Enciclopédia de Atos 10:42-42

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 10: 42

Versão Versículo
ARA e nos mandou pregar ao povo e testificar que ele é quem foi constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos.
ARC E nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos.
TB e nos mandou pregar ao povo e testificar que ele é o que por Deus tem sido constituído juiz de vivos e mortos.
BGB καὶ παρήγγειλεν ἡμῖν κηρύξαι τῷ λαῷ καὶ διαμαρτύρασθαι ὅτι ⸀οὗτός ἐστιν ὁ ὡρισμένος ὑπὸ τοῦ θεοῦ κριτὴς ζώντων καὶ νεκρῶν.
HD e nos prescreveu proclamar ao povo e testemunhar que é ele quem foi definido por Deus juiz de vivos e de mortos.
LTT E nos ordenou pregar ao povo e plenamente testificar que Ele (Jesus) é Aquele tendo sido determinado por Deus para ser o Juiz daqueles que estão vivendo, e dos mortos.
BJ2 E ordenou-nos que proclamássemos ao Povo[r] e déssemos testemunho de que ele é o juiz dos vivos e dos mortos,[s] como tal constituído por Deus.
VULG Et præcepit nobis prædicare populo, et testificari, quia ipse est qui constitutus est a Deo judex vivorum et mortuorum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 10:42

Mateus 25:31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória;
Mateus 28:19 Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Marcos 16:15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Lucas 24:47 e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.
João 5:22 E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo,
João 21:21 Vendo Pedro a este, disse a Jesus: Senhor, e deste que será?
Atos 1:2 até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera;
Atos 1:8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.
Atos 4:19 Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus;
Atos 5:20 Ide, apresentai-vos no templo e dizei ao povo todas as palavras desta vida.
Atos 5:29 Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.
Atos 17:31 porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos.
Romanos 14:9 Foi para isto que morreu Cristo e tornou a viver; para ser Senhor tanto dos mortos como dos vivos.
II Coríntios 5:10 Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.
II Timóteo 4:1 Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino,
II Timóteo 4:8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
I Pedro 4:5 os quais hão de dar conta ao que está preparado para julgar os vivos e os mortos;
Apocalipse 1:7 Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!
Apocalipse 20:11 E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
Apocalipse 22:12 E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 10 : 42
prescreveu
Lit. “anunciar; dar ordens, prescrever, dar instruções”.

Atos 10 : 42
proclamar
Lit. “proclamar como arauto, agir como arauto”. Sugere a gravidade e a formalidade do ato, bem como a autoridade daquele que anuncia em voz alta e solenemente a mensagem.

Atos 10 : 42
definido
Lit. “limitar, separar, dividir (definir limites); definir, determinar”.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 10 do versículo 1 até o 48
E. TESTEMUNHANDO AOS GENTIOS, Atos 10:1-11.30

Samaria, como já foi observado (Atos 8:5), era uma espécie de local intermediário entre os judeus e os gentios. A execução da comissão de Cristo envolvia em primeiro lugar a evangelização dos judeus em Jerusalém, em seguida a dos samaritanos, e finalmente a dos gentios. Mas todos os acontecimentos registrados neste capítulo tiveram lugar na Judéia. Assim, ainda nos encontramos na segunda parte de Atos 1:8 (ver os comentários sobre este versículo).

1. As Visões (10:1-16)

Duas visões estão registradas nesta seção: a de Cornélio em Cesaréia e a de Pedro em Jope. Nos dois casos, o indivíduo que teve a visão foi preparado para o contato com o outro homem. Deus estava operando nas duas pontas.

a. Cornélio em Cesaréia (Atos 10:1-8). Cesaréia (1) era o principal porto da Palestina e a capital do governo romano ali. Herodes, o Grande, tinha construído no lugar da Torre de Strato uma magnífica cidade e um porto deslumbrante, protegido por um extenso que-bra-mar. Apesar da sua importância, a cidade é mencionada no Novo Testamento somen-te no livro de Atos (quinze vezes).

Cornélio era um nome muito comum no Império Romano. Isto se devia, em parte, ao fato de que, em 82 a.C., Cornélio Sulla libertara dez mil escravos e lhes dera o seu próprio nome.' Este Cornélio era um centurião — lit., "chefe de cem homens", ou seja, um oficial que tinha cem soldados subordinados a si. Era um centurião da coorte chamada Italiana. Uma coorte normalmente consistia em seiscentos homens — a décima parte de uma legião.

Quatro coisas são ditas a respeito de Cornélio. A primeira, que ele era piedoso (2). O adjetivo que significa "religioso" é encontrado (no NT) somente aqui, no versículo 7 e em II Pedro 2:9. Em segundo lugar, ele era temente a Deus, com toda a sua casa. Bruce diz que estas duas expressões, "embora não sejam especificamente termos técnicos... geralmente são usadas no livro de Atos para se referirem àqueles gentios que, embora não totalmente prosélitos... se relacionavam com a religião judaica, praticando a sua adoração monoteísta e sem imagens, freqüentando a sinagoga, respeitando o sábado e as leis sobre a comida, etc".56 Algumas vezes, fazia-se referência a essas pessoas como "pro-sélitos de portão". Mas em um artigo sobre "prosélitos e tementes a Deus", Kirsopp Lake insiste que a expressão "prosélito de portão" deve ser abandonada, por não ter validade histórica. As pessoas eram prosélitos ou não.' Gloag concorda com isto, ao escrever: "O único proselitismo que os judeus parecem ter reconhecido era quando os gentios adotavam completamente a lei... pensamos, assim, que não havia, pelo menos na época dos apósto-los, uma classe como os 'prosélitos de portão"." Cornélio não era um prosélito, como mostram as palavras de Pedro no versículo 28. Um prosélito era considerado como per-tencente à congregação dos judeus; este não era o caso de Cornélio.

A terceira coisa que se afirma sobre este homem é que ele fazia muitas esmolas ao povo, i.e., aos judeus. A quarta coisa é que, de contínuo, orava a Deus. Ele era um dedicado adorador do Deus verdadeiro. No entanto, não era um membro da comunidade judaica nem da igreja cristã.

Certo dia, Cornélio estava orando (cf.
30) em sua casa, quase à hora nona do dia (três horas da tarde) — a hora da oferta do sacrifício da tarde no Templo, quando os judeus devotos e os tementes a Deus estariam envolvidos na oração (cf. Atos 3:1). Ele viu... numa visão um anjo de Deus, que se dirigia para ele e chamava o seu nome: Cornélio! (3). O termo claramente é a tradução literal (NEB). Fixando os olhos nele — melhor "olhando fixamente para ele" (ASV) — ficou muito atemorizado (4). Esta é normalmente a reação daqueles que são confrontados por anjos, como observam as Es-crituras. Mas o mensageiro celestial falou com palavras que eram ao mesmo tempo uma saudação e um conforto: As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memó-ria diante de Deus. O nome memória -- ou memorial — era dado "à porção da oferta de alimentos que o sacerdote deveria queimar sobre o altar, para que fosse uma oferta queimada de cheiro suave ao Senhor (Lv 2:2) "." As orações e esmolas de Cornélio tinham sido como a sua oferta, e agradaram a Deus.

O anjo instruiu Cornélio, dizendo: envia homens a Jope e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro (5). Simão era, supostamente, o nome mais comum entre os judeus daquele tempo. Assim, este Simão precisava ser identificado pelo seu sobrenome, Pedro. Na verdade, ele estava hospedado na casa de Simão, um curtidor (6), o que tornava a identificação ainda mais necessária. A casa do curtidor ficava junto do mar.' Provavelmente, havia duas razões para isto. Uma delas era a sua profissão, que envolvia a manipulação de animais mortos, o que o deixava impuro; assim era exigi-do que ele morasse fora da cidade. A outra razão era que o seu negócio provavelmente envolvia o uso de água do mar.

Quando o anjo se retirou, Cornélio chamou dois dos seus criados (7) — uma única palavra em grego, que significa "aqueles que moram na casa" — e a um piedoso soldado dos que estavam ao seu serviço. A sua própria vida devota tinha influenci-ado até mesmo os seus criados e soldados. Ele contou a estes três homens de confiança sobre a sua visão, e então os enviou a Jope (8). Eles deveriam encontrar Simão Pedro e trazê-lo.

b. Pedro em Jope (Atos 10:9-16). No dia seguinte — um dia depois que os mensageiros tinham deixado Cesaréia — eles... estando já perto da cidade (9), i.e., Jope. Era a hora sexta (o meio-dia) e subiu Pedro ao terraço para orar. Esta não era uma das horas regulares de oração. Mas as almas devotas podem perfeitamente estar envolvidas em orações privadas nessa hora (cf. Si 55.17). Este tipo de oração é sempre apropriado.

A distância entre Cesaréia e Jope era de 48 quilômetros. Houve consideráveis diver-gências de opinião relativas a quando os servos deixaram Cesaréia — se foi no mesmo dia da visão ou na manhã seguinte. Também houve discussões sobre o seu meio de trans-porte — se foi a pé ou a cavalo — e quanto tempo levaram para fazer a viagem. Os fatos declarados na narrativa são que eles chegaram a Jope aproximadamente ao meio-dia do dia seguinte (9), passaram a noite ali com Pedro e partiram "no dia seguinte" (23), e então, "no dia imediato" (24) chegaram de volta a Cesaréia — provavelménte no final da tarde. Um dia de viagem a pé normalmente corresponde a 32 quilômetros, assim, a me-lhor reconstrução parece ser a seguinte: Os criados de Cornélio saíram de Cesaréia na manhã seguinte ao dia da visão, viajaram 32 quilômetros, e pararam para passar a noite. No dia seguinte eles percorreram os 16 quilômetros que faltavam, chegando a Jope aproximadamente ao meio-dia. Depois de passar ali a noite, iniciaram a viagem de volta na manhã seguinte (o terceiro dia depois da visão). Tendo feito uma parada para dormir, eles percorreram os últimos 16 quilômetros no quarto dia. Isto está em perfeito acordo com a afirmação que Cornélio faz a Pedro: "Há quatro dias... diante de mim se apresentou um varão com vestes resplandecentes" (30-31).

Quando Pedro estava orando no terraço em Jope, tendo fome (10), quis comer. Enquanto lhe preparavam a refeição do meio-dia, sobreveio-lhe um arrebatamento de sentidos. A palavra grega que foi traduzida como "êxtase" por algumas versões significa literalmente "ficar fora de si".

Neste transe Pedro viu o céu aberto (11) e a aparição de um grande lençol atado pelas quatro pontas, vindo para a terra. Nele havia de todos os animais quadrúpedes," répteis da terra e aves do céu (12) — "tudo o que caminha, ou rasteja ou voa" (NEB). Lumby observa: "Freqüentemente, aceita-se o significado do lençol aberto como uma imagem de todo o mundo, e das quatro pontas como as direções nas quais o Evangelho deveria ser levado por todo o mundo".62

Uma voz lhe ordenou: Levanta-te, Pedro! Mata e come (13). Mas Pedro protestou veementemente: De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda (14). O uso de comum (koinos) com o sentido de imunda é explicado assim por Lumby: "Todas as pessoas que não eram judias eram vistas como a ralé 'co-mum', excluída do concerto de Deus... assim, quaisquer costumes destas pessoas, dife-rentes daqueles do povo escolhido, eram chamados coisas 'comuns', e como essas coisas `comuns' eram proibidas pela lei, todas as coisas ou ações proibidas ficaram conhecidas como sendo `comuns"." As leis a respeito dos alimentos puros e impuros são encontradas no capítulo 11 de Levítico.

Uma segunda vez, a voz falou. Desta vez, ela disse: Não faças tu comum ao que Deus purificou (15). O significado destas palavras é explicado da seguinte forma por Gloag: "Os judeus consideravam os animais impuros como uma imagem dos gentios, a quem eles chamavam de 'cães'. Mas agora Pedro aprendia que todos os homens estavam no mesmo patamar, aos olhos de Deus"." Havia ainda outra implicação: "A diferença entre carnes puras e impuras, a qual correspondia a uma parte tão considerável da lei mosaica foi abolida; assim, uma das grandes barreiras de separação entre os judeus e os gentios foi removida"." Isto era necessário tanto para a evangelização do mundo, como para a unidade da Igreja.

E aconteceu isto por três vezes (16). Aparentemente, toda a cena se repetiu. Alexander comenta: "Esta repetição da revelação, sem dúvida exatamente da mesma forma, pode ter tido a intenção parcial de gravá-la na memória, mas principalmente de impedir a suspeita de que fosse um mero sonho ou imaginação"."

Esta seção (1-16) exemplifica a "preparação para a revelação". Se quisermos nos comunicar com o céu, devemos satisfazer as condições cumpridas tanto por Cornélio quanto por Pedro: 1. Eles eram homens devotos (1-4,9) ; 2. Eles deixavam tudo de lado para orar (9,30) ; 3. Eles esperavam em Deus até que o ouvissem (3-6, 13 15:19-20).

2. Visitas (Atos 10:17-29)

  1. Os Criados em Jope (10:17-23a). Estando Pedro duvidando entre si (17), i.e., estava "perplexo" (ASV), quanto ao que seria aquela visão, os criados enviados por Cornélio pararam do lado de fora da porta da casa onde ele estava. Como eram gentios "impuros", eles não pensaram em entrar na casa, mas, chamando, perguntaram se Simão Pedro esta-va hospedado ali (18). Se a porta estivesse trancada, qualquer visitante teria de chamar do lado de fora. Na verdade, hoje é o costume em terras orientais chamar ao invés de bater.

E, pensando — um composto forte (somente aqui no NT), que significa "ponde-rando" — Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito que três varões' o procura-vam (19). Pedro recebeu a ordem de ir com eles, não duvidando (20). Duvidando é um verbo composto que significa "estar com a mente dividida ou hesitar". Aqui, não duvidando significa "sem hesitar" (RSV). Deus tinha enviado esses mensageiros, e Pedro devia ir com eles.

De forma obediente, Pedro desceu e conversou com os homens (21). Eles lhe conta-ram sobre a visão de Cornélio, que tinha sido avisado (22) — ou "instruído, orientado" -a mandar buscar Pedro. O apóstolo, chamando-os para dentro, os recebeu em casa (23), apesar de serem gentios. A visão de Pedro já estava produzindo resultados.

  1. Pedro em Cesaréia (10.23b-29). No dia seguinte, o apóstolo partiu com os mensa-geiros de Cornélio. Felizmente para Pedro, foram com ele alguns irmãos de Jope. Quan-do fosse em breve desafiado por alguns da igreja de Jerusalém, ele precisaria do teste-munho destes homens para explicar exatamente o que aconteceu na casa de Cornélio. Deste modo, a presença deles era providencial.

No dia imediato (24) — o quarto dia desde que Cornélio teve a sua visão (ver os comentários sobre o v. 9) — o pequeno grupo chegou a Cesaréia. Além do soldado e dois criados de Cornélio, ali estavam Pedro e "seis irmãos" (cf. 11,12) que o acompanharam. É muito improvável que um grupo de dez homens tivesse ido a cavalo. Evidentemente, eles tinham ido a pé, como era o hábito naquela época. Assim, a viagem de 48 quilômetros lhes teria tomado pelo menos um dia e meio.

Quando chegaram ao seu destino, eles descobriram que Cornélio os esperava. A pa-lavra em grego sugere que "ele continuava esperando ansiosamente por eles". Sem dúvi-da, ele imaginara que os seus criados passariam a noite em Jope, e assim estariam che-gando a Cesaréia logo depois do meio-dia do quarto dia.
Além disso, ele tinha convidado os seus parentes e amigos mais íntimos. O fato de que Cornélio tivesse parentes em Cesaréia implica que ele vivera ali por um longo perí-odo, o que também se conclui da afirmação de que ele tinha "bom testemunho de toda a nação dos judeus" (22). O adjetivo íntimos significa literalmente "necessário". Somente aqui (no NT) significa "familiar". A idéia parece ser a de que os amigos que são tão ínti-mos e queridos de alguém são necessários. Cornélio obviamente era um homem que tinha um grande coração.

Quando Pedro entrou, saiu Cornélio a recebê-lo e, prostrando-se a seus pés, o adorou (25). Lumby comenta: "Este ato de respeito do oficial romano demonstra forte-mente o seu sentimento de que Pedro era um mensageiro de Deus. Tais atos não eram usuais entre os soldados romanos".' Embora fosse comum no oriente que os homens se prostrassem aos pés dos seus superiores, "a idéia da prostração era estranha à mente ocidental, e esse costume não foi introduzido na corte imperial até o reinado de Diocleciano".69 Alexander diz: "Tendo sido ordenado por um anjo a mandar buscar o após-tolo, com uma promessa de comunicação divina com ele, não é de surpreender que Cornélio tivesse imaginado que ele fosse mais do que um simples homem".'

Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem (26). Isto indica que Cornélio tentava dedicar-lhe adoração religiosa, ao que Pedro pro-testou. Da mesma maneira, um anjo recusou a adoração de João (Ap 19:10).

Enquanto conversavam, os dois homens entraram na casa. Pedro deve ter ficado surpreso ao ver os muitos que ali se haviam reunido para ouvi-lo (27). Ele os lem-brou do fato de que não era lícito para um judeu associar-se com estrangeiros (28). Com um fino toque de cortesia, Pedro usou uma palavra rara, que significa literalmente "ou-tra tribo" (somente aqui no NT). Graciosamente, ele evitou o termo ofensivo ethnoi, que usualmente transmite a idéia de "pagão".

Pedro tinha sido obrigado a deixar de lado essa proibição judaica, pois, como disse, Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo (cf. 15). Para nós, é impossível perceber a tremenda mudança que isto envolvia no pensamento de um judeu devoto daquela época. Toda a sua educação religiosa tinha ensinado que os israelitas eram o povo escolhido de Deus e que o restante da humanidade era impuro e excluído da aliança divina.

Devido à visão no terraço em Jope, Pedro tinha vindo até estes gentios sem contra-dizer (29). Esta é uma única palavra em grego (somente aqui no NT), e significa literal-mente "não se pronunciar contra", e assim "sem nem mesmo levantar qualquer objeção" (NASB). Pedro então perguntou por que razão tinham mandado chamá-lo.

3. Verificação (Atos 10:30-48)

A última parte deste capítulo conta a história da verificação das visões que tiveram Pedro em Jope e Cornélio em Cesaréia. Por meio do derramamento do Espírito na casa de Cornélio, Deus provou a quem pudesse interessar que os gentios, assim como os ju-deus, podiam ser os destinatários da sua graça.

  1. Apresentação por Cornélio (10:30-33). Pedro foi apresentado à audiência por Cornélio, que relatou a sua visão como uma causa para a reunião. Ele disse: Há quatro dias estava eu em jejum até esta hora, orando em minha casa à hora nona. E eis que diante de mim se apresentou um varão com vestes resplandecentes (30-31). A palavra jejum não consta do melhor texto grego. Provavelmente, a melhor tradução para a primeira parte seja: "Faz, hoje, quatro dias que, por volta desta hora, estava eu observando em minha casa a hora nona de oração..." Isto parece indicar que Pedro e os seus companheiros chegaram à casa de Cornélio por volta das três horas da tarde, do quarto dia depois da visão."

O relato de Cornélio de que um varão lhe apareceu não entra em conflito com a outra afirmação de que era "um anjo de Deus" (3). Era um anjo sob forma de homem, como também tinha acontecido no sepulcro vazio (Mt 28:5; Mc 16:5).

Os versículos 31:32 são um eco dos versículos 4:6; Cornélio continuou expressan-do a sua gratidão pela vinda de Pedro e assegurou-lhe: estavam todos esperando para ouvir tudo quanto por Deus te é mandado (33). Pedro tinha um público receptivo, pronto e desejoso para caminhar na luz. Este é o segredo dos resultados que tiveram lugar nesta reunião histórica na casa de Cornélio.

  1. A Pregação de Pedro (Atos 10:34-43). Tendo em vista a sua própria visão, assim como a que foi dada a Cornélio, Pedro foi forçado a concluir: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qual-quer nação, o teme e faz o que é justo (34-35). Cornélio era tão aceito perante Deus quanto qualquer descendente físico de Abraão.

Depois da sua apresentação, Pedro fez um breve resumo do ministério de Jesus (36--41). Foi quase um epítome do Evangelho de Marcos, o que a Igreja Primitiva considerava conter na pregação de Pedro."

O apóstolo começou fazendo referência à Palavra (logos) que chegou à nação de Israel por meio da pregação de Jesus (36). Era uma mensagem de paz, mas foi rejeitada. Pedro aproveita para enfatizar a divindade de Jesus: este é o Senhor de todos.

