Enciclopédia de Mateus 26:41-41
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Notas de rodapé da Bíblia Haroldo Dutra
- Apêndices
- Livros
- Fonte Viva
- Caminho, Verdade e Vida
- Doutrina de Luz
- Há dois mil anos...
- Leis de Amor
- Livro da Esperança
- Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus
- Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo
- Trevo de Idéias
- Vinha de Luz
- Conduta Espírita
- Os mensageiros
- Endereços de Paz
- Libertação
- Da Manjedoura A Emaús
- Coisas Deste Mundo
- Mais Luz
- Passos da Vida
- Registros Imortais
- Astronautas do Além
- Vozes do Grande Além
- No Rumo da Felicidade
- Sabedoria do Evangelho - Volume 4
- Sabedoria do Evangelho - Volume 7
- Sabedoria do Evangelho - Volume 8
- Comentários Bíblicos
- Beacon
- Champlin
- Genebra
- Matthew Henry
- Wesley
- Wiersbe
- Russell Shedd
- NVI F. F. Bruce
- Moody
- Francis Davidson
- John MacArthur
- Barclay
- Notas de Estudos jw.org
- Dicionário
- Strongs
Perícope
mt 26: 41
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | |
ARC | Vigiai e orai, para que não entreis em tentação: na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. |
TB | Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. |
BGB | γρηγορεῖτε καὶ προσεύχεσθε, ἵνα μὴ εἰσέλθητε εἰς πειρασμόν· τὸ μὲν πνεῦμα πρόθυμον ἡ δὲ σὰρξ ἀσθενής. |
HD | Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito {está} pronto, mas a carne {é/está} fraca. |
BKJ | Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. |
LTT | |
BJ2 | Vigiai e orai, para que não entreis em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca". |
VULG | Vigilate, et orate ut non intretis in tentationem. Spiritus quidem promptus est, caro autem infirma. |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 26:41
Referências Cruzadas
Salmos 119:1 | Bem-aventurados os que trilham caminhos retos e andam na lei do Senhor. |
Salmos 119:4 | Tu ordenaste os teus mandamentos, para que diligentemente os observássemos. |
Salmos 119:24 | Também os teus testemunhos são o meu prazer e os meus conselheiros. Dálete. |
Salmos 119:32 | Correrei pelo caminho dos teus mandamentos, quando dilatares o meu coração. Hê. |
Salmos 119:35 | Faze-me andar na verdade dos teus mandamentos, porque nela tenho prazer. |
Salmos 119:115 | Apartai-vos de mim, malfeitores, para que guarde os mandamentos do meu Deus. |
Salmos 119:117 | Sustenta-me, e serei salvo e de contínuo me alegrarei nos teus estatutos. |
Provérbios 4:14 | Não entres na vereda dos ímpios, nem andes pelo caminho dos maus. |
Isaías 26:8 | Até no caminho dos teus juízos, Senhor, te esperamos; no teu nome e na tua memória está o desejo da nossa alma. |
Mateus 6:13 | |
Mateus 24:42 | |
Mateus 25:13 | |
Mateus 26:38 | Então, lhes disse: |
Marcos 13:33 | |
Marcos 14:38 | |
Lucas 8:13 | |
Lucas 11:4 | |
Lucas 21:36 | |
Lucas 22:40 | E, quando chegou àquele lugar, disse-lhes: |
Lucas 22:46 | E disse-lhes: |
Romanos 7:18 | Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. |
Romanos 8:3 | Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne, |
I Coríntios 9:27 | Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado. |
I Coríntios 10:13 | Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar. |
I Coríntios 16:13 | Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente e fortalecei-vos. |
Gálatas 5:16 | Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. |
Gálatas 5:24 | E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. |
Efésios 6:18 | orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos |
Filipenses 3:12 | Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. |
I Pedro 4:7 | E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração. |
I Pedro 5:8 | Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; |
II Pedro 2:9 | Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos e reservar os injustos para o Dia de Juízo, para serem castigados, |
Apocalipse 3:10 | |
Apocalipse 16:15 |
As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra
Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.
Apêndices
A última semana de Jesus na Terra (Parte 2)
Dia tranquilo com os discípulos
Judas combina a traição
Marcos
Pedro e João preparam a Páscoa
Jesus e os outros apóstolos chegam no final da tarde
PÔR DO SOLCelebra a Páscoa com os apóstolos
Lava os pés dos apóstolos
Dispensa Judas
Estabelece a Ceia do Senhor
João 13:1–17:26
É traído e preso no jardim de Getsêmani
Apóstolos fogem
Julgado pelo Sinédrio na casa de Caifás
Pedro nega Jesus
João 18:1-27
NASCER DO SOLPerante o Sinédrio pela segunda vez
Levado a Pilatos, depois a Herodes e de novo a Pilatos
Sentenciado à morte e executado em Gólgota
Morre por volta das 3 h da tarde
O corpo é tirado da estaca e sepultado
João 18:28– jo
Pilatos autoriza colocar soldados de guarda no túmulo de Jesus
PÔR DO SOLAromas são comprados para sepultamento
NASCER DO SOLÉ ressuscitado
Aparece aos discípulos
João 20:1-25
PÔR DO SOLLivros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Disse-nos Jesus: “Orai e vigiai.” (Mt 26:41) Sim, oremos e vigiemos. Orai amando. Vigiai servindo. Orai compreendendo. Vigiai auxiliando. Orai confiando. Vigiai esclarecendo. Orai refletindo. Vigiai realizando. Orai abençoando. Vigiai construindo. Orai esperando. Vigiai aprendendo. Orai ouvindo. Vigiai semeando. Orai, pacíficos. Vigiai, operosos. Orai, tranquilos. Vigiai, seguros. |
Abraçando a oração e a vigilância, dignifiquemos a nossa edificação espírita-cristã, ofertando-lhe o melhor de nossas vidas. E integrados nessas duas forças da alma, sem as quais se nos fará impraticável o aprimoramento íntimo, para atender aos desígnios do Eterno, permaneçamos, cada dia e cada hora, no refúgio da fé renovadora que nos enobrece a esperança, com a felicidade de trabalhar e com o privilégio de servir.
Diversos
Em todos os males que nos assoberbam a vida, apliquemos as indicações curativas do Evangelho.
Conflitos e queixas à frente do próximo:
— Amemo-nos uns aos outros, qual o Divino Mestre nos amou. (Jo 15:12)
Desinteligências em casa:
— Lembremo-nos de que se não procuramos compreender e nem amparar os que nos partilham o círculo doméstico, estaremos negando a própria fé. (1tm 5:8)
Provocações e insultos:
— Exoremos a Divina Misericórdia para quantos nos perseguem ou injuriam. (Mt 5:43)
Incompreensões no campo da convivência:
— Com quem nos exija a jornada de mil passos, caminhemos mais dois mil. (Mt 5:41)
Calúnias e sarcasmos:
— O Senhor recomenda se perdoe cada ofensa setenta vezes sete. (Mt 18:21)
Provas e contratempos:
— Orar sempre e trabalhar sem desânimo, na edificação do bem de todos. (Lc 18:1)
Perturbações íntimas:
— Onde colocamos os nossos interesses, aí se nos vincula o coração. (Mt 6:21)
Ocasiões de críticas e reproches:
— Com a medida que julgamos os outros, seremos julgados também nós. (Mt 7:2)
Reivindicações e reclamações:
— Busquemos o Reino de Deus e sua justiça e tudo mais de que necessitemos ser-nos-á acrescentado. (Mt 6:33)
Adversários ferrenhos ou implacáveis:
— Amemos os nossos inimigos, observando que lições nos trazem eles, a fim de que possamos aproveitá-las, porque, se amamos tão somente os que nos amam que haverá nisso demais? (Mt 5:44)
Arrastamentos e paixões:
— Vigiemos a nós mesmos para que não venhamos a resvalar para as margens da senda que nos cabe trilhar. (Mt 26:41)
Anseio de orientação e conselho:
— Tudo o que quisermos que os outros nos façam, façamos nós igualmente a eles. (Mt 7:12)
Provavelmente, na arena das inquietações e tribulações terrestres, terás tentado as mais diversas receitas, traçadas por autoridades humanas, à busca de equilíbrio e paz, segurança e felicidade, sem atingir os resultados a que aspiras… Entretanto, não esmoreças. Uma fórmula existe que jamais falha, na garantia de nosso próprio bem: experimenta Jesus.
Registros Imortais
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 85
Francisco Cândido Xavier
Diversos
85ª reunião | 3 de julho de 1958
: Arnaldo Rocha, Ênio Santos, Elza Vieira, Francisco Gonçalves, Geni Pena Xavier, Áurea Gonçalves, Francisco Teixeira de Carvalho, Geraldo Benício Rocha, Antônio Inácio de Melo, Gil de Lima, Hélio Coscarelli, , Zínia Orsine Pereira e Waldemar Silva.
Meus amigos, Jesus nos abençoe.
As atribuições que aí na Terra executamos, tão ao saber nosso, visam quase sempre o bem-estar do nosso corpo e são bem diversas à frente das necessidades do Espírito. Defrontamo-nos aqui com as nossas mais pequeninas faltas e o que nos parecia insignificante cresce aos olhos da alma e nos faz, às vezes, chorar de arrependimento e de vergonha.
É que os Espíritos saídos da infância e da juventude, e que, portanto, maiores responsabilidades acumulam, se comprometem a jamais faltar com os comezinhos deveres da caridade, embora muitas vezes se vejam cercados de incompreensão e dolorosos problemas. E a quebra desse compromisso lhes acarreta sérios contratempos.
Entretanto, meus caros irmãos, se temos lutas acerbas a enfrentar, deparamo-nos também com entretenimentos, horas de lazer, de verdadeiro reconforto espiritual. Temos nossas palestras com os amigos daí e daqui, o que muito nos encanta e nos alegra.
Contou-me, há dias passados, um amigo vindo da Terra bem antes de mim, um fato que, com a sua permissão, vos relato agora, apenas para lembrete daqueles que se dizem espíritas.
Frequentava o nosso irmão um lar amigo, onde era recebido sempre com as mais exuberantes provas de carinho e confiança. A certa altura, porém, premido por influências menos sãs, intoxicado por excesso de amor próprio, que, tardiamente, reconheceu, melindrou-se, pôs em dúvida aquela amizade tão santa, emitiu conceito desabonador ao chefe daquele lar e afastou-se, ressentido. Reclamações, desculpas, mas com um pouco de tolerância e boa vontade tudo em breve foi esquecido, porém menos para ele que, ao desencarnar algum tempo depois, reconheceu o seu erro e sentiu-se ligado ao peso do remorso. Sem forças para se libertar, e sem meios para poder fazer compreender o seu arrependimento, permaneceu em luta até que, por mercê de Deus, lhe foi dada uma oportunidade de se penitenciar, desatando, assim, a algema que ele mesmo forjara com excesso de personalismo. O meu amigo sorriu tristemente e acrescentou: “Bem vê, Cícero, que esse fato parece banal para muita gente, porém, menos para mim, que duas vezes na semana dirigia uma sessão espírita, onde eu lia e comentava o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
E daí por diante tenho tido o máximo cuidado em não julgar o meu próximo, e compreendi a grandeza daquela afirmativa: “Orai e vigiai para não cairdes em tentação”. (Mt 26:41)
Calou-se o meu amigo e eu continuei a meditar sobre a grande responsabilidade que o conhecimento do Evangelho nos traz. Por hoje, meus amigos, eu me despeço deixando-vos aqui, como sempre, agradecido, o meu coração sincero e fraterno.
Comunicação recebida pela médium Zínia Orsine Pereira, do Grupo Meimei, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.
Mensagem originalmente sem título, o que foi feito para a composição do presente volume.
Astronautas do Além
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2
Francisco Cândido Xavier
Diversos
As opiniões sobre o feminismo explodiam nos comentários que precederam a nossa reunião pública. Era noite de sábado. Em nossa visita aos lares de vários irmãos, os grupos de companheiros procedentes de cidades diversas falavam da posição da mulher na atualidade.
De todos os pareceres sobressaiam, felizmente, as considerações sobre a maternidade e sua importância evidente para o mundo e a vida. Mas, apesar disso, definições estranhas eram formuladas por várias irmãs que discutiam os problemas do feminismo acaloradamente.
Quando terminou a visitação em que nos empenhávamos, foi iniciada a parte final de nossas tarefas com a reunião habitual, quando se comunicam os nossos Benfeitores Espirituais. Depois do estudo rápido da codificação kardequiana, feita a prece inicial. O Livro dos Espíritos nos ofereceu à meditação a questão 890. () E ao término de nossos ligeiros estudos foram várias as poetisas desencarnadas que se comunicaram, dando-nos pela psicografia as trovas a que denominaram Notas de Mulher.
NOTAS DE MULHER.Na estrada mais rotineira O homem, por mais que valha, Quando perde a companheira A vida se lhe atrapalha. Sócrates, César, Cervantes… Homens de brilho imortal… De todos esses gigantes A mulher é o pedestal. Muito Espírito no Além, Sonhando a luz do porvir, Pede um corpo de mulher Para aprender a servir. Conceito sábio e profundo De inspiração lapidar: O homem levanta o mundo, A mulher sustenta o lar. É preciso andar sem corpo, Vagando de alma ferida, Para saber quanto vale Um colo de mãe na vida. Um berço que a vida empresta Para elevar o destino, É Deus que se manifesta No coração feminino. Mulher errada de todo?!… Mera injúria ao que não há. Joga a semente no lodo Que o lodo florescerá. No mar revolto da vida, Ao sabor de vento e vaga, Por mais largada e esquecida, Mãe é luz que não se apaga. Entre as criaturas mortais, Ante ilusões e empecilhos, Irmãs, não vos esqueçais Que os homens são nossos filhos. Mães e mãos — harpas de amor De poder incontroverso Com que Deus cria o trabalho Por música do Universo. Enquanto a mulher for mãe, Por mais que o mundo a degrade, Isto é sinal de que Deus Confia na Humanidade. |
CONJUGAÇÃO VERBAL.
O problema do feminismo foi solucionado pelo Espiritismo, em meados do século passado. A questão 890 de O Livro dos Espíritos () trata do amor maternal e a questão 822 () coloca o problema da igualdade entre o homem e a mulher. A solução é simples e precisa: igualdade de direitos e diversidade de funções. Homem e mulher se complementam na vida terrena, são formas de encarnação com funções diversificadas na dinâmica da evolução. Na forma masculina, o Espírito enfrenta experiências que lhe desenvolvem as faculdades viris; na forma feminina, as que lhe aprimoram as faculdades afetivas. Por mais que se acentuem as mudanças sociais no mundo, haverá sempre a diversidade de funções entre homem e mulher, mas a igualdade de direitos se acentuará com o desenvolvimento da civilização.
É o que ressalta de uma análise de conjunto das trovas mediúnicas dessas onze poetisas desencarnadas, todas elas conhecidas em nossas letras. Antonieta Saldanha define bem a situação, nos versos: O homem levanta o mundo / A mulher sustenta o lar. () No campo dos direitos, a mulher pode desempenhar encargos até há pouco só reservados aos homens, mas, no campo das funções, cada qual tem a sua posição biológica e social bem definida e irreversível. Um poeta espiritual soprou-nos a seguinte trova que parece esclarecer a questão:
Homem e mulher — dois tempos
Do verbo amar sobre a Terra
Em que as almas se conjugam
Na vida que se descerra.
O feminismo exacerbado é tão insensato como o machismo. Ambos representam posições extremas que revelam incompreensão do problema. O homem que escraviza a mulher diminui a si mesmo, e a mulher que pretende sobrepor-se ao homem nada mais faz do que aviltar-se. Quando a mulher assume na vida social uma função masculina, o seu dever não é competir com o homem, mas dar-lhe o exemplo de desempenho equilibrado dessa função em que o homem, pelo seu machismo ridículo, em geral se desmanda. As mãos da mulher, como acentua Julinda Alvim, na sua trova, () devem semear notas de amor na função em que o homem só tem desferido marteladas.
Alguns espíritas não aceitam a tese doutrinária da encarnação do Espírito ora como homem, ora como mulher. São criaturas sistemáticas e convencidas da suposta superioridade masculina. Mas a verdade espírita é uma só: o espírito não tem sexo e as suas encarnações dependem das exigências da evolução espiritual; não se sujeitando à tolice dos preconceitos humanos. Basta lembrarmos que, sem a mulher, o homem não poderia existir e, sem o homem, a mulher também não existiria.
Vozes do Grande Além
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 16
Francisco Cândido Xavier
Diversos
Depois de prolongada ausência, o Espírito Dias da Cruz compareceu em nosso grupo, na noite de 29 de setembro de 1955, e, controlando as faculdades do médium, pronunciou notável estudo em torno da autoflagelação, estudo esse que passamos a apresentar.
Meus amigos:
Embora não nos seja possível, por enquanto, apreciar convosco a fisiologia da alma, como seria desejável, de modo a imprimir ampla clareza ao nosso estudo, para breve comentário, em torno da flagelação que muitas vezes impomos, inadvertidamente, a nós mesmos, imaginemos o corpo terrestre como sendo a máquina da vida humana, através da qual a mente se manifesta, valendo-se de três dínamos geradores, com funções específicas, não obstante extremamente ligados entre si por fios e condutos, de variada natureza.
O ventre é o dínamo inferior.
O tórax é o dínamo intermediário.
O cerebelo é o dínamo superior.
O primeiro recolhe os elementos que lhe são fornecidos pelo meio externo, expresso na alimentação usual, e fabrica uma pasta aquosa, adequada à sustentação do organismo.
O segundo recebe esse material e, combinando-o com os recursos nutritivos do ar atmosférico, transmuta-o em líquido dinâmico.
O terceiro apropria-se desse líquido, gerando correntes de energia incessante.
No dínamo-ventre, detemos a produção do quilo.
No dínamo-tórax, presenciamos a metamorfose do quilo em glóbulo sanguíneo.
No dínamo-cerebelo, reparamos a transubstanciação do glóbulo sanguíneo em fluido nervoso.
Na parte superior da região cerebral, temos o córtex encefálico, representando a sede do espírito, algo semelhante a uma cabine de controle, ou a uma secretária simbólica, em que o “eu” coordena as suas decisões e produz a energia mental com que governa os dínamos geradores a que nos reportamos.
O ser humano, desse modo, em sua expressão fisiológica, considerado superficialmente, pode ser comparado a uma usina inteligente, operando no campo da vida, em câmbio de emissão e recepção.
Concentramos, assim, força mental em ação contínua e despendemo-la nos mínimos atos da existência, através dos múltiplos fenômenos da atenção com que assimilamos as nossas experiências diuturnas, atuando sobre as criaturas e coisas que nos cercam e sendo por elas constantemente influenciados.
Toda vez, contudo, em que nos tresmalhamos na cólera ou na crueldade, contrariando os dispositivos da Lei de Deus, que é amor, exteriorizamos correntes de enfermidade e de morte, que, atingindo ou não o alvo de nossa intemperança, se voltam fatalmente contra nós, pelo princípio inelutável da atração que podemos observar no ímã comum.
Em nossas crises de revolta e desesperação, de maledicência e leviandade, provocamos sobre nós verdadeira tempestade magnética que nos desorganiza o veículo de manifestação, seja nos Círculos espirituais em que nos encontramos, ou, na Terra, enquanto envergamos o envoltório de matéria densa, sobre a qual os efeitos de nossas agressões mentais, verbais ou físicas, assumem o caráter de variadas moléstias, segundo o ponto vulnerável de nossa usina orgânica, mas particularmente sobre o mundo cerebral em que as vibrações desvairadas de nossa impulsividade mal dirigida criam doenças neuropsíquicas, de diagnose complexa, desde a cefalalgia à meningite e desde a melancolia corriqueira à loucura inabordável.
Toda violência praticada por nós, contra os outros, significa dilaceração em nós mesmos.
Guardemo-nos, assim, na humildade e na tolerância, cumprindo nossos deveres para com o próximo e para com as nossas próprias almas, porque o julgamento essencial daqueles que nos cercam, em verdade,. não nos pertence.
Desempenhando pacificamente as nossas obrigações, evitaremos as deploráveis ocorrências da autoflagelação, em que quase sempre nos submergimos nas trevas do suicídio indireto, com graves compromissos.
Preservando-nos, pois, contra semelhante calamidade, não nos esqueçamos da advertência do nosso Divino Mestre Mt 26:41: — “Orai e vigiai, para não entrardes em tentação.”
DIAS DA CRUZ (Dr. Francisco de Menezes) — Médico, presidente da FEB, de 1889 a 1895, desencarnado em 1937.
Joanna de Ângelis
No Rumo da Felicidade
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 25
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis
Dentre os valiosos recursos de que dispõe o Espírito para ascender a Deus e receber-Lhe a inspiração, encontra-se a prece, que é a ponte de luz pela qual a criatura viaja no rumo da Divina Misericórdia e essa o alcança em retorno sublime.
A prece é poderoso mecanismo de vinculação do ser humano com o mundo de vibrações elevadas.
Orar é expandir-se no rumo certo da Plenitude.
Para que seja vigorosa e alcance os páramos elevados, necessita ser antecipada de unção, de forma que o pensamento flua enriquecido de emoções nobres, alterando a paisagem erma ou triste de onde evola.
Mais do que revestida de proposta imediata para que sejammodificadas as ocorrências de provas e de dor, constitui-se recurso iluminativo que clareia interiormente o ser.
Não deve objetivar sistematicamente um pedido, mas tornar-se um hino de louvor à vida e uma sinfonia de gratidão pela vida.
Quando se ora comrecolhimento, as dimensões de tempo e espaço fazem-se alteradas, alargando-se ao infinito, porque a prece arrebata o ser para fora das conjunturas atormentantes em que se encarcera.
A prece proporciona lucidez para agir e calma para enfrentar desafios.
Dispensando fórmulas frias e palavras rebuscadas, trata-se de uminterlóquio da alma, que se autoanalisa, até desvincular-se do ego e externar-se em aspiração de comunhão com Deus, transformando-se em diálogo de profunda identificação.
A prece oferece vigor para que sejam enfrentadas as provações e experimentem alterações a duras penas, porquanto, nenhuma rogativa é dirigida a Deus, que não receba conveniente resposta.
Necessariamente, não se dá conforme o desejo do apelante, mas de acordo com aquilo que lhe é melhor para a conquista da felicidade.
A prece deve ter caráter pessoal, beneficiando aquele que a elabora, como também pode tê-lo de natureza intercessória por outrem, que experimentará o refrigério de que se constitui.
A prece, que envolve outra pessoa, encarnada ou não, emdúlcidas vibrações de amor e de paz, alcança o beneficiário que, mesmo sem o entender, passa a experimentar-lhe o resultado.
Todos devemos orar, uns pelos outros, estabelecendo uma rede protetora de energia saudável que se faz dinamizada pelas forças cósmicas que são movimentadas sob a sua ação.
Ante uma situação penosa e grave, a prece é o elemento que favorece a razão e preserva a paz, auxiliando e sustentando aquele que a enuncia a fim de que vença a situação afligente.
Após um sucesso ou ultrapassado um drama de amargo sabor, a prece de gratidão se faz indispensável, de modo que os sentimentos estuem e novas forças se estruturem para os futuros cometimentos.
A prece jamais cansa.
Não será, porém, pela sua duração, especialmente quando prolongada, ou pela repetição de palavras que alcançará a sua finalidade.
Um pensamento edificante emdireção a Deus, uma reflexão profunda, considerações mentais enobrecidas, ações beneficentes aureoladas de pensamentos de amor, sentimento de respeito e de perdão ao próximo são, também, formas variantes de preces.
Esse intercâmbio com Deus é essencial para o desenvolvimento espiritual do ser humano, seu alimento emocional indispensável.
Nunca te escuses à prece sob falsas alegações.
Se não te encontras emcondição momentânea, conquista-a com esforço, a fim de elevar-te.
Se estás possuído por mágoa ou rancor, despoja-te desses sentimentos hostis, e lubrifica-te com os santos óleos da caridade e do perdão, que a prece te concederá.
Se as dores são excruciantes, melhor razão tens para harmonizarte e readquirires a saúde interior.
Em qualquer circunstância e lugar, sob qual for a emoção do momento, utiliza-te desse recurso sublime e sai de ti na direção de Deus.
Jesus, que orava sempre e bem, comungando com Deus, de Quem retirava as energias para o messianato, por conhecer-lhe a excelência, recomendou comsabedoria e precisão:
—Orai e vigiai, para não cairdes em tentação.
A prece é o valioso bem de que dispõe a criatura para chegar a Deus, apresentar-Lhe os seus anseios e receber-Lhe as orientações.
Referências em Outras Obras
CARLOS TORRES PASTORINO
Sabedoria do Evangelho - Volume 4
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 16:24-28
24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.
25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.
26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?
27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.
28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1
34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.
35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.
36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?
37. E que daria um homem em troca de sua alma?
38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".
LC 9:23-27
23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.
24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.
25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?
26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.
27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.
Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.
Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.
Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.
Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).
As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.
No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.
Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:
1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).
2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);
3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).
Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).
O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.
Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.
A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.
Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?
O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.
As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.
Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").
E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).
A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.
Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.
O versículo seguinte apresenta variantes.
MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.
MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).
LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).
E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.
Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.
Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.
A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;
Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).
Penetremos mais a fundo o sentido.
Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.
Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.
Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.
Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.
O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.
Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.
Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.
Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".
Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).
Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).
Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?
Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).
Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).
No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.
Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-
Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).
A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.
Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.
SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).
Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.
Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).
A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.
Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).
E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).
Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...
Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.
Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).
Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.
Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.
Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.
Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.
E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:
a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;
b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).
c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.
Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.
No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.
Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.
O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.
Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.
A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE
Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.
DEUS NO HOMEM
Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.
A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).
O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).
Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).
Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.
De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".
A CONCEPÇÃO DO HOMEM
O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).
Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;
2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;
3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.
Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".
Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;
B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;
C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).
No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.
ENCARNAÇÃO
Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.
Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.
COMPARAÇÃO
Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.
Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).
Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;
B - a Antena Emissora, que produz as centelas;
C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.
Mal comparando, aí teríamos:
a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;
b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida
c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.
Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:
a) - a captação da onda
b) - sua transformação
c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;
B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).
Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).
Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).
Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.
Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive
—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.
Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ
ό CRISTO - coração (Centelha)
πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ
ξ carne (Corpo)
A - O EMPREGO DAS PALAVRAS
Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.
KARDÍA
Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).
Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.
MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;
4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;
9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);
RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;
Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.
2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.
NOÚS
Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).
Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado
14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).
LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.
4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.
PNEUMA
Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;
2. ª Tim. 2:7; HB 11:13
1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).
Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:
a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.
(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.
b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.
A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.
Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.
2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).
Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).
Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.
Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :
a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.
b) - pneuma como espírito desencarnado:
I - evoluído ou puro, 107 vezes:
MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.
II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:
MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.
c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)
d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.
PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).
ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.
DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)
MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.
Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;
8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).
II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:
• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);
• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);
• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).
Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).
Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).
DIÁNOIA
Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).
PSYCHÊ
Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).
A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).
No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;
Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .
Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.
Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.
O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).
Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.
não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:
EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.
EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.
1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.
EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.
SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.
Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)
SOMA
Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).
Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.
No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);
MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).
HAIMA
Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.
O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.
A palavra é assim usada no N. T. :
a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;
b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).
c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).
d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).
SÁRX
Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".
Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.
B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS
Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.
Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.
INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM
Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.
Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).
Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).
Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:
1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".
2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.
3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.
4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao
. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.
5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).
Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).
O CORPO
Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.
Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).
Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).
Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).
Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).
Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).
Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.
Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".
Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.
Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus
sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.
Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.
ALMA
Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.
Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).
A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.
Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.
atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.
A MENTE
Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.
E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).
A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.
Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).
O CORAÇÃO
Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.
Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.
Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).
Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:
a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;
b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;
c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.
a) -
A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).
Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).
Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;
E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).
Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).
Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ
ι.
Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).
Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.
E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)
Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ
ν.
João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).
θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ
ν.
b) -
Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).
E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).
A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).
A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).
E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).
Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).
Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).
c) -
Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.
Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.
Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.
Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).
Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.
Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.
Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).
#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό
ς.
Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".
E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".
Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.
Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).
#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ
ν.
Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).
Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ
ν).
Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".
Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.
Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".
Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).
Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).
A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.
ESCOLA INICIÁTICA
Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.
Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.
Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.
Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.
Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).
Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.
A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).
E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".
Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.
TERMOS ESPECIAIS
Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.
Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.
Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.
Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.
Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".
Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.
Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.
Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).
Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.
Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).
Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).
Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.
Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.
Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.
Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.
Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.
Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.
Mystagogo o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.
Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.
Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).
Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").
Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.
Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.
Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).
Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.
Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.
Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.
Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.
Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".
Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.
Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).
Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.
Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .
Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.
Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.
Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.
Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.
TRADIÇÃO
D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".
Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.
O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).
Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".
No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.
Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).
O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.
E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).
"PALAVRA OUVIDA"
A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).
Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.
Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).
Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).
O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).
O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).
Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.
Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).
Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".
Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".
A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.
Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.
DYNAMIS
Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.
Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.
Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.
Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).
EON
O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;
MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.
Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.
A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).
DÓXA
Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).
Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".
Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.
Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).
MISTÉRIO
Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.
Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:
1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);
2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.
Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).
O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).
O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).
Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).
O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).
O PROCESSO
O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.
Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:
1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.
2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.
3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.
Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".
4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.
5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.
6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.
7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".
Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.
Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.
O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).
NO CRISTIANISMO
Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.
então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).
No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").
No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.
Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.
Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.
E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.
A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).
Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".
Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).
Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).
Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.
CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.
através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.
Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.
Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;
V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.
Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.
TEXTOS DO N. T.
O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.
A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).
B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".
Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".
1. ª Cor. 2:1 "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".
1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".
1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".
EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"
EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".
EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".
EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.
EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".
CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".
CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".
CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".
2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".
1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".
1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".
No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.
CULTO CRISTÃO
Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".
Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).
Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).
Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).
OS SACRAMENTOS
O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".
No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.
Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,
2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.
2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).
3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.
4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.
Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é
verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).
5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.
6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.
7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".
Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.
Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.
Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.
Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.
Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.
Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.
Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.
Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.
A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.
E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.
Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.
No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.
Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?
Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.
Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.
Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").
Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).
Sabedoria do Evangelho - Volume 7
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 35
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 26:31-35
LC 22:31-34
MC 14:27-31
JO 13:36-38
O verbo skandalízô, de uso apenas bíblico, tem o sentido de "colocar uma pedra para fazer tropeçar", derivando-se do substantivo skándalon (tò). Mas a transliteração portuguesa "escandalizar" reproduz razoavelmente o significado original, pois a pedra é colocada "moralmente", para provocar a queda espiritual dos fracos e desprevenidos. " Ferirei o pastor" - é citação livre de Zacarias (Zacarias 13:7) que se referia ao rei Sedecias.
O testemunho dos quatro evangelistas deve ser lido como complementação mútua, dando a impressão de que se trata de uma conversa surgida à mesa, que cada um reproduziu à sua maneira: Pedro inicia perguntando aonde irá o Mestre, e Jesus explica que ninguém poderá segui-Lo nesse momento: só mais tarde. Mas Pedro, que é homem de "fazer já e não deixar para depois", retruca que "aplicou sua alma sobre ele", repetindo a expressão de Jesus quando falou do "Bom Pastor", que "aplica sua alma sobre suas ovelhas (JO 10:11; vol. 59, págs. 118/119). Diz estar disposto a tudo. Jesus adianta que todos serão experimentados, pois uma vez que ele estiver ferido, todos os discípulos se dispersarão.
Pedro, inflamado, protesta que jamais o abandonará. Jesus novamente esclarece que orou por ele, para que, mesmo tendo fugido, sua fidelidade sintônica não fraquejasse por degradação de vibrações. Todavia, uma vez que se recuperasse, devia sustentar os companheiros. Pedro afirma repetindo teimosa e entusiasticamente, que está pronto a ser preso e morto com seu Rabbi. Então, para provar-lhe que "o Espírito (individualidade) está pronto, mas a carne (personagem) é fraca" (MT 26:41), Jesus demonstra saber que, antes de o galo cantar pela segunda vez (de madrugada) Pedro, por três vezes, terá negado conhecê-Lo.
Pedro quer ir com o Mestre agora. Mas o antagonista (a personagem calculadora) reivindica seu direito de sacudir o homem violentamente (joeirar) como se faz ao trigo para separar o grão da palha.
As traduções vulgares trazem: "Satanás obteve permissão" (de Deus): é a famosa, embora falsa, concepção de um deus antropomorfo a conversar amigavelmente com o Senhor Diabo! Mas o verbo grego usado exêitêsato (de exaitéô, na voz média) significa "reclamar para si, reivindicar". E já sabemos que o antagonista do Espírito (individualidade) é a personagem, com seu intelecto discursivo, convencido de que nele apenas reside toda a realidade de seu ser, nada mais havendo além do corpo físico com suas sensações, suas emoções e seu intelectualismo!
Na frase "quando tornares, apoia teus irmãos" (traduzido vulgarmente: quando te arrependeres, confirma teus irmãos") apoiou-se o Concílio Vaticano I (Const. De Ecclesia, cap. IV) para fundamentar a" infalibilidade papal". Estranha base, que quebrou e se reconstituiu, para afirmar-se que "não pode quebrar!"
Os comentadores falam muito na "temeridade" de Pedro. Mas Jerônimo (Patrol. Lat. vol. 26, col. 198) o defende: Non est teméritas, nec mendacium, sed fides est Apóstoli Petri et ardens affectum erga Dóminum Salvatorem, isto é: "não é temeridade nem mentira, mas a fé e o afeto ardente do apóstolo Pedro para com o Senhor Salvador".
O "canto do galo" (veja atrás) assinalava a terceira vigília que, no princípio de abril, época em que se passam os fatos, terminava às cinco da madrugada. Não procede a objeção de que era proibido criar galináceos em Jerusalém, pois diziam os fariseus que, ao ciscar, podiam fazer vir à superfície do solo vermes "imundos": sempre os havia, embora não fossem criados soltos, conforme podemos verificar (cfr. Strack e Billerbeck, o. c. , t. 1, pág. 992-993). Além disso, cremos que se trate mais de uma referência à hora.
Os propósitos podem ser os mais ardorosos, mas a personagem se acovarda diante da dor. Embora neste caso de Pedro, como teremos a seu tempo, nada disso tenha ocorrido: ele queria apenas ludibriar os circundantes, para que pudesse ali permanecer a fim de ver aonde levariam e o que fariam com seu Jesus querido.
O "escândalo" a que se referia o Mestre era a crucificação, que faria fugir os discípulos, horrorizados com medo de terem a mesma sorte. No entanto, o aviso fora bem claro: serei ferido, adormecerei, e despertarei do sono (egeírô); então vos precederei na Galileia: ainda chegaria lá antes deles! ...
Então o escândalo seria o medo e a consequente dúvida, suscitadas pelo intelecto (antagonista) que veria tudo perdido, de acordo com o raciocínio rasteiro comum à personagem: arruinado o corpo -
única coisa real, porque visível e palpável - tudo está acabado! Tempo desperdiçado, aquele em que seguiram um Mestre que foi vergonhosamente aniquilado! Perdida a batalha com o sacrifício do general, os soldados dispersam-se desorientados.
A personagem, antagonista-nata do Espírito, arroga-se o pretensioso direito de sopesar e julgar, por meio do intelecto, as ações e decisões do Espírito. Passa-as pelo crivo do racionalismo, para saber se pode concordar ou discordar. E, atrasado como ainda é, quase sempre conclui a fator do lado errado, só considerando a matéria física densa. O Espírito está pronto a ser preso, martirizado, sacrificado, vendo morrer o corpo, pois sabe que a vida continua; mas a personagem não concorda, em hipótese alguma, em desaparecer, e usa de todos os artifícios para fugir da destruição.
Aonde ia o Mestre, ninguém o podia seguir: a conquista de um grau iniciático é problema estritamente pessoal, isolado, interno, que se passa no âmago mais recôndito da criatura, embora por vezes se exteriorize em cenas públicas, como no caso da crucificação, "ressurreição" e "ascensão"; ou em fatos que a todos parecem corriqueiros e naturais, mas que trazem no bojo a força irresistível de fazer o candidato dar um passo à frente: morte ou abandono de pessoa querida, uma calúnia violenta, um choque traumático, etc.
Ninguém se achava ali em condições de acompanhar o Mestre nesse passo. Mesmo João, que fisicamente o acompanhou, não podia ainda arrostar os degraus, demais elevados para sua capacidade.
O antagonista - a personagem - sempre reivindica e exige, como necessária provação, o direito d "joeirar" ou sacudir violentamente na peneira o Espírito, a fim de experimentá-lo. Mas os verdadeiros discípulos estão sustentados pela "Força Cósmica" e não fraquejam na fidelidade absoluta ao Cristo Interno; e desde que se mantenham fiéis e sintonizem internamente, conservam a capacidade de servir de apoio aos irmãos, ainda que a personagem esperneie. Não se confundam força e fidelidade do Espírito com os artifícios da personagem, que busca valer-se de todos os meios para conseguir seus intentos, sobretudo quando ditados pelo amor. O fato é que as palavras de Simão Pedro não foram proferidas pela personagem, mas foram o ditado de sua individualidade enérgica e firme, através da boca da personagem frágil. Não foram "temeridade", mas "amor" levado ao grau máximo.
Oxalá possamos todos nós manter permanentemente nosso Espírito com a segurança e a firmeza de princípios de Pedro!
FIM
Sabedoria do Evangelho - Volume 8
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 12
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 26:36-46
MC 14:32-42
LC 22:40-46
JO 18:1
Aqui temos o primeiro ato do drama, ao levantar-se o sipário: o candidato, a sós, enfrenta intelectualmente as provas que são mostradas à personagem, pois só a individualidade tivera delas conhecimento total antes da reencarnação. A personagem conhecia o que a esperava, mas não em seus pormenores.
O termo kôríon é diversamente traduzido: como "lugar" (Loisy Lagrange), como "domínio" (Crampon, Durand, Jouon) como "propriedade" (Buzy, Denis) como "sítio" (Pirot); mas João, que conhecia bem o local, em vez do genérico kôríon, especifica que se trata de um kêpos, isto é, um "jardim".
Ficava a cerca de cem metros ao norte, devendo tratar-se de uma propriedade particular, pertencente a um amigo do Mestre, pelo que tinha Ele ali livre acesso. Mateus e Marcos citam o nome, Getsemani (hebr. gath shemanim) que significa "lagar de azeite". Jerônimo (Patrol. Lat. vol. 26 col. 197), julgando que o original era gê’shemani, traduz como "vale fertilíssima" (vallis pinguissima).
O local devia ser solitário e ficava em frente à porta dourada do templo, situando-se para lá (perán) do Cedron, ou seja, na margem oriental, no ponto do vale em que a torrente, virando para sudoeste, cava um precipício nos flancos do Ophel.
Pirot (vol. 9 pág. 576) escreve: "Descobertas arqueológicas recentes, em confronto com antigos peregrinos, permitiram reencontrar com toda a certeza o lugar exato da agonia e o da traição de Judas (cfr. Vincent et Abel, "Jérusalem Nouvelle", pág. 301-327; 1006-1013, Orfali. "Gethsemani"). É necessário distinguir nitidamente com os mais antigos autores (Eusébio de Cesareia, o Peregrino de Bordeaux, S.
Cirilo de Jerusalém e, mais tarde, o diâcono Pedro, 1037, o higúmeno Daniel. Ernoul, 1228) o lugar em que Jesus orou e o em que foi preso. A gruta, erradamente chamada da agonia, deve chamar-se agora "gruta da traição"; ficava separada do jardim de Getsemani pelo caminho em escada, intacto ainda no século IX, que permitia, por 537 degraus talhados na rocha, ir do fundo do Cedron ao cimo do monte das Oliveiras. A gruta da traição, de forma oval bastante irregular, tem no conjunto 17 m de comprimento, 9 m de largura e 3,50 m de altura. A abóbada rochosa é sustentada por seis colunas, das quais três são de alvenaria. O próprio rochedo foi encontrado por ocasião das escavações empreendidas para encontrar os alicerces da basílica erigida entre 380 e 390. Esse rochedo, que se pretendeu encaixar na basílica primitiva por causa de seu caráter eminentemente sagrado, já que foi consagrado pela oração do Mestre divino e regado com seu adorável sangue, impusera a esta (basílica) uma orienta ção sensivelmente diferente da que foi adotada nas últimas restaurações. Nesse rochedo, pois, - onde desde o final do século IV os sacerdotes oferecem o cálice do Senhor, aí mesmo onde seu sangue, misturado ao suor, caiu gota a gota (LC 22:43-44). Graças a esse mole rochoso, situado a cem metros ao sul da gruta da traição e a 15 m acima da torrente de Cedron, numa distância de mais ou menos 8 m e numa largura de 3,80 m - é que se encontra o lugar exato da oração de Jesus, e pôde conservar-se nos três primeiros séculos sem nenhum monumento comemorativo, apesar do desbastamento da madeira do monte das Oliveiras, em 70, e dos reviramentos de toda espécie, que tornaram essa colina, a acreditarse no historiador Josefo, totalmente irreconhecível. Se a lembrança do lugar da agonia tivesse ficado ligada a esta ou àquela oliveira, teríamos tido um ponto de referência absolutamente precário.
Mas o bloco que fazia parte integral da montanha, podia transmitir através dos séculos essa recordação sagrada, não obstante as mais selvagens devastações. A restauração da basílica da agonia, cuja primeira pedra foi colocada a 17-10-1919 pelo cardeal Giustini, foi acabada em 1926.
O fato desenrola-se com naturalidade. Jesus manda-os sentar-se (kathísate) em grupo, a fim de isolarse na prece, e leva consigo os mesmo três discípulos que o acompanhavam nos momentos solenes: Pedro, Tiago e João.
A frase do vers. 45 em Mateus é apresentada interrogativamente em grego. Muito melhor que imperativos afirmativos, que teriam sentido irônico, não concebível em circunstâncias de tamanha apreensão.
A indagação, ao contrário, é séria: "estais dormindo agora, quando o Filho do Homem vai ser entregue" ? E logo a seguir apressa-os: "Levantai-vos, vamos, pois chegou o que me vai entregar. "
Os versículos 43 e 44 de Lucas faltam no papiro 75, em aleph (1. ª cópia), em A, T, W, 1071 e nos pais: Marcion, Clemente, Orígenes (segundo Hilário), Atanásio, Ambrósio (segundo Epifânio e Jerônimo), Cirilo e João Damasceno.
São assinalados com asterisco nos códices delta (3. ª cópia), pi (3. ª cópia) e outros menos importantes.
