o Cristo? Na realidade, uma só coisa: "que vos ameis uns aos outros". Então, amor-doação, amor-sacrifício, amor através do serviço. E explica por que os categoriza como amigos: "o servo não sabe o que faz o senhor dele, mas vós sabeis tudo o que ouvi do Pai". Realmente, a amizade é um passo além, do amor, já que o amor só é REAL, quando está confundido com a amizade.


Como se explica a frase: "tudo o que ouvi de meu Pai vos dei a conhecer", diante da afirmativa posterior: "muito tenho que vos dizer, que não podeis compreender agora" (JO 16:12)? Parece-nos que se trata de um sentido lógico: tudo o que ouvi de meu Pai para revelar-vos, eu vos fiz conhecer; mas há muita coisa ainda que não compreendeis, pois só tereis alcance compreensivo mais tarde, após mais alguns séculos ou milênios de evolução. Não adianta querer explicar cálculo integral a um aluno do primário, ao qual, entretanto, se diz tudo o que se tem que dizer sem enganá-lo, mas não se pode "avançar o sinal". A seu tempo, quando o Espírito verdadeiro, o Eu profundo, estiver amadurecido pela unificação com o Cristo, então será possível perceber a totalidade complexa e profunda do ensino.


A anotação da escolha é taxativa e esclarecedora: "não vós me escolhestes, mas eu vos escolhi". Não é o discípulo que escolhe o Mestre, mas este que o escolhe, quando vê que está apto a ouvir suas lições e a praticar seus ensinos. Muita gente, ainda hoje, pretende escolher seu Mestre: um quer seguir Ramakrishna, outro Râmana Maharshi, outro Yogananda, outro Rudolf Steiner, outro Max Heindel.


Livres de fazê-lo. Mas será que esses Espíritos os aceitam como discípulos? Será que estes estão à altura de compreender seus ensinamentos e imitar suas vidas, seguindo-os passo a passo na senda evolutiva? O Mestre nos escolhe de acordo com nossa tônica vibratória, com o Raio a que pertencemos, aceitando-nos ou rejeitando-nos segundo nossa capacidade, analisada por meio de sua faculdade perceptiva.


Essa é uma das razões da perturbação de muitos espiritualistas, que peregrinam de centro em centro, de fraternidade em fraternidade, perlustrando as bancas de muitas "ordens" e não se fixando em nenhuma: pretendem eles escolher seu Mestre, de acordo com seu gosto personalístico, e só conseguem perturbar-se cada vez mais.


Como fazer, para saber se algum Mestre nos escolheu como discípulos? e para saber qual foi esse Mestre? O caminho é bastante fácil e seguro: dedique-se a criatura ao trabalho e ao serviço ao próximo durante todos os minutos de sua vida, e não se preocupe. Quando estiver "maduro", chegará a mão do Mestre carinhosa e o acolherá em seu grupo: será então o escolhido. O mais interessante é que a criatura só terá consciência disso muito mais tarde, anos depois. E então verificará que todo o trabalho anteriormente executado, e que ele acreditava ter sido feito por sua própria conta, já fora inspiração de seu Mestre, que o preparava para recebê-lo como discípulo. Naturalidade sem pretensões, trabalho sincero sem esperar retribuições, serviço desinteressado e intenso, mesmo naqueles setores que a humanidade reputa humildes são requisitos que revelarão o adiantamento espiritual da criatura.


A esses "amigos escolhidos", o Mestre envia ao mundo, para que produzam frutos, e frutos permanentes que não apodrecem. Frutos de teor elevado, de tal forma que o Pai possa dar-lhes tudo o que eles pedirem em nome de Cristo.


Tudo se encontra solidamente amarrado ao amor manifestado através do serviço e ao serviço realizado por amor.


E para fixação na memória do Espírito, e para que não houvesse distorções de seu novo mandamento, a ordem é repisada categoricamente: "Isso VOS ORDENO: que vos ameis uns aos outros"! Nada de perseguições entre os fiéis das diversas seitas cristãs, nada de brigas nem de emulações, nem ciúmes nem invejas, nem guerras-santas nem condenações verbais: AMOR!
Amai-vos uns aos outros, se quereis ser discípulos do Cristo!
Amai-vos uns aos outros, católicos e evangélicos!
Amai-vos uns aos outros, espíritas e evangélicos!
Amai-vos uns aos outros, católicos e espíritas!
Amai-vos uns aos outros, hindus e budistas!
Amai-vos uns aos outros, espíritas e umbandistas!
Amai-vos uns aos outros, teósofos e rosacruzes!
Amai-vos uns aos outros, é ORDEM de nosso Mestre!
Amai-vos uns aos outros!

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71
D. O Novo PÃO, Jo 6:1-71

1. O Sinal dos Pães (6:1-14)

Depois disso, partiu Jesus para o outro lado do mar da Galiléia, que é o de Tiberíades (1). Novamente a cena passa de Jerusalém (Jo 5:1-2) para a Galiléia, onde Ele foi agora, pela terceira vez (Jo 2:1-4.3). A expressão depois disso é característica de João, e aqui ela resume o que havia acontecido recentemente em Jeru-salém. A estada de Jesus na Galiléia desta vez fora mais longa, evidentemente por causa da oposição que Ele havia encontrado em Jerusalém (Jo 5:16-7.1). O uso de [mar de] Tiberíades é peculiar de João (Jo 6:23-21.1). Este foi um nome posterior que começou a ser usado depois da fundação da cidade de Tiberíades, na costa oeste do mar da Galiléia, por Herodes Antipas (aprox. 25 d.C.).

E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os en-fermos (2). Os verbos seguia e operava estão no tempo imperfeito em grego. Eles poderiam ser assim traduzidos, respectivamente: "estava continuamente seguindo" e "estava continuamente operando". A atividade de cura de Jesus regularmente atraía as multidões da Galiléia.

E Jesus subiu ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos (3). Esta frase, junto com a afirmação no versículo 1, e comparada com Lucas 9:10, indica que o lugar estava próximo a Betsaida Júlia, na costa nordeste do mar da Galiléia. Por monte "se entende um planalto mais alto que o lago, e não um cume em particular"."

E a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima (4). Esta é uma afirmação sur-preendente, porque a Galiléia está longe de Jerusalém, onde a Páscoa era tradicional-mente celebrada. A melhor explicação parece ser que o autor chama a atenção para esta principal festa dos judeus, com a finalidade de colocar o judaísmo em um nítido contraste com o que Jesus diz à mesma multidão em Cafarnaum (6.24,59). Muito do que o nosso Senhor disse ali tinha uma natureza altamente sacramental (e.g., 53). O velho pão (o maná,
31) e tudo o que ele representa (o judaísmo, a lei) são inadequados para a verda-deira necessidade de vida eterna do homem, enquanto Jesus proclama que Ele mesmo é "o pão que desceu do céu" (41), o "pão da vida" (48).

Este é o único milagre de Jesus que está registrado nos quatro Evangelhos (cf. Mt 14:13-21; Mac 6:30-44; Lc 9:10-17). Então, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? (5) O registro aqui não menciona o fato de que Jesus tivesse compaixão da multidão (cf. Mt 14:14; Mc 6:34). Ao contrário, a sua vinda é a oportunida-de para que Filipe seja posto à prova. Mas dizia isso para o experimentar (6). A observação de João — porque ele bem sabia o que havia de fazer — é típica. "Em todo o seu Evangelho, o evangelista fala como alguém que tem um íntimo conhecimento da mente do Senhor"."

A resposta de Filipe, Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco (7) lida com o problema "a nível do mercado".59 Di-nheiros significa literalmente "denários", que eram as moedas de prata romanas, com valor aproximado de dezoito a vinte centavos de dólar americano, "um salário médio de um dia de trabalho de um operário"." Então ainda permanece a pergunta: "De onde sairá o pão para a multidão?" Filipe, e cada cristão, "deve ser levado a perceber que toda obra missionária se origina de uma interpretação humana adequada dos objetivos divi-nos, e não é um mero desejo humano de divulgar as nossas próprias convicções religiosas limitadas pelos nossos recursos materiais".61

A resposta de Filipe foi calculista e hesitante. A sugestão de André foi otimista, e indicava a possibilidade de aproveitar completamente a oportunidade (cf. 1:41-42), por menos promissora que ela pudesse parecer à primeira vista. Está aqui, disse ele, um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tan-tos? (9) A quantidade de comida era muito pequena e a qualidade não era das melhores. Pães de cevada eram o alimento das pessoas pobres, e os dois peixinhos eram peixes do tipo da sardinha.

Então Jesus deu a ordem: Mandai assentar os homens (10). O fato de que havia muita relva naquele lugar sugere que era primavera (cf. 6.4), o que está em harmonia com a referência à Páscoa (4). A palavra usada para homens indica que os cinco mil não incluíam as mulheres nem as crianças (cf. Mt 14:21). E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os... pelos que estavam assentados; e igualmen-te também os peixes, quanto eles queriam (11). As palavras pelos discípulos e os discípulos não estão nos melhores manuscritos e, portanto, são omitidas nas versões mais recentes. Mas os relatos Sinóticos indicam que Jesus usou os discípulos para ali-mentar a multidão. A palavra traduzida como havendo dado graças, eucharistesas, é ao mesmo tempo bonita e altamente significativa. Daí se origina a palavra "eucaristia", que significa a Ceia do Senhor. Muito do que vem a seguir (Jo 6:51-58) é eucarístico, no seu tom e significado (cf. Mt 26:27; Mac 14.23; Lc 22:19).

O recorrente tema da abundância da dádiva da graça de Deus e do seu Espírito no homem começa a brilhar aqui — eles estavam saciados (12; cf. Jo 1:16-2.7; 4.14; 7:38-39).

Depois que todos tinham comido, mediante uma ordem de Jesus, os discípulos enche-ram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido (13).

Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo (14, cf. Dt 18:15). Esta reação ao sinal é típica e semelhante a outras reações neste Evangelho (cf; 4.19; 7.40; 9.17). Também era a força motivadora que os fazia tentar arrebatá-lo, para o fazerem rei (15) ; e tendo fracassado nesse intento, esta motivação os levava a procurá-lo no outro lado do lago (6:24-25). Para evitar um possível levante que o colocaria em uma posição de Messias-Rei — porque estas eram as conotações das palavras profeta e rei — Jesus tornou a retirar-se, ele só, para o monte (15).

  1. O Sinal do Mar Acalmado (6:15-24)

Esta seção é uma espécie de interlúdio de transição para o tema principal — o Pão da Vida. Ela tem pelo menos três objetivos principais. Primeiramente, fornece o relato da mudança de cenário de Betsaida Júlia, o lugar do milagre dos pães e peixes, para Cafarnaum (ver o mapa 1), o cenário do discurso a respeito do Pão da Vida. Isto é de particular interesse, uma vez que os discípulos primeiro passaram o mar (17) na direção oeste, em um barco açoitado por um mar tempestuoso (16-19). Mais tarde, Jesus atravessou, andando sobre o mar (19) e subindo no barco com os discípulos (21). Mais tarde ainda (no dia seguinte), a multidão entrou também nos barcos e foi a Cafarnaum (24).

Um segundo objetivo é o de mostrar a completa inadequação do homem diante da adversidade, quando deixado sozinho com os seus próprios recursos. A imagem é clara. Era já escuro (17), e conseqüentemente os discípulos não eram capazes de manter um curso exato. Eles estavam sozinhos, separados da Fonte da ajuda adequada — ainda Jesus não tinha chegado perto deles (17). A adversidade natural da vida os superou — e o mar se levantou, porque um grande vento assoprava (18). Os seus medos multiplicaram-se com a aparição da Presença não reconhecida — e temeram (19). Vin-te e cinco ou trinta estádios seriam cerca de 5 a 6,5 quilômetros.

Finalmente, este foi o cenário em que os discípulos aprenderam que a Presença divina vem ao homem não somente na hora da adoração no lugar sagrado, mas nos momentos inesperados e de maior necessidade (cf. Hb 4:16). Jesus chegou dizendo Sou eu (literalmente, "Eu sou") ; a divina Presença está aqui; não tenham medo (20).

Então, eles, de boa mente, o receberam no barco; e logo o barco chegou à terra para onde iam (21). Aqui está um bonito epílogo para todo o drama. Logo prova-velmente significa "rapidamente".

  1. O Pão Eterno (6:25-65)

a. O Verdadeiro Trabalho (6:25-34). As multidões que comeram os pães e os peixes do milagre não se desanimavam facilmente. Eles não podiam perder o contato com aquele que lhes providenciara uma refeição sem que houvessem tido nenhum custo ou trabalho. Julgando que Ele tinha partido de Betsaida Júlia rumo a Cafarnaum, eles foram para lá, à sua procura (24). E, achando-o no outro lado do mar, disseram lhe: Rabi, quando chegaste aqui? (25) Encontrando-o no dia seguinte, essas pesso-as tinham fome novamente. Elas tentaram dar a impressão de que tinham atravessa-do o lago por causa de quem Ele era, mas a verdadeira razão é que esperavam conse-guir alguma coisa para si mesmos. E Jesus, sabendo disso (cf. 2.25), disse: Na verda-de, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas por-que comestes do pão e vos saciastes (26). Então, Jesus lhes deu uma ordem e ao mesmo tempo uma promessa. A ordem tem um aspecto positivo, e outro negativo.

Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna (27). A promessa é que crer no Filho (27) provê mais do que a comida perecível; esta atitude traz uma dádiva que permanece para a vida eterna, a qual Filho do Homem vos dará (27). O contraste das duas palavras trabalhai e dará "é essencial para o sentido da passagem. O trabalho do crente, no final, não traz uma recompensa como se fosse a título de salário, mas garante uma dádiva, uma bênção".' Aquele que dá a dádiva é a própria Dádiva (cf. 6.51), porque a este o Pai, Deus, o selou (27), i.e., "o comissionou para este exato propósito".'

A próxima pergunta feita pelo povo é uma pergunta deliberativa — do tipo que espe-ra uma resposta imperativa. Poderia ser traduzida literalmente como: "Que devemos fazer para executar as obras de Deus?" (28) Embora pareça enigmática, a resposta de Jesus foi simples: "A obra que realmente importa é ter fé em Cristo" (cf. Atos 16:30-31). A obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou (29). O tempo presente do verbo crer é importante aqui, e significa "que vocês possam ter fé continuamente, que vocês possam viver uma vida de fé".'

O pedido de Jesus para que eles tivessem fé naquele que Deus enviou fez com que desafiassem a sua autoridade (cf. Jo 2:18-4.11). Por que deveriam crer nele? Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos, e creiamos em ti? Que operas tu? (30) A volta deles para a religião tradicional, embora vazia, é típica na narrativa de João. Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu (31; cf. Jo 4:12-20; 5.10; 9.16). É como se essas pessoas estivessem dizendo a Jesus: "Ontem, você nos alimentou. Hoje o procuramos para ter outra refeição e tudo o que você nos dá é essa conversa sobre ter fé. Moisés fez melhor do que isto. O maná estava fresco todas as manhãs. Então, ou você nos dá comida, ou não o seguiremos mais!"

Aqui Jesus corrige a impressão deles. Até mesmo as dádivas, como por exemplo o maná da antiga aliança, não vieram de Moisés, mas sim de Deus — Moisés não vos deu o pão do céu (32). E mesmo as dádivas de Deus da antiga aliança, como o maná, não tinham outra intenção senão a de anunciar o verdadeiro pão (cf. Hb 10:1). Porque pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo (33; cf. Jo 4:14).65 Assim como a samaritana havia pedido, "Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede e não venha aqui tirá-la" (4.15), estas pessoas disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão (34) [66].

b. "O Verdadeiro Pão" (6:35-40). Jesus agora lhes declarou abertamente aquilo que ficara oculto no sinal e no simbolismo. Se realmente quisessem o pão que Ele lhes daria, precisariam saber que Ele era aquele pão. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede (35; cf. Jo 4:14-6.48,58; 7.37--38). Até agora, no Evangelho de João, a expressão Eu sou já ocorreu duas vezes em declarações diretas de Jesus sobre a sua divindade (4.26; 6.20). Aqui começa o uso de metáforas fortes e expressivas. Elas aparecem dezessete vezes e os exemplos mudam: por exemplo, Eu sou o pão da vida; "Eu sou a luz do mundo" (8,12) ; "Eu sou a porta" (10.9). Westcott escreve: "Os exemplos com que se conecta [Eu Sou] fornecem um estudo completo da obra do Senhor".'

Os verbos vem e crê no presente retratam uma ação continuada e persistente, e são importantes nesta seção. A implicação é que deixar de vir ou de ter fé também significa a descontinuidade da satisfação da fome e da sede.

O povo tinha pedido um sinal (6,30) e agora Jesus lhes diz que eles têm um sinal -a Encarnação — embora não acreditem. Já vos disse que também vós me vistes e, contudo, não credes (36).

Nos versículos 37:40, há dois temas principais. Primeiro, a vontade de Deus se torna efetiva para o homem por meio do Filho, e tem como resultado a vida eterna. O Filho realiza a vontade do Pai — porque eu desci do céu não para fazer a minha vonta-de, mas a vontade daquele que me enviou (38; cf. Mt 26:39-42). Graças ao perfeito desempenho do Filho em realizar a vontade do Pai, o plano de Deus para o homem é: 1. uma completa comunhão com Cristo (37) ; 2. orientação e graça para aqueles que vêm (37) e assim "continuam tendo fé nEle" (lit.,
40) ; 3. a vida eterna, i.e., a vida no seu nível mais elevado, aqui e agora — a vida santificada (cf. 1 Ts 4.3). Posteriormente, haverá a transformação completa (cf. 2 Co 3,18) com a participação na sua ressurreição. A frase eu o ressuscitarei no último Dia (40) aparece como um tipo de refrão por toda esta seção (39-40,44,54).

O segundo tema é que a vida eterna, tanto no seu significado presente quanto no escatológico, está aberta para o homem. Isto não se deve ao mérito do homem, mas so-mente à graça de Deus. A interpretação negativa da frase Tudo o que o Pai me dá virá a mim (37), como base para uma doutrina de reprovação, significa o retorno à lógica inflexível. Gossip comenta: "Existem coisas mais verdadeiras do que isso na vida... tudo o que ela diz é que se somos cristãos, então somos dele não por causa de alguma coisa que tenhamos feito... mas unicamente porque Deus se propôs a nos ganhar"."

c. As Objeções São Anuladas (6:41-51). Os judeus objetaram a afirmação de Jesus de que Ele era o pão que desceu do céu (41), com base no fato de que eles conheciam os seus pais humanos (42). Como, pois, Ele pode ser o Pão do céu? Jesus anulou as suas objeções ressaltando que foi o Pai quem tomou a iniciativa de redimir os homens (44), e que tudo o que eles vêem ou deveriam ver é a completa revelação daquele que Deus enviou (44,46). Isto, Ele disse, deveriam saber por terem lido as palavras dos profetas (Is 54:13; Jr 31:34). Se tivessem seguido os ensinos dos profetas, teriam sido todos ensina-dos por Deus e viriam até o filho (45). Tão perfeita e adequada é a revelação de Deus no Filho, que Ele podia dizer: Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna (47).

Os judeus haviam apelado para a sua religião tradicional como se esta fosse mais adequada do que a promessa de Jesus (6.31). Agora Jesus, declarando-se como o pão da vida (48), com sutil humor acrescentou: Vossos pais comeram o maná no de-serto e morreram (49). A antiga aliança não satisfez a mais profunda necessidade do homem. Mas quanto ao Pão novo e eterno, o que dele comer não morre (50). Além disso, o novo Pão está aqui, disponível para todos os homens por meio da cruz. O pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo (51).

  1. A Comida e a Bebida Verdadeiras (6:52-59). A promessa de Jesus de que Ele daria a sua carne... pela vida do mundo (6,51) causou uma discussão ("um violento debate", segundo a versão NEB em inglês) entre os judeus, e eles perguntaram: Como nos pode dar este a sua carne a comer? (52) Naturalmente, Jesus falava figuradamente da sua conciliação, mas eles vacilaram, e os homens ainda vacilam, com respeito à idéia da cruz, e da sua elevada provisão. Eles não perguntaram: "Como podemos comer?" E sim: "Deus consegue fazer isso?"." Os homens ainda fazem a mesma pergunta, de uma forma ligei-ramente diferente: "Deus é capaz de santificar completamente um homem?"

A resposta de Jesus descreve a maneira exclusiva da santidade cristã e ao mesmo tempo proclama a grande promessa da possibilidade da vida eterna, da vida de santida-de. Se não comerdes (ou seja, não existe alternativa) a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a mi-nha carne e bebe o meu sangue tem [no presente] a vida eterna, e eu o ressusci-tarei no último Dia (53-54). Aquele que participa, pela fé, da sua natureza, da vida de santidade, tem a vida eterna. A santidade de coração é a essência do significado da Ceia do Senhor.

Dois temas para posterior desenvolvimento aparecem na resposta de Jesus. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu, nele (56). A mesma palavra aqui traduzida como permanecer aparece como "estar em" no exemplo da videira e das varas no capítulo 15. O tema da unidade do Pai, do Filho e do crente é evidente no versículo 57. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim quem de mim se alimenta também viverá por mim (cf. Jo 17:21).

O resumo final da resposta de Jesus mostra a completa inadequação da antiga ali-ança e a satisfação duradoura que há no novo Pão. Vossos pais...comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre (58).

  1. Um Discurso Severo (6:60-65). Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isso, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir? (60) O discurso era duro, não por ser ininteligível, mas porque transmitia as exigências completas e elevadas da cruz. "Ele reivindicava a completa submissão, a autodevoção, e a auto-entrega dos discí-pulos. Ele significativamente apontava para a morte".' Quem o pode ouvir? significa "Quem pode aceitar isso?" (Phillips)

A resposta de Jesus (61-64) à sua reclamação foi realmente uma volta a sua pergun-ta. Se eles hesitavam em relação às completas implicações da Encarnação, o que fariam se vissem subir o Filho do Homem para onde primeiro estava? (62) Se é difícil acreditar que Deus veio em carne (cf. 1.14), como alguém poderia acreditar que o espíri-to é o que vivifica (63) e que até mesmo na morte na cruz existe glória (cf. Fp 2:8-9) ? A carne para nada aproveita (63), i.e., "A nova era que Jesus inaugura... não deve ser definida em termos de milagres chocantes no plano dos fenômenos, no plano stfrx... mas em termos daquela ordem de ser, que é real e eterna".71

Apesar de as palavras de Jesus serem espírito e vida (63), Ele sabia que alguns não estavam reagindo com fé: Bem sabia Jesus, desde o princípio, quem eram os que não criam e quem [Judas 1scariotes] era o que o havia de entregar (64; cf. Jo 2:25). No versículo 65, Jesus repete o que já havia dito no versículo 44. Outra vez encon-tramos aqui a realidade da soberania divina em ação com a liberdade humana.

4. Os Discípulos nas Encruzilhadas (Jo 6:66-71)

Não há palavras mais surpreendentes no Evangelho de João do que as seguintes: Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram para trás e já não andavam com ele (66). Alguns o haviam seguido por razões erradas (6,26) ; outros tinham muita vontade de refugiar-se na religião tradicional (6,31) ; outros acharam o chamado da san-tidade de coração e vida excessivamente exigente (6,53) — então tornaram para trás!

Por que eles voltaram? Um desenvolvimento intitulado "Discípulos nas Encruzilha-das" poderia ser estruturado em torno de três idéias básicas: 1. Alguns estavam mais interessados em ganhos materiais (pães) do que em permitir que Jesus dirigisse as suas vidas (26-27) ; 2. Alguns estavam completamente satisfeitos com uma forma de religião isenta de comprometimento (30-31) ; 3. Alguns, particularmente Judas, enxergaram o custo do verdadeiro discipulado, da santidade de coração (53,70-71).

Então Jesus voltou-se para os doze e disse: Quereis vós também retirar-vos? (67) Pedro tivera uma visão de primeira mão das "possibilidades da graça" — a promessa de tornar-se um participante da natureza de Jesus (6,54) e a garantia de compartilhar a sua ressurreição (6:39-40,44,54). Neste cenário, Pedro pronunciou estas palavras memoráveis: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna, e nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus (ou "O Santo de Deus"; 68-69).

Judas e a sua traição a Jesus são mencionados duas vezes nesta seção (64,70-71). Será possível que, assim como Pedro viu as "possibilidades da graça" conduzindo à santidade de coração, Judas tenha visto uma cruz, e não um Reino celestial logo à frente? Será que ele enxergou que não há maneira de servir a Deus exceto tornando-se um participante da sua natureza (6,53) ? Será possível que, a partir deste dia em que Judas compreendeu o tema da santidade de coração, ele tenha definido como a sua direção a rejeição da luz, culminando em uma separação final? "Ele... saiu logo: e era já noite" (13.30).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de João Capítulo 6 versículo 35
É característico do ensinamento deste Evangelho que Jesus se identifica com os bens que ele dá ou oferece ao ser humano:
o pão, a luz (Jo 8:12), a porta das ovelhas (Jo 10:7,Jo 10:9), a vida (Jo 11:25), o caminho (Jo 14:6), a verdade (Jo 14:6). As palavras eu sou, com que começa neste Evangelho uma série de afirmações feitas por Jesus sobre si mesmo, recordam as palavras com as quais Deus se revelou a Moisés (Ex 3:14).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71
*

6.1-71

Este capítulo é o ponto crucial dos capítulos 2:12. Revela a identidade de Jesus como Aquele enviado do Pai (vs. 38,44,46, 50, 51, 57); de maneira figurada distingue entre a fé e a descrença através da ilustração do comer e do beber a carne e o sangue de Jesus (vs. 53-58); narra a crescente rejeição, motivada pela descrença com que Jesus se defrontou (vs. 41-42; 60-66). Os sinais, neste capítulo, recordam os correspondentes eventos salvíficos na história de Israel. Indicam que Jesus cumpre a tipologia da Páscoa, do Êxodo e da provisão de alimento no deserto.

* 6.1-4

Jesus deixa Jerusalém e vai para a margem oposta do mar da Galiléia, já perto da Páscoa. Esta festa foi estabelecida em Êx 12:43-51 para comemorar o modo como Deus "passou por cima" dos israelitas e matou os egípcios. As passagens do Antigo Testamento lidas durante a Páscoa, nos tempos de Jesus, provavelmente incluíam Gn 1:8; Êx 11:16 e Nm 6:14. Há fortes semelhanças entre estes textos e os comentários de Jesus, neste discurso.

* 6:1

Tiberíades. É um outro nome do mar da Galiléia, dado em homenagem à cidade de Tibérias, construída por Herodes entre os anos 20:30 d.C..

* 6:2

os sinais que ele fazia. João registra só uma cura na Galiléia, a do filho do oficial do rei (4.46-54). Jesus deve ter feito outros sinais miraculosos ali (conforme 21.25)

* 6:3

subiu Jesus ao monte. Este detalhe pode ter tido a intenção de sugerir uma comparação entre Jesus e Moisés, que subiu ao Monte Sinai (v. 14, nota).

* 6.5-15

A alimentação dos cinco mil. Jesus alimenta a multidão, como Moisés fez no deserto (Nm 11),

* 6:5

para lhes dar a comer. Reminiscência de Nm 11:13, onde Moisés faz uma pergunta semelhante.

* 6:7

duzentos denários. Um denário correspondia ao pagamento de um dia de trabalho (Mt 20:2).

* 6:10

cinco mil. O número não incluía mulheres e crianças (Mt 14:21 conforme 2Rs 4:42-44).

* 6:14

o profeta. Isto é, profeta semelhante a Moisés (Dt 18:15).

* 6:15

para o proclamarem rei. O reinado do Messias devia ser espiritual e não político. Conquanto aceitasse o título de "Rei de Israel" (1.49), Jesus recusou a oferta de Satanás (Mt 4:8,9; Lc 4:5,6) e os esforços mal orientados do povo.

* 6.16-21

Este milagre é registrado em Mt 14:22-33 e em Mc 6:47-51. Não deve ser confundido com a tempestade acalmada, em Mt 8:23-27; Mc 4:36-41 e Lc 8:22-25.

* 6:21

logo. Alguns entendem este episódio como sendo um milagre adicional; outros entendem que depois de Jesus entrar no barco, nenhuma outra dificuldade foi encontrada.

* 6:26

não porque vistes sinais. Ainda que tivessem visto o milagre da multiplicação de pães e peixes, não o reconheceram como um sinal que identificasse Jesus como o Messias. Foi meramente como uma oportunidade de refeição para eles.

* 6:27

Jesus aponta para o significado espiritual do milagre, que é estabelecer o selo de Deus como aprovação de seu ministério e identificá-lo como o Filho do homem, o Messias prometido.

* 6:31

Eles esperavam que a vinda do Messias fosse marcada por um milagre tão grande ou maior do que a dádiva do maná no deserto.

* 6:32

o verdadeiro pão do céu. A palavra "verdadeiro" tem um sentido especial. Jesus se refere ao que é eterno em contraste com o que é meramente representativo. O pão que Deus providenciou através de Moisés (Êx 16, Nm 11) era apenas material e temporal, e não espiritual e eterno. Ver nota em 4.24.

* 6:33

o que desce do céu. Este é Jesus Cristo cuja encarnação é descrita como "descida do céu" (vs. 38, 41, 42, 50, 51, 58; 3.13, 31; Ef 4:9-10).

e dá vida ao mundo. Cristo provê vida eterna para aqueles que estão mortos em delitos e pecados (Ef 2:1). Estes são escolhidos não somente dentre os judeus mas dentre os de todo o mundo. Jesus não ensina aqui a salvação universal, mas a relevância e o apelo universais de sua obra salvadora (3.16, nota).

* 6:34

dá-nos sempre deste pão. Eles entenderam mal as afirmações de Jesus, tomando-as em sentido puramente físico, como Nicodemos (3,4) e como a mulher samaritana (4,15) tinham feito.

* 6:35

Eu sou o pão da vida. Esta é a primeira das sete expressões "Eu sou", ditas neste Evangelho (8.12; 9.5; 10.7, 9, 11,14; 11.25; 14.6; 15.1,5). A expressão recorda Êx 3:14 e é uma implícita reivindicação de divindade (8.58,59 e notas).

* 6:37

Todo aquele que o Pai me dá. Deus conduz à fé todos aqueles que escolheu redimir. A redenção do eleito é certa. O Filho promete aceitar qualquer um que crê verdadeiramente.

* 6:38

não para fazer a minha própria vontade. A vontade do Filho e a vontade do Pai concordam plenamente; não há competição ou desacordo. A submissão de Jesus ao Pai mostra esta harmonia.

* 6:39

que nenhum eu perca... eu o ressuscitarei. A vontade do Pai não é apenas o oferecimento de uma oferta, realizada pelo próprio Jesus, em benefício dos pecadores perdidos. Ele, finalmente, ressuscitará a todos os que o Pai lhe deu e não deixará perder-se nem um só deles. Deus graciosamente os faz perseverar como verdadeiros crentes, assegurando sua salvação final. Ver "Perseverança dos Santos", em Rm 8:30.

* 6:41

Murmuravam, pois, dele os judeus. Esta atitude é semelhante à dos israelitas no deserto, que murmuravam contra Moisés e Arão (Êx 16:7; 17:3; Nm 11:1).

que desceu do céu. A origem de Jesus estabelece sua identidade como Messias e Filho de Deus (vs. 29, 33, 38; 1.1,2, 14, 18, 45, 46; 3.2, 13 17:31-5:36-38). Os que são confrontados com esta revelação devem responder, ou crendo ou rejeitando. Não há meio-termo.

* 6:44

se o Pai, que me enviou, não o trouxer. Jesus ensina que ninguém pode responder positivamente à sua advertência ou ao seu convite sem a atuação do Pai em guiar o indivíduo a Jesus. O coração é naturalmente duro e não aceitará o convite de Deus, a menos que uma obra especial da graça de Deus aconteça (v.65). Ver "Vocação Eficaz e Conversão", em 2Ts 2:14).

* 6:45

E serão todos ensinados por Deus. Em seu contexto original, Is 54:13 é uma promessa de redenção final. Jesus, na próxima frase, indica que os que participam desta redenção são os que vêm a ele, identificando-se, portanto, com aquele em quem a redenção final se realiza.

tem ouvido... vem a mim. Todo aquele que deseja pode vir e vem porque "aprenderam do Pai", que os traz (v. 44).

* 6.51-58

Os ouvintes de Jesus continuam a entender mal suas afirmações, tomando-as em sentido puramente físico (conforme v. 34). Entendido literalmente, aquilo que Jesus disse seria altamente objetável uma vez que envolveria canibalismo e uso de sangue, o que era severamente proibido pela Lei (Gn 9:4; Lv 7:26,27; 17.10-14; Dt 12:23,24). Jesus emprega a linguagem do comer e do beber para ilustrar a intimidade da união entre Cristo e o crente. Esta união espiritual pela qual Cristo infunde nova vida ao crente é retratada posteriormente, no Evangelho, como a união entre a vinha e seus ramos (15.1-8). Esta união é, às vezes, chamada "união mística" e é um tema bastante repetido nas cartas de Paulo (Gl 2:20; Ef 1:3-14).

Ainda que alguns vejam aqui uma referência à Ceia do Senhor, uma menção a este Sacramento, neste ponto, teria sido incompreensível aos ouvintes de Jesus. Esta passagem é melhor entendida como apontando para a realidade espiritual que a Ceia do Senhor também significa — a união com Cristo e todos os benefícios da salvação recebidos através dele.

* 6:51

pão vivo. Ver nota no v. 32.

do mundo. Ver nota em 4.42.

* 6:53

se não comerdes... e não beberdes. Fora da união pessoal com o Salvador, não há salvação. Ver "A Ceia do Senhor", em 1Co 11:23.

* 6:60

Muitos de seus discípulos. Estes discípulos se ofenderam com as palavras de Jesus, recusaram-se a ouvir a sua explicação e não quiseram aceitar a mensagem da salvação pela graça.

* 6.61, 64, 70

Três exemplos de conhecimento sobrenatural (conforme 2.24,25).

* 6:62

virdes o Filho do homem subir. Do mesmo modo que "levantar" (3.14, nota), "subir" aqui, provavelmente se refere aos eventos que se iniciam com o "ser levantado" na cruz, culminando na sua exaltação à mão direita do Pai. Se muitos de seus discípulos murmuravam diante de suas palavras nos vs. 53-58, como reagiriam ao escândalo da crucificação? Ver "A Ascenção de Jesus", em Lc 24:51.

para o lugar onde primeiro estava. Uma referência à preexistência da Palavra viva (1.1-3).

* 6:63

O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita. Esta expressão torna claro que entender as palavras de Jesus em sentido meramente físico é absolutamente errado. Notar a estreita cooperação entre o Pai (vs. 37-40. 44-46, 57, 65), o Filho e o Espírito Santo (v. 63) mostrada nesta passagem.

* 6:65

ninguém poderá vir a mim, se. É impossível a qualquer pessoa ir a Cristo, sem a chamada eficaz de Deus. A incapacidade moral do pecador para escolher Cristo precisa ser sobrepujada pelo poder gracioso e soberano do Espírito (3.5-21).

* 6.66-71

Um ponto crucial neste Evangelho. Muitos de seus discípulos, juntos com a multidão, rejeitaram a Cristo em sua descrença, enquanto os seus discípulos, que permaneceram fiéis (como na confissão de Pedro, por exemplo) aprofundaram sua fé nele.

* 6:67

quereis... retirar-vos. A pergunta de Jesus enseja a firme resposta de Pedro, que fala pelos Doze. Uma situação paralela é encontrada em 13 40:16-20'>Mt 16:13-20; Mc 8:27-29; Lc 9:18-20.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71
6:5 De saber algum onde conseguir comida, esse tivesse sido Felipe, porque era da Betsaida, uma aldeia a uns quatorze quilômetros e meio de distância (1.44). Jesus provava ao Felipe a fim de fortalecer sua fé. Ao pedir uma solução humana (sabendo que não existia tal coisa), destacou o ato poderoso e milagroso que estava a ponto de realizar.

6.5-7 Quando Jesus perguntou ao Felipe onde comprar uma enorme quantidade de pão, este começou a calcular o custo provável. Jesus queria lhe ensinar que os recursos financeiros não são os mais importantes. É possível que limitemos a obra de Deus em nós por supor de antemão o que é possível e o que não. Existe alguma tarefa impossível que acredita que Deus deseja que faça? Não permita que sua avaliação do irrealizável lhe impeça de aceitar a tarefa. Deus pode fazer algo milagroso; confie no quanto à provisão de recursos.

6.8, 9 Se faz um contraste entre os discípulos e o menino que brindou o que tinha. Contavam com mais médios que o menino, mas como sabiam que o que tinham não era suficiente, não deram nada. O menino entregou o pouco que tinha e isso foi o que o trocou tudo. Se não oferecermos nada a Deus, O não terá nada para usar. Mas pode tomar o pouco que temos e convertê-lo em algo grande.

6.8, 9 Ao efetuar seus milagres, Jesus pelo general preferia obrar através da gente. Aqui tomou o que lhe oferecia um menino e o usou para levar a cabo um dos milagres mais espetaculares narrados nos Evangelhos. A idade não representa uma barreira para Cristo. Nunca pense que é muito jovem nem muito velho para lhe ser útil.

6:13 Existe uma lição nas sobras. Deus dá em abundância. Toma o que podemos lhe oferecer quanto a tempo, habilidade ou recursos e multiplica sua eficácia além de nossas expectativas mais amalucadas. Se der o primeiro passo ficando à disposição de Deus, este lhe mostrará quão grandemente pode utilizá-lo para estender seu reino.

6:14 "O profeta" é aquele que profetizou Moisés (Dt 18:15).

6:18 O mar da Galilea está 195 m por debaixo do nível do mar, tem uma profundidade de 45 m e está rodeado de colinas. Estas características físicas fazem que fique exposto a tormentas repentinas com ventos que causam ondas muito altas. Tais tormentas se esperavam neste lago, mas também eram atemorizantes. Quando Jesus foi a seus discípulos durante uma tormenta andando sobre a água (a mais de 5 km da costa), disse-lhes que não temessem. Freqüentemente enfrentamos a tormentas espirituais e emocionais e nos sentimos sacudidos como um pequeno bote em um grande lago. Apesar das circunstâncias aterradoras, se confiarmos nossas vidas a Cristo para que as proteja, O nos dará paz em qualquer tormenta.

6:18, 19 Os discípulos, atemorizados, possivelmente pensaram que viam um fantasma (Mc 6:49). Mas se tivessem recordado as coisas que tinham visto fazer ao Jesus, poderiam ter aceito este milagre. Tiveram medo. Não esperavam que Jesus se aparecesse e não estavam preparados para receber sua ajuda. A fé é uma atitude mental que nos faz esperar que Deus atue. Quando atuamos de acordo com esta expectativa, podemos vencer os temores.

6:26 Jesus criticava às pessoas que o seguiam unicamente pelos benefícios físicos e temporários em lugar de fazê-lo para saciar sua fome espiritual. Muitas pessoas utilizam a religião para obter prestígio, consolo, inclusive votos políticos. Mas esses motivos são egoístas. Os verdadeiros crentes seguem ao Jesus porque sabem que O tem a verdade e que sua verdade é caminho de vida.

6:28, 29 Muitos que procuram sinceramente a Deus ficam perplexos quanto ao que A deseja que façam. As religiões do mundo representam os intentos da humanidade em responder a esta pergunta. Mas a resposta do Jesus é breve e singela: devemos acreditar no que Deus enviou. O que agrada a Deus não surge do trabalho que fazemos, mas sim de ver em quem acreditam. O primeiro passo é aceitar que Jesus é o que diz ser. Todo desenvolvimento espiritual se edifica sobre esta asseveração. Declare ao Jesus: "Você é o Cristo, o Filho do Deus vivente" (Mt 16:16), e embarque-se em uma vida de fé que agrade a seu Criador.