Ele diz que os seus ouvintes conhecem esta palavra (rhema) (37). Uma vez que rhema às vezes é traduzida como "coisa" (Atos 5:32; Lc 2:15), a frase aqui pode ser traduzida como "aquilo que aconteceu".' Cornélio e seus amigos, como a maioria do povo daquele país, sabiam do ministério de Jesus.

Aquele ministério cobriu toda a Judéia — toda a Palestina. Assim, a Judéia assume o sentido mais amplo, como o país dos judeus. Começando pela Galiléia... — literal-mente "tendo começado pela Galiléia", que assim está incluída na Judéia. O batismo que João pregou seria o batismo do arrependimento. É com o ministério de João Batista que começa o Evangelho de Marcos.

Foi no batismo de Jesus por João (cf. Lc 4:1-14) que Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo (38). Isto resume uma grande parte do Evangelho de Marcos.

Pedro afirma: Nós — ele e os seis companheiros de Jope — somos testemu-nhas de todas as coisas que fez, tanto na terra da Judéia [como o v. 37; algu mas versões apresentam "dos judeus"] como em Jerusalém (39), na parte final do seu ministério. Foi ali que Ele foi pendurado num madeiro (crucificado). No terceiro dia Deus o ressuscitou e fez que se manifestasse (40) — tradução literal. Mas isto foi não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara; a nós que comemos e bebemos juntamente com ele, depois que ressuscitou dos mortos (41). Esta afirmação está perfeitamente de acordo com o que é encontrado nos Evangelhos.

O Cristo ressurrecto mandou que os discípulos fossem pregar ao povo (Mt 28:19) e testificar que Jesus Cristo é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos (42).

A observação final da mensagem de Pedro foi expressamente evangelizadora: A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome (43). No texto grego, a frase todos os que nele crêem é colocada no final, como uma ênfase. Este Evangelho de perdão dos pecados por meio da fé em Jesus Cisto é para todos aqueles que crerem, tanto judeus quanto gentios.

c. O Derramamento do Espirito (Atos 10:44-48). Enquanto Pedro ainda pregava, o Espíri-to Santo caiu sobre os que estavam ouvindo a Palavra (44). Dizendo estas palavras provavelmente deve ser traduzido como "estava falando estas coisas" (rhemata).

No Concílio em Jerusalém, Pedro comparou este "Pentecostes dos gentios" ao Pentecostes original do capítulo do livro de Atos. Ele disse: "E Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós; e não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando o seu coração pela fé" (15:8-9). Da mesma forma como Deus tinha purificado os corações dos 120 no cenáculo, quando eles foram cheios do Espírito (2.4), Ele também purificou os corações de Cornélio e seus amigos, quando o Espírito Santo caiu sobre eles. Teólogos da Santidade interpretam esta experiência como sendo a santificação completa.

Os judeus cristãos que tinham acompanhado Pedro a Cesaréia maravilharam-se — 'ficaram fora de si com assombro" — de que o dom do Espírito Santo — genitivo de aposição, o dom que era o próprio Espírito Santo — se derramasse também sobre os gentios (45). Eles os ouviam falar em línguas (46), como tinham ouvido os 120 no Dia de Pentecostes."

Apesar dos seus preconceitos judaicos, Pedro sentiu que Deus tinha aceitado plena-mente estes gentios no Reino. Então, ele propôs que o batismo cristão lhes fosse minis-trado (47). Cornélio e seus amigos foram batizados em nome do Senhor (48), i.e., em nome de Jesus. Esta fórmula era aparentemente usada na 1greja Primitiva, assim como a forma da trindade (Mt 28:19). A ênfase principal aqui está no fato de que era um batismo cristão.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Atos Capítulo 10 versículo 42
2Tm 4:1; 1Pe 4:5.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 10 do versículo 1 até o 48
*

10.1 Cesaréia. Cesaréia Marítima era um porto no Mediterrâneo, 104 km a noroeste de Jerusalém. Foi reconstruída e melhorada, numa dimensão ambiciosa, por Herodes o Grande.

* 10.2 temente a Deus. Um termo que pode indicar que Cornélio era em parte convertido ao judaísmo, um gentio que adorava a Deus mas não era circuncidado (13 16:26).

* 10:9

ao eirado... a fim de orar. Pedro provavelmente orava três vezes por dia (conforme 3.1; Dn 6:10); esta era a oração do meio-dia. As casas típicas tinham um teto plano, alcançado por uma escadaria externa.

* 10.10 um êxtase. A consciência de Pedro foi retirada das coisas externas, em preparação para a visão (conforme 22.17).

*

10.12 toda sorte de quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu. Tanto animais limpos quanto imundos (Lv 11).

* 10.13 Mata e come. Pedro não estava disposto a violar as leis do Antigo Testamento que proibiam comer animais imundos (v.14).

* 10.15 Deus purificou. Através desta ilustração viva, Deus explicou a Pedro que havia revogado as leis a respeito da impureza ritual; ver Mc 7:14-19.

* 10.16 três vezes. Esta visão foi repetida para impressionar Pedro.

*

10.24 No dia imediato. O grupo levou dois dias para viajar 48 km de Jope a Cesaréia.

* 10.25 indo Pedro a entrar. Pedro agora estava disposto a entrar na casa de um gentio (v.28).

prostrando-se-lhe aos pés, o adorou. Cornélio estava maravilhado com a presença de Pedro; ele havia sido instruído por Deus para mandar buscar o apóstolo.

* 10.28 Deus me demonstrou. Ele se refere à visão que tinha tido.

* 10.34 Deus não faz acepção. O evangelho é tanto para judeus como para gentios (1.8; Rm 1:16).

*

10.36 anunciando-lhes... paz, por meio de Jesus Cristo. A paz da reconciliação com Deus através do sangue de Jesus nossa paz (Ef 2:13,14).

Senhor de todos. Jesus é Senhor tanto de judeus quanto de gentios.

* 10.44 caiu o Espírito Santo sobre todos. Eles foram ungidos pelo poder do Espírito e estavam louvando a Deus e falando em línguas (v.46).

* 10.45 da circuncisão... admiravam-se. Era difícil para judeus rigorosos, que não tinham tido a visão de Pedro, entender que Deus não mostrava favoritismo em sua oferta.

*

10.48 em nome de Jesus Cristo. O perdão dos pecados é através do nome de Jesus (v.43).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 10 do versículo 1 até o 48
10:1 Esta Cesarea, às vezes chamada Cesarea da Palestina, estava localizada na costa do Mediterrâneo, a 51 km do norte do Jope. Era a maior e importante cidade portuária do Mediterrâneo na Palestina, serve de capital na província romana da Judea.

10:1 Este oficial romano era um centurião que tinha a seu mando cem soldados. Não obstante permanecer na Cesarea, Cornelio talvez ia voltar logo para Roma. Sua conversão foi o passo mais importante para a difusão do evangelho na cidade capital.

10:2 "O que acontecerá com quão pagãos alguma vez escutaram de Cristo?" Esta é uma pergunta comum que se faz em relação à justiça de Deus. Cornelio não era cristão, mas procurava deus e era um homem reverente e generoso. Daí que Deus enviou ao Pedro para que lhe falasse de Cristo. Cornelio é um exemplo de que Deus "é galardonador dos que lhe buscam" (Hb_11:6). Quem o busca com sinceridade o acharão! Deus permitiu que Cornelio tivesse um conhecimento mais completo.

10:4 Deus viu a sinceridade da fé do Cornelio. Suas orações e generosidade subiram "para memória diante de Deus", uma oferenda de sacrifício ao Senhor. Deus responde as sinceras orações dos que lhe buscam e envia a pessoa apta com a informação adequada no tempo apropriado.

10:12 Segundo a Lei judia, certos mantimentos estavam proibidos (veja-se Levítico 11). Estas leis faziam difícil que judeus e gentis comessem juntos, pois existia o risco de contaminação. Mais ainda, aos gentis lhes via freqüentemente como "imundos". A visão do Pedro significava que não devia ver os gentis como inferiores, a quem Deus não redimiria. antes de ter esta visão, pensava que um oficial romano gentil não poderia aceitar a Cristo. Depois, compreendeu que deveria ir com a mensagem ao lar gentil e lhe pregar ao Cornelio as boas novas de salvação no Jesucristo.

10.25, 26 Este ato de adoração pôde ter causado arrogância no Pedro. depois de tudo, um centurião romano se inclinou ante ele. Não obstante, Pedro conduziu ao Cornelio a Cristo. Quando nos elogiam e honram, devemos recordar que somos mortais e aproveitar cada oportunidade para glorificar a Deus.

10:34, 35 É possível que a maior barreira do primeiro século para pulverizar o evangelho fora o conflito entre judeus e gentis. A maioria dos novos crentes eram judeus e para eles era um escândalo o solo pensar em associar-se aos gentis. Mas Deus ordenou ao Pedro que anunciasse o evangelho a um romano e ele obedeceu jogando a um lado sua linhagem e sentimentos pessoais. (Mais tarde voltou a ter dificuldades com isto; veja-se Gl 2:11-14.) Mas Deus ratificava que as boas novas de Cristo são para todos. Não devemos permitir que nenhuma barreira: lingüística, cultural, de prejuízos, geográfica, de nível econômico ou educativo, interponha-se na extensão do evangelho.

10:35 Em cada nação há corações abertos a Deus, preparados para receber o evangelho, mas alguém tem que anunciá-lo. Procurar deus não é suficiente, a gente deve ter um encontro com O. Como então os que lhe buscam poderão encontrar a Deus sem que alguém lhes mostre o caminho? Está-lhe pedindo Deus que lhe mostre o caminho a alguém? (Veja-se Rm 10:14-15.)

CORNELIO

Os primeiros dias do cristianismo foram emocionantes à medida que o Espírito de Deus se movia e as vistas das pessoas trocavam. Os convertidos tinham diversas procedências. Até o temível Saulo (Paulo) converteu-se em cristão e os gentis respondiam às boas novas a respeito do Jesus. O centurião romano Cornelio foi um dos primeiros gentis convertidos.

devido aos contínuos brotos de violência, os soldados romanos deviam permanecer alertas para manter a paz em todo o Israel. Mas a maioria dos romanos, odiados como conquistadores, não se sentiam bem na nação. Como oficial militar, Cornelio se achava em uma posição difícil. Representava a Roma, embora seu lar estava na Cesarea. Durante sua permanência no Israel, o Deus do Israel o conquistou a ele. Tinha a reputação de ser um homem piedoso que pôs sua fé em ação e era respeitado pelos judeus.

Quatro aspectos significativos no caráter do Cornelio são notórios no livro de Feitos. Procurou deus com intensidade, reverenciou-o, foi generoso ao suprir as necessidades de outras pessoas em necessidade e orava. Deus lhe disse que devia enviar a alguém para que trouxesse para o Pedro, porque este lhe ensinaria mais a respeito de Deus, a quem já procurava agradar.

Quando Pedro chegou ao lar do Cornelio, rompeu toda a lista de normas judias. Pedro confessou que não se sentia bem, mas aqui encontrou uma audiência ansiosa e não pôde reservar para si sua mensagem. Muito em breve começou a anunciar o evangelho quando Deus o confirmou de maneira entristecedora ao encher com seu Espírito Santo a essa família romana. Pedro se deu conta que não tinha outra opção a não ser batizá-los e recebê-los como iguais na crescente igreja cristã. acabava-se de dar outro passo em levar o evangelho a todo mundo.

Cornelio é um exemplo claro da disposição de Deus para usar meios fora do comum para chegar aos que desejam conhecê-lo. O não tem favoritos e não se oculta de quem deseja achá-lo. Deus enviou a seu Filho porque ama a todo mundo e isto inclui o Pedro, ao Cornelio e a você.

Pontos fortes e lucros:

-- Romano piedoso e generoso

-- Apesar de ser um oficial do exército invasor, nota-se que era bem respeitado pelos judeus

-- Respondeu a Deus e animou a sua família a que fizesse o mesmo

-- Sua conversão ajudou a jovem igreja a compreender que as boas novas som para todos, sejam judeus ou gentis

Lições de sua vida:

-- Deus chega a quem quer conhecê-lo

-- O evangelho está ao alcance de toda a gente

-- Em todo lugar há quem está ávidos de acreditar

-- Quando em realidade desejamos procurar a verdade e ser obedientes à luz que Deus nos dá, O nos recompensará generosamente

Dados gerais:

-- Onde: Cesarea

-- Ocupação: Centurião romano

-- Contemporâneos: Pedro, Felipe, os apóstolos

Versículo chave:

"[Cornelio] piedoso e temeroso de Deus com toda sua casa, e que fazia muitas esmolas ao povo, e que orava a Deus sempre" (At 10:2).

A história do Cornelio se narra em Feitos 10:1-11.18.

10.37-43 O breve e poderoso sermão do Pedro contém uma declaração concisa do evangelho: a perfeita vida do Jesus como servo; sua morte na cruz; sua ressurreição, da que Pedro foi testemunha; o cumprimento das Escrituras no Jesus; e a necessidade de uma fé pessoal no. Guiados pelo Espírito e centrados em Cristo, o caminho, a verdade e a vida.

10:43 Isaías (52.13 53:12) e Ezequiel (36.25,
26) são dois exemplos de profetas que escreveram a respeito do Jesus.

10:45 Cornelio e Pedro foram duas pessoas muito diferentes. Cornelio era um gentil, rico, militar. Pedro era um pescador judeu que se voltou pregador. Mas o plano de Deus os incluiu ambos. Esse dia na casa do Cornelio, um novo capítulo na história cristã se escreveu por um cristão judeu e um cristão gentil, ambos descobriram algo importante a respeito da obra de Deus na outra pessoa. Cornelio necessitou ao Pedro e a seu evangelho para saber que podia salvar-se. Pedro necessitou do Cornelio e sua salvação para saber que os gentis estavam incluídos no plano de Deus. Você e outro crente também podem necessitar-se mutuamente para compreender como Deus obra!

10:48 Cornelio quis que Pedro ficasse vários dias. Era um novo crente e deduziu que necessitava ensino e companheirismo. Está você realmente interessado em saber mais a respeito do Jesus? É importante que reconheça sua necessidade de reunir-se com cristãos amadurecidos e procurar aprender deles.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Atos Capítulo 10 do versículo 1 até o 48
XII. DA PRIMEIRA GENTILE EVANGELIZAÇÃO DA IGREJA (At 10:1)

A primeira missão Gentile tinha uma entrada mais oportuno em Cesaréia, a colônia romana e capital romana da Judéia e do porto cosmopolita comercial e político mais importante da Palestina durante esse tempo. Cesaréia foi construído por Herodes, o Grande, e nome de Cesaréia Augusto, em honra do imperador César Augusto. Os habitantes foram principalmente gregos e outras nações, mas os judeus foram concedidos privilégios iguais. Além palácio real do governador, a cidade teve um teatro, anfiteatro, e um alojamento templo a imagem do imperador de Roma. Os personagens principais do drama gospel eram Pedro e Cornélio. Pedro, o Apóstolo, estava no alojamento Jope com Simão, o curtidor, cuja casa, por razões cerimonial incidente ao comércio da sua curtidor, foi retirado da cidade e localizado perto da beira-mar.

1. O Homem Cornelius (At 10:1). Por religião era um adorador gentio incircunciso do único Deus verdadeiro ", um adepto do portão", ou um "temente a Deus"; um homem temente a Deus, generoso, de oração, e religiosamente influente. Lucas é específico para designar Cornelius um homem devoto , ou um adorador sincero do Jeová judeu, ao contrário de Gentile idolatria. Declaração de Lucas de que ele era temente a Deus é para ser entendido, em referência ao temor reverencial que inspirou adoração, em vez de um temor servil. Seu caráter som e influência religiosa são evidenciado pelo fato de que sua família seguiu sua fé, como Weymouth torna palavras de Lucas, "e assim foi a cada membro de sua família." Sua fé judaica é atestada pela sua observância das horas judeus declarados da oração (vv. At 10:3 , At 10:30 ), jejuns, e esmolas (v. At 10:31 ).

Embora Felipe já havia visitado Cesaréia e, sem dúvida, pregou o evangelho cristão lá (ver At 8:40 ), não aparece nenhuma evidência de que Cornelius já tinha ouvido essa mensagem antes do aparecimento de Pedro. Assim, este "temente a Deus" Gentile, um dos primeiros a ouvir e crer no evangelho de Jesus Cristo (ver exceção At 8:27 ), foi profético da entrada do evangelho teria para as cidades do império, onde Mais tarde, Paulo viajou, por meio do núcleo de "tementes a Deus" que formaram a porta de entrada para as várias comunidades. Tal indivíduo foi Lydia em Filipos (veja At 16:14 ).

2. O Vision of Cornelius (10: 3-8)

3 Ele viu em uma visão abertamente, como se fosse quase à hora nona do dia, um anjo de Deus, que para ele, e que lhe dizia: Cornélio. 4 E ele, fitando os olhos nele, e sendo atemorizados, disse , O que é, Senhor? E disse-lhe: As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Dt 5:1 ).

No "visões e sonhos" do Antigo Testamento são comumente mencionados juntos, e cotação mesmo de Pedro da profecia de Joel no Pentecostes associa os dois.

Em relação ao conceito anterior Antigo Testamento, tem-se observado:

As duas palavras são repetidamente usadas da mesma experiência, o sonho de ser melhor, a forma , a visão da substância (por exemplo, Ez 1:17. ; Ez 2:28 ; Ez 4:5 ). O ... profetas anteriores já haviam atingido a idéia de visão como uma visão inspirada.

Entre as visões importantes registrados por Lucas em Atos são os de Ananias, por ocasião da conversão de Saulo (At 9:10 ); Saul na casa de Judas em Damasco (At 9:12 ); Cornelius em Cesaréia (At 10:3 , At 10:19 ; At 11:5 ); Paulo em Corinto (At 18:9 , At 27:25 ).

O mensageiro especial de visão de Cornélio era um anjo divinamente comissionados. Todo o assunto da angelologia na Bíblia, embora difícil, é extremamente interessante.

Medo de Cornélio com a visão do anjo em sua visão é amenizada pela citação do anjo da lembrança de suas orações e esmolas de Deus. A devoção e serviço de um homem temente a Deus são um memorial diante de Deus. As instruções do anjo são específicos, incluindo o nome da cidade, Jope (Jope foi de cerca Dt 30:1 , At 9:11 ). Quando estamos perto o suficiente para ouvir a voz de Deus, Seus sentidos são sempre claras.

Imediatamente Cornelius enviou dois -empregados domésticos , sob o comando de um devoto, ou "temente a Deus", soldado a Jope para chamar Pedro, depois de ter revelado a mensagem de Deus para eles.

3. O Trance de Pedro (10: 9-16)

9 Agora, no dia seguinte, indo eles seu caminho e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao eirado para orar, quase à hora sexta: 10 e ele ficou com fome, e pediu para comer; mas enquanto lhe preparavam , ele caiu em transe; 11 e se contempla o céu aberto e um objeto descendo, como se fosse um grande lençol, sendo baixado pelas quatro pontas sobre a terra; 12 no qual havia de todos os quadrúpedes e répteis da . terra e aves do céu 13 E veio uma voz lhe disse: Levanta, Pedro; mata e come. 14 Mas Pedro disse: De modo nenhum, Senhor; porque nunca comi coisa alguma comum e imunda. 15 E uma voz veio -lhe pela segunda vez, que Deus purificou, não fazer tu Ct 1:16 e isso foi feito por três vezes; e logo o navio foi recebido no céu .

Subiu Pedro ao eirado para orar ... ele caiu em transe (vv. At 10:9 , At 10:10 ). Como Deus preparou Cornelius para receber Sua mensagem através de Pedro, assim Ele também preparou Pedro para entregar a mensagem para Cornelius. Tal foi o caso com Felipe eo tesoureiro etíope (At 8:26 ), com Saulo e Ananias (At 9:10 ), e com Jacó e Esaú (Gn 32:9 , Gn 32:24 , Gn 32:29 ; Gn 33:4. , 1Sm 9:26 ; 2Sm 11:2 ; 2Rs 8:1 Neh:. 5 , 6 ). Tomado pela fome e sonolência, ele caiu em um transe. Nem é trance de Pedro para ser identificado com a visão como tal. O transe, de muito menos importância do que a visão em experiências da Bíblia, era uma espécie de vigília visão. Webster define o trance como: "1. Um estado de animação suspensa, em parte, ou de incapacidade de funcionar; atordoado; um estado de estupor. 2. O estado de profunda abstração da mente ou espírito, como em contemplação religiosa; êxtase. 3. A sleeplike estado como o da hipnose profunda ".