Mas aparecem nos códices aleph (1. ª mão), D, K, L, X, delta (1. ª mão), theta (1. ª mão), pi, psi (1. ª mão), família 1 e nos pais: Justino, Irineu, Hipólito, Dionísio, Ario (segundo Epifânio), Eusébio, Hilário, Cesário Nazianzeno, Gregório Nazianzeno, Dídimo, Pseudo-Dionísio, Epifânio, Critóstomo, Agostinho, Teodoreto, Leôncio, Cosmos e Fecundo.
Compreende-se a omissão, em vista das críticas que provocava, pois constituía uma prova da fraqueza humana natural, na pessoa de Jesus, além de também atestar sua não-divindade: não seria concebível um Deus Absoluto temeroso ante o sacrifício físico.
Outra anotação a fazer é que a palavra grega thrómboi (donde provém nossa "trombose") não exprime absolutamente "gotas", como aparece nas traduções vulgares, e sim "coágulos, grumos". O suor não era constituído de sangue, que gotejava, mas era uma substância que a pele de Jesus exsudava através dos poros e que, COMO se fossem pequenos coágulos de sangue, caíam por terra. O advérbio hôsei não é, como afirmam os hermeneutas, "indicativo", mas simples "comparativo": era COMO SE FORAM coágulos de sangue. "pareciam ser" coágulos de sangue, mas não eram.
No entanto, Irineu (Haer. 3. 22. 2, Patrol. Graeca vol. 7, vol. 957) e Agostinho (In SL 140. 4, Patrol, Lat.
vol. 37. vol. 1817) afirmam que se tratava de verdadeiro sangue.
Seja sangue, ou apenas coágulos, como diremos, trata-se de irrespondível prova contra os docetas, que afirmavam que Jesus não tinha corpo nem sangue físicos, mas era apenas um "fantasma", que fingia estar encarnado, mas não estava. Na epístola aos hebreus (hebreus 5:7) está claro: "nos dias de sua carne", confirmando João (João 1:4) que diz que "o verbo se fez carne", e que afirma em sua Epístola (1. ª, 4:2) que se conhecerá o espírito que vem de Deus, quando disser que Jesus veio em carne. E na 2. ª epístola, v. 7, insiste: "muitos sedutores tem aparecido no mundo, que não confessam que Jesus Cristo veio em carne: esse é sedutor e anticristo. "
Esse estudo foi feito em amplitude por Azpeitia-Gutierrez, "Estudio Apologetico y Médico", Zaragoza,
1944; por L. Picchini, "La Sudorazione di Cristo", Roma, 1953; e Riquelme Salazar. "Examen Médico de la Vida y Pasión de Jesucristo", Madrid, 1953.
Anotemos ainda a palavra agônía, empregada por Lucas no original, mas não na interpretemos como a nossa "agonia" em português, ou seja, o estado típico daqueles que entram em coma. Em grego, esse termo exprime "luta". Aqui, portanto, o "entrar em agonia" significa iniciar a luta da personagem fraca contra a própria fraqueza. Sustentado pela individualidade, o homem. nos grandes momentos trágicos, entra em luta titânica e sem tréguas contra a covardia da personagem, que quer evitar a todo custo o sofrimento moral ou físico. Nessa agonia, isto é, nessa luta, que produz ansiedade e angústia, é que se decide qual o mais forte, qual das duas sairá vencedora: se a individualidade, haverá avanço evolutivo; se a personagem, a derrota está à vista.
Não é sem razão que Mateus e Marcos dão o nome de Getsemani ao jardim a que Jesus se recolheu para orar. Todos os indícios da interpretação foram deixados sabiamente consignados por escrito, para que a humanidade pudesse, quando disso fosse capaz, descobrir a realidade e compreender o significado profundo dos atos do Mestre inconfundível.
Observamos que Jesus não estava no "jardim fechado", ou seja, na Galileia, e sim na Judeia. Mas vai para um "jardim". E o nome desse jardim significa "lagar de azeite", ou seja, o instrumento que esmaga as azeitonas, para delas cavar o azeite, tal como o corpo de Jesus seria esmagado pela dor, para que se produzisse o azeite, o líquido com que se sagravam os sumos-sacerdotes e os reis.
E esse sofrimento, segundo testifica a epístola aos hebreus 5:7-3 O elevou ao grau de sumosacerdote da Ordem de Melquisedec, tornando-o o CRISTO, isto é, "UNGIDO", exatamente com o azeite sagrado da unção sacerdotal. Não poderia haver indicação mais clara da ação espiritual que se estava realizando no globo terráqueo.
Da mesma forma que na Transfiguração havia sido dado um passo iniciático, aqui se iniciava o processo para o passo seguinte. Então havia mister de "duas ou três testemunhas" (cfr. DT 19:15; MT 18:16 e MT 18:2CO 13:1). Foram escolhidas as mesmas testemunhas que haviam presenciado sua transfiguração gloriosa, Pedro, Tiago e João, a fim de que agora vissem sua luta (agonia). Eles que haviam testemunhado a manifestação da Individualidade no Tabor, precisavam ver, e comparar com aquela, a manifestação de Sua personagem transitória, diante do programa de provas por que deveria passar heroicamente.
Para preveni-los do a que assistiriam, avisa-os desde o início que "Sua alma" (psychê) - portanto Sua personagem que não deve absolutamente confundir-se com a individualidade (pneuma) - "está triste até a morte". O que exprime o alcance indizível da ânsia por que foi tomada. Pode-lhes, pois, que fiquem "despertos", a fim de ajudar Seu eu menor a firmar Sua personagem conturbada pelos grandes sofrimentos que terá que suportar sem um gemido.
No entanto, os olhos dos discípulos estavam "pesados", e os evangelistas esclarecem "por causa da tristeza". Hoje a expressão empregada seria outra: fisicamente achavam-se exaustos pela perda de fluidos magnéticos.
O mesmo ocorrera por ocasião da Transfiguração, quando diz Lucas: "Pedro e seus companheiros estavam oprimidos de sono, mas conservavam-se despertos" (LC 9:32: vol. 4. º, pág. 111).
Aqui, a grande perda de substância ectoplasmática, unida à tristeza apreensiva da hora, à tensão opressiva e à expectativa dolorosa, não deixaram que resistissem fisicamente.
Jesus recomenda-lhes que permaneçam despertos (gregoreíte) para que "não entrem na provação", ou seja, para que não sejam apanhados desprevenidos pelas provas a que seriam submetidos. Nesses momentos, é indispensável haver dinamismo ativo, e não estaticismo passivo e muito menos relaxamento no sono, pois se o Espírito (pneuma, individualidade) tem boa-vontade (prós thymos), a carne (sarx, o corpo da personagem) é frágil e pode sucumbir.
Jesus afasta-se dele. Lucas diz textualmente "é arrancado deles (apespáthê ap’autôn): trata-se do Espírito que força o corpo a isolar-se, para que sozinho suporte o impacto, embora a criatura goste sempre de sofrer acompanhada. Já à distância, o corpo rui por terra, na posição do desânimo e da súplica: ajoelha-se (theis tà gónata) e curva o rosto até o chão (épiptein epi tês gês, em Marcos: ou épesen epì prósôpon autoú, em Mateus), e começa a orar.
Mateus cita-lhe as palavras das três vezes que orou, pois nas três exprimiu o mesmo pensamento: "Se é possível, afasta de mim esta taça": é a ânsia da personagem que teme arrostar a dor física. Mas logo a seguir acrescenta: "Mas não como quero eu, e sim como queres tu: faça-se a Tua vontade, não a minha".
Aqui verificamos nitidamente a dualidade de vontades, entre a personagem e a individualidade, entre o Filho e o Pai, entre Jesus e Deus (Melquisedec). Como pode explicar-se isto, de quem dissera: "Eu e o Pai somos um"? e "faço apenas a vontade do Pai"?
As duas frases, e outras semelhantes, nós o vimos a seu tempo, foram proferidas pelo CRISTO, através de Jesus, com o qual estava identificada Sua individualidade. Não pela personagem terrena de Jesus, não por Seus veículos físicos. Seu Espírito (pneuma) já identificara, mas não Sua personagem (psychê) de fato, "a carne e o sangue não podem possuir o reino dos céus" (1CO 15:50). Tudo é claro e luminoso, e não há contradições nos Evangelhos.
Apesar de tudo isso, fortemente influenciada e dominada pelo Espírito a personagem se conforma e aceita que a vontade do Pai, que era também a de Seu Eu profundo, seja realizada, e que prevaleça sobre a vontade fraca e temerosa. Então essa prece, proferida três vezes pelo homem Jesus, demonstra o esforço que Sua personagem física fazia para sintonizar e concordar com a vontade do Espírito e, por conseguinte, com a vontade do Pai. Ao falar com os discípulos, cujo físico se achava enfraquecido pela perda de energia, Ele também esclarece esse mesmo ponto: "O Espírito tem boa-vontade, mas a carne é fraca.
Isso se passava com Ele nesses momentos e Ele o verificava em experiência pessoal ali mesmo vivida e sentida.
Lucas, na qualidade de médico, e portanto mais conhecedor dos fenômenos que se passavam no corpo físico e no astral, e mais afastado do drama, tendo-se informado de tudo com pormenores, anota dois fatos de que os outros não falam.
O primeiro e a aparição de um espírito desencarnado, que se materializa para "confortá-lo". Lucas di-lo ággelos (mensageiro). Como explicar essa materialização?
Já havíamos assinalado que Pedro, Tiago e João foram os chamados para acompanhar a Transfiguração e, dissemo-lo a seu tempo (cfr. vol. 4), deviam ser médiuns de efeitos físicos, escolhidos exatamente para proporcionarem ectoplasma. O que ocorreu lá, ocorre agora aqui e ocorrerá na "ascensão".
O ectoplasma abundantemente fornecido possibilitou a materialização do espírito.
Mas não foi só: houve também o segundo fenômeno assinalado por Lucas.
Aqui entra o tão citado e estudado "suor de sangue" a que a medicina chama hematidrose: vimos que thrómboi não exprime "gotas", e sim "coágulos" ou "grumos", quer de sangue, de leite, gordura, etc.
Muitos esforçam-se em provar que, nas grandes angústias, é possível que as capilares do derma possam, por exosmose, exteriorizar gotículas de sangue. Mas não nos convence essa explicação, em primeiro lugar porque a luta e a angústia de Jesus não devem ter sido tão apavorantes que causassem esse efeito violento e raro; em segundo lugar, porque, onde há explicação mais simples e plausível, não deve buscar-se outra mais complicada e difícil.
Compreendemos que esses coágulos formados por Seu suor, ou seja, pelo que parecia ser "suor", eram pequenas cristalizações de ectoplasma.
Sabemos, sem qualquer dúvida, que ectoplasma é proveniente do sangue, e melhor que nós devia sabêlo Lucas. Sabemos ainda que o ectoplasma se exterioriza, na mediunidade de efeitos físicos, por todos os orifícios do corpo: boca, narinas, ouvidos, anus, vagina, meato urinário e ainda pelo umbigo e pelos poros de todo o corpo, sendo tanto mais abundante, quanto maiores forem os orifícios, como é lógico.
Que o ectoplasma dos discípulos foi abundante, comprova-o o sono irresistível (e anotemos de passagem que realizaram uma sessão de materialização após bebido vinho). Mas também do corpo de Jesus deve ter-se exteriorizado, como o demostra o fato de ter sido interpretado como "suor". Mas não se afastou do corpo, antes, envolveu-o, sendo que, porém alguns coágulos caíram ao chão.
Outro argumento que nos induz a crer que se trata de ectoplasma, é que todos sabemos que se apresenta, na escuridão, com fraca luminescência fosfórea, coisa que não ocorre com o suor aquoso, nem mesmo com a hematidrose. E para ter sido anotado, nessa noite escura, observando-se que "caía por terra", era preciso que houvesse algo a iluminá-lo: sua própria fosforescência.
Mas por que e para que se teria produzido tal fenômeno?
Não cremos que tenha sido pelo pavor, mas sim pelo merecimento da personagem de Jesus, sempre pronta a obedecer e que, nesse mesmo instante, soubera aceitar com resignação a prova dolorosa.
Esse merecimento fez que o espírito materializado o confortasse e ajudasse de duas maneiras eficientes:
1. ª) recobrindo a superfície do corpo de Jesus com aqueles pequenos cristais de ectoplasma, localizados provavelmente sob a pele, a fim de embotar os terminais nervosos, com o objetivo de diminuir a violência das dores e contusões, preparando rápida recuperação dos tecidos epiteliais;
2. ª) cauterizando por antecipação os capilares da epiderma e do derma, a fim de que o sangue não esvaísse com demasiada abundância, mas logo coagulasse.
Com efeito, pelas narrativas não se fala em sangue abundante: houve algum sangue com a intromissão dos cravos nos pés e nos pulsos, e correu "um pouco de sangue com água" na chaga do lado; mas pelo que verificamos no "Sudário de Turim", o sangue não teve a abundância que seria de esperar, não tendo tido caráter hemorrágico, o que teria causado esvaimento total, dificultando-lhe a recuperação de Seu corpo.
Verificamos, pois, que em todo o trecho continuam as lições através dos fatos, dando-nos oportunidade de aprender novas propriedades do ectoplasma, até agora por nós insuspeitadas. O inciso de Lucas "orou mais fervorosamente e tornou-se o suor dele como coágulos de sangue, caindo ao chão" é que nos revelou não se tratar de hematidrose, ou suor de sangue provocado pela angústia, e sim um fenômeno benéfico, como resultado imediato da prece.
O fato de Lucas falar em thrómboi, "coágulos", alertou-nos para a circunstância específica da cristalização do ectoplasma, coisa que ainda não lemos nas obras técnicas do Espiritismo moderno. Essa cristalização talvez provoque efeitos medicinais ainda desconhecidos, que supusemos ser o embotamento dos terminais nervosos e mais rápida coagulação do sangue, para evitar o esvaimento hemor rágico. Pareceu-nos lógica essa explicação, restando agora apenas ser comprovada nos laboratórios dos pesquisadores que se dedicam ao estudo nas sessões de efeitos físicos.
Assim fortalecido e fisicamente preparado, regressa definitivamente aos discípulos, e pergunta-lhes por que ainda estão a dormir, se já está chegando o discípulo que vai entregá-lo nas mãos dos profanos para o sacrifício: Ele já estava pronto para iniciar a prova.
Mas que eles orassem, porque também a provação deles estava para chegar: que permanecessem despertos (acordados) e em oração, a fim de não sucumbirem.
Cabe a nós todos o mesmo aviso, em qualquer situação, mas sobretudo quando assoberbados por ataques que visam a experimentar nossas forças.
Não percamos de vista, outrossim, a energia do Espírito a dominar a personagem, e a necessidade absoluta de aceitação por parte de nosso eu pequeno de TUDO QUANTO VENHA SOBRE NÓS: tudo é necessário e "tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus" (RM 8:28). Quantas vezes aquilo que nos revolta, seria um passo à frente em nossa evolução, e perdemos a oportunidade! Estejamos despertos, atentos, bem acordados, e permaneçamos em oração, para aproveitar todas as ocasiões de subir.
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
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A PAIXÃO
A. A PREPARAÇÃO PARA A MORTE, Mateus 26:1-27. 31
Preliminares (Mateus 26:1-5)
- A Perspectiva (Mateus 26:1-2). Pela última vez encontramos a fórmula: E aconteceu que, quando Jesus concluiu todos esses discursos (1), que aparece no final de cada um dos cinco grandes discursos de Jesus no texto de Mateus (cf. Mateus 7.28; 11.1; 13
53: ). E aconteceu é kai egeneto, uma expressão da Septuaginta, encontrada normalmente no texto de Lucas, mas que só é usada por Mateus com esta fórmula.19-1
Jesus predisse a sua paixão três vezes (Mateus 16.21; 17:22-23; 20:17-19). Agora Ele lhes revela que faltavam apenas dois dias para que Ele fosse traído (2). Como Jesus come-morou a Páscoa com os seus discípulos na noite de quinta-feira, esse dia seria a terça-feira. Parece que o Mestre pode ter passado a quarta-feira separado do povo, instruindo os seus discípulos em particular. Será entregue deveria ser "está sendo traído" (o pre-sente profético).1
- A Conspiração (Mateus 26:3-5). Os príncipes dos sacerdotes, e os escribas,2 e os anciãos do povo (3) formavam o grande Sinédrio em Jerusalém, que era o corpo judici-al supremo da nação judaica. Este grupo se reunia na sala (em grego, "corte") do sumo sacerdote, Caifás, que esteve neste cargo de 18 a 36 d.C.
Consultaram-se ("trocaram idéias") sobre como poderiam prender Jesus com dolo – a palavra originariamente queria dizer uma "isca" ou "armadilha" e, portanto, "artifício" ou "engano" — e o matarem (4). Eles queriam evitar fazer isso durante a festa, para que não houvesse alvoroço ("tumulto", "reação das multidões") entre o povo (5). O fanatismo religioso sempre se exaltava durante a época da Páscoa, que comemorava a libertação dos israelitas da escravidão no Egito. Era uma época em que só era necessária uma faísca para acender o fogo da revolução contra o governo romano. Os líderes judeus sabiam muito bem disso. Eles teriam preferido esperar até que os peregrinos (mais de um milhão de pessoas) tivessem deixado Jerusalém. Mas quando Judas se ofereceu para trair o seu Mestre, eles evidentemente decidiram ir em frente logo.
2. A Unção em Betânia (Mateus 26:6-13)
João
A unção aconteceu em Betânia (a três quilômetros de Jerusalém. Veja o mapa), em casa de Simão, o leproso (6). Simão era um nome muito comum e este homem pode ter sido curado por Jesus da lepra que o acometia.
Então veio uma mulher — João a identifica como Maria (a irmã de Marta) — com um vaso de alabastro (7). Aversão em grego diz simplesmente alabastron. Arndt e Gingrich definem esta palavra da seguinte forma: "Alabastro, ou seja, um frasco de alabastro para a unção, um recipiente com um gargalo comprido que era quebrado quando o seu conteú-do era usado".5 O ungüento era de grande valor (literalmente, "de enorme valor"). Este ungüento poderia ter reprpsentado as economias de toda a sua vida. Ela derramou-lho sobre a cabeça de Jesus. Ela não se concentrou em aplicá-lo gota a gota, como normal-mente se usaria um perfume caro. Ao invés disso, ela quebrou o gargalo estreito do vaso (Mc
Os discípulos indignaram-se (8), a mesma palavra de Mateus 20.24 e Mateus 21.15 (veja os comentá-rios sobre estas passagens) — por causa desse desperdício. João
Mas Jesus defendeu o ato dela. Ele disse (10) : Ela "praticou uma boa ação para comigo".' Eles sempre teriam os pobres — a história comprova isso — mas Jesus em breve iria embora (11). Então o Mestre explicou o significado do ato da mulher: ...fê-lo prepa-rando-me para o meu sepultamento (12). Embora o Senhor fosse morrer em uma cruz, ao invés de se sentar em um trono, Ele ainda era o Rei. Maria, por ouvir com mais atenção (cf. Lc
Pelo seu amor e pela sua lealdade, em todo o mundo, também será referido o que ela fez para memória sua (13). Milhões de cópias do Evangelho, em milhares de idiomas, contam essa história, onde quer que o evangelho tenha chegado. Como ela deu tudo de si, o nome de Maria se tornou imortal.
William Barclay chama a unção de Jesus por Maria de "A Extravagância do Amor". Na história podemos ver que
1) Há ocasiões em que o bom senso falha, 6-9;
2) Há certas coisas que precisam ser feitas quando surge a oportunidade, caso contrário jamais pode-rão ser feitas, 10-12;
3) A fragrância de um ato de amor dura para sempre, 13.
- A Traição de Judas (Mateus 26:14-16) 7
A mente ambiciosa de Judas 1scariotes reagiu violentamente ao "desperdício" de aproximadamente um ano de salário (cf. Mc
Judas foi ter com os príncipes dos sacerdotes (14) — agora os principais inimigos de Jesus — e perguntou o que lhe dariam se lhes entregasse o Mestre (15). Eles lhe pesaram trinta moedas de prata. Este uso de histemi como "colocar em uma balan-ça"' e assim "pesar" só é encontrado no Novo Testamento, embora ocorra no texto grego clássico e na Septuaginta. A quantia que eles pesaram foi de trinta moedas (ou peças) de prata, que eram siclos de prata. O valor total seria igual a 120 denários, ou aproxi-madamente 25 dólares. Este era o preço de um escravo (Êx
- A Última Páscoa (Mateus 26:17-29)
a) Os Preparativos (26:17-19). Uma das últimas coisas que Jesus fez com os seus discípulos antes da sua morte, foi comer a refeição da Páscoa com eles. Isto foi particu-larmente apropriado, uma vez que, dentro de poucas horas, Ele mesmo se ofereceria como o Cordeiro Pascal para fazer a expiação pelos pecados de todos os homens.
No primeiro dia da Festa dos Pães Asmos (17) — nesse dia se sacrificava o cor-deiro da Páscoa (veja Mac 14.12; Lc
Os três Evangelhos Sinóticos concordam em retratar Jesus como comendo a refeição da Páscoa com os seus discípulos na noite anterior à Sua crucificação. Mas alguns pen-sam que o Evangelho de João não parece estar de acordo com isso. João diz que os judeus não entraram na audiência de Pilatos na manhã da crucificação "para não se contamina-rem e poderem comer a Páscoa" (Jo
O problema de harmonizar os relatos sinóticos e o de João, quanto a este aspecto, é o mais difícil na cronologia do Novo Testamento. A maioria dos estudiosos hoje em dia considera que eles são irreconciliáveis, e escolhem a cronologia de João como sendo a correta, e a dos sinóticos como não sendo tão precisa. Alguns procuram uma posição de equilíbrio dizendo que não foi realmente a refeição da Páscoa que Jesus comeu com os seus discípulos — os Evangelhos Sinóticos afirmam categoricamente que foi — ou então que Ele intencionalmente comeu mais cedo, sabendo que estaria morto na hora normal da refeição.'
Edersheim insiste que a última Ceia dos Evangelhos Sinóticos era verdadeira-mente a Páscoa.' A mesma coisa diz J. Jeremias, que chama a atenção para o fato de que a ceia aconteceu em Jerusalém, durante a noite, com os Doze, com pão e vinho, e com um hino." Ele parece ter provado conclusivamente este ponto. Parece não haver como evitar o fato de que Jesus comeu a refeição de Páscoa com os seus discípulos antes da sua morte.
Qual é a solução para este problema? Andrews afirma que João usou o termo "Pás-coa" no seu sentido mais amplo. Ele escreve: "... a frase 'comer a Páscoa' naturalmente vem a significar todo o banquete? Ele ainda diz: "A Páscoa, no texto de João, é uma palavra que se refere a toda a festa; e uma vez que já tinham celebrado a refeição pascal, ele não poderia empregar essa palavra para designar as refeições restantes?".14
Stauffer tem outra explicação. Ele esclarece o fato surpreendente de que não é men-cionado nenhum cordeiro ao dizer que um apóstata não tinha permissão de comer o cordeiro da Páscoa. Assim, sem o cordeiro, "Jesus teve a sua Páscoa 24 horas antes da refeição oficial de Páscoa dos membros da comunidade do templo".15
Duas outras soluções foram oferecidas pôr autores recentes. Uma delas é a seguinte: "Naquele ano particular os judeus da Palestina observaram a Páscoa no sábado; os da Dispersão a observaram na sexta-feira".' Marcos seguiu o calendário da Dispersão. As-sim, tanto os Sinóticos quanto João estão certos. ("Sexta-feira" significa o anoitecer da quinta-feira, uma vez que o dia judaico começa no pôr-do-sol).
Freedman afirma que os Rolos do Mar Morto mostram que muitos judeus religiosos seguiam o antigo calendário solar de Israel (364 dias) e rejeitavam o novo calendário lunar. Ele opina que Jesus comeu a refeição da Páscoa com os seus discípulos na noite de terça-feira, ao passo que os sacerdotes e os demais a comeram na sexta-feira, depois da crucificação.' Ele considera que Jesus foi mantido prisioneiro desde a noite de terça-feira até a sexta-feira.
Com tantas soluções propostas para escolher, é óbvio que não precisamos concluir que existe uma contradição irreconciliável entre João e os Sinóticos. Enquanto nenhuma solução obtiver aceitação universal, a de Andrews talvez seja a que apresenta menos dificuldades e mais evidências a seu favor.
O costume de Mateus de omitir detalhes volta a se manifestar nesta narrativa. Ele não diz quem foi enviado para preparar a Páscoa. Marcos diz que foram "dois discípulos" e Lucas diz que foram "Pedro e João". Mateus diz que eles foram ao encontro de um certo homem (18), ao passo que Marcos e Lucas falam de "um homem que leva um cântaro de água".
Os discípulos deveriam levar a mensagem: Em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos. Seguindo as instruções, eles prepararam a Páscoa (19).
b) A Última Ceia (Mateus 26:20-25). Jesus assentou-se (ou "reclinou-se") à mesa com os doze apóstolos (20). Enquanto estavam comendo, Ele anunciou que um deles iria traí-lo (21). Os discípulos, chocados e entristecidos, perguntaram, um por um: Porventura, sou eu, Senhor? (22). O texto grego indica que se esperava uma resposta negativa -"Senhor, não sou eu, sou?!" O Mestre informou: O que mete comigo a mão no prato, esse me há de trair (23). Este fato torna o crime de Judas ainda mais hediondo. Pois comer com uma pessoa era um sinal de amizade e um compromisso de não lhe causar nenhum dano, de não lhe fazer nenhum mal. Até mesmo o traidor fez a pergunta, embo-ra se dirigisse a Jesus como Mestre (em grego, "Rabi") e não como Senhor. Cristo respon-deu: Tu o disseste (25), o que parece ser uma resposta afirmativa direta. Apesar desse aviso de Jesus, e mesmo depois dessa oportunidade de reconsiderar a sua decisão, Judas prosseguiu com os seus planos de traição.
c) A Ceia do Senhor (Mateus 26:26-29). Em uma conexão com a Última Ceia, Jesus instituiu a Ceia do Senhor. Ele abençoou e partiu o pão, e disse aos seus discípulos: Tomai, comei, isto é o meu corpo (26). Deve ficar claro que o significado é "isto representa o meu corpo".
Então o Mestre tomou o cálice (27). Carr entende que este era o terceiro cálice da refeição da Páscoa, chamado "o cálice da bênção".' Ele os instruiu: Bebei dele todos. É uma pena que essas palavras, repetidas milhares de vezes, todos os domingos, ao redor do mundo, tenham sido traduzidas de forma variada. O texto grego diz muito claramente: "Todos vocês bebam dele" (cf. RSV). Jesus então prosseguiu e identificou o conteúdo do cálice como representando o meu sangue, o sangue do Novo' Testamento ("alian-ça"), que é derramado (grego, "despejado") por muitos, para remissão dos pecados.
Cristo declarou que Ele não beberia deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai (29). Existe um sentido em que Cris-to compartilha com os fiéis o serviço da comunhão. Paulo afirma: "Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha" 1Co
5. No Monte das Oliveiras (Mateus 26:30-56)
a) A Predição das Negações de Pedro (Mateus 26:30-35). No final da Ceia, eles cantaram um hino (30). Edersheim diz: "Provavelmente devemos entender que esse hino foi a segun-da parte do Hallel [Sl 115-118], entoado algum tempo depois do terceiro cálice, ou então o Salmo 136, que, no ritual atual, está próximo ao final do serviço".'
Aos seus discípulos, o Mestre fez outro anúncio triste (cf. v. 21) : Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim (31). Lenski apresenta: "Todos vocês serão per-seguidos, como alguém que é surpreendido em uma armadilha, por estarem ligados a mim".21 O verbo é skandalizo. É certo que todos os discípulos caíram na armadilha de Satanás naquela noite, quando abandonaram o seu Mestre. Cristo citou Zacarias
Pedro sempre tinha uma palavra a dizer. Como de costume, era uma palavra de autoconfiança. Mesmo que todos os demais "abandonassem" a Jesus (RSV, NEB, NTLH), ele nunca o faria (33). Infelizmente, Pedro não conhecia a sua própria fraqueza. Cristo se sentiu obrigado a avisá-lo de que naquela mesma noite, antes que o galo cantasse, Pedro negaria três vezes o seu Mestre (34). Seguindo o seu comportamento característi-co, Pedro respondeu que morreria antes de negar o seu Senhor (35). Teria sido mais sábio pedir humildemente que o Senhor o fortalecesse para enfrentar a prova. Todos os discí-pulos o acompanharam, afirmando a lealdade deles.
b) A Oração no Getsêmani (Mateus 26:36-46). O nome Getsêmani (somente aqui e em Mar-cos
Jesus deixou oito dos seus onze discípulos na entrada do jardim. Levando somente o seu círculo mais íntimo — Pedro e os dois filhos de Zebedeu (37) — Ele caminhou para o interior do bosque de oliveiras e abriu o seu coração para esses companheiros mais próximos. Ele disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte (38). Era o peso dos pecados do mundo sobre os seus ombros que o estava esmagando. Ele implorou: Ficai aqui e vigiai comigo. Mas eles fracassaram.
Jesus foi um pouco adiante (39), não apenas fisicamente, mas espiritualmente. Se Ele não tivesse ido um pouco adiante, poderíamos não ser salvos. E a menos que nós também caminhemos um pouco adiante — em serviço misericordioso e consagrado -muitos outros não serão salvos.
O Mestre prostrou-se sobre o seu rosto. Isto revela alguma coisa sobre a agonia da sua alma. Ele orou pedindo que, se fosse possível, o cálice passasse dele. O que era este cálice? Certamente, era mais do que a morte física. Jesus não era covarde. Parece que os resíduos mais amargos deste cálice de dor seriam a separação do rosto do Seu Pai, quando Aquele que não conheceu o pecado se tornaria "pecado" (ou "uma oferta pelos pecados") por nós (2 Co 5.21). A sua oração final foi: todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. Esta sempre é a oração de uma alma consagrada.
Quando Jesus retornou aos três discípulos, que deveriam estar vigiando (38), Ele os encontrou adormecidos (40). Como Pedro havia se vangloriado de forma tão elevada, o Mestre o repreendeu. Então, nem uma hora pudeste vigiar comigo? E Cristo lhes deu outra advertência solene: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação (41). Esta é uma advertência à qual todo cristão precisa dar atenção, durante todas as horas de todos os dias. "A eterna vigilância é o preço da liberdade." Isto é verdade no campo militar, e é verdade espiritualmente. Jesus reconheceu que o espírito está pronto, mas a carne é fraca. Isto não significa a natureza carnal, mas o corpo físico. Os discí-pulos estavam tão cansados e tão entristecidos que adormeceram.
Indo segunda vez, Jesus orou basicamente a mesma oração, com talvez uma ênfase um pouco maior em faça-se a tua vontade (42). Mais uma vez Ele encontrou os discípulos dormindo, porque os seus olhos estavam carregados (43). Eles haviam terminado uma semana dura. As intenções deles eram boas, mas o desempenho deixava algo a desejar.
Pela terceira vez o Mestre orou, dizendo as mesmas palavras (44). Quando Ele retornou desta vez, disse: Dormi, agora, e repousai (45). Esta aparente exortação parece inconsistente com o versículo 46: Levantai-vos, partamos; eis que é chegado o que me trai. A solução do problema é simples. O texto grego do versículo 45 pode, com igual exatidão, ser traduzido como uma ordem ou como uma pergunta – a forma para ambas é exatamente a mesma. Mas aqui a ordem não se encaixa, enquanto a pergunta se encaixa perfeitamente. A melhor tradução, em nossa opinião, é: "Vocês ainda estão dor-mindo e repousando?" Em uma ocasião como esta, em que o Filho do Homem está "sendo traído" – a ação já está ocorrendo – vocês estão dormindo como sentinelas no seu posto?
c) A Traição e a Prisão (26:47-56). Enquanto o Mestre estava tentando despertar os seus discípulos, Judas, um dos doze – que observação patética, encontrada nos três Evangelhos Sinóticos! – apareceu. Com ele estava uma grande multidão (47). Stauffer pensa que era "um pequeno exército de mil soldados"." Mas isso não parece provável em vista da missão de prender um Homem – ou até mesmo quase uma dúzia de homens. Era uma multidão heterogênea com espadas e porretes. Com certeza eles tinham falsas idéias sobre o Príncipe da Paz. Estes homens tinham sido enviados pelos príncipes dos sacerdotes e dos anciãos do povo, isto é, pelo Sinédrio.
Judas lhes havia fornecido um sinal (48). Ele identificaria Cristo com um beijo. Este é um ato particularmente atroz, uma vez que o beijo era um símbolo da amizade e da honra. Ele se aproximou de Jesus e o saudou afetuosamente com um beijo e as pala-vras: Eu te saúdo, Rabi (49; em grego, "mestre"). Com gentil compaixão o Mestre disse: Amigo (literalmente "companheiro" ou "camarada"), a que vieste? (50). Mas não havia mais tempo para conversas. A multidão rapidamente rodeou Jesus e o prendeu.
Um dos discípulos de Jesus – João
Jesus ordenou ao seu zeloso discípulo que guardasse a sua espada, pronunciando a significativa verdade: todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão (52). Ele também declarou que poderia convocar mais de doze legiões de anjos (53). Não lhe faltava defesa. Mas Ele precisava se submeter, para que a vontade de Deus, revelada nas Escrituras (o nosso Antigo Testamento) fosse cumprida (54).
A seguir, Cristo repreendeu a multidão (55) por sair como para um salteador (55; grego, "ladrão") com espadas e porretes ("pedaços de pau"). O Senhor lembrou aqueles homens de que haviam tido todas as oportunidades de prendê-lo quando Ele ensinava diariamente no Templo. Mas o que estava acontecendo era o cumprimento das Escritu-ras dos profetas (56). Uma triste observação figura como um apêndice: Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram. Onde estava a lealdade que com tanta firmeza havia sido afirmada poucas horas antes (cf.
35) ?
6. O Julgamento Judaico (Mateus 26:57-27,2)
a) Perante o Sinédrio (Mateus 26:57-68). A multidão que tinha aprisionado Jesus o levou até Caifás, o sumo sacerdote, onde os escribas e os anciãos (o Sinédrio) estavam reunidos (57). Pedro, embora repreendido pelos seus esforços para proteger o Mestre, seguiu-o de longe (58). Ele deve, pelo menos, receber o crédito por tê-lo seguido. O seu amor pelo Senhor fez com que ele fosse até lá, embora tivesse medo. O apóstolo entrou no pátio do sumo sacerdote (em grego, "corte") e assentou-se entre os criados, para ver o fim (58). Ele provavelmente percebeu, a esta altura dos acontecimentos, um pouco da gravidade da situação.
Todo o conselho — composto dos príncipes dos sacerdotes, dos anciãos e dos escribas — procurava falso testemunho contra Jesus, para poderem dar-lhe a morte (59). Esses líderes estavam tão determinados a matá-lo, que se curvariam a qualquer falsida-de que pudesse levá-lo à morte. Mas todos os esforços falharam, pois as falsas testemu-nhas não conseguiam chegar a um acordo em suas histórias fabricadas (60).
Finalmente, duas fizeram a mesma acusação. Elas acusaram Jesus de ter dito: Eu posso derribar o templo de Deus e reedificá-lo em três dias (61). É evidente que Jesus nunca disse nada parecido com isso. Esta foi provavelmente uma interpretação errada de sua frase registrada em João
O sumo sacerdote desafiou Cristo a responder às acusações levantadas contra Ele
- Mas o Mestre permanecia em silêncio. Finalmente, o sumo sacerdote interrogou Je-sus, sob juramento, solicitando que o Senhor falasse sobre os fatos relativos à sua origem
- Diante de tamanha insistência, Jesus respondeu: Tu o disseste (64). A mesma ex-pressão aparece no versículo 25. Carr escreve: "Esta é uma fórmula de concordância tanto no hebraico quanto no grego, e ainda é usada na Palestina com esse sentido".' Jesus então acrescentou uma afirmação altamente apocaliptica sobre o Filho do Homem sentado à direita do Todo-poderoso — um substituto tipicamente judaico para "Deus" — e vindo sobre as nuvens do céu. Este é o tipo de atitude que se esperava do Messias.
O efeito das palavras de Jesus foi eletrizante. Caifás rasgou as suas vestes (65). Sob circunstâncias normais, a lei proibia o sumo sacerdote de tomar uma atitude como esta (Lv
Não havia mais a necessidade de testemunhas: Eis que bem ouvistes, agora, a sua blasfêmia. Não teria sido blasfêmia afirmar ser um messias humano; aliás, muitos estavam esperando esta atitude. Mas o sumo sacerdote colocou Jesus sob juramento para dizer se Ele era "O Filho de Deus" (63). O Senhor respondeu afirmativamente. Este fato, juntamente com o restante do versículo 64, mostra porque o Sinédrio o considerou culpado de blasfêmia.
Quando indagado, o grupo de líderes respondeu: É réu de morte (66). Os atos que se seguiram são um triste comentário sobre o nível ético do judaísmo daqueles dias. O fato de os líderes religiosos da nação terem se curvado a atos tão infames, como cuspir no Seu rosto, esmurrá-lo e esbofeteá-lo (67), mostra a decadência do judaísmo.
O versículo 68 fica claro à luz de Lucas
b) Pedro Nega Jesus (26:69-75). Enquanto acontecia o julgamento perante Caifás, Pedro estava assentado fora, no pátio (69) — como no original grego. Uma criada aproximou-se dele com a acusação: Tu também estavas com Jesus, o galileu. Pedro negou, afirmando: Não sei o que dizes (70). A seguir, para evitar a sua identificação junto à brilhante luz do fogo (cf. Mc
Depois de pouco tempo, os que ali estavam se aproximaram dele com a afirmação: Verdadeiramente, também tu és deles, pois a tua fala te denuncia (73). Uma possível tradução seria: "O teu sotaque te denuncia". Os galileus falavam com um sota-que diferente dos judeus da Judéia. Era fácil para o povo de Jerusalém reconhecer um galileu ao ouvi-lo falar.
Quando Pedro se viu realmente encurralado, ele começou a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem (74). Isso poderia facilmente ser interpretado como significando que ele usou uma linguagem profana. Mas o que isso realmente signi-fica é que ele chamou sobre si as maldições de Deus, caso não estivesse dizendo a verda-de, e fez um juramento de que estava. Assim ele foi culpado de duplo perjúrio (cf. 72).
Exatamente nesse instante o galo cantou. Pedro se lembrou das palavras de Cris-to sobre o que ele tinha acabado de fazer (75). E, saindo dali, chorou amargamente. Essas eram lágrimas de genuíno arrependimento, como se mostrará a seguir.
Quando Pedro afirmou categoricamente que nunca iria negar o seu Senhor, ele foi sincero. Mas ele não conhecia o grau de corrupção do seu próprio coração, que lhe foi revelado por esta experiência de negar a Cristo. Com isso, então, ele ficou preparado para esperar, com os demais, pelo derramamento do Espírito Santo no Pentecostes, que purificaria o seu coração e o faria completamente leal ao seu Senhor.
Champlin
Genebra
26:5
Não durante a festa. Ainda que os oficiais esperassem adiar o assassinato de Jesus até depois da Páscoa (Mc
* 26.6-13
Marcos
* 26.8 indignaram-se os discípulos. João registra a objeção hipócrita de Judas (Jo
* 26:11
os pobres. Cuidar dos pobres é mandamento de Deus, mas o mandamento não tem prioridade maior do que Jesus, o único enviado pelo Autor do mandamento. Do mesmo modo, Deus manda honrar o pai e a mãe, mas não acima da honra devida a Jesus (10.37; 15:4-6; 19.29).
* 26.17 primeiro dia dos pães asmos. O dia da preparação para a Páscoa, presumivelmente 14 de Nisã (o primeiro mês do calendário judeu). Jesus celebrou a Páscoa ao anoitecer de 15 de Nisan e foi crucificado na tarde do dia seguinte. O Evangelho de João parece apresentar Jesus como tendo sido crucificado no dia anterior à Páscoa (Jo
Calvino entendia o dia da preparação como o dia anterior à Páscoa e argumenta que os judeus, de acordo com algumas tradições, combinaram a Páscoa com o Sábado semanal (Jo
*
26:18
O meu tempo. Jesus enfatiza outra vez que todos os terríveis eventos que logo teriam lugar, estavam totalmente sob o controle de Deus.
* 26.24 Filho do homem. Ver 8.20, nota.
como está escrito a seu respeito. A morte expiatória de Jesus não resultou de um mero artifício das autoridades mal orientadas. O evento e suas circunstâncias, inclusive a traição por um amigo (Sl
* 26.26-29
Na antiga Aliança a refeição da Páscoa era uma celebração memorial do livramento de Israel da escravidão no Egito. Ao transformar sua última refeição pascal, instituindo a Ceia do Senhor, Jesus mostra o consistente enfoque na redenção, através de toda a revelação de Deus. A Ceia do Senhor demonstra a continuidade essencial que há entre a antiga e nova aliança, revelando que o verdadeiro significado da Páscoa está no livramento efetuado pela morte de Jesus.
* 26:26
isto é o meu corpo. No Catolicismo Romano estas palavras são citadas como base da doutrina da transubstanciação, que ensina que os atributos físicos externos do pão e do vinho, permanecem imutáveis, enquanto a essência invisível é transformada no corpo e sangue de Cristo. Calvino e outros Reformadores reconheceram que os elementos (pão e vinho) representam o corpo e o sangue de Cristo. Jesus disse estas palavras estando fisicamente presente com os seus discípulos, de modo que uma identificação literal dos elementos com a substância física de Jesus, não podia ter ocorrido aos discípulos. O pão e o vinho são mais do que símbolos convencionais porque, através do Espírito Santo, eles comunicam, de maneira visível, aquilo que é lido e ouvido no evangelho (1Co
* 26:28
meu sangue... da nova aliança. A aliança mosaica foi inaugurada com um sacrifício (Êx
* 26:31
Ferirei o pastor. No contexto de Zacarias
* 26:39
cálice. Ver 20.23, nota. Jesus está horrorizado diante da perspectiva de suportar a ira de seu Pai. Jesus tinha de enfrentar a morte sabendo que seu Pai não estaria com ele, mas contra ele, em ira e juízo.
* 26:52
Embainha tua espada. Jesus não trouxe o seu reino mediante a força, como fazem os reis terrenos.