6:35 A gente come pão para saciar sua fome física e para manter sua vida física. Podemos saciar a fome e manter a vida espirituais unicamente mediante uma adequada relação com o Jesucristo. Com razão dizia que era o pão de vida. Mas o pão deve comer-se para manter a vida e a Cristo deve convidar-se a entrar em nosso jornal andar para manter a vida espiritual.

6.37, 38 Jesus não obrava independentemente de Deus o Pai, a não ser com O. Isto devesse nos dar maior segurança de ser aceptos na presença de Deus e protegidos pelo. O propósito do Jesus era fazer a vontade de Deus, não satisfazer seus desejos humanos. Devêssemos ter o mesmo propósito.

6:39 Jesus disse que não perderia uma pessoa sequer das que o Pai lhe tinha dado. Assim que qualquer que se comprometa sinceramente a acreditar no Jesucristo como Salvador está seguro na promessa de vida eterna que dá Deus. Cristo não permitirá que Satanás vença a seu povo e este perca a salvação (vejam-se também 17.12; Fp 1:6).

6:40 Os que põem sua fé em Cristo ressuscitarão da morte física à vida eterna com Deus quando Cristo volte outra vez (vejam-se 1Co 15:52; 1Ts 4:16).

6:41 Quando João diz judeus, refere-se aos líderes que eram hostis ao Jesus, não aos judeus em geral. João mesmo era judeu, e também Jesus.

6:41 Os líderes religiosos murmuravam porque não podiam aceitar a declaração de divindade do Jesus. Solo o viam como o carpinteiro do Nazaret. negaram-se a acreditar que Jesus era o Filho divino de Deus e não toleravam sua mensagem. Muitas pessoas rechaçam a Cristo porque dizem que não acreditam que seja o Filho de Deus. Em realidade, o que não podem aceitar são as exigências de lealdade e obediência que lhes faz Cristo. De modo que para proteger da mensagem, rechaçam ao mensageiro.

6:44 Deus, não o homem, joga o papel mais ativo na salvação. Quando alguém decide acreditar no Jesucristo como Salvador, faz-o unicamente respondendo ao mover do Espírito Santo de Deus. O põe em nós a inquietação, nós decidimos se acreditar ou não. Ninguém pode acreditar no Jesus sem a ajuda de Deus.

6:45 Jesus fazia alusão a uma idéia do Antigo Testamento sobre o reino messiânico segundo a qual todas as pessoas recebem ensino direto de Deus (Is 54:13; Jr 31:31-34). Enfatizava a importância de não ouvir somente, mas sim de aprender. Deus nos ensina mediante a Bíblia, nossas experiências, os pensamentos que nos dá o Espírito Santo e as relações com outros cristãos. É você receptivo ao ensino de Deus?

6:47 Crie, conforme se usa aqui, significa "segue acreditando". Não acreditam uma só vez, mas sim seguimos acreditando e confiando no Jesus.

6.47ss Freqüentemente, os líderes religiosos pediam ao Jesus que lhes provasse por que era melhor que os profetas que tinham tido. Aqui Jesus se refere ao maná que Moisés deu a seus antepassados no deserto (veja-se Exodo 16). Este pão era físico e temporário. O povo o comia e lhes dava o sustento de um dia. Mas era necessário obter mais pão cada dia e este não impedia que muriesen. Jesus, que é muito maior que Moisés, oferece-se como pão espiritual do céu que satisfaz plenamente e conduz à vida eterna.

6:51 Como pode Jesus nos dar sua carne como pão para que comamos? Comer pão de vida significa aceitar a Cristo e nos unir ao. Unimos a Cristo de duas formas: (1) ao acreditar em sua morte (o sacrifício de sua carne) e ressurreição, e (2) ao nos dedicar a viver como A manda, dependendo de seus ensinos para nos guiar e confiando no Espírito Santo para receber poder.

6:56 Esta mensagem resultava chocante: comer carne e beber sangue soava a canibalismo. A idéia de beber qualquer sangue, com mais razão a humana, resultava repugnante para os líderes religiosos porque a Lei o proibia (Lv 17:10-11). É obvio que Jesus não se referia ao sangue em forma literal. O que dizia era que sua vida devia converter-se na deles. Mas eles não podiam aceitar este conceito. O apóstolo Paulo mais tarde usou a imagem do corpo e do sangue ao falar da ceia do Senhor (veja-se 1Co 11:23-26).

6:63, 65 O Espírito Santo dá vida espiritual; sem a obra do Espírito Santo nem sequer podemos ver nossa necessidade de vida nova (14.17). Toda renovação espiritual começa e acaba em Deus. O nos revela verdade, vive em nós e logo nos capacita para responder a essa verdade.

6:66 por que as palavras do Jesus fizeram que muitos de seus seguidores o abandonassem? (1) É possível que se deram conta de que não seria o Messías-Rei conquistador que esperavam. (2) Recusou ceder ante suas exigências egocêntricas. (3) Enfatizou a fé, não os fatos. (4) Seus ensinos eram difíceis de entender e algumas de suas palavras eram ofensivas. Ao crescer em nossa fé, é possível que nos sintamos tentados a nos apartar porque as lições do Jesus são difíceis. Reagirá você dando-se por vencido, passando por cima certos ensinos ou rechaçando a Cristo? Em lugar disso, peça a Deus que lhe mostre o significado de seus ensinos e lhe diga como se aplicam a sua vida. Logo tenha o valor de atuar em apóie à verdade de Deus.

6:67 Para o Jesus não existem termos médios. Quando perguntou a seus discípulos se também se iriam, mostrava-lhes que podiam tanto aceitá-lo como rechaçá-lo. Jesus não tentava rechaçar às pessoas com seus ensinos. Simplesmente dizia a verdade. quanto mais escutavam as pessoas a verdadeira mensagem do Jesus, mais se dividiam em dois bandos: os que procuravam com sinceridade porque desejavam entender mais, e os que rechaçavam ao Jesus porque não gostavam do que ouviam.

6.67, 68 Depois que muitos dos seguidores o abandonaram, Jesus perguntou aos doze discípulos se também o deixariam. Pedro respondeu: "A quem iremos?" Em seu estilo direto, Pedro respondeu por todos nós: não há outro caminho. Apesar de que existem muitas filosofias e autoridades autoproclamadas, unicamente Jesus tem palavras de vida eterna. A gente procura a vida eterna por toda parte e não vêem cristo, a única fonte. Permaneça com o Jesus, sobre tudo quando estiver confundido ou se sinta sozinho.

6:70 Como resposta à mensagem do Jesus, algumas pessoas se foram; outros ficaram e acreditaram de verdade; e alguns, como Judas, ficaram mas tentaram usar ao Jesus para ganho pessoal. Muitas pessoas hoje em dia se afastam de Cristo. Outros fingem seguir, assistindo à igreja por uma questão social, para receber aprovação de família e amigos, ou relações de negócio. Mas em realidade só há duas respostas possíveis ao Jesus: aceita-o ou o rechaça. Como respondeu a Cristo?

6:71 se desejar mais informação sobre o Judas, veja-se seu perfil no Marcos 14.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71
K. alimentando a multidão (6: 1-15)

1 Depois destas coisas, Jesus retirou-se para o outro lado do mar da Galiléia, que é o mar de Tiberíades. 2 E grande multidão o seguia, porque eles viram os sinais que ele fazia sobre os que estavam doentes. 3 E Jesus foi subiu ao monte, e assentou-se ali com os seus discípulos. 4 Ora, a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. 5 Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: De onde compraremos pão, para estes comerem? 6 Mas dizia isto para o experimentar;. pois ele bem sabia o que ia fazer 7 Filipe respondeu-lhe, no valor de duzentos xelins de pão não lhes bastam, para que cada pode-se tomar um pouco. 8 Um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe: 9 Há aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tanta gente? 10 Jesus disse Faça as pessoas se sentar. E havia muita relva naquele lugar. Assim, os homens sentaram-se, em número de quase cinco mil. 11 , portanto, Jesus tomou os pães; e tendo dado graças, repartiu-os pelos que estavam assentados; igual modo os peixes, quanto eles queriam. 12 E quando eles estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca. 13 Recolheram-up, e encheram doze cestos com pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido. 14 Quando, pois, o povo viu o sinal que ele fez, disseram: Este é verdadeiramente o profeta que vem ao mundo.

15 Jesus, portanto, perceber que eles estavam prestes a vir e levá-lo à força para o fazerem rei, retirou-se novamente para dentro da própria montanha sozinho.

A alimentação dos cinco mil estão registrados nos quatro Evangelhos, com algumas variações nas circunstâncias do incidente. Mateus e Marcos também gravar a alimentação dos quatro mil. João coloca o milagre após o relato da cura do homem no tanque de Betesda. Alguns período de tempo deve ter decorrido entre os dois incidentes, para que Jesus a ir da Judéia para a Galiléia, e para curar um número de enfermos no caminho (v. Jo 6:2 ). A configuração deste milagre é semelhante ao que é dado por Mateus para o Sermão da Montanha, Jesus e seus discípulos em uma montanha com uma multidão de pessoas nas proximidades. A ocasião era perto da época da Páscoa. Esta foi uma Páscoa durante Seu ministério que Jesus não compareceu, a menos que nós transpor capítulos cinco e seis, para que a festa Dt 5:1)

16 E, quando chegou a noite, seus discípulos desceram para o mar; 17 e eles entraram em um barco, e estava indo para o mar até Cafarna1. E era já escuro, e Jesus ainda não tinha chegado a eles. 18 E o mar estava subindo em razão de um grande vento que soprava. 19 Quando, pois, pois, remado uns vinte e cinco ou trinta estádios, viram a Jesus andando sobre o mar, e aproximando-se do barco; e ficaram com medo. 20 Mas ele lhes disse: Sou eu; não temais. 21 Eles estavam dispostos a recebê-lo, portanto, dentro do barco; e logo o barco chegou à terra para onde iam.

João registra outro breve milagre-a de Jesus caminhando sobre as águas. Os discípulos estavam a caminho de Tiberíades através do lago para Cafarnaum, quando Jesus apareceu para eles na água. Sua presença acalmou o storm- "os ventos fugiu ao seu esconderijo, e as ondas se deitar a seus pés como cordeiros." A igreja cristã tem encontrado nesta história uma fonte de grande conforto para aqueles cujos problemas distorcer a verdadeira imagem de coisas -Os discípulos estavam com tanto medo que não reconheceram Jesus. Mas Sua Sou eu, não temais, foi o suficiente para tranquilizá-los. E a versão de Mateus, dizendo da tentativa de Pedro para duplicar ato de Jesus de água-pé e de seu mergulho com medo para dentro do lago, tornou-se o exemplo clássico de uma ação corajosa baseada na fé fraca; mas, ao mesmo tempo em que fala da proximidade de Cristo e de Sua vontade e capacidade de salvar. Não se deve esquecer, no entanto, que Pedro foi o único dos discípulos que tinham o suficiente coragem para tentar ir para Jesus sobre a água.

A multiplicação dos pães e peixes e o caminhar sobre a água são milagres que demonstraram o poder de Jesus sobre a natureza no âmbito da preservação da vida. Ele não só dá a vida, Ele também sustenta.

M. JESUS ​​O PÃO DA VIDA (6: 22-71)

22 No dia seguinte, a multidão que estava do outro lado do mar, vendo que não havia outro barco lá, senão um, e que Jesus não entrou com os seus discípulos entraram no barco, mas que os seus discípulos tinham ido sós 23 (contudo veio barcos de Tiberíades perto, diante do lugar onde comeram o pão depois de o Senhor ter dado graças): 24 quando, pois, viram que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, entraram eles também nos barcos, e foram a Cafarnaum, em busca de Jesus. 25 E, achando-o no outro lado do mar, disseram-lhe: Rabi, quando chegaste aqui? 26 Jesus respondeu-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que me buscais, não porque vistes sinais, mas porque ye comeram dos pães, e se fartaram. 27 Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, que o Filho do homem vos dará: para ele, o Pai, mesmo Deus, é quem selado. 28 Disseram-lhe, pois que devemos fazer, para que possamos realizar as obras de Deus? 29 Jesus respondeu, e disse-lhes: Isto é obra de Deus, para que creiais naquele que ele tem enviado. 30 Disseram-lhe, pois que então fazes tu por um sinal, para que o vejamos e te creiamos? o que tu ages? 31 Nossos pais comeram o maná no deserto; como está escrito: Deu-lhes pão do céu para comer. 32 , portanto, Jesus disse-lhes: Em verdade, em verdade eu vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. 33 Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. 34 Disseram-lhe: Senhor, dá-nos sempre desse pão. 35 Jesus disse-lhes: Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede. 36 Mas eu disse-vos que me vistes, e ainda não acredito. 37 Tudo o que o Pai me dá virá a mim; eo que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. 38 Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39 E esta é a vontade daquele que me enviou , que de tudo o que ele me deu eu não perca nenhum, mas que o ressuscite no último dia. 40 Porque esta é a vontade de meu Pai, que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.

41 Então os judeus murmuravam a respeito dele, porque ele disse: Eu sou o pão que desceu do céu. 42 E eles disseram: Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? ? como ele a dizer agora, eu desci do céu, 43 Jesus respondeu, e disse-lhes: Não murmureis entre vós. 44 Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. 45 Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Todo aquele que ouviu do pai, e aprendeu vem a mim.46 Não que alguém tenha visto o Pai, senão aquele que é de Deus, ele tem visto o Pai. 47 Em verdade, em verdade eu vos digo: Aquele que crê tem a vida eterna. 48 Eu sou o pão da vida. 49 Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. 50 Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morrer. 51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; sim eo pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo.

52 pois, os judeus entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a sua carne a comer? 53 Jesus, pois, disse-lhes: Em verdade, em verdade eu vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. 55 Porque a minha carne é verdadeira comida eo meu sangue é verdadeiramente bebida. 56 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57 Como o Pai, que vive me enviou, e eu vivo pelo Pai; então ele que me come, ele também viverá por mim. 58 Este é o pão que desceu do céu: não como os vossos pais comeram, e morreram; o que come deste pão viverá para sempre. 59 Ele disse estas coisas na sinagoga, ensinando em Cafarna1.

60 Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto , disseram: Este é um duro discurso; quem o pode ouvir? 61 Mas, sabendo Jesus em si mesmo que os seus discípulos murmuravam disto, disse-lhes: Isto vos vos escandaliza? 64 O que então se você deve contemplar o Filho do Homem subir para onde estava antes? 63 É o espírito que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida. 64 Mas há alguns de vós que não crêem. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de entregar. 65 E ele disse: Por esta causa que eu vos disse que ninguém pode vir a mim, a não ser-lhe dada do Pai.

66 Após isso, muitos dos seus discípulos voltaram para trás e já não andavam com ele. 67 Jesus dizia, pois, aos doze, também vós quereis ir embora? 68 Simão Pedro respondeu-lhe: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. 69 E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus. 70 Respondeu-lhes Jesus: Não vos escolhi a vós os doze, e um de vós é um diabo? 71 Agora ele falava do Judas , filho de Simão Iscariotes, pois foi ele quem o havia de entregar, sendo um dos doze.

O milagre da multiplicação dos pães teve lugar no lado oriental do Mar da Galiléia. No início da manhã, depois da tempestade no mar, Jesus e seus discípulos ancorado seu barco em Cafarna1. Enquanto isso, alguns barcos de Tiberíades tinha parado perto do local da alimentação e algumas das pessoas tomou passagem sobre os barcos para Cafarnaum para encontrar Jesus. Não há nenhuma razão para pensar que não havia barcos suficientes para transportar toda a multidão. Como muitos foram como os barcos iria realizar. Esta explicação da maneira pela qual as pessoas tem todo o lago está de acordo com o costume de João de estabelecer definições adequadas para os discursos de Jesus.

A multidão a quem Jesus deu o discurso sobre o pão da vida provavelmente foi composta em grande parte de judeus. Jesus referiu-se à dádiva do maná por Moisés (v. Jo 6:32 ); Os judeus murmuravam Ele (v. Jo 6:41 ); eles discutiam entre si (v. Jo 6:52 ); e a reunião teve lugar na sinagoga de Cafarnaum (v. Jo 6:59 ). O texto grego sugere que em suas contendas os judeus chegaram às vias de fato entre si. Vendo um número de pessoas da multidão de no dia anterior, Jesus os acusou de segui-lo para a comida que haviam recebido gratis.Ao mesmo tempo, ele começou a dizer-lhes o verdadeiro pão do céu (v. Jo 6:32 ). Ele sabia que havia fome no coração humano que são mais profundas do que a fome de comida, fome que deve ser despertado antes que eles possam ser satisfeitas. Jesus olhou para além do materialismo denso do povo e viu as necessidades internas de suas vidas. E seguiu-se um dos maiores discursos de todo o ministério de nosso Senhor. A grande verdade Ele ensinou que permaneceu através dos séculos no sacramento da Ceia do Senhor.As opiniões estão divididas sobre o significado eucarística deste discurso. Certamente o versículo 51 é eucarística em conteúdo, mas que todo o sermão era feito não é certo.

Há um paralelo notável entre esta ocasião e que pelo poço de Jacó (cap. Jo 4:1 ). Pão toma o lugar da água. Nas analogias água se torna a água ou espiritual eterna da vida água-e pão torna-se o pão da vida eterna-pão ou espiritual. No presente caso, a analogia é reforçada, e Jesus é o Pão da Vida. Como o resultado das palavras de Jesus, a mulher é levada para pedir a água viva, ea multidão é trazido a pedir pão. Como seria de esperar, Jesus não recebeu a resposta de acreditar na multidão sinagoga que ele tinha recebido da mulher samaritana.

A multidão em Cafarnaum era, um grupo típico de busca curiosidade das pessoas, interessados ​​principalmente no que eles podem fazer o ganho deste milagreiro quem esperava viria a ser o seu Messias, seu libertador político do senhorio de Roma. Eles podem ter interpretado a alimentação da multidão como uma mão-out política. Ao mesmo tempo, a alegação de Jesus para o poder ea graça de Deus pegou sua imaginação. O que podemos fazer, para que possamos realizar as obras de Deus? eles pediram. O que eles poderiam fazer para encaminhar esse movimento que parecia estar tomando raiz? O milagre da multiplicação dos pães e peixes no dia anterior não parecia impressioná-los muito fortemente. Pelo menos eles queriam a confirmação de que o que eles tinham testemunhado era a regra e não a exceção, e por isso pediram a Ele por outro sinal ou milagre. Moisés tinha dado a Israel maná no deserto; Ele poderia provar sua afirmação de liderança nacional como conclusivamente como Moisés, seu provou?

Este foi o chumbo, que prefaciou discussão de Jesus pão-de-vida. Não foi Moisés, mas Deus, que havia fornecido o maná para Israel. Além disso, que "pão do céu" tipificava o verdadeiro Pão que Deus mesmo assim foi oferecendo-lhes. Tanto o maná no deserto e comida de ontem na montanha foram feitos para ajudá-los a reconhecer Aquele que era o Pão da Vida. Sua reply- Senhor, dá-nos sempre desse pão -placed-los com um número crescente de ouvintes que fizeram perguntas ingênuas ou feitos comentários inapropriados, porque eles não podiam compreender a verdade divina. Mas eles ainda estavam ouvindo, e Jesus proferiu uma de suas declarações mais diretas de verdade: Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede (v. Jo 6:36 ). Mesmo assim, Deus estava no trabalho, oferecendo-lhes o pão da vida eterna. Se eles pudessem ver e crer, pão para a alma e não apenas para o corpo estava diante deles. Esta é a vontade de meu Pai, que todo mundo que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna (v. Jo 6:40) . Não existe maior ou mais aberto recurso tinha sido dada por Jesus até aquele momento. No começo, ele estava irritado com o materialismo insensível da multidão; Mas logo ele era o Salvador que procuravam em busca de conquistá-los. "Jesus quase lançar pérolas aos porcos em seu esforço paciente para ajudar essas pessoas ver que tipo de Messias Ele foi muito, em contraste com as esperanças políticas expressas na tarde anterior." Mas eles só poderia murmurar entre si sobre sua afirmação de ter vindo do céu; Ele não podia ser de origem celeste, porque seus pais eram bem conhecidos na área. É digno de nota que João, que coloca maior ênfase sobre a divindade de Jesus, neste caso, registra o fato de que Ele é chamado o filho de José. Ele não diz do nascimento virginal, acreditando que a reivindicação de divindade de Cristo deve ser fundamentada por sua vida e obra, em vez de só pela forma de seu nascimento. Será que a afirmação de Jesus a um nascimento virginal ter sido mais prontamente recebidas de Sua declaração de que Ele era o pão vivo que desceu do céu ? Sem dúvida, não, porque a fé em ambos sua pessoa e sua mensagem deve ser baseado no que Deus estava fazendo por meio dele. Milagres estavam sendo forjado e um grande apelo para a fé estava saindo. Por tudo o que Jesus fez e disse, Ele estava tentando tornar Deus conhecido. É o apelo que sempre foi feita pelo Evangelho. Deus chama, mas os homens devem responder em fé. "Aceite-O que é o Pão da Vida", foi a mensagem, mas porque as pessoas estavam mortos para as coisas espirituais, eles se virou e continuou a discutir entre si.

E assim Jesus carregou sua analogia à sua conclusão final: Minha carne é verdadeira comida eo meu sangue é verdadeiramente bebida (v. Jo 6:55 ). O que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna (v. Jo 6:54 ). É impossível para os cristãos de hoje para entender estas palavras sem um alto grau de discernimento espiritual. Os primeiros cristãos foram acusados ​​de comer sacrifícios humanos em suas festas eucarísticas. E missionários hoje em algumas partes da África deve tomar muito cuidado para explicar o que se entende por "Este é o corpo de Cristo, este é o sangue de Cristo" na observância da Ceia do Senhor. E por isso não é estranho que Jesus se reuniu com apenas mal-entendidos e críticas. João não diz o que veio desse discurso; a conta fecha com as pessoas murmurando. A resposta final pode ter sido mais favorável do que o representado, como no caso de Nicodemos. João conta apenas o suficiente para atravessar a analogia de Jesus como o Pão da Vida.

Houve uma reação definitiva por parte de alguns dos discípulos de Cristo (e não a doze). "Não podemos tolerar isso", eles disseram (Weymouth). Jesus começou a explicar-lhes a diferença entre a carne eo espírito. Só uma interpretação espiritual colocada sobre as palavras poderia fazer sentido. As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida (v. Jo 6:63 ). Por que Ele não disse isso para a multidão de judeus? Porque Ele já havia ido mais longe do que eram capazes de seguir. E até mesmo alguns discípulos, aqueles que anteriormente tinham acreditado nele-virou-se e deixaram de segui-Lo. Assim foram os homens-testado, assim, Jesus se tornou seu juiz-assim, suas vidas foram determinadas pela sua resposta a ele. Alguns haviam sido atraídos para Ele, talvez por curiosidade ou por causa da atratividade que deve ter irradiado de sua personalidade, mas a fé não se tinha tornado operatório dentro deles. Eles eram como o solo duro em que a semente caiu, apenas para ser roubado antes que ele tinha enraizado. Outros, os doze incluído, ouviu e acreditou. quereis também ir embora ? Perguntou Jesus. "A forma da pergunta espera uma resposta negativa, mas a simples pergunta de ele mostra o quanto Jesus levou a sério essa rejeição pela população quando Ele desejava salvar." Era como se Jesus estava dando os doze uma oportunidade de seguir o multidão. Mas Pedro falou para o grupo, Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós acreditamos e sabemos que és o Santo de Deus (vv. Jo 6:68-69 ). Como isso deve ter aplaudido o coração de nosso Senhor! No entanto, havia tristeza misturada com a alegria. Pois sabia que Pedro iria um dia negam-deserdá-lo em público; e que Judas iria traí-lo para ser crucificado.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71
  1. Os sinais (6:1-21)

Os três primeiros sinais mostraram que o homem é salvo pela Palavra, pela fé e pela graça. O quarto sinal (alimentação Dt 5:0, Paulo pergunta: "Como ouvirão, se não há quem pre-gue?". Se nós dermos ao Senhor tudo que temos, como o rapaz de Jo 6:9, ele pegará isso e dividirá tudo o que temos para abençoar os outros. No evangelho de João, os últimos quatro sinais ilustram os efeitos da salvação:

  1. Alimentação Dt 5:0) e paz de Deus (Fp 4:4-50).

    1. O sermão (6:22-65)

    Os versículos 22:31 descrevem o cenário em que o sermão foi feito. As pessoas, interessadas em alimen-to, seguiram Cristo até Cafarnaum, do outro lado do mar, e o encon-traram na sinagoga (v. 59). Ele reve-lou os motivos carnais e superficiais delas (vv. 26-27) e sua ignorância quanto ao sentido de ser salvo pela fé (vv. 28-29). Ele queria dar-lhes a vida eterna da mesma forma como graciosamente as alimentara com o pão, e tudo que deveriam fazer era aceitá-lo, mas elas logo pensaram que teriam de trabalhar para isso. No versículo 30, os judeus lançam um desafio a Jesus: "Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em ti?". Eles lembram-no de como Moi-sés fez cair pão (maná) do céu para alimentar os judeus (veja Êx 16), e Jesus fundamentou seu sermão nis-so. O sermão divide-se em três par-tes, e a cada uma delas segue-se uma reação da multidão.

    1. Ele se revela: o Pão da vida (vv 32-40)

    Essa é uma clara afirmação de que é o verdadeiro Filho de Deus! O Pão de Deus é uma pessoa do céu (v. 33) e dá vida não apenas aos ju-deus (como fez Moisés), mas a todo o mundo! A forma de receber esse Pão é vir até o Senhor e pegá-lo, e esse Pão dá vida não apenas hoje, mas também vida futura na ressur-reição. Observe a reação dos judeus (vv. 41-42) que negam a divindade dele. Jesus disse que Deus era seu Pai (v. 32), e eles dizem que José é seu pai (v. 42). E interessante com-parar o maná com Jesus Cristo:

    1. O maná vinha do céu duran-te a noite; Cristo veio do céu quan-do os homens estavam nas trevas.
    2. O maná caía no orvalho; Cristo nasceu do Espírito de Deus.
    3. O maná não foi maculado pela terra; Cristo não tinha pecado, foi separado dos pecadores.
    4. O maná era pequeno, re-dondo e branco, o que sugere a hu-mildade, a eternidade e a pureza de Cristo.
    5. O maná tinha sabor doce; Cristo é doce para os que creem nele.
    6. O maná devia ser pego e comido; Cristo deve ser recebido e apropriado pela fé (1:12-13).
    7. O maná foi uma dádiva gra-tuita; Cristo é uma dádiva gratuita de Deus para o mundo.
    8. O maná era suficiente para todos; Cristo é suficiente para todos.
    9. O maná seria pisado se não fosse pego. Se você não recebe Cris-to, rejeita-o e calca os pés sobre ele (veja He 10:26-58).
    10. O maná era um alimento do deserto; Cristo é nosso alimento nessa jornada de peregrinação em direção ao céu.
    11. Ele revela o processo da salvação (vv. 43-52)

    O pecador perdido não busca Deus (Rm 3:11), no entanto a salvação inicia-se em Deus. Como o Senhor traz as pessoas a Cristo? Ele usa a Palavra (v. 45). Para ter uma descri-ção clara do que Cristo quer dizer com "trazer" os homens, leia 2 Tes- salonicenses 2:13-14 com atenção. Comer o pão terreno sustenta a vida por um tempo, mas, no fim, a pes-soa morre. Receber o Pão espiritual (Cristo) dá vida eterna. No versícu-

    Io 51, Cristo deixa claro que dará sua carne pela vida do mundo. Os judeus discutiram a respeito disso (v. 52), pois era contrário à lei judai-ca comer carne humana. Eles, como Nicodemos, confundiram o físico com o espiritual.

    1. Ele revela o poder da salvação (vv. 53-65)

    O que Jesus quer dizer com "co-mer" sua carne e "beber" seu san-gue? Ele não fala no sentido literal. No versículo 63, ele afirma com clareza: "A carne para nada apro-veita". O que dá vida? "O espírito é o que vivifica" (v. 63). "As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida." Em outras palavras, a pessoa, ao receber a Palavra como é ensinada pelo Espírito, come a carne de Cristo e bebe seu san-gue — isto é, participa de Cristo e recebe-o. Cristo não fala do pão e do cálice da ceia do Senhor ou de qualquer outro rito religioso. Jesus ainda não instituira a ceia do Se-nhor, e, quando o fez, deixou claro que ela era um memorial. Ela não concede vida. Negaríamos a graça de Deus na salvação (Ef 2:8-49), se disséssemos que o homem recebe a vida eterna ao comer o pão e be-ber o vinho.

    Jesus é a Palavra viva (Jo 1:1 -4) e se "fez carne" por nós (1:14). A Bíblia é a Palavra escrita. Seja o que for que a Bíblia diga a respeito de Jesus, diz o mesmo a respeito de si mesma. Os dois são santos (Lc 1:35 e 2Tm 3:1 2Tm 3:5), são verdade (Jo 14:6; Jo 17:17), são luz (Jo 8:12; SI 119:105), são vida (Jo 5:21;SI 119:93), dão novo nascimento (1Jo 5:18; 1Pe 1:23), são eternos (Ap 4:10; 1Pe 1:23), são o poder de Deus (1Co 1:24; Rm 1:16). A conclusão é óbvia: você recebe Jesus Cristo quando recebe a Pa-lavra no coração. Nós "comemos a carne dele" ao participar da Pa-lavra do Senhor. No versículo 51, Jesus afirma: "Eu sou o pão vivo" e, emMt 4:4, declara: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus". Em Jo 6:68, fica cla-ro que Pedro apreendeu o sentido do sermão, pois declara: "Senhor, para quem iremos? Tu tens as pala-vras da vida eterna".

    As pessoas ficaram ofendidas com essa doutrina (v. 61) e não ca-minhariam mais com Cristo. Essa é a crise n2 1 do evangelho de João (veja a sugestão de esboço do evan-gelho de João).

    1. A separação (6:66-71)

    A Palavra de Deus, ao revelar a pes-soa de Cristo, separa o verdadeiro do falso. A multidão rejeitou o Pão da vida para a alma, pois queria o pão para o corpo. Pedro e dez dos discípulos afirmaram sua fé em Cris-to. A fé deles vem pelo ouvir a Palavra (Rm 10:17). Entretanto, Judas era um embusteiro e, no fim, trai a Cristo. (Nota: no versículo 66, a palavra "discípulos" refere-se aos "seguidores" da multidão, não aos doze apóstolos.)


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71
6.1 Tiberíades. Outro nome para o mar da Galiléia. Uma cidade com esse nome foi edificada à beira do lago por Herodes Antipas entre 22-26 d.C., em honra ao imperador romano Tibério (14-37 d.C.).

6.2 Multidão. Agora a popularidade de Jesus atinge seu auge.

6.3 Subiu Jesus ao monte. Seria uma indicação da relação entre este ato messiânico e Moisés subindo o monte Sinai (conforme Mt 5:1; Mc 3:13). Jesus, "o Profeta". (Dt 18:15, Dt 18:18) supre as necessidades da multidão com pão e peixinhos assim como Moisés com maná e codornizes (Nu 11:31).

6.4 Páscoa. O pão que Jesus dá é a nova Páscoa (1Co 5:7).

6.5,7 Filipe. Prático nos cálculos, pessimista nas conclusões; ele acha que pão no valor de 200 denários (conforme Mt 20:2) seria insuficiente.

6.9 Pães de cevada, comum entre os pobres, era pão inferior (2Rs 4:42ss). Peixinhos. Cozidos ou salgados (gr opsaria, 21.9, 10).

6.10 Relva. Confirma, que era a primavera, época da Páscoa (Mc 6:39).

6.11 Aqui encontramos uma alusão às quatro ações da Ceia. "Tomou". (Mc 6:41, "abençoou"), deu graças (Lit. "tendo feito eucaristia"), "partiu" (só em Mc 6:41) e "distribuiu". Essa refeição previu a Ceia na 1greja e finalmente apontava para o banquete dos remidos no futuro Reino de Deus (conforme Ap 19:9).

6.13 Doze cestos. Não ajuntaram os pedaços no chão mas guardaram o pão que sobrou depois que todos se fartaram. Jesus é contrário ao desperdício desnecessário.

6.15 Rei. Jesus aceitaria apenas uma coroa de espinhos (19.5). A possibilidade da existência do Seu reino, "não deste mundo" (18.36), se baseia na Sua morte e ressurreição.

6.19 Trinta estádios equivalem a cerca Dt 5:6, LXX). Isso não deixaria de chamar atenção ao fato que Ele se chamaria pelo nome divino (conforme 8.24, 28).

6.21 Logo. • N. Hom. O Poder de Nosso Senhor. O milagre demonstrou três características.
1) Andou sobre a água - conquistou a gravidade;
2) parou a tempestade -controlou o cosmos;
3) logo (lit. imediatamente) o barco chegou - conquistou o espaço.

6.24 À sua procura. A busca de Jesus é nobre unicamente quando a motivação é certa. Aqui deparamos puro materialismo (26).

6.26 Não porque vistes... fartasses. Salienta-se o contraste entre o milagre e seu significado profundo espiritual.

6.27 Comida que perece. Como o maná do deserto que alimentou temporariamente o corpo A "comida que subsiste para a vida eterna", refere-se a Cristo que pelo Espírito alimenta continuamente a crente (conforme 4.14). Seu selo. O atestado divino do Espírito que todo verdadeiro crente recebe (conforme 3.33; 1.32s; Ef 1:13; Ef 4:30).

6.28 Realizar as obras de Deus. Os judeus pensaram na possibilidade de aprender a fazer os milagres como Jesus e Moisés fizeram. Jesus esclarece que a "obra" que antecipa todas as obras (14,12) é a fé submissa em Cristo, o Enviado de Deus.

6.30 Que sinal. Os judeus reclamaram que fé necessita de fundamento num sinal autenticador vindo de Deus. Jesus respondeu que:
1) não foi Moisés quem doou o naná, mas Deus;
2) e que Seu Pai agora oferece a eles o pão que traz a vida eterna (6.33).

6.32 Não foi Moisés. Jesus nega que o famoso legislador de Israel, em vez de Deus, podia produzir o "pão verdadeiro" que dá a vida celestial. Jesus tem em mente a Torá (Lei de Moisés) que os rabinos chamaram de "pão" e que achavam capaz de dar vida a quem à seguisse

6.34 Dá-nos sempre. Cl 4:15. Não se restringe à época da multiplicação dos pães, mas até a Sua vinda, a mensagem de Cristo alimenta os que crêem

6.35 Eu sou. Primeira das sete reivindicações introduzidas por "ego eimi" (6.35; 8.12, 28; 10.7; 11.11, 25; 15.1; conforme Êx 3:14n). • N. Hom. Como se alimentar de Cristo:
1) Vindo a Ele em contrição e fé (40, 44);
2) Vendo e reconhecendo quem Ele é (40). Os benefícios:


1) Satisfação contínua (35);
2) Aceitação e proteção permanentes (37, 39);
3) Vida eterna agora (40);
4) Ressurreição (40).
6:41-59 Objeções dos judeus e respostas de Jesus.
6.42 Os judeus negam a origem celestial de Jesus. Jesus responde que apenas os que forem ensinados por Deus reconhecerão Sua encarnação e nascimento virginal (44, 45).
6.49 O maná foi incapaz de afastar a morte para os israelitas. Põe em contraste a mensagem salvadora de Cristo, o "Pão do céu”.
6.51 A segunda objeção se levanta contra a declaração de Cristo que Ele era a carne, o pão do céu. Resposta: Sendo vítima sacrificial que pelo corpo crucificado e sangue vertido oferecerá vida ao mundo. A confirmação desta verdade se verificará na ressurreição.

6.52 A terceira objeção: "Como pode este dar-nos a comer sua própria carne"? A resposta é espiritual, não material. Sem comer sua carne crucificada (conforme 1,14) pela fé e beber Seu sangue que lava todos os pecados não terão a vida eterna (53). "Carne" e "sangue" significam a plena humanidade de Cristo (1Jo 4:2, 1Jo 4:3). No sacrifício o sangue obrigatoriamente pertencia a Deus (Gn 9:4; Dt 12:16, Dt 12:23) porque nele estava a vida. Jesus declara que se não assimilarmos Sua vida não participamos nele.

6.55 Verdadeira. Quer dizer, "a única". Pode haver neste trecho uma sugestão da Ceia em que se dramatiza a permanência em Cristo pela participação nos símbolos de Sua vida e morte (conforme Ap 3:20).

6.57 Eu vivo pelo Pai. A relação entre Cristo e o Pai prefigura a mesma entre o crente e Cristo. A parte dEle não se pode viver.

6.60 Duro (gr skleros) não difícil de entender mas duro de aceitar.

6.61 Escandaliza. (gr skandalizei "provocar tropeço"). Cf.Mt 15:7-40. A doutrina da expiação substitutiva tem sido um escândalo para o mundo através dos séculos.

6.62 Subir... Jesus não procura com provar suas afirmações. Declara que sua ascensão demonstraria a veracidade de sua reivindicação (3.13).

6.63 Espírito... carne. Veja o contraste em 3.6. O espírito do homem fornece ponto de contato com Deus. O Espírito Santo dá o entendimento necessário da verdade que salva (14.26). As palavras de Cristo comunicam Sua pessoa e, assim, a vida para quem crê e almeja obedecer-lhe. Conforme 15.4s com 15.7 onde a pessoa e as palavras se identificam.

6.65.66 • N. Hom. Quem é Discípulo de Verdade?
1) Quem for trazido a Jesus pelo Pai (44, 65);
2) Quem não abandona a Cristo (Mt 14:13) e anda com Ele (66; Gn 5:24; Cl 2:6);
3) Quem não é atraído por outrem (68; Gl 3:1):
4) Quem fundamenta sua fé nas palavras de Cristo (68; 5.24);
5) Quem reconhece Jesus como o Santo de Deus (69).

6.66 Discípulos. Além dos doze (Mc 3:14) houve muitos seguidores ocasionais de Jesus impressionados com Ele e Sua mensagem (3.1s).

6.70 Se entre os escolhidos de Jesus houve alguém que em vez de entregar seu coração a Jesus o abriu para o diabo (Jo 13:27), não nos deve surpreender que na 1greja haja casas iguais. No caso de Pedro, que se arrependeu, a ocupação satânica foi temporária (Mc 8:33).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71

3) Alimentando a multidão (6:1-15)
v. 1. Algum tempo depois: Alguns acham que esse capítulo deveria preceder o cap. 5 na seqüência cronológica, com base no aspecto de que 7.1 segue de forma mais natural o cap. 5 (v. em particular 5.18). Mas a idéia não está suficientemente fundamentada para torná-la satisfatória (v.comentário Dt 7:15). mar de Tibertades: Assim denominado segundo a cidade, fundada por Herodes Antipas em 26 d.C. em honra a Tibério César. João pode ter usado o nome atualizado para o benefício dos não-judeus (conforme 21.1). v. 4. a festa judaica da Páscoa: Essa Páscoa, provavelmente, ocorreu um ano depois da mencionada no cap. 2, pois na ocasião anterior João Batista ainda não havia sido preso; e, de acordo com Marcos, ele não só havia sido preso, mas também executado na época da multiplicação dos pães Jl 5:0; Mt 15:29-40). v. 5. vendo uma grande multidão que se aproximava: Tendo caminhado em volta da margem nordeste do lago, Jesus se compadece das pessoas (conforme Mc 6:33). Filipe-. Nos Sinópticos, são os discípulos que expressam preocupação pela multidão. Aqui, de forma complementar, Jesus testa um deles.

v. 9. mas o que é isto para tanta gente?: O problema de André é registrado para mostrar como são escassos os recursos do homem em comparação às suas necessidades, v. 11. Jesus [...] deu graças (gr. eucharistêsas): O fato de João descrever esse incidente de forma extensa, enquanto não registra a última ceia em detalhes, certamente é significativo. Ação de graças é, no entanto, somente o que poderíamos ter esperado de Jesus, e a palavra de João para isso pode conter um significado técnico que iria associar esse evento imediatamente à ceia do Senhor. A lição principal aqui, aparentemente, é que Jesus estava agindo em dependência do Pai, de forma que as associações eucarísticas não deveriam ser exageradas, v. 12. Ajuntem os pedaços que sobraram-. Qualquer projeção de pensamento por parte do evangelista aqui para a completude do corpo de Cristo simbolizado na mesa da ceia é muito improvável. Antes, é evidência clara do fato de que Jesus se importava com o desperdício e tinha a intenção de trazer os discípulos de volta à realidade da necessidade humana distante do mundo dos milagres, v. 14. Sem dúvida este ê o Profeta: O assassinato recente de João Batista tinha intensificado o desejo de se encontrar um Messias popular. A aclamação deles saudou Jesus como o profeta como Moisés (Dt 18:1

5). v. 15. Sabendo Jesus que pretendiam proclamá-lo rei\ A multidão “como ovelhas sem pastor” (Mc 6:34) era um exército procurando um comandante para conduzi-la contra os romanos, retirou-se-, Marcos nos diz que foi para orar (conforme Mc 6:46). Esse era um momento crítico. O reinado terreno estava longe dos anseios de Jesus (conforme 18.33,34) como a tentação já havia mostrado (conforme Mc 4:1-41).