E Willett define o trance como:

Uma condição na qual os poderes mentais são parcial ou totalmente indiferente às impressões externas enquanto dominado por excitação subjetiva, ou para a esquerda livre para contemplar os mistérios incapaz de apreensão pelos processos racionais habituais.

Em toda a Bíblia há, mas duas ocorrências do trance registradas: a saber, o de Pedro em Jope, e da experiência cristã de Paulo em Jerusalém, quando ele foi avisado do perigo iminente (At 22:17 ). Outros transes implícitas podem ser encontrados em Is 6:1 .

Durante esta experiência trance, Deus deu a Pedro uma lição sobre a forma de uma grande folha preenchida com todos os tipos de animais, tanto puros e impuros. O grande lençol -como navio que foi desilusão por quatro cantos sobre a terra pode ser melhor entendida como uma "tela de vela", talvez sugerido em parte pelo comércio de pesca de Pedro e, em parte, pelo aparecimento de navios de vela no mar perto da casa de Simon (veja At 10:6 ). Felizes são as pessoas que são mais exigentes do progresso divino e são adaptáveis ​​para o programa on-ação de Deus na história humana. Preconceito e conservadorismo indevida trancar as portas do Reino de Deus contra o mundo por cuja salvação Cristo morreu (conforme Mt 23:13 ).

Três vezes esta matriz desceu perante o olhar de Pedro, cumprindo assim os requisitos da lei mosaica, "que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada" (Mt 18:16 ).

É evidente que a mistura de animais puros e impuros, que Pedro foi ordenado por Deus para matar e comer, um ato repugnante para formação judaica de Pedro e sabor (conforme Lv 11:1 ).

Atos sobrenaturais de Deus para com os homens são sempre validadas pelo seu valor moral.

B. O DIVINO MISSÃO (10: 17-33)

Como Pedro meditou sobre a importância da lição objeto de folha de telhado ou lona vela, servos de Cornélio chegaram à casa de Simão e perguntam por ele.

1. A Missão Summons (10: 17-23a)

17 Enquanto Pedro estava perplexo em si mesmo o que a visão que tinha visto, eis que os homens que foram enviados por Cornélio, tendo perguntado pela casa de Simão, pararam à porta, 18 e ligou e perguntou se Simão, que . Foi o nome de Pedro, foram a apresentação há 19 E enquanto Pedro pensou sobre a visão, o Espírito lhe disse: Eis que dois homens te procuram. 20 Mas levanta-te, e desce, e vai com eles, nada duvidando; porque eu tenho enviou-os. 21 E Pedro, descendo para os homens, e disse: Eis que eu sou a quem procurais: qual é a causa por que viestes? 22 E eles disseram: Cornélio o centurião, homem justo e temente a Deus e bom testemunho de toda a nação dos judeus, foi avisado de Deus por um santo anjo para te chamar à sua casa e ouvir as tuas palavras. 23 Então, ele chamou-os dentro e apresentou-los.

Levanta-te, e desce, e vai com eles, nada duvidando; porque eu os enviei (v. At 10:20 ). Enquanto os mensageiros foram perguntando por Pedro no portão da casa, o Espírito foi o que levou Pedro a descer para encontrá-los. Em obediência pronto Pedro desceu e perguntou a sua busca. Assim, os mensageiros relacionados a sua missão e Pedro reconhecendo a mão de Deus em tudo isso, recebido e atendido os mensageiros até o dia seguinte.

2. A Missão Aceitos (At 10:23) como testemunhas de que estava prestes a ocorrer, Pedro partiu com mensageiros de Cornélio no dia seguinte. Após a chegada em Cesaréia, evidentemente, um dia mais tarde, Cornélio os esperava, junto com seus parentes e seus amigos próximos . Estes últimos provavelmente incluía seus empregados domésticos, assim como esses "soldados devotos" do quartel como o enviado no comando do partido que convocou Pedro (v. At 10:7 ). Que o grupo reunido era considerável é evidente a partir do versículo 27 .

Conduta de Cornélio para Pedro em sua chegada em Cesaréia, como ele caiu aos seus pés, e ele adorou (v. At 10:25 ), parece indicar que ele confundiu Pedro por um anjo que veio para cumprir a promessa implícita de que o anjo em sua visão (v. At 10:3 ). No entanto, é evidente que o que o ex-anúncio em causa um homem Simão, que tem por sobrenome Pedro . Em todo o caso ato de Cornélio é um dos reverência superiores reverentes comumente concedidos no Oriente (ver Gn 33:3)

A mensagem de Pedro para a casa de Cornélio consiste em três considerações essenciais; ou seja, a imparcialidade de Deus, o senhorio universal de Jesus Cristo, e o caminho da salvação para todos os homens.

1. A Divina 1mparcialidade (At 10:34 , 35)

34 E, abrindo Pedro a boca, e disse:

Em verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas: 35 mas, em cada nação, aquele que O teme e pratica a justiça, lhe é aceitável.

Pedro começou a sua mensagem para a família de Cornélio Gentile, provavelmente incluindo muitos soldados italianos do quartel, por francamente reconhecendo seus preconceitos judaicos destruídos e sua nova compreensão da imparcialidade de Deus, em Seu grande plano da redenção humana. Enquanto conosco hoje a universalidade da redenção divina é tida como certa, tanto para judeus e gentios na época de Pedro todo o assunto era um conceito inteiramente novo. Na verdade, ele estava implícito nos ensinamentos dos profetas e em obras e palavras de Cristo, mas é necessária uma revelação divina especial para que ele se torne explícita no ministério dos apóstolos cristãos. Assim, em uma única frase, o enunciado de Pedro é eficaz, como Bruce frases que, em "varrer os preconceitos raciais de séculos." Pedro tinha a imparcialidade divina "percebido", e ele foi rápido para declarar.

Preconceito racial tem sido um dos problemas persistentes de sociedade de idades precoces. Também não tem o homem como ainda sido bem sucedidos em suas tentativas de erradicar esta doença repugnante do organismo social. Não obstante, os grandes ideais e ensinamentos claros da igualdade do homem e da unidade do corpo de Cristo, a igreja não raramente ficava em si mesmo condenado, como resultado de suas atitudes raciais que fecharam as portas do Reino de Deus para as almas dos homens. Uma indicação precoce do problema racial é refletida por um dos faraós, como registrado por Groves:

Egito variado com fortunas políticas e militares, mas pode ser tomado como passar logo abaixo da primeira catarata, e incluindo a ilha de Philae, o mais famoso centro da em todo o Egito no tempo dos romanos para o culto de Ísis, e um dos últimos redutos pagãos para dar ao cristianismo. O primeiro foi a catarata ethnological bem como o limite geográfico. Já em 2000 AC o faraó definir esta como a fronteira sem Negro deve passar salvo em circunstâncias especiais. Há boas evidências, no entanto, de intercâmbio comercial ativa, e da influência egípcia sobre a cultura Nubian. As pessoas eram de ascendência Hamitic e Negro misto.

A citação anterior indica claramente que, embora a barreira racial se opôs tanto convívio social e religiosa entre o Nubian Negro e os egípcios, que não impediu um "intercâmbio comercial ativa," nem a influência da cultura egípcia sobre o Nubian Negro.

Na verdade, Estevão e Filipe, ambos os leigos helenista judaico cristão, já havia compreendido o significado mais amplo do evangelho para os gentios, assim como os judeus, mas Pedro foi o primeiro judeu "apóstolo" cristãos para celebrar esse conceito universal.

Nada de novo ou grande é sempre realizado ou realizado até que alguém tem "percebido", ou visto através, e agarrou o padrão e as possibilidades de coisas ainda não realizado. Revelações divinas, quando bem compreendido, sempre ter um efeito moral e espiritual transformando em homem e da história humana. "Onde não há visão, o povo perece" (Pv 29:18)

36 A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a boa nova da paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos) - 37 que dizendo vós mesmos sabeis, foi proclamada por toda a Judéia, começando pela Galiléia, depois do batismo que João pregou, 38 , mesmo Jesus de Nazaré, como Deus o ungiu com o Espírito Santo e com poder, o qual andou fazendo o bem e curando todos os oprimidos do diabo; porque Deus estava com ele. 39 E nós somos testemunhas de tudo quanto fez, tanto na terra dos judeus e em Jerusalém; quem também mataram, suspendendo-o em uma árvore. 40 A este ressuscitou Deus ao terceiro dia, e deu-lhe para se manifestar, 41 não a todo o povo, mas às testemunhas que foram escolhidos antes de Deus, até mesmo para nós, que comemos e bebemos com ele depois que ele ressuscitou dos mortos.

Ele é o Senhor de todos (v. At 10:36 ). Primeira mensagem do evangelho de Pedro a esta congregação Gentile ansioso é uma sucinta, mas dinâmico, somatório de toda a pessoa e obra de Jesus Cristo em relação ao regime de redentora. Em rápida sucessão, ele apresenta Jesus Cristo nos aspectos claros de Sua paz, Seu senhorio universal, sua exigência de arrependimento, sua humanidade, a Sua divindade, Sua morte sacrificial, Sua ressurreição vitoriosa, Suas aparições pós-ressurreição, Sua judgeship universal, e remissão dos pecados através da fé em Seu Nome.

Analiticamente delineado, a mensagem de Pedro para a casa de Cornélio poderia ser algo como o seguinte:

1. O Evangelho da paz por Jesus Cristo : pregar boas novas de paz por Jesus Cristo (v. At 10:36 ).

. 2 O Senhorio Universal de Jesus Cristo : Ele é o Senhor de todos (v. At 10:36-A ).

5. A Divindade de Jesus Cristo : Deus ungiu com o Espírito Santo e com poder (v. At 10:38 ).

. 6 A crucificação de Jesus Cristo : quem também mataram, suspendendo-o em uma árvore (v. At 10:39 , 43)

42 E ordenou-nos a pregar ao povo e testemunhar que este é o que foi ordenado por Deus para ser o juiz dos vivos e dos mortos. 43 Para ele arcar com todos os profetas dão testemunho, que através do seu nome de cada um que nele crê receberá a remissão dos pecados.

É significativo que Pedro conclui a sua mensagem com a clara implicação de que o caminho da salvação para estas nações, como também para os judeus, é aberto por meio da fé no nome, e submissão ao senhorio de Jesus Cristo.

Assim, Pedro dá um exemplo de evangelístico pregação expositiva no primeiro século cristão, que foi tanto ansiosamente recebido por seus ouvintes Gentile e signally aprovado e abençoado por Deus. Também não tem este tipo de pregação já perdeu a sua utilidade ao longo dos séculos seguintes.

EFUSÃO D. O ESPÍRITO DO (10: 44-48)

Isso ouvintes de Pedro acreditavam em Cristo para a salvação de suas almas é evidenciado por dois fatos: primeiro , que Deus derramou sobre eles o dom do Espírito Santo; e segundo , que foram julgados por Pedro candidatos como dignos para o batismo nas águas.

1. O Espírito derramado (10: 44-46)

44 Enquanto Pedro ainda dizia estas coisas, desceu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. 45 E os da circuncisão, que criam estavam espantados, todos quantos tinham vindo com Pedro, porque também sobre os gentios foi derramado o dom de do Espírito Santo. 46 Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus. Então Pedro,

Enquanto Pedro ainda dizia estas coisas, desceu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra (v. At 10:44 ). Normalmente, o derramamento do Espírito Santo seguido batismo nas águas e da imposição das mãos por parte dos apóstolos (conforme At 2:38 ; At 8:17 ; At 19:6 ).

Assim como o batismo do Espírito Santo pureza forjado do coração dos discípulos no dia de Pentecostes, para que os corações destes crentes gentios foram limpos por Suas manifestações pessoais de graça no fim da mensagem de Pedro para eles. Lembramo-nos das palavras de Cristo aos seus discípulos: "Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado a vós" (Jo 15:3 ).

Esta efusão espiritual sobre os gentios espantado companheiros judeus-cristãos de Pedro, pois ouviam falar línguas, e magnificar a Deus (v. At 10:46 ). Este fenômeno milagroso de línguas , ou "línguas", retornou em Cesaréia como uma ajuda para a evangelização dos habitantes poliglota gentios desta grande cidade portuária. Mas, como Clarke observa:

Eles haviam obtido um novo coração , assim como novas línguas ; e, tendo crido com o coração para a justiça, as suas línguas fez uma confissão para a salvação; e Deus foi ampliado para a misericórdia que ele tinha dado.

Através da fé haviam crido para a justiça de coração, e pelo dom divino milagrosa de línguas estes crentes gentios batizados com o Espírito começou a proclamar que a justiça para os seus vizinhos poliglotas, e assim eles "Deus ampliada."

O espanto dos crentes judeus-cristãos apresentam-se com Pedro neste Gentile Pentecostes é devido ao fato de que os judeus considerou que o Espírito Divino não poderia ser comunicado a qualquer Gentile, ou ser conferida a qualquer um que habitavam além da terra prometida.

2. O batismo dos discípulos (At 10:47 , 48)

47 Pode alguém porventura recusar a água, para que estes não sejam batizados, que receberam o Espírito Santo, assim como nós? 48 E mandou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Em seguida, orou eles lhe que ficasse alguns dias.

O direito incontestável desses cristãos gentios não circuncidados para serem batizados, como um símbolo de sua aceitação no corpo de Cristo, é evidenciado pela aprovação divina milagrosa, e pergunta declaratória do Apóstolo do versículo 47 . Pedro, então, comanda seu batismo e, portanto, mostra uma relação poupança vital mediante a fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus e Salvador dos homens. Deus tinha testemunhado a Sua aceitação dos gentios, dando-lhes o Espírito Santo, e Pedro testemunhas para a sua aceitação dentro da igreja por batizando-os em nome de Jesus, sem a exigência da circuncisão. Sobre a questão da fórmula baptismal empregado por Pedro nesta ocasião, Wesley observa:

Em Nome do Senhor -Qual implica o Pai, que o ungiu, e ao Espírito com que Ele foi ungido, para o seu escritório. Mas como estes gentios tinha antes acreditava em Deus, o Pai, e não, mas agora podia acreditar no Espírito Santo, sob cuja influência poderosa eles estavam nessa mesma época, havia a menor necessidade de tomar conhecimento de que eles foram batizados na crença e profissão do sagrado Três; embora, sem dúvida, o apóstolo administrados da ordenança naquele mesmo formulário que o próprio Cristo havia prescrito.

Certamente, à luz da explicação de Wesley, nenhuma terra permanece para uma interpretação unitária desta passagem.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 10 do versículo 1 até o 48
Esse é um dos capítulos mais impor-tantes do relato de Atos porque rela-ta a abertura da porta da fé para os gentios. Agora, Pedro completa seu ministério especial ao usar "as cha-ves do reino" para abrir a porta da fé para os gentios (veja At 15:6-44), depois de usá-la para os judeus (At

  1. e para os samaritanos (At 8:14ss). Para ter um retrato desse evento relevante para Pedro, devemos lerAt 11:1-44.

Em At 8:0, cumpre- se aqui: "Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo". Um anjo falou com ele e disse-lhe que cha-masse Pedro. Por que o anjo mesmo não deu a mensagem a Cornélio? Porque Deus não deu aos anjos o ministério de compartilhar o evan-gelho com pecadores. Temos um privilégio que nem mesmo os anjos têm, o de propagar o evangelho para as almas perdidas! Pedro estava em Jope, a 48 quilômetros de distância, contudo Cornélio, com obediência militar, chamou dois servos e uma guarda e enviou-os a essa importan-te missão. O Espírito liderou toda essa atividade (vv. 19-20).

  1. O Espírito prepara Pedro (w. 9-22)

Deus lida com as "duas pontas da linha" sempre que opera. Ele nos prepara para o que está preparando para nós. Pedro viu todos os tipos de criaturas, limpas e imundas, (sob o aspecto cerimonial; conforme Lv 11) e re-cebeu a ordem de matá-las e comê- las.Mt 16:22, em que Pedro disse a Cristo que não fosse para a cruz, vem-nos à mente com esta resposta do versículo 14: "De modo nenhum, Senhor!". Ninguém pode dizer "Senhor" e completar com: "De modo nenhum". Se ele é o Se-nhor verdadeiro, temos de lhe obe-decer. O Espírito falou diretamente com Pedro, enquanto este pensa-va na visão que tivera três vezes, e disse-lhe: "Levanta-te [...] e vai". Pedro foi até os gentios, porque o Espírito Santo ordenou-lhe isso, não porque entendeu a visão que teve (veja 11:11-16). Mais tarde, ele en-tendeu o sentido da visão, ou seja, que Deus, por intermédio da cruz, quebrara todas as barreiras entré ju-deus e gentios.

  1. A obediência do homem de Deus (10:23-33)

Lembre-se que, até esse momento, os apóstolos não tinham pregado para os gentios. Mesmo os sama- ritanos (At 8:0 em conexão com esse versículo de Atos dos Apósto-los. Ele inicia com o ministério de João Batista, falando a respeito da mensagem de Cristo para Israel. Ele afirma que Cornélio e os amigos já conhecem a mensagem sobre os milagres, a morte e a ressurreição de Cristo, e que esses eventos di-zem respeito especificamente a Isra-el. No versículo 42, ele diz: "E [ele] nos [as testemunhas judias] mandou pregar ao povo" (quer dizer, para os judeus), o que os apóstolos fizeram até aquele momento. Pedro afirma apenas que percebera que Deus não fazia distinção entre judeus e gen-tios, apesar de Cristo ter vindo para salvar a nação de Israel. No versícu-lo 43, ele anuncia a verdade-chave, quando diz: "Todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados".

Nesse ponto, o Espírito inter-rompe Pedro e opera um milagre no coração desses gentios. Eles crêem na Palavra! O Espírito cai sobre eles quando crêem, o que se evidencia pelo falar em línguas. (Veja GI 3:2.) Pedro e os judeus espantam-se com o fato de Deus salvar os gentios sem antes torná-los prosélitos ju-deus. Pedro, sob orientação do Es-pírito, ordena que sejam batizados, e ele e seus amigos ficam para fa-zer a refeição com os novos crentes (11:3).

Revejamos a relação entre o Espírito e batismo. EmAt 2:0:1 At 1:3 At 1:8.) Confunde-se a Palavra de Deus e sua obra quan-do se mistura a verdade do reino e a da igreja.

Mt 28:19-40 apresenta o comissionamento para a igreja de hoje. Devemos fazer discípulos, o que representa um chamado ao evangelismo; devemos batizar, o que implica comunhão em uma congregação local; e devemos ensinar a Palavra, o que o Espírito usa para condenar o perdido. Ocupemo-nos com o semear a Palavra, com aguá-la com nossas orações e lágrimas (Sl 126:5-19; At 20:19) e esperemos com paciência a colheita.d


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 10 do versículo 1 até o 48
10.1 Centurião. Oficial no exército romano que comandava 100 homens (conforme Mt 8:11; Lc 7:2-42; 1Co 12:13).

10.48 Ordenou. Pedro mesmo não batizou para não suscitar grupinhos em torno dele (cf. 1Co 1:15ss).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 10 do versículo 1 até o 48
VI. GENTIOS ENTRAM NO REINO (10.1—11.18)

1) O significado de Cesaréia

Um momento crucial. A comissão de Mt 28:19 inclui todas as nações, mas o alvo definitivo foi alcançado pelos estágios que já destacamos. O apóstolo aos gentios se converteu, e foi comissionado enquanto o evangelho era pregado em toda a Palestina. Pedro, preparado por diversas experiências para a grande e nova lição que deveria aprender e ensinar, estava agora prestes a abrir a

porta do Reino aos gentios com a única “chave” possível — a Palavra pregada no poder do Espírito Santo (Mt 16:19).

Cesaréia, uma extensão do Pentecos-te. Pedro associa explicitamente o evento na casa de Cornélio àquele do Pentecoste e ao propósito do Senhor de batizar os seus com o Espírito Santo, de forma que em Cesaréia a única provisão fundamental foi tornada disponível aos crentes entre os gentios, assim como é colocada à disposição de cada crente que, pela fé, é unido ao único corpo (1Co 12:12,1Co 12:13).