* 26:54-56
para que se cumprissem. Jesus sabe que as profecias de salvação, nas Escrituras, devem ser cumpridas através de sua morte (Lc
* 26.59-61
Aparentemente, o Sinédrio teve dificuldade em encontrar falsas testemunhas. Finalmente, usaram uma acusação que era uma distorção daquilo que Jesus havia dito (Jo
* 26:63
Eu te conjuro. Jesus não respondeu e Caifás vai direto ao assunto: Jesus reivindica ser o Messias enviado por Deus?
* 26:64
Tu o disseste. A resposta de Jesus é relutantemente afirmativa, provavelmente porque a compreensão do sumo-sacerdote, a respeito do papel do Messias, era muito diferente do papel que Jesus realmente desempenhava. Jesus responde do mesmo modo a uma pergunta semelhante de Pilatos, em 27.11.
desde agora, vereis. Jesus, provavelmente, está falando do processo de exaltação à mão direita do Pai que, em certo sentido, começa com a sua humilhação e morte. Os líderes judeus logo veriam, através do relato dos soldados sobre a ressurreição (28.11-15) e do testemunho ocular de Estêvão sobre a majestade do Cristo exaltado (At
* 26.69-75
As três negações de Pedro são registradas em todos os quatro Evangelhos (Mc
Matthew Henry
Wesley
Com sua habitual impetuosidade Pedro declarou que, embora todos os outros devem ser "escandaliza" (ofendido ), ele nunca faria isso. Jesus advertiu Simon que ele negaria três vezes naquela mesma noite. Pedro e todos os discípulos declararam que iriam morrer primeiro. Eles não sabiam que sua própria fraqueza.
b. Amarga tristeza de Jesus (26: 36-46) 36 Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar. 37 E tomou consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e sore conturbado. 38 Então lhes disse: A. A minha alma está profundamente triste até a morte;. Ficai aqui e vigiai comigo 39 E adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, e orou, dizendo: Meu Pai, se é possível, que este cálice longe de mim.: no entanto, não como eu quero, mas como tu queres 40 ? E, voltando para os seus discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: O que pudeste vigiar comigo nem uma hora 41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação;. o espírito está pronto, mas a carne é fraca 42 Novamente a segunda vez que ele foi embora, e orou, dizendo: Meu Pai, se este não pode passar sem que eu o beba, teu será feito. 43 E ele veio novamente e os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados. 44 E deixando-os de novo, e foi-se embora, e orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. 45 Então voltou para os discípulos, e disse-lhes: Dormi agora, e descansai: eis que a hora está próxima, e o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. 46 Levanta-te, vamo-nos: eis que ele está na mão que trai me.. A história de Jesus orando no Jardim é contada em todos os três Evangelhos sinópticos Getsêmani (usado somente aqui e Mc
Jesus deixou oito dos discípulos na entrada do bosque, levando consigo Pedro, Tiago e João. Esses dois detalhes são registrados somente em Mateus e Marcos. O Mestre, então, compartilhou com o círculo interno a tristeza que pesava-lo, até mesmo ao ponto da morte (v. Mt
A oração é dada de forma muito semelhante em todos os três sinóticos (conforme Mc
Voltando às três discípulos, o Mestre encontrou dormindo (v. Mt
A segunda vez Jesus foi e orou a mesma oração (conforme Mc
Os versículos
Enquanto Jesus ainda estava despertando seus discípulos sonolentos, Judas apareceu na frente de uma procissão do Sinédrio. Ela era composta por uma multidão -Stauffer acha que foi um pequeno exército de mil soldados, "preparado para" cordon fora do Monte das Oliveiras, e para procurar com lanternas e tochas cada esconderijo. "Mas isso tem vista para a afirmação de que Judas "conhecia o lugar" (Jo
Quando os soldados ou agentes apreenderam Jesus, um dos seus discípulos-João (Jo
Virando-se para a multidão que o rodeava, Jesus repreendeu-os por agarrando-o desta forma, com espadas e varapaus , como se Ele fosse um ladrão (v. Mt
Jesus foi levado para a casa de Caifás, o sumo sacerdote . João (18: 12-13) menciona, uma audiência informal preliminar diante de Anás, o pai-de-lei de Caifás. O sumo sacerdote presidiu a Sanhedrin- os escribas e os anciãos (conforme Mc
Pedro seguiu de longe -a procedimento perigoso, o que lhe meteu em problemas. Mas ele merece um grau de recomendação para seguir em tudo. Ele entrou na grande, aberto tribunal , ou "pátio", em torno do qual palácio do sumo sacerdote foi construído.Sentar-se com os oficiais - "atendentes", provavelmente membros do templo guarda-esperou para ver o fim (v. Mt
O Sinédrio procurado falso testemunho contra Jesus, um triste comentário sobre os líderes eclesiásticos-a fim de colocá-lo à morte . Este objectivo foi o objecto de todo o procedimento. Mas eles tiveram dificuldade para conseguir o que queriam. Finalmente duas testemunhas concordaram em declarar que Jesus tinha dito: Eu sou capaz de (Mc
Em seguida, Jesus aplicou a Si mesmo a linguagem do Ez
Quando o sumo sacerdote presidente perguntou: Que vos parece? (v. Mt
As ações que se seguiram foram totalmente inadequada para um tribunal superior de justiça, e especialmente um que foi também um corpo religioso. Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo desceu tão baixo a ponto de cuspir na cara dele (v. Mt
Pedro estava sentado no pátio aberto, aquecendo-se ao fogo (conforme Mc
Em resposta a esta terceira acusação Pedro começou a praguejar ea jurar, dizendo: Não conheço esse homem (v. Mt
Só então o galo cantou . Pedro lembrou previsão do seu Mestre (conforme v. Mt
Aquele que usa uma harmonia dos Evangelhos vai notar alguma variação nas contas dos três negações. A solução mais simples é que houve uma considerável confusão no pátio e que Pedro foi acusado por vários indivíduos. Todos os quatro Evangelhos concordam que ele definitivamente negado seu Mestre três vezes.
Wiersbe
Jo
18) e, depois, se sentaria em meio aos zombadores (Lc
É uma coisa muito perigosa os cristãos julgarem uns aos outros, pois esse julgamento sempre cai sobre a nossa cabeça (Mt
Aqui, vemos como Judas engana, e Pedro se gaba. Como Sl
profetiza, Jesus anuncia que alguém o trairá. Quando Judas pergunta: "Acaso, sou eu, Mestre [Rabi — não Senhor]?", sua linguagem sugere que ele esperava uma resposta ne-gativa. Em outras palavras, ele fingia que era fiel a Cristo, quando já se entregara ao diabo Jo
Foi após a saída de Judas que Jesus instituiu a ceia do Senhor. No versículo 29, repare que ele pro-mete um reino real. Eles entoam um "hino", de Salmos 115—118; leia esses salmos e veja os ensi-namentos messiânicos que con-têm, p rincipalmente o salmo 11 8. Quando eles estão a caminho do Getsêmani é que Pedro gaba-se e nega as palavras de Cristo (e Zc
Aqui, Judas finge honrar a Cristo beijando-o repetidas vezes; e Pedro falha com Jesus ao dormir quando devia orar, ao lutar com a espada quando devia se entregar e ao fugir quando gabara-se de que morrería pelo Senhor. "O cálice" (v. 39) é o preço que Cristo pagou por se fazer pecado na cruz. Sua natureza santa conturbava-se à idéia de se fazer pe-cado; todavia, sua vontade santa era uma com a do Pai, e ele entregou sua vida de boa vontade.
Pedro, um pescador, tenta ser soldado e conseguir vitórias espiri-tuais com uma arma carnal! Deve-mos nos lembrar de que Cristo não precisa ser defendido. Nós comba-temos Satanás, não a carne e o san-gue (Ef
De qualquer forma, Pedro não o seguia; ele ficou a distância (v. 58). Zc
Era ilegal para o conselho judeu (Sinédrio) encontrar-se e sentenciar à noite, por isso ele se reuniu de novo na manhã seguinte (27:
1) para tornar a decisão "legal". Is
Russell Shedd
26:3-5 Trata-se de uma reunião do Sinédrio (Supremo Tribunal dos judeus) na época da Páscoa.
26.6 Em Betânia. Aldeia que distava 3 km de Jerusalém. Era terça-feira à noite, que, para os judeus, seria o começo dá quarta-feira, pois contavam seus dias desde o pôr do Sol. Simão. Não há base bíblica para a sugestão de que este homem era pai ou esposo de Marta ou Maria. Jo
26.20 A tarde. O fim da quarta-feira e o começo da quinta. Jesus ia celebrar a Páscoa com Seus discípulos com um dia de antecedência, pois no dia oficial do feriado religioso nacional da Páscoa, Ele mesmo estaria sendo retirado, morto, da Cruz, o Cordeiro de Deus imolado.
26:21-25 Jesus não era vítima involuntária, tomado de surpresa pelas circunstâncias. Era um sacrifício deliberadamente oferecido, Decerto que a resposta dada a judas foi feita tão silenciosamente, que os outros discípulos não ouviram, para não impedirem a traição.
26.26 Jesus ofereceu pão sem fermento e vinho comum, para serem símbolos e representações, apenas, daquilo que Ele é para Seus seguidores e daquilo que fez em prol dos homens. A ceia deve continuar a ser celebrada como memorial (Lc
26.28 Aliança. A primeira aliança foi estabelecida pelo sangue aspergido de animais sacrificados (conforme He 9:19ss). A nova aliança tornou-se válida através do sangue vertido do Filho de Deus (He 8:7-58).
26:36-46 Um dos acontecimentos mais significativos da vida de Jesus. Demonstra a verdadeira humanidade de Jesus (He 5:7). levou primeiro Seus discípulos mais aconchegados para apoio e consolação. Mas a agonia final tinha de ser enfrentada por Ele sozinho em comunhão Com o Pai. Instintivamente, como homem, recuava perante a morte na cruz, com todas as suas humilhações é torturas. A luta e a agonia de Jesus eram intensas e reais, neste instante, inclusive a tentação de evitar a cruz. A divindade de Jesus não O protegia deste sofrimento, pois para Se encarnar, abriu mão das Suas prerrogativas para realmente participar de nossa vida, dos nossos sofrimentos. A vitória de Jesus foi obtida contra tentações reais, sofrimentos reais.
26.36 Getsêmani. O nome significa "lagar do azeite" situado no monte das Oliveiras, bem interpretado pelo nome "jardim das Oliveiras".
26.39 Cálice. Não de bênçãos mas de sofrimento, estendido a Jesus pelo plano estabelecido pelo próprio Deus. Isto é ser imolado em prol dos pecadores e para salvação deles.
26.47 Judas tinha recebido uma escolta da fortaleza romana de Antônia, originalmente construída por Herodes, ao norte do templo. Veio bem equipado com armas e com lanternas (mesmo na época da lua cheia), pois temia os poderes sobrenaturais de Jesus, que, aliás, só tinham sido empregados, para o benefício de outros e não de si mesmo. 26.49 Beijou. Gr kataphilein, "beijar com ardor ou com abraços", o mesmo verbo usado com referência ao pai do filho pródigo, quando ele recebeu a este último com amor (Lc
26.58 Pedro o seguia de longe. Não quis ser identificado como discípulo e, por isso; ser preso.
26:59-68 O julgamento do Sinédrio (O Supremo Concilio dos judeus, composto dos sumos sacerdotes, dos saduceus, dos fariseus e dos escribas). No caso de Jesus, a reunião era ilícita por ter sido feita à noite (27: conforme NDB, p 1536). Os 72 membros do Sinédrio precisavam de testemunhas, mas no fim só acharam duas que torceram as palavras de Jesus (61). Jesus nada respondeu às acusações absurdas (62), mas rompeu o silêncio para confirmar ser o Messias, quando o sumo sacerdote O instigou a um juramento (63). Isto (dizer ser o Messias), era considerado blasfêmia para os judeus, e passível de morte (65-66), pois Jesus estava igualando-se a Deus. Os judeus nem sequer levaram em conta a hipótese de que Jesus falara a pura verdade, sendo, portanto, totalmente inocente do crime pelo qual foi crucificado, Jesus, uma vez condenado, foi exposto ao escárnio dos membros do Sinédrio, uma situação totalmente ilícita.
26.63 Te conjuro pelo Deus vivo. O estratagema de forçar o réu a se declarar sob juramento era ilícito na jurisprudência israelita, que não tolerava qualquer tipo de "lavagem cerebral” ou declaração forçada que o condenaria. A base dos casos jurídicos, desde os tempos de Moisés era o depoimento desinteressado e coincidente de pelo menos duas testemunhas. O debate, naquela época, concentrava-se em torno da ameaça que Cristo apresentava, ao mundo político e religioso.
26.74 Jurar. Uma prática judaica comum, que Jesus já condenara (5.34). Quanto mais Pedro falava, tanto mais se traía, pois além disso, não dominava a pronúncia clássica das letras guturais.
• N. Hom. 26.75 Os erros preliminares de Pedro:
1) Demasiada autoconfiança (33):
2) Desobediência da ordem de Jesus para vigiar e orar (40-44);
3) Esquecimento da palavra de Jesus (75; conforme 34). Conclusão: O tropeço na vida cristã é conseqüência de erros anteriores.
NVI F. F. Bruce
A conspiração para prender Jesus (26:1-5)
V.comentário de Mc
Jesus é ungido (26:6-13)
V.comentário de Mc
O acordo para a traição (26:14-16)
V.comentário de Mc
Preparativos para a Páscoa (26:17-19) V.comentário de Mc
13. Os preparativos em segredo deveriam evitar que Judas agisse cedo demais. Se alguns preferem enxergar preparativos anteriores aqui e em 21.2,3, não é para depreciar a capacidade de Jesus, mas porque a ação de outros envolvidos sugere esses preparativos precoces. Teria sido quase impossível encontrar dependências do tipo descritas em Mc
A última ceia (26:20-29)
V.comentário de Mc
13,26) aconteceu durante a refeição que se seguiu, i.e., Judas estava na refeição da Páscoa, mas não durante a instituição da ceia do Senhor— seguindo Jo
aquela referência dá a impressão de se fixar o tempo. Depois da refeição, a metade de um mat%ah (pão sem fermento) que tinha sido escondido era trazida e comida. Esse deve ter sido o pão do v. 26. Antes, Jesus deve ter dito: “Esse é o pão da aflição que os nossos pais comeram no Egito”; os seus discípulos devem ter entendido a expressão isto é o meu corpo da mesma forma. Embora não tão claramente, o vinho é usado como retrato do sangue derramado no Egito. O “cálice da bênção” (1Co
Em razão do uso litúrgico constante das palavras de instituição, os manuscritos posteriores evidenciam corrupção e assimilação consideráveis entre si. Há poucas dúvidas de que Tomem e comam; isto é o meu corpo seja a formulação original para o pão; “dado em favor de vocês” é um desenvolvimento litúrgico — “partido por vocês” não tem real pretensão de consideração. Aliás, o pão aponta para a vida de Cristo, e não para a sua morte. Jeremias elaborou uma argumentação muito sólida — alguns diriam convincente — quando argumenta a favor da autenticidade de Lc
em favor de muitos: Isso, como em 20.28, representa uma expressão idiomática hebraica significando “Todos, e serão muitos”; conforme Is
Essa associação da ceia do Senhor com a Páscoa não é meramente de interesse antiquário. O cordeiro pascal na Páscoa da Palestina não tinha poder expiatório ou salvífico. O culto era só uma confirmação do sacrifício de salvação para todos na cruz. A primeira ceia apontava adiante para a cruz; todas as outras olham para trás.
Observação adicional acerca da data da última ceia. Os cordeiros pascais sempre eram mortos no templo no dia 14 de nisã, e eram comidos no dia 15 de nisã — o dia judaico começava ao pôr-do-sol. A exegese acima está fundamentada na suposição de que a última ceia foi a refeição pascal, preparada no dia 14 de nisã (26,17) e comida logo depois de escurecer no dia 15 de nisã. Nenhum outro ponto de vista é possível se nos restringirmos aos Evangelhos sinópticos. Mas João claramente identifica Jesus como o antí-tipo do cordeiro pascal (19,36) e sugere, embora isso não seja afirmado, que Jesus morreu na hora em que os cordeiros eram sacrificados. Além disso, ele indica que na sexta-feira de manhã os sacerdotes ainda não tinham comido a Páscoa (18.28). Parece que para ele a ceia foi no dia 14 de nisã, assim como a crucificação. Além disso, uma leitura superficial não vai encontrar nada em Jo
Esforços anteriores para encontrar a solução do problema ou tentavam minimizar a impressão criada por João, interpretando 18.28 no sentido do chagigah, ou oferta festiva especial (Nu 28:18-4 — conforme Edersheim, II, p. 566ss), ou sugeriam que Jesus, sabendo que morreria no dia 14 de nisã, antecipou a Páscoa, comendo-a vinte e quatro horas antes dos demais. A primeira interpretação é possível, mas é contrária à impressão geral criada por João; a segunda é impossível, pois nenhum sacerdote teria sacrificado o cordeiro antes da hora, e é contestada por Mt
Devemos pressupor, portanto, a possibilidade de que a Páscoa tenha sido comida oficialmente em duas noites naquele ano. Duas possibilidades foram sugeridas. (1) SB II, p. 812-53, argumenta, com base no fato conhecido de que o começo do mês era estabelecido por observação visual da lua nova, que ao menos uma vez houve fraude no registro. E defende que, na sua controvérsia ritual com os fariseus, os sacerdotes saduceus a teriam ganho estabelecendo o dia 14 de nisã numa sexta-feira. Os fariseus, suspeitando que no ano da crucificação nisã tinha começado um dia mais tarde, insistiram em comemorar a Páscoa no que eles afirmavam ser a noite do dia 15 de nisã, mas os saduceus estavam marcando 14 de nisã. Assim, nesse ano particular foi possível que Jesus comesse a Páscoa com aqueles que seguiam os fariseus e mesmo assim morresse com os cordeiros pascais oficiais no dia 14 de nisã oficial. A teoria é completamente possível, mas improvável. (2) Mais recentemente, argumentou-se, de acordo com o Livro dos Jubileus e com os essênios de Gunrã, que o calendário correto não foi o lunar, mas o solar. De acordo com isso, 14 de nisã teria sido uma terça-feira. Jesus comeu a Páscoa na mesma hora que essas pessoas, foi preso na noite de terça-feira, mas não foi crucificado antes de sexta-feira. Ainda precisa ser provado que os saduceus fizessem concessões a um calendário que eles não seguiam, o que é algo altamente improvável. Além disso, a não ser que se argumente que Jesus foi crucificado numa quarta-feira (v. Observação adicional ao final do cap. 27), significa que ele foi mantido preso durante quarenta e oito horas, algo contrário a todo o espírito do relato do evangelho. A não ser que se apresentem mais evidências, esse ponto de vista precisa ser considerado com extrema suspeita, ainda mais porque nenhum leitor gentio teria adivinhado que existiam dois calendários entre os judeus.
O caminho para o Getsêmani (26:30-35)
V.comentário de Mc
A agonia no jardim (26:36-46)
V.comentário de Mc
Jesus é preso (26:47-56)
V.comentário de Mc
O julgamento judeu. Embora o julgamento judeu traga a parcialidade estampada, não devemos supor que quebrou as regras judaicas de jurisprudência. Obras mais antigas, e algumas mais novas, se fundamentam na informação contida na Mishná, que assumiu a sua presente forma c. 200 d.C., e o próprio Talmude dá testemunho de que essas leis não estavam em vigor na época da condenação de Jesus. Ele foi julgado de acordo com as leis dos saduceus, das quais nada sabemos.
O julgamento diante do Sinédrio pode ser dividido em três partes. (1) Uma investigação preliminar diante de Anás (Jo
(2) Uma audiência com o máximo possível de membros do Sinédrio que pudessem ser reunidos às pressas (26:57-68). (3) A confirmação do seu veredicto pelo Sinédrio completo ao alvorecer (Lc
Uma ótima argumentação foi desenvolvida recentemente segundo a qual os judeus de fato tinham o direito de impor a pena de morte, especialmente em questões que envolviam a sua religião. Se isso estiver correto, Jo
O segundo estágio do julgamento judeu (26:57-68)
V.comentário de Mc
Moody
IV. A Paixão de Jesus Cristo. 26:1 - 27:66.
Esta seção, de incalculável importância para cada cristão, está cheia de dramático interesse humano. Mas os detalhes fornecidos pelos Evangelistas têm causado problemas, principalmente cronológicos, desde os tempos mais remotos. Todavia, a maneira concreta pela qual cada Evangelho (escrito por homens que estavam eles mesmos emocionalmente envolvidos) trata esses acontecimentos altamente emocionais torna esses sublimes tratados ainda mais notáveis.
D. Acontecimentos no Getsêmani. Mt
36-46. A oração.
40, 41. Encontrando os discípulos dormindo em conseqüência do efeito extenuante da fadiga e da emoção prolongada, Jesus escolheu Pedro para uma entrevista particular (talvez à vista de sua recente jactância), insistindo com ele a continuar alerta e orando para que os acontecimentos não viessem surpreender entregando-se a tentação. O espírito, na verdade, está pronto. A natureza espiritual do homem iluminada pelo Espírito Santo. Mas a carne é fraca. Alguns pensam que a carne aqui indica uma parte da constituição do ser humano que não é pecadora se controlada pelo espírito (e assim o provérbio poderia se aplicar também a Jesus); outros, que indica a natureza pecadora que todos os homens possuem (exceto Jesus).
Francis Davidson
John MacArthur
135. Preparação para a Morte de Cristo (Mateus
E sucedeu que, quando Jesus concluído todas estas palavras, disse aos seus discípulos: "Você sabe que depois de dois dias da Páscoa está chegando, e o Filho do Homem vai ser entregue para a crucificação." Em seguida, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo se reuniram no pátio do sumo sacerdote, chamado Caifás; e eles conspiraram juntos para aproveitar Jesus à traição, e matá-lo. Mas eles estavam dizendo: "Não durante a festa, para que não ocorra um tumulto entre o povo."
Agora, quando Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso, uma mulher veio a ele com um vaso de alabastro com perfume muito caro, e ela derramou sobre sua cabeça enquanto ele reclinado à mesa. Mas os discípulos ficaram indignados quando viram isso, e disse: "Por que este desperdício? Para este perfume poderia ter sido vendido por um preço elevado e que o dinheiro dado aos pobres." Mas Jesus, sabendo disto, disse-lhes: "Por que você se incomoda a mulher Ela praticou uma boa ação para mim para o pobre que você tem com você sempre;?.. Mas você nem sempre têm-me para quando ela derramou este perfume sobre o meu corpo, fê-lo a preparar-me para o enterro. Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado em todo o mundo, o que essa mulher fez também será contado em memória dela. "
Então um dos doze, chamado Judas 1scariotes, foi ter com os principais sacerdotes, e disse: "O que você está disposto a dar-me entregá-lo para você?" E eles, pesado com ele trinta moedas de prata. E a partir de então, ele começou a procurar uma boa oportunidade para traí-lo. (26: 1-16)
Capítulo 26 começa o último e mais fundamental seção de apresentação de Mateus do evangelho. Tudo o resto foi um prólogo, uma introdução para a grande conclusão, que incide sobre a cruz de Jesus Cristo, o ponto culminante do evangelho e a culminação da história da redenção, a única esperança eterna da humanidade caída.
O escritor hino João Bowring exultou:
Na cruz de Cristo, eu glória
Tow'ring O'er os destroços de tempo.
Toda a luz da história sagrada
Reúne em torno da sua sublime cabeça.
Tudo na história sagrada do plano redentor de Deus, de fato, o centro na cruz, além de que nenhuma outra revelação ou obra de Deus teria qualquer valor final para o homem pecador. É através da cruz de Cristo somente que o Senhor providenciou o caminho para os pecadores sejam salvos e unidos a Ele, o Deus santo. Não há salvação, nenhum evangelho, não o cristianismo bíblico para além da cruz de Cristo. É porque ele acreditava que, inequivocamente, que a verdade bíblica central Paulo poderia dizer o Corinthians, "Eu decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado" (1Co
Mateus lida com a cruz de forma concisa e direta. Seu evangelho poderia muito bem ser chamado de uma narrativa expandida da cruz, e nos últimos três capítulos ele se concentra sobre o tema central em vários elementos culminantes. No capítulo 26, ele detalha a preparação para a cruz e a prisão de Jesus. No capítulo 27, ele apresenta ensaios, execução e sepultamento de Jesus. E no capítulo 28, ele narra a vitória da ressurreição do Senhor sobre a morte e suas instruções finais aos discípulos.
Capítulo 26 pega a narrativa no final do Sermão do Monte, que Jesus havia apenas terminado. Ele ainda era quarta-feira um dia excepcionalmente agitado que tinha incluído Jesus ensinando as multidões no Templo e Sua excoriating os líderes religiosos judeus para a sua impiedade hipócrita . Ao sair do templo, ele foi com seus discípulos para o Monte das Oliveiras, onde ele ensinou-los em particular sobre a Sua segunda vinda (Mateus. 24: 3-25: 46).
Então o Senhor trouxe-os abruptamente de volta para a realidade central de Sua primeira vinda. Para a quarta e última vez (ver Mt
Em 26: 1-16, Mateus apresenta quatro incidentes que dão perspectivas distintas sobre os preparativos para a morte iminente de Jesus: a preparação de graça soberana (v. 2), a preparação de rejeição odiosa (. Vv 3-5), a preparação de adoração amorosa (vv. 6-13), bem como a preparação de trair hipocrisia (vv. 14-16). Cada um desses eventos foi no plano eterno de Deus para a redenção do mundo, e cada um transpirou precisamente de acordo com esse plano divino mestre.
A preparação da graça soberana
Você sabe que depois de dois dias da Páscoa está chegando, eo Filho do Homem vai ser entregue para a crucificação. (26: 2)
Em sua encarnação, Jesus voluntariamente limitado o uso de sua onisciência, a sua glória, e alguns outros atributos de Sua divindade (conforme Fm
Agora Jesus sabia que era hora do Pai para Ele morrer, e Ele não só declarou novamente que ele deve sofrer e ser crucificado, mas especificou que Sua morte foi de apenas dois dias de distância, no início dePáscoa. Naquele divinamente tempo determinado o Filho da Man iria ser entregue para a crucificação.
Céticos incrédulos há muito tempo tentam explicar a morte de Jesus como um capricho do destino, a rescisão não intencional de uma revolução bem-intencionado que foi descoberto e triturada ou o triste fim para os delírios de um louco. Outros retratar Jesus como um visionário cujos sonhos estavam à frente da época em que viveu, ou como um profeta que exagerada Suas reivindicações e, assim, despertou a ira da instituição religiosa. Mas tais afirmações não coaduna com os relatos evangélicos e são uma blasfêmia.
Como já mencionado, Jesus havia predito pelo menos três vezes antes que Ele sofreria até a morte, mas que ressuscitaria. Ele até indicou que sua morte seria em Jerusalém e que Ele ressuscitaria ao terceiro dia. Ele estava em um calendário divino, e não há planos ou poder humano poderia causar esse calendário para variar em um único detalhe. "Ninguém tomou [Minha vida] longe de mim", ele declarou, "mas eu a dou por minha própria iniciativa tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la." (Jo
Houve muitas vezes quando as pessoas procuravam matá Jesus, mas não foram capazes de fazê-lo. Os líderes religiosos judeus começaram a planejar sua morte logo após começar o seu ministério público (Jo
Foi feito o primeiro atentado contra a vida de Jesus, logo depois que ele nasceu, quando Herodes massacrou todos os bebês do sexo masculino nos arredores de Belém. Deus enviou um anjo para avisar José levar Jesus e sua mãe para o Egito até que o perigo havia passado. Em certa ocasião, quando Ele estava ministrando em uma sinagoga em sua cidade natal de Nazaré, as pessoas ficaram indignados com sua pretensão de ser cumprindo a profecia de Isaías e por Sua lembrando-os de vários casos em que Deus escolheu para abençoar alguns gentios, e não judeus. Eles conseguiram levando-o para a beira de um penhasco alto, nos arredores da cidade, mas antes que eles pudessem jogá-lo à Sua morte, Ele milagrosamente passou pelo meio deles e seguiu seu caminho (Lucas
Depois que Jesus curou o homem aleijado no tanque de Betesda, os líderes judeus começaram "buscando ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus" (Jo
Todas essas tentativas de matar Jesus, e talvez outros que não são registradas, falharam porque não era tempo de Deus ou o caminho de Deus para o Filho para morrer. Somente a graça soberana de Deus poderia ter trazido Jesus à cruz. Nenhum poder humano poderia ter conseguido isso sem a vontade de Deus, e nenhum poder humano agora poderia impedi-lo, porque era agora o plano de Deus. Como Jesus declarou na última ceia, "o Filho do homem vai, como foi determinado" (Lc
O momento adequado para Jesus para morrer foi na Páscoa, quando os cordeiros sacrificiais foram mortos, porque essa celebração apontou para "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!" (Jo
Como Filipe explicou o etíope, Jesus era o Cordeiro previsto por Isaías, levado ao matadouro, mas não abrir a boca (Atos
A Preparação de Rejeição Hateful
Em seguida, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo se reuniram no pátio do sumo sacerdote, chamado Caifás; e eles conspiraram juntos para aproveitar Jesus à traição, e matá-lo. Mas eles estavam dizendo: "Não durante a festa, para que não ocorra um tumulto entre o povo." (26: 3-5)
Quando Jesus estava falando aos Seus discípulos que ontem à noite, no Monte das Oliveiras, o Sinédrio, constituído principalmente por os sumos sacerdotes e os anciãos do povo, foi reunida no pátio do palácio do sumo sacerdote, chamado Caifás. O principais sacerdotes representava a nobreza religiosa rica e influente e os anciãos representou a nobreza leiga rico e influente. Escribas estavam presentes quando Jesus foi levado para a casa de Caifás depois de ser preso (Mt
De acordo com o famoso historiador judeu Flávio Josefo, o nome completo do sumo sacerdote era José Caifás. Ele era um homem conivente, traiçoeiro, e enganoso representado na Escritura, no papel de uma dimensão de antagonista de Jesus. Em cada passagem em que ele é mencionado, ele é visto perseguindo a destruição de Jesus. Como Herodes, seu ódio e medo de Jesus não era teológica, mas político.Caifás queria destruir Jesus porque temia que ele representava uma ameaça grave para a sua posição e poder sobre o povo judeu. Motivadas apenas por ganância e egoísmo, a ambição ciúmes, ele não tinha senso de justiça, justiça, ou de decoro. Ele não tinha nenhum respeito por seu país o seu povo, ou sua religião, a não ser como aqueles poderiam ser usados para benefício pessoal. Seu princípio de funcionamento básico era oportunidade simbolizadas por todo o tempo em sua declaração infame: "É conveniente para você que um homem morra pelo povo, e que toda a nação não pereça" (Jo
O sumo sacerdócio tradicionalmente foi passada através da linha de levítico, mas durante a ocupação romana a posição geralmente foi vendido ou recebido como um favor político. Porque o povo judeu não teria tolerado um sumo sacerdote sem algum património levítico, Caifás casou com a filha de Anás, seu antecessor no sumo sacerdócio. Os dois homens ainda servido em conjunto por um período de tempo (ver Lc
O Sinédrio tinha reunido na casa de Caifás para uma Proposito: para traçar como eles poderiam . aproveitar Jesus Eles queriam fazê-lo em segredo para não antagonizar as massas na cidade onde Jesus era popular; e uma vez que eles tinham Ele firmemente no seu alcance eles teriam então matá-lo quando parecia propício. Eles haviam sofrido mais dele do que eles poderiam tolerar e estavam determinados a pôr fim à sua exposição de sua hipocrisia e impiedade e Sua ameaça ao seu poder e riqueza. Aparentemente, eles planejavam prendê-lo o mais rápido possível, antes que ele tivesse oportunidade de escapar ou acumular mais apoio entre as pessoas. Ele, então, ser mantido sob custódia até que as multidões da Páscoa havia deixado Jerusalém, tornando-o mais seguro colocá-Lo à morte, talvez também em segredo.Por isso que eles estavam dizendo, "Não durante o festival."
Jerusalém estava inchado para perto de rebentamento com peregrinos de todas as partes do mundo, que vieram a adorar na festa da Páscoa. Segundo Josefo, alguns 256.500 cordeiros sacrificiais foram mortos durante a Páscoa típico. E porque a tradição exigia que nada menos do que dez pessoas foram para comer de um cordeiro, o número de celebrantes poderia ter ultrapassou os dois milhões. Muitos dos adoradores teria sido da Galiléia e outros lugares onde Jesus havia ministrado e ganhou grande popularidade pela sua pregação poderosa e de trabalho milagre. E um grande número desses admiradores sem dúvida estavam entre as multidões que, apenas alguns dias antes, tinha espalhados vestuário e ramos de palmeiras na estrada antes de Jesus e aclamou com gritos de "Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor "(Mt
Uma vez que um leproso não foi autorizado a viver em cidades ou se associar com nonlepers, é claro que Simon tinha sido limpo. E porque essa terrível doença era incurável por meios médicos, ele aparentemente tinha sido curado milagrosamente por Jesus. Em profunda gratidão pelo que a libertação, ele perguntou a Jesus e os outros à sua casa para uma refeição.
Durante a ceia uma mulher, a quem Mateus não identifica, mas João diz-nos era Maria (12: 3), . aproximaram-se dele com um vaso de alabastro com perfume muito caro, e ela derramou sobre sua cabeça enquanto ele reclinado à mesa de Marcos ficamos a saber que o perfume muito caro valeu a pena "mais de trezentos denários," um ano de salário para um trabalhador comum ou um soldado, e que o caro frasco de alabastro foi quebrado, tornando o ato de Maria ainda mais caro (Marcos
Maria sempre foi especialmente atento ao ensinamento do Senhor (conforme Lc
Em um ato de amor desmedido, Maria derramou o perfume . sobre sua cabeça enquanto ele reclinado à mesa O perfume foi um quilo de nardo puro, João nos diz, que ela também usado para ungir os pés de Jesus (Jo
A adoração genuína é o serviço supremo um cristão pode oferecer a Cristo. Há um tempo para ministrar aos pobres, os doentes, os nus e os encarcerados. Há um tempo para testemunhar para os perdidos e procurando levá-los ao Salvador. Há um tempo para discipular novos crentes e ajudá-los a crescer na fé. Há um tempo para o estudo cuidadoso e ensino da Palavra de Deus. Mas acima de tudo que o Senhor exige de seu povo é a sua verdadeira adoração, sem a qual tudo o mais que pode fazer em Seu nome é vazia e sem poder.
O adorador emulado por Maria não perguntar: "Quanto é que vai custar?" ou, "Eu tenho o tempo todo?" Como ela, o verdadeiro adorador dá Jesus tudo o que ele tem, sabendo que é insignificante em comparação com o que tem cerveja recebido dEle.
Neste ato particular e único de adoração, quando Maria derramou este perfume sobre Jesus ' corpo, sem que ela sequer perceber que ela fez isso para preparar -Lo para o enterro. Tornou-se um ato simbólico que antecipou sua morte e sepultamento.
O que Maria fez foi de tal importância duradoura que Jesus declarou: "Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho é pregado em todo o mundo o que essa mulher fez também deve ser mencionado em memória dela." Através das contas desta história em três dos evangelhos, o Espírito Santo garantiu para a posteridade um memorial para o seu amor e adoração generoso. Em cumprimento da previsão do Senhor, por quase dois mil anos o que esta mulher , de fato, tem sido falado em memória dela. Ela é perpetuamente um exemplo para todos os cristãos de altruísta, adoração sacrificial.
A Preparação de trair Hypocrisy
Então um dos doze, chamado Judas 1scariotes, foi ter com os principais sacerdotes, e disse: "O que você está disposto a dar-me entregá-lo para você?" E eles, pesado com ele trinta moedas de prata. E a partir de então, ele começou a procurar uma boa oportunidade para traí-lo. (26: 14-16)
Em contraste com a Maria, que deu um depoimento aberto de adoração amorosa, Judas 1scariotes deu testemunho clandestino de trair hipocrisia.
Indo aos principais sacerdotes, provavelmente enquanto eles ainda estavam reunidos na casa de Caifás, Judas pediu insensivelmente, "O que você está disposto a dar-me entregá-lo para você?" Sem dúvida agradavelmente surpreso que um dos próprios discípulos de Jesus seria o meio de sua destruí-lo, os líderes religiosos ansiosamente pesada a Judas trinta moedas de prata. Para o preço de um escravo (ver Ex
Tendo irrevogavelmente se comprometeu com a traição, a partir de então, Judas começou a procurar uma boa oportunidade para trair o Senhor. Aos olhos dos inimigos de Jesus, a boa oportunidadeseria quando Ele estava "longe da multidão" (Lc
Agora, no primeiro dia dos pães ázimos, os discípulos chegaram perto de Jesus, dizendo: "Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?" E Ele disse: "Ide à cidade a um certo homem e dizei-lhe: O Mestre diz:" O meu tempo está próximo; Estou a celebrar a Páscoa em sua casa com os meus discípulos "'" E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara.; e prepararam a Páscoa.
Agora, quando já era tarde, ele estava reclinado à mesa com os doze discípulos. E, quando comiam, disse: "Em verdade vos digo que um de vós me há de trair." E sendo muito tristes, cada um começou a dizer-lhe: "Com certeza não sou eu, Senhor?" E ele, respondendo, disse: "O que mete comigo a mão na taça é o único que me há de trair o Filho do homem é ir, assim como está escrito a seu respeito;. Mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Teria sido bom para esse homem se não houvera nascido. " E Judas, que o traía, respondendo, disse: "Com certeza não sou eu, Rabi?" Ele disse-lhe: "Você mesmo disse isso."
E, enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, depois de uma bênção, partiu-o e deu-o aos discípulos, e disse: "Tomai, comei, isto é o meu corpo." E, quando tomou um copo e tendo dado graças, deu-lho, dizendo: "Bebam dele todos vocês, ou isto é o meu sangue da aliança, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados Mas eu. digo a você, eu não beberei deste fruto da videira, a partir de agora até o dia em que o beba novo convosco no reino de Meu Pai ".
E depois de cantar um hino, saíram para o Monte das Oliveiras. (26: 17-30)
Como observado ao longo destes volumes, Mateus apresenta Jesus como Rei, o Senhor soberano do universo vir à Terra em carne humana. Mesmo em meio a traição de Jesus, julgamentos simulados, e execução, Ele é revelado em dignidade humilde, mas real. Longe de diminuir sua majestade e glória, esses eventos retratar a expressão poderosa e culminante de Sua graça soberana e poder. Através último ato do homem da depravação pecaminosa, Deus realizou seu último ato de redenção justos.
No capítulo anterior, quatro elementos iniciais de preparação para a morte de Jesus foram reveladas. Cada uma das pessoas envolvidas no plano e trabalho dos outros do que o próprio Cristo. Agora ou Jesus último dia (quinta-feira) com os discípulos até depois de sua ressurreição, Mateus apresenta quatro elementos de Jesus 'própria preparação para a Sua morte sacrificial: vivenciando a Páscoa final (26: 17-25), que institui a Ceia do Senhor (vv. 26-30), ajudando os discípulos impotentes (vv. 31-35), e orar ao Pai (36-39). O presente capítulo irá discutir os dois primeiros desses elementos.
Experimentando a Páscoa final
Agora, no primeiro dia dos pães ázimos, os discípulos chegaram perto de Jesus, dizendo: "Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?" E Ele disse: "Ide à cidade a um certo homem e dizei-lhe: O Mestre diz:" O meu tempo está próximo; Estou a celebrar a Páscoa em sua casa com os meus discípulos "'" E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara.; e prepararam a Páscoa.
Agora, quando já era tarde, ele estava reclinado à mesa com os doze discípulos. E, quando comiam, disse: "Em verdade vos digo que um de vós me há de trair." E sendo muito tristes, cada um começou a dizer-lhe: "Com certeza não sou eu, Senhor?" E ele, respondendo, disse: "O que mete comigo a mão na taça é o único que me há de trair o Filho do homem é ir, assim como está escrito a seu respeito;. Mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Teria sido bom para esse homem se não houvera nascido. " E Judas, que o traía, respondendo, disse: "Com certeza não sou eu, Rabi?" Ele disse-lhe: "Você mesmo disse isso." (26: 17-25)
Liderando até e incluindo o início da última refeição da Páscoa são quatro sub-elementos da própria preparação de Jesus para Sua morte sacrificial: definir o momento (. Vv 17-19), que compartilham a mesa (v. 20-21 um ), chocando o Doze (vv. 21 b -24), e significando o traidor (v. 25).
A configuração do tempo
Agora, no primeiro dia dos pães ázimos, os discípulos chegaram perto de Jesus, dizendo: "Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?" E Ele disse: "Ide à cidade a um certo homem e dizei-lhe: O Mestre diz:" O meu tempo está próximo; Estou a celebrar a Páscoa em sua casa com os meus discípulos "'" E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara.; e prepararam a Páscoa. (26: 17-19)
O calendário judaico estava cheio de celebrações religiosas, muitas delas envolvendo festas. A festa de Pentecostes, ou das Semanas, comemorou a provisão de Deus na época da colheita (ver Ex
Mas, em muitos aspectos, a festa da Páscoa, intimamente associada com a festa dos pães ázimos, era a festa central do ano judaico. Estas duas festas combinados para fazer uma festa de oito dias, que começou com a Páscoa. Como refletido em Mt
Ambas as festas comemorou a libertação de Israel da escravidão no Egito. A festa dos pães ázimos foi nomeado após o tipo de pão os israelitas estavam a levar com eles como eles saíram do Egito com pressa. Pão comum daquele dia, como em nossa própria, usou o fermento ou levedura, para fazê-lo subir e se torna frágil. Antes de um lote de pão era cozido, um pedaço foi retirado e guardado como um motor de arranque para o próximo lote. Quando mais tarde foi colocado em massa fresca que faria com que ele fermentar e subir, e em todos os lares que processo foi repetido continuamente.
Ao longo de fermento Escritura é usada para representar influência, geralmente má influência. Portanto, como um símbolo de deixar para trás toda a influência do mal de seus captores cruéis e pagãos, os israelitas não deviam levar com eles todos os restos de pão fermentado tinham preparado no Egito. Como parte do memorial passariam para comemorar a cada ano, eles foram para remover todo o fermento de suas casas e comer pão sem fermento apenas por sete dias (Ex. 12: 14-15).