4) Uma tempestade no mar (6:16-21)
Os discípulos retornam agora para o lado ocidental do mar da Galiléia. v. 19. Depois de terem remado cerca de cinco ou seis quilômetros-, O termo grego stadion era equivalente a cerca de 185 metros. Andando sobre o mar (gr. epi tês thalassês): O sentido exato da frase grega tem sido debatido. Alguns defendem que significa “próximo do lago”, i.e., na margem, como em 21.1, assim descartando o sentido miraculoso das palavras, e fundamentando sua argumentação na alegação de que a alegria dos discípulos de receber Jesus no barco não os levou a de fato recebê-lo assim, pois logo chegaram à praia. Mas a sua chegada à margem não precisa ser tão rápida quanto as palavras podem sugerir, pois a distância em que estavam (v. 19) sugere que, quando viram o Senhor, tinham feito aproximadamente metade da travessia. E o texto é de difícil compreensão, a não ser que eles de fato tenham recebido Jesus dentro do barco com eles.


5) O pão vivo (6:22-59) v. 25. Mestre, quando chegaste aqui?-. A pergunta da multidão abre caminho para todo o discurso. A pergunta deles estava ligada ao tempo e à forma, pois a sua curiosidade pelo miraculoso não diminuía tão facilmente. Assim, Jesus diz: vocês estão me procurando [...] porque comeram os pães e ficaram satisfeitos (v.26). Mas que tipo de interesse eles tinham? Eles somente vinham a ele em virtude da satisfação do momento, e não pela comida que permanece e que, aqui e agora, nutre a vida eterna daqueles que a ingerem, v. 27. nele colocou o seu selo de aprovação-, O sinal dos pães e peixes é a autenticação divina das palavras de Jesus. v. 29. “A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviouA compreensão que eles têm da idéia principal das palavras de Jesus ainda é limitada. Mas Jesus diz que a fé nele vai dar frutos naturalmente, não como um esforço ou obrigação. O tempo verbal denota continuidade, e não um ato único. v. 30. Que sinal miraculoso mostrarás-, A incredulidade deles é algo quase incrível. A multiplicação miraculosa dos pães, evidentemente, não produziu o efeito interior. Jesus rejeita a alusão que eles fazem a Moisés porque sua compreensão daquele milagre (conforme Ex 16:15Ne 9:5) era deficiente, v. 32. é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão-, O maná de Moisés não era o “verdadeiro pão”, e, de qualquer forma, não foi dado por Moisés, mas por Deus. 

O verdadeiro pão dá vida ao mundo (v. 33). O povo começa a entender a distinção que Jesus está fazendo entre o maná e o sustento espiritual de que o maná é um tipo, de modo que responde com mais respeito mas ainda com entendimento incompleto. Senhor, dá-nos sempre desse pão! (v. 34), como a mulher samari-tana havia falado: “dê-me dessa água” (4.15). Por isso, Jesus torna a natureza do verdadeiro pão mais clara ainda. v. 35. Eu sou o pão da vida\ Até aqui no discurso, esse pão é dado pelo Filho do homem (v. 27) como o agente do Pai (v. 32); agora ele o identifica consigo mesmo, assim suscitando crítica ainda mais acentuada. Aquele que vem a mim nunca terá fome\ O compromisso total para com ele vai resultar em salvação total. Assim como não há nada de parcial no fato de Deus dar a vida, não pode haver também parcialidade em receber Cristo, v. 37. Todo aquele que o Pai me der virá a mim\ Isso é tão arbitrário assim? Temple acrescenta: “Perceber que o meu não ‘vir’ é em si devido à vontade do Pai, que ainda não me atraiu, e aceitar isso é um começo de confiança nele, um sinal de que de fato ele está me atraindo para vir” (v. 1, p. 88). v. 38. a vontade daquele que me enviow. Gf. v. 39,40. A vontade de Deus é o cerne da obra de Cristo na salvação. E a realização de Cristo dessa vontade é perfeita para que ele não perca nenhum (v. 39).

Vida eterna é o presente que Deus quer dar aos homens, v. 40. e eu o ressuscitarei. Westcott comentou apropriadamente que a doutrina da vida eterna toma óbvia a necessidade da ressurreição. João sempre pensa na vida eterna como uma possessão aqui e agora, embora o último dia mostre que ele também inclui a idéia de julgamento. v. 42. Este não é Jesus, o filho de José?-. A elaboração que Jesus faz dos ditos acerca do pão da vida, sem dúvida, conduziu alguns dos seus ouvintes a aceitarem o que ele estava dizendo como verdadeiro (conforme v. 34). Agora, no entanto, não é tanto o pão da vida que eles questionam, mas que essas reivindicações fossem feitas por alguém de origem tão humilde. v. 44. Ninguém pode vir a mim, se o Pai [...] não o atrair. A incredulidade dos judeus não contribui para a questão. Sempre é o Pai que toma a iniciativa para a salvação dos homens; assim, a resolução de enigmas teológicos não vai trazer vantagens finais, pois Todos serão ensinados por Deus (v. 45; conforme Is 54:12,Is 54:13). Deus ensina os homens no aspecto de que só ele pode pronunciar a sua palavra. Todos os que ouvem e respondem de forma digna a essa palavra inevitavelmente vão se voltar para Cristo. O teste é franco (conforme v. 45,46).

v. 51. Este pão é a minha carne, que eu darer. Em resumo, Jesus novamente lembra os ouvintes de que o maná era somente um tipo do verdadeiro pão de Deus (conforme v. 49,50). Ele é o verdadeiro pão da vida. E a vida dele que será dada. Esse é o sacrifício de Jesus de si mesmo, pois ele dificilmente poderia dar sua carne e sangue (conforme v. 56) sem morrer, v. 53. Se vocês não comerem a carne [...] e não beberem o seu sangue-, A pergunta acerca da relação entre esse dito e a ceia do Senhor, em que os que participam assim o fazem por fé (1Co 10:16), é inevitável. Nos Sinópticos, a ceia do Senhor é registrada principalmente como instituída pelo próprio Senhor. Aqui, no entanto, podemos ver o ensino do Senhor Jesus que só pode ser completamente compreendido à luz da celebração que ele instituiu e que, sem se referir diretamente àquela ceia, transmite verdades que poderiam fornecer à ceia do Senhor um profundo significado para o crente. A linguagem é vividamente metafórica, denotando a apropriação de Cristo pela fé. “É uma figura”, diz Agostinho, “ordenando-nos que comuniquemos com a paixão do nosso Senhor e, secreta e proveitosamente, armazenemos na nossa memória que por nossa causa ele foi crucificado e morto” (On Christian Doctrine 3.16). Bernard explica as palavras Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue (v. 54) assim: “Aquele que reflete acerca da minha morte e segue o meu exemplo de mortificar seus membros que estão na terra tem a vida eterna — em outras palavras, ‘Se você sofrer comigo, vai também reinar comigo’ ” (On Loving God, 4.11). Deve-se observar que “carne” aqui corresponde a “corpo” nos Sinópticos e em 1Co 10:16; 1Co 11:24,1Co 11:27,

29. Se há alguma distinção que deve ser feita entre os dois, seria que “carne” destaca a total humanidade de Cristo, enquanto “corpo” significaria sua pessoa como uma entidade orgânica, e o fato de que João tinha em mente os mestres docetistas não deve ser negligenciado nesse contexto. “Meu corpo” e “minha carne” representariam igualmente o termo aramaico bisri. v. 58. Este ê o pão que desceu dos céus\ O contraste entre Cristo e a Lei, entre o pão vivo e o maná, agora está completo. Como o Senhor Jesus está completamente identificado com o Pão de Deus, assim somente aquele que participa dele vai saber o que realmente significa a vida que vem de Deus.


6) A fé e a incredulidade dos discípulos (6:60-71) Jesus agora se concentra nos discípulos quando a oposição se acentua em outros ambientes. v. 60. Dura é essa palavra-, Não é de admirar que os discípulos ficassem tão consternados, em virtude do pouco conhecimento que tinham do futuro de Jesus. v. 62. Que acontecerá se vocês virem o Filho do homem subir. Ele desceu para dar vida. Vem o tempo quando vai retornar ao Pai em poder e glória. Se eles o viram na carne, que ele está prestes a dar pelo mundo, e estão maravilhados, qual será, então, a sua reação quando o virem subir num esplendor de glória? v. 63. O Espírito dá vida; a carne não produz nada-, Conforme os v. 53 e 55. As palavras de Jesus precisam ser entendidas num sentido espiritual, e não carnal. A sua carne é o veículo do Espírito e, por isso, pode transmitir a vida. Mas, como ele disse a Nicodemos, nada da base da natureza humana pode ajudar o homem na sua necessidade. v. 64. há alguns de vocês que não crêem-, Jesus aceitou a Paixão e já sabe quem são os que não vão crer. Além disso, essa é a sua primeira referência ao traidor e coincide exatamente com a primeira referência dos Sinópticos à Paixão. Jesus insiste (v. 65) em que alguns inevitavelmente vão voltar atrás, e, de fato, eles voltaram atrás (v. 66) naquele exato momento, v. 68. Tu tens as palavras de vida eterna-, Conforme Mc 8:29. A primeira fé impulsiva dos discípulos agora dá lugar à convicção racional fundamentada na experiência. As palavras de Jesus talvez sejam de difícil compreensão, mas suas reivindicações e autenticidade são muito claras. Eles crêem agora, mas eles foram escolhidos (v. 70), embora um deles, em vez de voltar atrás, permaneça entre os Doze, um membro desleal, talvez buscando distorcer o reino para se conformar ao seu próprio padrão. Era o filho de Simão Iscanotes ív. 71; conforme 13 2:26). O seu nome indica que ou ele vinha de Queriote-Hezrom, ou (o que é menos provável) que ele estava ligado aos sicários (conforme At 21:37-38 e “Sicários” no NBD).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71

Jo 6:1 e 6 foram trocados, apontam certas vantagens em colocá-los na posição anterior. Mas falta de evidências documentárias para tanto formam barreira formidável para aceitarmos esse ponto de vista. O milagre diante de nós é apenas um "sinal" registrado em todos os quatro Evangelhos. Marcos e Lucas contam que Jesus estava ensinando a multidão antes do milagre, mas só João registra o sermão que Jesus pronunciou no dia seguinte.


Moody - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 35 até o 65

35-65. Esta seção compreende o discurso propriamente dito, interrompido três vezes por perguntas e discussões.


Dúvidas

Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
Dúvidas - Comentários de João Capítulo 6 versículo 35
Jo 6:35 - Por que as afirmações de Jesus do tipo "eu sou" são mencionadas apenas em João?


PROBLEMA:
João menciona numerosas vezes que Jesus disse "Eu sou" (por exemplo, Jo 6:35; Jo 8:58; Jo 10:9; Jo 14:6). Contudo, nem mesmo uma dessas afirmações é mencionada em qualquer dos demais Evangelhos. Será que João as inventou, ou Jesus de fato as fez?

SOLUÇÃO: João relatou com precisão o que viu e ouviu. Primeiro, ele foi uma testemunha ocular daqueles eventos 0o 21:34; conforme 1Jo 1:1). O seu Evangelho está cheio de detalhes geográficos (1Jo 3:23), topográficos (Jo 6:10) e de conversas particulares que denunciam um conhecimento de primeira mão daqueles acontecimentos do primeiro século (conforme Jo 3:1; Jo 13:1, Jo 13:17).

Além disso, quando João registra um acontecimento ou uma conversa que se encontra também nos demais Evangelhos, ele o faz substancialmente, da mesma maneira como os outros evangelistas o fazem. Isso inclui a pregação de João Batista (Jo 1:19-28 parece ser um trecho extraído do Evangelho de João. Até mesmo o emprego da expressão "em verdade...", que era característico de Jesus em João (conforme Jo 1:51; Jo 3:3,Jo 3:11; Jo 5:19,Jo 5:24 etc), acha-se também nos outros Evangelhos (conforme Mt 5:18,Mt 5:26; Mc 3:28; Mc 9:1; Lc 4:24; Lc 18:17), embora João faça uso dessa expressão duas vezes mais que os outros evangelistas, possivelmente por uma questão de ênfase.

Finalizando, as diferenças do Evangelho de João em relação aos sinóticos pode ser explicada de várias maneiras. Primeiramente, João dedica-se bem mais ao ministério de Jesus na Judéia, ao passo que os outros Evangelhos abordam mais o seu ministério na Galiléia.
Em segundo lugar, João registra muitas das conversas particulares de Jesus (conforme capítulos 3-4; 13 1:17-26'>13-17), ao passo que os outros Evangelhos falam mais de seu ministério público.
Em terceiro lugar, a respeito das afirmativas em que, com clareza, Jesus se expressou dizendo: "Eu sou", elas vêm normalmente depois de Jesus ter sido desafiado, quando ele declara o seu ponto de forma simples, mas enfática. Mesmo assim, elas não ficam sem expressões paralelas nos outros Evangelhos, em que Jesus diz "Eu sou" [o Cristo] (Mc 14:62).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71
b) A multiplicação dos pães para cinco mil pessoas, e o discurso sobre o Pão da Vida (Jo 6:1-43) -Este é o único milagre comum a todos os quatro Evangelhos. Ver notas, Mt 14:13-40; Mc 6:30-41; Lc 9:10-42. "A narração de uma cena crítica na obra de Cristo na Galiléia é seguida pela narração de uma cena semelhante em Jerusalém" (Westcott). "O evangelista já descreveu e explicou a incredulidade dos judeus em Jerusalém. Agora, não obstante Jo 4:45-43, expõe a incredulidade dos Galileus" (Hoskyns). Os dois sinais relatados neste capítulo constituem o fundo para o discurso sobre o pão da vida. A multiplicação dos pães para os cinco mil ocorre depois destas cousas (1) e quando a páscoa estava próxima (4). Embora seja praticamente impossível estabelecer uma cronologia exata dos acontecimentos, é bem provável que o ministério de Jesus na Galiléia, como narrado nos sinóticos, se enquadre dentro do tempo marcado pelos limites do capítulo 6. A narrativa episódica do capítulo 6 abrange "o essencial do ministério na Galiléia" (Westcott). A multiplicação dos pães para os cinco mil tem lugar nos textos sinóticos depois da volta dos discípulos, após suas lidas missionárias e o triste anúncio da morte do Batista. A turba foi conquistada pela benevolência de Jesus que sempre fazia o bem, e o seguiu de lugar em lugar. Note-se que Jesus desejou passar um tempo quieto (cfr. Mt 14:13; Mc 6:31; Lc 9:10). A narrativa joanina difere das sinóticas em diversos pormenores. Não lhe faltam evidências autênticas de uma testemunha ocular. A páscoa estava próxima (4). Este detalhe explica a presença de uma grande multidão, e sugere algo para compreender o sentido espiritual do milagre. Jesus vê a turba chegando, e propõe que se coma (5). Tomando a iniciativa, Ele fala sobre o assunto com Filipe, possivelmente com o intuito de prová-lo, porque ele bem sabia o que estava para fazer (6). Filipe responde de uma maneira eficiente e calculada (7). Na sua resposta, ele não avalia a situação à luz da fé, nem contempla a capacidade do Senhor de satisfazer as necessidades do povo. Alguém sugere que a exatidão da resposta pressuponha uma consideração prévia do problema, e que a importância citada represente o total dos seus recursos materiais. Um rapaz (9); gr. paidarion, "rapazinho". Cevada (9); comida dos pobres. O detalhe salienta mais ainda a insuficiência dos recursos dos discípulos. Jesus manda aos discípulos que façam assentar-se o povo. Povo, homens (10). É possível que a referência específica aos homens indique chefes de famílias, e que todo o povo se sentou em famílias. Jesus abençoa a parca provisão, que se multiplica milagrosamente para o povo (11). João preserva a ordem de Jesus que recolham os pedaços, em conseqüência da qual doze cestos ficaram cheios dos pedaços de pão (12,13). A turba fica sobremaneira impressionada e reconhece a significação messiânica do milagre: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo (14). Ver Dt 18:15. O milagre sem dúvida relembra ao povo a provisão do maná, séculos antes. Ver comentário sobre a discussão mais tarde na sinagoga.

>Jo 6:15

2. CRISTO ANDA POR SOBRE O MAR (Jo 6:15-43) -Marcos relata que depois do milagre da multiplicação dos pães para cinco mil, Jesus constrange os Seus discípulos a embarcarem e saírem do lugar do milagre (Mc 6:45). João oferece a razão (15): o povo estava prestes a levá-lo e aclamá-lo rei na próxima festa. Jesus afasta primeiro os seus discípulos do perigoso entusiasmo da turba, então sobe à montanha para oração e comunhão (15). Os discípulos esperavam que Jesus voltasse para eles mais tarde, possivelmente em Betsaida (Mc 6:45), mas "Jesus ainda não viera ter com eles" (17). Na ausência de Jesus, os discípulos seguem rumo a Cafarnaum, mas em caminho um temporal não tarda a desfechar. Estando no meio do mar, vêem Jesus andando por sobre as águas, e ficam atemorizados pela aparição. Jesus os acalma dizendo, Sou eu. Não temais! (20). De bom grado, recebem-no no barco.

>Jo 6:22

3. ENSINO SOBRE O PÃO DA VIDA (Jo 6:22-43) -O resultado imediato dos dois sinais é que a multidão vai atrás de Jesus. João não menciona o fato que Jesus despediu a multidão, mas pode-se concluir que muitos ficaram no lugar onde foi realizado o milagre (22). No dia seguinte, atravessaram para a outra banda do mar, e estavam admirados de descobrirem Jesus ali primeiro (24-25). Vós me procurais ... porque comestes dos pães (26). Jesus condena a atitude deles por ser puramente materialista, sem interesse espiritual, Procuraram-No por benefícios apenas materiais. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna (27). Jesus os exorta a apropriarem-se do alimento espiritual que somente Ele dá; ao mesmo tempo aponta para a aprovação divina da sua missão: Deus o Pai o confirmou com o seu selo (27). Os judeus entendem o fato que tal dádiva se verifica somente pelas obras que a acompanham. Perguntam o que devem fazer para realizar tais obras (28). Jesus responde que a obra que lhes compete é fé nAquele a quem Deus mandou (29). Embora aceitando Sua pretensão, eles insistem que o dom intangível da fé requer uma evidência externa. Pede-se-lhe um sinal dos céus para confirmar que Ele é autor da vida (30). Porventura será inaugurada a era messiânica com um milagre comparável ao do maná sobrenatural? (31; cfr. Êx 16:15). O Senhor replica a inferência, negando que fosse Moisés que lhes deu o maná, e mais ainda, que esse maná fosse, no sentido espiritual, "pão do céu". É meu Pai quem vos dá (32). O verbo do original grego significa ação continua, em contraste com o aoristo deu.

>Jo 6:33

Outrossim, Jesus define o verdadeiro pão como o que desce do céu e da vida ao mundo (33). Os judeus desejam este pão, julgando que seja uma provisão miraculosa descida do céu (34). Jesus responde que Ele mesmo é o pão da vida (35), que satisfaz a fome espiritual do crente. Os galileus já O viram sem crer nEle, e agora perdem o direito à vida eterna por causa da sua incredulidade (36). Na sua busca, foram motivados por interesses puramente materiais. O motivo que conduz a Cristo é a fé e os que têm essa fé são dados por Deus a seu Filho. Todo aquele que o Pai me dá (37). Não é por acaso que o Pai traz os homens para Si (cfr. vers. 44). O dom é irrevogável, pois o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora (37). Eu o ressuscitarei (40). A ressurreição é complemento essencial ao dom da vida eterna. No último dia (40). Ver também vers. 39,44,54. O termo representa o conceito escatológico usado comumente pelos judeus para referir-se ao tempo da plena vindicação e glória do Messias. Cfr. Jo 11:24.

>Jo 6:41

Os judeus são ofendidos pela reivindicação de Jesus, que é o pão da vida que desceu do céu, por ser Ele do proletariado, de família humilde (41-42). Nos vers. 43-51, Jesus responde, desenvolvendo a idéia, já mencionada, da felicidade de quem crê verdadeiramente nEle (36-40). Somente os que são trazidos e iluminados pelo Pai podem vir a Jesus (44), e tal iluminação vem diretamente por meio da atividade de Deus. Os profetas (45); referência àquela seção das Escrituras do Velho Testamento que leva este nome. E serão todos ensinados por Deus (45). Cfr. Is 54:13; Jr 31:34; Mq 4:2. Jesus é o único que desfruta do supremo privilégio de ver a Deus (46). De novo Jesus se declara ser o pão da vida (48) e afirma, solenemente, que ter fé nEle é ter a vida eterna (47). Contrasta o maná dado no deserto com o pão que Ele dá: enquanto o maná não impediu a operação da morte, (49), quem comer do pão da vida que Ele oferece nunca perecerá (50-51). Opera na Sua pessoa o princípio da vida eterna, em contraste com o maná que perece. Então Jesus identifica este pão espiritual que Ele dá com a sua própria carne, que dará pela vida do mundo (51). É pela assimilação da Sua natureza divina que os homens se alimentam espiritualmente.

>Jo 6:52

Neste ponto os judeus se mostram completamente descrentes e começam a disputar entre si (52). O discurso chega ao seu apogeu com a declaração singular de Jesus no vers. 53. O ato de dar a Sua carne pela vida do mundo assume agora um caráter sacrifical. A linguagem é figurada, e muitos comentaristas dão um sentido sacramental aos termos, que se relacionam com os símbolos usados na Ceia do Senhor, para representarem o comer e o beber do corpo e do sangue de Cristo. Entretanto, neste contexto, a idéia primordial se limita ao caráter redentor da morte de Jesus e aos benefícios que resultam duma apropriação dos valores espirituais da Sua morte. É secundário o conceito da maneira em que os homens participam desses benefícios. Quem comer a minha carne (54). Jesus assevera que a apropriação dos valores espirituais da sua vida e de sua morte resulta na possessão imediata de vida eterna, e a certeza da ressurreição vindoura. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida (55). Sua carne e seu sangue alimentam realmente a alma. Uma íntima união procede da assimilação da Sua natureza (56), tal união sendo parecida com a que existe entre o Pai e o Filho (57). Vers. 58 dá em síntese todo o ensino que precede, e o vers. 59 acrescenta um detalhe histórico, quanto ao lugar onde o discurso fora entregue.

>Jo 6:60

4. O EFEITO SOBRE OS DISCÍPULOS (Jo 6:60-7.1) -O evangelista descreve os diferentes resultados do discurso. A apresentação das reivindicações de Jesus, e sua revelação de si mesmo como o pão vivo de Deus, partido pela humanidade, produz a incredulidade. Duro é este discurso (60). Mesmo os discípulos acharam difícil entender Sua doutrina, e se escandalizaram. O conhecimento sobrenatural de Jesus revela os pensamentos deles, e Ele diz: Isto vos escandaliza? Que será, pois, se virdes o Filho do homem subir para o lugar onde primeiro estava? (61-62). Sua ascensão para a presença do Pai, sem dúvida, removerá qualquer conceito materialista do comer da carne e do beber do sangue de Cristo, e mostrará o verdadeiro significado de participação espiritual nos Seus méritos e triunfo. A cruz e a ressurreição são os fatos básicos da revelação. A resposta espiritual a estes fatos se produz mediante a palavra de Jesus, que é espírito... e vida (63). A vida carnal não pode evoluir para tornar-se vida espiritual. A apropriação espiritual é obra do Espírito. As palavras de Jesus neste discurso são vivificantes, e criam na alma desejos espirituais e vida.

>Jo 6:64

A incredulidade dos discípulos não se constituiu em nenhuma surpresa para Jesus. Ele previu a deslealdade deles, e a traição de Judas era-lhe conhecida de antemão (64; cfr. Jo 13:11). Por esta razão, Jesus salienta o poder do Pai em despertar resposta espiritual em todos aqueles que realmente crêem (65). Este discurso marca o apogeu no ministério de Jesus, pois desde então muitos dos seus discípulos o abandonaram (66). As palavras de Jesus coam os genuínos discípulos dos demais homens. Jesus se dirige ao círculo de seus discípulos mais íntimos com as seguintes palavras: Porventura quereis também vós outros retirar-vos? (67). Jesus encontra lealdade e crescente convicção na magnífica declaração de Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna (68). A confissão de Pedro é reforçada pelo testemunho unido dos Seus discípulos: Nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus (69). Pedro fala em nome de todos, mas há um traidor entre eles. O traidor já é conhecido por Jesus (70, cfr. nota sobre vers. 64). Judas, filho de Simão Iscariotes (71). Iscariotes provavelmente significa "homem de Queriote", e em tal caso, Judas seria o único discípulo que não era galileu. O evangelista acrescenta com pesar que seria ele o traidor do Mestre. Tal ato só pode ser cometido por alguém que é diabo (71; cfr. 7.20 n.). A tragédia se torna mais dramática por ser ele um dos doze.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71

18. A Refeição Milagrosa (João 6:1-15)

Depois destas coisas, Jesus retirou-se para o outro lado do mar da Galiléia (ou Tiberíades). Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele estava realizando sobre aqueles que estavam doentes. Então Jesus subiu ao monte e sentou-se com seus discípulos. Agora, a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. Portanto, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: "Onde compraremos pão, para que estes possam comer?" Este Ele estava dizendo para testá-lo, pois Ele mesmo sabia o que estava pretendendo fazer. Filipe respondeu-lhe: "Duzentos denários de pão não é suficiente para eles, para que todos possam receber um pouco." Um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe: "Há aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes, mas que é isto para tanta gente?" Jesus disse: "Faça com que as pessoas se sentar." E havia muita relva naquele lugar. Assim, os homens sentaram-se, em número de quase cinco mil. Jesus, então, tomou os pães, e tendo dado graças, distribuiu aos que estavam sentados;de igual modo os peixes, quanto eles queriam. E quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: "Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca." Recolheram-up, e encheram doze cestos com os fragmentos dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido. Portanto, quando o povo viu o sinal que Ele havia feito, eles disseram: "Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo." Então Jesus, percebendo que eles estavam com a intenção de vir e levá-lo à força para o fazerem rei, retirou-se novamente para o monte, mesmo sozinho. (6: 1-15)

O Novo Testamento oferece inúmeras linhas de evidência para a divindade de Jesus Cristo, não menos do que é seus muitos milagres (conforme At 2:22). De uma forma única e poderosa, Suas obras miraculosas demonstrar sua glória divina (Jo 2:11). O próprio Senhor usou para apoiar sua notável reivindicações: "As obras que o Pai me deu para realizar-as mesmas obras que Eu-testemunho de mim, que o Pai me enviou" (05:36). Em resposta à demanda exasperada de seus críticos, "Quanto tempo você vai nos manter em suspense Se Tu és o Cristo, dize-o francamente?" (10:24), Jesus respondeu: "Eu disse a você, e você não acredita; As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas dão testemunho de mim "(v. 25). O Senhor também repreendeu Corazim, Betsaida, Cafarnaum e porque, apesar dos inúmeros milagres que fazia naquelas cidades, eles teimosamente se recusou a se arrepender (Matt. 11: 20-24).

Quando João Batista enviou seus discípulos para perguntar a Jesus: "És tu aquele esperado, ou havemos de esperar outro?" (Lc 7:20), Jesus respondeu, apontando-os para suas obras milagrosas:

Naquele exato momento Ele curou muitas pessoas de doenças e aflições e espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos. E ele, respondendo, disse-lhes: "Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, os pobres têm o evangelho pregado a eles ". (Vv. 21-22)

E quando próprios discípulos de Jesus não conseguiram captar a verdade da Sua união com o Pai Ele lhes disse: "Crede-me que estou no Pai e que o Pai está em mim, caso contrário acredito que por causa das mesmas obras" (Jo 14:11 ).

Ao longo de seu ministério, Jesus poderia ter emocionou a multidão assistindo com demonstrações espetaculares de seu poder divino, como levantar-se do templo e suspendendo-o no ar, ou voar através do céu em velocidades supersônicas. Mas em vez disso, Ele escolheu para mostrar compaixão divina, fazendo milagres que entregaram as pessoas necessitadas. Ele curou os doentes (Mt 4:23-24; 8: 2-3., 5-13, 14-16; 9: 2-7, 20-22, 27-30, Mt 9:35; 12: 9-13, Mt 12:15 ; Mt 14:14; Mt 15:30; Mt 19:2; Mt 21:14; Mc 6:5; Lc 5:15; 6: 17-19; Lc 9:11; 14 : 1-4; 17: 11-14; Lc 22:51; João 4:46-53; 5: 1-9; Jo 6:2), ressuscitou os mortos (Mateus 9:23-25. ; Lucas 7:11-15; Jo 11:43), e expulsar os demônios (Mt 4:24; Mt 8:16, 28-33; 9: 32-33.; Mt 12:22; 15: 21-28; 17 : 14-18; Mc 1:39; Lc 11:14; Lc 13:32). Mesmo milagres criativos do Senhor não eram truques de mágica sensacionais. Como observado no capítulo 6 deste volume, através da criação de vinho nas bodas de Caná (Jo 2:1-11) Jesus encontrou uma necessidade para os convidados e salvou a noiva eo noivo de uma situação socialmente embaraçoso. A alimentação miraculosa das cinco mil pessoas foi um grande ato de compaixão em nome de pessoas que passaram fome.

Embora eles não podiam negar os milagres, as autoridades religiosas na Judéia rejeitada com veemência declarações de Jesus (5: 16-47). Mas essa rejeição não o impediu, ou levá-lo a suavizar a Sua mensagem. No entanto, o Senhor deixou a Judéia, porque os líderes judeus procuravam matá-lo antes de Seu tempo determinado (5.18; conforme 7: 1, 30; 08:20). Capítulo 6, em seguida, encontra-lo na Galiléia, na parte norte de Israel. Este capítulo é semelhante em estrutura ao capítulo 5; tanto gravar um milagre por Jesus, levando a um discurso sobre sua divindade. E cada um relata a resposta do povo, que em ambas as ocasiões foi uma rejeição total da Sua mensagem.

A alimentação dos cinco mil é o quarto sinal de que João gravado para provar que Jesus é o Messias e Filho de Deus (conforme 2:11; 4:54; 5: 1-17). É o único milagre (para além da ressurreição de Cristo) gravado por João que também aparece nos Evangelhos sinópticos (14 Matt:. 13-20; Marcos 6:30-44; Lucas 9:10-17) —um fato que enfatiza a sua importância, uma vez que a maioria do que João escreveu suplementos outros evangelhos, fornecendo material que não incluem. Apesar de todos os milagres de Jesus foram surpreendentes, a alimentação dos cinco mil demonstrou seu poder criativo de forma mais clara e impressionante do que qualquer outro milagre. Na verdade, em termos do número de pessoas afetadas, foi o maior de seus milagres (superiores a Sua alimentação depois de quatro mil, registrada em Mat. 15: 32-39; Marcos 8:1-9). A alimentação dos cinco mil, também prepara o palco para o discurso do Senhor sobre o pão da vida que se segue (vv. 22ff.).

A narrativa se desdobra em quatro cenas: a multidão inconstante, os discípulos infiéis, o jantar gratificante, eo falso coroação.

O Inconstante Multidão

Depois destas coisas, Jesus retirou-se para o outro lado do mar da Galiléia (ou Tiberíades). Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele estava realizando sobre aqueles que estavam doentes. Então Jesus subiu ao monte e sentou-se com seus discípulos. Agora, a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. (6: 1-4)

A frase tauta meta ( depois destas coisas [conforme 5: 1]) não significa necessariamente que os eventos registrados no capítulo 6, seguido imediatamente os eventos registrados no capítulo 5. Ele simplesmente indica que o que aconteceu no capítulo 6 ocorreu posterior aos eventos no capítulo anterior. Evidentemente, houve um intervalo de tempo significativo entre os capítulos 5:6. De acordo com o versículo 4, os acontecimentos do capítulo 6 foi realizada pouco antes da Páscoa. Se a festa não identificado Dt 5:1, Mt 8:18, ​​23-349: 18-11: 3012: 15-14: 12;Marcos 3:7-6: 30; e Lucas 6:12-9: 10 deixar claro. A disseminação de sua fama ao longo desse período de seis a doze meses os ajuda a explicar o enorme tamanho da multidão que se reuniu nesta ocasião.

A alimentação dos cinco mil ocorreu no outro lado do mar da Galiléia (ou Tiberíades). Uma vez que a maior área da Galiléia fica a oeste do lago, o outro lado iria indicar a área leste do lago, mais remota e menos populosa. O Mar da Galiléia , também é conhecido na Bíblia como o mar de Quinerete;, o Mar de Quinerote (Nu 34:11 Js 13:27..) (Js 12:3, Mc 6:30), e Jesus também tinha sido fortemente envolvido no ministério esgotar enquanto eles estavam fora (Mt 11:1). Mt 14:13 revela que a notícia da morte de João Batista ofereceu uma razão adicional para a sua retirada: "Agora, quando Jesus ouviu falar sobre João [de que ele tinha sido executado por Herodes; 14: 1-12], retirou-se dali num barco para um lugar isolado por si mesmo ".

Jesus e seus discípulos não eram para encontrar a reclusão pacífica eles procuraram, no entanto. De acordo com Mc 6:32, eles atravessaram o Mar da Galiléia por barco, mas uma grande multidão das cidades vizinhas (Mt 14:13, seguido -los a pé ao longo da costa (Mc 6:33). No momento em que chegaram ao seu destino, uma massa de pessoas já estava esperando por eles (Mt 14:14), com mais a caminho. A multidão não foi motivada pela fé, o arrependimento, ou o amor verdadeiro por ele. Pelo contrário, eles seguiram o Senhor , porque eles viam os sinais que ele estava realizando sobre os que estavam enfermos (conforme 2: 1-11; 4: 46-54; Mateus 8:2-4., 5-13, 14 —17, 28-34; 9: 1-8, 18-26, 27-33; 12: 9-13; Marcos 1:21-28). Eram caçadores de emoção que não conseguiram compreender o verdadeiro significado dos sinais milagrosos de Jesus (conforme v 26). —que Apontou inequivocamente a Ele como o Filho de Deus eo Messias. Como tal, eles foram os homólogos da Galiléia dos crentes falsos Judéia descritos em 2: 23-25. Eles se reuniram para ver suas obras, mas em última análise, se recusou a aceitar Suas palavras (conforme v. 66). Eles procuraram os benefícios do Seu poder em suas vidas físicas, mas não em sua vida espiritual.

Depois de chegar na costa oriental do lago, Jesus subiu ao monte e sentou-se com seus discípulos. Apesar da multidão reunida, o Senhor queria algum tempo a sós com os Doze. Mountains foi o cenário para muitas das cenas importantes da vida e ministério de Cristo, incluindo a parte de sua tentação pelo diabo (Mt 4:8); o exercício do seu ministério de cura (Mt 15:29-30.); a transfiguração (Mt 17:1.); e Sua ascensão (At 1:12). Este particular montanha foi, provavelmente, localizado na região conhecida hoje como o Golan Heights, o site de uma grande batalha entre as forças israelenses e sírios, durante a Guerra dos Seis Dias de 1967.

Como observado acima, o fato de que a Páscoa, a festa dos judeus, estava perto de lugares este incidente vários meses após os acontecimentos do capítulo 5. Ele também sugere que a enorme multidão pode ter consistido, pelo menos em parte, de peregrinos que se preparam para viajar juntos a Jerusalém para a festa. Além disso, era a Páscoa, que comemora a libertação da nação do Egito, que os sentimentos nacionalistas dos judeus atingiram o seu pico. Isso pode ajudar a explicar tentativa zeloso da sua torcida para fazer Jesus rei (v. 15).

Os Discípulos Faithless

Portanto, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: "Onde compraremos pão, para que estes possam comer?" Este Ele estava dizendo para testá-lo, pois Ele mesmo sabia o que estava pretendendo fazer. Filipe respondeu-lhe: "Duzentos denários de pão não é suficiente para eles, para que todos possam receber um pouco." Um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe: "Há aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes, mas que é isto para tanta gente?"(6: 5-9)

Depois de passar algum tempo na montanha com os Doze, Jesus viu que uma grande multidão vinha ter com ele. O registro Sinópticos que Ele "curou os seus enfermos" (Mt 14:14) e "começou a falar com eles sobre o reino de Deus "(Lc 9:11). Marcos diz que Jesus foi movido com "compaixão por eles, porque eram como ovelhas sem pastor" (Mc 6:34;. Conforme Nu 27:17; 1Rs 22:171Rs 22:17;. Mt 9:36). O Senhor sabia motivo superficial da sua torcida para segui-Lo (v 26)., Mas sua grande misericórdia, era tal que Ele conheceu as suas necessidades de qualquer maneira.

No final do dia (Mc 6:35) ou como o dia estava terminando (Lc 9:12) e que "foi a tarde, os discípulos aproximaram-se dele e disse:" Este lugar é deserto ea hora já está atrasado, por isso enviar as multidões de distância, para que possam ir aos povoados comprar comida para si mesmos '"(Mt 14:15). Jesus, no entanto, teve uma solução diferente em mente. Ele disse a Filipe: "Onde compraremos pão, para que estes possam comer?" Por que o Senhor destacou Filipe não é revelado. Pode ser que ele era o administrador dos Doze, o responsável por organizar as refeições e cuidando dos detalhes logísticos. A questão foi destinado a articular a impossibilidade de qualquer lugar onde tal pão poderia ser assegurado.

Jesus não estava tentando descobrir o que Filipe estava pensando, uma vez que Ele já sabia que (conforme 02:25; 21:17). Ele também não precisa de entrada de Felipe para ajudá-lo a formular um plano. Ele sabia que Filipe conhecia nenhum lugar para comprar pão e não tinha plano para fornecê-la. O propósito do Senhor em questionar Filipe (e, por extensão, o restante dos discípulos; conforme Lc 9:12) foi para testá-lo, pois Ele mesmo sabia o que estava pretendendo fazer -e não tinha nada a ver com a compra de pão. Como ele faz com todo o seu povo, o Senhor levantou o dilema como uma forma de testar os discípulos a fortalecer sua fé. Tiago escreveu: "Considerai tudo com alegria, meus irmãos, quando se deparar com várias provações, sabendo que a provação da vossa fé produz perseverança. E a perseverança tenha a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, não faltando em coisa alguma" (Tiago 1:2-4). O apóstolo Pedro semelhante declarou: "Em qual exultais, ainda que agora por um pouco de tempo, sendo necessário, você tem sido afligido por várias provações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece, mesmo embora provado pelo fogo, pode ser encontrada a resultar em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo "(I Pedro 1:6-7).