Nenhum judeu pensava que os gentios não pudessem ser salvos, mas — em harmonia com os pensamentos que Deus havia revelado até então — todos estavam convictos de que os gentios tinham de se tornar prosélitos se quisessem compartilhar das bênçãos messiânicas. A ação e a revelação de Deus nessa crise deixam claro a corações submissos que a cruz abriu a porta para a salvação para toda a humanidade em termos iguais, pois todos precisam se arrepender e crer para serem salvos. Os judeus foram, assim, colocados no mesmo patamar dos “gentios pecadores” (G1 2:14-17).

2) Mensagens divinas e um encontro (10:1-33)
Cornélio e sua visão (v. 1-8). Sabe-se que um regimento conhecido como Italiano serviu na Síria em 69 d.C. Cornélio estava à frente de cem homens, parte das tropas em Cesaréia. Os centuriões tinham as responsabilidades de um capitão, mas eram oficiais não-comissionados. Cornélio deve ter tido propriedades particulares, pois mantinha um efetivo militar grande e era generoso nas esmolas. Ele, obviamente, era um homem “temente a Deus”, um gentio que participava das cerimônias na sinagoga e modificou o seu estilo de vida para não escandalizar os judeus. Acima de tudo, ele é o exemplo clássico de gentio que, com paciência e benevolência, buscava “glória, honra e imortalidade” e “vida eterna” (Rm 2:7,Rm 2:10). As suas orações e esmolas não lhe renderam a salvação, mas eram os sinais exteriores de uma atitude de alma que Deus podia abençoar.

Uma visão é “algo visto” que não é normal aos olhos humanos, e uma visão foi concedida a Cornélio quando se dedicava à oração por volta das três horas da tarde (cf. 3.1). O seu pavor era natural, mas aceitou a situação imediatamente e ouviu com atenção a boa notícia dada pelo anjo. Não há sen-sacionalismo na narrativa; a instrução exata do anjo está formulada como o endereço em um envelope: Sr. Simão Pedro, a/c Sr. Simão, o Curtidor, estrada do Mar, Jope. Com prontidão militar, Cornélio obedeceu às instruções recebidas do céu (v. 3-8).

A visão de Pedro e a sua confirmação (v. 9-23). Por providência especial, Deus preparou o seu servo Pedro para a visita dos emissários de Cornélio. A fome de Pedro foi um elemento da revelação, e podemos imaginá-lo olhando longamente para a alta vela triangular de um barco entrando no porto enquanto esperava a sua comida. No seu êxtase, os animais impuros que recebeu a ordem de matar e comer estavam reunidos em algo semelhante a um grande lençol que descia do céu. A ordem lhe pareceu totalmente errada, pois um judeu não somente tinha de rejeitar os animais impuros alistados em Lv 11, mas também rejeitar toda carne que não fosse preparada de acordo com os princípios do casher. O seu protesto foi de fato “petrino”, mas a voz repetiu a ordem três vezes, com a explanação que fez época: Não chame impuro ao que Deus purificou (v. 15; cf. Mc 7:19). Vozes na rua abaixo estavam perguntando por Pedro, e naquele momento a mensagem da visão foi confirmada por uma ordem dada pelo Espírito do Senhor: Não hesite em ir com eles, pois eu os enviei. Depois disso, qualquer resistência teria sido rebelião. Os pedaços do quebra-cabeça estavam se encaixando enquanto o apóstolo aprendia que Deus tinha tornado possível a purificação de todos os homens (conforme v. 28).

A jornada e a recepção (v. 24-33). No dia seguinte, Pedro partiu em sentido norte com testemunhas de Jope e os mensageiros de Cornélio. A distância percorrida foi de aproximadamente 45 quilômetros.
A recepção foi calorosa, pois um grupo de almas famintas estava esperando o mensageiro de Deus. O verbo traduzido por adorando-o (v. 25) é proskyneõ, que pode significar a reverência de um homem diante de seu superior, e a cena de um centurião romano prostrado aos pés de um pescador galileu era uma evidência extraordinária das mudanças revolucionárias operadas na esfera do Reino. As explicações mútuas (v. 27-33) estão bem claras, e o v. 33 mostra que nunca um pregador teve diante de si uma platéia mais bem preparada.


3) A mensagem de Pedro aos gentios (10:34-43)
Introdução (v. 34,35). Temos aqui as características gerais do kerygma primitivo, mas adaptado à comunidade dos gentios. Visto que muitos eram tementes a Deus, algumas referências aos profetas eram possíveis (v. 43), mas a ênfase está principalmente na vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo como uma realidade histórica testemunhada pelos Doze. Na sua introdução, Pedro mostra que aprendeu a lição da visão no terraço da casa (v. 34,35).

Estágios da mensagem principal (v. 36-43). A palavra de Deus a Israel em Cristo Jesus (v. 36-38). Os fatos parcialmente conhecidos do ministério terreno do nosso Senhor foram interpretados de forma oficial e autorizada para esses gentios. Jesus Cristo era o Senhor de todos, o Pregador da paz, o Ungido de Deus para o ministério de cura, restauração e liberdade espiritual.

O testemunho apostólico (v. 39-42). Os apóstolos foram testemunhas de tudo o que ele fez em Jerusalém e na Palestina (i.e., na terra dos judeus). O significado tremendo da morte e ressurreição de Cristo exigia o melhor em provas dos fatos em si, e elas foram fornecidas por homens escolhidos para acompanhar o Senhor ressurreto. A menção do fato central da cruz é breve, e não doutrinária (v. 39), mas a declaração típica do kerygma vem em seguida: Deus, porém, o ressuscitou no terceiro dia e fez que ele fosse visto — não publicamente, mas pelo grupo de testemunhas ao qual Pedro pertencia.

As mensagens proféticas e apostólicas (v. 42,43). Pedro associou o testemunho profético do AT com o testemunho histórico dos Doze a fim de mostrar que Cristo foi ordenado por Deus não somente como Juiz final de todos, mas também como Salvador que dá perdão dos pecados a todos os que crêem. Havia muito mais a dizer, mas os fatos salvíficos haviam sido anunciados, e foram imediatamente recebidos por fé.


4)    O Espírito Santo cai sobre os crentes gentios (10:44-48)
A dádiva do Espírito Santo (v. 44-46). O “ouvir” foi a submissão da fé que uniu essas almas ao Senhor em quem creram. O poder do Espírito Santo desceu sobre os crentes imediatamente, revestindo-os com energias e dons celestiais mediante os quais falaram em línguas e glorificaram a Deus (v. 45,46; conforme 2.3,4,11). O batismo do Pentecoste foi estendido aos crentes gentios sob a única condição do arrependimento e da fé em Cristo.
Batismo no Nome (v. 47,48). A pergunta de Pedro (v. 47) é um tipo de desafio, dirigido especialmente aos cristãos judeus de Jope que o acompanhavam. Apesar da ausência da circuncisão, os crentes gentios tinham recebido o Espírito Santo exatamente como os cristãos judeus na sala no andar superior. Alguém poderia negar-lhes a água do batismo? Por meio desse ato simbólico, eles passaram visivelmente para a esfera do Nome, tendo sido transportados do reino das trevas para o reino do seu Filho amado (Cl 1:13), à parte de qualquer elo anterior com Israel. A repercussão da decisão de Pedro seria sentida em todo o mundo para sempre.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Atos Capítulo 10 do versículo 42 até o 43

42, 43. O Evangelho inclui um aviso do juízo vindouro tanto para os vivos como para os mortos, juízo esse que será feito diante do Jesus ressurreto, e a sua oferta do perdão dos pecados para todos quantos crêem nEle.

O sermão de Pedro é o nosso primeiro exemplo de pregação aos gentios. Contém poucas considerações sobre o significado da pessoa de Cristo, nenhuma ênfase sobre sua preexistência, encarnação e divindade, nem sobre o caráter expiatório de sua morte. É realmente uma "Cristologia primitiva" e consiste principalmente da proclamação dos fatos da morte, vida e ressurreição de Jesus e o apelo para crer nEle para perdão de pecados.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 10 do versículo 1 até o 48
b) Pedro e Cornélio (At 10:1-48)

Grande passo avante precisava ainda ser dado, e foi em Jope que Pedro aprendeu a lição de que não se deve chamar comum ou imundo aquilo que Deus limpou. Teria sido à luz desta lição que ele acrescentou, ao ensino de nosso Senhor sobre comidas, o comentário, "E assim considerou ele puros todos os alimentos", como se vê em Mq 7:19? Seja como for, havendo aprendido esta lição, teve imediatamente de pô-la em prática ao ser convidado para visitar Cornélio, centurião romano, em Cesaréia, e fazê-lo conhecer, com a família, as boas novas. Este é outro episódio a que Lucas obviamente dá muita importância, porque, depois de narrá-lo no cap. 10, volta a referi-lo no cap. 11, onde Pedro mesmo conta a história, e torna a mencioná-lo no cap. 15, outra vez por intermédio de Pedro.

Cornélio, como Pedro, fora preparado por Deus para a nova situação. Membro da classe de pessoas que Lucas denomina "tementes a Deus", adeptas do culto judaico, espiritual e monoteístico, celebrado nas sinagogas, sem que fossem de todo prosélitos e membros da comunidade de Israel, foi instruído, por uma visão, a mandar chamar a Pedro. Quando este entrou na casa e começou a anunciar a ação divina na cruz e na ressurreição de Cristo, mais uma prova da direção de Deus lhe foi dada com o ato repentino do Espírito Santo apossando-se daquela família gentia, o que foi manifesto pelos mesmos sinais externos do dia de Pentecostes. Houve uma diferença: no Pentecostes os que foram batizados receberam o Espírito; Cornélio e seus familiares se batizaram porque antes receberam o Espírito. Sem este sinal evidente do favor divino, Pedro podia hesitar em batizá-los.

Centurião da coorte, chamada a italiana (1). Os centuriões tinham a posição de oficiais não comissionados, cabendo-lhes a responsabilidade de capitães. Eram a espinha dorsal do exército romano, é impressionante como de todos os centuriões mencionados no Novo Testamento sempre se diz alguma coisa que os recomenda. A coorte italiana pode ser idêntica à "segunda coorte italiana de cidadãos romanos", de que há inscrições comprobatórias na Síria, do ano 69 A. D. Temente a Deus (2), pertencente à classe de gentios que aderiam de modo geral à fé, ao culto e às práticas judaicas, sem se submeterem à circuncisão e sem se tornarem prosélitos de todo. Subiram para memória (4). O verbo "subir" pode sugerir as ofertas queimadas (heb. ´olah, lot. "subindo"). O vocábulo grego mnemosynon, traduzido "memória", usa-se em Lv 2:2 e segs. nos LXX, com relação à parte da oferta de manjar que se apresentava a Deus. Quanto à eficácia sacrifical dessa conduta de Cornélio, cfr. Sl 141:2; Fp 4:18; He 13 15:58.

>At 10:9

Por volta da hora sexta (9); isto é, meio-dia. Êxtase (10), estado em que a pessoa, por assim dizer, "fica fora" de si. Um certo vaso (11); lit. "um objeto"; a palavra grega (skeuos) é indefinida. Um grande lençol (11); sugerido ao subconsciente de Pedro possivelmente pela tolda aberta no eirado, ou a vela de um barco no horizonte, do lado ocidental. Quatro pontas (11). O vocábulo grego arche, aqui traduzido "ponta" (lit. "começo") usava-se na linguagem médica por extremidade de atadura, e entre os marinheiros no sentido de "corda". Toda sorte de quadrúpedes (12). Os melhores textos omitem feras aqui e transpõem da terra para depois de répteis (veja-se a ARA). Daí resulta a divisão tríplice do mundo animal, cfr. Gn 6:20. (O Texto Recebido é aqui influenciado por At 11:6). De modo nenhum, Senhor (14); cfr. o protesto de Ezequiel (Ez 4:14). As leis dietéticas judaicas baseavam-se em Lv 11. Tais leis, em seu aspecto cerimonial, eram agora abrogadas explicitamente, como o haviam sido implicitamente no ensino de Jesus, Mq 7:14 e segs.

>At 10:19

Disse-lhe o Espírito (19). O Espírito de íntima admonição profética. Eu os enviei (20). Isto levanta a questão sobre a relação entre o Espírito, falando agora no íntimo de Pedro, e a manifestação aparentemente externa do anjo a Cornélio. Que lhe foram enviados por Cornélio (21). Os melhores textos omitem estas palavras (ver a ARA). Foi instruído por Deus (22); lit. "recebeu uma comunicação oracular" (gr. chrematizo). Alguns irmãos de Jope (23). Foram em número de seis (At 11:12). Indo Pedro a entrar... (25). O texto "ocidental" amplia este verso assim: "E aproximando-se Pedro de Cesaréia, um dos servos correu na frente a anunciar que ele chegara. Então lhe saiu Cornélio ao encontro...". Adorou-o (25), ou "prestou-lhe homenagem" (gr. proskyneo). Não implica necessariamente honras divinas. Faz hoje quatro dias (30). No primeiro dia Cornélio teve a visão; no segundo, Pedro teve a sua e os mensageiros de Cornélio saíram a buscá-lo; no terceiro, Pedro e os outros deixaram Jope; no quarto, chegaram a Cesaréia. Fizeste bem em vir (33), expressão de agradecimento, isto é "Obrigado por teres vindo".

>At 10:34

Deus não faz acepção de pessoas (34). Cfr. Dt 10:17; Rm 2:11; Ef 6:9; Cl 3:25. O sentido é: "Deus não tem favoritos". A eleição divina não implica parcialidade; a graça de Deus alcança livremente tanto a gentios como a judeus. Para nós hoje, isto é um lugar-comum, mas para Pedro era uma idéia revolucionária. A palavra que Deus enviou aos filhos de Israel... (36). Daqui até ao fim do vers. 43 temos o sumário completo da mensagem apostólica em Atos. Abrange o período que vai do ministério de João Batista à ressurreição, e tem em perspectiva o juízo futuro. O presente sumário traz as marcas de uma tradução bem literal do aramaico. Por toda a Judéia (37); aqui no sentido mais lato de Palestina (cfr. Lc 4:44). Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo (38). "Ungiu" traz a idéia mais formal de "fê-lO Messias"; a ocasião que ele tem em mente é o batismo de nosso Senhor, Cfr. Is 61:1, citado em Lc 4:18. Na terra dos judeus (39); isto é, toda a Palestina, como Judéia no vers. 37. Nós que comemos e bebemos com ele (41). Isto dá ênfase à realidade de Sua ressurreição corporal. Cfr. Lc 24:41-42 (e em At 1:4, "ajuntando-os" talvez deva traduzir-se "comendo com eles", ver a ARA; gr. synalizomenos). Foi constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos (42). Isto lembra a visão do "Filho do homem" em Ez 7:9 e segs. Remissão de pecados (43). A principal profecia do Velho Testamento que promete a remissão de pecados mediante Cristo é Is 53.

>At 10:44

Caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra (44). Como Pedro sugere no vers. 47 (cfr. At 11:15), este episódio foi uma reprodução da descida do Espírito no primeiro grupo de discípulos em At 2. O presente caso tem sido chamado com propriedade "o Pentecostes do mundo gentílico". Para que este fato, sem precedente, ocorresse foi necessário que outro, não rotineiro, acontecesse: a aceitação do evangelho por parte de gentios; urgia que Deus agisse imediatamente. Engrandecendo a Deus (46); cfr. At 2:11, "falar... as grandezas de Deus". Ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo (48). Veja-se At 2:38. Em parte alguma se dá a entender que algo foi dito a estes gentios sobre a necessidade ou mesmo conveniência da circuncisão.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 10 do versículo 1 até o 48

23. A Salvação alcança os de fora (Atos 10:1-48)

Ora, havia um homem em Cesaréia chamado Cornélio, um centurião do que foi chamado a coorte italiano, um homem piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, e deu muitas esmolas ao povo judeu, e orou a Deus continuamente. Sobre a hora nona do dia, viu claramente numa visão um anjo de Deus, que tinha acabado de chegar em sua casa, e lhe disse: "Cornélio!" E fixando o seu olhar sobre ele e sendo muito alarmado, ele disse: "O que é, Senhor?" E ele disse-lhe: "Suas orações e esmolas têm subido para memória diante de Deus e agora despachar alguns homens a Jope, e enviar para um homem chamado Simão, que também é chamado de Pedro;. Ele está hospedado com um certo curtidor chamado Simão , cuja casa fica à beira-mar ". E quando o anjo que estava falando com ele havia partido, chamou dois dos seus criados e um piedoso soldado dos que estavam em constante presença em cima dele, e depois que ele havia explicado tudo para eles, ele enviou a Jope. E no dia seguinte, quando eles estavam em seu caminho, e se aproximando da cidade, subiu Pedro ao eirado volta da hora sexta para orar. E ele ficou com fome, e estava desejando comer; mas enquanto eles estavam fazendo preparativos, ele caiu em transe; e ele, olhando para o céu se abriu, e um certo objeto como um grande lençol que descia, baixou por quatro cantos para o chão, e havia nela todos os tipos de quatro patas animais rastejantes e criaturas da terra e aves do céu . E uma voz veio a ele: "Levanta-te, Pedro, mata e come!" Mas Pedro disse: "De maneira nenhuma, Senhor, porque nunca comi nada de profano e impuro". E mais uma vez a voz veio a ele uma segunda vez: "O que Deus purificou não mais consideram profano." E isso aconteceu por três vezes; e imediatamente o objeto foi levado para o céu.Enquanto Pedro estava muito perplexo em mente quanto ao que a visão que tinha visto pode ser, eis que os homens que haviam sido enviados por Cornélio pediu indicações para a casa de Simon, apareceu no portão; e gritando, eles estavam perguntando se Simão, que também foi chamado Pedro, estava hospedado lá. E enquanto Pedro estava refletindo sobre a visão, o Espírito lhe disse: "Eis que três homens estão procurando por você Mas surgem, desça as escadas, e acompanhá-los sem receios;. Para que eu os tenha enviado mim mesmo".E Pedro, descendo para os homens e disse: "Eis que eu sou o que você está procurando,? O que é a razão pela qual você veio" E eles disseram: "Cornélio, o centurião, homem justo e temente a Deus bom testemunho de toda a nação dos judeus, foi divinamente dirigido por um santo anjo para enviar para você para vir a sua casa e ouvir uma mensagem de você . " E assim ele os convidou a entrar e deu-lhes hospedagem. E no dia seguinte, ele se levantou e foi embora com eles, e alguns dos irmãos de Jope. E no dia seguinte, ele entrou Caesarea.Agora Cornélio estava esperando por eles, tendo já convidado os seus parentes e amigos mais íntimos. E quando aconteceu que, entrando Pedro, Cornélio ao encontro dele, e caiu a seus pés eo adoraram. Mas Pedro o levantou, dizendo: "Levanta-te, que eu também sou apenas um homem." E enquanto ele falava com ele, ele entrou e encontrou muitas pessoas montadas. E ele disse-lhes: "Vós bem sabeis como não é lícito a um homem que é um judeu de se associar com um estrangeiro ou para visitá-lo;. Contudo, Deus mostrou-me que eu não deveria chamar qualquer homem profano ou impuro Isso é porque eu vim, mesmo sem levantar qualquer objecção quando fui enviado para. E então eu pergunto por que razão você enviou para mim. " E disse Cornélio: "Há quatro dias a esta hora, eu estava orando em minha casa durante a hora nona, e eis que um homem estava diante de mim, com vestes resplandecentes, e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvida e suas esmolas ter sido lembrado diante de Deus Envia, pois, a Jope e convidar Simon, que também é chamado de Pedro, para chegar até você;. ele está hospedado na casa de Simão, o curtidor junto ao mar ". E assim eu mandei-lhe imediatamente, e que tem sido a Gentilza de vir. Agora, então, estamos todos aqui presentes diante de Deus, para ouvir tudo o que lhe foi ordenado pelo Senhor. " E abrindo a boca, Pedro disse:. "Eu certamente entendo agora que Deus não é um para mostrar parcialidade, mas em cada nação, o homem que teme e faz o que é certo, é bem-vinda a Ele A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos) —Você mesmos sabeis a coisa que aconteceu por toda a Judéia, começando pela Galiléia, depois do batismo que João proclamou. Você sabe de Jesus de Nazaré, como Deus ungiu Ele com o Espírito Santo e com poder, e como Ele andou fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo diabo;. porque Deus estava com ele e nós somos testemunhas de todas as coisas que Ele fez, tanto na terra dos judeus e em Jerusalém. E eles também colocá-lo à morte, pendurando-o numa cruz. Deus ressuscitou no terceiro dia, e certo que ele deve tornar-se visível, e não a todo o povo, mas às testemunhas que foram escolhidos de antemão por Deus , ou seja, a nós, que comemos e bebemos com Ele, depois que ressuscitou dentre os mortos. E Ele nos mandou pregar ao povo, e solenemente para testemunhar que este é o único que foi designado por Deus como juiz dos vivos e dos mortos. Dele todos os profetas dão testemunho de que em Seu nome todo aquele que nele crê recebe o perdão dos pecados. "Enquanto Pedro ainda estava falando estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a mensagem. E todos os judeus convertidos que tinha vindo com Pedro ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo foi derramado sobre os gentios também. Para os ouviam falando em línguas e exaltando a Deus. Então Pedro respondeu: "Certamente ninguém pode recusar a água para que estes ?. serem batizados que receberam o Espírito Santo, assim como fizemos, ele pode "E ele ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo, então eles pediram para ele ficar por alguns dias (10: 1-48).