Como já mencionado, a Páscoa celebração começou o dia antes da festa dos pães ázimos, embora tradicionalmente foi considerado o primeiro dia do festival combinado. A lei mosaica exigia que os cordeiros sacrificiais para Páscoa ser selecionado no décimo dia do primeiro mês (originalmente chamado Abib e posteriormente Nisan) e que o cordeiro ser mantido na casa até que foi sacrificado no décimo quarto (Ex
Como mencionado no capítulo anterior, mais de 250.000 cordeiros sacrificiais foram mortos durante a Páscoa típico nos dias de Jesus. E porque a tradição exigia que nada menos do que dez pessoas, ou mais de vinte foram para comer de um cordeiro, o número de celebrantes facilmente ultrapassaria dois milhões. Porque os cordeiros teve que ser abatido dentro de um período de duas horas, uma enorme quantidade de sangue derramado a partir do local altar num período muito curto de tempo. Eventualmente ele drenado para o Vale do Cedron, a leste do Templo, e durante vários dias após a Páscoa feito que ribeiro correr vermelho brilhante. O Brook Kidron assim tornou-se ainda outro símbolo para os judeus, lembrando-os da necessidade de derramamento de sacrifício de sangue para a expiação do pecado.
No entanto, o sangue de todos os cordeiros juntos não podia limpar um único pecado, assim como era "impossível que o sangue de touros e bodes para tirar os pecados" (He 10:4 ).
Foi provavelmente cedo naquela manhã de quinta-feira que os discípulos se aproximaram de Jesus, dizendo: "Onde você nos quer se preparar para você comer a Páscoa?" Como mencionado acima, que já teria selecionado um cordeiro vários dias antes, mas eles teve inúmeras outras preparações para fazer. Eles teriam que ter o cordeiro abatido por um sacerdote do Templo, que, conforme explicado abaixo, poderia ser feito apenas entre as horas de três e cinco horas da tarde. Se eles não tivessem feito isso, eles teriam que comprar pão sem fermento, vinho, ervas amargas, eo mergulho para a refeição da Páscoa.
Cada parte da refeição foi o símbolo de algum aspecto da libertação do Egito. Assim como cordeiros foram abatidos naquela noite há muito tempo no Egito e seu sangue aspergido nos umbrais de proteger o primogênito do anjo da morte, por isso cordeiros foram abatidos agora e seu sangue aspergido sobre o altar. Da mesma forma, o cordeiro foi cozido e totalmente consumido na mesma noite, assim como no Egito. Os quatro copos de vinho servido durante a refeição simbolizado quatro promessas de Deus para Seu antigo povo pouco antes de sua libertação do Egito:. "Eu farei sair de debaixo das cargas dos egípcios, e vos livrarei da servidão eu também resgatarei com braço estendido e com grandes juízos Então eu vou levá-lo para o meu povo, e eu serei o vosso Deus "(Ex. 6: 6-7)..
A bacia em que o pão ázimo, as ervas amargas, e às vezes as mãos nuas foram mergulhados (ver Mt
O cordeiro pascal deveria ser morto em "Crepúsculo" (Ex
É provável que, por esta altura, ou seja, quinta-feira, os discípulos teria comprado a ervas, frutas, nozes, pão sem fermento e vinho. Mas eles ainda não têm um lugar para comer a refeição, que tinha que ser feito dentro dos limites da cidade de Jerusalém. Por razões óbvias, quartos adaptados para comer uma refeição de Páscoa foram premium. Talvez pensando que Jesus já tinha organizado para um quarto, os discípulos perguntaram-Lhe: "Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?"
A resposta de Jesus, sem dúvida, foi mais do que um pouco desconcertante para os dois discípulos, identificado por Lucas como Pedro e João (Lc
Primeiro de tudo eles estavam a ir para a cidade e encontrar um certo homem, obviamente, alguém que não conhecia. Dos outros dois evangelhos sinópticos, aprendemos que o homem estaria carregando um cântaro de água (Mc
Quando o homem foi encontrado, os discípulos estavam a dizer a ele ", diz o professor," O meu tempo está próximo; Eu sou a celebrar a Páscoa em sua casa com os meus discípulos. '" O homem que carregava o jarro de água foi, provavelmente, um servo na casa onde a refeição era para ser comido. Portanto, quando Pedro e João seguiu o servo casa, eles repetiram as palavras de Jesus para o proprietário, que, em seguida, mostrou-lhes "um grande cenáculo mobiliado e pronto" (Marcos
Essa abordagem clandestino para garantir um local de encontro era necessária para evitar a traição prematura de Jesus. Se o Senhor anunciou o lugar mais cedo, Judas teria certamente contaram aos principais sacerdotes e os anciãos (ver Mateus
No plano redentor de Deus, era necessário que Jesus para celebrar a Páscoa ...com Seus discípulos. Seria sua última oportunidade para ensiná-los (ver 13
Porque Jesus disse a Pedro e João, para identificá-lo como o Mestre, parece provável que o servo levando o jarro de água, e, certamente, o proprietário da casa, eram crentes no Senhor. Provavelmente Jesus secretamente tinha previamente combinado para o quarto com o proprietário, que não se encontra identificada pelo nome. Em qualquer caso, o Senhor sabia de antemão que as acomodações seria grande, localizado em um nível superior, e ser totalmente mobiliado para a refeição (Mc
A declaração de Jesus, "Meu tempo está próximo", foi talvez mais por causa dos discípulos do que os dois homens que Pedro e João iria encontrar. Tempo não se traduz chronos , que refere-se a um espaço geral ou sucessão de tempo, mas sim kairos , um período ou momento específico e muitas vezes de tempo predeterminado. Jesus tempo também era, naturalmente, o tempo do Pai, o tempo designado por Deus quando o Filho iria oferecer-se como sacrifício pelos pecados do mundo (conforme 1Jo
Observando esta festa especial foi especialmente importante para Jesus. Conforme registrado no relato de Lucas, ele disse aos discípulos: "Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de padecer" (Lc
Ele foi sem hesitação que os discípulos, Pedro e João, fizeram como Jesus lhes ordenara; e prepararam a Páscoa. Pedro e João, então, tiveram que tirar o cordeiro, provavelmente em Betânia, e levá-la ao templo para o sacrifício. Eles foram, sem dúvida, encarregado desta tarefa importante, porque eles foram os mais íntima com Jesus dos Doze. Em qualquer caso, a tradição exigia que apenas dois homens poderiam levar um determinado cordeiro no Templo. Caso contrário, o tribunal de sacrifício teria sido irremediavelmente lotado, com milhares de animais para serem mortos e apenas duas horas para fazê-lo.
É evidente a partir desta passagem de Mateus, bem de muitos outros em todos os quatro evangelhos, que Jesus e os discípulos comeram a refeição da Páscoa na quinta-feira à noite. Algumas outras passagens, no entanto, como o citado abaixo do Evangelho de João, indicam que alguns judeus celebraram a Páscoa na sexta-feira, o que parece estar a criar uma contradição e deu alguns estudiosos que eles acham que é a prova de erro escritural.
O apóstolo João observa que após a refeição da Páscoa Jesus levou seus discípulos para fora da cidade para o Jardim do Getsêmani, que era na encosta ocidental do Monte das Oliveiras. Lá ele foi preso e levado primeiro para o sumo sacerdote Anás (Jo
Alguns intérpretes sugerem que porque esses líderes religiosos certamente teria celebraram a Páscoa no tempo apropriado, Jesus deve ter movido Sua observância de um dia. Mas Jesus foi meticuloso em sua observância da lei mosaica e não teria profanado uma festa tão importante por observá-lo na hora errada. Mesmo tinha Ele queria fazer uma coisa dessas, no entanto, ele não poderia ter, porque o cordeiro comido no jantar da Páscoa primeiro teve de ser abatido por um sacerdote do templo e ter seu sangue aspergido sobre o altar. Nenhum sacerdote teria realizado esse ritual no dia anterior; ou até mesmo uma hora mais cedo, do que a lei prescrito.
Outros estudiosos sugerem que os príncipes dos sacerdotes e os anciãos envolvidos na prisão de Jesus eram um dia de atraso em sua observância. Mas, apesar de seu controle do Templo, mesmo aqueles homens ímpios não teria ousou fazer uma exceção para si mesmos para este mais célebre de todas as festas. Não só isso, mas João reconheceu sexta-feira como o dia da Páscoa legítimo relatando que quando Pilatos finalmente concordou com a crucificação de Jesus "foi o dia de preparação para a Páscoa" (Jo
Cerca de três horas mais tarde, "perto da hora nona"; Jesus clamou da cruz: "Meu Deus, Meu Deus, por que me desamparaste?" (Mt
Por que, então, Jesus observar a Páscoa na noite anterior?
A resposta está em uma diferença entre os judeus na forma como eles contada no início e no fim do dia. A partir de Josephus, Mishná, e outras fontes judaicas antigas, aprendemos que os judeus na Palestina norte dias calculados a partir do nascer do sol ao nascer do sol. Essa área inclui a região da Galiléia, onde Jesus e todos os discípulos, exceto Judas havia crescido. Aparentemente, a maioria, se não todos, dos fariseus usou esse sistema de ajuste de contas. Mas os judeus na parte sul, que centradas em Jerusalém, dias calculados a partir do sol a sol. Porque todos os sacerdotes necessariamente viviam em ou perto de Jerusalém, como fez a maioria dos saduceus, os grupos seguiram o esquema do sul.
Essa variação, sem dúvida, causou confusão às vezes, mas ele também teve alguns benefícios práticos. Durante a época da Páscoa, por exemplo, permitiu a festa a ser comemorado legitimamente em dois dias adjacentes, permitindo, assim, os sacrifícios do Templo para ser feita ao longo de um período total de quatro horas ao invés de dois. Esta separação de dias também pode ter tido o efeito de reduzir os confrontos tanto regionais e religiosas entre os dois grupos.
Nessa base, as aparentes contradições nos relatos evangélicos são facilmente explicadas. Sendo galileus, Jesus e os discípulos consideraram o dia da Páscoa ter começado ao amanhecer na quinta-feira e terminará no nascer do sol na sexta-feira. Os líderes judeus que Jesus preso e julgado, sendo a maioria dos sacerdotes e saduceus, considerado o dia da Páscoa para começar ao pôr do sol na quinta-feira e termina ao pôr do sol na sexta-feira. Por que a variação, pré-determinado por disposição soberana de Deus, Jesus podia, assim, legitimamente celebrar a última ceia da Páscoa com seus discípulos e ainda assim ser sacrificados no dia da Páscoa.
Mais uma vez, vemos como Deus soberanamente e maravilhosamente prevê o cumprimento preciso de Seu plano redentor. Jesus era tudo menos uma vítima dos regimes perversos dos homens, muito menos de circunstância cego. Cada palavra que ele falou e cada ação Ele tomou foram divinamente dirigido e protegido. Mesmo as palavras e os actos dos outros contra ele foram divinamente controlada (ver, por exemplo, João
Compartilhando a Tabela
Agora, quando já era tarde, ele estava reclinado à mesa com os doze discípulos. E, quando comiam, (26: 20-21a)
Foi agora algum tempo depois de seis horas na quinta-feira à noite. Embora a refeição da Páscoa original no Egito foi comido às pressas em pé, com os lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão (Ex
O comer a Páscoa envolveu uma seqüência estritamente definido. Em primeiro lugar, a taça inicial de vinho tinto misturado com água foi servido. Vinho sempre foi misturado com água antes de beber, mas durante a Páscoa que foi diluída com uma quantidade dupla de água; para que ninguém se profanar a ocasião mais sagrado, tornando-se bêbado. Participar do primeiro copo foi precedida pela ação de graças a Deus (conforme Lc
Em segundo lugar, a lavagem cerimonial das mãos precedeu a parte principal da refeição, o que significa a necessidade de limpeza moral e espiritual e santidade de coração. Porque eles estavam comemorando a libertação de Deus da escravidão espiritual ao pecado como eles se lembraram de sua libertação da escravidão física para o Egito, era importante que celebrantes vir para a mesa limpa.
É significativo que, pouco depois que os discípulos começaram a outra "disputa entre eles para que um deles foi considerado para ser o grande" (Lc
Para que visualizado repreender o Senhor acrescentou, uma verbal, dizendo: "Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não é assim com você, mas deixá-lo, que é o maior entre vós seja como o mais novo, e o líder como o servo "(Lucas
A terceira parte da refeição da Páscoa foi a ingestão de ervas amargas, símbolo da escravidão amarga seus antepassados tinha sofrido no Egito. Como mencionado acima, estas ervas e pedaços de pão ázimo se mergulharam na charoseth , a mistura espessa de frutas e nozes chão.
A quarta parte foi a tomada do segundo copo de vinho. Quando o chefe da família, o Senhor, no presente caso, que levou segundo copo, ele iria explicar o significado da Páscoa.
Seguindo que estaria cantando do Hallel, o que significa "louvor" e é o termo a partir do qual aleluia é derivado. O Hallel consistiu em 13
Após o canto, o cordeiro assado seria levado para fora. O chefe da família voltaria a lavar as mãos e, em seguida, quebrar pedaços do pão ázimo e entregá-los para ser comido com o cordeiro.
Chocante Doze
Ele disse: "Em verdade vos digo que um de vós me há de trair." E sendo muito tristes, cada um começou a dizer-lhe: "Com certeza não sou eu, Senhor?" E ele, respondendo, disse: "O que mete comigo a mão na taça é o único que me há de trair o Filho do homem é ir, assim como está escrito a seu respeito;. Mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Teria sido bom para esse homem se não houvera nascido. " (26: 21b-24)
Paradidomi ( trair ) significa, literalmente, para dar mais e foi muitas vezes utilizado de entregar um prisioneiro para prisão ou punição. Jesus havia mencionado sua morte iminente aos discípulos várias vezes, mas esta foi a primeira vez que Ele mencionou Sua traição. E foi especialmente doloroso para os discípulos de ouvir Jesus dizer que o traidor seria "um de vocês."
No antigo Oriente Próximo, a ingestão de uma refeição com alguém era considerado um sinal de amizade, e, portanto, para comer com uma pessoa pouco antes de traí-lo seria para compor a traição. Quando Davi experimentou a traição de um amigo de confiança, ele lamentou: "Pois não é um inimigo que me afronta, então eu poderia suportá-lo; nem é aquele que me odeia quem se exaltou contra mim, então eu poderia me esconder de —lo Mas é você, um homem meu igual, meu companheiro e meu amigo íntimo Nós, que teve a doce comunhão juntos, entrou na casa de Deus no meio da multidão "(Sl. 55: 12-14)...
Sendo bem ciente de muitos inimigos de Jesus, os discípulos foram quase surpreso que ele seria traído. Mas era inacreditável que o traidor seria um dos seu próprio grupo. Compreensivelmente, eles foramprofundamente entristecido. João relata que eles estavam "em uma perda de saber de qual Ele estava falando" (Jo
Foi, sem dúvida, porque Jesus tinha acabado de repreendeu por seu egoísmo auto-serviço e ambição carnal que agora mostrou sinais de humildade genuína e auto-desconfiança. Eles foram trazidos cara a cara com a pecaminosidade de seus próprios corações. Porque os seus pecados de orgulho tinha sido tão claramente expostas, eles foram abertos até mesmo para a possibilidade de que de alguma forma eles tinham involuntariamente dito ou feito algo que colocavam em risco o seu Senhor.
A resposta de Jesus não fez nada para aliviar sua ansiedade. Na verdade, ele enfatizou mais uma vez que o traidor era um deles. Ele disse enigmaticamente, "O que mete comigo a mão na taça é o único que me há de trair." Uma vez que cada um deles tinha mergulhou a mão ... na taça, os discípulos não teve melhor ideia de identidade do traidor do que antes. Jesus, no entanto, assegurar-lhes que apenas um deles era culpado e que os outros realmente lhe pertencia. "Eu não falo de todos vocês", disse Ele. "Eu sei o que eu ter escolhido, mas é que a Escritura pode ser cumprida," Quem come a minha pão, levantou contra mim o calcanhar "(Jo
Ao contrário do que o raciocínio pervertida de alguns intérpretes, o fato de que este ato pecaminoso foi usado por Deus para oferecer a salvação do pecado não justifica Judas, fazendo bem mal.Soberanamente transformar o mal de Deus para Seus próprios propósitos justos não faz um pecado menos pecaminoso ou o pecador menos culpado. Deus transformou a traição de Judas a Seus próprios propósitos divinos, mas Ele não se transformar, assim, o filho da perdição (Jo
O Senhor deixou claro que o destino de Judas foi a condenação. Apesar do fato de que Deus usou a traição para cumprir a profecia, Jesus disse: "Ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Teria sido bom para esse homem se não houvera nascido." futuro de Judas no inferno era tão terrível que ele teria sido infinitamente melhor se ele não tivesse nascido. Ele é o exemplo mais gráfico e trágica das pessoas sobre as quais o escritor de Hebreus diz que, porque "continuar pecando voluntariamente, depois de receber o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectativa terrível de julgamento, e a fúria de um fogo que consumirá os adversários .... Como castigo mais severo que você acha que ele será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com o qual foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? " (Heb. 10: 26-27, He 10:29).
No entanto, alerta temível Jesus 'de julgamento parece também ter sido um recurso gracioso final para Judas se volte para Ele para a salvação antes que seria para sempre tarde demais. Ele se recusou.
Significando o Traitor
E Judas, que o traía, respondendo, disse: "Com certeza não sou eu, Rabi?" Ele disse-lhe: "Você mesmo disse isso." (26:25)
Teria Judas não disse a Jesus a mesma coisa que os outros, ele teria se tornado suspeito. Ele, portanto, imitado sua descrença surpreso e repetiu as suas perguntas ansiosas para o Senhor. Ele mesmo chamado Jesus Mestre, como se a reforçar a sua lealdade fingida.
Jesus não respondeu com uma acusação direta, mas disse simplesmente: "Você mesmo disse," afirmando que Judas havia condenado a si mesmo fora de sua própria boca.
É óbvio que os outros discípulos não ouvir que breve troca, porque Pedro perguntou privada João questionar Jesus sobre a identidade traidores, o que ele fez. "Por conseguinte, Jesus respondeu:" Essa é a única para quem vou mergulhar o pedaço e dar-lhe a ele. " Então, quando ele tinha mergulhado o bocado, Ele tomou e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes "(13
Assim que Judas pegou o pedaço ele selou seu destino por toda a eternidade, porque "Satanás entrou então para ele" (Jo
Lest que diabo encarnado participar mais na refeição da Páscoa com eles ou de alguma forma interferir com os últimos momentos preciosos de Jesus com os discípulos verdadeiros, e colocá-lo à solta para as cenas finais de sua traição, o Senhor disse ao traidor: "O que você faz, fá-lo depressa "(v. 27 b ). Com exceção de João, os outros não sei por que Jesus deu essa instrução para Judas, mas suposta "como Judas tinha a bolsa, que Jesus estava dizendo-lhe:" Comprar coisas temos necessidade para a festa ', ou então, que ele deve dar alguma coisa aos pobres "(vv. 28-29). Jesus sabia quem era o traidor; João sabia; e ele próprio Judas sabia. Mas o resto não sabia.
Que institui a provisão futura
E, enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, depois de uma bênção, partiu-o e deu-o aos discípulos, e disse: "Tomai, comei, isto é o meu corpo." E, quando tomou um copo e tendo dado graças, deu-lho, dizendo: "Bebam dele todos vocês;. Para isto é o meu sangue da aliança, que é derramado por muitos para remissão dos pecados Mas eu digo a você, eu não beberei deste fruto da videira, a partir de agora até o dia em que o beba novo convosco no reino de Meu Pai ". (26: 26-29)
Depois Judas esquerda e Jesus estava sozinho com os onze discípulos fiéis, Ele transformou a Páscoa da Antiga Aliança em Ceia da Nova Aliança do Senhor.
Páscoa era o mais velho de festas judaicas, maiores até do que a aliança com Moisés no Sinai. Foi estabelecido antes do sacerdócio, o Tabernáculo, ou a lei. Ele foi ordenado por Deus, enquanto Israel ainda estava escravizado no Egito, e que tinha sido celebrada por seu povo para cerca de 1.500 anos.
Mas a Páscoa Jesus estava agora concluindo com os discípulos foi a última Páscoa divinamente sancionada sempre a ser observados. Sem Páscoa celebrada depois que tenha sido autorizada ou reconhecida por Deus. Significativa, uma vez que estava sob a Antiga Aliança, tornou-se um resto de uma economia passada, uma dispensação extinto, uma aliança expirado. Sua observância desde então tem sido mais do que uma relíquia religiosa, que não serve para nada divinamente reconhecido e não tem nenhum significado divinamente abençoado. Para celebrar a Páscoa é celebrar a sombra depois a realidade já chegou. Comemorando libertação do Egito é um substituto fraco para comemorar a libertação do pecado.
Na verdade, Cristo terminou a Páscoa e instituiu um novo memorial para Si mesmo. Ele não iria olhar para trás para um cordeiro no Egito, como o símbolo do amor e do poder redentor de Deus, mas para o próprio Cordeiro de Deus, que, pelo derramamento de sacrifício de seu próprio sangue, tirou os pecados do mundo inteiro. Em que Jesus uma refeição tanto encerrado o velho e inaugurou o novo.
Instituição do novo memorial de Jesus consistia em três elementos principais: a directiva (vv 26. a , 27), a doutrina (vv 26. b , 28), e a duração (v. 29).
A directiva
E, enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, depois de uma bênção, partiu-o e deu-o aos discípulos, e disse: "Tomai, comei; ..." E, quando tomou um copo e dado graças, o deu-lho, dizendo: "Bebam dele todos vocês, (26: 26a, 27)
Não é certo, como o que parte da refeição eles estavam comendo, neste momento, mas a ceia ainda estava em andamento, e nosso Senhor instituiu o novo memorial no meio do velho.
Em primeiro lugar, Jesus tomou o pão e ofereceu uma bênção de graças ao Pai celestial, como sempre fazia antes de comer (ver, por exemplo, Mt
Pouco tempo depois, ". Bebam dele todos vocês", quando tomou um copo e tendo dado graças, novamente, Ele deu-lhes, dizendo: O verbo trás dado graças é eucharisteo ; e é a partir desse prazo que nós temos Eucaristia, como a Ceia do Senhor às vezes é chamado.
Como seria de esperar, todos os onze discípulos beberam dele (Mc
Esses dois atos de Jesus eram características normais da Páscoa, em que o pão ázimo foi comido e vinho diluído estava bêbado em vários momentos durante a refeição. Este foi provavelmente o terceirocopo, chamado de cálice de bênção. Paulo refere-se a ele por esse nome em sua primeira carta aos Coríntios: "Não é o cálice de bênção que abençoamos uma participação no sangue de Cristo?" (10:16). É a partir da tradução Rei Tiago de que o verso ("... não é a comunhão do sangue de Cristo?") Que a Comunhão, um outro nome para a Ceia do Senhor, é derivado. Alguns versos depois, Paulo refere-se a este cálice como "o cálice do Senhor" (v. 21).
A Doutrina
"Isto é o meu corpo .... para isto é o meu sangue da aliança, que é derramado por muitos para remissão dos pecados" (26: 26b, 28)
Quebrando o pão ázimo era uma parte normal da cerimônia de Páscoa tradicional. Mas agora Jesus deu-lhe um significado inteiramente novo, dizendo: "Este é o meu corpo" O pão ázimo originais simbolizado rompimento com a velha vida no Egito, carregando nada de sua pagão e opressivo "fermento" para a Terra Prometida. Ela representou uma separação do mundanismo e pecado e o começo de uma nova vida de santidade e piedade.
Por Sua autoridade divina, Jesus transformou esse simbolismo para outro. A partir de agora o pão representaria próprio Cristo corpo, sacrificado para a salvação dos homens. Lucas relata que Jesus acrescentou: "dado por vós; fazei isto em memória de mim" (22:19), indicando que ele estava instituindo um memorial da sua morte sacrificial para os Seus seguidores a observar.
Em dizendo que o pão é o Seu corpo, Jesus obviamente não estava falando literalmente. Um mal-entendido da mesma forma tola já tinha causado os fariseus para ridicularizar Ele e muitos discípulos superficiais abandoná-lo (João
A declaração de Jesus a respeito de comer Seu corpo não mais literal do que o Seu dizendo que Ele é a videira e Seus seguidores são os ramos era (Jo
Como os discípulos bebeu do cálice que Jesus disse: "Este é o meu sangue da aliança." De Lucas, aprendemos que o Senhor especificado "nova aliança (22:20), claramente distinguindo-a de todas as cláusulas anteriores, incluindo o Mosaic.
Quando Deus fez convênios com Noé e Abraão, esses convênios foram ratificados com sangue (Gn
Jesus, portanto, não simplesmente tem que morrer, mas teve que derramar o próprio sangue precioso (1Pe
Obviamente, não havia nada na química do sangue de Cristo que salva. E embora foi necessário o derramamento do seu sangue, ela simbolizava Sua morte expiatória, a doação de Sua vida imaculada, pura e inteiramente justos para a vida corruptos, depravados, e totalmente pecaminosos dos homens não regenerados. Representante da doação de que a vida sem pecado foi o derramamento do que precioso sanguepor muitos, para remissão dos pecados. Esse sangue fez expiação pelos pecados de toda a humanidade, Gentil, bem como judeu, que depositam sua confiança no Senhor Jesus Cristo. O número inclui aqueles que confiaram em Deus antes de Cristo morreu, bem como aqueles que têm e vão confiar nele depois de sua morte. Abel, Noé, Abraão, Moisés, Davi, e todo e qualquer crente verdadeiro que viveu antes de Cristo, foi salvo pela morte expiatória de Cristo, assim como os crentes da era da Nova Aliança. Foi por causa de que a verdade de que Jesus declarou aos líderes judeus incrédulos: "Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o e ficou feliz" (Jo
A Duração
Mas eu lhes digo: "Eu não beberei deste fruto da videira, a partir de agora até o dia em que o beba novo convosco no reino de Meu Pai." (26:29)
Como mencionado acima, a lembrança da Páscoa divinamente ordenado terminou quando Jesus celebrou-lo naquela noite com os discípulos. Tanto da sua observância desde então tem sido baseada apenas nas tradições humanas, a perpetuação de uma forma exterior que há muito tempo já perdeu o seu significado espiritual. Mas para aqueles que pertencem a Jesus Cristo, que o evento no cenáculo começou uma nova lembrança de redenção que o Senhor honrará até que Ele volte em glória.
Fruto da videira era um coloquialismo judaica comum para o vinho, o que Jesus disse aos discípulos que Ele não iria beber com eles novamente , até o dia em que Ele iria beber, novo, no Seu reino do Pai. Ele os instruiu a lembrar-Lo na alimentação do pão sem fermento, o que representa Seu corpo sacrificado, e no beber do cálice, que representa Seu sangue derramado como sacrifício pelo pecado. "Faça isso", disse Ele, "as vezes que o beberdes, em memória de mim" (1Co
A promessa do Senhor para beber com os discípulos em que o reino futuro foi outra garantia a eles de Seu retorno, uma garantia de que assumiria significado intensificou após a Sua morte, ressurreição e ascensão. "Quando eu voltar a estabelecer Meu reino ", Ele lhes prometeu, "tudo o que você vai estar lá e tudo o que você vai beber o copo de novo com Me. " Em outras palavras, a Ceia do Senhor não é apenas um lembrete do sacrifício de nosso Senhor pelos nossos pecados, mas também uma lembrança de Sua promessa de voltar e compartilhar suas bênçãos do reino com a gente. A partir dessas palavras, aprendemos que o fim da presente época não sinaliza o fim deste observância.
A ceia celebrado com o canto de um hino, provavelmente Salmo 118, o último salmo do Hallel. Em seguida, eles saíram para o Monte das Oliveiras, onde Jesus rezava fervorosamente ao Pai, ser traído por Judas e ser preso pelos oficiais dos principais sacerdotes e anciãos.
137. Ajudando os 1mpotentes discipulos (Mateus
Então Jesus lhes disse: "Você vai tudo cair por causa de mim esta noite, pois está escrito: 'Vou derrubar o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão. Mas depois de eu ter sido levantado, irei adiante de vós para a Galiléia. " Mas Pedro, respondendo, disse-lhe: "Mesmo que tudo pode cair por causa de você, eu nunca vai cair." Jesus disse-lhe: "Em verdade vos digo que esta noite, antes que o galo cante, você negará três vezes me." Pedro disse-lhe: "Mesmo se eu tiver que morrer com você, eu não vou negar Você". Todos os discípulos disseram a mesma coisa também. (26: 31-35)
Por mais que os cristãos pode gostar de pensar em si mesmos como sendo fortes espiritualmente, aqueles que são maduros sabem, por experiência, bem como a partir da Escritura que, em si mesmos, eles são fracos. Eles gostariam de pensar que nunca poderia negar o Senhor, contradiz a Sua Palavra, ou ter vergonha de ser chamado pelo seu nome. Mas eles sabem que todo crente sucumbe a essas coisas de vez em quando. Eles se encontram em um ambiente de injustiça, mas não fazem nada para corrigi-lo. Eles têm a oportunidade de falar de Cristo, mas não dizer nada. Eles precisam ser ousado para a causa de Cristo, mas em vez disso são tímidos.
Quando eu era jovem, eu sempre pensei sobre o que eu poderia fazer se o Senhor enviou-me para um lugar de difícil serviço onde eu enfrentei a escolha de ser obedientes a Ele ou arriscando a morte. Eu tinha lido muitas histórias de cristãos que foram martirizados em vez de renunciar a seu Senhor e eu queria acreditar que eu teria tanta devoção. Mas eu sempre tive dúvidas, porque eu sabia que, em situações bem menos ameaçador do que o martírio eu não tinha conseguido ser o mais fiel que eu deveria ter sido.
Nós olhamos para trás para os apóstolos como crentes modelo, como homens de fé suprema que unflinchingly suportou todas as dificuldades e perseguições por seu Senhor. Mas foi só depois de Pentecostes que eles, de fato, tornar-se tais homens. Na última noite da vida terrena de Jesus, ao contrário de suas afirmações autoconfiantes de lealdade e bravura; eles demonstraram qualquer coisa, mas a fé e heroísmo.Eles descobriram, junto com todo mundo que lê o registro da Escritura, que, em si mesmos, eles estavam com medo, covardia, e impotente.
Como Jesus veio para o Monte das Oliveiras com os onze discípulos restantes após a Última Ceia, Ele sabia que logo seria traído e preso, como Ele havia dito aos discípulos, pelo menos, três vezes. Ele também sabia que seus discípulos o abandonaria e fugir para salvar suas vidas, o que fato de Ele agora revelado a eles pela primeira vez; e eles tiveram tanta dificuldade em acreditar o segundo previsão quanto o primeiro. Eles ainda não poderia compreender que era possível para o Messias para ser condenado à morte, muito menos que um evento tão terrível seria o ato supremo do plano redentor de Deus.Também não podia acreditar que, independentemente do que possa acontecer com Jesus, eles mesmos poderiam ser qualquer coisa menos do que firmemente leais.
As auto-afirmações eles expressas nesta ocasião foram baseadas em falsos sentimentos de força pessoal e compromisso. Eles pensaram que o seu amor e devoção a Cristo, foram maiores do que eram e que a sua capacidade de lidar com a tentação e intimidação foi maior do que era.
De todas as coisas que Jesus poderia ter dito a eles, de todas as coisas sobre as quais Ele poderia ter avisado a eles, Ele escolheu para dizer-lhes, nesta ocasião de sua deserção iminente e certo do seu Mestre.Seu fracasso em viver de acordo com a sua alta estima de si viria a ser uma profunda e inesquecível lição, uma lição que, juntamente com a realidade da ressurreição e da vinda do Espírito Santo para habitá-los, mudaria o rumo de suas vidas .
O incidente registrado em 26: 31-35 é parte integrante da apresentação de Mateus da preparação de Jesus para a cruz. Enquanto se preparava para morrer pelos pecados do mundo, Jesus precisava ensinar os discípulos a necessidade de continuamente morrer para si mesmo (conforme 1Co
Essa é uma lição cada filho de Deus precisa aprender e reaprender. Porque não é difícil de se manter firme na doutrina e normas morais quando estamos entre irmãos em Cristo, somos tentados a pensar que nunca iria abandonar nosso Senhor por comprometer as verdades e normas. Mas quando estamos no mundo incrédulo e estão separados da força da comunhão cristã, descobrimos como improcedente essa auto-confiança é. Paulo ainda teve de lembrar aos fiéis a Timóteo que "Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, amor e disciplina" (2Tm 1:7), e nunca deve ser encontrado nos cristãos. Por causa de sua dependência contínua no Senhor, Paulo podia afirmar com sinceridade a Timóteo: "sofro também estas coisas, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido e estou convencido de que Ele é poderoso para guardar o que lhe confiei a Ele até aquele dia "(2Tm 1:12). Para a igreja romana, ele declarou com igual confiança, "Eu não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê" (Rm
Como os discípulos logo aprendeu que ontem à noite com o seu Senhor, sem a Sua ajuda fidelidade a Ele é impossível. Nenhum crente está equipado em seu próprio entendimento ou poder de intervir na guerra espiritual com a carne, o mundo, e Satanás. Essa verdade importante é lindamente expresso pelo escritor hino do século XIX João E. Bode no hino: "Ó Jesus, eu prometi." Em uma estrofe a afirmação "Eu não temerá a batalha" é qualificada por "se tu estás ao meu lado", ea afirmação "Nem desviar-se do caminho" é qualificada por "Se queres ser meu guia."
Ao prever a sua deserção do Senhor também ensinou os discípulos outra lição sobre a Sua onisciência divina. Exatamente como Ele declarou, todos eles fugiram com medo quando Ele foi preso pouco tempo depois, na mesma noite (Mt
Embora os discípulos são participantes essenciais nesta conta e são exemplos instrutivo para nós, foco central de Mateus, como sempre, está em Cristo como Rei. Parece intenção do escritor evangelho é para preservar a dignidade e glória do Rei dos reis, mesmo no meio de deserção, traição e maldade suprema.
Os céticos são inclinados a fazer perguntas como: "Que tipo de líder é este cujos seguidores tudo deixá-lo no momento da sua maior necessidade que tipo de líder é aquele que tem tão pouco controle sobre aqueles sob ele que ele não pode mantê-los a partir de? fugindo quando a batalha fica quente? Já não são muitos os heroicamente mantiveram firmes para causas menores e em face de maior perigo? Como poderia alguém que fez essas grandes reivindicações como Jesus ter sido um juiz e construtor de homens pobres tal? "
Mas Mateus revela como no propósito de Deus, falha dos discípulos na verdade aumenta e intensifica a grandeza da conquista do Senhor. Em contraste, a sua impotência serviu para ampliar seu poder, sua infidelidade serviu para engrandecer a sua fidelidade e sua desonra serviu para engrandecer a sua majestade.
No Cenáculo Jesus havia dado aos dois primeiros elementos de sua própria preparação para a Sua morte sacrificial: enfrentando a Páscoa final (vv 17-25.), Que cria a Ceia do Senhor (vv 26-30.). Depois de seu relato de deixar Jerusalém Jesus e (. 30 v) indo para o Monte das Oliveiras com os onze discípulos que permaneceram (ver 13
Cristo encerrar a Antiga Aliança da economia judaica com a sua celebração da última ceia pascal e inaugurou a Nova Aliança em seu próprio sangue com a instituição da Ceia do Senhor. Então, Ele ensinou esta lição profunda para os homens que, apesar de sua exibição iminente de fragilidade, se tornariam os principais instrumentos humanos no estabelecimento de sua igreja.
Do Evangelho de João, aprendemos que, após a Ceia do Senhor Jesus deu o onze de uma extensa mensagem que tradicionalmente tem sido chamado o discurso Cenáculo. Nos capítulos
Mas os escritores sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) não incluem esse ensinamento. Em vez disso, cada um ir diretamente a partir do final da Ceia do Senhor para a cena no Monte das Oliveiras (ver Mt
Como Jesus e os discípulos saíram da sala superior e procedeu-se à porta oriental, que, sem dúvida, teve de negociar o seu caminho através repleta multidões de peregrinos que se preparavam para celebrar a Páscoa no dia seguinte de acordo com o costume que prevalece em Judá. Pelas razões explicadas no capítulo anterior; os judeus e os saduceus observado Páscoa um dia mais tarde do que os galileus e fariseus Muitos daqueles que se preparam para celebrar na sexta-feira, provavelmente, ainda não havia quartos garantidos em que para comer a refeição da Páscoa e estavam fazendo outras preparações de última hora.
Como Jesus e os discípulos desceram para o vale a leste da cidade e atravessou o ribeiro de Cedrom, ele ainda estava fluindo completo das chuvas final do inverno e estava correndo brilhante vermelho do sangue de milhares de cordeiros mortos naquela tarde. O grupo liderado pela encosta ocidental do Monte das Oliveiras, em direção ao Jardim do Getsêmani, um lugar familiar que tinham visitado muitas vezes antes. Getsêmani significa "prensa de azeite", e que o jardim foi um entre inúmeros outros, sobre o Monte das Oliveiras. Porque havia pouco espaço para hortas dentro de Jerusalém, muitos de seus habitantes cultivada pequenos jardins nos arredores da cidade. Pode ter sido que o Jardim do Getsêmani pertencia a um dos amigos de Jesus, que o fizeram disponível para ele como um lugar de meditação e retiro. Não teria havido pouca esperança de que, no lotado, cidade barulhenta.
Antes de chegarem ao jardim, Jesus parou e avisou os discípulos de seu próximo deserção. O ensino do discurso Cenáculo tinha consistia em grande parte das promessas positivas, mas agora foi a vez de uma mensagem negativa, um aviso de que os discípulos de auto-confiante não poderia trazer-se a acreditar. Assistimos a uma demonstração viva de tanto 'onisciência e dos discípulos Jesus ignorância.
A onisciência de Jesus
Então Jesus lhes disse: "Você vai tudo cair por causa de mim esta noite, pois está escrito: 'Vou derrubar o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão. Mas depois de eu ter sido levantado, irei adiante de vós para a Galiléia. " (26: 31-32)
Como eles estavam se aproximando do Jardim do Getsêmani, Jesus disse aos discípulos: "tudo o que vai cair por causa de mim esta noite." Skandalizō ( cair ) é o termo a partir do qual escândalo é derivado e tem o significado literal de montar uma armadilha , bombo, ou pedra de tropeço. Nos dias de Jesus a palavra mais freqüentemente foi utilizada metaforicamente, como sempre é no Novo Testamento. Jesus predisse que os discípulos em breve enfrentar um obstáculo que iria fazê-los tropeçar e cair fora de sua lealdade para com Ele.
Ele sabia que todos os discípulos iria abandoná-lo e que eles ficariam chocados e ofendidos com Sua previsão de seu abandono. Ele sabia que eles iriam cair por causa de seu medo de serem associados com Ele ( Me ) e que eles iriam fugir naquela mesma noite, assim como eles fizeram (v. 56).
Enquanto Jesus enfrentou a cruz com coragem e valor, que eram nitidamente divina, os discípulos seriam fugindo com medo tipicamente humana e covardia. Mesmo como Ele enfrentou o pecado, a morte, e Satanás para eles, eles não arrisca nada para Ele.
Era como se Jesus estavam sentados no estande de um estúdio de televisão monitoramento de eventos pré-gravados em um grande banco de telas diante Dele controle e determinação de que seria exibido em um determinado momento. Cada evento daquela noite, assim como todos os eventos de toda a sua vida, estava sob a autoridade divina direta de Deus. Nenhum ato foi acidental e nenhuma palavra foi incidental. Ele não só sabia exatamente o que ele mesmo iria fazer, mas o que os discípulos, os líderes religiosos e políticos, os soldados, e as multidões faria. Ele podia ver cada movimento como se já tivesse acontecido e ouvir cada palavra como se ele já tinha sido falado.
Na interpretação de Mateus Jesus não perde nada de Sua majestade e dignidade, mesmo quando, aos olhos do mundo, Ele enfrentou a derrota iminente e ignomínia. Seu próprio plano soberano foi se desdobrando, e da suposta vítima era, na realidade, o Victor preordenada.
O comentário de Jesus , porque está escrito que se refere o Zc
O cabeça-dura e fraco na fé discípulos deveria ter lembrado e acreditava essas previsões do seu Senhor. Eles devem ter se lembrado aqueles a quem o próprio Jesus ressuscitou dentre os mortos, especialmente Lazarus, em cuja criação Ele declarou: "Eu sou a ressurreição ea vida; quem crê em mim viverá ainda que morra" (Jo
Em Sua infinita paciência Jesus disse-lhes de novo que Ele seria levantado e que Ele, então, ir antes deles para a Galiléia e encontrá-los lá. Isso, é claro, é exatamente o que Ele fez. Do lado de fora do túmulo do jardim, o anjo disse as duas Marias, "Ide depressa e dizei aos seus discípulos que ele ressuscitou dentre os mortos, e eis que ele vai adiante de vós para a Galiléia, lá você vai vê-lo" (Mt
Mas Pedro estava alheio às palavras do Senhor. Em vez de reconhecer sua necessidade e expressando gratidão pela proteção do Senhor, Pedro se vangloriou: "Senhor, com você eu estou pronto para ir tanto para a prisão como para a morte!" (V. 33). Impressionado com essa afirmação, Jesus respondeu: "Eu digo a você, Pedro, o galo não cantará hoje até que você tenha negado três vezes que você me conhece" (v 34).. Com essas palavras de compaixão, mas pungentes, Jesus destacou Pedro como aquele que não só iria abandoná-lo, mas que ainda negam.
O Senhor repetiu agora a previsão: "Em verdade vos digo que esta noite, antes que um galo canta, você que me negar três vezes." Pedro não acreditam seu Mestre desta vez mais do que ele tinha algumas horas antes. Com audácia incrível e orgulho, ele, obviamente, pensei que, sábio como Jesus era, Ele estava enganado sobre a confiança e coragem de seu principal discípulo.
Os judeus dividiam a noite em quatro partes: à noite, de seis para nove; meia-noite, nove a doze; galo corvo 12-3; e de manhã, 3-6. O terceiro período ganhou seu nome do fato de que os galos começaram a cantar sobre o fim desse período e continuou a cantar periodicamente até depois do amanhecer.