A fé de Filipe (junto com o resto dos Doze de) foi encontrado em falta, e ele exclamou irremediavelmente, "Duzentos denários de pão não é suficiente para eles, para que todos possam receber um pouco." Para Filipe parecia inútil para discutir onde eles pode obter pão, já que claramente não tinha dinheiro suficiente para comprá-lo se eles poderiam encontrar. Um denário equivalia remuneração de um dia para um trabalhador comum (Mt 20:2.; 1 Reis 17:9-16; 2 Reis 4:1-7). No entanto, "ao invés de focar em Jesus, computador mental de Filipe começou a trabalhar como uma caixa registradora, e tudo o que podia pensar era o total em dinheiro que seria necessário para fornecer apenas um pouco de pão para cada pessoa" (Gerald L. Borchert, João 1:11, O New Commentary americano [Nashville: Broadman & Holman, 2002], 253).

André, ao contrário de Filipe, pelo menos, tentou encontrar uma solução (embora ele possa ter sido apenas tentando corroborar o pessimismo de Filipe). Ele relatou a Jesus que sua pesquisa o levou a um pequeno menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mc 6:38 registra que Jesus mandou que os discípulos para irem descobrir quanta comida a multidão tinha. Aparentemente André estava relatando os resultados dessa pesquisa. Ou, talvez, a pesquisa teve lugar após o seu relatório e ainda confirmou a triste realidade da situação. Em qualquer caso, a fé de André, também, desmoronou como ele considerou a enormidade do problema logístico. Depois de relatar o que encontrou, acrescentou ceticismo, "Mas o que são estes para tantas pessoas?" A resposta de André mostrou que ele, como Filipe eo resto dos Doze, foi reprovado no teste de fé. Ninguém respondeu afirmando o poder de Jesus para fornecer.

O Jantar de Satisfação

Jesus disse: "Faça com que as pessoas se sentar." E havia muita relva naquele lugar. Assim, os homens sentaram-se, em número de quase cinco mil. Jesus, então, tomou os pães, e tendo dado graças, distribuiu aos que estavam sentados; de igual modo os peixes, quanto eles queriam. E quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: "Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca." Recolheram-up, e encheram doze cestos com os fragmentos dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido. (6: 10-13)

Com os discípulos de uma paralisação, Jesus assumiu o comando da situação. Em vez de repreender-los por sua fé fraca, Ele colocá-los para o trabalho, instruindo-os a ter as pessoas sentem-se. A sua fé pode ter falhado, mas sua obediência não o fez, e apesar de suas dúvidas eles seguiram as instruções do Senhor. Lembrança pessoal de João que havia muita relva naquele lugar é o tipo de detalhe uma testemunha recorda. Além disso, confirma que a alimentação dos cinco mil ocorreram na primavera (Páscoa [v. 4] foi em março ou abril), antes da grama secou sob o sol escaldante do verão. Marcos acrescenta que os discípulos sentados as pessoas em grupos de cinquenta e cem (Mc 6:40), sem dúvida, para tornar mais fácil para distribuir os alimentos. Todos os quatro Evangelhos registram que havia cinco mil homens presentes, sem contar mulheres e crianças (Mt 14:21). Permitindo um número razoável de mulheres e crianças, o número total de pessoas foi, provavelmente, em algum lugar entre quinze e vinte mil.

Simplesmente, e sem alarde, em seguida, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu aos que estavam sentados; . Da mesma forma, também dos peixes O Senhor não criou uma grande quantidade de comida de uma só vez, mas continuamente "partiu os pães e ... continuou dando-os aos discípulos para que eles, e ... dividido os dois peixes entre eles todos "(Mc 6:41). A multidão atônita sentado na encosta gramada naquela noite testemunharam o Deus Criador no trabalho.

Registro de Mateus, Marcos e Lucas que o Senhor distribuiu a comida para a multidão através dos discípulos. Jesus, é claro, não precisa usá-los; Ele poderia facilmente ter distribuído alimentos para a multidão por meios sobrenaturais. Deus, no entanto, muitas vezes, funciona através de fracos, os seres humanos falíveis. Ele usou Moisés, que foi "muito humilde, mais do que qualquer homem que estava sobre a face da terra":, para libertar seu povo da escravidão no Egito; (Nu 12:3). Ele usou Gideão, o filho mais novo da família menos importante em Manassés, para libertar Israel dos midianitas (Jz 6:15.);e Ele usou Davi, um menino pastor desconhecido, para matar o Golias poderoso guerreiro e libertar Israel dos filisteus. "Deus", Paulo lembrou aos soberbos, arrogantes Corinthians ", escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as coisas que são fortes" (1Co 1:27). Os discípulosreunidos os restos de comida, e encheram doze cestos (do tipo usado para transportar alimentos ou produtos) com pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido. Em uma espantosa exibição da graça abundante de Deus, as sobras excedeu em muito as originais cinco pães de cevada. Alguns pensam que os doze cestos simbolizar a provisão de Deus para as doze tribos de Israel. A explicação mais simples é que havia doze cestos porque havia doze apóstolos que recolhem as sobras. Cristo não só forneceu comida suficiente para satisfazer a multidão com fome, mas também para fornecer refeição do dia seguinte para os discípulos.

A coroação Falsa

Portanto, quando o povo viu o sinal que Ele havia feito, eles disseram: "Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo." Então Jesus, percebendo que eles estavam com a intenção de vir e levá-lo à força para o fazerem rei, retirou-se novamente para o monte, mesmo sozinho. (6: 14-15)

Surpreendido pelo sinal que Jesus tinha realizado, o povo disse: "Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo." A referência é à profecia messiânica dada por Moisés, em Deuteronômio 18:15-19 (conforme Atos 3:20-22). Sem dúvida provisão milagrosa de Jesus de alimentos lembrou a multidão de Moisés e do maná Deus providenciou para Israel no deserto. A alimentação da multidão foi um verdadeiro milagre criativo-não, como alguns céticos argumentam, uma história de como Jesus manipulou a multidão em compartilhar seus almoços com o outro. Se isso fosse tudo o que aconteceu, a multidão dificilmente teria visto isso como um sinal miraculoso que aponta a Jesus como o Cristo. As pessoas corretamente percebeu que o milagre era sobrenatural e provou Jesus era o Messias, embora tirou conclusões erradas sobre o que significava que a identificação.

A declaração da multidão, feita imediatamente após Jesus curava os doentes e encheu seus estômagos, revelou o que as pessoas estavam realmente procurando em um messias. Eles queriam um libertador terrestre, aquele que iria satisfazer todas as suas necessidades físicas e alimentação e saúde estavam no topo da lista, bem como libertá-los do jugo odiados de opressão romana. Assim eles tinham a intenção de vir e levá-lo à força para fazê-lo rei. Com ele como seu fornecedor, eles nunca iria querer para o alimento, e teria o potencial para ser curado de todas as doenças. Eles poderiam marchar para Jerusalém, derrotar os romanos, e estabelecer o estado de bem-estar social final. Jesus, no entanto, recusou-se a ser forçosamente feito rei em seu egoísta (e não arrependidos) termos. Por isso, Ele enviou os discípulos de distância de barco (Mt 14:22; Mc 6:45), dispersou a multidão (Mt 14:23; Marcos 6:45-46.), E retirou-se novamente para o monte, mesmo sozinho.

Jesus não concordar com caprichos ou fantasias. Ele vem para ninguém em termos que do homem. As pessoas não podem manipulá-lo para seus próprios fins egoístas. Alguns evangelistas modernos, em uma tentativa de ser "amigável-investigador," Jesus presente para os incrédulos como uma solução rápida para necessidades sentidas como saúde, riqueza e auto-estima superficialmente comercialização Ele como fornecendo tudo incrédulos querem. Mas que transforma a mensagem do evangelho de cabeça para baixo. As pessoas não vêm a Cristo em seus termos, para que Ele possa curar seus relacionamentos quebrados, torná-los bem sucedido na vida, e ajudá-los a se sentir bem consigo mesmas. Em vez disso, eles devem vir a Ele em Seus termos. Jesus ama graciosamente crentes e concede-lhes um rico legado de alegria (Jo 15:11), paz (Jo 14:27), e conforto (2 Cor. 1: 3-7). Mas, ao mesmo tempo, Ele chama os pecadores a chorar sobre o seu pecado:, arrepender-se (Mt 4:17.), E reconhecê-lo como o soberano Senhor (Rm 10 (Mt 5:4.):.. 9; conforme Fil 2 : 9-11), a quem devem obediência total (Jo 14:15, Jo 14:21; 1Jo 5:31Jo 5:3)

Agora, quando a noite chegou, os seus discípulos desceram para o mar, e depois de entrar em um barco, eles começaram a atravessar o mar para Cafarnaum. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha chegado a eles. O mar começou a ser agitada por causa de um forte vento soprava. Então, quando eles tinham remado cerca de três ou quatro milhas, eles viram Jesus andando sobre o mar e aproximando-se do barco; e eles estavam assustados. Mas Ele disse-lhes: "Sou eu,., Não tenha medo" Então, eles estavam dispostos a recebê-lo para o barco, e logo o barco chegou à terra para onde iam. No dia seguinte, a multidão que estava do outro lado do mar, vendo que não havia outro pequeno barco lá, exceto um, e que Jesus não tinha entrado com seus discípulos para o barco, mas que os discípulos tinham ido embora sozinho. Houve outros pequenos barcos de Tiberíades para perto do lugar onde comeram o pão depois de o Senhor ter dado graças. Então, quando a multidão viu que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, entraram eles também os pequenos barcos, e foram a Cafarnaum em busca de Jesus. Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: "Rabi, quando chegaste aqui?" Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que, me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e ficaram satisfeitos. Não trabalhar pela comida que perece, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará, para n'Ele o Pai, Deus, tem o seu selo ". Por isso, eles disseram-lhe: "O que devemos fazer, para que possamos realizar as obras de Deus?" Jesus respondeu, e disse-lhes: "Esta é a obra de Deus, que creiais naquele que Ele enviou." (6: 16-29)

Um dos pontos turísticos mais famosos do Havaí é Cabeça de Diamante, um vulcão extinto na ilha de Oahu. Exploradores ocidentais cedo, deu-lhe esse nome não por causa de sua forma, mas por causa das pedras brilhantes que vi embutido em suas encostas. Observando essas rochas de uma distância, os marinheiros excitados imaginado que tinham descoberto diamantes. Mas, para sua decepção, um exame mais detalhado revelou que os "diamantes" eram cristais de calcita, na verdade, apenas sem valor.

Em sentido semelhante, há muitos que olham à distância como eles são discípulos de Cristo, mas a investigação mais atento mostra que eles sejam algo diferente do que eles dizem. Tais pessoas brilhar exteriormente como diamantes brilhantes, mas por dentro são nada mais do que rocha sem valor. O Novo Testamento descreve-os como joio no meio do trigo:; (13 25:40-13:30'>Mt 13:25-30.) peixe ruim que são jogados fora (13:48); cabras condenados à punição eterna (25:33, 41); aqueles que ficaram do lado de fora, quando o chefe da casa fecha a porta (13 25:42-13:27'>Lucas 13:25-27); virgens loucas excluídos do banquete de casamento (Mt 25:1-12.); e escravos inúteis que enterram o talento de seu mestre no solo (25: 24-30). Eles são apóstatas que eventualmente deixam a comunhão dos crentes (1Jo 2:19), manifestam um perverso coração de incredulidade ao abandonar o Deus vivo (He 3:12), continua a pecar deliberAdãoente depois de receber o conhecimento da verdade (Heb . 10:26), e cair para longe da verdade para a destruição (39 v.) eterna. Embora eles podem até pensar que está em seu caminho para o céu, eles são, na verdade, no caminho largo que leva para o inferno (13 40:7-14'>Mt 7:13-14.).

À luz do sério perigo de ser enganado, a Bíblia enfatiza o custo de ser um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo. Quando um suposto seguidor disse-lhe: "Senhor, permita-me ir primeiro enterrar meu pai" (Mt 8:21) —a figura do significado da fala: "Espere até que eu receber a minha herança" —Jesus respondeu: " Siga-me, e permitir que o [espiritualmente] mortos sepultar os seus próprios mortos "(v. 22).Quando outro lhe disse: "Eu te seguirei, Senhor, mas primeiro permita-me dizer adeus para os que estão em casa" (Lc 9:61), Jesus respondeu: "Ninguém, depois de colocar a mão no arado e olha para trás é apto para o reino de Deus "(v. 62). Lucas 14:27-35 registra séria advertência do Senhor para contar com cuidado o custo de segui-Lo:

Quem não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo. Para que um de vós, quando ele quer construir uma torre, não se senta primeiro a calcular o custo para ver se tem com que a acabar?Caso contrário, quando ele estabeleceu uma base e não a podendo acabar, todos os que observam que começam a zombar dele, dizendo: "Este homem começou a construir e não pôde acabar." Ou qual é o rei, quando ele sai ao encontro de outro rei na batalha, não se senta primeiro a considerar se ele é forte o suficiente com dez mil homens ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, enquanto o outro ainda está longe, ele envia uma delegação e pede condições de paz. Então, nenhum de vocês pode ser meu discípulo que não desistir de todos os seus bens próprios. Portanto, o sal é bom;mas se mesmo sal se tornar insípido, com o que ele vai ser temperado? É inútil, quer para o solo ou para adubo; ele é jogado fora. Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça.
Para ser seu discípulo, Jesus advertiu, significa amá-Lo acima de tudo, até mesmo a própria família:

Não penseis que vim trazer paz à terra; Eu não vim trazer paz, mas espada. Porque eu vim para colocar um homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, e uma filha-de-lei contra a mãe-de-lei; e os inimigos do homem serão os membros de sua família. Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. (Mateus. 10: 34-37; conforme Mt 19:29)

Significa, também, a amá-lo mais do que a vida. Em Lucas 9:23-24. Jesus "estava dizendo a todos:" Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la, mas quem perder a sua vida por minha causa, ele é o único que vai salvá-lo '"(conforme Mt 10:38-39; Lc 14:27; Lc 17:33; Jo 12:25; 1Co 15:311Co 15:31.. ). Jesus não estava falando sobre os ensaios gerais de vida, quando Ele referenciado a cruz nesta ocasião. Nem estava se referindo ao Calvário, uma vez que Ele ainda não tinha sofrido lá. Seus ouvintes entendido perfeitamente Seu ponto-cruz significava a morte.Apenas verdadeiros discípulos estão dispostos a submeter-se o senhorio de Cristo em tudo, mesmo que isso signifique a perseguição e execução. Nenhum preço é demasiado elevado para o dom da vida eterna.

Em contraste, os falsos discípulos desmoronar quando as coisas ficam difíceis. Quando "tribulação ou perseguição por causa da palavra", ou "a preocupação do mundo ea sedução das riquezas sufocam a palavra" (13 21:40-13:22'>Mat. 13 21:22), eles mostram suas verdadeiras cores. Como veremos mais adiante, no capítulo 6, depois de ouvir o Senhor ensinou que Ele é o Pão da Vida ", muitos dos seus discípulos, ouvindo isto, disse:" Esta é uma afirmação difícil, que pode ouvi-la? '.. . Como resultado disso, muitos dos seus discípulos se retiraram e não andavam mais com ele "(Jo 6:60, Jo 6:66). Tais discípulos falsos não vêm a Cristo a se curvar diante dEle como Senhor e Salvador; ao contrário, eles vão em busca de seu próprio ganho pessoal. Quando seus desejos egoístas não se concretizem, eles abandonariam completamente.

Este capítulo mostra que nem todos os "discípulos" são verdadeiros crentes (v. 66), mas todos os crentes são "discípulos" seguidores —devoted de Jesus Cristo. Note-se que "discípulos" não são uma classe especial de cristãos que estão buscando ativamente santificação, ao contrário de "crentes", que se limitaram a acreditavam em Cristo e foram justificadas. A Bíblia deixa claro que todos os cristãos são verdadeiros discípulos ("discípulo" se torna sinônimo de "crente" em todo o livro de Atos, por exemplo, 6: 1-2, 7; 9: 1, 19, 26, 36, 38; 11:26, 29; 13 52:15-10; 18:23, 27; 19: 9, 30; 20: 1; 21: 4, 16), e que todos os verdadeiros cristãos buscar a santificação (1Co 1:1; Ef 2:10; Tiago 2:14-26; conforme 1Co 6:111Co 6:11).. (Para uma discussão mais aprofundada desta questão, ver meu livro O Evangelho Segundo Jesus[Rev. Ed, Grand Rapids:. Zondervan, 1994].)

Os versículos 16:29 compreendem duas passagens que preparou o palco para o discurso de Jesus sobre o Pão da Vida. Eles também retratar o contraste entre verdadeiros e falsos discípulos. O primeiro relato descreve Jesus caminhando sobre as águas para os Doze, que foram capturados em uma tempestade no mar da Galiléia. Ele ilustra a resposta que os verdadeiros discípulos têm para com Cristo. A segunda história, em que a multidão que Jesus tinha acabado de alimentar (6: 1-15) O procuraram para outra refeição gratuita, revela como falsa discípulos responder ao Senhor. Para ambos os grupos Jesus realizou um sinal sobrenatural. No entanto, as respostas subsequentes em cada caso eram completamente diferentes.

A Resposta da Verdadeiros Discípulos

Agora, quando a noite chegou, os seus discípulos desceram para o mar, e depois de entrar em um barco, eles começaram a atravessar o mar para Cafarnaum. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha chegado a eles. O mar começou a ser agitada por causa de um forte vento soprava. Então, quando eles tinham remado cerca de três ou quatro milhas, eles viram Jesus andando sobre o mar e aproximando-se do barco; e eles estavam assustados. Mas Ele disse-lhes: "Sou eu,., Não tenha medo" Então, eles estavam dispostos a recebê-lo para o barco, e logo o barco chegou à terra para onde iam. (6: 16-21)

Caminhada de Jesus sobre a água (conforme as contas deste milagre em Mateus 14:24-33; Mc 6:1; Jo 4:54; 5: 1-17 ; 6: 1-15) sinal miraculoso João registrou em seu Evangelho (20: 30-31). Em consonância com o propósito de João, ele demonstra a divindade de Cristo, revelando o Seu poder sobre as leis da natureza. E, em contraste com os falsos discípulos de vv. 22-29, ele expõe a resposta reverente dos verdadeiros seguidores de Jesus.

O Sobrenatural Sign

Agora, quando a noite chegou, os seus discípulos desceram para o mar, e depois de entrar em um barco, eles começaram a atravessar o mar para Cafarnaum. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha chegado a eles. O mar começou a ser agitada por causa de um forte vento soprava. Então, quando eles tinham remado cerca de três ou quatro milhas, eles viram Jesus andando sobre o mar e aproximando-se do barco; e eles estavam assustados. (6: 16-19)

Quando ele despedia a multidão (frustrando assim a sua tentativa de fazê-Lo rei à força; 6: 14-15), Jesus também enviou os discípulos de distância (Mt 14:22.). Eles foram, sem dúvida, animado com a resposta da multidão. Deve ter parecido que o seu Mestre foi finalmente recebendo a honra que era devido. Jesus lhes ensinou a orar para o reino de Deus venha (Mt 6:10), e que poderia ter parecido que a oração estava prestes a ser respondida. Sabendo seus corações e não querer que eles sejam levados por entusiasmo superficial da sua torcida, o Senhor tirou os discípulos de a situação. Eles provavelmente não compreender por que razão Jesus mandou-os embora, mas eles obedeceram, no entanto.

De acordo com Mc 6:45, seu destino inicial era de Betsaida, não muito longe de onde os milhares foram alimentados. Aparentemente, eles estavam planejando para encontrar Jesus lá antes de cruzar o lago para a costa ocidental (Mt 14:34;. Mc 6:53). Ao cair da tarde, os discípulos desceram para o mar, e depois de entrar em um barco, eles começou a atravessar o mar para Cafarnaum.Evening aqui refere-se à segunda noite (conforme Ex 12:6 metros acima do nível do mar. A forte queda de cerca de 3.000 pés dos topos das colinas a superfície do lago cria condições ideais para as repentinas, tempestades violentas para que o Mar da Galileia é notório (conforme Mt 8:23-27.). O ar mais frio corre pelas encostas e atinge a superfície do lago com grande força, agitando a água em carneirinhos e criando condições perigosas para pequenas embarcações.

Como eles atravessaram o lago em direção a Cafarnaum, os discípulos encontraram-se preso em uma dessas rajadas súbitas. João lembrou que o mar começou a ser agitada porque um forte vento soprava. O vento era tão forte que soprou pequeno barco dos discípulos fora do curso, empurrando-o "uma longa distância da terra" (Mt 14:24) para "o meio do mar" (Mc 6:47). Apesar de ser "maltratado pelas ondas" (Mt 14:24), os discípulos continuaram "forçando os remos" (Mc 6:48), tentando desesperAdãoente alcançar a segurança da costa ocidental. (Mesmo que o barco tinha sido equipado com uma vela, que teria feito os discípulos pouco bom, já que eles estavam indo na direção do vento [Mt 14:24].) Mas o seu progresso foi dolorosamente lento. Os discípulos tinham partido para Cafarnaum em algum momento 6:12 — 21:12 (Jo 6:16), e de acordo com Mt 14:25 e Mc 6:48, foi agora a quarta vigília da noite (3:12 a 6 : 00 am). Durante esses longos, escuros e extenuantes, horas estressantes, eles tinham remado apenas cerca de três ou quatro milhas.

Enquanto isso, Jesus estava sozinho na montanha orando (6:15; Mt 14:23; Mc 6:46). Sempre o fiel pastor (João 10:11-14), no entanto, ele não tinha esquecido os discípulos. Em Sua infinita sabedoria, Ele planejou para ajudá-los de acordo com seu tempo perfeito. Divina soberania, onipotência e onisciência nunca está com pressa. É claro, os discípulos nunca poderia ter imaginado que forma essa ajuda iria tomar.

De repente, em meio à escuridão, o vento roda, spray picadas, e ondas furiosas, eles viram Jesus andando sobre o mar e aproximando-se do barco. Eles lutaram durante horas, fazendo pouco progresso.Ele, no entanto, estava andando sem esforço para os dentes do vendaval. Na verdade, Jesus estava se movendo tão rapidamente que parecia aos discípulos como se Ele passaria por eles (Mc 6:48). Por causa da escuridão, ea névoa chicoteado pelo vento e spray, os discípulos não reconhecem a figura misteriosa que veio caminhando em direção a seu barco.

Muitos (talvez até sete) dos discípulos eram pescadores por profissão, e foram usados ​​para estar no lago à noite e em condições de mau tempo (conforme 21: 3; Lc 5:5., Marcos 4:36-41; Lucas 8:22-25), porque as ondas ameaçavam inundar o barco deles (Mc 4:37; Lc 8:23), eles estavam familiarizados com estes tipos de tempestades. Mas eles certamente não estavam acostumados a ver figuras humanas que andam na água. Não surpreendentemente, eles ficaram com medo, e gritou de terror: "É um fantasma!" (Mt 14:26;. Mc 6:49).

Alguns céticos descrentes têm sugerido que Jesus estava realmente caminhando ao longo da costa, e que os discípulos aterrorizados equivocAdãoente pensaram que Ele estava andando sobre as águas. Mas o barco dos discípulos era muito longe da terra (Mt 14:24 diz textualmente "muitos estádios."; Um stadion era cerca de um oitavo de milha) para eles terem visto através da escuridão da tempestade uma pessoa que anda na costa . A idéia de que esses pescadores experientes pensei que alguém que anda na costa estava andando sobre a água é apenas uma tentativa desesperada de negar o que os evangelhos retratam claramente como sobrenatural. Como todos os Seus milagres, caminhadas do Senhor sobre a água não era um truque de mágica frívola. Ao suspender a lei da gravidade, Ele deu aos discípulos uma prova dramática, visível de que Ele é o Criador e controlador do universo físico (1:. 3; Cl 1:16; He 1:2;. Mc 6:50]; sou eu,., não tenha medo "Reconhecendo Jesus, finalmente, os discípulos estavam dispostos e contentes para recebê-lo para dentro do barco.

O Doze, como todos os verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, ansiava por Sua presença. Eles haviam sido relutantes em sair quando Demitiu-los junto com a multidão (o verbo traduzido "Ele fez" em Mt 14:22 e Mc 6:45 significa literalmente "obrigar", ou "forçar" as pessoas a fazer algo que Não quero fazer; conforme a sua utilização em Lc 14:23; At 26:11; At 28:19; 2 Cor 0:11; Gl 2:1, Gl 2:14; Gl 6:12).Eles, sem dúvida, ficaram desapontados quando Jesus não conhecê-los antes que eles começaram a sua viagem através do lago (vv. 16-17). Agora, para seu espanto e alívio, ele havia retornado para eles de uma forma mais inesperada, e eles ficaram muito felizes.

Corajoso e impetuoso como sempre, Pedro não podia esperar para que o Senhor entrar no barco. Ele estava tão ansioso para estar perto de Jesus que ele pulou no mar para chegar a ele mais cedo:

Pedro disse-lhe: "Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo sobre as águas". E Ele disse: "Vem!" E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas e foi na direção de Jesus. Mas, vendo o vento, ele ficou com medo e, começando a afundar, gritou: "Senhor, salva-me!" Imediatamente Jesus estendeu a mão e segurou-o, e disse-lhe: "Homem de pouca fé, por que duvidaste?" (Mateus. 14: 28-31)

A história de uma caminhada de Cristo sobre a água inclui, na verdade, não um milagre, mas quatro. Não só Jesus andar sobre a água, mas assim também fez Pedro (pelo menos por alguns momentos).Mateus e Marcos gravar um terceiro milagre. Quando Jesus (juntamente com uma imersão molhado e completamente castigado Pedro) entrou no barco, o vento parou imediatamente (Mt 14:32;. Mc 6:51). Finalmente, João registra quarto milagre: depois de Jesus tem a bordo e acalmou a tempestade, . imediatamente o barco chegou à terra para onde iam Milagrosamente, o barco atravessou instantaneamente a distância que falta para a costa ocidental.

Totalmente surpreso (conforme Mc 4:41), "os que estavam no barco o adoraram, dizendo:" Tu és o Filho de Deus! "(Mt 14:33). A única resposta adequada a Jesus Cristo é a cair diante dEle em adoração, assim como os homens sábios em seu nascimento, uma mulher cananéia (15:25), um homem cego a quem Jesus curou (João 9 (Mt 2:11.): 38), as mulheres que foram ao sepulcro, depois da ressurreição (Mt 28:9), e o resto dos onze discípulos (Mt 28:17; Lc 24:52)... Embora eles foram surpreendidos por milagre de Jesus, os Doze respondeu como todos os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo, fazer-com adoração e culto.

A resposta dos discípulos Falsos

No dia seguinte, a multidão que estava do outro lado do mar, vendo que não havia outro pequeno barco lá, exceto um, e que Jesus não tinha entrado com seus discípulos para o barco, mas que os discípulos tinham ido embora sozinho. Houve outros pequenos barcos de Tiberíades para perto do lugar onde comeram o pão depois de o Senhor ter dado graças. Então, quando a multidão viu que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, entraram eles também os pequenos barcos, e foram a Cafarnaum em busca de Jesus. Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: "Rabi, quando chegaste aqui?" Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que, me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e ficaram satisfeitos. Não trabalhar pela comida que perece, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará, para n'Ele o Pai, Deus, tem o seu selo ". Por isso, eles disseram-lhe: "O que devemos fazer, para que possamos realizar as obras de Deus?" Jesus respondeu, e disse-lhes: "Esta é a obra de Deus, que creiais naquele que Ele enviou." (6: 22-29)

O relato de João continua, contrastando a resposta dos Doze com a resposta da multidão que Jesus tinha acabado de alimentados. Eles também tinham testemunhado Seu poder criador divino. Mas, em vez de responder com a adoração sincera, eles responderam com egoísmo e ganância.

O Sobrenatural Sign

No dia seguinte, a multidão que estava do outro lado do mar, vendo que não havia outro pequeno barco lá, exceto um, e que Jesus não tinha entrado com seus discípulos para o barco, mas que os discípulos tinham ido embora sozinho. Houve outros pequenos barcos de Tiberíades para perto do lugar onde comeram o pão depois de o Senhor ter dado graças. Então, quando a multidão viu que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, entraram eles também os pequenos barcos, e foram a Cafarnaum em busca de Jesus. (6: 22-24)

Com Jesus e os discípulos de terem atravessado o lago para a costa ocidental, durante a noite, a cena no dia seguinte mudou de volta para o lado leste do lago. Pelo menos parte da multidão que havia testemunhado curas (v. 2) de Jesus e foi milagrosamente alimentado (vv. 3-13) levantou na manhã seguinte no outro (oriental) do lado do mar. Eles passaram a noite lá (Mt 14:22;.. Mc 6:45), e na parte da manhã eles estavam procurando por ele, esperando para outra refeição gratuita (v 26), e talvez ainda a intenção de fazê-Lo rei à força para que pudesse ser uma fonte permanente de provisão milagrosa (v. 15).

Aos poucos, ficou claro para eles que algo estranho havia acontecido. Lembravam-se de que não tinha sido nenhum outro pequeno barco lá no dia anterior, exceto a um os discípulos tinham usado. Eles também sabiam que Jesus não tinha entrado com seus discípulos para o barco, mas que os discípulos tinham ido embora sozinho. O mistério, então, foi onde estava Jesus, se Ele não tivesse deixado com os discípulos? A multidão, é claro, não poderia saber o que realmente tinha acontecido; eles não tinham testemunhado andando sobre a água.

O versículo 23 é um parêntese, explicando onde os pequenos barcos que transportavam a multidão de volta a Cafarnaum veio. Tiberias foi uma importante cidade na costa ocidental do Mar da Galiléia (veja a discussão Dt 6:1), era o lugar lógico para procurá-lo. Algumas das pessoas também podem ter ouvido o Senhor dizendo aos discípulos para velejar lá (Mt 14:22).

Embora a multidão procurou Jesus (24 v.), Fizeram-no por razões erradas. Eles seguiram-no para o que eles poderiam obter; eles não estavam interessados ​​em qualquer culto ou obedecê-lo. Na noite anterior eles tinham experimentado Seu poder miraculoso e disposição (da cura e da alimentação); todos tinham testemunhado e beneficiado pessoalmente esse sinal sobrenatural. Mas, em vez de responder com adoração humilde (como os Doze), eles queriam mais Dele. Eles não tinham nenhum outro interesse em Jesus. Queriam que ele atendê-los. A multidão superficial é sempre um alvo fácil para a falsa promessa de prosperidade pessoal.

A subsequente Response

Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: "Rabi, quando chegaste aqui?" Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que, me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e ficaram satisfeitos. Não trabalhar pela comida que perece, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará, para n'Ele o Pai, Deus, tem o seu selo ". Por isso, eles disseram-lhe: "O que devemos fazer, para que possamos realizar as obras de Deus?" Jesus respondeu, e disse-lhes: "Esta é a obra de Deus, que creiais naquele que Ele enviou." (6: 25-29)

Quando eles finalmente encontraram Jesus em Cafarnaum, o povo disse a ele com espanto, "Rabi, quando chegaste aqui?" Como mencionado acima, eles sabiam que Ele não tinha deixado no barco dos discípulos. Nem Ele poderia ter caminhado (em terra) para Cafarnaum sem eles tê-lo visto. Apesar de terem encontrado Ele, o mistério de como Jesus veio para Cafarnaum ainda permanecia.

Jesus propositAdãoente não responder a sua pergunta. No dia anterior tinham tentado fazê-Lo rei à força depois que Ele alimentou milagrosamente eles; dizendo-lhes de uma outra, ainda mais espetacular milagre só teria alimentado o seu fervor messiânico equivocada. Além disso, o Senhor não se comprometeu a emoção em busca discípulos falsos (02:24;. Conforme Sl 25:14;. Pv 3:32;. Mt 13:11). Ele ignorou a pergunta irrelevante e superficial e abordou a questão mais profunda de suas motivações pecaminosas.

Como faz em todo o evangelho de João (por exemplo, 01:51; 3: 3, 5; 05:24; 06:47, 53; 08:51, 58; 13:21), a afirmação solene Amém, amém ( verdadeiramente, verdadeiramente ) introduz uma importante verdade a que Jesus queria que seus ouvintes a prestar muita atenção. Repreensão do Senhor, "me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e ficaram satisfeitos", pôs a nu as suas egoístas, corações materialistas. Então, eles foram cegados pelo seu desejo superficial para o alimento e os milagres que eles perderam o verdadeiro significado espiritual da pessoa e da missão de Jesus."Eles não foram movidos por corações cheios, mas por barriga cheia" (Leon Morris, O Evangelho segundo João, A Commentary New Internacional sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 358). Apesar de terem testemunhado os miraculosos sinais Jesus tinha realizado (v. 14), eles não conseguiram compreender as implicações espirituais desses milagres. Surpreendentemente, depois de alimentar a multidão, mesmo os Doze "não tinha ganhado nenhum insight do incidente dos pães, mas seu coração estava endurecido" (Mc 6:52). Eles não conseguiram compreender a realidade plena de que Deus estava no meio deles, até que Ele andou sobre as águas. Então eles disseram: "Tu és o Filho de Deus!" (Mt 14:33). Quando o Senhor mais cedo acalmou outra tempestade no mesmo lago, que só fez a pergunta: "Que tipo de homem é esse?" (Mt 8:27). Assim, nosso Senhor os chamou de "homens de pouca fé" (Mt 8:26).

Jesus repreendeu a multidão para seu materialismo crasso. Em vez de trabalhar pela comida que perece, o alimento físico que procuravam, Jesus exortou-os a buscar a comida que permanece para a vida eterna (o próprio Jesus, o Pão da Vida; 35 vv, 54.). Embora Ele certamente tinha consciência de sua necessidade de alimento físico (conforme vv. 10-12), Ele estava muito mais interessado no seu bem-estar espiritual. Como ele anteriormente tinha água físico distinto da "água que jorra para a vida eterna" (4:14), Jesus aqui apontou Seus ouvintes afastado de alimentos literal a Si mesmo como o pão da vida (vv. 33, 35, 48,
51) . Ao invés de focalizar o homem exterior em decomposição (2Co 4:16), eles precisavam buscar o alimento espiritual que só o Filho do homem pode dar. Depois de tudo, para ganhar o mundo material inteiro, mas perder a sua alma eterna lucros nada (Mt 16:26; Lc. 12: 16-21). Como aquele em quem o Pai, Deus, tem o seu selo de aprovação, Jesus tem autoridade para dispensar o alimento espiritual que vem de Deus e sacia a fome de justiça (Mt 5:6), e em Lc 10:25 "um advogado se levantou e pô-lo à prova, dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? '" Era uma questão familiar para os judeus para prosseguir a vida eterna através de sua religião, então a questão era comum.

A verdadeira salvação, é claro, não é pelas obras (Tt 3:5) por meio da fé (Rm 3:28) em Cristo sozinho (At 4:12), "porque pelas obras da lei nenhuma carne será justificada diante dele" (Rm 3:20;. Gl 2:16.). A salvação é um dom de Deus (Jo 4:10; Rm 5:15; Rm 6:23; Ef 2:8, O New Commentary americano [Nashville: Broadman & Holman, 2002], 263)

Assim, a salvação não vem do esforço humano, realização, ou obras morais, mas a partir de uma fé que inevitavelmente produz boas obras (Ef 2:10; conforme Mt 3:10; 7:.. 16-20; 0:33; 13:23; Lc 6:1; Cl 1:10). A "fé" que não produz fruto é morto, o que significa que não é realmente a fé bíblica em tudo (Tiago 2:14-26).

O resto de João capítulo 6 desenvolve o ensinamento de Jesus sobre a comida que permanece para a vida eterna. Apontando a Si mesmo como o Pão da Vida, Jesus ofereceu-se aos seus ouvintes como seu libertador eterna. A multidão, no entanto, em última análise, não estava interessado. Eles haviam sido intrigado com Suas curas anteriores, e que tinham sido temporariamente satisfeito por Sua refeição milagrosa. Mas sua resposta inicialmente entusiasmados com os sinais sobrenaturais (15 v.) Desvaneceu-se rapidamente quando suas expectativas superficiais fui atendida. Ao contrário dos Doze, que responderam ao poder de Jesus com louvor, a multidão respondeu primeiro com curiosidade, mas disposta a abandonar sua falsa justiça e se arrepender, eles foram deixados, finalmente, com a rejeição.Embora eles seguiram a Cristo por pouco tempo, até mesmo navegando através do mar da Galileia, para encontrá-lo, eles eventualmente demonstrado que eles não eram os verdadeiros seguidores de todo.

20. O Pão da Vida-Parte 1: Jesus, o verdadeiro pão do céu (João 6:30-50)

Então eles disseram-lhe: "O que, então você faz um sinal, para que possamos ver e crer Você Que trabalho você realiza Nossos pais comeram o maná no deserto,? Como está escrito:" Ele deu-lhes pão do céu para comer. '"Jesus disse-lhes então:" Em verdade, em verdade eu vos digo, não foi Moisés que vos deu o pão do céu, mas é meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo ". Então eles disseram-lhe: "Senhor, dá-nos sempre desse pão." Jesus disse-lhes: "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede Mas eu disse a você que você viu-me, e ainda não acredito que todos.. que o Pai me dá virá a mim, e aquele que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. Este é a vontade d'Aquele que Me, enviado que de tudo o que ele me deu eu não perde nada, mas o ressuscite no último dia. Porque esta é a vontade de meu Pai, que todo aquele que vê o Filho, e crê naquele terá a vida eterna, e eu me o ressuscitarei no último dia. " Portanto, os judeus estavam resmungando sobre Ele, porque Ele disse: "Eu sou o pão que desceu do céu." Eles diziam: "Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como é que Ele agora diz: 'Eu desci do céu'?" Jesus respondeu, e disse-lhes: "Não resmungar entre vós Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer;.. E eu o ressuscitarei no último dia Está escrito nos profetas: E eles todos serão ensinados por Deus. " Todo mundo que já ouviu e aprendeu do Pai, vem a Mim Não que alguém tenha visto o Pai, senão aquele que é de Deus;.. Ele vê o Pai verdade, em verdade vos digo que aquele que crê tem eterno vida. Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que se possa comer dele e não morrer ". (6: 30-50)

Os anais da história da igreja estão cheios de muitos pregadores notáveis, homens a quem Deus chamou para evangelizar os perdidos e edificar os redimidos. Começando com o sermão de Pedro no dia de Pentecostes (Atos 2:14-40), a poderosa pregação dos apóstolos (05:42; 14: 7, 15, 21; 15:35; 16:
10) e seus contemporâneos (7: 1— 56; 8: 4, 12, 35, 40; 11:20; 15:
35) alimentou a difusão do cristianismo em todo o Império Romano. Nos séculos que se seguiram, oradores talentosos, como Basílio, João Crisóstomo ("Boca de ouro"), e Agostinho assumiu essa mesma tocha de explicação e exortação. Mil anos mais tarde, quando a luz do evangelho estava envolta em confusão, a Reforma foi provocada pelo testemunho corajoso de Martinho Lutero, João Calvino, João Knox, e outros. O movimento puritano do século XVII, foi igualmente alimentada pela clara pregação bíblica, como os homens, como Richard Baxter, João Owen, e João Bunyan expôs fielmente a Palavra de Deus. O Grande Despertar do século XVIII, a América foi energizada em muito da mesma forma-through os sermões apaixonadas de líderes piedosos como Jonathan Edwards, George Whitefield e João Wesley. A séculos 11X e XX também viu muitos pregadores talentosos, incluindo estadistas cristãos eloqüentes como Charles Spurgeon e D. Martyn Lloyd-Jones.

Mas o pregador mais nobre e poderoso que já existiu foi o Senhor Jesus Cristo. Na conclusão do Sermão da Montanha ", as multidões estavam maravilhados com o seu ensino, pois Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas" (Mt 7:28-29.). Lc 4:22 registra que "todos estavam falando bem dele, e querendo saber das palavras de graça que caíam de Seus lábios." Mesmo seus inimigos estavam admirados com o poder das palavras de Jesus. Explicando por que eles não conseguiram prendê-lo como pedidos (Jo 7:32), os oficiais da força policial templo contaram aos chefes dos sacerdotes e os fariseus, "Nunca um homem fala a maneira que este homem fala" (v. 46).