Clássico romance de Marcos Twain As Aventuras de Tom Sawyer registra o seguinte diálogo entre Tom e seu amigo Huck Finn. Tom acaba de informar Huck que ele não é bem-vindo na quadrilha de Tom.Protestos Huck, "Agora Tom, hain't Você sempre foi simpática para mim? Você não me SHET fora, não é, Tom?" Tom responde: "Huck, eu não iria querer, e eu não quero, mas o que as pessoas dizem? Por que eles diziam: 'mph! Turma da Tom Sawyer! Personagens muito baixas nele!' . Eles significa que você, Huck Você não gostaria que, e eu não iria "([Chicago: Fountain, 1949], 215).

As crianças não são os únicos que jogam esses jogos cruéis uns com os outros; adultos são bastante propensas a isso também. Somos rápidos para excluir do nosso grupo aqueles que consideramos indesejável-aqueles que não conseguem nos lisonjeiam, apoiar as nossas opiniões, reforçar os nossos preconceitos, impulsionar o nosso orgulho, ou alimentar nossos egos, ou cujo estilo de vida é significativamente diferente. O mundo, em geral, expressa a sua intolerância e fanatismo em conflitos em todos os níveis, do preconceito silencioso para uma guerra total.

Até mesmo a igreja não está imune a essa tendência. Aqueles de outra cultura, a cor da pele, classe social, grupo educacional, ou nível de renda encontram-se frequentemente como indesejável na igreja como Huck Finn estava na gangue de Tom Sawyer. Tal exclusivismo intolerante entristece o coração do Senhor Jesus Cristo, cujo propósito e oração era que os crentes "todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste "(Jo 17:21). Na igreja, "não há judeu nem grego, não há escravo nem homem livre, não há homem nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gl 3:28)..

As barreiras culturais não eram menos profunda e rígida no mundo antigo do que em nossos dias. Se a igreja não era para permanecer para sempre uma pequena seita do judaísmo, essas barreiras teriam de ser atravessada. Já em Atos, a barreira que separa os judeus e os samaritanos tinham sido violados, por meio do ministério de Filipe, Pedro e João, o que resultou em números de Samaritan converte. O atraso na sua receber o Espírito até Pedro e João chegou enfatizou a ambos os lados que samaritanos e judeus foram dotados pelo mesmo Espírito de Deus e colocados dentro da igreja.

Mas uma barreira ainda mais formidável apareceu. Desgosto dos judeus para os samaritanos pouco em comparação com o seu ódio dos gentios (conforme Jonas 3:10-4: 4, que mostra a ira do profeta sobre gentios salvadora de Deus). Antes de o evangelho pudesse ser pregado a todas as nações e abraçar todas as nações (Mat. 28: 19-20), esta última barreira para a unidade teve de ser demolido. Uma pequena rachadura na parede já tinha sido feita através da conversão do eunuco etíope (8: 26-40). Ele, no entanto, voltou à sua terra distante e não restou a comunhão com os crentes judeus. Na providência de Deus, tinha chegado o momento de conciliar os judeus e gentios na igreja.

É justo que Pedro, o líder dos Doze, deve ser a pessoa que abriu a porta para os não circuncidados. Foi Pedro que pregou no dia de Pentecostes e para a multidão no Pórtico de Salomão. Pedro também era o homem ponto na batalha em curso com o Sinédrio. Nem, como já observado, foram os samaritanos acrescentados à igreja para além de seu ministério.

Para Pedro para tomar uma medida tão drástica necessária alguma preparação. Já, ele havia se tornado cada vez mais emancipada dos preconceitos que ele foi levantada com. Ele aceitou samaritanos como irmãos em Cristo e é igual na igreja. Como o capítulo 10 se desenrola, ele está hospedado com um curtidor-a comércio desprezado pelos judeus devotos. Mas aceitar gentios como iguais perante o Senhor era um assunto completamente diferente. Rigorosa judeus não teria nada a ver com os gentios. Eles não seriam convidados em casas de gentios (conforme v. 28) ou convidar os gentios para suas casas. Sujeira de um país Gentil foi considerado contaminado, e um judeu iria removê-la as sandálias antes de entrar em Israel (a partir do qual praticar a expressão "sacudir a poeira" [Mt 10:14; Mc 6:11; Lc 9:1; At 13:51] veio). Judeus não iria comer comida preparada por mãos dos gentios. Utensílios de cozinha comprados de um gentio tinha de ser purificado antes de ser usado. Em suma, os gentios eram considerados impuros e sua presença contaminando.

O fundamento teológico para a unidade de judeus e gentios na igreja já havia sido posto. Em Efésios 2:11-22, Paulo apontou que através de um, a morte sacrificial de Cristo abrangente Ele "fez os dois grupos em um só, e quebrou a barreira da parede divisória" (Ef 2:14).. Lucas aqui narra a realização histórica de que a verdade espiritual.

Mas este capítulo é mais do que apenas a história da introdução de gentios na igreja; é também a conta de salvação de um homem. A seqüência de eventos que levam à salvação de Cornélio apresenta um padrão intemporal de como a salvação se desenrola. A partir do texto de seis elementos podem ser discernidos: preparação soberano, vontade submissa, apresentação salvação, poder espiritual, a confissão simbólica e doce comunhão.

Preparação Sovereign

Ora, havia um homem em Cesaréia chamado Cornélio, um centurião do que foi chamado a coorte italiano, um homem piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, e deu muitas esmolas ao povo judeu, e orou a Deus continuamente. Sobre a hora nona do dia, viu claramente numa visão um anjo de Deus, que tinha acabado de chegar em sua casa, e lhe disse: "Cornélio!" E fixando o seu olhar sobre ele e sendo muito alarmado, ele disse: "O que é, Senhor?" E ele disse-lhe: "Suas orações e esmolas têm subido para memória diante de Deus e agora despachar alguns homens a Jope, e enviar para um homem chamado Simão, que também é chamado de Pedro;. Ele está hospedado com um certo curtidor chamado Simão , cuja casa fica à beira-mar ". E quando o anjo que estava falando com ele havia partido, chamou dois dos seus criados e um piedoso soldado dos que estavam em constante presença em cima dele, e depois que ele havia explicado tudo para eles, ele enviou a Jope. E no dia seguinte, quando eles estavam em seu caminho, e se aproximando da cidade, subiu Pedro ao eirado volta da hora sexta para orar. E ele ficou com fome, e estava desejando comer; mas enquanto eles estavam fazendo preparativos, ele caiu em transe; e ele, olhando para o céu se abriu, e um certo objeto como um grande lençol que descia, baixou por quatro cantos para o chão, e havia nela todos os tipos de quatro patas animais rastejantes e criaturas da terra e aves do céu . E uma voz veio a ele: "Levanta-te, Pedro, mata e come!" Mas Pedro disse: "De maneira nenhuma, Senhor, porque nunca comi nada de profano e impuro". E mais uma vez a voz veio a ele uma segunda vez: "O que Deus purificou não mais consideram profano." E isso aconteceu por três vezes; e imediatamente o objeto foi levado para o céu.Enquanto Pedro estava muito perplexo em mente quanto ao que a visão que tinha visto pode ser, eis que os homens que haviam sido enviados por Cornélio pediu indicações para a casa de Simon, apareceu no portão; e gritando, eles estavam perguntando se Simão, que também foi chamado Pedro, estava hospedado lá. E enquanto Pedro estava refletindo sobre a visão, o Espírito lhe disse: "Eis que três homens estão procurando por você Mas surgem, desça as escadas, e acompanhá-los sem receios;. Para que eu os tenha enviado mim mesmo".(10: 1-20)

Os acontecimentos importantes de inclusão dos gentios na igreja e salvação de Cornélio necessária preparação soberano. Tanto o convertido, Cornelius, eo pregador, Pedro, recebeu visões de Deus preparando-os para o que viria a seguir.

A Preparação de Cornelius

Ora, havia um homem em Cesaréia chamado Cornélio, um centurião do que foi chamado a coorte italiano, um homem piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, e deu muitas esmolas ao povo judeu, e orou a Deus continuamente. Sobre a hora nona do dia, viu claramente numa visão um anjo de Deus, que tinha acabado de chegar em sua casa, e lhe disse: "Cornélio!" E fixando o seu olhar sobre ele e sendo muito alarmado, ele disse: "O que é, Senhor?" E ele disse-lhe: "Suas orações e esmolas têm subido para memória diante de Deus e agora despachar alguns homens a Jope, e enviar para um homem chamado Simão, que também é chamado de Pedro;. Ele está hospedado com um certo curtidor chamado Simão , cuja casa fica à beira-mar ". E quando o anjo que estava falando com ele havia partido, chamou dois dos seus criados e um piedoso soldado dos que estavam em constante presença em cima dele, e depois que ele havia explicado tudo para eles, ele enviou a Jope. (10: 1-8)

Desde que o homem está morto no pecado (. Ef 2:1-4), a salvação não pode e não começa com ele (conforme Jo 1: At 13:48; 4: 12-13;; Ef 6:37. Ef 6:1). Um tal homem morto, Cornelius, que Deus estava prestes a salvar, viveu em Caesarea, uma importante cidade localizada na costa cerca de 30 milhas ao norte de Jope. Foi a capital da província romana da Judéia, e na residência de seu procurador. Naturalmente, uma grande guarnição romana estava estacionado lá. Entre eles estava Cornélio, um centurião do que foi chamado a coorte italiana. A legião romana com força total consistiu de 6.000 homens, e foi dividido em dez coortes de 600 homens cada. Um centurião ordenou 100 desses homens e, portanto, cada legião tinha 60 centuriões, que foram considerados a espinha dorsal do exército romano. O historiador romano Políbio descrito como centuriões "não tanto aventureiros ousados ​​como líderes naturais de um espírito firme e tranqüilo, não tanto os homens que irão iniciar ataques e abrir a batalha como os homens que mantenham sua terra quando penteada e duramente pressionado e estar pronto para morrer em seus postos "( Histórias . vi xix-xlii, citado em Naftali Lewis e Meyer Reinhold, eds,. civilização romana: Sourcebook 1: A República [New York: Harper & Row, 1966], 435). Como os outros centuriões mencionados no Novo Testamento, Cornelius tinha alcançado seu posto por revelar-se um responsável, homem forte e confiável.

Mais do que um bom soldado, no entanto, Cornélio era um homem piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, e deu muitas esmolas ao povo judeu, e orou a Deus para sempre. Sua era um coração buscando; ele viveu até a luz que tinha, e Deus estava prestes a dar-lhe mais. Este é o equilíbrio necessário para a eleição divina, que Deus responde à busca, coração disposto (conforme Is 55:6-7; Jr 29:13; Jo 7:17..). A eleição divina e da responsabilidade humana são tanto o claro ensino da Escritura. A salvação é tanto realizada por Deus e ordenado dos pecadores. Embora a nossa compreensão limitada não permite harmonizá-las, não há conflito na mente de Deus.

Cornélio era temente a Deus. O Senhor havia se mudado em sua alma sombria para que ele havia abandonado a religião pagã e foi adorar a Jeová Deus. Essa devoção manifestou-se em sua doação de muitas esmolas ao povo judeu, e pelo fato de que ele orou a Deus continuamente. Ele parou, no entanto, de se tornar um prosélito completo ao judaísmo através da circuncisão.

Por causa de Sua soberana eleição de Cornélio, e em resposta a seu coração busca, Deus mudou-se para prepará-lo. Sobre a hora nona (03:12 P . M .) do dia, viu claramente numa visão um anjo de Deus, que tinha acabado de chegar a ele, e disse-lhe: "! Cornelius" A nona hora era o momento mais importante da oração no dia judaico (At 3:1; Jz 13:20; 1Cr 21:161Cr 21:16; Dan. 10: 4-9.; Mat. 28: 2-5., Lucas 1:11-13 , Lc 1:30; 2: 9-10) —muito diferente da irreverência casual com que muitos hoje tratar seus supostos encontros com eles. Compreensivelmente, o soldado veterano Cornélio estava apavorada. fixando o seu olhar sobre o anjo e sendo muito assustado, ele disse: "O que é, Senhor?"

O anjo foi rápido para tranquilizar Cornelius, dizendo-lhe: "Suas orações e esmolas têm subido para memória diante de Deus." Deus sabia que o coração de Cornelius, que ele era um homem temente a Deus, adorando-O com o melhor de seu conhecimento. Apesar da sinceridade de Cornelius, e devoção ao Deus verdadeiro, ele não poderia ser salvo sem um entendimento correto do evangelho de Jesus Cristo (At 4:12). Deus estava organizando para fornecer-lhe com esse conhecimento. Especificamente, o anjo lhe deu instruções para "despachar alguns homens a Jope, e enviar para um homem chamado Simão, que também é chamado de Pedro;. ele está hospedado com um certo curtidor chamado Simão, cuja casa fica à beira-mar"

Cornelius respondeu imediatamente. Quando o anjo que estava falando com ele havia partido, chamou dois dos seus criados e um piedoso soldado dos que estavam em constante presença em cima dele, e depois que ele havia explicado tudo para eles, ele enviou a Jope.

À primeira vista, não parece haver nenhuma razão para este atraso. Certamente o anjo era bem capaz de entregar a mensagem do evangelho a Cornélio. Embora um anjo vai proclamar o evangelho no futuro (Ap 14:6; Jr 1:1; Jo 15:16; Gl 1:1 descreve Sua razão para dar essas restrições:

Está, portanto, fazer uma distinção entre o animal limpo e os imundos, e entre o pássaro imundo eo limpo; e você não deve fazer-se detestável por animal ou por pássaros ou por qualquer coisa que se arrasta sobre a terra, que eu separei para você como impuro. Assim, você deve ser sagrado para mim, porque eu, o Senhor, sou santo; e eu os separei dos povos, para ser meu.
Era imperativo que Israel ser mantidos separados de seus vizinhos idólatras, e tais restrições prejudicaria as relações sociais com eles.
Desde o advento da Nova Aliança e da convocação de um novo povo (a Igreja), o dia das restrições acabou, como Pedro logo descobriu. Em sua visão, Deus ordenou-lhe que surgem, mata e come. Como todo judeu devoto teria sido, Pedro ficou horrorizada. Ele protestou imediatamente, "De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi nada de profano e impuro." Ele tinha guardado zelosamente as leis dietéticas toda a sua vida, acreditando que tal compromisso "kosher" foi exigido pelo Senhor. Sua adesão estrita refletia sua devoção a Deus agradável. Como ele poderia jogar imediatamente tudo isso de lado, sem agredir sua consciência, tão sensível ao dever alimentar?

Pedro resistiu fortemente a mensagem, assim que a voz veio a ele uma segunda vez: "O que Deus purificou não mais consideram profano." tão arraigado foram os regulamentos alimentares em sua vida, que ele ainda não conseguia compreender o que estava acontecendo. Finalmente, depois de este cenário foi repetido três vezes, imediatamente o objecto foi feita para o céu.

A visão deixou Pedro muito perplexo em mente quanto ao que a visão que tinha visto pode significar. Que significado era duplo. Do lado negativo, significou a abolição das restrições dietéticas do Antigo Testamento (conforme Marcos 7:14-23; Rom. 14: 1-3; Cl 2:1) . Tais características que separam eram agora contraproducente, uma vez que Deus estava trazendo judeus e gentios juntos na igreja, não mantê-los separados. Do lado positivo, a visão retratada a inclusão de ambos os gentios, simbolizados pelos animais impuros, e os judeus, simbolizada pelos limpas, em um só corpo.

Perplexidade de Pedro foi de curta duração. Naquele exato momento, os homens que tinham sido enviados por Cornélio, tendo indicações feitas pela casa de Simão, apareceu no portão; e gritando, eles estavam perguntando se Simão, que também foi chamado Pedro, estava hospedado lá. Eles chegaram , enquanto Pedro estava refletindo sobre a visão, ainda tentando descobrir o que o Senhor estava dizendo. Havia chegado a hora para o encontro que iria esclarecer a confusão de Pedro, assim que o Espírito lhe disse: "Eis que três homens estão procurando por você Mas surgem, desça as escadas, e acompanhá-los sem receios;. para que eu os tenha enviado Mim mesmo. " Deus não apenas soberanamente preparado Cornelius e Pedro, mas também determinada soberanamente e arranjou o momento de trazê-los juntos.

Submisso Will

E Pedro, descendo para os homens e disse: "Eis que eu sou o que você está procurando,? O que é a razão pela qual você veio" E eles disseram: "Cornélio, o centurião, homem justo e temente a Deus bom testemunho de toda a nação dos judeus, foi divinamente dirigido por um santo anjo para enviar para você para vir a sua casa e ouvir uma mensagem de você . " E assim ele os convidou a entrar e deu-lhes hospedagem. E no dia seguinte, ele se levantou e foi embora com eles, e alguns dos irmãos de Jope. E no dia seguinte, ele entrou Caesarea.Agora Cornélio estava esperando por eles, tendo já convidado os seus parentes e amigos mais íntimos. E quando aconteceu que, entrando Pedro, Cornélio ao encontro dele, e caiu a seus pés eo adoraram. Mas Pedro o levantou, dizendo: "Levanta-te, que eu também sou apenas um homem." E enquanto ele falava com ele, ele entrou e encontrou muitas pessoas montadas. E ele disse-lhes: "Vós bem sabeis como não é lícito a um homem que é um judeu de se associar com um estrangeiro ou para visitá-lo;. Contudo, Deus mostrou-me que eu não deveria chamar qualquer homem profano ou impuro Isso é porque eu vim, mesmo sem levantar qualquer objecção quando fui enviado para. E então eu pergunto por que razão você enviou para mim. " E disse Cornélio: "Há quatro dias a esta hora, eu estava orando em minha casa durante a hora nona, e eis que um homem estava diante de mim, com vestes resplandecentes, e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvida e suas esmolas ter sido lembrado diante de Deus Envia, pois, a Jope e convidar Simon, que também é chamado de Pedro, para chegar até você;. ele está hospedado na casa de Simão, o curtidor junto ao mar ". E assim eu mandei-lhe imediatamente, e que tem sido a Gentilza de vir. Agora, então, estamos todos aqui presentes diante de Deus, para ouvir tudo o que lhe foi ordenado pelo Senhor. " (10: 11-33)

Pedro Cornelius e modelar as demandas, tanto obediência Deus no ponto de salvação e toda a vida cristã. A Bíblia ensina repetidamente que a obediência acompanha a verdadeira fé (conforme Mt 7:21-23; 21:. 28-32; Lc 9:23, 57-62; João 8:30-31; Jo 14:15, Jo 14:21, Jo 14:23; Jo 15:10, Jo 15:14; At 6:7; 1 João 2:3-4, 1Jo 2:19). (Para uma discussão mais aprofundada sobre este ponto vital, ver meus livros O Evangelho Segundo Jesus , rev ed [Grand Rapids: Zondervan, 1994].. e obras a fé [Dallas: Palavra, 1993.)

Como tinha Cornélio, Pedro obedeceu, embora ele provavelmente ainda não entender completamente o que estava acontecendo. Ele desceu para os homens (o soldado e dois funcionários enviados por Cornélio) e disse: "Eis que eu sou o que você está procurando, o que é a razão pela qual você veio?" Sua resposta, que deve ter espantado Pedro ainda mais, era que "Cornélio, o centurião, homem justo e temente a Deus bom testemunho de toda a nação dos judeus, foi divinamente dirigido por um santo anjo para enviar para você para vir à sua casa e ouvir uma mensagem de você. "

Agora era a vez de Pedro para fazer algo surpreendente como ele convidou os homens em e deu-lhes hospedagem. Era tarde demais para que elas voltem a Cesaréia naquele dia, então Pedro convidou -os a passar a noite lá.