No momento em que Jesus e os discípulos atingiu o Monte das Oliveiras foi provavelmente perto da meia-noite. Jesus foi, portanto, a previsão de que, dentro de muito poucas horas, Pedro iria negar o Senhortrês vezes -antes três da manhã, quando um galo , normalmente, começam a cantar. Como Pedro deveria saber, que é precisamente o que aconteceu. Tão logo sua terceira negação, aumentada com uma maldição, saem de sua boca que "imediatamente o galo cantou" (v. 74).
Mas o orgulho de Pedro não lhe permitia pensar tal coisa era concebível. Seu orgulho nesta ocasião foi manifestado em pelo menos três maneiras. Em primeiro lugar Ele contradisse o Senhor, como já havia feito em outras ocasiões. Pouco depois de Pedro confessou que Jesus era "o Cristo, o Filho do Deus vivo", ele "levou-o à parte, começou a repreendê-lo" para a previsão de seu sofrimento e morte ", dizendo:" Deus não permita isto, Senhor! Isso nunca deve acontecer com você "(Mt
Em segundo lugar, o orgulho de Pedro se manifestou em seu considerando-se melhor do que todos os outros discípulos, alegando que, embora possam abandonar Jesus, ele nunca faria isso. Em terceiro lugar, ele confiava em sua própria força, tolamente declarando: "Eu nunca vou cair" e poucos momentos depois, acrescentando: "Mesmo se eu tiver que morrer com você, eu não vou negar Você."Compartilhando equivocada auto-confiança de Pedro, embora graus talvez para menos extremos, "disse Todos os discípulos a mesma coisa também."
Os discípulos ainda eram ignorantes sobre muitas coisas. Eles eram ignorantes de sua própria fraqueza e da força de Satanás. Eles eram ignorantes do grande poder que o medo logo teria sobre eles. E eles não aceitariam a interpretação de Jesus da profecia do Antigo Testamento Ele tinha acabado de ser citado a respeito do pastor atingido e as ovelhas sendo espalhados. Em outras palavras, eles eram ignorantes, porque persistiram em confiar em seu próprio entendimento acima do Senhor.
Como os discípulos, os crentes só parada sua ignorância quando eles afirmam ser sábia, corajosa e auto-suficiente. E, muitas vezes, como acontece com os discípulos, o Senhor lhes permite aprender da maneira mais difícil que eles são realmente tolo, covarde, e fraco.
Na humilde, a graça sem pecado Jesus estava disposto a ir para a cruz e derramou Seu sangue para os discípulos orgulhosos, insensato e pecaminosas. Embora Ele sabia que em breve teria vergonha dele e ainda o deserto e para negá-Lo, Ele não tinha vergonha deles. Apesar de seu orgulho, fraqueza, deserção, e negações, Ele iria chamar-lhes de novo a Ele no amor perfeito. Em um ato gracioso da misericórdia divina Ele iria perdoar e restaurá-los.
Felizmente, nosso Senhor é dedicada a restaurar discípulos que têm caído e sido infiel. Em sua primeira epístola João lembra a seus leitores de que a verdade reconfortante. "Se confessarmos os nossos pecados", ele escreveu: "Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1Jo
A presença do Espírito Santo agora habita dentro deles, sem dúvida, foi a fonte de poder na recém-descoberta coragem e dedicação dos apóstolos. Mas mesmo o poder do Espírito de Cristo não é garantia de fidelidade. Muito tempo depois de ele ter sido habitado pelo Espírito, Pedro descobriu novamente como espiritualmente confiável e impotente que ele era quando atuou na carne e não no Espírito. Depois de ter sido intimidado pelos judaizantes, ele recusou por um tempo para ter comunhão com os crentes gentios e foi repreendido severamente face a face e publicamente por Paulo para sua hipocrisia (Gal. 2: 11-14).
Parece, portanto, a certeza de que um outro fator, além do Espírito que habita contribuíram para mais tarde a fidelidade, ou seja a lição dos apóstolos aprenderam tão amargamente no final do ministério do Senhor sobre a sua própria ignorância e auto-suficiência tolo e sobre a onisciência divina de Cristo e suficiência graciosa . Lembraram-se de Seu amor e misericórdia paciente em puxá-los de volta a Ele, apesar de sua deserção covarde e desprezível. Eles tinham experimentado a Sua misericórdia tão íntima e tão profundamente que eles estavam determinados nunca abandoná-lo novamente. Mas eles sabiam que, em si mesmos, eles eram tão fraco como nunca e que sua única perspectiva de fidelidade era a obediência total a e dependência dele.
Poderiam ter conhecido ele, os discípulos restaurados seria alegremente ter cantado o hino amado "Que Firme Alicerce", duas das estrofes dos quais são:
Não temas, porque eu sou contigo; O não te espantes,
porque eu sou teu Deus, e ainda te darei ajuda;
Eu te fortalecerei, ajudo, e te trazer para ficar,
confirmada pelo meu justo, mão onipotente.
A alma que em Cristo confiante repousar,
eu não vou, não vou abandonar a seus inimigos;
Essa alma, apesar de todo o inferno deve esforçar-se para agitar,
Eu nunca, não, nunca, não, nunca abandonará!
138. O Filho em Tristeza (Mateus
Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a seus discípulos: "Sentem-se aqui enquanto eu vou ali orar" E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e angustiado. Então Ele lhes disse: "A minha alma está profundamente triste, a ponto de morte; ficai aqui e vigiai comigo." E, indo um pouco além deles, e caiu sobre seu rosto e orou, dizendo: "Meu Pai, se é possível, este cálice passe de mim, ainda não como eu quero, mas como tu queres." E Ele veio para os discípulos e os encontrou dormindo, e disse a Pedro: "Então, vocês, homens, não poderia vigiar comigo por uma hora Mantenha vigiando e orando, para que não entreis em tentação;? O espírito está pronto, mas a carne é fraca. " Ele foi embora novamente uma segunda vez e orou, dizendo: "Meu Pai, se este não pode passar a não ser que eu o beba, se a Tua vontade." E mais uma vez ele veio e os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados. E deixando-os de novo, e foi-se embora e orou pela terceira vez, dizendo a mesma coisa, mais uma vez.Em seguida, Ele veio para os discípulos, disse-lhes: "Você ainda está dormindo e tomando o seu descanso Eis que é chegada a hora de mão e o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores Levanta-te, vamo-nos?.; eis que aquele que me trai está na mão! " (26: 36-46)
Em um sermão intitulado "Jesus Cristo Homem" pregado em 12 de Abril de 1885, Charles Haddon Spurgeon, comentou: "Ele não vai ser o suficiente para você ouvir, ou ler [a respeito de Cristo], você deve fazer o seu próprio pensamento, e considerar o seu Senhor para vós .... O vinho não é feito reunindo os clusters, mas pisando as uvas no lagar.: sob pressão o suco vermelho salta diante Não é a verdade que você lê-lo, mas a verdade como você meditar sobre ele, será uma bênção para você .... Cale-se com Jesus, se você conhecê-lo ". Pouco antes que ele tivesse dito: "[No entanto] Estou nunca mais atormentados de mim do que quando eu fiz o meu melhor para exaltar seu querido nome. O que é isso, mas segurando uma vela ao sol?" Spurgeon conclui: "Eu não posso falar como eu dele. O incêndio deste Sun me cega!" ( O Metropolitan Tabernacle , vol 31. [Londres: Passmore e Alabaster, nd] 209, pp, 213.).
Mesmo quando o melhor de si é feito para estudar sobre e meditar sobre o Senhor Jesus Cristo, torna-se claro que o mistério é demasiado profunda para a compreensão humana. Nós sabemos e cremos que Ele é totalmente Deus e também plenamente homem, mas para o estado e até mesmo sinceramente acredito que tal paradoxo não é compreendê-lo. É muito profunda mesmo para mentes cristã, iluminada pelo Espírito Santo de entender. Com humildade, temor e reverência que seguir o Senhor em Seu caminho tortuoso para a cruz.
Até agora era provavelmente perto de meia-noite de quinta-feira da semana da Páscoa no AD 33 (ou talvez 30). Três anos de ministério de Jesus foram concluídos. Ele pregou o seu último sermão público e realizou o seu último milagre. Ele também havia comemorado a última Páscoa com seus discípulos. Mas infinitamente mais importante do que isso, Ele veio para ser o último e derradeiro Cordeiro pascal, o perfeito e só sacrifício pelos pecados do mundo.
Ao olharmos mais para a última noite de nosso Senhor antes da morte, vamos entender o que pudermos da sacralidade deste momento poderoso em sua vida e ministério. Mas percebemos que nenhuma quantidade de estudo ou insight pode dar mais do que um vislumbre da agonia divino-humana Ele experimentou lá.
Um dos belos hinos de Filipe Bliss contém as palavras,
Homem de dores, o que é um nome,
porque o Filho de Deus que veio,
Pecadores arruinados para recuperar!
Aleluia, o que é um Salvador!
O escritor hino emprestado sua descrição de Cristo a partir de Isaías, que previu que o Messias seria "um homem de dores, e experimentado no sofrimento" (Is
Não podemos compreender a profundidade da agonia de Jesus, porque, como sem pecado e santo Deus encarnado, Ele foi capaz de perceber o horror do pecado de uma maneira que não podemos. Portanto, mesmo para tentar entender o sofrimento de Jesus naquela noite no Monte das Oliveiras é pisar em solo sagrado. O mistério é profundo demais para os seres humanos para compreender e até mesmo para os anjos. Nós só pode permanecer no temor de Deus-Homem.
Como todos os outros aspectos e detalhes da vida e ministério de Jesus, Sua agonia no jardim foi parte integrante do plano preestabelecido, divino de redenção. Era parte da preparação de Jesus para a cruz, onde o evento climático na obra de redenção que iria acontecer.
Sempre e sempre que o professor; Jesus usou mesmo essa luta com o inimigo no jardim a noite antes da cruz para ensinar os discípulos e cada crente futuro outra lição na piedade, uma lição sobre enfrentar tentação e prova grave. O Senhor não apenas estava se preparando para a cruz, mas também, pelo seu exemplo, a preparação de seus seguidores para os cruzamentos Chama-os a ter em seu nome (conforme Mt
Mateus
Tristeza
Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a seus discípulos: "Sentem-se aqui enquanto eu vou ali orar." E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e angustiado. Então Ele lhes disse: "A minha alma está profundamente triste, a ponto de morte; ficai aqui e vigiai comigo." (26: 36-38)
Após os onze discípulos ecoou a jactância de Pedro e insistiu em sua lealdade a Jesus até mesmo ao ponto de morrer com Ele, se necessário (v. 35), que, em seguida, mudou-se com ele para um lugar no Monte das Oliveiras chamado Getsêmani. Embora não tivesse anunciou com antecedência para onde estava indo, "Jesus muitas vezes se reunira ali com os seus discípulos," e foi esse fato que permitiu Judas para encontrá-lo tão facilmente mais tarde naquela noite (Jo
Deixando os outros oito discípulos na entrada, Jesus levou consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, Tiago e João. Através dos anos, os comentaristas especularam a respeito de porque Jesus levou apenas três discípulos com Ele e por Ele escolheu aqueles homens particulares. Como já mencionado, Ele provavelmente deixou a maior parte dos discípulos, na entrada para ficar de guarda, para que não seja interrompida antes que Ele acabou de orar. Alguns intérpretes sugerem que Ele escolheu Pedro, Tiago e João, porque eles eram os mais fracos e mais necessário para estar com Ele. Mas o fato de que eles fizeram erros mais visíveis do que os outros não indica que eles eram os mais fracos, mas sim o mais para a frente e presunçoso. Eles eram, na verdade, os líderes óbvias entre os doze e foram o círculo interno, a quem Jesus deu atenção especial durante todo o seu ministério.
Foi certamente por essa razão que o Senhor levou os três com Ele a orar. Ele queria ensinar-lhes mais sobre enfrentar forte tentação com confiança em Deus e não em si mesmos. À luz da sua auto-declarada confiabilidade (35 v.), Os discípulos precisavam aprender a humildade e pobreza de espírito que é necessário antes que Deus possa usar eficazmente o seu povo (ver Mt
Todo cristão às vezes enfrenta tentações, provações e sofrimentos que ameaçam a dominá-lo. Nas profundezas de tais testes, até mesmo os nossos amigos mais queridos e mais espirituais não são capazes de oferecer o consolo ea força necessária. Deus espera que os crentes para encorajar e fortalecer um ao outro, e que é um meio fundamental através do qual ele constrói-se Seus filhos (ver Lc
O ministério de Jesus começou e terminou com a tentação implacável diretamente por Satanás. Depois Ele foi batizado por João Batista, Jesus foi para o deserto da Judéia e jejuou durante quarenta dias e noites. No final desse período, o diabo o tentou três vezes, e cada vez Jesus respondeu com as Escrituras (Mt
Como Ele foi para o jardim com os três discípulos, Jesus começou a entristecer-se e angustiado. Não era que ele nunca tinha experimentado dor ou angústia sobre o pecado ea morte e sobre o isolamento de Seu Pai celestial que iria trazer. Ele sempre soube que ele tinha vindo à Terra para sofrer e morrer pelos pecados do mundo. Mas o clímax de Sua angústia agora começou a intensificar, como nunca antes, como Seu pecado tornando-se em nosso lugar e seu consequente afastamento de Deus se aproximava. Sua alma foi repelido pela invasão de Sua sinbearing, não por causa da dor física. Ele iria suportar, mas por causa de Sua tomando sobre si lá toda a magnitude e profanação de iniqüidade de todos os homens. Sua agonia sobre essa perspectiva foi além de qualquer descrição ou compreensão.
Quando Jesus chorou junto da sepultura de Lázaro (Jo
Mas agora um tipo muito profundo e desolado da solidão começou a varrer sobre ele que o levou a ser severamente afligido. Além da cruz foram decepções pessoais que talvez pressionado Jesus em depressão profunda. Primeiro foi a traição de Judas, um lucifer terrena que traiu o Filho amoroso e altruísta de Deus, que graciosamente tinha ensinado e ministrado a Judas por três anos. Em seguida, houve a deserção dos outros onze discípulos, fez mais trágico pelo fato de que, para eles, Ele era Salvador e Senhor. Ele tinha sido seu professor; curandeiro, incentivador; perdoa, suporte, e amigo. No entanto, ele logo seria abandonado por aqueles que Ele nunca abandonará. Não seria a negação direta por Pedro; Aquele em quem Jesus tinha investido mais. Em troca, ele seria o objeto de vergonha de Pedro e o motivo de maldição de Pedro. Jesus também seria rejeitada por Israel, escolhidos e convênio povo de Deus, por meio de quem Ele veio em carne e para quem Ele veio como Messias, Redentor e Rei.
Além das rejeições foram as injustiças gritantes que enfrentaria. O próprio Criador da justiça iria mesmo ser sujeito a injustiça final da humanidade. Ele seria vilipendiado e defraudado nos tribunais mesquinhos de pecaminosas, rancorosas, que encontram-se homens, e isso em nome de Deus. Aquele a quem os anjos louvor e com quem Deus o Pai se compraz seria amaldiçoado e ridicularizados pelas multidões vis e perversos, muitos dos quais tiveram alguns dias antes cantada Seus louvores e tentou fazê-Lo rei.
Jesus enfrentou uma solidão que nenhum outro homem poderia experimentar. O Filho de Deus, que comungava com o Pai e com o Espírito Santo e com todos os santos anjos do céu, iria encontrar-se abandonado por Seu Pai como Ele se fez pecado. Ele seria tão identificado com a iniqüidade que os exércitos do céu teria de virar as costas para ele. E o mesmo pecado que os repelido repelido Ele, sem pecado, santo, puro e imaculado Filho de justiça.
Como o Filho mortal do homem, o eterno Filho de Deus teve de tomar a morte sobre si, e que, também, foi doloroso e deprimente. Como parte de sua missão divina de redenção, Cristo veio à Terra para "morte gosto para todos" (He 2:9), que saiu do cenáculo para realizar a traição. Suas palavras e atividade não são registrados, mas podemos estar certos de sua participação e de sua intenção. No primeiro grande episódio de tentações no deserto, Satanás tentou Jesus para exigir seus direitos, em primeiro lugar para a alimentação, em seguida, para a proteção, e, finalmente, para a soberania sobre o mundo. Agora, ele tentou o Filho de Deus novamente para exigir seus direitos. Jesus não merecia sofrer; muito menos morrer. Ele merecia honra; glória e reverência, e não a cruz. Por que, o diabo talvez sussurrou no ouvido de Jesus, deve o autor da justiça ser submetido a tal injustiça? Por que o Criador da vida ser submetido à ignomínia da morte? Ele chamou Jesus à revolta contra Deus e assim desqualificar-se de ser o sacrifício pelo pecado e o destruidor de Satanás, a morte eo inferno.
Em todas essas tentações no deserto, no jardim, e em toda a vida terrena Satan-de Jesus procurou torná-lo desobedecer a Deus e de se rebelar, como tinha feito. Ele sabia que, em obediência de Cristo ao Pai era a sua própria destruição (de Satanás). Portanto, a intenção de todas as tentações de Jesus era para afastá-lo da cruz Deus havia planejado. Foi quando Pedro descarAdãoente declarou que Jesus nunca seria crucificado que o Senhor disse-lhe: "Para trás de mim, Satanás!" (Mt
Depois de descartar Satanás-cheia Judas do cenáculo, Jesus disse: "Eu não vou falar muito mais com você, para o governante do mundo está chegando, e ele nada tem em mim" (Jo
A partir do momento da prisão de Jesus até à sua morte, Satanás parecia ter a mão superior nos eventos, mas que foi temporária e pela provisão divina. Jesus disse aos chefes dos sacerdotes e os oficiais do templo quando eles vieram para prendê-lo, "Esta hora e do poder das trevas são teus" (Lc
Por isso, é de se surpreender que Jesus disse a Pedro, Tiago e João, "A minha alma está profundamente triste, a ponto de morte." perilupos ( profundamente entristecido ) está relacionado com o prazo a partir do qual obtemos periferia e carrega a idéia de ser rodeada de tristeza. É possível morrer de tristeza, assim como de outras emoções fortes, como medo e raiva. A angústia de Jesus foi suficiente para matá-lo e, sem dúvida, o teria feito se não tivesse sido divinamente preservados para um outro tipo de morte.
A agonia dessa tentação era inigualável. Foi a luta mais intensa de Jesus com Satanás, mais angustiante ainda que o encontro no deserto. A magnitude do Seu sofrimento aparentemente causada capilares subcutâneos de Jesus para dilatar e burst. Como as estourar capilares sob a pressão de profunda angústia e sangue escapou através dos poros de sua pele, que se misturaram com seu suor ", caindo no chão" (Lc
Nesse profunda tristeza Jesus conhecia Seu único consolo era com o Pai celestial, e com cada onda de tentação e angústia Ele retirou-se para um lugar de reclusão a alguma distância (ver vv 36, 39, 42.).Lucas relata que "Ele retirou-se deles cerca de um tiro de pedra" (Lc
Enquanto Ele foi para ficar a sós com o Pai, Jesus perguntou aos seus três amigos queridos para vigiar com Ele, deixando-os não só para assistir , mas também para orar em vista da tentação (ver v 41)., assim como ele estaria fazendo.
Súplica
E, indo um pouco além deles, e caiu sobre seu rosto e orou, dizendo: "Meu Pai, se é possível, este cálice passe de mim, ainda não como eu quero, mas como tu queres." E Ele veio para os discípulos e os encontrou dormindo, e disse a Pedro: "Então, vocês, homens, não poderia vigiar comigo por uma hora Mantenha vigiando e orando, para que não entreis em tentação;? O espírito está pronto, mas a carne é fraca. " Ele foi embora novamente uma segunda vez e orou, dizendo: "Meu Pai, se este não pode passar a não ser que eu o beba, se a Tua vontade." E mais uma vez ele veio e os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados. E deixando-os de novo, e foi-se embora e orou pela terceira vez, dizendo a mesma coisa, mais uma vez. Em seguida, Ele veio para os discípulos, disse-lhes: "Você ainda está dormindo e tomando o seu descanso?" (26: 39-45a)
Estes versos concentrar alternAdãoente em Jesus 'súplica ao Pai celeste e sobre os três discípulos' adormecer. Por um lado é intenso, doação desejo de Jesus para fazer a vontade do Pai, a ponto de tornar-se pecado para salvar os pecadores e pela oração para lidar com a tentação lhe atirarem. Por outro lado, é indiferente, incapacidade egocêntrica dos discípulos para assistir e para enfrentar o conflito e perigo com intercessão em nome do seu Senhor. Enquanto Jesus, a compreensão do poder do inimigo, retirou-se para a oração, eles se retiraram para o sono.
Novamente indo um pouco além dos três discípulos, Jesus caiu sobre seu rosto, orando ao Seu Pai. A não ser no momento em que Ele citou o Sl
Embora Jesus apelado Deus, Seu Pai, somente nesta ocasião que Ele chamá-lo de meu Pai (conforme v. 42). Intensificar a intimidade. Quanto mais Satanás tentou desviar Jesus da vontade e do propósito de seu pai, o mais de perto Jesus chamou à presença de Seu Pai. Marcos acrescenta que Jesus também se dirigiu a Ele como "Abba, Pai!" (Mc
Jesus implorou ao Pai, "Se for possível, este cálice passe de mim." Ao perguntar, "Se for possível," Jesus não se perguntar se escapar da cruz estava dentro do reino da possibilidade. Ele sabia que podia ter se afastado da morte a qualquer momento Ele escolheu. "Eu dou a minha vida para que eu possa levá-la de novo", ele explicou aos fariseus incrédulos "Ninguém ma tira de mim, mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho autoridade para a dar, e eu tenho autoridade para retomá-la "(João
Ira e juízo de Deus são muitas vezes retratado no Antigo Testamento como um copo de ser bebido (ver, por exemplo, Sl
Como sempre com Jesus, a consideração determinante foi a vontade de Deus. "Eu não falei por mim mesmo", declarou Ele, "mas o próprio Pai que me enviou me deu mandamento sobre o que dizer eo que falar" (Jo
Mas quando o Senhor voltou para os três discípulos, Ele os encontrou dormindo. Essa descoberta; embora não inesperado, deve ter acrescentado muito ao Seu sofrimento e angústia. Ninguém pode decepcionar e nos ferir tão profundamente como aqueles que amamos. Jesus não ficou surpreso, porque na Sua onisciência Ele estava perfeitamente consciente de sua fraqueza e previu que seria, naquela mesma noite, ele se manifesta mesmo em deserção (veja v 31).. Mas esse conhecimento não aliviar a dor causada pela sua não ser suficientemente sensível ou cuidar o suficiente para vigiar e orar com Ele nas últimas horas de sua vida.
Assim como estes mesmos três discípulos tinha dormido quando Jesus foi transfigurado (Lc
Como Jesus reconhece aqui, fazendo o que é certo é muitas vezes difícil, porque, embora o espírito está pronto, ... a carne é ainda fraca. regeneradas pessoas que verdadeiramente amam a Deus tem um desejo de justiça, e eles podem reclamar com Paulo que eles genuinamente quer fazer o bem. Mas eles também confessar com Paulo que muitas vezes eles não praticam na carne não redimido que seus espíritos regenerados quer que eles façam. E, por outro lado, às vezes eles se encontram a fazer coisas que, na pessoa remidos interior, eles não querem fazer (Rm
À luz desse conflito problemático e contínua, Paulo então lamentou: "Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" Respondendo à sua própria pergunta, ele exultou: "Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! Então, por um lado eu me com a minha mente sou escravo da lei de Deus, mas, por outro, com a minha carne à lei do pecado "(vv. 24-25). A única fonte de vitória é o poder de Jesus Cristo.
O fato de que Jesus veio de novo ... e os encontrou dormindo indica que os discípulos caíram no sono mesmo depois de ter despertado e admoestou-los. Seus olhos estavam pesados, e porque não procurar a ajuda do Pai, viram-se impotentes mesmo para ficar acordado , e muito menos para oferecer intercessão a favor ou consolo para seu Mestre.
Depois Ele encontrou os discípulos dormindo pela segunda vez, Jesus deixou-os de novo, e foi-se embora e orou pela terceira vez. Embora os evangelhos não indicam especificamente, parece possível que, como já mencionado, Jesus tinha três sessões de oração em resposta a três ondas específicas de ataque satânico, assim como no deserto. Levou três tentativas de Satanás para esgotar sua estratégia malévolo contra o Filho de Deus. Cada vez que Jesus sofreu mais extremo tormento de alma, mas cada vez que Ele respondeu com resolução absoluta para fazer a vontade do Pai. Após o terceiro cerco, nosso Senhor disse a mesma coisa, uma vez mais ao Pai celeste, ou seja, "se a Tua vontade" (veja v 42)..
Nessas orações, como em todos os seus outros, Jesus dá aos Seus seguidores um exemplo perfeito. Não só aprendemos a enfrentar a tentação com a oração, mas aprendemos que a oração não é um meio de dobrar a vontade de Deus para a nossa própria, mas de submeter nossa vontade à Dele. Se Jesus apresentou a Sua perfeita vontade ao pai, quanto mais devemos submeter nossa imperfeita quer a Sua? A verdadeira oração está rendendo o que Deus quer para nós e, independentemente do custo, mesmo se o custo é a morte. A natureza ou caráter de nossa oração diante da tentação deve ser a clamar ao Senhor por Sua força para resistir ao impulso de se rebelar contra a vontade de Deus, que é o que todo pecado é.
Podemos ter certeza de que, quanto mais sinceramente que procuramos fazer a vontade de Deus, o mais severamente Satanás tentará atrair-nos com ele, assim como ele fez com Cristo. E como nosso Senhor, a nossa resposta deve estar sempre em oração, determinação obstinada de se aproximar de Deus.
Depois da terceira vez de súplica Jesus foi o vencedor e Satanás foi o vencido. O inimigo de sua alma foi derrotado, e Cristo permaneceu incólume em perfeita harmonia com a vontade de seu Pai, com calma e de forma submissa pronto para sofrer e morrer. E em que a morte Ele estava preparado para tomar sobre Si os pecados do mundo. Se o próprio Filho de Deus necessária para clamar a Seu Pai celestial na hora da provação e sofrimento, quanto mais não é? Essa foi a lição Ele queria que os onze, e todos os Seus outros discípulos após si, para aprender.
Após a terceira sessão de oração, Jesus veio para os discípulos, disse-lhes: "Você ainda está dormindo e tomando o seu descanso?" Mesmo depois de as duas repreensões e advertências sinceros do Senhor, os três homens estavam ainda dormindo. Seus olhos ainda eram pesados (conforme v. 43), porque eles eram controlados pelo natural e não pelo espiritual. Eles eram tão totalmente sujeitos a carne e suas necessidades que eles eram indiferentes às necessidades de Cristo. Eles foram mesmo indiferente às suas próprias necessidades mais profundas, porque, assim como Jesus tinha avisado um pouco antes, eles estavam prestes a ser dominado pelo medo de suas próprias vidas e pela vergonha de Cristo. No entanto, em vez de seguir o exemplo de seu Mestre através agonizante em oração, eles alegremente descansou no sono.
Jesus estava ensinando os discípulos de que a vitória espiritual vai para aqueles que estão alertas em oração e que dependem de seu Pai celestial. O outro lado dessa lição, e um dos discípulos iria aprender em primeiro lugar, foi a de que a auto-confiança e despreparo são o caminho para a derrota certa espiritual.
Força
"Eis que é chegada a hora de mão e o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores Levanta-te, vamo-nos;.! Eis que aquele que me trai está próximo" (26: 45b-46)
A palavra eis que é usado para chamar a atenção para alguma coisa. Como Jesus caminhou de volta para os três discípulos, os homens vindo para prendê-Lo já estavam à vista. Na verdade, eles chegaram ", enquanto ele ainda falava" (v. 47). Quando eles se aproximaram, Jesus podia ver os soldados romanos de Fort Antonia e os príncipes dos sacerdotes e os anciãos. A maioria claramente de tudo, Ele podia ver Judas, que liderou o contingente heterogêneo.
Com grande tristeza, Jesus disse: "A hora está próxima." Ele não estava triste porque ele não estava disposto a enfrentar a cruz, mas porque Ele estava prestes a tornar-se pecado. E a Sua tristeza foi feita a mais amarga porque Seus amados discípulos não estaria com Ele, como Ele deu tudo para eles. Com uma força ainda mais magnífico por seu contraste com a sua fraqueza, o Filho do Homem graciosamente submetidos a ser entregue nas mãos dos pecadores.
Não havia mais nada que Jesus precisava fazer e nada mais os discípulos estavam dispostos a fazer. "Levanta-te" , portanto, Jesus disse: "vamo-nos;! eis que aquele que me trai está à mão" Ao invés de ser enfraquecido e dissuadido pelas tentações, Jesus tornou-se mais forte e mais resolvidos; e, em vez de esperar que os seus inimigos para chegar a ele, ele saiu para encontrá-los.
Com a coragem de invencibilidade, Jesus tinha feito o ato final e final do compromisso com Seu Pai celestial, que Ele sabia que o ressuscitaria dentre os mortos no terceiro dia. Enquanto se movia em direção à multidão que veio para prendê-Lo, Ele também resolutamente se moveu em direção à cruz. "Para o gozo que lhe [Ele], suportou a cruz, desprezando a ignomínia" (He 12:2).
Mateus
A auto-confiança sempre abre a porta à tentação. O primeiro passo de um crente de cair em pecado é falsa confiança de que ele é capaz de ser fiel ao Senhor em seu próprio poder. Como os discípulos no Monte das Oliveiras, ele está certo de que ele nunca iria abandonar Cristo ou comprometer a Sua Palavra.
Após a auto-confiança vem o sono, o que representa a indiferença ao mal e à falta de vigilância moral e espiritual. O crente dormir tem pouca preocupação com o que lê ou ouve, mesmo quando é claramente anticristão e aviltante.
O terceiro passo é a tentação, que o sistema de Satanás está constantemente pronto para colocar no caminho do povo de Deus. Tal como acontece com Jesus, a tentação apela para os seus direitos pessoais e apela a rebelião contra Deus.
O quarto passo é pecado, porque um crente que é auto-confiante espiritualmente, que é indiferente para o pecado, e que não liga para a ajuda do Senhor, inevitavelmente, cair em pecado. Nenhuma pessoa, nem mesmo um cristão, tem a capacidade dentro de si mesmo para resistir a Satanás e evitar o pecado.
A quinta e última etapa na seqüência é desastre. Assim como tentação que não é resistido no poder de Deus sempre leva ao pecado, pecado que não é confessado e limpos leva a tragédia espiritual.
Esse é o padrão que os discípulos seguiram última noite de vida terrena de Jesus e que cada crente segue quando ele não depende inteiramente do Senhor.
Mas esta passagem também contém o padrão para a vitória espiritual, que se manifesta e exemplificado por Jesus. O caminho da vitória, em vez de trágica derrota é a confiança em Deus, em vez de auto, a vigilância moral e espiritual, em vez de indiferença, resistir à tentação no poder de Deus, em vez de em nosso próprio, e segurando a obediência em vez de para a rebelião do pecado.
139. O Beijo da Traição (Mateus
E, enquanto ele ainda falava, eis que chegou Judas, um dos doze, apareceu, acompanhado por uma grande multidão com espadas e varapaus, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo. Ora, o que o traía lhes dado um sinal, dizendo: "Aquele que eu beijar, Ele é o único; prendê-lo." E imediatamente ele foi para Jesus e disse: "Salve, Rabi!" e beijou-o. E Jesus disse-lhe: "Amigo, faça o que você veio para." Então eles vieram e colocou as mãos sobre Jesus eo prenderam. E eis que um dos que estavam com Jesus chegou e tirou sua espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha. Então Jesus lhe disse: "Põe a tua espada no seu lugar, porque todos os que tomarem a espada perecerão pela espada Ou você acha que eu não poderia rogar a meu Pai, e ele vai de uma vez colocou à minha disposição. mais de doze legiões de anjos? Como então se cumpririam as Escrituras, que deve acontecer desta forma? " Naquele tempo, Jesus disse à multidão: "Você saiu com espadas e varapaus para me prender, como a um salteador? Todo dia eu costumava sentar-se ensinando no templo e você não me prenderam. Mas tudo isso tem ocorrido que as Escrituras dos profetas podem ser cumpridas. " Então todos os discípulos o abandonaram e fugiram. (26: 47-56)
Além de Jesus, os participantes desta narrativa são a multidão mista que vieram prendê-Lo, o traidor Judas, e os onze discípulos. A multidão atacou Jesus, Judas traiu com um beijo, Pedro presunçosamente tentou defendê-lo com uma espada, e os discípulos desertado por Ele em terror. Mas em meio a essas atividades trágicos, os quais apareceram para trabalhar em direção a desgraça e derrota de Jesus, a majestade destemido e triunfo do Salvador continuou a manifestar-se como a palavra profética de Deus foi infalivelmente cumprida.
O Ataque da Multidão
E, enquanto ele ainda falava, eis que chegou Judas, um dos doze, apareceu, acompanhado por uma grande multidão com espadas e varapaus, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo. (26:47)
Enquanto Jesus ainda estava falando aos onze discípulos no jardim, advertindo-os a ser espiritualmente vigilante e anunciando a eles Sua traição iminente (vv. 45-46), eis que chegou Judas, um dos doze, veio à tona.
Parece estranho e inadequado que Judas ainda seria chamado de um dos doze , enquanto ele estava no próprio ato de traição. Alguém poderia pensar que Mateus teria sido relutante em se referir a ele de tal maneira. No momento em que os evangelhos foram escritos, o nome de Judas tinha sido um provérbio entre os cristãos, um sinônimo de traição e infâmia. Por que, podemos nos perguntar, se ele não referido como o falso discípulo ou aquele que se contou entre os doze?
Mas, na verdade, todos os quatro evangelistas especificamente falar de Judas como "um dos doze" (Mt
O apócrifo escrevendo a história de José de Arimatéia ensinou que Judas era o filho do irmão do sumo sacerdote Caifás e que ele foi enviado por Caifás para infiltrar os discípulos e descobrir uma forma de destruir Jesus.
De acordo com outro escrito apócrifo, Os Atos de Pilatos , Judas foi para casa após a traição e encontrou sua esposa assar um frango. Quando ele disse a ela que ele estava planejando se matar porque estava com medo Jesus iria ressuscitar dos mortos e vingar-se dele, ela respondeu que Jesus não mais iria ressuscitar dos mortos do que o frango que ela estava cozinhando pularia fora do fogo e corvo-em que instante o frango foi dito ter feito exatamente isso.
Um antigo manuscrito chamado coptas Narrativas do Ministério e Passion sustentou que a esposa de Judas foi extremamente ganancioso e que ele não era nada mais do que o peão de uma mulher manipuladora. No antigo Oriente Próximo, a acusar um homem de ser subjugado a uma esposa dominadora foi considerado altamente caluniosa.
A escrita do século XII chamado O Legendary Aura afirmou que os pais de Judas atirou-o para o mar, quando ele era um bebê, porque mesmo nessa idade precoce que supostamente sentia que ele era diabólico e merecia ser destruído. De alguma forma, ele conseguiu sobreviver e crescer para a vida adulta, e, de acordo com a lenda, logo após se casar com uma bela mulher mais velha, ele descobriu que ela era sua mãe.
Tais relatos bizarros são comuns na literatura extra-bíblica. Eles são preparados para demonstrar a vileza de Judas e de revelar o desprezo com que ele foi visto. Os escritores do evangelho, pelo contrário, simplesmente chamá-lo de um dos doze. Ao invés de minimizar a hediondez da traição de Judas, isso aumenta a insídia do seu crime mais do que qualquer lista de epítetos poderia fazer.
Quando o traidor veio ao jardim, ele foi acompanhado por uma grande multidão com espadas e varapaus, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo. Esta grande multidão não era a multidão espontânea típica de admiradores que muitas vezes o procurou. Foi sim um grupo cuidadosamente selecionado reuniu com o único propósito de prendê-lo e colocá-lo à morte.
A multidão incluía oficiais do Templo (Lc
Aparentemente, os líderes judeus tinham a intenção por algum tempo a acusar Jesus de rebelião contra Roma. Dessa forma Sua morte poderia ser atribuído ao governo romano, e eles próprios estariam a salvo de represálias por muitos judeus que ainda ainda o admirava. A fim de aproveitar a oportunidade, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos devem ter apressado a Pilatos para solicitar a utilização imediata de suas tropas. Ou talvez eles anteriormente tinha combinado com o governador para que os soldados disponíveis em curto prazo. Sob intimidação porque ele não queria arriscar outra insurreição, especialmente no meio de uma importante festa judaica (ver Marcos
Quando ele saiu da sala superior, Judas deve ter levado às pressas para se reunir com os líderes judeus e informá-los de que o tempo propício eles estavam esperando estava na mão. Embora arranjo original de Judas tinha sido apenas com os principais sacerdotes e outros funcionários do Templo (Lc
Essa multidão mista era um retrato profético de tratamento do mundo de Cristo, uma ilustração vívida de sua maldade, mindlessness e covardia. Em vez de humildemente acolher o Filho de Deus, que abraça seu longamente aguardado Messias, e caindo a seus pés em adoração e culto, que arrogantemente veio colocá-Lo à morte.
Sua intenção era mau manifesto em primeiro lugar na injustiça de suas acusações e ações, que não tinham qualquer relação com a verdade ou a justiça. Jesus tinha quebrado nem Mosaic nem direito romano.Ele não havia cometido nenhum ato imoral ou ilegal. Seu único crime foi em não reconhecer ou obedecendo as provocadas pelo homem, as tradições rabínicas legalistas. Pilatos não tinha amor ou respeito por Jesus, mas ele reconheceu Ele não era culpado de violar qualquer direito romano muito menos de incitar uma rebelião (Jo
Como estava escuro e porque muitos na multidão provavelmente não sabia Jesus de vista, Judas, aquele que o traía, tinha previamente combinado um sinal, dizendo: "Aquele que eu beijar, Ele é o único; prendê-lo."
Beijo é de phileo ; um verbo referindo-se a um ato de respeito e carinho especial, por mais que ainda é exibido hoje em muitas culturas árabes e mesmo entre alguns europeus. No antigo Oriente Próximo talbeijo era um sinal de homenagem.
Por causa de seu status inferior, um escravo iria beijar os pés do seu mestre ou outra pessoa notável, como faria um inimigo buscando misericórdia de um monarca. Servos comuns talvez beijar o dorso da mão da pessoa que eles recebidos, e os que estão acima do nível de servo, às vezes, beijar a palma da mão. Para beijar a bainha da roupa de uma pessoa era um sinal de reverência e devoção. Mas um abraço e um beijo na bochecha era o sinal de perto carinho e amor, reservado apenas para aqueles com quem teve um relacionamento próximo e íntimo. Um beijo e abraço eram uma marca aceita de afeto de um aluno para o professor, por exemplo, mas apenas se o professor ofereceu-lhes em primeiro lugar.
Portanto, de todos os sinais Judas poderia ter escolhido, ele escolheu aquele que viria a ser o mais desprezível, não por causa do ato em si, mas porque ele perverteu tão hipocritamente e traiçoeiramente. Ele poderia ter apontou Jesus em inúmeras outras maneiras que teriam sido tão eficaz. Por alguma razão debochado ele pode ter tido, Judas escolheu para fingir sua inocência e carinho antes de Jesus e os discípulos para o fim. É difícil imaginar que, mesmo tão mau uma pessoa como Judas poderia ter flagrantemente exibidos sua traição na própria cara de quem tinha graciosamente ensinou e fez amizade com ele por três anos. Mas Satanás, que o encheu, não conhece a vergonha e não tem nenhuma restrição em sua miséria.
Os gritos estridentes da multidão para crucificá-lo deve ter sido doloroso para os ouvidos de Jesus. Ele lhes havia ensinado, sarou, e ofereceu-lhes o próprio pão da vida, e ainda assim eles se voltaram contra ele em desprezo e escárnio. Mesmo o ódio dos príncipes dos sacerdotes, anciãos, fariseus, saduceus e foi doloroso para ele, porque Ele amava e teria redimido a esses maus. A brutalidade dos soldados que iria vencê-lo, cuspir nele, e colocar uma coroa de espinhos na cabeça foi dolorosa para o espírito de Jesus, bem como o seu corpo. Até mesmo a indiferença covarde de Pilatos feriria o coração de Jesus, porque Ele veio para perdoar e salvar ainda que pagan Gentil.
Mas Judas deve ter ferido gravemente Jesus mais do que todos os outros juntos, porque ele tinha sido um discípulo e amigo, um íntimo com quem Jesus sem reservas tinham compartilhado Seu amor, Sua companhia, e sua verdade. É impossível imaginar o que o Senhor deve ter sentido quando Judas impetuosa se aproximou dele e disse: "Salve, Rabi!" e beijou-o. No entanto, a dor era não para si mesmo, mas para este homem que estava tão engolfado pela ganância e auto-vontade que ele se rebaixaria a trair o amigo mais querido que ele já teve ou poderia ter.
Beijoed traduz uma forma intensificada do verbo usado no versículo 48 e carrega a idéia de fervorosa expressão, contínuo de afeto. Foi a palavra usada por Lucas da mulher que entrou em casa do fariseu e beijou os pés de Jesus, enxugando-os com os seus cabelos e ungindo-os com perfume (Lc
20) e dos anciãos de Éfeso luto na praia perto de Mileto como eles se despediu de seu amado Paulo (At
Judas estava tão envolvida em sua exibição enganoso que palavras sensatas mesmo Jesus: "Judas, você está traindo o Filho do Homem com um beijo?" (Lc
Em profunda tristeza, mas com perfeita compostura diante da perfídia de Judas, Jesus disse simplesmente: "Amigo, faça o que você veio para." O Senhor não usar a palavra usual ( philos ) para amigo, que ele usou dos Doze em Jo
Faça o que você veio para foi a declaração de despedida de Jesus para o filho da perdição. Para Judas essas foram as últimas palavras de Cristo, e pode-se imaginar que as palavras soarão como um tormento em seus ouvidos por toda a eternidade no inferno. Judas expôs-se para o exterior como o inimigo de Cristo, ele sempre tinha sido interiormente, e até o fim da história o seu nome será sinônimo de traição.