Pregação foi centra! a missão de Cristo. Em sua cidade natal sinagoga de Nazaré, Ele declarou:

"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para pregar o evangelho aos pobres. Enviou-me para proclamar a libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável do Senhor ". E fechando o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fixos nele. E começou a dizer-lhes: "esta Escritura foi cumprida Hoje, em sua audição." (Lucas 4:18-21)

No início do seu ministério terreno, "Jesus começou a pregar ea dizer: Arrependei-vos, porque o Reino dos céus está próximo" (Mt 4:17). Mt 11:1)

Lc 8:1.), O comissionamento dos doze apóstolos (Matt. 10), as parábolas do reino (Mat. 13), a infantilidade do crente (Matt 18), o Sermão do Monte (24-25 Matt), o ensinamento sobre a igualdade do Filho com o Pai (Jo 5:1). João 6:22-59 registra outro dos mais famosos e amados sermões de Jesus, em que ele se apresenta como o Pão da Vida. Os versículos 22:29, juntamente com a história da alimentação miraculosa das cinco mil pessoas (vv. 1-21), preparou o palco para o Pão da Vida do Discurso, enquanto os versículos 60:71 descrevem suas consequências.

A abordagem de João em seu evangelho era gravar os milagres de Jesus brevemente, a matéria com naturalidade e sem alarde, explicação, ou a defesa. Por exemplo, o apóstolo descreve o milagre surpreendente da alimentação dos cinco mil em simples, palavras simples e despretensioso: "Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu aos que estavam sentados, de igual modo, também do peixe como tanto quanto eles queriam "(06:11). João descrito milagre igualmente surpreendente de Jesus de caminhar sobre a água, em termos da mesma forma modesta: "Então, quando eles tinham remado uns cinco ou seis quilômetros, eles viram Jesus andando sobre o mar e aproximando-se do barco; e eles estavam assustados" (v. 19).

É quase como se as pressas apóstolo através dos relatos de milagres de Cristo para chegar às suas palavras. Enquanto Seus milagres revelar Seu poder divino, é as palavras de Cristo que corretamente definir quem Ele é. Jesus não é um mero trabalhador maravilha; Ele é o Filho de Deus eo Messias. Seus milagres autenticar Ele e Sua mensagem como vinda de Deus. Mas os sinais e prodígios por si só não são suficientes para a salvação (conforme 12:37; 15:24; Matt. 11: 20-24; Lc 16:31; Atos 6:8-14; 14: 3-6; Rm 1. : 18-32), porque "a fé vem pelo ouvir, eo ouvir pela palavra de Cristo" (Rm 10:17).. A multidão que Jesus alimentou milagrosamente era uma ilustração perfeita. Embora as pessoas nunca questionou o poder de Jesus e se pessoalmente os seus benefícios, eles eram indiferentes ou hostis à Sua pregação do evangelho.

A primeira seção (. Vv 30-50) deste magnífico sermão que Jesus pregou na sinagoga de Cafarnaum (06:
59) será discutido em três temas: o contraste, a confusão, e da denúncia.

O Contraste

Então eles disseram-lhe: "O que, então você faz um sinal, para que possamos ver e crer Você Que trabalho você realiza Nossos pais comeram o maná no deserto,? Como está escrito:" Ele deu-lhes pão do céu para comer. '"Jesus disse-lhes então:" Em verdade, em verdade eu vos digo, não foi Moisés que vos deu o pão do céu, mas é meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo ". (6: 30-33)

Por incrível que pareça, apesar dos milagres que tinham testemunhado (6: 2), incluindo a sua enorme refeição no dia anterior, a multidão disse a Jesus, "o que, em seguida, você faz um sinal, para que possamos ver, e creio que o Senhor? Que trabalho Você executa? " Eles foram descarAdãoente exigindo credenciais de Jesus, em resposta ao seu pedido no versículo 29 para ser o enviado de Deus.Demanda tola das pessoas demonstraram sua curiosidade thickheaded e egocêntrica, ilustrando graficamente a cegueira espiritual que engolfa o não resgatados. João Calvin observou: "Esta questão mau mostra claramente a verdade do que é dito em outro lugar:" Uma geração má e adúltera pede um sinal miraculoso "(Mt 12:39)". (Alister McGrath e JI Packer, eds, João, O Crossway clássico Comentários [Wheaton, Ill .: Crossway, 1994], 156). Alimentação miraculosa de Jesus da enorme multidão no dia anterior era a prova cabal de sua divindade.

A incredulidade, no entanto, nunca está satisfeito, não importa quantas provas é dado. Lc 16:31 diz que aqueles que rejeitam a verdade da Palavra de Deus "não ficarão convencidos ainda que ressuscite alguém dentre os mortos." Na crucificação os líderes judeus incrédulos disse ironicamente: "Que este Cristo, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para que possamos ver e crer!" (Mc 15:32). No entanto, quando Jesus ressuscitou dos mortos-a muito maior milagre do que meramente descendo da cruz, eles ainda se recusou a acreditar nEle. Ao invés de admitir a verdade, eles desesperAdãoente tentou encobrir a realidade da Sua ressurreição (Mat. 28: 11-15; Atos 4:1-3).

Jesus exortou a multidão a acreditar (06:29), mas em vez disso, exigiu um outro sinal (conforme 2:18; Mt 12:38; 16:. Mt 16:1; Lc 11:16; 1Co 1:221Co 1:22). Especificamente, eles queriam repetir o desempenho da alimentação miraculosa que acabou de vivenciar, como é indicado por sua declaração, "Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito (conforme 16 Ex.: 4, 15; Ne 9:15; Sl 78:24; 105:. Sl 105:40), "Ele lhes deu pão do céu para comer '" (conforme 26 v).. Em vez de adorar a Jesus como Messias e Salvador, eles queriam que ele para dar continuamente lhes pão do céu para comer com a boca, e não os seus corações, como Moisés tinha feito, fornecendo o maná no deserto para toda a nação por quarenta anos. Isso, de fato, foi o que contemporâneo pensamento judaico esperava o Messias que fazer quando Ele veio (Colin Kruse, O Evangelho Segundo João, no Novo Testamento Comentários Tyndale [Grand Rapids: Eerdmans, 2003], 168-69; Leon Morris, O Evangelho Segundo João, A Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 363). Assim, a multidão desafiou Jesus para provar que Ele era o Messias, proporcionando-lhes uma interminável (conforme v. 34) a oferta de alimentos.

Jesus, no entanto, não tinha a intenção de satisfazer caprichos materialistas do povo. Para ele ter feito isso teria sido a de assumir o próprio papel do Messias político e social que Ele tinha acabado rejeitado (6: 14-15). Usando a frase Amém, amém ( verdade, em verdade ) para sublinhar o significado do que ele estava prestes a dizer, Jesus repreendeu o povo para a sua incompreensão quádruplo do maná no deserto.

Primeiro, ele foi não Moisés quem lhes deu o pão do céu, mas Deus o Pai. Em Ex 16:4; Sl. 78: 24-25.; Sl 105:40).

Em segundo lugar, o maná não era o verdadeiro pão do céu. Jesus lhes disse: "Meu Pai agora vos dá o verdadeiro pão do céu. " O tempo presente de didomi (  ) indica que o verdadeiro pão não era o maná do passado, mas o que o Pai estava a dar. Além disso, alethinos ( verdadeiros ) significa "verdadeiro" ou "real". O maná, apesar de ter sido verdadeiramente pão fornecido por Deus, era apenas um tipo que prenunciava o final, verdadeiro pão ... que desce do céu (vv 38, 50-51, 58;. 3:13; conforme 1 : 9, 14; 08:
42) o Senhor Jesus Cristo.

Em terceiro lugar, o maná deu vida física, mas o pão de Deus (a frase é sinônimo de "pão do céu" no v. 32, como "reino de Deus" e "reino dos céus" são sinônimos nos evangelhos) , que vem descia do céu ... dá espiritual vida. Como faz todo o evangelho de João, zōē ( vida ) não se refere à vida física e temporal que o maná sustentada, mas para a vida espiritual e eterna que vem somente através de Jesus Cristo (cf . 1: 4; 05:29, 40; 06:53; 10:10; 14: 6; 20:31).

Finalmente, ao contrário do maná, que foi dado apenas para Israel, o verdadeiro pão do céu é para o mundo. Deus oferece salvação através de Jesus Cristo para todos os que crêem (40 vv, 47; 3: 15-16., 18, ​​36; 05:24; 11: 25-26; 20:31), independentemente da sua origem nacional, racial ou étnica (1:29; 3:17; 4: 39-42.; 10:16; Mt 12:18— 21; Lucas 2:25-32; Atos 8:5-8, 14-17, At 8:25; At 11:18; 13 46:44-13:48'>13 46:48; At 14:27; At 15:3, 14-17; At 26:23; At 28:28; Rm 1:5; 10: 11-13.; 1Co 12:131Co 12:13; Gl 3:8; Ef. 3: 4-6; 1 João 2:1-2.; 1Jo 4:14). Em sua obtusidade, eles exibiram o fato de que "o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1Co 2:14. ).

Sua estupidez e falta de compreensão levou Jesus a declarar de forma inequívoca a eles: "Eu sou o pão da vida". O Senhor não tinha sido referindo-se a pão real, como, por engano, pensou, mas a Si mesmo; Ele é o próprio pão Ele anteriormente prometeu dar (v. 27). Não há pão, nem mesmo o maná, ou o peixe e pão Jesus tinha acabado de criar na noite anterior (6: 1-13), poderia curar definitivamente a fome física. Assim, quando o Senhor declarou que aqueles que vêm a Ele nunca mais fome ou sede, Ele teve que ser não falar do corpo, mas da alma. Aqui, como em Mt 5:6; Sl 63:1). O arrependimento ea fé são duas faces da mesma moeda; Arrepender-se é abandonar o pecado e crer é a vez de Salvador. Eles são inseparáveis.

Este é o primeiro de sete declarações altamente significativos no Evangelho de João, onde "eu sou" é unida com metáforas expressam a obra de Cristo como Salvador. Além do pão da vida, Jesus também usou "eu sou" para descrever a si mesmo como "a luz do mundo" (8:12), "a porta das ovelhas" (10: 7, 9), "o bom pastor "(10:11, 14)," a ressurreição ea vida "(11:25)," o caminho, ea verdade, ea vida "(14: 6), e" a videira verdadeira "(15: 1, 5). Jesus também usou ego eimi ("eu sou") em um sentido absoluto, sem ressalvas (04:26; 08:24, 28, 58; 13 19:18-5-8) para se apropriar para si o nome de Deus do Antigo Testamento (Ex 3:14).

Depois de ter declarado que Ele era o Pão da Vida, Jesus repreendeu seus ouvintes por sua incredulidade (note a repreensão semelhante dos judeus em 5: 38-40), acrescentando a acusação, "Mas eu disse a você que você viu-me, e Ainda não acredito. " A repreensão específico a que Jesus estava se referindo (quando ele disse isso a eles no passado) não é conhecida, mas é evidente que sua incredulidade foi em face de Sua auto-revelação, por isso, a sua rejeição foi imperdoável. Alla ( mas ) indica um forte contraste entre a resposta real da multidão e um Jesus desejado (conforme Mt 23:37). Apesar de terem vistoEle, eles não conseguiram compreender o significado de seus milagres, e perdeu o ponto de Seu ensino. Como foi o caso com os seus antepassados ​​no deserto, "A palavra que ouviram não lhes aproveitou, porque não estava unida pela fé naqueles que a ouviram" (He 4:2; conforme Mt 3:1; Mt 4:17; Mc 6:12), e "todo aquele que invocar sobre o nome do Senhor será salvo "(Rm 10:13; conforme João 3:15-16.). No entanto, a salvação não depende da vontade humana. Os remidos são aqueles "que não nasceram ... da vontade do homem, mas de Deus" (Jo 1:13). A salvação "não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que usa de misericórdia" (Rm 9:16). Tanto o arrependimento (At 11:18; 2Tm 2:252Tm 2:25.) E fé (Ef. 2: 8-9.; Fp 1:29; conforme At 16:14) são concedidos por Deus. Caso contrário, ninguém jamais vir a Ele, pois "não há ninguém que busque a Deus" (Rm 3:11; conforme 8:.. 7-8; 1Co 2:141Co 2:14; 2Co 4:42Co 4:4).

Que Deus é absolutamente soberano na salvação é fundamental para a fé cristã. Esses sistemas teológicos errantes (ou seja, o pelagianismo, semi-Pelagianismo, eo Arminianismo) que tornam dependente da vontade do homem, com efeito a salvação destronar Deus, e são contrários às demonstrações claras das Escrituras:
Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. (V. 44)
E Ele estava dizendo: "Por esta razão, eu disse a você, que ninguém pode vir a mim, se ela foi concedida a ele a partir do Pai". (V. 65)

Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos. (Mt 22:14)

Se o Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma vida se salvaria; mas por causa dos eleitos, a quem Ele escolheu, abreviou os dias. (Mc 13:20)

Quando os gentios, ouvindo isto, eles começaram a se alegrar e glorificando a palavra do Senhor; e todos os que haviam sido destinados para a vida eterna. (At 13:48)

E nós sabemos que Deus faz com que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Para aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e estes aos que predestinou, também os chamou; e estes aos que chamou, também justificou; e estes aos que justificou, também glorificou. (Rom. 8: 28-30)

Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, que sermos santos e irrepreensíveis diante dele. (Ef 1:4)

Sabendo, amados irmãos por Deus, a vossa eleição. (1Ts 1:4)

Quem nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade. (2Tm 1:9)

Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para a fé dos escolhidos de Deus e do conhecimento da verdade que é segundo a piedade. (Tt 1:1)

Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, de modo que você pode proclamar as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1Pe 2:9). Apesar de parecer impossível para harmonizar, não há conflito entre essas duas verdades na mente infinita de Deus (Dt 29:29). (Soberania de Deus na salvação não nega a responsabilidade do crente para evangelizar os perdidos-Mt 24:14; Mt 26:13; Mt 28:19; Mc 13:10; conforme At 8:25, At 8:40; At 14:7, At 14:21; At 16:10; Rm 1:15; 15: 19-20.; 1Co 1:171Co 1:17, 1Co 1:9:16, 1Co 1:18; 15:. 1Co 15:1; 2Co 10:162Co 10:16; 11:.. 2Co 11:7; Gl 1:8-9, Gl 1:11; Gl 2:2; 1Pe 1:121Pe 1:12)..

Certamente, o Filho nunca rejeitaria qualquer parte do presente do Pai para Ele. Essa desunião dentro da Trindade é absolutamente inconcebível, como próximo a declaração de Jesus, "Eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou", esclareceu. O Senhor veio ao mundo com um propósito: a obedecer perfeitamente a vontade do Pai que O enviou. Para os discípulos, Jesus declarou: "Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra" (4:34). Mais tarde, ele acrescentou: "Eu não posso fazer nada por mim mesmo ... porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" (05:30; conforme Mt 26:39.). "Para que o mundo saiba que eu amo o Pai", ele afirmou, em 14:31, "Eu faço exatamente como o Pai me ordenou." Em Sua oração sacerdotal, Jesus disse ao Pai: "Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste a fazer" (17: 4).

A realidade que Jesus veio para fazer a vontade do Pai que o enviou Ele (vv. 39-40) garante a salvação dos eleitos e sua segurança eterna. É a vontade do Pai que de tudo o que Ele tem dado ao Filho, o Filho deve perder nada, mas o ressuscite no último dia. Como no verso 37, a forma neutra do pronome pas ( todos ) considera os eleitos como uma unidade coletiva. Nenhuma parte desse grupo, que o Pai atribuído a Cristo na eternidade passada e dá a ele a tempo, serão perdidos; a promessa de quatro vezes que o Filho vai levantá-lo intacto no último dia (vv. 40, 44,
54) constitui uma garantia firme de eterna salvação para todos os verdadeiros crentes. Jesus reiterou que a verdade nos termos mais fortes, quando declarou em João 10:27-30,

As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer; e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai.
Em Sua oração sacerdotal Ele disse ao Pai: "Enquanto eu estava com eles, eu estava mantendo-os em teu nome que me deste, e eu guardava-os e nenhum deles morreram, mas o filho da perdição [Judas 1scariotes, que não era um daqueles dado a Cristo pelo Pai; conforme 6:64, 70-71], para que a Escritura seria cumprida "(17:12).

O resto do Novo Testamento ecoa o ensinamento do Senhor a respeito da perseverança e proteção dos santos. O apóstolo Paulo escreveu em Romanos 8:29-30,

Para aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e estes aos que predestinou, também os chamou; e estes aos que chamou, também justificou; e estes aos que justificou, também glorificou.

A frase repetida "Ele também" liga todo o processo de salvação desde a eternidade passada à eternidade futura em uma cadeia inquebrável. Tudo que Deus previu será predestinado, chamado, justificado, e glorificado; ninguém será perdido ao longo do caminho (conforme 8: 31-39). Em Fp 1:6). Em sua primeira epístola Pedro escreveu que aqueles que são

escolhidos de acordo com a presciência de Deus Pai, na santificação do Espírito, para obedecer a Jesus Cristo e ser aspergido com o Seu sangue ... [vai] obter uma herança que não se corrompe e imaculada e não vai desaparecer, reservada nos céu para [os], [porque] são protegidos pelo poder de Deus mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo. (I Pedro 1:1-2, 4-5)

Na introdução de sua epístola Jude descrito crentes como "aqueles que são chamados ... guardados em Jesus Cristo" (Judas 1). Ele concluiu sua carta com a bênção maravilhosa ", Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e para fazê-lo ficar na presença de Sua glória irrepreensível com grande alegria, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo, nosso Senhor , seja a glória, majestade, domínio e autoridade, antes de todos os tempos e agora e para sempre. Amém "(vv. 24-25).

A bênção da segurança eterna ou a preservação e perseverança dos crentes nunca está separado de arrependimento pessoal e fé, por isso o nosso Senhor afirma que o céu pertence a todo mundo que vê o Filho, e crê nele. São eles que vão ter a vida eterna (vv. 47, 54; 3: 15-16, 36; 05:24; 10:28), que, por sua própria natureza, nunca pode acabar (3:16; 10:28; 25:46 Matt).. Este fato vem reforçar ainda mais a protecção e segurança dos crentes ensinados nos versículos 37:39. A vida eterna que vem através de Jesus, o Pão da Vida, deve ser buscado com muito mais zelo do que o pão físico a multidão egoisticamente procurado.

A Queixa

Portanto, os judeus estavam resmungando sobre Ele, porque Ele disse: "Eu sou o pão que desceu do céu." Eles diziam: "Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como é que Ele agora diz: 'Eu desci do céu'?" Jesus respondeu, e disse-lhes: "Não resmungar entre vós Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer;.. E eu o ressuscitarei no último dia Está escrito nos profetas: E eles todos serão ensinados por Deus. " Todo mundo que já ouviu e aprendeu do Pai, vem a Mim Não que alguém tenha visto o Pai, senão aquele que é de Deus;.. Ele vê o Pai verdade, em verdade vos digo que aquele que crê tem eterno vida. Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que se possa comer dele e não morrer ". (6: 41-50)

Porque sua incredulidade impediu de entendimento, os judeus (este termo tem uma conotação negativa aqui, já que freqüentemente faz no evangelho de João [conforme 1:19; 2: 18-20; 5:10, 15-16, 18; 7: 1; 8:48, 52, 57; 09:18, 22; 10:24, 31, 33; 19: 7, 12, 14, 20, 21, 38; 20:19]) foram resmungando sobre Jesus (como a sua antepassados ​​tinham resmungou contra Deus, Ex 16:2).. Especificamente, eles foram perturbados por duas coisas que ele tinha dito. A primeira foi sua afirmação de ser a fonte da vida eterna (v. 35). O verbo traduzido resmungando ( gogguzō ) é uma palavra onomatopaica que ambos os meios e soa como reclamações e sussurros de desagrado murmurou. Eles também ficaram indignados com sua declaração de que Ele veio para baixo do céu. Eles pensaram Dele apenas no nível humano, como um companheiro de Galileu, o filho de José, cujo pai e mãe que sabiam (conforme 4:44; 7: . 27; 13 55:40-13:57'>Mt 13:55-57). Eles também sabiam que Ele veio da cidade desprezada de Nazaré (conforme 01:46). E assim, como os judeus na Judéia (05:18), esses galileus endureceram o coração contra o seu Messias, que chamou para o arrependimento e fé, como um pré-requisito para entrar em seu reino (Mt 4:17) e que escandalosamente, em sua opinião , reivindicou igualdade com Deus.

Aqueles que rejeitam a verdade continuamente pode achar que Deus vai judicialmente endurecer o coração. Para aqueles que se recusaram a acreditar Seu ensinamento, Jesus fez a verdade mais obscuro por meio de parábolas. À pergunta dos discípulos: "Por que lhes falas em parábolas?" (Mt 13:10), o Senhor respondeu:

Para você que foi concedido conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes foi concedido. Por que tem, dar-lhe mais será dado, e terá em abundância; mas quem não tem, até aquilo que tem lhe será tirado dele. Portanto eu lhes falo em parábolas; porque enquanto vendo, não vêem, e, ouvindo, não ouvem, nem entendem. Em seu caso, a profecia de Isaías está sendo cumprida, que diz: "Você vai continuar a audiência, mas não vai entender, você vai continuar a ver, mas não vai perceber, porque o coração deste povo tornou-se monótona, com os ouvidos eles quase não ouvir, e eles fecharam os olhos, caso contrário eles iriam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, e entenda com o coração e retorno, e eu os cure. " (Vv 11-15;. Conforme Is 6:10).

João 12:37-40 diz daqueles que rejeitaram a Jesus depois de testemunhar Seus milagres,

Mas embora tivesse feito tantos sinais diante deles, mas eles não estavam acreditando nele. Para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que ele falou: "Senhor, quem deu crédito à nossa pregação E a quem tem o braço do Senhor foi revelado?" Por esta razão, não podiam acreditar, pois 1saías disse novamente: "Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que eles não vejam com os olhos e entendam com o coração, e se convertam e eu curá-las."

No fim dos tempos, aqueles que "não receberam o amor da verdade para serem salvos" (2Ts 2:10) vai descobrir que "Deus lhes enviará uma influência iludindo a fim de que eles vão acreditar no que é falso "(v. 11). No presente momento, há um endurecimento parcial de Israel (Rm 11:25), o que leva à salvação dos gentios (v. 11). Mas um dia, durante o tempo futuro de tribulação, Deus irá remover a cegueira de Israel, e todo o remanescente crente do povo judeu será salvo (v 26; conforme Zacarias 12:10-13.: Zc 12:1.).

Ao invés de responder a sua confusão, Jesus ordenou aos judeus, "Não resmungar entre vós." Ele pediu-lhes para parar as queixas murmurando que refletiam seus corações rebeldes e difíceis. Ele havia dito e feito o suficiente, se tivessem sido abertos e dispostos. Assim, não havia nenhum ponto na resposta a seu descontentamento murmúrios e desrespeito com uma defesa detalhada. Eles tinham deliberAdãoente endureceram o coração, e só teria rejeitado a verdade de sua origem celestial tinha Ele elaborou sobre ele.

Então, Jesus proferiu algumas palavras muito solenes: "Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer", enfatizando o desamparo do homem e total incapacidade para responder a Ele para além da chamada soberana de Deus. Os incrédulos são incapazes de chegar a Jesus, por iniciativa própria (conforme a discussão do versículo 37 acima). Se Deus não irresistivelmente chamar os pecadores a Cristo, ninguém jamais iria vir a Ele.

Para explicar como pecadores perdidos supostamente tem o poder de aceitar ou rejeitar o evangelho de sua livre e espontânea vontade, alguns teólogos introduzir o conceito de graça preveniente. Millard J. Erickson explica,
Como geralmente entendido, a graça preveniente é a graça que é dado por Deus a todos os homens de forma indiscriminada. Ele é visto no Deus de enviar a luz do sol e da chuva sobre todos. Também é a base de toda a bondade encontrado em homens em todos os lugares. Além disso, ele é universalmente dada para neutralizar o efeito do pecado .... Uma vez que Deus deu esta graça a todos, todo mundo é capaz de aceitar a oferta de salvação; consequentemente, não há necessidade de qualquer aplicativo especial da graça de Deus para indivíduos particulares. ( Teologia Cristã [Grand Rapids: Baker, 1985], 3: 920)

Mas a Bíblia indica que o homem caído não é capaz, por sua própria vontade, para vir a Jesus Cristo. As pessoas não regenerados são mortos no pecado (Ef 2:1), escravos de injustiça (Jo 8:34; Rm 6:6, Rm 6:20), alienado de Deus (Cl 1:21) e hostil a ele (Rm 5:10; Rm 8:7.) Presos no reino de Satanás (Cl 1:13), impotente para mudar a sua natureza pecaminosa (Jr 13:23; Romanos 5 (2Co 4:4; conforme Jo 14:17)... Apesar da vontade humana está envolvida em vir a Cristo (já que ninguém é salvo sem crer no evangelho, Mc 1:15; At 15:7; 10:. 9-15; Ef 1:13) , os pecadores não podem vir a Ele por sua livre vontade. (Além disso, uma comparação do versículo 44 com o versículo 37 mostra que o desenho de Deus não pode aplicar-se a todas as pessoas não regenerados, como os defensores da graça preveniente argumentam, porque o versículo 37 Limita-o a remidos, que Deus deu a Cristo.) Deus irresistivelmente, eficazmente empates a Cristo somente aqueles a quem Ele escolheu para a salvação na eternidade passada (Ef. 1: 4-5, Ef 1:11).

Mais uma vez, Jesus repetiu a maravilhosa promessa de que todos aqueles que o Pai escolhe serão sorteados, virá, será recebido, e Ele irá levantar -los no último dia (39-40 vv., 54). Todo mundo que vem a Cristo será mantido por Ele; não existe a possibilidade de que mesmo uma pessoa eleita dado a Ele pelo Pai serão perdidos (veja a discussão sobre v. 39, supra).

No versículo 45 o Senhor parafraseado Is 54:13 para enfatizar que o Seu ensinamento foi consistente com o Antigo Testamento. O que estava escrito nos profetas: "E serão todos ensinados por Deus", reafirma a verdade do versículo 44 em termos diferentes. Aqueles que vêm para a fé salvadora fazê-lo, porque eles são sobrenaturalmente instruído por Deus. Desenho e ensino são apenas diferentes aspectos da chamada soberana de Deus para a salvação; é através da verdade da Sua Palavra que Deus chama as pessoas para abraçar o seu Filho (Rm 10:14, Rm 10:17; conforme 1 Pedro 1: 23-25.). Como resultado, todos os que o ouviram e aprenderam com o Pai, vem a Cristo. A declaração de Jesus também era uma repreensão sutil de seus oponentes judeus, que se orgulhavam de seu conhecimento das Escrituras. Mas teve que realmente entendeu o Antigo Testamento, eles teriam acataram Ele (5:39).

Como o único caminho para Deus (Jo 14:6 1Tm 6:161Tm 6:16..) , exceto aquele que . é de Deus Porque Ele era eternamente no céu um com o Pai, e em seguida enviado à Terra pelo Pai, o Filho pode falar com autoridade sobre o Pai (conforme He 1:2;. conforme Jd 1:5)

"Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; eo pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne." Então os judeus começaram a discutir uns com os outros, dizendo: "Como pode este dar-nos a sua carne a comer?" Então Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida eo meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou ., e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim Este é o pão que desceu do céu; não como os vossos pais comeram e morreram; quem comer deste pão, viverá para sempre . " Estas coisas Ele disse na sinagoga, ensinando em Cafarnaum. (6: 51-59)

Vivemos em um mundo espiritualmente fome desesperada de sentido e de esperança na vida. Desde o início, os seres humanos foram criados para servir a Deus ea comunhão com Ele (conforme Gn 1:26; Gn 3:8). No entanto, os homens caídos, não encontrou a liberdade emocionante eles procuram por vazamento Deus de lado. Em vez disso, eles descobrem que só a falta de sentido de horror de uma vida sem Deus. Apologista cristão William Lane Craig explica:

"Quem sou eu?" homem pergunta. "Por que estou aqui? Para onde vou?" Desde o Iluminismo, quando ele jogou fora os grilhões da religião, o homem tem tentado responder a estas perguntas sem referência a Deus. Mas as respostas que voltaram não eram emocionante, mas escuro e terrível. "Você é o subproduto acidental da natureza", é dito a ele, "um resultado de matéria mais tempo mais acaso. Não há nenhuma razão para a sua existência. Tudo o que o rosto é a morte."
O homem moderno pensou que, quando ele se livrou de Deus, ele se libertou de tudo o que reprimida e sufocada ele. Em vez disso, ele descobriu que, ao matar Deus, ele também tinha se matou.
Porque, se não há Deus, então a vida do homem se torna absurdo ....
[Além de Deus] a humanidade é uma raça condenada em um universo de morrer. Porque a raça humana acabará por deixar de existir, não faz diferença final se já existiu. A humanidade é assim, nada mais importante do que um enxame de mosquitos ou um curral de porcos, pois seu fim é tudo a mesma coisa. O mesmo processo cósmico cego que os cuspiu em primeiro lugar acabará por engoli-los novamente.( Apologética: An Introduction [Chicago: Moody, 1984], 39, 41)

É claro que a falta de esperança de vida sem Deus não é uma descoberta recente. Muito antes de racionalismo moderno levou ao desespero niilista, o grande pai da Igreja Agostinho clamou ao Senhor: "Tu nos fizeste para Ti e nossos corações não encontram a paz enquanto não repousar em vós" ( Confissões, I.1). E séculos antes de Agostinho, o homem mais sábio que já viveu também reconheceu a vaidade da vida longe de Deus. Apesar de sua sabedoria, Salomão procurou felicidade e satisfação para além do Senhor. Em Eclesiastes 2, ele resumiu suas perseguições fúteis, incluindo a perseguição por prazer (vv. 1-3, 8c), produtividade (vv. 4-6), posses (vv. 7-8), o poder político (vv. 9— 10), e até mesmo a própria sabedoria (vv. 12-14). No entanto, no final de tudo isso, ele percebeu que era tudo sem sentido (vv. 11, 15-23). Só em Deus poderia verdadeiro propósito e significado ser encontrado ", para que possa comer e quem pode gozar sem Ele?" (V 25; conforme 12: 13-14.).

Durante todo o resto do Eclesiastes, Salomão advertiu contra seguir o caminho da sabedoria humana, que se mostrou tão vazio. O termo-chave do livro é "vaidade" (às vezes traduzida como "futilidade" naNVI ), que aparece cerca de três dezenas de vezes. O termo expressa a futilidade da vida "debaixo do sol" (a frase usada quase tão frequentemente) à parte de Deus. Ponto de Salomão foi que a prossecução de metas terrenas como fins em si (sem vê-los como um meio de glorificar e servir a Deus) só conduz ao vazio e desespero sem esperança (1: 2-3, 8-11, 14; 2: 12-23; 3: 9, 4: 2-3; 5: 10-11, 16; 6: 7, 12; 7: 1; 9: 2-3; 12: 8).

Neste mundo caído de decepção, desânimo, desespero e veio o Senhor Jesus Cristo. Ele é o Pão da Vida, o único que pode satisfazer os desejos mais profundos da alma humana. Somente através dele (At 4:12) pode pecadores obter o perdão (Mt 26:28; Atos 5:30-31; At 10:43; Ef 4:32.), Ser restaurado para um relacionamento correto com Deus (Jo 14:6), e receber a vida eterna (João 3:15-16, Jo 3:36; Jo 5:24; Jo 17:2).

Na primeira parte de seu sermão sobre o Pão da Vida, Jesus se apresentou como alimento espiritual para a alma faminta (6: 30-50). Na seção final (vv. 51-59), Ele exortou o povo a Ele apropriar pessoalmente pela fé. A passagem inclui 'pronunciamento, os judeus' Jesus perplexidade, e promessas de Jesus.

O Pronunciamento

"Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; eo pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne." (06:51)

Pela quinta vez neste discurso (conforme vv. 33, 35, 48, 50), Jesus afirmou ser o pão vivo que desceu do céu. Ele, então, acrescentou a promessa de que , se alguém comer deste pão, ele vai viver para sempre.Aqui, como nos versos 35:40, a responsabilidade humana de acreditar em Cristo está em vista (a soberania de Deus na salvação é ensinado nos versos 37:39-44, 65.).

Sempre o professor mestre, Jesus usou a rotina simples, todos os dias de comer para se comunicar profunda verdade espiritual. A analogia de comer sugere cinco paralelos para se apropriar verdade espiritual.

Em primeiro lugar, assim como o alimento é inútil, a menos que se come, assim também a verdade espiritual não é bom, se não for internalizado. Apenas saber a verdade, sem agir sobre ele, tanto os lucros nada (He 4:2). Na verdade, ele irá resultar em uma sentença mais severa (Lucas 12:47-48; He 10:29.).

Em segundo lugar, comer é solicitado pela fome; aqueles que estão cheios não está interessado em comida. Da mesma forma, os pecadores que estão saciados com o seu pecado não têm fome de coisas espirituais (conforme Lc 5:31-32; Lc 6:21). Quando Deus desperta-los para a sua condição perdida, no entanto, a fome de perdão, libertação, paz, amor, esperança, alegria e os leva ao Pão da Vida.

Em terceiro lugar, as pessoas comem o alimento se torna parte deles por meio do funcionamento do sistema digestivo do corpo. Por isso, é espiritualmente As pessoas podem admirar Cristo, ficar impressionado com seu ensinamento, e mesmo lamentar a sua morte na cruz como uma grande tragédia. Mas só se apropriam Ele pela fé que eles tornam-se um com Ele (17:21; 1Co 6:17;. 2Co 4:102Co 4:10;.. Gl 2:20; Ef 3:17.).

Em quarto lugar, comer envolve confiança. Ninguém conscientemente come contaminado ou comida estragada; o próprio ato de comer implica fé de que a comida é comestível (conforme Mc 7:15). Assim, a metáfora de comer o pão da vida implica crer em Jesus.

Finalmente, comer é pessoal. Ninguém pode comer uma refeição para outra; não existe tal coisa como comer por procuração. E não há salvação por procuração. No Sl 49:7.).

O Senhor definiu ainda o pão da vida como que o que Ele iria fazer voluntariamente (10:18) darei pela vida do mundo: Sua carne (conforme 1,14). O conceito de Jesus dar a Si mesmo em sacrifício pelos pecadores é um tema repetido Novo Testamento (por exemplo, Mt 20:28; Gl 1:1; Gl 2:20; Ef 5:2; 1 Tm 2:.. 1Tm 2:6; Tt 2:14). O Senhor se referiu profeticamente aqui para Sua morte na cruz, uma das muitas dessas previsões registradas nos Evangelhos (João 2 (2Co 5:21;; Gl 3:13 1Pe 2:241Pe 2:24..): 19-22; 12 : 24; Mt 12:40; Mt 16:21; Mt 17:22; Mt 20:18; Mc 8:31; Mc 9:31; 10: 33-34.; Lc 9:22, Lc 9:44; 18: 31-33; 24 : 6-7). É oferta de Seu Jesus ' carne que é o preço da redenção. Teve Ele simplesmente veio e proclamou os padrões de Deus, ele teria deixado a raça humana em uma situação desesperadora. Uma vez que ninguém pode manter essas normas, não teria havido nenhuma maneira para que os pecadores a ter um relacionamento com Deus. Mas para fazer a reconciliação entre o homem pecador e santo Deus possível ", também Cristo morreu pelos pecados de uma vez por todas, o justo pelos injustos, para que Ele possa nos levar a Deus" (1Pe 3:18; conforme 1Pe 2:24; Isaías 53:4-6; Rom. 3: 21-26.; 2Co 5:212Co 5:21)..

Uma vez que "o salário do pecado é a morte" (Rm 6:23) e "sem derramamento de sangue não há remissão" (He 9:22), Cristo tornou-se o sacrifício final para o pecado ", o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! " (Jo 1:29). Sua morte, para todos os que acreditaram e iria acreditar, Deus aceita como o pagamento integral para o pecado (Rm 3:1; He 2:17; 1Jo 2:21Jo 2:2), de modo que o perdão completa foi fornecida pelos pecados de todos os fiéis penitente (At 10:43; 13 38:44-13:39'>13 38:39; Ef 1:7; 13 51:2-14'>2: 13-14; 1Jo 1:91Jo 1:9). Ele morreu por pessoas de todas as raças, culturas, etnias e classes sociais (conforme Gl 3:28;. Cl 3:11). Assim, Deus disse em Is 45:22: "Vire-se para mim, e sereis salvos, todos os confins da terra", e Jesus comissionou a igreja para "fazer discípulos de todas as nações" (Mt 28:19). O Senhor também declarou: "Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que crê será nele tenha a vida eterna" (João 3:14-15), e "I , se eu for levantado da terra, atrairei todos a mim "(12:32). Ele é o único Salvador para o mundo dos pecadores perdidos.

A perplexidade

Então os judeus começaram a discutir uns com os outros, dizendo: "Como pode este dar-nos a sua carne a comer?" (06:52)

O Senhor, obviamente, não estava falando de canibalismo quando falou de comer Sua carne. Ao contrário, Ele estava dando uma ilustração física de uma verdade espiritual. Mais uma vez, porém, osantagônicos judeus perdeu completamente o significado da afirmação de Jesus. Como resultado, eles começaram a discutir um com o outro. Argumente traduz uma forma do verbo machomai , que significa "para lutar", ou "brigar" (conforme At 7:26; 2Tm 2:242Tm 2:24; Jc 4:2;. Mc 14:22; Lc 22:19; 1Co 10:161Co 10:16;. 1Co 11:24, 1Co 11:27). Duas considerações adicionais reforçar o fato de que essa passagem não se refere a Comunhão: Em primeiro lugar, a Mesa do Senhor ainda não havia sido instituída; portanto, os judeus não teria entendido o que Jesus estava falando sobre se ele estivesse falando de Comunhão. Em segundo lugar, Jesus disse que quem participa da Sua carne tem a vida eterna. Se isso era uma referência à mesa do Senhor, isso significaria que a vida eterna pode ser adquirida através de comungar. Isso é claramente estranha às Escrituras, no entanto, que ensina que a comunhão é para aqueles que já são crentes (1 Cor. 11: 27-32) (. Ef 2:8-9) e que a salvação é pela fé somente. (Para mais argumentos contra a interpretação sacramental de comer carne de Cristo e beber o seu sangue, ver DA Carson, O Evangelho Segundo João, O Pillar New Testament Commentary [Grand Rapids: Eerdmans, 1991], 296-98; para uma crítica da doutrina católica romana da missa, ver Tiago G. McCarthy, O Evangelho Segundo o Roma [Eugene, Oregon .: Harvest House, 1995], caps. 6-7).

Tanto a Igreja Católica Romana e os oponentes judeus de Jesus perdeu o seu ponto. Como observado na discussão do versículo 51, o Senhor não estava falando literalmente, mas metaforicamente ao povo-incentivando-os a Ele apropriar pela fé.