Aqui estava uma outra rachadura na barreira que divide judeus e gentios. No que se preze judeu teria dado alojamento aos gentios-especialmente para um soldado do exército de ocupação romana odiado.Lodging é de xenizō , que significa "para entreter como um convidado." Ela é usada em He 13:2dos irmãos de Jope. Esta decisão aparentemente insignificante da parte de Pedro se torna importante mais tarde na história. Desde Pedro não tinha instrução divina para fazer isso, ele ilustra como Deus leva os crentes através de seus desejos (conforme Sl 37:4, Paulo e Barnabé foram igualmente horrorizado quando as multidões pagãs de Listra tentou adorá-los . Mesmo anjos repudiar tal adoração equivocada (Ap 22:8-9).

Quando Pedro entrou, ele encontrou muitas pessoas se reuniram. Deus não havia ordenado Cornelius para montar essas pessoas, a sua presença foi um acordo crucial da providência divina usando a vontade de Cornelius. Se apenas Cornelius foram salvos, a igreja de Jerusalém podem tê-lo considerado uma aberração. Se um grupo de gentios foram salvos, no entanto, eles teriam que aceitar que Deus estava incluindo gentios na igreja.

Dirigindo-se a este grupo de não-judeus, Pedro disse-lhes: "Vós bem sabeis que não é lícito a um homem que é um judeu de se associar com um estrangeiro ou para visitá-lo, e ainda assim, Deus me mostrou que eu não deveria chamar qualquer homem profano ou impuro. É por isso que eu vim, mesmo sem levantar qualquer objecção quando fui enviado para. E então eu pergunto por que razão você enviou para mim. " Pedro começa por dizer-lhes que ele não deveria estar lá, uma vez que é ilegal para um homem que é um judeu de se associar com um estrangeiro ou para visitá-lo (conforme Jo 4:9; Atos 11:2-3; 22: 21-22; Gl 2:12.). Por esse critério Pedro tinha vivido sua vida. Deus, no entanto, havia lhe ensinado, e ele tinha aceitado que ele não era mais a considerar gentios impuros. É por isso que ele veio, mesmo sem levantar qualquer objecção quando foi enviado para. Ele ainda não tinha certeza por que ele estava presente nesta casa, no entanto, para que ele perguntou por que razão eles tinha enviado para ele.

Cornelius respondeu, relacionando as especificidades de sua visão: "Há quatro dias a esta hora, eu estava orando em minha casa durante a hora nona, e eis que um homem estava diante de mim, com vestes resplandecentes, e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvido e as tuas esmolas estão em memória diante de Deus Envia, pois, a Jope e convidar Simon, que também é chamado de Pedro, para chegar até você;.. ele está hospedado na casa de Simão, o curtidor junto ao mar " E assim eu mandei-lhe imediatamente, e que tem sido a Gentilza de vir. Agora, então, estamos todos aqui presentes diante de Deus, para ouvir tudo o que lhe foi ordenado pelo Senhor. " O soldado usa um termo militar, prostassō ( ordenado ), referindo-se a uma ordem militar. Ele entendeu que quando o Senhor falou que era uma ordem exigindo obediência. Ele estava pronto para receber as ordens do Senhor.

Então Pedro e Cornélio ambos tinham sido soberanamente preparado por Deus e tinha respondido obediente aos Seus sentidos. Tudo estava pronto para a apresentação do evangelho de Pedro, o que resultaria na salvação de Cornélio e os outros.

Salvação Apresentação

E abrindo a boca, Pedro disse:. "Eu certamente entendo agora que Deus não é um para mostrar parcialidade, mas em cada nação, o homem que teme e faz o que é certo, é bem-vinda a Ele A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos) —Você mesmos sabeis a coisa que aconteceu por toda a Judéia, começando pela Galiléia, depois do batismo que João proclamou. Você sabe de Jesus de Nazaré, como Deus ungiu Ele com o Espírito Santo e com poder, e como Ele andou fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo diabo;. porque Deus estava com ele e nós somos testemunhas de todas as coisas que Ele fez, tanto na terra dos judeus e em Jerusalém. E eles também colocá-lo à morte, pendurando-o numa cruz. Deus ressuscitou no terceiro dia, e certo que ele deve tornar-se visível, e não a todo o povo, mas às testemunhas que foram escolhidos de antemão por Deus , ou seja, a nós, que comemos e bebemos com Ele, depois que ressuscitou dentre os mortos. E Ele nos mandou pregar ao povo, e solenemente para testemunhar que este é o único que foi designado por Deus como juiz dos vivos e dos mortos. Dele todos os profetas dão testemunho de que em Seu nome todo aquele que nele crê recebe o perdão dos pecados "(10: 34-43).

Em contraste com os seus sermões acusando, no Dia de Pentecostes e no pórtico de Salomão, e suas defesas arrojadas perante o Sinédrio, Pedro aqui é conduzido pelo Espírito para fazer uma apresentação simples evangelho. Algumas situações exigem uma apresentação detalhada apologético e histórico antes de os ouvintes possam compreender a mensagem do evangelho. Outros, com corações divinamente arados, exigem apenas as simples verdades do evangelho. Cornelius e os demais gentios reuniram com ele eram tais indivíduos divinamente preparadas.
A frase de abrir a boca é uma marca do discurso que se segue como importante expressão grega coloquial. Olhando em volta para a platéia improvável, Pedro começou quebrando o que restou da barreira que separa os dois grupos com o seu novo insight: "Eu certamente entendo agora que Deus não é um para mostrar parcialidade, mas em cada nação, o homem que teme e faz o que é certo, é bem-vinda a Ele. " Com um só golpe, Pedro corta o coração do problema e rebites a atenção nele.

Dizendo que eu ... entendo é uma admissão de que este é realmente novo para ele, e que só agora, finalmente, ele estava começando a entender que a igreja foi a de incluir os homens de todas as nações. A verdade das palavras de Jesus: "Eu ainda outras ovelhas que não são deste aprisco "(Jo 10:16) estava amanhecendo. O significado da visão foi clara. Na verdade, porque isso não era verdade nova, Pedro e seus companheiros judeus já deveria ter sabido que Deus não é um para mostrar parcialidade. Isso é claramente ensinado no Antigo Testamento (Dt 10:17; 2 Crônicas 19:.. 2Cr 19:7; 34:19).

Paulo elaborou sobre essa verdade. Para os romanos, ele escreveu, "o Deus de apenas judeus é Deus? Não é Ele o Deus dos gentios também? Sim, também dos gentios, já que de fato Deus, que vai justificar a circuncisão pela fé e pela incircuncisão por meio da fé é um" (Rom . 3: 29-30; conforme 2:11; Ef 6:9. Há alguns que negam que haja qualquer trabalho de pré-salvação por parte do pecador, levando a salvação. Isto, também, é um absurdo, uma vez que o texto diz claramente que a salvação vem para aqueles que temem a Deus e fazer o que é certo. É este salvação pelas obras? Claro que não. Pedro é simplesmente expressar a realidade de que não é um trabalho Espírito no coração do pecador (conforme João 16:8-11; At 11:18; 2Tm 2:252Tm 2:25.). Esse trabalho produz uma pessoa que teme ou reverencia a Deus e faz o que é certo, e que é bem-vinda ou aceitáveis ​​( dektos ) a Deus. Essa palavra significa "marcado por uma manifestação favorável do prazer divino", como usado em 2Co 6:2), mas sim que eles são candidatos adequados para a salvação. Essa preparação prenuncia um fervor espiritual que resultará em fé como o evangelho é ouvida e recebida ( Atos 1nterpretação: A Expansão da Igreja [Grand Rapids: Zondervan, 1986], 182).

Cornelius respondeu a obra de Deus em sua alma, no entanto, não se deve pensar que ele fez isso por conta própria, sem a graça de Deus. A verdade é que ninguém, se Gentil (conforme Rm 1:18ss) ou judeus (conforme Rm 2:1). Deus tinha trabalhado no coração de Cornelius para que ele procurou conhecer e obedecer a Deus, e quando ouviu a verdade salvadora do evangelho, ele ansiosamente respondeu.

Pedro apresenta o seu mensagem, assegurando-lhes que a salvação estava disponível para o coração preparado. No entanto, não foi suficiente para eles apenas para saber da sua disponibilidade; eles precisavam saber como se apropriar do perdão dos pecados ea libertação de julgamento. Pedro se torna, então, para o tema principal do evangelho, ou seja, que a salvação vem por meio de Jesus Cristo, para qualquer pessoa de qualquer nação. Nas palavras do hino "One Foundation da Igreja," a igreja é
Eleito de nação ev'ry,
No entanto, um o'er toda a terra.
palavra de Deus que contém a mensagem da salvação veio pela primeira vez para os filhos de Israel (conforme Rm 1:16). Foi a gloriosa mensagem de paz através de Jesus Cristo. Todas as pessoas são caído e são inimigos que estão em guerra com Deus (conforme Rm 5:10). A morte sacrificial do Senhor Jesus Cristo que terminou hostilidade e trouxe a paz entre o homem e Deus, pagando o preço pelo pecado.Nas palavras do apóstolo Paulo: "Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo, não imputando os seus pecados deles" (2Co 5:19), e tem "feito a paz pelo sangue da sua cruz" (Cl 1:20).A salvação é oferecida a todos, porque Jesus é o Senhor de todos.

Como já observado, Cesaréia foi a sede do governo romano na Judéia. Por conseguinte, pode-se afirmar que Pedro Cornelius e os outros que vós mesmos sabeis a coisa que aconteceu por toda a Judéia, começando pela Galiléia, depois do batismo que João proclamou. Eles estavam cientes de Jesus de Nazaré, como Deus o ungiu com o Espírito Santo e com o poder, e como Ele andou fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo diabo; porque Deus estava com Ele.

batismo que João proclamou era um batismo significando uma atitude de arrependimento e desejo para o reino de justiça. Ele preparou a nação para o Messias, que era . Jesus de Nazaré , quando ele começou seu ministério, Deus ungiu com o Espírito Santo e com poder (conforme Mt 3:1). Pedro descreve que o ministério como ir sobre fazer o bem, em seguida, lista como exemplo Suacura de todos os que eram oprimidos pelo diabo. Essa frase engloba toda a gama de doenças humanas, da opressão demoníaca direta a doença a escuridão espiritual. "O Filho de Deus", escreveu o apóstolo João, "apareceu para este fim, para que pudesse destruir as obras do diabo" (1Jo 3:8 as graves consequências de negar a ressurreição. Se "Cristo não foi ressuscitado, [nossa] fé é inútil; [nós] ainda estão em [nossos] pecados" (1Co 15:17.). Aqueles que negam a ressurreição literal de Cristo destruir a única ponte sobre o abismo que os separa de Deus. Para o registro, Paulo deixou-nos o fato de que o inspirado Jesus ressuscitado apareceu a Pedro e depois aos Doze, mais de 500 crentes de uma só vez, em seguida, para Tiago, todos os apóstolos, e, finalmente, a si mesmo (1 Cor. 15: 5 —8).

Nem todos tiveram o privilégio de testemunhar Cristo ressuscitado, no entanto. Ele apareceu, Pedro declara, não a todo o povo, mas às testemunhas que foram escolhidos previamente por Deus, isto é, para nós, que comemos e bebemos com Ele, depois que ressuscitou dentre os mortos. Deus escolheu apenas alguns a dar testemunho o mundo que Jesus Cristo havia ressuscitado dentre os mortos, e todos eles eram crentes. A referência de Pedro para aqueles que comemos e bebemos com Ele, depois que ressuscitou dentre os mortos oferece mais uma prova da sua ressurreição corporal, uma vez que em seres espirituais pensamento judaico eram incapazes de tais ações.

O versículo 42 diz respeito a advertência de que era essencial para o testemunho apostólico. Eles foram ordenados (comandada) para pregar ao povo, e solenemente para testemunhar que este é o único que foi designado por Deus como Juiz dos vivos e dos mortos (conforme João 5:21-29; Atos 17:30— 31; 2 Tessalonicenses 1: 7-10; 2Tm 4:82Tm 4:8), Jeremias (Jr 31:34), e Zacarias (Zc 13:1; At 13:39; Rm 9:33; Rm 10:11; 1Tm 2:41Tm 2:4Quem crê nele indica os meios de receber a graça salvadora-pela fé em Cristo (At 9:42; At 11:17; At 13:39; At 14:23; At 15:9 ; At 19:4; Jo 6:69; Rm 10:11, Gl 3:22; Ef 2:1; 13 38:44-13:39'>13 38:39; conforme Mt 26:28; Ef 1:1; Cl 1:14).

Poder Espiritual

Enquanto Pedro ainda estava falando estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a mensagem. E todos os judeus convertidos que vieram com Pedro ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo foi derramado sobre os gentios também. Para os ouviam falando em línguas e exaltando a Deus. (10: 44-46a)

Enquanto Pedro ainda estava falando estas palavras seu sermão foi repentina e dramaticamente interrompido. Sem o texto dizendo isso, é evidente que, quando Cornelius e os outros gentios, ouvindo que o perdão estava disponível por meio de Jesus Cristo (v. 43), eles acreditavam. Em resposta imediata a sua fé, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a mensagem. Salvando fé resulta na habitação do Espírito Santo (conforme Rm 8:9), e ser "destituída do Espírito" caracteriza incrédulos (Jd 1:19, no capítulo 19, no entanto, que foi para enfatizar a unidade de samaritanos e judeus na igreja. Sem esse atraso foi necessário aqui, uma vez que o apóstolo Pedro já estava presente.

Atos 8 não estabelece a norma para receber o Espírito. Se os crentes eram sempre para ser salvo e depois de receber o Espírito, por que Cornélio e os outros recebem o Espírito do momento em que eles foram salvos? A visão de alguns que já foram salvos e apenas receberam o Espírito aqui colide contra 11:14. Além disso, se eles já foram salvos e isso fosse simplesmente aquando da sua receber o Espírito, por que Pedro pregar o evangelho? Por que não, em vez dar-lhes ensinar sobre como receber o Espírito? O Espírito está vindo necessária nenhuma Pedido, nenhuma confissão, não o batismo nas águas, e não há imposição de mãos. Ele veio como eles ouviram e acreditaram. É o que resulta do depoimento inspirada de Pedro em At 11:17 que Deus lhes tinha dado o Espírito Santo, "depois de crer no Senhor Jesus Cristo."

Não pode haver tal coisa como um cristão sem o Espírito Santo, pois Ele é essencial para a vida cristã. O Espírito Santo concede poder para testemunhar (At 1:8) e Oração. Através do seu ministério vem a certeza da salvação (Rm 8:16.), Uma vez por ele crentes são "selados para o dia da redenção" (Ef 4:30;. Conforme Ef 1:13.). Ele é o "penhor da nossa herança" (Ef 1:14) e também o nosso professor (1Jo 2:27).

Pedro foi, sem dúvida, assustado com o que aconteceu, mas ele já tinha visto a mesma realidade com os samaritanos. Mas todos os judeus convertidos que vieram com Pedro ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo foi derramado sobre os gentios também. Para os ouviam falando em línguas e exaltando a Deus. Estes seis irmãos Pedro trouxe com ele a partir de Jope ficaram surpresos que os gentios foram salvos e recebido o Espírito. Não que a igreja era para ser exclusivamente judaica deve ter sido um choque para eles. No entanto, eles dificilmente poderia negar o que estava acontecendo, uma vez que foram ouvir os gentios falando em línguas e exaltando a Deus.

Esta passagem não ensina que falar em línguas é normalmente se espera com a vinda do Espírito. O Espírito concedeu-lhe nesta ocasião como prova visível de que Ele habita esses gentios. Ele sabia que os irmãos judeus com Pedro seria difícil de convencer, de modo Ele concedeu a mesma manifestação vivida por cristãos judeus no Pentecostes. Note-se que aqui, como em toda a Atos, falar em línguas é um grupo, não um indivíduo, fenômeno. (Para uma discussão sobre o falar em línguas, veja o capítulo 3 deste comentário, o meu livro Charismatic Chaos [Grand Rapids: Zondervan, 1992], e I Coríntios,MacArthur New Testament Commentary. [Chicago: Moody, 1984])

Confissão Simbolica

Em seguida, Pedro respondeu: "Certamente ninguém pode recusar a água para que estes sejam batizados que receberam o Espírito Santo, assim como fizemos, pode?" E ele ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. (10: 46b-48a)

Aqui, como sempre, no Novo Testamento, o batismo segue salvação. De fato, todo o argumento de Pedro para batizar Cornelius e os outros se baseia no fato de que eles haviam recebido o Espírito Santo, e, portanto, foram salvos. Batismo, portanto, desempenha nenhum papel na salvação. Através dela, os crentes confessar publicamente de maneira simbólica a transformação interior da salvação. Ao invés de fazê-lo sozinho, Pedro sabiamente ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo pelos cristãos judeus que o acompanhavam. Assim, ele envolveu os judeus nesta realidade momentânea, sabendo que seria, então, ainda mais disposto a apoiá-lo. Pedro poderia antecipar a reação quando ele relatou de volta a Jerusalém, e queria que todo o apoio que conseguiu reunir.

Doce Comunhão

Então eles lhe pediram para ficar por alguns dias. (10: 48b)

Desde a alegria da comunhão com os da mesma fé preciosa, bem como a oportunidade de aprender com o nobre apóstolo tudo o que podiam sobre seu Senhor e salvação era tão preciosa, Cornélio e seus companheiros convertidos perguntou Pedro a permanecer por alguns dias. O desejo para a comunhão e aprendizagem expressaram Cristão é uma marca da verdadeira fé salvadora. Lydia (At 16:15) expressa um desejo semelhante depois de sua conversão.

Este capítulo memorável testemunhou a inclusão dos gentios como iguais na igreja. A última barreira caiu. Pedro descreveu mais tarde este grande experiência em Atos 15:7-8: ". Irmãos, vós sabeis que, nos primeiros dias, Deus me elegeu dentre vós, para que da minha boca os pagãos ouvissem a palavra do evangelho e cressem E Deus, que conhece os corações, testemunhou a eles, dando-lhes o Espírito Santo, assim como ele também fez a nós. " O caminho foi assim aberto para a difusão do cristianismo em todo o mundo romano através dos esforços incansáveis ​​de missionários da igreja primitiva.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Atos Capítulo 10 do versículo 1 até o 48

Atos 10

Um soldado dedicado — At 10:1-8

O décimo capítulo de Atos nos relata uma história que marca uma das maiores mudanças na vida da Igreja. Pela primeira vez se admitirá um gentio na comunidade cristã. Devido ao fato de Cornélio ser um personagem tão importante na história da Igreja consideremos o que sabemos a respeito dele.

  1. Era um centurião romano comissionado em Cesaréia, onde se encontrava o quartel geral do governo na Palestina. A palavra traduzida para companhia é o termo grego que corresponde a coorte. Na organização militar romana a legião ocupava o primeiro lugar. Tratava— se de uma força composta por seis mil homens e portanto poderia igualar-se a uma divisão. Em cada legião havia dez coortes. Portanto cada uma delas tinha seiscentos homens e podia comparar-se a um batalhão. A coorte estava dividida em centúrias sobre as quais mandava um centurião. Equivaliam aproximadamente a uma companhia. Um centurião em nossa organização militar seria um primeiro sargento. Os centuriões eram a espinha dorsal do exército romano.

Um historiador antigo descreve as características de um centurião da seguinte maneira: "Devem ser bons líderes, prudentes e seguros, nem muito temerários nem descuidados, sem a inclinação de tomar a ofensiva em uma luta descontrolada, mas capazes de não ceder, e morrer em seu posto ao ser afligidos e pressionados pelo inimigo." Portanto, Cornélio era um homem que sabia muito bem o que significava coragem e fidelidade.

  1. Era um homem temente a Deus. Na época do Novo Testamento esta se converteu em uma expressão técnica para os gentios que,

cansados de seus muitos deuses e das imoralidades e frustrações de suas crenças ancestrais, tinham aceito a religião judia. Em segundo lugar, pois, Cornélio era um homem que estava buscando a Deus, e enquanto o fazia, Deus o encontrou.

  1. Era um homem dadivoso, que se destacava por sua bondade. Sua busca de Deus o fez amar aos homens, e aquele que ama a seu próximo não está longe do Reino de Deus.
  2. Era um homem que orava. Talvez não soubesse bem ainda a que Deus orava; mas, de acordo com o conhecimento que tinha, Cornélio vivia perto de Deus.