A traição de Judas não só refletiu a maldade do mundo pecaminoso, mas a miséria do falso discípulo. Ele é o epítome de um crente sham, a quintessência de um cristão espúrio.
Um falso cristão é, antes de tudo motivado por interesses próprios, que para Judas foi exibido mais, obviamente, em sua ganância, porque ele era um ladrão (Jo
A presunção de Pedro
Então eles vieram e colocou as mãos sobre Jesus eo prenderam. E eis que um dos que estavam com Jesus chegou e tirou sua espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha. Então Jesus lhe disse: "Põe a tua espada no seu lugar, porque todos os que tomarem a espada perecerão pela espada Ou você acha que eu não poderia rogar a meu Pai, e ele vai de uma vez colocou à minha disposição. mais de doze legiões de anjos? " (26: 50b-53)
Assim que ele foi identificado por Judas, os soldados vieram e colocou as mãos sobre Jesus eo prenderam. Quando eles viram o seu Mestre ser preso, os discípulos perguntaram: "Senhor, devemos atacar com a espada?" (Lc
Como era de se imaginar, este ato foi realizado pelo impulsivo e volátil Pedro (Jo
João também nos informa que o homem, Pedro Struck foi nomeado Malco (Jo
Jesus deu a Pedro duas importantes razões que explicam por que o uso de armas físicas não podem ser usados para defender, muito menos estender, Seu reino. . Em primeiro lugar, para fazer isso é fatal"Guarda a tua espada no seu lugar", Jesus disse a Pedro; "Para todos aqueles que pegar a espada perecerão pela espada." Jesus não estava filosofando, declarando que todos os que pega em armas vai-se ser morto por armas ou que uma pessoa que usa a violência vai ser morto violentamente. Seu ponto era que aqueles que cometem atos de violência para alcançar fins pessoais vai enfrentar punição pelas autoridades civis, a espada que representa um meio comum de execução no mundo antigo. Ele estava simplesmente reiterando o padrão divino estabelecido no Gênesis: "Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado, porque à imagem de Deus fez o homem" (9: 6). Para proteger a santidade da vida humana, Deus declara que o único que desenfreAdãoente tira a vida de outra pessoa está sujeita a punição capital.
Deus deu o governo humano o direito de executar assassinos. "Ele não traz a espada para nada", disse Paulo; "Pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal" (Rm
Ao contar Pedro para colocar sua espada no seu lugar Jesus estava dizendo, com efeito, "Não importa o quão perverso e injusto da minha prisão é, você não tem o direito de tomar medidas vigilante. Se você levar uma vida ao fazer isso, sua própria vida vai ser justamente executada como castigo ".
Ensaios detenção e posterior de Jesus eram claramente injusto, mas eles foram, no entanto, levada a cabo no âmbito dos sistemas jurídicos daquele dia. Embora tenha exercido o seu poder apenas pela permissão de Roma, o Sinédrio era um órgão de governo civil, bem como religiosa em Israel. Pilatos foi o governador romano devidamente nomeado. Ponto de Jesus era que a ação violenta pessoal contra até mesmo um órgão de governo injusto é errado. Deus tem o direito soberano de ignorar os governos humanos, como ele tem feito com freqüência ao longo da história, mas nenhum indivíduo tem esse direito.
Jesus não estava falando sobre a auto-defesa ou a defesa de seus entes queridos ou amigos de um atacante. Nem que ele estava falando sobre a luta das forças armadas de um país. Ele estava se referindo ao violentamente fazer justiça com as próprias mãos. Sob nenhuma circunstância faz um cristão ou qualquer outra pessoa tem o direito de fazer justiça pessoal, até mesmo para defender o nome ou a Palavra de Cristo.
Em segundo lugar, tentando defender a Cristo e Seu reino pela força física é tolice. "Você não acha que eu não poderia rogar a meu Pai", Jesus disse, "e Ele de uma vez colocou à minha disposição mais de doze legiões de anjos?" Tentando defender Cristo com uma espada não só é moralmente errado de acordo com a lei de Deus, mas também é inútil. Depois de ter visto o poder divino de Jesus demonstrou centenas de vezes, por que Pedro acha que o seu Senhor precisou da ajuda franzino de uma espada, ou mesmo milhares de espadas?
A legião romana completa foi composta por 6.000 soldados. Mais de doze legiões de anjos , portanto, seria de mais de 72.000. Se um único anjo de Deus poderia matar 185.000 homens em uma noite, como com as tropas assírias de Senaqueribe (2Rs
Como Davi previsto, um amigo próximo e confiável trairia o Messias (Sl
Porque Pedro gabou muito alto, orou muito pouco, dormi muito, e agiu muito rápido, ele parecia invariavelmente perder o ponto de que Jesus estava dizendo e fazendo. Por isso, o Senhor teve que explicar a ele mais uma vez que o que estava acontecendo era no plano perfeito de Deus. "Põe a tua espada na bainha," Ele disse; "O cálice que o Pai me tem dado, não hei de beber?" (Jo
A deserção dos Discípulos
Naquele tempo, Jesus disse à multidão: "Você saiu com espadas e varapaus para me prender, como a um salteador? Todo dia eu costumava sentar-se ensinando no templo e você não me prenderam. Mas tudo isso tem ocorrido que as Escrituras dos profetas podem ser cumpridas. " Então todos os discípulos o abandonaram e fugiram. (26: 55-56)
Com um tom de sarcasmo Jesus apontou o subterfúgio e covardia de as multidões que agora confrontou-o no jardim. "Sou tão perigoso", disse-lhes, "que você teve que sair em tão grande número e com espadas e varapaus para me prender, como a um salteador? Eu sou tão indescritível que você tinha que me capturar por furto no calada da noite? Você sabe muito bem que todos os dias eu costumava sentar-se no templo ensinando. Por que você não me prenderam , então? "
Jesus sabia que nenhuma quantidade de verdade ou lógica iria dissuadir os inimigos de executar seu plano contra ele. Eles sabiam que suas acusações eram falsas e injustas e que eles tinham tido inúmeras oportunidades para prendê-lo publicamente. Mas quando os homens maus estão determinados a fazer do seu jeito, eles não vão ser dissuadido por tais considerações como a verdade, a justiça, a legalidade, ou justiça.
Em seguida, Jesus disse à multidão que Ele tinha acabado de Pedro lembrou: . Tudo isso tem ocorrido que as Escrituras dos profetas podem ser cumpridas "Quaisquer que sejam suas razões e motivações pessoais podem ser:" Ele estava dizendo: "você está sem querer realizar o que seu próprias Escrituras têm dito através dos profetas que você faria para o seu Messias. Totalmente além de suas próprias más intenções, Deus é soberanamente usando você para cumprir Seus propósitos justos e graciosas. E ao fazê-lo, Ele vai demonstrar que a Sua Palavra infalível através do profetas vai ser cumprida. "
Essas palavras, obviamente, deu pouco conforto ou coragem para os discípulos. Por fim, ocorreu-lhes que o seu Senhor foi, finalmente, um cativo de seus inimigos e que Ele não iria fazer nada mesmo, nem permitir que eles façam qualquer coisa para interferir. Embora os líderes da multidão tinham dito que procurou apenas Jesus (Jo
É fácil criticar os discípulos para a sua falta de fé e covardia. Mas todo crente sincero sabe que às vezes ele tenha executado a partir de possíveis constrangimentos, ridicularização, ou zombaria por causa de sua associação com Cristo. Temos de confessar que nós, também, não deixaram nosso Senhor e fugiu quando o custo do discipulado pareceu demasiado elevado.
Assim como existem marcas comuns de falsos discípulos existem características comuns dos discípulos defeituosos, como os onze mostrou-se nesta ocasião. Primeiro de tudo, eles não estavam preparados.Todos eles, incluindo os três Jesus escolheu para acompanhá-lo até o jardim, tinha adormecido, neste momento de grande luta de Jesus. Porque eles confundido boas intenções com força espiritual, eram impotentes quando o teste veio. Eles estavam confiantes e não sentiam necessidade de oração. Se tivessem levado a sério as promessas maravilhosas do Senhor no discurso Cenáculo (13
Mas porque eles tinham dado pouca atenção ao ensino de Jesus e tinha negligenciado a oração, os discípulos descobriram que estavam despreparados e inadequada. É uma lei absoluta espiritual que um crente que negligencia o estudo da Palavra de Deus e negligencia a comunhão com Ele em oração será despreparados (conforme Mt
A segunda marca de um discípulo com defeito é a impulsividade. Os onze discípulos, e Pedro, em particular, reagiu com base na emoção, em vez de revelação. Eles não olhar para a situação do ponto de vista perfeita da verdade de Deus, mas do ponto de vista imperfeita e distorcida do seu próprio entendimento. Portanto, em vez de agir com base na Palavra de Deus e na força do Seu Espírito prometido, eles reagiram com base em suas emoções e na fraqueza de seus próprios recursos.
O crente que não saturar-se na Palavra de Deus e ter comunhão na presença de Deus torna-se um prisioneiro de circunstâncias. Seu pensamento se baseia nas emoções do momento, e suas ações são baseadas nos impulsos do momento.
A terceira marca de um discípulo com defeito é a impaciência. Como os discípulos se recusou a assumir a verdade e as promessas de Jesus de coração, tornaram-se ansioso e impaciente quando as coisas não saem como eles achavam que deveria. Eles não podia esperar por livramento do Senhor e assim concebeu seu próprio.
Muitos cristãos tomar o caminho mais fácil de fugir de problemas, em vez de confiar em Deus para vê-los por isso. Em vez de confiar no Salvador para entregá-los, e ao fazê-lo para demonstrar Sua graça e poder, eles tentam evitar problemas a qualquer custo e, assim, trazer opróbrio sobre Ele.
A quarta marca de um discípulo com defeito é carnalidade. Os discípulos, tipificados por Pedro, dependia inteiramente do seu próprio poder carnal para protegê-los. Porque ele se recusou a confiar em forma e poder de seu Senhor, Pedro não tinha nada a contar com sua espada, mas, o que era pateticamente inadequada mesmo a partir de uma perspectiva humana.
Quando os crentes perdem suas armas carnais ou descobrir essas armas são ineficazes, às vezes eles simplesmente fugir em desespero.
O participante importante nesta cena do jardim era o próprio Jesus, e no relato de Mateus, vemos Seu triunfo, mesmo enquanto seus inimigos estavam levando cativo. Através de seu plano maligno para colocá-Lo à morte Ele iria realizar o plano divino para dar aos homens a vida eterna.
Todos os seus discípulos o abandonaram, e um o traiu, mas a obra divina da redenção continuou a ser cumprido dentro do cronograma, precisamente de acordo com o plano soberano e profetizou de Deus.Como os discípulos 'fidelidade diminuiu, Jesus' demonstração de poder e glória aumentou. Como os planos de seus inimigos parecia prosperar, o plano de Deus ainda mais prosperou apesar deles.
Não está claro exatamente quando isso aconteceu, mas talvez logo após o beijo de Judas, Jesus tomou a iniciativa e confrontou a multidão. Para assegurar os seus inimigos que Ele não estava tentando esconder ou fugir, e talvez para despojar Judas de qualquer crédito para identificá-lo, Ele disse: "A quem procurais?" Quando eles respondeu: "Jesus, o Nazareno", Ele disse: "Eu sou Ele", e em que essas palavras ", eles recuaram e caíram por terra" (João
A razão exata para a imobilidade temporária da multidão não é revelado, mas, sem dúvida, foi causada pelo poder esmagador de Cristo. Embora os judeus do grupo teria associado as palavras de Jesus com o nome de Deus, em uma ocasião anterior, quando Ele alegou que nome para si mesmo que eles ficaram furiosos ao invés de medo e tentaram apedrejá-lo até a morte (João
Jesus já havia desmascarado a duplicidade e covardia dos líderes da multidão quando Ele perguntou por que eles não tinham o prenderam no início da semana. Ele não só tinha sido em Jerusalém todos os dias, mas tinha sido o foco de atenção do público em várias ocasiões, principalmente quando ele entrou na cidade, triunfante e quando Ele limpou o templo dos cambistas e comerciantes sacrifício.
Em seu confronto com Judas, o Senhor também demonstrou Sua majestade e Sua soberania. Ele não só tinha previsto a traição de Judas, mas havia declarado que mesmo esse ato vil iria cumprir a profecia de Deus (Mt
Em seu confronto com Pedro e os outros discípulos, Jesus demonstrou Sua fidelidade perfeita em face de sua falta de fé absoluta. Enquanto eles demonstraram a sua falta de confiança no Filho, o Filho demonstrou sua absoluta confiança em Seu Pai.
140. O Ilegal, Injusto Julgamento de Cristo (Mateus
E aqueles que tinham apreendido Jesus levaram-no a Caifás, o sumo sacerdote, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos. Mas Pedro também estava seguindo a uma distância até o pátio do sumo sacerdote, e entrou, e sentou-se com os funcionários para ver o resultado. Ora, os principais sacerdotes e todo o Conselho continuou a tentar obter falso testemunho contra Jesus, a fim de que eles possam colocá-lo à morte; e eles não encontraram nenhuma, apesar de muitas testemunhas falsas. Mas, mais tarde, dois vieram para a frente, e disse: "este homem declarou:" Eu sou capaz de destruir o templo de Deus e reconstruí-lo em três dias. "" E o sumo sacerdote levantou-se e disse-lhe: "Você faz nenhuma resposta? o que é que estes homens estão testemunhando contra você? " Mas Jesus se manteve em silêncio. E o sumo sacerdote disse-lhe: "Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus." Jesus disse-lhe: "Você mesmo disse;. Mas eu vos digo, a seguir você verá o Filho do Homem sentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu" Então o sumo sacerdote, rasgando as suas vestes, dizendo: "!? Ele blasfemou que necessidade temos de testemunhas Eis que tens agora ouvir a blasfêmia, o que você acha?" Eles responderam: "Ele é digno de morte!" Em seguida, eles cuspiu em seu rosto e vencê-lo com seus punhos; e outros esbofetearam, e disse: "A profecia para nós, você Cristo,? quem é a pessoa que bateu em você" (26: 57-68)
Os judeus sempre se orgulhavam de seu senso de equidade e justiça, e com razão. Os sistemas judiciais do mundo ocidental moderno têm suas bases no sistema legal do antigo Israel, que em si foi fundado sobre os padrões estabelecidos em suas escrituras, o Antigo Testamento.
A essência do sistema do Antigo Testamento da jurisprudência é encontrado em Deuteronômio:
Você nomeia para você mesmo juízes e oficiais em todas as tuas cidades que o Senhor teu Deus, te dá, segundo as vossas tribos, para que julguem o povo com justiça. Você não deve distorcer a justiça; você não deve ser parcial, e você não deve ter um suborno, porque o suborno cega os olhos dos sábios, e perverte as palavras dos justos. Justiça, e só a justiça, você deve prosseguir, para que possais viver e possuir a terra que o Senhor, teu Deus, te dá. (16: 18-20)
Como os hebreus funcionou procedimentos judiciais específicos seguindo esses princípios gerais, eles determinaram que qualquer comunidade que tinha pelo menos 120 homens que eram chefes de família poderiam formar um conselho local. Nos anos posteriores, após o exílio babilônico, que o conselho muitas vezes foi composta da liderança sinagoga. O conselho passou a ser conhecido como um Sinédrio, a partir de um termo grego ( sunedrion ) que tinha sido transliterado para o hebraico e aramaico, como agora é para o Inglês. É, literalmente, significa "sentados juntos." A sanhedrin local era composto por até 23 membros, e o Grande Sinédrio em Jerusalém era composta por 70 principais sacerdotes, anciãos e os escribas, com o sumo sacerdote fazendo um total de 71. Em ambos os locais sinédrios e Grandes um número ímpar de membros foi mantida, a fim de eliminar a possibilidade de um empate.
Ao se referir ao órgão nacional em Jerusalém, sunedrion é geralmente traduzida como "Conselho" na Bíblia New American Padrão (ver, por exemplo, Mt
Para se proteger contra falso testemunho, seja dada por vingança ou por suborno, a lei mosaica prescrevia que uma pessoa que, conscientemente, deu falso testemunho sofreria a punição do acusado iria sofrer se for considerado culpado (Deut. 19: 16-19). A pessoa que deu falso testemunho em um julgamento que envolveu a pena capital, por exemplo, seria o próprio ser condenado à morte. Por razões óbvias, que a pena foi um forte elemento dissuasor para perjúrio e uma protecção eficaz da justiça. Um impedimento adicional foi a exigência de que acusam testemunhas de um crime capital estavam para iniciar a execução, fazendo-os ficar atrás de seu testemunho por acção, bem como palavras (Dt
Como é evidente a partir dos relatos dos Evangelhos, Jesus teve dois ensaios principais, um judeu e religiosas e os outros romanos e seculares. Porque Roma reservou o direito de execução de seus próprios tribunais e administradores, o Sinédrio não foi autorizado a dispensar a pena capital (Jo
É também significativo que ambos os julgamentos seculares e religiosos romanos judaicas de Jesus teve três fases, o que significa que, dentro de cerca de 12 horas, Jesus enfrentou processos judiciais em seis ocasiões separadas antes de sua crucificação. O julgamento judaico começou com sua retomada antes do ex-sumo sacerdote Anás, no meio da noite. Annas então enviou para o sumo sacerdote que preside, Caifás, que tinha rapidamente convocou o Sinédrio em sua própria casa. Caifás e o Sinédrio reuniu-se pela segunda vez depois de a luz do dia na sexta-feira de manhã.
Depois que os líderes religiosos judeus haviam concluído suas audiências simuladas, eles levaram Jesus ao procurador romano, Pilatos, em primeiro lugar, porque não podiam realizar uma sentença de morte sem a sua permissão. Mas eles também foram para ele, porque a crucificação Roman ajudaria obscurecer seu próprio envolvimento nefasto em que eles sabiam foram processo totalmente injustas e condenação.
Quando Pilatos descobriu Jesus era galileu, ele enviou-o a Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia e Perea, que estava em Jerusalém para a Páscoa. Depois de ser questionado e tratado com desprezo por Herodes e seus soldados, Jesus foi enviado de volta a Pilatos, que relutantemente concordou em Sua crucificação.
Mateus
A convocação ilegal e injusta do Sinédrio
E aqueles que tinham apreendido Jesus levaram-no a Caifás, o sumo sacerdote, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos. Mas Pedro também estava seguindo a uma distância até o pátio do sumo sacerdote, e entrou, e sentou-se com os funcionários para ver o resultado. (26: 57-58)
Depois que os discípulos fugiram com medo, a polícia do templo, soldados romanos, e os outros que haviam tomado Jesus, em seguida, levaram-no. Mas podemos aprender com João que, antes de eles o levaram a Caifás, eles "conduziram-no primeiramente a Anás, pois ele era o pai-de-lei de Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano "(Jo
Alguns vinte anos antes, Annas serviu como sumo sacerdote por um período de quatro ou cinco anos. Mas, embora ele tinha sido substituído como governante sumo sacerdote, ele não só continuou a levar o título, mas também continuou a exercer grande influência nos assuntos do Templo, em grande parte através dos cinco filhos que o sucederam e agora através de Caifás, seu filho-de-lei.
Era desígnio de Deus para sumos sacerdotes para servir para a vida. Mas a posição tinha se tornado tão politizado que alguns deles serviu apenas alguns anos ou até meses, porque eles vieram em desgraça com um rei ou um oficial romano. Alguns estudiosos acreditam que Anás havia sido afastado do cargo por Roma porque temiam muito poder estava sendo acumulado por um homem.
Annas controlava os cambistas do Templo e vendedores de sacrifício, de tal forma que suas operações foram por vezes referido como os bazares de Anás. É provável que nenhum comerciante Templo poderia operar sem ter sido aprovado por Anás e concordando em dar-lhe uma grande porcentagem dos lucros.
Um judeu nunca veio ao Templo de mãos vazias. Ele sempre trouxe quer um presente em dinheiro ou um sacrifício para oferecer ao Senhor. Mas ele não poderia oferecer moedas gentios, porque muitas vezes levada a semelhança de um governante, o que foi considerado uma forma de idolatria. Uma vez que a grande maioria das moedas utilizadas durante a época do Novo Testamento eram ou romano ou de um país Gentil sob controle romano, os judeus tinham de trocar essas moedas para os judeus antes que eles pudessem colocar suas ofertas nos recipientes em forma de sino no Templo. E porque os cambistas no Templo detinha o monopólio, eles foram capazes de cobrar taxas de câmbio exorbitantes.
Um judeu que veio para oferecer um sacrifício a Deus, tive que usar um animal puro que foram certificadas pelos sacerdotes. E embora ele podia legitimamente levar um de seus próprios animais, os sacerdotes corruptos que estavam à frente de certificação seria raramente aceitar um animal não comprou de um comerciante Templo. Como aqueles que, necessária para a troca de seu dinheiro, os judeus que queriam sacrificar estavam à mercê de estabelecimento Templo de Anás. Foi por essa razão que Jesus tinha duas vezes purificou o Templo dos cambistas e vendedores de sacrifício, declarando na raiva que tinham profanado casa de Seu Pai de oração, fazendo dela um covil de ladrões (13
Jesus era uma ameaça persistente de poder, prestígio, segurança e prosperidade de Anás para o qual Ele foi amargamente desprezado pelo sumo sacerdote. Além disso, Annas ressentia Jesus para a Sua santidade, verdade e justiça, porque essas virtudes foram um julgamento de seu próprio caráter vil. Tudo o que Jesus disse e fez irritou Anás, porque, como Judas, sua rejeição absoluta de Cristo lhe havia colocado totalmente nas mãos de Satanás, o grande coreógrafo que estava encenando essa farsa hediondo contra o Filho de Deus. Anás era um de um grande elenco de personagens que foram agora manipulado pelo inferno.
Annas pode ter instruído os funcionários de impedimento a trazer-lhe Jesus em primeiro lugar, ou os funcionários podem ter raciocinado que a acusação contra Jesus por um poderoso dignitário tal não seria contestada quando Ele foi levado perante o Sinédrio para ser julgado. Em todo o caso, levando-o primeiro a Anás, Caifás deu tempo para montar o Sinédrio em sua própria casa (veja v 59)..
Embora Anás tinha muitas razões pessoais para odiar Jesus e querer vê-lo morto, seus primeiros comentários ao Senhor indicam que ele ainda estava à procura de um encargo de capital que parece legal. Ao questionar Jesus "sobre seus discípulos e da sua doutrina" (Jo
Jesus não respondeu a pergunta diretamente, mas sua resposta foi uma exposição de ardor e acusação de duplicidade e chicana de Anás "Eu tenho falado abertamente ao mundo", disse Ele; "Eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem;. E nada falei em segredo Por que você me pergunta questionar aqueles que ouviram o que eu falava com eles;? Eis que estes sabem o que eu disse "(João
Annas estava envergonhado, enfurecido, e frustrado. Por causa de sua cumplicidade de toda a assembléia também ficou irritado, e "um dos oficiais", talvez para ajudar a salvar a sua face superior, "deu um golpe Jesus, dizendo." É assim que você responder ao sumo sacerdote? "(Jo
Alguns anos mais tarde, o apóstolo Paulo foi levado perante o Sinédrio e, como seu Senhor, foi atingido simplesmente por dizer a verdade. Mas ao contrário de seu Senhor, ele ficou com raiva e com veemência repreendeu o presidente por seu tratamento ilegal. Só quando soube que ele estava se dirigindo o sumo sacerdote que ele pedir desculpas (Atos
Jesus, no entanto, nunca perdeu a compostura, aceitando seu abuso com calma perfeito. Ele simplesmente disse ao oficial que o feriu, "Se falei mal de dar testemunho da errado, mas se, com razão, por que me feres?" (Jo
Em completo desespero e não tendo nenhum outro recurso ", Annas, portanto, enviou, maniatado, a Caifás, o sumo sacerdote" (v. 24). Foi a meio da noite, talvez pouco depois da meia-noite, porque cantar do galo, que normalmente começou há cerca Dt
Jesus foi então levado perante Caifás, o sumo sacerdote, em cuja casa os escribas e os anciãos estavam ilegalmente reunidos como o Conselho Judaico supremo (ver v 59).. Contrariando as expectativas, no entanto, nenhuma carga haviam sido feitas contra ele. O Tribunal Superior do Judaísmo tinha sido ilegalmente convocado à noite para tentar ilegalmente um homem que ainda não havia sido indiciado.
Embora não seja tão inteligente quanto seu pai-de-lei, Caifás foi igualmente desonesto e corrupto. Ele, também, era ganancioso sem princípios, materialista, e com fome de poder. Ele, também, desprezado Jesus, verdade e justiça, porque eles eram um juízo sobre a sua própria impiedade miserável.
Durante este tempo, Pedro também foi seguindo Jesus à distância, primeiro para a casa de Anás e, em seguida, até o pátio do sumo sacerdote Caifás. Fora de uma mistura contraditória de covardia e compromisso, Pedro tentou ser o mais próximo de seu Senhor como prudência permitida sem ser descoberto, e ele sentou-se com os funcionários para ver o resultado.
O fato de que Pedro e os outros estavam sentados no pátio do sumo sacerdote revela ainda outra infração de protocolo legal judaica. Como observado anteriormente, o Sinédrio estava autorizado a realizar um julgamento envolvendo a pena capital apenas no Templo e só em público. O encontro privado na casa de Caifás claramente violados ambos estipulações.
A conspiração ilegal e injusta para condenar Jesus
Ora, os principais sacerdotes e todo o Conselho continuou a tentar obter falso testemunho contra Jesus, a fim de que eles possam colocá-lo à morte; e eles não encontraram nenhuma, apesar de muitas testemunhas falsas. Mas, mais tarde, dois vieram para a frente, e disse: "este homem declarou:" Eu sou capaz de destruir o templo de Deus e reconstruí-lo em três dias. "(26: 59-61)
Os príncipes dos sacerdotes são mencionados separAdãoente provavelmente porque eles foram os instigadores primários de prisão de Jesus (ver v 47).. Mas, como Mateus deixa claro, todo o Conselho, ou Sinédrio, estava presente.
O Conselho tinha competência para atuar apenas como juiz e júri em um processo judicial. Eles não poderiam instigar acusações, mas só poderia julgar casos que foram trazidos diante deles. Mas porque eles ainda não tinha nenhuma acusação formal contra Jesus, eles foram forçados a agir ilegalmente também como promotor de justiça, a fim de realizar seu plano pré-determinado para convencer e executá-lo. Conseqüentemente, eles continuaram tentando obter falso testemunho contra Jesus, a fim de que eles possam colocá-Lo à morte.
Porque Jesus era inocente de qualquer delito, o único caminho possível para condená-lo seria com base no falso testemunho. Seus acusadores teriam de ser mentirosos. Como o Conselho foi tão controlado pelo ódio satânico de Jesus, eles agora estavam dispostos a fazer o que fosse necessário para condená-Lo, mesmo que isso significasse a violar qualquer regra bíblica e rabínica da justiça. Para realizar a sua conspiração maldosa eles encontraram-se perverter o coração do propósito do Sinédrio, afirmou no início deste capítulo: "para salvar, não destruir a vida." O seu objectivo agora, porém, não era para descobrir a verdade sobre Jesus e certamente não para salvar a sua vida. Seu desejo único, atraente era colocá-Lo à morte.
Mas tente como eles, eles não encontraram nenhum acusações legítimas contra ele, mesmo que muitas testemunhas falsas. Durante aquela primeira tentativa de fabricar uma carga, até mesmo as muitas testemunhas falsas que estavam dispostos a mentir a si mesmos não poderia conceber uma história que estaria escrutínio mesmo nesse processo corrupta e tendenciosa! Seus testemunhos não só eram falsas mas manifestamente incompatível com o outro (Mc
A frustração do conjunto continuaram a aumentar até que , mais tarde, duas testemunhas , finalmente, veio para a frente com uma carga que parecia utilizável. Eles afirmaram que Jesus declarou: "Eu sou capaz de destruir o templo de Deus e reconstruí-lo em três dias." relatórios de contas mais detalhadas de Marcos que eles alegaram Jesus disse: "Eu destruirei este templo feito por mãos, e em três dias Vou construir uma outra feita por mãos "(Mc
Palavras reais de Jesus eram: "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei" (Jo
Além da inconsistência das suas declarações, que se tornaram os testemunhos inadmissível em uma audiência legítimo, os dois homens não dizem respeito ao ano, mês, dia e local do incidente que alegou ter testemunhado, como eles eram obrigados a fazer por lei.
O fato de que nem uma única testemunha poderia ser encontrado para condenar Jesus de delito é um dos mais fortes apologética em toda a Escritura para sua perfeição moral e espiritual. Se qualquer falha poderia ter sido achado nele, teria vindo à luz. Mesmo se os demônios tiveram que fornecer as informações, ele certamente teria sido apresentado. Os demônios não são oniscientes, mas eles iriam tomar conhecimento de qualquer pecado cometido Jesus Se ele tivesse sido culpado de ele, e que teria levado às pressas para produzir tais provas contra ele através de seus asseclas maus no Sinédrio. Mas inimigos humanos nem demoníacas nem Jesus poderia encontrar nele a menos transgressão da lei moral ou espiritual de Deus. Seus únicos transgressões tinha sido contra as provocadas pelo homem, as tradições rabínicas legalistas, e não bíblicas.
Os que estavam em última instância, em julgamento naquele dia foram aqueles que estavam no julgamento do perfeito Filho de Deus sem pecado. Esse tribunal de homens pecadores, injustos, e cheios de ódio, deverão um dia antes tribunal celestial de Deus ea si mesmos ser eternamente condenados ao lago de fogo.
A confrontação ilegal e injusta para induzir a auto-incriminação
E o sumo sacerdote levantou-se e disse-lhe: "Você faz nenhuma resposta? O que é que estes homens estão testemunhando contra você?" Mas Jesus se manteve em silêncio. E o sumo sacerdote disse-lhe: "Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus." Jesus disse-lhe: "Você mesmo disse;. Mas eu vos digo, a seguir você verá o Filho do Homem sentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu" (26: 62-64)
A frustração dos membros do Conselho se tornou insuportável como eles tentavam desesperAdãoente tirar o julgamento concluído antes do amanhecer, quando as pessoas iriam começar a moagem sobre a cidade e seu empreendimento ilegal correria o risco de ser descoberto. Eles também, sem dúvida, queria concluir o caso rapidamente para que eles pudessem fazer os preparativos para os seus próprios sacrifícios da Páscoa e deveres naquela tarde.
Tentando novamente para orientar Jesus em auto-incriminação, o sumo sacerdote e presidente, portanto, disse a ele, "Você faz nenhuma resposta? O que é que estes homens estão testemunhando contra você?" Provavelmente, olhando diretamente nos olhos de Caifás, Jesus ficou em silêncio , acrescentando ainda mais a consternação do sumo sacerdote. Uma vez que os depoimentos dos dois homens eram inconsistentes, eles deveriam ter sido rejeitada pelo tribunal. A refutação por Jesus não só teria sido fútil, mas teria dado o falso testemunho e todo o processo ilegais a aparência de legitimidade.
Jesus estava majestosamente em silêncio. Era o silêncio de inocência, o silêncio da dignidade do silêncio da integridade do silêncio de infinita confiança em Seu Pai celestial. Era um silêncio em que as palavras mentirosas contra Ele reverberou nos ouvidos dos juízes culpados e das falsas testemunhas que haviam subornado. Instigada por que o silêncio, o que acentuou a paródia de justiça que ele presidia, o enfurecido sumo sacerdote continuou a atormentar Jesus, dizendo: "Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus . "
Apelando para o juramento mais sagrado judeu pudesse dizer, Caifás exigiu que Jesus quer afirmar ou negar sua messianidade e divindade. Ele estava dizendo, com efeito, "Responda à minha pergunta sinceramente na base de que Você está em pé diante do Deus vivo, que conhece todas as coisas."
Embora nenhum do Conselho, exceto José de Arimatéia, se ele ainda estava presente, acreditava na divindade de Jesus que estavam fortemente esperando que ele abertamente fazer essa reivindicação para si mesmo, para que pudessem acusar de blasfémia. A lei mosaica, desde que "aquele que blasfemar o nome do Senhor, certamente será morto." (Lv
Mas uma reivindicação de divindade seria uma blasfêmia só se fosse falsa, o que seria para qualquer ser humano que já nasceu, exceto Jesus. Apesar de nunca ter ostentado ou fez questão pública de Sua messianidade e divindade, Ele havia dado inúmeros atestados para tanto, começando no início de seu ministério. Na sinagoga de sua cidade natal, Nazaré, Ele leu uma passagem messiânica bem conhecida de Isaías e, em seguida, declarou: "esta Escritura foi cumprido hoje de ouvir" (Lucas
Jesus deu finalmente a afirmação do Sinédrio tinha sido esperando para ouvir. Você mesmo disse, ele respondeu. O relato de Marcos faz o reconhecimento do messianismo e divindade ainda mais explícito, como ele cita Jesus dizendo diretamente "Eu sou" (Mc
Então, se referindo ao Sl
Eles haviam fechado suas mentes para a verdade, e nenhuma quantidade de provas que abrir os olhos para ele. Como muitas pessoas ao longo dos tempos que rejeitaram a Cristo, não era que eles haviam examinado cuidadosamente as provas sobre Ele e achei que fosse falsa ou pouco convincente, mas que eles se recusaram a considerar a evidência em tudo. Mesmo próprio Espírito Santo de Deus não pode penetrar a barreira tão voluntarioso para a Sua verdade e graça. Milagres não convencer o coração duro.
Quando o sumo sacerdote cerimoniosamente , rasgando as suas vestes, ele fez isso não por tristeza e indignação com a desonra presumido do nome de Deus, mas sim de alegria e alívio que, finalmente, Jesus tinha mesmo colocado em suas mãos, condenando a si mesmo fora de Sua própria boca. Embora Lv
"Que necessidade que você tem de testemunhas?" , perguntou o Conselho retoricamente. E com isso ele pediu um veredicto imediato: "Eis que tens agora ouvir a blasfêmia, o que você acha?" Ele não se preocupou em ter os membros entrevistados individualmente e os resultados tabulados por escribas, como protocolo judicial necessária, mas simplesmente pediu apoio verbal da conclusão predeterminada de culpa.
Com uma só voz , respondendo, disse: "Ele é digno de morte!" A decisão foi unânime como "tudo o que condenou a ser merecedores da morte" (Mc
O veredicto de culpado ea sentença de morte não foram baseadas em uma análise cuidadosa de provas completo e imparcial e testemunho. Foi uma reação mob sem sentido, muito parecido com o que, algumas horas mais tarde, estes mesmos líderes se instigar e orquestrar a respeito da libertação de Barrabás e da crucificação de Jesus (Mateus
A conduta ilegal e injusta do Tribunal
Em seguida, eles cuspiu em seu rosto e vencê-lo com seus punhos; e outros esbofetearam, e disse: "A profecia para nós, você Cristo,? quem é a pessoa que bateu em você" (26: 67-68)
Descartando o último vestígio de decoro e decência a suprema corte de Israel degenerou em bruto, ralé sem sentido. Com total ausência de inibição, a aristocracia religiosa do judaísmo-o sumo sacerdote e príncipes dos sacerdotes, os anciãos, os escribas, os fariseus e os saduceus, revelou sua verdadeira decadência, como alguns deles cuspiu em Jesus ' cara e vencê-lo com seus punhos.
Para os judeus, o insulto supremo foi a cuspir no rosto de outro (veja Nu 12:14; Dt
Lucas também relata que "eles diziam muitas outras coisas contra ele, blasfemando" (22:65). O verdadeiro blasfemos aqui eram os acusadores, não o acusado. Jesus não tinha blasfemado porque Ele realmente era Deus, mas o Sinédrio ímpios blasfemado repetidamente como eles condenaram, humilhado e abusado, o Filho de Deus sem pecado. E quando esses juízes de Israel cansados de atormentando Jesus, que o entregou à polícia Templo para mais maus-tratos (Mc
Como a reação mob mais tarde diante de Pilatos iria provar conclusivamente que os líderes religiosos ímpios que rejeitaram e profanaram Jesus era um microcosmo da nação judaica. Espiritualmente e moralmente Israel era uma carcaça podre de espera para ser devorado pelos urubus, como de fato foi devorado por Roma menos de 40 anos mais tarde. Em AD 70 do Templo foi queimado e arrasou, mais de Jerusalém foi destruída, e centenas de milhares de seus cidadãos foram abatidos sem piedade.
Toda pessoa que rejeita a Cristo cospe no rosto, por assim dizer, e é culpado de blasfêmia contra Deus, que enviou o Seu Filho amado para salvar essa pessoa e toda a humanidade do pecado. A ironia é que todos os que julgam mal Jesus vai-se, com razão, ser julgados por ele um dia. Homens continuamente menosprezar Jesus, mas Ele nunca vai julgar mal-los. As tabelas serão transformados. Os criminosos não serão mais injustamente condenar e esmagar o inocente, mas vai-se ser justamente condenado e esmagadas.
Mesmo no meio da injustiça cruel contra Ele, a graça de nosso Senhor brilhou diminuiu. Ao longo de sua provação ", enquanto sendo injuriado, não revidava; enquanto que sofrem, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente" (1Pe
141. A Restauração de um Pecador Santo (Mateus
Ora, Pedro estava sentado fora, no pátio, e um certo servo-menina veio até ele e disse: "Você também estava com Jesus, o galileu." Mas ele negou diante de todos, dizendo: "Eu não sei o que você está falando." E quando ele tinha saído para a porta de entrada, outro servo-girl o viu e disse aos que estavam ali: "Este homem estava com Jesus de Nazaré". E mais uma vez ele negou com juramento: "Eu não conheço esse homem." E um pouco mais tarde, os espectadores se aproximou e disse a Pedro: "Certamente tu também és um deles;. Para a maneira como você fala te entrega" Então ele começou a praguejar ea jurar: "Eu não conheço esse homem!" E imediatamente o galo cantou. E Pedro se lembrou da palavra que Jesus tinha dito: "Antes que o galo cante, tu me negará três vezes." E ele saiu e chorou amargamente. (26: 69-75)
O maior presente que Deus único pode conseguir dar à humanidade é o perdão dos pecados. Sem perdão, não poderia haver salvação do pecado, sem a reconciliação com Deus, não há vida espiritual, nenhuma vitória sobre a morte, sem perspectiva de céu.
O Senhor revelou a Moisés como "o Senhor, o Senhor Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se, e grande em benignidade e em verdade; que guarda a beneficência em milhares, que perdoa a iniqüidade, a transgressão pecado, (Ex
Negação do Senhor de Pedro é geralmente visto como uma grande tragédia que, obviamente, era. Mas visto à luz do arrependimento de Pedro e gracioso perdão do Senhor, a história também traz grande incentivo.
Em toda a história da redenção, poucos santos caíram para as profundezas do pecado e da infidelidade que Pedro fez em negar Jesus. No entanto, alguns santos têm sido tão poderosamente usado por Deus como Pedro foi depois que ele se arrependeu e foi restaurada. A conta de sua negação é um testemunho decepcionante para a fraqueza da carne, mas também é um testemunho encorajador para o poder da graça de Deus. Mesmo na extremidade do pecado dos seus filhos, o Senhor está lá para perdoar e restaurar.
Todo cristão, por vezes, vem diante do Senhor oprimido e discriminado pela consciência de sua pecaminosidade. Uma pessoa que nunca tem tal experiência ou está muito frio espiritualmente ou não é um cristão. Nada é mais doloroso para um crente do que de repente, percebendo que ele negou o Senhor por aquilo que ele disse ou não disse, feito ou não. E, no entanto, nada é mais emocionante para ele do que saber o perdão misericordioso de Deus da infidelidade depois de ser confessou.
Negação de Pedro não era apenas uma resposta espontânea ao perigo inesperado ou constrangimento. Ele já havia preparado o terreno para a deserção. Ou, para usar outra metáfora, ele tinha tomado muitos passos em direção a negar a Cristo antes de entrar no pátio de Caifás.
O primeiro passo foi sua jactância que "apesar de tudo pode cair por causa de você, eu nunca vou cair" (Mt
Segundo passo em direção de Pedro negação era insubordinação, que se manifesta em sua desafiadoramente persistindo a rejeitar a avaliação dele de Jesus. Mesmo quando o Senhor o escolheu e previu que ele não só fugiria como o resto, mas o negaria três vezes antes do dia seguinte amanheceu, Pedro descarAdãoente o contradisse e continuou a defender a sua própria fidelidade. Intensificando sua afirmação anterior, ele declarou: "Mesmo se eu tiver que morrer com você, eu não vou negar Você", e seu palavreado injustificada mas impressionante sonoridade solicitado os outros discípulos para dizer "a mesma coisa" (v. 35). Marcos relata que Pedro insistiu repetidamente em sua lealdade (Mc
Pedro não levar a sério a voz do Deus vivo, ele confessou com a boca, e ele rejeitou e se ressentiam da sua reprovação. Como muitos crentes, já que, ele orgulhosamente se recusou a submeter-se a Palavra eo Espírito de Deus.
Terceiro passo em direção de Pedro negar Cristo era de oração. Tal como o seu orgulho e insubordinação, a sua falta de oração foi uma manifestação de pecaminoso auto-confiança.
Quando Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, mais para dentro do jardim e os deixou para vigiar e orar enquanto Ele falou intimamente com seu pai, todos os três dos discípulos caíram no sono. Quando Ele os encontrou dormindo, Jesus dirigiu a Pedro como líder e porta-voz dos Doze, dizendo: "Então, vocês, homens, não poderia vigiar comigo por uma hora? Mantenha vigiando e orando, para que não entreis em tentação" (Mt. 26: 40-41). O Senhor foi embora para orar em particular mais duas vezes, e cada vez que Pedro e os outros caíram de volta para dormir (vv. 43, 45). Jesus tinha acabado avisou que "o espírito está pronto, mas a carne é fraca" (v. 41), mas eles não sentiu fraqueza e não viu necessidade de estar atento ou oração. Porque não levar a sério as advertências do Senhor sobre suas deficiências e fragilidades, eles não levam a sério Sua admoestação que estar preparado e fortalecido. Auto-confiança, confiando seu próprio julgamento acima do Senhor, eles eram indiferentes à Sua chamada para a oração.