As Promessas

Então Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida eo meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou ., e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim Este é o pão que desceu do céu; não como os vossos pais comeram e morreram; quem comer deste pão, viverá para sempre . " Estas coisas Ele disse na sinagoga, ensinando em Cafarnaum. (6: 53-59)

Embora confrontado com sua incredulidade deliberada, Jesus não suavizar, amaciar, ou mesmo esclarecer suas palavras. Em vez disso, ele fez sua ensino ainda mais difícil para eles para engolir, adicionando o conceito chocante de beber o seu sangue. Para beber sangue ou comer carne com o sangue ainda na era estritamente proibido pela lei do Antigo Testamento:

E qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam entre eles, que comer algum sangue, eu porei a minha face contra aquela pessoa que come sangue e extirparei do meio do seu povo.Porque a vida da carne está no sangue, e eu dei a vocês sobre o altar para fazer expiação pelas vossas almas; pois é o sangue por causa da vida que faz expiação. Por isso eu disse aos filhos de Israel: "Nenhum de vós comerá sangue, nem pode qualquer estrangeiro que peregrina entre vós comerá sangue." Assim, quando qualquer homem dos filhos de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam entre eles, caçando apanhe um animal ou uma ave que se pode comer, ele deve derramar o seu sangue e cobri-lo com terra. Porque, assim como para a vida de toda a carne, seu sangue é identificado com a sua vida. Por isso eu disse aos filhos de Israel: "Vocês não são para comer o sangue de carne alguma, pois a vida de toda a carne é o seu sangue;. Quem o come será cortado" (Levítico 17:10-14; conforme 7: 26-27.; Gn 9:4, 23-24; Dt 15:23; At 15:29).

Jesus, é claro, não estava falando literalmente beber o líquido em suas veias mais do que Ele era de, literalmente, comer sua carne. Ambas as metáforas se referem à necessidade de aceitar a morte sacrificial de Jesus. O Novo Testamento freqüentemente usa o termo sangue .como uma metonímia gráfico falando da morte de Cristo na cruz como o sacrifício final para o pecado (Mt 26:28; At 20:28; Rm 3:25; Rm 5:9; Ef 1:7; Cl 1:20; He 9:12, He 9:14; He 10:19, He 10:29; He 13:12; 1 Pedro 1:. 1Pe 1:2, 1Pe 1:19; 1Jo 1:71Jo 1:7), "a multidão, em seguida, respondeu-lhe: 'Nós temos ouvido da lei que o Cristo é permanecer para sempre; e como você pode dizer: "O Filho do Homem seja levantado?" '"(v 34).. Na estrada de Emaús, o Cristo ressurreto repreendeu dois de seus discípulos por sua hesitação em aceitar a necessidade da sua morte: "Ó homens tolos e tardos de coração para crerdes tudo o que os profetas disseram não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? " (Lucas 24:25-26). "Nós pregamos a Cristo crucificado", escreveu o apóstolo Paulo aos Coríntios, "para os judeus uma pedra de tropeço" (1Co 1:23), e em Gl 5:11 ele se referiu à "o escândalo da cruz." Assim, o principal objectivo da mensagem evangelística de Paulo aos judeus em Tessalônica envolvidos ", explicando e dando provas de que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos, e dizendo:" Este Jesus que eu estou anunciando-vos é o Cristo '" (At 17:3; conforme Tt 2:13; 1Pe 1:31Pe 1:3)

Jesus introduziu a quarta e última promessa, declarando que a Sua carne é verdadeira comida, e Seu sangue é verdadeira bebida -o sustento que oferece a própria vida de Deus para o crente. Em face disso, o Senhor declarou: "Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele." A promessa aqui é que de união com Cristo. Em Jo 14:20 Jesus prometeu aos Seus discípulos: "Em que dia você vai saber que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu permanecerei em vós." Em 15: 5, o Senhor declarou: "Eu sou a videira, vós sois os ramos; quem permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois sem mim, nada podeis fazer." "Se alguém está em Cristo", Paulo escreveu: "ele é uma nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2Co 5:17). Mais tarde, na mesma epístola que o apóstolo exortou os coríntios: "vós teste para ver se você está na fé;!? Examinar-se Ou você não reconhece isso sobre vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós, a não ser na verdade você não passar no teste" (2Co 13:5). "Cristo em vós", ele lembrou aos Colossenses, é "a esperança da glória" (Cl 1:27). Em sua primeira epístola do apóstolo João escreveu: "Nós sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para que possamos saber o que é verdadeiro; e nós estamos naquele que é verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus ea vida eterna "(1Jo 5:20; conforme 1Jo 2:24; 1Jo 3:24; 1Jo 4:13; Jo 17:21; Rom. 6: 3-8; Rm 8:10; 1Co 1:301Co 1:30; 1Co 6:17;. Ef 3:17; Cl 2:10).

No versículo 57, Jesus declarou a fonte de sua autoridade para fazer essas promessas: ". o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim" Jesus já havia indicado, "Assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim Ele deu ao Filho também ter a vida em si mesmo" (5:26). Portanto, aqueles que acreditam em Jesus viverá por Ele. Jesus tem vida em si mesmo; e os crentes também têm vida n'Ele.

O Senhor concluiu esta magnífica ensino, repetindo o pensamento de versículos 49:50. O convite é tão claro hoje como foi naquele dia memorável na sinagoga de Cafarnaum .... Aquele que persegue as coisas materiais vão morrer, tão certo como o rebelde israelitas morreram no deserto. Mas quem come o pão que desceu do céu ... vai viver para sempre.

22. O Pão da Vida-Parte 3: Respondendo ao Pão da Vida (João 6:60-71)

Portanto, muitos dos seus discípulos, ouvindo isto, disse: "Esta é uma afirmação difícil, que pode ouvi-la?" Mas Jesus, consciente de que os seus discípulos murmuravam contra isso, disse-lhes: "Será que este vos escandaliza O que então se você vir o Filho do Homem subir para onde estava antes de É o Espírito que dá a vida;? Os lucros de carne nada; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida Mas há alguns de vós que não crêem ".. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de trair. E Ele estava dizendo: "Por esta razão, eu disse a você, que ninguém pode vir a mim, se ela foi concedida a ele a partir do Pai". Como resultado desta muitos dos seus discípulos se retiraram e não estavam andando com ele. Então Jesus disse aos doze: "Você não quer ir embora também, não é?" Simão Pedro respondeu-Lhe: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e têm vindo a saber que tu és o Santo de Deus." Jesus respondeu-lhes: "Será que eu mesmo não escolhi a vós os doze anos, e ainda um de vós é um diabo?" Agora Ele quis dizer Judas, filho de Simão Iscariotes, pois, um dos doze, ia traí-lo. (6: 60-71)

A pregação do evangelho que não consegue transmitir a Palavra de Deus com precisão, e para comandar a obediência, está aquém do padrão bíblico. Tanto João Batista (Mt 3:2)

O sermão de Pedro no dia de Pentecostes também obrigou uma resposta:

E, ouvindo eles isto, eles foram perfurados para o coração, e disse a Pedro e aos demais apóstolos: "Irmãos, o que devemos fazer?" Pedro disse-lhes: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados;. E você vai receber o dom do Espírito Santo" (Atos 2:37-38)

De um modo geral, aqueles que ouvem a pregação poderosa da Palavra irá responder em uma de três maneiras (13 conforme Matt 3:9., 18-23). Alguns vão zombar e reagem com rejeição pura e simples. Tais eram os escribas e fariseus que responderam a Jesus de forma consistente oposição Seu ensino e desprezando Sua pessoa. Sua rejeição culminou em Mt 12:24, quando, depois de ver os milagres de Jesus, atribuíram-lhes a Satanás: "Mas os fariseus, ouvindo isto [a multidão se perguntando se Jesus era o Messias; v 23.], Eles disseram: 'Este homem expulsa os demônios só por Belzebu o príncipe dos demônios. "" Eles deliberAdãoente escolheu para descartar a esmagadora evidência a respeito de quem Jesus realmente era.

Alguns vão responder com uma fé temporária ou superficial. Esses falsos discípulos são os curiosos que estão superficialmente atraídos para Cristo. Mas quando Ele faz exigências sobre eles, ou há um custo a ser pago para segui-Lo, eles desaparecem, desejando nem para deixar de ir ao mundo, nem para negar a si mesmos (conforme Lucas 9:23-25). João 2:23-25 ​​discute essas pessoas:

Agora, quando Ele estava em Jerusalém na Páscoa, durante a festa, muitos creram no seu nome, observando os sinais que ele estava fazendo. Mas Jesus, de sua parte, não estava confiando-se a eles, pois Ele sabia que todos os homens, e porque Ele não precisava de ninguém para testemunhar a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem.

Em sua primeira epístola, João descreveu ainda os como aqueles que "Saíram de nós, mas não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; mas eles saíram, para que fosse ser demonstrado que todos eles não são de nós "(1Jo 2:19). Seus números incluem homens como Demas (2Tm 4:10.), Simão, o mágico (Atos 8:18-21), e, acima de tudo, Judas 1scariotes (At 1:25).

Por fim, alguns vão responder com verdadeira fé. Este pequeno núcleo de verdadeiros discípulos é o "pequeno rebanho", a quem o Pai tem de bom grado escolhido para dar o reino (Lc 12:32), depois de ter tirado a Seu Filho (Jo 6:37, Jo 6:44). Eles acreditam Salvadora em Jesus como o Filho de Deus e Messias.

Sermão de Jesus sobre o Pão da Vida, juntamente com a resposta a ela, é o clímax temática de todo ministério galileu do Senhor. A reação da multidão era típico, não só dos judeus da época de Jesus, mas também de todas as pessoas que se deparam com a verdade. Aqueles que ouviram Sua mensagem exibida cada uma das três respostas acima apontados. Alguns rejeitaram Jesus antes do sermão foi ainda acabado, interrompendo-o e "resmungando sobre Ele, porque Ele disse: 'Eu sou o pão que desceu do céu'" e "dizendo:" Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como é que Ele agora dizer: "Eu desci do céu"? "(vv. 41-42).

Infelizmente, essa resposta tipificado maioria dos galileus. Embora Jesus havia ensinado em suas cidades e aldeias e realizou muitos milagres em seu meio (João 2:1-11; 4: (Mt 4:23). 46-54; 6: 4-13; Mt 8:2-4. , 5-13, 14-17, 28-34; 9: 1-8, 18-26; 12: 9-14; 14: 34-36; Marcos 8:22-26; Lucas 7:11-17), eles ainda se recusou a acreditar nEle. Sua rejeição voluntária foi imperdoável, e Jesus repreendeu severamente duas cidades da Galiléia, Corazim e Betsaida, por sua dureza de coração:

Então ele começou a denunciar as cidades em que a maioria de seus milagres foram feitos, porque eles não se arrependeram. "Ai de vós, Ai! Corazim para você, Betsaida! Porque, se os milagres ocorreram em Tiro e Sidon, que ocorreu em você, elas se teriam arrependido há muito tempo no saco e cinza. No entanto, eu digo a você, será mais tolerável . para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para você E você, Cafarnaum, não será elevada até o céu, você vai Você vai descer para Hades;? Porque, se os milagres tinham ocorrido em Sodoma que ocorreu em você, ele teria manteve-se até hoje. No entanto, eu digo a você que ele será mais rigor para a terra de Sodoma, no dia do juízo, do que para você. " (Mateus 11:20-24.)

Como Jesus concluiu suas palavras, os que rejeitam definitivas esquerda, deixando apenas aqueles que alegou ser Seus discípulos, alguns dos quais possuíam a fé genuína e alguns dos quais não o fez. Os versículos 60:71 descrevem as reações desses dois grupos (os falsos discípulos e os verdadeiros discípulos) para o Pão da Vida Discurso.

A reação dos discípulos Falsos

Portanto, muitos dos seus discípulos, ouvindo isto, disse: "Esta é uma afirmação difícil, que pode ouvi-la?" Mas Jesus, consciente de que os seus discípulos murmuravam contra isso, disse-lhes: "Será que este vos escandaliza O que então se você vir o Filho do Homem subir para onde estava antes de É o Espírito que dá a vida;? Os lucros de carne nada; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida Mas há alguns de vós que não crêem ".. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de trair. E Ele estava dizendo: "Por esta razão, eu disse a você, que ninguém pode vir a mim, se ela foi concedida a ele a partir do Pai". Como resultado desta muitos dos seus discípulos se retiraram e não estavam andando com ele. (6: 60-66)

Que as pessoas introduzido aqui são chamados de discípulos não implica que eles eram verdadeiros seguidores de Cristo. O termo Mathetes ("discípulo") refere-se a alguém que se atribui a um professor como um estudante ou aprendiz, mas não implica nada sobre a sinceridade ou devoção do discípulo. Além dos discípulos de Jesus, o Novo Testamento também observa discípulos de João Batista, os fariseus (Mt 9:14). (22: 15-16), Paulo (At 9:25), e Moisés (Jo 9:28; 8:. Mt 8:1; Mt 19:2;. At 26:14; Jd 1:15; conforme Mt 10:34-39).

Falsos discípulos não seguem a Cristo por causa de quem Ele é, mas por causa do que eles querem Dele. Eles não têm nenhum problema de vê-lo como um bebê na manjedoura no Natal; um reformador social com uma ampla mensagem de amor e tolerância; a todos humano ideal deve imitar; ou uma fonte de saúde, riqueza e felicidade mundana. Mas eles não estão dispostos a abraçar a bíblica Jesus-o Deus-homem que destemidamente repreendeu os pecadores e os advertiu do inferno eterno, e que a salvação do que o inferno só vem através da crença Suas palavras (Jo 5:24). Aqueles que resistem ou rejeitar o ensinamento de Jesus não passam no teste do verdadeiro discipulado que Ele mesmo previsto em Jo 8:31: "Então, Jesus estava dizendo aos judeus que haviam crido nele:" Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos "(conforme 15: 8). Continuação obediência às palavras de Jesus Cristo sempre marca verdadeiros discípulos (conforme I João 2:3-5).

Desde Jesus compreendeu o coração de cada pessoa (02:25; conforme Mt 12:25; Lc 5:22.), Ele estava consciente de que seus discípulos resmungou (conforme Jo 6:41; Ex 16:2;. Mt 15:12) ou "a desistir de acreditar" (eg, 13 21:24-10). Ambos os significados são apropriadas aqui; os falsos discípulos se ofendeu com o ensino de Jesus, e que os levou a abandonar sua fé superficial nEle.

Sabendo que a central em sua rejeição era Sua alegação de ter descido do céu, Jesus perguntou: "O que então se você vir o Filho do Homem subir para onde estava antes?" Sua implicação parece ser: "Se você me viu subir no céu, para que não iria convencê-lo da minha origem celestial? " (A referência à Sua ascensão também exclui qualquer interpretação literal crassly de comer sua carne e beber seu sangue, uma vez que Jesus iria ascender corporalmente ao céu [conforme Atos 1:3-11].) Deve-se notar que alguns comentaristas vêem Jesus 'referência à crescente como uma referência implícita à Sua crucificação (03:14; 12:32, 34), o que levou a Sua ressurreição, e depois de Sua ascensão. De acordo com esse ponto de vista, o Senhor estava fazendo um ponto crucial: Se os falsos discípulos ficaram escandalizados por seu ensino, quanto mais eles iriam ser ofendido por sua execução (conforme 1Co 1:23.)? Em qualquer caso, Jesus deixou a questão em aberto, pois como seus ouvintes responderam a Ele iria determinar como eles iriam responder.

Assim como fez em 3: 6, Jesus contrastou o Espírito que dá a vida com a carne que lucra nada. A vida espiritual só vem quando o Espírito Santo dá vida de Cristo para o crente (Gl 2:20; Colossenses 3:3-4. ). Ele não vem através da "vontade da carne" (1:13), que, como RVG Tasker, observa que "significa o para fora, para a exclusão do interior, o visível para além do invisível, o material não relacionado com o espiritual, e o humano dissociado do divino "( O Evangelho Segundo São João, Tyndale Comentários do Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1975], 96). O Senhor exortou aqueles que teve problema com a comer a sua carne (v. 52), para concentrar-se em partilhar do Seu Espírito (vv. 53-58).

É claro que ninguém pode fazer que, além de ouvir e obedecer as palavras que Jesus tem falado, que, declarou, são espírito e são vida. É as palavras de Jesus que revelam quem Ele realmente é. Como observado anteriormente, aceitar ou rejeitar essas palavras separa discípulos verdadeiros e falsos. Os verdadeiros discípulos continuar em Sua Palavra (8:31), o que permanece nele (. 15: 7; conforme Jr 15:16; Cl 3:16; 1Jo 2:141Jo 2:14); falsos discípulos definitivamente rejeitam a Sua palavra (08:37, 43, 47). Para abraçar as palavras de Jesus é para recebê-Lo, pois revelar a Sua pessoa. Assim, a Bíblia ensina que a salvação vem por meio da agência da Palavra de Deus:

Agora, a parábola é este: a semente é a palavra de sementes God__O na boa terra, esses são os que ouviram a palavra em um coração honesto e bom, e mantê-lo rápido, e dão fruto com perseverança.(Lc 8:11, Lc 8:15)

Ele, porém, respondendo, disse-lhes: "Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e fazê-lo." (Lc 8:21)

No exercício de sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que seria uma espécie de primeiros frutos entre as Suas criaturas. (Jc 1:18)

Portanto, deixando de lado toda a imundícia e tudo o que resta da maldade, recebei com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas. (Jc 1:21)

Para você ter sido mais uma vez não nasceu de semente corruptível, mas incorruptível, ou seja, através do viva e permanente palavra de Deus. (1Pe 1:23)

Jesus então disse: "Mas há alguns de vós que não crêem." Como sempre acontece com aqueles que rejeitam a oferta de salvação de Deus, o problema não foi a falta de informação, mas a falta de fé. O Senhor realizou esses falsos discípulos pessoalmente responsável por rejeitá-Lo, não porque eles não podiam entender, mas porque eles não iriam acreditar.

Enquanto o Senhor estava certamente tristes com incredulidade dos falsos discípulos, ele não levá-lo de surpresa, Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam. Ele até sabia o tempo todoque foi que o trairia -Judas 1scariotes, o supremo exemplo de um falso discípulo incrédulo (veja a discussão de vv. 70-71 abaixo). As palavras de despedida de Jesus aos falsos discípulos, "Por isso que eu disse a você, que ninguém pode vir a mim, a menos que tenha sido concedida a ele a partir do Pai", reforçou o Seu ensinamento mais cedo que Deus é absolutamente soberano na salvação (vv 37., 39, 44-45). Os versículos 64:65 manter a tensão entre a soberania divina ea responsabilidade humana encontrada por toda a Escritura. Por um lado, os incrédulos são condenados por sua incredulidade (v 64.);por outro lado, eles estão perdidos, porque o Pai não atraí-los (v. 65).

Infelizmente, mas previsivelmente, como resultado desta muitos dos seus discípulos se retiraram e não andavam mais com ele. Abandonando qualquer outra pretensão de ser Seus seguidores, eles o abandonaram e se juntou aos zombadores que haviam rejeitado Jesus sem rodeios. Ek toutou ( como um resultado do presente ) também pode ser traduzido como "a partir deste momento". Ambas as traduções estão corretas. Os falsos discípulos o abandonaram permanentemente Jesus após este ponto , como resultado de seu ensino no sermão em geral (especialmente vv. 48-58), e Sua condenação da incredulidade deles em particular (v. 64). "O que eles queriam, ele não daria, o que ele ofereceu, eles não receberiam" (FF Bruce, o Evangelho de João [Grand Rapids: Eerdmans, 1983], 164).

A reação dos discípulos 5erdadeiros

Então Jesus disse aos doze: "Você não quer ir embora também, não é?" Simão Pedro respondeu-Lhe: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e têm vindo a saber que tu és o Santo de Deus." Jesus respondeu-lhes: "Será que eu mesmo não escolhi a vós os doze anos, e ainda um de vós é um diabo?" Agora Ele quis dizer Judas, filho de Simão Iscariotes, pois, um dos doze, ia traí-lo. (6: 67-71)

Esta é a primeira ocorrência no evangelho de João do termo doze, que geralmente designa os apóstolos nos Evangelhos sinópticos (por exemplo, Mt 10:2; Mc 4:10; Mc 9:35; Lc 8:1).João não gravar a chamada dos Doze e, com exceção de versículos 70:71, usou o termo apenas em outro lugar 20:24. Pode ser que os Doze foram todos que permaneceram após os discípulos temporários esquerda. Ou Jesus pode ter falado com eles mais tarde, em privado. No texto grego, a pergunta do Senhor espera uma resposta negativa, daí a NASB tradução, "Você não quer ir embora também, não é?"Jesus usou a deserção dos falsos discípulos para contrastar a fé dos Doze.

Como em tantas outras ocasiões, Simão Pedro atuou como porta-voz dos Doze (conforme 13 36:37.; Mt 14:28; Mt 15:15; Mt 16:16, Mt 16:22; Mt 17:4; Mt 19:27, Mt 26:35; Mc 11:21; Lc 5:8; Lc 12:41). Sua declaração, "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e vim a saber que tu és o Santo de Deus", é uma reminiscência de sua confissão de Jesus como o Messias, em Cesaréia de Filipe (Mt 16:16;. conforme Mt 14:33). Enquanto a multidão só estava disposta a aceitar Jesus como uma espécie de segundo Moisés que eles esperavam supriria suas necessidades materiais, os Doze viu por quem ele realmente é. Não havia nenhum outro professor para quem eles poderiam virar, disse Pedro, pois era só Cristo tem as palavras de vida eterna (conforme v 63)..

No entanto, nem mesmo todos os Doze tinham verdadeiramente acreditado e vir a conhecer Jesus, como o Senhor foi rápido em apontar. Eles devem ter ficado chocado quando Jesus declarou que havia um traidor em suas fileiras: "Será que eu Eu não escolhi a vós os doze anos, e ainda um de vós é um diabo?" Ele não está aqui referindo-se a eleição para a salvação, mas sim seleção para o apostolado. Ele escolheu doze homens, um dos quais era para difamá-lo da maneira mais impensável. Depois de Judas havia sido demitido do Cenáculo na noite da Última Ceia, o Senhor falou aos onze restante como sendo escolhido para a salvação. Como Ele disse-lhes: "Você não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei para que você iria e deis fruto, eo vosso fruto permaneceria, de modo que tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele pode dar a you "(15:16). Sua escolha soberana deles, tanto para a salvação e apostolado, descartou qualquer pretensão ou auto-importância que pode ter se sentido contrário.

diabo no meio deles, é claro, era Judas, filho de Simão Iscariotes. Iscariotes deriva de uma frase em hebraico que significa "homem de Kerioth." A referência foi, provavelmente, para a aldeia da Judéia de Kerioth (Js 15:25.), Embora também era uma cidade moabita com o mesmo nome (Jr 48:24, Jr 48:41; Am 2:2; Lc 6:16])Diabolos ( diabo ) significa "caluniador" (conforme 1Tm 3:11; 2Tm 3:32Tm 3:3), o Senhor a Satanás identificado como a fonte por trás de Judas.

Isso não exonera ou desculpar Judas por seu ato hediondo. O Novo Testamento atribui a responsabilidade pela traição de Jesus diretamente aos pés de Judas 1scariotes. Nas palavras de refrigeração de Jesus: "O Filho do Homem é ir, assim como está escrito a seu respeito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído Teria sido bom para que o homem se ele não teve! nascido "(Mt 26:24).

Afirmação de Pedro nos versículos 68:69 expressa duas marcas fundamentais dos verdadeiros discípulos: fé ( nós acreditamos ) —que marca seu nascimento espiritual e fidelidade ( Senhor, para quem iremos nós? ) —que marca seu caráter. O pretérito perfeito dos verbos traduzidos ter acreditado e têm vindo a conhecer transmite a idéia de um ato se completou no passado, mas com resultados contínuos.A fé inicial dos discípulos verdadeiros resultados em contínuo compromisso e lealdade para com Cristo. Ao contrário dos falsos discípulos que tinham feito uma decisão final de abandonar Jesus, os Doze (com exceção de Judas) tinha feito uma promessa permanente para segui-Lo. Desta forma, João contrastou a diferença gritante entre os que são inconstantes e aqueles que são fiéis.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de João Capítulo 6 do versículo 1 até o 71

João 6

Os pães e os peixes — Jo 6:1-13

Havia momentos em que Jesus sentia desejos de afastar-se da multidão de pessoas que o seguiam. Estava sob uma tensão contínua e precisava descansar. Às vezes era necessário ficar a sós com os discípulos para conduzi-los com maior profundeza para uma melhor compreensão de sua pessoa. Necessitava tempo para orar e para entrar em contato com o poder e a presença de Deus. E nesta oportunidade era muito acertado afastar-se antes de provocar um enfrentamento direto com as autoridades, porque ainda não tinha chegado o momento do conflito final.

De Cafarnaum até a outra margem do mar da Galiléia havia uns sete quilômetros de distância. Assim Jesus empreendeu a travessia. Mas o povo estivera observando maravilhada as coisas surpreendentes que fazia. Era fácil ver que direção tomava o barco, e se apressaram para chegar ao outro lado do lago por terra. O rio Jordão desembocava no mar da Galiléia pelo extremo Norte. A três quilômetros da desembocadura estavam os vaus do Jordão. Perto dos vaus havia uma cidade chamada Betsaida Julia para diferenciá-la da outra Betsaida na Galiléia, e Jesus se dirigiu a esse lugar (Lc 9:10). Perto da Betsaida Julia, quase à beira do lago, há uma pequena planície sempre coberta de erva. chama-se El— Batiya e seria o cenário deste milagroso acontecimento.

Em primeiro lugar, Jesus subiu pela ladeira até a planície e se sentou ali com seus discípulos. Logo a multidão começou a aparecer por grupos. Era preciso caminhar uns quatorze quilômetros para bordejar o lago e cruzar os vaus e o tinham feito com toda a rapidez de que podiam. Sabemos que se aproximava a festa da Páscoa. Devia haver mais gente que o habitual nos caminhos. É muito provável que houvesse muita gente que se dirigia a Jerusalém. Muitos peregrinos da Galiléia viajavam para o Norte, cruzavam o vau, atravessavam a Peréia e logo voltavam a cruzar o Jordão perto de Jericó. O caminho era mais longo mas se evitava o território dos temidos e odiados samaritanos. É muito possível que a multidão se viu acrescida por peregrinos que se dirigiam à festa da Páscoa e que já estavam a caminho.

Ao ver a multidão, acendeu-se a compaixão de Jesus. Estavam famintos e cansados e era preciso dar-lhes de comer. Era natural que se dirigisse a Filipe, porque vinha de Betsaida (Jo 1:44) e sem dúvida conheceria o lugar. Jesus lhe perguntou onde se podia obter comida. Filipe deu uma resposta desesperada. Disse que embora se pudesse conseguir comida, seriam necessários mais de duzentos denários para dar uma mínima quantidade a cada um dos componentes dessa vasta multidão. Um denário representava a diária normal de um operário. Filipe calculou que se necessitariam as diárias de mais de seis meses para começar a alimentar uma multidão como esta. Então apareceu André em cena. Tinha encontrado um garoto que tinha cinco pães de cevada e dois peixinhos. É muito possível que o garoto os tivesse levado para almoçar. Possivelmente tinha saído para passar o dia fora e, tal como faria qualquer garoto, se uniu à multidão. André como era seu costume levava gente à presença de Jesus. O garoto não tinha muito que oferecer. O pão de cevada era o mais econômico de todos, e o menosprezava.

Na Mishnah há uma disposição a respeito da oferta que uma mulher adúltera deve apresentar. É obvio que deve levar uma oferta por seu pecado. Em todos os sacrifícios se fazia uma oferta consistente em uma mescla de farinha, vinho e azeite. Em geral se empregava farinha de trigo; mas estava estabelecido que, no caso de uma oferta por adultério, devia empregar-se farinha de cevada, porque a cevada é a comida das bestas e o pecado da mulher era um pecado bestial. O pão de cevada era aquele que comiam os muito pobres. Os peixes não seriam muito maiores que uma sardinha.

O peixe em vinagre proveniente da Galiléia era muito conhecido em todo o Império Romano. Naqueles dias o peixe fresco era um luxo desconhecido visto que não havia forma de transportá-lo e mantê-lo em boas condições de consumo. No mar da Galiléia abundavam pequenos peixes semelhantes à sardinha. Eram pescados e conservados em vinagre como uma espécie de drinque. O garoto tinha seu peixe em vinagre para acompanhar o seco pão de cevada.
Jesus, pois, disse a seus discípulos que fizessem as pessoas sentarem. Tomou os pães e os peixes e os abençoou. Ao fazê-lo estava agindo como um pai de família. A ação de graças que pronunciou provavelmente fora a que se empregava na maioria das casas judaicas: "Bendito és tu, Senhor nosso Deus, que fazes crescer o pão da terra". E o povo comeu e se sentiu saciada. Inclusive a palavra que se usa para significar satisfeito (chortazesthai) resulta sugestiva. Em suas origens, no grego clássico, era empregada para denominar a alimentação dos cavalos com forragem, e quando era empregada com respeito às pessoas queria dizer que estavam empachados, cheios.

Quando o povo ficou saciado, Jesus fez seus discípulos recolherem os pedaços que tinham sobrado. Por que os pedaços? Nas festas judaicas se acostumava deixar algo para os servos. O que sobrava recebia o nome do Peah. Sem dúvida as pessoas deixavam uma parte para aqueles que tinham servido os pães.

Recolheram-se doze cestas de pedaços. Sem dúvida cada um dos discípulos tinha sua cesta (kofmos). As cestas tinham forma de garrafa. Nenhum judeu saía de viaje sem sua cesta. Juvenal fala em dois ocasiões (3:14; 6:
542) de "o judeu com sua cesta e seu maço de palha". (O maço de palha era para usar como cama, porque muitos judeus levavam uma vida nômade). O judeu com sua inseparável cesta era uma figura muito conspícua. Levava-a, em parte porque era naturalmente aquisitivo, e em parte porque precisava levar sua própria comida se tinha que observar as normas judaicas de limpeza e impureza. De maneira que cada discípulo encheu sua cesta com os pedaços que sobraram. E assim a multidão faminta foi alimentada com acréscimo.

O SIGNIFICADO DE UM MILAGRE

João 6:1-13 (continuação)

Nunca saberemos com exatidão o que foi que aconteceu nessa verde planície da Betsaida Julia. Podemos vê-lo em três formas.

  1. Podemos vê-lo simplesmente como um milagre no qual Jesus multiplicou, literalmente, pães e peixes. Pode haver aqueles que achem muito difícil imaginar algo semelhante. E haverá aqueles que achem muito difícil conciliá-lo com o fato de que isso foi justamente o que Jesus se negou a fazer durante suas tentações, quando declinou converter as pedras em pães (Mateus 4:3-4). Se podemos crer no caráter puramente milagroso deste fato, continuemos crendo. Mas se nos sentimos intrigados, há duas explicações possíveis.
  2. Pode ser que em realidade se tratou de uma comida sacramental. No resto do capítulo a linguagem que Jesus emprega é idêntica ao da Última Ceia, quando se refere a comer sua carne e beber seu sangue. Pode ser que nesta refeição em El-Batiya o que cada pessoa recebeu não foi mais que um fragmento, como no sacramento; e que a emoção e maravilha da presença de Jesus e da realidade de Deus converteram esta migalha sacramental em algo que nutriu e saciou os corações e as almas dos homens. Isto é o que acontece em cada mesa de comunhão até nossos dias.
  3. Pode haver outra explicação, muito bonita. Não se deve pensar que a multidão empreendeu uma expedição de quatorze quilômetros sem fazer nenhum preparativo. Se entre eles havia peregrinos, sem dúvida teriam provisões para a viagem. Mas pode ser que nenhum deles tenha querido oferecer o que tinha, porque com todo egoísmo — e muito humanamente — queriam guardar tudo para si. Pode ser que Jesus, com seu estranho sorriso, tirou a pequena provisão que tinha com seus discípulos, com uma fé radiante deu graças a Deus por ela e a compartilhou com todos. Comovidos por seu exemplo, todos os que tinham algo o imitaram; e ao final houve comida suficiente, e mais que suficiente, para todos. Pode ser que se trate de um milagre no qual a presença de Jesus e seu amor converteram a uma multidão de homens e mulheres egoístas em uma comunidade disposta a compartilhar tudo. Pode ser que na presença de Jesus aqueles cuja única idéia consistia em guardar tudo para si, se tornassem pessoas cuja única idéia era dar. Possivelmente este relato represente a maior das histórias: um milagre que trocou a natureza humana, e transformou, não pães e peixes, a não ser homens e mulheres.

Seja como for, houve algumas pessoas sem as quais o milagre teria sido impossível.
(1) André é uma delas. Há um contraste entre André e Filipe. Filipe foi o homem que disse: "A situação é desesperada, não há nada a fazer." André disse: "Verei o que posso fazer, e confio em que Jesus fará o resto." Foi André quem levou o garoto a Jesus, e ao fazê-lo fez possível o milagre. Ninguém nunca sabe o que acontecerá e o que resultado terá o levar alguém à presença de Jesus. Se um pai educar a seu filho no conhecimento, no amor e no temor de Deus, ninguém pode dizer que grandes coisas pode realizar esse menino algum dia para Deus e para os homens. Se o professor de uma escola dominical aproxima um menino de Cristo, ninguém pode predizer o que esse menino pode fazer algum dia por Cristo e sua Igreja.
Conta-se uma história a respeito de um ancião alemão, professor de escola, que ao entrar na sala-de-aula pela manhã costumava tirar o chapéu e fazer uma reverência a seus alunos. Um deles lhe perguntou por que o fazia. Sua resposta foi: "A gente nunca sabe o que pode chegar a ser algum dia um destes garotos." Tinha razão, porque um dos alunos se chamava Martinho Lutero. André não sabia o que estava fazendo quando aproximou esse garoto a Jesus, mas estava provendo o material para um milagre. Nunca sabemos que possibilidades estamos liberando quando levamos alguém a Jesus.

(2) O garoto era outra dessas pessoas. Não tinha muito que oferecer mas no que ofereceu Jesus encontrou o material para fazer um milagre. Teria havido um brilhante acontecimento a menos na história se esse garoto se negasse a aproximar-se ou se tivesse guardado para si seus pães e peixes. A verdade é que Jesus necessita o que podemos lhe trazer. Pode ser que não tenhamos muito a oferecer, mas ele necessita o que temos. Pode ser que neguemos ao mundo triunfo após triunfo e milagre após milagre porque não queremos entregar a Cristo o que temos e o que somos. Se, tal como somos, nos oferecêssemos no altar do serviço de Jesus Cristo, ninguém pode dizer as coisas que Cristo poderia fazer conosco e por meio de nós. Podemos sentir tristeza e vergonha por não poder oferecer mais coisas, e é correto que o sintamos; mas essa não é razão para evitar ou negar-se a levar o que temos e o que somos. Um pouco sempre é muito nas mãos de Cristo.

A RESPOSTA DA MULTIDÃO

João 6:14-15

Aqui temos a reação da multidão. Os judeus esperavam o profeta que, conforme criam, Moisés lhes tinha prometido. “O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás” (Dt 18:15). Esperavam o Messias, o escolhido de Deus. Tinham estado esperando durante toda sua história, e estavam esperando nessa época. Nesse momento, na Betsaida Julia estavam dispostos a aceitar a Jesus como esse Profeta e esse Rei. Estavam dispostos a carregá-lo, a entronizá-lo no poder em um arroubo de ardor popular e entusiasmo maciço. Mas não muito depois outra multidão clamava: "Crucifica-o! Crucifica-o!" Por que foi que nesse momento a multidão aclamava a Jesus?

Por um lado, a multidão estava disposta a apoiar a Jesus quando dava o que eles queriam. Tinha-os curado e os havia alimentado; e nesse momento estavam dispostos a convertê-lo em seu chefe. Existe uma lealdade comprada, uma lealdade que depende dos favores, os presentes, para dizê-lo com toda crueldade, do suborno. Existe um amor falso, um amor que se baseia no que podemos tirar das pessoas e no que essas pessoas podem fazer por nós.
Em um de seus momentos de maior cinismo, o doutor Johnson definiu a gratidão como "um vivo sentido dos favores que estão por vir". O simples pensar nessa multidão nos revolta. Mas somos acaso muito diferentes dela? Quando necessitamos compaixão na dor, quando necessitamos fortaleza em meio das dificuldades, quando queremos paz no meio do tumulto, então, nesses momentos, não há ninguém tão maravilhoso como Jesus. Então falamos com Ele, e caminhamos a seu lado e lhe abrimos nossos corações.
Mas quando Ele se aproxima de nós com uma severa exigência de sacrifícios, com algum desafio que exige um esforço, com o oferecimento de alguma cruz, então não queremos ter nada que ver com Ele. Pode ser que ao examinar nossos corações descubramos que nós também amamos a Jesus pelo que podemos obter dele, e que quando Ele nos aborda com exigências e desafios também nos enfraquecemos, e nos voltamos ressentidos e hostis para com esse Cristo perturbador e exigente.
Por outro lado, queriam usá-lo para seus próprios fins e moldá-lo segundo seus sonhos. Estavam esperando o Messias. Mas imaginavam a

seu modo. Esperavam um Messias que seria Rei e Conquistador. Alguém que pisaria na cabeça da águia e tiraria os romanos da Palestina, que mudaria o status de Israel e de uma nação submetida a converteria em uma potência mundial. Alguém que a libertaria do destino de ser um país ocupado e que o tornaria em conquistador de outros países.

Tinham visto as coisas que Jesus podia fazer, e o que imaginavam era: "Este homem tem poder, um poder milagroso e maravilhoso. Se podemos adequá-lo a seu poder à medida de nossos sonhos, planos e desejos, começarão a acontecer coisas." Se tivessem sido sinceros teriam que reconhecer que estavam tratando de usar a Cristo.
Mais uma vez, somos nós muito diferentes? Quando nos dirigimos a Cristo, é para encontrar forças para seguir com nossos propósitos, planos e idéias, ou para aceitar com humildade e obediência seus planos e desejos? Nossa oração é: "Senhor, dá-me forças para eu fazer o que queres que faça" ou, "Senhor, dá-me forças para fazer o que eu quero fazer"?

Essa multidão de judeus estava disposta a seguir a Cristo nesse momento porque lhes estava dando o que eles queriam, e desejavam usá— lo para satisfazer seus planos, propósitos e idéias. Essa atitude com relação a Cristo ainda subsiste no coração dos homens. Queríamos obter os dons de Cristo sem a cruz de Cristo; queríamos usar a Cristo em lugar de permitir que ele nos use .

UMA AJUDA BEM PRESENTE EM MOMENTOS DE NECESSIDADE

João 6:16-21

Este é um dos relatos mais maravilhosos do quarto Evangelho. E se torna mais maravilhoso quando penetramos no significado original no idioma grego e o significado do incidente original, e quando descobrimos que o que descreve em realidade não é um milagre extraordinário, mas um acontecimento muito simples nAquele que João descobriu, e jamais pôde esquecer como era Jesus.

Em primeiro lugar, reconstruamos o relato. Depois de alimentar os cinco mil, e depois do intento por parte da multidão de torná-lo rei, Jesus se tinha afastado sozinho à montanha. Passou o dia. Chegou o momento que os judeus denominam "a segunda tarde", entre o crepúsculo e a escuridão. Jesus ainda não tinha chegado. Não devemos pensar que os discípulos foram esquecidos ou descorteses ao deixar Jesus para atrás, porque, conforme Marcos conta, Jesus mandou-os ir diante dele (Mc 6:45), enquanto convencia a multidão de que voltasse para suas casas. Sem dúvida sua intenção era bordejar o lago enquanto eles o cruzavam remando, e reunir-se com eles em Cafarnaum. Agora, João estava presente, e se alguma vez houve um relato de uma testemunha ocular, este é um deles. Não há dúvida que se trata de um incidente em que João participou e sobre o qual pensou durante setenta anos; e à medida que pensava nele, convertia-se em algo simples rodeado de maravilha.

De maneira que os discípulos começaram a navegar. Levantou-se o vento, como pode fazê-lo nesse lago estreito, rodeado de terra; e as águas se cobriram de espuma. Devemos lembrar que era a época da Páscoa e a época da Páscoa era tempo de Lua cheia (Jo 6:4). Na montanha Jesus orou e se comunicou com Deus; quando ficou em caminho, a Lua cheia fazia que a cena parecesse desenvolver-se à luz do dia; e podia ver no lago o barco e os remadores lutando com seus remos e sabia que estava dando muito trabalho avançar. Por isso desceu. Agora, aqui devemos lembrar duas coisas. Já vimos que no extremo norte o lago não tinha mais de seis quilômetros de largura; e João nos diz que os discípulos tinham remado entre cinco e seis quilômetros; quer dizer que estavam chegando quase no fim da viagem. É natural e inevitável supor que, em vista do vento que soprava, tinham tentado aproximar-se da margem o mais possível para obter maior amparo.