PEDRO APRENDE UMA LIÇÃO

Atos 10:9-16

Antes de Cornélio ser aceito na 1greja, Pedro tinha que aprender uma lição. Os judeus estritos criam que Deus não tinha nada que ver com os gentios, que seus favores eram para os judeus e somente os judeus. Algumas vezes até chegavam a dizer que não se devia ajudar a uma mulher gentia a dar a luz, porque isso seria simplesmente trazer outro gentio ao mundo. Pedro tinha que reconsiderar isto antes de Cornélio poder ser aceito.

Há um detalhe que demonstra que Pedro estava a caminho de reconsiderar a rigidez em que foi criado. Estava alojado na casa de um homem que se chamava Simão, que era curtidor (At 9:43; At 10:5). Este ofício era impuro. Trabalhava com os cadáveres de animais e portanto estava permanentemente em condição de impureza (Números 19:11-13). Nenhum judeu rígido teria sequer sonhado em aceitar a hospitalidade de um curtidor. Sua impureza fazia com que Simão tivesse que viver na costa fora da cidade. Mas Pedro estava alojado na casa dele. Sem dúvida este curtidor era cristão e Pedro começou a ver que o cristianismo tinha abolido essas leis e tabus insignificantes.

Ao meio-dia Pedro subiu ao terraço para orar. Nessa época os tetos das casas eram planos; e devido a que as casas eram pequenas e estavam sempre cheias, as pessoas subiam ao terraço em busca de silêncio e intimidade. Ali viu o grande lençol que descia. Possivelmente sobre o teto havia um toldo para impedir a passagem do calor do Sol. E possivelmente este se converteu no grande lençol no êxtase de Pedro. A palavra lençol é a mesma que se usa para descrever a vela de um barco. Possivelmente Pedro estava sobre o teto olhando as águas azuis do Mediterrâneo e viu velas na distância e elas se converteram em sua visão. De qualquer maneira, lhe apareceu um lençol com animais sobre ele; uma voz lhe disse que matasse e comesse.

Os judeus tinham leis muito estritas a respeito das comidas. Encontram-se em Levítico 11. Falando em geral só podiam comer animais ruminantes que tivessem unhas fendidas. Todos os outros se consideravam impuros e proibidos. Pedro estava surpreso e protestou dizendo que jamais tinha comido nada que fosse impuro. A voz lhe disse que não chamasse impuro ou comum ao que Deus purificou. Isto aconteceu três vezes de modo que não houvesse nenhum mal-entendido nem se podia soslaiar a lição.

Pedro teria considerado impuro a um gentio; mas agora Deus o estava preparando para os visitantes que chegariam. No transcurso de uns momentos Pedro tinha que reconsiderar os hábitos e as tradições de toda uma vida.

O ENCONTRO DE PEDRO E CORNÉLIO

Atos 10:17-33

Nesta passagem acontecem as coisas mais surpreendentes. Mais uma vez recordemos a atitude judia para com os gentios Os judeus criam que Deus só considerava a eles e que as outras nações estavam totalmente fora de sua misericórdia e privilégios. Os judeus realmente estritos não podiam ter nenhum contato com os gentios e nem sequer com um judeu que não guardasse a Lei. Havia duas coisas em particular que um judeu estrito jamais fazia. Nunca teria um convidado, nem seria hóspede de alguém que não observasse a Lei.

Recordando isto, vejamos o que fez Pedro. Quando os emissários de Cornélio chegaram à porta — e notemos que conhecendo a posição judia não transpassaram a porta — Pedro os convidou a entrar e lhes ofereceu sua hospitalidade (v. At 10:23). Quando Pedro chegou a Cesaréia, Cornélio o recebeu na porta, sem dúvida alguma pensando que Pedro não transpassaria a soleira, e o apóstolo entrou (v. At 10:27). As barreiras estão começando a desaparecer da maneira mais surpreendente. Isto é algo típico da tarefa de Cristo.

Um missionário moderno nos relata como uma vez oficiou em um serviço de comunhão na África. Junto a ele, como ancião, sentou-se um velho chefe ngoni chamado Coração Varonil. Havia muitos ngonis na congregação. O ancião podia recordar os dias em que os guerreiros jovens saíram para ensangüentar suas lanças e deixavam atrás de si uma esteira de cidades incendiadas e devastadas e retornaram com suas lanças tintas em sangue e as mulheres do inimigo como despojo. E quais eram as tribos que nesses dias tinham destruído? Tratava-se dos senga e dos tumbuka. E quem estava presente nesse serviço de comunhão? Os ngonis, os senga e os tumbuka lado a lado, tendo esquecido sua inimizade, unidos no amor de Jesus Cristo. Nos tempos primitivos uma das características do cristianismo era que rompia as barreiras; e ainda pode fazê-lo quando existe a oportunidade.

O CORAÇÃO DO EVANGELHO

Atos 10:34-43

É evidente que nesta passagem só temos um breve resumo do que Pedro disse a Cornélio. Por isso é tão mais importante, já que nos encontramos com a essência da primeira pregação a respeito de Jesus.

  1. Jesus foi enviado por Deus e dotado por Ele com o Espírito e com poder. Portanto é o dom de Deus para os homens. Muitas vezes cometemos o engano de pensar em um Deus zangado que teve que ser pacificado por algo que fez o amável Jesus. Os primeiros pregadores nunca disseram isso. Para eles a vinda de Jesus se devia ao amor de Deus.
  2. Jesus levou a cabo um ministério de cura. Foi em forma única alguém que ajudou os homens. Seu grande desejo era abolir a dor e a tristeza do mundo.
  3. Prenderam-no e o crucificaram. Mais uma vez se dá ênfase, para quem pode ler nas entrelinhas, ao horrendo crime da crucificação. Isso é o que pode fazer o pecado e a desobediência dos homens.
  4. Ressuscitou. O poder que tinha enviado a Jesus e que estava nele não podia ser derrotado. Podia vencer o pior que podiam fazer os homens e no fim pôde conquistar a morte.
  5. O pregador e professor cristão é testemunha da ressurreição. Jesus não é para ele um personagem de um livro ou alguém de quem ouviu. É uma presença divina que encontrou e com o qual falou face a face.
  6. O resultado de tudo isto é o perdão dos pecados. O resultado é que o homem entrou em uma nova relação com Deus. Desapareceram a alienação, a hostilidade e o medo. Através de Jesus amanheceu sobre a humanidade a amizade que teria que ter existido sempre entre Deus e o homem, mas que o pecado interrompeu.

A ACEITAÇÃO DOS GENTIOS

Atos 10:44-48

Enquanto Pedro falava começaram a acontecer coisas que os judeus cristãos não podiam discutir. O Espírito veio sobre Cornélio e seus amigos. Caíram em êxtase e começaram a falar em línguas. Para os judeus esta era a prova final do fato surpreendente de que Deus tinha dado seu Espírito também aos gentios.

Há dois fatos interessantes nesta passagem.

  1. Estes gentios convertidos, como acontecia sempre em Atos, foram batizados nesse mesmo instante. Não se destaca neste livro que só um grupo de pessoas pudesse administrar o batismo. Em nossos dias deve ser feito por um ministro ordenado da Igreja. A grande verdade em Atos é que a Igreja cristã como tal estava recebendo a estes convertidos.

Faremos bem em recordar que no batismo moderno não é o ministro que recebe o menino, e menos ainda, quem lhe dá simplesmente um nome; é a Igreja a que recebe a esse menino em nome de Jesus Cristo. A Igreja faria muito bem em recordar que em cada cerimônia de batismo está aceitando a responsabilidade do menino que entra em sua comunidade.

  1. A última frase é muito significativa. Pediram a Pedro que permanecesse com eles por uns dias. Por que? Certamente para que lhes ensinasse mais, para poder aprender mais. Faríamos bem em recordar que o converter-nos em membros da Igreja não é o fim do caminho, mas o seu começo. Ainda fica o dever de aprender, de penetrar mais profundamente cada dia nas riquezas inescrutáveis de Cristo.

Dicionário

Constituído

adjetivo Que se consegue constituir; que foi formado; que está pronto; organizado.
Que se encontra determinado ou estabelecido por uma constituição.
Etimologia (origem da palavra constituído). Part. de constituir.

Deus

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Juiz

Provém do latim judex, duas palavras unidas numa só: ius (o correto) + dex (relacionado com dizer), ou seja, o juiz é aquele que diz o que é justo e o que é certo. Quando é a favor do nosso time, claro...

Em tempos primitivos, e quando osisraelitas estavam ainda no Egito, tinham eles as suas próprias leis, que os anciãos faziam cumprir. Teve Moisés as suas mais antigas comunicações com o povo por meio dos anciãos (Êx 4:29), que sem dúvida eram chefes de tribos ou de famílias dos israelitas (Dt 29:10Js 23:2), sendo esse um sistema por muito tempo em voga, e existindo ainda, em paralelo com outros, no tempo de Davi (Nm 7:2-10Js 22:14). os primeiros magistrados regulares foram nomeados por conselho de Jetro (Êx 18:14-26), tendo este observado que a força de um só homem não era proporcional à tarefa de julgar uma nação inteira. A escolha dos juizes recaiu em indivíduos dotados de bom caráter, e que ao mesmo tempo ocupavam na sua tribo um lugar de consideração (Dt 1:15-16). Foi reconhecida nessa eleição a lei de primogenitura, sendo provada a outros respeitos a sua capacidade, e além disso deviam os eleitos, ser chefes de tribos, ou de famílias. Estes juizes tinham a seu cargo tratar de casos civis e criminais, excetuando-se aqueles que eram de maior importância. Quanto à própria Lei, era ela ensinada pelos levitas, que de certo modo vieram a ser os jurisconsultos do povo. Não sabemos como eram nomeados estes juizes, a maneira de sua sucessão, e quais os seus particulares poderes, mas é evidente que possuíam considerável autoridade, e que, no cumprimento da sua missão podiam os negócios públicos prosseguir sem haver rei, ou tribunal supremo, ou qualquer corpo legislativo. Havia, também, um conselho de setenta membros para auxiliar Moisés, mas essa instituição não era ao princípio um tribunal judicial (Nm 11:24-25). Foi depois do cativeiro na Babilônia que esse conselho, com o nome de Sinédrio, governava a nação. (*veja Sinédrio.) Além do sumo sacerdote, o governador eclesiástico, por meio do qual tinha o povo comunicação com a Divindade, havia um supremo magistrado para os negócios civis, ao qual até a primeira autoridade sacerdotal estava subordinada. Foi Moisés o primeiro desses magistrados civis, e depois Josué (Nm 27:18). Em lugar inferior, os anciãos que formavam o seu conselho exerciam o governo. Depois da morte de Josué e dos anciãos, a quem ele tinha nomeado, veio uma situação anárquica, em que não havia obediência aos mandamentos divinos (Jz 2:12-15). E em conseqüência disso certas pessoas eram escolhidas por intervenção divina, para governarem a nação como juizes ou libertadores. (*veja Juízes, Livro dos.) Não tinham o poder de fazer novas leis, mas somente o de julgarem em conformidade com a lei de Moisés. Havia neles, também, o poder executivo, embora a sua jurisdição se estendesse somente algumas vezes a certa parte do país. Não tinham estipêndio estabelecido, mas o povo estava acostumado a levar-lhes presentes, ou oferendas. Esta forma de governo durou desde a morte de Josué até à escolha de Saul para ser rei, compreendendo um espaço de 460 anos. Foi Samuel o mais notável dos juizes, parecendo que na última parte da sua vida ele se limitava a exercer principalmente a missão de profeta. Sendo Saul rei, terminou a forma teocrática de governo (1 Sm 8.7). A pessoa do juiz era considerada santa e sagrada, de modo que consultá-lo era o mesmo que ‘consultar a Deus’ (Êx 18:15). Era ele divinamente dirigido, não temendo então a face de ninguém, ‘porque o juízo é de Deus’ (Dt 1:17-18 – cf. Sl 82). Além dos juizes supremos, havia os anciãos da cidade. Cada cidade do país tinha os seus anciãos, que constituíam um tribunal de justiça, com o poder de resolver as pequenas causas da localidade (Dt 16:18). Para juizes de menor responsabilidade eram escolhidos indivíduos de mais idade ou levitas, ou chefes de família, ou mesmo aqueles cujas riquezas os punham em situação de não serem tentados nos seus julgamentos, porque os hebreus eram sensíveis com respeito à administração da justiça. Estes juizes locais eram chamados ‘príncipes’, se pertenciam às classes superiores, e ‘anciãos’, se eram das classes inferiores (Êx 2:14Jz 8:14Ed 10:829:9). Havia certos chefes de família para os auxiliarem, indivíduos que eram reconhecidos como cabeças entre os seus. Eram estes os juizes, que se sentavam às portas das cidades, homens de reconhecida influência e juízo (Jz 8:14-15). (*veja Boaz, Rute.) Além disto, por todas as tribos estavam espalhados os levitas, de maneira que poucas eram as povoações que se achavam muito distantes de uma cidade levítica. Por costume, eram os juizes escolhidos entre os membros da tribo de Levi, pelo fato de serem homens muito versados na lei (2 Cr 19.5 a 11 – e 35.3). Ainda que se podia apelar em última instância para o sumo sacerdote (Dt 17:12), tal apelação, contudo, era raras vezes feita, certamente porque ele não gostava de proceder na qualidade de juiz. Sabe-se que, quando faziam uma petição ao rei, era no sentido de que precisavam do seu ‘juízo’, e não do seu auxílio contra os adversários (1 Sm 8.5,20). os principais juizes foram quinze: otniel, Eúde, Sangar, Débora e Baraque, Gideão, Abimeleque, Tola, Jair, Jefté, ibsã, Elom, Abdom, Sansão, Eli, e Samuel. Depois do governo dos juizes, veio o dos reis até ao tempo do cativeiro de Babilônia. Depois do cativeiro, Esdras nomeou duas classes de juizes (Ed 7:25) – mas os casos mais difíceis eram levados ao sumo sacerdote para serem resolvidos – e isto foi assim até que foi instituído o Sinédrio, o grande conselho. Este conselho supremo constava de setenta pessoas, havendo um presidente e um vice-presidente. Desde o tempo de Herodes, o cargo de presidente desse supremo tribunal era distinto do de sumo sacerdote, vindo a ser um lugar de considerável importância.

Juiz
1) Pessoa que tem o poder de julgar causas, dando sentenças (Ex 18:13-26; Sl 82).


2) Líder militar, libertador e governador das tribos do povo de Israel. Desde a morte de Josué até a escolha de Saul como rei, o povo de Israel foi governado por estes juízes: OTNIEL, EÚDE, SANGAR, DÉBORA, BARAQUE, GIDEÃO, ABIMELEQUE, TOLA, JAIR, JEFTÉ, IBSÃ, ELOM, ABDOM, SANSÃO, ELI e SAMUEL.


substantivo masculino Funcionário público que tem por função ministrar a Justiça.
Pessoa que serve de árbitro em alguma pendência ou competição.
Aquele que pode ou sabe julgar e avaliar.
[Esporte] Indivíduo que, numa competição ou jogo, é responsável por garantir que as regras sejam cumpridas; árbitro.
Membro de um juri (comissão que analisa e julga questões judiciais).
História Chefe supremo dos hebreus até a instituição da realeza.
expressão Juiz de direito ou juiz togado. Magistrado que julga, em uma comarca, segundo as provas nos autos.
Juiz de paz. Antigo magistrado eletivo a quem competia o julgamento das causas de pequena relevância, desavenças, cobranças de pequeno valor, realização de casamento, da alçada de um juízo de paz ou juízo conciliatório.
Juiz de fora. Antigo magistrado no período colonial, atualmente o juiz de direito.
Etimologia (origem da palavra juiz). Do latim judex.icis.

substantivo masculino Funcionário público que tem por função ministrar a Justiça.
Pessoa que serve de árbitro em alguma pendência ou competição.
Aquele que pode ou sabe julgar e avaliar.
[Esporte] Indivíduo que, numa competição ou jogo, é responsável por garantir que as regras sejam cumpridas; árbitro.
Membro de um juri (comissão que analisa e julga questões judiciais).
História Chefe supremo dos hebreus até a instituição da realeza.
expressão Juiz de direito ou juiz togado. Magistrado que julga, em uma comarca, segundo as provas nos autos.
Juiz de paz. Antigo magistrado eletivo a quem competia o julgamento das causas de pequena relevância, desavenças, cobranças de pequeno valor, realização de casamento, da alçada de um juízo de paz ou juízo conciliatório.
Juiz de fora. Antigo magistrado no período colonial, atualmente o juiz de direito.
Etimologia (origem da palavra juiz). Do latim judex.icis.

Mandar

verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Determinar ou exigir que alguém faça alguma coisa: mandar o filho fazer as tarefas; mandar em alguém; em casa, a mãe é quem manda.
verbo transitivo direto , transitivo indireto, intransitivo e pronominal Usar do poder que tem para; dominar: o chefe manda na empresa; ninguém manda nela; passa a vida mandando; não se manda em quem não se conhece.
verbo transitivo direto e bitransitivo Aconselhar o melhor para; preceituar, prescrever: a família mandou o filho para o exterior; sua consciência lhe mandou parar.
verbo bitransitivo Fazer com que algo chegue a algum lugar; enviar, remeter, expedir: mandar encomendas pelo correio.
Dar por encargo ou incumbência: mandar o professor corrigir as provas.
Oferecer como presente; presentear: minha avó mandou doces ao filho.
Atribuir uma responsabilidade a alguém: mandou o filho em seu nome.
Designar alguém para algum ofício, tarefa, trabalho: mandou a filha ao açougue.
Enviar ou encaminhar um assunto, sentido, propósito certo; mandar ao pai os meus sentimentos pelo divórcio.
Arremessar alguma coisa; atirar: mandou a bola longe.
[Popular] Aplicar golpes; desferir: o sujeito mandou-lhe um tapa na cara!
verbo transitivo direto Fazer uma indicação de alguém para que essa pessoa faça alguma coisa, ou represente alguém; delegar: mandar o funcionário como representante da empresa.
verbo pronominal Partir inesperada e frequentemente; sair de um lugar: mandaram-se dali.
expressão Mandar em testamento. Deixar em testamento; legar, dispor.
Mandar bugiar. Despedir com desprezo, fazer retirar.
Mandar às favas. Ser indiferente; não dar importância: mandei às favas aquele comentário.
Etimologia (origem da palavra mandar). Do latim mandare.

Mortos

masc. pl. part. pass. de matar
masc. pl. part. pass. de morrer
masc. pl. de morto

ma·tar -
(latim vulgar *mattare, do latim macto, -are, honrar os deuses, consagrar, imolar uma vítima, punir, destruir, matar)
verbo transitivo e intransitivo

1. Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas).

2. Abater (reses).

3. Causar aflição ou sofrimento a. = AFLIGIR

4. [Brasil] [Jogos] Meter a bola de bilhar no buraco.

verbo transitivo

5. Causar grande dano ou prejuízo a. = ARRUINAR

6. Causar devastação ou destruição (ex.: as chuvas fortes mataram a plantação). = DESTRUIR

7. Causar grande sofrimento a. = AFLIGIR, MORTIFICAR

8. Importunar; molestar (ex.: vocês matam-me com tantas perguntas).

9. Fazer perder a qualidade ou o valor (ex.: as cores escolhidas mataram o conjunto das pinturas).

10. Fazer desaparecer. = EXTINGUIR

11. Saciar (ex.: matar a sede).

12. Passar (tempo) ociosamente (ex.: matou tempo a ler uma revista).

13. Levar à exaustão; causar grande cansaço.

14. Decifrar ou resolver (charadas, enigmas, passatempos, etc.).

15. [Brasil, Informal] Não comparecer (no trabalho, nas aulas, etc.).

16. [Informal] Esvaziar, gastar ou consumir totalmente ou até ao fim (ex.: perguntou-lhe se podia matar o cigarro).

17. [Futebol] Amortecer o impacto (ex.: matar a bola com o peito).