Quarta etapa de Pedro em direção negação era a sua independência, impulsividade auto-gerado. Sentindo há necessidade de pedir o conselho do Senhor, ou ajudar, ele tomou o assunto em suas próprias mãos. Assim que os policiais lançaram mão de Jesus, Pedro "chegou e tirou sua espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha" (Mt
Um quinto passo em direção a negação de Cristo de Pedro era o seu compromisso em permitir-se estar em um lugar de perigo, tais espiritual como o pátio do sumo sua fé pode ser testada acima de sua capacidade de resistir a onde-padre. As promessas do Senhor para não permitir que seus filhos ", para ser tentado além do que [eles] são capazes" (1Co
Mas, novamente, Jesus teve de dizer a Pedro que ele estava fora da vontade de Deus e apontou para ele como tolamente presunçoso ele estava a pensar que Ele, Jesus, precisava depender de Pedro para a segurança (Matt. 26: 52-53). Bem-intencionados e humanamente corajoso como ele era, Pedro colocado continuamente seu entendimento humano egocêntrico acima da revelação divina do Senhor. Sua própria vontade humana era uma barreira para obedecer a vontade do Senhor.
Era, portanto, inevitável que Pedro iria entrar em colapso quando sua bravata provou oca e sua auto-suficiência surgiu deficiente.
De Pedro Collapse
Ora, Pedro estava sentado fora, no pátio, e um certo servo-menina veio até ele e disse: "Você também estava com Jesus, o galileu." Mas ele negou diante de todos, dizendo: "Eu não sei o que você está falando." E quando ele tinha saído para a porta de entrada, outro servo-girl o viu e disse aos que estavam ali: "Este homem estava com Jesus de Nazaré". E mais uma vez ele negou com juramento: "Eu não conheço esse homem." E um pouco mais tarde, os espectadores se aproximou e disse a Pedro: "Certamente tu também és um deles, porque o jeito que você fala te entrega" Então ele começou a praguejar ea jurar: "Eu não conheço esse homem!" E imediatamente o galo cantou. E Pedro se lembrou da palavra que Jesus tinha dito: "Antes que o galo cante, tu me negará três vezes." (26: 69-75a)
Na primeira leitura, os evangelhos parecem dar relatos contraditórios das primeiras fases do julgamento de Jesus. João relata que Ele foi levado primeiro para a casa de Anás, o antigo sumo sacerdote (Jo
A aparente discrepância no entanto, é facilmente explicado. No mundo antigo, era comum para várias gerações de uma família a viver sob o mesmo teto. Portanto, é provável que a mansão palaciana do sumo sacerdote havia sido ampliado ao longo dos anos para acomodar cinco filhos de Anás, que tinham servido sucessivamente como sumos sacerdotes, e agora Caifás e sua família. Grandes casas daquela época apoiado para a rua, com áreas de estar enfrentando, um pátio interior privado. Com esse layout, Anás e Caifás teria tido "casas", separadas ou asas, do solar ao compartilhar um pátio comum.Consequentemente, o pátio de Anás, que João fala (18: 15-16), e no pátio de Caifás, que Mateus menciona (26: 57-58), estavam no mesmo lugar. Quando Jesus foi transferido da casa de Anás para Caifás de, Ele foi simplesmente tomado pelo pátio comum ou talvez através de uma passagem de ligação.
Pedro tinham seguido Jesus e Seus captores, tanto quanto o portão da mansão 'os altos sacerdotes, mas ele não foi autorizado a entrar no pátio até que outro "discípulo que era conhecido do sumo sacerdote, saiu e falou com o porteiro, e levou Pedro para dentro "(Jo
Pedro queria ver o resultado do julgamento de Jesus, embora ele deveria saber o que seria, porque o Senhor disse aos discípulos dele tantas vezes. Ele estava com medo, mas não conseguia manter-se de seguir o Senhor, a uma distância, mesmo no próprio covil de Seus inimigos. Seu amor por Cristo era fraco, mas era real. Como ele manteve vigília, ele esperava passar despercebido na multidão de funcionários menores, soldados, funcionários e outros curiosos que se reuniram no pátio grande.
No momento em que Jesus apareceu diante de Caifás, que era provavelmente cerca Dt
As palavras do servo-girl são ligeiramente diferentes nos vários evangelhos, o que sugere que ela fez a mesma afirmação básica várias vezes, e o fato de que Pedro negou diante de tudo indica que muitas pessoas na multidão tinha ouvido sua acusação. A ordem das negações também parece variar entre os quatro evangelhos, o que poderia ser explicado por relatórios diferentes aspectos dos escritores dos três incidentes de negação, cada um dos quais pode ter durado alguns minutos ou mais e envolvidos consideravelmente mais diálogo do que é registrado nas Escrituras.
Aparentemente, Pedro disse primeiro para a garota: "Mulher, eu não conhecê-Lo" (Lc
Teve Jesus ordenou a Pedro para ficar fisicamente ao lado dele e defendê-lo a qualquer custo, talvez Pedro poderia ter reuniu coragem para uma exibição tão heróico. Ele tinha, afinal de contas, elaborado a espada e começou a assumir toda a comitiva de soldados e policiais do templo sozinho. Mas ele tropeçou quando uma demanda muito menos perigoso foi feito dele. Ele pode ter planejado como ele iria se defender, se confrontados por soldados no pátio, mas ele era totalmente despreparada quando pego de surpresa pelo desafio muito menos ameaçadora que já enfrentou. Ele estava preparado para fazer a batalha em seus próprios termos, mas não sobre Satanás e muito menos na de Cristo. Por causa de sua auto-confiança, ele havia negligenciado a admoestação do Senhor para estar em guarda e orar. Por conseguinte, ele era vulnerável a um ataque do lado cego de uma fonte que nunca esperou.
Em praticamente da mesma forma os cristãos podem planejar uma estratégia detalhada para o evangelismo ou para a defesa de uma doutrina amada ou padrão moral, só para ser confrontado por um problema ou circunstância que nunca tinha considerado e para o qual eles são totalmente despreparados. Como Pedro, que muitas vezes preparar cuidadosamente com base em nossa própria sabedoria e recursos, negligenciando a orientação da Palavra de Deus e de seu fortalecimento e líder do Seu Espírito que Ele oferece, através da oração.
Pedro era como Elias, que foi corajoso ao enfrentar os 850 profetas de Baal e Asherah, mas que, depois que ele deixou o topo da montanha da vitória naufragou no medo sobre o que uma mulher, Jezabel, poderia fazer com ele. Pedro foi uma ilustração viva de admoestação de Paulo ", quem pensa estar de pé veja que não caia" (1Co
Resposta involuntária de uma pessoa para o inesperado é um indicador mais confiável de seu caráter do que sua reação planejada para uma situação que ele antecipa. É quando somos pegos de surpresa que o nosso verdadeiro caráter é mais provável de se mostrar. Orgulhosa auto-confiança de Pedro foi o calcanhar de Aquiles, e isso, é claro, foi precisamente onde Satanás apontou sua flecha da tentação.Confiança teimosa de Pedro em si mesmo e sua falta de vontade de confiar plenamente no Senhor fez vulnerável ao simples provocação de uma jovem serva.
Para escapar constrangimento, Pedro discretamente "saiu para a varanda" (Mc
Obviamente que procuram humilhar Pedro, este servo-girl não dirigir a ele diretamente, mas sim dizer que os outros espectadores que estavam ali: "Este homem estava com Jesus de Nazaré." Um homem não identificado também concordam na acusação, dizendo: "Você é um deles também! " (Lc
Indo contra o próprio grão de sua natureza como um filho de Deus, Pedro veementemente se recusou a reconhecer a sua relação com o seu Salvador e Senhor. Porque ele estava confiando em sua própria sabedoria e recursos, ele não tem a coragem de confessar a Cristo publicamente. Embora ele estava perplexo e fraco, ele continuou a resistir a verdade do Senhor e da ajuda do Senhor. Mesmo quando sua exposição era óbvio, Pedro persistiu em arrogante auto-suficiência.
Como muitos cristãos que conhecem bem a Bíblia, são experientes nas coisas de Deus, e são ativos na igreja, Pedro sentia-se completo espiritualmente. Como Pedro logo descobriria, no entanto, que é quando um crente é mais vulnerável de todos.
Determinado a ficar perto de seu Senhor, apesar do constrangimento e perigo, Pedro talvez percorreu o pátio em direção a ala de Caifás da mansão, na esperança, talvez, de descobrir como o processo foi indo. A essa altura, Jesus tinha sido declarado blasfemo e estava sendo espancado, cuspido e insultado (ver Marcos
Provavelmente incitado pelos eventos que viam transpirando em câmaras de Caifás, a multidão intensificou sua dogging de Pedro. Um pouco mais tarde, que Lucas especifica como sendo "depois de cerca de uma hora" (22:59), os espectadores se aproximou e disse a Pedro: "Certamente tu também és um deles, porque o jeito de falar dá-lo afastado." sotaque galileu de Pedro foi prontamente reconhecido, e ele foi encurralado novamente.
Aprendemos com João que Pedro também foi reconhecido pela vista. Um membro da multidão era um servo do sumo sacerdote, e um parente de Malco, o homem ", cujo Pedro cortara a orelha." Tendo sido entre a multidão que veio para prender Jesus, ele disse a Pedro: "Será que eu não vê-lo no jardim com ele?" (Jo
Neste ponto Pedro no fundo do poço. Ainda recusando tanto a reclamar ou a confiar em Jesus, ele cavou ainda mais fundo na negação como ele começou a praguejar ea jurar: "Eu não conheço esse homem!" Katanathematizō ( amaldiçoar ) é um termo muito forte, que envolveu declarar a morte sobre si mesmo na mão de Deus se estivesse mentindo. Em talvez a mais séria tomada de o nome do Senhor em vão que é concebível, Pedro disse, em essência, "Que Deus matar e dane-me se eu não estou falando a verdade." Omnumi ( jurar ) foi uma promessa menos extrema de veracidade mas era no entanto uma afirmação forte.
Pedro tinha perdido todo o senso de realidade e, aparentemente, toda a consciência de Deus. A comparação dos relatos evangélicos revela que houve três períodos ou incidentes de acusação e de negação e que cada incidente envolveu repetidas acusações por membros da multidão e repetidas negativas por Pedro. À medida que as acusações se tornaram mais específicas e incriminador, negações de Pedro tornou-se mais intensa e extrema.
Mesmo "enquanto [Pedro] ainda a falar" (Lc
Como se isso acusação visual não bastasse, enquanto ele ficou paralisado, sofrendo a dor mais insuportável de sua vida como ele olhou nos olhos do Senhor, Pedro também se lembrou da palavra que Jesus tinha dito: "Antes de um galo canta, você me negará três vezes. " Como as palavras lembradas Jesus aumentada Seu olhar, a angústia já insuportável de Pedro foi feito ainda mais insuportável.
Arrependimento de Pedro
E ele saiu e chorou amargamente (26: 75b)
O verdadeiro Pedro não é visto em sua negação, mas em seu arrependimento, a primeira etapa do que era profundo remorso. Finalmente percebendo a grievousness de seu pecado, ele virou-se dele em repulsa. Como Judas, ele fugiu para a noite; mas ao contrário de Judas, ele voltou para o Senhor com fé. Sua fé tinha escorregado e enfraquecido, mas foi a fé genuína, eo próprio Jesus tinha orado para que ele não iria falhar (Lc
Quando a magnitude do que ele tinha feito finalmente ocorreu em Judas, ele experimentou grande pesar e uma espécie de remorso. Ele provavelmente desejava que ele pudesse viver os últimos três anos, e, especialmente, nas últimas horas, de sua vida mais uma vez. Mas ele não tinha nenhuma mudança de coração. Ele nunca havia se arrependido de seus pecados e recebeu Jesus como Senhor e Salvador, e, portanto, ao contrário do Pedro, Judas não tinha fé a se enfraquecer. Jesus não podia segurar Judas, porque Judas nunca lhe pertencia.
Oprimido por amor e graça de seu Salvador e por seu próprio pecado e da infidelidade, Pedro saiu e chorou amargamente. Não sabemos onde ele foi ou quanto tempo ele ficou lá. Ele pode ter retornado ao Jardim do Getsêmani, onde antes ele havia não sentia necessidade de Oração onde quer que fosse, tornou-se um lugar privado de confessar o pecado e buscar o perdão.
Trágica experiência de Pedro no jardim ensina uma lição profunda sobre a auto-confiança e despreparo e sobre o perdão de Deus e restauração de um santo pecador. Embora a consciência provavelmente não veio para o discípulo até a sua angústia diminuiu, ele tinha aprendido nunca a desconfiar da palavra de Jesus novamente. É, finalmente, ocorreu-lhe que o que o Senhor disse que aconteceria iria acontecer.
Não foi até Pedro viu o rosto do Senhor e lembrou-se das palavras do Senhor que Ele veio para os seus sentidos, reconheceu seu pecado e impotência, e se arrependeu. Seu pecado não fazê-lo se arrepender.Muitas pessoas estão muito conscientes do pecado em suas vidas, prontamente admitir sua realidade e suas conseqüências. Mas até que seja entregue a Cristo, para perdão e purificação, o simples reconhecimento de que só irá conduzir uma pessoa mais no desespero e falta de esperança e até mesmo mais no pecado. Perdão e restauração vir apenas de abandonar o pecado a Deus. É por isso que a verdadeira pregação e ensino do evangelho não é simplesmente chamando as pessoas a converterem dos seus pecados. Ele está levantando o Senhor Jesus Cristo, para que, na Sua justiça e graça, homens pecadores, não só vai descobrir a hediondez do pecado, mas também a única esperança para a sua remoção.
O Senhor fez boa Sua promessa de que a fé de Pedro não iria falhar. Depois de aparecer aos discípulos várias vezes após a sua ressurreição, Jesus três vezes questionou Pedro sobre seu amor por ele, assim como Pedro tinha três vezes negou que o amor. E assim como ele havia negado três vezes o seu amor por Cristo, Pedro, em seguida, três vezes afirmou ele (João
Muitos anos depois, perto do fim de sua vida, Pedro, sem dúvida, ainda se lembrava vividamente que a experiência no pátio. O trágico acontecimento foi, provavelmente, em sua mente enquanto ele advertiu seus companheiros cristãos: "Amados, sabendo isto de antemão, estar em sua guarda, para que ... você cair da vossa firmeza, mas crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo "(2 Pe. 3: 17-18).
Barclay
O princípio do último ato da tragédia — Mat. 26:1-5 A extravagância do amor — Mat. 26:6-13 A oferta do traidor — Mat. 26:14-16 A festa ancestral — Mat. 26:17-19 O último apelo do amor — Mat. 26:20-25 Seu corpo e seu sangue — Mat. 26:26-30 A advertência do Mestre — Mat. 26:31-35 A luta da alma no jardim — Mat. 26:36-46 O beijo do traidor — Mat. 26:47-50 A prisão no jardim — Mat. 26:50-56 O fracasso da coragem — Mat. 26:57-58, 69-75 Mt
O PRINCÍPIO DO ÚLTIMO ATO DA TRAGÉDIA Mateus
Aqui nos deparamos com o começo definitivo do último ato da tragédia divina. Mais uma vez Jesus advertiu a seus discípulos sobre o que aconteceria. Durante os últimos dias tinha agido com uma atitude desafiante tão magnífica que poderiam ter pensado que se propunha desafiar as autoridades judias. Mas aqui volta a deixar claro que seu objetivo é a cruz.
Ao mesmo tempo, as autoridades judias preparavam seus planos e estratagemas. José Caifás, para dar seu nome completo, era sumo sacerdote. Sabemos muito pouco sobre Caifás mas conhecemos um fato muito sugestivo. Nos dias da antiguidade, o cargo de sumo sacerdote era hereditário e durava toda a vida, mas quando os romanos assumiram o governo da Palestina, os sumos sacerdotes se sucediam em rápida série, porque os romanos nomeavam e depunham sacerdotes para favorecer seus próprios interesses. Entre os anos 37 a. C. e 67 d. C., momento em que se nomearam os últimos sacerdotes da destruição do templo, houve não menos de vinte e oito sacerdotes. O que é sugestivo era que Caifás foi sumo sacerdote de 18 d. C até 36 d. C. Tratava-se de um período extraordinariamente extenso para que durasse um sumo sacerdote e Caifás deve ter desenvolvido ao máximo a técnica da colaboração com os romanos. E esse era seu problema. Se havia algo que os romanos não estavam dispostos a suportar era a desordem cívica. Se havia algum motim, Caifás perdia seu posto.
Na época da Páscoa a atmosfera de Jerusalém sempre era explosiva. A cidade estava cheia de gente. Josefo nos fala de uma ocasião em que se fez um censo das pessoas presentes em Jerusalém (Josefo, Guerra dos Judeus, 6. 9. 3). Aconteceu da seguinte maneira. Nesse momento o governador era Céstio; Céstio considerava que Nero não compreendia a quantidade de judeus que havia e os problemas que apresentavam a qualquer governador. De maneira que pediu aos sumos sacerdotes que fizessem um censo dos cordeiros que se sacrificavam durante uma celebração da Páscoa. Josefo segue dizendo: "Em cada sacrifício deve participar um grupo não menor de dez pessoas (por que não é lícito que celebrem sozinhos), e muitos de nós somos vinte em cada grupo." Comprovou-se que nessa oportunidade a quantidade de cordeiros que se sacrificaram foram
Não deve nos surpreender, então, que Caifás tenha planejado alguma estratagema para prender Jesus em segredo e sem alvoroço porque muitos desses peregrinos vinham da Galiléia e consideravam a Jesus como sendo um profeta. De fato, o plano do Caifás era deixar as coisas como estavam até o término da festa da Páscoa e a cidade estivesse mais tranqüila. Mas Judas lhe brindaria uma solução a seu problema. Caifás estava disposto a adotar qualquer ardil para livrar-se deste Jesus perturbador.
A EXTRAVAGÂNCIA DO AMOR
No relato evangélico, Marcos e João também contam esta unção em Betânia. A história de Marcos é quase idêntica, mas João acrescenta que a mulher que ungiu a Jesus foi nada menos que Maria, a irmã da Marta e Lázaro. Lucas não inclui este relato, mas se fala de um unção da casa de Simão o fariseu (Lucas
A maior dificuldade que se apresenta ao tratar de identificar a história de Lucas e as dos outros três evangelhos é que na história de Lucas a mulher era uma conhecida pecadora, e não há nada que nos permita afirmar que esse era o caso da Maria da Betânia. E entretanto, a mesma intensidade com que Maria amava a Jesus pode ser o resultado das profundidades das quais a resgatou. Sempre ficará a dúvida de se o relato de Lucas é o mesmo que o dos outros três, só podemos dizer que não é impossível que o seja.
Seja como for, o relato é, como disse Jesus, a história de algo bonito. Destacam-se nele algumas verdades muito preciosas.
- Mostra-nos a extravagância do amor. A mulher tomou a coisa mais preciosa que tinha e a derramou sobre Jesus. As mulheres judias eram muito adeptas ao perfume e muita freqüência levavam um frasco de perfume de alabastro ao redor do pescoço. Tratava-se de um perfume muito precioso. Tanto Marcos quanto João fazem os discípulos dizer que poderia ter sido vendido por 300 denários (Mc
14: ; Jo5 12: ). Um denário era uma moeda de prata que valia pouco menos que um centavo de dólar; mas quando queremos avaliá-lo devemos lembrar que a diária de um operário era menos que isso. Portanto, este perfume representava o salário de todo um ano de trabalho. Também podemos pensar de outro modo. Quando Jesus e seus discípulos discutiam como alimentar à multidão, Felipe disse que só duzentos denários seriam suficientes para lhes dar de comer. Este perfume custaria a mesma quantidade de dinheiro que se necessitaria para alimentar uma multidão de cinco mil pessoas. A mulher deu a Jesus algo tão valioso como isso e o deu porque era a coisa mais preciosa que possuía. O amor jamais calcula; nunca pensa o pouco que pode dar e quando deu tudo o que tem, continua pensando que deu muito pouco. Nem sequer começamos a ser cristãos se pensarmos em dar a Cristo e a sua Igreja o mínimo que nossa decência nos permite.5 - Demonstra-nos que há momentos em que a visão mais comum das coisas falha. Neste momento a voz do senso comum disse: "Que desperdício!" e sem dúvida tinha razão. Mas há um mundo de diferença entre a economia do senso comum e a economia do amor. O senso comum acata os ditados da prudência, o amor obedece os ditados do coração. O senso comum ocupa um lugar muito importante na vida mas há momentos em que só a extravagância do amor pode responder às exigências do amor. Um presente nunca o é em realidade quando podemos dá-lo com facilidade, só se converte em um presente autêntico quando implica sacrifício e quando damos muito mais do que podemos dar.
- Mostra-nos que há certas coisas que se devem fazer quando se apresenta a oportunidade ou não se farão nunca. Os discípulos estavam ansiosos para ajudar os pobres, mas os próprios rabinos diziam: "Deus permite que os pobres estejam sempre conosco, para que nunca faltem as oportunidades de fazer o bem." Há coisas que podemos fazer em qualquer momento, mas há outras que só se podem fazer uma só vez e se se perder a oportunidade de fazê-las nesse momento, é perdida para sempre. Com muita freqüência nos sentimos movidos por um impulso generoso e também freqüentemente não atuamos de acordo a esse impulso; e se não seguir o impulso o mais provável é que as circunstâncias, a pessoa, o momento e o impulso não retornam. Para muitos de nós a tragédia da vida consiste em que é a história das oportunidades que perdemos de fazer coisas bonitas.
- Diz-nos que a fragrância de uma bela ação dura para sempre. Há tão poucas coisas belas que quando se faz uma brilha como a luz em um mundo em trevas. No final da vida de Jesus há tanta tragédia, tanta amargura, tanta traição, tantas intrigas que esta história brilha como um oásis de luz em um mundo que se vai obscurecendo cada vez mais. Há poucas coisas mais belas que o homem pode fazer neste mundo que deixar a lembrança de uma bela ação.
A OFERTA DO TRAIDOR
Vimos que as autoridades judaicas queriam encontrar uma forma de prender Jesus sem provocar distúrbios perturbadores e com a chegada de Judas a oportunidade ideal se apresenta. Só pode haver três verdadeiras razões básicas para que Judas tenha traído a Jesus. Todas as demais que se sugerem são variações destas três.
- Pode ter sido por avareza e ambição. Segundo Mateus e Marcos, Judas fez sua oferta espantosa justo depois da unção de Betânia. Quando João faz seu relato diz que Judas protestou contra o unção porque era ladrão e roubava o dinheiro da bolsa (Jo
12: ). Sendo assim, Judas fez uma das ofertas mais tremendas da história. A soma pela qual se comprometeu para trair a Jesus eram trinta argurias. Uma arguria era um siclo, e equivalia a ao redor de três centavos de dólar. Se isto for certo, Judas vendeu a Jesus por menos de doze dólares. Se a avareza for a causa da traição do Judas, este é o exemplo mais terrível da história das profundidades que pode alcançar o amor ao dinheiro.6 - Pode ter sido devido a um ódio acérrimo, baseado em uma total desilusão. Os judeus sempre tiveram seus sonhos de poder e grandeza. Portanto, havia nacionalistas raivosos que estavam dispostos a fazer algo em matéria de assassinatos e violência a fim de expulsar os romanos da Palestina. Estes nacionalistas recebiam o nome de sicários, os que levam uma adaga, porque seguiam uma política deliberada de assassinato. Pode ser que Judas tenha sido um sicário, que tenha visto a Jesus como um líder enviado do céu que, com seus poderes milagrosos, poderia conduzir uma grande rebelião. Depois pode ter visto que Jesus tomava um caminho muito distinto, que conduzia à cruz. E em sua amarga desilusão a devoção de Judas pode ter-se convertido primeiro em desengano, logo em ódio, um ódio que o levou a procurar a morte do homem de quem tinha esperado tantas coisas. Pode ser que Judas odiasse a Jesus Cristo porque não era o Cristo que ele queria que fosse.
- Pode ser que Judas jamais tenha desejado a morte de Jesus. Pode ser que, como já estudamos, Judas tenha visto em Jesus o líder divino. Pode ter pensado que Jesus se estava movendo com muita lentidão, e que a única coisa que gostaria era mover a mão de Jesus. Pode ter traído a Jesus com a intenção de obrigá-lo a agir. De fato, esse é o ponto de vista que se encaixa mais em todos os fatos. E isso explica por que Judas recorreu ao suicídio quando seu plano fracassou.
Qualquer que seja a interpretação que adotemos, a tragédia de Judas é que se recusou a aceitar a Jesus tal como era e tratou de convertê-lo no que ele queria que fosse. Não somos nós aqueles que poder mudar a Jesus mas sim Jesus quem deve nos mudar. Nunca podemos usar a Jesus para nossos próprios fins; devemos nos submeter a Ele para que Ele nos use para seus fins. A tragédia de Judas é a do homem que pensou que sabia mais que Deus.
A FESTA ANCESTRAL
Jesus tinha ido a Jerusalém para celebrar a festa da Páscoa. Já vimos que a cidade nessa época estava invadida por uma multidão. Durante a Páscoa, supunha-se que todos os judeus deviam ficar dentro dos limites da cidade, mas a quantidade de pessoas tornava esta regulamentação em algo impossível de cumprir. E para os propósitos oficiais, o alojamento nas aldeias vizinhas, como Betânia, considerava-se como na própria cidade. E era em Betânia onde estava Jesus nesse momento. Mas a festa em si era preciso celebrá-la dentro da cidade. Os discípulos queriam saber que preparativos deviam fazer. É evidente que Jesus não tinha deixado as coisas para o último momento. Já tinha feito seus acertos com um amigo que vivia em Jerusalém, e tinham combinado uma contra-senha: "O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo." De maneira que Jesus enviou os discípulos a darem a contra-senha e a fazerem todos os preparativos necessários.
Toda a semana da qual a festa da Páscoa ocupava a primeira tarde se chamava a Festa dos Pães Asmos. Nos acontecimentos que seguem, devemos lembrar que para o judeu o dia seguinte começava às seis da tarde. Neste caso, a Festa dos Pães Asmos começava na quinta-feira pela manhã. Nessa manhã se destruía toda partícula de levedura, depois de uma busca cerimonial por toda a casa. Havia duas razões para isso.
Toda a festa comemorava o sucesso mais importante da história do Israel, a libertação da escravidão no Egito. E quando os israelitas escaparam do Egito tiveram que sair com tanta pressa que não tiveram tempo de levar o pão levedado (Ex
Em segundo lugar, no pensamento judeu a levedura é o símbolo da corrupção. Como já dissemos, a levedura é massa fermentada, e os judeus identificavam a fermentação com a podridão. De maneira que a levedura representava todo o podre e corrupto e, portanto, se fazia com que desaparecesse como sinal de purificação.
Quais seriam então os preparativos que fariam os discípulos?
Na manhã da quinta-feira preparariam o pão asmo e tirariam toda partícula de levedura da casa. O outro elemento essencial da festa era o cordeiro pascal. De fato, a festa recebia seu nome do cordeiro. A última das terríveis pragas que caiu sobre os egípcios e que foi a que os obrigou a deixar o povo judeu sair, foi que o anjo da morte percorreria toda a terra do Egito, matando o primogênito de cada lar. A fim de identificar suas casas, os israelitas deviam matar um cordeiro e manchar com o sangue do cordeiro a viga superior e as laterais da porta de maneira que o anjo vingador visse o sinal e passasse por cima dessa casa (Êxodo
Assim, pois, terão preparado o pão sem levedar e o cordeiro. Necessitavam-se outros quatro elementos para a festa.
- Deviam pôr sobre a mesa um tigela com água salgada para recordar as lágrimas que tinham derramado quando eram escravos no Egito, assim como a água salgada do Mar Vermelho através do qual tinham passado graças à mão maravilhosa de Deus.
- Devia-se preparar uma série de ervas amargas tais como rabanetes, chicória, escarola, alface, chicória, etc. Isto também cumpria o propósito de recordar a amargura da escravidão e o hissopo com o qual tinham manchado a viga superior e as laterais da porta com o sangue do cordeiro.
- Havia uma massa chamada Carosheth. Era uma mistura de maçãs, tâmaras, granadas e nozes. Servia para lembrá-los a argila com que foram obrigados a fazer tijolos no Egito, e a atravessavam vagens de canela para lhes lembrar a palha com a qual foram feitos os tijolos.
- Por último havia quatro taças de vinho. Serviam para recordar as quatro promessas de Êxodo
6: : “E vos tirarei de debaixo das cargas do Egito, e vos livrarei da sua servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes manifestações de julgamento. Tomar-vos-ei por meu povo e serei vosso Deus.”6-7
Estes eram, pois, os preparativos da manhã e da tarde da quinta— feira. Essas foram as coisas que os discípulos prepararam e em qualquer momento depois das seis da tarde, quer dizer quando tinha começado na sexta-feira 15 de Nisã os convidados podiam reunir-se ao redor da mesa.
O ÚLTIMO APELO DO AMOR
Nestas últimas cenas do relato evangélico há momentos em que Jesus e Judas parecem estar em um mundo à parte.
Uma coisa é indubitável: Judas deve ter desenvolvido suas turvas atividades no mais completo segredo. Deve ter feito todos os seus movimentos às escondidas porque se outros discípulos se inteirassem de seus propósitos, não teria escapado com vida. Judas tinha oculto seus planos a seus companheiros, mas não podia escondê-los de Cristo. Sempre acontece o mesmo: qualquer um pode esconder seus pecados de seu próximo, mas nunca pode escondê-los dos olhos de Jesus Cristo que vê os segredos do coração. Jesus sabia, e era o único que sabia, quais eram os planos de Judas.
E agora podemos ver os métodos que Jesus emprega com o pecador. Jesus poderia ter usado seu poder para fulminar Judas, para paralisá-lo, para fazê-lo impotente, até para matá-lo. Mas a única arma que Jesus está disposto a usar é o apelo do amor. Um dos grandes mistérios da vida é o respeito que Deus manifesta para com a livre vontade do homem. Deus não obriga, não coage, só chama.
Quando Jesus busca evitar que algum homem peque, faz duas coisas. Em primeiro lugar, confronta o homem com seu pecado. Trata de fazer com que o homem pare, veja e pense no que está fazendo. É como se lhe dissesse: "Olhe o que está para fazer. Pode você, em realidade, fazer algo semelhante?" Tem-se dito que nossa maior segurança diante do pecado reside no fato de que nos surpreende e escandaliza. E Jesus de vez em quando faz com que o homem pare, veja e se dê conta para que sua surpresa o devolva à prudência. Em segundo lugar, confronta o homem com Ele, com o próprio Jesus. Faz com que o homem O olhe para lhe dizer: "Pode você me olhar, pode olhar nos meus olhos, e ir fazer o que você pensa fazer?" O apelo de Jesus consiste em fazer com que o homem perceba o caráter horrível do que tenta fazer, e o amor que deseja evitar sua ação.
E aí é justamente onde vemos o espanto do pecado. O verdadeiro horror do pecado reside em seu caráter intencional e deliberado. Apesar do último apelo do amor, Judas prosseguiu. Mesmo confrontado com seu pecado e com o rosto de Cristo, Judas recusou-se a retroceder. Há pecado e pecado. Há o pecado do coração apaixonado, e o do homem que, no impulso do momento, é arrastado ao pecado antes de dar-se conta do que aconteceu. Não se pode subtrair importância a esse tipo de pecado, pode ter conseqüências terríveis. Mas é muito pior o pecado frio, calculado, indiferente, premeditado, que sabe a sangue frio o que está fazendo, a quem se confronta com o horror do fato, e com o olhar amante de Jesus, e entretanto, escolhe seu próprio caminho. Nosso coração se indigna ante o filho ou a filha que destroça o coração de seus pais com premeditação — e isso é o que Judas fez com Jesus — e o trágico é que também é algo que nós mesmos fazemos com freqüência.
SEU CORPO E SEU SANGUE
Já vimos em que forma os profetas apelavam a atitudes simbólicas quando queriam dizer algo de modo que não se pudesse deixar de ver e compreender. Já vimos a Jesus apelando a este método em sua entrada triunfal e no incidente da figueira. Isso mesmo é o que faz aqui. Todo o simbolismo e o ritual da festa da Páscoa era uma imagem do que queria dizer às pessoas, visto que era a representação do que Ele tinha feito pelos homens. Qual é então a imagem que Jesus emprega e qual é a verdade que está por trás dela?
- Toda a festa da Páscoa era uma comemoração da libertação. Todo seu objetivo era relembrar ao povo de Israel a forma em que Deus os tinha libertado do cativeiro no Egito. Portanto, em primeiro lugar, Jesus afirmou ser o grande libertador. Veio para libertar os homens do medo e do pecado. Jesus Cristo liberta os homens dos temores que os atormentam, e dos pecados que não os deixam em paz.
- O cordeiro pascal era, de maneira especial, um símbolo de segurança. Naquela noite de destruição, o que manteve a salvo a Israel foi o sangue do cordeiro pascal. Portanto, Jesus estava afirmando que era Salvador. Veio salvar os homens de seus pecados e das conseqüências desses pecados. Veio dar aos homens segurança na Terra, e no céu, no tempo e na eternidade.
Ora, aqui há uma palavra-chave, na qual se sintetiza toda a obra e a intenção de Jesus. Trata-se da palavra aliança. Jesus disse que seu sangue era o sangue da aliança. O que quis dizer com isso? Uma aliança é uma relação entre duas pessoas; quando duas pessoas fazem uma aliança, entram em um tipo de relação mútua. Mas a aliança a que Jesus se refere não é uma aliança entre um homem e outro homem, antes, trata— se de uma aliança entre Deus e o homem. Quer dizer que é uma nova relação entre Deus e o homem. O que disse Jesus na Última Ceia foi o seguinte: "Por minha vida, e em especial por minha morte, foi possível estabelecer uma nova relação entre vocês e Deus." É como se dissesse: "Viram-me, e em mim viram a Deus; disse-lhes, mostrei-lhes, quanto Deus os ama; ama-os tanto a ponto de sofrer o que estou sofrendo; assim é Deus." Devido ao que fez Jesus pelos homens, a eles fica aberto o caminho a toda a beleza desta nova relação com Deus.
Esta passagem conclui dizendo que quando o grupo formado por Jesus e seus discípulos terminou de cantar um hino, foram ao monte das Oliveiras. Uma parte essencial do ritual da Páscoa era o canto do Hallel. Hallel significa Louve a Deus! E o Hallel constava dos 13
Devemos assinalar mais uma coisa. Havia uma diferença básica entre a Última Ceia e o sacramento que nós observamos. A Última Ceia era uma verdadeira refeição; de fato, a lei estabelecia que era preciso comer todo o cordeiro e que não se devia deixar nada. Não era questão de comer uma parte de pão e tomar um gole de vinho. Era uma refeição para gente que tinha fome. Podemos dizer com toda justiça que o que ensina Jesus não é só a reunir-se na igreja e participar de um festejo ritual e simbólico; o que diz a seus discípulos é que cada vez que se sentam para satisfazer a fome e para comer uma refeição o fazem em memória dEle. Porque Jesus não é só Senhor da mesa da Eucaristia; também deve ser Senhor da refeição cotidiana.
Falta assinalar mais uma coisa. Esta passagem conclui com as palavras finais de Jesus na Última Ceia. Ali diz que não a celebrará com eles outra vez até que o faça no Reino de seu Pai. Aqui vemos, por certo, uma fé e um otimismo divinos. Jesus se dirigia ao Getsêmani, ao julgamento ante o Sinédrio, à cruz; e entretanto, segue pensando em termos do Reino. Para Jesus a cruz jamais foi uma derrota; era o caminho à glória. Jesus estava no caminho que o conduziria ao Calvário, mas também se dirigia ao trono do Reino de Deus.
A ADVERTÊNCIA DO MESTRE
Nesta passagem ficam muito claras certas características de Jesus.
- Vemos seu realismo. Jesus via o que estava pela frente. Mateus, de fato, vê que a fuga dos discípulos foi profetizada no Antigo Testamento, em Zc
13: . Jesus não era um otimista exagerado que podia fechar os olhos aos fatos com toda facilidade. Previa o que aconteceria em forma inevitável e, entretanto, não se deteve.7 - Aqui também vemos a confiança de Jesus. Ele diz: “Depois da minha ressurreição, irei adiante de vós para a Galiléia”. Jesus sempre via além da cruz. Estava tão absolutamente certo da glória como do sofrimento.
- Vemos a simpatia de Jesus. Sabia que seus homens fugiriam para salvar a vida e O abandonariam no momento de sua mais profunda necessidade. Mas não os repreende nem os condena, nem acumula recriminações sobre eles ou os qualifica de criaturas inúteis e perdidas. Longe disso, diz-lhes que quando tiver passado esse momento terrível, voltará a encontrar-se com eles. A grandeza de Jesus consiste em que conhecia o lado pior dos homens e continuava amando-os. Conhece nossa fraqueza humana; sabe que cometeremos enganos e que nossa lealdade fraquejará, mas esse conhecimento não converte o amor em algo amargo ou cheio de desprezo. Jesus não manifesta mais que simpatia para com o homem que cai em pecado por sua fraqueza.
Mas, além disso, esta passagem nos mostra algo a respeito de Pedro. Não resta dúvida que a falta de Pedro é muito clara, era um excesso de confiança em si mesmo. Sabia que amava a Jesus, não duvidou disso jamais, e acreditou que por seus próprios meios poderia dominar qualquer situação que surgisse. Mas Jesus sabia que Pedro não era tão forte quanto pensava. Só estaremos a salvo quando substituímos a confiança que alardeia pela humildade que conhece sua fraqueza e que não depende de si mesma, antes busca a ajuda de Cristo.
Os romanos e os judeus dividiam a noite em quatro vigílias: de seis da tarde às nove da noite, das nove à meia-noite, de meia-noite às três da manhã e das três às seis da manhã. O galo cantaria entre a terceira e a quarta vigílias. O que Jesus diz a Pedro é que antes do amanhecer, ele O negará três vezes.
A LUTA DA ALMA NO JARDIM
Sem dúvida esta é uma passagem à qual devemos nos aproximar de joelhos. Em uma passagem como esta certamente o estudo deve ceder o lugar à adoração maravilhada.
Na própria Jerusalém não havia jardins de nenhum tipo porque numa cidade construída sobre uma montanha não há lugar para espaços abertos e cada centímetro é aproveitado para a construção. De maneira que o que sucedia era que os cidadãos abastados tinham seus jardins particulares no monte das Oliveiras. A palavra Getsêmani provavelmente signifique um trapiche ou prensa de azeitonas; e sem dúvida se tratava de um jardim de oliveiras ao qual Jesus tinha direito de entrar. É algo estranho e belo pensar nos amigos cujos nomes desconhecemos que se congregaram ao redor de Jesus nos últimos dias. Vemos o homem que lhe deu o jumento sobre o qual entrou em Jerusalém, o homem que lhe emprestou o cenáculo no qual comeram a Última Ceia, e agora vemos o homem que lhe deu permissão de entrar no jardim nas ladeiras do monte das Oliveiras. Em um deserto de ódio, ainda havia oásis de amor.
Levou ao jardim os mesmos três que tinham estiveram com Ele no monte da Transfiguração e ali orou, mais ainda, lutou em oração. Ao contemplar com assombro reverente a luta da alma de Jesus no jardim vemos algumas coisas.
- Vemos a agonia de Jesus. Agora estava bem seguro de que tinha a morte pela frente. O próprio fôlego da morte estava sobre Ele. Ninguém quer morrer aos trinta e três anos; e menos ainda, fazê-lo na agonia de uma cruz. Aqui Jesus libertou sua luta suprema para submeter sua vontade à vontade de Deus. Ninguém pode ler este relato sem perceber a intensa realidade desta luta. Não se trata de uma simulação, aqui vemos uma luta cujo resultado fez mover o fiel da balança. A salvação do mundo estava na balança no Jardim do Getsêmani, porque até esse momento Jesus teria podido retroceder e o propósito de Deus teria sido frustrado. Neste momento tudo o que sabia Jesus era que devia continuar e que tinha uma cruz pela frente. Com todo respeito podemos afirmar que aqui vemos a Jesus aprender a lição que todos devem aprender em algum momento — estava aprendendo a aceitar o que não podia compreender. Tudo o que sabia era que a vontade de Deus o chamava de maneira imperiosa a continuar. Neste mundo todos enfrentamos coisas que não podemos compreender, e é nesse momento quando a fé é provada até seus últimos limites; e então a alma recebe um bálsamo ao pensar que Jesus experimentou o mesmo no Getsêmani. Tertuliano (Do Bapt.
20) menciona uma declaração de Jesus que se transmitiu em forma oral embora não apareça em nenhum dos evangelhos: "Ninguém que não tenha sido tentado pode entrar no Reino de Deus." Quer dizer que cada um tem seu jardim do Getsêmani, e cada um deve aprender a dizer: "Seja feita a Tua vontade." . - Vemos a solidão de Jesus. Levou consigo a seus três discípulos prediletos; mas estavam tão extenuados com o drama desses últimos dias e horas que não puderam manter-se acordados. E Jesus teve que travar sua luta a sós. Isso também é certo de todos os homens. Há certas coisas que o homem deve enfrentar, e certas decisões que deve tomar na terrível solidão de sua alma; há momentos em que a ajuda fracassa e o consolo desaparece, mas nessa solidão temos a presença dAquele que, no Getsêmani, experimentou o mesmo e o superou.
- Aqui vemos a confiança de Jesus. Vemo-la ainda melhor na versão de Marcos. Segundo Marcos Jesus começou sua oração dizendo: "Aba, Pai" (Mc
14: ). Há um mundo de beleza nesta palavra, Aba, que fica oculta a nossos ouvidos ocidentais a menos que conheçamos algo dela. Joachim Jeremias escreve o seguinte sobre esta palavra Aba em seu livro The Parables of Jesus:36
"O emprego por parte de Jesus da palavra Aba para dirigir-se a Deus não tem comparação em toda a literatura judia. A explicação deste fato se encontra na afirmação feita pelos pais Crisóstomo, Teodoro e Teodoreto no sentido de que a palavra Aba (tal como em árabe se segue usando a palavra jaba) era a que um menino empregava para dirigir-se a seu pai. Era uma palavra quotidiana que ninguém se animou a empregar com referência a Deus. Jesus o fez. Falou com seu Pai Celestial em forma tão infantil, confiante e íntima como o faria qualquer menino que fala com seu pai. Sabemos como nos falam nossos filhos e que nomes nos dão. Assim é como Jesus falou com Deus. Apesar de que não terminava de compreender, embora a única segurança que tinha era que Deus insistia com ele a dirigir— se para uma cruz, chamou-o Aba, como um menino o teria feito."