Esse é o primeiro dado; agora vejamos o segundo. Viram que Jesus andava sobre o mar. A tradução literal do grego é exatamente a mesma frase que aparece em Jo 21:1, onde diz que Jesus se manifestou outra vez a seus discípulos junto ao mar de Tiberíades. Em Jo 21:1 esta frase significa sem nenhuma ajuda — nunca foi questionada —, que Jesus estava caminhando pela margem. E isso é o que significa nossa frase também. Jesus estava caminhando epites thalassis, junto à margem. Os atarefados discípulos levantaram os olhos; e de repente o viram. Foi algo tão inesperado, tinham estado reclinados nos remos durante tanto tempo que se sentiram alarmados porque criam que o que viam era um espírito. Então, por cima das águas, chegou essa voz tão amada: "Sou Eu; não temais." Gostariam que subisse a bordo; o grego, muito mais naturalmente significa que seu desejo não se cumpriu. Por que? Lembremos da largura do extremo Norte do lago e lembremos o quanto tinham avançado. A largura era de seis quilômetros. Tinham remado cinco e seis quilômetros. A razão muito simples pela qual seu desejo não foi completo foi que antes que pudessem recebê-lo a bordo, a barco tocou a margem, e já tinham chegado.

Este é o tipo de relato que um pescador como João sentiria prazer em ouvir e recordar. Cada vez que o recordasse voltaria a sentir o que sentiu aquela noite, o cinza prateado da Lua, o tosco remo em sua mão, as sacudidas da vela, o uivar do vento e o som da água enfurecida, a surpreendentemente inesperada aparição de Jesus, o som de sua voz por cima das ondas, e o rangido da barco ao tocar a margem da Galiléia.
E ao recordar tudo isto João via coisas maravilhosas no relato, milagres que ainda estão presentes para que nós os leiamos.

  1. Viu que Jesus vigia. Na montanha Jesus estava observando-os. Não os tinha esquecido. Não estava muito ocupado com Deus para pensar neles. Até na hora da devoção seus discípulos estavam presentes em seu coração. João se deu conta de que durante todo o tempo que eles estiveram lutando com seus remos, o olhar amoroso de Jesus estava sobre eles. Enquanto estamos lutando, Jesus vigia. Não nos faz as coisas fáceis. Deixa-nos travar nossas próprias batalhas e obter nossa própria vitória. É como um pai que observa seu filho ou filha fazer um grande esforço em alguma competição de atletismo, e se sente orgulhoso de nós.

Ou como alguém que observa a outro fazendo um trágico abandono, e se entristece. Vivemos a vida com o olho amoroso de Jesus sobre nós.

  1. Viu que Jesus vem. Jesus desceu da montanha para permitir que os discípulos pudessem fazer o último esforço que os faria chegar a terra a salvo. Não nos observa conservando uma distância serena e incomovível. Não nos observa como se estivesse na tribuna principal, do lado de fora. Justo quando fraquejam as forças e a vida fica muito dura, Ele vem, e com Ele vem o último esforço e o último fôlego que levam à vitória e ao logro de nosso objetivo.
  2. Viu que Jesus ajuda. Vigia, vem e ajuda. A maravilha da vida cristã é que não há nada que devamos fazer completamente sozinhos.

Margaret Avery conta que uma professora de uma escola rural contou esta historia a seus meninos, e deve tê-la contado muito bem. Pouco tempo depois houve uma tormenta de chuva e neve. Quando terminou a hora da lição, a professora acompanhou os meninos até sua casa. Em certos momentos tinha que arrastá-los em meio da tormenta. Quando todos se sentiam quase exaustos, escutou que um dos garotinhos murmurava para si mesmo: "Seria bom que esse Senhor Jesus estivesse aqui agora."
Sempre nos faz bem a companhia de Jesus e jamais poderemos estar sem Ele.

  1. Viu que Jesus nos leva ao porto. Ao João recordar, parecia-lhe que logo que Jesus chegou, a quilha da barco tocou no chão, e chegaram. Como diz o salmista: “Então, se alegraram com a bonança; e, assim, os levou ao desejado porto” (Sl 107:30). De algum modo, com a presença de Jesus até a viagem mais longa parece curta e a batalha mais dura se apresenta como algo fácil.

Uma das coisas mais bonitas do quarto Evangelho é que João, o velho pescador convertido em evangelista, encontrou toda a riqueza de Cristo na lembrança de um relato de pescadores.

A BUSCA EQUIVOCADA

João 6:22-27

A multidão ficou do outro lado do lago. Na época de Jesus as pessoas não precisavam cumprir horários de escritório. Podiam esperar até que Jesus se aproximasse deles. Aguardaram porque tinham visto uma só barco no qual os discípulos foram, sem Jesus. Portanto deduziram que Jesus devia estar perto desse lugar. Depois de esperar durante um momento, deram-se conta de que Jesus não voltaria. Chegaram à baía outros pequenos barcos, procedentes do Tiberíades. Sem dúvida o vento as tinha desviado nessa direção e se refugiaram ali para proteger-se da tormenta da noite. De maneira que a gente que tinha estado esperando junto ao lago se embarcou nelas e cruzou o lago, de retorno a Cafarnaum.
Ao chegar se sentiram perplexos por descobrir que Jesus já estava ali. Perguntaram-lhe quando tinha chegado, e como tinha conseguido voltar tão rápido visto que seus discípulos foram sozinhos no barco. Agora, deve-se observar que Jesus se limitou a não responder a esta pergunta. Não era o momento para falar sobre essas coisas; a vida era muito curta para ocupá-la em conversa sobre viagens. Foi direto ao assunto. "Vocês viram coisas", disse, "coisas maravilhosas. Viram como a graça de Deus tornou possível alimentar uma multidão. Seus pensamentos deveriam dirigir-se para o Deus que fez essas coisas; mas, em vez disso, vocês só pensam no pão. Em sua torpe cegueira pensam em pão, não em Deus." É como se Jesus tivesse dito: "Vocês não podem pensar em sua alma porque estão ocupados pensando em seus estômagos." Reprova o ponto de vista deles centrado na Terra. Tinham recebido o pão como pão e não como um dom de Deus. Como diz Crisóstomo: "Os homens estão cravados às coisas desta vida." Eram pessoas que jamais elevavam os olhos além das muralhas do mundo aos horizontes e eternidades que jazem do outro lado.
Conta-se um relato sobre o Napoleão. Em uma oportunidade estava conversando com um conhecido sobre a vida. Era tarde e a noite era escura. Napoleão e seu amigo se aproximaram da janela e olharam para fora. No céu havia estrelas muito longínquas, não muito maiores que a cabeça de um alfinete. Napoleão tinha uma vista excelente e seu amigo não via muito bem. Napoleão apontou para o céu: "Vê essas estrelas?", perguntou a seu amigo. "Não", respondeu este, "não as vejo." "Essa", disse Napoleão, "é a diferença entre nós dois." O homem que está atado à Terra só vive a metade da vida. O homem grande é aquele que tem visão, aquele que olha para o horizonte e vê as estrelas.

Jesus, pois, expressou seu mandamento em uma frase: "Trabalhai", disse, "não pela comida que perece, mas pela que permanece para vida eterna." Muitos anos antes, o profeta Isaías tinha formulado a mesma pergunta: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz?” (Is 55:2). Há duas classes de fome. A fome física que se pode satisfazer com a comida física; mas também existe a fome espiritual que a comida física jamais pode satisfazer. Um homem pode ser tão rico como Creso e, entretanto, experimentar essa torturante insatisfação, esse desejo insatisfeito em seu coração, esse sentimento de falta de plenitude em sua vida. Assinalou-se que nos anos posteriores aos 60 D.C. o luxo da sociedade romana não tinha comparação. Essa era a época em que os romanos serviam banquetes com miolos de perus reais e línguas de rouxinóis; quando descobriram a peregrina prática de vomitar entre um prato e outro para poder saborear melhor o seguinte; em que as comidas que custavam milhares de dólares eram moeda corrente. Foi nessa época em que Puniu relata que uma mulher romana se casou com um vestido tão ricamente bordado e encravado com pedras que custou o equivalente de um milhão de dólares. Tudo isto tinha uma razão de ser: uma profunda insatisfação, uma fome que nada podia saciar. Procuravam algo que lhes produzira emoções novas e que desse um gosto novo à vida, porque eram imensamente ricos e estavam imensamente famintos.

A fome insatisfeita estava presente.
O que queria dizer Jesus era que a única coisa que interessava a esses judeus era a satisfação física. Tinham recebido, sem esperá-lo, uma comida grátis e opípara; e queriam mais. Mas há outras fomes — e essas outras fomes só Jesus Cristo pode satisfazê-las. Existe a fome da verdade — e ele é o único que pode dar a verdade aos homens. Existe a fome da vida — e ele é o único que pode dar a vida aos homens, e pode dá-la com maior abundância. Existe a fome de amor — e ele é o único que pode dar aos homens o amor que supera o pecado e a morte. Cristo é o único que pode satisfazer os desejos de imortalidade e a fome insaciável do coração e da alma humana.
Por que pode fazê-lo? Há uma enorme riqueza de significados na frase: “A porque a este o Pai, Deus, o selou.”
Em seu livro Eastern Customs in Bible Lands (Os costumes orientais nas terras bíblicas), H. B. Tristram inclui uma seção muito interessante sobre os selos na antiguidade. Em Oriente o que dá autenticidade a algo não é a assinatura e sim o selo. Nos documentos comerciais e políticos, o que dá validez aos papéis é o selo, posto com o anel que se usava com esse propósito. No mundo helênico, o que dava autenticidade a um testamento era o selo, o selo posto na boca de um saco ou na tampa de uma caixa era o que garantia seu conteúdo. Tristram diz que nos países orientais até as pessoas mais humildes usam um selo de autenticação. Em suas próprias viagens por aqueles países, quando fazia um trato com seus arrieiros e seus carregadores, estes punham seu selo sobre ele em sinal de que aceitavam as condições e que se comprometiam às cumprir. Os selos eram feitos de argila, metal ou jóias.

No Museu Britânico se encontram os selos da maioria dos reis assírios. O selo era impresso em argila e essa argila se unia ao documento. O documento desapareceu faz muitos anos, mas ainda fica o selo, e sem ele o documento não era válido. Os rabinos tinham uma frase: "O selo de Deus é a verdade."

O Talmud diz:

“Um dia a grande sinagoga (a assembléia dos

judeus doutores em leis) estava lamentando-se, orando e jejuando quando caiu um pequeno cilindro do firmamento, em meio deles. Abriram-no e só continha uma palavra, Ameth, que significa verdade. 'Esse', disse o rabino, 'é o selo de Deus’.” Ameth se escreve com três letras hebréias, Aleph, que é a primeira letra do alfabeto, Min, a letra do meio, e Tau, a última. A verdade de Deus é o princípio, o meio e o fim da vida.

É por isso que Jesus pode satisfazer a fome dos homens, porque tem o selo de Deus, é a verdade de Deus que se fez carne. Vê-lo é ver a Deus; obedecê-lo é obedecer a Deus, recebê-lo é receber a Deus; e Deus é e único que pode satisfazer a fome da alma que ele mesmo criou e na qual pôs fome dele.

A ÚNICA OBRA VERDADEIRA

João 6:28-29

Quando Jesus falou a respeito de fazer as obras de Deus, os judeus pensaram imediatamente em fazer boas obras. Eles sempre creram que se um homem levava uma vida boa e moral podia merecer e obter o favor de Deus. Sustentavam que se podia dividir os homens em três classes: os bons, os maus e os que estavam no meio e que, se faziam mais uma boa obra, podiam passar à categoria dos bons. De maneira que quando perguntaram a Jesus qual era a obra de Deus, esperavam que lhes indicasse uma lista de regras e normas sobre as coisas que deviam fazer. Mas isso não é absolutamente o que diz Jesus.
A resposta de Jesus está muito resumida e devemos abri-la e buscar descobrir o que há por trás dela. Jesus disse que a obra de Deus, o que Deus queria que os homens fizessem, era crer naquele que Deus enviou. Podemos expressá-lo de outro modo; podemos dizê-lo como Paulo teria dito. A única obra que Deus espera do homem é a fé. Agora, o que significa a fé? A fé significa uma determinada relação com Deus. A fé significa uma relação tal com Deus que somos seus amigos, que já não nos sentimos aterrados por Ele, que Deus não é nosso inimigo nem nosso fiscal, a não ser nosso Pai e amigo, significa que damos a Deus a confiança, a obediência e a submissão que surgem naturalmente desta nova relação. E como se relaciona com isso crer em Jesus? Toda a essência do cristianismo radica em que jamais nos teríamos informado de que Deus é assim, se Jesus não tivesse vindo a viver e morrer para nos dizer isso O fato de sabermos que Deus é nosso Pai, que nos ama, que se preocupa conosco, que a única coisa que deseja é nos perdoar, deve-se única e exclusivamente ao fato de que Jesus veio para nos dizer isso E é por isso que desaparece a antiga separação, a distância e a desconfiança que sentíamos por Deus e é possível uma nova relação.

Mas essa nova relação aparece em certo tipo de vida. Agora sabemos como é Deus, e nossas vidas devem responder àquilo que sabemos de Deus. Nossa resposta apontará em três direções, cada uma das quais corresponde ao que Jesus nos diria a respeito de Deus.

  1. Deus é amor, e portanto em nossa vida deve haver um amor e um serviço para com os outros que corresponda ao amor e ao serviço de Deus. Deve haver uma atitude de perdão para com os outros que corresponda ao perdão de Deus.
  2. Deus é santidade, e portanto em nossa vida deve haver uma pureza que corresponda à santidade de Deus. Devemos ser Santos porque Deus é santo. Só os de coração puro podem ver deus.
  3. Deus é sabedoria, e portanto deve haver em nossa vida submissão e confiança totais e perfeitas que correspondam à sabedoria de Deus. Se Deus for totalmente sábio a única coisa que resta a fazer é aceitar totalmente sua guia em tudo e em tudo o que nos envia.

O que Jesus ensina é que a essência da vida cristã é uma nova relação com Deus, uma relação oferecida por Deus, uma relação que só foi possível pela revelação que Jesus nos fez de Deus, uma relação que se manifesta no serviço, na pureza e na confiança que são um reflexo de Deus. Entrar em uma relação semelhante implica numa vida tal, e essa é a obra que Deus deseja que façamos e para a qual nos dá os meios necessários.

O PEDIDO DE UM SINAL

João 6:30-34

Aqui a discussão se faz especificamente judaica em sua expressão, pressupostos e alusões. Jesus acabava de fazer uma afirmação muito grave. A verdadeira obra de Deus era crer em Jesus. "Muito bem", disseram os judeus, "prove-o. Isso significa afirmar que é o Messias. Dê— nos uma prova." Seus pensamentos continuavam na alimentação da multidão e portanto o relacionaram imediatamente com o maná do deserto. Era inevitável que relarem ambas as coisas. Sempre se tinha considerado que o maná era o pão de Deus (Sl 78:24; Ex 16:15).

Agora, os rabinos judeus estavam absolutamente convencidos de que quando viesse o Messias voltaria a dar o maná. Considerava-se que a entrega do maná tinha sido a obra suprema da vida de Moisés, e não havia dúvida de que o Messias faria o mesmo que ele, ou mais. "Como foi o primeiro redentor assim será o último redentor; assim como o primeiro redentor fez o maná cair do céu, assim também o segundo redentor fará cair o maná." "Não encontrarão o maná nestes tempos mas o encontrarão nos tempos que virão." "Para quem se preparou o maná? Para os justos na era vindoura. Todos os que crêem são justos e comem dele."
Cria-se que tinha sido escondida uma panela com maná no primeiro templo e que, quando se destruiu o templo, Jeremias a tinha escondido e voltaria a fazê-la aparecer quando viesse o Messias. Em outras palavras, os judeus estavam desafiando a Jesus a que fizesse aparecer o pão de Deus para corroborar suas afirmações. Não consideravam que o pão com que se alimentou os cinco mil era pão de Deus; tinha começado em pães terrestres e terminou como pão terrestre. Segundo eles, o maná era algo diferente e era uma verdadeira prova.

Jesus dá uma dupla resposta. Em primeiro lugar, recorda-lhes que não foi Moisés quem lhes deu o maná, mas Deus. Em segundo lugar lhes diz que o maná não era em realidade o pão de Deus; não era mais que o símbolo desse pão. O pão de Deus é aquele que desce do céu e dá aos homens, não só a satisfação de sua fome física, mas também a vida. Jesus estava afirmando que nele estava a única satisfação autêntica.

O PÃO DA VIDA

João 6:35-40

Estas é uma das grandes passagens do quarto Evangelho e, de fato, de todo o Novo Testamento. Há nele duas linhas fundamentais de pensamento que devemos tentar analisar.
Em primeiro lugar, o que quis dizer Jesus quando afirmou: "Eu sou o pão da vida?" Não basta ver esta frase como algo bonito e poético.
O que significa? Examinemo-la passo a passo. Numeraremos os passos para que se veja claramente o movimento do raciocínio.

  1. O pão sustenta a vida. O pão é a substância da vida. O pão é aquilo sem o qual a vida não pode continuar. O pão é essencial para a vida.
  2. Mas, o que é a vida? É evidente que toda esta discussão se move acima e além do plano físico. Quando se fala da vida trata-se de algo muito superior à mera existência. Qual é este novo significado espiritual da vida?
  3. A vida é a nova relação com Deus. A verdadeira vida é a nova relação com Deus, essa relação de confiança, intimidade, obediência e amor sobre a qual já meditamos.
  4. Mas essa relação só é possível graças a Jesus Cristo. Sem Ele e separados dele ninguém pode entrar nessa nova relação com Deus.
  5. Quer dizer que Jesus dá vida. Sem Jesus é impossível a vida em todo o sentido da palavra. Sem Ele, a vida pode ser existência, mas não é vida.
  6. Portanto, se Jesus der a vida, se for o essencial da vida, Ele pode ser descrito como o Pão de Vida. Para expressá-lo em forma muito menos bela, Jesus é o essencial sem o qual a vida não pode nem começar nem continuar. Mas, uma vez que o conhecemos, aceitamo-lo e o recebemos, desaparecem todos os desejos insatisfeitos, os desejos insaciáveis do coração e da alma. A fome e a sede da situação humana se apagam quando conhecemos Cristo, e quando, através dele, conhecemos a Deus. A alma inquieta encontra a paz; o coração faminto se sente satisfeito.

Em segundo lugar, esta passagem nos mostra os passos da vida cristã. Jesus se refere àqueles que vêm a Ele, e que lhe são dados por Deus.
Uma vez mais devemos numerar estes passos para poder seguir o processo divino.

  1. Vemos Jesus. É-nos dada a visão de Jesus. Vemo-lo nas páginas do Novo Testamento; vemo-lo no ensino da Igreja; às vezes o vemos face a face.
  2. Uma vez que o vimos, aproximamo-nos dele. Consideramo-lo não como um herói ou um modelo distante, como alguém que é uma ilustração em um livro, mas sim como alguém a quem nos aproximamos.
  3. Cremos nele. Quer dizer, aceitamo-lo como a autoridade suprema quanto a Deus, o homem, a vida. Isso quer dizer que nossa aproximação não é uma questão de interesse; não é um encontro em termos iguais; é essencial e fundamentalmente uma submissão e uma entrega.
  4. Todo este processo nos dá vida. Quer dizer, situa-nos em uma nova e bonita relação com Deus, na qual Deus torna um amigo íntimo; agora nos sentimos à vontade com alguém a quem antes temíamos ou nunca tínhamos chegado a conhecer.
  5. A possibilidade de obter isto é grátis e universal. O convite se formula a todos os homens e consiste em um convite a receber e a dar. O pão de vida é nosso basta que o peçamos e o tomemos.
  6. O único caminho para alcançar essa nova relação é através de Jesus. Sem ele jamais teria sido possível; e fora dele continua sendo impossível. Nenhuma busca da mente humana e nenhum desejo do coração do homem podem encontrar na verdade a Deus além de Jesus.
  7. Por trás de todo o processo está Deus. Aqueles que se aproximam de Cristo são aqueles que Deus lhe deu. Deus não provê só a meta: Deus se move no coração humano para suscitar o desejo de aproximar-se dele; e obra no coração do homem para tirar a rebelião e o orgulho que nos impediriam de chegar a essa grande submissão. Jamais teríamos podido sequer buscá-lo se ele não nos tivesse encontrado.
  8. Mas ainda subsiste esse impedimento que nos permite rechaçar o oferecimento de Deus, desprezar sua obra dentro de nosso coração. Em última instância, a única coisa que vence a Deus é o desafio do coração humano. A vida está aí para que a aceitemos, ou a rechacemos.

E quando a aceitamos, o que acontece? Acontecem duas coisas.
Em primeiro lugar, entra uma nova satisfação em nossa vida. Desaparecem a fome e a sede. O coração humano encontra o que estava procurando e a vida deixa de ser uma mera existência e se converte em algo que é motivo de excitação e de paz de uma vez.
Em segundo lugar, estamos seguros até além da vida. Até o último dia, quando se terminam todas as coisas, estamos seguros. Como disse um grande comentarista: "Cristo nos leva a um porto além do qual não existe nenhum perigo."
O que Cristo oferece é vida no tempo e vida na eternidade. Privamo-nos dessa grandeza e dessa glória quando rechaçamos o convite de Cristo e a iniciativa de Deus.

O FRACASSO DOS JUDEUS

João 6:41-50

O grande interesse desta passagem reside em que mostra as razões pelas quais os judeus rechaçaram a Jesus e, ao fazê-lo, rechaçaram a vida eterna.

  1. Julgaram as coisas segundo valores humanos e de acordo a normas externas. Sua reação frente às afirmações de Jesus foi ressaltar o fato de que era o filho de um carpinteiro a quem eles viram crescer em Nazaré. Era-lhes impossível entender como alguém que era filho de um carpinteiro e comerciante e que provinha de um lar humilde podia ser um mensageiro especial de Deus. Rechaçaram a Jesus porque o avaliavam segundo atributos humanos, valores sociais e normas mundanas.

T. E. Lawrence era amigo pessoal do poeta Thomas Hardy. Na época em que Lawrence servia como aviador na Força Aérea Real inglesa estava acostumada a visitar Hardy e sua esposa vestido com o uniforme de seu exército. Aconteceu que numa oportunidade sua visita coincidiu com a da esposa do prefeito de Dorchester. A senhora se sentiu muito ofendida por ter que encontrar-se com um simples aviador, pois ignorava de quem se tratava. Disse à senhora de Hardy, em francês, que jamais precisou sentar-se a tomar o chá com um simples soldado. Ninguém respondeu, até que T. E. Lawrence lhe disse, em perfeito francês: "Perdão, senhora, posso lhe servir como intérprete? A senhora de Hardy não fala francês". Uma mulher orgulhosa e descortês tinha cometido um flagrante engano por ter julgado pelas aparências e por normas sociais mundanas.
Isso foi o que fizeram os judeus. Devemos nos cuidar muito bem de ignorar uma mensagem de Deus por desprezar ou não levar em conta a pessoa que o transmite. Ninguém rechaçaria um cheque de milhares de dólares simplesmente porque vem em um envelope que não se ajusta às normas mais aristocráticas de apresentação epistolar. Deus tem muitos mensageiros. A maior mensagem de Deus veio através de um carpinteiro da Galiléia, e foi por isso que os judeus não lhe deram atenção.

  1. Os judeus protestavam e discutiam entre eles. Estavam tão ocupados em suas próprias discussões que jamais lhes passou pela mente deixar a decisão nas mãos de Deus. Estavam muito interessados em fazer todo mundo se inteirar de sua opinião sobre o tema; não tinham nenhum interesse em averiguar o que Deus pensava. Seria muito conveniente que nas reuniões que celebram as comissões e reuniões administrativas, em que cada um tenta convencer o outro com suas próprias idéias, que parássemos, meditássemos e orássemos pedindo a Deus que nos diga o que Ele pensa e o que quer que nós façamos. Depois de tudo o que nós pensamos não tem muita importância mas o que pensa Deus sim: e são muito escassas as oportunidades em que fazemos algo por averiguá-lo.
  2. Os judeus ouviram, porém aprenderam. Há formas muito distintas de ouvir. Pode-se ouvir com ânimo de criticar, pode-se ouvir com ressentimento. Pode-se ouvir com um sentimento de superioridade ou de indiferença. A pessoa que ouve pela simples razão de que ainda não teve a oportunidade de falar e a está esperando. A única forma de ouvir que vale a pena é a de que ouve e aprende. Não há nenhuma outra forma de ouvir a Deus.
  3. Os judeus resistiram o aproximar-se de Deus. Os únicos que aceitam a Jesus são os que Deus aproximou dele. A palavra que João emprega para trazer ou aproximar é interessante. É a palavra que se emprega na tradução grega do hebraico ao Jeremias ouvir Deus dizer: “Com amor eterno te amei” (Jr 31:3). Mas o que é interessante a respeito da palavra (helkuein) é que em geral implica algum tipo de resistência. É a mesma palavra que se emprega para tirar ou arrastar uma rede muito carregada até a margem (João 21:6-11). É a palavra que se emprega quando quer indicar que Paulo e Silas foram levados perante os magistrados de Filipos (At 16:19). É a mesma palavra que se emprega para indicar que se tira uma espada do cinto ou da bainha (Jo 18:10). Sempre está presente esta idéia de resistência; Deus pode atrair e de fato atrai homens para si, mas a resistência do homem pode vencer a atração de Deus.

Agora, Jesus era o pão de vida; já vimos que isto quer dizer que Jesus é o essencial para a vida. Portanto, rechaçar o convite e a guia de Jesus significa perder a vida e morrer. Os rabinos estavam acostumados a dizer: "A geração do deserto não tem nenhuma participação na vida vindoura. No antigo relato de Números o povo que se negou a superar os perigos que a terra prometida oferecia tal como os descreveram os enviados a espiá-la, foram condenados a vagar pelo deserto até o momento da morte. Por não aceitar a guia de Deus as portas da terra prometida lhes foram fechadas para sempre."
Mas os rabinos criam que os antepassados que morreram no deserto não só perderam a terra prometida mas também a vida eterna.

Rechaçar o oferecimento de Jesus significa rechaçar o essencial da vida; portanto significa perder a vida neste mundo e no mundo vindouro. Enquanto que aceitar o oferecimento de Jesus significa achar a vida, uma vida que dá vida autêntica neste mundo e glória no mundo vindouro.

SUA CARNE E SEU SANGUE

João 6:51-59

Para a maioria de nós esta é uma passagem muito difícil. Usa uma linguagem e se move em um mundo de idéias que nos é muito estranho e que até pode parecer-nos fantástico e grotesco. Mas devemos lembra o seguinte: para o mundo antigo estas idéias eram muito conhecidas; trata— se de idéias que se remontam à origens da raça. Estas idéias eram normais e cotidianas para qualquer que tivesse sido educado nos antigos sacrifícios. Nos antigos sacrifícios quase nunca se queimava todo o animal. Em geral só se queimava uma pequena parte no altar embora se oferecia ao deus o animal inteiro. Uma parte da carne se entregava aos sacerdotes e outra ao que tinha devotado o sacrifício para que desse uma festa a seus amigos dentro do recinto do templo. Considerava-se que nessa festa um dos convidados era o próprio Deus. Estava sentado com seu povo e com aqueles que lhe ofereciam sacrifícios.
Mais ainda, uma vez oferecida a carne ao deus afirmava-se que este tinha entrado na carne; de maneira que quando aquele que tinha devotado o sacrifício comia a carne, literalmente comia ao deus; estava incorporando ao deus no mais recôndito de seu ser, nutrindo-se com a própria vida e a força do deus. Quando os participantes de um banquete semelhante se retiravam, eram convencidos de que estavam literalmente cheios de deus. Podemos considerá-lo um culto pagão e idólatra, podemos considerá-lo uma grande ilusão; mas não poderemos negar a realidade concreta de que essa gente se retirava completamente segura de que tinha dentro de si a vitalidade dinâmica de seu deus. Podemos dizer e pensar o que quisermos sobre este tipo de cultos. Esta experiência vital era algo que ocorria. Para pessoas que estavam acostumadas a ela, uma passagem como esta não apresentava nenhuma dificuldade.
Mais ainda, nesse mundo antigo a única forma viva de religião era preciso procurá-la nas religiões de mistérios. O que estas religiões ofereciam era a comunhão e até a identidade com algum deus Se desenvolvia desta maneira: em essência, todas as religiões de mistérios eram a representação de uma paixão. Eram a história de algum deus que tinha vivido e sofrido muito e que morreu e ressuscitou. Essa história era convertida em uma dramatização comovedora. Antes de poder presenciá— la, o iniciado devia passar por um extenso curso de instrução sobre o significado profundo do relato. Devia passar por todo tipo de purificações rituais. Também devia passar um longo período de jejum e de abstinência de toda relação sexual. No próprio momento da dramatização se organizavam as coisas de maneira tal que produziam uma profunda atmosfera emocional.
Planejava-se com todo detalhe a iluminação, queimava-se um incenso sensual, tocava-se música excitante, a liturgia era algo formoso; em uma palavra, tudo era pensado de maneira a produzir no iniciado uma intensidade e profundidade emocional que nunca tinha experiente antes.

Chame-se isso de alucinação; ou uma mistura de hipnotismo e auto— convencimento mas a verdade é que algo acontecia. E esse algo era a identidade com aquele deus. Enquanto o iniciado, muito bem treinado, observava a representação, se fazia um com o deus. Compartilhava as tristezas e os sofrimentos; a morte, a ressurreição, a vida do deus; o deus e ele se tornavam um para toda a eternidade; e dessa maneira obtinha segurança tanto na vida como na morte.

Algumas das frases e orações das religiões de mistérios são muito bonitas. Nos mistérios de Mitra o iniciado dizia: "Habita com minha alma; não me abandone, para que eu possa ser iniciado e o espírito santo possa estar em mim". Nos mistérios herméticos, o iniciado orava: "Eu te conheço Hermes e você me conhece; eu sou tu e tu és eu". Nesses mesmos mistérios há uma oração que diz: "Vem a mim, Senhor Hermes, como as crianças ao seio de sua mãe". Nos mistérios de Isis, o adorador diz: "Assim como vive Osíris, assim viverão seus seguidores. Assim como Osíris não está morto, seus seguidores tampouco morrerão".

Devemos ter em mente que todas essas pessoas da antiguidade conheciam a luta, o desejo, a esperança de chegar à identidade com seu deus, de alcançar a bênção de incorporar ao deus dentro de si mesmos e de incorporar a si mesmos ao deus. Não liam frases como a de comer a carne de Cristo e beber seu sangue com um realismo cru e escandalizado. Sem dúvida sabiam algo sobre essa inefável experiência da união, mais íntima que qualquer união terrena, da que fala esta passagem. Trata-se de uma linguagem que o mundo antigo entendia muito bem e que nós também podemos entender.

Possivelmente fosse conveniente lembrar que neste caso João está fazendo algo que está acostumado a fazer com freqüência. Não está dando ou tentando dar as palavras exatas que Jesus pronunciou. Passou setenta anos pensando no que Jesus disse; e agora, guiado, inspirado e iluminado pelo Espírito Santo nos transmite o significado, o sentido profundo das palavras de Jesus. O que escreve não são as palavras; isso não seria mais que uma façanha da memória. É o sentido essencial das palavras; a iluminação do Espírito Santo.

SUA CARNE E SEU SANGUE

João 6:51-59 (continuação)

Vejamos se podemos tirar algo a limpo do que Jesus quis dizer e do João que entendeu sobre estas palavras. Podemos interpretar esta passagem em dois sentidos, e se supõe que o interpretamos nesses dois sentidos.

(1) Podemos tomá-lo em um sentido muito general. Jesus falou a respeito de comer sua carne e beber seu sangue. Agora, a carne de Jesus era sua humanidade total e completa. Em sua primeira epístola João o expressa quase com paixão: “Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus” De fato, todo espírito que nega que Jesus veio em carne é do anticristo (I João 4:2-3). João insistia em que devemos entender e nos convencer, e não permitir nos esqueçamos da realidade da humanidade total de Jesus, o fato de que Jesus era osso de nosso osso e carne de nossa carne.

Agora, o que quer dizer isto? Como o vimos uma e outra vez, Jesus era a mente de Deus feita pessoa. De maneira que isto significa que em Jesus vemos a Deus tomando sobre si a vida humana, enfrentando nossa situação humana, lutando com nossos problemas humanos, debatendo-se com nossas tentações humanas, elaborando nossas relações humanas. Ou seja que é como se Jesus dissesse: "Nutram seus corações, suas mentes, suas almas pensando em minha humanidade. Quando se sentirem abatidos e sem esperanças, quando estiverem cansados da vida, vencidos e chateados de sua existência, lembrem que eu tomei sobre minhas costas essa vida e essas lutas que lhes pertencem".

De repente a vida e a carne se cobrem de glória porque estão tocadas por Deus. A grande crença da cristologia ortodoxa grega era e é até agora que Jesus deificou a carne ao assumi-la sobre si mesmo. Comer o corpo de Cristo significa nutrir-se com a idéia de sua humanidade até que nossa humanidade se fortalece, purifica-se e irradia a Cristo. Jesus disse que devemos beber seu sangue. No pensamento judeu o sangue simboliza a vida. É fácil compreender por que se pensava assim. Quando o sangue flui de uma ferida a vida escapa. E para o judeu, o sangue pertencia a Deus. É por isso que até o dia de hoje nenhum judeu ortodoxo come carne da qual não se extraiu tudo o sangue. “Carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis” (Gn 9:4). “Somente empenha-te em não comeres o sangue, pois o sangue é a vida” (Dt 12:23).

Agora vejamos o que diz Jesus: "Devem beber meu sangue — devem incorporar minha vida ao próprio centro de seu ser — e essa minha vida é a vida que pertence a Deus." Quando Jesus disse que devíamos beber seu sangue quis dizer que devemos incorporar sua vida ao próprio centro de nossos corações.
O que significa isso? Pensemos deste modo. Nesta biblioteca há um livro que seu dono nunca leu. Pode tratar-se de alguma das grandes obras mestras do gênio humano. Pode ter comprado esse livro, mas enquanto não o ler é algo exterior a ele. Fica fora dele. Mas um dia toma em suas mãos e o lê. Sente-se fascinado, entusiasmado, comovido. O conteúdo do livro fica dentro de seu espírito; as palavras permanecem em sua memória, a partir de então em qualquer momento pode tirar de si essa maravilha, recordá-la, meditar sobre ela e nutrir sua mente e seu coração com ela. Em algum momento o livro foi algo externo a ele, algo que estava sobre uma prateleira. Agora penetrou nele e pode nutrir seu espírito com o conteúdo.
O mesmo acontece com qualquer experiência fundamental da vida. É algo exterior até que a incorporamos a nosso ser. O mesmo acontece com Jesus. Aqui está Jesus, a vida de Deus. Enquanto seja uma imagem de um livro é algo exterior a nós; mas quando penetra em nossos corações está dentro de nós, podemos nutrir-nos com a vida, a fortaleza e a vitalidade dinâmica que Cristo nos dá. Jesus disse que devíamos beber seu sangue. Diz: "Devem incorporar minha vida a seu ser; devem deixar de pensar em mim como uma imagem de um livro e como um tema apropriado para uma discussão teológica; devem me incorporar a seu interior e vir a meu interior, e então terão a vida, a vida autêntica".

Isto é o que Jesus quis dizer ao falar sobre nossa permanência nele e sua permanência em nós. Quando Jesus nos disse que comêssemos sua carne e bebêssemos seu sangue nos estava dizendo que nutríssemos nossos corações, almas e mentes com sua humanidade, e que revitalizássemos nossas vidas com sua vida até que estivéssemos impregnados, saturados, cheios com a vida de Deus.
(2) Mas João queria dizer algo mais que isto; e neste segundo aspecto pensava a forma em que toda a experiência de Jesus Cristo o tinha remontado aos dias passados na Galiléia. Não há dúvida de que João pensava na Santa Ceia, no sacramento. Diz o seguinte: "Se quiserem a vida, devem aproximar-se e sentar-se a essa mesa, onde podem comer do pão que se partiu e beber o vinho servido de algum modo, pela graça de Deus, eles trazem para um contato vivo com o amor e a vida de Jesus Cristo." João dizia aos homens: "Não podem enriquecer com a plenitude da vida e maravilha cristãs a menos que ses sentem à mesa do amor".
Mas — e este é o aspecto surpreendente do ponto de vista de João — devemos notar que o quarto Evangelho não inclui o relato da Santa Ceia. Introduz seu ensino sobre ela, não na narração sobre o Cenáculo, mas no relato de uma refeição campestre nos Montes próximos a Betsaida Julia junto às águas azuis do mar da Galiléia. Não há dúvida alguma sobre o que diz João. Ele afirma que para o verdadeiro cristão cada refeição se transformou em um sacramento.

Bem pode ser que houvesse aqueles que —se nos permite a expressão — estavam dando muita importância ao sacramento dentro da Igreja, estavam convertendo o sacramento em um fetiche e em algo mágico, estavam dizendo ou implicavam que o sacramento era o único lugar onde se podia encontrar, alegrar-se e descansar na presença mais próxima do Cristo ressuscitado. É certo que o sacramento é um encontro especial com Deus; mas João sustentava com todo seu coração que toda refeição, no mais humilde dos lares, no palácio mais luxuoso, sob o teto do céu e com a erva como tapete, é um sacramento. João se negava a limitar a presença de Cristo a um ambiente eclesiástico e a um culto liturgicamente perfeito. Dizia: "Em qualquer refeição podem encontrar mais uma vez esse pão que fala da humanidade do Mestre, esse vinho que fala do sangue que é vida".

O maravilhoso pensamento de João é que a mesa da comunhão, a mesa da refeição caseira e o lanche na praia ou na montanha são idênticos no sentido de que em todos eles podemos provar, tocar e provar do pão e do vinho que nos aproximam de Cristo. O cristianismo seria algo muito pobre se Cristo estivesse confinado às Igrejas. João sustenta que podemos encontrar a Cristo em qualquer parte em um mundo cheio de Cristo. Não é que reste importância ao sacramento, mas sim o amplia. De maneira que encontramos a Cristo na mesa de sua Igreja e logo saímos e o encontramos em qualquer parte em que homens e mulheres ser reúnem para desfrutar dos dons de Deus.

O ESPÍRITO FUNDAMENTAL

João 6:60-65

Não é estranho que as palavras de Jesus tenham parecido duras aos discípulos. A palavra grega é skleros, que não significa difícil de entender, e sim difícil de aceitar, de tolerar. Os discípulos sabiam muito bem o que Jesus tinha dito. Sabiam que tinha afirmado que era a própria vida de Deus que desceu do céu, e que ninguém podia viver esta vida ou enfrentar a eternidade se antes não o aceitava e se submetia a Ele.