18. [Angola, Informal] Vender fora dos circuitos legais a preços elevados.

verbo pronominal

19. Tirar a própria vida. = SUICIDAR-SE

20. Figurado Sacrificar-se, cansar-se.

21. Figurado Entregar-se por completo a uma actividade; esforçar-se muito para alguma coisa (ex.: matou-se para ter boas notas na escola).


a matar
Muito bem; na medida certa; na perfeição (ex.: essa roupa fica-lhe a matar).


mor·rer |ê| |ê| -
(latim vulgar morere, do latim morior, mori)
verbo intransitivo

1. Cessar de viver. = FALECER, FINAR-SE, PERECER

2. Secar-se.

3. Extinguir-se, acabar.

4. Figurado Sofrer muito; não medrar.

5. Não vingar.

6. Não chegar a concluir-se.

7. Desaguar.

8. Cair em esquecimento.

9. Definhar.

10. Perder o brilho.

11. Ter paixão (por alguma coisa).

12. Sentir algo com grande intensidade (ex.: morrer de fome; morrer de saudades).

nome masculino

13. Acto de morrer.

14. Morte.


mor·to |ô| |ô|
(latim mortuus, -a, -um)
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

1. Que ou o que morreu; que ou aquele que deixou de ter vida. = DEFUNTO, FALECIDOVIVO

adjectivo
adjetivo

2. Desprovido de vida (ex.: as pedras são coisas mortas).VIVO

3. Que não tem movimento ou actividade (ex.: a festa estava morta). = PARADOACTIVO, MOVIMENTADO

4. Que não tem vigor. = DEBILITADO, ENFRAQUECIDOFORTE, ROBUSTO, VIGOROSO

5. Que não é utilizado; que caiu em desuso (ex.: tradições mortas). = DESUSADO, OBSOLETO

6. Que já não se fala (ex.: língua morta).VIVO

7. Que não tem brilho ou cor (ex.: a pintura da parede está morta). = DESBOTADO, ESMAECIDO, PÁLIDOBRILHANTE, COLORIDO, VIVO

8. Desprovido de expressão (ex.: ela está com um olhar morto). = INEXPRESSIVO, INSÍPIDOEXPRESSIVO, VIVAZ, VIVO

9. Que secou ou murchou (ex.: as flores na jarra já estão mortas). = MURCHO, SECOVIÇOSO

10. Com grande vontade ou avidez (ex.: estava morto por ir viajar). = ANSIOSO, DESEJOSO, LOUCO

11. Que se extinguiu ou apagou (ex.: fogo morto). = APAGADO, EXTINTOACESO

12. Figurado Extremamente fatigado (ex.: estava morto por ter trabalhado o dia inteiro sem parar). = EXAUSTO


não ter onde cair morto
[Informal] Ser muito pobre.

nem morto
[Informal] De maneira nenhuma (ex.: não faço isso nem morta).

Plural: mortos |ó|.

masc. pl. part. pass. de matar
masc. pl. part. pass. de morrer
masc. pl. de morto

ma·tar -
(latim vulgar *mattare, do latim macto, -are, honrar os deuses, consagrar, imolar uma vítima, punir, destruir, matar)
verbo transitivo e intransitivo

1. Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas).

2. Abater (reses).

3. Causar aflição ou sofrimento a. = AFLIGIR

4. [Brasil] [Jogos] Meter a bola de bilhar no buraco.

verbo transitivo

5. Causar grande dano ou prejuízo a. = ARRUINAR

6. Causar devastação ou destruição (ex.: as chuvas fortes mataram a plantação). = DESTRUIR

7. Causar grande sofrimento a. = AFLIGIR, MORTIFICAR

8. Importunar; molestar (ex.: vocês matam-me com tantas perguntas).

9. Fazer perder a qualidade ou o valor (ex.: as cores escolhidas mataram o conjunto das pinturas).

10. Fazer desaparecer. = EXTINGUIR

11. Saciar (ex.: matar a sede).

12. Passar (tempo) ociosamente (ex.: matou tempo a ler uma revista).

13. Levar à exaustão; causar grande cansaço.

14. Decifrar ou resolver (charadas, enigmas, passatempos, etc.).

15. [Brasil, Informal] Não comparecer (no trabalho, nas aulas, etc.).

16. [Informal] Esvaziar, gastar ou consumir totalmente ou até ao fim (ex.: perguntou-lhe se podia matar o cigarro).

17. [Futebol] Amortecer o impacto (ex.: matar a bola com o peito).

18. [Angola, Informal] Vender fora dos circuitos legais a preços elevados.

verbo pronominal

19. Tirar a própria vida. = SUICIDAR-SE

20. Figurado Sacrificar-se, cansar-se.

21. Figurado Entregar-se por completo a uma actividade; esforçar-se muito para alguma coisa (ex.: matou-se para ter boas notas na escola).


a matar
Muito bem; na medida certa; na perfeição (ex.: essa roupa fica-lhe a matar).


mor·rer |ê| |ê| -
(latim vulgar morere, do latim morior, mori)
verbo intransitivo

1. Cessar de viver. = FALECER, FINAR-SE, PERECER

2. Secar-se.

3. Extinguir-se, acabar.

4. Figurado Sofrer muito; não medrar.

5. Não vingar.

6. Não chegar a concluir-se.

7. Desaguar.

8. Cair em esquecimento.

9. Definhar.

10. Perder o brilho.

11. Ter paixão (por alguma coisa).

12. Sentir algo com grande intensidade (ex.: morrer de fome; morrer de saudades).

nome masculino

13. Acto de morrer.

14. Morte.


mor·to |ô| |ô|
(latim mortuus, -a, -um)
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

1. Que ou o que morreu; que ou aquele que deixou de ter vida. = DEFUNTO, FALECIDOVIVO

adjectivo
adjetivo

2. Desprovido de vida (ex.: as pedras são coisas mortas).VIVO

3. Que não tem movimento ou actividade (ex.: a festa estava morta). = PARADOACTIVO, MOVIMENTADO

4. Que não tem vigor. = DEBILITADO, ENFRAQUECIDOFORTE, ROBUSTO, VIGOROSO

5. Que não é utilizado; que caiu em desuso (ex.: tradições mortas). = DESUSADO, OBSOLETO

6. Que já não se fala (ex.: língua morta).VIVO

7. Que não tem brilho ou cor (ex.: a pintura da parede está morta). = DESBOTADO, ESMAECIDO, PÁLIDOBRILHANTE, COLORIDO, VIVO

8. Desprovido de expressão (ex.: ela está com um olhar morto). = INEXPRESSIVO, INSÍPIDOEXPRESSIVO, VIVAZ, VIVO

9. Que secou ou murchou (ex.: as flores na jarra já estão mortas). = MURCHO, SECOVIÇOSO

10. Com grande vontade ou avidez (ex.: estava morto por ir viajar). = ANSIOSO, DESEJOSO, LOUCO

11. Que se extinguiu ou apagou (ex.: fogo morto). = APAGADO, EXTINTOACESO

12. Figurado Extremamente fatigado (ex.: estava morto por ter trabalhado o dia inteiro sem parar). = EXAUSTO


não ter onde cair morto
[Informal] Ser muito pobre.

nem morto
[Informal] De maneira nenhuma (ex.: não faço isso nem morta).

Plural: mortos |ó|.

Mortos EVOCAÇÃO DOS MORTOS

V. NECROMANCIA.


Povo

substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
Público, considerado em seu conjunto.
Quantidade excessiva de gente; multidão.
[Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

Pregar

verbo transitivo direto e intransitivo Abordar, comentar um assunto por sermão; pronunciar um sermão: o pastor pregou a palavra aos fiéis; ele sabia pregar.
verbo regência múltipla Fazer a divulgação de; alardear: os fiéis gostam de pregar; pregavam o cristianismo às crianças.
verbo transitivo direto e bitransitivo Passar ensinamentos: pregava saberes; pregou-lhe um conselho.
verbo transitivo indireto Dizer em voz alta; vociferar: pregava pela moral!
Etimologia (origem da palavra pregar). Do latim praedicare.
verbo transitivo direto e bitransitivo Deixar fixo com pregos: pregou o poste; pregou a capa na mesa.
Juntar por meio de costura; costurar: pregou enfeites no chapéu.
verbo transitivo direto , bitransitivo e intransitivo Ligar uma coisa a outra: pregou o tecido na parede.
verbo bitransitivo Golpear violentamente: pregou a mão na cara do filho!
Produzir um sentimento ou sensação em: ela me pregou um susto.
Etimologia (origem da palavra pregar). Do latim plicare; prego + ar.
verbo transitivo direto e intransitivo Enrugar, fazer pregas, deixar enrugado: pregou a bainha do vestido; a velhice pregou seu rosto.
Etimologia (origem da palavra pregar). Forma Der. de preguear.

pregar
v. 1. tr. dir. Firmar, fixar com prego. 2. tr. dir. Segurar, unir (com pontos de costura ou por outro meio). 3. tr. dir. Introduzir à força; cravar (prego ou qualquer objeto pontiagudo). 4. tr. dir. Fitar. 5. pron. Conservar-se por muito tempo no mesmo lugar. 6. Intr. Interromper qualquer tarefa por cansaço; ficar exausto; dar o prego.

Testificar

verbo transitivo direto Testemunhar; oferecer testemunho; comprovar a veracidade de: o trabalho testifica a competência do funcionário.
verbo transitivo indireto Assegurar; afirmar com convicção e certeza: o juiz testificou que o réu é culpado.
Etimologia (origem da palavra testificar). Do latim testificari.

Testificar
1) Fazer afirmativa baseada em conhecimento pessoal ou em crença (Jo 3:11); 1.34).

2) Dar TESTEMUNHO 2, (2Sm 1:16); (Rm 8:16).

Vivos

vivo | adj. | adv. | s. m. | s. m. pl.

vi·vo
(latim vivus, -a, -um)
adjectivo
adjetivo

1. Que vive ou tem vida (ex.: animal vivo). = VIVENTEMORTO

2. Que tem muita vivacidade ou vigor (ex.: os filhos deles são muito vivos). = AGITADO, ANIMADO, ENTUSIASMADO, VIVAZDESANIMADO, SOSSEGADO

3. Que demonstra perspicácia ou sagacidade. = ASTUTO, ESPERTO, PERSPICAZ, SAGAZESTÚPIDO, TOLO, TONTO

4. Que revela astúcia ou manha. = ARDILOSO, MATREIRO

5. Que desperta intensamente os sentidos (ex.: essa flor tem uma cor viva; gostava daquela música viva). = FORTE, INTENSO, PENETRANTEBRANDO, FRACO, MODERADO, SUAVE

6. Que se faz sentir com grande efeito (ex.: paixão viva pela arte). = FORTE, INTENSO, PROFUNDODÉBIL, FRACO, INSIGNIFICANTE

7. Que demonstra desembaraço ou agilidade (ex.: é muito vivo no seu trabalho). = ACTIVO, ÁGIL, DILIGENTE

8. Que está cheio de fervor ou animação (ex.: festa viva; as notícias provocaram vivo entusiasmo). = ACALORADO, ANIMADO, ENÉRGICO, IMPETUOSODESANIMADO, FRIO

9. Que expressa de maneira intensa emoções, ideias ou sentimentos (ex.: era autor de textos vivos). = ELOQUENTE, EXPRESSIVOINEXPRESSIVO

10. Que persiste ou dura (ex.: tinha memórias vivas da sua infância). = DURADOURO, PERSISTENTEAPAGADO

11. [Música] Rápido, acelerado, apressado (ex.: o primeiro movimento daquela sinfonia é muito vivo).LENTO

12. Que tem nitidez (ex.: as marcas dos pneus na areia estavam muito vivas). = MARCADO, NÍTIDO, PERCEPTÍVEL, VISÍVELIMPERCEPTÍVEL, INVISÍVEL

13. Que presta atenção ou se mantém alerta (ex.: o polícia mantinha-se vivo). = ALERTA, ATENTO, VIGILANTEDESATENTO, DISTRAÍDO

14. Cortante, agudo, afiado.

advérbio

15. Fortemente, com força.

nome masculino

16. Ser com vida (ex.: depois da tragédia, foi necessário contabilizar os mortos e os vivos).MORTO

17. Parte do organismo subjacente à pele.

18. Qualquer parte com sensibilidade do organismo.

19. Figurado O que há de mais íntimo ou essencial. = ÂMAGO, CERNE

20. Figurado O ponto mais importante. = AUGE, FORÇA

21. Tira de fazenda que serve para guarnecer artigos de vestuário. = DEBRUM

22. [Veterinária] Vívula.


vivos
nome masculino plural

23. [Portugal: Beira, Trás-os-Montes] Animais domésticos.


ao vivo
Com presença do público ou com transmissão no momento em que acontece (ex.: deram um concerto ao vivo).


vivo | adj. | adv. | s. m. | s. m. pl.

vi·vo
(latim vivus, -a, -um)
adjectivo
adjetivo

1. Que vive ou tem vida (ex.: animal vivo). = VIVENTEMORTO

2. Que tem muita vivacidade ou vigor (ex.: os filhos deles são muito vivos). = AGITADO, ANIMADO, ENTUSIASMADO, VIVAZDESANIMADO, SOSSEGADO

3. Que demonstra perspicácia ou sagacidade. = ASTUTO, ESPERTO, PERSPICAZ, SAGAZESTÚPIDO, TOLO, TONTO

4. Que revela astúcia ou manha. = ARDILOSO, MATREIRO

5. Que desperta intensamente os sentidos (ex.: essa flor tem uma cor viva; gostava daquela música viva). = FORTE, INTENSO, PENETRANTEBRANDO, FRACO, MODERADO, SUAVE

6. Que se faz sentir com grande efeito (ex.: paixão viva pela arte). = FORTE, INTENSO, PROFUNDODÉBIL, FRACO, INSIGNIFICANTE

7. Que demonstra desembaraço ou agilidade (ex.: é muito vivo no seu trabalho). = ACTIVO, ÁGIL, DILIGENTE

8. Que está cheio de fervor ou animação (ex.: festa viva; as notícias provocaram vivo entusiasmo). = ACALORADO, ANIMADO, ENÉRGICO, IMPETUOSODESANIMADO, FRIO

9. Que expressa de maneira intensa emoções, ideias ou sentimentos (ex.: era autor de textos vivos). = ELOQUENTE, EXPRESSIVOINEXPRESSIVO

10. Que persiste ou dura (ex.: tinha memórias vivas da sua infância). = DURADOURO, PERSISTENTEAPAGADO

11. [Música] Rápido, acelerado, apressado (ex.: o primeiro movimento daquela sinfonia é muito vivo).LENTO

12. Que tem nitidez (ex.: as marcas dos pneus na areia estavam muito vivas). = MARCADO, NÍTIDO, PERCEPTÍVEL, VISÍVELIMPERCEPTÍVEL, INVISÍVEL

13. Que presta atenção ou se mantém alerta (ex.: o polícia mantinha-se vivo). = ALERTA, ATENTO, VIGILANTEDESATENTO, DISTRAÍDO

14. Cortante, agudo, afiado.

advérbio

15. Fortemente, com força.

nome masculino

16. Ser com vida (ex.: depois da tragédia, foi necessário contabilizar os mortos e os vivos).MORTO

17. Parte do organismo subjacente à pele.

18. Qualquer parte com sensibilidade do organismo.

19. Figurado O que há de mais íntimo ou essencial. = ÂMAGO, CERNE

20. Figurado O ponto mais importante. = AUGE, FORÇA

21. Tira de fazenda que serve para guarnecer artigos de vestuário. = DEBRUM

22. [Veterinária] Vívula.


vivos
nome masculino plural

23. [Portugal: Beira, Trás-os-Montes] Animais domésticos.


ao vivo
Com presença do público ou com transmissão no momento em que acontece (ex.: deram um concerto ao vivo).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Atos 10: 42 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E nos ordenou pregar ao povo e plenamente testificar que Ele (Jesus) é Aquele tendo sido determinado por Deus para ser o Juiz daqueles que estão vivendo, e dos mortos.
Atos 10: 42 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

37 d.C.
G1263
diamartýromai
διαμαρτύρομαι
amigo, escrivão e fiel assistente de Jeremias
(Baruch)
Substantivo
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G2198
záō
ζάω
viver, respirar, estar entre os vivos (não inanimado, não morto)
(shall live)
Verbo - futuro do indicativo médio - 3ª pessoa do singular
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2784
kērýssō
κηρύσσω
laço, corrente, tormento, mãos
([there are] bands)
Substantivo
G2923
kritḗs
κριτής
um lugar em Judá onde Saul reuniu suas forças antes de atacar Amaleque; localização
(in Telaim)
Substantivo
G2992
laós
λαός
(Piel) cumprir o casamento conforme o levirato, cumprir a função de cunhado
(and marry)
Verbo
G3498
nekrós
νεκρός
ser deixado, sobrar, restar, deixar
(the remainder)
Verbo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3724
horízō
ὁρίζω
preço de uma vida, resgate, suborno
(with pitch)
Substantivo
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G3778
hoûtos
οὗτος
um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
(of the Chaldeans)
Substantivo
G3853
parangéllō
παραγγέλλω
transmitir uma mensagem de um para outro, declarar, anunciar
(having instructed)
Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
G5259
hypó
ὑπό
por / através / até
(by)
Preposição


διαμαρτύρομαι


(G1263)
diamartýromai (dee-am-ar-too'-rom-ahee)

1263 διαμαρτυρομαι diamarturomai

de 1223 e 3140; TDNT - 4:510,564; v

  1. testificar
    1. acusar seriamente, religiosamente
  2. atestar, testificar a, afirmar solenemente
    1. dar testemunho solene para alguém
    2. confirmar algo pelo testemunho, testificar, fazê-lo crível

ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ζάω


(G2198)
záō (dzah'-o)

2198 ζαω zao

um verbo primário; TDNT - 2:832,290; v

  1. viver, respirar, estar entre os vivos (não inanimado, não morto)
  2. gozar de vida real
    1. ter vida verdadeira
    2. ser ativo, abençoado, eterno no reino de Deus
  3. viver i.e. passar a vida, no modo de viver e de agir
    1. de mortais ou caráter
  4. água viva, que tem poder vital em si mesma e aplica suas qualidades à alma
  5. metáf. estar em pleno vigor
    1. ser novo, forte, eficiente,
    2. como adj. ativo, potente, eficaz

θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κηρύσσω


(G2784)
kērýssō (kay-roos'-so)

2784 κηρυσσω kerusso

de afinidade incerta; TDNT - 3:697,430; v

  1. ser um arauto, oficiar como um arauto
    1. proclamar como um arauto
    2. sempre com sugestão de formalismo, gravidade, e uma autoridade que deve ser escutada e obedecida

      publicar, proclamar abertamente: algo que foi feito

      usado da proclamação pública do evangelho e assuntos que pertencem a ele, realizados por João Batista, por Jesus, pelos apóstolos, e outros mestres cristãos


κριτής


(G2923)
kritḗs (kree-tace')

2923 κριτης krites

de 2919; TDNT - 3:942,469; n m

  1. alguém que profere sentença ou arroga de si mesmo, julgamento sobre algo
    1. árbitro
    2. de um procurador romano administrando a justiça
    3. de Deus proferindo julgamento sobre os homens
    4. dos líderes ou governantes dos israelitas

Sinônimos ver verbete 5838


λαός


(G2992)
laós (lah-os')

2992 λαος laos

aparentemente, palavra primária; TDNT - 4:29,499; n m

povo, grupo de pessoas, tribo, nação, todos aqueles que são da mesma origem e língua

de uma grande parte da população reunida em algum lugar

Sinônimos ver verbete 5832 e 5927


νεκρός


(G3498)
nekrós (nek-ros')

3498 νεκρος nekros

aparentemente de uma palavra primária nekus (cadáver); TDNT - 4:892,627; adj

  1. propriamente
    1. aquele que deu o seu último suspiro, sem vida
    2. falecido, morto, alguém de quem a alma esta no céu ou inferno
    3. destituído de vida, sem vida, inanimado
  2. metáf.
    1. espiritualmente morto
      1. destituído de vida que reconhece e é devotada a Deus, porque entreguou-se a transgressões e pecados
      2. inativo com respeito as feitos justos
    2. destituído de força ou poder, inativo, inoperante


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὁρίζω


(G3724)
horízō (hor-id'-zo)

3724 οριζω horizo

de 3725; TDNT - 5:452,728; v

  1. definir, determinar
    1. marcar as fronteiras ou limites (de algum lugar ou coisa)
    2. determinar, designar
      1. aquilo que foi determinado, de acordo com um decreto
      2. ordenar, determinar, designar

ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

οὗτος


(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)

3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

do artigo 3588 e 846; pron

  1. este, estes, etc.

παραγγέλλω


(G3853)
parangéllō (par-ang-gel'-lo)

3853 παραγελλω paraggello

de 3844 e a raiz de 32; TDNT - 5:761,776; v

transmitir uma mensagem de um para outro, declarar, anunciar

comandar, ordenar, incumbir

Sinônimos ver verbete 5844


ὑπό


(G5259)
hypó (hoop-o')

5259 υπο hupo

preposição primária; prep

  1. por, sob