Aqui sim há confiança, uma confiança que nós também devemos ter nesse Deus a quem Jesus nos ensinou a conhecer como Pai, tal como Ele mesmo o conhecia.
- Por último, aqui vemos a coragem de Jesus. “Levantai-vos, vamos!”, disse, “Eis que o traidor se aproxima.” Celso, o filósofo pagão que atacou o cristianismo, empregou essa frase para sustentar que Jesus tentou escapar. Justamente o contrário. "Levantai-vos", disse, "terminou o momento da oração e de estar no jardim. Chegou o momento da ação.
Enfrentemos a vida em seu aspecto mais lúgubre e aos homens em seu pior momento." Jesus levantou de seus joelhos para dirigir-se à luta da vida. Para isso serve a oração. O homem se ajoelha ante Deus em oração para poder erguer-se diante dos homens. Na oração o homem entra no céu para poder enfrentar as batalhas da Terra.
O BEIJO DO TRAIDOR
Como já vimos, as atitudes de Judas podem provir de um de dois motivos. Possivelmente, por avareza ou desencanto, pode ter desejado a morte de Jesus; ou pode ter tentado forçar a Jesus, e possivelmente não quis que morresse, mas que se sentisse obrigado a agir.
De maneira que há duas formas de interpretar este incidente. Se no coração de Judas não havia mais que um ódio escuro, e uma espécie de avareza maníaca, então este não é mais que o beijo mais tremendo de toda a história, um beijo que era o sinal da traição. Se essa for a interpretação, não se pode dizer nada mais espantoso a respeito de Judas.
Mas há coisas que indicam que há algo mais que isso nesta passagem. Quando Judas disse à multidão armada que lhes indicaria qual era o homem que tinham vindo prender por meio de um beijo, usa a palavra grega philein, que é a palavra comum para designar um beijo. Mas quando se diz que Judas beijou de fato a Jesus, emprega-se a palavra kataphilein, palavra que designa o beijo do amante e que significa beijar em forma apaixonada, repetida e fervorosa. Por que Judas teria que fazer isso?
Mais ainda, por que seria necessário identificar a Jesus? As autoridades não necessitavam uma identificação de Jesus, e sim uma ocasião conveniente para prendê-lo. As pessoas que foram prender a Jesus pertenciam aos sumos sacerdotes e aos anciãos da cidade; deve ter sido a polícia do templo, essa era a única força que estava à disposição dos sumos sacerdotes. O incrível é que a polícia do templo não conhecesse o homem que poucos dias antes tinha purificado o templo e que tinha expulso os cambistas de moedas e os vendedores de pombas do pátio do templo. O incrível é que não conheciam o homem que ensinava todos os dias no pátio do templo. Não necessitavam nenhuma identificação. Uma vez conduzidos ao jardim, sabiam muito bem qual era o homem que deviam prender.
É muito mais provável que quando Judas se adiantou para beijar a Jesus o tenha feito como um discípulo que beijava a seu mestre, e que tenha sido sincero ao fazê-lo. E é mais que provável que logo tenha dado um passo atrás com uma expressão de espectador orgulho, esperando que Jesus fulminasse a essas pessoas e agisse de uma vez por todas. O curioso é que a partir do momento do beijo, Judas desaparece de cena no jardim até o momento do suicídio. Nem sequer apareceu como testemunha no julgamento de Jesus. É muito mais provável que em um momento pasmoso, terrível, esmagador, dilacerador, Judas tenha percebido quão mal tinha feito seus cálculos e que se afastou em meio da noite, desfeito e torturado para sempre. Se esta interpretação for correta, nesse momento Judas entrou no inferno que ele mesmo construiu para si mesmo, porque o pior tipo de inferno é a percepção total das espantosas conseqüências do pecado.
A PRISÃO NO JARDIM
Foi Judas que deu às autoridades a informação que permitiu encontrar a Jesus na solidão do jardim do Getsêmani. As forças que estavam à disposição das autoridades judaicas eram a polícia do templo às ordens do Capitão do templo. Mas a multidão que se amontoou atrás de Judas para dirigir-se ao jardim era mais parecida com um grupo preparado para um linchamento do que a um destacamento que se dirige a prender alguém.
Jesus não estava disposto a tolerar resistência alguma. Mateus se limita a dizer que um dos discípulos tirou a espada e se dispôs a resistir até à morte e a vender muito cara sua vida, e que além disso feriu um dos servos do sumo sacerdote. Quando João relata a mesma história (Jo
- A morte de Jesus aconteceu por sua própria escolha. Não tinha por que ir a Jerusalém para a festa da Páscoa. Uma vez ali, não tinha por que seguir sua política intencional de magnífico desafio. Até poderia ter escapado do jardim e se teria salvo, porque era de noite e havia muita gente disposta a fazê-lo desaparecer da cidade em segredo. Inclusive poderia ter invocado o poder de Deus e ter fulminado a seus inimigos. Cada passo deste dia demonstra com maior clareza que Jesus entregou sua vida, e que ninguém a tirou. Jesus morreu, não porque os homens o mataram, mas sim porque ele escolheu morrer.
- Jesus escolheu morrer, porque sabia que sua morte era o propósito de Deus. Tomou este caminho porque isso era o que os profetas tinham anunciado. Tomou-o porque o único caminho é o amor. “Todos os que lançam mão da espada à espada perecerão.” A violência só pode gerar violência. A única coisa que pode gerar uma espada desembainhada é outra espada que saia a seu encontro. Jesus sabia que o poder, a guerra, a força não resolvem nada, que só produzem uma série contínua de males e geram uma lúgubre multidão de criaturas piores que eles. Sabia que a única forma de cumprir o propósito de Deus era mediante o amor sacrificial. E a história demonstrou que estava certo. Porque esses mesmos judeus que o prenderam com violência e que se vangloriavam disso, e que além disso teriam molhado com o maior prazer suas espadas no sangre romano, viram, quarenta anos depois, a destruição definitiva de sua cidade, enquanto o homem que não quis lutar estava entronizado para sempre no coração dos homens.
O FRACASSO DA CORAGEM
Ninguém pode ler esta passagem sem sentir-se surpreso pela assombrosa honestidade do Novo Testamento. Se alguma vez houve algum incidente do qual se podia esperar que fosse silenciado é este; e entretanto, aí está, em toda sua vergonha. Sabemos que Mateus seguiu de perto a narração de Marcos, e no evangelho de Marcos este relato aparece ainda mais detalhado (Marcos
Jamais devemos ler esta história sem lembrar que é o próprio Pedro quem relata a vergonha de seu próprio pecado para que todos os homens possam conhecer a glória do amor que perdoa e do poder purificador de Jesus Cristo.
E entretanto, não está certo olhar a Pedro somente com um sentimento de condenação carente de toda compreensão. O grande fato resplandecente é que o desastre que sobreveio a Pedro só podia acontecer a um homem do mais valente heroísmo. Todos os outros discípulos fugiram; Pedro foi o único que não o fez. Na Palestina, as casas das pessoas acomodadas estavam construídas em um quadrado com um pátio aberto no meio, ao qual se abriam as diferentes habitações. Para Pedro, entrar nesse pátio no meio da casa do sumo sacerdote equivalia a penetrar na cova dos leões, e assim mesmo Pedro entrou. Qualquer que seja o final deste relato, começa com a história de Pedro, o único homem valente.
A primeira negação teve lugar no pátio. Sem dúvida a criada havia dito que Pedro era um dos seguidores mais conspícuos de Jesus e o tinha reconhecido. Ora, depois desse reconhecimento qualquer um poderia pensar que Pedro escaparia para salvar o pele; sem dúvida, qualquer covarde se teria internado na escuridão da noite o mais breve possível. Mas Pedro não; retirou-se até a porta. Pedro se sentia atraído por dois sentimentos opostos. Sentia um temor em seu coração que o fazia querer escapar, mas também tinha um sentimento de amor que o mantinha nesse lugar.
Mais uma vez o reconheceram na porta; e desta vez jurou que não conhecia a Jesus. E, apesar de tudo, Pedro não foi embora. Aqui vemos a coragem mais teimosa. Mas a segunda negação de Pedro o havia traído. Sua forma de falar indicava com toda clareza que procedia da Galiléia. Os galileus falavam com uma pronúncia gutural; tão feia era sua dicção que não eram permitidos dar a bênção no culto da sinagoga.
E, outra vez, foi acusado de ser um discípulo do Galileu. Desta vez Pedro foi ainda mais longe: não só jurou que não conhecia a Jesus, mas também blasfemou o nome de seu Mestre. Mas segue sendo evidente que Pedro não tinha nenhuma intenção de ir embora do pátio. E nesse momento cantou o galo. Aqui surge uma possibilidade muito clara que nos oferece uma imagem muito eloqüente. Pode ser que o canto do galo não tenha pertencido a nenhuma ave; e que jamais se imaginou, desde o começo, que proviria de uma ave. Depois de tudo, a casa do sumo sacerdote estava em pleno centro de Jerusalém, e é muito pouco provável que houvesse aves domésticas em meio da cidade. De fato, a lei judaica estabelece que está proibido ter galos e galinhas na Cidade Santa, porque manchavam as coisas sagradas. Mas as três da manhã era chamado "o canto do galo" pela seguinte razão. A essa hora se trocava a guarda romana no castelo de Antônia e o sinal da mudança de guarda era um toque de trombeta. A palavra latina que designa esse toque de trombeta é gallicinium, que significa canto do galo. Pelo menos é possível pensar que no mesmo momento em que Pedro pronunciou sua terceira negação, tenha soado a trombeta do castelo acima da cidade adormecida, o gallicinium, o canto do galo, e Pedro se lembrou, e então saiu e chorou de todo o coração.
Não sabemos o que foi que aconteceu com Pedro depois disso, porque o relato evangélico corre um véu piedoso sobre a agonia de sua vergonha. Mas antes de condenar a Pedro, devemos lembrar que são poucos os que se animaram sequer a entrar naquele pátio. E devemos acrescentar um último elemento; o que deu essa coragem a Pedro foi o amor. Foi o amor que o atou a esse lugar apesar de que o tinham reconhecido três vezes; foi o amor que o levou a lembrar as palavras de Jesus; foi o amor que o enviou à escuridão da noite para esvaziar seu coração e é o amor que cobre uma multidão de pecados. A impressão essencial e definitiva de todo este relato não é a da covardia de Pedro, e sim a de seu amor.
O JUÍZO DIANTE DOS JUDEUS Mt
O processo do julgamento de Jesus não é nada fácil de seguir. Parece haver-se dividido em três partes. Em primeiro lugar, a parte que se desenvolveu depois da detenção no jardim, durante a noite, e na casa do sumo sacerdote. Essa é a parte descrita nesta seção. Em segundo lugar, a parte que aconteceu nas primeiras horas da manhã, e cuja breve descrição aparece em Mateus
O Sinédrio era a corte suprema dos judeus. Estava formado por escribas, fariseus, saduceus e anciãos do povo. Tinha setenta e um membros e era presidido pelo sumo sacerdote. Para um juízo como este o quórum que se exigia eram vinte e três pessoas. Tinha algumas regra. Era preciso julgar e dar por terminados todos os casos criminais durante o dia. Não se podia tratar de nenhum ponto de vista um caso criminal durante a época da Páscoa. Só se o veredicto fosse de inocência se podia dar por terminado um caso criminal no mesmo dia em que tinha começado. Do contrário, devia passar uma noite antes do pronunciamento do veredicto, de maneira que houvesse tempo para que surgissem sentimentos de misericórdia.
Mais ainda, nenhuma decisão do Sinédrio era válida a menos que se reunisse em seu lugar de encontro, a Sala de Pedra Lavrada nos recintos do templo. Quanto às testemunhas, todo testemunho devia estar garantido por duas testemunhas interrogadas separadamente e sem nenhum contato entre si. Em todo caso em que uma vida estivesse em jogo se comunicaria a qualquer testemunha a gravidade da situação: "Lembre, testemunha, que uma coisa é dar testemunho num julgamento por dinheiro e outra num julgamento por uma vida. Em um julgamento por dinheiro, se seu testemunho fizer algum mal, o dinheiro pode repará— lo; mas se pecas neste caso, o sangue do acusado e a de sua semente até o final dos tempos te será imputado." Além disso, em todo julgamento, o processo começava com a exposição do testemunho em favor da inocência do acusado, antes de expor a evidência contrária.
Estas eram as regras do próprio Sinédrio e é muito evidente que em seu desejo de matar a Jesus, o conselho violou suas próprias leis. Os judeus tinham alcançado tal medida de ódio que justificavam qualquer coisa para acabar com Jesus.
O CRIME DE CRISTO
O principal objetivo da reunião noturna das autoridades judaicas foi formular uma acusação contra Jesus. Como vimos, todo testemunho devia ser garantido por duas testemunhas, interrogados separadamente. Durante muito tempo não se pôde obter sequer que duas testemunhas falsas ficassem de acordo. E logo se encontrou uma acusação: que Jesus havia dito que destruiria o templo e voltaria a construí-lo em três dias. É evidente que esta acusação é uma deformação de certas palavras de Jesus. Já vimos que predisse, e com exatidão a destruição do templo; e isto foi tergiversado de maneira que o acusou de dizer que Ele próprio destruiria o templo.
Vimos que Ele anunciou que O matariam e que ressuscitaria ao terceiro dia; e isto tinha sido tergiversado de uma maneira tal que se afirmou que havia dito que reconstruiria o templo em três dias. Esta acusação se formulou mediante a repetição e interpretação, premeditadas e maliciosamente falsificadas de certas coisas que Jesus havia dito. Jesus se negou completamente a responder a essa acusação. Nisso tinha a lei de seu lado porque não se podia obrigar a nenhum acusado a responder a qualquer pergunta que o fizesse aparecer como culpado.
Nesse momento o sumo sacerdote formulou sua pergunta fundamental. Vimos que Jesus em muitas ocasiões advertiu, ordenou e ameaçou a seus discípulos que não dissessem a ninguém que Ele era o Messias. Como foi então que o sumo sacerdote soube fazer a pergunta cuja resposta Jesus não pôde evadir? Pode ser que quando Judas passou a informação contra Jesus, também tivesse falado às autoridades judaicas a respeito da afirmação de Jesus em relação a seu caráter messiânico. Pode ser que Judas tenha quebrado com plena consciência o juramento de manter o segredo imposto por Jesus a seus discípulos.
Seja como for, o sumo sacerdote formulou a pergunta e o fez sob juramento. "És tu o Messias?", perguntou. "Dizes ser o Filho de Deus?" Este é o momento crucial no julgamento de Jesus. Podemos afirmar que o universo inteiro conteve o fôlego à espera da resposta de Jesus. Se Jesus dissesse: "Não", vinha abaixo o julgamento; não podia haver acusação alguma contra Ele. Só tinha que dizer: "Não", e sairia caminhando como um homem livre e poderia escapar antes que o Sinédrio encontrasse outra forma de apanhá-lo. Por outro lado, se dissesse: "Sim", assinaria sua sentença de morte. Nada mais que um simples "Sim", e a cruz se convertia em uma certeza total e iniludível. Pode ser que Jesus haja tornado a fazer uma pausa para avaliar o custo antes de tomar a decisão suprema; e depois disse: "Sim." Foi ainda mais longe. Citou Dn
Então seguiram as cuspidas, os murros, as bofetadas e as zombarias. Esqueceram até os aspectos exteriores da justiça e saiu a reluzir o ódio venenoso das autoridades judaicas. Essa reunião noturna começou como uma corte de justiça e terminou em um desdobramento histérico de ódio, no qual não se fez nem sequer o intento de manter o aspecto superficial da justiça imparcial.
Até o dia de hoje segue em vigência o fato de que quando um homem se defronta com Jesus Cristo pode odiá-lo ou amá-lo; submeter— se a Ele ou desejar destruí-lo. Ninguém que se dá conta do que exige Jesus pode continuar neutro. Deve ser seu amoroso amigo ou seu inimigo.
Notas de Estudos jw.org
carne: Na Bíblia, a palavra “carne” muitas vezes representa o homem em seu estado imperfeito e pecador.
Dicionário
Carne
substantivo feminino O tecido muscular do homem e dos animais, e principalmente a parte vermelha dos músculos.Particularmente, o tecido muscular dos animais terrestres que serve de alimento ao homem.
Carne viva, o derma ou o tecido muscular posto a descoberto depois de arrancada ou cortada a epiderme.
Figurado A natureza humana: a carne é fraca.
O corpo humano: mortificar a carne.
A polpa das frutas.
Cor de carne, branco rosado.
Nem peixe nem carne, diz-se de uma pessoa de caráter indeciso, que não tem opinião definida, ou de uma coisa insípida.
São unha com carne, ou unha e carne, ou osso e carne, diz-se de duas pessoas que vivem em muita intimidade, que mutuamente comunicam seus pensamentos secretos.
substantivo feminino O tecido muscular do homem e dos animais, e principalmente a parte vermelha dos músculos.
Particularmente, o tecido muscular dos animais terrestres que serve de alimento ao homem.
Carne viva, o derma ou o tecido muscular posto a descoberto depois de arrancada ou cortada a epiderme.
Figurado A natureza humana: a carne é fraca.
O corpo humano: mortificar a carne.
A polpa das frutas.
Cor de carne, branco rosado.
Nem peixe nem carne, diz-se de uma pessoa de caráter indeciso, que não tem opinião definida, ou de uma coisa insípida.
São unha com carne, ou unha e carne, ou osso e carne, diz-se de duas pessoas que vivem em muita intimidade, que mutuamente comunicam seus pensamentos secretos.
A palavra hebraica do A.T., basar, tem freqüentemente o sentido literal de carne, ou seja do homem ou de animal (Gn
A carne é veículo transitório e abençoado instrumento para o espírito aprender na Academia terrestre através do processo incessante da evolução.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10
A carne, de certo modo, em muitas circunstâncias não é apenas um vaso divino para o crescimento de nossas potencialidades, mas também uma espécie de carvão milagroso, absorvendo -nos os tóxicos e resíduos de sombra que trazemos no corpo substancial.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10
[...] A carne, em muitos casos, é assim como um filtro que retém as impurezas do corpo perispiritual, liberando-o de certos males nela adquiridos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33
A carne é a sagrada retorta em que nos demoramos nos processos de alquimia santificadora, transubstanciando paixões e sentimentos ao calor das circunstâncias que o tempo gera e desfaz.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Evangelho
A carne terrestre, onde abusamos, é também o campo bendito onde conseguimos realizar frutuosos labores de cura radical, quando permanecemos atentos ao dever justo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 5
Carne
1) O tecido muscular do corpo dos seres humanos e dos animais (Gn
2) O corpo humano inteiro (Ex
3) O ser humano fraco e mortal (Sl
4) A natureza humana deixada à vontade e dominada pelos seus desejos e impulsos (Gl
v. CARNAL).
Carne O termo carne não tem uma significação unívoca nos evangelhos. A expressão “toda carne” refere-se ao conjunto de todos os seres humanos (Mt
E
conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Entrar
verbo intransitivo Passar para dentro, introduzir-se, penetrar: entrar sem convite.Recolher-se à casa.
Intrometer-se, intervir, interferir: não entre em briga de marido e mulher.
Invadir.
Encaixar-se, ajustar-se: a chave não entra na fechadura.
Ser admitido, adotar uma profissão, fazer parte de: entrar para a Academia, o magistério, um partido.
Ser um dos elementos constituintes de: entra muito orgulho no seu procedimento.
Iniciar: entrar em negociações, entrar na matéria.
Espírito
Ao passo que o termo hebraico nephesh – traduzido como alma – denota individualidade ou personalidade, o termo hebraico ruach, encontrado no Antigo Testamento, e que aparece traduzido como espírito, refere-se à energizante centelha de vida que é essencial à existência de um indivíduo. É um termo que representa a energia divina, ou princípio vital, que anima os seres humanos. O ruach do homem abandona o corpo por ocasião da morte (SlO equivalente neotestamentário de ruach é pneuma, ‘espírito’, proveniente de pneo, ‘soprar’ ou ‘respirar’. Tal como ocorre com ruach, pneuma é devolvida ao Senhor por ocasião da morte (Lc
Veja Espírito Santo.
Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11, it• 17
O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo que o corpo é simples acessório sujeito à destruição. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13, it• 4
[...] Espíritos que povoam o espaço são seus ministros [de Deus], encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem ao grau de adiantamento que tenham alcançado.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18, it• 3
[...] Os Espíritos são os que são e nós não podemos alterar a ordem das coisas. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras senão com reservas e jamais com a credulidade infantil. Julgamos, comparamos, tiramos conseqüências de nossas observações e os seus próprios erros constituem ensinamentos para nós, pois não renunciamos ao nosso discernimento.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
Os Espíritos podem dividir-se em duas categorias: os que, chegados ao ponto mais elevado da escala, deixaram definitivamente os mundos materiais, e os que, pela lei da reencarnação, ainda pertencem ao turbilhão da Humanidade terrena. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19
[...] um Espírito pode ser muito bom, sem ser um apreciador infalível de todas as coisas. Nem todo bom soldado é, necessariamente, um bom general.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21
O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•
O princípio inteligente do Universo.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 23
[...] Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79
[...] os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 87
[...] alma dos que viveram corporalmente, aos quais a morte arrebatou o grosseiro invólucro visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 9
[...] não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscrito. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 53
Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 55
Espírito – No sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Não são seres oriundos de uma criação especial, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32
E E EA alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10
[...] a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado Espírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 14
Os Espíritos não são, portanto, entes abstratos, vagos e indefinidos, mas seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se assemelharem aos humanos; donde se segue que se, em dado momento, pudesse ser levantado o véu que no-los esconde, eles formariam uma população, cercando-nos por toda parte.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 16
Há no homem um princípio inteligente a que se chama alma ou espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada
Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada
[...] Uma mônada – um centro de força e de consciência em um grau superior de desenvolvimento, ou então, uma entidade individual dotada de inteligên cia e de vontade – eis a única definição que poderíamos arriscar-nos a dar da concepção de um Espírito. [...]
Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Animismo e Espiritismo• Trad• do Dr• C• S• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• 2 v• - v• 2, cap• 4
[...] é o modelador, o artífice do corpo.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos
[...] ser livre, dono de vontade própria e que não se submete, como qualquer cobaia inconsciente, aos caprichos e exigências de certos pesquisadores ainda mal qualificados eticamente, embora altamente dotados do ponto de vista cultural e intelectual.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 14
O Espírito, essência divina, imortal, é o princípio intelectual, imaterial, individualizado, que sobrevive à desagregação da matéria. É dotado de razão, consciência, livre-arbítrio e responsabilidade.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos
[...] causa da consciência, da inteligência e da vontade [...].
Referencia: BODIER, Paul• A granja do silêncio: documentos póstumos de um doutor em Medicina relativos a um caso de reencarnação• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Apêndice
[...] um ser individualizado, revestido de uma substância quintessenciada, que, apesar de imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, é passível de, enquanto encarnado, ser afetado pelas enfermidades ou pelos traumatismos orgânicos, mas que, por outro lado, também afeta o indumento (soma) de que se serve durante a existência humana, ocasionando-lhe, com suas emoções, distúrbios funcionais e até mesmo lesões graves, como o atesta a Psiquiatria moderna ao fazer Medicina psicossomática.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - As Leis Divinas
[...] depositário da vida, dos sentimentos e das responsabilidades que Deus lhe outorgou [...].
Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -
[...] a alma ou o espírito é alguma coisa que pensa, sente e quer [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• A alma é imortal• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - pt• 1, cap• 1
O estudo do Espírito tem de ser feito, portanto, abrangendo os seus dois aspectos: um, ativo, que é o da alma propriamente dita, ou seja, o que em nós sente, pensa, quer e, sem o qual nada existiria; outro, passivo – o do perispírito, inconsciente, almoxarifado espiritual, guardião inalterável de todos os conhecimentos intelectuais, tanto quanto conservador das leis orgânicas que regem o corpo físico.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4
[...] O que caracteriza essencialmente o espírito é a consciência, isto é, o eu, mediante o qual ele se distingue do que não está nele, isto é, da matéria. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
[...] é o ser principal, o ser racional e inteligente [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4
Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro da vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela [a alma] atua no mundo da matéria.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10
[...] O espírito não é, pois, nem um anjo glorificado, nem um duende condenado, mas sim a própria pessoa que daqui se foi, conservando a força ou a fraqueza, a sabedoria ou a loucura, que lhe eram peculiares, exatamente como conserva a aparência corpórea que tinha.
Referencia: DOYLE, Arthur Conan• A nova revelação• Trad• da 6a ed• inglesa por Guillon Ribeiro; traços biográficos do autor por Indalício Mendes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3
O Espírito [...] é a causa de todos os fenômenos que se manifestam na existência física, emocional e psíquica. Viajor de incontáveis etapas no carreiro da evolução, armazena informações e experiências que são transferidas para os respectivos equipamentos fisiológicos – em cada reencarnação – produzindo tecidos e mecanismos resistentes ou não a determinados processos degenerativos, por cujo meio repara as condutas que se permitiram na experiência anterior. [...] Da mesma forma que o Espírito é o gerador das doenças, torna-se o criador da saúde, especialmente quando voltado para os compromissos que regem o Cosmo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente
O Espírito, através do cérebro e pelo coração, nos respectivos chakras coronário, cerebral e cardíaco, emite as energias – ondas mentais carregadas ou não de amor e de compaixão – que é registrada pelo corpo intermediário e transformada em partículas que são absorvidas pelo corpo, nele produzindo os resultados compatíveis com a qualidade da emissão.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente
O Espírito, em si mesmo, esse agente fecundo da vida e seu experimentador, esE E Etabelece, de forma consciente ou não, o que aspira e como consegui-lo, utilizando-se do conhecimento de si mesmo, único processo realmente válido para os resultados felizes.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento
O Espírito, igualmente, é também uma energia universal, que foi gerado por Deus como todas as outras existentes, sendo porém dotado de pensamento, sendo um princípio inteligente, enquanto que todos os demais são extáticos, mecânicos, repetindo-se ininterruptamente desde o primeiro movimento até o jamais derradeiro...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Consciência
Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independentes da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuam na Obra Divina como coopera-dores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino. [...] Indestrutíveis, jamais terão fim, não obstante possuindo princípio, quando a Excelsa Vontade os criou.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 3
O Espírito é a soma das suas vidas pregressas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 17
[...] Todos somos a soma das experiências adquiridas numa como noutra condição, em países diferentes e grupos sociais nos quais estagiamos ao longo dos milênios que nos pesam sobre os ombros. [...]
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9
[...] O Espírito é tudo aquilo quanto anseia e produz, num somatório de experiências e realizações que lhe constituem a estrutura íntima da evolução.
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25
Herdeiro do passado, o espírito é jornaleiro dos caminhos da redenção impostergável.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 8
O Espírito é o engenheiro da maquinaria fisiopsíquica de que se vai utilizar na jornada humana.
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tendências, aptidões e reminiscências
[...] O ser real e primitivo é o Espírito [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor
Porque os Espíritos são as almas dos homens com as suas qualidades e imperfeições [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Calvário de luz
[...] O Espírito – consciência eterna – traz em si mesmo a recordação indelével das suas encarnações anteriores. [...]
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - A doutrina do hindu
[...] princípio inteligente que pensa, que quer, que discerne o bem do mal e que, por ser indivisível, imperecível se conserva. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão
[...] Só o Espírito constitui a nossa individualidade permanente. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 37a efusão
[...] é o único detentor de todas as potencialidades e arquivos de sua individualidade espiritual [...].
Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4
Em verdade, cada espírito é qual complexa usina integrante de vasta rede de outras inúmeras usinas, cujo conjunto se auto-sustenta, como um sistema autônomo, a equilibrar-se no infinito mar da evolução.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
[...] O que vale dizer, ser o Espírito o Élan Vital que se responsabiliza pela onda morfogenética da espécie a que pertence. Entendemos como espírito, ou zona inconsciente, a conjuntura energética que comandaria a arquitetura física através das telas sensíveis dos núcleos celulares. O espírito representaria o campo organizador biológico, encontrando nas estruturas da glândula pineal os seus pontos mais eficientes de manifestações. [...]
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Forças sexuais da alma• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Introd•
O nosso Espírito será o resultado de um imenso desfile pelos reinos da Natureza, iniciando-se nas experiências mais simples, na escala mineral, adquirindo sensibilidade (irritabilidade celular) no mundo vegetal, desenvolvendo instintos, nas amplas variedades das espécies animais, e a razão, com o despertar da consciência, na família hominal, onde os núcleos instintivos se vão maturando e burilando, de modo a revelar novos potenciais. [...]
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3
[...] A verdadeira etimologia da palavra espírito (spiritus, sopro) representa uma coisa que ocupa espaço, apesar de, pela sua rarefação, tornar-se invisível. Há, porém, ainda uma confusão no emprego dessa palavra, pois que ela é aplicada por diferentes pensadores, não só para exprimir a forma orgânica espiritual com seus elementos constitutivos, como também a sua essência íntima que conhece e pensa, à qual chamamos alma e os franceses espírito.
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1
O Espírito, em sua origem, como essência espiritual e princípio de inteligência, se forma da quintessência dos fluidos que no seu conjunto constituem o que chamamos – o todo universal e que as irradiações divinas animam, para lhes dar o ser e compor os germes de toda a criação, da criação de todos os mundos, de todos os reinos da Natureza, de todas as criaturas, assim no estado material, como também no estado fluídico. Tudo se origina desses germes fecundados pela Divindade e progride para a harmonia universal.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
[...] a essência da vida é o espírito [...].
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a mulher
O Espírito humano é a obra-prima, a suprema criação de Deus.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Equação da felicidade
[...] Somos almas, usando a vestimenta da carne, em trânsito para uma vida maior. [...] somos um templo vivo em construção, através de cujos altares se E E Eexpressará no Infinito a grandeza divina. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2
Figuradamente, o espírito humano é um pescador dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 21
Somos uma grande família no Lar do Evangelho e, embora separados nas linhas vibratórias do Espaço, prosseguimos juntos no tempo, buscando a suprema identificação com o Cristo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Cada espírito é um continente vivo no plano universal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões
[...] o espírito é a obra-prima do Universo, em árduo burilamento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Evolução e livre-arbítrio
[...] Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas positivas, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2
[...] Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana. Quanto mais crescemos em conhecimentos e aptidões, amor e autoridade, maior é o âmbito de nossas ligações na esfera geral. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3
Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18
[...] Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho de nossas milenárias imperfeições, localizados pela magnanimidade do Senhor na ourivesaria da Terra. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19
Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37
[...] gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Nosso “eu”
Cada Espírito é um mundo vivo com movimento próprio, atendendo às causas que criou para si mesmo, no curso do tempo, gravitando em torno da Lei Eterna que rege a vida cósmica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17
O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tem po, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5
O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 12
Espírito
1) A parte não-material, racional e inteligente do ser humano (Gn
2) A essência da natureza divina (Jo
3) Ser não-material maligno que prejudica as pessoas (Mt
4) Ser não-material bondoso que ajuda as pessoas (Hc
v. ANJO).
5) Princípio que norteia as pessoas (2Co
6) ESPÍRITO SANTO (Gl
Espírito Ver Alma.
substantivo masculino Princípio imaterial, alma.
Substância incorpórea e inteligente.
Entidade sobrenatural: os anjos e os demónios.
Ser imaginário: duendes, gnomos, etc.
Pessoa dotada de inteligência superior.
Essência, ideia predominante.
Sentido, significação.
Inteligência.
Humor, graça, engenho: homem de espírito.
Etimologia (origem da palavra espírito). Do latim spiritus.
Fraca
(redução de estou-fraca)
Ornitologia Ave galinácea (Numida meleagris) de plumagem cinzenta com pontos brancos e cabeça colorida com crista óssea dorsal, originária do continente africano. = ESTOU-FRACA, GALINHA-D'ANGOLA, GALINHA-DA-ÍNDIA, PINTADA
1. Que não é forte.
2. Que tem menos força que a regular.
3. Que não tem as condições necessárias de robustez.
4. Débil; sem vigor; debilitado, combalido.
5. Que tem pouca consistência ou pouca solidez; frágil; quebradiço.
6. Sem forças (para atacar ou defender-se).
7. Brando, frouxo; insignificante.
8. Que tem pouco volume.
9.
Pusilânime; falto de energia;
10. Que vai diminuindo ou esmorecendo; que tem pouco alcance.
11. Mau; reles.
12. Ineficaz.
13. O que há menos forte ou resistente.
14. Tendência, balda, propensão.
15. Vício predominante.
16. Paixão.
17. No voltarete, parceiro que compra as cartas em último lugar.
moeda fraca
A que tem maior valor nominal que intrínseco.
o lado fraco
O defeito habitual, a balda.
Não
advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Orar
e PRECEReferencia:
verbo regência múltipla Rezar; fazer uma oração, uma prece aos Deuses e santos de devoção: orou um cântico à Maria; orou pelos necessitados; precisava orar antes do trabalho.
Suplicar ou implorar; pedir insistentemente; solicitar com humildade: orava aos anjos; orou a caridade dos homens; orava com devoção.
verbo transitivo indireto e intransitivo Discursar; falar publicamente: o presidente orou insistentemente sobre a oposição política.
Etimologia (origem da palavra orar). Do latim orare.
Pronto
adjetivo Rápido, ligeiro, que não se demora: pronto atendimento.Concluído, terminado: o trabalho já está pronto.
Disposto, desimpedido: estou pronto para ajudá-lo.
advérbio Em breve, logo.
Etimologia (origem da palavra pronto). Do latim promptus.
pronto adj. 1. Imediato, instantâneo. 2. Que age sem demora; rápido. 3. Que não tarda; repentino, ligeiro, ágil. 4. Preparado para agir sem demora. 5. Ativo, diligente, expedito. 6. Acabado, concluído, terminado. 7. Mil. Desimpedido. 8. Pop. Sem dinheiro; muito pobre. Adv. Com prontidão, prontamente. Interj. Palavra de resposta a uma chamada nominal, para indicar que se está presente. De p.: prontamente.
adjetivo Rápido, ligeiro, que não se demora: pronto atendimento.
Concluído, terminado: o trabalho já está pronto.
Disposto, desimpedido: estou pronto para ajudá-lo.
advérbio Em breve, logo.
Etimologia (origem da palavra pronto). Do latim promptus.
Tentação
A tentação de Jesus Cristo acha-se descrita nos três evangelhos sinópticos (MtEm assunto de sexo fala-se muito em tentações, afirmando-se que são elas as responsáveis pelos desastres morais de homens e mulheres que sucumbem aos atrativos ditos irresistíveis. Acusam as tentações de não dar paz a ninguém. Dizem que é preciso afastar ou eliminá-las do seio da sociedade. Com o Evangelho, porém, aprendemos a conhecer as causas profundas das tentações, para melhor lutar contra elas. O apóstolo Tiago, no capítulo 1,
v. 14, de sua epístola, esclarece perfeitamente as raízes das tentações: “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.” A tentação não é um agente externo das sombras, atraindo-nos para a prática do mal e, sim, as nossas próprias más tendências (concupiscência), gritando alto no íntimo de nós mesmos, impulsionando-nos à recapitulação dos maus hábitos, viciações e perversões, sempre que estivermos invigilantes, displicentes, inconseqüentes e possessivos. Ninguém é tentado, se não traz a tentação dentro de si mesmo. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14
As tentações a que somos submetidos constituem [...] uma espécie de exame ou sistema de aferição de nosso adiantamento.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O Pai nosso 6
Essa influência, sob a qual o Espírito se acha a todo instante, constitui a tentação a que ele pode ceder ou resistir, uma vez que é sempre livre de escutar ou não as boas inspirações, de as seguir ou não, de aceitar ou repelir as más. [...]
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2
[...] significa, com relação a Jesus: tribulações, provas, a que qualquer outra natureza que não a sua houvera sucumbido.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3
[...] é sempre uma sombra a atormentar-nos a vida, de dentro para fora. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18
[...] Ser tentado é ouvir a malícia própria, é abrigar os inferiores alvitres de si mesmo, porquanto, ainda que o mal venha do exterior, somente se concretiza e persevera se com ele afinamos, na intimidade do coração.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 129
Tentação é a força viciada que exteriorizamos, atraindo a escura influência que nos inclina aos desfiladeiros do mal, porque toda sintonia com a ignorância, ou com a perversidade, começa invariavelmente da perversidade ou da ignorância que acalentamos conosco.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38
Tentação – posição pessoal de cativeiro interior a vícios instintivos que ainda não conseguimos superar por nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8
Tentação Atração para fazer o mal por esperança de obter prazer ou lucro. Pode vir do Tentador (Gn
3) ou de dentro do ser humano (Jc 1:14-15). Ninguém é tentado acima das suas forças (1Co
Tentação Jesus — que considerou ser grave pecado tentar a Deus (Mt
Apesar de tudo, venceu tentação após tentação e levou até o fim sua missão de morrer por toda a humanidade (Mt
substantivo feminino Atração por coisa proibida.
Movimento íntimo que incita ao mal: resistir à tentação.
Desejo veemente.
Verdade
substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
[Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.
Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628
[...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux
O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade
[...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3
[...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17
[...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4
A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4
[...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4
A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade
A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade
[...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo
[...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião
A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões
A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe
Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173
[...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças
[...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32
[...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32
A verdade é a essência espiritual da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193
Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21
Verdade
1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv
2) Fidelidade (Gn
3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo
4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt
Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt
Vigiar
verbo transitivo direto Espiar, observar atentamente; espreitar: vizinhos fofoqueiros vigiam a vida dos outros.Atentar em; tomar conta de; observar, olhar: contratou um policial para vigiar a rua.
Cuidar de maneira atenciosa, com cuidado; velar: vigiar um bebê durante a noite.
Fazer o controle, a fiscalização, a verificação de; controlar: vigiar as despesas da empresa.
verbo intransitivo Velar, estar atento, estar de sentinela: com o paciente, passou a noite vigiando.
Não estar distraído; prestar atenção: seu trabalho era vigiar.
verbo pronominal Precaver-se em relação a algo ou alguém; prevenir, acautelar-se: vigiava-se antes de sair de casa.
Etimologia (origem da palavra vigiar). Do latim vigilare, “atentar, observar com atenção”.
O sentido evangélico do termo vigiar não é somente manter-se acordado, observar, permanecer atento; é também discernir, comparar, induzir, deduzir, sopesar, ajuizar, perceber além das aparências, preferir o verdadeiro, escolher o melhor.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Vigilância
Vigiar não é desconfiar. É acender a própria luz, ajudando os que se encontram nas sombras.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 28
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
γρηγορεύω
(G1127)
de 1453; TDNT - 2:338,195; v
- assitir
- metáf. dar estrita atenção a, ser cauteloso, ativo
- tomar cuidado para que, por causa de negligência e indolência, nenhuma calamidade destrutiva repentinamente surpreenda alguém
δέ
(G1161)
partícula primária (adversativa ou aditiva); conj
- mas, além do mais, e, etc.
εἰς
(G1519)
preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep
- em, até, para, dentro, em direção a, entre
εἰσέρχομαι
(G1525)
de 1519 e 2064; TDNT - 2:676,257; v
- ir para fora ou vir para dentro: entrar
- de homens ou animais, quando se dirigem para uma casa ou uma cidade
- de Satanás tomando posse do corpo de uma pessoa
- de coisas: como comida, que entra na boca de quem come
- metáf.
- de ingresso em alguma condição, estado das coisas, sociedade, emprego
- aparecer, vir à existência, começar a ser
- de homens, vir perante o público
- vir à vida
- de pensamentos que vêm a mente
ἵνα
(G2443)
καί
(G2532)
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
- e, também, até mesmo, realmente, mas
μέν
(G3303)
partícula primária; partícula
- verdadeiramente, certamente, seguramente, de fato
μή
(G3361)
partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula
- não, que... (não)
ὁ
(G3588)
que inclue o feminino
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
- este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
πειρασμός
(G3986)
de 3985; TDNT - 6:23,822; n m
- experimento, tentativa, teste, prova
- tentação, prova: a tentação gerada nos gálatas pela condição física do apóstolo, já que a mesma serviu para testar o amor dos gálatas por Paulo (Gl 4:14)
- tentação da fidelidade do homem, integridade, virtude, constância
- sedução ao pecado, tentação, seja originada pelos desejos ou pelas circunstâncias externas
- tentação interna ao pecado
- da tentação pela qual o diabo procurou desviar Jesus, o Messias, de sua divina jornada
- da condição das coisas, ou um estado mental, pelo qual somos seduzidos ao pecado, ou a um desvio da fé e santidade
- adversidade, aflição, aborrecimento: enviado por Deus e servindo para testar ou provar o caráter, a fé, ou a santidade de alguém
- Deus sendo tentado (i.é., julgado) pelos homens
- rebelião contra Deus, pela qual seu poder e justiça são colocados à prova e desafiados a serem demonstrados
πνεῦμα
(G4151)
de 4154; TDNT - 6:332,876; n n
- terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
- algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
- algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
- nunca mencionado como um força despersonalizada
- o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
- espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
- alma
- um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
- espírito que dá vida
- alma humana que partiu do corpo
- um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
- usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
- a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
- a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
- a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
- um movimento de ar (um sopro suave)
- do vento; daí, o vento em si mesmo
- respiração pelo nariz ou pela boca
πρόθυμος
(G4289)
προσεύχομαι
(G4336)
σάρξ
(G4561)
provavelmente da mesma raiz de 4563; TDNT - 7:98,1000; n f
- carne (substância terna do corpo vivo, que cobre os ossos e é permeada com sangue) tanto de seres humanos como de animais
- corpo
- corpo de uma pessoa
- usado da origem natural ou física, geração ou afinidade
- nascido por geração natural
- natureza sensual do homem, “a natureza animal”
- sem nenhuma sugestão de depravação
- natureza animal com desejo ardente que incita a pecar
- natureza física das pessoas, sujeita ao sofrimento
criatura viva (por possuir um corpo de carne), seja ser humano ou animal
a carne, denotando simplesmente a natureza humana, a natureza terrena dos seres humanos separada da influência divina, e por esta razão inclinada ao pecado e oposta a Deus