Aqui nos deparamos com uma verdade que volta a aparecer em todas as épocas. Com freqüência o que impede homens de converter-se em cristãos não é a dificuldade intelectual para aceitar a Cristo, e sim o elevado de suas exigências morais. Quando nos pomos a pensar com sinceridade sobre o assunto, vemo-nos obrigados a comprovar que no fundo de toda religião deve haver um mistério, pela simples razão de que no fundo de toda religião está Deus. Pela mesma natureza das coisas, o finito jamais pode compreender o infinito, a mente humana nunca pode terminar de entender os atos de Deus, o homem jamais pode entender por completo a Deus. Qualquer pensador honesto se vê obrigado a aceitar esta realidade. Se pudéssemos entender a Deus por completo deixaria de ser Deus para não ser mais que uma espécie de homem gigantesco, fora de série. Qualquer pensador honesto estará disposto a aceitar o mistério.
A verdadeira dificuldade do cristianismo é dupla. Exige um ato de entrega a Cristo; uma aceitação de Cristo como a autoridade suprema; e exige um nível moral no qual só os puros de coração podem ver a Deus. Os discípulos tinham entendido muito bem que Jesus havia dito que Ele era a mente e a própria vida de Deus que veio à Terra: o que era difícil era reconhecer que isso era verdade e aceitar tudo o que isso implicava. E até o dia de hoje o rechaço de Cristo por parte de muitos homens obedece não a que Cristo intrigue e surpreenda a seu intelecto, mas sim a que apresenta um desafio e uma condenação a suas vidas.
E Jesus continua, não para provar sua afirmação e sim para assegurar que algum dia os acontecimentos darão prova dela. Diz o seguinte: "É difícil para vocês crerem que eu sou o pão, o essencial da vida, que desceu do céu. Muito bem, não será difícil aceitar quando um dia me verem subir ao céu". Em outras palavras, trata-se de um preanuncio da Ascensão. Jesus diz: "Quando chegar o momento de Eu voltar ao céu e à minha glória, verão que minhas afirmações são verdadeiras".

Isto é importante. Quer dizer que a Ressurreição é a garantia de todas as afirmações de Jesus sobre si mesmo. Não foi alguém que viveu com nobreza e morreu generosamente por uma causa perdida: foi alguém cujas afirmações ficaram provadas pelo fato de que morreu e ressuscitou.

Não chegou ao final vencido, e sim triunfante. A ressurreição é a prova do caráter indestrutível das afirmações de Cristo.

Logo Jesus diz que o fundamental é o poder vivificador do Espírito; que a carne não aproveita para nada. Podemos expressar isto em forma muito simples de maneira que manifeste ao menos parte de seu sentido — o mais importante é o espírito em que se leva a cabo qualquer ação. Alguém o expressou nestas palavras: "Todas as coisas humanas são corriqueiras se não existirem absolutamente fora de si mesmas". O valor de algo depende de sua finalidade. Se comermos por comer, convertemo— nos em glutões e é muito provável que a comida nos faça mais mal que bem; se comermos para manter a vida, para fazer melhor nosso trabalho, para conservar nosso corpo na melhor condição possível, então a comida tem sentido. Se alguém passar grande parte de seu tempo fazendo esportes pelo esporte em si, está em certa medida perdendo seu tempo. Mas se dedicar tempo ao esporte para manter seu corpo em forma de maneira que possa servir melhor a Deus e aos homens, o esporte deixa de ser algo corriqueiro e se converte em um elemento muito importante. As coisas da carne obtêm seu valor pelo espírito com que são feitas. Jesus, pois, continua: "Minhas palavras são espírito e vida".
Cristo é o único que nos pode dizer o que é a vida, que pode insuflar em nós o espírito em que devemos viver a vida, e que nos pode dar a fortaleza e o poder para vivê-la desse modo. A vida é como qualquer outra atividade. Seu valor depende de seu propósito e de sua finalidade. Cristo é o único que nos pode dar uma meta para a vida, o espírito da vida e o propósito que deve ter. E Cristo é o único que nos pode dar a vida, a fortaleza e o poder para alcançar esse espírito, essa meta e esse propósito, contra a oposição constante que nos vem tanto do exterior como de nosso interior. Em suas palavras está o espírito da vida e a fortaleza para vivê-la.

Mas Jesus sabia muito bem que havia aqueles que não só rejeitariam seu oferecimento, mas também o fariam em forma hostil. Jesus via a natureza humana e a conhecia muito bem; podia ler o coração dos homens; e a grande responsabilidade do coração humano é que em seu centro há algo que só nós podemos controlar. Nenhum homem pode aceitar a Jesus a menos que o espírito de Deus o mova a fazê-lo, mas qualquer homem pode rechaçar esse espírito até o fim de seus dias, e esse homem não foi deixado de lado por Deus, mas sim por si mesmo.

ATITUDES PARA COM CRISTO

João 6:66-71

Esta é uma passagem animada pela tragédia, porque nele está o princípio do fim. Houve um momento em que parecia que as pessoas iriam em massa a Jesus. Quando esteve em Jerusalém para a Páscoa muitos viram seus milagres e creram em seu nome (Jo 2:23). Tantos eram os que iam para ser batizados por seus discípulos que chegaram a constituir uma moléstia Jo 4:1-3). Em Samaria tinham acontecido coisas maravilhosas (Jo 4:1,Jo 4:39, Jo 4:45). Na Galiléia no dia anterior a multidão o tinha seguido (Jo 6:2). Mas agora as coisas tinham mudado de tom; de agora em diante o ódio iria aumentar até culminar na cruz. João nos introduz no último ato da tragédia. Circunstâncias como estas são as que revelam o coração dos homens e os mostram tal qual são. E nesta ocasião se davam três atitudes diferentes para Jesus.

  1. Abandono. Houve aqueles que lhe deu as costas e não voltaram a segui-lo. Agruparam-se a seu redor e agora começavam a abandoná-lo. Afastavam-se por diferentes razões. Alguns viam com toda clareza para onde se dirigia Jesus. Não era possível desafiar desse modo às autoridades e ao poder constituído e sair ileso. Dirigia-se ao desastre e eles se retiravam a tempo. Eram pessoas que estavam acostumados a estar onde esquentava o Sol. Tem-se dito que a prova de fogo de um exército é a maneira como luta quando está cansado. Os que se afastaram teriam seguido a Jesus enquanto sua carreira ascendia mas quando viram a primeira sombra da cruz, desapareceram.

Havia aqueles que se afastavam porque os atemorizava o desafio e a ordem que Jesus tinha dado. Fundamentalmente, seu ponto de vista era que se aproximaram de Jesus para obter algo dele; quando se tratou de sofrer por Ele e de lhe entregar algo, desapareceram. Quando o fato de segui-lo era algo romântico e agradável, estavam dispostos a fazê-lo; quando o caminho se tornou acidentado e duro, abandonaram-no. Em realidade, tinham pensado em ser discípulos por razões muito egoístas. Não há ninguém que possa nos dar tanto como Jesus mas, sem dúvida alguma, se nos aproximarmos dele com o único propósito de receber sem dar nada, em seguida lhe daremos as costas. Aquele que quer seguir a Jesus deve sempre ter em mente que no caminho de Jesus sempre há uma cruz.

  1. Deterioração. Em quem mais vemos esta deterioração é em Judas. Jesus deve ter visto nele um homem a quem podia usar para seu propósito. Mas Judas, que poderia haver-se convertido em herói, converteu-se em vilão. E aquele que poderia ter sido um santo se converteu no próprio nome da vergonha.

Há uma história terrível a respeito da experiência de um pintor que estava pintando a Santa Ceia. Era um quadro grande e levou muitos anos concluí-lo. Saiu a procurar um modelo para o rosto de Cristo, e encontrou um jovem de uma beleza e pureza tão transcendente que o usou para pintar a Jesus. O quadro foi adiantado pouco a pouco e um a um foi pintando os discípulos. Chegou o dia em que precisou um modelo para Judas cujo rosto tinha deixado para o final. Saiu para buscá-lo nos bairros mais pobres da cidade, onde havia todos os vícios e perversões. Por fim encontrou um homem com uma cara tão depravada e viciosa que o escolheu como modelo para o rosto de Judas. Quando estava por terminar a figura, o homem lhe disse: "Você me pintou antes". "Por certo que não", respondeu o pintor. "Sim", respondeu o homem, "e a última vez fui seu modelo para Cristo".
Os anos tinham arruinado a esse homem. A vida sempre envolve um perigo terrível. Os anos podem ser cruéis. Podem fazer desaparecer nossos ideais, nosso entusiasmo, nossos sonhos e lealdades. Podem nos deixar com uma vida que diminuiu em vez de crescer. Podem nos deixar um coração mesquinho, cujo amor por Deus não cresceu. A vida pode fazer perder a beleza. Deus nos livre disso!

  1. Decisão. Esta é a versão que João nos dá da grande confissão de Pedro que nos outros Evangelhos aparece na Cesaréia de Filipe (Mc 8:27; Mt 16:13; Lc 9:18). Uma situação como esta evocou a lealdade no coração de Pedro. Para Pedro, o fato concreto era que não havia nenhum outro a quem acudir. Para ele o único que tinha as palavras de vida era Jesus.

Agora, devemos assinalar uma coisa. A lealdade de Pedro se baseava em uma relação pessoal com Jesus Cristo. Havia muitas coisas que Pedro não compreendia, estava tão intrigado e surpreso como qualquer dos outros. Mas em Jesus havia algo pelo qual estava disposto a morrer.

Em última instância, o cristianismo não é uma filosofia que aceitamos; não é uma teoria a qual nos aderimos; não é uma elaboração do pensamento; não é algo que se alcança intelectualmente. É uma resposta pessoal a Jesus Cristo. É a resposta do coração ao magnetismo de Jesus. É uma lealdade e um amor que o homem entrega porque seu coração não lhe permite agir de outro modo.


Notas de Estudos jw.org

Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 6 versículo 35
o pão da vida: Esta expressão aparece apenas duas vezes nas Escrituras. (Jo 6:35-48) Aqui, a palavra vida se refere à “vida eterna”. (Jo 6:40-47,
54) Nesta conversa com os judeus, Jesus chamou a si mesmo de “o verdadeiro pão do céu” (Jo 6:32), “o pão de Deus” (Jo 6:33) e “o pão vivo” (Jo 6:51). Ele lembrou seus ouvintes de que, apesar de Deus ter alimentado milagrosamente os israelitas no deserto (Ne 9:20), o maná não lhes deu vida eterna (Jo 6:49). Por outro lado, os seguidores fiéis de Cristo têm acesso ao maná do céu, ou “pão da vida” (Jo 6:48-51, 58), que pode lhes dar vida eterna. Os seguidores de Jesus ‘comem desse pão’ quando exercem fé no poder que a carne e o sangue de Jesus têm de libertá-los do pecado e da morte.


Dicionário

Cré

cré | s. m.
Será que queria dizer crê ou cré?

cré
(francês craie, do latim creta, -ae, giz, argila, greda)
nome masculino

1. Mineralogia Variedade de calcário, de cor esbranquiçada, amarelada ou acinzentada, que se desfaz facilmente; carbonato de cal amorfo. = GREDA BRANCA


cré com cré, lé com lé
Cada qual com os da sua igualha ou da mesma condição social ou moral; lé com lé, cré com cré.


Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Fome

substantivo feminino Necessidade de comer, causada pelas contrações do estômago vazio: tenho fome.
Falta de meios para se alimentar; subnutrição: a fome ainda atinge grande parte da população mundial.
Falta completa de; escassez, miséria, penúria: levava uma vida de fome.
Figurado Desejo ardente; ambição, avidez: a fome do dinheiro.
expressão Fome canina. Apetite devorador, voraz.
Enganar a fome. Comer alguma coisa para diminuir ou enganar a sensação de estar com fome.
Morrer à fome. Não possuir o necessário para sobrevivência.
Etimologia (origem da palavra fome). Do latim fames, is.

As fomes mencionadas nas Escrituras, e que por vezes afligiram a Palestina, eram devidas à falta daquelas abundantes chuvas, que caem em novembro e dezembro. Mas no Egito as fomes eram produzidas pela insuficiência da subida do rio Nilo. A mais notável fome foi a que durou pelo espaço de sete anos no Egito, quando José tinha ao seu cuidado os celeiros de Faraó (Gn 41:53-56). Com respeito a outras fomes, *veja Gn 12:10, e 2 Rs 6 e seguintes. Nestas ocasiões os sofrimentos do povo eram horrorosos.

Fome
1) Apetite (Mt 25:42)

2) Falta de alimentos (Sl 33:19); (Mc 13:8).

Jesus

interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
Ver também: Jesus.
Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.

Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)

Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

[...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

[...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

[...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

[...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

[...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

[...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

[...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

[...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

J [...] é o guia divino: busque-o!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

[...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

[...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

[...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

[...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

[...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

[...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

[...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

[...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

[...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

[...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

[...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

[...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

[...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

Jesus é a história viva do homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

[...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

[...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

[...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

[...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

[...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

[Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

[...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

Jesus é também o amor que espera sempre [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

[...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

[...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

[...] é a única porta de verdadeira libertação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

[...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o salário da elevação maior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

[...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

[...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

[...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

[...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

[...] é a verdade sublime e reveladora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

[...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

[...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92


Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.


Nunca

advérbio Jamais; em hipótese alguma: nunca fui corrompido.
De modo algum; em nenhuma situação: nunca contarei seu segredo.
De jeito nenhum; não: nunca na vida você irá nesta festa!
Em certo momento passado; já eu já gostei muito de chocolate! Quem nunca?
Etimologia (origem da palavra nunca). Do latim nunquam.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Paô

substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.

substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.

substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.

Pão

Em todos os tempos, mesmo nos maisremotos, foi o pão o principal alimento dos hebreus. Trigo e cevada, ou em separado, ou juntamente com outros grãos ou legumes, eram triturados ou pisados no pilão – misturava-se depois a farinha, com água, podendo deitar-se-lhe um pouco de sal, e por fim era cozida. Mais tarde começou a usar-se o fermento e substâncias aromáticas. Para fazer pão, amassava-se a farinha em gamelas, com as mãos ou com os pés, como os árabes ainda hoje fazem (Gn 18:6). A amassadura era, algumas vezes, feita numa peça circular de couro, que facilmente podia ser levantada e levada de terra em terra, como convinha a um povo nômade. Davam, às vezes, ao pão a forma de um bolo muito delgado, outras vezes tinha a espessura de um dedo. o processo de cozer o pão era rápido. Todas as manhãs era moído o trigo, e até se fazer o pão decorriam vinte minutos. Este era o pão asmo, que somente se usava em caso de necessidade (Gn 19:3), ou para fins cerimoniais. o pão fermentado requeria mais tempo, por causa da fermentação. Um pouco de massa do dia anterior era dissolvida em água, e com isto se misturava a farinha, sendo depois tudo bem amassado. Esperava-se, então, que a massa estivesse completamente levedada. o A.T. refere-se a três diferentes métodos de cozer o pão. Em 1 Rs 19.6 lê-se: ‘olhou ele e viu, junto à cabeceira um pão cozido sobre pedras em brasa.’ Este é, ainda hoje, o processo seguido pelos árabes. Sobre lajes acendia-se o lume com palha, ramos secos, e esterco de camelo. Quando a pedra estava bem quente, as cinzas eram removidas, sendo depois os bolos da massa postos sobre as pedras quentes, e as cinzas trazidas outra vez para o seu lugar. Passados alguns minutos, eram as cinzas novamente retiradas mas simplesmente pelo tempo necessário para se voltar o pão. Nas cidades havia padarias, havendo uma classe de padeiros profissionais. Mas geralmente possuía cada casa o seu próprio forno, que era um grande vaso de barro, no fundo do qual se acendia o lume. Quando estava aquecido, os pães era cozidos tanto na parte interior como na parte exterior daquele fogão. Nas pequenas povoações fazia-se uma cova no chão, revestindo-se o fundo e as paredes com uma camada de barro, a qual, com o fogo, se tornava dura e macia – a parte mais baixa oferecia boas condições de aquecimento para receber a massa para o pão. Em geral eram as mulheres que se ocupavam neste trabalho, mas os profissionais eram sempre homens. Em Jerusalém havia um bairro onde se fabricava o pão (Jr 37:21). (*veja Pão asmo.)

Esse pão que, na prece do Pai Nosso, Jesus ensina-nos a pedir ao Criador, não é, pois, apenas o alimento destinado à mantença de nosso corpo físico, mas tudo quanto seja indispensável ao crescimento e perfectibilidade de nossa consciência espiritual, o que vale dizer, à realização do reino dos céus dentro de nós.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O Pai Nosso

[...] O pão é o alimento do corpo e a prece é o alimento da alma.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 15

O pão do corpo significa amor, trabalho e sacrifício do lavrador. O pão do espírito constitui serviço, esforço e renúncia do missionário do bem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


Pão
1) Alimento feito de farinha, água e fermento e assado no forno (Jo 6:9)

2) Alimento (Gn 3:19). 3 Alimento espiritual (Jo 6:31-35).

Pão Alimento feito com farinha de cevada ou trigo e levedura. Às vezes, sua forma recordava a de uma pedra (Mt 4:3; 7,9; Lc 4:3; 11,11) e constituía o alimento básico da população judaica na época de Jesus (Mc 3:20; Lc 11:5; 14,15; 15,17).

Compartilhar o pão significava a união dos que o comiam e, precisamente por isso, tinha conotações religiosas (Mt 14:19; 26,26; Mc 6:41; 14,22; Lc 9:16; 22,19; Jo 6:11; 13,18).

Deus provê seus filhos do necessário pão cotidiano (Mt 6:11; Lc 11:3) e nesse sentido devem ser entendidos os milagres da multiplicação dos pães (Mt 14:13-21; 15,32-38). Também lhes proporciona o pão espiritual (Mt 14:20; Lc 22:16) — o próprio Jesus (Jo 6:35-47). A tendência é interpretar historicamente esta última passagem e à luz tanto da instituição da Nova Aliança (Mt 26:26 e par.) como da Eucaristia. O contexto parece indicar melhor que Jesus se refere a ele próprio e ao seu ensinamento que deve aceitar quem deseja ser seu discípulo (Jo 6:60ss.).


Sede

substantivo feminino Lugar onde fica o governo, os setores administrativos e o tribunal de: em Brasília está a sede do governo brasileiro.
Por Extensão Local em que uma organização, empresa ou companhia tem seu estabelecimento mais importante; cidade-sede.
Figurado Ponto central, mais importante: o córtex cerebral é a sede da inteligência e da memória.
Local utilizado para se sentar; cadeira ou assento.
Etimologia (origem da palavra sede). Do latim sedes.is.
substantivo feminino Sensação causada pela falta de água no organismo; secura.
Por Extensão Desejo excessivo; vontade desmedida; ambição: ele tinha sede de poder.
Por Extensão Pressa exagerada; afobação: tinha sede de ir embora da festa.
Etimologia (origem da palavra sede). Do latim sitis.is.

substantivo feminino Lugar onde fica o governo, os setores administrativos e o tribunal de: em Brasília está a sede do governo brasileiro.
Por Extensão Local em que uma organização, empresa ou companhia tem seu estabelecimento mais importante; cidade-sede.
Figurado Ponto central, mais importante: o córtex cerebral é a sede da inteligência e da memória.
Local utilizado para se sentar; cadeira ou assento.
Etimologia (origem da palavra sede). Do latim sedes.is.
substantivo feminino Sensação causada pela falta de água no organismo; secura.
Por Extensão Desejo excessivo; vontade desmedida; ambição: ele tinha sede de poder.
Por Extensão Pressa exagerada; afobação: tinha sede de ir embora da festa.
Etimologia (origem da palavra sede). Do latim sitis.is.

sede s. f. 1. Base, apoio, suporte: S. de válvula. 2. Lugar onde reside um governo, um tribunal, uma administração, ou onde uma empresa comercial tem o seu principal estabelecimento. 3. Capital de diocese ou paróquia. 4. Lugar onde se passam certos fatos. 5. Anat. Ponto central ou região onde se realiza certa ordem de fenômenos fisiológicos.

Tera

tera | s. m.
tera- | elem. de comp.
Será que queria dizer terá?

te·ra |é| |é|
(redução de terabyte)
nome masculino

[Informática] O mesmo que terabyte.


tera-
(inglês tera-, do grego téttara, tettarákonta, quatro [pois 1012=10004])
elemento de composição

Prefixo do Sistema Internacional que, colocado diante de uma unidade, a multiplica por 1012 (símbolo: T) (ex.: terabyte).



Tera [Andarilho ?] - Pai de Abraão, Naor e Harã. De UR, na Caldéia, emigrou com seus filhos para HARÃ 2, (Gn 11:24-32); (Js 24:2).

Terá

1. Pai de Abraão, Naor e Harã, sendo ele, por meio destes personagens, o tronco dos israelitas, ismaelitas, midianitas, moabitas e amonitas (Gn 11:24-32). Era um idólatra (Js 24:2), e habitava para além do Eufrates, em Ur dos Caldeus (Gn 11:28). Saiu Terá com Abraão, e Sara, e Ló (seu neto), de Ur dos Caldeus, ‘para ir à terra de Canaã – foram até Harã, onde ficaram’ (Gn 11:31). E em Harã ele morreu, à idade de 205 anos (Gn 11:32).

Vivia em Ur dos caldeus e era descendente de Sem (Gn 11:10-26; 1Cr 1:26). Foi pai de Abraão e filho de Naor. Seus outros filhos foram Harã e Naor (Gn 11:26-27). Harã, que morreu ainda jovem em Ur, tinha um filho chamado Ló, o sobrinho de Abraão que tempos depois o acompanhou na viagem para Canaã. Terá reuniu toda sua família, saiu de Ur e dirigiu-se para o Norte, através da região conhecida como “o crescente fértil”, que constitui o leito do rio Eufrates (v. 28). Quando, porém, chegou a um lugar chamado Harã, estabeleceu-se ali. Terá morreu naquele local, com 205 anos de idade (vv. 31,32). Posteriormente, Deus falou com Abraão e deu-lhe instruções para se dirigir a uma terra que no futuro seria dada aos seus descendentes.

Embora a viagem de Abraão para Canaã fosse claramente parte de seu compromisso de fé em Deus e obediência a um chamado divino, não existe indicação de que Terá também tenha recebido tal convocação. De fato, muito tempo mais tarde Josué lembrou ao povo de Israel que Terá vivia do outro lado do rio Eufrates e adorava “outros deuses”. A mudança de Abraão para Canaã certamente foi considerada como uma decisão deliberada, a fim de afastar-se do passado de idolatria (Js 24:2-15). Terá posteriormente foi mencionado na genealogia de Jesus apresentada no evangelho de Lucas (Lc 3:34). P.D.G.


Vem

3ª pess. sing. pres. ind. de vir
2ª pess. sing. imp. de vir
Será que queria dizer vêm?

vir -
(latim venio, -ire, vir, chegar, cair sobre, avançar, atacar, aparecer, nascer, mostrar-se)
verbo transitivo , intransitivo e pronominal

1. Transportar-se de um lugar para aquele onde estamos ou para aquele onde está a pessoa a quem falamos; deslocar-se de lá para cá (ex.: os turistas vêm a Lisboa; o gato veio para perto dele; o pai chamou e o filho veio).IR

verbo transitivo

2. Chegar e permanecer num lugar (ex.: ele veio para o Rio de Janeiro quando ainda era criança).

3. Derivar (ex.: o tofu vem da soja).

4. Ser transmitido (ex.: a doença dela vem da parte da mãe).

5. Ser proveniente; ter origem em (ex.: o tango vem da Argentina). = PROVIR

6. Ocorrer (ex.: vieram-lhe à mente algumas memórias).

7. Emanar (ex.: o barulho vem lá de fora).

8. Deslocar-se com um objectivo (ex.: ele veio à festa pela comida).

9. Descender, provir (ex.: ela vem de uma família aristocrata).

10. Bater, chocar, esbarrar (ex.: a bicicleta veio contra o muro).

11. Expor, apresentar, aduzir (ex.: todos vieram com propostas muito interessantes).

12. Chegar a, atingir (ex.: o fogo veio até perto da aldeia).

verbo transitivo e intransitivo

13. Apresentar-se em determinado local (ex.: os amigos disseram que viriam à festa; a reunião foi breve, mas nem todos vieram). = COMPARECER

verbo intransitivo

14. Chegar (ex.: o táxi ainda não veio).

15. Regressar, voltar (ex.: foram a casa e ainda não vieram).

16. Seguir, acompanhar (ex.: o cão vem sempre com ela).

17. Nascer (ex.: os gatinhos vieram mais cedo do que os donos esperavam).

18. Surgir (ex.: a chuva veio em força).

19. Começar a sair ou a jorrar (ex.: abriram as comportas e a água veio). = IRROMPER

20. Acontecer, ocorrer, dar-se (ex.: a fama e o sucesso vieram de repente).

verbo copulativo

21. Aparecer, surgir (ex.: a caixa veio aberta).

verbo pronominal

22. [Portugal, Informal] Atingir o orgasmo (ex.: estava muito excitado e veio-se depressa). = GOZAR


vir abaixo
Desmoronar-se (ex.: o prédio veio abaixo com a explosão). = IR ABAIXO


Ver também dúvida linguística: vir-se.

Vida

substantivo feminino Conjunto dos hábitos e costumes de alguém; maneira de viver: tinha uma vida de milionário.
Reunião daquilo que diferencia um corpo vivo do morto: encontrou o acidentado sem vida; a planta amanheceu sem vida.
O que define um organismo do seu nascimento até a morte: a vida dos animais.
Por Extensão Tempo que um ser existe, entre o seu nascimento e a sua morte; existência: já tinha alguns anos de vida.
Por Extensão Fase específica dentro dessa existência: vida adulta.
Figurado Tempo de duração de alguma coisa: a vida de um carro.
Por Extensão Reunião dos seres caracterizados tendo em conta sua espécie, ambiente, época: vida terrestre; vida marítima.
Figurado Aquilo que dá vigor ou sentido à existência de alguém; espírito: a música é minha vida!
Reunião dos fatos e acontecimentos mais relevantes na existência de alguém; biografia: descrevia a vida do cantor.
O que uma pessoa faz para sobreviver: precisava trabalhar para ganhar a vida.
Figurado O que se realiza; prática: vida rural.
Etimologia (origem da palavra vida). Do latim vita.ae.

[...] A vida humana é, pois, cópia davida espiritual; nela se nos deparam emponto pequeno todas as peripécias daoutra. Ora, se na vida terrena muitasvezes escolhemos duras provas, visandoa posição mais elevada, porque não ha-veria o Espírito, que enxerga mais lon-ge que o corpo e para quem a vidacorporal é apenas incidente de curtaduração, de escolher uma existênciaárdua e laboriosa, desde que o conduzaà felicidade eterna? [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 266

A vida vem de Deus e pertence a Deus,pois a vida é a presença de Deus emtoda parte.Deus criou a vida de tal forma que tudonela caminhará dentro da Lei deEvolução.O Pai não criou nada para ficar na es-tagnação eterna.A vida, em essência, é evolução. [...
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

V A vida é uma demonstração palmar de que o homem vem ao mundo com responsabilidades inatas; logo, a alma humana em quem se faz efetiva tal responsabilidade é preexistente à sua união com o corpo.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 17

[...] é um dom da bondade infinita [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] é uma aventura maravilhosa, através de muitas existências aqui e alhures.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 16

[...] É o conjunto de princípios que resistem à morte.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

A vida é uma grande realização de solidariedade humana.
Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] o conjunto das funções que distinguem os corpos organizados dos corpos inorgânicos. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] É a Criação... [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

A vida é uma idéia; é a idéia do resultado comum, ao qual estão associados e disciplinados todos os elementos anatômicos; é a idéia da harmonia que resulta do seu concerto, da ordem que reina em suas ações.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

A vida terrestre é uma escola, um meio de educação e de aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo

Cada vida terrena [...] é a resultante de um imenso passado de trabalho e de provações.
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 18

[...] é um cadinho fecundo, de onde deves [o Espírito] sair purificado, pronto para as missões futuras, maduro para tarefas sempre mais nobres e maiores.
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

[...] é uma vibração imensa que enche o Universo e cujo foco está em Deus.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

A vida é o bem maior que nos concede o Criador para o auto-aperfeiçoamento espiritual e somente o risco desse bem pode tornar admissível o sacrifício de uma vida que se inicia em favor de outra já plenamente adaptada à dimensão material e, por isso mesmo, em plena vigência da assunção dos seus compromissos para com a família e com a sociedade.
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 6

[...] é um depósito sagrado e nós não podemos dispor de bens que nos não pertencem.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

A vida sem virtudes é lento suicídio, ao passo que, enobrecida pelo cumprimento do dever, santificada pelo amor universal, é o instrumento mais precioso do Espírito para o seu aperfeiçoamento indefinido.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

A vida é um sonho penoso, / Do qual nos desperta a morte.
Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 2

[...] é uma força organizadora, que pode contrariar a tendência da matéria à V V desorganização. É uma força organizadora e pensante, que integra a matéria e a organiza, visto que, sem ela, toda matéria fica desorganizada.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

[...] é um turbilhão contínuo, cuja diretiva, por mais complexa que seja, permanece constante. [...] (66, t. 2, cap.
1) [...] é uma força física inconsciente, organizadora e conservadora do corpo.
Referencia: FRANCINI, Walter• Doutor Esperanto: o romance de Lázaro Luís Zamenhof, criador da língua internacional• Com cartaprefácio do Dr• Mário Graciotti, da Academia Paulista de Letras• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - 1a narrativa

Considerada a vida uma sublime concessão de Deus, que se apresenta no corpo e fora dele, preexistindo-o e sobrevivendo-o, poder-se-á melhor enfrentar os desafios existenciais e as dificuldades que surgem, quando na busca da auto-iluminação. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação

[...] é uma sinfonia de bênçãos aguardando teus apontamentos e comentários.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 46

[...] é uma grande tecelã e nas suas malhas ajusta os sentimentos ao império da ordem, para que o equilíbrio governe todas as ações entre as criaturas.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 2, cap• 9

[...] é grande fortuna para quem deve progredir.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 7

Vidas são experiências que se aglutinam, formando páginas de realidade.
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Pról•

A vida física é oportunidade purificadora, da qual, em regra, ninguém consegue eximir-se. Bênção divina, flui e reflui, facultando aprimoramento e libertação.
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 1

[...] é o hálito do Pai Celeste que a tudo vitaliza e sustenta...
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

A vida terrena é um relâmpago que brilha por momentos no ambiente proceloso deste orbe, e logo se extingue para se reacender perenemente nas paragens siderais.
Referencia: GIBIER, Paul• O Espiritismo: faquirismo ocidental: estudo histórico crítico, experimental• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - L• 1, Na pista da verdade

[...] a nossa vida é um tesouro divino, que nos foi confiado para cumprir uma missão terrena [...].
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 1

[...] a vida humana é uma série ininterrupta de refregas e de desilusões...
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 22

[...] a vida humana é uma intérmina cadeia, uma corrente que se compõe de muitos elos, cada qual terminando no sepulcro, para de novo se soldar em ulterior encarnação até que o Espírito adquira elevadas faculdades, ou atinja a perfeição.
Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

Vida e morte, uma só coisa, / Verdade de toda gente: / A vida é a flor que desponta / Onde a morte é uma semente.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 173

[...] Em suas evoluções, a vida nada mais é que a manifestação cada vez mais completa do Espírito. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

A vida, portanto, como efeito decorrente de um agente (princípio vital) sobre a matéria (fluido cósmico), tem, por V sustentação, a matéria e o princípio vital em estado de interação ativa, de forma contínua. Decorrente da mesma fonte original – pois reside no fluido magnético animal, que, por sua vez, não é outro senão o fluido vital – tem, contudo, a condição peculiar de veicular o contato com o princípio espiritual.
Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

[...] é amor e serviço, com Deus. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• A dor do meu destino• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

A vida é a mais bela sinfonia de amor e luz que o Divino Poder organizou.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

Não vivi, pois a vida é o sentimento / De tudo o que nos toca em sofrimento / Ou exalta no prazer. [...] (185, Nova[...] é um combate insano e dolorido / Que temos de vencer. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sursum

[...] A vida é mesmo ingente aprendizado, / Onde o aluno, por vez desavisado, / Tem sempre ensanchas de recomeçar [...].
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Renovação

A vida humana não é um conjunto de artifícios. É escola da alma para a realidade maior.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mostremos o Mestre em nós

[...] é a manifestação da vontade de Deus: vida é amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

[...] A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de suas flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

[...] é a harmonia dos movimentos, resultante das trocas incessantes no seio da natureza visível e invisível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

A vida em si é conjunto divino de experiências. Cada existência isolada oferece ao homem o proveito de novos conhecimentos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 22

[...] é trabalho, júbilo e criação na eternidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 68

A vida é sempre a iluminada escola.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

A vida é essência divina [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17

A vida por toda parte / É todo um hino de amor, / Serve a nuvem, serve o vale, / Serve o monte, serve a flor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18

Lembrai-vos de que a vida é a eternidade em ascensão [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

A oportunidade sagrada é a vida. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é um campo divino, onde a infância é a germinação da Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é a gloriosa manifestação de Deus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

V V A vida é máquina divina da qual todos os seres são peças importantes e a cooperação é o fator essencial na produção da harmonia e do bem para todos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é um câmbio divino do amor, em que nos alimentamos, uns aos outros, na ternura e na dedicação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Patrimônio da criação e divindade de todas as coisas, é a vida a vibração luminosa que se estende pelo infinito, dentro de sua grandeza e de seu sublime mistério.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é caminho em que nos cabe marchar para a frente, é sobretudo traçada pela Divina Sabedoria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é uma escola e cada criatura, dentro dela, deve dar a própria lição. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 26

[...] é um grande livro sem letras, em que as lições são as nossas próprias experiências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

A vida é uma corrente sagrada de elos perfeitos que vai do campo subatômico até Deus [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Notícias

A vida não é trepidação de nervos, a corrida armamentista ou a tortura de contínua defesa. É expansão da alma e crescimento do homem interior, que se não coadunam com a arte de matar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Apreciações

A vida é curso avançado de aprimoramento, através do esforço e da luta. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

[...] é um jogo de circunstâncias que todo espírito deve entrosar para o bem, no mecanismo do seu destino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Lembre-se de que a vida e o tempo são concessões de Deus diretamente a você, e, acima de qualquer angústia ou provação, a vida e o tempo responderão a você com a bênção da luz ou com a experiência da sombra, como você quiser.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 39

[...] é o carro triunfante do progresso, avançando sobre as rodas do tempo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

Enquanto no corpo físico, desfrutas o poder de controlar o pensamento, aparentando o que deves ser; no entanto, após a morte, eis que a vida é a verdade, mostrando-te como és.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Espíritos transviados

A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para ascensão justa. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] afirmação de imortalidade gloriosa com Jesus Cristo!
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 8

[...] é uma longa caminhada para a vitória que hoje não podemos compreender. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Bilhete filial

V Todavia, é preciso lembrar que a vida é permanente renovação, propelindo-nos a entender que o cultivo da bondade incessante é o recurso eficaz contra o assédio de toda influência perniciosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Tentação e remédio

[...] é um cântico de trabalho e criação incessantes. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 24

[...] é aprimoramento incessante, até o dia da perfeição [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60

[...] toda a vida, no fundo, é processo mental em manifestação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 23

A vida constitui encadeamento lógico de manifestações, e encontramos em toda parte a sucessão contínua de suas atividades, com a influenciação recípro ca entre todos os seres, salientando-se que cada coisa e cada criatura procede e depende de outras coisas e de outras criaturas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
ἔπω αὐτός δέ Ἰησοῦς ἐγώ εἰμί ἄρτος ζωή ἔρχομαι πρός μέ οὐ μή πεινάω καί πιστεύω εἰς ἐμέ οὐ μή πώποτε διψάω
João 6: 35 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim nunca terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.
João 6: 35 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Maio de 29
G1372
dipsáō
διψάω
lado de fora
(outside)
Substantivo
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G2064
érchomai
ἔρχομαι
vir
(are come)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
G2222
zōḗ
ζωή
pingar
([that] water)
Verbo
G2424
Iēsoûs
Ἰησοῦς
de Jesus
(of Jesus)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3004
légō
λέγω
terra seca, solo seco
(the dry land)
Substantivo
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3756
ou
οὐ
o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
(and Carmi)
Substantivo
G3983
peináō
πεινάω
ter fome, estar faminto
(he was hungry)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G4100
pisteúō
πιστεύω
o que / aquilo
(what)
Pronome
G4314
prós
πρός
pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
(of Mezahab)
Substantivo
G4455
pṓpote
πώποτε
saque, presa
(the prey)
Substantivo
G740
ártos
ἄρτος
um nome aplicado a Jerusalém
(for Ariel)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


διψάω


(G1372)
dipsáō (dip-sah'-o)

1372 διψαω dipsao

de uma variação de 1373; TDNT - 2:226,177; v

  1. ter sede, sofrer de sede
    1. figurativamente, diz-se daqueles que, sedentos, sentem dolorosa necessidade de, e ansiosamente anseiam aquelas coisas pelas quais a alma é refrescada, apoiada, e fortalecida

ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

ἔρχομαι


(G2064)
érchomai (er'-khom-ahee)

2064 ερχομαι erchomai

voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

  1. vir
    1. de pessoas
      1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
      2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
  2. metáf.
    1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
    2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
  3. ir, seguir alguém

Sinônimos ver verbete 5818


ζωή


(G2222)
zōḗ (dzo-ay')

2222 ζωη zoe

de 2198; TDNT - 2:832,290; n f

  1. vida
    1. o estado de alguém que está cheio de vitalidade ou é animado
    2. toda alma viva
  2. vida
    1. da absoluta plenitude da vida, tanto em essência como eticamente, que pertence a Deus e, por meio dele, ao “logos” hipostático e a Cristo, em quem o “logos” assumiu a natureza humana
    2. vida real e genuína, vida ativa e vigorosa, devota a Deus, abençoada, em parte já aqui neste mundo para aqueles que colocam sua confiança em Cristo, e depois da ressurreição a ser consumada por novas bênçãos (entre elas, um corpo mais perfeito) que permanecerão para sempre.

Sinônimos ver verbete 5821


Ἰησοῦς


(G2424)
Iēsoûs (ee-ay-sooce')

2424 Ιησους Iesous

de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

Jesus = “Jeová é salvação”

Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

λέγω


(G3004)
légō (leg'-o)

3004 λεγω lego

palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

  1. dizer, falar
    1. afirmar sobre, manter
    2. ensinar
    3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
    4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
    5. chamar pelo nome, chamar, nomear
    6. gritar, falar de, mencionar

μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὐ


(G3756)
ou (oo)

3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

  1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

πεινάω


(G3983)
peináō (pi-nah'-o)

3983 πειναω peinao

do mesmo que 3993 (da idéia de trabalho árduo; “definhar”); TDNT - 6:12,820; v

  1. ter fome, estar faminto
    1. passar necessidade
    2. estar paupérrimo

      metáf. desejar ardentemente, buscar com desejo impetuoso


πιστεύω


(G4100)
pisteúō (pist-yoo'-o)

4100 πιστευω pisteuo

de 4102; TDNT - 6:174,849; v

  1. pensar que é verdade, estar persuadido de, acreditar, depositar confiança em
    1. de algo que se crê
      1. acreditar, ter confiança
    2. numa relação moral ou religiosa
      1. usado no NT para convicção e verdade para a qual um homem é impelido por uma certa prerrogativa interna e superior e lei da alma
      2. confiar em Jesus ou Deus como capaz de ajudar, seja para obter ou para fazer algo: fé salvadora
    3. mero conhecimento de algum fato ou evento: fé intelectual
  2. confiar algo a alguém, i.e., sua fidelidade
    1. ser incumbido com algo

πρός


(G4314)
prós (pros)

4314 προς pros

forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

em benefício de

em, perto, por

para, em direção a, com, com respeito a


πώποτε


(G4455)
pṓpote (po'-pot-e)

4455 πωποτε popote

de 4452 e 4218; adv

  1. sempre, em qualquer momento

ἄρτος


(G740)
ártos (ar'-tos)

740 αρτος artos

de 142; TDNT - 1:477,80; n m

  1. alimento preparado com farinha misturada com água e assado
    1. os israelitas o preparavam como um bolo retangular ou aredondado, da grossura aproximada de um polegar, e do tamanho de um prato ou travessa. Por isso não era para ser cortado, mas quebrado
    2. pães eram consagrados ao Senhor
    3. pão usado nos ágapes (“festas de amor e de de comunhão”) e na Mesa do Senhor
  2. comida de qualquer tipo

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo